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TEOLOGIA DO OBREIRO

AULA 01

PROF. FABIO JOSÉ DA SILVA


INTRODUÇÃO

• Quando aceitamos a salvação que nos foi oferecida


em Cristo, o nosso relacionamento com Deus assumiu
uma dimensão não só no que tange ao louvor e à
adoração, mas também no que tange ao serviço.
• E é desta forma que, uma vez unidos a Cristo, somos
feitos parte inseparável da sua obra na terra.
• Como igreja, temos de Cristo a chamada para sermos
suas testemunhas, sal da terra e luz do mundo. Esta
chamada se destina a todos os salvos.
INTRODUÇÃO

• Reconhecemos, porém, que, além da chamada


geral e universal com a qual Deus tem contemplado
a todos os salvos, ele tem distinguido a muitos dos
seus servos com uma chamada individual e
específica.
• Estes, exercem funções de ministros de tempo integral, constituindo
assim o ministério ordinário da sua igreja.
• Ninguém pode fazer a si mesmo ministro de Cristo.
• Necessário é que tenha a específica chamada divina como Arão,
irmão e cooperador de Moisés.
• Destes a quem Deus chama para o ministério de tempo integral,
requer-se que cumpram o seu ministério com cuidado, respeito e
dignidade, porque todos, quer sejam bons ou maus obreiros, hão de
comparecer diante de Deus a fim de prestar-lhe contas dos seus atos.
A CHAMADA

1. Princípios Que Norteiam O Chamamento Dos


Homens De Deus
a. Chamado E Obediência
• O chamado deve ser norteado por princípios encontrados nas
escrituras sagradas.
• Estudando a vida e o chamamento de pessoas no Antigo e no
Novo Testamento, pode-se extrair lições que ajudam o obreiro a
entender o que está acontecendo com ele.
2. Conhecendo O Propósito Eterno De Deus
a. A Essência Do Propósito Eterno: Um Povo Para Deus
b. Uma Nação De Sacerdotes E Adoradores
c. A Igreja É O Povo De Deus
O CHAMAMENTO DE DEUS E O CUMPRIMENTO DE
SEU PROPÓSITO PARA TODOS

• Pode-se observar acima, que Deus chama


pessoas dando- lhes um chamamento
específico com a finalidade de cumprir o seu
propósito na terra.
• Antes de se abordar a questão do
chamamento individual, que é o objetivo
desta lição, seria bom o aluno analisar o que
a escritura tem a dizer sobre o chamamento
para todos
CHAMADA UNIVERSAL

• Há um sentido que todos os crentes são chamados


para pregar ou proclamar o evangelho.
• Em I Co 12.13 “Pois, em um só Espírito, todos nós
formos batizados em um corpo, quer Judeus, quer
Gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi
dado a beber de um só Espírito.”
• Somos lembrados de que, por um espírito, todos
fomos batizados em um corpo, tendo bebidos
todos de um mesmo espírito.
A CHAMADA UNIVERSAL

• Hoje podemos contar muitos recursos,


que a igreja primitiva não teve o
privilégio de poder contar, e no entanto
eles evangelizaram o mundo.
• O que eles tinham que nós não temos?

•PODER
CHAMADA INDIVIDUAL

• Certas pessoas tem sido escolhidas pelo Senhor


para o servir de modo definido e ate marcante,
como propagadores do fé.
• Antes de comprovarmos estas afirmações por
algumas passagens bíblicas no transcorrer deste
seminário, vejamos primeiramente se
compreendermos a razão e a necessidade disso, já
que há harmonia e não contradição, no fatos que
todos são chamados, mas alguns especialmente
convocados.
A CHAMADA INDIVIDUAL EXIGE:

1. Uma Grande Salvação


2. Uma Grande Santificação
3. Uma Grande Compaixão.
• É necessário ver como Jesus vê, Mt
9.35,36.
• Ilustração do cego de Betsaida, Mc
8.22-24.
A CHAMADA INDIVIDUAL EXIGE:

4. Uma Grande Comissão;


• Neemias é um grande exemplo:
• “Estou fazendo grande obra.”, Ne 6.3.
• Há os que alegam estar Deus lhes chamando para
obra, contudo, não sabem o que fazer.
• Queremos ilustrar com o Exemplo de Aimaás, II Sm 18.20-29.
• Aprendemos aqui, que:
• Não basta querer
• Não basta correr
• Não basta chegar na frente.
A CHAMADA INDIVIDUAL EXIGE:

5. Uma Grande Determinação.


• Determinação é a capacidade de estabelecer um
alvo a ser alcançado, e usar todos os recursos
disponíveis até que o alvo seja alcançado.
• Quem tem determinação entende que aqueles que
Deus chama, em virtude das circunstâncias
contrárias poderá até dizer que não quer fazer, mas
nunca poderá dizer: “Não posso fazer”
• Para quem tem determinação o difícil fica fácil e o
impossível torna-se possível.
VARIEDADES DE MINISTÉRIOS

• E a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a


medida repartida por Cristo... E ele designou alguns
para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o
fim de preparar os santos para a obra do ministério,
para que o corpo de Cristo seja edificado, até que
todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento
do Filho de Deus, e cheguemos à plenitude de Cristo (Ef.
4:7, 11-13).
• Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente
apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro
lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que
têm dons de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os
que têm dons de administração e os que falam diversas
línguas (1 Co. 12:28)
VARIEDADES DE MINISTÉRIOS

• Os dons ministeriais, como são muitas vezes


chamados, são:
• Os chamados e várias habilidades dadas a
certos cristãos, que os capacita a permanecer
no posto de apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores ou mestres.
• Ninguém pode se colocar em um desses postos;
a pessoa deve ser chamada e presenteada por
Deus.
VARIEDADES DE MINISTÉRIOS

• É possível que a mesma pessoa possa ocupar


mais de um desses cinco postos, mas somente
certas combinações são possíveis.
• Por exemplo, é possível que um crente possa
ser chamado para ocupar a posição de pastor
e mestre ou de profeta e mestre.
• Contudo, é pouco provável que alguém possa
ocupar a posição de pastor e evangelista
simplesmente porque o ministério do pastor
requer que ele permaneça em um lugar
servindo ao rebanho local e, portanto, não
poderia cumprir o chamado de um evangelista
que deve viajar com frequência.
VARIEDADES DE MINISTÉRIOS

• Mesmo que essas cinco posições recebam dons


diferentes para propósitos diferentes, todas foram
dadas à igreja para um propósito geral — o “de
preparar os santos para a obra do ministério” (Ef.
4:12).
• O objetivo de cada ministro deve ser preparar os santos
para a obra do ministério.
• Contudo, muitas vezes aqueles no ministério agem, não para
preparar os santos para o ministério, mas para entreter pessoas do
mundo que vão aos cultos — cultos da igreja.
• Cada pessoa chamada para um desses ministérios deve avaliar
constantemente sua contribuição ao preparo “dos santos para a
obra do ministério”.
• Se todos os ministros se avaliassem, muitos eliminariam várias
atividades erroneamente consideradas “ministério”.
OBREIROS MERAMENTE PROFISSIONAIS

• A chamada falsa (que é o mesmo: correr sem ter sido


enviado), é questão seria – Ez 3.3,6. “E me disse: Filho
do homem, dá de comer ao teu ventre e enche as
tuas entranhas deste rolo que eu te dou. Eu o comi, e
na boca era doce como mel. Nem a muitos povos de
estranho falar e de língua difícil, cujas palavras não
possas entender; se eu aos tais te
enviasse, certamente te daria ouvidos.”
• Deuteronômio 18.20 declara: “Porem o profeta que
presumir de falar alguma palavra em meu nome, que
eu não lhes mandei falar ... esse profeta será morto.”
• A observação geral leva-nos a concluir que há
pessoas que escolhem o ministério do evangelho
como profissão, afim de adquirirem prestígios social e
terem oportunidades de exibir suas aptidões ao
púlpito (que tem talento ou vocação) e sociais.
O “MODO” DA CHAMADA

• Na maioria das vezes a chamada divina


até se caracteriza pela nossa vontade,
contudo, Deus pode chamar alguém que
não mostre nenhum desejo de realizar a
obra de Deus; um exemplo clássico disto é
o profeta Jonas, Jn 1.1-13.
O “MODO” DA CHAMADA

• Lendo o capítulo quatro de Êxodo, vemos em que


circunstâncias e de que modo Arão foi chamado por
Deus e feito associado de Moisés na libertação dos
hebreus que gemiam sob o peso da servidão egípcia.
• O propósito divino em usá-lo nesse ministério, foi
revelado primeiro a Moisés, enquanto que Arão
estava entre os cativos no Egito, a uma distância de
aproximadamente trezentos quilômetros.
• Note, portanto, que Arão não foi antes consultado pelo Senhor
para saber se queria ou não cumprir aquela tarefa.
• O Senhor mesmo o escolheu, o chamou e o enviou, Jo 15.16.
• As vezes os que têm vontade e disponibilidade não são
aceitos como obreiros, e os que além de não demonstrarem
interesse e não terem disponibilidade, o Senhor os chama, leia
Mt 8.19-22.
O “MODO” DA CHAMADA

• A chamada divina pode se caracterizar por


um conceito espiritual;
• Uma voz meiga e suave como um bombardeio no
entendimento, leva às vezes, a abandonar bons
empregos, excelentes negócios, e até rendosas
profissões liberais, para se atirar ao serviço de Deus.
• O que um homem natural jamais poderia entender.
• Contudo, o Senhor também poderá falar aos
ouvidos de todos, como foi com Barnabé e Saulo,
At 13.2.
O “MODO” DA CHAMADA

• A chamada pode também se


caracterizar por uma aptidão natural.
• Outro modo é o reconhecimento;
• A igreja e o ministério reconhece a vocação divina,
ainda que a própria pessoa não perceba; no seu
entendimento, está fazendo por amor a obra, e não
consegue perceber que faz devido a uma
capacitação divina.
O “MODO” DA CHAMADA

• Outras maneiras pelas quais Deus fala e


chama:
1. Por sua própria Palavra, lida ou ouvida.
2. Por circunstâncias providenciais, como
tribulações e perseguições.
3. Por convicção do nosso bom senso.
4. Por intermédio da operação de determinados
dons do Espírito Santo, como sejam, a Palavra
do Conhecimento, a Palavra da Sabedoria e
a Profecia.
5. Por indicação do Pastor da Igreja.
PREPARAÇÃO PARA O MINISTÉRIO

• A preparação para o ministério pode ser encarada


sob duas fases: Experiência e Educação.
• O novo nascimento – Jo 3.3, “A isto, respondeu
Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se
alguém não nascer de novo, não pode ver o reino
de Deus.”
• O batismo no Espírito Santo – At 2.38b-39,”...e
recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós
outros é a promessa, para vossos filhos e para todos
os que ainda estão longe, isto é, para quantos o
Senhor, nosso Deus chamar.”
• O andar com Deus,
• A Escola da Experiência.
O VALOR DA EDUCAÇÃO

• A palavra educação pode ser


entendida como uma aquisição de
conhecimento.
• Esta desdobra-se em duas modalidades:
• Educação formal: adquirida nas escolas;
• Educação informal: adquirida no cotidiano
da vida.
O VALOR DA EDUCAÇÃO

• Vale ressaltar aqui as palavras de


Paulo a Timóteo: "Procura apresentar-
te a Deus aprovado, como obreiro
que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da
verdade" (1 Tm 2.15).
O VALOR DA EDUCAÇÃO

• Uma das maiores dificuldades do obreiro é


a de manter uma agenda bem coordenada
com as disciplinas da oração e do estudo.
• Ao longo do ministério, convive-se com
pessoas que agem nos extremos:
• Os que gostam de orar muito e costumam
negligenciar o estudo;
• E os que estudam muito, mas costumam
negligenciar a oração.
• Raramente existe um equilíbrio entre essas
duas atitudes tão importantes para a vida
cristã, especialmente para a do ministro.
O VALOR DA EDUCAÇÃO

• Vejamos um exemplo de obreiros que vivem


em extremos:
• Dois homens depois de se cumprimentarem e de
se identificarem ministerialmente, o pastor da
igreja histórica disse: - Estou cheio do estudo e
da leitura de livros. Hoje quero mesmo é orar e
buscar o poder de Deus. O pentecostal, reagiu
e disse: - estou cansado de orar e buscar o
poder de Deus; quero estudar e ler bons livros.
• Eles viviam nos extremos.
O VALOR DA EDUCAÇÃO

• Orar e estudar fazem são o equilíbrio na


vida do obreiro.
• É necessário o reconhecimento da
importância dessas atitudes, uma vez que
são fonte, espécie de usina de poder para
um ministério bem sucedido.
• Se elas não estiverem presentes na vida
do ministro, seu ministério acabará sendo
feito na força do homem - e tudo o que é
feito na força do homem fracassará, pois
o obreiro depende unicamente da força de
Deus.
O VALOR DA EDUCAÇÃO

• Questão para reflexão:


• Até que ponto o estudo exaustivo das
Escrituras pode afetar minha vida
limitando minha vida pessoal apenas ao
conhecimento teórico e não a pratica?
• O que fazer para tornar o ensinamento
bíblico agradável e prático?
O VALOR DA EDUCAÇÃO

• Centralidade da reflexão:
• É preciso conhecer profundamente as
Escrituras para respondermos com
sabedoria nossas próprias indagações e
as indagações dos irmãos.
• O obreiro do Senhor deve tentar
responder cada indagação, com
sinceridade; confessando também que
certos temas são de conhecimento
transcendental e conhecidos apenas pela
fé.

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