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A TOTALIDADE DA IGREJA NA MISSÃO GLOBAL

I - Introdução - Por um século nós temos olhado o mundo em termos de sua geografia política -
seus países. As Nações Unidas alistam 215 países em todo o mundo. Destes a IASD tem penetrado e
mantido sua presença em 184. Dos 3l não penetrados nós tínhamos, segundo dados estatísticos de
1988, os seguintes países: Afeganistão (18 milhões), Arábia Saudita (14 milhões), Síria (12 milhões).
Os demais 4 tinham entre 10 e 5 milhões, 8 entre 1 a 5 milhões, e os países restantes (16) tinham
menos de um milhão de habitantes. Ora, a população destes países (31) representam menos de 2%
da população mundial. Esta estatística fazia parecer que a IASD tinha alcançado 98% da população
mundial. O que é falso.
A - A visão de PENETRADO E NÃO PENETRADO deu-nos uma perspectiva errada, distorcida.
Dentro dos países relacionados como penetrados há segmentos populacionais não alcançados que são
maiores que os países considerados penetrados: Mianyang, em Sichuam , em Sichuam na China tem
uma população de 13 milhões. e ela é somente uma das 192 outras regiões da China não atingidas
com o evangelho.

1 - Mesmo nos países cristãos há regiões e minorias étnicas não alcançadas. As minorias étnicas
nestes países são chamadas de "Hidden peoples" pelos missiologistas. Muitos
destes grupos possuem barreiras lingüísticas além de viverem isoladamente. Calcula-se em 12000
estes grupos não alcançados pelo Cristianismo do total de 25000 existentes no mundo.
B - A Estratégia Global começa por uma mudança de visão missiológica:
Da visão Geo-política para alcançar a visão do evangelho - cada criatura. Precisamos testemunhar a
cada pessoa de todo grupo étnico, lingüístico, geográfico, cultural, ocupacional e socio-econômico
no mundo.
1 - Contudo ao fazer isso precisamos priorizar as maiores concentrações populacionais: China, Índia,
Oriente Médio e União Soviética, no lugar de Malvinas, Ilha de Johnston e Fernando de Noronha.
C - A Visão Global na Estratégia Global - A população mundial com mais de 5 bilhões de
habitantes foi dividida em unidades geográficas de i milhão cada, com um total de 5mil unidades.
1 - Destas os ASD penetraram em / 3.200 faltando 1800. O alvo da Estratégia Global é alcançar, até
o ano 2000, estabelecer um testemunho da IASD em cada grupo destes (1.800) não alcançados. Isto
significa plantar uma nova igreja a cada dia entre os povos não alcançados até o ano 2000. Esta meta
alcançada não significa término da nossa tarefa evangelística.
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2 - Estratégia Global significa levar a sério as palavras de Jesus em Mat. 28:19 e Mt. 24:14.

a) Estratégia Global em seu íntimo significa levar as boas novas pessoa a pessoa.
b) Estratégia Global significa congregação alcançando pessoas não alcançadas ao redor delas,
enquanto pensa e planeja globalmente. É a igreja inteira mobilizada com um propósito - MISSÃO
GLOBAL. (título preferido na DSA)
c) Significa clamar pela promessa de Is. 55:10 e 11
3 - Você pode se envolver das seguintes maneiras inclusivas:
a) Orando
b) Dando Seu Tempo
c) Dando Seu Dinheiro
d) Dando Seu Serviço
D - ESTRATÉGIA GLOBAL no Brasil - Estabelecer uma igreja organizada em cada uma das
PRIORIDADES, (municípios, regiões, bairros e grupos etno-lingüísticos), cuja população é superior
a 5.000 habitantes, e onde há em média um adventista para cada 500 pessoas não adventistas ou mais,
durante a década de 90.
1 - Prioridades do Brasil
a) Piauí - 1/1252 5º
b) Ceará - 1/1106 2º
c) Paraíba - 1/840 4º
d) Rio Grande do Norte - 1/800 7º
e) Alagoas - 1/656 6º
f) Goiás - 1/612 3•
g) Minas Gerais - 1/524 - 1º
2 - 55% dos municípios brasileiros não têm nenhum adventista, são cerca de 2.250. E alcançamos
uma média de 42,6 municípios por ano. Precisamos triplicar a velocidade de penetração para
estabelecer uma igreja em cada um deles, pois no atual passo gastaremos 53 anos para atingi-los,
devemos reduzir este tempo para 15 anos.
a) Nestes lugares não penetrados vivem 83 milhões de brasileiros, onde vivem 57 mil adventistas
(2851 prioridades) , 1/1451; enquanto na região conquistada temos a proporção anterior a inferior a
1/500.
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II - FUNDAMENTO BIBLICO DA MISSÃO


A - A MISSÃO NO A+NTIGO TESTAMENTO - Sua natureza
1 - A Missão Começa com Deus, Ge, 3:9-15
a) O objetivo da missão é o homem culpado
d) O primeiro passo da missão é a busca do perdido para conscientizá-lo de sua culpa, e revelar-lhe a
salvação.
c) As quatro perguntas de Deus. Ge. 3:3,9,11.
(1) Onde estás?
(2) Quem te fez saber que estavas nu?
(3) Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?
(4) Que é isso que fizestes??
d) À serpente Ele não pergunta. Declara seu juízo, e a coloca sob a sua ira.
e) Resistência do homem - Adão culpa a Eva, Eva culpa a serpente e a Deus - Deus - Deus não
insiste em conscientizar da culpa, mas revela a salvação. Ge. 3:15. - Gen. 3:16.
2 - Deus entrega a Missão aos homens. Eleição. Ro. 9:10-13
a) ENOS - "Começou a se invocar o nome do Senhor" Ge. 4:26
(1) Esta expressão se usa no AT para indicar um culto público.
b) NOÉ - Da casa de Lameque, descendente de ENOS, Deus escolheu a Noé. Gen. 6:13, 14 ss.
c) ABRAÃO - Da família de Sem. Deus escolheu a Abraão - Gen. 12:3 e 22:18. 18:18,19.
ISAQUE - Gen. 26:4
d) JACÓ - Entre Esaú e Jacó Deus escolheu a este último
Gen. 28:14.
e) ISRAEL A nação - Deut. 4:6-8 , 7:6-8. Deus escolheu a Israel para cumprir seu juramento. - ser
uma bênção a todos os povos.
(1) A eleição de Deus não é favoritismo.
(2) A eleição de Deus é para a realização de uma missão mundial.
3 - A Missão do povo de Deus para resgatar o homem caído tem sua origem em Deus. O objetivo
dessa missão é o homem culpado. Deus mesmo é o primeiro missionário. Ele não é só originador,
mas também o Senhor da missão. O homem culpado é o objeto da missão salvífica da divindade. A
queda do homem ocasionou a revelação da missão e o exercício dela. Com isso Deus não deixa a
ninguém o direito de estabelecer o objetivo, alcance e os princípios da natureza da Missão bem como
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a maneira de executá-la, seus métodos.

DEUS ENOS NOÉ Abraão ISAQUE JACÓ ISRAEL TODAS


Gen.3:15 Gen.4:25, Gen6:13e Gen28:14 Gen26:4 Gen28:14 Dt 7:6-8 NACOES
26 20:14
Definição:
MISSÃO - é a busca do homem perdido cujo primeiro passo é conscientizá-lo da culpa e
conseqüência do seu pecado e revelar-lhe a salvação para reintegrá-lo à comunhão com Deus e com
todos que o cercam.
O METODO - Através das bênçãos dadas a Israel com base na santidade, Deus queria atrair os
povos de toda terra para reconhecê-lo como Seu Deus, e integrá-los na comunhão do Seu povo.
4 - Método da Missão no AT
a) Posição geográfica da Palestina, faz de Israel a encruzilhada das nações do mundo antigo.
b) Deus propiciou a Israel toda facilidade para que chegasse a ser a maior nação, a fim de que
atraísse todos os povos ao Deus de suas bênçãos - Deut. 4:6-9.
c) Todo o êxito de Israel tinha que basear-se na SANTIDADE DE CARÁTER. Sem esta bênção
básica, as muitas vantagens de Israel resultariam em prejuízo para eles e os demais. Bênçãos.
(1) Deut. 28:1, 13, 14; DT 30:8-10. Lev. 19:2, ex. 19:5,6 - L.C.
A prosperidade material dependia da prosperidade espiritual.
d) As bênçãos de Deus incluíam:
(1) A saúde - Ex. 15:26, DT. 7:15.
(2) Agropecuária - DT 7:13, 28:2 a 8.
(3) Habilidade Artesanal - Ex. 31:2-6, 35:31-35
(4) Prosperidade - DT 28:11-13.
(5) Grandeza - DT 4:6-8 - DT 28:1
e) O Propósito de Deus em abençoar Israel;
(1) Sejam testemunhas - Is. 43:8 e 10 ; 44:8
Isaías 66:18-20 ; 49:6.
(2) Atrair os povos. DT 28:10; Isa. 49:6-9, 12, 18, 22. ZC 8:23 - Isa. 55:4 e 5.
f) O sentido da Missão para Israel é fazer convergir os povos ao povo de Deus para que sejam parte
dele - CENTRÍPETA
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CONVERGENTE
"Aquelas nações que haviam rejeitado a adoração e serviço ao verdadeiro Deus, deviam ser
despojadas. Mas era propósito de Deus que pela revelação de seu caráter através de Israel, fossem os
homens atraídos a si. O convite do evangelho devia ser dado a todo mundo. Mediante o ensino do
serviço sacrifical, Cristo devia ser erguido perante as nações, e todos que olhassem para Ele viveriam.
Todos aqueles que, como Raabe e Rute.. tornassem da idolatria para o culto ao verdadeiro Deus,
deviam unir-se ao seu povo escolhido. À medida que o número dos israelitas crescessem, deviam eles
ampliar suas fronteiras, até que o seu reino envolvesse o mundo". P.R. pp. 17,18.
"Todos os que se voltaram da idolatria ao culto do Verdadeiro Deus, haviam de se unir com o povo
escolhido. À medida que aumentasse o número dos israelitas, estes deviam alargar suas fronteiras até
que seu reino abarcaria o mundo." PR. 273.
Sentido Convergente da Missão no Antigo
Testamento

NAÇOES NAÇÕES

SANTO
ISRAEL
ABENÇOADO

NAÇOES NAÇOES

O MÉTODO - Através das bênçãos dadas a Israel com base na santidade, Deus queria atrair os
povos de toda a terra para reconhecê-lo como seu Deus, e integrá-los na comunhão do seu povo.
SALOMãO e EZEQUIAS.
B - MISSÃO NO NOVO TESTAMENTO
1 - A Missão começa com Cristo - Lc. 19:10
Mc. 10:45
a) O objetivo da Missão é buscar e salvar o perdido.
b) Missão é servir dando sua vida em resgate de todos.
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c) Isto é entregue à igreja.


2 - A Missão é entregue à Igreja pessoalmente. JESUS.
a) Enviando os 12 - Mt. 10:1-42 - 1,7,8
b) Enviando os 70 - Lc. 10:12-25- 17-20
c) Enviando os 120 - At. 1:8,15
d) Enviando pelos apóstolos a Igreja toda. Mat. 28:18-20; Mr. 16:15-18.
CRISTO - OS 12 - OS 70 - OS 120 - IGREJA - NAÇOES
3 - O imperativo central da missão é ir para fazer discípulos em todas as nações.
a) Antecede ao ir o fato de esperar o poder do Espírito Santo para testemunhar. Lc. 24:49; At.
1:4,5,8; At. 2:41 a 47.
4 - A meta evangelística não cessa com o esperar o Espírito Santo; nem com o ir para testemunhar,
nem com o acrescentar os novos membros à Igreja através do batismo, mas a meta evangelística só
será de fato alcançada quando o novo convertido for instruído pela Igreja, quando ele esperar e
receber a plenitude do Espírito a cada dia, e assim testemunhando, se tornar um cristão produtivo. -
At. 2:41-47.
5 - O Objetivo da meta evangelística é:
a) Fazer cristãos reprodutivos, portanto responsáveis.
c) Missão Centrífuga
"ANTES de ser escrito um livro do Novo Testamento, e
"ANTES de ser pregado qualquer sermão depois da ascensão de Cristo, o Espírito Santo desceu
sobre os apóstolos em oração. ENTãO, seus inimigos deram o testemunho: "Enchestes Jerusalém
desta vossa doutrina". DNT. 647.
6 - O Processo evangelístico é:
a) Esperar o Espírito.
b) Ir testemunhar
c) Fazer discípulo.
d) Batizar.
e) Acrescentar à Igreja.
f) Crescer em número
g) Instruir
h) Receber o Espírito.
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i) Sair pela comunidade.


j) Crescer em número diariamente.
III - O ESPIRITO SANTO E A MISSÃO
A - Nos capítulos 14 e 16 do Evangelho de João, temos exposto por Cristo a doutrina da
dispensação do Espírito Santo. Ela é desenvolvida tendo por base três verdades:
1 - A promessa do Espírito Santo.
2 - Caráter e Personalidade do Espírito Santo.
3 - A Missão do Espírito Santo.
B - Assim como a missão de Cristo na Terra, devia se realizar dentro de um período de tempo
definido: do nascimento até sua ascensão; da mesma forma a missão do Consolador, na Terra, tem
limites determinados.
C - Promessa do Espírito Santo.
- Fundamentos Bíblico.
Jo 14:16
Jo 14:26
Jo 15:26
Jo 16:7
Jo 16:13
At 2:1,33
1 - A Promessa do Espírito Santo.
"E eu rogarei ao Pai, e Ele nos dará outro Consolador..." Jo 14:16. "Mas o Consolador, o Espírito
Santo a quem o Pai em meu nome", Jo 14:26 "Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o
Consolador não virá a vós outros..." Jo 16:07.
"Quando vier, porém, O Espírito da Verdade..." Jo 16:13.
"Quando, porém, vier o Consolador que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que
dele procede..." Jo 15:26.
2 - Ocasião da realização da promessa.
"... pois o Espírito até esse momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado"
Jo 7:39. - Promessa, tempo.
"Exaltando, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai, a promessa do Espírito Santo, derramou
isto que vedes e ouvis". At. 2:33 cf. At. 2:1 cf. 5:31 - Cumprimento.
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a) No dia de Pentecostes.
b) Para conceder arrependimento e remissão dos pecados.
D - Origem, meio, ocasião da promessa do Espírito.
1 - A promessa do Espírito procede do Pai.
a) É Ele quem dá e envia o Consolador.
2 - O Espírito Santo é enviado no nome de Jesus Cristo, através de sua intercessão.
a) O Espírito Só poderia vir à Terra se Jesus fosse para seu Pai.
b) A vinda do Espírito Santo convinha aos apóstolos e à Igreja hoje.
3 - O Espírito Santo só poderia vir quando Jesus fosse glorificado ou exaltado.
a) A exaltação de Jesus se deu no dia de Pentecostes.
b) A dispensação do Espírito Santo, portanto, tem dois marcos de tempo definidos: do Pentecostes
até a 2a. vinda.
c) O Espírito era, então, uma promessa que só poderia cumprir na glorificação de Jesus.
d) O Consolador não poderia ser pedido ao Pai antes do Pentecostes.
e) Condiçoes para receber a promessa: "Cristo prometeu o dom do Espírito Santo a Sua Igreja, e a
promessa nos pertence a nós da mesma maneira que os primeiros discípulos. Mas, como todas as
outras promessas, é dada sob condiçoes. Muitos há que crêem e professam reclamar a promessa do
Senhor, e todavia não recebem benefício. Não entregam alma para ser guiada e regida pelas forças
divinas... Querem dirigir-se a si mesmos. É por isso que não recebem o dom celeste. Unicamente aos
que esperam humildemente em Deus, que estão atentos a sua guia e graça, é concedido o Espírito. O
poder de Deus aguarda que o peçam e o recebam. Esta prometida bênção, reclamada pela fé, traz
após simm todas as outras bênçãos. É concedida segundo as riquezas da graça de Cristo, e Ele está
pronto a suprir toda alma segundo sua capacidade para receber." Ellen G. White, DTN pp. 647 e
648.
f) Quando deverá ser cumprida esta promessa?
"A descida do Espírito Santo sobre a Igreja é olhada como estando no futuro; é, porém, o privilégio
da Igreja tê-la, agora. Buscai-a, orai por ela, crede nela. Precisamos tê-la, e o Céu espera para
concedê-la". Review Herald, 19.03.1895 - Evangelismo. 701 - Ellen G. White.
E - A Missão do Espírito Santo Pelos Cristãos.
1 - Primeiro revela a Cristo como uma presença que mora dentro da alma.
2 - Revela a verdade de Deus, tornando-a uma realidade no mais íntimo do ser.
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3 - Santifica o homem.
4 - Testifica acerca de Cristo.
5 - Glorifica a Cristo.
* A presença de Cristo era limitada e individualizada
F - A presença interior de Cristo através do Espírito Santo
"Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá a vós outros. Jo. 16:07.
1 - A vinda do Espírito para os díscipulos era mais vantajosa do que a presença física de Cristo. Por
Que?
a) Porque na dispensação do Espírito, Ele não estaria só com os homens, mas estaria nos homens.
"... vós o conheceis porque Ele habita convosco e estará em vós. Jo 14:17.
(1) Agora Ele habita com os apóstolos.
(2) No futuro Ele estará nos apóstolos
b) Porque na dispensação do Espírito Jesus tornar-se-ia mais íntimo deles do que quando viveu entre
eles no seu ministério.
"O dia do Pentecostes lhes trouxe a presença do Consolador, de quem Cristo havia dito: "Convém-
vos que eu vá..." e desde aquele dia, mediante o Espírito, Cristo iria morar continuamente no coração
de seus filhos. Sua união com eles seria mais estreita do que quando estava pessoalmente com eles..."
c.c. pp. 74,75 - EGW.
(1) Assim como a missão de Cristo é revelar o Pai aos homens, a missão do Espírito é tornar
conhecida a pessoa de Jesus Cristo.
"A obra do Espírito Santo é incomensurávelmente grande. Desta fonte o obreiro de Deus recebe
poder e eficiência; e o Espírito Santo é o Consolador, como a presença pessoal de Cristo para a alma.
EGW, Review And Herald, 29/11/1982
2 - Resultados da Presença Interior do Espírito.
a) Pensamentos impuros, atos de rebeldia e sentimentos perversos serão expulsos.
b) Ocupando a alma do crente pensamentos divinos, afetos celestiais, e açoes como as de cristo, e
uma disposição bondosa com o outro.
"A transformação do caráter é para o mundo testemunho de que Cristo mora no crente. Ao sujeitar
os pensamentos e desejos à vontade de cristo, o Espírito de Deus produz nova vida no homem e o
homem interior fica renovado à imagem de Deus" Prof. e Reis, EGW, p. 175.
G - Revela a Verdade de Deus.
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"Quando vier, porém, o Espírito de verdade , Ele vos guiará a toda verdade..." Jo 16:13.
"... esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" Jo 14:26.
1 - O trabalho do Espírito Santo é definir e manter a verdade.
a) Porque Ele próprio é a verdade, Ele testifica da verdade. O que é a verdade?
(1) I Jo 5:6
(2) Jo 14:6
(3) Jo 17:17
(4) SL 119:151, 142
"Cristo, em seu caráter e obra é o centro e circunferência da toda verdade. Ele é a cadeia à qual
estão unidas as jóias da doutrina. Nele se encontra o sistema completo da verdade". EGW - Review
And Herald.
2 - Os frutos do Espírito da Verdade são: consolo, paz, compreensão de Cristo em seu ministério e
compreensão das doutrinas.
H - Cultivar a Santidade do Homem
"Agora pois já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, porque a lei do Espírito
da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte... a fim de que o preceito da lei se
cumprisse em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito". Rom 8:1, 2,4.
"Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo...
vivificará os vossos corpos mortais por meio do Espírito que em vós habita". Rom 8:11.
"Assim pois irmãos somos devedores não à carne... mas se Pelo Espírito mortificardes os feitos do
corpo, certamente vivereis". Rom 8:13.
1 - Santidade é para quem pelo Espírito está justificado em Cristo, portanto sem nenhuma
condenação.
a) A lei é obedecida.
b) O pendor do Espírito é para vida e paz.
c) Permanecer no Espírito.
d) Tem o Espírito de Cristo, Cristo está nele.
e) Vivifica os corpos mortais do pecado.
f) Filhos de Deus
G) Filhos por adoção podem chamar a Deus de : Aba, Pai.
h) Herdeiros de Deus e co-herdeiro de Cristo.
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(1) Sofrimento
(2) Glorificação.
+ Por tudo isso, e muito mais somos devedores do Espírito Santo.
I - Testifica acerca de Cristo
"Quando vier o Consolador, que enviarei da parte do Pai esse dará testemunho de mim". Jo 15:26.
1 - Ele é o Vigário de Cristo na Terra, pois Ele está investido da autoridade de Deus na Terra para
apresentar a verdade sobre o Filho.
"O Espírito Santo vem ao mundo como o representante de Cristo. Não somente fala a verdade,
senão que é a verdade; A Testemunha fiel e verdadeira dos coraçoes e conhece o caráter de Deus".
Cons. Pais, Prof. Estudantes, p. 66, EGW.
"Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo, não somente com água, mas com
água e com sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. Pois há três
que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito. Se
admitirmos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus , que ele dá acerca do Seu Filho.
Aquele que crê no Filho de Deus tem em si o testemunho... e o testemunho é este, que Deus nos deu
vida eterna, e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida, aquele que não tem o
Filho de Deus não tem a vida". I João 5:6-12.
a) Na ordem das três testemunhas, que são unânimes, o Espírito é a primeira. (água e sangue).
b) Ele pode dar o testemunho porque o Espírito, não só fala a verdade, mas Ele mesmo é a verdade.
c) O testemunho aparece em três níveis:
(1) Quem crê no Filho tem o testemunho.
(2) A vida eterna, que está no Filho, é uma dádiva do Pai.
(3) Quem , pela fé, tem o Filho de Deus tem a vida.
d) O Testemunho do Espírito, portanto, visa infundir no cristão que a fé no Filho - que veio pela
água do seu batismo e pelo sangue do seu sacrifício - dá-lhe a certeza da vida eterna, dádiva do Pai
através do Espírito Santo.
J - Glorifica a Cristo.
"Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar". Jo 16:14.
"Disse Jesus a respeito do Espírito. "Ele me glorificará. O Salvador veio para glorificar o Pai pela
demonstração de seu amor; assim o Espírito havia de glorificar a Cristo, revelando ao mundo a sua
graça. A própria imagem de Deus tem de ser reproduzida na humanidade. A honra de Deus, a honra
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de Cristo, acham-se envolvidas no aperfeiçoamente do caráter de seu povo". DTN, EGW, p. 647.
"O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas de Espírito,
porque a letra mata, mas o Espírito vivifica. E se o ministério da morte, gravando com letras em
pedras se revestiu de glória... como não será de maior glória o Ministério do Espírito... em muito
maior proporção será glorioso o ministério da justiça... neste respeito já não resplandece, diante da
atual sobreexcelente glória. Por que, se já o que desvanecia, teve a sua glória, muito mais glória tem o
que é permanente... Mas até hoje, quando é lido Moisés o véu está posto sobre o coração deles.
Quando, porém, alguém se converte ao Senhor, o véu lhe é tirado. Ora Senhor é o Espírito... E todos
nós... contemplando... a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na Sua própria
imagem como pelo Senhor, o Espírito". II Co. 3:6-18.
"E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo porquanto após ter dito: Esta é aliança que
porei com eles depois daqueles dias...". Heb. 10:15 e 16.
1 - Colocarei minha lei em seus coraçoes.
2 - Aos seus pecados me não lembrarei - perdão.
a) O Espírito Santo glorifica a Cristo porque aquilo que Ele recebe de Jesus, isso mesmo Ele
anuncia.
(1) Assim como Jesus glorificava o seu Pai pela demonstração do amor, que Ele (Pai) possuía, assim
também o Espírito Santo glorifica a Jesus por revelar aos homens a Sua graça.
(a) Jesus glorifica o Pai pela demonstração do amor do Pai em seu ministério.
(b) O Consolador glorifica o Filho pela revelação de Sua graça ao mundo em seu ministério.
(2) O ministério do Espírito Santo é também chamado de Ministério da Nova Aliança ou Ministério
da Justiça.
(a) Ele é mais glorioso do que o ministério da lei.
(b) No primeiro, pelo Espírito a lei é gravada no coração dos homens.
(c) No segundo, pela mão de Deus, a lei é gravada, de forma gloriosa na pedra.
(d) A glória do Ministério da Justiça do Espírito Santo é permanente.
(e) A glória do Ministério da Lei é esvaecen
(f) A glória do Ministério do Espírito só é percebida pelos que se convertem.
(1) E esta glória é crescente no coração do homem pela contemplação.
(a) Pela contemplação do Senhor somos transformados a Sua própria imagem, através do Espírito.
(2) Pela conversão percebemos a glória do Ministério do Espírito.
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(3) Pela contemplação aumentamos a glória deste Ministério em nós.


(a) Efetuar em nós a formação da imagem de Deus.
(4) Tudo isto só é possível porque pela Nova Aliança no Ministério do Espírito, Deus o Pai não ,mais
se lembra dos nossos pecados. É o perdão total de todos os pecados.

IV - O ESPIRITO SANTO E OS DONS ESPIRITUAIS


A - Os Dons e a Unidade da Igreja.
1 - Toda vez que Paulo fala dos dons espirituais ele os relaciona com a Igreja, como sendo um só
corpo unido.
"Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo..." Ro 12:5.
"... e todos os membros, sendo muitos constituem um só corpo". I Cor. 12:12,13.
"... a favor do seu corpo, que é a igreja". Co. 1:24.
2 - Esta Unidade é importante para o eficaz desempenho dos dons espirituais, e da Missão, Ele
manifesta-se em 7 aspectos:
a) Ef. 4:4-6
(1) Há somente um corpo
(2) Um Espírito
(3) Uma só esperança da vossa vocação.
(4) Um só Senhor
(5) Uma só fé
(6) Um só batismo
(7) Um só Deus e Pai de todos que é sobre todos, que age por meio de todos, que está em todos.

B - A Igreja enquanto corpo de Cristo apresenta três princípios de ação, que vem a Unidade são:
DIVERSIDADE e COOPERAÇãO.
1 - A Diversidade na ação tríplice do Espírito Santo. I Co. 12:4-6.
a) A Diversidade de dons relacionados com o mesmo Espírito. I Co. 12:4.
b) A Diversidade de serviços relacionados com o mesmo Senhor. I Cor. 12:5.
c) A Diversidade de realizaçoes relacionadados com o mesmo Deus. I Cor. 12:6.
2 - O dom é uma capacidade espiritual específica.
3 - O serviço é a esfera em que o dom é exercido.
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4 - A realização é o grau de poder em que um dom se manifesta em um dado serviço.


5 - Os dons, serviços e realizaçoes devem atuar numa relação de cooperaçoes mútua, para preservar
a unidade, sendo assim eficientes. I Cor. 12:12-27.
* aqui entra a página nº 23
C - O Espírito Santo é Soberano no Distribuir os Dons no Corpo de Cristo
1 - Ele o faz individualmente.
2 - E os distribui como lhe agrada. I Cor. 12:11.
3 - Visando sempre um fim proveitoso, na manifestação dos dons.
D - Através da Dispensação do Espírito Santo, Jesus capacita sua Igreja com dons, tendo
objetivos determinados.
Ef. 4:10-16.
1 - Aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço.
2 - Edificação do Corpo de Cristo.
3 - Unidade da fé.
4 - Maturidade cristã.
5 - Crescimento do corpo em amor.
6 - Crescimento moral.
a) Individual - Ef. 4:17-32 ; 5:1-21.
b) Conjugal - Ef. 5:22-33.
c) Familiar - Ef. 6:1-4.
d) Social - Ef. 6:5-9.
E - Exercício dos Dons.
1 - Deve edificar a Igreja. I Cor. 14:12,26.
a) Interna e externamente.
2 - Deve ser realizado com descência e ordem. I Cor. 14:40
3 - Deve ser realizado na atmosfera do amor. I Cor. 13.
F - Os Dons que Deus tem dado ao seu povo.
1 - Rom. 12:6-8.
a) Profecia
b) Ministério
c) Ensino
15

d) Exortação
e) Liberalidade
f) Liderança
g) Misericórdia
2 - I Cor. 12:8-12
a) Sabedoria
b) Conhecimento
c) Fé
d) Cura
e) Milagres
f) Profecia
g) Discernir espíritos
h) Líguas
i) Interpretação
3 - I Cor. 12:28.
a) Apóstolos
b) Profetas*
c) Mestres*
d) Milagres *
e) Curas *
f) Socorros
g) Governos
4 - Ef. 4:11.
a) Apóstolos *
b) Evangelista
c) Pastores
e) Mestres *
5 - I Pe. 4:11.
a) Falar *
b) Servir *
OBS. * indica dom repetido.
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6 - Temos assim cerca de 20 dons dados pelo Espírito Santo, que podem se combinar numa
proporção infinita.
G - Dons Espirituais e talentos.
1 - Dom é uma capacidade espiritual, dada pelo Espírito Santo. Aquilo que devemos fazer.
a) Apóstolos, mestres, profecia, milagres, etc...
2 - Talentos naturais são capacidade natural, herdada ou adquirida , Aquilo que temos facilidade de
fazer.
a) Cantar, pintar, escrever, tocar, etc...
b) Os talentos naturais devem ser canalizados para a Missão da Igreja.
3 - Cumpre a cada cristão, ajudado pela Igreja definir para si qual ou quais os dons e talentos que
possui com o fim de ajudar na Missão da Igreja.

V - A MISSÃO DA IGREJA NO LIVRO DE ATOS

INTRODUÇãO:
I - A Escritura declara em S. Mat. 24:14
" Será pregado este evangelho do reino por todo mundo, para testemunho a todas as nações. Então
virá o fim". Em S. Marcos é dito: "E disse-lhes: ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda
criatura."
A - O alcance da Missão é:
1 - Todo o mundo.
2 - Todas as nações.
3 - Toda criatura.
O nosso escopo é mundial e a toda criatura. Cada homen em todo o mundo precisa ouvir o
EVANGELHO DO REINO.
B - Como estamos nós em nossa MIssão? A quantas nações e pessoas nos faltam pregar para que o
Senhor venha?
C - A população do Mundo.
1 - O crescimento populacional continua a crescer rapidamente. Na época de Cristo a população do
mundo estava em torno de 250 milhões de habitantes. Para que esta população duplicasse o seu
17

número passaram-se 1.500 anos, então tivemos 500 milhões de seres humanos. Esta foi a época do
Movimento da Reforma Luterana, e os protestantes em geral (1) não tinham, nesta época, uma visão
missionária agressiva. No fim do século XVIII, quando Guilherme Carey partiu para evangelizar a
Índia, o número de pessoas duplicou mais uma vez, e alcançamos o número de 1 bilhão de habitantes.
2 - Na época da Conferência Missionária de Edimburgo, 1910, a população duplicara uma vez mais e
ultrapassara a 2 bilhões de criaturas. Hoje somos cerca de 5 bilhões de habitantes, e no ano 2.000
seremos de 6 a 7 bilhões de seres humanos.

E O NOSSO DESAFIO MISSIONÁRIO É


|
|
Um Bilhão | Um Bilhão 300 mil
700 mil | de não Cristãos
de Cristãos | que vivem com os
| cristãos
--------------------------------------------
Dois Bilhões
de não - cristãos separados
dos cristãos

1 - Evangelizar os cristãos nominais


2 - Evangelizar os não cristãos que vivem entre nós
3 - Evangelizar aqueles dois bilhões ou mais que não foram alcançados com o testemunho cristão A
NOSSA META É

ALCANÇAR OS NãO ALCANÇADOS.


6 - Ora, no rítimo e modo que prossegue a evangelização mundial e nacional, isto nos leva a admitir
18

que a promessa da vinda de Cristo não está tão perto como se constuma declarar, a menos que
mudemos a situação interna da Igreja.
a) A evangelização do mundo é possível e viável? Ou Deus deu uma tarefa impossível, ou não é esta
a nossa tarefa?
b) Das 3 possibilidades, só a primeira é verdadeira: A EVANGELIZAÇãO É POSSÍVEL. A
MISSÃO É POSSÍVEL.
(1) A base para se dizer isso está fundamentado Revelação: Col. 1:23,6 At. 5:28.
(2) Portanto, os princípcios e métodos de evangelização da Igreja Apóstolica, formam o padrão da
MISSÃO DA IGREJA ADVENTISTA.
c) Esta necessidade de mudança é atestado no discurso de Billy Grahan, no Congresso Internacional
de Evangelizaçã Mundial em Lausanne, Suiça, quando disse:
(1) "A razão pela qual os grandes movimentos missionários do século XIX produziram impacto
duradouro no mundo, foi o fato de terem sido internamente fortes. Eles sabiam em que acreditavam,
e estavam resolvidos a proclamá-lo ao mundo. Precisamos orar para que nós também possamos
experimentar esse mesmo tipo de fé e urgência. Missão da Igreja no Mundo Hoje, ABU, SP, Brasil,
1982.

II - A MISSÃO DA IGREJA NO LIVRO DE ATOS

A - O Conteúdo da mensagem e da vida da Igreja Apostólica - Cristo.


1 - Somente Jesus Cristo, A expressão "o nome" faz referência a Jesus no Livro de Atos 34 vezes. A
Ele é sempre creditado todo o mérito de tudo quanto foi operado pela Igreja Primitiva, no exercício
de Sua Missão.
2 - Segundo o Livro de Atos dos Apostólos (At. 1:1,3,10,11), e difusão do cristianismo tem como
fundamento "Tudo que Jesus começou não só a fazer, mas ensinar...", e este quadro acrescenta- se a
promessa de sua vinda, e o tema único dos dezoito sermoes constantes deste livro - Cristo, o Messias
pela ressureição dos Mortos.
3 - Assim, o primeiro tratado de Lucas e a maneira como a Igreja Primitiva o recebeu formam o
primeiro elemento da expansão do cristianismo primitivo. Este foi o conteúdo da mensagem que
abalou o mundo antigo.
4 - O Espírito de Profecia refere-se ao assunto como segue:
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"O nome de Cristo deve ser a senha, a insígnia, o laço de união, a autoridsade para sua norma de
prosseguimento e sucesso..." AA, 28.
"A ambição dos crentes era revelar o caráter de Jesus Cristo, bem como trabalhar pelo
desenvolvimento de seu reino". AA,48.
"Nas palavras "Unicamente a Jesus" - S. Mat. 17:8 está contido o segredo da vida e do poder que
marcaram a história da Igreja Primitiva". AA, 64.
"SE os que hoje, estão ensinando a Palavra de Deus, exaltassem mais e mais a Cruz de Cristo,
haveria um maior sucesso em seu ministério". AA, 209.
"Cristo era o principal tema de sua pregação, conversação, e ensino..." AA, 157.
5 - As instruçoes finais de Cristo, durante os quarenta dias, após sua ressurreição foram
concernentes ao Reino de Deus. Isto está em evidente relação com os fatos ocorridos em S. Luc.
24:13 a 53, cf Atos 1:3,4, quando Cristo se apresenta, no caminho de Emaús aos discípulos, com
base no Antigo Testamento, como o Servo-Sofredor, como o Senhor ressurreto, e o Intercessor.
..."O apostólo (Pedro a Cornélio) pregou a Cristo Sua vida, Seus milagres, Sua traição e crucifixão,
Sua ressurreição e ascenção, Sua obra no céu como representante e advogado do homem. Ao indicar
Jesus aos presentes como única esperança do pecador. AA 138.
B - Esperar a Promessa do Espírito Santo.
1 - Apesar de toda esta introdução os membros reunidos perguntaram sobre a data do
estabelecimento político e militar de Israel. Cristo queria dar poder espiritual e eles se preocupavam
com a cronologia, reservada ao Pai exclusivamente. "Não vos compete conhecer o tempo ou as
épocas que o Pai reservou para Sua exclusiva autoridade". Foi a resposta de Jesus. Atos 1:6,7.
2 - Em oposição a esta preocupação, Cristo repete a promessa: "recebereis poder, ao descer sobre
vós o Espírito Santo". Atos 1:6. Para o recebimento da provisão foi dada uma ordem: "... ficai,
porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder". S. Luc. 24:49. "...
determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, e esperassem a promessa do Pai." Atos 1:4.
3 - A primeira ordem para evangelizar é esperar.
Não se pode anunciar, sem "ficar", Não se ausentar de "Jerusalém". Esperar antes de ir, Antecede ao
ministério da Palavra, o da oração. Estudar a Escritura e orar são os únicos meios para equipar o
obreiro com a palavra autoritativa.
a) "Os que trabalham pelas almas têm de alcançar um conhecimento mais profundo, mais amplo e
claro de Deus do que pode ser obtido pelo esforço ordinário...sequiserem ganhar almas como
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recompensa, precisam apegar-se firmemente a Deus, recebendo diariamente, poder e graça da fonte
de toda bênção". AA 205, 206.
"Todos estes (120) perseveraram unanimente em oraçoes e súplicas..." Atos 1:14.
b) A Promessa e a Súplica.
"Esperaram em Jerusalém a promessa do Pai... Não esperaram ociosos... Esperaram sempre no
templo, louvando e bendizendo a Deus... Para apresentar seus pedidos ao Pai... Em solene reverência,
ajoelharam em oração, repetindo a promessa: "Tudo quanto pedirdes a Meu Pai, em Meu nome, Ele
vo-lo há de dar". AA 35.
"Confiaram no poder do Espírito Santo para tornar eficaz a Palavra da vida". AA 158.
c) Extensão da Promessa.
"A promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século ou raça. Cristo declarou que a divina
influência do Seu Espírito estaria com os seus seguidores até o fim... Quanto mais intimamente os
crentes andam com Deus, tanto mais clara e poderosamente testificam do amor do Redentor". AA 49.
d) A promessa do Espírito e o crescimento.
"Quando quer que assuntos de menor importância ocupam a atenção, o divino poder, preciso para o
crescimento e prosperidade da Igreja, e que haveria de trazer após si todas as demais bênçãos está
faltando, ainda que oferecido em infinita plenitude". AA 50.
e) A promessa do Espírito e a Missão.
"Cada obreiro devia fazer uma petição a Deus pelo batismo diário do Espírito. Grupos de obreiros
cristãos se devem reunir para suplicar auxílio especial, sabedoria celestial, para que saibam como
planejar e executar sabiamente. Especialmente devem eles orar para que Deus batize seus
embaixadores escolhidos nos campos missionários, com uma rica medida do Seu Espírito.
A presença do Espírito com os obreiros de Deus dará à proclamação da verdade um poder que nem a
honra ou a glória do mundo dariam". AA 5l.
f) A Comunhão e a Promessa do Espírito Santo.
"A menos, porém, que os membros da Igreja de Deus, hoje, estejam em viva associação com a fonte
de todo conhecimento espiritual, não estarão prontos para o tempo da ceifa". AA 55.
g) Maneira Diária de Receber
Manhã após manhã, ao se ajoelharem os arautos do evangelho perante o Senhor. renovando-lhe
seus votos de consagração, Ele lhes concederá a presença de Seu Espírito com Seu poder vivificante
e santificador. AA 56.
21

h) Sucesso - Segredo.
"Para que pudessem ter sucesso em sua obra, eles receberam o poder do Espírito Santo.
Não pelo poder humano ou humana sabedoria, devia o evangelho ser proclamado, mas pelo poder
de Deus". AA 109.
4 - O segredo do expansionismo apostólico se deveu a uma vida e a um ministério centrados em
Cristo, sob o poder do Espírito Santo. Viver e anunciar a Jesus Cristo no influxo do Espírito, com
base no ministério da Palavra e da oração estava, e está o segredo do sucesso na obra de salvar almas.
C - A Unidade da Igreja
1 - Outro elemento importante do êxito apostólico estava na unidade da totalidade: "todos
perseveraram na oração", todos estavam unidos, encheu-se toda a casa em que estavam assentados",
"todos foram cheios do Espírito Santo", "línguas de fogo sobre cada um deles", e 'todos começaram a
falar noutras línguas". Todos receberam a promessa e todos a anunciaram, e dos que ouviram todos
se maravilharam. A dinâmica espiritual constitui-se de: toda a promessa, todos reunidos e unidos,
todos anunciando a todos, todos se maravilham e milhares se convertem.
a) O êxito e a Unidade.
"Para conduzir ao êxito a obra para a qual haviam sido chamados, esses homens, diferindo em
características naturais e hábitos de vida, necessitaram chegar à UNIDADE DE SENTIMENTOS,
PENSAMENTOS E AÇãO". AA, 20.
b) O Plano de Satanás e a Unidade.
" Satanás sabia que, enquanto esta união continuasse a existir, ela seria impotente para deter o
progresso da verdade evangélica, e procurou tirar vantagens de anteriores hábitos de pensar, na
esperança de que por este meio pudesse introduzir na Igreja elementos de desunião". AA, 88.
c) Condiçoes para se efetuar a missã.
"Todo agente estará subordinado ao Espírito Santo, e todos os crentes unidos num esforço
organizado e bem dirigido para dar ao mundo as alegres novas da graça de Deus". AA 164.
D - A finalidade da dinâmica espiritual é que eles se tornaram testemunhas"... recebereis a virtude do
Espírito Santo que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém , como em toda
a Judéia e Samaria, até aos confins da Terra". Atos 1:8.
1 - A promessa e a missão são feitas a nível de uma congregação local, no caso aos 120 reunidos em
uma casa em Jerusalém (ora, a multidão era de quase 120 reunidos). Atos 1:15. A mensagem deve ser
apresentada por indivíduos como testemunhas a outras pessoas. Cada pessoa alcançada torna-se uma
22

testemunha.
2 - De forma visível, audível e sobrenatural Deus cumpriu sua promessa, para torná-los testemunhas
da ressurreição. Isto se deu após dez dias de comunhão com Deus. Assim receberam a promessa
habilitante para difusão do cristianismo. Deus habilitou sua Igreja para o expansionismo pelo poder
do Espírito Santo, dando-lhe o dom necessário, fazendo uso do momento oportuno, uma festa
nacional, quando houve grande ajuntamento com um objetivo religioso , o pentecostes. Atos 2:1-23.
No habilitar a Igreja em seus membros com o dom propício para uma hora propícia, na junção do
trabalho pessoal com o público através de homens conveertidos na escola da vida cristã, está outro
segredo. Daí resultarem uma cadeia quantitativa , qualitativam e orgânica na Igreja:

E - Crescimento Quantitativo

1 - Atos 1:15 - A primeira Igreja começou com 120 membros.


2 - Atos 2:41, 42 - 3.000 foram batizados.
3 - Atos 4:4 - 5.000 homens.
4 - Atos 5:14 - Multidão de homens e mulheres.
5 - Atos 21:20 - Miríades de Judeus. Miríades = 10.000.
6 - Atos 16:5 Multiplicação de igrejas.

F - Crescimento Qualitativo - É, a um tempo, a força que propicia o crescimento quantitativo e o


mantém. Ele consiste em : Atos 2:41-47.

1 - Perseverar
a) Na doutrina dos apóstolos.
b) Na Comunhão
c) no partir do pão
d) Nas oraçoes
2 - Temor
a) Havia em toda alma.
3 - União
a) Estavam juntos.
23

b) Tinham tudo em comum.


4 - Liberalidade e Assistência Social
a) Vendiam seus bens e repartiam com os mais necessitados.
5 - Comunhão Com Deus.
a) Todos os dias perseveraram unânimes no templo.
b) Louvavam a Deus.
6 - Relacionamento com a Sociedade
a) Caindo na graça de todo o povo.

G - Mordomia na Missão da Igreja.


1 - O conceito de Mordomia está bem desenvolvido no NT. É a administração de uma casa, em que
se verifica se os servos fazem o trabalho designado, que produz os frutos esperados. A mordomia
espera resultados. Se não há resultados e mordomo está sujeito ao juízo do seu Senhor. Como
mordomos devemos trabalhar pelo resultado e esperá-lo. Se nossas colheitas não atingem nossas
expectativas, devemos examinar o nosso trabalho.
a) Lavrador - Lc. 20:9 e 19.
b) Vitivultor - Lc. 13:6-9.
c) Agricultor - Lc. 8:4-15.
2 - No livro de Atos sob a forma de contraste do bom e mau modormo, Deus ensina o valor da
fidelidade à missão. São comparadas, aqui na Igreja apostólica José Barnabé com Ananias e Safira.
(Atos 4:32 a 5:11). Os bens materiais só tinham sentido se de alguma forma conduziam para a
realização da Missão .
a) A administração dos bens e a Missão.
(1) "Um comum interesse os guiava - a missão a eles confiada - e a avareza não tinha lugar em sua
vida". AA , 71.
"Dinheiro, tempo e influência - todos os dons que receberam das mãos de Deus - só eram por Ele
apreciados quando usados como meio de fazer avançar a oibra evangélica". AA 71.
(2) "Toda vez que isto acontece as verdades terão poderosa influência sobre os ouvintes". AA. 71.
(3) "Deus tem feito depender a proclamação do evangelho do trabalho e dos donativos do Seu
povo". AA 74.
(4) "Todos os que receberam o evangelho receberam a sagrada verdade para repartir ao mundo". AA
24

109.
b) Estes consagram seus recursos, usam seus talentos e empenham-se em laboriosos esforços.
(1) "Os que nela se empenham com seriedade de propósito, verão almas salvas para o Salvador,
pois a influência que acompanha a atividade prática da divina missão é irresistível. AA. 110.
(2) "Ide em meu nome ajuntar na Igreja a todos quanto crerem, deixou claro perante eles a
necessidade de manterem simplicidade. Quanto menor a ostentação e o exibicionismo, maior seria sua
influência para o bem. Os discípulos deviam falar com a mesma simplicidade com que Cristo havia
falado". AA 28.

H - Dons espirituais e a Missão - Atos 3:1 a 4:4.


1 - Da cura do coxo de nescença , junto à porta formosa realizada por Pedro na companhia de João,
sobressai mais um princípio gerador de crescimento. Para homens dotados de dons sobrenaturais,
resultantes da plenitude do Espírito Santo, o dinheiro é circunstancial e a operação de sinais
constitui-se na melhor propaganda para o anúncio do evangelho para as grandes multidoes e para as
classes privilegiadas e mais preconceituadas da sociedade.
2 - A ausência do dinheiro não limita o resultado da proclamação. Para uma igreja em crise de
qualquer tipo, a solucão se encontra em homens possuídos pelo Espírito Santo, que podem operar
sinais e maravilhas conforme a vontade de Deus.
3 - O acontecimento gerou na igreja unanimidade no louvor a Deus e súplica para socorro da igreja.
E o socorro era para falar com ousadia face às ameaças, e continuar operando em nome de Jesus
Cristo os sinais e as maravilhas. A resposta de Deus foi imediata, encehendo-os com Seu Espírito.
Atos 4:23- 31.
a) os recursos apostólicos e a Missão.
"Os discípulos não passavam de homens humildes, sem dinheiro e com nenhuma outra arma que não
a Palavra de Deus... Sem honra ou reconhecimento terrestre, foram heróis de fé". AA 77.
b) Dois Tipos de Recursos.
"Todo membro era exortado a bem desempenhar sua parte. Cada qual devia fazer sábio uso dos
talentos a ele confiados. Alguns foram dotados pelo Espírito Santo com dons especiais... Todas estas
classes de obreiros, porém deveriam trabalhar em harmonia. AA 85.
c) Exercício dos dons.
"A estes (diáconos) humildes, bem como aos apóstolos e discípulos, ... fora confiado o precioso
25

encargo (missão)... O Senhor operava por meio deles. Aonde quer que iam, os doentes eram curados.
E havia alegria naquela cidade". AA 106.
d) Todos convidados a usar seus talentos.
"Conquanto esteja no plano de Deus que obreiros escolhidos, de consagração e ta;lentos, sejam
estacionados em importantes centros de população para realizar conferências públicas, é também o
seu propósito que os membros da igreja que vivem nas cidades usem seus talentos que Deus lhes deu
trabalhando em favor das almas". AA 156.
e) A diversidade dos talentos e a Missão.
" Deus está chamando não somente ministros, mas também médicos, enfermeiros, colportores,
obreiros bíblicos, e outros consagrados membros da igreja, possuidores de diferentes talentos, que
tenham conhecimento da Palavra de Deus e possuam o poder de sua graça, para que considerem as
necessidades das cidades não advertidas". AA 159.
Todos os meios devem ser postos em operação, para que as oportunidades atuais sejam, sabiamente
aproveitadas. AA 269.
4 - No crescimento da igreja o dinheiro tem que ser circunstancial. A igreja não para quando não há
dinheiro. Somente homens, cheios do Espírito Santo, habilitados com dons espirituais, são
imprescindíveis. O resultado que colhe tal igreja é crescimento numérico inevitável. Atos 4:4.
I - Ministério da Palavra e da oração. Atos 6:1 e 7.
1 - O prioritário na igreja é administração dos bens espirituais, que são ministério da Palavra e da
oração. "Não é razoável que deixemos a Palavra de Deus e sirvamos às mesas"... "Nos
perseveraremos na oração e no ministério da Palavra". Atos 6:2,4.
2 - O Ministério da Palavra está constituído de:
a) Estudo da Palavra.
b) Apresentação Pública da Palavra.
c) Apresentaçã Pessoal da Palavra.
(1) O Estudo.
"A magnitude da obra que lhe estava diante levou-o a dedicar muito estudo às Escrituras Sagradas, a
fim de que pudesse pregar o Evangelho. AA 138.
"Pedro, Tiago e João... trabalhavem, testificando do que tinham visto e ouvido, e apelando para a
multiforme palavra dos profetas num esforço de persuadir (Casa de Israel)... que a esse Jesus a quem
os Judeus crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo. AA 165.
26

3 - Obra Pessoal
"Em toda sua obra (de Cristo), Ele os estava preparanjdo para trabalho individual, que devia ser
expandido à medida que seu número aumentasse". AA 32.
"Os esforços do apóstolo não estavam restringidos à pregação pública; muitos havia que não
poderiam ser alcançados desta maneira. Ele despendeu muito tempo no trabalho de casa, em casa.
Visitava os enfermos e tristes, confortava os aflitos, animava os oprimidos." AA 250.
4 - Obra Pública e Pessoal
"Apolo estava desejoso de ir para Acaia... Seguiu para Corinto, onde, em trabalho público e de casa
em casa... convencia os Judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo". AA 270.
"O trabalho de Paulo estava concluído... Havia ele ensinado o povo de casa em casa e em público,
instruindo-os e advertindo-os com muitas lágrimas". AA 290.
5 - A evangelização pública e pessoal eram o método básico da igreja apostólica. A proclamação no
templo, e de casa em casa, todos os dias, eram a estratégia da igreja primitiva.
J - Princípios de Administração e a Missão
1 - O ministério da Palavra e da Oração são a prioridade maior da Igreja. Por causa disso era
necessário delegar a outros os cuidados das necessidades e dos interesses financeiros da Igreja. 6.
Então surgiu a função do diácono para cuidar destes dois aspectos da Igreja.
a) Necessidades Individuais.
b) Interesses financeiros.
2 - Causas da Nova Ordem administrativas.
a) "Os discípulos tinham chegado a uma crise em sua experiência... A Igreja se ampliava de
contínuo, e este crescimento em membros representava constante aumento de trabalho. Havia uma
necessidade de uma redistribuição de responsabilidades que tão fielmente tinham sido levados por
uns poucos..." AA 88.
b) "Chegou o tempo..., em que os chefes espirituais ... deveriam ser aliviados da tarefa de distribuir
aos pobres, e de outros encargos semelhantes, de modo que pudessem estar livres para levar avante a
obra de pregar o evangelho". AA 89.
c) Resultado.
"..., e em Jerusalém se ,multiplicava muito o número dos discípulos... Essa messe de almas tanto era
o resultado de maior liberdade assegurada aos apóstolos, como o zelo e o poder mostrados pelos sete
diáconos". AA 90.
27

3 - A escolha de homens para esta nova função devia seguir dois tipos de exigências: pessoas
habilitadas por condiçoes próprias para ocupar a responsabilidade e que preenchessem os princípios
de governo esboçados no VT. Deveriam ser homens adaptados a lidar com os helenistas que
amassem o trabalho de cuidar dos pobres e preenchessem as qualidades de um líder que conduz a
Igreja ao crescimento.
a) A base para escolha de homens.
"Na obra de ordenar as coisas em todas as igrejas, e na ordenação de homens capazes, para agir
como oficiais, os apóstolos se orientaram pelas altas normas do governo esboçado no VT". AA 95.
b) As qualidades destes homens devem ser:
(1) Distribuir as responsabilidades.
(2) Homens de verdade.
(3) Homens capazes, tementes a Deus.
(4) Aborreçam a avareza.
(5) Dignidade
(6) São Juízo.
(7) Experiência.
(8) Saber ouvir.
(9) Julgar justamente.
(10) Destemido.
4 - Como Davi, eles deveriam guardar todos os mandamentos de Deus. Deveriam conhecer a Deus,
e serví-lo com o coração perfeito e voluntário, um homem que busque a Deus. (I Tim 3:2-7, e 8-10,
12, 13.)
a) "Negligenciar ou desprezar aqueles que Deus designou para arcar com as responsabilidades da
direção ligada ao progresso da verdade, é rejeitar o meio ordenado por Ele para auxílio, animação e
fortalecimento de Seu povo". AA 164.
b) Os fatores de crescimento - Crescimento orgânico.
"Como importante fator de crescimento espiritual dos novos conversos, os apóstolos tiveram o
cuidado de cercá-los com a salvaguarda da ordem evangélica. As igrejas eram devidamente
organizadas em todos os lugares... Eram indicados oficiais para cada igreja, e ordem e sistemas
próprios eram estabelecidos para que se conduzissem todas as atividades, pertinentes ao bem estar
espiritual dos crentes". AA 186.
28

L - Perseguição, o método da penetração.


1 - A Igreja dotada de dons e talentos, e organizada, traz em seu bojo o consequente crescimento. E
tudo isto gera uma estratégia de emergência permitida por Deus, contudo não gerada por Ele. O
preço do crescimento espiritual - a plenitude do Espírito - e do crescimento numérico é a
PERSEGUIÇãO - a herança do evangelho.
2 - O zelo do fanatismo judaico e os melindres do Império Romano com seu domínio e sua
autoridade, trouxeram o sofrimento à igreja Apostólica. Esta foi a causa externa da perseguição da
Igreja, não necessariamente causada por Ele. Enquanto por outro lado, houve uma causa interna. O
crescimento, repentino e explosivo da Igreja em Jerusalém, trouxe um excessivo cuidado em proteger
a Igreja dos ataques inimigos, ao passo que se descuidava do trabalho interno de toda a Igreja e de
prepará-la para a
tarefa da evangelização.
a) Causas e Finalidades da Perseguição
"A perseguição que sobreveio à Igreja de Jerusalém resultou em grande impulso para obra de
evangelho. O êxito havia acompanhado o ministério da palavra neste lugar, e havia ali o perigo de
que os discípulos ali se demorassem por muito tempo... Esquecidos de que a fortaleza para resistir
ao mal é melhor obtida pelo trabalho intenso, começaram a pensar que não havia para eles trabalho
tão importante como o de escudar a Igreja de Jerusalém dos ataques do inimigo. Em lugar de
instruir os novos conversos para lavarem o evangelho aos que não o haviam ouvido,
estavam em perigo de tomar um caminho que os levaria a se sentirem satisfeitos com o que já
tinham alcançado. A fim de espalhar seus representantes por outras partes do mundo, de maneira
que pudessem trabalhar por outros, Deus permitiu que lhes sobreviesse a perseguição". AA 105.
b) Penetração e Perseguição.
"Após haverem sido os discípulos expulsos de Jerusalém pela perseguição, a mensagem do
evangelho espalhou-se rapidamente pelas regiões que ficavam além das fronteiras da Palestina; e
muitos grupos pequenos de crentes se formaram em importantes centros". AA 155.
c) Perseguição X Satanás
"Não é sem luta que Satanás permite ser o reino de Deus estabelecido na Terra. As forças do mal
estão empenhadas em incessante luta contra os instrumentos indicados para disseminar o evangelho e
esses poderes das trevas são especialmente ativos quando a verdade é proclamada diante dos homens
29

de reputação... Desta maneira sempre trabalha o inimigo caído para conservar em suas fileiras homens
de influência que, se convertidos, prestariam eficiente serviço à causa de Deus..." AA 167.
d) Maneiras de Satanás Agir.
"Os que pregam a verdade de Deus encontrarão o astucioso inimigo por muitas diferentes formas.
Algumas vezes será na pessoa de um erudito, mas na maioria delas por intermédio de homens
ignorantes, a quem Satanás treinou para se tornarem eficientes instrumentos no enganar as almas".
AA 169.
3- A perseguição, assim, é método e conseqüência do crescimento numérico, qualitativo e orgânico.
É o grande princípio por Ele permitido; é a dispersão para testemunho e conversão.
a) O resultado da perseguição.
"Haviam encontrado oposição e perseguição, mas a intervenção da previdência em seu favor, e a
conversão do carcereiro e de sua casa, foi mais de que suficiente para cobrir a desventura e o
sofrimento que haviam suportado. As novas de sua injusta prisão e milagroso libertamento tornaram-
se conhecidos em toda região, e isto levou a obra dos apóstolos ao conhecimento de um grande
número que, outra maneira, não seriam alcançados". AA 218.

M - As Crises na Igreja Apostólica.


1 - A Igreja do primeiro século passou por algumas crises:
a) Crise Administrativa.
b) Crise Doutrinária.
c) Crise Relacional
d) Crise de Fidelidade.
e) Crise missiológica
2 - A Crise Administrativa foi gerada pelo excesso de trabalho assumido pelos apóstolos, que os
levou a não tratar justamente as viúvas dos helenistas.
3 - A Crise Doutrinária teve como causa a imposição da lei como condição para salvação por parte
dos Judeus convertidos ao cristianismo.
4 - A Crise relacional ocorrida entre Paulo e Barnabé se deu em, função da discórdia de ambos
quanto ao ministério de João Marcos.
5 - A Crise de Fidelidade ocorreu devido o desejo de ostentação exterior de santidade, com o
objetivo de alcançar projeção social. Numa sociedade religiosa, santidade significa prestígio. Em cada
30

caso houve solução diferente, e uma conseqüência única.


6 - E a solução estava em dar a primazia à prioridade.
a) Na Crise Administrativa a prioridade foi dado ao ministério da Palavra e da Oração enquanto o
problema material foi entregue aos diáconos.
b) Na crise doutrinária a prioridade exlusiva foi dada à salvação,pela graça mediante a fé ( Atos
15:11) , sendo uma decisão dos apóstolos e anciãos das igrejas.
c) Na Crise Relacional a prioridade foi dada a individualidade de cada qual, não houve uma
imposição administrativa.
d) Na Crise da Fidelidade foi dada uma punição, que se tornou a priopridade. É a conseqüência em
todos os casos é que a Igreja crescia em quantidade e qualidade. (Atos 6:7 ; 15:30-32).
e) No Caso de Ananias e Safira.
"A infinita sabedoria viu que essa evidente manifestação da ira divina era necessária para impedir que
a jovem igreja se desmoralizasse. O número dos crentes aumentava rapidamente. A igreja teria
corrido perigo se, no rápido aumenta de conversos, fossem acrescentados homens e mulheres que,
embora professassem servir a Deus, adorassem a Mamom". AA 73.
f) Individualidade.
"Cada um tem sua própria individualidade, que não deve diluir-se na do outro. Não obstante, cada
um deve trabalhar em harmonia com seus irmãos. Em seu trabalho, os obreiros devem ser,
essencialmente, uma unidade. Ninguém deve colocar-se como padrão".
g) O perigo da excessiva individualidade.
"O progresso da mensagem evangélica não deve ser detido por preconceitos e preferências de
homens, qualquer que seja sua posição na igreja" AA 200.
h) Crise Doutrinária.
"O concílio que decidiu este caso era composto dos apóstolos e mestres que se haviam salientado no
trabalho de levantar igrejas cristãs e gentios, juntamente com delegados escolhidos de vários
lugares... os apóstolos e anciãos, homens de influência e bom sendo, redigiram e expediram o decreto
que foi aceito pelas igrejas cristãs". AA 196.
i) Consequências.
"As decisoes amplas e de grande alcance do concílio geral levaram confiança às fileiras dos crentes
gentios e a causa prosperou". AA 197.
31

x.x.x. x.x.x.x.x. x.x.x. x..x.x.x.x. x.x.x..x.x x.x.

VII - É a Missão Possível Ainda?


Dr. Gottfried Oosterval - traduzido pelo Pr. Luiz Nunes Em 1986, a população alcançou 5 bilhões.
Isto é mais de que 25 vezes a população nos dias de Cristo e do apóstolo Paulo. E cinco vezes mais
do que nos dias dos nossos pioneiros. Dos 5 bilhões de pessoas, cerca de 3/5 desconhecem o poder e
as promessas do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. E pode haver entre estes, 4 bilhões de
pessoas que nunca ouviram com clareza as três mensagens angélicas. Estes 4 bilhões constituem os
não alcançados, o alvo da missão dos adventista do 7º Dia.
A questão agora é como, no mundo podem estas pessoas ser alcançadas com o evangelho eterno
nesta geração. Antes de concluir este artigo, vamos primeiro estar certos que concordamos no alvo
de nossa missão: Alcançar estes 4 bilhões de pessoas que também nunca ouviram o evangelho de
Jesus Cristo em geral, ou a mensagem adventista em particular. Não somente porque o avanço da
missão é proporcional à declarada clareza de nosso alvo, mas também as estratégias da missão são
grandemente determinadas pelos nossos objetivos. Quando não há clareza e unanimidade em relação
ao nosso alvo, a missão sofre. esta é a razão porque nós não estamos avançando tão rapidamente
como poderíamos.
Uma idéia frequentemente ouvida é que Deus tem milhares maneiras próprias d'Ele mesmo para
32

alcançar estes bilhões de pessoas com o evangleho. Por que, então ser tão estreitos em alcança-los
com os limitados meios disponíveis desta igreja? Outro conceito que está ganhando preeminência é a
noção de que a missão adventista deve atender, primeiramente seu alvo, de forma exclusiva. A isto
nós, tradicionalmente , descrevemos como "clamar aos sinceros filhos de Deus para fora de
Babilônia". No mais estreito deste termo, significa proclamar a primeira, segunda e terceira
mensagens angélicas, somente a 25% da população mundial que é pelo menos nominalmente cristã.
Estes dois pontos de vista tem grande importância e precisam ser levados a sério. O primeiro
começa da visão bíblica que a missão é obra de Deus. Ele a iniciou. Ele pagou o preço por ela. Ele
também a consumará. E Ele o fará no seu próprio tempo e a sua maneira. A principal coisa que
precisamos fazer é estar certos que nós estamos do lado dele, e que nós O seguimos enquanto Ele
nos
lidera. Assim nós cresceremos n'Ele e participaremos em sua obra, e a missão de Deus será
terminada.
Há muito conforto neste ponto de vista. Mas considerado em si mesmo, ele representa muito pouco
de nossa missão mundial. Toda missão é obra de Deus, mas Ele escolheu instrumentalidades humana
para consumar Sua Obra. De fato, através das escrituras são pronunciadas maldiçoes sobre aqueles
que não fazem a obra para o cumprimento da missão de deus, como se a salvação da humanidade
dependesse de seu labor. (Eze. 3:18 e I Cor. 9:16). Os adventistas do 7º Dia ,mantêm uma visão
inclusiva da missã. Deus tem, na verdade, muitas outras formas e usa diferentes pessoas e
organizaçord para evangelizar o mundo. Mas nós não ousamos deixar para outros aquilo que Deus
em sua graça, tem especialmente, nos confiado. Não somente nossa identidade como Igreja , mas
nossa continuidade cai ou permanece de pé conforme nossa participação em mostrar a outros - 5
bilhões de pessoas - a alegria, a paz e a certeza da salvação em Jesus Cristo, e as boas novas do seu
pronto retorno.
O segundo ponto de vista também tem grande valor. É parte de nossa herança, e através dos anos
tem desenvolvido a nossa missão e determinado nossos conceitos e estratégias de evangelismo. Mas
esta visão estreita de nossa missão deve ser completada e corrigida pelo reconhecimento que na
Escritura a missão é sempre missão mundial. Significa envolver todas as pessoas e não evitar
nenhuma. A Bíblia deixa claro que o amor de Deus é tão profundo, tão amplo, tão abrangente que
inclue todas as nações , tribos, línguas e povos. Deus comissionou esta igreja para fazer discípulos de
todos os povos, em todo lugar, e ensiná-los a obedecer todas as coisas que o Senhor nos ensinou.
33

É correto para um grupo de crentes limitar sua missão a uma menor e claramente definida audiência,
quando é ainda emergente e está no processo de descobrir sua própria identidade. Isto foi verdade na
igreja primitiva. Mas dentro de poucos anos eles viram sua missão expandir de Jerusalém pra a
Judéia, então para Samaria, e finalmente ao resto do mundo (At. 1:8).
Este foi também o caso com os crentes do adventismo nascente, depois de 1844, quando eles
gradualmente expandiram sua missão de um grupo fechado dos irmãos de Laodicéia para os cristãos
da América do Norte e daí para os sinceros filhos de Deus que estão ainda em Babilônia em todos os
lugares.
Por mais atrativo que seja esta visão, e por mais que ela represente uma mior ou menor parcela de
nossa tradicional maneira de entender a missão e o evangelismo, Ela é muito limitada - O mundo
inteiro é nossa paróquia não só geograficamente mas também, social, religiosa e culturalmente. Deus
não tem favoritos. Seu amor envolve cristãos e não cristãos, os maometanos e os marxistas, os
sectários e os secularistas. Eles todos têm o direito do ouvir a mensagem, todos os 4 bilhãoes.

Duas formas de Missão:


Há, basicamente, duas formas de missão, cada uma com a sua própria forma de ministério e seus
proprios instrumentos de evangelização. Ambas são bem bíblicas, e ambas são necessárias para
efetuar a missão. Embora elas sejam bastante diferentes, pois partem de premissas opostas e têm
orientação inteiramente diferentes, as duas são muito necessárias mutuamente, e uma complementa a
outras, assim como a mão esquerda complementa a direita. Elas se desafiam e se corrigem entre si
mesmas. grande dano é causado ao avanço da missão de Deus quando somente um tipo é adotado,
ou quando uma forma é muito mais enfatizada do que a outra. Uma é entitulada MISSÃO
CENTRALIZADA NA IGREJA e a MISSÃO CENTRALIZADA NO MUNDO. É claro, que estas
duas formas nunca ocorrem totalmente isoladas uma da outra.
Muito do trabalho da missão é a mistura destas duas maneiras, embora, geralmente, uma assuma a
precedência em determinar as atitudes e aproximações em missão, os métodos e as tratégias seguidas
em evangelismo, e o tipo de organização e meios empregados. Como estes dois processos
determinam a um mais extremo avanço missionário, é útil o contraste destas formas básicas de missão
e suas consequências para a tarefa de alcançar os não alcançados.

MISSÃO CENTRALIZADA NA IGREJA


34

A missão centralizada na igreja focaliza-se no trabalho de especialistas: ministros, e evangelistas,


administradores e professores, obreiros de hospital e técnicos. Os membros da igreja são instados a
fazer sua parte no avanço da missão. Suas atividades são, usualmente, determinadas e estabelecidas
pelos especialistas por que eles são chamados a ajudar no desenvolvimento da igreja.
Comumente, na visão centralizada na igreja, ela se vê como uma "divina fortaleza num mundo
revolto", como um baluarte em um mundo poluído pelo pecado. Há pouco ou nada neste mundo
que contribua para o avanço da missão ou tenha qualquer valor salvífico. A tarefa da missão é
chamar pessoas para fora deste mundo mau, para longe de suas atividades seculares, e reuní-las na
segurança da santa fortaleza de Deus Os termos usados para descrever este tipo de missão são
ilustrivos do conceito anteriormente explicados: cruzada, campanha, salvar almas. Habitualmente tal
conceito de fortaleza anda de mãos dadas com a forma hierárquica da organização da Igreja e com
uma forma de governo fortemente centralizado.
A mensagem particular da igreja desempenha um poderoso papel nesta missão. A mensagem também
é importante na Missão centralizada no mundo igreja, exceto que neste segundo aspecto a
mensagem é adaptada às circunstâncias e condições das pessoas a quem ela é dirigida. Na missão
centralizada na igreja, a mensagem, uma vez formulada e adotada pela igreja como verdade, tende a
se tornar uma tradição sagrada, uma herança divinamente inspirada, que deve ser preservada
exatamente como ela tem sido transmitida à geração seguinte, sem mudança ou mesno nos métodos
de comunicá-la.
O método de missão centralizada na igreja tem enorme força. Não há questionamento acerca da
identidade da igreja e de sua mensagem. Especialistas - evangelistas, administradores, técnicos
podem ser enviados de uma parte a outra do globo, onde eles podem apresentar o mesmo padrão nos
métodos e na forma de administrar as organizações e insituições da igreja. E quando as pessoas
aceitam a mensagem, elas encontram uma boa e funcional organização para recebê-los e para assistí-
los para que eles possam crescer em espírito e verdade.
O método da missão centralizada na igreja tem servido bem à Igreja Adventista do Sétimo Dia. De
um punhado de crentes, ridicularizados e rejeitados por muitos, nossa igreja tem crescido como
organização mundial, admirada e respeitada por outros grupos missionários. De uma denominição de
base americana e de orientação americana ela tem se desenvolvido como igreja universal,
solidamente estabelecida em 190 países do mundo. De fato, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, hoje é
a mais ampla organização missionária protestante no mundo e possui um consistente crescimento de
35

membros de 6 a 6,5 porcentos ao ano. esta comparação nos é muito favorável com os 2 porcentos
do nível de crescimento do Cristianismo em geral e da população do globo.
Da ponto de vista centralizado na igreja , este crescimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia e sua
expansão ao redor do mundo é um grande sucesso. Da visão da missão centralizada no mundo,
contudo, a situação nos parece completamente diferente. E é esta visão que é desesperadamente
necessária agora para complementar e corrigir a outra igreja se nós queremos alcançar os 4 bilhões
de pessoas de nosso alvo.
MISSÃO CENTRALIZADA NO MUNDO
O foco da missão centralizada no mundo não é a igreja, mas o mundo, seu povo, e suas atividades.
Ao contrário do método da missão centralizada na igreja, a missão neste aspecto não é uma extensão
da igreja. Esta é outra maneira bem distinta. A igreja é um produto da missão, e um instrumento,
ferramenta para alcançar os alvos e os objetivos da missão. O alvo não é em primeiro lugar salvar
almas, nem buscar a todo custo aumentar o número de pessoas para igreja, nem expandir suas
organizações e instituições, mas é a EVANGELIZAÇÃO: apresentar a pessoa e a obra de Jesus
Cristo de tal maneira, que todas as pessoas, em todo lugar, sejam informados com o evangelho que
os força a decidir por uma vida com ou sem Cristo, assumindo todas as consequências para o
presente e a eternidade.
Qaundo as missões adventistas começaram , havia cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo, cerca de
30% dos quais eram cristões ou estavam sob a direta influência do evangelho. Desde então, o número
de pessoas que nunca ouviu a mensagem de Cristo e sua obra na fase final do Seu Ministério tem
quadruplicado. A cada ano 85 milhões de pessoas estão sendo acidionados à população mundial, para
redominantemente em áreas não cristãs. É um tremendo avanço o consistente percentual de
crescimento de 6% ao ano, mas do ponto de vista da missão centralizada no mundo, isto significa que
o número de não alcançados está aumentando pelos milhões de cada ano. Se nós levarmos a sério
nosso alvo missionário de alcançar os não alcançados nesta geração, sobretudo nosso método
centralizado na igreja precisa ser completamentado e corrigido pela missão centralizada no mundo.
A Missào Centralizada no Mundo começa com um diferente entendimento do mundo e da função
da igreja em sua relação com o mundo, ela orienta diferentes formas de comunicar a mensagem.
Outra vez mais, é preciso considerar a realidade do que é o alvo da missão. Na visão centralizada
na igreja, nosso alvo real é salvar almas, e construir igreja. As nossas atividades e programas estão
focalizadas na igreja e seu crescimento. Salvar almas é importante também, na visão orientada para o
36

mundo, mas como resultado, não como o objetivo primário de nossa missão. Na visão centralizada
no mundo, o objetivo primário da igreja é alcançar as pessoas que foram alcançadas com sua
mensagem. O alvo é dar a cada pessoa na terra a oportunidade de ouvir com clareza o evangelho
eterno, desse modo chamá-lo para uma decisão concernente a Jesus cristo e Sua obra. A pessoa que
aceita Cristo salva, e não há para ela condenação. Portanto aqueles depois de ouvirem o evangelho
não receberam a Cristo, porém, conscientemente, rejeitaram-no como seu Senhor e Salvador. Já
estão, desta forma condenados.
Missão nesta visão nào é como uma grande campanha política tentando alistar mais eleitores para
sua causa. Mais do que isso, é participar com Cristo sem Sua obra de julgamento.
nas palavras de Cristo, esta obra é completada quando os homens, em todo lugar, são
poderosamente persuadidos a fazer uma decisão quanto à luz que Ele, Cristo, trouxe ao mundo.
NOSSA REAL TAREFA
Não é esta a específica tarefa para a qual a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem sido chamada à
existência? Crescimento numérico vem como um resultado desta missão. Mas o avanço desta missão
está determinado não só pelo número daqueles a quem nós introduzimos na igreja, mas também pelo
número daqueles a quem cientificamos com o evangelho eterno, e têm sido forçados a fazer uma
decisão definitiva entre a vida com Cristo ou a vida sem Cristo. Quando o evangelho tiver sido
proclamado com tal poder em testemunho a todas as nações, então o fim virá.
Para apressar o término desta tarefa, a visão centralizada no mundo assume, em missão,
aproximações diferentes. Reconhecer que o mundo é um mosaico colorido de diferentes culturas e
grupos, cada qual com seu sistema particular de valor, símbalos e formas de comunicação, o
missionário procura tornar-se um com aqueles grupos. Ele se identifica com seus interesses e
necessidades, participa em seus assuntos seculares, e aprende a maneira e a forma em que a
mensagem do evangelho pode melhor ser comunicada.
Nisto nós devemos seguir o exemplo do Apóstolo Paulo.
Ellen White diz de Paulo: "Váriava sua maneira de trabalho, sempre desenvolvendo sua mensagem
conforme as circunstâncias sob as quais ele foi colocado... Nós também precisamos aprender e
adaptar nossos labores às condições do povo, para encontrar os homens onde eles estão". (Gospel
Worker pp. 301, 302)."Muitos esforços, embora feitos com grandes dispêndios, têm sido em grande
medida mal sucedidos porque eles não vão ao encontro das necessidades de tempo e de lugar".
(Idem, p. 297).
37

Resumindo de uma forma jornalística diríamos: a missão centralizada no mundo não está orientada
para a produção, mas está direcionada para o grupo. A Missão centralizada no mundo observa em
cada cultura aquilo que é santo, bom e preveitoso para o avanço da obra do evangelho.
Quem são as pessoas mais ajustadas a concluir a evangelização do mundo? Obviamente, aqueles
crentes que já vivem o trabalham no mundo, aquele que cada dia, participa com outros em suas
atividades seculares, e em cujas vidas o evangelho se tornou uma realidade. O método da missão
orientada para a igreja é fortemente programático e institucionalizado. Evangelismo público, rádio, e
televisão são formas predominantes de proclamação do ministério. O método de missão orientado
para o mundo é fortemente encarnacional. Ela é também uma forma integrada de missão, integrada na
totalidade da vida, parcela integrante no dia a dia de cada crente. Não é necessário um tempo e em
lugar especiais. Ocorre enquanto o crente vive fora a vida de Cristo. Ocorre espontaneamente, não
programadamente. Especialmente em nossas urbanas e secularizadas sociedades, esta é a única forma
de missão possível.
Há uma outra maneira, portanto, na qual o alvo de alcançar os não alcançados é concluído e este é
através da visão da Missão Centralizada no Mundo. Ela vê Deus mesmo agindo poderosamente na
obra no mundo, e segue sua liderança. A visão orientada para a igreja tende a limitar as atividades de
Deus dirigidas à Igreja. Ela vê os dons do Espírito operando primeiramente dentro da igreja. Por
contraste, a visão centralizada no mundo vê o Espírito do Senhor constantemente sendo derramado
sobre os pagãos. Ela vê os milagres da ação de Deus acontecendo em cada lugar, o renovado
interesse da leitura da Bíblia na Europa secular, e enorme receptividade ao evangelho em forma e
símbolos que o homem moderno pode entender, surgimento de movimentos populares na direção de
Cristo em todos os continentes, e a emergente expectação messiânica em cada lugar. Porque muitas
destas atividades do Espírito estão aparecendo em outras formas fora daqueles sancionados em nossa
tradição de igreja, a visào de missão orientada para igreja nem sempre as reconhece como tal. Ainda
que elas sejam a maneira de Deus terminar Sua obra.

CONCLUÍDO A TAREFA:
Alcançar os nào alcançados: como, quando, nós nos ocupamos disto? Embora a missão centralizada
no mundo tenha enorme força, ela também tem suas fraquezas. A missão centralizada no mundo sem
uma forte igreja para guiá-la e dirigi-la, ela cedo perde sua identidade. Torna-se como o sal que não
tem sabor.
38

A Missão Centralizada no Mundo pode ter o poder de uma onda, mas sem a força instituicional da
igreja ela não tem estabilidade e nem continuidade. Ministros especializados são necessários para
atender os crentes em sua vida e em seu trabalho pela missão no mundo. Conversos precisam ser
cuidados e observados dentro da nossa comunidade do Espírito. Todas as indicações dadas a nós na
Escritura e através de cuidados a pesquisa apontam para o fato de que missão orientada para o
mundo precisa da missão centralizada na igreja, e vice-versa, para que o alvo de alcançar os não
alcançados seja concluído. Os dois métodos complementam um ao outro, se desafiam e se corrigem
mutuamente. Mas pelo fato de que nossa tradicional aproximação à missão tem sido direcionada,
predominantemente, pela visão centralizada na igreja, nós precisamos começar a dar muito maior
ênfase para a visão centralizada no mundo, tanto em nossos pensamentos como em nossa pátria. Para
o futuro imediato de nossa obra isto significa:
1 - Nós devemos fazer um serio estudo dos diferentes métodos da missão mundial adventista, tais
como os milhares de grupos sociais e étnicos não alcançados, e desenvolver a mais conveniente
maneira de alcançá-los em suas necessidades particulares e em suas possibilidades.
2 - Nós devemos dar muito mais atenção em estimular e equipar os membros voluntários para o
desempenho da missão, não só padronizados de acordo com ministérios especializados e programas
da igreja, mas em harmonia com suas particulares funções no mundo e baseados nos seus especiais
do Espírito (evangelismo integrado, testemunha espont6aneo, ministérios de participação e
assistência.
3 - Nós devemos fazer do alcançar os não alcançados nosso alvo primário na missão, e ajustar todos
os outros objetivos e atividades de acordo com ele.
4 - Nós devemos desenvolver uma série de projetos nas igrejas para alcançar os de forma, em
particular os povos secularizados do mundo.
5 - Nós devemos considerar o estabelecimento de um concílio missionário para guiar a igreja nesta
nova era da missão com seus novos desafios e oportunidades.

ONDE SE POSICIONA SUA IGREJA?


Depois de ler este artigo dê uma olhada em todas as correntes práticas e programas de sua igreja
(conferência e união) etc). Onde elas se posicionam, nos dois processos de missão sumariados nesta
tabela? Usando escalas de 1 a 9, estabeleça a nível de sua igreja em relação aos dois tipos de missão
centralizada na igreja ou no mundo. Marque a colocação de sua igreja na linha horizontal
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(centralizada no mundo) e na vertical (centralizada na igreja), estabelecendo os eixos no cartão.


Desenhe uma linha vertical a partir do eixo da linha Horizontal e desenhe uma linha vertical. Então
desenhe outra linha do centro do esquema para a interseção das duas linhas. (Veja exemplo no
esquema abaixo). Cabalmente esta linha deveria ficar próxima da linha pontilhada no quadrante II. Se
sua igreja encontra-se em outro quadrante, como poderia você mudar sua direção? VIII - A
CAMPANHA EVANGELÍSTICA

PASSOS CONSECUTIVOS DE UMA CAMPANHA EVANGELÍSTICA


Uma capanha evangelística não começa nem termina quando o evangelísta dita a primeira e última
conferência. Uma campanha bem sucedida tem sido pensada e planejada meses antes da primeira
conferência e se prolonga por meses depois que o evangelista deixou de apresentar-se em público
Uma campanha bem realizada segue uma seguência de passos bem definidos e importantes que
estudaremos a seguir:
A - Éscolha do Lugar
O primeiro é escolher o bairro, a cidade, estado, ou país onde se realizarão as conferências. Pode ser
que um campo local deseje fortificar a obra em certo lugar e peça ao evangelista que realize uma
série ali.
Pode ocorrer também que se esteja inaugurando um novo templo em certa cidade, ou que se queira
abrir obra nova. Pode ser que o evangelista sinta um desejo especial por certa cidade. Ver tipo sócio-
econômico, especialmente quando são novos templos em campanha metropolitana.

B - Consenso Favorável
É de desejar que finalmente haja um consenso favorável com respeito à escolha do lugar por parte
do campo local, do evangelista, do pastor da igreja ou igrejas da cidade e sobretudo das igrejas
Convém insistir que o pastor ou pastores das igrejas da cidade e os membros das comissões das
igrejas e os membros em geral aceitam a idéia da campanha como algo necessário, tomar o projeto
como seu e brindar-lhe um apoio total, caloroso e entusiasta. Quando não existe tal apoio dos
pastores e das igrejas convém pensar mais de uma vez na conveniência de escolher tal lugar.

C - Planejamento tentativo - Sugestiva


Uma vez escolhido o lugar e conhecido pelo evangelista, este traça os planos provissórios da
40

campanha. Estes planos incluem:


1 - Estratégia da campanha
2 - Lema da campanha
3 - Duração da campanha
4 - Lugar ou lugares sugeridos para as conferências.
5 - Temário
6 - Comissões
7 - Plano de preparação do terreno
8 - Pessoal da campanha
9 - Materiais necessários
10 - Escola de evangelismo
11 - Finanças
12 - Alvos vários
13 - Calendário de eventos da campanha
14 - Batismos, datas e programas
15 - participação dos leigos
16 - Relação públicas
17 - Organização interna da campanha
D - Discursão e aprovação dos planos
O evangelista submete os planos ao campo local. Discute-se e são feitas as sugestões. É apresentado
o plano aos pastores envolvidos e são ouvidas suas sugestões. O mesmo se faz com a igreja.
Tomando em conta todas as sugestões, se traça o plano definitivo que é aprovado pelo campo local e
pelo evangelista

E - Comunicação dos planos


Os planos definitivamente aprovados são comunicados detalhadamente a:
1 - Campo local
2 - Presidente de comissões
3 - Pastores
4 - Igrejas
5 - Obreiros que participarão da campanha.
41

F - Capacitação dos que participarão da campanha


Se na campanha participam pregadores leigos é necessário capacitá-los com boa antecedência.
Também se faz necessário capacitar aos que preparam o terreno, e aos que formam parte de
comissões.
A equipe de obreiros deve chegar ao lugar uns dias antes para receber instruções e capacitaçào.
Deverão ser orientados todos aqueles que forem designados pelo campo local em conformidade com
o evangelista.

G - Preparação do terreno
As campanhas modernas são de colheita. Mas para que existe colheita deve ser precedida por uma
semeadura e esta semeadura se faz com meses de antecedências pela igreja dirigida pelos pastores.
Quanto mais abundante e de melhor qualidade seja a semeadura, mais abundante de melhor
qualidade será a colheita. O ideal é que ao começar as conferências haja centenas de pessoas quase
totalmente instruídas na verdade e praticando a maior parte das doutrinas. Então as conferências
recapitulam a verdade decidem ao interessado e o levam ao bastismo.

1 - Formas antecipadas de preparar o terreno


a) Carteiros missionários. Trabalhando com as lições da Escola Radiopostal, ou qualquer curso
apropriado desde seis meses antes de começarem as conferências.. Um trabalho mais completo é que
o carteiro distribua o curso do Mundo de Amanhã, Econtre com a Vida e Família Feliz. Insistir que
o carteiro tenha como meta apresentar o seu aluno como candidato preparado para o batismo. Cada
igreja terá seu chefe de carteiras missionários. As pessoas inscritas devem ser o triplo da capacidade
de salão.
b) Classes Batismais. Em cada igreja envolvida na campanha se organizam até tr6es classes
batismais: menores, jovens e adultos. Estas classes são PERMANENTES e tornam necessário que se
nomeie e capacite a bons instrutores de classes batismais.
c) Pontos de Pregação. Pregadores leigos, grupos de jovens e unidades evangelizadoras iniciam o
maior número possível de reuniões evangelizadoras nos bairros da cidade. Ao começar as
conferências todos os interesses são concentrados nos lugares das conferências. (A melhor época,
semana santa)
42

d) Estudos bíblicos por leigos. Dezenas de leigos bem treinados dão estudos bíblicos a centenas de
pessoas interessadas, e seminário do Apocalipse de casa em casa.
2 - Meios de preparar o terreno justamente antes das conferências, para conseguir público.
a) Panfleto preparatório. Nas vizinhanças do lugar de conferências se distribui um panfleto intrigante
que desperte a curiosidade do povo e ofereça mais notícias, no final do mesmo - Haverá resposta -
Carta Convite - cartaz.
b) Pesquisa. Umas três semanas antes das conferências a vizinhança do lugar de conferências deve
ser visitada, fazendo-lhes uma pesquisa, na qual escolham os temas que mais lhes interesse, tomando
também nota do nome de cada um e endereço. (TV e Jornal)
c) Entrega do convite. Todos aqueles que receberam o panfleto preparatório e que responderam a
pesquisa devem receber o convite para as conferências.
d) Plano de cinco dias para deixar de fumar. Nos lugares onde é propício se organiza um plano de
cinco dias para deixar de fumar, imediatamente antes das conferências. Ao terminar se convida a
todos para assistirem as conferências
f) Grande campanha entre os membros da igreja para que levem visitas. Deve se incentivar e
mobilizar os membros da igreja, alguns meses antes para que levem a seus amigos, familiares,
companheiros, vizinhos e interessados às conferências.

H - Nomeação e Organização das Comissões.


Pelo menos dois meses antes das conferências se nomeiam todas as comissões que atuarão como
suporte das conferências. Deve ser nomeado seu presidente, vice- presidente e os vogais. Convém
ter uma reunião com cada comissão para explicar-lhes detalhadamente suas responsabilidades. As
comissões mais comuns são as seguintes:
1 - Comissão de recepcionistas
2 - Monissão de plataforma
3 - Comissão de música e programas especiais.
4 - Comissão de equipamentos de som e projeção
5 - Comissão de secretárias
6 - Comissão de diáconos para recolher a oferta e dividir materiais
7 - Comissão de visitação dos interessados
8 - Comissão de consolidação dos novos batizados
43

9 - Comissão de propaganda
10 - Comissão de grupos de oração
I - Propaganda
Na semana anterior ao início das conferências, toda a propaganda que se tenha decidido fazer, deverá
estar pronta. Para isso devemos contar com a ajuda dos obreiros que formam a equipe e dos leigos.
1 - Propaganda Interna. Não esquecer que a melhor propaganda sãos nossos membros da igreja,
Portanto, convém fazer boletins informativos e cartazes para manter diante deles o desafio de
convidar a seus amigos e suas relações. Oferecer incentivos. Quanto mais gente levem nossos
irmãos, melhor será a colheita.
2 - Propaganda externa. É a propaganda para fazer conhecer ao público as conferências. A
propaganda é dividida pelas seguintes pessoas:
a) Membros da equipe evangelística - obreiros
b) Membros da igreja.
c) Jovens
d) Desbravadores
e) O público que assiste às conferências
f) TV , rádio e jornal
J - Série de Conferência
A série de conferências durará entre 4 a 12 semanas, segundo os meios e o tempo disponível pelo
evangelista. Geralmente a série se divide nas seguintes partes:
1 - Começo, introdução. Apresentação de temas sociais, para ganhar a confiança do público.
Geralmente se dão dois ou três temas sociais, depois entra-se na religioso e cada semana se apresenta
pelo menos um tema social, ou seja, introduzir os temas sociais através da série.
2 - Curso bíblico. Muitos conferencistas dão os temas religiosos em forma de classe bíblica; outros
seguem a forma tradicional de conferência.
3 - Recapitulação final. As duas últimas semanas se dedicam a uma recapitulação total das
doutrinas ensinadas.
K - Semana de Decisão - 2 semanas.
A última semana de conferências se chama "Semana da Decisão". Cada noite se faz um fervoroso
chamado ao batismo. Assim mesmo os instrutores bíblicos e os leigos que estão preparando
candidatos tomam as decisões finais.
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L - Batismo. Há várias formas de encarar o assunto dos batismos:


1 - Ter batismos cada duas semanas durante a campanha.
2 - Ter um batismo no começo e outro grande no final.
3 - Concentrar todos os candidatos para um só batísmo.
4 - Os batismos contam a partir do início da preparação do terreno.
Quando se trata de uma campanha múltipla ou nacional, se realizam dois batismos: o primeiro
durante as primeiras semanas da série e o último é uma concentração gigante.
a) Batismo gigante - A vantagem é o efeito psicológico de algo grande, que ajuda a muitas pessoas
a tomarem uma decisão, bem como um impacto sobre a igreja, os crentes, a comunidade. A maior
desvantagem é a dificuldade para fazer um bom chamado. Assim mesmo um batismo gigante
necessita de cuidadosa preparação e organização.
b) Batismos contínuos. A maior vantagem é ter a oportunidade de fazer vários apelos aos quais
sempre há interessados que respondem.
M - Informação.
Depois de terminar a campanha é normal informar os resultados da campanha ao campo local e à
organização a qual pertence o evangelista. Se a campanha foi bem sucedida é conveniente escrever
um artigo para nossas revistas. Tal artigo deve ser ponderado, evitando exageres e dando abundante
crédito aos colaboradores e sobretudo aos legos.

N - Continuidade.
Geralmente, quando o evangelista termina sua parte, não quer dizer que terminou o interesse do
público, eu que terminaram os candidatos. Portanto, convém er programado uma série de
continuidade com temas de confirmação doutrinais, um tanto profundos: mordomia, história
denominacional, estudo das profecias, capacitação missionária, etc. Também é conveniente que parte
da equipe evangelística fique por um tempo para terminar de preparar os interessados. Durante a
continuidade deve- se planejar pelos menos duas cerimônias batismais. Amiúde, se o programa de
continuidade é bom, se batizam tanto como na série principal.
O - Consolidação
Tradicionalmente, a parte mais débil de todo o programa é a consolidação dos novos batizados. Vão
embora o evangelista, os instrutores bíblicos, às vezes o pastor da igreja é transferido e os irmãos
perdem o interesse. Nessa situação dezenas de novos batizados se desanimam, sucumbem diante das
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tentações e problemas, e abandonam a fé. A responsabilidade da consolidação corresponde a:


1 - O evangelista. No sentido de planejar a consolidação como parte integral da campanha.
Outrossim, antes de ir embora, o evangelista deve ser assegurar de que há um bom plano de
consolidação e insistir no assunto.
2 - O Pastor e a Igreja. Por certo que a maior responsabilidade recai sobre o pastor e a igreja. Neles
recai, sobretudo, a parte operação. Durante vários meses depois de uma campanha, a principal
preocupação do pastor deve ser a consolidação dos novos membros. Para isso deve contar com a
ajuda dos anciãos, diáconos, diaconisas, professores de Escola sabatina e outros oficiais e membros
da igreja. Deve se traçar um plano definido de visitação dos novos conversos, e cada semana os
visitadores devem dar um relatório ao paster ou aos anciãos ajudantes.
3 - O administrador do campo local. Deve cuidar se realmente está sendo levado avante o plano
de consolidação no lugar em que houve a série de conferências. Por nenhum motivo deve ser
transferido o pastor, até que os resultados da campanha tenham ficado firmemente estabelecidos.
4 - Material impresso de consolidação: lição da Escola Sabatina.
5 - Anciãos, diáconos e diaconisas.
6 - Visitação integrada.

P - Avaliação.
É um passo pouco praticado. Consiste em regressar ao lugar onde se realizou a campanha e fazer
uma pesquisa muito objetiva dos resultados da mesma, um ano após a realização da mesma. Outra
boa prática é fazer um relatório da avaliação da campanha no qual se informem clara e objetivamente:
1 - Os pontos altos da campanha.
2 - Aqueles métodos e coisas que deram bom resultado.
3 - Os assuntos que não funcionaram bem.
4 - Os métodos que resultaram num fracasso.
5 - Avaliação do pessoal que colaborou com a campanha.
6 - Recomendações sobre como melhorar no futuro. É um erro fazer aparecer como êxito o que não
o foi. O correto e produtivo é fazer uma honesta avaliação, ver por que as coisas não saíram bem e
aprender para não cometer os mesmos erros nas próximas campanhas. Quando a campanha obtém
êxito, vale à pena analisar as razões do êxito para cincrementá-las e aperfeiçoa-las em futuras
campanhas.
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Realizar uma campanha evangelística é uma aventura sagrada. Há muitas coisas imponderáveis que
ajudam ou afetam o bom êxito, porém um evangelista escrupuloso não se lança a ela temerariamente,
senão planejando e seguindo os passos naturais de uma campanha. A empresa da salvação não foi
imprevisação senão o resultado de um plano cuidadoso. Segamos o exemplo divino.
III - METODOLOGIA DO EVANGELISMO PÚBLICO
I - EVANGELISMO PÚBLICO CENTRALIZADO.
a - Do ponto vista humano é aquele que se fundamenta na capacidade extraordinária de um grande
pregador, foi iniciado na América Latina pelo Pr. Schubert, cuja grande qualidade foi adaptar os tipos
de reuniões evangelísticas ao mundo católico. Ele foi o precusor deste tipo de evangelismo para toda
América Latina.
1 - Ele seguia metodologia tal que evitasse suscitar o preconceito religioso nas pessoas.
a) usando temas sociais introdutórios, e depois gradativamente religiosos.
b) Evitando, inicialmente oração em público.
c) Não se declarando pastor, nem representante de uma entidade, hoje conhecida como ABBI.
2 - Atualmente todo o sistema evangelístico da América Latina segue, com as devidas adaptações, os
moldes de conferências do Pr. Schubert. Os grandes nomes do evangelismo público moderno foram,
direta ou indiretamente, influenciados por seus métodos.
3 - Recebeu este método o título de evangelismo estrela, porque era realizado por um só pregador,
que administrava toda a campanha sozinho.
a) Era responsável pela escolha do local das reuniões
b) Administração financeira
c) Preparo Espiritual da igreja
d) Preparo Missionário do campo
e) Orientação e liderança da obra Bíblica
f) Propaganda
g) Apresentação dos temas
h) Resultados de batismos que só eram contados a partir da primeira noite da proclamação.
4 - Devido a grandeza destes pregadores muitos pastores se viam muito distantes desse ideal: a
quantidade de recursos audio-visuais, o valor de verba necessária, o tamanho dos auditórios, a
qualidade da música apresentada. Tudo isso fez com que muitos pastores, entendendo suas
limitações, abandonassem a esperança de fazer evangelismo público centralizado.
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a) Ele continua tendo sua utilidade em cidades, ou até mesmo, bairros, onde não haja
representatividade da igreja.
b) Este método vende a idéia que a obra do evangelismo era uma atividade de um especialista, e
quem não era, estava fora.
c) Até se concluiu que para ser evangelista tinha-se que ser grande orador, e possuidor de uma
personalidade extrovertida.
B - Dentro deste sistema tem-se a campanha metropolitana Unida.
1 - É uma campanha em uma cidade importante na qual todas as igrejas e congregações se unem em
um só lugar e na qual prega um só evangelista auxiliado por obreiros e leigos que fazem a obra
pessoal de visitação.
a) Local - teatro, grande salão, tenda ou grande templo.
b) organização - segue os moldes do evangelismo centralizado só que conta com o envolvimento
maior dos leigos, enquanto na primeira o trabalho de preparação é entregue a especialistas.
c) os batismos são periodicos a cada uma ou duas semanas, terminando, culminando com um grande
batismo.
d) Este sistema é muito bom quando se deseja inaugurar um novo templo. Ou quando se quer fazer
um forte impacto na cidade. E quando se tem um evangelista excepcional.
e) No Brasil há dois homens que fazem este método Pr. Alcides Campolongo e Pr. José Bessa. O
exemplo mais significativo é o do Pr. Kennethox, cujas campanhas em grandes salões reunem até
8000 pessoas.
II - EVANGELISMO PÚBLICO DESCENTRALIZADO.
Nunca faça uma conferência onde com os mesmos recursos podem ser feitas mais.
A - Modernamente se iniciou com Pr. Carlos Aeschlimamm, em 1979 em El Salvador.
1 - O Pr. Aeschlimamm, chegou a esta missão com o propósito de fazer uma série no sistema
tradicional.
a) Quando o Pr. Raul Rodriguez, presidente da missão, pediu que ele lhe desse toda a sua verba, e
que ao invés de fazer uma campanha, fossem feitas várias.
b) Depois de ficar um tanto confuso e preocupado, depois de expor o problema a Deus em oração,
no dia seguinte deu toda a sua verba nas mãos do Pr. Raul Rodriguez.
2 - No lugar de uma só campanha foram realizadas 136 com a duração de 9 semanas onde foram
batizadas 2000 havendo um batismo gigante de 1350 pessoas, assistido por 7000 pessoas.
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BIBLIOGRAFIA

- Desejado de Todas as Nações , Ellen G. White,


49

Casa, Santo André, 1979.


- Atos dos Apóstolos, Idem.
- Obreiros Evangélicos, Idem.
- Serviço Cristão, Idem.
- Evangelismo, Idem.
- La Venida Del Consolador, Le Roy Froom G. Stendmem,
Mundo Cristão, São Paulo, 1974.
- Desafio da Evangelização do Mundo, Edward R. Dayton,
Editora Betânia, Minas Gerais, 1982.
- Crescimento Equlibrado na Igreja Local, Lourenço Eduardo Heys, Cresça , São Paulo, 1981.
- I Coríntios, Introdução e Comentário, Leon Mori, Mundo Cristão, São Paulo, 1981.
- Atos Introdução e Comentário, Mundo Cristão,
I. Haward Marshall, 1982.
- Comentário do Evangelho de João, Casa , Mário Veloso, 1984.
- Interpretação do Quarto Evangelho, Ed. Paulinas, C.H. Dood; São Paulo, 1977.
- Lição da Escola Sabatina, I Trimestre de 1986, Um Só Senhor, Uma Só Fé.
- A Missão da Igreja no Mundo de Hoje, Congresso de Lausanne, ABU Editora, São Paulo, 1982.
- A Natureza Missionária da Igreja, Aste, Johannes Blauw, São Paulo, 1966.
- Missão da Igreja Adventista, IAE, Werner Uyhmaster, SP 1981
- A Palavra de Deus e o Crescimento da Igreja, Edições Vida Nova , AR. Tippet, São Paulo, 1970.

DIVERSAS FORMAS DE CAMPANHAS EVANGELÍSTICAS


NA DIVISÃO INTERAMERICANA
Entre as mais bem-sucedidas formas de evangelismo e conquista de almas, a pregação do evangelho
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continua ocupando lugar preeminente. Quando essa pregação é organizada para apresentar a verdade
em forma lógica e completa a um público não adventista, estamos falando de uma CAMPANHA
EVANGELÍSTICA OU SÉRIE DE CONFERÊNCIAS.
Na Divisão Interamericana estão sendo usados vários tipos de campanhas evangelizadoras, algumas
de forma tradicional e outras um tanto inéditas.
1. CAPANHA EVANGELÍSTICA NACIONAL
a. Descrição - É uma campanha unida, com temário, propaganda, materiais e tadas comuns. Abrange
o país inteiro. Geralmente é dirigida por um evangelista de grande experiência, ao qual se unem na
pregação os obreiros, pastores e leigos.
b. Lugares - A campanha é realizada em todas as igrejas e congregações do país, usando todos os
templos e capelas, bem como dezenas de lugares novos.
c. Organização - Geralmente o presidente do campo é o presidente da comissão diretiva. Se o país
tem vários campos locais, o presidente da união é o dirigente principal. Cada campo local tem sua
respectiva comissão; o mesmo ocorre com cada igreja. O evangelista da União é o coordenador geral
e os evangelistas dos campos locais, coordenadores em seu respectivo campo. Cada igreja nomeia
sua comissão, sendo os homens-chave um ancião encarregado do evangelismo, o pregador, o diretor
dos carteiros missionários, o diretor missionário e o instrutor das classes batismais.
Uma Campanha Nacional tem tanto trabalho de organização, que é necessário prepará-la com pelo
menos um ano de antecedência.
d. Vatagens - Unem-se todas as forças de obreiros e leigos em um gigantesco esforço comum em
favor da evangelização. Todos os obreiros são mobilizados, bem como todas as igrejas.
e. Batismos - Frequentemente se organiza um batismo gigante unido, ou batismos regionais. Se o
país é grande, é necessário dedicar uma semana inteira para batizar em todos os rincões do país.
f. A Primeira Campanha Nacional - Foi organizada no ano de 1979, em El Salvador. Foi dirigida
pelo presidente daquela missão, o pastor Raul Rodriguez, e pelo secretário ministerial da Divisão
Interamericana. A campanha abrangeu 136 locais de pregação, durou nove semanas e resultou em
2.000 batizados. Houve um batismo gigante de 1.350 candidatos, o qual foi presenciado por 7.000
pessoas.
Cabe mencionar que El Salvador repetiu a Campanha Nacional em 1980 e em 1981, com resultados
extraordinários. Em 1981 essa pequena missão batizou cerca de 4.000 almas, ou seja, esteve entre os
campos mundiais que mais batizaram.
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g. Campanhas Nacionais Seguintes - Em 1982 foi realizada a Campanha Nacional da Colômbia, da


qual participaram duas associações e duas missões com aproximadamente 650 centros de pregação.
Em 1982 realizou-se a Campanha Evangelística Centro-Americana, que abarcou toda a União
Centro-Americana, participando sete campos locais e com uns mil centros de pregação.

2. CAMPANHA EVANGELÍSTICA REGIONAL


a. Descrição - Segue o mesmo padrão da Campanha Nacional, mas abrange um território menor,
que pode ser uma província, um estado ou um conjunto de distritos. É dirigida por um evangelista de
união ou campo local, ajudado pelos pastores da área e leigos.
b. Lugares - Templos, capelas e lugares novos.
c. Organização - Semelhante à da Campanha Nacional.
d. Vantagens - Todo um estado ou conjunto de distritos é galvanizado pelo evangelismo.
e. Batismos - Geralmente se organiza uma cerimônia batismal unida e gigante.
f. Exemplos - Em 1980 foi realizada a Campanha Regional de Nuevo Leon, México, organizada pela
Associação Norte do México, sob a direção dos pastores Neftali Quintero, Carlos Aeschlimann e
Dontato Ramirez. Incluiu 25 locais e foram batizadas 700 almas.
Em 1981 foi organizada uma Campanha Regional na Associação Sul do México, sob a direção do
evangelista Arcadio Gonzalez. Compreendeu seis distritos com 115 locais de pregação, e culminou
com um batismo gigante de 950 candidatos na cidade de tapachula.
g. Próximas - Está sendo planejada uma campanha que inclua todo o estado de Veracruz, no
México. Possivelmente outra que abarque toda a Associação do Sudeste do México.
3. CAMPANHA METROPOLITANA MÚLTIPLA
A.Descrição - É uma campanha evangelizadora numa cidade grande, mobilizando todas as igrejas e
congregações dessa cidade. Pregam o evangelista na igreja principal e os obreiros e pastores nas
demais igrejas. O programa, o temário e os materiais são unificados.
b. Lugares - Templos, capelas e lugares novos.
c. Organização - A campanha é dirigida pelo presidente do campo e o evangelista. Geralmente os
obreiros participantes são organizados em equipes.
d. Vantagens - Todas as igrejas de uma cidade são beneficiadas pelo entusiasmo evangelístico e a
mensagem é levada aos bairros da cidade.
e. Batismos - Geralmente se organiza um batismo unido de todas as igrejas da cidade.
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f. Exemplo - Em 1980 foi realizada a Campanha Metropolitana Múltipla de Caracas, da qual


participaram 17 igrejas. Foram batizadas aproximadamente 500 almas. Foi dirigida pelo pastor Carlos
Aeschlimann.
Em 1981 ocorreram as campanhas metropolitanas de Guadalajara, México, e de Barranquilla,
Colômbia.
g. Próximas - Em 1982 foi realizada a Campanha Metropolitana Múltipla da Cidade do México, na
qual participaram 54 igrejas e congregações. Participaram uns 60 obreiros, 160 colportores e leigos.

4. CAMPANHA METROPOLITANA UNIDA


A. Descrição - É uma campanha em uma cidade importante, na qual todas as igrejas e congregações
se unem num só lugar e na qual prega um só evangelista, auxiliado por obreiros e leigos, que fazem a
obra pessoal de visitação.
b. Lugar - Pode ser em um teatro, salão, tenda ou num grande templo.
c. Organização - Esta campanha é dirigida pelo evangelista. Os obreiros geralmente se organizam
em equipes.
d. Vantagens - Sistema muito bom quando se deseja inaugurar um novo templo. Também quando
se deseja causar um forte impacto na cidade ou quando se tenha conseguido um evangelista
excepcional.
e. Batismos - Batismos cada duas semanas ou terminando com um grande.
f. Exemplos - As campanhas do pastor Kenneth Cox, que tiveram uma frequência de até 8.000
pessoas em grandes salões, são o tipo mais usual de séries de conferências.

5. CAMPANHAS EVANGELÍSTICAS PASTORAIS


A. Descrição - São as campanhas que cada pastor de igreja deve dirigir anualmente. Na América
central calculamos que 90% dos pastores dirigem uma campanha evangelística por ano. Alguns
dirigem até quatro por ano. Este evangelismo é de vital importância, pois a soma de todas as
campanhas dirigidas por todos os pastores é o que pode dar os maiores resultados. Todo pastor tem o
sagrado dever de fazer evangelismo cada ano.
b. Lugares - templos, capelas, tendas e salões.
c. Organizaçào - É dirigida pelo pastor com a ajuda dos leigos. Geralmente dura de 4 a seis
semanas.
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d. Vantagens - Manter o espírito evangelizador nas igrejas. A soma de todas as campanhas dá êxito
a um campo local.
e. Batismos - No mesmo local onde foram realizadas as conferências.

6. CAMPANHAS POR ADMINISTRADORES E DEPARTAMENTAIS


A. Descrição - são campanhas geralmente curtas, dirigidas cada ano pelos administradores e
departamentais do campo local. Na Divisão Interamericana é tradição que administradores e
departamentais dêem o exemplo e inspirem os obreiros e leigos, dirigindo pelo menos uma campanha
por ano.
b. Lugares - Em alguma das igrejas do campo local.
c. Organização - Fica por conta do pregador, ajudado pelo pastor da igreja e dos leigos. Dura entre
2 e 4 semanas.
d. Vantagens - O exemplo é contagioso. Às vezes há administradores e departamentais que se
excelentes evangelistas e fazem um trabalho excepcional. As igrejas são reconfortadas e animadas.
e. Exemplos - Há muitos anos o pastor G W Brown, presidente da Divisão Interamenricana, dirige
uma campanha anual com grande êxito. O pastor Crowder, diretor de Mordomia da União da Índias
Ocidentais, tem dirigido campanhas nas quais se batizaram mais de 400 pessoas. O pastor M V
McMillan, presidente de associação, todos os naos realiza campanhas nas quais se batizam centenas
de pessoas.

7. CAMPANHAS DIRIGIDAS POR LEIGOS


a. Descrição - São campanhas evangelísticas dirigidas por pregadores leigos. na América Central se
está promovendo muito esse tipo de evangelismo. Nas campanhas nacionais e regionais, centenas de
leigos se unem aos obreiros e dirigem campanhas com muito sucesso. Os leigos também gostam de
dirigir reuniões de bairro e abrir novas frentes da obra.
b. Lugares - Templos, capelas, tendas, lares adventistas e não-adventistas, salões e qualquer lugar
disponível.
c. Organização - Essas campanhas são organizadas pelas igrejas, com a supervisão do pastor.
d. Vantagens - Quanto mais campanhas dirigirem os leigos, melhores resultados haverá. Por isso
muitas uniões e campos locais estão investindo grandes somas de dinheiro no evangelismo dos leigos.
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8. CAMPANHAS DIRIGIDAS POR JOVENS


a. Descrição - São campanhas evangelísticas dirigidas pelos jovens. Eles ajudam especialmente por
ocasião do Evangelismo da semana Santa e também nas campanhas nacionais. Além disso, na Divisão
Interamericana, existe o projeto de evangelismo juvenil chamado "Operação Natã", que consiste em
que os jovens começam séries de conferências no tempo da primeira semana de oração, até o mês de
junho, quando vem o mês dos batismos dos juvenis.
b. Lugares - especialmente em templos e capelas, ou qualquer outro lugar disponível.
c. Organização - Igreja local, Sociedade de jovens. Assessoramento do pastor ou ancião
encarregado dos jovens.
d. Vantagens - Quando os jovens se interessam em evangelismo, não só há maiores resultados em
batismos, como também menos problemas juvenis na igreja.

9. EVANGELISMO INFANTIL
a. Descrição - Em conexão com as campanhas evangelísticas para adultos e jovens, frequentemente
funciona uma seção de evangelismo infantil que constuma dar muito bons frutos em batismos.
Na Associação Colombiana do Pacífico, o pastor Orlando Gonzalez está experimentando campanhas
com pregadores infantins, e para surpresa de muitos, estão tendo êxito inusitado.

10. CAMPANHAS CURTAS E INTENSIVAS


a. Descrição - São campanhas de duas a três semanas de duração, com conferências todas as noites.
Essencialmente, são campanhas de colheita às quais deve anteceder uma cuidadosa preparação do
terreno.
b. Lugares - Essencialmente templos.
c. Organização - O Evangelista e a igreja local.
d. Vantagens - Certos evangelistas, para dar um forte umpulso à evangelização e aos batismos numa
união ou campo local, preferem dirigir várias destas campanhas em lugar de uma grande e
dispendiosa. Geralmente várias destas campanhas produzem centenas de batizados.

11. CAMPANHAS TIPO REAVIVAMENTO


a. Descrição - São reuniões especialmente designadas para obter um reavivamento na igreja, mas à
qual os irmãos convidam seus interessados. Podem ser semanas de mordomia, do lar ou da saúde,
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aproveitando-se para que os irmãos estejam presentes.


b. Vantagens - Não apenas os membros da igreja se beneficiam, mas é realizada a evangelização e
são conquistadas preciosas almas para Cristo.

12. SEMANAS DE ORAÇÃO NOS COLÉGIOS


a. Descrição - Todos os nossos colégios realizam duas semanas de Oração que podem chegar a ser
magníficas ocasiões para evangelizar e preparar para o batismo os alunos não-adventistas.
b. Descrição - É costume que as Semanas de Oração terminem com batismo.

13. EVANGELISMO NAS MISSÕES EXPERIMENTAIS


a. Desccrição - Há vários anos funciona a Missão Experimental nos colégios da América do Sul, a
qual tem dado magnífico resultado na preparação dos alunos. (A 1ª no Brasil feita em Caruaru , pelos
alunos do SALT- 198l. E também no evangelismo e na conquista de almas. Em nossa Divisão, a
primeira Missão Experimental está funcionando com grande êxito em ICOLVEN.
b. Vantagens - Os alunos de teologia praticam a obra pastoral e o evangelismo em situação real. As
campanhas que dirigem no contexto da Missão Experimental têm sido muito frutíferas.

14. CAMPANHAS TIPO PENETRAÇÃO


a. Descrição - São campanhas em lugares novos com o objetivo de estabelecer uma congregação ou
igreja.
b. Lugares - Cidades ou povoados onde não há obra estabelecida. Geralmente se aluga um salão, se
aluga ou compra uma casa e se fazem as necessárias adaptações.
c. Organização - Estas campanhas são dirigidas por um evangelista. Outras vezes são projeto
missionário de uma igreja grande.
d. Vantagens - São campanhas utilíssimas para estender a obra a lugares novos.

15. CAMPANHAS DA SEMANA SANTA


a. Descrição - São o evangelismo feito para aproveitar a disposição religiosa do público durante o
tempo da Semana Santa. Nas divisões Sul-Americana e Interamericana este tipo de evangelismo se
tem imposto, e está dando magníficos resultados.
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b. Lugares - Todos os templos, capelas, escolas, salões etc.


c. Oraganização - Espera-se que todos os obreiros participem e em todas as igrejas se faça
evangelismo de Semana Santa. Os pregadores serão os obreiros, os leigos e os pregadores juvenis.
Cada igreja organiza seu programa. Em nossa Divisão, o evangelismo de Semana Santa dura três
semanas e a Divisão fornece cada ano um livro com os 21 temas.
d. Vantagens - Tem-se demonstrado que na Semana santa o povo está predisposto para assuntos
espirituais. Os resultados têm sido magníficos. As campanhas mobilizam toda a igreja.
e. Batismos - São sempre finalizadas com grandes batismos.

16. CAMPANHAS DO DIA DE FINADOS


a. Descrição - Especialmente na América do Sul, costumam oferecer uma semana de conferências
em torno do dia de finados, apresentando uma mensagem de esperança e verdade sobre o tema.
b. Vantagens - Aproveitar um momento psicológico apropriado para oferecer consolo diante do
sempre doloroso assunto da morte.

17. CAMPANHAS DE NATAL


Descrição - Também na América do Sul se costuma aproveitar o tempo de Natal para apresentar
belos programas, filmes e mensagens oportunas.

18. CAMPANHAS COMBINANDO PROGRAMAS DE SAÚDE E EVANGELISMO


Descrição - Unir aspectos da mensagem de saúde com os temas evangelísticos. Se há pessoal
capacitado, oferecer certos exames e provas como atração. Combinar os cursos de cinco dias para
deixar de fumar com o começo de uma série de conferências.

CONCLUSÃO
Existe uma diversidade de formas de encarar uma campanha evangelística. O evangelista decidirá
qual é a mais adequada para o lugar e a ocasião. Mas em todo caso convém que o evangelista esteja
familiarizado com as várias maneiras de encarar as campanhas, para poder aplicar a mais adequada e
também para aconselhar os obreiros novos e os leigos.
57

x.x.x.. x.x.x..x.

OBREIROS E LEIGOS UNIDOS


58

A IGREJA E SUAS FUNÇÕES


Cristo fundou a Igreja Cristã, sendo Ele mesmo o fundamento (I Cor. 3:11). Os apóstolos e outros
membros seriam as pedras vivas (Éfesios 2:20) com as quais se levantaria todo o edifício. Haveria
uma interação e colaboração dinâmica e constante entre o elemento divino e o humano, com o fim de
cumprir conjuntamente os fins e as funções da igreja.
Quais são esses fins e funções? Enumeraremos os principais:
1. Função litúrgica: A igreja provê bênção mediante os cultos de adoração, principalmente o culto
sabático, e mediante os ritos e cerimônias (Lucas 4:l6).
2. Função sanadora: A igreja preocupa-se com a saúde física, mental e espiritual dos membros
(Mateus 4:23).
3. Função pastoral:A igreja provê atenção e assistência pastoral mediante a visitação, o
aconselhamento e outros meios especialmente aos enfermos, aos que têm problemas espirituais e de
muitos outros tipos (Éfesios 4:11,12).
4. Função de pregação: A igreja prega o evangelho nos diversos cultos realizados no templo e às
vezes fora do templo (II Timóteo 4:2).
5. Função didática: A igreja partilha ensinos para a edificação espiritual, moral, missionária e
cultural, para crianças, jovens e adultos (Mateus 28:20).
6. Função Filantrópica: A igreja socorre os pobres entre seus membros e presta auxílio a todos em
caso de calamidades (II Cor. 8:1-4).
7. Função missionária: A igreja proclama o evangelho mediante o evangelismo em todas as suas
formas (Atos 1:8).
8. Função social: A igreja provê um senso de irmandade, amizade e amor cristão que une seus
membros com laços especiais (Mateus 23:8,9).
Todas essas funções são importantes e devem ser cumpridas com eficácia e persistência. Qual,
entretanto, é a prioritária?
FUNÇÃO PRIORITÁRIA DA IGREJA
É vital estabelecer prioridades. É indispensável fazê-lo em empresas humanas e muito mais em
relaçào com a obra da igreja. Se as prioridades não são claras, existe o perigo de perder o sentido de
missão e vagar sem rumo meta, com perigo de cair em estagnação e inclusive em retrocesso.
Cristo tinha e sabia quais eram Suas prioridades. Nada, ninguém, O afastou de Sua missão. "A minha
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comida consiste em fazer a vontade daquele que Me enviou, e realizar a Sua obra" (João 4:34).
"Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido" (Lucas 19:10).
A igreja apostólica também sabia qual era sua prioridade, mas diante da multiplicidade de tarefas
distraíram-se do primário para atender o secundário. Mas reagiram a tempo, reafirmaram as
prioridades e organizaram a igreja para atender todas as outras funções. "Não é razoável que nós
abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas... Escolhei sete homens... e nós nos
consagraremos à oração e ao ministério da palavra (Atos 6:2-4).
"À igreja primitiva tinha sido confiada uma obra de constante ampliação - estabelecer centros de luz
e bênção, onde quer que existissem almas sinceras e dispostas a se dedicarem ao serviço de Cristo"
(Atos dos Apóstolos, p. 90).
Qual é a tarefa prioritária da Igreja Adventista? A resposta virá de três fontes: duas que
reconhecemos como inspiradas e uma como tendo autoridade.
1. Segundo a Bíblia: Cristo em forma clara e inequívoca declarou qual era a missão prioritária da
igreja: " E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15). "E
será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então
virá o fim" (Mateus 24:14). "Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno
para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e língua e povo" (Apoc. 14:6). "Mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em
Jerusalém , como em toda a Judéia e samaria, e até aos confins da terra" (Atos 1:8).
2. Segundo o Espírito de Profecia: Estabelece, sem lugar a dúvidas, qual é a missão prioritária da
igreja para este tempo: "A obra evangelística, de abrir as Escrituras aos outros, advertindo homens e
mulheres daquilo que está para vir ao mundo, deve ocupar, mais e mais, o tempo dos servos de Deus"
(Evangelismo, p. 17). "O Senhor determinou que a proclamação desta mensagem fosse a maior e
mais importante obra no mundo, para o presente tempo" (Evangelismo, p. 18). "Por todas as partes
a luz da verdade deve brilhar... Em todos os países e cidades o evangelho deve ser proclamado... Esta
obra missionária do evangelho precisa manter-se atingindo e anexando novos territórios, ampliando
as porções cultivadas da vinha. O círculo deve ser estendido até que rodeie o mundo" (Evangelismo,
p. 19).
3. Segundo a Associação geral: Em um histórico documento intitulado "O Evangelismo e a
Terminação da Obra", a direção da Igreja fixou em termos inequívocos qual é nossa missão
prioritária.
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"A corrente vital da igreja é evangelismo. Sem ele a Igreja não pode existir. A igreja foi organizada
para evangelizar e sua missão peculiar é levar o evangelho ao mundo. Se permitimos que a primazia e
a centralidade do evangelismo permeie cada ato da Igreja, sempre manteremos as prioridades onde
Deus deseja que estejam. Qualquer atividade dentro da Igreja que ameace ou substitua o evangelismo
é certamente um instrumento de Satanás, e é ilegítimo."
O pastor Neal C. Wilson, presidente da Associação geral, declarou: "Devemos proclamar a
mensagem dos três anjos com clareza e convicção. Todos os obreiros e todos os membros da Igreja
devem dar à trombeta um sonido claro e distinto. Agora é o tempo para unir-nos em amor, devoção e
zelo, e levantar-nos juntos para cumprir a missão que o Senhor nos confiou. Agora é o tempo de
terminar a obra" (Adventist Review, dezembro de 1982).

ATRASADOS
"Houvesse o desígnio de Deus sido cumprido por Seu povo em dar ao mundo a mensagem de
misericórdia, e Cristo haveria, antes disto, de ter vindo à terra, e os santos teriam recebido as boas-
vindas à cidade de Deus" (Evangelismo, 694).
"Sei que, se o povo de Deus houvesse mantido viva ligação com Ele, se Lhe houvessem obedecido à
Palavra, estariam hoje na Canaã celestial" (Evangelismo, 694).
"Se todo atalaia sobre os muros de Sião houvesse dado à trombeta um sonido certo, o mundo
haveria antes desta data ouvido a mensagem de advertência. A OBRA, PORÉM, ACHA-SE COM
ATRASO DE ANOS. Enquanto os homens dormiram, Satanás marchou furtivamente sobre nós"
(Evangelismo, 694-95).
COMO APRESSAR A VINDA DE CRISTO?
"Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de nosso Senhor"
(Evangelismo, 696). É privilégio de todo cristão não apenas esperar, mas apressar a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo. Se todos os que professam Seu nome estivessem levando trutos para Sua glória,
quão rapidamente todo o mundo seria semeado com a semente do evangelho! Em pouco tempo a
última colheita seria realizada e Cristo viria para juntar o precioso grào. "Ela (a vinda do Senhor) não
será retardada para além do tempo em que a mensagem for levada a todas as nações, línguas e
povos" (Evangelismo, 697).
ONDE ESTÁ O ERRO?
Não há dúvida de que a igreja prega o evangelho. Realizam-se grandes campanhas evangelísticas,
61

apresentam-se programas de rádio e televisão, produzem-se toneladas e toneladas de publicações,


realiza-se obra filantrópica. Mas é evidente que o progresso é lento. Ainda pior, em alguns lugares do
mundo não apenas não se progride, como ainda se retrocede. Pareceria que sabemos que é necessário
pregar o evangelho, mas algo funciona mal com a metodologia. Algo deve mudar radicalmente para
que a mensagem seja proclamada com maior eficácia e muito maior rapidez.
Procuraremos descobrir onde está o erro. Roy Allan Anderson disse: "Foi um golpe de mestre da
estratégia de Satanás quando obteve êxito em dividir a Igreja em dois grupos definidos: os clérigos e
os leigos. Essa divisão não existiu na igreja apostólica" (The Shepherd Evangelist, pág. 66).
O erro tem consistido em que a obra de evangelizar e ganhar almas tem sido considerada como dever
e privilégio do pastor unicamente, sem integrar os leigos.
Esse é um velho engano. Moisés o cometeu, ao fazer sozinho todo o trabalho de organizar, dirigir e
julgar o povo de Deus. A igreja primitiva o cometeu em princípio, quando os apóstolos realizavam
toda a obra pastoral, evangelística e beneficente. A Igreja Adventista o tem cometido em larga escala,
e essa é a razão principal por que a obra está atrasada e os avanços são penosamente pequenos.
O Espírito de Profecia previne clara e energicamente contra tal erro:
"Não é o desígnio do Senhor que se deixa aos ministros a maior parte da obra de semar a semente da
verdade" (Serviço Cristão,67).
"O ministro não deve sentir ser seu dever fazer todas as pregações e todos os trabalhos e todas as
orações" (Serviço Cristão, 69).
"Não somente sobre o ministro ordenado repousa a responsabilidade de sair a cumprir esta missão"
(Idem, 12).
"A disseminação da verdade de Deus não se limita a alguns poucos ministros ordenados" (Idem, 68).
"A idéia de que o ministro deve arcar com todos os encargos e fazer todo o trabalho, é grande erro"
(Idem, 68).
O Senhor Jesus jamais trabalhou sozinho. Estava constantemente acompanhado de discípulos,
seguidores e santas mulheres, que O assistiam em Seu ministério e aos quais o Senhor ensinava.
O pastor trabalhando sozinho comete o mesmo erro que cometeria um general que deve combater
um forte exército inimigo e sai a batalhar só, deixando todo o regimento nos quartéis.
A QUEM CORRESPONDE A MISSÃO DE EVANGELIZAR?
"A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir
e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que Sua igreja
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reflita para o mundo Sua perfeição e competência" (Serviço Cristão, 15).


"Alguém tem de cumprir a comissão de Cristo; alguém tem que levar avante a obra que Ele começou
a fazer na Terra; e este privilégio foi concedido à igreja. Para este fim foi ela organizada" (Idem, 14).
"Para sermos fiéis à nossa herança e estaremos à altura de nossa tarefa atual, nossa estratégia deve
insistir em que a evangelizaçào se considere como a responsabilidade de toda a igreja" (Evangelismo
un Concepto, p. 43).
"O evangelismo não é uma obra para uns poucos especialistas. Evangelismo é a obra que Jesus
designou a todos os Seus seguidores" (Jonh Shuler, Public Evangelism, pag. 15).
"O êxito no evangelismo depende não tanto da habilidade de um evangelista, mas da atividade
conjunta da igreja" (Jonh W. Fowler).
Jamais foi o propósito de Deus ou de Cristo que a obra fosse apenas dos ministros, mas sim da igreja
em seu conjunto.
A VOCAÇÃO MISSIONÁRIA DOS LEIGOS
A história bíblica ensina que Deus sempre buscou a participação do homem nos grandes
empreendimentos. Deus é Todo-poderoso e poderia fazer tudo sem a ajuda de quem que seja.
Entretanto, envolve o homem para ensinar-lhe que tem o dever e o privilégio de colaborar com Deus.
"Os homens são instrumentos nas mãos de Deus, por Ele empregados para cumprirem Seus
propósitos de graça e misericória" (Serviço Cristão, 11).
1 - Deus pediu que Noé dedicasse 120 anos para construir uma arca e admoestar sua geração.
Quando o povo de israel combatia contra Amaleque, Moisés devia manter erguidas as suas mãos. Na
tomada de Jericó, todo o povo teve de dar voltas em redor da cidade. No caso de Ai, só uns poucos
foram combater e foram derrotados. O Senhor ordenou a Josué: "Não temas, não te atemorizes:
toma contigo toda a gente de guerra, e dispõe-te, sobe a Ai" (Josué 8:1). Quando Jesus multiplicou
os pães e os peixes, foram os discípulos os encarregados de distribuir o alimento.
2 - Na ressurreição de Lázaro, Jesus ordenou que se removesse a pedra e se desatassem as faixas do
ressucitado. "Cristo podia ter ordenado à pedra que se deslocasse por si mesma, e ela Lhe teria
obedecido à voz. Poderia ter mandado aos anjos que se Lhe achavam ao lado, que fizessem isso...
Mas ela devia ser retirada por mãos humanas. Assim queria Cristo mostrar que a humanidade tem de
cooperar com a divindade. O que o poder humano pode fazer, o divino não é solicitado a realizar.
Deus não dispensa o auxílio humano. Fortalece-o , cooperando com ele, ao servir-se das faculdades e
aptidões que lhe foram dadas" (DTN, 511).
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a) Quando os necessitados vinham a Jesus, encontravam salvação e saíam convertidos em


missionários. Depois de libertar os endemoninhados, Jesus lhes ordenou: "Volta para casa e conta aos
teus tudo o que Deus fez por ti" (Lucas 8:39).
3 - "Os dois curados possessos foram os primeiros missionários enviados por Cristo a pregar o
evangelho na região de
Decápolis... Não podiam ensinar o povo, como os discípulos, que se achavam diariamente com
Cristo, estavam no caso de fazer . Apresentavam, porém, em si mesmos o testemunho de que Jesus
era o Messias. Podiam dizer o que sabiam; o que eles próprios tinham visto e ouvido, e
experimentado do poder de Cristo. É o que todo aquele cujo coração foi tocado pela graça de Deus é
dado fazer (DTN, 323).
4 - A Samaritana teve com Jesus um encontro que mudou sua vida, e converteu-se imediatamente
em uma fervorosa missionária. "A mulher enchera-se de alegria ao escutar as palavras de Cristo...
Coração transbordante de alegria, apressou-se em ir comunicar a outros a preciosa luz que recebera...
Assim que encontrou o Salvador, a samaritana levou outros a Ele... Ela transmitiu imediatamente a
luz a seus concidadãos. Essa mulher representa a operação de uma fé prática em Cristo. Todo
verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário" (DTN, 170, 174).
a) Quando André encontrou a Jesus , "achou primeiro ao seu próprio irmão, Simão, a quem disse:
Achamos o Messias, e o levou a Jesus" (João 1;41, 42).
b) Jesus de imediato acendia em Seus seguidores uma forte vocação missionária. Primeiro chamou
os doze e a seguir enviou-os a pregar. Depois escolheu setenta e também os enviou a pregar.
c) Na igreja primitiva todos pregavam. Era uma igreja em ação. Estêvão, um leigo, era um pregador
excepcional, de tal modo que "não podiam sobrepor-se à sabedoria e ao Espírito com que ele falava"
(Atos 6:10). Felipe, o engelista e instrutor bíblico do etíope, era um leigo. Sem dúvida alguma, no
aposento alto o Espírito Santo investiu de poder aos apóstolos e aos leigos. Era uma igreja com
vocação evangélica. A missão correspondia a todos e todos a cumpriam com poder.
"Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele que bebe da água viva,
faz-se fonte de vida. O depositário torna-se doador. A graça de Cristo na alma é como uma vertente
no deserto". (Serviço Cristão, 9).
"Aquele que se torna um filho de Deus deve, daí em diante, considerar-se como um elo na cadeia
descida para salvar o mundo, um com Cristo em seu plano de misericórdia, indo com Ele a buscar e
salvar o perdido" (CBV, 105).
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"Todo o que haja recebido a Cristo é chamado a trabalhar pela salvação de seus semelhantes" (Atos
dos Apóstolos, 110).
"Os que se uniram ao Senhor em concerto de serviço, acham-se sob obrigação de a Ele se unir
também na grande, sublime obra de salvar almas" (TS, vol. III, 82).
"Salvar almas deve ser a obra da vida de todos os que professam a Cristo. Somos devedores ao
mundo da graça que Deus nos concedeu, da luz que tem brilhado sobre nós e da formosura e do
poder que descobrimos na verdade" (Testimonies, vol. IV, 53).
"Toda alma que Cristo salvou, é chamada a atuar em Seu nome pela salvação dos perdidos. Esta
obra fora negligenciada em Israel. Não é também hoje negligenciada pelos que professam ser
seguidores de Cristo?" (Parábolas de Jesus, 191).
A RESPONSABILIDADE E O PAPEL DO PASTOR
Não existe a menor dúvida de que entre suas responsabilidades indiscutíveis, o pastor deve fazer
evangelismo e dedicar a maior parte do tempo à conquista de almas.
Mas jamais deve olvidar qual é a tarefa principal de um dirigente. "E Ele mesmo concedeu uns para
apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, COM
VISTAS AO APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS PARA O DESEMPENHO DE SEU
SERVIÇO" (Efésios 4:11), 12). Quer dizer que o dever principal do pastor é preparar seus membros
para, juntos, realizarem a obra ministerial de apascentar o rebanho, pregar o evangelho e ganhar
almas. "A melhor ajuda que os ministros podem prestar aos membros de nossas igrejas, não é pregar-
lhes sermões, mas planejar trabalho para eles. Dai a cada um uma obra a fazer em bem de outros.
Ajudai todos em ver que, como participantes da graça de Cristo, se acham na obrigação de trabalhar
para Ele. Especialmente aqueles que acabam de abraçar a fé, devem ser educados de modo a se
tornarem coobreiros de Deus" (Serviço Cristão, 69).
"Os pastores não devem fazer a obra que pertence à igreja, cansando-se eles mesmos, e impedindo
que outros desempenhem seu dever. Devem ensinar os membros a trabalhar na igreja e na
comunidade" (Historical Sketches, 291).
"Ao ser feito um esforço para se apresentar nossa fé aos incrédulos, os membros da igreja ficam
muitas vezes para trás, como se não fossem parte interessada, e deixam todo o peso sobre os
ministros" (Obreiros Evangélicos, 196).
"Mas muitos pastores falham em conseguir, ou em não tentar, que todos os membros da igreja se
enpenhem ativamente nos vários ramos da obra. Se os pastores dessem mais atenção a pôr e manter
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seu rebanho ativamente ocupado na obra, haveriam de realizar mais benefícios , ter mais tempo para
estudar e fazer visitas missionárias, e também evitar muitas causas de atrito" (OE, 198).
"Ensinem os ministros aos membros da igreja que, a fim de crescer em espiritualidade, devem levar o
fardo que o Senhor sobre eles pôs - o encargo de conduzir almas à verdade. Aqueles que não estão
fazendo face a suas responsabilidade devem ser visitados, orando-se e trabalhando-se com eles. Não
leveis o povo a descansar em vós vomo ministros; ensinai-lhes antes que devem usar seus talentos em
comunicar a verdade aos que os rodeiam" (OE, 200).
"O ministro não deve sentir ser seu dever fazer todas as pregações e todos os trabalhos e todas as
orações; cabe-lhe preparar auxiliares, em todas as igrejas. Que pessoas diferentes se revezam na
direção das reuniões, e e, dar estudos bíblicos; assim fazendo, estarão empregando os talentos que
Deus lhes deu, e, ao mesmo tempo, recebendo o preparo para serem obreiros" (OE, 197).
"Ao trabalhar em lugares onde já se encontram alguns na fé, o ministro deve não tanto buscar a
princípio, converter os incrédulos, como exercitar os membros da igreja para prestarem cooperação
proveitosa. Trabalhe com eles individualmente, tentando despertá-los para buscarem eles próprios
experiência mais profunda, e trabalharem por outros" (OE,196).
O pastor é como um general que recruta e prepara o maior número de soldados. É como o maestro
de uma orquestra, que ensina a cada um sua parte e depois dirige a execução do concerto. O pastor
de êxito é aquele capaz de recrutar e pôr em ação a maior quantidade de membros da igreja na
evangelização e conquista de almas.
A FÓRMULA DA VITÓRIA: OBREIROS E LEIGOS UNIDOS
"Que os ministros e membros leigos saiam para os campos a amadurecer" (Serviço Cristão, 67).
"A obra de Deus nesta Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os homens e as mulheres que
constituem a igreja concorram ao trabalho e unam os seus esforços aos dos ministros e oficiais da
igreja". (OE, 352).
"Todo o que haja recebido a cristo é chamado a trabalhar pela salvação de seus semelhantes. Os que
ocupam lugar de líderes na igreja de Deus devem sentir que a missão do Salvador é dada a todos os
que crerem no Seu nome. Deus deseja enviar para Sua vinha a muitos que não foram consagrados ao
ministério pela imposição das màos" (Atos dos Apóstolos, 110).
"O cristão deve unir-se com o cristão, a igreja com a igreja, o instrumento humano deve cooperar
com o divino, e todo instrumento há de subordinar-se ao Espírito Santo, e tudo deve combinar-se
para dar ao mundo as boas novas da graça de Deus" (General Conference Bulletin, 28 de fevereiro de
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1893, pág. 421).

COMO MOBILIZAR OS LEIGOS? -1- MOBILIZAÇÃO ESPIRITUAL


1. Planificação
Apresentar aos leigos planos bem traçados, rezoáveis e abrangentes. Melhor ainda se os próprios
leigos participam na elaboração dos planos. Recordar que os planos grandes e audazes provocam
uma grande resposta; os planos tímidos e pequenos não entusiasmam a ninguém.
2. Comunicar os Planos
Os melhores planos que ninguém conhece jamais produzirão resultados. Convém apresentar os
planos em forma entusiasta, compreensível para todos, e permitir as sugestões dos leigos, aceitando
de bom grado as que forem oportunas.
Não se deve procurar impor planos, pois a resposta será mínima. Os planos devem ser de todos.
Assim, todos se sentem envolvidos no programa.
3. Recrutamento
O ideal é que cada membro da igreja colabore segundo seu dom natural. Certo pastor praticava a
seguinte fórmula:
-33% da irmandade: ajudar no evangelismo e na conquista de almas;
-33% da irmandade: ajudar na consolidação;
-33% da irmandade: ajudar na administração.
Há três tipos de recrutamento e podem ser feitos em forma pública ou pessoal:
a. Recrutamento permanente para atividade missionárias;
b. Recrutamento para campanhas especiais;
c. Recrutamento para os cargos administrativos mediante nomeação.
4. Capacitação
Os leigos devem receber instrução acerca de como realizar o trabalho missionário. Em cada igreja
deveria funcionar uma classe permanente de capacitação missionária dos leigos. Quando se
empreende uma campanha evangelística grande, é necessário prover capacitação missionária dos
leigos. Quando se empreende uma campanha evangelística grande , é necessário prover capacitação
especial.
Os instrutores podem ser:
a. Diretor de atividade leigas do campo local;
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b. Pastor da igreja;
c. Leigos com ampla experiência missionária.
Em distritos ou igrejas grandes, dificilmente o pastor poderá prover capacitação para todos os leigos.
Deverá limitar-se a capacitar instrutores leigos, os que por sua vez capacitarão a outros leigos. A
capacitação deve ser um pouco de teoria e bastante de prática.
5. Materiais para o trabalho missionário
O que as armas e munições são para um exército, são os materiais para os ligos . Um exército, por
mais numeroso e valente que seja, se não tem armas e munições está derrotado. Igualmente os leigos,
por mais voluntários e capazes que sejam, se não têm materiais são ineficientes. Assim como o
exército deve prover as armas e as munições, a Igreja deve prover aos leigos as munições espirituais,
que são um bom material, adequado e abundante. É um contra-senso esperar que os leigos
contribuam com seu tempo escasso, sua boa vontade e além disso também tenham que comprar os
materiais. A prática ensina que isso anula qualquer plano. Definitivamente, a igreja deve prover os
materiais.
6. Prover fundos para o evangelismo dos leigos
Na Divisão Interamericana, cerca de 70% de todos os batismos são atribuídos à atividade missionária
dos leigos. Isso quer dizer que a melhor inversão que se pode fazer é prover fundos adequados para o
evangelismo dos leigos e para que tenham material bom e farto.
Os referidos fundos devem ser destinados pela Divisào, passando pelas uniões e campos locais.
Assim também as igrejas devem separar uma boa quantia para evangelismo em seus orçamentos.
7. Supervisão e ajuda
Convém que o pastor e os leigos mais capazes supervisem o trabalho realizado pelos leigos e
prestem ajuda quando necessário.
8. Reconhecimento e crédito
Quando chega o momento do triunfo, nunca esquecer-se da parte que os leigos desempenharam.
Convém expressar reconhecimento e dar incentivos.
MÉTODOS MAIS EFICAZES NA CONQUISTA DE ALMAS COM A AJUDA DOS LEIGOS
Na atualidade, os métodos mais eficazes de ganhar almas na Divisão Interamericana são, em ordem:
a. Campanhas evangelísticas. Podem ser campanhas no templo, em lugares novos, ao ar livre. Os
leigos têm-se demonstrado excelentes pregadores e muito bons organizadores.
b. Estudos bíblicos. Nos lares, com uma família ou um grupo de famílias. Os leigos são
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extraordinários como uma família ou um grupo de famílias. os leigos são extraordinários como
instrutores bíblicos. É necessário fornecer-lhes manuais de estudos bíblicos e, se possível,
transparências e outros materiais audiovisuais.
c. Classes batismais - Em cada igrje ou congregação devem funcionar as classes batismais para: (1)
menores; (2) jovens; (3) adultos. Os instrutores dessas classes serão leigos dignos de todo respeito.
d. O lar: centro de evangelização e conquista de almas. Existe um enorme movimento
missionário que tende a transformar os lares em centros de evangelização. O primeiro dever do lar é
ganhar a seus próprios membros não convertidos ainda. Oferecer o lar para diversas atividades
ganhadoras de almas, como:
- Reuniões evangelizadoras
- Estudos bíblicos
- Seminários
- Filiais da Escola Sabatina
Em vários lugares se dedica um dia da semana para as reuniões no lar, com resultados assombrosos.
e. Carteiros missionários. Em vários países, os carteiros missionários que levam as lições da Voz
da Profecia ou outros cursos, se tornaram uma ferramenta poderosa na conquista de milhares de
almas.
f. Unidades Evangelizadoras.
g. Seminários. Especialmente nos Estados Unidos os seminários sobre o Apocalipse são um dos
métodos mais eficientes na conquista de almas.
h. Projeto Pioneiro. É um plano de tremendo êxito na América do Sul. Consiste em que um grupo
de irmãos deixa sua igreja-mãe para formar uma nova congregação ou igreja em lugar novo.
i. Testemunho cristão. Ensinar os irmãos a estarem prontos para dar um curto testemunho de sua
experiência cristã e da Bíblia, em qualquer oportunidade que se apresentar.
j. Publicações. O uso de nossas revistas missionárias, como "Decisão", e a distribuição de folhetos
sempre rende uma abundante colheita de almas.
O TRIUNFO É SEGURO
"A verdade há de em breve triunfar gloriosamente, e todos quantos agora escolhem ser cooperadores
de Deus, com ela triunfarão" (Evangelismo, 692).
" O povo de Deus unir-se-á, apresentando frente unida ao inimigo.... Então, a mensagem do terceiro
anjo se avolumará num alto clamor, e a terra inteira será iluminada com a glória do Senhor"
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(Evangelismo, 693).
Embora seja indispensável o trabalho denodado e unido de obreiros e leigos, jamais devemos
esquecer que a VITÓRIA FINAL será o resultado da obra do Espírito Santo agindo através de canais
limpos e consagrados.
Jesus disse a seus desunidos discípulos: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo,
e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins
da terra" (Atos 1:8).
"O grande derramamento do Espírito de Deus, o qual ilumina a Terra toda com Sua glória, não há
de ter lugar enquanto não tivermos um povo esclarecido, que conheça por experiência o que seja ser
cooperador de Deus. Quando tivermos uma consagração completa, de todo o coração, ao serviço de
Cristo, Deus reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu Espírito; mas
isso não acontecerá enquanto a maior parte dos membros da igreja não forem cooperadores de Deus"
(Serviço Cristão, 253).
Quando colocarmos nossos corações em unidade com Cristo e pusermos nossa vida em harmonia
com Sua obra, o Espírito que desceu sobre os discípulos no dia de Pentecostes descerá sobre nós"
(Reviw and Herald, 30 de junho de 1903).
Oswald J. Smith tem as seguintes palavras desafiadoras: "Alguma geração haverá de completar a
evangelização do mundo. Por que não a nossa? Por que deixar isso a outra? Se queremos, podemos
fazê-lo" (Pasión por las Almas, pág. 49).
Oremos e trabalhemos para que este movimento de OBREIROS E LEIGOS EM AÇÃO seja tão
poderoso que a terra se encha "do conhecimento da glória do Senhor" (Hab. 2:14).
*.*.*.*. .*.*.*.*
70

I - A Reunião Evangelística
A - Três dias antes de início, no sábado, toda a parte interna e externa do salão deve estar pronta.
1 - Bancos
2 - Mesa de recepção
3 - Mesa de projeção - tela
4 - Quadro de giz
5 - Mesa de som - som montado
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6 - Pintura simples
7 - Materiais de uso na recepção
a) Fichas de inscrição
b) Folhetos
c) Convite para a 2a. Semana
d) Marcador de presença
e) Lápis, e outros
f) Velas, remédio
g) Bíblias
8 - Boa iluminação interna e ótima externa
B - Testar todos os aparelhos na 4a. feira que antecede o início da série.
1 - Ter todos os filmes devidamente colocados (durex).
2 - Ter endereços dos locais de empréstimos de filmes.
3 - Ter todos os slides arrumados.
4 - Ver arrumação da plataforma e as flores.
C - Chegar ao salão 1 hora antes, para deixar tudo pronto para o ínicio, e receber,
amigavelmente o povo à entrada.
1 - Aperte a mão, sorria, e olhe nos olhos das pessoas com satisfação.
C - Ter responsáveis para as seguintes tarefas:
1 - Seis senhores para cuidar da conferência simultânea - das crianças. A líder pode ser a esposa do
partos. Há apostila de Lídia Justiniano traduzida.
2 - Disciplina interna do salão: obreiros e diaconisas (ajudam a procurar passagens).
3 - Disciplina externa do salão: obreiros e diáconos.
4 - Se não houver chaves geral da energia (ideal é ter uma pessoa para ligar e desligar as luzes.
5 - Um homem para operar o som.
6 - Um homem para operar as máquinas.
7 - Vigia e zelador do salão.
8 - Colocador dos filmes e reparador das máquinas.
D - Iniciar a reunião em ponto - 19:30h ou horário anunciado.
1 - Boas vindas calorosas.
2 - Música especial - às vezes há na própria igreja, ou se pode buscar fora.
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3 - Sorteio.
4 - Oração - pedidos por quaisquer problemas.
5 - Confer6encia ou classe bíblica ( incluindo slides).
6 - Anuncios, próximo tema e despedida entusiasta
7 - O filme pode ser posto em qualquer momento da conferência, de preferência no ínicio.
E - Terminar no horário, no máximo até 21:10h.
1 - O evangelista e/ ou seu associado despede o povo, entusiasticamente, fazendo os avisos e tema
da próxima noite.
2 - O tempo da reunião deve ser 1:30h até 1:40h.
3 - Toda 6a. feira, entregar para o auditório, à saída, o convite da próxima reunião.
4 - Dar folheto sobre o tema apresentado.
5 - Terminar a reunião com o povo ouvindo música à medida que vai saindo.
F - A apresentação do tema deve ser mais solta do que numa pregação de igreja. deve-se
sempre envolver o povo.
1 - Entrevitas.
2 - Apelos simples e progressivos.
3 - Pedir aplauso.
4 - Permitir perguntas, dar respostas brandas e amigas
5 - O tipo de música deve ser mais próxima possível do gosto do povo.
G - Propaganda
1 - A principal é campanha de inscrições dos cursos VP.
2 - Carta convite dirigida a todos que iniciaram os cursos VP, a todos os clientes de colportores, a
todos os clientes de hospital que assistiram a quaisquer cursos oferecidos pelo hospital. Carta
distribuída 15 dias antes da conferência.
3 - Faixas de anúncio do início da conferência Coladas 15 dias antes do inicio.
4 - Out-door - 1 mês antes.
5 - Balão inflável - 1 para cada conferência pastoral.
6 - Convites 10 a 20 vezes a capacidade do salão. Ver a oportunidade de distribuir - 4 tipos
diferentes - distribuidos no mesmo dia.
7 - Carro propaganda - usa-se no dia de cada conferência.
8 - Uso de TV, spots sobre diversos cursos.
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a) Colocar por 20 dias, dez dias antes do início.


b) Responsável é o Pastor Irajá da DSA. Pago.
c) Lançar fins de agosto, próximo da campanha do Governo Federal sobre o fumo.
d) O 1º convite deve constar curso para deixar de fumar e beber.
H - O temário tem alguns objetivos.
1 - Quebrar o preconceito, nosso maior inimigo.
2 - Criar ligação afetiva entre orador e público.
3 - Fazer de cada ouvinte um cristão.
4 - fazer de cada cristão um crente na 2a. vinda.
5 - Conduzí-los a ver perpetuidade da lei de uma forma amiga - 10 - 1 - 0
6 - Guardadores do sábado e obedientes a toda lei bíblica.
7 - Fazê-lo ver a importância de pertencer ao povo remanescente de Deus e suas doutrinas
específicas.
8 - Batizar o maior número possível.
9 - Os temas podem seguir ordem diversa, conforme o pregador , mas deve refletir uma ordem com
objetivos claros.
10 - Principios específicos.
a) Consulta feita em EGW e a resposta dela da ordem temárica - Ev. 226, 227; carta 2 , 1885.
(1) Santidade prática.
(2) Devoção e piedade.
(3) Vida de Jesus.
(4) As profecias.
(5) As doutrinas.
b) A primeira e mais importante mensagem que devemos comunicar é que somos cristãos. Ev. 231.
(1) O seguinte é que os amamos e desejamos seu bem
11 - Hoje já existem livros de conferências prontas.
a) Pr. Bessa.
b) Pr. Campo Longo.
c) Pr. Ruben Pereira.
d) Pr. Feyeraben.
e) Pr. Tucker.
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f) Pr. Belvedere.
12 - Princípios metodológicos gerais para evitar os preconceitos.
a) Estar de acordo com nosso auditório em tudo que for possível - Ev. 140, 141.
b) Apresentar as porções da verdade que eles podem assimilar - Ev. 142.
c) Não pertubar sua maneira habitual de pensar. Ev. 140, 143, 144.
d) Não lançar em rosto os erros. Ev. 172, 173, 267. 268, 305.
e) Não sejamos ofensivos - Ev. 303, 304.
f) Não apresentar temas controvertidos no princípio, Ev. 142, 246.
g) A melhor forma de tratar com o erro é apresentar a verdade, Ev. 166, 170.
h) relacionar as verdades com as recordações mais acariciads das pessoas, Ev. 148, 149.
i) Apresentar com simplicidade e amor - Ev. 143.
j) mensagem tem que ser cristocêntrica.
13 - Temas de conferência conforme pastor Aeschlimamm.
a) Tipos de temas.
(1) Secular - religioso - inicia-se com vários temas introdutórios, a seguir, gradativamente, com
temas religiosos. Para locais com muito preconceito ou novos. Ex.: plano como deixar de fumar e
beber,
(2) religiosos com enfoque sociais - poucos temas introdutórios. Logo se apresenta o religioso. Cada
semana é incluído um assunto social, adequado a lugares sem preconceitos, com terreno preparado e
quando é em igrejas.
(3) Combinação de social e religioso - cada noite é apresentado um breve tema social - ou de saúde,
e logo após tema religioso. Podem ser oferecidos dois cursos simultâneos, um sobre o lar, ou saúde e
o outro religioso.
(4) Curso bíblico - Depois de alguns assuntos sociais, ou de saúde, entra-se num curso de
investigação bíblica, tendo o público a Bíblia na mão, o mais usado no Brasil. Antes da IB., dá-se 2
temas de transição sobre stress, AIDS, ou família.
(5) Seminário de Apocalipse.
II - Seminário do Apocalipse - Seu filosofico e seu uso.
A - O Problema - A maneira como estudam os pastores o Apocalipse no seminário e a maneira como
deve ser ensinado ao povo.
1 - Os pastores aprendem, como não podia deixar de ser, um Apocalipse acadêmico, próprio para
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uma elite de intelectuais de teologia.


B - Os que estudaram o Apocalipse se dividem em 3 grupos:
1 - O Apocalipse foi a melhor matéria.
2 - O Apocalipse foi a mais pesada matéria.
3 - O Apocalipse foi uma matéria pesada.
4 - Mas o Apocalipse, embora possua complexidade que desafie o mais arguto erudito, ele foi escrito
para a igreja em todos os seus níveis.
(1) Resposta Ap. 1:3.
C - Finalidade - Ap. 1:1 - revelação de Jesus Cristo.
1 - Não se trata de um livro obscuro e difícil, mas a revelação de Jesus.
a) Revelação da Pessoa.
b) revelação da obra de Cristo
c) Revelação da doutrina de Cristo.
2 - No AT Jesus é revelado como uma promessa de salvação ao povo de Israel, nas profecias
messiânicas.
3 - Nos evangelhos Ele é apresentado como Deus conosco, O Servo - Sofredor, cujo climax é sua
completa expiação na cruz e sua ressurreição gloriosa.
4 - Nas epístolas, Ele é o Hóspede aguardado, que habita no interior do homem na dispensação do
Espírito Santo.
4-- No apocalipse, Cristo Glorioso é apresentado como tendo a direção de sua vida no céu, apontada
para sua igreja, aqui na terra. Os ministros, Ele os mantém em sua mào direita.
5 - A doutrina ou o pensamento de Cristo.
a) Revelação - Ap. 1:1, 11.
b) Justificação - Ap. 1:5.
c) Segunda vinda - Ap. 1:7.
d) Divindade - Ap. 1:8.
D - Metodologia - Apresentar o Apocalipse não é difícil, mas simples.
1 - Em La Paz, foi apresentado o seminário do Apocalipse, e uma menina de 12 anos, interessada,
ficou tão encatada com o assunto que ensinava as lições ao seu pai médico.
a) Ensinou a 1a. , 2a., 3a., na 4a., o pai veio 1a conferência e todos se batizaram.
2 - Em Bélem, bairro da Guanabara, Sr. Pedro e uma família com 17 pessoas. Aparência de um
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estivador ou um "boxer" Professor universitário federal, mestrado , convite a a doutorado. Batizou-


se ele, sua esposa e mais cinco pessoas da família.
3 - Todos temos padrões de vida que são o resultado de 3 coisas:
a) O que nos foi ensinado.
b) O que pratica a nossa comunidade.
c) O que experimentamos.
isto forma o nosso senso comum das coisas, e por sua vez os nossos padrões de vida.
d) Cuscuz no Rio e no NE.
4 - O pastor aprendeu o Apocalipse erudito; pela pregação ele pratica o Apocalipse erudito,
experimenta algo cansativo para ele e para o público. este é o maior obstáculo para o seminário.
5 - O Apocalipse tem pouco ou nada de História. Ele é simples, cristocêntrico e evangelístico.
6 - Isto vai nos conduzir a pregar as mensagens probantes da teologia, que temos esquecido nos
últimos anos.
a) Os pioneiros a pregaram.
b) Roberto Carlos - Roqueiro.
c) IASD - Hoje.
7 - Processo do Seminário - Há diversos tipos.
a) Professor.
b) Manual de Professor.
c) Manual de Aluno.
d) Sala.
e) Alunos.
f) Discussão e exposição.
g) Gastar-se-ia 3 anos até a implementação deste processo.
(1) 1º ano - conscientização.
(2) 2º ano - instrução.
(3) 3º ano - treinamento.
h) Já temos um seminário pronto, sendo usado a longo tempo, como a forma básica do nosso culto -
a lição da Escola Sabatina. Não precisa ser ensinado o processo, porque já há milhares de pessoas, os
professores de Escola Sabatina, que o praticam.
8 - Seminário de Apocalipse e seu uso.
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a) No trabalho pessoal como estudo bíblico - preparação de terreno.


b) Em série de conferências, na fase de consolidação.
c) Como temas de conferência no estilo de classe bíblica.
d) Como temas de conferência no estilo de Escola Sabatina, dividindo o auditório em classes de 15
a 30 alunos. Para isto é necessário treinar os professores com os temas.
(1) Neste processo pode ser feito uma introdução geral do tema.
(2) E ainda pode-se fazer uma recapitulação com audio-visual.
e) Foram usados todos estes processos nas conferências de Ariquêmis e Belém com bons
resultados.
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O EVANGELISMO E A CONSOLIDAÇÃO
Por Noberto Carmona G.
Evangelista e Secretário Ministerial
União Colombo Venezuelana

INTRODUÇÃO
A. A maior satisfação do Evangelista: ganhar almas.
1. "A maior obra, o mais nobre esforço em que se possam homens empenhar, é encaminhar
pecadores ao Cordeiro de Deus. Ministros fiéis são colaboradores do Senhor na realização de Seus
desígnios..." Ganhar almas para o reino de Deus precisa ser sua primeira preocupação. Com tristeza
pelo pecado, e paciente amor, devem trabalhar como Cristo o fazia, desenvolvendo decidido e
pertinaz esforço" (Obreiros evangélicos, pp. 18 e 31).
2. Por isso experimentamos um grande desconsolo quando não alcançamos os resultados anelados e
esperados. Mas, o que acontece quando não temos êxito no ganho de almas e depois comprovamos
que estas voltam atrás e perdem sua fé? Frustração.
B. A maior decepção: a apostasia de nossos conversos.
1. A decepção é grande quando levamos centenas de almas ao batismo e à igreja , e depois
comprovamos que não perseveraram na fé.
2. Onde está o problema? Ilustração. Cheguei a uma igreja grande para lançar o programa de
preparação do terreno para uma campanha. O templo estava cheio nesse sábado, não cabia uma
pessoa a mais. desafiei a igreja para que se unisse comigo no trabalho e pedi ao Senhor que nos desse
um mínimo de 500 almas como resultado da série. Os irmãos me disseram: "Pastor, tenha confiança,
estamos com o Senhor. Deus também está conosco e Ele nos dará mais que 500 almas". Esse espírito
confortou meu coração e tive mais segurança ao saber que a igreja trabalharia pelos resultados. Mas ,
ao ver o templo cheio e não tendo um novo prédio para abrigar os 500 novos membros que
esperávamos ganhar, perguntei ao primeiro ancião: "Onde vamos colocar os novos membros?" - "Oh,
não se preocupe com isso, pastor, aqui se ganha centenas de almas e entra a todos e a igreja continua
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igual, não lhe parece algo misterioso? Por que se ganham muitas almas cada ano, em algumas igrejas,
e estas continuam iguais? Qual é o problema?
I - A Parte Fraca do Evangelismo: A Consolidação
A. Uma experiência dolorosa: A apostasia dos novos conversos.
1. "Em muitas séries de reuniões realizadas, a obra foi deixada incompleta" (Evangelismo, p. 335).
2. Abandonados e deixados sem cuidado espiritual, os novos conversos perdem sua fé recém
adquirida. "É um método deficiente o deixar uns poucos aqui e outros ali, sem serem alimentados e
cuidados, expostos ao lobos devoradores, ou a se tornarem alvo do fogo aberto do inimigo. Foi-me
mostrado que foi feito muito trabalho assim entre nós como um povo" (Evangelismo, p. 340).
B. Uma história recente.
1. Ilustração. Em um lugar onde haviam realizado uma campanha, foram ganhas mais de 300 almas
e encontramos a igreja só como 60 membros. Em uma outra, encontramos só 50.
2. Ilustração. Recebemos uma carta de uma secretária da igreja. Ela pedia que fosse publicado no
boletim da União, uma lista de 169 nomes de pessoas com padadeiro ignorado. Eram membros de
uma nova igreja que se havia organizado depois de uma campanha, realizada menos de dois anos.
Qual era a razão?
C. Quem é o responsável?
1. "Deve-se gravar em todo recém-converso a verdade de que todo conhecimento permanente só se
pode obter mediante diligente labor e estudo perseverante. Em regra, os que se convertem à verdade
que pregamos não foram anteriormente diligentes estudantes das Escrituras; pois nas igrejas
populares há pouco estudo real da Palavra de Deus. O povo espera que os ministro investiguem as
Escrituras por eles, e expliquem o que ensinam."
2. Muitos aceitam a verdade sem cavar fundo para entender seus princípios básicos, e, ao ser ela
atacada, esquecem os argumentos e provas que as fundamentam. Foram levados a crer na verdade,
mas não foram instruídos plenamente quanto ao que ele seja, ou guiados ponto por ponto no
conhecimento de Cristo. Muitas vezes sua piedade degenera numa forma e, quando já não se fazem
sentir os apelos que primeiramente os despertaram, tornam-se espiritualmente mortos" (Obreiros
Evangelicos, p. 368).
D. Frequentes Causas de Apostasia.
1. Candidatos mal preparados. A urgência pelo curto tempo em que a campanha durará, ou por
falta de equipamento humano que os ensine conscientemente, produz resultados negativos.
80

Necessitamos de qualidade e quantidade nos conversos que levamos a Cristo.


2. Batismo prematuro dos crentes. Devemos estar seguros que um catecúmeno conhece e vive a
doutrina e os princípios do Evangelho, antes de levá-los a um passo mais significativo. Torna-se
altamente saudável o que a Comissão da Igreja saiba e aprove os candidatos. Desta maneira evita-se
este grande mal, se o evangelista for protegido e a igreja tiver mais confiança nele.
3. Morte por fome espiritual. Os novos conversos, frequentemente, estão superalimentados com o
evangelista, através de um programa dinâmico, boa música, excelentes ajudas visuais e temas
altamente espirituais. Mas, nem sempre ocorre o mesmo com o pastor e os pregadores locais, porque
depois do esforço, voltam-se à rotina de uns cultos sem vida e sem fundamento.
4. Falta de visitação. Quando o pastor e o evangelista não os visitam, ficam, em grande parte, sem
defesa. Frequentemente as maiores provas lhes sobrevêm depois de sua conversão. Antes do batismo
recebiam visitas frequentes, mas ao se batizarem, todos se esquecem deles.
5. Falta de ensino e trabalho missionário. A inatividade, o não estar adestrados e ocupados em
ganhar a outros, faz com que sua piedade se atrofie e terminam longe do Senhor.
II - A Importância e a Consolidação.
A. Estatísticas que nos convidam a meditar e a refletir.
1. Vejamos uma tabela numérica dos novos membros que foram aceitos pelo Batismo e por Profissão
de Fé, comparada com as apostasias e membros com destinos ignorados, nos últimos seis anos na
Divisão Interamericana e Campo Mundial.

DIVISÃO INTERAMERICANA
BATISMOS
ANO PROFISSÃO DE FÉ APOSTASIA E D.I %
1975 49.163 10.678 21.72
1976 51.385 9.171 17.85
1977 52.824 10.328 19.55
1978 54.695 11.097 20.29
1979 61.565 11.508 18.69
1980 59.812 18.020 30.13
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TOTAIS 329.444 70.802 21.49

CAMPO MUNDIAL
BATISMOS
ANO PROFISSÃO DE FÉ APOSTASIA E D.I. %
1975 220.016 59.571 27.08
1976 235.169 72.746 30.93
1977 243.735 80.526 33.04
1978 250.608 65.360 26.08
1979 280.675 68.804 24.51
1980 274.767 81.817 29.78
TOTAIS 1.504.970 428.824 28.49
2. Estas cifras, frias mas eloquentes, devem preocupar-nos ao pensar que são almas que estiveram
caminhado com Cristo e que agora estão longe dEle.
B. Se quisermos membros que permaneçam, devemos firmá-los na fé, consolidá-los em cristo,
ensiná-los a obter alimento espiritual por si mesmos para que possam estar arraigados em Cristo.
1. "A Evangelização Incompleta é o fracasso mais trabalhoso da Igreja" (Basic Evangelism, p. 142).
2. "A Evangelização que se detém com a conversão é incompleta e não cumpre, cabalmente, seu
propósito original" (Idem, p. 142).
Ilustração. Abandonar os novos conversos é como o pescador que abandona o produto de seu
trabalho na praia, ou ao agricultor que deixa apodrecer e perder o fruto de sua horta.
3. Ganhar almas implica uma grande inversão de tempo, talentos e dinheiro.
4. As almas para a igreja e o céu, o que os peixes são para o pescador e os frutos para o agricultor.
5. O valor de uma alma é incalculável. "A morte do filho de Deus nos Calvário é a medida de seu
valor" (Testimonies for the Church, pp. 28-29). "Somente à luz do Calvário pode o verdadeiro valor
da alma humana ser avaliado" (Atos dos Apóstolos, p. 273).
III - Os Responsáveis pela Consolidação
A. Não podemos e nem devemos descarregar este peso a uma só pessoa, mas podemos classificar o
grau de responsabilidade que incumbe a cada uma.
1. O EVANGELISTA
Através de sua influência e ferramentas de trabalho: equipe humana, orçamento, posição de liderança
82

e pregador principal da campanha, faz com ele tenha uma grande responsabilidade e um dever zelar
pela conservação das almas que o céu lhe dá. Só está em três ou quatro lugares ao ano, e isto torna
imperativo que instrua aos pastores locais sobre a arte de manter os novos conversos dentro da igreja.
Além disso, deve deixar um programa de trabalho muito cuidadoso e elaborado para o trabalho que
os pastores e membros da igreja devem realizar.
2. DIRETIVA DO CAMPO LOCAL
Tem em suas mãos a possibilidade de colocar os melhores homens no lugar onde se realiza a
campanha, deixando uma equipe que reúna as condições básicas, e garantindo um programa
equilibrado de continuidade; que permite consolidar e firmar os novos conversos na fé. Deve-se zelar
para que os pastores sigam o programa e o cumpra.
3. O PASTOR E SEUS ASSOCIADOS
Por ser eles os que permanecerão no lugar e sendo os primeiros pastores dos novos conversos,
constituindo o núcleo sobre o qual descansa a tarefa principal cabe-lhes: Cuidar pelo crescimento
espiritual dos mesmos, conseguindo na forma mais eficaz e rápida, para que logo não necessitem
cuidá-los a cada momento, mas que ajudem a outros a se manterem firmes. Isto fará que não
necessitem de "leite" mas de um pão bem sólido. (I Cor. 3:1-2; Atos 5:12-14).

4. COMISSÃO DA IGREJA
Deve-se saber quais são os novos membros, onde moram e quais são as suas necessidades, para
poder suprir as suas necessidades.
5. MEMBROS
Os membros antigos e de maior experiência cristã, devem trabalhar no "Plano do Irmão + Antigo".
Este consiste em visitar aos novos conversos, estudar a Bíblia com eles, receber o sábado em seus
lares, prover um ambiente social agradável na igreja e fazê-los sentir-se em casa, ajudando-lhes na
adaptação ao novo ambinete. A igreja é responsável pela permanência ou apostasia de seus membros.
Deve ser uma família integrada, unida, que se apoie e ajude reciprocamente.
IV - A Parte do Evangelista na Consolidação
A. Salmo 68:28. Mencionarei alguns métodos e planos que, dirigidos pelo Evangelista, terão uma
base firme para a consolidação.
1. DIRIGIR UMA SEGUNDA SÉRIE
No mesmo lugar e para as mesmas pessoas. Vejamos a recomendação do Espírito de Profecia:
83

"Quando os argumentos em favor da verdade presente são apresentados pela primeira vez, difícil é
fixar os pontos na mente. E se bem que alguns vejam suficientemente para tomar uma decisão, apesar
de tudo isto, há necessidade de repassar tudo outra vez, e fazer outra série de reuniões".
"Depois de haverem sido feitos os primeiros esforços em um lugar mediante uma série de
conferências , há na verdade maior necessidade de uma segunda série. A verdade é nova e
surpreendente, e o povo necessita de que as mesmas coisas lhes sejam apresentadas pela segunda vez
a fim de tornar os pontos distintos, e fixar as idéias na mente" (Evangelismo, p. 334).
2. A SEGUNDA SÉRIE DEVE SER PERFEITA
Como se não tivesse realizada a primeira. Deve-se colocar todo o esforço e capacidade para fazê-la
melhor que a anterior."... Toda vez que fizerdes uma segunda série de reuniões, fazei-a com tanto
esmero como se a primeira série não tivesse sido efetuada. Seja todo talento dos obreiros posto nas
mãos dos banqueiros. Faça cada um o máximo ao seu alcance e desempenhe com energia sua parte
na obra e serviço de Deus" (Evangelismo, p. 335).
3. REPETIR AS VERDADES APRESENTADAS
Existe uma lei pedagógica que diz: "A repetição é a base da aprendizagem". A serva do Senhor
afirma: "Se os que conheciam a verdade e já estavam firmados nela necessitam realmente de que a
impostância dela lhes seja sempre conservada diante dos olhos e seu espírito despertado por sua
repetição, quão importante não é que não se negligencie isto para com os recém-chegados!" (Idem, p.
334).
4. ORGANIZAR CLASSES BÍBLICAS
Antes da série, durante as conferências, depois e continuamente. "Não é somente a pregação que
deve ser feita. Precisa-se de incomparavelmente menos pregação. Importa devotar mais tempo a
educar pacientemente outros, dando aos ouvintes oportunidade para se exprimirem. É de instrução
que muitos necessitam, regra sobre regra , mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um
pouco alí" (Idem, p. 338).
5. COLOCAR NOSSOS LIVROS NAS MÀOS DOS NOVOS CONVERSOS
Esses sermões silenciosos, escritos, confirmar-lhe-ão a verdade e fará que esta lance raízes. "Muitos
se desviarào da fé e darão ouvidos a espíritos enganadores. Patriarcas e Profetas e o Conflito dos
Séculos são livros especialmente próprios para os que chegaram de pouco à fé, para que sejam
firmados na verdade. São indicados os perigos que devem ser evitados pelas igrejas. Os que se
familirizam inteiramente com as lições desses livros, verão os perigos que lhes estão adiante, e serào
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aptos a discernir a senda plana e direita para eles traçada. Serão guardados de veredas estranhas.
Farão retos caminhos para seus pés, para que o coxo se não desvie"
"No Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas, O Conflito dos Séculos e Daniel e
Apocalipse, há preciosas instruções. Estes livros precisam ser considerados como de especial
importância, e todo esforço deve ser feito para os pôr diante do povo" (Evangelismo, p. 366).
6. ELABORAR UM PLANO EFETIVO E DE CONTINUIDADE
Este deve envolver aos pastores locais e seus associados, as Instrutoras Bíblicas, os leigos de maior
destaque e toda a igreja.
a) O Evangelismo deve continuar por uns dois meses de uma forma ativa.
b) Deve-se deixar a equipe humana e audiovisual, materiais e orçamento para que tenham com que
trabalhar e a mudança brusca não prejudique a continuidade do plano.
7. TER DURANTE A SÉRIE O MELHOR PASTOR COMO EVANGELISTA ASSOCIADO
a) Este atuará ativamente, relacionando-se com o público como Mestre da Cerimônias e em forma
pessoal na visitação; pregando algumas vezes na série, deixando que o evangelista o escute.
b) O propósito é fazer que os novos conversos sefamiliarizem com sua personalidade e forma de
trabalhar. Isto contribuirá para que tenha um maior grau de êxito em seu trabalho, após a saída do
evangelista.
8. NÃO ANUNCIAR A SAÍDA DO EVANGELISTA
a) A saída do evangelista e sua equipe produz, geralmente, uma queda na frequência.
b) Fica a impressão de que terminou o mais importante, que as reuniões que se seguirão não têm o
mesmo valor, e, portanto, não vale a pena assisti-las posteriormente. Por isso, é conveniente que o
evangelista saia sem anunciar e que sigam naturalmente, sem traumatismos para a congregação e para
o êxito da campanha na retenção dos novos conversos.
9. VISITAR, REPETIDAMENTE OS NOVOS MEMBROS
"A obra não deve ser abandonada prematuramente. Vede que todos estejam esclarecidos na verdade,
firmados na fé, e interessados em todo ramos da obra, antes de os deixar para ir a outro campo. E
então, como o apóstolo Paulo, visitai-os com frequência para ver como vão. Oh, a obra negligente
que é feita por muitos que pretendem ser comissionados por Deus para pregar Sua Palavra, faz com
que os anjos chorem!" (Evangelismo, pp. 337,338).

V - A Parte do Pastor na Consolidação


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A. O homem chave de todo o programa de consolidação é o Pastor Local. Por isso, Jesus deu
instruções precisas quanto ao cuidado das ovelhas. (S. João 21:15-17).
1. CUIDAR DOS CORDEIROS
"Esta era uma obra em que Pedro tinha bem pouca experiência; não podia, porém, estar completo na
vida cristã a menos que aprendesse a alimentar os cordeiros, os que são tenros na fé. Exigiria grande
cuidado e muita paciência e perseverança o ministrar aos ignorantes o devido ensino, abrindo-lhes as
escrituras e educando-os para a utilidade e o dever. Esta é a obra que deve ser feita na igreja hoje, do
contrário os advogados da verdade ficarão atrofiados em sua experiência, e serão expostos à tentação
e enganos. O encargo dado a Pedro deve chegar ao coração de quase todo ministro. De quando em
quanto se ouve a voz de Cristo repetindo a recomentação a Seus sub-pastores: 'Apascenta os Meus
cordeiros', 'apascenta as Minhas ovelhas'.
"Nas palavras dirigidas a Pedro, são expostas diante do ministro evangélico que tem o cargo do
rebanho de Deus, as suas responsabilidades" (Evangelismo, p. 346).
2. VISITAR OS NOVOS MEMBROS, EM SEUS LARES, COM FINS ESPIRITUAIS
"Como pastor do rebanho, ele (o ministro), deve cuidar das ovelhas e cordeiros, procurando os
perdidos e extraviados, e levando-os novamente para o aprisco. Ele deve visitar toda família, não
somente como hóspede para fruir-lhe a hospitalidade, mas para averiguar as condições espirituais de
caba membro da família...
"Visitai as famílias, orai com elas, privai com elas, examinai as Escrituras com elas, e far-lhes-eis
bem. Demonstrai-lhes que buscais sua prosperidade, e quereis que sejam cristãos saudáveis"
"Vá ele, com métodos bem regulados, de casa em casa, levando sempre o incensário da fragrante
atmosfera celeste de amor. Ide ao encontro dos pesares, dificuldades e afliçoes dos outros. Tomai
parte nas alegrias e cuidados, tanto dos grande como dos pequenos, dos ricos como dos pobres"
(Evangelismo, pp. 346-349).
3. FIRMÁ-LOS NAS DOUTRINAS BÁSICAS EMBORA HAJA MENOS BATISMOS
"Os ministros negligenciam com frequência esses importantes ramos da obra - a reforma pró-saúde,
os dons espirituais, a beneficiência sistemática e os dons espirituais , a beneficência sistemática e os
grandes ramos da obra missionária...
"Quão melhor seria para a causa, se os mensageiros da verdade houvessem educado fiel e
cabalmente esses conversos quanto a todos esses assuntos essenciais, mesmo que houvesse menos
pessoas por ele acrescentadas à igreja por seus labores!" (Idem, p. 343).
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4. AJUDÁ-LOS A TER RAÍZES


"Não é desígnio de Deus que a igreja seja mantida pela vida tirada do ministro. Seus membros deve
ter raiz em si mesmos" (Idem, p. 343).
5. ENSINAR-LHES A CONFIAR EM DEUS E NÃO NO MINISTRO
"Se bem que os recém-conversos devam ser ensinados a pedir conselho dos mais experientes na
obra, devem ser ensinados igualmente a não pôr o ministro em lugar de Deus. Os ministros não
passam de criaturas humanas, homens cercados de fraquezas. Cristo, eis a quem nos cumpre olhar em
busca de direção.
"Todo aquele que se professa cristão, te a responsabilidade de manter-se em harmonia com a direção
da Palavra divina. Deus considera cada alma responsável por seguir, por si mesma, o modelo dado na
vida de cristo, e ter um caráter purificado e santificado" (Idem, p. 343).
6. EDUCÁ-LOS NO TRABALHO MISSIONÁRIO
"Logo que seja organizada uma igreja, ponha o ministro os membros a trabalharem. Terão eles que
ser ensinados a trabalhar com êxito....
"O poder do evangelho deve sobrevir aos grupos já formados de crentes, habilitando-os para o
serviço. Alguns dos novos conversos serão de tal modo cheios do poder de Deus que se porão
imediatamente a trabalhar. Trabalharão com tanta diligência que não terão tempo nem vontade de
enfraquecer as mãos de seus irmãos com críticas descorteses. Seu único desejo será levarem a
verdade às regiões além.
" Responsabilidade e atividade pessoal no buscar a salvação de outros, eis a educação que deve ser
ministrada a todos quantos chegaram recentemente à fé" (Evangelismo, pp. 353, 354).
"Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário" (Serviço Cristão, p. 9).
"Sua obra no lar, na vizinhança e na igreja será , em seus resultados, vasta como a eternidade. É por
falta dessa obra que a vida cristã dos jovens conversos nunca excede ao ABC nas coisas divinas. São
sempre criancinhas, necessitando sempre de serem alimentadas de leite, e nunca aptos a partilhar do
verdadeiro manjar do evangelho.
"Quando almas se convertem, pode-as a trabalhar imediatamente. E, ao trabalharem elas segundo a
sua capacidade, tornar-se-ão mais fortes. É enfretando as influências oponentes que somos
confirmados na fé" (Idem, pp. 355,356).
7. PREPARÁ-LOS PARA AS RESPONSABILIDADES
"Há várias espécies de trabalho a serem feitas. As almas são preciosas à vista de Deus; ao abraçarem
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a verdade, educai-as, e ensinai-as, a assumirem encargos. Aquele que vê o fim desde o princípio, que
pode fazer com que as sementes semeadas sejam frutíferas, estará convosco em vossos esforços"
(Idem, p. 335).
8. PROVIDENCIAR EDIFÍCIOS DE IGREJA PARA OS NOVOS CONVERSOS
"Quando se desperta um interesse em qualquer vila ou cidade, esse interesse deve ser atendido. O
lugar deve ser cabalmente trabalhado, até que se erga humilde casa de culto como sinal, um
monumento do sábado de Deus, uma luz em meio da treva moral... Onde quer que se levante um
grupo de crentes, deve construir-se uma casa de culto. Não deixem os obreiros o lugar sem fazer
isto" (Idem, pp. 375 , 376).
VI - A Parte da igreja e os Leigos na Consolidação
A. S. Lucas 22;31-32. Os membros mais antigos da igreja, devem ser pontuais ao ajudar a fechar a
porta da apostasia, realizando um trabalho fiel em prol dos novos membros. Como?
1. CUIDANDO DOS JOVENS NA FÉ
"Pregar é uma pequena parte da obra a ser feita pela salvação de algumas. O Espírito de Deus
convence os pecadores da verdade, e depõe-se nos braços da igreja. Os ministros podem fazer sua
parte, mas nunca poderão efetuar a obra que deve ser feita pela igreja. Deus requer que a igreja cuide
dos que são jovens na fé e na experiência, que vão ter com eles, não no intuito de tagarelar com eles,
mas de orar, de dirigir-lhes palavras que sejam 'como maçãs de ouro em salva de prata" (Evangelista,
p. 352).
2. COLOCANDO EM MARCHA O PLANO DO IRMÃO MAIS ANTIGO
a) Este consiste em responsabilizar a cada membro fiel e de experiência na Igreja, que cuide de um
membro ou família nova. É seu trabalho atender como um subpstor dos recém-batizados e prover as
suas necessidades espirituais.
b) Os recém-chegados à fé devem receber um trato paciente e benigno, e é dever dos membros mais
antigos da igreja cogitar meios e modos para prover auxílio, simpatia e instrução para os que se
retiraram conscienciosamente de outras igrejas por amor da verdade, separando-se assim dos
cuidados pastorais a que estavam habituados. A igreja tem responsabilidade especial quanto a atender
essas almas que seguiram os primeiros raios de luz recebidos; e caso os membros da igreja
neglegenciem este dever, serão infiéis ao depósito a eles confiado por Deus" (Evangelismo, p. 351).
3. ORAR COM ELES, PARA QUE SUA FÉ NÃO SE CONFUNDA
"Não admira que alguns desanimem, retardem-se pelo caminho, e sejam deixados por presa aos
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lobos. Satanás se acha no encalço de todos. Envia seus agentes para levarem de volta à suas fileiras
as almas que perdeu. Deve haver mais pais e mães pra tomarem ao colo esses infantes na verdade, e
animá-los e orar com eles, para que sua fé não se confunda" (Evangelismo, pp. 351, 352).
4. PROTEGENDO-OS DO FANATISMO
"Onde quer que haja um pequeno grupo de crentes, Satanás está constantemente procurando
aborrecê-los e desviá-los. Quando alguém do povo se desvia de seus pecados, supondes acaso que
ele o deixará em paz? De modo nenhum!"
" Paulo implantou as puras verdades do evangelho na Galácia. Pregou a doutrina da justiça pela fé, e
seu trabalho foi recompensado vendo a igreja gálata convertida ao evangelho. Então Satanás
começou a trabalhar por intermédio de falsos mestres para confundir o espírito de alguns dos crentes.
A jactância desses mestres, e a manifestação de seu poder de operar maravilhas, cegaram a visão
espiritual de muitos dos novos conversos, e foram induzidos ao erro....
"Por algum tempo Paulo perdeu o domínio sobre os que haviam sido enganados apoiando-se, porém
, na Palavra e no poder de Deus, e recusando as interpretações dos mestres apóstatas, foi capaz de
levar os conversos a verem que haviam sido iludidos, derrotando assim os desígnios de Satanás. Os
novos converos volveram à fé, preparados para, com inteligência tomar sua decisão em favor da
verdade" (Idem, pp. 357, 358).
5. CONFIRMANDO-OS NA FÉ PELO SERVIÇO
"Quando almas se convertem, ponde-as a trabalhar imediatamente. E, ao trabalharem elas segundo a
sua capacidade, tornar-se-ão mais fortes. É enfrentando as influências oponentes que somos
confirmados na fé. Ao brilhar a luz em seu coração, difundam elas os seus raios. Ensinai aos recém-
converos que devem entrar em comunhão com Cristo, a serem suas testemunhas, e tornarem-nO
conhecido ao mundo.
"O melhor remédio que podeis ministrar à igreja, não é pregar ou fazer sermões, mas providenciar
trabalho para os membros. Caso se empenhasse em trabalho, o desalentado esqueceria em breve seu
desânimo, o frasco se tornaria forte, o ignorante inteligente, e todos estariam preparados para
apresentar a verdade tal como ela é em Jesus. Encontrarão um infalível ajudaro nAquele que
prometeu salvar a todos quantos se chegam a Ele" (Evangelismo, pp. 355, 356).
6. DESENVOLVENDO-OS COMO GENUÍNOS MISSIONÁRIOS
"Aquele que se torna um filho de Deus deve, daí por diante, considerar-se como um elo na cadeia
descida para salvar o mundo, um com Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele a buscar e
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salvar o perdido.
"Todos podem encontrar alguma coisa para fazer. Ninguém deve achar que não há lugar em que não
há lugar em que possa trabalhar por Cristo. O Salvador Se identifica com todo filho da humanidade.
"Os homens são instrumentos nas mãos de Deus, por ele empregados para cumprirem Seus
propósitos de graça e misericórdia. Cada um tem a sua parte a desempenhar; a cada qual é concedida
uma porção de luz, adaptada às necessidades de seu tempo, e suficiente para o habilitar a efetuar a
obra que Deus lhe deu a fazer" (Serviço Cristão, pág. 10).
7. VISITANDO-OS PERIODICAMENTE
O trabalho pessoal não pode ser substituído por nada. O contato humano faz romper as barreiras e
desfaz os preconceitos. Um trabalho paciente, realizado com oração e consagração, será aprovado
pelo céu. O Espírito Santo tocará os corações e estes se renderão à sua influência ficando
confirmados na fé.
A teologia do Novo Testamento focaliza o trabalho missionário na premissa: "IDE". Não podemos
esperar que os novos conversos venham até nós, devemos ir até eles e levá-los aos pés de Cristo.
Assim os firmaremos na fé e estaremos preparando-os para um mundo melhor.
8. CUIDAR DE SUAS NECESSIDADES MATERIAIS E ESPIRITUAIS
Por várias vezes encontraremos em nossas visitas aos novos conversos, que, não só necessitam que
oremos por eles e com eles, mas que também têm outras necessidades físicas que devem ser
atendidas. Embora não possamos resolver todas as necessidades materiais, talvez possamos oferecer
uma ajuda oportuna, conselho, orientação e apoio material. Será uma maravilhosa oportunidade de
demonstrar a "religião prática" e o "verdadeiro jejum" de que falam Tiago e o Profeta Isaías.
Depois, o abrir as Escrituras, estudá-las com eles fazendo-o com oração, nos permitirão fazer uma
obra que terá a aprovação divina.
VII - Programa de Consolidação dos Novos Conversos
A. O programa sugestivo esboçado a seguir, não pretende esgotar o tema ou as idéias. Pode ser
ampliado, modificado ou adaptado às necessidades de cada lugar. A segunda série e a continuidade,
são muito importantes, mas onde não é possível realizar o programa de consolidação em seus
primeiros passos, do 1 - 5, isto contribuirá notavelmente a fechar a porta da apostasia e manterá
"dentro da igreja" os recém chegados à fé.

1. TER UM PROGRAMA PERMANENTE E SISTEMÁTICO DE VISITAÇÃO


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a) Este deve envolver os dirigentes e membros da igreja. A visitação deve ser feita sistematicamente
e com mais frequência. Pelo menos uma vez ao mês.
b) Fomentar a visitação recíproca de todos os membros.
c) Entregar formulários aos visitadores, onde informarão os resultados de seu trabalho, númerico de
visitas, quando foram feitas, a quem visitaram; necessidades que encontraram, o que fizeram e os
casos que devem ser atendidos pelo pastor ou ancião da igreja.
d) Este programa de visitação deve envolver não só os membros mais antigos, mas também os
novos membros da igreja. O trabalhar e ajudar a outros, permiti-lhes-á ajudarem-se a si mesmos.
2. TREINANDO-OS NA OBRA MISSIONÁRIA
a) Despertando-lhes o desejo de partilhar sua nova fé.
b) O fogo do primeiro amor impulsiná-los-á e os ajudará a ganhar a outros.
c) Um curso de capacitação para o trabalho leigo deve ser apresentado ao concluir o curso e este
deve envolver os novos conversos.
d) O Diretor de Atividades Leigas do campo local, o pastor ou um leigo de destaque, podem ser os
instrutores.
3. DESIGNAR-LHES RESPONSABILIDADES E CAMPOS ESPECÍFICOS DE
TRABALHO
"Todos podem encontrar alguma coisa para fazer. Ninguém deve achar que não há lugar em que
possa trabalhar por Cristo..." "Os que se uniram ao Senhor em concerto de serviço, acham-se sob
obrigação de a Ele se unir também na grande, sublime obra de salvar almas... Tão vasto é o campo,
tão compreensivo o desígnio, que todo coração santificado será levado para o serviço, como
instrumento do poder divino.
"O verdadeiro caráter da igreja não se mede pela elevada profissão que ela faz, nem pelos nomes que
se encontram em seu registro, mas pelo que ela está em realidade fazendo pelo Mestre, pelo número
de seus obreiros perseverantes e fiéis" (Serviço Cristão, pp. 11, 12).
4. COLOCAR EM SUAS MÃOS NOSSOS MELHORES LIVROS
a) A leitura dos mesmos dar-lhes-ão alento espiritual.
b) Aprenderão por si mesmos a buscar e encontrar o alimento espiritual que necessitam.
5. DESCOBRIR E USAR SEUS TALENTOS
a) No caso das crianças e jovens, eles deverão ser incentivados a ingressarem em nossas escolas e
colégios para que recebam os benefícios da educação cristã.
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b) Insistir com eles a ingressarem às fileiras da colportagem, depois de orientá-los no conhecimento e


na fé do Evangelho. Muitos terão dons naturais e talentos úteis para esta obra missionária.
6. APRESENTAR UMA SEGUNDA SÉRIE
a) Apresentar todas as verdades que nos caracterizam.
b) Fazê-la com mais força e perfeição que a primeira.
7. TER UM PROGRAMA SÓLIDO DE CONTINUIDADE
a) Espiritual.
b) Missionário.
c) Social.
8. CONSTRUIR OU MELHORAR O TEMPLO
a) Um novo grupo de membros sem um lugar adequado para se reunir, estará destinado ao fracasso e
ao desaparecimento.
b) Nossos templos devem ser lugares dignos de adoração a Deus. O meio ambiente, se estiver
propício, contribuirá para elevar a consagração.

CONCLUSÃO:
A. Façamos Evangelismo Completo.
1. O Evangelista que se detém na conversão é incompleto.
2. Desenvolvimento os novos conversos na fé.
B. Abramos a "Porta do Evangelismo" e fechamos a "Porta da Apostasia".
1. Contabilizamos com ênfase o "ganhar almas" , mas desconhecemos ou olhamos com indiferença
nossas "perdas" ou "apostasias".
2. Ilustração. Guillermo Kratizig, em seu livro "Urbangelização", página 116, conta um episódio de
Munchhausen (relatos de tom exagerado, das campanhas bélicas e viagens vividos por Karl Friedrich
de Hierónymus, cuja vida se extendeu desde 1720 até 1790).
Munchhausen vinha cavalgando velozmente, perseguido por vários inimigos. Os guardas da cidade,
posicionados no muro, não tardaram em compreender a delicada situaçào e, em seguida, decidiram
descer a pesada porta de entrada da cidade. Munchhausen, homem de perspecácia e grande
habilidade, pressentindo a intenção dos sentinelas, sabe que a única salvação é passar pela porta, antes
que seja fechada, caso contrário, ficará à mercê de seus inimigos.
Munchhausen esporeou seu cavalo e felizmente chegou a tempo. Mal acaba de passar pela porta
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quando esta cai, ruidosa e velozmente. Ele continua sua corrida até o poço do mercado. Parou o seu
cavalo e ali pôde beber e repor-se do grande esforço. Efetivamente, o animal bebe e bebe. Sua sede
parece ser insaciável. Finalmente Munchhausen, inquieto, olha para trás e descobre o ocorrido: a
grande porta, uma gigantesca folha de ferro, caiu sobre o animal , um centímetro atrás do arreio
separando o animal em dois. Foi tão rápido que nem ele nem o ginete se deram conta. E,
logicamente, agora o cavalo não saciava sua sede. A água entra por um lado, e sai diretamente pelo
outro.
Sempre oportuno em suas decisões, Munchhausen, aproveita enquanto o cavalo ainda se mantinha,
para voltar ao muro. Recolhe a outra metade do animal, une ambas partes e cobre a ferida com a pele
de um porco montês recém caçado. A perícia do herói lhe permite a total recuperação de sua
cavalgadura. Mais tarde, Munchhausen deve raspar seu cavalo no lugar do enxerto, devido ao pelo
espinhoso que começa a crescer nessa região.
Certamente este é um relato exagerado da Idade Média, mas podemos aplicá-lo positivamente ao
nosso tema. temos a porta aberta da evangelização. Estão entrando milhares de almas à igreja , mas
devemos fazer uma pausa, olhar para trás e constatar se temos "a porta da apostasia aberta" por onde
estamos perdendo os novos membros. Se esta porta "da apostasia" estiver aberta, devemos fechá-la e
cortar esse fluxo contínuo de perdas que está enfraquecendo o nosso povo.
3. Na evangelização, frequentemente se trabalha e ganha muitas almas para perdê-las depois. Então,
é preciso olhar para trás para descobrir como fez o cavaleiro de nossa história, que a cavalgadura de
nossa evangelização tem sido separada. Não obstante, ainda se mantém em pé, pela graça de Deus, e
serve para ganhar muitos corações sinceros e trazê-los aos pés de Cristo.
4. Mas, fica-nos o grande desafio de conservar e desenvolver os novos conversos na fé de Cristo.
Que estas reflexões e outras mais, sirvam para estimular o povo adventista e o Missionário
Evangélico e Leigo, a busca os caminhos da evangelização eficaz na retenção dos novos conversos e
sua consolidação nos caminhos do Senhor.

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