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Estrutura cristalina dos metais

-Estrutura cristalina: conceitos fundamentais,


célula unitária,
- Sistemas cristalinos,
- Polimorfismo e alotropia
- Direções e planos cristalográficos, anisotropia,
- Determinação das estruturas cristalinas por
difração de raios-x.

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ARRANJAMENTO ATÔMICO
Por quê estudar?
• As propriedades de alguns materiais estão
diretamente associadas à sua estrutura cristalina (ex:
magnésio e berílio que têm a mesma estrutura se
deformam muito menos que ouro e prata que têm
outra estrutura cristalina)
• Explica a diferença significativa nas propriedades de
materiais cristalinos e não cristalinos de mesma
composição (materiais cerâmicos e poliméricos não-
cristalinos tendem a ser opticamente transparentes
enquanto cristalinos não)
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ARRANJAMENTO ATÔMICO

3
ARRANJAMENTO ATÔMICO
• Nos materiais não-cristalinos ou amorfos não existe
ordem de longo alcance na disposição dos átomos
• As propriedades dos materiais sólidos cristalinos
depende da estrutura cristalina, ou seja, da maneira
na qual os átomos, moléculas ou íons estão
espacialmente dispostos.
• Há um número grande de diferentes estruturas
cristalinas, desde estruturas simples exibidas pelos
metais até estruturas mais complexas exibidas pelos
cerâmicos e polímeros

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CÉLULA UNITÁRIA
(unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional)

• Consiste num pequeno grupos de átomos que


formam um modelo repetitivo ao longo da
estrutura tridimensional

• A célula unitária é escolhida para representar


a simetria da estrutura cristalina

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CÉLULA UNITÁRIA
(unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional)

Célula Unitária

Os átomos são representados como esferas rígidas


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SISTEMA CÚBICO
Os átomos podem ser agrupados dentro do sistema
cúbico em 3 diferentes tipos de repetição

– Cúbico simples
– Cúbico de corpo centrado
– Cúbico de face centrada

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SISTEMA CÚBICO SIMPLES

 Apenas 1/8 de cada átomo


cai dentro da célula unitária,
ou seja, a célula unitária
contém apenas 1 átomo.
 Essa é a razão que os metais
não cristalizam na estrutura
cúbica simples (devido ao
a
baixo empacotamento
atômico)
Parâmetro de rede
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NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CCC

 Número de coordenação corresponde


ao número de átomos vizinhos mais
próximos
 Para a estrutura cúbica simples o número de
coordenação é 6.

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RELAÇÃO ENTRE O RAIO ATÔMICO
(R) E O PARÂMETRO DE REDE (a)
PARA O SITEMA CÚBICO SIMPLES

 No sistema cúbico
simples os átomos se
tocam na face

 a= 2 R

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FATOR DE EMPACOTAMENTO
ATÔMICO PARA CÚBICO SIMPLES

Fator de empacotamento= Número de átomos x Volume dos átomos


Volume da célula unitária

Vol. dos átomos=número de átomos x Vol. Esfera (4R3/3)

Vol. Da célula=Vol. Cubo = a


3

 Fator de empacotamento = 4R3/3


(2R) 3
O FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A EST. CÚBICA SIMPLES É O,52

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EST. CÚBICA DE CORPO
CENTRADO
 O PARÂMETRO DE REDE E O RAIO ATÔMICO ESTÃO
RELACIONADOS NESTE SISTEMA POR:
accc= 4R /(3)1/2

 Na est. ccc cada átomo dos vertices do cubo


é dividido com 8 células unitárias
 Já o átomo do centro pertence somente a
sua célula unitária.
 Cada átomo de uma estrutura ccc é cercado
por 8 átomos adjacentes
Filme  Há 2 átomos por célula unitária na estrutura
ccc
 O Fe, Cr, W cristalizam em ccc
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RELAÇÃO ENTRE O RAIO ATÔMICO
(R) E O PARÂMETRO DE REDE (a)
PARA O SITEMA CCC
 No sistema CCC os
átomos se tocam ao
longo da diagonal do
cubo: (3) 1/2.a=4R

accc= 4R/ (3)1/2

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FATOR DE EMPACOTAMENTO
ATÔMICO PARA CCC

 Fator de empacotamento= Número de átomos x Volume dos átomos


Volume da célula unitária

O FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A EST. CC É O,68

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NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CCC

 Número de coordenação corresponde


ao número de átomos vizinhos mais
próximos
 Para a estrutura ccc o número de
coordenação é 8.

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NÚMERO DE
COORDENAÇÃO
1/8 de átomo

1 átomo inteiro

Para a estrutura ccc o número de coordenação é 8


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EST. CÚBICA DE FACE
CENTRADA
 O PARÂMETRO DE REDE E O RAIO ATÔMICO
ESTÃO RELACIONADOS PARA ESTE SISTEMA
POR:

acfc = 4R/(2)1/2 =2R . (2)1/2

 Na est. cfc cada átomo dos vertices


do cubo é dividido com 8 células
unitátias
 Já os átomos das faces pertencem
somente a duas células unitárias
Filme  Há 4 átomos por célula unitária na
25 estrutura cfc
 É o sistema mais comum encontrado
nos metais (Al, Fe, Cu, Pb, Ag,
Ni,...) 22
Demonstre que acfc = 2R (2)1/2

 a2 + a2 = (4R)2
2 a2 = 16 R2
a2 = 16/2 R2
a2 = 8 R2
a= 2R (2)1/2

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FATOR DE EMPACOTAMENTO
ATÔMICO PARA CFC

 Fator de empacotamento= Número de átomos X Volume dos átomos


Volume da célula unitária

O FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A EST. CFC É O,74

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DEMONSTRE QUE O FATOR DE EMPACOTAMENTO
PARA A EST. CFC É O,74

 Fator de empacotamento= Número de átomos X Volume dos átomos


Volume da célula unitária
Vol. dos átomos=Vol. Esfera= 4R3/3

Vol. Da célula=Vol. Cubo = a


3

Fator de empacotamento = 4 X 4R3/3


(2R (2)1/2)3
Fator de empacotamento = 16/3R3
16 R3(2)1/2
Fator de empacotamento = 0,74

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NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CFC

 Número de coordenação corresponde ao


número de átomos vizinhos mais próximo
 Para a estrutura cfc o número de
coordenação é 12.

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NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CFC

Para a estrutura cfc o


número de
coordenação é 12.

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TABELA RESUMO PARA O
SISTEMA CÚBICO
Átomos Número de Parâmetro Fator de
por célula coordenação de rede empacotamento

CS 1 6 2R 0,52
CCC 2 8 4R/(3)1/2 0,68
CFC 4 12 4R/(2)1/2 0,74

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EST. HEXAGONAL
COMPACTA
 Os metais em geral não cristalizam
no sistema hexagonal simples pq o
fator de empacotamento é muito
baixo, exceto cristais com mais de
um tipo de átomo
 O sistema Hexagonal Compacta é
mais comum nos metais (ex: Mg,
Zn)
 Na HC cada átomo de uma dada
camada está diretamente abaixo ou
acima dos interstícios formados
entre as camadas adjacentes
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EST. HEXAGONAL
COMPACTA
 Cada átomo tangencia 3
átomos da camada de cima,
6 átomos no seu próprio
plano e 3 na camada de
baixo do seu plano
 O número de coordenação
para a estrutura HC é 12 e,
portanto, o fator de
empacotamento é o mesmo
da cfc, ou seja, 0,74. Relação entre R e a:
a= 2R 30
RAIO ATÔMICO E ESTRUTURA
CRISTALINA DE ALGUNS METAIS

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CÁLCULO DA DENSIDADE

 O conhecimento da estrutura cristalina


permite o cálculo da densidade ():
 = nA
VcNA
n= número de átomos da célula unitária
A= peso atômico
Vc= Volume da célula unitária
NA= Número de Avogadro (6,02 x 1023 átomos/mol)

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POLIMORFISMO OU
ALOTROPIA
 Alguns metais e não-metais podem ter mais
de uma estrutura cristalina dependendo da
temperatura e pressão. Esse fenômeno é
conhecido como polimorfismo.
 Geralmente as transformações polimorficas
são acompanhadas de mudanças na
densidade e mudanças de outras propriedades
físicas.

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EXEMPLO DE MATERIAIS QUE
EXIBEM POLIMORFISMO
 Ferro
 Titânio
 Carbono (grafite e diamente)
 SiC (chega ter 20 modificações cristalinas)
 Etc.

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ALOTROPIA DO FERRO
 Na temperatura ambiente, o
ccc De 1394°C-PF Ferro têm estrutura ccc, número
de coordenação 8, fator de
empacotamento de 0,68 e um
raio atômico de 1,241Å.
cfc De 910-1394°C
 A 910°C, o Ferro passa para
estrutura cfc, número de
coordenação 12, fator de
empacotamento de 0,74 e um
ccc Até 910°C raio atômico de 1,292Å.
 A 1394°C o ferro passa
novamente para ccc.
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ALOTROPIA DO TITÂNIO
FASE 
 Existe até 883ºC
 Apresenta estrutura hexagonal compacta
 É mole
FASE 
 Existe a partir de 883ºC
 Apresenta estrutura ccc
 É dura

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DIREÇÕES NOS CRISTAIS

a, b e c definem os eixos de um sistema de coordenadas


em 3D. Qualquer linha (ou direção) do sistema de
coordenadas pode ser especificada através de dois pontos:
· um deles sempre é tomado como sendo a origem do
sistema de coordenadas, geralmente (0,0,0) por
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convenção;
DIREÇÕES NOS CRISTAIS

• São representadas
entre
colchetes=[uvw]
• Família de direções:
<uvw>

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DIREÇÕES?

(o,o,o)

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Algumas direções da
família de direções <100>

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DIREÇÕES NOS CRISTAIS

• São representadas
entre colchetes=
[hkl]

• Se a subtração der
negativa, coloca-se
uma barra sobre o
número

42
As duas direções
pertencem a mesma
família?
[101]

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DIREÇÕES NOS CRISTAIS
• São representadas
entre colchetes= [hkl]
• Quando passa pela
origem

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DIREÇÕES NOS CRISTAIS
• São representadas
entre colchetes= [hkl]

Os números devem ser divididos


ou multiplicados por um
fator comum para dar números
inteiros

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DIREÇÕES PARA O SISTEMA
CÚBICO
• A simetria desta estrutura permite que as
direções equivalentes sejam agrupadas para
formar uma família de direções:
• <100> para as faces
• <110> para as diagonais das faces
• <111> para a diagonal do cubo <110>

<111>
<100>
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DIREÇÕES PARA O SISTEMA CCC
• No sistema ccc os átomos se
tocam ao longo da diagonal
do cubo, que corresponde a
família de direções <111>
• Então, a direção <111> é a
de maior empacotamento
atômico para o sistema ccc

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DIREÇÕES PARA O SISTEMA CFC
• No sistema cfc os átomos se
tocam ao longo da diagonal
da face, que corresponde a
família de direções <110>
• Então, a direção <110> é a
de maior empacotamento
atômico para o sistema cfc

Filme 22

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1.) Diferencie materiais cristalinos de materiais não-cristalinos em termos de arranjo
atômico.
2.) Quais são as estruturas cristalinas mais comuns encontradas nos materiais metálicos?
3.) O que você entende como “fator de empacotamento atômico” e de que depende?
4.) A - O ferro tem estrutura cúbica de corpo centrado (CCC) e raio atômico de 1,241 Å a
temperatura ambiente. Calcule o parâmetro de rede e o fator de empacotamento
atômico para o ferro nestas condições. R: a = 2,86x10-8 cm ou 0,2864 nm e F.E. = 0,68
• B - A 910 °C o ferro passa de estrutura cúbica de corpo centrado (CCC) para estrutura
cúbica de face centrada (CFC) e raio atômico de 1,292 Å. Calcule o parâmetro de rede e
o fator de empacotamento atômico para o ferro nestas condições.
• R: a = 3,51x10-8 cm ou 0,351 nm e F.E. = 0,74
5.) Sabendo que o Pb cristaliza no sistema CFC calcule o parâmetro de rede para o Pb e o
seu raio atômico. Dados: A = 207 g/mol, ρ = 11,34 g/cm3
6.) O que é polimorfismo ou alotropia? Quais as conseqüências deste fenômeno nas
propriedades dos materiais? Cite 2 exemplos de materiais que exibem polimorfismo.
7.) A - Como são representadas uma única direção e uma família de direções
cristalográficas?
• B - Como são representados um único plano e uma família de planos cristalográficos?
8.) O que você entende por anisotropia?

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PLANOS CRISTALINOS
Por quê são importantes?
· Para a determinação da estrutura cristalina Os métodos de difração medem diretamente a distância entre
planos paralelos de pontos do reticulado cristalino. Esta informação é usada para determinar os parâmetros do
reticulado de um cristal.
Os métodos de difração também medem os ângulos entre os planos do reticulado. Estes são usados para
determinar os ângulos interaxiais de um cristal.
· Para a deformação plástica
A deformação plástica (permanente) dos metais ocorre pelo deslizamento dos átomos, escorregando uns sobre
os outros no cristal. Este deslizamento tende a acontecer preferencialmente ao longo de planos direções
específicos do cristal.
· Para as propriedades de transporte
Em certos materiais, a estrutura atômica em determinados planos causa o transporte de elétrons e/ou acelera a
condução nestes planos, e, relativamente, reduz a velocidade em planos distantes destes.
Exemplo 1: Grafita
A condução de calor é mais rápida nos planos unidos covalentemente sp2 do que nas direções perpendiculares a esses planos.
Exemplo 2: supercondutores a base de YBa2Cu3O7
Alguns planos contêm somente Cu e O. Estes planos conduzem pares de elétrons (chamados pares de cobre) que são os
responsáveis pela supercondutividade. Estes supercondutores são eletricamente isolantes em direções perpendiculares as dos
planos Cu-O.
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PLANOS CRISTALINOS
• São representados de maneira similar às
direções
• São representados pelos índices de Miller =
(hkl)
• Planos paralelos são equivalentes tendos os
mesmos índices

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PLANOS CRISTALINOS

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PLANOS CRISTALINOS

Planos (010)
• São paralelos aos eixos x
e z (paralelo à face)
• Cortam um eixo (neste
exemplo: y em 1 e os
eixos x e z em )
• 1/ , 1/1, 1/  = (010)

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PLANOS CRISTALINOS

Planos (110)
• São paralelos a um eixo
(z)
• Cortam dois eixos
(x e y)
• 1/ 1, 1/1, 1/  = (110)

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PLANOS CRISTALINOS

Planos (111)

• Cortam os 3 eixos
cristalográficos
• 1/ 1, 1/1, 1/ 1 = (111)

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PLANOS CRISTALINOS

• Quando as
intercessões
não são
óbvias
desloca-se o
plano até
obter as
intercessões
corretas

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FAMÍLIA DE PLANOS {110}
É paralelo à um eixo

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FAMÍLIA DE PLANOS {111}
Intercepta os 3 eixos

58
PLANOS NO SISTEMA CÚBICO
• A simetria do sistema cúbico faz com que a
família de planos tenham o mesmo
arranjamento e densidade
• Deformação em metais envolve deslizamento
de planos atômicos. O deslizamento ocorre
mais facilmente nos planos e direções de
maior densidade atômica

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PLANOS DE MAIOR DENSIDADE ATÔMICA
NO SISTEMA CCC
• A família de planos
{110} no sistema ccc é o
de maior densidade
atômica

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PLANOS DE MAIOR DENSIDADE ATÔMICA
NO SISTEMA CFC
• A família de planos
{111} no sistema cfc é o
de maior densidade
atômica

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DENSIDADE ATÔMICA LINEAR E
PLANAR
• Densidade linear= átomos/cm (igual ao fator
de empacotamento em uma dimensão)

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Densidade planar= átomos/unidade de área
(igual ao fator de empacotamento em duas
dimensões)

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• As densidades linear e planar são considerações
importantes por estarem relacionadas com o
processo de deslizamento — isto é, o mecanismo
segundo o qual os metais se deformam
plasticamente (Seção 7.4). O deslizamento ocorre
nos planos cristalográficos mais densamente
empacotados e, naqueles planos, ao longo das
direções que possuem o maior empacotamento
atômico.

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DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA POR
DIFRAÇÃO DE RAIO X

Raíos-x tem comprimento de onda


similar a distância interplanar

0,1nm

68
DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA POR
DIFRAÇÃO DE RAIO X

O FENÔMENO DA DIFRAÇÃO:
Quando um feixe de raios x é dirigido à um
material cristalino, esses raios são difratados
pelos planos dos átomos ou íons dentro do
cristal

69
DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA POR
DIFRAÇÃO DE RAIO X

Fonte: Prof. Sidnei Paciornik, Departamento de Ciência dos Materiais e Metalurgia


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da
PUC-Rio
DIFRAÇÃO DE RAIOS X
LEI DE BRAGG

n= 2 dhkl.sen

 É comprimento de onda
N é um número inteiro de
ondas
Válido
dhkl= a
para d é a distância interplanar
sistema
(h2+k2+l2)1/2 cúbico  O ângulo de incidência
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DISTÂNCIA INTERPLANAR (dhkl)

• É uma função dos índices de Miller e do parâmetro de rede

dhkl= a
(h2+k2+l2)1/2

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TÉCNICAS DE DIFRAÇÃO
• Técnica do pó:
É bastante comum, o material a ser analisado
encontra-se na forma de pó (partículas finas
orientadas ao acaso) que são expostas à radiação
x monocromática. O grande número de partículas
com orientação diferente assegura que a lei de
Bragg seja satisfeita para alguns planos
cristalográficos

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O DIFRATOMÊTRO DE RAIOS X

• T= fonte de raio X
Amostra • S= amostra
• C= detector
• O= eixo no qual a amostra e o
Fonte detector giram

Detector
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DIFRATOGRAMA

Fonte: Prof. Sidnei Paciornik, Departamento de


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Ciência dos Materiais e Metalurgia da PUC-Rio

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