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Departamento de Educação
EDU 650 – Teorias da Educação
Professor: Eduardo Luedy
Alunos: Bismarck Carneiro Sena, Luca Félix Reis Braz Souza.
1. A autora inicia suas considerações chamando a atenção para o fato de que, aparentemente, nas
escolas e nas universidades, separamos corpo e mente e privilegiamos sobremaneira as atividades
intelectuais. Segundo a autora, o corpo parece ter ficado “fora da escola”. No entanto, ela mesma
afirma que “os processos de escolarização sempre estiveram – e ainda estão – preocupados em
vigiar, controlar, modelar, corrigir e construir os corpos de meninos e meninas, de jovens homens e
mulheres” (p.88).
(a) Como a autora “resolve” este aparente paradoxo? Como é possível que o corpo esteja “fora” da
escola e, ao mesmo tempo, seja objeto central das práticas escolares?
A autora tenta resolver entretanto apenas sugere um método semelhante ao conhecido popularmente
como o "falar sem falar", deste modo, de forma mais direta ela diz "[...] professores deveriam
organizar situações-estímulo, prever condições facilitadoras da aprendizagem, promover o diálogo,
favorecer a conscientização. Mas o corpo não era nomeado, parecia estar de fora, por fora."
Inicialmente isso se parece uma solução, mas ao procurarmos mais a fundo no texto, nós
entendemos que isso é apenas uma sugestão de resolução adotada pela maioria das escolas.
(b) Que exemplos poderíamos citar de processos de escolarização que confirmam o que a autora
está aqui afirmando acerca dos processos de controle e vigilância dos corpos?
Um exemplo bem conhecido é o das escolas militares e conventos, onde existem processos de
ensino que promovem a vigilância dos corpos e os processos de controle, outro exemplo foi a
política de ensino Behaviorista, onde existia o: estímulo → resposta → reforço, sendo usado na
maioria das vezes a punição e os castigos como método de controle dos alunos.
2. Segundo a autora, há uma perspectiva epistemológica que se opõe à perspectiva dualista (na qual
as noções de natureza e cultura se encontram separadas). Para a perspectiva dualista, o corpo é
“dado” ao nascer e, assim, carrega “naturalmente” certas características distintivas. Para a
perspectiva não-dualista, é impossível separar estas duas dimensões: a natureza e a cultura.
E é a partir desta perspectiva (não-dualista) que a autora fala de um “trabalho incessante” no qual se
produzem e se reproduzem divisões e “marcas” corporais.
(a) Que exemplos poderíamos dar deste “trabalho incessante” da educação escolar na produção de
marcas e diferenças entre os corpos?
Podemos dar como exemplo as marcas de gênero.
3. O que vem a ser, de acordo com a autora, esta “perspectiva determinista” a respeito dos corpos?
Como a autora problematiza tal perspectiva?
A perspectiva determinista apontada pela autora se refere ao caráter estético, sendo a aparência um
fator determinante para separar os alunos e demarcar quais podem, de fato, interagir e quais não
podem. A autora problematiza isso ao longo do texto de forma didática e direta, embora em alguns
pontos ela se perca um pouco, rapidamente ocorre a volta ao tópico.