Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
INTRODUÇÃO
Briófitas detêm o segundo maior grupo de plantas terrestres depois das angiospermas
Possuem ciclo de vida com duas fases distintas, o gametófito e o esporófito, onde, ao
contrário das outras plantas o gametófito haplóide é dominante. Apresentam três divisões:
São conhecidas mundialmente cerca de 18.000 espécies, para o Brasil são citadas
3.125 distribuídas em 450 gêneros e 110 famílias (YANO, 1996). Para Shepherd (2003) o
estudando ecologia e biologia destes organismos, embora algumas estejam envolvidas com
Trabalhos sobre briófitas para o estado do Piauí são raros, havendo apenas citações de
espécies em trabalhos, tais como de Luetzelburg (1922/23), Vital (1980), Yano (1981,
1989, 1992), Egunyomi & Vital (1984), Frahm (1991) e Reese (1993). Nestes trabalhos
encontram-se registradas 14 espécies de musgos para o Piauí, sendo que estas espécies
VITAL 1984; FRAHM 1991; REESE 1993 e IRELAND & BUCK 1994). No entanto
Castro et al (2002) foi o primeiro a realizar coletas sistemáticas de briófitas para o Piauí.
42°48’ 42” de longitude Oeste, em altitudes que variam de 55m a 92 metros (MELLO,
2004), apresentando extensas áreas de vegetação nativa, tais como cerrado, babaçuais, mata
de galeria, etc.
METODOLOGIA
identificação do material utilizou-se os trabalhos de Buck (2000), Gradstein & Costa (2003),
Sharp et al. (1994), Schuster (1980) e Zander (1993). Foram realizadas expedições bimestrais,
(As excursões de coletas foram realizadas no período de dezembro de 2007 a agosto de 2008).
classificação de substrato utilizada por Richards (1984) e Germano & Porto (1998). O sistema
de classificação adotado foi o proposto por Buck & Goffinet (2000) para Bryophyta e Crandall-
Universidade Estadual do Piauí (UESPI) com algumas duplicatas acervadas no Herbário Prof.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
espécies de Briófitas, distribuídas em nove famílias e nove gêneros (Tabela 1), onde 11
realizado, sete famílias e oito gêneros pertencem a Bryophyta, sendo que a família com
maior número de espécies foi Fissidentaceae, com quatro espécies. As demais famílias
A família mais abundante em espécimes na área foi Pottiaceae (17), seguida por
involuta (Hook) Jaeg & Sauerb, Entodontopsis leucostega (Brid) Buck & Ireland, seguida
Para Marchanthyophyta foi encontrada apenas uma espécie, uma família e um gênero
A espécie Hyophila involuta (Hook.) A. Jaeger, foi a mais abundante neste estudo,
corticícola.
de espécies, entretanto houve uma adição de sete espécies, sendo estas consideradas novas
25
20
N°de espécimes
15
10
5
0
ola
ola
a
a
col
col
cíc
píc
ixí
rrí
rti
Ru
Ep
Te
Co
Substratos colonizados
CONCLUSÃO
O estudo contribuiu com sete novas ocorrências de espécies para o Estado do Piauí.
Registra-se aqui que o número de espécies podem ser considerado satisfatório, ao passo que
sendo referidas pela segunda vez para o Piauí. A realização desse estudo fornece subsídios
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUCK, W.R.; GOFFINET, B. Morphology and classification of mosses. In. SHAW, A.J.;
GOFFINET, B. (eds.). Bryophyte Biology. England: Cambrydge University Press, 2000.
p.71-123.
CAMARA, E.A.S.; VITAL, D.M. Briófitas do Município de Poconé, Pantanal de Mato Grosso,
MT, Brasil. Acta Botânica Brasilica, v.18, n.4, p.881 – 886, 2004.
EGUNYOMI, A.; VITAL, D.M. Comparative studies on the Bryofloras of the Nigerian
Savanna and the Brazilian CerradoI. Revista Brasileira Botânica, v.7, n.2, p. 129-136, 1984.
HÄSSEL DE MENDÉNDEZ, G.G. A proposal for a new classification of the genera within the
Anthocerotophyta. The Journal of the Hattori Botanical Laboratory, Hattori. 1988. 71-86p.
IRELAND, R.R.; Buck, W.R. Stereophyllaceae. Flora Neotropica. 1994. 1-49p. Monograph,
Botanical Garden. New York 1994.
LUETZELBURG, P. Von. Estudo botânico do Nordeste. 2ª ed. Rio de Janeiro: 1922/23. 283p.
RICHARDS, P. W.The Ecology of Tropical Florest Bryophytes. In. SCHUSTER, R.M. New
Manual of Bryology. Nichinan: The Hattori Botanical Laboratory, 1984. p.233-1269.
ROBBINS, R.G. Bryophyta Ecoloy of a dune are in New Zealand Vegetation. Acta
Geobotanica, v.4, p.1– 31, 1952.
SANTOS, R.C.; LISBOA, R.C.L.. Musgos (Bryophyta) do Nordeste Paraense, Brasil – 1. Zona
Bragantina, Microrregião do Salgado e Município de Vicseu. Acta Botânica, v.33, n.3, p.415 –
422, 2003.
SHARP, A.J.; CRUM, H.; ECKEL, P.M.. The moss flora of Mexico. Memoirs of The New
York Botanical Garden, New York, 1994. p.1-1113.
SCHUSTER, R.M.. The Hepaticae and Anthocerotae of North America. Columbia: New
York, 1980. v. IV. 1331p.
VITAL, D.M.. Two new species of Jonesiobryum (Musci) from the Brazilian cerrado regionais.
Journal of Bryology. 1983. Caderno12, p.383-391.
YANO, O. et al. Briófitas. In: FIDALGO, O.; BONONI, V.L.R. (Ed.). Técnica de Coleta,
Preservação e Herborização de Material Botânico. São Paulo: Instituto de Botânica, 1984.
p.27-30.
ZANDER, R.H. Genera of the Pottiaceae: mosses of harsh environments. Bulletin of the
Buffalo Society of Natural Sciences, 1993.1-3p.