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Sumário
1 Resumo Apostila CPA-20: Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado .............. 5
2 Resumo CPA-20: Princípios básicos de economia e finanças ................................................. 14
3 Resumo CPA-20: Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos ....................... 26
4 Resumo CPA-20: Fundos de Investimentos ............................................................................. 49
5 Resumo CPA-20: Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL .................................... 59
6 Resumo CPA-20: Mensuração e Gestão de Performance e Riscos ........................................ 63
7 Resumo CPA-20: Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor .......................... 71

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1 Resumo Apostila CPA-20: Sistema Financeiro
Nacional e Participantes do Mercado
• Órgão normativos: determinam regras gerais para o bom funcionamento do
SFN. São eles: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de
Seguros Privados (CNSP) e Conselho Nacional de Previdência Complementar
(CNPC).
• Entidades supervisoras: Estão subordinadas aos órgãos normativos e atuam de
modo que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro sigam as regras
definidas pelos órgãos normativos. São elas: Banco Central do Brasil (BACEN),
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados
(Susep) e Superintendência de Previdência Complementar (Previc).
• Operadores: Estão subordinados às entidades supervisoras e lidam com o
público no papel de intermediário financeiro. São eles: Bancos e caixas
econômicas, cooperativas de crédito, instituições de pagamento, administradoras
de consórcios, corretoras e distribuidoras, bolsa de valores, bolsa de mercadorias
e futuros, seguradoras e resseguradoras, entidades abertas de previdência,
sociedades de capitalização e entidades fechadas de previdência complementar
(fundos de pensão).
• O agente superavitário é aquele cuja renda excede suas despesas, isso quer
dizer que ele tem dinheiro para suprir todas as suas necessidades, e ainda fica
com capital sobrando.
• O agente deficitário é aquele cuja renda não cobre suas despesas. Eles têm
necessidades que não permitem que sobre dinheiro. Por isso a necessidade de
buscar recursos junto a uma Instituição Financeira.
• CMN: formula a política de controle da moeda no SFN e incentiva (ou não)
mecanismos de incentivo ao consumo de bens e serviços, prática também
conhecida como política de crédito ou financiamento. Objetiva gerar um ambiente
de estabilidade monetária que permita o desenvolvimento do país.
• CNSP: acompanha a evolução do mercado segurador nacional, não só
estabelecendo as normas, mas também observando a evolução dos indicadores
de risco e a ocorrência de incidentes cobertos pelos contratos de seguros,
permitindo a modernização deste serviço.
• CNPC: Além de ser um órgão normativo, se atenta sobre a influência dos reflexos
econômicos e movimentos da gestão dos planos de previdência complementar no
montante de recursos acumulados pelos clientes para assim modernizar a
legislação e resguardar os planos futuros de aposentadoria.

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• Os bancos múltiplos são instituições privadas ou públicas que captam recursos
e os repassam as empresas, famílias e governos e prestam serviços. Podem
operar as seguintes carteiras: comerciais, de investimento, de desenvolvimento,
de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil, financiamento e investimentos.
• Os bancos comerciais, que também podem ser privados ou públicos, oferecem
recursos para financiar, em curto e médio prazo, para indústria, comércio, serviços
e pessoas físicas e podem captar depósitos à vista e a prazo.
• Os bancos de investimento, que são instituições privadas especializadas em
operações de participação societária, financiamento de atividade produtiva para
suprimento de capital fixo e de giro e administração de recursos de terceiros.
• Os bancos de desenvolvimento são controlados pelos governos estaduais e
têm o objetivo de proporcionar recursos necessários para financiamento de
programas e projetos que promovam o desenvolvimento econômico e social dos
estados.
• As cooperativas de crédito são um tipo de instituição que pode surgir da
associação de funcionários de uma empresa, de profissionais de um segmento,
de empresários ou da admissão livre e espontânea de outros tipos de associados.
Os lucros das operações de empréstimos são repartidos entre os associados.
• Seguros, previdência e capitalização são consideradas parte do sistema
financeiro porque promovem a formação de poupança por parte dos agentes
econômicos. Os recursos captados por esses intermediadores são aplicados em
investimentos específicos, dado que muitas vezes é necessário fazer frente ao
compromisso de seus clientes.
• As bolsas de valores, mercadorias e futuros atuam na intermediação de
recursos do mercado de capitais (ações, opções, direitos, títulos, debêntures,
notas promissórias) e contratos de derivativos.
• As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são instituições
autorizadas a negociar valores mobiliários e derivativos no mercado de
negociações (pregão).
• Em 2009, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central permitiram
que as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários atuassem
no mercado de negociações (pregão).
• O BACEN (Banco Central da República do Brasil) é a entidade supervisora do
SFN e obedece às diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional,
sendo responsável pela supervisão das entidades financeiras, bancos de câmbio
e outras instituições financeiras intermediárias.
• O BACEN é uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia e é o principal
órgão executivo do Sistema Financeiro Nacional. Sua diretoria colegiada é

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composta de Presidente e 8 Diretores (9 membros), todos nomeados pelo
Presidente da República e aprovados pelo Senado.
• Compete ao BACEN cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas
pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário
Nacional.
• Dentre as principais atribuições do BACEN está: autorizar o funcionamento e
fiscalizar as Instituições Financeiras, punindo-as se for o caso; emitir moeda-
papel e moeda metálica; controlar o crédito e o fluxo de capitais estrangeiros;
executar a política monetária e cambial.
• A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de
seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Trata-se de
uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia.
• A SUSEP é uma entidade supervisora, devendo sempre respeitar as diretrizes do
órgão normativo CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados).
• A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma
entidade governamental autônoma estabelecida na forma de autarquia especial
ligada ao Ministério da Economia. Objetiva fiscalizar as entidades fechadas de
previdência complementar e realizar políticas para o regime de previdência
complementar.
• Os bancos comerciais (BC) são sociedades anônimas que possuem como
objetivo promover o encontro entre os agentes superavitários e deficitários, além
de realizar operações financeiras de curto prazo e criar moeda através de débitos
e empréstimos.
• Entre as atividades realizadas pelos BC destacam-se as concessões de
empréstimos, operações de crédito, pagamento de cheques, transferência de
recursos e ordens de pagamento, aluguel de cofres e custódia de valores,
pagamento de tarifas públicas, entre outros.
• Os bancos comerciais são constituídos em forma de sociedade anônima e sua
principal fonte de recursos são os depósitos à vista, utilizados para conceder
crédito para consumidores e empresas.
• Os BC são intermediários financeiros que captam recursos de credores e os
distribuem através do crédito para devedores. O objetivo principal é proporcionar
suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médios prazos: o
comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e
terceiros em geral;
• Os bancos múltiplos são IF privadas ou públicas que realizam as operações
ativas, passivas e assessórias das diversas IF, por intermédio das seguintes
carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito
imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento.
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• As operações realizadas pelos bancos múltiplos estão sujeitas às mesmas
normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares
correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente
poderá ser operada por banco público.
• O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo
uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob
a forma de S.A. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à
vista.
• Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que
realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições
financeiras.
• As operações dos bancos múltiplos incluem as seguintes carteiras: comercial,
investimento e/ou de desenvolvimento, crédito imobiliário, arrendamento
mercantil e de crédito (leasing), financiamento e investimento (financeiras).
• Os bancos de investimentos são IF privadas especializadas em operações de
participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade
produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos
de terceiros.
• Os bancos de investimentos devem ser constituídos sob a forma de S.A. Não
possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de
recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles
administrados.
• As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital
fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos
interfinanceiros e repasses de empréstimos externos. Isto ocorre, dado que os
bancos de investimentos são instituições criadas para conceder créditos de
médio e longo prazo para as empresas.
• Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos
governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento de
recursos necessários ao financiamento de médio e a longo prazos, atendendo
projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do
respectivo Estado.
• O BNDES é o principal instrumento de execução da política de investimento do
Governo Federal e tem por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras
e serviços que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do País.
• O BNDES está sujeito fica sujeito à supervisão do Ministro de Estado do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e exercita suas atividades,
visando a estimular a iniciativa privada, sem prejuízo de apoio a empreendimentos
de interesse nacional a cargo do setor público.
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• A Bolsa de valores é o local onde se negociam títulos e valores mobiliários.
Exemplo: Ações, que é a menor parcela do capital de uma empresa. A
BM&FBovespa/B3 opera um elenco completo de negócios com ações,
derivativos, commodities, balcão e operações estruturadas.
• As negociações se dão em pregão eletrônico e via internet, com facilidades de
homebroker (sistema oferecido por diversas companhias para conectar seus
usuários ao pregão eletrônico no mercado de capitais).
• A BM&FBovespa – Câmara de Ações tem por objeto compensar, liquidar e
controlar o risco das obrigações decorrentes de operações à vista e de liquidação
futura com qualquer espécie de valores mobiliários, títulos, direitos e ativos
realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo S.A. (BM&FBovespa), em outras
bolsas ou outros mercados. É uma clearing house.
• É negociado na BM&FBovespa: ações, derivativos (opções, futuro e termo), CRI,
CRA, debentures, letras financeiras, fundo imobiliário, fundo de participações,
fundo de direitos creditórios, ETF.
• Originada pela fusão entre a BM&FBovespa e a Cetip, a B3 é a companhia de
infraestrutura de mercado financeiro. Antes da fusão ela era a bolsa de valores e
responsável pela provisão de sistemas para a negociação de ações, derivativos
de ações, títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros,
moedas à vista e commodities agropecuárias.
• As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e as distribuidoras de
títulos e valores mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiros e de
capitais, e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores
mobiliários entre investidores e tomadores de recursos.
• As corretoras e as distribuidoras devem ser constituídas sob a forma de
sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Objetivam dar
maior liquidez e segurança ao mercado acionário.
• As Sociedades Distribuidoras de títulos e valores mobiliários são constituídas
sob a forma de S.A. ou por quotas de responsabilidade limitada e são
supervisionadas pelo Banco Central do Brasil.
• As CTVM oferecem os serviços de: consultoria financeira, financiamento para
compra de ações (conta margem), plataformas de investimento pela internet
(homebroker), clubes de investimentos, administração e custódia de títulos e
valores mobiliários dos clientes, intermediação de operações de Câmbio,
administração de fundos e clubes de Investimento.
• No Brasil a CBLC é responsável pela guarda, compensação e liquidação das
operações que ocorrem na BM&FBovespa, seja no mercado à vista ou nos
mercados de derivativos. A CBLC executa o controle de risco dos negociantes,
evitando possíveis desequilíbrios no mercado.
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• A função básica de um sistema de pagamentos é transferir recursos, bem como
processar e liquidar pagamentos para pessoas, empresas, governo, Banco
Central e instituições financeiras.
• O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos,
regras, instrumentos e operações integradas que, por meio eletrônico, dão
suporte à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do
mercado brasileiro, tanto em moeda local quanto estrangeira visando a maior
proteção contra rombos ou quebra em cadeia de instituições financeiras.
• Clearing House ou câmara de compensação, identifica a parte de uma bolsa de
valores na qual as transações dos clientes são processadas e registradas. Ela é
responsável por assegurar que todas as transações sejam realizadas, eliminando
o risco de crédito.
• Uma Clearing é uma prestadora de serviços de compensação e liquidação de
ordens eletrônicas, de transferências de fundos e de outros ativos financeiros, e
principalmente de compensação e de liquidação de operações realizadas em
bolsas de mercadorias e de futuros e de compensação envolvendo operações
com derivativos.
• O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do Banco Central do
Brasil, é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais
de emissão do Tesouro Nacional, bem como ao registro e à liquidação de
operações com esses títulos.
• Investidores qualificados: a Instrução nº 554/2014 da CVM define como
investidores qualificados as pessoas físicas e jurídicas com aplicações
financeiras superiores a um milhão de reais e que se identificam por escrito como
possuindo essa função.
• São designados como investidores qualificados: investidores profissionais;
agentes autônomos de investimento, analistas e consultores de valores
mobiliários; administradores de carteira, e clubes de investimento com carteira
gerida por cotistas que são investidores qualificados.
• Investidores profissionais: são aqueles com somas elevadas de investimentos
(mais de 10 milhões) e considerável conhecimento técnico e experiência na
operação com valores mobiliários. Este tipo de profissional pode realizar negócios
mais arriscados por seu maior conhecimento.
• Investidores não residentes: são pessoas físicas e jurídicas, que não moram
em território nacional e que investem no Brasil. Essa categoria inclui os fundos e
outras entidades de investimento coletivo.

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O papel da ANBIMA e as atividades desenvolvidas
• Representação: a ANBIMA Promove o diálogo para construir propostas de
aprimoramento do mercado, que são apresentadas e discutidas com o governo e
com outras entidades do setor privado. Propõe boas práticas de negócios, que os
associados seguem de forma voluntária.
• Autorregulação: é baseada em regras criadas pelo mercado, para o mercado e
em favor dele. Essas regras estão nos Códigos de Autorregulação e Melhores
Práticas, que são de adesão voluntária. O cumprimento das normas é
acompanhado de perto pela equipe técnica, que supervisiona as instituições e dá
orientações de caráter educativo.
• Informação: a ANBIMA é provedora de informações sobre os segmentos de
mercado que representam. A construção de uma base de dados consistente é
parte dos esforços para dar mais transparência e segurança aos mercados.
Divulgam desde referências de preços e índices que refletem o comportamento
de carteiras de ativos até estudos específicos, que auxiliam no acompanhamento
dos temas de interesse dos associados.
• Educação: a ANBIMA acredita que o mercado forte se faz com profissionais
qualificados e com investidores conscientes. As ações de educação se dividem
em três vertentes: capacitação dos profissionais por meio de certificações;
qualificação dos profissionais certificados por meio de educação continuada e
disseminação de conteúdo sobre educação financeira.

ANBIMA: Princípios
• O código de ética da ANBIMA irá ressaltar que a atuação das Associadas e a
interpretação de todas as normas a elas aplicáveis deverão ser regidas pelos
seguintes princípios que vemos a seguir.
o estrita observância do sistema de leis, das normas, dos costumes e das
normas de regulação e melhores práticas da ANBIMA que regem sua
atividade;
o a observância dos princípios da probidade e da boa-fé;
o a observância dos interesses de investidores, dos emissores e dos demais
usuários de seus serviços;
o o compromisso com o aprimoramento e valorização dos mercados
financeiro e de capitais;
o a transparência sobre os procedimentos envolvidos em suas atividades;
o a preservação do dever fiduciário com relação a seus clientes;
o a preservação do sistema de liberdade de iniciativa e de livre concorrência;

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o a responsabilidade social e espírito público; e
o a manutenção do estrito sigilo sobre as informações confidenciais que lhes
forem confiadas em razão da condição de prestador de serviços
financeiros.
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Serviços
Qualificados ao Mercado de Capitais: esse código define os critérios que
precisam ser seguidos pelas instituições participantes nas atividades de prestação
de serviços, de custódia qualificada e controladoria.
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de
Certificação Continuada: esse código define princípios e regras que precisam
ser seguidos pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que atuam nos
mercados financeiros e de capitais, com o objetivo de aumentar a sua capacitação
técnica. Ele também define os padrões de conduta que devem ser seguidos em
suas atividades.
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de Private
Banking no Mercado Doméstico: esse código estabelece as condições que
precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes nas atividades de Private
Banking no mercado doméstico.
• Código ANBIMA para o Novo Mercado de Renda Fixa: define regras que
devem ser aplicadas na emissão pública primária de títulos e valores mobiliários
de renda fixa e regras e mecanismos próprios para a negociação secundária
desses ativos (“Ofertas Públicas”).
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas de Negociação de
Instrumentos Financeiros: esse código define princípios e regras que precisam
ser seguidos pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que atuam nos
mercados financeiros e de capitais, com o objetivo de garantir a adoção das
melhores Práticas de Negociação de Instrumentos Financeiros.
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Gestão de
Patrimônio Financeiro no Mercado Doméstico: esse Código estabelece as
condições que precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes para
garantir a qualidade da Gestão do Patrimônio Financeiro.
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de
Produtos de Investimento no Varejo: esse Código estabelece as condições que
precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes para garantir a qualidade
na Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo.

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Padrões de conduta
• Padrões de conduta a serem seguidos pelos profissionais certificados que
atuam no mercado financeiro e de capitais:
o Manter elevados padrões éticos na condução de todas as atividades, bem
como em suas relações com clientes e demais participantes do mercado
financeiro e de capitais, independentemente do ambiente em que tais
atividades sejam desenvolvidas;
o Conhecer e observar todas as normas, leis e regulamentos, inclusive as
normas de regulação e melhores práticas da ANBIMA, aplicáveis ao
exercício de suas atividades profissionais, e fazer com que seus
subordinados os observem e respeitem;
o Assegurar a observância de práticas negociais equitativas em operações
no mercado financeiro e de capitais;
o Recusar a intermediação de investimentos ilícitos;
o Não contribuir para a veiculação ou circulação de notícias ou de
informações inverídicas ou imprecisas sobre o mercado financeiro e de
capitais;
o Manter conhecimento atualizado das matérias e normas relacionadas à sua
atividade no mercado financeiro e de capitais;
o Referir-se à sua certificação de maneira a demonstrar sua importância e
seriedade, explicando, sempre que possível, seu procedimento e conteúdo;
o Não participar de qualquer negócio que envolva fraude, simulação,
manipulação ou distorção de preços, declarações falsas ou lesão aos
direitos de investidores;
o Manter sigilo a respeito de informações confidenciais a que tenha acesso
em razão de sua atividade profissional, excetuadas as hipóteses em que a
sua divulgação seja exigida por lei ou tenha sido expressamente
autorizada; e
o Não dar informações imprecisas a respeito dos serviços que é capaz de
prestar, bem como com relação a suas qualificações, seus títulos
acadêmicos e experiência profissional.

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2 Resumo CPA-20: Princípios básicos de
economia e finanças
• O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma, em valores monetários, dos bens e
serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado
período. Esse indicador mensura a atividade econômica de uma região. O PIB
pode ser obtido por três óticas diferentes:

Ótica da despesa

• C = consumo das famílias;


• I = investimento das empresas;
• G = gasto do governo;
• X = exportações; e
• M = importações.

Ótica da oferta

• VAB = valor adicionado bruto;


• I= impostos; e
• S= subsídios.

Ótica do rendimento
Nessa ótica o PIB é calculado com base nos rendimentos dos fatores produtivos
utilizados pelas empresas.

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• “A Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada
receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização
macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos.
o A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento econômico
sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços;
o A função redistributiva visa a assegurar a distribuição equitativa da
renda;
o A função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços
públicos, compensando as falhas de mercado.”
• Política fiscal expansionista: aumento dos gastos do governo ou redução dos
impostos. Possui como objetivo estimular a demanda privada e promover o
crescimento econômico;
• Política fiscal contracionista: redução dos gastos do governo ou aumento dos
impostos. Objetiva desestimular a produção e reduz a renda e os preços.
• A política fiscal é definida formalmente como: Dg = T – G. Onde Dg é o déficit
público; T é a tributação e G é o gasto do governo.

A política monetária reflete o conjunto de medidas de atuação do governo sobre os


meios de pagamento, oferta de títulos públicos federais e das taxas de juros o que afetam
tanto o custo como a oferta de crédito com objetivo de atingir e incentivar o emprego,
distribuição de riquezas, estabilidade de preços e crescimento econômico (ASSAF
NETO, 2008).
Instrumentos de política monetária: o Banco Central conduz a política monetária
através de instrumentos que visam basicamente aumento ou redução da circulação de
moeda na economia. Vejamos os principais instrumentos:
• Recolhimentos compulsórios: representa o valor que deverá ficar retido no
BACEN sobre os depósitos captados pelos bancos. Quanto maior o valor desse
recolhimento, menor a disponibilidade dos bancos para realizar empréstimos. Se
o compulsório reduzir, os bancos terão maior disponibilidade de recursos para
realizar empréstimos estimulando o crédito e o consumo.
• Operações de Mercado Aberto: O governo interfere no dia a dia do mercado
financeiro com objetivo de influenciar a liquidez, ou seja, o volume de recursos
disponíveis.
• Operações de redesconto: trata-se da atuação do Banco Central no sistema
financeiro emprestando recursos aos bancos redescontando títulos de crédito
com o objetivo de socorrer os bancos em dificuldades de equilibrar seu saldo em
situações em que saques versus depósitos realizados pelos clientes apresente
saldo negativo.
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• Controle Seletivo de crédito: São intervenções diretas do Banco Central no
controle monetário através do mercado de crédito, “constituindo um instrumento
que impõe restrições ao livre funcionamento das forças do mercado, pois
estabelece controles diretos sobre o volume e o preço do crédito” FORTUNA
(2015).
• Política Monetária Restritiva: representa os mecanismos que o governo utiliza
para retirar dinheiro de circulação, de modo que haja uma queda da demanda
agregada, fazendo com que se diminua o poder de compra e consumo. Exemplo:
venda de títulos públicos pelo BACEN.
• Política Monetária Expansiva: são medidas de aumentam de estoque de moeda
ou poder de compra, implicando em aumento da demanda agregada, as pessoas
tendo maior poder de compra tendem a aumentar o seu consumo. Exemplo: uma
redução de impostos também é uma política monetária expansiva.
• O dinheiro é a soma de papel-moeda em circulação e a soma dos depósitos à
vista. Todo o dinheiro que temos a nossa disposição, no bolso, carteira etc. e o
dinheiro que temos disponível para saque nos bancos.
• Segundo Carvalho (2015), as relações fundamentais são: O papel moeda emitido
menos caixa do BACEN é igual a papel moeda em circulação; o papel moeda
em circulação menos caixa dos bancos igual a papel moeda em poder do
público.
• Os agregados monetários são as medidas quantitativas da oferta de moeda.
Cada país classifica seus agregados monetários, geralmente por ordem de
liquidez. No Brasil e em Portugal consideram-se cinco agregados monetários: M0,
M1, M2, M3 e M4:
o M0 = Base Monetária Restrita = moeda emitida (papel-moeda e moeda
metálica) + reservas bancárias (moeda em poder das entidades financeiras
e seus depósitos no Banco Central);
o M1 = moeda em poder do público (papel-moeda e moeda metálica) +
depósitos à vista nos bancos comerciais. M1 é o total de moeda que não
rende juros e é de liquidez imediata. sendo que Moeda em poder do público
é a quantidade de moeda emitida pela autoridade monetária menos as
reservas bancárias
o M2 = M1 + depósitos a prazo (depósitos para investimentos, depósitos de
poupança, fundos de aplicação financeira e de renda fixa de curto prazo) +
títulos do governo em poder do público.
o M3 = M2 + depósitos de poupança
o M4 = M3 + títulos privados (depósitos a prazo e letras de câmbio).
o Os novos conceitos de meios de pagamento ampliados representam
mudança de critério de ordenamento de seus componentes, que deixaram
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de seguir o grau de liquidez, passando a definir os agregados por seus
sistemas emissores.

Meios de pagamento restritos:


• M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista. O M1 é gerado pelas
instituições emissoras de haveres estritamente monetários.

Meios de Pagamento Ampliados:


• M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos
emitidos por instituições depositárias. O M2 corresponde ao M1 e às demais
emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por
instituições depositárias, as que realizam multiplicação de crédito.
• M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas
registradas no Selic. O M3 é composto pelo M2 e as captações internas dos
fundos de renda fixa e das carteiras de títulos registrados no Sistema Especial de
Liquidação e Custódia.

Poupança financeira:
• M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
• Metas de Inflação: é uma política econômica onde principal objetivo dos países
que adotam é diminuir e manter a inflação em níveis baixos. Para isto eles fazem
um anúncio prévio de uma meta numérica para a inflação em prazo
predeterminado e se comprometem explicitamente de que o Banco Central irá
buscar o cumprimento desta meta fixada.
• O COPOM determina a Meta da taxa de Juros e a CMN determina a Meta de
inflação.
• Os principais títulos públicos federais são:
o Letras do Tesouro Nacional (LTN) – juros prefixados;
o Letras Financeiras do Tesouro (LFT) – juros pós-fixados;
o Nota do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) – variação IPCA (índice de
preços ao consumidor amplo) + juros;
o Nota do Tesouro Nacional – Série C (NTN-C) – variação IGPM (índice geral
de preços do mercado) + juros;
o Nota do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) – rentabilidade pré-fixada +
juros;

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o Nota do Tesouro Nacional – Série D (NTN-D) – variação cambial (dólar) +
juros.
• Os títulos privados se destinam à captação de recursos, em especial pelas
empresas privadas e pelos bancos. Os principais são:
o Certificado de depósito bancário (CDB) – juros pré ou pós-fixados
(emissão pelas instituições financeiras para captação de recursos dos
clientes);
o Certificado de depósito interfinanceiro (CDI) – juros pré ou pós-fixados
(emissão pelas instituições financeiras para captação de recursos de
outros bancos);
o Letras Financeiras (LF) – juros pré ou-pós-fixados (recursos aplicados
direcionados para financiamento das instituições financeiras);
o Letra de Crédito Imobiliário (LCI) – juros pré ou pós-fixados (recursos
aplicados direcionados para financiamento habitacionais);
o Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) – juros pré ou pós-fixados
(recursos aplicados vinculados a direitos creditórios dos produtores rurais);
o Debêntures – juros pré-fixados (recursos aplicados, representativos de
dívida de médio e longo prazos de uma empresa);
o Commercial Paper ou Nota Comercial – juros pré-fixados (recursos
aplicados, representativos a dívidas de curto prazo, utilizado por empresas
que buscam recursos para financiar capital de giro).
• A operação compromissada é aquela em que o vendedor assume o compromisso
de recomprar os títulos que alienou em data futura predefinida e com o pagamento
de remuneração preestabelecida.
• IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é calculado pelo IBGE desde
1980, esse índice leva em conta o custo de vida para famílias de 1 a 40 salários-
mínimos em regiões metropolitanas brasileiras a partir de uma cesta com diversos
itens – tais como alimentação, bebidas, habitação, transporte, etc. É o índice
utilizado pelo Banco Central para definir a meta de inflação.
• INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, é muito semelhante ao IPCA,
porém tem como população-objetivo famílias de 1 a 5 salários-mínimos, isto é, ele
é mais sensível aos produtos consumidos pela população com menor renda.
Também é calculado pelo IBGE.
• IPC-FGV: Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas, ele
considera as despesas habituais de famílias com nível de renda entre 1 e 33
salários-mínimos em 7 das principais capitais do país.
• INCC: Índice Nacional de Custos da Construção, é calculado desde 1944,
atualmente publicado pela Fundação Getúlio Vargas, o índice acompanha a
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evolução dos custos no setor da construção que incluem preços de materiais,
equipamentos, serviços e mão de obra.
• IPA: Índice de Preços por Atacado, também chamado de “Índice de Preços ao
Produtor Amplo”, mede a variação dos preços no mercado atacadista,
principalmente nos produtos agropecuários e industriais antes do consumo final.
É publicado pela FGV.
• IGP: Índice Geral de Preços, é um dos índices mais utilizados, ele não possui uma
cesta de produtos, e sim formado por uma composição de outros índices, sendo:
60% IPA (Índice de Preços por Atacado) + 30% IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) + 10% INCC (Índice Nacional do Custo da Construção).
• Em Economia, balanço de pagamentos é um instrumento da contabilidade
nacional referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto
do mundo.
• O objetivo do balanço de pagamentos é registrar o total de recursos que entra e
sai de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços,
capital financeiro, bem como transferências comerciais.
• A seguir as contas que formam o balanço de pagamentos de um país:
o Conta Corrente: engloba os registros de três outras contas: a balança
comercial, a conta de serviços e rendas e as transferências unilaterais.
o Balança comercial: Registra o comércio de bens, na forma de
exportações e importações. Quando as exportações são maiores que as
importações temos um superávit na Balança Comercial. Um déficit ocorre
quando as importações são maiores que as exportações.
o Conta de Serviços e Rendas: inclui os pagamentos/recebimentos
relacionados com o comércio de bens, como fretes e seguros, as
receitas/despesas com viagens internacionais, o aluguel de equipamentos,
os serviços governamentais, a exportação e importação de serviços e o
pagamento/recebimento de juros e de lucros e dividendos.
o Transferências Unilaterais: contabilizam o saldo líquido das remessas de
recursos ou doações feitos entre residentes no Brasil e residentes em
outros países.
o Conta de Capitais: registra o saldo líquido entre as compras de ativos
estrangeiros por residentes no Brasil e a venda de ativos brasileiros a
estrangeiros.
o Conta Financeira: representa o somatório dos valores líquidos dos
investimentos diretos, investimentos em carteira, derivativos e outros
investimentos.

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o O lucro dos bancos vem das tarifas de prestação de serviços e do spread
bancário que é justamente a diferença entre os juros que cobra quando
empresta um recurso a um tomador e o juros que remunera os investidores.
o O papel das taxas de juros é não só o de equilibrar o mercado financeiro
monetário, mas também personalizar cada oferta de crédito ou
investimento a situação e as características da operação realizada, ou seja,
temos dois papéis atrelados à taxa de juros:
▪ O governo estabelece a taxa de juros Selic, que serve de parâmetro
para os agentes financeiros definirem suas taxas de captação e
empréstimo.
▪ As Instituições Financeiras utilizam a taxa Selic como parâmetro,
porém existem outros critérios para estabelecer as taxas de juros
para o consumidor final, sendo as principais: riscos envolvidos nos
empréstimos, spread praticado, custos administrativos crescentes,
incidência de depósitos compulsórios ao BACEN, etc.
• A taxa Selic é uma taxa de juros determinada pelo Copom (Comitê de política
monetária, vinculado ao BACEN). O BACEN, por excelência, é o Órgão
responsável pelo controle da inflação no País. A taxa de juros e a base monetária
tem papel preponderante no controle da inflação.
• Uma das principais funções do Copom é definir as diretrizes da política
monetária e a taxa Selic, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias para decidir
sobre a manutenção, elevação ou redução da taxa.
• As medidas do Copom consistem em um elemento de política monetária e levam
em consideração aspectos como: o processo inflacionário; o desempenho
econômico do país; as taxas de câmbio; as decisões em relação as taxas de juros
de outros países.
• A taxa DI, ou CDI, é a média das taxas de juros praticadas nos depósitos
interbancários com período de um dia. Ou seja, é a remuneração média paga
pelas instituições financeiras para captar recursos via empréstimos de outras
instituições financeiras.
• A função dos CDI (Certificado de Depósito Interbancário) são títulos emitidos por
instituições financeiras com o objetivo de transferir recursos entre elas, isto, trata-
se de uma negociação restrita ao mercado interbancário. Na prática, uma
instituição financeira com dinheiro sobrando usa o CDI para emprestar para outra
instituição financeira que não tem.
• Segundo definição apresentada pelo próprio Banco Central do Brasil: “Define-se
Taxa Selic como a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais”.

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• A taxa Selic Over é a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa
média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia,
lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido Sistema na forma
de operações compromissadas.
• A taxa Selic Meta é Definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. É a
Selic – Meta que regula a taxa Selic Over assim como todas as outras taxas do
Brasil.
• A base de dados para a formação da Taxa Básica Financeira (TBF) é composta
das taxas de juros das Letras do Tesouro Nacional (LTN) praticada nas operações
definitivas no âmbito do mercado secundário e registrada no Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia (Selic)
• A taxa referencial é obtida através do parâmetro R, definida como: R = a + b x
TBF. Sendo R o redutor, a possui valor fixo, 1,005, e b depende do valor da TBF,
sendo divulgado pelo BACEN.
• A TJLP significa Taxa de Juros de Longo Prazo e é calculada com base em dois
parâmetros: uma meta de inflação calculada pro rata para os doze meses
seguintes ao primeiro mês de vigência da taxa, inclusive, baseada nas metas
anuais fixadas pelo Conselho Monetário Nacional; e um prêmio de risco.
• A Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em
unidades monetárias de outra moeda. PTAX é a taxa que expressa à média das
taxas de câmbio prática no mercado interbancário e é divulgada pelo BACEN. Por
Dólar Spot entende-se taxa à vista e Dólar Foward é a taxa negociada no
mercado futuro.
• Ressalta-se que TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no
SISBACEN pelas instituições autorizadas por ele a atuar.
• Efeitos de uma desvalorização cambial: a renda nacional diminui em termos
internacionais; o preço dos bens domésticos no exterior diminui – exportações
aumentam; o preço dos bens importados aumenta – importações recuam.
• Efeitos de uma valorização cambial: a renda nacional aumenta em termos
internacionais; o preço dos bens domésticos no exterior aumenta – exportações
diminuem; o preço dos bens importados diminui – importações aumentam.

Câmbio fixo
• O câmbio fixo é aquele em que o valor da moeda estrangeira (geralmente o dólar)
é fixado pelo governo. Desta forma, a moeda nacional passa a ter um valor fixo
em relação a essa moeda-lastro.
• Dentre as vantagens: possibilita um melhor controle sobre a inflação.

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• Desvantagem: pode ocasionar a valorização excessiva da moeda nacional,
provocando a diminuição das exportações e aumento de importações (no caso da
moeda estrangeira mantida desvalorizada).

Câmbio flutuante
• O sistema de câmbio flutuante é aquele em que o mercado estabelece os valores
das taxas de câmbio. Este processo ocorre através da lei de oferta e procura.
Neste sistema podem ocorrer grande variações das taxas de câmbio em
intervalos curtos de tempo.
• Vantagens deste sistema: o próprio mercado regula as taxas de câmbio, não
ocasionando distorções cambiais na economia. Desvantagens deste sistema: a
valorização excessiva de moedas estrangeiras pode ocasionar inflação, enquanto
a desvalorização destas moedas pode ocasionar diminuição das exportações.

Banda cambial
• Neste sistema cambial, a autoridade monetária do país (no Brasil é o Banco
Central) permite a variação das taxas de câmbio dentro de um determinado limite
(valor máximo e valor mínimo). Esse intervalo é chamado de banda cambial.
• Quando as taxas de câmbio saem do intervalo estabelecido, ocorre a intervenção
do Banco Central, que atua comprando ou vendendo moeda estrangeira. Com
isso, ele consegue fazer com que a taxa passe a operar dentro daquele intervalo
estabelecido.
• A vantagem deste sistema é que possibilita uma variação cambial, porém sem
grandes valorizações ou desvalorizações, permitindo maior previsibilidade ao
mercado financeiro.
• Outra vantagem é que a banda pode ser mudada de tempos em tempos, de
acordo com a situação econômica interna ou externa, acompanhando assim as
necessidades do mercado cambial.
• A desvantagem é que em muitos casos este sistema pode gerar certo
artificialismo cambial, prejudicando os agentes econômicos nacionais.
• A Dívida interna é a parte da dívida pública que representa o somatório dos
débitos, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos por um governo,
com entidades financeiras e indivíduos (no Brasil, por exemplo, através do
Tesouro Direto) de seu próprio país.
• A Dívida externa é o somatório dos débitos de um país, resultantes de
empréstimos e financiamentos contraídos no exterior pelo próprio governo, por
empresas estatais ou privadas. Esses recursos podem ser provenientes de

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governos, entidades financeiras internacionais (FMI, Banco Mundial, etc.), bancos
ou empresas privadas.
• Superávits primário: é o resultado da subtração da receita (valor ganho) com a
despesa, sendo que essa conta não inclui os juros de dívidas públicas. Essa
receita não se configura apenas como dinheiro, mas também patrimônios de
posse governamental e outros valores. Sendo positivo o valor do balanço, os
lucros são usados para aplicar no pagamento das dívidas internas.
• Superávits nominal: caso o valor obtido no superávit seja mais que o suficiente
para o pagamento dos juros, ele será empregado no valor total da dívida,
quitando-a, assim, e diminuindo a dívida pública. Ou seja, o superávit nominal é
aquele usado para a quitação de dívidas públicas.
• Dólar comercial: é a cotação que acompanhamos nos meios de comunicação e
mídias em geral. Esse dólar representa a cotação que está disponível apenas
para as empresas que têm compromissos e negócios no exterior.
• Dólar turismo: é o valor que os viajantes pagam quando precisam de recursos
para uma viagem ao exterior.
• A curva da taxa de juros é a relação entre a taxa de juros e o tempo de
maturação do investimento, sendo utilizada para precificar fluxos de caixa futuros.
Ela mostra o modo como o mercado precifica o risco para períodos futuros.
• Via de regra, quanto maior for a projeção da curva de juros para o futuro maior
é a taxa de juros exigida, de modo que a curva de juros tende a indicar um
aumento nos juros conforme eles são projetados para períodos mais distantes no
futuro.

A rentabilidade é o ganho obtido sobre o capital investido. A rentabilidade costuma ser


apresenta em termos percentuais, sendo obtida através da aplicação da seguinte
equação:

• Liquidez é a capacidade de transformar um ativo (bens ou investimentos) em


dinheiro. Quanto mais rápida for essa conversão, mais líquido esse bem será. À
Exemplo: Investimentos em CDB possuem maior liquidez que o investimento em
imóveis.
• O Risco pode ser definido como a probabilidade de perda ou ganho numa decisão
de investimento. Ou seja, é o grau de incerteza do retorno de um investimento.
Normalmente, o risco tem relação direta com o nível de renda do investimento:
quanto maior o risco, maior o potencial de renda do investimento.
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• Risco de Mercado: é o risco de perdas resultantes de variação dos preços de
mercado dos ativos. Ex.: risco de títulos de dívida, ações, câmbio e mercadorias.
• Risco de Liquidez: é o risco de não se conseguir mobilizar recursos monetários
para honrar obrigações quando apresentadas para liquidação. Também pode
ocorrer por falta de demanda no mercado. Ex: imóveis tem mais alto risco de
liquidez do que título público.
• Risco de Crédito: pode ocorrer por quatro tipos de eventos:
o A incapacidade final do tomador em honrar o contrato da dívida.
o O atraso no pagamento dos valores contratados.
o Migração do crédito, isto é, a mudança de avaliação da probabilidade de
pagamento do contrato por parte de avaliadores de crédito, como as
agências de rating.
o A renegociação do contrato forçada, sob estresse, impondo perdas ao
credor.
• Risco Operacional: é a possibilidade do não retorno de um investimento em
razão de problemas operacionais da instituição emitente do papel no qual os
recursos foram investidos. Ex: falha nos equipamentos, pessoas pouco
qualificadas etc.
• Risco Legal: é o risco de perdas pela falta de cumprimento das leis, normas e
regulamentos.
• Risco de Imagem: pode ser definido como o risco de perdas em decorrência de
alterações da reputação junto a clientes, concorrentes, órgãos governamentais
etc.
• Risco sistemático: é a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem em
fatores comuns a todos os ativos do mercado. Por exemplo, determinado
resultado das eleições presidenciais afeta, em maior ou menor grau, todos os
ativos do mercado.
• Risco não sistemático ou específico: é a parte da volatilidade do ativo que tem
sua origem em características específicas do ativo. Por exemplo, se uma
plataforma da Petrobrás sofre um acidente, a princípio somente as ações desta
empresa recebem um impacto negativo;
• O termo risco-país, permite condições mensuráveis de avaliação da capacidade
de um país quebrar. A taxa é medida em pontos e calculada a partir de uma cesta
de títulos negociados no mercado. Cada ponto significa 0,01 ponto percentual de
prêmio acima do rendimento dos papeis da dívida dos EUA, considerada de risco
zero de calote.
• Objetivo do investidor: considere que o investidor quer fazer uma reserva
financeira para emergência, a melhor alternativa é investimentos menos
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arriscados e com maior liquidez. Se o objetivo é de aposentadoria, investimentos
de longo prazo são mais interessantes.
• Horizonte de investimento: quanto maior o horizonte de investimento, maior
poderá ser o risco de mercado (volatilidade) do investimento.
• Risco versus retorno: Considerando que os investidores são racionais,
concluímos que os mesmos só estarão dispostos a correrem maior risco em uma
aplicação financeira para ir em busca de maiores retornos.
• Segundo o princípio da dominância, entre dois investimentos de mesmo retorno,
o investidor prefere o de menor risco e entre dois investimentos de mesmo risco,
o investidor prefere o de maior rentabilidade.
• A diversificação é como o investidor divide sua carteira de investimentos,
exemplo: colocar 10% de seu dinheiro em debêntures, 30% em fundos de ações,
20% em fundo imobiliário e 40% na poupança; o que ajuda a os riscos de perdas,
pois quando um investimento não vai bem, os outros podem compensar, de forma
que na média não tenha perdas mais expressivas.
• Entende-se como Receita o valor arrecadado (ganho). Já as despesas são os
gastos de uma maneira geral. O Fluxo de Caixa é o instrumento de gestão
financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de
recursos financeiros, indicando o saldo final para cada período.
• Dentre os tipos de retornos, figuram: o Retorno esperado, que é a remuneração
solicitada para que as aplicações sejam mantidas; o Retorno exigido, que é trata-
se do retorno esperado só no caso de um mercado eficiente e; o Retorno real,
que é o retorno efetivo obtido com o investimento.

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3 Resumo CPA-20: Instrumentos de Renda
Variável, Renda Fixa e Derivativos
• Os títulos de renda fixa são aqueles em que a forma de remuneração ou o
indicador ao qual está atrelado o investimento é fixado no momento da
contratação da operação.
• Podemos enquadrar na modalidade de renda fixa as operações da caderneta de
poupança, os títulos públicos, as debêntures, os fundos de investimentos, os
CDBs, entre outros.
• Os títulos de renda variável são aqueles em que a forma de remuneração ou o
indicador ao qual está atrelado o investimento não é conhecido no momento da
aplicação. Nesse tipo de investimento, o devedor não garante o retorno do capital
investido. Podemos enquadrar nessa modalidade as ações, as moedas
estrangeiras etc.
• O Crédito Direto Bancário (CDB) é um título privado para a captação de recursos
de investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos.
o Prefixado: uma taxa fixa é negociada entre o investidor e o banco e
durante a vigência daquele título. O investidor terá seu recurso corrigido
diariamente de acordo com a taxa estabelecida. Por exemplo, um CDB pré-
fixado com taxa de 1% ao mês.
o Pós-fixado: nesse produto, a remuneração varia de acordo com outro
índice preestabelecido a ou de acordo com a variação do Certificado de
Depósito Interbancário (CDI). Nessa modalidade, o investidor também terá
seu recurso corrigido diariamente segundo a variação diária da taxa.
• São três os tipos de rentabilidade: prefixada; pós-Fixada e flutuante (CDI e Taxa
Selic).
• Prazos mínimos e indexadores: 1 dia: CDBs prefixados ou com taxa flutuante
(taxa DI e taxa Selic); 1 mês: indexados a TR ou TJLP; 2 meses: indexado a TBF;
1 ano: indexado à índice de preços (IGP-M e IPCA);
• Os CDBs não podem ser indexados à variação cambial. Para atrelar a
rentabilidade de um CDB à variação cambial é, necessário fazer um swap.
• Liquidez: O CDB pode ser negociado no mercado secundário e pode ser
resgatado antes do prazo final, caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. No
caso de resgate antes do prazo final, devem ser respeitados os prazos mínimos.
• Garantias: Os CDBS estão cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito até o limite
de R$ 250.000,00 por CPF e conglomerado financeiro.

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• Letra de Câmbio (LC): A letra de câmbio é uma espécie de título de crédito, ou
seja, também representa uma obrigação pecuniária, sendo desta autônoma.
• Letra de Crédito Imobiliário (LCI): é lastreado por créditos imobiliários
garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel, conferindo
aos seus tomadores direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso,
atualização monetária nelas estipulados.
• Letra de Créditos do Agronegócio (LCA): Parecido com LCI, o que muda é o
lastro do papel. As Letras de Créditos do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos
por bancos garantidos por empréstimos concedidos ao setor de agronegócio.
Outra diferença é que só podem ser emitidos por bancos e cooperativas de
crédito.
• Letras Hipotecárias (LH): as Letras Hipotecárias são instrumentos de captação
de recursos emitidos por Instituições Financeiras autorizadas a conceder créditos
hipotecários, ou seja, Caixa Econômica Federal, Sociedade de Crédito Imobiliário,
Sociedade de Poupança e Empréstimo, entre outros.
• A Marcação a Mercado (MaM) consiste em registrar todos os ativos, para efeito
de valorização e cálculo de cotas dos fundos de investimento, títulos e demais
ativos; pelos respectivos preços negociados no mercado em casos de ativos
líquidos ou, quando este preço não é observável, por uma estimativa adequada
de preço que o ativo teria em uma eventual negociação feita no mercado.
• Debêntures e Notas Promissórias: captação de recursos de médio e longo
prazo para sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto. Não
existe padronização das características desse título.
• Tipos de Debêntures (quanto a garantia):
o Garantia real: fornecida pela emissora pressupõe a obrigação de não
alienar ou onerar o bem registrado em garantia, tem preferência sobre
outros credores, desde que averbada no registro. É uma garantia forte;
o Garantia flutuante: assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da
companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse
ativo. Ela marca lugar na fila dos credores, e está na preferência, após as
garantias reais, dos encargos trabalhistas e dos impostos.
o Garantia quirografária: ou sem preferência, não oferece privilégio algum
sobre o ativo da emissora, concorrendo em igualdade de condições com
os demais credores quirografários (sem preferência), em caso de falência
da companhia;
o Garantia subordinada: na hipótese de liquidação da companhia, oferece
preferência de pagamento tão somente sobre o crédito de seus acionistas.
• Tipos de Debêntures (quanto ao registro):

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o Debênture Nominativa: é aquela onde há a emissão de certificado onde
consta o nome do titular, e há registro em livro próprio, sendo facultado à
emissora contratar a escrituração e guarda dos livros de registros da
emissão e transferências.
o Debênture Escritural: é também nominativa, mas neste caso não há a
emissão de certificado e há a obrigação de contratação de instituição
financeira responsável (instituição depositária). As debêntures são
mantidas em contas de depósito, em nome de seus titulares.
• Tipos de Debêntures (quanto ao recebimento pelo investidor):
o Simples: O resgate, ou amortização, se dá em moeda corrente. E não são
conversíveis ou permutável em ações.
o Conversível: Podem ser convertidas em ações da empresa emissora de
acordo com regras previstas na escritura da emissão.
o Permutável: podem ser convertidas em ações de outra empresa, que não
a companhia emissora, de acordo com as regras definidas na escritura de
emissão.

Notas Promissórias (Commercial Paper)


• Notas promissórias podem ser emitidas por S.A Aberta e S.A Fechada. Ademais,
são vedadas as ofertas públicas de notas promissórias por instituições
financeiras, sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários
e sociedades de arrendamento mercantil.
• A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso é um instrumento
para empresas com bom conceito de crédito.
• Sobre os prazos: o prazo mínimo é de 30 dias; o prazo máximo é de 180 dias
para S.A. de capital fechado e 360 dias para S.A. de capital aberto; possui uma
data certa de vencimento. A Rentabilidade pode ser Prefixada ou Pós-Fixada.
• Agente Fiduciário: A função do agente fiduciário é proteger o interesse dos
debenturistas exercendo uma fiscalização permanente e atenta, verificando se
as condições estabelecidas na escritura da debênture estão sendo cumpridas.
• Os títulos públicos federais são instrumentos financeiros de renda fixa emitidos
pelo Governo Federal para obtenção de recursos junto à sociedade, com o
objetivo primordial de: Financiar o déficit orçamentário, nele incluído o
refinanciamento da dívida pública e realizar operações para fins específicos,
definidos na Lei Orçamentária, ou em seus créditos adicionais.

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Tabela – Títulos públicos federais.
Nome Atual Nome Anterior Rentabilidade CUPOM

Tesouro Prefixado LTN Juros Prefixado Não

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais NTN-F Juros Prefixado Sim

Tesouro Selic LFT Selic Não

Tesouro IPCA + Juros Semestrais NTN-B Juros + IPCA Sim

Tesouro IPCA NTN-B Principal Juros + IPCA Não

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Sem Cupom: São títulos em que os juros são pagos apenas no vencimento do
título, junto com o seu principal.
• Com Cupom: São títulos que possuem pagamentos semestrais de juros.

Incidência de Imposto de Renda (IR):


• Ativos financeiros isentos de IR (não incide IR): LCA, LCI, LH, RCA, CRI, CDA,
WA, CRA, CPR e debêntures incentivadas.
• Ativos financeiros sem isenção de IR (incide IR): LC, CDB, DPGE, debêntures e
notas promissórias.

Tesouro Direto
• O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria
com a BMF&Bovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas
físicas, por meio da internet. O objetivo é democratizar o acesso aos títulos
públicos, ao permitir aplicações com apenas R$ 30,00.
• O mercado primário é onde há a primeira negociação do título. Quando esse
título é revendido a um terceiro, esse título passa a ser negociado no mercado
secundário.
• O mercado secundário é onde as ações são negociadas entre terceiros, ou seja,
a empresa não participa do processo de venda da ação. É nesse mercado onde
o primeiro comprador revende a ação para outro investidor e assim por diante.
• Taxa de custódia: cobrada pela BM&FBOVESPA, equivalente a 0,25% ao ano
sobre o valor do título. Esta taxa é cobrada para a manutenção dos serviços de
guarda dos títulos, fornecimento de informações e movimentação do saldo.

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• Taxa cobrada pela instituição financeira: Essa taxa varia de instituição para
instituição e pode ser cobrada anualmente ou por operação. Quando o valor das
taxas de toda a carteira ultrapassar R$ 10,00.
• Os impostos que incidem sobre as aplicações em tesouro direto são o IOF e o
imposto de renda. A alíquota do Imposto de renda depende do prazo de aplicação:
o 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias;
o 20% para aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias;
o 17,5% para aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias; e
o 15% para aplicações com prazo acima de 720 dias.
• O ágio é definido como um valor adicional cobrado nas operações financeiras,
pela instituição financeira para realizar as operações relacionadas a compra e
venda de títulos. Por outro lado, o deságio é observado quando um título é
vendido por valor inferior ao seu valor nominal
• Cálculo do PU de um título Prefixado: o Preço Unitário (PU) é o resultado da
multiplicação da cotação vezes o Valor de Face. Na maioria dos títulos públicos
federais, o Valor de Face (Valor Nominal) é igual a R$ 1.000,00.
• Cotação: é o valor presente do fluxo do título, descontado pela taxa de juros
informada ou pelo prêmio de deságio. Para títulos sem cupom (zero cupom) como
LTN e LFT, basta trazer a valor presente o valor do vencimento.
• EXEMPLO: Qual é o P.U de uma Tesouro Prefixado (LTN) (010107) que tem seu
Valor de Face igual a R$ 1.000,00 que foi resgatada antecipadamente em 31-03-
05 a LTN há 440 dias úteis do vencimento e com 19,00% de taxa de juros ao ano?

NA HP – 12 C

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Tabela – Cálculo.
Pressionar Objetivo Visor
F REG Limpar memória 0,00
1000 FV Introduz o valor futuro 1.000,00
440 Enter Introduz o prazo de 1.746
liquidação
252 Divide
Tecla “N”
19 I Introduz a taxa 19,00
PV Solicita o valor do -738,06
montante
Resultado Negativo representa saída de
caixa
Fonte: Elaborada pelo autor.

Caderneta de poupança
• É a aplicação mais popular e possui altíssima liquidez, porém com perda de
rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do período. Rentabilidade: 6% ao
ano + TR:
o Mensal (pessoas físicas): TR + 0,5%;
o Trimestral (pessoas jurídicas): TR + 1,5%.
o A poupança passa a render 70% da Selic mais a TR, sempre que essa taxa
básica de juros estiver em 8,5% ao ano ou menos.
o Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data
de aniversário o dia 01 do mês subsequente.
o Aplicações são realizadas através de depósito em cheque, tem como data
de aniversário o dia do depósito e não o dia da compensação do mesmo.
o Possuem cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$
250.000,00.
• Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de
aniversário o dia 01 do mês subsequente.
• Existem dois tipos de sociedades anônimas: a companhia aberta e a fechada.
o Nas abertas há: negociação em bolsas de valores; divisão do capital entre
muitos sócios (pulverização); cumprimento de várias normas exigidas pelo
agente regulador (Bolsas de Valores e CVM).

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o Nas fechadas há: negociação no balcão das empresas, sem garantia;
concentração do capital na mão de poucos acionistas.
• As formas mais comuns de classificar as ações segundo a sua forma de
circulação são:
o Ações nominativas: são ações que têm o nome do acionista registrado no
Livro de Registro das Ações Nominativas. As transferências desse tipo de
ação ocorrem através da averbação do nome referenciado no registro
deste livro;
o Ações nominativas endossáveis: são ações em que apenas o nome do
primeiro endossante é registrado, sendo as transferências processadas por
endosso na própria cautela;
o Ações escriturais: são ações sem emissão física, e o controle é realizado
por uma instituição depositária de títulos.
• Segundo a forma de participação societária, podem ser destacadas as seguintes
formas de circulação:
o Ações ordinárias (também conhecidas como Ação ON): são ações que
permitem o direito ao voto em assembleias gerais da companhia, além
disso, o acionista tem participação nos resultados da companhia. Os
acionistas ON geralmente têm prioridade na aquisição de novas ações
emitidas pela empresa;
o Ações preferenciais (também conhecidas como Ação PN): são ações que
garantem prioridade na participação no resultado da empresa, como na
distribuição de dividendo e no reembolso de capital, no entanto, essa ação
não garante direito a voto.
• É importante destacar que a empresa pode alterar a estrutura do capital social
através de diferentes operações, sem impactar nos direitos dos acionistas. São
exemplos:
o Agrupamentos: é uma operação na qual a empresa transforma um
determinado grupo de ações em uma única ação, não alterando o
patrimônio total dos acionistas;
o Bonificações: é uma operação na qual as reservas e resultados da
companhia são transformados em novas ações. Essa alteração não
representa um ganho aos acionistas.
o Desdobramentos: é uma operação que consiste na transformação de uma
ação em uma quantidade de outra, ou seja, dividir a ação em ações
menores. Esse procedimento não altera o patrimônio total dos acionistas.
o Subscrições: é uma operação na qual a empresa aumenta o seu capital
através da emissão de novas ações no mercado de ações.

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• O valor de uma ação varia conforme a perspectiva de análise. As formas mais
comuns de atribuir um valor as ações são:
o Valor Contábil (também conhecido como valor nominal): é o valor da
ação registrado no Estatuto Social da companhia. Já o
o Valor Intrínseco: é o valor da ação conforme a análise dos fundamentos
contábeis, financeiros e econômicos da empresa.
o Valor de Liquidação: é o valor da ação em caso de encerramento das
atividades da companhia.
o Valor de Mercado: é o valor da ação transacionado no mercado de ações,
valor formado pela dinâmica de oferta e procura pela ação nesse mercado.
o Valor Patrimonial: é o valor da ação conforme o patrimônio líquido da
empresa no exercício observado. Para achar esse valor basta dividir o
patrimônio líquido pela quantidade de ações distribuídas.
o Valor de Subscrição: é o valor da ação conforme o preço fixado no
momento de emissão de novas ações no mercado.
• Acionista controlador: Pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas
vinculadas por acordo de acionistas, que possui a maioria dos votos (Ações
Ordinárias) nas deliberações da assembleia geral e usa efetivamente seu poder
para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento da companhia.
• O tag along é um mecanismo que visa dar mais garantia aos acionistas
minoritários, nos casos de mudança no controle da companhia.

Custo da operação
• Corretagem: Custo pago para corretoras pelas operações executada.
• Emolumentos: Os emolumentos são cobrados pelas Bolsas por pregão em que
tenham ocorrido negócios por ordem do investidor. A taxa cobrada pela Bolsa é
de 0,035% do valor financeiro da operação.
• Custódia: Uma espécie de tarifa de manutenção de conta, cobrada por algumas
corretoras.

Margem e garantias
• Ações: não há necessidade de margem, pois a compra e a venda são realizadas
de forma efetiva no momento da negociação. A garantia é pela BM&FBovespa.

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Opções
• Para o titular de Opções: O titular no Mercado de Opções está isento de prestar
garantias, pois o risco máximo que pode correr é ele não exercer sua posição e
perder o prêmio pago.
• Para o Lançador de Opções: Somente das posições lançadoras é exigida a
prestação de garantias, e a finalidade da garantia é assegurar o cumprimento da
obrigação assumida.
• Lançador Coberto: Deposita os títulos relativos à opção;
• Lançador Descoberto: Deposita margem em dinheiro ou os mesmos ativos
aceitos no mercado a termo, conforme cálculo efetuado pela Clearing. A margem
depositada é o resultado da soma dos seguintes componentes: margem de
prêmio (prêmio de fechamento do dia) e margem de risco (maior prejuízo potencial
projetado para o dia seguinte).

Mercado a termo
• São exigidas de ambos os participantes:
• Vendedor: Cobertura, que é o depósito da totalidade dos títulos objeto da
operação;
• Comprador: Margem, que é o depósito de numerário e/ou ativos autorizados, em
um valor estabelecido pela Bovespa e BM&FBovespa – Câmara de Ações. A
liquidação de uma operação a termo, no vencimento do contrato ou
antecipadamente, se assim o comprador o desejar, implica a entrega dos títulos
pelo vendedor e o pagamento do preço estipulado no contrato pelo comprador.

Mercado Futuro
• Exige uma “Margem de Garantia” por parte do comprador e há a Possibilidade de
liquidação antes do prazo de vencimento.

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Tabela – Mercado futuro.
Mercado Tipo de Operação Dia de Liquidação
Título de renda fixa privada À vista D+0***

D+1
Ações À vista D+2
A termo D+n, o dia do vencimento
Futuro D+2 do dia do vencimento
Opções* e futuros** D+1
Fonte: Elaborado pelo autor.

• Day trade: Combinação de operação de compra e de venda realizadas por um


investidor com o mesmo título em um mesmo dia.
• Circuit breaker: Sempre que acionado, interrompe o pregão. Na Bovespa é
acionado sempre que o Índice Ibovespa atinge uma queda de 10% (30 minutos
de paralisação) e persistindo a queda, 15% (1 hora de paralisação).
• Blue chip: Em geral, ações de empresas tradicionais e de grande porte, com
grande liquidez e procura no mercado de ações.
• Home broker: É um moderno canal de relacionamento entre os investidores e as
sociedades corretoras, que torna ainda mais ágil e simples as negociações no
mercado acionário, permitindo o envio de ordens de compra e venda de ações
pela Internet, e possibilitando o acesso às cotações, o acompanhamento de
carteiras de ações, entre vários outros recursos.
• Lote-padrão: Lote de títulos de características idênticas e em quantidade
prefixada pelas bolsas de valores.
• After Market: permite a negociação de ações no período noturno, após o horário
regular, de forma eletrônica. A totalidade de ordens enviadas tem um limite de R$
100.000,00 por investidor para o período After-Market e os preços das ordens
enviadas nesse período não poderão exceder à variação máxima positiva ou
negativa de 2% em relação ao preço de fechamento do pregão diurno. Funciona
das 17h às 18h:15min.
• Pregão: O ambiente reservado para negociações de compra e venda de ações.
Atualmente quase as totalidades das transações ocorrem no pregão eletrônico,
ampliando o antigo conceito de espaço físico.
• O day trading consiste na compra e venda, ou venda e recompra de um mesmo
ativo financeiro (que pode se tratar de ações, derivativos, commodities ou

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moedas) no mesmo dia, pelo mesmo especulador ou por meio de uma mesma
sociedade corretora.
• Ao se utilizar da alavancagem financeira, através de recursos como margin
trading ou margin buying (uma forma de financiar as transações diárias), para
minimizar o peso dos custos de transação (como taxa de corretagem,
emolumentos, impostos etc.) envolvidos, o daytrader também maximiza os riscos.
• Dividendos: Distribuição de parte do lucro aos seus acionistas. Por lei, as
empresas devem definir o dividendo pago aos acionistas em seu estatuto. Caso
a empresa opte por distribuir dividendos sobre o lucro líquido, o investidor que
receber esses dividendos estará livre da incidência de IR na fonte.
• Juros sobre o Capital Próprio: São proventos pagos em dinheiro como os
dividendos, a diferença que este não está livre de IR.
• Bonificações: Correspondem à distribuição de novas ações para os atuais
acionistas, em função do aumento do capital. Excepcionalmente pode ocorrer a
distribuição de bonificação em dinheiro.
• Subscrição: Direito aos acionistas de aquisição de ações por aumento de capital,
com preço e prazos determinados. Garante a possibilidade de o acionista manter
a mesma participação no capital total.
• Grupamento (Inplit): Reduz a quantidade de ações aumentando o valor de cada
ação.
• Desdobramento (Split): Aumenta a quantidade de ações reduzindo o valor da
ação; (Objetivo: Maior liquidez).

Ibovespa
• Mais utilizado e mais importante índice brasileiro;
• Composto pelas ações de maior liquidez da bolsa de valores dos últimos 12
meses;
• A carteira é revista ao final de cada quadrimestre; (jan – abril; maio – ago; set –
dez);
• As ações para participarem do Ibovespa devem obrigatoriamente:
o apresentar, em termos de volume, participação superior a 0,1% do total;
o ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões do período.
• IBrX: Assim como o Ibovespa, é composto pelas 100 empresas com o maior
número de operações e volume negociado na Bovespa nos últimos 12 meses.
O que o diferencia do Ibovespa é o fato do IBrX considerar apenas as ações
disponíveis no mercado, desconsiderando as ações em posse dos controladores.

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• IBrX – 50: Adota os mesmos critérios do Índice IBrX, mas é composto apenas
pelas 50 ações de maior liquidez.
• FGV-100: Índice composto pelas 100 ações mais negociadas, excluindo as
estatais e bancos ou seja, a carteira teórica é composta apenas por ações de
empresas privadas, levando se em consideração os critérios de qualidade da
empresa e de liquidez ou volume financeiro negociados em Bolsas de Valores.
• Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE): Ferramenta para análise
comparativa de performance das empresas listadas na BM&FBovespa sob o
aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada na eficiência econômica, no
equilíbrio ambiental, na justiça social e na governança corporativa.
• Índice de Ações com Governança Corporativa (IGC): Índice que mede o
desempenho de uma carteira teórica composta por ações de empresas
comprometidas com programas de governança corporativa. Calculado pela Bolsa
de Valores de São Paulo.
• Índice Mid-Large Cap – MLCX e Índice Small Cap – SMLL: têm por objetivo
medir o comportamento das empresas listadas na Bolsa de modo segmentado. O
Índice Mid Large medirá o retorno de uma carteira composta pelas empresas
listadas de maior capitalização, e o Índice Small Cap medirá o retorno de uma
carteira composta por empresas de menor capitalização.
• Índice de Energia Elétrica (IEE): Primeiro índice setorial da BM&FBovespa, o
Índice de Energia Elétrica (IEE) foi lançado em agosto de 1996 com o objetivo de
medir o desempenho do setor de energia elétrica. Dessa forma, constitui-se em
um instrumento que permite a avaliação da performance de carteiras
especializadas nesse setor.
• Agentes Underwriter: Bancos de Investimento, Bancos Múltiplos com carteira de
Investimento, Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (SDTVM)
e Sociedade Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
• Operação de Underwriting: A: decide captar recurso via emissão de ações _gt_
Agentes Underwriter: emite as ações no mercado primário _gt_ Mercado
Primário: acionistas compram ações no IPO _gt_ Bolsa de Valores: Ações
passam a ser negociadas no mercado secundário.
• Uma oferta pública de distribuição de ações, cotas de fundos de investimento e
outros valores mobiliários é uma colocação, junto ao público, de determinado
número de ações de uma companhia, cotas de um fundo de investimento ou
qualquer outro valor mobiliário previsto na regulamentação do mercado de
capitais.
• Oferta pública primária (Initial Public Offering – IPO): acontece quando é
realizada a emissão de novas ações/cotas de fundos de investimento que serão

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ofertadas ao mercado, com ingresso de recursos no próprio emissor da oferta. Ou
seja, nesse caso a companhia está captando recursos.
• Oferta pública primária (Initial Public Offering –IPO) =Oferta pública inicial ou
Oferta pública primária
• No mercado primário as transações acontecem entre a companhia e o
investidor. Já no mercado secundário as transações ocorrem entre dois
investidores.
• Oferta pública secundária: acontece quando são ofertadas ações/cotas de
fundos de investimento já existentes, de modo que os recursos não serão
aportados na empresa/fundo, mas serão direcionados aos acionistas/cotistas
vendedores.
• Papel do coordenador da oferta e demais instituições envolvidas: obrigações,
análise, tratamento das informações e responsabilidades.
• Underwriting Garantia Firme (Straight): subscrição em que a instituição
financeira subscreve integralmente a emissão para revendê-la posteriormente ao
público. Selecionando esta opção a empresa assegura a entrada de recursos. O
risco de mercado é do intermediário financeiro.
• Underwriting de Melhores Esforços (Best Efforts): Subscrição em que a
instituição financeira se compromete a realizar os melhores esforços para a
colocação junto ao mercado das sobras do lançamento.
Não há comprometimento por parte do intermediário para a colocação efetiva de
todas as ações. A empresa assume os riscos da aceitação ou não das ações
lançadas por parte do mercado.
• Bookbuilding: é a operação na qual o coordenador da oferta avalia, junto
aos investidores, a demanda pelos papéis que estão sendo ofertados.
Baseado na avaliação da empresa e das condições de mercado, o coordenador
da oferta determina um intervalo inicial para o preço de lançamento desses
papéis.
• Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar,
qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e
financeira Depositary Receipts da Entidade.
• No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os
elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.
• As empresas listadas emitem de forma separada o Balanço Patrimonial – Ativo
e o Balanço Patrimonial – Passivo, porém estes devem ser entendidos como
um só, um espelho, em que a quantidade de Ativos Totais sempre será igual a
quantidade de Passivos somado ao Patrimônio Líquido. Ou seja: Ativos = Passivo
(obrigações) + Patrimônio Líquido (capital social)
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Ativos = Passivo + Patrimônio Líquido

Ou seja:

Tabela – Patrimônio líquido.


ATIVOS PASSIVOS
=
Bens e Direitos Obrigações
PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social
Fonte: Elaborada pelo autor.

• Na prática, os grupos de contas se organizam da seguinte forma:

Tabela – Ativo versus passivo.


ATIVO (bens e direitos) PASSIVO (obrigações)
Ativo circulante: Bens e direitos que podem ser Passivo circulante: Obrigações que devem ser
convertidos em dinheiro em curto prazo (12 meses). pagas no curto prazo (até 12 meses).
Ativo não circulante: Bens e direitos que só podem ser Passivo não circulante: Obrigações que
convertidos em dinheiro no longo prazo (acima de 12 podem ser pagas no longo prazo (mais de 12
meses). meses).
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Valor que os sócios ou
acionistas têm na empresa.
Fonte: Elaborada pelo autor.

• Curto prazo – todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de


conversão e as obrigações com vencimento até o término do exercício social
(ano).
• Longo prazo – todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de
conversão e as obrigações com vencimento após o término do exercício social
(ano).
• Grau de liquidez – é o tempo no qual os Bens e os Direitos podem ser convertidos
em dinheiro. Ex.: conta Caixa é a de maior liquidez, por já ser dinheiro. Já a conta
Veículos é de menor liquidez que a conta Caixa, pois demora mais para se

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transformar em dinheiro (primeiro precisa-se vender o veículo para depois ter o
dinheiro em mãos).
• Nível de exigibilidade – é tempo existente para que as Obrigações sejam pagas.
As contas que deverão ser pagas mais rapidamente (curto prazo) têm um maior
nível de exigibilidade do que as contas que serão liquidadas (pagas) em um prazo
maior (longo prazo).
• Realizável – representa tudo o que se pode mudar, converter, transformar em
disponibilidade (dinheiro), sendo uma expressão usada no Ativo. Exemplo: uma
duplicata de cliente é um direito realizável e em um determinado momento ela se
transformará em dinheiro.

Uma típica DRE contém:

Tabela – Demonstração do Resultado do Exercício.


RECEITA OPERACIONAL BRUTA

Vendas de Produtos

Vendas de Mercadorias

Prestação de Serviços

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

Devoluções de Vendas

Abatimentos

Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas

= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) CUSTOS DAS VENDAS

Custo dos Produtos Vendidos

Custo das Mercadorias

Custo dos Serviços Prestados

= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas Com Vendas

Despesas Administrativas

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS

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Despesas Financeiras

(-) Receitas Financeiras

Variações Monetárias e Cambiais Passivas

(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS

Resultado da Equivalência Patrimonial

Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante

(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante

= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E


SOBRE O LUCRO

(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro

= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES

(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de


Assistência e Previdência para Empregados

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Fonte: Elaborada pelo autor.

• Para encontrar o valor do EBITDA, a depreciação e a amortização devem ser


acrescentadas ao LO, não sendo consideradas despesas de caixa, que se
encontram na DRE somadas nas contas custo das mercadorias vendidas e
despesas operacionais.
• O lucro operacional é obtido através da seguinte equação: LO = receita liquida
– custos – despesas operacionais – despesas financeiras.
• Sendo assim, EBITDA pode ser obtida através da seguinte equação: EBITDA =
LO + Depreciação + amortização.

• Fluxo de Caixa Incremental: é entendido como o fluxo de caixa adicional ao fluxo


de caixa inicial.

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• Fluxo de Caixa Livre: representa a quantidade de dinheiro que entrou e saiu de
uma empresa em um terminado período. Os Fluxos de Caixa Livre (FCL) podem
ser divididos em fluxos de caixa operacional, gastos líquidos de capital e variações
do capital de giro líquido.
• Fluxo de Caixa Operacional: trata-se dos fluxos obtidos pela rotina de entrada e
saída de recursos da empresa em resultado de operações corriqueiras. A forma
de análise de fluxo de caixa operacional mais comum é o Earnings Before Interest,
Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA).

Tabela – Estrutura do EBITDA.


Estrutura do EBITDA:
(+) Receita Líquida
(-) Custo dos Produtos Vendidos
(-) Despesas da Atividade (c/ vendas, administrativas e outras diretamente ligadas às operações)
(=) Lucro Operacional (ou EBIT)
(+) Depreciação e Amortização (valor correspondente ao período sob análise)
(=) EBITDA
Fonte: Elaborada pelo autor.

• Gastos Líquidos de Capital (CAPEX): são os desembolsos líquidos com os


ativos permanentes da empresa e podem ser representados pela fórmula:

• As variações do capital de giro líquido são dadas pelo Capital de Giro líquido
(CGL), que nada mais é que o resultado da divergência entre os ativos e os
passivos circulantes, logo, considere a seguinte equação:

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Tabela - Estrutura do fluxo de caixa livre.
(+) Fluxo de Caixa Operacional
(-) Gasto Líquido de Capital
(-) Variações no Capital de Giro Líquido
(=) Fluxo de Caixa Livre
Fonte: Elaborada pelo autor.

• A fórmula para encontrar WACC é dada por:

Na qual:
• Ke = Custo de Capital dos Acionistas;
• Kd = Custo da Dívida;
• E = Total do Patrimônio Líquido (total de recursos advindos de capital próprio –
equity); e
• D = Total da dívida (total de recursos advindos de capital de terceiros – debt).
• A análise fundamentalista é indicada para investimentos em ações com
horizontes de tempo maiores que os adotados pela análise técnica, pois a escola
fundamentalista observa a estrutura da empresa (fundamentos) e é mais adotada
por bancos e demais interessados no desempenho da empresa nos próximos
semestres ou anos.
• A análise técnica observa o histórico de preços, portanto, não é necessariamente
adotada apenas para ações (como é o caso da fundamentalista). Assim, essa
técnica pode ser aplicada aos demais ativos. Todavia, aplica-se a horizontes de
curto prazo: dias e semanas.
• Depositary Receipts (DRs): são títulos negociados em um país que têm como
lastro ações de uma empresa que está instalada fora deste país.
• American Depositary Receipts (ADRs): são recibos de ações emitidos nos
Estados Unidos para negociar as ações de empresas de fora do país na Bolsa de
Valores de Nova York.
• Brazilian Depositary Receipts (BDRs): a exemplo dos ADRs, os BDRs são
títulos negociados no Brasil que têm como lastro ações de uma empresa que está
instalada fora do Brasil.

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• Um rating é uma nota que as agências internacionais de classificação de risco
de crédito atribuem a um emissor (país, empresa, banco) de acordo com sua
capacidade de pagar uma dívida. Serve para que investidores saibam o grau de
risco dos títulos de dívida que estão adquirindo.

Em geral, são três grandes níveis:


• grau de investimento (país seguro de investir);
• grau especulativo (risco de inadimplência); e
• default (quando o país declara moratória).

Tabela – Valor do índice.


Símbolo Nome Valor do índice

DJI Dow Jones Industrial Average, EUA 24.782,29

NQF Nasdaq, EUA 6.495,00

GSPC S&P 500, EUA 2.684,57

N225 Nikkei 225, Japão 22.902,76

FTSE FTSE 100, Inglaterra 7.592,66

DAX Dax Performance-Index, Alemanha 13.075,42

SSEC Shanghai Composite, China 3,297.06

MXX IPC México 48.503,31

MERV MERVAL BUENOS AIRES, Argentina 28.480,71

Fonte: Elaborada pelo autor.

• Participantes para aplicação em títulos e valores mobiliários.


• O clube de investimento deve ser administrado por sociedade corretora,
sociedade distribuidora, banco de investimento ou banco múltiplo com carteira de
investimento, que é responsável pelo conjunto de atividades e de serviços
relacionados direta e indiretamente ao seu funcionamento e manutenção.
• O Índice de Mercado ANBIMA (IMA) corresponde a uma família de índices de
renda fixa que representam a dívida pública através dos preços a mercado de
uma carteira de títulos públicos federais. A carteira teórica do IMA-Geral, é
constituída por todos os títulos públicos federais, mostrando o modo como evolui
a rentabilidade do mercado como um todo.

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• A governanças corporativa é resultado da combinação do direito e práticas
voluntárias apropriadas do setor privado que habilitam a companhia a: atrair
capital financeiro e humano, desempenhar suas metas de modo eficaz, perpetuar
sua capacidade de gerar valor a Longo Prazo e respeitar o interesse de todos os
acionistas e da sociedade como um todo.
• O Novo Mercado objetiva disciplinar as empresas oferecendo os requisitos para
negociação de companhias abertas em um segmento especial do mercado de
ações da BM&FBOVESPA. Ele estabelece as regras para a listagem dessas
Companhias, além das regras aplicáveis aos seus administradores e seus
acionistas.
• O IGC é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com
os critérios estabelecidos nesta metodologia. O objetivo do IGC ou IGCX é ser o
indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas listadas
no Novo Mercado ou nos Níveis 1 ou 2 da BM&FBOVESPA.
• O ITAG é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com
os critérios estabelecidos nesta metodologia.
• Mercado à vista: onde são negociados a compra e venda dos títulos emitidos
pelas empresas negociadas nas bolsas de valores. Nesse mercado as operações
de compra e venda de ações são liquidadas em curtos períodos, no Brasil em até
dois dias úteis (até maio de 2019 eram liquidados em três dias úteis).
• Mercado a termo: permite que os negociantes fixem o preço futuro dos ativos
negociados entre as duas partes. Nesse mercado os pagamentos são
previamente estipulados para uma data predeterminada através de um contrato
chamado de termo, que não é transferencial a um terceiro.

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Tabela – Negociação.
Objeto de negociação Ações
Tamanho do contrato Quantidade de ativos-objeto do termo,
estabelecido entre as partes, de acordo com
os limites estabelecidos pela
BM&FBOVESPA.
Liquidação As operações a termo podem ser liquidadas
das seguintes formas:
a) No vencimento: liquidação na data de vencimento do
contrato mediante pagamento pelo comprador do valor de
liquidação calculado com base no preço a termo e entrega
do ativo-objeto pelo vendedor.
b) Antecipada: o comprador do contrato poderá solicitar a
liquidação antecipada (parcial ou total) do contrato mediante
o pagamento do valor acordado no contrato a termo, antes
do vencimento da operação, sem qualquer ônus ao
vendedor, nos prazos dispostos a seguir:
i. liquidação antecipada para o dia útil seguinte, podendo ser
solicitada até o dia útil anterior ao vencimento;
ii. liquidação antecipada para dois dias úteis após a
solicitação, podendo ser solicitada até dois dias úteis
anteriores ao vencimento; e

c) Antecipada por diferença: mediante a venda no mercado


à vista pelo comprador dos Ativos-objeto comprados a termo.
A liquidação antecipada por diferença poderá ser solicitada
nos prazos dispostos a seguir:
i. liquidação antecipada para o dia útil seguinte, podendo ser
solicitada até o dia útil anterior ao vencimento;
ii. liquidação antecipada para dois dias úteis após a
solicitação, podendo ser solicitada até dois dias úteis
anteriores ao vencimento; e

Data de vencimento A data de vencimento é estabelecida entre


as partes, observado o período mínimo de 16
e máximo de 999 dias corridos, contados da
data de registro do contrato.
Fonte: Elaborada pelo autor.

• Mercado futuro: se assemelha ao mercado a termo pois ambos determinam um


valor futuro para a liquidação de uma negociação, mas há diferenças relevantes.
No mercado futuro os preços dos contratos são cotados livremente, assim como
no mercado a vista, ou seja, a negociação não ocorre entre apenas duas partes.
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Portanto, o mercado futuro permite que um investidor revenda o contrato para um
terceiro, diferente do mercado a termo.

Tabela - Mercado a termo versus mercado futuro


Mercado a termo: Mercado futuro:
• Pode ser negociado mediante • Precisa ser negociado em bolsa de futuros.
contrato particular. • Precisa ser um contrato padronizado.
• Não precisa ser contrato padronizado. • É negociado com diferentes datas de entregas.
• Tem uma data de entrega fixada no • Diferenças de preços são ajustadas diariamente.
contrato.
• Diferenças de preço são ajustadas no
vencimento.
Titular É o detentor da opção, é a pessoa que possui o direito
Lançador É quem vendeu a opção, recebeu o prêmio, é quem tem
a obrigação
Prêmio É o valor pago pelo titular para adquirir o direito de opção
Preço de exercício É o preço acertado para o exercício do direito de opção
Preço do ativo-objeto É o preço da ação, do ativo subjacente
Vencimento É a data que cessa o direito do titular, ocorre em cada 3ª
segunda-feira do mês
Série de opções É a bolsa que estabelece as séries com seus preços de
exercícios e vencimentos previstos para cada mês
Fonte: Elaborada pelo autor.

• Mercado de opções: O mercado de opções é uma alternativa de se prevenir


contra oscilações indesejáveis nos preços das ações. As opções são contratos
que estabelecem preço e prazos para a liquidação, de forma a tornar uma
operação mais previsível.
o Americana: durante a vigência do contrato, a qualquer momento;
o Europeia: apenas na data de vencimento do contrato de opções:
▪ Opção de compra: CALL Opção de Venda: PUT
o Opção de Compra (call) In-The-Money (ITM): Preço do ativo subjacente
é superior ao preço de exercício da opção;
o Opção de Compra (call) Out-of-The-Money (OTM): Preço do ativo
adjacente é inferior ao preço de exercício da opção;
o Opção de Venda (put) In-The-Money (ITM): Preço do ativo adjacente é
inferior ao preço de exercício da opção;

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o Opção de Venda (put) Out-of-The-Money (OTM): Preço do ativo
adjacente é superior ao preço de exercício da opção;
o Opção de Compra (call) ou Opção de Venda (put) At-The-Money
(ATM): Preço do ativo subjacente é igual ao preço de exercício da opção.

Tabela – Opções de compra e de venda.


Preço da ação sobre Aumenta o valor de uma opção tipo Call, reduz de uma opção tipo Put
Maior o preço de exercício Reduz o valor de uma opção tipo Call, aumenta o valor de uma opção tipo
Put
Maior volatilidade da ação Aumenta o preço de uma opção tipo Call, aumenta o valor de uma opção
tipo Put
Maior o tempo até o Aumenta o preço de uma opção tipo Call, aumenta o valor de uma opção
vencimento tipo Put
Juros maiores Aumenta o preço de uma opção tipo Call, aumenta o valor de uma opção
tipo Put
Fonte: Elaborada pelo autor.

Valor Intrínseco de uma Call:


• Valor Intrínseco = Preço corrente (à vista) – Preço de Exercício;
• Prêmio = Valor Intrínseco + Valor Tempo;
• Valor intrínseco de uma opção não pode ser menor que zero.

Valor Intrínseco de uma Put:


Valor Intrínseco = Preço de Exercício – Preço corrente

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4 Resumo CPA-20: Fundos de Investimentos
• Cota: A cota é a menor fração do Patrimônio Líquido do fundo e sempre são
escriturais e nominativas.

Participantes
• Administrador: Responsável legal pelo funcionamento do fundo. Controla todos
os prestadores de serviço, e defende os interesses dos cotistas. Responsável por
comunicação com o cotista.
• Custodiante: Responsável pela “guarda” dos ativos do fundo. Responde pelos
dados e envio de informações dos fundos para os gestores e administradores.
• Distribuidor: Responsável pela venda das cotas do fundo. Pode ser o próprio
administrador ou terceiros contratados por ele.
• Gestor: Responsável pela compra e venda dos ativos do fundo (gestão) segundo
política de investimento estabelecida em regulamento. Quando há aplicação no
fundo, cabe ao gestor comprar ativos para a carteira. Quando houver resgate o
gestor terá que vender ativos da carteira.
• Auditor Independente: Todo Fundo deve contratar um auditor independente que
audite as contas do Fundo pelo menos uma vez por ano.

Assembleia Geral Ordinária (AGO) x Assembleia Geral Extraordinária (AGE)


• A Assembleia Geral Ordinária (AGO) deve ocorrer anualmente até 120 dias do
término do exercício social para deliberar sobre as demonstrações contábeis
do fundo.
• A AGO somente pode ser realizada no mínimo 30 dias após estarem disponíveis
aos cotistas as demonstrações contábeis auditadas relativas ao exercício
encerrado. As demais assembleias são chamadas de Assembleia Geral
Extraordinária (AGE).
• Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros (chinese wall):
as instituições financeiras devem ter suas atividades de administração de
recursos próprios e recursos de terceiros (fundos de investimentos),
totalmente separadas e independentes de forma a prevenir potenciais conflitos
de interesses.
• Um fundo de investimento pode ser equiparado a um condomínio, pois os
cotistas possuem objetivos semelhantes. O condomínio é a base legal dos fundos
de investimentos.

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• A possibilidade dos cotistas de se reunir em grupos para realizar os investimentos
representa a grande vantagem dos fundos, já que o investimento em conjunto
amplia o leque de estratégias que podem ser adotadas, facilita a diversificação da
carteira e reduz os custos incorridos por cada investidor.
• A cota de um fundo de investimento é a sua fração ideal, sendo definida de forma
escritural e nominativa. De modo que a cota representa a menor fração de um
fundo. O valor da cota é definido por: Valor da cota = Patrimônio Líquido/ número
de cotas.
• Os quotistas de fundos de investimentos possuem os seguintes direitos:
o O gestor do fundo deve fornecer o regulamento e o prospecto do fundo
para todos os cotistas, além de relatórios periódicos das atividades.
o Deve divulgar imediatamente e de forma adequada qualquer informação
que possa influenciar na decisão do cotista em permanecer no fundo. Entre
esses eventos cabe citar: mudanças nas regras de alavancagem,
mudanças nas regras de operação com derivativos, entre outros.

Fundos abertos
• Resgate e saída a qualquer momento pelos cotistas.
• O número de cotas do Fundo é variável: quando um cotista aplica, novas cotas
são geradas e o administrador compra ativos para o Fundo; quando um cotista
resgata, suas cotas desaparecem, e o administrador é obrigado a vender ativos
para pagar o resgate.
• É recomendado abrigar ativos com liquidez mais alta para pagar cotistas de saída.

Fundos Fechados
• Fundos Fechados tem prazo de duração.
• A entrada e a saída de cotistas não é permitida a qualquer momento.
• O cotista só pode resgatar suas cotas ao término do prazo de duração do Fundo
ou em virtude de sua eventual liquidação.
• Há a possibilidade de resgate dessas cotas caso haja deliberação por parte da
assembleia geral dos cotistas ou haja essa previsão no regulamento do Fundo.
• Cotista pode vender suas cotas para outro investidor interessado em ingressar no
Fundo.
• Fundos Restritos: são aqueles constituídos para receber investimentos de um
grupo restrito de cotistas, normalmente os membros de uma única família, ou
empresas de um mesmo grupo econômico.
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• Fundos Exclusivos: são aqueles constituídos para receber aplicações
exclusivamente de um único cotista. Somente investidores profissionais podem
ser cotistas de Fundos Exclusivos. Marcação a mercado é facultativa.
• Fundos de Investimento com carência: trata-se do fundo com prazo de carência
para resgate após o término da carência. Há incidência de cobrança de IOF à
alíquota de 0,5% ao dia em caso de resgate antes do término da carência
estabelecida no Formulário de Informações Complementares (FIC).
• Fundos de Investimento sem carência: fundos com resgates a qualquer
momento.
• Fundos passivos (fundo indexado): buscam acompanhar um determinado
“benchmark” e por essa razão seus gestores têm menos liberdade na seleção de
Ativos. Ex.: Fundo que segue o Ibovespa.
• Fundos ativos: o gestor fica “livre” para atuar buscando obter o melhor
desempenho, assumindo decisões de investimentos que julgue propícias para
superar o seu “benchmark”.
• Fundo alavancado: um Fundo é considerado alavancado sempre que existir
possibilidade de perda superior ao patrimônio do fundo, desconsiderando-se
casos de default nos ativos do fundo.
• Fundos de Renda Fixa: o fundo classificado como “Renda Fixa” deve possuir, no
mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via
derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe, expostos à variação da taxa
de juros ou a um índice de preços, ou ambos.
• É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de Fundo
destinado a investidor qualificado. A classe de Fundos Renda Fixa poderá conter
os seguintes sufixos: curto prazo; longo Prazo; referenciado; simples; dívida
Externa e crédito Privado.
• Fundos de Renda Fixa de Longo Prazo: o fundo que dispuser, em seu
regulamento, que tem o compromisso de obter o tratamento fiscal destinado a
fundos de longo prazo previsto na regulamentação fiscal vigente estará obrigado
a incluir a expressão “Longo Prazo” na denominação do fundo.
• Fundo de Renda fixa de Curto Prazo: são Fundos que têm por objetivo
proporcionar a menor volatilidade possível dentre os Fundos disponíveis no
mercado brasileiro.
• Fundos de Renda Fixa Referenciados
o O fundo classificado como “Renda Fixa” cuja política de investimento
assegura que ao menos 95% do seu patrimônio líquido esteja investido
em ativos que acompanham, direta ou indiretamente, determinado índice

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de referência deve incluir, à sua denominação, o sufixo “Referenciado”
seguido da denominação de tal índice.
o Devem ter 80%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado por
títulos da dívida pública federal ou por ativos financeiros de renda fixa
considerados de baixo risco de crédito pelo gestor, inclusive cotas de
fundos de índice que invistam nesses ativos.
o Derivativos somente para proteção da carteira (hedge).
• Fundos de Renda Fixa Simples: o fundo classificado como “Renda Fixa” que
atenda às condições abaixo deve incluir, à sua denominação, o sufixo “Simples”:
• Tenha 95%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou
cumulativamente, por:
o Títulos da dívida pública federal;
o Títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições financeiras
que possuam classificação de risco atribuída pelo gestor, no mínimo,
equivalente àqueles atribuídos aos títulos da dívida pública federal;
o Operações compromissadas lastreadas em títulos da dívida pública federal
ou em títulos de responsabilidade, emissão ou coobrigação de instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, com algumas
ressalvas.
o Realize operações com derivativos exclusivamente para fins de proteção
da carteira (hedge).
o Se constitua sob a forma de condomínio aberto.
o Preveja, em seu regulamento, que todos os documentos e informações a
eles relacionados sejam disponibilizados aos cotistas preferencialmente
por meios eletrônicos.
• Fundos de Renda Fixa de Dívida Externa: trata-se do fundo que tenha 80%, no
mínimo, de seu patrimônio líquido representado por títulos representativos
da dívida externa de responsabilidade da União, deve incluir, à sua
denominação, o sufixo “Dívida Externa”.
• Fundos de Renda Fixa Crédito Privado: trata-se do fundo que realizar
aplicações títulos privados, ou de emissores públicos diferentes da União
Federal que, em seu conjunto, excedam o percentual de 50% de seu patrimônio
líquido, deve incluir à sua denominação o sufixo “Crédito Privado”.
• Fundo Cambial: trata-se do fundo que tem como principal fator de risco de
carteira a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom
cambial. No mínimo 80% da carteira deve ser composta por ativos relacionados
diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à
classe. É permitido taxa de performance.
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• Fundo de ações
o Investe no mínimo 67% do seu Patrimônio Líquido em ações negociadas
no mercado à vista de Bolsa de Valores, incluindo, também: BDR’s, cotas
de fundos de ações, e bônus ou recibos de subscrição e certificados de
depósito de ações.
o A performance destes fundos está sujeita à variação de preço dos ativos
que compõem sua carteira.
o A classe de Fundos de Ações poderá conter os seguintes sufixos: mercado
de Acesso e BDR – Nível 1.

Fundo de ações Mercado de Acesso


• Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no mínimo, 2/3 (dois
terços) do seu patrimônio líquido seja investido em ações de companhias listadas
em segmento de negociação de valores mobiliários, voltado ao mercado de
acesso, instituído por bolsa de valores ou por entidade do mercado de balcão
organizado, que assegure, por meio de vínculo contratual, práticas diferenciadas
de governança corporativa devem usar, em seu nome, a designação “Ações –
Mercado de Acesso”.
• Fundo de Ações BDR Nível I: caso a política de investimentos do fundo preveja
aplicação em BDR classificados como nível I, deve colocar o sufixo “Ações – BDR
Nível I”.
• Fundos Multimercados
o Os fundos classificados como “Multimercado” devem possuir políticas de
investimento que envolvam vários fatores de risco, sem o compromisso de
concentração em nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das
demais classes de fundos.
o Podem usar derivativos para alavancagem. Podem aplicar até 20% de seu
patrimônio em ativos no exterior. Podem cobrar taxa de performance.
• A classe de Fundos Multimercados poderá conter os seguintes sufixos:
o Fundos Multimercados de Longo Prazo: trata-se do fundo que dispuser,
em seu regulamento, que tem o compromisso de obter o tratamento fiscal
destinado a fundos de longo prazo previsto na regulamentação fiscal
vigente estará obrigado a incluir a expressão “Longo Prazo” na
denominação do fundo.
o Fundos Multimercados Crédito Privado: trata-se do fundo que realizar
aplicações títulos privados, ou de emissores públicos diferentes da
União Federal que, em seu conjunto, excedam o percentual de 50% de

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seu patrimônio líquido, deve incluir à sua denominação o sufixo “Crédito
Privado”.
o Fundos de Índice (ETF): Fundo de Índice é um tipo de investimento
universalmente conhecido como Exchange Traded Fund (ETF). Este tipo
de investimento tem como objetivo reproduzir a variação de rentabilidade
de um índice do mercado acionário.
• Fundos de Investimentos Imobiliário (FII)
o Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) destinam-se ao
desenvolvimento de empreendimentos imobiliários.
o Uma vez constituído e autorizado o funcionamento do Fundo, admite-se
que 25% de seu patrimônio, no máximo e temporariamente, seja investida
em cotas de FI e/ou em Títulos de Renda Fixa.
o Essa parcela pode ser maior se expressamente autorizado pela CVM,
mediante justificativa do administrador do Fundo.
o É vedado ao Fundo operar em mercados futuros ou de opções.
• Fundos Off-Shore: é considerado fundo off-shore aquele constituído fora do
território brasileiro, mas que aplica em ativos dentro do país.
• Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC E FIC-FIDC)
o São Fundos constituídos por títulos de crédito originários de operações
realizadas nas instituições financeiras, na indústria, arrendamento
mercantil, hipotecas, prestação de serviços e outros títulos que possam ser
admitidos como direito de crédito pela CVM.
o Dessa forma, as operações de crédito originalmente feitas podem ser
cedidas aos Fundos que assumem esses direitos creditórios. Essa
operação permite aos bancos, por exemplo, que cedam (vendam) seus
empréstimos aos FIDC, liberando espaço para novas operações, e
aumentando a liquidez deste mercado.
o O FIDC deve ter, no mínimo, 50% de seu patrimônio em direitos creditórios.
o Os FIDC podem operar no mercado de derivativos (bolsas e balcão com
sistema de registro) somente para proteger suas posições à vista.
o No caso de Fundo aberto, o Fundo será liquidado ou incorporado a outro
se mantiver PL médio inferior a R$500.000 durante 3 meses consecutivos,
ou 3 meses após a autorização da CVM.
• Fundos de Investimento Capital Protegido: são fundos que têm por objetivo
proteger o valor do capital investido pelos seus cotistas, proporcionando uma
parcela da rentabilidade da bolsa, quando ela for positiva, ao final certo intervalo
de tempo.

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• Fundos de Investimento Imobiliário (FII): essa modalidade envolve a reunião
de recursos destinados à realização de investimentos em ativos do mercado
imobiliário. Os recursos desses fundos podem ser utilizados para a aquisição de
imóveis rurais e urbanos, assim como títulos e valores mobiliários.
• Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC e FIDC-NP: esses
fundos se caracterizam por aplicar parcela mínima de 50% do seu patrimônio
líquido em direitos creditórios. Eles podem ser constituídos na forma de
condomínio aberto ou fechado e obtêm recursos através da distribuição de cotas.
• Fundos de Investimento em Participações (FIP): Segundo a BMFBOVESPA:
o “O Fundo de Investimento em Participações (FIP) é uma comunhão de
recursos destinados à aplicação em companhias abertas, fechadas ou
sociedades limitadas, em fase de desenvolvimento. Cabe ao administrador
constituir o fundo e realizar o processo de captação de recursos junto aos
investidores através da venda de cotas’’.
o ‘’ […] O FIP é um investimento em renda variável constituído sob a forma
de condomínio fechado, em que as cotas somente são resgatadas ao
término de sua duração ou quando é deliberado em assembleia de cotistas
a sua liquidação’’.
o ‘’ […] O fundo deverá participar do processo decisório da companhia
investida, com efetiva influência na definição de sua política estratégica e
na sua gestão, notadamente através da indicação de membros do
Conselho de Administração”.
• Prazo de cotização: é a quantidade de dias que o fundo demora para converter
os aportes em cotas (prazo de cotização de aporte) ou para converter cotas em
dinheiro (prazo de cotização de resgate). Geralmente é contado em dias úteis.
• Prazo de liquidação: é a quantidade de dias que o fundo demora, depois da
cotização, para depositar na conta corrente do cotista o valor do resgate efetuado.
Geralmente é contado em dias corridos.
• Riscos dos ativos individuais versus riscos da carteira: os ativos individuais
tendem a ter risco maior que uma carteira de títulos, pois o risco da carteira é
distribuído entre os cotistas e está associado à quantidade de títulos que possui
em sua carteira e aos seus prazos de vencimento.
• Alavancagem: é uma estratégia utilizada para potencializar ganho que consiste
em assumir posições maiores que o patrimônio líquido do fundo, através da
utilização de derivativos. Há possibilidade de ganhos altos, contudo, o risco é alto,
e é possível que o investidor seja chamado para fazer aportes, devido ao
patrimônio negativo.
• Taxa de administração: é o percentual pago pelos cotistas de um fundo para
remunerar todos os prestadores de serviço. É uma taxa expressa ao ano
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calculada e deduzida diariamente e sua cobrança afeta o valor da cota. A
rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento é sempre líquida de taxa de
administração.
• Taxa de performance: é o percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade
do fundo supera a de um indicador de referência. Nem todos os fundos cobram
taxa de performance. Cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive
da taxa de administração. Linha d’água: Metodologia utilizada para cobrança de
taxa de performance. Periodicidade: Semestral
• Taxa de ingresso ou de saída: estas taxas não são tão comuns, mas também
podem ser cobradas dependendo do fundo de investimento que você escolher.
Elas são cobradas na aquisição de cotas do fundo ou quando o investidor solicita
o resgate de suas cotas.
• Carteira Administrada: A administração de carteira de valores mobiliários
consiste na gestão profissional de recursos ou valores mobiliários, sujeitos à
fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários, entregues ao administrador, com
autorização para que este compre ou venda títulos e valores mobiliários por conta
do investidor.
• De forma simplificada: na carteira administrada o investidor terceiriza o
serviço de investir para um gestor.
• Gestão discricionária: permite-lhe delegar a gestão da totalidade ou de parte
dos seus ativos numa equipa profissional e experiente.
• Gestão não discricionária: mesmo que um fundo ou recursos de uma carteira
seja administrado por terceiros, o investidor é o gestor dos recursos, tomando
todas as decisões de acordo com sua vontade.
• Os interesses dos clientes devem ser colocados em primeiro lugar: os
profissionais que trabalham no mercado financeiro devem colocar os interesses
dos clientes em primeiro lugar, não devendo perseguir ganhos e interesses
próprios em detrimento dos interesses buscados pelos clientes.
• Princípio de Integridade: esse princípio estabelece que os profissionais do
mercado financeiro devem fornecer serviços de forma íntegra. Como estes
profissionais exercem função de confiança perante os clientes, eles devem agir
de forma honesta e transparente.
• Princípio de Objetividade: os profissionais que atuam no mercado financeiro
devem agir de forma objetiva, perseguindo os interesses e objetivos dos clientes
de forma isenta, clara, pragmática e transparente. Isto é, eles devem buscar atingir
os objetivos buscados pelos clientes.
• Princípio de Competência: esse princípio defende que os profissionais devem
realizar ações que lhes possibilitem manter e aprimorar as competências, as
habilidades e os conhecimentos precisos para fornecerem os seus serviços.
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• Princípio de Confidencialidade: os profissionais também devem proteger as
informações de seus clientes, não as divulgando para terceiros, salvo se
necessário ou estabelecido por lei. A sua atuação demanda que eles passem
segurança para os clientes.
• Princípio da Conduta Profissional: os profissionais que atuam no mercado
financeiro devem agir com postura profissional exemplar, atuando com dignidade
e respeito aos clientes e de acordo com a regulamentações. Eles também devem
zelar e buscar aprimorar as empresas que representam.
• Princípio da Probidade: esse princípio estabelece que os profissionais que
atuam no mercado financeiro devem adotar uma postura justa e imparcial,
tratando os outros com o mesmo tratamento que gostariam de receber. Eles
devem agir com integridade, evitando e evidenciando a existência de conflitos de
interesse.
• Princípio da Diligência: os profissionais que atuam no mercado financeiro
também devem fornecer serviços de forma diligente. Isto é, eles devem agir com
zelo, presteza dedicação, esmero, velocidade e de forma rigorosa, executando as
suas atividades de acordo com os termos estabelecidos com o cliente.
• Fundos de curto prazo: são fundos cujo prazo médio da carteira é igual ou
inferior a 365 dias.
o Fator gerador do imposto: Resgate ou Semestral.
o Semestre: último dia útil dos meses de MAIO e NOVEMBRO.
o Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo.
o Alíquota semestral: 20%
• Alíquota no Resgate: 22,5% → aplicações de até 180 dias e 20,0% → aplicações
com prazos igual ou superior a 181 dias.
• Fundos de longo prazo: são fundos cujo prazo médio da carteira é superior a
365 dias.
o Fator gerador do imposto: Resgate ou Semestral.
o Semestre: último dia útil dos meses de MAIO e NOVEMBRO.
o Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo.
o Alíquota semestral: 15%
o Considere as seguintes alíquotas para o Resgate: 22,5% → aplicações de
até 180 dias; 20,0% → aplicações de 181 a 360 dias; 17,5% → aplicações
de 361 até 720 dias; 15,0% → aplicações acima de 720 dias.
• Fundos de ações: são carteiras com no mínimo 67% aplicado no Mercado de
Ações.

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o Fator Gerador do imposto: Resgate
o Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo
• Alíquota única de: 15% (resgate, não tem come-cotas). Ressalta-se que, nos
fundos de ações não há recolhimento de Imposto de Renda Semestralmente,
somente no resgate

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5 Resumo CPA-20: Previdência Complementar
Aberta: PGBL e VGBL
• O processo de gestão de portfólio que estamos estudando pode ser detalhado
dentro das etapas integrativas descritas pelo planejamento, execução e feedback
de um IPS.
• A fase de planejamento consiste em analisar os objetivos e as restrições,
desenvolvendo uma declaração de política de investimento, determinar a
estratégia de investimento adequada e selecionando uma alocação de ativos
adequados.
• Para que uma declaração de política de investimento, o IPS, alcance o sucesso
e satisfaça o investidor, é preciso entender o perfil do investidor. O IPS regula o
investimento e garante que as metas sejam realistas, exigindo que os investidores
articulem suas circunstâncias, objetivos e restrições em concordância com cada
respectivo perfil.
• As principais características do Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL)
são: não há garantia de rentabilidade; resgate pode ser feita no prazo de 60 dias;
pode ser abatido até 12% da renda bruta anual do Imposto de Renda; tem taxa
de carregamento; é comercializado por seguradoras; na hora do resgate, o IR
incide sobre todo o valor resgatado (valor investido + remuneração).
• As principais características da Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) são:
o imposto incide somente sobre a rentabilidade acumulada; não há garantia de
rentabilidade; não é dedutível do Imposto de Renda; possui taxa de carregamento;
o primeiro regate pode ser feito em um prazo que varia de dois meses a dois anos,
a partir do segundo ano pode ser feita a cada dois meses.
• A taxa de Administração refere-se a taxa cobrada para administração do fundo
de investimentos. Em geral, a taxa é cobrada diariamente, mas é informada de
forma anual (Exemplo: 2% a.a.). Incide sobre todo o recurso do fundo (principal +
juros).
• A taxa de carregamento é cobrada logo na entrada do plano e a cada novo
depósito que o investidor faz. Exemplo: Taxa de carregamento de 3% quer dizer
que se você investir R$1.000,00, apenas R$970,00 será creditado no seu plano.
• Dentre as três formas de taxa de carregamento, estão: Antecipada: incide no
momento do aporte. Neste caso, quanto maior aportado, menor será a taxa.
Postecipada: incide em caso de portabilidade ou resgate. Neste caso, quanto
maior o tempo de permanência, menor será a taxa. Híbrida: a cobrança ocorre
tanto na entrada quanto na saída.

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• Por portabilidade se entende a transferência, parcial ou total do saldo
acumulado, por vontade do titular, para: fundos do plano contratado, ou; para
outros planos, ou; outra seguradora, ou; entidade Aberta de Previdência
Complementar.
• No que tange a transferências entre planos não é permitido mudar de
modalidades (VGBL e PGBL). Se quiser fazê-lo, terá que resgatar o valor do
plano e aplicá-lo novamente, incidindo Imposto de Renda sobre o valor resgatado
e demais taxas de carregamento (caso houver).

Regime de Tributação Progressivo


• Para esse regime de tributação, é indicado para quem deseja resgatar em um
período mais curto ou tem como objetivo ter uma renda menor, já que a alíquota
de IR varia de acordo com o montante total, conforme tabela abaixo:

Tabela – Alíquota de IR.


Base de cálculo anual (R$) Base de cálculo mensal (R$) Alíquota de IR
Até 22.847,76 Até 1.903,98 –

De 22.847,88 até 33.919,80 De 1.903,99 a 2.826,65 7,5%

De 33.919,92 até 45.012,60 De 2.826,66 a 3.751,05 15,0%

De 45.012,72 até 55.976,16 De 3.751,06 a 4.664,68 22,5%

Acima de 55.976,16 Acima de 4.664,68 27,5%

Fonte: Elaborada pelo autor.

• Para aqueles que têm mais de 65 anos, existe uma pequena diferença na base
de cálculo (mais vantajosa), conforme tabela abaixo:

Tabela – Base de cálculo mensal.


Base de cálculo mensal em R$ Alíquota %

Até 3.807,96 –

De 3.807,97 até 4.730,63 7,5

De 4.730,64 até 5.655,03 15

De 5.655,04 até 6.568,66 22,5

Acima de 6.568,67 27,5

Fonte: Elaborada pelo autor.

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• Resgate programado: o investidor defini as datas para resgate. Pode ser definido
resgates mensais, por exemplo. Os recursos que permanecerem no fundo
continuam rendendo.
• Resgate total: é mais barato para o investidor, mas não indicada para que não
tem experiência em gerir patrimônio.

Regimes de tributação
• Os participantes da Previdência Privada podem escolher o regime de tributação
que incidirá o seu plano entre Regime de Tributação Regressivo e Regime de
Tributação Progressivo.
• No regime de tributação regressivo é recomendado para que deseja ficar mais
tempo no plano de previdência, pois a alíquota é regressiva em relação ao período
do aporte, conforme tabela abaixo:

Tabela – Período de aportes.


Período de aportes Alíquota do IR

Até 2 anos 35%

De 2 a 4 anos 30%

De 4 a 6 anos 25%

De 6 a 8 anos 20%

De 8 a 10 anos 15%

Mais de 10 anos 10%

Fonte: Elaborada pelo autor.

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• A principal diferença entre os planos PGBL e VGBL é o tratamento tributário:

Quadro – VGBL e PGBL.


VGBL:
• Imposto incide somente sobre a rentabilidade acumulada.
• Não é dedutível do Imposto de Renda;

• Indicado para quem usa a declaração simplificada ou é isento ou para quem já investe em um
PGBL, mas quer investir mais de 12% de sua renda bruta em previdência privada.

PGBL:

• Imposto incide sobre todo o valor resgatado (valor investido + remuneração).


• Pode ser abatido até 12% da renda bruta anual do Imposto de Renda.
• Indicado para as pessoas que optam pela declaração completa do Imposto de Renda.
Fonte: Elaborada pelo autor.

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6 Resumo CPA-20: Mensuração e Gestão de
Performance e Riscos
• Risco Político: em geral, ocorre devido a questões legais que podem ser
premeditadamente restritivas, com o intuito de proteger a economia local, ou não
premeditados, decorrentes de entraves devido a uma legislação ultrapassada ou
malformada.
• Risco Extraordinário: são os de maior dificuldade de previsão, e estão,
geralmente, ligados a eventos naturais: terremotos, excesso de chuvas, vulcões,
furacões, epidemias, tsunamis entre outros. Eles também estão ligados a
acidentes de grandes proporções como vazamentos de usinas termonucleares,
rompimento de uma barragem, entre outros.
• Risco Comercial: se refere ao risco de perdas geradas por escolhas comerciais
erradas decorrentes da falta de conhecimento e pode ser resultado do fracasso
da empresa resultante de estratégias mal formuladas e processos mal
desenvolvidos ou falha moral.
• Risco Econômico e Financeiro: se refere a possibilidade de que fatores de
mercado impactem os investimentos realizados. Também conhecido como risco
mercadológico, envolve agregados macroeconômicos como a taxa de câmbio,
taxas de juros do mercado, balança comercial etc.
• Risco-país: é a junção de todos os riscos que envolvem o país em específico,
logo, como o risco país envolve uma série de riscos e especificidades dos
mesmos, é um risco de difícil mensuração, mas envolve o mercado como um todo
e, portanto, são riscos sistêmicos.
• Risco de Variação das Taxas de juros: o comportamento da taxa de juros
influencia no valor dos ativos em renda fixa. Quando a taxa de juros sobe a
instituição observa prejuízo se possuir um ativo e um ganho se ela possuir um
passivo.
• Os instrumentos utilizados para fazer a gestão do risco de taxa de juros são
derivativos: contratos futuros, swaps, opções.
• Risco de crédito: Esse risco é observado quando a instituição financeira não
recebe os pagamentos prometidos por suas aplicações.
• Risco de mercado: esse risco decorre da variação observada no preço dos ativos
e pode ser formalmente definido como a probabilidade de uma instituição
financeira observar prejuízo em determinada transação, provocado por
comportamento inesperado da bolsa de valores, preço de commodities, inflação
etc.

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• Risco operacional: esse risco mostra a probabilidade da instituição financeira
registrar perdas oriundas de erros humanos, falhas em sistemas de informação,
computadores, eventos externos, fraudes, etc. Ele decorre de uma gestão
inadequada dos riscos.
• Risco de variação cambial: se encontra presente principalmente em países que
possuem moeda mais volátil, esse risco ocorre quando uma instituição financeira
realiza transações no exterior, converte os seus recursos para outra moeda, e
ocorrem variações cambiais adversas que reduzem os ganhos obtidos ou que a
fazem ter prejuízos.
• Risco soberano: esse risco também é observado quando as instituições
financeiras trabalham com ativos internacionais, que envolvem a transação com
diferentes moedas. Os países estrangeiros podem limitar, ou até dar o calote, o
fluxo de pagamentos externos, fazendo com que a instituição não consiga trazer
o dinheiro de volta.
• Risco de liquidez: esse risco evidencia a disponibilidade imediata de caixa das
entidades financeiras. Quando um banco mantém uma quantidade limitada de
recursos em caixa existe o risco de muitos investidores sacarem ao mesmo
tempo, fazendo com que esses recursos não consigam cobrir todos os saques.
• Risco legal: esse risco é observado quando a legislação vigente não regulamenta
as transações financeiras de modo eficiente. Ele também é observado na
presença de desconhecimento sobre todos os aspectos e dispositivos jurídicos
que envolvem a transação.
• Risco de Compliance: o risco de Compliance representa as sanções legais ou
regulatórias que podem ser aplicadas a uma instituição quando ela não segue as
leis, regulamentos e códigos de conduta.
• Os riscos podem ser sistemáticos ou não sistemáticos. O risco sistemático é
também chamado de risco de mercado e afetam grande parte dos investimentos,
um exemplo deste risco são as incertezas econômicas.
• O risco não sistemático também é conhecido como risco específico e afeta
pequena parte dos investimentos. À exemplo, uma empresa que descobrir um
novo poço de petróleo será afetada juntamente com alguns clientes ou
fornecedores próximos. Mas, se o preço do petróleo sofrer um aumento, todos os
envolvidos serão afetados.
• O Beta (β) mede a sensibilidade de um ativo em relação aos movimentos de
mercado. O Beta pode assumir vários valores, como:
o Se β _gt_ 1, reflete um risco sistêmico mais alto que o mercado, sendo por
isso considerado um investimento agressivo. Em outras palavras, carteira
de ativos oscila mais que a carteira de mercado.

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o Se β = 1, a carteira de ativos tem o mesmo risco que a carteira de mercado,
movimentando-se na mesma direção.
o Se 0 _lt_ β _lt_ 1, a carteira de ativos é menos arriscada do que a carteira
de mercado e o ativo se caracteriza por ser mais defensivo.
o Se β _lt_ 0, ativo move-se na direção oposta a do mercado.
o O coeficiente β é usado para medir o risco não diversificável.
• O modelo CAPM é um modelo de formação de preços de ativos que equaciona
a relação básica entre risco e retorno, presente em todos os tipos de decisões
financeiras.
• O modelo CAPM permite estimar a taxa de retorno exigida pelos investidores, ou
seja, a taxa mínima de atratividade pelo capital próprio.

Em que:
• Epl é o retorno esperado do patrimônio líquido;
• Rf é o retorno esperado da taxa livre de risco;
• βs é a sensibilidade ao risco de mercado;
• Rm é o retorno histórico do mercado de ações; e
• (Rm – Rf) é o prêmio de risco dos ativos de mercado sobre os ativos livres de
risco.
• O risco da carteira é dado pelo risco do ativo multiplicado pela sua participação
na carteira: O risco da carteira é dado pelo risco do ativo multiplicado pela sua
participação na carteira:

• Em que σ é o risco da carteira.


• O risco desse portfólio (σ) pode ser calculado, assim como para um ativo
individual, com base na mensuração da variância dos investimentos e, também,
por um coeficiente de covariância dos investimentos.
• Destaca-se que, a covariância é uma medida de interdependência entre os ativos
que compõem esse portfólio de investimentos.
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• Considerando uma carteira de investimentos composta apenas pelos
investimentos W e Z, o retorno e o risco da carteira podem ser representados
respectivamente pelas equações a seguir:

Ri = wRw + zRz

• EXEMPLO: Iremos utilizar como exemplo os investimentos W e Z, para montar


uma carteira que utilize ambos os investimentos. Sendo assim, considere as
definições seguintes:
o O termo Ri é o retorno da carteira i, σi é a variância da carteira i.
o Os termos we z são as proporções dos investimentos W e Z na carteira,
como a carteira é composta por apenas os dois investimentos, a soma de
ambos deve totalizar 100%.
o Os termos Rwe Rz representam os retornos das carteiras W e Z
respectivamente.
o O termo σ2yé a variância do investimento Z, que iremos assumir como
79,28.
o O termo σx2é a variância do investimento W que, que iremos assumir como
1,78.
o O termo p é um coeficiente de correlação que vamos assumir ser 0,8.
o Nessa sequência, se considerar uma proporção de 40% de investimento
para cada W e 60% de investimento para Z, é possível substituir as
informações da equação de retorno e encontrarmos:

• O retorno ainda será 5%, pois ambos investimentos tem o mesmo retorno. No
entanto, o risco alterará:

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• De acordo com o APT, a relação entre o risco e o retorno de um ativo é dada por:

• Sendo R1,…..Rf, os fatores. Os fatores pode sem, por exemplo, o câmbio, a


produção industrial, a inflação. Os coeficientes vão medir a sensibilidade dos
ativos a estes fatores.
• Considere a seguinte equação para o cálculo da variância de portfólio:

Em que:
• w1 = porcentagem do ativo 1 no portfólio;
• w2 = porcentagem do ativo 2 no portfólio;

• = covariância entre os ativos 1 e 2;


• = variância do ativo 1; e
• = variância do ativo 2.
• EXEMPLO: Considere este exemplo prático: Suponhamos que nosso portfólio
tenha investido R$1.000,00, sendo 50% do capital investido em ações e 50% em
renda fixa. Supondo que a variância da renda fixa seja de 1,5% e das ações de
3,5% e que esses ativos tenham uma covariância de -0,8%, podemos calcular a
variância do portfólio como se segue:
• Variância Portfólio = 0,50 * 0,015 + 0,50 * 0,035 + 2 *0,5*0,5 * (-0,08) = 0,0075 +
0,0175 – 0,04 = 0,065 = 2,5%

Seleção de carteiras e modelo de Markowitz


• Markowitz identifica a variância de uma carteira como a soma das variâncias
individuais de cada ativo e as covariâncias entre pares de ativos da carteira, com
base no peso de cada ativo na carteira.
• Markowitz mostrou que existe uma combinação de ativos que maximiza o
retorno esperado e minimiza a variância.
• A metodologia de formação de carteiras proposta por Markowitz objetiva
identificar, entre um conjunto de ativos, a combinação que resulta no menor nível
de volatilidade, isto é, de risco.

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• A fronteira eficiente identifica a combinação de ativos que resulta no menor
nível possível de risco, dado determinado nível de retorno esperado.
Graficamente, a fronteira eficiente representada abaixo como a linha que
demarca todas as combinações possíveis entre os dois ativos com correlação
igual a -1.
o EXEMPLO: imagine que um investidor escolha a combinação de ativos que
possuam correlação de -85%, então ele pode obter uma carteira que gera
exatamente o mesmo retorno, com um menor risco se combinar ativos com
correlação de -1.
• No gráfico, a linha destacada em preto representa as combinações de ativos
que resultam no menor nível de risco para cada nível de retorno esperado.
Conforme se observa, o nível mínimo de risco se eleva conforme o nível de retorno
esperado aumenta.
• A Taxa livre de risco, é formalmente definida como a taxa de retorno obtida ao
se investir em um ativo livre de risco. Ela é o retorno pago por um ativo que não
apresenta nenhum risco, ainda que, via de regra todos os ativos apresentam risco.
o Por exemplo, os ativos de empresas, mesmo as debêntures, apresentam
risco de a empresa quebrar ou não conseguir arcar com suas obrigações.
• A carteira ótima é o ponto na fronteira eficiente com índice de Sharpe máximo.
Isto é, ela é dada pelo ponto de tangência entre a fronteira eficiente e a reta que
possui como ponto de origem o ativo livre de risco.
• A carteira ótima identifica a combinação entre o ativo livre de risco e a fronteira
eficiente que gera o maior nível de retorno possível para o menor nível de risco.

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Figura – Carteira ótima.

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Dado que os investidores apresentam perfil de aversão ao risco diferente, a


carteira ótima varia entre os investidores, dependendo das suas escolhas entre
risco e retorno.
• O Value at Risk (VaR) é uma técnica utilizada para avaliar o risco associado à
realização de transações financeiras. Esta técnica resume em um único número
o risco de uma carteira de investimentos e identifica a maior perda esperada em
um dado horizonte de tempo para um intervalo de confiança.

Em um investimento de 10 milhões a rentabilidade anual esperada é de 10% e o desvio


padrão é de 15%. Qual o VaR para um grau de confiança de 5%?

• VaR=1.467.500
• O Tracking Error é dado pela seguinte equação

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• Que é definido como o desvio padrão das diferenças entre o retorno de um fundo
(Rfundo) e o retorno de um benchmark (rbench) em determinado período. Quanto
mais volátil for essa diferença maior será o TE.
• A teoria de mercados eficientes conta com três versões: fraca, semiforte e forte.
o A hipótese fraca afirma que os preços refletem todo histórico disponível
publicamente.
o A hipótese semiforte argumenta que os preços refletem as informações
publicamente disponíveis e mudam instantaneamente para refletir as novas
informações que surgem.
o A hipótese forte afirma que os preços refletem instantaneamente inclusive
as informações privadas, que não se encontram disponíveis para todos os
investidores.
• A principal preocupação do acordo de capital de Basileia I era garantir a solvência
das instituições financeiras e a estabilidade do sistema financeiro, para isso ele
recomendava o ajuste no capital dos bancos de acordo com o volume de
aplicações que eles possuíam.
• Outra preocupação do Basileia I era estabelecer padrões internacionais para
evitar concorrência desleal entre instituições financeiras oriundas de diferentes
países.
• Stop Loss é uma ordem para vender uma ação caso ela atinja determinado preço,
com o objetivo de limitar as perdas incorridas. Por exemplo, imagine que você
comprou uma ação cotada em R$ 20,00, se impõe uma ordem stop loss para que
ela seja vendida caso o seu preço se reduza para R$ 15,00, limitando as suas
perdas em 25%.
• Similar ao Stop Loss, também é possível estabelecer uma ordem que define o
montante de valorização de uma ação. Por exemplo, se você comprar uma ação
a R$ 20,00, é possível emitir uma ordem para que ela seja vendida caso o seu
valor supere os R$ 25,00.
• O Back testing consiste em testar o comportamento de uma estratégia de
comercialização de ações através da simulação com dados histórico, isto é,
verifica-se o comportamento que a estratégia teria caso ela tivesse sido elaborada
em um período passado e mantida por determinado intervalo de tempo.
• A grande vantagem do Back Testing é que ele revela em que situação a
estratégia adotada é vencedora.

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7 Resumo CPA-20: Compliance Legal, Ética e
Análise do Perfil do Investidor
• Informação privilegiada: engloba todas as informações que não são de
conhecimento do público geral, obtidas durante a execução da função de um
profissional.
• Essas informações, muitas vezes, são estratégicas e, se utilizadas de forma
imoral, podem beneficiar/prejudicar outras pessoas, sendo possível se identificar
dois casos em que o seu uso foge aos padrões éticos: o Insider Trader e Front
Runner.
• Insider Trader: Quando um indivíduo utiliza as informações privilegiadas que tem
acesso em benefício próprio ou de terceiros.
o EXEMPLO: A delação premiada dos irmãos Batista. Ela resultou em uma
queda elevada das ações da JBS. Os irmãos prevendo a queda do preço
das ações as venderam para a JBS por R$ 328 milhões. Assim, eles se
aproveitaram das informações privilegiadas que possuíam para lucrar em
cima dos demais acionistas da empresa.
• Front Runner: Quando determinada instituição utiliza as informações
privilegiadas que tem acesso em benefício próprio.
o EXEMPLO: ocorre quando um cliente de referência do mercado, conhecido
por possuir grande perícia em investimentos, ordena que um fundo de
investimento compre determinada ação. Porém, o gestor do fundo, tendo
conhecimento da elevada perícia do cliente, compra aquela ação para o
fundo e apenas em um segundo momento para o cliente. Nesse caso, ele
utilizou indevidamente a informação privilegiada que tinha, ferindo as boas
normas éticas.
• Confidencialidade: é um princípio que determina que os profissionais que
possuem acesso a informações privilegiadas devem as manter em sigilo, salvo se
a publicação da informação for determinada por lei.
• Conflitos de interesses: é observado quando um profissional possui motivações
e interesses pessoais que o levam a influenciar nos objetivos e nas atividades
realizadas pela organização em que trabalha; assim, é dever do profissional
informar a sua ocorrência e tomar as medidas cabíveis para que ele não ocorra.
• Ética nas vendas: a venda casada ocorre quando dois ou mais
produtos/serviços são vendidos como se fossem um pacote. Ou seja, que a venda
de um esteja subordinada a venda do outro.

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Figura – Comportamento dos investidores em relação ao risco.

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Conservador: são aqueles investidores que desejam manter o seu patrimônio.


Eles desejam realizar investimentos que não são arriscados, de curto prazo.
• Moderado: São os investidores que estão dispostos a correr risco, desde que
este não seja muito levado. Eles possuem como objetivo auferir um retorno mais
elevado no médio prazo, que lhes permita aumentar o seu patrimônio e a realizar
investimentos que levem um período um pouco mais longo para maturar.
• Arrojado: Esses clientes possuem perfil mais agressivo. Eles desejam obter
retornos mais elevados e estão dispostos a adquirir ativos que apresentam
grandes oscilações em seus retornos e que podem resultar em perdas
consideráveis no curto prazo. Além do mais, possuem um horizonte de
planejamento de longo prazo;
• Os riscos podem ser sistemáticos ou não sistemáticos. O risco sistemático afeta
um grande número de investimentos e, por tal motivo, também é chamado de risco
de mercado. À exemplo, têm-se as incertezas econômicas gerais que afetam a
economia como um todo.
• Hedger: na posse de determinado bem ou ativo financeiro, este investidor opera
nesse mercado buscando proteção contra oscilações de preços dos ativos.
• Especulador: investidores assim assumem o risco da operação com o objetivo
de auferir ganhos com a oscilação dos preços, costumam entrar e sair
rapidamente no mercado fazendo “apostas”.

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• Arbitrador: obtém vantagens financeiras em função de distorções nos preços do
ativo nos mercados diferentes. Costumam monitorar todos os mercados em busca
de distorções a fim de lucrar sem correr riscos.
• Operadores de Tesouraria: são os responsáveis pelas operações de tesouraria,
têm a função de administrar o fluxo de caixa das instituições, buscando captar
recursos a taxas baixas e aplicá-los a taxas altas, e, ainda, compatibilizar os
prazos de captação com os de aplicação. É possível implementar diversas
operações de tesouraria por meio dos mercados derivativos.
• Market Makers: são instituições altamente especializadas em determinadas
ações/ativos, e que se comprometem a fazer propostas de compra e de venda do
ativo aos demais participantes do mercado, em um volume mínimo previamente
estabelecido. A principal finalidade dos market makers é proporcionar liquidez aos
mercados.
o EXEMPLO: caso uma corretora seja um market maker de determinada
ação, os participantes que estiverem com dificuldade em comprar ou
vender a ação poderão recorrer à corretora, e esta será obrigada a “abrir
um spread”, ou seja, dizer a que preço compra e a que preço vende a ação.
O participante decidirá se aceita ou não a oferta da corretora.
• Manipuladores: alteram artificialmente o preço de um ativo com o objetivo de
auferir lucro com a variação de preço. Isto só é possível quando um participante
(ou grupo de participantes) do mercado tem força suficiente para tal.
o Outra forma de manipulação é a divulgação de notícias falsas ou a
contratação de analistas para emitirem propositalmente más opiniões ou
maus conselhos a respeito de algum ativo-objeto, como por exemplo,
induzindo os participantes a efetuar operações incorretas por estarem
baseados em informações ou opiniões falsas.

Investidor qualificado
• A vantagem de ser um investidor qualificado é a possibilidade de ingressar em
fundos restritos como os Fundos de Direito Creditório. Investidores
Profissionais podem constituírem Fundos Exclusivos (tipo de fundo com apenas
um cotista). São considerados investidores profissionais:
o Pessoas Físicas e Jurídicas, com investimentos financeiros superior a R$
10.000.000,00 e que atestem por escrito sua condição de investidor
qualificado;
o Instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedade de
capitalização;
o Fundos de Investimento;

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o Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
o Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários.
• O risco do cliente envolve a análise do perfil apresentado por este. Essa análise
envolve os seguintes aspectos:
o Caráter: se refere ao histórico do cliente, se ele sempre arcou com suas
obrigações ou se já deixou de honrar muitas vezes com os compromissos
assumidos.
o Capacidade: se refere à capacidade do cliente em ressarcir o crédito
obtido, dado o nível de endividamento suportado pela empresa.
o Capital: envolve a capacidade de pagamento do requerente do crédito,
sendo necessário realizar uma análise do seu nível de endividamento, da
sua liquidez, renda e dos bens possuídos por ele.
o Colateral: identifica os ativos que o cliente pode oferecer como garantia de
que irá honrar com os compromissos assumidos. A presença de uma maior
quantidade de ativos e garantias de qualidade significa que é mais seguro
emprestar para o cliente, pois maiores são as chances de que ele honre a
dívida assumida.
o Condições: relaciona-se à análise das variáveis que afetam a capacidade
de pagamento do cliente, isto é, se ele apresenta renda estável e quais são
os fatores que influenciam em seu nível de renda.

Tipos de heurística
A literatura identificou diferentes heurísticas utilizadas pelos agentes ao tomarem
decisões, são elas:
• Segundo a Heurística da representatividade os agentes tendem a avaliar um
novo evento com base em padrões identificados nos eventos passados. Ao
identificar o padrão, a mesma decisão do passado, é tomada considerando que
se esta decisão funcionou anteriormente e também irá funcionar para este novo
evento.
• Na Heurística da disponibilidade as pessoas determinam a probabilidade de
ocorrência de um evento com base em sua experiência passada. Sem se basear
em dados estatísticos para definir o quanto um evento é provável, mas apenas a
sua própria experiência.
• Na heurística da ancoragem os indivíduos são sensíveis às informações
recebidas, atribuindo maior importância às informações recentes. Aliás,
argumenta-se que os indivíduos tendem a utilizar apenas informações recentes
para avaliar as alternativas. Dada a dificuldade dos indivíduos em guardar
números, eles acabam sendo influenciados pelos valores oferecidos.
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• Conforme a Heurística do afeto, em diversas situações que envolvem escolhas,
fatores pessoais e percepções do que é bom ou ruim levam os agentes a
apresentarem maior simpatia ou antipatia por uma opção específica. À exemplo,
uma entrevistadora para empregos que não gosta de tatuagens, tende a descartar
profissionais com tatuagens, mesmo se eles apresentarem maior aptidão para o
cargo.

Erros Cognitivos
• Os pressupostos das finanças tradicionais nos dizem que os indivíduos agem
como homens econômicos racionais que consideram objetivamente todas as
informações relevantes para seu processo de tomada de decisões racionais.
• As finanças comportamentais analisam o comportamento normal dos
participantes individuais do mercado, a microfinança comportamental, e o efeito
desse comportamento nos mercados, o que chamamos de macro finanças
comportamentais.
• A busca por uma melhor compreensão dos vieses cognitivos dos profissionais e
dos clientes, pode permitir a construção de carteiras que melhor se aproximem da
eficiência das finanças tradicionais e com as quais os clientes possam aderir
melhor em condições adversas.
• Os erros cognitivos advêm de raciocínios defeituosos e podem resultar da falta
de compreensão de técnicas de análise estatística adequadas, erros de
processamento de informações, raciocínio defeituoso, ou, simplesmente, erros de
memória. Tais erros geralmente podem ser corrigidos ou mitigados com melhores
treinamentos ou melhores informações.
• Em contraste, os distúrbios emocionais não estão relacionados ao pensamento
consciente e decorrem de sentimentos ou impulsos ou intuição. Como tal, eles
são mais difíceis de superar e podem ter que ser acomodados.
• Apesar da distinção dos vieses como cognitivos ou emocionais, um viés pode ter
elementos de cognição e emoção. Ao tentar superar ou mitigar os vieses que são
emocionais e cognitivos, o sucesso é mais provável ao se concentrar nos
problemas cognitivos.
• A seguir são apresentados os principais vieses existentes:
o Aversão a perdas: Este viés mostra que o efeito de uma perda sobre os
investidores é maior do que o efeito de um ganho, de modo que o medo de
perder é maior do que o prazer gerado por um ganho da mesma magnitude.
Os estudos mostram que uma perda gera um impacto 2,25 vezes maior do
que um ganho.
o Custos afundados: este viés está relacionado ao apego pessoal. Por
exemplo, o gestor de uma empresa investe em uma nova planta inicial, com
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uma tecnologia X, porém durante a realização do projeto descobre que
existe uma tecnologia Y mais eficiente.
o No viés de custos afundados, há uma resistência em abandonar o projeto
em andamento, a vista do tempo e dinheiro investido. Fato este que resulta
em uma planta industrial com tecnologia defasada que gera perda de
competitividade.
o Efeito disposição: os investidores tendem a realizar os ganhos, mas
apresentam resistência a aceitar perdas. À exemplo, a crença de que o
preço das ações apresentará reversão à média, isto é, alcançará um
determinado preço, leva o investidor a não se desfazer desta ação, mesmo
que a tendência seja a queda do preço. Isto porque, não quer aceitar que
tomou uma decisão equivocada, preferindo acreditar que ela voltará a
subir.
o O efeito dotação mostra que os agentes atribuem um valor maior a um
bem que possuem do que o valor real de mercado. À exemplo, um carro
pode possuir um valor de mercado de R$ 35.000,00, porém o consumidor
considerará que o valor deste bem é maior, R$ 50.000,00, não aceitando
vendê-lo pelo preço de mercado.
o No viés do excesso de confiança, os investidores tendem a considerar
que conseguem tomar decisões melhores do que os demais investidores,
o que faz com que eles aumentem a sua propensão ao risco. No mercado
financeiro, isso pode resultam no surgimento de bolhas.
o Enquanto que o excesso de confiança se refere à superestimação das
habilidades pessoais, o viés do otimismo está relacionado à crença de
que elementos externos vão contribuir favoravelmente ao investidor. Isto é,
ele acredita que o mundo conspirará a seu favor, fazendo com que ele
ganhe.
o O viés do Status quo está relacionado à resistência dos consumidores em
modificar os seus hábitos e em sair de sua situação atual. Os investidores
preferem se manter na situação em que se encontram, apresentando
resistência em modificar suas escolhas.
o As finanças tradicionais consideram que os agentes são racionais. Logo, o
modo como as informações são apresentadas não influencia nas escolhas
dos investidores. Por outro lado, o viés de efeito estruturação está
relacionado ao modo com que o as informações são apresentadas
influenciam nas decisões dos investidores.

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