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Introdução

1. A construção da exortação
1.1. A génese do pensamento

A exortação é um fruto de trabalho do extenso tempo de discussões, análise e

avaliações. A intenção de invocar o sínodo para a Ásia aparece pela primeira vez1 na carta

apostólica Tertio Millennio Adveniente (10 novembro 1994) do papa João Paulo II2. ‘O

papa nesta carta apresentou um programa para a Igreja acolher bem o terceiro milénio de

cristianismo, centrando mais nos desafios da nova evangelização. Um dos aspetos mais

importantes desse plano era a realização dos sínodos continentais onde os Bispos pudessem

tratar a questão da evangelização de acordo com a situação particular e as necessidades de

cada continente.’3

Pouco depois disso o santo padre nomeou um Conselho Pré-Sinodal da Secretaria-geral

do Sínodo dos Bispos para a Assembleia Especial para a Ásia, composta em sua maior

parte pelos bispos da Ásia. A secretaria geral iniciou imediatamente o processo de

preparação para esta assembleia sinodal especial, enviando uma carta de consulta a todas

as partes interessadas no continente asiático, ou seja, nas Conferencias Episcopais e nas

Igrejas Orientais, bem como aos Departamentos da Cúria Romana e da União dos

Superiores Gerais, em um esforço para chegara um tema de importância contemporânea,

interesse universal e urgência particular para o tratamento nesta assembleia sinodal

especial. Os resultados desta consulta foram então analisados e discutidos pelo Conselho

Pré-Sinodal da Assembleia Especial para a Ásia e uma série de recomendações formuladas

para submissão ao Santo Padre4.

1
No nº 6 de ‘Discurso do Papa João Paulo II a Cardeais de todo o mundo convocados ao vaticano para o
extraordinário consistório’ (13 de junho, 1994), enquanto fala sobre o movimento sinodal, o Papa anuncia o
plano de ter um sínodo para a Ásia antes do ano jubileu.
2
JOHN PAUL II, Apostolic Letter Tertio millennio adveniente, 38; AAS 87 (1995) 30.
3
Cf. Paulo II, «Ecclesia in Asia», 2; AAS 92 (2000), 450 (TA).
4
«Lineamenta», 1.

1
1.2. A genesis de documento

A exortação apostólica é o ‘produto final’ da Assembleia especial para Ásia (O Sínodo

dos bispos). No dia 26 fevereiro de 1998 o Santo Padre anunciou oficialmente a data da

realização da assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Ásia, estabelecendo o seu

início no dia 19 de abril, com o encerramento a 14 de Maio. Alem disso o santo padre fez

várias nomeações para o sínodo.5 Houve XXIII congregações no sínodo especial dos

bispos para a Ásia. A Iª congregação iniciou na presença do Santo Padre e mais 172 padres

sinodais no dia 20 de abril 19986. O sínodo dos bispos por sua natureza, é uma expressão

de Comunhão particularmente completa e um poderoso instrumento de comunhão do

colégio episcopal da Igreja universal. Embora isto é o principal objetivo do sínodo, em

sentido mais amplo esta reunião pode nos levar para uma maior comunhão noutros

sectores. Em primeiro lugar o sínodo pode revigorizar a comunhão entre os bispos da Ásia,

nas suas diversas Conferencias Episcopais regionais.7 Num segundo momento, a

comunhão entre os Bispos pode ajudar os outros membros da Igreja fazer compreender o

seu papel específico e a sua tarefa pastoral/missionária que cada um realiza na Igreja. Uma

comunhão eclesial renovada e fortalecida consentirá a Igreja na Ásia efetuar um único

esforço pastoral e missionário mostrar o amor de Cristo ao servir todos os povos da Ásia.8

A igreja não se pode ignorar a diversidade das religiões e culturas9 que encontra na

Ásia nas suas missões. ‘Estes diversas religiões e tradições apresentam-se como os

possuidores de um caracter soteriológico, oferecendo informações sobre o Absoluto, do

universo, da pessoa humana e da sua situação existencial, do mal, do pecado do transitório


5
Ver o Anexo 1.
6
Cf. I Congregação Geral, L'Osservatore Romano: Edição Semanal em Português, 25 Abril 1998, p. 4.
7
Referendo ao Sínodo das Igrejas orientais e à Federação das Conferências Episcopais da Ásia que reúnem
os Bispos do Oeste, Centro, Sul, Sudeste e Leste da Ásia.
8
Paul Shan Kuo-Hsi, II Congregação, L'Osservatore Romano: Edição Semanal em Português, nº 17, 25 Abril
1998, p. 4-5.
9
Cf., «L’Osservatore Romano», 5. ‘Como o Hinduísmo, o Budismo, o Hebraísmo, o Cristianismo, o Islão e
outras tradições religiosas como o Taoismo, o Confucionismo, o Zoroastrismo, o Jainismo, o Sikhismo, o
Xamanismo, etc.’

2
e dos instrumentos da libertação e salvação’.10 É importante que a Igreja esteja consciente

deste contexto sociorreligioso, em que deve exercer a sua missão. O contexto cultural-

religioso da Ásia apresenta um desafio, uma tarefa e uma oportunidade única, novo e

diferente daqueles que encontrado no passado. É o diálogo profundo ela tem que ter com as

culturas e religiões asiáticas, enculturando-se de modo autêntico no campo de teologia, da

liturgia e da espiritualidade de modo de viver e anunciar a Jesus Cristo. Esta inculturação e

o diálogo exigem fidelidade à nossa fé cristã, respeito pelas crenças religiosas dos outros,

pela sinceridade, discernimento, coragem, prudência e paciência por parte de todos os

interessados.11

Quando falamos sobre a missão da Igreja na Ásia, o contexto socioeconómico não se

torna um fator menos importante daqueles que afetam a missão da Igreja. A futura missão

da Igreja deve ser modelada também pelo contexto socioeconómico dos países destinados.

Como vemos, alguns países da Ásia têm um crescimento mais rápido, enquanto muitos

outros não conseguiram manter o progresso nesta corrida do desenvolvimento. Aqueles

que ficaram para atras passam pelos problemas e males sociais como a concentrações das

riquezas e dos meios de produção nas mãos de poucos, a corrupção, a instabilidade política

etc. Os fenómenos como a urbanização e aparecimento dos vários megalópolis também

trouxe vários problemas morais e sociais como surgimento dos Bairros de lata (favelas)12

que levam ao crime organizado, ao terrorismo, à prostituição, até ao maltratamento das

crianças, à pedofilia, à exploração dos sectores mais débeis da sociedade, provocam

10
Cf., «L’Osservatore Romano», 5.
11
«L’Osservatore Romano», 5.
12
A origem do termo em português brasileiro favela surge principalmente no episódio histórico conhecido
por Guerra de Canudos, no século 19. A cidadela de Canudos foi construída junto a alguns morros, entre eles
o Morro da Favela, assim batizado em virtude da planta Cnidoscolus quercifolius (popularmente chamada de
favela por produzir uma semente leguminosa em forma de favo) que encobria a região. Alguns dos soldados
que foram para a guerra, ao regressarem ao Rio de Janeiro em 1897, deixaram de receber o soldo, instalando-
se em construções provisórias erigidas sobre o Morro da Providência. O local passou então a ser designado
popularmente Morro da Favela, em referência à "favela" original. O nome favela ficou conhecido e na década
de 1920, as habitações improvisadas, sem infraestrutura, que ocupavam os morros passaram a ser chamadas
de favelas. Favela – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

3
rápidas transformação, hoje em ato nas sociedades e nos Países da Ásia. Nesse contexto

económico a Igreja deve mostrar o seu apoio aos povos pobres da Ásia manifestando o seu

amor preferencial pelos pobres, os excluídos e os oprimidos. Deve, alem disso, tornar-se

não só uma Igreja pata os pobres, mas também uma Igreja com os pobres.13

Ásia é um continente emergente, não há dúvida nisto. As rápidas transformações nos

quadros políticos, sociais e demográfico implicam modificações culturais e sociais nos

modos tradicionais em diversas formas. Há factos preocupantes como destruição das

famílias, arrancar os valores religiosos, morais e culturais, mas também há sinais positivos

de esperança na sua sociedade. O sínodo especial pela Ásia que surgiu nesta altura levou

estes problemas a sério. A preparação feita pela esta assembleia especial vaia ajudar a

Igreja na Ásia nas suas missões futuras. Embora a Ásia tenha todos os problemas de uma

sociedade nova e emergente, a grande sede pela verdade e valores espirituais mostrado

pelo povo dá uma esperança e orientação aos trabalhos que a Igreja ainda tem de realizar

nas sociedades da Ásia.

Uma das perguntas, talvez mais fundamentais, surge mais neste tempo de modernidade

é sobre o contexto e situação social da Igreja na Ásia. As igrejas tradicionais da Ásia

ocidental vivem no meio da população Judaica ou muçulmana. Consequentemente as

oportunidades da evangelização limitam-se às obras de caridade e ao testemunho da vida

cristã. Maioria das vezes as missões da Igreja católica estão condicionadas pelos conflitos

da região e ameaças pelo fundamentalismo religioso14.

A Igreja na Ásia nasceu e cresceu regando com sangue dos missionários, tanto

estrangeiros como nativos nos últimos 500 anos. Hoje estão feitos vários esforços

missionários para chegar aos povos na Ásia. Na Ásia os cristãos vivem entre as populações
13
Cf., «L’Osservatore Romano», 5.
14
Anexo 2, mostra a percentagem e o número dos Cristãos por território e país na Ásia. Cf.,
https://en.wikipedia.org/wiki/Christianity_in_Asia. Acesso em 20/04/2021. Página editado pela última vez
em 19/04/2021 às 13:14 (UTC).

4
de maioria de hindu, budista e muçulmana. A Igreja na Ásia sempre perseguida. Vivendo

no meio duma grande variedade dos estados políticos como monarquia, democracia,

comunismo ou o socialismo são sujeitos a perseguição em diferentes formas, seja

abertamente ou não. Mesmo que a Igreja na Ásia é minoritária a fé cristã é profundamente

sentida e vivida dentro das comunidades. O número das vocações que ela tem e continua a

ter é a prova da fé vivida na Ásia.

A missão da Igreja na Ásia não é apenas uma missão divina, mas também é uma

missão humanitária. A Igreja ajuda o homem ver Deus pela caridade e estar junto na

debilidade humana. O resultado desta missão é uma Igreja ao serviço do povo da Ásia na

área da alfabetização, da educação, da saúde, da pastoral, da catequese, dos direitos da

pessoa e da promoção humana. Talvez a maior causa da perseguição contra o Cristianismo

na Ásia não seja a fé mas a missão que ele exerce no seu território. ‘Os missionários agem

como fermentos na sociedade asiática, desafiando a sistemas sociais, as práticas e as

políticas que não respeitam a dignidade do homem a põem em perigo a vida em toda a sua

amplitude. Contribuem para o desenvolvimento da alfabetização, da cultura das artes e da

educação, dos cuidados sanitários, dos diretos da pessoa e do seu desenvolvimento, e tudo

isto muito acima de quanto o seu número deixaria supor.’15 A assembleia sinodal preparava

a Igreja para entrar no terceiro milénio com mais amor para o bem do povo asiático.

Chamar a sua atenção para a prática do seu amor e serviço à vida, tendo em conta com os

contextos sociais e económicos do seu povo.

O Espírito de Deus está a agir na história sempre. Toda a criação e redenção tem uma

origem, um modelo e um fim trinitários. Assim o Espírito Santo está em toda a criação

especialmente na criação humana, para ajudar na plena realização do desígnio de Deus.

15
«L’Osservatore Romano», 6.

5
Anexo 1

Nomeações para o sínodo – 26 de fevereiro, 1998.

Presidente Delegados:

Cardeal Jozef Tomko, Prefeito da Congregação para Evangelização dos povos;


Cardeal Stephen Kim Sou-hwan, Arcebispo de Seul (Coreia);
Cardeal Juilus Riyadi Darmaatmadja, Arcebispo de Jacarta (Indonésia).

Relator Geral:
Cardeal Paul Shan Kuo-hsi, Bispo de Kaohsiung (Taiwan).

Secretário Especial:
D. Thomas Menamparampil, Arcebispo de Guwahati (Índia).

Comissão para a mensagem:


Presidente:
D. Óscar V. Cruz, Arcebispo de Lingayen-Dagupan (Filipinas) e Secretário-geral
da Federation os Asian Bishops’ Conferences – FABC.
Vice-Presidente:
D. Anthony Theodore Lobo, Bispo de Islamabad-Rawalpindi (Paquistão).

Comissão para a Informação:


Presidente:
D. Joseph Vianney Fernando, Bispo de Kandy (Sri Lanka).
Vice-Presidente:
D. Cyrille Salim Bustros, Arcebispo de Baalbek dos Greco-Melquitas (Libano).

Anexo 2

Percentagem e Número dos Cristãos por País ou Território na Ásia

6
Percenta
Total
ge Christian Dominant religious affiliation,
Country or region populati
Christia population percentage of total population
on
ns
3,299,00
Armenia 98.7% 3,256,113 Armenian Apostolic Church, 90%
0
1,108,77
Timor-Leste 98% 1,086,601 Catholicism, 97%
7
4,636,40
Georgia 88.6% 4,107,850 Georgian Orthodox Church, 83.9%
0
100,998, Catholicism, 82.9% ;Protestantism,
Philippines 92.5%[41] 93,423,498
376 9.6%
Cyprus 79.3% 792,604 628,535 Cypriot Orthodox Church, 70%
58,800,000
46%-
142,200, -
Russia[a] 77%[42][43] Russian Orthodox Church, 70%
[44][45] 000 120,000,00
0[46][47][48]
4,200,00 Shia Islam and Sunni Islam, each
Lebanon 41% 1,800,000
0 27%
49,232,8 Irreligion, Folk
South Korea 29.2% 14,375,990
44 religion or Confucianism, 46.5%
25%
(2017 16,536,0 Sunni Islam, 69% - 70% (2017 Poll-
Kazakhstan 4,134,000
Poll- 00 68%)
28.7%)
40,287,022
267,536,
Indonesia 20% (2019- Sunni Islam, 86.1%
482
2020)
5,638,70 Buddhism (mainly Mahayana
Singapore 18.8% 1,060,016
0 Buddhism), 33.2%
18.17% [g 4,621,63 839,506
Kuwait Sunni Islam, 70%
]
8 (2018)
5,587,44
Kyrgyzstan 17% 949,865 Sunni Islam, 86.3%
3
Irreligion, Confucianism, Buddhism, 
7,122,50
Hong Kong [b]
11.7% 833,333 Taoism or Chinese folk religion,
8
57% - 80%
Brunei 10% 381,371 38,137 Sunni Islam, nearing 64%
19,747,5
Syria 10% 1,974,759 Sunni Islam, 74%
86
27,780,0
Malaysia 9.2% 2,555,760 Sunni Islam, 61.3%
00
Bahrain 9%[g] 718,306 64,647 Shia Islam, 66-70%
Irreligion, Mahayana
Macau[b] 9% 460,823 41,474 Buddhism or Chinese folk religion,
more than 75%
4,997,50
Turkmenistan 9% 449,775 Islam (mainly Sunni Islam), 89%
3

7
United Arab 4,621,39 Sunni Islam, 65% of residents, 85%
9%[g] 415,926
Emirates 9 of citizens
28,128,6
Uzbekistan 9% 2,531,574 Islam 90%
00
Qatar 8.5%[g] 928,635 78,934 Wahhabi Islam (Salafi Islam), 72.5%
95,500,0
Vietnam 8.3% 7,926,500 Irreligion, 70%[49]
00
21,128,7
Sri Lanka 8% 1,690,302 Theravada Buddhism, 70%
73
6,198,67
Jordan 6% 371,921 Sunni Islam, 90%
7
8,845,12
Azerbaijan 4.8% 424,566 Shia Islam, 81%
7
22,920,9
Taiwan[b] 4.5% 1,031,443 Buddhism (various sects), 35.1%
46
3,311,64 120,000[50]
Oman 4.3% [g] Ibadi Islam, 75%
0 [51]

Myanmar (Burma 47,758,2
6.2% 1,910,329 Theravada Buddhism, 89%
) 24
28,221,1
Iraq 4% 1,128,847 Shia Islam, 60%–65%
81
39,661,338
1,322,04 -
China[b] 3% - 4% Irreligion, 60% - 70%
4,605 67,070,000[
52]

4,277,00
Palestine 3% [c] 128,310 Sunni Islam, 98% [h]
0
1,147,99
India 2.3% 26,403,890 Hinduism, 80.5%
5,226
2,996,08
Mongolia 2.1% 62,918 Tibetan Buddhism, 53%
2
7,112,35
Israel 2% 161,000[53] Jewish (various sects), 75.4%
9
127,920,
Japan 2% 2,558,400 Folk Shinto/Irreligion, 70% - 84%
000
25,368,6
North Korea 1.7% 431,266 Irreligion, 64.3%
20
6,677,53
Laos 1.5% 100,163 Theravada Buddhism, 67%
4
167,762,
Pakistan 1.5% 2,516,431 Sunni Islam, 80% - 95%
049
29,535,0
Nepal 1.4% 413,900 Hinduism, 80.6%
00
13,388,9
Cambodia 1% 133,889 Theravada Buddhism, 95%
10
4,997,50
Tajikistan 1% [d] 499,750 Sunni Islam, 93%
3
Bhutan 0.9% 682,321 12,255[54] Vajrayana Buddhism, 67% - 76%
Thailand 1.17% 65,493,2 787,589 Theravada Buddhism, 94.5%

8
98
70,472,8
Iran 0.4% 300,000 Shia Islam, 90% - 95%
46
153,546,
Bangladesh 0.3% 460,641 Sunni Islam, 89.7%
901
74,724,2 149,449-
Turkey 0.2% Sunni Islam, 70-80%
69 310,000[55]
23,013,3 3,000-
Yemen 0.17% Sunni Islam, 53%
76 41,000[50]
0.02% -
32,738,7 500-
Afghanistan insignific Sunni Islam, 80% - 85%
75 8,000[56]
ant
0% -
Maldives[e] insignific 379,174 300[57] Sunni Islam, 99,9%
ant
expatriate
0% - Christians
23,513,3
Saudi Arabia[f] insignific are around Sunni Islam, 85% - 90%
30
ant 1,200,000
(4.4%)[58]

Nations mentioned in the above list follow the list of countries and territories mentioned in
the United Nations geoscheme for Asia. Areas which have not been recognised, such as
Abkhazia, are not mentioned in this list. The data included in the table above are per
sources in linked articles when available, and the CIA World Factbook when not. The
number of Christians mentioned per country is the result of applying the percentages to the
total population. These results will deviate from actual counts where they are available.
The dominant religious affiliation per country mentions the dominant sect. In the case of
Yemen for instance, Sunni Islam is shown as having 53% of the total population as
followers. It does not mention that of the remaining 47% of the total population, 45% of
the total population belongs to the Shia Islam sect.

a. The provided data are for the whole of Russia as no separate data are known for
Asian Russia (Siberia)
b. Hong Kong and Macau are Special Administrative Regions (SAR) of China. Taiwan
(officially the Republic of China) is a de facto state claimed by the PRC. Figures
given for China do not include these areas.
c. Estimate, see Palestinian Christians#Demographics and denominations
d. Estimate, see Tajikistan#Religion
e. Islam is the official religion of the Maldives and open practice of any other religion
is forbidden and liable to prosecution. Article nine of the revised constitution says
that "a non-Muslim may not become a citizen".
f. Saudi Arabia allows Christians to enter the country as foreign workers for
temporary work, but does not allow them to practice their faith openly.

9
g. Mainly non-citizens: expatriates
h. See Freedom of religion in the Palestinian territories.
i. As no reliable percentages were found in the Wikipedia article Religion in Russia,
this percentage is derived from the CIA World Factbook by subtracting the
percentage of believers mentioned there from 100%

10

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