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Ácaro Da Gema DO CACAU
Ácaro Da Gema DO CACAU
BIOECOLOGIA E
BOLETIM TÉCNICO N° 211
CONTROLE DO Aceria
reyesi (NUZZACI, 1973),
ÁCARO-DA-GEMA-
VEGETATIVA DO
CACAUEIRO
MINISTÉRIO DA
AGRICULTURA, PECUÁRIA
E ABASTECIMENTO
2019
© 2019 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total desde que citada
a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.
Ano 2019
Tiragem: 1.000 exemplares
Elaboração, distribuição, informações:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira
Superintendência Regional no Estado da Bahia
Centro de Pesquisas do Cacau
Comissão de Editoração: Adonias de Castro Virgens Filho; Antônio Cesar Costa Zugaib;
Dan Érico Vieira Petit Lobão; Edna Dora Martins Newman Luz; George Andrade Sodré;
Givaldo Rocha Niella; Jacques Hubert Charles Delabie; José Raimundo Bonadie Marques e
Jadergudson Pereira; José Basílio Vieira Leite; José Inácio Lacerda Moura; José Luís Bezerra;
José Luís Pires; José Marques Pereira; Karina Peres Gramacho; Manfred Willy Muller;
Paulo César Lima Marrocos; Raúl René Melendez Valle; Uilson Vanderlei Lopes.
F
633.745
N 211
ISSN 0100-0845
Kazuiyuki Nakayama
Ilhéus-BA
2019
SUMÁRIO
1. Resumo 7
2. Abstract 8
3. Introdução 9
4. Biologia do ácaro-da-gema 9
4.1. Dispersão e surtos emergentes 10
4.2. Sintomalogia e prejuízos causados pelo ácaro-da-gema-vegetativa 11
4.3. Controle integrado do ácaro-da-gema-vegetativa em cacaual 16
4.4. Controle químico contra o ácaro-da-gema-vegetativa do cacaueiro 17
4.5. Acaricidas registrados para Citros com potencial de controle contra 17
o ácaro-da-gema e passível de extensão de uso para cacaueiro
4.6. Qualidade da pulverização e modo de ação dos acaricidas 20
5. Segurança do trabalhador durante pulverização de acaricidas 20
6. Considerações sobre aquisição/venda de defensivos agrícolas 21
com aplicação assistida
7. Literatura citada 22
Bioecologia e controle do Aceria reyesi
Kazuiyuki Nakayama
1. RESUMO
1
Auditor Fiscal Federal Agropecuário/ Pesquisador MAPA/ Ceplac, Ilhéus, Bahia, Brasil
7
Nakayama
2. ABSTRACT
8
Bioecologia e controle do Aceria reyesi
3. Introdução
O cacaueiro (Theobroma cacao L), nas principais regiões cacauicultoras
brasileiras, é atacado por, pelo menos, umas quatro dezenas de espécies de
artrópodes pragas (Abreu et al., 1989; Trevisan et al., 2011; Trevisan, 2013).
Entre estas pragas, o ácaro-da-gema, Aceria reyesi (Nuzzaci), se destaca por
gerar elevados prejuízos ao cacaueiro. O ácaro-da-gema, Aceria (= Eriophyes,
sinônimo minor) reyesi (Nuzzaci), está classificado nos taxas, filo Artropoda,
subfilo Chelicerata, classe Arachnida, subclasse Acari, superfamília
Eriophyoideae, ordem Prostigmata (=Actinedidae), família Eriophyidae e gênero
Aceria, (Nuzzaci, 1973; Moraes e Flechtmann, 2008).
Os ácaros da Família Eriophyidae são microscópicos, vermiformes ou
fusiformes. Os eriofídeos apresentam intensivas reduções nas estruturas morfo-
corpóreas, tais como a presença de apenas dois pares de pernas e poucas
setas idiossomais (Lindquist, 1996). Os adultos medem em média 200 micra,
variando entre 80-500 micra. Seus corpos são estreitos, alongados e muito
apropriados para alojar os ácaros em crípticos micros sítios das plantas, tais
como gemas vegetativas (Lindquist & Amrine Jr, 1996).
4. Bioecologia do ácaro-da-gema
10
Bioecologia e controle do Aceria reyesi
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a b
Figura 1- Gema de cacaueiro atacada (a) e sadia Figura 2 - Gema vegetativa atacada
(b) pelo Aceria reyesi. pelo Aceria reyesi com escama e folíolos
mortos.
12
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b c
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Tabela 1- Relação parcial de acaricidas registrados para controle de ácaro-da-falsa-ferrugem dos citros (Agrofit/Mapa, 2017a)
Abamectin Nortox abamectina (avermectina) MA1 Nortox S.A. – Arapongas/PR EC III III 75
Abamex abamectina (avermectina) MA1 Nufarm Ind. Quím. e Farmacêutica S.A. – Maracanaú/CE EC I III 75
Potenza Sinon abamectina (avermectina) MA1 Sinon do Brasil Ltda. - Porto Alegre /RS. EC I III 75
Vertimec 18 EC abamectina (avermectina) MA1 Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo/SP EC III II 75
MilbekNock milbemectina (Milbemicinas) MA1 Iharabras S.A. Indústria Químicas – Sorocaba/SP EC III II 40
Parsec amitraz (bis(arilformamidina)) MA2 Adama Brasil S.A. – Londrina/PR EC III III 150-200
Sunfire clorfenapir (análogo de pirazol) MA3 Basf S.A. – São Paulo/SP SC III II 50-60
Matric cromafenozida (diacilhidrazina) MA4 Iharabras S.A. Indústria Químicas – Sorocaba/SP SC III III 1250-1500
Dimetoato EC dimetoato (organofosforado) MA5 Adama Brasil S.A. - Londrina/PR EC I II 150-190
Envidor espirodiclofeno (cetoenol) MA6 Bayer S.A. - São Paulo/SP SC III III 30
Oberon espiromesifeno (cetoenol) MA6 Bayer S.A. - São Paulo/SP SC III II 100
Meothrin 300 fenpropatrina (piretróide) MA7 Sumitomo Chemical do Brasil Representações Ltda. EC I II 50
19
Applaud 250 buprofezina (tiadiazinona) MA8 Arysta Lifescience do Brasil Ind. Quím. e Agrop. S.A. -SP WP III III 100-200
Micromite 240 SC diflubenzurom (benzoiluréia) MA8 Arysta Lifescience do Brasil Ind. Quím. e Agrop. S.A. -SP SC III III 40-50
Cascade 100 flufenoxurom (benzoiluréia) MA8 Basf S.A. – São Paulo/SP EC I II 30-50
Match EC lufenurom (benzoiluréia) MA8 Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo/SP EC IV II 75
Fujimite 50 SC fenpiroximato (pirazol) MA9 Nichino do Brasil Agroquimicos Ltda. SC II II 100
Ortus 50 SC fenpiroximato (pirazol) MA9 Arysta Lifescience do Brasil Ind. Quím. e Agrop. S.A. -SP SC II II 100
Bioecologia e controle do Aceria reyesi
(*) MA1 - Moduladores alostéricos de canais de cloro mediados pelo glutamato; MA2 - Agonista da octopamina; MA3 - Inibidores da fosforilação oxidativa através do
desacoplamento de prótons da mitocôndria (respiração); MA4 - Agonistas receptores de ecdisteroides; MA5 - Inibidores da acetilcolinesterase; MA6 - Inibidor da síntese
de lipídeos (lipogênese); MA7 - Moduladores de canais de sódio; MA8 - Inibidor da biossíntese de quitina; MA9 - Inibidores do transporte de elétrons na mitocôndria – sítio
I (Omoto e Alves, 2004; Sato, 2013).
Formulação: EC - Concentrado Emulsionável; SC - Suspensão Concentrada; WP - Pó Molhável;
(**) volume de calda por hectare variando entre 0 litros até 1000 litros em função da idade da planta e do diâmetro da copa do cacaueiro. O fluxo da pulverização de ser dirigido
para as gemas vegetativas. Empregar 100 ml de dispersor adesivo ou detergente por 100 litros de água.
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7. Literatura citada
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