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Versão: 07 - novembro/2020
Preâmbulo
Considerando o previsto no § 3º do Art. 1º, no Art. 2º, no Art. 4º; nos § 1 º e § 2 º do Art. 25 e
no Art. 490, do Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017 - RIISPOA, o DIPOA, através do
presente instrumento, consolida os requisitos complementares a legislação nacional, a serem
aplicados na produção com vista a exportação de carne bovina e suína em natureza e de
produtos cárneos termoprocessados para os Estados Unidos da América.
Novos requisitos deverão ser publicados por aditamento dos anexos do presente, mantendo a
unidade do documento e facilitando o acesso e transparência na divulgação dos mesmos.
1
SUMÁRIO
1. REGRA GERAL...............................................................................................................5
2. HABILITAÇÃO ...............................................................................................................8
2.1. PROCEDIMENTOS PARA HABILITAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS .................................. 8
2.2. PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES .................................................................................... 9
2.3. SUSPENSÃO DA CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA ................................................................... 9
2.4. EXCLUSÃO DE ESTABELECIMENTOS ............................................................................ 10
3. CONTROLES ADMINISTRATIVOS DO SERVIÇO OFICIAL ................................................. 11
3.1. CONTROLES RELATIVOS AO SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL LOCAL......................... 11
3.2. CONTROLES REALIZADOS PELOS SIPOA’S ................................................................... 11
4. ROTULAGEM .............................................................................................................. 15
5. CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA .......................................................................................... 16
6. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS – BOVINOS ............................................................. 18
6.1. FORNECEDORES DE MATÉRIA-PRIMA PARA TERMOPROCESSADOS .......................... 18
6.1.1. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO VETERINÁRIA ANTE E POST MORTEM ............. 18
6.1.1.1. SELEÇÃO DE FORNECEDORES .......................................................................... 18
6.1.1.2. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE ESPÉCIE ZOOLÓGICA ............................. 19
6.1.1.3. ABATE DE EMERGÊNCIA .................................................................................. 20
6.1.1.4. OPERAÇÕES DE ABATE .................................................................................... 20
6.1.1.5. INSPEÇÃO POST MORTEM............................................................................... 21
6.1.1.6. REMOÇÃO, SEGREGAÇÃO, DESTINAÇÃO E DESTRUIÇÃO DO MATERIAL
ESPECIFICADO DE RISCO (MER) ........................................................................................... 22
6.1.1.7. PROCEDIMENTOS DE REINSPEÇÃO ................................................................. 22
6.1.2. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS ........................................................................... 27
6.1.2.1. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA SALMONELLA EM
CARCAÇAS BOVINAS ............................................................................................................ 27
6.1.2.2. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA ESCHERICHIA COLI
GENÉRICA EM CARCAÇAS BOVINAS .................................................................................... 28
6.1.3. CONTROLE DE RESÍDUOS QUÍMICOS E CONTAMINANTES ................................. 29
6.1.3.1. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE AVERMECTINAS .................................... 31
6.2. PRODUTORES DE TERMOPROCESSADOS .................................................................... 33
6.2.1. PRODUTOS SUBMETIDOS À ESTERILIZAÇÃO COMERCIAL ................................... 33
6.2.1.1. SELEÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA......................................................................... 33
6.2.1.2. AVALIAÇÃO DE MEMORIAIS DESCRITIVOS DE PRODUÇÃO ............................. 34
2
6.2.1.3. PROCEDIMENTOS GERAIS DE AUTOCONTROLE .............................................. 36
6.2.1.4. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE ESPÉCIE ZOOLÓGICA ............................. 38
6.2.1.5. TESTE DE INCUBAÇÃO ..................................................................................... 41
6.2.2. PRODUÇÃO DE CARNE COZIDA E CONGELADA ................................................... 42
6.2.2.1. DIRETRIZES PARA VERIFICAÇÃO OFICIAL NO LOCAL DE PRODUÇÃO DE CARNE
COZIDA E CONGELADA ........................................................................................................ 45
6.2.2.2. DIRETRIZES PARA O PROGRAMA SENTINELA DE LISTERIA NA PRODUÇÃO DE
CARNE COZIDA E CONGELADA ............................................................................................ 46
6.2.3. PRODUÇÃO DE CARNE DESIDRATADA SHELF STABLE (BEEF JERKY/DRIED BEEF) 48
6.2.3.1. VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO .................................................. 50
6.2.3.2. DIRETRIZES PARA VERIFICAÇÃO OFICIAL NO LOCAL DE PRODUÇÃO DE CARNE
DESIDRATADA SHELF STABLE (BEEF JERKY/DRIED COOKED BEEF) ..................................... 51
6.2.3.3. DIRETRIZES PARA O PROGRAMA SENTINELA DE LISTERIA NA PRODUÇÃO DE
CARNE DESIDRATADA SHELF STABLE (BEEF JERKY/DRIED COOKED BEEF).......................... 52
6.2.4. PRODUÇÃO DE EXTRATO DE CARNE ................................................................... 54
6.2.5. CONTROLE DE AVERMECTINAS EM PRODUTO FINAL ......................................... 54
6.2.5.1. ANÁLISES OFICIAIS DE AVERMECTINAS ........................................................... 54
6.3. PRODUTORES DE CARNE IN NATURA ...................................................................... 56
6.3.1. MATURAÇÃO SANITÁRIA ..................................................................................... 56
6.3.2. PROCEDIMENTOS DE REINSPEÇÃO ..................................................................... 57
6.3.3. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS ........................................................................... 60
6.3.3.1. ATRIBUIÇÕES DOS ESTABELECIMENTOS ......................................................... 60
6.3.3.1.1. DOS AUTOCONTROLES .................................................................................... 60
6.3.3.1.2. DEFINIÇÃO DE LOTE ........................................................................................ 61
6.3.3.1.3. DAS ANÁLISES LABORATORIAIS ....................................................................... 61
6.3.3.1.4. DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES E DAS AÇÕES EM CASO DE POSITIVIDADE. 63
6.3.3.1.5. DA COMERCIALIZAÇÃO DA CARNE IN NATURA AOS EUA ............................... 64
6.3.3.2. ATRIBUIÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL ................................................................. 64
6.3.3.2.1. DA VERIFICAÇÃO OFICIAL SOBRE OS CONTROLES MICROBIOLÓGICOS .......... 64
6.3.3.2.2. DAS ANÁLISES OFICIAIS E PROCEDIMENTOS DE INVESTIGAÇÃO .................... 65
6.3.3.3. PROCEDIMENTOS REFERENTES A PERÍODOS DE ELEVADA OCORRÊNCIA DE E.
COLI STEC (HEP) ................................................................................................................... 67
6.3.3.4. METODOLOGIA ANALÍTICA UTILIZADA NAS ANÁLISES OFICIAIS ..................... 68
6.3.3.5. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE AVERMECTINAS .................................... 68
7. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS - SUÍNOS ................................................................ 71
7.1. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO VETERINÁRIA ANTE E POST MORTEM..................... 71
3
7.1.1. CONTROLE DE ORIGEM DOS ANIMAIS ................................................................ 71
7.1.2. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO VETERINÁRIA ANTE E POST MORTEM ............. 71
7.1.3. PROCEDIMENTOS DE ABATE ............................................................................... 72
7.1.4. INSPEÇÃO POST MORTEM................................................................................... 72
7.2. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS ................................................................................... 72
7.2.1. DOS AUTOCONTROLES ........................................................................................ 72
7.2.2. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO LABORATORIAL PARA TRICHINELLA SPIRALIS............. 73
7.2.3. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA SALMONELLA EM CARCAÇAS
SUÍNAS 73
7.2.4. CRITÉRIO PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA ESCHERICHIA COLI EM
CARCAÇAS SUÍNAS .............................................................................................................. 74
7.2.5. CONTROLE MICROBIOLÓGICO EM CARCAÇAS DE SUÍNOS ................................. 75
7.2.6. METODOLOGIA ANALÍTICA UTILIZADA NAS ANÁLISES OFICIAIS ......................... 76
7.3. CONTROLE DE RESÍDUOS QUÍMICOS E CONTAMINANTES ......................................... 76
8. PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO OFICIAL DOS PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE DA
EMPRESA .......................................................................................................................... 78
8.1. AÇÕES DE ENFORCEMENT .......................................................................................... 79
9. NOTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS ................................................................................ 81
9.1. PROCEDIMENTOS DE RECOLHIMENTO CAUTELAR ..................................................... 81
9.2. TRATAMENTO DAS NOTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS ................................................ 81
10. AUDITORIAS............................................................................................................... 84
10.1. CRITÉRIO PARA SELEÇÃO DE AUDITORES ................................................................ 84
10.2. FREQUÊNCIA E PROCEDIMENTOS ........................................................................... 84
11. DOCUMENTOS REVOGADOS ....................................................................................... 86
12. ÍNDICE DE REVISÕES ................................................................................................... 92
13. ANEXOS ..................................................................................................................... 97
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1. REGRA GERAL
5
Todos os produtos
cárneos submetidos
a um processamento
Thermally Processado Thermally Processado tal que garanta sua
Processed - termicamente - Processed, termicamente - Beef and Pork - All esterilidade
Commercially comercialmente Commercially comercialmente Products Eligible comercial, podendo
Sterile estéril Sterile estéril ser acondicionados
em embalagens
rígidas, semi-rígidas
ou flexíveis.
Todos os produtos
cárneos cuja
inocuidade é obtida
por meio da
Termicamente Produtos não prontos combinação de
Heat Treated - Shelf processado - Estável NRTE Otherwise para o consumo - Beef and Pork - All tratamento térmico
Stable na forma em que se Processed Meat Processados de Products Eligible com uma etapa de
apresenta outras maneiras cura, desidratação
ou fermentação. São
estáveis à
temperatura
ambiente.
Todos os produtos
cárneos cuja
inocuidade é obtida
por meio da
Termicamente combinação de
Carne desidratada
Heat Treated - Shelf processado - Estável Beef and Pork - All tratamento térmico
RTE Dried Meat pronta para o
Stable na forma em que se Products Eligible com uma etapa de
consumo
apresenta cura, desidratação
ou fermentação. São
estáveis à
temperatura
ambiente.
Todos os produtos
cárneos cuja
inocuidade é
garantida apenas
por meio do
Cozidos – Não Produtos totalmente tratamento térmico
Fully Cooked - Not RTE Fully-Cooked Beef and Pork - All
estáveis na forma em cozidos – Prontos aplicado. No entanto
Shelf Stable Meat Products Eligible
que se apresenta para o consumo necessitam ser
resfriados ou
congelados a fim de
manter a segurança
obtida por meio do
cozimento.
Todos os produtos
cárneos cuja
inocuidade é
garantida apenas
Produtos totalmente
RTE Meat Fully por meio do
cozidos sem
Cozidos – Não Cooked Without tratamento térmico
Fully Cooked - Not exposição Beef and Pork - All
estáveis na forma em Subsequent aplicado. No entanto
Shelf Stable subsequente ao meio Products Eligible
que se apresenta Exposure to the necessitam ser
ambiente – Prontos
Environment resfriados ou
para o consumo
congelados a fim de
manter a segurança
obtida por meio do
cozimento.
*RTE = Ready-to-eat
Reforçando o disposto no quadro acima, deve ser ressaltado que a carne in natura
bovina a ser exportada aos EUA deve ser íntegra, incluídos os cortes e os recortes. Apenas para
a carne in natura suína se permite a exportação aos EUA de carne não íntegra.
Os programas de autocontrole que determinam os parâmetros utilizados na elaboração
de produtos exportáveis para os EUA devem atender aos requisitos sanitários acordados
presentes no Certificado Sanitário Internacional (CSI). A pesquisa para acesso a essas exigências
para a descrição dos autocontroles é de responsabilidade do estabelecimento e deverá ser feita
em sites que contêm os padrões e requisitos de importação norte americanos, como o Food
Safety and Inspection Service (FSIS/USDA) https://www.fsis.usda.gov/wps/portal/fsis/home ou
o Electronic Code of Federal Regulations e-CFR, Title 9 (https://ecfr.io/Title-09/), buscando a
legislação consolidada e mais recente.
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O Serviço Oficial deverá atender as frequências estipuladas para a verificação dos
programas de autocontrole e de reinspeção específicas deste mercado. Vale dizer, se o
estabelecimento se encontra habilitado a exportar seus produtos, deve executar todos os
controles exigidos em setores onde haja produção destinada aos EUA e nos turnos formalmente
habilitados, e o SIF deve realizar as devidas verificações, mesmo que não esteja havendo
produção momentânea para aquele mercado, ressalvadas situações específicas descritas no
corpo deste consolidado.
Cabe à empresa definir e delimitar claramente os turnos de produção a fim de propiciar
segurança aos dados de rastreabilidade dos produtos e condições para a verificação oficial dos
programas de autocontrole e de reinspeção.
A empresa deve formalizar ao SIF local a sua opção de realização dos controles, e
comunicar com antecedência mínima de 72 horas qualquer mudança no que se refere ao tema.
Ao receber a comunicação da empresa o SIF local, após manifestar ciência, deve criar um
processo específico no SEI e encaminhar ao respectivo SIPOA para conhecimento e anuência.
Ressalta-se que a empresa não pode usar de circunstâncias excepcionais para alterar a
sua opção de execução dos controles exigidos. Vale dizer que a opção adotada pelo
estabelecimento deve ser duradoura, sem pretensão de alterações a qualquer momento.
Quando o Serviço Oficial encontrar não conformidades nas verificações oficiais
realizadas em momentos diferentes dos turnos formalmente habilitados, devem ser aplicadas
as ações previstas na legislação nacional.
Caso o estabelecimento seja habilitado como produtor de matéria-prima para
termoprocessados e carne in natura ao mesmo tempo, os controles da empresa e as verificações
oficiais relacionadas à reinspeção de quartos, cortes e recortes na sala de desossa deverão seguir
a habilitação mais restritiva, independentemente de sua produção momentânea.
O SIF local deve ter conhecimento e manter cópia atualizada deste Consolidado
arquivado na sede da IF local.
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2. HABILITAÇÃO
8
2.2. PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES
O SIF local deverá comunicar o SIPOA de sua região, que deverá estabelecer controle
efetivo de atividade, registro e paralisação das atividades dos estabelecimentos, mantendo a
planilha do POA (planejamento Orçamentário Anual/DIPOA) atualizada, sendo este objeto de
avaliação nas Auditorias realizadas pela Divisão de auditorias Nacionais - DIAN.
Decorridos 90 dias da comunicação da paralisação das atividades do estabelecimento
ao SIF local, sem que haja retorno das atividades, o SIPOA deverá comunicar a Divisão de
Habilitação e Certificação (DHC) e DIPOA/SDA solicitando a suspensão das habilitações do
estabelecimento.
Transcorridos 90 dias sem retorno das atividades, a partir da suspensão das habilitações,
o SIPOA deverá solicitar a exclusão do estabelecimento da lista de habilitados.
Assim, decorridos 180 dias desde a paralisação, o estabelecimento será excluído da lista
de habilitados aos EUA, sendo realizada a devida comunicação pelo DIPOA.
Os SIFs/SIPOAs são os responsáveis pela verificação do atendimento desse requisito, e
pela tomada de ações cabíveis no caso de descumprimento pelo estabelecimento.
A suspensão da certificação sanitária para os EUA se dará sempre que constatado não
atendimento de requisito específico americano, seja em auditoria ou em inspeções realizadas
pelo SIF local, ou até mesmo por solicitação formal da empresa, frente à dificuldade ou
impossibilidade em atender ao requisito específico americano.
Caso seja constatado o não atendimento aos requisitos americanos em auditorias o
AFFA que realizou a auditoria encaminhará o relatório à DAE, por meio de processo SEI,
propondo a suspensão da certificação sanitária. A DAE encaminhará o processo ao SIPOA para
ciência e providências cabíveis e concomitantemente à DHC/DIPOA para que sejam adotados os
procedimentos no Sistema de Informações Gerenciais do SIF – SIGSIF e na Plataforma de Gestão
Agropecuária – PGA-SIGSIF, registrando o ocorrido na aba Ocorrências de Habilitações e
bloqueando a emissão de certificados sanitários destinados aos EUA daquele estabelecimento.
Se a constatação do não atendimento de requisito específico for apontada em
verificação oficial pelo SIF local, este deve comunicar o SIPOA de sua região, por meio de
processo no Sistema Eletrônico de Informações (SEI). O SIPOA deverá comunicar a DHC/DIPOA
e o DIPOA/SDA para que sejam tomadas as providências cabíveis.
O mesmo procedimento acima deve ser adotado pelo SIF quando ocorrer solicitação
formal do estabelecimento de abate, frente à incapacidade em atender requisito específico dos
EUA.
Independentemente de quem tomou a iniciativa da suspensão da certificação sanitária
(auditoria, verificação oficial pelo SIF local ou solicitação formal da empresa), o retorno da
mesma ficará condicionado à avaliação oficial específica.
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No caso de iniciativa da suspensão por auditoria, o retorno da certificação ficará
condicionado à avaliação por nova auditoria ou por verificação e emissão de parecer conclusivo
pelo SIPOA, a critério da DAE/CGCOA/DIPOA.
Nos demais casos (verificação oficial pelo SIF local ou solicitação formal da empresa) o
retorno da certificação ficará condicionado à avaliação e parecer conclusivo emitido pelo SIF e
SIPOA.
É importante salientar que o retorno do processo de fabricação de produtos destinados
aos EUA, e consequente retorno da certificação sanitária, somente deverá ser autorizada caso o
SIF constate a inexistência ou a cessação da causa que motivou a adoção da medida de
suspensão, e sempre após o desbloqueio da emissão de CSI pela DHC/DIPOA.
Decorridos 180 dias desde a paralisação das atividades, o SIPOA deverá solicitar a
exclusão do estabelecimento da lista de habilitados aos EUA, que será devidamente comunicada
às Autoridades do FSIS/USDA pelo DIPOA.
Da mesma forma, decorridos 90 (noventa) dias da suspensão da certificação, sem que
sejam restabelecidas as condições necessárias para sua revogação, o SIPOA deverá encaminhar
um processo à DHC/DIPOA solicitando a exclusão do estabelecimento da lista dos EUA.
A DHC/DIPOA emitirá comunicação às autoridades americanas solicitando a exclusão do
estabelecimento da lista dos EUA. As informações são transmitidas às Autoridades sanitárias
americanas pelas vias diplomáticas.
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3. CONTROLES ADMINISTRATIVOS DO SERVIÇO OFICIAL
a) Vínculo
b) Treinamentos
Visando o atendimento aos requisitos sanitários dos Estados Unidos, o SIPOA de cada
região deve adotar controles sobre procedimentos e ocorrências nas plantas habilitadas a
exportar àquele mercado. São os seguintes:
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a) Controle do número de plantas habilitadas à exportação para os EUA no âmbito
do SIPOA;
b) Controle com o objetivo de evitar a existência de estabelecimentos habilitados
à exportação para os EUA com atividades paralisadas que deveriam estar com suas habilitações
suspensas;
c) Controle com o objetivo de evitar a existência de estabelecimentos habilitados
à exportação para os EUA suspensos e que deveriam estar excluídos destas listas de exportação;
d) Adoção de procedimentos pelo SIPOA para a correção das não conformidades
apontadas no relatório da última Missão Veterinária dos EUA;
e) Adoção de procedimentos pelo SIPOA para a correção das não conformidades
apontadas no último relatório de auditoria da DIAN/CGCOA e da DAE/CGCOA (se necessário for);
f) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados dos resultados do
programa de E. coli genérica e das ações adotadas em caso de desvio para os estabelecimentos
habilitados à exportação para os EUA (Anexo VII, bovinos e suínos);
g) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados dos resultados do
programa oficial de Salmonella e das ações adotadas em caso de desvio para os
estabelecimentos habilitados à exportação para os EUA (Anexo VI, bovinos e suínos);
h) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados dos resultados do
programa de E. coli STEC do estabelecimento e das ações adotadas em caso de desvio, bem
como da coleta oficial e ações adotadas em caso de desvio para os estabelecimentos habilitados
à exportação para os EUA (Anexo IX, bovinos);
i) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados dos resultados do
programa sentinela de Listeria do estabelecimento e das ações adotadas em caso de desvio,
para os estabelecimentos habilitados à exportação para os EUA (Anexo XII, produto pronto para
consumo, bovinos e suínos);
j) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados do resultado da
verificação oficial do SIF do programa sentinela de Listeria do estabelecimento e as ações
adotadas em caso de desvio, para os estabelecimentos habilitados à exportação para os EUA
(Anexo XII, produto pronto para consumo, bovinos e suínos);
k) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados do resultado da
verificação oficial do SIF para Listeria e Salmonella em carne cozida e congelada/Beef Jerky
oriundos dos estabelecimentos habilitados à exportação para os EUA (Anexo XII, produto
pronto para consumo, bovinos e suínos);
l) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados do resultado da
verificação oficial do SIF para avermectinas em produto final oriundo dos estabelecimentos
habilitados à exportação para os EUA (Anexo X, bovinos);
m) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados do resultado de
controle de espécie zoológica em produto termoprocessado oriundo dos estabelecimentos
habilitados à exportação para os EUA (Anexo XI, bovinos e suínos);
n) Realização da avaliação e homologação do memorial de fabricação e do
processamento térmico das conservas esterilizadas comercialmente destinadas aos EUA por
servidores habilitados pelo DIPOA/SDA;
o) Condução do processo investigativo na forma determinada para os EUA e
avaliação das medidas adotadas no caso de violações comunicadas por aquele país (POEV/Case
file) e se forem necessárias, determinação de ações de “enforcement” e acompanhamento e
avaliação dos desdobramentos dessas ações nos estabelecimentos que tiverem violações;
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p) Manutenção das informações sobre a equipe da Inspeção Federal dos
estabelecimentos habilitados para EUA atualizadas junto ao SIGSIF;
q) Disponibilização da relação dos cursos de capacitação (reuniões técnicas,
treinamentos, “workshops”, etc.) ministrados ou custeados pelo MAPA (em nível Estadual e
Central), que foram ministrados aos Servidores do DIPOA (Auditores Fiscais Federais
Agropecuários e Agentes de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal) lotados nos
estabelecimentos habilitados a exportar para os Estados Unidos.
As planilhas padronizadas deverão ser disponibilizadas e atualizadas nas Pastas de rede
dos SIPOA > CGCOA> EUA, devendo ser organizadas por ano.
Todos os dados disponibilizados em rede serão objeto de avaliação prévia de modo a
subsidiar auditorias de SIPOA’s e de estabelecimentos habilitados para exportação para EUA.
Além dos controles citados acima, os Serviços de Inspeção Federal - SIF deverão iniciar,
e manter atualizados, 02 (dois) processos específicos no Sistema Eletrônico de Informações (dois
processos por SIF/ano). O primeiro processo será relacionado às análises microbiológicas oficiais
para atendimento aos requisitos norte-americanos e o segundo relacionado aos registros de
verificação oficial dos programas de autocontrole dos estabelecimentos fiscalizados.
No processo relacionado às análises microbiológicas oficiais deverão ser inseridos, em
frequência mensal, os Certificados Oficiais de Análise (COAs) relacionadas aos requisitos norte-
americanos, atendendo a seguinte padronização:
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Mensalmente, os dois processos acima citados deverão ser enviados ao respectivo
SIPOA para ciência e gestão.
A verificação do gerenciamento dos controles realizados pelo SIPOA relacionados aos
estabelecimentos habilitados à exportação para os Estados Unidos da América deve manter-se
atualizada e será avaliada durante as auditorias do SIPOA conduzidas pela DIAN/CGCOA/DIPOA
nas regiões.
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4. ROTULAGEM
Carnes e seus derivados que são exportados para os EUA devem ser rotulados com as
mesmas informações que seus equivalentes domésticos. As informações sobre rotulagem de
produtos importados estão disponíveis em: http://www.fsis.usda.gov/Regulations
_&_Policies/Labeling_Guidance/index.asp.
Todas as etiquetas com rotulagens especiais exigem uma avaliação prévia antes dos
produtos serem distribuídos no mercado interno americano. Os critérios específicos de
rotulagem para reivindicações especiais estão disponíveis em:
http://www.fsis.usda.gov/wps/portal/fsis/topics/regulatory-compliance/labeling/Claims-
Guidance.
A rotulagem de produtos destinados ao mercado americano deve seguir o estabelecido
no FSIS compliance guideline for label approval (2017), que estabelece as diretrizes para
comercialização de produtos nos EUA - CFR 412 e 317.
Os padrões de identidade desses produtos devem respeitar o estabelecido no Food
standards and labeling policy book.
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5. CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA
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o produto que não atendeu o requisito específico, não seja certificado como apto para
exportação para os EUA.
No caso da infração cometida estiver prevista no art. 496 do RIISPOA ou que possa
envolver risco à saúde pública ou integridade ao consumidor, devem ser tomadas as ações fiscais
cabíveis e encaminhadas às instâncias superiores as informações sobre o ocorrido, para a
avaliação de medidas adicionais necessárias.
Os Certificados Sanitários Internacionais que o Brasil emite para exportações de
produtos cárneos aos EUA são os mesmos que devem ser usados para exportações do Brasil a
qualquer um dos territórios dos EUA, ou seja, Samoa Americana, Guam, Ilhas Marianas, Porto
Rico e Ilhas Virgens Americanas.
A utilização de matéria-prima regularmente importada em estabelecimentos
registrados e habilitados à exportação para os EUA, para elaboração de produtos destinados
àquele mercado é permitida, desde que atendidos os seguintes requisitos:
a) O estabelecimento estrangeiro que forneceu as matérias-primas deve estar
habilitado à exportação para os EUA, conforme disposto no sítio eletrônico:
https://www.fsis.usda.gov/wps/portal/fsis/topics/international-affairs/importing-
products/eligible-countries-products-foreign-establishments/eligible-foreign-establishments.
b) O Certificado Sanitário Internacional que acompanha a matéria-prima, embora
utilize o modelo acordado entre o país de origem e o Brasil, deve possuir uma observação
específica de que aquele produto atende aos requisitos sanitários americanos;
c) O estabelecimento deve controlar toda a rastreabilidade de produção de forma
a garantir a cadeia de habilitação da Certificação Sanitária.
O SIF local deve checar o disposto no item acima para poder avaliar a autorização da
utilização dessa matéria-prima como habilitada para os EUA, previamente ao início da produção.
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6. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS – BOVINOS
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6.1.1.2. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE ESPÉCIE ZOOLÓGICA
II) Registros
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Os estabelecimentos de abate devem prever em seus programas de autocontrole os
procedimentos operacionais e as boas práticas adotadas para evitar ou diminuir a ocorrência de
patógenos nos produtos produzidos, especialmente a E. coli e Salmonella spp. Assim, devem ser
previstas a possibilidade de adoção das seguintes ações, mas não limitadas a estas:
a) Lavagem e desinfecção dos currais;
b) Lavagem dos animais com água hiperclorada com volume, tempo e pressão
adequados no banho de aspersão (antes da entrada dos animais para o abate);
c) Lavagem com água hiperclorada, na praia de vômito, da região perianal dos
animais que defecam após seu atordoamento;
d) Isolamento do rabo por ensacamento plástico logo após sua esfola;
e) Utilização de vapor (por aspersão e/ou sucção) sobre a carcaça nas etapas de
esfola;
f) Utilização de proteção temporária das partes da carcaça já esfoladas, por “papel
manteiga” ou outro material apropriado;
g) Imobilização do couro para diminuir seu rebate durante as operações de esfola;
h) Controle dos pontos de contaminação fecal, ingesta e leite durante as etapas
críticas do abate (ênfase nas operações de esfola, evisceração, oclusão do reto e do esôfago e
remoção do úbere);
i) Ajuste (redução) na velocidade de abate;
j) Controle sobre o número de colaboradores na esfola e realização de ajustes de
velocidade de abate em casos de faltas; e
k) Controle da potabilidade da água utilizada no “spray chiller” nas câmaras de
resfriamento de carcaças, quando aprovadas.
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6.1.1.6. REMOÇÃO, SEGREGAÇÃO, DESTINAÇÃO E DESTRUIÇÃO DO MATERIAL
ESPECIFICADO DE RISCO (MER)
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tipo e quantidade de contaminações visíveis encontradas e o resultado da aceitabilidade, bem
como responsável com assinatura e horário da avaliação.
Os estabelecimentos devem, ainda, possuir descritos em seus programas de
autocontrole as definições de lote e turno de produção, devendo estas definições serem
utilizadas como parâmetro para as verificações e tomadas de ações.
Devem ser reinspecionados pela empresa 100% dos quartos a serem desossados, em
local específico para tal na entrada da sala de desossa, com iluminação adequada, plataforma,
conjunto sanitário e bandejas coletoras.
Os procedimentos de remoção das contaminações visíveis e de destinação dos quartos,
atendendo os critérios de aceitabilidade definidos, devem estar descritos nos programas de
autocontrole. Deve ser usado marcador próprio e formulário específico para registro das
contaminações removidas, fazendo a classificação e quantificação para gestão dos dados,
visando à correção de processos ou de procedimentos operacionais nas etapas que antecedem
a desossa.
O estabelecimento deve definir limites operacionais para os contaminantes que
representam risco à saúde pública, como ingesta, fezes, leite, MRE, lesões patológicas
(abscessos) ou parasitológicas e perigos químicos ou físicos facilmente identificáveis, assim
como daqueles defeitos que são considerados de risco baixo, como pelos, lesões patológicas
(abscessos) ou parasitológicas localizadas e circunscritas, limalhas de trilho, óleo de carretilhas,
hematomas, couro e coágulos.
Na presença de eventual desvio dos limites operacionais definidos pelo estabelecimento
em seus programas de autocontrole, devem ser adotadas medidas corretivas para os quartos
afetados, inclusive a sua desclassificação para exportação, e medidas preventivas adequadas,
registrando os achados em formulário específico e acumulando em base de dados para análise
estatística de tendência, a ser disponibilizada sempre que o SIF local requisitar.
Caso os defeitos observados ofereçam risco à saúde pública, deve proceder-se com as
seguintes ações:
- Identificar as causas do desvio;
- Reestabelecer a condição sanitária do produto;
- Desenvolver procedimentos que evitem a recorrência; e
- Assegurar que nenhum produto contaminado seja comercializado (CFR 417.3).
23
O local da reinspeção deve possuir iluminação adequada, mesa, conjunto sanitário e
bandejas coletoras.
24
TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DE DEFEITOS E AÇÃO CORRETIVA:
Durante a desossa o SIF local deve implementar procedimentos para verificação oficial
observando os seguintes critérios e/ou procedimentos:
Devem ser reinspecionados pelo SIF, a cada turno de desossa, no mínimo 1% de peças
em relação ao número de quartos a serem desossados dentro do turno. O número de cortes a
serem amostrados a cada turno nunca deve ser inferior a 10 (dez) peças.
O tipo de corte, selecionado no final de cada linha de desossa, antes da embalagem
primária, deve ser amostrado de forma a abranger todas as linhas de desossa a cada reinspeção,
em horários variados dentro de cada turno, evitando-se horários pré-definidos.
Devem ser reinspecionados pelo SIF, a cada turno de trabalho, no mínimo 2 (duas)
sacarias de recortes produzidas no período. A linha amostrada deve ser alternada a cada
reinspeção e realizada em momentos diferentes.
Se o estabelecimento estiver trabalhando com cestos, ao invés de sacarias, deverá ser
transportado para o local de reinspeção um volume de recorte equivalente a duas sacarias, de
diferentes linhas de produção.
Caso sejam detectados quaisquer dos defeitos mencionados na tabela acima em cortes
e/ou recortes durante os procedimentos de verificação oficial, independentemente da
quantidade, o SIF deve determinar a imediata remoção dos mesmos pelo estabelecimento,
acompanhando o procedimento.
Se o defeito representar risco à saúde pública, o SIF, além de determinar a imediata
remoção do mesmo pelo estabelecimento, deve determinar a desclassificação de todo o lote de
produção do turno para os EUA. Além disso, deve autuar o estabelecimento pela infração
constatada, com enquadramento no inciso XXVI do art. 496 do RIISPOA.
Quando o defeito não oferecer risco à saúde pública, se apresentando abaixo ou mesmo
acima do limite operacional estipulado, o SIF deve apenas determinar a sua remoção. Nesse
caso, a empresa somente deverá ser autuada frente à constatação de histórico de repetição do
achado e de ineficácia das ações corretivas e preventivas adotadas, com enquadramento no
inciso IX do art. 496 do RIISPOA.
O SIF deve registrar as ações de verificação oficial realizadas no formulário constante do
anexo IV, a ser arquivado na IF local.
26
6.1.2. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS
27
- as amostras serão obtidas, no mínimo, 12 horas após o início do resfriamento das
carcaças e as análises serão iniciadas, no máximo, 24 horas após a colheita das amostras.
Cabe ao Serviço de Inspeção local:
- Realizar diariamente o sorteio da meia-carcaça para coleta de amostra para a análise
de Salmonella spp.;
- Acompanhar a coleta da amostra realizada pelo Controle de Qualidade da
empresa, lacrando-as com o uso de envelopes-lacre numerados, fornecidos pelo Serviço Oficial;
- Emitir a correspondente Solicitação Oficial de Análise (SOA) para identificação e envio
das amostras ao laboratório; e
-Registrar os resultados expressos em Certificados Oficiais de Análise (COAs), em
planilhas próprias e encaminhar ao SIPOA, mensalmente (Anexo VI).
Os resultados das amostras oficiais coletadas e enviadas para atendimento aos
requisitos complementares para exportação aos Estados Unidos para pesquisa de E. coli STEC e
Salmonella spp. poderão ser utilizados para atendimento ao controle nacional microbiológico
oficial, instituído pela Instrução Normativa nº 60, de 20 de dezembro de 2018, respeitando-se
as frequências de coletas das amostras instituídas neste Ofício-Circular e na IN nº 60/2018.
I) Frequência de amostragem
As amostras devem ser colhidas, no mínimo, 12 horas após o início do resfriamento das
carcaças e as análises deverão ser iniciadas, no máximo, 24 horas após a colheita das amostras.
A carcaça a ser amostrada deve ser selecionada, de maneira aleatória, entre todas as
carcaças elegíveis ao mercado americano.
O estabelecimento deve possuir local específico para a guarda dos materiais que serão
utilizados na coleta da amostra, assim como deve possuir local específico e apropriado para
realização da coleta, com luminosidade adequada.
Devem ser adotados todos os cuidados necessários para evitar a contaminação da
amostra.
A amostra será obtida através da técnica da esponja, aplicada numa área de 10 cm x 10
cm (100 cm²) de cada ponto de colheita na carcaça, seguindo a sequência: vazio, peito e alcatra,
fazendo movimentos com a esponja no sentido vertical e horizontal, cerca de 10 vezes em cada
sentido.
28
III) Interpretação dos resultados
Os resultados dos testes para E. coli, exigidos pela legislação dos Estados Unidos devem
ser apresentados em tabelas de controle estatístico de processo. Para isso, os estabelecimentos
devem:
a) Considerar o limite inferior (LI) como o limite de detecção do método analítico,
caso a sua série histórica evidencie padrões extremamente baixos de contagem de E. coli.
b) Considerar no cálculo do limite superior (LS) a média mais duas vezes o desvio
padrão. Utilizando-se este critério, 95% dos resultados encontrados estarão dentro do intervalo
entre o LI e o LS.
Devido à homogeneidade dos resultados encontrados, o gráfico indicado para a leitura
dos resultados é o gráfico em escala logarítmica.
Ressalta-se que, quando se trabalha com controle estatístico de processo, cada
estabelecimento tem o seu próprio padrão em razão das particularidades individuais, exigindo-
se a aplicação de medidas de controle somente quando o limite superior é ultrapassado.
Cabe ao Serviço de Inspeção local:
- Receber e avaliar os resultados de E. coli genérica obtidos pela empresa;
- Avaliar as ações tomadas pela empresa quando o LS é ultrapassado;
- Compilar os resultados em planilha específica e encaminhar ao SIPOA, mensalmente
(Anexo VII).
O método analítico adotado para análise de E. coli genérica deverá ser o método AOAC
998.08 ou ISO 16649-2.
Os resultados das amostras oficiais coletadas e enviadas para atendimento aos
requisitos complementares para exportação aos Estados Unidos para pesquisa de E. coli STEC e
Salmonella spp. poderão ser utilizados para atendimento ao controle nacional microbiológico
oficial, instituído pela Instrução Normativa nº 60, de 20 de dezembro de 2018, respeitando-se
as frequências de coletas das amostras instituídas neste Ofício-Circular e na IN nº 60/2018.
29
O SIF local deve garantir que o estabelecimento está inserido no sorteio de ordens de
coleta de PNCRC e cumprir a programação de amostragem, conforme procedimento padrão do
programa aplicável a todos os estabelecimentos sob SIF.
É importante salientar que a emissão de Certificado Sanitário Internacional para
exportações com destino aos Estados Unidos da América de carcaças bovinas que foram
testadas para drogas veterinárias, somente poderá ser efetivada caso os resultados laboratoriais
estejam em concordância com a legislação americana.
Devem ser adotados os seguintes procedimentos:
a) Após a coleta pelo SIF de amostra post mortem, para o atendimento ao
Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes - PNCRC de produtos de origem
animal ou pesquisa de resíduos de drogas veterinárias na espécie bovina destinadas aos EUA,
todas as partes dos animais dos quais foram coletadas as amostras (carcaça, órgãos, gorduras e
outros) serão segregadas ou sequestradas pelo SIF local, até a chegada dos resultados
laboratoriais, independentemente da matriz utilizada. Caso seja amostra coletada pela empresa,
para outros ensaios de autocontrole, a segregação ou sequestro deverá ser realizado por esta;
b) Ressalta-se que apenas o animal (meias-carcaças, vísceras, gordura) do qual foi
coletada a amostra post mortem deverá ser sequestrado, e não todo o lote de abate;
c) É facultada à empresa a desclassificação da carcaça amostrada e suas partes
para exportação aos EUA, antes e independentemente do resultado da análise laboratorial;
d) O SIF local deve considerar os resultados de análise de amostras do Plano
Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes - PNCRC e de autocontrole como critério
para a certificação e como elemento de verificação dos controles dos estabelecimentos. Todos
os resultados de análise PNCRC com quantificação de substâncias devem ser confrontados pelo
estabelecimento com os requisitos EUA, ainda que o resultado indique conformidade em
relação aos requisitos brasileiros (limites adotados no PNCRC), cabendo ao SIF realizar a
verificação desta comparação.
e) No caso de resultado de análise em conformidade com o padrão legal nacional
e/ou norte-americano, os produtos originários do animal do qual se coletou as amostras,
poderão ser liberados ao consumo e à exportação;
f) No caso de resultado de análise não conforme, em relação ao padrão legal
nacional e/ou norte-americano, os produtos deverão ter a destinação adequada, a ser definida
pela empresa e apresentada ao SIF local, de acordo com o resíduo identificado;
g) No caso de violações ao limite brasileiro serão seguidos os procedimentos
gerais previstos no PNCRC. Quando o resultado for considerado conforme em relação aos limites
brasileiros, mas indicar violação ao requisito específico dos EUA (nível superior à tolerância
aplicável nos EUA ou indicar presença de substância não autorizada nos EUA), o SIF local deverá:
i. comunicar o resultado ao respectivo SIPOA;
ii. solicitar ao estabelecimento que realize investigação para identificação das potenciais
falhas que tenham permitido a entrada de matéria-prima não conforme e que apresente plano
de ação contendo as medidas corretivas e preventivas adotadas; e
h) Não se faz necessária a segregação da pele dos animais, não destinadas ao
consumo humano.
30
6.1.3.1. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE AVERMECTINAS
31
Os Limites Máximos de Resíduos (LMR) para as avermectinas são os seguintes:
32
6.2. PRODUTORES DE TERMOPROCESSADOS
33
total de carne utilizada. Além disso, atenção especial deve ser dada a rotulagem, uma vez que
sua presença deve estar explícita na lista de ingredientes que compõe o produto.
Previamente à sua produção, a empresa deve protocolar junto ao SIF local um Memorial
Descritivo elaborado que contenha informações relativas ao produto a ser fabricado e que
deverá ser aprovado pelo SIPOA responsável.
O modelo de check list a ser obrigatoriamente utilizado na avaliação de memoriais
descritivos de produção de produtos submetidos ao processo de esterilização comercial, cujo
destino seja a exportação aos Estados Unidos da América, é aquele previsto no anexo VIII deste
consolidado.
Este check list relaciona os pontos de controles de produção que deverão
obrigatoriamente constar da descrição do produto quando da apresentação do memorial
descritivo de produção para produtos submetidos à esterilização comercial que serão
exportados aos Estados Unidos da América. Estes pontos de controles de produção deverão ser
inseridos e implementados nos programas de autocontrole dos estabelecimentos.
Os itens a serem descritos em cada memorial são:
1) Identificação
a. Estabelecimento
b. Produto
2) Documentos de designação
34
a. Documento da empresa designando técnico capacitado como responsável
pelo cálculo de processo.
b. Documento da empresa designando pessoa responsável pelo processo de
fabricação do produto.
3) Documentos técnicos
a. Fórmula do produto.
b. Formato e capacidade da embalagem.
c. Tempo e temperatura de cozimento anterior ao envase.
d. Temperatura do produto e do líquido de cobertura (quando for o caso), no
momento do enlatamento.
e. Vácuo mínimo admissível para a operação de recravação (quando for o
caso).
f. Espaço livre referido (quando aplicável).
g. Métodos de controle do fechamento e vedação para outros tipos de
embalagem.
h. Tamanho e identificação dos lotes durante o período em que as amostras
dos mesmos forem incubadas.
i. Descrição do equipamento utilizado para acompanhamento das diferentes
fases, bem como a frequência e maneira de aferição do mesmo.
j. Formulários utilizados para registrar os diferentes tipos de controle, bem
como indicação do lugar em que os mesmos serão arquivados para eventual
consulta pela Inspeção Federal.
k. Critérios utilizados para o controle de produtos, durante a incubação.
l. Critérios utilizados para a inspeção do produto pronto para embarque.
m. Providências a serem adotadas pela firma, por ocasião de emergência
ocorrida durante o procedimento tecnológico, tais como falta de água,
vapor, força, etc.
n. Descrição dos testes realizados visando avaliar a estabilidade do produto
frente a deterioração por microrganismos termófilos durante todo período
de armazenamento e transporte até o consumidor final.
o. Procedimentos de manutenção das autoclaves.
p. Procedimentos de controle da água de resfriamento das autoclaves.
q. Quantidade máxima de ar residual em pouches.
r. Descrição das condições nas quais o retrabalho poderá ser realizado.
s. Temperatura inicial do produto.
t. Tempo de desaeração das autoclaves (quando aplicável).
u. Temperatura do processamento.
v. Tempo de processamento.
w. Tempo de resfriamento.
x. Temperatura máxima após resfriamento.
y. Método de registro de temperatura do processo (termômetros de mercúrio
ou outros dispositivos que atendam a padrões reconhecidos e precisos
quando testados para sua acuracidade devem ser referência).
z. Métodos e medidas utilizadas para a avaliação da recravação:
i. Profundidade da recravação (countersink depth)
ii. Altura da recravação (seam length)
35
iii. Espessura total da recravação (seam thickness)
iv. Espessura da folha do corpo
v. Espessura da folha da tampa
vi. Comprimento do gancho da tampa
vii. Comprimento do gancho do corpo
viii. Espaço livre da recravação (free space)
ix. Recobrimento real (overlap)
I) Procedimentos escritos
38
c) A formulação do produto, relacionado à espécie da matéria-prima utilizada e
respectivos ingredientes, devem estar afixados em locais de fácil leitura e visualização, durante
a produção.
d) Medidas de prevenção de contaminação cruzada de matérias-primas recebidas
de outras empresas.
II) Registros
39
V) Verificação Oficial
40
6.2.1.5. TESTE DE INCUBAÇÃO
A temperatura de incubação deve ser mantida a 35ºC, com variações de + 2.8ºC. Caso a
temperatura de incubação caia abaixo de 32ºC ou exceda 38ºC, mas não ultrapasse 39.5ºC, a
temperatura de incubação deve ser ajustada na faixa requerida e o tempo de incubação
estendido, adicionando-se o tempo que as amostras permaneceram na temperatura de desvio.
Se a temperatura de incubação estiver em temperatura igual ou acima de 39.5ºC por mais de 2
horas, as amostras devem ser descartadas, colhida novas amostras e reiniciado o teste na faixa
de temperatura anteriormente estabelecida.
As amostras devem ser mantidas nessas condições durante 240 horas (10 dias).
c) Reinspeção pré-embarque
41
presente no item 'XV. CONDITION OF CONTAINER EXAMINATIONS', letra 'B. Sampling Plans',
tabela SP7, da Diretiva do FSIS 9900.2, Rev 1 de 16/05/2017.
Os procedimentos de realização da inspeção física de embalagens a serem adotados
estão presentes no item XV, letra 'C. Conducting A Physical Inspection', da mesma Diretiva. Para
este fim, os estabelecimentos devem atualizar seus programas de autocontroles, de forma a
inserir os procedimentos de reinspeção pré-embarque, sua forma de registro, descrição dos
defeitos críticos ou não críticos (tabela COCE1 para latas e COCE2 para pouches), critérios de
aceitabilidade e de destinação aplicados aos lotes de produção (lot disposition) de acordo com
a citada Diretiva.
Pelo menos 1% (um por cento) das unidades de embalagem de cada lote de produção
deverá ser pesado na reinspeção pré-embarque. Os critérios de aceitabilidade e de desvios
permitidos devem atender o disposto no item XVII. NET WEIGHT REINSPECTION da Diretiva do
FSIS 9900.2, de 2017. Tais procedimentos devem estar descritos nos programas de autocontrole
do estabelecimento.
No relatório pré-embarque deve ser verificado o atendimento aos requisitos de
incubação de cada lote e tipo de produto a ser embarcado.
Para fins de exportação aos Estados Unidos da América, considera-se carne cozida o
produto cárneo obtido de carne das diferentes espécies animais, com adição ou não de
ingredientes, e submetida a processo térmico específico. Esta definição inclui a língua cozida
congelada de bovinos, cujos procedimentos para exportação são idênticos aos adotados aos
outros tipos de carne cozida exportados.
A carne cozida, produzida para exportação para os Estados Unidos, deve atender os
requisitos do Título 9. Code of Federal Regulations, § 94.4(b).
Os estabelecimentos que produzem carne cozida e congelada devem observar as
seguintes exigências:
- Para a realização do teste do suco rosado é necessário dispor de peça de carne no
centro do tubo, seja para qualquer tipo de apresentação do produto mesmo que moído, de
tamanho tal que se permita obter um cubo de 3,8 cm de lado;
- Para facilitar o corte do referido cubo deve-se marcar a placa plástica branca com
sulcos de 3,8 cm de lado;
- A peça não deve pesar mais de 5 kg, precisa ser submetida a água fervente ou ao vapor,
de modo a alcançar a temperatura interna não menor que 79,4ºC no ponto frio, após cozimento
por tempo mínimo de 105 minutos;
42
- Os tanques de cozimento devem dispor de selo de água, nas áreas restritas e de carne
“in natura” (crua), mesmo quando não houver processamento de carne;
- Os tubos de carne devem possuir identificação não somente da produção como
também da origem da carne, de forma a permitir o exercício da rastreabilidade. Assim dados
sobre a data de abate e origem da carne são importantes para a apuração de eventuais desvios
na qualidade do produto;
- Para facilitar a identificação da produção torna-se necessário identificar os tanques de
cozimento, inclusive o de retorno;
- A instalação de relógios de parede nas duas áreas de beneficiamento da carne cozida
e congelada facilita o controle e anotação do processamento do produto;
- Todos os dados referentes à elaboração do produto em questão como tempos,
temperaturas, número sequencial do processo, testes realizados, origem da matéria-prima e
outros devem ser anotados em formulários, nas duas áreas de trabalho;
- a IF local deve acompanhar a realização dos testes do suco rosado (Pink juice) pela
empresa. A frequência de verificação oficial será diária, seguindo a amostragem prevista na NI
1/2017 para avaliação de APPCC (outros PCC’s).
- O produto final deve ser armazenado em área previamente marcada ou separada na
câmara de estocagem.
Quanto à eficácia do tratamento térmico, à possibilidade de processamento da carne
posterior ao cozimento e os procedimentos para verificar se a temperatura mínima de
cozimento foi atingida, devem ser atendidas as seguintes orientações:
Carne Moída (na qual não pode ser incluído o músculo cardíaco), cubos de carne, fatias
de carne ou cortes anatômicos de carne (cortes retirados do tecido muscular esquelético),
pesando não mais que 5 kg deve ser colocada em um tubo de cozimento flexível ou semi-flexível,
de plástico ou outro material aprovado pelo USDA.
A carne então deve ser cozida em água fervente ou em forno alimentado por vapor, em
equipamentos de processo contínuo ou descontínuo, para atingir a temperatura interna mínima
de 79,4ºC no ponto mais frio, após o cozimento por pelo menos 105 minutos.
No caso de cozimento em equipamento de processo contínuo, será considerado como
uma operação de cozimento o período acima referido.
A efetividade do cozimento deverá ser determinada por um dispositivo de indicação de
temperatura (DIT) para a temperatura almejada, colocado no ponto mais frio, ou pelo teste do
suco rosado. Abaixo estão descritos os procedimentos para:
Para cubos de carne , pelo menos 50% dos pedaços de carne por tubo devem possuir
3,8 cm ou mais em cada dimensão após o cozimento ou, se mais que 50% dos pedaços de carne
em cubos por tubo forem menores que 3,8 cm em todas as dimensões ou ainda se o produto
for carne moída, um pedaço indicador consistindo de um único pedaço de carne de tamanho
suficiente para o teste do suco rosado ser realizado (3,8 cm ou maior em cada dimensão após o
cozimento) deve ser colocado na parte mais fria do tubo.
43
Pelo menos 50% das fatias de carne devem possuir 3,8 cm ou mais em cada dimensão
após o cozimento ou, se mais que 50% dos pedaços de carne são menores que 3,8 cm em todas
as dimensões, após o cozimento, um pedaço indicador de tamanho suficiente para a realização
do teste do suco rosado (3,8 cm ou maior em cada dimensão após o cozimento) deve ser
colocada no ponto mais frio do tubo.
(i) Para carne que é cozida e destinada a processamento posterior, até dois tubos de
cada lote por cozinhador devem ser aleatoriamente selecionados pelo Serviço de Inspeção
responsável pela emissão do Certificado. Se um dispositivo de indicação de temperatura (DIT)
não for utilizado, um pedaço cilíndrico ou quadrado de pelo menos 3,8 cm em cada dimensão
deve ser retirado do ponto mais frio de cada tubo. O pedaço quadrado ou cilíndrico será o
pedaço indicador para o teste do suco rosado. O pedaço indicador ou o pedaço contendo o DIT
deverá ser lacrado em plástico ou outro material aprovado pelo USDA e ser acompanhado de
certificado emitido pelo veterinário oficial responsável pela seleção dos tubos, com a inscrição
descrita no item 8, sub-item (ii) do Regulamento 9CFR Parte 94, § 94.4(b).
Como poderá ser observado, faz-se necessária a colocação da data em que o tubo foi
processado termicamente e a data em que o tubo foi coletado por amostragem. Cada lote por
cozinhador deve ter pelo menos um, mas não mais que dois pedaços indicadores ou pedaços
contendo um DIT. Estes pedaços indicadores deverão ser individualmente lacrados, rotulados e
colocados juntos em uma caixa lacrada que acompanhará o carregamento.
(ii) Após a remoção do pedaço indicador ou do pedaço contendo o DIT, toda a carne
do mesmo lote do mesmo cozinhador poderá ser cortada em cubos menores e lacrada em
plástico ou outro material aprovado pelo USDA. Após ser processada em cubos menores, a carne
não poderá sofrer novo processamento antes do embarque para os Estados Unidos.
Os cubos de carne e o pedaço indicador ou pedaço contendo o DIT devem ser lacrados
e devidamente identificados e devem acompanhar a carga para os Estados Unidos, conforme
declaração adicional que acompanha o certificado vigente.
De acordo com o estabelecido na norma americana, a exigência para retirada de um
pedaço indicador para o teste do suco rosado ou do pedaço contendo o DIT a ser enviado junto
com o carregamento para os Estados Unidos é aplicável apenas para produtos que tenham que
ser submetidos a uma redução do tamanho dos pedaços de carne após a etapa de cozimento.
44
Neste caso, deverão ser observadas as orientações específicas contidas no item 6 do
Regulamento 9CFR Parte 94, § 94.4(b).
O envio do pedaço indicador junto com o carregamento somente deverá ser realizado
caso a exportação seja amparada pelo certificado sanitário internacional para carne cozida. Caso
a exportação seja feita com o uso de um certificado para produtos em natureza não há
necessidade de se encaminhar a peça testemunha junto com a carga. Cabe ainda ressaltar que
quando da exportação deste tipo de produto nenhum requisito de certificação presente no
modelo de certificado para a exportação de carne em natureza deverá ser alterado ou tachado.
Os estabelecimentos que forem exportar produtos que necessitem deste
processamento posterior ao cozimento, deverão submeter ao SIF local o protocolo de
procedimentos relativos à preparação e coleta do pedaço indicador ou do pedaço contendo o
DIT, observando o disposto no item 6 do Regulamento em questão e detalhes sobre o
processamento completo do produto. Este protocolo será avaliado e após a sua aprovação, o
produto será liberado para exportação aos Estados Unidos
Para as exportações de carne cozida e congelada que não será submetida a qualquer
processamento ou manipulação após o cozimento permanecem os procedimentos já
estabelecidos para o produto.
O SIF local deve proceder à verificação do Programa Sentinela de Listeria com coleta de
amostra mensal, coletada em superfície de contato direto, sorteada pelo SIF dentre as previstas
no Programa Sentinela de Listeria spp. do estabelecimento.
O SIF deve efetuar a coleta com preenchimento de Solicitação Oficial de Análise (SOA) e
remeter para laboratório credenciado da rede MAPA que utilize de técnica analítica reconhecida
pelo FSIS/USDA.
O estabelecimento é o responsável por fornecer o material de coleta, seu
acondicionamento e envio, conforme Art. 73 do RIISPOA.
O resultado deve ser expresso em Certificado Oficial de Análise (COA) e ser remetido
diretamente do laboratório para o SIF demandante. O SIF local é responsável pela correta
interpretação do resultado e pelas ações fiscais decorrentes desta verificação oficial.
Deve-se ainda proceder à verificação do produto final com a coleta de uma amostra
mensal de carne cozida e congelada para realização de ensaio laboratorial de Listeria
monocytogenes e de Salmonella spp.
O ensaio deve ser realizado no LFDA/MG, que utiliza metodologia do FSIS/USDA, e o
resultado deve ser expresso em COA.
47
c.7) Se o resultado for positivo para Listeria monocytogenes o lote do produto testado
não pode ser liberado, devendo o estabelecimento propor a destinação do mesmo, com base
em seu plano APPCC.
Tendo em vista a exportação aos EUA, deve-se atentar para os aspectos de saúde
animal, especialmente para a inativação do vírus da febre aftosa, eventualmente presente, além
dos aspectos relacionados com a saúde pública (prevenção de crescimento de microrganismos
toxigênicos, especialmente o Staphylococcus aureus).
O processamento do Beef jerky/Dried Cooked Beef pode ser dividido em quatro etapas
básicas: o fatiamento da carne em tiras ou cubos, a marinação, o processamento térmico
(cozimento e desidratação) e a secagem.
A fim de conferir ao produto maior segurança quanto à sua inocuidade, podem conjugar
à cura e ao aquecimento do produto outros tratamentos que auxiliem na prevenção, eliminação
ou redução da multiplicação microbiana, como o pré-aquecimento ou imersão em ácido acético
a 5% durante 10 (dez) minutos.
No tratamento para garantir a inocuidade do produto o estabelecimento deve aplicar
um tratamento para controlar, reduzir ou eliminar os perigos biológicos identificados na análise
de perigos. Esses perigos incluem os principais microrganismos patogênicos presentes na carne,
que podem incluir, mas não se restringem a Salmonella spp., Listeria monocytogenes,
Staphylococcus aureus e Escherichia coli O157:H7. As empresas devem prever em seu plano
APPCC as medidas de controle para cada etapa do processo.
Os estabelecimentos devem apresentar testes de penetração de calor para garantir a
redução adequada do número de microrganismos, principalmente a Salmonella.
O processamento térmico do Beef jerky deve assegurar uma redução de no mínimo
5log10 de Salmonella spp. Para alcançar essa redução da carga bacteriana, a temperatura do
meio de aquecimento e a umidade relativa são fatores críticos, pois em atividade de água
reduzida, a resistência bacteriana ao calor (valor D) aumenta.
Caso o estabelecimento opte por utilizar apenas a referência de processo térmico do
Apêndice A (9CFR §§ 318.17(a)(1) and 381.150), para evitar o fenômeno denominado
“esfriamento evaporativo”, deve ser mantida, na fase de letalidade, uma Umidade Relativa
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superior a 90% para evitar o dessecamento do produto até que o binômio tempo-temperatura
definido seja alcançado.
Os estabelecimentos podem aplicar outros procedimentos de controle, desde que o
processo de letalidade propicie uma redução de 5 log10 de Salmonella spp. e a desidratação,
medida pela Relação Umidade/Proteína e pela Atividade de Água, atinjam os limites
estabelecidos para cada tipo de produto. No entanto, esses procedimentos devem ter sido
validados.
Adicionalmente ao binômio tempo-temperatura, a umidade relativa (exemplo: vapor)
na estufa é também crítico para atingir a letalidade adequada no produto final. É importante
que o estabelecimento mantenha a umidade de acordo com o suporte científico. Se a umidade
relativa não é adicionada ou mantida pelo processo, o estabelecimento deve manter o suporte
técnico demonstrando que a umidade não é um parâmetro operacional crítico (validação de
processo).
No Compliance Guideline for Meat and Poultry Jerky by small and very small
establishments (2017), link abaixo, estão algumas das referências para controle de umidade, que
podem ser utilizadas como embasamento.
https://www.fsis.usda.gov/wps/wcm/connect/bf3f01a1-a0b7-4902-a2df-
a87c73d1b633/Salmonella-Compliance-Guideline-SVSP-RTE-Appendix-A.pdf?MOD=AJPERES
A baixa aW tem como objetivo evitar a multiplicação de microrganismos toxigênicos,
especialmente o S. aureus.
O controle da temperatura nas etapas anteriores à etapa de letalidade, também tem a
finalidade de manter a população de microrganismos baixa, evitando que atinjam níveis que
permitam a produção destas toxinas.
Medidas de controle microbiológico adicionais também são consideradas válidas.
O estabelecimento deve medir a atividade de água, para avaliar se o produto atingiu o
limite crítico para sua estabilidade em temperatura ambiente. A atividade de água é um
elemento indispensável para determinar o nível adequado de secagem. A Aw pode variar em
determinada RUP, como resultado da presença e nível de diferentes solutos como açúcar ou sal.
Desta maneira, os testes laboratoriais para atividade de água devem ser realizados para verificar
se o produto foi dessecado adequadamente, garantindo, assim, a sua estabilidade durante a
vida de prateleira.
O PSO e o PPHO do estabelecimento devem assegurar que o produto seja
adequadamente manipulado para prevenir recontaminações ou contaminação cruzada por
patógenos nas etapas pós-processamento térmico, o que inclui manter o ambiente e
equipamentos (incluindo luvas, utensílios, etc.) secos durante as atividades de manipulação de
produtos.
Por ser um produto com baixa atividade de água, o que auxilia no controle
microbiológico, as áreas pós-processamento térmico são consideradas áreas controladas,
devendo haver controles de forma a evitar a recontaminação do produto pronto para consumo.
A análise de perigos do plano de APPCC deve contemplar a etapa de cozimento na estufa
em duas fases: cocção e desidratação.
Os dois limites críticos devem ser alcançados mesmo que uma das etapas não seja
considerada Ponto Crítico de Controle.
49
6.2.3.1. VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO
50
Como o tratamento industrial da carne desidratada, por si só, não é capaz de evitar os
riscos à saúde do consumidor, é necessário, nas etapas pós-processamento térmico, de se
coletar elementos e adotar procedimentos visando o controle dessas ocorrências. Neste
particular, o microrganismo alvo deve ser a Listeria spp. A Listeria spp. é capaz de formar colônias
em equipamentos de processo, particularmente em superfícies com deficiências de manutenção
ou de difícil acesso à limpeza. A implantação de programa de manutenção de equipamentos é
uma eficiente medida preventiva dirigida ao controle de Listeria spp. Assim, a inspeção dos
equipamentos permite avaliar a aplicação e a eficiência do programa de manutenção.
De acordo com a Diretiva FSIS 10240.4 os estabelecimentos devem ter medidas de
controle ambiental para evitar que produtos prontos para consumo (RTE – Ready-to-eat) sejam
recontaminados após a etapa de letalidade. A alternativa a ser utilizada é a 2B do FSIS Listeria
Guideline.
O estabelecimento deve ainda testar todos os lotes de produto final quanto à presença
de Listeria monocytogenes e de Salmonella spp., sendo que os laudos de análise deverão ser
obrigatoriamente apresentados ao Serviço Oficial como documentação de suporte para a
emissão de certificação sanitária internacional.
Cinco (05) amostras, por linha de produção, por semana, assim distribuídas: três (03)
amostras de superfícies de contato com produtos e duas (02) amostras de superfícies que não
entram em contato direto com produtos como, por exemplo, interruptores, ralos, aventais,
maçanetas, trincos entre outros.
i) Coleta de 03 (três) amostras dos mesmos locais onde foram colhidas as amostras de
superfície por dia durante 03 (três) dias consecutivos para Listeria spp. São 09 (nove) amostras
consecutivas de cada local, totalizando 27 (vinte e sete) amostras.
52
ii) Se as 09 (nove) amostras consecutivas são negativas para Listeria spp., retorna-se a
amostragem ambiental de rotina.
iii) Se 01 (uma) amostra é positiva, realizar a sanitização no local utilizando o critério de
PCC.
i) Coleta de 02 (duas) amostras dos mesmos locais onde foram colhidas as amostras de
superfície por dia durante 03 (três) dias consecutivos para Listeria spp. São 06 (seis) amostras
consecutivas de cada local, totalizando 12 (doze) amostras.
ii) Se as 06 (seis) amostras consecutivas são negativas para Listeria spp. retorna-se a
amostragem ambiental de rotina.
iii) Se 01 (uma) amostra é positiva deve-se intensificar a higienização do local, e
continuar a amostragem de 02 (duas) amostras/local/dia até que 06 (seis) amostras
consecutivas sejam negativas.
I- Ambiente
i) Colher 03( três) amostras/local/dia por 03 (três) dias consecutivos para Listeria spp.
São 09 (nove) amostras consecutivas;
ii) Se as 09 (nove) amostras consecutivas são negativas para Listeria spp., retorna-se a
amostragem ambiental de rotina e elimina-se o PCC;
iii) Se 01 (uma) amostra é positiva para Listeria spp., a sanitização dessa área em
particular deve ser monitorada como PCC;
iv) Este monitoramento deve ser removido quando o estabelecimento comprovar que o
risco à inocuidade do produto foi eliminado.
II- Produto
53
6.2.4. PRODUÇÃO DE EXTRATO DE CARNE
54
esterilizadas comercialmente e extrato de carne), a execução de análises oficiais para
avermectinas pelo Serviço Oficial ocorrerão da seguinte forma:
a) As amostras de produto final devem ser colhidas pela equipe do Serviço de
Inspeção Federal local com preenchimento de Solicitação Oficial de Análise (SOA);
b) A frequência da coleta deve ser uma amostra mensal de cada tipo de produto
(carne cozida e congelada de bovino, carne desidratada shelf stable (beef jerky/dried cooked
beef), conservas esterilizadas comercialmente e extrato de carne);
c) As amostras devem ser remetidas para o ensaio de avermectinas para LFDA ou
laboratório credenciado da rede MAPA que se utilize da técnica analítica a cromatografia líquida
de alto desempenho (HPLC)
d) O resultado deve ser expresso em Certificado Oficial de Análise (COA) e ser
remetido diretamente do laboratório para o SIF demandante;
e) O SIF local é responsável pela correta interpretação do resultado e pelas ações
fiscais decorrentes dessa verificação oficial.
Os Limites Máximos de Resíduos (LMR) para as avermectinas são os seguintes:
55
6.3. PRODUTORES DE CARNE IN NATURA
Para exportar carne in natura aos EUA, somente são elegíveis os estabelecimentos
registrados sob SIF que realizam o ciclo completo de produção (abate, desossa e estocagem),
nos quais todas as operações desde o abate até a obtenção do produto final destinado aos EUA
ocorram na mesma unidade.
Ressaltamos ainda que os animais a serem abatidos visando a produção de carne em
natureza devem ser provenientes de um dos 14 estados da Federação considerados como
elegíveis pelos EUA e listados no 9 CFR 94.29 (Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia,
São Paulo, Sergipe, e Tocantins). Esta restrição não é aplicável na situação em que o abate dos
animais for realizado objetivando a produção de matéria-prima destinada a fabricação de
produtos termoprocessados, à exceção da situação prevista por meio do item “5. Certificação”
deste consolidado (carne cozida congelada exportada com o uso do modelo de certificado
sanitário internacional destinado a amparar as exportações de carne em natureza).
Além dos procedimentos e critérios previstos no item 6.1 deste consolidado, os
estabelecimentos que pleitearem ou que já possuem habilitação para exportar carne in natura
bovina aos EUA devem atender também ao seguinte:
Para a exportação de carne em natureza aos EUA deve ser realizada a maturação
sanitária das carcaças e mensuração de pH, de acordo com os seguintes parâmetros:
a) Maturação em ambiente mantido com temperatura entre 4°C a 10 °C, por no
mínimo 24 horas, após o abate e que tenham atingido pH menor que 6,0;
b) Mensuração do pH no centro de ambos os músculos Longissimus dorsi, no final
do período de maturação, de todas as meias-carcaças;
c) Para carcaças cujo pH não tenha atingido valor menor do que 6,0 em 24 horas,
é permitida a maturação adicional no máximo por 24 horas, quando deverá ser mensurado
novamente o pH. Após esta nova mensuração, se o valor do pH não for menor que 6,0, a carcaça
não poderá ser destinada à exportação para os EUA como carne in natura, ou seja, a empresa
deve assegurar que em até 48 horas o pH das meias-carcaças atingiram valor menor que 6,0.
A limpeza rotineira do eletrodo (bulbo) do peagâmetro deverá ser realizada
regularmente através de aspersão de água destilada e, sempre após a medida de pH com valor
significativamente desviado da média normalmente encontrada. Deve-se efetuar,
regularmente, a calibração do peagâmetro, conforme as recomendações do fabricante, sendo
que os procedimentos deverão ser descritos em manual próprio e acessível a todos os técnicos
responsáveis pelo controle de pH.
O SIF deve inserir em seu plano de inspeção a descrição da avaliação destes aparelhos
para que os mesmos sejam verificados oficialmente em frequência determinada pela Norma
Interna 01/2017.
56
6.3.2. PROCEDIMENTOS DE REINSPEÇÃO
57
6.3.2.1. PROCEDIMENTOS DE AUTOCONTROLE
Devem ser reinspecionados pela empresa 100% dos quartos a serem desossados, em
local específico para tal na entrada da sala de desossa, com iluminação adequada, plataforma,
conjunto sanitário e bandejas coletoras.
Os procedimentos de remoção das contaminações visíveis e de destinação dos quartos,
atendendo os critérios de aceitabilidade definidos, devem estar descritos nos programas de
autocontrole. Deve ser usado marcador próprio e formulário específico para registro das
contaminações removidas, fazendo a classificação e quantificação para gestão dos dados,
visando à correção de processos ou de procedimentos operacionais nas etapas que antecedem
a desossa.
Na presença de eventual defeito devem ser adotadas medidas corretivas para os
quartos afetados, inclusive a sua desclassificação para exportação, e medidas preventivas
adequadas, registrando os achados em formulário específico e acumulando em base de dados
para análise estatística de tendência, a ser disponibilizada sempre que o SIF local requisitar.
Caso os defeitos observados ofereçam risco à saúde pública, deve proceder-se com as
seguintes ações:
- Identificar as causas do desvio;
- Restabelecer a condição sanitária do produto;
- Desenvolver procedimentos que evitem a recorrência; e
- Assegurar que nenhum produto contaminado seja comercializado (CFR 417.3).
58
O estabelecimento deve ter descritos os procedimentos de desclassificação de
produtos, a depender de uma análise técnica e do contaminante encontrado. Se o contaminante
representar risco à saúde pública, todos os produtos do lote avaliado devem ser
desclassificados. Adicionalmente, o estabelecimento deverá adotar medidas sobre todos os
produtos fabricados no turno, visando restabelecer sua condição sanitária.
Ao contrário, se o contaminante não oferecer risco à saúde pública, o estabelecimento
deve adotar medidas corretivas sobre o produto e medidas preventivas adequadas, corrigindo
procedimentos e processos. Todas as ações tomadas devem gerar registros auditáveis e serem
disponibilizados ao SIF local sempre que solicitado.
Durante a desossa o SIF local deve implementar procedimentos para verificação oficial
observando os seguintes critérios e/ou procedimentos:
O SIF deve reinspecionar 2% dos quartos a serem desossados no turno, número que
nunca deve ser inferior a 20 quartos. Esta reinspeção deve ser realizada no mínimo duas vezes
por turno de desossa (1% dos quartos a cada verificação), selecionando aleatoriamente
dianteiros e/ou traseiros previamente liberados na reinspeção obrigatória pela empresa,
evitando-se horários pré-definidos.
59
encontrado significar risco à saúde pública, todos os produtos do lote avaliado devem ser
desclassificados, assim como deve ser determinada a revisão da reinspeção dos lotes que já
passaram por esta avaliação no turno de produção, adotando os mesmos critérios de
desabilitação, caso sejam encontrados contaminantes. Entretanto, se o contaminante
encontrado não significar risco à saúde pública, apenas o produto sob análise deve ser
desclassificado para exportação aos EUA.
- Autuar o estabelecimento pela infração constatada, observado o devido
enquadramento para cada tipo de contaminação (inciso XXVI do art. 496 para contaminantes
que representam risco à saúde pública, ou inciso IX do art. 496 para outros defeitos/
contaminantes); e
- Determinar a adoção de medidas adicionais sobre todos os produtos fabricados no
turno e/ou lote, visando restabelecer sua condição sanitária, caso o defeito/contaminante
detectado represente risco à saúde pública.
Ossos/fragmentos ósseos e cartilagens, além de tendões/ligamentos e
linfonodos/hemolinfonodos não são verificados oficialmente na reinspeção de quartos, apenas
na reinspeção de cortes e/ou recortes, onde a tolerância é zero para estes defeitos.
De qualquer forma, o estabelecimento deve adotar medidas eficazes de toalete das
carcaças no abate, para evitar a presença de linfonodos que são facilmente removíveis na
entrada da desossa.
O SIF deve registrar as ações de verificação oficial realizadas no formulário constante
do anexo V, a ser arquivado na IF local.
60
f) A realização de processo investigativo para identificação das causas de desvio
nos casos de resultados de análise positivos para E. coli STEC e Salmonella spp. e adoção de
medidas corretivas e preventivas sobre o processo de produção para evitar recorrência;
g) Procedimentos de higienização rigorosos, principalmente quando da detecção
destes patógenos;
h) Contar com ferramentas de verificação que permitam confirmar a efetividade
das medidas corretivas e preventivas adotadas, incluindo avaliação do processo de higienização;
e
i) A apresentação rotineira dos resultados das análises laboratoriais para pesquisa
destes patógenos ao SIF local, além de sua apresentação junto ao relatório de pré-embarque de
produtos.
As análises para detecção de E. coli STEC e Salmonella spp. serão realizadas em 100%
dos lotes de produção, devendo ser coletadas amostras de recortes/aparas da desossa (trim) e
carne íntegra a ser moída nos EUA. O FSIS informa possuir um sistema multinível para a
classificação, sendo a categoria de processo de HACCP o mais alto nível, seguido pela categoria
de produto e pelo grupo de produto. Esclarece que “Boneless Manufacturing Trimmings”,
“Cuts”, “Primals and Subprimals” estão todos classificados na categoria de processo de
HACCP RAW INTACT e na categoria de produto RAW INTACT BEEF. Entretanto, o órgão criou
grupos de produtos separados e distintos para “Boneless Manufacturing Trimmings” (que inclui
os recortes manufaturados de carne bovina), “Primals and Subprimals” e “Cuts”. A razão para
isso é o fato de produtos classificados dentro dois últimos grupos normalmente permanecerem
intactos, enquanto os do primeiro serem usados para outros fins (como fabricação de carne
61
moída, por exemplo – “raw non-intact beef”). Portanto, os “Boneless Beef Manufacturing
Trimmings” estão sujeitos à diferentes atividades de verificação pelo FSIS, como a frequência de
amostragem e teste para STEC nos pontos de entrada de produtos nos Estados Unidos.
Para a carne íntegra a ser moída, o estabelecimento deve fazer constar em seu programa
de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) esta possibilidade, emitindo uma
declaração do uso pretendido na ordem de produção que será entregue ao SIF para respaldar a
certificação. Para este caso é exigida a realização de análise de E. coli STEC na superfície dos
cortes produzidos.
É facultativa a amostragem de E. coli STEC nos produtos destinados a
termoprocessamento nos Estados Unidos da América. O estabelecimento produtor deve fazer
constar em seu programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) esta
possibilidade, emitindo uma declaração do uso pretendido na ordem de produção que será
entregue ao SIF para respaldar a certificação, assegurando, assim, que o produto seja utilizado
como estipulado.
Para a carne in natura que será consumida desta forma nos EUA o estabelecimento deve
fazer constar em seu programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) esta
possibilidade, emitindo uma declaração do uso pretendido na ordem de produção que será
entregue ao SIF para respaldar a certificação. Entretanto, para este caso não é exigida a
realização de análise de E. coli STEC nos cortes produzidos. No entanto, estes produtos estão
sujeitos a amostragem nos portos norte-americanos de entrada, bem como amostragem pelo
Serviço Oficial brasileiro e, caso haja detecção de lote positivo para STEC, outros produtos não
microbiologicamente independentes do lote positivado poderão estar sujeitos às ações de
controle – e.g. rechaço ou recall. Assim, ao garantir que procedimentos de formação de lotes
estejam bem definidos, evita-se a implicação de outros produtos em medidas aplicadas pelo
FSIS – como aqueles já liberados para comércio nos Estados Unidos, ou dos que estejam em
trânsito para o país, na eventualidade de alguma detecção de STEC em pontos de entrada.
Sem prejuízo dos critérios gerais para a definição de lote descrito acima, as análises para
detecção de E. coli STEC e Salmonella spp. devem considerar os seguintes fatores:
a) No sistema de acondicionamento direto em embalagem final (ex.: sacarias ou
caixarias), deve-se garantir que pelo menos cinco embalagens sejam amostradas para compor o
N=60;
b) As cinco embalagens a serem amostradas devem, obrigatoriamente, incluir
sempre a primeira embalagem e a última embalagem do lote, sendo que as outras três restantes
devem abranger aleatoriamente todas as linhas de produção dentro deste intervalo; e
c) Fica permitida a utilização de equipamento (ex.: cilindro coletor) para a coleta
das amostras, desde que observadas as boas práticas, incluindo higienização do equipamento
entre as coletas e o quantitativo mínimo da amostra determinado na metodologia.
As empresas devem manter todos os lotes testados segregados na unidade industrial,
de forma facilmente rastreável e identificável, até a obtenção dos resultados das análises
laboratoriais.
Os estabelecimentos devem manter, igualmente segregados em sua unidade industrial,
os lotes de carne bovina em natureza submetidos a análises oficiais para detecção de E. coli STEC
e Salmonella spp. até a obtenção do resultado da análise oficial.
As análises laboratoriais para detecção de E. coli STEC e Salmonella spp. poderão ser
realizadas nos laboratórios das empresas ou laboratórios credenciados pelo MAPA pertencentes
62
à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários que possuam as metodologias preconizadas
pelo FSIS/USDA em seu escopo.
As análises para E. coli STEC (sorogrupos O157:H7, O26, O45, O103, O111, O121 e O145)
compreendem três etapas:
a) Primeira etapa: consiste do “PCR Screening Test”, visando detectar o resultado
potencialmente positivo;
b) Segunda etapa: consiste do isolamento e reação com antígeno para detecção do
presumivelmente positivo; e
c) Terceira etapa: consiste da determinação sorológica ou genética para detecção
do sorogrupo positivo confirmado.
As análises para Salmonella spp. compreendem uma única etapa, que consiste do “PCR
Screening Test”, visando detectar resultado positivo.
Não caberá, em hipótese alguma, a realização de um segundo “PCR Screening Test” no
mesmo produto/lote já testado que obteve resultado analítico positivo nesta etapa, seja na
análise para E. coli STEC (primeira etapa) como para Salmonella spp. (etapa única), por não se
tratar de um teste conclusivo.
Considerando que a análise para E. coli STEC envolve três etapas analíticas para
confirmação da presença dos patógenos, as empresas devem observar o que segue:
a) O estabelecimento que optar por utilizar somente o “PCR Screening Test” e
encontrar resultado positivo, sem realizar a confirmação de E. coli STEC através das etapas
seguintes, deverá considerar e tratar o produto/lote como positivo;
b) O produto com resultado potencialmente positivo no “PCR Screening Test”
apenas poderá ser comercializado após realização dos testes complementares (segunda e
terceira etapas), confirmando ser negativo para os 07 sorogrupos de E. coli STEC testados;
c) Para o produto com resultado potencialmente positivo no “PCR Screening Test”
que seja destinado para um tratamento que inative a E. coli STEC, fica dispensada a realização
da segunda e terceira etapas para confirmação do sorogrupo.
No caso das análises para Salmonella spp., cuja análise se dá em etapa única, caso seja
obtido resultado positivo no “PCR Screening Test”, a empresa deverá considerar e tratar os
produtos/lotes como positivos de forma definitiva e destiná-los a um tratamento que inative o
patógeno.
Em qualquer caso de detecção de E. coli STEC e Salmonella spp. em lotes de carne bovina
em natureza, seja nas análises de rotina da empresa ou nas análises oficiais, o estabelecimento
deverá:
a) Rastrear/localizar o lote testado como positivo e outros que possam ter tido
contato com o mesmo, visando a adoção e/ou destinação dos produtos a tratamento que
elimine estes patógenos;
b) Iniciar processo investigativo para identificação das causas do desvio;
c) Adotar medidas corretivas e preventivas sobre o processo de produção para
evitar recorrência do desvio;
d) Utilizar de ferramentas de verificação que permitam confirmar a efetividade das
medidas corretivas e preventivas adotadas; e
e) Apresentar ao SIF local todas as ações adotadas, seus registros e conclusões.
63
Os estabelecimentos que não disponham de instalações/equipamentos para inativação
dos patógenos E. coli STEC e Salmonella spp. nos lotes testados como positivos na própria
unidade industrial apenas poderão comercializar os produtos para estabelecimentos que
disponham de instalações/equipamentos para realizar o tratamento térmico de inativação.
Deverão, ainda, ser observados os procedimentos relativos à comercialização de produtos
destinados a aproveitamento condicional, com a manutenção de registros auditáveis da
expedição/comercialização dos produtos, recebimento dos produtos pelo estabelecimento de
destino, e retorno de informações deste último quanto à realização do tratamento de
eliminação dos patógenos nos lotes positivos.
Os tratamentos térmicos que garantam a redução de 6.5D para Salmonella spp. ou mais
severos são os indicados, uma vez que este patógeno possui resistência térmica comparável ao
da E. coli STEC. Outra opção possível é a destinação do produto para esterilização pelo calor ou
graxaria.
Apenas poderão ser destinados à comercialização com vistas à exportação aos EUA os
lotes de carne bovina em natureza que atenderam os requisitos previstos em item 6.1 deste
consolidado, assim como dos requisitos específicos contidos neste item 6.3.
Os resultados das análises realizadas devem ser apresentados ao SIF local pela empresa
rotineiramente, e também junto ao relatório de pré-embarque, como documentos de respaldo
à certificação sanitária internacional.
Outro ponto a ser destacado é a marca de embarque ou “shipping mark”, que constitui-
se em uma sequência obrigatória de números e/ou letras que não pode ser repetida dentro do
período de um ano e que referencia a carga a ser exportada com o respectivo Certificado
Sanitário Internacional (CSI). Cada shipping mark pode representar uma carga de até 700 caixas,
ou seja, um mesmo container pode possuir mais de um shipping mark e um mesmo shipping
mark pode possuir mais de um lote de produção. O mesmo lote de produção somente pode ser
embarcado em um único container.
A ausência ou incorreção de shipping mark, bem como a impossibilidade de sua
correlação com o Certificado Sanitário Internacional são motivos para retenção das cargas
exportadas.
O SIF junto ao estabelecimento habilitado a exportar carne bovina em natureza aos EUA
deverá verificar os registros associados às análises de E. coli e Salmonella spp. realizadas pelo
estabelecimento e observar se o mesmo está adotando as medidas corretivas e preventivas
apropriadas, quando necessário.
Caso detectado que o estabelecimento obteve um resultado positivo e não adotou as
medidas previstas em seu plano APPCC, o SIF local deverá notificá-lo nos moldes previstos na
64
Norma Interna nº 1/2017 e adotar as ações fiscais pertinentes, as quais devem incluir, mas não
se limitar, à lavratura de auto de infração, recolhimento e apreensão de produtos e/ou
suspensão da certificação sanitária, quando tais medidas couberem.
A verificação oficial realizada pela IF local deverá dar especial ênfase às medidas
adotadas pelo estabelecimento que visem a prevenção de ocorrência de contaminação fecal das
carcaças devido a falhas operacionais em todas as etapas do abate, além da confirmação da
adoção das medidas corretivas sobre produtos testados como positivos (tratamento de
eliminação dos patógenos).
Em qualquer caso que se faça necessário o recolhimento de produtos, todas as
cargas/lotes recolhidos deverão retornar diretamente ao estabelecimento de
origem/expedição, cabendo ao SIF local acompanhar a adoção das medidas corretivas sobre os
produtos testados como positivos (tratamento de eliminação de patógenos) ou acompanhar e
destinar os produtos para processamento em outra unidade.
A IF local coletará, a título de verificação oficial, amostras dos lotes de carne bovina em
natureza destinados à exportação aos EUA – recortes/aparas da desossa (trim) e carne íntegra
a ser destinada a moagem – com periodicidade mínima mensal, para análise da presença de
Escherichia coli verotoxigênica (STEC) e Salmonella spp.
Para a carne íntegra a ser moída, de acordo com declaração de uso pretendido na ordem
de produção da empresa, o SIF deve realizar análise de E. coli STEC e Salmonella spp. na
superfície dos cortes produzidos, na frequência acima definida.
Caso o estabelecimento produtor opte por realizar análise de E. coli STEC e Salmonella
spp. nos cortes que serão submetidos ao termoprocessamento nos EUA, o SIF deve realizar
coletas na superfície destes produtos, na frequência acima definida. Ressalta-se que o SIF deve
realizar esta coleta somente de lotes de produção que também foram coletados pelo
estabelecimento.
Para a carne in natura que será consumida desta forma nos EUA o SIF não necessita
realizar análise de E. coli STEC e Salmonella spp. nos cortes produzidos.
Os procedimentos de coleta das amostras oficiais para análise de E. coli STEC e
Salmonella spp. devem estar de acordo com as orientações presentes no “Manual de coleta de
amostras de produtos de origem animal” presente na página oficial do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, na internet.
Todos os Servidores dos SIFs que atuam junto às plantas processadoras de produtos
cárneos habilitadas à exportação para os Estados Unidos da América devem passar por
capacitação quanto à metodologia de coletas de amostras para análise de E. coli STEC
e Salmonella spp..
Destacamos que o método de coleta de amostras para pesquisa de E.coli STEC e
Salmonella spp. é conhecido como N60. Por esse método são coletados 60 fragmentos de
amostra com dimensões de 2,5cm de largura, 8cm de comprimento e 0,5cm de espessura. É
importante que essas dimensões sejam rigorosamente respeitadas e que o peso da amostra seja
de 325g sendo aceitável uma variação de mais ou menos 10% (325g +/- 32,5g), sob risco de
comprometer os procedimentos laboratoriais.
65
As amostras serão encaminhadas aos laboratórios pertencentes à Rede Nacional de
Laboratórios Agropecuários (LFDA’s) definidos pela Coordenação-Geral de Laboratórios
Agropecuários – CGAL/SDA, devendo ser adequadamente coletadas e acondicionadas.
Quando o SIF local receber um resultado positivo para E. coli STEC e/ou Salmonella spp.
nas análises oficiais, deverá notificar o estabelecimento do resultado, verificar se a empresa
testou o mesmo lote de produtos amostrado, confrontar os resultados das análises e verificar
as ações adotadas. Podem ser previstas duas situações principais, requerendo a adoção das
seguintes ações:
a) Quando um lote com resultado positivo na análise oficial também havia sido
testado pelo estabelecimento, obtendo resultado positivo, caberá ao SIF:
b.3 – Elaborar uma notificação nos moldes previstos pela Norma Interna 1/2017, a qual
deverá apontar a(s) falha(s) nos procedimentos de verificação do estabelecimento. Neste caso,
a IF local deverá verificar o histórico de violações do estabelecimento no que diz respeito a E.
coli STEC e Salmonella spp. a fim de verificar se o desvio foi pontual ou se indica um problema
sistêmico, quando então deverão ser adotadas as ações fiscais pertinentes, as quais incluem,
mas não se limitam, à revisão de procedimentos, interdição de seções e interrupção ou
suspensão da certificação sanitária internacional, quando tais medidas couberem.
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Tendo em vista que o laboratório oficial confirma a maioria das amostras
presumivelmente positivas para E. coli STEC (resultado obtido na conclusão da 2ª etapa da
análise deste patógeno), o DIPOA, ao receber notificação de uma amostra presumivelmente
positiva, comunicará de imediato o resultado ao SIF junto ao estabelecimento habilitado, para
ciência e início dos procedimentos de investigação previstos no item anterior.
O SIF local deverá registrar em planilha própria (anexo IX) e encaminhar, mensalmente
ao SIPOA os resultados das coletas oficiais, as ações fiscais adotadas em caso de desvios, os
resultados de análises de E. coli STEC e Salmonella spp. realizadas pelos estabelecimentos, bem
como as ações corretivas e preventivas adotadas.
Caso não tenha havido produção de carne in natura destinada aos EUA no mês, o SIF
deve gerar registros auditáveis desta ocorrência, inserindo-os no processo SEI específico,
constante em item 3.2, para o devido controle do SIF e respectivo SIPOA.
67
De qualquer forma, uma vez constatado que o estabelecimento perdeu o controle de
forma local ou sistêmica o mesmo deve comunicar, obrigatoriamente, o Serviço de Inspeção
Federal (SIF) local e iniciar imediatamente a investigação dos fatores causadores ou que possam
ter contribuído para a ocorrência de resultados positivos, tanto nas operações de abate e
desossa quanto na obtenção de aparas/retalhos.
As ações de investigação e as medidas corretivas e preventivas adotadas devem estar
previstas no programa APPCC da empresa e nos demais programas de autocontrole do
estabelecimento, incluindo o programa de recolhimento de produtos.
Para os casos de perda de controle de forma sistêmica, obrigatoriamente devem ser
procedidos ensaios para E. coli STEC em cortes íntegros, superfícies de contato com o produto
em frequência definida pela empresa, bem como aumento da amostragem já definida para
aparas e retalhos da desossa.
Caso constate-se que há resultados positivos para esse patógeno nessas superfícies, os
produtos que tiveram contato com as mesmas também devem ser tratados como positivos.
O SIF local, após a constatação da inserção do estabelecimento no HEP, deverá
comunicar o SIPOA correspondente, encaminhando o plano de ação elaborado pela empresa
frente ao processo investigativo desencadeado contendo as medidas corretivas adotadas e
preventivas, identificação da causa ou dos fatores que contribuíram para o aumento dos
resultados positivos ou potencialmente positivos para E. coli STEC, com registro da verificação
oficial e parecer técnico conclusivo.
68
(HPLC/UPLC) a partir de um resultado na triagem igual ou superior a 50% do limite de ação (cut-
off).
Como exemplo didático, considere um limite regulatório de 40 ppb. Se for utilizado
método confirmatório (HPLC/UPLC) pode-se considerar este mesmo limite como critério de não
conformidade. No entanto, se for utilizado um método de triagem (Elisa, por exemplo), o
resultado será suspeito positivo para qualquer valor igual ou superior a 20 ppb. Neste caso a
amostra deverá ser submetida a uma análise por método confirmatório e, somente então,
deverá ser considerado o limite regulatório (40 ppb).
Caso a triagem seja realizada em matéria-prima destinada a posterior produção de carne
bovina sem osso, ou seja, amostras que são coletadas pelo estabelecimento ainda na sala de
abate nas áreas da carcaça de aplicação preferencial do medicamento nas fazendas, o limite a
ser utilizado pelo método de triagem (ELISA, por exemplo) poderá ser de até 100% do limite
regulatório, uma vez que se trata de controle interno do estabelecimento. Assim sendo, se o
limite regulatório estipulado for de 50 ppb, por exemplo, o resultado será positivo para qualquer
valor igual ou superior a 50 ppb na matéria-prima analisada.
Considera-se produto final a carne de bovino sem osso, incluindo cortes, recortes e
carne íntegra destinada a moagem.
Não há obrigatoriedade de se realizar análise de avermectinas em 100% dos lotes
destinados à exportação para este tipo de produto, sendo permitida a coleta por amostragem
tecnicamente embasada. No entanto os resultados destas análises, quando realizadas no âmbito
de seus programas de autocontrole para respaldar a certificação dos produtos aos EUA, devem
fazer parte da documentação de pré-embarque dos produtos.
O plano de amostragem do estabelecimento voltado aos ensaios de avermectinas pode
ser realizado nas matrizes fígado ou músculo. Se o estabelecimento optar por coletar a matriz
fígado, esta coleta deve ser realizada na sala de abate. Se o estabelecimento optar por coletar a
matriz músculo, esta coleta pode se dar na sala de abate ou na sala de desossa. De qualquer
forma, a matriz coletada deve ser proveniente de carcaça habilitada à exportação aos EUA, que
deverá ficar sequestrada até resultado final da análise.
É facultada à empresa a desclassificação da carcaça amostrada e suas partes para
exportação aos EUA, antes e independentemente do resultado da análise laboratorial.
O estabelecimento deve prever em seus programas de autocontrole as ações a serem
adotadas caso ocorra violação dos limites aceitáveis para as avermectinas.
Quanto ao controle oficial, o SIF deve realizar coletas mensais de amostra para ensaio
de avermectinas, com Solicitação Oficial de Análise (SOA), e resultado expresso em Certificado
Oficial de Análise (COA), direcionada exclusivamente para laboratório credenciado da rede
MAPA.
A matriz a ser coletada deve ser sempre músculo. Esta coleta pode se dar na sala de
abate ou na sala de desossa e ser proveniente de carcaça habilitada à exportação aos EUA, que
deverá ficar sequestrada até resultado final da análise.
69
Os Limites Máximos de Resíduos (LMR) para as avermectinas são os seguintes:
O SIF local é responsável pela correta interpretação do resultado e pelas ações fiscais
decorrentes dessa verificação oficial.
70
7. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS - SUÍNOS
O controle de origem dos animais será realizado pelo órgão executor da Saúde Animal
no Estado, através dos controles de trânsito (Guia de Trânsito Animal). A declaração de
nascimento e criação no Estado livre sem vacinação (reconhecida pela OIE) será feita no Boletim
Sanitário, que deverá ser encaminhado ao SIF 24 horas antes do abate.
O estabelecimento deve ser capaz de identificar e segregar os animais e produtos que
estejam de acordo com esse requisito, desde a sua chegada ao estabelecimento até o momento
de sua expedição.
Com base no histórico de tratamentos dos animais com produtos de uso veterinário, os
lotes de animais recebidos pelos estabelecimentos deverão ser classificados quanto à sua
habilitação para exportação para os EUA. Os critérios para a classificação devem estar previstos
nos programas de autocontrole e devem considerar, obrigatoriamente, as condições abaixo:
i. Animais que tenham sido tratados com substância cuja tolerância nos EUA é mais
restritiva (limite EUA é mais baixo e o período de carência do produto de uso veterinário
disponível no mercado brasileiro não garante o atendimento da tolerância EUA);
ii. Animais que tenham sido tratados com substância não autorizada nos EUA.
É fundamental que as empresas tenham controle da rastreabilidade da matéria-prima
considerada aprovada para a exportação destinada aos EUA até o produto final, para fins de
embasamento da certificação a ser firmada pelo Serviço Oficial.
Nesta etapa, cabe ao SIF verificar, a partir da programação de abate fornecida pela
empresa e análise da Guia de Trânsito Animal (GTA) e Boletim Sanitário, se os animais são
provenientes de área livre sem vacinação (reconhecida pela OIE).
Durante o abate, o SIF deve acompanhar a correlação da identificação individual/lote
das carcaças aptas para os EUA, verificando os registros e os procedimentos adotados pela
empresa de desclassificação de animais que foram desviadas para o DIF.
I) Amostragem
73
c) A amostragem nas carcaças será pela aplicação de uma única esponja abrasiva
em três pontos, localizados nas seguintes regiões anatômicas: pernil, papada e barriga, que
constituirá uma unidade amostral;
d) A área de amostragem da carcaça, em cada ponto, deve abranger 100 (cem)
cm², delimitada por molde (gabarito) descartável ou de aço inoxidável previamente esterilizado;
e) As amostras devem ser conservadas sob refrigeração (entre 0 a 10ºC) e
analisadas em no máximo 01 (um) dia após a realização da coleta;
f) A frequência de amostragem deve ser de uma amostra para cada dia de abate,
independentemente do número de animais abatidos ou turnos de trabalho do estabelecimento;
g) As coletas devem ser realizadas de forma que a cada 55 dias de abate se finalize
um ciclo.
h) A coleta, o envio e o processamento das amostras serão realizados sob
responsabilidade do Serviço Oficial e na rede oficial de laboratórios, definida pela Coordenação
Geral de Apoio Laboratorial (CGAL).
74
Além disso, visando o controle do processo de abate de suínos, os estabelecimentos
serão submetidos a análises para E.coli genérica.
Os procedimentos para a redução de E. coli em estabelecimentos de abate de suínos
serão executados pelos estabelecimentos com verificação direta do Serviço de Inspeção Federal
junto à planta de abate da seguinte forma:
I) Amostragem
Serão coletadas 2 (duas) amostras para cada 1.000 (um mil) suínos abatidos por dia (ou
fração menor do que 1.000 (um mil) e enviadas diariamente para análise, independentemente
do número de carcaças produzidas.
As amostras deverão ser coletadas em dois momentos distintos do processo: a primeira
durante os procedimentos de pré-evisceração dos animais e a segunda após a etapa de
resfriamento das carcaças. Não é obrigatório que as duas amostras sejam coletadas de uma
mesma carcaça. A alteração de uma para duas coletas em diferentes etapas da produção tem
por objetivo primordial verificar se a contaminação das carcaças aumenta, diminui ou se
mantém estável durante o processo, permitindo assim um melhor direcionamento das ações a
serem adotadas caso sejam detectados desvios.
As carcaças devem ser obrigatoriamente amostradas em três áreas: pernil, barriga e
papada. Pode ser utilizada a técnica de esponja ou destrutiva, a critério do estabelecimento.
Os laboratórios de autocontrole devem utilizar as metodologias e procedimentos
validados pela Coordenação Geral de Apoio Laboratorial (CGAL).
A gestão dos resultados deve ser estabelecida com base nos princípios de análise de
risco e autocontrole, considerando limites aceitáveis e inaceitáveis para os seus processos,
sempre buscando a melhoria continuada dos seus programas de autocontrole aplicados à cadeia
produtiva da carne suína.
Os boletins de análises emitidos pelo laboratório devem ser padronizados e analisados
pela equipe do estabelecimento designada para esta atividade, para determinar o nível de
desempenho próprio de cada processo e os dados devem ser mantidos em arquivos auditáveis,
organizados e distribuídos em gráficos de controle estatístico.
Os resultados serão parte da validação dos programas de autocontrole (APPCC e seus
pré-requisitos) implementados pelos estabelecimentos.
O Serviço de Inspeção Federal junto à planta de abate verificará a execução dos testes
pela empresa, bem como as ações de gerenciamento implementadas.
Nos casos de resultados insatisfatórios, o estabelecimento deverá revisar os programas
de autocontrole para identificar as causas de desvio e aplicar as devidas ações
corretivas/preventivas. Um total de mais de 3 (três) resultados marginais nos últimos 13 (treze)
resultados consecutivos também sinalizará a necessidade de revisão dos programas de
autocontrole.
77
8. PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO OFICIAL DOS
PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE DA EMPRESA
O SIF local deve atender à metodologia e frequências definidas na Norma Interna 1/2017
para realizar as verificações in loco e documental dos Elementos de Controle da empresa,
exceção feita aos programas de PSO, PPHO, APPCC e água de abastecimento, que devem
atender ao seguinte:
78
De forma semelhante, apenas os turnos destinados à produção EUA que foram
formalmente comunicados ao SIF, e respectivo SIPOA, deverão ser verificados oficialmente na
frequência diferenciada. Assim, caso o estabelecimento trabalhe em dois turnos e apenas haja
produção EUA em um deles, a verificação oficial diferenciada deverá acontecer somente neste.
Cabe à empresa definir e delimitar claramente os turnos de produção, conforme
definido em item 1 – Regra Geral deste Consolidado.
Para os estabelecimentos que fabricam produtos formulados e termoprocessados
destinados à exportação para os Estados Unidos da América, na avaliação do elemento de
inspeção - Controle de formulação de produtos e combate à fraude - devem ser avaliados
obrigatoriamente o seguinte, quanto à proibição do uso de carne de cabeça (incluindo
bochechas) como matéria-prima para produção de termoprocessados, de qualquer natureza:
a) Registro do produto no Sistema PGA-SIGSIF;
b) Formulação;
c) Aprovação de Memorial Descritivo de produção para produtos submetidos à
esterilização comercial;
d) Atualização dos controles de produção nos programas de autocontrole da empresa;
A frequência da verificação oficial é a prevista na Norma Interna DIPOA/SDA n° 1, de 09
de março de 2017, bem como o formulário a ser utilizado na avaliação.
Conforme destacado em item 3.1 deste consolidado, as verificações oficiais devem ser
realizadas por integrantes da equipe do Serviço de Inspeção Federal e estes devem possuir
vínculo governamental.
No caso de detecção de não conformidades a IF local deve adotar as ações fiscais
necessárias nos moldes previstos pela Norma Interna DIPOA/SDA nº 01 de 09 de março de 2017
e Parágrafo Único do artigo 484 e 495 do Decreto nº 9.013 de 29/03/2017, sem prejuízo de
outras legislações pertinentes.
O artigo 495 do Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, define que sempre que
houver evidência ou suspeita de que um produto de origem animal represente risco à saúde
pública ou tenha sido alterado, adulterado ou falsificado, o SIF local deverá adotar, isolada ou
cumulativamente, a apreensão do produto e/ou a suspensão provisória do processo de
fabricação ou de suas etapas e/ou a coleta de amostras do produto para realização de análises
laboratoriais.
De forma complementar às medidas cautelares adotadas, sempre que identificado o não
atendimento aos requisitos acordados neste consolidado, de forma reincidente ou quando
relacionado a desvio quanto a análise laboratorial, o SIPOA deverá notificar o SIF quanto a
implantação de regime especial de fiscalização.
O SIPOA deverá avaliar as informações recebidas pelo SIF e demais instâncias da SDA e
determinar ao SIF responsável que, além da ação sobre produtos, as frequências de verificação
oficial e dos programas de autocontrole implicados serão aumentadas por tempo determinado.
A revisão do programa de APPCC além de outros programas de pré-requisitos implicados,
também deverá ser determinada.
A empresa fiscalizada deverá ser formalmente notificada sobre o regime especial de
fiscalização através de ofício. Neste documento deverá constar o período mínimo determinado
79
para este regime especial de verificação, o qual não poderá ser inferior a 30 dias. Cópia deste
ofício deverá ser inserida no processo SEI específico tratado em item 3.2 deste consolidado.
A frequência de verificação oficial deverá ser determinada pelo SIPOA levando-se em
conta a gravidade do desvio, sendo, contudo, de no mínimo 02 vezes a frequência padrão
estabelecida.
Durante o regime de fiscalização especial, caso identificado novos desvios relacionados,
o SIF deverá determinar a suspensão da habilitação do estabelecimento, de acordo com o item
2.3 deste consolidado.
A retomada do processo de fabricação, a liberação dos produtos sob suspeita e a
finalização do regime especial de fiscalização será autorizada pelo SIPOA, após avaliação e
deferimento, caso a inexistência ou a cessação da causa que motivou a adoção destas medidas
após o período do regime especial de fiscalização for apontada pela IF local.
80
9. NOTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS
81
b) Procedimentos no âmbito da DAE/CGCOA: Auditoria externa
O FSIS estabelece o prazo de um mês para resposta, nesse sentido, a empresa deverá
submeter a resposta ao SIF local em até 10 dias, devendo a avaliação pelo SIF local, equipe
externa (em caso de case file) e SIPOA ser realizada também em 10 dias, restando 10 dias para
avaliação pela DINV e instâncias superiores.
82
d) Finalização do processo no âmbito do DIPOA
83
10. AUDITORIAS
85
11. DOCUMENTOS REVOGADOS
86
14. - Memorando nº 49/2018/CGCOA/DIPOA/MAPA/SDA/MAPA. Estados Unidos da
América (EUA). Avaliação de memorial descritivo de produção de produtos submetidos
à esterilização comercial destinados à exportação para os Estados Unidos da América.
Modelo de check-list, encaminha.
87
28. - Circular nº 1056/2015/CGPE/DIPOA – Ações referentes aos períodos de elevada
ocorrência de E. coli STEC.
88
43. - Memo nº 380/CGPE/DIPOA/2013 – Inclusão de testes para avermectinas nos
procedimentos de verificação oficial em produtos exportados para os Estados Unidos da
América.
89
58. - Circular n° 053/2007/CGPE/DIPOA - Comunica o reconhecimento da equivalência do
FSIS dos critérios de avaliação de desempenho para Salmonella em carcaças bovinas
produzidas em estabelecimentos habilitados à exportação, encaminhados pela Circular
n° 665/2006/CGPE/DIPOA de 19/09/2006.
59. - Circular nº 051/2007/CGPE/DIPOA – Comunica aprovação pelo FSIS (Food Safety and
Inspection Service), do pedido de equivalência dos critérios de avaliação de
desempenho para Salmonella em carcaças bovinas produzidas em estabelecimentos
habilitados à exportação para os Estados Unidos.
68. - Circular nº 343/2003/DCI/DIPOA – Alteração nas normas dos Estados Unidos para
importação de Carne Cozida e Congelada de bovino.
90
70. - Circular nº 142/2003/DCI/DIPOA – Carregamentos de carne cozida brasileira e retidas
em portos americanos – Repetição de “Shipping marks”.
91
12. ÍNDICE DE REVISÕES
92
11. Alteração da redação da letra b do item 6.1.1.7, com inclusão da proibição de uso
de CMR e intestino delgado (exceto se retirado o íleo distal) em produtos cárneos
para exportação aos EUA.
12. Modificação da redação do subitem II b do item 6.1.1.7 (preparação da carcaça).
13. Alteração da redação do subitem II d do item 6.1.1.7, referente à retirada dos
olhos.
14. Retirada da previsão de consumo humano do encéfalo, previsto no subitem II e do
item 6.1.1.7.
15. Alteração do item 6.1.1.8 com a exclusão da previsão de realização de toalete em
carcaças desviadas para o DIF.
16. Inserção do defeito couro na tabela da letra b do item 6.1.1.8.
17. Acrescentada no item 6.1.2.1, penúltimo parágrafo, a expressão “lacrando as
amostras com o uso de envelopes-lacre numerados, fornecidos pelo Serviço
Oficial”.
18. Modificação da expressão “METODOLOGIA ANALÍTICA” para “METODOLOGIA
ANALÍTICA UTILIZADA NAS ANÁLISES OFICIAIS” – item 6.1.2.3; 6.3.3.4 e 7.2.6
19. Revisão geral do item 6.1.3.1 (Procedimentos de controle de avermectinas).
20. Acrescentado no item 6.2.1.3 parágrafo referente à acurácia do registro de
temperaturas do processo.
21. Alterada, no item 6.2.1.3, a frequência de verificação da manutenção das
autoclaves/retortas para quinzenal.
22. Acrescentada no item 6.2.1.4, III a, a possibilidade de coleta de produtos
intermediários do processo produtivo para avaliação de espécie zoológica.
23. Alteração ampla do item 6.2.3 referente à produção de carne desidratada shelf
stable.
24. Alteração do item 6.3.2 (Procedimentos de reinspeção), dobrando a frequência de
verificação oficial dos procedimentos de reinspeção na sala de desossa.
25. Inserção no item 8 de nova frequência de verificação oficial in loco do PCC1B para
estabelecimentos produtores de carne in natura.
26. Revisão geral do item 9 (Notificações internacionais).
27. No item 13 (Anexos) mudança do nome do anexo XIV.
28. Inserção dos anexos XVI e XVII no item 13 (Anexos).
1. Inserção no item 1 de dois parágrafos relativos à frequência de verificações oficiais
dos programas de autocontrole e de reinspeção nos estabelecimentos habilitados.
2. Inserido no item 2.1 necessidade de capacitação dos servidores quanto à coleta de
amostras para análise de E. coli STEC.
3. No item 6.1.1.6 foi adicionada a expressão “alternando os produtos em cada
verificação”.
4. No item 6.1.3.1 foi retirada a previsão de realização de coletas oficiais para
controle de avermectinas.
5. Foram alteradas as tabelas de LMR para avermectinas dos itens 6.1.3.1 e 6.3.3.5.
6. Acrescentada no item 6.1.2.1 a previsão para emissão de SOA e resultado em COA
para as análises de Salmonella spp.
7. No item 6.2.1.1 foi adicionado parágrafo prevendo o uso de coração na produção
de corned Beef.
3 08/05/2020 8. No item 6.2.1.2 (3h) foi retirada a expressão “pela Inspeção Federal”.
9. No item 6.2.1.3 foram modificados dois parágrafos, com a consequente retirada
da previsão de coletas de água de resfriamento das retortas para análise de
microrganismos anaeróbios facultativos.
10. Alterado o item 6.2.1.3, no parágrafo referente aos testes de penetração e
distribuição de calor em autoclaves parcialmente carregadas.
11. Modificado o item 6.2.1.4 (IIIc), com inserção da alternativa do uso do PCR para
identificação de espécie.
12. No item 6.2.1.5, letra d, foi inserido comando sobre a frequência mínima de
verificação oficial na sala estufa.
13. No item 6.2.3.1 foi inserido comando para testar todos os lotes de produto final
quanto à presença de Listeria monocytogenes e de Salmonella spp..
14. Inserido no item 6.3 parágrafo prevendo a obrigação de realizar o ciclo completo
de produção para exportar carne in natura aos EUA.
93
15. Inserido no item 6.3.3.2.2 procedimento do SIF quando não tenha havido
produção de carne in natura destinada aos EUA no mês.
16. Inserido no item 6.3.3.2.2 a obrigatoriedade de capacitação dos Servidores Oficiais
quanto à coleta de amostras para análise de E. coli e Salmonella spp.
17. Inclusão no item 6.3.3.5 da matriz corte para realização de análises de
avermectinas.
18. Inserido o item 6.3.3.5, referente a procedimentos de controle de avermectinas
em estabelecimentos produtores de carne in natura.
19. Ajuste de competência (atribuições) nos itens 7.2.2 e 8.
20. Ajustada a frequência de verificação oficial de outros PCCs, no item 8.
96
13.ANEXOS
5. Tipo de operação:
5.1. Carnes: ( ) Abate e Desossa ( ) Processamento
97
10. Relatório de auditoria específico para avaliação do pedido de habilitação:
Dentro da frequência definida: ( ) sim ( ) não
98
ANEXO II – CATEGORIZAÇÃO DE PRODUTOS A SEREM EXPORTADOS AOS EUA
FSIS has developed this document to assist with accurate identification of the meat, poultry, and
egg products certified for export to the United States.
Process Category:
There are nine (9) process categories identified in 9CFR 417.2(b). Of the nine (9) listed, Slaughter
is considered an internal process that occurs in establishments where the animals or birds are
slaughtered. This category is not used for imported products. An additional process category
that is not contained in 9CFR 417.2(b) is Egg Products.
Note that FSIS has recently renamed two process categories: Raw Product - Ground and Raw
Product -Not Ground are now referred to as Raw Product -Non-Intact and Raw Product -Intact,
respectively. However, use of either terminology will be acceptable to FSIS.
Note that official foreign inspection certificates should reflect the process category name, rather
than the obsolete coding previously used by FSIS (e.g. 03B, 03C, etc.). These codes have been
included in the table as some countries previously certified the process categories on the
inspection certificates with this coding.
Raw Product - Non-Intact: This process category applies to establishments that further process
by using processing steps such as grinding, comminuting, injecting product with solutions, or
mechanical tenderization by needling, cubing, pounding devices or other means of creating non-
intact product. Examples of finished products in this category include raw products
reconstructed into formed entrees, mechanically separated species, and advanced meat
recovery product. If the establishment produces bench trim or pieces of meat produced from
non-intact meat, then the bench trim or pieces are also considered non-intact.
Raw Product - Intact: FSIS considers raw products to be intact unless they have undergone any
of the processes associated with the Raw Product -Non-Intact process category.
Thermally Processed - Commercially Sterile: This process category applies to establishments that
use a thermal processing step. Thermally processed, commercially sterile finished products are
products in cans or flexible containers such as pouches, or semi-rigid, as in lunch bowls.
Thermally processed, commercially sterile products are addressed in Subpart G, 318.300 - 311
for meat food products, and Subpart X, 381.300 to 311, for poultry products.
Not Heat Treated - Shelf Stable: This process category applies to establishments that further
process by curing, drying, or fermenting processing step as the sole means by which product
achieves food safety. Establishments in this process category may apply a low-level heat
treatment as long as the heat treatment is not used as means to achieve food safety. The
finished products produced under this Process Categories are shelf stable. FSIS does not require
shelf stable products to be frozen or refrigerated for food safety purposes.
99
Heat Treated - Shelf Stable: This process category applies to establishments that further process
by using a heat treatment processing step to achieve food safety in combination with curing,
drying, or fermenting processing step to achieve food safety. The finished products produced
under this process category are shelf stable. FSIS does not require shelf stable products to be
frozen or refrigerated for food safety purposes. Ifthe establishment produces using the
processing steps applicable under this process category and the product is not shelf stable, then
establishment is producing product under the process category Fully Cooked -Not Shelf Stable.
Fully Cooked - Not Shelf Stable: This process category applies to establishments that further
process products by using primarily a full lethality heat process step (e.g. cooking) to achieve
food safety. The finished products that establishments produce under this process category are
not shelf stable. FSIS requires the products to be frozen or refrigerated for food safety purposes.
These products also meet the definition of Ready to Eat (RTE) as defined in 9 CFR 430.l.
Heat Treated but Not Fully Cooked -Not Shelf Stable: This process category applies to an
establishment that further processes products that are (1) not ready-to-eat products (NRTE) or
(2) raw otherwise processed products that are refrigerated or frozen throughout the product's
shelf life. Meat and poultry products are produced using a heat process that meets one of the
following criteria:
a. The heat-processing step is not adequate to achieve food safety. Products may be partially
cooked or heated to set batter on a raw product.
b. The heat processing step applied to meat or poultry component was adequate to achieve food
safety, however product is further processed, assembled, or packaged so that cooked meat or
poultry products contacts nonready to-eat product ingredients. In this case, the final product is
in a form that is not edible without additional preparing to achieve food safety. An example of
this product is pot pie product that contains cooked chicken and raw dough.
NOTE: This category may also include products that receive a full lethality treatment but there
is no standard of identity defining them as fully cooked (e.g., hotdogs or barbecue) or a common
or usual name that consumers understand to refer to RTE product (e.g., pates).
Products with Secondary Inhibitors - Not Shelf Stable: This process category applies to
establishments that further process by using a curing processing step or a processing step using
other ingredients that inhibit bacterial growth. These products are generally refrigerated or
frozen throughout the product's shelf life. Depending on the process and ingredients, these
products may or may not meet the definition of RTE as defined in 9 CFR 430.1.
Eggs/Egg Products: This process category applies to dried, pasteurized, and unpasteurized egg
products.
The Product Categories are shown in the FSIS Product Categorization table with the appropriate
species indicated for each.
The Species designations FSIS is using for PHIS are: for Meat: Beef, Veal, Pork, Lamb, Mutton,
and Goat; for Poultry: Chicken, Turkey, Duck, Goose, Guinea, and Squab, including for Ratites:
100
Emu, Ostrich, and Rhea; for Eggs: Chicken, Turkey, Duck, Goose and Guinea; for Siluriformes:
Siluriformes - Ictaluridae (Catfish),
Siluriformes – Other; and for Egg Products: Chicken, Turkey, Duck, Goose, and Guinea. For each
product, the certification must indicate which species is predominant in the product to assure
the appropriate regulations are applied to the product when applicable.
Product Group:
The product group defines the product down to a level that FSIS can program appropriate types
of inspections (TOI) for examinations and laboratory sampling. While these appear to be self-
explanatory, for Raw Product - Intact, Cuts are cuts of meat that are below the Primal and
Subprimal level (e.g., food service/retail cuts such as steaks, or chops).
The following table displays the process categories and the types of finished products that can
be present in a process category. Site:
https://www.fsis.usda.gov/wps/portal/fsis/topics/international-affairs/importing-
products/eligible-countries-products-foreign-establishments/eligible-countries-and-
products/eligibility-chart-brazil.
Ready to Eat applies to any product intended for human consumption without further
preparation steps.
Note: Products that appear fully cooked or are customarily consumed without further
preparation, but the label does not include cooking instructions, are by default considered RTE.
RTE fully cooked means that the products have been sufficiently cooked so that they are safe to
eat as they are, with no further preparation required by the consumer. Note: Many of these
products are customarily eaten hot, and heating instructions may be included on the label.
101
Some frozen RTE products require reheating for palatability. These frozen products are still safe
to eat without this further preparation by the consumer and are therefore still considered RTE.
Some examples include: fully cooked hams, cooked beef, roast beef, pastrami, corned beef, hot
dogs, meat loaves, meat and poultry salads, sliced luncheon meats, baked chicken, frozen
entrees, and poultry rolls.
Fresh or frozen entrees with fully cooked meat or poultry portions combined with fully cooked
sauces, vegetables, pasta, or other ingredients are RTE products. These products are designed
to be re-heated by the consumer, and may include instructions for re-heating.
Not Ready to Eat applies to products with cooking instructions or labeled with statements on
the principal display panel such as "Cook Thoroughly, Cook and Serve, Not Ready to Eat, or For
Safety and Quality- follow these cooking instructions." These products are considered NRTE.
Certain NRTE products are required to bear safe handling instructions(SHI).
Some NRTE finished products are heat treated but are not fully cooked. These NRTE products
should have sufficient labeling information to inform the consumer that the product must be
cooked for safety. This information may be contained within the product name on the principal
display panel, and may contain cooking instructions that refer to cooking the product for safety
rather than heating the product for best quality. The product often times may bear a safe
handling instruction.
Some NRTE finished products are prepared with both meat/poultry components that have
received a lethality treatment in combination with non-meat/poultry components that need to
receive a lethality treatment. These multi- component products, e.g., meals, dinners, and
entrees, have labeling features which are conspicuous so that intended users are fully aware
that the product must be cooked for safety. The principle display panel on the label defines these
products, e.g., "Cook and Serve, "Must be thoroughly cooked," "Cook before eating", and the
product should include cooking instructions when required.
102
• Sausage
• Trimmings from Non-Intact
Raw ground, comminuted, Pork • Advanced Meat Recovery
or Product (AMR)
otherwise non-intact pork • Ground Product
• Mechanically Separated
• Other Non-Intact
• Sausage
103
Not Heat Treated - Shelf Stable
RTE acidified / fermented Beef, Veal, Goat, Lamb, • Other - Not sliced
meat Mutton, • Other - Sliced
(without cooking) Pork • Sausage/Salami - Not sliced
• Sausage/Salami - Sliced
RTE dried meat Beef, Veal, Goat, Lamb, • Jerky
Mutton • Other - Not sliced
• Other - Sliced
Pork • Ham - Not sliced
• Ham - Sliced
• Jerky
• Other - Not sliced
• Other - Sliced
104
Fully Cooked - Not Shelf Stable
105
Heat Treated - Not Fully Cooked - Not Shelf Stable
106
ANEXO III – FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE AGENTES E AUXILIARES DE INSPEÇÃO
1. Identificação do Avaliado:
3. Período avaliado:
1. Fatores avaliados:
107
Execução de atividades Realiza procedimentos de coleta corretamente, para ( ) sim ( ) não ( ) NA
programas oficiais (E. coli, PNCRC, PACPOA, PNCP,
etc)?
Executa os procedimentos adequadamente, dentro de ( ) sim ( ) não ( ) NA
suas atribuições, relacionadas à inspeção ante
mortem?
Executa os procedimentos adequadamente, dentro de ( ) sim ( ) não ( ) NA
suas atribuições, relacionadas à inspeção post
mortem?
Executa os procedimentos relativos às atribuições de ( ) sim ( ) não ( ) NA
forma satisfatória?
Executa os procedimentos adequadamente, dentro de ( ) sim ( ) não ( ) NA
suas atribuições, relacionadas à verificação oficial dos
programas de autocontrole dos estabelecimentos de
forma satisfatória adotando as ações necessárias
quando da identificação de não conformidades por
parte da empresa?
Conhece a legislação sanitária nacional vigente e dos ( ) sim ( ) não
países a que o estabelecimento está habilitado a
exportar?
Executa os procedimentos adequadamente, dentro de ( ) sim ( ) não ( ) NA
suas atribuições, relacionados à verificação da
documentação necessária para a Certificação Sanitária
Internacional?
Executa os procedimentos adequadamente, dentro de ( ) sim ( ) não ( ) NA
suas atribuições, relacionados à reinspeção de
produtos importados?
Observações/comentários
108
ANEXO IV – FORMULÁRIO PARA VERIFICAÇÃO OFICIAL DE REINSPEÇÃO – MPP/IND
A – Identificação do Turno
B – Reinspeção
Defeitos/contaminação Número de quartos com Número de cortes com Número de sacarias de
defeitos/contaminações defeitos/contaminações recortes com
defeitos/contaminações
Abscesso
Conteúdo gástrico (ingesta)
Conteúdo intestinal (fecal)
Couro
Lesões parasitárias
Lesões patológicas
Linfonodos e hemolinfonodos *
Coágulos sanguíneos *
MER
Materiais nocivos
Ossos/fragmentos de ossos *
Pelos
Cartilagens *
Perigos físicos
Perigos químicos
Tendões/ligamentos *
Outros (especificar):
Assinatura e carimbo da equipe de servidores oficiais responsáveis pelas verificações oficiais acima, com identificação da(s)
rubrica(s):
109
ANEXO V – FORMULÁRIO PARA VERIFICAÇÃO OFICIAL DE REINSPEÇÃO – CARNE IN NATURA
A – Identificação do Turno
B – Reinspeção
Defeitos/contaminação Número de quartos com Número de cortes com Número de sacarias de
defeitos/contaminações defeitos/contaminações recortes com
defeitos/contaminações
Abscesso
Alteração de cor
Cartilagem *
Coágulos
Conteúdo gástrico (ingesta)
Conteúdo intestinal (fecal)
Contusões
Couro
Hematomas
Leite
Lesões parasitárias
Lesões patológicas
Linfonodos e hemolinfonodos *
MER
Materiais nocivos
Ossos/fragmentos de ossos *
Pelos
Perigos físicos
Perigos químicos
Processo de deterioração
Tendões/ligamentos *
Outros (especificar):
Assinatura e carimbo da equipe de servidores oficiais responsáveis pelas verificações oficiais acima, com identificação da(s)
rubrica(s):
110
ANEXO VI – FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE CICLO DE SALMONELLA – BOVINOS E SUÍNOS
111
ANEXO VII – FORMULÁRIOS DE AVALIAÇÃO DE E. COLI GENÉRICA – BOVINOS E SUÍNOS – E
PLANO DE AÇÃO
112
ESCHERICHIA COLI GENÉRICA – SUÍNOS (Esponja)
SIF.: ANO:
Período Nº análises realizadas Nº de resultados aceitáveis
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
No caso de alguns dos valores extrapolar os limites determinados por meio de técnicas
estatísticas de processo, relatar detalhadamente as medidas corretivas, medidas preventivas
e ações fiscais adotadas nas abas anexas.
PLANO DE AÇÃO
Violação – E. coli genérica
Descrição da anomalia
Análise
113
ANEXO VIII – FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE MEMORIAL DESCRITIVO
114
ANEXO IX – FORMULÁRIO DE CONTROLE DE COLETAS OFICIAIS EM PRODUTO FINAL
IN NATURA
Coletas Oficiais em produto final in natura - E. coli verotoxigênica STEC e Salmonella spp.
Mês de referência:
UF SIF Data coleta Lote Produto Resultado Resultado Ações
(dd/mm/aa) empresa verificação adotadas (IF
IF e/ou
empresa)
115
ANEXO X – FORMULÁRIO DE VERIFICAÇÃO OFICIAL DE AVERMECTINAS EM PRODUTO FINAL
Conservas esterilizadas
comercialmente
Extrato de carne
Recorte
116
ANEXO XI – FORMULÁRIO DE CONTROLE DE ESPÉCIES ZOOLÓGICAS
ESPÉCIE ZOOLÓGICA
SIF.: ANO:
Tipo de produto* 1º Semestre 2º Semestre
C/NC C/NC
117
ANEXO XII – PROGRAMA SENTINELA, VERIFICAÇÃO OFICIAL DO PROGRAMA SENTINELA E
VERIFICAÇÃO OFICIAL DO PRODUTO FINAL
SIF.: ANO:
PROGRAMA SENTINELA - EMPRESA
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC
Produção Beef Jerky
Superfície contato direto
Superfície contato
indireto
Produção Carne Cozida e Congelada
Superfície contato direto
Superfície contato
indireto
Observação:
118
ANEXO XIII – AVALIAÇÃO DOS AUDITORES
LEGENDA: C – Conforme
X – Não conforme
119
ANEXO XIV – DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DE ATENDIMENTO AO CONSOLIDADO
Estabelecimento:
Endereço:
SIF:
________________________________
Responsável legal pelo estabelecimento
120
ANEXO XV – CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS PARA AS ANÁLISES OFICIAIS EM
ESTABELECIMENTOS EXPORTADOS AOS EUA
Frequência de
Categoria de Porção da amostra a ser
Produto/processo Patógeno alvo Critério coleta por
estabelecimento analisada
estabelecimento
Carne bovina in Carne bovina in E. coli STEC N= 1 c = 0 1 vez por mês N60 fragmentos: 325g
natura natura/ N60 Salmonella N= 1 c = 0 1 vez por mês N60 fragmentos: 325g
Produtores de Esfregadura com esponja
Mínimo 1 ciclo
matéria-prima para Carcaça bovina Salmonella N = 82 c= 1 hidratada (100 cm² x 3
por ano
termoprocessados pontos = 300 cm²)
Esfregadura com
Mínimo 1 ciclo esponja hidratada (100
Carne suína in natura Carcaça suína Salmonella N = 55 c= 6
por ano cm² x 3 pontos = 300
cm²)
Salmonella N= 1 c = 0 1 vez por mês 325g
Produtores de Carne cozida
Listeria
termoprocessados congelada N= 1 c = 0 1 vez por mês 25g
monocytogenes
1 vez a cada 2
Salmonella N= 1 c = 0 325g
meses
Listeria 1 vez a cada 2
N= 1 c = 0 25g
Produtores de monocytogenes meses
Beef Jerky
termoprocessados Atividade água
e Relação 1 vez a cada 2
N=1 c=0 500g
Umidade e meses
Proteína
Produtores de
termoprocessados
Listeria
(Carne cozida Superfície de contato N= 1 c = 0 1 vez por mês Esponja hidratada
monocytogenes
congelada e Beef
Jerky)
121