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CONSOLIDADO DE REQUISITOS COMPLEMENTARES À EXPORTAÇÃO PARA OS

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

PRODUTOS CÁRNEOS – BOVINOS E SUÍNOS

Versão: 07 - novembro/2020

Preâmbulo

Considerando o previsto no § 3º do Art. 1º, no Art. 2º, no Art. 4º; nos § 1 º e § 2 º do Art. 25 e
no Art. 490, do Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017 - RIISPOA, o DIPOA, através do
presente instrumento, consolida os requisitos complementares a legislação nacional, a serem
aplicados na produção com vista a exportação de carne bovina e suína em natureza e de
produtos cárneos termoprocessados para os Estados Unidos da América.

Novos requisitos deverão ser publicados por aditamento dos anexos do presente, mantendo a
unidade do documento e facilitando o acesso e transparência na divulgação dos mesmos.

Os links externos aqui inseridos encontravam-se disponíveis na data de publicação do presente


instrumento.

1
SUMÁRIO

1. REGRA GERAL...............................................................................................................5
2. HABILITAÇÃO ...............................................................................................................8
2.1. PROCEDIMENTOS PARA HABILITAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS .................................. 8
2.2. PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES .................................................................................... 9
2.3. SUSPENSÃO DA CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA ................................................................... 9
2.4. EXCLUSÃO DE ESTABELECIMENTOS ............................................................................ 10
3. CONTROLES ADMINISTRATIVOS DO SERVIÇO OFICIAL ................................................. 11
3.1. CONTROLES RELATIVOS AO SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL LOCAL......................... 11
3.2. CONTROLES REALIZADOS PELOS SIPOA’S ................................................................... 11
4. ROTULAGEM .............................................................................................................. 15
5. CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA .......................................................................................... 16
6. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS – BOVINOS ............................................................. 18
6.1. FORNECEDORES DE MATÉRIA-PRIMA PARA TERMOPROCESSADOS .......................... 18
6.1.1. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO VETERINÁRIA ANTE E POST MORTEM ............. 18
6.1.1.1. SELEÇÃO DE FORNECEDORES .......................................................................... 18
6.1.1.2. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE ESPÉCIE ZOOLÓGICA ............................. 19
6.1.1.3. ABATE DE EMERGÊNCIA .................................................................................. 20
6.1.1.4. OPERAÇÕES DE ABATE .................................................................................... 20
6.1.1.5. INSPEÇÃO POST MORTEM............................................................................... 21
6.1.1.6. REMOÇÃO, SEGREGAÇÃO, DESTINAÇÃO E DESTRUIÇÃO DO MATERIAL
ESPECIFICADO DE RISCO (MER) ........................................................................................... 22
6.1.1.7. PROCEDIMENTOS DE REINSPEÇÃO ................................................................. 22
6.1.2. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS ........................................................................... 27
6.1.2.1. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA SALMONELLA EM
CARCAÇAS BOVINAS ............................................................................................................ 27
6.1.2.2. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA ESCHERICHIA COLI
GENÉRICA EM CARCAÇAS BOVINAS .................................................................................... 28
6.1.3. CONTROLE DE RESÍDUOS QUÍMICOS E CONTAMINANTES ................................. 29
6.1.3.1. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE AVERMECTINAS .................................... 31
6.2. PRODUTORES DE TERMOPROCESSADOS .................................................................... 33
6.2.1. PRODUTOS SUBMETIDOS À ESTERILIZAÇÃO COMERCIAL ................................... 33
6.2.1.1. SELEÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA......................................................................... 33
6.2.1.2. AVALIAÇÃO DE MEMORIAIS DESCRITIVOS DE PRODUÇÃO ............................. 34

2
6.2.1.3. PROCEDIMENTOS GERAIS DE AUTOCONTROLE .............................................. 36
6.2.1.4. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE ESPÉCIE ZOOLÓGICA ............................. 38
6.2.1.5. TESTE DE INCUBAÇÃO ..................................................................................... 41
6.2.2. PRODUÇÃO DE CARNE COZIDA E CONGELADA ................................................... 42
6.2.2.1. DIRETRIZES PARA VERIFICAÇÃO OFICIAL NO LOCAL DE PRODUÇÃO DE CARNE
COZIDA E CONGELADA ........................................................................................................ 45
6.2.2.2. DIRETRIZES PARA O PROGRAMA SENTINELA DE LISTERIA NA PRODUÇÃO DE
CARNE COZIDA E CONGELADA ............................................................................................ 46
6.2.3. PRODUÇÃO DE CARNE DESIDRATADA SHELF STABLE (BEEF JERKY/DRIED BEEF) 48
6.2.3.1. VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO .................................................. 50
6.2.3.2. DIRETRIZES PARA VERIFICAÇÃO OFICIAL NO LOCAL DE PRODUÇÃO DE CARNE
DESIDRATADA SHELF STABLE (BEEF JERKY/DRIED COOKED BEEF) ..................................... 51
6.2.3.3. DIRETRIZES PARA O PROGRAMA SENTINELA DE LISTERIA NA PRODUÇÃO DE
CARNE DESIDRATADA SHELF STABLE (BEEF JERKY/DRIED COOKED BEEF).......................... 52
6.2.4. PRODUÇÃO DE EXTRATO DE CARNE ................................................................... 54
6.2.5. CONTROLE DE AVERMECTINAS EM PRODUTO FINAL ......................................... 54
6.2.5.1. ANÁLISES OFICIAIS DE AVERMECTINAS ........................................................... 54
6.3. PRODUTORES DE CARNE IN NATURA ...................................................................... 56
6.3.1. MATURAÇÃO SANITÁRIA ..................................................................................... 56
6.3.2. PROCEDIMENTOS DE REINSPEÇÃO ..................................................................... 57
6.3.3. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS ........................................................................... 60
6.3.3.1. ATRIBUIÇÕES DOS ESTABELECIMENTOS ......................................................... 60
6.3.3.1.1. DOS AUTOCONTROLES .................................................................................... 60
6.3.3.1.2. DEFINIÇÃO DE LOTE ........................................................................................ 61
6.3.3.1.3. DAS ANÁLISES LABORATORIAIS ....................................................................... 61
6.3.3.1.4. DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES E DAS AÇÕES EM CASO DE POSITIVIDADE. 63
6.3.3.1.5. DA COMERCIALIZAÇÃO DA CARNE IN NATURA AOS EUA ............................... 64
6.3.3.2. ATRIBUIÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL ................................................................. 64
6.3.3.2.1. DA VERIFICAÇÃO OFICIAL SOBRE OS CONTROLES MICROBIOLÓGICOS .......... 64
6.3.3.2.2. DAS ANÁLISES OFICIAIS E PROCEDIMENTOS DE INVESTIGAÇÃO .................... 65
6.3.3.3. PROCEDIMENTOS REFERENTES A PERÍODOS DE ELEVADA OCORRÊNCIA DE E.
COLI STEC (HEP) ................................................................................................................... 67
6.3.3.4. METODOLOGIA ANALÍTICA UTILIZADA NAS ANÁLISES OFICIAIS ..................... 68
6.3.3.5. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE AVERMECTINAS .................................... 68
7. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS - SUÍNOS ................................................................ 71
7.1. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO VETERINÁRIA ANTE E POST MORTEM..................... 71

3
7.1.1. CONTROLE DE ORIGEM DOS ANIMAIS ................................................................ 71
7.1.2. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO VETERINÁRIA ANTE E POST MORTEM ............. 71
7.1.3. PROCEDIMENTOS DE ABATE ............................................................................... 72
7.1.4. INSPEÇÃO POST MORTEM................................................................................... 72
7.2. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS ................................................................................... 72
7.2.1. DOS AUTOCONTROLES ........................................................................................ 72
7.2.2. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO LABORATORIAL PARA TRICHINELLA SPIRALIS............. 73
7.2.3. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA SALMONELLA EM CARCAÇAS
SUÍNAS 73
7.2.4. CRITÉRIO PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA ESCHERICHIA COLI EM
CARCAÇAS SUÍNAS .............................................................................................................. 74
7.2.5. CONTROLE MICROBIOLÓGICO EM CARCAÇAS DE SUÍNOS ................................. 75
7.2.6. METODOLOGIA ANALÍTICA UTILIZADA NAS ANÁLISES OFICIAIS ......................... 76
7.3. CONTROLE DE RESÍDUOS QUÍMICOS E CONTAMINANTES ......................................... 76
8. PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO OFICIAL DOS PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE DA
EMPRESA .......................................................................................................................... 78
8.1. AÇÕES DE ENFORCEMENT .......................................................................................... 79
9. NOTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS ................................................................................ 81
9.1. PROCEDIMENTOS DE RECOLHIMENTO CAUTELAR ..................................................... 81
9.2. TRATAMENTO DAS NOTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS ................................................ 81
10. AUDITORIAS............................................................................................................... 84
10.1. CRITÉRIO PARA SELEÇÃO DE AUDITORES ................................................................ 84
10.2. FREQUÊNCIA E PROCEDIMENTOS ........................................................................... 84
11. DOCUMENTOS REVOGADOS ....................................................................................... 86
12. ÍNDICE DE REVISÕES ................................................................................................... 92
13. ANEXOS ..................................................................................................................... 97

4
1. REGRA GERAL

Cabe ao estabelecimento produtor habilitado (conforme item 2 – Habilitação) garantir


que somente produtos que tenham cumprido os requisitos sanitários acordados bilateralmente
com os EUA, sejam submetidos à certificação sanitária pelo SIF. Essas garantias serão
demonstradas por meio de programas de autocontrole específicos, escritos e
comprovadamente implementados, quando for o caso, desde a obtenção da matéria-prima
(inclusive animais vivos) até a efetiva exportação dos produtos.
O Serviço de Inspeção Federal - SIF verificará se o autocontrole está descrito e
devidamente implantado a fim de manter os produtos em conformidade com os requisitos
americanos, bem como se a informação de compatibilidade com esses requisitos se transfere
através da identificação/rastreabilidade mantida durante todo o processo até a expedição do
produto final, viabilizando assim a assinatura do Certificado Sanitário Internacional (CSI).
Somente são elegíveis à exportação aos EUA as categorias e produtos destinados a
alimentação humana definidos pelo FSIS/USDA, conforme quadro abaixo (pesquisa disponível
no link): https://www.fsis.usda.gov/wps/portal/fsis/topics/international-affairs/importing-
products/eligible-countries-products-foreign-establishments/eligible-countries-and-
products/eligibility-chart-brazil

Produtos e Categorias elegíveis:

Process Category / Categoria Product Category / Eligible Products / Produtos


de processo Categoria de produto habilitados
Carne suína não
íntegra (exceto
carne
mecanicamente
separada ou
mecanicamente
Pork - All Products reconstituída)
Eligible ± except Todos os produtos
Mechanically em natureza que
Carne in natura não Raw Non-Intact Carne suína in natura
Raw - Non Intact Separated and perderam a
íntegra Pork não íntegra
Advanced Meat característica
Recovery Product estrutural de suas
(AMR) fibras devido ao tipo
de processamento
aplicado (moagem,
cominuição, injeção
ou qualquer tipo de
tenderização
mecânica)
Carne suína in
natura que não foi
submetida aos
Carne in natura Carne suína in natura Pork - All Products processamentos
Raw – Intact Raw Intact Pork
íntegra íntegra Eligible descritos na
categoria raw – non
intact. Inclui os
cortes e os recortes.
Carne bovina in
natura que não foi
submetida aos
processamentos
descritos na
Beef - All Products categoria raw – non
Eligible ± except intact. Inclui os
Carne in natura Carne bovina in
Raw – Intact Raw Intact Beef Cheek Meat, Head cortes e os recortes,
íntegra natura íntegra
Meat, Heart Meat, com exceção da
and Weasand Meat carne de cabeça,
bochechas, coração
e carne de esôfago,
cuja exportação aos
EUA é proibida
mesmo como MP.

5
Todos os produtos
cárneos submetidos
a um processamento
Thermally Processado Thermally Processado tal que garanta sua
Processed - termicamente - Processed, termicamente - Beef and Pork - All esterilidade
Commercially comercialmente Commercially comercialmente Products Eligible comercial, podendo
Sterile estéril Sterile estéril ser acondicionados
em embalagens
rígidas, semi-rígidas
ou flexíveis.
Todos os produtos
cárneos cuja
inocuidade é obtida
por meio da
Termicamente Produtos não prontos combinação de
Heat Treated - Shelf processado - Estável NRTE Otherwise para o consumo - Beef and Pork - All tratamento térmico
Stable na forma em que se Processed Meat Processados de Products Eligible com uma etapa de
apresenta outras maneiras cura, desidratação
ou fermentação. São
estáveis à
temperatura
ambiente.
Todos os produtos
cárneos cuja
inocuidade é obtida
por meio da
Termicamente combinação de
Carne desidratada
Heat Treated - Shelf processado - Estável Beef and Pork - All tratamento térmico
RTE Dried Meat pronta para o
Stable na forma em que se Products Eligible com uma etapa de
consumo
apresenta cura, desidratação
ou fermentação. São
estáveis à
temperatura
ambiente.
Todos os produtos
cárneos cuja
inocuidade é
garantida apenas
por meio do
Cozidos – Não Produtos totalmente tratamento térmico
Fully Cooked - Not RTE Fully-Cooked Beef and Pork - All
estáveis na forma em cozidos – Prontos aplicado. No entanto
Shelf Stable Meat Products Eligible
que se apresenta para o consumo necessitam ser
resfriados ou
congelados a fim de
manter a segurança
obtida por meio do
cozimento.
Todos os produtos
cárneos cuja
inocuidade é
garantida apenas
Produtos totalmente
RTE Meat Fully por meio do
cozidos sem
Cozidos – Não Cooked Without tratamento térmico
Fully Cooked - Not exposição Beef and Pork - All
estáveis na forma em Subsequent aplicado. No entanto
Shelf Stable subsequente ao meio Products Eligible
que se apresenta Exposure to the necessitam ser
ambiente – Prontos
Environment resfriados ou
para o consumo
congelados a fim de
manter a segurança
obtida por meio do
cozimento.
*RTE = Ready-to-eat

Reforçando o disposto no quadro acima, deve ser ressaltado que a carne in natura
bovina a ser exportada aos EUA deve ser íntegra, incluídos os cortes e os recortes. Apenas para
a carne in natura suína se permite a exportação aos EUA de carne não íntegra.
Os programas de autocontrole que determinam os parâmetros utilizados na elaboração
de produtos exportáveis para os EUA devem atender aos requisitos sanitários acordados
presentes no Certificado Sanitário Internacional (CSI). A pesquisa para acesso a essas exigências
para a descrição dos autocontroles é de responsabilidade do estabelecimento e deverá ser feita
em sites que contêm os padrões e requisitos de importação norte americanos, como o Food
Safety and Inspection Service (FSIS/USDA) https://www.fsis.usda.gov/wps/portal/fsis/home ou
o Electronic Code of Federal Regulations e-CFR, Title 9 (https://ecfr.io/Title-09/), buscando a
legislação consolidada e mais recente.

6
O Serviço Oficial deverá atender as frequências estipuladas para a verificação dos
programas de autocontrole e de reinspeção específicas deste mercado. Vale dizer, se o
estabelecimento se encontra habilitado a exportar seus produtos, deve executar todos os
controles exigidos em setores onde haja produção destinada aos EUA e nos turnos formalmente
habilitados, e o SIF deve realizar as devidas verificações, mesmo que não esteja havendo
produção momentânea para aquele mercado, ressalvadas situações específicas descritas no
corpo deste consolidado.
Cabe à empresa definir e delimitar claramente os turnos de produção a fim de propiciar
segurança aos dados de rastreabilidade dos produtos e condições para a verificação oficial dos
programas de autocontrole e de reinspeção.
A empresa deve formalizar ao SIF local a sua opção de realização dos controles, e
comunicar com antecedência mínima de 72 horas qualquer mudança no que se refere ao tema.
Ao receber a comunicação da empresa o SIF local, após manifestar ciência, deve criar um
processo específico no SEI e encaminhar ao respectivo SIPOA para conhecimento e anuência.
Ressalta-se que a empresa não pode usar de circunstâncias excepcionais para alterar a
sua opção de execução dos controles exigidos. Vale dizer que a opção adotada pelo
estabelecimento deve ser duradoura, sem pretensão de alterações a qualquer momento.
Quando o Serviço Oficial encontrar não conformidades nas verificações oficiais
realizadas em momentos diferentes dos turnos formalmente habilitados, devem ser aplicadas
as ações previstas na legislação nacional.
Caso o estabelecimento seja habilitado como produtor de matéria-prima para
termoprocessados e carne in natura ao mesmo tempo, os controles da empresa e as verificações
oficiais relacionadas à reinspeção de quartos, cortes e recortes na sala de desossa deverão seguir
a habilitação mais restritiva, independentemente de sua produção momentânea.
O SIF local deve ter conhecimento e manter cópia atualizada deste Consolidado
arquivado na sede da IF local.

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2. HABILITAÇÃO

2.1. PROCEDIMENTOS PARA HABILITAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS

Os estabelecimentos interessados em solicitar habilitação para os EUA devem utilizar o


Anexo I do presente (Formulário padronizado para parecer conclusivo do SIF local e do SIPOA
sobre habilitação de estabelecimento nacional para exportação para os EUA).
A empresa deverá requerer ao SIF local a habilitação para exportação para os EUA
especificando o produto pretendido de acordo com as categorias constantes no anexo II deste
consolidado.
Devem ser atendidas todas as orientações e procedimentos dispostos na Instrução
Normativa nº 27, de 27 de agosto de 2008 (atualizada pela Instrução Normativa nº 16, de 10 de
maio de 2016). O relatório de auditoria para avaliação do pleito deverá possuir parecer técnico
conclusivo e deve ser elaborado por Auditor Fiscal Federal Agropecuário com formação em
Medicina Veterinária constante da lista específica de auditores capacitados para realização de
auditoria junto aos estabelecimentos habilitados à exportação para os Estados Unidos da
América.
Ressalta-se que é obrigatória a realização de auditoria específica para o fim de obtenção
de novas habilitações de estabelecimentos aos EUA. Assim, o SIF local deve constituir processo
específico no SEI, inserir toda a documentação exigida, tramitar ao respectivo Serviço de
Inspeção de Produtos de Origem Animal - SIPOA, com o parecer de ambos. Após avaliação prévia
pelo setor competente do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA,
o processo será encaminhado à Divisão de Auditoria em Estabelecimentos – DAE para a
realização de auditoria de avaliação.
Somente são elegíveis a exportar aos EUA (carne in natura e matérias-primas destinadas
à fabricação de produtos termoprocessados) os estabelecimentos registrados sob SIF que
realizam o ciclo completo de produção (abate, desossa e estocagem), nos quais todas as
operações desde o abate até a obtenção do produto final destinado aos EUA ocorram na mesma
unidade.
A carne in natura passível de exportação deverá ser obtida de partes das carcaças
bovinas desossadas que tenham sido mantidas aderidas às carcaças durante o resfriamento,
sendo retiradas nas operações de desossa, ou seja, cortes sem osso e recortes, excluído,
contudo, o cupim, mesmo que este tenha ficado aderido à carcaça durante o resfriamento e
maturação. Desta forma, não são elegíveis a exportação de carne em natureza aos EUA os
seguintes produtos: carnes industriais (carnes da sala de matança, tais como carnes de cabeça,
bochecha, sangria, esôfago e outras), cupim, miúdos, cortes com osso e carne moída.
Os Servidores Oficiais envolvidos nos procedimentos de coleta de amostras de produtos
para análise de E. coli STEC, e que atuam nos estabelecimentos solicitantes e habilitados, devem
ser capacitados em procedimentos de coleta através de treinamento a distância disponibilizado
em link específico no site do MAPA. Os respectivos certificados devem ser apresentados e
anexados juntamente com a solicitação de habilitação.
O responsável legal pelo estabelecimento deve declarar o conhecimento e compreensão
dos requisitos complementares à exportação para os Estados Unidos da América, constantes
deste consolidado. Esta declaração (modelo anexo XIV) deve ser entregue à sede da Inspeção
Federal local, devendo ser preenchida e assinada a cada nova versão publicada do consolidado.

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2.2. PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES

Além do atendimento ao previsto no item VI do art. 73 do Decreto nº 9.013 de


29/03/2017, o estabelecimento que paralisar suas atividades deve comunicar o SIF local:

Art. 73. Os responsáveis pelos estabelecimentos ficam obrigados a:


(...) XIX – comunicar ao SIF:
(...) c) a paralisação ou o reinício, parcial ou total, das atividades industriais.

O SIF local deverá comunicar o SIPOA de sua região, que deverá estabelecer controle
efetivo de atividade, registro e paralisação das atividades dos estabelecimentos, mantendo a
planilha do POA (planejamento Orçamentário Anual/DIPOA) atualizada, sendo este objeto de
avaliação nas Auditorias realizadas pela Divisão de auditorias Nacionais - DIAN.
Decorridos 90 dias da comunicação da paralisação das atividades do estabelecimento
ao SIF local, sem que haja retorno das atividades, o SIPOA deverá comunicar a Divisão de
Habilitação e Certificação (DHC) e DIPOA/SDA solicitando a suspensão das habilitações do
estabelecimento.
Transcorridos 90 dias sem retorno das atividades, a partir da suspensão das habilitações,
o SIPOA deverá solicitar a exclusão do estabelecimento da lista de habilitados.
Assim, decorridos 180 dias desde a paralisação, o estabelecimento será excluído da lista
de habilitados aos EUA, sendo realizada a devida comunicação pelo DIPOA.
Os SIFs/SIPOAs são os responsáveis pela verificação do atendimento desse requisito, e
pela tomada de ações cabíveis no caso de descumprimento pelo estabelecimento.

2.3. SUSPENSÃO DA CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA

A suspensão da certificação sanitária para os EUA se dará sempre que constatado não
atendimento de requisito específico americano, seja em auditoria ou em inspeções realizadas
pelo SIF local, ou até mesmo por solicitação formal da empresa, frente à dificuldade ou
impossibilidade em atender ao requisito específico americano.
Caso seja constatado o não atendimento aos requisitos americanos em auditorias o
AFFA que realizou a auditoria encaminhará o relatório à DAE, por meio de processo SEI,
propondo a suspensão da certificação sanitária. A DAE encaminhará o processo ao SIPOA para
ciência e providências cabíveis e concomitantemente à DHC/DIPOA para que sejam adotados os
procedimentos no Sistema de Informações Gerenciais do SIF – SIGSIF e na Plataforma de Gestão
Agropecuária – PGA-SIGSIF, registrando o ocorrido na aba Ocorrências de Habilitações e
bloqueando a emissão de certificados sanitários destinados aos EUA daquele estabelecimento.
Se a constatação do não atendimento de requisito específico for apontada em
verificação oficial pelo SIF local, este deve comunicar o SIPOA de sua região, por meio de
processo no Sistema Eletrônico de Informações (SEI). O SIPOA deverá comunicar a DHC/DIPOA
e o DIPOA/SDA para que sejam tomadas as providências cabíveis.
O mesmo procedimento acima deve ser adotado pelo SIF quando ocorrer solicitação
formal do estabelecimento de abate, frente à incapacidade em atender requisito específico dos
EUA.
Independentemente de quem tomou a iniciativa da suspensão da certificação sanitária
(auditoria, verificação oficial pelo SIF local ou solicitação formal da empresa), o retorno da
mesma ficará condicionado à avaliação oficial específica.

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No caso de iniciativa da suspensão por auditoria, o retorno da certificação ficará
condicionado à avaliação por nova auditoria ou por verificação e emissão de parecer conclusivo
pelo SIPOA, a critério da DAE/CGCOA/DIPOA.
Nos demais casos (verificação oficial pelo SIF local ou solicitação formal da empresa) o
retorno da certificação ficará condicionado à avaliação e parecer conclusivo emitido pelo SIF e
SIPOA.
É importante salientar que o retorno do processo de fabricação de produtos destinados
aos EUA, e consequente retorno da certificação sanitária, somente deverá ser autorizada caso o
SIF constate a inexistência ou a cessação da causa que motivou a adoção da medida de
suspensão, e sempre após o desbloqueio da emissão de CSI pela DHC/DIPOA.

2.4. EXCLUSÃO DE ESTABELECIMENTOS

Decorridos 180 dias desde a paralisação das atividades, o SIPOA deverá solicitar a
exclusão do estabelecimento da lista de habilitados aos EUA, que será devidamente comunicada
às Autoridades do FSIS/USDA pelo DIPOA.
Da mesma forma, decorridos 90 (noventa) dias da suspensão da certificação, sem que
sejam restabelecidas as condições necessárias para sua revogação, o SIPOA deverá encaminhar
um processo à DHC/DIPOA solicitando a exclusão do estabelecimento da lista dos EUA.
A DHC/DIPOA emitirá comunicação às autoridades americanas solicitando a exclusão do
estabelecimento da lista dos EUA. As informações são transmitidas às Autoridades sanitárias
americanas pelas vias diplomáticas.

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3. CONTROLES ADMINISTRATIVOS DO SERVIÇO OFICIAL

3.1. CONTROLES RELATIVOS AO SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL LOCAL

a) Vínculo

Todos os integrantes da equipe do Serviço de Inspeção Federal (SIF) atuantes nas


atividades de inspeção ante e post mortem, bem como nas atividades de verificação oficial nos
estabelecimentos habilitados à exportação para os EUA devem possuir vínculo governamental.
O SIF local deverá manter atualizadas as informações sobre o quadro de pessoal junto
ao Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF) no campo
“Tabelas básicas >cadastro RH” para cada SIF.
Deve, ainda, dispor de controles referentes à despesa com alimentação e com
transporte para todos os servidores envolvidos nas atividades acima citadas.
No caso específico dos servidores cedidos do âmbito municipal ou estadual para atuação
no SIF, deverá estar disponível na IF local a cópia do acordo de cooperação técnica firmado entre
o MAPA e a autoridade cedente dos servidores, dispondo da relação nominal dos mesmos
(Portaria individual ou coletiva).

b) Treinamentos

O SIF local deve manter cópia dos comprovantes de participação em treinamentos de


todos os integrantes da equipe, sejam daquelas capacitações ministradas pelo MAPA (reuniões
técnicas, treinamentos, “workshops”, etc.), sejam seminários, congressos, e outros, ministrados
por outras instituições.
Deve manter, também, os comprovantes dos treinamentos da equipe de servidores que
executam as atividades de ante e post mortem.

c) Avaliação da equipe de inspeção

A equipe de inspeção do SIF (AISIPOA e Auxiliares de Inspeção) deverá ser avaliada


anualmente pelo responsável da IF até o dia 31 de outubro de cada ano, usando o modelo de
avaliação constante do anexo III.
A avaliação original deverá ser arquivada na IF. A avaliação digitalizada deverá ser
inserida no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) e encaminhada ao SIPOA para elaboração
do compilado das informações dos SIF’s sob sua gerência. O compilado deverá ser encaminhado
à CGPE/DIPOA até o dia 15 de novembro de cada ano e servirá como base para a programação
de treinamentos para o ano seguinte.

3.2. CONTROLES REALIZADOS PELOS SIPOA’S

Visando o atendimento aos requisitos sanitários dos Estados Unidos, o SIPOA de cada
região deve adotar controles sobre procedimentos e ocorrências nas plantas habilitadas a
exportar àquele mercado. São os seguintes:

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a) Controle do número de plantas habilitadas à exportação para os EUA no âmbito
do SIPOA;
b) Controle com o objetivo de evitar a existência de estabelecimentos habilitados
à exportação para os EUA com atividades paralisadas que deveriam estar com suas habilitações
suspensas;
c) Controle com o objetivo de evitar a existência de estabelecimentos habilitados
à exportação para os EUA suspensos e que deveriam estar excluídos destas listas de exportação;
d) Adoção de procedimentos pelo SIPOA para a correção das não conformidades
apontadas no relatório da última Missão Veterinária dos EUA;
e) Adoção de procedimentos pelo SIPOA para a correção das não conformidades
apontadas no último relatório de auditoria da DIAN/CGCOA e da DAE/CGCOA (se necessário for);
f) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados dos resultados do
programa de E. coli genérica e das ações adotadas em caso de desvio para os estabelecimentos
habilitados à exportação para os EUA (Anexo VII, bovinos e suínos);
g) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados dos resultados do
programa oficial de Salmonella e das ações adotadas em caso de desvio para os
estabelecimentos habilitados à exportação para os EUA (Anexo VI, bovinos e suínos);
h) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados dos resultados do
programa de E. coli STEC do estabelecimento e das ações adotadas em caso de desvio, bem
como da coleta oficial e ações adotadas em caso de desvio para os estabelecimentos habilitados
à exportação para os EUA (Anexo IX, bovinos);
i) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados dos resultados do
programa sentinela de Listeria do estabelecimento e das ações adotadas em caso de desvio,
para os estabelecimentos habilitados à exportação para os EUA (Anexo XII, produto pronto para
consumo, bovinos e suínos);
j) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados do resultado da
verificação oficial do SIF do programa sentinela de Listeria do estabelecimento e as ações
adotadas em caso de desvio, para os estabelecimentos habilitados à exportação para os EUA
(Anexo XII, produto pronto para consumo, bovinos e suínos);
k) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados do resultado da
verificação oficial do SIF para Listeria e Salmonella em carne cozida e congelada/Beef Jerky
oriundos dos estabelecimentos habilitados à exportação para os EUA (Anexo XII, produto
pronto para consumo, bovinos e suínos);
l) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados do resultado da
verificação oficial do SIF para avermectinas em produto final oriundo dos estabelecimentos
habilitados à exportação para os EUA (Anexo X, bovinos);
m) Avaliação (com registro) e manutenção dos dados atualizados do resultado de
controle de espécie zoológica em produto termoprocessado oriundo dos estabelecimentos
habilitados à exportação para os EUA (Anexo XI, bovinos e suínos);
n) Realização da avaliação e homologação do memorial de fabricação e do
processamento térmico das conservas esterilizadas comercialmente destinadas aos EUA por
servidores habilitados pelo DIPOA/SDA;
o) Condução do processo investigativo na forma determinada para os EUA e
avaliação das medidas adotadas no caso de violações comunicadas por aquele país (POEV/Case
file) e se forem necessárias, determinação de ações de “enforcement” e acompanhamento e
avaliação dos desdobramentos dessas ações nos estabelecimentos que tiverem violações;
12
p) Manutenção das informações sobre a equipe da Inspeção Federal dos
estabelecimentos habilitados para EUA atualizadas junto ao SIGSIF;
q) Disponibilização da relação dos cursos de capacitação (reuniões técnicas,
treinamentos, “workshops”, etc.) ministrados ou custeados pelo MAPA (em nível Estadual e
Central), que foram ministrados aos Servidores do DIPOA (Auditores Fiscais Federais
Agropecuários e Agentes de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal) lotados nos
estabelecimentos habilitados a exportar para os Estados Unidos.
As planilhas padronizadas deverão ser disponibilizadas e atualizadas nas Pastas de rede
dos SIPOA > CGCOA> EUA, devendo ser organizadas por ano.
Todos os dados disponibilizados em rede serão objeto de avaliação prévia de modo a
subsidiar auditorias de SIPOA’s e de estabelecimentos habilitados para exportação para EUA.
Além dos controles citados acima, os Serviços de Inspeção Federal - SIF deverão iniciar,
e manter atualizados, 02 (dois) processos específicos no Sistema Eletrônico de Informações (dois
processos por SIF/ano). O primeiro processo será relacionado às análises microbiológicas oficiais
para atendimento aos requisitos norte-americanos e o segundo relacionado aos registros de
verificação oficial dos programas de autocontrole dos estabelecimentos fiscalizados.
No processo relacionado às análises microbiológicas oficiais deverão ser inseridos, em
frequência mensal, os Certificados Oficiais de Análise (COAs) relacionadas aos requisitos norte-
americanos, atendendo a seguinte padronização:

 Iniciar processo -> Inspeção de Produtos de Origem Animal: Análises Laboratoriais


 Especificação: Análises Oficiais SIF XXXX/ANO - XºSIPOA
 Classificação por assuntos: 330.3 - PRODUTOS/INSUMOS PECUÁRIOS
 Interessados: SIF XXXX
 Nível de acesso: Público
 Incluir documento externo
 Tipo de documento: Laudo Laboratorial
 Número / Nome na Árvore: COA XXX

No processo relacionado às verificações oficiais dos autocontroles implantados pelos


estabelecimentos, deverão ser inseridos, em frequência mensal, os formulários de verificação
oficial de elementos de controle – VOEC seguindo os modelos de formulários constantes da
Norma Interna 01/2017. Serão ainda inseridos os planos de ação dos estabelecimentos e
eventuais anexos, atendendo a seguinte padronização:

 Iniciar processo -> Inspeção de Produtos de Origem Animal: Relatório de Fiscalização


 Especificação: VOECs SIF XXXX/ANO - XºSIPOA
 Classificação por assuntos: 330.3 - PRODUTOS/INSUMOS PECUÁRIOS
 Interessados: SIF XXXX
 Nível de acesso: Público
 Incluir documento externo
 Tipo de documento: Formulário
 Número / Nome na Árvore: VOEC nºXXX/ANO ou Anexo VOEC XXX ou Anexo Plano de
ação VOEC XXX

13
Mensalmente, os dois processos acima citados deverão ser enviados ao respectivo
SIPOA para ciência e gestão.
A verificação do gerenciamento dos controles realizados pelo SIPOA relacionados aos
estabelecimentos habilitados à exportação para os Estados Unidos da América deve manter-se
atualizada e será avaliada durante as auditorias do SIPOA conduzidas pela DIAN/CGCOA/DIPOA
nas regiões.

14
4. ROTULAGEM

Carnes e seus derivados que são exportados para os EUA devem ser rotulados com as
mesmas informações que seus equivalentes domésticos. As informações sobre rotulagem de
produtos importados estão disponíveis em: http://www.fsis.usda.gov/Regulations
_&_Policies/Labeling_Guidance/index.asp.
Todas as etiquetas com rotulagens especiais exigem uma avaliação prévia antes dos
produtos serem distribuídos no mercado interno americano. Os critérios específicos de
rotulagem para reivindicações especiais estão disponíveis em:
http://www.fsis.usda.gov/wps/portal/fsis/topics/regulatory-compliance/labeling/Claims-
Guidance.
A rotulagem de produtos destinados ao mercado americano deve seguir o estabelecido
no FSIS compliance guideline for label approval (2017), que estabelece as diretrizes para
comercialização de produtos nos EUA - CFR 412 e 317.
Os padrões de identidade desses produtos devem respeitar o estabelecido no Food
standards and labeling policy book.

15
5. CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA

A emissão e assinatura do Certificado Sanitário Internacional (CSI) deverá ocorrer na


forma e modelo definidos pela DHC/CGI/DIPOA e inserido no Sistema SIGSIF.
O estabelecimento cuja certificação é solicitada deve constar de lista de
estabelecimentos habilitados atualizada pela DHC/CGI/DIPOA, sem que conste restrição
temporária (suspensão) no SIGSIF ao estabelecimento ou ao produto solicitado.
No campo “Documentos base para a certificação”, devem ser referenciados os
documentos (número de identificação do documento e/ou data de emissão, e/ou outra
referência inequívoca) apresentados pelo estabelecimento e que venham a ser rastreáveis em
caso de necessidade.
No mínimo devem ser incluídos para cada CSI referente a carga que este documento
cobrirá: número do documento gerado pela empresa que acompanhará a carga (nota fiscal ou
outro); número do romaneio de embarque gerado pela empresa e o número do documento com
os dados de rastreabilidade dos produtos sujeitos a certificação (garantia de origem dos
animais); número dos demais documentos que venham a ser requeridos e apresentados pelo
estabelecimento em atendimento aos requisitos dos EUA (laudos laboratoriais e outros).
Deve constar no Certificado Sanitário Internacional a categorização dos produtos,
incluindo no item “Tipo de Produto” a categoria do processamento, a categoria do produto e
grupo do produto, conforme anexo II.
Em relação aos produtos que se enquadram na classificação “Process Category: Fully
Cooked – Not Shelf Stable; Product Category: RTE fully-cooked meat e RTE Meat Fully Cooked
Without Subsequent Exposure to the Environment”, estes poderão ser exportados com o uso do
modelo de certificado sanitário internacional destinado a exportação de carne bovina em
natureza. No entanto, para o uso deste modelo de certificado, as matérias-primas destinadas a
fabricação do produto deverão atender na íntegra os requisitos de certificação presentes no 9
CFR 94.29, incluindo a maturação de carcaças.
A emissão do CSI será realizada com base na apresentação dos respaldos para a
Certificação Sanitária Internacional pelo estabelecimento produtor e interessado na exportação.
O SIF emissor do CSI deverá verificar os respaldos e termos apresentados pelo estabelecimento
e se atendem às previsões do presente consolidado, antes de assinar o CSI.
A certificação sanitária destinada à exportação para os EUA fica vinculada à
apresentação dos registros de reinspeção pré-embarque realizados pela empresa com
resultados favoráveis. Os registros de PCC deverão conter, minimamente, a data, hora e
responsável pela reinspeção, o shipping mark, o lote de produção, a descrição do produto e o
resultado final da avaliação do lote quanto à aprovação ou não para exportação para os EUA.
Para os produtos comercialmente estéreis, os registros devem conter, também, o
número do Processo Administrativo de homologação do processamento térmico junto ao MAPA
e os resultados da pesagem de 1% das embalagens mencionada no item 6.2.1.5, letra c, deste
consolidado.
O SIF junto ao estabelecimento produtor é responsável pela verificação oficial de
conformidade com os requisitos aplicáveis naquela instância de produção. Deve, mediante a
verificação de não conformidades no atendimento dos requisitos específicos dos EUA,
determinar a desabilitação dos produtos em desacordo, notificando a empresa com o uso do
formulário da Norma Interna 1/2017 e dando a destinação ao produto, de modo a garantir que

16
o produto que não atendeu o requisito específico, não seja certificado como apto para
exportação para os EUA.
No caso da infração cometida estiver prevista no art. 496 do RIISPOA ou que possa
envolver risco à saúde pública ou integridade ao consumidor, devem ser tomadas as ações fiscais
cabíveis e encaminhadas às instâncias superiores as informações sobre o ocorrido, para a
avaliação de medidas adicionais necessárias.
Os Certificados Sanitários Internacionais que o Brasil emite para exportações de
produtos cárneos aos EUA são os mesmos que devem ser usados para exportações do Brasil a
qualquer um dos territórios dos EUA, ou seja, Samoa Americana, Guam, Ilhas Marianas, Porto
Rico e Ilhas Virgens Americanas.
A utilização de matéria-prima regularmente importada em estabelecimentos
registrados e habilitados à exportação para os EUA, para elaboração de produtos destinados
àquele mercado é permitida, desde que atendidos os seguintes requisitos:
a) O estabelecimento estrangeiro que forneceu as matérias-primas deve estar
habilitado à exportação para os EUA, conforme disposto no sítio eletrônico:
https://www.fsis.usda.gov/wps/portal/fsis/topics/international-affairs/importing-
products/eligible-countries-products-foreign-establishments/eligible-foreign-establishments.
b) O Certificado Sanitário Internacional que acompanha a matéria-prima, embora
utilize o modelo acordado entre o país de origem e o Brasil, deve possuir uma observação
específica de que aquele produto atende aos requisitos sanitários americanos;
c) O estabelecimento deve controlar toda a rastreabilidade de produção de forma
a garantir a cadeia de habilitação da Certificação Sanitária.
O SIF local deve checar o disposto no item acima para poder avaliar a autorização da
utilização dessa matéria-prima como habilitada para os EUA, previamente ao início da produção.

17
6. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS – BOVINOS

6.1. FORNECEDORES DE MATÉRIA-PRIMA PARA TERMOPROCESSADOS

6.1.1. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO VETERINÁRIA ANTE E POST MORTEM

6.1.1.1. SELEÇÃO DE FORNECEDORES

É necessário que os estabelecimentos de abate de bovinos selecionem animais


acompanhados com as cartas de garantias validadas pelas equipes dos controles de qualidade
(política de seleção de fornecedor com base em análise de perigos, auditorias em propriedades
rurais, etc.). Dessa forma, o estabelecimento de abate deve elaborar cadastro de propriedades
qualificadas.
A carta de garantia é um documento que deve estar assinado por responsável na
propriedade de embarque dos animais. Deve conter os dados gerais do proprietário e da
propriedade rural, a data que os animais serão abatidos, número das guias de trânsito de
animais envolvidas (GTA’s), local e data de emissão e assinaturas.
Deve ser declarado em carta de garantia o uso de produtos veterinários nos animais,
relacionando o nome comercial e seu princípio ativo, a data da última aplicação e o período de
carência de cada produto, especialmente a doxiciclina e os produtos do grupo das avermectinas.
As cartas de garantia apresentadas pelos produtores deverão ser consideradas pelos
estabelecimentos no processo de classificação dos lotes de animais quanto à sua habilitação
para exportação para os EUA. Os critérios para a classificação devem estar previstos nos
programas de autocontrole e devem considerar, obrigatoriamente, as condições abaixo:
i. Animais que tenham sido tratados com substância cuja tolerância nos EUA é mais
restritiva (limite EUA é mais baixo e o período de carência do produto de uso veterinário
disponível no mercado brasileiro não garante o atendimento da tolerância EUA).
ii. Animais que tenham sido tratados com substância não autorizada nos EUA.
É fundamental, também, que as empresas tenham controle da rastreabilidade da
matéria-prima considerada aprovada para a exportação destinada aos EUA até o produto final,
para fins de embasamento da certificação a ser firmada pelo Serviço Oficial.
Nesta etapa, cabe ao SIF verificar, a partir da programação de abate fornecida pela
empresa, se as propriedades constam no cadastro de propriedades fornecedoras de animais ao
estabelecimento.
O SIF deve verificar a Guia de Trânsito Animal (GTA), Declaração do Produtor – Modelo
B e a Carta de Garantia do Produtor.
Esta verificação documental oficial faz parte dos procedimentos de inspeção ante
mortem e devem ser executados quando houver abate de animais destinados à exportação aos
EUA, e sempre após a conferência documental efetuada por parte da empresa.
Durante o abate, o SIF acompanha a correlação da identificação aposta nas carcaças
aptas para os EUA e que foram desclassificadas nesta etapa pela empresa, verificando os
procedimentos e registros gerados, além de verificar a desclassificação daqueles animais que
não estão acompanhados da Carta de Garantia do Produtor e Declaração do Produtor – Modelo
B.

18
6.1.1.2. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE ESPÉCIE ZOOLÓGICA

Para alcançar a equivalência com a legislação norte-americana, os estabelecimentos


brasileiros, constantes das listas de fornecedores de matéria-prima para as fábricas de conservas
autorizadas a exportar carne bovina termoprocessada para aquele país, devem desenvolver,
implantar e monitorar procedimentos operacionais, de forma a garantir que as matérias-primas,
incluindo a espécie dos animais que as originaram, refletem as informações constantes na
rotulagem dos produtos.
Algumas unidades de abate de bovinos, eventualmente, realizam o abate de bubalinos.
No entanto, esse abate, quando ocorre, normalmente contempla poucas cabeças de animais.
Neste contexto, torna-se mais fácil proceder ao controle das carnes de búfalos, evitando que
estas sejam misturadas às da espécie bovina, previstas na formulação dos produtos exportados
para os Estados Unidos.
O estabelecimento deve, ainda, adotar procedimentos seguros de identificação,
rastreabilidade e segregação de matéria-prima originada de outras espécies que eventualmente
sejam estocadas em sua unidade industrial.
Caso constatada qualquer deficiência nos procedimentos de controle de espécie
zoológica por parte do estabelecimento, bem como diante de comunicação internacional de
detecção de proteína de espécie diferente daquela aprovada para o produto exportado, o SIF
local deve adotar ações de enforcement, conforme definidas no item 8.1 deste Consolidado.

I) Quando da ocorrência de abate de bubalinos no estabelecimento devem ser


adotados os seguintes procedimentos:

a - promover a segregação e a manutenção dos animais de diferentes espécies (bovinos


e bubalinos) em currais separados, desde a chegada ao matadouro;
b - promover o abate dos bovinos, antes que proceda ao de búfalos;
c - promover a marcação individual das carcaças de búfalos;
d - manter as carcaças de búfalos em câmaras separadas das destinadas aos bovinos ou,
quando não for possível, em trilhos separados da mesma câmara, com identificação segura;
e - proceder à desossa, embalagem e rotulagem dos cortes das duas espécies, em turnos
separados, ou quando não for possível, em horários diferentes;
f - estocar as carnes das duas espécies, preferencialmente, em câmaras separadas e,
quando não for possível, em áreas distintas da mesma dependência frigorífica, perfeitamente
isoladas e identificadas.

II) Registros

a – todos os procedimentos observados nas diversas fases da produção de carnes


bovinas e de búfalos devem ser objeto de registros, facilmente auditáveis, pelo
estabelecimento;
b - todos os formulários de registros devem ser assinados e datados por funcionários
responsáveis pelo monitoramento;
c - os registros de controle das espécies, executados pelo estabelecimento, devem ser
mantidos à disposição do SIF e serem objetos da verificação oficial.
19
6.1.1.3. ABATE DE EMERGÊNCIA

As situações e procedimentos relativos ao abate de emergência dos animais são aqueles


definidos no Decreto nº 9.013/2017 (Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal).
Animais caídos, incluindo, mas não limitados àqueles com fraturas e/ou outros
problemas nos membros poderão, a critério do Médico Veterinário Oficial, ser aproveitados,
mas excluídos da exportação para os EUA.
Bovinos com temperatura igual ou superior a 40,5ºC devem ser condenados.
Conforme diretrizes do FSIS, quando da realização de abates de emergência deve ser
considerada a necessidade de coleta do tronco encefálico para diagnóstico de EEB
(Encefalopatia Espongiforme Bovina).
Os procedimentos de coleta, conservação, acondicionamento e envio do tronco
encefálico devem seguir as diretrizes do DIPOA/SDA, da forma descrita em Manual de Coleta de
Amostras de Produtos de Origem Animal.

6.1.1.4. OPERAÇÕES DE ABATE

Os estabelecimentos de abate devem ter descritos e implementados programas de


autocontrole que contemplem aspectos relacionados à manutenção de instalações e
equipamentos (incluindo iluminação, ventilação, águas residuais e calibração de instrumentos
de processos), água de abastecimento, controle integrado de pragas, higiene industrial e
operacional, higiene e hábitos higiênicos dos funcionários, procedimentos sanitários
operacionais, controle de matéria-prima, controle de temperatura, programa de análise de
perigos e pontos críticos de controle – APPCC, análises laboratoriais, controle de formulação de
produtos e combate à fraude, rastreabilidade e recolhimento, respaldo para a certificação
oficial, bem-estar animal e identificação, remoção, segregação e destinação do material
especificado de risco – MER (conforme previsto no Art. 74 do Decreto nº 9.013, de 29/03/2017).
Assim, tanto os programas de pré-requisitos quanto o programa de APPCC, são de
responsabilidade do estabelecimento produtor.
Em relação ao programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC, a
legislação americana exige a implantação de no mínimo um Ponto Crítico de Controle (PCC) na
linha de produção.
Deve-se criar no final do processo de abate a etapa de revisão de carcaças,
estabelecendo-se nesta etapa um PCC, que consiste da remoção da contaminação de origem
gastrintestinal (matéria fecal e ingesta) e de leite visível. O limite crítico definido para este PCC
é de tolerância zero para estes contaminantes.
Além da efetiva implementação do PCC de revisão de carcaças (PCC1B), os
estabelecimentos devem realizar controle efetivo sobre contaminação fecal, ingesta e leite nas
operações de abate. Este controle pode ser efetuado através da introdução de Pontos de
Controles (PC’s) ou Procedimentos Sanitários Operacionais (PSO’s) nas operações de esfola,
remoção do úbere e evisceração, delineados em procedimentos de BPFs, descritos e
implantados para estas operações, gerando registros de monitoramento dos mesmos.

20
Os estabelecimentos de abate devem prever em seus programas de autocontrole os
procedimentos operacionais e as boas práticas adotadas para evitar ou diminuir a ocorrência de
patógenos nos produtos produzidos, especialmente a E. coli e Salmonella spp. Assim, devem ser
previstas a possibilidade de adoção das seguintes ações, mas não limitadas a estas:
a) Lavagem e desinfecção dos currais;
b) Lavagem dos animais com água hiperclorada com volume, tempo e pressão
adequados no banho de aspersão (antes da entrada dos animais para o abate);
c) Lavagem com água hiperclorada, na praia de vômito, da região perianal dos
animais que defecam após seu atordoamento;
d) Isolamento do rabo por ensacamento plástico logo após sua esfola;
e) Utilização de vapor (por aspersão e/ou sucção) sobre a carcaça nas etapas de
esfola;
f) Utilização de proteção temporária das partes da carcaça já esfoladas, por “papel
manteiga” ou outro material apropriado;
g) Imobilização do couro para diminuir seu rebate durante as operações de esfola;
h) Controle dos pontos de contaminação fecal, ingesta e leite durante as etapas
críticas do abate (ênfase nas operações de esfola, evisceração, oclusão do reto e do esôfago e
remoção do úbere);
i) Ajuste (redução) na velocidade de abate;
j) Controle sobre o número de colaboradores na esfola e realização de ajustes de
velocidade de abate em casos de faltas; e
k) Controle da potabilidade da água utilizada no “spray chiller” nas câmaras de
resfriamento de carcaças, quando aprovadas.

6.1.1.5. INSPEÇÃO POST MORTEM

Os procedimentos de inspeção post mortem, executados por Servidores Oficiais


conforme consta no item 3 deste documento, são aqueles definidos no Decreto nº 9.013/2017
(Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal) e legislação
complementar sobre o tema, possuindo equivalência com as normas norte-americanas (FSIS
DIRECTIVE 6100.2).
Se durante as atividades de inspeção forem constatados indícios de metástases
nas carcaças, estas não poderão ser utilizadas como matérias-primas na fabricação de produtos
que serão exportados para os EUA, independentemente das condições gerais da carcaça.
Fica expressamente proibido o uso de carne de cabeça (incluindo carne de
bochechas), como matéria-prima na produção de termoprocessados, de qualquer natureza, com
destino aos Estados Unidos da América.
É proibido, também, o uso de carne mecanicamente separada e a carne
mecanicamente recuperada de bovinos em produtos cárneos destinados à exportação para os
EUA.

21
6.1.1.6. REMOÇÃO, SEGREGAÇÃO, DESTINAÇÃO E DESTRUIÇÃO DO MATERIAL
ESPECIFICADO DE RISCO (MER)

Considerando a equivalência com o FSIS/USDA, são considerados materiais


especificados de risco para Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB):
a) Bovinos de 30 meses de idade ou mais: encéfalo, crânio, olhos, gânglio trigêmeo,
medula espinhal, raízes e gânglios espinhais, coluna vertebral (excluindo as vértebras da cauda,
os processos transversais das vértebras torácicas e lombares e as asas do sacro);
b) Bovinos de todas as idades: tonsilas (palatinas e linguais) e a porção do íleo na
medida de 203,2 cm (80 polegadas).
O crânio (com o gânglio trigêmio) e a coluna vertebral (com os gânglios e raízes nervosas)
podem ser destinados à graxaria e os demais MER devem ser manipulados de forma a prevenir
a contaminação cruzada das matérias-primas e produtos finais exportados e, em seguida, serem
adequadamente destruídos.
É proibido o uso destes materiais em carnes ou produtos cárneos destinados à
exportação para os EUA. Isso se aplica, também, ao intestino delgado (exceto no caso em que o
íleo distal tenha sido removido).
A empresa deve incluir nos programas de autocontrole a descrição dos procedimentos
operacionais para a remoção, segregação, destinação e destruição dos Materiais Especificados
de Risco (MER), de modo que sejam envolvidas todas as etapas de produção, respeitando os
preceitos normativos contidos no Decreto 9.013/2017 e normas nacionais específicas sobre o
tema. Exceção feita ao íleo distal que, diferentemente da norma nacional, deve ser retirada uma
porção de 203,2 cm (80 polegadas).
Ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) junto ao abatedouro, cabe a responsabilidade de
fazer a verificação oficial da implementação dos programas através de registros e aplicar as
penalidades quando houver desvios dos referidos procedimentos.

6.1.1.7. PROCEDIMENTOS DE REINSPEÇÃO

Os estabelecimentos de abate de bovinos fornecedores de matéria-prima para


termoprocessados devem possuir descritos em seus programas de autocontrole procedimentos
de reinspeção voltados ao atendimento de requisitos de exportação aos EUA, abrangendo os
procedimentos de toalete de carcaças no abate, de reinspeção de quartos no tendal e na
desossa, bem como de cortes e recortes.
Devem, ainda, por meio de seus Procedimentos Sanitários Operacionais (PSO) e
programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), garantir que todas as
carcaças oriundas da sala de abate estejam livres de quaisquer contaminações visíveis.
A descrição deve detalhar os procedimentos de avaliação (local, iluminação,
equipamentos mínimos, frequência, amostragem, responsáveis pela operação) assim como os
procedimentos aplicáveis a situações diversas, como queda de carcaças, quartos, cortes ou
recortes no piso, identificação e remoção de contaminações visíveis nos quartos, cortes ou
recortes, definindo critérios de aceitabilidade em cada etapa (abate, resfriamento, cortes e
desossa).
Todos os formulários de registro devem possuir campos que contemplem o número de
quartos desossados, tipo e número de cortes amostrados, número de sacarias amostradas, o

22
tipo e quantidade de contaminações visíveis encontradas e o resultado da aceitabilidade, bem
como responsável com assinatura e horário da avaliação.
Os estabelecimentos devem, ainda, possuir descritos em seus programas de
autocontrole as definições de lote e turno de produção, devendo estas definições serem
utilizadas como parâmetro para as verificações e tomadas de ações.

6.1.1.8.1 PROCEDIMENTOS DE AUTOCONTROLE

O estabelecimento deve implementar procedimentos para reinspeção de quartos,


cortes e recortes que atendam aos seguintes critérios e/ou procedimentos mínimos:

a) Para reinspeção de quartos:

Devem ser reinspecionados pela empresa 100% dos quartos a serem desossados, em
local específico para tal na entrada da sala de desossa, com iluminação adequada, plataforma,
conjunto sanitário e bandejas coletoras.
Os procedimentos de remoção das contaminações visíveis e de destinação dos quartos,
atendendo os critérios de aceitabilidade definidos, devem estar descritos nos programas de
autocontrole. Deve ser usado marcador próprio e formulário específico para registro das
contaminações removidas, fazendo a classificação e quantificação para gestão dos dados,
visando à correção de processos ou de procedimentos operacionais nas etapas que antecedem
a desossa.
O estabelecimento deve definir limites operacionais para os contaminantes que
representam risco à saúde pública, como ingesta, fezes, leite, MRE, lesões patológicas
(abscessos) ou parasitológicas e perigos químicos ou físicos facilmente identificáveis, assim
como daqueles defeitos que são considerados de risco baixo, como pelos, lesões patológicas
(abscessos) ou parasitológicas localizadas e circunscritas, limalhas de trilho, óleo de carretilhas,
hematomas, couro e coágulos.
Na presença de eventual desvio dos limites operacionais definidos pelo estabelecimento
em seus programas de autocontrole, devem ser adotadas medidas corretivas para os quartos
afetados, inclusive a sua desclassificação para exportação, e medidas preventivas adequadas,
registrando os achados em formulário específico e acumulando em base de dados para análise
estatística de tendência, a ser disponibilizada sempre que o SIF local requisitar.
Caso os defeitos observados ofereçam risco à saúde pública, deve proceder-se com as
seguintes ações:
- Identificar as causas do desvio;
- Reestabelecer a condição sanitária do produto;
- Desenvolver procedimentos que evitem a recorrência; e
- Assegurar que nenhum produto contaminado seja comercializado (CFR 417.3).

b) Para reinspeção de cortes e recortes:

Os cortes e recortes que serão utilizados como matéria-prima para


termoprocessamento, destinados ao mercado americano, devem ser reinspecionados pela
empresa, separadamente, em local específico para tal na sala de desossa.

23
O local da reinspeção deve possuir iluminação adequada, mesa, conjunto sanitário e
bandejas coletoras.

O estabelecimento deve adotar um plano de inspeção baseado na severidade do desvio


conforme tabela abaixo:

DEFEITO RISCO CLASSIFICAÇÃO LIMITE


OPERACIONAL
Pelos BAIXO MENOR ATÉ 5***
Ingesta ALTO CRÍTICO ZERO
Fecal ALTO CRITICO ZERO
Lesões patológicas ALTO CRÍTICO ZERO
(abscessos) ou
parasitológicas *
Lesões patológicas BAIXO MENOR ATÉ 5
(abscessos) ou
parasitológicas **
Perigos químicos ou ALTO CRÍTICO ZERO
físicos. Ex.: químicos
venenosos ou
tóxicos, vidros,
fragmentos
metálicos
Coágulos ALTO CRÍTICO ZERO
Linfonodos e ALTO CRÍTICO ZERO
hemolinfonodos
Fragmentos Ósseos ALTO CRÍTICO PONTEAGUDOS COM
MAIS DE 7MM
Cartilagem BAIXO MENOR ATÉ 5
Limalha de trilho BAIXO MENOR ATÉ 5
Óleo de carretilha BAIXO MENOR ATÉ 5
MRE ALTO CRÍTICO ZERO
Hematomas BAIXO MENOR ATÉ 5
Couro BAIXO MENOR ATÉ 5
Quaisquer outros ALTO CRÍTICO ZERO
defeitos que
representem risco de
saúde pública,
repugnância ou
sejam lesivos ao
consumidor
* Para lesões patológicas ou parasitológicas indicativas de doença sistêmica.
** Para as lesões patológicas ou parasitológicas localizadas ou circundadas por tecido saudável (por exemplo, abscessos localizados
ou tecido cicatricial).
*** Refere-se à quantidade de defeitos visualizados na verificação completa, independentemente se este número ocorre em uma
única peça ou em várias (para os defeitos que possuem limite operacional diferente de zero).

24
TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DE DEFEITOS E AÇÃO CORRETIVA:

CLASSIFICAÇÃO DO DEFEITO OCORRÊNCIA AÇÃO CORRETIVA


CRÍTICO Independente do nº de Reestabelecer a condição
achados sanitária
MENOR Até 5 achados Remover pontualmente no
produto

A reinspeção deve ser realizada em intervalos previamente estabelecidos conforme


previsto no programa de autocontrole da empresa. As ações corretivas deverão ser aplicadas na
produção correspondente aos produtos fabricados desde a última reinspeção considerada
aceitável.
O tipo de corte, selecionado no final de cada linha de desossa, antes da embalagem
primária, deve ser amostrado de forma a abranger todas as linhas de desossa a cada reinspeção,
em horários variados dentro de cada turno.
Na presença de eventual desvio dos limites operacionais dos defeitos definidos na tabela
acima, devem ser adotadas medidas corretivas para os produtos afetados e medidas preventivas
para a não conformidade, registrando adequadamente os achados em formulário específico e
acumulando em base de dados para análise estatística de tendência, a ser disponibilizada
sempre que o SIF local requisitar.
Caso os defeitos observados ofereçam risco à saúde pública, o estabelecimento deverá
adotar medidas sobre todos os produtos fabricados desde a última reinspeção considerada
aceitável, visando restabelecer sua condição sanitária, adotando as seguintes ações:
- Identificar as causas do desvio;
- Restabelecer a condição sanitária do produto;
- Desenvolver procedimentos que evitem a recorrência; e
- Assegurar que nenhum produto contaminado seja comercializado (CFR 417.3).

6.1.1.8.2 PROCEDIMENTOS DA VERIFICAÇÃO OFICIAL

Durante a desossa o SIF local deve implementar procedimentos para verificação oficial
observando os seguintes critérios e/ou procedimentos:

a) Para reinspeção de quartos:

Após o procedimento de reinspeção da empresa, o SIF deve reinspecionar 1% dos


quartos a serem desossados no turno, número que nunca deve ser inferior a 10 quartos. Devem
ser selecionados, aleatoriamente, dianteiros e/ou traseiros previamente liberados na
reinspeção obrigatória pela empresa.
Caso sejam detectados quaisquer defeitos em quartos durante os procedimentos de
verificação oficial, o SIF deve determinar a imediata remoção destes pelo estabelecimento,
acompanhando o procedimento.
O SIF deve realizar uma análise técnica sobre o achado, avaliando significado, extensão
e circunstância e, a seu critério, adotar as medidas adequadas sobre o produto.
Se o contaminante representar risco à saúde pública, como ingesta, fezes, leite, MRE,
lesões patológicas (abscessos) ou parasitológicas e perigos químicos ou físicos facilmente
identificáveis, o SIF, além de determinar a imediata remoção do contaminante pelo
25
estabelecimento, deve determinar a desclassificação de todo o lote de produção do turno para
os EUA. Além disso, deve autuar o estabelecimento pela infração constatada, observado o
devido enquadramento (inciso XXVI do art. 496 do RIISPOA para contaminantes que
representam risco à saúde pública), e ainda determinar a adoção de medidas sobre todos os
produtos fabricados no turno, visando restabelecer sua condição sanitária.
Se o defeito/contaminante não representar risco à saúde pública, o SIF somente deverá
autuar a empresa frente à constatação de histórico de repetição do achado e de ineficácia das
ações corretivas e preventivas adotadas, com enquadramento no inciso IX do art. 496 do
RIISPOA.
Ossos/fragmentos ósseos e cartilagens, além de tendões/ligamentos não são verificados
oficialmente na reinspeção de quartos, apenas na reinspeção de cortes e/ou recortes, onde a
tolerância é zero para estes defeitos.

b) Para reinspeção de cortes e recortes

Devem ser reinspecionados pelo SIF, a cada turno de desossa, no mínimo 1% de peças
em relação ao número de quartos a serem desossados dentro do turno. O número de cortes a
serem amostrados a cada turno nunca deve ser inferior a 10 (dez) peças.
O tipo de corte, selecionado no final de cada linha de desossa, antes da embalagem
primária, deve ser amostrado de forma a abranger todas as linhas de desossa a cada reinspeção,
em horários variados dentro de cada turno, evitando-se horários pré-definidos.
Devem ser reinspecionados pelo SIF, a cada turno de trabalho, no mínimo 2 (duas)
sacarias de recortes produzidas no período. A linha amostrada deve ser alternada a cada
reinspeção e realizada em momentos diferentes.
Se o estabelecimento estiver trabalhando com cestos, ao invés de sacarias, deverá ser
transportado para o local de reinspeção um volume de recorte equivalente a duas sacarias, de
diferentes linhas de produção.
Caso sejam detectados quaisquer dos defeitos mencionados na tabela acima em cortes
e/ou recortes durante os procedimentos de verificação oficial, independentemente da
quantidade, o SIF deve determinar a imediata remoção dos mesmos pelo estabelecimento,
acompanhando o procedimento.
Se o defeito representar risco à saúde pública, o SIF, além de determinar a imediata
remoção do mesmo pelo estabelecimento, deve determinar a desclassificação de todo o lote de
produção do turno para os EUA. Além disso, deve autuar o estabelecimento pela infração
constatada, com enquadramento no inciso XXVI do art. 496 do RIISPOA.
Quando o defeito não oferecer risco à saúde pública, se apresentando abaixo ou mesmo
acima do limite operacional estipulado, o SIF deve apenas determinar a sua remoção. Nesse
caso, a empresa somente deverá ser autuada frente à constatação de histórico de repetição do
achado e de ineficácia das ações corretivas e preventivas adotadas, com enquadramento no
inciso IX do art. 496 do RIISPOA.
O SIF deve registrar as ações de verificação oficial realizadas no formulário constante do
anexo IV, a ser arquivado na IF local.

26
6.1.2. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS

6.1.2.1. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA SALMONELLA EM CARCAÇAS


BOVINAS

Os estabelecimentos de abate de bovinos autorizados a produzir matéria-prima para


exportação aos EUA devem prever em seus programas de autocontrole a avaliação de
desempenho para Salmonella em carcaças, obedecendo aos seguintes critérios:
a) A amostragem será constituída de ciclo de 82 (oitenta e dois) testes, aceitando-
se 1 (uma) amostra positiva para cada ciclo (n = 82, c = 1).
b) A frequência da amostragem deve ser de uma amostra para cada dia de abate,
independentemente do número de animais abatidos ou turnos de trabalho do estabelecimento;
c) Cada estabelecimento será submetido no mínimo a 1 (um) ciclo de amostragem
para pesquisa de Salmonella na superfície de carcaças, anualmente.
d) A amostragem para pesquisa de Salmonella deverá ser realizada na superfície
das carcaças, mediante sorteio aleatório, no mínimo 12 (doze) horas após o início do
resfriamento.
e) Quando o resultado do ciclo mostra que o estabelecimento ultrapassou a
quantidade máxima de amostras positivas permitidas (c > 1), a Inspeção Federal local deve
comunicar o fato à direção do estabelecimento, através do modelo de relatório previsto na
Norma Interna 1/2017, e repetir a amostragem (novo ciclo de 82 amostras).
f) Após avaliar os resultados do segundo ciclo de amostragem, se o
estabelecimento novamente não atinge o padrão de desempenho esperado (c > 1), a Inspeção
Federal local deve comunicar novamente a direção do estabelecimento, repetir a amostragem
(novo ciclo de 82 amostras) e solicitar por escrito a revisão dos programas de autocontrole do
estabelecimento.
g) Se no terceiro ciclo o estabelecimento novamente não atingir o padrão de
desempenho (c > 1), a Inspeção Federal local deve imediatamente comunicar o fato ao
respectivo SIPOA, que após a avaliação do processo, enviará o mesmo à CGCOA/DIPOA e à
DHC/CGI/DIPOA, sendo que esta última suspenderá a autorização de exportação para o
mercado americano.
h) O cancelamento da suspensão da autorização somente poderá ocorrer após o
estabelecimento identificar o motivo do desvio e tomar as medidas corretivas e preventivas
adequadas, além de alcançar o padrão de desempenho estabelecido (n = 82, c ≤ 1).
A coleta das amostras deve ser realizada pelo Controle de Qualidade da empresa, sob
supervisão do SIF local e atender os seguintes aspectos:
- As amostras oficiais serão analisadas em laboratórios credenciados definidos pela
CGAL e integrantes da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Único de
Atenção à Sanidade Agropecuária;
- As amostras devem ser colhidas na região do peito, vazio e alcatra;
- A amostra será obtida através da técnica da esponja, aplicada numa área de 10 cm x
10 cm (100 cm²) de cada ponto de colheita na carcaça, seguindo a sequência: vazio, peito e
alcatra;
- Para a pesquisa de Salmonella spp. a metodologia é a MLG 4.10 e o kit automatizado
3M – Molecular Detection System, 2 – MDS.

27
- as amostras serão obtidas, no mínimo, 12 horas após o início do resfriamento das
carcaças e as análises serão iniciadas, no máximo, 24 horas após a colheita das amostras.
Cabe ao Serviço de Inspeção local:
- Realizar diariamente o sorteio da meia-carcaça para coleta de amostra para a análise
de Salmonella spp.;
- Acompanhar a coleta da amostra realizada pelo Controle de Qualidade da
empresa, lacrando-as com o uso de envelopes-lacre numerados, fornecidos pelo Serviço Oficial;
- Emitir a correspondente Solicitação Oficial de Análise (SOA) para identificação e envio
das amostras ao laboratório; e
-Registrar os resultados expressos em Certificados Oficiais de Análise (COAs), em
planilhas próprias e encaminhar ao SIPOA, mensalmente (Anexo VI).
Os resultados das amostras oficiais coletadas e enviadas para atendimento aos
requisitos complementares para exportação aos Estados Unidos para pesquisa de E. coli STEC e
Salmonella spp. poderão ser utilizados para atendimento ao controle nacional microbiológico
oficial, instituído pela Instrução Normativa nº 60, de 20 de dezembro de 2018, respeitando-se
as frequências de coletas das amostras instituídas neste Ofício-Circular e na IN nº 60/2018.

6.1.2.2. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA ESCHERICHIA COLI GENÉRICA


EM CARCAÇAS BOVINAS

Os estabelecimentos de abate de bovinos autorizados a produzir matéria-prima para


exportação aos EUA devem prever em seus programas de autocontrole a avaliação de
desempenho para E. coli em carcaças, obedecendo aos seguintes critérios:

I) Frequência de amostragem

A frequência de amostragem para E. coli é determinada pelo volume de produção, sendo


que a frequência mínima estabelecida é de um teste para cada 300 animais abatidos, ou fração,
por dia de abate.

II) Procedimentos de colheita de amostras para E. coli

As amostras devem ser colhidas, no mínimo, 12 horas após o início do resfriamento das
carcaças e as análises deverão ser iniciadas, no máximo, 24 horas após a colheita das amostras.
A carcaça a ser amostrada deve ser selecionada, de maneira aleatória, entre todas as
carcaças elegíveis ao mercado americano.
O estabelecimento deve possuir local específico para a guarda dos materiais que serão
utilizados na coleta da amostra, assim como deve possuir local específico e apropriado para
realização da coleta, com luminosidade adequada.
Devem ser adotados todos os cuidados necessários para evitar a contaminação da
amostra.
A amostra será obtida através da técnica da esponja, aplicada numa área de 10 cm x 10
cm (100 cm²) de cada ponto de colheita na carcaça, seguindo a sequência: vazio, peito e alcatra,
fazendo movimentos com a esponja no sentido vertical e horizontal, cerca de 10 vezes em cada
sentido.

28
III) Interpretação dos resultados

Os resultados dos testes para E. coli, exigidos pela legislação dos Estados Unidos devem
ser apresentados em tabelas de controle estatístico de processo. Para isso, os estabelecimentos
devem:
a) Considerar o limite inferior (LI) como o limite de detecção do método analítico,
caso a sua série histórica evidencie padrões extremamente baixos de contagem de E. coli.
b) Considerar no cálculo do limite superior (LS) a média mais duas vezes o desvio
padrão. Utilizando-se este critério, 95% dos resultados encontrados estarão dentro do intervalo
entre o LI e o LS.
Devido à homogeneidade dos resultados encontrados, o gráfico indicado para a leitura
dos resultados é o gráfico em escala logarítmica.
Ressalta-se que, quando se trabalha com controle estatístico de processo, cada
estabelecimento tem o seu próprio padrão em razão das particularidades individuais, exigindo-
se a aplicação de medidas de controle somente quando o limite superior é ultrapassado.
Cabe ao Serviço de Inspeção local:
- Receber e avaliar os resultados de E. coli genérica obtidos pela empresa;
- Avaliar as ações tomadas pela empresa quando o LS é ultrapassado;
- Compilar os resultados em planilha específica e encaminhar ao SIPOA, mensalmente
(Anexo VII).
O método analítico adotado para análise de E. coli genérica deverá ser o método AOAC
998.08 ou ISO 16649-2.
Os resultados das amostras oficiais coletadas e enviadas para atendimento aos
requisitos complementares para exportação aos Estados Unidos para pesquisa de E. coli STEC e
Salmonella spp. poderão ser utilizados para atendimento ao controle nacional microbiológico
oficial, instituído pela Instrução Normativa nº 60, de 20 de dezembro de 2018, respeitando-se
as frequências de coletas das amostras instituídas neste Ofício-Circular e na IN nº 60/2018.

6.1.3. CONTROLE DE RESÍDUOS QUÍMICOS E CONTAMINANTES

Para fins de certificação, o estabelecimento deve aplicar medidas de controle para


garantir que os requisitos americanos relativos a resíduos e contaminantes são atendidos,
garantindo também que as atualizações destes requisitos são consideradas no seu programa de
autocontrole.
Os controles aplicados pelos estabelecimentos devem dar garantia de que os resíduos
de drogas veterinárias não são superiores às tolerâncias (limites máximos) aplicáveis nos EUA
(para drogas veterinárias autorizadas nos EUA) e que não há resíduos de substâncias não
autorizadas nos EUA nos produtos exportados.
As drogas veterinárias autorizadas e suas respectivas tolerâncias (limites máximos),
estabelecidas pelo U.S. Food and Drug Administration – FDA, são publicados no Code of Federal
Regulations – Title 21 CRF 556.
(https://www.accessdata.fda.gov/scripts/cdrh/cfdocs/cfcfr/CFRSearch.cfm?fr=556.739)
As tolerâncias (limites máximos) de agrotóxicos, estabelecidos pelo U.S. Environmental
Protection Agency – EPA, são publicados no Code of Federal Regulations – Title 40 CRF 180.
(https://www.ecfr.gov/cgi-bin/text-idx?tpl=/ecfrbrowse/Title40/40cfr180_main_02.tpl)

29
O SIF local deve garantir que o estabelecimento está inserido no sorteio de ordens de
coleta de PNCRC e cumprir a programação de amostragem, conforme procedimento padrão do
programa aplicável a todos os estabelecimentos sob SIF.
É importante salientar que a emissão de Certificado Sanitário Internacional para
exportações com destino aos Estados Unidos da América de carcaças bovinas que foram
testadas para drogas veterinárias, somente poderá ser efetivada caso os resultados laboratoriais
estejam em concordância com a legislação americana.
Devem ser adotados os seguintes procedimentos:
a) Após a coleta pelo SIF de amostra post mortem, para o atendimento ao
Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes - PNCRC de produtos de origem
animal ou pesquisa de resíduos de drogas veterinárias na espécie bovina destinadas aos EUA,
todas as partes dos animais dos quais foram coletadas as amostras (carcaça, órgãos, gorduras e
outros) serão segregadas ou sequestradas pelo SIF local, até a chegada dos resultados
laboratoriais, independentemente da matriz utilizada. Caso seja amostra coletada pela empresa,
para outros ensaios de autocontrole, a segregação ou sequestro deverá ser realizado por esta;
b) Ressalta-se que apenas o animal (meias-carcaças, vísceras, gordura) do qual foi
coletada a amostra post mortem deverá ser sequestrado, e não todo o lote de abate;
c) É facultada à empresa a desclassificação da carcaça amostrada e suas partes
para exportação aos EUA, antes e independentemente do resultado da análise laboratorial;
d) O SIF local deve considerar os resultados de análise de amostras do Plano
Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes - PNCRC e de autocontrole como critério
para a certificação e como elemento de verificação dos controles dos estabelecimentos. Todos
os resultados de análise PNCRC com quantificação de substâncias devem ser confrontados pelo
estabelecimento com os requisitos EUA, ainda que o resultado indique conformidade em
relação aos requisitos brasileiros (limites adotados no PNCRC), cabendo ao SIF realizar a
verificação desta comparação.
e) No caso de resultado de análise em conformidade com o padrão legal nacional
e/ou norte-americano, os produtos originários do animal do qual se coletou as amostras,
poderão ser liberados ao consumo e à exportação;
f) No caso de resultado de análise não conforme, em relação ao padrão legal
nacional e/ou norte-americano, os produtos deverão ter a destinação adequada, a ser definida
pela empresa e apresentada ao SIF local, de acordo com o resíduo identificado;
g) No caso de violações ao limite brasileiro serão seguidos os procedimentos
gerais previstos no PNCRC. Quando o resultado for considerado conforme em relação aos limites
brasileiros, mas indicar violação ao requisito específico dos EUA (nível superior à tolerância
aplicável nos EUA ou indicar presença de substância não autorizada nos EUA), o SIF local deverá:
i. comunicar o resultado ao respectivo SIPOA;
ii. solicitar ao estabelecimento que realize investigação para identificação das potenciais
falhas que tenham permitido a entrada de matéria-prima não conforme e que apresente plano
de ação contendo as medidas corretivas e preventivas adotadas; e
h) Não se faz necessária a segregação da pele dos animais, não destinadas ao
consumo humano.

30
6.1.3.1. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE AVERMECTINAS

É responsabilidade do estabelecimento o monitoramento do processo produtivo em


relação ao controle de perigos químicos associados à saúde pública, assim como aqueles
voltados ao atendimento de requisitos específicos de exportação.
Assim, cabe ao estabelecimento, com base no resultado da análise de perigos químicos
e com fundamentação técnico-científica, determinar se há a necessidade de realizar a coleta de
amostras para ensaio de avermectinas em produto final a ser transferido para unidade de
termoprocessamento, utilizando-se de laboratório interno ou credenciado da rede MAPA,
respeitando as técnicas de cromatografia líquida de alto desempenho (HPLC) ou cromatografia
líquida de ultra performance (UPLC).
Considera-se produto final a carne de bovino sem osso, incluindo recortes e carne
íntegra destinada a moagem.
Ressaltamos que caso seja utilizado um método de triagem, como o Elisa, a amostra de
produto final a ser exportado deverá ser encaminhada para análise em método confirmatório
(HPLC/UPLC) a partir de um resultado na triagem igual ou superior a 50% do limite de ação (cut-
off).
Como exemplo didático, considere um limite regulatório de 40 ppb. Se for utilizado
método confirmatório (HPLC/UPLC) pode-se considerar este mesmo limite como critério de não
conformidade. No entanto, se for utilizado um método de triagem (Elisa, por exemplo), o
resultado será suspeito positivo para qualquer valor igual ou superior a 20 ppb. Neste caso a
amostra deverá ser submetida a uma análise por método confirmatório e, somente então,
deverá ser considerado o limite regulatório (40 ppb).
Caso a triagem seja realizada em matéria-prima destinada a posterior produção de carne
bovina sem osso, ou seja, amostras que são coletadas pelo estabelecimento ainda na sala de
abate nas áreas da carcaça de aplicação preferencial do medicamento nas fazendas, o limite a
ser utilizado pelo método de triagem (ELISA, por exemplo) poderá ser de até 100% do limite
regulatório, uma vez que se trata de controle interno do estabelecimento. Assim sendo, se o
limite regulatório estipulado for de 50 ppb, por exemplo, o resultado será positivo para qualquer
valor igual ou superior a 50 ppb na matéria-prima analisada.
Os resultados destas análises, quando realizadas no âmbito de seus programas de
autocontrole para respaldar a certificação dos produtos aos EUA, devem fazer parte da
documentação de pré-embarque dos produtos.
O plano de amostragem do estabelecimento voltado aos ensaios de avermectinas pode
ser realizado nas matrizes fígado ou músculo. Se o estabelecimento optar por coletar a matriz
fígado, esta coleta deve ser realizada na sala de abate. Se o estabelecimento optar por coletar a
matriz músculo, esta coleta pode se dar na sala de abate ou na sala de desossa. De qualquer
forma, a matriz coletada deve ser proveniente de carcaça habilitada à exportação aos EUA, que
deverá ficar sequestrada até resultado final da análise.
É facultada à empresa a desclassificação da carcaça amostrada e suas partes para
exportação aos EUA, antes e independentemente do resultado da análise laboratorial.
O estabelecimento deve prever em seus programas de autocontrole as ações a serem
adotadas caso ocorra violação dos limites aceitáveis para as avermectinas.

31
Os Limites Máximos de Resíduos (LMR) para as avermectinas são os seguintes:

Analito Matriz músculo Matriz fígado Referência no e-CFR


LMR (ppb) LMR (ppb)
Abamectina 20 - §180.449
(avermectina B1)
Doramectina 30 100 §556.222
Ivermectina 650 1.600 §556.344
Eprinomectina 100 1.500 §556.227
Moxidectina 50 200 §556.426

32
6.2. PRODUTORES DE TERMOPROCESSADOS

6.2.1. PRODUTOS SUBMETIDOS À ESTERILIZAÇÃO COMERCIAL

Conservas esterilizadas comercialmente são produtos aquecidos à temperatura


adequada por tempo suficiente para destruir esporos de Clostridium botulinum de forma a
permitir a obtenção de um produto estável à temperatura ambiente, uma vez que são
considerados produtos pouco ácidos (STUMBO, C.R. Thermobacteriology in Food Processing.
Academic Press, 2nd Edition).
O processamento térmico é realizado com o produto contido em embalagens rígidas,
como latas, ou flexíveis, como pouch, mantidas hermeticamente fechadas.
Para os alimentos esterilizados comercialmente, sem outra forma de preservação além
do tratamento térmico, o seu processamento deve ser suficiente para reduzir os níveis de C.
botulinum em 12log em todas as embalagens após o tratamento térmico.
Isso normalmente é conseguido aplicando-se um processamento térmico com um valor
de F0 equivalente em efeito letal a não menos que 3 minutos à 121,1 °C, sem considerar as
etapas de aquecimento e resfriamento.

6.2.1.1. SELEÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA

A empresa deve estabelecer procedimentos escritos e considerar os seguintes aspectos


quanto à seleção de matéria-prima:

I) A recepção e a manutenção frigorífica das carnes de diferentes espécies que


adentram no estabelecimento.
II) No caso da recepção de matérias-primas de outras espécies, enunciar
procedimentos dirigidos ao controle de carnes da espécie de menor volume. Assim, nos
estabelecimentos que recebem carnes de bovinos e bubalinos, os controles devem ser dirigidos
de forma a assegurar que as carnes de bubalinos não são adicionadas em produtos preparados
exclusivamente com carne bovina.
III) A formulação do produto, relacionado à espécie da matéria-prima utilizada e
respectivos ingredientes, devem estar afixados em locais de fácil leitura e visualização, durante
a produção.
IV) O estabelecimento deve proceder ao controle do uso de ingredientes, de forma
que, na preparação de produtos, empregue exatamente as quantidades e percentuais previstos
nos memorais descritivos aprovados pelo Órgão Oficial. O estoque desses ingredientes,
principalmente daqueles que possam trazer riscos, como, por exemplo, o nitrato/nitrito, deve
ser objeto também de controle estrito, por parte do estabelecimento e verificação pelo SIF.
V) Quanto à formulação dos produtos, fica proibido o uso de carne de cabeça como
matéria-prima para produção de termoprocessados, de qualquer natureza, com destino aos
Estados Unidos da América.
VI) É permitido o uso de coração na produção de corned beef, sendo que o
percentual de uso desta matéria-prima não pode exceder a 5% (cinco por cento) da quantidade

33
total de carne utilizada. Além disso, atenção especial deve ser dada a rotulagem, uma vez que
sua presença deve estar explícita na lista de ingredientes que compõe o produto.

Quanto aos registros:


I) Os estabelecimentos devem dispor de registros de monitoramento das
operações citadas no item anterior;
II) Todos os registros devem ser assinados e datados por funcionários responsáveis
pelo monitoramento das operações;
III) Os estabelecimentos devem manter os registros de controles executados à
disposição do Serviço de Inspeção Federal para as atividades de verificação oficial.
Na verificação oficial do elemento de inspeção “Controle de formulação de produtos e
combate à fraude”, no caso de produtos formulados e termoprocessados destinados à
exportação para Estados Unidos da América, deve ser observada obrigatoriamente a proibição
do uso de carne de cabeça (incluindo bochechas) como matéria-prima para produção de
termoprocessados, de qualquer natureza.
Devem ser avaliados os seguintes itens:
a) Registro do produto no Sistema PGA-SIGSIF;
b) Formulação;
c) Aprovação de Memorial Descritivo de produção para produtos submetidos a
esterilização comercial de acordo com o item 6.2.1.2 abaixo;
d) A frequência da verificação oficial é a prevista na Norma Interna DIPOA/SDA n° 1, de
08 de março de 2017, bem como o formulário a ser utilizado na avaliação.
No caso de detecção de não conformidades a IF local deve adotar as ações fiscais
necessárias nos moldes previstos pela Norma Interna DIPOA/SDA nº 01/2017, Parágrafo Único
do Art. 484 e 495 do Decreto nº 9.013 de 29 de março de 2017, sem prejuízo de outras
legislações pertinentes.

6.2.1.2. AVALIAÇÃO DE MEMORIAIS DESCRITIVOS DE PRODUÇÃO

Previamente à sua produção, a empresa deve protocolar junto ao SIF local um Memorial
Descritivo elaborado que contenha informações relativas ao produto a ser fabricado e que
deverá ser aprovado pelo SIPOA responsável.
O modelo de check list a ser obrigatoriamente utilizado na avaliação de memoriais
descritivos de produção de produtos submetidos ao processo de esterilização comercial, cujo
destino seja a exportação aos Estados Unidos da América, é aquele previsto no anexo VIII deste
consolidado.
Este check list relaciona os pontos de controles de produção que deverão
obrigatoriamente constar da descrição do produto quando da apresentação do memorial
descritivo de produção para produtos submetidos à esterilização comercial que serão
exportados aos Estados Unidos da América. Estes pontos de controles de produção deverão ser
inseridos e implementados nos programas de autocontrole dos estabelecimentos.
Os itens a serem descritos em cada memorial são:

1) Identificação
a. Estabelecimento
b. Produto
2) Documentos de designação
34
a. Documento da empresa designando técnico capacitado como responsável
pelo cálculo de processo.
b. Documento da empresa designando pessoa responsável pelo processo de
fabricação do produto.
3) Documentos técnicos
a. Fórmula do produto.
b. Formato e capacidade da embalagem.
c. Tempo e temperatura de cozimento anterior ao envase.
d. Temperatura do produto e do líquido de cobertura (quando for o caso), no
momento do enlatamento.
e. Vácuo mínimo admissível para a operação de recravação (quando for o
caso).
f. Espaço livre referido (quando aplicável).
g. Métodos de controle do fechamento e vedação para outros tipos de
embalagem.
h. Tamanho e identificação dos lotes durante o período em que as amostras
dos mesmos forem incubadas.
i. Descrição do equipamento utilizado para acompanhamento das diferentes
fases, bem como a frequência e maneira de aferição do mesmo.
j. Formulários utilizados para registrar os diferentes tipos de controle, bem
como indicação do lugar em que os mesmos serão arquivados para eventual
consulta pela Inspeção Federal.
k. Critérios utilizados para o controle de produtos, durante a incubação.
l. Critérios utilizados para a inspeção do produto pronto para embarque.
m. Providências a serem adotadas pela firma, por ocasião de emergência
ocorrida durante o procedimento tecnológico, tais como falta de água,
vapor, força, etc.
n. Descrição dos testes realizados visando avaliar a estabilidade do produto
frente a deterioração por microrganismos termófilos durante todo período
de armazenamento e transporte até o consumidor final.
o. Procedimentos de manutenção das autoclaves.
p. Procedimentos de controle da água de resfriamento das autoclaves.
q. Quantidade máxima de ar residual em pouches.
r. Descrição das condições nas quais o retrabalho poderá ser realizado.
s. Temperatura inicial do produto.
t. Tempo de desaeração das autoclaves (quando aplicável).
u. Temperatura do processamento.
v. Tempo de processamento.
w. Tempo de resfriamento.
x. Temperatura máxima após resfriamento.
y. Método de registro de temperatura do processo (termômetros de mercúrio
ou outros dispositivos que atendam a padrões reconhecidos e precisos
quando testados para sua acuracidade devem ser referência).
z. Métodos e medidas utilizadas para a avaliação da recravação:
i. Profundidade da recravação (countersink depth)
ii. Altura da recravação (seam length)
35
iii. Espessura total da recravação (seam thickness)
iv. Espessura da folha do corpo
v. Espessura da folha da tampa
vi. Comprimento do gancho da tampa
vii. Comprimento do gancho do corpo
viii. Espaço livre da recravação (free space)
ix. Recobrimento real (overlap)

Cabe à IF local verificar a presença e implementação destes controles por parte do


estabelecimento, devendo adotar as ações fiscais necessárias no caso da detecção de não
conformidades, nos moldes previstos pela Norma Interna DIPOA/SDA nº 01, de 08 de março de
2017 e Parágrafo Único do artigo 484 do Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, sem prejuízo
de outras legislações pertinentes.
Todos os campos devem ser adequadamente preenchidos, incluindo aqueles
classificados como não aplicáveis. Caso sejam apontadas não conformidades, as mesmas
deverão estar descritas no campo “Observação” referente a cada item avaliado. Ao final da
avaliação o analista deverá exarar, no campo 3.27, parecer final conclusivo quanto a
homologação ou não do processo térmico apresentado, tecendo os devidos comentários sobre
a decisão.
Após o preenchimento o check list deverá ser assinado, digitalizado e inserido no
processo SEI que foi constituído para a avaliação do memorial descritivo de produção.
Em caso de homologação, o mesmo deverá ser remetido apenas ao SIF local de origem,
para ciência, ficando o SIPOA que realizou a análise responsável pelo arquivamento de cópia da
aprovação, a qual poderá ser realizada de forma física ou digital. Não há necessidade de
encaminhar cópia da aprovação ao DIPOA.
O Memorial Descritivo deve ser elaborado por técnico capacitado devidamente
constituído pelo estabelecimento elaborador, devendo atender o conceito de autoridade de
processamento térmico do IFTPS (Institute for Thermal Processing Specialists).
A comprovação da capacitação do técnico deve ser apresentada pela empresa ao SIF
local, que deverá fazer a verificação e atestar essa capacitação no Memorial encaminhado. Tal
capacitação deve ser apresentada juntamente com o teste de penetração de calor que
contemple os cálculos obtidos e que comprovem a eficácia na destruição microbiana e
consequente esterilidade comercial.
Cada Memorial Descritivo elaborado deve ser único para a formulação do produto, a
embalagem utilizada, o peso do produto e tipo de autoclave a ser processada. Variações devem
ensejar obrigatoriamente a apresentação de diferentes Memoriais Descritivos.
Após a aprovação do Memorial Descritivo e devida comunicação à empresa interessada,
esta deve anexar a cada registro de produto junto ao DIPOA o número do processo do Memorial
correspondente e a cópia do processamento térmico aprovado (anexo obrigatório para
produtos da categoria “Produtos submetidos à Esterilização Comercial”).

6.2.1.3. PROCEDIMENTOS GERAIS DE AUTOCONTROLE

Todos os equipamentos utilizados pela empresa devem ser rigorosamente monitorados,


especialmente quanto à integridade e manutenção de autoclaves e aparelhos de
monitoramento de processo. O estabelecimento deve reforçar o monitoramento do elemento
36
de controle de manutenção nestes equipamentos de forma a garantir seu perfeito
funcionamento, abrangendo também a integridade das tubulações internas.
Previamente à realização dos testes de penetração de calor o estabelecimento deve
proceder à realização de teste de distribuição de calor para cada categoria/tipo de autoclave
visando determinar os pontos de aquecimento mais lento (pontos frios), onde deverão ser
posicionados os termopares durante a execução dos testes de penetração de calor, e aqueles
de resfriamento mais rápido das autoclaves.
De posse dos testes de distribuição de temperatura e transferência de calor, a empresa
deve selecionar as autoclaves em condição mais crítica para realização dos testes de penetração
de calor.
O processo de fabricação das conservas esterilizadas comercialmente deve ser
específico e detalhado para cada tipo de produto/formulação, embalagem, volume, capacidade
e tipo de autoclave.
Mesmo mantendo-se mesmo volume e formato das latas, outras mudanças das
embalagens também requerem nova validação dos produtos.
Autoclaves que possuem características distintas (tamanho, número e diâmetro dos
orifícios internos), requerem testes de distribuição e testes de penetração de calor dos produtos
também distintos.
Em caso de alteração de algum desses fatores ou outro que possa alterar de forma
significativa os dados referentes à distribuição de calor devem ser realizados novos testes de
penetração de calor com a inclusão dos novos fatores.
Entretanto, o mesmo teste de penetração de calor pode ser apresentado para vários
rótulos quando se tratar do mesmo produto, tendo havido modificação apenas nos dizeres da
rotulagem/croqui.
Anualmente a empresa deve avaliar a necessidade de refazer os testes de distribuição e
penetração de calor ou na ocorrência de qualquer alteração estrutural ou de funcionamento do
equipamento.
Durante o processamento dos produtos devem ser utilizados obrigatoriamente dois
instrumentos de medição para o monitoramento da produção: um indicador de temperatura
estático, fixo ao equipamento e um equipamento capaz de realizar os registros de
tempo/temperatura de forma contínua durante todo o processo (termoregistrador). A diferença
entre os dois sistemas de medição não pode ser maior que 0,5°C e o termoregistrador deve ser
ajustado de tal forma que a temperatura registrada não seja, em nenhum momento do
processo, maior do que aquela observada no equipamento estático de mensuração da
temperatura.
Em relação ao número de embalagens presentes nas retortas durante os ciclos de
processamento térmico, os equipamentos de esterilização devem trabalhar nas mesmas
condições utilizadas quando da realização dos testes de penetração e distribuição de calor, ou
seja, com o equipamento em sua capacidade máxima. Desta forma, caso a produção não seja
suficiente para preencher um equipamento (ao final de um lote, por exemplo) o seu volume
deve ser completado com embalagens idênticas claramente identificadas e preenchidas com
material inerte. Este preenchimento suplementar não será necessário caso o estabelecimento
apresente testes de distribuição de calor, pelo menos um para cada tipo de equipamento
presente no estabelecimento, realizados com autoclave carregada parcialmente, a partir dos
quais seja possível concluir que não houve prejuízo à distribuição de calor no interior da retorta
devido à carga reduzida.
37
O estabelecimento deve contemplar em seus programas de autocontrole o
monitoramento da qualidade da água de resfriamento das latas/pouches nas autoclaves,
garantindo que ela se encontra dentro dos padrões microbiológicos e físico-químicos previstos
na legislação correspondente. A frequência de coleta mínima para análise laboratorial deve ser
semestral.
Quando comparando os dispositivos de temperatura, os registros devem ter acurácia
igual ou menor que 0,5°C no processo. O registro de temperatura deve considerar as incertezas
de medição de ambos os sistemas, conforme descrito no 9 CFR 431.6.
O SIF atuante nestes estabelecimentos deve realizar a verificação da manutenção das
autoclaves/retortas, compulsoriamente em frequência quinzenal, de forma complementar as
demais verificações de autocontrole definidas em Norma Interna nº 1/2017, sendo que esta
verificação deve incluir, obrigatoriamente, a avaliação in loco das instalações, equipamentos e
instrumentos utilizados no processo. Também deve ser observado o funcionamento dos
equipamentos, em especial dos instrumentos de aferição de temperatura, fornecimento de
vapor e sangradores, os quais devem estar posicionados de forma a permitir sua avaliação com
as retortas em funcionamento. O preenchimento total dos equipamentos em consonância com
o memorial descritivo de produção aprovado também deve ser verificado.
Os procedimentos de verificação oficial devem ainda contemplar a água de resfriamento
de latas/pouches utilizada nestes equipamentos no conjunto de pontos de água que deverão
ser verificados oficialmente quanto à qualidade, na frequência estabelecida para atendimento
à legislação brasileira.

6.2.1.4. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE ESPÉCIE ZOOLÓGICA

Para alcançar a equivalência com a legislação norte-americana, os estabelecimentos sob


SIF produtores de produtos termoprocessados autorizados a exportar carne bovina para aquele
país, devem desenvolver, implantar e monitorar procedimentos operacionais, de forma a
garantir que as matérias-primas, incluindo a espécie dos animais que as originaram, os aditivos
e os ingredientes que entram na composição dos produtos, são aqueles previstos nas
legislações, na formulação aprovada pelos órgãos governamentais e, também, que refletem as
informações constantes na rotulagem dos produtos, devendo adotar procedimentos aplicados
na recepção da matéria-prima, estocagem, industrialização e embalagem/expedição.

I) Procedimentos escritos

Os procedimentos escritos devem contemplar os seguintes aspectos:


a) A recepção e a manutenção frigorífica das carnes de diferentes espécies que
adentram no estabelecimento.
b) No caso da recepção de matérias-primas de outras espécies, enunciar
procedimentos dirigidos ao controle de carnes da espécie de menor volume. Assim, nos
estabelecimentos que recebem carnes de bovinos e bubalinos, os controles devem ser dirigidos
de forma a assegurar que as carnes de bubalinos não são adicionadas em produtos preparados
exclusivamente com carne bovina.

38
c) A formulação do produto, relacionado à espécie da matéria-prima utilizada e
respectivos ingredientes, devem estar afixados em locais de fácil leitura e visualização, durante
a produção.
d) Medidas de prevenção de contaminação cruzada de matérias-primas recebidas
de outras empresas.

II) Registros

a) Os estabelecimentos devem dispor de registros de monitoramento das


operações citadas no item anterior;
b) Todos os registros devem ser assinados e datados por funcionários responsáveis
pelo monitoramento das operações;
c) Os estabelecimentos devem manter os registros de controles executados à
disposição do Serviço de Inspeção Federal para as atividades de verificação oficial.

III) Colheita de amostras

a) Semestralmente, cada estabelecimento deve submeter no mínimo uma amostra


de produtos cárneos termoprocessados ou produtos intermediários do processo produtivo
(extrato de carne, por exemplo), a serem exportados para os Estados Unidos da América, para
identificação da espécie. O teste utilizado deverá ser capaz de identificar a presença de proteínas
das seguintes espécies animais: Bovinos, Bubalinos, Equídeos, Ovinos, Suínos e Aves. Caso o
estabelecimento faça coleta de produtos intermediários, deve ser capaz de relacionar com total
segurança o produto amostrado com o lote de produto final produzido;
b) Em caso de suspeita da utilização de carne(s) de espécie(s) diferente(s) da
indicada na fórmula aprovada no FSIS, nos produtos que estão sendo preparados para os
Estados Unidos da América, a produção deve ser segregada e colhida amostra para identificação
da espécie;
c) O teste para identificação de espécie em produtos cárneos termoprocessados
poderá ser realizado através das metodologias “Enzyme Linked Immunosorbent Assay” (ELISA)
ou “Polymerase Chain Reaction” (PCR).

IV) Aplicação de medidas corretivas e preventivas

Quando o estabelecimento identifica desvios dos procedimentos escritos e implantados,


medidas corretivas e preventivas devem ser aplicadas objetivando:

a) Evitar que produtos em desacordo com a fórmula aprovada sejam rotulados;


b) Evitar que produtos rotulados, formulados em desacordo com a fórmula
aprovada, sejam distribuídos à venda;
c) A revisão dos procedimentos para evitar a repetição de desvios.

39
V) Verificação Oficial

O Serviço de Inspeção Federal local deve verificar se o estabelecimento está produzindo


e rotulando os produtos exportados para os Estados Unidos da América de acordo com as
legislações brasileira e norte-americana, na frequência definida na Norma Interna nº 1/2017.
Através da verificação, a Inspeção Oficial deverá avaliar se o produto atende as
exigências regulamentares. Esta avaliação consiste em verificar, se:
a) O produto reúne os requisitos especificados no padrão de identidade e qualidade;
b) O peso líquido do produto reflete o expresso na rotulagem;
c) As matérias-primas (carnes) e ingredientes adicionados seguem as especificações
contidas na formulação aprovada;
d) As matérias-primas (carnes) e ingredientes adicionados são compatíveis com as
informações contidas na rotulagem dos produtos.
Durante a verificação oficial, como princípio básico, a Inspeção Oficial deve selecionar
o produto e verificar a sua conformidade através da revisão dos registros do estabelecimento,
comparando os achados com o expresso nos rótulos dos produtos.
A verificação da espécie que deu origem às carnes é realizada através da observação das
condições de obtenção, armazenamento dos produtos e revisão dos registros, comparando os
achados com as informações da rotulagem.
Nos produtos formulados cozidos, a verificação também pode ser realizada através da
observação da preparação do produto e comparação dos achados com a fórmula aprovada e os
registros. Dentre os registros que devem ser revisados, no caso de produtos cozidos, estão os
resultados dos testes de espécie.
No caso de produtos cozidos, havendo dúvidas com relação à espécie que deu origem
às carnes, amostras devem ser colhidas para realização do teste de espécie.
Na verificação de requisitos regulamentares específicos como: relação
umidade/proteína e porcentagem (%) de água, a inspeção oficial poderá ter a necessidade de
obter essas informações através de cálculos. Os achados devem ser comparados com os
registros e as informações da rotulagem. Os resultados de análise também devem ser usados na
verificação.

VI) Registros dos achados da Verificação Oficial

Os resultados da verificação oficial devem ser registrados no formulário anexo III da


Norma Interna 1/2017, que possui validade como documento apto a notificar a empresa, caso
encontradas não conformidades.
De acordo com o Artigo 504, do RIISPOA, as não conformidades eventualmente
identificadas podem ser classificadas como adulterações, falsificações ou alterações e, portanto,
cabe a emissão de auto de infração que, após o julgamento da autoridade competente, poderá
ser convertido em multa, além da aplicação de outras penalidades previstas no Regulamento.
Caso constatada qualquer deficiência nos procedimentos de controle de espécie
zoológica por parte do estabelecimento, bem como diante de comunicação internacional de
detecção de proteína de espécie diferente daquela aprovada para o produto exportado, o SIF
local deve adotar ações de enforcement, conforme definidas no item 8.1 deste Consolidado.

40
6.2.1.5. TESTE DE INCUBAÇÃO

O teste de incubação tem o objetivo de submeter uma amostra dos produtos a


condições de armazenamento sob temperatura ambiente e consequente avaliação da
esterilidade comercial obtida.
O estabelecimento deve dispor de sala-estufa, devidamente vedada, equipada com
dispositivos de registro de tempo, temperatura e sistema de circulação de ar no seu interior,
destinada à incubação de amostras da produção. Essa dependência deve ser mantida chaveada
para evitar o acesso de pessoas que não estão envolvidas nas atividades do Controle de
Qualidade.

a) Temperatura e tempo de incubação

A temperatura de incubação deve ser mantida a 35ºC, com variações de + 2.8ºC. Caso a
temperatura de incubação caia abaixo de 32ºC ou exceda 38ºC, mas não ultrapasse 39.5ºC, a
temperatura de incubação deve ser ajustada na faixa requerida e o tempo de incubação
estendido, adicionando-se o tempo que as amostras permaneceram na temperatura de desvio.
Se a temperatura de incubação estiver em temperatura igual ou acima de 39.5ºC por mais de 2
horas, as amostras devem ser descartadas, colhida novas amostras e reiniciado o teste na faixa
de temperatura anteriormente estabelecida.
As amostras devem ser mantidas nessas condições durante 240 horas (10 dias).

b) Monitoramentos das condições de incubação e manutenção de registros

O estabelecimento, diariamente, deve checar as condições das instalações,


equipamentos e temperatura registrando os achados em formulário próprio. Esse formulário
deve contemplar também as seguintes informações: nome do produto, peso individual das latas,
código da batelada, número de latas incubadas por batelada, tamanho da batelada, data e hora
do início da incubação, data e hora do final da incubação e resultado final.
As amostras, claramente identificadas por bateladas (batch), devem ser mantidas na
sala-estufa, afastadas das paredes e de forma que a circulação de ar no ambiente não seja
prejudicada. O sensor do termoregistrador deve estar localizado de maneira a captar a
temperatura alcançada pelas amostras incubadas.
Os registros gerados pelo termoregistrador devem apresentar perfeita correlação com
os registros das condições das instalações, equipamentos e amostras submetidas à incubação.
Todos os registros devem ser datados e assinados tanto pelo funcionário que os gerou como
pelo revisor. Cada registro deve ser gerado no momento em que o evento ocorre.
Fica definida a amostragem de produtos termoprocessados (conservas enlatadas e
pouches) submetidos ao teste de incubação de no mínimo, 0,1% (zero vírgula um por cento) de
cada batelada (batch) de produto (considerar a fórmula, o tipo e o peso da embalagem, a
autoclave e os ciclos de processamento no dia de produção).

c) Reinspeção pré-embarque

Após o término do teste de incubação e antes da expedição dos produtos, os


estabelecimentos devem realizar a reinspeção dos lotes de produção conforme o plano amostral

41
presente no item 'XV. CONDITION OF CONTAINER EXAMINATIONS', letra 'B. Sampling Plans',
tabela SP7, da Diretiva do FSIS 9900.2, Rev 1 de 16/05/2017.
Os procedimentos de realização da inspeção física de embalagens a serem adotados
estão presentes no item XV, letra 'C. Conducting A Physical Inspection', da mesma Diretiva. Para
este fim, os estabelecimentos devem atualizar seus programas de autocontroles, de forma a
inserir os procedimentos de reinspeção pré-embarque, sua forma de registro, descrição dos
defeitos críticos ou não críticos (tabela COCE1 para latas e COCE2 para pouches), critérios de
aceitabilidade e de destinação aplicados aos lotes de produção (lot disposition) de acordo com
a citada Diretiva.
Pelo menos 1% (um por cento) das unidades de embalagem de cada lote de produção
deverá ser pesado na reinspeção pré-embarque. Os critérios de aceitabilidade e de desvios
permitidos devem atender o disposto no item XVII. NET WEIGHT REINSPECTION da Diretiva do
FSIS 9900.2, de 2017. Tais procedimentos devem estar descritos nos programas de autocontrole
do estabelecimento.
No relatório pré-embarque deve ser verificado o atendimento aos requisitos de
incubação de cada lote e tipo de produto a ser embarcado.

d) Atribuições da Inspeção Oficial

O SIF atuante nestes estabelecimentos deve verificar e registrar as condições da sala-


estufa, dos equipamentos e das amostras visando identificar latas com defeitos, assim como
verificar os registros do termo registrador.
A frequência mínima de verificação in loco a ser adotada, incluindo a verificação do
registro do termo registrador, será de uma vez por turno, usando o formulário da Norma Interna
nº 1/2017 para registro e notificação do resultado da verificação à empresa.
Desta forma, caso o setor de conservas esteja trabalhando em dois turnos de produção,
deverão ser realizadas ao menos duas verificações diárias.

6.2.2. PRODUÇÃO DE CARNE COZIDA E CONGELADA

Para fins de exportação aos Estados Unidos da América, considera-se carne cozida o
produto cárneo obtido de carne das diferentes espécies animais, com adição ou não de
ingredientes, e submetida a processo térmico específico. Esta definição inclui a língua cozida
congelada de bovinos, cujos procedimentos para exportação são idênticos aos adotados aos
outros tipos de carne cozida exportados.
A carne cozida, produzida para exportação para os Estados Unidos, deve atender os
requisitos do Título 9. Code of Federal Regulations, § 94.4(b).
Os estabelecimentos que produzem carne cozida e congelada devem observar as
seguintes exigências:
- Para a realização do teste do suco rosado é necessário dispor de peça de carne no
centro do tubo, seja para qualquer tipo de apresentação do produto mesmo que moído, de
tamanho tal que se permita obter um cubo de 3,8 cm de lado;
- Para facilitar o corte do referido cubo deve-se marcar a placa plástica branca com
sulcos de 3,8 cm de lado;
- A peça não deve pesar mais de 5 kg, precisa ser submetida a água fervente ou ao vapor,
de modo a alcançar a temperatura interna não menor que 79,4ºC no ponto frio, após cozimento
por tempo mínimo de 105 minutos;
42
- Os tanques de cozimento devem dispor de selo de água, nas áreas restritas e de carne
“in natura” (crua), mesmo quando não houver processamento de carne;
- Os tubos de carne devem possuir identificação não somente da produção como
também da origem da carne, de forma a permitir o exercício da rastreabilidade. Assim dados
sobre a data de abate e origem da carne são importantes para a apuração de eventuais desvios
na qualidade do produto;
- Para facilitar a identificação da produção torna-se necessário identificar os tanques de
cozimento, inclusive o de retorno;
- A instalação de relógios de parede nas duas áreas de beneficiamento da carne cozida
e congelada facilita o controle e anotação do processamento do produto;
- Todos os dados referentes à elaboração do produto em questão como tempos,
temperaturas, número sequencial do processo, testes realizados, origem da matéria-prima e
outros devem ser anotados em formulários, nas duas áreas de trabalho;
- a IF local deve acompanhar a realização dos testes do suco rosado (Pink juice) pela
empresa. A frequência de verificação oficial será diária, seguindo a amostragem prevista na NI
1/2017 para avaliação de APPCC (outros PCC’s).
- O produto final deve ser armazenado em área previamente marcada ou separada na
câmara de estocagem.
Quanto à eficácia do tratamento térmico, à possibilidade de processamento da carne
posterior ao cozimento e os procedimentos para verificar se a temperatura mínima de
cozimento foi atingida, devem ser atendidas as seguintes orientações:

a) Carne cozida em tubos

Carne Moída (na qual não pode ser incluído o músculo cardíaco), cubos de carne, fatias
de carne ou cortes anatômicos de carne (cortes retirados do tecido muscular esquelético),
pesando não mais que 5 kg deve ser colocada em um tubo de cozimento flexível ou semi-flexível,
de plástico ou outro material aprovado pelo USDA.
A carne então deve ser cozida em água fervente ou em forno alimentado por vapor, em
equipamentos de processo contínuo ou descontínuo, para atingir a temperatura interna mínima
de 79,4ºC no ponto mais frio, após o cozimento por pelo menos 105 minutos.
No caso de cozimento em equipamento de processo contínuo, será considerado como
uma operação de cozimento o período acima referido.
A efetividade do cozimento deverá ser determinada por um dispositivo de indicação de
temperatura (DIT) para a temperatura almejada, colocado no ponto mais frio, ou pelo teste do
suco rosado. Abaixo estão descritos os procedimentos para:

(i) Cubos de carne e carne moída

Para cubos de carne , pelo menos 50% dos pedaços de carne por tubo devem possuir
3,8 cm ou mais em cada dimensão após o cozimento ou, se mais que 50% dos pedaços de carne
em cubos por tubo forem menores que 3,8 cm em todas as dimensões ou ainda se o produto
for carne moída, um pedaço indicador consistindo de um único pedaço de carne de tamanho
suficiente para o teste do suco rosado ser realizado (3,8 cm ou maior em cada dimensão após o
cozimento) deve ser colocado na parte mais fria do tubo.

(ii) Fatias de carne

43
Pelo menos 50% das fatias de carne devem possuir 3,8 cm ou mais em cada dimensão
após o cozimento ou, se mais que 50% dos pedaços de carne são menores que 3,8 cm em todas
as dimensões, após o cozimento, um pedaço indicador de tamanho suficiente para a realização
do teste do suco rosado (3,8 cm ou maior em cada dimensão após o cozimento) deve ser
colocada no ponto mais frio do tubo.

(iii) Corte anatômicos de carne

Um pedaço indicador de um corte anatômico de carne, após o cozimento, deve ser


removido do centro do corte, o mais distante possível de todos os pontos exteriores e deve
possuir 3,8 cm ou maior em cada dimensão para a realização do teste do suco rosado.

b) Processamento adicional de carne cozida em tubos

Cubos de carne, fatias de carne ou cortes anatômicos de carne (cortes retirados do


tecido muscular esquelético) cozidos em tubos de acordo com os procedimentos descritos acima
podem ser processados posteriormente ao cozimento, se os seguintes quesitos forem
cumpridos:

(i) Para carne que é cozida e destinada a processamento posterior, até dois tubos de
cada lote por cozinhador devem ser aleatoriamente selecionados pelo Serviço de Inspeção
responsável pela emissão do Certificado. Se um dispositivo de indicação de temperatura (DIT)
não for utilizado, um pedaço cilíndrico ou quadrado de pelo menos 3,8 cm em cada dimensão
deve ser retirado do ponto mais frio de cada tubo. O pedaço quadrado ou cilíndrico será o
pedaço indicador para o teste do suco rosado. O pedaço indicador ou o pedaço contendo o DIT
deverá ser lacrado em plástico ou outro material aprovado pelo USDA e ser acompanhado de
certificado emitido pelo veterinário oficial responsável pela seleção dos tubos, com a inscrição
descrita no item 8, sub-item (ii) do Regulamento 9CFR Parte 94, § 94.4(b).
Como poderá ser observado, faz-se necessária a colocação da data em que o tubo foi
processado termicamente e a data em que o tubo foi coletado por amostragem. Cada lote por
cozinhador deve ter pelo menos um, mas não mais que dois pedaços indicadores ou pedaços
contendo um DIT. Estes pedaços indicadores deverão ser individualmente lacrados, rotulados e
colocados juntos em uma caixa lacrada que acompanhará o carregamento.

(ii) Após a remoção do pedaço indicador ou do pedaço contendo o DIT, toda a carne
do mesmo lote do mesmo cozinhador poderá ser cortada em cubos menores e lacrada em
plástico ou outro material aprovado pelo USDA. Após ser processada em cubos menores, a carne
não poderá sofrer novo processamento antes do embarque para os Estados Unidos.
Os cubos de carne e o pedaço indicador ou pedaço contendo o DIT devem ser lacrados
e devidamente identificados e devem acompanhar a carga para os Estados Unidos, conforme
declaração adicional que acompanha o certificado vigente.
De acordo com o estabelecido na norma americana, a exigência para retirada de um
pedaço indicador para o teste do suco rosado ou do pedaço contendo o DIT a ser enviado junto
com o carregamento para os Estados Unidos é aplicável apenas para produtos que tenham que
ser submetidos a uma redução do tamanho dos pedaços de carne após a etapa de cozimento.

44
Neste caso, deverão ser observadas as orientações específicas contidas no item 6 do
Regulamento 9CFR Parte 94, § 94.4(b).
O envio do pedaço indicador junto com o carregamento somente deverá ser realizado
caso a exportação seja amparada pelo certificado sanitário internacional para carne cozida. Caso
a exportação seja feita com o uso de um certificado para produtos em natureza não há
necessidade de se encaminhar a peça testemunha junto com a carga. Cabe ainda ressaltar que
quando da exportação deste tipo de produto nenhum requisito de certificação presente no
modelo de certificado para a exportação de carne em natureza deverá ser alterado ou tachado.
Os estabelecimentos que forem exportar produtos que necessitem deste
processamento posterior ao cozimento, deverão submeter ao SIF local o protocolo de
procedimentos relativos à preparação e coleta do pedaço indicador ou do pedaço contendo o
DIT, observando o disposto no item 6 do Regulamento em questão e detalhes sobre o
processamento completo do produto. Este protocolo será avaliado e após a sua aprovação, o
produto será liberado para exportação aos Estados Unidos
Para as exportações de carne cozida e congelada que não será submetida a qualquer
processamento ou manipulação após o cozimento permanecem os procedimentos já
estabelecidos para o produto.

6.2.2.1. DIRETRIZES PARA VERIFICAÇÃO OFICIAL NO LOCAL DE PRODUÇÃO DE CARNE


COZIDA E CONGELADA

Os procedimentos de inspeção do processo de produção de carnes cozidas e congeladas


têm como objetivo avaliar as práticas adotadas pelo estabelecimento com vistas à eliminação
do vírus da febre aftosa eventualmente presente nas carnes processadas por recontaminação e
também ao controle da presença de Listeria monocytogenes e Salmonella spp. no produto final.
Como o tratamento industrial da carne cozida congelada, por si só, não é capaz de evitar
os riscos à saúde do consumidor, há necessidade de se coletar elementos e adotar
procedimentos visando o controle dessas ocorrências. Neste particular, o microrganismo alvo
deve ser a Listeria spp.. A Listeria spp. é capaz de formar colônias em equipamentos de processo,
particularmente em superfícies com deficiências de manutenção ou de difícil acesso à limpeza.
A implantação de programa de manutenção de equipamentos é uma eficiente medida
preventiva dirigida ao controle de Listeria spp.. Assim, a inspeção dos equipamentos permite
avaliar a aplicação e a eficiência do programa de manutenção.
A área de manipulação de carne cozida (área restrita) deve ser completamente isolada
da área de manipulação de carne “in natura”. A área restrita deve apresentar pressão positiva
do ar com relação à área de manipulação de carne crua e também no que se refere a área
externa. Essa prática é fundamental para evitar o ingresso de ar procedente destes ambientes
na área restrita. O instrumento de controle de pressão positiva do ar na área restrita deve ter
eficiência comprovada e ser instalado em local de fácil visualização.
A inspeção da área restrita deverá avaliar se estas instalações se apresentam
completamente vedadas, sem qualquer possibilidade de acesso de ar não filtrado no recinto.
Deve-se avaliar as condições de limpeza dos filtros e a frequência de substituição dos mesmos.
Os filtros devem ser capazes de reter partículas de 1µ (um mícron) visando evitar que
microrganismos aderidos às mesmas ingressem no ambiente. Os estabelecimentos devem
dispor de documentos que comprovem as características dos filtros e também a frequência da
limpeza.
45
O Serviço Oficial deve verificar a eficiência do programa de Higiene Industrial e
Operacional (PPHO) implantado pelo estabelecimento.
Para o PPHO pré-operacional deve ser feita a verificação in loco em frequência
quinzenal, em todos os turnos de produção. Para o PPHO operacional a verificação oficial deve
ser feita na frequência diária, em todos os turnos de produção. Nos dois momentos devem ser
avaliadas 5% das UI’s (Unidades de Inspeção) definidas no plano de inspeção do SIF local.
O estabelecimento, por sua vez, deve dispor de Programa Sentinela de Listeria dirigido
a área de manipulação de produto acabado, como instrumento de verificação do PPHO neste
ambiente.
Durante a verificação oficial deverá ser avaliado:
a) As instalações, equipamentos e utensílios industriais;
b) O PSO;
c) A eficiência do PPHO na área restrita;
d) O Programa Sentinela de Listeria; e
e) Os registros de controles do processo.

O SIF local deve proceder à verificação do Programa Sentinela de Listeria com coleta de
amostra mensal, coletada em superfície de contato direto, sorteada pelo SIF dentre as previstas
no Programa Sentinela de Listeria spp. do estabelecimento.
O SIF deve efetuar a coleta com preenchimento de Solicitação Oficial de Análise (SOA) e
remeter para laboratório credenciado da rede MAPA que utilize de técnica analítica reconhecida
pelo FSIS/USDA.
O estabelecimento é o responsável por fornecer o material de coleta, seu
acondicionamento e envio, conforme Art. 73 do RIISPOA.
O resultado deve ser expresso em Certificado Oficial de Análise (COA) e ser remetido
diretamente do laboratório para o SIF demandante. O SIF local é responsável pela correta
interpretação do resultado e pelas ações fiscais decorrentes desta verificação oficial.
Deve-se ainda proceder à verificação do produto final com a coleta de uma amostra
mensal de carne cozida e congelada para realização de ensaio laboratorial de Listeria
monocytogenes e de Salmonella spp.
O ensaio deve ser realizado no LFDA/MG, que utiliza metodologia do FSIS/USDA, e o
resultado deve ser expresso em COA.

6.2.2.2. DIRETRIZES PARA O PROGRAMA SENTINELA DE LISTERIA NA PRODUÇÃO DE


CARNE COZIDA E CONGELADA

O Programa Sentinela de Listeria deve ser dirigido à área de manipulação de produto


acabado, como instrumento de verificação do PPHO neste ambiente. Deve ser observado o
disposto na alternativa 2B do FSIS Listeria Guideline.

I) Amostragem de rotina do ambiente para Listeria spp.

Antes da escolha das superfícies amostradas, o estabelecimento deve identificar e


relacionar separadamente as superfícies que entram em contato com o produto e aquelas em
que o contato seja indireto.
46
Deverão ser coletadas 05 (cinco) amostras por linha de produção, por semana, assim
distribuídas: 03 (Três) amostras de superfícies de contato com produtos e 02 (duas) amostras de
superfícies que não entram em contato direto com produtos, por exemplo, interruptores, ralos,
aventais, maçanetas, trincos, entre outros.

a) Testes em superfícies de contato direto com produtos

- Se negativo para Listeria spp., continuar o teste de rotina do ambiente;


- Se positivo para Listeria spp., intensificar a amostragem da seguinte forma:
a.1) Coleta de 03 (três) amostras dos mesmos locais onde foram colhidas as amostras
de superfície por dia durante 03 (três) dias consecutivos para Listeria spp.. São 09 (nove)
amostras consecutivas de cada local, totalizando 27 (vinte e sete) amostras.
a.2) Se as 09 (nove) amostras consecutivas são negativas para Listeria spp., retorna-se a
amostragem ambiental de rotina.
a.3) Se 01 (uma) amostra é positiva, realizar a sanitização no local utilizando o critério
de PCC.
b) Testes em superfícies que não entram em contato com produtos

- Se negativo para Listeria spp., considerar o teste de rotina do ambiente.


- Se positivo para Listeria spp., intensificar a amostragem da seguinte forma:
b.1) Coleta de 02 (duas) amostras dos mesmos locais onde foram colhidas as amostras
de superfície por dia durante 03 (três) dias consecutivos para Listeria spp. São 06 (seis) amostras
consecutivas de cada local, totalizando 12 (doze) amostras.
b.2) Se as 06 (seis) amostras consecutivas são negativas para Listeria spp., retorna-se a
amostragem ambiental de rotina.
b.3) Se 01 (uma) amostra é positiva, deve-se intensificar a higienização do local e
continuar a amostragem de 02 (duas) amostras/local/dia até que 06 (seis) amostras
consecutivas sejam negativas.

c) Testes quando houver a implantação de PCC

Quanto ao ambiente, adotam-se os seguintes procedimentos:


c.1) Colher 03 (três) amostras/local/dia por 03 (três) dias consecutivos para Listeria spp..
São 09 (nove) amostras consecutivas.
c.2) Se as 09 (nove) amostras consecutivas são negativas para Listeria spp., retorna-se a
amostragem ambiental de rotina e elimina-se o PCC.
c.3) Se 01 (uma) amostra é positiva para Listeria spp., a sanitização dessa área em
particular deve ser monitorada como PCC.
c.4) Este monitoramento deve ser removido quando o estabelecimento comprovar que
o risco à inocuidade do produto for eliminado.
Quanto ao produto, adotam-se os seguintes procedimentos:
c.5) Segregar o produto e realizar ensaio para Listeria monocytogenes lote a lote.
c.6) Se o resultado for negativo para Listeria monocytogenes o lote do produto testado
pode ser liberado. Ou

47
c.7) Se o resultado for positivo para Listeria monocytogenes o lote do produto testado
não pode ser liberado, devendo o estabelecimento propor a destinação do mesmo, com base
em seu plano APPCC.

6.2.3. PRODUÇÃO DE CARNE DESIDRATADA SHELF STABLE (BEEF JERKY/DRIED BEEF)

“Beef Jerky” é um produto cárneo bovino ou suíno, curado ou não, termicamente


processado e seco, pronto para consumo, estável em temperatura ambiente, com atividade de
água (Aw) menor ou igual a 0,85, quando embalado em condições aeróbicas e menor ou igual a
0,91 quando embalado em condições anaeróbicas, e com relação umidade/proteína máxima
estabelecida conforme tabela abaixo:

CATEGORIA DO PRODUTO RUP (MPR)


JERKY 0,75:1
DRIED MEAT 2,04:1
STICK* (EMBUTIDO FERMENTADO) 3,1:1
DRY SAUSAGE (EMBUTIDO DESIDRATADO) 1,9:1
*Se a denominação do produto for linguiça, este valor de relação umidade-proteína deve estar associado
ao pH máximo de 5,0.

Tendo em vista a exportação aos EUA, deve-se atentar para os aspectos de saúde
animal, especialmente para a inativação do vírus da febre aftosa, eventualmente presente, além
dos aspectos relacionados com a saúde pública (prevenção de crescimento de microrganismos
toxigênicos, especialmente o Staphylococcus aureus).
O processamento do Beef jerky/Dried Cooked Beef pode ser dividido em quatro etapas
básicas: o fatiamento da carne em tiras ou cubos, a marinação, o processamento térmico
(cozimento e desidratação) e a secagem.
A fim de conferir ao produto maior segurança quanto à sua inocuidade, podem conjugar
à cura e ao aquecimento do produto outros tratamentos que auxiliem na prevenção, eliminação
ou redução da multiplicação microbiana, como o pré-aquecimento ou imersão em ácido acético
a 5% durante 10 (dez) minutos.
No tratamento para garantir a inocuidade do produto o estabelecimento deve aplicar
um tratamento para controlar, reduzir ou eliminar os perigos biológicos identificados na análise
de perigos. Esses perigos incluem os principais microrganismos patogênicos presentes na carne,
que podem incluir, mas não se restringem a Salmonella spp., Listeria monocytogenes,
Staphylococcus aureus e Escherichia coli O157:H7. As empresas devem prever em seu plano
APPCC as medidas de controle para cada etapa do processo.
Os estabelecimentos devem apresentar testes de penetração de calor para garantir a
redução adequada do número de microrganismos, principalmente a Salmonella.
O processamento térmico do Beef jerky deve assegurar uma redução de no mínimo
5log10 de Salmonella spp. Para alcançar essa redução da carga bacteriana, a temperatura do
meio de aquecimento e a umidade relativa são fatores críticos, pois em atividade de água
reduzida, a resistência bacteriana ao calor (valor D) aumenta.
Caso o estabelecimento opte por utilizar apenas a referência de processo térmico do
Apêndice A (9CFR §§ 318.17(a)(1) and 381.150), para evitar o fenômeno denominado
“esfriamento evaporativo”, deve ser mantida, na fase de letalidade, uma Umidade Relativa

48
superior a 90% para evitar o dessecamento do produto até que o binômio tempo-temperatura
definido seja alcançado.
Os estabelecimentos podem aplicar outros procedimentos de controle, desde que o
processo de letalidade propicie uma redução de 5 log10 de Salmonella spp. e a desidratação,
medida pela Relação Umidade/Proteína e pela Atividade de Água, atinjam os limites
estabelecidos para cada tipo de produto. No entanto, esses procedimentos devem ter sido
validados.
Adicionalmente ao binômio tempo-temperatura, a umidade relativa (exemplo: vapor)
na estufa é também crítico para atingir a letalidade adequada no produto final. É importante
que o estabelecimento mantenha a umidade de acordo com o suporte científico. Se a umidade
relativa não é adicionada ou mantida pelo processo, o estabelecimento deve manter o suporte
técnico demonstrando que a umidade não é um parâmetro operacional crítico (validação de
processo).
No Compliance Guideline for Meat and Poultry Jerky by small and very small
establishments (2017), link abaixo, estão algumas das referências para controle de umidade, que
podem ser utilizadas como embasamento.
https://www.fsis.usda.gov/wps/wcm/connect/bf3f01a1-a0b7-4902-a2df-
a87c73d1b633/Salmonella-Compliance-Guideline-SVSP-RTE-Appendix-A.pdf?MOD=AJPERES
A baixa aW tem como objetivo evitar a multiplicação de microrganismos toxigênicos,
especialmente o S. aureus.
O controle da temperatura nas etapas anteriores à etapa de letalidade, também tem a
finalidade de manter a população de microrganismos baixa, evitando que atinjam níveis que
permitam a produção destas toxinas.
Medidas de controle microbiológico adicionais também são consideradas válidas.
O estabelecimento deve medir a atividade de água, para avaliar se o produto atingiu o
limite crítico para sua estabilidade em temperatura ambiente. A atividade de água é um
elemento indispensável para determinar o nível adequado de secagem. A Aw pode variar em
determinada RUP, como resultado da presença e nível de diferentes solutos como açúcar ou sal.
Desta maneira, os testes laboratoriais para atividade de água devem ser realizados para verificar
se o produto foi dessecado adequadamente, garantindo, assim, a sua estabilidade durante a
vida de prateleira.
O PSO e o PPHO do estabelecimento devem assegurar que o produto seja
adequadamente manipulado para prevenir recontaminações ou contaminação cruzada por
patógenos nas etapas pós-processamento térmico, o que inclui manter o ambiente e
equipamentos (incluindo luvas, utensílios, etc.) secos durante as atividades de manipulação de
produtos.
Por ser um produto com baixa atividade de água, o que auxilia no controle
microbiológico, as áreas pós-processamento térmico são consideradas áreas controladas,
devendo haver controles de forma a evitar a recontaminação do produto pronto para consumo.
A análise de perigos do plano de APPCC deve contemplar a etapa de cozimento na estufa
em duas fases: cocção e desidratação.
Os dois limites críticos devem ser alcançados mesmo que uma das etapas não seja
considerada Ponto Crítico de Controle.

49
6.2.3.1. VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO

Os estabelecimentos, através de seu corpo técnico, devem desenvolver processos


específicos de fabricação, a fim de atingir uma adequada redução de patógenos nos produtos.
Estes processos devem ser elaborados em bases científicas e/ou fundamentados em
dados experimentais, colhidos em literatura congênere.
Os estabelecimentos que optarem por utilizar o processamento térmico de cozimento
para se obter a letalidade antes da desidratação podem considerar diversos tipos de
documentos científicos para suportar a combinação tempo-temperatura-umidade usada no
processo atual.
Estes documentos de suporte científico podem ser:
• Diretrizes de conformidade (por exemplo, Apêndice A)
• Artigos de jornais científicos
• Estudos desafio
• Dados de fábrica
As análises de produtos acabados não são consideradas documentos de apoio científico
por si só pois não certificam que a adequada redução de Salmonella spp. é atingida durante o
processo.
Estes dados podem ser obtidos em estudos não-publicados (cientificamente válidos) ou
por comparação com os validados para a redução de patógenos. A avaliação da correta
identificação de um perigo microbiológico deve ser seguida de uma revisão de sua significância
e ainda uma comprovação científica se as medidas de controle são eficientes e capazes de conter
o referido perigo.
Os procedimentos, ingredientes e as características do produto determinam o tipo de
produto no qual o estudo é aplicável. Por exemplo, se o produto em teste contém aditivos que
aumentam a resistência da Salmonella ao calor, o processo pode ser estendido a todos os
produtos em que se empreguem estes aditivos, uma vez que foi utilizado um exemplo extremo
durante o estudo. Por outro lado, um aditivo pode ter um efeito bactericida, que limita o uso
deste produto como modelo. Processos próprios ou alternativos devem ser validados.
Deve ser adotado o estudo de desafio como instrumento de validação, a fim de fornecer
os dados necessários para se determinar a redução de logs do patógeno-alvo. Estudos de desafio
podem ser realizados de duas maneiras:
a) Em ambiente industrial, utilizando um microrganismo substituto (Surrogate)
não patogênico.
b) Em laboratório de testes, onde é eliminada a possibilidade de contaminação do
ambiente fabril.
Resultados de análises de amostras de produtos baseados somente em dados históricos
não devem ser usados para a validação destes procedimentos, pois não fornecem informações
da carga de patógenos do produto e consequentemente o nível de redução atingido não é
conhecido.
O FSIS recomenda que sejam utilizados estudos científicos reconhecidos para suportar
os testes. As análises devem ser realizadas em laboratório independente.
Os equipamentos, instrumentos e utensílios devem atender os princípios gerais
descritos no Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017 com relação as suas características e a
facilidade de limpeza.

50
Como o tratamento industrial da carne desidratada, por si só, não é capaz de evitar os
riscos à saúde do consumidor, é necessário, nas etapas pós-processamento térmico, de se
coletar elementos e adotar procedimentos visando o controle dessas ocorrências. Neste
particular, o microrganismo alvo deve ser a Listeria spp. A Listeria spp. é capaz de formar colônias
em equipamentos de processo, particularmente em superfícies com deficiências de manutenção
ou de difícil acesso à limpeza. A implantação de programa de manutenção de equipamentos é
uma eficiente medida preventiva dirigida ao controle de Listeria spp. Assim, a inspeção dos
equipamentos permite avaliar a aplicação e a eficiência do programa de manutenção.
De acordo com a Diretiva FSIS 10240.4 os estabelecimentos devem ter medidas de
controle ambiental para evitar que produtos prontos para consumo (RTE – Ready-to-eat) sejam
recontaminados após a etapa de letalidade. A alternativa a ser utilizada é a 2B do FSIS Listeria
Guideline.
O estabelecimento deve ainda testar todos os lotes de produto final quanto à presença
de Listeria monocytogenes e de Salmonella spp., sendo que os laudos de análise deverão ser
obrigatoriamente apresentados ao Serviço Oficial como documentação de suporte para a
emissão de certificação sanitária internacional.

6.2.3.2. DIRETRIZES PARA VERIFICAÇÃO OFICIAL NO LOCAL DE PRODUÇÃO DE CARNE


DESIDRATADA SHELF STABLE (BEEF JERKY/DRIED COOKED BEEF)

A Inspeção Oficial deve verificar a eficiência do PPHO através dos procedimentos


estabelecidos na Norma Interna DIPOA/SDA n° 01, de 09 de março de 2017, observando-se as
frequências especiais definidas para os estabelecimentos habilitados à exportação para os EUA.
O estabelecimento, por sua vez, deve dispor de Programa Sentinela de Listeria spp.
dirigido a área de manipulação de produto acabado, como instrumento de verificação do PPHO
neste ambiente.
Durante a verificação oficial deverá ser avaliado:
1) As instalações, equipamentos e utensílios industriais;
2) O PSO;
3) A eficiência do PPHO na área restrita/controlada;
4) O Programa Sentinela de Listeria spp.; e
5) Os registros de controles do processo.
O SIF local deve proceder a verificação do Programa Sentinela de Listeria com coleta de
uma amostra mensal coletada na superfície de contato direto para cada categoria de produto
pronto para consumo elaborado.
A superfície de contato deve ser sorteada pelo SIF dentre as previstas no programa
sentinela de Listeria spp. do estabelecimento. A amostra deve ser enviada para laboratório
credenciado da rede MAPA que utilize de técnica analítica reconhecida pelo FSIS/USDA e o
resultado deve ser expresso em Certificado Oficial de Análise (COA).
O SIF local é responsável pela correta interpretação do resultado e pelas ações fiscais
decorrentes desta verificação oficial.
Deve-se ainda proceder à verificação do produto final com a coleta de uma amostra
bimestral de "Beef Jerky" para realização de ensaio laboratorial de Listeria monocytogenes e de
Salmonella spp., bem como para Aw e Relação Umidade/Proteína (RUP).
O ensaio deve ser realizado no(s) laboratório(s) definidos pela CGAL, utilizando a
metodologia preconizada pelo FSIS/USDA, e o resultado deve ser expresso em COA.
51
Os parâmetros de processo estabelecidos pela empresa nos seus programas de
autocontrole para garantir a letalidade de seu processo térmico e a estabilidade do produto
devem ser incluídos na verificação "in loco" e documental. Tais parâmetros devem incluir, pelo
menos:
1) Manutenção de umidade relativa (UR) adequada até que os parâmetros de letalidade
sejam atingidos, ou seja, UR maior ou igual a 90% e diferença entre termômetros de bulbo seco
e úmido menor ou igual a 2,5 °C;
2) Parâmetros de tempo e temperatura; e
3) Parâmetros de estabilidade, ou seja, Aw menor ou igual 0,85 ou menor ou igual a
0,91, dependendo das condições de embalagem do produto.
No caso dos estabelecimentos que desenvolveram outros procedimentos de controle,
validados, alternativos à Umidade Relativa, a verificação do SIF deve focalizar os parâmetros
previstos no Plano de APPCC.

6.2.3.3. DIRETRIZES PARA O PROGRAMA SENTINELA DE LISTERIA NA PRODUÇÃO DE


CARNE DESIDRATADA SHELF STABLE (BEEF JERKY/DRIED COOKED BEEF)

O Programa Sentinela de Listeria deve ser dirigido a área de manipulação de produto


acabado, como instrumento de verificação do PPHO neste ambiente e observar o disposto no
FSIS Listeria Guideline.
Antes da escolha das superfícies amostradas, o estabelecimento deve identificar e
relacionar separadamente as superfícies que entrem em contato com o produto e aquelas que
o contato seja indireto.
Os estabelecimentos são responsáveis por estabelecer o lote envolvido na amostragem
através da análise das linhas, fluxos e possíveis pontos de contaminação entre diferentes linhas.
Conforme o 9CFR 430.4 existem três alternativas para o controle de Listeria
monocytogenes em produtos prontos para o consumo. Cabe ao estabelecimento avaliar a
alternativa que se aplica ao seu processo. Devido às diferenças entre processos, um mesmo
estabelecimento pode ter diferentes monitoramentos em uma mesma unidade produtiva.

a) Amostragem de rotina do ambiente para Listeria spp.

Cinco (05) amostras, por linha de produção, por semana, assim distribuídas: três (03)
amostras de superfícies de contato com produtos e duas (02) amostras de superfícies que não
entram em contato direto com produtos como, por exemplo, interruptores, ralos, aventais,
maçanetas, trincos entre outros.

I - Testes em superfícies de contato direto com produtos

- Se negativo para Listeria spp., continuar o teste de rotina do ambiente.


- Se positivo para Listeria spp., intensificar a amostragem:

i) Coleta de 03 (três) amostras dos mesmos locais onde foram colhidas as amostras de
superfície por dia durante 03 (três) dias consecutivos para Listeria spp. São 09 (nove) amostras
consecutivas de cada local, totalizando 27 (vinte e sete) amostras.

52
ii) Se as 09 (nove) amostras consecutivas são negativas para Listeria spp., retorna-se a
amostragem ambiental de rotina.
iii) Se 01 (uma) amostra é positiva, realizar a sanitização no local utilizando o critério de
PCC.

II - Testes em superfícies que não entram em contato com produtos

- Se negativo para Listeria spp., continuar o teste de rotina do ambiente.


- Se positivo para Listeria spp., intensificar a amostragem:

i) Coleta de 02 (duas) amostras dos mesmos locais onde foram colhidas as amostras de
superfície por dia durante 03 (três) dias consecutivos para Listeria spp. São 06 (seis) amostras
consecutivas de cada local, totalizando 12 (doze) amostras.
ii) Se as 06 (seis) amostras consecutivas são negativas para Listeria spp. retorna-se a
amostragem ambiental de rotina.
iii) Se 01 (uma) amostra é positiva deve-se intensificar a higienização do local, e
continuar a amostragem de 02 (duas) amostras/local/dia até que 06 (seis) amostras
consecutivas sejam negativas.

b) Testes quando houver a implantação de PCC

I- Ambiente

Adotam-se os seguintes procedimentos:

i) Colher 03( três) amostras/local/dia por 03 (três) dias consecutivos para Listeria spp.
São 09 (nove) amostras consecutivas;
ii) Se as 09 (nove) amostras consecutivas são negativas para Listeria spp., retorna-se a
amostragem ambiental de rotina e elimina-se o PCC;
iii) Se 01 (uma) amostra é positiva para Listeria spp., a sanitização dessa área em
particular deve ser monitorada como PCC;
iv) Este monitoramento deve ser removido quando o estabelecimento comprovar que o
risco à inocuidade do produto foi eliminado.

II- Produto

Adotam-se os seguintes procedimentos:

i) Segregar o produto e realizar ensaio para Listeria monocytogenes lote a lote;


ii) Se o resultado for negativo para Listeria monocytogenes o lote do produto testado
pode ser liberado; ou
iii) Se o resultado for positivo para Listeria monocytogenes, o lote do produto testado
não pode ser liberado, devendo o estabelecimento propor a destinação do mesmo, com base
em seu plano APPCC.

53
6.2.4. PRODUÇÃO DE EXTRATO DE CARNE

O extrato de carne é o resultado da concentração do caldo de carne até atingir o máximo


de 25% de umidade (9CFR § 319.720 Meat extract). O processo de produção depende do
método utilizado, se convencional ou com uso de processos modernos.
De qualquer forma, é utilizado o caldo de carne resultante do processo de cozimento da
carne, passando pelo processo de concentração, esterilização e envase.
O estabelecimento deve ter descrito em seus programas de autocontrole todo o
processo e procedimentos de produção do extrato de carne, assim como os controles
microbiológicos e físico-químicos utilizados.

6.2.5. CONTROLE DE AVERMECTINAS EM PRODUTO FINAL

Os estabelecimentos devem implementar medidas de controle de processo para mitigar


o risco de violação de resíduos de avermectinas, preliminarmente, pelos programas de pré-
requisitos e, finalmente, pelo programa APPCC.
Os estabelecimentos elaboradores deverão realizar análises para cada lote. Cada
estabelecimento deve elaborar um plano de amostragem com fundamentação técnico-
científica. No mínimo, uma análise será exigida por lote de produtos finais para respaldar a
certificação, devendo constar na documentação pré-embarque.
Ressaltamos que caso seja utilizado um método de triagem previamente a
cromatografia líquida, como o Elisa, a amostra de produto final termoprocessado a ser
exportado deverá ser encaminhada para análise em método confirmatório (HPLC/UPLC), a partir
de um resultado na triagem igual ou superior a 50% do limite de ação (cut-off).
Como exemplo didático, considere um limite regulatório de 40 ppb. Se for utilizado
método confirmatório (HPLC/UPLC) pode-se considerar este mesmo limite como critério de não
conformidade. No entanto, se for utilizado um método de triagem (Elisa, por exemplo), o
resultado será suspeito positivo para qualquer valor igual ou superior a 20 ppb. Neste caso a
amostra deverá ser submetida a uma análise por método confirmatório e, somente então,
deverá ser considerado o limite regulatório (40 ppb).
Considera-se como produto final, para este tópico, aquele já termoprocessado e pronto
para a exportação aos EUA.
Caso a triagem seja realizada em matéria-prima destinada a posterior produção
produtos termoprocessados, ou seja, amostras que são coletadas pelo estabelecimento ainda
na sala de abate nas áreas da carcaça de aplicação preferencial do medicamento nas fazendas,
o limite a ser utilizado pelo método de triagem (ELISA, por exemplo) poderá ser de até 100% do
limite regulatório, uma vez que se trata de controle interno do estabelecimento. Assim sendo,
se o limite regulatório estipulado for de 50 ppb, por exemplo, o resultado será positivo para
qualquer valor igual ou superior a 50 ppb na matéria-prima analisada.

6.2.5.1. ANÁLISES OFICIAIS DE AVERMECTINAS

Em relação aos produtos termoprocessados exportados aos EUA (carne cozida e


congelada de bovino, carne desidratada shelf stable (beef jerky/dried cooked beef), conservas

54
esterilizadas comercialmente e extrato de carne), a execução de análises oficiais para
avermectinas pelo Serviço Oficial ocorrerão da seguinte forma:
a) As amostras de produto final devem ser colhidas pela equipe do Serviço de
Inspeção Federal local com preenchimento de Solicitação Oficial de Análise (SOA);
b) A frequência da coleta deve ser uma amostra mensal de cada tipo de produto
(carne cozida e congelada de bovino, carne desidratada shelf stable (beef jerky/dried cooked
beef), conservas esterilizadas comercialmente e extrato de carne);
c) As amostras devem ser remetidas para o ensaio de avermectinas para LFDA ou
laboratório credenciado da rede MAPA que se utilize da técnica analítica a cromatografia líquida
de alto desempenho (HPLC)
d) O resultado deve ser expresso em Certificado Oficial de Análise (COA) e ser
remetido diretamente do laboratório para o SIF demandante;
e) O SIF local é responsável pela correta interpretação do resultado e pelas ações
fiscais decorrentes dessa verificação oficial.
Os Limites Máximos de Resíduos (LMR) para as avermectinas são os seguintes:

Analito LMR Matriz Referência no e-CFR


Abamectina 20 ppb Músculo §180.449
(avermectina B1)
Doramectina 30 ppb Músculo §556.225
Ivermectina 650 ppb Músculo §556.344
Eprinomectina 100 ppb Músculo §556.227
Moxidectina 50 ppb Músculo §556.426

55
6.3. PRODUTORES DE CARNE IN NATURA

Para exportar carne in natura aos EUA, somente são elegíveis os estabelecimentos
registrados sob SIF que realizam o ciclo completo de produção (abate, desossa e estocagem),
nos quais todas as operações desde o abate até a obtenção do produto final destinado aos EUA
ocorram na mesma unidade.
Ressaltamos ainda que os animais a serem abatidos visando a produção de carne em
natureza devem ser provenientes de um dos 14 estados da Federação considerados como
elegíveis pelos EUA e listados no 9 CFR 94.29 (Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia,
São Paulo, Sergipe, e Tocantins). Esta restrição não é aplicável na situação em que o abate dos
animais for realizado objetivando a produção de matéria-prima destinada a fabricação de
produtos termoprocessados, à exceção da situação prevista por meio do item “5. Certificação”
deste consolidado (carne cozida congelada exportada com o uso do modelo de certificado
sanitário internacional destinado a amparar as exportações de carne em natureza).
Além dos procedimentos e critérios previstos no item 6.1 deste consolidado, os
estabelecimentos que pleitearem ou que já possuem habilitação para exportar carne in natura
bovina aos EUA devem atender também ao seguinte:

6.3.1. MATURAÇÃO SANITÁRIA

Para a exportação de carne em natureza aos EUA deve ser realizada a maturação
sanitária das carcaças e mensuração de pH, de acordo com os seguintes parâmetros:
a) Maturação em ambiente mantido com temperatura entre 4°C a 10 °C, por no
mínimo 24 horas, após o abate e que tenham atingido pH menor que 6,0;
b) Mensuração do pH no centro de ambos os músculos Longissimus dorsi, no final
do período de maturação, de todas as meias-carcaças;
c) Para carcaças cujo pH não tenha atingido valor menor do que 6,0 em 24 horas,
é permitida a maturação adicional no máximo por 24 horas, quando deverá ser mensurado
novamente o pH. Após esta nova mensuração, se o valor do pH não for menor que 6,0, a carcaça
não poderá ser destinada à exportação para os EUA como carne in natura, ou seja, a empresa
deve assegurar que em até 48 horas o pH das meias-carcaças atingiram valor menor que 6,0.
A limpeza rotineira do eletrodo (bulbo) do peagâmetro deverá ser realizada
regularmente através de aspersão de água destilada e, sempre após a medida de pH com valor
significativamente desviado da média normalmente encontrada. Deve-se efetuar,
regularmente, a calibração do peagâmetro, conforme as recomendações do fabricante, sendo
que os procedimentos deverão ser descritos em manual próprio e acessível a todos os técnicos
responsáveis pelo controle de pH.
O SIF deve inserir em seu plano de inspeção a descrição da avaliação destes aparelhos
para que os mesmos sejam verificados oficialmente em frequência determinada pela Norma
Interna 01/2017.

56
6.3.2. PROCEDIMENTOS DE REINSPEÇÃO

Os estabelecimentos de abate de bovinos produtores de carne in natura a ser exportada


aos EUA devem possuir descritos em seus programas de autocontrole procedimentos
específicos voltados ao atendimento de requisitos de exportação aos EUA, abrangendo os
procedimentos de toalete de carcaças no abate, de reinspeção de quartos no tendal e na
desossa, bem como de cortes e recortes.
O estabelecimento deve, por meio de seus Procedimentos Sanitários Operacionais (PSO)
e programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), garantir que todas as
carcaças oriundas da sala de abate estejam livres de quaisquer contaminações visíveis.
A descrição deve detalhar os procedimentos de avaliação (local, iluminação,
equipamentos mínimos, frequência, amostragem, responsáveis pela operação) assim como os
procedimentos aplicáveis a situações diversas, como queda de carcaças, quartos, cortes ou
recortes no piso, identificação e remoção de contaminações visíveis nos quartos, cortes ou
recortes, definindo critérios de aceitabilidade em cada etapa (abate, resfriamento, cortes e
desossa).
O estabelecimento deve considerar o disposto na Diretiva do FSIS 9900.2, Ver 1, de
16/05/2017 – Product Examination 1-A (Table PE1-A) para definir os critérios de aceitabilidade.
Esta Diretiva define a tolerância zero para a presença de qualquer dos seguintes defeitos no
produto final a ser exportado aos EUA:
- Materiais especificados de risco (MER);
- Ingesta;
- Conteúdo fecal;
- Leite;
- Deterioração;
- Perigos físicos ou químicos capazes de promover ferimentos ou doenças (ex.:
substâncias químicas ou tóxicas, peças de metal, vidro, plástico rígido, madeira, ou quaisquer
materiais estranhos que tornem o produto impróprio);
- Outras condições ou materiais perigosos (ex.: presença de insetos, indícios de ação de
roedores);
- Lesões patológicas ou parasitológicas (ex.: abscessos localizados, tecidos cicatriciais,
miíases);
- Ossos ou fragmentos ósseos;
- Contusões, hematomas ou coágulos;
- Pelos ou couro;
- Cartilagens;
- Manchas ou alterações de coloração; e
- Quaisquer outros defeitos que representem risco de saúde pública, repugnância ou
sejam lesivos ao consumidor.
Sem prejuízo à adoção de medidas corretivas e preventivas sobre o processo produtivo,
a empresa deve considerar como inelegível a exportação para os EUA cortes ou recortes que
contenham os defeitos indicados acima.
Todos os formulários de registro devem possuir campos que contemplem o número de
quartos desossados, tipo e número de cortes amostrados, número de sacarias amostradas, o
tipo e quantidade de contaminações visíveis encontradas e o resultado da aceitabilidade, bem
como responsável com assinatura e horário da avaliação.

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6.3.2.1. PROCEDIMENTOS DE AUTOCONTROLE

O estabelecimento deve implementar procedimentos para reinspeção de quartos,


cortes e recortes que atendam aos seguintes critérios e/ou procedimentos mínimos:

a) Para reinspeção de quartos:

Devem ser reinspecionados pela empresa 100% dos quartos a serem desossados, em
local específico para tal na entrada da sala de desossa, com iluminação adequada, plataforma,
conjunto sanitário e bandejas coletoras.
Os procedimentos de remoção das contaminações visíveis e de destinação dos quartos,
atendendo os critérios de aceitabilidade definidos, devem estar descritos nos programas de
autocontrole. Deve ser usado marcador próprio e formulário específico para registro das
contaminações removidas, fazendo a classificação e quantificação para gestão dos dados,
visando à correção de processos ou de procedimentos operacionais nas etapas que antecedem
a desossa.
Na presença de eventual defeito devem ser adotadas medidas corretivas para os
quartos afetados, inclusive a sua desclassificação para exportação, e medidas preventivas
adequadas, registrando os achados em formulário específico e acumulando em base de dados
para análise estatística de tendência, a ser disponibilizada sempre que o SIF local requisitar.
Caso os defeitos observados ofereçam risco à saúde pública, deve proceder-se com as
seguintes ações:
- Identificar as causas do desvio;
- Restabelecer a condição sanitária do produto;
- Desenvolver procedimentos que evitem a recorrência; e
- Assegurar que nenhum produto contaminado seja comercializado (CFR 417.3).

b) Para reinspeção de cortes e recortes:

Devem ser reinspecionados pela empresa, a cada turno de desossa, no mínimo 5% de


peças (cortes) em relação ao número de quartos a serem desossados dentro do turno, em local
específico para tal na sala de desossa, com iluminação adequada, mesa, conjunto sanitário e
bandejas coletoras.
O tipo de corte, selecionado no final de cada linha de desossa, antes da embalagem
primária, deve ser amostrado de forma a abranger todas as linhas de desossa a cada reinspeção,
em horários variados dentro de cada turno.
Devem ser reinspecionados pela empresa, a cada hora de trabalho, no mínimo 2 (duas)
sacarias de recortes produzidas no período, em local específico e adequado. A linha amostrada
deve ser alternada a cada reinspeção, em momentos diferentes, evitando-se horários pré-
definidos.
Caso o estabelecimento esteja trabalhando com cestos, ao invés de sacarias, deverá ser
transportado para o local de reinspeção um volume de recorte equivalente a duas sacarias,
respeitada a mesma frequência mínima indicada.

58
O estabelecimento deve ter descritos os procedimentos de desclassificação de
produtos, a depender de uma análise técnica e do contaminante encontrado. Se o contaminante
representar risco à saúde pública, todos os produtos do lote avaliado devem ser
desclassificados. Adicionalmente, o estabelecimento deverá adotar medidas sobre todos os
produtos fabricados no turno, visando restabelecer sua condição sanitária.
Ao contrário, se o contaminante não oferecer risco à saúde pública, o estabelecimento
deve adotar medidas corretivas sobre o produto e medidas preventivas adequadas, corrigindo
procedimentos e processos. Todas as ações tomadas devem gerar registros auditáveis e serem
disponibilizados ao SIF local sempre que solicitado.

6.3.2.2. PROCEDIMENTOS DA VERIFICAÇÃO OFICIAL

Durante a desossa o SIF local deve implementar procedimentos para verificação oficial
observando os seguintes critérios e/ou procedimentos:

a) Para reinspeção de quartos:

O SIF deve reinspecionar 2% dos quartos a serem desossados no turno, número que
nunca deve ser inferior a 20 quartos. Esta reinspeção deve ser realizada no mínimo duas vezes
por turno de desossa (1% dos quartos a cada verificação), selecionando aleatoriamente
dianteiros e/ou traseiros previamente liberados na reinspeção obrigatória pela empresa,
evitando-se horários pré-definidos.

b) Para reinspeção de cortes e recortes:


Devem ser reinspecionados pelo SIF, a cada turno de desossa, no mínimo 2% de peças
em relação ao número de quartos a serem desossados dentro do turno, duas vezes por turno
(1% de peças a cada verificação). O número de cortes a serem amostrados a cada turno nunca
deve ser inferior a 20 (vinte) peças.
O tipo de corte, selecionado no final de cada linha de desossa, antes da embalagem
primária, deve ser amostrado de forma a abranger todas as linhas de desossa a cada reinspeção,
em horários variados dentro de cada turno, evitando-se horários pré-definidos.
Devem ser reinspecionados pelo SIF, duas vezes por turno de trabalho, no mínimo 4
(quatro) sacarias de recortes produzidas no período. A linha amostrada deve ser alternada a
cada reinspeção e realizada em momentos diferentes.
Caso o estabelecimento esteja trabalhando com cestos, ao invés de sacarias, deverá ser
transportado para o local de reinspeção um volume de recorte equivalente a 4 (quatro) sacarias,
de diferentes linhas de produção.
Tendo em vista os critérios de aceitabilidade definidos pela Diretiva do FSIS 9900.2, Ver
1, de 16/05/2017 – Product Examination 1-A (Table PE1-A), que estabelece a tolerância zero
para os defeitos elencados acima na carne elegível à exportação aos EUA, caso sejam detectados
defeitos em quartos, cortes ou recortes durante os procedimentos de verificação oficial, o SIF
deve adotar as seguintes ações:
- Determinar a imediata remoção dos defeitos pelo estabelecimento, acompanhando o
procedimento;
- Realizar uma análise técnica sobre o achado, avaliando significado, extensão e
circunstância e, a seu critério, adotar as medidas adequadas sobre o produto. Se o contaminante

59
encontrado significar risco à saúde pública, todos os produtos do lote avaliado devem ser
desclassificados, assim como deve ser determinada a revisão da reinspeção dos lotes que já
passaram por esta avaliação no turno de produção, adotando os mesmos critérios de
desabilitação, caso sejam encontrados contaminantes. Entretanto, se o contaminante
encontrado não significar risco à saúde pública, apenas o produto sob análise deve ser
desclassificado para exportação aos EUA.
- Autuar o estabelecimento pela infração constatada, observado o devido
enquadramento para cada tipo de contaminação (inciso XXVI do art. 496 para contaminantes
que representam risco à saúde pública, ou inciso IX do art. 496 para outros defeitos/
contaminantes); e
- Determinar a adoção de medidas adicionais sobre todos os produtos fabricados no
turno e/ou lote, visando restabelecer sua condição sanitária, caso o defeito/contaminante
detectado represente risco à saúde pública.
Ossos/fragmentos ósseos e cartilagens, além de tendões/ligamentos e
linfonodos/hemolinfonodos não são verificados oficialmente na reinspeção de quartos, apenas
na reinspeção de cortes e/ou recortes, onde a tolerância é zero para estes defeitos.
De qualquer forma, o estabelecimento deve adotar medidas eficazes de toalete das
carcaças no abate, para evitar a presença de linfonodos que são facilmente removíveis na
entrada da desossa.
O SIF deve registrar as ações de verificação oficial realizadas no formulário constante
do anexo V, a ser arquivado na IF local.

6.3.3. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS

6.3.3.1. ATRIBUIÇÕES DOS ESTABELECIMENTOS

6.3.3.1.1. DOS AUTOCONTROLES

As empresas habilitadas ou que pleiteiam habilitação para fabricar carne bovina em


natureza destinada aos EUA devem contemplar em seus programas de autocontrole os
seguintes aspectos:
a) A possibilidade de ocorrência dos patógenos E. coli STEC e Salmonella spp. na
carne e produtos cárneos em natureza no plano APPCC;
b) Os procedimentos para coleta de amostras e realização de análises para E. coli
STEC e Salmonella spp., observadas as frequências e metodologias definidas neste consolidado;
c) A segregação e retenção da carcaça testada e suas partes até a obtenção dos
resultados das análises laboratoriais;
d) Adoção de medidas de recolhimento de produtos/lotes testados como positivos
para E. coli STEC e Salmonella spp., bem como de lotes que possam ter tido contato com estes
produtos;
e) A adoção de medidas corretivas sobre produtos/lotes testados como positivos
para E. coli STEC e Salmonella spp., bem como de lotes que possam ter tido contato com estes
produtos, visando a eliminação destes patógenos;

60
f) A realização de processo investigativo para identificação das causas de desvio
nos casos de resultados de análise positivos para E. coli STEC e Salmonella spp. e adoção de
medidas corretivas e preventivas sobre o processo de produção para evitar recorrência;
g) Procedimentos de higienização rigorosos, principalmente quando da detecção
destes patógenos;
h) Contar com ferramentas de verificação que permitam confirmar a efetividade
das medidas corretivas e preventivas adotadas, incluindo avaliação do processo de higienização;
e
i) A apresentação rotineira dos resultados das análises laboratoriais para pesquisa
destes patógenos ao SIF local, além de sua apresentação junto ao relatório de pré-embarque de
produtos.

6.3.3.1.2. DEFINIÇÃO DE LOTE

Os programas de autocontrole deverão conter a definição de lote, que será constituído


das seguintes características:
a) Ser identificado por uma sequência de letras e/ou números para uma produção de
até 4763,5 Kg (10.500 libras) de um mesmo código de produto, para a mesma data
de produção;
b) Mesma unidade de processamento, sem interrupções de fluxo, paralisações ou
outras alterações que podem levar uma parte do lote a diferir de forma significativa
de outra (ex.: o uso de diferentes fontes de matérias-primas);
c) Ser completo;
d) Incluir os retrabalhos;
e) Estar acessível para inspeção e testes;
f) Ser rastreável desde a origem até a distribuição; e
g) Ser constituído apenas por produtos destinados à exportação para os Estados
Unidos da América.

Esta definição de lote é aplicável tanto a recortes/aparas de desossa e carne íntegra a


ser moída como aos demais cortes íntegros.

6.3.3.1.3. DAS ANÁLISES LABORATORIAIS

As análises para detecção de E. coli STEC e Salmonella spp. serão realizadas em 100%
dos lotes de produção, devendo ser coletadas amostras de recortes/aparas da desossa (trim) e
carne íntegra a ser moída nos EUA. O FSIS informa possuir um sistema multinível para a
classificação, sendo a categoria de processo de HACCP o mais alto nível, seguido pela categoria
de produto e pelo grupo de produto. Esclarece que “Boneless Manufacturing Trimmings”,
“Cuts”, “Primals and Subprimals” estão todos classificados na categoria de processo de
HACCP RAW INTACT e na categoria de produto RAW INTACT BEEF. Entretanto, o órgão criou
grupos de produtos separados e distintos para “Boneless Manufacturing Trimmings” (que inclui
os recortes manufaturados de carne bovina), “Primals and Subprimals” e “Cuts”. A razão para
isso é o fato de produtos classificados dentro dois últimos grupos normalmente permanecerem
intactos, enquanto os do primeiro serem usados para outros fins (como fabricação de carne
61
moída, por exemplo – “raw non-intact beef”). Portanto, os “Boneless Beef Manufacturing
Trimmings” estão sujeitos à diferentes atividades de verificação pelo FSIS, como a frequência de
amostragem e teste para STEC nos pontos de entrada de produtos nos Estados Unidos.
Para a carne íntegra a ser moída, o estabelecimento deve fazer constar em seu programa
de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) esta possibilidade, emitindo uma
declaração do uso pretendido na ordem de produção que será entregue ao SIF para respaldar a
certificação. Para este caso é exigida a realização de análise de E. coli STEC na superfície dos
cortes produzidos.
É facultativa a amostragem de E. coli STEC nos produtos destinados a
termoprocessamento nos Estados Unidos da América. O estabelecimento produtor deve fazer
constar em seu programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) esta
possibilidade, emitindo uma declaração do uso pretendido na ordem de produção que será
entregue ao SIF para respaldar a certificação, assegurando, assim, que o produto seja utilizado
como estipulado.
Para a carne in natura que será consumida desta forma nos EUA o estabelecimento deve
fazer constar em seu programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) esta
possibilidade, emitindo uma declaração do uso pretendido na ordem de produção que será
entregue ao SIF para respaldar a certificação. Entretanto, para este caso não é exigida a
realização de análise de E. coli STEC nos cortes produzidos. No entanto, estes produtos estão
sujeitos a amostragem nos portos norte-americanos de entrada, bem como amostragem pelo
Serviço Oficial brasileiro e, caso haja detecção de lote positivo para STEC, outros produtos não
microbiologicamente independentes do lote positivado poderão estar sujeitos às ações de
controle – e.g. rechaço ou recall. Assim, ao garantir que procedimentos de formação de lotes
estejam bem definidos, evita-se a implicação de outros produtos em medidas aplicadas pelo
FSIS – como aqueles já liberados para comércio nos Estados Unidos, ou dos que estejam em
trânsito para o país, na eventualidade de alguma detecção de STEC em pontos de entrada.
Sem prejuízo dos critérios gerais para a definição de lote descrito acima, as análises para
detecção de E. coli STEC e Salmonella spp. devem considerar os seguintes fatores:
a) No sistema de acondicionamento direto em embalagem final (ex.: sacarias ou
caixarias), deve-se garantir que pelo menos cinco embalagens sejam amostradas para compor o
N=60;
b) As cinco embalagens a serem amostradas devem, obrigatoriamente, incluir
sempre a primeira embalagem e a última embalagem do lote, sendo que as outras três restantes
devem abranger aleatoriamente todas as linhas de produção dentro deste intervalo; e
c) Fica permitida a utilização de equipamento (ex.: cilindro coletor) para a coleta
das amostras, desde que observadas as boas práticas, incluindo higienização do equipamento
entre as coletas e o quantitativo mínimo da amostra determinado na metodologia.
As empresas devem manter todos os lotes testados segregados na unidade industrial,
de forma facilmente rastreável e identificável, até a obtenção dos resultados das análises
laboratoriais.
Os estabelecimentos devem manter, igualmente segregados em sua unidade industrial,
os lotes de carne bovina em natureza submetidos a análises oficiais para detecção de E. coli STEC
e Salmonella spp. até a obtenção do resultado da análise oficial.
As análises laboratoriais para detecção de E. coli STEC e Salmonella spp. poderão ser
realizadas nos laboratórios das empresas ou laboratórios credenciados pelo MAPA pertencentes

62
à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários que possuam as metodologias preconizadas
pelo FSIS/USDA em seu escopo.
As análises para E. coli STEC (sorogrupos O157:H7, O26, O45, O103, O111, O121 e O145)
compreendem três etapas:
a) Primeira etapa: consiste do “PCR Screening Test”, visando detectar o resultado
potencialmente positivo;
b) Segunda etapa: consiste do isolamento e reação com antígeno para detecção do
presumivelmente positivo; e
c) Terceira etapa: consiste da determinação sorológica ou genética para detecção
do sorogrupo positivo confirmado.
As análises para Salmonella spp. compreendem uma única etapa, que consiste do “PCR
Screening Test”, visando detectar resultado positivo.
Não caberá, em hipótese alguma, a realização de um segundo “PCR Screening Test” no
mesmo produto/lote já testado que obteve resultado analítico positivo nesta etapa, seja na
análise para E. coli STEC (primeira etapa) como para Salmonella spp. (etapa única), por não se
tratar de um teste conclusivo.

6.3.3.1.4. DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES E DAS AÇÕES EM CASO DE POSITIVIDADE

Considerando que a análise para E. coli STEC envolve três etapas analíticas para
confirmação da presença dos patógenos, as empresas devem observar o que segue:
a) O estabelecimento que optar por utilizar somente o “PCR Screening Test” e
encontrar resultado positivo, sem realizar a confirmação de E. coli STEC através das etapas
seguintes, deverá considerar e tratar o produto/lote como positivo;
b) O produto com resultado potencialmente positivo no “PCR Screening Test”
apenas poderá ser comercializado após realização dos testes complementares (segunda e
terceira etapas), confirmando ser negativo para os 07 sorogrupos de E. coli STEC testados;
c) Para o produto com resultado potencialmente positivo no “PCR Screening Test”
que seja destinado para um tratamento que inative a E. coli STEC, fica dispensada a realização
da segunda e terceira etapas para confirmação do sorogrupo.
No caso das análises para Salmonella spp., cuja análise se dá em etapa única, caso seja
obtido resultado positivo no “PCR Screening Test”, a empresa deverá considerar e tratar os
produtos/lotes como positivos de forma definitiva e destiná-los a um tratamento que inative o
patógeno.
Em qualquer caso de detecção de E. coli STEC e Salmonella spp. em lotes de carne bovina
em natureza, seja nas análises de rotina da empresa ou nas análises oficiais, o estabelecimento
deverá:
a) Rastrear/localizar o lote testado como positivo e outros que possam ter tido
contato com o mesmo, visando a adoção e/ou destinação dos produtos a tratamento que
elimine estes patógenos;
b) Iniciar processo investigativo para identificação das causas do desvio;
c) Adotar medidas corretivas e preventivas sobre o processo de produção para
evitar recorrência do desvio;
d) Utilizar de ferramentas de verificação que permitam confirmar a efetividade das
medidas corretivas e preventivas adotadas; e
e) Apresentar ao SIF local todas as ações adotadas, seus registros e conclusões.
63
Os estabelecimentos que não disponham de instalações/equipamentos para inativação
dos patógenos E. coli STEC e Salmonella spp. nos lotes testados como positivos na própria
unidade industrial apenas poderão comercializar os produtos para estabelecimentos que
disponham de instalações/equipamentos para realizar o tratamento térmico de inativação.
Deverão, ainda, ser observados os procedimentos relativos à comercialização de produtos
destinados a aproveitamento condicional, com a manutenção de registros auditáveis da
expedição/comercialização dos produtos, recebimento dos produtos pelo estabelecimento de
destino, e retorno de informações deste último quanto à realização do tratamento de
eliminação dos patógenos nos lotes positivos.
Os tratamentos térmicos que garantam a redução de 6.5D para Salmonella spp. ou mais
severos são os indicados, uma vez que este patógeno possui resistência térmica comparável ao
da E. coli STEC. Outra opção possível é a destinação do produto para esterilização pelo calor ou
graxaria.

6.3.3.1.5. DA COMERCIALIZAÇÃO DA CARNE IN NATURA AOS EUA

Apenas poderão ser destinados à comercialização com vistas à exportação aos EUA os
lotes de carne bovina em natureza que atenderam os requisitos previstos em item 6.1 deste
consolidado, assim como dos requisitos específicos contidos neste item 6.3.
Os resultados das análises realizadas devem ser apresentados ao SIF local pela empresa
rotineiramente, e também junto ao relatório de pré-embarque, como documentos de respaldo
à certificação sanitária internacional.
Outro ponto a ser destacado é a marca de embarque ou “shipping mark”, que constitui-
se em uma sequência obrigatória de números e/ou letras que não pode ser repetida dentro do
período de um ano e que referencia a carga a ser exportada com o respectivo Certificado
Sanitário Internacional (CSI). Cada shipping mark pode representar uma carga de até 700 caixas,
ou seja, um mesmo container pode possuir mais de um shipping mark e um mesmo shipping
mark pode possuir mais de um lote de produção. O mesmo lote de produção somente pode ser
embarcado em um único container.
A ausência ou incorreção de shipping mark, bem como a impossibilidade de sua
correlação com o Certificado Sanitário Internacional são motivos para retenção das cargas
exportadas.

6.3.3.2. ATRIBUIÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

6.3.3.2.1. DA VERIFICAÇÃO OFICIAL SOBRE OS CONTROLES MICROBIOLÓGICOS

O SIF junto ao estabelecimento habilitado a exportar carne bovina em natureza aos EUA
deverá verificar os registros associados às análises de E. coli e Salmonella spp. realizadas pelo
estabelecimento e observar se o mesmo está adotando as medidas corretivas e preventivas
apropriadas, quando necessário.
Caso detectado que o estabelecimento obteve um resultado positivo e não adotou as
medidas previstas em seu plano APPCC, o SIF local deverá notificá-lo nos moldes previstos na

64
Norma Interna nº 1/2017 e adotar as ações fiscais pertinentes, as quais devem incluir, mas não
se limitar, à lavratura de auto de infração, recolhimento e apreensão de produtos e/ou
suspensão da certificação sanitária, quando tais medidas couberem.
A verificação oficial realizada pela IF local deverá dar especial ênfase às medidas
adotadas pelo estabelecimento que visem a prevenção de ocorrência de contaminação fecal das
carcaças devido a falhas operacionais em todas as etapas do abate, além da confirmação da
adoção das medidas corretivas sobre produtos testados como positivos (tratamento de
eliminação dos patógenos).
Em qualquer caso que se faça necessário o recolhimento de produtos, todas as
cargas/lotes recolhidos deverão retornar diretamente ao estabelecimento de
origem/expedição, cabendo ao SIF local acompanhar a adoção das medidas corretivas sobre os
produtos testados como positivos (tratamento de eliminação de patógenos) ou acompanhar e
destinar os produtos para processamento em outra unidade.

6.3.3.2.2. DAS ANÁLISES OFICIAIS E PROCEDIMENTOS DE INVESTIGAÇÃO

A IF local coletará, a título de verificação oficial, amostras dos lotes de carne bovina em
natureza destinados à exportação aos EUA – recortes/aparas da desossa (trim) e carne íntegra
a ser destinada a moagem – com periodicidade mínima mensal, para análise da presença de
Escherichia coli verotoxigênica (STEC) e Salmonella spp.
Para a carne íntegra a ser moída, de acordo com declaração de uso pretendido na ordem
de produção da empresa, o SIF deve realizar análise de E. coli STEC e Salmonella spp. na
superfície dos cortes produzidos, na frequência acima definida.
Caso o estabelecimento produtor opte por realizar análise de E. coli STEC e Salmonella
spp. nos cortes que serão submetidos ao termoprocessamento nos EUA, o SIF deve realizar
coletas na superfície destes produtos, na frequência acima definida. Ressalta-se que o SIF deve
realizar esta coleta somente de lotes de produção que também foram coletados pelo
estabelecimento.
Para a carne in natura que será consumida desta forma nos EUA o SIF não necessita
realizar análise de E. coli STEC e Salmonella spp. nos cortes produzidos.
Os procedimentos de coleta das amostras oficiais para análise de E. coli STEC e
Salmonella spp. devem estar de acordo com as orientações presentes no “Manual de coleta de
amostras de produtos de origem animal” presente na página oficial do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, na internet.
Todos os Servidores dos SIFs que atuam junto às plantas processadoras de produtos
cárneos habilitadas à exportação para os Estados Unidos da América devem passar por
capacitação quanto à metodologia de coletas de amostras para análise de E. coli STEC
e Salmonella spp..
Destacamos que o método de coleta de amostras para pesquisa de E.coli STEC e
Salmonella spp. é conhecido como N60. Por esse método são coletados 60 fragmentos de
amostra com dimensões de 2,5cm de largura, 8cm de comprimento e 0,5cm de espessura. É
importante que essas dimensões sejam rigorosamente respeitadas e que o peso da amostra seja
de 325g sendo aceitável uma variação de mais ou menos 10% (325g +/- 32,5g), sob risco de
comprometer os procedimentos laboratoriais.

65
As amostras serão encaminhadas aos laboratórios pertencentes à Rede Nacional de
Laboratórios Agropecuários (LFDA’s) definidos pela Coordenação-Geral de Laboratórios
Agropecuários – CGAL/SDA, devendo ser adequadamente coletadas e acondicionadas.
Quando o SIF local receber um resultado positivo para E. coli STEC e/ou Salmonella spp.
nas análises oficiais, deverá notificar o estabelecimento do resultado, verificar se a empresa
testou o mesmo lote de produtos amostrado, confrontar os resultados das análises e verificar
as ações adotadas. Podem ser previstas duas situações principais, requerendo a adoção das
seguintes ações:

a) Quando um lote com resultado positivo na análise oficial também havia sido
testado pelo estabelecimento, obtendo resultado positivo, caberá ao SIF:

a.1 – Se constatado que o produto/lote já havia sido segregado pelo estabelecimento


em suas instalações e não foi utilizado, caberá ao SIF acompanhar a sua destinação e verificar
se o estabelecimento adotou as medidas corretivas e preventivas apropriadas (incluindo o
processo investigativo das causas do desvio) estabelecidas em seu APPCC; ou

a.2 – Caso constatado que os procedimentos do estabelecimento falharam e o produto


com resultado positivo foi expedido para destinação não adequada, o SIF notificará a empresa
nos moldes previstos pela Norma Interna nº 1/2017 e adotará as ações fiscais pertinentes,
determinando o recolhimento dos produtos para adequada destinação posterior.

b) Quando o SIF local detectar um produto/lote com resultado positivo na análise


oficial para E. coli STEC e/ou Salmonella spp. e o resultado da análise realizada pelo
estabelecimento for negativa, o SIF deverá:

b.1 – Verificar se o produto está sob a guarda do estabelecimento, devidamente


identificado e segregado. Em caso negativo, o SIF determinará ao estabelecimento,
imediatamente, o início dos procedimentos de recolhimento do produto para adequada
destinação posterior;

b.2 – Verificar se o estabelecimento:


i. identificou e eliminou a causa do desvio;
ii. restabeleceu as condições higiênico-sanitárias do produto, mediante
realização de tratamento térmico suficiente para assegurar a completa destruição dos
patógenos (tratamento térmico para redução de 6.5D para Salmonella spp. ou mais severo);
iii. adotou procedimentos visando evitar a recorrência do desvio; e
iv. adotou medidas eficazes para prevenir que produtos com presença de E. coli
STEC e/ou Salmonella spp. cheguem ao consumidor.

b.3 – Elaborar uma notificação nos moldes previstos pela Norma Interna 1/2017, a qual
deverá apontar a(s) falha(s) nos procedimentos de verificação do estabelecimento. Neste caso,
a IF local deverá verificar o histórico de violações do estabelecimento no que diz respeito a E.
coli STEC e Salmonella spp. a fim de verificar se o desvio foi pontual ou se indica um problema
sistêmico, quando então deverão ser adotadas as ações fiscais pertinentes, as quais incluem,
mas não se limitam, à revisão de procedimentos, interdição de seções e interrupção ou
suspensão da certificação sanitária internacional, quando tais medidas couberem.

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Tendo em vista que o laboratório oficial confirma a maioria das amostras
presumivelmente positivas para E. coli STEC (resultado obtido na conclusão da 2ª etapa da
análise deste patógeno), o DIPOA, ao receber notificação de uma amostra presumivelmente
positiva, comunicará de imediato o resultado ao SIF junto ao estabelecimento habilitado, para
ciência e início dos procedimentos de investigação previstos no item anterior.
O SIF local deverá registrar em planilha própria (anexo IX) e encaminhar, mensalmente
ao SIPOA os resultados das coletas oficiais, as ações fiscais adotadas em caso de desvios, os
resultados de análises de E. coli STEC e Salmonella spp. realizadas pelos estabelecimentos, bem
como as ações corretivas e preventivas adotadas.
Caso não tenha havido produção de carne in natura destinada aos EUA no mês, o SIF
deve gerar registros auditáveis desta ocorrência, inserindo-os no processo SEI específico,
constante em item 3.2, para o devido controle do SIF e respectivo SIPOA.

6.3.3.3. PROCEDIMENTOS REFERENTES A PERÍODOS DE ELEVADA OCORRÊNCIA DE E. COLI


STEC (HEP)

O FSIS/USDA estabelece que os estabelecimentos que exportam carne bovina em


natureza para os EUA prevejam a ocorrência de períodos de contingência relacionados a uma
elevada taxa de resultados positivos para E. coli STEC, denominado High Event Periods (HEP).
Para fins de determinação do HEP devem ser considerados como resultados positivos
tanto aqueles potencialmente positivos para esse microrganismo, após a realização do “PCR
Screening Test”, como aqueles confirmados nas etapas subsequentes em laboratórios
credenciados da rede do MAPA ou laboratórios oficiais.
Os estabelecimentos poderão adotar critérios próprios, com base estatística, para a
determinação de seu HEP considerando o número de resultados positivos em relação ao número
total de análises realizadas por dia ou turno de produção, permitindo avaliar a eficácia dos seus
controles para prevenir a contaminação durante a operação de abate e desossa, bem como
verificar a redução da ocorrência de E. coli STEC a um nível não detectável.
Caso os estabelecimentos não tenham critérios próprios para determinação do HEP, os
mesmos deverão seguir os critérios a seguir:

a) Avaliação de controle local

Nesta etapa, a partir de 3 resultados potencialmente positivos ou confirmados para E.


coli STEC em 10 amostras consecutivas, considera-se que o estabelecimento perdeu o controle
de forma local. Pode-se afirmar, com 98,85% de confiança, que a porcentagem de resultados
positivos para E. coli STEC no processo excede 5% e que, portanto, o estabelecimento encontra-
se inserido em um período de contingência para esse patógeno (HEP).

b) Avaliação de controle sistêmico

Nesta etapa, a partir de 7 resultados potencialmente positivos ou confirmados para E.


coli STEC em 30 amostras consecutivas, se considera que o estabelecimento perdeu o controle
de forma sistêmica. Pode-se afirmar, com 99,95% de confiança, que a porcentagem de
resultados positivos para E. coli STEC no processo excede 5%.

67
De qualquer forma, uma vez constatado que o estabelecimento perdeu o controle de
forma local ou sistêmica o mesmo deve comunicar, obrigatoriamente, o Serviço de Inspeção
Federal (SIF) local e iniciar imediatamente a investigação dos fatores causadores ou que possam
ter contribuído para a ocorrência de resultados positivos, tanto nas operações de abate e
desossa quanto na obtenção de aparas/retalhos.
As ações de investigação e as medidas corretivas e preventivas adotadas devem estar
previstas no programa APPCC da empresa e nos demais programas de autocontrole do
estabelecimento, incluindo o programa de recolhimento de produtos.
Para os casos de perda de controle de forma sistêmica, obrigatoriamente devem ser
procedidos ensaios para E. coli STEC em cortes íntegros, superfícies de contato com o produto
em frequência definida pela empresa, bem como aumento da amostragem já definida para
aparas e retalhos da desossa.
Caso constate-se que há resultados positivos para esse patógeno nessas superfícies, os
produtos que tiveram contato com as mesmas também devem ser tratados como positivos.
O SIF local, após a constatação da inserção do estabelecimento no HEP, deverá
comunicar o SIPOA correspondente, encaminhando o plano de ação elaborado pela empresa
frente ao processo investigativo desencadeado contendo as medidas corretivas adotadas e
preventivas, identificação da causa ou dos fatores que contribuíram para o aumento dos
resultados positivos ou potencialmente positivos para E. coli STEC, com registro da verificação
oficial e parecer técnico conclusivo.

6.3.3.4. METODOLOGIA ANALÍTICA UTILIZADA NAS ANÁLISES OFICIAIS

Estão aprovados pelo FSIS os seguintes métodos analíticos:

- MLG 4.10: para pesquisa de Salmonella spp.;


- MLG 8.11: para pesquisa de Listeria monocytogenes;
- 3M – Molecular Detection System, 2 – MDS: para pesquisa de Salmonella spp. e Listeria
monocytogenes.
- MLG 5C.00 e o kit Bio Rad real-time PCR System (CFX96): para pesquisa de Escherichia
coli O157:H7 STEC.

6.3.3.5. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE AVERMECTINAS

É responsabilidade do estabelecimento o monitoramento do processo produtivo em


relação ao controle de perigos químicos associados à saúde pública, assim como aqueles
voltados ao atendimento de requisitos específicos de exportação.
Assim, cabe ao estabelecimento, com base no resultado da análise de perigos químicos
e com fundamentação técnico-científica, determinar se há a necessidade de realizar a coleta de
amostras em produto final a ser exportado para ensaio de avermectinas, utilizando-se de
laboratório interno ou credenciado da rede MAPA, respeitando as técnicas de cromatografia
líquida de alto desempenho (HPLC) ou cromatografia líquida de ultra performance (UPLC).
Ressaltamos que caso seja utilizado um método de triagem, como o Elisa, a amostra de produto
final a ser exportado deverá ser encaminhada para análise em método confirmatório

68
(HPLC/UPLC) a partir de um resultado na triagem igual ou superior a 50% do limite de ação (cut-
off).
Como exemplo didático, considere um limite regulatório de 40 ppb. Se for utilizado
método confirmatório (HPLC/UPLC) pode-se considerar este mesmo limite como critério de não
conformidade. No entanto, se for utilizado um método de triagem (Elisa, por exemplo), o
resultado será suspeito positivo para qualquer valor igual ou superior a 20 ppb. Neste caso a
amostra deverá ser submetida a uma análise por método confirmatório e, somente então,
deverá ser considerado o limite regulatório (40 ppb).
Caso a triagem seja realizada em matéria-prima destinada a posterior produção de carne
bovina sem osso, ou seja, amostras que são coletadas pelo estabelecimento ainda na sala de
abate nas áreas da carcaça de aplicação preferencial do medicamento nas fazendas, o limite a
ser utilizado pelo método de triagem (ELISA, por exemplo) poderá ser de até 100% do limite
regulatório, uma vez que se trata de controle interno do estabelecimento. Assim sendo, se o
limite regulatório estipulado for de 50 ppb, por exemplo, o resultado será positivo para qualquer
valor igual ou superior a 50 ppb na matéria-prima analisada.
Considera-se produto final a carne de bovino sem osso, incluindo cortes, recortes e
carne íntegra destinada a moagem.
Não há obrigatoriedade de se realizar análise de avermectinas em 100% dos lotes
destinados à exportação para este tipo de produto, sendo permitida a coleta por amostragem
tecnicamente embasada. No entanto os resultados destas análises, quando realizadas no âmbito
de seus programas de autocontrole para respaldar a certificação dos produtos aos EUA, devem
fazer parte da documentação de pré-embarque dos produtos.
O plano de amostragem do estabelecimento voltado aos ensaios de avermectinas pode
ser realizado nas matrizes fígado ou músculo. Se o estabelecimento optar por coletar a matriz
fígado, esta coleta deve ser realizada na sala de abate. Se o estabelecimento optar por coletar a
matriz músculo, esta coleta pode se dar na sala de abate ou na sala de desossa. De qualquer
forma, a matriz coletada deve ser proveniente de carcaça habilitada à exportação aos EUA, que
deverá ficar sequestrada até resultado final da análise.
É facultada à empresa a desclassificação da carcaça amostrada e suas partes para
exportação aos EUA, antes e independentemente do resultado da análise laboratorial.
O estabelecimento deve prever em seus programas de autocontrole as ações a serem
adotadas caso ocorra violação dos limites aceitáveis para as avermectinas.
Quanto ao controle oficial, o SIF deve realizar coletas mensais de amostra para ensaio
de avermectinas, com Solicitação Oficial de Análise (SOA), e resultado expresso em Certificado
Oficial de Análise (COA), direcionada exclusivamente para laboratório credenciado da rede
MAPA.
A matriz a ser coletada deve ser sempre músculo. Esta coleta pode se dar na sala de
abate ou na sala de desossa e ser proveniente de carcaça habilitada à exportação aos EUA, que
deverá ficar sequestrada até resultado final da análise.

69
Os Limites Máximos de Resíduos (LMR) para as avermectinas são os seguintes:

Analito Matriz músculo Matriz fígado Referência no e-CFR


LMR (ppb) LMR (ppb)
Abamectina 20 - §180.449
(avermectina B1)
Doramectina 30 100 §556.222
Ivermectina 650 1.600 §556.344
Eprinomectina 100 1.500 §556.227
Moxidectina 50 200 §556.426

O SIF local é responsável pela correta interpretação do resultado e pelas ações fiscais
decorrentes dessa verificação oficial.

70
7. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS - SUÍNOS

7.1. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO VETERINÁRIA ANTE E POST MORTEM

7.1.1. CONTROLE DE ORIGEM DOS ANIMAIS

O controle de origem dos animais será realizado pelo órgão executor da Saúde Animal
no Estado, através dos controles de trânsito (Guia de Trânsito Animal). A declaração de
nascimento e criação no Estado livre sem vacinação (reconhecida pela OIE) será feita no Boletim
Sanitário, que deverá ser encaminhado ao SIF 24 horas antes do abate.
O estabelecimento deve ser capaz de identificar e segregar os animais e produtos que
estejam de acordo com esse requisito, desde a sua chegada ao estabelecimento até o momento
de sua expedição.
Com base no histórico de tratamentos dos animais com produtos de uso veterinário, os
lotes de animais recebidos pelos estabelecimentos deverão ser classificados quanto à sua
habilitação para exportação para os EUA. Os critérios para a classificação devem estar previstos
nos programas de autocontrole e devem considerar, obrigatoriamente, as condições abaixo:
i. Animais que tenham sido tratados com substância cuja tolerância nos EUA é mais
restritiva (limite EUA é mais baixo e o período de carência do produto de uso veterinário
disponível no mercado brasileiro não garante o atendimento da tolerância EUA);
ii. Animais que tenham sido tratados com substância não autorizada nos EUA.
É fundamental que as empresas tenham controle da rastreabilidade da matéria-prima
considerada aprovada para a exportação destinada aos EUA até o produto final, para fins de
embasamento da certificação a ser firmada pelo Serviço Oficial.
Nesta etapa, cabe ao SIF verificar, a partir da programação de abate fornecida pela
empresa e análise da Guia de Trânsito Animal (GTA) e Boletim Sanitário, se os animais são
provenientes de área livre sem vacinação (reconhecida pela OIE).
Durante o abate, o SIF deve acompanhar a correlação da identificação individual/lote
das carcaças aptas para os EUA, verificando os registros e os procedimentos adotados pela
empresa de desclassificação de animais que foram desviadas para o DIF.

7.1.2. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO VETERINÁRIA ANTE E POST MORTEM

Os procedimentos de inspeção veterinária ante e post mortem, de atribuição exclusiva


do Serviço Oficial, devem seguir os procedimentos oficiais descritos nas determinações
normativas de aplicação nacional.
As situações e procedimentos relativos ao abate de emergência dos animais são aqueles
definidos no Decreto nº 9.013/2017 (Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal).
Salienta-se, porém, que é proibido o uso de matéria-prima oriunda de animais que não
consigam se levantar a partir de uma posição de decúbito ou que não consigam andar, incluindo,
mas não limitado àqueles com apêndices quebrados, tendões ou ligamentos rompidos, paralisia
de nervo, coluna vertebral fraturada, ou condições metabólicas.
Os animais que sofrem morte acidental nas dependências do estabelecimento de abate
não podem ter suas carcaças aproveitadas para a fabricação de produtos destinados à
71
exportação para os Estados Unidos da América, mesmo quando consideradas aptas ao
aproveitamento condicional após a inspeção ante mortem, conforme previsto pelo Art. 98 do
Decreto nº 9.013 de 29 de março de 2017.
Cabe à IF local verificar a destinação e uso das carnes e miudezas provenientes destes
animais, devendo adotar as ações fiscais necessárias no caso de detecção de não conformidades.
Suínos com temperatura igual ou superior a 41ºC devem ser condenados.

7.1.3. PROCEDIMENTOS DE ABATE

Os estabelecimentos de abate devem ter descritos e implementados programas de


autocontrole que contemplem aspectos relacionados à manutenção de instalações e
equipamentos (incluindo iluminação, ventilação, águas residuais e calibração de instrumentos
de processos), água de abastecimento, controle integrado de pragas, higiene industrial e
operacional, higiene e hábitos higiênicos dos funcionários, procedimentos sanitários
operacionais, controle de matéria-prima, controle de temperatura, programa de análise de
perigos e pontos críticos de controle – APPCC, análises laboratoriais, controle de formulação de
produtos e combate à fraude, rastreabilidade e recolhimento, respaldo para a certificação oficial
e bem-estar animal.
Assim, tanto os programas de pré-requisitos quanto o programa de APPCC, são de
responsabilidade do estabelecimento produtor.
Os estabelecimentos de abate devem prever em seus programas de autocontrole os
procedimentos operacionais e as boas práticas adotadas para evitar ou diminuir a ocorrência de
patógenos nos produtos produzidos, especialmente a E. coli e Salmonella spp..

7.1.4. INSPEÇÃO POST MORTEM

Os procedimentos de inspeção post mortem, executados por Servidores Oficiais


conforme item 3 deste documento, são aqueles definidos no Decreto nº 9.013/2017
(Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal) e legislação
complementar sobre o tema.
Se durante as atividades de inspeção forem constatados indícios de metástases
nas carcaças, estas não poderão ser utilizadas como matérias-primas na fabricação de produtos
que serão exportados para os EUA, independentemente das condições gerais da carcaça.

7.2. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS

7.2.1. DOS AUTOCONTROLES

As empresas habilitadas ou que pleiteiam habilitação para fabricar carne suína em


natureza destinada aos EUA devem contemplar em seus programas de autocontrole os
seguintes aspectos:
a) A possibilidade de ocorrência dos patógenos E. coli e Salmonella spp. na carne e
produtos cárneos em natureza no plano APPCC;
b) Os procedimentos para coleta de amostras e realização de análises para E. coli
e Salmonella spp., observadas as frequências e metodologias definidas neste consolidado;
72
c) A segregação e retenção da carcaça testada e suas partes até a obtenção dos
resultados das análises laboratoriais;
d) Adoção de medidas de recolhimento de produtos/lotes testados como positivos
para E. coli e Salmonella spp., bem como de lotes que possam ter tido contato com estes
produtos;
e) A adoção de medidas corretivas sobre produtos/lotes testados como positivos
para E. coli e Salmonella spp., bem como de lotes que possam ter tido contato com estes
produtos, visando a eliminação destes patógenos;
f) A realização de processo investigativo para identificação das causas de desvio
nos casos de resultados de análise positivos para E. coli e Salmonella spp. e adoção de medidas
corretivas e preventivas sobre o processo de produção para evitar recorrência;
g) Procedimentos de higienização rigorosos, principalmente quando da detecção
destes patógenos;
h) Contar com ferramentas de verificação que permitam confirmar a efetividade
das medidas corretivas e preventivas adotadas, incluindo avaliação do processo de higienização;
i) A apresentação rotineira dos resultados das análises laboratoriais para pesquisa
destes patógenos ao SIF local, além de sua apresentação junto ao relatório de pré-embarque de
produtos; e

7.2.2. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO LABORATORIAL PARA TRICHINELLA SPIRALIS

Devem ser testados 100% dos animais abatidos em estabelecimentos habilitados à


exportação aos Estados Unidos da América.
O pessoal que executa as avaliações laboratoriais deve ser devidamente treinado em
instituição competente para realizar a capacitação.
As coletas e análises serão verificadas pelo SIF local na frequência definida na Norma
Interna 1/2017. Essa verificação deverá ser realizada por Médico Veterinário Oficial capacitado
para esse fim. Qualquer não conformidade encontrada na execução das análises deve ser
reportada à Autoridade Central Competente.

7.2.3. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA SALMONELLA EM CARCAÇAS


SUÍNAS

Visando o controle do processo em abates de suínos, cada estabelecimento será


submetido a um mínimo de 01 (um) ciclo de amostragem por ano, para avaliação da Salmonella.

I) Amostragem

A amostragem será a seguinte:


a) Será constituída de ciclos de 55 (cinquenta e cinco) testes (n=55), aceitando-se
até 6 (seis) amostras positivas (c=6) em cada ciclo;
b) As carcaças para a pesquisa de Salmonella spp. em sua superfície devem ser
sorteadas aleatoriamente, no mínimo 12 (doze) horas após o início do resfriamento das mesmas;

73
c) A amostragem nas carcaças será pela aplicação de uma única esponja abrasiva
em três pontos, localizados nas seguintes regiões anatômicas: pernil, papada e barriga, que
constituirá uma unidade amostral;
d) A área de amostragem da carcaça, em cada ponto, deve abranger 100 (cem)
cm², delimitada por molde (gabarito) descartável ou de aço inoxidável previamente esterilizado;
e) As amostras devem ser conservadas sob refrigeração (entre 0 a 10ºC) e
analisadas em no máximo 01 (um) dia após a realização da coleta;
f) A frequência de amostragem deve ser de uma amostra para cada dia de abate,
independentemente do número de animais abatidos ou turnos de trabalho do estabelecimento;
g) As coletas devem ser realizadas de forma que a cada 55 dias de abate se finalize
um ciclo.
h) A coleta, o envio e o processamento das amostras serão realizados sob
responsabilidade do Serviço Oficial e na rede oficial de laboratórios, definida pela Coordenação
Geral de Apoio Laboratorial (CGAL).

II) Gestão de resultados

O SIF deve dar ciência ao estabelecimento de todos os resultados obtidos no âmbito de


execução do programa de redução de patógenos em carcaças.
Quando o resultado do ciclo (55 amostras) evidenciar que o estabelecimento
ultrapassou a quantidade máxima de amostras positivas permitidas (c > 6), o Serviço de Inspeção
Federal deve notificar a direção do estabelecimento, por meio do formulário da Norma Interna
1/2017, sendo iniciado um novo ciclo de coletas.
Se no 2º ciclo de amostragem não for atingido o padrão de desempenho (c ≤ 6), o SIF
deve notificar novamente a direção do estabelecimento e solicitar, por escrito, a revisão dos
programas de autocontrole do estabelecimento (no mínimo os programas APPCC, PPHO, PSO),
sendo iniciado um novo ciclo de coletas.
Se no 3º ciclo o estabelecimento ainda não atingir o padrão de desempenho (c ≤ 6), o
SIF deve imediatamente comunicar o fato à DHC/CGI/DIPOA solicitando a suspensão da
autorização do estabelecimento para exportação aos Estados Unidos da América.
O retorno à certificação somente poderá ocorrer após o estabelecimento identificar a
causa do desvio, adotar medidas corretivas e preventivas adequadas e alcançar o padrão de
desempenho estabelecido (n=55, c ≤ 6).
À Coordenação Geral de Inspeção do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Animal (CGI/DIPOA) caberá a avaliação técnica das medidas corretivas adotadas pela empresa
para obter a efetiva redução de ocorrência de Salmonella spp. nas carcaças.

7.2.4. CRITÉRIO PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA ESCHERICHIA COLI EM


CARCAÇAS SUÍNAS

Os estabelecimentos que realizam o abate de suínos devem desenvolver, implementar


e manter procedimentos escritos visando prevenir a contaminação das carcaças e suas partes
por microrganismos patogênicos, assim como contaminação fecal ou por ingesta visíveis, bem
como leite, durante todas as operações realizadas na sala de abate. Estes procedimentos devem
estar incorporados nos programas de autocontrole dos estabelecimentos.

74
Além disso, visando o controle do processo de abate de suínos, os estabelecimentos
serão submetidos a análises para E.coli genérica.
Os procedimentos para a redução de E. coli em estabelecimentos de abate de suínos
serão executados pelos estabelecimentos com verificação direta do Serviço de Inspeção Federal
junto à planta de abate da seguinte forma:

I) Amostragem

Serão coletadas 2 (duas) amostras para cada 1.000 (um mil) suínos abatidos por dia (ou
fração menor do que 1.000 (um mil) e enviadas diariamente para análise, independentemente
do número de carcaças produzidas.
As amostras deverão ser coletadas em dois momentos distintos do processo: a primeira
durante os procedimentos de pré-evisceração dos animais e a segunda após a etapa de
resfriamento das carcaças. Não é obrigatório que as duas amostras sejam coletadas de uma
mesma carcaça. A alteração de uma para duas coletas em diferentes etapas da produção tem
por objetivo primordial verificar se a contaminação das carcaças aumenta, diminui ou se
mantém estável durante o processo, permitindo assim um melhor direcionamento das ações a
serem adotadas caso sejam detectados desvios.
As carcaças devem ser obrigatoriamente amostradas em três áreas: pernil, barriga e
papada. Pode ser utilizada a técnica de esponja ou destrutiva, a critério do estabelecimento.
Os laboratórios de autocontrole devem utilizar as metodologias e procedimentos
validados pela Coordenação Geral de Apoio Laboratorial (CGAL).

II) Gestão de resultados

A gestão dos resultados deve ser estabelecida com base nos princípios de análise de
risco e autocontrole, considerando limites aceitáveis e inaceitáveis para os seus processos,
sempre buscando a melhoria continuada dos seus programas de autocontrole aplicados à cadeia
produtiva da carne suína.
Os boletins de análises emitidos pelo laboratório devem ser padronizados e analisados
pela equipe do estabelecimento designada para esta atividade, para determinar o nível de
desempenho próprio de cada processo e os dados devem ser mantidos em arquivos auditáveis,
organizados e distribuídos em gráficos de controle estatístico.
Os resultados serão parte da validação dos programas de autocontrole (APPCC e seus
pré-requisitos) implementados pelos estabelecimentos.
O Serviço de Inspeção Federal junto à planta de abate verificará a execução dos testes
pela empresa, bem como as ações de gerenciamento implementadas.
Nos casos de resultados insatisfatórios, o estabelecimento deverá revisar os programas
de autocontrole para identificar as causas de desvio e aplicar as devidas ações
corretivas/preventivas. Um total de mais de 3 (três) resultados marginais nos últimos 13 (treze)
resultados consecutivos também sinalizará a necessidade de revisão dos programas de
autocontrole.

7.2.5. CONTROLE MICROBIOLÓGICO EM CARCAÇAS DE SUÍNOS

Com o objetivo de avaliar a higiene do processo e reduzir a prevalência de agentes


patogênicos, os estabelecimentos de abate devem prever em seus programas de autocontrole
e executar os procedimentos estabelecidos na Instrução Normativa 60, de 20 de dezembro de
2018.
Este controle microbiológico compreenderá a coleta de amostras para análise de
Enterobacteriaceae e Salmonella spp. em carcaça de suínos.
75
7.2.6. METODOLOGIA ANALÍTICA UTILIZADA NAS ANÁLISES OFICIAIS

Estão aprovados pelo FSIS os seguintes métodos analíticos:


- MLG 4.10: para pesquisa de Salmonella spp.;
- MLG 8.11: para pesquisa de Listeria monocytogenes;
- 3M – Molecular Detection System, 2 – MDS: para pesquisa de Salmonella spp. e
Listeria monocytogenes.
- MLG 5C.00 e o kit Bio Rad real-time PCR System (CFX96): para pesquisa de Escherichia
coli O157:H7 STEC.
- Para a pesquisa de Trichinella spiralis a metodologia de análise deverá acompanhar os
preceitos do Regulamento de Execução (EU) 2015/1375 da Comissão de 10 de agosto de 2015,
que estabelece regras específicas para os controles oficiais de detecção de triquinas na carne.

7.3. CONTROLE DE RESÍDUOS QUÍMICOS E CONTAMINANTES

Para fins de certificação, o estabelecimento deve aplicar medidas de controle para


garantir que os requisitos americanos relativos a resíduos e contaminantes são atendidos,
garantindo também que as atualizações destes requisitos são consideradas no seu programa de
autocontrole.
Os controles aplicados pelos estabelecimentos devem dar garantia de que os resíduos
de drogas veterinárias não são superiores às tolerâncias (limites máximos) aplicáveis nos EUA
(para drogas veterinárias autorizadas nos EUA) e que não há resíduos de substâncias não
autorizadas nos EUA nos produtos exportados.
As drogas veterinárias autorizadas e suas respectivas tolerâncias (limites máximos),
estabelecidas pelo U.S. Food and Drug Administration – FDA, são publicados no Code of Federal
Regulations – Title 21 CRF 556.
As tolerâncias (limites máximos) de agrotóxicos, estabelecidos pelo U.S. Environmental
Protection Agency – EPA, são publicados no Code of Federal Regulations – Title 40 CRF 180.
É importante salientar que a emissão de Certificado Sanitário Internacional para
exportações com destino aos Estados Unidos da América de carcaças suínas que foram testadas
para drogas veterinárias, somente poderá ser efetivada caso os resultados laboratoriais estejam
em concordância com a legislação americana.
Devem ser adotados os seguintes procedimentos:
a) Após a coleta pelo SIF de amostra post mortem, para o atendimento ao
Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes - PNCRC de produtos de origem
animal ou pesquisa de resíduos de drogas veterinárias na espécie suína destinada aos EUA, todas
as partes dos animais ou lotes de produtos dos quais foram coletadas as amostras (carcaça,
órgãos, gorduras e outros) serão segregadas ou sequestradas pelo SIF local, até a chegada dos
resultados laboratoriais, independentemente da matriz utilizada. Caso seja amostra coletada
pela empresa, para outros ensaios de autocontrole, a segregação ou sequestro deverá ser
realizado por esta;
b) Ressalta-se que apenas o animal (meias-carcaças, vísceras, gordura) do qual foi
coletada a amostra post mortem deverá ser sequestrado, e não todo o lote de abate;
c) O SIF local deve considerar os resultados de análise de amostras do Plano
Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes - PNCRC e de autocontrole como critério
para a certificação e como elemento de verificação dos controles dos estabelecimentos. Todos
os resultados de análise PNCRC com quantificação de substâncias devem ser confrontados pelo
76
estabelecimento com os requisitos EUA, ainda que o resultado indique conformidade em
relação aos requisitos brasileiros (limites adotados no PNCRC), cabendo ao SIF realizar a
verificação desta comparação.
d) No caso de resultado de análise em conformidade com o padrão legal nacional
e/ou norte-americano, os produtos originários do animal do qual se coletou as amostras,
poderão ser liberados ao consumo e à exportação;
e) No caso de resultado de análise não conforme, em relação ao padrão legal
nacional e/ou norte-americano, os produtos deverão ter a destinação adequada, a ser definida
pela empresa e apresentada ao SIF local, de acordo com o resíduo identificado;
f) No caso de violações ao limite brasileiro serão seguidos os procedimentos gerais
previstos no PNCRC. Quando o resultado for considerado conforme em relação aos limites
brasileiros, mas indicar violação ao requisito específico dos EUA (nível superior à tolerância
aplicável nos EUA ou indicar presença de substância não autorizada nos EUA), o SIF local deverá:
i. comunicar o resultado ao respectivo SIPOA;
ii. solicitar ao estabelecimento que realize investigação para identificação das potenciais
falhas que tenham permitido a entrada de matéria-prima não conforme e que apresente plano
de ação contendo as medidas corretivas e preventivas adotadas;
iii. suspender a certificação para os EUA até que uma completa investigação seja
conduzida pelo estabelecimento e sejam apresentadas evidências de que o risco de novas
violações está controlado.

77
8. PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO OFICIAL DOS
PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE DA EMPRESA

O SIF local deve atender à metodologia e frequências definidas na Norma Interna 1/2017
para realizar as verificações in loco e documental dos Elementos de Controle da empresa,
exceção feita aos programas de PSO, PPHO, APPCC e água de abastecimento, que devem
atender ao seguinte:

a) PSO: verificação in loco em frequência diária, em todos os turnos de produção


EUA, seguindo a amostragem da NI 1/2017;
b) PPHO pré-operacional: verificação in loco em frequência quinzenal, em todos os
turnos de produção EUA. Devem ser avaliadas 5% das UI’s (Unidades de Inspeção) definidas no
plano de inspeção do SIF local.
c) PPHO operacional: verificação in loco na frequência diária, em todos os turnos
de produção EUA. Devem ser avaliadas 5% das UI’s (Unidades de Inspeção) definidas no plano
de inspeção do SIF local.
d) APPCC (PCC1B): verificação in loco em frequência diária, seguindo a amostragem
de carcaças da NI 1/2017 (10 carcaças após o monitoramento realizado pela empresa). Para os
estabelecimentos produtores de carne in natura a verificação in loco deve ser realizada duas
vezes por turno de abate com habilitação EUA, evitando-se horários pré-definidos.
e) APPCC (outros PCC’s): verificação in loco em frequência diária, pelo menos uma
vez por turno de produção EUA, seguindo a amostragem prevista na NI 1/2017 (50% dos PCC’s).
f) Água de abastecimento: Complementarmente a legislação aplicável para o
mercado interno, conforme previsto nas orientações encaminhada pelo DIPOA/SDA, os
estabelecimentos habilitados devem comprovar o atendimento às recomendações do Anexo II
e III da Diretiva 98/83/CE do Conselho de 3 de novembro de 1998, alterada pela Diretiva (UE)
2015/1787 e suas atualizações, relativa à qualidade da água destinada ao consumo humano
(versão consolidada mais recente).
As análises de água de abastecimento previstas na Diretiva CE 98/83 e suas alterações
serão realizadas como parte do autocontrole dos estabelecimentos habilitados à exportar ao
mercado americano e podem ser utilizados laboratórios que comprovem a existência de sistema
de gestão de qualidade conforme requisitos especificados pela NBR ISO/IEC 17.025 (art. 21 do
Anexo XX da Portaria de Consolidação Nº 05/2017). A análise completa da água para controle
de qualidade pode ser realizada em laboratório não credenciado, desde que este tenha
implementada a ISO 17.025.
O SIF verificará a qualidade da água de abastecimento dos estabelecimentos por meio
das coletas oficiais previstas para atendimento da regulamentação brasileira, tomando as ações
fiscais cabíveis sempre que identificado risco a saúde pública. Em adição, realizará a verificação
dos resultados das análises de autocontrole realizadas pelo estabelecimento.
As verificações oficiais nas frequências diferenciadas acima descritas somente são
obrigatórias nas áreas industriais que estiverem realizando atividades de produção para EUA.
Como exemplo, nos estabelecimentos que realizam abate, desossa e industrialização
onde apenas a industrialização é habilitada para os EUA, somente as áreas de inspeção da
industrialização devem passar pela verificação oficial dos elementos de controle na frequência
diferenciada.

78
De forma semelhante, apenas os turnos destinados à produção EUA que foram
formalmente comunicados ao SIF, e respectivo SIPOA, deverão ser verificados oficialmente na
frequência diferenciada. Assim, caso o estabelecimento trabalhe em dois turnos e apenas haja
produção EUA em um deles, a verificação oficial diferenciada deverá acontecer somente neste.
Cabe à empresa definir e delimitar claramente os turnos de produção, conforme
definido em item 1 – Regra Geral deste Consolidado.
Para os estabelecimentos que fabricam produtos formulados e termoprocessados
destinados à exportação para os Estados Unidos da América, na avaliação do elemento de
inspeção - Controle de formulação de produtos e combate à fraude - devem ser avaliados
obrigatoriamente o seguinte, quanto à proibição do uso de carne de cabeça (incluindo
bochechas) como matéria-prima para produção de termoprocessados, de qualquer natureza:
a) Registro do produto no Sistema PGA-SIGSIF;
b) Formulação;
c) Aprovação de Memorial Descritivo de produção para produtos submetidos à
esterilização comercial;
d) Atualização dos controles de produção nos programas de autocontrole da empresa;
A frequência da verificação oficial é a prevista na Norma Interna DIPOA/SDA n° 1, de 09
de março de 2017, bem como o formulário a ser utilizado na avaliação.
Conforme destacado em item 3.1 deste consolidado, as verificações oficiais devem ser
realizadas por integrantes da equipe do Serviço de Inspeção Federal e estes devem possuir
vínculo governamental.
No caso de detecção de não conformidades a IF local deve adotar as ações fiscais
necessárias nos moldes previstos pela Norma Interna DIPOA/SDA nº 01 de 09 de março de 2017
e Parágrafo Único do artigo 484 e 495 do Decreto nº 9.013 de 29/03/2017, sem prejuízo de
outras legislações pertinentes.

8.1. AÇÕES DE ENFORCEMENT

O artigo 495 do Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, define que sempre que
houver evidência ou suspeita de que um produto de origem animal represente risco à saúde
pública ou tenha sido alterado, adulterado ou falsificado, o SIF local deverá adotar, isolada ou
cumulativamente, a apreensão do produto e/ou a suspensão provisória do processo de
fabricação ou de suas etapas e/ou a coleta de amostras do produto para realização de análises
laboratoriais.
De forma complementar às medidas cautelares adotadas, sempre que identificado o não
atendimento aos requisitos acordados neste consolidado, de forma reincidente ou quando
relacionado a desvio quanto a análise laboratorial, o SIPOA deverá notificar o SIF quanto a
implantação de regime especial de fiscalização.
O SIPOA deverá avaliar as informações recebidas pelo SIF e demais instâncias da SDA e
determinar ao SIF responsável que, além da ação sobre produtos, as frequências de verificação
oficial e dos programas de autocontrole implicados serão aumentadas por tempo determinado.
A revisão do programa de APPCC além de outros programas de pré-requisitos implicados,
também deverá ser determinada.
A empresa fiscalizada deverá ser formalmente notificada sobre o regime especial de
fiscalização através de ofício. Neste documento deverá constar o período mínimo determinado

79
para este regime especial de verificação, o qual não poderá ser inferior a 30 dias. Cópia deste
ofício deverá ser inserida no processo SEI específico tratado em item 3.2 deste consolidado.
A frequência de verificação oficial deverá ser determinada pelo SIPOA levando-se em
conta a gravidade do desvio, sendo, contudo, de no mínimo 02 vezes a frequência padrão
estabelecida.
Durante o regime de fiscalização especial, caso identificado novos desvios relacionados,
o SIF deverá determinar a suspensão da habilitação do estabelecimento, de acordo com o item
2.3 deste consolidado.
A retomada do processo de fabricação, a liberação dos produtos sob suspeita e a
finalização do regime especial de fiscalização será autorizada pelo SIPOA, após avaliação e
deferimento, caso a inexistência ou a cessação da causa que motivou a adoção destas medidas
após o período do regime especial de fiscalização for apontada pela IF local.

80
9. NOTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS

9.1. PROCEDIMENTOS DE RECOLHIMENTO CAUTELAR

Quando houver comunicação de uma notificação internacional pela Divisão de


Investigação de Violações Internacionais (DINV), o Serviço de Inspeção Federal (SIF) local deve
cientificar oficialmente o estabelecimento produtor sobre a violação e determinar que o mesmo
proceda ao recolhimento cautelar da produção habilitada referente ao mesmo produto e
mesmo lote.
O estabelecimento produtor deve informar ao SIF local em até 72 horas todas as
eventuais partidas expedidas da produção envolvida para que o SIF possa acompanhar o retorno
destas cargas à unidade de origem.
Cada partida deve ser submetida à reinspeção pelo SIF. Tanto as cargas retornadas,
quanto aquelas em estoque do mesmo lote deverão passar por rigoroso processo de reinspeção,
demonstrando e se comprometendo com a conformidade dos produtos e o não risco à saúde
pública.
Os produtos envolvidos perderão a habilitação à exportação, podendo ser direcionados
a novos destinos, mediante solicitação da empresa e avaliação pelo SIF local.
Quaisquer eventuais falhas nos procedimentos descritos acima por parte da empresa
devem ser consideradas embaraço a fiscalização, conforme o inciso XXIV, do art. 496, do Decreto
n° 9.013, de 29 de março de 2017.

9.2. TRATAMENTO DAS NOTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS

a) Procedimentos para recebimento de notificações internacionais pela DINV

As notificações internacionais de não conformidades em POA serão recebidas pela


Divisão de Investigação de Violações e Notificações - DINV/CSI/CGI/DIPOA, por meio do Sistema
Eletrônico de Informações – SEI.
A notificação internacional será comunicada, por meio de Ofício, ao SIPOA de localização
do estabelecimento envolvido, estabelecendo os procedimentos específicos a serem adotados
e apresentando as informações necessárias para o início da investigação.
Em caso de notificações que tratem de desvios que impliquem em risco à saúde pública,
será determinado, no que couber, o cumprimento de procedimentos previstos no Decreto nº
9.013, de 29 de março de 2017.
O ofício de notificação será disponibilizado no quadro de avisos do sistema PGA-SIGSIF,.
Cada ofício inserido na PGA-SIGSIF deverá conter em anexo todos os documentos que
originaram a notificação, tais como a Carta Oficial da Embaixada dos EUA, Carta do USDA, CSI,
fotos, etc.
A partir da publicação das informações no sistema PGA-SIGSIF, a DINV/CSI/CGI/DIPOA
encaminhará via SEI, o processo ao SIPOA para início imediato de suas ações regimentais para a
realização das ações de investigação e adoção de medidas corretivas.
Quando a notificação se tratar de case file, cópia do processo será encaminhada à
CGCOA, com vistas à DAE (Divisão de Auditorias de Estabelecimentos), para identificar equipe
externa ao estabelecimento implicado na violação para auditoria do estabelecimento.

81
b) Procedimentos no âmbito da DAE/CGCOA: Auditoria externa

A partir do recebimento da notificação enviada pela DINV, a DAE deverá identificar


equipe externa para realizar auditoria no estabelecimento. A auditoria no estabelecimento
deverá ocorrer, preferencialmente, no período entre 10 e 20 dias após a data da comunicação
da notificação pela DINV.
A equipe designada realizará os procedimentos específicos de investigação e avaliação
das ações desenvolvidas pelo estabelecimento e do plano de ação proposto, frente ao case file.
Os documentos da análise dos registros da verificação oficial deverão ser inclusos ao
processo SEI e encaminhados à DINV, para procedimentos complementares.

c) Procedimentos no âmbito dos SIPOA’s: Abertura de investigação

A partir da notificação disponibilizada no quadro de avisos da PGA-SIGSIF e encaminhada


pelo SEI, o Chefe do SIPOA deverá determinar ao SIF local a notificação do estabelecimento para
iniciar de imediato os procedimentos de investigação.
O estabelecimento deverá encaminhar para avaliação do SIF local, no prazo de 10 dias,
o detalhamento da investigação e das medidas corretivas adotadas, com os seus respectivos
prazos, incluindo obrigatoriamente ao final do processo de investigação, o resumo do plano de
ações corretivas de acordo com modelo de relatório específico estabelecido pelo DIPOA
(Relatório de Investigação, Avaliação de causa/efeito e Plano de Ação de Estabelecimento sob
SIF). O relatório apresentado pelo estabelecimento deverá atender aos seguintes objetivos:
I) Identificar as causas das violações notificadas;
II) Identificar as medidas preventivas;
III) Identificar as medidas corretivas de caráter imediato e permanente;
IV) Propor prazos para a implantação de medidas de controle.
Para a identificação das causas da violação, o estabelecimento deve utilizar o diagrama
de Ishikawa, elaborando o plano de ação considerando o grupo de causas identificadas.
Os documentos apresentados deverão ser traduzidos pela empresa para a língua
inglesa.
O SIF local deverá fazer a avaliação da investigação realizada pela empresa e das
medidas corretivas propostas, emitindo parecer conclusivo sobre o processo, com o
preenchimento do Relatório de Avaliação e Resposta de Plano de Ação para Notificações
estabelecido pelo DIPOA.
Os estabelecimentos habilitados à exportação de carne in natura de bovinos (intact ou
non intact) para os EUA que receberem notificações na forma de case file ou outro qualquer,
deverão sofrer análise dos registros da verificação oficial executada em função dos
procedimentos de reinspeção definidos no item 6.3.2 deste consolidado.
Esta avaliação deve considerar o período mínimo de 10 dias de produção, sem violação,
e fazer parte da resposta no Processo SEI de investigação iniciado pela DINV/CSI/CGI/DIPOA.
Quando a notificação não for um case file, o SIF local fica responsável pela avaliação.
Quando a notificação for um case file, a avaliação deve ser realizada por equipe externa indicada
pela DAE, composta pelo menos de um AFFA que não faça parte da equipe do SIF local.

O SIPOA somente encaminhará o processo de investigação à DINV/CSI/CGI/DIPOA


quando entender que a investigação, o plano de ação apresentado pelo estabelecimento e o
parecer do SIF local foram satisfatórios, emitindo parecer conclusivo sobre a matéria.

O FSIS estabelece o prazo de um mês para resposta, nesse sentido, a empresa deverá
submeter a resposta ao SIF local em até 10 dias, devendo a avaliação pelo SIF local, equipe
externa (em caso de case file) e SIPOA ser realizada também em 10 dias, restando 10 dias para
avaliação pela DINV e instâncias superiores.
82
d) Finalização do processo no âmbito do DIPOA

A DINV/CSI/CGI/DIPOA, ao receber o processo dos SIPOAs, deverá verificar a inclusão


de todos os documentos pertinentes, avaliar a resposta encaminhada, e se favorável, concluir a
investigação no âmbito do DIPOA, elaborando parecer técnico conclusivo a ser encaminhado à
CGI/DIPOA para envio à COINTER com vistas à SCRI, com o fim de comunicar o país de origem
da notificação.

83
10. AUDITORIAS

10.1. CRITÉRIO PARA SELEÇÃO DE AUDITORES

É atribuição da Divisão de Auditorias em estabelecimentos – DAE a promoção, execução


e avaliação das atividades de auditoria de estabelecimentos de produtos de origem animal e do
SIF atuante nos mesmos. Compete a DAE o acompanhamento das metas de auditoria de
estabelecimentos e planejamento das auditorias de estabelecimento de forma a subsidiar a
Divisão de Auditorias Nacionais – DIAN e ainda a Divisão de Auditorias Internacionais - DIAI,
como parte da auditoria de sistemas nacional e internacional e missões internacionais, como
também à Coordenação de Suporte à Inspeção - CSI na realização de auditorias direcionadas às
investigações decorrentes de notificações internacionais.
Subordinado à DAE, o Serviço de Auditoria em Inspeção Permanente - SEAIP é o serviço
diretamente responsável pela execução das auditorias em estabelecimentos habilitados aos
EUA. Compete ao SEAIP/DAE o cumprimento das metas e diretrizes, a avaliação do plano de
ação apresentado pelo estabelecimento em razão dos achados nas auditorias e das ações
adotadas nos SIFs, também em razão dos achados.
Os Auditores Fiscais Federais Agropecuários com formação em Medicina Veterinária
(AFFA-MV) aptos a realizar auditorias em estabelecimentos habilitados aos EUA devem constar
em lista específica, publicada através de ofício no Sistema Eletrônico de Informações – SEI e
divulgada de forma ampla e irrestrita através do Sistema de Informações gerenciais do Serviço
de Inspeção Federal – SIGSIF ou PGA-SIGSIF. A lista de AFFA-MV, capacitados ou em processo de
capacitação, para a realização de Auditoria junto aos estabelecimentos habilitados à exportação
para os Estados Unidos deverá ser mantida atualizada.
Os AFFA-MV aptos a realizar auditorias junto aos estabelecimentos habilitados aos
Estados Unidos devem possuir, no mínimo, os seguintes requisitos:

1. Não estar lotado em SIF habilitado aos EUA;


2. Possuir treinamento comprovado de no mínimo 16hs em APPCC;
3. Possuir treinamento nas normas do FSIS de no mínimo 08 hs.

Os registros relativos às capacitações dos auditores devem ser mantidos em arquivo


eletrônico em pasta de rede ou outro sistema de uso restrito do SEAIP e DAE.
A cada auditoria realizada o Chefe do SEAIP deverá realizar a avaliação de desempenho
dos auditores conforme planilha anexo XIII. A planilha em questão atribui valores para o
desempenho do AFFA-MV. Caso este possua desempenho inferior a 50% deverá passar por
reciclagem ou será desligado da equipe, a critério do chefe do SEAIP.

10.2. FREQUÊNCIA E PROCEDIMENTOS

O modelo de relatório de auditoria a ser utilizado no âmbito do DIPOA/SDA, em


estabelecimentos registrados sob Serviço de Inspeção Federal (SIF) e nos Serviços de Inspeção
Federal atuante nos mesmos está presente em Norma Operacional nº 01, de 31 de maio de
2019.
O relatório de auditoria será gerado e finalizado até o término da auditoria, em duas
vias, devendo ser assinado pelos auditores e pelos auditados. Será dada ciência ao Serviço de
84
Inspeção Federal do conteúdo completo do relatório de auditoria e uma via da parte II deverá
ser entregue ao estabelecimento, com a finalidade da elaboração do plano ação. Uma via
completa contendo as partes I e II deve ser inserida no Sistema Eletrônico de Informações (SEI)
para acompanhamento do SEAIP. Os planos de ação gerados pelo estabelecimento auditado e
pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) atuante no mesmo serão inseridos no mesmo processo
SEI constituído.
Para todos os estabelecimentos registrados e habilitados à exportação aos EUA deve-se
seguir a frequência mínima anual para as auditorias realizadas pela equipe da Divisão de
Auditorias em Estabelecimentos – DAE.
As auditorias abrangem o Serviço de Inspeção Federal local e dos Controles executados
pela empresa, não podendo ser utilizada em substituição à fiscalização/inspeção definida na
Norma Interna nº 01/DIPOA/SDA, de 08 de março de 2017, cujo objetivo é a avaliação da
empresa somente.
A frequência de realização de auditoria poderá ser alterada (auditoria de verificação) em
estabelecimentos sob SIF em que tenham sido detectadas falhas graves relacionadas
diretamente à saúde pública e/ou respaldo à certificação, que tenham culminado em ação
cautelar (interdição total/parcial, suspensão de certificação, etc.). Nestes casos, a critério do
SEAIP e/ou DAE, o mesmo entrará em uma lista especial sujeita a nova auditoria que poderia
ocorrer a qualquer momento, dentro do ano vigente.
O gerenciamento das auditorias é realizado através de planilha específica arquivada em
pasta de rede ou outro sistema de uso restrito do SEAIP e DAE. Nesta são gerenciados, dentre
outros, resultados e prazos.
Após a realização de auditorias o responsável pelo SIF deve elaborar plano de ação para
resolução das não conformidades relativas ao serviço oficial e ainda avaliar e acompanhar o
plano de ação proposto pelo estabelecimento para sanar suas não conformidades.
Os processos de auditoria, todos incluídos no SEI, só serão concluídos após
acompanhamento da resolução de todas as não conformidades pelo SIF local e parecer final do
respectivo Serviço de Auditoria em Estabelecimentos – SEAIP/DAE.

85
11. DOCUMENTOS REVOGADOS

1. - Ofício-Circular nº 62/2019/DIPOA/SDA/MAPA – Carne de cabeça de bovinos. Proibição.


Termoprocessados.

2. - Ofício nº 38/2019/CRISC/CGPE/DIPOA – EUA. Alteração dos métodos analíticos.

3. - Ofício-Circular nº 26/2019/CGCOA/DIPOA/SDA/MAPA Estados Unidos. Produtos


submetidos a tratamento térmico (esterilização comercial). Formulação. Verificação
Oficial.

4. - Ofício-Circular nº 17/2019/CGCOA/DIPOA/SDA/MAPA – Bovinos. Suínos. Morte


acidental de animais.

5. - Ofício-Circular nº 15/2019/CGCOA/DIPOA – Exportação. Bovinos. Suínos. Estados


Unidos (EUA). Produto pronto para consumo. Segregação de carcaças bovinas e suínas.
Sequestro dos produtos até recebimento de resultados laboratoriais.

6. - Ofício-Circular nº 14/2019/CGCOA/DIPOA/SDA/MAPA Estados Unidos. Produtos


submetidos a tratamento térmico (esterilização comercial). Memoriais Descritivos de
Produção. Atualização. Esta Ofício-Circular adita o Memorando nº
162/2018/CGCOA/DIPOA/SDA/MAPA.

7. - Ofício nº 7/2019/CGCOA/DIPOA/SDA/MAPA – Bovinos. Carne in natura sem osso.


Controles microbiológicos. E. coli verotoxigênica STEC (sorogrupos O157:H7, O26, O45,
O103, O111, O121 e O145). Salmonella spp.

8. - Ofício-Circular nº 4/2019/CGCOA/DIPOA - Exportação. Bovinos. Suínos. Estados Unidos


(EUA). Produtos termoprocessados. Reinspeção pré-embarque.

9. - Memorando nº 163/2018/CGCOA/DIPOA – Matéria-prima para produtos destinados à


exportação. Metástases.

10. - Memorando nº 144/2018/CGCOA/DIPOA/SDA/MAPA – Bovinos. Suínos. Doxiciclina.


Coletas oficiais.

11. - Memorando nº 143/2018/CGCOA/DIPOA/SDA/MAPA – Bovinos. Suínos. Avaliação da


equipe de inspeção.

12. - Memorando nº 142/2018/CGCOA/DIPOA - Estados Unidos. Produtos submetidos à


tratamento térmico - Esterilização Comercial.

13. - Memorando nº 51/2018/CGCOA/DIPOA – Material de risco especificado. Gelatina.


Carnes e produtos cárneos.

86
14. - Memorando nº 49/2018/CGCOA/DIPOA/MAPA/SDA/MAPA. Estados Unidos da
América (EUA). Avaliação de memorial descritivo de produção de produtos submetidos
à esterilização comercial destinados à exportação para os Estados Unidos da América.
Modelo de check-list, encaminha.

15. - Memorando nº 10/2018/CGCOA/DIPOA – Bovinos. Suínos. Doxiciclina.

16. - Memorando nº 99/2017/CGCOA/DIPOA – Bovinos. Carne in natura. Violação. Case


files.

17. - Memorando nº 85/2017/CGCOA/DIPOA/MAPA/SDA/MAPA – Bovinos. FSIS Notice 26-


17, de 12/05/2017. Reforço de reinspeção de produtos importados pelos EUA.
Violações. Procedimentos oficiais de reinspeção na desossa.

18. - Memorando nº 75/2017/CGCOA/DIPOA - Bovinos. Suínos. Utilização de matéria-


prima importada.

19. - Memorando nº 52/2017/CGCOA-DIPOA/DIPOA-SDA/SDA/MAPA – Bovinos. Suínos.


Norma Interna 1/2017. Verificação oficial de autocontrole. Carne cozida e congelada.
Beef jerky. Água de abastecimento.

20. - Memorando nº 14/2017/CGCOA-DIPOA – Bovinos. Revoga a Circ. Nº


106/2002/DCI/DIPOA.

21. - Memorando nº 2/2017/CGPE/DIPOA – Harmonização dos procedimentos de coleta e


análise de Escherichia coli verotoxigênica (STEC) e Salmonella spp. em carne bovina in
natura nos estabelecimentos sob inspeção federal. Requisitos para os Estados Unidos
(EUA);

22. - Memorando nº 76/2016/CGCOA/DIPOA – Exportação. Bovinos. Estados Unidos (EUA).


Conservas enlatadas. Corned Beef. Moisture Protein Ratio (MPR)

23. - Memorando nº 72/2016/CGCOA/DIPOA – Bovinos. Avermectina.

24. - Memorando nº 66/2016/CGCOA/DIPOA – Bovinos. Estados Unidos (EUA). Língua


cozida e congelada.

25. - Memorando nº 64/2016/CGCOA/DIPOA – Carne in natura. Avermectina.

26. - Memorando nº 62/2016/CGCOA/DIPOA – Carne in natura. Requisitos para habilitação


de estabelecimentos registrados.

27. - Memorando-Circular nº 34/2016/CGI/DIPOA – Bovinos. Suínos. Estados Unidos.


Procedimentos de monitoramento e de verificação oficial sobre autoclaves/retortas e
de água de abastecimento.

87
28. - Circular nº 1056/2015/CGPE/DIPOA – Ações referentes aos períodos de elevada
ocorrência de E. coli STEC.

29. - Circular nº 506/2015/CGPE/DIPOA – Diretrizes para o monitoramento de Escherichia


coli verotoxigênica (STEC) em lotes de carne bovina em natureza destinados à
exportação.

30. - Memorando nº 200/2015/CGPE/DIPOA – PNCP. Treinamento e questionário sobre


coleta de amostras para o programa de E. coli verotoxigênica em carne bovina in natura.

31. - Circular nº 111/2015/CGI/DIPOA – Quadro de pessoal.

32. - Circular nº 091/2015/CGI/DIPOA - Avermectinas. Produto final. Verificação oficial.


Compilação dos limites máximos de resíduos (LMR).

33. - Circular nº 086/2015/CGI/DIPOA – Bovinos. Suínos. Estados Unidos. Violações. Point


of entry violation (POEV).

34. - Circular nº 080/2015/CGI/DIPOA – Bovinos. Suínos. Estados Unidos. Verificação Oficial.


Programa Sentinela de Listeria.

35. - Circular nº 068/2015/CGI/DIPOA - Bovinos. Suínos. Estados Unidos. Verificação Oficial.


Programa Sentinela de Listeria.

36. - Circular n° 067/2015/CGI/DIPOA.Bovinos. Estados Unidos. Avermectina. Verificação


Oficial. Produto Final.

37. - Circular nº 060/2015/CGI/DIPOA – Bovino. Carne in natura. E. coli STEC. Modelo de


relatório para verificação da implantação do programa de controle.

38. - Circular nº 045/2015/CGI/DIPOA – Rotulagem. Retenção de cargas. Shipping mark.

39. -Ofício-Circular nº 006/2015/DIPOA/SDA – Esclarece sobre as Diretrizes para validação


dos limites dos PCCs dos Programas de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle
e PCs dos programas de pré-requisitos.

40. - Circular nº 622/2014/CGPE/DIPOA – Procedimentos para estabelecimentos de carne


bovina habilitados para EUA.

41. - Memorando Circular nº 019/2014/DICS/CGI/DIPOA - EUA - Requisitos para exportação


para EUA – Controles microbiológicos (EI 15) para alimentos prontos para consumo.

42. - Memo Circular nº 09/2014/GAB/DIPOA – Novo limite máximo de resíduo para


ivermectina em músculo bovino.

88
43. - Memo nº 380/CGPE/DIPOA/2013 – Inclusão de testes para avermectinas nos
procedimentos de verificação oficial em produtos exportados para os Estados Unidos da
América.

44. - Circular nº 682/2012/CGPE/DIPOA – Encaminha requisitos para Inspeção Veterinária


de carnes suínas.

45. - Circular nº 76/2011/CGPE/DIPOA – Estados Unidos. Condições de elegibilidade de


produtos termoprocessados produzidos por estabelecimentos produtores de carne
bovina habilitados a exportar para os EUA.

46. - Circular nº 127/2010/CHC/CGPE/DIPOA – Uso de cartas de controle de processo para


avaliar os resultados de monitoramento das avermectinas no gado bovino.

47. - Circular nº 148/2010/CHC/CGPE/DIPOA – Estados Unidos – Treinamentos e Cursos.


Informações solicitadas.

48. - Circular nº 140/2010/CHC/CGPE/DIPOA – Estados Unidos – Treinamentos e Cursos.


Informações solicitadas.

49. - Ofício Circular nº 016/2010/DIPOA – Certificação. Revisão e Revalidação dos Planos


APPCC.

50. - Circular n° 653/2009/CGPE/DIPOA - Estados Unidos. Avaliação da aplicação de medidas


corretivas dos Pontos Críticos de Controle – PCC.

51. - Circular nº 638/2009/CGPE/DIPOA – Monitoramento de PCC em fábricas habilitadas.

52. - Circular nº 1058/2008/CGPE/DIPOA – Interpretação dos resultados de E. coli.

53. - Circular nº 676/2008/CGPE/DIPOA – Programa de Listeria spp. Estados Unidos.


Estabelecimentos de bovinos exportadores de produtos termo processados.

54. - Circular nº 470/2008/CGPE/DIPOA – FDA. Regulamentação sobre material de risco


específico (MRE).

55. - Circular n° 876/2007/CGPE/DIPOA – Material de Risco Específico (MRE). Diretiva FSIS


6100.4.

56. - Circular n° 539/2007/CGPE/DIPOA - Treinamento à Distância. Controle de espécie


zoológica. Estados Unidos.

57. - Circular nº 396/2007/GPE/DIPOA – Estados Unidos da América – verificação de


espécie.

89
58. - Circular n° 053/2007/CGPE/DIPOA - Comunica o reconhecimento da equivalência do
FSIS dos critérios de avaliação de desempenho para Salmonella em carcaças bovinas
produzidas em estabelecimentos habilitados à exportação, encaminhados pela Circular
n° 665/2006/CGPE/DIPOA de 19/09/2006.

59. - Circular nº 051/2007/CGPE/DIPOA – Comunica aprovação pelo FSIS (Food Safety and
Inspection Service), do pedido de equivalência dos critérios de avaliação de
desempenho para Salmonella em carcaças bovinas produzidas em estabelecimentos
habilitados à exportação para os Estados Unidos.

60. - Circular nº 764/2006/CGPE/DIPOA - EUA - Informa correções nos modelos de


Requisição Oficial para Análises Microbiológicas (ROA-Microbiologia) que atende a
demanda de análises microbiológicas dos estabelecimentos de bovinos exportadores
para os Estados Unidos.

61. - Circular nº 665/2006/CGPE/DIPOA – Critério de avaliação de desempenho para


Salmonella em carcaças bovinas produzidas em estabelecimentos habilitados à
exportação.

62. - Circular nº 401/2005/CGPE/DIPOA – Altera os procedimentos de verificação da


Inspeção Federal para o controle de material fecal, ingesta.

63. - Circular nº 285/2005/CGPE/DIPOA – Procedimentos para incubação de amostras de


produtos cárneos estáveis, submetidos à esterilização comercial.

64. - Circular nº 247/2005/CGPE/DIPOA – Pesquisa de Salmonella spp. em carcaças bovinas


em estabelecimentos constantes da lista de fornecedores de matéria-prima para as
fábricas habilitadas à exportação para os Estados Unidos.

65. - Circular nº 198/2005/CGPE/DIPOA – Colheita de amostras para testes de Salmonella


spp. em carcaças bovinas em atendimento à legislação dos EUA.

66. - Circular nº 117/2005/CGPE/DIPOA - EUA - Informa sobre os programas de autocontrole


nos estabelecimentos habilitados para os Estados Unidos.

67. - Circular nº 090/2004/DCI/DIPOA – Implantação do teste para Salmonella spp. em


carcaças bovinas obtidas em estabelecimentos habilitados à exportação para os Estados
Unidos da América.

68. - Circular nº 343/2003/DCI/DIPOA – Alteração nas normas dos Estados Unidos para
importação de Carne Cozida e Congelada de bovino.

69. Circular nº 261/2003/DCI/DIPOA – Frequência de Supervisões Regionais (executadas


pelo SIPA) a estabelecimentos habilitados à exportação de carne para os Estados
Unidos;

90
70. - Circular nº 142/2003/DCI/DIPOA – Carregamentos de carne cozida brasileira e retidas
em portos americanos – Repetição de “Shipping marks”.

71. - Circular nº 154/2002/DCI/DIPOA – Retifica a Circular nº 113/2002/DCI/DIPOA e


encaminha instruções corrigidas para implantação do teste para Salmonella spp. em
carcaças bovinas obtidas em estabelecimentos habilitados à exportação para os Estados
Unidos da América.

72. - Circular nº 115/2002/DCI/DIPOA - APPCC - Encaminha esclarecimentos quanto aos


procedimentos de Verificação e Validação do plano APPCC.

73. - Circular nº 113/2002/DCI/DIPOA – Instruções para implantação do teste para


Salmonella spp. em carcaças bovinas obtidas em estabelecimentos habilitados à
exportação para os Estados Unidos da América.

74. - Circular nº 003/2002/DCI/DIPOA - Proibição do uso de determinadas matérias-primas


em produtos cozidos a serem exportados para os Estados Unidos da América.

75. - Circular nº 318/2001/DCI/DIPOA – Exigências a serem observadas na exportação de


carne cozida e congelada para os Estados Unidos da América.

76. - Circular nº 273/97/DIPOA – Nova legislação americana sobre inspeção sanitária de


carnes. Modificações introduzidas no Manual para testes de Escherichia coli para
verificação de processo em estabelecimentos de abate de bovinos e suínos.

77. - Circular nº 028/78 – Controle de fabricação de conservas em estabelecimentos


aprovados para os Estados Unidos da América.

91
12. ÍNDICE DE REVISÕES

Nº Data DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

0 12/11/2019 Versão Original

1. Não mais revogadas, contudo, aditadas as normas (OFÍCIO-CIRCULAR Nº


35/2019/CGCOA/DIPOA/SDA/MAPA):
 Memorando-Circular nº 138/2018/DHC/CGI/DIPOA/MAPA - Aves. Bovinos.
Suínos. EUA. Certificação para territórios americanos;
 Circular nº 066/2015/CGI/DIPOA/SDA - Bovinos. Material de Risco Especificado
(MRE);
 Circular nº 196/2010/CHC/DIPOA - Diretrizes para verificação pelo Serviço
Oficial do programa de rastreabilidade de matérias primas utilizadas na
produção de carne bovina termoprocessada exportada para os Estados Unidos
e Canadá;
 Circular nº 360/2012/CGPE/DIPOA - EUA. Implementação de um novo sistema
de informações de saúde pública (PHIS) pelos Estados Unidos da América,
módulo sobre controle de importações;
 Circular nº 470/2014/CGPE/DIPOA - ESTADOS UNIDOS. Alterações na
legislação sobre aprovação genérica de rotulagem para produtos de origem
1 27/12/2019
animal produzidos nos Estados Unidos ou de origem importada;
 Circular nº 186/2015/CGPE/DIPOA - ESTADOS UNIDOS. Encaminha documento
do FSIS sobre categorização de produtos destinados à exportação;
 Memorando-Circular nº 50/2018/DHC/CGI/DIPOA - EUA. Rotulagem.
Orientações para rotulagem de produtos a serem exportados para EUA;
2. Ajustado sumário automático
3. Incluído no item 7.2.4 a frase “Cabe ressaltar que os critérios acima somente
podem ser considerados quando a coleta das amostras é realizada por meio do
método destrutivo. Caso a metodologia de coleta utilizada seja o swab por meio de
esponja, os resultados devem ser avaliados por meio de técnicas estatísticas de
controle de processo.”
4. Anexo VIII – Inserido termo “Destrutivo” na planilha de E. coli genérica para suínos
e inserido novo modelo de planilha de E. coli para suínos quando a coleta é
realizada por meio de esponja.

1. Mudança do nome do documento com a retirada do termo “protocolo”.


2. Retirada a expressão “com base em análise de perigos” do item 1.
3. Incluídas no item 2.1 todas as categorias de produtos passíveis de exportação.
4. Inserida no item 2.1 a previsão de uso de declaração assinada pelo representante
legal do estabelecimento quanto ao conhecimento do conteúdo deste
consolidado.
5. Alteração dos procedimentos previstos no item 3.2, referente à criação de
processos no sistema SEI para inserção de laudos de análises.
6. Troca do termo “termoprocessados” por “comercialmente estéreis” no item 5, 8º
parágrafo.
2 09/03/2020
7. Modificação da redação do item 6.1.1.1, referente ao cadastro de propriedades
fornecedoras e assinatura da carta de garantia por pessoa responsável pelo
embarque dos animais, além da verificação do SIF.
8. Exclusão, no item 6.1.1.3, das tabelas referentes às categorias de animais para
coleta de tronco encefálico e à cronologia dentária, além de referência feita ao
Manual de Coleta de POA.
9. Alteração do 3º parágrafo do item 6.1.1.4, referente ao PCC de contaminação
fecal, ingesta e leite.
10. Revisão geral do item 6.1.1.6, referente aos procedimentos de verificação de
contaminação fecal, ingesta e leite nas operações de abate.

92
11. Alteração da redação da letra b do item 6.1.1.7, com inclusão da proibição de uso
de CMR e intestino delgado (exceto se retirado o íleo distal) em produtos cárneos
para exportação aos EUA.
12. Modificação da redação do subitem II b do item 6.1.1.7 (preparação da carcaça).
13. Alteração da redação do subitem II d do item 6.1.1.7, referente à retirada dos
olhos.
14. Retirada da previsão de consumo humano do encéfalo, previsto no subitem II e do
item 6.1.1.7.
15. Alteração do item 6.1.1.8 com a exclusão da previsão de realização de toalete em
carcaças desviadas para o DIF.
16. Inserção do defeito couro na tabela da letra b do item 6.1.1.8.
17. Acrescentada no item 6.1.2.1, penúltimo parágrafo, a expressão “lacrando as
amostras com o uso de envelopes-lacre numerados, fornecidos pelo Serviço
Oficial”.
18. Modificação da expressão “METODOLOGIA ANALÍTICA” para “METODOLOGIA
ANALÍTICA UTILIZADA NAS ANÁLISES OFICIAIS” – item 6.1.2.3; 6.3.3.4 e 7.2.6
19. Revisão geral do item 6.1.3.1 (Procedimentos de controle de avermectinas).
20. Acrescentado no item 6.2.1.3 parágrafo referente à acurácia do registro de
temperaturas do processo.
21. Alterada, no item 6.2.1.3, a frequência de verificação da manutenção das
autoclaves/retortas para quinzenal.
22. Acrescentada no item 6.2.1.4, III a, a possibilidade de coleta de produtos
intermediários do processo produtivo para avaliação de espécie zoológica.
23. Alteração ampla do item 6.2.3 referente à produção de carne desidratada shelf
stable.
24. Alteração do item 6.3.2 (Procedimentos de reinspeção), dobrando a frequência de
verificação oficial dos procedimentos de reinspeção na sala de desossa.
25. Inserção no item 8 de nova frequência de verificação oficial in loco do PCC1B para
estabelecimentos produtores de carne in natura.
26. Revisão geral do item 9 (Notificações internacionais).
27. No item 13 (Anexos) mudança do nome do anexo XIV.
28. Inserção dos anexos XVI e XVII no item 13 (Anexos).
1. Inserção no item 1 de dois parágrafos relativos à frequência de verificações oficiais
dos programas de autocontrole e de reinspeção nos estabelecimentos habilitados.
2. Inserido no item 2.1 necessidade de capacitação dos servidores quanto à coleta de
amostras para análise de E. coli STEC.
3. No item 6.1.1.6 foi adicionada a expressão “alternando os produtos em cada
verificação”.
4. No item 6.1.3.1 foi retirada a previsão de realização de coletas oficiais para
controle de avermectinas.
5. Foram alteradas as tabelas de LMR para avermectinas dos itens 6.1.3.1 e 6.3.3.5.
6. Acrescentada no item 6.1.2.1 a previsão para emissão de SOA e resultado em COA
para as análises de Salmonella spp.
7. No item 6.2.1.1 foi adicionado parágrafo prevendo o uso de coração na produção
de corned Beef.
3 08/05/2020 8. No item 6.2.1.2 (3h) foi retirada a expressão “pela Inspeção Federal”.
9. No item 6.2.1.3 foram modificados dois parágrafos, com a consequente retirada
da previsão de coletas de água de resfriamento das retortas para análise de
microrganismos anaeróbios facultativos.
10. Alterado o item 6.2.1.3, no parágrafo referente aos testes de penetração e
distribuição de calor em autoclaves parcialmente carregadas.
11. Modificado o item 6.2.1.4 (IIIc), com inserção da alternativa do uso do PCR para
identificação de espécie.
12. No item 6.2.1.5, letra d, foi inserido comando sobre a frequência mínima de
verificação oficial na sala estufa.
13. No item 6.2.3.1 foi inserido comando para testar todos os lotes de produto final
quanto à presença de Listeria monocytogenes e de Salmonella spp..
14. Inserido no item 6.3 parágrafo prevendo a obrigação de realizar o ciclo completo
de produção para exportar carne in natura aos EUA.

93
15. Inserido no item 6.3.3.2.2 procedimento do SIF quando não tenha havido
produção de carne in natura destinada aos EUA no mês.
16. Inserido no item 6.3.3.2.2 a obrigatoriedade de capacitação dos Servidores Oficiais
quanto à coleta de amostras para análise de E. coli e Salmonella spp.
17. Inclusão no item 6.3.3.5 da matriz corte para realização de análises de
avermectinas.
18. Inserido o item 6.3.3.5, referente a procedimentos de controle de avermectinas
em estabelecimentos produtores de carne in natura.
19. Ajuste de competência (atribuições) nos itens 7.2.2 e 8.
20. Ajustada a frequência de verificação oficial de outros PCCs, no item 8.

1. Inserido no item 2.1 a proibição de exportar carne moída aos EUA.


2. Alterado o item 6.1.1.1, com acréscimo de informações sobre as cartas de
garantia.
3. Alterado o item 6.1.3 sobre controle de resíduos químicos e contaminantes.
4. Alterado o item 6.1.3.1 relativo a Metodologia de análise de avermectinas.
5. Retirada a previsão de análise de avermectinas em carne moída para os itens
6.1.3.1 e 6.3.3.5, assim como no anexo XI.
6. Excluído o item 6.1.3.2 referente ao controle de doxiciclina, tendo em vista as
alterações efetuadas no item 6.1.3.
7. Alteração do item 6.3.3.1.2 quando ao peso definido de “lote”.
8. Alterados os itens 6.3.3.1.3 e 6.3.3.2.2 para prever análises de E. coli STEC em
4 22/05/2020
cortes.
9. Alterado o item 6.3.3.4 relativo a metodologias analíticas de análises oficiais.
10. Alterado o item 6.3.3.5 relativo a Metodologia de análise de avermectinas.
11. Alterado o item 7.1.1 inserido critérios de classificação de animais.
12. Alterado o item 7.2.6 relativo a metodologias analíticas de análises oficiais.
13. Alterado o item 7.3 sobre controle de resíduos químicos e contaminantes.
14. Excluído o item 7.3.1 referente ao controle de doxiciclina, tendo em vista as
alterações efetuadas no item 7.3.
15. Inserido o anexo XVIII, consolidando informações sobre as análises oficiais em
todas as categorias de estabelecimentos.

1. Inserido no item 1 o quadro de categorias e produtos elegíveis à exportação aos


EUA.
2. Inserido no item 2.1 a obrigatoriedade de realização de auditoria para concessão
de novas habilitações.
3. No item 2.1 foi excluída a previsão de preenchimento de relatório para verificação
da implantação do programa de controle de E. coli STEC, bem como o
correspondente anexo III.
4. Realizados ajustes nos itens 2.2 e 2.3 relativos a procedimentos de paralisação de
atividades e suspensão da certificação sanitária.
5. Nova redação ao item 5, certificação sanitária, com alteração em conteúdo de
registros de reinspeção pré-embarque.
6. Acrescentado no item 6.1.1.2 a previsão de ações de enforcement quando
constatada pelo SIF deficiência nos procedimentos de controle de espécie zoológica
pela empresa.
7. No item 6.1.1.6 foi excluída a previsão da avaliação da presença de contaminações
5 12/08/2020
em carne de cabeça, bochecha e esôfago.
8. Nova redação ao item 6.1.1.8, com alteração da classificação e limite operacional
para coágulos, adição de hemolinfonodos juntamente com linfonodos e cartilagem,
além de alteração da tabela de classificação de defeitos, de ação corretiva e
procedimentos de verificação oficial.
9. Realizados ajustes no item 6.1.2.1, com previsão de coletas de amostras para
análises do ciclo de Salmonella pelo SIF.
10. Acrescentada nos itens 6.1.2.1 e 6.1.2.2 a possibilidade de utilização dos resultados
de análises de Salmonella e E. coli para atendimento ao controle nacional oficial
instituído pela IN 60/2018.
11. Excluído o item 6.1.2.3, referente às metodologias analíticas utilizadas.
12. Realizados ajustes no item 6.1.3.1, evidenciando a utilização de métodos de
análises de avermectinas em produto final.
13. Acrescentado no item 6.2.1.2, item 3y, a possibilidade de uso de outros
instrumentos de processos de referência para registro de temperatura.
94
14. Retirada a expressão “distribuição de transferência” do item 6.2.1.3.
15. Acrescentado no item 6.2.1.4 a previsão de ações de enforcement quando
constatada pelo SIF deficiência nos procedimentos de controle de espécie zoológica
pela empresa.
16. Alterado o item 6.2.1.5, letra d, referente às atividades de verificação oficial dos
procedimentos de incubação.
17. Alteração da amostragem para Listeria prevista no item 6.2.2.2, para superfícies
que não entram em contato com o produto.
18. Ajuste no item 6.2.3.2 para prever a utilização de laboratórios definidos pela CGAL.
19. Alteração da amostragem para Listeria prevista no item 6.2.3.3, para superfícies
que não entram em contato com o produto.
20. Realizados ajustes no item 6.2.5, evidenciando a utilização de métodos de análises
de avermectinas em produto final.
21. Nova redação ao item 6.3.2, referente à procedimentos de reinspeção.
22. Alterado o item 6.3.3.1.1, letra c, referente à segregação e retenção de carcaças
testadas e suas partes até a obtenção dos resultados das análises laboratoriais.
23. Alterado o item 6.3.3.1.2 a, retornando ao valor anterior do peso definido de
“lote”.
24. Alterado o item 6.3.3.1.3, tornando facultativa a amostragem de E. coli STEC nos
produtos destinados a termoprocessamento nos EUA.
25. Alterado o item 6.3.3.1.5, referente a atendimento de requisitos para a carne a ser
exportada.
26. Alterado o item 6.3.3.2.2, referente às análises oficiais e aos procedimentos de
investigação, no caso de coleta de cortes pela empresa de produtos destinados ao
termoprocessamento nos EUA.
27. Realizados ajustes no item 6.3.3.5, evidenciando a utilização de métodos de
análises de avermectinas em produto final.
28. Alterado o item 7.2.1, letra c, referente à segregação e retenção de carcaças
testadas e suas partes até a obtenção dos resultados das análises laboratoriais.
29. Inserido o item 8.1 que trata das ações de enforcement.
30. Realizados ajustes e alterações em todo o item 9, referente à notificações
internacionais.
31. Ajustes no anexo I.
32. Exclusão do anexo III.
33. Inserido nos anexos V e VI os contaminantes coágulos sanguíneos e
hemolinfonodos.
34. Realizado ajuste na amostragem do anexo VI.
35. Realizada alteração no item 3.25 do anexo IX.
36. Exclusão dos anexos XIV e XVI.
37. Alteração do anexo XV, destacando os produtores de carne cozida congelada e Beef
Jerky como aqueles que devem realizar análise de Listeria monocytogenes em
superfícies de contato.
1. Revisadas todas as citações ao Decreto nº 9.013/2017 e suas alterações.
2. Ajustes no item 1, referente às verificações oficiais dos programas de autocontrole
da empresa e reinspeção.
3. Ajuste no item 2.2, devido a alteração no Decreto 9.013/2017.
4. No item 6.1.1.6 foi retirada a necessidade de previsão nos programas de
autocontrole da empresa do monitoramento de carne de cabeça, bochecha e de
esôfago.
5. Foram realizadas adequações no texto do item 6.1.1.7, referente ao controle de
MER.
6. Realizada a realocação de parágrafos do item 6.1.1.7 para o item 6.1.1.5.
7. Realizadas alterações no item 6.1.1.8.2, letra b, referente à procedimentos de
6 01/09/20
reinspeção em cortes e recortes.
8. Ajustes no item 6.1.2.1, quanto à responsabilidade de coletas de amostras para
análises de Salmonella.
9. Efetuados ajustes nos textos dos itens 6.1.3.1 e 6.3.3.5 quanto aos procedimentos
de controle de avermectinas.
10. Inseridas no item 6.2.1.4 outras espécies animais para serem analisadas nos testes
de identificação de espécie.
11. Realizados ajustes no item 8, com a finalidade de harmonizar com os ajustes do
item 1.
12. Realizado ajuste de numeração no anexo I, inserindo o termo “pork” no item 6.1
do anexo.
95
13. Retirado do item 13 as fotos relativas aos MER, com exceção do íleo distal.

1. Acrescentado no item 1 a previsão de utilização da legislação nacional quando


encontradas não conformidades em verificações oficiais realizadas em momentos
diferentes dos turnos formalmente habilitados.
2. Acrescentado no item 2 a previsão da necessidade de realização de ciclo completo
de produção para os estabelecimentos de abate exportadores.
3. Inserido no item 6.1.1.8 a necessidade de definição de lote e turno de produção
pelo estabelecimento.
4. Inserido no item 5 a possibilidade de utilização de certificado para carne bovina em
natureza para alguns produtos termoprocessados.
5. Inserido na tabela de defeitos do item 6.1.1.8.1b critérios de contagem de defeitos
que possuem limite operacional diferente de zero.
6. Nos itens 6.1.3, 6.1.3.1 e 6.3.3.5 foi acrescentada a possibilidade de
desclassificação de carcaças e suas partes antes do resultado da análise
7 20/11/2020 laboratorial.
7. Acrescentado no item 6.3 a origem dos animais elegíveis para exportar aos EUA.
8. Realizado ajuste no item 6.3.2.1b para definir que todos os produtos do lote
avaliado devem ser desclassificados, quando o contaminante representar risco à
saúde pública.
9. Realizados ajustes no item 6.3.2.2b que trata de critérios de desclassificação de
produtos.
10. Acrescentado no item 6.3.3.1.2 a aplicabilidade do conceito de lote.
11. Realizados ajustes no item 6.3.3.1.3, referente a análises laboratoriais.
12. Alterado o item 7.2.4 “Critério para avaliação de desempenho para Escherichia coli
em carcaças suínas” com o objetivo de alcançar equivalência com as normas norte
americanas alteradas recentemente.
13. Exclusão do item 13, referente a ilustrações, com renumeração do item “anexos”.

96
13.ANEXOS

ANEXO I – FORMULÁRIO PADRONIZADO PARA PARECER DO SIPOA SOBRE HABILITAÇÃO DE


ESTABELECIMENTO NACIONAL PARA EXPORTAÇÃO PARA OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO


SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA
DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
1. SIF:
2. Razão Social (como consta no SIGSIF):

3. Localização (Endereço completo – (como consta no SIGSIF):

4. Validação do APPCC: ( ) consta ( ) não consta

5. Tipo de operação:
5.1. Carnes: ( ) Abate e Desossa ( ) Processamento

6. Produtos e Categoria de Produtos a serem exportados – Conforme anexo II


6.1 ( ) Raw Products - Non Intact (pork)
6.2 ( ) Raw Products - Intact
6.3 ( ) Thermally Processed - Commercially Sterile
6.4 ( ) Heat Treated - Shelf Stable
6.5 ( ) Fully Cooked - Not Shelf Stable

6.6 ( ) Matéria-prima para fins industriais


7. Para Carne de bovino “in natura”
Certificado de treinamento para coleta de STEC ( ) Consta ( ) não consta
8. Solicitação assinada pelo responsável legal da empresa: ( ) consta – documento
SEI nº

9. Termo de compromisso: ( ) consta - documento SEI nº

97
10. Relatório de auditoria específico para avaliação do pedido de habilitação:
Dentro da frequência definida: ( ) sim ( ) não

11. Auditor consta na última lista de auditores capacitados. ( ) sim ( ) não

12. Todos os funcionários da inspeção têm vínculo empregatício com o governo


(Federal, Estadual ou Municipal)? ( ) sim ( ) não
13. Conclusão do relatório de auditoria:

14. Plano de ação: ( ) consta ( ) não consta


Se consta: Homologado pelo SIF ( ) sim
Homologado pelo SIPOA ( ) sim

15. Parecer conclusivo do SIF: Incluir atendimento à legislação nacional, programas


de autocontrole e requisitos constantes deste consolidado (Art. 4º do capítulo II da IN
27/2008):

16. Parecer conclusivo do SIPOA (levar em conta o art. 5º do Capítulo II da IN


27/2008 e os requisitos constantes deste consolidado):

98
ANEXO II – CATEGORIZAÇÃO DE PRODUTOS A SEREM EXPORTADOS AOS EUA

FSIS Product Categorization

FSIS has developed this document to assist with accurate identification of the meat, poultry, and
egg products certified for export to the United States.

Process Category:

There are nine (9) process categories identified in 9CFR 417.2(b). Of the nine (9) listed, Slaughter
is considered an internal process that occurs in establishments where the animals or birds are
slaughtered. This category is not used for imported products. An additional process category
that is not contained in 9CFR 417.2(b) is Egg Products.

Note that FSIS has recently renamed two process categories: Raw Product - Ground and Raw
Product -Not Ground are now referred to as Raw Product -Non-Intact and Raw Product -Intact,
respectively. However, use of either terminology will be acceptable to FSIS.

Note that official foreign inspection certificates should reflect the process category name, rather
than the obsolete coding previously used by FSIS (e.g. 03B, 03C, etc.). These codes have been
included in the table as some countries previously certified the process categories on the
inspection certificates with this coding.

Raw Product - Non-Intact: This process category applies to establishments that further process
by using processing steps such as grinding, comminuting, injecting product with solutions, or
mechanical tenderization by needling, cubing, pounding devices or other means of creating non-
intact product. Examples of finished products in this category include raw products
reconstructed into formed entrees, mechanically separated species, and advanced meat
recovery product. If the establishment produces bench trim or pieces of meat produced from
non-intact meat, then the bench trim or pieces are also considered non-intact.

Raw Product - Intact: FSIS considers raw products to be intact unless they have undergone any
of the processes associated with the Raw Product -Non-Intact process category.

Thermally Processed - Commercially Sterile: This process category applies to establishments that
use a thermal processing step. Thermally processed, commercially sterile finished products are
products in cans or flexible containers such as pouches, or semi-rigid, as in lunch bowls.
Thermally processed, commercially sterile products are addressed in Subpart G, 318.300 - 311
for meat food products, and Subpart X, 381.300 to 311, for poultry products.

Not Heat Treated - Shelf Stable: This process category applies to establishments that further
process by curing, drying, or fermenting processing step as the sole means by which product
achieves food safety. Establishments in this process category may apply a low-level heat
treatment as long as the heat treatment is not used as means to achieve food safety. The
finished products produced under this Process Categories are shelf stable. FSIS does not require
shelf stable products to be frozen or refrigerated for food safety purposes.

99
Heat Treated - Shelf Stable: This process category applies to establishments that further process
by using a heat treatment processing step to achieve food safety in combination with curing,
drying, or fermenting processing step to achieve food safety. The finished products produced
under this process category are shelf stable. FSIS does not require shelf stable products to be
frozen or refrigerated for food safety purposes. Ifthe establishment produces using the
processing steps applicable under this process category and the product is not shelf stable, then
establishment is producing product under the process category Fully Cooked -Not Shelf Stable.

Fully Cooked - Not Shelf Stable: This process category applies to establishments that further
process products by using primarily a full lethality heat process step (e.g. cooking) to achieve
food safety. The finished products that establishments produce under this process category are
not shelf stable. FSIS requires the products to be frozen or refrigerated for food safety purposes.
These products also meet the definition of Ready to Eat (RTE) as defined in 9 CFR 430.l.

Heat Treated but Not Fully Cooked -Not Shelf Stable: This process category applies to an
establishment that further processes products that are (1) not ready-to-eat products (NRTE) or
(2) raw otherwise processed products that are refrigerated or frozen throughout the product's
shelf life. Meat and poultry products are produced using a heat process that meets one of the
following criteria:

a. The heat-processing step is not adequate to achieve food safety. Products may be partially
cooked or heated to set batter on a raw product.

b. The heat processing step applied to meat or poultry component was adequate to achieve food
safety, however product is further processed, assembled, or packaged so that cooked meat or
poultry products contacts nonready to-eat product ingredients. In this case, the final product is
in a form that is not edible without additional preparing to achieve food safety. An example of
this product is pot pie product that contains cooked chicken and raw dough.

NOTE: This category may also include products that receive a full lethality treatment but there
is no standard of identity defining them as fully cooked (e.g., hotdogs or barbecue) or a common
or usual name that consumers understand to refer to RTE product (e.g., pates).

Products with Secondary Inhibitors - Not Shelf Stable: This process category applies to
establishments that further process by using a curing processing step or a processing step using
other ingredients that inhibit bacterial growth. These products are generally refrigerated or
frozen throughout the product's shelf life. Depending on the process and ingredients, these
products may or may not meet the definition of RTE as defined in 9 CFR 430.1.

Eggs/Egg Products: This process category applies to dried, pasteurized, and unpasteurized egg
products.

Product Category: (with Applicable Species)

The Product Categories are shown in the FSIS Product Categorization table with the appropriate
species indicated for each.

The Species designations FSIS is using for PHIS are: for Meat: Beef, Veal, Pork, Lamb, Mutton,
and Goat; for Poultry: Chicken, Turkey, Duck, Goose, Guinea, and Squab, including for Ratites:

100
Emu, Ostrich, and Rhea; for Eggs: Chicken, Turkey, Duck, Goose and Guinea; for Siluriformes:
Siluriformes - Ictaluridae (Catfish),

Siluriformes – Other; and for Egg Products: Chicken, Turkey, Duck, Goose, and Guinea. For each
product, the certification must indicate which species is predominant in the product to assure
the appropriate regulations are applied to the product when applicable.

Product Group:

The product group defines the product down to a level that FSIS can program appropriate types
of inspections (TOI) for examinations and laboratory sampling. While these appear to be self-
explanatory, for Raw Product - Intact, Cuts are cuts of meat that are below the Primal and
Subprimal level (e.g., food service/retail cuts such as steaks, or chops).

The following table displays the process categories and the types of finished products that can
be present in a process category. Site:
https://www.fsis.usda.gov/wps/portal/fsis/topics/international-affairs/importing-
products/eligible-countries-products-foreign-establishments/eligible-countries-and-
products/eligibility-chart-brazil.

Finished Product Types by Process Category

Process Categories Finished product


Raw NRTE RTE Thermally
Product Product Products Processed
Product
Slaughter •
Raw -Non Intact (Raw Ground) •
Raw -Intact (Raw Not Ground) •
Thermally Processed -Commercially Sterile •
Not Heat-Treated - Shelf Stable • •
Heat Treated-Shelf Stable • •
Fully Cooked -Not Shelf Stable •
Heat Treated but Not Fully Cooked- Not Shelf •
Stable
Product with Secondary Inhibitors -Not Shelf • •
Stable
Eggs/Egg Products Not Applicable

Ready to Eat applies to any product intended for human consumption without further
preparation steps.

Note: Products that appear fully cooked or are customarily consumed without further
preparation, but the label does not include cooking instructions, are by default considered RTE.

RTE fully cooked means that the products have been sufficiently cooked so that they are safe to
eat as they are, with no further preparation required by the consumer. Note: Many of these
products are customarily eaten hot, and heating instructions may be included on the label.

101
Some frozen RTE products require reheating for palatability. These frozen products are still safe
to eat without this further preparation by the consumer and are therefore still considered RTE.
Some examples include: fully cooked hams, cooked beef, roast beef, pastrami, corned beef, hot
dogs, meat loaves, meat and poultry salads, sliced luncheon meats, baked chicken, frozen
entrees, and poultry rolls.

Fresh or frozen entrees with fully cooked meat or poultry portions combined with fully cooked
sauces, vegetables, pasta, or other ingredients are RTE products. These products are designed
to be re-heated by the consumer, and may include instructions for re-heating.

Not Ready to Eat applies to products with cooking instructions or labeled with statements on
the principal display panel such as "Cook Thoroughly, Cook and Serve, Not Ready to Eat, or For
Safety and Quality- follow these cooking instructions." These products are considered NRTE.
Certain NRTE products are required to bear safe handling instructions(SHI).

Some NRTE finished products are heat treated but are not fully cooked. These NRTE products
should have sufficient labeling information to inform the consumer that the product must be
cooked for safety. This information may be contained within the product name on the principal
display panel, and may contain cooking instructions that refer to cooking the product for safety
rather than heating the product for best quality. The product often times may bear a safe
handling instruction.

Some NRTE finished products are prepared with both meat/poultry components that have
received a lethality treatment in combination with non-meat/poultry components that need to
receive a lethality treatment. These multi- component products, e.g., meals, dinners, and
entrees, have labeling features which are conspicuous so that intended users are fully aware
that the product must be cooked for safety. The principle display panel on the label defines these
products, e.g., "Cook and Serve, "Must be thoroughly cooked," "Cook before eating", and the
product should include cooking instructions when required.

Processors should refer to http://www.fsis.usda.gov/wp /\ cm/connect/ebb99e I 7-40f9 -4528-


ac0f- Ob733 ld87 ld6/Resource 1.pdf?MOD=AJPERES for guidance on the labeling of NRTE
products.

Raw Product - Non-Intact

[HACCP] Process [Finished] Product Species Product Group


Category Category
Raw ground, comminuted, Beef, Veal • Advanced Meat Recovery
or Product (AMR)
otherwise non-intact beef • Beef Patty Product
• Bench Trim from non-
intact
• Finely Textured Beef
• Formed Steaks
• Ground Beef
• Hamburger
• Low Temperature
Rendered Product
• Non-Intact Cuts
• Other Non-Intact
• Partially Defatted Beef
Fatty Tissue (PDBFT)
• Partially Defatted Chopped
Beef (PDCB)

102
• Sausage
• Trimmings from Non-Intact
Raw ground, comminuted, Pork • Advanced Meat Recovery
or Product (AMR)
otherwise non-intact pork • Ground Product
• Mechanically Separated
• Other Non-Intact
• Sausage

Raw Product - Intact

[HACCP] Process [Finished] Product Species Product Group


Category Category
Raw - Intact Raw intact beef Beef, Veal • Boneless Manufacturing
Trimmings
• Carcass (including carcass
halves or
quarters)
• Cheek Meat
• Cuts
• Edible Offal
• Head Meat
• Heart Meat
• Other Intact
• Primals and Subprimals
• Weasand Meat
Raw intact pork Pork • Boneless Manufacturing
Trimmings
• Carcass (including carcass
halves or
quarters)
• Cuts
• Edible Offal
• Other Intact
• Primals and Subprimals

Thermally Processed - Commercially Sterile

[HACCP] Process [Finished] Product Species Product Group


Category Category
Thermally Thermally processed, Beef, Veal, Chicken, Duck, • Corned (species)
Processed/Commercially commercially sterile Goat, • Other
Sterile Goose, Guinea, Squab, Emu, • Sausage
Ostrich, Rhea, Lamb, Mutton, • Soups
Turkey
Pork • Corned (species)
• Ham
• Other
• Sausage
• Soups

103
Not Heat Treated - Shelf Stable

[HACCP] Process [Finished] Product Species Product Group


Category Category
Not Heat Treated - NRTE otherwise processed Beef, Veal, Goat, Lamb, • Rendered Fats, Oils
Shelf meat Mutton, • Sandwiches/Filled
Stable Pork Rolls/Wraps
• Bacon • Sauces
• Meals/Dinners/Entrees • Smoked Parts
• Other • Soups
• Pies/Pot Pies

RTE acidified / fermented Beef, Veal, Goat, Lamb, • Other - Not sliced
meat Mutton, • Other - Sliced
(without cooking) Pork • Sausage/Salami - Not sliced
• Sausage/Salami - Sliced
RTE dried meat Beef, Veal, Goat, Lamb, • Jerky
Mutton • Other - Not sliced
• Other - Sliced
Pork • Ham - Not sliced
• Ham - Sliced
• Jerky
• Other - Not sliced
• Other - Sliced

Not Heat Treated - Shelf Stable

[HACCP] Process [Finished] Product Species Product Group


Category Category
RTE salt-cured meat Beef, Veal, Goat, Lamb, Mutton, • Not-sliced
Pork • Sliced

Heat Treated - Shelf Stable

[HACCP] Process [Finished] Product Species Product Group


Category Category
Heat Treated - Shelf NRTE otherwise processed Beef, Veal, Goat, Lamb, Mutton, • Bacon
Stable meat Pork • Meals/Dinners/Entrees
• Other
• Pies/Pot Pies
• Rendered Fats, Oils
• Sandwiches/Filled
Rolls/Wraps
• Sauces
• Smoked Parts
• Soups
RTE acidified / fermented Beef, Veal, Goat, Lamb, Mutton, • Other - Sliced
meat Pork • Sausage/Salami - Not sliced
(without cooking) • Other - Not sliced • Sausage/Salami - Sliced
RTE dried meat Beef, Veal, Goat, Lamb, Mutton • Jerky
• Other - Not sliced
• Other - Sliced
Pork • Ham - Not sliced
• Ham - Sliced
• Jerky
• Other - Not sliced
• Other - Sliced
RTE salt-cured meat Beef, Veal, Goat, Lamb, Mutton, • Not-sliced
Pork • Sliced

104
Fully Cooked - Not Shelf Stable

[HACCP] Process [Finished] Product Species Product Group


Category Category
Fully Cooked - Not Shelf RTE fully-cooked meat Beef, Veal, Goat, Lamb, • Diced/Shredded
Stable Mutton • Hot Dog Products
• Meat + Nonmeat Component
• Nuggets
• Other Fully cooked not sliced
product
• Other Fully cooked sliced
product
• Parts
• Patties
• Salad/Spread/Pate
• Sausage Products
Pork • Diced/Shredded
• Ham Patties
• Ham, Not Sliced
• Ham, Sliced
• Hot Dog Products
• Meat + Nonmeat Component
• Nuggets
• Other Fully cooked not sliced
product
• Other Fully cooked sliced
product
• Parts
• Patties
• Salad/Spread/Pate
• Sausage Products

Fully Cooked - Not Shelf Stable

[HACCP] Process [Finished] Product Species Product Group


Category Category
Fully Cooked - Not Shelf RTE meat fully-cooked Beef, Veal, Goat, Lamb, • Diced/Shredded
Stable without Mutton • Hot Dog Products
subsequent exposure to the • Meat + Nonmeat Component
environment • Nuggets
• Other Fully cooked not sliced
product
• Other Fully cooked sliced
product
• Parts
• Patties
• Salad/Spread/Pate
• Sausage Products
Pork • Diced/Shredded
• Ham Patties
• Ham, Not Sliced
• Ham, Sliced
• Hot Dog Products
• Meat + Nonmeat Component
• Nuggets
• Other Fully cooked not sliced
product
• Other Fully cooked sliced
product
• Parts
• Patties
• Salad/Spread/Pate
• Sausage Products

105
Heat Treated - Not Fully Cooked - Not Shelf Stable

[HACCP] Process [Finished] Product Species Product Group


Category Category
Heat Treated - Not Fully NRTE otherwise processed Beef, Veal, Goat, Lamb, • Bacon
Cooked - Not Shelf meat Mutton, Pork • Meals/Dinners/Entrees
Stable • Other
• Pies/Pot Pies
• Rendered Fats, Oils
• Sandwiches/Filled
Rolls/Wraps
• Sauces
• Sausage Products
• Smoked Parts
• Soups

Product with Secondary Inhibitors - Not Shelf Stable

[HACCP] Process [Finished] Product Species Product Group


Category Category
Product with Secondary NRTE otherwise processed Beef, Veal, Goat, Lamb, • Bacon
Inhibitors - Not Shelf meat Mutton, Pork • Meals/Dinners/Entrees
Stable • Other
• Pies/Pot Pies
• Rendered Fats, Oils
• Sandwiches/Filled
Rolls/Wraps
• Sauces
• Sausage Products
• Smoked Parts
• Soups
RTE salt-cured meat Beef, Veal, Goat, Lamb, • Not-sliced
Mutton, • Sliced
Pork

106
ANEXO III – FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE AGENTES E AUXILIARES DE INSPEÇÃO

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA


Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA
Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal – ( )º SIPOA

AVALIAÇÃO DE AGENTES DE INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM


ANIMAL/AGENTES DE INSPEÇÃO/ AUXILIARES DE INSPEÇÃO – SIF:

1. Identificação do Avaliado:

1.1. Nome: ______________________

1.2. Cargo/Função: ________________

2. Responsável pela Avaliação:

2.1. Nome: _________________________________________

2.2. Cargo/Função: ____________________________________

3. Período avaliado:

1. Fatores avaliados:

Assiduidade Comparece regularmente ao trabalho? ( ) sim ( )não


É pontual? ( ) sim ( )não

Disciplina Coopera e participa efetivamente dos trabalhos em ( ) sim ( )não


equipe, revelando consciência de grupo?
Assimila conhecimento e faz transferência de ( ) sim ( )não
aprendizagem?
Demonstra zelo pelo trabalho? Mantém reserva sobre ( ) sim ( )não
o assunto de interesse, exclusivamente interno?

Iniciativa Busca orientações para solucionar problemas/dúvidas ( ) sim ( )não


do dia-a-dia e resolver situações embaraçosas?

Produtividade Racionaliza o tempo na execução das tarefas? ( ) sim ( )não


Agiliza o ritmo de trabalho em situações ( ) sim ( )não
excepcionais/picos?
Executa tarefas corretamente, com qualidade e boa ( ) sim ( )não
apresentação?

Responsabilidade Age com firmeza, discrição e coerência de atitudes ( ) sim ( )não


compatíveis com o trabalho?
Respeita e obedece a legislação, utiliza-se do poder ( ) sim ( )não
discricionário de forma consciente e justa?

107
Execução de atividades Realiza procedimentos de coleta corretamente, para ( ) sim ( ) não ( ) NA
programas oficiais (E. coli, PNCRC, PACPOA, PNCP,
etc)?
Executa os procedimentos adequadamente, dentro de ( ) sim ( ) não ( ) NA
suas atribuições, relacionadas à inspeção ante
mortem?
Executa os procedimentos adequadamente, dentro de ( ) sim ( ) não ( ) NA
suas atribuições, relacionadas à inspeção post
mortem?
Executa os procedimentos relativos às atribuições de ( ) sim ( ) não ( ) NA
forma satisfatória?
Executa os procedimentos adequadamente, dentro de ( ) sim ( ) não ( ) NA
suas atribuições, relacionadas à verificação oficial dos
programas de autocontrole dos estabelecimentos de
forma satisfatória adotando as ações necessárias
quando da identificação de não conformidades por
parte da empresa?
Conhece a legislação sanitária nacional vigente e dos ( ) sim ( ) não
países a que o estabelecimento está habilitado a
exportar?
Executa os procedimentos adequadamente, dentro de ( ) sim ( ) não ( ) NA
suas atribuições, relacionados à verificação da
documentação necessária para a Certificação Sanitária
Internacional?
Executa os procedimentos adequadamente, dentro de ( ) sim ( ) não ( ) NA
suas atribuições, relacionados à reinspeção de
produtos importados?

Observações/comentários

108
ANEXO IV – FORMULÁRIO PARA VERIFICAÇÃO OFICIAL DE REINSPEÇÃO – MPP/IND

VERIFICAÇÃO OFICIAL DE REINSPEÇÃO DE QUARTOS, CORTES E RECORTES


SIF N°

A – Identificação do Turno

Número de quartos a serem desossados:


Horário do início do turno de produção:
Horário do final do turno de produção:
Número de quartos a serem reinspecionados (1% do número de quartos a serem desossados, nunca inferior a 10 peças):
Número de cortes a serem reinspecionados (1% do número de quartos a serem desossados, nunca inferior a 10 peças):
Número de sacarias de recortes a serem reinspecionados (nunca inferior a 2 sacarias):

B – Reinspeção
Defeitos/contaminação Número de quartos com Número de cortes com Número de sacarias de
defeitos/contaminações defeitos/contaminações recortes com
defeitos/contaminações
Abscesso
Conteúdo gástrico (ingesta)
Conteúdo intestinal (fecal)
Couro
Lesões parasitárias
Lesões patológicas
Linfonodos e hemolinfonodos *
Coágulos sanguíneos *
MER
Materiais nocivos
Ossos/fragmentos de ossos *
Pelos
Cartilagens *
Perigos físicos
Perigos químicos
Tendões/ligamentos *
Outros (especificar):

Horário de início/fim da reinspeção

Aceitabilidade do turno (Sim ou


Não)
Visto:

Descrição da não conformidade e ações fiscais adotadas, quando couber:

C – Nomes, data, carimbos e assinaturas

Assinatura e carimbo da equipe de servidores oficiais responsáveis pelas verificações oficiais acima, com identificação da(s)
rubrica(s):

109
ANEXO V – FORMULÁRIO PARA VERIFICAÇÃO OFICIAL DE REINSPEÇÃO – CARNE IN NATURA

VERIFICAÇÃO OFICIAL DE REINSPEÇÃO DE QUARTOS, CORTES E RECORTES


SIF N°

A – Identificação do Turno

Número de quartos a serem desossados:


Horário do início do turno de produção:
Horário do final do turno de produção:
Número de quartos a serem reinspecionados (2% do número de quartos a serem desossados, nunca inferior a 20 peças):
Número de cortes a serem reinspecionados (2% do número de quartos a serem desossados, nunca inferior a 20 peças):
Número de sacarias de recortes a serem reinspecionados (nunca inferior a 4 sacarias):

B – Reinspeção
Defeitos/contaminação Número de quartos com Número de cortes com Número de sacarias de
defeitos/contaminações defeitos/contaminações recortes com
defeitos/contaminações
Abscesso
Alteração de cor
Cartilagem *
Coágulos
Conteúdo gástrico (ingesta)
Conteúdo intestinal (fecal)
Contusões
Couro
Hematomas
Leite
Lesões parasitárias
Lesões patológicas
Linfonodos e hemolinfonodos *
MER
Materiais nocivos
Ossos/fragmentos de ossos *
Pelos
Perigos físicos
Perigos químicos
Processo de deterioração
Tendões/ligamentos *
Outros (especificar):

Horário de início/fim da reinspeção

Aceitabilidade do turno (Sim ou


Não)
Visto:

Descrição da não conformidade e ações fiscais adotadas, quando couber:

C – Nomes, data, carimbos e assinaturas

Assinatura e carimbo da equipe de servidores oficiais responsáveis pelas verificações oficiais acima, com identificação da(s)
rubrica(s):

110
ANEXO VI – FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE CICLO DE SALMONELLA – BOVINOS E SUÍNOS

CICLO DE SALMONELLA - BOVINO


SIF.: ANO:
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3
Carcaças Data de Data de Data de
início início início
Data de Data de Data de
término término término
N=82 C= N=82 C= N=82 C=
Nos casos em que c>1: Medidas corretivas Medidas corretivas Medidas corretivas
adotadas adotadas adotadas

CICLO DE SALMONELLA - SUÍNO


SIF.: ANO:
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3
Carcaças Data de Data de Data de
início início início
Data de Data de Data de
término término término
N=55 C= N=55 C= N=55 C=
Nos casos em que c>1: Medidas corretivas Medidas corretivas Medidas corretivas
adotadas adotadas adotadas

111
ANEXO VII – FORMULÁRIOS DE AVALIAÇÃO DE E. COLI GENÉRICA – BOVINOS E SUÍNOS – E
PLANO DE AÇÃO

ESCHERICHIA COLI GENÉRICA - BOVINOS


SIF.: ANO:
Período Nº análises Limite superior Limite inferior Nº de amostras
realizadas Média anual + 2x Média anual – desvio acima do limite
desvio padrão anual padrão anual superior
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
No caso de alguns dos valores extrapolar o limite máximo, relatar detalhadamente as medidas
corretivas, medidas preventivas e ações fiscais adotadas.

ESCHERICHIA COLI GENÉRICA – SUÍNOS (Destrutiva)


SIF.: ANO:
Período Nº análises Nº de resultados Nº de resultados no Nº de resultados no
realizadas no limite limite marginal limite inaceitável
aceitável
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
No caso de alguns dos valores extrapolar o limite máximo, relatar detalhadamente as medidas
corretivas, medidas preventivas e ações fiscais adotadas.
Metas microbiológicas:

a) limite aceitável: até 10 UFC/ cm2


b) limite marginal: aceitável: ≥ 10 e ≤ 10.000 UFC/ cm2, sendo 10 o limite inferior (m) e
10.000 o limite superior (M)
c) limite inaceitável: > 10.000 UFC/ cm2

112
ESCHERICHIA COLI GENÉRICA – SUÍNOS (Esponja)
SIF.: ANO:
Período Nº análises realizadas Nº de resultados aceitáveis
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
No caso de alguns dos valores extrapolar os limites determinados por meio de técnicas
estatísticas de processo, relatar detalhadamente as medidas corretivas, medidas preventivas
e ações fiscais adotadas nas abas anexas.

PLANO DE AÇÃO
Violação – E. coli genérica
Descrição da anomalia

Análise

Medidas corretivas e preventivas

113
ANEXO VIII – FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE MEMORIAL DESCRITIVO

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA
DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL - DIPOA
AVALIAÇÃO DE MEMORIAL DESCRITIVO
LEGENDA: C – Conforme; NC – Não Conforme e NA – Não Aplicável
1. IDENTIFICAÇÃO
ESTABELECIMENTO:
PRODUTO:
PROCESSO Nº SIF:
DATA:
2. DOCUMENTOS DE DESIGNAÇÃO C NC NA OBSERVAÇÃO
2.1. Documento da empresa designando técnico capacitado como responsável pelo
cálculo de processo.
2.2. Documento da empresa designando pessoa responsável pelo processo de
fabricação do produto.
3. DOCUMENTOS TÉCNICOS
3.1. Fórmula do produto
3.2. Formato e capacidade da embalagem
3.3. Tempo e temperatura de cozimento anterior ao envase
3.4. Temperatura do produto e do líquido de cobertura (quando for o caso), no
momento do enlatamento
3.5. Vácuo mínimo admissível para a operação de recravação (quando for o caso)
3.6. Espaço livre referido
3.7. Métodos de controle do fechamento e vedação para outros tipos de embalagem
3.8. Tamanho e identificação dos lotes durante o período em que as amostras dos
mesmos forem incubadas pela Inspeção Federal
3.9. Descrição do equipamento utilizado para acompanhamento das diferentes fases,
bem como a frequência e maneira de aferição do mesmo
3.10. Formulários utilizados para registrar os diferentes tipos de controle, bem como
indicação do lugar em que os mesmos serão arquivados para eventual consulta pela
Inspeção Federal
3.11. Critérios utilizados para o controle de produtos, durante a incubação
3.12. Critérios utilizados para a inspeção do produto pronto para embarque
3.13. Providências a serem adotadas pela firma, por ocasião de emergência ocorrida
durante o procedimento tecnológico, tais como falta de água, vapor, força, etc.
3.14. Descrição dos testes realizados visando avaliar a estabilidade do produto frente
a deterioração por microrganismos termófilos durante todo período de
armazenamento e transporte até o consumidor final
3.15. Procedimentos de manutenção das autoclaves
3.16. Procedimentos de controle da água de resfriamento das autoclaves
3.17. Quantidade máxima de ar residual em pouches
3.18. Descrição das condições nas quais o retrabalho poderá ser realizado
3.19. Temperatura inicial do produto
3.20. Tempo de desaeração das autoclaves
3.21. Temperatura do processamento
3.22. Tempo de processamento
3.23. Tempo de resfriamento
3.24. Temperatura máxima após resfriamento
3.25. Método de registro de temperatura do processo (termômetros de mercúrio ou
outros dispositivos que atendam a padrões reconhecidos e precisos quando testados
para sua acuracidade devem ser referência)
3.26. Métodos e medidas utilizadas para a avaliação da recravação:
3.26.1. Profundidade da recravação (countersink depth)
3.26.2. Altura da recravação (seam length)
3.26.3. Espessura total da recravação (seam thickness)
3.26.4. Espessura da folha do corpo
3.26.5. Espessura da folha da tampa
3.26.6. Comprimento do gancho da tampa
3.26.7. Comprimento do gancho do corpo
3.26.8. Espaço livre da recravação (free space)
3.26.9. Recobrimento real (overlap)
3.27. Parecer final: ( ) Homologado ( ) Não homologado
Comentários:

114
ANEXO IX – FORMULÁRIO DE CONTROLE DE COLETAS OFICIAIS EM PRODUTO FINAL
IN NATURA

Coletas Oficiais em produto final in natura - E. coli verotoxigênica STEC e Salmonella spp.
Mês de referência:
UF SIF Data coleta Lote Produto Resultado Resultado Ações
(dd/mm/aa) empresa verificação adotadas (IF
IF e/ou
empresa)

115
ANEXO X – FORMULÁRIO DE VERIFICAÇÃO OFICIAL DE AVERMECTINAS EM PRODUTO FINAL

Verificação Oficial em Produto Final


AVERMECTINAS
SIF.: ANO:
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
C/NC C/NC C/NC C/NC C/NC C/NC C/NC C/NC C/NC C/NC C/NC C/NC
Beef jerky

Carne cozida congelada

Conservas esterilizadas
comercialmente
Extrato de carne

Recorte

Carne íntegra a ser destinada a


moagem
Observação:

116
ANEXO XI – FORMULÁRIO DE CONTROLE DE ESPÉCIES ZOOLÓGICAS

ESPÉCIE ZOOLÓGICA
SIF.: ANO:
Tipo de produto* 1º Semestre 2º Semestre
C/NC C/NC

Observação: * Especificar o tipo de produto: Beef Jerky/Carne Cozida


Congelada/Conservas esterilizadas comercialmente.

117
ANEXO XII – PROGRAMA SENTINELA, VERIFICAÇÃO OFICIAL DO PROGRAMA SENTINELA E
VERIFICAÇÃO OFICIAL DO PRODUTO FINAL
SIF.: ANO:
PROGRAMA SENTINELA - EMPRESA
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC
Produção Beef Jerky
Superfície contato direto

Superfície contato
indireto
Produção Carne Cozida e Congelada
Superfície contato direto

Superfície contato
indireto
Observação:

PROGRAMA SENTINELA – VERIFICAÇÃO OFICIAL


JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC
Produção Beef Jerky
Superfície contato direto
Produção Carne Cozida e Congelada
Superfície contato direto
Observação:

ANÁLISE EM PRODUTO FINAL – VERIFICAÇÃO OFICIAL


SALMONELLA
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC Total NC
Beef Jerky (bimestral)

Carne Cozida Congelada


(mensal)
LISTERIA
Beef Jerky (bimestral)

Carne Cozida Congelada


(mensal)
Observação:

118
ANEXO XIII – AVALIAÇÃO DOS AUDITORES

AVALIAÇÃO DOS AUDITORES EUA


ANO:
Auditores Auditoria Foi O relatório O relatório de Os achados A O Relatório Se Nº de Total Desempenho Reciclagem?
nº utilizado o foi inserido auditoria foi dos conclusão de necessárias, Conformes por auditoria
modelo no SEI a corretamente Relatório de do auditoria ações fiscais
de contento? preenchido em auditoria Relatório foi emitido foram
relatório todos os foram de ao final da adotadas
de campos? registrados auditoria auditoria? pelo auditor?
auditoria de forma está de
em vigor? clara? acordo
com a IN
27/08?

AVALIAÇÃO DOS AUDITORES EUA


ANO:
AUDITORES Auditoria Oportunidades de melhoria Ação tomada
nº identificadas

LEGENDA: C – Conforme
X – Não conforme

119
ANEXO XIV – DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DE ATENDIMENTO AO CONSOLIDADO

Declaração de Compromisso de Atendimento ao Consolidado de


requisitos complementares à exportação para os Estados Unidos da
América

Estabelecimento:

Endereço:

SIF:

Eu, _____________________, responsável legal pelo estabelecimento acima


identificado, declaro que li e compreendi o consolidado de requisitos complementares
à exportação para os Estados Unidos da América* a mim entregue pelo SIF ____.

Declaro ademais que o estabelecimento atende as referidas normas ao elaborar


produtos destinados ao mercado norte americano, e que os procedimentos adotados
para seu cumprimento estão devidamente contemplados nos programas de
autocontrole do estabelecimento, os quais foram encaminhados ao SIF local para
conhecimento previamente à solicitação de habilitação para esse mercado.

*Número de referência no Sistema eletrônico de informações do consolidado de


requisitos complementares à exportação para os Estados Unidos da América vigente
nesta data: ______

________________________________
Responsável legal pelo estabelecimento

120
ANEXO XV – CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS PARA AS ANÁLISES OFICIAIS EM
ESTABELECIMENTOS EXPORTADOS AOS EUA

Frequência de
Categoria de Porção da amostra a ser
Produto/processo Patógeno alvo Critério coleta por
estabelecimento analisada
estabelecimento
Carne bovina in Carne bovina in E. coli STEC N= 1 c = 0 1 vez por mês N60 fragmentos: 325g
natura natura/ N60 Salmonella N= 1 c = 0 1 vez por mês N60 fragmentos: 325g
Produtores de Esfregadura com esponja
Mínimo 1 ciclo
matéria-prima para Carcaça bovina Salmonella N = 82 c= 1 hidratada (100 cm² x 3
por ano
termoprocessados pontos = 300 cm²)
Esfregadura com
Mínimo 1 ciclo esponja hidratada (100
Carne suína in natura Carcaça suína Salmonella N = 55 c= 6
por ano cm² x 3 pontos = 300
cm²)
Salmonella N= 1 c = 0 1 vez por mês 325g
Produtores de Carne cozida
Listeria
termoprocessados congelada N= 1 c = 0 1 vez por mês 25g
monocytogenes
1 vez a cada 2
Salmonella N= 1 c = 0 325g
meses
Listeria 1 vez a cada 2
N= 1 c = 0 25g
Produtores de monocytogenes meses
Beef Jerky
termoprocessados Atividade água
e Relação 1 vez a cada 2
N=1 c=0 500g
Umidade e meses
Proteína
Produtores de
termoprocessados
Listeria
(Carne cozida Superfície de contato N= 1 c = 0 1 vez por mês Esponja hidratada
monocytogenes
congelada e Beef
Jerky)

121

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