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CENTRO UNIVERSITÁRIO MÁRIO CÉSAR JUCÁ

DESENHO I
Aula 1: Materiais e Instrumentos de Desenho e
Normalização do Desenho Técnico

Profa. Samira Ogasawara Miguez Dias


Email: samira.dias@umj.edu.br
O Desenho Técnico
Definição
O desenho técnico é um tipo de
representação gráfica utilizada por
profissionais que necessitam de uma
comunicação integrada entre funções
similares, da mesma área ou áreas
comuns.
Deve seguir normas e técnicas
específicas para que seja
representado da forma mais exata
possível.
Desenho I | Samira Dias
O Desenho Técnico
• Tem a finalidade de representar de forma precisa, no plano,
as informações necessárias para a construção de uma peça.
• Linguagem padronizada –
universalização dos
procedimentos de
representação gráfica
• Conjunto normatizado de
linhas, números, símbolos e
textos.
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Embora a mão e a mente controlem o desenho
acabado, materiais e equipamentos de qualidade
tornam o ato de desenhar agradável, facilitando a
longo prazo a obtenção de um trabalho de qualidade.

Francis D. K. Ching

Desenho I | Samira Dias


Materiais e Instrumentos de Desenho Técnico

• Servem para auxiliar no processo de normatização do


Desenho Técnico, garantindo assim uma padronização.
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Materiais e Instrumentos de Desenho
Lápis e Lapiseiras
– Lápis de madeira
– Lapiseira tradicional
– Lapiseira mecânica
(0.3mm – 0.5mm – 0.7mm – 0.9mm)

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Materiais e Instrumentos de Desenho
Classificação dos Lápis/Grafite
– Grau de dureza do grafite:
9H a 6B
Critérios para escolha:
– Tipo e acabamento do papel, quanto mais áspero um
papel, mais duro deve ser o grafite;
Superfície de desenho: quanto mais dura a superfície,
mais macio parece o grafite;
– Umidade: condições de alta umidade tendem a
aumentar a dureza aparente do grafite.

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Materiais e Instrumentos de Desenho
Forma correta de utilizar as lapiseiras

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Materiais e Instrumentos de Desenho
Forma correta de utilizar as lapiseiras – traçando
linhas

Desenhadas da esquerda para Desenhadas de cima para baixo


a direita
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Materiais e Instrumentos de Desenho
Borrachas
• Sempre utilizar borrachas macias
• Compatível com a atividade para evitar
danificar a superfície do desenho
• Evitar usar borrachas para tinta que são mais
abrasivas
• Uso do “bigode” ou algum pincel, auxilia na
limpeza do desenho

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Materiais e Instrumentos de Desenho
Esquadros
• Devem ser de acrílico
• Não ter a gradação (medida)
• Limpar com sabão neutro e água

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Materiais e Instrumentos de Desenho
Esquadros
Forma de utilização

Desenho I | Samira Dias


Materiais e Instrumentos de Desenho
Esquadros
Forma de utilização

Desenho I | Samira Dias


Materiais e
Instrumentos
de Desenho
Esquadros
Forma de utilização

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Materiais e Instrumentos de Desenho
Escalímetro
• Instrumento dedicado a marcação de medidas,
na escala do desenho
• Para os desenhos de Arquitetura, utiliza-se o
escalímetro no 1, com as seguintes escalas:
1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125
• Acrílico ou metal
• Não deve ser usado para o traçado de linhas

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Materiais e Instrumentos de Desenho
Compasso
• Instrumento utilizado para traçar circunferências
de quaisquer raios
• Deve ter um ajuste perfeito

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Materiais e Instrumentos de Desenho

Compasso
Forma de utilização

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Materiais e Instrumentos de Desenho
Gabaritos

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Materiais e Instrumentos de Desenho
Régua Paralela
• Destinada para o traçado de linhas horizontais
• Deslocamento na vertical
• Serve de base para o apoio dos esquadros
• Não usar a borda inferior da régua paralela!

Régua T
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Materiais e Instrumentos de Desenho
Prancheta
• Geralmente em madeira com
formato retangular
• Pode-se cobrir com cobertura de
vinil ou revestimento em fórmica
• Não cortar material utilizando a
prancheta como apoio!
• Antes e após os trabalhos deve-
se limpar a prancheta.
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Materiais e Instrumentos de Desenho
Prancheta

• A fixação do papel na
prancheta dever ser feita com
uso de fita adesiva. Forma de fixação do
papel na prancheta
• Alinha-se a folha de acordo
com a régua antes da sua
fixação.
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NORMAS

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Introdução as Normas
• As normas procuram
unificar os elementos do
Desenho Técnico para
facilitar a leitura e execução
do projeto.
• NBRs - Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT)
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Importância da normalização
• Normatização dos processos; • Utilização adequada dos
• Comunicação entre recursos (equipamentos,
fabricante e cliente; materiais e mão de obra);
• Reduz o tempo de projeto; • Uniformização da produção;
• Reduz o custo da produção e • Treinamento da mão de
do produto final; obra;
• Aumenta a qualidade do • Registro do conhecimento
produto; tecnológico;
• Redução do consumo de
materiais e do desperdício.
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Normas adotadas no Desenho Técnico
CÓDIGO TÍTULO
NBR 10647 Norma geral de Desenho Técnico
NBR 10068 Layout e dimensões da folha de desenho
NBR 10582 Conteúdo da folha para desenho técnico
NBR 13142 Dobramento da folha
NBR 8402 Definição da caligrafia técnica para desenhos
NBR 8403 Aplicação de linhas para a execução de desenho técnico
NBR 8196 Emprego da escala em desenho técnico
NBR 10126 Emprego de cotas em desenho técnico

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 10647

• Classificação do desenho segundo seu


aspecto geométrico
• Desenhos projetivos
– projeções do objeto em um ou mais planos de
projeção
– vistas ortográficas e às perspectivas.
• Desenhos não-projetivos
– desenhos resultantes dos cálculos algébricos
– gráficos, diagramas, esquemas, fluxogramas,
organogramas etc. Desenho I | Samira Dias
Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 10068

• Determinação e padronização das


dimensões e layout das folhas
utilizadas em Desenho Técnico
Largura das linhas e Margens
Margem

Largura da linha (Conforme Formatos Padronizados


Formato Direita, Inferior e
Esquerda NBR 8403)
Superior Designação Dimensões (mm)

A0 841 X 1189
A0 25 10 1,4
A1 594 X 841
A1 25 10 1,0
A2 420 X 594
A2 25 7 0,7
A3 295 X 420
A3 25 7 0,5
A4 210 X 297
A4 25 7 0,5

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 10582

• Localização e disposição dos espaços


na folha
• Legenda/carimbo
– designação da firma; projetista, desenhista ou
outro, responsável pelo conteúdo do desenho;
local, data e assinatura; nome e localização do
projeto; conteúdo do desenho; escala; número
do desenho; designação da revisão; indicação
do método de projeção; unidade utilizada no
desenho.
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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 10582

• Legenda/carimbo
Comprimento adotado

Designação Dimensões (mm)

A0 e A1 175
A2, A3 e A4 178

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Normas adotadas no
Desenho Técnico
NBR 13142

• Dobramento do papel
• Arquivamento
• Formato A4
• Carimbo deve estar visível
• A partir do lado direito
• Dobras verticais
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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 8402

• Determinação da escrita
nos desenhos técnicos
– Verticais, maiúsculas e do
tipo BASTÃO
– Estilo e altura constantes

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 8402

Proporção e dimensão de símbolos gráficos


Característica Relação Dimensões (mm)
Altura de letra Maiúscula - h (10/10) h 2,5 3,5 5 7 10 14 20
Altura das letras minúsculas - c (7/10) h - 2,5 3,5 5 7 10 14
Distância mínima entre caracteres - a (2/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4
Distância mínima entre linhas de base - b (14/10) h 3,5 5 7 10 14 20 28
Distância mínima entre palavras - e (6/10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12
Largura da linha - d (1/10) h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 8402

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 8403

• Determinação dos tipos e larguras dos traços (linhas)


• As espessuras mais usadas são 0.7mm, 0.5mm e 0.3mm
Denominação Linha Aplicação Largura (mm)
Arestas e contornos
Contínua larga 0,5 a 0,6
visíveis
Chama de cota e
Contínua estreita 0,15 a 0,2
hachuras
Arestas e contornos não
Tracejada estreita 0,3 a 0,4
visíveis
Linha de centro e
Traço ponto 0,15 a 0,2
simetria

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 8403

Desenho I | Samira Dias


Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 8403

• Condições para um bom desenho de traços (linhas)


• Uniformidade
• Sem interrupções
• Sem ultrapassar os limites do desenho
• As linhas tracejadas devem ter comprimentos aproximadamente
iguais e equidistantes

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 8196

• Uso de escalas nos desenhos


• Escala é a relação entre cada medida do desenho e a sua
dimensão real do objeto.
Escala = medida do desenho
medida real do objeto

• A escolha da escala é feita em função da complexidade e da


finalidade do objeto a ser representado.
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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 8196

• Tipos de escala
• Escala real (1:1)
• Escala de ampliação (X:1)
X>1
• Escala de redução (1:X)
X<1
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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 8196

• Nos projetos de edificações são adotadas diferentes escalas


para os diferentes tipos de desenhos, dependendo do nível
de detalhes que se deseja representar em cada um.

Planta Escalas, usualmente, empregadas

Plantas de situação 1:200, 1:500, 1:1000, 1:2000


Plantas de locação 1:200, 1:250, 1:500
Plantas baixas e cortes 1:50, 1:100
Desenhos de detalhes 1:10, 1:20, 1:25

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 10126

• Princípios gerais de cotagem nos desenhos.


• Representação numérica das dimensões reais do objeto.
• As regras adotadas na cotagem têm o objetivo de deixar sua
representação clara e padronizada, privilegiando, sempre, a
clareza e a precisão na transmissão das informações.

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 10126

Elementos de cotagem

Indicação dos limites:


- Setas (desenho mecânico)
- Traços oblíquos ou pontos
(desenho arquitetônico)

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 10126
• Princípios gerais:
• Usar a vista ou o corte que represente mais claramente o elemento.
• Cotar somente o necessário.
• Utilizar espessura do traço menor do que o do objeto cotado.
• Não traçar linhas de cota e linhas de chamada como continuação do
desenho.
• Devem ser colocadas no meio da linha de cota, sem tocá-la.
• Na horizontal, cotas acima da linha; na vertical, cota do lado
esquerdo da linha de cota, no sentido de leitura.
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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 10126
• Princípios gerais:
• Utilizar mesmo número de casas decimais.
• Não pode haver cruzamento entre linhas de cotas, tampouco entre
linhas de chamada.
• As cotas devem ser colocadas de forma que cálculos sejam evitados
durante a execução do projeto.
• Utiliza-se referências de nível nas plantas baixas e nos cortes.

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 10126

Diferentes
execuções de
cotas

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Normas adotadas no Desenho Técnico
NBR 10126

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Referências
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8196 Desenho Técnico: emprego de escalas. Rio de Janeiro:
ABNT, 1999.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 13142 Desenho Técnico: dobramento de cópias. Rio de
Janeiro: ABNT, 1999.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8402 Execução de Caractere para Escrita em Desenho Técnico.
Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10582 Apresentação da folha para desenho técnico. Rio de
Janeiro: ABNT, 1988.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10068 Folha de desenho: leiaute e dimensões. Rio de Janeiro:
ABNT, 1987.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10126 Cotagem em Desenho Técnico. Rio de Janeiro: ABNT,
1987.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8403 Aplicação de Linhas em Desenho - Tipos de Linhas -
Larguras das linhas. Rio de Janeiro: ABNT, 1984.
• FERREIRA. Regis de Castro (et al.) Desenho Técnico. Apostila de circulação interna da Escola de Agronomia e Eng. De
Alimentos. Goiânia: UFG. Março, 2008. Disponível em: <https://portais.ufg.br/up/68/o/Apostila_desenho.pdf>
• MONTENEGRO. Gildo A. Desenho Arquitetônico. São Paulo: Ed. 4ª, Edgard Blücher ltda. 2001.
• ROSSI. Francine Aidie. Resumo Normas Técnicas sobre Desenho Técnico e Representação de Projetos de Arquitetura.
Paraná: UFPR. Departamento de Expressão Gráfica. (s.a.).
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• Dúvidas?

• Vamos exercitar!

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