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CURSO DE

ENGENHARIA CIVIL

Disciplina: Desenho Projetivo


Prof.: Arquiteto e Urbanista Anderson Ricardo dos Anjos
CALENDÁRIO
AULA DO DIA 09/08/2012 AULA DO DIA 18/10/2012
• Introdução sobre a disciplina desenho projetivo. • Desenho estrutural I – Aula teórica
• Documentário.
AULA DO DIA 25/10/2012
• Prova
AULA DO DIA 16/08/2012
• Normas técnicas - Formatos de papel AULA DO DIA 01/11/2012
• Representação gráfica • Projetos complementares – elétrico e hidrossanitário

AULA DO DIA 23/08/2012 AULA DO DIA 08/11/2012


• Quantificação de projetos
• Estudo da Planta Baixa
• Blocos / gabaritos / hachuras AULA DO DIA 22/11/2012
• Introdução ao desenho auxiliado por computador
AULA DO DIA 30/08/2012 • Introdução ao Autocad
• Aula Prática Planta Baixa
AULA DO DIA 29/11/2012
• Prova
AULA DO DIA 06/09/2012
• Cortes AULA DO DIA 06/12/2012
• Fachadas • Prova de 2ª chamada

AULA DO DIA 13/12/2012


AULA DO DIA 13/09/2012
• Prova exame
• Prova

AULA DO DIA 20/09/2012


• Telhados
• Implantação do terreno

AULA DO DIA 27/09/2012


• Levantamento Arquitetônico

AULA DO DIA 04/10/2012


• Perspectivas
Método de Monge – Épura – Geometria Descritiva

Forma de representação bidimensional de um objeto tridimensional.


SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

As projeções ortogonais da geometria descritiva são usadas no desenho


arquitetônico apenas mudando os termos técnicos .
SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Formatos padronizados de papel.
A norma brasileira NBR 10068 recomenda o uso dos formatos da série A,
que tem como máximo o formato A0 (1189 x 841 mm) e como mínimo, o
formato A4 (210 x 297 mm). A partir dos cortes sucessivos no formato A0,
obtém-se os tamanhos menores na série.
Dobramento da folha.
• Sendo necessário o dobramento de folhas, o formato final deve ser o A4, de mode a deixar visível o
quadro destinado à legenda e facilitar o arquivamento em pastas.
Margens
• O espaço de utilização do papel fica compreendido por margens que variam de dimensões,
dependendo do formato do papel usado.
• A margem da esquerda deve ser de 25 mm conforme a seguinte figura.
Tipos de Papel
• Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou
opacos, de resistência e durabilidade apropriadas.

• A escolha do tipo de papel deve ser feita em função dos objetivos,


do tipo do projeto e das facilidades de reprodução, a saber:

a) papel transparente:
• - manteiga;
• - vegetal;
• - albanene;
• - poliéster;
• - cronaflex.

b) papel opaco:
• - canson;
• - schoeller;
• - sulfite grosso.
Legenda / Carimbo (ou quadro)

O carimbo inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado


ao carimbo destinado à legenda de titulação e numeração dos
desenhos.

Devem constar da legenda, no mínimo, as seguintes informações:


• a) identificação da empresa e do profissional responsável pelo
projeto;
• b) identificação do cliente, nome do projeto ou do empreendimento;
• c) título do desenho;
• d) indicação seqüencial do projeto (números ou letras);
• e) escalas;
• f) data;
• g) autoria do desenho e do projeto;
• h) indicação de revisão.
Legenda / Carimbo (ou quadro)

Outras informações devem localizar-se próximo do carimbo:

• a) planta-chave;
• b) escalas gráficas;
• c) descrição da revisão;
• d) convenções gráficas;
• e) notas gerais;
• f) desenhos de referência.
• g) Indicação do norte, regime de ventos, etc.
Legenda
Equipamentos de desenho: prancheta
Equipamentos de desenho: prancheta

Geralmente de madeira, em formato retangular, onde se fixam os papéis


para os desenhos.

• Para cobrir pranchetas, pode-se usar o seguinte:


1. Coberturas de vinil, que fornecem uma superfície de desenho suave e
uniforme.
• Furos de alinhamento e cortes ficam naturalmente encobertos.

2. Revestimento e fórmica ou material resistente similar, sem imperfeições de


superfície.
RÉGUA PARALELA

• Destinada ao traçado de linhas horizontais paralelas entre si no sentido do


comprimento da prancheta, e a servir de base para o apoio dos esquadros
para traçar linhas verticais ou com determinadas inclinações.
• O comprimento da régua paralela deve ser um pouco menor do que o da
prancheta.
Régua T
Canetas Nanquim
LÁPIS / LAPISEIRA
Classificação por números
• Nº 1 – macio, geralmente usado para esboçar e para destacar traços que devem
sobressair;
• Nº 2 – médio, é o mais usado para qualquer traçado e para a escrita em geral;
• Nº 3 – duro, usado em desenho geométrico e técnico.

Classificação por letras


• A classificação mais comum é H para o lápis duro e B para lápis macio.
• Esta classificação precedida de números dará a gradação que vai de 6B (muito macio)
a 9H (muito duro), sendo HB a gradação intermediária.

4H duro e denso
• Indicado para lay-outs precisos
• Não indicado para desenhos finais
• Não use com a mão pesada – produz sulcos no papel de desenho e fica difícil de
apagar;
• Não copia bem.

2H médio duro
• Grau de dureza mais alto, utilizado para desenhos finais;
• Não apaga facilmente se usado com muita pressão.
FH médio
• Excelente peso de mina para uso geral;
• Para lay-outs, artes finais e letras.

HB macio
• Para traçado de linhas densas, fortes e de letras;
• Requer controle para um traçado de linhas finas;
• Facilmente apagável;
• Copia bem;
• Tende a borrar com muito manuseio.

A dureza de um grafite para desenho depende dos seguintes fatores:


• 1. O grau do grafite, que varia de 9H (extremamente duro) a 6B (extremamente
macio);
• 2. Tipo e acabamento do papel (grau de aspereza): quanto mais áspero um papel,
mais duro deve ser o grafite que você usar;
• 3. A superfície de desenho: quanto mais dura a superfície, mais macio parece o
grafite;
• 4. Umidade: condições de alta umidade tendem a aumentar a dureza aparente do
grafite.
• * Atualmente é mais prático o uso de lapiseira. Recomendamos a de 0,5mm e a de
0,9mm, com grafite HB.
Equipamentos de desenho: esquadros
Equipamentos de desenho: esquadros
Equipamentos de desenho: esquadros

Aspectos de qualidade dos esquadros


• Materiais de desenho de acrílico não amarelam rapidamente com o
tempo;
• Maior resistência a arranhões;
• Facilidade de manuseio
• Retenção da linearidade da borda;

Cuidados
• Não use o esquadro como guia para corte;
• Não use o esquadro com marcadores coloridos;
• Mantenha-o limpo com uma solução diluída de sabão neutro e
água (não utilize álcool na limpeza, que deixa o esquadro
esbranquiçado).
ESCALÍMETRO
• Instrumento destinado à marcação de medidas, na escala do desenho.
• Pode ser encontrado com duas gradações de escalas, mas a mais utilizada e
recomendável em arquitetura é o que marca as escalas de 1:20, 1:25, 1:50, 1:75,
1:100 e 1:125.
• Não deve ser utilizado para o traçado de linhas.
Compasso:

• É o instrumento que serve para traçar circunferências ou arcos de circunferência.


• O compasso serve para o traçado de círculos de quaisquer raios. Deve oferecer um
ajuste perfeito, não permitindo folgas.
Normógrafos
GABARITOS

• São chapas em plástico ou acrílico, com elementos diversos vazados, que


possibilitam a reprodução destes nos desenhos.

• O gabarito de círculos é útil para o traçado de pequenos círculos de raios


pré-disponíveis.

• Outros gabaritos úteis: formas geométricas, equipamentos


sanitários/hidráulicos e mobiliário.
Gabaritos
Gabaritos
Curva Francesa
Pantógrafo
Caligrafia Técnica

• Nas legendas dos desenhos técnicos empregar letras de traço


simples, de rápida execução e bem legíveis.
• O traçado destas letras pode ser vertical ou com inclinação para a
direita de 65 a 75º com a horizontal, executado à mão livre ou com
auxílio de instrumentos.
• Nossa imperfeita percepção visual produz deformações, fazendo
por exemplo, com que uma linha horizontal situada no meio de um
retângulo aparenta estar mais abaixo. Por isso, as letra B, E, K, S,
X, A e os números 3 e 8 deverão sempre ser desenhados com a
parte superior menor que a inferior.
• O primeiro requisito para o traçado das letras é a forma correta de
segurar o lápis ou a lapiseira. A pressão deve ser firme e uniforme
sobre o lápis.
• As linhas horizontais e oblíquas são traçadas da esquerda para a
direita, e as verticais, de cima para baixo.
Caligrafia Técnica
Caligrafia Técnica
Altura das letras com uso de normógrafo
• Ao representarmos as letras e os algarismos são utilizadas pautas.
• Pautas são constituídas por três linhas paralelas.
• A primeira linha é destinada à base; a segunda à parte superior das
minúsculas; a terceira à parte superior das maiúsculas.
• No traçado das letras e algarismos, são caracterizados três grupos distintos:

a) Traçado com linhas retas: são as letras H, F, E, I, L, N, T e o número 1.


As letras A, V, M, W, K, Y, Z e os números 4 e 7 também são feitos com
linhas retas, mas cada um com características próprias.

b) Traçado combinando linhas retas e curvas: são as letras B, D, J, P, R,


U em os números 2 e 5.

c) Traçado curvo: são as letras O, Q, C, G, S e os números 3, 6, 8, 9 e 0.


Identificação de Linhas
Identificação de Linhas
Escalas

Fator de Escala:
É a razão entre distância gráfica e distância natura: D / N
Escalas
Escalas recomendadas:

• Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10 - Detalhamentos em geral;


• Escala 1:20 e 1:25 - Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros
compartimentos;
• Escala 1:50 - É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas,
cortes e fachadas de projetos arquitetônicos;
• Escala 1:75 - Juntamente com a de 1:25, é utilizada apenas em desenhos
de apresentação que não necessitem ir para a obra.
• Escala 1:100 - Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o
uso de 1:50. Plantas de situação e paisagismo. Também para desenhos de
estudos que não necessitem de muitos detalhes;
• Escala 1:175 - Para estudos ou desenhos que não vão para a obra;
• Escala 1:200 e 1:250- Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos,
plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano;
• Escala 1:500 e 1:1000 - Planta de localização, paisagismo, urbanismo e
topografia;
• Escala 1:2000 e 1:5000 - Levantamentos aerofotogramétricos, projetos de
urbanismo e zoneamento.
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Escalas
ETAPAS DO PROJETO

1 - ESCOLHA DO LOTE OU TERRENO:

• - É importante levar em consideração alguns itens como:


• Localização
• Edificações vizinhas
• Posição em relação ao Norte
• Situação topográfica do lote (feito pelo topógrafo)
• Afastamentos exigidos pela prefeitura
• Índice de ocupação (Uso do Solo)
• Resistência do solo (Projeto de Fundação)
• 2 – COMPRA DO LOTE - Certificar-se de que toda a documentação está
correta e passar imediatamente a escritura para o nome do comprador.
• 3 – CONTRATAÇÃO DO ENGENHEIRO / ARQUITETO É de fundamental
importância a contratação deste profissional, até mesmo antes da
negociação do lote, quando ele poderá orientar na escolha e adequação do
terreno.
• 4 – ENCOMENDA DO PROJETO
• 5 – ESTUDO PRELIMINAR –
• 6 – ANTEPROJETO
• 7 – PROJETO LEGAL: Projeto que vai para a Prefeitura
• 8 – CREA – Anotação da responsabilidade técnica e fiscalização
profissional
• 9 – PREFEITURA – Aprovação e fiscalização
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
• Definição: É o estudo do terreno, visando verificar as divisas do terreno, suas
as dimensões e desníveis.

• O levantamento topográfico é dividido em três etapas:

• 5.1 – PLANIMÉTRICO - abrange somente as divisas e os ângulos.

• 5.2 – ALTIMÉTRICO - abrange as curvas de nível e alturas do terreno.

• 5.3 – PLANIALTIMÉTRICOPLANIMÉTRICO - é o levantamento topográfico,


propriamente dito; apresenta o estudo planialtimétrico e altimétrico do terreno.

• 5.4 – CURVAS DE NÍVEL - São linhas curvas que indicam as alturas e a


inclinação do terreno.
• As curvas de níveis devem ser representadas metro a metro;
• são definidas de acordo com a sinuosidade do terreno: quanto mais próximas
indicam que o terreno possui inclinação, quando são mais espaçadas, indicam
que o terreno é pouco inclinado ou até mesmo plano.
Identificar as Curvas de nível
• 5.5 – ORIENTAÇÃO - É a posição do norte em relação ao terreno; este
deve constar no Levantamento Topográfico, pois é de fundamental
importância para o arquiteto elaborar o projeto.
TERMOS TÉCNICOS

• Terraplanagem – Processo de preparação do terreno, para dar início a


construção.
• Aterro – Preenchimento de uma área em desnível, com terra ou entulho.
• Desaterro – Retirada de terra de uma área.
• Declive – Quando a inclinação do terreno está abaixo do nível da rua.
• Aclive – Quando a inclinação do terreno está acima do nível da rua.
• Logradouro – Locais públicos, como praças, ruas, avenidas, parques etc...
• Arruamento – Processo de criação das ruas.
• Caixa de Rolamento – Parte da rua destinada para o trânsito de veículos.
• Passeio – Parte da rua destinada para o passeio de pedestre.
• Afastamento – Distâncias exigidas pelo Uso do Solo, da edificação em
relação ao terreno.
PROJETO DE ARQUITETURA

O projeto de arquitetura é constituído pelos seguintes desenhos:

• Planta Baixa ou Pavimento Térreo


• Pavimento Superior (quando for sobrado ou prédio)
• Layout
• Corte Transversal
• Corte Longitudinal
• Fachadas
• Planta de Cobertura
• Planta de Situação
• Implantação e Locação
• Quadro de Aberturas
• Quadro de Áreas
6.1 – PLANTA BAIXA

- É um corte transversal à edificação, a uma altura de 1,50m.

Através da planta baixa, podemos visualizar os ambientes que compõe o projeto

Itens que compõe a planta baixa:


• Paredes
• Janelas
• Portas
• Cotas
• Cotas de Nível
• Projeções
• Indicação dos Cortes
• Indicação do Norte
• Escada
• Rampas
• Pergolado
• Espelho d’água
6.2 – FACHADAS OU ELEVAÇÕES
• São elevações verticais, frontal, lateral ou posterior, para se ter noção da
edificação.
CORTES -
• São elevações verticais feitas no sentido transversal e longitudinal dentro
da edificação, para medir as alturas dos elementos arquitetônicos, portas,
telhados, escadas, rampas e outros.
PLANTA DE COBERTURA –
• Este desenho define a situação do telhado, número de águas, tipo de telha,
lado da queda d´agua e a largura do beiral.
PLANTA DE SITUAÇÃO
• Define a situação do lote em relação à quadra, às ruas e aos lotes vizinhos.
PLANTA DE IMPLANTAÇÃO E LOCAÇÃO
• Define a situação do projeto em relação ao terreno, incluindo as medidas dos
afastamentos.
QUADRO DE ABERTURAS –
• Legenda a qual possui informações sobre as aberturas, portas e janelas.
• Quando a referencia é para janela, denominamos a sigla J , e para porta P.
QUADRO DE ÁREAS

• Legenda que apresenta a área do terreno, área de construção e a área de


permeabilidade (área de jardim).
CONTRATAÇÃO DOS PROJETOS
COMPLEMENTARES

• Estes projetos devem ser contratados após ter sido concluído o ante-projeto
arquitetônico.
• Os projetos complementares são os seguintes:

PROJETO DE ESTRUTURA –
Este projeto deverá ser elaborado pelo engenheiro civil.
Uma construção segura depende do projeto de estrutura que, por sua vez, depende do
projeto de fundações, elaborado segundo a resistência do solo.

PROJETO HIDRO-SANITÁRIO
O objetivo deste projeto é dimensionar as tubulações necessárias, para cada área
molhada(banheiros, lavabos, área de serviço, cozinha e outros).
O projeto hidro-sanitário apresenta os pontos e as tubulações de água fria, quente,
esgoto e pluvial.

PROJETO ELÉTRICO –
O engenheiro elétrico define o caminho das tubulações elétricas desde a caixa de
entrada de energia que vem da rua até a sua chegada aos equipamentos elétricos.
FIM

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