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DESENHO TÉCNICO – AULA 2

SEGURANÇA DO TRABALHO – BLOCO DIDÁTICO

IFCE – CAMPUS SOBRAL

Materiais de Desenho
Instrumentos e Utensílios de Desenho
Para uma melhor apresentação do desenho (desenho preciso e límpido), devem ser
utilizados instrumentos adequados.
Com a difusão dos programas de CAD (Computer Aided Design), alguns materiais de
desenho se tornaram obsoletos. Mas o conhecimento é importante no processo de
construção de conhecimentos.
Alguns materiais são:

• Prancheta: Onde são fixados os papeis para a execução dos desenhos. Retângulo de
madeira apoiado sobre um cavalete onde os 4 lados devem estar no esquadro. A
superfície deve ser lisa. Deve-se ter cuidados com a iluminação para não formar sombra
sobre o desenho.

• Régua paralela: É uma régua composta de uma haste e fios para fixa-la na prancheta.
Uma vez fixa, desliza sobre ela e é possível traçar-se linhas paralelas horizontais ou
ainda apoiar esquadros para traçar-se linhas verticais ou com determinada inclinação.
São fabricadas em acrílico transparente e podem ser encontradas em vários tamanhos.

• Esquadros: São fabricados em material transparente para observar os pontos de


contato.
Têm forma de triângulo retângulo, formando ângulos de 45°, 30°, 60° e 90°.
Para usar o esquadro, fixe-o com a palma da mão, incline o lápis em relação ao papel
aproximadamente 60°, de modo que a ponta fique ligeiramente afastada do esquadro. O
esquadro é usado de modo que fique à direita do traço, isso não vale para desenhistas
canhotos.
• Escalímetro/Escala: Desenvolvida no formato triangular com seis tipos de escala, sendo
1:20, 1:25, 1:50, 1:75. 1:100 e 1:125.
A escala adotada deve ser indicada na legenda do desenho e quando em uma mesma
prancha se utilizar vários tipos de escala, deve-se colocar abaixo do desenho cada uma.
A escala é a razão existente entre as medidas no papel do desenho e as medidas reais
do objeto.
Não se deve usar a escala para traçar linhas, pois o lápis suja a régua, gasta a
graduação e a linha não é regular por falta de apoio. Seu uso é exclusivamente para
marcar e tomar medidas.

• Compasso: Os fabricados em metal são mais precisos e duráveis. O compasso é usado


para traçar circunferências, arcos de circunferências (partes de circunferência) em
também para transportar medidas.
Numa de suas hastes temos a ponta seca e na outra o grafite, que deve ser apontado
obliquamente (em bisel). Ao abrirmos o compasso, estabelecemos uma distância entre
a ponta seca e o grafite. Tal distância representa o raio da circunferência ou arco a ser
traçado.
• Transferidor: Utilizado para medir e traçar ângulos, deve ser de material transparente
(acrílico ou plástico) e podem ser de meia volta (180°) ou de volta completa (360°).

• Gabarito: São placas vazadas de acrílico transparente para serem utilizadas a fim de
desenhar perfis especiais e peças padronizadas como círculos, tubulações, elipses,
louças sanitárias, etc. Possuem diversas escalas.

• Borracha: Branca e macia, preferencialmente de plástico sintético. Para pequenos erros,


usa-se também o lápis-borracha.

• Régua: Em acrílico ou plástico transparente, graduada em cm (centímetros) e mm


(milímetros).
• Papel: Blocos, cadernos ou folhas avulsas (papel ofício) de cor branca e sem pautas.

Anteprojeto Papel comum – Papel branco ofício usado para esboço sem muita
importância (sujeito a melhoramentos).
Papel sulforizê – Papel rugoso, branco opaco ou amarelado, muito
bom para trabalhar a lápis. Utilizado para execução de esboços e
anteprojetos. Recomendados para desenhos coloridos e desenhos a
lápis. São vendidos em rolo ou em folha padronizada. A reprodução
por cópia heliográfica pode ser prejudicada.
Projeto final Papel vegetal – Papel semitransparente e seu peso varia de 50 a
120 g por m². Empregado para copiar desenhos executados sobre o
papel sulforizê, à tinta nanquim com a finalidade de obter a cópia
original do projeto. Não pode ser dobrado. É o mais indicado para o
desenho de projetos por ser resistente ao tempo e por permitir
correções e raspagens.
A partir dessa cópia pelo processo da heliogravura obteremos o
número de cópias necessárias à aprovação. É vendido no comércio
em rolos de 20 m de comprimento e largura de 1,10 m ou 1,57 m e
também em folhas padronizadas nos formatos da ABNT, tendo as
margens já impressas.
Cópias Papel heliográfico – Papel sensível à luz e nele se faz a impressão
pelo processo de heliogravura cópias do original em papel vegetal,
apresentando tonalidades de azul, marrom e preto. Uma de suas
faces é tratada por processo químico e reage em presença do
amarelo. Existem diversos tipos de papel heliográfico, do mais fino
ao mais resistente.

Formato do Papel
Os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos são padronizados
obedecendo as normas estabelecidas pela ABNT (Associação).
O formato básico é designado por A0, do retângulo de lado medindo 841 e 1189 mm,
tendo área de 1 m². A partir deste formato básico derivam os demais da série A, pela
bipartição ou duplicação sucessiva, que são: A0, A1, A2, A3 e A4 os mais usados, porém
existem ainda formatos menores que A4 e maiores que A0.
• Lápis ou lapiseira: Apresentam inteiramente o grafite ou mina, que tem grau de dureza
variável, classificado por letras, números ou a junção dos dois.

As lapiseiras apresentam graduação quanto à espessura do grafite, sendo mais


comumente encontradas as de números 0,3; 0,5; 0,7 e 1,0.

Classificação por Classificação por letras Classificação por n° e


números letras
Nº 1 – Macio – Linha cheia B – Macio – Equivale ao 2B, 3B... até 6B – Muito
Nº 2 – Médio – Linha grafite nº 1 macios
média HB – Médio – Equivale ao 2H, 3H... até 9H – Muito
Nº 3 – Duro – Linha dura grafite nº 2 duros
H – Duro – Equivale ao
grafite nº 3

Tipos de linhas Lápis Lapiseiras


Linhas grossas 2B e B 0,7 mm
Linhas médias HB 0,5 mm
Linhas finas 2H 0,3 mm

• Régua Flexível: Permite qualquer tipo de curvatura.

• Fita Adesiva: Para fixar o papel de desenho na prancheta.


Movimentos com os esquadros, da régua paralela e da lapiseira no traçado de linhas:
A influência da tecnologia na evolução do desenho básico

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