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NP

Norma EN ISO 14040


2008
Portuguesa
Gestão ambiental
Avaliação do ciclo de vida

o
Princípios e enquadramento

ida nic
(ISO 14040:2006)

oib tró
Management environnemental
Analyse du cycle de vie

pr lec
Principes et cadre
(ISO 14040:2006)

ão o e
Environmental management
Life cycle assessment
uç ent
Principles and framework
(ISO 14040:2006)
pr um
re doc
od
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ICS HOMOLOGAÇÃO
13.020.10 Termo de Homologação N.º 151/2008, de 2008-04-17
Q

A presente Norma resultou da revisão da


s

DESCRITORES NP EN ISO 14040:2005 (Ed.1)


Gestão ambiental; gestão; estudo do produto; qualidade
es

CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
Versão portuguesa da EN ISO 14040:2006 CT 150 (APA)
pr

2ª EDIÇÃO
Im

Junho de 2008

CÓDIGO DE PREÇO
X008

© IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2


2829-513 CAPARICA PORTUGAL
Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101
E-mail: ipq@mail.ipq.pt Internet: www.ipq.pt
Preâmbulo nacional
Ao longo da presente Norma são utilizados os seguintes termos:
- "deve" ou "devem" quando se pretende dar um cariz de exigência (traduz "shall");
- "deverá" ou "deverão" quando se pretende dar um cariz de aconselhamento/conveniência (traduz "should");
- "pode" ou "podem" quando se pretende dar um cariz de capacidade para (traduz "can");
- "poderá" ou "poderão" quando se pretende dar um cariz de alternativa a (traduz "may").

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es
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Im
NORMA EUROPEIA EN ISO 14040
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD Julho 2006

ICS: 13.020.10; 13.020.60 Substitui a EN ISO 14040:1997; EN ISO 14041:1998,


EN ISO 14042:2000, EN ISO 14043:2000

o
Versão portuguesa

ida nic
Gestão ambiental
Avaliação do ciclo de vida
Princípios e enquadramento

oib tró
(ISO 14040:2006)

Umweltmanagement Management environnemental Environmental management

pr lec
Ökobilanz Analyse du cycle de vie Life cycle assessment
Grundsätze und Principes et cadre Principles and framework
Rahmenbedingungen (IS0 14040:2006) (ISO 14040:2006)

ão o e
(IS0 14040:2006) uç ent
pr um
re doc
od

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN ISO 14040:2006, e tem o mesmo estatuto
que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2006-06-19.
IP de

Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adopção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas actualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
© ão

A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
Q

língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
s

Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
es

Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia,
Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Malta, Países Baixos, Polónia,
Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia e Suíça.
pr
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CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: rue de Stassart 36, B-1050 Bruxelas

© 2006 Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN ISO 14040:2006 Pt


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Índice Página

o
Preâmbulo nacional................................................................................................................................. 2

ida nic
Preâmbulo ................................................................................................................................................ 5

Nota de endosso........................................................................................................................................ 5

oib tró
Introdução ................................................................................................................................................ 6

pr lec
l Objectivo e campo de aplicação ........................................................................................................... 8

ão o e
2 Referências normativas ........................................................................................................................ 8

3 Termos e definições .............................................................................................................................. 8


uç ent
4 Descrição geral da avaliação do ciclo de vida (ACV) ........................................................................ 13

4.1 Princípios da ACV............................................................................................................................... 13


pr um

4.2 Fases de uma ACV .............................................................................................................................. 14


re doc

4.3 Aspectos-chave de uma ACV.............................................................................................................. 15


od

4.4 Conceitos gerais dos sistemas de produto ........................................................................................... 16

5 Enquadramento metodológico............................................................................................................. 18
IP de

5.1 Requisitos gerais.................................................................................................................................. 18


© ão

5.2 Definição do objectivo e do âmbito..................................................................................................... 18


Q

5.3 Inventário do ciclo de vida (ICV)........................................................................................................ 20


s
es

5.4 Avaliação de impacte do ciclo de vida (AICV)................................................................................... 21


pr

5.5 Interpretação do ciclo de vida.............................................................................................................. 23


Im

6 Relato ..................................................................................................................................................... 24

7 Revisão crítica ....................................................................................................................................... 24

7.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 24

7.2 Necessidade de revisão crítica ............................................................................................................. 24

7.3 Processos de revisão crítica ................................................................................................................. 25

Anexo A (informativo) Aplicação da ACV ............................................................................................. 26

Bibliografia............................................................................................................................................... 29
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Preâmbulo
Este documento (EN ISO 14040:2006) foi elaborado pelo Comité Técnico ISO/TC 207, ”Environmental

o
management”, em colaboração com o CMC.

ida nic
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adopção, o mais tardar até Janeiro de 2007 e as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas o mais tardar em Janeiro de 2007.

oib tró
Este documento substitui a EN ISO 14040:1997; a EN ISO 14041:1998, a EN ISO 14042:2000 e a
EN ISO 14043:2000

pr lec
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos
organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca,

ão o e
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália,
Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República
Checa, Roménia, Suécia e Suíça.
uç ent
Nota de endosso
O texto da ISO 14040:2006 foi aprovado pelo CEN como EN ISO 14040:2006 sem qualquer alteração.
pr um
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od
IP de
© ão
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es
pr
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Introdução
A crescente consciencialização da importância da protecção ambiental e dos possíveis impactes associados

o
aos produtos 1 , produzidos ou consumidos, tem aumentado o interesse no desenvolvimento de métodos para

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um melhor entendimento e abordagem destes impactes. Uma das técnicas que tem vindo a ser desenvolvida
para este fim é a avaliação de ciclo de vida (ACV).
A ACV pode ser útil:

oib tró
− na identificação de oportunidades de melhoria do desempenho ambiental dos produtos em vários pontos
do seu ciclo de vida,

pr lec
− na informação aos decisores na indústria, em organizações governamentais e não governamentais (por
exemplo, no planeamento estratégico, definição de prioridades, projecto ou reformulação de produtos ou

ão o e
processos),
− na selecção de indicadores de desempenho ambiental relevantes, incluindo técnicas de medição, e
− no marketing (por exemplo, na implementação de esquemas de rotulagem ecológica, realização de
uç ent
alegação ambiental, ou elaboração de declaração ambiental de produto).
Para quem executa estudos de ACV, a ISO 14044 detalha os requisitos para a sua realização.
pr um

A ACV aborda os aspectos ambientais e os potenciais impactes ambientais 2 (por exemplo, utilização de
recursos e consequências ambientais das emissões e descargas) ao longo do ciclo de vida do produto, desde a
obtenção das matérias-primas, passando pela produção, utilização, tratamento no fim-de-vida, reciclagem e
re doc

deposição final (i.e. do berço ao túmulo 3 ).


od

Um estudo de ACV tem quatro fases:


a) a fase de definição do objectivo e do âmbito,
IP de

b) a fase do inventário,
c) a fase de avaliação de impacte, e
© ão

d) a fase de interpretação.
Q

O âmbito, incluindo a fronteira do sistema e o nível de detalhe, de uma ACV, depende do objecto e da
s

utilização pretendida para o estudo. A profundidade e a amplitude da ACV podem diferir consideravelmente,
es

consoante o objectivo de cada ACV em particular.


A fase do inventário do ciclo de vida (fase de ICV) constitui a segunda fase da ACV. É um inventário dos
pr

dados de entrada/saída relativos ao sistema em estudo. Envolve a recolha dos dados necessários para atingir
os objectivos do estudo definido.
Im

A fase de avaliação de impacte do ciclo de vida (AICV) é a terceira fase da ACV. A finalidade da AICV é
fornecer informação adicional que auxilie a avaliação dos resultados do ICV de um sistema de produto para
melhor compreender a sua significância ambiental.
A interpretação do ciclo de vida é a fase final do procedimento da ACV, na qual os resultados de um ICV ou
de uma AICV, ou ambos, são reunidos e discutidos como uma base para conclusões, recomendações e
tomada de decisões de acordo com a definição do objectivo e do âmbito.

1
Nesta Norma Internacional o termo “produto” inclui serviços.
2
Os “potenciais impactes ambientais” são expressões relativas, uma vez que estão relacionadas com a unidade funcional de um
sistema de produto.
3
NOTA NACIONAL: cradle-to-grave.
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Existem casos em que o objectivo de uma ACV pode ser atingido realizando unicamente um inventário e
uma interpretação. Isto é normalmente referido como um estudo de ICV.

o
Esta Norma Internacional abrange dois tipos de estudos: estudos de avaliação do ciclo de vida (estudos de

ida nic
ACV) e estudos de inventário do ciclo de vida (estudos de ICV). Os estudos de ICV são semelhantes aos
estudos de ACV, mas excluem a fase de AICV. Os estudos de ICV não devem ser confundidos com a fase de
ICV de um estudo de ACV.

oib tró
Em geral, a informação desenvolvida num estudo de ACV ou de ICV pode ser usada como parte de um
processo de decisão muito mais exaustivo. Comparar os resultados de diferentes estudos de ACV ou de ICV
só é possível se os pressupostos e o contexto de cada estudo forem equivalentes. Consequentemente, esta

pr lec
Norma Internacional contém diversos requisitos e recomendações para assegurar a transparência destas
questões.

ão o e
A ACV é uma de várias técnicas de gestão ambiental (por exemplo, avaliação de risco, avaliação de
desempenho ambiental, auditoria ambiental e avaliação de impacte ambiental) e poderá não ser a técnica
mais adequada a utilizar em todas as situações. Tipicamente a ACV não trata os aspectos económicos ou
uç ent
sociais de um produto, mas a abordagem de ciclo de vida e as metodologias descritas nesta Norma
Internacional podem ser aplicadas a estes outros aspectos.
A presente Norma Internacional, como outras Normas Internacionais, não se destina a ser utilizada para criar
pr um

barreiras comerciais não tarifárias nem para aumentar ou alterar as obrigações legais de uma organização.
re doc
od
IP de
© ão
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s
es
pr
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1 Objectivo e campo de aplicação


Esta Norma Internacional descreve os princípios e o enquadramento da avaliação do ciclo de vida (ACV),

o
incluindo:

ida nic
a) a definição do objectivo e do âmbito da ACV,
b) a fase do inventário do ciclo de vida (ICV),

oib tró
c) a fase de avaliação de impacte do ciclo de vida (AICV),
d) a fase de interpretação do ciclo de vida,

pr lec
e) elaboração do relatório e revisão crítica da ACV,
f) limitações da ACV,

ão o e
g) a relação entre as fases da ACV, e
h) condições para a utilização de escolhas de valor e de elementos opcionais.
uç ent
Esta Norma Internacional abrange estudos de avaliação do ciclo de vida (ACV) e estudos de inventário do
ciclo de vida (ICV). Não descreve a técnica de ACV em detalhe, nem especifica metodologias para as fases
individuais da ACV.
pr um

A aplicação pretendida para os resultados da ACV ou do ICV é considerada durante a definição do objectivo
e do âmbito, mas a aplicação em si está fora do âmbito desta Norma Internacional.
re doc

A presente Norma Internacional não se destina a ser utilizada para fins contratuais ou regulamentares, nem
de registo ou certificação.
od

2 Referências normativas
IP de

Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis para a aplicação deste documento. Para referências
datadas só se aplica a edição citada. Para referências não datadas aplica-se a última edição do documento
referenciado (incluindo quaisquer emendas).
© ão
Q

ISO 14044 Environmental management – Life cycle assessment – Requirements and guidelines.
s
es

3 Termos e definições
Para os fins deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
pr

3.1 ciclo de vida


Im

Etapas consecutivas e interligadas de um sistema de produto, desde a obtenção de matérias-primas ou sua


produção a partir de recursos naturais até ao destino final.

3.2 avaliação do ciclo de vida


ACV
Compilação e avaliação das entradas, saídas e dos impactes ambientais potenciais de um sistema de produto
ao longo do seu ciclo de vida.
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3.3 inventário de ciclo de vida


ICV
Fase da avaliação do ciclo de vida que envolve a compilação e quantificação de entradas e saídas para um

o
sistema de produto ao longo do seu ciclo de vida.

ida nic
3.4 avaliação de impacte do ciclo de vida

oib tró
AICV
Fase da avaliação do ciclo de vida com o objectivo de compreender e avaliar a magnitude e significância dos
impactes ambientais potenciais para um sistema de produto ao longo do ciclo de vida do produto.

pr lec
3.5 interpretação do ciclo de vida
Fase da avaliação do ciclo de vida na qual os resultados, quer do inventário, quer da avaliação de impacte, ou

ão o e
de ambas, são avaliados de acordo com o objectivo e âmbito definidos, com vista à obtenção de conclusões e
recomendações.
uç ent
3.6 afirmação comparativa
Alegação ambiental relativa à superioridade ou equivalência de um produto em relação a um produto
concorrente que desempenhe a mesma função.
pr um

3.7 transparência
re doc

Apresentação aberta, completa e compreensível de informação.


od

3.8 aspecto ambiental


Elemento das actividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o ambiente.
IP de

[ISO 14001:2004, definição 3.6]

3.9 produto
© ão

Qualquer bem ou serviço.


Q

NOTA 1: O produto pode ser categorizado da seguinte forma:


s

- serviços (ex.: transporte );


es

- software (ex.: programa de computador, dicionário);


- hardware (ex.: peça mecânica de um motor);
pr

- materiais processados (ex.: lubrificante).


Im

NOTA 2: Os serviços têm elementos tangíveis e intangíveis. O fornecimento de um serviço pode envolver, por exemplo, o seguinte:
- uma actividade realizada num produto tangível fornecido pelo cliente (ex.: automóvel para reparação);
- uma actividade realizada num produto intangível fornecido pelo cliente (ex.: a declaração de rendimentos necessária para
preparar o reembolso de impostos);
- o fornecimento de um produto intangível (ex.: o fornecimento de informação no contexto da transmissão de conhecimento);
- a criação de ambiente para o cliente (ex.: em hotéis e restaurantes).
O software consiste em informação, é geralmente intangível e pode existir na forma de abordagens, transacções ou procedimentos.
O hardware é geralmente tangível e a sua quantidade é uma característica mensurável. Os materiais processados são geralmente
tangíveis e a sua quantidade é uma característica contínua.
NOTA 3: Adaptado da ISO 14021:1999 e da ISO 9000:2005.
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3.10 co-produto
Qualquer de dois ou mais produtos oriundos do mesmo processo unitário ou sistema de produto.

o
ida nic
3.11 processo
Conjunto de actividades interrelacionadas ou que interagem entre si, que transforma entradas em saídas.
[ISO 9000:2005, definição 3.4.1 (sem notas)]

oib tró
3.12 fluxo elementar

pr lec
Material ou energia que entra no sistema em estudo que tenha sido extraído do ambiente sem transformação
prévia humana, ou material ou energia que sai do sistema em estudo que é libertado para o ambiente sem
subsequente transformação humana.

3.13 fluxo energético


ão o e
Entrada para ou saída de um processo unitário ou sistema de produto, quantificada em unidades de energia.
uç ent
NOTA: O fluxo de energia que constitui uma entrada pode ser designado por entrada de energia; o fluxo de energia que constitui
uma saída pode ser designado por saída de energia.
pr um

3.14 energia de alimentação


Calor de combustão de uma matéria-prima que não é utilizada como fonte de energia para um sistema de
produto, expresso em termos de poder calorífico superior ou de poder calorífico inferior.
re doc

NOTA: É necessária atenção para assegurar que o conteúdo energético das matérias-primas não é contabilizado duas vezes.
od

3.15 matéria-prima
Material primário ou secundário que é utilizado para produzir um produto.
IP de

NOTA: O material secundário inclui material reciclado.


© ão

3.16 entrada auxiliar


Q

Entrada de material utilizada no processo unitário que produz o produto, mas que não constitui parte dele.
s
es

3.17 alocação
Imputação dos fluxos de entrada ou saída de um processo ou sistema de produto entre o sistema de produto
em estudo e um ou mais outros sistemas de produto.
pr
Im

3.18 critérios de exclusão


Especificação da quantidade de fluxo de material ou energia ou do nível de significância ambiental associado
aos processos unitários ou sistema de produto a serem excluídos de um estudo.

3.19 qualidade dos dados


Característica dos dados relacionada com a sua capacidade para satisfazer requisitos estabelecidos.

3.20 unidade funcional


Desempenho quantificado de um sistema de produto para utilização como unidade de referência.
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3.21 entrada
Fluxo de produto, material ou energia que entra num processo unitário.

o
NOTA: Produtos e materiais incluem matérias-primas, produtos intermédios e co-produtos.

ida nic
3.22 fluxo intermédio
Fluxo de produto, material ou energia que ocorre entre processos unitários do sistema de produto em estudo.

oib tró
3.23 produto intermédio

pr lec
Saída de um processo unitário que constitui uma entrada para outros processos unitários que requer
transformação posterior dentro do sistema.

ão o e
3.24 resultado do inventário do ciclo de vida
resultado do ICV
Conjunto de informação resultante do inventário do ciclo de vida que cataloga os fluxos que atravessam a
uç ent
fronteira do sistema e que constitui o ponto de partida para avaliação de impacte do ciclo de vida.

3.25 saída
pr um

Fluxo de produto, material ou energia que sai de um processo unitário.


NOTA: Produtos e materiais incluem matérias-primas, produtos intermédios, co-produtos e emissões e descargas.
re doc

3.26 energia de processo


od

Entrada de energia necessária para operar o processo ou equipamento num processo unitário, excluindo as
entradas de energia para produção e fornecimento da própria energia.
IP de

3.27 fluxo de produto


Produtos que entram de ou saem para outro sistema de produto.
© ão
Q

3.28 sistema de produto


Conjunto de processos unitários com fluxos elementares e de produto, desempenhando uma ou mais funções
s

definidas, e que modelam o ciclo de vida de um produto.


es

3.29 fluxo de referência


pr

Medida das saídas de processos de um dado sistema de produto necessária para cumprir a função expressa
pela unidade funcional.
Im

3.30 emissões e descargas


Emissões para o ar e descargas para a água e o solo.

3.31 análise de sensibilidade


Procedimentos sistemáticos para estimar os efeitos das escolhas efectuadas, em relação aos métodos e dados,
no resultado de um estudo.
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3.32 fronteira do sistema


Conjunto de critérios que especificam que processos unitários são parte de um sistema de produto.

o
NOTA: O termo "fronteira do sistema" não é usado nesta Norma Internacional relativamente à AICV.

ida nic
3.33 análise da incerteza
Procedimento sistemático para quantificar a incerteza introduzida nos resultados do inventário do ciclo de

oib tró
vida, devida aos efeitos cumulativos da imprecisão do modelo, da incerteza e da variabilidade dos dados.
NOTA: Para determinar a incerteza dos resultados são utilizados intervalos de variação ou distribuições de probabilidades.

pr lec
3.34 processo unitário
O menor elemento considerado no inventário do ciclo de vida para o qual os dados de entrada e saída são

ão o e
quantificados.

3.35 resíduo
uç ent
Substâncias ou objectos que o detentor tem intenção de ou é obrigado a rejeitar.
NOTA: Esta definição é retirada da Basel Convention on the Control of Transboundary Movements of Hazardous Wastes and Their
Disposal (22 de Março de 1989), mas não é limitada nesta Norma Internacional aos resíduos perigosos.
pr um

3.36 impacte final por categoria


Atributo ou aspecto do ambiente natural, saúde humana ou recursos, que identifica uma questão ambiental
re doc

que causa preocupação.


od

3.37 factor de caracterização


Factor derivado de um modelo de caracterização que é aplicado para converter um resultado atribuído do
IP de

inventário do ciclo de vida à unidade comum do indicador de categoria.


NOTA: A unidade comum permite o cálculo do resultado do indicador de categoria.
© ão
Q

3.38 mecanismo ambiental


Sistema de processos físicos, químicos e biológicos para uma determinada categoria de impacte, que alia os
s

resultados do inventário de ciclo de vida aos indicadores de categoria e aos impactes finais por categoria.
es

3.39 categoria de impacte


pr

Classe que representa questões ambientais dignas de preocupação à qual os resultados do inventário de ciclo
de vida poderão ser atribuídos.
Im

3.40 indicador da categoria de impacte


Representação quantificável de uma categoria de impacte.
NOTA: A expressão mais curta "indicador de categoria” é usada nesta Norma Internacional para facilitar a leitura.

3.41 controlo de integralidade


Processo que verifica se a informação das fases de uma avaliação de ciclo de vida é suficiente para se
alcançarem conclusões de acordo com a definição do objectivo e do âmbito.
NP
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3.42 controlo de coerência


Processo que verifica se os pressupostos, métodos e dados são aplicados de modo coerente ao longo do
estudo e se estes estão de acordo com a definição do objectivo e do âmbito antes que se retirem as devidas

o
conclusões.

ida nic
3.43 controlo de sensibilidade

oib tró
Processo que verifica se a informação obtida de uma análise de sensibilidade é relevante para se alcançarem
conclusões e para que se façam recomendações.

pr lec
3.44 avaliação
Elemento no seio da fase de interpretação do ciclo de vida pretendido para gerar confiança nos resultados da
avaliação do ciclo de vida.

ão o e
NOTA: A avaliação inclui o controlo de integralidade, o controlo de sensibilidade, o controlo de coerência e qualquer outra
validação que possa ser necessária, de acordo com a definição do objectivo e do âmbito do estudo
uç ent
3.45 revisão crítica
Processo que visa assegurar a coerência entre a avaliação do ciclo de vida e os princípios e requisitos das
Normas Internacionais sobre a avaliação do ciclo de vida.
pr um

NOTA 1: Os princípios estão descritos nesta Norma Internacional (ver 4.1).


NOTA 2: Os requisitos estão descritos na ISO 14044.
re doc
od

3.46 parte interessada


Indivíduo ou grupo preocupado com ou afectado pelo desempenho ambiental de um sistema de produto, ou
pelos resultados da avaliação do ciclo de vida.
IP de

4 Descrição geral da avaliação do ciclo de vida (ACV)


© ão
Q

4.1 Princípios da ACV


s

4.1.1 Generalidades
es

Estes princípios são fundamentais e deverão ser utilizados como orientação para as decisões relacionadas
pr

com o planeamento e a realização de uma ACV.


Im

4.1.2 Perspectiva do ciclo de vida


A ACV considera todo o ciclo de vida de um produto, desde a extracção e obtenção de matérias-primas,
passando pela produção e fabrico de materiais e energia, até à utilização, tratamento de fim de vida e destino
final. Através desta perspectiva e abordagem sistemáticas, pode ser identificada e possivelmente evitada a
transferência de uma carga ambiental potencial entre etapas do ciclo de vida ou processos individuais.

4.1.3 Ênfase ambiental


A ACV aborda os aspectos ambientais e os impactes de um sistema de produto. Os aspectos e impactes
económicos e sociais estão, tipicamente, fora do âmbito da ACV. Para avaliações mais amplas, poderão ser
combinadas outras ferramentas com a ACV.
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4.1.4 Abordagem relativa e unidade funcional


A ACV é uma abordagem relativa, que está estruturada em torno de uma unidade funcional. Esta unidade

o
funcional define o que está a ser estudado. Todas as análises subsequentes são portanto relativas a essa

ida nic
unidade funcional dado que todas as entradas e saídas no ICV, e consequentemente o perfil de AICV, estão
relacionadas com a unidade funcional.

oib tró
4.1.5 Abordagem iterativa
A ACV é uma técnica iterativa. As fases individuais de uma ACV utilizam resultados das outras fases. A

pr lec
abordagem iterativa dentro e entre as fases contribui para a compreensão e consistência do estudo e dos
resultados reportados.

ão o e
4.1.6 Transparência
Devido à complexidade inerente da ACV, a transparência é um importante princípio orientador na execução
uç ent
de ACV’s, de forma a assegurar uma interpretação adequada dos resultados.

4.1.7 Compreensão
pr um

A ACV tem em conta todos os atributos ou aspectos do ambiente natural, da saúde humana e dos recursos.
Ao considerar num estudo e numa perspectiva transversal todos os atributos e aspectos, podem ser
identificados e avaliados os compromissos possíveis.
re doc
od

4.1.8 Prioridade da abordagem científica


As decisões numa ACV baseiam-se preferencialmente em ciências naturais. Se tal não for possível, poderão
IP de

ser utilizadas outras abordagens científicas (ex. ciências sociais e económicas), ou poder-se-á fazer referência
a convenções internacionais. Caso não exista uma base científica ou não seja possível uma justificação
baseada em outras abordagens científicas ou convenções internacionais, então as decisões poderão basear-se
em escolhas de valor, quando adequado.
© ão
Q

4.2 Fases de uma ACV


s
es

4.2.1 Os estudos de ACV compreendem quatro fases. A relação entre as fases é ilustrada na Figura 1. Estas
são:
pr

− definição do objectivo e âmbito,


Im

− inventário,
− avaliação de impacte, e
− interpretação.

4.2.2 Os estudos de ICV compreendem três fases:


− definição do objectivo e âmbito,
− inventário, e
− interpretação.
NP
EN ISO 14040
2008

p. 15 de 29

4.2.3 Os resultados da ACV poderão constituir dados úteis para uma variedade de processos de tomada de
decisão. As aplicações directas dos resultados dos estudos de ACV ou ICV, i.e. as aplicações previstas na
definição do objectivo e âmbito do estudo de ACV ou ICV, estão descritos na Figura 1. O Anexo A inclui

o
informação adicional sobre as áreas de aplicação da ACV.

ida nic
Enquadramento da avaliação do ciclo de vida

oib tró
Definição do

pr lec
objectivo e
âmbito Aplicações directas:

ão o e
- Desenvolvimento e
melhoria do produto
- Planeamento estratégico
uç ent
Inventário Interpretação
- Desenvolvimento de
políticas públicas
pr um

- Marketing
- Outras
re doc

Avaliação
de impacte
od
IP de

Figura 1 - Fases de uma ACV.


© ão
Q

4.3 Aspectos-chave de uma ACV


s

A lista seguinte resume alguns dos aspectos-chave da metodologia de ACV:


es

a) a ACV avalia, de um modo sistemático, os aspectos e os impactes ambientais de sistemas de produto,


desde a obtenção de matérias-primas até ao destino final, de acordo com o objectivo e âmbito definidos;
pr

b) a natureza relativa da ACV é devida à importância da unidade funcional na metodologia;


Im

c) o nível de detalhe e o enquadramento temporal de uma ACV poderão variar grandemente, consoante a
definição do objectivo e âmbito;
d) dependendo da aplicação pretendida da ACV, são tomadas medidas para respeitar a confidencialidade e
os direitos de propriedade;
e) a metodologia da ACV está aberta à inclusão de progressos científicos e melhorias no estado-da-arte da
técnica;
f) são aplicados requisitos específicos à ACV quando utilizada em afirmações comparativas para
divulgação pública;
NP
EN ISO 14040
2008

p. 16 de 29

g) não existe uma metodologia única para a realização da ACV. As organizações têm flexibilidade para
implementar a ACV tal como estabelecido nesta Norma Internacional, de acordo com a aplicação e os
requisitos da organização;

o
ida nic
h) a ACV é diferente de muitas outras técnicas (tais como a avaliação de desempenho ambiental, a
avaliação de impacte ambiental e a avaliação de risco), uma vez que se trata de uma abordagem relativa
baseada numa unidade funcional. A ACV poderá, todavia, utilizar informação recolhida por estas outras

oib tró
técnicas;
i) a ACV aborda impactes ambientais potenciais; a ACV não prevê impactes ambientais absolutos ou
precisos, devido:

pr lec
− à expressão relativa dos impactes ambientais potenciais em relação a uma unidade de referência,
− à integração de dados ambientais no espaço e no tempo,

ão o e
− a incerteza inerente à modelação de impactes ambientais, e
− ao facto de alguns impactes ambientais possíveis serem claramente impactes futuros;
uç ent
j) a fase de AICV, em conjunto com outras fases da ACV, fornece uma perspectiva à escala do sistema das
questões ambientais e de recursos para um ou mais sistema(s) de produto;
pr um

k) a AICV imputa os resultados do ICV às categorias de impacte; para cada categoria de impacte, é
seleccionado um indicador de categoria de impacte do ciclo de vida e é calculado o resultado do
indicador de categoria (resultado do indicador); o conjunto dos resultados do indicador (resultados da
re doc

AICV) ou o perfil de AICV fornece informação relativa às questões ambientais associadas às entradas e
saídas do sistema de produto;
od

l) não existe uma base científica para reduzir os resultados da ACV a uma pontuação ou valor global
único, uma vez que a ponderação requer escolhas de valor;
IP de

m) a interpretação do ciclo de vida utiliza um procedimento sistemático para identificar, qualificar,


verificar, avaliar e apresentar as conclusões com base nos resultados de uma ACV, de modo a satisfazer
os requisitos da aplicação como descrito no objectivo e âmbito do estudo;
© ão
Q

n) a interpretação do ciclo de vida utiliza um procedimento iterativo tanto dentro da fase de interpretação
como com as outras fases de uma ACV;
s

o) ao enfatizar os pontos fortes e limitações de uma ACV em relação à sua definição do âmbito e objectivo,
es

a interpretação do ciclo de vida providencia disposições para criar ligações entre a ACV e outras
técnicas de gestão ambiental.
pr

4.4 Conceitos gerais dos sistemas de produto


Im

A ACV modela o ciclo de vida de um produto como o seu sistema de produto, que desempenha uma ou mais
funções definidas.
A propriedade essencial de um sistema de produto é caracterizada pela sua função e não pode ser definida
apenas em termos de produtos finais. A Figura 2 ilustra um exemplo de um sistema de produto.
Os sistemas de produto são subdivididos num conjunto de processos unitários (ver Figura 3). Os processos
unitários estão interligados por fluxos de produtos intermédios e/ou resíduos para tratamento, a outros
sistemas de produto por fluxos de produto, e ao ambiente por fluxos elementares.
A divisão de um sistema de produto nos processos unitários que o compõem facilita a identificação das
entradas e saídas do sistema de produto. Em muitos casos, algumas das entradas são utilizadas como
componentes do produto de saída, enquanto outras (entradas auxiliares) são utilizadas num processo unitário
NP
EN ISO 14040
2008

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mas não são parte integrante do produto de saída. Um processo unitário gera também outras saídas (fluxos
elementares e/ou produtos) como resultado das suas actividades. O nível de detalhe da modelação requerido
para satisfazer o objectivo do estudo determina a fronteira do processo unitário.

o
ida nic
Os fluxos elementares incluem a utilização de recursos e as emissões e descargas para o ar, água e solo
associadas ao sistema. A partir destes dados poderão delinear-se interpretações, dependendo do objectivo e
do âmbito da ACV. Estes dados são os resultados do ICV e constituem a entrada para a AICV.

oib tró
EXEMPLOS:
Fluxos elementares que entram no processo unitário: petróleo bruto extraído do solo e radiação solar.

pr lec
Fluxos elementares que saem do processo unitário: emissões para o ar, descargas para a água ou solo e radiação.
Fluxos de produtos intermédios: materiais elementares e componentes.

ão o e
Fluxos de produtos que entram ou saem do sistema: materiais reciclados e componentes para reutilização.

Fronteira do sistema
uç ent
Ambiente do sistema

Obtenção de
pr um

Outros matérias-primas
sistemas
re doc

Transportes
Fluxo de
od

produto
Fluxos
Produção elementares
IP de

Fornecimento
© ão

de energia Utilização
Q

Fluxos
elementares
s
es

Reciclagem/
Reutilização Fluxo de Outros
produto sistemas
pr

Tratamento de
Im

resíduos

Figura 2 – Exemplo de um sistema de produto para a ACV


NP
EN ISO 14040
2008

p. 18 de 29

Processo
Fluxos de entrada Fluxos de saída

o
unitário

ida nic
Fluxos intermédios

oib tró
pr lec
Fluxos de entrada Processo Fluxos de saída
unitário

ão o e Fluxos intermédios
uç ent
Fluxos de entrada Processo Fluxos de saída
unitário
pr um

Figura 3 – Exemplo de um conjunto de processos unitários num sistema de produto.


re doc
od

5 Enquadramento metodológico

5.1 Requisitos gerais


IP de

Quando se realiza uma ACV, devem ser aplicados os requisitos da ISO 14044.
© ão

5.2 Definição do objectivo e do âmbito


Q
s

5.2.1 Generalidades
es

5.2.1.1 O objectivo da ACV estabelece:


pr

− a aplicação pretendida,
− as razões para a realização do estudo,
Im

− o público-alvo, i.e. a quem se pretende comunicar os resultados do estudo, e


− se os resultados se destinam a ser utilizados em afirmações comparativas para divulgação pública.
O âmbito deverá ser suficientemente bem definido para assegurar que a extensão, a profundidade e o nível de
detalhe do estudo são compatíveis e suficientes para se atingir o objectivo definido.

5.2.1.2 O âmbito inclui os itens seguintes:


− o sistema de produto a estudar;
− as funções do sistema de produto ou, em caso de estudos comparativos, dos sistemas;
NP
EN ISO 14040
2008

p. 19 de 29

− a unidade funcional;
− a fronteira do sistema;

o
− procedimentos de alocação;

ida nic
− categorias de impacte seleccionadas e metodologia da avaliação de impacte, e interpretação subsequente a
ser utilizada;

oib tró
− requisitos dos dados;
− pressupostos;

pr lec
− limitações;
− requisitos da qualidade dos dados iniciais;

ão o e
− tipo de revisão crítica, se existente;
− tipo e formato do relatório requerido para o estudo.
uç ent
A ACV é uma técnica iterativa, e à medida que os dados e a informação são recolhidos, vários aspectos do
âmbito poderão necessitar de modificação por forma a satisfazer o objectivo original do estudo.
pr um

5.2.2 Função, unidade funcional e fluxos de referência


Um sistema poderá ter várias funções possíveis e a(s) seleccionada(s) para um estudo depende(m) do
re doc

objectivo e do âmbito da ACV.


od

A unidade funcional define a quantificação das funções identificadas (características de desempenho) do


produto. O objectivo principal de uma unidade funcional é fornecer uma referência à qual as entradas e
saídas sejam relacionadas. Esta referência é necessária para assegurar a comparabilidade dos resultados da
IP de

ACV. A comparabilidade dos resultados da ACV é particularmente crítica quando se avaliam sistemas
diferentes, para garantir que tais comparações são efectuadas com uma base comum.
© ão

É importante determinar o fluxo de referência em cada sistema de produto, de modo a satisfazer a função
pretendida, i.e. a quantidade de produtos necessária ao cumprimento da função.
Q

EXEMPLO: Na função de secagem de mãos são estudados uma toalha de papel e um sistema de secagem por ar. A unidade
s

funcional seleccionada poderá ser expressa em termos do número idêntico de pares de mãos secas por ambos os sistemas. É possível
es

determinar o fluxo de referência para cada sistema, por exemplo, respectivamente, a massa média de papel ou o volume médio de ar
quente necessários para secar um par de mãos. Para ambos os sistemas, é possível compilar um inventário de entradas e saídas com
base nos fluxos de referência. No seu nível mais simples, no caso da toalha de papel, tal estaria relacionado com o papel consumido.
pr

No caso do secador a ar, tal estaria relacionado com a massa de ar quente necessária à secagem das mãos.
Im

5.2.3 Fronteira do sistema


A ACV é realizada, pela definição de sistemas de produto como modelos que descrevem os elementos-chave
de sistemas físicos. A fronteira do sistema define os processos unitários a serem incluídos no sistema.
Idealmente, o sistema de produto deverá ser modelado de tal forma que as entradas e saídas na sua fronteira
sejam fluxos elementares. No entanto, não é necessário despender recursos na quantificação de entradas e
saídas que não irão alterar significativamente as conclusões globais do estudo.
A escolha de elementos do sistema físico a modelar depende da definição do objectivo e do âmbito do
estudo, da aplicação e do público pretendidos, dos pressupostos, das restrições de dados e custos, e dos
critérios de exclusão. Os modelos utilizados deverão ser descritos e deverão ser identificados os pressupostos
subjacentes a essas escolhas. Os critérios de exclusão utilizados num estudo deverão ser claramente
compreendidos e descritos.
NP
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Os critérios utilizados na definição da fronteira do sistema são importantes para o nível de confiança dos
resultados de um estudo e para a possibilidade de atingir o seu objectivo.

o
Na definição da fronteira do sistema deverão ser consideradas várias etapas do ciclo de vida, processos

ida nic
unitários e fluxos, como por exemplo, os seguintes:
− obtenção de matérias-primas;
− entradas e saídas na sequência principal de fabricação/processamento;

oib tró
− distribuição/transporte;

pr lec
− produção e utilização de combustíveis, electricidade e calor;
− utilização e manutenção de produtos;

ão o e
− destino final de resíduos do processo e de produtos;
− recuperação de produtos usados (incluindo reutilização, reciclagem, e recuperação de energia);
uç ent
− fabrico de materiais auxiliares;
− fabrico, manutenção e desafectação do equipamento;
pr um

− operações adicionais, tais como iluminação e aquecimento.


Em muitos casos, a fronteira de sistema inicialmente definida terá, subsequentemente, de ser redefinida.
re doc

5.2.4 Requisitos da qualidade dos dados


od

Os requisitos da qualidade dos dados especificam, em termos gerais, as características dos dados necessários
para o estudo.
IP de

As descrições da qualidade dos dados são importantes para compreender a fiabilidade dos resultados do
estudo e para interpretar os resultados do estudo de forma adequada.
© ão

5.3 Inventário do ciclo de vida (ICV)


Q
s

5.3.1 Generalidades
es

O inventário envolve procedimentos de recolha de dados e de cálculo para a quantificação das entradas e
saídas relevantes de um sistema de produto.
pr

O processo de realização de um inventário é iterativo. À medida que os dados são recolhidos e se aprende
Im

mais sobre o sistema, poderão ser identificados novos requisitos de dados ou limitações que exijam
alterações nos procedimentos de recolha de dados de forma a que os objectivos do estudo possam ainda ser
alcançados. Por vezes, poderão ser identificados aspectos que impliquem a revisão do objectivo ou do âmbito
do estudo.

5.3.2 Recolha de dados


Para cada processo unitário dentro das fronteiras do sistema os dados podem ser classificados em grandes
categorias, incluindo:
− entradas de energia, entradas de matérias-primas, entradas auxiliares, outras entradas físicas,
− produtos, co-produtos e resíduos,
NP
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− emissões para o ar, descargas para a água e para o solo, e


− outros aspectos ambientais.

o
A recolha de dados pode ser um processo intensivo em termos de recursos. As restrições práticas na recolha

ida nic
de dados deverão ser consideradas no âmbito e documentadas no relatório do estudo.

oib tró
5.3.3 Cálculo de dados
Após a recolha de dados, são necessários procedimentos de cálculo, incluindo:

pr lec
− validação dos dados recolhidos,
− relação dos dados com os processos unitários, e

ão o e
− relação dos dados com o fluxo de referência da unidade funcional,
para produzir os resultados do inventário do sistema definido para cada processo unitário e para a unidade
funcional definida do sistema de produto a ser modelado.
uç ent
O cálculo de fluxos energéticos deverá ter em conta as diferentes fontes de combustíveis e de electricidade
utilizadas, a eficiência da conversão e distribuição do fluxo energético, bem como as entradas e saídas
pr um

associadas à sua produção e utilização.

5.3.4 Alocação de fluxos e emissões e descargas


re doc

Poucos processos industriais produzem apenas uma saída ou são baseados numa linearidade de entradas e
od

saídas de matérias-primas. De facto, a maioria dos processos industriais produz mais do que um produto e
recicla produtos intermédios ou rejeitados como matérias-primas.
Quando se lida com sistemas que envolvem produtos múltiplos e sistemas de reciclagem, deverá ser
IP de

considerada a necessidade de processos de alocação.


© ão

5.4 Avaliação de impacte do ciclo de vida (AICV)


Q

5.4.1 Generalidades
s
es

A fase de avaliação de impacte da ACV destina-se a avaliar a significância dos impactes ambientais
potenciais, utilizando os resultados do ICV. De um modo geral, este processo envolve a associação dos
dados do inventário a categorias específicas de impacte ambiental e a indicadores de categoria, tentando-se
pr

assim compreender estes impactes. A fase de AICV fornece ainda informação para a fase de interpretação do
ciclo de vida.
Im

A avaliação de impacte poderá incluir o processo iterativo de revisão do objectivo e do âmbito do estudo de
ACV para determinar se os objectivos do estudo foram alcançados, ou para modificar o objectivo e o âmbito
se a avaliação indicar que estes não podem ser atingidos.
Questões como a escolha, modelação e avaliação das categorias de impacte podem introduzir subjectividade
na fase de AICV. Por conseguinte, a transparência é um aspecto crítico na avaliação de impacte para
assegurar que os pressupostos são claramente descritos e relatados.

5.4.2 Elementos da AICV


Os elementos da fase de AICV estão ilustrados na Figura 4.
NOTA: Na ISO 14044 pode ser encontrada explicação mais detalhada sobre a terminologia da AICV.
NP
EN ISO 14040
2008

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A divisão da fase de AICV em elementos diferentes é útil e necessária por diversas razões, já que:
a) cada elemento da AICV é distinto e pode ser claramente definido;

o
b) a fase de definição do objectivo e do âmbito de uma ACV pode considerar cada elemento da AICV

ida nic
separadamente;
c) a avaliação da qualidade dos métodos, pressupostos e outras decisões da AICV pode ser realizada para

oib tró
cada elemento da AICV;
d) os procedimentos, pressupostos e outras operações da AICV em cada elemento podem ser tornados
transparentes para revisão crítica e relato;

pr lec
e) a utilização de valores e subjectividade (a partir daqui referido como escolhas de valor) em cada
elemento, pode ser tornada transparente para revisão crítica e relato.

ão o e
O nível de detalhe, a escolha dos impactes avaliados e as metodologias utilizadas dependem do objectivo e
do âmbito do estudo.
uç ent
AVALIAÇÃO DE IMPACTE DO CICLO DE VIDA
pr um

Elementos obrigatórios

Selecção de categorias de impacte, indicadores de categoria e modelos de caracterização


re doc
od

Imputação dos resultados do ICV (classificação)


IP de

Cálculo dos resultados dos indicadores de categoria (caracterização)


© ão
Q
s
es

Resultados dos indicadores de categoria, resultados da AICV (perfil da AICV)


pr

Elementos opcionais
Im

Cálculo da magnitude dos resultados dos indicadores de categoria


em relação à informação de referência (normalização)

Agregação

Ponderação

Figura 4 – Elementos da fase de AICV


NP
EN ISO 14040
2008

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5.4.3 Limitações da AICV


A AICV aborda apenas as questões ambientais que são especificadas no objectivo e no âmbito. Assim, a

o
AICV não é uma avaliação completa de todas as questões ambientais do sistema de produto em estudo.

ida nic
A AICV nem sempre pode demonstrar diferenças significativas entre as categorias de impacte e os resultados
dos indicadores relacionados de sistemas de produto alternativos. Isto poderá dever-se a:
− desenvolvimento limitado dos modelos de caracterização, análise de sensibilidade e análise da incerteza

oib tró
para a fase de AICV,
− limitações da fase de ICV, tais como o estabelecimento da fronteira do sistema, que não envolve todos os

pr lec
processos unitários possíveis para um sistema de produto ou que não inclui todas as entradas e saídas de
todos os processos unitários, uma vez que há exclusões e lacunas de dados,

ão o e
− limitações da fase de ICV, tais como qualidade inadequada dos dados do ICV, que poderá, por exemplo,
ser causada por incertezas ou diferenças em procedimentos de alocação e agregação, e
− limitações na recolha dos dados de inventário adequados e representativos para cada categoria de impacte.
uç ent
A ausência das dimensões espacial e temporal nos resultados do ICV introduz incerteza nos resultados da
AICV. A incerteza varia consoante as características espaciais e temporais de cada categoria de impacte.
pr um

Não há metodologias amplamente aceites para associar de forma consistente e precisa os dados do inventário
a impactes ambientais potenciais específicos. Os modelos para categorias de impacte estão em diferentes
estágios de desenvolvimento.
re doc
od

5.5 Interpretação do ciclo de vida


A interpretação é a fase da ACV na qual os resultados do inventário e da avaliação de impacte são
considerados em conjunto, ou apenas os resultados do inventário no caso dos estudos de ICV. A fase de
IP de

interpretação deverá fornecer resultados que sejam consistentes com o objectivo e o âmbito definidos e que
permitam obter conclusões, explicar limitações e fazer recomendações.
© ão

A interpretação deverá reflectir o facto de que os resultados da AICV são baseados numa abordagem
Q

relativa, que indicam efeitos ambientais potenciais, e que não prevêem efeitos reais em impactes finais por
categoria, a ultrapassagem de valores limite ou margens de segurança ou riscos.
s

Os resultados desta interpretação poderão assumir a forma de conclusões e recomendações para os decisores,
es

em consonância com o objectivo e âmbito do estudo.


A interpretação do ciclo de vida visa também fornecer uma apresentação facilmente compreensível,
pr

completa e coerente dos resultados de uma ACV, em concordância com a definição do objectivo e do âmbito
do estudo.
Im

A fase de interpretação poderá envolver o processo iterativo de revisão e modificação do âmbito da ACV,
bem como da natureza e qualidade dos dados recolhidos, de um modo que esteja em consonância com o
objectivo definido.
Os resultados da interpretação do ciclo de vida deverão reflectir os resultados do elemento de avaliação.
NP
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6 Relato
Uma estratégia de relato é uma parte integrante de uma ACV. Um relatório eficaz deverá incluir as diferentes

o
fases do estudo considerado.

ida nic
Relatar os resultados e as conclusões da ACV de forma adequada à audiência pretendida, incluindo os dados,
métodos e pressupostos utilizados no estudo e as respectivas limitações.

oib tró
Se o estudo incluir a fase de AICV e for relatado a uma terceira parte, deverão ser relatadas as questões
seguintes:
− a relação com os resultados do ICV;

pr lec
− uma descrição da qualidade dos dados;

ão o e
− os impactes finais por categoria a proteger;
− a selecção das categorias de impacte;
− os modelos de caracterização;
uç ent
− os factores e mecanismos ambientais;
− o perfil dos resultados do indicador.
pr um

A natureza relativa dos resultados da AICV e a sua não adequação para prever impactes nos impactes finais
por categoria deverão também ser referidas no relatório. Incluir a referência e a descrição das escolhas de
re doc

valor utilizadas na fase de AICV do estudo, em relação aos modelos de caracterização, normalização,
ponderação, etc.
od

Incluir outros requisitos fornecidos pela ISO 14044 sempre que os resultados do estudo se destinem a ser
utilizados em afirmações comparativas destinadas ao público. Para além disso, ao relatar a fase de
IP de

interpretação, a ISO 14044 exige transparência total em termos de escolhas de valor, justificações e
apreciações de peritos.
© ão

7 Revisão crítica
Q
s

7.1 Generalidades
es

A revisão crítica é um processo para verificar se uma ACV cumpriu os requisitos de metodologia, dados,
interpretação e relato e se está em consonância com os princípios.
pr

De um modo geral, as revisões críticas de uma ACV poderão utilizar qualquer das opções de revisão
Im

apresentadas no ponto 7.3. Uma revisão crítica não pode verificar nem validar os objectivos que são
escolhidos para uma ACV pelo seu responsável, nem as utilizações que são feitas dos resultados.

7.2 Necessidade de revisão crítica


Uma revisão crítica poderá facilitar a compreensão e reforçar a credibilidade da ACV, por exemplo pelo
envolvimento de partes interessadas.
A utilização dos resultados da ACV para justificar afirmações comparativas levanta preocupações especiais e
requer revisão crítica, uma vez que esta aplicação poderá afectar partes interessadas externas à ACV.
Contudo, o facto de uma revisão crítica ter sido realizada não deverá, de modo algum, implicar o
reconhecimento de qualquer afirmação comparativa que seja baseada num estudo de ACV.
NP
EN ISO 14040
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7.3 Processos de revisão crítica

o
7.3.1 Generalidades

ida nic
O âmbito e o tipo de revisão crítica pretendidos são definidos na fase de definição do objectivo e do âmbito
de uma ACV. O âmbito deverá identificar a razão da realização da revisão crítica, o que será abrangido e
com que nível de detalhe, e quem necessita de ser envolvido no processo.

oib tró
A revisão deverá assegurar que os elementos de classificação, caracterização, normalização, agregação e de
ponderação são suficientes e estão documentados de modo a permitir que a fase de interpretação do ciclo de

pr lec
vida da ACV seja realizada.
Acordos de confidencialidade relativos ao conteúdo da ACV deverão ser considerados conforme necessário.

ão o e
7.3.2 Revisão crítica por perito interno ou externo
O perito interno ou externo deverá estar familiarizado com os requisitos da ACV e deverá possuir
uç ent
conhecimentos técnicos e científicos adequados.

7.3.3 Revisão crítica por um painel de partes interessadas


pr um

O responsável do estudo deverá seleccionar um perito externo independente para presidir a um painel de
revisão composto por pelo menos três membros. Com base no objectivo, âmbito e orçamento disponíveis
re doc

para a revisão, o presidente deverá seleccionar outros revisores qualificados independentes.


od

Este painel poderá também incluir outras partes interessadas afectadas pelas conclusões da ACV, tais como
organismos públicos, grupos não-governamentais, concorrentes e indústrias afectadas.
IP de
© ão
Q
s
es
pr
Im
NP
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2008

p. 26 de 29

Anexo A
(informativo)

o
ida nic
Aplicação da ACV

oib tró
A.1 Áreas de aplicação

pr lec
A.1.1 No ponto 4.2 (Figura 1) são referidas aplicações pretendidas da ACV como exemplos e de forma não
exclusiva. As aplicações da ACV, enquanto tal, encontram-se fora do âmbito desta Norma Internacional.

ão o e
Outras aplicações na área de sistemas e ferramentas de gestão ambiental incluem, entre outras:
a) sistemas de gestão ambiental e avaliação do desempenho ambiental (ISO 14001, ISO 14004, ISO 14031
uç ent
e ISO/TR 14032), por exemplo, identificação de aspectos ambientais significativos dos produtos e
serviços de uma organização;
b) rótulos ambientais e declarações (ISO 14020, ISO 14021 e ISO 14025);
pr um

c) integração de aspectos ambientais no design e desenvolvimento de produto (design para o ambiente)


(ISO/TR 14062);
re doc

d) inclusão de aspectos ambientais em normas de produtos (Guia ISO 64);


od

e) comunicação ambiental (ISO 14063);


f) quantificação, monitorização e relato das emissões e das rejeições de uma entidade ou de um projecto, e
IP de

validação, verificação e certificação de emissões de gases de efeito de estufa [ISO 14064 (todas as
partes)].
Há várias outras aplicações potenciais em organizações públicas e privadas. A seguinte lista de técnicas,
© ão

métodos e ferramentas não indica que estas são baseadas na técnica de ACV, enquanto tal, mas que a
Q

abordagem, princípios e enquadramento do ciclo de vida podem ser aplicados com benefício. Estas são, entre
outras:
s
es

− avaliação de impacte ambiental (AIA);


− contabilidade da gestão ambiental (CGA);
pr

− avaliação de políticas (modelos para reciclagem, etc.);


Im

− avaliação de sustentabilidade; os aspectos económicos e sociais não estão incluídos na ACV, mas os
procedimentos e as linhas de orientação podem ser aplicados por partes competentes apropriadas;
− análise de fluxos de substâncias e de materiais (AFS e AFM);
− avaliação do perigo e do risco de produtos químicos;
− análise de risco e gestão de risco das instalações ou fábricas;
− acompanhamento 1 de produto, gestão de cadeia de fornecimento;

1
NOTA NACIONAL: stewardship
NP
EN ISO 14040
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p. 27 de 29

− gestão do ciclo de vida (GCV);


− design briefs, perspectiva de ciclo de vida;

o
− custos do ciclo de vida (CCV).

ida nic
As clarificações, considerações, práticas, simplificações e opções para as diferentes aplicações estão também
para além do âmbito desta Norma Internacional.

oib tró
A.1.2 Não existe uma solução única quanto à melhor forma de aplicar a ACV no contexto da tomada de

pr lec
decisão. Cada organização tem de resolver e decidir caso a caso, dependendo (entre outros) da dimensão e
cultura da organização, dos seus produtos, da estratégia, dos sistemas, ferramentas e procedimentos internos
e dos factores de motivação 1 externos.

ão o e
A ACV poderá ser utilizada numa vasta gama de aplicações. A utilização, a adaptação e a prática individuais
da ACV, para todas as potenciais aplicações, baseiam-se nesta Norma Internacional e na ISO 14044.
Para além do referido, a técnica ACV poderá ser aplicada, com a devida justificação, em outros estudos que
uç ent
não estudos de ACV ou de ICV. Exemplos disso são:
− estudos do berço-ao-portão 2 ,
pr um

− estudos do portão-ao-portão 3 ,
− partes específicas do ciclo de vida (ex.: gestão de resíduos, componentes de um produto).
re doc

A maioria dos requisitos desta Norma Internacional e da ISO 14044 são aplicáveis a estes estudos (ex.:
qualidade, recolha e cálculo dos dados, bem como alocação e revisão crítica), mas nem todos os requisitos se
od

aplicam à fronteira do sistema.


IP de

A.1.3 Para aplicações específicas, pode ser apropriado, como parte da AICV, determinar os resultados dos
indicadores de cada processo unitário ou de cada etapa de ciclo de vida individualmente e calcular os
resultados dos indicadores de todo o sistema de produto, adicionando os resultados dos indicadores dos
© ão

diferentes processos unitários ou etapas.


Q

Este procedimento está contemplado na estrutura definida nesta Norma Internacional, desde que:
s

− tenha sido definido na fase de definição do objectivo e do âmbito, e


es

− seja demonstrado que os resultados de tal abordagem são idênticos aos resultados de uma ACV que aplica
a sequência de passos de acordo com as linhas de orientação desta Norma Internacional e da ISO 14044.
pr
Im

A.2 Abordagem da aplicação


É necessário considerar o contexto da tomada de decisão quando se define o âmbito de uma ACV; i.e. os
sistemas de produto estudados deverão abordar, de forma adequada, os produtos e processos afectados pelas
aplicações pretendidas.

1
NOTA NACIONAL: drivers
2
NOTA NACIONAL: cradle-to-gate
3
NOTA NACIONAL: gate-to-gate
NP
EN ISO 14040
2008

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Os exemplos de aplicações dizem respeito a decisões que visam melhorias ambientais, as quais constituem
também o foco global da família ISO 14000. Assim, os produtos e processos estudados numa ACV são os
que são afectados pela decisão que a ACV pretende suportar.

o
ida nic
Algumas aplicações poderão parecer não abordar melhorias no imediato, tais como as ACV que serão usadas
para a educação ou informação acerca do ciclo de vida do produto. Contudo, assim que tal informação é
aplicada na prática, é usada num contexto de melhoria. Por conseguinte, é necessário um cuidado especial

oib tró
para garantir que a informação é aplicável no contexto ao qual é suposto ser aplicada.
Duas possíveis abordagens diferentes à ACV têm sido desenvolvidas nos últimos anos. Estas são:

pr lec
a) uma que atribui fluxos elementares e impactes ambientais potenciais a um sistema de produto específico,
tipicamente como uma contabilização da história do produto, e
b) outra que estuda as consequências ambientais de possíveis alterações (futuras) entre sistemas de produto

ão o e
alternativos. uç ent
pr um
re doc
od
IP de
© ão
Q
s
es
pr
Im
NP
EN ISO 14040
2008

p. 29 de 29

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Im

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