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Research, Society and Development, v. 11, n.

5, e3111527993, 2022
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i5.27993

Mortalidade por malformações congênitas em aparelho circulatório em menores de 1


ano na região Sudeste do Brasil entre 2014 e 2019
Mortality due to malformations of the circulatory system in children under 1 year of age in the
Southeast region of Brazil between 2014 and 2019
Mortalidad por malformaciones congénitas del sistema circulatorio en niños menores de 1 año en la
región Sudeste de Brasil entre 2014 y 2019

Recebido: 12/03/2022 | Revisado: 20/03/2022 | Aceito: 22/03/2022 | Publicado: 28/03/2022

Suzana Cássia Feltrin Alves


ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7456-7849
Universidade Estadual de São Paulo, Brasil
E-mail: sfeltrinalves@gmail.com
Frederico Augusto Oliveira Teixeira
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3819-7553
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Brasil
E-mail: fredericofurtadoo@gmail.com
Gabriela Andrade Franco
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5730-8597
Faculdade de Ciências Médicas de São José dos Campos, Brasil
E-mail: gabi.a.franco@hotmail.com
Giulia Isadora Cenci
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4236-1096
Faculdade Meridional, Brasil
E-mail: giuliaisacenci@gmail.com
Jessica Corrêa Pantoja
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5714-7909
Faculdade Santa Marcelina, Brasil
E-mail: jessicacorreapantoja@gmail.com
Lara Stephanie Aparecida de Souza Jacob
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8192-3058
Universidade Nove de Julho, Brasil
E-mail: lsouzajacob@gmail.com
Diana Katalina Castaneda Vieira
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8127-8968
Fundacion Universitaria Juan N. Corpas, Colombia
E-mail: castaneda.katalina@gmail.com
Leonardo Marcondes Rodrigues
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9934-5425
Faculdade de Ciências Médicas de São José dos Campos, Brasil
E-mail: leo.mrodrigues99@gmail.com
Juliana Sousa Candido
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8382-0546
Faculdade de Ciências Médicas de São José dos Campos, Brasil
E-mail: julianacandido0701@gmail.com
Érika Quinsan de Carvalho
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4877-4104
Faculdade de Ciências Médicas de São José dos Campos, Brasil
E-mail: erikaquinsan23@hotmail.com

Resumo
Objetivo: Analisar os índices de mortalidade por malformações congênitas em aparelho circulatório em crianças
menores de 1 ano na região Sudeste do Brasil entre os anos de 2014 e 2019. Métodos: Trata-se de um estudo
ecológico de série temporal realizado através da análise quantitativa e qualitativa da amostra composta pelos óbitos de
crianças menores de 1 ano, em decorrência de malformações congênitas em aparelho circulatório, na região Sudeste
brasileira no período decorrido entre 2014 e 2019. Os dados foram coletados do Sistema de Informações sobre
Mortalidade (SIM), disponibilizados por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS). Foram incluídas todas as notificações realizadas durante o intervalo de seis anos estudado e excluídas as
informações não computadas pelo SIM. A análise dos aspectos epidemiológicos partiu das seguintes variáveis: ano de
óbito, Unidade da Federação (UF), local de ocorrência, cor/raça e sexo. Resultados: Foi computado o total de 9.884

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óbitos, distribuídos de maneira pouco variável entre os anos observados. Destes, 51,82% ocorreu no estado de São
Paulo; 94,55% em ambiente hospitalar; 62,09% em crianças de cor/raça branca e 53,3% em crianças do sexo
masculino. Conclusão: O presente estudo elucidou e relacionou os aspectos epidemiológicos dos óbitos por
malformações congênitas em aparelho circulatório em crianças menores de 1 ano entre 2014 e 2019, contribuindo,
assim, para o reconhecimento do impacto destas condições sobre a vida da criança e da importância de medidas
diagnósticas precoces na redução da mortalidade.
Palavras-chave: Anormalidades congênitas; Sistema Cardiovascular; Mortalidade; Criança.

Abstract
Objective: To analyze the mortality rates due to congenital malformations in the circulatory system in children
younger than 1 year in the Southeast region of Brazil between 2014 and 2019. Methods: This is an ecological time
series study carried out through the quantitative and qualitative analysis of the sample composed of deaths of children
under 1 year old, as a result of congenital malformations in the circulatory system, in the Southeast region of Brazil in
the period between 2014 and 2019. Data were collected from the Mortality Information System (SIM), made available
through the Informatics Department of the Unified Health System (DATASUS). All notifications made during the six-
year period studied were included and information not computed by the SIM was excluded. The analysis of
epidemiological aspects was based on the following variables: year of death, Federation Unit (UF), place of
occurrence, color/race and sex. Results: A total of 9,884 deaths were computed, distributed with little variation
between the years observed. Of these, 51.82% occurred in the state of São Paulo; 94.55% in a hospital environment;
62.09% in children of color/white race and 53.3% in male children. Conclusion: The present study elucidated and
related the epidemiological aspects of deaths from congenital malformations in the circulatory system in children
under 1 year of age between 2014 and 2019, thus contributing to the recognition of the impact of these conditions on
the child's life and the importance of early diagnostic measures in reducing mortality.
Keywords: Congenital Abnormalities; Cardiovascular System; Mortality; Child.

Resumen
Objetivo: Analizar las tasas de mortalidad por malformaciones congénitas del sistema circulatorio en niños menores
de 1 año en la región Sudeste de Brasil entre 2014 y 2019. Métodos: Se trata de un estudio de serie temporal ecológica
realizado mediante análisis cuantitativo y cualitativo de la muestra. compuesto por muertes de niños menores de 1
año, por malformaciones congénitas en el sistema circulatorio, en la región Sudeste de Brasil en el período
comprendido entre 2014 y 2019. Los datos fueron recopilados del Sistema de Información de Mortalidad (SIM),
puesto a disposición por medio de el Departamento de Tecnologías de la Información del Sistema Único de Salud
(DATASUS). Se incluyeron todas las notificaciones realizadas durante el sexenio estudiado y se excluyó la
información no computada por el SIM. El análisis de los aspectos epidemiológicos se basó en las siguientes variables:
año de muerte, Unidad de la Federación (FU), lugar de ocurrencia, color/raza y sexo. Resultados: Se computaron un
total de 9.884 defunciones, distribuidas con poca variación entre los años observados. De estos, 51,82% ocurrieron en
el estado de São Paulo; 94,55% en ambiente hospitalario; 62,09% en niños de color/raza blanca y 53,3% en niños
varones. Conclusión: El presente estudio esclareció y relacionó los aspectos epidemiológicos de las muertes por
malformaciones congénitas del sistema circulatorio en niños menores de 1 año entre 2014 y 2019, contribuyendo así
al reconocimiento del impacto de estas condiciones en la vida del niño y la importancia de las medidas de diagnóstico
precoz para reducir la mortalidad.
Palabras clave: Anomalías Congénitas; Sistema Cardiovascular; Mortalidad; Niño.

1. Introdução
A Doença Cardíaca Congênita (DCC) é representada como a falha congênita mais comum e de maior incidência
(0,41-10,3 a cada 1.000 nascidos vivos), caracterizando uma moléstia considerável. É um conjunto de malformações
fisiológicas, anatômicas e funcionais do coração, abrangendo falhas de válvulas, septos, forames e anomalias do músculo
estriado cardíaco e de seu trato de saúde que ocasionam consequências como irregularidades no fluxo sanguíneo, insuficiência
cardíaca e evolução para óbito, nos casos graves (Yang et al., 2020). Em razão disso, investimentos e dedicação em pesquisas
de cunho científico acerca da referida malformação congênita são de extrema relevância no que tange o campo da saúde
global.
No decorrer da embriogênese, patologias cardíacas conferidas durante o crescimento anômalo do coração e de seus
principais vasos retratam a variedade mais constante de anomalias congênitas em seres humanos, com a prevalência
aproximada de 1% no número total de nascidos vivos, o que equivale a aproximadamente 33,3% do total de anomalias
congênitas por ano (Wang et al., 2019).

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O coração é o primeiro órgão a atuar durante a embriogênese, de forma que seu desenvolvimento exige condução
temporal e espacial, de forma a demandar de aspectos genéticos, ambientais e epigenéticos. A gênese genética desse tipo de
patologia pode ser multifatorial, englobando anomalias de origem cromossômica, variações da quantidade de réplicas e
mutações genéticas. Os fatores ambientais podem compreender desde traços paternos a exposições maternas a drogas. No que
tange à epigenética, codificantes endógenos podem parear de forma incorreta, perdendo sua função enzimática. Como
consequência, o desenvolvimento cardíaco pode ser interrompido ou pode ocorrer o afinamento das paredes ventriculares ou a
multiplicação exacerbada dos cardiomiócitos (Yang et al., 2020).
Desta forma, é sabido que o desenvolvimento do coração é uma sequência biológica multifacetada, de maneira que
aspectos patogênicos de origem genética ou do meio podem influenciar no processo, causando uma DCC. Alguns dos aspectos
ambientais específicos para eventos desse tipo englobam condições maternas, como as infecções virais e patologias
autoimunes, e apresentações maternas a substâncias químicas tóxicas, além de radiação ionizante ao longo dos três meses
iniciais de gestação (Wang et al., 2019).
Além disso, defeitos cardíacos congênitos familiares são propagados em um modelo autossômico dominante,
autossômico recessivo ou ligado ao X na família. Não obstante de anormalidades de origem cromossomal, além de outras
variedades na quantidade de cópias, um número crescente de mutações tem alterado a patogenia de DCC em humanos,
acometendo mais do que 60 genes codificadores de cópias cardíacas, proteínas de estrutura do miocárdio, indicadores
moleculares e agentes modificadores de cromatina (Wang et al., 2019).
A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10, 2013), é
conhecida pela CID (International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems). É responsável por
conceder códigos referentes à classificação das patologias e de uma gigantesca diversidade de sinais, sintomas, aspectos
anormais, queixas, circunstâncias sociais e causas externas para ferimentos ou doenças.
No Capítulo XVII da 10ª edição da referida literatura conhecida como CID-10, há a classificação das malformações
congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas, de maneira que o grupo Q20-Q28 aborda as malformações congênitas
do aparelho circulatório, onde são realizadas subdivisões: Q20: Malformações congênitas das câmaras e das comunicações
cardíacas; Q21: Malformações congênitas dos septos cardíacos; Q22: Malformações congênitas das valvas pulmonar e
tricúspide; Q23: Malformações congênitas das valvas aórtica e mitral; Q24: Outras malformações congênitas do coração; Q25:
Malformações congênitas das grandes artérias; Q26: Malformações congênitas das grandes veias; Q27: Outras malformações
congênitas do sistema vascular periférico e Q28: Outras malformações congênitas do aparelho circulatório (CID-10, 2013).
Diante do exposto, este estudo tem como objetivo analisar a mortalidade por DCC em aparelho circulatório em
menores de 1 ano na Região Sudeste do Brasil entre 2014 e 2019, com o intuito de avaliar e comparar a mortalidade por
malformações congênitas ano a ano dentro do referido intervalo de tempo.

2. Metodologia
Trata-se de um estudo ecológico de corte transversal através de análise quantitativa e qualitativa das notificações de
óbito decorrentes de malformações congênitas no aparelho circulatório em crianças menores de 1 ano residentes da região
Sudeste, entre os anos de 2014 a 2019. Os dados foram coletados através do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM),
disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As informações
sociodemográficas foram obtidas mediante o endereço eletrônico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
(Estrela, 2018).
O SIM é o sistema do Ministério da Saúde responsável pela transcrição da mortalidade pelas mais diversas causas no
Brasil. O IBGE analisa e armazena estatísticas sociodemográficas atuais e informações cartográficas de todo o território

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nacional. O DATASUS é o departamento destinado à coleta, processamento e divulgação de informações em saúde,


contribuindo assim para a divulgação do conhecimento epidemiológico no país.
As variáveis analisadas consistiram em ano de óbito, Unidade da Federação (UF), local de ocorrência, cor/raça e sexo.
Foram incluídas todas as notificações realizadas no período supracitado, com exceção dos dados não computados pelo
DATASUS.
Os valores absolutos de internações em cada variável foram reunidos e agrupados em tabelas na ferramenta Microsoft
Excel versão 2019 e submetidos à análise estatística descritiva. Foi calculada a distribuição percentual das notificações em
cada variável. O presente estudo buscou verificar em quais condições foram notificados os maiores números de óbitos por
malformações congênitas no aparelho circulatório na faixa etária em questão.
Os dados armazenados pelo DATASUS estão disponíveis para acesso público, assim sendo, esta pesquisa não
necessitou de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).

3. Resultados
No período decorrido entre os anos de 2014 e 2019, foi computado o total de 9.884 óbitos de crianças menores de 1
ano em decorrência de malformações congênitas do aparelho circulatório na região Sudeste. Destes, 1.706 (17,26%) ocorreram
em 2014 e 1.654 (16,73%) em 2015, representando uma redução de 3% (52 mortes) de um ano para outro. Também houve uma
redução no número de óbitos no ano de 2016, totalizando 1.644 mortes (16,51%), tendência que não pôde ser observada no ano
de 2017, em que houve um aumento inferior a um por cento (16,63%) comparado com o ano anterior (1.644 mortes). Já no ano
de 2018, ocorreu novamente uma queda no número de óbitos, reduzindo para 1.638 (16,57%), mantendo o padrão de queda no
ano de 2019, em que foram constatados apenas 1.610 casos, com 16,3% (Tabela 1).

Tabela 1: Óbitos por malformações congênitas em aparelho circulatório em menores de 1 ano na Região Sudeste por ano de
ocorrência (2014-2019).
Variável Número (N) Porcentagem (%)
Ano do óbito
2014 1706 17,26
2015 1654 16,73
2016 1632 16,51
2017 1644 16,63
2018 1638 16,57
2019 1610 16,3
Total 9884 100

Fonte: Autoria nossa (2022).

Os resultados do estudo puderam contabilizar que, em relação às UFs correspondentes à região Sudeste, 516 (5,22%)
óbitos ocorreram no estado do Espírito Santo, 1.858 (18,8%) no Rio de Janeiro e 2.388 (24,16%) em Minas Gerais. O maior
número de óbitos foi encontrado no estado de São Paulo, o equivalente a 5.122, 51,82% das notificações (Tabela 2).

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Tabela 2: Óbitos por malformações congênitas em aparelho circulatório em menores de 1 ano na Região Sudeste por Unidade
da Federação (UF) (2014-2019).

Variável Número (N) Porcentagem (%)


Unidade Federativa (UF)
São Paulo 5122 51,82
Rio de Janeiro 1858 18,8
Minas Gerais 2388 24,16
Espírito Santo 516 5,22
Total 9884 100
Fonte: Autoria nossa (2022).

No que tange o local de ocorrência do óbito, 9.346 (94,55%) do total de mortes ocorreram em ambiente hospitalar,
247 (2,5%) em domicílio, 14 (0,14%) em via pública, 232 (2,35%) em outro estabelecimento e, ainda, 42 (0,42%) se
enquadraram na categoria “Outros” e 3 (0,03%) tiveram o local de ocorrência ignorado (Tabela 3).

Tabela 3: Óbitos por malformações congênitas em aparelho circulatório em menores de 1 ano na região Sudeste por local de
ocorrência (2014-2019).

Variável Número (N) Porcentagem (%)


Local de ocorrência
Hospital 9346 94,55
Outro estabelecimento 232 2,35
Domicílio 247 2,5
Via pública 14 0,14
Outro 42 0,42
Ignorado 3 0,03
Total 9884 100

Fonte: Autoria nossa (2022).

Em relação ao sexo das crianças, o maior número de registros foi do sexo masculino, com 5.268 (53,3%) notificações,
enquanto no sexo feminino houve 4.597 (46,51%) óbitos no período em questão. 19 (0,19%) tiveram a variável sexo ignorada
(Tabela 4).

Tabela 4: Óbitos por malformações congênitas em aparelho circulatório em menores de 1 ano na Região Sudeste por sexo
(2014-2019).

Variável Número (N) Porcentagem (%)


Sexo
Masculino 5268 53,3
Feminino 4597 46,51
Ignorado 19 0,19

Total 9884 100

Fonte: Autoria nossa (2022).

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Por fim, em relação à cor/raça, a cor branca foi a mais acometida, com 6.137 (62,09%) casos, seguida da parda, com
2.766 (28%) e da preta, com 378 (3,82%) óbitos. As cores/raças amarela e indígena tiveram os menores parâmetros
encontrados, sendo, respectivamente, de 26 (0,26%) e 9 (0,09%) registros no período em questão. Entretanto, um elevado
número de casos teve a variável cor/raça ignorada no momento da notificação, representando 568 (5,74%) do total (Tabela 5).

Tabela 5: Óbitos por malformações congênitas em aparelho circulatório em menores de 1 ano na Região Sudeste por cor/raça
(2014-2019).

Variável Número (N) Porcentagem (%)


Cor/raça
Branca 6137 62,09
Preta 378 3,82
Amarela 26 0,26
Parda 2766 28
Indígena 9 0,09
Ignorado 568 5,74
Total 9884 100

Fonte: Autoria nossa (2022).

4. Discussão
Estimativas da população residente na região Sudeste, com data de referência em 1 de julho de 2021, demonstraram
que esta possui 89.632.912 habitantes no total. Destes, 46.649.132 na UF de São Paulo, 17.463.349 no Rio de Janeiro,
21.411.923 em Minas Gerais e, por fim, 4.108.508 no Espírito Santo (IBGE, 2021). Em relação aos indivíduos menores de 1
ano, o último Censo realizado em 2010 contabilizou 2.713.244 habitantes nessa faixa etária no Brasil, 1.026.440 no Sudeste
(IBGE, 2010).
Dados da Tabela de Mortalidade do IBGE (2020) apontaram que, de maneira geral, a expectativa de vida para
crianças brasileiras entre 0 a 1 ano de idade é de 76,8 a 76,7 anos para ambos os sexos. Além disso, a probabilidade de morte
nesta faixa etária é de 11.55% com 0 anos a 0,78%, com 1 ano de idade. Até o ano de 2020, 25.988 óbitos de menores de 1 ano
foram registrados em todo o país, sendo 25.210 deles por causas naturais. Especificamente, a região Sudeste representou, do
total, 10.670 óbitos, sendo que 5.404 destes ocorreram no estado de São Paulo (IBGE, 2020).
Entretanto, convém destacar a limitação do presente estudo no estabelecimento de cálculos epidemiológicos de taxa
de mortalidade das malformações congênitas em aparelho circulatório em crianças menores de 1 ano na região Sudeste no
período estipulado, uma vez que os dados do Censo Demográfico realizado pelo IBGE no ano de 2010 encontram-se
hodiernamente defasados.
Em relação à mortalidade de acordo com o ano de ocorrência, entre 2014 e 2019, o número de óbitos sofreu discreto
aumento. Os resultados encontrados são correspondentes aos estudos presentes na literatura atual, uma vez que as
anormalidades congênitas do aparelho circulatório, em especial aquelas que acometem o coração, são uma das anomalias mais
comuns entre crianças recém-nascidas em todo o mundo (Luo et al., 2020). Estas estimativas têm aumentado nos últimos anos,
mesmo na vigência de diversos tratamentos cirúrgicos que promovem melhor prognóstico à criança (Agarwal et al., 2016).
Ainda, os fatores de risco e as causas circunstanciais associadas à mortalidade das crianças acometidas por essas
alterações permanecem desconhecidos. Dentre os principais motivos do crescimento do número de mortes, a falta de
acompanhamento das gestantes, o precário acesso a cuidados pré-natais ou a serviços de saúde e, ainda, a má qualidade do
cuidado quando disponível, são responsáveis pelo diagnóstico tardio da condição (Brum et al., 2015).

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No último decênio, o progresso na imagiologia cardíaca e suas condutas terapêuticas aperfeiçoaram a assistência de
neonatos com DCC. Atualmente, deformidades congênitas preocupantes são confirmadas com ecocardiografia fetal durante a
gravidez, de maneira que partos eletivos podem ser programados em serviços de saúde tidos como referência no que tange a
obstetrícia de alto risco. Entretanto, mesmo em um cenário que a ecocardiografia é o padrão-ouro de imagem em neonatos,
pode ocorrer de alguma hipótese diagnóstica não ser completamente elucidada. Em casos como esse, a Ressonância
Cardiovascular Magnética (RCM) surge como uma opção secundária que não demanda radiação ionizante (Nguyen et al.,
2017).
Em contrapartida, o rastreamento pode ser realizado através ultrassonografia (USG) obstétrica de rotina, porém há um
grande índice de subutilização do exame, como descrito no estudo transversal realizado por Bacaltchuk et al. (2001). Estes
pesquisadores sugeriram, que para aumentar a detecção de anormalidades cardiovasculares através da USG, deve ser realizado
constante treinamento de obstetras e ultrassonografistas, além da conscientização da população gestante acerca da importância
do acompanhamento pré-natal nesse âmbito (Bacaltchuk et al., 2001).
Corroborando com o exposto, D’Ovidio et al. (2018) ressaltaram a importância do diagnóstico precoce das
malformações cardiovasculares congênitas na redução da mortalidade infantil, garantindo ao paciente, se necessário, a mais
adequada correção cirúrgica de acordo com seu quadro. Ainda em relação ao período que precede o nascimento, uma vez
diagnosticada a malformação congênita, as opções viáveis são apresentadas aos pais no chamado aconselhamento pré-natal;
nesta ocasião, é preciso que estes sejam informados acerca da probabilidade de sobrevivência da criança frente à possibilidade
de um tratamento cirúrgico reconstrutivo, além da explanação das condições relacionadas à mortalidade (Liu et al., 2018).
Em relação às UFs da região sudeste, os resultados do estudo demonstraram que o estado de São Paulo foi o detentor
do maior número de notificações de morte devido a malformações congênitas em aparelho circulatório em menores de 1 ano,
com 51,82% do total. Por outro lado, o estado do Espírito Santo contabilizou o menor número de notificações, correspondendo
a 5,22% do total na região sudeste. No entanto, na literatura revisada, não foi possível encontrar justificativas relevantes quanto
ao aspecto da variável UFs, que explicasse a maior incidência dessas malformações congênitas em alguns estados. Contudo,
avaliando a demografia da região sudeste, sugere-se que essa desigualdade pode ser explicada pelo fato do estado de São Paulo
possuir elevado número de habitantes em comparação com os demais estados avaliados, com uma população 10 vezes maior
que a do Espírito Santo (IBGE, 2021). Tal dado interfere diretamente na quantidade de notificações, pois o número de nascidos
vivos no período compreendido entre 2014 e 2019 no primeiro estado foi de 3.662.290 nascimentos, enquanto o segundo
possuiu, no mesmo período, 334.394 nascimentos (DATASUS, 2022).
O estado do Rio de Janeiro, por sua vez, foi analisado em apenas um artigo selecionado, em um estudo retrospectivo
realizado por Salim et al. (2015), o qual demonstrou que, entre 1996 e 2012, a mortalidade de crianças menores de 1 ano por
malformações do aparelho circulatório sofreu redução, sendo que seus maiores índices foram durante os primeiros anos deste
período. No período de realização do estudo, os principais fatores associados ao óbito no estado foram a carência de
diagnóstico das anomalias no período pré-natal, seguida de um tratamento ineficaz ao paciente, o que reforça os resultados de
estudos sobreditos (Brum et al., 2015; D’Ovidio et al., 2018; Salim et al., 2016).
Quanto à variável local de ocorrência, a literatura revisada não apresentou estudos comparativos em relação a taxa de
mortalidade hospitalar versus extra hospitalar em pacientes com malformações congênitas em aparelho circulatório menores de
1 ano, entretanto, observou-se pela análise epidemiológica que 95,5% do total destes foi a óbito em ambiente hospitalar. As
malformações do aparelho circulatório são em sua maioria incompatíveis com a vida ou dependentes de tratamentos médicos
intensivos e não infrequentes por cuidados paliativos (Salim et al., 2016) o que pode ser corroborado pelo estudo multicêntrico
realizado por Freud et al. (2020), que observou que 6% dos pacientes com malformações congênitas, analisados dentro do
período de 2005 a 2011, evoluíram à óbito antes de saírem da sala de parto e, dos que sobreviveram após o período neonatal,

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46% necessitaram de intervenção cirúrgica, a qual um terço dos pacientes não sobreviveu e metade prosseguiu o tratamento
com medidas paliativas (Freud et al., 2020).
No que se refere à variável sexo, os resultados do presente estudo demonstraram que o maior número de registros de
óbitos foi do sexo masculino (53,3%), no período em questão. Os resultados encontrados na literatura não apresentaram um
consenso em relação à maior mortalidade do sexo masculino. Um estudo realizado no Rio de Janeiro, entre 1996 e 2012,
relatou que ocorreram 5.287 óbitos cuja causa básica foi classificada como malformações do aparelho circulatório, sendo 2.837
no sexo e 2.450 no sexo feminino (Salim et al., 2016).
Outro estudo, realizado na Guiana Francesa entre 2005 e 2015, relatou que ocorreram 666 óbitos de crianças < 1 ano,
dentre os quais, 132 (19,8%) foram por malformações congênitas e anomalias cromossômicas. Ao serem comparados os óbitos
nos sexos feminino e masculino não foi encontrada diferença estatisticamente significativa para malformações congênitas do
aparelho circulatório. Ademais, não houve diferença significativa das razões de risco para óbitos por sexo (Nacher et al., 2018).
Por fim, embora não tenha sido explicada por meio da literatura vigente, a variável raça/cor no presente estudo
demonstra uma das maiores iniquidades no que tange ao acesso e no uso dos serviços de saúde. Essa desconexão, tanto para
indígenas quanto para afrodescendentes, ocorre em decorrência das barreiras geográficas, econômicas, e em alguns casos
também à baixa confiança nas mães no profissional de saúde (Mallmann et al., 2018). Foi sugerido, nesse sentido, que a
frequência e o tipo de morte pós natal, dentre as quais se incluem as malformações cardiovasculares congênitas, variam de
acordo com a etnia e a condição socioeconômica da criança (Ferrari & Bertolozzi, 2012).
Urge, desta forma, a necessidade de busca de equidade na atenção em saúde, oferecendo uma assistência diferenciada
as tais populações já tão fragilizadas, com foco em medidas de promoção de saúde, visando reduzir o risco de óbito através do
diagnóstico precoce, adoção de uma conduta terapêutica adequada e encaminhamento desses pacientes para centros
especializados, mesmo antes do nascimento (Victora et al., 2011).
Este estudo apresenta como principal limitação a utilização de dados secundários para o desenvolvimento dos
resultados, visto que a coleta das informações está sujeita a equívocos. Portanto, deve-se considerar que erros de diagnóstico,
no momento do preenchimento das Declarações de Óbito e no registro das demais variáveis, não podem ser completamente
excluídos. Além disso, não foi possível especificar através dos dados fornecidos pela plataforma utilizada qual a porcentagem
dos indivíduos que foram a óbito após já terem realizado algum tipo de intervenção médica, seja ela cirúrgica, medicamentosa
ou através do uso de dispositivos cardíacos eletrônicos, para a correção da anormalidade cardíaca. Não se fez viável, assim,
diferenciar o índice de mortalidade apesar do tratamento, do índice de mortalidade dos que não receberam nenhum tipo de
assistência. Também é importante ressaltar que os dados presentes na plataforma DATASUS são coletados através dos
registros de atendimentos realizados na rede pública de saúde, não sendo contabilizada a porcentagem da população que utiliza
os serviços de setores privados.

5. Conclusão
Apesar de suas limitações, este estudo contribui para o reconhecimento do impacto das Doenças Cardíacas Congênitas
na mortalidade em crianças menores de 1 ano de idade, evidenciando, por conseguinte, a importância de medidas como o
aumento do investimento em equipamentos de Ultrassonografia, permitindo o acesso ao diagnóstico precoce a uma maior parte
da população brasileira. Além disso, medidas educacionais, tanto para os profissionais de saúde, para que sejam capazes de
identificar os indivíduos de maior risco e solicitem o rastreio necessário para a identificação de alterações ainda intraútero,
quanto para os pais, elucidando a importância da realização do acompanhamento pré-natal, são necessárias para a redução dos
índices de mortalidade.
Por fim, sugere-se que mais estudos clínicos sejam realizados, a fim de aprimorar a literatura vigente e sanar as

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lacunas ainda existentes no reconhecimento dos aspectos epidemiológicos dos óbitos envolvendo DCC em crianças menores de
1 ano na região Sudeste do Brasil.

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