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Ciclo de vida das estrelas

Pesquisa 1:

Estágio Inicial – Nasce uma estrela

As nebulosas ou nuvens moleculares são grandes aglomerados de gás e de poeiras existentes


na galáxia, onde se formam as estrelas. Assim como as galáxias em geral, as nuvens
moleculares são feitas quase que inteiramente de hidrogênio e hélio. Turbulências, como as
causadas por uma explosão de supernova* nas proximidades, provocam crescentes
adensamentos em algumas regiões da nebulosa formando glóbulos de gás frio que acabam
colapsando sob seu próprio peso. Cada glóbulo dará origem a uma estrela.

*Perceba que a supernova é a etapa final descrita aqui. Porém, no espaço, isso é um ciclo e
tudo está acontecendo ao mesmo tempo.

À medida que o glóbulo colapsa, forma-se um disco em rotação com a protoestrela no centro;
jatos bipolares de gás e poeira são gerados pelo disco rotante e pelo vento estelar da
protoestrela. A pressão no centro da estrela aumenta até o ponto em que ela balança a força
gravitacional, alcançando o equilíbrio hidrostático que faz parar o colapso.

No interior da protoestrela o núcleo continua aglomerando matéria das camadas externas a


ele, ficando mais denso e mais quente. Quando a temperatura do núcleo fica alta o suficiente
para iniciar as reações termonucleares a protoestrela passa a ser chamada de estrela, iniciando
a fase de sua vida chamada sequência principal.

Observação Importante: A massa mínima que a protoestrela precisa ter para seu núcleo atingir
a temperatura alta o suficiente para acender as reações nucleares e formar uma estrela é de
aproximadamente 10% da massa do Sol. Se a massa for menor do que isso ela será uma anã
marrom, objeto com massa maior do que a de um planeta, porém menor do que a de uma
estrela, não podendo manter fusão termonuclear.

Estágio Intermediário – vida de uma estrela

A sequência principal é a etapa mais longa da vida da estrela, quando ela está fundindo
hidrogênio em hélio no núcleo e brilhando estavelmente, em equilíbrio hidrostático. Durante
esse tempo as estrelas mantêm uma relação homogênea entre a luminosidade e a
temperatura, determinada pela sua massa. As estrelas mais quentes (mais massivas) são as
mais luminosas e as mais frias (as menos massivas) são menos luminosas.

A massa de uma estrela define a sua temperatura, a sua cor, o seu tamanho, a sua
luminosidade e o seu tempo de vida na sequência principal. Quanto maior a massa, mais
quente, mais azul e mais luminosa será a estrela, e menor será o seu tempo de vida.

Quando as estrelas consomem o hidrogênio no núcleo, que corresponde a aproximadamente


10% da sua massa total, elas saem da sequência principal. A geração de energia passa a se dar,
então, em uma camada externa a este núcleo, onde a temperatura e a densidade são
suficientes para continuar mantendo as reações nucleares. Como nenhuma energia é gerada
no núcleo nesta fase, ele se contrai rapidamente, e a luminosidade da estrela aumenta um
pouco. As camadas externas se reajustam ao aumento de luminosidade expandindo-se e.
como a área superficial aumenta, sua temperatura diminui. Desta forma, a luminosidade
aumenta e a estrela torna-se mais vermelha, tornando-se uma gigante vermelha.

Curiosidade: Quando o Sol atingir essa fase, daqui a 5 bilhões de anos, engolirá Mercúrio,
Vênus e a Terra, chegando próximo à órbita de Marte.

Estágio Final – morre uma estrela

A morte de uma estrela vai depender de sua massa. Se ela tiver menos de dez vezes a massa
do Sol, quando tiver “queimado” todo o hélio do núcleo ela ejetará uma nebulosa planetária
(sim, aquela lá do início, que começou essa história toda) e o núcleo remanescente será uma
Anã Branca. As Anãs Brancas podem ter tamanhos comparáveis aos da Terra, porém com
massas próximas às do Sol. Uma anã branca é, portanto, o núcleo daquilo que era uma estrela
gigante vermelha.

Porém, se a estrela tiver uma massa maior que dez vezes a do Sol, ela terá uma morte
catastrófica. Sem produção de energia, a pressão cai bruscamente e as camadas externas
começam a despencar em direção ao centro da estrela, ali encontram-se com o núcleo sólido
de ferro e quicam, sendo ejetadas para o espaço a altas velocidades: É o que chamamos de
Supernova.

Uma supernova, ao contrário do que o nome parece indicar, não é uma estrela nova, mas sim
uma explosão espetacular de uma estrela que terminou a sua vida. Esta explosão espalha os
elementos constituintes da estrela pelo espaço, ao mesmo tempo que permite a formação de
elementos mais pesados que o ferro. Estes elementos serão depois a semente de formação de
mais estrelas em algum lugar na imensidão do espaço, completando, assim, um grande ciclo
cósmico.

O destino do núcleo que sobra após a explosão da supernova é, novamente, ditado pela
massa. Estrelas muito pequenas e extremamente densas que são fontes pulsantes de ondas de
rádio, formam uma estrela de nêutrons. E as estrelas com massa muito maior que a do Sol,
após a fase das supernovas, originam buracos negros, objetos tão densos que atraem tudo,
incluindo a própria luz.

Fonte: http://www.cienciaexplica.com.br/2018/09/14/ciclo-de-vida-estrelas/

Pesquisa 2:

Protoestrelas
No princípio, as estrelas todas têm origem semelhante: uma grande nuvem de gás e poeira,
conhecida como nebulosa planetária, ou nebulosa molecular gigante entra em colapso. O
equilíbrio da nuvem é rompido, ela se fragmenta, e cada fragmento entra em colapso
gravitacional. A matéria espirala cada vez mais rápido em direção ao centro, se aquecendo
também.

Quando chega ao centro, a matéria está tão quente que está no estado de plasma ionizado, a
substância mais quente do universo. Isso tudo acontece muito rápido: em poucas centenas de
milhões de anos uma protoestrela se forma.

Essa “bolha de gás” quente tende a expandir, mas não muito, por que existe uma força que a
mantém comprimida: a atração gravitacional de sua própria massa. O cabo-de-guerra entre
estas duas forças poderosas vai dominar a vida da futura estrela.

O que vai acontecer a seguir depende da massa que ela acumulou.

Estrelas pequenas

Estrelas do tamanho aproximado de até oito vezes o tamanho do nosso sol têm uma vida mais
longa e rica. Tomando como exemplo o nosso sol, ele deve queimar como estrela amarela,
transformando hidrogênio em hélio, por 10 bilhões de anos, mais ou menos (e está na metade
deste ciclo). Estrelas menores têm temperatura menor e queimam por mais tempo.

Depois de ter transformado parte do hidrogênio em hélio, o processo para, e a estrela contrai,
aquece e expande novamente, desta vez como uma estrela gigante vermelha, que transforma
hélio em carbono, cálcio e outros elementos químicos.

Mas esta fase da vida não dura muito. Dois ou três bilhões de anos depois de se tornar uma
gigante vermelha, o processo de conversão do hélio termina, e as camadas superiores da
estrela caem sobre o núcleo, aquecendo-o rapidamente e gerando um flash de hélio que é
quase uma explosão, expulsando as camadas exteriores da estrela para o espaço. As camadas
expulsas vão formar o que chamamos de nebulosa planetária.

No fim, o que sobra é uma anã branca, uma estrela feita de carbono em alta pressão – um
diamante, que vai esfriando lentamente, até que alguns trilhões de anos depois se torna um
carvão frio no espaço. Este é o destino do nosso sol.

Estrelas gigantes

Qualquer estrela que seja maior que dez vezes o nosso sol é uma gigante, e já começa a vida
como gigante vermelha. Ela aquece mais, expulsa mais matéria na forma de um vento solar
mais forte, e vive menos, muito menos.

Em apenas algumas centenas de milhões de anos, a estrela consome todo o seu hidrogênio, e
entra em colapso. Mas ela é muito maior que o sol, e quando suas camadas exteriores
desmoronarem, elas vão acelerar muito mais, e ricochetear violentamente no núcleo da
estrela, explodindo em mais luz do que uma galáxia inteira – se torna uma supernova.
Quando explode como supernova, as estrelas gigantes também formam nebulosas. Só que
como as supernovas produzem elementos mais pesados, as nebulosas produzidas por elas tem
elementos mais pesados também. Depois de explodir como supernova, o que sobra da estrela
se contrai e, se tiver massa de até 1,4 massas solares, se torna uma anã branca, terminando
seus dias como um diamante.

Se tiver um pouco mais de massa, os elétrons são empurrados contra os prótons que se
convertem então em nêutrons, e a estrela vira uma estrela de nêutrons ou um pulsar. Uma
estrela de nêutrons pode ter a massa do nosso sol, e ter um diâmetro de apenas 30
quilômetros – elas são extremamente compactas. Para você ter uma ideia de como isso é
compacto, um balde de uma estrela de nêutrons tem a mesma massa do que toda a água de
nosso planeta.

Mas se a massa remanescente for maior que três massas solares, a atração gravitacional vence
tudo, e ela continua “caindo” sobre seu núcleo, compactando-se em um corpo tão denso que a
gravidade superficial não deixa nem mesmo a luz escapar: é um buraco negro.

O ciclo reinicia

Lembra das camadas da estrela gigante, expulsas pela explosão de supernova? Depois da
explosão, estas camadas vão formando uma casca de gases e poeira, uma nebulosa planetária,
rica em elementos.

Esta nebulosa planetária vai se misturar com outras nebulosas resultantes de explosões de
outras supernovas, e vai um dia entrar em colapso e formar estrelas, em um ciclo.

Acredita-se que o sol tenha se formado de uma nebulosa planetária resultada da explosão da
primeira geração de estrelas. Ou seja, o nosso sol representa a segunda reciclagem de material
cósmico.

E como a nebulosa que o formou era a mistura dos restos da explosão de várias supernovas,
existe uma boa chance que o carbono da tua mão direita tenha vindo de uma estrela, e o
carbono da tua mão esquerda, de outra estrela. Já pensou?

É como poesia: você é filho das estrelas que tiveram uma vida curta, intensa e brilhante,
agonizaram e explodiram em luz para que você pudesse vir a existir.

Fonte: https://hypescience.com/ciclo-vida-estrela-ciclo-vida-estelar/

Vídeos:
https://youtu.be/hIvG431Iglw

https://youtu.be/1wPSGIV84aI

https://youtu.be/Alo3DukMn9w

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