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CEETEPS - CENTRO PAULA SOUZA

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL PAULISTANO

Habilitação: Técnico em Química

Ana Luiza Andrade França


Giovanna Fernandes Ribeiro
Giovanna Hyppolito Copino
Guilherme Almeida Pereira
Maria Eduarda Moutinho do Nascimento

CANABIDIOL E SUAS APLICAÇÕES EM INSUMOS


FARMACÊUTICOS

São Paulo
2022
Ana Luiza Andrade França
Giovanna Fernandes Ribeiro
Giovanna Hyppolito Copino
Guilherme Almeida Pereira
Maria Eduarda Moutinho do Nascimento

CANABIDIOL E SUAS APLICAÇÕES EM INSUMOS


FARMACÊUTICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso Técnico em Química da Etec Paulistano,
orientado pelo Prof. Me Thiago Guimarães
Marques, como requisito parcial para obtenção
do título de Técnico em Química.

São Paulo
2022

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CEETEPS - CENTRO PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL PAULISTANO

Habilitação: Técnico em Química

Ana Luiza Andrade França; Giovanna Fernandes Ribeiro; Giovanna


Hyppolito Copino; Guilherme Almeida Pereira; Maria Eduarda
Moutinho do Nascimento

CANABIDIOL E SUAS APLICAÇÕES EM INSUMOS


FARMACÊUTICOS

COMISSÃO AVALIADORA DO PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE


CURSO

1) Professor Orientador: Thiago Guimarães Marques


Parecer do Orientador do Curso:______________________________________
Assinatura do Orientador:____________________________________________

2) Professor(a) Coordenador(a) do Curso: Eduardo Lopes Américo


Parecer do Coordenador (a) do Curso:_________________________________
Assinatura do Coordenador (a):_______________________________________

São Paulo
2022

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CEETEPS - CENTRO PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL PAULISTANO

Habilitação: Técnico em Química

Ana Luiza Andrade França; Giovanna Fernandes Ribeiro; Giovanna


Hyppolito Copino; Guilherme Almeida Pereira; Maria Eduarda
Moutinho do Nascimento

CANABIDIOL E SUAS APLICAÇÕES EM INSUMOS


FARMACÊUTICOS

Orientação: Prof. Thiago Guimarães Marques

RESUMO: A planta Cannabis sativa é uma planta exótica e não natural do Brasil,
embora tenha sido utilizada para fins medicinais desde o início, os princípios ativos da
Cannabis geravam efeitos inconsistentes e indesejáveis, associados depois a efeitos
nocivos à saúde. Intitulada como maconha (Cannabis sativa) vem sofrendo
preconceitos e dificuldades para ser utilizada de forma medicinal novamente. Com
diversos benefícios comprovados, o canabidiol (extrato da Cannabis sativa) é utilizado
em diversos tratamentos de doenças crônicas, uso dermatológico, doenças
degenerativas e distúrbios psicológicos. O objetivo deste trabalho é buscar os
benefícios do canabidiol em insumos farmacêuticos. Durante a pesquisa foi observado
que o canabinol obtém resultados positivos em tratamentos homeopatas. O método
utilizado para este trabalho foi de pesquisa bibliográfica com artigos científicos
publicados entre 2015 a 2022. Por fim, foi observado que a Cannabis sativa auxilia no
tratamento de diversas doenças e fins dermatológicos, se utilizada de maneira correta.

Palavras-Chaves: Cannabis sativa, canabidiol, tratamento.

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ABSTRACT: The Cannabis sativa plant is an exotic and unnatural plant from Brazil,
although it has been used for medicinal purposes since the beginning, the active
principles of Cannabis generated inconsistent and undesirable effects, later associated
with harmful health effects. Titled as marijuana (Cannabis sativa) it has been suffering
prejudice and difficulties to be used medicinally again. With several proven benefits,
cannabidiol (cannabis sativa extract) is used in various treatments of chronic diseases,
dermatological use, degenerative diseases and psychological disorders. The objective
of this work is to seek the benefits of cannabidiol in pharmaceutical ingredients. During
the research it was observed that cannabiol obtains positive results in homeopathic
treatments. The method used for this work was bibliographic research with scientific
articles published between 2015 and 2022. Finally, it was observed that Cannabis
sativa helps in the treatment of various diseases and dermatological purposes, if used
correctly.

Keywords: Cannabis sativa, cannabidiol, treatment.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
2. OBJETIVO .............................................................................................................. 9
2.1. Objetivo Geral.................................................................................................. 9
2.2. Objetivo Específico ......................................................................................... 9
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 10
4. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 11
4.1 Características da Cannabis ..................................................................... 11
4.2 Canabinóides .............................................................................................. 12
4.3 Endocanabinóides ..................................................................................... 13
4.4 O problema sobre a criminalização do uso da cannabis ........................ 13
4.5 A maconha apresenta benefícios medicinais?....................................... 14
4.6 Importância do avanço na legalização da prática do canabidiol .......... 15
4.7 O uso do canabidiol para o tratamento do Alzheimer ............................ 15
4.8 Cosméticos feitos à base de canabidiol .................................................. 17
4.9 Tratamento de doenças de pele com canabidiol ..................................... 18
4.10 O uso do canabidiol como analgésico ..................................................... 19
4.11 Estresse pós-traumático e CBD............................................................... 20
4.12 O uso do canabidiol no tratamento da Anemia Falciforme .................... 23
4.13 O uso da cannabis no Câncer, além da quimioterapia .......................... 24
4.14 O uso de canabidiol no tratamento de Parkinson .................................. 25
4.15 O uso de canabidiol no tratamento de Epilepsia ................................... 26
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................ 28
5.1 Análises Quantitativas ............................................................................... 28
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 32
7. CRONOGRAMA ................................................................................................... 34
Quadro 1: tarefas realizadas no período de TCC .............................................. 34
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 35

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1. INTRODUÇÃO
A cannabis sativa é a planta usada para fins medicinais há milhares de anos,
desde 2.700 a.C, como datado no livro chinês Pen Tsao. O uso da planta era,
principalmente, para dores articulares e constipação intestinal, contudo, ao passar dos
anos, muitas utilidades foram descobertas. (THEGREENHUB, 2021)
A maconha é uma planta rica em diferentes substâncias químicas,
apresentando, algumas delas, propriedades medicinais e também efeitos
psicotrópicos, ou seja, que causam efeitos no nosso sistema nervoso central. Estima-
se que a maconha possua mais de 400 componentes, sendo 60 deles conhecidos
como canabinoides, que são os compostos psicoativos dessa planta. (SANTOS V.,
2022)
Segundo Honório e colaboradores no trabalho Aspectos Terapêuticos de
Compostos de Plantas Cannabis sativa, dá-se o nome de canabinoides aos
compostos presentes na maconha que possuem 21 átomos de carbono, além dos
respectivos ácidos carboxílicos, análogos e possíveis produtos de transformação.
(SANTOS V., 2022)
Ainda em Santos V., (2022), é dito que entre as aplicações terapêuticas que
podem ser atribuídas aos canabinoides, podemos destacar o controle de náuseas em
pacientes que estão em tratamento com quimioterapia, o uso como analgésico, a
utilização como estimulantes de apetite, o uso no tratamento do glaucoma, a utilização
de seu efeito broncodilatador, a utilização no tratamento de epilepsia, entre outros.
É notória que a proibição da maconha seja vista como benéfica, tendo em vista
um Brasil com crescente em números de usuários e dependentes químicos.
Utilizada geralmente para fins recreativos na forma de cigarro, a cannabis age
diretamente no sistema nervoso do indivíduo, alterando momentaneamente o
equilíbrio, causando relaxamento. Contudo, foi perdida a chance de usá-la da maneira
recomendada pelos especialistas, perdendo sucessos inimagináveis para a saúde.
Dessa maneira, mesmo se permanecer proibida, pessoas que padecem de
doenças como epilepsia, mal de Parkinson e síndromes convulsivas podem, com a
permissão da ANVISA, obter medicamentos à base do tetrahidrocanabdiol, THC. Tal
medida confirma que se houver comprometimento do governo para com essas
pessoas, não tornaria a medida de legalização da maconha necessária.

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O canabidiol possui grande potencial para uso farmacêutico e cosmético,
porém, no Brasil, observa-se que é um mercado inexplorado, e que pode proporcionar
avanços na área da saúde e econômica do País.
A planta não se limita somente no tratamento da causa de doenças, pois
também é uma opção terapêutica que dá maior qualidade de vida ao paciente.
Estudos mostram que o canabidiol pode trazer resultados tão eficazes quanto os dos
ansiolíticos e cosméticos tradicionais. (CANABIS E SAÚDE, 2021)
Em relação aos cosméticos, empresas como a Tresemmé, Avon e The Body
Shop, dentre várias outras, já exploram os potenciais da planta, encontrando o alívio
de irritações, redução de vermelhidão na pele, relaxamento da epiderme, além de
efeitos antioxidantes, regeneradores e anti-inflamatórios. (DON ALCIDES, 2021)

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2. OBJETIVO

2.1. Objetivo Geral


Utilização da cannabis sativa em tratamentos de diversas doenças e tratamento
dermatológicos.

2.2. Objetivo Específico


 Mostrar que a cannabis traz resultados positivos e benéficos relacionados a
insumos farmacêuticos, que contribuem para diversos tratamentos auxiliares
de doenças específicas.

 Comprovar que a legalização da cannabis no Brasil pode ter papel fundamental


na qualidade de vida de diversos cidadãos com doenças sem tratamento,
inclusive as doenças dermatológicas.

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3. METODOLOGIA

Pesquisas de campo; através dos formulários de pesquisa tanto direta, indireta


ou participativa sobre o uso do canabidiol, obtemos respostas mais assertivas ao
coletar informações relevantes para a problematização do tema. Resultados estes
convertidos em gráficos e em tabelas construtivas.

Análise de documentos; foi feita uma análise documental de sites, blogs, artigos
científicos, Google acadêmico e revistas científicas. Consultamos documentos legais
para realizar uma pesquisa mais aprofundada, como leis, regulamentos, decretos,
regras e normas técnicas.
Baseados em pesquisas; investigações somadas com uma pesquisa descritiva
e quantitativa, terá o papel de proporcionar uma nova visão sobre o uso da cannabis.
Aplicando ferramentas estatísticas, utilizando gráficos e tabelas para mostrar os
resultados, todos eles baseados em pesquisa que giram em torno de oito perguntas:
Você se considera a favor ou contra a legalização da maconha no Brasil para fins
medicinais?; Você já ouviu falar sobre CDB (canabidiol)?; Nos dias atuais, diversas
patologias poderiam usar a maconha ou derivados da maconha (CDB) como
tratamento alternativo?; Você já fez o uso da maconha medicinal?; Você aceitaria ser
tratado(a) com um medicamento à base de canabidiol?; Você conhece alguém que já
utilizou/usa substâncias retiradas da planta da maconha para o tratamento de alguma
doença?; Você é a favor ou contra que medicamentos feitos a partir da planta da
maconha sejam fornecidos gratuitamente pelo SUS?; Na sua opinião, você acha que
a relação da maconha com o tráfico afeta a legalização?.

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4. DESENVOLVIMENTO
4.1 Características da Cannabis
A Cannabis, é uma planta herbácea e dióica (possui sexo feminino e masculino
separados), pertencente à família Cannabaceae, que se encontra dentro do reino
Plantae. Cresce em regiões tropicais e subtropicais. Ela é uma planta resistente as
mudanças de temperatura, exceto ao congelamento. Tem uma altura de 1,6 a 6
metros. As plantas femininas são mais frondosas e de vida longa. A planta masculina
tem um ápice floral produtor de pólen, enquanto as flores femininas são menores.
(CUREÑO et al., 2020).
Ela é dividida entre três principais subespécies: Cannabis sativa, C. indica e C.
ruderalis, (Figura 1) além de também existir diversas outras cepas como: kush, haze,
skunk e muitas outras. Dentre as três subespécies a Cannabis ruderalis é a menos
cultivada, por ser a mais ancestral da planta. (KAYAMIND, 2022).

Figura 1: indica-sativa-ruderalis. Fonte: GRANJATALKS, 2021.

A Sativa é a variedade de maconha que as pessoas parecem gostar mais de


fumar. Esta planta cresce bastante, atingindo até 4,5 metros em alguns casos. Suas
folhas são longas, delicadas, estreitas e, considerando seu potencial de altura,
são perfeitas para o cultivo externo. As sementes são macias ao toque, sem manchas
ou marcas. É conhecida por uma alta proporção de Tetrahidrocanabinol (THC) para
canabidiol (CBN), os dois principais princípios ativos da cannabis.
(MACONHABRASIL, 2019).

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A Indica tem folhas largas, que são em sua maior parte compostas por afegãs
e kush paquistanesas. As plantas de cannabis indica selvagens geralmente exibem
um conteúdo relativamente alto de CBD. Seus ramos são mais laterais e tem um
tamanho relativamente menor, comparado com as outras espécies. E diferente da
cannabis sativa, a indica tem uma floração rápida. (GROWROOM, 2020).
Já a ruderalis tem níveis muito baixos de THC e CDB, então não dá o mesmo
efeito que a cannabis sativa por exemplo e não possui grandes efeitos medicinais. Ela
floresce mais cedo que os outros tipos de erva, e justamente por isso é muito
procurada para gerar sementes autoflorescentes. Além disso, é da ruderalis que se
extrai o que conhecemos como cânhamo, uma fibra usada para diversas coisas, como
extração de combustível, confecção de tecidos, papel ecológico e leite vegetal. (DA
MATA, 2020).

4.2 Canabinóides
A cannabis é uma das plantas medicinais mais antigas do mundo, embora em
1941 ela foi proibida de ser usada para fins medicinais na Europa e em diversos outros
países do mundo, suas propriedades psicoativas já eram conhecidas e usadas desde
o final da década de 1830. (CORREIA-DA-SILVA, G.; FONSECA, B.; SOARES, A.;
TEIXEIRA, N., 2019).
Em meados do século XIX, os efeitos comportamentais da cannabis foram
estudados e pouco descritos. Estes estudos elementares foram seguidos pelas
primeiras tentativas de isolamento dos constituintes ativos da planta. O primeiro
composto canabinóide isolado foi o canabinol (CBN), seguido do canabidiol (CBD)
(Figura 3), na década de 1930, e apenas em 1964, é que o delta-9-tetra-hidrocanabinol
(THC) (Figura 3) foi isolado e a sua estrutura elucidada. (CURY, RAFAEL DE
MORAIS; SILVA, ELTON GOMES DA; NASCIMENTO, FRANCISNEY PINTO., 2020)
Logo após essa grande descoberta, os cientistas intensificaram em vários
canabinóides o que levou a descoberta de recetores específicos, o recetor
canabinóide 1 (CB1) e 2 (CB2), denominados endocanabinóides. (CURY, RAFAEL
DE MORAIS; SILVA, ELTON GOMES DA; NASCIMENTO, FRANCISNEY PINTO.,
2020)

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Figura 3: Fórmulas químicas de moléculas de canabidiol e tetrahidrocanabinol – CBD e THC.
Fonte: ISTOCKPHOTO, 2021
4.3 Endocanabinóides
Os endocanabinóides são compostos basicamente de mediadores, suas
enzimas de síntese e degradação, e seus receptores, CB 1 e CB2. Os receptores CB1
são principalmente encontrados no SNC (hipocampo, regiões corticais, estriado
ventral, núcleo acumbens, amígdala, hipotálamo, entre outros). Os receptores CB2
são encontrados principalmente nas células do sistema imune, envolvidos em várias
etapas da defesa do organismo (adesão, rolamento, diapedese, liberação dos
mediadores, entre outros). (Oliviera, 2009; Saito; Wotjak; Moreira, 2010; Rang et al.,
2012; Mechoulan et al., 2014; Angelis et al., 2014; Malfitano et al., 2017).

4.4 O problema sobre a criminalização do uso da cannabis


Embora seja uma planta de uso milenar em vários países, a Cannabis está
subjugada em condição de droga psicoativa, recebendo vários nomes — sendo
maconha o mais popular deles no Brasil. Pesquisas sobre o tema têm avançado em
todo o mundo, mas no Brasil ainda há entraves para a regulamentação.
A criminalização da maconha no Brasil vem intensificando desde a metade do
século XX, dando início à repressão ao consumo da droga. Para os ativistas que
optam pelo controle de populações marginalizadas, como os negros, e a interesses
agrícolas e industriais nos campos farmacêutico, têxtil e de celulose. Uma de suas
variedades, o cânhamo, serve à fabricação de vários produtos: tecidos, papel e até
suplementos alimentares.
A solução que alguns países vêm adotando para fugir a esse dilema é
considerar as variedades da planta como insumo farmacêutico e industrial,
distinguindo-as do caráter de entorpecentes que possam ter em outros usos.
O número de brasileiros que rejeitam a liberação da maconha em tratamentos
médicos aumentou de 26% para 37%, de janeiro a junho deste ano. Os dados são da

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pesquisa realizada pelo PoderData nos dias 17 e 19 de julho de 2022. Foram 3.000
entrevistas em 309 municípios nas 27 unidades da Federação.
O Brasil não está preparado para enfrentar as possíveis consequências em
caso de descriminalização da maconha para consumo próprio. É o que defendem
juízes e desembargadores do Fórum Nacional de Juízes Criminais (Fonajuc). Para a
entidade, o país pode se tornar ainda mais violento.
Os membros do Fórum sustentam que há diversas experiências de países que
descriminalizaram o uso de maconha e não tiveram resultados positivos “seja pela
ausência de preparo prévio do sistema de saúde pública para receber novas e
diferentes demandas sociais, seja porque não se prepararam, frente à segurança
pública, para possibilidade de surgimento do estado paralelo do comércio dessas
drogas e, igualmente, pela disputa do narcotráfico pela fabricação”.
Como medidas efetivas sobre o tema em caso de liberação da maconha, os
juízes sugerem a inclusão nos ensinos públicos e privados de assuntos como
prevenção do uso de drogas, situações de risco e redução de danos “com a devida
formação dos profissionais da educação, a fim de se evitar a precarização do ensino,
sem viés ideológico”.

4.5 A maconha apresenta benefícios medicinais?


O THC e CBD, presentes na maconha, são utilizados para o auxílio de doenças
crônicas que não possuem um tratamento específico e eficiente. Estes componentes
não provocam efeitos psicoativos e possuem menos efeitos colaterais, promovendo
maiores benefícios para a saúde.
Ao utilizar o canabidiol, é possível regular a homeostase e atuar em sinais e
sintomas como o apetite, dor, pressão intraocular, inflamação, controle muscular,
qualidade do sono, metabolismo, resposta ao estresse, humor e memória. Além de
ser benéfico para o tratamento de doenças, o uso do cannabis é 60% mais barato em
relação ao uso de outros medicamentos utilizados de forma intensiva.
A liberação da maconha na medicina proporcionaria condições melhores para
pacientes em tratamento de esclerose múltipla, epilepsia, dores crônicas causadas
pela artrite ou fibromialgia, autismo, anorexia, quimioterapia e outras diversas
doenças, pois atua de forma menos agressiva, com menos efeitos colaterais e menos
contraindicações.

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4.6 Importância do avanço na legalização da prática do canabidiol
Em face do cenário atual, tratamentos à base de canabidiol ainda é muito
antipatizado com a taxa de rejeição de até 37% dos brasileiros. (CURVELLO.
A.C,2022)
Em vista disso, medicamentos à base de cannabis vem fazendo avanços
significantes no Brasil, e com isso, a ANVISA publicou a autorização sanitária de um
novo produto medicinal à base de Cannabis. O produto será fabricado no Canadá e
comercializado no Brasil sob a forma de solução e com esta aprovação, o produto
poderá ser importado e comercializado em farmácias e drogarias no Brasil. (GOV.BR.,
2022)
Anteriormente, até os anos 80, acreditava-se que os efeitos da Cannabis não
eram mediados por receptores. Porém em 1988, após o aparecimento das técnicas
utilizando radio marcadores, foi possível realizar o mapeamento destes receptores por
autorradiografia (ANDRADE.B.O.,2020), assim foi identificado os receptores CB1 e
CB2 que hoje são os dois tipos principais de receptores do sistema endocanabinoide.
São como “estações” ou locais de ligação, presentes em diversos tipos de células em
todo o organismo. Os canabinoides podem se ligar, bloquear ou moldar a atividade
destes receptores, produzindo assim os efeitos terapêuticos desejados.
(TEGRAPHARMA, 2022).
A localização destes receptores se relaciona com algumas doenças que podem
ser alvo terapêutico dos fitocanabinóides, por exemplo, a degeneração dos neurônios
piramidais do hipocampo está relacionada com a síndrome de Alzheimer, enquanto
que a degeneração dos gânglios da base está relacionada à síndrome de Parkinson.
(ANDRADE.B.O.,2020).
Porém a realidade quanto legalização do canabidiol para o tratamento dessas
e de outras doenças não é fácil, pois o Brasil está na retaguarda deste movimento,
porém é um processo que já começou. As leis do Brasil ainda são retrógradas, mas o
movimento das famílias, dos pacientes, das associações, inclusive das empresas que
pretendem atuar nesse ramo, já está começando. (OLIVEIRA.N.,2021)

4.7 O uso do canabidiol para o tratamento do Alzheimer


A doença de Alzheimer é uma demência neurodegenerativa comum em
pessoas de idade. A causa da doença é desconhecida, mas os cientistas acreditam
que ela é geneticamente determinada. O Alzheimer se inicia quando o processamento

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de certas proteínas do sistema nervoso central começa a falhar. Surgem, então,
fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços
que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda
progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que
controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio,
memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato. (ALVES,
2011)
Essa doença se manifesta por deterioração cognitiva e da memória. O
Alzheimer é uma doença que costuma evoluir de uma forma muito lenta, logo após o
diagnóstico a sobrevida de cada paciente é entre 8 a 10 anos. Seu quadro clínico se
divide em quatro estágios: a forma inicial (alterações na memória e na personalidade);
a forma moderada (dificuldade para falar e realizar tarefas); a forma grave (resistência
ao executar tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, e dificuldade para se
alimentar) e a forma terminal (restrição ao leito, dificuldade para engolir e mutismo).
(ALVES, 2011)
Nos dias atuais os inibidores das colinesterases (I - ChE) são as principais
drogas utilizadas no tratamento da doença de Alzheimer, a utilização desses
inibidores é apenas uma das alternativas possíveis de tratamento para os sintomas.
Diante disso foi comprovado por estudos que o canabidiol (CBD), substância presente
na Cannabis Sativa, tem um grande potencial para também tratar essa doença. O
canabidiol não tem efeito psicotrópico e sua molécula atravessa facilmente a barreira
hematoencefálica, que é uma estrutura que envolve os vasos sanguíneos do sistema
nervoso central e tem função metabólica importante, protegendo-o de substâncias
potencialmente tóxicas. (BARBOSA et.al, 2020)
Diversas pesquisas mostraram que alguns dos diversos canabinóides
reduziram o acúmulo de beta-amilóide e a inflamação do cérebro que acontece na
doença de Alzheimer. Uma das pesquisas realizadas foi em camundongos induzidos
ao Alzheimer, os animais foram submetidos ao tratamento com canabidiol e houveram
resultados positivos provando que o CBD é capaz de reduzir a demência e a perda
cognitiva. (BARBOSA et.al, 2020)
Para utilizar este composto é através do óleo de cânhamo, rico em canabidiol,
que foram aprovadas regras de comercialização pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária do Brasil (ANVISA) em novembro de 2016. Vale ressaltar que o Alzheimer é
uma doença que vem crescendo relativamente rápido ao longo dos anos, logo tendo

16
esse composto como tratamento alternativo, diversas pessoas já tiveram uma melhora
em seu quadro clínico. (SOUZA, 2017)

4.8 Cosméticos feitos à base de canabidiol


O mercado cosmético à base de canabidiol (CBD), composto extraído da
cannabis, está virando uma febre. Dentre todos os efeitos prometidos pelos
cosméticos à base de canabidiol, são eles: o alívio de irritações e a redução de
vermelhidão na pele, o relaxamento da epiderme, além de efeitos antioxidantes,
regeneradores e anti-inflamatórios. Diversas empresas ao redor do mundo vêm
formulando produtos à base de CBD, porém no Brasil o caso é um pouco complicado
por causa da lei, o acesso hoje só é possível por importação mediante a receita
médica e autorização da ANVISA. (DON ALCIDES, 2021)
As empresas vêm buscando alternativas para o mercado brasileiro. A Beraca,
empresa especializada no desenvolvimento de tecnologias, soluções e matérias-
primas de alta performance para as indústrias de cosméticos, produtos farmacêuticos
e cuidados pessoais, foi pioneira ao lançar uma alternativa legal ao CBD, o Beracare
Cannabinoid Active System (CBA), que é um blend de óleos amazônicos e assim
como o canabidiol, o ingrediente é um fitocanabinoide, responsável pela produção de
beta-endorfinas que promovem a sensação de bem-estar, redução da inflamação e
melhorias na cicatrização da pele (BERACA, 2021)
Outra forma que as empresas encontram de utilizar a cannabis em seus
produtos foi através do óleo de cânhamo, que é extraído das sementes de Cannabis
por extração prensada a frio ou por extração com CO2 supercrítico, sendo rico em
ácidos graxos essenciais e pelo seu conteúdo em flavonóides, terpenos, carotenóides
e fitoesteróis. Possui ação na dermatite atópica, psoríase e acne, reduz danos
causados por radiação ultravioleta e hiperpigmentação, além de ação hidratante e
antienvelhecimento. (LEGNAIOLLI, 2021)
Em novembro de 2021, uma marca chamada GreenCare que já atua no
mercado vendendo medicamentos compostos por canabinoides, lançou no Brasil a
primeira linha de skin-care (produtos para o tratamento de pele) à base de cannabis.
A linha conta com três passos: tratamento de acne, hidratação e o terceiro produto foi
pensado em retardar os sinais de envelhecimento. Para poder comprar esses
produtos são necessárias uma receita médica e uma autorização da ANVISA.
(VOGUE REDAÇÃO, 2021)

17
Estudos feitos pela empresa mostrou que a substância teve um resultado
positivo no tratamento de espinhas, reduzindo e 75% a produção do sebo. O produto
também se provou efetivo em melhorar na hidratação da pele e também a elasticidade,
além de ter tido bons resultados na revitalização do tecido e na redução de rugas e
linhas finas. (VOGUE REDAÇÃO, 2021)

4.9 Tratamento de doenças de pele com canabidiol


Dentre as doenças de pele, estão presentes a acne, dermatite e psoríase, que
são os transtornos inflamatórios de pele mais comuns na população. Estas doenças
afetam todas as faixas etárias, apenas alterando seu foco de acordo com a patologia.
A dermatite atópica, geralmente presente mais em crianças, está ligada a crises de
rinite e asma. Enquanto em adultos, a dermatite de contato é mais comum, devido ao
contato com perfumes, tecidos, entre outras substâncias. Existe, também, a dermatite
seborreica, que, por sua vez, consiste em gerar descamação no couro cabeludo e
sobrancelhas. Já acne é uma doença causada através das glândulas sebáceas, que
secretam as gorduras para criar proteção na pele, porém esse excesso de gordura
resulta em espinhas, cravos, pápulas e cistos. Na psoríase as células da pele se
acumulam e formam escamas e manchas, causando coceiras e irritação na pele. Há
teorias que dizem ser um problema imunológico, dando início a partir de estresse,
infecções e frio. (REDAÇÃO CANNABIS E SAÚDE, 2020)
No Brasil, se for feita uma comparação entre a área neurológica e psiquiátrica
com a área de dermatologia, será possível observar que o estudo da cannabis para
as doenças de pele ainda é uma questão iniciante, sem muitas pesquisas e testes.
Diferente de alguns países da Europa, que devido a descriminalização e legalização
de produtos dermatológicos a base da maconha, cremes, pomadas e bálsamos têm
sido produzidos para o tratamento e cura de doenças, como: dermatite (ou eczema)
de contato, ressecamento da pele, acne, psoríase, esclerose sistêmica e até câncer
de pele. (MARZOLA, 2020)
Após fazer pós-doutorado na Dinamarca e ter mais contato com os usuários de
maconha e haxixe, o médico Breno Marzola passou a estudar sobre o uso do cannabis
na pele. Segundo Marzola (2020) “Me interessam muito os efeitos antagônicos dos
principais princípios ativos, o THC e o CBD. Sabemos que o THC presente na
maconha fumada pode acarretar pioras do quadro acneico e de hidradenite supurativa
(doença crônica inflamatória, presente em áreas como axilas, virilha e glúteos). Por

18
outro lado, há indicações que o CDB tenha efeito nos sistemas imunológicos e assim
poderia controlar o processo inflamatório comum a várias doenças de pele, como
psoríase e acne”.
Para tentar comprovar a eficácia da cannabis em doenças de pele, foram
realizados alguns estudos. Em 2019, o estudo ‘Um efeito terapêutico da pomada
enriquecida com CBD em doenças inflamatórias da pele e cicatrizes cutâneas’
investigou o efeito terapêutico da pomada de CBD para doenças graves da pele e
suas cicatrizes. A pomada foi aplicada em 20 pacientes com diferentes inflamações
na pele e os resultados mostraram que o tratamento melhorou significativamente a
aparência da pele, os sintomas e a produção do índice de PASI. Não houve alguma
reação irritante ou alérgica durante o período de tratamento. (REDAÇÃO CANNABIS
E SAÚDE, 2020)
Contudo, a aplicação tópica de pomadas de CBD, sem THC, é uma opção
segura e eficaz para melhorar a qualidade de vida em pacientes com transtornos de
inflação de pele. Porém, a falta de ensaios clínicos em larga escala, de alta qualidade,
que avaliem os efeitos dos tratamentos, impedem a produção de tais produtos no
Brasil. “Realmente precisamos de mais pesquisas, discussões científicas e tempo de
avaliação clínica. Com tão pouca prescrição aqui no Brasil, ainda é cedo para medir
os resultados, mas tenho conversado com colegas no Uruguai e eles estão
prescrevendo para psoríase, por exemplo [...]” (MARZOLA, 2020)

4.10 O uso do canabidiol como analgésico


A dor é um sintoma que causa sofrimento físico e mental, sendo um indicativo
de algum problema ocorrente no organismo do indivíduo. Ela pode ser indicada pela
intensidade (fraca, moderada, forte), o local ((periférica, somática, visceral ou
central), a causa (neuropática, nociplástica, mista ou nociceptiva) e a duração (aguda
ou crônica). (RAJASN, et al.,2021; VASCONCELOS FH e ARAÚJOGC, 2018; ROSA
A, et al.,2020)
Quando persistente por mais de 90 dias, pode ser classificado como Dor
Crônica (DC), devido ao impacto que esse desconforto causa na qualidade e
expectativa de vida do ser humano, tornando-a um problema de saúde pública
(AGUIAR DP, et al., 2021). As principais doenças crônicas que podem levar ao
desenvolvimento dessa condição são: diabetes, artrites, fibromialgia, enxaqueca,

19
síndrome do colón irritável, câncer, esclerose múltipla, febre reumática e lúpus
(ANDRADE RM, 2014; ARAÚJO AL, 2015)
O tratamento da DC na medicina tradicional é feito com o uso excessivo de
medicamentos analgésicos, principalmente opioides. Este analgésico em excesso
pode desenvolver intolerância, síndrome de abstinência e dependência no usuário
(OLIVÊNCIAAS, et al., 2018). Diante deste cenário, o uso de opioides deve ser
reduzido a fim de evitar casos de vício ou intolerância que acabe gerando o aumento
da dose. Neste caso, a cannabis aparenta ser uma excelente opção, tendo sua
eficácia no tratamento de dores crônicas em adultos comprovada pela National
Academies of Science (NAS). (WIESEL E WILSON-POE, 2018)
O THC e outros canabinóides sintéticos demonstraram efeitos analgésicos com
uma potência de até 10 vezes maior que a morfina em modelos animais de dor aguda
e neuropática por aplicação parentérica ou sistêmica (Cichewicz, 2003). Porém,
mesmo com um potencial analgésico alto, a psicoatividade dos compostos é um fator
que limita seu uso. Entretanto, além do uso exclusivo da cannabis, existe também a
sinergia farmacológica entre opioides e canabinóides, que possibilitam a utilização
conjunta de ambos, potencializando ainda mais seus efeitos analgésicos e diminuindo
as taxas de intolerância e vício no composto (LESSA, 2016)
Foi possível observar em um estudo realizado por Haroutounian et. al em 2016
e Vigil et. al em 2017 que pacientes portadores de dores crônicas obtiveram resultados
mais positivos com o uso da cannabis no tratamento, obtendo melhora nas dores,
qualidade de vida, atividades generalizadas e na concentração. Parte dos pacientes
pararam com a utilização de opioides, optando somente pelo uso da cannabis,
enquanto a outra parte deles diminuíram as doses de opioides consumidas.

4.11 Estresse pós-traumático e CBD


O TEPT, segundo a última edição do manual diagnóstico e estatístico de
doenças mentais (DSM-5; Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders,
2013), é uma doença relacionada a um trauma e estresse. Esse transtorno acomete
uma porcentagem de indivíduos que passaram por situações que causam sérios
danos à saúde ou que ameaçam a continuidade de vida, gerando uma resposta
intensa de medo. Essa porcentagem pode variar bastante de acordo com o tipo de
evento traumático. Em caso de mulheres que sofreram abuso sexual, cerca de 50%

20
desenvolve o transtorno (CREAMER et al., 2001), já dentre os veteranos de guerra, a
porcentagem fica em torno de 13 a 15% (TANIELIAN & JAYCOX, 2005)
Assim, o enfrentamento de uma experiência traumática e a consequente
formação de uma memória associativa frente a esse evento é um consenso para o
seu desenvolvimento, sendo que um desequilíbrio no processamento dessa memória
seria um dos fatores para o início da doença (MICHOPOULOS et al., 2015), o que
torna um dos principais critérios diagnósticos as lembranças angustiantes, recorrentes
e involuntárias do evento traumático (DSM-5).
Dessa forma, os pacientes com TEPT re-experienciam a situação traumática
por meio de pesadelos, flashbacks e reações fisiológicas em situações que relembram
o trauma (HUGHES & SHIN, 2011). Esses sintomas estão relacionados a um
neurocircuito que envolve o hipocampo, CPFm e amígdala na formação da memória
aversiva. No TEPT, a amígdala se encontra hiper-responsiva em relação ao
hipocampo e ao CPFm (HUGHES & SHIN, 2011). Além disso, alguns sistemas
neurotransmissores também se mostram alterados, ocorrendo uma hiperativação
noradrenérgica em relação ao sistema endocanabinoide e ao glicocorticoide (BAILEY
et al., 2013).
Adicionalmente, os indivíduos expressam respostas exacerbadas de
ansiedade e medo, não somente frente a pistas associadas ao evento traumático, mas
também em situações não relacionadas ou que não oferecem risco, caracterizando a
generalização da memória de medo (JOVANOVIC et al., 2012; NORRHOLM et al.,
2014). A generalização é uma perda de especificidade da memória e está relacionada
com a intensidade com que a memória do evento traumático é consolidada, ou seja,
há uma “superconsolidação” da memória de medo (EHLERS et al., 2004)
É natural que, com o passar do tempo, memórias de medo contextuais se
tornem mais generalizadas, sendo esse fenômeno relacionado com os próprios 20
mecanismos associados às memórias remotas e sua dependência mais de áreas
corticais do que do hipocampo (WILTGEN & SILVA, 2007). No entanto, quando se
trata do TEPT, essa perda de especificidade é ainda mais exacerbada estando
relacionada às alterações patológicas no neurocircuito citado anteriormente
(JOVANOVIC et al., 2009; 2012; LEVY-GIGI et al., 2015). Assim, essa característica
é amplamente relatada pelos pacientes que passam a evitar situações, pessoas e/ou
locais, impactando grandemente seus aspectos sociais (FLEURKENS et al., 2011;
KOSTEK et al., 2014)

21
Como o TEPT é um transtorno que necessariamente desenvolve-se após a
ocorrência de um evento traumático, a intervenção quando realizada após o trauma é
conhecida como prevenção secundária do TEPT e tem como objetivo reduzir os danos
trazidos pela experiência vivida. Esse tipo de investigação tem recebido maior
atenção, tendo em vista a alta prevalência do transtorno na população e o fato de que
intervenções após o trauma podem ser protetivas contra efeitos físicos e psicológicos
decorrentes do trauma (Kearns et al, 2012). A ausência de intervenções precoces é
prejudicial para o indivíduo, podendo culminar no desenvolvimento de um quadro de
TEPT (KESSLER ET AL., 2005)
Diversos estudos demonstram que pacientes com TEPT que fazem o uso da
cannabis, em especial o CBD, apresentam uma redução dos sintomas ao longo do
tempo, em comparação aos pacientes que não usaram o ativo. O CBD atua
no sistema nervoso central e é conhecido por causar sensação de calma e bem-estar,
além de agir como balanceador da serotonina, hormônio responsável pela sensação
de felicidade. Por todas essas características, o uso do CBD também é recomendado
para aqueles que sofrem com o transtorno do estresse pós-traumático, que também
podem se beneficiar com os efeitos do canabidiol. Existe uma grande procura deste
ativo em países como os Estados Unidos por veteranos de guerra, parcela da
população que frequentemente sofre com o TEPT, para o alívio dos sintomas e
tratamento da condição. (CANNABIS&SAÚDE, 2020)
Nesse sentido, a descoberta do sistema endocanabinoide abriu caminho para
novos tratamentos e para chegar às origens dos efeitos do trauma na qualidade de
vida das pessoas. Descobriu-se que para alcançar uma resposta normal às memórias
traumáticas, é preciso que o sistema endocanabinóide funcione de forma apropriada.
Dessa forma, descobriu-se que os fitocanabinoides ajudam a interromper esse
processo de fixação das memórias traumáticas em pacientes. Um estudo conduzido
pela Universidade Federal de Santa Catarina observou a atuação do CBD associado
ao THC, ambos ativos da cannabis. O resultado do estudo foi a conclusão de que
esses ativos podem auxiliar no tratamento da ansiedade provocada por algum tipo de
trauma. (CANNABIS&SAÚDE, 2020)
O canabidiol (CBD) é um fito-canabinoide que não causa retardo nos sentidos
ou modificações negativas no humor, em uma dose de até 1.500 mg por dia. Esse
ativo reforça a eliminação da resposta de medo condicional, comum em pacientes
com TEPT. (CANNABIS&SAÚDE, 2020)

22
É possível observar que a molécula da cannabis tendo um grande potencial
para o tratamento de doenças neuropsiquiátricas não só na minimização dos
sintomas, mas atuando na causa e nos fatores que desencadeiam a patologia. Claro
que ainda precisamos de mais estudos tanto para entender com clareza o mecanismo
de ação dessa extinção de memória aversiva quanto para confirmar o potencial e
disponibilizar o medicamento no mercado. Mas a ciência canábica anda a passos
largos e embora o TEPT ainda não tenha um tratamento inequivocadamente eficaz.
(NETO, 2020). “Precisamos de mais estudos que foquem na planta”, diz Cuttler.
(HEMPMEDS, 2020)

4.12 O uso do canabidiol no tratamento da Anemia Falciforme


A anemia falciforme é uma doença hereditária que causa alteração no formato
dos glóbulos vermelhos, que, em vez de terem a forma de um disco, ficam com uma
forma semelhante a uma foice ou meia lua. Devido a essa alteração, os glóbulos
vermelhos se tornam menos capazes de transportar oxigênio pelo corpo, o que causa
os sintomas típicos de anemia como cansaço excessivo e palidez. Além disso, a forma
alterada dos glóbulos vermelhos aumenta ainda o risco de obstrução dos vasos
sanguíneos, o que pode levar a outros sintomas da anemia falciforme como dor
generalizada, fraqueza e apatia. (BEZERRA, 2022)
Essa doença pode ser tratada com o uso de remédios que devem ser tomados
durante toda a vida para diminuir o risco de complicações, no entanto a cura só
acontece por meio do transplante de células tronco hematopoiéticas. A AF causa
sintomas semelhantes a qualquer outro tipo de anemia, como cansaço, palidez e sono.
No entanto, também pode apresentar outros sintomas característicos: Dor nos ossos
e articulações, crises de dor, Infecções frequentes, atraso no crescimento e da
puberdade, olhos e pele amarelados, além de complicações mais graves, como AVCs
e Osteonecroses. (BZERRA, 2022)
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia mostra
que a Cannabis pode ter o potencial de tratar a dor crônica associada à doença das
células falciformes. “Esses resultados dos testes mostram que a Cannabis vaporizada
parece ser geralmente segura”, disse Gupta, professor de medicina da faculdade do
Centro de Estudos da Cannabis da UCI. “Eles também sugerem que os pacientes com
células falciformes podem mitigar sua dor com a Cannabis – e que ela também possa
ajudar a sociedade a lidar com a crise de saúde pública relacionada aos

23
opioides. Obviamente, ainda precisamos de estudos maiores com mais participantes
para nos dar uma imagem melhor de como a maconha pode beneficiar pessoas com
dor crônica”. (HERRINGTON, 2020)
A Cannabis usada no estudo continha 4,4% de THC e 4,9% de CBD. Os
pesquisadores avaliaram os níveis de dor dos participantes durante o período de
tratamento e determinaram que a eficácia da Cannabis na redução da dor parecia
aumentar ao longo do tempo. O estudo mostrou que a redução da dor após a
vaporização da Cannabis não subiu ao nível de uma diminuição estatisticamente
significativa. No entanto, a maconha aliviou a dor dos pacientes que a receberam e
tiveram um desempenho melhor que o placebo, levando os pesquisadores a pedir
mais estudos.“A Cannabis inalada parece ser segura quando usada em conjunto com
opioides e melhor que o placebo na redução da dor”, disse Abrams. (HERRINGTON,
2020)

4.13 O uso da cannabis no Câncer, além da quimioterapia


Câncer (ou tumor maligno) é o nome dado a um conjunto de mais de 100
doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células. Dividindo-se
rapidamente, estas células agrupam-se formando tumores, que invadem tecidos e
podem invadir órgãos vizinhos e até distantes da origem do tumor (metástases). O
câncer é causado por mutações, sendo alterações da estrutura genética (DNA) das
células. Cada célula sadia possui instruções de como devem crescer e se dividir. Na
presença de qualquer erro nestas instruções (mutação), pode surgir uma célula
doente que, ao se proliferar, causará um câncer. O câncer pode surgir em qualquer
parte do corpo. Entretanto, alguns órgãos são mais afetados do que outros; e cada
órgão, por sua vez, pode ser acometido por tipos diferenciados de tumor, mais ou
menos agressivos. (SECRETARIA DA SAÚDE, 2020)
A quimioterapia utiliza medicamentos que matam as células tumorais com sua
toxicidade. Em princípio, o tratamento mata todas as células que se dividem rápido e,
como os tumores podem se dividir rapidamente, os quimioterápicos acabam matando
as células tumorais. No entanto, outras células também se dividem rapidamente,
como, por exemplo, cabelo, unhas, células da defesa do organismo e mucosas, por
isso os quimioterápicos são tóxicos para essas células. Ao contrário da radioterapia,
com ação restrita à região em que é aplicada, e da cirurgia, que remove um tumor de
uma parte do corpo onde a doença foi encontrada, a quimioterapia atua de forma

24
sistêmica, ou seja, alcança as células cancerígenas em qualquer região do corpo.
(INSTITUTO ONCOGUIA, 2021)
A dor costuma ser um dos principais entraves do tratamento do câncer, mas os
pacientes oncológicos também sofrem com outros efeitos colaterais causados pela
quimioterapia e radioterapia, como náuseas, vômitos, perda de apetite, ansiedade e
depressão, o que piora a qualidade de vida do paciente. Para o manejo desses
sintomas indesejáveis, o uso controlado de medicamentos opioides, como a morfina
e seus derivados, costuma ser uma solução eficaz. Entretanto, nos últimos anos, a
cannabis medicinal vem se popularizando e se tornando uma alternativa de terapia
complementar para os pacientes. (VARELLA, 2022)
Isso porque possuímos receptores canabinoides em nosso organismo que,
quando ativados, atuam na interrupção da condução da dor e na inibição de
substâncias inflamatórias, causando um efeito analgésico. “Hoje em dia já sabemos e
temos diversas evidências clínicas de que o uso de cannabis no tratamento oncológico
ajuda a controlar sintomas como náuseas, vômitos, ansiedade e tensão muscular,
melhorando muito a qualidade de vida, a adesão, e a própria relação com a dor
durante o tratamento”, avalia a Dra. Fernanda Bono Fukushima, professora assistente
da disciplina de Terapia Antálgica e Cuidados Paliativos da Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). (VARELLA, 2022)

4.14 O uso de canabidiol no tratamento de Parkinson


A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa crônica causada
pela degradação neuronal. Uma pequena parte do cérebro chamada substância negra
que é caracterizada por sintomas motores (bradicinesia, tremor, rigidez), mais comum
em pessoas com mais de 60 anos. No tratamento médico, os métodos disponíveis são
ineficazes para uma grande proporção de pacientes. Pesquisas recentes mostraram
que O canabidiol (CBD), substância extraída da planta cannabis, é eficaz no
tratamento de alguns sintomas. A maioria dos estudos de linha de base mostra os
efeitos do CBD no comportamento e Alterações bioquímicas associadas à DP
sugerem que esses canabinóides podem reduzir os sintomas Motor (tremor) e não
motor (por exemplo, psicose, humor e distúrbios do sono). Também, São substâncias
bem toleradas com poucos efeitos colaterais perceptíveis. (DINIZ et.al.,2020)
Pacientes com doença de Parkinson podem apresentar resultados favoráveis
quando tratados com canabidiol, permitindo uma abordagem direcionada para atingir

25
as populações mais suscetíveis com sintomas cognitivo-motores; poderia então ser
uma prioridade na concepção de medidas de eficácia e promover um ponto de partida
para melhorar a vida desses pacientes. Além disso, os serviços de saúde devem tomar
precauções contra o uso de canabidiol para evitar o agravamento dos sintomas em
pessoas com doença de Parkinson. É necessária uma compreensão adequada do
perfil desses indivíduos para que serem identificados pontos efetivos, levando à
redução do número de sintomas motores e cognitivos e do número de pacientes,
resultando em melhor qualidade de vida. (SILVA et.al.,2021)
Dessa forma, faz- se necessário a pesquisa de novas alternativas terapêuticas
visando melhorar o bem-estar dos pacientes portadores de doença de Parkinson. O
canabidiol, através de estudos, tem se mostrado um composto promissor que pode
refletir positivamente na vida desses pacientes por meio da sua eficácia, oferecendo
assim, longevidade e melhora no bem-estar geral. O presente estudo tem como
objetivo investigar a aplicabilidade e os benefícios da terapia com canabidiol na
melhorada qualidade de vida dos pacientes com doença de Parkinson. Trazendo à
tona que, por mais que o canabidiol seja ilícito no Brasil na maior parte dos casos, de
alguma forma está ligado à melhoria no bem-estar emocional e qualidade de vida
desses pacientes. (SILVA et.al.,2021)

4.15 O uso de canabidiol no tratamento de Epilepsia


A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico muito comum causado por crises
repetidas que alteram a consciência e as funções motoras, sensoriais, cognitivas,
mentais e comportamentais, resultando em agitação súbita e autolimitada da função
cerebral resultante de atividade neural excessiva. Na formação psicossocial de
pacientes e familiares. (CAVICHIA, et.al.;2017)
As causas mais comuns são lesão cerebral traumática, acidente vascular
cerebral, tumor cerebral e infecção do sistema nervoso central. De acordo com a
evolução associada às crises, a base celular da epilepsia ainda não é totalmente
compreendida e, na ausência de uma etiologia específica, a redução das crises é
direcionada contra a terapia medicamentosa. (CAVICHIA, et.al.;2017)
Aproximadamente 1% da população mundial é acometida pela epilepsia. A
constante ocorrência de crises epilépticas pode prejudicar gravemente a qualidade de
vida do indivíduo causando danos cerebrais, especialmente no período de
desenvolvimento. Portanto, o tratamento da epilepsia visando o controle das crises

26
convulsivas é extremamente importante, pois, quando não tratada de maneira
adequada, a repetição das crises poderá ocorrer em intervalos cada vez mais curtos.
Os medicamentos anticonvulsivantes disponíveis atualmente não são capazes de
promover a cura da doença, porém, são apropriados para controlar a repetição das
crises convulsivas. (Rev. Virtual Quim, 2017)
A cannabis medicinal pode reduzir as convulsões em crianças em até 86%. Em
geral, a substância atua diretamente no sistema nervoso central, atuando como
modulador da transição neurológica. Como substância produzida pelo próprio corpo
humano, o canabidiol, também conhecido como CBD, tem o potencial de controlar a
liberação de neurotransmissores nos neurônios pré-sinápticos e ajudar a reduzir o
número e a intensidade das convulsões. (MEDICINASA,2020)
Além de ajudar as crianças, a terapia com cannabis medicinal também pode
ajudar jovens e adultos com epilepsia leve ou até mesmo um caso intratável e difícil
de controlar da doença, (MEDICINASA,2020) “Existe uma parcela da população
acometida por crises epilépticas que não responde aos tratamentos alopáticos
convencionais. Esses pacientes podem, muitas vezes, encontrar um alívio na
cannabis ou até mesmo o controle das crises”, afirma Fabrizio Postiglione, CEO e
fundador da Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a serviços e
educação sobre a substância. (POSTIGLIONE,2020)
A vantagem do uso do canabidiol sobre os tratamentos convencionais de
epilepsia é que ele não sobrecarrega o fígado, causa irritabilidade ou altera o humor
do paciente, além de não apresentar outros efeitos colaterais indesejados, como
declínio cognitivo. Por exemplo. A maconha costuma ser usada como adjuvante de
outros anticonvulsivantes para tratar o problema, mas, em alguns casos, a substância
pode se tornar o único tratamento para um epiléptico, dependendo do julgamento
médico e do caso clínico. As propriedades curativas da cannabis medicinal ainda são
pouco conhecidas pela sociedade e por muitos médicos. O Conselho Federal de
Medicina (CFM) já reconhece a prescrição de canabinóides para o tratamento da
epilepsia em crianças e adolescentes, mas o reconhecimento é considerado parcial.
Difere da posição da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA), que permite que
medicamentos sejam prescritos para diversas doenças em diferentes departamentos
médicos, incluindo epilepsia em adultos e idosos. (MEDICINASA,2020)

27
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS
5.1 Análises Quantitativas
Neste capítulo serão analisados os resultados da pesquisa de campo realizada
por um grupo de 348 pessoas, de 15 a 40 anos, seguido de gráficos com porcentagem
dos resultados obtidos na pesquisa.

Você se considera a favor ou contra a legalização


da maconha no Brasil para fins medicinais?

A favor Contra

Gráfico 1: A favor ou contra a legalização da maconha para fins medicinais.

No gráfico 1, das 348 pessoas que responderam a primeira pergunta 88,8%


(309 pessoas), são a favor da legalização da maconha no Brasil para fins medicinais
e 11,2% (39 pessoas) são contra.

Você já ouviu falar sobre CBD (canabidiol)?

Sim Não

Gráfico 2: Conhecimento sobre CBD.

28
No gráfico 2, entre as 348 pessoas envolvidas na pesquisa, 64,9% (226
pessoas) já ouviram falar sobre o CBD (canabidiol), já 35,1% (122 pessoas) nunca
ouviram falar sobre o derivado da cannabis.

Nos dias atuais, diversas patologias poderiam usar a maconha


ou derivados da maconha (CDB) como tratamento alternativo?

Verdade Mentira

Gráfico 3: Conhecimento sobre CBD.

No gráfico 3, dos 348 participantes 93,1% (324 pessoas) disse que é verdade,
e 6,9% (24 pessoas) disse que é mentira que maconha pode ser usada como
tratamento alternativo para diversas patologias.

Você já fez o uso da maconha medicinal?

Sim Não

Gráfico 4: Já fez ou não o uso da maconha medicinal.

No gráfico 4, das 348 pessoas que responderam à pesquisa, 6,6% (23 pessoas)
já fez o uso da maconha medicinal, e 93,4% (325) não fez o uso.

29
Você aceitaria ser tratado(a) com um medicamento
à base de canabidiol?

Sim Não Talvez

Gráfico 5: Possibilidade de ser tratado com um medicamento a base de canabidiol.

No gráfico 5, das 348 pessoas que responderam à pergunta 5, 60,3% (210


pessoas) aceitaria ser tratado com um medicamento à base de canabidiol, 33,9% (118
pessoas) responderam que talvez e 5,7% (20 pessoas) responderam que não.

Você conhece alguém que já utilizou/usa substâncias


retiradas da planta da maconha para o tratamento de
alguma doença?

Sim Não

Gráfico 6: Conhece alguém que é tratado com substâncias retiradas da maconha

No gráfico 6, das 348 pessoas que responderam o questionário, 35,6% (224


pessoas) conhece alguém que é tratado com alguma substância derivada da planta
da maconha, já 64,4% (124 pessoas) não conhece ninguém.

30
Você é a favor ou contra que medicamentos feitos a partir
da planta da maconha sejam fornecidos gratuitamente
pelo SUS?

A favor Contra

Gráfico 7: A favor ou contra a distribuição de medicamentos à base de maconha pelo SUS

No gráfico 7, dos 348 participantes da pesquisa 90,2% (314 pessoas) é a favor


que medicamentos feitos a partir da planta da maconha sejam distribuídos
gratuitamente pelo SUS, já 9,8% (34 pessoas) se diz ser contra essa proposta.

Na sua opinião, você acha que a relação da maconha


com o tráfico afeta a legalização?

Sim Não Talvez

Gráfico 8: Relação do tráfico, maconha e legalização.

No gráfico 8, das 348 pessoas que responderam à pergunta 8 74,7% (260


pessoas) acreditam que a relação da maconha com o tráfico afeta seu processo de
legalização, 6,6% (23 pessoas) respondeu que talvez e 18,7% (65 pessoas)
respondeu que não afeta a legalização.

31
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo teve como objetivo apresentar a utilização da cannabis sativa
aplicada na medicina, evidenciando a necessidade da descriminalização da
substância para o crescimento dos estudos nessa área, a fim de obter maior sucesso
no tratamento de doenças.
Foi realizada uma pesquisa quantitativa que mostrou que grande parte das
pessoas interrogadas eram a favor do uso medicinal do canabidiol, sempre visando o
bem-estar dos grupos de doentes que precisam deste medicamento, para
proporcioná-los melhor qualidade de vida.
A pesquisa também apontou que muitas pessoas concordaram com as ideias
envolvendo a cannabis, justamente por conhecerem pacientes que em algum
momento de suas vidas fizeram tratamento de doenças com a maconha e obtiveram
muito sucesso no uso.
Diversos autores realizaram pesquisas com animais e seres humanos, sendo
assim, nota-se enorme importância no uso da cannabis sativa em insumos
farmacêuticos, devido ao seu potencial terapêutico que auxilia em diversos
tratamentos de doenças, como: Alzheimer, Parkinson, dores crônicas, doenças de
pele, epilepsia, entre outras patologias. Grande parte dos relatos são de melhora dos
sintomas após a utilização desse composto (BEZERRA et al., 2020), trazendo
qualidade de vida ao paciente.
A utilização da cannabis no Brasil ainda não é muito explorada devido seu uso
recreativo, com fins alucinógenos e tranquilizantes, que resulta a proibição do
composto. O atraso na legalização da maconha impede muitos testes de serem
realizados e muitos avanços científicos em tratamentos de doenças. Além disso, seus
efeitos colaterais (a psicoatividade, hormônios, entre outros) são obstáculos para a
utilização da cannabis sativa.
A partir destes resultados, é possível concluir que o uso de derivados de
Cannabis, como o CBD e o THC ainda precisa ser mais investigado, principalmente
quanto à posologia necessária para a sua eficácia, quais os seus efeitos a longo prazo
e qual a sua melhor forma de administração. Os cientistas, por sua vez, têm realizado
experimentos para comprovar a eficácia dos compostos da planta, a fim de
proporcionar segurança ao paciente que utilizará a substância. Entretanto, resultados
preliminares comprovam que em sua maioria, os testes realizados com essas

32
substâncias demonstram efeitos positivos na saúde de pessoas com doenças
neurodegenerativas e doenças de pele. Estes resultados confirmam possíveis
potenciais quanto à aplicação terapêutica do fitofármaco CBD em indivíduos com DA
e DP, o que pode auxiliar na diminuição do preconceito existente contra o uso de
medicamentos derivados da “maconha” e contribuir para a redução da burocracia e
demora na importação destes medicamentos. (FILHO et al., 2021).

33
7. CRONOGRAMA
Quadro 1: tarefas realizadas no período de TCC

34
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACTA FARMACÊUTICA PORTUGUESA, Visualização de O potencial terapêutico
do Canabidiol em doenças neurodegenerativas.
Actafarmaceuticaportuguesa.com. Disponível em:
<https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/238/221>.
Acesso em: 26 out. 2022.

ACERVO MAIS, Vista do Potencial analgésico do canabidiol no tratamento da


dor crônica: uma revisão integrativa. Acervomais.com.br. Disponível em:
<https://acervomais.com.br/index.php/artigos/article/view/10352/6186>. Acesso em:
25 Out. 2022.

ANDRADE, Beatriz Oliveira de. O uso da cannabis no tratamento da doença de


alzheimer. Orientador: Luis Eduardo Santos Barros. 2020. 23 p. Trabalho de
conclusão de curso (Bacharelado em biomedicina) - Centro universitário de brasília
faculdade de ciências da educação e saúde, Brasilia, 2020. Disponível em:
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28 set. 2022.

ALVES, BIREME / OPAS / OMS-Márcio. “Doença de Alzheimer | Biblioteca


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ANVISA aprova novo produto medicinal à base de Cannabis. [S. l.]: Gov.br, 25
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BARBOSA, Michael Gabriel Agustinho; BARROS, Émerson Felipe Araújo; LIMA,


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doença de Alzheimer (revisão da literatura). Research, Society and Development,
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<https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6073>. Acesso em: 27 out. 2022.

35
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epilepsia. Revista Saúde UniToledo, v. 3, n. 2, 2019. Disponível em:
<http://www.ojs.toledo.br/index.php/saude/article/view/3435/566>. Acesso em:
25 out. 2022.

CLARISSE BEZERRA. Anemia falciforme: o que é, sintomas, causas e


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