Conteúdo

1) O QUE É O GUIA R ÁPIDO : COMO ESTRUTURAR A SUA REDAÇÃO ............. 4

2) ESTRUTURANDO A SUA REDAÇÃO .......................................................... 6

2.1) EXEMPLO DE REDAÇÃO : ANÁLISE PASSO-A-PASSO .............................. 8

3) COMO MONTAR O ESQUELETO DA SUA REDAÇÃO? .............. 11

4) BATE-PAPO FINAL .......................................................................... 14

5) MODELOS DE REDAÇÕES ............................................................. 15

Copyright © 2013 por Jordão S. Vieira

É expressamente PROIBIDA a reprodução e distribuição deste livro por

qualquer meio. Somente as pessoas que o comprarem terão o direito a ler
este livro.
Cada pessoa que comprou este livro está autorizada a imprimir uma cópia
única e exclusivamente para o seu uso pessoal.
Este livro é o segundo volume de uma série de Guias Rápidos, para
auxiliar nos estudos de concurseiros e vestibulandos, que só poderão ser
adquiridos pelo Blog Quero ser Polícia.
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GUIA RÁPIDO COMO ESTRUTURAR A SUA REDAÇÃO - Jordão Vieira

1) O QUE É O GUIA RÁPIDO: COMO ESTRUTURAR A SUA REDAÇÃO
Olá gente! Parabéns por adquirir o seu Guia Rápido de estudo redacional;
tenho a certeza de que não se arrependerá. Este Guia foi produzido a partir
das minhas experiências de estudo, e aprovações em concursos e
vestibulares. Comecei esta rotina em 2003, quando iniciei os estudos para
fazer o meu primeiro vestibular: fui aprovado em Educação Física (1º lugar
– UNEB) e (3º lugar – UEFS). Após concluir o curso, fiz alguns concursos
públicos, e destes passei em 4 deles: 2009 (1º lugar – Professor Temporário
do Estado da Bahia/Alagoinhas-BA), 2011 (2º lugar – Professor Efetivo do
Estado da Bahia/Alagoinhas-BA), 2012 (96º lugar – Curso de formação de
Oficiais PMBA) e 2012 (148º lugar – Curso de Soldado PMBA).
Como mencionei no nosso último livreto (GUIA RÁPIDO: COMO
ESTUDAR PARA CONCURSO), não estamos aqui para lhe fornecer
nenhum tipo de receita pronta. Atualmente, a procura pela aprovação em
concursos públicos e vestibulares é maior e, consequentemente, a
concorrência por estas vagas também cresceu consideravelmente.
Sendo assim, com a vida agitada que levamos, é preciso buscar estratégias
de estudos eficientes para facilitar o nosso aprendizado, além de garantir a
aprovação tão sonhada. Neste volume, falaremos sobre um tema
importantíssimo – A Redação.
O texto redacional, constantemente, vem se tornando o “divisor de águas”
dos concursos públicos e na maioria deles, é a disciplina de maior peso da
prova. São vários os exemplos de candidatos que tiveram suas
classificações mudadas – radicalmente – após a publicação da nota da
redação.
Contudo, é importante pontuarmos aqui duas coisas; primeiro, não iremos
tratar nesse Guia Rápido os diversos tipos de redações, falaremos apenas
do texto dissertativo, por ser o mais cobrado nos concursos e vestibulares
atuais. Segundo, este livreto foi produzido para auxilia-lo na organização
estrutural de uma redação, o que significa dizer que não entraremos nas
questões gramaticais e ortográficas, assuntos estes, que subentende-se que
você já deva ter uma noção – mínima – para construir uma boa redação.
Numa DISSERTAÇÃO devemos expor idéias gerais e logo após, devemos
argumentar sobre tais idéias. O objetivo é convencer ao leitor da relevância
e veracidade do conteúdo do seu texto. Deste modo, dissertar é fazer

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análises, colocar suas opiniões e sempre que possível, defender o seu ponto
de vista.
Uma boa argumentação só pode ser construída com um entendimento
prévio do tema que se quer tratar, por isso, mantenha-se sempre informado
das coisas que acontecem na sua cidade, Estado, País e também no mundo.
Esta atitude, mais tarde, te dará a condição de escrever com mais qualidade
e segurança.
Tenho certeza! Quando você começar a colocar o nosso método em prática,
sentirá muito mais tranquilidade na hora de fazer uma redação. Em nosso
Guia lhe mostraremos - passo-a-passo - como você poderá estruturar bem o
seu texto, dissecaremos uma redação feita por mim para que não restem
dúvidas sobre a aplicabilidade das nossas dicas, e por fim, deixaremos mais
algumas redações prontas para que você possa treinar as novas técnicas
aprendidas.

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2) ESTRUTURANDO A SUA REDAÇÃO
Enfim, é chegada a hora de “pôr a mão na massa”. Primeiro, falaremos de
forma geral como organizar bem o seu texto; em seguida, analisaremos –
passo-a-passo – um texto dissertativo, com base nas técnicas sugeridas
neste Guia. Ou seja, mostraremos literalmente como construir uma
Redação dissertativa e indicaremos nesse texto, os seus “elementos-chave”.
Em nosso modelo, utilizaremos basicamente 4 parágrafos, sendo: o 1º
(INTRODUÇÃO), o 2º (DESENVOLVIMENTO 1), o 3º
(DESENVOLVIMENTO 2) e o 4º (CONCLUSÃO). Depois que nos
familiarizamos com essa técnica de construção textual, nada impede que
possamos colocar mais parágrafos de desenvolvimento. Isso será, para
você, uma questão de opção.

1º Parágrafo (INTRODUÇÃO)
O início do seu texto deve ser o seu cartão de visitas, fazendo com que o
leitor se sinta instigado a lê-lo por completo. Além disso, sugiro que esta
parte da redação seja predominantemente afirmativa, de modo que, você
possa mostrar segurança frente ao conteúdo abordado.
DICA – o nosso “macete” para a INTRODUÇÃO é muito simples: decida
se a sua redação terá 2 ou 3 desenvolvimentos; depois organize a sua
introdução para que ela termine com uma afirmação; nessa afirmação, a
quantidade de “elementos-chave” (elementos mais importantes) deve ser
igual à quantidade de parágrafos de desenvolvimento. Guarde esse termo –
ELEMENTO-CHAVE – pois, este será de fundamental importância para o
entendimento do nosso método.

2º Parágrafo (DESENVOLVIMENTO 1)
O desenvolvimento é a parte do texto em que você deve construir os seus
argumentos sobre o tema tratado. Esta é a hora de trazer informações
relevantes, dados estatísticos, fontes de referência, ou seja, é o momento de
convencer o seu leitor da veracidade e importância da sua argumentação.
Atenção: o poder de convencimento apenas poderá ser melhorado com a
ampliação do seu conhecimento sobre o assunto que deseja tratar. Por isso,
recomendamos que você se mantenha sempre atualizado, lendo o máximo

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de matérias ou artigos que tratem sobre os prováveis temas redacionais do
concurso almejado por você.
Dica – você se recorda que falei acima que a quantidade de “elementos-
chave” da introdução deveria ser igual ao número de parágrafos de
desenvolvimento? Pois bem! Nesse segundo parágrafo você identificará o
primeiro “elemento-chave” e baseará o seu DESENVOLVIMENTO 1 nele.

3º Parágrafo (DESENVOLVIMENTO 2)
Aqui, você deve manter a mesma linha de argumentação que traçou no
parágrafo anterior, mostrando – com clareza e confiança – os seus
argumentos. Detalhe: não confunda confiança com exagero, pois, você
deverá evitar as “verdades absolutas”. Normalmente, estas verdades
aparecem em termos como: com certeza, sem dúvida alguma,
absolutamente, e por aí vai. Seja firme, porém, procure não demonstrar em
sua escrita, excessos ou pretensões.
Dica – agora ficou fácil, né? Se no desenvolvimento 1 você abordou o
“elemento-chave 1”, logicamente que, no DESENVOLVIMENTO 2 as
suas argumentações giraram em torno do “elemento chave 2”. Desta forma,
você garantirá o alinhamento argumentativo da sua redação. Se fizer
certinho, não irá correr o risco de fugir do tema e nem se preocupará com a
bendita “coesão textual”.
Importante: a ordem que os elementos aparecem na introdução deve ser
preservada. Exemplo: o “elemento-chave 1” aparecerá no
“desenvolvimento 1”; o “elemento-chave 2” aparecerá no
“desenvolvimento 2”.

4º Parágrafo (CONCLUSÃO)
Observe que o nosso texto terá apenas 4 parágrafos, pois, assim torna-se
mais fácil o entendimento do método. Mas reafirmo: estas técnicas podem
ser facilmente adaptadas a uma redação com 5 parágrafos. Logo, se você
quiser construir um texto com 3 DESENVOLVIMENTOS, deve lembrar
que a sua introdução deve conter 3 “elementos-chave”.
Neste último parágrafo, é fundamental que retomemos alguns argumentos e
reflexões da parte introdutória. Mas uma vez, afirmo: não é hora de dar

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uma de “sabichão” e sair encontrando solução para tudo. É importante
apontar sugestões para os problemas indicados no texto, mas ao sugerir
demonstre humildade, sensatez e coerência.
Dica – primeiro, é fundamental que memorize alguns termos, que denotem
fechamento de idéias, para iniciar este último parágrafo. Exemplo: Enfim,
destarte, desta forma, por fim. Segundo, mostre que não é intenção sua
apontar soluções absolutas e fechadas; seja sempre sutil ao sugerir
soluções. Exemplo: “Por fim, longe de se querer exaurir as reflexões para
tal temático, sugere-se...”. Terceiro, procure sempre que possível, colocar
termos que aparecem no parágrafo introdutório.

2.1) EXEMPLO DE REDAÇÃO : ANÁLISE PASSO -A-PASSO

Imigração no Brasil do século XXI

[INT.] O movimento imigratório no Brasil, recorrentemente, apresenta-se

como um fator histórico importante. Nos séculos XIX e XX ganhou
destaque pela qualificação da mão de obra agrícola brasileira; atualmente,
os motivos são diferentes, mas continuam trazendo estrangeiros –
esperançosos por uma nova vida – para solos brasileiros.

[DES. 1] Na era do café, imigrantes chegaram ao país – principalmente

italianos – objetivando trabalhar nas lavouras e reconstruírem suas vidas na
nova terra. Esse processo não apenas impulsionou o mercado brasileiro
como também contribuiu para o enriquecimento cultural e artístico local.

[DES. 2] Entretanto, no Brasil do século XXI os povos e as motivações são

outras. Segundo dados da Polícia Federal, até o início de 2012 o país já
registrava cerca de 1000 (mil) haitianos, que chegaram pelo Acre. Estes
vieram à procura de refúgio e de qualidade de vida, já que a sua terra natal
foi devastada por terremotos.

[CONC.] Destarte, o Brasil figura neste contexto como a nação em

ascensão e que prospera economicamente. Contudo, as invasões das
fronteiras brasileiras mostram as fragilidades dos setores responsáveis pela
segurança fronteiriça e indica a necessidade ululante do desenvolvimento e
aplicação de políticas eficientes de imigração no país. Atitudes como esta,
podem evitar que fatos como os que vêm acontecendo não gerem
problemas diplomáticos no futuro.

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INTRODUÇÃO

Elemento-chave 1 - Nos séculos XIX e XX [a imigração] ganhou

destaque pela qualificação da mão de obra agrícola brasileira.
Elemento-chave 2 - atualmente, os motivos [da imigração] são diferentes,
mas continuam trazendo estrangeiros – esperançosos por uma nova vida –
para solos brasileiros.

Note que os elementos fundamentais da introdução tratam sobre a

imigração no Brasil. O primeiro sobre a imigração nos séculos XIX e XX;
e o segundo sobre a imigração na atualidade. Logo, já dá pra perceber que
no primeiro desenvolvimento trataremos do primeiro elemento, e no
segundo desenvolvimento argumentaremos sobre o segundo elemento.

DESENVOLVIMENTO 1
 Na era do café, imigrantes chegaram ao país – note que o termo “na
era do café” já indica que estamos falando dos séculos XIX e XX; e
o restante da frase (imigrantes chegaram ao país) deixa claro que o
assunto em destaque é a imigração no Brasil. Do mesmo modo
indicado no “elemento-chave 1”.

DESENVOLVIMENTO 2
 Entretanto, no Brasil do século XXI os povos e as motivações são
outras – já no terceiro parágrafo, estamos falando do Brasil atual
(Brasil do século XXI), ou seja, exatamente como indica o
“elemento-chave 2”.
 Outra coisa importante a observar, é a exposição de dados
estatísticos usados para reforçar a argumentação – “Segundo dados
da Polícia Federal, até o início de 2012 o país já registrava cerca de
1000 (mil) haitianos”. Lembra-se que falamos sobre isso, acima?
Importante: sempre que possível, coloque a fonte de onde você
extraiu os dados, constatando assim, a veracidade da informação.

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CONCLUSÃO
 “Destarte” – termo que denota fechamento do texto. Significado
(desta forma, deste modo).
 “as invasões das fronteiras brasileiras mostram as fragilidades dos
setores responsáveis pela segurança fronteiriça e indica a
necessidade ululante do desenvolvimento e aplicação de políticas
eficientes de imigração no país” – além de retomar um termo
utilizado na introdução (imigração no país/movimento imigratório no
Brasil), faz uma sugestão sutil para que o problema, tratado no corpo
do texto, possa ser amenizado (necessidade ululante do
desenvolvimento e aplicação de políticas eficientes de imigração no
país).
Findada esta fase, você deve estar se perguntando: e o título, por que ele
não falou nada? Bom, propositalmente, não comentei sobre o título, pois,
na maior parte dos concursos ele não é uma obrigação. Contudo, você há de
convir que o uso de um bom título auxilia ao leitor da redação, na
identificação, “de cara”, do tema tratado.
Mas, tenha cuidado! Se o título não for adequado pode desqualificar todo o
seu texto. Neste sentido, sugiro que sempre escolha o título no final,
quando já tiver acabado de construir a dissertação; assim, será mais fácil
conectá-lo com o tema abordado.
Ao escolher o título para a sua redação, você poderá ser mais previsível,
como foi o caso da redação que acabamos de analisar. Ou então, poderá ser
mais indireto, e não deixar tão às claras a relação entre título e tema.
Exemplo de títulos para a redação acima: “Brasil, o ópio haitiano”,
“Imigração brasileira: um pedido de socorro”, “Invasão das fronteiras:
evolução ou regresso?”.
Dica importante: se você não tiver segurança na hora de escolher um bom
título, deixe o seu texto “puro” (sem título). Eu, particularmente, quanto
não me é exigido título, sempre deixo minhas redações sem ele e sempre
tirei boas notas. Em regra, não há prejuízo nisso.
Por fim, tenho convicção que se você seguir nossas dicas de como
estruturar bem o seu texto, logo verá resultados. Mas, lembro-lhe
novamente: não conseguirás escrever sobre um tema que não tenhas
conhecimento algum. É muito importante que você sempre esteja lendo

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textos ou vendo reportagens sobre prováveis temas de redação do concurso
que queres fazer, pois, as informações, aos poucos, vão sendo acumuladas e
internalizadas pelo seu cérebro, e em pouco tempo, terás construído um
grande acervo de informações. Siga esta dica e não vacile!

3) COMO MONTAR O ESQUELETO DA SUA REDAÇÃO?

Este ponto que estamos a tratar no final, na verdade é o primeiro a ser feito
na hora de construir o seu texto. Deixamos para falar dele só agora, pois,
entendemos que você precisaria ter tido contato com a estrutura do texto
proposta por nós, para depois, aprender a resumi-la em forma de
ESQUELETO. Quando falamos em esqueleto, estamos nos referindo a uma
espécie de resumo ou planejamento, que deve ser feito antes da redação
propriamente dita.
Vamos lá! Pegaremos como modelo o texto já analisado acima.
Primeiro passo: você deve escolher o tema, no caso em análise,
escolhemos IMIGRAÇÃO NO BRASIL.
Segundo passo: defina quantos parágrafos terá o seu texto, e com base
nisso, defina os seus ELEMENTOS-CHAVE [EC] que aparecerão na
Introdução. No nosso caso aqui, são 4 (quatro) parágrafos e 2 (dois)
“elementos-chave”: elemento 1 (imigração no Brasil dos séculos XIX e
XX) e elemento 2 (imigração no Brasil do século XXI).
Terceiro passo: indique os “elementos-chave” que aparecerão em cada
parágrafo de desenvolvimento: desenvolvimento 1 (elemento chave 1) e
desenvolvimento 2 (elemento chave 2). É importante lembrar, a ordem dos
EC deve ser respeitada, ou seja, EC 1 no desenvolvimento 1 e EC 2 deve
aparecer no desenvolvimento 2.
Quarto passo: estruture a sua conclusão. Escolha o termo que iniciará o
parágrafo final (termo que dará um sentido de fechamento das idéias
contidas no texto), portanto, destarte; e defina uma provável sugestão de
resolução da problemática (“necessidade ululante do desenvolvimento e
aplicação de políticas eficientes de imigração no país”).
Quinto passo: de acordo com o número de linhas, exigido no certamente
que pretendes concorrer, defina o número de linhas mínimo para cada
parágrafo. Assim, poderá controlar com eficiência a quantidade de linhas

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em cada parte da redação, evitando que o seu texto deixe de atingir o
número mínimo de linhas obrigatório.
Atenção: a estética do seu texto também somará pontos para você. Não vai
adiantar escrever 30 linhas, sendo que, de quatro parágrafos, um deles
tenha 12 linhas. Uma boa aparência para a sua redação sugere que você
mantenha um equilíbrio na quantidade de linhas em cada parte da escrita.
Exemplo: se o seu texto tem quatro parágrafos e o número mínimo de
linhas é vinte, você poderá organizar a sua redação para que ela tenha sete
linhas em cada parágrafo, sendo assim, ao final você totalizará vinte e uma
linhas escritas. Compreendido?

O SEU ESQUELETO FICARIA ASSIM:

Observações importantes (por Karlos Ferreira):

- Outra dica para a elaboração do esqueleto, é colocar na folha de rascunho

da redação todas as palavras – aleatoriamente - que tenham conexão com o
tema exigido. Isto faz fluir a escrita com mais rapidez, evitando assim um
possível esquecimento.

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- É interessante para a escolha do título, que você coloque um trecho da
conclusão, seja uma indagação ou afirmação. É um dos principais macetes
para títulos de redação.
- Outra coisa: pode-se usar uma indagação/pergunta na introdução para se
colocar os prós e os contras do tema nos desenvolvimentos e, ao final,
defender a tese sem verdades ou negações absolutas. Esta é outra forma de
se estruturar uma redação.

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4) BATE-PAPO FINAL
Meus nobres leitores, enfim chegamos ao fim de mais um Guia Rápido
para o sucesso das aprovações. Tudo que foi dito neste livreto é fruto de
anos de experiências de estudos. Não posso dizer a você que sou um doutor
em redação e nem que tirei as maiores médias nesta disciplina, porém,
posso afirmar com convicção, que jamais perdi por causa dela.
Nestes 11 anos de estudos (do pré-vestibular em 2003 até a última
aprovação no Curso de Formação de Oficiais-PMBA em 2012), já passei
por diversos vestibulares, concursos e outros testes; sendo assim, se
pudesse estabelecer uma média nas notas das redações de todas estas
provas, ficaria entre 8 e 9.
Por isso, posso dizer que as dicas contidas neste pequeno livro, foram
testadas e aprimoradas por mim. Você não precisa demorar mais de 10 anos
para aprendê-las, eu já fiz isso para você: aprendi e agora estou te dando de
presente.
Lembre-se sempre: não há quem escreva bem e leia pouco! Então, se você
realmente quer aprender a fazer uma boa redação, o primeiro passo nós já
lhe demos, agora só depende de você. Leia artigos, assita ao noticiário,
participe de fóruns de discussões na internet (com temas ligados ao seu
concurso), e fique por dentro dos assuntos mais importantes do momento.
Estas duas fórmulas irão fazer de você um bom escritor de dissertações.
Entretanto, não se pode esquecer que o estudo da língua portuguesa é
imprescindível para se aprimorar a escrita e, dessa forma, dê igual
importância a ela. Afinal de contas, português também deve fazer parte do
seu cronograma de estudos.
Espero que goste do nosso GUIA RÁPIDO: COMO ESTRUTURAR A
SUA REDAÇÃO, pois, este é mais um produto feito por nós com muito
carinho e dedicação, com o único intuito de ajuda-lo nessa árdua jornada na
conquista pela aprovação. Espero – de coração – que você possa aproveitar
este Guia ao máximo e que através dele, finalmente, alcance o objetivo de
ser aprovado no certame desejado, pois, A SUA VITÓRIA SERÁ A
MINHA VITÓRIA TAMBÉM!
Sabedoria e sucesso!
Jordão Vieira
O autor

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5) MODELOS DE REDAÇÕES
Nesse ponto, selecionamos três textos dissertativos para que você possa
treinar. Identifique os elementos fundamentais e monte o esqueleto de cada
uma das três redações. Esse exercício servirá para que você se familiarize
com as técnicas sugeridas por nós. Não tenho dúvidas: se você se dedicar e
exercitar esse método, não terás mais problemas com dissertações.
Lembrando: é fundamental que no período de estudo você redija, pelo
menos, dois textos por semana, com diferentes temas. Sendo disciplinado,
encontrará tão logo a receita do sucesso!

Redação 1
Ética policial: o que está acontecendo?

A honestidade e a lisura são traços típicos e inerentes à profissão militar,

porém, é comum se ver casos de corrupção e excessos nas corporações
policiais. O histórico problema educacional, a falta de priorização dos
governantes nas questões sociais e a caducidade das leis brasileiras,
apresentam-se como algumas das causas principais dessa problemática.

O primeiro aspecto a ser tratado é sobre o sucateamento da educação no

país. Falta estrutura adequada para o trabalho, além da crescente
deslegitimação da profissão do magistério, a partir dos baixos salários e da
insegurança nas escolas públicas. Desta forma, entende-se que o cidadão
que ingressa no curso de formação da polícia já tenha passado, no mínimo,
12 (dose) anos estudando, o que o torna “produto” deste descaso em que se
encontra o setor educacional.

Entretanto, a escola é apenas uma parte do mosaico de relações à que está

submetido o homem que vive em sociedade, sendo assim, direitos como
lazer, cultura e esporte tornam-se essenciais para a formação integral do
cidadão. Contudo, estas obrigações estatais, por vezes, são negligenciadas
em detrimento de políticas que valorizam, exclusivamente, os setores
ligados à economia e ao comércio.

O baixo nível educacional e os “minguados” recursos destinados para as

políticas públicas, de cunho social, contribuem diretamente para o
crescimento da violência e da criminalidade – consequentemente – junto
com os ilícitos, cresce também a sensação de impunidade, pois, poucos
crimes são investigados e solucionados, fruto – principalmente - das
fragilidades encontradas nas antiquadas leis, penal e processual, do Brasil.

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Destarte, sem a presunção de exaurir tal temática, entende-se que a questão
da ética e honestidade na profissão policial não deve ser encarada de forma
pontual e isolada. De modo que, a solução deste problema demandará do
Estado brasileiro ações multissetoriais – desde a educação até a segurança
pública – além de exigir dos governantes um redirecionamento das suas
prioridades na gestão pública.

Redação 2

Crimes virtuais: um crime sem tipificação

Pesquisas recentes apontam o Brasil como um dos cinco países no topo de

acessos à internet, principalmente por meio das redes sociais. Esses
crescentes avanços tecnológicos, trazem consigo algumas preocupações e
problemáticas que impactam diretamente no funcionamento da sociedade
moderna. Como exemplo, pode-se citar os crimes virtuais, que vêm
atrapalhando o trabalho das autoridades policiais e judiciais por conta das
dificuldades em identificar os infratores e pela ausência de previsão de tal
crime nas leis brasileiras.

O primeiro aspecto a ser abordado nesta temática diz respeito à

identificação dos “criminosos virtuais”. Pois, por se tratarem de crimes
praticados – na maioria das vezes – à distância, por intermédio de
computadores, fica mais fácil burlar os sistemas de fiscalização ou de
segurança e se apossar de dados pessoais, até mesmo bancários, para
aplicar golpes nas vítimas do outro lado da tela.

Outro impasse encontrado pelos setores de segurança no Brasil é a falta de

tipificação dos crimes virtuais no Código Penal. A referida lei é de 1940, e
como tal, não previu em seus artigos algo referente a tais tipos de infrações.
Com isso, as penas para tais condutas acabam sendo abrandadas pelos
Juízes que se vêm “forçados” a enquadrarem os criminosos em tipos como:
injúria, difamação e calúnia.

Destarte, sem a pretensão de esgotar as discussões na temática abordada,

faz-se mister e urgente a normatização do uso da Internet, aumentando
assim os padrões de segurança e facilitando a identificação de seus
usuários. Contudo, a tipificação dos crimes virtuais, no Código Penal do
país, é outra providência precípua para que se consiga aplicar penas
compatíveis a tais atos criminosos.

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Redação 3

Tema I (CFO PMBA 2012) – A influência do crescimento urbano

desordenado na violência que assola os grandes centros
metropolitanos.

O Brasil é marcado historicamente, por um processo de urbanização que

ocorre de forma acelerada e desorganizada. Neste contexto, as grandes
cidades tiveram as suas populações expandidas desproporcionalmente ao
espaço físico, o que vem ocasionando diversos problemas, tais como: o
negligenciamento de direitos sociais – fundamentais para a vida em
sociedade – e a violência urbana.

Não é preciso se fazer uma análise muito aprofundada para notar como
estão estruturadas as grandes cidades brasileiras – à margem dos
condomínios luxuosos encontram-se as favelas ou comunidades pobres.
Nestes locais foram aonde os imigrantes, principalmente vindos de Estados
nordestinos, encontraram abrigos após descobrirem que não havia emprego
para todos e que teriam que sobreviver, doravante, com o mínimo possível.

Destarte, à estas famílias que chegavam aos grandes centros, eram

“negados” direitos constitucionais – dever do Estado – a exemplo da saúde
pública de qualidade, saneamento, moradia, lazer e educação. Como o
tempo, essa negligência estatal resultou nesse quadro de violência
exacerbada que o Brasil vive atualmente.

Entretanto, longe de querer-se, nestas poucas linhas, exaurir tal temática,

entende-se que a violência urbana não deve ser tratada de forma pontual e
estanque, exigindo dos governantes medidas multissetoriais. Sendo assim,
faz-se mister a mudança de postura do Estado brasileiro, para que as futuras
gerações não passem pelos mesmos problemas enfrentados atualmente.

Revisão e contribuições
Karlos Ferreira
Fernanda Oliveira

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