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Aluna: Myllene Souto Siqueira – Oitavo Período

Vesícula: lesão cheia de


líquido celular, dentro da
– epiderme ou logo abaixo
dela.
Características clínicas
Lesões primárias x secundárias
Pústula: lesão cheia de
Descamação: acúmulo líquido acelular, dentro da
fino de queratinócitos; epiderme ou logo abaixo
também definida como dela; o líquido quase
fina, grosseira, oleosa, sempre contém neutrófilos,
seca, aderente ou solta. mas também pode conter
eosinófilos (processo inflamatório).

Crosta: acúmulo espesso de células com


exsudato seco de soro, Nódulo: elevação sólida da
sangue, pus ou medicações pele, que se estende para as
(tópicas como pomadas, a camadas mais profundas.
cada aplicação é necessário (neoplasia)
fazer a higienização para
evitar o acúmulo de crostas
assim não há cicatrização
da ferida).
Abscesso: acúmulo muito
Comedão: folículo piloso dilatado, grande de líquido celular
bloqueado por restos que se estende
sebáceos ; quando os profundamente para a
óstios foliculares ficam derme e os tecidos
abertos ao ar, esses restos subcutâneos. (Palpação
escurecem, formando macia)
uma “cabeça preta”.

Lesões com menos de 1 cm de diâmetro:


Colarete Epidérmico:
Mácula: alteração não palpável na cor da acúmulo anular de
pele; maior ou menor escamas, resultante do
pigmentação. (Quando aumento de vesícula ou
passa a mão não sente pústula rompida.
alteração á palpação. É
uma alteração visual).
Liquenificação:
Pápula: elevação sólida da
espessamento da pele
pele, é possível sentir na
com acentuação do
palpação. (semelhante a
padrão cutâneo normal,
uma espinha).
causado por inflamação
crônica e
autotraumatismo.
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superficiais. Avulsão de pelos – retirar o


pelo desde a raiz para encontrar ácaros no
Banco mínimo de dados para diagnóstico folículo piloso.
dermatológico para eliminar a cauda base e A diferença do raspado de pele superficial
início para linha de tratamento para o profundo são os ácaros que serão
• Exame parasitológico por raspado de encontrados.
cutâneo;

• Swabs; CITOLOGIA CUTÂNEA


• Citologia cutânea; Usado para identificação de bactérias e
fungos. Esfregaço de Impressão Direta:
* Todo paciente da dermatologia deve:
exsudato úmido é coletado de pústulas,
Citologia, citologia Cutânea (impressão / fita
erosões, úlceras ou lesões drenantes.
de acetato) e raspado de pele - Desde a
primeira consulta e em todas as outras!!

RASPADO DE PELE
Lidera os exames de pele, é fácil, rápido e
barato. É um exame comum na clínica e de
praxe.

O raspado de pele superficial normalmente


diagnostica Sarcoptes, Notoedres, • Método aspirado por agulha fina;
Demodex gatoi (encontrada na superfície) e (muito utilizado)
Otodectes. É utilizado uma lâmina de bisturi
sem corte, faz uma leve pressão com a
lâmina de bisturi na direção do crescimento
do pelo. A aplicação do óleo mineral na pele
do animal ou na lâmina também pode ser
feito pois óleo ajuda na coleta de material
(fica mais fácil de “pegar” os debris • Fita de acetato (colar o durex na área
celulares). Não é necessário sangrar. lesionada ou desejada, em seguida
olhar diretamente no microscópio –
Coloca uma lâmina sobre a outra e veda as usado superficialmente).
duas lâminas juntas com esparadrapo ou
fita durex, isso evita que os ácaros saem da
lâmina e facilita a visualização.

No raspado de pele profundo é mais comum


observar espécies de Demodex spp., exceto
D. gatoi. Se necessário, pode fazer a
tricotomia da região específica, na direção
de crescimento do pelo. Vários raspados =
pele rosada = visualização dos capilares =
• Swabs Óticos: introdução do swab
Gotejamento de sangue (porção pequena
delicadamente no ouvido do animal.
de sangue – como um ralado). Pinçar a pele
Toda vez que é feito a coleta e é
– forçar o ácaro a vir para regiões
observado cerúmen marrom escuro é
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necessário fazer a diluição com óleo, 2. Dermatite Piotraumática


espalha na lâmina e faz a observação (Dermatite Úmida Aguda, Hot
para ácaros. Cerúmen marrom claro ou
exsudato purulento está relacionado a
Spots)
presença de bactérias e leveduras. A dermatite Piotraumática é uma infecção
cutânea bacteriana superficial aguda e de
desenvolvimento rápido. É muito comum
na rotina clínica e em animais de pelo longo.
É uma dermatite dolorosa e inflamada.
Animal morde, arranha, lambe ou esfrega a
região em resposta a estímulos pruriginosos
ou dolorosos. É sazonal (o calor e umidade
predispõe) e pulgas também causam essa
dermatite. Podem causar:

Eritema
Alopecia
Erosão úmida da pele
Prurido agudo
Expansão rápida
Lesões dolorosas

Locais de aparecimento:

Tronco
Base da cauda
Porção lateral da coxa
Pescoço
Face
1. Piodermite Canina
Infecção cutânea bacteriana. Normalmente Diagnóstico: é feito a citologia e observado
quando é feito o inflamação e presença de bactérias.
isolamento/ visto Tratamento e prognóstico: Identificar a
do microscópio é causa base, fazer o controle de pulgas,
observado limpeza da ferida, Agente secante –
Staphylococcus; Rifamicina spray – 12 horas por 7 dias;
Quase sempre secundária a uma doença de prednisona (0,5-1 mg/kg por via oral), feita
base, já pré-existente. Distribui-se de forma a cada 24 horas por 5 dias; Cefalexina 10 –
assimétrica. Pode ou não ter prurido. 30 mg/kg 12 horas por 10 dias, Colar
elizabetano.
Tratamento: Se baseia na correção
primeiramente da causa base; a banhos
associados á clorexidina 2 ou 4 %;
Miconazol; Peróxido de Benzoíla;
Antibiótico sistêmico (caso exista
necessidade); Corticoides e rações
hipoalergênicas se for da condição do tutor.
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3. Impetigo (Dermatite Pustular clorexidina ou outros lenços


Superficial) antimicrobianos) usados a cada 12 a 72
horas são bastante eficazes; corticosteroide
(dexametasona, para produzir uma
solução com 0,1 mg/mL) deve ser feita a
Infecção bacteriana superficial da pele
cada 12 horas. Para prevenção de recidivas,
glabra; causada por ectoparasitismo,
as patas devem ser limpas ou esfoliadas na
desnutrição ou más condições sanitárias;
direção do crescimento do pelo para
remoção de quaisquer pelos “encravados”.
Entre as terapias tópicas adjuntas que
podem ser eficazes, estão as imersões
diárias das patas, por 10 a 15 minutos em
solução de clorexidina a 0,025%, solução
de iodopovidona a 0,4% pelos primeiros 5
Caracterizado por pequenas pústulas,
a 7 dias.
pápulas e crostas que são limitadas à pele
inguinal e axilar; Lesões não pruriginosas;
Indolores.

Diagnóstico: Feito citologia das pústulas:


neutrófilos e cocos bacterianos; Cultura
bacteriana: Staphylococcus.

Tratamento: Correção da higiene - Limpar


áreas afetadas com Clorexidina Xampu a
cada 24/48 horas por 7 a 10 dias - Casos de
poucas lesões, aplicar pomada Neomicina 5. Abscesso Subcutâneo
ou mupirocina, a cada 12 horas por 7 a 10
Abscesso por Briga ou Mordedura em Cães
dias. - Antibioticoterapia caso seja preciso.
e Gatos. A doença ocorre quando a
microflora bacteriana oral normal é
inoculada na pele por meio de feridas
4. Pododermatite bacteriana perfurantes.
É uma infecção bacteriana profunda das Aumento de volume
patas que quase sempre é secundária a Dolorido
algum fator subjacente. As patas podem Ferida c/ crosta
apresentar eritema, pústulas, pápulas, Febre
nódulos, bolhas hemorrágicas, fístulas, Anorexia
úlceras, alopecia ou aumento de volume Depressão
interdigital. Prurido (lambedura,
mordedura), dor ou claudicação podem ser
observados.

Diagnóstico: Feito citologia Histopatológico


e cultura Bacteriana o patógeno primário
geralmente é Staphylococcus.
Diagnóstico: Anamnese, achados clínicos.
Tratamento: Antibioticoterapia, utilização Citologia (exsudato): inflamação supurativa
de lenços de limpeza (lenços sem álcool com população bacteriana mista. A análise
para acne, lenços de bebê, compressas de
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por reação em cadeia de polimerase (PCR),


quando disponível.

Tratamento e Prognóstico: 1. O abscesso


deve ser tricotomizado, lancetado e limpo
com solução de clorexidina a 0,025%. 2. A
administração sistêmica de antibióticos
deve ser realizada por 7 a 10 dias ou até a
cicatrização completa das lesões. Os As lesões podem acometer os espaços
antibióticos eficazes incluem os seguintes: interdigitais, a porção ventral do pescoço,
Amoxicilina, 20 mg/kg VO, SC ou IM a cada as axilas, a região perineal ou as pregas dos
8 a 12 horas; Amoxicilina com clavulanato, membros. Possuem Odor fétido
15-20 mg/kg VO a cada 8 a 12 horas; “adocicado” e muito comum termos
Clindamicina, 10 mg/kg VO ou IM a cada 12 infecção da pele e do ouvido concomitante.
hora.
Diagnóstico: Citologia (preparação com fita,
esfregaço por impressão).

Caracteriza-se por ser doenças de pele Tratamento: O paciente deve ser banhado
causadas por fungos. a cada 2 a 3 dias com xampu com
cetoconazol a 2%, cetoconazol a
1. Malasseziose (Dermatite por 1%/clorexidina a 2%, miconazol a 2%,
Malassezia) Malassezia clorexidina a 2% a 4%. O tratamento de
escolha nos casos moderados a graves é o
pachydermatis
cetoconazol (cães) ou o fluconazol, em
É uma levedura normalmente encontrada dose de 10 mg/kg por via oral (VO), com
em baixos números nos canais auditivos alimento, a cada 24 horas. O tratamento
externos, nas regiões perianais e nas pregas deve continuar até a resolução das lesões e
cutâneas úmidas. a ausência de microrganismos à citologia
cutânea de acompanhamento (≈ 4
• Atopia / Alergia Alimentar / Tratamento
prolongado com glicocorticoide PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DA MALASSEZIA
semanas).
É uma doença rara em felinos (exceto em
animais portadores de fiv/felv ou
neoplasias).

Sintomatologia em cães: Prurido de


moderado a grave; alopecia regional ou
generalizada; escoriações; eritema e
seborreia. A cronicidade = pele expessa,
hiperpigmentação e hiperqueratose.
Caracteriza-se pela PELE DE ELEFANTE.
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2. Dermatofitose de aspiradores de pó pode aumentar a


contaminação do ambiente).
É uma infecção das hastes dos pelos e do
estrato córneo causada por fungos
queratinofílicos. Comum em cães e gatos
filhotes imunocomprometidos.

O acometimento cutâneo pode ser


localizado, multifocal ou generalizado.

• O prurido, se presente, geralmente é


mínimo a brando. As lesões geralmente
incluem áreas de alopecia circular, irregular
ou difusa com descamação variável. Os
pelos remanescentes podem parecer
menores ou quebrados. Os estados de
portador assintomático (infecção
subclínica) são comuns em gatos,
principalmente entre as raças de pelo longo.
Resultado positivo ao exame com lâmpada de Wood
• A doença assintomática, embora rara em um gato com Microsporum canis. Note o brilho
verde-maçã associado a raiz de cada pelo.
em cães, foi relatada em Yorkshire
Terriers.

Diagnóstico: *Exame com luz ultravioleta


(lâmpada de Wood): na infecção por
algumas cepas de Microsporum canis, os
pelos fluorescem em cor verde-amarelada.
*Tricograma - pelos ou descamações;
*Cultura fúngica.
Zoonose por Microsporum canis. A mão desta pessoa
Tratamento: Tricotomia da ferida; - apresenta as típicas lesões circulares intensamente
Medicações antifúngicas tópica a cada 12 eritematosas causadas por dermatófitos.
horas; Creme de terbinafina; Creme, loção
ou solução de clotrimazol; Creme de
3. Esporotricose
enilconazol; Creme de cetoconazol; Creme, Sporothrix schenckii é um fungo dimórfico e
spray ou loção de miconazol. saprófito ambiental que pode ser
encontrado em todo o mundo. A infecção
Tratamento sistêmico: Terbinafina, 30 a 40
ocorre após a inoculação dos
mg/kg VO a cada 24 horas/ tópica 12 /12
microrganismos no tecido por meio de
(lamisil; Neptra,) - Cetoconazol, 10 mg/kg
feridas perfurantes. Mais comum em gatos
VO a cada 24 horas com alimento (apenas
machos, não castrados que possuem acesso
em cães) - Fluconazol, 10 mg/kg VO a cada
a rua. As lesões se apresentam com
24 horas com alimento - Itraconazol
múltiplos nódulos, firmes, não dolorosos,
(Sporanox®, cápsulas), 5 a 10 mg/kg VO a
não pruriginosos. Lesões na face, cabeça,
cada 24 horas com alimento. Ambiente
tronco, tronco
deve ser meticulosamente limpo, com
remoção de todos os materiais As lesões cutâneas podem incluir feridas
contaminados, e a área deve ser perfurantes sem cicatrização, abscessos,
desinfetada com hipoclorito de sódio (o uso celulite, nódulos com crostas, ulcerações,
tratos drenantes purulentos e, às vezes,
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necrose tecidual. As lesões geralmente


ocorrem na cabeça, na porção distal dos
membros ou na base da cauda.
Concomitantemente, pode haver letargia,
depressão, anorexia e febre. A
disseminação é comum.

Diagnóstico: Citologia - Cultura Fungica

Tratamento: A terapia antifúngica sistêmica


prolongada (por semanas a meses) deve ser
administrada e continuar por pelo menos 1
mês após a resolução clínica completa. Os
tratamentos incluem os seguintes:
Cetoconazol 5 a 15 mg/kg VO com alimento
a cada 12 a 24 horas; Fluconazol, 10 mg/kg
VO com alimento a cada 24 horas;
Terbinafina, 30 a 40 mg/kg VO a cada 12-24
horas; Itraconazol (Sporanox®, cápsulas), 5
a 10 mg/kg VO com alimento a cada 12 a 24
horas; em gatos, o fármaco de escolha é o
itraconazol (Sporanox®).

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