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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO

Anexo 01 – CURVAS B-H

Curvas B – H para H < 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08)


(Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 5 A/m para H)

Curvas B – H para H > 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08)


(Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 50 A/m para H)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

CAPÍTULO 01

ANÁLISE VETORIAL

1.1) Um vetor B é dado por: B = a x + 2a y + 3a z . Determine um vetor A de módulo igual


a 3 e componente x unitária de modo que A e B sejam perpendiculares entre si.

Resolução:

B = a x + 2a y + 3a z
Dados: A = xa x + ya y + za z (01)
A⊥B A = 3 x =1

A = 3 12 + y2 + z2 = 3 (02)
A⊥B A•B = 0 1 + 2y + 3z = 0 (03)

− 3z − 1
De (03): y = (04)
2

Substituindo (04) em (02), temos:


2
− 3z − 1 9z 2 + 6z + 1 2
1+ + z2 = 3 1+ +z =3 13z 2 + 6z − 7 = 0
2 4

7
1a raiz z1 = (05)
13
2a raiz: z 2 = −1 (06)

Substituindo (05) em (04), temos:


7
− 3⋅ −1
13 21 1 17
y1 = =− − y1 = − (07)
2 26 2 13

Substituindo (06) em (04), temos:


− 3 ⋅ −1 − 1 3 − 1
y2 = = y2 = 1 (08)
2 2

Substituindo (05) e (07) em (01), temos:

17 7
A1 = a x − ay + az
13 13

Substituindo (06) e (08) em (01), temos:

A2 = ax + ay − az

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CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

1.2) Transforme cada um dos seguintes vetores para coordenadas cilíndricas no ponto dado:
a) A = 5a x em P (ρ = 4, φ = 120o , z = 2);
b) B = 6a y em Q (x = 4, y = 3, z = -1);
c) C = 4a x − 2a y − 4a z em R (x = 2, y = 3, z = 5).

Resolução:

a) A = ρ a ρ + φ aφ + z a z onde:

ρ = A • a ρ = 5a x • a ρ = 5 φ =5 120 ρ = −2 5
φ = A • a φ = 5a x • a φ = −5 φ = −5 120 φ = −4 33
z = A • a z = 5a x • a z z =0

∴ A = −2 5a ρ − 4 33a φ

b) Transformando o ponto Q (x = 4, y = 3, z = -1) de coordenadas cartesianas para cilíndricas,


temos:
ρ = x2 + y2 = 5
3
Q( ρ φ z ) = φ= Q( ρ = 5 φ = 36 87° z = −1)
y 5
φ = arctg φ = 36 87°
x 4
φ=
5

mas:
3
ρ = B • aρ = 6ay • aρ = 6 φ =6⋅ ρ =36
5
4
B = ρ aρ + φ aφ + z a z onde: φ = B • aφ = 6ay • aφ = 6 φ =6⋅ φ = 48
5
z = B • az = 6a y • az z = 0

∴ B = 3 6a ρ + 4 8a φ

c) Transformando o ponto R (x = 2, y = 3, z = 5) de coordenadas cartesianas para cilíndricas,


temos:

ρ = x 2 + y 2 = 13
3
R(ρ φ z) = φ= (
R ρ = 13 φ = 56 31° z = 5 )
y 13
φ = arctg φ = 56 31°
x 2
φ=
13

mas:

C = ρ a ρ + φ a φ + z a z onde:
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2 3
ρ = C ⋅ a ρ = 4ax − 2ay − 4az ⋅ a ρ = 4 φ −2 φ = 4⋅ − 2⋅ ρ = 0 555
13 13
3 2
φ = C ⋅ aφ = 4ax − 2ay − 4az ⋅ aφ = −4 φ −2 φ = −4 ⋅ − 2⋅ φ = −4 438
13 13
z = C ⋅ az = 4ax − 2ay − 4az ⋅ az z = −4

∴ C = 0 555a ρ − 4 438a φ − 4a z

1.3) Um campo vetorial é definido no ponto P (ρ = 20, φ = 120o , z = 10) como


sendo: V = 4a ρ + 3a φ + 5a z . Determinar:
a) a componente vetorial de V normal à superfície ρ = 20;
b) a componente vetorial de V tangente à superfície φ = 120o;
c) a componente vetorial de V na direção do vetor R = 6a ρ + 8a φ ;
d) um vetor unitário perpendicular a V e tangente ao plano φ = 120o;
e) o vetor V no sistema de coordenadas cartesianas;

Resolução:

a)
Dados:
V = 4a ρ + 3a φ + 5a z em P (ρ = 20, φ = 120o , z = 10).

Sabe-se que V = VN + VT e que VN = V • a ρ a ρ .

Portanto: VN = 4aρ + 3aφ + 5az • a ρ aρ VN = 4aρ

b)
Dados:
V = 4a ρ + 3a φ + 5a z em P (ρ = 20, φ = 120o , z = 10).

Sabe-se que V = VN + VT e que VN = V • a φ a φ .

Cálculo de VN :

VN = V • a φ a φ

VN = 4a ρ + 3a φ + 5a z • a φ a φ VN = 3a φ

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Cálculo de VT :

VT = V − VN = 4a ρ + 3a φ + 5a z − 3a φ VT = 4a ρ + 5a z

c) Dados: R = 6a ρ + 8a φ .
R 6a ρ + 8a φ
VR = V • a R a R , onde a R = = a R = 0 6a ρ + 0 8a φ
R 36 + 64
∴ VR = 4a ρ + 3a φ + 5a z • 0 6a ρ + 0 8a φ 0 6a ρ + 0 8a φ VR = 2 88a ρ + 3 84a φ

d) Seja A = ρ a ρ + φ aφ + z a z o vetor procurado.


(01)
φ = 0, pois A é tangente ao plano φ = 120°
Pelas condições apresentadas, temos: A • V = 0, poisA ⊥V (02)
A = 1, pois A é um versor
(03)

De (01), conclui-se que A = ρ aρ + z az (04)

De (02), conclui-se que:


A • V = ρ a ρ + z a z • 4a ρ + 3a φ + 5a z 4 ρ+5 z = 0 (05)

2 2
De (03), conclui-se que ρ+ z =1 (06)
5
De (05): ρ =− z (07)
4
Substituindo (07) em (06), temos:
25 2 2 16
z+ z = 1 z = ± = ±0 625 (08)
16 41

Substituindo (08) em (07), temos:

ρ = 0 781 (09)

Substituindo (08) e (09) em (01), temos:

(
A = ± − 0 781a ρ + 0 625a z )
e) Cálculo das componentes, em coordenadas cartesianas, do vetor V :

x = V • ax = 4aρ + 3aφ + 5az • ax = 4 φ −3 φ =4 120 − 3 120° x = −4 598


y = V • ay = 4aρ + 3aφ + 5az • ay = 4 φ +3 φ =4 120 + 3 120° y = 1 964
z = V • az = 4aρ + 3aφ + 5az • az z =5

∴ V = −4 598a x + 1 964a y + 5a z

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1.4) Se a1 é um vetor unitário dirigido da origem ao ponto (-2,1,2), determinar:


a) um vetor unitário a 2 paralelo ao plano x = 0 e perpendicular a a1 ;
b) um vetor unitário a 3 perpendicular a a1 e a 2 .

Resolução:

Cálculo de a1 :

A1 − 2a x + a y + 2a z 2 1 2
a1 = = a1 = − a x + a y + a z
A1 −2 2 + 12 + 2 2 3 3 3

a) Seja a 2 = 2 a x + 2 a y + 2 a z o vetor procurado.


x y z

2x = 0, pois a 2 é paralelo ao plano x = 0 (01)


Pelas condições apresentadas, temos: a 2 • a1 = 0, pois a 2 ⊥a1 (02)
a 2 = 1, pois a 2 é um versor (03)

De (01), conclui-se que:

a2 = 2 ay + 2 az (04)
y z

De (02), conclui-se que:


2 1 2
a2 • a1 = 2y ay
+ 2 az • − ax + ay + az
z 3 3 3
1 2
∴ a 2 • a1 = 2y + 2 =0 (05)
3 3 z
2
De (03), conclui-se que 2y + 22 = 1 (06)
z

De (05), 2 = −2 2 (07)
y z

Substituindo (07) em (06), temos:

5
4 22 + 22 = 1 2z =± (08)
z z 5

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Substituindo (08) em (07), temos:

2 5
2y = (09)
5

Substituindo (08) e (09) em (04), temos:

5
a2 = ±
5
(− 2a y + a z )
b) Seja a 3 = 3 a x + 3 a y + 3 a z o vetor procurado.
x y z
Pelas condições apresentadas, temos:

a 3 = a1 × a 2 , pois a 3 ⊥ ao plano formado por a1 e a 2 (01)


a 3 = 1, pois a 3 é um versor (02)

De (01), conclui-se que

ax ay az
5 4 5 2 5 4 5
a3 = − 23 1
3 3
2 a3 = ± ± ax ± ay ± az
15 15 15 15
0 ±2 5 5
5 ± 5

5
Logo: a 3 = ±
15
(
5a x + 2a y + 4a z )
1.5) Determinar:
a) qual é a componente escalar do vetor E = − ya x − xa y no ponto P (3, -2, 6 ) que está
apontada para o ponto Q (4, 0, 1 );
b) qual é a equação (escalar) da linha no plano z = 0 que é perpendicular ao vetor
A = 3a x − 4a y e passa através do ponto P (1, 5, 0 )?

Resolução:

a)

Definições:
E P é o vetor dado E no ponto P E P = − ya x − xa y E P = 2a x − 3a y
PQ é um vetor dirigido do ponto P para o ponto Q.
E P é a componente escalar de E P na direção de E PQ .
Q
a PQ . é o vetor unitário de PQ
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PQ a x + 2a y − 5a z a x + 2a y − 5a z
Cálculo de a PQ : a PQ = = a PQ =
PQ 1 + 4 + 25 30

Cálculo de E P :
Q
a x + 2a y − 5a z 4
EP = E P • a PQ EP = 2a x − 3a y • EP =−
Q Q 30 Q 30

b)

Seja v = x − 1 a x + y − 5 a y o vetor dirigido de P para Q (vetor na direção da linha).


Mas v ⊥ A A•v = 0

∴ 3ax − 4ay • x − 1 ax + y − 5 ay = 0 3 x −1 − 4 y − 5 = 0 3x - 4y + 17 = 0

Assim, 3x-4y+17=0 é a equação da linha no plano z = 0 que é perpendicular ao vetor A e


passa pelo ponto P

1.6) Encontrar o vetor em coordenadas:


a) cartesianas que se estende de P (ρ = 4, φ = 10o , z = 1) a Q (ρ = 7, φ = 75o , z = 4).
b) cilíndricas no ponto M (x = 5, y = 1, z = 2) que se estende até N (x = 2, y = 4, z = 6).

Resolução:

P ( ρ = 4 φ = 10° z = 1)
a) Dados:
Q ( ρ = 7 φ = 75° z = 4 )

Definindo PQ como o vetor, em coordenadas cartesianas, que


estende-se do ponto P ao ponto Q, temos:
PQ = OQ − OP = x ax + y ay + z a z , onde OQ é
o vetor dirigido da origem ao ponto Q e OP é o vetor dirigido
da origem ao ponto P.
Cálculo do vetor OP :
x = ρ φ =4 10 ° x = 3,939
OP = x ax + y ay + z a z , onde: y = ρ φ =4 10 ° y = 0,695
z = z z =1
∴ OP = 3,939a x + 0,695a y + a z

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Cálculo do vetor OQ :
x = ρ φ =7 75° x = 1,812
OQ = x ax + y ay + z a z ,onde: y = ρ φ =7 75° y = 6,761
z =z z =4
∴ OQ = 1 812a x + 6 761a y + 4a z

mas: PQ = OQ − OP = x ax + y ay + z a z , onde:

x = x− x x = −2,13
y = y− y y = 6,07 PQ = −2 13a x + 6 07a y + 3a z
z = z− z z = 3
M (x = 5 y = 1 z = 2 )
b) Dados:
Q ( ρ = 7 φ = 75° z = 4 )

Podemos escrever o vetor MN em coordenadas cartesianas


da seguinte forma:
MN = ON − OM = x ax + y ay + z a z , onde
ON = 2a x + 4a y + 6a z e OM = 5a x + a y + 2a z .Portanto,
x = −3 y =3 z =4 e

MN = −3a x + 3a y + 4a z .

Cálculo do vetor MN em coordenadas cilíndricas:

MN = ρ aρ + φ aφ + z a z onde:

ρ = MN ⋅ a ρ = −3a x + 3a y + 4a z ⋅ a ρ = −3 φ +3 φ

φ = MN ⋅ a φ = −3a x + 3a y + 4a z ⋅ a φ = 3 φ +3 φ

z = MN ⋅ a z = −3a x + 3a y + 4a z ⋅ a z = 4

ρ = x 2 + y 2 = 26
1 y
No ponto M, temos: φ= =
ρ 26
x 5
φ= =
ρ 26
5 1 12
ρ = −3 +3 ρ =−
26 26 26
1 5 18
Portanto: φ =3 +3 φ =
26 26 26
z = 4

12 18
Logo: MN = ρ aρ + φ aφ + z az MN = − aρ + a φ + 4a z
26 26
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1.7) Sejam os pontos P ( 3, -4, 5 ) e Q ( 1, 2, 3 ) e W um vetor localizado no ponto P cuja


magnitude seja igual à distância entre P e Q. Determine o vetor W apontado para Q:
a) no sistema de coordenadas cartesianas;
b) no sistema de coordenadas cilíndricas;
c) no sistema de coordenadas esféricas.

Resolução:

No ponto P, temos:

ρ = x2 + y2 = 5
y y x
φ = arctg = −5313° ; φ= = −0 8 ; φ= =06 (01)
x ρ ρ
ρ x2 + y2 z
θ = arctg = 135° ; θ= = −0 7071 ; θ= = −0 7071
z 2
x +y +z 2 2 2
x +y +z 2 2

a) W= x ax + y ay + z az
∴ W = 1 − 3 a x + 2 − −4 a y + 3 − −5 a z W = −2a x + 6a y + 8az

b) W= ρ aρ + φ aφ + z az

Cálculo das componentes, em coordenadas cilíndricas, do vetor W :

ρ = W • aρ = −2ax + 6ay + 8az • aρ = −2 φ +6 φ = −2 0 6 + 6 −0 8 ρ = −6


φ = W • aφ = −2ax + 6ay + 8az • aφ = 2 φ +6 φ = 2 −0 8 + 6 0 6 φ =2
z = W • az = −2ax + 6ay + 8az • az z =8

∴ W = −6a ρ + 2a φ + 8a z

c) W= r ar + θ aθ + φ aφ (01)

Cálculo das componentes, em coordenadas esféricas, do vetor W :

r = W • ar = −2ax + 6ay + 8az • ar r = −2 θ φ +6 θ φ +8 θ (02)

θ = W • aθ = −2ax + 6ay + 8az • aθ θ = −2 θ φ +6 θ φ −8 θ (03)


(04)
φ = W • aφ = −2ax + 6ay + 8az • aφ φ =2 φ +6 φ

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Substituindo (01) em (02), temos:

r = −2 0 7071 0 6 + 6 0 7071 −0 8 + 8 −0 7071 r = −9,90 (05)

Substituindo (01) em (03), temos:

θ = −2 −0 7071 0 6 + 6 −0 7071 −0 8 − 8 0 7071 θ = −1 41 (06)

Substituindo (01) em (04), temos:

φ = 2 08 +6 06 φ = −2 (07)

Substituindo (05), (06) e (07) em (01), temos:

W = −9 90a r − 1 41aθ + 2a φ

1.8) Um campo vetorial é definido no ponto P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ) como sendo:
G = 3a r + 4aθ + 5a φ . Determinar:
a) a componente vetorial de G normal a superfície r = 10;
b) a componente vetorial de G tangente ao cone θ = 150o;
c) a componente vetorial de G na direção do vetor R = 6a r + 8a φ ;
d) um vetor unitário perpendicular a G e tangente ao plano φ = 60o;

Resolução:

a) Dados:
G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).

Sabe-se que G = G N + G T e que G N = G • a r a r .


Portanto:
G N = 3a r + 4aθ + 5a φ • a r a r G N = 3a r

b)

Dados:
G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).

Sabe-se que G = G N + G T e que G N = G ⋅ aθ aθ .

Cálculo de G N :

G N = G • aθ aθ = 3a r + 4aθ + 5a φ • aθ aθ G N = 4aθ

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Cálculo de G T :

G T = G − G N = 3a r + 4aθ + 5a φ − 4aθ G T = 3a r + 5a φ

c) Dados: R = 6a r + 8a φ
R 6a r + 8a φ
G R = G • a R a R , onde a R = = a R = 0 6a r + 0 8a φ
R 36 + 64

∴ GR = 3a r + 4aθ + 5a φ • 0 6a r + 0 8a φ 0 6a r + 0 8a φ G R = 3 48a r + 4 64a φ

d)

Dados:
G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).

Seja S = r a r + θ aθ + φ a φ o vetor procurado.

φ = 0, pois S é tangente ao plano φ = 60° (01)

Pelas condições apresentadas, temos: S ⋅ G = 0, pois S⊥G (02)

S = 1, pois S é um versor (03)

De (01), conclui-se que S = r a r + θ aθ (04)

De (02), conclui-se que :

S•G = r ar + θ aθ • 3a r + 4aθ + 5a φ 3 r+ 4 θ = 0 (05)

2 2
De (03), conclui-se que r + θ =1 (06)

4
De (05): r =− θ (07)
3
Substituindo (07) em (06), temos:
16 2 3
θ + θ2 = 1 θ =± (08)
9 5
Substituindo (08) em (07), temos:
4
r = (09)
5
Substituindo (08) e (09) em (04), temos:

4 3
S=± a r − aθ
5 5
– Página 1.11 –
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CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

CAPÍTULO 02

LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.1) Um fio de 2 m está carregado uniformemente com 2 µC. A uma distância de 2 m de sua
extremidade, no seu prolongamento, está uma carga pontual de 2 µC. Obter o ponto no
espaço onde o campo elétrico seja nulo.

Resolução:

Definições:
P (2+d; 0; 0) é o ponto onde o campo elétrico resultante é nulo.
E1 é o campo elétrico gerado em P pela carga Q.
E 2 é o campo elétrico gerado em P pelo fio.

Cálculo do campo elétrico gerado em P pela carga Q:

Q
E1 = −a x , onde Q = 2µC. (01)
4πε o 2 − d 2

Cálculo do campo elétrico gerado em P pelo fio:

E2 =
ρ L dL ∆Q 2 µC
a x ,onde: ρ L = ∆L = 2m ρL = 1 C[ m] (02)
4πε o 2 − x + d 2 dL = dx

2
ρ L dx
De (01), conclui-se que E 2 = a (03)
2 x
x =0 4πε o 2 − x + d

u = 2−x+d
Substituição de variáveis na integral: (04)
du = −dx

Substituindo (04) em (03), temos:

2 2
ρL du ρ L u −1 ρL 1
E2 = ax E2 = ax E2 = − ax
4πε o 2 4πε o − 1 4πε o 2 − x + d
x =0 u x =0

ρL 1 1
∴ E2 = − − (05)
4πε o d 2 + d

– Página 2.1 –
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CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Para o campo elétrico ser nulo em P, é necessário que E1 + E 2 = 0 . (06)

Substituindo (01) e (05) em (06), temos:

2 ⋅ 10 − 6 1 ⋅ 10 − 6 1 1 2 1 1
− − =0 − + =0
4πε o 2 − d 2 4πε o d 2 + d 2−d 2 d 2+d

2d 2 + d − 2 + d 2 − d 2 + d 2 − d 2 = 0

2
4d + 2d 2 − 8 + 8d − 2d 2 − 4d + 4d 2 − d 3 + 4d − 4d 2 + d 3 = 0 d = m
3

Logo, as coordenadas do ponto P são: ( 2,67; 0; 0 ) [m]

2.2) Uma linha de carga com ρL = 50 ηC/m está localizada ao longo da reta x = 2, y = 5, no
vácuo.
a) Determinar E em P (1, 3, -4 );
b) Se a superfície x = 4 contém uma distribuição superficial de carga uniforme com
ρS = 18 ηC/m2, determinar em que ponto do plano z = 0 o campo elétrico é nulo.

Resolução:
a)

Campo elétrico para uma linha de cargas:

ρ é o vetor dirigido da linha para o ponto P


ρL
EL = a ρ , onde: ρ =ρ (01)
2πε o ρ
a ρ é o unitário de ρ

Cálculo de ρ e de ρ:

ρ = 1 − 2 a x + 3 − 5 a y + 0a z ρ = −a x − 2a y
(02)
ρ = 12 + 2 2 ρ= 5

Cálculo de a ρ :
ρ − a x − 2a y
aρ = = (03)
ρ 5

– Página 2.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

50 ⋅ 10 − 9 − a x − 2a y
E= ⋅ E = 180 −a x − 2a y
2πε o 5 5

E = −180a x − 360a y V m

b)

Para E T ser nulo no ponto Q (x, y, 0 ), este deve estar localizado entre o plano e a linha.

Campo elétrico para uma linha de cargas:

ρ é o vetor dirigido da linha para o ponto P


ρL
EL = a ρ , onde: ρ =ρ (01)
2πε o ρ
a ρ é o unitário de ρ

Campo elétrico para uma distribuição superficial de cargas:


ρS
EP = a N , onde: a N é o unitário normal à superfície na direcão de (x, y, 0). (02)
2ε o

Cálculo do campo elétrico no ponto Q devido à linha:

ρ = x − 2 ax + y − 5 ay ; ρ= x −2 2 + y−5 2
(03)
x − 2 ax + y − 5 ay
aρ =
x −2 2 + y−5 2

– Página 2.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo (03) em (01), temos:

ρL ρL x − 2 ax + y − 5 ay
EL = aρ EL =
2πε o ρ 2πε o x−2 2 + y−5 2 x−2 2 + y−5 2
ρL
∴ EL = x − 2 ax + y − 5 ay (04)
2 2
2πε o x−2 + y−5

Cálculo do campo elétrico no ponto Q devido à superfície:

a N = −a x (05)

Substituindo (05) em (02), temos:


ρS
EP = − ax (06)
2ε o

Mas E T = E L + E P = 0 (07)

Substituindo (04) e (06) em (07):

ρL x − 2 ax + y − 5 ay ρS
ET = ⋅ − ax = 0
2πε o x−2 2 + y−5 2 x−2 2 + y−5 2 2ε o

50 ⋅ 10 − 9 x − 2 ax + y − 5 ay 18 ⋅ 10 − 9
⋅ − ax = 0
10 − 9 x−2 2
+ y−5 2 10 − 9
2π ⋅ x−2 2 + y−5 2 2⋅
36π 36π

900 x − 2 900 y − 5
− 324π a x + ay = 0
x−2 2 + y−5 2 x−2 2 + y−5 2

900 y − 5
=0 y=5
2 2
x−2 + y−5

900 x − 2 900
− 324π = 0 = 324π x = 2,88
2 2 x−2
x−2 + y−5

Logo, as coordenadas do ponto Q são: (x = 2,88; y = 50;z = 0).

2.3) Oito cargas pontuais de 1 µC cada uma estão localizadas nos vértices de um cubo de 1 m
de lado, no espaço livre. Encontrar E no centro:
a) do cubo;
b) de uma face do cubo;
c) de uma aresta do cubo;

– Página 2.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Resolução:

P ( 0,5; 0,5; 0,5 )é o centro do cubo;


K ( 0,5; 1; 0,5 )é o centro de uma face;
M ( 1; 0,5; 0 )é o centro de uma aresta.

a) Como as cargas são todas iguais e simétricas, elas produzem campos iguais e em oposição.
Logo, o campo elétrico em P é nulo.

b) E K = E GK + E CK + E BK + E FK + E AK + E EK + E HK + E DK , onde:

E K é o campo gerado em K pelas carga em G, C, B, F, A, E, H e D;


E GK é o campo gerado em K pela carga em G;
E CK é o campo gerado em K pela carga em C;
E BK é o campo gerado em K pela carga em B;
E FK é o campo gerado em K pela carga em F;
E AK é o campo gerado em K pela carga em A;
E EK é o campo gerado em K pela carga em E;
E HK é o campo gerado em K pela carga em H;
E DK é o campo gerado em K pela carga em D;

Por simetria:

E GK + E CK + E BK + E FK = 0 , o que torna E K = E AK + E EK + E HK + E DK . (01)

Cálculo de E AK :

R AK é o vetor dirigido da carga em A ao ponto K


Q
E Ak = aR , onde: R AK = R AK
4πε o R 2AK AK
aR é um versor de R AK
AK

– Página 2.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

R AK
R AK = 0 5a x + a y + 0 5a z ; R AK = 1 5 ; aR =
AK R AK

Q
∴ E Ak = R AK (02)
32
4πε o R AK

Cálculo de E EK :

R EK é o vetor dirigido da carga em E ao ponto K


Q
E Ek = aR , onde: R EK = R AK = R EK = R AK
4πε o R 2EK EK
aR é um versor de R EK
EK

R EK
R EK = −0 5a x + a y + 0 5a z ; R EK = R AK = 1 5 ; aR =
EK R AK

Q
∴ E Ek = R EK (03)
32
4πε o R AK

Cálculo de E HK :

R HK é o vetor dirigido da carga em H ao ponto K


Q
E Hk = aR , onde: R HK = R AK = R HK = R AK
4πε o R 2HK HK
aR é um versor de R HK
HK

R HK
R HK = −0 5a x + a y − 0 5a z ; R HK = R AK = 1 5 ; aR =
HK R AK

Q
∴ E Hk = R HK (04)
32
4πε o R AK

Cálculo de E DK :

R DK é o vetor dirigido da carga em D ao ponto K


Q
E Dk = aR , onde: R DK = R AK = R DK = R AK
4πε o R 2DK DK
aR é um versor de R DK
DK
R DK
R DK = 0 5a x + a y − 0 5a z ; R DK = R AK = 1 5 ; aR =
DK R AK

Q
∴ E Dk = R DK (05)
32
4πε o R AK

– Página 2.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01):

Q
Ek = R AK + R EK + R HK + R DK (06)
32
4πε o R AK

Mas:
RAK + REK + RHK + RDK = 0 5ax + ay + 0 5az + −0 5ax + ay + 0 5az + −0 5ax + ay − 0 5az + 0 5ax + ay − 0 5az

∴RAK + REK + RHK + RDK = 4ay (07)

Substituindo (07) em (06) ,temos:

4Q 4 ⋅ 10 − 9
Ek = ay Ek = ay
32 32
4πε o R AK 4πε o 1 5

E k = 19,57 a y E k = 19,57 [V m]

c) E M = E EM + E FM + E AM + E BM + E HM + E GM + E CM + E DM , onde:

E M é o campo gerado em M pelas cargas em E, F, A, B, H, G, C e D;


E EM é o campo gerado em M pela carga em E;
E FM é o campo gerado em M pela carga em F;
E AM é o campo gerado em M pela carga em A;
E BM é o campo gerado em M pela carga em B;
E HM é o campo gerado em M pela carga em H;
E GM é o campo gerado em M pela carga em G;
E CM é o campo gerado em M pela carga em C;
E DM é o campo gerado em M pela carga em D;

Por simetria:

E EM + E FM = 0

Portanto: E M = E AM + E BM + E HM + E GM + E CM + E DM (01)

Cálculo de E AM :

R AM é o vetor dirigido da carga em A ao ponto M


Q
E AM = aR , onde: R AM = R AM
4πε o R 2AM AM
aR é um versor de R AM
AM
– Página 2.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

R AM
R AM = a x + 0 5a y + 0a z ; R AM = 1 25 ; aR =
AM R AM

Q
∴ E AM = R AM (02)
32
4πε o R AM

Cálculo de E BM :

R BM é o vetor dirigido da carga em B ao ponto M


Q
E BM = aR , onde: R BM = R AM = R BM = R AM
4πε o R 2BM BM
aR é um versor de R BM
BM

R BM
R BM = a x − 0 5a y + 0a z ; R BM = R AM = 1 25 ; aR =
BM R AM

Q
∴ E BM = R BM (03)
32
4πε o R AM

Cálculo de E HM :

R HM é o vetor dirigido da carga em H ao ponto M


Q
E HM = aR , onde: R HM = R AM = R HM = R AM
4πε o R 2HM HM
aR é um versor de R HM
HM

R HM
R HM = 0a x + 0 5a y − a z ; R HM = R AM = 1 25 ; aR =
HM R AM

Q
∴ E HM = R HM (04)
32
4πε o R AM

Cálculo de E GM :

R GM é o vetor dirigido da carga em G ao ponto M


Q
E GM = aR , onde: R GM = R AM = R GM = R AM
2 GM
4πε o R G M
aR é um versor de R GM
GM
R GM
R GM = 0a x − 0 5a y − a z ; R GM = R AM = 1 25 ; aR =
GM R AM

Q
∴ E GM = R GM (05)
32
4πε o R AM

– Página 2.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Cálculo de E DM :

R DM é o vetor dirigido da carga em D ao ponto M


Q
E DM = aR , onde: R DM = R DM
4πε o R 2DM DM
aR é um versor de R DM
DM
R DM
R DM = a x + 0 5a y − a z ; R DM = 2 25 ; aR =
DM R DM

Q
∴ E DM = R DM (06)
32
4πε o R DM

Cálculo de E CM :

R CM é o vetor dirigido da carga em C ao ponto M


Q
E CM = aR , onde: R CM = R DM = R CM = R DM
2 CM
4πε o R C M
aR é um versor de R CM
CM
R CM
R CM = a x − 0 5a y − a z ; R CM = R DM = 2 25 ; aR =
CM R DM

Q
∴ E CGM = R CM (07)
32
4πε o R DM

Substituindo (02), (03), (04), (05), (06) e (07) em (01), temos:

Q R AM + R BM + R HM + R GM R DM + R CM
EM = + (08)
4πε o 32 32
R AM R DM

Mas:
R AM + R BM + R HM + R GM = a x + 0 5a y + a x − 0 5a y + 0 5a y − a z + 0 5a y − a z

∴ R AM + R BM + R HM + R GM = 2a x − 2a z (09)
e
R DM + R CM = a x + 0 5a y − a z + a x − 0 5a y − a z

∴ R DM + R CM = 2a x − 2a z (10)

Substituindo (09) e (10) em (08), temos:

1 ⋅ 10 − 9 2a x − 2a z 2a x − 2a z
EM = +
4πε o 1 25 3 2 2 25 3 2

E M = 18 21a x − 18 21a z E M = 25 76 [V m]
– Página 2.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.4) Uma distribuição linear uniforme de cargas no eixo z é definida como sendo ρL = 10π
ηC/m para z ≥ 0 e ρL = 0 para z < 0. Determinar qual deverá ser a densidade superficial
de cargas no plano infinito z = 0 de modo que o campo elétrico resultante no ponto P ( 0,
3, 0 ) tenha direção normal ao eixo z. Determinar também o campo elétrico resultante.

Cálculo do campo elétrico no ponto P devido ao plano:


ρS ρS
EP = a N onde : a N = a z EP = az (01)
2ε o 2ε o

Cálculo do campo elétrico no ponto P devido à linha:

R = 3a y − za z
ρ L dz
EL = a onde R = R = 9 + z 2
2 R
4πε o R 3a y − za z
aR =
9 + z2

ρL 3a y − za z
EL = dz = E y + E z
4πε o 2 32
9+z
ρL 3dz ρ zdz
EL = a − L az
2 32 y
4πε o 9+z 4πε o 9 + z2 3 2

ρL 3dz (02)
Ey = ay
4πε o 9 + z2 3 2

ρL zdz
Ez = − az
4πε o 9 + z2 3 2 (03)

– Página 2.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Para que o campo elétrico resultante no ponto P ( 0, 3, 0 ) tenha direção normal ao eixo z, a

condição de E P = E z deve ser satisfeita.

Fazendo (01) = (04), temos:


ρS ρ zdz
= L (05)
2ε o 4πε o 3 + z2 3 2
2

z = 3tgθ
Substituição de variáveis na integral: 2
(06)
dz = 3 θdθ

Substituindo (06) em (05), temos:

2
10π ⋅ 10 − 9 3tgθ 3 θdθ 5 ⋅ 10 − 9 θ θ
ρS = ⋅ ρS = dθ
2π 3 3 θ
27 θ

5 ⋅ 10 − 9 5
ρS = [− θ ]θ90=°0 ρS = ηC 2
3 3 m

Cálculo do campo elétrico resultante ( E TOTAL ):


Como o campo elétrico resultante no ponto P ( 0, 3, 0 ) apresenta somente uma componente
na direção de a y , conclui-se que E TOTAL = E y (07)

Substituindo (03) em (07), temos:


ρL 3dz
E TOTAL = ay (08)
4πε o 3 + z2 3 2
2

z = 3tgθ
Substituição de variáveis na integral: 2
(09)
dz = 3 θdθ

Substituindo (09) em (08), temos:

10π ⋅ 10 − 9 33 2
θdθ 5 ⋅ 10 − 9
E TOTAL = ⋅ ay = ⋅ θ dθa y
4πε o 3 6ε o
27 θ

5 ⋅ 10 − 9
E TOTAL =
6ε o
[ θ ]θ90=°0 a y E TOTAL = 94 12 V [ m]

– Página 2.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.5) Dado o campo vetorial D = x 2 a x + ( y + z )a y + xya z [C/m2]. Determinar o fluxo de D

através da superfície triangular no plano xz, delimitada pelo eixo x, pelo eixo z, e pela
reta x + z = 1 .

D = x 2 a x + ( y + z )a y + xya z
Dados: ;
dS = dxdza y

Resolução:

Φ = D • dS Φ = x 2 a x + (y + z ) a y + xy a z • dxdz a y
S S

1 1− x 1 1− x 1 1− x
z2
Φ = y + z dzdx Φ = zdzdx Φ = dx
y=0 2
x =0 z=0 x =0 z=0 x =0 z=0

1 1
1− x 2 1 − 2x + x 2
Φ = dx Φ = dx
2 2
x =0 x =0

1
1 x3 1 1 1
Φ = x − x2 + Φ = 1−1+ Φ = [C]
2 3 2 3 6
x =0

2.6) Dado o campo E = 15x 2 y a x + 5 y 3 a y , encontrar, no plano xy:


a) a equação da linha de força que passa através do ponto P ( 2, 3, -4 );
b) um vetor unitário a E especificando a direção de E no ponto P;
c) um vetor unitário a N que é perpendicular a E no ponto P.

Resolução:
2 3 x = 15x 2 y
E = x a x + y a y = 15x y a x + 5 y a y
y = 5y 3
a) Dados: P ( 2, 3, -4 )
dy x dy 5y 3 dy y2 dy dx
= = = 3 =
dx y dx 15x 2 y dx 3x 2 y 2
x2

dy dx 1 1 (01)
3 = 3 − = − +c
y2 x2 y x
– Página 2.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo em (01) as coordenadas do ponto P, temos:

1 1 1
3 − = − +c c=- (02)
3 2 2

Substituindo (02) em (01), temos:

3 1 1
- = − −
y x 2

Portanto, a Equação da linha de Força é:

-6 x + 2 y + xy = 0 ou 6 x-2 y − xy = 0

b) E P é o vetor E definido no ponto P ( 2, 3, - 4 ).

∴ E P = 15 2 2. 3 a x + 5 . 33 a y E P = 180 a x + 135 a y
EP 180 a x + 135 a y
aE = aE =
EP 180 2 + 135 2

180 a x + 135 a y
aE = aE = 0 8 ax + 0 6 ay
225

a N • a E = 0 pois a N ⊥ a E (01)
c) Seja a N = m a x + n a y de modo que :
a N = 1 pois a N é um versor. (02)

De (01), conclui-se que:

m a x + n a y • 0 8 a x + 0 6 a y = 0 0,8 m + 0,6 n = 0
0,6
0,8 m = −0,6 n m =- n m = -0,75 n
0,8

De (02), conclui-se que: m 2 + n 2 = 1 (04)


Substituindo (04) em (03) ,temos:

1
(-0,75 n) 2 + n 2 = 1 n2 = n 2 = 0 64 n = ± 0,8 (05)
2
1 + 0 75

Substituindo (05) em (03), temos:

m = -0,75 . (±0,8) m = 0,6 (06)

Substituindo (05) e (06) em (01), temos:

aN = 0,6 a x ± 0 8 a y

– Página 2.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.7) Um cilindro de raio a e altura 2a possui as bases com cargas simétricas de densidade
ρS constante. Calcular o campo elétrico no seu eixo, a meia distância entre as bases.

Resolução:

Sabe-se que E R = E1 + E 2 = Rρ a ρ + Rφ a φ + Rz a z onde, E R é o campo resultante,


E1 é o campo gerado no ponto em questão devido à distribuição da base do cilindro (1) e E 2 é o
campo gerado no ponto em questão devido à distribuição do topo do cilindro (2).
Devido à simetria das distribuições, E R não apresenta componentes nas direções de
a ρ e de a φ ( Rρ = Rφ = 0 ). Deste modo, as componentes de E1 e de E 2 na direção de a z
definem a direção e a magnitude de E R .Assim, E R = 2E1 = 2E 2 . (01)
z z

Cálculo de E1 :

dS = ρ dρ dφ
ρ S dS R é o vetor dirigido do elemento diferencial de área
dE1 = a R , onde para o ponto ( 0, 0, a ); (02)
4πε o R 2 R =R
a R é um unitário de R

R = − ρa ρ + aa z ; R= ρ2 + a2 (03)

− ρa ρ + aa z
aR =
ρ2 + a2

Substituindo (02) em (01), temos:

ρ S ρdρdφ
dE1 = − ρa ρ + aa z ) E1 = E1 + E1z
ρ
4πε o ρ 2 + a 2 3 2

– Página 2.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2π a
ρ S ρdρdφ
E1 = − ρa ρ + aa z )
2 2 32
φ = 0 ρ = 0 4πε o ρ + a

(04)
E1 = 0 ( Por Simetria )
ρ

2π a
a ρ S ρ dρ dφ
E1z = a
2 2 32 z
φ = 0 ρ = 0 4πε o ρ + a

(05)
Cálculo de E R :

Substituindo (05) em (01), temos:


2π a
a ρ S ρ dρ dφ
ER = 2 a
2 2 32 z
φ =0 ρ =0 4πε o ρ + a

2π a
2a ρ S ρ
ER = dφ dρ a z
4πε o
φ =0 ρ =0 ρ 2 + a2 32

(06)
ρ = a tgθ
Substituição de variáveis na integral: 2
dρ = a θ dθ

ρ=0 θ = 0°
ρ=a θ =π4 (07)

Substituindo (07) em (06), temos:

π 4
2a ρ S a tgθ a sec 2θ dθ
ER = ⋅ 2π az
4πε o
θ =0 a 3 sec 3θ
π 4 π 4
ρS a 3 tgθ sec 2θ dθ ρS
ER = az ER = θ dθ a z
εo
θ =0 a 3 sec 3θ εo
θ =0
ρS ρS
ER = [- cosθ ]θπ =40 a z ER = [(-cos45°) - (-cos0°)] a z
εo εo
ρS 1
∴ ER = 1- az [V m]
εo 2

– Página 2.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.8) Uma carga Q (Q > 0) está localizada na origem do sistema de coordenadas. Determinar
em que ponto na linha definida por x = 1 e z = 3 está E y no seu máximo.

Resolução:
Cálculo do campo elétrico para a carga pontual:

R é o vetor dirigido da origem para o ponto (1, y, 3 )


Q
E= aR , onde R = R
4πε o R 2 (01)
a R é um unitário de R

R = a x + ya y + 3a z ; R = 10 + y 2
∴ (02)
a x + ya y + 3a z
aR =
10 + y 2

Substituindo (02) em (01), temos:

Q a x + ya y + 3a z Q a x + ya y + 3a z
E= ⋅ E= ⋅
4πε o 10 + y 2 2 10 + y 2 4πε o 10 + y 2 3 2

Q
Ex = ⋅ax
4πε o 10 + y 2 3 2
yQ (03)
∴ Ey = ⋅ay
2 32
4πε o 10 + y
3Q
Ez = ⋅az
4πε o 10 + y 2 3 2

Q y
De (03), conclui-se que E y = E y = ⋅
4πε o 10 + y 2 3 2

– Página 2.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Cálculo de E y :
máx
∂E y Q 10 + y 2 3 2 − 3 2 10 + y 2 1 2 . 2 y .y
=0 ⋅ =0
∂y 4πε o 10 + y 2 3

10 + y 2 3 2
10 + y 2 3 2 = 3 10 + y 2 1 2 y 2 = 3y 2
2 12
10 + y

10 + y 2 = 3y 2 y = ± 5

Logo, E y
max
ocorre nos pontos 1, ( ) (
5, 3 e 1, - 5, 3 . )

– Página 2.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

CAPÍTULO 03

DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

3.1) Dentro da região cilíndrica ρ ≤ 4 m, a densidade de fluxo elétrico é dada como sendo
D = 5 ρ 3 a ρ C/m2.
a) Qual a densidade volumétrica de carga em ρ = 3 m?
b) Qual a densidade de fluxo elétrico em ρ = 3 m?
c) Quanto de fluxo elétrico deixa o cilindro, ρ = 3 m, z ≤ 2,5 m?
d) Quanto de carga existe dentro do cilindro, ρ = 3 m, z ≤ 2,5 m?
Resolução:
D = 5ρ 3a ρ ρ = 5ρ
3
a) Dados:
ρ = 3m

1 ∂ ρ ρ 1 ∂ φ ∂ z 1 ∂ ρ ρ
ρv = ∇ • D = ⋅ + ⋅ + ρv = ⋅
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z ρ ∂ρ

1 ∂ 5ρ 4 1
ρv = ⋅ ρv = ⋅ 20 ρ 3 ρ v = 20 ρ 2
ρ ∂ρ ρ

Para ρ = 3m ρ v = 180 C
m3

b) Sabe - se que D = 5 ρ 3 a ρ Logo, em ρ = 3m, D = 135a ρ C


m2

c) Pela Lei de Gauss: Ψ = D • dS = Q interna = ρ v dv


S vol
3
D = 5ρ a ρ
Ψ = D • dS, onde
S
dS = ρ dφ dz a ρ

2,5 2π
∴Ψ = 5 ρ 3 a ρ • ρ dφ dz a ρ
z = −2 5 φ = 0

2,5 2π
Ψ = 5 ρ 4 dφ dz Ψ = 5 . 3 4 . 2π .5 Ψ = 4050π [C]
z = −2 5 φ = 0
ρ = 3m

d) Pela Lei de Gauss, Ψ = D • dS = Q interna = ρ v dv .


S vol

Logo, Q interna = 4050π [C]

– Página 3.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

20
3.2) Dado o campo D =
2
(− 2
φ aρ + 2φ a φ ) C
m2
, encontrar a carga total que se
ρ
encontra dentro da região, 1 < ρ < 2, 0 < φ < π / 2, 0 < z < 1.

Resolução:

20
D=
2
(− 2
φ aρ + )
2φ a φ = ρ a ρ + φ a φ
ρ
Dados:
2
20 φ 20 2φ
∴ ρ =− e φ =
2 2
ρ ρ

De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência:

Q interna = D • dS = ∇ • Ddv (01)


S vol
Cálculo de ∇ • D :

1 ∂ ρ ρ 1 ∂ φ ∂ z
∇•D = ⋅ + ⋅ +
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z
2
1
∂ 20 φ ∂1 20 2φ
∇•D = ⋅ ⋅ − + ⋅ ⋅
ρ ∂ρ ρ ρ ∂φ 2
ρ
2
20 φ 1 1 20
∇•D = − ⋅ − + ⋅ ⋅2 2φ
ρ 2 ρ ρ2
ρ
2
20 φ 40 2φ
∇•D = +
3 3
ρ ρ
20 1 2φ
∇•D = − +2 2φ
ρ3 2 2

10 30 2φ 10 (02)
∇•D = + ∇•D = (1 + 3 2φ )
3 3 3
ρ ρ ρ
– Página 3.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

Substituindo (02) em (01), temos:


π
1 2 2
10
Q interna = (1 + 3 2φ ) ρ dρ dφ dz
z = 0 φ = 0 ρ =1 ρ3

2 π
10 3 2φ 2
Q interna = − ⋅ φ + ⋅ [z ]1
ρ ρ =1 2 z =0
φ =0

10 π 5π
Q interna = − + 10 ⋅ +1 Q interna = [C]
2 2 2

20 φ C
3.3) Dado o campo D = θ aθ , na região, 3 < r < 4 , 0 < θ < π / 4 ,
r 4 m2
0 < φ < 2 π , determinar a carga total contida no interior desta região, por dois modos
diferentes

Resolução:

20 φ 20 φ
Dados: D = θ a θ = θ aθ θ = θ
r 4 r 4

De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência:


Q interna = D • dS = ∇ • Ddv
S vol

1o modo: Q interna = ∇ • Ddv


vol
Cálculo de ∇ • D :
2 ∂D φ
1 ∂ r Dr 1 ∂ Dθ θ 1
∇•D= + +
r2 ∂r r θ ∂θ r θ ∂φ

– Página 3.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

1 ∂ 20 2 φ
∇•D= ⋅ ⋅ θ
r θ ∂θ r 4

1 20 φ
∇•D= ⋅ ⋅ ⋅ (2 θ θ)
r θ r 4

40 φ
∇•D= ⋅ θ ⋅
r2 4

Cálculo de Q interna :
π
4 4 2π
40 φ
Q interna = ⋅ θ⋅ r2 θ drdθ dφ
2 4
r = 3 θ = 0 φ =1 r
π
4 4 2π
φ
Q interna = 40 dr ⋅ θ θ dθ ⋅ dφ
4
r =3 θ =0 φ =0

π
4 2π
4 φ
Q interna = 20 ⋅ [r ] r =3 ⋅ 2 θ θ dθ ⋅ dφ
4
θ =0 φ =0
π
4 2π
φ
Q interna = 20 ⋅ 2θ dθ ⋅ dφ
4
θ =0 φ =0

π 2π
1 φ
Q interna = 20 ⋅ − ⋅[ 2θ ] 4
θ =0 ⋅ −4
2 4 φ =0

π π
Q interna = −10 ⋅ − 0° ⋅ (− 4 ) − 0°
2 2

Q interna = 40 [C]

2o modo: Q interna = D • dS
S

Q interna = D • dS = D • dS + D • dS + D • dS (01)
S Lateral Topo Base

dS = r θ drdφ aθ
Para a Lateral (θ = π 4 ) (02)
2 φ
∴ D • dS = 20 θ⋅ drdφ
4

– Página 3.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

dS = r 2 θ dθ dφ a r
Para o Topo (r = 4) (03)
D • dS = 0

dS = r 2 θ dθ dφ a r
Para a Base r = 3) (04)
D • dS = 0

Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:

2π 4
2 φ
Q interna = 20 θ⋅ drdφ
φ =0 r =3 4
(θ =π 4)
4 2π
φ
Q interna = 10 dr ⋅ dφ
4
r =3 φ =1

φ
Q interna = 10 ⋅ [r ]4r = 3 ⋅ −4
4 φ =0

π
Q interna = 10 ⋅ − 4 +4 0° Q interna = 40 [C]
2

3.4) Uma casca esférica não condutora, de raio interno a e raio externo b, uniformemente
carregada com uma densidade volumétrica ρ v . Determine o campo elétrico em função
do raio r.

Resolução:

Pela Lei de Gauss: D • dS = Q interna = ρ v dv


S vol

Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r < a:

D1 = 0, pois Q interna = 0 E1 = 0

– Página 3.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

Seja a superfície Gaussiana esférica de raio a < r < b:

D= r ar
D • dS = Q interna = ρ v dv , onde
S vol dS = ar = r2 θ dθ dφ a r
Área da esfera Volume da casca esférica

2π 2π 2π 2π r
2
∴ r⋅ r θ dθ dφ = ρvr2 θ dr dθ dφ
φ =0 θ =0 φ =0 θ =0 r =a

2 4π ρv r3 − a3 ρv r3 − a3
r ⋅ 4π r = ρ v ⋅ ⋅ r3 − a3 r = ⋅ D2 = ⋅ ar
3 3 r2 3 r2

Mas D = ε E e ε = ε o .

ρv r3 − a3
Portanto: E 2 = ⋅ ar
3ε o 2
r

Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r ≥ b:

D= r ar
D • dS = Q interna = ρ v dv , onde
S vol dS = ar = r2 θ dθ dφ a r
Área da esfera Volume da casca esférica

2π 2π 2π 2π b
2
∴ r⋅ r θ dθ dφ = ρvr2 θ dr dθ dφ
φ =0 θ =0 φ =0 θ =0 r =a

2 4π ρv b3 − a3 ρv b3 − a3
r ⋅ 4π r = ρ v ⋅ ⋅ b3 − a3 r = ⋅ D3 = ⋅ ar
3 3 r2 3 r2

Mas D = ε E e ε = ε o .

ρ v b3 − a3
Portanto: E 3 = ⋅ ar
3ε o r2

– Página 3.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

3.5) Ao longo do eixo z existe uma distribuição linear uniforme de carga com ρ L = 4π C m , [ ]
e no plano z = 1 m existe uma distribuição superficial uniforme de carga com
ρ S = 20 C . Determinar o fluxo total saindo da superfície esférica de raio 2 m,
m2
centrada na origem

-2

Resolução:

Lei de Gauss: Ψ = Q interna , onde Q interna = Q Linha + Q Plano (01)

Cálculo de Q Linha :

2
Q Linha = ρ L dL Q Linha = 4π dz
L z = −2

Q Linha = 4π ⋅ [z ]2z = −2 Q Linha = 16π [C] (02)

Cálculo de Q Plano :

2π 3
Q Plano = ρ S dS Q Plano = 20ρ dρ dφ
S φ =0 ρ =0

3
2π ρ2 (03)
Q Plano = 20 ⋅ [φ ] φ =0 ⋅ Q Plano = 60π [C]
2
ρ =0

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

Ψ = Q interna = 16π + 60π Ψ = 76π [C]

– Página 3.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

3.6) Se uma carga Q está na origem de um sistema de coordenadas esféricas, calcule o fluxo
elétrico ψ que cruza parte de uma superfície esférica, centrada na origem e descrita por
α <φ < β .

Resolução:
1o modo: Lei de Gauss: Ψ = D • ⋅dS = Q interna = ρ v dv
S vol
Q
D= ar
4πr 2
Ψ = D • dS, onde
S dS = r 2 θ dθ d φ a r

β π
Ψ =
Q
2
(
⋅ r2 θ dθ dφ )
φ =α θ = 0 4πr

β π
Q
Ψ = ⋅ dφ θ dθ

φ =α θ =0
Q
Ψ = ⋅ [φ ]φβ =α ⋅ [− θ ]θπ = 0

Q Q
Ψ = ⋅ [β − α ] ⋅ [− π + 0°] Ψ = ⋅ (β − α ) [C]
4π 2π
2o modo:
Ψesf = Q
Considerando a esfera de raio r na sua totalidade: (01)
2
Área da esfera = S esf = 4πr

Considerando somente a casca esférica α < φ < β : Ψcasca = ?

β π
Área da casca = S casca = dS casca = r2 θ dθ dφ
Scasca φ =α θ = 0

β π
r2 S casca = [φ ]φ = α ⋅ r 2 [−
β
S casca = dφ ⋅ θ dθ θ ]θπ = 0
φ =α θ =0

∴ S casca = 2r 2 (β − α ) (02)

– Página 3.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

S
Através de uma regra de três, encontramos: Ψcasca = Ψesf ⋅ casca . (03)
S esf
Substituindo (02) e (03) em (01),temos:

2r 2 (β − α ) Q
Ψcasca = Q ⋅ Ψcasca = ⋅ (β − α )
2 2π
4πr

φ
3.7) Dado o campo D = 20 ρ aφ C 2 , na região, 1 < ρ < 2 , 0 < φ < π 2 ,
2 m
0 < z < 3 , determinar a carga total contida no interior da região.

Resolução:
φ
20
φ 2
D = 20 ρ aφ = φ aφ φ =
Dados: 2 ρ
dv = ρdρdφdz

De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência:

Q interna = D • dS = ∇ • Ddv
S vol

1o modo: Q interna = ∇ • Ddv


vol
Cálculo de ∇ • D :

1 ∂ ρ ρ 1 ∂ φ ∂ z
∇•D = ⋅ + ⋅ +
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z
φ
20
1 ∂ 2
∇•D = ⋅ ⋅
ρ ∂φ ρ

φ
10
1 20 φ 1 2
∇•D = − ⋅ − ⋅ ∇•D = −
ρ ρ 2 2 ρ2
– Página 3.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

Cálculo de Q interna :
π
3 2 2
10 φ
Q interna = − ⋅ ρ dρ dφ dz
2 2
z = 0 φ = 0 ρ =1 ρ
π
2 2 3
dρ φ
Q interna = −10 ⋅ ⋅ dz
ρ 2
ρ =1 φ =0 z=0

π
2 φ 2
Q interna = −10 [ ρ ] ρ =1 − 2 [z]3z = 0
2 φ =0

π
Q interna = −10( 2− 1) ⋅ − 2 +2 (0°) ⋅3 Q interna = −12,183 [C]
4

2o modo: Q interna = D • dS
S

Q interna = D • dS = D • dS + D • dS + D • dS + D • dS + D • dS + D • dS
S Lat.Esquerda Lat. Direita Frente Fundo Topo Base
(01)

dS = −dρ dza φ
Para a Lateral Esquerda (02)
20 φ
D • dS = − ⋅ dρdz
ρ 2

dS = dρ dza φ
Para a Lateral Direita (03)
20 φ
D • dS = ⋅ dρdz
ρ 2
dS = ρdφdz a ρ
Para a Frente (04)
D • dS = 0

dS = − ρdφdz a ρ
Para o Fundo (05)
D • dS = 0

dS = ρdρdφ a z
Para o Topo (06)
D • dS = 0

dS = − ρdρdφ a z
Para a Base (07)
D • dS = 0
– Página 3.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

Substituindo (02), (03), (04), (05), (06) e (07) em (01), temos:


3 3
Q interna = − 20
2

z = 0 ρ =1
1
ρ
⋅ ()
φ
2
dρdz + 20
z = 0 ρ =1
2
1
ρ
⋅ ()
φ
2
dρdz

(φ = 0 ) (φ =π 2 )
2 3 2 3
dρ 2 dρ
Q interna = −20 ⋅ dz + 20 ⋅ ⋅ dz
ρ 2 ρ
ρ =1 z=0 ρ =1 z=0

Q interna = −20[ ρ ]2ρ =1 [z]3z = 0 + 10 2 [ ρ ]2ρ =1 [z ]3z = 0

Q interna = −60[ 2 − 1] + 30 2 [ 2 − 1] Q interna = −12,181 [C]

3.8) Uma carga pontual de 6µ [C] está localizada na origem do sistema de coordenadas, uma
[ ]
densidade linear uniforme de carga de 180η C m está distribuída ao longo do eixo x, e
uma densidade superficial uniforme de carga de 25η C m 2 está distribuída sobre o [ ]
plano z = 0.
a) Determinar D em A (0,0,4);
b) Determinar D em B (1,2,4);
c) Determinar o fluxo elétrico total deixando a superfície da esfera de 4 m de raio,
centralizada na origem.
Resolução:

a)

Q = 6 µ [C]

ρ L = 180η C m [ ]
Dados:
ρ S = 25η C
m2
A = (0 0 4 )

A densidade de fluxo total D produzida no ponto A será a soma das densidades de fluxo
produzidas pela carga Q, pela distribuição linear ρL e pela distribuição superficial ρS.

∴ D = D Carga + D Linha + D Plano D = DQ + DL + DP (01)

Cálculo de D Q :
R é o vetor dirigido da carga Q para o ponto A
Q
DQ = a R , onde R = R
4πR 2
a R é um unitário de R

– Página 3.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

R = 4a z ; R=4

aR = az

6 × 10 −6 3 µC
∴ DQ = az DQ = az
4π ⋅ 4 2 32π m2

Cálculo de D L :

ρL ρ é o vetor dirigido da linha de cargas para o ponto A (02)


DL = a ρ onde ρ = ρ
2πρ a ρ é um unitário de ρ

ρ = 4a z ; ρ=4

a ρ = az
180 × 10 − 9 45 ηC
∴ DL = az DL = az (03)
2π ⋅ 4 2π m2

Cálculo de D P :

ρS
DP = a N onde a N é o vetor normal ao plano na direcão do ponto A aN = az
2

25 × 10 − 9 25 ηC
∴ DP = az DP = az (04)
2 2 m2

Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:

3µ 45η 25η
D = DQ + D L + D P D= az + az + az D = 0 0495 µC
32π 2π 2 m2

b)

Q = 6 µ [C]

ρ L = 180η C m [ ]
Dados:
ρ S = 25η C
m2
B = (1 2 4 )
A densidade de fluxo total D produzida no ponto B será a soma das densidades de fluxo
produzidas pela carga Q, carga Q, pela distribuição linear ρL e pela distribuição superficial ρS.

∴ D = D Carga + D Linha + D Plano D = DQ + DL + DP (01)

– Página 3.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

Cálculo de D Q :
R é o vetor dirigido da carga Q para o ponto B
Q
DQ = a R onde R = R
4πR 2 a R é um unitário de R

R = a x + 2a y + 4a z ; R = 21

a x + 2a y + 4a z
aR =
21

6 × 10 − 6 a x + 2a y + 4a z
DQ =
4π ⋅ 21 21

∴ D Q = 4 96a x + 9 92a y + 19 84a z ηC (02)


m2

Cálculo de D L :
ρ é o vetor dirigido da linha de cargas,
ponto (1,0,0) para o ponto B
ρL
DL = a ρ onde ρ = ρ
2πρ
a ρ é um unitário de ρ

ρ = 2a y + 4a z ; ρ = 20

2a y + 4a z
aρ =
20

180 ⋅ 10 − 9 2a y + 4a z
∴ DL = ⋅ D L = 2 86a y + 5 73a z ηC (03)
2π ⋅ 20 20 m2

Cálculo de D P :
ρS
DP = a N onde a N é o vetor normal ao plano na direcão do ponto B a N = az
2

25 ⋅ 10− 9 25 ηC (04)
∴ DP = az DP = az 2
2 2 m
Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:
25
D = DQ + DL + DP ( ) (
D = 4 96a x + 9 92a y + 19 84a z + 2 86a y + 5 73a z + ) 2
az

∴ D = 4 96a x + 12 78a y + 38 07a z ηC


m2

– Página 3.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

c)

O fluxo total que deixa a esfera será a soma


dos fluxos produzidos pela carga Q, pela
distribuição linear ρL e pela distribuição
superficial ρS.

De acordo com a Lei de Gauss: Ψ = Q interna .

∴ Ψ = ΨCarga + ΨLinha + ΨPlano Ψ = Q + QL + QP Ψ = 6µ + Q L + Q P (01)

Cálculo de Q L :

QL = ρ L dL onde dL = dx
L
4 (02)
∴ QL = ρ L dx Q L = ρ L ⋅ [x ]4x = −4 Q L = 8ρ L Q L = 1440 [ηC]
x = −4

Cálculo de Q P :

QP = ρ S dS onde dS = ρ dρ dφ
S

2π 4 4
ρ2
∴ QS = ρ S ⋅ ρ dρ dφ QS = ρS ⋅ ⋅ [φ ]φ2π= 0
2
φ =0 ρ =0 ρ =0

Q S = 2πρ S Q S = 400π [ηC]


(03)
Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

Ψ = 6µ + Q L + Q P Ψ = 6µ + 1440 η + 400π η Ψ = 8 7 [µC]

– Página 3.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

CAPÍTULO 04

ENERGIA E POTENCIAL

4.1) A densidade de fluxo elétrico é dada por: D = 10a ρ + 3ρ a φ − 2zρ a z C m 2 . Encontre o [ ]


fluxo elétrico total efluente do volume cilíndrico limitado por um cilindro de 2 m de raio
e 4 m de altura, cujo eixo é o eixo z e cuja base se encontra no plano z = 1 m.

Resolução:

D = 10a ρ + 3 ρ a φ − 2zρ a z
Dados: (01)
dv = ρ dρ dφ dz

De acordo com o Teorema da Divergência e com a Lei de Gauss:

Ψ = D • dS = ∇ • Ddv (02)
S vol

Cálculo de ∇ • D :

1 ∂ ρ ρ 1 ∂ φ ∂ z
∇•D = ⋅ + ⋅ +
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z
1 ∂ 1 ∂ ∂ 10
∇•D = ⋅(10 ρ ) + ⋅ (3ρ ) + ⋅ (− 2zρ ) ∇•D = − 2ρ (03)
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z ρ

Substituindo (01) e (03) em (02):

5 2π 2 2 2π 5
Ψ =
10
ρ
− 2 ρ ρ dρ dφ dz Ψ = (10 − 2ρ )dρ ⋅
2
dφ ⋅ dz
z =1 φ = 0 ρ = 0 ρ =0 φ =0 z =1

2
2ρ 3 16 352π
Ψ = 10 ρ − [φ ]φ2π= 0 [z]5z =1 Ψ = 10 − ⋅ 8π Ψ = [C]
3 3 3
ρ =0

– Página 4.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.2) Dentro da esfera de raio r = 1 m, o potencial é dado por:


V = 100 + 50r + 150r sen θ sen φ [V ]
a) Encontre E em P (r =1; θ = π 2 ;φ = 0 ).
b) Quanto de carga existe dentro da esfera de raio r = 1 m?
Resolução:

Dados: V = 100 + 50r + 150r sen θ sen φ [V ]


∂V 1 ∂V 1 ∂V
a) Sabe-se que E = −∇V = − ar + aθ + aφ (01)
∂r r ∂θ r sen θ ∂φ

∂V ∂V ∂ ∂V
Cálculo de : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) = 50 + 150 sen θ sen φ (02)
∂r ∂r ∂r ∂r

∂V ∂V ∂ ∂V
Cálculo de : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) = 150r cos θ sen φ (03)
∂θ ∂θ ∂θ ∂θ

∂V ∂V ∂ ∂V
Cálculo de : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) = 150r sen θ cos φ (04)
∂φ ∂φ ∂φ ∂φ

Substituindo (02), (03) e (04) em (01):

[
E = − (50 + 150 sen θ sen φ )a r + (150r cos θ sen φ )a θ + (150r sen θ cos φ )a φ ] (05)

Substituindo as coordenadas de P em (05) , temos:

π π π
E = − 50 + 150 sen sen 0° a r + 150 ⋅1 cos sen 0° a θ + 150 ⋅1 sen cos 0° a φ
2 2 2

[
E = − (50 + 0 )a r + (150 ⋅ 0)a θ + (150 ⋅1)a φ ] E = −50a r − 150a φ [V m]
b) De acordo com a Lei de Gauss:

D = ε o E = −(50ε o + 150ε o sen θ sen φ )a r


Q interna = D • dS, onde (01)
Sesf dS = r 2 sen θ dθ dφ a r

Cálculo de D • dS

(
D • dS = (− 50ε o − 150ε o sen θ sen φ a r ) • r 2 sen θ dθ dφ a r )
D • dS = −ε o (50 + 150 sen θ sen φ)r 2 sen θdθ dφ (02)

Substituindo (02) em (01):

2π π 2π π
Q interna = − 5ε o r . 2
sen θ dθ dφ + 3 ⋅ sen 2 θ sen φ dθ dφ
r =1 φ=0 θ=0 φ=0 θ=0

– Página 4.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

π
Q interna = −50ε o ⋅ [− cos θ]θπ=0 ⋅ [φ]φ2=π0 + 3 ⋅ [− cos φ]φ2=π0 ⋅ sen 2 θ dθ
θ= 0

π
Q interna = −50ε o ⋅ [(− cos π ) + cos 0°] ⋅ 2π + 3 ⋅ [(− cos 2π) + cos 0°] ⋅ sen 2 θ dθ
θ=0

π
Q interna = −100πε o ⋅ [1 + 1] + 3 ⋅ [0 + 0] ⋅ sen 2 θ dθ
θ=0

∴ Q interna = −200πε o [C] ou Q interna = −5,56 [η C]

4.3) Uma carga pontual de 16 ηC está localizada em Q (2, 3, 5) no espaço livre, e uma linha
de cargas uniforme de 5 η C/m está localizada na interseção dos planos x = 2 e y = 4. Se o
potencial na origem é 100 V, encontrar V em P (4,1,3).

Resolução:

VP0 = VP − V0 VP0 = VP - 100 VP = VP 0 + 100 (01)

O potencial elétrico do ponto P em relação ao ponto 0 ( VP0 ) é a soma do potencial gerado


pela carga em Q ( VP 0 ) com o potencial gerado pela distribuição linear ρL ( VP0 ).
carga linha
Portanto, VP0 = VP 0 + VP 0 (02)
carga linha

Cálculo de VP 0 :
carga

Q 1 1
VP 0 = VPQ − V0Q = ⋅ −
carga 4πε o rPQ r0Q
(03)
r é a distância do ponto P ao ponto Q.
onde rPQ é a distancia do ponto 0 ao ponto Q.
0Q

Cálculo de r PQ : r PQ = 2 2 + 2 2 + 2 2 rPQ = 12 (04)

– Página 4.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

Cálculo de r 0Q : r 0Q = 2 2 + 32 + 5 2 r0Q = 38 (05)

Substituindo (04) e (05) em (03), temos:

Q 1 1
VP 0 = ⋅ −
carga 4πε o 12 38
16η 16η (06)
VP 0 = − VP0 = 18,21 [V ]
carga 13 85πε o 24 65πε o carga

Cálculo de VP0 :
linha
P E é o campo elétrico gerado pela
VP 0 = − E ⋅ dL onde distribuicão linear de cargas ρ L .
linha
0 dL = dρ aρ .
P P
ρL ρL
VP 0 = − a ρ ⋅ dρ aρ VP0 = − dρ
linha 2πε o ρ carga 2πε o ρ
0 0

ρ
ρL dρ
VP 0 = − onde ρ 0 é a distância da linha de cargas ao ponto 0. (07)
linha 2πε o ρ ρ é a distância da linha de cargas ao ponto P.
ρ=ρ
0

Cálculo de ρ 0 : ρ 0 = 2 2 + 4 2 + 0 2 ρ 0 = 20 (08)

Cálculo de ρ : ρ = 2 2 + 3 2 + 0 2 ρ = 13 (09)

Substituindo (08) e (09) em (07), temos:

13
ρ dρ ρL
VP 0 = − L VP 0 = − ⋅ [ ρ ] 13
linha 2πε o ρ linha 2πε o ρ= 20
ρ = 20

ρL 20 5η 20
VP 0 = − ⋅ VP 0 = − ⋅
linha 2πε o 13 linha 2πε o 13

20
VP 0 = 90 VP0 = 19,39 [V ] (10)
linha 13 linha

Substituindo ( 06 ) e ( 10 ) em ( 02 ), temos:

VP 0 = VP0 + VP0 VP 0 = 18 21 + 19 39 VP0 = 37,60 [V ] (11)


carga linha

Substituindo (11) em (01), temos:

VP = VP0 + 100 VP = 37 60 + 100 VP = 137,60 [V ]

– Página 4.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.4) Dado o campo potencial expresso por V = 100 e −50 x sen 50 y [volts], no espaço livre.
a) Mostrar que ∇ • D = 0 ;
b) Mostrar que y = 0 representa uma superfície equipotencial;
c) Mostrar que E é perpendicular à superfície y = 0;
d) Encontrar a carga total no plano y = 0, 0 < x < ∞, 0 < z < 1. Assumir que y < 0 é o
interior do condutor;
e) Encontrar a energia armazenada no cubo 0 < x < 1, 0 < y < 1 e 0 < z < 1.
Resolução:

Dados: V = 100e −50 x 50 y

D = ε oE (01)
a) Sabe-se que: e
E = −∇V (02)

Cálculo do ∇V :

∂V ∂V ∂V
∇V = ax + ay + az
∂x ∂y ∂z

∇V =

∂x
(
100e − 50 x ) ∂∂y (100e
50 y a x + − 50 x
)
50 y a y +

∂z
(
100e − 50 x )
50 y a z

(
∇V = − 5000e − 50 x 50 y )a + (5000e
x
− 50 x
)
50 y a y (03)

Substituindo (03) em (02):

(
E = − − 5000e −50 x ) (
50 y a x + 5000e −50 x 50 y a y )
(
∴ E = 5000e − 50 x ) (
50 y a x − 5000e − 50 x )
50 y a y (04)

Substituindo (04) em (01):

[(
D = ε o 5000e − 50 x ) (
50 y a x − 5000e − 50 x 50 y a y ) ]
Cálculo do ∇ • D :

∂ x ∂ y ∂ z
∇•D = + +
∂x ∂y ∂z
∇•D =

∂x
(
ε o ⋅ 5000e − 50 x 50 y +

∂y
ε o ⋅ 5000e − 50 x) ( 50 y )
∇ • D = ε o ⋅ 5000 ( )
50 y ⋅ − 50e − 50 x − ε o ⋅ 5000e − 50 x ⋅ (− 50 50 y )

∴∇ • D = 0

– Página 4.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

b) Seja ( x, 0, z ) a representação dos pontos da superfície y = 0. Para estes pontos, temos


V = 100 e −50 x sen 50 y .
Se V apresentar o mesmo valor para todos estes pontos, então V é uma superfície equipotencial.
Assim, substituindo ( x, 0, z ) em V = 100 e −50 x sen 50 y , conclui-se que V = 0 para todos os pontos
da superfície y = 0.

c) Da equação (04) do item (a), conclui-se que:

(
E = 5000e −50 x ) (
50 y a x − 5000e −50 x )
50 y a y
Para os pontos ( x, 0, z ) da superfície y = 0, ( )
E = − 5000e −50 x a y , o que prova que E é
perpendicular à superfície y = 0.

d) Q = ρ S dS onde ρ S = N ρ S = −ε o ⋅ 5000e −50 x


S
∞ 1 ∞
e − 50 x
∴ Q = −5000ε o e − 50 x
dzdx Q = − 5000ε o ⋅ [z ]1z = 0
− 50
x =0 z=0 x =0

Q = 100ε o ⋅ [0 − 1] ⋅ 1 Q = −100ε o [C] ou Q = -0,885 [ηC]

1
e) W= ε o E 2 dv onde E = E (01)
2
vol

Cálculo de E:

E= (5000e − 50x )2 ⋅ ( 2
50 y + 2
50 y )
E = 5000e − 50 x ⋅ 2
50 y + 2
50 y E = 5000e − 50 x (02)

Substituindo (02) em (01):

1
W=
2
(
ε o 5000e − 50 x )2 dv
vol
1 1 1
W = 12 5 ⋅ 10 6 ε o e −100 x dxdydz
z=0 y=0 x =0

1
e −100 x
W = 12 5 ⋅ 10 ε o ⋅ − 6
⋅ [y]1y = 0 ⋅ [z ]1z = 0
100
x =0

[
W = 12 5 ⋅ 10 4 ε o ⋅ − e −100 + 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ] W = 125000ε o [J]

– Página 4.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.5) Uma carga pontual Q de 6 ηC está localizada na origem do sistema de coordenadas, no


espaço livre. Determinar o potencial VP sendo P (0,2;-0,4;0,4) e:
a) V = 0 no infinito
b) V = 0 no ponto A (1,0,0)
c) V = 20 volts no ponto B (0,5;1,0;-1,0)

Resolução:

Por Definição:

Q 1 1 rX é a distancia da carga Q ao ponto X.


VXY = VX − VY VXY = ⋅ − onde
4πε o rX rY rY é a distancia da carga Q ao ponto Y.

a) Dados: V = 0 no infinito.

Q
VP∞ = VP = onde rP é a distancia da carga Q ao ponto P (01)
4πε o rP

Cálculo de rP: r P = 0 2 2 + 0 4 2 + 0 4 2 rP = 0 6 (02)

Substituindo (02) em (01), temos:

Q 6η
VP = VP = VP = 90 [V ]
4πε o 0 6 2 4πε o

b) Dados: V = 0 em A (1,0,0).

VPA = VP − VA VPA = VP , pois VA = 0

Q 1 1 rP é a distancia da carga Q ao ponto P.


∴ VP = ⋅ − onde (01)
4πε o rP rA rA é a distancia da carga Q ao ponto A.

Cálculo de rP: r P = 0 2 2 + 0 4 2 + 0 4 2 rP = 0 6 (02)

– Página 4.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

Cálculo de rA: r A = 12 + 0 2 + 0 2 rA = 1 (03)

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

Q 1 1 6η 6η
VP = ⋅ − VP = − VP = 90 − 54 VP = 36 [V ]
4πε o 06 1 2 4πε o 4πε o

c) Dados: V = 20 [V] em B (0,5;1,-1).

VPB = VP − VB VPB = VP - 20 VP = VPB + 20 (01)

Cálculo de VPB:

Q 1 1 rP é a distancia da carga Q ao ponto P.


VPB = ⋅ − onde (02)
4πε o rP rB rB é a distancia da carga Q ao ponto B.

Cálculo de rP: r P = 0 2 2 + 0 4 2 + 0 4 2 rP = 0 6 (03)

Cálculo de rB: r B = 0 5 2 + 12 + 12 rB = 1 5 (04)

Substituindo (03) e (04) em (02), temos:

Q 1 1 6η 6η
VPB = ⋅ − VP = − VPB = 90 − 36 VPB = 54 [V ]
4πε o 0 6 15 2 4πε o 6πε o
(05)
Substituindo (05) em (01), temos:

VP = VPB + 20 VP = 54 + 20 VP = 74 [V]

4.6) Calcular a energia acumulada em um sistema com três cargas pontuais iguais a Q, todas
sobre a mesma reta, separadas entre si por distâncias iguais a d.
Resolução:

1o modo:

Dados: Q1 = Q2 = Q3 = Q
Potencial de uma carga pontual:

Q
V= (01)
4πε o r

Energia acumulada por um sistema de cargas discretas:

1 3
WE = Q m Vm (02)
2 m =1

– Página 4.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

De (02), conclui-se que a energia acumulada pelo sistema de três cargas pontuais acima é
dado por:
1
WE = [Q1V1 + Q 2 V2 + Q 3 V3 ] (03)
2
Cálculo do potencial da carga Q1:
Q2 Q3 3 Q
V1 = + V1 = ⋅ (04)
4πε o d 4πε o 2d 2 4πε o d

Cálculo do potencial da carga Q2:


Q1 Q2 2Q
V2 = + V2 = (05)
4πε o d 4πε o d 4πε o d

Cálculo do potencial da carga Q3:


Q1 Q2 3 Q
V3 = + V3 = ⋅ (06)
4πε o 2d 4πε o d 2 4πε o d

Substituindo (04), (05) e (06) em (03):

Q 3 Q 2Q 3 Q 5Q 2
WE = ⋅ + + ⋅ WE = [J]
2 2 4πε o d 4πε o d 2 4πε o d 8πε o d

2o modo:

Cálculo do trabalho para mover Q1 do infinito para o ponto 1:


WE 1 = 0 (01)
Cálculo do trabalho para mover Q2 do infinito para o ponto 2:
WE 2 = Q 2 V2 1 , onde V2,1 é o potencial no ponto 2 devido à carga Q1

Q1 Q2
∴ WE 2 = Q 2 ⋅ WE 2 = [J ] (02)
4πε o d 4πε o d

Cálculo do trabalho para mover Q3 do infinito para o ponto 3:

V3,1 é o potencial no ponto 3 devido à carga Q1


WE 3 = Q 3 V3 1 + Q 3 V3,2 , onde e
V3,2 é o potencial no ponto 3 devido à carga Q 2

Q1 Q2 Q2 Q2
∴ WE 3 = Q 3 ⋅ + Q3 ⋅ WE 3 = + [J ] (03)
4πε o 2d 4πε o d 8πε o d 4πε o d

– Página 4.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

Cálculo do trabalho total:


WE = WE 1 + WE 2 + WE 3 (04)
Substituindo (01), (02) e (03) em (04), temos:

Q2 Q2 Q2 Q2 1 5Q 2
WE = 0 + + + WE = ⋅ 2+ WE = [J ]
4πε o d 8πε o d 4πε o d 4πε o d 2 8πε o d

4.7) Uma densidade de carga ρ L1 = 10 2 ηC m estende-se ao longo do eixo z para z > 1 m


z
e uma densidade de carga ρ L 2 = − 10 2 ηC m estende-se ao longo do eixo z para z <
z
-1 m. Determine V em P ( ρ, 0, 0 ), se V = 0 em ρ = ∞.

Resolução:
ρ L dL
Para uma distribuição linear de cargas, V = . Logo, para o caso acima, teremos:
4πε o R
L
10 ηC
ρL1 =
z2 m
dL1 = dz
R1 é o vetor dirigidodo elementodiferencialde comprimento dL1
ao ponto P (ρ; 0; 0). Portanto,R1 = ρ aρ - z az ;

ρL1dL1
−1
ρL2dL2 R1 = R1 = ρ 2 + z2
V= + onde:
4πεoR1 4πεoR 2 10 ηC
z =1 z = −∞ ρL2 = −
z2 m
dL2 = dz
R2 é o vetor dirigidodo elementodiferencialde comprimento dL2
ao ponto P (ρ; 0; 0). Portanto,R1 = ρ aρ + z az ;
R2 = R 2 = ρ 2 + z2

∞ 10 −1 − 10 2
Portanto, V = z2 dz + z dz (01)
2 2 2 2
z =1 4πε o ρ + z z = −∞ 4πε o ρ + z

– Página 4.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

Solução da integral:
dz
(02)
2 2 2
z ρ +z
z = ρ tgθ
Substituição de variáveis na integral: 2
(03)
dz = ρ θ dθ

Substituindo ( 03) em ( 02 ), temos:


2 2
ρ θ dθ ρ θ dθ θ dθ
= =
2 2
ρ 2 tg 2θ ρ 2 + ρ 2 tg 2θ ρ tg θ ⋅ ρ θ ρ tg 2θ
2

1
θ 1 θ
= dθ (04)
2 2 2 2
ρ ⋅ θ ρ θ
θ
u= θ
Substituição de variáveis na integral: du = θ dθ (05)

Substituindo (05) em (04), temos:

1 du 1 1 1 1
= − = − (06)
ρ2 u2 ρ2 u ρ2 θ

z
De (03), θ = (07)
ρ 2 + z2

Substituindo (07) em (06), temos:

1 ρ 2 + z2 1 ρ 2 + z2
− =− ⋅ (08)
ρ2 z ρ2 z

Substituindo (08) em (01), temos:


∞ −1
10 1 ρ 2 + z2 10 1 ρ 2 + z2
V = − ⋅ − − ⋅
4πε o 2 z 4πε o 2 z
ρ ρ
z =1 z = −∞

∞ −1
10 ρ 2 + z2 ρ 2 + z2
V =− +
2 z z
4πρ ε o
z =1 z = −∞

10
V = [1 − ρ − (ρ + 1)] V = 0 [V ]
4πρ 2 ε o

– Página 4.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.8) Duas esferas condutoras concêntricas de raios a = 6 cm e b = 16 cm possuem cargas


iguais e opostas, sendo 10-8 C na esfera interior e -10-8 C na exterior. Assumindo ε = ε o
na região entre as esferas, determinar:
a) o máximo valor da intensidade de campo elétrico entre as esferas;
b) a diferença de potencial (Vo) entre as esferas;
c) a energia total armazenada (WE) na região entre as esferas.

Resolução:
a) Seja a superfície gaussiana esférica de raio a < r < b :

Pela Lei de Gauss: D ⋅ dS = Q interna ; onde dS = r 2 θ dθ dφ a r


S
Q Q
D ⋅ 4πr 2 = Q D= D= ar (01)
2
4πr 4πr 2

D Q
Mas E = E= ar (02)
εo 4πε o r 2

Q
De (02), conclui-se que E = E = (03)
4πε o r 2

De (03), conclui-se que E varia de acordo com 1 2 para a região entre as esferas. Logo, o
r
maior valor que E atinge nesta região ocorre para o menor valor de r.
Assim, para r = 6 cm, temos:

10 − 8
E max = E max =
2
E max = 25 KV [ m
]
4πε o (0 06 )
Q
a E= ar.
b) Vab = Vo = − E • dL onde 4πε o r 2
b dL = dr a r
a
Q Q 1 1
∴ Vo = − dr Vo = −
b 4πε o r 2 4πε o a b

10 − 8 1 1
Vo = − Vo = 937,5 [V]
4πε o 0,06 0,16
– Página 4.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

Q
D= ar
4πr 2
1 1 D2 Q
c) WE = D • E dv WE = dv onde D = D =
2
vol
2
vol
εo 4πr 2
dv = r 2 θ dr dθ dφ

2π π
Q2 Q2
b
1 senθ
∴ WE = dv WE = dr dθ dφ
2 2 4 2
vol 16π r ε o 32π ε o φ = 0 θ = 0 r = a r 2

Q2
b
1
WE = − [− θ ]θπ = 0 [φ ]φ2π= 0
32π 2 ε o r r=a

Q2 1 1 Q2 1 1
WE = − + ⋅ [− π + 0°] ⋅ 2π WE = − +
32π 2 ε o b a 8πε o b a

10 −16 1 1
WE = − WE = 4,69 [µ J ]
8πε o 0,06 0,16

– Página 4.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

CAPÍTULO 05

CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.1) Um capacitor de placas paralelas está cheio de ar, possui placas de áreas 4 x 4 cm2,
separadas uma da outra por uma distância de 0,3 cm. Como devem ser usadas 2 cm3 de
parafina ( ε R = 2,25 ) para obter máxima capacitância? Qual é o valor desta máxima
capacitância?

Resolução:

Volume entre as placas = 4 ⋅ 4 ⋅ 0,3 = 4,8 [cm 3


Dados:
Volume de parafina = 2 [cm 3

Para aumentar a capacitância, a melhor combinação consiste em colocar toda a parafina


entre as placas, de modo que sua capacitância fique em paralelo com a capacitância do
restante do meio entre as placas (ar).
Portanto, C max = C parafina + C ar (01)

Cálculo de x:
Volume de parafina = 2 = 4 ⋅ 0 3 ⋅ x x = 1 667 [cm]

Cálculo de C parafina :

ε S parafina ε = ε oε R
C parafina = , onde S parafina = 4 ⋅ x = 6 668 cm 2 = 6 668 ⋅ 10 − 4 m 2
d
d = 0 3 cm = 0,3 ⋅ 10 - 2 [m]

ε o ε R ⋅ 6 668 ⋅ 10 − 4 8 854 ⋅ 10 −12 ⋅ 2 25 ⋅ 6 668 ⋅ 10 − 4


C parafina = C parafina =
0 3 ⋅ 10 − 2 0 3 × 10 − 2
∴ C parafina = 4 428 [pF] (02)

Cálculo de C ar :

ε = εo
ε S ar
C ar = , onde Sar = (4 − x ) ⋅ 4 ⋅ 10- 4 [m 2 ]
d
d = 0,3 cm = 0,3 ⋅ 10- 2 [m]

– Página 5.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

ε o ⋅ (4 - x ) ⋅ 4 ⋅ 10 − 4 8 854 ⋅ 10 −12 ⋅ (4 - 1,667 ) ⋅ 4 ⋅ 10 − 4


C ar = =
0 3 ⋅ 10 − 2 0 3 ⋅ 10 − 2
(03)
∴ C ar = 2 754 [pF]

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

C max = 4 428 + 2 754 C max = 7 182 [pF]

5.2) As superfícies esféricas, r = 2 cm e r = 10 cm, são condutoras perfeitas. A corrente total


passando radialmente para fora através do meio entre as esferas é de 2,5 A. Determinar:
a) a diferença de potencial entre as esferas;
b) a resistência entre as esferas;
c) o campo elétrico E na região entre as esferas.
Assumir que a região está preenchida com um material dielétrico cuja condutividade é
σ = 0,02 mho/m (ou σ = 0,02 S/m).

Resolução:

I I
a) J= ar J= ar (01)
S 4π r 2

J I
J =σ E E= E= ar (02)
σ 4πσ r 2

Cálculo de Vab :

a
Vab = − E • dL (03)
b

Substituindo (02) em (03), temos:

a
I
Vab = − a r • dr a r
2
b 4πσ r

– Página 5.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

a r =2cm
I dr 2,5 −1
Vab = − Vab = −
4πσ
r =b r2 4π ⋅ 0,02 r r =10cm

1 1
Vab = 9,95 ⋅ − Vab = 9,95 ⋅ [50 − 10] Vab = 398 [V]
0,02 0,10

Vab 398
b) R = R = R = 159 2 [Ω]
I 25

c) Da Equação (02) do ítem a, temos:

E=
I
2
ar E=
25
2
ar E=
9 94
2
ar [V m]
4πσ r 4π 0 02 r r

5.3) Uma pequena esfera metálica de raio a, no vácuo, dista d (d >> a) de um plano condutor.
Calcular o campo elétrico a meia distância entre a esfera e o plano condutor.

Resolução:

Método das Imagens:

O Campo Elétrico resultante no ponto P será:

E1 é o campo elétrico gerado no ponto P pela carga 1


E = E1 + E 2 , onde
E 2 é o campo elétrico gerado no ponto P pela carga 2.

Cálculo de E :

Q −Q 4Q 4Q
E= ax + (− a x ) E= ax + ax
4πε o d ( 2) 2
( 2)
4πε o 3d
2
4πε o d 2
4πε o 9d 2

Q 1 10Q
E= 1+ ax E= ax
πε o d 2 9 9πε o d 2

– Página 5.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.4) As superfícies esféricas, r = 2 cm e r = 6 cm, são condutoras perfeitas e a região entre


elas é preenchida com um material de condutividade σ = 80 mho/m. Se a densidade de
10
corrente é J = a r [A/m2] para 2 < r < 6 cm, determinar:
2
πr
a) A corrente I fluindo de uma superfície condutora perfeita para a outra;
b) O campo elétrico E na região entre as esferas;
c) A diferença de potencial entre as duas superfícies condutoras;
d) A potência total dissipada no material condutor.

Resolução:
10
J= ar
a) I = J • dS , onde π r2
S dS = r 2 θ dθ dφ a r

π 2π
10 10
∴I = ⋅ r2 θ dθ ⋅ dφ I = [− θ ]π0 ⋅ [φ ]02π
2 π
θ =0 π r φ =0

10
I = ⋅ 2 ⋅ 2π I = 40 [A]
π

J
b) J =σE E=
σ
E=
10
2

1
80
ar E=
1
2
ar [V m]
πr 8π r
a
c) Vab = − E • dL
b

a
1
Vab = − a r • dr a r
2
b 8πr

0 02 0 02
1 dr 1 1
Vab = − Vab = − ⋅ −
8π 2 8π r r = 0 06
r = 0 06 r

1 1 1 1
Vab = ⋅ − Vab = ⋅ [50 − 16 67 ] Vab = 1 326 [V]
8π 0 02 0 06 8π

d) P = VI P = 1 326 ⋅ 40 P = 53 05 [W]

– Página 5.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5..5) A fronteira entre dois dielétricos de permissividade relativas εR1 = 5 e εR2 = 2 é definida
pela equação do plano 2x + y = 2 . Se, na região do dielétrico 1, a densidade de fluxo
elétrico for dada por D1 = 2a x + 5a y − 3a z , determinar:
a) D n 2 ;
b) D t 2 ;
c) D 2 ;
d) P2 ;
e) A densidade de energia na região do dielétrico 2.

Resolução:

Cálculo de a n :

Seja f = 2x + y − 2 a fronteira entre os dois meios (plano de separação).


∇f 1
∇f = 2a x + a y . Logo, a n = an = (
⋅ 2a x + a y )
∇f 5

Cálculo dos componentes de D1 :

D1 = D n1 + D t1

Cálculo de D n1 :

(
D n1 = D1 • a n a n )
2a x + a y 2a x + a y
D n1 = (2a x + 5a y − 3a z ) • ⋅
5 5

18a x + 9a y ηC
D n1 =
5 m2

– Página 5.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Cálculo de D t1 :

D t1 = D1 − D n1

18a x + 9a y
(
D t1 = 2a x + 5a y − 3a z − )
5

D t1 = −1 6a x + 3 2a y − 3a z ηC
m2

18a x + 9a y ηC
a) D n2 = D n1 D n2 =
5 m2

D t1 ε
b) E t2 = E t1 D t2 = ε o ε R2 ⋅ D t2 = R2 D t1
ε o ε R1 ε R1

2 ηC
D t2 = (
⋅ − 1 6a x + 3 2a y − 3a z ) D t2 = −0 64a x + 1 28a y − 1 2a z
5 m2

c) D 2 = D n2 + D t2
18a x + 9a y
D2 =
5
(
+ - 0,64a x + 1 28a y − 1 2a z )

D 2 = 2,96a x + 3 08a y − 1 2a z ηC
m2

D2 1
d) P2 = D 2 − ε o E 2 P2 = D 2 − ε o P2 = D 2 1 −
ε o ε R2 ε R2
1
(
P2 = 2,96a x + 3,08a y − 1,2a z ⋅ 1 − ) 2

(
∴ P2 = 1,48a x + 1,54a y − 0,6a z ) ηC
m2

dWE 1 dWE 1 D2 dWE 1 D 22


e) = D2 • E2 = D2 • = •
d vol 2 d vol 2 ε o ε R2 d vol 2 ε o ε R2

dWE 1 2 96 2 + 3 08 2 + 1 2 2 ⋅ 10 − 8 dWE µJ
= ⋅ = 0 556
d vol 2 2 ⋅ 8 854 ⋅ 10 −12 d vol m3

Nota:
Cálculo de θ 1 e θ 2 :

D t1 1,6 2 + 3,2 2 + 32
θ 1 = arctg θ 1 = arctg θ 1 = 49,3°
D n1 2
3,6 + 1,8 2

– Página 5.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

D t2 0,64 2 + 1,28 2 + 1,2 2


θ 2 = arctg θ 2 = arctg θ 2 = 24,9°
D n2 3,6 2 + 1,8 2

5.6) Duas pequenas esferas metálicas iguais de raio a estão bastante afastadas de uma
distância d e imersas num meio de condutividade σ. Aplica-se a elas uma tensão V.
Calcule a resistência oferecida pelo material entre as duas esferas.

Resolução:
Como d >> a, pode-se considerar as duas esferas como duas cargas pontuais. Deste modo, o campo
Q
elétrico gerado por qualquer uma delas será: E = ar .
4πε o r 2
1o modo:
Cálculo da resistência oferecida pelo material entre as esferas:

V − E • dL
R= R= (01)
I J • dS
S
Cálculo de V:
d d
Q 2Q dr
V = 2⋅ dr V = ⋅
r=a 4πε o r 2 4πε o
r=a r2
(02)
2Q 1 1 Q
V = ⋅ − + V =
4πε o d a 2πε o a

Cálculo de I:

σQ
I = J • dS I = σ E • dS I=
S S S
4πε o r 2

2π π
σQ 1 σQ σQ
I= 2
⋅ r2 θ dθ dφ I= ⋅ 2 ⋅ 2π I= (03)
4πε o 4πε o εo
φ = 0 θ =0 r

– Página 5.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

Q
εo 1
R = ⋅ R =
2πε o a σ Q 2πσ a

2o modo:
V 2 ⋅ E • dL
R= R= (01)
I I

Cálculo de E :
I
J= =σ E
Area
I I I
=σ E E= E= ar (02)
2 2
4π r 4π σ r 4π σ r 2
Cálculo de V:
d d
I 2I dr
V = 2⋅ dr V = ⋅
2 4πσ 2
r = a 4πσ r r=a r

2I 1 1 I
V = ⋅ − + V= (03)
4πσ d a 2πσ a

Substituindo (03) em (01), temos:

1 I 1
R = ⋅ R =
2πσ a I 2πσ a

5.7) O vetor unitário a N 12 = −2a x + 3a y + 6a z ( ) 7 , é dirigido da região 1 para a região 2,


sendo normal a fronteira plana entre os dois dielétricos perfeitos com εR1 = 3 e εR2 = 2.

Sendo E1 = 100a x + 80a y + 60a z [ V m] , determine E2 .


Resolução:

Cálculo dos componentes de E1 :

E1 = E n1 + E t1

Cálculo de E n1 :

(
E n1 = E1 • a N12 a N12 )
− 2a x + 3a y + 6a z − 2a x + 3a y + 6a z
(
E n1 = 100a x + 80a y + 60a z • ) 7

7

E n1 = −16 327a x + 24 49a y + 48 98a z [V m]


– Página 5.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Cálculo de E t1 :

E t1 = E1 − E n1

( ) (
E t1 = 100a x + 80a y + 60a z − − 16 327a x + 24 49a y + 48 93a z )
∴ E t1 = 116 327a x + 55 51a y + 11 02a z [V m]
Cálculo dos componentes de E 2 :

E 2 = E n2 + E t2 (01)

Cálculo de E n2 :

D n2 D n1 ε
E n2 = = E n2 = R1 E n1
ε o ε R2 ε o ε R2 ε R2

3
E n2 =
2
(
⋅ − 16 327a x + 24 49a y + 48 98a z )
∴ E n2 = −24 491a x + 36 735a y + 73 47a z [V m] (02)

Cálculo de E t2 :

E t 2 = E t1 = 116 327a x + 55 51a y + 11 02a z [V m] (03)

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

( ) (
E 2 = 116 327a x + 55 51a y + 11 02a z + − 24 491a x + 36 735a y + 73 47a z )
∴ E 2 = 91 836a x + 92 245a y + 84 449a z [V m]
5.8) Dado o campo potencial V = 200 θ φ r 2 [V], determinar:

a) A equação da superfície condutora na qual V = 100 V;


b) O campo elétrico E no ponto P (r, 30o, 30o) sobre a superfície condutora;
c) A densidade superficial ρS no ponto P.
ASSUMIR: ε = εo na superfície adjacente
Resolução:
a) Para determinar a equação da superfície condutora na qual V = 100 V, basta substituir este
valor na equação de campo dada.
200 θ φ
Portanto: V = = 100 r2 = 2 θ φ
2
r

– Página 5.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

b) Dados: P (r,θ = 30o, φ = 30o )

∂V 1 ∂V 1 ∂V
E = −∇V = − ar − aθ − aφ
∂r r ∂θ r θ ∂φ

400 θ φ 1 200 φ 1 200 θ


E=− − ar − ⋅ θ aθ − ⋅ (− φ ) aφ
r3 r r2 r θ r2

400 θ φ 200 θ φ 200 φ


E= ar − aθ + aφ
3 2 3
r r r
200
E= [(2 θ φ ) ar − ( θ φ ) aθ + φ aφ ] (01)
r3

Substituindo as coordenadas de P em (01), temos:

200
E= [(2 30° 30°)a r − ( 30° 30°)aθ + 30° a φ ]
r3
200
E= (0 866 a r − 0 75 aθ + 0 5 aφ ) (02)
r3

Mas r 2 = 2 θ φ (item a).Portanto r 2 = 2 30° 30° r = 0 9306 (03)

Substituindo (03) em (02), temos:

200
E= (0 866 a r − 0 75 aθ + 0 5 aφ )
0 9306 3

E = 215 a r − 186 1 aθ + 124 1 a φ [V m]


c) ρS = D N

Cálculo de D N :

D = εoE DN = εoE N DN = εo E D N = ε o 215 2 + 186 12 + 124 12

D N = ε o (± 310 256 ) D N = ρ S = ±2 75 ηC
m2

– Página 5.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.9) Duas cargas pontuais e simétricas de 100 ηC estão localizadas acima de um plano
condutor situado em z = 0, sendo a carga positiva em (ρρ = 1 m, φ = π/2, z = 1 m) e a carga
negativa em (ρρ = 1 m, φ = 3π
π/2, z = 1 m). Determinar:
a) A densidade superficial de carga na origem;
b) A densidade superficial de carga no ponto A(ρ
ρ = 1 m, φ = π/2, z = 0);

c) A densidade de fluxo elétrico D no ponto B(ρ


ρ = 0, φ = 0, z = 1 m).

Resolução:
Q1 = Q 4 = Q = 100ηC ; Q 2 = Q 3 = −Q = −100ηC

(
Dados: A = ρ = 1 φ = π 2 z = 0 ) A = (0 1 0 )

B = ( ρ = 0 φ = 0 z = 1) B = (0 0 1)

a) Na origem, o vetor densidade de fluxo elétrico ( D 0 ) é nulo, pois os campos criados pelas
cargas objeto ( D10 e D 20 ) são anulados pelos campos criados pelas cargas imagem ( D 30 e D 40 ).

Logo, ρ S = D 0 = 0

b) ρ S A = D A , onde D A é o vetor densidade de fluxo elétrico resultante no ponto (01)

Cálculo de D A :

D A = D1A + D 2A + D 3A + D 4A (02)

Q1 R 1A = 2a y − a z ; R 1A = 5
D1A = aR , onde (03)
4πR 12A 1A 2a y − a z
aR =
1A 5

– Página 5.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Q2 R 2 A = −a z ; R 2 A = 1
D 2A = aR , onde (04)
4πR 22A 2A aR = −a z
2A

Q3 R 3A = 2a y + a z ; R 3A = 5
D 3A = aR , onde (05)
4πR 32A 3A 2a y + a z
aR =
3A 5

Q4 R 4A = a z ; R 4A = 1
D 4A = aR , onde (06)
4πR 24A 4A aR = az
4A

Substituindo (03), (04), (05) e (06) em (02), temos:

Q 2a y − a z − Q − Q 2a y + a z Q
DA = ⋅ + ⋅ (− a z ) + ⋅ + ⋅ az
20π 5 4π 4 5π 5 4π

Q 2a y − a z 2a y + a z Q −2
DA = ⋅ + az − + az DA = ⋅ + 2 az
4π 5 5 5 5 4π 5 5

Q −1 Q 5 5 −1 100η 25 − 5
DA = ⋅ + 1 az DA = ⋅ az DA = ⋅ az
2π 5 5 2π 5 5 2π 25

2 ηC ηC
∴ DA =
π
(
⋅ 25 − 5 a z ) m2
ou D A = 14 49 a z
m2 (07)

Substituindo (07) em (01), temos:

2
ρSA =
π
(
⋅ 25 − 5 a z ) ηC
m 2 ou ρ S = 14 49 a z ηC
m2

c) Cálculo de D B :

D B = D1B + D 2B + D 3B + D 4B (01)

Q1 R 1B = a y ; R 1B = 1
D1B = aR , onde (02)
4πR 12B 1B aR = ay
1A

Q2 R 2 B = −a y ; R 2 B = 1
D 2B = aR , onde (03)
4πR 22B 2B aR = −a y
2B

– Página 5.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Q3 R 3B = a y + 2a z ; R 3B = 5
D 3B = aR , onde (04)
4πR 32B 3B a y + 2a z
aR =
3B 5

Q4 R 4B = −a y + 2a z ; R 4B = 5
D 4B = aR , onde (05)
4πR 42B 4B − a y + 2a z
aR =
4B 5

Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01), temos:

Q −Q − Q a y + 2a z Q − a y + 2a z
DB =

⋅ ay +

⋅ − ay + ( ⋅ ) + ⋅ az
4 5π 5 4 5π 5

Q a y + 2a z − a y + 2a z Q 2a y
DB = ⋅ ay + ay − + DB = ⋅ 2a y −
4π 5 5 5 5 4π 5 5

Q 2a y Q 1 Q 5 5 −1
DB = ⋅ 2a y − DB = ⋅ 1− ay DB = ⋅ ay
4π 5 5 2π 5 5 2π 5 5

Q 25 − 5 100η 25 − 5
DB = ⋅ ay DB = ⋅ ay
2π 25 2π 25

2 ηC ηC
DB =
π
(
⋅ 25 − 5 a y ) m2
ou D B = 14 49 a y
m2

5.10) A região entre as placas de metal de um capacitor é preenchida por 4 (quatro) camadas
de dielétricos diferentes, com permissividades 2εεo, 3εεo, 4εεo e 5εεo, onde εo é a
permissividade elétrica do vácuo. Cada camada tem espessura a e área S. Determinar,
para os arranjos de dielétricos em série e em paralelo:
a) As magnitudes do campo elétrico (E) e da densidade de fluxo (D) em cada camada;
b) A diferença de potencial (Vo) entre as placas;
c) A capacitância total (C) resultante;
Nota: Usar apenas os parâmetros dados, adotando as cargas das placas iguais ±Q.

Obs: Para um arranjo série de dielétricos, deve-se considerar que a área das placas que formam o
capacitor é igual a área de cada camada de dielétrico , ou seja, Splaca = Scamada = S; (Arranjo Série)
Para um arranjo paralelo de dielétricos, deve-se considerar que a área das placas que formam
o capacitor foi dividida em quatro, de modo que Splaca = 4Scamada = 4S; (Arranjo Paralelo)

– Página 5.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Resolução:

Arranjo Série:

a) Pelas condições de contorno, D n1 = D n 2 = D .


Ψ Q
Sabe-se que D = e que Ψ = Q . Portanto, D = D1 = D 2 = D 3 = D 4 = (01)
S S
Mas D = ε E (02)
Substituindo (01) em (02), temos:

Q
D1 S Q
E1 = E1 = E1 =
ε1 2ε o 2Sε o

Q
D2 S Q
E2 = E2 = E2 =
ε2 3ε o 3Sε o

Q
D3 S Q
E3 = E3 = E3 =
ε3 4ε o 4Sε o

Q
D4 S Q
E4 = E4 = E4 =
ε4 5ε o 5Sε o

b) Vo = V1 + V2 + V3 + V4
d1 = d 2 = d 3 = d 4 = a
Vo = E1d1 + E 2 d 2 + E 3 d 3 + E 4 d 4 , onde (01)
E1 E 2 E 3 E 4 foram calculados no item (a)

Substituindo os valores de E1 E 2 E 3 e E 4 em (01), temos:

Q⋅a 1 1 1 1
Vo = ⋅ + + +
S ⋅ εo 2 3 4 5

Q⋅a 30 + 20 + 15 + 12 77 Q ⋅ a
Vo = ⋅ Vo = ⋅
S ⋅ εo 60 60 S ⋅ ε o

– Página 5.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

c) O cálculo da capacitância pode ser feito de duas maneiras. A primeira considera a definição
de capacitância para um capacitor de placas paralelas ( C = Q V ). A segunda considera que a
o
capacitância total (C)do arranjo acima é equivalente à capacitância resultante quando admitimos
que os quatro capacitores formados pelas camadas de dielétricos acima estão colocados em série.
1o modo:
Q Q 60 S ⋅ ε o
C= C= C= ⋅
Vo 77 Q ⋅ a 77 a

60 S ⋅ ε o

2o modo:
1 1
C= C=
1 1 1 1 a a a a
+ + + + + +
C1 C 2 C 3 C 4 2ε o S 3ε o S 4ε o S 5ε o S

1 1 60 ε o Sa
C= C= C= ⋅
a 1 1 1 1 a 77 77 a
⋅ + + + ⋅
εoS 2 3 4 5 εoS 60

Arranjo Paralelo:

Para esta configuração, a solução torna-se mais simples quando iniciada em ordem inversa.
c) C = C1 + C 2 + C 3 + C 4 (01)

ε ⋅S 2ε o ⋅ S
C1 = 1 1 C1 =
d1 a
ε 2 ⋅ S2 3ε o ⋅ S
C2 = C2 =
d2 a
onde ε 3 ⋅ S3 4ε o ⋅ S v (02)
C3 = C3 =
d3 a
ε 4 ⋅ S4 5ε o ⋅ S
C4 = C4 =
d4 a

Substituindo (02) em (01), temos:


2ε o ⋅ S 3ε o ⋅ S 4ε o ⋅ S 5ε o ⋅ S ε S ε S
C= + + + C = o ⋅ (2 + 3 + 4 + 5) C = 14 ⋅ o
a a a a a a

Q Q Q 1 Q⋅a
b) C= Vo = Vo = Vo = ⋅ (03)
Vo C εoS 14 ε o S
14 ⋅
a

– Página 5.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

V
a) Sabe-se que : V = Ed E= (04)
d

Vo = V1 = V2 = V3 = V4
Mas (05)
a = d1 = d 2 = d 3 = d 4

Vo 1 Q
Substituindo (05) em (04), tem-se: E = E1 = E 2 = E 3 = E 4 = E = ⋅ (06)
a 14 ε o S

Sabe-se que : D = ε ⋅ E (07)

Substituindo (07) em (06) para cada região, tem-se:

Q 2 Q
D1 = ε 1 ⋅ E D1 = 2ε o ⋅ D1 = ⋅
14ε o S 14 S

Q 3 Q
D2 = ε 2 ⋅ E D 2 = 3ε o ⋅ D2 = ⋅
14ε o S 14 S

Q 4 Q
D3 = ε 3 ⋅ E D 3 = 4ε o ⋅ D3 = ⋅
14ε o S 14 S

Q 5 Q
D4 = ε 4 ⋅ E D 4 = 5ε o ⋅ D4 = ⋅
14ε o S 14 S

Nota: Das equações (02) e (03) , pode-se calcular a forma com que a carga total Q foi distribuída
entre as camadas de dielétricos.
2ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 2
Q1 = C1 Vo Q1 = ⋅ ⋅ Q1 = ⋅Q
a 14 ε o S 14

3ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 3
Q 2 = C 2 Vo Q2 = ⋅ ⋅ Q2 = ⋅Q
a 14 ε o S 14

4ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 4
Q 3 = C 3 Vo Q3 = ⋅ ⋅ Q3 = ⋅Q
a 14 ε o S 14

5ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 5
Q 4 = C 4 Vo Q4 = ⋅ ⋅ Q4 = ⋅Q
a 14 ε o S 14

Logo, devido às diferentes permissividades, a carga Q não foi igualmente distribuída entre as
camadas. Deve-se ressaltar que a relação Q = Q1 + Q 2 + Q 3 + Q 4 continua verdadeira.

– Página 5.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.11) Duas esferas condutoras concêntricas de raios r = 3 mm e r = 7 mm são separadas por


dois dielétricos diferentes, sendo a fronteira entre os dois dielétricos localizada em r = 5
mm. Se as permissividades relativas são εR1 = 4, para o dielétrico mais interno, e εR2 = 6,
para o outro dielétrico, e ρS = 10 ηC/m2 na esfera interna, determinar:
a) A expressão que fornece o campo elétrico entre as duas esferas, utilizando a Lei de
Gauss;
b) A diferença de potencial entre as duas esferas;
c) A capacitância (*) do capacitor esférico formado.
(*) A fórmula da capacitância do capacitor esférico não poderá ser usada diretamente.

Resolução:

a = 3mm ; b = 7 mm
Dados:
ε R1 = 4 ; ε R 2 = 6 ; ρ S = 10 ηC
m2

a) Pela Lei de Gauss: D • dS = Q interna = ρ v dv


S vol

Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r < a:

D1 = 0, pois Q interna = 0 E1 = 0

Seja a superfície Gaussiana esférica de raio a < r < b:

D = r ar

D • dS = Q interna , onde: dS = r ar = r2 θ dθ dφ a r
S
Q interna = ρ S dS
S

– Página 5.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

2π π 2π π
2
D • dS = Q interna r r θ dθ dφ a r = ρS a 2 θ dθ dφ
S φ =0 θ =0 φ =0 θ =0

ρS ⋅ a 2 10 ⋅ 10 − 9 ⋅ 3 ⋅ 10 − 3 2 90 ⋅ 10 −15
r = r = D= ar
r2 r2 r2

Mas D = ε E e portanto, teremos duas expressões para o campo elétrico entre as duas esferas.
Campo elétrico para 3mm < r < 5mm:
90 ⋅ 10−15

E1 =
D
E1 =
D
E1 = r2 ar E1 =
2 541
[ m]
⋅ 10− 3 a r V
ε1 ε o ε R1 4 ⋅ 8 854 ⋅ 10−12 r2
Campo elétrico para 5mm < r < 7mm:

90 ⋅ 10 −15

E2 =
D
E2 =
D
E2 = r2 a E2 =
1 694
[ m]
⋅ 10 − 3 a r V
ε2 ε oε R 2 −12 r 2
6 ⋅ 8 854 ⋅ 10 r

a 5mm a
b) Vab = − E • dL Vab = − E 2 • dr + E1 • dr
b b 5mm
5mm 3mm
1 694 −3 2 541
Vab = − ⋅ 10 dr + ⋅ 10 − 3 dr
7 mm r2 5mm r2

5 ⋅10− 3 3⋅10− 3
1 694 2 541
Vab = ⋅ 10 − 3 + ⋅ 10 − 3
r 7 ⋅10 − 3 r 5 ⋅10− 3

Vab = 96 8085 ⋅ 10 − 3 + 338 8 ⋅ 10 − 3 Vab = 0 4356 [V ]

ρ S dS
Q Q 4πa 2 ρ S
c) C= C = interna C= S
C=
Vo Vab Vab Vab

4π ⋅ 3 ⋅ 10 − 3 2 ⋅ 10 ⋅ 10 − 9
C= C = 2 596 [ηF]
0 4356

– Página 5.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

CAPÍTULO 06

EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

6.1) Seja o potencial no espaço livre (vácuo) expresso por V = 8x 2 yz volts.


a) Determinar o campo elétrico ( E P ) em P (2, -1, 3);
b) Determinar a densidade volumétrica de carga (ρv) em P;
c) Determinar a equação da superfície equipotencial que passa por P;
d) Verificar se a função V acima satisfaz a Equação de Laplace.

Resolução:

a) Sabe -se que E = −∇V (01)

Cálculo do Gradiente (coordenadas cartesianas):

∂V ∂V ∂V
∇V = ax + ay + az ∇V = 16xyz a x + 8x 2 z a y + 8x 2 y a z (02)
∂x ∂y ∂z

Substituindo (02) em (01), temos:

E = − 16 xyz a x − 8x 2 z a y − 8x 2 y a z (03)

Substituindo as coordenadas de P em (03), temos o campo elétrico E P :

E P = [− 16 ⋅ 2 ⋅ −1 ⋅ 3] a x + −8 ⋅ 2 2 ⋅ 3 a y + −8 ⋅ 2 2 ⋅ −1 a z

E P = 96 a x − 96 a y + 32 a z [V m]

b) ( )
ρ v = ∇ • D = ∇ • ε o E = ε o ∇ • E = ε o ∇ • − ∇V ( ) ρ v = −ε o ∇ 2 V (01)

Cálculo do Laplaciano (coordenadas cartesianas):

2 ∂2 V ∂2 V ∂2 V 2 ∂ ∂V ∂ ∂V ∂ ∂V
∇ V= + + ∇ V= + +
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2 ∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z

2 ∂ ∂ ∂ 2
∇ V= (16xyz) + (16xz ) + (16xy ) ∇ V = 16 yz + 0 + 0 (02)
∂x ∂y ∂z

Substituindo as coordenadas de P em (02), temos:

2
∇ V = 16 ⋅ −1 ⋅ 3 ∇ 2 V = −48 (03)

– Página 6.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (03) em (01), temos:

ρ v = −8 854 × 10 −12 ⋅ −48 ρ v = 425 pC


m3

c) O potencial em P(2;-1;3),é dado por: VP = 8 ⋅ 2 2 ⋅ −1 ⋅ 3 VP = −96 [V ]

Logo, a equação da superfície equipotencial que passa por P é:

VP = V −96 = 8x 2 yz x 2 yz + 12 = 0

d) A equação não satisfaz a Equação de Laplace, pois ρ v ≠ 0 (item b), indicando que a região
2
contém cargas livres. Portanto, ∇ V ≠ 0 .

6.2) Planos condutores em φ = 10o e φ = 0o, em coordenadas cilíndricas, possuem tensões de


75 volts e zero, respectivamente. Obtenha D na região entre os planos que contém um
material para o qual εR = 1,65.

Resolução:

As superfícies equipotenciais para φ constante são planos radiais conforme mostrado na figura
anterior.
2 1 ∂ 2V
Equação de Laplace: ∇ V = 0 ∇2V = = 0 ; ρ ≠ 0 , pois V = f φ .
ρ 2 ∂φ 2

1 ∂ 2V ∂ 2V
∇2V = =0 =0
ρ 2 ∂φ 2 ∂φ 2

Integrando pela 1a vez:

∂V
=A
∂φ

– Página 6.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Integrando pela 2a vez:


V = Aφ + B (01)

Em φ = 0 V=0 B=0 (02)


Condições de Contorno:
π 1350
Em φ = 10° V = 75 = A ⋅ A= (03)
18 π
Substituindo (02) e (03) em (01), temos:
1350
V= φ [V] (04)
π

Cálculo de E :

1 ∂V 1 ∂ 1350
E = −∇V E=− aφ E=− φ aφ
ρ ∂φ ρ ∂φ π
− 1350
E=
πρ
aφ [V m]
Cálculo de D :

1350
D=εE D = ε oε R E D = 8,854 × 10 −12 ⋅ 1,65 ⋅ − aφ
πρ
− 6 28 ηC
D= aφ
ρ m2

6.3) Sendo o potencial V função somente da coordenada cilíndrica ρ (como num cabo
coaxial), determinar:
a) a expressão matemática de, sendo V =V0 em ρ = a e V = 0 em ρ = b (b > a);
b) a expressão da capacitância C, com as mesmas condições do item (a);
c) o valor de VP em P(2,1,3) se V = 50 V em a = 2 m e V = 20 V em b = 3 m.
Resolução:
2 1 ∂ ρ∂V
a) Segundo a Equação de Laplace: ∇ V = 0 ∇2V = = 0 , pois V = f ρ .
ρ ∂ρ ∂ρ
∂ ρ∂V ρ∂V
=0 =A V=A ρ+B (01)
∂ρ ∂ρ ∂ρ
Vo
A =
a
Vo = A a+B b
Condições de Contorno: (02)
0=A b+B − Vo ⋅ b
B=
a
b

– Página 6.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (02) em (01), temos:

b
ρ
V = Vo ⋅
b
a

Q
b) Sabe-se que C = (01)
Vo
Porém, Q = S ⋅ ρ S , onde ρ S = N ρ = a) (02)

Cálculo de E :
b

∂V − Vo ρ2 Vo 1
E = −∇V E= − aρ E= ⋅ aρ E= ⋅ aρ
∂ρ b b ρ b
a ρ a
Cálculo de N ρ = a) :

N ρ = a) = ε E ρ = a) , onde E ρ = a) é o módulo de E para ρ = a

ε Vo
∴ ρS = N ρ = a) = (03)
b
a
a
Substituindo (03) em (02), temos:
ε Vo 2π ε LVo
Q= ⋅ 2π aL Q= (04)
b b
a
a a

Substituindo (04) em (01), temos:

2π ε L
C=
b
a

b
ρ
c) V = Vo ⋅ , onde a = 2 m e b = 3 m. (01)
b
a

Cálculo de VO:
Vo = 50 − 20 Vo = 30 [V ] (02)

Cálculo de ρ:

ρ = x 2 + y2 ρ = 2 2 + 12 ρ= 5 (03)

– Página 6.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

3
5
V = 30 ⋅ V = 21 74 [V ] (Para V = 0 em ρ = a)
3
2

VP = 20 + 21,74 VP = 41,74 [V] (Para V = 20 V em ρ = a)

50 θ
6.4) Dado o potencial V = , r≠0 [V], no espaço livre.
r2
a) Verifique se V satisfaz a equação de Laplace;
b) Encontrar a carga total armazenada dentro da casca esférica (1 < r < 2).
Resolução:
a) Cálculo do Laplaciano (coordenadas esféricas):

2 1 ∂ 2 ∂V 1 ∂ ∂V 1 ∂ 2V
∇ V= r + θ +
2 ∂r 2 2 2
r ∂r r θ ∂θ ∂θ r θ ∂φ 2
2 1 ∂ 2 50 θ 1 ∂ 50 1
∇ V= r ⋅ −2 + θ θ + ⋅0
r 2 ∂r r3 r2 θ ∂θ r2 r2 2
θ
2 1 −1 1 50
∇ V=− ⋅ 100 θ⋅ + ⋅ 2θ
2 2 2
r r r θ r2
2 100 50 2θ 2 50 2θ
∇ V= ⋅ θ+ ⋅ ∇ V= ⋅ 2 θ+
r4 r4 θ r4 θ
2 2 2
2 50 θ θ 2 50 θ
∇ V= ⋅ 2 θ+ − ∇ V= ⋅ θ+
4 θ θ 4 θ
r r
2 50
∇ V= ≠0 V não satisfaz a Equação de Laplace
r4 θ
b) 1o modo:
2 ρ
Equação de Poisson: ∇ V = − v
εo
− 50ε o C
ρv = (Segundo a Equacão de Poisson)
r 4
θ m3
Q= ρ v dv , onde:
vol dv = r 2 θ drdθ dφ

2 π 2π
− 50ε o 2 dr
Q= ⋅r θ drdθ dφ Q = −50ε o ⋅ ⋅ dθ ⋅ dφ
4 2
vol r θ r =1 r θ =0 φ =0

– Página 6.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

2
−1 1
Q = −50ε o ⋅ ⋅ π ⋅ 2π Q = 100π 2 ε o ⋅ −1 Q = −50π 2 ε o [C]
r r =1 2

50 θ
2o modo: V = [V ]
r2
Cálculo de E :
∂V 1 ∂V 1 ∂V
E = −∇V = − ar − aθ − aφ
∂r r ∂θ r θ ∂φ
100 θ 50 θ
E=
3
ar −
3
aθ [V m]
r r

Cálculo de D :
100ε o θ 50ε o θ C
D = εo E = ar − aθ (02)
r 3
r 3 m2

Cálculo de ρ v :

1 ∂ 2 1 1
ρv = ∇ • D = r r + ( ∂
) ( θ θ)+

( φ)
r 2 ∂r r θ ∂θ r θ ∂φ

1 ∂ 2 1 1 − 50ε o ∂
ρv = ⋅ (100ε o θ) r ⋅ + ⋅ ( θ θ)+0
2 3
r ∂r r r θ r3 ∂θ

100ε o θ −1 − 50ε o
ρv = 2
⋅ ⋅
2
+
4
⋅ ( 2
θ− 2
θ )
r r r θ
− 100ε o θ 50ε o
ρv = − ⋅( 2θ )
r4 r4 θ
− 50ε o 2θ − 50ε o C
ρv = ⋅ 2 θ+ ρv = (03)
r 4 θ r 4
θ m3

Cálculo de Q:
− 50ε o
ρv =
r4 θ
Q= ρ v dv , onde:
vol dv = r 2 θ drdθ dφ

2 π 2π
− 50ε o 2 dr
Q= ⋅r θ drdθ dφ Q = −50ε o ⋅ ⋅ dθ ⋅ dφ
4 2
vol r θ r =1 r θ =0 φ =0

−1 2 1
Q = −50ε o ⋅ ⋅ π ⋅ 2π Q = 100π 2 ε o ⋅ −1
r r =1 2

∴ Q = −50π 2 ε o [C] ou Q = −4 37 [ηC]

– Página 6.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

3o modo:

dS = r 2 θ dθ dφ a r
Q = D • dS , onde:
S 100ε o θ 50ε o θ
D= ar − aθ
3 3
r r
2π π π
100ε o θ 2 100ε o 2
Q= ⋅r θ dθ dφ Q= ⋅ 2π ⋅ θ dθ
3 r
φ = 0θ = 0 r θ =0

π π
100ε o 1 1 200πε o θ 1
Q= ⋅ 2π ⋅ − 2θ dθ Q= ⋅ − 2θ
r 2 2 r 2 4 θ =0
θ =0

200πε o π 1 100π 2 ε o
Q= ⋅ − 2π − 0 − 0 Q=
r 2 4 r

Em r = 1 Q = 100π 2 ε o [C]
Em r = 2 Q = 50π 2 ε o [C]
Para 1 < r < 2 Q = 50π 2 ε o − 100π 2 ε o Q = −50π 2 ε o [C] ou Q = -4,37 [ηC]

6.5) Dois cilindros condutores coaxiais de raios a = 2 cm e b = 6 cm apresentam potenciais de


100 V e de 0 V, respectivamente. A região entre os cilindros é preenchida com um
dielétrico perfeito, porém, não homogêneo, no qual ε R = 0 3 ρ + 0 04 . Determinar
para esta região:
a) o potencial elétrico V(ρ) ;
b) o campo elétrico E ρ ;
c) a densidade de fluxo elétrico D ρ ;
d) a capacitância C por metro de comprimento.

Resolução:

a) εR = f ρ As Equações de Laplace e de Poisson não podem ser usadas diretamente;

Deve-se calcular uma relação a partir da forma puntual de Lei de Gauss, da definição de D e
da relação do Gradiente. Portanto:

– Página 6.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

∇ • D = ρ v (Forma Puntual da Lei de Gauss);

D = ε E (Definicão de D ( )
∇ • ε ⋅ ∇V = − ρ v (01)

E = −∇V (Relacão do Gradiente).

No dielétrico perfeito, ρv = 0 e ε = εoεR (02)


Substituindo (02) em (01), temos:

( )
∇ • ε R ⋅ ∇V = 0 (03)

Desenvolvendo (03), temos:

dV 03 dV
∇ • εR ⋅ aρ =0 ∇• ⋅ aρ =0
dρ ρ + 0 04 dρ

1 ∂ 03 ∂V ∂ 0 3ρ ∂V
ρ⋅ ⋅ =0 ⋅ =0
ρ ∂ρ ρ + 0 04 ∂ρ ∂ρ ρ + 0 04 ∂ρ

Integrando pela 1a vez:


0 3ρ ∂V ∂V A( ρ + 0 04 ) A( ρ + 0 04 )
⋅ =A = ∂V = ∂ρ
ρ + 0 04 ∂ρ ∂ρ 0 3ρ 0 3ρ

Integrando pela 2a vez:


A( ρ + 0 04 ) A
V= dρ V= [ρ + 0 04 ρ] + B (04)
0 3ρ 03

A (05)
Em ρ = 2 cm V = 100 = [0,02 + 0,04 0,02] + B
03
Condições de Contorno:
A (06)
Em ρ = 6 cm V=0= [0,06 + 0,04 0,06] + B
03

Fazendo (05) – (06), temos:

A 0,02
100 = − 0,04 + 0,04 A = −357 4 (07)
03 0 06

Substituindo (07) em (06), temos:


− 357 4
B= [0,06 + 0,04 0 06] B = −62 6 (08)
03

Substituindo (07) e (08) em (04), temos:

− 357 4
V= [ρ + 0 04 ρ ] − 62 6 V = −1191 34 ρ − 47 65 ρ − 62 6 [V ]
03

– Página 6.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

b) Cálculo do Campo Elétrico E ρ :


∂V 47 6
E = −∇V E=− aρ E = 1191 34 + aρ
∂ρ ρ

0 04
E = 1191 34 1 +
ρ
aρ [V m]
c) Cálculo da Densidade de Fluxo Elétrico D ρ :

(Lei de Gauss para uma Superfície Gaussiana Cilíndrica


D • dS = Q int = ρ S dS
de raio 2<ρ<6 cm)
S S
ρS ⋅ a
⋅ 2π ρ ⋅ L = ρ S ⋅ 2π a ⋅ L D= aρ (01)
ρ

Mas ρ S = N ρ = 0 02 ) = ε E ρ = 0 02 ) , onde E ρ = 0 02 ) é o módulo de E para ρ = 0,02m

03 0 04
ρS = ε oε R E ρ = 0 02 ) ρS = ε o ⋅ ⋅ 1191 34 1 +
ρ =0 02 0 02 + 0 04 0 02

∴ ρ S = 158 22 ηC (02)
m2
Substituindo (02) em (01), temos:
158 22 ⋅ 0 02 3 16 ηC
D= aρ D= aρ
ρ ρ m2

d) Cálculo da capacitância C por metro de comprimento:


Q S ⋅ ρS 158 22 ⋅ 2π ⋅ 0 02 ⋅ L C pF
C= C= C= = 198 8 m
V0 V0 100 L

6.6) Uma região entre dois cilindros condutores concêntricos com raios a = 2 cm e b = 5 cm
contém uma densidade volumétrica de carga uniforme ρ V = −10 −8 C/m3. Se o campo
elétrico E e o potencial V são ambos nulos no cilindro interno, determinar:
a) A expressão matemática do potencial V na região, partindo da Equação de Poisson;
b) A expressão matemática do potencial V na região, partindo da Lei de Gauss;
c) O valor do potencial V no cilindro externo.
Assumir a permissividade do meio como sendo a do vácuo.
Resolução:

2 1 ∂ ∂V ρ
a) Equação de Poisson: ∇ V = ⋅ρ =− v
ρ ∂ρ ∂ρ εo
Integrando pela 1a vez:

∂V ρ ρ2 ∂V ρ A
ρ =− v ⋅ +A = − v ⋅ρ + (01)
∂ρ εo 2 ∂ρ 2ε o ρ
– Página 6.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

∂V ∂V ∂V
Porém, sabe-se que: E = −∇V E=− aρ E = =− =− (02)
∂ρ ∂ρ ∂ρ

Substituindo (02) em (01), temos:

∂V ρv A
=− =− ⋅ρ + (03)
∂ρ 2ε o ρ

1a Condição de Contorno: = 0 para ρ = a. (04)

Substituindo (04) em (03), temos:

ρv A ρv
0=− ⋅a+ A= ⋅ a2 (05)
2ε o a 2ε o

Substituindo (05) em (01), temos:

∂V ρ ρ a2
=− v ⋅ρ+ v ⋅ (06)
∂ρ 2ε o 2ε o ρ

Integrando pela 2a vez:

ρv ρ 2 ρv
V=− ⋅ + ⋅ a2 ρ+B (07)
2ε o 2 2ε o

2a Condição de Contorno: V = 0 para ρ = a. (08)

Substituindo (08) em (07), temos:

ρv a2 ρv ρv ρ
0=− ⋅ + ⋅ a2 a+B B= ⋅ a2 − v ⋅ a2 a (09)
2ε o 2 2ε o 4ε o 2ε o

Substituindo (09) em (07), temos:

ρv ρ ρv ρ
V =− ⋅ ρ 2 + v ⋅ a2 ρ+ ⋅ a2 − v ⋅ a2 a
4ε o 2ε o 4ε o 2ε o

ρv ρ ρ
V = ⋅ a2 − ρ 2 + v ⋅ a2 [V]
4ε o 2ε o a

– Página 6.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

b)

Lei de Gauss: D • dS = Q int = ρ S dS


S S
ρv a2
⋅ 2π ρ ⋅ L = ρ v ⋅ πρ 2 − π a 2 ⋅ L = ⋅ ρ −
2 ρ

ρv a2 C
∴D = ⋅ ρ − aρ
2 ρ m2

Cálculo do Campo Elétrico E :

D ρv a2
E=
εo
E=
2ε o
⋅ ρ−
ρ
aρ [V m]
Cálculo de V:
A ρ
ρv a2
VAB = − E • dL V=− ⋅ ρ− a ρ • dρ a ρ
2ε o ρ
B ρ =a

ρ
ρ ρ2 ρv ρ2 a2
V=− v ⋅ − a2 ρ V=− ⋅ − a2 ρ − − a2 a
2ε o 2 2ε o 2 2
ρ =a

ρv 2 2 ρva2 ρ
V= ⋅ a −ρ + ⋅ [V]
4ε o 2ε o a

c) No cilindro externo, ρ = b = 0,05 m .

− 10 − 8 −10 − 8 ⋅ 0,02 2 0 05
∴V = ⋅ 0,02 2 − 0 05 2 + ⋅
4 ⋅ 8 854 ⋅ 10 −12 2 ⋅ 8 854 ⋅ 10 −12 0,02

V = 0 593 − 0 207 V = 0 386 [V]

– Página 6.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

6.7) Dois cilindros condutores, circulares retos, coaxiais, acham-se em ρ = a = 10 mm e


ρ = b = 30 mm, com tensões de 10 volts no cilindro interno e Vo no cilindro externo. Se
[ ]
E = −10 a ρ KV m em ρ = 20 mm, determinar:
a) A expressão do potencial V em função de ρ por Laplace;
b) O valor de Vo;
c)A densidade de cargas do condutor externo.

Resolução:

2 1 ∂ ρ∂V
a) Equação de Laplace: ∇ V = 0 ∇2V = = 0 , pois V = f ρ .
ρ ∂ρ ∂ρ
∂ ρ∂V ρ∂V
=0 =A V=A ρ+B (01)
∂ρ ∂ρ ∂ρ

1a Condição de Contorno: V = 10 V em ρ = 10 mm . (02)

Substituindo (02) em (01), temos:

10 = A (0,01) + B (03)

Porém, sabe-se que E = −10 a ρ [KV m] ρ = 20 mm, oque indica que:


A A A
E = −∇V E=− aρ =− −10000 = − A = 200
ρ ρ 0 02
200
∴E = − aρ (02)
ρ

Substituindo (04) em (03), temos:

10 = 200 (0,01) + B B = 931 (05)

Substituindo (04) e (05) em (01), temos:

V=A ρ+B V = 200 ρ + 931 [V ] (06)

– Página 6.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

b) 2a Condição de Contorno: V = Vo em ρ = 30 mm . (01)


Substituindo a equação (01) do item (b) na equação (06) do item (a), temos:

V = 200 ρ + 931 Vo = 200 (0 03) + 931 Vo = 229 7 [V]

c) ρS = N ρ = 0 03 ) = ε ρ = 0 03 ) , onde ρ = 0 03 ) é o módulo de E (da Equação (04) do


item (a)) para ρ = 0,03 m .

− 200 − 200
ρS = ε o ρ = 0 03 ) ρS = ε o ⋅ ρ S = 8 854 ⋅ 10 −12 ⋅
ρ 0 03

∴ ρ S = −59 027 ηC
m2

6.8) Um cabo coaxial possui seu condutor interno com cargas uniformemente distribuída de
1ηC/m. Os raios dos condutores interno e externo são a = 1 cm e b = 4 cm,
respectivamente. Entre o condutor interno e o externo são colocadas duas camadas de
material dielétrico possuindo, respectivamente, permissividades relativas εR1 = 2 e εR2, e
espessuras w1 e w2. Determinar εR2, w1 e w2, de modo que a diferença de potencial de cada
camada seja a mesma e a capacitância total do cabo seja de 75 pF/m.

Resolução:

Cálculo da Capacitância:
2 1 ∂ ρ∂V
Equação de Laplace: ∇ V = 0 ∇2V = = 0 , pois V = f ρ .
ρ ∂ρ ∂ρ
∂ ρ∂V ρ∂V
=0 =A V=A ρ+B (01)
∂ρ ∂ρ ∂ρ

Condições de Contorno:

V = 0 em ρ = b 0=A b+B (02)


Seja
V = Vo em ρ = a Vo = A a+B (03)

Fazendo (03) – (02),temos:


Vo
Vo = A( a− b) A = (04)
a
b

– Página 6.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (04) em (02), temos:


Vo − Vo ⋅ b
0= ⋅ b+B B= (05)
a a
b b

Substituindo (04) e (05) em (01), temos:


Vo Vo ⋅ b
V=A ρ+B V= ⋅ ρ−
a a
b b

Vo Vo ρ
V= ⋅( ρ− b) V= ⋅ [V]
a a b
b b

1
− Vo b − Vo
E = −∇V E=−
∂V
∂ρ
aρ E=
a

ρ
aρ E=
a
aρ [V m]
ρ⋅
b b b

− ε Vo C
D = εE D= aρ
a m2
ρ⋅
b

− ε Vo a
ρS = N = D ρ =a ρS = > 0, pois a < b <0
ρ =a a b
a⋅
b

ε Vo C
∴ ρS =
b m2
a⋅
a

ε Vo ε Vo
Q= ρ S dS Q= dS Q= ⋅ 2πaL
b b
S S a⋅ a⋅
Cil. Interno a a
(06)
2πε Vo L
Q= [C]
b
a

Q 2πε L C 2πε
C=
Vo
C=
b
[F] ou
L
=
b
[F m]
a a

– Página 6.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

a = 1cm, b = 4cm
w1 + w2 = b − a = 3cm

εR1 = 2
Vo
Dados:
V1 = V2 = (07)
2
Q1 = Q2 = Q
CT
= 75 pFm
L

De (06), temos:
C1 2πε o ε R1 Q
= = 1 (08)
L a + w1 V1
a
e

C2 2πε o ε R 2 Q
= = 2 (09)
L b V2
a + w1

De (07), temos:
Vo
V1 = V2 =
2
C1 = C 2 = C
Q1 = Q 2 = Q

De acordo com a figura, CT é a capacitância equivalente do arranjo série de C1 e C2.

Portanto, podemos escrever:

C ⋅C C2 C
CT = 1 2 CT = CT = C = 2C T (10)
C1 + C 2 2C 2

Substituindo (10) em (08), temos:

C1 C 2πε o ε R1 2C T 2π ⋅ 8 854 ⋅ 10 −12 ⋅ 2


= = = = 2 ⋅ 75 ⋅ 10 −12
L L a + w1 L 0,01 + w1
a 0,01

0,01 + w1 2π ⋅ 8 854 0,01 + w1 0,01 + w1 0 7407


= = 0 7407 =
0,01 75 0,01 0,01

∴ w1 = 0 01097 m w1 ≅ 1 1cm (11)

– Página 6.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

De (07), sabemos que w1 + w2 = 3cm. Portanto, w2 = 1,9 cm (12)

Substituindo (11) em (09), temos:

C2 C 2πε o ε R 2 2C T 2π ⋅ 8 854 ⋅ 10 −12 ⋅ ε R 2


= = = = 2 ⋅ 75 ⋅ 10 −12
L L b L 0 04
a + w1 0,01 + 0 011

ε R2 =
75 ⋅ (1 904) ε R 2 = 1 736
π ⋅ 8 854

– Página 6.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

CAPÍTULO 07

CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.1) Calcular B no centro de uma espira quadrada de lado a percorrida por uma corrente I.

Resolução:

Os lados AB, BC, CD e DA da espira produzem campos magnéticos no mesmo sentido no


ponto O (centro da espira). Portanto, o campo magnético total no ponto O ( H T ) será quatro vezes
maior que aquele produzido por qualquer um dos lados da espira.

H T = 4H AB = 4H BC = 4H CD = 4H DA (01)

Cálculo de H AB (campo magnético produzido no ponto O pelo lado AB da espira):

Lei de Biot-Savart:

R é o vetor dirigido do elemento diferencial


de corrente dx ao centro da espira
I dL × a R R =R
H= , onde: (02)
2 a R é um versor de R
4π R
dL é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.

a a2
R = −x a x + ay ; R = x2 + ;
2 4
a
− x ax + ay
R 2
aR = = ; (03)
R a 2
x2 +
4
dL = dx a x

– Página 7.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Substituindo (03) em (02), temos:

a a a
dx a x × − x a x + ay 2 dx a z
2 I 2
H AB = I H AB = (04)
3 4π 3
2 2 −a 2 2
a x= a
4π x 2 + 2 x2 +
4 4

a
a x=− θ = −45°
x = tgθ 2
2 a
x= θ = 45°
2
a 2 (05)
Substituição de variáveis na integral: dx = θ dθ
2
a2 a2
x2 + = 2
θ
4 4

Substituindo (05) em (04), temos:

a
45° sec 2θ dθ 45°
Ia 2 I dθ
H AB = az H AB = az
8π 3 2π a secθ
a
θ = −45° sec 3θ θ = −45°
2
45°
I I
H AB = θ dθ a z H AB = [ θ ]θ45=°−45° a z
2π a 2π a
θ = −45°

I I 2 2
H AB = [ 45° − (− 45°)] a z H AB = + az
2π a 2π a 2 2

2I
H AB = az (06)
2π a

Substituindo (06) em (01), temos:

4 2I 2 2I
H T = 4H AB HT = az HT = az (07)
2π a πa

Cálculo de B T :

2 2 µo I
BT = µo HT BT = az
πa

– Página 7.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.2) Duas espiras circulares de corrente, idênticas, de raios a e corrente I situam-se em


planos horizontais paralelos separados no seu eixo comum por uma distância 2h.
Encontre H no ponto médio entre as duas espiras.

Resolução:
Espira 02

a
I

H 1z H1
2h
P H 1ρ
h Espira 01
R

a
dL
I

A Espira 01 gera o campo magnético H1 no ponto P (ponto médio), enquanto a Espira 02 gera
o campo magnético H 2 , de mesma magnitude e na mesma direção de H 1 . Portanto, o campo
magnético total gerado em P será:

H P = H1 + H 2 = 2H1 (01)

Cálculo de H 1 :

Lei de Biot-Savart:
R é o vetor dirigido de dL ao ponto médio (P)
R =R
I dL × a R
H= , onde: a R é um versor de R (02)
4π R 2 dL é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.

R = −a a ρ + h a z ; R = a 2 + h 2 ;
R − a a ρ + h az
aR = = ; (03)
R 2
a +h 2
dL = adφ aφ

Substituindo (03) em (02), temos:

a dφ a φ × − a a ρ + h a z ) Ia a az + h a ρ
H1 = I H1 = dφ (04)
3 4π 3
4π (a 2
+h 2 2 (a 2
+h 2 2

– Página 7.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

A inspeção da figura anterior nos mostra que elementos de corrente diametralmente opostos
produzem componentes radiais de campos que se cancelam. Portanto, H 1 possui somente
componente na direção de a z , reduzindo a equação (04) a:


I a2 dφ I a2
H1 = az H1 = az (05)
4π 3 3
φ = 0 (a 2 + h 2 2 2 (a 2 + h 2 2

Substituindo (05) em (01), temos:

I a2
H P = H 1 + H 2 = 2H1 HP = az
3
2
(a + h 2 2

7.3) Uma espira quadrada de lado 2a, centrada na origem, situada no plano z = 0 e lados
paralelos aos eixos e conduz uma corrente I no sentido anti-horário vista do sentido
positivo do eixo . Determinar o campo magnético H no ponto P(0; 0; a).

Resolução:

Os lados AB e CD da espira geram campos magnéticos componentes no ponto P nas direções


de a x e a z . Portanto, os campos magnéticos totais gerados no ponto P pelos lados AB e CD da
espira terão a seguinte forma: H AB = AB a x + AB a z e H CD P = CD −a x + CD a z .
P
Nota-se, então, que as componentes AB a x e CD −a x se anulam. Seguindo o mesmo
raciocínio, os campos magnéticos totais gerados no ponto P pelos lados BC e DA da espira terão a
seguinte forma: H BC = BC ay + BC a z e H DA = DA −a y + DA a z . Nota-se, então,
P P
que as componentes BC a y e DA −a y se anulam. Logo, o campo gerado em P pelos lados
AB, BC, CD e DA será quatro vezes maior que aquela componente no sentido de a z produzida por
qualquer um dos lados da espira.

H P = 4H AB z = 4H BC z = 4H CD z = 4H DA z (01)

– Página 7.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Cálculo de H AB :

Lei de Biot-Savart:
R é o vetor dirigido do elemento diferencial
de corrente dL ao ponto P
I dL × a R R =R
H= , onde: (02)
2 a R é um versor de R
4π R
dL é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.

R = −a a x − y a y + a a z ; R = y 2 + 2a 2 ;

R − a ax − y ay + a az (03)
aR = = ;
R 2
y + 2a 2

dL = dy a y

Substituindo (03) em (02), temos:

dy a y × − a a x − y a y + a a z )
H AB = I
3
4π ( y 2 + 2a 2 2

a a
Ia ax + az Ia dy
H AB = dy H AB z = az (04)
4π 3 4π 3
y = −a ( y 2 2 2 y = −a ( y 2 2 2
+ 2a + 2a

y = −a θ = θ1
y = a 2 tgθ
y = a θ = θ2
2
(05)
Substituição de variáveis na integral: dy = a 2 θ dθ
y
θ =
y 2 + 2a 2

Substituindo (05) em (04), temos:

θ =θ θ =θ
Ia 2
a 2 sec 2θ dθ I 2

H AB z = az H AB z = az

θ =θ a 3 2 sec 3θ 8π a
θ =θ
secθ
1 1
θ =θ θ =θ
2
I I 2
H AB z = θ dθ a z H AB z = θ az
8π a 8π a θ =θ
θ =θ 1
1

– Página 7.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

a
I y I a −a
H AB z = ⋅ az H AB z = ⋅ − az
8π a 2
y + 2a 2 8π a a 3 a 3
y = -a

I 2a I
H AB z = ⋅ az H AB z = az (06)
8π a a 3 4π 3 a

Substituindo (06) em (01), temos:

I
H P = 4H AB z HP = az
π 3a

7.4) Seja H = − y (x 2 + y 2 a x + x (x 2 + y 2 a y [A m] no plano z = 0.


a) Determinar a corrente total passando através do plano z = 0, na direção a z , no
interior do retângulo − 1 < x < 1 e − 2 < y < 2 .
b) Se o potencial magnético Vm é nulo no vértice P(-1; -2; 0) do retângulo RSPQ,
determinar Vm no vértice R(1; 2; 0), utilizando um percurso que passa pelo vértice
Q(1; -2; 0).

Resolução:

a) De acordo com a Lei Circuital de Ampère e com o Teorema de Stokes, temos:

H • dL = I enl = (∇ × H ) • dS H • dL = (∇ × H ) • dS = I (01)
S RSPQ S Ret.

Cálculo do Rotacional:

∂ y ∂ x
∇×H = − az
∂x ∂y

[
∇ × H = 3x 2 + y 2 − − x 2 − 3 y 2 ]a z ∇ × H = 4x 2 + 4 y 2 a z
(02)

Substituindo (02) em (01), temos:

2 1
I= 4x 2 + 4 y 2 a z • dS, onde dS = dxdy a z
y = −2 x = −1

– Página 7.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

2 1 2 1
2 2
I= 4x + 4y a z • dxdy a z I= 4 x 2 + 4 y 2 dxdy
y = −2 x = −1 y = −2 x = −1

2 1 2
4x 3 4 4
I= + 4y 2 x dy I= + 4 y 2 + + 4 y 2 dy
3 3 3
y = −2 x = −1 y = −2

2 2
8 8 8 16 64 16 64
I= + 8 y 2 dy I= y + y3 I= + + +
3 3 3 y = −2 3 3 3 3
y = −2

160
∴I = = 53 34 [A]
3

a
b) VmRP = VmRQ + VmQP, onde Vm = − H • dL (01)
ab
b
Trecho P→Q:

Q
[
VmQP = − − y x 2 + y 2 a x + x x 2 + y 2 a y • dx a x ]
P

Q 1
2x 3
VmQP = − − y x [ 2
+y
y = −2
2
]dx VmQP =
3
− 8x
P x = −1

2 2 52
VmQP = − −8− −8 VmQP = − [A] (02)
3 3 3

Trecho Q→R:

R
[
VmRQ = − − y x 2 + y 2 a x + x x 2 + y 2 a y • dy a y ]
Q

R 2
y3
[
VmRQ = − x x 2 + y 2 dy
x =1
] VmRQ = − y −
3
Q y = −2

8 8 28
VmRQ = −2 − −2− VmRQ = − [A] (03)
3 3 3

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

52 28 80
VmRP = − − VmRP = − = 26 67 [A]
3 3 3

– Página 7.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.5) A superfície cilíndrica ρ = a = 20 mm conduz a corrente K cil = 100 a z [A m], enquanto


que a superfície ρ = b = 40 mm possui a corrente solenoidal K sol = 80 a φ [A ]. Calcule
m
a intensidade do campo magnético H em:
a) ρ = 10 mm;
b) ρ = 30 mm;
c) ρ = 50 mm.

Resolução:

Cálculo de H para a superfície cilíndrica ( H cil ) Lei Circuital de Ampère:

Para ρ < 20 mm H cil = 0 (01)

Para ρ > 20 mm H cil • dL = I enl = K cil ⋅ 2π ⋅ 20


20
cil ⋅ 2π ⋅ ρ = cil ⋅ 2π ⋅ 20 cil = cil
ρ

∴ H cil =
20
ρ
cil a φ [A m] (02)

Cálculo de H para o solenóide ( H sol ) Lei Circuital de Ampère:

Para ρ < 40 mm H sol • dL = I enl = K sol ⋅ L


sol ⋅ L = sol ⋅ L sol = sol

∴ H sol = sol a z [A m] (03)

Para ρ > 40 mm H sol = 0 (04)

a) O campo magnético gerado em ρ = 10 mm ( H a ) será proveniente somente do solenóide.


Portanto, a equação (03) é suficiente para defini-lo.

H a = H sol = sol az H a = 80 a z [A m]
Ha = a = 80 A [ m]
– Página 7.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

b) O campo magnético gerado em ρ = 30 mm ( H b ) será proveniente tanto da superfície


cilíndrica quanto do solenóide. Portanto, H b será a soma das equações (02) e (03).

20
H b = H cil + H sol Hb = cil aφ + sol az
ρ
20
Hb =
30
⋅ 100 a φ + 80 a z H b = 66 67 a φ + 80 a z [A m]
Hb = b = 66 67 2 + 80 2 b = 104 14 A [ m]
c) O campo magnético gerado em ρ = 50 mm ( H c ) será proveniente somente da superfície
cilíndrica. Portanto, a equação (02) é suficiente para defini-lo.

20
H c = H cil = cil a φ
ρ
20
Hc =
50
⋅ 100 a φ H c = 40 a φ [A m]
Hc = c = 40 [A m]
7.6) Um fio de raio igual a 2a [m] estende-se ao longo do eixo z e é constituído de dois
materiais condutores, sendo:
Condutor 01: condutividade = σ para 0 < ρ <a..
Condutor 02: condutividade = 4σ para a < ρ <2a..
Se o fio conduz uma corrente contínua total de I ampères, calcular:
a) a corrente devido a cada condutor;
b) o campo magnético para 0 < ρ <3a.

Resolução:

a)
I é a corrente total que percorre os dois condutores;

onde I1 é a corrente que percorre somente o condutor 01;

I 2 é a corrente que percorre somente o condutor 02.

1
R1 = R1 =
σ 1S1 σ π a2
2
R2 = R2 = R2 =
σ 2S 2 4σ π (4a 2 − a 2 12σ π a 2

– Página 7.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

R1
∴ = 12 R 1 = 12R 2 I 2 = 12I1
R2

I
I1 = [A]
13
Logo, I = I1 + 12I1 I = 13I1
12
I2 = I [A ]
13
b) Lei Circuital de Ampère: H • dL = Ienl

Cálculo de H para ρ < a:


π ρ2 I1 ρ Iρ
H • dL = I enl ⋅ 2π ρ = I1 ⋅
2
=
2
=
2
[A m]
πa 2π a 26π a

Cálculo de H para a < ρ < 2a:


π (ρ 2 − a 2
H • dL = I enl ⋅ 2π ρ = I1 + I 2 ⋅
π ( 4a 2 − a 2

I 12 (ρ 2 − a 2 I a 2 + 4 I ρ 2 − 4a 2
⋅ 2π ρ = + I⋅ =
13 13 3a 2 26π ρ a 2

I
∴ =
2
4 ρ 2 − 3a 2 [A m]
26π ρ a

Cálculo de H para 2a <ρ < 3a:

I
H • dL = I enl ⋅ 2π ρ = I1 + I 2 =
2π ρ
[A m]
7.7) Um cabo coaxial consiste de um fio central fino conduzindo uma corrente I envolvido
por um condutor externo de espessura despresível a uma distância a conduzindo uma
corrente na direção oposta. Metade do espaço entre os condutores é preenchido por um
material magnético de permeabilidade µ e a outra metade com ar. Determinar B , H e
M em todos os pontos do condutor.

Resolução:

Cálculo de B :

Lei Circuital de Ampère para ρ < a:

H • dL = I enl (H ar + H mat ) • dL = I enl (01)

– Página 7.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

N ≠ N H ar ≠ H mat
1 2
Mas (02)
N = N B ar = B mat = B a φ
1 2

B ar = µ o H ar
B = µH (03)
B mat = µ H mat

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

B B
I enl = + • dL , onde dL = ρ dφ a φ
µo µ

π 2π
B B
I= + • ρ dφ a φ I= ρ dφ + ρ dφ
µo µ µo µ
φ =0 φ =π

ρ ρ µo µ I
I= ⋅π + ⋅π B = B ar = B mat = aφ
µo µ πρ (µ o + µ )

Cálculo de H :

No ar:
B µI
H ar = H ar = aφ
µo πρ (µ o + µ )

No material magnético:

B µo I
H mat = H mat = aφ
µ πρ (µ o + µ )

Cálculo de M :

No ar:

B
M ar = − H ar M ar = 0
µo

No material magnético:

B µI µo I
M mat = − H mat M mat = aφ − aφ
µ µ o πρ + µπρ µ oπρ + µπρ
I (µ − µ o )
M mat = aφ
πρ (µ o + µ )

– Página 7.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.8) Uma película infinita de corrente com K 1 = 10 a x[A m] estende-se no plano z = 0.


Duas outras películas de corrente com K 2 = K 3 = −5 a x [A ] são colocadas nos
m
planos z = h e z = -h.
a) Determinar o campo vetorial H em todo o espaço;
b) Determinar o fluxo magnético líquido que cruza o plano y = 0 na direção a y , entre
0 < x < 1 e 0 < z < 2h.

Resolução:

1
a) Campo magnético para um plano infinito: H = K × aN.
2
Pela análise da figura acima, nota-se que, em qualquer ponto do espaço, o campo magnético
terá a seguinte forma: H = H 1 + H 2 + H 3 , onde H 1 H 2 e H 3 são os campos gerados pelas
películas K 1 K 2 e K 3 respectivamente.

1
Portanto, H = K1 × a N + K 2 × a N + K 3 × a N (01)
2 1 2 3
Cálculo de H para z > h:

H=
1
2
(
10 a x × a z − 5 a x × a z − 5 a x × a z ) H=0

Cálculo de H para 0 < z < h:

H=
1
2
[
10 a x × a z − 5 a x × −a z − 5 a x × a z ] H = −5 a y [A m]
Cálculo de H para -h < z < 0:

H =
1
2
[
10 a x × −a z − 5 a x × −a z − 5 a x × a z ] H = +5 a y [A m]
– Página 7.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Cálculo de H para z < -h:

H =
1
2
[
10 a x × −a z − 5 a x × −a z − 5 a x × −a z ] H =0

b)

φ = B • dS φ = µ o H S1 • dS1 + µ o H S 2 • dS 2
S S S
1 2

h 1
φ = µo −5a y • dxdz a y φ = −5µ o h [Wb]
z =0 x =0

7.9) Um fio infinito foi dobrado e colocado segundo a figura abaixo. Empregando a Lei de
Biot-Savart, calcular o campo magnético resultante H num ponto genérico P situado
sobre o eixo y. Determinar também o valor de H para o valor de y do ponto P igual a:
a) Zero;
b) d;
d
c) ;
2
d) 2d.

Resolução:

O campo magnético resultante em P apresenta uma parcela que é gerada pelo segmento
semi-infinito localizado em y = 0 ( H 1 ), uma parcela que é gerada pelo segmento semi-infinito
localizado em y = d ( H 2 ) e uma parcela que é gerada pelo segmento condutor localizado em x = 0
( H 3 ).
∴ H = H1 + H 2 + H 3 (01)
– Página 7.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Cálculo de H 1 :

Lei de Biot-Savart:
R 1 é o vetor dirigido do elemento diferencial
de corrente dL1 ao ponto P
I dL1 × a R 1 R1 = R 1
H1 = , onde: (02)
4π R 12 a R 1é um versor de R 1
dL1 é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.

R1 = −x a x + y a y ; R 1 = x2 + y2 ;

R1 x ax + y ay (03)
a R1 = = ;
R1 2
x +y 2

dL1 = dx a x

Substituindo (03) em (02), temos:

dx a x × x a x + y a y ) 0
I ydx
H1 = I H1 = ⋅ az (04)
3 4π 3
2 2 2 x = −∞ ( x 2 2 2
4π ( x +y +y

x = −∞ θ = −90°
x = y tgθ
y=0 θ =0
Substituição de variáveis na integral:
2 (05)
dx = y θ dθ

Substituindo (05) em (04), temos:

0 0
I y 2 sec 2θ dθ I dθ
H1 = az H1 = az

θ = −90° y 3 sec 3θ 4π y
θ = −90°
secθ

0
I I
H1 = cosθ dθ a z H1 = [ θ ]θ0 = −90° a z
4π y 4π y
θ = −90°

I I para (y ≠ 0)
H1 = [ 0 - (- 1)] a z H1 = az (06)
4π y 4π y

Cálculo de H 2 :

A parcela H 2 apresente a mesma direção e sentido de H1 , porém varia inversamente com a


distância (y – d).
– Página 7.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

I
Portanto: H 2 = a z . para (y ≠ d) (07)
4π (y - d )

Cálculo de H 3 :

O segmento condutor localizado em x = 0 não pode gerar um campo magnético no ponto P,


pois dL 3 × a R 3 = 0 .Logo, H 3 = 0 (08)

Substituindo (06), (07) e (08) em (01), temos:

I I I I
H = az + az + 0 H = az + az
4π y 4π (y - d ) 4π y 4π (y - d )
y≠0 y≠d

I
a) Neste caso, H1 = 0 e H = H 2 = (−a z
4π d

I
b) Neste caso, H 2 = 0 e H = H1 = az
4π d

2I 2I
c) H = H1 + H 2 H = az − az H =0
4π d 4π d

I I I 1 3I
d) H = H1 + H 2 H = az + az H = ⋅ + 1 az H = az
8π d 4π d 4π d 2 8π d

7.10) Calcular B no ponto P(0; 0; 2a) gerado por uma espira circular de raio ρ = a, situada no
plano xy, percorrida por uma corrente I no sentido horário e por um condutor filamentar
passando pelo ponto (2a; 0; 0), conduzindo uma corrente I o sentido + a y .

Resolução:

B P = B esp + B cond (01)


B cond
P (0; 0; 2a)

B esp
a

2a
I

– Página 7.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

I dL × a R
Cálculo de B para a espira: Lei de Biot-Savart: H = (02)
4π R 2

H esp R é o vetor dirigido de dL ao ponto (P)


P
R =R
onde: a R é um versor de R
dL é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.
R

a R = −a a ρ + 2a a z ; R = a 5 ;
dL R − a ρ + 2 az
I aR = = ; (03)
R 5
dL = adφ aφ
Substituindo (03) em (02), temos:

a dφ a φ × − a ρ + 2 a z ) I
H esp = I H esp = −a z + 2 a ρ dφ (04)
20π a 2 5 20π a 5

A inspeção da figura nos mostra que elementos de corrente diametralmente opostos produzem
componentes radiais de campos que se cancelam. Portanto, H esp possui somente componente na
direção de a z , reduzindo a equação (04) a:


−I −I
H esp = dφ a z H esp = az (05)
20π a 5 φ = 0 10 a 5

− Iµ o
∴ B esp = µ o H esp B esp = az (06)
10a 5

Cálculo de B para o condutor:

µoI
B cond = a φ , onde a φ ⊥ a ρ (07)
2π ρ
ρ = −2a a x + 2a az ; ρ = 2a 2 ;
ρ − a x + az
aρ = = ;
ρ 2
− a x + az (08)
aφ = a y × a ρ aφ = a y ×
2
a x + az
∴ aφ =
2

– Página 7.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Substituindo (08) em (07), temos:


µo I ax + az µoI
B cond = ⋅ B cond = ⋅ ax + az (09)
4 2π a 2 8π a

Substituindo (06) e (09) em (01), temos:

− µoI µ I
B P = B esp + B cond = az + o ⋅ ax + az
10 5 a 8π a

µoI 10 5 − 8π 1 µoI
BP = ⋅ az + ax BP = ⋅ (0 0398 a x − 0 0049 a z )
a 80 5π 8π a

7.11) a) Demonstrar, utilizando a lei de Biot Savart, que a expressão para o cálculo de um
campo magnético H em um ponto P qualquer devido a um elemento de corrente de
I
tamanho finito é dada por: H = ( α1 + α 2 ) a φ , onde ρ é a menor
4πρ
distância do ponto P ao elemento de corrente.
b) Encontre a indução magnética B no centro de um hexágono regular de lado a,
conduzindo uma corrente I.

Resolução:

a)
I dL × a R
Lei de Biot-Savart: H = ,
4π R 2

R é o vetor dirigido do elemento diferencial


de corrente dz ao ponto P
R =R
onde: (01)
a R é um versor de R
dL é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.

R = ρ a ρ − z az ; R = ρ 2 + z2 ;

R ρ a ρ − z az (02)
aR = = ;
R 2
ρ +z 2

dL = dz a z

Substituindo (02) em (01), temos:

dz a z × ρ a ρ − z a z ) Iρ dz
H =I H = aφ (03)
3 4π 3
4π ( ρ 2 + z 2 2 (ρ 2 + z 2 2

– Página 7.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

z = ρ tgα
Substituição de variáveis na integral: (04)
2
dz = ρ α dα

Substituindo (04) em (03), temos:

α =α α =α
Iρ 1 ρ sec 2α dα I 1

H = aφ H = aφ

α = −α ρ 3 sec 3α 4π ρ
α = −α
secα
2 2

α =α α =α
1
I I 1
H = α dα a φ H = α aφ
4π ρ 4π ρ α = −α
α = −α 2
2

I
H = [ α1 + α 2 ] aφ (05)
4π ρ

b)

Os lados AB, BC, CD, DE, EF e FA do hexágono


correspondem a elementos de corrente de tamanho
finito do item (a). Deste modo, o campo magnético
total gerado no centro do hexágono será seis vezes
maior que o campo magnético gerado por cada um dos
lados individualmente.
Logo: H 0 = 6H AB (01)

Cálculo de H AB :

α1 = α 2 = 30°
I
H AB = [ α1 + α 2 ] aφ , onde
ρ é a menor distância entre o centro
(02)
4π ρ
e o lado AB do hexágono.
Cálculo de ρ:

a a a 3
tg30° = ρ = ρ = (03)
2ρ 2 ⋅ tg30° 2

Substituindo (03) em (02), temos:

2I I
H AB = [ 30° + 30°] a φ H AB = aφ (04)
4π a 3 2π a 3

– Página 7.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Substituindo (04) em (01), temos:

3I 3I
H0 = aφ H0 = aφ
πa 3 πa

Cálculo de B 0 :

µoI 3
B0 = µo H0 B0 = aφ
πa

– Página 7.19 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

CAPÍTUO 08

FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

8.1) No circuito magnético abaixo, construído com uma liga de ferro-níquel, calcular a fmm
para que o fluxo no entreferro g seja de 300 [µWb]. Desprezar o espraiamento de fluxo
no entreferro.

Resolução:

Circuito elétrico análogo:


1 = 2 = 16 − 0 05 1 = 2 = 15 95 [cm]

3 = 6 [cm]

Dados: S1 = S 2 = 4 cm 2 [ ]
S3 = 6 [cm ] 2

φ1 = 300 [µ Wb ]

Analisando o circuito magnético acima, nota-se a existência de simetria entre seus braços
direito e esquerdo. Portanto, ℜ1 = ℜ2 φ1 = φ2.

Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

φ 3 = φ1 + φ 2 φ 3 = 2φ1
(01)
NI − ℜ 3φ 3 = ℜ1φ1 + ℜ g φ1 ≈ NI − 3 3 = 1 1 + g g

Cálculo de 1:

φ1 φ 300 ⋅ 10 − 6
1 = g = = 1 1 = g = 1 = g = 0 75 [T ]
S1 Sg 4 ⋅ 10 − 4

– Página 8.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

Consultando a curva de magnetização do ferro-níquel em anexo, encontra-se:

Para 1 = 0 75 [T] 1 = 15 [Ae m] (02)

Cálculo de g:
0 75
g =
µo
g
g =
−7 g = 5 97 ⋅ 10 5 [Ae m] (03)
4π ⋅ 10

Cálculo de 3 :
De (01): φ3 = 2φ1 φ3 =600 [µ Wb]

φ3 600 ⋅ 10 − 6
3 = 3 = 3 = 10 [T]
S3 6 ⋅ 10 − 4

Consultando a curva de magnetização do ferro-níquel em anexo, encontra-se:

Para 3 = 10 [T] 3 = 50 [Ae m] (04)

Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:

NI − 50 ⋅ 6 ⋅ 10 − 2 = 15 ⋅ 15 95 ⋅ 10 − 2 + 5 97 ⋅ 10 5 ⋅ 0 05 ⋅ 10 − 2

NI = 3 + 2 39 + 298 5 NI = 303 9 [Ae]

8.2) Dois circuitos condutores são constituídos por um fio reto bastante longo e uma espira
retangular de dimensões h e d. A espira pertence a um plano que passa pelo fio, sendo os
lados de comprimento h paralelos ao fio e distantes de r e r+d deste. Determinar a
expressão que fornece a indutância mútua entre os dois circuitos.

Resolução:

N 2φ12
M 12 = (01)
I1

Cálculo de φ12:

Para o fio infinito de corrente, temos:

I1 µ o I1
H 12 = aφ B12 = µ o H 12 B12 = aφ
2πρ 2π ρ

– Página 8.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

r +d
µ o I1
φ12 = B12 • dS φ12 =
2π ρ
(
a φ • hdρ a φ )
S ρ =r

µ o I1 h r + d dρ µ o I1 h
φ12 = ⋅ φ12 = ⋅ [ ρ ]rρ+=dr
2π ρ 2π
ρ =r

µ o I1 h r +d
φ12 = ⋅ (02)
2π r

Substituindo (02) em (01), temos:

N 2φ12 N 2 µ o I1 h r+d 1 ⋅ µo h r+d


M12 = M12 = ⋅ M12 = ⋅
I1 2π I1 r 2π r

µo h r+d
M12 = ⋅
2π r

8.3) Um filamento infinito estende-se sobre o eixo z, no espaço livre, e uma bobina quadrada
de N espiras é colocada na plano y = 0 com vértices em (b; 0; 0), (b+a; 0; 0), (b+a; 0; a) e
(b; 0; a).
Determinar a indutância mútua entre o filamento e a bobina em termos de a, b, N e µo.

Resolução:

N 2φ12
M 12 = (01)
I1

Cálculo de φ12:

Para o filamento infinito de corrente, temos:

I µoI
H = aφ B = µo H B= ay
2πρ 2π x
b+a a
µoI
φ12 = B • dS φ12 =
2π x
a y • dxdza y( )
S x =b z =0

µoI b + a a
dxdz µoI
φ12 = ⋅ φ12 = ⋅ [ x ]bx += ab ⋅ [z]az = 0
2π x 2π
x =b z =0

µoI a b +a
φ12 = ⋅ (02)
2π b
– Página 8.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

Substituindo (02) em (01), temos:

N 2φ12 Nµ o I a b+a Nµ o a b+a


M 12 = M 12 = ⋅ M12 = ⋅
I1 2π I b 2π b

8.4) Dado o circuito magnético da figura abaixo, assumir = 0 6 [T ] através da seção reta
da perna esquerda e determinar:
a) A queda de potencial magnético no ar ( Vm ar );
b) A queda de potencial magnético no aço-silício ( Vm aco );
c) A corrente que circula em uma bobina com 1250 espiras enroladas em volta da perna
esquerda.
Circuito elétrico análogo

Resolução:

1 = 0 6 [T ]

Dados: 1 = 10 [cm] 2 = 15 [cm] g = 0 6 [cm]

[ ]S
S1 = 6 cm 2 2 [ ]
= 4 cm 2

Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

NI = ℜ1φ + 2ℜ 2φ + ℜ g φ
ou (01)
NI = 1 1 + 2 2 2 + g g

Vm aco Vm ar
a) De (01):

g φ g
Vm ar = g g Vm ar = g Vm ar = ⋅
µo Sg µo

1 S1 g 0 6 ⋅ 6 ⋅ 10 − 4 ⋅ 0 6 ⋅ 10 − 2
Vm ar = ⋅ Vm ar =
Sg µo 4 ⋅ 10 − 4 ⋅ 4π ⋅ 10 − 7
Vm ar = 4297 18 [Ae] (02)
– Página 8.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

b) De (01):

Vm aco = 1 1 +2 2 2 (03)

Cálculo de 1:

Consultando a curva de magnetização do aço-silício em anexo, encontra-se:

Para 1 = 06 [T ] 1 = 100 [Ae m] (04)

Cálculo de 2:
φ 1 S1 0 6 ⋅ 6 ⋅ 10 − 4
2 = 2 = 2 = 2 = 0 9 [T ]
S2 S2 4 ⋅ 10 − 4

Consultando a curva de magnetização do aço-silício em anexo, encontra-se:

Para 2 = 09 [T ] 2 = 160 [Ae m] (05)

Substituindo (04) e (05) em (03), temos:

Vm aco = 100 ⋅ 0 1 + 2 ⋅ 160 ⋅ 0 15 Vm aco = 58 [Ae] (06)

c) Substituindo (05) e (06) em (01), temos:

4355 18
NI = 58 + 4297 18 I = I = 3 48 [A ]
1250

8.5) Uma espira filamentar quadrada de corrente tem vértices nos pontos (0; 1; 0), (0; 1; 1),
(0; 2; 1) e (0; 2; 0). A corrente é de 10 [A] e flui no sentido horário quando a espira é
vista do eixo +x. Calcule o torque na espira quando esta é submetida :
a) a uma densidade de fluxo magnético B = 5a y ;
b) ao campo produzido por uma corrente filamentar de 10 [A] que flui ao longo do eixo
z no sentido + a z .

Resolução:

a) dT = I dS × B T = IS × B ( )
T = 10 − a x × 5a y T = −50a z
– Página 8.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

b) dT = I dS × B onde dS = −dxdya x (01)

Cálculo de B :

I I −I
B=
2πρ
aφ B =
2πρ
(− a x ) B=
2πρ
ax (02)

Substituindo (02) em (01), temos:

−I
(
dT = I − dxdya x × ) 2πρ
ax dT = 0 T=0

8.6) Suponha que o núcleo do material magnético da figura abaixo possui uma
permeabilidade relativa de 5000. O fluxo φ1 do braço esquerdo circula de a para b com
um comprimento médio de 1 m. O comprimento médio do braço direito é igual ao do
braço esquerdo. O braço central possui um comprimento médio de 0,4 m. Adotar a área
da seção reta de cada caminho igual a 0,01 m2 e o fluxo de dispersão desprezível.
Calcular a indutância própria da bobina 01 e a indutância mútua entre as bobinas 01 e
02.

Resolução:
Analisando o circuito magnético acima, nota-se a existência de simetria entre seus braços
direito e esquerdo. Portanto, ℜ1 = ℜ3.
Circuito elétrico análogo:

N1φ1
L1 = (01)
I1

N 2φ12 N φ
M12 = = 2 2 (02)
I1 I1

Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

φ1 = φ 2 + φ 3
(03)
NI = ℜ1φ1 + ℜ 2φ 2 = ℜ1φ1 + ℜ 3φ 3

– Página 8.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

Cálculo de ℜ1e de ℜ3:

1 3 1
ℜ1 = ℜ 3 = = ℜ1 = ℜ 3 =
µ S1 µ S3 5000 ⋅ 4π ⋅ 10 − 7 ⋅ 0 01

ℜ1 = ℜ 3 = 15915 Ae
Wb
[ ] (04)

Cálculo de ℜ2:

04
ℜ2 = 2
µ S2
ℜ2 =
−7
ℜ 2 = 6366 Ae [ Wb
] (05)
5000 ⋅ 4π ⋅ 10 ⋅ 0 01

De (03), conclui-se que: ℜ 2φ 2 = ℜ 3φ 3 (06)

Substituindo (04) e (05) em (06), temos:

6366φ 2 = 15915φ 3 φ 2 = 2 5φ 3 (07)

Substituindo (07) em (03), temos:

φ 1 = 2 5φ 3 + φ 3 φ1 = 3 5φ 3 (08)

Substituindo (07) e (08) em (03), temos:

N1I1 = 15915 ⋅ 3 5φ 3 + 6366 ⋅ 2 5φ 3 200I1 = 755702 5φ 3 + 15915φ 3

200I1 = 71617 5φ 3 φ 3 = 2 79 ⋅ 10 − 3 I1 (09)

Substituindo (09) em (07) e em (08), temos:

φ1 = 9 77 ⋅ 10 − 3 I1 (10)
e
−3
φ 2 = 6 98 ⋅ 10 I1 (11)

Substituindo (10) em (01), temos:

N1 ⋅ 9 77 ⋅ 10 − 3 I1
L1 = L1 = 200 ⋅ 9 77 ⋅ 10 − 3 L1 = 1 95 [H]
I1
e
Substituindo (11) em (02), temos:

N 2 ⋅ 6 98 ⋅ 10 − 3 I1
M12 = M12 = 300 ⋅ 6 98 ⋅ 10 − 3 M12 = 2 09 [H]
I1

– Página 8.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

8.7) Determinar a densidade de fluxo magnético ( B ) em cada uma das três pernas do
circuito magnético da figura abaixo. Assumir que, dentro do material ferromagnético do
núcleo, B é relacionado diretamente com H , através da expressão = 200 .

Resolução:

Circuito elétrico análogo:


I1 = I 2 = 70 [mA]

N 1 = 500 ; N 2 = 1000 [espiras]

Dados: S1 = 6 ; S 2 = 8 ; S 3 = 10 cm 2 [ ]
1 = 12 ; 2 = 10 ; [ ]
3 = 5 cm

[
g = 1 mm ]
Se = µ e = 200 , então, µ = 200.

Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

φ 3 = φ1 + φ 2

N1I1 − ℜ1φ1 = N 2 I 2 − ℜ 2φ 2 = ℜ 3φ 3 + ℜ g φ 3 (01)


ou
N 1 I1 − 1 1 = N 2 I 2 − 2 2 = 3 3 + g g

Cálculo de ℜ1:

12 ⋅ 10 − 2
ℜ1 =
µ S1
1
ℜ1 =
−4
[
ℜ1 = 1 0 Ae
Wb
] (02)
200 ⋅ 6 ⋅ 10

Cálculo de ℜ2:

10 ⋅ 10 − 2
ℜ2 = 2
ℜ2 = ℜ 2 = 0 625 Ae[ Wb
] (03)
µ S2 200 ⋅ 8 ⋅ 10 − 4
– Página 8.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

Cálculo de ℜ3:

5 ⋅ 10 − 2
ℜ3 =
µ S3
3
ℜ3 =
−4
ℜ 3 = 0 25 Ae [ Wb
] (04)
200 ⋅ 10 ⋅ 10

Cálculo de ℜg:

1 ⋅ 10 − 3
ℜg =
µ Sg
g
ℜg =
−7 −4
ℜ g = 7 957 ⋅ 10 5 [Ae Wb] (05)
4π ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10

Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01), temos:

N1I1 − 1 0φ1 = N 2 I 2 − 0 625φ 2 = 0 25φ 3 + 7 957 ⋅ 10 5 φ 3

φ1 = 0 625φ 2 − 35 (06)
5
35 − φ1 = 70 − 0 625φ 2 = 7 957 ⋅ 10 φ 3
70 − 0 625φ 2 = 7 957 ⋅ 10 5 (φ1 + φ 2 )
(07)
Substituindo (07) em (06), temos:

70 − 0 625φ 2 = 7 957 ⋅ 10 5 (0 625φ 2 + φ 2 )

70 − 0 625φ 2 = 12 935 ⋅ 10 6 φ 2 − 27 85 ⋅ 10 7 φ 2 = 21 54 [Wb] (08)

Substituindo (08) em (06), temos:

φ1 = 0 625 ⋅ 21 54 − 35 φ1 = −21 54 [Wb] (09)

Substituindo (08) e (09) em (01), temos:

φ 3 = −21 54 + 21 54 φ3 = 0

Cálculo de 1:

φ − 21 54
1 = 1 1 = 1 = −3 59 ⋅ 10 4 [Wb]
S1 −4
6 ⋅ 10

Cálculo de 2:

φ2 21 54
2 = 2 = 2 = 2 69 ⋅ 10 4 [Wb]
S2 −4
8 ⋅ 10

Cálculo de 3:

φ3
3 = 3 =0
S3
– Página 8.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

CAPÍTULO 09

CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.1) A figura abaixo mostra uma barra condutora paralela ao eixo y, que completa uma
malha através de contatos deslizantes com os condutores em y = 0 e em y = 0,05 [m].
a) Calcular a tensão induzida quando a barra está parada em x = 0,05 [m] e
= 0 30 104 t [T ] .
b) Repita o item acima supondo que a barra desloca-se com velocidade
v = 150 a x m .
s
[ ]

Resolução:

∂B
fem = (v × B ) • dL − ∂t
• dS , onde B = 0 30 10 4 t a z (01)
S

a) Barra parada v =0 v × B • dL = 0

∂B
∴ fem = − • dS , onde dS = dxdy a z
∂t
S

0 05 0 05

fem = − 0 30 10 4 t a z • dxdy a z
∂t
y =0 x =0

0 05 0 05
fem = − 0 30 ⋅ 10 4 ⋅ 10 4 t dxdy
y =0 x =0

fem = −0 30 ⋅ 10 4 ⋅ 10 4 t ⋅ 0 05 2 fem = −7 5 ⋅ 10 4 t [V ]

b) fem = v × B • dL − 7 5 ⋅ 10 4 t , onde dL = dy a y (02)

Cálculo de v × B :

v×B = 90° −a y v × B = −45 10 4 t a y [T] (03)

– Página 9.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Substituindo (03) em (02), temos:

0 05
4
fem = −45 10 t ⋅ a y • dy a y − 7 5 ⋅ 10 4 t
y=0

fem = −45 10 4 t ⋅ 0 05 − 7 5 ⋅ 10 4 t

fem = −2 25 10 4 t − 7 5 ⋅ 10 4 t [V ]

9.2) Para o dispositivo mostrado abaixo, são dados: d = 5 [cm], B = 0 25 a z [T] e


v = 20 y a y [m s . Se y = 4 [cm] em t = 0 [s], determinar as seguintes grandezas no
instante t = 0,06 [s]:
a) a velocidade ;
b) a posição y da barra;
c) a diferença de potencial V12 medida pelo voltímetro;
d) A corrente I12 entrando pelo terminal 1 do voltímetro se a resistência deste é igual a
200 [KΩ].

Resolução:

Cálculo de t :

dy dy dy
= = 20 y = 20dt = 20dt 2 y = 20 t + C (01)
dt y y

Substituindo y = 4 [cm] e t = 0 em (01), temos:

2 4 ⋅ 10 − 2 = 20 ⋅ 0 + C C = 04 (02)

Substituindo (02) em (01), temos:

2 y = 20 t + 0 4 y = 10 t + 0 2 (03)

∴ v = 20 ⋅ 10 t + 0 2 a y v = 200 t + 4 a y [m s (04)

a) Substituindo t = 0,06 [s] em (04), temos:

= 200 ⋅ 0 06 + 4 = 16 [m s
– Página 9.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

b) Substituindo t = 0,06 [s] em (03), temos:

y = 10 ⋅ 0 06 + 0 2 y = 08 y = 0,64 [m ]

c) V12 = fem (05)


Cálculo da fem:
d
fem = v × B • dL fem = [
20 y a y × 0 25 a z • − dx a x ]
x =0

d
fem = −5 ⋅ ydx fem = −5d y
x =0

∴ fem = −5 ⋅ 0 05 ⋅ 0 64 fem = −0 2 [V ]
(06)
Substituindo (06) em (05), temos:
V12 = – 0,2 [V]

V12 −02
d) I12 = I12 = I12 = −1 [µA ]
Rv 200 ⋅ 10 3

9.3) Uma bobina de 50 espiras tem uma área de 20 [cm2] e gira em torno de um eixo situado
em um plano perpendicular a um campo magnético uniforme de 40 [mT].
a) Considerando que a bobina gira a uma velocidade de 360 [rpm], calcular o fluxo
máximo que atravessa a espira e o valor médio da fem induzida nesta bobina;
b) Considerando que a bobina está em repouso e seu plano é perpendicular ao campo,
determinar o valor médio da fem induzida na bobina, quando se retira o campo em
t = 0,004 [s];
c) Considerando que a bobina não se move e que seu plano forma um ângulo de 60o com
a direção do campo de indução, calcular o valor médio da fem induzida na bobina,
supondo que o campo de 40 [mT] se anula em t = 0,004 [s].
Resolução:
a)

Cálculo de φmax:

φ max = φ max = 40 ⋅ 10 − 3 ⋅ 20 ⋅ 10 − 4 φ max = 80 [µWb]

– Página 9.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Cálculo do valor médio da fem:

∆φ
fem med = − N ⋅ , onde ∆t é o tempo gasto para o fluxo variar de φmax até zero. (01)
∆t

Cálculo de ∆t:
1
360 ⋅ voltas → 1s
60 1
∆t = [s] (02)
1 24
volta → ∆t
4

Substituindo (02) em (01), temos:

0 − 80 ⋅ 10 − 6
fem med = −50 ⋅ fem med = 96 [mV]
1
24
∆φ
b) fem med = − N ⋅
∆t
φ final − φ inicial
fem med = − N ⋅
∆t
0 − φ max
fem med = − N ⋅
∆t

0 − 80 ⋅ 10 − 6
fem med = −50 ⋅
4 ⋅ 10 − 3
fem med = 1 [V ]

c)

∆φ
fem med = − N ⋅
∆t
φ final − φ inicial (01)
fem med = − N ⋅
∆t

Cálculo de φ inicial :

φ inicial = B • dS φ inicial = ⋅d ⋅ 30° φ inicial = ⋅ ⋅ 30° (02)


S S

φ inicial = 40 ⋅ 10 − 3 ⋅ 20 ⋅ 10 − 4 ⋅ 0 866 φ inicial = 69 282 [µWb]

Substituindo (02) em (01), temos:

(0 − 69 282 ⋅ 10 − 6
fem med = −50 ⋅ fem med = 0 866 [V ]
4 ⋅ 10 − 3
– Página 9.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.4) Determinar o campo elétrico E em função do tempo, se a densidade de fluxo magnético


no espaço livre é B = K 1 ω t − K 2 x a x + K1K 2 y ω t − K 2 x a y onde k 1 , k 2
e ω são constantes.

Resolução:
∂D
Equação de Maxwell: ∇ × H = J + b (01)
∂t
ρ =0 J =0

Para o vácuo, temos: D = ε o E (02)

B = µo H

Substituindo o conjunto (02) em (01), temos:

∂D 1 ∂E ∂E
∇×H = ⋅ ∇ × B = εo ⋅ ∇ × B = µ oε o ⋅ (03)
∂t µo ∂t ∂t

Cálculo de ∇ × B :

∂ z
∂ y ∂ x ∂ z
∂ y ∂ x
∇×B = − ax + − ay + − az
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y

x = K1 ω t − K 2x x = f x

onde: y = K 1K 2 y ω t − K2x y = f y

z = 0

∂ y
∴∇× B = az ∇ × B = K 1K 22 y ω t − K2x az (04)
∂x
Substituindo (04) em (03), temos:
∂E
K 1K 22 y ω t − K 2 x a z = µ oε o ⋅
∂t
2
∂ E K1K 2 y
= ⋅ ω t − K 2x az
∂t µ oε o

K1K 22 y t
E= ⋅ [ ω t − K 2 x dt ] a z
µ oε o
0

− K1K 22 y
E=
µ oε o
⋅ ω t − K 2x az V [ m]
– Página 9.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.5) Os trilhos da figura abaixo estão separados por uma distância de 24 [cm] e
B = 03 120π t a z [ Wb m . Sendo y = 0 em t = 0, encontrar a tensão V12 para
t = 2 [ms] , sendo:
a) v = 12 a y [m s ;
b) v = 12 10πt a y [m s .

Resolução:

V12 = fem (01)

a) Cálculo de y para t = 2 [ms]:

2 ⋅10− 3
dy
= y = dt y = 12dt y = 0 024 [m]
dt
t =0
Cálculo da fem:

∂B
fem = (v × B ) • dL − ∂t
• dS (02)
S

Cálculo de v × B :

v × B = 12a y × 0 3 120πt az v×B = 36 120πt a x (03)

∂B
Cálculo de :
∂t

∂B ∂ ∂B
= [0 3 120πt ] a z = −36π 120πt a z (04)
∂t ∂t ∂t

Substituindo (03) e (04) em (02), temos:

fem = 36 120πt a x • −dx a x − −36π 120πt a z • dxdy a z


S

0 24 0 24 0 024
fem = −3 6 120πt dx + 36π 120πt dxdy
x =0 x =0 y=0

fem = −0 864 120πt + 0 207π 120πt [V] (05)

Substituindo t = 2 [ms] em (05), temos:

fem = −0 864 120π ⋅ 0 002 + 0 207π 120π ⋅ 0 002


fem = −0 6299 + 0 4459 fem = −0,184 [V ] (06)
Substituindo (06) em (01), temos:

V12 = – 0,184 [V]


– Página 9.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

b) Cálculo de y para t = 2 [ms]:


2 ⋅10− 3 2 ⋅10− 3
dy 10πt
= y= dt y= 12 10πt dt y = 12 ⋅
dt 10π t =0
t =0

∴ y = 0 024 [m ]

Cálculo da fem:

∂B
fem = v × B • dL − • dS (02)
∂t
S
Cálculo de v × B :

v × B = 12 10πt a y × 0 3 120πt az

v×B = 36 10πt 120πt a x (03)

∂B
Cálculo de :
∂t

∂B ∂ ∂B
= 03 120πt a z = −36π 120πt a z (04)
∂t ∂t ∂t

Substituindo (03) e (04) em (02), temos:

fem = 36 10πt 120πt a x • −dx a x − −36π 120πt a z • dxdy a z


S
0 24 0 24 0 024
fem = −3 6 10πt 120πt dx + 36π 120πt dxdy
x =0 x =0 y=0

fem = −0 864 10πt 120πt + 0 207π 120πt [V] (05)

Substituindo t = 2 [ms] em (05), temos:

fem = −0 864 (10π ⋅ 0 002) (120π ⋅ 0 002) + 0 207π (120π ⋅ 0 002)


fem = −0 864 ⋅ 0 998 ⋅ 0 729 + 0 651 ⋅ 0 684 fem = −0 628 + 0 446
fem = −0,184 [V ]
(06)
Substituindo (06) em (01), temos:

V12 = – 0,184 [V]

– Página 9.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.6) Na figura abaixo, B é constante com o tempo, mas não é uniforme no espaço. Encontrar
a leitura V12 do voltímetro no instante t = 0,2 [s] se L = 0,4 [m] e:
a) y = 10t [m] e B = y a z [T];
2

b) y = 50t2 [m] e B = y a z [T];


2
c) y = 50t2 [m] e B = 1 (x − y) a z [T].
2

Resolução:

V12 = fem para t = 0,2 [s] (01)

∂ B
fem = (v × B ) • dL − ∂t
• dS B = cte
S
∴ fem = (v × B ) • dL (02)

a) Cálculo de v(t ) :

v (t ) =
dy
dt
ay v (t ) =
d
dt
(10t ) a y v (t ) = 10a y [m s ]
Cálculo de v × B :

y
v × B = 10a y × az v × B = 5 ya x (03)
2

Substituindo (03) em (02), temos:

L
fem = (
5ya x • − dxa x ) fem = − 5ydx fem = −5yL
x =0
∴ fem = −50tL [V] (04)

Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos:

fem = −50 ⋅ 0 2 ⋅ 0 4 fem = −4 0 [V ] (05)

Substituindo (05) em (01), temos:

V12 = –4,0 [V]

b) Cálculo de v(t ) :

v (t ) =
dy
dt
ay v (t ) =
d
dt
( )
50 t 2 a y v (t ) = 100 t a y [m s ]
– Página 9.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Cálculo de v × B :

y
v × B = 100 t a y × az v × B = 50 ty a x (03)
2

Substituindo (03) em (02), temos:

L
fem = (
50tya x • − dxa x ) fem = − 50 tydx fem = −50tyL
x =0
∴ fem = −2500 t 3 L [V ] (04)

Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos:

fem = −2500 ⋅ (0 2 )3 ⋅ 0 4 fem = −8 0 [V ] (05)

Substituindo (05) em (01), temos:

V12 = –8,0 [V]

c) Cálculo de v t :

dy
v (t ) =
dt
ay v (t ) =
d
dt
( )
50 t 2 a y v (t ) = 100 t a y [m s ]
Cálculo de v × B :

1
v × B = 100 t a y × (x − y ) a z v × B = 50 t (x − y ) a x (03)
2

Substituindo (03) em (02), temos:

L
fem = (
50 t (x − y ) a x • − dx a x ) fem = − 50 t (x − y )dx
x =0

fem = 50 tyL - 25tL2 fem = 2500 t 3 L − 25tL2 [V ] (04)

Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos:

fem = 2500 ⋅ (0 2 )3 ⋅ 0 4 − 25 ⋅ 0 2 ⋅ (0 4 )2 fem = 8 0 − 0 8 fem = 7 2 [V ] (05)

Substituindo (05) em (01), temos:

V12 = 7,2 [V]

– Página 9.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.7) O circuito mostrado na figura abaixo representa uma bobina de N espiras, resistência
total R ocupando uma área igual a S submetida a um campo de indução magnética B
indicado. Se a magnitude original deste campo ( ) for reduzida a um quinto num
intervalo de tempo ∆t, determinar:
a) O valor médio da fem induzida no circuito;
b) A direção e sentido da fem induzida (indicar na figura);
c) O valor médio da corrente;
d) A carga total que flui neste intervalo de tempo;
e) A quantidade de energia que foi requerida para mudar a magnitude do campo
magnético.

inicial = o
Dados:
o
final =
5

Resolução:

a) 1o modo:

∂ B
fem = N ⋅ (v × B ) • dL − N ⋅ ∂t
• dS v = 0
S

∂ B ∂ d
fem = − N ⋅ • dS fem = − N ⋅ ⋅d fem = − N ⋅
∂t ∂t dt
S S

∆ final − inicial
fem média = − N ⋅ fem média = − N ⋅
∆t ∆t

N o 4N o
fem média = − ⋅ − o fem média =
∆t 5 5∆ t

2o modo:

∆φ
fem med = − N ⋅ , onde φ =
∆t

∆ final − inicial
∴ fem média = − N ⋅ fem média = − N ⋅
∆t ∆t

N o 4N o
fem média = − ⋅ − o fem média =
∆t 5 5∆ t

– Página 9.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

b) A fem gerada na bobina deve apresentar uma orientação de modo a reforçar o campo de
indução B . Portanto, conclui-se que esta orientação deve seguir o sentido horário, conforme
indicado na figura.

fem 4N o
c) I = I =
R 5R ∆ t

d) A carga total que flui no intervalo ∆t pode ser representada por QT = ∆Q.
4N o ∆Q
Do item (c), sabemos que I = e que I = .
5R ∆ t ∆t
Portanto:

∆Q 4 N o 4N o
= ∆Q =
∆t 5R ∆ t 5R

e) A energia fornecida ao circuito no intervalo ∆t pode ser representada por WT = ∆W.


Sabemos que ∆W = P ⋅ ∆t e P = fem ⋅ I , onde P é a potência fornecida ao circuito no
intervalo ∆t.
Portanto:

4N o 4N o 15 N 2 o2 2
∆W = fem ⋅ I ⋅ ∆t ∆W = ⋅ ⋅ ∆t ∆W =
5∆ t 5R∆ t 25R∆ t

9.8) Uma bobina retangular de 6×12 [cm2] com N = 100 espiras gira em um campo
magnético variável dado por = 0 6 (377 t ) [T]. A velocidade angular da espira é de
ω = 60 [rps]. Pede-se determinar a tensão induzida na bobina.
Resolução:

Cálculo de ω em rad [ s ]:
1 rps → 2π rad
s
60 rps → ω
ω = 377 rad [ s]
∂ B
fem = N ⋅ (v × B ) • dL − N ⋅ ∂t
• dS (01)
S
– Página 9.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

A inspeção da figura relativa à visão frontal da bobina revela que os ângulos entre B e v e
entre B e dS são iguais. Desta maneira, podemos designar este ângulo θ como sendo θ = ωt.

( )
Cálculo de v × B • dL :

(v × B ) • dL = θ ⋅ dL 0° (v × B ) • dL = ω R dL ωt

(v × B ) • dL = 0 6ω R 2 (377t )dL (02)

∂ B
Cálculo de • dS :
∂t

∂ B ∂ ∂ B ∂
• dS = dS θ • dS = [0 6 (377 t )]dS (ω t )
∂t ∂t ∂t ∂t

∂ B 2 ∂ B 2
• dS = 0 6 ⋅ 377 (377 t )dS • dS = 226 2 (377 t )dS (03)
∂t ∂t

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

2 2
fem = 100 ⋅ 0 6ω R (377 t )dL − 100 ⋅ 226 2 (377 t )dS
S

2 2
fem = 60ω R (377 t ) ⋅ dL − 22620 (377t )
0 12
2 2
fem = 60ω R (377 t ) ⋅ 2 ⋅ dL − 22620 (377 t )
0

2 2
fem = 60ω R (377 t ) ⋅ 0 24 − 22620 (377 t )
2 2
fem = 14 4ω R (377 t ) − 22620 (377 t )
fem = 14 4ω R ⋅
1− (2 ⋅ 377 t ) − 22620 ⋅ 1 + (2 ⋅ 377 t )
2 2

fem = 14 4 ⋅ 377 ⋅ 0 03 ⋅
1− (754t ) − 22620 ⋅ 72 ⋅ 10 − 4 ⋅
1+ (2 ⋅ 377 t )
2 2

fem = 162 864 ⋅


1− (754t ) − 162 864 ⋅
1+ (754t )
2 2

fem = −162 864 (754t ) [V]

– Página 9.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.9) Um campo magnético uniforme = 100 [mT] estende-se sobre uma área quadrada de
100 [mm] de lado, como mostra a figura abaixo, com campo nulo do lado de fora do
quadrado. Uma espira retangular de fio de 40 [mm] por 80 [mm], com velocidade
[ ]
= 100 mm , é movimentada em direção à área de ação do campo (ver figura).
s
Determinar a fem induzida na espira, plotando os resultados em um gráfico de fem x
distância x, para − 20 [mm] ≤ x ≤ 120 [mm] .

Resolução:

fem = (v × B ) • dL (01)

Cálculo de v × B :

v×B = ( )
90° − a y (02)

Cálculo da fem na região − 20 [mm] ≤ x < 0 :

fem = 0, pois nesta região = 0.

Cálculo da fem na região 0 ≤ x < 80 [mm] :

fem = (− )
a y • dya y fem = − y

fem = −100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 40 ⋅ 10 − 3 fem = −0 4 [mV]

Cálculo da fem na região 80 [mm] ≤ x < 100 [mm] :

fem = (− )
a y • dya y + (− ) (
a y • − dya y ) fem = − y+ y

fem = −4 ⋅ 10 − 4 + 4 ⋅ 10 − 4 fem = −0

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CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Cálculo da fem na região 100 [mm] ≤ x < 120 [mm] :

fem = (− ) (
a y • − dya y ) fem = y

fem = 100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 40 ⋅ 10 − 3 fem = 0 4 [mV]

Gráfico fem x distância x:


fem [mV]

0,4

80
x [mm]
–20 20 40 60 100 120

–0,4

9.10) Uma espira retangular, girando na presença de um campo magnético uniforme B , está
equipada com um comutador de dois segmentos, como na figura, e, por isso, pode
funcionar tanto como um gerador cc como um motor cc.
a) Se a espira girar a F [rps], encontre a tensão média cc gerada (gerador);
b) Se uma corrente I fluir na espira, encontre o torque médio (motor);
c) Se a corrente fluir como indicado na figura, encontrar o sentido de rotação.

Resolução:

∂ B
a) fem = (v × B ) • dL − ∂t
• dS B = cte
S
∴ fem = (v × B ) • dL (01)

(
Cálculo de v × B • dL :)
(v × B ) • dL = θ ⋅ dL 0° (v × B ) • dL = ω R dL ω t (02)

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Substituindo (02) em (01), temos:

fem = ωR dL ωt fem = ω R ω t ⋅ dL

fem = ω R ω t ⋅ 2 dL fem = 2ω R ω t onde ω = 2π F;


0

∴ fem(t ) = 4π F R ωt
T
2
2
fem média = ⋅ fem(t )dω t onde T é o periodo;
T
0

π π
1
∴ fem média = ⋅ 4π F R ω t dω t fem média = 4 F R ⋅ ω t dω t
π
0 0

fem média = 8 F R

b) T = IdS × B T = I⋅ dS ωt T = I ωt
S S
T(t ) = 2 RI ωt
T
2
2
Tmédio = ⋅ T(t )dω t onde T é o periodo;
T
0

π π
1 2 RI
∴ Tmédio = ⋅ 2 RI ω t dω t Tmédio = ⋅ ω t dω t
π π
0 0

4 RI
Tmédio =
π

c)

A Figura1 indica que não existe conjugado quando a espira está na posição vertical. As
Figuras2 e 3 indicam que, em qualquer outra posição existe um conjugado resultante que tende a
girar a espira no sentido horário.
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CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.11) A figura abaixo mostra a região de atuação dos campos elétrico e magnético dados,
respectivamente, por: E = o a y e B = o a z , sendo o e o constantes. Uma pequena carga
teste Q com massa m é colocada em repouso na origem no instante t = 0. Determinar:
a) A equação da velocidade v (x y z ) da carga em um instante t qualquer;
b) A equação da posição P(x y z ) da carga em um instante t qualquer.

Resolução:

F E = QE ; F M = Q v × B
a) F E + F M = ma , onde: .
dv
a= ; v = vx ax + vy ay
dt

[ (
QE + v × B ) ] = m ddtv [ (
Q o ay + v × o az ) ] = m dtd ( x a x + y ay )
Q o ay + Q[( x ax + y ay × ) o az ] = m dtd ( x ax + y ay )
d x d y
Q o ay − Q x o ay + Q y o ax = m ax + m ay
dt dt
d x d y
Q y o a x + (Q o − Q x o ) a y = m ax + m ay (01)
dt dt

Igualando as componentes correspondentes de (01), temos:

d x d x Q o
Q y o =m = y
dt dt m
d y d y Q o Q o
Q o− Q x o = m = − x
dt dt m m

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CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

d x 1 d x
=α y y = ⋅ (02)
Q o dt α dt
Seja α =
m d y Q o d y
= −α =α⋅ o
−α (03)
x x
dt m dt o

Substituindo (02) em (03), temos:

d 1 d x o d2
⋅ =α⋅ −α x
x
= α2 ⋅ o
−α2 x (04)
dt α dt 2
o dt o

Resolvendo (04), temos:

x = A αt+B αt+C (05)

d x
= − Aα α t + Bα αt (06)
dt

d2 (07)
x
= − Aα 2 α t + Bα 2 αt
dt 2

Substituindo (05) e (07) em (04), temos:

o
− Aα 2 α t + Bα 2 α t = α2 ⋅ − α 2 (A αt+B α t + C)
o

o (08)
∴C =
o

Substituindo (08) em (05), temos:

o
x =A αt+B αt+ (09)
o

Substituindo (06) em (02), temos:

1
y = ⋅ (− A αt+B α t) (10)
α
Condições iniciais para a solução de (09) e (10): x= y = 0 em t = 0 (11)
Substituindo (11) em (09) e em (10), temos:

o
x = 0 = A +0+ A = − o
o o
(12)
y = 0 = 0+ B B=0

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CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Substituindo (12) em (09) e em (10), temos:

o o o
x = − ⋅ αt+ x = ⋅ (1 − α t)
o o o

o
y = ⋅ αt
o

z = 0

Portanto: v = o
o
[
⋅ (1 − α t)a x + α t ay ]
dx o
b) x = x = x dt x = ⋅ (1 − α t ) dt
dt o
o o
∴x = t− αt+D (01)
o α o

dy o o
y = y = y dt y = α t dt y =− αt+E (02)
dt o α o

Condições iniciais para a solução de (01) e (02): x = y = 0 em t = 0 (03)

Substituindo (03) em (01) e em (02), temos:

x =0=0−0+D D=0
(04)
o o
y=0=− +E E =
α o α o

Substituindo (04) em (01) e em (02), temos:

o 1
x = ⋅ t− ⋅ αt
o α

o
y= ⋅ (1 − α t)
α o

z=0

o 1 o
Portanto: P(x y z ) = x = ⋅ t− αt y= ⋅ (1 − α t) z = 0
o α α o

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Anexo 01 – CURVAS B-H

Curvas B – H para H < 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08)


(Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 5 A/m para H)

Curvas B – H para H > 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08)


(Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 50 A/m para H)

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