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Prova Modelo de Exame Nacional

Prova 2 – 2017
Proposta de Resolução
Matemática A

Nuno Miguel Guerreiro

I
Chave da Escolha Múltipla
ABDDBBACD

1. Tem-se que S : (x − 1)2 + (y − 1)2 + z 2 = 4, vindo que a interseção com a reta r é:


(x − 1)2 + (x − 1)2 + 22 = 4 ⇔ 2 (x − 1)2 = 0 ⇔ (x − 1)2 = 0 ⇔ x = 1
A interseção é o ponto de coordenadas (1,1,2).

Resposta Correcta: (A)

2. Tem-se:
P (A ∪ B) = P (A) + P (B) − P (A ∩ B) ⇔
P (B) − P (A ∩ B) = P (A ∩ B)
P (A ∪ B) = 1 − P (A) + P (A ∩ B) ⇔
= P (A|B) × P (B)
P (A) = 1 − P (A ∪ B) + P (A ∩ B) ⇔
= 0,5 × 0,8 = 0,4
P (A) = 1 − 0,9 + 0,4 = 0,5

Resposta Correcta: (B)

3. Tem-se: n C7 = n C11 ⇔ n − 7 = 11 ⇔ n = 18
19 19
A linha seguinte é a linha 19, e o maior elemento é C9 = C10 = 92378

Resposta Correcta: (D)

f (x)
4. f é par e admite uma assíntota oblíqua no seu gráfico quando x → +∞ de declive 2, i.e, lim =2
x x→+∞
Existindo uma simetria em relação ao eixo Oy, f admite uma assíntota oblíqua quando x → −∞ de declive −2,
f (x)
i.e, lim = −2
x→−∞ x
 
f (x) − 2 1 f (x) 2 1 f (x) 1 2 1 1
lim = lim − = lim − lim = × (−2) − × 0 = −1
x→−∞ 2x 2 x→−∞ x x 2 x→−∞ x 2 x→−∞ x 2 2

Resposta Correcta: (B)

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5. Tem-se que lim g(un ) = lim g(x), tal que:
x→lim un
1 |n|=n 1
lim un = lim − = − lim = −0+ = 0− e então:
|n| n
1 1 1 1
lim g(un ) = lim 1 = 1 = −∞ = = −1
x→lim 0− ex − 1 e 0− − 1 e −1 0−1

Resposta Correcta: (B)

6. h interseta a bissetriz dos quadrantes pares no ponto de abcissa 1, logo h(1) = −1, e h admite derivada finita em
todo o seu domínio tal que h0 (x) < 0, ∀x ∈ R− e h0 (x) > 0, ∀x ∈ R+
h(x) + 1 h(x) + 1 h(x) − h(1)
lim = − lim = − lim = − h0 (1) < 0
x→1 1−x x→1 x−1 x→1 x−1 | {z }
>0

Resposta Correcta: (A)

7. w é um número complexo cuja imagem geométrica está no terceiro quadrante, pelo que o seu argumento é π +
π 6π
=
5 5
w 6π π
arg = arg(w) − arg(z) = − arg(z) tal que 0 < arg(z) < , logo tem-se:
z 5 2
π π 7π 6π 7π  w  6π
0 < arg(z) < ⇔ − < − arg(z) < 0 ⇔ < arg(w) − arg(z) < ⇔ < arg <
2 2 10 5 10 z 5
Das opções dadas apenas π verifica a condição acima.

Resposta Correcta: (C)

vn+1
8. Tem-se que = 3, logo (vn ) é uma progressão geométrica de razão r = 3 tal que vn = 2 × 3n−1
vn
A soma dos primeiros k termos de (vn ) é igual a 2186 logo:
1 − rk 1 − 3k
v1 + v2 + · · · + vk = 2186 ⇔ v1 × = 2186 ⇔ 2 × = 2186 ⇔
1−r 1−3
3k − 1 = 2186 ⇔ 3k = 2187 ⇔ k = log3 2187 = 7

Resposta Correcta: (D)

FIM GRUPO I

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II

1. Tem-se que:
1 + i i11 (1 + i)(3 + i) i 3 + 4i + i2 i
w= + = − = 2 2

3−i 5 (3 − i)(3 + i) 5 3 −i 5
√ i11 = i8 × i3 = i3 = −i
2 + 4i i 1 2i i 1 1 2 π
= − = + − = + i= cis
10 5 5 5 5 5 5 5 4 s  √
1 2
 2
1 2
|w| = + =
5 5 5
Sendo w, z1 e z2 raízes cúbicas de um número complexo, então sabe-se que:
• |z1 | = |z2 | = w 1
!
π
−1
arg(w) = tan 5
1
= tan−1 (1) =
2π 2π 5
4
• arg(z1 ) = arg(w) + e arg(z2 ) = arg(z1 ) + w ∈ 1o Q
3 3
√ 11π √ 19π 2π
2 i 2 i arg(z1 ) = arg(w) +
Logo z1 = e 12 e z2 = e 12 3
5 5
π 2π 11π
= + =
4 3 12


arg(z2 ) = arg(z1 ) +
3
11π 2π 19π
2. = + =
12 3 12

2.1. Sejam os acontecimentos:


A: "A água testada contém substâncias químicas"
B: "O químico detetou a presença de substâncias químicas na água"

Pretende-se determinar a probabilidade do teste ser realizado com sucesso, isto é, a probabilidade do químico
identificar a presença das substâncias quando estão presentes ou não identificar a presença das substâncias
quando não estão presentes, logo, a probabilidade pedida é P (A ∩ B) + P (A ∩ B).

Sabe-se que: P (B|A) = 0,98, P (B|A) = 0,02 e P (A) = 0,05, logo:


P (A ∩ B)
P (B|A) = ⇔ P (A ∩ B) = 0,98 × 0,05 = 0,049
P (A)
P (A ∩ B)
P (B|A) = ⇔ P (A ∩ B) = 0,02 × (1 − 0,05) = 0,019
P (A)
tal que:

P (A) = P (A ∩ B) + P (A ∩ B) ⇔ P (A ∩ B) = 0,95 − 0,019 = 0,931

e a probabilidade pedida é:

P (A ∩ B) + P (A ∩ B) = 0,049 + 0,931 = 0,98 (98%)

2.2. Num lote de 40 amostras de águas, existem 40 × 0,05 = 2 amostras contaminadas pelas substâncias químicas.
Número de formas que o químico pode dispôr as amostras contaminadas: 4 C1 = 4
Existem 4 lugares disponíveis para colocar a primeira amostra contaminada (2 em cada extremo). Ao ser co-
locada a primeira amostra contaminada, a segunda fica automaticamente colocada ao lado desta.

Número de formas que o químico pode dispôr as restantes amostras distinguíveis: 38!
Todas as permutações possíveis das 38 amostras restantes nos 38 lugares do lote.
O número de formas que o químico pode dispôr as amostras no lote é então 4 × 38!

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3.

3.1. Um plano paralelo ao plano da base da pirâmide é tal que o seu vetor normal tem a mesma direção do vetor
normal ao plano da base da pirâmide, logo, a equação do plano é da forma 2y + z + d = 0
15
Como passa no ponto V tem-se: 2 × + 2 + d = 0 ⇔ d = −17
2
Uma equação do plano paralelo ao plano da base da pirâmide e que passa em V é 2y + z = 17

3.2. Visto que M é o centro do quadrado de uma pirâmide quandragular regular, tem-se que a reta que une este
ponto ao vértice da mesma, M V , é perpendicular ao plano da base. Desta forma, M é o ponto de interseção
da reta M V com o plano da base da pirâmide.
A direção do vetor diretor de M V é igual à do vetor normal 
do plano 
da base da pirâmide (0,2,1), logo a
5 15
reta M V pode ser definida pela equação vetorial (x,y,z) = , ,2 + k(0,2,1), k ∈ R, logo um ponto
 2 2 
5 15
genérico desta reta pode ser escrito como (x,y,z) = , + 2k, 2 + k
2 2
A interseção com o plano da base da pirâmide pode então ser obtida:
 
15
2× + 2k + 2 + k = 2 ⇔ 15 + 4k + 2 + k = 2 ⇔ 5k = −15 ⇔ k = −3
2
   
5 15 5 3
As coordenadas do ponto M são então: (x,y,z) = , + 2 × (−3), 2 + (−3) = , ,−1 .
2 2 2 2

3.3. A tem coordenadas (xA ,yA ,0) e B tem coordenadas (xB ,yB ,0)
Como B tem a mesma ordenada de A pode-se escrever que as coordenadas de B são (xB , yA ,0)
O ponto simétrico do ponto B em relação ao plano yOz é o ponto E de coordenadas (−xB ,yA ,0)
−→
Desta forma: AE = E − A = (−xB ,yA ,0) − (xA ,yA ,0) = (−xB − xA ,0,0)
Sendo M ponto médio do segmento [AC] e tendo C a mesma abcissa de B, tem-se que:
xA + xC 5 xA + xB −→
xM = ⇔ = ⇔ xA + xB = 5 ⇔ −xA − xB = −5 ⇒ AE = (−5,0,0)
2 2  2   
−→ 5 15 5 15
E ainda: AV = V − A = , ,2 − (xA ,yA ,0) = − xA , − yA ,2
2 2 2 2
Logo:
   
−→ −→ 15 5 15 15 5 15
AE · AV = − ⇔ (−5,0,0) · − xA , − yA ,2 = − ⇔ −5 − xA = −
2 2 2 2 2 2
5 3
⇔ − xA = ⇔ xA = 1
2 2
Logo, como xB = 5 − xA = 5 − 1 = 4.

4.

4.1. Tem-se que:


  0  t 0     0 !
t t t t t
v 0 (t) = 12 − 12e− 2 cos = −12 e− 2 cos + e− 2 cos
2 2 2
         
1 t t 1 t t t t t
= −12 − e− 2 cos − e− 2 sin = 6e− 2 cos + sin
2 2 2 2 2 2
     
t t t
Logo, visto que cos2 − sin2 = cos 2 × = cos t, tem-se:
2 2 2
              
t t t t t t t
v 0 (t) × cos − sin = 6e− 2 cos + sin × cos − sin
2 2 2 2 2 2
    
t t t t
= 6e− 2 cos2 − sin2 = 6e− 2 cos t
2 2

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4.2. Determine-se os zeros da primeira derivada de v:
        
t t t t t t
v 0 (t) = 0 ⇔ 6e− 2 cos + sin = 0 ⇔ e|− 2{z= 0} ∨ cos + sin =0
2 2 2 2
Impossível
           
t t t t t 3π t
⇔ cos + sin = 0 ⇔ cos = − sin ⇔ cos = cos −
2 2 2 2 2 2 2
t 3π t t 3π t
⇔ = − + 2πk, k ∈ R ∨ = − + + 2πk, k ∈ R
2 2 2 2
| 2 2
{z }
Impossível

⇔t= + 2πk, k ∈ R
2
3π 3π 7π
Repare-se que para k = 0 tem-se t = e0< < 10, e para k = 1 tem-se t = > 10.
2 2 2
Através de uma tabela de sinais:

α 0 10
2
S 0 (α) + + 0 − ND
S(α) MIN % MAX & ND


Pelo que v atinge o seu máximo em t = , concluindo-se que a velocidade longitudinal máxima é:
  2
3π 3π 3π
v = 12 − 12e− 4 cos ≈ 12,8 m/s
2 4

4.3. Pretende-se determinar o tempo de subida, tsub – intervalo de tempo em que o avião está entre 10% e 90%
da sua velocidade de estabilidade, vest .
v

v(t)
12
vest = 12
10.8

1.2

O t1 t2 t
tsub

Verifica-se que à medida que o tempo aumenta indefinidamente a velocidade tende para 12 m/s, pelo que
10% desta velocidade corresponde a 1.2 m/s, e 90% corresponde a 10.8 m/s. O tempo de subida corresponde
ao valor de t2 − t1 , em que t2 e t1 são instantes tais que v(t2 ) = 10.8 m/s e v(t1 ) = 1.2 m/s.
Através das capacidades gráficas da calculadora, tem-se t2 = 2.45 s e t1 = 0.20 s, logo tsub = 2.25 s.

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5.

5.1. Se g é contínua à esquerda no ponto de abcissa 0 então lim− g(x) = g(0), tal que:
x→0
sin x
sin x lim−
sin x0
0 x x→0
x 1
lim g(x) = lim− = lim ex −1 = ex −1 = =1
x→0− x→0 ex − 1 x→0− x lim x
1
x→0−
x
sin x e −1
em que lim− = 1 e lim− = 1 são limites notáveis.
x→0 x x→0 x
√ √
Desta forma: k − 1 − 2 = 1 ⇔ k − 1 = 3 ⇔ k − 1 = 9 ⇔ k = 10.

5.2. Determine-se a segunda derivada de g, g 00 :


0
(x)0 (x + 1) − (x)(x + 1)0
 0 
x
  0 x 1 =
x x+1 2 x+1 (x + 1)2
g 0 (x) = ln =   = (x+1) x
x+1 x
x+1 x+1−x
x+1 =
(x + 1)2
1 1 1
= = 2 =
(x)(x + 1) x +x (x + 1)2

(x2 + x)0 2x + 1
g 00 (x) = − 2 2
=− 2 < 0, ∀x > 0
(x + x) (x + x)2

Conclui-se que g tem concavidade voltada para baixo em x > 0, não existindo pontos de inflexão neste inter-
valo.

6. h tem assíntota vertical em ]0,1[ se e só se a equação f (x) − x = 0 tiver solução neste intervalo.
Considere-se g(x) = f (x) − x uma função contínua em [0,1] pois resulta da diferença de funções contínuas em
[0,1]. Pretende-se mostrar que g anula-se em ]0,1[, sendo que para tal ter-se-á em conta que f (0) = 1 e que
f 0 (x) < 0 em todo
f (a + h) − f (a)
o seu domínio, uma vez que ∀a ∈ R, lim < 0. f é, portanto, decrescente em todo o seu domínio.
h→0 h
Tem-se:

g(0) = f (0) − 0 = 1 − 0 = 1 > 0


g(1) = f (1) − 1 < 0, uma vez que f (1) < f (0), isto é, f (1) < 1.
Pelo Corolário do Teorema do Bolzano garante-se a existência de solução da equação g(x) = 0 em ]0,1[, uma vez
que g(0) × g(1) < 0, logo, h admite uma assíntota vertical neste intervalo, como se queria demonstrar.

FIM GRUPO II

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