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✓ É possível comprar a fé ou adquiri- lá?

Não, como falando anteriormente em outras aulas, nos espiritas não acreditamos em rituais,
utensílios religiosos ou necessidade de promessas para conseguirmos algo que estamos
pedindo. A única maneira de chegarmos aonde queremos é tendo confiança e atitude para
buscarmos, e não nos privarmos de algo ou irmos em um culto e doarmos um valor esperando
por volta que o que desejamos se concretize. Seria muito fácil, se para conseguirmos algo que
queremos apenas renunciássemos a algo, ou usássemos de nossa riqueza. Não teríamos assim,
experiencias de evolução e de superação de obstáculos em nossa passagem aqui na terra.

✓ Como se desenvolve a fé?

A fé é um sentimento de confiança que desenvolvemos aos poucos, de acordo com nossa força
de vontade em querermos superar um problema ou quando precisamos de uma solução.
Normalmente, nos momentos mais difíceis de nossas vidas, nos aproximamos de Deus, e é aí
que começamos a fazer nossa parte, do pedir ajuda e acreditar que ela vira, se eu for
merecedor e se eu fizer por onde. Esse seria o primeiro pré-requisito para a fé, que seria é de
uma relação com algo ou alguém. Um segundo pré-requisito, é a confiança de caráter. Ou seja,
não dá para ter confiança se não houver caráter e quando falamos em fé em Deus, Deus é
imutável, e se revela nas suas leis e exige de quem pretende ter essa relação com ele tenha a
mesma constância moral. Temos que cumprir com nossa palavra, temos que demonstrar o
quanto estamos dispostos a percorrer em busca do que você quer colher, isso começa quando
buscamos a cura interior dos nossos problemas, quando tiramos a venda e enxergamos a real
situação, e isso é a primeira etapa do desenvolvimento da fé. Aos poucos vamos nos sentindo
mais capazes de confiar, de acreditar que a situação do momento vai passar. Para isso queria
ilustrar com uma poesia que se chama “O Buraco”. É um ato em 5 etapas. Primeiro ando pela
rua e há um buraco fundo na calçada, caiu no buraco e estou perdido sem esperança e levo
uma eternidade para sair dele. Ato 2, ando pela mesma rua e há um buraco fundo na calçada,
mas eu finjo não velo, caiu nele de novo, não estou acreditando que estou no mesmo lugar,
mas não é culpa minha. Levo um tempão para sair. Ato 3, ando pela rua, há um buraco fundo
na calçada, vejo que ele ali está, ainda assim eu caio, é um hábito. Meus olhos se abrem, é
minha culpa, saiu imediatamente. Ato 4, ando pela mesma rua, há um buraco fundo na
calçada, dou a volta. Ato 5, ando pela mesma rua, há um buraco fundo na calçada, vou por
outra rua. Essa poesia, mostra nossa evolução interior nossa em relação aos nossos problemas,
e a perseverança em confiar que um dia, isso não será mais um problema, vamos estar apto
para dar a volta no buraco ou até mesmo ir por outra rua.

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