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Uma Amante Secreta

para os Navy SEALs

Um Romance
de Harém Reverso

Krista Wolf
Uma Amante Secreta
para os Navy SEALs

~ Epilogo Bônus ~
JULIANA

As expressões do bebê foram de desconfiança para


curiosidade para puro e imitigado deleite. Ela levantou a
mãozinha precariamente esticando os cinco dedinhos
cobertos de glacê por um momento...
E então mergulhou de cabeça no bolo de aniversário.
– Bella!
Aric e Jason pularam para frente para resgatar a filha
de um fim açucarado enquanto todo mundo morria de rir à
nossa volta.
– Ela é igual ao pai – sorri, dando uma cotovelada na
costela de Gage –, não tem medo de nada e é igual formiga
com doce.

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A propriedade era ainda mais linda que Aric sugerira.
Uma fazenda de quase sete hectares no norte do estado de
Nova York. Ele e Jason tinham comprado a propriedade dois
anos atrás – uma escapada da cidade, e uma possível casa para
depois de se aposentar. Ela ainda estava em reforma.
Mas por enquanto, era o lugar perfeito para um
aniversário de um ano.
– Acha que ele vai para casa correndo dar banho
nela?– perguntou Gage tomando um gole de cerveja.
– Aric? Não – balancei a cabeça. – Mas Jason, com
certeza.
Foi muito lindo ver Aric se tornar pai pela primeira
vez. Ele era amoroso, carinhoso e brincava muito. Protetor,
mas não superprotetor – esse era o Jason. Mas principalmente,
ele era um pai orgulhoso. Sempre coruja. Caramba, eu já vira
mais fotos da Bellinha do que as que eu lhe mandara dos
meus três filhos juntos, e eu mandara muitas.
– Tem até no nariz dela, mamãe!
Uma mãozinha puxou meu vestido. Olhei para baixo
e encontrei Sophia morrendo de rir. A carinha dela se
amassava enquanto ela ria da bebê na cadeirinha alta que
continuava batendo as mãozinhas cheias de bolo na carinha
alegre.
Outra mãozinha puxou o outro lado do meu vestido,
essa mais insistente. Randall exibia o olhar de mais profunda
traição que um menino de quatro anos era capaz. Eu sabia
que era porque ele ainda não tinha ganhado bolo.
– Quando a gente pode comer?– perguntou ele.
– Paciência – eu lhe disse. – Estão cortando o bolo
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– Paciência – eu lhe disse. – Estão cortando o bolo
agora.
– Mas eu quero bolo igual a ela – ele apontou. – Um
bolo só meu.
– Você ganhou um quando fez um ano – disse eu.
Ele ficou incrédulo.
– É mesmo?
– Sim, e você enfiou a cara nele – eu ri. – Com o
prato e tudo.
Eu me lembrei com carinho do dia que Randall fez
um ano, cercado pelos amigos e a família. Eu já estava
esperando a Sophia. E Erin tinha... três anos já?
O tempo voa.
Voava mesmo. Principalmente quando se está
comandando uma agência de marketing indo de vento em
popa, com presença de costa a costa e tendo um monte de
filhos ao mesmo tempo. Como os caras falavam? Formar
família? Até então eu tinha que admitir que estávamos indo
muito bem nessa área.
Mas por sorte, meu relacionamento era bem diferente
da maioria. Meus três filhos tinham três pais maravilhosos,
em vez de só um. Eles ganhavam três vezes mais amor. Mãe
ocupada, eu tinha três vezes mais ajuda, também.
Três vezes tudo, na verdade.
– Aqui, amor.
Devyn voltara com mais uma rodada de cerveja. Ele
me deu uma e sorri agradecida antes de abrir a tampa.
– Você viu a Erin?

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Fiz que sim com a cabeça.
– Ela está no pula-pula. O Maverick está com ela.
– Ótimo – ele pareceu aliviado. – Tem crianças demais
aqui. É difícil de acompanhar.
– Você não é um Navy SEAL?– brinquei, cutucando-o
– Derrotou hordas de inimigos em mais de dez países
diferentes que eu sei. E está dizendo que não consegue
acompanhar...
– Os inimigos eram muito menos encapetados –
exclamou ele.
Eu ri, e ele riu comigo. Era bom estar em Nova York,
mesmo que não na cidade. Era bem melhor, na verdade.
– Vou buscar bolo – declarou Gage. – Alguém quer?
Todo mundo levantou a mão. Randall levantou três
vezes mais rápido que todo mundo.
Meu Deus, ele está ficando tão grande!
Olhei para o nosso filho, que parecia maior a cada
minuto. Seus olhos azul anil brilharam com o sol do meio-
dia.
– Ele herdou o seu apetite – dei uma cotoveladinha
em Devyn – com certeza.
Meu marido – um dos três maridos, na verdade –
sorriu feliz, olhando nosso lindo menino. Com seus olhos, o
formato de seu rosto, seu sorriso travesso, não havia dúvida
que era biologicamente de Devyn. Mesmo que pertencesse a
todos nós.
Mas depois de verificar com certeza de 99,999%,
ficamos felizes de chamá-lo de Randall Bishop... em
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ficamos felizes de chamá-lo de Randall Bishop... em
homenagem ao pai de Devyn.
– Ele herdou sua teimosia, com certeza – Devyn disse
quando o bolo chegou – e seu lado rebelde.
– Achei que você gostava do meu lado rebelde –
sibilei.
– Eu gosto de todos os seus lados – ele respondeu
com um risinho. – Você sabe disso.
Sophia terminou o bolo em tempo recorde e
começou a puxar Gage na direção do pula-pula. Ela ainda era
pequena demais para entrar, pelo menos junto com as
crianças maiores. Mas eu sabia que Gage ia dar um jeito.
– Você fez uma coisa maravilhosa – disse Devyn
distraído. – Você sabe disso, não? Uma coisa muito generosa.
– Não menos generosa do que você fez anos atrás –
eu disse a ele.
– Sim, mas foi bem mais fácil para mim – riu ele. –
Cinco minutos e um copinho de plástico.
– Cinco minutos inteiros, é?– provoquei.
– E foi anonimamente – continuou ele, me
ignorando. – Eu estava ajudando os outros, é claro, mas eu
sabia que não criaria laços.
Olhei para onde Bella fora tirada da cadeirinha e
levada de volta para dentro por Jason. Aric me encontrou no
meio do povo e começou a se aproximar.
– Acho que gosto de laços – disse eu, com uma
sensação abrupta de felicidade serena. – Quanto mais gente,
melhor.
Nossa família começara com nós quatro, com a
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Nossa família começara com nós quatro, com a
adição de Erin. Acabara que ela era do Maverick. Seu cabelo
sedoso escuro e olhos folha-seca deveriam ter entregado, mas
fora sua inteligência aguçada e analítica que gritava
“Maverick” mais do que qualquer coisa.
Com isso, Gage era o único que ainda não tinha tido
um filho comigo, pelo menos biologicamente. Consertamos
isso rápido com muito sexo a dois e grandes, profundos
orgasmos que me engravidaram da Sophia em tempo recorde.
Devyn e Maverick foram relegados a atos sexuais específicos
enquanto Gage e eu concebíamos, mas nem se queixaram
porque eu fiz com que fosse bem divertido para eles.
Nove meses depois, uma belezinha loira completou
nossa família. Sophia também fizera de Gage o pai mais
orgulhoso, mais eufórico do planeta.
Ter um filho para cada um deles foi estritamente para
satisfazer nossa curiosidade, mais especificamente sobre como
nossos filhos se pareceriam fisicamente. Mas o amor, o
carinho, o mimo... isso as crianças recebiam de todos. Cada
um de nossos filhos tinha três pais carinhosos sem importar
qual por acaso os gerara. Assim como a mãe deles era
igualmente amada e compartilhada.
– Chefe!
O abraço de Aric foi caloroso e sincero, e ainda mais
profundo do que antes.
– Já falei para parar de me chamar assim.
Meu ex-assistente – agora sócio – apenas riu.
– E eu já falei para parar de mandar em mim.
Ele me soltou só para abraçar Devyn também, e
então se abaixou para bagunçar o cabelo de Randall.
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então se abaixou para bagunçar o cabelo de Randall.
Finalmente, Randall puxou o braço de Devyn na direção do
passeio de pônei, deixando, sem cerimônia, o prato e o garfo
de plásticos caírem na grama verde.
– Desculpa – eu ri, me abaixando para pegar –, ele é
um sujão crônico.
– Meu afilhado pode jogar as coisas no chão aqui
sempre que quiser – respondeu Aric.
– Claro, mas...
Aric me deu outro abraço, dessa vez ainda mais longo
e forte. Ele me deu um beijo no rosto, e senti meu rosto
ficando molhado.
– Eu te devo tudo – disse ele, se afastando. Seus olhos
estavam cheios de lágrimas.
– Minha vida, minha carreira, minha felicidade. E
agora... minha filha, também.
– Você criou sua própria vida, e sua própria carreira
também – eu disse, também segurando as lágrimas. – E Jason
é o responsável pela sua felicidade, não eu.
Aric só balançou a cabeça. Seus olhos já estavam
vermelhos, e ficando ainda mais.
– Não há presente maior do que o que você nos deu –
disse ele com solenidade. – Jason e eu somos abençoados de
ter você.
Eu engoli, não consegui e tentei de novo. O aperto
na minha garganta me sufocava.
– Obrigado, Juliana – disse Aric, segurando minhas
mãos. – Obrigado também a Devyn, Maverick e Gage...
Ele limpou a garganta, o que não pareceu tarefa fácil.
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Ele limpou a garganta, o que não pareceu tarefa fácil.
De alguma forma, ele conseguiu continuar.
– Só você para encontrar três maridos Navy SEALs –
ele riu. – Não um só, por favor. Três.
– Difícil de acreditar, não?
Ele olhou para o céu por um momento e balançou a
cabeça.
– Na verdade, não. Não é. – Aric abriu um largo
sorriso. – Para você, não é.
Eu tomara a decisão há muito tempo, talvez antes
mesmo de ter conhecido os SEALs. Mas era uma decisão que
precisava ser ratificada por eles. Eles eram meus maridos
agora. Eles precisavam concordar com isso tanto quanto eu.
No fim, eles mais que me incentivaram. Na verdade,
ficaram muito felizes.
– Então, quantos você vai ter?– sorri, voltando os
olhos para a casa.
– Agora que a Bella fez um ano? – Aric encolheu os
ombros – Pelo menos dois. Sempre foi esse o plano. Um meu,
um do Jason. Depois disso, a gente avalia.
– É, bom, você tem quase doze congelados – sorri
sem dó. – Você pode ter dez se...
– Bate na boca!
Meu sorriso desabrochou em riso, e Aric acabou
rindo também. Quando ele e Jason decidiram que estavam
prontos para formar família, finalmente começaram a buscar
doadoras e barrigas de aluguel. Conhecendo a caminhada
difícil à sua frente, decidi que eles não precisariam procurar
muito. Pelo menos por uma das coisas.
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Liguei para ele na hora e ofereci meus óvulos.
Era tudo que eu podia fazer para impedi-lo de chorar,
e ele e Jason apareceram no deserto no dia seguinte. Passamos
uma semana com eles, só conversando sobre o assunto.
Curtindo o conforto da casa no meio do nada enquanto
avaliávamos os prós e contras.
No tocante a nós, não havia contras.
Nos próximos dois ou três meses eu tomei uma série
de remédios para fertilidade, então fui para Nova York para
fazer a extração. Acabamos com doze embriões viáveis, o que
era muito. Oito da contribuição de Aric. Quatro de Jason.
Menos de um ano depois, uma barriga de aluguel deu
à luz a Bella, uma criança nascida do meu óvulo e do esperma
de Aric. Ela seria alta como ele. Cabelo preto, impondo
respeito e linda de tirar o fôlego. Ela também teria uma
teimosia gigantesca, e uma força de vontade indomável,
inquebrantável.
Mas isso era problema dele agora.
– Você sabe que agora vai ter que me aturar para
sempre – brinquei, dando uma cotovelada no meu sócio. –
Somos parentes agora. De sangue.
Aric me olhou através dos óculos. Sua expressão era
de puro amor.
– Sempre fomos família – disse ele. – Desde antes.
Você sabe disso.
– Eu... – fiquei sem mais nada engraçado para falar –
Eu sei.
– Você e eu... Porra, se fôssemos casados, nós seríamos

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– Você e eu... Porra, se fôssemos casados, nós seríamos

os reis do mundo – disse ele.


Concordei com alegria, olhando para a linda casa de
verão de Aric. Jason já voltara com o bebê. Ele estava sorrindo
com orgulho ao se aproximar de nós.
– Vamos ser assim mesmo – suspirei, olhando para o
sol.

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