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Universidade do Sul de Santa Catarina


Engenharia Elétrica - Telemática

Comunicação de Dados
UNISUL – 2013 / 1

Prof. Paulo Villa

Aula 9
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Agenda
• Subcamada de acesso ao meio
• Alocação estática de canais em LANs e MANs
• Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
 Premissas para alocação do canal de multiacesso
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 ALOHA
 Slotted ALOHA
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• As redes podem ser divididas em duas categorias
 As que usam conexões ponto a ponto
 E as que utilizam canais de difusão

• Traremos de redes de difusão e seus protocolos

• Em qualquer rede de difusão, a questão


fundamental é determinar quem tem direito de
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usar o canal quando há uma disputa por ele


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Subcamada de controle de acesso ao meio
• Considere uma chamada de teleconferência, na
qual seis pessoas em seis diferentes telefones
estão todas conectadas entre si, de forma que
cada uma pode ouvir e falar com todas as outras
 É provável que quando uma delas parar de falar, duas
ou mais comecem a falar ao mesmo tempo
 Em uma reunião face a face, a confusão é evitada por
meios externos
• Por exemplo, as pessoas levantam as mãos para pedir
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permissão para falar


 Quando apenas um único canal está disponível, a
determinação de quem deve ser o próximo a falar é
muito mais difícil
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• Existem vários protocolos destinados a solucionar
o problema
• Na literatura, os canais de difusão às vezes são
referidos como canais de multiacesso ou canais de
acesso aleatório
• Os protocolos usados para determinar quem será
o próximo, em um canal de multiacesso,
pertencem a uma subcamada da camada de
enlace de dados, chamada subcamada MAC
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(Medium Access Control, Controle de Acesso ao


Meio)
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• A subcamada MAC é especialmente importante
em LANs que, em sua maioria, utilizam um canal
de multiacesso como base de sua comunicação
• Em contrapartida, as WANs utilizam enlaces ponto
a ponto
 Com exceção das redes de satélites
• Como os canais de multiacesso têm uma relação
muito íntima com as LANs, trataremos das LANs
em geral, bem como de algumas questões que não
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fazem parte estritamente da subcamada MAC


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Subcamada de controle de acesso ao meio
• Disposição do MAC no RM/OSI

- Logic Link Control


- Medium Access Control
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Agenda
• Subcamada de acesso ao meio
• Alocação estática de canais em LANs e MANs
• Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
 Premissas para alocação do canal de multiacesso
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 ALOHA
 Slotted ALOHA
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação estática de canais em LANs e MANs
• A maneira tradicional de alocar um único canal entre vários
usuários concorrentes é usar a FDM
 Como um tronco telefônico
• Se existem N usuários, a largura de banda é dividida em N
partes do mesmo tamanho e a cada usuário será atribuída uma
parte
• Como cada usuário tem uma banda de frequência particular,
não há interferência entre eles
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• Quando existe apenas um número pequeno e constante de


usuários a FDM é um mecanismo de alocação simples e
eficiente
 Por exemplo, centrais de comutação de concessionárias
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação estática de canais em LANs e MANs
• Quando o número de transmissores é grande e continuamente
variável (ou quando o tráfego ocorre em rajadas) a FDM
apresenta alguns problemas
• Se o espectro for dividido em N áreas, e menos de N usuários
estiverem interessados em estabelecer comunicação no
momento, uma grande parte do espectro será desperdiçada
• Se mais de N usuários quiserem se comunicar, alguns deles
terão o acesso negado por falta de largura de banda, mesmo
que alguns dos usuários aos quais foi alocada uma banda de
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frequência raramente transmitam ou recebam dados


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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação estática de canais em LANs e MANs
• No entanto, mesmo supondo que o número de usuários
poderia de algum modo ser mantido constante em N, a divisão
de um único canal disponível em subcanais estáticos revela
uma ineficiência inerente
• O problema básico é que, quando alguns usuários ficam
inativos, sua largura de banda é simplesmente perdida
 Eles não estão utilizando essa largura de banda, e ninguém mais pode
fazê-lo
• Além disso, na maioria dos sistemas de computadores, quase
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todo o tráfego de dados ocorre em rajadas


• Em consequência disso, a maioria dos canais permanecerá
ociosa na maior parte do tempo.
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação estática de canais em LANs e MANs
• Os mesmos argumentos que se aplicam à FDM também se
aplicam à TDM (Time Division Multiplexing)
• Para cada usuário, é alocado estaticamente o N-ésimo slot de
tempo
• Se o usuário não empregar o slot alocado, este será
simplesmente desperdiçado
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Agenda
• Subcamada de acesso ao meio
• Alocação estática de canais em LANs e MANs
• Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
 Premissas para alocação do canal de multiacesso
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 ALOHA
 Slotted ALOHA
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Como nenhum dos métodos estáticos tradicionais de
alocação de canais funciona bem com um tráfego em
rajadas, agora vamos tratar dos métodos dinâmicos
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
• Antes de descrevermos os métodos de alocação de canais é
necessário formular cuidadosamente o problema da alocação
• Existem cinco premissas fundamentais subjacentes a todo
trabalho realizado nessa área
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
1. Modelo da estação
• O modelo consiste em N estações independentes
(computadores, telefones, comunicadores pessoais etc.), cada
qual com um programa ou usuário que gera quadros para
transmissão
 Algumas vezes, as estações são chamadas terminais
• A probabilidade de um quadro ser gerado em um intervalo de
duração Δt é λΔt, onde λ é uma constante (a taxa de chegada
de novos quadros).
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• Uma vez gerado um quadro, a estação é bloqueada e nada faz


até que o quadro tenha sido transmitido com êxito
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
2. Premissa de canal único
• Um único canal está disponível para todas as comunicações
• Todas as estações podem transmitir e receber por ele
• No que se refere ao hardware, todas as estações são
equivalentes, embora um software de protocolo possa atribuir
prioridades a elas
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
3. Premissa de colisão
• Se dois quadros são transmitidos simultaneamente, eles se
sobrepõem no tempo, e o sinal resultante é adulterado
• Esse evento é denominado colisão
• Todas as estações podem detectar colisões
• Um quadro que tenha sofrido colisão terá de ser retransmitido
posteriormente
• Não há outros erros além dos gerados por colisões
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
4. (a) Tempo contínuo
• A transmissão por quadro pode começar a qualquer instante
• Não há um relógio-mestre dividindo o tempo em intervalos
discretos
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
4. (b) Tempo segmentado (slotted)
• O tempo é dividido em intervalos discretos (slots)
• As transmissões de quadros sempre começam no início de um
slot
• O slot pode conter 0, 1 ou mais quadros, correspondentes a um
slot ocioso, uma transmissão bem-sucedida ou a uma colisão,
respectivamente
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
5. (a) Detecção de portadora (carrier sense)
• As estações conseguem detectar se o canal está sendo usado
antes de tentarem utilizá-lo
• Se for detectado que o canal está ocupado, nenhuma estação
tentará usá-lo até que ele fique livre
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
5. (b) Não há detecção de portadora
• As estações não conseguem detectar o canal antes de tentar
utilizá-lo
• Elas simplesmente vão em frente e transmitem
• Somente mais tarde conseguem determinar se a transmissão
foi ou não bem-sucedida
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
• Observações
• A primeira diz que as estações são independentes, e que a
carga é gerada a uma taxa constante
• Há também a premissa de que cada estação tem apenas um
programa ou usuário e, portanto, enquanto a estação estiver
bloqueada, não será gerada qualquer nova carga
• Os modelos mais sofisticados permitem estações
multiprogramadas capazes de gerar mais carga enquanto uma
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estação está bloqueada, mas a análise dessas estações é muito


mais complexa
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
• Observações
• A premissa de um canal único é o núcleo do modelo
• Não existem formas externas de comunicação
 As estações não podem levantar as mãos para solicitar que o mestre lhes
permita se comunicarem
• A premissa de colisão também é básica
 Algumas LANs, como as do tipo token ring, repassam entre as estações
um símbolo especial, cuja posse permite ao detentor atual transmitir um
quadro
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
• Observações
• São possíveis duas premissas alternativas sobre o tempo
 Contínuo (4a) ou discreto (4b)
• Alguns sistemas utilizam uma delas e alguns sistemas utilizam a
outra
• Porém, para um determinado sistema, apenas uma delas é
válida
• Da mesma forma, uma rede pode ter a detecção de portadora
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(5a) ou não (5b).


• Em geral, as LANs têm detecção de portadora.
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• O problema de alocação de canais
 Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
• Observações
• No entanto, as redes sem fios não podem usá-la de forma
efetiva, porque nem toda estação pode estar dentro da faixa de
rádio das outras estações
• As estações em redes de detecção de portadora conectadas
fisicamente podem encerrar sua transmissão de modo
prematuro se detectarem que a transmissão está colidindo com
outra transmissão
 A detecção de colisão raramente é feita em redes sem fios, por razões de
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engenharia
• A palavra "portadora" (carrier) nesse sentido se refere ao sinal
elétrico enviado pelo cabo, e não tem qualquer relação com
concessionárias de comunicações
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Agenda
• Subcamada de acesso ao meio
• Alocação estática de canais em LANs e MANs
• Alocação dinâmica de canais em LANs e MANs
 Premissas para alocação do canal de multiacesso
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 ALOHA
 Slotted ALOHA
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 ALOHA
• Na década de 1970, Norman Abramson e seus colegas da
Universidade do Havaí elaboraram um método novo e
sofisticado para resolver o problema de alocação de canais
• Desde então, seu trabalho foi ampliado por vários
pesquisadores
• Embora o trabalho de Abramson, denominado sistema ALOHA,
usasse a radiodifusão terrestre, a ideia básica é aplicável a
qualquer sistema em que usuários descoordenados estão
competindo pelo uso de um único canal compartilhado
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 ALOHA
• A idéia básica de um sistema ALOHA é simples
 Permitir que os usuários transmitam sempre que tiverem dados a ser
enviados
 Naturalmente, haverá colisões, e os quadros que colidirem serão
danificados
• Devido à propriedade de feedback da difusão, um transmissor
sempre consegue descobrir se seu quadro foi ou não destruído
bastando para isso escutar a saída do canal
• Se não for possível por alguma razão realizar a escuta durante a
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transmissão, serão necessárias confirmações


• Se o quadro foi destruído, o transmissor apenas espera um
período de tempo aleatório e o envia novamente
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 ALOHA
• O tempo de espera deve ser aleatório, pois senão os mesmos
quadros continuarão a colidir repetidas vezes
• Os sistemas em que vários usuários compartilham um canal
comum de forma que possa gerar conflitos em geral são
conhecidos como sistemas de disputa
• Sempre que dois quadros tentarem ocupar o canal ao mesmo
tempo, haverá uma colisão e ambos serão danificados
 Se o primeiro bit de um novo quadro se sobrepuser apenas ao último bit
de um quadro quase terminado, os dois quadros serão totalmente
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destruídos e terão de ser retransmitidos posteriormente


• O total de verificação não consegue (e não deve) fazer distinção
entre uma perda total e uma perda parcial
 Quadro com erro é quadro com erro, não há distinções
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 ALOHA
• Transmissão de quadros em tempos arbitrários
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 ALOHA
• Período de vulnerabilidade do quadro
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 Slotted ALOHA
• Em 1972, Roberts publicou um método para duplicar a
capacidade de um sistema ALOHA
• Sua proposta era dividir o tempo em intervalos discretos, com
cada intervalo correspondendo a um quadro
• Esse método exige que os usuários concordem em relação às
fronteiras dos slots
• Uma forma de alcançar a sincronização entre os usuários seria
ter uma estação especial que emitisse um sinal sonoro no início
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de cada intervalo, como um relógio


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Subcamada de controle de acesso ao meio
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 Slotted ALOHA
• No método de Roberts, que passou a ser conhecido como
slotted ALOHA, em contraste com o ALOHA puro de Abramson,
um computador não tem permissão para transmitir sempre
que um caractere de retorno de cursor é digitado
• É necessário esperar o início do próximo slot
• Consequentemente, o ALOHA puro contínuo transforma-se em
um sistema discreto
• O período de vulnerabilidade está agora reduzido à metade
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Subcamada de controle de acesso ao meio
• Protocolos de Acesso Múltiplo
 Throughput dos sistemas ALOHA Puro e Slotted ALOHA
• ~18% de utilização do canal com ALOHA Puro
• ~37% de utilização do canal com Slotted ALOHA
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