GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

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Rua General Osório, n. 81 Centro – CEP 78.916-020 – Porto Velho – RO – Fone: 069 223-2834 – Fax: 216-5337.

PORTARIA Nº 0377/10–GAB/SEDUC Porto Velho, 11 de março de 2010.

Fixa normas para operacionalização do processo de

reclassificação de alunos que apresentam altas
habilidades/superdotação, a ser realizado nas escolas da
rede pública estadual de ensino, e dá outras
providências.

A SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso das suas atribuições

legais que lhe confere o artigo 71 da Constituição do Estado de Rondônia, e, considerando o que
preceitua a Resolução n. 651/09-CEE/RO, de 13 de outubro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º. Fixar normas para operacionalização do processo de reclassificação em alunos que
apresentam altas habilidades/superdotação, matriculados nas escolas da rede pública estadual.

Art. 2º. São considerados alunos com necessidade educacional especial com altas
habilidades/superdotação os que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade nos
seguintes aspectos isolados e/ou combinados:
I – Capacidade intelectual geral – curiosidade intelectual, poder de observação, habilidade
de abstrair mais desenvolvida e atitude de questionamento.
II – Aptidão acadêmica específica – desempenho excepcional na escola, principalmente em
testes de conhecimento e demonstração de alta habilidade para as tarefas acadêmicas.
III – Pensamento criativo ou produtivo – idéias originais e divergentes, habilidade para
elaborar, desenvolver suas idéias originais e capacidade de perceber, de muitas formas diferentes,
um determinado tópico.
IV – Capacidade de liderança – atitudes de líderes sociais ou acadêmicos de um grupo,
destacando-se pelo uso do poder, autocontrole e habilidade em desenvolver uma interação produtiva
com os demais.
V – Talento especial para artes – habilidades superiores para pintura, escultura, desenho,
filmagem, dança, canto, teatro e instrumentos musicais.
VI – Capacidade psicomotora – habilidade e interesse pelas atividades psicomotoras,
evidenciando desempenho fora do comum em velocidade, agilidade de movimentos, força,
resistência, controle e coordenação.

§ 1º - São considerados alunos com altas habilidades, passíveis ao processo de

reclassificação, os que apresentarem aptidão acadêmica, conforme inciso II deste artigo.
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§ 2º - Aos alunos reclassificados e aos que apresentarem altas habilidades nos aspectos
isolados e/ou combinados descritos nos incisos I, III, IV, V e VI, a instituição de ensino deverá
oferecer acompanhamento psicopedagógico e familiar, além de atividades que favoreçam
aprofundamento e enriquecimento curricular, de forma a desenvolver suas potencialidades criativas.

Art. 3º. O procedimento para reclassificação só poderá ser aplicado em escolas autorizadas
ou reconhecidas, com o nível de ensino, pela Secretaria de Estado da Educação ou pelo Conselho
Estadual de Educação.

Art. 4º. Para aplicação das avaliações aos alunos, a direção da escola designará por ato
próprio uma comissão constituída por profissionais habilitados, integrada por supervisor(es)
escolar(es), orientador(es) educacional(is), psicólogo(s) e professores habilitados lotados na
instituição de ensino, atuando nas suas áreas de formação.

§ 1º - Os psicólogos deverão estar devidamente credenciados no Conselho Regional de

Psicologia.

§ 2º - Na carência de profissionais de que trata o caput deste artigo, a Representação de

Ensino credenciará uma Comissão Avaliadora para a aplicação das avaliações, composta por
profissionais da rede estadual de ensino lotados nas escolas e/ou na respectiva Representação de
Ensino.

§ 3º - Na impossibilidade de credenciamento da Comissão Avaliadora composta por

profissionais da rede estadual de ensino, a Representação de Ensino poderá estabelecer parceria
com outras redes existentes no município de sua jurisdição e credenciar uma Comissão Avaliadora
mista, visando atender todos os alunos candidatos ao processo de reclassificação das redes de
ensino.

Art. 5º. Caberá ao professor da turma observar, constatar e encaminhar, à Comissão

Avaliadora, o aluno candidato ao processo de reclassificação.

Parágrafo Único – O processo de reclassificação será realizado após analise e deliberação

do Conselho de Professores.

Art. 6º. A avaliação pedagógica deverá abranger todos os componentes curriculares da Base
Nacional Comum, nas competências e habilidades previstas para o desenvolvimento dos conteúdos
terminais para o ano escolar, ou outras formas de organização adotada, a qual o aluno encontra-se
regularmente matriculado.
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§ 1º - O aluno deverá obter aproveitamento igual ou superior a 80% (oitenta por cento), de
uma escala de zero a cem, em cada componente curricular para ser considerado apto à
reclassificação pretendida.

§ 2º - A Comissão Avaliadora se utilizará de Laudos ou Relatórios para a descrição

pormenorizada das constatações observadas, emitindo parecer conclusivo, considerando as
características individuais do aluno avaliado quanto à maturidade, competências e habilidades para
o prosseguimento de estudos subsequentes.

§ 3º - Os testes psicológicos aplicados, para terem validade, devem estar em consonância

com as normas vigentes do Conselho Federal de Psicologia.

§ 4º - As avaliações inerentes ao processo de reclassificação do aluno deverão ocorrer dentro

dos 25% (vinte e cinco por cento) do ano letivo, antes do final do 1º bimestre, visando não
comprometer a frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) exigida em Lei, para
promoção do aluno.

§ 5º - Os resultados das avaliações, descritos no laudo ou relatório, e os procedimentos

adotados devem constar, de forma resumida, em ata lavrada em livro próprio, assinada pela direção
e comissão instituída, além dos registros na ficha individual, e no histórico escolar do aluno.

§ 6º - O aluno aprovado nos exames de reclassificação deverá ser matriculado no ano escolar
subsequente.

Art. 7º. Os procedimentos de que trata esta Portaria deverão constar da proposta
pedagógica/projeto pedagógico e do regimento escolar.

Art. 8º. Os casos omissos serão resolvidos pela Gerência de Educação-GE/Seduc.

Art. 9º. Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

MARLI FERNANDES DE OLIVEIRA CAHÚLLA

Secretária de Estado da Educação