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DECRETO Nº 040/2023 DE 22 DE FEVEREIRO DE 2023

EMENTA: DISPÕE SOBRE A APROVAÇÃO DO


PROCESSO DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA, PROCESSO
DE ACOMPANHAMENTO INDIVIDUALIZADO, PARECER
DESCRITIVO FINAL, BEM COMO IDENTIFICAÇÃO DE
PROBLEMAS PSICOLÓGICOS DOS ALUNOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL NOS ANOS INICIAIS, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS, NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO DE NOVA
TEBAS-PR.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE NOVA TEBAS, Estado do


Paraná, no uso de suas atribuições legais, e

Considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394 de


20 de dezembro de 01996 (LDBEN);
Considerando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC); e o Referencial
Curricular do Paraná: Princípios, Direitos e Orientações;
Considerando o Regimento Escolar, o Projeto Político Pedagógico (PPP) e a
Proposta Pedagógica Curricular (PPC) vigente;
Considerando a Lei Municipal n° 655/15 que cria o Plano Municipal de
Educação; Bem como alterações trazidas pela Lei Municipal nº 734/17, em
especial o Anexo I, Meta 2 e Estratégias 2.1,
DECRETA:
Art.1º. Ficam criadas as avaliações diagnósticas objetivas e descritivas nas
escolas municipais de Nova Tebas, com objetivo de buscar conhecimento da
trajetória de aprendizagem e comportamento dos alunos, colaborando para a
diminuição de desigualdades de aprendizado, do abandono e da evasão
escolar.

Art. 2º. A avaliação diagnóstica constitui-se numa avaliação censitária, de larga


escala, a ser aplicada no Ensino Fundamental Anos Iniciais, obrigatoriamente
para todas as Unidades Educacionais da Rede Municipal de Ensino de Nova
Tebas.

§1° A avaliação diagnóstica será interna e externa. No caso da avaliação


interna, será realizada pelos professores de cada turma respeitando os
conteúdos propostos por cada turma. Cada Escola Municipal terá a sua forma
de elaborar a sua avaliação diagnóstica tendo em vista os conteúdos propostos
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podendo ser objetiva ou descritiva. A avaliação externa será oferecida pelas
esferas do governo Estadual e Federal.

§2° As avaliações diagnósticas também poderão ser elaboradas e aplicadas


pela equipe Técnico Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação Cultura
e Esporte, sendo modelo único para todas as escolas da rede, respeitando os
conteúdos propostos para cada série/ano, podendo ser elaborada de forma
objetiva ou descritiva.

§3° A elaboração da avaliação diagnóstica dará ênfase na leitura, escrita,


interpretação de texto, matemática, área cognitiva, motora e sócio-emocional,
podendo também contemplar outras áreas do conhecimento como: ciências da
natureza e demais disciplinas da grade curricular.

§4° A Avaliação diagnóstica deve ser realizada semestralmente para os alunos


do Ensino Fundamental anos iniciais.

§5º Os alunos da classe especial também serão submetidos ao processo


avaliativo, de acordo com o nível de aprendizagem individual, estas avaliações
serão pautadas em questões de componente curricular por ano de
escolarização.

§6° As avaliações diagnósticas provenientes do órgão governamental


(Estadual e Federal), deverão ser realizadas por todos os alunos da série/ano
estipulado de acordo com as normas estabelecidas pelos seus idealizadores
(MEC, SEED).

§7° As avaliações diagnósticas serão realizadas obrigatoriamente no início de


cada semestre e terão por objetivo:

I. Identificar os conhecimentos prévios dos docentes;


II. Verificar as lacunas existentes em relação aos objetivos de
aprendizagem previstos nos projetos pedagógicos das instituições de
ensino;

III. Embasar o trabalho docente para o desenvolvimento de estratégias de


ensino para a efetivação da aprendizagem;

§8° Caberá ao diretor da Unidade Educacional adotar as providências


necessárias para o êxito de cada aplicação, correção e análise dos resultados
da Avaliação Diagnóstica, especialmente no que se refere:

I. Organização dos espaços e horários de aplicação da prova;


II. Garantia de que os alunos tenham os materiais escolares apropriados,
tais como: caneta, lápis, borracha e apontador;
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III. Ampla divulgação da ação a toda comunidade escolar;

IV. Segurança e sigilo das provas que integram essas avaliações;

V. Entrega dos resultados no prazo estipulado;

§9° Através dos dados extraídos da Avaliação Diagnóstica, os alunos do


Ensino Fundamental anos iniciais, serão atendidos por níveis de aprendizagem
de acordo com as suas principais dificuldades. Esse trabalho será realizado
juntamente com as assistentes de alfabetização do programa Tempo de
Aprender para auxílio aos alunos do 1º e 2º ano e a parceria entre os
estagiários, para o atendimento às dificuldades dos alunos 3º, 4º, 5º ano
juntamente com os seus professores regentes, sendo atendidos no período
regular de aula e /ou contraturno;

§10. Consideram-se anos iniciais, aqueles do ensino fundamental 1, quais


sejam, as turmas do 1° ao 5° ano.

Art. 3°. As avaliações de que se trata o artigo anterior poderão ser arquivadas
em posse do professor da turma (avaliação elaborada e aplicada pelo
professor) durante o ano letivo vigente e depois poderão ser entregues aos
seus responsáveis, as avaliações elaboradas e aplicadas pela Secretaria
Municipal de Educação - SMEC serão ser arquivadas na SMEC durante o ano
letivo vigente. Já as avaliações externas devem seguir regulamentação própria
do ente governamental.

Parágrafo único. Toda avaliação, norteará o acompanhamento individualizado


dos estudantes, do qual resultará em registro próprio em formato de fichas para
acompanhamento individualizado criado e legalizado neste documento.

Art. 4º Ficam criadas as fichas de acompanhamento individual constante no


Anexo I deste Decreto, referente às áreas do desenvolvimento e do
conhecimento, devendo esta permanecer arquivada na pasta individual do
aluno por tempo indeterminado.

I. A ficha de acompanhamento individualizado será elaborada pela equipe


Técnica Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação - SMEC,
considerando as habilidades e aspecto socioemocional a serem
observadas em cada ano/série, considerando a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). Serão elaborados 05 exemplares distintos, sendo
uma ficha de registro para cada ano/série de 1º ao 5º. As quais serão
disponibilizadas para cada instituição de ensino.
II. A ficha de Acompanhamento Individual objetiva e /ou descritiva será
preenchida no decorrer de cada trimestre, pelo professor avaliador. O
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professor responsável pela turma, deverá preencher a Ficha de
Acompanhamento Individual de todos os alunos, incluindo os alunos da
Classe Especial. Ao final de cada ano letivo, este documento deverá ser
arquivado na pasta individual do aluno.

Art. 5º Fica criado o Parecer Descritivo Final constante no Anexo II deste


Decreto, elaborado pela Secretaria Municipal de Educação (SMEC) como
modelo fixo, contendo as áreas de desenvolvimento e áreas de conhecimento,
aplicado de forma única no final de cada ano letivo, qual deve ser
preenchimento de forma sintética e argumentativa pelo profissional da
educação (professor ou pedagogo).

Parágrafo Único. A ficha de Acompanhamento Individual é instrumento


norteador para o profissional da educação no momento de realizar o Parecer
Descritivo Final de avanços alcançados e dificuldades observadas no aluno
durante o processo, qual deverá ser arquivado em pasta única individual, a fim
de se obter conhecimento aos envolvidos no processo de ensino e
aprendizagem do aluno durante toda a trajetória escolar.

Art. 6º. Fica criada, conforme Anexo III, a ficha detalhada para
encaminhamento e acompanhamento Psicológico.

Parágrafo único. O professor detectando o não rendimento escolar do aluno e


após esgotado todos os recursos e metodologias pedagógicos de seu
conhecimento, reunir-se-á com os demais professores da turma para juntos
preencherem a ficha detalhada para encaminhamento e acompanhamento
psicológico, sendo esta encaminhada para equipe técnica da Secretaria
Municipal de Educação Cultura e Esportes.

Art. 7º. Fica criado o relatório psicoeducacional conforme anexo IV deste


Decreto, a ser realizado pela equipe técnica responsável.

§1° Para elaboração de pareceres e relatório psicoeducacional de


encaminhamentos dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem,
bem como os alunos encaminhados para educação especial (Classe Especial,
Sala de Recursos e Escola Especial), serão atendidos diversos aspectos,
analisando e obedecendo os seguintes critérios:

I. Ficha detalhada para acompanhamento psicológico (anexo III);


II. Anamnese;
III. Aplicação de testes psicológicos;
IV. Entrevista com a equipe pedagógica da escola.

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§2° O encaminhamento de aluno para classe especial, sala de recursos e
Escola de Educação Básica Modalidade Educação Especial, só poderá ser
realizado mediante relatório de avaliação psicoeducacional e/ou parecer
psicológico.

§3° O professor da classe especial e da sala de recursos deverá realizar


parecer semestral, contendo as áreas do desenvolvimento e áreas do
conhecimento do aluno, conforme modelo disponibilizado pelo Núcleo Regional
de Educação (Anexo V).

Art. 8º. Fica instituída a elaboração do registro em livro Ata próprio durante
toda orientação realizada com pais, professores e alunos, bem como todos os
encaminhamentos de alunos realizados para a equipe técnico pedagógica da
Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte deverão ser protocolados
e terá armazenamento apropriado para arquivamento e guarda.

Art. 9º. Fica criado o fluxograma dos alunos com dificuldades de aprendizagem
e em situação de vulnerabilidade, passando a vigorar conforme o anexo VI e
VII.

§1° Todo profissional que atua no processo de educação escolar,


independente da função que exercer, ao identificar alunos em situações de
vulnerabilidade social, deverá encaminhar imediatamente para a Rede de
Proteção Municipal, que possui regulamentação própria.

§2º É dever de todo aquele que tomar conhecimento ou houver suspeita de


ameaça ou violação a direitos de Crianças e Adolescentes acionar
prontamente o Conselho Tutelar.

Art. 10. É dever da Secretaria Municipal de Educação:

I. Oferecer formação para profissionais da educação a respeito das


providências a serem realizadas em caso de identificar alunos em
situações de vulnerabilidade social;
II. Instruir suas equipes para o adequado e imediato encaminhamento da
suspeita ou da notícia de vulnerabilidade aos órgãos de proteção e
segurança pública;

Parágrafo único. As instituições de educação da rede municipal, manterão em


seus currículos escolares a temática do direito, que deverá abranger o
processo de ensino a respeito das formas de vulnerabilidade e prevenção
destas, além da identificação de órgãos de proteção e das formas de buscar
socorro e apoio em caso afirmativo.

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Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Nova Tebas - PR, 17 de março de 2023.

Clodoaldo Fernandes dos Santos


Prefeito Municipal

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