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GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PIAUÍ - SEDUC-PI


Av. Pedro Freitas, S/N Centro Administrativo, Bloco D/F - Bairro São Pedro, Teresina-PI, CEP 64018-900
Contato - (86) 3216-3204 / 3392 - http://www.seduc.pi.gov.br

Processo Nº: 00011.007326/2024-14


Instrução Normativa Nº: 4/2024

INSTRUÇÃO NORMATIVA /SUPEN Nº 4 DE JANEIRO DE 2024

ESTABELECE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PARA A
APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DE
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
DA REDE ESTADUAL DE ENSINO
DO PIAUÍ E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

A SUPERINTENDENTE DE ENSINO, no uso de suas atribuições legais, com fundamento na Resolução


CNE/CEB nº 4, de 13 de julho de 2010; no Parecer CNE/CEB nº 5, de maio de 2011; na Resolução CNE nº
7, de 14 de dezembro de 2010; no Parecer CEE/PI nº 64/98; no Parecer CEE/PI nº 183/2010 e na LDB
9394/96, e ainda
CONSIDERANDO a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN 9394/96, art. 24, que trata das
regras comuns de organização da educação básica, que trata da verificação do rendimento escolar como
sendo contínua e cumulativa, em que devem prevalecer os aspectos qualitativos e quantitativos;
CONSIDERANDO a Portaria SEDUC-PI/GSE nº 983/2023, que estabelece as diretrizes para progressão
parcial dos estudantes dos ensinos fundamental e médio da Rede Pública Estadual de Ensino, com
vigência para os anos 2023 e 2024;
CONSIDERANDO a LDBEN 9394/96, cujo art. 12, inciso V, estabelece que os estabelecimentos de ensino
têm a incumbência de “prover os meios para recuperação dos alunos com menor rendimento”, e o art.
24, inciso II, alínea a), que se refere à “promoção dos estudantes entre os anos ou séries das etapas da
educação básica”;
CONSIDERANDO o Parecer nº 161/2006, de 19/04/2006, do Conselho Estadual da Educação – CEE/PI, que
orienta sobre a adoção dos institutos da reclassificação e da progressão parcial nas escolas do Sistema de
Ensino do Estado do Piauí;
CONSIDERANDO o Parecer 183/2010 de 07 de junho de 2010, do Conselho Estadual da Educação –
CEE/PI que estabelece normas complementares aos artigos 23 e 24 da LDB nº 9393/96;
CONSIDERANDO a Resolução 178/2010, de 07 de junho de 2010, do Conselho Estadual da Educação –
CEE/PI, que estabelece normas complementares aos artigos 23 e 24 da LDB nº 9393/96;
CONSIDERANDO a Orientação Técnica SUPEN nº 04/2023, da Secretaria de Estado da Educação do Piauí-
SEDUC/PI, que trata da orientação a todas as escolas da rede estadual de educação sobre os
procedimentos do Conselho de Classe;
CONSIDERANDO a Nota Técnica SUETPEJA/SUEB/GEE nº 002/2022, da Secretaria de Estado da Educação
do Piauí-SEDUC/PI, que trata das orientações complementares à sistemática de avaliação da rede
estadual do Piauí para atender ao estudante público-alvo da educação especial, tendo em conta suas
especificidades;
CONSIDERANDO a Lei nº 13.146, de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência),

RESOLVE:

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º – A avaliação escolar, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, tem o objetivo de
fazer uma análise global e integral do estudante. Nesse ponto, pode ser utilizada a avaliação formativa,
considerando-se os contextos e as condições de aprendizagem dos estudantes, fazendo registros como
referência para melhorar o desempenho escolar. Ainda de acordo com a BNCC, o Projeto Político
Pedagógico da escola deve contemplar elementos como os objetivos, as metas de resultados
educacionais, os materiais educativos necessários, as formas de avaliação da aprendizagem dos
estudantes e a de formação dos professores, conforme Orientação Técnica SUPEN Nº 002/2022.
As unidades escolares que atendam ao ensino médio estruturaram suas propostas pedagógicas
considerando os seguintes elementos:

I. promoção de metodologias investigativas no processo de ensino e aprendizagem;


II. conexão dos processos de ensino e aprendizagem com a vida comunitária e social;
III. reconhecimento do trabalho e de seu caráter formativo;
IV. articulação entre os diferentes saberes a partir das áreas do conhecimento e, quando for o caso, do
currículo da formação técnica e profissional.

Art. 2º – O Sistema Estadual de Educação do Piauí adota como parâmetro temporal o trimestre letivo,
estando o ano dividido em 03 (três) trimestres. Para fins de registro e mensuração, em cada trimestre,
serão realizadas avaliações - considerando-se as especificidades das etapas, níveis e modalidades de
ensino - recuperações paralelas trimestrais, recuperação final e provas finais.
Art. 3º – Considerando a necessidade de unificar os critérios de avaliação, fica estabelecida a utilização de
uma escala de notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) para registrar o desempenho dos estudantes tanto na
Formação Geral Básica, como nos Itinerários Formativos, Parte diversificada e Recomposição da
Aprendizagem.

TÍTULO II

DAS ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS

CAPÍTULO I

DA AVALIAÇÃO

Art. 4º – Quanto aos instrumentos de avaliação, o professor deve empregar, no mínimo, dois
instrumentos diversificados para verificar se as competências e habilidades previstas em seu
planejamento foram desenvolvidas pelos estudantes, sendo eles: a Avaliação Qualitativa (AQL) e a
Avaliação Quantitativa (AQT). A nota atribuída a esses instrumentos avaliativos comporá a média
trimestral do estudante.
§ 1º – Os instrumentos de avaliação devem atender aos critérios de aplicação universalmente acessíveis
para todos os estudantes, garantindo as adaptações razoáveis e as tecnologias assistivas necessárias,
conforme demandas individuais comprovadas por estudo de caso e Plano de Atendimento Educacional
Especializado (PAEE).
§ 2º – Adaptações razoáveis na avaliação da aprendizagem significam garantir ao estudante com
deficiência, desde o início do ano letivo, a possibilidade de poder realizar as avaliações com adequação no
tempo, no espaço de realização, no tipo de instrumental avaliativo e na forma de responder às provas,
considerando-se suas possibilidades e habilidades individuais.
§ 3º – Tecnologia assistiva é definida como produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias,
estratégias, práticas e serviços que tenham como objetivo promover a funcionalidade, relacionada à
atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua
autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (Brasil, 2015).
Art. 5º – A Avaliação Qualitativa comum a todas as etapas, níveis e modalidades deve ser compreendida
como uma prática processual, diagnóstica, contínua e cumulativa da aprendizagem, de forma a garantir a
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e o redimensionamento da prática educativa.
§ 1º – Na Avaliação Qualitativa (AQL) o estudante será avaliado no decorrer do trimestre segundo os
critérios de Produção Textual, Oralidade e Participação.

I. Produção textual: corresponderá a 40%, (quarenta por cento) compreendendo expressão escrita da
compreensão do conhecimento desenvolvido em sala de aula, em trabalhos de pesquisa individual
e/ou coletiva, fichas, relatórios, portfólios, textos, aplicados individualmente e/ou em grupos, que
possibilitem a análise do desempenho do estudante no processo de ensino-aprendizagem.
II. Oralidade: corresponderá a 30% (trinta por cento) da avaliação e compreende expressão,
formulação e/ou resposta a questionamentos orais em seminários, debates, aplicados
individualmente e/ou em grupos, para análise do desempenho do estudante no processo de
ensino-aprendizagem.
III. Participação: corresponderá a 30% (trinta por cento) da avaliação, compreendendo o interesse, o
comprometimento e a atenção aos temas discutidos nas aulas; cumprimento das atividades
individuais e em grupo (feiras, circuitos, projetos, olimpíadas do conhecimento) internas e externas
à sala de aula, incluindo os minitestes do componente Recomposição da Aprendizagem.

§ 2º – Como critério geral de aprovação, nessa avaliação, o estudante terá que perfazer um total mínimo
de 6,0 (seis) pontos, resultante do somatório dos três critérios.
Art. 6º – A Avaliação Quantitativa (AQT) complementará o aspecto quantitativo, favorecendo aos
professores, com base nos resultados obtidos nas provas e testes realizados pelos estudantes, o feedback
e a reflexão sobre sua prática pedagógica.
Art. 7º – Como Avaliação Quantitativa, tem-se o seguinte: Avaliação Específica (AE) por Componente
Curricular, Caderno de Recuperação Trimestral (RPT), Recuperação Final (RF), além das Provas Finais e a
Recuperação do Módulo (RM), considerando-se as especificidades de cada, etapas, níveis e modalidade.
Art. 8º – Avaliação Específica (AE) por Componente Curricular
§ 1º – Essa avaliação será elaborada pelo professor regente da escola, englobando todo o conteúdo do
mês, conforme calendário pedagógico, com 50% de questões de múltipla escolha e 50% de questões
discursivas, do 3º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio.
§ 2º – Serão laborados pela equipe da SEDUC o Simulado SAEB e o Simulado ENEM+, que englobarão
todo o conteúdo do mês, conforme calendário pedagógico, com questões objetivas e ou discursivas.
§ 3º – A redação será avaliada quantitativamente dentro do componente curricular de língua portuguesa,
considerando-se os critérios a seguir:

DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO TEXTUAL (6º AO 9º DO ENSINO FUNDAMENTAL)

I – (0,75) II – (0,75) III – (0,75) IV – (0,75)


Dominar a Compreender a Evidenciar autoria, Demonstrar
modalidade escrita proposta de abordando as conhecimento
formal da língua redação e temáticas com dos mecanismos
portuguesa e das produzir texto de repertório linguísticos
outras variedades, diferentes diversificado, com necessários para
com convergência gêneros, em consistência, o encadeamento
com as textos coerentes verossimilhança, das ideias do
características dos de diferentes inovação e texto.
gêneros textuais a tipologias. criatividade.
produzir

DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO TEXTUAL (ENSINO MÉDIO)

II – (0,75)
III – (0,75)
Compreender a
proposta de redação Selecionar, IV – (0,75)
I – (0,75) e aplicar conceitos relacionar, Demonstrar
Demonstrar das várias áreas de organizar e conhecimento dos
domínio da conhecimento para interpretar mecanismos
modalidade desenvolver o tema, informações, linguísticos
escrita formal da dentro dos limites fatos, opiniões e necessários à
língua portuguesa. estruturais do texto argumentos em construção da
dissertativo- defesa de um argumentação.
argumentativo em ponto de vista.
prosa.

Art. 9º – A nota da AE do Componente Curricular de Língua Portuguesa será composta pelo somatório da
nota de redação – 3,0 (três) pontos, com os outros aspectos – 7,0 (sete) pontos, perfazendo um total de
10 (dez) pontos.
§ 1º – Não haverá horário específico para aplicação da AE, a ser realizada pelo professor de cada
componente curricular no horário de suas aulas, com exceção dos Simulados;
§ 2º – Em hipótese alguma, deverá ser atribuída uma nota de AQL (Avaliação Qualitativa) em substituição
da nota obtida pelo estudante em uma AE (Avaliação Específica);
§ 3º – Em caso de ausência às avaliações, o estudante ou o seu responsável deverá requerer a 2ª
chamada junto à secretaria da escola, nos termos do Regimento Interno da Unidade de Ensino.
§ 4º – No caso do estudante com deficiência que apresenta necessidade de adaptações nos
procedimentos avaliativos ou uso de tecnologias assistivas para realizar a Avaliação Específica (AE), todas
as providências devem ser tomadas ser pela escola antes do dia da aplicação da referida prova, de modo
a garantir o acesso universal e a igualdade de oportunidades.
Art. 10 – A partir da publicação desta Portaria, os professores da rede disporão da Avaliação Diagnóstica
de Entrada, Simulado SAEB, Simulado ENEM+, como um de seus instrumentos de avaliação e
acompanhamento, ratificados por esta Portaria.
Parágrafo Único: A Avaliação Diagnóstica de Entrada, Simulado SAEB, Minitestes e Simulado ENEM são
instrumentos obrigatórios de avaliação, devendo compor a nota qualitativa e ou quantitativa do
estudante nos níveis e modalidades de ensino, anos/séries, dos componentes curriculares avaliados,
considerando-se os critérios desta instrução normativa definidos pela SEDUC, cabendo ao professor o
registro em instrumento indicado pela SEDUC.
Art. 11 – O Simulado ENEM+ será organizado/elaborado pela SEDUC, no mesmo formato do Exame
Nacional do Ensino Médio, com todos os componentes curriculares estruturados a partir do Currículo em
curso e da matriz do ENEM, com 180 questões organizadas em quatro áreas de conhecimento, mais uma
redação. Esse Simulado será aplicado em dois dias.
§ 1° – Será aplicado a todos os estudantes devidamente matriculados na 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino
Médio, em dias devidamente explicitados no calendário pedagógico. O estudante será avaliado numa
escala de notas variando de 0 (zero) a 10 (dez).
§ 2° – A nota obtida no Simulado ENEM+ deverá ser adotada como a terceira nota mensal (NM3) de cada
trimestre nos componentes curriculares de acordo com os resultados obtidos em cada área do
conhecimento pelos estudantes.
Art. 12 – Os Simulados SAEB serão aplicados em datas devidamente explicitadas no calendário
pedagógico, contemplando os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e os da 1ª, 2ª e 3ª séries do
Ensino Médio. Os resultados devem compor a primeira nota mensal (NME1) de cada trimestre.
Art. 13 – Serão adotados dois modelos de cadernos de provas contendo as mesmas questões: modelo 01,
iniciando com Matemática, e modelo 02, iniciando com Língua Portuguesa. Esses componentes serão
agrupados em dois blocos de 13 questões, totalizando 26 questões para cada componente curricular,
distribuídas em níveis de complexidade baixo, médio e difícil.
Parágrafo Único: As questões serão selecionadas/montadas/ajustadas e ou elaboradas pela Gerência de
Currículo e Avaliação-GCA/UCAF/SUPEN. Os cadernos de provas serão disponibilizados em plataforma
indicada pela SEDUC, com comunicação encaminhada para a coordenação de ensino e aprendizagem da
GRE.

CAPÍTULO II

DO CONSELHO DE CLASSE

Art. 14 – O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos


didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar.
Sua realização atenderá o que determina a Norma Regimental da SEDUC sobre o Conselho de Classe, no
art. 17, que trata sobre a sua finalidade, que é se responsabilizar pelo processo coletivo de
acompanhamento e avaliação do ensino e da aprendizagem, o qual consiste em:
I - Apresentar e debater o aproveitamento geral da turma, analisando as causas de baixo e de alto
rendimento;
II - Decidir pela aplicação, repetição ou anulação do mecanismo de avaliação do desempenho do
estudante no qual se identifique irregularidade ou suscite dúvida quanto ao resultado;
III - Estabelecer mecanismos de recuperação de estudos concomitantes ao processo de ensino-
aprendizagem, que atendam à real necessidade do estudante, em consonância com o PPP da escola;
IV - Decidir sobre aprovação, reprovação e recuperação das aprendizagens dos estudantes, quando o
resultado final de aproveitamento apresentar dúvida;
V - Discutir e apresentar ações e sugestões que possam aprimorar o comportamento disciplinar das
turmas
VI - Definir ações que visem à adequação dos métodos e técnicas de ensino e ao desenvolvimento das
competências e habilidades previstas no currículo, quando houver dificuldade nas práticas educativas;
VII – Estabelecer mecanismos de acompanhamento e intervenção pedagógica, concomitantes ao
processo de ensino aprendizagem, que atendam à real necessidade do estudante, em consonância com o
PPP.
§ 1° – O Conselho de Classe será constituído por todos os professores de diferentes áreas de
conhecimento de uma classe, sob a liderança do coordenador pedagógico.
§ 2° – O Conselho de Classe reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por trimestre, ou quando convocado
pelo coordenador, para análise e reflexão sobre os procedimentos de ensino adotados e os resultados de
aprendizagem alcançados pelos estudantes.
§ 3° – Poderão, eventualmente, participar representantes dos respectivos órgãos regionais aos quais se
vincula a unidade escolar.
§ 4° – As escolas devem seguir a Orientação Técnica SUPEN Nº 04/2023.

TÍTULO III

DOS ASPECTOS OPERACIONAIS DA AVALIAÇÃO

CAPÍTULO I

DO REGISTRO DO RENDIMENTO

Art. 15 – A Nota Mensal (NM) representa a síntese da aprendizagem do estudante no mês, com data
limite para inserção conforme calendário pedagógico. Trata-se, portanto, de um dado avaliativo de
caráter cumulativo e representa o desempenho mensal do(a) estudante em cada componente curricular.
O registro dessa nota mensal também deverá constar no iSEDUC.
Art. 16 – Cada trimestre compreenderá:

NOTA MENSAL 1 (NM1)

NOTA MENSAL 2 (NM2)

NOTA MENSAL 3 (NM3)

§ 1º – No ensino regular, as notas mensais NM1, NM2 e NM3, dos itinerários formativos, da parte
diversificada e da Recomposição da Aprendizagem, correspondem apenas à AQL.
§ 2º – Na avaliação das unidades curriculares do itinerário formativo (Projeto de Vida - Integrado com
Educação Financeira, Atividades Integradoras, Percursos de Aprofundamento e Integração de Estudos,
Percursos de Aprofundamento e Integração e Estudos / Recomposição) na modalidade de Educação
Profissional e Tecnológica, as notas mensais NM1, NM2 e NM3 correspondem apenas à AQL; enquanto
nos Percursos de Aprofundamento e Integração de Estudos (EPT), as notas mensais NM1, NM2 e NM3
seguem o cálculo da fórmula a seguir:

NOTA MENSAL 1 (NM1)


NOTA MENSAL 2( NM2)

NOTA MENSAL 3 (NM3)

Art. 17 – A Média Trimestral (MT) representa a síntese da aprendizagem do educando no trimestre. Trata-
se, portanto, de um dado avaliativo de caráter cumulativo e representa o desempenho trimestral do (a)
estudante (a) em cada componente curricular.
§ 1º – Para as modalidades Ensino Fundamental e Ensino Médio Regular e Educação Profissional e
Tecnológica e Educação de Jovens e Adultos (EJA), depois de realizadas as provas e registradas suas
respectivas notas, será calculada a Média Trimestral (MT) conforme a fórmula:

§ 2º – Para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), a Média Trimestral será calculada pela seguinte
fórmula:

§ 3º – Será retido na escolarização, ano, série, etapa e ou módulo o estudante que não apresentar, no
mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) de frequência do total da carga horária prevista no ano letivo.
§ 4º – Será promovido no ano letivo o estudante que, no componente curricular, obtiver Média Anual
(MA) igual ou superior a 6,0 (seis), observando ainda e ou considerando o disposto no Capítulo IV, art. 1º
desta Instrução Normativa.

CAPÍTULO II

DA RECUPERAÇÃO

Art. 18 – A recuperação da aprendizagem constitui-se em processo à disposição de professores e


estudantes para garantir a superação de dificuldades encontradas pelo aluno durante o seu percurso
escolar, devendo ocorrer de forma contínua e paralela, ao longo do ano letivo.
§ 1º – A Recuperação Paralela terá caráter obrigatório e será realizada concomitante ao processo de
ensino e aprendizagem, sem especificação de data ou carga horária, atendendo às necessidades dos
educandos no decorrer do ano letivo, conforme a LDB Nº 9394/96, Art. 24, inciso V, alínea e, que trata da
“obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo”. Adotar-se-á a
Recuperação Paralela Trimestral – RPT.
§ 2º – O estudante será avaliado em uma escala de 0 (zero) a 10 (dez). A nota alcançada na RPT
substituirá a média trimestral do componente curricular que se encontra abaixo de 6,0, se a nota obtida
for maior ou igual a 6,0.
§ 3º – A escola (professores sob a orientação da coordenação pedagógica) deve realizar as aulas de
recuperação paralela e elaborar um Caderno de Recuperação Trimestral com todos os componentes
curriculares da base comum, após a finalização do trimestre.

CAPÍTULO III

DO REGISTRO FINAL

MÉDIA ANUAL E PROVA FINAL

Art. 19 – A Média Anual (MA) tem caráter cumulativo e representa o desempenho anual do aluno em
cada componente curricular. Será calculada somando-se as Médias Trimestrais do primeiro, segundo e
terceiro trimestre (1ª MT, 2ª MT e 3ª MT), dividindo-se o resultado por 3 (três), conforme a fórmula:

§ 1º – É considerado aprovado por média aritmética simples, no componente curricular, o aluno que,
independentemente da média de qualquer trimestre, tomado isoladamente, atinge, na Média Anual
(MA), média igual ou superior a 6,0 (seis).
Art. 20 – A Prova Final (PF) consiste em mais uma oportunidade para o estudante avançar em seu
desempenho e obter êxito no processo de construção do conhecimento.
Parágrafo Único: Será ofertada ao estudante que apresentar frequência mínima de 75% da carga horária
total prevista para o ano letivo e que tenha ou não, passado pelos processos de RT (Recuperação
Trimestral FINAL), no 1º, no 2º e/ou no 3º trimestre, tendo obtido, em qualquer componente curricular,
Média Anual, inferior a 6,0 (seis).
Art. 21 – Para fazer a Prova Final (PF) não será necessário o estudante frequentar dias letivos e/ou aulas
de recuperação. Essa avaliação englobará conteúdos e habilidades prioritários trabalhados no transcurso
do ano letivo, ficando a cargo do professor os critérios de sua seleção e definição.
§ 1º – O tempo destinado à Prova Final não poderá ser computado no mínimo das 800 (oitocentas) horas
anuais distribuídas por um mínimo de duzentos dias que a lei determina, por não se tratar de atividade a
que todos os estudantes estão obrigados, conforme Parecer nº 12/97 CNE/CEB e Parecer nº 183/10 do
CEE/PI.
§ 2º – Também em conformidade com o parecer CEE/PI nº 183/2010, é permitido ao estudante fazer PF
(Prova Final) em todos os componentes curriculares.
Art. 22 – Após a PF (Prova Final), será apurada a Média Anual Final (MAF), que também tem caráter
cumulativo e representa o desempenho anual do estudante em cada componente curricular, obedecendo
à seguinte fórmula:

Parágrafo Único: Será considerado aprovado no componente curricular, após a PF (Prova Final), o
estudante que obtiver Média Anual Final (MAF) igual ou superior a 6,0 (seis).
Art. 23 – Apuradas as notas referentes à Prova Final, caso o estudante não tenha obtido no componente
curricular Média Anual Final (MAF) igual ou superior a 6,0, deverá realizar a Recuperação Final (RF).
Art. 24 – A Recuperação Final (RF) é um momento avaliativo que se configura como uma estratégia de
recuperação processual da aprendizagem, devendo ser planejada com foco nas aprendizagens que não
foram consolidadas no transcurso do ano.
Parágrafo Único – Finalizado o ano, o estudante que, no componente curricular, não tiver alcançado
média mínima aprovativa de 6,0 (seis) deverá submeter-se à Recuperação Final. Para isso, recomenda-se
ao estudante frequentar as aulas de recuperação, em que serão trabalhados conteúdos e habilidades
prioritários ministrados no transcurso do ano.
Art. 25 – Na Recuperação Final, o estudante será avaliado numa escala de notas variando de 0 (zero) a 10
(dez).
Parágrafo Único - Após a Recuperação Final, prevalecerá o melhor resultado entre as notas que
antecederam e precederam os estudos de recuperação, conforme o Parecer nº 12/97 - CNE/CEB.

CAPÍTULO IV

DA APLICAÇÃO

Art. 26 – A aplicação de instrumentos e estratégias de avaliação, sejam provas ou quaisquer outros, será
feita em dias letivos normais, sem interrupção das atividades docentes, caracterizando-se como a
efetivação da carga horária diária letiva, não interferindo no cumprimento dos 200 (duzentos) dias letivos,
segundo a LDB nº. 9394/96, art. 24, inciso I.
Parágrafo Único – Os instrumentos e estratégias de avaliação deverão ser aplicados levando-se em
consideração o desenvolvimento de habilidades mediante os objetivos previamente definidos, a fim de
favorecer a construção da aprendizagem baseada em conteúdos conceituais, procedimentais e
atitudinais.

CAPÍTULO V

PROGRESSÃO PARCIAL

Art. 27 – A Progressão Parcial tem o objetivo de recuperar e/ou recompor as aprendizagens dos
estudantes da Educação Básica da Rede Pública Estadual de Ensino. Fica garantida, de acordo com a
Portaria SEDUC-PI/GSE nº 983/2023, a progressão dos estudantes para o ano/série/módulo/etapa
seguinte, estando condicionada à frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) das horas letivas
para o Ensino Fundamental e Ensino Médio em todas as modalidades.
Parágrafo Único – Terão direito à progressão parcial os estudantes matriculados no Ensino Fundamental
nos anos finais, do 6º ao 8º ano e IV Etapa; na 1ª, 2ª série e VI Etapa do Ensino Médio, que, após
submeterem-se às avaliações finais e ao conselho de classe final, permanecerem em situação de
reprovação em até no máximo 04 componentes curriculares, com exceção de Língua Portuguesa e
Matemática, desde que preservada a sequência do currículo.

CAPÍTULO VI

PROGRESSÃO AUTOMÁTICA

Art. 28 – Os estudantes matriculados na 3ª Série do Ensino Médio terão direito à Progressão Automática
se alcançarem pelo menos 75% de presença nas aulas da Formação Geral Básica e ao menos 50% de
participação nas aulas de Recomposição da Aprendizagem e nos simulados do ENEM, considerando que
foram desenvolvidas todas as habilidades e competências.

TÍTULO IV

DAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AS MODALIDADES DE ENSINO

Art. 29 – A avaliação das unidades curriculares dos Itinerários Formativos considerará as especificidades
das diferentes modalidades de ensino. Dessa forma, na Educação Profissional e Tecnológica, na
modalidade concomitante, a nota de cada componente curricular, ofertada de forma modular será obtida
seguindo as orientações a seguir:
a) A avaliação da aprendizagem dos estudantes será realizada por meio de atividades síncronas e
assíncronas, como tarefas online, fóruns de discussão, lista de exercícios, questionários e provas
eletrônicas, entre outros, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), com observância aos prazos
estipulados.
b) O processo de avaliação da aprendizagem será de natureza qualitativa e quantitativa, observando-se o
cumprimento dos prazos, a participação e interação no AVA, a assiduidade nos encontros presenciais,
engajamento, participação ativa e colaboração na realização das atividades propostas, a compreensão e o
atendimento dos objetivos dos trabalhos e a qualidade das produções.
c) A Educação de Jovens e Adultos, em 2024, permanecerá com as matrizes de 2023, nos Segmentos II e
III, para conclusão do ano letivo de 2023 em turmas de V e VII etapas respectivamente, mantendo o
mesmo currículo, mas adequando - se a esta sistemática.
Art. 30 – A avaliação da aprendizagem dos estudantes da Educação Especial segue os mesmos princípios e
fundamentos que norteiam as demais modalidades, observadas suas respectivas potencialidades e o
respeito às suas condições, promovendo as adaptações pedagógicas necessárias.

TÍTULO V

DOS RESULTADOS FINAIS

Art. 31 – O resultado final da avaliação realizada pela escola, em consonância com a Proposta Pedagógica
e o Regimento Escolar, deve refletir o desempenho global do estudante, no conjunto dos componentes
curriculares e das áreas de conhecimento cursados, com predominância dos aspectos qualitativos sobre
os quantitativos e dos resultados obtidos durante o período letivo, em detrimento de eventuais provas
finais.
Art. 32 – Os professores responsáveis pela recomposição das aprendizagens dos estudantes em regime de
progressão parcial, na Formação Geral Básica e no Aprofundamento Curricular, registrarão em documento
próprio o cumprimento da frequência e dos processos avaliativos do desenvolvimento das habilidades da
área/componente curricular durante o período letivo

TÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 33 – As determinações sobre avaliação dispostas nesta portaria, bem como as demais portarias
vigentes que tratam do tema integram o Regimento das escolas estaduais.
Art. 34 – A Superintendência de Ensino e Aprendizagem – SUPEN, a Superintendência de Educação
Profissional e Educação de Jovens e Adultos – SUETPEJA e Superintendência de Gestão da Educação
Básica e Superior – SUGED poderão publicar instruções complementares que se façam necessárias ao
cumprimento da presente portaria. Os casos omissos serão resolvidos pela SUPEN.
Art. 35 – Ficam revogadas as disposições contrárias.
Art. 36 – Esta instrução normativa entrará em vigor na data de sua publicação.
Documento assinado eletronicamente por PAULO HENRIQUE DA COSTA PINHEIRO - Matr.181016-2,
Superintendente, em 23/02/2024, às 11:37, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no
Cap. III, Art. 14 do Decreto Estadual nº 18.142, de 28 de fevereiro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por VIVIANE FERNADES FARIA - Matr.311153-9,


Superintendente, em 23/02/2024, às 13:59, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no
Cap. III, Art. 14 do Decreto Estadual nº 18.142, de 28 de fevereiro de 2019.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


https://sei.pi.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 010998224
e o código CRC A4163E9E.

Processo SEI: 00011.007326/2024-14 Documento SEI: 010998224

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