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Antigas Fábricas de Armas no Brasil (Rev. 2)

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Durante várias de nossas atividades no site Atiradores & Colecionadores, meu prezado amigo e co‑
fundador  do  site,  Aurelino  Fábio  Carvalho,  foi  cobrado  algumas  vezes  pelos  leitores  para  escrever
sobre as antigas fábricas de armas no Brasil, já extintas há muitos anos. Como formidável oplólogo e
historiador  que  é,  Fábio  saiu  à  caça  de  informações  e  nos  brindou  com  um  panorama  bem
interessante  sobre  a  produção  de  armas  no  Brasil  na  segunda  metade  do  século  XX.  Esse  presente
artigo,  além  de  uma  homenagem  merecida  que  faço  ao  Fábio,  se  baseia  em  seu  trabalho  e  em  suas
pesquisas.

CARAMURU

A  marca  de  comércio  CARAMURU  foi  usada  pela  F.A.M.  (Fábrica  de  Armas  Modernas),  empresa
que era distinta da original fabricante dos Fogos Caramuru, de quem adquiriram o direito de usar a
marca e alguns projetos de armas que  já estavam prontos. A firma era de propriedade do empresário
e designer Miguel Raspa e do Sr. Antonio Chieffi Filho. Este último era também sócio do Sr. Biagino
Chieffi na famosa Indústria de Fogos Caramuru .

A  empresa  atuou  nas  décadas  de  60  e  70,  na  cidade  de  Jacareí,  no  interior  do  estado  de  São  Paulo,
produzindo neste período alguns bons revólveres com a armação feita em aço, carabinas em calibre
.22 e carabinas de ar comprimido. Uma coisa que nos chama a atenção na Caramurú é sua logomarca,
que é a famosa cabeça de um índio com cocar e ornamentos. O que estranhamos é que o desenho nos
remete  mais  à  face  de  um  índio  norte‑americano  e  não  de  um  índio  brasileiro,  o  que  seria  mais
condizente com o nome da marca.
A famosa marca comercial da Caramuru, presente também nos fogos de artifício.

Deixando a controvérsia de lado, o primeiro modelo de revólver foi o R1, dotado de cano com perfil
octogonal e com 2,6 polegadas (os canos possuíam 5 raias e eram forjados pela Chapina, outra extinta
indústria de armas brasileira), com a liberação do tambor feita por um pino situado diretamente no
retém do cano, travando a “caneta” do extrator. A capacidade do tambor era de 7 tiros. As talas da
empunhadura  eram  de  madeira,  com  acabamento  zigrinado  e  envernizadas,  possuindo  um  inserto
em forma de escudo de latão com a marca de fábrica.

Modelo R1 em calibre .22LR

O  mecanismo  podia  ser  acessado  lateralmente,  com  a  retirada  da  tala  de  madeira  e  de  uma  tampa
fixa  à  armação,  e  por  ali  todo  o  mecanismo  podia  ser  desmontado.  O  desenho  da  arma  lembra  um
pouco o modelo Ladysmith da Smith & Wesson, similar ao que a Amadeo Rossi também fabricou, no
mesmo calibre. Porém, a usinagem interna e mesmo o acabamento externo deixava muito a desejar,
principalmente quando se comparava esse revólver com os modelos similares da Taurus e da Rossi.

Outro modelo mais bem desenvolvido foi o R7, basicamente o R1 redesenhado, com empunhadura
mais larga, e liberação  do  tambor  efetuada  por  um  botão  deslizante,  na lateral esquerda, como nos
Smith & Wesson. Houve mudanças no desenho dos canos, que passaram a ser redondos ao invés do
perfil octogonal. Os canos deste modelo tinham comprimentos que iam de 1 até 6 polegadas.
Revólver R7 com cano de 2″, também em calibre .22LR, com talas em plástico imitando “madre‑pérola”

Além dos dois modelos em calibre .22LR, a Caramurú lançou posteriormente os modelos R6 e R7, em
calibre .32S&WL, tentando atingir um mercado mais exigente, principalmente quanto ao calibre, um
pouco mais adequado à defesa pessoal. Esses revólveres vinham com canos de 2 ou 3 polegadas de
comprimento e com capacidade de 6 tiros.

Um modelo R7 da Caramurú, em excelente estado e todo original, foto gentilmente enviada pelo leitor L.D., do
Paraná. 

Na  categoria  de  armas  longas,  a  fábrica  produziu  uma  carabina  de  um  tiro  em  calibre  .22LR
Na  categoria  de  armas  longas,  a  fábrica  produziu  uma  carabina  de  um  tiro  em  calibre  .22LR
denominada de K1. Estranhamente lançaram outra versão, chamada de CLK, também em .22LR mas
com  alma  lisa.  A  K5  já  era  bem  melhor  projetada,  com  ação  por  ferrolho  e  carregador  para  5
cartuchos, cujos canos eram fabricados na Fábrica de Itajubá. Espingardas de caça também saíram da
linha de produção da Caramurú, como o modelo 62, de um tiro com cão externo, em calibres 28,32,36
e  40.  A  bem  da  verdade,  essas  espingardas  eram  produzidas  pela  Lerap,  outro  fabricante  do  qual
falaremos  adiante.  Finalizando  as  armas  longas,  houve  também  um  modelo  de  ar  comprimido,  de
ação de bomba, em calibre 4,5mm.

Acima, o primeiro revólver R1 produzido pela Caramurú, serial 0001, acervo de coleção particular, arma até
Acima, o primeiro revólver R1 produzido pela Caramurú, serial 0001, acervo de coleção particular, arma até
hoje sem disparar um tiro sequer.

Algumas  armas  e  projetos  que  não  saíram  do  papel  foram  o  revólver  R3,  em  calibre  .38SPL  e  uma
sub‑metralhadora baseada no projeto da israelense UZI, em calibre 9mm Parabellum, uma intenção
clara de tentar alcançar o mercado policial e militar brasileiro, mas sem sucesso. A Caramurú parou
de produzir armas de fogo em meados da década de 1970, passando a produzir desde então, peças de
automóveis.

LERAP

A Fundição e Indústria de Armas Lerap estava localizada na cidade de São Paulo, no bairro do Brás,
próximo  à  antiga  Estrada  de  Ferro  Central  do  Brasil.  Foi  uma  das  mais  antigas  fábricas  de  armas
brasileiras e seu nome, pela mais provável razão, deve ser oriundo dos nomes de seus proprietários,
de origem alemã, que a fundaram em 16 de junho de 1939: Lemck e Rapp. Segundo Fábio Carvalho,
essa  origem  do  nome  é  uma  das  muitas  incógnitas  da  industria  nacional,  dela  não  se  tendo
absolutamente  nenhuma  informação.  A  intenção  inicial  era  a  produção  de  torneiras,  canos,  tubos  e
artigos domésticos com acabamento estanhado ou esmaltado.

Pistolão, ou garruchão LERAP em calibre 28GA

A  Lerap  produzia  alguns  modelos  de  garruchões  e  espingardas  de  caça,  de  cano  simples  e  cão
exposto,  em  vários  calibres  mais  acessíveis  como  o  28,  32  e  36.  O  sistema  de  trancamento  do  cano
usado  nessas  armas  era  muito  similar  ao  chamado  Snake  Key  (chave  serpente),  utilizado  nas
espingardas  belgas  Leclerc.  Além  das  espingardas,  a  maior  produção  se  concentrava  nas  garruchas
de  dois  canos,  baseadas  nos  tradicionais  desenhos  das  importadas  da  Espanha  e  da  Bélgica,  em
calibres  .320  e  .380,  utilizando  cargas  de  pólvora  negra.  Suas  talas  eram  de  plástico  negro  com
acabamento zigrinado e o acabamento era niquelado.
A garrucha Lerap em calibre .320

A Lerap também chegou a fabricar espingardas sob encomenda para a fábrica de armas Caramurú,
como vimos acima. De modo geral, a aparência das armas da Lerap lembrava armas artesanais, feitas
à mão, com muitas marcas de usinagem e rebarbas que eram deixadas no produto final, bem como o
acabamento  niquelado  ou  oxidado  de  baixa  durabilidade.  No  final  de  sua  produção  ainda  tentou
fabricar algumas armas mais bem cuidadas que os seus tipos tradicionais, como espingardas de canos
sobrepostos com coronhas no estilo inglês, monogatilho, e réplicas das clássicas pistolas de bolso do
tipo  Remington  Derringer.  A  produção  dessas  armas  foi  irrisória,  de  modo  que  não  se  encontram
facilmente nas mãos de caçadores ou atiradores. Encerrou suas atividades por volta de 1964.

Garrucha Lerap em calibre .22 – note a posição bem próxima das duas teclas dos gatilhos, o que podia facilmente
Garrucha Lerap em calibre .22 – note a posição bem próxima das duas teclas dos gatilhos, o que podia facilmente
causar um duplo disparo.

Antigo anúncio das espingardas LERAP, publicado em revistas especializadas (cortesia de F. Carvalho), uma
espingarda que “podia concorrer em qualidade com as importadas”…

I.N.A.

A  história  da  Indústria  Nacional  de  Armas  começa  longe  do  Brasil,  no  início  da  Segunda  Guerra
Mundial, quando os alemães invadiram a Dinamarca. Exatamente neste período conturbado, o oficial
do  Exército  Brasileiro  Plínio  Paes  Barreto  Cardoso  estava  neste  país  em  visita  oficial.  Os
dinamarqueses confiaram a ele alguns projetos de armas, inclusive o de uma metralhadora leve, que
são trazidos ao Brasil, para longe das mãos dos nazistas. Finda a Guerra e restituídos os projetos, o
Dansk  Industrie  Syndikat  cede  por  gratidão  os  direitos  da  fabricação  da  submetralhadora  Madsen,
modelo  1946.  Assim  em  1949,  presidida  pelo  então  General  R‑1  Plínio  Paes,  é  fundada  a  Indústria
Nacional de Armas – INA, no bairro de Utinga, na cidade de Santo André, Estado de São Paulo.
A sub‑metralhadora INA, em calibre .45ACP, adotada pelo Exército Brasileiro, com sua coronha articulada na
posição aberta (foto: Manual de Operação EB‑1956, do autor)

A nacionalização da metralhadora INA e sua adaptação para o cartucho .45ACP iniciou‑se na Fábrica
de Itajubá, nas mãos de Euclydes Bueno Filho, engenheiro de armamento formado pelo IME em 1947.
Posteriormente o engenheiro Euclydes foi transferido para a fábrica da INA, com o cargo de diretor
técnico.  Ele  relata  dos  inúmeros  problemas  surgidos  com  essa  adaptação,  oriundos  do  tipo  de
pólvora, ejeção dos cartuchos e diversos outros.

A primeira arma adaptada e produzida pela INA foi testada pelo Mal. Estilac Leal com a presença do
Mal. Henrique Teixeira Loᰟ�. O engenheiro Euclydes foi, posteriormente, agraciado com a arma de Nº
5, que segundo consta ainda pertence à sua coleção particular devidamente desativada.

Daí  em  diante,  o  carro  chefe  da  INA  passou  a  ser  a  produção  da  submetralhadora  M1950  (uma
modificação da já citada Madsen M1946, sendo as diferenças principais da original dinamarquesa a
mudança  do  calibre  de  9  mm  Parabellum  para  o  45  ACP,  embora  isso  não  fosse  propriamente  um
problema,  pois  dizem  que  a  própria  Madsen  fez  protótipos  nesse  calibre.  O  calibre  .45ACP  era  o
calibre de arma curta padrão, adotado pelo Exército Brasileiro desde a aquisição dos primeiros lotes
da pistola Colt 1911, em 1937. Havia pois a evidente necessidade da padronização do calibre para uso
na sub‑metralhadora. Além disso, a alavanca de manejo foi transferida da parte de cima da armação
para a lateral direita, tal como ocorreu com as sub‑metralhadoras Thompson norte‑americanas.

Posteriormente  surge  o  modelo  M953,  com  pequenos  melhoramentos  tais  como  o  alojamento  do
carregador mais longo e reforçado. Estas armas foram padrão de uso no Exército, de 1950 a 1972, e
também nas forças policiais brasileiras. A sub‑metralhadora INA possuía uma cadência de cerca de
600 tiros por minuto, não tinha dispositivo de tiro seletivo e funcionava com o princípio de ferrolho
(culatra) aberto, embora a sua relativamente baixa cadência de tiro permitisse que um atirador, com
certo treino, desse rajadas curtas; bastava para isso ter alguma intimidade com o gatilho da arma.

Detalhe de uma sub‑metralhadora INA pertencente ao Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, nas
Detalhe de uma sub‑metralhadora INA pertencente ao Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, nas
décadas de 50 a 60. Detalhe para o seletor de segurança marcado F e S, posicionado sobre o gatilho.

A  arma  também  não  permitia  o  disparo  com  uma  só  mão,  o  que  em  certas  situações  de  combate
chega  a  ser  uma  desvantagem:  uma  tecla  de  segurança,  posicionada  junto  ao  retém  do  carregador,
tinha que ser pressionada com a outra mão, obrigatoriamente, para que a arma disparasse. Caso essa
tecla dianteira não fosse pressionada antes da tecla do gatilho, o ferrolho ainda assim era solto pelo
gatilho mas seu curso era interrompido a cerca de poucos centímetros antes de alimentar o cartucho.
O peso da arma era de 3,400 Kg, comprimento total de 74,9 mm e comprimento de cano de 214 mm.

Ainda  deve‑se  ressaltar  que  esta  submetralhadora  granjeou  uma  fama  digamos,  um  pouco  injusta,
entre os seus usuários, de ser pouco confiável em ação, pois em seu uso ocorriam muitos problemas
de tiro (negas e falhas na alimentação), chegando ao ponto de que as iniciais do fabricante (I.N.A.) se
tornaram  uma  cruel  alcunha:  “Isto  Não  Atira”.  Verdade  seja  dita,  a  culpa  era  da  munição  .45  ACP
nacional, de baixa qualidade, munição esta que inclusive acompanhou a arma quando da sua entrega
às forças policiais, piorando ainda mais a má imagem da arma.

Vista explodida da arma, onde se nota a extrema simplicidade. A armação é de aço estampado, que se abre em
duas metades articulada pelos mesmos parafusos que fixam a coronha, de tubo de aço.

Posteriormente o problema foi exaustivamente investigado, com auxílio do fabricante da munição, a
C.B.C. Chegou‑se à conclusão, depois de vários testes, que a carga de pólvora utilizada na munição
.45ACP, antes somente destinada para uso na pistola 1911, não era adequada ao bom funcionamento
da arma, devido a grande massa do ferrolho, bem maior do que os ferrolhos das 1911. A C.B.C. então
lançou uma munição modificada, com carga mais potente, denominada de .45 M4, para ser utilizada
especificamente na submetralhadora. Apesar do uso da munição M4 ter sido evitado e até proibido
nas pistolas, chegou‑se depois à conclusão de que as 1911 não sofriam nenhum tipo de problema com
o uso dessa munição.

Alguns estudiosos também atribuem o problema de engasgues ao carregador da arma. Apesar de ser
do  tipo  bifilar,  havia  um  estrangulamento  na  seção  final  para  que  só  um  cartucho  ficasse  à  mostra,
preso pelos lábios do carregador de ambos os lados, ao contrário do projeto original da Madsen em

que a abertura de saída era mais larga. Talvez por excessiva pressão da mola, e estando o carregador
que a abertura de saída era mais larga. Talvez por excessiva pressão da mola, e estando o carregador
totalmente cheio, o ferrolho tinha certa dificuldade de extrair o cartucho, o que diminuía um pouco a
velocidade e podia ocasionar negas, apesar do cartucho estar corretamente inserido na câmara.

A  troca  do  cano  nesta  arma  era  uma  operação  bastante  simples,  o  que  era  uma  de  suas  grandes
vantagens.  Aliás,  toda  a  manutenção  interna  era  simplificada,  pois  a  caixa  de  culatra  era  feita  em
duas  partes,  articulada  por  uma  espécie  de  dobradiça,  onde  também  se  fixava  a  coronha.  O  cano
possuía uma luva rosqueada na armação e era encaixado por uma chaveta. Bastava desatarrachar a
luva, que possuía recartilhados para facilitar a aderência da mão, e a arma se abria em duas metades.

De  modo  geral,  a  submetralhadora  INA  era  uma  arma  muito  bem  concebida.  O  projeto  original
Madsen era, indiscutivelmente, muito bem elaborado. Talvez o maior dano causado à ela tenha sido a
necessidade da modificação do calibre original de 9mm Parabellum para o .45ACP, que aliada à uma
munição, no início, problemática, causou muitos transtornos e uma imagem negativa.

O controle da arma, no calibre .45, era muito mais difícil de ser mantido do que no projeto original,
devido  à  diferença  de  peso  dos  projéteis.  Mas,  se  formos  analisar  as  características  gerais,  como  a
facilidade de manutenção e desmontagem, o uso intensivo de estamparia no processo, baixando os
custos, e a simplicidade do mecanismo, com poucas peças internas, o projeto pode, sem dúvida, ser
avaliado como muito melhor e mais confiável do que muitas armas similares de sua época, como as
inglesas Sten e as M3 norte americanas.

A  Indústria  Nacional  de  Armas  se  destacou  na  produção  de  armas  que  ficaram  bem  populares  no
Brasil,  como  a  conhecida  série  dos  revólveres  “Tigre”,  baseados  no  desenho  dos  Smith  &  Wesson
norte‑americanos, mod. 10 (Military And Police), em calibre .32 S&W Long, com várias versões onde
se alterava a localização do desenho do logotipo, estampado na lateral da armação, ora variando para
o lado esquerdo, ora no direito, ou de frente.

Revólver INA “Tigre” em calibre .32 S&W Long

Ironicamente,  dentre  os  usuários  do  revólver,  o  tal  “Tigre”  era  chamado  de  tudo,  menos  de  tigre:
Ironicamente,  dentre  os  usuários  do  revólver,  o  tal  “Tigre”  era  chamado  de  tudo,  menos  de  tigre:
”onça”,  ”leopardo”,  “pantera”,  ou  coisa  pior:  até  “gato”.  Os  revólveres  da  INA,  no  que  tange  à
qualidade  dos  materiais  empregados  e  do  acabamento,  foram  os  únicos  produzidos  no  Brasil  que
podiam se equiparar aos fabricados pela Taurus e pela Amadeo Rossi, ambas no Rio Grande do Sul.

Revólver INA em calibre .38SPL, modelo de exportação para a Interarms, USA

A  partir  de  1966  surgem,  os  até  hoje  raros  de  se  encontrar,  exemplares  em  .38  SPL  com  2,  3  ou  6
polegadas de cano, sendo bastante exportados principalmente para o mercado norte‑americano. Na
época, mesmo com as restrições impostas pelo R‑105, o Regulamento que estabelecia diversas regras
ao  uso  de  calibres  pelos  civis,  no  Brasil,  a  INA  chegou  a  produzir  protótipos  de  um  revólver  em
calibre .357 Magnum que, infelizmente, não chegou à linha de produção normal.

A INA Chanticler, em cal. 6,35mm Browning (.25 Auto) – desenho de Fábio Carvalho

A INA fabricou também uma pistola semi‑automática de ação dupla, a única até então produzida no
Brasil, o modelo “Chanticler”, que na verdade era uma versão com algumas modificações da pistola
CZ‑45,  da  afamada  firma  tcheca  Česká  Zbrojovka,  e  no  mesmo  calibre  da  original,  o  6,35mm  (uma
versão maior desta arma, em 7,65mm, nunca chegou a sair do protótipo). Curiosamente, Chanticleer
ou Chanticler é o nome de um galo muito esperto que aparece nas fábulas medievais dos “Contos de

Canterbury”  e,  de  fato,  a  marca  de  um  galo  estilizada  aparece  estampada  no  plástico  da  tala  de
Canterbury”  e,  de  fato,  a  marca  de  um  galo  estilizada  aparece  estampada  no  plástico  da  tala  de
empunhada esquerda desta pistola. Outra curiosidade sobre a Chanticler era que o 1º tiro (e apenas
ele) poderia ser feito em ação simples, sendo os subseqüentes obrigatoriamente em ação dupla.

A pistola INA Chanticler – Foto enviada gentilmente pelo leitor M.L. 

Derivada  dela  também  havia  uma  versão  melhorada,  originalmente  destinada  para  exportação  aos
EUA. Esta versão, que usava a marca comercial “Tiger”, possuía uma trava de desmontagem no meio
da armação, sendo que seu desenho foi, na verdade, uma adequação às novas e rígidas regras norte‑
americanas  do  Gun  Control  Act  de  1968.  A  INA  fabricou  também  alguns  (raros)  exemplares  desta
arma  que  foram  destinados  às  vendas  internas.  Outra  lenda  corrente  entre  os  colecionadores  seria
que a INA teria fabricado protótipos de pistolas tipo Colt 1911 em .45 ACP, embora não se conheçam
fotos ou o paradeiro das mesmas.

A CZ‑45, fabricada na atual República Checa, cal. 6,35mm, na qual a INA Chanticler foi baseada.
A CZ‑45, fabricada na atual República Checa, cal. 6,35mm, na qual a INA Chanticler foi baseada.

O fim das atividades da INA, em 1972, foi inglório. A fábrica, que no final da produção ocupava um
terreno  em  Ribeirão  Pires,  na  Grande  São  Paulo,  foi  sendo  lentamente  atolada  em  dívidas;  há  até
  uma  teoria  de  que  “forças  ocultas”  governamentais  fizeram  de  tudo  para  evitar  que  a  INA
sobrevivesse. Sem mais poder exportar, acabou falindo.

CHAPINA

No  pequeno  município  de  Itaquaquecetuba,  nas  proximidades  de  São  Paulo,  surgiu  nos  anos  60  a
Empresa Irmãos Chapina S./A. Indústria Metalúrgica, cuja produção inicial e de maior importância
foram  as  carabinas  de  repetição,  por  ação  de  ferrolho  no  então,  pelo  menos  por  aqui,  não  muito
popular calibre .32‑20 Winchester, cartucho desenvolvido pela Winchester em 1882, para uso nas suas
carabinas de ação por alavanca modelo 1873.

Na década de 70, essas carabinas foram muito utilizadas por empresas de transporte de valores, que
supriam suas equipes que guarneciam os carros blindados usados no transporte de valores.

O cartucho .32‑20 Winchester, do fabricante CBC

Carabina Chapina em calibre .32‑20 – cortesia do colecionador R. Valverde

A carabina Chapina, com carregador tipo caixa para 5 cartuchos, logo se tornou uma coqueluche nas
empresas de transporte de valores da época. Eram bem feitas e com bom acabamento, apesar de que
sua  aparência  era  um  pouco  estranha,  com  soluções  estéticas  de  gosto  duvidoso.  Segundo  o
historiador  Fábio  Carvalho,  o  primeiro  lote  foi  de  1.200  armas  com  canos  micro‑raiados,  e  com

coronhas  do  tipo  Monte  Carlo  com  opção  de  um  orifício  para  posicionar‑se  o  polegar.  Um  total  de
coronhas  do  tipo  Monte  Carlo  com  opção  de  um  orifício  para  posicionar‑se  o  polegar.  Um  total  de
6.000 armas foram produzidas. No entanto, por pura escassez de um produto similar no mercado, as
armas tiveram um relativo sucesso.

Acima, carabina Chapina do primeiro modelo (coleção particular), coronha dotada de orifício para o polegar  

Comenta‑se que a Chapina teria lançado uma versão de sua carabina para utilizar o cartucho .30M1
com magazine para 15 cartuchos, mas não há uma provas materiais da existência dessas armas, pelo
menos que chegaram ao conhecimento do autor.

A Chapina produziu também carabinas e pistolas de ar comprimido, os modelos 22, 27, e a Hermes,
todas  em  calibre  4,5  mm,  algumas  delas  para  uso  de  setas  e  rolhas,  muito  comuns  nos  parques  de
diversões da época, e fabricadas de 1964 até 1975.

Dentre  outras  atividades  da  empresa,  foi  criada  uma  linha  de  produção  para  algemas,  metais
sanitários e canos de reposição, sendo esses últimos muito elogiados pelo raiamento primoroso. Eles
eram  destinados,  principalmente,  a  suprir  uma  demanda  de  canos  novos  para  as  carabinas
Winchester, em calibre  44‑40W, 38‑40W e 32‑20W, bastante populares em nosso país. Para as armas
curtas  produziram  canos  para  pistolas  6,35  e  7,65mm,  inclusive  para  uso  nas  antigas  FN,  Walther,
Mauser, Bereᰟ�a e pistolas Colt modelo 1903 e 1905.

A  Chapina  era  responsável,  também,  pela  produção  de  canos  para  os  revólveres  da  Caramuru,
modelo R1, com cano octogonal de 5 raias. Os irmãos Chapina encerraram as atividades no início dos
anos 1980, tendo repassado todo o maquinário a um novo grupo que não continuou a fabricação de
seus  produtos.  Consta  que  possuíam  uma  oficina  para  reparos  e  consertos  de  armas  localizada  nas
proximidades do Viaduto do Chá, em São Paulo.

CASTELO

A  Indústria  de  Armas  Castelo  S.A.  é  provavelmente  uma  das  mais  antigas  fábricas  de  armas  do
Brasil. Foi fundada em 1929 na cidade de São Paulo, no bairro do Belém. Posteriormente, mudou‑se
para  Ferraz  de  Vasconcelos  e  para  a    Mooca.  Dentre  seus  outros  produtos,  havia  uma  linha  de
material  hidráulico.  A  razão  social  da  empresa  era  Lizarriturri  &  Cia.  ,  o  que  não  deixa  muitas
dúvidas quanto à origem de seus proprietários: o país Basco da Espanha.

É  notório  que  o  país  Basco,  principalmente  na  região  das  cidades  de  Eibar  e  Guernica,  sempre  foi
É  notório  que  o  país  Basco,  principalmente  na  região  das  cidades  de  Eibar  e  Guernica,  sempre  foi
muito  fértil  no  que  se  refere  à  produção  de  armas,  lembrando  que  os  mais  famosos  fabricantes
espanhóis de armas surgiram naquela região.

Segundo Fábio Carvalho, seus nomes eram José María Lizarriturri e Dora Lúcia Alberdi. O Sr. José
Maria chegou ao Brasil em 1928, e com a idéia inicial de montar uma fábrica de serras, que receberia
o nome de Arrate, palavra que dá nome a um monte situado na cidade de Eibar. Fábio nos conta que
batalhou  muito,  numa  busca  incessante,  para  descobrir  seus  nomes,  pois  os  dados  e  informações,
bem como a literatura nacional, é totalmente omissa neste caso. Isso nos dá muito orgulho, pois é o
resgate  de  uma  parte  de  nossa  história  oplológica.  A  Castelo  tinha  como  logomarca  o  desenho  de
uma torre de Castelo, dentro do mapa do Brasil.

O logotipo do fabricante era bem visível, tanto na caixa de mecanismo como nas talas de empunhadura
 
Estima‑se o início da produção de armas da Castelo em torno de 1940, sendo os produtos fabricados
as  garruchas  de  dois  canos,  em  calibres  22LR,  320  e  380,  esses  dois  últimos  para  uso  com  pólvora
negra.  A  princípio  essas  garruchas  não  eram  muito  similares  aos  tradicionais  modelos  belgas  e
espanhóis, que eram tão populares aqui até a década de 50, utilizando um botão serrilhado abaixo do
cano  como  a  trava  de  abertura.  O  acabamento  era,  invariávelmente  o  niquelado,  como  aliás  era
padrão  para  esse  tipo  de  arma.  Porém,  deixava  a  desejar  na  qualidade,  pois  era  comum  o
desprendimento do material mesmo em armas não muito manuseadas.
Garrucha 320 da Castelo, do 1º modelo com o retém de abertura embaixo do cano
Um  dos  modelos  mais  controversos  lançados  pelo  fabricante,  sem  dúvida  um  desenho  de  gosto  e
ergonomia discutíveis, foi a garrucha de dois canos em cal. 22LR e em 320 (320 Short Revolver), com
uma  empunhadura  com  talas  em  plástico,  cuja  trava  de  abertura  dos  canos  passou  a  ser  uma
alavanca  lateral.  Provavelmente  seu  projetista  tentou  dar  à  arma  uma  aparência  mais  refinada,
fugindo totalmente daquele padrão mais comum dessas armas, fazendo‑a se parecer com uma pistola
semi‑automática.  Na  verdade,  naquela  época,  haviam  pessoas  leigas  que,  ao  examinarem  a  arma
mais de perto, pensavam que haveria até um carregador a ser inserido na empunhadura.

Garrucha Castelo modelo 1 (coleção particular)

A  qualidade  do  produto  era  realmente  baixa,  com  acabamento  niquelado  rústico  e  com  folgas  nas
articulações, mesmo nas armas novas. Como se tratava de munição “rim‑fire” e os percussores eram
montados na armação e não nos martelos, a falha (nega) era muito comum, com índices altíssimos,
bem  fora  de  um  padrão  aceitável,  com  tendência  a  ir  piorando  com  o  tempo,  pois  rapidamente  as
molas  dos  martelos  entravam  em  processo  de  fadiga,  aliado  a  um  curso  do  martelo  muito  curto.
Enfim, armas não confiáveis, definitivamente.
Garrucha Castelo do 2º Modelo, cal. 22, com seu desenho controverso, talvez com a intenção de se dar um “ar”
mais sofisticado à arma, semelhante à uma pistola semi‑automática. Cortesia de J.R. Thomaz.

Garrucha Castelo em calibre 320, arma restaurada por colecionador, mostrando a alavanca lateral para efetuar o
basculamento dos canos. (Cortesia J. Gonçalves)

Depois das garruchas vieram os revólveres, inicialmente com um modelo do tipo “top brake”, o que
era muito estranho por se tratar de uma solução, mesmo naquela época, obsoleta. Lembravam muito,
na  aparência,  alguns  dos  antigos  (porém  muito  bons)  modelos  ingleses  da  Webley  &  Scoᰟ�,  mas  a
inspiração era mesmo sobre os “top‑break” da Smith & Wesson, muito comuns por aqui nas décadas
de  20  a  40.  O  acabamento,  para  variar,  era  niquelado  e  tosco;  os  calibres  eram  o  .22  LR  com
capacidade de 8 tiros e o .32 S&W, para 5 cartuchos.
Exemplar do modelo “top‑break” da Castelo, em calibre .32 S&W (curto), capacidade de 5 cartuchos,
acabamento niquelado e talas em ebonite (cortesia de J. Gonçalves)

Na  década  de  60,  a  Castelo  desenvolve  um  modelo  mais  moderno  de  revólver,  com  tambor
basculando para o lado, solução empregada por quase todos os fabricantes de revólveres, mas com
um desenho próprio, que fugia um pouco da linha dos Smith & Wesson Military & Police, que eram
adotados  pela  maioria  dos  fabricantes.  Os  calibres  deste  revólver  eram  o  .22  LR  e  o  32  S&W  Long,
com  canos  variando  de  2  a  4  polegadas  de  comprimento.  A  Castelo  desenvolveu  seus  sistemas  de
abertura, trancamento do tambor e ejeção dos cartuchos por sua própria conta, e eram razoavelmente
eficientes.  O  acabamento  e  a  qualidade  desta  arma  ainda  ficava,  sem  dúvida,  aquém  dos  modelos
similares  da  Caramuru  e  da  INA,  mas  mesmo  assim  eram  aceitáveis  e  seu  índice  de  confiabilidade
era bem melhor do que os modelos anteriores. Todos os revólveres Castelo podiam funcionar tanto
em ação dupla como simples, característica comum a quase todos os revólveres.
Belo exemplar de revólver castelo de 2º modelo, cal. 22 LR cano de 4”, foto cedida por Fábio Carvalho
 
Por volta da década de 1960,  a Castelo resolveu enveredar por uma tendência comercial em alta no
mercado; a produção de armas de ar comprimido. Para isso produziu uma pistola de pressão para o
calibre  4,5mm.  Como  ocorreu  com  várias  outras  fábricas  de  armas  no  Brasil,  a  Castelo  fechou  suas
portas  durante  a  época  dos  governos  militares,  por  volta  da  década  de  70,  devido  mais  a  pouca
competitividade  que  tinha,  aliada  às  vendas  reduzidas;  as  concorrentes  Rossi  e  CBC  eram  muito
fortes no mercado. Mesmo assim, ficou somente no papel o  projeto de uma pistola semi‑automática e
de um revólver em calibre 38 SPL.

AMADEO ROSSI

Apesar de ainda estar no mercado de armas de ar comprimido, como importadora e não mais como
fabricante,  é  interessante  citar  aqui  a  Amadeo  Rossi,  principalmente  porque  trata‑se  de  uma
fabricante de armas fundada em 1889, justamente na transição política mais importante no país; o fim
do  Império.  A  aprazível  localidade  de  São  Leopoldo  foi  o  berço  dessa  indústria,  fundada  pelo
imigrante italiano Amadeo Rossi.

No início das atividades foi criada uma fundição, e uma oficina de “latoeiro”, como se chamavam na
época, com produção de artigos de montaria, caldeiras e alambiques. Porém, só em 1922 que a família
decidiu  abrir  uma  empresa.  Para  ingressar  no  ramo  de  produção  de  armas  levou‑se  mais  algum
tempo, por volta de 1938, sendo que Amadeo era descendente de armeiros que atuavam em seu país
de origem.

Em  1939  iniciou‑se  a  produção  das  espingardas  de  antecarga,  carinhosamente  apelidadas  de  pica‑
páu, do modelo Taquari, com um sistema de percussão utilizando um pequeno ferrolho ao invés do
cão  externo,  mais  tradicionalmente  usado.  Os  calibres  eram  de  9mm  e  11mm.  Em  1942  lançaram  a

Lazarina, uma espingarda de um cano, de percussão e antecarga que foi exportada para os Estados
Lazarina, uma espingarda de um cano, de percussão e antecarga que foi exportada para os Estados
Unidos numa versão de decoração, com o ouvido obstruído.

Em 1945 a Rossi produz a sua primeira antecarga de dois canos, também chamada de Taquari, que foi
produzida até 1954.

Em  1948  a  Rossi  produz  a  primeira  espingarda  de  cartuchos  fogo  central,  retrocarga,  de  um  cano,
denominada de Pomba, que se transformou num sucesso de vendas, principalmente para equipar os
caçadores  de  subsistência,  moradores  de  interior,  sítios  e  fazendas.  A  Pomba  foi  oferecida  dos
calibres 16 ao calibre 40.

Logo depois em 1950, iniciou‑se a produção de uma garrucha, baseada nos já conhecidos e populares
exemplares  belgas    espanhóis,  muito  utilizados  pelo  país  afora.  Os  modelos  eram  oferecidos  em
calibre 320, carregado com pólvora negra. Aliás, o cartucho 320 de fogo central para garruchas foi o
único cartucho de arma de fogo produzido pela própria Rossi. As garruchas 320 foram produzidas
até 1968. As garruchas em calibre .22LR iniciaram a produção em 1952 e foram fabricadas até 1969.

As  garruchas  320  eram  apresentadas  em  acabamento  niquelado,  apesar  de  que  foram  produzidas
algumas  unidades  oxidadas.  As  talas  eram  em  plástico  preto.  Comprimento  total  da  arma  era  de
160mm  e  cano  com  72mm.  A  Rossi  utilizava  para  raiamento  dos  canos  o  processo  de  bilha
produzindo  o  encruamento.  As  brochas  utilizadas  nesse  processo  tinham  durabilidade  média  de
4.000 canos, quando então eram substituídas.

A garrucha de dois canos Rossi em calibre .22 LR

Em  1952  a  Rossi  lança  do  mercado  uma  pequena  pistola  de  um  cano,  denominada  de  Pistolet,  em
Em  1952  a  Rossi  lança  do  mercado  uma  pequena  pistola  de  um  cano,  denominada  de  Pistolet,  em
calibre.22  LR,  que  a  manteve  em  produção  até  1969.  O  acabamento  era  niquelado,  placas  de
empunhadura de plástico preto, cano com comprimento de 125mm e com 229mm de comprimento
total. O raiamento era de 6 raias destrógiras.

O Pistolet Rossi em calibre .22LR, de um cano

Em 1956 foi lançada a espingarda Pampa, a primeira arma mocha (com percussor embutido) lançada
pela  fábrica.  A  Pampa  foi  produzida  dos  calibres  16  ao  36.  Em  1957  a  Rossi  resolve  ingressar  mais
seriamente  no  ramo  de  armas  curtas  de  defesa,  baseando‑se  um  um  projeto  da  Smith  &  Wesson
americana, o revólver Ladysmith em calibre .22LR com capacidade de 7 cartuchos. O sucesso desse
revólver foi tremendo. Tinha uma aparência refinada, bem acabado, niquelação esmerada e com talas
feitas  de  plástico  de  boa  qualidade.  Aliado  a  um  preço  final  ao  consumidor  relativamente  baixo,
quando  comparado  à  armas  similares  da  concorrente  Taurus,  a  arma  vendeu  muito  bem.  Até  o
público feminino adotou esse revólver, devido à sua aparência delicada e de tamanho reduzido.
Revólver Rossi Princess em calibre .22 LR

O  revólver  recebeu  o  nome  de  Rossi  Princess.  O  tambor  e  o  cano  eram  forjados  em  aço,  mas  a
armação  era  feita  em  ZAMAK  Nº  4,    um  material  relativamente  novo  na  época.  O  ZAMAK  recebe
essa denominação por se tratar de uma liga composta de Zinco, Alumínio, Magnésio e Aço Carbono,
e  essas  peças  eram  fundidas  na  empresa  Magal,  de  São  Paulo.  Infelizmente  essa  decisão  se
transformou num dos maiores problemas desse revólver. Após uma extensa utilização, a junção entre
o cano e a armação costumava trincar ou fundir com facilidade. Não era, decididamente, uma arma
feita para uso contínuo.

Outro  problema  é  que  como  o  cão  era  muito  pequeno,  sua  massa  inercial  era  baixa  e  para  isso  foi
necessário o emprego de uma mola de atuação no cão de muita pressão, o que deixava o gatilho do
revólver  com  um  peso  aproximado  de  9Kg  na  utilização  de  dupla  ação,  mais  do  que  muitos
revólveres maiores e inclusive, os destinados a uso militar.

Rossi Princess em acabamento oxidado, exportado para os USA através da Firearms International, de
Washington. 

Em 1965 o Princess sofreu algumas pequenas modificações e passou a ser oferecido com opção de
Em 1965 o Princess sofreu algumas pequenas modificações e passou a ser oferecido com opção de
cano mais curto e acabamento oxidado.Somente a partir de 1968 que a Rossi passou a oferecer
revólveres a nível de qualidade comparáveis aos bons modelos existentes tanto no Brasil como no
exterior. Nessa época foram lançados os modelos C38 Pioneer e C32 Ranger, em calibres .38SPL e
.32S&W Long respectivamente.

No final da década de 60 e começo da década de 70, a Rossi fechou um acordo de distribuição com a
Interarms,  localizada  no  estado  da  Virgínia,  nos  Estados  Unidos.  Porém,  em  1968,  devido  às
restrições  impostas  pelo  Gun  Control  Act,  assinado  pelo  presidente  Lyndon  Johnson,    restringiu  a
importação  de  vários  tipos  de  armas  para  os  Estados  Unidos;  o  Rossi  Princess  foi  incluído  nessa
restrição e deixou de ser exportado. Vários revólveres com as inscrições da Interarms acabaram sendo
vendidos aqui mesmo no Brasil.

Em 1997 a Rossi fundou a Braztech, sua representante própria naquele país. Os revólveres Rossi para
a  Interarms  eram  produzidos  em  acabamento  preto  oxidado  brilhante,  com  cão  e  gatilhos  em  aço
polido,  e  acompanhados  de  uma  bonita  e  atraente  caixa  forrada  com  veludo  vermelho.  Esses
revólveres fizeram muito sucesso nos Estados Unidos e Canadá.

Acima o Rossi Pioneer em calibre .38SPL de 5 tiros, exportado para os USA pela Interarms (foto do autor)

Em 2006 a Taurus adquire a linha de produção dos revólveres Rossi e em setembro de 2008 a Rossi
resolve  licenciar  a  Taurus  para  produzir    e  comercializar  toda  a  sua  linha  de  produção  de  armas
longas, incluindo aí as carabinas Gallery em calibre .22Lr e as carabinas e rifles Puma, oferecidos em
calibres  .38SPL,  .357  Magnum,  .44‑40  Winchester  e  .44  Magnum.  A  partir  de  2009  as  armas  Rossi
produzidas  pela  Taurus  passaram  a    adotar  os  mesmos  critérios  de  numeração  serial  adotados  por
essa última.

A partir de 2010 a Rossi não produz mais armas de fogo para venda no mercado brasileiro , desde
A partir de 2010 a Rossi não produz mais armas de fogo para venda no mercado brasileiro , desde
então  passou  a  se  dedicar  exclusivamente  a  distribuição  e  importação  de  armas  de  pressão  e
de airsoft, esporte que segue em alta no Brasil desde sua legalização. As armas da Rossi ainda podem
ser encontradas no mercado estrangeiro, feitas pela Amadeo Rossi (exclusivamente para exportação),
ou pela Taurus,

A numeração serial dos revólveres da Rossi utilizavam a primeira letra para definir o calibre:

A: 22 LR, C: .32 S&WL, D: .38 Special, E: .357 Magnum e F: .44 Magnum.

Hoje  a  Rossi  distribui  no  Brasil  armas  de  pressão  das  marcas  Beeman,  Hatsan,  SAG,  Zoraki,
Crossman, dentre outras. Além de airsofts das marcas HFC, CQB, Swiss Arms e Crossman.

Wriᰟ�en by Carlos F P Neto

18/04/2011 às 11:39

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Arnaldo, saudações. Sim, é um “pistolão” com mecanismo derivado das espingardas Rossi
modelo Pomba, distribuído no Canadá pela própria Rossi. Só não tenho confirmação se essa arma
é fabricada no Canadá; até onde eu soube, é importada pela Rossi USA e comercializada lá.

Carlos F P Neto

23/05/2017 at 12:53

É fabricada hoje, no Canadá, uma pistola de tiro único, calibre 12 e é derivada da antiga “Pombo”
. . . isso procede ?

Arnaldo

22/05/2017 at 22:42

Prezado Carlos,

Sobre a munição M4 da INA, meu artigo na revista Tiro Certo foi lido e comentado por uma
grande autoridade no assunto, Cel. Carlos Elberto Vella, cujo nome dispensa apresentações.

O Cel. Vella me deu uma informação vital: na época, a munição .45 ACP convencional (M2, usada
em pistolas e nas Thompson) recebia “roll crimp”, de modo que não fazia o “headspace” na boca
do estojo. O grande diferencial da M4, além da menor carga, era que esta não recebia “roll crimp”,
ficando apoiada na câmara pela borda da boca do estojo.

Quando se tentava atirar com a antiga munição M2 na INA, ela afundava na câmara o suficiente
para que a espoleta não atingisse o percussor.

Erick Tamberg

04/04/2017 at 20:18

Obrigado, Edelson, um prazer tê‑lo como leitor.
Obrigado, Edelson, um prazer tê‑lo como leitor.

Carlos F P Neto

15/03/2017 at 17:35

MUITO BOM EM TODOS OS SENTIDOS ,CONTINUEM CONOSCO, PARABENS!!!!

EDELSON A. SILVA

10/03/2017 at 20:21

Ótimo trabalho de pesquisa. Parabens

Mucio Maᰟ�os

26/02/2017 at 12:05

Alan, guarde‑a bem!

Carlos F P Neto

06/02/2017 at 20:01

Tenho uma garrucha castelo modelo 01, quase joguei fora ! Ainda bem q achei este site

Alan ps. Faria

05/02/2017 at 17:26

Avaliações e identificações dependem da leitura e concordância de nossos termos, no Menu do
site. Obrigado.

Carlos F P Neto

02/02/2017 at 15:57

Olá, herdei de meu avô um revólver da marca INA cal. 32 praticamente novo, pois ficou guardado
vários anos e acredito eu que tenha dado raríssimos tiros com ele. Saberia me avaliar + ou – essa
arma ?, Obrigado.

Francisco Jr.

02/02/2017 at 14:58

Cristiano, o Rossi 453 é uma arma muito bem construída, durável e bem acabada, com alça de
mira regulável É bem indicada para prática do tiro ao alvo, na modalidade de fogo circular a 25
metros.

Carlos F P Neto

19/09/2016 at 11:55

Rodrigo, exatamente isso. Essas armas, apesar de terem sido produzidas em pouca quantidade,
não possuem valor de mercado alto no âmbito de colecionadores, uma vez que não são
consideradas armas esmeradas e de qualidade elevada. O valor depende muito do estado, mas

devidamente legalizada não deve ultrapassar os R$ 2000,00, principalmente em virtude do
devidamente legalizada não deve ultrapassar os R$ 2000,00, principalmente em virtude do
cartucho ser de difícil acesso.

Carlos F P Neto

19/09/2016 at 11:52

Muito obrigado Carlos pela explicação!
Entendido, então na verdade esse componente era fabricado pela Chapina , mais não tinha a
função de silenciador! Era comum então na carabina Chapina!
So mais uma curiosidade, essas carabinas hoje, tem um valor Comercial normal? Ou por serem
reliquias possuem valores diferentes?

Rodrigo França

18/09/2016 at 21:00

Boa noite.Estou procurando informações sobre o revolver rossi cal. 22 mod. 453.Comprei ele ja
usado e não sei nada sobre. Como ano de fabricação, e te mesmo se ele foi fabricado para ouso
específico a tiro ao alvo. Sendo qie ele tem 6 polegadas de cano e contra pesos. Desde ja agradeço..

CRISTIANO ROBERTO CORTE

18/09/2016 at 20:26

Rodrigo, se tal artefato existiu deve ter sido produzido por terceiros. A carabina Chapina já vinha
de fábrica com uma espécie de quebra chamas na extremidade do cano, mas não havia nenhum
componente que agisse como silenciador, mesmo porque seria ilegal.

Carlos F P Neto

18/09/2016 at 20:12

Alguem tem informações se por acaso foi produzido um anti chamas tipo silenciador para a
carabina 32‑20 Chapina ?
Certa vez eu li em algum lugar que foi fabricado um modelo com esse anti chamas!

Rodrigo França

18/09/2016 at 14:19

Caro Gilnei, não comercializamos peças, infelizmente.

Carlos F P Neto

24/08/2016 at 19:15

Boa atrde. estou querendo comprar a peça de um revolver marca rosi calibre 22 sete tiros cano
medio fabricação 1957 a 1986, pois o mesmo quebrou a peça que fica a baixo do cano a mesma que
abre o tambor quando a puxamos.

Obrigado

gilnei pucci

24/08/2016 at 18:53
Hector, grato pelo contato, mas infelizmente não há como ajudá‑lo com as peças. Grande abraço.
Hector, grato pelo contato, mas infelizmente não há como ajudá‑lo com as peças. Grande abraço.

Carlos F P Neto

19/08/2016 at 15:04

A garrucha de dois canos Rossi em calibre……. 320 …..en montevideo uruguay poseo esta
hermosa arma pero no se conciguen municiones aca yo tenia y las use de verdad una
hermosurade arma lo mejor que e usado agradeceria si alguie tiene piezas de este poroducto o
una pistola igual para mi tiene valor sentimental y me gustaria reparar el mio o poder regalarle
uno igual a meu pay agradesco algun dato

hector de los santos

18/08/2016 at 0:37

Marcelo, infelizmente as garruchas desse tipo não são peças de interesse para colecionadores. Mas
ainda há quem goste, porém não pagam valores representativos.

Carlos F P Neto

15/08/2016 at 11:05

Boa noite tenho uma garrucha Castelo modelo 2 calibre 22 herdado do meu pai , o numero de
serie dela é bem baixo 14x a mesma tem valor comercial no caso colecionador .

marcelo

13/08/2016 at 0:45

Prezado Cesar, excelente a sua contribuição, fico‑lhe muito grato.

Carlos F P Neto

07/08/2016 at 16:08

Boa noite estou enviando mais dados sobre os revólveres Rossi:os modelos pioneer em calibre 38
SPL:o modelo 27 com cano curto de 2*polegadas iniciou a sua produção em dezembro de 1966 e
encerrou em fevereiro de 1991,o modelo 33 com cano médio de 3*polegadas inciou a sua
produção em maio de 1969 e encerrou em março de 1992 e o modelo 31 com cano médio de
4*polegadas iniciou a sua produção em novembro de 1967 e encerrou em dezembro de 1998.
Todos tinham capacidade para 5 tiros e acabamentos:oxidado,niquelado e lavrado a ouro ou prata
e os modelos Ranger em calibre 32 LONG:o primeiro era de cano médio de 3 polegadas e iniciou a
sua produção em março de 1964 e encerrou em dezembro de 1998 e o segundo era de cano curto
de 2*polegadas e iniciou a sua produção em janeiro de 1967 e encerrou em novembro de 1997; os
dois tinham capacidade para 6 tiros e acabamentos:oxidado,niquelado e lavrado a ouro ou prata.
O terceiro era o modelo 89 também em calibre 32 LONG fabricado em aço inox polido fosco e
iniciou a sua produção em julho de 1983 e encerrou em outubro de 1996 e a sua capacidade era
também de 6 tiros .

Cesar Augusto Geraldo

05/08/2016 at 21:44

Amico Luca, grazie per le belle parole; vedere che alcuni di questi vecchi produᰟ�ori brasiliani
Amico Luca, grazie per le belle parole; vedere che alcuni di questi vecchi produᰟ�ori brasiliani
sono in realtà gli immigrati italiani. Un abbraccio.

Carlos F P Neto

12/05/2016 at 17:02

bellissime armi brasiliane….si vede il gusto e lo spirito latino.
Complimenti dall’italia
un caro saluto
Luca

luca reciputi

12/05/2016 at 5:24

Márcio, por favor, antes tome conhecimento de nossa Política de Avaliações e Identificações.
Obrigado.

Carlos F P Neto

11/05/2016 at 11:46

Boa noite… Gostaria de identificar uma . 22 de ferrolho, que recebi de herança…
Não achei nada parecido. O logo é um triangulo, com as letras IO. podem me ajudar? Quanto
vale?!

Marcio Caᰟ�aneo

10/05/2016 at 21:13

Erick, bem lembrado e o detalhe foi incluído em nosso texto.

Carlos F P Neto

31/12/2015 at 11:11

Erick, tem razão e corrigido o detalhe do peso, como aliás está especificado na obra do Tocheᰟ�o e
Weingartner. Abraços.

Carlos F P Neto

31/12/2015 at 11:00

Voltando ainda ao Princess: o peso especificado para o gatilho não era de 6 kg (um revólver
comum de ação dupla sai de fábrica com um limite de 5,8 kg), mas de pouco mais de 9 quilos!

Outra característica interessante é que o Priness foi o primeiro revólver nacional a usar o sistema
de segurança por barra de transferência (criado pela Iver Johnson), posteriormente adotado pela
Taurus (nos de 5 tiros, a partir de 1981, e em 1988 nos de 6 tiros).

Durante a Campanha do Desarmamento, passou pelas minhas mãos o único Princess oxidado que
vi na vida. estava municiado, e, devido à ferrugem, eu não conseguia abri seu tambor. Um
parceiro grandalhão, ao tentar abrir o revólver, simplesmente o partiu ao meio com as próprias
mãos…

Erick Tamberg
Erick Tamberg

30/12/2015 at 17:59

Sobre o contrato da Rossi com a Interarms, creio que ele tenha sido firmado no final dos anos 60.
Ocorre que, em 1968, a importação do Princess foi proibida nos EUA pelo Gun Control Act,
motivado pelo atentado ao senador Robert Kennedy. Muitos Princess, já com o timbre da
Interarms, prontos para exportação, foram então vendidos no mercado brasileiro.

Erick Tamberg

30/12/2015 at 17:38

Erick, muito interessante suas observações, complementando bem o nosso assunto. Grato pela
colaboração.

Carlos F P Neto

28/12/2015 at 22:07

Obrigado, Erick, vou ler, sem sombra de dúvida!

Carlos F P Neto

28/12/2015 at 21:56

Sobre o revólver Rossi Princess, o artigo informa que a baixa massa do cão exigia uma potente
mola real, que fazia o gatilho ser pesado. A Taurus repetiu o mesmo erro em alguns revólveres
(não em todos) da série 85 “Ultra‑Lite” e “Titanium”. Em alguns exemplares (a Polícia Civil de
São Paulo comprou um lote de 600 desses revólveres, inicialmente destinados ao uso por
Delegadas de Polícia), até mesmo o cão e o gatilho são feitos em alumínio. Esses revólveres são
desprovidos do parafuso na parte traseira do cão que faz as vezes de uma trava de segurança.

A própria fábrica “gambiarrou” esses revólveres, aumentando a pressão da mola real com a
introdução de duas ou três arruelas em sua haste‑guia!

Erick Tamberg

28/12/2015 at 18:17

Prezado Carlos,

A respeito do que foi comentado sobre o cartucho M4, publiquei o resultado dos testes na última
edição da revista “Tiro Certo”. Feliz 2016 ao senhor e a todos os leitores!

Erick Tamberg

28/12/2015 at 18:06

Cid, grato pelo contato e elogios; eu realmente desconheço esse fabricante T&E aqui no Brasil. Se
tiver alguma informação, agradeço.

Carlos F P Neto

23/11/2015 at 13:56

Bom dia Carlos, tudo bem? Excelente artigo parabéns. Só para contribuir acho que faltou a marca
Bom dia Carlos, tudo bem? Excelente artigo parabéns. Só para contribuir acho que faltou a marca
T&E, com modelos inspirados no Colt, penso que foi fabricado no Brasil ou estou enganado?
Abraço

cid

23/11/2015 at 12:01

sempre fui apaixonado por armas e sempre tive armas como um esporte e n~]ao como meio de
ataque contra quem quer que seja savo em caso de defesa pessoal ou de alguem indefeso e vendo
estas varmas antigas fiquei bfeliz de conhecer e ao mesmo tempo triste por não ter adquirido um
22 cabo de marfim da marca caramuru ja tive um brauler americano uma garrucha 380 e varias
outras armas mas hoje a nossa injustiça proibe o cidadão de bem de ter sua arma pra defesa e
libera os bandidos pra adquirir armas pesadas e nos sem defesa alguma e as autoridades
superiores criam tantas leis que nunca saem dos papeis vquando na verdade deviam liberar o uso
de armas em geral pra quem quizessem e passassem por avaliação psicologica antes de adquirir
armas de fogo ja que hoje se mata muito mais com a impludencia no transito e armas brancas e
drogas em geral que armas de fogo se me considerarem certo gostaria de publicar este comentario
ao publico em geral desde ja muito obrigado

geraldo batista andrade

26/10/2015 at 18:55

Prezado Luiz Fernando, infelizmente não fazemos intermediação e negociação com armas.
Ficamos te devendo.

Carlos F P Neto

15/10/2015 at 11:57

Welliton, muito grato pelo seu depoimento, que nos deixa extremamente satisfeitos e orgulhosos
de estar colaborando de alguma forma com nossas informações. Interessante como ainda há uma
profusão de armas antigas circulando por esse país afora. Causou‑me espanto um exemplar do
Chuchu, arma rara e extremamente procurada por colecionadores, bem como a submetralhadora
Uru, arma que tive a oportunidade de presenciar sendo testada pelo EB nos idos da década de 70.
Grande abraço.

Carlos F P Neto

19/09/2015 at 19:45

Antonio, o calibre, pelo que você mesmo localizou, é o 9mm Flobert, obsoleto e não mais
fabricado à décadas. A arma é considerada obsoleta aos olhos do R‑105 do Exército Brasileiro.

Carlos F P Neto

19/09/2015 at 19:37

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