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Soma, Subtração, Multiplicação e Divisão | Matemática Básica

As operações básicas são fundamentais para realizarem-se todas as questões de matemática do


concurso de escrevente. Por isso, é importante entendê-las bem.

A ADIÇÃO pode ser entendida como a soma de um NÚMERO POSITIVO com outro NÚMERO
POSITIVO (Ex: 2+2 = 4; 5,5 + 5,5 = 11); ou de um NÚMERO NEGATIVO com outro NÚMERO
NEGATIVO. Ex: (-5) + (-5) = -10; -6 + -6 = -12.

A subtração, por sua vez, ocorre quando um número NEGATIVO é somado com um número
POSITIVO. Ex: 6-3 = 3; 7-4 = 3; 2-5 = -3.

Portanto, chegamos à regra de que a soma de números com sinais iguais constitui ADIÇÃO, e a
soma de números de sinais opostos constitui SUBTRAÇÃO.

Na multiplicação, devem-se observar as regras de sinais. Número positivo multiplicado por


número positivo resulta número positivo. Ex: 5x5 = 25; 10x10 = 100.

Número positivo multiplicado por número negativo resulta em número negativo. Ex: -5x5 = -25;
10x-10 = -100.

Número negativo multiplicado por número negativo resulta em número positivo. Ex: -5x-5 = 25;
-10x-10 = 100.

Portanto, chegamos à regra de multiplicação: mais com mais dá mais, menos com menos dá
mais e mais com menos dá menos.

A DIVISÃO, enfim, segue a regra de sinal da multiplicação. mais com mais dá mais, menos com
menos dá mais e mais com menos dá menos.

Em suma, com sinais iguais, o resultado será positivo. Sinais diferentes, resultado negativo.

A EXPONENCIAÇÃO indica a multiplicação de um número por ele mesmo “n” vezes, em que “n”
é indicado no expoente.

Exemplos: 2² = 2.2 = 4; 2³ = 2.2.2 = 8.

Não confunda exponenciação com multiplicação. 3² = 3.3 é diferente de 3.2!

Outras propriedades da exponenciação:

Na multiplicação de potências de mesma base, somam-se os expoentes:

2³.2 = 2^4. Ou seja, "dois elevado a três vezes dois elevado a um é igual a dois elevado a quarta".

3³.3² = 3^5. Ou seja, "três elevado a três vezes três elevado a dois é igual a três elevado a cinco".

Desafio: Faça as contas você mesmo para conferir!

Na multiplicação de potências de expoentes iguais, multiplicam-se as bases:

Ex: 3³.2³ = 6³

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MMC e MDC | Matemática Básica
MMC (mínimo múltiplo comum) e MDC (máximo divisor comum) são regras matemáticas
ligadas, respectivamente, ao múltiplo comum e ao divisor comum de dois ou mais números.

São ferramentas utilizadas para facilitar a resolução de problemas e equações.

O MMC é o menor valor que pode ser múltiplo de dois ou mais números. Já o MDC é o maior
número que pode dividir vários números ao mesmo tempo.

O que é um número divisor e um número múltiplo?

Para compreender melhor os conceitos de MMC e MDC é preciso saber o que é um número
divisor e o que é um número múltiplo.

Um número é chamado de divisor quando a conta da sua divisão por um outro tem como
resultado um número inteiro.

Exemplo: o número 36 pode ser divido por: 1, 2, 3, 6, 12, 18 e 36.

Já os números múltiplos são os números que são resultado de uma multiplicação feita entre um
número escolhido e qualquer outro valor.

MMC

O cálculo do mínimo múltiplo comum (MMC) serve para facilitar a resolução de problemas
matemáticos que envolvam dois ou mais números. O MMC será o menor número múltiplo
comum encontrado entre dois ou mais números.

Veja neste exemplo os múltiplos comuns entre 2 e 4.

Múltiplos de 2 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20...

Múltiplos de 4 0, 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36...

Números múltiplos comuns entre 2 e 4 0, 4, 12...

Como calcular o MMC

Para determinar qual é o mínimo múltiplo comum entre dois ou mais números é preciso seguir
dois passos:

Encontrar quais são os múltiplos dos números.

Verificar qual é o menor número que é múltiplo de todos.

Para compreender melhor, veja este exemplo de cálculo do MMC entre 4 e 6.

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Múltiplos

4 4, 8, 12, 16, 20...

6 6,12, 18, 24, 30...

MMC (4,6) 12

Neste exemplo o menor número que é múltiplo de 4 e 6 é 12.

MDC

O máximo divisor comum (MDC) é o maior número que divide vários outros números ao mesmo
tempo.

Como calcular o MDC

Para calcular o máximo divisor comum é preciso decompor os números através da fatoração.

Faça a decomposição de todos os números.

Encontre os números comuns em todas as decomposições.

O MDC será o valor da multiplicação dos números comuns.

Veja o exemplo do cálculo do MDC entre os números 20 e 50.

Decomposição

20 2x3x5

50 2 x 5 x5

MDC (20,50) 10 (2 x 5)

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O resultado do MDC entre 20 e 50 é 10. Para saber o resultado do MDC é só multiplicar os
divisores comuns (2 e 5).

Diferenças entre o MMC e o MDC

As formas para calcular o MMC e o MDC possuem algumas semelhanças. Por isso, é importante
ficar atento para não confundir os conceitos.

A forma mais fácil de entender as diferenças entre eles é conhecendo as aplicações práticas de
cada um.

MMC

O primeiro passo é verificar se o problema exige que seja encontrado um número mínimo ou
múltiplo que simplifique a resolução. Nestes casos deve ser usado o MMC.

Ele pode ser usado, por exemplo, para resolver equações que tenham frações com
denominadores diferentes, pois o mínimo múltiplo comum facilita a resolução desse tipo de
problema.

O MMC também pode ser usado para fazer uma comparação entre frações diferentes, para
determinar se elas são equivalentes.

MDC

Já o MDC deve ser usado quando o problema envolve alguma questão sobre cálculos de divisões.

Por exemplo: o MDC pode ser usado para resolver problemas em que é preciso determinar o
maior ou o menor tamanho de alguma coisa.

Frações | Matemática Básica


Na matemática, as frações correspondem a uma representação das partes de um todo. Ela
determina a divisão de partes iguais sendo que cada parte é uma fração do inteiro.

Como exemplo podemos pensar numa pizza dividida em 8 partes iguais, sendo que cada fatia
corresponde a 1/8 (um oitavo) de seu total. Se eu como 3 fatias, posso dizer que comi 3/8 (três
oitavos) da pizza.

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Importante lembrar que nas frações, o termo superior é chamado de numerador enquanto o
termo inferior é chamado de denominador.

Tipos de Frações

Fração Própria

São frações em que o numerador é menor que o denominador, ou seja, representa um número
menor que um inteiro. Ex: 2/7

Fração Imprópria

São frações em que o numerador é maior, ou seja, representa um número maior que o inteiro.
Ex: 5/3

Fração Aparente

São frações em que o numerador é múltiplo ao denominador, ou seja, representa um número


inteiro escrito em forma de fração. Ex: 6/3= 2

Fração Mista

É constituída por uma parte inteira e uma fracionária representada por números mistos. Ex: 1
2/6. (um inteiro e dois sextos)

Obs: Há outros tipos de frações, são elas: equivalente, irredutível, unitária, egípcia, decimal,
composta, contínua, algébrica.

Você também pode se interessar por O que é fração?

Operações com Frações

Adição

Para somar frações é necessário identificar se os denominadores são iguais ou diferentes. Se


forem iguais, basta repetir o denominador e somar os numeradores.

Contudo, se os denominadores são diferentes, antes de somar devemos transformar as frações


em frações equivalentes de mesmo denominador.

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Neste caso, calculamos o Mínimo Múltiplo Comum (MMC) entre os denominadores das frações
que queremos somar, esse valor passa a ser o novo denominador das frações.

Além disso, devemos dividir o MMC encontrado pelo denominador e o resultado multiplicamos
pelo numerador de cada fração. Esse valor passa a ser o novo numerador.

Exemplos:

Subtração

Para subtrair frações temos que ter o mesmo cuidado que temos na soma, ou seja, verificar se
os denominadores são iguais. Se forem, repetimos o denominador e subtraímos os
numeradores.

Se forem diferentes, fazemos os mesmos procedimentos da soma, para obter frações


equivalentes de mesmo denominador, aí sim podemos efetuar a subtração.

Exemplos

Multiplicação

A multiplicação de frações é feita multiplicando os numeradores entre si, bem como seus
denominadores.

Exemplos

Divisão

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Na divisão entre duas frações, multiplica-se a primeira fração pelo inverso da segunda, ou seja,
inverte-se o numerador e o denominador da segunda fração.

Exemplos

História das Frações

A história das frações remonta o Antigo Egito (3.000 a.C.) e traduz a necessidade e a importância
para o ser humano acerca dos números fracionários.

Naquele tempo, os matemáticos marcavam suas terras para delimitá-las. Com isso, nas épocas
chuvosas o rio passava do limite e inundava muitas terras e, consequentemente, as marcações.

Diante disso, os matemáticos resolveram demarcá-las com cordas a fim de resolver o problema
inicial das enchentes.

Contudo, notaram que muitos terrenos não eram compostos somente por números inteiros,
havia os terrenos que mediam partes daquele total.

Foi a partir disso, que os geômetras dos faraós do Egito, começaram a utilizar os números
fracionários. Note que a palavra Fração é proveniente do latim fractus e significa “partido”.

Equações do Primeiro Grau


Em Matemática, equações ou funções matemáticas podem ser classificadas de acordo com a
quantidade, ou o grau das incógnitas que apresentam. Incógnita, vale lembrar, é a grandeza que
deve ser determinada durante a resolução do problema. Sempre que há letras e números
separados por um sinal de igual, temos uma equação.

A equação 3x + 1 = 10, por exemplo, é uma equação de 1º grau, com uma incógnita apenas. De
1º grau, porque a única incógnita presente (x) tem expoente 1, sendo que x1 = x. Tem uma
incógnita, porque se deseja descobrir o valor de uma única variável, representada por x.

O modelo geral para uma equação de 1º grau com uma incógnita, portanto, será sempre ax + b
= 0. Os itens a e b são chamados de coeficientes da equação, sendo b conhecido como termo
independente também.

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Porém, a coisa pode se complicar. Há equações de 1º grau com número superior de incógnitas,
nas quais é preciso determinar duas ou mais grandezas. Por exemplo, na equação 4x + 3y = 38,
é preciso determinar os valores de x e y.

Mas não se preocupe. Considerando a frequência no Enem, podemos nos concentrar nas
equações com uma incógnita. Veremos, a seguir, como é simples resolvê-las de maneira
satisfatória.

Em resumo, equação de 1º grau com uma incógnita é uma expressão algébrica que segue o
formato ax + b = 0. Elas podem ser muito úteis para traduzir problemas matemáticos em uma
linguagem numérica.

Como deve ser feito o cálculo, na prática?

Para calcular uma equação de 1º grau, nesses termos, basta isolar a sua incógnita. Os números
são manejados, até que a solução seja obtida. Tudo que for feito de um lado da equação, deve
ser feito do outro também. Por exemplo:

10x + 1000 = 5000 (deseja-se descobrir o valor de x)

10x + 1000 – 1000 = 5000 – 1000 (retira-se 1000 de ambos os lados da equação)

10x = 4000

10x/10 = 4000/10 (divide-se os dois lados por 10)

x = 4000/10 (x agora está isolada, estamos próximos do resultado)

x = 400

Viu como é fácil? Esse método vale para toda equação desse tipo. O objetivo será sempre isolar
a variável do lado esquerdo, de modo que no lado direito estará o seu valor. Vamos fazer um
passo a passo mais genérico, para um exemplo mais difícil:

a equação é: 13x + 900 = 2187;

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passo 1: colocar todos os termos que apresentam incógnita para o lado esquerdo. No caso, basta
subtrair 900 de cada lado. Teremos 13x + 900 – 900 = 2187 – 900.

passo 2: fazemos as subtrações indicadas. Teremos 13x = 1287.

passo 3: queremos saber o valor de x, não de 13x. Para isso, devemos dividir a equação toda por
13. Teremos 13x/13 = 1287/13.

passo 4: realizamos as operações de divisão indicadas. Para visualizarmos melhor, vamos dividir
primeiro só do lado esquerdo. Teremos x = 1287/13.

passo 5: pronto! Agora é só fazer a divisão e encontraremos o valor de x. Teremos x = 99.

Potenciação
A potenciação ou exponenciação é a operação matemática que representa a multiplicação de
fatores iguais. Ou seja, usamos a potenciação quando um número é multiplicado por ele mesmo
várias vezes.

Para escrever um número na forma de potenciação usamos a seguinte notação:

Sendo a ≠ 0, temos:

a: Base (número que está sendo multiplicado por ele mesmo)

n: Expoente (número de vezes que o número é multiplicado)

Para melhor entender a potenciação, no caso do número 23 (dois elevado a terceira potência
ou dois elevado ao cubo), tem-se:

23 = 2 x 2 x 2 = 4 x 2 = 8

Sendo,

2: Base

3: Expoente

8: Potência (resultado do produto)

Exemplos de Potenciação

52: lê-se 5 elevado à segunda potência ou 5 ao quadrado, donde:

5 x 5 = 25

Logo,

A expressão 52 equivale a 25.

33: lê-se 3 elevado à terceira potência ou 3 ao cubo, donde:

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3 x 3 x 3 = 27

Logo,

A expressão 33 equivale a 27.

Propriedades da Potenciação

Toda potência com expoente igual a zero, o resultado será 1, por exemplo: 50=1

Toda potência com expoente igual 1, o resultado será a própria base, por exemplo: 81 = 8

Quando a base for negativa e o expoente um número ímpar, o resultado será negativo, por
exemplo: (- 3)3 = (- 3) x (- 3) x (- 3) = - 27.

Quando a base for negativa e o expoente um número par, o resultado será positivo, por
exemplo: (- 2)2 = (- 2) x (- 2) = +4

Quando o expoente for negativo, inverte-se a base e muda-se o sinal do expoente para positivo,
por exemplo: (2)- 4 = (1/2)4 = 1/16

Nas frações, tanto o numerador quanto o denominador ficam elevados ao expoente, por
exemplo: (2/3)3 = (23 / 33) = 8/27

Saiba mais sobre as propriedades da potenciação.

Multiplicação e Divisão de Potências

Na multiplicação das potências de bases iguais, mantém-se a base e soma-se os expoentes:

ax . ay = ax+y

52.53= 52+3= 55

Na Divisão das potências de bases iguais, mantém-se a base e subtrai-se os expoentes:

(ax) / (ay) = ax-y

(53) / (52) = 53-2 = 51

Quando a base está entre parênteses e há outro expoente fora (potência de potência), mantém-
se a base e multiplicam-se os expoentes:

(ax)y = ax.y

(32)5= 32.5 = 310

Radiciação
Radiciação é a operação que realizamos quando queremos descobrir qual o número que
multiplicado por ele mesmo uma determinada quantidades de vezes dá um valor que
conhecemos.

Exemplo: Qual é o número que multiplicado por ele mesmo 3 vezes dá como resultado 125?

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Por t5 x 5 x 5 = 125, ou seja, 5 ao cubo espaço igual a espaço 125

Escrevendo na forma de raiz, temos:

cúbica raiz de 125 espaço igual a espaço 5

Portanto, vimos que o 5 é o número que estamos procurando.

Símbolo da Radiciação

Para indicar a radiciação usamos a seguinte notação:

negrito n enésima raiz de negrito x

Sendo,

n é o índice do radical. Indica quantas vezes o número que estamos procurando foi multiplicado
por ele mesmo.

X é o radicando. Indica o resultado da multiplicação do número que estamos procurando por ele
mesmo.

Propriedades da Radiciação

As propriedades da radiciação são muito úteis quando necessitamos simplificar radicais. Confira
a seguir.

1ª propriedade:

Já que a radiciação é a operação inversa da potenciação, todo radical pode ser escrito na forma
de potência.

2ª propriedade:

Multiplicando-se ou dividindo-se índice e expoente pelo mesmo número, a raiz não se altera.

Na multiplicação ou divisão com radiciais de mesmo índice realiza-se a operação com os


radicandos e mantém-se o índice do radical.

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3ª propriedade:

Na multiplicação ou divisão com radiciais de mesmo índice realiza-se a operação com os


radicandos e mantém-se o índice do radical.

Exemplos:

4ª propriedade:

A potência da raiz pode ser transformada no expoente do radicando para que a raiz seja
encontrada.

Exemplo

Quando o índice e a potência apresentam o mesmo valor:

5ª propriedade:

A raiz de uma outra raiz pode ser calculada mantendo-se o radicando e multiplicando-se os
índices.

Exemplo:

Radiciação e Potenciação

A radiciação é a operação matemática inversa da potenciação. Desta forma, podemos encontrar


o resultado de uma raiz buscando a potenciação, que tem como resultado a raiz proposta.

Observe:

Note que se o radicando (x) é um número real e o índice (n) da raiz é um número natural, o
resultado (a) é a raiz enésima de x se an = x.

Exemplos:

, pois sabemos que 92 = 81

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, pois sabemos que 104 = 10 000

pois sabemos que (–2)3 = –8

Simplificação de Radicais

Muitas vezes não sabemos de forma direta o resultado da radiciação ou o resultado não é um
número inteiro. Neste caso, podemos simplificar o radical.

Para fazer a simplificação devemos seguir os seguintes passos:

Fatorar o número em fatores primos.

Escrever o número na forma de potência.

Colocar a potência encontrada no radical e dividir por um mesmo número o índice do radical e
o expoente da potência (propriedade da radiciação).

Exemplo:Calcule quinta raiz de 243

1º passo: transformar o número 243 em fatores primos

243 espaço igual a espaço 3 espaço reto x espaço 3 espaço reto x espaço 3 espaço reto x espaço
3 espaço reto x espaço 3 espaço igual a espaço 3 à potência de 5

2º passo: inserir o resultado, na forma de potência, dentro da raiz

3º passo: simplificar o radical

Para simplificar, devemos dividir o índice e o expoente da potenciação por um mesmo número.
Quando isso não for possível, significa que o resultado da raiz não é um número inteiro.

note que ao dividir o índice por 5 o resultado é igual a 1, desta forma cancelamos o radical.

Assim, quinta raiz de 243 espaço igual a espaço 3.

Racionalização de Denominadores

A racionalização de denominadores consiste em transformar uma fração, que apresenta um


número irracional no denominador, em uma fração equivalente com denominador racional.

1º caso – raiz quadrada no denominador

numerador 3 sobre denominador raiz quadrada de 5 fim da fração igual a numerador 3 sobre
denominador raiz quadrada de 5 fim da fração. numerador raiz quadrada de 5 sobre
denominador raiz quadrada de 5 fim da fração igual a numerador 3 raiz quadrada de 5 sobre

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denominador raiz quadrada de 5.5 fim da raiz fim da fração igual a numerador 3 raiz quadrada
de 5 sobre denominador raiz quadrada de 5 ao quadrado fim da raiz fim da fração igual a
numerador 3 raiz quadrada de 5 sobre denominador 5 fim da fração

Neste caso, o quociente com o número irracional raiz quadrada de 5 no denominador foi
transformado em um número racional ao utilizarmos o fator racionalizante raiz quadrada de 5.

Conjuntos Numéricos
Os conjuntos numéricos reúnem diversos conjuntos cujos elementos são números. Eles são
formados pelos números naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais. O ramo da matemática
que estuda os conjuntos numéricos é a Teoria dos conjuntos.

Confira abaixo as características de cada um deles tais como conceito, símbolo e subconjuntos.

Conjunto dos Números Naturais (N)

O conjunto dos números naturais é representado por N. Ele reúne os números que usamos para
contar (incluindo o zero) e é infinito.

Subconjuntos dos Números Naturais

N* = {1, 2, 3, 4, 5..., n, ...} ou N* = N – {0}: conjuntos dos números naturais não-nulos, ou seja,
sem o zero.

Np = {0, 2, 4, 6, 8..., 2n, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais pares.

Ni = {1, 3, 5, 7, 9..., 2n+1, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais ímpares.

P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, ...}: conjunto dos números naturais primos.

Conjunto dos Números Inteiros (Z)

O conjunto dos números inteiros é representado por Z. Reúne todos os elementos dos números
naturais (N) e seus opostos. Assim, conclui-se que N é um subconjunto de Z (N ⊂ Z):

Subconjuntos dos Números Inteiros

Z* = {..., –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4, ...} ou Z* = Z – {0}: conjuntos dos números inteiros não-nulos,
ou seja, sem o zero.

Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros e não-negativos. Note que Z+ = N.

Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros positivos e sem o zero.

Z – = {..., –5, –4, –3, –2, –1, 0}: conjunto dos números inteiros não-positivos.

Z*– = {..., –5, –4, –3, –2, –1}: conjunto dos números inteiros negativos e sem o zero.

Conjunto dos Números Racionais (Q)

O conjunto dos números racionais é representado por Q. Reúne todos os números que podem
ser escritos na forma p/q, sendo p e q números inteiros e q≠0.

Q = {0, ±1, ±1/2, ±1/3, ..., ±2, ±2/3, ±2/5, ..., ±3, ±3/2, ±3/4, ...}

Note que todo número inteiro é também número racional. Assim, Z é um subconjunto de Q.

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Importante ressaltar que as dízimas periódicas são números racionais. Elas são números
decimais que se repetem após a vírgula, por exemplo: 1,4444444444... Embora possua infinitas
casas decimais, pode ser escrito como a fração 13/9.

Subconjuntos dos Números Racionais

Q* = subconjunto dos números racionais não-nulos, formado pelos números racionais sem o
zero.

Q+ = subconjunto dos números racionais não-negativos, formado pelos números racionais


positivos e o zero.

Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado pelos números racionais positivos,
sem o zero.

Q– = subconjunto dos números racionais não-positivos, formado pelos números racionais


negativos e o zero.

Q*– = subconjunto dos números racionais negativos, formado números racionais negativos, sem
o zero.

Conjunto dos Números Irracionais (I)

O conjunto dos números irracionais é representado por I. Reúne os números decimais não
exatos com uma representação infinita e não periódica, por exemplo: 3,141592... ou 1,203040...

Conjunto dos Números Reais (R)

O conjunto dos números reais é representado por R. Esse conjunto é formado pelos números
racionais (Q) e irracionais (I). Assim, temos que R = Q ∪ I. Além disso, N, Z, Q e I são subconjuntos
de R.

Mas, observe que se um número real é racional, ele não pode ser também irracional. Da mesma
maneira, se ele é irracional, não é racional.

Subconjuntos dos Números Reais

R*= {x ∈ R│x ≠ 0}: conjunto dos números reais não-nulos.

R+ = {x ∈ R│x ≥ 0}: conjunto dos números reais não-negativos.

R*+ = {x ∈ R│x > 0}: conjunto dos números reais positivos.

R– = {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não-positivos.

R*– = {x ∈ R│x < 0}: conjunto dos números reais negativos.

Leia também sobre Números: o que são, história e conjuntos.

Intervalos Numéricos

Há ainda um subconjunto relacionado com os números reais que são chamados de intervalos.
Sejam a e b números reais e a < b, temos os seguintes intervalos reais:

Intervalo aberto de extremos: ]a,b[ = {x ∈ R│a < x < b}

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Intervalo fechado de extremos: [a,b] = {x ∈ R│a ≤ x ≤ b}

Intervalo aberto à direta (ou fechado à esquerda) de extremos: [a,b[ = {x ∈ R│a ≤ x < b}

Intervalo aberto à esquerda (ou fechado à direita) de extremos: ]a,b] = {x ∈ R│a < x ≤ b}

Propriedades dos Conjuntos Numéricos

Para facilitar os estudos sobre os conjuntos numéricos, segue abaixo algumas de suas
propriedades:

O conjunto dos números naturais (N) é um subconjunto dos números inteiros: Z (N ⊂ Z).

O conjunto dos números inteiros (Z) é um subconjunto dos números racionais: (Z ⊂ Q).

O conjunto dos números racionais (Q) é um subconjunto dos números reais (R).

Os conjuntos dos números naturais (N), inteiros (Z), racionais (Q) e irracionais (I) são
subconjuntos dos números reais (R).

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Equação do Segundo Grau
A equação do segundo grau recebe esse nome porque é uma equação polinomial cujo termo de
maior grau está elevado ao quadrado. Também chamada de equação quadrática, é
representada por:

Numa equação do 2º grau, o x é a incógnita e representa um valor desconhecido. Já as letras a,


b e c são chamadas coeficientes da equação.

Os coeficientes são números reais e o coeficiente a tem que ser diferente de zero, pois do
contrário passa a ser uma equação do 1º grau.

b x espaço mais espaço c espaço igual a espaço 0

Resolver uma equação de segundo grau, significa determinar os valores reais de x, que tornam
a equação verdadeira. Esses valores são denominados raízes da equação.

Uma equação do segundo grau possui no máximo duas raízes reais.

Equações do 2º Grau Completas e Incompletas

As equações do 2º grau completas são aquelas que apresentam todos os coeficientes, ou seja,
a, b e c são diferentes de zero (a, b, c ≠ 0).

ax ao quadrado espaço mais espaço bx espaço mais espaço reto c espaço igual a espaço 0

Por exemplo, a equação 5x2 + 2x + 2 = 0 é completa, pois todos os coeficientes são diferentes
de zero (a = 5, b = 2 e c = 2).

Uma equação do segundo grau é incompleta quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0.

Exemplo 1 — equações do 2° grau incompletas

2 x ao quadrado espaço igual a espaço 0 espaço é espaço i n c o m p l e t a vírgula espaço p o i s


espaço a espaço igual a espaço 2 vírgula espaço b espaço igual a espaço 0 espaço e espaço c
espaço igual a espaço 0

x espaço mais espaço 2 espaço igual a espaço 0 espaço é espaço i n c o m p l e t a espaço p o i s


vírgula espaço b espaço igual a espaço 0

menos 3 x ao quadrado espaço menos espaço 2 x espaço igual a espaço 0 espaço é espaço i n c
o m p l e t a espaço p o i s vírgula espaço c espaço igual a espaço 0

Exemplo 2

Determine os valores de x que tornam a equação 4x2 - 16 = 0 verdadeira.

Solução:

A equação dada é uma equação incompleta do 2º grau, com b = 0. Para equações deste tipo,
podemos resolver, isolando o x. Assim:

4 x ao quadrado igual a 16 seta dupla para a direita x ao quadrado igual a 16 sobre 4 seta dupla
para a direita x igual a índice radical espaço em branco de 4 seta dupla para a direita x igual a
mais ou menos 2

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Note que a raiz quadrada de 4 pode ser 2 e - 2, pois esses dois números elevados ao quadrado
resultam em 4.

Assim, as raízes da equação 4x2 - 16 = 0 são x = - 2 e x = 2

Exemplo 3

Encontre o valor do x para que a área do retângulo abaixo seja igual a 2.

Solução:

A área do retângulo é encontrada multiplicando-se a base pela altura. Assim, devemos


multiplicar os valores dados e igualar a 2.

(x - 2) . (x - 1) = 2

Agora vamos multiplicar todos os termos:

x . x - 1 . x - 2 . x - 2 . (- 1) = 2

x2 - 1x - 2x + 2 = 2

x2 - 3x + 2 - 2 = 0

x2 - 3x = 0

Após resolver as multiplicações e simplificações, encontramos uma equação incompleta do


segundo grau, com c = 0.

Esse tipo de equação pode ser resolvida através da fatoração, pois o x se repete em ambos os
termos. Assim, iremos colocá-lo em evidência.

x . (x - 3) = 0

18
Para o produto ser igual a zero, ou x = 0 ou (x - 3) = 0. Contudo, substituindo x por zero, as
medidas dos lados ficam negativas, portanto, esse valor não será resposta da questão.

Então, temos que o único resultado possível é (x - 3) = 0. Resolvendo essa equação:

x-3=0

x=3

Desta forma, o valor do x para que a área do retângulo seja igual a 2 é x = 3.

Fórmula de Bhaskara

Quando uma equação do segundo grau é completa, usamos a Fórmula de Bhaskara para
encontrar as raízes da equação.

A fórmula é apresentada abaixo:

x igual a numerador menos b mais ou menos raiz quadrada de incremento sobre denominador
2. a fim da fração

Fórmula do Delta

Na fórmula de Bhaskara, aparece a letra grega Δ (delta), chamada discriminante da equação,


pois conforme o seu valor é possível saber qual o número de raízes (soluções) que a equação
terá.

Para determinar o delta usamos a seguinte fórmula:

incremento igual a b ao quadrado menos 4. a. c

Passo a Passo

Para resolver uma equação do 2º grau, usando a fórmula de Bhaskara, devemos seguir os
seguintes passos:

1º Passo: Identificar os coeficientes a, b e c.

Nem sempre os termos da equação aparecem na mesma ordem, portanto, é importante saber
identificar os coeficientes, independente da sequência em que estão.

O coeficiente a é o número que está junto ao x2, o b é o número que acompanha o x e o c é o


termo independente, ou seja, o número que aparece sem o x.

2º Passo: Calcular o delta.

Para calcular as raízes é necessário conhecer o valor do delta. Para isso, substituímos as letras
na fórmula pelos valores dos coeficientes.

Podemos, a partir do valor do delta, saber previamente o número de raízes que terá a equação
do 2º grau. Ou seja, se o valor de Δ for maior que zero (Δ > 0), a equação terá duas raízes reais
e distintas.

Se ao contrário, delta for menor que zero (Δ < 0), a equação não apresentará raízes reais e se
for igual a zero (Δ = 0), a equação apresentará somente uma raiz.

3º Passo: Calcular as raízes.

19
Se o valor encontrado para delta for negativo, não precisa fazer mais nenhum cálculo e a
resposta será que a equação não possui raízes reais.

Caso o valor do delta seja igual ou maior que zero, devemos substituir todas as letras pelos seus
valores na fórmula de Bhaskara e calcular as raízes.

Exemplo 4

Determine as raízes da equação 2x2 - 3x - 5 = 0

Solução:

Para resolver, primeiro devemos identificar os coeficientes, assim temos:

a=2

b=-3

c=-5

Agora, podemos encontrar o valor do delta. Devemos tomar cuidado com as regras de sinais e
lembrar que primeiro devemos resolver a potenciação e a multiplicação e depois a soma e a
subtração.

Δ = (- 3)2 - 4 . (- 5) . 2 = 9 +40 = 49

Como o valor encontrado é positivo, encontraremos dois valores distintos para as raízes. Assim,
devemos resolver a fórmula de Bhaskara duas vezes. Temos então:

Assim, as raízes da equação 2x2 - 3x - 5 = 0 são x = 5/2 e x = - 1.

Quando queremos encontrar valores de duas incógnitas diferentes que satisfaçam


simultaneamente duas equações, temos um sistema de equações.

As equações que formam o sistema podem ser do 1º grau e do 2º grau. Para resolver esse tipo
de sistema podemos usar o método da substituição e o método da adição.

Exemplo 5

Resolva o sistema abaixo:

Solução:

Para resolver o sistema, podemos utilizar o método da adição. Neste método, somamos os
termos semelhantes da 1ª equação com os da 2ª equação. Assim, reduzimos o sistema para uma
só equação.

20
Podemos ainda simplificar todos os termos da equação por 3 e o resultado será a equação x2 -
2x - 3 = 0. Resolvendo a equação, temos:

Δ = 4 - 4 . 1 . (- 3) = 4 + 12 = 16

Depois de encontrar os valores do x, não podemos esquecer que temos ainda de encontrar os
valores de y que tornam o sistema verdadeiro.

Para isso, basta substituir os valores encontrados para o x, em uma das equações.

y1 - 6. 3 = 4

y1 = 4 + 18

y1 = 22

y2 - 6 . (-1) = 4

y2 + 6 = 4

y2 = - 2

Portanto, os valores que satisfazem ao sistema proposto são (3, 22) e (- 1, - 2)

Expressões Algébricas

Expressões algébricas são expressões matemáticas que apresentam números, letras e


operações.

As expressões desse tipo são usadas com frequência em fórmulas e equações.

As letras que aparecem em uma expressão algébrica são chamadas de variáveis e representam
um valor desconhecido.

Os números escritos na frente das letras são chamados de coeficientes e deverão ser
multiplicados pelos valores atribuídos as letras.

Exemplos
a) x + 5
b) b2 – 4ac

Cálculo de uma Expressão Algébrica

O valor de uma expressão algébrica depende do valor que será atribuído às letras.

21
Para calcular o valor de uma expressão algébrica devemos substituir os valores das letras e
efetuar as operações indicadas. Lembrando que entre o coeficiente e a letras, a operação é de
multiplicação.

Exemplo

O perímetro de um retângulo é calculado usando a fórmula:

P = 2b + 2h

Substituindo as letras com os valores indicados, encontre o perímetro dos seguintes retângulos

Simplificação de Expressões Algébricas


Podemos escrever as expressões algébricas de forma mais simples somando seus termos
semelhantes (mesma parte literal).

Para simplificar iremos somar ou subtrair os coeficientes dos termos semelhantes e repetir a
parte literal.

Exemplos

22
a) 3xy + 7xy4 - 6x3y + 2xy - 10xy4 = (3xy + 2xy) + (7xy4 - 10xy4) - 6x3y = 5xy - 3xy4 - 6x3y
b) ab - 3cd + 2ab - ab + 3cd + 5ab = (ab + 2ab - ab + 5ab) + (- 3cd + 3cd) = 7ab
Fatoração de Expressões Algébricas
Fatorar significa escrever uma expressão como produto de termos.

Transformar uma expressão algébrica em uma multiplicação de termos, frequentemente nos


permite simplificar a expressão.

Para fatorar uma expressão algébrica podemos usar os seguintes casos:

Fator comum em evidência: ax + bx = x . (a + b)


Agrupamento: ax + bx + ay + by = x . (a + b) + y . (a + b) = (x + y) . (a + b)
Trinômio Quadrado Perfeito (Adição): a2 + 2ab + b2 = (a + b)2
Trinômio Quadrado Perfeito (Diferença): a2 – 2ab + b2 = (a – b)2
Diferença de dois quadrados: (a + b) . (a – b) = a2 – b2
Cubo Perfeito (Soma): a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 = (a + b)3
Cubo Perfeito (Diferença): a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 = (a - b)3
Para saber mais sobre fatoração, leia também:

• Polinômios
• Fatoração de Polinômios
• Produtos Notáveis - Exercícios
Monômios
Quando uma expressão algébrica apresenta apenas multiplicações entre o coeficiente e as letras
(parte literal), ela é chamada de monômio.

Exemplos
a) 3ab
b) 10xy2z3
c) bh (quando não aparece nenhum número no coeficiente, seu valor é igual a 1)
Os monômios semelhantes são os que apresentam a mesma parte literal (mesmas letras com
mesmos expoentes).

Os monômios 4xy e 30xy são semelhantes. Já os monômios 4xy e 30x2y3 não são semelhantes,
pois as letras correspondentes não possuem o mesmo expoente.

Polinômios
Quando uma expressão algébrica possui somas e subtrações de monômios não semelhantes é
chamada de polinômio.

Exemplos
a) 2xy + 3 x2y - xy3
b) a + b
c) 3abc + ab + ac + 5 bc
Operações Algébricas
Soma e subtração
A soma ou a subtração algébrica é feita somando-se ou subtraindo-se os coeficientes dos termos
semelhantes e repetindo a parte literal.

Exemplo
a) Somar (2x2 + 3xy + y2) com (7x2 - 5xy - y2)

(2x2 + 3xy + y2) + (7x2 - 5xy - y2) = (2 + 7) x2 + (3 - 5) xy + (1 - 1) y2 = 9x2 - 2xy

23
b) Subtrair (5ab - 3bc + a2) de (ab + 9bc - a3)

É importante observar que o sinal de menos na frente dos parênteses inverte todos os sinais de
dentro dos parênteses.

(5ab - 3bc + a2) - (ab + 9bc - a3) = 5ab - 3bc + a2 - ab - 9bc + a3 =


(5 - 1) ab + (- 3 - 9)bc + a2 + a3 = 4ab -12bc + a2 + a3
Multiplicação
A multiplicação algébrica é feita multiplicando-se termo a termo.

Para multiplicar a parte literal, usamos a propriedade da potenciação para multiplicação de


mesma base: "repete-se a base e soma-se os expoentes".

Exemplo
Multiplicar (3x2 + 4xy) com (2x + 3)

(3x2 + 4xy) . (2x + 3) = 3x2 . 2x + 3x2 . 3 + 4xy . 2x + 4xy . 3 = 6x3 + 9x2 + 8x2y + 12xy

Divisão de um polinômio por um monômio


A divisão de um polinômio por um monômio é feita dividindo os coeficientes do polinômio pelo
coeficiente do monômio. Na parte literal, usa-se a propriedade da divisão de potência de mesma
base (repete-se a base e subtrai os expoentes).

Exemplo

Fatoração
Fatoração é um processo utilizado na matemática que consiste em representar um número ou
uma expressão como produto de fatores.

Ao escrever um polinômio como a multiplicação de outros polinômios, frequentemente


conseguimos simplificar a expressão.

Confira abaixo os tipos de fatoração de polinômios:

Fator Comum em Evidência

Usamos esse tipo de fatoração quando existe um fator que se repete em todos os termos do
polinômio.

Esse fator, que pode conter número e letras, será colocado na frente dos parênteses.

Dentro dos parênteses ficará o resultado da divisão de cada termo do polinômio pelo fator
comum.

Na prática, vamos fazer os seguintes passos:

1º) Identificar se existe algum número que divide todos os coeficientes do polinômio e letras
que se repetem em todos os termos.

24
2º) Colocar os fatores comuns (número e letras) na frente dos parênteses (em evidência).

3º) Colocar dentro dos parênteses o resultado da divisão de cada fator do polinômio pelo fator
que está em evidência. No caso das letras, usamos a regra da divisão de potências de mesma
base.

Exemplos

a) Qual é a forma fatorada do polinômio 12x + 6y - 9z?

Primeiro, identificamos que o número 3 divide todos os coeficientes e que não existe nenhuma
letra que se repete.

Colocamos o número 3 na frente dos parênteses, dividimos todos os termos por três e o
resultado iremos colocar dentro dos parênteses:

12x + 6y - 9z = 3 (4x + 2y - 3z)

b) Fatore 2a2b + 3a3c - a4.

Como não existe número que divide ao mesmo tempo 2, 3 e 1, não iremos colocar nenhum
número na frente dos parênteses.

A letra a se repete em todos os termos. O fator comum será o a2, que é o menor expoente do a
na expressão.

Dividimos cada termo do polinômio por a2:

2a2 b : a2 = 2a2 - 2 b = 2b

3a3c : a2 = 3a3 - 2 c = 3ac

a4 : a2 = a2

Colocamos o a2 na frente dos parênteses e os resultados das divisões dentro dos parênteses:

2a2b + 3a3c - a4 = a2 (2b + 3ac - a2)

Agrupamento

No polinômio que não exista um fator que se repita em todos os termos, podemos usar a
fatoração por agrupamento.

Para isso, devemos identificar os termos que podem ser agrupados por fatores comuns.

Nesse tipo de fatoração, colocamos os fatores comuns dos agrupamentos em evidência.

Exemplo

Fatore o polinômio mx + 3nx + my + 3ny

Os termos mx e 3nx tem como fator comum o x. Já os termos my e 3ny possuem como fator
comum o y.

Colocando esses fatores em evidência:

x (m + 3n) + y (m + 3n)

Note que o (m + 3n) agora também se repete nos dois termos.

25
Colocando novamente em evidência, encontramos a forma fatorada do polinômio:

mx + 3nx + my + 3ny = (m + 3n) (x + y)

Trinômio Quadrado Perfeito

Trinômios são polinômios com 3 termos.

Os trinômios quadrados perfeitos a2 + 2ab + b2 e a2 - 2ab + b2 resultam do produto notável do


tipo (a + b)2 e (a - b)2.

Assim, a fatoração do trinômio quadrado perfeito será:

a2 + 2ab + b2 = (a + b)2 (quadrado da soma de dois termos)

a2 - 2ab + b2 = (a - b)2 (quadrado da diferença de dois termos)

Para saber se realmente um trinômio é quadrado perfeito, fazemos o seguinte:

1º) Calcular a raiz quadrada dos termos que aparecem ao quadrado.

2º) Multiplicar os valores encontrados por 2.

3º) Comparar o valor encontrado com o termo que não apresenta quadrados. Se forem iguais,
é um quadrado perfeito.

Exemplos

a) Fatorar o polinômio x2 + 6x + 9

Primeiro, temos que testar se o polinômio é quadrado perfeito.

√x2 = x e √9 = 3

Multiplicando por 2, encontramos: 2 . 3 . x = 6x

Como o valor encontrado é igual ao termo que não está ao quadrado, o polinômio é quadrado
perfeito.

Assim, a fatoração será:

x2 + 6x + 9 = (x + 3)2

b) Fatorar o polinômio x2 - 8xy + 9y2

Testando se é trinômio quadrado perfeito:

√x2 = x e √9y2 = 3y

Fazendo a multiplicação: 2 . x . 3y = 6xy

O valor encontrado não coincide com o termo do polinômio (8xy ≠ 6xy).

Como não é um trinômio quadrado perfeito, não podemos usar esse tipo de fatoração.

Diferença de Dois Quadrados

Para fatorar polinômios do tipo a2 - b2 usamos o produto notável da soma pela diferença.

Assim, a fatoração de polinômios desse tipo será:

26
a2 - b2 = (a + b) . (a - b)

Para fatorar, devemos calcular a raiz quadrada dos dois termos.

Depois, escrever o produto da soma dos valores encontrados pela diferença desses valores.

Exemplo

Fatorar o binômio 9x2 - 25.

Primeiro, encontrar a raiz quadrada dos termos:

√9x2 = 3x e √25 = 5

Escrever esses valores como produto da soma pela diferença:

9x2 - 25 = (3x + 5) . (3x - 5)

Cubo Perfeito

Os polinômios a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 e a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 resultam do produto notável do


tipo (a + b)3 ou (a - b)3.

Assim, a forma fatorada do cubo perfeito é:

a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 = (a + b)3

a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 = (a - b)3

Para fatorar polinômios desse tipo, devemos calcular a raiz cúbica dos termos ao cubo.

Depois, é necessário confirmar se o polinômio é cubo perfeito.

Se for, elevamos ao cubo a soma ou a subtração dos valores das raízes cúbicas encontradas.

Exemplos

a) Fatorar o polinômio x3 + 6x2 + 12x + 8

Primeiro, vamos calcular a raiz cúbica dos termos ao cubo:

3√ x3 = x e 3√ 8 = 2

Depois, confirmar se é cubo perfeito:

3 . x2 . 2 = 6x2

3 . x . 22 = 12x

Como os termos encontrados são iguais aos termos do polinômio, então é um cubo perfeito.

Assim, a fatoração será:

x3 + 6x2 + 12x + 8 = (x + 2)3

b) Fatorar o polinômio a3 - 9a2 + 27a - 27

Primeiro vamos calcular a raiz cúbica dos termos ao cubo:

3√ a3 = a e 3√ - 27 = - 3

27
Depois confirmar se é cubo perfeito:

3 . a2 . (- 3) = - 9a2

3 . a . (- 3)2 = 27a

Como os termos encontrados são iguais aos termos do polinômio, então é um cubo perfeito.

Assim, a fatoração será:

a3 - 9a2 + 27a - 27 = (a - 3)3

Produtos Notáveis
"Produtos notáveis são multiplicações em que os fatores são polinômios. Existem cinco produtos
notáveis mais relevantes: quadrado da soma, quadrado da diferença, produto da soma pela
diferença, cubo da soma e cubo da diferença.

Quadrado da soma

Os produtos entre polinômios conhecidos como quadrados da soma são os do tipo:

(x + a)(x + a)

O nome quadrado da soma é dado porque a representação por potência desse produto é a
seguinte:

(x + a)2

A solução desse produto notável sempre será o polinômio a seguir:

(x + a)2 = x2 + 2xa + a2

Esse polinômio é obtido por meio da aplicação da propriedade distributiva da seguinte maneira:

(x + a)2 = (x + a)(x + a) = x2 + xa + ax + a2 = x2 + 2xa + a2

O resultado final desse produto notável pode ser usado como fórmula para qualquer hipótese
em que houver uma soma elevada ao quadrado. Geralmente, esse resultado é ensinado da
seguinte maneira:

O quadrado do primeiro termo mais duas vezes o primeiro vezes o segundo mais o quadrado do
segundo termo

Exemplo:

(x + 7)2 = x2 + 2x7 + 49 = x2 + 14x + 49

Observe que esse resultado é obtido pela aplicação da propriedade distributiva em (x + 7)2.
Portanto, a fórmula é obtida a partir da propriedade distributiva sobre (x + a)(x + a).

Quadrado da diferença

O quadrado da diferença é o seguinte:

(x – a)(x – a)

Esse produto pode ser escrito da seguinte maneira por meio da notação de potências:

28
(x – a)2

O seu resultado é o seguinte:

(x – a)2 = x2 – 2xa + a2

Perceba que a única diferença entre os resultados do quadrado da soma e da diferença é um


sinal negativo no termo do meio.

Geralmente, esse produto notável é ensinado da seguinte maneira:

O quadrado do primeiro termo menos duas vezes o primeiro vezes o segundo mais o quadrado
do segundo termo.

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Produto da soma pela diferença

É o produto notável que envolve um fator com uma soma e outro com uma subtração. Exemplo:

(x + a)(x – a)

Não há representação em forma de potência para esse caso, mas sua solução sempre será
determinada pela seguinte expressão, também obtida com a técnica do quadrado da soma:

(x + a)(x – a) = x2 – a2

Como exemplo, vamos calcular (xy + 4)(xy – 4).

(xy + 4)(xy – 4) = (xy)2 – 162

Esse produto notável é ensinado da seguinte maneira:

O quadrado do primeiro termo menos o quadrado do segundo termo.

Cubo da soma

Com a propriedade distributiva, é possível criar uma “fórmula” também para produtos com o
seguinte formato:

(x + a)(x + a)(x + a)

Na notação de potência, ele é escrito da seguinte maneira:

(x + a)3

Por meio da propriedade distributiva e simplificando o resultado, encontraremos o seguinte


para esse produto notável:

(x + a)3 = x3 + 3x2a + 3xa2 + a3

Assim, em vez de fazer um cálculo extenso e cansativo, podemos calcular (x + 5)3, por exemplo,
facilmente da seguinte maneira:

(x + 5)3 = x3 + 3x25 + 3x52 + 53 = x3 + 15x2 + 75x + 125

Cubo da diferença

O cubo da diferença é o produto entre os seguintes polinômios:

29
(x – a)(x – a)(x – a)

Por meio da propriedade distributiva e simplificando os resultados, encontraremos o seguinte


resultado para esse produto:

(x – a)3 = x3 – 3x2a + 3xa2 – a3

Vamos calcular como exemplo o seguinte cubo da diferença:

(x – 2y)3

(x – 2y)3 = x3 – 3x22y + 3x(2y)2 – (2y)3 = x3 – 3x22y + 3x4y2 – 8y3 = x3 – 6x2y + 12xy2 – 8y3

Sistemas de Equações
Um sistema de equações é constituído por um conjunto de equações que apresentam mais de
uma incógnita. Para resolver um sistema é necessário encontrar os valores que satisfaçam
simultaneamente todas as equações.

Um sistema é chamado do 1º grau, quando o maior expoente das incógnitas, que integram as
equações, é igual a 1 e não existe multiplicação entre essas incógnitas.

Como resolver um sistema de equações do 1º grau?

Podemos resolver um sistema de equações do 1º grau, com duas incógnitas, usando o método
da substituição ou o da soma.

Método da substituição

Esse método consiste em escolher uma das equações e isolarmos uma das incógnitas, para
determinar o seu valor em relação a outra incógnita. Depois, substituímos esse valor na outra
equação.

Desta forma, a segunda equação ficará com uma única incógnita e, assim, poderemos encontrar
o seu valor final. Para finalizar, substituímos na primeira equação o valor encontrado e, assim,
encontramos também o valor da outra incógnita.

Exemplo

Resolva o seguinte sistema de equações:

abre chaves atributos de tabela alinhamento de coluna left espaçamento de coluna 1.4ex fim
dos atributos linha com célula com x mais y igual a fim da célula 12 linha com célula com 3 x
menos y igual a fim da célula 20 fim da tabela fecha

Resolução

Vamos começar escolhendo a primeira equação do sistema, que é a equação mais simples, para
isolar o x. Assim temos:

exemplo sistema de equação

Após substituir o valor de x, na segunda equação, podemos resolvê-la, da seguinte maneira:

3. espaço parêntese esquerdo 12 menos y parêntese direito espaço menos y espaço igual a
espaço 20 36 menos 3 y menos y igual a 20 menos 4 y igual a 20 menos 36 4 y igual a 16 y igual
a 16 sobre 4 igual a 4

30
Agora que encontramos o valor do y, podemos substituir esse valor da primeira equação, para
encontrar o valor do x:

x mais 4 igual a 12 x igual a 12 menos 4 x igual a 8

Assim, a solução para o sistema dado é o par ordenado (8, 4). Repare que esse resultado tornam
ambas as equações verdadeiras, pois 8 + 4 = 12 e 3.8 - 4 = 20.

Método da Adição

No método da adição buscamos juntar as duas equações em uma única equação, eliminando
uma das incógnitas.

Para isso, é necessário que os coeficientes de uma das incógnitas sejam opostos, isto é, devem
ter o mesmo valor e sinais contrários.

Exemplo

Para exemplificar o método da adição, vamos resolver o mesmo sistema anterior:

abre chaves atributos de tabela alinhamento de coluna left espaçamento de coluna 1.4ex fim
dos atributos linha com célula com x mais y igual a fim da célula 12 linha com célula com 3 x
menos y igual a fim da célula 20 fim da tabela fecha

Note que nesse sistema a incógnita y possui coeficientes opostos, ou seja, 1 e - 1. Então, iremos
começar a calcular somando as duas equações, conforme indicamos abaixo:

exemplo sistema por adição

Ao anular o y, a equação ficou apenas com o x, portanto agora, podemos resolver a equação:

x igual a 32 sobre 4 igual a 8

Para encontrar o valor do y, basta substituir esse valor em uma das duas equações. Vamos
substituir na mais simples:

8 mais y igual a 12 seta dupla para a direita y igual a 12 menos 8 seta dupla para a direita y igual
a4

Note que o resultado é o mesmo que já havíamos encontrado, usando o método da substituição.

Quando as equações de um sistema não apresentam incógnitas com coeficientes opostos,


podemos multiplicar todos os termos por um determinado valor, a fim de tornar possível utilizar
esse método.

Por exemplo, no sistema abaixo, os coeficientes de x e de y não são opostos:

abre chaves atributos de tabela alinhamento de coluna left fim dos atributos linha com célula
com 3 x mais y igual a 24 fim da célula linha com célula com 5 x mais 2 y igual a 60 fim da célula
fim da tabela fecha

Portanto, não podemos, inicialmente, anular nenhuma das incógnitas. Neste caso, devemos
multiplicar por algum número que transforme o coeficiente em um número oposto do
coeficiente da outra equação.

Podemos, por exemplo, multiplicar a primeira equação por - 2. Contudo, devemos ter o cuidado
de multiplicarmos todos os termos por - 2, para não modificarmos a igualdade.

31
Assim, o sistema equivalente ao que queremos calcular é:

abre chaves atributos de tabela alinhamento de coluna left fim dos atributos linha com célula
com menos 6 x menos 2 y igual a menos 48 fim da célula linha com célula com 5 x mais 2 y igual
a 60 fim da célula fim da tabela fecha

Agora, é possível resolver o sistema por adição, conforme apresentado abaixo:

exemplo método da adição

Logo, x = - 12, não podemos esquecer de substituir esse valor em uma das equações para
encontrar o valor do y. Substituindo na primeira equação, temos:

menos 6. parêntese esquerdo menos 12 parêntese direito menos 2 y igual a menos 48 mais 72
menos 2 y igual a menos 48 menos 2 y igual a menos 48 menos 72 menos 2 y igual a menos 120
y igual a 120 sobre 2 igual a 60

Assim, a solução para o sistema é o par ordenado (- 12, 60)

Classificação dos sistemas de equações

Um sistema do 1º grau, com duas incógnitas x e y, formado pelas equações a1x + b1y = c1 e a2x
+ b2y = c2, terá a seguinte classificação: possível e determinado, possível e indeterminado e
impossível.

O sistema será possível e determinado quando apresentar uma única solução. Isso acontecerá
quando:

a com 1 subscrito sobre a com 2 subscrito não igual b com 1 subscrito sobre b com 2 subscrito

Quando o sistema apresentar infinitas soluções, será classificado como possível e


indeterminado. A condição para que um sistema seja desse tipo é:

a com 1 subscrito sobre a com 2 subscrito igual a b com 1 subscrito sobre b com 2 subscrito igual
a c com 1 subscrito sobre c com 2 subscrito

Já os sistemas impossíveis, não possuem nenhuma solução. Nesse tipo de sistema temos:

a com 1 subscrito sobre a com 2 subscrito igual a b com 1 subscrito sobre b com 2 subscrito não
igual c com 1 subscrito sobre c com 2 subscrito

Exemplo

Classifique o sistema abaixo:

abre chaves atributos de tabela alinhamento de coluna left fim dos atributos linha com célula
com 2 x mais y igual a menos 4 fim da célula linha com célula com 4 x mais 2 y igual a 6 fim da
célula fim da tabela fecha

Para identificar o tipo de sistema, vamos calcular a razão entre os coeficientes das equações:

a com 1 subscrito sobre a com 2 subscrito igual a 2 sobre 4 b com 1 subscrito sobre b com 2
subscrito igual a 1 meio c com 1 subscrito sobre c com 2 subscrito igual a numerador menos 4
sobre denominador 6 fim da fração igual a menos 2 sobre 3

Como

32
2 sobre 4 igual a 1 meio não igual menos 2 sobre 3

Então, o sistema é impossível.

Proporcionalidade
A proporcionalidade estabelece uma relação entre as grandezas e grandeza é tudo aquilo que
pode ser medido ou contado.

No cotidiano existem muitos exemplos dessa relação, como ao dirigir um carro, o tempo que se
leva para efetuar o percurso depende da velocidade empregada, ou seja, tempo e velocidade
são grandezas proporcionais.

O que é proporcionalidade?

Uma proporção representa a igualdade entre duas razões, sendo que uma razão corresponde
ao quociente de dois números. Veja como representá-la a seguir.

reto a sobre reto b igual a reto c sobre reto d

Lê-se: a está para b assim como c está para d.

Acima, vemos que a, b, c e d são os termos de uma proporção, que possui as seguintes
propriedades:

Propriedade fundamental: reto a. reto d espaço igual a espaço reto b. reto c

Propriedade da soma:numerador reto a espaço mais espaço reto b sobre denominador reto b
fim da fração igual a numerador reto c espaço mais espaço reto d sobre denominador reto d fim
da fração

Propriedade da subtração:numerador reto a espaço menos espaço reto b sobre denominador


reto b fim da fração igual a numerador reto c espaço menos espaço reto d sobre denominador
reto d fim da fração

Exemplo de proporcionalidade: Pedro e Ana são irmãos e perceberam que a soma das suas
idades é igual a idade do pai, que é 60 anos. Se a idade de Pedro está para a de Ana assim como
4 está para 2, qual a idade de cada um deles?

Solução:

Primeiramente, montamos a proporção utilizando P para idade de Pedro e A para idade de Ana.

reto P sobre reto A igual a 4 sobre 2

Sabendo que P + A = 60, aplicamos a propriedade da soma e encontramos a idade de Ana.

numerador reto P espaço mais espaço reto A sobre denominador reto A fim da fração igual a
numerador 4 espaço mais espaço 2 sobre denominador 2 fim da fração 60 sobre reto A igual a
6 sobre 2 120 espaço igual a espaço 6 reto A reto A espaço igual a espaço 20

Aplicando a propriedade fundamental das proporções, calculamos a idade de Pedro.

reto P espaço. espaço 2 espaço igual a espaço 20 espaço. espaço 4 reto P espaço igual a 80 sobre
2 reto P espaço igual a espaço 40

Descobrimos que Ana tem 20 anos e Pedro tem 40 anos.

33
Proporcionalidades: direta e inversa

Quando estabelecemos a relação entre duas grandezas, a variação de uma grandeza provoca
uma mudança na outra grandeza na mesma proporção. Ocorre então uma proporcionalidade
direta ou inversa.

Grandezas diretamente proporcionais

Duas grandezas são diretamente proporcionais quando a variação ocorre sempre na mesma
razão.

Exemplo: Uma indústria tem instalado um medidor de nível, que a cada 5 minutos marca a altura
de água no reservatório. Observe a variação da altura de água ao longo do tempo.

Tempo (min) Altura (cm)


10 12
15 18
20 24

Observe que essas grandezas são diretamente proporcionais e possuem variação linear, ou seja,
o aumento de uma implica no aumento da outra.

A constante de proporcionalidade (k) estabelece uma razão entre os números das duas colunas
da seguinte forma:

10 sobre 12 igual a 15 sobre 18 igual a 20 sobre 24 igual a 5 sobre 6

Genericamente, podemos dizer que a constante para grandezas diretamente proporcionais é


dada por x/y = k.

Grandezas inversamente proporcionais

Duas grandezas são inversamente proporcionais quando uma grandeza varia na razão inversa
da outra.

Exemplo: João está treinando para uma prova de corrida e, por isso, decidiu verificar a
velocidade que ele deveria correr para alcançar a linha de chegada no menor tempo possível.
Observe o tempo que ele levou em diferentes velocidades.

Velocidade (m/s) Tempo (s)


20 60
40 30
60 20

Observe que as grandezas variam inversamente, ou seja, o aumento de uma implica na


diminuição da outra na mesma proporção.

Veja como é dada a constante de proporcionalidade (k) entre as grandezas das duas colunas:

34
20 espaço. espaço 60 espaço igual a espaço 40 espaço. espaço 30 espaço igual a 60 espaço.
espaço 20 espaço igual a espaço 1 espaço 200

Genericamente, podemos dizer que a constante para grandezas inversamente proporcionais é


encontrada utilizando a fórmula x . y = k.

Porcentagem
Porcentagem, representada pelo símbolo %, é a divisão de um número qualquer por 100. A
expressão 25%, por exemplo, significa que 25 partes de um todo foram divididas em 100 partes.

Há três formas de representar uma porcentagem: forma percentual, forma fracionária e forma
decimal. O cálculo do valor representado por uma porcentagem geralmente é feito a partir de
uma multiplicação de frações ou de números decimais, por isso o domínio das quatro operações
é fundamental para a compreensão de como calcular corretamente uma porcentagem.

Leia também: Quatro dicas para aprender Matemática

Representações de uma porcentagem

Símbolo conhecido como por cento.

• Forma percentual

A representação na forma percentual ocorre quando o número é seguido do símbolo % (por


cento).

Exemplos:

35
5%

0,1%

150%

• Forma fracionária

Para realização de cálculos, uma das formas possíveis de representação de uma porcentagem é
a forma fracionária, que pode ser uma fração irredutível ou uma simples fração sobre o número
100.

Exemplo:

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• Forma decimal

A forma decimal é uma possibilidade de representação também. Para encontrá-la, é necessária


a realização da divisão.

Exemplo:

A forma decimal de 25% é obtida pela divisão de 25 : 100 = 0,25.

36
Macete

Lembrando que a nossa base é decimal, então, ao dividir por 100, basta andar com a vírgula duas casas para a esquerda.

Exemplos:

• Forma percentual para a forma decimal:

30% = 0,30 = 0,3

5% = 0,05

152% = 1,52

Alguns exercícios pedem para fazermos o contrário, ou seja, transformar um número decimal em porcentagem. Para
isso, basta andarmos com a vírgula duas casas para a direita (aumentando o número) e acrescentar o símbolo %.

• Forma decimal para a forma percentual:

0,23 = 23%

0,111 = 11,1%

0,8 = 80%

1,74 = 174 %

Leia também: Divisão com números decimais

Como calcular uma porcentagem?

Os problemas que envolvem porcentagem são bastante recorrentes, portanto, saber calculá-la
é essencial. A estratégia de resolução depende do tipo de problema com o qual se está lidando.
Veja algumas possibilidades:

Exemplo 1: Um plano de uma empresa de telefonia custava R$50,00, porém houve um aumento
de 4%. Qual é o valor do aumento em reais? Qual é o novo valor da fatura?

Resolução por meio de multiplicação de frações:

Vamos encontrar o valor de referência, ou seja, o valor que corresponde a 100%. No caso, o
valor de referência é R$ 50,00, que sofreu o aumento de 4%.

Calcularemos o valor do aumento a partir da forma fracionária, isto é, 4% de 50:

Lembrando que, na multiplicação de frações, multiplica-se numerador com numerador e


denominador com denominador.

37
Então, o aumento será de R$ 2,00, e o novo valor da fatura será de R$ 52,00.

Exemplo 2: Suponha que um produto custava R$ 400,00 e teve um desconto de R$ 25,00. Qual
foi o valor percentual de desconto?

Resolução: Temos como valor referente aos 100% os R$ 400,00. Logo, para calcular o desconto
em porcentagem, basta calcular a razão do valor de desconto sobre o valor de referência.

Exemplo 3: Para a mudança de categoria na luta, um lutador precisava aumentar seu peso em
20%, atingindo um peso total de 76,8 kg. Qual é o peso atual do atleta?

Resolução:

Tendo em vista que o peso inicial do atleta corresponde a 100%, ele terá um aumento de 20%,
logo, em comparação com o peso inicial do lutador, 80 kg corresponde a 120%.

Utilizando regra de três, temos que:

Peso(kg) %
76,8 120
x 100
Como as grandezas são diretamente proporcionais (à medida que o peso aumenta, a
porcentagem referente a ele também aumenta), vamos multiplicar cruzado:

Leia também: Três erros cometidos na regra de três

• Cálculo de porcentagem de porcentagem

Exemplo: Calcule 15% de 38%.

Resolução: Para calcular porcentagem de porcentagem, utilizamos a multiplicação de duas


frações ou a multiplicação de dois números decimais.

Forma fracionária:

38
Introdução à Geometria
"A Geometria é uma das três grandes áreas da Matemática, ao lado de cálculo e álgebra. A
palavra “geometria” tem origem grega e sua tradução literal é: “medir a terra”. Essa informação
nos dá pistas de como nasceu e o motivo pelo qual ela se desenvolveu durante os séculos.

A Geometria é o estudo das formas dos objetos presentes na natureza, das posições ocupadas
por esses objetos, das relações e das propriedades relativas a essas formas.

Como a geometria é construída?

A geometria é construída sobre objetos primitivos: ponto, reta, plano, espaço, entre outros.
Esses objetos não possuem definição, mas possuem características que possibilitam sua
identificação.

Fazendo uso desses objetos primitivos é que são definidas as primeiras formas geométricas do
plano: segmentos de reta, polígonos e ângulos. A partir delas, é feita a definição de distância
entre dois pontos, da qual depende a definição de círculo. Tudo isso serve como base para a
construção da geometria espacial.

A geometria também é responsável por propriedades das figuras geométricas. Essas


propriedades nada mais são do que resultados de relações analisadas nos objetos e figuras
geométricas. Uma propriedade das circunferências, por exemplo, é a seguinte: o resultado da
divisão entre o perímetro de um círculo e seu diâmetro sempre será igual a π (aproximadamente
3,14).

Desse modo, a geometria é construída relacionando objetos básicos a fim de obter objetos mais
elaborados. Estes são relacionados entre si para chegar a objetos ainda mais elaborados e assim
sucessivamente.

Divisões da geometria

Atualmente a geometria é dividida em dois conjuntos: Geometria Euclidiana e Geometrias não


Euclidianas.

Geometrias não Euclidianas

Euclides, grande matemático e escritor, viveu provavelmente no século III a.C. e é chamado de
pai da geometria. Ele foi o primeiro a reunir toda a geometria em uma única obra, chamada “Os
Elementos”. Esse matemático baseou a geometria plana em cinco postulados.

O quinto desses postulados é muito mais sofisticado que os outros quatro. Isso levantou dúvidas
entre os matemáticos, desde sua época até meados do século XIX, quando Lobachevsky, um
matemático russo, resolveu reconstruir a geometria, mas utilizando a negação do quinto
postulado de Euclides.

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Esse postulado afirmava: Por um ponto fora de uma reta passa uma única reta paralela à reta
dada. Lobachevsky considerou o contrário: Por um ponto fora de uma reta passa mais de uma
reta paralela à reta dada.

Os objetos e figuras geométricas são definidos da mesma forma que na geometria plana, a única
diferença é realmente o quinto postulado.

39
Os resultados obtidos por Lobachevsky são divididos da seguinte forma: aqueles que não
dependem do quinto axioma de Euclides são idênticos à geometria tradicional. Já os que
dependem são diferentes. Por exemplo, a soma dos ângulos internos de um triângulo, nas
geometrias construídas a partir de Lobachevsky, não é igual a 180°.

Os estudos de Lobachevsky deram origem à geometria Rhiemanniana e abriram uma porta para
a construção de outras geometrias completamente distintas da geometria plana e espacial que
conhecemos. O fato mais interessante é que os seus resultados possuem muitas aplicações no
dia a dia.

Geometria Euclidiana

É a geometria discutida nos ensinos fundamental e médio e a única geometria conhecida pelo
homem até meados do século XIX. A geometria Euclidiana é dividida nas seguintes subáreas:

Geometria Plana: Todas as figuras, formas e definições são feitas para objetos pertencentes ao
plano, isto é, que possuem apenas largura e comprimento, mas não possuem profundidade.

Os conceitos discutidos pela geometria plana são de ponto, reta, plano, posições relativas,
distância entre dois pontos, ângulos, polígonos, áreas e trigonometria, entre outros.

Geometria Espacial: Os objetos pertencem ao espaço tridimensional, ou seja, agora existe a


possibilidade de considerar a sua profundidade.

Os conceitos discutidos na geometria espacial são: todos os da geometria plana, além de planos,
poliedros e corpos redondos.

Geometria Analítica: Subárea que relaciona a geometria com a álgebra e utiliza uma para
resolver problemas provenientes da outra.

Os conceitos discutidos na geometria analítica são: todos os conceitos e definições da geometria


plana e espacial do ponto de vista algébrico, coordenadas, vetores, matrizes, quádricas e sólidos
de revolução, entre outros.

Razões Trigonométricas

As razões trigonométricas, também chamadas de relações trigonométricas, são as possíveis


divisões entre as medidas dos dois lados de um triângulo. As três razões mais conhecidas são:
seno, cosseno e tangente.

No triângulo abaixo, o lado da hipotenusa é oposto ângulo reto (90º) e o maior lado do triângulo.
Já o lado oposto ao ângulo reto recebe o nome de cateto oposto e o lado que toca esse ângulo
é denominado de cateto adjacente.
A partir da divisão entre dois dos três lados obtemos as relações trigonométricas:
• Seno (sen) = cateto oposto/hipotenusa
• Cosseno (Cos) = cateto adjacente/hipotenusa
• Tangente (Tg) = cateto oposto/cateto adjacente

40
Triângulo retângulo. (Foto: Wikipédia)

O que é trigonometria?

A trigonometria é a área da matemática responsável pelo estudo das relações entre os lados e
ângulos do triângulo, com foco no triângulo retângulo, e as razões trigonométricas do seno,
cosseno e tangente.
As razões trigonométricas podem ser expandidas para outros tipos de triângulos através das leis
dos senos e cossenos. Posteriormente, alguns resultados podem ser notados em triângulos cujos
lados são segmentos notáveis de um círculo, sendo conhecido como círculo trigonométrico.
Em relação ao triângulo retângulo, tal figura é uma das mais importantes da geometria. Ele é
formado por um ângulo de 90º (ângulo reto) e outros dois que são menores que 90º (ângulos
agudos), sendo que a soma dos ângulos internos é de 180°.
A posição do ângulo reto determina os lados, então:
• Hipotenusa: lado maior e oposto ao ângulo de 90º;
• Cateto adjacente: lado próximo ao ângulo de 90º;
• Cateto oposto: lado contrário ao ângulo de 90º.
A relação entre os lados do triângulo é fundamentada no Teorema de Pitágoras, cujo enunciado
é: “a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da sua hipotenusa”.
Isso significa que no triângulo retângulo, a hipotenusa é representada pela letra “a” e os seus
catetos pelas letras “b” e “c”, a fórmula que explicita essa relação é a² = b² + c².
Razões trigonométricas e funções trigonométricas
Como já sabemos, as razões trigonométricas de seno, cosseno e tangente estão relacionados às
medidas dos lados e ângulos do triângulo retângulo. Mas além disso, tais elementos formam as
funções trigonométricas, pois ocorrem em determinados intervalos de tempo.
Falar em função, implica também na existência de domínio e imagem. O primeiro refere-se ao
conjunto de partida enquanto o segundo corresponde ao conjunto de chegada.
Seno (sen) – razão entre o cateto oposto e a hipotenusa do triângulo, identificado através da
seguinte fórmula:
- Sen = cateto oposto/hipotenusa
- Fórmula da função seno: f(x) = senx
- Domínio da função seno: D = R

41
- Imagem da função seno: Im = [ -1,1]
- Período da função seno: 2 p
Cosseno (cos) – razão entre o cateto adjacente e a hipotenusa de um triângulo, identificado
através da seguinte fórmula:
- Cos = cateto adjacente/hipotenusa
- Fórmula da função cosseno: f(x) = cosx
- Domínio da função cosseno: D = R
- Imagem da função cosseno: Im = [ -1,1]
- Período da função cosseno: 2 p
Tangente (Tg) – razão entre o cateto oposto e o cateto adjacente de um triângulo, identificado
através da seguinte fórmula:

- Tg = cateto oposto/cateto adjacente


- Fórmula da função tangente: f(x) = tgx
- Domínio da função tangente: D = R
- Imagem da função tangente: Im = [-8, 8]
- Período da função tangente: p

Ângulos notáveis
Em problemas trigonométricos, alguns ângulos aparecem com mais frequência do que outros.
Confira abaixo a tabelas desses ângulos e os respectivos valores de seno, cosseno e tangente:

Tabela ângulos notáveis. (Foto: Guia Enem)

Aplicação - Dado um triângulo retângulo, com catetos 3 cm e o outro mede v3 cm, vamos
determinar as medidas dos ângulos agudos e da hipotenusa dessa figura.
O Teorema de Pitágoras para determinar a medida da hipotenusa (h), já que os valores dos
catetos são conhecidos:

(hipotenusa)² = (cateto)² + (cateto)²


h² = 3² + (v3)²

42
h² = 9 + 3
h = v12
h = 2v3 cm
Considerando o ângulo “a”, oposto ao lado de 3 cm, ao calcular a sua tangente temos:
tg a = cateto oposto/ cateto adjacente
tg a = 3/v3
tg a = 3/v3
tg a = 3/v3. v3/v3
tg a = 3v3/3
tg a = v3
Se tg a = v3, então a = 60. Em um triângulo retângulo, a soma dos ângulos internos deve ser 180,
sendo assim podemos determinar a medida de outro ângulo agudo b:
b + a + 90° = 180°
b + 60° + 90° = 180°
b + 150° = 180°
b = 180° – 150°
b = 30°
Portanto, os ângulos agudos desse triângulo valem 30° e 60°.

Conjuntos
Chamamos de conjunto toda e qualquer coleção de elementos. Estes elementos podem ser
números, objetos, figuras, pessoas, animais e tudo o que podemos ordenar, catalogar ou reunir
em grupos de seus elementos. Por exemplo: Se quisermos construir o conjunto de crianças de
uma escola que possuam exatos 10 anos de idade, podemos dizer que o conjunto é composto
pelos alunos Pedrinho, Joãozinho, Mariazinha, ..., e todos os alunos que tenham 10 anos de
idade na escola. Matematicamente, quase sempre os conjuntos serão compostos por números
e que dependam de algumas condições. Por exemplo: O conjunto dos números Reais, o conjunto
dos números Inteiros, o conjunto dos números maiores do que 2 e menores do que 7, e muito
mais.

A relação básica entre um conjunto e o elemento que o compõe é chamada de relação de


pertinência, ou seja, definimos um conjunto quando existe uma regra que permite decidir se um
elemento pertence ou não a ele. Se um elemento x pertence a um conjunto (ou coleção) A,
dizemos que x pertence a A. Formalmente escrevemos:

x∈A

E quando x não é um elemento deste conjunto, dizemos que x não pertence a A:

x∉A

A maioria dos conjuntos em matemática não possuem uma definição para todos os seus
elementos, logo a forma mais fácil de definir um conjunto é utilizando uma propriedade comum
para todos os seus elementos, ou seja, uma lei que consiga ser associada a todos os elementos
que o compõe. Vejamos abaixo alguns conjuntos numéricos usuais:

• Números Naturais: N={0,1,2,3,4,5,...}


• Números Inteiros: Z={...,−4,−3,−2,−1,0,1,2,3,4,...}
• Números Racionais: Q={pq:p∈Z;q∈Z∗}

43
Exemplo 1: Vamos definir um conjunto A que seja construído a partir dos números Naturais e
que qualquer elemento de A seja maior ou igual a 5 e menor ou igual a 10. Então o conjunto
será:

A={5,6,7,8,9,10}

Como sabemos que qualquer elemento x que pertence a A é um número Natural neste exemplo,
podemos representar o conjunto da seguinte maneira:

A={x∈N:5≤x≤10}

Lê-se: O conjunto A é igual a x (elemento qualquer de A) que pertence aos naturais, tal que 5 é
menor ou igual a x e x é menor ou igual a 10 (ou x está entre 5 e 10).

Conjunto vazio
Existem alguns conjuntos que são representados por uma propriedade onde não é possível gerar
elementos. Vejamos um caso:

A={x∈N:1<x<2}

Note que qualquer elemento de A pertence ao conjunto dos naturais, porém é um absurdo dizer
que nos naturais existem números entre 1 e 2, ou seja, em ℕ não existe o número 1,5, por
exemplo. Então, neste caso, dizemos que o conjunto A é vazio. E será representado por:

A=∅

Atenção! O conceito de conjunto vazio remete a não existência de elementos, e não que o seu
elemento é zero.

Subconjuntos
Note que no exemplo 1, os elementos do conjunto A estão contidos nos números Naturais,
dizemos então que o conjunto A é um Subconjunto dos números Naturais, ou seja, o conjunto
A está contido no conjunto ℕ. Escrevemos então:

A⊂N

Exemplo 2: Basicamente, um subconjunto é um conjunto que possui elementos de outro. Como


no exemplo da introdução, tomando o conjunto de crianças de 10 anos de idade em uma escola
(chamaremos de A), e selecionando apenas os meninos (chamaremos de B), podemos dizer que
o conjunto de meninos com 10 anos de idade é um subconjunto do conjunto das crianças. De
uma maneira geral, dados dois conjuntos A e B, dizemos A é subconjunto de B quando todo
elemento de A é também elemento de B. Sendo assim:

A⊂B

Exemplo 3: Os conjuntos numéricos ℕ, ℤ e ℚ cumprem uma relação de inclusão, onde:

N⊂Z⊂Q

Propriedades da inclusão:

44
• A⊂A (A sempre está contido em A);
• Se A⊂B e se B⊂A então A = B ;
• Se A⊂B e se B⊂C então A⊂C.

Operações entre conjuntos


União de conjuntos: A união (ou reunião) de conjuntos é a junção dos elementos de um conjunto
A mais ou elementos de um conjunto B. Podemos afirmar então que se um elemento x pertencer
a união de A com B, então x pertence a A ou pertence a B. Formalmente definimos:

A∪B={x:x∈A ou x∈B}

Veja abaixo uma representação no chamado diagrama de Venn. A região cinza simboliza a união
dos seus respectivos elementos.

Interseção de conjuntos: A interseção de conjuntos é formada pelos elementos que são comuns
entre A e B. Então:

A∩B={x:x∈A e x∈B}

45
Propriedades:

União
A∪∅=A
A∪A=A
A∪B=B∪A
(A∪B)∪C=A∪(B∪C)
A∪B=A↔B⊂A
A∪(B∩C)=(A∪B)∩(A∪C)
.

Interseção
A∩∅=A
A∩A=A
A∩B=B∩A
(A∩B)∩C=A∩(B∩C)
A∩B=A↔A⊂B
A∩(B∪C)=(A∩B)∪(A∩C)

Conjuntos complementares
A diferença entre dois conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elementos de A que não
pertencem a B, formalmente dado por:

A−B={x:x∈A e x∉B}

E representado no diagrama de Venn por:

Não necessariamente B precisa estar contido em A para que exista A – B. Sendo assim, quando
A ≠ B, nenhum elemento de A pertence a B, então A – B = A. Quando A−B=A−(A∪B) .

46
Quando B⊂A a diferença A – B se chama complementar de B em relação a A. Em notação formal
dizemos:

A−B=CBA

Relações binárias
Vamos supor que o conjunto A = {1,2} e o conjunto B = {3,4,5} com A,B⊂N. O produto cartesiano
A x B será dado por:

AxB={(1,3);(1,4);(1,5);(2,3);(2,4);(2,5)}

Se representarmos cada ponto de A x B geometricamente no plano cartesiano (ou também


chamado de plano (x,y)) veremos que esta definição fica mais clara, pois todos os pontos do
nosso exemplo serão indicados da seguinte forma:

Outro exemplo, um produto cartesiano dos números reais pelos reais, ou seja, R×R é o
conjunto R2.

47
Razão e Proporção

Na matemática, a razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, sendo o coeficiente
entre dois números.
Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões, ou ainda, quando duas razões
possuem o mesmo resultado.
Note que a razão está relacionada com a operação da divisão. Vale lembrar que duas grandezas
são proporcionais quando formam uma proporção.

Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos cotidianamente os conceitos de razão e
proporção. Para preparar uma receita, por exemplo, utilizamos certas medidas proporcionais
entre os ingredientes.

Atenção!
Para você encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de medida terão de ser as
mesmas.

Exemplos
A partir das grandezas A e B temos:

Razão: ou A : B, onde b≠0

Proporção: , onde todos os coeficientes são ≠0


Exemplo 1
Qual a razão entre 40 e 20?

Lembre-se que numa fração, o numerador é o número acima e o denominador, o de baixo.

Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também chamada de
razão centesimal.

Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é chamado de antecedente (A),
enquanto o de baixo é chamado de consequente (B).

48
Exemplo 2
Qual o valor de x na proporção abaixo?

3 . 12 = x
x = 36
Assim, quando temos três valores conhecidos, podemos descobrir o quarto, também chamado
de “quarta proporcional”.

Na proporção, os elementos são denominados de termos. A primeira fração é formada pelos


primeiros termos (A/B), enquanto a segunda são os segundos termos (C/D).

Nos problemas onde a resolução é feita através da regra de três, utilizamos o cálculo da
proporção para encontrar o valor procurado.

Veja também: Grandezas diretamente e inversamente proporcionais


Propriedades da Proporção
1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por exemplo:

Logo:

A·D = B·C

Essa propriedade é denominada de multiplicação cruzada.


2. É possível trocar os extremos e os meios de lugar, por exemplo:

é equivalente

Logo,

D. A = C . B

Geometria Plana
A geometria plana é a área da matemática que estuda as figuras planas, iniciando-se nos
conceitos primitivos de ponto, reta e plano, e, com base neles, desenvolvendo-se até a
construção das figuras planas, com o cálculo de suas respectivas áreas e perímetros.

49
Os conceitos da geometria plana têm grande incidência no Enem, com recorrência de questões
que exigem o conceito de área ou até mesmo noções básicas de ângulos. Além disso, ela é base
para a geometria espacial, porém, a diferença entre ambas é que a primeira é bidimensional, e
a segunda, tridimensional.

As figuras planas são objetos de estudo da geometria plana.


Conceitos da geometria plana
A construção da geometria plana, conhecida também como geometria euclidiana, deve-se aos
conceitos básicos de ponto, reta e plano e às construções realizadas com base nesses elementos
primitivos. Vale ressaltar que não existe definição para ponto, reta e plano, e, por isso, são
conhecidos como elementos primitivos, porém todos nós conhecemos esses elementos de
forma intuitiva.

→ Pontos: são sempre representados por letras maiúsculas do nosso alfabeto.

Pontos A, B e C.
→ Retas: são sempre representadas por letras minúsculas do nosso alfabeto.

50
Reta r.
Com base na ideia que temos de reta, lembrando que ela é ilimitada, ou seja, infinita para os
dois lados, surgem os conceitos de semirreta e segmento de reta. A fim de compreender melhor
esse elemento essencial para a geometria, leia o texto: Retas.

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→ Semirreta: é parte de uma reta que possui início, mas não possui fim.

Semirreta que se inicia no ponto A.


→ Segmento de reta: é um segmento que se encontra entre dois pontos, ou seja, é limitado
tanto no começo quanto no final.

Segmento AB.
→ Plano: é representado pelas letras do alfabeto grego.

51
Plano α.
Para aprofundar-se mais nesses conceitos fundamentais para essa área da matemática, leia o
texto: Noções primitivas de geometria: ponto, reta, plano e espaço.

Posição relativa entre ponto e reta


Conhecendo os elementos primitivos, é possível fazermos análise da posição relativa entre
ponto e reta.

Note que os pontos A e B pertencem à reta r → dizemos que ; A ∈ r; B ∈ r.;

E que o ponto C não pertence à reta r → dizemos que C ∉ r.

Posição relativa entre duas retas


Duas retas podem ser paralelas, concorrentes ou coincidentes.

→ Retas paralelas: quando não possuem nenhum ponto em comum. A representação delas é
feita com duas barras c // b (lê-se: c paralela a b).

52
r//t
→ Retas concorrentes: quando possuem um único ponto em comum.

Retas que se
encontram no ponto E.
→ Retas coincidentes: quando possuem infinitos pontos em comum, ou seja, elas são iguais.

Para saber mais sobre esse tipo de posição, acesse: Posição relativa entre duas retas.

Ângulos
Outro conceito muito importante é o de ângulo, que é a região formada pelo encontro entre
duas semirretas. O ângulo é medido em graus e é classificado de acordo com a sua medida.

→ Ângulo agudo: menor que 90º

Ângulo agudo.

53
→ Ângulo reto: mede exatamente 90º.

Ângulo reto.
→ Ângulo obtuso: maior que 90º

Ângulo obtuso.
→ Ângulo raso: mede exatamente 180º.

Ângulo raso.
Conheça mais detalhes sobre esse elemento essencial na geometria: Ângulos.

Figuras planas
Definimos como figura plana qualquer representação fechada feita no plano, porém existem
casos especiais, conhecidos como polígonos, além da circunferência, que possuem
propriedades e fórmulas que dependem da sua forma.

• Polígonos

54
Dentro das figuras planas, há várias figuras geometricas, algumas são mais conhecidas, como
os quadriláteros, os triângulos, os pentagonos e os hexagonos. Quando a figura é fechada por
segmentos de reta formando ângulos, ela é conhecida como polígono, logo, a união
de segmentos de reta fechados forma as principais figuras planas, conhecidas como polígonos.

Eles são nomeados de acordo com a quantidade de ângulos ou mesmo de lados que possuem,
por exemplo, triângulo (três ângulos), quadrilátero (quatro lados), pentagono (cinco ângulos).
Os poligonos mais comuns são os triângulos e os quadriláteros (quadrádo, retângulo, losango e
trapézio).

Os principais cálculos envolvendo os polígonos é o de perímetro, que nada mais é que a soma
de todos os lados da figura, e o de área, que depende da sua forma, ou seja, cada figura terá
uma fórmula para esse cálculo.

→ Área de triângulos

b: base

h: altura

→ Área de quadriláteros

• Área de um quadrado

55
Quadrado.
A = l²

• Área de um paralelogramo

A=b.h

• Área de um retângulo

A=b.h

• Área de um losango

56
D: diagonal maior

d: diagonal menor

• Área de um trapézio

57
B: base maior

b: base menor

Círculo e circunferência
O círculo não é considerado um polígono, afinal ele não possui lados, mas é uma figura plana
de grande importância. Nele calculamos o que chamamos de comprimento de
circunferência (C), que é análogo à ideia de perímetro, ou seja, o comprimento do contorno.
Também é possível calcular a área.

Chamamos de circunferência o contorno e de círculo toda a região desde o centro até o


contorno.

• Área de círculo e comprimento de circunferência

C = 2πr

A = πr2

r: raio da circunferência

Funções

Na Matemática, função corresponde a uma associação dos elementos de dois conjuntos, ou


seja, a função indica como os elementos estão relacionados.

Por exemplo, uma função de A em B significa associar cada elemento pertencente ao conjunto
A a um único elemento que compõe o conjunto B, sendo assim, um valor de A não pode estar
ligado a dois valores de B.

58
Notação para função: f: A → B (lê-se: f de A em B).

Representação das funções


Em uma função f: A → B o conjunto A é chamado de domínio (D) e o conjunto B recebe o nome
de contradomínio (CD).

Um elemento de B relacionado a um elemento de A recebe o nome de imagem pela função.


Agrupando todas as imagens de B temos um conjunto imagem, que é um subconjunto do
controdomínio.

Exemplo: observe os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}, com a função que


determina a relação entre os elementos f: A → B é x → 2x. Sendo assim, f(x) = 2x e cada x do
conjunto A é transformado em 2x no conjunto B.

Note que o conjunto de A {1, 2, 3, 4} são as entradas, "multiplicar por 2" é a função e os valores
de B {2, 4, 6, 8}, que se ligam aos elementos de A, são os valores de saída.

Portanto, para essa função:

• O domínio é {1, 2, 3, 4}

59
• O contradomínio é {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
• O conjunto imagem é {2, 4, 6, 8}

Aprenda sobre domínio, contradomínio e imagem.

Tipos de funções
As funções recebem classificações de acordo com suas propriedades. Confira a seguir os
principais tipos.

Função sobrejetora
Na função sobrejetora o contradomínio é igual ao conjunto imagem. Portanto, todo elemento
de B é imagem de pelo menos um elemento de A.

Notação: f: A → B, ocorre a Im(f) = B

Exemplo:

Para a função acima:

• O domínio é {-4, -2, 2, 3}


• O contradomínio é {12, 4, 6}
• O conjunto imagem é {12, 4, 6}
Função injetora
Na função injetora todos os elementos de A possuem correspondentes distintos em B e nenhum
dos elementos de A compartilham de uma mesma imagem em B. Entretanto, podem existir
elementos em B que não estejam relacionados a nenhum elemento de A.

Exemplo:

60
Para a função acima:

• O domínio é {0, 3, 5}
• O contradomínio é {1, 2, 5, 8}
• O conjunto imagem é {1, 5, 8}
Função bijetora
Na função biejtora os conjuntos apresentam o mesmo número de elementos relacionados. Essa
função recebe esse nome por ser ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.

Exemplo:

Para a função acima:

• O domínio é {-1, 1, 2, 4}
• O contradomínio é {2, 3, 5, 7}
• O conjunto imagem é {2, 3, 5, 7}

61
Função inversa
A função inversa é um tipo de função bijetora, por isso é sobrejetora e injetora ao mesmo
tempo.

Através desse tipo de função é possível criar novas funções ao inverter os elementos.

Função par
Uma função é par quando f(-x) = f(x). Assim a função possui a mesma imagem, tanto para x
quanto para -x.

Função ímpar
Uma função é ímpar quando f(-x) = -f(x). O gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação
à origem.

Função composta
A função composta é um tipo de função matemática que combina duas ou mais variáveis.

Duas funções, f e g, podem ser representadas como função composta por:

fog (x) = f(g(x))


gof (x) = g(f(x))
Função modular
A função modular associa elementos em módulos e seus números são sempre positivos.

Função afim
A função afim, também chamada de função do 1º grau, apresenta uma taxa de crescimento e
um termo constante.

f(x) = ax + b

a: coeficiente angular
b: coeficiente linear
Função linear
A função linear é um caso particular da função afim, sendo definida como f(x) = ax.

Quando o valor do coeficiente (a) que acompanha o x da função for igual a 1, a função linear é
uma função identidade.

Função quadrática
A função quadrática é também chamada de função do 2º grau.

f(x) = ax2+ bx + c, sendo a ≠ 0

a, b e c: coeficientes da função polinomial de grau 2.

Função logarítmica
A função logarítmica de base a é representada por f(x) = loga x, sendo a real positivo e a ≠ 1.

Ao invertermos a função logarítmica passamos a ter uma função exponencial.

Função exponencial

62
A função exponencial apresenta uma variável no expoente e a base é sempre maior que zero e
diferente de um.

f(x) = ax, sendo a > 0 e a ≠ 0

Função polinomial
A função polinomial é definida por expressões polinomiais.

f(x) = an . xn + an – 1 . xn – 1 + ...+a2 . x2 + a1 . x + a0

an, an-1, ... , a2, a1, a0: números complexos


n: número inteiro
x: variável complexa
Funções trigonométricas
As funções trigonométricas estão relacionadas com as voltas no ciclo trigonométrico, como:

Função Seno: f(x) = sen x


Função Cosseno:f(x) = cos x
Função Tangente: f(x) = tg x
Gráfico de uma função
A maneira como um elemento y se relaciona com um elemento x é expressa através de um
gráfico, que nos dá a ideia do comportamento da função.

Cada ponto no gráfico é dado por um par ordenado de x e y, onde x é o valor de entrada e y é o
resultado da relação definida pela função, ou seja, x → função → y.

Para construir um gráfico, cada elemento x da função deve ser inserido no eixo horizontal
(abcissas) e os elementos y são posicionados no eixo vertical (ordenadas).

Os possíveis valores de x formam o conjunto Domínio. Já o conjunto dos valores assumidos por
y, formam o conjunto imagem.

Confira alguns exemplos de gráficos de funções.

63
Análise Combinatória

A análise combinatória ou combinatória é a parte da Matemática que estuda métodos e


técnicas que permitem resolver problemas relacionados com contagem.
Muito utilizada nos estudos sobre probabilidade, ela faz análise das possibilidades e das
combinações possíveis entre um conjunto de elementos.

Princípio Fundamental da Contagem


O princípio fundamental da contagem, também chamado de princípio multiplicativo, postula
que:
“quando um evento é composto por n etapas sucessivas e independentes, de tal modo que as
possibilidades da primeira etapa é x e as possibilidades da segunda etapa é y, resulta no número
total de possibilidades de o evento ocorrer, dado pelo produto (x) . (y)”.

Em resumo, no princípio fundamental da contagem, multiplica-se o número de opções entre as


escolhas que lhe são apresentadas.

Exemplo
Uma lanchonete vende uma promoção de lanche a um preço único. No lanche, estão incluídos
um sanduíche, uma bebida e uma sobremesa. São oferecidos três opções de sanduíches:
hambúrguer especial, sanduíche vegetariano e cachorro-quente completo. Como opção de
bebida pode-se escolher 2 tipos: suco de maçã ou guaraná. Para a sobremesa, existem quatro
opções: cupcake de cereja, cupcake de chocolate, cupcake de morango e cupcake de baunilha.
Considerando todas as opções oferecidas, de quantas maneiras um cliente pode escolher o seu
lanche?

Solução
Podemos começar a resolução do problema apresentado, construindo uma árvore de
possibilidades, conforme ilustrado abaixo:

64
Acompanhando o diagrama, podemos diretamente contar quantos tipos diferentes de lanches
podemos escolher. Assim, identificamos que existem 24 combinações possíveis.

Podemos ainda resolver o problema usando o princípio multiplicativo. Para saber quais as
diferentes possibilidades de lanches, basta multiplicar o número de opções de sanduíches,
bebidas e sobremesa.

Total de possibilidades: 3.2.4 = 24

Portanto, temos 24 tipos diferentes de lanches para escolher na promoção.


Tipos de Combinatória
O princípio fundamental da contagem pode ser usado em grande parte dos problemas
relacionados com contagem. Entretanto, em algumas situações seu uso torna a resolução muito
trabalhosa.

Desta maneira, usamos algumas técnicas para resolver problemas com determinadas
características. Basicamente há três tipos de agrupamentos: arranjos, combinações e
permutações.

Antes de conhecermos melhor esses procedimentos de cálculo, precisamos definir uma


ferramenta muito utilizada em problemas de contagem, que é o fatorial.

O fatorial de um número natural é definido como o produto deste número por todos os seus
antecessores. Utilizamos o símbolo ! para indicar o fatorial de um número.
Define-se ainda que o fatorial de zero é igual a 1.

Exemplo
O! = 1
1! = 1
3! = 3.2.1 = 6
7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5 040
10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 3 628 800
Note que o valor do fatorial cresce rapidamente, conforme cresce o número. Então,
frequentemente usamos simplificações para efetuar os cálculos de análise combinatória.

65
Arranjos
Nos arranjos, os agrupamentos dos elementos dependem da ordem e da natureza dos mesmos.
Para obter o arranjo simples de n elementos tomados, p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte
expressão:

Exemplo
Como exemplo de arranjo, podemos pensar na votação para escolher um representante e um
vice-representante de uma turma, com 20 alunos. Sendo que o mais votado será o
representante e o segundo mais votado o vice-representante.

Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá ser feita? Observe que nesse caso,
a ordem é importante, visto que altera o resultado final.

Logo, o arranjo pode ser feito de 380 maneiras diferentes.


Permutações
As permutações são agrupamentos ordenados, onde o número de elementos (n) do
agrupamento é igual ao número de elementos disponíveis.
Note que a permutação é um caso especial de arranjo, quando o número de elementos é igual
ao número de agrupamentos. Desta maneira, o denominador na fórmula do arranjo é igual a 1
na permutação.

Assim a permutação é expressa pela fórmula:

Exemplo
Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras diferentes 6 pessoas podem se sentar em
um banco com 6 lugares.

Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número de lugares é igual ao número de
pessoas, iremos usar a permutação:

Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas sentarem neste banco.
Combinações
As combinações são subconjuntos em que a ordem dos elementos não é importante,
entretanto, são caracterizadas pela natureza dos mesmos.

Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos tomados p a p (p ≤ n), utiliza-se a
seguinte expressão:

Exemplo
A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de 3 membros para formar uma comissão
organizadora de um evento, dentre as 10 pessoas que se candidataram.

De quantas maneiras distintas essa comissão poderá ser formada?

Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem dos elementos não é relevante.
Isso quer dizer que escolher Maria, João e José é equivalente à escolher João, José e Maria.

Observe que para simplificar os cálculos, transformamos o fatorial de 10 em produto, mas


conservamos o fatorial de 7, pois, desta forma, foi possível simplificar com o fatorial de 7 do
denominador.

Assim, existem 120 maneiras distintas formar a comissão.


Probabilidade e Análise Combinatória

66
A Probabilidade permite analisar ou calcular as chances de obter determinado resultado diante
de um experimento aleatório. São exemplos as chances de um número sair em um lançamento
de dados ou a possibilidade de ganhar na loteria.

A partir disso, a probabilidade é determinada pela razão entre o número de eventos possíveis e
número de eventos favoráveis, sendo apresentada pela seguinte expressão:

Sendo:

P (A): probabilidade de ocorrer um evento A


n (A): número de resultados favoráveis
n (Ω): número total de resultados possíveis
Para encontrar o número de casos possíveis e favoráveis, muitas vezes necessitamos recorrer as
fórmulas estudadas em análise combinatória.

Geometria Espacial

A geometria espacial é a análise de sólidos no espaço, ou seja, é a geometria para objetos


tridimensionais, diferente da geometria plana, que é o estudo de figuras bidimensionais. Assim
como esta, aquela surge com base em conceitos primitivos, sendo eles: ponto, reta, plano e
espaço.

Com base nos elementos primitivos, desenvolve-se os sólidos geométricos, sendo os principais
os poliedros: paralelepípedo, cubo e demais prismas, além dos conhecidos como sólidos de
Platão; e os corpos redondos: cone, cilindro e esfera. Além do reconhecimento desses sólidos,
é importante compreender que os cálculos de volume e de área total possuem fórmulas
específicas para cada um dos tipos.

Os poliedros são os objetos de estudo da geometria espacial.

Conceitos da geometria espacial

67
É importante compreendermos que os elementos primitivos ponto, reta, plano e espaço são a
base da geometria e que eles não possuem uma definição. Ainda assim, todos nós conseguimos
ter, de forma intuitiva, a noção básica do que é cada um desses elementos e a posição relativa
entre eles.

Com base nas construções geométricas e nos elementos primitivos, surgiu a área de estudo da
geometria espacial, que vai desde as noções básicas até o conceito de sólido geométrico,
considerando o cálculo de sua área total e seu volume. Lembrando que, na geometria espacial,
estamos trabalhando com três dimensões, sendo elas: largura, altura e comprimento, ou, em
outros momentos, largura, profundidade e comprimento.

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Os conceitos iniciais da geometria espacial são as posições relativas entre pontos no plano, entre
ponto e plano, entre reta e plano, e entre dois planos.

• Posição relativa entre ponto e reta, e ponto e plano

O ponto pode pertencer ou não à reta, e ele pode pertencer ou não ao plano.

• Posição relativa entre pontos

Conhecendo dois ou mais pontos, eles podem ser colineares ou não, e coplanares ou não. Os
pontos são coplanares quando pertencem ao mesmo plano, e colineares quando pertencem a
uma mesma reta.

Pontos
coplanares.

68
Pontos
colineares.

• Posição relativa entre duas retas

Quando as retas são coplanares, elas podem ser paralelas, concorrentes e coincidentes.

→ Paralelas: quando não possuem nenhum ponto em comum.

Retas
paralelas.
→ Concorrentes: quando possuem um ponto em comum.

69
Retas
concorrentes.
→ Coincidentes: quando as retas são iguais, ou seja, há só uma reta.

Quando as retas não pertencem ao mesmo plano, elas são conhecidas como retas reversas.

Retas
reversas.
Para saber mais informações acerca desse tipo de posição, leia: Posições relativas de duas retas.

• Posições relativas entre dois planos

Ao analisar-se a posição relativa entre dois planos, eles podem ser classificados como paralelos
ou secantes.

→ Planos paralelos: não possuem nenhum elemento em comum, ou seja, não há interceptação
de um plano com o outro.

70
Planos
paralelos.
→ Planos secantes: quando se interceptam.

Planos
concorrentes ou secantes.
→ Planos coincidentes: quando são iguais, ou seja, há somente um plano.

Para saber mais sobre esse tipo de relação geométrica, acesse o nosso texto: Posição relativa
entre planos.

• Posição relativa entre uma reta e um plano

71
Ao comparar-se a reta com um plano, essa reta pode ser paralela ao plano, pertencente ao plano
ou secante ao plano.

→ Reta secante ao plano: quando ela corta o plano e possui um único ponto em comum a ele.

Reta
secante ao plano.
→ Reta pertencente ao plano: quando todos os pontos da reta estão contidos no plano.

Reta
pertencente ao plano.
→ Reta paralela ao plano: quando não possui nenhum ponto em comum ao plano.

72
Reta
paralela ao plano.
Aprofunde-se nesse conceito básico da geometria espacial acessando nosso texto: Posição
relativa entre reta e plano.

Classificação dos sólidos geométricos

Os sólidos geométricos podem ser classificados como:

• Poliedros

Sólidos fechados que possuem faces poligonais, compostos por vértices, arestas e faces, são
eles: os prismas, as pirâmides e os sólidos de Platão (tetraedro, cubo, dodecaedro, icosaedro,
cubo, dodecaedro).

Os elementos de um poliedro são as arestas, as faces e os vértices.


• Aresta: é o segmento de reta que liga dois vértices de um poliedro.

73
Arestas de um poliedro.
• Vértice: é o encontro de uma ou mais arestas, denotado pelos pontos A, B, C, D, E, F, G e H
neste caso.

Vértice de um poliedro.

• Face

Face de um poliedro.
As faces de um poliedro são os polígonos que compõem o sólido.

74
Relação de Euler

Sobre os poliedros, o matemático Euler percebeu uma relação entre o número de vértices (V),
faces (F) e arestas (A), conhecida como relação de Euler, dada pela expressão:

V–A+F=2

Logo, é possível descobrir, com base na equação, a quantidade de arestas que um sólido possui
pelo número de faces e de vértices.

Para entender de forma mais detalhada essa expressão, leia: Relação de Euler.

• Sólidos de Platão

Os sólidos de Platão são casos particulares de poliedros, Platão relacionou-os com a criação do
Universo, vinculando-os a elementos da natureza.

Sólidos de Platão.

• Corpos redondos

Conhecidos também como sólidos de revolução, são sólidos que possuem como base um
círculo (no caso do cone e cilindro) ou que são construídos sobre a rotação de um círculo.

75
Cilindro

Esfera

76
Cone
Para saber mais detalhes sobre os poliedros, acesse o nosso texto: Poliedros.

Fórmulas dos principais sólidos geométricos

As principais fórmulas da geometria espacial são para os cálculos da área total (At) e do volume
(V) de cada um dos sólidos. Cada fórmula depende do sólido.

• Cubo

Cubo de aresta a.
V = a3

At = 6 . a2

77
• Paralelepípedo

Paralelepípedo de dimensões a, b, c.
V=a.b.c

At = 2ab + 2ac + 2bc

O volume e a área total do prisma e da pirâmide dependem do polígono que está na base de
cada um dos sólidos, por isso usamos Ab: área da base e Al: área lateral.

• Prisma

78
Prismas de
base triangular e hexagonal
Note que a base do prisma pode ser diferente de um caso para o outro, logo, o volume depende
diretamente da área da base.

V = Ab . h

At = 2Ab + Al

• Pirâmide

Pirâmides de base quadrada e pentagonal.

79
Assim como os prismas, a base da pirâmide pode ser diferente, logo, o volume depende
diretamente da base.

At = Ab + Al

• Cilindro

Cilindro de raio r e altura h.


V = πr2 . h

At = 2πr (r+h)

• Cone

80
Cone de raio r e altura h.
At = πr (g + r)

• Esfera

Esfera de raio r.
At = 4 πr2

Geometria espacial x geometria plana


O domínio da geometria plana (bidimensional) é fundamental para o aprendizado da geometria
especial (tridimensional), pois muitos conceitos trabalhados na primeira são pré-requisitos para
o aprendizado da segunda.

Entenda que na geometria plana o trabalho é realizado com figuras geométricas que possuem
duas dimensões. Essas dimensões podem ser citadas como base e altura ou como comprimento
e largura. Há um trabalho com quadrados, círculos, entre outras figuras planas, além do
desenvolvimento dos cálculos de áreas e perímetros.

81
Já na geometria espacial, como vimos aqui, o trabalho é realizado com três dimensões, no que
chamamos de espaço. Conhecemos aqui os sólidos geométricos, e a partir de agora,
trabalhamos com largura, comprimento e altura. O que antes era conhecido, por exemplo, como
círculo, agora, no universo tridimensional, ganha mais uma dimensão e é conhecido como
esfera.

Na geometria espacial, não falamos em perímetro, mas sim em área total de um sólido, e
também surge a ideia de capacidade de um sólido, conhecida como volume. Para ilustrar bem a
diferença de ambos, note a comparação visual da esfera no espaço tridimensional e do círculo
no plano bidimensional.

Esfera no espaço.

82
Círculo no plano.

Exercício resolvido

1) (Enem) Para resolver o problema de abastecimento de água, foi decidida, numa reunião do
condomínio, a construção de uma nova cisterna. A cisterna atual tem formato cilíndrico, com 3
m de altura e 2 m de diâmetro, e estimou-se que a nova cisterna deverá comportar 81 m³ de
água, mantendo o formato cilíndrico e a altura da atual. Após a inauguração da nova cisterna, a
antiga será desativada. (Utilize 3,0 como aproximação para π.)

Qual deve ser o aumento, em metros, no raio da cisterna para atingir o volume desejado?

a) 0,5

b) 1,0

c) 2,0

d) 3,5

e) 8,0

Resolução

Sobre a nova cisterna, sabemos que V = 81 m³, h = 3 e que π = 3.

No entanto, como ela tem o formato cilíndrico, o volume de um cilindro é dado por:

V = πr2 . h

Então, fazendo com que V = 81, h = 3 e π = 3

83
81 = 3 . r2 . 3

81 = 9 . r2

9 = r2

Probabilidade
A teoria da probabilidade é o campo da Matemática que estuda experimentos ou fenômenos
aleatórios e através dela é possível analisar as chances de um determinado evento ocorrer.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de confiança na ocorrência
dos resultados possíveis de experimentos, cujos resultados não podem ser determinados
antecipadamente. Probabilidade é a medida da chance de algo acontecer.

Desta forma, o cálculo da probabilidade associa a ocorrência de um resultado a um valor que


varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1 estiver o resultado, maior é a certeza da sua
ocorrência.

Por exemplo, podemos calcular a probabilidade de uma pessoa comprar um bilhete da loteria
premiado ou conhecer as chances de um casal ter 5 filhos, todos meninos.

Experimento Aleatório
Um experimento aleatório é aquele que não é possível conhecer qual resultado será encontrado
antes de realizá-lo.

Os acontecimentos deste tipo quando repetidos nas mesmas condições, podem dar resultados
diferentes e essa inconstância é atribuída ao acaso.

Um exemplo de experimento aleatório é jogar um dado não viciado (dado que apresenta uma
distribuição homogênea de massa) para o alto. Ao cair, não é possível prever com total certeza
qual das 6 faces estará voltada para cima.

Fórmula da Probabilidade
Em um fenômeno aleatório, as possibilidades de ocorrência de um evento são igualmente
prováveis.

Sendo assim, podemos encontrar a probabilidade de ocorrer um determinado resultado através


da divisão entre o número de eventos favoráveis e o número total de resultados possíveis:

Sendo:

P(A): probabilidade da ocorrência de um evento A.


n(A): número de casos favoráveis ou, que nos interessam (evento A).
n(Ω): número total de casos possíveis.
O resultado calculado também é conhecido como probabilidade teórica.

Para expressar a probabilidade na forma de porcentagem, basta multiplicar o resultado por 100.

Exemplo 1
Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número menor que 3?
Resolução
Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem voltadas para cima.
Vamos então, aplicar a fórmula da probabilidade.

84
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6) e que o evento "sair
um número menor que 3" tem 2 possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou 2. Assim, temos:

Para responder na forma de uma porcentagem, basta multiplicar por 100.

Portanto, a probabilidade de sair um número menor que 3 é de 33%.

Exemplo 2
O baralho de cartas é formado por 52 cartas divididas em quatro naipes (copas, paus, ouros e
espadas) sendo 13 de cada naipe. Dessa forma, se retirar uma carta ao acaso, qual a
probabilidade de sair uma carta do naipe de paus?
Solução
Ao retirar uma carta ao acaso, não podemos prever qual será esta carta. Sendo assim, esse é um
experimento aleatório.

Neste caso, temos 13 cartas de paus que representam o número de casos favoráveis.

Substituindo esses valores na fórmula da probabilidade, temos:

Ou, multiplicando o resultado por 100:

Ponto Amostral
Ponto amostral é cada resultado possível gerado por um experimento aleatório.

Exemplo
Seja o experimento aleatório lançar uma moeda e verificar a face voltada para cima, temos os
pontos amostrais cara e coroa. Cada resultado é um ponto amostral.
Espaço Amostral
Representado pela letra Ω(ômega), o espaço amostral corresponde ao conjunto de todos os
pontos amostrais, ou , resultados possíveis obtidos a partir de um experimento aleatório.
Por exemplo, ao retirar ao acaso uma carta de um baralho, o espaço amostral corresponde às
52 cartas que compõem este baralho.

Da mesma forma, o espaço amostral ao lançar uma vez um dado, são as seis faces que o
compõem:

Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.

A quantidade de elementos em um conjunto chama-se cardinalidade, expressa pela letra n


seguida do símbolo do conjunto entre parênteses.

Assim, a cardinalidade do espaço amostral do experimento lançar um dado é n(Ω)=6.

Espaço Amostral Equiprovável


Equiprovável significa mesma probabilidade. Em um espaço amostral equiprovável, cada ponto
amostral possui a mesma probabilidade de ocorrência.

85
Exemplo
Em uma urna com 4 esferas de cores: amarela, azul, preta e branca, ao sortear uma ao acaso,
quais as probabilidades de ocorrência de cada uma ser sorteada?
Sendo experimento honesto, todas as cores possuem a mesma chance de serem sorteadas.

Tipos de Eventos
Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um experimento aleatório.

Evento certo
O conjunto do evento é igual ao espaço amostral.

Exemplo
Em uma delegação feminina de atletas, uma ser sorteada ao acaso e ser mulher.
Evento impossível
O conjunto do evento é vazio.

Exemplo
Imagine que temos uma caixa com bolas numeradas de 1 a 20 e que todas as bolas são
vermelhas.
O evento "tirar uma bola vermelha" é um evento certo, pois todas as bolas da caixa são desta
cor. Já o evento "tirar um número maior que 30", é impossível, visto que o maior número na
caixa é 20.

Evento complementar
Os conjuntos de dois eventos formam todo o espaço amostral, sendo um evento complementar
ao outro.

Exemplo
No experimento lançar uma moeda, o espaço amostral é Ω = {cara, coroa}.
Seja o evento A sair cara, A={cara}, o evento B sair coroa é complementar ao evento A, pois,
B={coroa}. Juntos formam o próprio espaço amostral.

Evento mutuamente exclusivo


Os conjuntos dos eventos não possuem elementos em comum. A intersecção entre os dois
conjuntos é vazia.

Exemplo
Seja o experimento lançar um dado, os seguintes eventos são mutuamente exclusivos
A: ocorrer um número menor que 5, A={1, 2, 3, 4}
B: ocorrer um número maior que 5, A={6}
Probabilidade Condicional
A probabilidade condicional relaciona as probabilidades entre eventos de um espaço amostral
equiprovável. Nestas circunstâncias, a ocorrência do evento A, depende ou, está condicionada
a ocorrência do evento B.

A probabilidade do evento A dado o evento B é definida por:

Onde o evento B não pode ser vazio.

Exemplo de caso de probabilidade condicional


Em um encontro de colaboradores de uma empresa que atua na França e no Brasil, um sorteio

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será realizado e um dos colaboradores receberá um prêmio. Há apenas colaboradores franceses
e brasileiros, homens e mulheres.
Como evento de probabilidade condicional, podemos associar a probabilidade de sortear uma
mulher (evento A) dado que seja francesa (evento B).

Neste caso, queremos saber a probabilidade de ocorrer A (ser mulher), apenas se for francesa
(evento B).

Saiba mais sobre probabilidade condicional.

Veja também: Exercícios de Raciocínio Lógico


Análise Combinatória
Em muitas situações, é possível descobrir de forma direta o número de eventos possíveis e
favoráveis de um experimento aleatório.

Entretanto, em alguns problemas, será necessário calcular esses valores. Neste caso, podemos
utilizar as fórmulas de permutação, arranjo e combinação conforme a situação proposta na
questão.

Para saber mais sobre o tema, acesse:

• Análise Combinatória
• Exercícios de Análise Combinatória
• Permutação
Exemplo
(EsPCEx - 2012) A probabilidade de se obter um número divisível por 2 na escolha ao acaso de
uma das permutações dos algarismos 1, 2, 3, 4, 5 é

Solução
Neste caso, precisamos descobrir o número de eventos possíveis, ou seja, quantos números
diferentes obtemos ao mudar a ordem dos 5 algarismos dados (n=5).
Como, neste caso, a ordem dos algarismos formam números diferentes, iremos usar a fórmula
de permutação. Sendo assim, temos:

Eventos possíveis:

Portanto, com 5 algarismos podemos encontrar 120 números diferentes.

Para calcular a probabilidade, temos ainda que encontrar o número de eventos favoráveis que,
neste caso, é encontrar um número divisível por 2, o que irá acontecer quando o último
algarismo do número for 2 ou 4.

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