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A ADIÇÃO pode ser entendida como a soma de um NÚMERO POSITIVO com outro NÚMERO
POSITIVO (Ex: 2+2 = 4; 5,5 + 5,5 = 11); ou de um NÚMERO NEGATIVO com outro NÚMERO
NEGATIVO. Ex: (-5) + (-5) = -10; -6 + -6 = -12.
A subtração, por sua vez, ocorre quando um número NEGATIVO é somado com um número
POSITIVO. Ex: 6-3 = 3; 7-4 = 3; 2-5 = -3.
Portanto, chegamos à regra de que a soma de números com sinais iguais constitui ADIÇÃO, e a
soma de números de sinais opostos constitui SUBTRAÇÃO.
Número positivo multiplicado por número negativo resulta em número negativo. Ex: -5x5 = -25;
10x-10 = -100.
Número negativo multiplicado por número negativo resulta em número positivo. Ex: -5x-5 = 25;
-10x-10 = 100.
Portanto, chegamos à regra de multiplicação: mais com mais dá mais, menos com menos dá
mais e mais com menos dá menos.
A DIVISÃO, enfim, segue a regra de sinal da multiplicação. mais com mais dá mais, menos com
menos dá mais e mais com menos dá menos.
Em suma, com sinais iguais, o resultado será positivo. Sinais diferentes, resultado negativo.
A EXPONENCIAÇÃO indica a multiplicação de um número por ele mesmo “n” vezes, em que “n”
é indicado no expoente.
2³.2 = 2^4. Ou seja, "dois elevado a três vezes dois elevado a um é igual a dois elevado a quarta".
3³.3² = 3^5. Ou seja, "três elevado a três vezes três elevado a dois é igual a três elevado a cinco".
Ex: 3³.2³ = 6³
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MMC e MDC | Matemática Básica
MMC (mínimo múltiplo comum) e MDC (máximo divisor comum) são regras matemáticas
ligadas, respectivamente, ao múltiplo comum e ao divisor comum de dois ou mais números.
O MMC é o menor valor que pode ser múltiplo de dois ou mais números. Já o MDC é o maior
número que pode dividir vários números ao mesmo tempo.
Para compreender melhor os conceitos de MMC e MDC é preciso saber o que é um número
divisor e o que é um número múltiplo.
Um número é chamado de divisor quando a conta da sua divisão por um outro tem como
resultado um número inteiro.
Já os números múltiplos são os números que são resultado de uma multiplicação feita entre um
número escolhido e qualquer outro valor.
MMC
O cálculo do mínimo múltiplo comum (MMC) serve para facilitar a resolução de problemas
matemáticos que envolvam dois ou mais números. O MMC será o menor número múltiplo
comum encontrado entre dois ou mais números.
Para determinar qual é o mínimo múltiplo comum entre dois ou mais números é preciso seguir
dois passos:
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Múltiplos
MMC (4,6) 12
MDC
O máximo divisor comum (MDC) é o maior número que divide vários outros números ao mesmo
tempo.
Para calcular o máximo divisor comum é preciso decompor os números através da fatoração.
Decomposição
20 2x3x5
50 2 x 5 x5
MDC (20,50) 10 (2 x 5)
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O resultado do MDC entre 20 e 50 é 10. Para saber o resultado do MDC é só multiplicar os
divisores comuns (2 e 5).
As formas para calcular o MMC e o MDC possuem algumas semelhanças. Por isso, é importante
ficar atento para não confundir os conceitos.
A forma mais fácil de entender as diferenças entre eles é conhecendo as aplicações práticas de
cada um.
MMC
O primeiro passo é verificar se o problema exige que seja encontrado um número mínimo ou
múltiplo que simplifique a resolução. Nestes casos deve ser usado o MMC.
Ele pode ser usado, por exemplo, para resolver equações que tenham frações com
denominadores diferentes, pois o mínimo múltiplo comum facilita a resolução desse tipo de
problema.
O MMC também pode ser usado para fazer uma comparação entre frações diferentes, para
determinar se elas são equivalentes.
MDC
Já o MDC deve ser usado quando o problema envolve alguma questão sobre cálculos de divisões.
Por exemplo: o MDC pode ser usado para resolver problemas em que é preciso determinar o
maior ou o menor tamanho de alguma coisa.
Como exemplo podemos pensar numa pizza dividida em 8 partes iguais, sendo que cada fatia
corresponde a 1/8 (um oitavo) de seu total. Se eu como 3 fatias, posso dizer que comi 3/8 (três
oitavos) da pizza.
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Importante lembrar que nas frações, o termo superior é chamado de numerador enquanto o
termo inferior é chamado de denominador.
Tipos de Frações
Fração Própria
São frações em que o numerador é menor que o denominador, ou seja, representa um número
menor que um inteiro. Ex: 2/7
Fração Imprópria
São frações em que o numerador é maior, ou seja, representa um número maior que o inteiro.
Ex: 5/3
Fração Aparente
Fração Mista
É constituída por uma parte inteira e uma fracionária representada por números mistos. Ex: 1
2/6. (um inteiro e dois sextos)
Obs: Há outros tipos de frações, são elas: equivalente, irredutível, unitária, egípcia, decimal,
composta, contínua, algébrica.
Adição
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Neste caso, calculamos o Mínimo Múltiplo Comum (MMC) entre os denominadores das frações
que queremos somar, esse valor passa a ser o novo denominador das frações.
Além disso, devemos dividir o MMC encontrado pelo denominador e o resultado multiplicamos
pelo numerador de cada fração. Esse valor passa a ser o novo numerador.
Exemplos:
Subtração
Para subtrair frações temos que ter o mesmo cuidado que temos na soma, ou seja, verificar se
os denominadores são iguais. Se forem, repetimos o denominador e subtraímos os
numeradores.
Exemplos
Multiplicação
A multiplicação de frações é feita multiplicando os numeradores entre si, bem como seus
denominadores.
Exemplos
Divisão
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Na divisão entre duas frações, multiplica-se a primeira fração pelo inverso da segunda, ou seja,
inverte-se o numerador e o denominador da segunda fração.
Exemplos
A história das frações remonta o Antigo Egito (3.000 a.C.) e traduz a necessidade e a importância
para o ser humano acerca dos números fracionários.
Naquele tempo, os matemáticos marcavam suas terras para delimitá-las. Com isso, nas épocas
chuvosas o rio passava do limite e inundava muitas terras e, consequentemente, as marcações.
Diante disso, os matemáticos resolveram demarcá-las com cordas a fim de resolver o problema
inicial das enchentes.
Contudo, notaram que muitos terrenos não eram compostos somente por números inteiros,
havia os terrenos que mediam partes daquele total.
Foi a partir disso, que os geômetras dos faraós do Egito, começaram a utilizar os números
fracionários. Note que a palavra Fração é proveniente do latim fractus e significa “partido”.
A equação 3x + 1 = 10, por exemplo, é uma equação de 1º grau, com uma incógnita apenas. De
1º grau, porque a única incógnita presente (x) tem expoente 1, sendo que x1 = x. Tem uma
incógnita, porque se deseja descobrir o valor de uma única variável, representada por x.
O modelo geral para uma equação de 1º grau com uma incógnita, portanto, será sempre ax + b
= 0. Os itens a e b são chamados de coeficientes da equação, sendo b conhecido como termo
independente também.
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Porém, a coisa pode se complicar. Há equações de 1º grau com número superior de incógnitas,
nas quais é preciso determinar duas ou mais grandezas. Por exemplo, na equação 4x + 3y = 38,
é preciso determinar os valores de x e y.
Mas não se preocupe. Considerando a frequência no Enem, podemos nos concentrar nas
equações com uma incógnita. Veremos, a seguir, como é simples resolvê-las de maneira
satisfatória.
Em resumo, equação de 1º grau com uma incógnita é uma expressão algébrica que segue o
formato ax + b = 0. Elas podem ser muito úteis para traduzir problemas matemáticos em uma
linguagem numérica.
Para calcular uma equação de 1º grau, nesses termos, basta isolar a sua incógnita. Os números
são manejados, até que a solução seja obtida. Tudo que for feito de um lado da equação, deve
ser feito do outro também. Por exemplo:
10x + 1000 – 1000 = 5000 – 1000 (retira-se 1000 de ambos os lados da equação)
10x = 4000
x = 400
Viu como é fácil? Esse método vale para toda equação desse tipo. O objetivo será sempre isolar
a variável do lado esquerdo, de modo que no lado direito estará o seu valor. Vamos fazer um
passo a passo mais genérico, para um exemplo mais difícil:
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passo 1: colocar todos os termos que apresentam incógnita para o lado esquerdo. No caso, basta
subtrair 900 de cada lado. Teremos 13x + 900 – 900 = 2187 – 900.
passo 3: queremos saber o valor de x, não de 13x. Para isso, devemos dividir a equação toda por
13. Teremos 13x/13 = 1287/13.
passo 4: realizamos as operações de divisão indicadas. Para visualizarmos melhor, vamos dividir
primeiro só do lado esquerdo. Teremos x = 1287/13.
Potenciação
A potenciação ou exponenciação é a operação matemática que representa a multiplicação de
fatores iguais. Ou seja, usamos a potenciação quando um número é multiplicado por ele mesmo
várias vezes.
Sendo a ≠ 0, temos:
Para melhor entender a potenciação, no caso do número 23 (dois elevado a terceira potência
ou dois elevado ao cubo), tem-se:
23 = 2 x 2 x 2 = 4 x 2 = 8
Sendo,
2: Base
3: Expoente
Exemplos de Potenciação
5 x 5 = 25
Logo,
9
3 x 3 x 3 = 27
Logo,
Propriedades da Potenciação
Toda potência com expoente igual a zero, o resultado será 1, por exemplo: 50=1
Toda potência com expoente igual 1, o resultado será a própria base, por exemplo: 81 = 8
Quando a base for negativa e o expoente um número ímpar, o resultado será negativo, por
exemplo: (- 3)3 = (- 3) x (- 3) x (- 3) = - 27.
Quando a base for negativa e o expoente um número par, o resultado será positivo, por
exemplo: (- 2)2 = (- 2) x (- 2) = +4
Quando o expoente for negativo, inverte-se a base e muda-se o sinal do expoente para positivo,
por exemplo: (2)- 4 = (1/2)4 = 1/16
Nas frações, tanto o numerador quanto o denominador ficam elevados ao expoente, por
exemplo: (2/3)3 = (23 / 33) = 8/27
ax . ay = ax+y
52.53= 52+3= 55
Quando a base está entre parênteses e há outro expoente fora (potência de potência), mantém-
se a base e multiplicam-se os expoentes:
(ax)y = ax.y
Radiciação
Radiciação é a operação que realizamos quando queremos descobrir qual o número que
multiplicado por ele mesmo uma determinada quantidades de vezes dá um valor que
conhecemos.
Exemplo: Qual é o número que multiplicado por ele mesmo 3 vezes dá como resultado 125?
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Por t5 x 5 x 5 = 125, ou seja, 5 ao cubo espaço igual a espaço 125
Símbolo da Radiciação
Sendo,
n é o índice do radical. Indica quantas vezes o número que estamos procurando foi multiplicado
por ele mesmo.
X é o radicando. Indica o resultado da multiplicação do número que estamos procurando por ele
mesmo.
Propriedades da Radiciação
As propriedades da radiciação são muito úteis quando necessitamos simplificar radicais. Confira
a seguir.
1ª propriedade:
Já que a radiciação é a operação inversa da potenciação, todo radical pode ser escrito na forma
de potência.
2ª propriedade:
Multiplicando-se ou dividindo-se índice e expoente pelo mesmo número, a raiz não se altera.
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3ª propriedade:
Exemplos:
4ª propriedade:
A potência da raiz pode ser transformada no expoente do radicando para que a raiz seja
encontrada.
Exemplo
5ª propriedade:
A raiz de uma outra raiz pode ser calculada mantendo-se o radicando e multiplicando-se os
índices.
Exemplo:
Radiciação e Potenciação
Observe:
Note que se o radicando (x) é um número real e o índice (n) da raiz é um número natural, o
resultado (a) é a raiz enésima de x se an = x.
Exemplos:
12
, pois sabemos que 104 = 10 000
Simplificação de Radicais
Muitas vezes não sabemos de forma direta o resultado da radiciação ou o resultado não é um
número inteiro. Neste caso, podemos simplificar o radical.
Colocar a potência encontrada no radical e dividir por um mesmo número o índice do radical e
o expoente da potência (propriedade da radiciação).
243 espaço igual a espaço 3 espaço reto x espaço 3 espaço reto x espaço 3 espaço reto x espaço
3 espaço reto x espaço 3 espaço igual a espaço 3 à potência de 5
Para simplificar, devemos dividir o índice e o expoente da potenciação por um mesmo número.
Quando isso não for possível, significa que o resultado da raiz não é um número inteiro.
note que ao dividir o índice por 5 o resultado é igual a 1, desta forma cancelamos o radical.
Racionalização de Denominadores
numerador 3 sobre denominador raiz quadrada de 5 fim da fração igual a numerador 3 sobre
denominador raiz quadrada de 5 fim da fração. numerador raiz quadrada de 5 sobre
denominador raiz quadrada de 5 fim da fração igual a numerador 3 raiz quadrada de 5 sobre
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denominador raiz quadrada de 5.5 fim da raiz fim da fração igual a numerador 3 raiz quadrada
de 5 sobre denominador raiz quadrada de 5 ao quadrado fim da raiz fim da fração igual a
numerador 3 raiz quadrada de 5 sobre denominador 5 fim da fração
Neste caso, o quociente com o número irracional raiz quadrada de 5 no denominador foi
transformado em um número racional ao utilizarmos o fator racionalizante raiz quadrada de 5.
Conjuntos Numéricos
Os conjuntos numéricos reúnem diversos conjuntos cujos elementos são números. Eles são
formados pelos números naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais. O ramo da matemática
que estuda os conjuntos numéricos é a Teoria dos conjuntos.
Confira abaixo as características de cada um deles tais como conceito, símbolo e subconjuntos.
O conjunto dos números naturais é representado por N. Ele reúne os números que usamos para
contar (incluindo o zero) e é infinito.
N* = {1, 2, 3, 4, 5..., n, ...} ou N* = N – {0}: conjuntos dos números naturais não-nulos, ou seja,
sem o zero.
Np = {0, 2, 4, 6, 8..., 2n, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais pares.
Ni = {1, 3, 5, 7, 9..., 2n+1, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais ímpares.
O conjunto dos números inteiros é representado por Z. Reúne todos os elementos dos números
naturais (N) e seus opostos. Assim, conclui-se que N é um subconjunto de Z (N ⊂ Z):
Z* = {..., –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4, ...} ou Z* = Z – {0}: conjuntos dos números inteiros não-nulos,
ou seja, sem o zero.
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros positivos e sem o zero.
Z – = {..., –5, –4, –3, –2, –1, 0}: conjunto dos números inteiros não-positivos.
Z*– = {..., –5, –4, –3, –2, –1}: conjunto dos números inteiros negativos e sem o zero.
O conjunto dos números racionais é representado por Q. Reúne todos os números que podem
ser escritos na forma p/q, sendo p e q números inteiros e q≠0.
Q = {0, ±1, ±1/2, ±1/3, ..., ±2, ±2/3, ±2/5, ..., ±3, ±3/2, ±3/4, ...}
Note que todo número inteiro é também número racional. Assim, Z é um subconjunto de Q.
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Importante ressaltar que as dízimas periódicas são números racionais. Elas são números
decimais que se repetem após a vírgula, por exemplo: 1,4444444444... Embora possua infinitas
casas decimais, pode ser escrito como a fração 13/9.
Q* = subconjunto dos números racionais não-nulos, formado pelos números racionais sem o
zero.
Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado pelos números racionais positivos,
sem o zero.
Q*– = subconjunto dos números racionais negativos, formado números racionais negativos, sem
o zero.
O conjunto dos números irracionais é representado por I. Reúne os números decimais não
exatos com uma representação infinita e não periódica, por exemplo: 3,141592... ou 1,203040...
O conjunto dos números reais é representado por R. Esse conjunto é formado pelos números
racionais (Q) e irracionais (I). Assim, temos que R = Q ∪ I. Além disso, N, Z, Q e I são subconjuntos
de R.
Mas, observe que se um número real é racional, ele não pode ser também irracional. Da mesma
maneira, se ele é irracional, não é racional.
Intervalos Numéricos
Há ainda um subconjunto relacionado com os números reais que são chamados de intervalos.
Sejam a e b números reais e a < b, temos os seguintes intervalos reais:
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Intervalo fechado de extremos: [a,b] = {x ∈ R│a ≤ x ≤ b}
Intervalo aberto à direta (ou fechado à esquerda) de extremos: [a,b[ = {x ∈ R│a ≤ x < b}
Intervalo aberto à esquerda (ou fechado à direita) de extremos: ]a,b] = {x ∈ R│a < x ≤ b}
Para facilitar os estudos sobre os conjuntos numéricos, segue abaixo algumas de suas
propriedades:
O conjunto dos números naturais (N) é um subconjunto dos números inteiros: Z (N ⊂ Z).
O conjunto dos números inteiros (Z) é um subconjunto dos números racionais: (Z ⊂ Q).
O conjunto dos números racionais (Q) é um subconjunto dos números reais (R).
Os conjuntos dos números naturais (N), inteiros (Z), racionais (Q) e irracionais (I) são
subconjuntos dos números reais (R).
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Equação do Segundo Grau
A equação do segundo grau recebe esse nome porque é uma equação polinomial cujo termo de
maior grau está elevado ao quadrado. Também chamada de equação quadrática, é
representada por:
Os coeficientes são números reais e o coeficiente a tem que ser diferente de zero, pois do
contrário passa a ser uma equação do 1º grau.
Resolver uma equação de segundo grau, significa determinar os valores reais de x, que tornam
a equação verdadeira. Esses valores são denominados raízes da equação.
As equações do 2º grau completas são aquelas que apresentam todos os coeficientes, ou seja,
a, b e c são diferentes de zero (a, b, c ≠ 0).
ax ao quadrado espaço mais espaço bx espaço mais espaço reto c espaço igual a espaço 0
Por exemplo, a equação 5x2 + 2x + 2 = 0 é completa, pois todos os coeficientes são diferentes
de zero (a = 5, b = 2 e c = 2).
menos 3 x ao quadrado espaço menos espaço 2 x espaço igual a espaço 0 espaço é espaço i n c
o m p l e t a espaço p o i s vírgula espaço c espaço igual a espaço 0
Exemplo 2
Solução:
A equação dada é uma equação incompleta do 2º grau, com b = 0. Para equações deste tipo,
podemos resolver, isolando o x. Assim:
4 x ao quadrado igual a 16 seta dupla para a direita x ao quadrado igual a 16 sobre 4 seta dupla
para a direita x igual a índice radical espaço em branco de 4 seta dupla para a direita x igual a
mais ou menos 2
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Note que a raiz quadrada de 4 pode ser 2 e - 2, pois esses dois números elevados ao quadrado
resultam em 4.
Exemplo 3
Solução:
(x - 2) . (x - 1) = 2
x . x - 1 . x - 2 . x - 2 . (- 1) = 2
x2 - 1x - 2x + 2 = 2
x2 - 3x + 2 - 2 = 0
x2 - 3x = 0
Esse tipo de equação pode ser resolvida através da fatoração, pois o x se repete em ambos os
termos. Assim, iremos colocá-lo em evidência.
x . (x - 3) = 0
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Para o produto ser igual a zero, ou x = 0 ou (x - 3) = 0. Contudo, substituindo x por zero, as
medidas dos lados ficam negativas, portanto, esse valor não será resposta da questão.
x-3=0
x=3
Fórmula de Bhaskara
Quando uma equação do segundo grau é completa, usamos a Fórmula de Bhaskara para
encontrar as raízes da equação.
x igual a numerador menos b mais ou menos raiz quadrada de incremento sobre denominador
2. a fim da fração
Fórmula do Delta
Passo a Passo
Para resolver uma equação do 2º grau, usando a fórmula de Bhaskara, devemos seguir os
seguintes passos:
Nem sempre os termos da equação aparecem na mesma ordem, portanto, é importante saber
identificar os coeficientes, independente da sequência em que estão.
Para calcular as raízes é necessário conhecer o valor do delta. Para isso, substituímos as letras
na fórmula pelos valores dos coeficientes.
Podemos, a partir do valor do delta, saber previamente o número de raízes que terá a equação
do 2º grau. Ou seja, se o valor de Δ for maior que zero (Δ > 0), a equação terá duas raízes reais
e distintas.
Se ao contrário, delta for menor que zero (Δ < 0), a equação não apresentará raízes reais e se
for igual a zero (Δ = 0), a equação apresentará somente uma raiz.
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Se o valor encontrado para delta for negativo, não precisa fazer mais nenhum cálculo e a
resposta será que a equação não possui raízes reais.
Caso o valor do delta seja igual ou maior que zero, devemos substituir todas as letras pelos seus
valores na fórmula de Bhaskara e calcular as raízes.
Exemplo 4
Solução:
a=2
b=-3
c=-5
Agora, podemos encontrar o valor do delta. Devemos tomar cuidado com as regras de sinais e
lembrar que primeiro devemos resolver a potenciação e a multiplicação e depois a soma e a
subtração.
Δ = (- 3)2 - 4 . (- 5) . 2 = 9 +40 = 49
Como o valor encontrado é positivo, encontraremos dois valores distintos para as raízes. Assim,
devemos resolver a fórmula de Bhaskara duas vezes. Temos então:
As equações que formam o sistema podem ser do 1º grau e do 2º grau. Para resolver esse tipo
de sistema podemos usar o método da substituição e o método da adição.
Exemplo 5
Solução:
Para resolver o sistema, podemos utilizar o método da adição. Neste método, somamos os
termos semelhantes da 1ª equação com os da 2ª equação. Assim, reduzimos o sistema para uma
só equação.
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Podemos ainda simplificar todos os termos da equação por 3 e o resultado será a equação x2 -
2x - 3 = 0. Resolvendo a equação, temos:
Δ = 4 - 4 . 1 . (- 3) = 4 + 12 = 16
Depois de encontrar os valores do x, não podemos esquecer que temos ainda de encontrar os
valores de y que tornam o sistema verdadeiro.
Para isso, basta substituir os valores encontrados para o x, em uma das equações.
y1 - 6. 3 = 4
y1 = 4 + 18
y1 = 22
y2 - 6 . (-1) = 4
y2 + 6 = 4
y2 = - 2
Expressões Algébricas
As letras que aparecem em uma expressão algébrica são chamadas de variáveis e representam
um valor desconhecido.
Os números escritos na frente das letras são chamados de coeficientes e deverão ser
multiplicados pelos valores atribuídos as letras.
Exemplos
a) x + 5
b) b2 – 4ac
O valor de uma expressão algébrica depende do valor que será atribuído às letras.
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Para calcular o valor de uma expressão algébrica devemos substituir os valores das letras e
efetuar as operações indicadas. Lembrando que entre o coeficiente e a letras, a operação é de
multiplicação.
Exemplo
P = 2b + 2h
Substituindo as letras com os valores indicados, encontre o perímetro dos seguintes retângulos
Para simplificar iremos somar ou subtrair os coeficientes dos termos semelhantes e repetir a
parte literal.
Exemplos
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a) 3xy + 7xy4 - 6x3y + 2xy - 10xy4 = (3xy + 2xy) + (7xy4 - 10xy4) - 6x3y = 5xy - 3xy4 - 6x3y
b) ab - 3cd + 2ab - ab + 3cd + 5ab = (ab + 2ab - ab + 5ab) + (- 3cd + 3cd) = 7ab
Fatoração de Expressões Algébricas
Fatorar significa escrever uma expressão como produto de termos.
• Polinômios
• Fatoração de Polinômios
• Produtos Notáveis - Exercícios
Monômios
Quando uma expressão algébrica apresenta apenas multiplicações entre o coeficiente e as letras
(parte literal), ela é chamada de monômio.
Exemplos
a) 3ab
b) 10xy2z3
c) bh (quando não aparece nenhum número no coeficiente, seu valor é igual a 1)
Os monômios semelhantes são os que apresentam a mesma parte literal (mesmas letras com
mesmos expoentes).
Os monômios 4xy e 30xy são semelhantes. Já os monômios 4xy e 30x2y3 não são semelhantes,
pois as letras correspondentes não possuem o mesmo expoente.
Polinômios
Quando uma expressão algébrica possui somas e subtrações de monômios não semelhantes é
chamada de polinômio.
Exemplos
a) 2xy + 3 x2y - xy3
b) a + b
c) 3abc + ab + ac + 5 bc
Operações Algébricas
Soma e subtração
A soma ou a subtração algébrica é feita somando-se ou subtraindo-se os coeficientes dos termos
semelhantes e repetindo a parte literal.
Exemplo
a) Somar (2x2 + 3xy + y2) com (7x2 - 5xy - y2)
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b) Subtrair (5ab - 3bc + a2) de (ab + 9bc - a3)
É importante observar que o sinal de menos na frente dos parênteses inverte todos os sinais de
dentro dos parênteses.
Exemplo
Multiplicar (3x2 + 4xy) com (2x + 3)
(3x2 + 4xy) . (2x + 3) = 3x2 . 2x + 3x2 . 3 + 4xy . 2x + 4xy . 3 = 6x3 + 9x2 + 8x2y + 12xy
Exemplo
Fatoração
Fatoração é um processo utilizado na matemática que consiste em representar um número ou
uma expressão como produto de fatores.
Usamos esse tipo de fatoração quando existe um fator que se repete em todos os termos do
polinômio.
Esse fator, que pode conter número e letras, será colocado na frente dos parênteses.
Dentro dos parênteses ficará o resultado da divisão de cada termo do polinômio pelo fator
comum.
1º) Identificar se existe algum número que divide todos os coeficientes do polinômio e letras
que se repetem em todos os termos.
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2º) Colocar os fatores comuns (número e letras) na frente dos parênteses (em evidência).
3º) Colocar dentro dos parênteses o resultado da divisão de cada fator do polinômio pelo fator
que está em evidência. No caso das letras, usamos a regra da divisão de potências de mesma
base.
Exemplos
Primeiro, identificamos que o número 3 divide todos os coeficientes e que não existe nenhuma
letra que se repete.
Colocamos o número 3 na frente dos parênteses, dividimos todos os termos por três e o
resultado iremos colocar dentro dos parênteses:
Como não existe número que divide ao mesmo tempo 2, 3 e 1, não iremos colocar nenhum
número na frente dos parênteses.
A letra a se repete em todos os termos. O fator comum será o a2, que é o menor expoente do a
na expressão.
2a2 b : a2 = 2a2 - 2 b = 2b
a4 : a2 = a2
Colocamos o a2 na frente dos parênteses e os resultados das divisões dentro dos parênteses:
Agrupamento
No polinômio que não exista um fator que se repita em todos os termos, podemos usar a
fatoração por agrupamento.
Para isso, devemos identificar os termos que podem ser agrupados por fatores comuns.
Exemplo
Os termos mx e 3nx tem como fator comum o x. Já os termos my e 3ny possuem como fator
comum o y.
x (m + 3n) + y (m + 3n)
25
Colocando novamente em evidência, encontramos a forma fatorada do polinômio:
3º) Comparar o valor encontrado com o termo que não apresenta quadrados. Se forem iguais,
é um quadrado perfeito.
Exemplos
a) Fatorar o polinômio x2 + 6x + 9
√x2 = x e √9 = 3
Como o valor encontrado é igual ao termo que não está ao quadrado, o polinômio é quadrado
perfeito.
x2 + 6x + 9 = (x + 3)2
√x2 = x e √9y2 = 3y
Como não é um trinômio quadrado perfeito, não podemos usar esse tipo de fatoração.
Para fatorar polinômios do tipo a2 - b2 usamos o produto notável da soma pela diferença.
26
a2 - b2 = (a + b) . (a - b)
Depois, escrever o produto da soma dos valores encontrados pela diferença desses valores.
Exemplo
√9x2 = 3x e √25 = 5
Cubo Perfeito
Para fatorar polinômios desse tipo, devemos calcular a raiz cúbica dos termos ao cubo.
Se for, elevamos ao cubo a soma ou a subtração dos valores das raízes cúbicas encontradas.
Exemplos
3√ x3 = x e 3√ 8 = 2
3 . x2 . 2 = 6x2
3 . x . 22 = 12x
Como os termos encontrados são iguais aos termos do polinômio, então é um cubo perfeito.
3√ a3 = a e 3√ - 27 = - 3
27
Depois confirmar se é cubo perfeito:
3 . a2 . (- 3) = - 9a2
3 . a . (- 3)2 = 27a
Como os termos encontrados são iguais aos termos do polinômio, então é um cubo perfeito.
Produtos Notáveis
"Produtos notáveis são multiplicações em que os fatores são polinômios. Existem cinco produtos
notáveis mais relevantes: quadrado da soma, quadrado da diferença, produto da soma pela
diferença, cubo da soma e cubo da diferença.
Quadrado da soma
(x + a)(x + a)
O nome quadrado da soma é dado porque a representação por potência desse produto é a
seguinte:
(x + a)2
(x + a)2 = x2 + 2xa + a2
Esse polinômio é obtido por meio da aplicação da propriedade distributiva da seguinte maneira:
O resultado final desse produto notável pode ser usado como fórmula para qualquer hipótese
em que houver uma soma elevada ao quadrado. Geralmente, esse resultado é ensinado da
seguinte maneira:
O quadrado do primeiro termo mais duas vezes o primeiro vezes o segundo mais o quadrado do
segundo termo
Exemplo:
Observe que esse resultado é obtido pela aplicação da propriedade distributiva em (x + 7)2.
Portanto, a fórmula é obtida a partir da propriedade distributiva sobre (x + a)(x + a).
Quadrado da diferença
(x – a)(x – a)
Esse produto pode ser escrito da seguinte maneira por meio da notação de potências:
28
(x – a)2
(x – a)2 = x2 – 2xa + a2
O quadrado do primeiro termo menos duas vezes o primeiro vezes o segundo mais o quadrado
do segundo termo.
É o produto notável que envolve um fator com uma soma e outro com uma subtração. Exemplo:
(x + a)(x – a)
Não há representação em forma de potência para esse caso, mas sua solução sempre será
determinada pela seguinte expressão, também obtida com a técnica do quadrado da soma:
(x + a)(x – a) = x2 – a2
Cubo da soma
Com a propriedade distributiva, é possível criar uma “fórmula” também para produtos com o
seguinte formato:
(x + a)(x + a)(x + a)
(x + a)3
Assim, em vez de fazer um cálculo extenso e cansativo, podemos calcular (x + 5)3, por exemplo,
facilmente da seguinte maneira:
Cubo da diferença
29
(x – a)(x – a)(x – a)
(x – 2y)3
(x – 2y)3 = x3 – 3x22y + 3x(2y)2 – (2y)3 = x3 – 3x22y + 3x4y2 – 8y3 = x3 – 6x2y + 12xy2 – 8y3
Sistemas de Equações
Um sistema de equações é constituído por um conjunto de equações que apresentam mais de
uma incógnita. Para resolver um sistema é necessário encontrar os valores que satisfaçam
simultaneamente todas as equações.
Um sistema é chamado do 1º grau, quando o maior expoente das incógnitas, que integram as
equações, é igual a 1 e não existe multiplicação entre essas incógnitas.
Podemos resolver um sistema de equações do 1º grau, com duas incógnitas, usando o método
da substituição ou o da soma.
Método da substituição
Esse método consiste em escolher uma das equações e isolarmos uma das incógnitas, para
determinar o seu valor em relação a outra incógnita. Depois, substituímos esse valor na outra
equação.
Desta forma, a segunda equação ficará com uma única incógnita e, assim, poderemos encontrar
o seu valor final. Para finalizar, substituímos na primeira equação o valor encontrado e, assim,
encontramos também o valor da outra incógnita.
Exemplo
abre chaves atributos de tabela alinhamento de coluna left espaçamento de coluna 1.4ex fim
dos atributos linha com célula com x mais y igual a fim da célula 12 linha com célula com 3 x
menos y igual a fim da célula 20 fim da tabela fecha
Resolução
Vamos começar escolhendo a primeira equação do sistema, que é a equação mais simples, para
isolar o x. Assim temos:
3. espaço parêntese esquerdo 12 menos y parêntese direito espaço menos y espaço igual a
espaço 20 36 menos 3 y menos y igual a 20 menos 4 y igual a 20 menos 36 4 y igual a 16 y igual
a 16 sobre 4 igual a 4
30
Agora que encontramos o valor do y, podemos substituir esse valor da primeira equação, para
encontrar o valor do x:
Assim, a solução para o sistema dado é o par ordenado (8, 4). Repare que esse resultado tornam
ambas as equações verdadeiras, pois 8 + 4 = 12 e 3.8 - 4 = 20.
Método da Adição
No método da adição buscamos juntar as duas equações em uma única equação, eliminando
uma das incógnitas.
Para isso, é necessário que os coeficientes de uma das incógnitas sejam opostos, isto é, devem
ter o mesmo valor e sinais contrários.
Exemplo
abre chaves atributos de tabela alinhamento de coluna left espaçamento de coluna 1.4ex fim
dos atributos linha com célula com x mais y igual a fim da célula 12 linha com célula com 3 x
menos y igual a fim da célula 20 fim da tabela fecha
Note que nesse sistema a incógnita y possui coeficientes opostos, ou seja, 1 e - 1. Então, iremos
começar a calcular somando as duas equações, conforme indicamos abaixo:
Ao anular o y, a equação ficou apenas com o x, portanto agora, podemos resolver a equação:
Para encontrar o valor do y, basta substituir esse valor em uma das duas equações. Vamos
substituir na mais simples:
8 mais y igual a 12 seta dupla para a direita y igual a 12 menos 8 seta dupla para a direita y igual
a4
Note que o resultado é o mesmo que já havíamos encontrado, usando o método da substituição.
abre chaves atributos de tabela alinhamento de coluna left fim dos atributos linha com célula
com 3 x mais y igual a 24 fim da célula linha com célula com 5 x mais 2 y igual a 60 fim da célula
fim da tabela fecha
Portanto, não podemos, inicialmente, anular nenhuma das incógnitas. Neste caso, devemos
multiplicar por algum número que transforme o coeficiente em um número oposto do
coeficiente da outra equação.
Podemos, por exemplo, multiplicar a primeira equação por - 2. Contudo, devemos ter o cuidado
de multiplicarmos todos os termos por - 2, para não modificarmos a igualdade.
31
Assim, o sistema equivalente ao que queremos calcular é:
abre chaves atributos de tabela alinhamento de coluna left fim dos atributos linha com célula
com menos 6 x menos 2 y igual a menos 48 fim da célula linha com célula com 5 x mais 2 y igual
a 60 fim da célula fim da tabela fecha
Logo, x = - 12, não podemos esquecer de substituir esse valor em uma das equações para
encontrar o valor do y. Substituindo na primeira equação, temos:
menos 6. parêntese esquerdo menos 12 parêntese direito menos 2 y igual a menos 48 mais 72
menos 2 y igual a menos 48 menos 2 y igual a menos 48 menos 72 menos 2 y igual a menos 120
y igual a 120 sobre 2 igual a 60
Um sistema do 1º grau, com duas incógnitas x e y, formado pelas equações a1x + b1y = c1 e a2x
+ b2y = c2, terá a seguinte classificação: possível e determinado, possível e indeterminado e
impossível.
O sistema será possível e determinado quando apresentar uma única solução. Isso acontecerá
quando:
a com 1 subscrito sobre a com 2 subscrito não igual b com 1 subscrito sobre b com 2 subscrito
a com 1 subscrito sobre a com 2 subscrito igual a b com 1 subscrito sobre b com 2 subscrito igual
a c com 1 subscrito sobre c com 2 subscrito
Já os sistemas impossíveis, não possuem nenhuma solução. Nesse tipo de sistema temos:
a com 1 subscrito sobre a com 2 subscrito igual a b com 1 subscrito sobre b com 2 subscrito não
igual c com 1 subscrito sobre c com 2 subscrito
Exemplo
abre chaves atributos de tabela alinhamento de coluna left fim dos atributos linha com célula
com 2 x mais y igual a menos 4 fim da célula linha com célula com 4 x mais 2 y igual a 6 fim da
célula fim da tabela fecha
Para identificar o tipo de sistema, vamos calcular a razão entre os coeficientes das equações:
a com 1 subscrito sobre a com 2 subscrito igual a 2 sobre 4 b com 1 subscrito sobre b com 2
subscrito igual a 1 meio c com 1 subscrito sobre c com 2 subscrito igual a numerador menos 4
sobre denominador 6 fim da fração igual a menos 2 sobre 3
Como
32
2 sobre 4 igual a 1 meio não igual menos 2 sobre 3
Proporcionalidade
A proporcionalidade estabelece uma relação entre as grandezas e grandeza é tudo aquilo que
pode ser medido ou contado.
No cotidiano existem muitos exemplos dessa relação, como ao dirigir um carro, o tempo que se
leva para efetuar o percurso depende da velocidade empregada, ou seja, tempo e velocidade
são grandezas proporcionais.
O que é proporcionalidade?
Uma proporção representa a igualdade entre duas razões, sendo que uma razão corresponde
ao quociente de dois números. Veja como representá-la a seguir.
Acima, vemos que a, b, c e d são os termos de uma proporção, que possui as seguintes
propriedades:
Propriedade da soma:numerador reto a espaço mais espaço reto b sobre denominador reto b
fim da fração igual a numerador reto c espaço mais espaço reto d sobre denominador reto d fim
da fração
Exemplo de proporcionalidade: Pedro e Ana são irmãos e perceberam que a soma das suas
idades é igual a idade do pai, que é 60 anos. Se a idade de Pedro está para a de Ana assim como
4 está para 2, qual a idade de cada um deles?
Solução:
Primeiramente, montamos a proporção utilizando P para idade de Pedro e A para idade de Ana.
numerador reto P espaço mais espaço reto A sobre denominador reto A fim da fração igual a
numerador 4 espaço mais espaço 2 sobre denominador 2 fim da fração 60 sobre reto A igual a
6 sobre 2 120 espaço igual a espaço 6 reto A reto A espaço igual a espaço 20
reto P espaço. espaço 2 espaço igual a espaço 20 espaço. espaço 4 reto P espaço igual a 80 sobre
2 reto P espaço igual a espaço 40
33
Proporcionalidades: direta e inversa
Quando estabelecemos a relação entre duas grandezas, a variação de uma grandeza provoca
uma mudança na outra grandeza na mesma proporção. Ocorre então uma proporcionalidade
direta ou inversa.
Duas grandezas são diretamente proporcionais quando a variação ocorre sempre na mesma
razão.
Exemplo: Uma indústria tem instalado um medidor de nível, que a cada 5 minutos marca a altura
de água no reservatório. Observe a variação da altura de água ao longo do tempo.
Observe que essas grandezas são diretamente proporcionais e possuem variação linear, ou seja,
o aumento de uma implica no aumento da outra.
A constante de proporcionalidade (k) estabelece uma razão entre os números das duas colunas
da seguinte forma:
Duas grandezas são inversamente proporcionais quando uma grandeza varia na razão inversa
da outra.
Exemplo: João está treinando para uma prova de corrida e, por isso, decidiu verificar a
velocidade que ele deveria correr para alcançar a linha de chegada no menor tempo possível.
Observe o tempo que ele levou em diferentes velocidades.
Veja como é dada a constante de proporcionalidade (k) entre as grandezas das duas colunas:
34
20 espaço. espaço 60 espaço igual a espaço 40 espaço. espaço 30 espaço igual a 60 espaço.
espaço 20 espaço igual a espaço 1 espaço 200
Porcentagem
Porcentagem, representada pelo símbolo %, é a divisão de um número qualquer por 100. A
expressão 25%, por exemplo, significa que 25 partes de um todo foram divididas em 100 partes.
Há três formas de representar uma porcentagem: forma percentual, forma fracionária e forma
decimal. O cálculo do valor representado por uma porcentagem geralmente é feito a partir de
uma multiplicação de frações ou de números decimais, por isso o domínio das quatro operações
é fundamental para a compreensão de como calcular corretamente uma porcentagem.
• Forma percentual
Exemplos:
35
5%
0,1%
150%
• Forma fracionária
Para realização de cálculos, uma das formas possíveis de representação de uma porcentagem é
a forma fracionária, que pode ser uma fração irredutível ou uma simples fração sobre o número
100.
Exemplo:
• Forma decimal
Exemplo:
36
Macete
Lembrando que a nossa base é decimal, então, ao dividir por 100, basta andar com a vírgula duas casas para a esquerda.
Exemplos:
5% = 0,05
152% = 1,52
Alguns exercícios pedem para fazermos o contrário, ou seja, transformar um número decimal em porcentagem. Para
isso, basta andarmos com a vírgula duas casas para a direita (aumentando o número) e acrescentar o símbolo %.
0,23 = 23%
0,111 = 11,1%
0,8 = 80%
1,74 = 174 %
Os problemas que envolvem porcentagem são bastante recorrentes, portanto, saber calculá-la
é essencial. A estratégia de resolução depende do tipo de problema com o qual se está lidando.
Veja algumas possibilidades:
Exemplo 1: Um plano de uma empresa de telefonia custava R$50,00, porém houve um aumento
de 4%. Qual é o valor do aumento em reais? Qual é o novo valor da fatura?
Vamos encontrar o valor de referência, ou seja, o valor que corresponde a 100%. No caso, o
valor de referência é R$ 50,00, que sofreu o aumento de 4%.
37
Então, o aumento será de R$ 2,00, e o novo valor da fatura será de R$ 52,00.
Exemplo 2: Suponha que um produto custava R$ 400,00 e teve um desconto de R$ 25,00. Qual
foi o valor percentual de desconto?
Resolução: Temos como valor referente aos 100% os R$ 400,00. Logo, para calcular o desconto
em porcentagem, basta calcular a razão do valor de desconto sobre o valor de referência.
Exemplo 3: Para a mudança de categoria na luta, um lutador precisava aumentar seu peso em
20%, atingindo um peso total de 76,8 kg. Qual é o peso atual do atleta?
Resolução:
Tendo em vista que o peso inicial do atleta corresponde a 100%, ele terá um aumento de 20%,
logo, em comparação com o peso inicial do lutador, 80 kg corresponde a 120%.
Peso(kg) %
76,8 120
x 100
Como as grandezas são diretamente proporcionais (à medida que o peso aumenta, a
porcentagem referente a ele também aumenta), vamos multiplicar cruzado:
Forma fracionária:
38
Introdução à Geometria
"A Geometria é uma das três grandes áreas da Matemática, ao lado de cálculo e álgebra. A
palavra “geometria” tem origem grega e sua tradução literal é: “medir a terra”. Essa informação
nos dá pistas de como nasceu e o motivo pelo qual ela se desenvolveu durante os séculos.
A Geometria é o estudo das formas dos objetos presentes na natureza, das posições ocupadas
por esses objetos, das relações e das propriedades relativas a essas formas.
A geometria é construída sobre objetos primitivos: ponto, reta, plano, espaço, entre outros.
Esses objetos não possuem definição, mas possuem características que possibilitam sua
identificação.
Fazendo uso desses objetos primitivos é que são definidas as primeiras formas geométricas do
plano: segmentos de reta, polígonos e ângulos. A partir delas, é feita a definição de distância
entre dois pontos, da qual depende a definição de círculo. Tudo isso serve como base para a
construção da geometria espacial.
Desse modo, a geometria é construída relacionando objetos básicos a fim de obter objetos mais
elaborados. Estes são relacionados entre si para chegar a objetos ainda mais elaborados e assim
sucessivamente.
Divisões da geometria
Euclides, grande matemático e escritor, viveu provavelmente no século III a.C. e é chamado de
pai da geometria. Ele foi o primeiro a reunir toda a geometria em uma única obra, chamada “Os
Elementos”. Esse matemático baseou a geometria plana em cinco postulados.
O quinto desses postulados é muito mais sofisticado que os outros quatro. Isso levantou dúvidas
entre os matemáticos, desde sua época até meados do século XIX, quando Lobachevsky, um
matemático russo, resolveu reconstruir a geometria, mas utilizando a negação do quinto
postulado de Euclides.
Esse postulado afirmava: Por um ponto fora de uma reta passa uma única reta paralela à reta
dada. Lobachevsky considerou o contrário: Por um ponto fora de uma reta passa mais de uma
reta paralela à reta dada.
Os objetos e figuras geométricas são definidos da mesma forma que na geometria plana, a única
diferença é realmente o quinto postulado.
39
Os resultados obtidos por Lobachevsky são divididos da seguinte forma: aqueles que não
dependem do quinto axioma de Euclides são idênticos à geometria tradicional. Já os que
dependem são diferentes. Por exemplo, a soma dos ângulos internos de um triângulo, nas
geometrias construídas a partir de Lobachevsky, não é igual a 180°.
Os estudos de Lobachevsky deram origem à geometria Rhiemanniana e abriram uma porta para
a construção de outras geometrias completamente distintas da geometria plana e espacial que
conhecemos. O fato mais interessante é que os seus resultados possuem muitas aplicações no
dia a dia.
Geometria Euclidiana
É a geometria discutida nos ensinos fundamental e médio e a única geometria conhecida pelo
homem até meados do século XIX. A geometria Euclidiana é dividida nas seguintes subáreas:
Geometria Plana: Todas as figuras, formas e definições são feitas para objetos pertencentes ao
plano, isto é, que possuem apenas largura e comprimento, mas não possuem profundidade.
Os conceitos discutidos pela geometria plana são de ponto, reta, plano, posições relativas,
distância entre dois pontos, ângulos, polígonos, áreas e trigonometria, entre outros.
Os conceitos discutidos na geometria espacial são: todos os da geometria plana, além de planos,
poliedros e corpos redondos.
Geometria Analítica: Subárea que relaciona a geometria com a álgebra e utiliza uma para
resolver problemas provenientes da outra.
Razões Trigonométricas
No triângulo abaixo, o lado da hipotenusa é oposto ângulo reto (90º) e o maior lado do triângulo.
Já o lado oposto ao ângulo reto recebe o nome de cateto oposto e o lado que toca esse ângulo
é denominado de cateto adjacente.
A partir da divisão entre dois dos três lados obtemos as relações trigonométricas:
• Seno (sen) = cateto oposto/hipotenusa
• Cosseno (Cos) = cateto adjacente/hipotenusa
• Tangente (Tg) = cateto oposto/cateto adjacente
40
Triângulo retângulo. (Foto: Wikipédia)
O que é trigonometria?
A trigonometria é a área da matemática responsável pelo estudo das relações entre os lados e
ângulos do triângulo, com foco no triângulo retângulo, e as razões trigonométricas do seno,
cosseno e tangente.
As razões trigonométricas podem ser expandidas para outros tipos de triângulos através das leis
dos senos e cossenos. Posteriormente, alguns resultados podem ser notados em triângulos cujos
lados são segmentos notáveis de um círculo, sendo conhecido como círculo trigonométrico.
Em relação ao triângulo retângulo, tal figura é uma das mais importantes da geometria. Ele é
formado por um ângulo de 90º (ângulo reto) e outros dois que são menores que 90º (ângulos
agudos), sendo que a soma dos ângulos internos é de 180°.
A posição do ângulo reto determina os lados, então:
• Hipotenusa: lado maior e oposto ao ângulo de 90º;
• Cateto adjacente: lado próximo ao ângulo de 90º;
• Cateto oposto: lado contrário ao ângulo de 90º.
A relação entre os lados do triângulo é fundamentada no Teorema de Pitágoras, cujo enunciado
é: “a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da sua hipotenusa”.
Isso significa que no triângulo retângulo, a hipotenusa é representada pela letra “a” e os seus
catetos pelas letras “b” e “c”, a fórmula que explicita essa relação é a² = b² + c².
Razões trigonométricas e funções trigonométricas
Como já sabemos, as razões trigonométricas de seno, cosseno e tangente estão relacionados às
medidas dos lados e ângulos do triângulo retângulo. Mas além disso, tais elementos formam as
funções trigonométricas, pois ocorrem em determinados intervalos de tempo.
Falar em função, implica também na existência de domínio e imagem. O primeiro refere-se ao
conjunto de partida enquanto o segundo corresponde ao conjunto de chegada.
Seno (sen) – razão entre o cateto oposto e a hipotenusa do triângulo, identificado através da
seguinte fórmula:
- Sen = cateto oposto/hipotenusa
- Fórmula da função seno: f(x) = senx
- Domínio da função seno: D = R
41
- Imagem da função seno: Im = [ -1,1]
- Período da função seno: 2 p
Cosseno (cos) – razão entre o cateto adjacente e a hipotenusa de um triângulo, identificado
através da seguinte fórmula:
- Cos = cateto adjacente/hipotenusa
- Fórmula da função cosseno: f(x) = cosx
- Domínio da função cosseno: D = R
- Imagem da função cosseno: Im = [ -1,1]
- Período da função cosseno: 2 p
Tangente (Tg) – razão entre o cateto oposto e o cateto adjacente de um triângulo, identificado
através da seguinte fórmula:
Ângulos notáveis
Em problemas trigonométricos, alguns ângulos aparecem com mais frequência do que outros.
Confira abaixo a tabelas desses ângulos e os respectivos valores de seno, cosseno e tangente:
Aplicação - Dado um triângulo retângulo, com catetos 3 cm e o outro mede v3 cm, vamos
determinar as medidas dos ângulos agudos e da hipotenusa dessa figura.
O Teorema de Pitágoras para determinar a medida da hipotenusa (h), já que os valores dos
catetos são conhecidos:
42
h² = 9 + 3
h = v12
h = 2v3 cm
Considerando o ângulo “a”, oposto ao lado de 3 cm, ao calcular a sua tangente temos:
tg a = cateto oposto/ cateto adjacente
tg a = 3/v3
tg a = 3/v3
tg a = 3/v3. v3/v3
tg a = 3v3/3
tg a = v3
Se tg a = v3, então a = 60. Em um triângulo retângulo, a soma dos ângulos internos deve ser 180,
sendo assim podemos determinar a medida de outro ângulo agudo b:
b + a + 90° = 180°
b + 60° + 90° = 180°
b + 150° = 180°
b = 180° – 150°
b = 30°
Portanto, os ângulos agudos desse triângulo valem 30° e 60°.
Conjuntos
Chamamos de conjunto toda e qualquer coleção de elementos. Estes elementos podem ser
números, objetos, figuras, pessoas, animais e tudo o que podemos ordenar, catalogar ou reunir
em grupos de seus elementos. Por exemplo: Se quisermos construir o conjunto de crianças de
uma escola que possuam exatos 10 anos de idade, podemos dizer que o conjunto é composto
pelos alunos Pedrinho, Joãozinho, Mariazinha, ..., e todos os alunos que tenham 10 anos de
idade na escola. Matematicamente, quase sempre os conjuntos serão compostos por números
e que dependam de algumas condições. Por exemplo: O conjunto dos números Reais, o conjunto
dos números Inteiros, o conjunto dos números maiores do que 2 e menores do que 7, e muito
mais.
x∈A
x∉A
A maioria dos conjuntos em matemática não possuem uma definição para todos os seus
elementos, logo a forma mais fácil de definir um conjunto é utilizando uma propriedade comum
para todos os seus elementos, ou seja, uma lei que consiga ser associada a todos os elementos
que o compõe. Vejamos abaixo alguns conjuntos numéricos usuais:
43
Exemplo 1: Vamos definir um conjunto A que seja construído a partir dos números Naturais e
que qualquer elemento de A seja maior ou igual a 5 e menor ou igual a 10. Então o conjunto
será:
A={5,6,7,8,9,10}
Como sabemos que qualquer elemento x que pertence a A é um número Natural neste exemplo,
podemos representar o conjunto da seguinte maneira:
A={x∈N:5≤x≤10}
Lê-se: O conjunto A é igual a x (elemento qualquer de A) que pertence aos naturais, tal que 5 é
menor ou igual a x e x é menor ou igual a 10 (ou x está entre 5 e 10).
Conjunto vazio
Existem alguns conjuntos que são representados por uma propriedade onde não é possível gerar
elementos. Vejamos um caso:
A={x∈N:1<x<2}
Note que qualquer elemento de A pertence ao conjunto dos naturais, porém é um absurdo dizer
que nos naturais existem números entre 1 e 2, ou seja, em ℕ não existe o número 1,5, por
exemplo. Então, neste caso, dizemos que o conjunto A é vazio. E será representado por:
A=∅
Atenção! O conceito de conjunto vazio remete a não existência de elementos, e não que o seu
elemento é zero.
Subconjuntos
Note que no exemplo 1, os elementos do conjunto A estão contidos nos números Naturais,
dizemos então que o conjunto A é um Subconjunto dos números Naturais, ou seja, o conjunto
A está contido no conjunto ℕ. Escrevemos então:
A⊂N
A⊂B
N⊂Z⊂Q
Propriedades da inclusão:
44
• A⊂A (A sempre está contido em A);
• Se A⊂B e se B⊂A então A = B ;
• Se A⊂B e se B⊂C então A⊂C.
A∪B={x:x∈A ou x∈B}
Veja abaixo uma representação no chamado diagrama de Venn. A região cinza simboliza a união
dos seus respectivos elementos.
Interseção de conjuntos: A interseção de conjuntos é formada pelos elementos que são comuns
entre A e B. Então:
A∩B={x:x∈A e x∈B}
45
Propriedades:
União
A∪∅=A
A∪A=A
A∪B=B∪A
(A∪B)∪C=A∪(B∪C)
A∪B=A↔B⊂A
A∪(B∩C)=(A∪B)∩(A∪C)
.
Interseção
A∩∅=A
A∩A=A
A∩B=B∩A
(A∩B)∩C=A∩(B∩C)
A∩B=A↔A⊂B
A∩(B∪C)=(A∩B)∪(A∩C)
Conjuntos complementares
A diferença entre dois conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elementos de A que não
pertencem a B, formalmente dado por:
A−B={x:x∈A e x∉B}
Não necessariamente B precisa estar contido em A para que exista A – B. Sendo assim, quando
A ≠ B, nenhum elemento de A pertence a B, então A – B = A. Quando A−B=A−(A∪B) .
46
Quando B⊂A a diferença A – B se chama complementar de B em relação a A. Em notação formal
dizemos:
A−B=CBA
Relações binárias
Vamos supor que o conjunto A = {1,2} e o conjunto B = {3,4,5} com A,B⊂N. O produto cartesiano
A x B será dado por:
AxB={(1,3);(1,4);(1,5);(2,3);(2,4);(2,5)}
Outro exemplo, um produto cartesiano dos números reais pelos reais, ou seja, R×R é o
conjunto R2.
47
Razão e Proporção
Na matemática, a razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, sendo o coeficiente
entre dois números.
Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões, ou ainda, quando duas razões
possuem o mesmo resultado.
Note que a razão está relacionada com a operação da divisão. Vale lembrar que duas grandezas
são proporcionais quando formam uma proporção.
Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos cotidianamente os conceitos de razão e
proporção. Para preparar uma receita, por exemplo, utilizamos certas medidas proporcionais
entre os ingredientes.
Atenção!
Para você encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de medida terão de ser as
mesmas.
Exemplos
A partir das grandezas A e B temos:
Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também chamada de
razão centesimal.
Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é chamado de antecedente (A),
enquanto o de baixo é chamado de consequente (B).
48
Exemplo 2
Qual o valor de x na proporção abaixo?
3 . 12 = x
x = 36
Assim, quando temos três valores conhecidos, podemos descobrir o quarto, também chamado
de “quarta proporcional”.
Nos problemas onde a resolução é feita através da regra de três, utilizamos o cálculo da
proporção para encontrar o valor procurado.
Logo:
A·D = B·C
é equivalente
Logo,
D. A = C . B
Geometria Plana
A geometria plana é a área da matemática que estuda as figuras planas, iniciando-se nos
conceitos primitivos de ponto, reta e plano, e, com base neles, desenvolvendo-se até a
construção das figuras planas, com o cálculo de suas respectivas áreas e perímetros.
49
Os conceitos da geometria plana têm grande incidência no Enem, com recorrência de questões
que exigem o conceito de área ou até mesmo noções básicas de ângulos. Além disso, ela é base
para a geometria espacial, porém, a diferença entre ambas é que a primeira é bidimensional, e
a segunda, tridimensional.
Pontos A, B e C.
→ Retas: são sempre representadas por letras minúsculas do nosso alfabeto.
50
Reta r.
Com base na ideia que temos de reta, lembrando que ela é ilimitada, ou seja, infinita para os
dois lados, surgem os conceitos de semirreta e segmento de reta. A fim de compreender melhor
esse elemento essencial para a geometria, leia o texto: Retas.
Segmento AB.
→ Plano: é representado pelas letras do alfabeto grego.
51
Plano α.
Para aprofundar-se mais nesses conceitos fundamentais para essa área da matemática, leia o
texto: Noções primitivas de geometria: ponto, reta, plano e espaço.
→ Retas paralelas: quando não possuem nenhum ponto em comum. A representação delas é
feita com duas barras c // b (lê-se: c paralela a b).
52
r//t
→ Retas concorrentes: quando possuem um único ponto em comum.
Retas que se
encontram no ponto E.
→ Retas coincidentes: quando possuem infinitos pontos em comum, ou seja, elas são iguais.
Para saber mais sobre esse tipo de posição, acesse: Posição relativa entre duas retas.
Ângulos
Outro conceito muito importante é o de ângulo, que é a região formada pelo encontro entre
duas semirretas. O ângulo é medido em graus e é classificado de acordo com a sua medida.
Ângulo agudo.
53
→ Ângulo reto: mede exatamente 90º.
Ângulo reto.
→ Ângulo obtuso: maior que 90º
Ângulo obtuso.
→ Ângulo raso: mede exatamente 180º.
Ângulo raso.
Conheça mais detalhes sobre esse elemento essencial na geometria: Ângulos.
Figuras planas
Definimos como figura plana qualquer representação fechada feita no plano, porém existem
casos especiais, conhecidos como polígonos, além da circunferência, que possuem
propriedades e fórmulas que dependem da sua forma.
• Polígonos
54
Dentro das figuras planas, há várias figuras geometricas, algumas são mais conhecidas, como
os quadriláteros, os triângulos, os pentagonos e os hexagonos. Quando a figura é fechada por
segmentos de reta formando ângulos, ela é conhecida como polígono, logo, a união
de segmentos de reta fechados forma as principais figuras planas, conhecidas como polígonos.
Eles são nomeados de acordo com a quantidade de ângulos ou mesmo de lados que possuem,
por exemplo, triângulo (três ângulos), quadrilátero (quatro lados), pentagono (cinco ângulos).
Os poligonos mais comuns são os triângulos e os quadriláteros (quadrádo, retângulo, losango e
trapézio).
Os principais cálculos envolvendo os polígonos é o de perímetro, que nada mais é que a soma
de todos os lados da figura, e o de área, que depende da sua forma, ou seja, cada figura terá
uma fórmula para esse cálculo.
→ Área de triângulos
b: base
h: altura
→ Área de quadriláteros
• Área de um quadrado
55
Quadrado.
A = l²
• Área de um paralelogramo
A=b.h
• Área de um retângulo
A=b.h
• Área de um losango
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D: diagonal maior
d: diagonal menor
• Área de um trapézio
57
B: base maior
b: base menor
Círculo e circunferência
O círculo não é considerado um polígono, afinal ele não possui lados, mas é uma figura plana
de grande importância. Nele calculamos o que chamamos de comprimento de
circunferência (C), que é análogo à ideia de perímetro, ou seja, o comprimento do contorno.
Também é possível calcular a área.
C = 2πr
A = πr2
r: raio da circunferência
Funções
Por exemplo, uma função de A em B significa associar cada elemento pertencente ao conjunto
A a um único elemento que compõe o conjunto B, sendo assim, um valor de A não pode estar
ligado a dois valores de B.
58
Notação para função: f: A → B (lê-se: f de A em B).
Note que o conjunto de A {1, 2, 3, 4} são as entradas, "multiplicar por 2" é a função e os valores
de B {2, 4, 6, 8}, que se ligam aos elementos de A, são os valores de saída.
• O domínio é {1, 2, 3, 4}
59
• O contradomínio é {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
• O conjunto imagem é {2, 4, 6, 8}
Tipos de funções
As funções recebem classificações de acordo com suas propriedades. Confira a seguir os
principais tipos.
Função sobrejetora
Na função sobrejetora o contradomínio é igual ao conjunto imagem. Portanto, todo elemento
de B é imagem de pelo menos um elemento de A.
Exemplo:
Exemplo:
60
Para a função acima:
• O domínio é {0, 3, 5}
• O contradomínio é {1, 2, 5, 8}
• O conjunto imagem é {1, 5, 8}
Função bijetora
Na função biejtora os conjuntos apresentam o mesmo número de elementos relacionados. Essa
função recebe esse nome por ser ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.
Exemplo:
• O domínio é {-1, 1, 2, 4}
• O contradomínio é {2, 3, 5, 7}
• O conjunto imagem é {2, 3, 5, 7}
61
Função inversa
A função inversa é um tipo de função bijetora, por isso é sobrejetora e injetora ao mesmo
tempo.
Através desse tipo de função é possível criar novas funções ao inverter os elementos.
Função par
Uma função é par quando f(-x) = f(x). Assim a função possui a mesma imagem, tanto para x
quanto para -x.
Função ímpar
Uma função é ímpar quando f(-x) = -f(x). O gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação
à origem.
Função composta
A função composta é um tipo de função matemática que combina duas ou mais variáveis.
Função afim
A função afim, também chamada de função do 1º grau, apresenta uma taxa de crescimento e
um termo constante.
f(x) = ax + b
a: coeficiente angular
b: coeficiente linear
Função linear
A função linear é um caso particular da função afim, sendo definida como f(x) = ax.
Quando o valor do coeficiente (a) que acompanha o x da função for igual a 1, a função linear é
uma função identidade.
Função quadrática
A função quadrática é também chamada de função do 2º grau.
Função logarítmica
A função logarítmica de base a é representada por f(x) = loga x, sendo a real positivo e a ≠ 1.
Função exponencial
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A função exponencial apresenta uma variável no expoente e a base é sempre maior que zero e
diferente de um.
Função polinomial
A função polinomial é definida por expressões polinomiais.
f(x) = an . xn + an – 1 . xn – 1 + ...+a2 . x2 + a1 . x + a0
Cada ponto no gráfico é dado por um par ordenado de x e y, onde x é o valor de entrada e y é o
resultado da relação definida pela função, ou seja, x → função → y.
Para construir um gráfico, cada elemento x da função deve ser inserido no eixo horizontal
(abcissas) e os elementos y são posicionados no eixo vertical (ordenadas).
Os possíveis valores de x formam o conjunto Domínio. Já o conjunto dos valores assumidos por
y, formam o conjunto imagem.
63
Análise Combinatória
Exemplo
Uma lanchonete vende uma promoção de lanche a um preço único. No lanche, estão incluídos
um sanduíche, uma bebida e uma sobremesa. São oferecidos três opções de sanduíches:
hambúrguer especial, sanduíche vegetariano e cachorro-quente completo. Como opção de
bebida pode-se escolher 2 tipos: suco de maçã ou guaraná. Para a sobremesa, existem quatro
opções: cupcake de cereja, cupcake de chocolate, cupcake de morango e cupcake de baunilha.
Considerando todas as opções oferecidas, de quantas maneiras um cliente pode escolher o seu
lanche?
Solução
Podemos começar a resolução do problema apresentado, construindo uma árvore de
possibilidades, conforme ilustrado abaixo:
64
Acompanhando o diagrama, podemos diretamente contar quantos tipos diferentes de lanches
podemos escolher. Assim, identificamos que existem 24 combinações possíveis.
Podemos ainda resolver o problema usando o princípio multiplicativo. Para saber quais as
diferentes possibilidades de lanches, basta multiplicar o número de opções de sanduíches,
bebidas e sobremesa.
Desta maneira, usamos algumas técnicas para resolver problemas com determinadas
características. Basicamente há três tipos de agrupamentos: arranjos, combinações e
permutações.
O fatorial de um número natural é definido como o produto deste número por todos os seus
antecessores. Utilizamos o símbolo ! para indicar o fatorial de um número.
Define-se ainda que o fatorial de zero é igual a 1.
Exemplo
O! = 1
1! = 1
3! = 3.2.1 = 6
7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5 040
10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 3 628 800
Note que o valor do fatorial cresce rapidamente, conforme cresce o número. Então,
frequentemente usamos simplificações para efetuar os cálculos de análise combinatória.
65
Arranjos
Nos arranjos, os agrupamentos dos elementos dependem da ordem e da natureza dos mesmos.
Para obter o arranjo simples de n elementos tomados, p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte
expressão:
Exemplo
Como exemplo de arranjo, podemos pensar na votação para escolher um representante e um
vice-representante de uma turma, com 20 alunos. Sendo que o mais votado será o
representante e o segundo mais votado o vice-representante.
Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá ser feita? Observe que nesse caso,
a ordem é importante, visto que altera o resultado final.
Exemplo
Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras diferentes 6 pessoas podem se sentar em
um banco com 6 lugares.
Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número de lugares é igual ao número de
pessoas, iremos usar a permutação:
Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas sentarem neste banco.
Combinações
As combinações são subconjuntos em que a ordem dos elementos não é importante,
entretanto, são caracterizadas pela natureza dos mesmos.
Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos tomados p a p (p ≤ n), utiliza-se a
seguinte expressão:
Exemplo
A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de 3 membros para formar uma comissão
organizadora de um evento, dentre as 10 pessoas que se candidataram.
Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem dos elementos não é relevante.
Isso quer dizer que escolher Maria, João e José é equivalente à escolher João, José e Maria.
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A Probabilidade permite analisar ou calcular as chances de obter determinado resultado diante
de um experimento aleatório. São exemplos as chances de um número sair em um lançamento
de dados ou a possibilidade de ganhar na loteria.
A partir disso, a probabilidade é determinada pela razão entre o número de eventos possíveis e
número de eventos favoráveis, sendo apresentada pela seguinte expressão:
Sendo:
Geometria Espacial
Com base nos elementos primitivos, desenvolve-se os sólidos geométricos, sendo os principais
os poliedros: paralelepípedo, cubo e demais prismas, além dos conhecidos como sólidos de
Platão; e os corpos redondos: cone, cilindro e esfera. Além do reconhecimento desses sólidos,
é importante compreender que os cálculos de volume e de área total possuem fórmulas
específicas para cada um dos tipos.
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É importante compreendermos que os elementos primitivos ponto, reta, plano e espaço são a
base da geometria e que eles não possuem uma definição. Ainda assim, todos nós conseguimos
ter, de forma intuitiva, a noção básica do que é cada um desses elementos e a posição relativa
entre eles.
Com base nas construções geométricas e nos elementos primitivos, surgiu a área de estudo da
geometria espacial, que vai desde as noções básicas até o conceito de sólido geométrico,
considerando o cálculo de sua área total e seu volume. Lembrando que, na geometria espacial,
estamos trabalhando com três dimensões, sendo elas: largura, altura e comprimento, ou, em
outros momentos, largura, profundidade e comprimento.
O ponto pode pertencer ou não à reta, e ele pode pertencer ou não ao plano.
Conhecendo dois ou mais pontos, eles podem ser colineares ou não, e coplanares ou não. Os
pontos são coplanares quando pertencem ao mesmo plano, e colineares quando pertencem a
uma mesma reta.
Pontos
coplanares.
68
Pontos
colineares.
Quando as retas são coplanares, elas podem ser paralelas, concorrentes e coincidentes.
Retas
paralelas.
→ Concorrentes: quando possuem um ponto em comum.
69
Retas
concorrentes.
→ Coincidentes: quando as retas são iguais, ou seja, há só uma reta.
Quando as retas não pertencem ao mesmo plano, elas são conhecidas como retas reversas.
Retas
reversas.
Para saber mais informações acerca desse tipo de posição, leia: Posições relativas de duas retas.
Ao analisar-se a posição relativa entre dois planos, eles podem ser classificados como paralelos
ou secantes.
→ Planos paralelos: não possuem nenhum elemento em comum, ou seja, não há interceptação
de um plano com o outro.
70
Planos
paralelos.
→ Planos secantes: quando se interceptam.
Planos
concorrentes ou secantes.
→ Planos coincidentes: quando são iguais, ou seja, há somente um plano.
Para saber mais sobre esse tipo de relação geométrica, acesse o nosso texto: Posição relativa
entre planos.
71
Ao comparar-se a reta com um plano, essa reta pode ser paralela ao plano, pertencente ao plano
ou secante ao plano.
→ Reta secante ao plano: quando ela corta o plano e possui um único ponto em comum a ele.
Reta
secante ao plano.
→ Reta pertencente ao plano: quando todos os pontos da reta estão contidos no plano.
Reta
pertencente ao plano.
→ Reta paralela ao plano: quando não possui nenhum ponto em comum ao plano.
72
Reta
paralela ao plano.
Aprofunde-se nesse conceito básico da geometria espacial acessando nosso texto: Posição
relativa entre reta e plano.
• Poliedros
Sólidos fechados que possuem faces poligonais, compostos por vértices, arestas e faces, são
eles: os prismas, as pirâmides e os sólidos de Platão (tetraedro, cubo, dodecaedro, icosaedro,
cubo, dodecaedro).
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Arestas de um poliedro.
• Vértice: é o encontro de uma ou mais arestas, denotado pelos pontos A, B, C, D, E, F, G e H
neste caso.
Vértice de um poliedro.
• Face
Face de um poliedro.
As faces de um poliedro são os polígonos que compõem o sólido.
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Relação de Euler
Sobre os poliedros, o matemático Euler percebeu uma relação entre o número de vértices (V),
faces (F) e arestas (A), conhecida como relação de Euler, dada pela expressão:
V–A+F=2
Logo, é possível descobrir, com base na equação, a quantidade de arestas que um sólido possui
pelo número de faces e de vértices.
Para entender de forma mais detalhada essa expressão, leia: Relação de Euler.
• Sólidos de Platão
Os sólidos de Platão são casos particulares de poliedros, Platão relacionou-os com a criação do
Universo, vinculando-os a elementos da natureza.
Sólidos de Platão.
• Corpos redondos
Conhecidos também como sólidos de revolução, são sólidos que possuem como base um
círculo (no caso do cone e cilindro) ou que são construídos sobre a rotação de um círculo.
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Cilindro
Esfera
76
Cone
Para saber mais detalhes sobre os poliedros, acesse o nosso texto: Poliedros.
As principais fórmulas da geometria espacial são para os cálculos da área total (At) e do volume
(V) de cada um dos sólidos. Cada fórmula depende do sólido.
• Cubo
Cubo de aresta a.
V = a3
At = 6 . a2
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• Paralelepípedo
Paralelepípedo de dimensões a, b, c.
V=a.b.c
O volume e a área total do prisma e da pirâmide dependem do polígono que está na base de
cada um dos sólidos, por isso usamos Ab: área da base e Al: área lateral.
• Prisma
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Prismas de
base triangular e hexagonal
Note que a base do prisma pode ser diferente de um caso para o outro, logo, o volume depende
diretamente da área da base.
V = Ab . h
At = 2Ab + Al
• Pirâmide
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Assim como os prismas, a base da pirâmide pode ser diferente, logo, o volume depende
diretamente da base.
At = Ab + Al
• Cilindro
At = 2πr (r+h)
• Cone
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Cone de raio r e altura h.
At = πr (g + r)
• Esfera
Esfera de raio r.
At = 4 πr2
Entenda que na geometria plana o trabalho é realizado com figuras geométricas que possuem
duas dimensões. Essas dimensões podem ser citadas como base e altura ou como comprimento
e largura. Há um trabalho com quadrados, círculos, entre outras figuras planas, além do
desenvolvimento dos cálculos de áreas e perímetros.
81
Já na geometria espacial, como vimos aqui, o trabalho é realizado com três dimensões, no que
chamamos de espaço. Conhecemos aqui os sólidos geométricos, e a partir de agora,
trabalhamos com largura, comprimento e altura. O que antes era conhecido, por exemplo, como
círculo, agora, no universo tridimensional, ganha mais uma dimensão e é conhecido como
esfera.
Na geometria espacial, não falamos em perímetro, mas sim em área total de um sólido, e
também surge a ideia de capacidade de um sólido, conhecida como volume. Para ilustrar bem a
diferença de ambos, note a comparação visual da esfera no espaço tridimensional e do círculo
no plano bidimensional.
Esfera no espaço.
82
Círculo no plano.
Exercício resolvido
1) (Enem) Para resolver o problema de abastecimento de água, foi decidida, numa reunião do
condomínio, a construção de uma nova cisterna. A cisterna atual tem formato cilíndrico, com 3
m de altura e 2 m de diâmetro, e estimou-se que a nova cisterna deverá comportar 81 m³ de
água, mantendo o formato cilíndrico e a altura da atual. Após a inauguração da nova cisterna, a
antiga será desativada. (Utilize 3,0 como aproximação para π.)
Qual deve ser o aumento, em metros, no raio da cisterna para atingir o volume desejado?
a) 0,5
b) 1,0
c) 2,0
d) 3,5
e) 8,0
Resolução
No entanto, como ela tem o formato cilíndrico, o volume de um cilindro é dado por:
V = πr2 . h
83
81 = 3 . r2 . 3
81 = 9 . r2
9 = r2
Probabilidade
A teoria da probabilidade é o campo da Matemática que estuda experimentos ou fenômenos
aleatórios e através dela é possível analisar as chances de um determinado evento ocorrer.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de confiança na ocorrência
dos resultados possíveis de experimentos, cujos resultados não podem ser determinados
antecipadamente. Probabilidade é a medida da chance de algo acontecer.
Por exemplo, podemos calcular a probabilidade de uma pessoa comprar um bilhete da loteria
premiado ou conhecer as chances de um casal ter 5 filhos, todos meninos.
Experimento Aleatório
Um experimento aleatório é aquele que não é possível conhecer qual resultado será encontrado
antes de realizá-lo.
Os acontecimentos deste tipo quando repetidos nas mesmas condições, podem dar resultados
diferentes e essa inconstância é atribuída ao acaso.
Um exemplo de experimento aleatório é jogar um dado não viciado (dado que apresenta uma
distribuição homogênea de massa) para o alto. Ao cair, não é possível prever com total certeza
qual das 6 faces estará voltada para cima.
Fórmula da Probabilidade
Em um fenômeno aleatório, as possibilidades de ocorrência de um evento são igualmente
prováveis.
Sendo:
Para expressar a probabilidade na forma de porcentagem, basta multiplicar o resultado por 100.
Exemplo 1
Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número menor que 3?
Resolução
Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem voltadas para cima.
Vamos então, aplicar a fórmula da probabilidade.
84
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6) e que o evento "sair
um número menor que 3" tem 2 possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou 2. Assim, temos:
Exemplo 2
O baralho de cartas é formado por 52 cartas divididas em quatro naipes (copas, paus, ouros e
espadas) sendo 13 de cada naipe. Dessa forma, se retirar uma carta ao acaso, qual a
probabilidade de sair uma carta do naipe de paus?
Solução
Ao retirar uma carta ao acaso, não podemos prever qual será esta carta. Sendo assim, esse é um
experimento aleatório.
Neste caso, temos 13 cartas de paus que representam o número de casos favoráveis.
Ponto Amostral
Ponto amostral é cada resultado possível gerado por um experimento aleatório.
Exemplo
Seja o experimento aleatório lançar uma moeda e verificar a face voltada para cima, temos os
pontos amostrais cara e coroa. Cada resultado é um ponto amostral.
Espaço Amostral
Representado pela letra Ω(ômega), o espaço amostral corresponde ao conjunto de todos os
pontos amostrais, ou , resultados possíveis obtidos a partir de um experimento aleatório.
Por exemplo, ao retirar ao acaso uma carta de um baralho, o espaço amostral corresponde às
52 cartas que compõem este baralho.
Da mesma forma, o espaço amostral ao lançar uma vez um dado, são as seis faces que o
compõem:
Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
85
Exemplo
Em uma urna com 4 esferas de cores: amarela, azul, preta e branca, ao sortear uma ao acaso,
quais as probabilidades de ocorrência de cada uma ser sorteada?
Sendo experimento honesto, todas as cores possuem a mesma chance de serem sorteadas.
Tipos de Eventos
Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um experimento aleatório.
Evento certo
O conjunto do evento é igual ao espaço amostral.
Exemplo
Em uma delegação feminina de atletas, uma ser sorteada ao acaso e ser mulher.
Evento impossível
O conjunto do evento é vazio.
Exemplo
Imagine que temos uma caixa com bolas numeradas de 1 a 20 e que todas as bolas são
vermelhas.
O evento "tirar uma bola vermelha" é um evento certo, pois todas as bolas da caixa são desta
cor. Já o evento "tirar um número maior que 30", é impossível, visto que o maior número na
caixa é 20.
Evento complementar
Os conjuntos de dois eventos formam todo o espaço amostral, sendo um evento complementar
ao outro.
Exemplo
No experimento lançar uma moeda, o espaço amostral é Ω = {cara, coroa}.
Seja o evento A sair cara, A={cara}, o evento B sair coroa é complementar ao evento A, pois,
B={coroa}. Juntos formam o próprio espaço amostral.
Exemplo
Seja o experimento lançar um dado, os seguintes eventos são mutuamente exclusivos
A: ocorrer um número menor que 5, A={1, 2, 3, 4}
B: ocorrer um número maior que 5, A={6}
Probabilidade Condicional
A probabilidade condicional relaciona as probabilidades entre eventos de um espaço amostral
equiprovável. Nestas circunstâncias, a ocorrência do evento A, depende ou, está condicionada
a ocorrência do evento B.
86
será realizado e um dos colaboradores receberá um prêmio. Há apenas colaboradores franceses
e brasileiros, homens e mulheres.
Como evento de probabilidade condicional, podemos associar a probabilidade de sortear uma
mulher (evento A) dado que seja francesa (evento B).
Neste caso, queremos saber a probabilidade de ocorrer A (ser mulher), apenas se for francesa
(evento B).
Entretanto, em alguns problemas, será necessário calcular esses valores. Neste caso, podemos
utilizar as fórmulas de permutação, arranjo e combinação conforme a situação proposta na
questão.
• Análise Combinatória
• Exercícios de Análise Combinatória
• Permutação
Exemplo
(EsPCEx - 2012) A probabilidade de se obter um número divisível por 2 na escolha ao acaso de
uma das permutações dos algarismos 1, 2, 3, 4, 5 é
Solução
Neste caso, precisamos descobrir o número de eventos possíveis, ou seja, quantos números
diferentes obtemos ao mudar a ordem dos 5 algarismos dados (n=5).
Como, neste caso, a ordem dos algarismos formam números diferentes, iremos usar a fórmula
de permutação. Sendo assim, temos:
Eventos possíveis:
Para calcular a probabilidade, temos ainda que encontrar o número de eventos favoráveis que,
neste caso, é encontrar um número divisível por 2, o que irá acontecer quando o último
algarismo do número for 2 ou 4.
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