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CAMPINAS
2017
MARIA EMÍLIA DA SILVA OLIVEIRA ARAÚJO
Volume 01
ASSINATURA DO ORIENTADOR
______________________________________
CAMPINAS
2017
FICHA CATALOGRÁFICA
Ficha catalográfica
Universidade Estadual de Campinas
Biblioteca da Área de Engenharia e Arquitetura
Luciana Pietrosanto Milla - CRB 8/8129
Ao professor Carlos Marmorato, por ter aceito ser meu orientador e do desafio
de me ajudar a finalizar a pesquisa.
Aos amigos da Unicamp: Maria Clara, Alex, Rodrigo, Elisa, Ítalo, Felipe, Luiz
Flávio, Jana e Rafaella, pelo apoio e pelas risadas.
Aos amigos: Loumend, Jessica, Bergue, Reja e Erika, pela motivação, apesar
da distância física.
Recent studies have shown a growing concern with the design, implementation and
use of school buildings. In the State of São Paulo, School Development Foundation
(FDE) is the body responsible for managing all the processes for the implementation
of new schools, where in 2003 incorporated significant changes in the approval of
school building construction projects, adopting, for example, the use of prefabricated
structures with the purpose of making work time feasible and obtaining buildings with
better quality. On the exposed, several of these buildings suffered various forms of
degradation over time. On the other hand, it is known that the builders wield
important role on the issue of durability of buildings, because the absence of quality
control in the construction phase, as well as the incompatibility of some projects,
brings many problems when building. The present study aimed to perform the
mapping of types of pathological manifestations presented in buildings prefabricated
school located in Campinas/SP. Initially we conducted a survey of buildings using
two methods of post Occupancy Evaluation (APO): the use of photographic records
and physical performance evaluation (or walkthrough method). Using the information
collected, were highlighted as the most frequent pathologies are the cracks in
masonry and the cracks in concrete structures, taking the view that the pathological
manifestations have origins in different stages of a work project, implementation and
use, the latter being due to the absence of a management of building maintenance in
the institutions.
DE – Diretoria de Ensino
EE – Escola Estadual
VU – Vida Útil
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 16
1.1 OBJETIVO DA PESQUISA ........................................................................................17
1.1.1 Objetivos específicos ...........................................................................................................17
1.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .....................................................................................18
1.3 JUSTIFICATIVA .........................................................................................................18
1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO .............................................................................18
2 PRÉ-FABRICAÇÃO ...................................................................................................... 20
2.1 DEFINIÇÃO DE PRÉ-FABRICAÇÃO ........................................................................ 20
2.2 BREVE HISTÓRICO DA PRÉ-FABRICAÇÃO .......................................................... 20
2.3 A PRÉ-FABRICAÇÃO NO BRASIL .......................................................................... 22
2.4 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES PRÉ-FABRICADAS ........ 25
2.4.1 Fissuras e trincas ....................................................................................................... 25
2.4.1.1 Fissuras verticais induzidas por sobrecargas ............................................................ 25
2.4.1.2 Fissuras verticais por expansão da alvenaria ............................................................ 26
2.4.1.3 Fissuras verticais junto ao solo por recalque da fundação ........................................ 26
2.4.1.4 Fissuras verticais por movimentação térmica da alvenaria ....................................... 27
2.4.1.5 Fissuras verticais em paredes por retração da alvenaria .......................................... 28
2.4.1.6 Fissuras verticais por movimentação térmica da laje ................................................ 28
2.4.1.7 Fissuras horizontais induzidas por sobrecargas ........................................................ 28
2.4.1.8 Fissuras horizontais por expansão da alvenaria ....................................................... 29
2.4.1.9 Fissuras horizontais por expansão da argamassa .................................................... 29
2.4.1.10 Fissuras horizontais por movimentação térmica da laje ............................................ 29
2.4.1.11 Fissuras por sobrecargas na interface alvenaria/esquadria ...................................... 30
2.4.1.12 Fissuras pelo destacamento de paredes por retração .............................................. 30
2.4.1.13 Fissuras por deficiência de amarração da alvenaria ................................................. 30
2.4.1.14 Fissuras em estruturas de concreto pré-fabricado .................................................... 30
2.4.2 Corrosão de armaduras ............................................................................................. 31
2.4.3 Eflorescência ............................................................................................................. 31
2.4.4 Mofo/bolor ....................................................................................................... 32
3 DESEMPENHO E MANUTENÇÃO ................................................................................ 33
3.1 CONCEITOS ............................................................................................................... 33
3.1.1 Desempenho ............................................................................................................. 33
3.1.2 Manutenção ............................................................................................................... 34
3.1.2.1 Manutenção preventiva ............................................................................................. 34
3.1.2.2 Manutenção corretiva ................................................................................................ 36
3.1.2.3 Manutenção preditiva ................................................................................................ 36
3.1.3 Durabilidade ............................................................................................................... 37
3.1.4 Vida Útil ..................................................................................................................... 38
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 76
1 INTRODUÇÃO
1.3 JUSTIFICATIVA
2 PRÉ-FABRICAÇÃO
Diferente dos países atingidos pela Segunda Guerra Mundial, o Brasil não foi
afetado por grandes devastações e demolições de edificações e,
consequentemente, não foram necessárias construções em grande escala, como
ocorrido na Europa. Porém o Brasil também passou por transformações de
industrialização da construção civil com o uso da pré-fabricação iniciando-se um
pouco mais tarde, entre as décadas de 1950 e 1960, com o surgimento das
empresas Sobraf e Protendit (SERRA; FERREIRA; PIGOZZO, 2005; WRUBEL
MOREIRA, 2009).
Entretanto, há registros de obras onde se empregou elementos pré-fabricados
em anos anteriores à guerra, como a execução do hipódromo da Gávea, no Rio de
Janeiro, que foi realizada em 1929 pela empresa dinamarquesa Christiani-Nielsen,
que possuía sucursal no Brasil. No fim da década de 1950, a construtora Mauá,
situada na cidade de São Paulo, já era especializada em construções industriais, e
começou a utilizar a pré-fabricação para executar galpões no próprio canteiro de
obras (VASCONCELOS, 2002).
23
2.4.3 Eflorescência
2.4.4 Mofo/bolor
3 DESEMPENHO E MANUTENÇÃO
3.1 CONCEITOS
3.1.1 Desempenho
3.1.2 Manutenção
3.1.3 Durabilidade
4.1 CONCEITOS
4.2.3 Questionários
É o mais utilizado pois há a participação ativa dos usuários, onde podem ser
exploradas todas as informações pertinentes aos aspectos da edificação, conferindo
a satisfação dos usuários em relação aos aspectos do ambiente construído (XAVIER
et al., 2002; ROMERO; ORNSTEIN, 2003).
Os questionários são elaborados pelo pesquisador e podem ser aplicados
pessoalmente, por telefone, por e-mail ou correios, que gerarão tabulações e devem
ser gerados dados estatisticamente. Trata-se de uma ferramenta de grande
confiabilidade, que necessita o conhecimento da pessoa que elabora e aplica o
questionário. Entretanto, não podem ser aplicados num universo menor que 30
pessoas e nem para idosos/crianças devido à falta de confiabilidade nas respostas
(ROMERO; ORNSTEIN, 2003).
4.2.4 Entrevistas
5.1.1 Escola A
5.1.2 Escola B
5.1.3 Escola C
5.1.4 Escola D
5.1.5 Escola E
6.1 ESCOLA A
2%
10% Fissuras (Alvenaria)
60%
Mofo/Bolor (Alvenaria)
13%
Fissuras (Concreto)
Mofo/Bolor (Concreto)
12%
Eflorescência (Concreto)
3% Corrosão de Armadura
(Concreto)
manifestação que originalmente era uma fissura, que por falta de reparo,
intensificou-se, levando à expansão do concreto e, posteriormente, a armadura ficou
exposta, o que ocasionou a corrosão (Figura 21).
6.2 ESCOLA B
4%
4%
5% 38% Fissuras (Alvenaria)
Mofo/Bolor (Alvenaria)
Fissuras (Concreto)
Mofo/Bolor (Concreto)
Eflorescência (Concreto)
(a) (b)
Fonte: Acervo da autora (2015)
(a) (b)
Fonte: Acervo da autora (2015)
6.3 ESCOLA C
12%
34% Fissuras (Alvenaria)
5%
Mofo/Bolor (Alvenaria)
Eflorescência (Alvenaria)
Fissuras (Concreto)
(a) (b)
Fonte: Acervo da autora (2015)
(a) (b)
Fonte: Acervo da autora (2015)
(a) (b)
Fonte: Acervo da autora (2015)
6.4 ESCOLA D
2% 45%
9% Fissuras (Alvenaria)
7% Mofo/Bolor (Alvenaria)
Eflorescência (Alvenaria)
Fissuras (Concreto)
Mofo/Bolor (Concreto)
31%
Eflorescência (Concreto)
Corrosão de Armadura
1% 5% (Concreto)
(a) (b)
Fonte: Acervo da autora (2015)
(a) (b)
Fonte: Acervo da autora (2015)
Além das alvenarias dos sanitários dos alunos (Figura 34a), também foram
vistos pontos de eflorescência em estruturas de concreto com 2% de frequência. No
caso da eflorescência em concretos, observou-se poucos casos que se
configuraram de forma isolada (Figura 34b).
(a) (b)
Fonte: Acervo da autora (2015)
encontram nas fachadas da edificação (Figura 35), que são os locais mais propícios
a ações de intempéries, grandes causadoras de patologias em edificações.
6.5 ESCOLA E
4% 3%
4% 76% Fissuras (Alvenaria)
3%
Mofo/Bolor (Alvenaria)
10%
Eflorescência (Alvenaria)
Fissuras (Concreto)
Mofo/Bolor (Concreto)
Eflorescência (Concreto)
(a) (b)
Fonte: Acervo da autora (2015)
(a) (b)
Fonte: Acervo da autora (2015)
72
Nº de
Nível de
manifestações
confiança
patológicas
75% 92,57
80% 88,19
85% 82,74
90% 75,22
95% 62,1
98% 48,00
99% 26,73
Fonte: Autora (2016)
73
7 DISCUSSÕES E CONCLUSÃO
foram evidenciados. Por conta disso, foram solicitados os fechamentos dessas áreas
com uso de grades e portas que alteraram a configuração original da edificação e,
em alguns casos, facilitando o surgimento de manifestações patológicas.
A realização de manutenção preventiva faz com que o surgimento de
manifestações patológicas seja minimizado; porém, observou-se que apenas a
Escola I mantém um plano de manutenção preventiva, com a realização de pinturas
nas estruturas de concreto e alvenarias internas anualmente. Em contrapartida, as
demais unidades escolares não apresentaram nenhum planejamento de
manutenções preventivas; e quando realizadas, eram manutenções para corrigir um
problema pontual urgente. A ausência de um sistema de manutenção também foi
constatada pelos autores Ornstein; Martins (1997), Araújo et al. (2004), Klein et al.
(2006) e Adeyeye et al. (2013).
Ressalta-se que a metodologia adotada para avaliar as edificações atingiu o
objetivo da pesquisa, funcionando como uma ferramenta bastante útil para a
constatação das manifestações patológicas e suas prováveis causas.
7.1 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AGYEFI-MENSAH, S.; POST, J.; EGMOND, E. V.; BADU, E.; MOHAMMADI, M. The
need for post-occupancy evaluation of public apartment buildings in Ghana. Journal
of Engineering, Desing and Technology. v. 3, n. 2, p. 315-333. 2013.
KITCHIN, R. M. Cognitive maps: what are they and why study them? Journal of
Environmental Psychology, 1994, v14, p. 1-19.
NEWTON, C.; WILKS, S.; HES, D.; AIBINU, A.; CRAWFORD, R. H.; GOODWIN, K.;
JENSEN, C.; CHAMBERTS, D.; CHAN, T.; AYE, L. More than a survey: an
interdisciplinary post-occupancy tracking of BER schools. Architectural Science
Review, v. 55, n. 3, p. 196-205, August-2012.
82
NURHAYATI, K.; HISHAMUDDIN, M. A.; IBRAHIM, S.; NUR, H. J.; SITI, Z. D. Post
occupancy evaluation of physical environment in public low-cost housing. p. 155-162,
2015.
WOON, N. B.; MOHAMMAD, I. S.; BABA, M.; ZAINOL, N. N.; NAZRI, A. Q. Critical
Success Factors for Post Occupancy Evaluation of Building Performance: A
Literature Analysis. Jurnal Teknologi (Sciences & Engineering) 74:2, 2015, p. 41–
49.
85
Alvenaria
MPA2 Mofo/Bolor 5 4%
MPA3 Eflorescência 0 0% -
Estruturas de
concreto
Alvenaria
MPA2 Mofo/Bolor 3 3%
MPA3 Eflorescência 0 0% -
MPC2 Mofo/Bolor 5 5%
Estruturas de
concreto
MPC3 Eflorescência 4 4%
Corrosão de
MPC4 4 4%
Armadura
TOTAL 95 100%
89
MPA3 Eflorescência 4 4%
Corrosão de
MPC4 0 0% -
Armadura
TOTAL 101 100%
90
MPA3 Eflorescência 1 1%
MPC2 Mofo/Bolor 8 7%
Estruturas de
concreto
MPC3 Eflorescência 10 9%
Corrosão de
MPC4 2 2%
Armadura
Alvenaria
MPA2 Mofo/Bolor 9 10%
MPA3 Eflorescência 3 3%
MPC1 Fissuras 4 4%
MPC2 Mofo/Bolor 4 4%
Estruturas de
concreto
MPC3 Eflorescência 3 3%
Corrosão de
MPC4 0 0% -
Armadura
TOTAL 92 100%
92
Essa manifestação é
característica de lajes que se
Fissuras verticais por dilatam e geram tensões de
17%
movimentação térmica da laje tração, que é visível no topo
da parede (MAGALHÃES,
2004)
Esta manifestação é
ocasionada pela
Fissuras verticais por movimentação térmica da
13%
expansão da alvenaria alvenaria e ocorre
principalmente em cantos
(ELDRIDGE, 1982).
Essa manifestação é
característica de lajes que se
Fissuras verticais por
dilatam e geram tensões de
movimentação térmica da 7%
tração, que é visível no topo
laje
da parede (MAGALHÃES,
2004)
Figura XVI – Fissuras na alvenaria de fechamento que separa o ambiente interno e externo
106
Figura LII – Mofo na alvenaria do corrimão de acesso dos estudantes à escola ocasionado por
exposição às intempéries
125
Figura LIV – Fissuras nas lajes dos espelhos das escadas de acesso ao pavimento
126
PROJETOS DA ESCOLA A
PROJETOS DA ESCOLA B
PROJETOS DA ESCOLA C
PROJETOS DA ESCOLA D
PROJETOS DA ESCOLA E
A Escola E foi construída em 2009 e, portanto, não fez parte do catálogo das
Escolas em atividades no livro “FDE: Arquitetura escolar paulista: estrutura pré-
fabricadas”; assim como também não foram disponibilizados projetos das escolas
pela FDE.