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Limeira
2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS
LIMEIRA
2021
Ficha catalográfica
Universidade Estadual de Campinas
Biblioteca da Faculdade de Ciências Aplicadas
Renata Eleuterio da Silva - CRB 8/9281
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
Prof. Dr. Eduardo Paiva Okabe (Orientador) – Presidente
Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA/UNICAMP)
_______________________________________
Prof. Dr. Francisco Ignácio Giocondo César
Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA/UNICAMP)
______________________________________
Prof. Dr. Fernando Bernardi de Souza
Universidade Estadual Paulista (UNESP/Bauru)
Ao meu pai, que não mediu esforços para que eu pudesse ter uma boa educação.
Saudades e gratidão ao senhor.
Dedico este trabalho à minha querida família, o maior bem que o senhor meu Deus me
concedeu.
AGRADECIMENTOS
Há uma frase que diz: “tudo aquilo que você pensa, você cria, tudo aquilo
que você sente, você atrai e tudo aquilo que você acredita, torna-se realidade”. Este
trabalho é fruto de um sonho de me tornar Master of Science e um desejo incansável
de buscar novos conhecimentos.
Acreditar e realizar este sonho foi possível graças as pessoas maravilhosas
que me ajudaram de forma direta e indireta nesta pesquisa e que gostaria de
agradecê-las citando-as.
Primeiramente, eu agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Eduardo Paiva
Okabe, pela dedicação, paciência e sabedoria com que me orientou nesta caminhada
e o Prof. Dr. Alessandro Lucas da Silva, pelas discussões e perfeitas colocações nos
temas que me ajudaram a tratar temas complexos de forma simples. As sugestões e
contribuições de vocês dois foram decisivas para o desenvolvimento da sistemática
neste trabalho.
Ao Prof. Dr. Francisco Ignácio Giocondo César pelo incentivo para começar
a caminhada no mestrado e por mostrar o quão prazeroso é ser um pesquisador.
Aos professores do programa de Pós-Graduação em Engenharia de
Manufatura e Produção da FCA-Unicamp, pelo ensinamento compartilhado no curso.
Aos colegas de mestrado que contribuíram com os meus estudos durante
a formação.
Aos profissionais e empresas que puderam participar da pesquisa, que cuja
contribuição foi essencial para a aplicação do instrumento de pesquisa.
À minha família, meus filhos Giovana e Mateus e minha esposa Jaqueline,
pelo apoio e compreensão neste período de ausência devido à dedicação a este
trabalho.
As últimas décadas têm mostrado uma constante busca das empresas por programas
e projetos visando o aumento nos níveis de competitividade. A redução dos custos junto
à melhoria da qualidade e uma série de outras demandas por otimização são hoje
exigências mundiais e com importantes impactos às empresas no Brasil. Afim de lidar
com estas questões, muitas empresas avançaram na implementação de metodologias
que compõem o sistema de Manufatura de Classe Mundial ou World Class
Manufacturing (WCM). Em termos gerais, o WCM é um sistema de gestão que
contempla um conjunto de conceitos, métodos e ferramentas direcionados à melhoria
da eficiência e do resultado operacional. Verifica-se que a implementação das
metodologias por si só, não garante que a melhoria de desempenho seja alcançada. A
obtenção dos resultados esperados só é possível se a empresa em questão atingir
níveis adequados de implementação das metodologias WCM. Logo, surge a
necessidade de se avaliar o nível de maturidade em que essas empresas se encontram
em relação às metodologias e ferramentas do WCM implementadas. Entretanto, há
poucos estudos focados em avaliar o nível de maturidade e prover o redirecionamento
das empresas ao alcance dos patamares de excelência operacional. É neste contexto
que esta pesquisa tem como objetivo propor uma sistemática de análise de maturidade
para empresas guiado pelos conceitos e metodologias do WCM. Esta é uma pesquisa
aplicada e de natureza qualitativa cuja sistemática de avaliação foi aplicada em quatro
empresas do ramo automotivo situadas no Brasil. Todos os dados foram obtidos por
meio de aplicação de um questionário e as análises proveram um feedback da
maturidade de cada empresa em relação ao WCM. A principal contribuição desta
pesquisa reside na sistemática de avaliação fornecida para a avaliação de maturidade
do WCM. Além disso, esta pesquisa auxilia com a definição de direções, prioridades e
ações que são necessárias à implementação e avaliação de maturidade do WCM.
It has been shown a constant search for projects and programs aimed at increasing
levels of competitiveness by companies in the last few decades. The reduction of costs
along with the improvement of quality and a series of other demands for optimization
are, today, global requirements with important impacts on companies in Brazil. In order
to deal with these issues, many companies have advanced in the implementation of
methodologies that make up the World Class Manufacturing (WCM) system. In general
terms, WCM is a management system that includes a set of concepts, methods and
tools aimed at improving efficiency and operating results. It appears that the
implementation of methodologies by itself does not guarantee that performance
improvement is achieved. Obtaining the expected results is only possible if the company
in question reaches adequate levels of implementation of WCM methodologies.
Therefore, there is a need to assess the level of maturity at which these companies are
in relation to the WCM methodologies and tools implemented. However, there are few
studies focused on assessing the level of maturity and providing the redirection of
companies to reach the levels of operational excellence. It is in this context that this
research aims to propose a systematic maturity analysis for companies guided by WCM
concepts and methodologies. This is an applied and qualitative research whose
evaluation system was applied in four automotive companies located in Brazil. All data
were obtained through the application of a questionnaire and the analyzes provided
feedback on the maturity of each company in relation to WCM. The main contribution of
this research resides in the evaluation model and systematic approach provided by the
WCM's maturity assessment. In addition, this research aid on the definition of directions,
priorities and actions that are necessary for the implementation and evaluation of WCM
maturity.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 14
7 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 72
8 ANEXO ................................................................................................................................................. 79
14
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como objetivo geral propor uma sistemática de análise
de maturidade para um sistema de Manufatura de Classe Mundial (WCM).
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este pilar tem como finalidade educar, treinar e capacitar as pessoas para
aplicar o sistema WCM em toda a organização. Segundo Ohno (2007), para uma
empresa ser bem-sucedida no sistema de manufatura enxuta é necessário se
preocupar com as pessoas, além de desenvolver os conceitos enxutos focados no
processo.
[1]
[1] Womack and Jones
Womack and Jonesand
andWomack
Womacketetal.,
al.,1990;
1990;[2][2]Liker,
Liker, 2004;
2004; [3][3] Bicheno,
Bicheno, 2004;
2004; [4] [4] Dennis,
Dennis, 2002;
2002; [5] Feld,
[5] Feld,
2001;
2001; [6]
[6] Ohno, 1988;[7]
Ohno, 1988; [7]Monden,
Monden,1998;
1998;[8]
[8]Schonberger,
Schonberger, 1982;
1982; [9][9] Shingo,
Shingo, 1984;
1984;
[1]Longoni
[1] Longoni A. A, et Pagell M, Johnston
al., 2013; D, Veltri
[3] Bortolotti T. etA.,al.,
2013; [3]Bortolotti
2014; [10] FlumerfeltT, Boscari S, Danese
S. et al., P., 2014;
2012; [13] Jadhav[10]Flumerfelt
JR. et al., 2012;S, [29]Stewart
Siriban-Manalang AB, Kahlen
P, Garrahan FJ.,[30]Adler
P., 1995; 2012; PS,
Goldoftas
[13]JadhavB,JR, Levine
Mantha DI.,SS,
1999;
Rane[31]De Treville
SB., 2012; S, Antonakis
[29]Stewart J., 2006; [32]Shah
P, Garrahan R, Ward PT.,
P., 1995; [30]Adler PS,2007; [33]Sim
Goldoftas KL, Rogers
B, Levine DI., JW.,
1999;2008;
[31]De[34]Hilton
Treville RJ, Sohal A., 2012;
S, Antonakis J., 2006;
[35]Truss
[32]Shah C,R, Shantz
Ward PT., A, Soane E, Alfes KL,
2007; [33]Sim K, Delbridge
Rogers JW., R.,2008;
2013;[34]Hilton
[36]DombrowskiRJ, Sohal U,A.,
Mielke
2012;T., 2014; [37]Intra
[35]Truss C, ShantzC, A,
Zahn T., 2014;
Soane [38]Jayamaha
E, Alfes K, DelbridgeNP,R.,Wagner
2013; JP, Grigg NP,
Campbell-Allen
[36]DombrowskiNM, Harvie T.,
U, Mielke W.,2014;
2014;[37]Intra
[39]Jönsson S, Schölin
C, Zahn T., 2014; T.,2014; [40]Piercy
[38]Jayamaha NP,N,Wagner
Rich N.,JP,2015;
Grigg[41]Vicente S, Alves AC,
NP, Campbell-Allen Carvalho
NM, HarvieMS,
W., Costa N., 2015;
2014; [39]Jönsson S,
[42]Longoni A, Cagliano R. 2015; [43]Lantz A, Hansen N, Antoni C., 2015; [44]Maalouf M, Gammelgaard B., 2016; [45]Secchi R, Camuffo A., 2016; [46]Timans W,
Schölin T.,2014; [40]Piercy N, Rich N., 2015; [41]Vicente S, Alves AC, Carvalho MS, Costa N., 2015; [42]Longoni A, Cagliano R. 2015; [43]Lantz A, Hansen N, Antoni
Ahaus K, van Solingen R, Kumar M, Antony J., 2016; [47]Netland TH., 2015; [48]Abolhassani A, Layfield K, Gopalakrishnan B., 2016; [49] Narayanamurthy G,
C., 2015; [44]Maalouf M, Gammelgaard B., 2016; [45]Secchi R, Camuffo A., 2016; [46]Timans W, Ahaus K, van Solingen R, Kumar M, Antony J., 2016; [47]Netland
Gurumurthy A., 2016; [50] Andreadis E. et al., 2017; [51] Chakravorty SS, Hales DN., 2017; [52] Stadnicka D, Sakano K., 2017; [53] Tortorella GL. et al., 2017; [54]
TH., 2015; [48]Abolhassani A, Layfield K, Gopalakrishnan B., 2016; [49]Narayanamurthy G, Gurumurthy A., 2016; [50]Andreadis E, Garza-Reyes JA, Kumar V., 2017;
Furlan A, Vinelli A., 2018; [55] Randhawa J, Ahuja I., 2018; [56] Emiliani ML., 1998; [57] Anand G. et al., 2009; [58] Psychogios AG. et al., 2012; [59] Meiling J. et al.,
[51]Chakravorty
2012; [60] Susilawati SS, Hales DN.,
A. et al, 2017;
2015; [52]Stadnicka
[61] Netland TH.,D,2016; Sakano
[62]K., 2017; [53]Tortorella
Leandro Elizondo R. etGL, al.,Vergara
2016; [63]LGL, Ferreira
Jasti EP., 2017;
NVK, Kodali [54]Furlan
R., 2016; A, Vinelli
[64] McLean RS.A.,
et 2018;
al., 2017; [65]
[55]Randhawa J, Ahuja I., 2018; [56]Emiliani ML., 1998; [57]Anand G, Ward PT, Tatikonda MV, Schilling DA., 2009; [58]Psychogios
Kasul RA, Motwani JG., 1997; [66] Doolen TL. et al., 2008; [67] Brown A. et al., 2008; [68] Marksberry P. et al., 2010; [69] Van Aken EM. et al., 2010; [70] AG, Atanasovski J, Tsironis
Portioli-LK.,
2012; [59]Meiling
Staudacher J, Backlund
A, Tantardini F, Johnsson
M., 2012; H., 2012;
[71] Gilson LL. et[60]Susilawati
al., 2005; [72] LiuA, Tan
Y. etJ,al.,
Bell2011;
D, Sarwar M., 2015;
[73] Richter AW.[61]Netland
et al., 2011;TH.,
[74]2016;
Easton[62]Leandro Elizondo
GS, Rosenzweig ED.,R,2012;
Grabot[75]B, Houe
NgounaH.
Desirée R.,et2016; [63]Jasti
al., 2017; [76]NVK,
Pagell Kodali R., 2016;
M, LePine JA.,[64]McLean RS, Antony
2002; [77] Staats BR. et J, Dahlgaard
al., 2011; [78]JJ., 2017;
Goh AB,[65]Kasul
ChakpitakRA, N.,Motwani
2015; [79]JG., 1997; [66]Doolen
Letmathe TL, Farris
P. et al., 2012; JA, VanP,
[80] Taggart Aken
EM, Worley
Kienhofer F.,J.,2013;
2008;[81][67]Brown
WomackA,SK. Eatock
et al, J,2009;
Dixon D, Hasle
[82] Meenan P. etBJ,al.,
Anderson
2012; [83] J.,Putnik
2008; [68]Marksberry
GD, Putnik GD.,P, Badurdeen
2012; F, Gregory
[84] Terziovski M., B, Kreafle
2002; [85] K., 2010; [69]van
Yamamoto Aken
Y, Bellgran
M.,
EM,2010;
Farris[86]
JA, Glover
Glover WJ. WJ, et al, 2015;
Letens [87] Ballé
G., 2010; M. et al, 2015; [88] Kumar
[70]Portioli-Staudacher S. et al.,M.,
A, Tantardini 2018; [89]
2012; Schonberger
[71]Gilson RJ., 2010;
LL, Mathieu JE,[90] Anand
Shalley CE,G,Ruddy
KodaliTM.,
R., 2010;
2005; [91] Netland
[72]Liu Y, Loi TH.
R,
et al.,LW.,
Lam 2015; [92][73]Richter
2011; Liker JK, Hoseus M., 2010;
AW, Dawson JF,[93]
WestGupta
MA.,AK. et al.,
2011; 2008; [94]
[74]Easton GS,Raisch S, Birkinshaw
Rosenzweig J., 2008;
ED., 2012; [95] Kortmann
[75]Desirée H, HicksS.JN,
et Wilderom
al., 2014; [96] Shah
CPM., R, Ward
2017; PT., 2003;
[76]Pagell M,
[97] Tortorella
LePine JA., 2002; GL.[77]Staats
et al., 2015 BR, Brunner DJ, Upton DM., 2011; [78]Goh AB, Chakpitak N., 2015; [79]Letmathe P, Schweitzer M, Zielinski M., 2012; [80]Taggart P,
Fonte:
KienhoferCosta et al (2019)
F., 2013; [81]Womack SK, Armstrong TJ, Liker JK., 2009; [82]Hasle P, Bojesen A, Langaa Jensen P, Bramming P., 2012; [83]Putnik GD, Putnik GD., 2012;
[84]Terziovski M., 2002; [85]Yamamoto Y, Bellgran M., 2010; [86]Glover WJ, Farris JA, Van Aken EM., 2015; [87]Ballé M, Chaize J, Jones D., 2015; [88]Kumar S,
Dhingra A, Singh B., 2018; [89]Schonberger RJ., 2010; [90]Anand G, Kodali R., 2010; [91]Netland TH, Schloetzer JD, Ferdows K., 2015; [92]Liker JK, Hoseus M.,
33
WHEELWRIGHT Os autores avaliam as empresas de acordo com O trabalho propôs a utilização de quatro estágios para
E HAYES (1985) quatro estágios, onde é sugerido o caminho que uma avaliar a competitividade das empresas através da
empresa pode seguir à medida que procura aumentar fabricação, sendo que no quarto estágio estarão as
a contribuição de sua função de fabricação. Sugere-se empresas com maior nível de gestão, alto grau de
também a velocidade com que uma empresa pode competência e cientes de como as ações planejadas
seguir esse caminho. pode afetar as atividades de fabricação
SCHONBERGER Desenvolve um modelo, a partir da concepção Análise das várias abordagens de manufatura de classe
(1986) sistemática às várias metodologias e ferramentas de mundial em conjunto. Apresentadas as etapas em
manufatura de classe mundial examinadas. Este direção a ser um fabricante de classe mundial. São
modelo é um sistema integrado e flexível que busca apresentados os conceitos e exemplos de análise do
alcançar a competitividade da empresa com produtos valor
de alta qualidade
FLYNN ET AL, A estrutura do modelo se concentra nas práticas Investigação exploratória da relação de práticas
1995 essenciais de gestão da qualidade e na infraestrutura específicas de gestão da qualidade com o desempenho
que cria um ambiente favorável ao seu uso. da qualidade. Foi testado o modelo proposto, com
análise de regressão múltipla determinando os
coeficientes de direção, que foram decompostos em
seus vários efeitos.
MUDA E Desenvolvimento de um modelo com o objetivo é A metodologia de pesquisa utilizada para desenvolver o
HENDRY (2002) auxiliar as empresas do setor de produção sob conjunto inicial de princípios foi a abordagem dedutiva.
encomenda (Make to Order – MTO) a determinar seus A pesquisa reuniu evidências de empresas para
pontos fortes e áreas potenciais de melhoria para que desenvolver a teoria. Foi adotado também a abordagem
elas possam continuar a ser competitivo no futuro. O indutiva. O estudo foi realizado em quatro empresas,
modelo visa preencher uma lacuna na literatura WCM sendo duas de tamanho médio e duas são pequenas
que se concentra nas características do setor maior de empresas.
produção tradicional para estoque (make-to-stock -
MTS).
CUA. 2001 Explora as relações entre fábricas identificadas como Para a análise empírica foram utilizados dados de 163
de alto desempenho níveis mais altos de plantas dos Estados Unidos, Japão, Itália, Alemanha e
implementação de práticas de orientação social e Reino Unido e de 3 setores fornecedoras de eletrônicos,
técnicas do TQM, JIT e TPM. Outro ponto avaliado está máquinas e peças de transporte. O instrumento de
relacionado as Fábricas identificadas como alto medição do estudo WCM foi desenvolvido a partir de
desempenho, as empresas implementaram práticas uma extensa revisão de literatura sobre práticas de
dos programas de TQM, JIT e TPM, e não apenas de fabricação. Os itens dos questionários foram aplicados.
um programa e, por fim diferentes configurações de Inicialmente, 243 fábricas (cada uma com mais de 100
técnicas básicas e práticas comuns afetam medidas funcionários), sendo que dois terços das plantas
específicas de desempenho contatadas forneceram dados para o estudo.
YAMASHINA Avalia a implementação, assim como o envolvimento, Utilizou-se a revisão de estudos sobre Manufatura
(2000) E a comunicação, a normalização, a documentação e a Enxuta e experiências práticas na implantação do
KEEGAN (2014) integração das diferentes ferramentas e técnicas Programa WCM do Grupo Fiat.
seguidas pelas principais empresas japonesas a partir
de critérios técnicos e gerenciais. No processo de
Gestão de WCM na Manufatura.
FALAH ET AL. A pesquisa visou identificar o status da maturidade da Analisou-se 104 organizações de manufatura da Arábia
2003 manufatura saudita relacionada a gestão da cadeia de Saudita. Foi aplicado um questionário de pesquisa onde
suprimentos com base em práticas de classe mundial. buscou-se investigar o nível de aplicação de
Levanta os fatores que influenciam a adoção de ferramentas e práticas do SCM e o nível de maturidade
práticas de classe mundial no contexto saudita. das organizações. Avaliou-se a gestão dos
fornecedores, banco de dados para seus fornecedores,
se estão vinculados a seus fornecedores
eletronicamente; atividades para número de seus
fornecedores, redução dos estoques, giro de estoque,
precisão de inventário e garantia de qualidade dos
estoques.
SALAHELDIN E Investigar até que nível estão os fabricantes egípcios Os dados analisados neste estudo são coletados de um
EID (2007) quando comparados com fabricantes de classe questionário enviado a 200 empresas de manufatura no
mundial e os aspectos críticos que estão impulsionando Egito. O método de pesquisa utilizado neste trabalho foi
e inibindo a implementação de técnicas de WCM em constituído por uma pesquisa exploratória, na qual a
Empresas de fabricação egípcias. validade e confiabilidade do instrumento foi avaliada
usando análise fatorial. Os itens (variáveis) que medem
os direcionadores e barreiras do WCM foram
submetidos à análise fatorial de componentes
principais. Além disso, para garantir a utilização da
análise fatorial, foram realizados os testes de
esfericidade de Berlett (BTS) e de adequação Kaiser-
Meyer-Olkin (KMO)
BROWN ET AL. Explora os vínculos entre o processo de formulação da Os estudos de caso incluíram nove fabricantes de
2007 estratégia e desempenho subsequente nas operações computadores localizados na Europa e sete localizados
dentro das empresas. nos EUA onde aplicou-se questionários semi-formais
aos gerentes de nível sênior da fábrica. Foram avaliados
35
3 MÉTODO DE PESQUISA
FONTES
Eid, 2007
Digalwar e Date, 2016
Sangwan eeDigalwar,
De Felice et al, 2013
Kubo,
Liker e Meier, 2008
Schonberger, 1986
Averina et al, 2016
2012
Brown et al, 2007
Yamashina e2000
Falah et al., 2003
PRÁTICAS /
Sukarma, 2014
Pałucha, 2012
Galante, 2019
FERRAMENTAS
Alsaleh, 2007
Shingo, 1986
et al,
Yamashina,
Ohno, 1987
Liker, 2005
Salaheldin
Noagueira
Eid, 2009
Murino
2008
2008
2002
FERRAMENTA DE
SOLUÇÃO DE X X X X X
QUALIDADE PROBLEMA
ANDON X X X
POKAYOKE X X X X X X X X X X X X
NÍVELAMENTO DE
PRODUÇÃO
X X X X X X X X X X
KANBAN X X X X X X X X
MAPEAMENTO DE
LOGÍSTICA FLUXO DE VALOR
X X X X X X X
FLUXO DE
MATERIAIS
X X X X X X X
PROJETO DA
FÁBRICA
X X X X X X X X
MANUFATURA
CELULAR
X
ORGANIZAÇÃO TRABALHO
E MÉTODO PADRONIZADO
X X X X X X X X X X X X
TAKT TIME X X X X X X
VERSATILIDADE
DA MÃO DE OBRA
X X X X X X X X X X X X X
DESENVOLVI-
ATIVIDADES DE
MENTO DE
PEQUENOS
PESSOAS GRUPOS (AUTO
X X X X X X X X X X X X X X
GERENCIÁVEIS)
IDENTIFICAÇÃO
DE PERDAS E X X X X X X X X X X
DESPERDÍCIOS
MELHORIA ANÁLISE DE
CONTÍNUA VALOR X X X X X X
AGREGADO
SMED / TROCA
RÁPIDA
X X X X X X X X
5S OU
HOUSEKEEPING
X X X X X X X
MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO
AUTONÒMA E X X X X X X X X X X X X
PROFISSIONAL
SEGURANÇA DO
SEGURANÇA
TRABALHO
X X X
MEIO AMBIENTE MEIO AMBIENTE X X X
CUSTEIO DAS
CUSTO
MELHORIAS
X X X X X X X X X
INDICADORES
/METAS / X X X X X X X X X X X X X
DIVULGAÇÃO
COMPROMISSO
GERENCIAL E
AGENTES DE
X X X X X X X X X X X X X X
MUDANÇA
GESTÃO
ÁREAS MODELO /
EXPANSÃO DAS X X X X
BOAS PRÁTICAS
ENGAJAMENTO/
EMPODERAMENTO
DOS
X X X X X X X X X X X
FUNCIONÁRIOS
PROCESSOS INDICADORES
MEIO A1. MEIO AMBIENTE: Em que passo se encontra a aplicação da política ambiental na
AMBIENTE empresa?
C1. CUSTEIO DAS MELHORIAS: A disponibilidade de informações para custeio das
DESDOBRAM. melhorias implementadas de redução de perdas e desperdícios está sistematizada?
DE CUSTO
G1. INDICADORES / OBJETIVOS / METAS / DIVULGAÇÃO: Em que nível se encontra a
aplicação dos indicadores do processo e análise de seus resultados?
G2. COMPROMISSO GERENCIAL E AGENTES DE MUDANÇA: Em que nível está o
envolvimento da organização na cultura enxuta?
GESTÃO G3. ÁREAS MODELO / EXPANSÃO DAS BOAS PRÁTICAS: Está sistematizado a
implementação das boas práticas na empresa? Quais áreas são referência de boas
práticas?
G4. ENGAJAMENTO/ EMPODERAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS: Qual o nível de
engajamento dos operadores?
Fonte: próprio autor
2) Logística (L1, L2, L3, L4 e L5): identificar se a produção está nivelada com a
demanda do cliente e é baseada no ritmo de produção (takt time) e se há um sistema
de produção puxada alinhado com o cliente. Verificar o estado do mapeamento de
fluxo de valor dos processos, e se há um sistema implementado para a gestão de
materiais e suprimentos.
10) Gestão (G1, G2, G3 e G4): identificar em que nível se encontra a aplicação dos
indicadores do processo e análise de seus resultados, assim como o envolvimento da
organização na cultura enxuta. Analisa se está sistematizada a implementação das
boas práticas na empresa, quais áreas são referência de boas práticas, e qual o nível
de engajamento dos operadores.
a b c d e
Fonte: autor
LOGÍSTICA
L1 L2 L3 L4 L5
Critério de
Avaliação NÍVELAMENTO DE MAPEAMENTO DE
SISTEMA PUXADO FLUXO DE MATERIAIS PROJETO DE FÁBRICA
PRODUÇÃO FLUXO DE VALOR
O lote de produção dos principais Fluxo de Produção é completamente Não existe uma identificação das Não há um sistema para o Não há demarcação/definição para
produtos atende um mês de baseado em MRP (ou similar), sem cadeias de valor para os produtos / gerenciamento dos materiais. Não os materiais dentro da fábrica. Não
demanda do cliente. O ritmo de controle de ritmo de produção. família de produtos há identificação das localizações de há desenho do layout da fábrica.
produção é determinado pela Material entra e é empurrado pela matéria-prima e estoque em Fluxo de materiais complexo
O lote de produção dos principais Um limite de capacidade e/ou nível A cadeia de valor atual está Há um sistema de gerenciamento. As áreas de recebimento e de
produtos atende aproximadamente máximo de estoque em processo identificada ao menos para 20% das Presença de células de produção. expedição ficam distantes dos
duas semanas de demanda do foram implementados e seguidos. famílias de produtos da curva A de Presença de grandes quantidades de pontos de uso. As rotas de
cliente. O ritmo de produção é inventário e um processo de itens/materiais intermediários movimentação de materiais não
A produção dos principais produtos Um sistema parcial kanban está A cadeia de valor atual está O sistema de gerenciamento utiliza Nenhuma máquina ou célula dificulta
ocorre uma vez por semana e é implementado, mas a puxada não é identificada ao menos para 50% das software para gerenciamento de o fluxo de material. Os processos de
sincronizada razoavelmente entre os baseada na demanda do cliente. famílias de produtos da curva A de materiais baseado no sistema MRP. produção relacionados ao produto
processos inventário e um processo de Presença de células de produção final estão localizados próximos uns
A produção dos principais produtos Produção é controlada por um sinal A cadeia de valor atual está Existência de um banco de dados de A fábrica apresenta rotas definidas
ocorre diariamente. Produção é de “Puxada” de processos de identificada ao menos para 85% das informações para rastreamento da para os materiais e pessoas.
sincronizada entre processos e suporte. Demandas diárias são famílias de produtos da curva A de localização de cada tipo de peça Manuseio mínimo com o processo
baseada em análise de Takt time realizadas pela operação final. - A inventário e um processo de (especificações, fornecedor, pontos próximo as docas de recebimento e
materiais. de implementação.
A produção dos principais produtos é A Produção é controlada A cadeia de valor atual está Presença de um sistema de Layout orientado pelo fluxo de
perfeitamente nivelada com a completamente pelo sinal de puxada. identificada para todas famílias de movimentação de materiais material em toda fábrica. Transporte
demanda do cliente e baseada no Demandas diárias são colocadas produtos da curva A de inventário e integrado com o sistema de reduzido por toda cadeia de
Takt time nas embalagens / suportes/ caixas e um processo de elaboração do mapa gerenciamento das informações suprimento. O layout da fábrica
Fonte: autor
4.3.1 Empresa A
4.3.2 Empresa B
4.3.3 Empresa C
Processo de Qualidade:
Processo Logística:
E) Heinjunka: a produção dos principais itens ocorre uma vez por semana, ou seja,
existe um certo balanceamento da produção que é razoavelmente sincronizada
entre os processos. Essa sincronização entre processos deve ser completada,
sendo que a produção deverá estar nivelada com a demanda do cliente e baseada
no takt time.
F) Mapeamento de Fluxo de Valor: no estágio inicial, ou seja, deve-se identificar as
famílias dos principais produtos, realizar o mapeamento do fluxo de valor atual e
elaborar o mapa futuro
G) Fluxo de Materiais: também no estágio inicial, deve implementar um sistema de
gerenciamento das informações para rastreamento da localização de cada tipo de
peça (especificações, fornecedor, pontos de estocagem, pontos de uso, taxa de
utilização) e movimentação de materiais, de modo a assegurar que somente peças
consumidas pelas células de produção sejam reabastecidas.
Desenvolvimento de Pessoas
Organização do Trabalho:
4.3.4 Empresa D
ENGAJAMENTO / PDCA ou
EMPODERAMENTO AUTORIDADE
SIMILARES
ÁREAS MODELO PARA PARADA DE
LINHA
COMPROMISSO
GERENCIAL POKAYOKE
5 5
INDICADORES DE
5 5
DESEMPENHO 5 4 4 5 HEINJUNKA
4 4
5 4 4 5
CUSTEIO
4 3 3 3 3 4
KANBAN
3 3
5 3 2 2 2 3 5
4 22 2 4
MEIO
3 2 2 3 VSM
AMBIENTE
5 4 2 11
1 1 1 11
1 2 4 5
3 2 11 1 2 3
1
SEGURANÇA 5 4 3 2 1
1
1
1 2 3 4 5 FLUXO DE
2 1 1 2 MATERIAIS
11 1
3 2 1 1 11 2 3
5 4 3 2
22 2 22
2 3
4
5
PROJETO DA FÁBRICA
TPM
4 3 3 4
5 4 3 3 3 4 5
3 3
5S ou SIMILARES
5 4 4 5
MANUFATURA CELULAR
4 4 4
5 5
SMED ou SIMILARES
5 5 5 TRABALHO PADRÃO
TAKT TIME
ANÁLISE DE VALOR
IDENTIFICAÇÃO
DE MULTIFUNCION
EQUIPES
PERDAS E AL
AUTOGERENCIÁVEIS
DESPERDÍCIOS
Processo Logística:
Processo Gestão:
G) Expansão das práticas: o conjunto de boas práticas de cada processo está sendo
implantada em áreas modelo. Deve implementar um programa de treinamento que
permita a expansão horizontal do modelo de gestão para todas as áreas da
empresa.
avaliação e atender aos objetivos específicos da pesquisa para os quais foi proposto.
O quadro 10 mostra um resumo dos resultados dos dados levantados pelo estudo
proposto nesta pesquisa. Buscou-se diferenciar os níveis de maturidade das práticas
e ferramentas por cores, de modo que ficasse visível o nível de cada empresa.
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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YIN, R.K. Estudo de caso: planejamento e método. 2. ed. São Paulo: Bookman, 2001.
79
8 ANEXO
ANEXO A - Questionário
Prezado Colega,
Antecipadamente, eu gostaria de agradecer a sua participação neste projeto de pesquisa
acadêmica. Este trabalho visa identificar as Ferramentas e Boas Práticas da Manufatura de
Classe Mundial mais utilizadas pelas empresas nacionais e multinacionais. Com isto pretende-
se identificar, representar, entender e explicar os processos e metodologias de melhoria da
produção na indústria, assim como, identificar o grau de implementação em que se encontra.
Para construirmos esta avaliação contamos com sua colaboração nesta fase, respondendo as
questões propostas a seguir. De acordo com a sua resposta, as ferramentas serão identificadas,
classificadas e analisadas de acordo com uma ordem percentual junto a outras medidas.
Critério de Avaliação
Nível 1: O processo ainda não foi implementado ou foi implementado informalmente, com resultados
inconsistentes.
Nível 2: Um processo formal de desdobramento foi iniciado na empresa. Existe um cronograma de
implantação em vigor.
Nível 3: O processo foi formalmente desdobramento (documentado), mas há algumas falhas na
implementação;
Nível 4: O processo foi completamente implementado em uma área ou várias áreas e com indicadores
estabilizados. Os resultados planejados estão sendo alcançados
Nível 5: O processo foi completamente desdobrado, têm os indicadores estáveis, têm os resultados
efetivados e têm apresentado melhoria contínua a pelo menos 12 meses
Orientações gerais:
As informações levantadas são referentes a 8 critérios, sendo estes segmentados em 28
perguntas. São:
1. Qualidade
2. Logística
3. Organização do Trabalho
4. Pessoas
5. Manutenção Autônoma e Profissional
6. Melhoria Focada
7. Desdobramento de Custo
8. Gestão
O espaço “Comentário” poderá ser utilizado pelo respondente, caso queira justificar ou
complementar a sua resposta.
80
a b c d e
Complemento do Questionário
Grupo 1a - Identificação do profissional e da empresa respondente:
Qual o cargo ou função: _______________________________________________________
Idade do respondente: _________________________________________________________
Área de atuação (departamento): _________________________________________________
Tempo de atuação profissional (anos): ___________________________________________
Setor de atividade:
( ) Alimentos e Bebidas ( ) Eletroeletrônica ( )Mecânica ( ) Farmacêutica e Cosméticos
( ) Plásticos e Borracha ( ) Química e Petroquímica ( ) Têxtil, couro e vestuário ( )
Veículos e Peças
( ) Outros ________________
Número de funcionários da empresa:______________________________________________
Empresa fundada em (ano): ________________________________________
Localização da empresa (região / estado): __________________________________________
Data da pesquisa: ______ / __________ / ______
Nível 1. Não existe procedimento de parada, quando estão identificados problemas de qualidade,
entre os processos
Nível 4. A produção dos principais produtos ocorre diariamente. Produção é sincronizada entre
processos e baseada em análise de Takt time
Nível 5. A produção dos principais produtos é perfeitamente nivelada com a demanda do cliente e
baseada no Takt time
82
L2. SISTEMA PUXADO: Está implementado o sistema de produção puxada? Em que nível se encontra
a implementação do processo de produção puxada pelos clientes?
Nível 1. Fluxo de Produção é completamente baseado em MRP (ou similar), sem controle de ritmo de
produção. Material entra e é empurrado pela previsão de demanda.
Nível 2. Um limite de capacidade e/ou nível máximo de estoque em processo foram implementados e
seguidos.
Nível 3. Um sistema parcial kanban está implementado, mas a puxada não é baseada na demanda do
cliente.
Nível 4. Produção é controlada por um sinal de “Puxada” de processos de suporte. Demandas diárias
são realizadas pela operação final. - A puxada é baseada em uma rota regular de movimentação de
materiais.
Nível 5. A Produção é controlada completamente pelo sinal de puxada. Demandas diárias são colocadas
nas embalagens / suportes/ caixas e devolvidas à linha usando um sistema simples de sinais (ou seja,
cartão kanban.
L3. MAPEAMENTO DE FLUXO DE VALOR: Em que nível se encontra o Mapeamento de fluxo de
valor dos processos?
Nível 1. Não existe uma identificação das cadeias de valor para os produtos / família de produtos.
Nível 2. A cadeia de valor atual está identificada ao menos para 20% das famílias de produtos da curva
A de inventário e um processo de elaboração do mapa atual e futuro está concluído, assim como o plano
de implementação.
Nível 3. A cadeia de valor atual está identificada ao menos para 50% das famílias de produtos da curva
A de inventário e um processo de elaboração do mapa atual e futuro está concluído, assim como o plano
de implementação.
Nível 4. A cadeia de valor atual está identificada ao menos para 85% das famílias de produtos da curva
A de inventário e um processo de elaboração do mapa atual e futuro está concluído, assim como o plano
de implementação.
Nível 5. A cadeia de valor atual está identificada para todas famílias de produtos da curva A de
inventário e um processo de elaboração do mapa atual e futuro está concluído, assim como o plano de
implementação. Há evidências de melhoria. Há evidências de melhoria.
L4. FLUXO DE MATERIAIS: Está implementado o sistema de gestão de materiais? Em que nível se
encontra a implementação do processo de suprimentos?
Nível 1. Não há um sistema para o gerenciamento dos materiais. Não há identificação das localizações
de matéria-prima e estoque em processo.
Nível 2. Há um sistema de gerenciamento. Presença de células de produção. Presença de grandes
quantidades de itens/materiais intermediários localizados ao redor das células de produção.
Nível 3. O sistema de gerenciamento utiliza software para gerenciamento de materiais baseado no
sistema MRP. Presença de células de produção com quantidades baixa de materiais intermediários entre
as etapas do processo.
Nível 4. Existência de um banco de dados de informações para rastreamento da localização de cada tipo
de peça (especificações, fornecedor, pontos de estocagem, pontos de uso, taxa de utilização).
Nível 5. Presença de um sistema de movimentação de materiais integrado com o sistema de
gerenciamento das informações através do uso de sinais de puxada, para assegurar que somente peças
consumidas pelas células de produção sejam reabastecidas.
L5. PROJETO DA FÁBRICA: Em que nível se encontra o projeto da Fábrica para a flexibilidade para
mudanças, manuseio de materiais, utilização ideal dos recursos, fluxo de trabalho?
Nível 1. Não há demarcação/definição para os materiais dentro da fábrica. Não há desenho do layout da
fábrica. Fluxo de materiais complexo.
Nível 2. As áreas de recebimento e de expedição ficam distantes dos pontos de uso. As rotas de
movimentação de materiais não estão definidas. Apenas algumas máquinas/processos funcionando com
arranjo celular.
Nível 3. Nenhuma máquina ou célula dificulta o fluxo de material. Os processos de produção
relacionados ao produto final estão localizados próximos uns aos outros. As células com máquinas estão
bem definidas
Nível 4. A fábrica apresenta rotas definidas para os materiais e pessoas. Manuseio mínimo com o
processo próximo as docas de recebimento e expedição (células interligadas)
83
Nível 5. Layout orientado pelo fluxo de material em toda fábrica. Transporte reduzido por toda cadeia
de suprimento. O layout da fábrica permite a flexibilidade para a fabricação de qualquer produto similar.
O1. MANUFATURA CELULAR: O layout da célula favorece a flexibilidade dos operadores, sendo
as atividades balanceadas de acordo com o Takt time e existe um estudo de tempos e métodos para
garantir a economia de movimentos?
Nível 1. Os postos de trabalho do processo são independentes dos demais, não sendo possível para os
operadores se locomoverem para a próxima etapa.
Nível 2. Os postos de trabalho do processo são separados por quantidades de estoques em processo e é
difícil para os operadores se locomoverem entre as estações
Nível 3. As etapas do processo são ligadas, o que resulta em um aumento da flexibilidade (operadores
podem fazer mais de uma atividade). Os caminhos dos operadores se cruzam durante a realização das
atividades. É necessário entrar na célula para o abastecimento da mesma.
Nível 4. O layout da célula favorece a flexibilidade dos operadores e nenhum estoque em processo é
observado entre os postos de trabalho. As atividades são balanceadas segundo o Takt Time. Há pontos
específicos para o abastecimento da célula sem a necessidade de entrar nela para a realização do
abastecimento.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
formal de treinamento. A maior parte dos treinamentos é limitada às habilidades básicas do trabalho.
Nível 3. Existe um processo formal para treinar operadores em múltiplas áreas e a maior parte do
treinamento é dirigido por necessidades de melhoria contínua. Os níveis de habilidade são rastreados e
colocados a mostra em várias áreas. Tempo dedicado ao treinamento, pelo menos menos 20 horas ano
por funcionário.
Nível 4. Quadros de qualificação são mostrados em todas as áreas e um programa de treinamento
estruturado é usado para desenvolver habilidades baseado em necessidades da companhia / empregado.
Há tempo significativo dedicado ao treinamento, pelo menos 50hs ano por funcionário.
84
Nível 1. Não há uma política de preservação do Meio Ambiente por parte da organização.
Nível 2. Há uma política de preservação do Meio Ambiente por parte da organização, e os colaboradores
foram treinados nesta política.
MEIO AMBIENTE
Nível 3. Há uma política de preservação do Meio Ambiente por parte da organização, e os colaboradores
foram treinados nesta política, e há evidência de utilização dos conhecimentos na área, tais como coleta
seletiva e segregação de fontes de contaminação.
Nível 4. Há uma política voltada para a preservação do Meio Ambiente por parte da organização, e os
colaboradores foram treinados nesta política e existem evidências de utilização dos conhecimentos em
várias áreas, tais como coleta seletiva, e segregação de fontes de contaminação.
Nível 5. Há uma política voltada para a preservação do Meio Ambiente por parte da organização, e os
colaboradores foram treinados nesta política, e há evidencia de utilização dos conhecimentos na em toda
a fábrica, tais como coleta seletiva e segregação de fontes de contaminação.
86
C1. CUSTEIO DAS MELHORIAS: A disponibilidade de informações para custeio das melhorias implementadas
de redução de perdas e desperdícios está sistematizada?
DESDOBRAMENTO
Nível 1. Não são disponibilizadas as informações para custeio das melhorias implementadas de redução
de perdas e desperdícios
DE CUSTO
Nível 2. Pelo menos 1(um) indicador técnico está associado às questões financeiras e é acessível ao
pessoal operacional
Nível 3. Mais de 1(um) indicador técnico está associado as questões financeiras e é acessível ao pessoal
operacional
Nível 4. Todos as atividades da área têm estratificação dos custos e está disponível para o pessoal
operacional. Há monitoramento e divulgação mensal dos ganhos alcançados.
Nível 5. Todas as atividades da área têm estratificação dos custos e está disponível para o pessoal
operacional. Em períodos regulares é realizada a análise destes dados que resultam em planos de ação
para melhoria do processo e consequente a redução contínua do custo.
G1. INDICADORES / OBJETIVOS / METAS / DIVULGAÇÃO: Em que nível se encontra a aplicação dos
indicadores do processo e análise de seus resultados?
Nível 1. Nível 1. Não há sistema de informações implantado. Dificuldade no levantamento das
informações do status atual da produção. O índice de desempenho dos principais indicadores das áreas
produtivas não é divulgado para os funcionários.
Nível 2. Há um sistema de informação implantado. Os principais indicadores foram estabelecidos e
estão sendo monitorados e divulgados através de quadros informativos.
Nível 3. Evolução nos indicadores macro de manufatura enxuta com evidência de alcance nos objetivos,
metas e ações implementados.
Nível 4. Os indicadores macro de manufatura enxuta estão sendo gerenciados pelas equipes auto
gerenciáveis.
Nível 5. Há uma visão compartilhada dos indicadores de processo e resultado entre operadores e alta
administração. Os indicadores macro da manufatura enxuta demonstram evolução contínua com a
melhoria nos últimos 3 anos
G2. COMPROMISSO GERENCIAL E AGENTES DE MUDANÇA: Em que nível está o envolvimento da
organização na cultura enxuta?
Nível 1. Não há uma estrutura de suporte (recursos) dedicada para a sistemática enxuta.
Nível 2. Foi estabelecida uma estrutura de suporte para a manufatura enxuta na fábrica (incluindo comitê
diretivo, "champion" e coordenadores). Champions e coordenadores foram treinados formalmente
(envolvimento)
GESTÃO
Nível 3. Foi estabelecida uma estrutura de suporte para a manufatura enxuta na fábrica (incluindo comitê
diretivo, "champion" e coordenadores). Ao menos 50% dos funcionários foram treinados.
Nível 4. Alta administração provê recursos para a sustentabilidade da manufatura enxuta, para o comitê
e toda a cadeia de implementação. Ao menos 85% dos funcionários foram treinados (envolvimento)
Nível 5. A cultura enxuta é reconhecida como uma atividade normal da empresa e os membros das
Equipes auto gerenciáveis são reconhecidos pelos seus esforços e desempenho das áreas. Todos
funcionários estão envolvidos.
G3. ÁREAS MODELO / EXPANSÃO DAS BOAS PRÁTICAS: Está sistematizado a implementação das boas
práticas na empresa? Quais áreas são referência de boas práticas?
Nível 1. Não há áreas modelo de gestão.
Nível 2. Há pelo menos uma área modelo para cada pilar (Qualidade, Segurança, Manutenção Autônoma
e Profissional, Organização do Trabalho, Logística). A área modelo é referência de boas práticas.
Nível 3. Iniciado a expansão da área modelo de gestão de cada pilar para pelo menos 20% das células/
subsistemas da empresa. Há um programa de treinamento para permitir a expansão horizontal para
novas áreas modelos.
Nível 4. Expansão da área modelo para cada pilar para pelo menos 50% das células/ subsistemas da
empresa.
Nível 5. As boas práticas referenciadas pela área modelo estão implementadas nas principais
células/subsistemas da empresa.
87
Nível 2. As principais melhorias são realizadas pelas áreas de engenharia de processo e qualidade.
Poucas sugestões de melhoria provenientes do chão de fábrica.
Nível 3. Membros dos grupos de apoio dão suporte aos times formados no chão-de-fábrica que atuam
em medidas básicas de desempenho.
Nível 4. Times de trabalho monitoram seu próprio desempenho e aceitam a responsabilidades por manter
e melhorá-la continuamente.
Nível 5. Times de trabalho autodirigidos são responsáveis pelo seu desempenho. Aplicado em todo
chão-de fábrica e grupos de apoio