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CAMPINAS, SP
2021
CAROLINA LONGO FAUSTINO
ASSINATURA DO ORIENTADOR(A)
______________________________________
CAMPINAS, SP
2021
Ficha catalográfica
Universidade Estadual de Campinas
Biblioteca da Área de Engenharia e Arquitetura
Rose Meire da Silva - CRB 8/5974
Presidente e Orientador(a)/Unicamp
Unicamp
EESC
A Deus, que está sempre comigo e me dá saúde e força de vontade para seguir em
frente, especialmente nas adversidades.
A todos os meus familiares e amigos, especialmente aos meus avós, Maria Silvia
Guimarães Longo e João Carlos Longo, e ao meu noivo, Thiago Camargo Choquetta,
por todo o incentivo.
Ao Prof. Dr. David de Carvalho, por toda a paciência que teve comigo não só na
transmissão de conhecimento técnico, mas também nos momentos difíceis. Para mim
ficou um grande aprendizado. A ele, o meu respeito e admiração pelo profissional e
pela pessoa que é.
Aos amigos Luiz Felipe Goulart Fiscina, Yuri Barbosa, Joaquim Ribeiro de Castro Neto
e Murilo Heryaldo Pinheiro Tarozzo pelos momentos de descontração durante as
provas de carga e por todo o apoio com dados e dúvidas.
1 INTRODUÇÃO
entre os valores obtidos pelos métodos e os obtidos pelas provas de carga foi feito
neste trabalho a fim de verificar a precisão desses métodos para esse tipo de estaca.
Os dados de entrada para os métodos foram obtidos de ensaios SPT,
CPTU e DMT realizados no Campo Experimental III e ensaios de laboratório, além
dos dados obtidos pela instrumentação das estacas.
1.1 Justificativa
1.2 Objetivo
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Definição
2.1.2 História
espaço restrito. Assim, na década de 50, surge a microestaca, criada pelo professor
Fernando Lizzi e chamada de “Pali Radice”.
Esse nome era devido ao modo como o reforço era executado, com as
estacas em várias direções assemelhando-se às raízes de uma árvore, como
mostrado na figura 2.1. Essa técnica também foi utilizada para reforço de solos com
baixa capacidade de carga, sendo denominado de solo armado.
2.1.3 Classificação
A) Quanto à função
Figura 2.2 - Microestaca com função de suporte estrutural (a) e reforço in situ do solo (b) (FHWA,
2005)
26
A tabela 2.1 mostra alguns usos diferentes para cada caso. Observa-se que
alguns deles são comuns nos dois casos.
B) Quanto à construção
O furo deve ser feito com perfuração rotativa ou, em caso de rochas ou
matacões, por meio de tricone ou martelo de fundo. Deve-se utilizar água como auxílio
para a perfuração e limpeza dos resíduos. A FHWA (2005) também sugere a utilização
de lama bentonítica ou polimérica para essa limpeza.
A armadura pode ser feita por meio de monobarra, gaiolas de armação
(com tubo manchete de PVC) ou tubos de aço, que servirão tanto para armar a estaca
quanto para fazer a injeção de calda de cimento, já que esses tubos são dotados de
28
manchetes. Teixeira (2014) destaca o uso de tubo metálico como armadura de uma
microestaca, pois esse tipo de armadura proporciona à estaca continuidade mesmo
quando houver falha de preenchimento com a calda de cimento, além de resistência
à flexão e ao cisalhamento, quando for o caso. A figura 2.4 mostra alguns tipos de
armadura que podem ser utilizados.
menos distúrbios em seu entorno do que uma obra em campo aberto, sem
construções por perto.
Como são muitas formas e técnicas diferentes, aqui será apresentada uma
forma genérica de construção da microestaca, somente para que se possa entender
o processo executivo geral.
A descrição do processo feita por Alonso (1998) encontra-se abaixo e pode
ser vista na figura 2.5.
a) Perfuração do solo por rotação ou roto-percussão
Nessa etapa é utilizado um tubo dotado de cabeça perfurante para que o
atrito entre sua lateral e o solo seja reduzido. Além disso, é utilizada a
circulação de água para auxiliar na perfuração. Seu retorno se dá pela parte
externa do tubo. Em solos mais duros, pode-se utilizar o tricone para
perfuração por dentro do tubo.
b) Instalação do tubo manchete.
O tubo manchete possui válvulas em seu comprimento, geralmente de
metro em metro, que permitirão a formação da bainha e posterior injeção
de calda de cimento. Esses tubos podem ser de aço ou de PVC. No
primeiro caso, normalmente não é necessário colocar armadura, pois o
próprio tubo já tem papel estrutural na estaca. No segundo caso, faz-se
necessária a colocação de armadura, pois o tubo de PVC não contribui para
a resistência estrutural da estaca. A medida do tubo deve ser escolhida
cautelosamente, já que a bainha não pode ser muito grossa, para que a
injeção consiga rompê-la. Assim, a recomendação é de que sua espessura
não seja maior que 3 cm. Sua instalação é feita após a limpeza de fundo.
c) Execução da bainha
Após a instalação do tubo manchete, é iniciada a primeira etapa de injeção,
na qual a calda de cimento é injetada pela válvula inferior por meio de um
obturador simples, até que extravase pelo topo. Pode-se também
preencher o furo com argamassa e imediatamente depois colocar o tubo
manchete. A segunda opção barateia a construção da bainha, pois a
injeção de argamassa pelas válvulas gera problemas em muitos casos.
Depois de feita a bainha, seja pela primeira opção, seja pela segunda, o
tubo é lavado internamente com circulação de água para garantir que esteja
limpo e sem qualquer resíduo de cimento a fim de garantir perfeita vedação
30
Figura 2.6 – Exemplo de sistema de reação para prova de carga estática (Rodriguez e Ramos, 2012)
33
Em que
𝐷𝐿 : deslocamento médio da leitura atual em milímetros;
𝐷𝐿𝐴 : deslocamento médio da leitura anterior em milímetros;
𝐷𝐸𝐴 : deslocamento médio final do estágio anterior em milímetros.
3. Em cada estágio devem ser feitas leituras aos 5, 10, 15 e 30 min.
Caso não seja atingida a estabilização, deve-se realizar leituras a
cada 15 min até a estabilização com tempo mínimo do estágio de 60
34
Figura 2.7 – Comportamento típico de curva carga x recalque (Velloso e Lopes, 2004)
a) b)
c)
Figura 2.8 – Tipos de ruptura geoténica (Velloso e Lopes, 2004)
Em que,
Δr: recalque de ruptura convencionado;
Pr : carga de ruptura convencionada;
L: comprimento da estaca;
A: área da seção transversal da estaca;
E: módulo de elasticidade do material da estaca;
37
Figura 2.10 – Fases da transferência de carga ao longo de uma estaca (Massad, 1993)
CPTU. A equação 2.3 mostra o cálculo do método, sendo que os valores para o
coeficiente α, em função do tipo de solo, são apresentados na tabela 2.2.
Es = α q c (2.3)
Em que,
Es : módulo de deformabilidade do solo em MPa;
α: coeficiente que depende do tipo de solo;
q c : resistência de ponta do cone em MPa.
O peso específico natural foi retirado de Godoy (1972) apud Cintra et al.
(2003), por uma tabela que relaciona o número de golpes do ensaio SPT com o peso
específico natural do solo. Esses valores são presentados na tabela 2.3.
Tabela 2.3 – Peso específico de solos argilosos (Godoy, 1972 apud Cintra et al.
2003)
N (golpes) Consistência 𝛾𝑛𝑎𝑡 (kN/m³)
≤2 Muito mole 13
3-5 Mole 15
6-10 Média 17
11-19 Rija 19
≥ 20 Dura 21
40
Em que,
𝐸𝑒𝑑 : módulo edométrico em MPa;
𝐸𝑠 : módulo de deformabilidade do solo em MPa;
𝛽: coeficiente que depende do coeficiente de Poisson (𝜈), segundo a equação 2.6.
2𝜈 2
𝛽 = 1 − 1−𝜈 (2.6)
O peso específico saturado foi obtido por correlação com outros índices do
solo. Para utilizar os valores obtidos nos ensaios de laboratório feitos para esse
trabalho (peso específico dos sólidos e teor de umidade), chegou-se à correlação da
equação 2.7.
𝛾
𝑛𝑎𝑡 𝑛𝑎𝑡 𝛾
𝛾𝑠𝑎𝑡 = 1+𝑤 + 𝛾𝑤 (1 − 𝛾 (1+𝑤) ) (2.7)
𝑠
Em que,
𝛾𝑠𝑎𝑡 : peso específico saturado do solo em kN/m³;
𝑤: teor de umidade do solo, obtido por ensaio de laboratório;
𝛾𝑤 : peso específico da água, de valor 10 kN/m³;
𝛾𝑛𝑎𝑡 : peso específico natural do solo em kN/m³;
𝛾𝑠 : peso específico dos sólidos em kN/m³, obtido por ensaio de laboratório.
a) Q b)
d 𝜎
L
q q 𝛿
h
Es, 𝜗𝑠
𝜕𝜎
𝜎+ 𝛿
d 𝜕𝑧
estaca: Ep
interface rígida
Em que
: recalque;
Q: carga aplicada à estaca;
d: diâmetro da estaca;
Es: módulo de elasticidade do solo;
Ip: fator de influência para deformações, segundo equação 2.9.
Ip = I0 R h R k R v R b (2.9)
42
Em que
Rh = fator de correção para a espessura h (finita) de solo compressível;
Rk = fator de correção para compressibilidade da estaca;
Rv = fator de correção para o coeficiente de Poisson do solo;
Rb = fator de correção para a base ou ponta quando estiver em solo mais rígido.
Para obtenção do parâmetro Ip , são utilizados os ábacos das figuras 2.12
e 2.13.
a) c)
d)
b)
Figura 2.12 – Parâmetros para cálculo do recalque de estaca compressível: (a) fator de deslocamento
I0 - camada finita (ν = 0,5), (b) fator de correção para o coeficiente de Poisson do solo, (c) fator de
correção para a espessura h (finita) de solo compressível, (d) fator de correção para
compressibilidade da estaca (POULOS & DAVIS, 1980).
43
a) b)
c) d)
e)
Figura 2.13 – Parâmetros para cálculo do recalque de estaca em solo mais rijo: (a) condição L/B = 75,
(b) condição L/B = 50, (c) condição L/B = 25, (d) condição L/B = 10 e (e) condição L/B = 5 (POULOS
& DAVIS, 1980).
O fator K que aparece nos gráficos da figura 2.12 pode ser calculado a
partir da equação 2.10.
Ep RA
K= (2.10)
Es
Em que,
Ep : módulo de elasticidade da estaca (MPa);
Ap
RA = πd , em que Ap é a área da ponta e d é o diâmetro da estaca.
4
44
Em que,
Qp: carga de ponta da estaca no estágio;
Qlat: carga de atrito lateral da estaca no estágio;
αss: fator que considera a distribuição de atrito ao longo do fuste segundo a figura
2.14;
L: comprimento da estaca;
A: área da seção transversal da estaca;
Ep: módulo de elasticidade da estaca.
Figura 2.14 – Valores de αss para diferentes distribuições de atrito (Albuquerque, 2001)
45
Em que,
q0: carga de ruptura da ponta da estaca;
d: diâmetro da estaca;
Cp: índice dependente do tipo de solo e tipo de estaca conforme tabela 2.4;
L
Cs = (0,93 + 0,16√d) Cp (2.15)
Em que,
αss : fator que depende da distribuição do atrito ao longo do fuste, conforme figura 2.14;
L: comprimento da estaca (m);
A: área da secção transversal da estaca (m2);
Ep : módulo de elasticidade da estaca (MPa).
46
Em que,
d: diâmetro da estaca (m);
q p = Qp /Ap : reação de ponta da estaca, em que Ap é a área da ponta da estaca (kPa);
ϑ: coeficiente de Poisson do solo sob a ponta da estaca;
Es : módulo de elasticidade do solo sob a ponta da estaca;
p L
α = 0,551 ln (B ) + 0,824, ou através da Figura 2.15. Em que Lp e Bp são a maior e a
p
Em que
q lat = Qlat /Alat : reação de atrito lateral da estaca, em que Alat é a área lateral da
estaca (kPa);
Es : módulo de elasticidade do solo ao longo do fuste da estaca;
47
Lp
β = 2 + 0,35√ d (2.20)
Figura 2.16 – Modelo proposto para representação da curva carga x recalque para estacas de
deslocamento (adaptado de Albuquerque, 2001)
Figura 2.17 – Modelo proposto para representação da curva carga x recalque para estacas de não-
deslocamento (adaptado de Albuquerque, 2001)
Pode-se dizer então que o recalque total da estaca (p) será a soma dos
recalques devido ao encurtamento elástico e devido à deformação do solo, como
mostrado na equação 2.29.
p = pe + ps (2.29)
A) Encurtamento elástico
Dessa forma, pode-se obter P1, P2 e P3, segundo as equações 2.33, 2.34 e
2.35, respectivamente.
RL1
P1 = P − (2.33)
2
RL2
P2 = P − R L1 − (2.34)
2
RL3
P3 = P − R L1 − R L2 − (2.35)
2
PL
Aplicando-se a Lei de Hooke, p = AE , a cada camada e utilizando-se a
p
Em que,
A: área da seção transversal do fuste da estaca;
51
B) Recalque do solo
Figura 2.20 – Propagação de tensões devido à reação de ponta (Cintra et al., 2010)
4 Pp
Δσp = H 2
(2.38)
π(D+h+ )
2
Em que
D: diâmetro da base da estaca.
Da mesma forma pode-se considerar que as reações às parcelas de atrito
lateral são forças aplicadas pela estaca no solo adjacente, verticais para baixo, e
também provocam acréscimo de tensões, como representado na figura 2.21 para um
segmento intermediário da estaca e uma força R Li .
Figura 2.21 – Propagação de tensões devido às cargas laterais (Cintra et al., 2010)
Em que
Es : módulo de deformabilidade da camada de solo.
53
A) ESTACA
A análise foi feita para condições não drenada por se tratar de solo coesivo,
portanto com lenta expulsão de água. Para isso, foi utilizado o método de Tomlinson,
que adota os parâmetros da resistência ao cisalhamento para calcular a capacidade
de suporte da estaca. Nesse método, a resistência lateral da estaca depende da
pressão devido à sobrecarga da formação geológica segundo a equação 2.42 (Guia
de Usuário do GEO5, 2018).
𝑅𝑠 = ∑𝑛𝑗=1 𝑐𝑎,𝑗 𝐴𝑠,𝑗 = ∑𝑛𝑗=1 𝛼𝑗 𝑐𝑢,𝑗 𝐴𝑠,𝑗 (2.42)
Em que,
𝑅𝑠 : resistência de atrito lateral;
𝑐𝑎,𝑗 : adesão na jésima camada (tensão de cisalhamento entre a superfície da estaca e
o solo envolvente);
𝐴𝑠,𝑗 : área lateral da estaca na jésima camada;
54
Em que,
a, b: coeficientes de regressão do atrito superficial específico, inseridos pelo usuário
no programa. Os valores encontram-se na figura 2.22;
𝑣𝑖 : profundidade medida a partir da superfície do terreno até meio da iésima camada
em metros;
𝑑𝑖 : diâmetro da estaca na iésima camada em metros.
Em seguida é calculada a capacidade de suporte da superfície da estaca
(𝑅𝑠 ) pela equação 2.45.
𝑅𝑠 = 𝑚1 𝑚2 𝜋 ∑𝑛𝑖=1 𝑑𝑖 ℎ𝑖 𝑞𝑠𝑖 (2.45)
Em que,
55
Em que,
e, f: coeficientes de regressão abaixo da base da estaca, inseridos pelo usuário no
programa. Os valores encontram-se na figura 2.22;
D: comprimento da estaca inserida no solo em metros, inserido pelo usuário;
𝑑𝑏 : diâmetro da base da estaca em metros.
(a) (b)
Figura 2.22 – (a) Valores para os coeficientes a e b; (b) Valores para os coeficientes e e f
𝑞𝑏
𝛽=𝑞 ̅𝑠 𝐷/𝑑𝑏
(2.47)
𝑏 +4𝑞
Em que,
𝐼𝑠 : recalque-influência;
d: diâmetro da estaca em metros;
𝐸𝑠 : módulo secante do solo ao longo da lateral da estaca em MPa.
A carga na base da estaca (𝑅𝑏,𝑙𝑖𝑚 ) para o recalque prescrito (ou limite) é
dada pela equação 2.50.
𝑠𝑙𝑖𝑚
𝑅𝑏,𝑙𝑖𝑚 = 𝛽𝑅𝑠𝑦 (2.50)
𝑠𝑦
Em que,
𝑠𝑙𝑖𝑚 : recalque limite, inserido pelo usuário no programa.
Por fim, calcula-se a resistência da estaca (𝑅𝑐 ) para um dado recalque limite
pela equação 2.51.
𝑅𝑐 = 𝑅𝑏,𝑙𝑖𝑚 + 𝑅𝑠 (2.51)
57
Figura 2.24 – Cálculo da média das resistências da ponta do cone mínimas q_(c,mean) (Guia de
Usuário do GEO5, 2018)
𝐹𝑚𝑎𝑥,𝑠ℎ𝑎𝑓𝑡,𝑖 : resistência máxima do furo do iésimo CPT, calculada pela equação 2.56.
𝐹𝑚𝑎𝑥,𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑏𝑎𝑠𝑒 (2.55)
Δ𝐿
𝐹𝑚𝑎𝑥,𝑠ℎ𝑎𝑓𝑡 = 𝑂𝑝 ∫0 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑠ℎ𝑎𝑓𝑡 𝑑𝑧 (2.56)
Em que,
𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 : área da seção transversal da base da estaca;
𝑂𝑝 : periferia da estaca do solo de suporte;
Δ𝐿: comprimento da estaca;
𝑧: dimensão vertical ao longo do eixo da estaca.
Por fim, calcula-se o recalque da base da estaca (𝑤1,𝑑 ) pela equação 2.57.
𝑤1,𝑑 = 𝑤𝑏𝑎𝑠𝑒,𝑑 + 𝑤𝑒𝑙,𝑑 (2.57)
Em que,
𝑤𝑏𝑎𝑠𝑒,𝑑 = 𝑤𝑏𝑎𝑠𝑒,𝑑,1 + 𝑤𝑏𝑎𝑠𝑒,𝑑,2 : recalque da base da estaca devido à força atuante na
base. Os valores de 𝑤𝑏𝑎𝑠𝑒,𝑑,1 (recalque devido à força atuante na base) e 𝑤𝑏𝑎𝑠𝑒,𝑑,2
(recalque devido à força atuante no furo) são retirados do gráfico apresentado na
figura 2.25;
𝑤𝑒𝑙,𝑑 : recalque da estaca devido à compressão elástica, calculado segundo a equação
2.58.
𝐿𝐹𝑚𝑒𝑎𝑛,𝑑
𝑤𝑒𝑙,𝑑 = 𝐴 (2.58)
𝑝𝑙𝑎𝑠𝑡 𝐸𝑝,𝑚𝑎𝑡,𝑑
Em que,
𝐿: comprimento da estaca;
𝐹𝑚𝑒𝑎𝑛,𝑑 : força média atuante na estaca;
𝐴𝑝𝑙𝑎𝑠𝑡 : área da seção transversal da haste da estaca;
𝐸𝑝,𝑚𝑎𝑡,𝑑 : módulo de elasticidade do material da estaca.
60
(a) (b)
Figura 2.25 – (a) Gráfico para determinar 𝑤𝑏𝑎𝑠𝑒,𝑑,1 ; (b) gráfico para determinar 𝑤𝑏𝑎𝑠𝑒,𝑑,2 . (1-estacas
cravadas, 2-estacas de hélice contínua, 3-estacas escavadas) (Guia de Usuário do GEO5, 2018)
(a) (b)
Figura 2.26 – (a) Gráfico do Tipo de Comportamento do Solo (SBT) para CPT não normalizado
segundo Robertson, 1986; (b) Gráfico do Tipo de Comportamento do Solo (SBT) para CPT não
normalizado segundo Robertson, 2010
Figura 2.27 – Exemplo de gráfico obtido no programa ESTACA VIA CPT do software GEO5
A teoria por trás do programa é apresentada por Fellenius (2021) em seu Red Book,
que desenvolveu o UniPile junto com Goudreault.
Para que os cálculos sejam feitos, algumas configurações devem ser
escolhidas, entre elas é necessário escolher o método para distribuição de tensões, a
saber: Boussinesq (1885), distribuição 2:1 e Westergaard (1938). Neste trabalho
utilizou-se a distribuição de Boussinesq (1885), que será apresentada no item A.
O cálculo de capacidade de suporte pode ser feito por vários métodos,
entre eles o método de Eslami & Fellenius (2000), que utiliza os dados de CPTU e
será apresentado no item B.
O programa também permite realizar simulações de curvas carga-recalque
através de curvas t-z/q-z. As utilizadas pelo programa são: Função de Gwizdala (1996;
Fellenius, 1999), Função Hiperbólica de Chin-Kondner (1963, 1970, 1971), Função
Exponencial de Van der Veen (1953), Função de Hansen (1963) – Critério de 80% e
Função de Zhang (2012). Outras funções podem ser inseridas pelo usuário. As cinco
funções pré-existentes no programa foram utilizadas neste trabalho e estão descritas
no item C.
Em que,
𝑄: a carga pontual aplicada;
𝑅: distância radial entre o ponto de aplicação da carga pontual e o ponto de interesse
na profundidade 𝑧, sendo
𝑅 = (𝑟 2 + 𝑧 2 )1/2 (2.61)
𝑟: projeção horizontal de 𝑅.
Em que,
𝐶𝑠 : coeficiente de correlação lateral, que depende do tipo de solo segundo a tabela
2.7.
Em que,
𝑄1, 𝑄2 : cargas quaisquer aplicadas à estaca;
𝛿1 , 𝛿2 : recalques associados às cargas 𝑟1 e 𝑟2 , respectivamente;
𝜃: coeficiente de ajuste da função, tal que 0 ≤ 𝜃 ≤ 1.
Essa função pode ser utilizada para curvas tanto da lateral da estaca
quanto da base. Quando representa a resistência lateral, o coeficiente 𝜃 normalmente
varia de 0,05 a 0,3, enquanto para a resistência de base o coeficiente varia de 0,4 a
1,0.
Para construir a curva carga-recalque deve-se escolher um par de valores
“alvo” (𝑄𝑡𝑔 e 𝛿𝑡𝑔 ) para substituir 𝑄2 e 𝛿2 sendo que 𝑄1 = 𝑄 será cada carga aplicada
na estaca e 𝛿1 = 𝛿 será o respectivo recalque. Portanto a equação 2.66 é alterada
para a 2.67.
66
𝜃
𝛿
𝑄 = 𝑄𝑡𝑔 (𝛿 ) (2.67)
𝑡𝑔
Para fazer o ajuste da curva com os dados obtidos em uma prova de carga,
pode-se transformar a equação 2.67 em uma reta cujo coeficiente angular é 𝜃. Dessa
forma é possível fazer um ajuste por retas e encontrar o valor do coeficiente da função
como mostrado na equação 2.68. Um exemplo de gráfico obtido encontra-se na figura
2.29.
𝑄 𝛿
𝐿𝑛 (𝑄 ) = 𝜃𝐿𝑛 (𝛿 ) (2.68)
𝑡𝑔 𝑡𝑔
0,50
Ln(δ/δtg)
0,00
-3,50 -3,00 -2,50 -2,00 -1,50 -1,00 -0,50 0,00 0,50 1,00 1,50
-0,50
Ln(Q/Qtg)
-1,00
-1,50
y = 0,7249x + 0,0127
R² = 0,9977 -2,00
-2,50
-3,00
Em que,
𝑄: carga lateral (ou da base) da estaca associada a um recalque 𝛿;
𝛿: recalque associado à carga 𝑄;
𝐶1 : coeficiente angular da reta no gráfico 𝛿/𝑄 vs. 𝛿;
67
0,020
0,018
y = 0,0006x + 0,0025
0,016 R² = 0,9996
0,014
0,012
δ/Q (mm/kN)
0,010
0,008
0,006
0,004
0,002
0,000
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
δ (mm)
𝑄𝑖𝑛𝑓 : carga lateral (ou da base) da estaca quando o recalque tende ao infinito;
𝛿: recalque da estaca associado à carga 𝑄;
𝑏: coeficiente de ajuste da função;
𝑒: base do logaritmo natural, 𝑒 = 2,718.
Para fazer o ajuste da curva com os dados obtidos em uma prova de carga,
pode-se transformar a equação 2.71 em uma reta cujo coeficiente angular é 𝑏. Dessa
forma é possível fazer um ajuste por retas e encontrar o valor do coeficiente da função
como mostrado na equação 2.72. Um exemplo de gráfico obtido encontra-se na figura
2.31.
𝐿𝑛 (𝑄𝑖𝑛𝑓 − 𝑄) = −𝑏𝛿 (2.72)
8,00
7,00
6,00
5,00
Ln(Qinf - Q)
4,00
y = -0,1417x + 7,2606
R² = 0,9927
3,00
2,00
1,00
0,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
δ (mm)
Figura 2.31 – Exemplo de gráfico de ajuste da função Exponencial de Van der Veen
Em que,
𝑄: carga lateral (ou da base) da estaca associada a um recalque 𝛿;
𝛿: recalque associado à carga 𝑄;
𝐶1 : coeficiente angular do gráfico √𝛿/𝑄 vs. 𝛿;
𝐶2 : coeficiente linear do gráfico √𝛿/𝑄 vs. 𝛿.
Quando a carga lateral última da estaca (𝑄𝑝𝑒𝑎𝑘 ) e seu respectivo recalque
(𝛿𝑝𝑒𝑎𝑘 ) são conhecidos, os coeficientes 𝐶1 e 𝐶2 podem ser calculados conforme as
equações 2.74 e 2.75.
1
𝐶1 = 2𝑄 (2.74)
𝑝𝑒𝑎𝑘 √𝛿𝑝𝑒𝑎𝑘
√𝛿
𝐶2 = 2𝑄𝑝𝑒𝑎𝑘 (2.75)
𝑝𝑒𝑎𝑘
𝐶
𝛿𝑝𝑒𝑎𝑘 = 𝐶2 (2.77)
1
0,01
eδ/Q
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
δ (mm)
1 𝑎
𝑐 = 4𝑄 −𝛿 (2.80)
𝑝𝑒𝑎𝑘 𝑝𝑒𝑎𝑘
Em que,
𝑄: carga lateral (ou da base) da estaca associada a um recalque 𝛿;
𝛿: recalque associado à carga 𝑄;
𝑎, 𝑏 e 𝑐: coeficientes de ajuste da função, sendo que 𝑏 e 𝑐 são dependentes de 𝑎. Os
valores de máximos de 𝑎 para alguns valores de recalque são apresentados na tabela
2.8;
𝑄𝑝𝑒𝑎𝑘 : resistência lateral máxima da estaca;
𝛿𝑝𝑒𝑎𝑘 : recalque associado à 𝑄𝑝𝑒𝑎𝑘 .
Tabela 2.8 – Valores máximos do coeficiente a para dados valores de recalque 𝛿𝑝𝑒𝑎𝑘
(Fellenuis, 2021)
𝛿𝑝𝑒𝑎𝑘 (mm) 1 2 3 4 5
𝑎 0,0025 0,005 0,0075 0,01 0,0125
𝛿𝑝𝑒𝑎𝑘 (mm) 6 7 8 9 10
𝑎 0,0150 0,0175 0,02 0,0225 0,025
𝛿𝑝𝑒𝑎𝑘 (mm) 11 12 13 14 15
𝑎 0,03 0,0375 0,05 0,0625 0,075
𝛿𝑝𝑒𝑎𝑘 (mm) 16 17 18 19 20
𝑎 0,1 0,125 0,15 0,175 0,2
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Foram feitos cinco ensaios SPT-T, dois ensaios CPTU e um ensaio DMT
distribuídos pelo campo experimental, como mostra a figura 3.2.
Figura 3.3 – Perfil geológico do Campo Experimental III no eixo de SP-1, SP-3 e SP-5
A partir dos dados obtidos pelas sondagens, é possível verificar que o solo
do Campo Experimental III é formado por uma camada de aproximadamente 6 m de
argila mole marrom avermelhada (porosa e colapsível). Em seguida tem-se uma
camada de silte muito argiloso, solo de alteração de rocha básica, até
aproximadamente 9,3 m de profundidade. Por fim tem-se uma camada de silte argilo-
arenos, duro a rijo, até aproximadamente 19 m de profundidade. O nível do lençol
freático se encontra a, aproximadamente, 17 m de profundidade.
A tabela 3.1 traz os valores médios de NSPT, torque máximo (Tmáx) e torque
residual (Tres), A figura 3.4 mostra a distribuição dos valores médios de NSPT, torque
máximo e torque residual ao longo da profundidade.
74
5
Profundidade (m)
10
15
20
25
30
Figura 3.4 – Variação dos valores médios de NSPT, Tmáx e Tres com a profundidade
75
qc (MPa)
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0
0,00
5,00
Profundidade (m)
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
Figura 3.5 - Variação média da resistência de ponta obtida pelo CPTU ao longo da profundidade
fs (kPa)
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0
0,00
5,00
Profundidade (m)
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
Figura 3.6 - Variação média do atrito lateral obtido pelo CPTU ao longo da profundidade
P0 e P1 (kPa)
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
0
1
2
Profundidade (m)
3
4
5
6
7
8
9
P0 P1
ID e KD
0 1 2 3 4 5 6
0
1
Profundidade (m)
2
3
4
5
6
7
8
9
Id Kd
(%)
0 10 20 30 40 50 60 70
0
2
4
Profundidade (m)
6
8
10
12
14
16
18
20
Tabela 3.3 – Resultados dos ensaios de teor de umidade e de peso específico dos
sólidos (Tarozzo, 2020)
Profundidade (m) w (%) 𝛾𝑠 (kN/m³)
0,28 a 5,67 0,68
5,67 a 9,17 0,87
26,65
9,17 a 18,00 10,87
18,00 a 23,00 14,32
78
w (%)
0 2 4 6 8 10 12 14 16
0
6
Profundidade (m)
10
12
14
16
18
20
(a) (b)
Figura 3.12 – (a) Coroa de perfuração em posição; (b) Roller bits
(a) (b)
Figura 3.15 – (a) Obturador simples; (b) Obturador duplo
Figura 3.17 – Esquema do posicionamento das estacas de reação em relação à estaca ensaiada
Figura 3.18 – Montagem do sistema de reação para a realização do ensaio (Fiscina, 2020)
(a) (b)
Figura 3.20 – (a) Esquema de ligação dos Strain Gages; (b) Resina protetora contra choques e
umidade (Fiscina, 2020)
Carga x deslocamento
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
0
10
Deslocamento (mm)
20
30
40
50
60
Observando o gráfico da figura 4.1, é possível ver que apenas a estaca ET-
3 teve uma ruptura nítida. Também é possível notar que apenas a estaca ET-3
ultrapassou o deslocamento de 10% do diâmetro da estaca (30 mm), enquanto as
outras quatro estacas ficaram abaixo desse valor. As cargas de ruptura variaram entre
1440 kN para a estaca ET-1 e 2680 kN para a estaca ET-4. Os recalques para a carga
de trabalho variaram de 5,1 para a estaca ET-1 a 8,2 para a estaca ET-2.
A) Métodos analíticos
A tabela 4.2 mostra os parâmetros utilizados para esta estaca, assim com
as equações utilizadas para o cálculo de cada método. O gráfico da figura 4.2 mostra
o resultado para todos os métodos, assim como a tabela 4.3, cujos recalques para a
carga de trabalho estão em negrito. No gráfico há uma barra vertical indicando a carga
de trabalho da estaca. A figura 4.3 mostra a comparação dos métodos (pm) com o
recalque convencionado (pc) a fim de avaliar a margem de erro de +/- 20% adotada.
Carga (kN)
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
0,0
5,0
10,0
Recalque (mm)
15,0
20,0
35,0
40,0
Figura 4.2 - Resultados dos métodos de estimativa de recalque para a estaca ET-1 pelos métodos
analíticos
Tabela 4.3 – Recalque para a carga de trabalho convencionada (720 kN) obtido por
cada método
Método 𝑝 (mm)
Poulos e Davis (1980) 10,2
Vésic (1969, 1975a) 9,5
Vésic “Modificado” (2008) 15,5
Décourt (1995) 2,5
Cintra et al. (2010) 4,9
Média 8,5
Desvio padrão 5,0
Coeficiente de variação 59%
91
3,40
3,20 3,05
3,00
2,80
2,60
2,40
2,20 2,02
Recalque (pm/pc)
2,00 1,87
1,80
1,60
1,40
+20%
1,20
1,00 0,97
1,00
0,80
0,60 0,50 -20%
0,40
0,20
0,00
Recalque medido Poulos & Davis Vésic Vésic Modificado Décourt Cintra et al.
B) Métodos computacionais
Carga (kN)
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
0,0
10,0
20,0
30,0
Recalque (mm)
40,0
Q trab = 720 kN
50,0
60,0
70,0
Figura 4.4 - Resultados dos métodos de estimativa de recalque para a estaca ET-1 pelos métodos
computacionais
Tabela 4.4 – Recalque para a carga de trabalho convencionada (720 kN) obtido por
cada método
Método 𝑝 (mm)
GEO5 – ESTACA 3,9
GEO5 – ESTACA VIA CPT 10,7
UniPile – Ratio 11,9
UniPile – Hiperbólica 7,3
UniPile – Exponencial 14,0
UniPile – Hansen 80% 8,7
UniPile – Zhang 7,5
Média 9,1
Desvio padrão 3,4
Coeficiente de variação 37%
93
3,00
2,76
2,80
2,60
2,34
2,40
2,20 2,11
2,00
Recalque (pm/pc)
1,80 1,71
1,60
1,47
1,40
+20%
1,20
1,00 1,02
0,98
1,00
Recalque (pm/pc)
0,80
0,63
-20%
0,60 0,55
0,40
0,20
0,00
Recalque medido UniPile - Ratio UniPile - UniPile - UniPile - Hansen UniPile - Zhang
Hiperbólica Exponencial 80%
Figura 4.6 – Resultados das funções do software UniPile utilizando as equações diretamente
A) Métodos analíticos
A tabela 4.5 mostra os parâmetros utilizados para esta estaca, assim com
as equações utilizadas para o cálculo de cada método. O gráfico da figura 4.7 mostra
o resultado para todos os métodos, assim como a tabela 4.6, cujos recalques para a
carga de trabalho estão em negrito. No gráfico há uma barra vertical indicando a carga
de trabalho da estaca. A figura 4.8 mostra a comparação dos métodos (pm) com o
recalque convencionado (pc) a fim de avaliar a margem de erro de +/- 20% adotada.
95
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
0,0
10,0
20,0
30,0
Recalque (mm)
40,0
60,0
70,0
80,0
Figura 4.7 - Resultados dos métodos de estimativa de recalque para a estaca ET-2
96
Tabela 4.6 – Recalque para a carga de trabalho convencionada (1275 kN) obtido por
cada método
Método 𝑝 (mm)
Poulos e Davis (1980) 16,5
Vésic (1969, 1975a) 23,3
Vésic “Modificado” (2008) 31,7
Décourt (1995) 2,6
Cintra et al. (2010) 11,7
Média 17,2
Desvio padrão 11,1
Coeficiente de variação 65%
4,20
4,00 3,87
3,80
3,60
3,40
3,20
3,00 2,85
2,80
2,60
Recalque (pm/pc)
2,40
2,20 2,01
2,00
1,80
1,60 1,43
1,40 +20%
1,20 1,00
1,00
0,80
0,60 -20%
0,40 0,31
0,20
0,00
Recalque medido Poulos & Davis Vésic Vésic Modificado Décourt Cintra et al.
2,6 mm, o único que ficou abaixo sendo 0,31 do recalque medido. Pode-se observar
que nenhum dos valores ficou dentro do limite de variação de ±20% (representado na
figura 4.8 pelas linhas horizontais).
B) Métodos computacionais
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
0,0
10,0
20,0
30,0
Recalque (mm)
40,0
Q trab = 1275 kN
50,0
60,0
70,0
80,0
Figura 4.9 - Resultados dos métodos de estimativa de recalque para a estaca ET-2 pelos métodos
computacionais
98
Tabela 4.7 – Recalque para a carga de trabalho convencionada (1275 kN) obtido por
cada método
Método 𝑝 (mm)
GEO5 – ESTACA 9,0
GEO5 – ESTACA VIA CPT 7,0
UniPile – Ratio 22,8
UniPile – Hiperbólica 21,2
UniPile – Exponencial 33,6
UniPile – Hansen 80% 22,4
UniPile – Zhang 21,8
Média 21,0
Desvio padrão 7,4
Coeficiente de variação 35%
4,40
4,20 4,10
4,00
3,80
3,60
3,40
3,20
3,00 2,79 2,74 2,67
2,80 2,59
Recalque (pm/pc)
2,60
2,40
2,20
2,00
1,80
1,60
1,40
1,20 1,10 +20%
1,00
1,00 0,86
0,80 -20%
0,60
0,40
0,20
0,00
Recalque GEO5 - GEO5 - UniPile - UniPile - UniPile - UniPile - UniPile -
medido ESTACA ESTACA VIA Ratio Hiperbólica Exponencial Hansen 80% Zhang
CPT
de Hansen – 80% resultou em um recalque de 22,4 mm, que é 2,74 vezes o recalque
medido; a função de Zhang resultou em um valor de 21,8 mm, que corresponde a 2,67
vezes o recalque medido. Pode-se observar que apenas os valores do programa
GEO5 ficaram dentro do limite de variação de +/- 20% (representado na figura 4.10
pelas linhas horizontais).
O resultado da retroanálise realizada com os métodos do programa UniPile
encontra-se na figura 4.11. Observa-se uma melhora do resultado em relação ao
calculado pelo software (figura 4.10), com todos os valores dentro do limite de variação
de +/- 20%.
1,40
+20%
1,20
0,80
-20%
0,60
0,40
0,20
0,00
Recalque medido UniPile - Ratio UniPile - UniPile - UniPile - Hansen UniPile - Zhang
Hiperbólica Exponencial 80%
Figura 4.11 – Resultados das funções do software UniPile utilizando as equações diretamente
A) Métodos analíticos
A tabela 4.8 mostra os parâmetros utilizados para esta estaca, assim com
as equações utilizadas para o cálculo de cada método. O gráfico da figura 4.12 mostra
o resultado para todos os métodos, assim como a tabela 4.9, cujos recalques para a
carga de trabalho estão em negrito. No gráfico há uma barra vertical indicando a carga
100
de trabalho da estaca. A figura 4.13 mostra a comparação dos métodos (pm) com o
recalque convencionado (pc) a fim de avaliar a margem de erro de +/- 20% adotada.
Carga (kN)
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800
0,0
10,0
20,0
Recalque (mm)
30,0
50,0
60,0
Figura 4.12 - Resultados dos métodos de estimativa de recalque para a estaca ET-3
101
Tabela 4.9 – Recalque para a carga de trabalho convencionada (850 kN) obtido por
cada método
Método 𝑝 (mm)
Poulos e Davis 14,3
Vésic 11,1
Vésic “Modificado” 17,3
Décourt 2,5
Cintra et al. 5,3
Média 10,1
Desvio padrão 6,1
Coeficiente de variação 61%
3,80
3,60 3,44
3,40
3,20
3,00 2,84
2,80
2,60
2,40 2,21
Recalque (pm/pc)
2,20
2,00
1,80
1,60
1,40
1,20 1,00 1,05
1,00 +20%
0,80
0,60 0,51
0,40
-20%
0,20
0,00
Recalque medido Poulos & Davis Vésic Vésic Modificado Décourt Cintra et al.
se observar o único valor que ficou dentro do limite de variação de +/- 20%
(representado na figura 4.13 pelas linhas horizontais) foi o de Cintra et al. (2010).
B) Métodos computacionais
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500
0,0
10,0
20,0
Recalque (mm)
30,0
40,0
60,0
70,0
Figura 4.14 - Resultados dos métodos de estimativa de recalque para a estaca ET-3 pelos métodos
computacionais
103
Tabela 4.10 – Recalque para a carga de trabalho convencionada (850 kN) obtido por
cada método
Método 𝑝 (mm)
GEO5 – ESTACA 5,2
GEO5 – ESTACA VIA CPT 13,1
UniPile – Ratio 11,7
UniPile – Hiperbólica 5,4
UniPile – Exponencial 17,7
UniPile – Hansen 80% 9,7
UniPile – Zhang 9,7
Média 10,3
Desvio padrão 4,4
Coeficiente de variação 42%
3,80
3,60 3,51
3,40
3,20
3,00
2,80 2,60
2,60
2,40 2,32
Recalque (pm/pc)
2,20
1,93 1,93
2,00
1,80
1,60
1,40 +20%
1,20 1,03 1,07
1,00
1,00
0,80
0,60 -20%
0,40
0,20
0,00
Recalque GEO5 - GEO5 - UniPile - UniPile - UniPile - UniPile - UniPile -
Medido ESTACA ESTACA VIA Ratio Hiperbólica Exponencial Hansen 80% Zhang
CPT
valor de 17,7 mm, que corresponde a 3,51 vezes o valor medido; a função de Hansen
– 80% e a função Zhang resultaram no mesmo valor de 9,7 mm, que é 1,93 vezes o
recalque medido; Pode-se observar que tanto o valor do programa ESTACA quanto o
da função Hiperbólica ficaram dentro do limite de variação de ±20% (representado na
figura 4.15 pelas linhas horizontais).
O resultado da retroanálise realizada com os métodos do programa UniPile
encontra-se na figura 4.16. Observa-se uma melhora do resultado em relação ao
calculado pelo software (figura 4.15), com todos os valores (exceto a função de
Hansen) dentro do limite de variação de +/-20%.
1,80
1,60 1,55
1,40
+20%
1,20
Recalque (pm/pc)
0,80
-20%
0,60
0,40
0,20
0,00
Recalque Medido UniPile - Ratio UniPile - UniPile - UniPile - Hansen UniPile - Zhang
Hiperbólica Exponencial 80%
Figura 4.16 – Resultados das funções do software UniPile utilizando as equações diretamente
A) Métodos analíticos
A tabela 4.11 mostra os parâmetros utilizados para esta estaca, assim com
as equações utilizadas para o cálculo de cada método. O gráfico da figura 4.17 mostra
o resultado para todos os métodos, assim como a tabela 4.12, cujos recalques para a
carga de trabalho estão em negrito. No gráfico há uma barra vertical indicando a carga
105
de trabalho da estaca. A figura 4.18 mostra a comparação dos métodos (pm) com o
recalque convencionado (pc) a fim de avaliar a margem de erro de +/- 20% adotada.
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
0,0
10,0
20,0
Recalque (mm)
30,0
40,0
Q trab = 1340 kN
50,0
60,0
Figura 4.17 - Resultados dos métodos de estimativa de recalque para a estaca ET-4
106
Tabela 4.12 – Recalque para a carga de trabalho convencionada (1340 kN) obtido
por cada método
Método 𝑝 (mm)
Poulos e Davis 20,3
Vésic 16,7
Vésic “Modificado” 25,0
Décourt 2,5
Cintra et al. 6,5
Média 14,2
Desvio padrão 9,4
Coeficiente de variação 66%
4,20
4,00 3,81
3,80
3,60
3,40
3,20 3,08
3,00
2,80
2,54
2,60
Recalque (pm/pc)
2,40
2,20
2,00
1,80
1,60
1,40
+20%
1,20 1,00 0,99
1,00
0,80
0,60 -20%
0,38
0,40
0,20
0,00
Recalque medido Poulos & Davis Vésic Vésic Modificado Décourt Cintra et al.
de Cintra et al. (2010) ficou dentro do limite de variação de +/- 20% (representado na
figura 4.17 pelas linhas horizontais).
B) Métodos computacionais
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
0,0
10,0
20,0
Recalque (mm)
30,0
40,0
50,0
Q trab = 1340 kN
60,0
70,0
Figura 4.19 - Resultados dos métodos de estimativa de recalque para a estaca ET-4 pelos métodos
computacionais
108
Tabela 4.13 – Recalque para a carga de trabalho convencionada (1340 kN) obtido
por cada método
Método 𝑝 (mm)
GEO5 – ESTACA 31,6
GEO5 – ESTACA VIA CPT 19,7
UniPile – Ratio 24,2
UniPile – Hiperbólica 12,4
UniPile – Exponencial 35,1
UniPile – Hansen 80% 20,3
UniPile – Zhang 19,5
Média 23,3
Desvio padrão 7,8
Coeficiente de variação 33%
5,80
5,60 5,34
5,40
5,20
5,00 4,81
4,80
4,60
4,40
4,20
4,00 3,68
3,80
3,60
Recalque (pm/pc)
3,40 3,09
3,20 3,00 2,97
3,00
2,80
2,60
2,40
2,20 1,89
2,00
1,80
1,60
1,40 +20%
1,20 1,00
1,00
0,80
0,60 -20%
0,40
0,20
0,00
Recalque GEO5 - GEO5 - UniPile - UniPile - UniPile - UniPile - UniPile -
medido ESTACA ESTACA VIA Ratio Hiperbólica Exponencial Hansen 80% Zhang
CPT
um valor de 35,1 mm, que corresponde a 5,34 vezes o valor medido; a função de
Hansen – 80% obteve o valor de 20,3 mm, que é 3,09 vezes o recalque medido; e a
função Zhang resultou no valor de 19,5 mm, que é 2,97 vezes o recalque medido.
Pode-se observar que nenhum valor ficou dentro do limite de variação de +/- 20%
(representado na figura 4.20 pelas linhas horizontais).
O resultado da retroanálise realizada com os métodos do programa UniPile
encontra-se na figura 4.21. Observa-se uma melhora do resultado em relação ao
calculado pelo software (figura 4.20), com todos os valores dentro do limite de variação
de +/- 20%.
1,40
+20%
1,20
1,09
1,07
1,00 1,02
1,00 0,94
0,91
Recalque (pm/pc)
0,80
-20%
0,60
0,40
0,20
0,00
Recalque medido UniPile - Ratio UniPile - UniPile - UniPile - Hansen UniPile - Zhang
Hiperbólica Exponencial 80%
Figura 4.21 – Resultados das funções do software UniPile utilizando as equações diretamente
A) Métodos analíticos
A tabela 4.14 mostra os parâmetros utilizados para esta estaca, assim com
as equações utilizadas para o cálculo de cada método. O gráfico da figura 4.22 mostra
o resultado para todos os métodos, assim como a tabela 4.15, cujos recalques para a
carga de trabalho estão em negrito. No gráfico há uma barra vertical indicando a carga
110
de trabalho da estaca. A figura 4.23 mostra a comparação dos métodos (pm) com o
recalque convencionado (pc) a fim de avaliar a margem de erro de +/- 20% adotada.
Carga (kN)
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
0,0
5,0
10,0
Recalque (mm)
15,0
20,0
Q trab = 730 kN
25,0
30,0
35,0
Figura 4.22 - Resultados dos métodos de estimativa de recalque para a estaca ET-5
111
Tabela 4.15 – Recalque para a carga de trabalho convencionada (730 kN) obtido por
cada método
Método 𝑝 (mm)
Poulos e Davis 10,4
Vésic 8,3
Vésic “Modificado” 13,2
Décourt 2,5
Cintra et al. 3,4
Média 7,6
Desvio padrão 4,5
Coeficiente de variação 60%
2,20
2,02
2,00
1,80
1,59
1,60
1,40
Recalque (pm/pc)
1,27
1,20
1,00 +20%
1,00
0,80
0,60 0,53
-20%
0,39
0,40
0,20
0,00
Recalque medido Poulos & Davis Vésic Vésic Modificado Décourt Cintra et al.
medido. Pode-se observar que nenhum dos valores ficou dentro do limite de variação
de +/- 20% (representado na figura 4.23 pelas linhas horizontais), apesar de o valor
de Vésic (1969, 1975a) estar próximo a essa margem.
B) Métodos computacionais
Carga (kN)
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800
0,0
10,0
20,0
Recalque (mm)
30,0
40,0
60,0
70,0
Figura 4.24 - Resultados dos métodos de estimativa de recalque para a estaca ET-5 pelos métodos
computacionais
113
Tabela 4.16 – Recalque para a carga de trabalho convencionada (730 kN) obtido por
cada método
Método 𝑝 (mm)
GEO5 – ESTACA 4,2
GEO5 – ESTACA VIA CPT 11,1
UniPile – Ratio 10,6
UniPile – Hiperbólica 6,5
UniPile – Exponencial 17,8
UniPile – Hansen 80% 7,2
UniPile – Zhang 7,7
Média 9,3
Desvio padrão 4,4
Coeficiente de variação 48%
3,00
2,80 2,72
2,60
2,40
2,20
2,00
Recalque (pm/pc)
1,80 1,70
1,63
1,60
1,40
1,17
1,20 1,11
1,00 1,00 +20%
1,00
0,80 0,64
0,60
0,40 -20%
0,20
0,00
Recalque GEO5 - GEO5 - UniPile - UniPile - UniPile - UniPile - UniPile -
medido ESTACA ESTACA VIA Ratio Hiperbólica Exponencial Hansen 80% Zhang
CPT
80% obteve o valor de 7,2 mm, que é 1,11 vez o recalque medido; e a função Zhang
resultou no valor de 7,7 mm, que é 1,17 vez o recalque medido. Pode-se observar que
três valores (funções Hiperbólica, Hansen 80% e Zhang) ficaram dentro do limite de
variação de ±20% (representado na figura 4.25 pelas linhas horizontais).
O resultado da retroanálise realizada com os métodos do programa UniPile
encontra-se na figura 4.21. Observa-se uma melhora do resultado em relação ao
calculado pelo software (figura 4.20), com todos os valores dentro do limite de variação
de +/- 20%.
1,40
+20%
1,20
1,07
1,03 1,03
1,00 0,98
1,00
Recalque (pm/pc)
0,80
-20%
0,66
0,60
0,40
0,20
0,00
Recalque medido UniPile - Ratio UniPile - UniPile - UniPile - Hansen UniPile - Zhang
Hiperbólica Exponencial 80%
Figura 4.26 – Resultados das funções do software UniPile utilizando as equações diretamente
2,0
1,8 1,6
1,6
1,4
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.27 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para o método de Poulos e Davis (1980)
Vésic (1969,1975a)
2,4 2,2
2,2
2,0 1,9
1,8
Recalque (pm/pc)
1,6
1,4 1,3
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.28 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para o método de Vésic (1969, 1975a)
116
Figura 4.29 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para o método de Vésic Modificado (2008)
Décourt (1995)
1,4
1,2 +20%
Recalque (pm/pc)
1,0
0,8 -20%
0,6 0,5 0,5
0,4
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.30 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para o método de Décourt (1995)
1,2 +20%
1,1
1,0
Recalque (pm/pc)
1,0
0,8 -20%
0,6 0,5
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.31 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para o método de Cintra et. al (2010)
117
Tabela 4.17 - Média, desvio padrão e coeficiente de variação para cada método
Média (mm) 𝜎 (mm) CV (%)
Poulos e Davis (1980) 11,6 2,3 20
Vésic (1969, 1975a) 9,6 1,4 15
Vésic Modificado (2008) 15,3 2,0 13
Décourt (1995) 2,5 0,0 1
Cintra et al. (2010) 4,5 1,0 21
2,5 2,0
2,0
1,5
+20%
1,0 -20%
0,5
0,0
ET-2 ET-4
118
Figura 4.32 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para o método de Poulos e Davis (1980)
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.33 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para o método de Vésic (1969, 1975a)
2,8
2,6
2,4
2,2
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.34 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para o método de Vésic Modificado (2008)
119
Décourt (1995)
1,4
1,2 +20%
1,0
Recalque (pm/pc)
0,8 -20%
0,6
0,4
0,4 0,3
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.35 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para o método de Décourt (1995)
1,0
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.36 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para o método de Cintra et. al (2010)
Tabela 4.18 - Média, desvio padrão e coeficiente de variação para cada método
Média (mm) 𝜎 (mm) CV (%)
Poulos e Davis (1980) 18,4 2,7 15
Vésic (1969, 1975a) 20,0 4,7 23
Vésic Modificado (2008) 28,4 4,7 17
Décourt (1995) 2,5 0,1 2
Cintra et al. (2010) 9,1 3,7 40
GEO5 - ESTACA
1,4
1,2 +20%
1,0
1,0
Recalque (pm/pc)
0,8 -20%
0,8
0,6
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.37 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para o programa ESTACA
121
Figura 4.38 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para o programa ESTACA VIA CPT
UniPile - Ratio
2,6
2,3 2,3
2,4
2,2
2,0
1,8
Recalque (pm/pc)
1,6
1,6
1,4
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.39 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para a função de Gwizdala (Gwizdala,
1996; Fellenius, 1999)
122
UniPile - Hiperbólica
1,6
1,4
1,4
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.40 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para a função Hiperbólica de Chin-Kondner
(1963, 1970, 1971)
UniPile - Exponencial
3,8 3,5
3,6
3,4
3,2
3,0 2,7 2,7
2,8
2,6
Recalque (pm/pc)
2,4
2,2
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.41 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para a função Exponencial de Van der
Veen (1953)
123
Figura 4.42 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para a função de Hansen – critério de 80%
(1963)
UniPile - Zhang
2,2
1,9
2,0
1,8
1,6 1,5
Recalque (pm/pc)
1,4
1,2
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.43 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para a função de Zhang (2012)
Tabela 4.19 - Média, desvio padrão e coeficiente de variação para cada método
Média (mm) 𝜎 (mm) CV (%)
ESTACA 4,4 0,7 15
ESTACA VIA CPT 11,6 1,3 11
UniPile Ratio 11,4 0,7 6
UniPile Hiperbólica 6,4 1,0 15
UniPile Exponencial 16,5 2,2 13
UniPile Hansen 80% 8,5 1,3 15
UniPile Zhang 8,3 1,2 15
GEO5 - ESTACA
4,2
4,0 3,9
3,8
3,6
3,4
3,2
3,0
Recalque (pm/pc)
2,8
2,6
2,4
2,2
2,0
1,8
1,6
1,4 1,1
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
125
Figura 4.44 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para o programa ESTACA
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2 +20%
1,0 0,9
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.45 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para o programa ESTACA VIA CPT
UniPile - Ratio
4,0 3,7
3,8
3,6
3,4
3,2
3,0 2,8
Recalque (pm/pc)
2,8
2,6
2,4
2,2
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.46 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para a função de Gwizdala (Gwizdala, 1996;
Fellenius, 1999)
126
UniPile - Hiperbólica
2,8 2,6
2,6
2,4
2,2
Recalque (pm/pc)
2,0 1,9
1,8
1,6
1,4
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.47 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para a função Hiperbólica de Chin-Kondner
(1963, 1970, 1971)
UniPile - Exponencial
5,6 5,3
5,2
4,8
4,4 4,1
Recalque (pm/pc)
4,0
3,6
3,2
2,8
2,4
2,0
1,6
1,2 +20%
0,8 -20%
0,4
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.48 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para a função Exponencial de Van der Veen
(1953)
2,4
2,2
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.49 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para a função de Hansen – critério 80% (1963)
127
UniPile - Zhang
3,2 3,0
3,0 2,7
2,8
2,6
2,4
Recalque (pm/pc) 2,2
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2 +20%
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.50 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para a função de Zhang (2012)
Tabela 4.20 - Média, desvio padrão e coeficiente de variação para cada método
Média (mm) 𝜎 (mm) CV (%)
ESTACA 20,3 16,0 79
ESTACA VIA CPT 13,4 9,0 67
UniPile Ratio 23,5 1,0 4
UniPile Hiperbólica 16,8 6,2 37
UniPile Exponencial 34,4 1,1 3
UniPile Hansen 80% 21,4 1,5 7
UniPile Zhang 20,7 1,6 8
UniPile - Ratio
1,4
1,2 +20%
1,0 1,0 1,0
1,0
Recalque (pm/pc)
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.51 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para a função de Gwizdala (Gwizdala,
1996; Fellenius, 1999)
UniPile - Hiperbólica
1,4
1,2 1,0 +20%
1,0
Recalque (pm/pc)
1,0
0,8 0,6 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.52 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para a função Hiperbólica de Chin-Kondner
(1963, 1970, 1971)
129
UniPile - Exponencial
1,4
1,2 1,1 +20%
1,0 1,0
Recalque (pm/pc)
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.53 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para a função Exponencial de Van der
Veen (1953)
Figura 4.54 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para a função de Hansen – critério de 80%
(1963)
130
UniPile - Zhang
1,6 1,5
1,4
1,0 0,9
0,8 -20%
0,7
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-1 ET-3 ET-5
Figura 4.55 - Comparação das estacas ET-1, ET-3 e ET-5 para a função de Zhang (2012)
Tabela 4.21 - Média, desvio padrão e coeficiente de variação para cada método
Média (mm) Desvio padrão (mm) CV (%)
UniPile Ratio 5,7 0,9 15
UniPile Hiperbólica 4,9 1,6 33
UniPile Exponencial 5,7 1,1 20
UniPile Hansen 80% 5,8 2,6 46
UniPile Zhang 5,4 1,8 33
UniPile - Ratio
1,4
1,0
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.56 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para a função de Gwizdala (Gwizdala, 1996;
Fellenius, 1999)
UniPile - Hiperbólica
1,4
1,2 +20%
1,0 1,0
1,0
Recalque (pm/pc)
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.57 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para a função Hiperbólica de Chin-Kondner
(1963, 1970, 1971)
132
UniPile - Exponencial
1,4
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.58 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para a função Exponencial de Van der Veen
(1953)
1,2 +20%
1,0 0,9
Recalque (pm/pc)
0,9
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.59 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para a função de Hansen – critério 80% (1963)
UniPile - Zhang
1,4
1,2 +20%
1,0
Recalque (pm/pc)
1,0 0,9
0,8 -20%
0,6
0,4
0,2
0,0
ET-2 ET-4
Figura 4.60 - Comparação das estacas ET-2 e ET-4 para a função de Zhang (2012)
133
Tabela 4.22 - Média, desvio padrão e coeficiente de variação para cada método
Média (mm) 𝜎 (mm) CV (%)
UniPile Ratio 7,7 0,9 12
UniPile Hiperbólica 7,4 0,9 13
UniPile Exponencial 7,6 0,6 8
UniPile Hansen 80% 6,7 0,7 11
UniPile Zhang 7,2 1,6 23
5 CONCLUSÕES
pela função Hiperbólica para as estacas ET-3 e ET-5 e pelas funções de Hansen 80%
e de Zhang para a estaca ET-5.
Por outro lado, ao utilizar a retroanálise das funções, sem passar pelo
programa, foram obtidos ótimos resultados, com a maioria dentro do limite de +/- 20%.
Exceções foram as funções Hiperbólica e de Hansen para a estaca ET-1 e de Zhang
para a estaca ET-5. Isso mostra a importância de se realizar provas de carga em uma
amostra de estacas da obra, podendo assim realizar uma retroanálise e obter um valor
mais preciso de recalque para o restante das estacas.
O intervalo limite de +/-20% também deve ser repensado. Quando se
trabalha com recalque, os valores são muito pequenos, medidos em milímetros, o que
torna essa variação muito pequena em números absolutos. Nesse caso, um valor
maior de intervalo, de +/-50% por exemplo, seria mais indicado.
Vale lembrar que essa avaliação cabe para estas microestacas tipo Incopile
em solo de Diabásio. Outro fator que influenciou nos resultados obtidos foi o fato de
que as estacas não tinham o mesmo comprimento, sendo três estacas em torno de
17m e duas em torno de 21m, o que dificulta a comparação dos recalques.
Outra conclusão desse trabalho é que os métodos têm suas limitações no
que diz respeito à interpretação de interação estaca-solo, de difícil descrição nestes
métodos. Portanto, estes devem ser utilizados com cautela ao estimar recalques de
microestacas tipo Incopile em solo de Diabásio. Por último, vale lembrar que os
resultados obtidos aqui são válidos para as condições deste estudo, apenas.
136
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT. NBR 12131: Prova de carga estática método de ensaio. Rio de Janeiro:
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2006.
ABNT. NBR 16903: Solo - Prova de carga estática em Fundação Profunda. Rio de
Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2020.
CINTRA, J. C. A.; AOKI, N.; TSUHA C. H. C.; GIACHETI H. L. Fundações por estacas.
Capítulo 3: Recalques. São Paulo: Oficina de textos, 2010, p.53-66
NIYAMA, S.; AOKI, N.; CHAMECKI, P. R. Fundações - Teoria e Prática. Capítulo 20:
Verificação de desempenho, Item 20.2.2: Provas de carga estáticas. Fundações:
teoria e prática. 2ª ed. São Paulo: Editora Pini, 1998, p.726-739