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Geografía y Sistemas de Información Geográfica (GEOSIG).

Revista digital del Programa de Docencia e Investigación en


Sistemas de Información Geográfica (PRODISIG). Universidad
Nacional de Luján, Argentina.

http://www.revistageosig.wixsite.com/geosig (ISSN 1852-8031)

Luján, Año 13, Número 20, 2021, Sección I: Artículos. pp. 1-21

CARACTERÍSTICAS DA PAISAGEM E DINÂMICA DE


DESMATAMENTO NA MICROBACIA DO RIO DEUSDEDIT,
AMAZÔNIA OCIDENTAL, BRASIL

André Felipe Silva1 – Karoline Ruiz Ferreira2 – Wanderson Cleiton Schmidt


Cavalheiro1 – Ariane Cristine Rebelo Lima2 – Karen Janones da Rocha3 –
Eduardo Candido Franco Rosell3 – Jhony Vendruscolo4
1
Cavalheiro Engenharia Rural e Empresarial Ltda.
2
Ação Ecológica do Guaporé
3
Universidade Federal de Rondônia
4
Universidade Federal do Amazonas
E-mail: jhonyvendruscolo@gmail.com

RESUMO

A gestão dos recursos hídricos é essencial para a manutenção do ecossistema na região


amazônica, e pode ser realizada de forma eficaz se considerar as características da
paisagem. O objetivo deste trabalho é caracterizar a paisagem da microbacia do rio
Deusdedit, Amazônia Ocidental, Brasil. Foram utilizadas imagens dos satélites Alos
(Sensor Palsar), Landsat 5 (1988, 1998 e 2008) e Landsat 8 (2018) e os softwares QGIS
2.10.1 (Pisa) e Google Earth. A microbacia Deusdedit detém uma área de 189,82 km 2,
perímetro de 82,26 km, forma alongada, não sujeita a enchentes, altitude média de 421
m, predomínio dos relevos suave ondulado e ondulado, rede de drenagem de 355,14 km,
padrão dendrítico de quinta ordem, média densidade de drenagem, baixa densidade de
nascentes, coeficiente de manutenção de 534,5 m2 m-1, canal principal sinuoso e tempo
de concentração de 11,55 h. O desflorestamento foi crescente na microbacia no período
de 1988 a 2018, e na zona ripária de 1988 a 2008. As características da paisagem
confirmam o potencial agrícola da região, contudo, é necessário a adoção de práticas de
manejo conservacionista e recuperação florestal, principalmente na zona ripária, para
conciliar a produção com a conservação dos recursos hídricos.

Palavras-chave: Sistema de Informação Geográfica, sensoriamento remoto,


antropização, gestão dos recursos hídricos, planejamento ambiental.
ABSTRACT

The management of water resources is essential for the maintenance of the ecosystem in
the Amazon region, and can be carried out effectively considering the characteristics of
the landscape. The objective of this work is to characterize the landscape of the Deusdedit
River microbasin, Western Amazon, Brazil. We used images from the Alos (Sensor
Palsar), Landsat 5 (1988, 1998 and 2008) and Landsat 8 (2018) satellites, and the QGIS
2.10.1 (Pisa) and Google Earth software. The Deusdedit microbasin has area of 189.82
km2, a perimeter of 82.26 km, elongated shape, not subject to flooding, average altitude
of 421 m, predominance of smooth wavy and wavy reliefs, drainage network of 355.14
km, dendritic pattern, 5th drain order, medium drainage density, low spring density,
maintenance coefficient of 534.5 m2 m-1, meandering main channel and concentration
time of 11.55 h. Deforestation was increasing in the microbasin from 1988 to 2018, and
in the riparian zone from 1988 to 2008. The characteristics of the landscape confirm the
agricultural potential of the region, however, it is necessary to adopt conservation
management practices and forest recovery, especially in riparian zone, to reconcile
production with the conservation of water resources.

Keywords: Geographic Information System, remote sensing, Anthropic impact, water


resources management, environmental planning.

INTRODUÇÃO

A floresta amazônica sempre foi símbolo de riquezas naturais, principalmente por seus
recursos hídricos, os quais formam a maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia do Rio
Amazonas (Pedlowski, Dale e Matricardi, 1999; Lorenzon, 2011). Apesar da abundância
dos recursos hídricos, o desmatamento desordenado nas últimas décadas tem ocasionado
passivos ambientais que podem comprometer a quantidade e a qualidade da água
(Tambosi et al., 2015). Logo, é necessário o conhecimento das características da paisagem
e o entendimento da dinâmica de cobertura para auxiliar no planejamento e gestão
adequada dos recursos hídricos.

Em Rondônia, o fluxo migratório se intensificou a partir de 1970. A intensificação gerou


conflitos entre os ocupantes e a necessidade de intervenção do Governo Federal através
do INCRA, por meio de projetos de Assentamentos (Cunha e Moser, 2010). No período
de 1977 a 1982, aproximadamente 230 mil migrantes chegaram ao estado de Rondônia,
incentivados por campanhas publicitárias dos Governos Federal e Estadual a respeito de
promessas de terras fartas, baratas e férteis para as lavouras (Cim, 2003).

Os projetos de assentamento favoreceram a conversão de floresta nativa em outros usos


do solo, como cultivos anuais, e posteriormente, pastagens para desenvolver a pecuária
bovina (Oliveira et al., 2009). Essas atividades são importantes do ponto de vista
econômico, contudo, segundo Tambosi et al. (2015), também é necessário manter o
componente florestal em algumas posições do relevo, para possibilitar a manutenção das
funções eco-hidrológicas, como o abastecimento do lençol freático, retenção de
sedimentos e poluentes, e a contenção de processos erosivos. Portanto, é de extrema
importância conhecer as características da paisagem para guiar os processos de ocupações
e mitigar impactos causados pela ocupação desordenada, principalmente nos recursos
hídricos.
A conservação dos recursos hídricos é realizada utilizando a bacia hidrográfica como
unidade de gestão, uma vez que é a unidade territorial para implementação da Política
Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos (Brasil, 1997). No estado de Rondônia, as áreas que bacias
hidrográficas ocupam variam de 4.792,25 à 65.908,32 km2, e devido esta dimensão, são
fragmentadas em sub-bacias (SEDAM, 2002), e estas em microbacias, para facilitar o
detalhamento da paisagem e aumentar a eficácia de gestão dos recursos hídricos
(Cavalheiro e Vendruscolo, 2019). Dentre as microbacias localizadas no estado de
Rondônia, destaca-se a microbacia Deusdedit que possui grande importância ambiental e
social, e consequentemente econômica. Esta microbacia está inserida em uma área de
proteção da biota aquática, fauna ictiológica, flora aquática e do equilíbrio ecológico
(Rondônia, 2011) e abrange 96 propriedades rurais (INCRA, 2020). Contudo, ainda não
há informações das características da paisagem da microbacia Deusdedit para auxiliar no
planejamento do seu uso e conservação.

As características da paisagem na microbacia estão associadas aos parâmetros


geométricos, topográficos, hidrográficos e cobertura do solo (Santos et al., 2019; Silva et
al., 2019; Vendruscolo et al., 2019). Estas informações podem ser obtidas com o uso de
geotecnologias, ao permitir estudos remotos com grande riqueza de detalhes, baixo custo
financeiro, e tempo relativamente curto (Vendruscolo et al., 2019). Em face ao exposto,
o presente trabalho tem como objetivo realizar a caracterização da paisagem e avaliar a
dinâmica de desmatamento (1988 a 2018) na microbacia e na zona ripária do rio
Deusdedit, Amazônia Ocidental, Brasil.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado na microbacia do rio Deusdedit, situada nos municípios de Santa
Luzia D’Oeste (91,71%) e Parecis (8,29%). A região dispõe de solos classificados como
Latossolo Vermelho (85,49%) e Latossolo Vermelho-Amarelo (27,58%) (SEDAM,
2002), clima do tipo Monção (Alvares et al., 2013), precipitação anual entre 1.564,5 e
1.728,9 mm (Franca, 2015), e temperatura média entre 24 e 26ºC (SEDAM, 2010).
Figura 1. Localização da microbacia do rio Deusdedit, Amazônia Ocidental, Brasil.

Fonte: Elaboração própria.

Características morfométricas

As características morfométricas foram classificadas em três categorias (geométrica,


topográfica e hidrográfica), e analisadas em três etapas (Figura 2).

Figura 2. Etapas para a caracterização hidrogeomorfométrica da


microbacia do rio Deusdedit.

Fonte: Elaboração própria.


1º Etapa: Características geométricas

Os parâmetros de área e perímetro foram obtidos em dois passos. No primeiro, foi


utilizado a imagem altimétrica do satélite Alos (Sensor Palsar) (ASF, 2017), com
resolução de 12,5 m, o complemento Terrain Analysis Using Digital Elevation Models
(TauDEM) e o software QGIS 2.10.1 (versão Pisa) (QGIS Development Team, 2015),
para delimitação da área. No segundo, foi utilizado o software Google Earth para o ajuste
da área, levando-se em consideração os sulcos naturais do terreno, e a mensuração dos
parâmetros.

Os parâmetros fator de forma, coeficiente de compacidade e índice de circularidade,


utilizados para avaliar o nível de suscetibilidade de enchentes na microbacia, foram
calculados com as equações 1, 2 (Villela e Mattos, 1975) e 3 (Santos et al., 2012),
respectivamente.

𝐴 (Equação 1)
𝐹=
𝐿2

Onde: F = fator de forma; A = área da microbacia (km2); L = comprimento do eixo da


microbacia (km).

𝑃 (Equação 2)
𝐾𝑐 = 0,28 𝑥
√𝐴

Onde: Kc = coeficiente de compacidade; A = área da microbacia (km2); P = perímetro da


microbacia (km).

12,57 𝑥 𝐴 (Equação 3)
𝐼𝑐 =
𝑃2

Onde: Ic = índice de circularidade; A = área da microbacia (km2); P = perímetro da


microbacia (km).

2º Etapa: Características topográficas

As altitudes mínima e máxima foram obtidas diretamente das imagens do satélite Alos.
A mensuração da altitude média foi realizada com a ferramenta “Estatística por zona”, no
software QGIS. A caracterização do relevo foi realizada com a ferramenta “Modelo
digital de elevação”.

3º Etapa: Características hidrográficas

A rede hidrográfica foi editada manualmente no software Google Earth. Em seguida,


realizou-se a classificação visual do padrão de drenagem, por meio da comparação da
distribuição espacial dos principais padrões descritos por Parvis (1950).

A ordem dos cursos d’água foi classificada utilizando a ferramenta “Strahler”, do


software QGIS. Nesta ferramenta, os canais de segunda ordem são originados do encontro
de dois canais de primeira ordem, e os canais de terceira ordem originam-se do encontro
de dois canais de segunda ordem, e assim sucessivamente (Strahler, 1957).
Os parâmetros densidade de nascentes, densidade de drenagem, coeficiente de
manutenção, índice de sinuosidade e tempo de concentração, foram mensurados pelas
equações 4 (Machado e Souza, 2005), 5 (Horton, 1932), 6 (Santos et al., 2012), 7 (Villela
e Mattos, 1975), e 8 (Kirpich, 1940, apud Targa et al., 2012).

𝑁 (Equação 4)
𝐷𝑛 =
𝐴

Onde: Dn = densidade de nascentes (nascentes km-2); N = número de nascentes; A = área


da microbacia (km2).

𝐿 (Equação 5)
𝐷𝑑 =
𝐴

Onde: Dd = densidade de drenagem (km km-2); L = comprimento da rede de drenagem


(km); A = área da microbacia (km2).

1 (Equação 6)
𝐶𝑚 = 𝑥 1000
𝐷𝑑

Onde: Cm = coeficiente e manutenção (m2 m-1); Dd = densidade de drenagem (km km-2).

𝐿−𝐷𝑣 (Equação 7)
𝐼𝑠 = 𝑥 100
𝐿

Onde: Is = índice de sinuosidade (%); L = comprimento do canal principal (km); Dv =


distância vetorial do canal principal (km).

3 0,385 (Equação 8)
𝑇𝑐 = 57 𝑥 (𝐿 )
𝐻

Onde: Tc = tempo de concentração (minutos); L = comprimento do talvegue principal


(km); H = desnível entre a parte mais elevada e a seção de controle (m).

Classificação dos parâmetros geométricos, topográficos e hidrográficos

Os valores dos parâmetros coeficiente de compacidade, fator de forma, índice de


circularidade, ordem dos cursos d’água, densidade de nascentes, densidade de drenagem,
índice de sinuosidade e relevo, foram classificados conforme a literatura (Tabela 1).

Tabela 1. Valores de referência para classificação de parâmetros geométrico,


topográficos e hidrográficos.
Parâmetro Unidade Limite Classe
1,00 – 1,25 Alta propensão a enchentes
Coeficiente de
- 1,26 – 1,50 Tendência média a enchentes
compacidade1
> 1,50 Não sujeito a enchentes
< 0,50 Não sujeito a enchentes
Fator de forma1 - 0,50 – 0,75 Tendência média a enchentes
0,76 – 1,00 Sujeito a enchentes
< 0,51 Forma alongada
Índice de
- 0,51 – 0,75 Forma intermediária
circularidade2
0,76 – 1,00 Forma circular
1 Improvável habitat de peixes
Ordem dos 2 Baixas condições para habitação
-
cursos d’água3 3 Moderadas condições para habitação
≥4 Elevadas condições para habitação
<3 Baixa
Densidade de 3–7 Média
Nascentes km-2
nascentes4 7 – 15 Alta
> 15 Muito alta
< 0,50 Baixa
Densidade de 0,50 – 2,00 Média
km km-2
drenagem5 2,01 – 3,50 Alta
> 3,50 Muito alta
< 20 Muito reto
20-29 Reto
Índice de
% 30-39 Divagante
sinuosidade6
40 – 50 Sinuoso
> 50 Muito sinuoso
0–3 Plano
3–8 Suave ondulado
Relevo7 % 8 – 20 Ondulado
20 – 45 Forte ondulado
45 – 75 Montanhoso
Fontes: 1 Lima Júnior et al. (2012); 2 Silva (2012); 3 Adaptado de Fairfull & Witheridge (2003); 4 Lollo
(1995); 5 Beltrame (1994); 6 Romero, Formiga e Marcuzzo (2017); 7 Santos et al. (2013).

Dinâmica de desmatamento na microbacia e na zona ripária

A dinâmica de desmatamento foi analisada com base nos anos de 1988, 1998, 2008 e
2018. As imagens foram registradas pelos satélites Landsat 5 e Landsat 8 (USGS, 2018),
entre os meses de junho e agosto, devido a menor incidência de nuvens (Tabela 2).

Tabela 2. Características das imagens dos satélites Landsat 5 e Landsat 8, utilizadas para
elaboração do índice de desmatamento na microbacia do rio Deusdedit, Amazônia
Ocidental, Brasil
Resolução
Órbita
Ano Satélite Sensor Banda Espectral Espacial Radiométrica Temporal
/Ponto
(µm) (m) (bits) (dias)
198
8
3 0,63-0,69
199 Landsat 230/68
TM 4 0,76-0,90 30 8 16 231/68
8 5
5 1,55-1,75
200
8
4 0,64-0,67
201 Landsat 230/68
OLI 5 0,85-0,88 30 16 16 231/68
8 8
6 1,57-1,65
Em que: TM - Thematic Mapper; OLI - Operational Land Imager.

Para o geoprocessamento, mediante o software QGIS, o método de Índice de Vegetação


por Diferença Normalizada (NDVI) foi determinado pela equação 9 com auxílio da
ferramenta “Calculadora raster”. Para cada imagem de NDVI, foram coletados os valores
de 10 pixels para cada tipo de cobertura. Em seguida, estas imagens foram fragmentadas
em classes (floresta nativa, área antropizada e água) com a ferramenta “Slicer”,
convertidas no formato vetorial com a ferramenta “Poligonizar”, classificadas com a
ferramenta “Estilo graduado” e comparadas com a imagem falsa cor (R5G4B3 para o
Landsat 5, e R6G5B4 para o Landsat 8). Após a comparação, foram realizados ajustes
manuais na tabela de atributos, quando necessário.

𝐼𝑃−𝑉 (Equação 9)
𝑁𝐷𝑉𝐼 =
𝐼𝑃+𝑉

Onde: IP = Infravermelho Próximo (B4 = Landsat 5; B5 = Landsat 8); V = vermelho (B3


= Landsat 5; B4 = Landsat 8).

Para a análise da dinâmica de desmatamento na zona ripária foi considerado 50 m de raio


nas nascentes e uma faixa de 30 m de cada lado dos rios, conforme o estabelecido pela
Lei n° 4.771 de 1965 (Brasil, 1965). Esta Lei dispõe sobre a Proteção da Vegetação Nativa
do Território Brasileiro, e foi utilizada porque a Lei atual, n° 12.651 de 2012 (Brasil,
2012), permite a redução das zonas ripárias em áreas consolidadas até 22 de julho de
2008, comprometendo a conservação dos recursos hídricos (Tambosi et al., 2015).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Características geométricas

A microbacia do rio Deusdedit detém área de 189,82 km2, perímetro de 82,26 km, fator
de forma de 0,30, índice de circularidade de 0,35 e coeficiente de compacidade de 1,67.
Estas características geométricas indicam que a microbacia possui formato alongado e
não é suscetível a enchentes, se considerar condições normais de precipitação e cobertura
vegetal nativa. Resultados semelhantes foram observados em outras microbacias da
região, como por exemplo, as microbacias dos rios D’Alincourt (Silva et al., 2019),
Tinguí (Santos et al., 2019) e Manicoré (Vendruscolo et al., 2019).

Características topográficas

A microbacia do rio Deusdedit tem altitude mínima de 369 m, média de 421 m e máxima
de 481 m (Figura 3). A altitude influencia na temperatura, sendo observado a redução de
1°C a cada 126 m de ascensão vertical (Fritzsons, Mantovani e Aguiar, 2008), portanto,
não deve haver grandes variações de temperatura em função da baixa amplitude
altimétrica da microbacia.

A declividade da paisagem varia de relevo plano a montanhoso, com predominância das


classes de relevo suave ondulado (92,01 km2) e ondulado (63,41 km2) (Figura 4).
Resultados semelhantes foram verificados nas microbacias dos rios Tinguí (Santos et al.,
2019), São Jorge (Pacheco et al., 2020) e Enganado (Moreto et al., 2019). De acordo com
Feltran Filho e Lima (2007), a declividade do relevo está relacionada diretamente com a
velocidade de escoamento superficial, ou seja, quanto menor a declividade menor a
velocidade do escoamento.

A microbacia do rio Deusdedit tem 92,46% da área com declividades entre 0 e 15%,
considerada extremamente apta a mecanização, de acordo com a classificação de Höfig e
Araujo-Junior (2015) para cultivos de cafeeiro, e com baixa influencia a propagação de
incêndios, como descrito por Ribeiro et al. (2008). Em relação a aptidão à mecanização,
é importante o planejamento de uso adequado dos recursos naturais para evitar a
degradação dos recursos hídricos, uma vez que estudos têm constatado que em outras
microbacias do estado de Rondônia é crescente ao longo dos anos a conversão de florestas
nativas para áreas antropizadas (Silva et al., 2019; Vendruscolo et al., 2019).

Figura 3. Altitude da microbacia do rio Deusdedit, Amazônia Ocidental, Brasil.

Fonte: Elaboração própria.


Figura 4. Relevo da microbacia do rio Deusdedit, Amazônia Ocidental, Brasil.

Fonte: Elaboração própria.

Características hidrográficas

A rede hidrográfica possui 355,14 km e padrão dendrítico de quinta ordem (Figura 5). O
padrão dendrítico assemelha-se a uma árvore com ramificação equilibrada entre canais
de tamanhos diferentes (Parvis, 1950), e desenvolvem-se quando existem poucas
restrições topográficas, litológicas e tectônicas (Mejía & Niemann, 2008). A 5ª ordem
favorece as condições de habitação para a fauna aquática, permitindo a existência de
ecossistemas complexos. A microbacia do rio Deusdedit é considerada berçário natural
para proteção da fauna aquática, estabelecido pela Lei n° 2.506, de 06 de julho de 2011
(Rondônia, 2011), por estar inserida na sub-bacia do rio Branco.
Figura 5. Rede e ordem de drenagem da microbacia do rio Deusdedit,
Amazônia Ocidental, Brasil.

Fonte: Elaboração própria.

A densidade de nascentes é de 2,39 nascentes km -2 (Figura 6), classificada como baixa,


já a densidade de drenagem é considerada média, com valor de 1,87 km km-2 (Tabela 1).
O primeiro parâmetro está relacionado a capacidade de formação de novos cursos d’água
(Christofoletti, 1969), enquanto o segundo tende a aumentar conforme se reduz a
permeabilidade do substrato e se eleva a declividade (Silva, Melo e Corrêa, 2009). Logo,
a região de estudo possui baixa capacidade de formação de novos cursos d’água,
substratos rochosos com permeabilidade média e predominância de declividade média.
Figura 6. Distribuição espacial das nascentes na microbacia do rio Deusdedit,
Amazônia Ocidental, Brasil.

Fonte: Elaboração própria.

O coeficiente de manutenção de 534,5 m2 m-1, é considerado baixo quando comparado ao


coeficiente da microbacia Santa Teresinha, 2.439,02 m2 m-1 (Soares et al., 2019), e alto
em relação a microbacia do rio Enganado, 347,22 m2 m-1 (Moreto et al., 2019). Este
coeficiente indica menor eficiência para manutenção dos recursos hídricos, havendo a
necessidade de um planejamento mais rigoroso para a sua conservação, como a adoção
de práticas de manejo conservacionista para se evitar a compactação do solo e erosão dos
barrancos próximos aos cursos d’água e nascentes.

A microbacia do rio Deusdedit tem 39,12 km de canal principal, índice de sinuosidade de


44,61%, classificado como sinuoso e tempo de concentração de 11,55 h. A sinuosidade
da microbacia em estudo difere das microbacias dos rios São Jorge (Pacheco et al., 2020)
e Santa Teresinha (Soares et al., 2019), que possuem índice de sinuosidade reto, e da
microbacia do rio Enganado, que é classificado como divagante (Moreto et al., 2019).
Dinâmica de desmatamento na microbacia e zona ripária, no período de 1988 a 2018

No período de 1988 a 2018 (30 anos) ocorreu uma redução de 71,09 km2 de floresta nativa
e aumento de 70,01 km2 de área antropizada na microbacia Deusdedit (Figura 7). O
espelho d’água ocupava 0,001% da área da microbacia em 1988 e passou a ocupar 0,57%
(1,08 km2) em 2018. O acréscimo no espelho d’água pode estar relacionado ao incentivo
da piscicultura, formação de tanques de dessedentação de animais, sendo possível
também do resultado do desmatamento, que possibilita a identificação de corpos de água
pelos sensores dos satélites.

Figura 7. Dinâmica de desmatamento do período de 1988 a 2018 na microbacia do rio


Deusdedit, Amazônia Ocidental, Brasil.

Fonte: Elaboração própria.


A principal causa do desmatamento em Rondônia é a atividade pecuária (Oliveira et al.,
2009). De fato, Cavalheiro et al. (2015) observaram que grande parte das áreas
desmatadas na Zona da Mata Rondoniense, região onde a microbacia Deusdedit está
localizada, foram para implantação da pecuária. Os resultados verificados para
microbacia em estudo assemelham-se a realidade de outras microbacias do estado, que
vivenciam constantemente o aumento de áreas antropizadas e redução das florestas
nativas, a exemplo das microbacias dos rios Tinguí (Santos et al, 2019), Bamburro
(Vendruscolo et al., 2017) e D’ Alincourt (Silva et al., 2019).

Além da atividade pecuária, na microbacia do rio Deusdedit há cultivos agrícolas, como


café e soja (Figura 8). Este cenário de avanço dos sistemas agropecuários sobre a
vegetação nativa torna-se preocupante, tendo em vista que as florestas desempenham
importantes funções eco-hidrológicas em diferentes posições do relevo (Tambosi et al.,
2015), como a recarga do lençol freático no topo dos morros, contenção de processos
erosivos nas encostas e retenção de sedimentos e poluentes nas zonas ripárias. Portanto,
as áreas com florestas nativas são essenciais para o desenvolvimento econômico das
propriedades rurais, uma vez que a escassez de água compromete toda a cadeia produtiva,
risco esse eminente caso não estabeleçam boas práticas conservacionistas de uso na
produção agropecuária em consonância com a recuperação e proteção das áreas de
preservação permanente.

Figura 8: Áreas antropizadas na microbacia do rio Deusdedit.


A) cultivo de café; B) cultivo de soja.

Fonte: Google Earth Pro, 2020.

O desmatamento na zona ripária foi crescente durante o período de 20 anos (1988-2008),


com redução de 5,28 km2 de floresta nativa e aumento de 5,4 km2 de área antropizada.
No entanto, no período de 10 anos (2008-2018), ocorreu um pequeno aumento de floresta
nativa de 12,28 para 12,43 km2 e, consequentemente, a redução de área antropizada de
10,15 para 9,7 km2 (Figura 9). Esse acréscimo, aproximadamente 0,15 km2, pode estar
relacionado com a recomposição de vegetação nativa em Áreas de Preservação
Permanente designada pela Lei n° 12.651 de 25 de maio de 2012 (Brasil, 2012).
Figura 9. Dinâmica de desmatamento do período de 1988 a 2018 na zona ripária da
microbacia do rio Deusdedit, Amazônia Ocidental, Brasil.

Fonte: Elaboração própria.

Em outras microbacias do estado também foi observado desmatamento crescente no


período de 20 anos (1985-2005) e pequeno aumento da vegetação nativa no período de
10 anos (2005-2015), tal como as microbacias dos rios Tinguí (Santos et al., 2019),
Manicoré (Vendruscolo et al., 2019), Bamburro (Vendruscolo et al., 2017) e D’Alincourt
(Silva et al., 2019). O aumento na área de floresta nativa na zona ripária deve-se a
execução de projetos de recomposição da vegetação nativa, em especial na microbacia do
rio D’Alincourt, responsável pelo fornecimento de água para área urbana do município
de Rolim de Moura. Este projeto contou com a participação de órgãos públicos e
sociedade civil (Silva et al., 2019).

A recomposição da vegetação nativa na zona ripária é importantíssima. Além da ausência


da flora e da fauna, o desmatamento pode ocasionar a “morte” de inúmeros córregos e
lagos superficiais (Valente, 2011). Portanto, políticas públicas de planejamento do uso do
solo e dos recursos hídricos são imprescindíveis para o fornecimento de água com
qualidade e em quantidade para a população.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A microbacia do rio Deusdedit compreende das seguintes características: área de 189,82


km2, perímetro de 82,26 km, fator de forma de 0,3, índice de circularidade de 0,35,
coeficiente de compacidade de 1,67, rede de drenagem de 355,14 km, padrão dendrítico
de 5º ordem, densidade de drenagem de 1,87 km km-2, 2,39 nascentes km-2, coeficiente
de manutenção de 534,5 m2 m-1, índice de sinuosidade de 44,61, tempo de concentração
de 11,55 h, predomínio de relevos suave ondulado e ondulado, e altitude média de 421
m.

A supressão da vegetação nativa na microbacia ocorreu de forma crescente, entre 1988 e


2018, e na zona ripária, entre 1988 e 2008. No ano de 2018, o desmatamento alcançou
66,34% da microbacia e 42,79% da zona ripária.

As características da paisagem na microbacia indicam forma alongada, ausência de


suscetibilidade a enchentes, relevo com baixa influência na propagação de incêndios e
boa aptidão à mecanização agrícola. Contudo, o coeficiente de manutenção, densidade de
nascentes e sua dinâmica de desmatamento, revelam que a microbacia é uma área sensível
ao manejo. Logo, faz-se necessário o planejamento para gestão de seus recursos hídricos
e uso do solo, com base em práticas de manejo conservacionista e recuperação florestal,
principalmente na zona ripária.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos especialmente a Deusdedit Correia Silva Filho (In memorian), que em vida
foi membro da Associação dos Amigos do rio Bamburro e funcionário da Secretaria de
Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM). Elaborou e trabalhou em atividades e
projetos em prol do meio ambiente e da sustentabilidade, sendo esses Salve o rio
Bamburro, Resgate aos Quelônios da Amazônia, Plantando o futuro, Semeando o Futuro
e Trilha ecológica. Dessa forma, a microbacia do rio Deusdedit é uma homenagem a seus
grandes esforços, os quais impulsionaram a recomposição de várias áreas, que o torna
merecedor de ser lembrado e valorizado.

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© André Felipe Silva, Karoline Ruiz Ferreira, Wanderson Cleiton Schmidt


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On-line: www.revistageosig.wixsite.com/geosig

Recibido: 05 de novembro de 2020

Aceptado: 10 de março de 2021

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