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Edição 1
Belém-Pará
Worges Editoração
2022
P474
Livro em PDF
ISBN: 978-65-84936-12-6
DOI: 10.46898/worges.9786584936126
CDD 658
I. Administração.
Resumo
1 INTRODUÇÃO
Com o mercado de trabalho cada vez mais acirrado, as empresas, vi-
sando reter seus talentos humanos, buscam novas estratégias a fim de di-
1 Discente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI
2 Docente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI
3 METODOLOGIA
O enfoque epistemológico é interpretativo, fenomenológico, pois de
acordo com Benite (2009) as técnicas, por si só, não se tornam alternativas
para a pesquisa, suas opções só têm sentido num enfoque epistemológico,
onde são utilizadas ou elaboradas para superar o dualismo da pesquisa
quantitativa versus qualitativa. Deve-se relativizar a dimensão técnica in-
serindo-a num todo maior que lhe dá sentido tornando-a parte do proces-
so de pesquisa.
Para o desenvolvimento deste artigo buscou-se embasamento teórico
na revisão da literatura relacionada ao tema, baseia-se em pesquisa biblio-
gráfica utilizando materiais já publicados como livros, artigos de periódicos
e materiais disponibilizados na internet. Quanto à forma de abordagem,
está se classifica em pesquisa qualitativa de natureza descritiva.
De acordo com Virgilito (2018, p. 4) a pesquisa qualitativa “pode ser
entendida como uma abordagem metodológica ampla, que engloba diver-
sos métodos de pesquisa. Os objetivos pretendidos variam muito nas dife-
rentes áreas do conhecimento”.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
18%
18-24
6% 41% 24-30
31-37
12% 38-44
45-65
23%
6% espaco interno
23%
24% equipamento e ferramentas
cansaco fisico
nenhum
18%
equipe de trabalho
29%
18%
SIM
NÃO
82%
29%
sim
não
71%
11%
sim / sim
25% sim / não
35%
sim
não
65%
12%
24% não sabe opinar
epis
23% ferramentas e equipamentos
12% equipe
organizacao do espaco interno
29%
20%
faltas
cansaco fisico
60% 20% portunidade de emprego
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base na pesquisa apresenta são apontados vários motivos pelos
quais um colaborador pode vir a se desligar de uma empresa, variando
entre estrutura do ambiente de trabalho, proposta de remuneração mais
atraente, insatisfação com o clima organizacional, melhores condições de
trabalho, alto estresse nas atividades desempenhadas, falta de motivação
e reconhecimento, esses são alguns dos motivos que levam um colabora-
dor a pedir demissão.
A partir destas informações é possível identificar que os custos gera-
dos por um alto índice de turnover, pode fazer com que a empresa adquira
uma imagem negativa no mercado, além de baixar o seu desempenho e a
sua credibilidade.
Da mesma forma, quando os cargos de alto nível e destaque, colabo-
radores que se desligam levam consigo muitas informações relevantes,
ideias, conhecimento estratégico, podendo levá-los aos seus concorren-
REFERÊNCIAS
CASCIO, Wayne; BOUDREAU, Jonh. Investimentos em pessoas: Como me-
dir o impacto financeiro das iniciativas em iniciativas em recursos huma-
RESUMO
ABSTRACT
Efficient leadership is the key to good organizational progress, sin-
ce the leader plays a fundamental role within the company, aligned with
factors that drive staff motivation for the development of organizations.
The purpose of this article was to analyze the experience of organizatio-
nal leadership in a company in the field of funeral services, where it was
1 Discente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI.
2 Docente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI.
1 INTRODUÇÃO
O mundo organizacional tem passado por mudança significativa nos
últimos anos. As empresas tem adotado estratégia para reestruturar o seu
processo produtivo. Diante desse fato, as empresas precisam de profissio-
nais com habilidade e competências para administrar processos e condu-
zir pessoas em prol de direcionar esforços para um bom desempenho de
uma organização.
Em meio a esse cenário, pode-se ter um entendimento maior da im-
portância do líder no cenário organizacional e o seu papel dentro da orga-
nização. O grau de satisfação do trabalhador ao exercer sua função dentro
da empresa está diretamente ligado com a maneira a qual ele é observado,
como é motivado e incentivado no seu trabalho. Portando o líder não de-
sempenha apenas atividades de aspectos administrativos, mas também
assume o papel desenvolver colaboradores, adotando estratégias que me-
lhore o desempenho de sua equipe, estimulando a comunicação e o clima
organizacional que possam promover resultados satisfatórios.
Considerando a relevância do tema abordado, o presente artigo tem
como problema de pesquisa o seguinte questionamento: em que medida a
influência de um líder pode fazer uma empresa alcançar resultados satisfa-
tórios através de uma mudança comportamental dos seus colaboradores?
esse estudo visa demonstrar como o líder organizacional pode influenciar
no desempenho dos colaboradores dentro da organização, destacando
também os fatores motivacionais que contribuem na performance profis-
sional.
2 REVISÃO TEÓRICA
3 METODOLOGIA
A presente pesquisa se caracteriza como indutiva quanto ao méto-
do; qualitativa quanto à abordagem; básica quanto à natureza; descritiva
quanto aos objetivos, exploratória e bibliográfica quanto aos procedimen-
tos. Utilizou-se o método qualitativo, visto que tal estudo buscou identificar
situações estritamente particulares da liderança organizacional dentro de
uma empresa Complexo Salvatore.
A pesquisa apresentada tem enfoque epistemológico do tipo feno-
menológico. Segundo Severino (2013) como paradigma epistemológico,
a fenomenologia parte da pressuposição de que todo conhecimento fa-
tual (aquele das ciências fáticas ou positivas) funda-se num conhecimento
originário (o das ciências eidéticas) de natureza intuitiva, viabilizado pela
condição intencional de nossa consciência subjetiva.
A característica da pesquisa descritiva segundo Gil (2008, p. 28) “des-
crição das características de determinada população ou fenômeno ou, en-
tão, o estabelecimento de relações entre variáveis”. A pesquisa descritiva,
vai exigir do investigador várias informações do que deseja pesquisar des-
crevendo fatos e fenômenos da realidade, assim como as características
da população para objeto de estudo.
Motivação
As vezes
23.10%
Não
Sim
53.80%
23.10%
Falo com eles todos os dias - assim sempre me mantenho presente nas atividades
Sempre ouvir os lideres, ser honesto e não prometer o que não posso cumprir. Tratar todos bem daforma que eu
gostaria de ser tratado.
Valorização e reconhecimento de um profissional com excelente desempenho, assim também comobuscar meios
juntamente com o colaborador que precisa melhorar seu desempenho.
Sempre acompanho as atividades in locu com isso compartilhamos juntos os acertos e os erros possibilitam
eles mesmos identificarem e darem sugestões o que nos faz pensar e por em práticaas ações e o que faz a
diferença é eles perceberem que estão de fato dentro do processo e se sentirem importante é fato
RECONHECIMENTO faz toda a diferença.
Buscar sempre formação para compartilhar com os liderados, ter um relacionamento aberto e próximodos liderados,
mas sempre com a consciência de cada papel e incentivar a busca de formação e aprimoramento.
Delegação de atividades precisa vir com acompanhamentos- sugiro monitoramento das atividadessempre
Focar em processos mais eficientes a serem desenvolvidos e estabelecer metas mais elaboradas,claras que
evitem retrabalhos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme foi explanado no presente estudo, abordando a concepção
de liderança conforme os autores e a postura do líder com seus liderados,
observando seu perfil e atributos. Pode-se estudar a liderança quanto aos
estilos de estilos de liderança, suas especificidades e o estilo comporta-
mental de liderar.
No decorrer do presente estudo, foi sintetizado os fatores motivacio-
nais baseados em duas teorias motivacionais, onde foi possível perceber
que a motivação promove mecanismo de persistência, esta é uma medida
REFERÊNCIAS
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BYHAM, Tacy Seu primeiro cargo de liderança: como líderes catalisado-
res conseguem extrair o que há de melhor nas pessoas. São Paulo; Cultrix,
2016.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
A necessidade de os empreendimentos manterem a sua competitivi-
dade requer que eles estejam preparados para gerenciar mudanças. Essas
mudanças, sejam elas para ampliar, manter ou diversificar mercados são
chamadas de projetos e exigem um método de gestão alinhado com a ne-
cessidade do negócio. Projeto é um esforço, é o meio pelo qual se entrega
um produto ou serviço exclusivo, o projeto é temporário, possui prazo de
início e fim, além de possuir um orçamento que estipula os gastos no de-
correr do cronograma. Cada projeto, por mais similar que venha a ser o
escopo, lida com cenários específicos, e isso exige da equipe implantadora
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para que o presente artigo atinja seus propósitos, é necessário que se
faça uma contextualização acerca das teorias e artigos existentes, cujo pro-
pósito será o de dar consistência técnica-científica a este trabalho. Neste
sentido, é requerida uma abordagem aos seguintes temas: Gerenciamento
de Projetos; Governança Corporativa e Front End Loading, que se entende
ser o caminho para a análise do problema suscitado neste artigo.
2.3.4.1 Conceito
De acordo com o IPA, a fase FEL 1 é quando as empresas identificam,
filtram e priorizam quais projetos de capital serão realizados e quais serão
adiados. Nesta fase, segundo Barbosa (2010) são levantadas todas as pos-
síveis opções para desenvolvimento do projeto, sendo selecionadas as que
seguirão para desenvolvimento da etapa FEL 2.
Nesta etapa, é feita uma estimativa do CAPEX necessário para im-
plantação do projeto, sendo considerado o ainda baixo conhecimento dos
gastos com imprecisão e contingência. O termo CAPEX é a sigla de Capital
Expenditure , que traduzido para o português significa despesa de capi-
tal ou investimento em bens de capital. O IPA estima que a aderência do
CAPEX na etapa do FEL 1 fique entre -25% a +40% em relação ao CAPEX
final do projeto e à medida que o projeto avança os portões FEL 2 e FEL 3,
a imprecisão e contingência assumem novos valores.
Para Merrow (2011), o FEL 1 é a fase com foco no business case. Para
a fase atingir o seu objetivo é mandatório que haja um alinhamento entre a
estratégia do negócio e objetivo do projeto.
O IPA entende que forçar o “cumprimento de requisitos” expressa a
rigidez e burocracia. Mas é importante lembrar que o processo FEL 1 é
realmente apenas uma abordagem estruturada e lógica para responder a
uma série de perguntas:
a) Qual é a oportunidade de negócio?
b) Qual a melhor forma de aproveitar essa oportunidade?
c) O potencial benefício deste projeto justifica mais trabalho?
A implementação de garantia e endosso na porta FEL 1 é geralmente
mais difícil do que nas portas FEL 2 e FEL 3, afirma o IPA.
2.3.5.1 Conceito
O objetivo do FEL 2 é estudar as opções de projetos apresentadas no
FEL 1 e a partir desse estudo definir quais projetos serão selecionados para
passarem pelo processo de refinado das informações, bem como o apri-
moramento do escopo e a atualização dos dados econômicos.
Importante ressaltar que para Romero (2010) o foco principal desta
etapa é de desenvolvimento da engenharia conceitual de todas as opções
listadas no FEL 1, sendo realizada a comparação de quão alinhados estão
os escopos dos projetos para com os objetivos do negócio.
Barbosa (2013) acrescenta que o parâmetro decisivo para que o pro-
jeto siga para a terceira etapa é o financeiro, caso não seja apresentado
retorno acima da taxa mínima de atratividade, ou seja, um VPL menor que
zero o projeto é cancelado. Enquanto o IPA indica que no FEL 1 o CAPEX
deva variar de -25% a +40% em relação ao CAPEX final, na etapa do FEL 2
o CAPEX deve ter uma variação entre -15% a +25% e novamente, o baixo
conhecimento é compensado na imprecisão e contingência.
2.3.6.1 Conceito
Romero (2010) intitula a fase de FEL 3 como o pré-planejamento da
obra. Nesta fase é quando ocorre o refinamento dos parâmetros de design
e alternativas de engenharia definidas nas etapas anteriores preparando o
projeto para sua aprovação com relação ao escopo, custos, prazos e parâ-
metros associados à rentabilidade.
FEL 3 é a fase de preparação para execução, esta não é mais uma
fase crítica pois as decisões mais difíceis já foram tomadas, afirma Merrow
(2011). Nessa etapa a estrutura para a futura operação deve ser definida e
os requisitos para as contratações devem ser formalizados.
Nessa fase é construído o orçamento detalhado. A margem de erro
do orçamento, nesse caso, deve ficar entre -5% a +15% de acordo com o
apresentado pelo IPA.
Na etapa de FEL 3 não deve ocorrer nenhuma mudança adicional no
escopo e a curva de gastos começa subir visto que nessa fase as principais
contratações e mobilizações já devem estar sendo colocadas em prática.
2.3.7 Execução
2.3.7. 1 Conceito
Segundo o documento de circulação interna da Vale S.A, PR - E – 220,
após as etapas de FEL 1, 2 e 3 se passa da fase de desenvolvimento do
projeto para a fase de execução do projeto. A fase de execução se inicia
a partir da aprovação dos produtos do FEL 3. Essa fase é composta por 4
etapas, sendo elas:
a) Planejamento do comissionamento;
b) Completação mecânica;
c) Pré-comissionamento;
d) Comissionamento;
e) Teste de performance.
A partir do teste de performance se inicia a interface com a operação,
ou seja, com o cliente do projeto. Corrigindo as pendências se inicia o TAF
3 METODOLOGIA DE TRABALHO
O presente trabalho, a partir do método de Pesquisa Bibliográfica con-
solidou informações da metodologia Front End Loading, bem como os as-
suntos que servem de base para o processo de entendimento do funciona-
mento da metodologia. Foram coletados dados qualitativos provenientes
de fontes secundária, ou seja, de livros, artigos, documentos monográficos,
materiais e reportagens bem como os seguintes documentos de circulação
interna da Vale S.A: guias, normas, regimentos e material de treinamentos.
Os dados qualitativos foram coletados a partir de pesquisas na in-
ternet e no ambiente da intranet da empresa analisada. A empresa ana-
lisada foi a mineradora Vale S.A que aplica a metodologia estudada em
seus projetos. A análise da pesquisa se dá a partir da apresentação do
conceito da metodologia FEL no mercado, e como esse mesmo conceito
5 CONCLUSÃO
O presente artigo fez a análise da metodologia Front End Loading que
é ametodologia de gestão de projetos de grades portes aplicados na Vale
S.A e chegou a conclusão de que a disciplina, maturidade e comprome-
timento que o FEL exige da organização praticante, durante a aplicação,
estabelece uma régua alta de conhecimento do projeto desde a sua ideali-
zação até o TEP – Termo de Encerramento de Projeto.
Para uma empresa com o business da Vale S.A, que precisa constan-
temente aumentar a sua capacidade e tornar a sua produção mais eficien-
te, o processo de implantação de projetos é considerado de alto de risco e
precisa trazer um alto retorno – para a empresa e executivos. A metodolo-
gia FEL proporciona justamente isso: projetos mais competitivos e previ-
síveis. Como cada etapa é construída com base nas definições anteriores,
para garantir alinhamento e consistência, a Vale S.A só obterá os benefí-
cios plenos da metodologia somente se cada fase completar efetivamente
todo o trabalho previsto.
Eventuais falhas ou indefinições nas primeiras etapas do FEL são si-
nônimo de retrabalho e inconsistência no planejamento e consequente-
mente impactam o Capex do projeto por conta das solicitações de mudan-
ças. Logo, a Vale S.A a partir das práticas de governança corporativa bem
aplicadas, somadas à clareza dos procedimentos, normas e regimentos do
FEL não “estressam” as áreas com influência em projetos, visto que cada
área sabe quando, em que e como se posicionar durante a execução do
projeto.
Objetivo da pesquisa se dá por atendido visto que foi explanado o
conteúdo desde a conceituação de projeto até a última etapa da metodo-
logia FEL, fazendo uso de materiais de uso interno da empresa, mostran-
do que a mesma disponibiliza de forma acessível aos seus colaboradores
conteúdos sobre o método, estimulando o entendimento do processo de
gerenciamento de projetos, a responsabilidade da área implantadora, bem
como o comprometimento dela para com os resultados dos projetos. O
presente trabalho fica a disposição para melhorias bem como a continui-
dade da abordagem do tema.
RESUMO
ABSTRACT
Quality management has been a widely discussed topic due to its
importance in organizations. Its intention is to satisfy consumers who are
users of the products and services offered, where it must produce quality
products and services that meet the needs and expectations of customers,
and the need to have active employees who are committed to avoiding
1 Discente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI.
2 Docente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI
1 INTRODUÇÃO
A gestão da qualidade certifica que uma organização, produto ou ser-
viço seja coeso. Ela está focada não só na qualidade do produto e do ser-
viço, mas também nos artifícios para atingi-la, utilizando a garantia e o
controle de qualidade dos processos, assim como os recursos para obter
uma qualidade mais consistente. Assim pode ser definida como a confor-
midade ao uso desejado, ou seja, como o produto desenvolve bem a sua
função esperada.
A qualidade é primordial para uma organização e a sua limitação re-
fere-se à necessidade de ser eficiente e eficaz na relação entre os meios
que influem diretamente nos objetivos da instituição. Dessa maneira, pode
ser entendida como ações que ofertam equilíbrio para que os propósitos
organizacionais sejam efetuados para auferir a excelência, considerando
que a qualidade dispõe de inúmeras definições.
É perceptível nos últimos anos no Brasil o aumento de evangélicos e
consequentemente das igrejas. Este crescimento não é somente em quan-
tidade, mas em relevância para a sociedade, pois economicamente gera
produção de emprego e renda com seu perfil empresarial, que com as ino-
vações e mudanças constantes na atualidade vem adaptando-se a esse
novo modelo.
A igreja é constituída por indivíduos com propósitos e objetivos deter-
minados a serem atingidos, assim, desde o início os grupos sociais existen-
tes, ansiavam pela elaboração de uma escala de comando com a função
de fazer a gestão de todos os trabalhos coletivos. Ela é considerada uma
organização, já que, mediante as leis humanas tem que ser estruturada em
pessoa jurídica, com estatutos, sede, diretoria e outras obrigações legais,
2 REFERENCIAL TEÓRICO
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa pretende analisar as ferramentas de gestão da qua-
lidade aplicadas na igreja Assembleia de Deus sede em São Luís/MA. A
pesquisa é uma atividade científica completa, pois percorre, desde a for-
mulação do problema até à apresentação dos resultados (PRODANOV &
FREITAS César, 2013). De acordo com Lakatos e Marconi (2007), a pesqui-
sa se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir
verdades parciais. Os autores dizem que a pesquisa demanda tratamento
cientifico, ou seja, é essencial o uso de métodos científicos para a sua com-
posição.
No que se refere aos procedimentos empregados, a pesquisa foi bi-
bliográfica, exploratória e descritiva. Bibliográfica, uma vez que para a fun-
damentação teórico- metodológica do trabalho foi realizada a investigação
dos temas: gestão da qualidade total, ferramentas da qualidade, gestão
organizacional nas instituições religiosas, que foram produzidos com base
em material já elaborado, composto principalmente de livros, legislação
pertinente e artigos. Vergara (2009) afirma que a pesquisa bibliográfica é
baseada em material que o público em geral tem acesso e é constituída de
um estudo sistematizado. O método da pesquisa empregado foi o estudo
de caso, visto que se propôs pesquisar as fermentas de gestão da Igreja
Assembleia de Deus sede em São Luís / MA. Para Yin (2010), o estudo de
caso é a estratégia escolhida ao se examinar acontecimentos contemporâ-
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A gestão da qualidade é algo essencial para qualquer empreendimen-
to concentrado nos seus clientes e para gerir um planejamento assertivo
que atendam as carências dos indivíduos, entendida como qualquer ato
direcionado para melhorar a organização, é o controle que uma instituição
possui sobre seus processos. É um sistema de suporte aos gestores na
avaliação integral das necessidades dos consumidores e sua finalidade é
um melhor atendimento ao cliente, objetivando suas demandas por meio
do aperfeiçoamento dos produtos e serviços ofertados.
Buscou-se no transcorrer deste trabalho, obedecendo os objetivos
apresentados inicialmente, adquirir os dados e as informações precisos
para que cada um pudesse ser respondido. O objetivo geral, foi analisar as
ferramentas de gestão da igreja Assembleia de Deus sede em São Luís/
MA.
Conforme a pesquisa realizada, constatou-se que se faz uso de al-
gumas ferramentas, principalmente as relacionadas a tecnologia, porém
ainda há muitos desafios a serem enfrentados na busca de melhorias con-
tínuas.
Deste modo, verificou-se que o perfil dos colaboradores da Igreja As-
sembleia de Deus sede em São Luís/ MA é composto em sua maioria por
homens com a prevalência da idade entre 35 a 45 anos. Assim, a participa-
ção das instituições religiosas no contexto econômico é relevante, pois não
somente atua no desenvolvimento do espiritual, mas do social, humano e
financeiro, gerindo empregos, contribuindo para o crescimento econômi-
co, atuando como organização ela não é distinta das outras, precisa reali-
zar suas atividades com excelência na qualidade, assim deve implantar fer-
ramentas de gestão que proporcionam um melhor desempenho das suas
funções para alcançar o sucesso. Apesar dos esforços da instituição para
agir com eficiência, como a otimização dos processos ao longo dos anos,
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 100
ainda há falhas como a ausência de treinamentos, melhorias nos equipa-
mentos, mais atenção na correção dos erros. Sugere-se que a instituição
implemente treinamentos contínuos, aplicação de avaliação mais precisa
para identificar com clareza as imperfeições e um melhor planejamento
para obter melhorias nos processos dos serviços e satisfação de todos os
evolvidos.
Como sugestão para pesquisas futuras, pretende –se ampliar a amos-
tra do trabalho, podendo ser realizado com outras instituições sem fins
lucrativos, sem se limitar somente a religiosas como a Igreja Assembleia
de Deus, incluindo novas abordagens para intensificar o tema de gestão
da qualidade.
REFERÊNCIAS
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Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 104
ANEXOS
QUESTIONÁRIO
Olá, estou realizando uma pesquisa que tem como público alvo os
colaboradores. Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, ou seja, as informa-
ções prestadas são sigilosas e sua participação é anônima. E será apre-
sentada em forma de monografia.
1. Qual o seu sexo?
( ) Feminino
( ) Masculino
2. Qual a sua idade? 18 a 25
25 a 35
35 a 45
45 a 8
3. Você percebe se a instituição mantém o compromisso com a
qualidade efetuada diariamente nos seus serviços?
Sim
Não
4. O processo de conscientização para a qualidade desenvolvida
pela instituição é conhecido por todos os envolvidos?
Sim
Não
5. A instituição emprega métodos e técnicas para a utilização dos
processos nos serviços ofertados?
Sim
Não
6. Você conhece os equipamentos utilizados no processo da qua-
lidade dos serviços. Por exemplo, equipamentos tecnológicos,
tabelas, gráficos, aplicativos, etc... Quais? Elas são eficientes?
7. A instituição utiliza algum procedimento avaliativo para corrigir
os possíveisproblemas nos processos dos serviços? Comente.
8. Você busca adquirir conhecimentos sobre a sua área de traba-
lho?
Sim
Não
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 106
CAPÍTULO 5
UM ESTUDO ACERCA DO CLIMA E CULTURA OR-
GANIZACIONAIS NA PRODUTIVIDADE DOS COLA-
BORADORES DA SOLAR BR COCA COLA EM SÃO
LUÍS-MA
1
Ana Maria Mendes Alves
2
Roosevelth Ramos Barroso Carvalho
Resumo
1 INTRODUÇÃO
O clima organizacional é basicamente a junção de sentimentos e opi-
niões dos profissionais sobre o local de trabalho. Com base nesses senti-
mentos, as pessoas no ambiente de trabalho, vão reagir de uma determi-
nada maneira às ações e demandas do dia a dia que acabam tendo um
impacto positivo ou negativo na produtividade da empresa.
1 Discente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI.
2 Docente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 108
colaboradores é um aspecto significativo e fundamental para o sucesso
organizacional.
Litwin (apud LUZ, 2005, p. 10) conceitua o clima organizacional como
sendo a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional, que é per-
cebida ou experimentada pelos membros da organização e influencia o
seu comportamento.
Para Luz (2005, p. 12), “clima organizacional é o reflexo do estado de
ânimo ou do grau de satisfação dos funcionários de uma empresa, num
dado momento”. Sendo assim, a maneira como o colaborador se sente re-
flete nas suas atividades e em como serão realizadas.
O termo clima organizacional se refere aos aspectos internos de uma
organização, à atmosfera psicológica e às características da empresa,
ele pode ser sentido psicologicamente e está relacionado especifica-
mente às propriedades motivacionais do ambiente interno da organi-
zação. O clima compõe a qualidade do ambiente da empresa, sendo
percebido pelos colaboradores da organização e influenciando dire-
tamente o comportamento dos mesmos. (CHIAVENATO, 2005, p. 52),
O clima organizacional deve ser medido, sendo de extrema importân-
cia a sua avaliação. Luz (2005, p. 22) acredita que as “organizações devem
ouvir seus colaboradores por meio da área de Recursos Humanos, pois faz
parte de sua missão proporcionar-lhes um clima organizacional favorável”.
Esse objetivo de tornar a mão de obra satisfeita ou “motivada” está contido
na literatura técnica quanto ao cotidiano da Administração de Recursos
Humanos. Logo, se “motivar” ou ao menos tornar satisfeitos os funcioná-
rios é parte da missão da gestão de pessoas, então ela deve diagnosticar,
periodicamente, o clima da empresa com o objetivo de saber se está de
fato cumprindo sua missão:
A Administração de Recursos Humanos ou do Ativo Humano, como
querem alguns, busca, entre outros objetivos, alcançar a satisfação e
a “motivação” dos colaboradores da organização. Ela deve procurar o
pleno aproveitamento desses recursos, dispondo-os para que ofere-
çam um maior rendimento organizacional, expresso em termos de efe-
tividade e produtividade, com o melhor nível de realização individual,
expresso em termos de satisfação pessoal e geral. Para isso, ela preci-
sa diagnosticar, periodicamente o clima organizacional, com o objeti-
vo de saber se a parte mais nobre de sua missão está sendo atingida
(GRAÇA, 1999, p. 23).
Para Graça (1999), quando o administrador compreende o conceito de
clima organizacional, pode manejar a motivação de seus colaboradores,
aumentando a eficiência de sua equipe de colaboradores.
O clima organizacional é, de certa forma, o reflexo da cultura da or-
ganização, ou melhor, o reflexo dos efeitos dessa cultura, na organização
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 110
2.2 Cultura Organizacional no ambiente empresarial
Em uma organização é essencial que todos os profissionais com-
preendam e partilhem dos mesmos valores da companhia para estabele-
cer um vínculo mútuo entre as partes. Absorver a cultura empresarial afeta
diretamente a conduta dos colaboradores, impactando a imagem passada
ao público consumidor. Isso gera aceitação e favorece o consumo de mer-
cadorias e serviços da marca.
Segundo Drucker (2000), “a cultura devora a estratégia todos os dias
no café da manhã”. Isso quer dizer que de nada adianta ter uma boa estra-
tégia, se os profissionais não abraçam os valores ou têm os hábitos certos.
A forma com que abraçam essa cultura, também influencia na produ-
tividade dos colaboradores. Clima organizacional e produtividade são con-
ceitos que caminham de mãos dadas, pois afetam diretamente a produtivi-
dade do colaborador. Sem ter os incentivos certos, dificilmente alguém vai
cumprir determinadas tarefas e as fará com a qualidade desejada.
Chiavenato (2005, p. 38) acredita que “a cultura organizacional cons-
titui a maneira pela qual cada organização aprendeu a lidar com seu am-
biente”. É uma complexa mistura de pressuposições, crenças, compor-
tamentos, histórias, mitos, metáforas e outras ideias que, consideradas
juntas, representam a maneira particular de uma organização funcionar e
trabalhar.
Luz (2005) acredita que a Cultura Organizacional influencia o com-
portamento de todos os indivíduos e grupos dentro da organização. Ela
impacta o cotidiano da empresa: suas decisões, as atribuições de seus
funcionários, as formas de recompensas e punições, as formas de relacio-
namento com seus parceiros comerciais, seu mobiliário, o estilo de lideran-
ça adotado, o processo de comunicação, a forma como seus funcionários
se veste e se porta no ambiente de trabalho, seu padrão arquitetônico, sua
propaganda, e assim por diante.
Todas as organizações apresentam uma cultura organizacional que se
caracteriza pelos valores que esposam, pela regularidade de compor-
tamento de seus membros, pela filosofia que guia suas políticas e pelo
clima expresso tanto por seu layout físico quanto pela interação de
seus membros entre si e com o público externo (GIL, 2014, p. 42).
No entanto, apesar da cultura organizacional ser algo próprio da em-
presa, ela não é estática. Ao contrário, deve ser transformada e aperfei-
çoada gradualmente, de acordo com as necessidades do mercado e, até
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 112
Nas palavras de Lima (2006),
[...] são as pessoas com suas atitudes que levam as empresas a atingi-
rem altos índices de produtividade. Os resultados estão diretamente li-
gados às capacidades das pessoas, à sua motivação para colocar suas
competências a serviço da organização, ao trabalho em equipe, à men-
talidade voltada para o sucesso de seus clientes, internos e externos.
As relações interpessoais são ações e atitudes que progridem pelos
contatos entre pessoas e grupos, fazendo com que isso, influencie no nível
de produção do empregado, seja pelo clima ou pela cultura da empresa. Os
indivíduos dentro da organização participam de alianças sociais e desen-
volvem uma constante interação social. Cada pessoa é uma personalidade
diferenciada que influencia no comportamento e atitude uns dos outros
com quem interage. Ao gestor cabe compreender, com exatidão, a nature-
za dessas relações entre as pessoas, que vai permitir melhores resultados
de seus subordinados. (Escola das teorias das relações humanas).
Toda organização deve incentivar a boa relação entre seus colabora-
dores (Clima Organizacional), isso tende a gerar um ambiente saudável e
com isso as pessoas passam a fluir uma competitividade aceitável, prova-
velmente os grupos passam a ser equipes.
3 METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida na cidade de São Luís, na empresa Solar
Br Coca Cola. O universo escolhido foi o setor de Distribuição da empresa,
tendo como amostra um total de 100 colaboradores, entre eles, Superviso-
res, Analistas, Assistentes, Motoristas e Auxiliares de entrega. A pesquisa
busca compreender como o clima e a cultura da organização influenciam
na produtividade dos colaboradores.
A presente pesquisa classifica-se como descritiva, pois buscou expor
características de determinada população e estabelecer correlações entre
variáveis, e para tal, os dados foram coletados por meio de uma pesquisa
de campo, que é a investigação empírica realizada no local onde ocorre
ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Po-
dendo ser feita através de entrevistas, questionários, testes e observações
participantes ao não (VERGARA, 2004).
Diante disso, a técnica utilizada foi a aplicação de um questionário
manual, visto que muitos dos colaboradores do setor, possuem baixa es-
colaridade e não possuem acesso a ferramenta online Google Forms (meio
de questionário online).
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 114
4.1 Características da Amostragem
Conforme mostra abaixo, há predominância do sexo masculino, visto
que no setor as atividades de Motoristas e Auxiliares compõem a maioria
do quadro de funcionários, os mesmos representam 93% da amostra es-
tudada.
Tabela 1 Identificação de Gênero
SEXO QUANTIDADE PERCENTUAL
Masculino 93 93%
Feminino 7 7%
Total 100 100%
Fonte: elaborado pela autora (2021).
No gráfico abaixo, pode-se observar que 52% da amostragem possui
de 35 a 44 anos, o que nos leva a conclusão que o setor de Distribuição
apresenta em seu quadro profissionais com um nível de maturidade para
responder e analisar aos questionamentos presente no Artigo.
Gráfico 1- Idade dos colaboradores
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 116
A empresa visionária e competitiva deve primar por um clima que im-
pulsione as pessoas motivando-as e valorizando os talentos existentes. O
homem quando valorizado sente-se motivado, interagi e participa da dinâ-
mica organizacional fato que, reflete positivamente no clima e por conse-
guinte nos resultados da empresa.
Gráfico 3- Motivação o ambiente de trabalho
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 118
58% dos envolvidos conforme representa o gráfico 7, afirmam que seus
questionamentos e opiniões não são levados em consideração na tomada
de decisão. Isso pode causar frustrações e desânimo dos colaboradores,
pois a comunicação entre chefe e subordinado não flui, os processos ten-
dem a falhar de forma mais agravante e os resultados não são alcançados.
Gráfico 7- Sua opinião é levada em consideração na tomada de decisão?
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 120
Um resultado que pode-se considerar negativo é em relação a opinião
dos colaboradores na tomada de decisão e em relação as suas insatisfa-
ções no ambiente de trabalho, 45% dos entrevistados afirmaram que o que
mais gera insatisfação nesse ambiente é falta de reconhecimento, como
mostra o gráfico 10, isso é fundamental , pois a base precisa ser ouvida,
já que estão em contato direto com clientes, saber quais as dificuldades,
entender o pensamentos deles, mudaria esse quadro e a percepção dos
funcionários sobre seus gestores e líderes.
Gráfico 10- Fatores que geram insatisfação no ambiente de trabalho.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 122
Não obstante, a pesquisa constatou que o ambiente é insatisfatório
e possui clima organizacional ruim, em que a maioria dos fatores e indi-
cadores que mensuraram o grau de qualidade do clima da organização
objeto de estudo apresentaram resultados um tanto negativo e precisa ser
avaliada pala instituição. Perante esses fatos, há uma elevação na insatis-
fação das pessoas do setor, influenciando a motivação e produtividade das
mesmas. As duas variáveis deste estudo (clima organizacional e cultura
organizacional) se mostraram relacionadas.
Assim, obtivemos o resultado desejado da pesquisa, na forma como
foi mensurado como o clima e cultura interferem na organização. Quanto
mais saudável for o clima da empresa, mais fácil se torna a disseminação
da cultura desta para seus colaboradores.
Os estudos sobre a motivação humana merecem total atenção, por
sua natureza intrínseca e extrínseca, mesmo com sua frequente aborda-
gem em diversas pesquisas científicas, pois o tema ainda gera discussões
e merece aprofundamento contínuo. O clima organizacional, nos últimos
anos, obteve uma crescente visualização por parte dos gestores de gran-
des organizações, e é cada vez mais comum a preocupação com sua quali-
dade. Sem dúvida é um assunto que pode ainda ser amplamente difundido.
REFERÊNCIAS
APPEL, Zélia Malinverni; PUCCI, Viviane Rodrigues. Comportamento pes-
soal versus comportamento organizacional. Revista Eletrônica Psicolo-
gia para América Latina. México, n. 9, abr. 2007. Disponível em: http://
pepsic.bvsalud. org/scielo.php?pid=S1870-350X2007000100007&script=-
sci_arttext. Acesso em: 2 dez. 2021.
BERGAMINI, Cecília W. Motivação nas Organizações. 5ª ed. São Paulo:
Editora Atlas, 2008.
CORREA, Henrique; CORREA, Carlos. Administração de Produções e
Operações – Manufatura e Serviços: uma Abordagem Estratégica. São
Paulo: Editora Atlas, 2004.
CULTURA e Clima Organizacional. Disponível em: https://blog.solides.
com.br/clima-e-cultura-organizacional-entenda-diferenca- definitivamen-
te/. Acesso em: 01 dez. 2021.
DRUMOND, Regina C. Qualidade e Produtividade. Rio de Janeiro: Sebo
Brandão, 1993.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 124
CAPÍTULO 6
UM ESTUDO ACERCA DOS IMPACTOS DO HOME
OFFICE SOB SERVIDORES DA ESCOLA MUNICIPAL
DE MÚSICA DE SÃO LUÍS NO CONTEXTO DA PAN-
DEMIA DO COVID-19
Cassilene Magalhães Silva 1
RESUMO
ABSTRACT
The new era of the world of work marked by flexibility and technolo-
gical revolutions, has changed the market and made new forms of work
appear, telecommuting being one of them. This work modality was already
a trend in the digital age and became even more evident with the COVID-19
pandemic. Thus, this research sought to understand the impacts of work in
home office format on workers, from the sample selection of the Municipal
1 Discente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI.
2 Docente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI.
1 INTRODUÇÃO
O trabalho é a base da sobrevivência humana, já que é a partir dele
que o homem transforma a natureza e imprime nela a marca de sua huma-
nidade. O trabalho tem papel central na sociedade, seja através da consti-
tuição das classes sociais, ou na formação das identidades de seus indiví-
duos, ou seja, “a humanidade se estrutura histórica e politicamente, quase
em sua totalidade, em função do conceito de trabalho”, como afirmam Ne-
ves, Nascimento, Felix, Silva e Andrade (2018). Assim, separar o trabalho
da existência humana é uma tarefa quase impossível dado o impacto que
o trabalho lhes provoca.
Enfim, no decorrer do século XIX, o trabalho recebeu a configuração
que hoje vem assumindo em um processo iniciado com a rigidez taylorista
e fordista na chamada “era do automóvel”, dando lugar nas últimas déca-
das a um movimento global de informalidade e flexibilização. O chamado
“capitalismo flexível”, segundo o sociólogo Richard Sennett (2011), ataca
as formas rígidas de burocracia e aponta os diversos males de uma rotina
cega, exigindo dos trabalhadores sempre estarem abertos as mudanças e
a uma dependência cada vez menor de leis e procedimentos formais.
Essas transformações no processo de produção e no mundo do labor
implicaram, para o trabalhador, em “uma intensificação dos processos de
trabalho e uma aceleração na desqualificação e requalificação necessá-
rias ao atendimento de novas necessidades de trabalho” (HARVEY, 1992,
p. 257), sendo assim, para além disso, provocaram um grande impacto na
vida dos indivíduos, obrigando-os a conviver com uma lógica de mercado
extremamente volátil, criando situações de constante instabilidade e de
ameaça que são vivenciadas como falhas inevitáveis dos tempos moder-
nos (HELOANI e LANCMAN, 2004).
Foi assim, em meio a um novo cenário de desenvolvimento, expansão
tecnológica e metamorfoses em torno do mercado de trabalho que a pan-
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 126
demia da COVID-19 se espalhou pelo mundo, onde governos, organizações
e a própria sociedade civil se viram diante de uma ameaça inesperada, que
afetou toda população mundial.
Diante desse ambiente de transformações e incertezas, as organiza-
ções têm exigido ainda mais adaptações em relação à suas práticas de
trabalho. De tal modo que milhares de trabalhadores, que possuíam na na-
tureza de suas atividades laborais a possibilidade de exercê-las em casa,
acabaram sendo obrigados a se ajustarem ao regime de home office.
O home office faz parte de uma das categorias do teletrabalho que,
com a disseminação da internet e as ininterruptas evoluções das Tecnolo-
gias de Informação e Comunicação (TICs), tem se tornado cada vez mais
uma tendência na era digital, possibilitando assim que as pessoas possam
trabalhar de qualquer lugar. Em vista disso, a Reforma Trabalhista de 2017
(Lei 13.467/2017), por meio dos Artigos 75A ao 75E da Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT), normalizou a implantação do teletrabalho.
Sendo assim, o objetivo da presente pesquisa é analisar os impactos
do trabalho em formato home office exercido pelos servidores da Escola
Municipal de Música de São Luís no contexto da pandemia do COVID-19.
A coleta de dados foi realizada a partir de um questionário online semies-
truturado, com 32 perguntas abertas e fechadas, desenvolvido através da
plataforma Google Forms e aplicado no período de 7 a 21 de junho de 2021.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A palavra trabalho origina-se do latim tripalium. Na antiguidade, tri-
palium era um instrumento feito de três paus aguçados, algumas vezes
munidos de pontas de ferro, utilizado pelos agricultores para bater o trigo,
as espigas de milho, e para rasgar e esfiapar o linho. Entretanto, na maio-
ria dos dicionários, tripalium é conceituado apenas como instrumento de
tortura. O conceito de trabalho tem se transformado ao longo dos séculos,
passando deste conteúdo semântico de sofrer para o de esforçar- se, labo-
rar e obrar (ALBORNOZ, 1994, p.9-10).
3 “Segundo Lessa (2012, p.25): “Na investigação ontológica de Lukács, o conceito de trabalho comparece em uma acepção muito
precisa: é a atividade humana que transforma a natureza nos bens necessários à reprodução social. Nesse preciso sentido, é a
categoria fundante do mundo dos homens. É no trabalho que se efetiva o salto ontológico que retira a existência humana das
determinações meramente biológicas. Sendo assim, não pode haver existência social sem trabalho”.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 128
2.2 A configuração do trabalho em meio à expansão do
capitalismo no século XIX
Foi no decorrer do século XIX que o trabalho começou a tomar a con-
figuração que vem assumindo hoje, a industrialização possibilitou a acu-
mulação crescente de bens e capitais em posse do empresariado, fazendo
surgir outros ramos, dentre os quais as primeiras formas de financiamento
de grandes investimentos na indústria, visando ampliar sua escala de pro-
dução que aliada ao desenvolvimento cientifico e tecnológico aplicado aos
processos produtivos, possibilitou um avanço da mecanização das ativida-
des de trabalho (PINTO, 2013).
Esse estágio de desenvolvimento tecnológico gerou, novas demandas
sobre o modo como se organizavam os espaços de interação e as pró-
prias ações dos agentes de trabalho. Na medida em que estas se cons-
tituíam em estruturas organizacionais cada vez mais expostas a análise
experimental (Pinto, 2013, p.21).
Em meados dos séculos XIX vários estudiosos debruçaram-se sobre
essas questões, dentre eles Frederick Taylor, considerado o pai da admi-
nistração cientifica utilizada na construção das linhas de produção e for-
mando a base conceitual e prática da produção em massa de Henry Ford,
que se expandiu pelo mundo a fora durante as guerras mundiais (PINTO,
2013).
2.4 O Teletrabalho
Como parte das alterações estabelecidas pela Lei 13.467/2017, ins-
tituiu-se um capítulo especifico para o chamado teletrabalho, segundo
Rocha e Amador (2018) o termo teletrabalho está associado ao trabalho
realizado remotamente, por meio de TIC (Tecnologia de Informação e Co-
municação). Nos EUA, o termo utilizado para esse tipo de trabalho é tele-
commuting, enquanto na Europa é telework, entretanto ambos os termos,
dizem respeito a uma mesma forma de organização do trabalho, referindo-
se à atual tendência das atividades de trabalho de serem realizadas com
uso de meios telemáticos sem necessidade de deslocamento do trabalha-
dor ao local onde os resultados devem ser apresentados.
Seguindo essa tendência a Lei 13.467/2017 em seu Art. 75-B:
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 130
Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemen-
te fora das dependências do empregador, com a utilização de tecno-
logias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se
constituam como trabalho externo. Parágrafo único. O comparecimen-
to às dependências do empregador para a realização de atividades
específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento
não descaracteriza o regime de teletrabalho (CLT, 2017).
Entretanto vale ressaltar que tal lei não estabelece uma regulamen-
tação da duração da jornada de trabalho para os teletrabalhadores, bem
como não detalha e regula questões como responsabilidade relativa a
equipamentos tecnológicos e infraestrutura necessária para a execução
da atividade profissional, remetendo-as ao contrato entre empregado e
patrão, podendo elas ficaram ou não sob a responsabilidade do trabalha-
dor (ANTUNES; PRAUN, 2019).
Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição,
manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da in-
fraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto,
bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão
previstas em contrato escrito (CLT,2017).
Segundo Rosenfield e Alves (2011) é grande a quantidade de moda-
lidades ou formas que o teletrabalho pode assumir o que justifica plena-
mente sua qualificação de “flexível”. Mas podemos sistematizar em seis
categorias:
• Trabalho em domicílio (home office): É o trabalho realizado na
residência do trabalhador;
• Trabalho em escritórios satélites: Extensões automatizadas
da empresa central;
• Telecentro ou telecottage: Estabelecimentos onde funcioná-
rios de uma ou de várias empresas prestam serviços telemáti-
cos a clientes remotos;
• Trabalho móvel: Trabalho exercido em locais fora do domicilio
ou da empresa central, como viagens de negócios, trabalho de
campo ou nas instalações do cliente;
• Empresas remotas ou Off-Shore: Call-centers ou telesserviços
por meio das quais firmas instalam seus escritórios-satélite ou
subcontratam empresas de telesserviços em regiões distantes
da matriz, geralmente em países que possuem mão de obra ba-
rata;
• Trabalho informal ou teletrabalho misto: Quando e emprega-
do faz um acordo com o empregador para trabalhar por deter-
minadas horas fora das dependências da empresa.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 132
tes atores têm lidado com a imprevisível situação que os assola (Mendes,
Hastenreiter Filho e Tellechea, 2020).
3 METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida na cidade de São Luís, capital do estado
do Maranhão. Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
tica (2010), a cidade possui um território de 582,974 km², uma população
estimada 1.108.975 pessoas e Índice de desenvolvimento humano munici-
pal de 0,768.
O universo escolhido para a pesquisa foi a Secretária Municipal de
Educação de São Luís - SEMED, que se configura como uma das 27 Secre-
tarias da Prefeitura de São Luís. Já a amostra para a análise, foi delimitada
para a coleta de dados a Escola Municipal de Música – EMMUS um órgão
ligado à secretaria localizada na Rua do Giz, 53 - Praia Grande, São Luís.
A escola foi criada por meio da Lei 4.561, de 22 de dezembro de 2005,
com a finalidade de possibilitar aos estudantes da Rede Municipal de Edu-
cação e aos jovens da comunidade em condição de vulnerabilidade so-
cioeconômica uma formação artística, cultural e vocal-instrumental.
O recorte temporal utilizado foi o período de março de 2020 a dezem-
bro de 2020, nesse período a EMMUS possuía um quadro de servidores
composto por 8 professores, 2 administrativos, 2 coordenadores pedagó-
gicos, 2 estagiários, um assessor de comunicação e 1 diretor geral, totali-
zando uma amostra de 16 pessoas.
A presente pesquisa classificasse como descritiva, pois buscou expor
características de determinada população e estabelecer correlações entre
variáveis, e para tal, os dados foram coletados por meio de uma pesquisa
de campo, que é a investigação empírica realizada no local onde ocorre
ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Po-
dendo ser feita através de entrevistas, questionários, testes e observações
participantes ao não (VERGARA, 2004).
Diante disso, a técnica utilizada foi a aplicação de um questionário on-
line, essa técnica de coleta foi escolhida por apresentar vantagens para o
pesquisador como, agilidade na aplicação, agilidade na tabulação dos re-
sultados, facilidade de utilizar maiores amostras, flexibilidade e diversidade
na elaboração de questões, baixo custo de implementação e exigência de
resposta completa, além de ter se feito necessária por conta do isolamento
social imposto pela pandemia. Já para o respondente o questionário onli-
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 134
4.1 Características da Amostragem
De acordo com a tabela 1, a amostra da pesquisa é composta por
62,5% de mulheres, entre 25 e 56 anos, sendo 60% pardas, 20% pretas, 20
brancas, 80% delas
são solteiras e 20% casadas, 60% possuem de 1 a 3 filhos e 40% não
possuem. 50% delas possuem dependentes de seus cuidados (que podem
ser crianças, adolescentes, idosos, pessoas portadoras de deficiência),
80% delas também possuem pessoas que se dediquem as atividades de
cuidado (pessoas com quem dividem os afazeres domésticos ou cuidado
de dependentes), no caso das mulheres, em sua maioria essa pessoa é
uma empregada doméstica. Quanto a escolaridade, essas mulheres tem
um nível que varia de ensino médio a doutorado.
Em relação aos homens, configuram 37,5% da amostra, possuem ida-
de entre 33 e 48 anos, são pardos, casados e 83,3% possuem de 1 a 3 filhos
e 16% não possuem, 50% também possuem dependentes assim como as
mulheres, mas quanto a pessoas que se dediquem as atividades de cui-
dado, dos 50% que possuem, essa pessoa é a cônjuge ou companheira,
quanto ao nível de escolaridade varia de ensino superior a mestrado, como
mostra a tabela 1.
Tabela 1 – Identificação do perfil por gênero
FATORES 62,5% MULHERES 37,5% HOMENS
IDADE: 25 a 56 anos 33 a 48 anos
60% pardas, 20% brancas, 20%
RAÇA: 100% pardos;
pretas;
ESTADO CIVIL: 80% solteiras, 20% casadas; 100% casados;
60% possui de 1 a 3 filhos, 40%não 83,3% possui de 1 a 3 filhos, 16não
FILHOS:
possui filhos; possui filhos;
DEPENDENTES: 50% possui, 50% não possui; 50% possui, 50% não possui;
PESSOAS QUE SE 20% não possui; 80% possuem,
DEDICAM A desses 80%, 40% são empregadas 50% não possui; 50% cônjuge o
ATIVIDADES DE domesticas, 30% familiares, 10% companheira;
CUIDADO: cônjuge;
ESCOLARIDADE: Ensino médio a doutorado; Ensino superior a mestrado;
Fonte: elaborado pela autora (2021).
De acordo com o exposto, destaca-se que o trabalho em home of-
fice tem impactos distintos em homens e mulheres, como conclui Bridi,
Bezerra, Uehara e Zanoni (2020), em sua pesquisa, que a modalidade do
trabalho realizada no âmbito doméstico apresenta aspectos negativos que
atinge ambos os sexos, mas não de forma igual, prevalecendo uma desi-
gualdade na divisão do trabalho doméstico e de cuidados.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 136
Gráfico 3 – Habilidades necessárias para esse tipo de trabalho
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 138
Gráfico 8 – Turno de trabalho
Tabela 3 - Produtividade
DIMINUIÇÃO AUMENTO
Dificuldade de acesso a
computadores; Aumento do tempo
Dificuldade de acesso à disponível;
internet;
Dificuldade de conciliar a
demanda doméstica com
demanda de
trabalho/estudo; Maior concentração para
MOTIVOS PARA:
realização de atividades
Falta de capacitação para
desenvolver trabalho de
forma remota;
Interferência de condições
psicológicas/emocionais no Boa adaptação a
desenvolvimento de execução de atividades
atividades de remotas
trabalho/estudo;
Fonte: elaborado pela autora, 2021.
Em relação a concentração, 56,3% dizem que estão conseguindo se
concentrar e 43,8% estão tentando, como mostra o gráfico 10.
Gráfico 10 – Concentração no trabalho
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 140
Gráfico 12 – Autonomia do trabalho
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 142
Tabela 6 – O que você considera que deva ser melhorado em relação ao trabalho home
office?
Acesso a uma boa internet para todos;
Um maior domínio das plataformas digitais;
Incentivo do Governo aos professores para aquisição de material e
equipamentos tecnológicos;
Equipamentos de melhor qualidade e local adequado para reuniões;
Adquirir mais conhecimentos dos diversos instrumentos virtuais para
aprimorar meu trabalho remoto;
Condições aquisição equipamentos necessários;
Só no quesito espaço; pois na minha casa não tenho sala de estudo;
Ferramentas;
As condições de acesso e manutenção das atividades;
RESPOSTAS:
A dinâmica de condição;
O suporte dado pelas instituições que coordenam a educação comoas
Secretarias;
O respeito das organizações para com a carga intensiva de trabalhodos seus
empregados/servidores;
O funcionário deva ser mais assistido pela empresa ao qual estáprestando
serviço, bem como os horários e a carga de trabalho devam ser mais bem
definidos.
Acesso à internet de qualidade para estudantes e professores;
Internet para todos, computadores para os professores;
Precisa ser estabelecido horário de trabalho.
Fonte: elaborado pela autora, 2021.
Segundo a CLT (2017) as disposições relativas à responsabilidade pela
aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e
da infraestrutura necessária serão previstas em contrato escrito, já nas ins-
tituições públicas as regras para o trabalho remoto ficam a cargo do órgão
ao qual é vinculado, ou seja, cabendo ao empregador/órgão definir se vai
ou não fornecer esse suporte.
4.3 Discursão
Pôde-se perceber que os servidores da Escola Municipal de Música,
nunca haviam trabalhado em regime de home office antes da pandemia,
mas tiveram um processo de adaptação moderado, em grande parte por já
terem familiaridades com tecnologias de comunicação a distância.
A quantidade de trabalho, segundo a maioria dos respondentes, au-
mentou, sendo esse aumento mais sentido pelas mulheres do que pelos
homens, podendo essa variação está relacionada com a desigual divisão
das atividades domesticas e de cuidado, que por conta das desigualdades
de gênero ainda recai muito mais sobre as mulheres, mas também se res-
salta que 80% dessas mulheres possuem uma pessoa para dividir essas
atividades, que na maioria das vezes é uma empregada doméstica ou fa-
miliares.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho vem passando por inúmeras transformações ao longo dos
séculos, onde a rigidez encontrada nas linhas de produção em massa de
Henry Ford foi dando lugar a uma nova era marcada pela flexibilização, que
em meio as revoluções tecnológicas, fez surgir novas formas de trabalho.
O teletrabalho é uma delas. Um trabalho realizado remotamente, por meio
de Tecnologias de Informação e Comunicação.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 144
Essa modalidade de trabalho já era uma tendencia desse mundo mar-
cado pela flexibilização e pelas constantes mudanças tecnológicas, mas se
tornou ainda mais evidente com a pandemia do COVID-19. Sendo assim, a
presente pesquisa buscou compreender os impactados dessa modalida-
de nos trabalhadores, a partir do recorte amostral da Escola Municipal de
Música, concluindo que grande parte dos trabalhadores nunca haviam tra-
balhado antes com esse tipo de atividade, mas tem buscando se adaptar
e adquirir novas competências para melhorar o desenvolvimento de suas
atividades.
Porém, esses trabalhadores tem percebido um aumento da quantida-
de de trabalho, bem como dificuldades para organizar o tempo dedicado a
ele, mas tem tentado manter o mesmo nível de produtividade de antes da
pandemia, já para uma outra parcela deles o aumento do tempo disponível
e a boa adaptação a execução de atividades remotas tem ajudado a pro-
duzir mais.
Além disso, um ambiente adequado, equipamentos e ferramentas ne-
cessárias para exercer o trabalho remoto são os principais aspectos que
impactam negativamente esse tipo de trabalho. Tendo os respondentes
sugerido como melhoria ao trabalho em home office questões como: uma
maior democratização do acesso à internet, um suporte da instituição para
aquisição e manutenção das ferramentas de trabalho e até mesmo de um
espaço adequado para execução dessas atividades na residência do tra-
balhador.
O que se pode perceber é que o home office é uma modalidade de tra-
balho que apresenta vantagens, como a flexibilidade de horário e redução
de custos com transporte casa/trabalho. Mas que também apresenta des-
vantagens como os custos com os quais os trabalhadores têm que arcar
para exercer o home office e os conflitos entre o tempo de trabalho e tempo
de não trabalho. Vale ressaltar por fim que o home office apesar de ser uma
tendencia do novo capitalismo, ainda é um privilégio de uma classe de tra-
balhadores com altas qualificações e de determinados ramos de atuação,
sendo uma alternativa inalcançável para grande parte de população.
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Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 146
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Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 148
CAPÍTULO 7
HOME OFFICE EM TEMPOS DE PANDEMIA: OS IM-
PACTOS NO DESEMPENHO DOS COLABORADO-
RES EM UMA EMPRESA DO SETOR DE TURISMO
EM SÃO LUÍS – MA
Jullyann Anderson Maia Pereira1
Roosevelth Ramos Barroso Carvalho2
RESUMO
ABSTRACT
In view of the Covid-19 pandemic crisis that the world is facing, there
was a need to impose restrictions on the movement and agglomerations of
people to contain the spread of the virus. This measure brought great los-
ses to the companies and, so that they would not close, it was necessary to
adopt the model of remote work - home office, also changing the routine of
1 Discente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI.
2 Docente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI.
1 INTRODUÇÃO
Com o surgimento da pandemia da Covid -19, houve a necessidade
de adotar-se medidas sanitárias emergências a fim de reduzir o contágio
do vírus em diversas partes do mundo. Tais medidas foram definidas pela
Organização Mundial da Saúde (OMT) e Estados como forma de frear a
propagação de uma doença, até então desconhecida.
Diante das dificuldades causadas pela pandemia, diversas áreas da
sociedade foram afetas - em especial a economia - que em um determi-
nado período da pandemia, fez com que empresas tivessem o fechamento
temporário dos seus negócios até que a situação se tornasse mais estável
e que esses negócios estivessem preparados para retornar as suas ativi-
dades sem colocar em riscos seus funcionários e clientes. (COELHO, 2020)
As empresas, tiveram que buscar formas de continuar a desempe-
nhar as suas atividades, além de tentar minimizar os prejuízos causados
pela pandemia. Passaram a adotar o home office, como uma alternativa
de garantir a continuidade das atividades e serviços principais e garantir a
preservação da saúde de seus empregados.
Além das empresas, milhares de colaboradores tiveram suas ativida-
des laborais impactadas. Esses colaboradores, para continuarem no mer-
cado de trabalho, precisaram se ajustar a uma nova forma de trabalhar e
de exercer suas funções profissionais, que passaram a ser realizadas re-
motamente via home office. (BRIDI et al., 2020)
Com toda essa mudança na rotina profissional de milhares de pes-
soas, quem teve a possibilidade de executar suas tarefas em casa, pas-
sou a trabalhar nessa modalidade. Assim, a pesquisa aplica-se na seguinte
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 150
questão: Como os impactos da pandemia da Covid-19 influenciaram no
desempenho dos colaboradores de uma empresa do setor de turismo?
Diante desse cenário, o presente estudo tem como objetivo geral ana-
lisar os impactos causados no desempenho dos colaboradores em uma
empresa do setor de turismo em São Luís – MA, em decorrência da pande-
mia da Covid-19. E seus objetivos específicos tratam de: investigar como a
pandemia da Covid-19 afetou o desempenho dos colaboradores; identifi-
car as principais causas dos impactos no desempenho dos colaboradores;
compreender como os impactos da covid-19 afetaram o desempenho dos
colaboradores durante o home office;
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 152
o artigo 75-B da CLT, da Reforma Trabalhista de 2017, e “é definido como
a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do
empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comuni-
cação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo”.
(VOCE S/A, 2021)
Já o home office, não tem particularidade legal e “os trabalhadores po-
dem permanecer o tempo todo de modo remoto ou conciliar uma parte da
jornada semanal em casa e a outra na empresa”. Além disso, há contíole de
joínada do tíabalhadoí e o colaboíadoí deve estaí disponível paía encontíos
síncíonos mais fíequência. (MACKENZIE, 2021)
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 154
Além desses métodos de avalição de desempenho tradicionais, novos
métodos estão sendo implementados nas organizações, tais como:
• Avaliação 90º: o gestor faz uma avaliação diretamente com os
colaboradores de sua equipe. (CIAPE, 2020)
• Avaliação 180º: o avaliado é analisado pelos seus superiores,
permitindo que os gestores realizem uma avaliação com cada
colaborador da sua equipe. (CIAPE, 2020)
• Avaliação 360º: as pessoas da organização podem contribuir
com alguma informação a respeito do avaliado. (GARCIA E
KRIECHLE, 2017)
• Autoavaliação: o colaborador tem a liberdade de fazer uma
análise de si. (CIAPE, 2020)
Por fim, o processo de avaliação tem de ser simples e deve destacar
o que avaliar sobre cada colaborador. Os resultados devem apresentar re-
sultados construtivos. Quem avalia, precisa adotar atitude de imparcialida-
de e honestidade nas avaliações, e quem é avaliado tem de estar aberto a
atitudes receptivas e não defensivas. BICHUETTI (2020)
3 METODOLOGIA
De acordo com Marconi e Lakatos (2003) é através da metodologia
que são explicados os métodos aplicados para a elaboração de uma pes-
quisa científica, apontando as ferramentas necessárias para a construção
de determinado trabalho.
O enfoque epistemológico interpretativo é fenomenológico. De acor-
do com Diniz et. al (2006), essa abordagem tem objetivo de entender o
mundo do ponto de vista daqueles que o vivenciam e, para compreender o
mundo, o pesquisador deve interpretá-lo.
Este artigo foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica
descritiva e exploratória. A pesquisa bibliográfica fornece informações
sobre o assunto pesquisado e é um instrumento básico e necessário em
qualquer tipo de pesquisa.
Amaral (2007, p. 1), destaca a pesquisa bibliográfica:
[...] antes de todo e qualquer trabalho científico [é imprescindível] fazer
uma pesquisa bibliográfica exaustiva sobre o tema em questão, e não
começar a coleta de dados e depois fazer a revisão de literatura, como
algumas vezes se observa em alguns profissionais [...] e acadêmicos
no início de formação científica.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 156
ticipação de 11 pessoas (destes, 01 diretor geral e 10 colaboradores). Para
GIL (2002), o universo da pesquisa significa a população de estudo na área
delimitada para a pesquisa.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 158
tornam fatores muito importante no desempenho de cada um”, aponta a
diretora.
Ao ser questionada sobre a avaliação de desempenho dos emprega-
dos, a diretora informou que fez avaliações de forma parcial. “Sempre é
estipulado metas; treinamentos virtuais; pequenas reuniões e feedbacks,
com o objetivo de avaliar como estava sendo o trabalho via home office,
identificar a produtividade e os comportamentos negativos. Mas o fato da
empresa não possui um setor de RH, torna a aplicação de melhores avalia-
ções de desempenhos menos eficientes”.
Por fim, foi possível notar que a empresa atualmente está adotando
o sistema de trabalho de maneira híbrida e os colaboradores ficam reve-
zando entre o trabalho na empresa e o trabalho em home office. Ao ser
questionada sobre a continuidade do home office após o período de com-
bate à pandemia da Covid-19, a diretora se mostrou confiante em manter
as atividades nessa modalidade de trabalho. “No começo, tanto a empresa
quando os colaboradores, precisaram ajustar alguns pontos para poder
desenvolver as suas atividades em home office e tentar manter um bom
desempenho e boa produtividade. Hoje, é possível observar que nem sem-
pre o colaborador precisa está dentro da empresa para desenvolver um
bom trabalho. É necessário pensar também na saúde de todos os trabalha-
dores e na rotina de trabalho que era definido antes da pandemia’, aponta
a diretora.
4.2 Colaboradores
Durante a realização da pesquisa na empresa, foram aplicados ques-
tionários com perguntas fechadas com 10 colaboradores, por meio do apli-
cativo Google Forms, sendo 60% do sexo feminino e 40% do sexo mascu-
lino (gráfico 1) e do total, 60% dos colaboradores possuem idade entre 21
e 30 anos; 30% com idade entre 31 e 40 anos, conforme mostra o gráfico 2
Gráfico 1 – Perfil dos colaboradores: Gráfico 2 – Perfil dos colaboradores: idade
sexo
Fonte: Elaborado pelo autor, 2021 Fonte: Elaborado pelo autor, 2021
Fonte: Elaborado pelo autor, 2021 Fonte: Elaborado pelo autor, 2021
Para a realização do trabalho em home office, 80% afirmaram que
receberam adequadamente todas as informações necessárias paía o bom
desempenho da sua atividade. Referente ao grau satisfação com as medi-
das de trabalho via home office estabelecido pela empresa, o total 80% de
pessoas que responderam que ficaram muito satisfeitas e satisfeitas e 20%
insatisfeitas. Uma outra informação obtida foi que 60% dos entrevistados
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 160
se sentiram capacitados (as) para trabalhar nesse novo regime de traba-
lho, conforme o gráfico 5.
Gráfico 5 – Você se sentiu capacitado (a) ao trabalhar em regime de home office?
Fonte: Elaborado pelo autor, 2021 Fonte: Elaborado pelo autor, 2021
Principal aquisição por parte dos colaboradores a contratação de
“Plano de Celular e/ou Serviço de Internet” (gráfico 8).
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 162
Gráfico 10 – Os 03 maiores desafios ao realizar o seu trabalho em casa via home office ?
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 164
Gráfico 14 – A empresa, realizou Gráfico 15 – Atuando em home office,
alguma avalição de desempenho, você recebeu algum feedback sobre o
referente ao seu trabalho via seu desempenho?
home office?
Fonte: Elaborado pelo autor, 2021 Fonte: Elaborado pelo autor, 202
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo centrou-se na análise dos impactos causados no desempe-
nho dos colaboradores em uma empresa do setor de turismo em São Luís
– MA, em decorrência da pandemia da Covid-19. Ainda que os impactos
gerados pela pandemia não possam ser mensurados em sua totalidade, é
possível observar que a economia mundial foi bastante afetada.
As organizações foram umas das primeiras a sentirem os impactos
negativos causados pelas políticas de restrições de circulação de pessoas,
fechamento dos serviços e atividade não essenciais e outras restrições im-
postas. Assim, empresas de diferentes setores da economia foram bastan-
te afetadas, com perdas, em alguns casos, próximas de 100% e tiveram a
adaptação como um meio de superação do atual cenário.
Conforme proposto nos objetivos e através da metodologia que foi
aplicada através de entrevista realizada com a diretora da empresa e ques-
tionários aplicados com colaboradores, a investigação e análise desses
dados apresentaram resultados que confirmam, por menor que seja, que
houve impactos no desempenho dos colaboradores durante o trabalho
home office, devido a pandemia da Covid-19.
No que tange ao trabalho home office adotado pela empresa, os dados
apontaram informações semelhantes entre os gestores e os funcionários.
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Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 166
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tubro de 2021
RESUMO
ABSTRACT
In the current scenario, the biggest competitive differential for com-
panies is associated with the elimination of waste, considering that innova-
tions are constantly changing and generating high costs. With a lean and
1 Discente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI.
2 Docente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI.
1 INTRODUÇÃO
Diante das adaptações necessárias ao combate da disseminação do
Covid-19, a rotina administrativa das empresas ganhou novos formatos,
em decorrência dos novos modelos de consumo, negociação e vendas.
A maioria das empresas mudou a forma como operava e comercializava
seus produtos, usando estratégias que levaram à inclusão ou descoberta
de novos caminhos para o posicionamento no mercado, até o aumento do
uso do comércio eletrônico e da participação em atividades virtuais.
Para atender esse aumento de demandas logísticas para o transporte
dessas mercadorias, as empresas logísticas tiveram que se adaptar, assim
como repensar seus processos e procedimentos visando acelerar suas ati-
vidades, sendo necessário reduzir ou mesmo eliminar todos os tipos de
desperdícios, de tempo, de processos, de atividades, de insumos, dentre
outros.
O interesse por essa temática partiu da observação do desenvolvi-
mento econômico do país e do crescimento do poder aquisitivo da sua
população que trouxeram maiores demandas aos transportes de bens de
consumo e circulação de produtos. Além disso, a estrutura física e multi-
modal de todos os portos brasileiros favorece a operacionalização de mul-
timodalidade, com maior eficiência e alavancagem da economia local e
nacional.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 172
Destaca-se então, a aplicação do método Kaizen integrado à uma
empresa logística multinacional de origem brasileira, sendo hoje uma das
mais conceituadas no seu ramo de atividade no mundo e responsável por
fazer a logística multimodal de diversos clientes e produtos como grãos e
minério, pode trazer vantagens competitivas aos seu desempenho ao eli-
minar desperdícios (DENNIS, 2014).
Este trabalho tem por relevância mostrar como uma empresa reduz
custos através de uma produção enxuta, dando mais valor aos seus clien-
tes, com menos esforço humano, menos tempo, menos processos que não
agregam valor ao produto. A revisão dos processos, em cada um dos ser-
viços, leva ao aprimoramento de oferta de serviços realizados por uma em-
presa. Ao ajustar cada detalhe do design do processo, produto ou serviços
e otimizar sua cadeia de suprimentos para se tornar mais ágil, a satisfação
do cliente é melhorada.
Ao mesmo tempo, o melhor gerenciamento e aproveitamento dos re-
cursos, sejam humanos, materiais ou informações é um diferencial com-
petitivo importante para todas as organizações, especialmente para aque-
las que tentam manter ou ampliar seus negócios diante de uma mercado
competitivo e globalizado, em que os menores custos podem determinar
maiores lucros, sem aumentar no valor cobrado aos clientes finais (WIL-
DAUER; WILDAUER, 2015).
O aprimoramento de suas atividades é então uma necessidade real,
para que possa garantir a qualidade do serviço prestado, gerando satis-
fação e fidelização dos clientes, além de manter seus custos em um nível
ideal. Para tanto, os desperdícios de sua cadeia devem ser eliminados, ou
pelo menos minimizados (DENNIS, 2014).
O método Kaizen é especialmente importante no sentido de aumentar
a produtividade e agregar mais valor ao cliente final. A metodologia define
e age em diferentes tipos de desperdício. Diante contexto apresentado foi
levantada a problemática: Como uma empresa de logística pode aplicar o
método Kaizen para eliminar as atividades que consomem recursos e não
geram valor às suas atividades? O objetivo geral desse trabalho foi anali-
sar como a implantação do método Kaizen pode auxiliar uma empresa de
um terminal portuário de São Luís a eliminar desperdícios no seu proces-
so de descarga de grãos. Como objetivos específicos, foram delimitados:
delinear a base teórica do conceito de Kaizen; indicar como o Kaizen pode
ser implantado e em quais circunstâncias; comparar indicadores que de-
monstram a eficácia da implantação do método Kaizen; identificar como
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A qualidade é hoje uma das principais estratégias competitivas nas
empresas e em diversos setores. O contexto econômico vigente é caracte-
rizado por uma alta competitividade, devido a exigência dos consumidores
e a velocidade em que ocorrem mudanças (WILDAUER; WILDAUER, 2015).
A efetividade operacional é baseada na redução dos custos, no au-
mento da produtividade e na melhoria dos produtos. Para atingir estes ob-
jetivos, as empresas devem estar sempre revisando seus processos pro-
dutivos, seus produtos, seus relacionamentos com clientes, fornecedores,
etc.
Assim, este tópico apresenta os conceitos e características da filosofia
Lean, dos aspectos centrais da Melhoria Contínua e da importância e apli-
cabilidade do método Kaizen para redução do desperdício e consequente
contribuição para a qualidade das atividades produtivas.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 174
Enquanto a produção tinha inicialmente o foco das atenções, a sub-
sequente adaptação por gerentes e consultores gerenciais criou uma fi-
losofia de liderança chamada gerenciamento enxuto. Como resultado, o
gerenciamento enxuto é um conceito organizacional e de liderança que é
complementar à produção enxuta, mas, em extensão, visa além da produ-
ção, podendo ser aplicada a todas as áreas de uma organização para evitar
qualquer forma de desperdício, erros e custos desnecessários, enquanto
se empenha em obter a melhor qualidade possível (SCUCUGLIA; PAVANI
JÚNIOR, 2010).
O Sistema Toyota de Produção (STP), também conhecido como Ma-
nufatura Enxuta ou Lean Manufacturing, foi desenvolvido no Japão, após
a Segunda Guerra Mundial, tendo por objetivo a busca a diminuição e a
eliminação de desperdício nos processos produtivos organizacionais, to-
mando como uma de suas estratégias básicas a otimização dos processos,
mapeando fluxos de valor (IMAI, 2014).
Nesse período do pós-guerra, a empresa japonesa Toyota desenvol-
veu novos métodos de produção que foram agrupados sob o nome de STP,
cujo objetivo é estabelecer uma cadeia produtiva fluida, que visa o cons-
tante aprimoramento dos processos e o valor agregado de cada ação dos
colaboradores (MOREIRA, 2014).
Foi na década de 90 que esse modelo STP de produção inspirou o
Lean Manufacturing, que se tornou amplamente democratizado e diversifi-
cado. A Manufatura Enxuta permite obter resultados convincentes pauta-
dos na abordagem de melhoria contínua, afetando todos os processos da
empresa: financeiros, administrativos e produtivos. Consiste em reunir as
condições operacionais ideais por meio de: redução das fontes de não pro-
dutividade e valor não agregado e reduzir os desperdícios e perdas (CHI-
PECA, 2019).
Esta otimização da cadeia de valor é benéfica para todos os parceiros
da empresa, pois oferece melhores condições de trabalho para os funcio-
nários, clientes satisfeitos com a qualidade e prazos e colaboração facili-
tada com fornecedores. A filosofia desenvolvida visa otimizar as condições
de trabalho dos colaboradores e gerar valor agregado para o cliente final.
Para atingir este objetivo, grande parte das ações de Lean Management
são motivadas por 5 princípios: desafio, respeito, Kaizen, Gemba e trabalho
em equipe (IMAI, 2014).
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 176
ros, defeitos e rejeições; e tempos de espera e prazos (WILDAUER; WIL-
DAUER, 2015).
2.3 KAIZEN
Kaizen, junção das palavras japonesas Kai (mudar) e Zen (melhor), é
um conceito que se difundiu em muitas empresas ocidentais. Refere-se a
um processo de Melhoria Contínua, ou seja, envolve a implementação de
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 178
melhoramentos, sendo baseados na participação de todos os funcionários
e gerando poucos ou nenhum custo (LIKER; ROSS; KLIPPEL, 2019).
O método Kaizen é um processo de melhoria contínua baseado em
ações concretas, simples e de baixo custo. Assim, entende-se que, às ve-
zes, pequenos ajustes em uma atividade preliminar podem favorecer toda
a linha de processo, gerando ganhos com poucos investimentos. Um re-
curso estratégico para empresas de todos os portes (KOENIGSAECKER;
RUBENICH; KLIPPEL, 2011).
O método Kaizen surgiu no Japão após a Segunda Guerra Mundial
(década de 50), sendo seu conceito de industrial. Com o término do con-
flito, o país se viu devastado e o governo deu início a diversos projetos nas
áreas de gestão e administração, com o objetivo de reestruturar os proces-
sos industriais para que empresas japonesas voltassem a ser competitivas
globalmente (MARTINS, 2020).
Assim, iniciou-se o estudo de projetos focados em qualidade, o que
fez surgir o método Kaizen de melhoria contínua, que se disseminou por
diversas áreas, além da indústria e conquistou adeptos ao redor do mundo.
A metodologia baseia-se nas questões socioculturais do oriente, segundo
as quais todos os indivíduos em uma empresa devem estar comprometi-
dos com redução de custos e de desperdício, mas também com o aumento
de produtividade (ALVARES et al., 2017).
O método Kaizen e suas ferramentas apoiam os resultados de sua im-
plementação e visam garantir o processo de melhoria contínua. Podem ser
utilizados por empresas que buscam solucionar seus problemas de forma
rápida, objetiva e com qualidade. Esse método envolve todos os emprega-
dos de uma empresa, os quais se concentram nas melhorias de processo.
É uma ferramenta simples e de fácil aplicação que auxilia os gestores a
otimizar seus processos de produção e alcançar os objetivos da empresa
(BENHUR, 2020).
No Kaizen, o objetivo final perseguido pela empresa não é tanto atingir
a qualidade total, que por definição está fora do alcance, mas seguir um
planejamento que possa levar ao mais próximo possível dessa qualidade.
Este conceito é tão claro e óbvio para muitos japoneses, que nem per-
cebem que o possuem. A Filosofia Kaizen despertou o interesse de muitos
pesquisadores porque aumenta a produtividade das empresas e ajuda a
produzir com mais qualidade com esforços mínimos (IMAI, 2014).
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 180
c) Transporte desnecessário: viagens sem valor agregado;
d) Processos/atividades desnecessários;
e) Superprodução: produzir mais do que o necessário;
f) Overstocking: estoque superdimensionado; e,
g) Não qualidade: peças defeituosas ou qualidade de serviço ge-
ralmente exigindo uma tarefa adicional.
Quanto à MURA, trata de irregularidades em um processo (exemplo:
variações na produção de um produto ou serviço), enquanto a MURI abor-
da as dificuldades repentinas no cumprimento de uma tarefa (treinamen-
to insuficiente, ferramentas inadequadas ...) gerando sobrecarga, excesso,
esforços desnecessários, fontes de pressão e estresse (SANTOS; ARAÚJO,
2018).
Novamente, Kaizen não é somente um método, mas mais uma menta-
lidade baseada em princípios. No entanto, existem várias ferramentas que
se encaixam nessa abordagem. O primeiro deles é o PDCA (ou roda de De-
ming) que permite que um processo de melhoria contínua seja estruturado
distinguindo 4 estágios (YAMADA, 2012):
a) Planejar: análise e planejamento
b) Fazer: etapa operacional da ação, execução
c) Verificar: verificação e controle
d) Atuar: possíveis ajustes após a "verificação".
Centrado no layout do espaço de trabalho, o método 5S visa tornar o
ambiente próximo organizado, seguro e limpo. Este acrônimo usa as letras
japonesas de (MOREIRA, 2014):
e) Seiri: Remover o que é desnecessário;
a) Seiton: Colocar em ordem;
b) Seiso: Tornar o espaço de trabalho limpo;
c) Seiketsu: Adotar boas práticas para manter o espaço de traba-
lho arrumado;
d) Shitsuke: implementar o 4S anterior.
Outras ferramentas se destacam como o Kanban, que é um méto-
do just-in-time para reduzir o trabalho em andamento e a gestão visual:
para ganhar eficiência usando dispositivos visuais, como displays KPI (Key
Performance Indicator, que em português quer dizer: Indicador-Chave de
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
Quanto aos procedimentos, a pesquisa é bibliográfica, documental e
pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica foi baseada no levantamen-
to de referências teóricas pautadas em autores como: Dennis (2014), Imai
(2014), Liker, Ross e Klippel (2019), dentre outros. A pesquisa documental
deste trabalho foi pautada no acesso e análise de ferramentas do Kaizen e
dos procedimentos implementados nas atividades da empresa objeto de
observação, no que se refere aos resultados pretendidos e alcançados.
A presente pesquisa, quanto a natureza foi classificada como aplicada,
posto que os resultados podem vir a ser utilizados para direcionar as deci-
sões gerenciais quanto à extensão as aplicação do Kaizen nas operações
da empresa objeto de estudo para redução das perdas no seu processo de
descarga de grãos, nas categorias de inventário, espera, movimentação,
transporte, defeito, superprodução e/ou processamento excessivo.
A coleta de dados bibliográficos foi constituída pelas seguintes eta-
pas: a) acesso as bases de dados online especificadas, utilizando os ter-
mos: Manufatura Enxuta, Kaizen, Kanban; b) seleção dos trabalhos, consi-
derando os critérios de inclusão e exclusão, a partir da leitura dos títulos
e resumos destes; c) leitura dos documentos selecionados na integra; d)
fichamento dos documentos.
Quanta à pesquisa de campo: identificação dos documentos do mé-
todo Kaizen na empresa objeto de observação; análise do Kaizen aplicado
para impedir os desperdícios na área de descarga de grãos; identificar os
motivos de seu desenvolvimento; verificar os resultados esperados e al-
cançados pela implantação do Kaizen; apresentar os dados de forma des-
critiva, em abordagem qualitativa e quantitativa. A análise referente a esta
pesquisa foi caráter descritivo, de modo a proporcionar informações su-
marizadas dos dados contidos no total de elementos da amostra (método
Kaizen) estudada.
4 PEQUISA DE CAMPO
Com a evolução e as transformações permanentes do ambiente de
negócios (concorrência, novos processos, inovações tecnológicas, novos
produtos), a realidade do mercado exige mudanças internas que podem
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 182
resultar na adequação da utilização dos recursos de forma eficiente em
termos de custo, tempo, produtividade, adquirindo ou simplesmente me-
lhorando os recursos que um empresa já tem. Kaizen é essencialmente ba-
seado nesta segunda opção, na análise do existente, na comparação com
a realidade para melhorar as conquistas (CAPOTE, 2016).
O método Kaizen visa melhorar a produtividade de uma empresa fa-
zendo pequenas mudanças todos os dias. Para serem eficazes, todos os
funcionários, gerentes e não gerentes, devem participar propondo solu-
ções e melhorias para deficiências, falhas ou defeitos nos processos. Esta
melhoria não deve originar um investimento financeiro significativo, o que
destaca esse sistema como de baixo custo de implantação e manutenção
(GALHARDI; TABETA, 2021).
Usando as ferramentas do Kaizen torna-se possível eliminar os des-
perdícios identificados em cada atividade ou processo. O envolvimento
de todos os funcionários é essencial, principalmente aqueles que estão à
frente do processo, compreendo mais profundamente a relação causal dos
desperdícios uma vez que executam cotidianamente atividades envolvidas
nessas perdas, tendo uma visão mais realística de causa e efeito (OLIANI,
2016).
A experiência desses empregados, muitas vezes, faz com que ideali-
zem soluções práticas, mas as quais não sabem como ou não têm autono-
mia para implantar. Analisando algumas atividades ou tarefas realizadas
ao longo do trabalho, são apontadas perdas evitáveis e que não agregam
valor ao processo ou ao cliente, sejam nas atividades de transporte, retra-
balho, movimento, espera, superprocessamento, superprodução e defei-
tos.
A presente pesquisa foi realizada no terminal de descarga de grãos do
Terminal Portuário de São Luís – TPSL, concessão da Empresa VLI Multi-
modal S.A no Porto de Itaqui, implantado no Maranhão, localizado na mar-
gem leste da baía de São Marcos e ao sul da Ponta da Madeira.
O local da pesquisa, Terminal Portuário São Luís (TPSL), é operacio-
nalizado no berço 105 do Porto de Itaqui pela empresa concessionária VLI
(Figura 1). Situado na capital maranhense, devido sua posição geográfica
estratégica, oferece uma grande vantagem competitiva por possuir uma
rota mais próxima da Europa, especialmente do Porto de Roterdã na Ho-
landa, do canal do Panamá que é rota para a China e Estados Unidos (VLI,
2021).
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 184
da rapidez de operação das cargas e o incremento da competitividade do
corredor de escoamento de grãos que atende aos estados do Maranhão,
Piauí e Tocantins.
De acordo com a mesma associação (ANTF, 2016), este novo silo, com
250 metros de área, é capaz de armazenar 45.000 toneladas. Assim, para
movimentar seus produtos principais a soja, o milho, o farelo de soja e o
ferro gusa, a estrutura atual da empresa (Imagem 3) conta com (VLI, 2021):
a) 1 píer de atracação com 280 metros de comprimento e profun-
didade de 18 metros;
b) 5 silos e 2 armazéns de estocagem de grãos com capacidade
estática de 220 mil toneladas;
c) 3 pátios de ferro gusa com capacidade estática de 140 mil tone-
ladas; e
d) Área de descarga ferroviária de grãos e ferro gusa e descarga
rodoviária de grãos.
O TPSL, movimenta atualmente toda a produção de soja exportada
pelo Porto do Itaqui, através de um sistema que integra a ferrovia, o próprio
terminal e o porto (ANTF, 2016), sendo devido a essa importância selecio-
nada para realização dessa pesquisa a área de descarga de grãos.
A partir do levantamento realizado em campo, verificou-se que dentre
as ferramentas utilizadas na filial da empresa multinacional de logística
instalada no Porto do Itaqui – MA, destaca-se a ferramenta Kanban, posto
que utiliza-se de soluções consideradas simples, de implantação prática
e baixo custo, usando o conhecimento dos próprios funcionários de cada
setor e suas experiências para melhorar as atividades e os processos pro-
dutivos envolvidos.
Na VLI a estratégia adotada para implementar a abordagem Kaizen
foi a de preparação da base, partindo de projetos de fácil implementação e
com potencial de ganhos de eficiência. Na verdade, a maioria dos projetos
visados por uma abordagem Kaizen eram originalmente projetos envolven-
do um número relativamente pequeno de pessoas e processos envolvidos
que eram simples de identificar. Uma vez obtidos os primeiros resultados,
estes confirmaram a relevância da utilização do Kaizen dentro da empresa.
Os Kaizen desenvolvidos na empresa em análise são classificados
segundo categorias, incluindo: meio ambiente, S&S (saúde e segurança),
qualidade, MURI (sobrecarga), MURA (flutuação), MUDA (desperdícios)
este último incluindo: espera, inventário, movimentação, transporte, defei-
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 186
se foram alcançados, incluindo: risco, ergonomia, distância (m), custos,
tempo (min), distância (m), recursos, dentre outros. Assim, diante dos re-
sultados alcançados é possível realizar uma análise para verificar se o pro-
cedimento pode ser replicável para outras localidades da empresa. A Figu-
ra 2 ilustra a exposição dos procedimentos Kaizen na área externa ao setor
de descargas de grãos da empresa logística objeto de observação.
Figura 2 – Quadro de exposição de procedimentos Kaizen na área externa da área de descar-
ga de grão no TPSL
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 188
A aplicação do método Kaizen permite melhorar o desempenho dos
processos e métodos existentes, principalmente fornecendo soluções para
problemas recorrentes. Destaca-se que os investimentos financeiros apli-
cados são nulos, ou quase nulos, em todos os procedimentos Kaizen que
foram avaliados, uma vez que as soluções utilizam os materiais, equipa-
mentos e ferramentas que já foram adquiridos pela empresa.
Por exemplo, no procedimento Kaizen “Limpador de trilhos da Moega
3 na descarga ferroviária de grãos do TPSL”, o processo de limpeza reali-
zado antes da intervenção era feito em duas etapas por dois funcionários.
Na primeira etapa era retirada do excesso de grãos dos trilhos com a fer-
ramenta “limpa trilho” e na segunda etapa era realizada a finalização da
limpeza com mangueira de ar comprimido, como ilustrado na sequência
de imagens da Figura 3.
Figura 3 – Processo de limpeza dos trilhos antes da intervenção Kaizen
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O método Kaizen, suas ferramentas de gestão da qualidade, colabo-
ração e melhoria contínua, preconiza a gestão da mudança progressiva na
empresa, sem riscos ou constrangimentos dos funcionários. Mais eficien-
tes, mais eficazes, mais competitivas, as empresas são constantemente
pressionadas para serem melhores, partindo do essencial, numa dinâmica
ética.
Eliminar desperdícios e aumentar lucros são, portanto, benefícios do
método, o qual requer uma cultura corporativa adaptada à essa filosofia e,
às vezes, até suporte para mudanças. Numa dinâmica progressiva, perma-
nente e colaborativa, deve-se considerar que o método Kaizen incentiva:
o questionamento das práticas atuais; a busca pela melhoria do processo,
não pela perfeição; o empoderamento e a iniciativa de funcionários e ope-
radores, pois iniciadas por eles próprios, as mudanças são necessariamen-
te mais bem aceitas.
Um trabalho que valoriza a implementação de pequenas ações con-
cretas e, portanto, menos onerosas, assim como a o proatividade na busca
de causas de problemas, muitas vezes múltiplos, distancia-se do mode-
lo de reatividade e priorização de ações corretivas, posto que entende-se
que é melhor ter uma correção imediata e parcial dos erros, mesmo que
isso signifique voltar a eles mais tarde para uma resolução total, o monito-
ramento das ações implementadas, o estabelecimento de procedimentos
claros, a definição de objetivos realistas, o trabalho em equipe, o uso de
habilidades internas em vez de recorrer a especialistas externos, valorizan-
do a mão-de-obra já disponível, que se torna mais comprometida, uma vez
observa que suas perspectivas são aceitas na empresa.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 190
Atualmente, a VLI avança para um método de gestão que promova
a autonomia das equipes, condição essencial para o sucesso de projetos
Kaizen mais ambiciosos, como sejam projetos multifuncionais envolvendo
vários departamentos e / ou unidades. Para isso, considera-se necessário
manter um nível de submissão hierárquica que deixe espaço para a ini-
ciativa. A melhoria contínua preconizada por Kaizen, portanto, só pode ser
alcançada se os funcionários estiverem motivados e atentos às oportuni-
dades de mudança, criando um sistema de um forte potencial de inovação
e sucesso.
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Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 194
CAPÍTULO 9
A CONTRIBUIÇÃO DO BIG DATA PARA A GESTÃO
NO ÂMBITO DA POLÍCIA MILITAR DE SÃO LUÍS-MA
NA APLICABILIDADE DA LEI
Diego de Abreu Gomes1
Roosevelth Ramos Barroso Carvalho2
Resumo
1 INTRODUÇÃO
Este estudo caracteriza-se, por natureza, como uma pesquisa básica,
pura ou fundamental (DALBERIO; DALBERIO, 2009, p. 23), uma vez que se
põe a trazer um melhor entendimento sobre os procedimentos da logística
que envolve o uso do Big Data em operações policiais no mundo em geral,
no Brasil e em específico as suas contribuições em São Luís do Maranhão,
destinando-se, dessa maneira, a aumentar a base teórico-científica sobre
o tema em questão. Especialmente, quando se pensa que este trabalho
pode servir como base para estudos e futuras inovações destinadas a pes-
quisas de ciência aplicada.
Na era do Big Data, os indivíduos estão contribuindo para um acúmu-
lo de dados digitais cada vez maior em suas vidas diárias. Se uma pessoa
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 196
usa seu smartphone, faz uma compra com cartão de crédito ou gosta de
algo nas redes sociais, ela deixa um rastro digital que pode ser armaze-
nado e vinculado a outros pontos de dados. A digitalização em massa de
informações combinada com o crescimento exponencial do poder compu-
tacional resultou em uma explosão das chamadas análises de Big Data. A
análise de Big Data foi adotada em uma ampla gama de campos, incluin-
do finanças (BRAYNE, 2017), trabalho (LILLY; CULLEN; BALL, 2018), ciên-
cias sociais (SELBST, 2017), mídia social (KNOKE; YANG, 2019), jornalismo
(CHRISTIN, 2018), marketing e crédito (KELLOGG; VALENTINE; CHRIS-
TIN, 2020) e policiamento (RICHARDSON; SCHULTZ; CRAWFORD, 2019).
As agências de aplicação da lei estão começando a usar Big Data em
uma variedade de operações diárias e atividades de vigilância, incluindo
patrulha, investigação e análise de crimes. O uso de Big Data pela polícia
é assunto de debate contencioso nos círculos políticos, de mídia, jurídicos,
regulatórios e acadêmicos. No entanto, os avanços na análise de dados
ultrapassam em muito a pesquisa científica social e as respostas jurídicas
ao novo cenário de dados. Por isso, este artigo baseia-se em um crescente
corpo de trabalho sobre o uso de Big Data pelas autoridades policiais. Tem
por objetivo examinar como a coleta, análise e implantação de Big Data
estão transformando as atividades de aplicação da lei e com quais conse-
quências legais. Ainda, argumenta que, embora o policiamento de Big Data
represente, em parte, uma recapitulação das práticas policiais existentes,
a análise de Big Data está associada a certas transformações fundamen-
tais na atividade policial. As formas de vigilância direcionada representam
uma migração das operações de aplicação da lei para as atividades de
inteligência (RIDGEWAY, 2018). O policiamento de Big Data apresenta de-
safios para as estruturas legais existentes que regem a atividade policial.
Portanto, as implicações legais do uso de Big Data como ferramenta de
gestão das atividades policiais abrangem leis criminais, constitucionais,
administrativas e de privacidade.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
3 Aquilo que aponta para uma direção exata. Designa algo exatamente no contexto em que ocorre (CUNHA, 2019).
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 198
crição de Laney et al. (2001) dos três Vs do Big Data : volume, variedade e
velocidade. Este artigo considera o Big Data como:
Um ambiente de dados formado por quatro características: é vasto,
rápido, díspar e digital. Em primeiro lugar, a análise de big data envolve
a análise de grandes quantidades de informações digitais. Em segundo
lugar, o big data normalmente envolve observações de dados de alta
frequência e processamento rápido de dados. Terceiro, o big data é
díspar – vem de uma ampla gama de sensores institucionais e envolve
a fusão de fontes de dados anteriormente separadas. Em quarto lu-
gar, o big data é digital. A digitalização em massa de registros facilita
a fusão e o compartilhamento de registros entre instituições, torna o
armazenamento e o processamento mais fáceis e torna os dados mais
eficientes para analisar e pesquisar remotamente. Essas quatro carac-
terísticas [...] permitem o uso de análises avançadas
– como algoritmos preditivos ou análise de rede – e exibição de dados
complexos, como análises tópicas, temporais ou geográficas. (BRAY-
NE, 2014, p. 368).
O uso de Big Data pode conferir legitimidade; se outras instituições o
estão usando para a tomada de decisões, é mister que a polícia militar ado-
te análises de Big Data em resposta a pressões técnicas e institucionais
(CALDAS; CALDAS, 2019).
O Big Data é atraente para a aplicação como ferramenta de gestão da
atividade policial, a fim de aumentar a eficiência e a responsabilidade no
momento da aplicação da lei. Pode melhorar a previsão e a preempção de
comportamentos, ajudando àqueles que resguardam os dispositivos legais
a empregar recursos de forma mais eficientes, ajudando a prevenir e inter-
ceptar crimes e, assim, reduzir as taxas de criminalidade.
Apesar da atenção pública recente sobre o uso de Big Data por parte
da polícia, o uso de dados por esse setor não é um fenômeno novo. Cin-
quenta e quatro anos atrás, a Comissão Internacional de Aplicação da Lei e
Administração da Justiça, coordenada pelos Estados Unidos, incentivou a
adoção de novas tecnologias para melhorar a eficiência e precisão do sis-
tema de justiça criminal do mundo todo. Naquela época, em linhas gerais,
o policiamento era caracterizado por patrulha aleatória, resposta rápida e
investigações reativas (HENDERSON; OZER, 2017). Com base em pesqui-
sas emergentes, os profissionais e pesquisadores ficaram cada vez mais
cientes de que as estratégias policiais existentes, como patrulha aleatória
e resposta rápida, tiveram pouco efeito sobre a criminalidade, catalisan-
do uma mudança das formas de policiamento reativas para formas mais
proativas e baseadas em evidências, como policiamento de pontos críticos
(REMÉDIO; SILVA, 2017; GAMBA, 2019). Na década de 1990 e no início de
2000, o CompStat – um modelo administrativo para identificar padrões de
3 METODOLOGIA
Este estudo se configura como exploratório, uma vez que se debruça
em padrões, hipóteses preestabelecidas e ideias recorrentes sobre a te-
mática aqui trabalhada. Nesse sentido, os procedimentos metodológicos
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 200
adotados para se alcançar os objetivos aqui propostos se sustentaram na
pesquisa bibliográfica sobre o tema, nas principais bases de dados dispo-
níveis (KÖCHE, 2016, p. 34).
Destarte, a natureza da pesquisa se mostra como qualitativa. Nesse
âmbito, o estudo se pôs a descrever sobre o tema a partir de opiniões,
impressões e pontos de vistas obtidos a partir dos instrumentos de coleta
de dados, o que trouxe informações acerca dos fatores impulsionadores
observados no campo de estudo investigado (ESTRELA, 2018, p. 323).
O trabalho desenvolve-se por método de levantamento de dados na
qual foram realizadas diversas pesquisas bibliográficas para a construção
de uma revisão de literatura que viesse a dar respaldo ao tema em questão
aqui trabalhado.. Os critérios de análises seguiram os parâmetros de inclu-
são e exclusão, conforme descritos a seguir:
a) Critérios de inclusão: artigos completos em inglês e/ou português,
indexados nas plataformas de pesquisa Scielo; Portal de Periódicos
da CAPES; Web of Science; por parte de seus autores; Science Di-
rect; Google Scholar. Trabalhos cujo as palavras-chaves constantes
no título ou nos termos de indexação sejam: Big Data, polícia, capi-
tal humano, gestão de recursos humanos, melhorando o desempe-
nho, desenvolvimento de liderança, gestão de pessoas.
b) Critérios de exclusão: trabalhos incompletos que não tiveram a sua
devida conclusão ou não disponibilizados na íntegra (open access)
negado); pesquisas sem embasamento teórico coerente com a
área, apresentando com metodologia difusa ou sem clareza; traba-
lhos não indexados.
4 ANÁLISE DA PESQUISA
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 202
Os defensores dos algoritmos preditivos argumentam que, por confiar
em avaliações imparciais – ou mecânicas, os algoritmos podem ajudar a
implantar recursos de forma mais eficiente e objetiva (HAMADA; NASSIF,
2018). Em um estudo sobre o uso de Big Data pela polícia em São Paulo
(DPSP), Saisse (2017, p. 48) descreveu a explicação de um capitão do DPSP
de que confiar nos dados, em vez da interpretação humana dos padrões de
crime, o ajuda a implantar recursos de maneira mais eficiente:
O elemento emocional é muito importante na previsão de um crime.
É algo que o computador não consegue captar. Algumas vezes, os
clusters marcam 3 ou 4 crimes para uma região, quando na verdade
são observados 10 ou 12. Portanto, pode haver uma reação exagerada,
atrelada ao papel do ser humano nesse processo e nesse aspecto pre-
cisamos contar com a nossa experiência. Não resta a dúvida, contudo,
de que o sistema revolucionou a gestão do nosso trabalho dentro do
departamento. (SAISSE, 2017, p. 32).
No entanto, a pesquisa sobre justiça algorítmica sugere que, em vez de
eliminar o fator humano, este pode ser uma “propriedade emergente não
intencional” do próprio processo de coleta e análise de dados (CHAINEY;
SILVA, 2016). Por exemplo, se os dados históricos de crimes forem usados
como entradas em um algoritmo de policiamento preditivo baseado em
localização, o algoritmo identificará áreas com taxas de crime historica-
mente mais altas como sendo de alto risco para crimes futuros. Os policiais
serão enviados para essas áreas e, portanto, haverá maior probabilidade
de detectar crimes nesses locais, criando assim uma profecia estatística
autorrealizável em que as taxas de crime refletem cada vez mais as práti-
cas de repressão. Além disso, os dados sobre crimes estão incompletos –
as estimativas de crimes não relatados variam de 17% a 67%, dependendo
do crime (LANGTON et al., 2012) – e não estão faltando ao acaso.
Os engenheiros de empresas de software de policiamento preditivo
estão cada vez mais cientes desse ciclo de feedback e estão se esforçando
para interrompê-lo. Por exemplo, o HunchLab introduziu um grau de alea-
toriedade em seu algoritmo, ocasionalmente direcionando policiais para
locais de médio risco em vez de apenas locais de alto risco. Até o momen-
to, poucos estudos revisados por pares avaliam a eficácia do policiamento
algorítmico baseado em local (KELLOGG; VALENTINE; CHRISTIN, 2020).
Mohler et al. (2015), conduziram um teste de campo controlado randomiza-
do e descobriram que o algoritmo da PredPol supera os analistas de crime
na previsão de crimes futuros, e que o uso de previsão algorítmica para
gerir a atividade policial levou a reduções estatisticamente significativas
no volume de crimes.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 204
gues e histórico criminal (BRAYNE, 2017). Em vários lugares no Brasil, há
também uma seção aberta intitulada “informações adicionais”, onde os
oficiais podem inserir informações sobre aquilo que lhes parecer pertinen-
te para facilitar a identificação de possíveis infratores. Assim, a polícia é
treinada para coletar tais informações assim que interagirem com alguém
no campo porque, como um supervisor explicou, “essas coisas entram em
jogo mais tarde de maneiras que você nunca poderia imaginar” (FELTRAN,
2013, p. 61). As anotações feitas em campo foram uma das primeiras fontes
de dados que os Departamentos de Polícia no Brasil adicionaram às mais
diversificadas plataformas hoje implementadas no país. Quando inserida
no sistema, cada entrevista de campo é marcada com um carimbo de data
e hora e coordenadas GPS.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 206
saber mais sobre o veículo usado durante a abordagem. Esse produto já
existe e é um dos nove produtos de tecnologia utilizados pelos serviços
de segurança pública do Ceará no combate ao crime. Esta ferramenta re-
presenta um passo na luta contra o crime, tornando mais fácil a captura
de criminosos e pode fazer com que pessoas inocentes não tenham que
pagar um preço doloroso. No entanto, além de procurar telefones celula-
res tradicionais e dispositivos biométricos, a polícia pode fazer muito mais.
Em 2 segundos, você pode encontrar arquivos como RG e CNH e fotos de
pessoas próximas. O aparelho já funciona com 10-15 veículos estaduais.
Por exemplo, graças a smartphones e leitores biométricos, a polícia pode
determinar se uma pessoa que se aproxima é menor. Isso ajuda a reduzir
os custos operacionais da polícia (BIG DATA, 2019).
Antes, poderia levar até 5 horas durante a operação para ver se uma
pessoa era adolescente. Agora, o processo finaliza em 2 segundos. A pon-
tuação para esta verificação de dados deve ser 70. Este é um padrão in-
ternacional considerado confiável. Quem adotar esse método vai inserir
suas informações no banco de dados da Odin, do governo do Ceará. Nove
projetos foram desenvolvidos em colaboração com a Escola de Ciência da
Computação da Universidade Federal do Ceará (UFC). Segundo o profes-
sor José Antônio Macêdo, é: uma plataforma de Big Data que integra mais
de 60 fontes de dados de segurança pública, um mecanismo de busca
denominado Cerebrum que possibilita a busca de informações inteiramen-
te em linguagem natural. O sistema fornece um aplicativo móvel conve-
niente para o trabalho policial e fornece serviços de busca civil, criminal e
automotivo. Sistema de informação policial; Sistema de reconhecimento
automático de impressão digital; O fabricante do veículo e o detector do
modelo do veículo a partir das imagens coletadas pelo veículo por meio
do sensor para auxiliar na análise das entidades envolvidas no crime (BIG
DATA, 2019).
Além disso, a Secretaria possui um sistema de métodos de policia-
mento (espionagem) incorporado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Entre eles estão o sistema de CFTV da Polícia do Ceará, Secretaria da
Fazenda (Sefaz), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(Dnit), Departamento de Transportes (Detran) e Administração Municipal
Departamento de Transportes e Cidadão (AMC) formam um conglomera-
do com mais de
3.304 câmeras por toda a cidade. A imagem resultante é convertida
em informação textual e fornece a imagem geral do veículo que está sen-
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 208
potencial. No Reino Unido, um sistema chamado Crush (Crime Reduction
Usage Statistics History) é usado para revisar e comparar registros de cri-
mes anteriores, rastrear informações meteorológicas e criar políticas de
previsão. Como explicitado até aqui, essa tecnologia é amplamente usada
para verificar registros criminais e prever comportamentos potencialmente
fatais. O sistema conta com um sólido histórico de eventos para rastrear
certos parâmetros. O uso de Big Data no campo da segurança pública é
um meio poderoso de garantir a integridade civil e trazer uma nova pers-
pectiva para a pesquisa e a prevenção de crimes. As soluções digitais têm
sido tendência em muitas partes do mundo.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 210
servem para a consulta de veículos e indivíduos suspeitos no momento da
abordagem tanto na base estadual quanto nacional.
A partir do que foi posto pela Agência Câmara de Notícias, está previs-
to, de acordo o Projeto de Lei 3796/20, a instalação obrigatória de câme-
ras de vigilância no interior de veículos dos órgãos de segurança pública
em âmbito nacional. Segundo o projeto, os equipamentos deverão possuir
resolução suficiente, ajuste de foco e sensibilidade compatível com ilumi-
nação local para permitir a identificação de pessoas ou situações, além da
possibilidade de impressão. As imagens serão preservadas por, no míni-
mo, 120 dias (TRIBOLI, 2020). As gravações das ações da polícia são ferra-
mentas utilizadas pelas principais polícias mundiais e tem como objetivo,
resguardar o policial e comprovar a correta abordagem, preservando as
provas colhidas. Nesse âmbito, com todos esses dispositivos de Big Data
já citados acima, a Polícia Militar de São Luís tem obtido êxito na resolução
de várias questões envolvendo abordagens policiais pois tem conseguido
acompanhar as ocorrências de todo o país, buscando informações e ficha
criminal de suspeitos, monitorando veículos roubados, atuando no com-
bate ao tráfico de drogas, estado de prontidão na prevenção de assaltos e
homicídios e, com isso, só quem ganha o cidadão ludovicense.
5 CONCLUSÃO
O Big Data proporciona um benefício gigantesco para o setor público.
Ele melhora os resultados que têm um impacto direto sobre os cidadãos.
Ele pode ser utilizado em várias situações, quer se trate de uma luta contra
um problema de drogas em todo o país, resposta eficaz para um desastre
local, proteção contra a perda de informações confidenciais ou proprieda-
de intelectual, ou simplesmente tornando o governo mais eficiente. Com
os avanços na coleta e análise de dados para aplicação da lei, a polícia
militar em São Luís aumentou a eficiência e melhorou a justiça em suas
operações diárias.
As evidências sobre a eficácia do policiamento preditivo são muito
animadoras e dependem do tipo de policiamento preditivo sob avaliação.
A maioria das taxas de eliminação de crimes violentos e contra proprieda-
de diminuíram consideravelmente levando a crer que pesquisas futuras
deverão construir uma base de evidências sobre essas questões para in-
formar melhor sobre as políticas e práticas policiais. No entanto, a pesqui-
sa científica social sobre o uso de Big Data como ferramenta de gestão na
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 212
sempenho da polícia somente se os dados sobre a atividade de aplicação
da lei forem disponibilizados para partes externas à aplicação da lei.
Finalmente, vale destacar que, embora algumas das modalidades de
vigilância possibilitadas pelo Big Data sejam novas, muitas das questões
sobre a relação entre tecnologia e estrutura social não o são. As questões
levantadas aqui ecoam aquelas de estudos de décadas em ciência e tec-
nologia, por exemplo. Portanto, um trabalho futuro deve se concentrar não
apenas na mudança associada ao Big Data, mas também na continuidade.
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Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 218
CAPÍTULO 10
O AUTOATENDIMENTO AOS CLIENTES IDOSOS EM
TEMPOS DE PANDEMIA: UMA EXPERIÊNCIA EM UM
BANCO PRIVADO EM SÃO LUÍS DO MARANHÃO
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Um dos aspectos sociais relevantes com relação à introdução de no-
vas tecnologias no coditiano da sociedade atual é o impacto que esta gera
nas pessoas, dependendo de sua faixa etária, grupo social ou até mesmo
da sua disponibilidade de encarar este novo desafio. Este estudo pretende
analisar este último aspecto, levando em consideração que um dos seto-
res onde ocorreu uma grande mudança no processo de interação com os
clientes foi o setor bancário.
A busca pela excelência ao serviço prestado, crescente concorrência
e mudanças nas legislações bancárias trouxeram as instituições financei-
ras um ambiente favorável para o investimento em tecnologia no intuito de
geração de valor, economia de custos e retenção do cliente a marca. As-
sim, os bancos passaram a focar seus produtos e atendimento aos clientes
oferecendo produtos e serviços de melhor qualidade.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 220
Em virtude disso, nessa presente pesquisa como se refere aos clien-
tes idosos, deve-se analisar as dificuldades que esse público enfrenta na
utilização desse serviço principalmente em periodo de pandemia da covid
19, por ser um público mais sensivel para o contágio, como também não se
sentir seguro ou confortável na utilização desses equipamentos e frequen-
tar as agências com grande fluxo de atendimento para receber o beneficio
do INSS.
O tema proposto desperta interesse acerca das dificuldades enfrenta-
das pelos clientes idosos ao utilizarem o autoatendimento bancário, com
todas as mudanças que estão ocorrendo devido a pandemia COVID 19. É
um público que possui muita sensibilidade para o contágio e que precisam
dessa ferramenta para realizar o saque do beneficio do INSS. E com isso,
observar e analisar a experiência vivida por esses clientes na utlização des-
sa ferramenta em um banco privado em São Luis do Maranhão.
Em virtude disso, nesse presente projeto como se refere aos clientes
idosos, deve-se analisar as dificuldades que esse público enfrenta na uti-
lização desse serviço principalmente em periodo de pandemia da covid
19, devido a ser um público mais sensivel para o contágio, como também
não se sentir seguro ou confortável na utilização desses equipamentos e
frequentar as agencia com grande fluxo de atendimento para receber o
beneficio do INSS.
Diante do exposto, questiona-se quais os desafios encontrados pe-
los clientes idosos ao utilizarem o autoatendimento em uma agência em
São Luís do Maranhão? E assim se apresenta o objetivo geral deste artigo
é analisar a experiência dos clientes idosos em tempos de pandemia no
autoatendimento em uma agência bancária em São Luis do Maranhão.
Além dos objetivos específicos descrever a utilização atual dos canais de
atendimento de acordo com o cenário que vivemos, identificar as possiveis
dificuldades que o autoatendimento acarreta no processo de relaciona-
mento entre os clientes e a instituição bancária e analisar a satisfação dos
clientes idosos em relação a utilização do autoatendimento.
O presente artigo foi desenvolvido a partir de uma revisão bibliográfi-
ca A utilizando uma pesquisa de estudo de caso com abordagens descriti-
vas sendo realizada a coleta de dados para a análise documental extraido
em uma agência do Banco Santander.
Nota-se que os terminais de autoatendimento são somente um dos
instrumentos facilitadores fornecidos pelos bancos que permitem a reali-
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 222
2.3 Banco Santander no Brasil
O Grupo Santander teve um grande crescimento em vários países por
meio de aquisições, resultando em integrações de grande importância e
que foram bem sucedidas. No Brasil, em 1982, instalou seu primeiro es-
critório de representação, e, 9 anos depois, começaram as operações do
Santander Investiment. O processo de expansão dos negócios no território
Brasileiro foi iniciado em 1997, com a aquisição, do Banco Geral do Comér-
cio.
O Grupo Santander Brasil, passou a ser uma das maiores instituições
financeiras do país, com grandes operações financeiras, visando às regiões
sul e sudeste do Brasil. Para o melhoramento e controle de suas operações
fiscais, em 2006 o Grupo Santander Brasil obteve o consentimento dos
seus acionistas e do Banco Central, para ser administrado em uma única
pessoa jurídica, alterando sua razão social para Banco Santander (Brasil)
S.A.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 224
2.5 Dificuldades das pessoas idosas nos canais de
atendimento
Mazzoni e Torres (2008) abordam a temática relativa às dificuldades
que as pessoas idosas vivenciam na sociedade como um dos aspectos a
serem considerados referente às rápidas e frequentes transformações tec-
nologicas, algumas das quais implicam transformações sociais. Uma des-
sas situaçoes acontece com a automatização de serviços, uma inovação
tecnologica que se disseminou e atinge diversos setores, como é o caso
dos caixas bancários de auto atendimento .
Existem várias modalidades de autoatendimento bancário. Os clientes
e usuários podem usar os serviços prestados por instituições financeiras
para ajudar a usar e simplificar os serviços bancários.
Mazzoni e Torres (2008) afirma que caixa eletrônico é somente um
dos tipos de canais de atendimento fornecidos pelos bancos, permitindo
ao cliente, dentre outras funções, a retirada de dinheiro e a verificação da
movimentação de suas contas correntes ou poupanças sem a necessidade
de um funcionário do banco. Apesar dessa facilidade e comodidade para
os clientes, uma pequena parte da população não possui tanta destreza,
como no caso das pessoas de terceira idade.
Para Godinho (2010), acessibilidade consiste na facilidade de aces-
so e de uso de ambientes, produtos e serviços por qualquer pessoa e em
diferentes contextos. Sabendo disso, é indispensável para as instituições
financeiras oferecerem auxílio aos idosos no uso dos equipamentos dispo-
nibilizados, por meio da presença de um funcionário capacitado.
A questão de o idoso sentir-se confuso e inseguro no manuseio dos
terminais de caixas eletrônicos é entendida com a afirmação de Pitteri et
al., (2001) que dizem:
O sucesso dessas máquinas está na confiança que os clientes depo-
sitam nelas e na avaliação realizada pelo cliente, quanto à sua própria
capacidade de entendê-las e utilizá-las. Se a máquina parecer muito di-
fícil de ser utilizada, parecer passível de atuar de maneira inesperada,
facilitar fraudes contra o cliente, gerar erros na conta dele ou colocar
em risco sua segurança pessoal, ele não confiará na máquina e não
utilizará (PITTERI et al., 2001, p. 28).
Sendo assim, o sucesso na utilização dessas máquinas está relaciona-
da com a confiança que os clientes colocam nelas ao utlizá-las, sendo de
fácil leitura, não ter falhas na conta, segurança pessoal, são caracteristicas
que gera o aumento da utilização dessas maquinas na rotina das pessoas.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 226
Jordan (1998) Há que se salientar que as características das pessoas
idosas devem ser tomadas em consideração em todos os projetos de pro-
dutos que se destinem ao público em geral. Para tanto, devem ser observa-
dos e solucionados, preliminarmente, os problemas que surgem na acessi-
bilidade desses produtos. Além disso, é importante que seja melhorado o
nível de usabilidade que os mesmos apresentam. Ou seja, deve-se melho-
rar tanto a eficiência e a eficácia com que os usuários operam os produtos
bem como o nível de satisfação com que os operam
Conforme Jordan (1998) os projetos de produtos para as massas de-
vem levar em consideração as características dos idosos. Para tanto, é ne-
cessário inicialmente observar e solucionar os problemas de acessibilida-
de desses produtos. Além disso, também é importante aumentar o nível
de usabilidade que eles apresentam. Em outras palavras, é necessário me-
lhorar a eficiência e eficácia dos produtos operacionais dos usuários, bem
como sua satisfação com os produtos operacionais.
Goularte (2007) diz que a presença das tecnologias digitais de infor-
mação e comunicação, na vida cotidiana, é cada vez mais frequente e, en-
tre elas, se encontram a internet, a telefonia móvel, a tv digital e os caixas
bancários de autoatendimento. O mundo está se tornando um mundo digi-
tal e, de forma ativa ou passiva, todas as pessoas acabem se relacionando
com essas tecnologias.
Mazzoni e Torres (2008) explica que as novas tecnologias introduzidas
nos terminais de autoatendimento são muito úteis para os usuários dos
serviços bancários, mas para uma boa parcela do público idoso torna-se
um desafio fazer qualquer operação bancária. Acompanhar as evoluções
tecnológicas impostas pela sociedade vem como uma forma de deslocar, e
não facilitar suas vidas. O acesso da população idosa nesta nova realidade
possibilita a interação nos meios sociais, exercendo sua cidadania. Nos úl-
timos anos, a qualidade de vida dos idosos cresceu consideravelmente em
relação às gerações anteriores.
A sustentabilidade das empresas depende, dentre outros fatores, da
sua capacidade em satisfazer necessidades explícitas e implícitas que o
mercado solicita. Lovelock e Wright (2001, p.14) mencionam que as pes-
quisam podem ser utilizadas para determinar necessidades e desejos do
mercado em cada dimensão dos serviços e em programas de qualidade,
visando entregar aos clientes o que eles almejam.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 228
3 METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado em uma agência bancária localizada em
São Luis Centro em uma agência do Banco Santander S/A, com o obje-
tivo de analisar a percepção dos clientes idosos em relação ao autoaten-
dimento bancário em tempos de pandemia, em que é necessário que as
pessoas respeitem o distanciamento social e os idosos que é um público
que precisa passar mais tempo em casa. A pesquisa foi realizada em um
período de grande fluxo de atendimento, principalmente dos idosos, como
no começo do mês, periodo em que há pagamento de aposentadorias do
Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), como também pagamentos de
outras empresas privadas e públicas.
Segundo Zanelli (1997) explica que esta pesquisa tem por objetivo
esclarecer a aprendizagem decorrente de um modo de investigação que
busca compreender os acontecimentos a partir dos significados atribuídos
pelos participantes.
A metodologia utilizada na pesquisa é estudo de caso com aborda-
gens descritivas sendo realizada a coleta de dados para a análise docu-
mental extraido no em uma agência do banco Santander. Este estudo ser-
virá como base para análise deste determinado público que enfrenta o uso
deste serviço. Foi utilizado um questionário com 10 (dez) perguntas, aplica-
do no total de 40(quarenta) pessoas idosas, que participaram da pesquis
referente a utilização do autoatendimento bancário.
4 ANÁLISE DA PESQUISA
Neste item são exibidos e analisados os dados obtidos através de um
questionário, aplicado durante o período de 02 a 08 de agosto de 2021,
alcançou a quantidade de 40 pessoas idosas apartir de 60 anos, residen-
tes na cidade de São Luís do Maranhão. Inicialmente levantou-se alguns
dados dos referidos clientes para que fosse possivel identificar o perfil que
fazem parte da amostra. As técnicas e procedimentos de análise foram
tabelas para o auxílio na comparação de dados e análises estatísticas, am-
bas realizadas com o auxílio do Excel.
40%
60%
homens
mulheres
Ensino Fundamental
Incompleto
Ensino Fundamental
2% Completo
7% Ensino Médio
38% 18% Incompleto
Ensino Médio
5% 30% Completo
Ensino Superior
Completo
Não Alfabetizado
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 230
Gráfico 3: Renda
1 salário mínimo
35%
1 a 2 salários
65% mínimos
Saques
19%
Pagamentos
6%
49%
Transferências
26%
Consultas de saldos ou
extratos
Autoatendimento
25%
Internet Banking
57%
18%
Atendimento
Presencial
Não possui
conhecimento
13% 9%
Dificuldade no
16% manuseio
Distanciamento social
62%
Poucos caixas
eletronicos
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 232
Gráfico 7: Segurança nos terminais de autoatendimento
Sim
43%
57% Não
Segurança no
atendimento
32%
Linguagem de fácil
53% compreensão
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 234
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SÁ, Maria Elisa Grassi de; ALMEIDA, Vera Lucia. A inclusão dos idosos no
mundo digital através das novas tecnologias da informação e comuni-
cação (NTICs). Fortaleza, mar. 2012, p. 3. Disponível em: <http://conexoes.
ifce.edu.br/index.php/conexoes/article/download/467/318>. Acesso em
20 jun 2021.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 236
ANEXO
Questionário
1. Sexo:
F( )M( )
( ) 1 salário mínimo
( ) 1 a 2 salários mínimos
( ) 2 a 3 salários mínimos
( ) A partir de 3 salários mínimos
( ) Saques
( ) Pagamentos
( ) Transferências
( ) Consultas de saldos ou extratos
( ) Sim ( ) Não
( ) Autoatendimento
PESQUISAS CIENTÍFICAS EM ADMINISTRAÇÃO - VOLUME 1
( ) Internet Banking 237
( ) AtendimentoTelefônico
( ) Atendimento presencial
6. Conhece os serviços disponíveis nos tipos de autoatendimento?
( ) Sim ( ) Não
( ) Autoatendimento
( ) Internet Banking
( ) AtendimentoTelefônico
( ) Atendimento presencial
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
11. Como você acha que a Banco Santander pode melhorar o serviço de
autoatendimento em tempos de pandemia ?
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 238
CAPÍTULO 11
RECALL DE VEÍCULOS: UM ESTUDO SOBRE A PER-
CEPÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE UMA
CONCESSIONÁRIA EM SÃO LUÍS - MA
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Desde sua criação em 1885 pelo alemão Karl Benz, o automóvel sofreu
diversas melhorias, principalmente durante o ápice da evolução da indús-
tria no século XX. No cenário que se instaurou após a Segunda Guerra
Mundial, e contando com bases criadas por Henry Ford e Alfred Sloan, a
produção artesanal dos carros migrou para a produção em massa, con-
1 Discente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campus Paulo VI.
2 Docente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campus Paulo VI.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 240
ção de questionário desenvolvido pela plataforma Google Forms e aplicado
no período de 6 a 13 de dezembro de 2021.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 242
tar o da Honda em 1995, de modo que os veículos também apresentaram
falha no cinto de segurança, a Toyota em 2014, no qual os veículos apre-
sentavam defeitos no volante, assento, motor de arranque, limpadores de
pára-brisa e air bag, e a Ford em 2009, tendo diagnosticado uma falha no
controle de velocidade o qual era desativado de forma aleatória.
Além dos recalls realizados através das campanhas de chamamento
que são anunciados pela mídia, existe também o chamado recall branco
onde a empresa realiza o reparo de alguma falha diagnosticada no veículo
durante a sua passagem para a realização de outro serviço na concessio-
nária, ou seja, no ato de uma revisão (AMORIM, 2017).
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 244
ver pressupostos configuradores de um acidente ser decorrente de uma
falha de fabricação.
Isto se deve ao fato de que os fatores referentes ao meio ambiente e
a responsabilidade social, alcançarem peso para a decisão de consumo
somente nos últimos 20 anos, visto que alterou-se o critério de expectativa
dos clientes com relação aos produtos consumidos (MELO, 2011).
Assim, com o passar do tempo, e havendo também uma maior exposi-
ção dessas falhas perante a mídia, requerendo a maior intensificação das
fiscalizações dos órgãos competentes, tal perspectiva passou a ser enfa-
tizada, tornando a alusão ao recall não só uma possibilidade como uma
necessidade.
De acordo com o Boletim de Recall lançado pelo Ministério da Justiça
e Segurança Pública em 2016 (BRASIL, 2016), foram realizados 138 recalls
no Brasil sendo que destes, 105 desse número estavam relacionados a au-
tomóveis em um universo total de 1.575.917 unidades afetadas.
Considerando então o Boletim de Recall de 2019 lançado pelo Minis-
tério da Justiça e Segurança Pública (BRASIL, 2019), o setor automotivo
é possuidor do maior número de campanhas de recall se comparado a
outros bens, de modo que entre 2014 a 2019 no Brasil, na categoria carros,
foi verificada a realização de 628 (seiscentos e vinte e oito) campanhas, na
categoria motos realizou-se 81 (oitenta e um) e na de caminhões 21(vinte
e um), alcançando-se um total de 730 (setecentas e trinta) campanhas de
recall realizadas no período.
De acordo com as informações registradas em ambos os boletins, no-
ta-se que entre os anos de 2016 e 2019 houve uma elevação de 523 (qui-
nhentas e vinte e três) campanhas realizadas, o que quadruplica o valor
da realização do ano de 2016, deixando claro que o quanto o assunto em
questão alcançou notoriedade durante os três anos que se seguiram entre
as pesquisas (BRASIL, 2016; BRASIL, 2019).
Atualmente, a Lei n° 14.071/2020 que entrou em vigor em abril de 2021,
tendo como base as medidas descritas nos parágrafos 4° e 5° do artigo 131,
exige a comprovação do atendimento às campanhas de recall para a apro-
vação do licenciamento e transferência de veículos (BRASIL, 2020).
Assim, conforme o artigo 230, inciso V do Código de Trânsito Brasilei-
ro (CTB) (BRASIL, 2020, não paginado), é considerado infração gravíssima
trafegar com veículo “[...] que não esteja registrado e devidamente licen-
ciado [...]”. As penalidades geram multa no valor de R$ 293,47 (duzentos e
3 METODOLOGIA
De acordo com Cervo et al. (2007) “[...] método é a ordem que se deve
impor aos diferentes processos necessários para atingir um certo fim ou
um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por método o conjunto
de processos empregados na investigação e na demonstração da verdade
[...]”.
Somado a este entendimento, tem-se, segundo Marcelino (2020) que
“[...] a comunidade científica reconhece que há uma tipologia vasta de pes-
quisas, especialmente em ciências sociais, a qual, além de se apropriar
dos métodos das ciências naturais, ainda conta com procedimentos cujas
relações sociais sejam o objeto [...]”.
Partindo destas premissas, a pesquisa em questão se caracteriza ini-
cialmente como descritiva exploratória, pois visa descrever como um fe-
nômeno se apresenta na sociedade (neste caso a prática do recall) tendo
como base necessariamente a utilização de técnicas para levantamento de
dados ou observação, como a pesquisa de campo que pode ter como base
entrevistas, questionários e testes (MARCELINO, 2020).
A pesquisa também foi desenvolvida em caráter qualitativo, pois vi-
sou ser menos formal que o aspecto quantitativo, variou de muitos fatores
como a natureza dos dados coletados, a extensão da amostra e os pres-
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 246
supostos teóricos que norteiam a investigação. (GIL 2002, p. 133) Levando
em conta os pressupostos teóricos que norteiam a investigação, ou seja, o
material já elaborado composto por livros e revistas científicas, a pesquisa
também se caracteriza como bibliográfica. (GIL, 2002, p. 44)
O enfoque da pesquisa foi baseado no aspecto interpretativo fenome-
nológico, uma vez que o “[...] método fenomenológico busca descrever o
fenômeno do jeito que ele é [...]. A ideia não é descobrir uma verdade ou
revelar o que antes era um mistério para a ciência: o importante é inter-
pretar o mundo à nossa volta, refletindo sobre ele [...]” (MASCARENHAS,
2018), demonstrando a subjetiva deste tipo de investigação, pois varia das
experiências individuais adquiridas por cada indivíduo, logo tal abordagem
permite o estudo das experiências vividas pelos consumidores em relação
às ações de recall.
A pesquisa foi realizada na Cidade de São Luís, Capital do estado do
Maranhão, onde de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
tica (IBGE, 2021), existe uma área territorial de 583.063km², uma população
estimada de 1.115.932 pessoas e o índice de desenvolvimento humano de
0,768.
O universo escolhido para a pesquisa foi uma concessionária de veí-
culos localizada na Cidade de São Luís – Maranhão, delimitando-se que a
coleta de dados ocorra na Concessionária Toyolex Autos S.A., localizada na
avenida dos Holandeses.
A Toyolex Toyota é uma concessionária de veículos novos, seminovos
e serviços de pós-vendas, que pertence ao Grupo Parvi, sendo este um dos
maiores e mais sólidos grupos automobilísticos do País.
Para a coleta aplicou-se um questionário, pois se colocou como uma
ferramenta ideal para o desejo de medir dados com maior precisão, poden-
do ser distribuído aos participantes pelo correio, pela internet ou respondi-
do presencialmente (MASCARENHAS, 2018).
No caso em específico o questionário foi aplicado por meio eletrônico,
sendo este composto de 17 (dezessete) questões, das quais 16 (dezesseis)
tiveram caráter objetivo e 1 (uma) caráter subjetivo, aplicado através da
plataforma do Google Forms.
I – Sexo II - Idade
.
Fonte: elaborado pela autora, 2021
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 248
4.2 Levantamento de dados quanto ao recall
No que diz respeito ao conhecimento sobre o significado do recall,
76,7% das pessoas pesquisadas afirmaram saber o significado do recall
nos seus veículos, 23,3% não tinha domínio sobre o significado do recall
nos seus veículos. Apesar de tal levantamento, 63,3% das pessoas pesqui-
sadas só se tornaram ciente da necessidade do recall nos seus veículos
através da notificação do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN)
e 36,7% só se tornaram ciente devido às campanhas de chamamento da
concessionária. Ainda assim, 73,3% dos consumidores que participaram
da pesquisa acreditam que as campanhas de chamamento de recall são
bem realizadas pela concessionária, 26,7% não acredita que as campa-
nhas de recall são bem realizadas pela concessionária. Como demonstra-
do no gráfico 2.
Gráfico 2 – Significado do recall, meio que se tornou ciente e efetivação das campanhas de
recall
I.Sabem sobre o significado de recall II. Meio pelo qual se tornaram ciente da necessidade do
recall
I.Motivo para a realização do Recall II. Nível de facilidade para realização do Recall
Fonte:Fonte: elaboradopela
elaborado pela autora,
autora, 2021.
2021.
Acerca da qualidade no atendimento presencial, 50% dos respondentes ao
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 250
Acerca da qualidade no atendimento presencial, 50% dos responden-
tes ao questionário avaliaram a qualidade no atendimento presencial ao
cliente realizado pela concessionária como Bom, 43,3% definiram o aten-
dimento como Muito Bom, 3,3% como Regular, e 3,3% como insuficiente.
Em relação ao desejo em mudar de fabricante, 90% dos consumidores que
responderam ao questionário afirmam que o valor da fabricante Toyota
não se modificou em decorrência da realização do recall no seu veículo,
10% afirma que a percepção sobre a fabricante se modificou após a reali-
zação do recall, expresso no gráfico 5.
Gráfico 5 – Qualidade no atendimento presencial de recall e a percepção sobre o valor da fabricante
Gráfico 5 – Qualidade no atendimento
após apresencial
realização do de recall
serviço e a percepção sobre o valor da fa-
de recall
bricante após a realização do serviço de recall
Fonte:Fonte: elaborado
elaborado pelaautora
pela autora 2021
2021
No que concerne à perspectiva de mudança de fabricante, 93,3% dos
consumidores que responderam ao questionário não pensaram em mudar
de fabricante de veículo devido à perspectiva de recall apresentado pela
concessionária, 6,7% já pensaram em mudar de fabricante em decorrência
do panorama sobre o recall apresentado.
Em relação à volta a concessionária para outro serviço de recall, 96,7%
voltariam a fazer outro serviço de recall na concessionária caso necessá-
rio, 3,3% não voltaria a concessionária a fazer outro serviço de recall caso
necessário. Como expresso pelo gráfico 6.
Gráfico 6 – Perspectiva de mudança de marca pelo cliente após recall e a possibilidade de retorno
Gráfico 6 – Perspectiva de mudança de marca
à concessionária pelo
caso haja cliente de
necessidade após
outrorecall
recall e a possibilidade de
retorno à concessionária caso haja necessidade de outro recall
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 252
Tabela 1: Elogios, sugestões e críticas para o serviço de recall na concessionária.
ELOGIOS CRÍTICAS SUGESTÕES
Não resolveram um Quem estiver na
problema posterior ao empresa deve
Atendimento muito bom
serviço de recall atender o cliente
independente do
Gostou muito do Demorou muito por seu agente
atendimento falta de peça
A falta de peças para a
Ambiente agradável, reposição ainda é um
atendimento excelente grande problema para
RESPOSTAS o recall
Preços exorbitantes de
Atendimento bom
outros serviços
Esqueceram de fechar
Bom atendimento, o capô do veículo o
ambiente agradável que quse ocasionou
um acidente.
O veículo apresentou
Bom atendimento problema na buzina
após realizar o recall
Fonte: elaborado pela autora, 2021.
Dentre as respostas obtidas, destacam-se elogios como o ambiente
agradável e a excelência no atendimento ao cliente, com relação às críticas
houve reclamações sobre a falta de peças para o reparo e alegações sobre
o surgimento de problemas nos veículos posterior a realização do recall.
4.3 Discussões
Percebe-se que a amostra da pesquisa é composta principalmente
por pessoas do sexo masculino, com idade de 25 a 34 anos que possuem
apenas um veículo em sua propriedade. 63,3% dos entrevistados afirma
ter o total conhecimento do significado do recall, ainda assim, a maioria só
se tornou ciente da necessidade de recall no seu veículo mediante a notifi-
cação do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN).
Mesmo se tornando ciente da necessidade de recall através do De-
partamento Estadual de Trânsito (DETRAN), a maioria dos participantes
acredita que as campanhas relacionadas ao recall são bem desenvolvidas
pela concessionária. É notória a preocupação dos pesquisados em relação
ao seu bem estar e dos seus familiares e amigos, uma vez que a principal
influência para realização do recall é o quesito segurança.
Em síntese, 53,3% dos respondentes a pesquisa obteve razoável fa-
cilidade na realização do recall junto à concessionária, perspectiva que é
enfatizada quando 63,3% dos respondentes afirmam não ter encontrado
dificuldade para a realização do serviço, entretanto ainda tiveram uma par-
cela significa de respondentes que afirmam ter tido dificuldade por conta
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 254
para realizar outro serviço caso necessário, o que reflete o grau de satis-
fação positivo verificado na pesquisa e o nível de recomendação definido
como 10 pela maioria dos respondentes. As experiências vivenciadas pelos
consumidores tem refletido de forma positiva em seu nível de satisfação,
demonstrando que a empresa tem atendido aos requisitos básicos solici-
tados pelos mesmos.
Melo (2011) afirma existir uma premissa no aspecto de qualidade que
vem se desenvolvendo nas empresas atualmente, caracterizada pelo re-
lacionamento ético entre todos os elementos envolvidos na fabricação e
venda de produtos ou na prestação de serviços. Para a Toyota, o dia 24 de
fevereiro é tido como “Dia do reinício”, um dia dedicado à reflexão e com-
promisso com a qualidade dos produtos e serviços ofertados aos clientes.
Mesmo diante do atual cenário onde diversas marcas dividem a de-
manda por consumidores desse mercado, a Toyota, desenvolveu um dife-
rencial competitivo, enfatizado por Martinelli (2009) como um desafio, ao
longo dos anos, o que a estabeleceu íntegra no mercado mesmo diante
dos desafios e dificuldades.
Os resultados encontrados nesta pesquisa se assemelham com ou-
tras pesquisas com os temas similares como a recente pesquisa realizada
de outubro a dezembro de 2021 da UOL carros que contou com a partici-
pação de 21 mil votos e elegeu na quinta edição do prêmio UOL carros, a
Toyota como “Melhor Pós-venda”.
5 CONCLUSÃO
Ao longo da pesquisa percebe-se a consolidação dos valores da fabri-
cante e representantes com sua ênfase no desenvolvimento da qualidade
dos serviços de recall a fim de que não ocorram acidentes, protegendo
assim a saúde e a segurança não só do consumidor que faz a utilização do
produto como da sociedade na qual aquele veículo estiver inserido, pois
esta última pode sofrer algum dano ou reflexo negativo caso o produto
defeituoso não seja devidamente reparado.
Os resultados da pesquisa demonstraram que a maioria dos pesqui-
sados entende o significado do recall, entretanto existe uma parcela sig-
nificativa que não entende o significado, não sabe sobre a gratuidade do
serviço, a sua importância e busca o serviço apenas quando é notificado
pelo Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), essa perspectiva de-
monstra o quanto as campanhas apesar de serem ditas como eficientes
REFERÊNCIAS
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go em Mecânica Automotiva) – Centro Paula Souza, Faculdade de Tecno-
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BRASIL. Lei nº. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei nº 9.503,
de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modifi-
car a composição do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de
validade das habilitações; e dá outras providências. Brasília: Presidência
da República, 2020.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2019-2022/2020/lei/l14071.htm. Acesso em: 08 out. 2021.
BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Portaria Conjunta n° 3, de 1 de julho
de 2019. Disciplina o procedimento de chamamento dos consumidores -
recall, para substituição ou reparo de veículos que forem considerados no-
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 256
civos ou perigosos após a sua introdução no mercado de consumo. Brasí-
lia: Ministério da Justiça e Segurança Pública, 2019. Disponível em: https://
dspace.mj.gov.br/handle/1/1844?locale=es. Acesso em: 08 out. 2021.
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números e normas. Brasília: Secretaria Nacional do Consumidor, 2019. Dis-
ponível em: https://www.defesadoconsumidor.gov.br/images/Recall/BO-
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BRASIL. Secretaria de Direito Econômico. Portaria Conjunta n° 69, de 15
de dezembro de 2010. O Secretário de Direito Econômico Interino do Mi-
nistério da Justiça, no uso da atribuição que lhe confere o art. 63 do Decre-
to 2.181, de 20 de março de 1997, e o Diretor do Departamento Nacional de
Trânsito - DENATRAN, no uso das atribuições legais que lhe foram confe-
ridas pelo art. 19, inciso I, da Lei n° 9.5 03, de 23 de setembro de 1.997, que
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Brasília: Tribunal da Justiça
do Distrito Federal e dos Territórios, 2010. Disponível em: https://www.de-
fesadoconsumidor.gov.br/images/Legisla%C3%A7%C3%A3o/Portaria_
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Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 258
CAPÍTULO 12
GESTÃO DA PRODUÇÃO: OS IMPACTOS NA SAÚDE
MENTAL DOS TRABALHADORES DE UMA EMPRE-
SA DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA EM SÃO LUÍS DO
MARANHÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA DO CO-
VID-19
Lucas Gabriel Pereira dos Santos1
Roosevelth Ramos Barroso Carvalho2
RESUMO
ABSTRACT
The transport and logistics sector is one of the main means that move
the economy in Brazil, as they are responsible for transporting different
types of products throughout the country. All organizations depend on
human material, which are of great value to their productivity, with this
they began to worry more and more about their mental health. Thus, it is
noticeable how much the mental health of drivers can be affected by the
work environment, whether internal or external. In addition to these fac-
tors, another factor that emerged at the end of the last decade that could
further influence this problem was the emergence of the COVID-19 Pande-
mic, which consequently directly affects employee productivity. Through
this, this research seeks to analyze the impacts on the mental health of
employees of a transport and logistics company in São Luís do Maranhão
in times of the Covid-19 pandemic. A questionnaire and interview conduc-
ted with the drivers who make up Fedex will be used as a data collection
instrument. With the interviews and questionnaires applied, it was possible
to identify that the main impacts that the Covid-19 pandemic brought to
these employees was the fear of contracting the disease or taking the virus
to a loved one. It was also possible to see that Covid-19, in line with the dri-
vers' work environment, becomes a major problem for their mental health.
Noise, traffic jams, pressure to make deliveries, risk of robberies or of being
infected by the disease and the day-to-day stresses and fatigue are possi-
ble effects that can harm the mental health of employees, therefore, points
of paramount importance which must be taken into account by transport
and logistics companies.
Keywords: Production Management. Mental health. Pandemic.
1 INTRODUÇÃO
Todo ser humano tem em seu ambiente de trabalho fatores que in-
fluenciam na sua vida seja ela emocional ou profissional. Dentre estes po-
dem existir fatores internos e externos que alinhados com a pressão ou
problemas pessoais pode causar grande consequências, principalmente a
saúde mental dando um efeito em sua produtividade.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 260
A pressão que o mercado faz sobre as organizações acaba refletindo
também nos profissionais que a compõem, podendo causar sérios proble-
mas tendo uma grande preocupação com a sua produtividade. No setor de
transporte esses elementos podem vim principalmente do ambiente ex-
terno com a questão dos trânsitos caóticos e estressantes, a distância da
família e os riscos que as ruas oferecem como acidentes, e assaltos. No
ano de 2019 surgiu a Covid-19, a qual trouxe grandes desafios como o dis-
tanciamento social, cuidado maior na higiene e os impactos afetivos.
Com esse problema sanitário o setor de transporte e logística foi um
dos segmentos mais afetados, pois os profissionais que o compõem fi-
caram mais vulneráveis ao coronavírus que outros setores. Durante esse
período, em decorrência do distanciamento social e inúmeras empresas
fechadas, as pessoas optaram por solicitar serviços de entrega em casa,
tendo um aumento significativo em pedidos pela internet visto que era in-
viável o seu deslocamento até a loja.
Através de toda essa análise, houve a necessidade de realizar uma
pesquisa sobre esse assunto tendo como objetivo geral analisar o impacto
da saúde mental dos empregados de uma empresa de transporte e logísti-
ca em São Luís do Maranhão em tempos de pandemia do Covid-19. E para
chegar a esse objetivo é necessário seguir alguns passos específicos, que
são: investigar os principais fatores de risco que o ambiente de trabalho
pode oferecer à saúde mental do colaborador; demonstrar os efeitos da
pandemia na saúde mental dos colaboradores do transporte; identificar
estratégias de melhoria na organização que preservem a saúde mental dos
funcionários.
A gestão da produção tem o fator humano de grande importância, pois
está diretamente ligada a produção, e uma mente afetada pode se tornar
um grande vilão na vida profissional. Com isso a pesquisa está fundamen-
tada no seguinte questionamento: quais os principais fatores de risco que
podem prejudicar a saúde mental dos motoristas que compõem a empresa
Fedex durante o período de pandemia da Covid-19?
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 262
Com o surgimento da pandemia, a população pode desencadear transtor-
nos, estresse pós-traumático, ansiedade e depressão.
Li et al. Citado por Leandro et al (2020, p. 4) sugerem que:
Em situações como pandemias, é comum o aumento da frequência
de emoções e interpretações negativas, comportamento de esquiva
e estigmatização de pessoas que apresentam os sintomas, além de
aumento na conformidade/obediência às orientações das autoridades.
A pandemia tornou-se um fenômeno potencialmente estressante em
razão das medidas de prevenção e contenção da doença, além de gerar
grande impacto na economia, política e na sociedade. (Afifi, Felix, & Afifi,
2012; Correia, Luck, & Verner, 2020; van Bavel et al., 2020). Por causa des-
ses impactos sintomas como de depressão, ansiedade e estresse tem sido
identificado com mais frequência na população. Saúde mental no trans-
porte
Os problemas de saúde no trabalhador vêm em decorrência de várias
razões, no setor de transporte e logística isso não é diferente. A alta pres-
são em cumprir metas e prazos, jornadas de trabalho longas, distancia de
familiares isso tudo pode aumentar as tensões e estresse dos motoristas,
além de outros fatores que são:
O condutor de veículos entra em conflito com características ambien-
tais ao dirigir sobre influências causadas por estresse, emoções, fa-
diga, sonolência e substâncias psicoativas. Este ambiente que exige
atenção, concentração e direção segura para os motoristas, passagei-
ros e pedestres. (MATOS; BRABO, 2019, p. 11)
A Associação Nacional de Empresas de Transporte Urbanos – NTU
afirma que o caos no trânsito vem crescendo cada vez mais, principalmen-
te nas cidades de grande e médio porte, no qual esse fator influencia muito
no estresse dos profissionais que estão envolvidos diariamente. Seligmann
(1995) afirma que a organização e as condições de trabalho são fatores
fundamentais que devem ser analisados na hora de avaliar os processos
de saúde mental.
3 METODOLOGIA
A presente pesquisa busca compreender quais os impactos que a
pandemia do Covid-19 trouxe para saúde mental dos motoristas de uma
empresa de transporte e logística de São Luís do Maranhão. A abordagem
da pesquisa está classificada como quantitativa, pois se baseia através de
números coletados em questionários.
A pesquisa foi desenvolvida em um campo de pouco conhecimento
e exploração sendo assim se caracteriza como descritiva exploratória. Se-
gundo Gil (2017), essas pesquisas são mais flexíveis no que se refere ao seu
planejamento, tendo o objetivo de observar e compreender os mais varia-
dos aspectos relativos ao fenômeno estudado pelo pesquisador.
Por se utilizar materiais acessíveis ao público como livros, revistas,
jornais, meios eletrônicos, entre outros, a pesquisa é caracterizada como
bibliográfica. Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa bibliográfica é realizada a
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 264
partir de um levantamento de referenciais teóricos já analisados e publica-
dos por meios escritos e eletrônicos, como artigos científicos, livros, mo-
nografias e sites.
A pesquisa de campo será realizada a partir de observações, coletas,
análises e interpretações de dados e informações relevantes sobre o pro-
blema através de um questionário aplicado com 12 motoristas que com-
põem a empresa. A pesquisa de campo busca observar os fatos e fenôme-
nos que ocorrem dentro da realidade do problema, através da coleta de
dados referente aos elementos analisados. (DANIEL, 2019).
O estudo será realizado em uma filial da empresa Fedex Brasil Lo-
gística e Transporte LTDA, situada no polo industrial de São Luís - MA. O
universo da pesquisa é composto por 12 motoristas terceirizados. Segundo
Eduardo (2003, p. 29 e 67) o universo da pesquisa é:
População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de indivíduos que
possuem as mesmas características definidas para um determinado
estudo [...] é o conjunto de seres animados ou inanimados que apre-
sentam pelo menos uma característica em comum [...]
A coleta de dados será feita através de uma pesquisa de campo, onde
terá como instrumento de coleta e análise a aplicação de questionário, com
o intuito de captar dados mais detalhados sobre o problema em questão.
Para Gil (2002, p. 114) “o questionário é um conjunto de questões que são
respondidas por escrito pelos pesquisados”.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 266
Figura 3 - Gráfico referente aos sintomas de nervosismo, tensão e preocupação
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 268
Figura 7 - Gráfico referente ao grupo de risco
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 270
são fatores, identificados durante a pandemia, que mais afetam a saúde
mental dos motoristas e consequentemente a sua produtividade, podendo
desencadear transtornos psicológicos.
Através desses resultados foi possível identificar que a empresa in-
veste pouco em palestras ou ações que influenciem os motoristas a prati-
carem exercícios físicos e a terem uma boa alimentação. Foi possível cons-
tatar ainda, que a pressão sobre eles é muito grande em cumprir prazos,
além disso, a empresa utiliza poucos meios que evitem que os motoristas
sofram com os assaltos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da pesquisa na qual seu objetivo principal é analisar os im-
pactos na saúde mental dos empregados de uma empresa de transporte e
logística em São Luís do Maranhão em tempos de pandemia do Covid-19,
foi possível identificar os efeitos que a pandemia trouxe a saúde mental
dos motoristas. Dentre eles estão o aumento do estresse, medo de perder
o emprego, contrair a doença por ser grupo de risco ou leva-la para fa-
miliares, preocupação em sempre está se prevenindo, pressão de realizar
todos as entregas no prazo, cuidado da sua saúde e de familiares.
Desse modo é viável afirmar que todos os objetivos apresentados fo-
ram atingidos, pois através da pesquisa bibliográfica foi possível identificar
os fatores de risco que o ambiente de trabalho dos motoristas oferece,
como por exemplo os engarrafamentos. Por meio da aplicação das entre-
vistas e do questionário foi demonstrado os efeitos que a pandemia trouxe
a saúde mental. E através da análise e demonstração dos resultados po-
de-se identificar estratégias de melhoria na organização que preserve a
saúde mental.
Com isso é necessário ressaltar que as organizações precisam se
preocupar cada vez mais com o seu recurso humano, mantendo os inte-
ressados no trabalho e motivados a fazer suas funções além de oferecer
um ambiente de trabalho onde todos se sentem confortáveis, animados e
pertencentes aquele lugar, extraindo o melhor de cada colaborador para
uma melhor produtividade.
Desse modo, as contribuições da presente pesquisa podem auxiliar
as organizações a identificarem o que pode ser um fator de risco de um
ambiente de trabalho e como o momento de pandemia é capaz de afetar a
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7- Você faz parte do grupo de risco? Se sim, a empresa se preocupou em prevenir sua
saúde?
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 274
7- Você faz parte do grupo de risco? Se sim, a empresa se preocupou em prevenir sua
saúde?
RESUMO
ABSTRACT
The search for restructuring the management model, caused by glo-
balization and the development of technological means of communication,
provoked factors that contributed positively within public administration.
The innovation in service emerged as a response to the social and econo-
mic changes suffered by society, facilitating access to information and in-
creasing the quality of services. In this sense, the article sought to analyze
the use of technological innovations by a public institution, dedicated to
vehicle drivers in São Luís - MA, DETRAN - MA, in relation to the demons-
tration of satisfaction with its online services. For a better explanation of
the topic addressed, the theoretical framework structured in the following
subtopics: innovation, quality and satisfaction in service, technologies in
support of service. As for the methodological procedures, this research is
characterized as qualitative, exploratory-descriptive, bibliographical and a
case study. Data collection was carried out using digital satisfaction forms
for users of the DETRAN-MA platform of the last 6 months, and an interview
with the person responsible for the operation of systems provided to the
digital service, which allowed a broader approach to the subject in ques-
tion and the treatment of the results was done through data and discourse
analysis. By carrying out this work, it was possible to obtain answers about
the agency's innovative projects, such as the implementation of the Data-
center network itself, with the objective of providing a more satisfactory
and qualified service to its digital users, who frequently suffer from system
instability.
Keywords: Service innovation. Clients satisfaction; Public institution.
1 INTRODUÇÃO
O uso intensivo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC),
conforme Leão, Oliveira e Magalhães (2009), promoveram inúmeras mu-
danças na sociedade, uma vez que, a informação deslocou-se do papel
para o meio eletrônico, internet, redes sociais, dentre outras. Diante dessa
transformação, viu-se a necessidade do aperfeiçoamento e inovação dos
processos e serviços prestados à população difundida também na Admi-
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 278
nistração Pública, posto que, a sociedade exige um atendimento público
de qualidade equiparado ao recebido no setor privado.
No que tange o serviço ao cidadão, os governos têm encontrado na
TIC, suporte para a criação e implementação de portais de informação
e prestação de serviços, sobretudo na internet. Com mercados cada vez
mais exigentes, o modelo tradicional de atendimento tornou-se obsoleto.
Segundo Las Casas (2012), a modalidade de atendimento online possui
alta capacidade para melhoria dos serviços percebidos pelos clientes com
o atendimento online ao cliente, gerando uma melhor satisfação ao con-
sumidor por ter opções mais rápidas e a qualquer hora do dia, além de
reduzir custos operacionais.
Para a realização da pesquisa proposta, buscou-se o Departamento
Estadual de Trânsito (DETRAN) do Maranhão, por ser um órgão do Poder
Executivo Estadual cujo papel é formar condutores, fiscalizar e administrar
o trânsito de veículos. O intuito de estudar a respeito do tema surgiu tendo
em vista o processo de mudança social, ocasionado pelas transformações
digitais, principalmente em plataformas de atendimento, sobretudo no DE-
TRAN-MA.
Nesse contexto, surge o seguinte questionamento: o DETRAN-MA
apresenta inovação no seu atendimento digital que geram percepção e
satisfação do seu usuário final?
Nessa perspectiva busca-se resposta para algumas perguntas: o que
seria uma real inovação? As soluções tecnológicas implementadas trouxe-
ram vantagens, na concepção do cliente?
A pesquisa possui como objetivo geral analisar a inovação dos ser-
viços de atendimento aos condutores de veículos em São Luís do Mara-
nhão. E como objetivos específicos: investigar as inovações dos serviços
de atendimento aos condutores de veículos; demonstrar o nível de quali-
dade e satisfação referente aos serviços prestados nas plataformas digitais
do DETRAN-MA e identificar fatores tecnológicos capazes de promover
melhorias no atendimento a condutores de veículos.
A relevância desta pesquisa dá-se por fornecer informações sobre
serviços ligados ao atendimento a usuários da plataforma digital do DE-
TRAN-MA, demonstrando o nível de qualidade e satisfação, assim como
fatores que possam impulsionar melhorias. É importante citar que a partir
deste trabalho, será possível identificar inovações que poderão ser aplica-
das em empresas de múltiplos setores. Por fim, a motivação pessoal como
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Inovação
A inovação é vista como ferramenta característica do gestor, tornan-
do-se crucial para avistar mudanças sociais e identificar oportunidades
de negócios ou serviços, segundo Drucker (1985, apud TIDD, BESSANT,
2015). Podendo ser apresentada como disciplina, ser ensinada, aprendida
e praticada.
A definição de inovação varia bastante, no entanto, sempre carrega
aspectos de desenvolvimento e de aprofundamento de novos conheci-
mentos. Tidd e Bessant (2015) reforçam que inovação vai além de ter boas
ideias, surge de um processo de evolução até chegar à praticidade, utili-
zada tanto na abertura de novos mercados quanto em novas maneiras de
servir mercados já definidos, através da identificação de oportunidades.
O conceito de inovação, em termos de administração pública, na maior
parte dos países e especialmente na América Latina, assume uma
dimensão bastante ampla, até porque corresponde, em um primeiro
momento, a alguma coisa que funciona efetivamente em um ambien-
te caracterizado por reduzida funcionalidade, seja em decorrência do
modelo de administração burocrática, dos resquícios do modelo patri-
monialista e/ou das combinações desses dois. (RUA, 1999, p.102).
Na administração pública, a inovação surge potencializando a eficiên-
cia dos serviços prestados e assim afetando positivamente a qualidade de
vida da sociedade.
Embora seja inaceitável a identificação da administração pública com
a privada, isto não significa que seja errado ver o cidadão como um
cliente- cidadão. Esta é uma importação da administração privada que,
devidamente adaptada, representa um avanço e não um retrocesso na
afirmação da cidadania. Ver o cidadão como um cliente significa ape-
nas dar-lhe a devida atenção, dedicar-lhe o respeito que ele não tem
nas práticas da administração pública burocrática, autorreferida, vol-
tada para seu próprio poder. Há sem dúvida uma diferença essencial:
a empresa vê o indivíduo como um cliente porque isto lhe interessa;
o governo e sua burocracia vêem ou devem ver o indivíduo como um
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 280
cliente porque este é um direito que ele tem como cidadão. (PEREIRA,
1998, p.122).
No setor público os processos de inovação vêm ganhando força nos
últimos anos, utilizando a dimensão estratégica do estado e operando
como propulsor do desenvolvimento econômico. Causada pela necessi-
dade de inovação como resposta às mudanças sociais, políticas, econô-
micas e tecnológicas em um mundo mais globalizado e digital, problemas
complexos e orçamentos apertados. Buscando restabelecer o vínculo de
confiança com a sociedade. (CAVALCANTE et al., 2017)
As inovações tecnológicas, sobretudo por meio das TIC servem de
apoio para o crescente sobressalto do setor de serviços, em relação ao de
produtos, promovendo melhorias contínuas na sua prestação. Tigre (2006)
afirma que as empresas estão sendo obrigadas a se tornarem mais flexíveis
e inovadoras, a fim de lidar com as turbulências dos mercados e com os
desafios constantes apresentados pela globalização. É necessário acom-
panhar o mercado, e melhor que isso, antecipar-se mediante as tendên-
cias. O banco de dados nos locais de atendimento, torna-se indispensável
na melhora da qualidade do serviço prestado. Além disso, uma inovação
no atendimento necessita de aprovação dos usuários.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 282
2.3 Caracterização da Instituição
O Detran foi criado em julho de 1966, pela lei n°2.668 que transfor-
mou a então Inspetoria Estadual de trânsito em Departamento Estadual de
Trânsito, visando a autonomia administrativa e financeira. “A inspetoria era
subordinada administrativa e financeiramente à Secretaria de Segurança
do Estado e sofria com receita insuficiente e arrecadação baixa, devido ao
pequeno número de veículos existentes no Estado.” (DETRAN-MA)
Com a criação do Detran-MA, o departamento passou a ter autonomia
com receita e pessoal próprios. A justificativa do então governador do
Estado do Maranhão, José Sarney, era a crescente complexidade dos
serviços de trânsito do Estado que se urbanizou cada vez mais e ne-
cessitava de um órgão dedicado à regulação do setor. Ainda no ano
de 1966, mais precisamente no mês de setembro de 1966, o Governo
Federal publicou a Lei Federal n° 5.108 instituindo pela primeira vez o
Código Nacional de Trânsito, o Detran-MA se tornou órgão do Sistema
Nacional de Trânsito com jurisdição em todo o estado do Maranhão.
(DETRAN-MA)
No ano de 1977, sua estrutura organizacional sofreu modificações, o
Detran- MA é vinculado à secretaria de Estado da Segurança Pública até
os dias atuais, mesmo que inicialmente tenha sido criado como autarquia.
Atualmente, o Detran-MA é regido pelo Decreto Estadual n° 20.242 de 26
de janeiro de 2004.
De acordo com a plataforma do órgão, o Detran-MA possui Sede no
bairro Vila Palmeira, dois postos avançados (BR 135 e Calhau) e dois pos-
tos nos Vivas (Shopping da Ilha e Av. Beira Mar) em São Luís.
No interior do estado possui 15 representações que são as Circunscri-
ções Regionais de Trânsito (Ciretrans) nos municípios de Açailândia, Ba-
cabal, Balsas, Barra do Corda, Caxias, Chapadinha, Codó, Grajaú, Impera-
triz, Pedreiras, Pinheiro, Presidente Dutra, Santa Inês, São João dos Patos
e Timon.
O Detran-MA também possui um posto avançado em Paço do Lumiar
e postos de atendimento no Viva dos municípios de Carolina, Coroatá, Es-
treito, Itapecuru-Mirim, Lago da Pedra, Rosário e São José de Ribamar.
3 METODOLOGIA
Segundo Andrade (2001, p. 121) a pesquisa é um “conjunto de proce-
dimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo
encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de
métodos científicos”.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 284
está nos baixos custos de sua seleção. Entretanto, requer considerável
conhecimento da população e do subgrupo selecionado. Quando esse
conhecimento prévio não existe, torna-se necessária a formulação de
hipóteses, o que pode comprometer a representatividade da amostra.
Os instrumentos e meios de coleta de dados, segundo Gil (2002, p.
100) “A coleta de dados na pesquisa é feita mediante a manipulação de
certas condições e a observação dos efeitos produzidos.” Para os levanta-
mentos são utilizadas as técnicas de interrogação: o questionário, a entre-
vista e o formulário.
A pesquisa será realizada em três etapas, primeiramente será por
meio do levantamento bibliográfico para fundamentação teórica, a segun-
da ocorrerá através da pesquisa de campo por meio de entrevista a gesto-
res da plataforma de atendimento do DETRAN-MA e por último o questio-
nário direcionado a usuários da plataforma.
A respeito da coleta de dados, optou-se por entrevistas, na pretensão
de obter dados que interessam no estudo. Como informa Gil (2008, p. 109)
a entrevista "é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes
busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação."
Fez-se uso na coleta de dados também de questionários como com-
plemento na pesquisa. “Um questionário garante a padronização e a com-
paração dos dados entre os entrevistadores, aumenta a velocidade e a pre-
cisão dos registros e facilita o processamento dos dados”. (MALHOTRA,
2005, p. 227).
O tratamento de dados será realizado por meio das análises de dis-
curso e análise estatística, através de gráficos. Onde o pareamento dos
resultados das etapas servirá para identificar os principais fatores de ino-
vação capazes de melhorar o atendimento digital do DETRAN-MA.
4%
34%
62%
10%
90% SIM
NÃO
No que
Organizadores: tange
Karla a “qualidade
Mariana do atendimento”
Correia de Alencar do DETRAN
e Roosevelth Ramos - MA, 8%
Barroso Carvalho dosusuários dos
286
No que tange a “qualidade do atendimento” do DETRAN - MA, 8% dos
usuários dos serviços avaliaram como “excelente”; 44% como “bom”; 42%
como regular e 6% como “ruim”, conforme Gráfico 3.
Gráfico 3 – Qualidade no atendimento
6% 8%
42% 44%
EXCELENTE
BOM
REGULAR
RUIM
4% 6%
42% EXCELENTE
48% BOM
REGULAR
RUIM
14% 8%
40%
38% EXCELENTE
BOM
REGULAR
RUIM
Fonte: Elaborado pelo autor (2021)
Como resposta ao item, somente 48% dos clientes avaliaram de forma
positiva, revelando a necessidade de otimização do serviço ao levar em
conta o alto número de insatisfação dos usuários que buscam rapidez para
solucionar seus problemas. Pois, segundo Kotler (2000, p. 55) já não basta
simplesmente satisfazer clientes, é preciso encantá-los.
No item “Frequência de uso dos canais eletrônicos de atendimento”
34% responderam que usam frequentemente, 62% raramente e 4% nunca
fez uso.
Gráfico 6 – Frequência da utilização dos canais eletrônicos de atendimento
4%
34%
62%
RARAMENTE
NUNCA
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 288
Gráfico 7 – Portal digital com o sistema “fora do ar”
10%
28%
62% SEMPRE
ÀS VEZES
NUNCA
8%
36%
56% SEMPRE
ÀS VEZES
NUNCA
26%
74%
SIM
NÃO, NUNCA FUI INFORMADO (A)
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 290
tabilidade constante do portal, o que se distancia da garantia de acessi-
bilidade dos usuários de, no mínimo, 95% ao mês prevista na Portaria nº
1435/2019 - DETRAN / MA.
Ademais, foram buscados gestores na área de atendimento e desen-
volvimento digital para aplicação de entrevistas, os quais demonstraram
disposição e interesse no resultado final do trabalho.
Os resultados foram obtidos através de uma entrevista direta, expon-
do questionamentos e sendo seguidos de respostas, sendo necessário uso
de um gravador como ferramenta de auxílio por parte do entrevistador.
O entrevistado declarou ser formado em Rede de Computadores, pos-
suindo seis meses de atuação na empresa e responsável pela operação de
sistemas veiculado ao atendimento digital da unidade localizada na Vila
Palmeira em São Luís – MA. Os dados que sucedem tratam-se das respos-
tas do entrevistado.
Em relação à prestação de serviço de qualidade aos usuários foi re-
latado investimentos contínuos em tecnologia para aperfeiçoamento dos
sistemas, relatou ainda a percepção negativa e errônea da burocracia pre-
sente nos processos do órgão por parte dos atendidos, destacando a im-
portância de etapas rigorosas na proteção do próprio usuário.
Em um plano estratégico a curto prazo existem ações inovadora com
foco no atendimento e tecnologia, uma vez que trabalham no deslocamen-
to, a partir de janeiro de 2022, dos Datacenter presentes na SEAT, parte da
Tecnologia de Informação do Governo do Maranhão, para as imediações
do DETRAN, objetivando facilitar a manutenção dos computadores e sis-
temas internos. O DETRAN - MA será dessa forma, o primeiro órgão esta-
dual, público e maranhense a realizar tal feito.
O entrevistado destacou também os benefícios do atendimento online
oferecido, uma vez que, uma pessoa possui facilidade no manuseio dos
meios eletrônicos, é capaz de solucionar quase todas as suas demandas
sem precisar se deslocar, evitando os gastos com transporte, aborreci-
mentos e estresse com burocracias. Durante a entrevista, pontos nega-
tivos foram evidenciados ao entrevistador declarar que muitos usuários
desconhecem todas as utilidades do site e acabam por se deslocarem até
o DETRAN – MA, os serviços destacados foram: pagamento de multas,
entrada em processos como licenciamentos, recorrer por multas, além do
aplicativo Carteira Digital. Informações essas que evidenciam uma ausên-
cia de estratégia para divulgação dos serviços prestados.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso da tecnologia advinda da globalização tornou a sociedade in-
terativa e conectada aos meios de comunicação, acarretando em acesso
rápido à informação, tornando o ponto de partida para empresas mais fle-
xíveis e inovadoras capazes de prever aumento de tendências e enfrentar
turbulência nos mercados diante uma variedade de cenários econômicos.
A instituição pública, assim como as empresas privadas tem como
meta fornecer qualidade ao cliente, e para isso faz uso de ferramentas tec-
nológicas. Dentro da administração pública, essa modernização aplicou-se
na qualidade contínua da prestação de serviços. Através da diminuição
dos processos burocráticos e melhorias no aumento do padrão dos servi-
ços direcionados a população, fornecendo mais segurança, comodidade e
transparência.
O uso de plataformas digitais como canal de atendimento eletrôni-
co aos cidadãos se tornou ainda mais necessário dentro do setor público,
diante o cenário de altos índices da COVID-19 e a obrigatoriedade de man-
ter o distanciamento social. Foi disponibilizado uma variedade de serviços
on-line de forma acessível, simplificada e com redução de burocracias.
A partir da realização desse estudo, que tinha como objetivo analisar
a inovação dos serviços de atendimento prestados aos condutores de veí-
culos em São Luís do Maranhão pelo DETRAN - MA, foi possível alcançar
as propostas referentes aos objetivos específicos determinados.
Ao investigar as inovações relacionadas aos serviços de atendimento
aos condutores de veículos, constatou-se que a instituição faz uso de tec-
nologias de comunicação digital, tais como portal, redes sociais, ouvidoria
e aplicativo mobile. O uso de tais ferramentas auxilia na gestão, dando
suporte ao atendimento e potencializando a eficiência dos atendimentos.
Durante a aplicação dos questionários, foi possível demonstrar que a
maior parte dos usuários considera satisfatória a qualidade da prestação
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 292
de serviços oferecidos na plataforma do DETRAN-MA. Ademais, consta-
tou-se que a maioria dos usuários atuais da plataforma do DETRAN são
pertencentes a geração “Z”, composta por jovens de 18 a 24 anos, que tem
maior facilidade e acessibilidade no uso de tecnologias, ao mesmo tempo
verifica-se a ausência de clareza do total de serviços prestados dentro da
plataforma e o alto índice de quedas dos sistema.
O DETRAN-MA demonstrou investimento em fatores inovadores, com
finalidade de melhoria na qualidade do serviço prestado. O projeto de des-
locar DATACENTER pertencentes à instituição que hoje estão localizados
na SEAT, responsável pela Tecnologia da Informação do governo do Ma-
ranhão para as imediações físicas do DETRAN, visa solucionar problemáti-
cas frequentes quanto a instabilidade do sistema, fornecendo manutenção
de forma rápida e acessível por parte dos seus técnicos de TI. A incremen-
tação dessa tecnologia que promete desvincular o órgão a SEAT e conec-
tá-lo diretamente a base nacional de dados (SERPRO), é considerado um
passo inovador dentro das instituições do governo do maranhão.
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Resumo
Abstract
Knowledge is the great vector for growth and development of prac-
tically everything that involves human experience, its consequences have
been studied for many years, and in the business sphere it is no different.
It is always worth emphasizing that the gathering of a range of information
does not imply that we have the knowledge itself, because the informa-
tion will only become knowledge when it is structured and used, with the
obligation of practical use. any the high level of competitiveness between
organizations imposes increasingly challenging efforts for individuals, the
need for a well-structured knowledge management is one of those great
challenges.The countless pieces of information that rotate every day by
an organization need to be managed and transformed into knowledge, it
being up to the managers of strategic parts of the company to implement
the strategies defined for knowledge management, and the rest of the
workforce to contribute to the good implementation and maintenance of
knowledge management, thus avoiding a reduction in turnover rates, that
is, staff turnover that exists within an organization, which is characterized
by the flow of people entering and leaving the company. This research aims
to analyse the experience of the company SB Monteiro E CIA LTDA, a cos-
metics and perfumery company from São Luís – Ma. Therefore, proving the
importance of knowledge management in a company in this field, and its
practical benefits, we contribute for the universe of companies in the cos-
metics and perfumery sector in São Luís, a market that grows solidly every
day in our region.
Keywords: Knowledge management. Turnover. Experience.
1 INTRODUÇÃO
O ramo de cosméticos e perfumaria abre muitas portas para famílias
e pessoas com menor formação acadêmica, sobretudo em centros con-
sumidores menores, pois não demanda uma gama de conhecimentos de
técnicas de venda, pesquisas de mercado ou uma fundamentação mais
aprofundada do negócio e, ainda dispensa a necessidade de um capital
inicial elevado, o que muitas vezes costuma representar uma barreira para
muitos microempreendedores. Dito isto, temos a gênese das circunstân-
cias que motivaram a elaboração do presente artigo, uma vez que a família
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 298
do autor está diretamente ligada à comercialização de cosméticos e per-
fumaria, onde por muitos anos a revenda de cosméticos e perfumes foi o
principal meio de obtenção de renda da família do mesmo.
A indústria de cosméticos e perfumaria é sem dúvidas um setor la-
tente em todo o mundo e no Brasil não é diferente, representando um dos
setores que tiveram melhor performance nos últimos anos, segundo o Pai-
nel de Dados de Mercado da ABIHPEC, o setor apresentou alta em seus
resultados enquanto a maioria dos outros setores apresentaram baixa ou
mantiveram-se estagnados, tendo como principal nicho a perfumaria femi-
nina, seguida pela perfumaria masculina.
Portanto, o conhecimento e sua gestão se tornaram patrimônio im-
prescindível para as empresas, representando uma importante arma
competitiva, cujo valor é intangível.Logo, como adquirir e, principalmen-
te, como gerir o conhecimento tornaram- se foco de muitos estudos, em
contrapartida, essa maior preocupação com a manutenção dos detentores
do conhecimento (colaboradores) gera uma diminuição na rotatividade do
pessoal.
Tal necessidade, se intensifica através da busca por maneiras de
aproximar o cliente da empresa por meio da institucionalização de uma
marca que passe credibilidade, confiança e satisfação, passando também
por uma equipe de colaboradores alinhados com os objetivos da empresa,
ainda mais por se tratar de um mercado onde a geração de valor é fator
determinante para fidelização do cliente.
Cruz e Nagano (2008, p. 4) enfatizam que, são comumente explícitas
as perdas de tempo em organizações que não gerem seus conhecimen-
tos. Determinadas soluções de problemas poderiam ser feitas com maior
eficiência caso um outro funcionário que já tenha passado pela mesma
situação detalhasse e compartilhasse a resolução do mesmo. Sendo que,
se um funcionário ao se deparar com a mesma situação ou problema pa-
recido já tivesse acesso à esta informação (conhecimento), ele resolveria
o problema em um período de tempo menor. Com isto o desempenho dos
funcionários na organização seria mais ágil e eficaz, reduzindo custos ope-
racionais, pois, quanto menor tempo um funcionário resolve um problema,
mais tempo terá para executar outras atividades.
O tipo de enfoque epistemológico da presente pesquisa é do tipo in-
terpretativo fenomenológico, pois abrange as experiências obtidas e os
fenômenos que mexem com a consciência do indivíduo e estabelece re-
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 300
A gestão do conhecimento é parte imprescindível nas organizações
atuais, é notório, mas o que pouco se comenta é que ela é datada desde a
Grécia Antiga, no dia a dia eles já se utilizam de métodos, meios e passos
para a criação, difusão e a troca de conhecimento para o melhor funcio-
namento da sociedade, tal qual acontecem nas organizações atualmente.
Nonaka; Takeuchi (2008) abordam a gestão do conhecimento em um
contexto histórico e econômico, desde quando as empresas concorriam
em territórios internos e tendo como armas competitivas, as máquinas e
tarefas, com o passar do tempo a cadeia de valor foi se alterando, com isso
as empresas passaram a olhar para gestão do conhecimento como arma
competitiva e tornando o conhecimento como ativo intangível da empresa.
Os autores indicam a gestão do conhecimento como vantagem competiti-
va que deve ficar atenta ao contexto e a conversão do conhecimento.
Toda organização que objetiva se perpetuar por muitos anos no mer-
cado de forma sustentável e competitiva tem que sempre estar na busca
contínua de retenção de talentos, desenvolver seus talentos, e fidelizar es-
ses talentos, só assim poderámanter sua qualidade de desempenho orga-
nizacional e buscar melhores resultados.
De acordo com Chiavenato (2004) gestão do conhecimento é “um
processo integrado destinado a criar, organizar, disseminar e intensificar
o conhecimento para melhorar o desempenho global da organização”. Po-
rém todo administrador deve filtrar todo o conhecimento para saber qual
se adequa realmente a organização.
O exercício da GC tem como um de seus resultados a minização dos
indíces de turnover e todos os seus fatores negativos, entre eles os altos
cuistos para admissão e desligamento do colaborador, mas é importante
frisar que muitos autores defendem que a rotatividade do pessoal dentro
de níveis saudáveis é importante para que a organização capte talentos e
que haja uma mudança saudável de pessoal dentro da empresa.
3 TURNOVER
Turnover é um terminologia em inglês que define o movimento de en-
trada e saída dos colaboradores em uma empresa, independentemente de
ter sido motivado pelo empregador ou por decisão do empregado. Como
sinônimo, na língua portuguesa, temos o termo rotatividade (SILVEIRA,
2011, p. 10).
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 302
Segundo Eckert (2011) uma das principais consequências geradas
pelo turnover são os custos. É importante conhecer os custos econômicos
e financeiros envolvidos na entidade para ver o quanto a empresa perde ou
deixa de ganhar com a entrada e saída de colaboradores. A saída de cola-
borador, reposição e treinamento para o novo colaborador geram custos
para a empresa, financeiros e econômicos. Os custos econômicos geral-
mente não são avaliados pelas empresas.
Seguindo essa diretriz, Siqueira (2005) mostra que se a taxa de des-
ligamento for muito alta, ficará muito caro para a empresa, pois os custos
associados à demissão de um funcionário, mais o custo da contratação de
outro funcionário, representam um valor alto. Neste caso, os empresários
terão de arcar com os custos de rescisão, seleção e recrutamento da pro-
fissão de origem, além de um período de treinamento para os empregados
contratados, além disso, durante o período de adaptação, podem ocorrer
problemzas que os levem a deixar a empresa também.
Para Silva (2003), o setor responsável pela administração de recursos
humanos de uma organização deve desenvolver meios capazes de permi-
tir o diagnóstico de fatores determinantes do turnover, estabelecendo re-
lação entre esses fatores e buscando atuar sobre as prováveis consequên-
cias organizacionais. Para isto, o administrador de RH deve estar atento
aos índices de rotatividade, investigando as causas que o geram, além de
avaliar seus resultados para a organização. A partir da identificação das
causas da rotatividade, a organização tem condições de rever suas políti-
cas, práticas e programas de tratamento, gerenciando possíveis mudanças
desses procedimentos.
Nesse sentido, torna-se obrigatório o estudo e o conhecimento das
causas dos níveis de rotatividade apresentados, a fim de que haja a adoção
de estratégias para reverter esse quadro, as empresas têm necessidade de
investir cada vez mais em recursos humanos, principalmente no sentido de
acrescentar conhecimento em seu capital, sendo que as pessoas com suas
respectivas habilidades, competências e comportamento, exercem papel
extremamente importante nas organizações.
4 METODOLOGIA
Segundo Bruyne (1991), a metodologia é a lógica dos procedimentos
científicos em sua gênese e em seu desenvolvimento, não se reduz, por-
tanto, a uma “metrologia” ou tecnologia da medida dos fatos científicos. A
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 304
5 DADOS DA EMPRESA
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 306
tagiária da CEO Silvana em uma empresa que se preocupava com o estí-
mulo, a observância e o exercício da gestão do conhecimento e o segundo
trata-se especificamente da questão da redução de gastos com rotativi-
dade de pessoal observada pela CEO na empresa que fora funcionária no
início de sua carreira.
Em um primeiro momento, a similaridade das respostas dos estagiá-
rios pode assustar, mas ela evidencia a preocupação pela manutenção
das informações, do conhecimento e do desenvolvimento do estagiário
por parte da empresa, preocupação essa que é ressaltada pela CEO da
empresa em muitas falas da gerente de RH. A gestora coloca que Silvana
Monteiro sempre ressalta que não quer que nenhum estagiário saia da fa-
mília S B Monteiro e mesmo que algum venha sair, que não saia da mesma
forma que entrou, disse a gestora de RH.
Os resultados obtidos perpassam muito pela experiência profissional
da CEO Silvana, isso porque o modelo de gestão de conhecimento imple-
mentado em seu empreendimento sofreu muita influência das experiências
que a empreendedora teve antes de abrir a S B Monteiro E CIA LTDA, tanto
para os pontos negativos, isso é, as deficiências observadas nos modelos
de GC colocados pelas dadas empresas ou mesmo a inexistência da im-
plementação da GC nas organizações que ela passou, quanto para pontos
positivos, como redução nos índices de turnover, redução nos custos com
demissão e admissão de pessoal e etc.
Segundo Smirna Oliveira, os índices de rotatividade de pessoal são
constantemente observados pela CEO a fim de garantir a boa gestão dos
mesmos, bem como de evitar a alta desses níveis, o que representaria não
só custos com demissão e novas admissões, mais também a possível per-
da de talentos, as informações que eles armazenam, do capital intelectual
que eles possuem.
Para Chiavenato (2010), devido a acirrada competitividade no merca-
do de trabalho, as empresas, visando reter seus talentos humanos, procu-
ram evitar a rotatividade de pessoal ou turnover. Turnover ou rotatividade
de pessoal refere-se à relação entre as admissões e os desligamentos de
profissionais ocorridos de forma voluntária ou involuntária, em um deter-
minado período.Pode-se afirmar que a rotatividade de pessoal influencia
significativamente os processos e resultados das empresas, pois é um as-
pecto muito importante na dinâmica organizacional.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma boa implementação da gestão do conhecimento nas organiza-
ções, torna-se cada vez mais um item obrigatório para qualquer organi-
zação que deseja ser sustentável àlongo prazo, pois o número de infor-
mações que transitam dentro e fora da organização aumenta de forma
exponencial, a importância da captação, retenção e transmissão dessas
informações também ganha cada vez mais destaque. O processamento de
de dados, informações e experiências representam sim um fator determi-
nante na manutenção da empresa de forma produtiva ao longo do tempo,
logo é objeto de estudo e de desejo de uma instituições.
No presente trabalho analisou-se a experiência da S B Monteiro, uma
empresa do ramo de cosméticos e perfumaria de São Luís – Ma sob a
perspectiva da gestão do conhecimento para demonstrar o nível de reten-
ção de talentos na organização, bem como para demonstrar como se dá
a implementação da GC, suas possíveis falhas e seus benefícios práticos.
Verificou-se, também, a relação da gestão do conhecimento com o nível de
rotatividade nas organizações, observando a experiência da S B Monteiro.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 308
A pesquisa apontou que a empresa já implementa os conceitos da
gestão conhecimento desde o início de suas atividades, muito por con-
ta das experiências porfissionais da CEO Silvana Monteiro, e como essa
prática é salutar para a empresa até na atualidade. Os feedbacks dos co-
laborades e os baixos índices de rotatividade do pessoal deixa evidente a
qualidade do trabalho que está sendo realizado todos os dias pela Silvana
Monteiro e sua equipe.
As crescentes altas nos resultados dos setor de cosméticos e perfur-
maria, bem como o elevado interesse de novos microempresários no setor,
o alta competição das organizações da área e as crescentes demandas por
pesquisas nesse âmbito geraram inquietações que somente uma pesquisa
deste modelo poderiam solucionar.
Por fim, acredita-se que o conhecimento é o capital mais valioso de
uma empresa, o que parece controverso, pois trata-se de um bem intangí-
vel, a estima causada pela troca de experiências, a informalidade das rela-
ções, a companhia um do outro, são imensuráveis, mas contribuem para
a performance de todos, imagine o quão vantajoso será sabermos alocar
esse conhecimento para um único norte, tudo isso está contido na gestão
do conhecimento. A S B Monteiro têm valores alinhados com a implemen-
tação da gestão do conhecimento o que garante um sentimento de perten-
cimento singular, os resultados obtidos até aqui pela empresa reforçam a
ideia que é imprescíndivel gerir o conhecimento que circula na empresa e
de como é vantajoso alocá-lo de forma conveniente no negócio.
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RESUMO
ABSTRACT
The article is based on analyzing the impacts of the implementation of
the strategic canvas tool in a food company, exposing its position on the use
of strategic planning tools. The determination and the result are the need
to develop planning consciously allied to the use of available management
tools capable of directing and defining the business model of companies
and helping them in some way. Therefore, the approach of this research
1 Discente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI
2 Docente do Curso de Administração da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campos Paulo VI
PESQUISAS CIENTÍFICAS EM ADMINISTRAÇÃO - VOLUME 1
313
is qualitative and phenomenological, because it seeks to understand the
behavior of companies in the food industry, through the implementation of
the strategic canvas. The bibliographic research was developed based on
books, publications and periodicals, for theoretical basis and foundation.
The results presented consist of data collection through the application of
a questionnaire in a food company, which sought to understand the pheno-
menon of strategic planning, its concepts, tools and processes. Data were
collected using descriptions and interpretations to construct the research.
Keywords: Planning. Strategies. Kanves Strategic.
1 INTRODUÇÃO
As mudanças no ambiente organizacional estão ocorrendo de forma
acelerada devido a globalização. No entanto, as empresas necessitam es-
tar cada vez mais preparadas para que possam superar cada desafio que
surgir, em especial as microempresas do ramo alimentício que na maioria
dos casos não possuem nenhum ou pouco planejamento.
Dados do SEBRAE (2016) apontam que no Brasil 23,4% das empresas
com até dois anos de existência encerram suas atividades, e existem alguns
fatores que contribuem para isso, dentre eles temos a falta de experiência
no ramo, pouco planejamento, baixo poder de negociação, difícil acesso a
empréstimos bancários, e até mesmo falta de capacitação de mão de obra
e aperfeiçoamento de produtos e serviços, pouca ou nenhuma inovação
no setor.
Com a evolução e as transformações permanentes do ambiente de
negócios (concorrência, novos processos, inovações tecnológicas, novos
produtos), a realidade do mercado exige reformas internas que podem re-
sultar na adequação e utilização dos recursos de forma eficiente em termos
de custo, tempo, produtividade, adquirindo ou simplesmente melhorando
os recursos que uma empresa já possui.
Considerando a relevância do tema abordado, o presente artigo tem
como problema de pesquisa: Como as empresas do ramo de alimenta-
ção podem melhorar suas tomadas de decisões a partir da implantação do
Canvas estratégico? Tal questionamento há de requerer tanto uma revisão
bibliográfica quanto a utilização de mecanismos de observação ou coleta
de informações capazes de permitirem que a temática investigada atinja
o objetivo geral da pesquisa que é analisar os impactos da implantação
do canvas estratégico em uma empresa do ramo de alimentação em são
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 314
Luís. Diante do exposto a importância deste trabalho é mostrar que para
permanecer no mercado tão competitivo e evoluir de forma concreta, as
empresas necessitam de ferramentas e mecanismos capazes de construir
vantagens competitivas de seus negócios.
Este trabalho está estruturado em quatro seções: a primeira que con-
siste nesta introdução onde apresenta os objetivos da pesquisa, a segunda
aborda o referencial teórico que a fundamenta, a terceira está descrita a
metodologia utilizada na pesquisa, e finalmente na última seção, temos a
apresentação dos resultados e as considerações finais.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Para que o presente artigo atinja seus propósitos, é necessário que
se faça uma contextualização acerca das teorias e artigos existentes, cujo
propósito será dar consistência técnica-científica a este trabalho. Nesse
sentido, é requerida uma abordagem aos seguintes temas: Planejamento
estratégico; Estratégia empresarial; Business Model Canvas, que se enten-
de ser o caminho para a análise do problema suscitado neste artigo.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 316
gramas e projetos para alcançar as metas e montar seus respectivos
cronogramas para acompanhar sua execução manterem-se sempre
informado de modo a atualizar permanentemente o diagnóstico. (La-
combe e Heilborn, 2010, p.49)
Fica evidente a maneira como o processo de planejamento é funda-
mental para gerir as relações com o futuro, pois as decisões de planeja-
mento sempre procuram de alguma forma influenciar situações que tra-
gam vantagens competitivas a empresa (Maximiano, 2011). O ambiente na
qual as empresas estão inseridas estão em constantes mudanças, e tanto
os administradores, quantos os donos das empresas precisam estar pre-
parados para enfrentar seja quais sejam as mudanças.
O planejamento hoje tornou-se cada vez mais essencial para a gestão
empresarial, isso porque as organizações carecem de informações sobre
si próprias e seus ambientes onde estão inseridas, e para que isso ocorra
faz se necessário um planejamento estratégico eficaz.
Tabela 1: Níveis do Planejamento Estratégico
Planejamento Estratégico Envolve toda a organização
Mapeamento Ambiental (Externo e Direcionado a longo prazo
Interno) Focaliza o futuro e o destino
Ação global.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 318
Figura 1: Canvas de modelo de negócio
3 METODOLOGIA
Em relação os procedimentos metodológicos, quanto á abordagem, a
pesquisa em questão foi classificada como qualitativa e fenomenológica,
uma vez que os dados coletados foram analisados de forma indutiva, fa-
zendo se descrições e interpretações. Em relação aos procedimentos téc-
nicos a pesquisa foi do tipo, bibliográfica, documental e de campo. Quanto
aos meios este trabalho era para ser um estudo de caso, mas ocorreram
alguns imprevistos nos quais nos impediram de realizar o estudo de caso
com uma determinada empresa.
Nesta pesquisa foi feito o levantamento teórico dos assuntos relacio-
nados a temática em questão, tendo como base os conceitos de planeja-
mento estratégico, ferramentas estratégicas, canvas estratégico, e a estra-
tégia empresarial, dialogando com os autores Gil (2010), Nogueira (2014),
Oliveira (2011), dentre outros.
A pesquisa documental foi desenvolvida com base em material que já
receberam tratamento analítico, e foram elaborados de acordo com os ob-
jetivos da pesquisa e os dados foram coletados por meio de questionários.
Já a pesquisa de campo última etapa realizada com os empreendedo-
res do ramo alimentício, os dados coletados foram tabulados no Excel, a
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 320
pesquisa bibliográfica foi desenvolvida com base em material já elaborado
constituindo principalmente de livros, publicações periódicas e impressos.
Feminino
45%
Masculino
55%
Comércio
9% Comércio e prestação
de serviço
Prestação de serviços
27%
64%
05 ou mais
18% De 01 a 03
37% De 02 a 05
Nenhum
27%
18%
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 322
Gráfico 04- Qual a sua maior dificuldade para manter-se em um mercado tão competitivo?
9%
73%
9%
Não
Sim
91%
A curto
prazo
45%
55%
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir desta pesquisa foi possível compreender mais sobre o tema
implantação do canvas estratégico, como esse processo ocorre, esta pas-
sa por nove fases uma interligando a outra. No primeiro momento foi feito
um levantamento dos teóricos nos quais foi possível observar a relação
feita pelos autores em relação ao planejamento estratégico.
Este estudo possibilitou uma análise de como a implantação do can-
vas estratégico pode melhorar os processos organizacionais, com base no
desenvolvimento atual das empresas e as diversas áreas de atuação, ferra-
mentas e metodologias que priorizam o fazer e auxiliam os indíviduos que
queiram empreender de forma consciente e racional, são completamente
aceitas e úteis nos dias atuais.
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 324
A partir desta pesquisa foi possível compreender mais sobre o tema
implantação do canvas estratégico, como esse processo ocorre, esta pas-
sa por nove fases uma interligando a outra. As limitações encontradas no
decorrer do desenvolvimento do estudo foram caracterizadas pela não
permissão da empresa em realizarmos a entrevista e aplicarmos o ques-
tionário, o que facilitaria bastantea análise da variável em questão.
Foi possível compreender mais sobre o tema implantação do canvas
estratégico, como esse processo ocorre, esta passa por nove fases uma
interligando a outra. No primeiro momento foi feito um levantamento dos
teóricos nos quais foi possível observar a relação feita pelos autores em
relação ao planejamento estratégico.
Com base nessas informações podemos afirmar que os objetivos des-
te trabalho foram alcançados e as respostas pertinentes para chegarmos
a um consenso sobre esse tema tão interessante e importante que é o pla-
nejamento estratégico. Através da pesquisa de campo foi possível obser-
var, como a falta do planejamento pode ocasionar sérios problemas para
a organização, houve respostas do tipo não consigo separar o dinheiro da
empresa com meu dinheiro, isso demonstra a total falta de planejamento e
conhecimento acerca das ferramentas.
As ferramentas facilitam e otimizam, e trazem visibilidade para a em-
presa principalmente no ramo alimentício, pois é uma área bastante dis-
putada, e muitas empresas abrem as portas, mas em pouco tempo fecham
novamente, isso é possível explicar pela falta de um bom planejamento
Estratégico, plano de negócios e outras ferramentas que ajudam no desen-
volvimento do trabalho.
Vale ressaltar que o crescimento da organização possibilita muitos
ganhos, não só para ela, mas também para a sociedade em geral, diante do
exposto o tema abordado nesta pesquisa é de relevância para a sociedade
empresarial, e também para o meio acadêmico, por se tratar também de
uma disciplina de extrema importância, pois sem planejamento não tem
como o administrador tomar as decisões corretas.
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Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 328
Metodologia 9, 33, 53, 54, 55, 56, 58, 59, 61, 62, 63, 123, 139, 145, 149, 154, 158, 159, 163, 164, 165,
64, 76, 77, 88, 149, 155, 156, 165, 173, 176, 179, 166, 171, 173, 174, 175, 179, 180, 183, 259, 260,
192, 194, 201, 215, 219, 229, 293, 303, 309, 261, 262, 266, 269, 270, 271, 314
310, 315, 326
Projetos 19, 30, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62,
Motivação 18, 26, 28, 33, 35, 37, 38, 39, 40, 44, 50, 63, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 76, 77, 90,
107, 108, 109, 112, 113, 116, 120, 121, 122, 123, 168, 179, 185, 186, 191, 207, 227, 257, 277, 317,
124, 249, 265, 266, 279 319, 326
O R
Objetivo 14, 17, 20, 21, 33, 34, 35, 37, 46, 55, 56, 60, Resultados 19, 21, 25, 29, 34, 35, 41, 43, 44, 48, 49,
64, 65, 67, 68, 70, 73, 84, 86, 87, 88, 89, 90, 50, 51, 52, 59, 77, 84, 85, 88, 90, 92, 93, 113,
100, 105, 107, 108, 109, 117, 122, 127, 134, 149, 114, 116, 117, 118, 119, 121, 123, 130, 133, 134,
151, 154, 155, 156, 159, 166, 171, 173, 175, 178, 144, 153, 154, 155, 157, 165, 166, 174, 175, 178,
179, 186, 195, 197, 198, 211, 219, 221, 223, 224, 179, 182, 185, 186, 187, 202, 209, 211, 212, 219,
229, 244, 247, 261, 262, 264, 271, 277, 279, 228, 230, 234, 248, 254, 255, 265, 271, 277,
282, 283, 284, 292, 297, 300, 305, 314, 315, 280, 285, 291, 299, 300, 301, 303, 306, 307,
318, 319, 324 308, 309, 313, 315, 316
Organização 13, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 24, 27, 34, 35, S
36, 39, 40, 41, 42, 43, 48, 49, 51, 55, 57, 58, 59,
61, 63, 68, 77, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, Saúde 74, 91, 107, 114, 117, 150, 158, 159, 162, 166,
90, 91, 92, 93, 94, 100, 107, 108, 109, 110, 111, 185, 189, 217, 243, 255, 259, 260, 261, 262,
112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 263, 264, 265, 268, 269, 270, 271, 272, 273
123, 128, 129, 130, 138, 152, 154, 155, 158, 165,
174, 175, 177, 180, 209, 228, 240, 241, 261, 262, Segurança 38, 74, 84, 157, 162, 185, 189, 195, 207,
263, 269, 271, 282, 297, 299, 300, 301, 302, 208, 209, 211, 212, 215, 225, 228, 233, 241,
303, 306, 308, 316, 318, 324, 325 242, 243, 244, 249, 253, 255, 258, 292, 316
Serviços 9, 15, 23, 33, 34, 35, 40, 41, 51, 71, 73, 81,
P 84, 85, 86, 88, 90, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 100,
101, 105, 106, 111, 119, 131, 150, 151, 153, 157,
Pandemia 125, 126, 127, 132, 133, 134, 136, 137, 142,
158, 161, 162, 164, 165, 173, 180, 184, 192, 204,
143, 144, 145, 148, 149, 150, 151, 153, 154, 157,
207, 219, 220, 224, 225, 227, 228, 232, 233,
158, 159, 160, 165, 166, 167, 168, 169, 219, 221,
235, 239, 240, 241, 243, 247, 248, 252, 254,
229, 234, 259, 261, 263, 264, 265, 268, 270,
255, 256, 261, 264, 277, 278, 279, 280, 281,
271, 272, 273
283, 284, 287, 288, 289, 290, 291, 292, 293,
Pesquisa 5, 9, 13, 14, 19, 20, 28, 30, 33, 34, 35, 40, 302, 314
41, 52, 56, 63, 67, 76, 77, 81, 83, 92, 93, 96,
100, 103, 104, 105, 107, 108, 113, 114, 115, 116,
119, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 127, 132, 133,
134, 135, 144, 145, 146, 147, 150, 155, 156, 157,
159, 166, 167, 168, 171, 174, 182, 183, 185, 187,
188, 189, 195, 196, 197, 201, 202, 203, 208,
209, 211, 215, 219, 221, 229, 234, 239, 240,
246, 247, 248, 249, 250, 252, 253, 254, 255,
256, 257, 258, 259, 261, 264, 265, 271, 272,
273, 277, 279, 283, 284, 285, 286, 287, 293,
294, 297, 299, 300, 304, 306, 309, 313, 314,
315, 320, 321, 323, 324, 325, 326, 327
Processos 21, 34, 38, 40, 44, 50, 51, 57, 58, 82, 85,
86, 87, 88, 89, 95, 96, 97, 100, 101, 105, 106,
119, 126, 129, 166, 172, 173, 174, 175, 176, 177,
179, 180, 182, 183, 185, 186, 189, 192, 193, 194,
195, 224, 228, 234, 240, 246, 262, 263, 278,
281, 282, 291, 292, 300, 307, 308, 311, 313,
314, 324, 326, 327
Produção 21, 28, 29, 39, 40, 50, 60, 73, 77, 82, 84,
89, 113, 126, 129, 144, 146, 173, 174, 175, 176,
179, 181, 185, 186, 191, 193, 194, 216, 235, 239,
240, 241, 242, 243, 244, 258, 261, 262, 266,
310
Produtividade 14, 19, 27, 51, 55, 75, 84, 88, 89, 107,
108, 109, 111, 112, 113, 116, 117, 118, 120, 121, 122,
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 330
Karla Mariana Correia de Alencar
Organizadores: Karla Mariana Correia de Alencar e Roosevelth Ramos Barroso Carvalho 334