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Grécia Antiga
Grécia Antiga
No período de auge do Império Romano, a geografia irá contribuir com mais uma gama de
conhecimentos, como por exemplo o chamado "périplo", ou seja, a descrição dos portos,
rotas e escalas que os navegantes da época dispunham para realizar o comércio, tão
necessário ao funcionamento do Império, e também, por outro lado, garantindo sua eficaz
proteção militar. Dois exemplos de obras dedicadas a este segmento da matéria geográfica
que sobreviveram aos dias atuais são o "Périplo do cartaginês Hanão, o navegador", e outra
de autor não identificado, e mais amplamente difundida, o "Périplo do Mar Eritreu" (Mar
Eritreu é o antigo nome que os gregos utilizavam para se referir ao Mar Vermelho).
A Geografia Física, que engloba o homem, seria um resumo da natureza e a base da história,
havendo ainda outras partes no conhecimento geográfico.
A modernização, no entanto, não atinge todos os lugares ao mesmo tempo, seguindo uma
lógica que é a do capital, e não a dos interesses da maioria dos homens.
O estudo da Geografia deve obedecer às regras metodológicas dessa ciência. A boa aplicação
do Princípio da Extensão faz uso da interdisciplinaridade, recorrendo aos recursos da
cartografia, da estatística e da geodésia.
WILSON, Felisberto. G11 - Geografia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017
. A complexidade dos assuntos tratados em Geografia, bem como a falta de consenso entre
os geógrafos, tornam o exercício de definir a Geografia em algo bastante difícil. Essa
dificuldade em defini-la levou a que o esforço dos geógrafos, longe de conduzir a uma só
definição, resultasse em diferentes definições ou conceitos não obstante, todas as definições
centralizarem o conceito da Geografia na questão de espaço.
«O grande poder da Geografia contemporânea não está apenas em enxergar mais longe, em
conhecer terras, e mais terras em todos os horizontes; mas principalmente em localizar com
precisão, delimitar ou correlacionar os fenómenos naturais e culturais que se passam a
superfície da Terra com grande minúcia.» Josué de Castro.
Como se pode ver, entre todas as definições que são apresentadas destaca-se o aspecto
espacial e de síntese.
A Geografia como um corpo de conhecimento tem no espaço o seu objecto de estudo. Desde
o seu surgimento, a Geografia preocupou-se em estudar as relações entre o meio e os
diferentes fenómenos físicos e humanos, tomando em conta o carácter espacial. Embora
existam diferenças no modo de encarar o objecto de estudo desde a antiguidade até aos
nossos dias, é consensual que o espaço é o objecto de estudo da Geografia.
Actualmente, o espaço tem uma abordagem global em que há interacção entre fenómenos
físicos e humanos.
A Geografia estuda e partilha matérias que são do domínio de outras ciências naturais e
humanas ou sociais, das quais se diferencia pelos objectivos de estudo.
Deste modo, mantém relações estreitas com a Meteorologia para obter explicações sobre o
comportamento da atmosfera e dos climas; com a Biologia pode colher informações sobre os
seres vivos; com a Pedologia, obtém conteúdos sobre a origem dos solos, sua composição e
características; com a Hidrologia permite entender a génese dos recursos hídricos, rios,
lagos, mares, oceanos e a sua distribuição geográfica; e em relação à Geologia, obtém
conhecimentos sobre estruturas geológicas, rochas e relevo.
Com a Geografia Económica estabelece relações económicas que lhe fornecem matérias para
o seu estudo do ponto de vista espacial dos fenómenos económicos. Por isso, os geógrafos
falam simultaneamente da Geologia, da Sociologia, da Climatologia, da Economia, da
Demografia, da Hidrologia, da Etnologia e da Botânica, mas este facto não retira à Geografia
o seu carácter espacial e de síntese.
Ao geógrafo interessa saber onde se localizam os fenómenos, a razão da sua localização; que
consequências dai derivam e como pode encontrar, as alternativas espaciais a ser tomadas
nas decisões políticas e económico-sociais para o benefício da humanidade.
Com vista a situar a Geografia no contexto das ciências, alguns geógrafos procuraram
explicar o âmbito específico desta ciência. Entre os estudiosos destacam-se Emmanuel Kant,
Carnap e A. Hettener.
Por sua vez, A. Hettener (1859-1941), da corrente corológica, preocupou-se pela unidade da
Geografia, mostrando que ao longo da sua história, esta ciência é geral e com perspectiva
regional ou corológica, que se preocupa em descrever e interpretar as características
diferentes da superfície da Terra. Ou seja, ciência da diferenciação regional.
Resumindo a Geografia é uma ciência de síntese que estuda os fenómenos físicos e humanos
do ponto de vista espacial ou de distribuição territorial, tomando em conta as diversas
correlações com outras ciências.
Assim, a Geografia pode ser dividida em dois grandes ramos nomeadamente a Geografia
Humana e a Geografia Física. A Geografia Humana preocupa-se com o estudo da repartição
dos fenómenos humanos, a sua distribuição e inter-relação à superfície do globo, analisando
as actividades econ6micas das populações, organização política do espaço, o urbanismo e a
distribuição da população. A Geografia Física estuda a inter-relação, a distribuição espacial
dos fenómenos ligados as formas do relevo, tipos do clima, acção dos rios e dos mares, solos
e cobertura vegetal.