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CADERNO DE ERROS – DIREITO CIVIL

A - Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro
substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do
negócio.

B - Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em
que o é a declaração direta.

C - Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução
tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.

D - Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.

promessa de recompensa, onde o promitente, de maneira unilateral, divulga para pessoas indeterminadas que
se cumprida eventual obrigação receberá certa recompensa.

---> Importante salientar que o objeto da recompensa pode ser:

 Quantia em dinheiro
 Coisa/objeto, ou;
 Obrigação de fazer/não fazer

---> É necessário observar os requisitos do art. 104 do CC.

---> Em caso do promitente se arrepender da promessa, é possível desde que:

1°  A publicidade de revogação seja feita da mesma forma em que se deu a divulgação

2° Ninguém ter preenchido a condição ou executado o serviço.

3° Não haver fixação de prazo – o promitente não pode revogar a promessa dentro do prazo que prometeu

Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.

Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente
imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

inter vivos são os negócios celebrados ainda enquanto as partes estão vivas, e produz efeitos desde logo,
tal como o casamento

mortis causa são aqueles que produzem efeitos apenas após a morte de uma das partes. Um exemplo a
ser citado é o testamento
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração.

§ 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que: 

I - for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio; 

II - corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio; 

III - corresponder à boa-fé; 

IV - for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e 

V - corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão discutida, inferida das
demais disposições do negócio e da racionalidade econômica das partes, consideradas as informações
disponíveis no momento de sua celebração. 

CC, art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for
necessária a declaração de vontade expressa.

CC, art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício
próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do
direito ou da obrigação comum.

A condição suspensiva impossibilita a produção dos efeitos até que o evento futuro e incerto seja
realizado, logo, não haverá aquisição do direito antes do implemento da condição. Por exemplo: Dar-te-ei
um carro se passares na faculdade.

Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não
verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico,
contado:

I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;

II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o
negócio jurídico;

III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.


No que consiste a conversão substancial do negócio jurídico?

Conforme ensina o professor Sílvio de Salvo Venosa, o art. 170  do CC  estabelece que, se o negócio
jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir
supor que o teriam querido, se tivessem previsto a nulidade.

CC/02,  art. 170.  Se, porém, o negócio jurídico  nulo  contiver os requisitos de outro,  subsistirá  este quando o
fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.

O ordenamento jurídico, contudo, nem sempre permite essa conversão, o que deve ser examinado no
caso concreto. Em matéria de testamento, por exemplo, não se aplica a conversão, pois, inválido o
testamento pela forma pública, não pode ser admitida sua validade como testamento particular.

Ato-fato jurídico: é um fato jurídico qualificado por uma atuação


humana. Introduz consequências independentemente da análise da capacidade das partes.

Ato-fato jurídico pode ser classificado da seguinte forma: 

(a) reais, que são atos humanos que resultam em circunstâncias fáticas, como o louco que pinta um


quadro e adquire sua propriedade; 

(b) indenizativos, quando o ato humano ilícito gera prejuízo a terceiro, como a lesão


corporal para remover perigo iminente, em que se aceita a licitude do ato, mas a lei manda indenizar; e  

(c) caducificantes, em que o ato humano é extinto em razão de um fato jurídico, como ocorre


na prescrição e na decadência.

Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons
costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico,
ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.

Condição potestativa:

1) simplesmente (meramente potestativa): vontade de um + vontade de outro. É lícita.

2) puramente potestativa: vontade de apenas um. Ex.: dou-lhe um carro se eu quiser. É ilícita e gera
nulidade do negócio jurídico, pois sujeita o negócio ao puro arbítrio de uma das partes.

As condições contraditórias, também chamadas de perplexas ou incompreensíveis, são aquelas que


privam de todo o efeito o negócio jurídico celebrado, ou seja, são aquelas contraditórias em seus próprios
termos que privam o negócio jurídico de efeitos. São condições ilícitas.  

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:

I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;


II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;

III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;

IV - não revestir a forma prescrita em lei;

V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;

VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção

a) Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.

b) Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.

c) Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-
se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.

d) Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu
despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

e) Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. ( a responsabilidade do menor é
subsidiária).

CC Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na
substância e na forma.

Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.

O que Confirmação no Direito Civil?

É quando a parte Conhece do Vício, mesmo assim permanece em continuar com o negócio jurídico.

Porém, Não existirá Confirmação para o Ato NULO, SOMENTE abrange o Ato ANULÁVEL.

Trata-se da escada Ponteana ou Escada Pontiana:

Plano da existência:

 Agente;
 Vontade;
 Objeto;
 Forma;

Plano da validade:
 Partes ou agentes capazes;
 Vontade livre, sem vícios;
 Objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
 Forma prescrita ou não defesa em lei.

Plano da eficácia:

 Condição (evento futuro e incerto).


 Termo (evento futuro e certo).
 Encargo ou Modo (ônus introduzido em ato de liberalidade).
 Regras relativas ao inadimplemento do negócio jurídico (resolução). Juros,
 cláusula penal (multa) e perdas e danos.
 Direito à extinção do negócio jurídico (resilição).
 Regime de bens do negócio jurídico casamento.
 Registro Imobiliário.

Fonte: Manual de Direito Civil - Flávio Tartuce

A celebração da compra e venda de imóvel por instrumento particular é causa de nulidade devido a
inobservância da forma prevista no art. 108, do CC/02. No entanto, segundo a disciplina do art. 170, do
CC/02, e do princípio da conservação dos negócios jurídicos, é possível a sua conversão em contrato de
promessa de compra e venda, já que houve o cumprimento dos requisitos que caracterizam este tipo de
contrato.

Art. 140, CC. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão
determinante.

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