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Índice

Introdução...................................................................................................................................................4
1.Agricultura em Moçambique....................................................................................................................6
Características de agricultura moçambicana:...............................................................................................8
1.1. Silvicultura em Moçambique.......................................................................................................8
1.2.Solos......................................................................................................................................................9
5.3.Diversificação de culturas e análise de subsectores da agricultura........................................................9
1.3.Culturas alimentares............................................................................................................................10
1.4.Culturas de rendimento........................................................................................................................10
1.5.Fruteiras...............................................................................................................................................11
1.6.Pecuária...............................................................................................................................................13
2. Agricultura antes da independência...............................................................................................14
3. Agricultura depois da independência.............................................................................................14
4. Mudanças climáticas......................................................................................................................15
4.1. Principais impactos da agricultura.............................................................................................15
4.2. Financiamento em prol da agricultura........................................................................................16
As principais pragas que atacam as plantações..........................................................................................17
4.3. As principais técnicas para o controle de pragas na agricultura.................................................18
4.3.1. Novas tecnologias de aplicação.............................................................................................18
4.3.2. MIP — Manejo Integrado de Pragas......................................................................................18
4.3.3. Rotação de culturas................................................................................................................19
4.3.4. Feromônios para atração (e eliminação) de pragas.................................................................19
4.4. Controle químico, biológico e cultural. Qual é a diferença entre eles?......................................19
4.4.1. Controle Químico..................................................................................................................19
4.4.2. Controle Biológico.................................................................................................................20
4.5.3. Controle Cultural.............................................................................................................................20
4.5.4. Importância do controle de pragas.........................................................................................21
Evolução da Agricultua.............................................................................................................................21
5. Importância da Agricultura............................................................................................................22
5.1. As vantagens e desvantagens da agricultura.......................................................................................22
6. Desflorestamento...........................................................................................................................22
Conclusão..................................................................................................................................................24
Referências bibliográficas.........................................................................................................................25

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Introdução
O aumento da produção e produtividade agrícola possui um elevado potencial de redução de
pobreza em Moçambique. O Programa Compreensivo para o Desenvolvimento da Agricultura
em África (CAADP) pretende aumentar a produção agrícola a uma taxa de crescimento anual de
6%. Para o efeito, é necessária a identificação tanto de estudos passados assim como de lacunas
que necessitem de estudos adicionais. Existem estudos que, até sugerem que a produtividade
agrícola actual possa ser inferior a do tempo colonial.

É nesta perspectiva que vamos abordar este trabalho com tema A agricultura Antes e Depois da
Independência em Moçambique a Atualidade.

1. Objectivo geral

Descrever a agricultura em Moçambique e seus impactos.

2. Objectivos específicos
Indicar os tipos de agriculturas feitas em Moçambique;
Indicar os impactos da agricultura;
3. Justificativa

A agricultura é uma das actividades antrópicas que contribui para o desenvolvimento do país e
também contribui para a contaminação das águas subterrâneas e dos solos

4. Métodos de estudo

Para o sucesso do trabalho e a concretização do mesmo, recorreu-se as seguintes medidas de


pesquisa: consulta bibliográfica e; Observação directa.

Portanto, o trabalho elaborou- se graças ao método de investigação onde se fez várias consultas
bibliográficas de diferentes autores.

Desta feita, este trabalho obedece a seguinte ordem de estrutura: Índice; Introdução,
Desenvolvimentos dos itens; Conclusão e Bibliografia. Assim, as críticas e as sugestões são
bem-vindas porque é só com elas que se vai melhorar nos próximos trabalhos de campo.

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1. Agricultura em Moçambique

O solo é um elemento fundamental para prática da agricultura e para a sobrevivência do homem,


pois permite a fixação das plantas (MINAG, 2009).

A agricultura em Moçambique compreende várias fases de desenvolvimento. A primeira fase


tem a ver com fixação banto que foi de 1890 – 1930, esta compreende a fixação de companhias
monopolistas e arrendatárias de prazos, viradas para a criação de grandes empresas, as quais
estavam viradas para as grandes plantações destinadas para a produção de cana-de-açúcar, sisal
entre várias culturas destinadas mercado internacional.

De 1930 – 1975, a agricultura virou-se para a produção de matérias-primas para a metrópole,


particularmente culturas de sisal, algodão e outras de rendimento alimentar como o milho e
arroz. De 1975 – 1987 a característica fundamental deste período é a colectivização do campo e
dos meios de produção. A estrutura agrária compreendia: machambas estatais, machambas do
povo, cooperativas agrícolas, lojas do povo (FOLMER, GEURTS & FRANCISCO, 1998).

De 1987 em diante – privatização do sector agrário no âmbito da economia do mercado, porque


o estado incentivava para a produção.

O período de 1975 até hoje é de contraste onde verifica-se aumento e diminuição de produção
devido as cheias e secas cíclicas, em particular o Sul e Centro do país. Por outro lado o factor
guerra que destruiu e paralisou grande parte de infra-estruturas, no sector agrícola, trouxe o
êxodo rural consequentemente perda da produção agrícola familiar.

O país possui óptimas condições agro-ecológicas, com cerca de 75% de terra arável e uma rede
hidrográfica de cerca de 80 rios (MINAG, 2009).

A agricultura de subsistência ou familiar ocupa cerca de 80% da população e depende


essencialmente de chuvas. Cerca de 80% da população vive nas zonas rurais e sua principal
actividade é a agricultura, uma agricultura que contribui com apenas 31% do PIB. A agricultura
é a componente fundamental para o combate a pobreza (MINAG, 2009).

Moçambique possui um enorme potencial para médio e longo prazo para o desenvolver uma
agricultura sustentável.

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Segundo (MINAG, 2009), em Moçambique existem 2 tipos de sistemas de cultivo, o intensivo e
o extensivo. A agricultura é intensiva quando domina um grande potencial em termos de
tecnologia moderna (uso de alfaias agrícolas, produtos químicos), geralmente os índices de
produçãoé muito alta e a mão-de-obra é reduzida, enquanto o uso extensivo é dominado pela
maioria da população e usa a tecnologia rudimentar e tem como finalidade o consumo familiar,
baixo índice de produção e produtividade e para contrariar este cenário o governo de
Moçambique decidiu introduzir a revolução verde.

Em Moçambique a condição para a revolução pressupõe o uso de técnicas de agricultura


melhorada como:

 Alfaias agrícolas;
 Fungicidas e pesticidas;
 Sementes melhoradas.
Ela tem como objectivo: aumentar a produção e produtividade (qualidade e quantidade)

Agricultura de alta produtividade depende da existência do uso da tecnologia de ponta que


concerne em:

Irrigação, fertilizantes, e pesticidas;


Grande esforço na investigação e extensão agrária;
Uso de maquinaria;
Automatização.

Segundo (MINAG, 2009), Revolução verde é a combinação de vários factores como: facilidade
de escoamento de produto, transformação e processamento de produtos entre outros. O uso
excessivo da maquinaria e agro-químicos conduziu a problemas ambientais e outros tais como:

Compactação dos solos;


Resistência de pragas;
Contaminação de nitratos nos alimentos e água;
Dependência na compra de agro-químicos e sementes híbridas todos os anos;
Acumulação de resíduos de hormonas e antibióticos na carne e leite;
Endividamento dos camponeses.

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Características de agricultura moçambicana:
É de sequeiro;
Fraco de insumos (sementes melhoradas, fertilizantes, tracção animal);
Baixo nível de irrigação;
Fraca rede comercial de insumos e de produtos.
1.1. Silvicultura em Mocambique

É o repovoamento de espécies florestais. A ideia de repovoamento ou reflorestamento surge


como forma de dar resposta à destruição da floresta natural pela acção antrópica.

Desde os tempos remotos o homem utilizou as florestas como um dos recursos mais importantes
para sua vida, pois, fornecia-lhes alimentos e medicamentos.

Com o desenvolvimento ele foi se apercebendo que as florestas são importante fonte de matéria-
prima para indústria mobiliária e construção civil, através da madeira.

Para além da exploração da madeira importa referir que a madeira desempenha um papel
importante como regulador do clima e protegem os solos da erosão, tornam os solos húmidos,
funcionam como pulmões (absorvem o CO2 e produzem o oxigénio). As florestas são igualmente
uma fonte de retenção da água das chuvas, servem como quebra vento, reduzindo a erosão eólica
como também de ventos ciclónicos. Fonte de combustível lenhoso sobretudo para população
rural.

As florestas são o garante da produção de biomassa (importante estrume orgânico) as florestas


desempenham um papel de equilíbrio ambiental ou servir de despoluidoras, através da fixação de
certos gases poeiras e outros existentes na atmosfera.

Nas províncias de Manica, Zambézia e Tete, as florestas são fontes de produção de madeira e
geram divisas ao país.

Não há estimativas claras de reflorestamento em Moçambique mas dados indicam que até antes
da independência existiam mais de 45.200 milhões de hectares e depois de 1975 é calculado em
24.000 hectares (MINAG, 2009).

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1.2.Solos
Existe de certa maneira um consenso sobre um aumento considerável da produção de algumas
culturas alimentares básicas no período 1996-2002 (SIMLER ET AL., 2004).
A região central também possui bom potencial para a agricultura com bons solos e precipitação
anual que varia entre 1000 e 1200 mm3. A região sul é mais seca, com solos arenosos e pouco
férteis, e um maior risco de sofrer os impactos da seca.
O aumento da produção entre 1996 e 2002 acontece num país onde o uso de fertilizantes é
bastante baixo (inferior a 5%) e num sistema de agricultura itinerante, o que significa que não há
reposição da fertilidade dos solos. Muitas machambas são deixadas em pousio depois de cerca de
5 anos de cultivo, e a reposição da fertilidade em machambas em pousio é mais lenta nas
províncias do sul do país, devido em parte a baixa precipitação pluviométrica (NHANTUMBO
ET AL., 2009).
Os períodos de pousio podem estar a baixar, o que coloca uma maior pressão sobre a exploração
de novas terras de cultivo, que podem estar indisponíveis (NEGRÃO, 2001).

A reposição da fertilidade dos solos é mais lenta na zona sul, assim como a depleção dos
nutrientes, devido a baixa pluviosidade (FOLMER, GEURTS & FRANCISCO, 1998). A
depleção de nutrientes é mais elevada nas zonas centro e norte, cuja precipitação chuvosa
ultrapassa 1000 mm. Para além da pluviosidade, o sistema de cultivo está igualmente relacionado
a velocidade de depleção dos nutrientes. Os sistemas de cultivo de milho/mandioca possuem a
maior taxa de depleção, tanto no sector familiar assim como em grandes explorações.
A acidez dos solos constitui outro problema. Em zonas agro-ecológicas de elevada pluviosidade,
esta é um dos factores limitantes à produção agrícola (MARIA & YOST, 2006).
Em Moçambique, o problema de salinidade afecta principalmente a zona sul, que possui a maior
área irrigada.

5.3.Diversificação de culturas e análise de subsectores da agricultura


Quando deparado com a baixa produtividade e produção agrícola, o camponês opta por
diversificar as suas fontes de rendimento, tanto dentro da agricultura assim como em actividades
de geração de rendimento fora da exploração agrícola. Agregados familiares de menor produção
agrícola – por exemplo aqueles que possuem relativamente menores parcelas de terra – possuem
uma maior probabilidade de participar em actividades de geração de rendimento fora da sua
exploração (CUNGUARA, LANGYINTUO & DARNHOFER, 2011).

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BOUGHTON et al (2006) afirmam que de 1996 para 2002 o número médio de culturas
produzidas por agregado familiar aumentou em cerca de 75%. O número de produtores de
culturas de rendimento duplicou.
1.3.Culturas alimentares
No período entre 1996-97 e 2002-03, a produção de milho e da mandioca aumentou
significativamente. O feijão vulgar e a batata-doce também tiveram um aumento de produção
considerável. Contudo, o aumento da produção representou um retorno aos níveis de produção
verificados antes da guerra. Tal aumento foi resultado de expansão da área de cultivo e
crescimento da população rural devido ao retorno dos refugiados de guerra, e não um resultado
de um aumento de produtividade agrícola (BOUGHTON; 2006).
1.4.Culturas de rendimento
Tradicionalmente, o algodão e o tabaco constituem as duas principais culturas de rendimento.
Devido a sua rentabilidade financeira, o cultivo de tabaco está em expansão. Um estudo
realizado no vale do Zambeze conclui que os produtores de tabaco possuem, em média, lucros
anuais no valor de cerca de $731 dólares americanos, o que representa cerca de metade de todo
valor de produção de culturas (BENFICA, 2007).
Mas existem diferenças na rentabilidade do cultivo segundo algumas características dos
agregados familiares. Por exemplo, o mesmo estudo conclui que a rentabilidade é
consideravelmente menor no seio de agregados familiares chefiados por uma mulher. Apesar da
rentabilidade do cultivo do tabaco, deve-se tomar atenção a sustentabilidade da expansão do seu
cultivo (BENFICA, 2006).
Isto porque a secagem do tabaco é muito exigente em termos de calor, e geralmente usa-se lenha
para o efeito. O abate de árvores para a secagem do tabaco pode a longo prazo provocar
problemas ambientais caso não haja reposição das árvores.
A produção do algodão enfrenta problemas de baixa produtividade agrícola e baixos preços do
produto (BENFICA, 2007).
Não obstante os esforços do Instituto do Algodão de Moçambique em aumentar a produtividade
e a rentabilidade da produção do algodão, afirmam que produtores de algodão não possuem
rendimentos superiores aos dos seus vizinhos não produtores de algodão. Esta constatação
explica o abandono do cultivo desta cultura por parte de muitos produtores, e sua substituição
por outras culturas de rendimento, tais como o gergelim.

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Actualmente, culturas de rendimento “não tradicionais” estão a ser promovidas, como é o caso
do gergelim. A CLUSA (Credit League of the United States of America), uma ONG Americana
de poupança e crédito, está a apoiar um pouco mais de 3 mil produtores de gergelim na província
de Nampula (BENFICA, 2007).
Cabo Delgado, Tete, Manica e Zambézia constituem outras províncias com maior produção do
gergelim. Durante a campanha agrícola 2008-09 Moçambique produziu cerca de 37 mil
toneladas de gergelim (FAO/WFP, 2010).
Recentemente, a maior parte de investimentos em agro-processamento destina-se a cana-de-
açúcar, tabaco e chá (BENFICA, 2007).

A área colhida da cana-de-açúcar na campanha 2010/11 foi de 35 376 hectares, o que representa
um aumento de 9%, em relação à campanha anterior. A produção obtida em 2010/11 foi a maior
desde a independência, representando um crescimento de 12%, em relação a campanha anterior.
Ademais, espera-se que se aumente a área de cultivo para 40 000 hectares na campanha 2011/12
em virtude do aumento na procura deste produto pelas 4 açucareiras nacionais que actualmente
se encontram em pleno funcionamento (ESTERHUIZEN & ZACARIAS, 2011).

1.5.Fruteiras
Desde o tempo colonial, o caju foi a principal fruteira em Moçambique. Mas a sua produção
actual é bastante inferior do que no tempo colonial. Existem inúmeras prováveis explicações para
o comportamento da produção: o envelhecimento do cajual, a ocorrência de doença dos oídios
(fungos), a falta de reposição das árvores velhas, a queda drástica no número de fábricas de
processamento associada às privatizações das empresas estatais, queimadas descontroladas,
práticas culturais inadequadas, de entre outras (RIBEIRO, 2008).
Historicamente, o sector do caju teve uma elevada importância económica, empregando milhões
de pessoas. Nos anos 1960s, Moçambique chegou a produzir metade da produção mundial da
castanha de caju. O sector sofreu um declínio nos anos seguintes, devido a uma combinação de
políticas adversas e a guerra de desestabilização (MOLE, 2000).
O encerramento das antigas unidades de processamento de castanha de caju, não compensado
com o aparecimento de novas fábricas resultou no desemprego de milhares de trabalhadores
(RIBEIRO, 2008).

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O impacto social foi particularmente grave nos pequenos aglomerados urbanos, como
Manjacaze, com poucas alternativas de trabalho assalariado e muito dependente dos salários
auferidos pelos operários para a dinamização dos circuitos monetários locais (Ribeiro, 2008).
A destruição do sector do caju pela privatização e encerramento de várias fábricas de
processamento tornou-se num exemplo notável, que criou espaço para uma reversão secreta da
política do caju nos anos 2000 (RIBEIRO, 2008).
O Instituto Nacional do Caju (INCAJU) reintroduziu a protecção (que violava directa e
explicitamente as regras do Banco Mundial) e trabalhou secretamente em parceria com uma
agência de desenvolvimento nacional e alguns doadores para a criação da cadeia de valor.
O resultado foi a criação de milhares de empregos e níveis de produção recorde durante a
campanha agrícola de 2009-2010 (CUNGUARA, 2010).
Enquanto a produção do caju está a crescer, a produção do coco está a baixar (WALKER et al.,
2006). A redução da produção do coco deve-se ao amarelecimento letal dos coqueiros, uma
doença (virose) cujo combate actualmente requer a remoção/abate das árvores facetadas e
quarentena de algumas zonas de produção (WALKER et al., 2006).
Contudo, os produtores do sector familiar, que representam a maioria dos produtores de coco ao
nível nacional, mostram-se pouco favoráveis ao abate das suas árvores infectadas. Existem
alguns projetos que estão a disseminar variedades de coqueiros mais resistentes/tolerantes à
doença de amarelecimento letal. Mas a produção do coco está igualmente a sofrer uma
competição com o crescimento mundial da produção do óleo da palma (WALKER et al., 2006).
À medida que se abatem os coqueiros afectados pelo amarelecimento letal e se espera até que
novas árvores cresçam até a maturidade, as famílias afectadas devem encontrar novas fontes de
rendimento
Para além do caju e do coqueiro, existem outras frutas e fruteiras de elevada importância
socioeconómica no país, tais como a banana e os citrinos. A banana é produzida essencialmente
pelo sector familiar, apesar de existirem alguns grandes produtores nas províncias de Maputo
(por exemplo em Umbeluzi) e Manica (Chimoio). As grandes produções de banana destinam-se
a cobrir os mercados das grandes cidades como Maputo, Matola e Beira, e para a exportação para
a África do Sul.
Actualmente, a produção de banana ocupa uma área total de cerca de 14 mil hectares em todo o
país, com uma produção anual estimada em cerca de 90 mil toneladas (UAZIRE et al., 2008).

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A produção média da banana estima-se em cerca de 6.4ton/ha para o sector familiar. Ela enfrenta
como principais constrangimentos a ocorrência de nemátodos e doenças, falta de tecnologias
melhoradas e de variedades de elevado rendimento, baixa fertilidade dos solos e longos períodos
de estiagem, característica comum entre os produtores na zona sul do país (MOLE, 2000).
Em relação à produção de citrinos, as províncias com maior potencial são Maputo, Inhambane e
Manica. O anuário estatístico de 2007 apresenta a evolução da produção de várias culturas, mas
os citrinos não possuem informação.
No passado, existiram grandes plantações de citrinos, mas a guerra não permitiu a reposição de
muitas árvores, o que pode ter contribuído para a redução da produção total de total, mas não
existem dados disponíveis para suportar esta hipótese. Actualmente a produção é feita
maioritariamente pelo sector familiar.
1.6. Pecuária
Em relação à produção pecuária, a produção animal foi severamente afectada pela guerra. Depois
dos acordos de paz, estimava-se que em 1993 o efectivo bovino fosse de cerca de 250 mil
cabeças (FAO/WFP, 2010).

Desde então, o efectivo bovino tem vindo a crescer a uma taxa anual de cerca de 10% e, em
2009, estimava-se que existissem cerca de 1,235,000 cabeças, segundo os dados do censo agro-
pecuário. Existe uma maior concentração de bovinos na região sul do país, o que em parte está
associado com a prevalência da mosca tsé-tsé no centro e norte do país. As províncias do norte
possuem um maior efectivo de cabritos e ovelhas, enquanto a produção de suínos é maior no
centro do país.

A produção de gado bovino concentra-se nas zonas sul e centro. As províncias nortenhas (Cabo
Delgado, Niassa e Nampula) possuem apenas 5% de todo gado bovino nacional.

O sector da pecuária depara-se igualmente com a escassez de técnicos e acessibilidade de água


para operar os tanques carracicidas. A solução ou mitigação do problema da mosca tsé-tsé
passaria pela combinação de investimentos em tanques carracicidas e técnicos para a sua
operacionalização, vacinação em zonas endémicas e melhoramento genético (BOUGHTON,
2011).

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2. Agricultura antes da independência

De acordo com FAO/WFP, (2010), a agricultura no período colonial manteve-se


subdesenvolvida pois a grande maioria da população manteve-se no campo produzi do apenas
com enxadas de cabo curto. No entanto o subdesenvolvimento da agricultura fora planificado
para servir os interesses da acumulação primitiva de capital através da extração do excedente
económico dos camponeses, sob forma de forca de trabalho para produção de mais-valia, ou sob
forma de produção de produtos dos camponeses comprados a preços de “banana” muito baixos.

A agricultura no período colonial era praticada de uma forma muito precária, em condições
completamente desumanas. Eram utilizados instrumentos rudimentais tas como a enxada de cabo
curto, e para mais e eficiência eram obrigados a recorrer a atracão animal.

Na falta destes animais os próprios homens eram obrigados a desempenhar o papel dos animais
“eles próprios eram obrigados a puxar charrua”. E para irrigação dos campos agrícolas os
camponeses dependiam somente da chuva, utilizavam a irrigação a sequeiro. Por falta de
fertilizantes a única opção que eles tinham era a adubação verde.

3. Agricultura depois da independência

O Governo de Moçambique, tendo em conta as lições do passado tomou medidas concretas de


suporte ao sector agrário, optando em apostar no potencial existente, de modo a transformá-lo em
fonte de riqueza, com vista à melhoria do bem-estar da população e do desenvolvimento sócio-
económico do País.

Segundo FAO/WFP, (2010), disse que no período pós-independência, o País apostou na


intensificação e modernização da produção agro-pecuária e florestal com o uso de fertilizantes,
pesticidas, semente melhorada, inseminação artificial e maquinaria, tendo realizado as seguintes
acções:

 Criação de empresas estatais de produção agro-pecuária tais como (CAIA, CAIL,


CAPEL, Avícola E:E, Gado de Corte e Leite, IFLOMA e Mecanagro.);
 Criação de empresas especializadas para a comercialização (Agricom, Gapecom,
Hortofrutícola, etc.);
 Movimento das cooperativas de produção agrícola;

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 Desenvolvimento do sector nacional de sementes (SEMOC);
 Contratação de técnicos estrangeiros;
 Envio massivo de estudantes nacionais para formação especializada no estrangeiro
(Cuba, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Bulgária, Alemanha entre outros
países);
 Reforma dos curricula do ensino técnico agrário orientada para responder às
necessidades do sector produtivo;
 Forte investimento público na irrigação (hidráulica agrícola) – Hidromoc e Secretaria de
Estado de Hidráulica Agrícola.
4. Mudanças climáticas
4.1. Principais impactos da agricultura
 Queimadas descontroladas;
 Desmatamento;
 Compactação do solo;
 Poluição atmosférica – através da pulverização;
 Poluição hídrica e do solo;
 Esgotamento do solo.

Para FAO/WFP, (2010), os elevados índices de pobreza e elevada dependência na agricultura de


sequeiro conferem a Moçambique uma elevada vulnerabilidade aos desastres naturais induzidos
pelas mudanças climáticas. Ademais, Moçambique é considerado como sendo um dos países
africanos que será severamente afectado pelas mudanças climáticas devido a sua localização
geográfica – o país encontra-se a jusante de muitos rios da África Austral. Moçambique possui
ainda uma extensão costeira de 2,700Km, que pode ser afectada negativamente pelo aumento de
ciclones.
Um estudo realizado em dois distritos da província de Gaza, conclui que as mudanças climáticas
possuem um impacto diferenciado entre homens e mulheres, sendo mais severo sobre as
mulheres (RIBEIRO & CHAÚQUE, 2010).
A mulher está também encarregue pela maior parte do trabalho reprodutivo e produtivo,
enquanto o homem geralmente apenas faz o trabalho produtivo. Secas sucessivas assolaram esta
região, adianta o estudo, forçando uma migração dos homens para a África do Sul e outras

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regiões. Consequentemente, o papel da mulher nos trabalhos produtivos aumentou
consideravelmente nos últimos 2 anos.
Alguns constrangimentos para a adaptação às mudanças climáticas incluem mercados
imperfeitos ou ausentes para os produtos agrícolas, pobre infra -estrutura e acesso limitado aos
serviços de crédito. Algumas alternativas para colmatar ou mitigar o efeito das mudanças
climáticas incluem a facilitação da diversificação das fontes de rendimento e o apoio as
instituições sociais, que por sua vez estimulam a inovação.
LAFFERTY (2009), olha para os potenciais efeitos das mudanças climáticas numa perspectiva
algo diferente. Ele analisa aspectos como a latitude, longitude e a sua correlação com o clima e a
ocorrência de doenças, considerando alguns aspectos históricos e experimentais. Ele conclui que
a interacção dos factores acima descritos pode afectar a ocorrência de doenças infecciosas
4.2. Financiamento em prol da agricultura
Tem-se falado das dificuldades pelas quais os empreendedores no sector agrário tem enfrentado
para aceder ao crédito bancário.
Em 2000, o volume de crédito canalizado para a agricultura representava 20% do total do crédito
concedido à economia. Esta percentagem tendeu a cair de ano para ano, tendo registado 9% em
2005, 7% em 2010 e 3% em 2015. Em contrapartida, o comércio e outros sectores como crédito
de particulares para fins diversos como habitação, cresceram acentuadamente.
A análise de dados mostra que em 2014, cerca de 86% do financiamento à economia de
Moçambique estava concentrado em bancos, nomeadamente o Millennium BIM, o BCI, o
Standard Bank, o Banco Moza e o Barclays. Se esta tendência de crédito à economia foi de
rápido crescimento, mas que para a agricultura houve rápido decréscimo, significa que os
maiores concessores de crédito à economia não estão ligados a agricultura.
Na análise de produtos bancários existentes, na componente de crédito, verifica-se que apenas
BCI e Banco Moza, muito recentemente, tiveram linhas especiais de crédito à agricultura,
significando que, de forma geral, existe muito pouco para aquele sector. Experiência dos outros
países com sucesso no financiamento e desenvolvimento da agricultura mostram que tal, sempre
esteve associado a um produto especializado para o sector.
O grande exemplo é a África do Sul onde o financiamento ao sector agrícola é muitas vezes
feito recorrendo à algumas associações especializadas para tal e ao Land Bank – o banco
especializado no sector agrícola.

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Dadas condições pouco desenvolvidas nas quais a agricultura é praticada em Moçambique, a
banca nacional sempre defende-se mencionando o alto risco percebido da agricultura em
Moçambique. A literatura diversa sobre a bancabilidade de certo sector menciona os aspectos
como um mercado maduro, tendências de desenvolvimento do sector, nível de concorrência e
perfil dos principais intervenientes, abertura para inovação são aspectos que definem o quanto
apetecível é um determinado sector (SALDÍAS, 2011).
Um estudo da KPMG (2014), encomendado pela CTA refere que o sector de agricultura
apresenta uma cadeia de valor não completamente desenvolvida ou então concentrada no próprio
agricultor. Com estas características, pontos de produção concretos que existem como Boane,
Moamba, Chokwé, Muxungué, Gorongosa, Manica, Tsangano, Cuamba, Malema, entre outros,
não conseguem abastecer a rede de supermercados existentes que exigem volume, regularidade e
padronização dos produtos.
Como resultado, assiste-se a importação de produtos diversos para os dois principais segmentos
de mercados existentes. O primeiro segmento é constituído por grandes mercados existentes em
Moçambique, estes mercados precisam de ser abastecidos por produtos diversos.
O segundo é a rede de supermercados (Game, Shoprite, Spar, etc.), que são grandes
importadores de produtos alimentares.
Portanto, se conseguir-se montar uma cadeia de valor específica nos produtos agrícolas, o
produtor preocupar-se-á em produzir, o distribuidor e comerciante preocupar-se-á em transportar
e conservar, assim sucessivamente até chegar à mesa
As principais pragas que atacam as plantações.
Conforme dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Embrapa,
as principais pragas que atingem a lavoura são:
 Helicoverpa armígera;
 Broca-do-café (Hypothenemus hampei)
 Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum)
 Cochinilhas (Dactylopius coccus)
 Mosca-das-frutas (e do caribe)
Podemos citar três tipos de moscas responsáveis por perdas na produção de citros:
Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata);

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Mosca sul-americana (Anastrepha fraterculus);
Mosca-da-mandioca (Neosilba spp.),da família Lonchaeidae.
Sendo, as duas primeiras, nativas do Brasil e da família Tephritidae.
Segundo pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP,
pode-se calcular uma perda de 30% a 50% da produção de pomares citros infestados.
Em síntese, os machos se aglomeram nas folhas, e as fêmeas depositam seus ovos no fruto.
Logo, quando as larvas se desenvolvem, saem do fruto e vão para o solo. Esse período pupal
pode durar de 13 a 17 dias.
 Ácaros;
 Ferrugem da soja (Phakopsora pachyrhizie)
 Mosca branca (Bemisia tabaci)
 Bicudo do algodoeiro (Antonomus grandis)
4.3. As principais técnicas para o controle de pragas na agricultura
A princípio a técnica mais comum de combate as pragas agrícolas é o controle químico, isto é, o
uso de agrodefensivos. No entanto, alguns métodos têm sido desenvolvidos e aplicados para
complementar e reduzir o uso de defensivos agrícolas na lavoura. Confira!
4.3.1. Novas tecnologias de aplicação
As tecnologias têm se apresentado com objetivo inicial de aprimorar e tornar mais eficiente a
aplicação de defensivos, reduzindo ao máximo as perdas e dosando na medida certa a quantidade
de produto utilizado.
Por exemplo, Sistemas de Telemetria são capazes de calcular a dose e o volume de produtos
aplicados com base em dados retirados do clima — como níveis de temperatura e umidade —,
do maquinário e das condições do solo.
No geral, esses recursos fazem parte da agricultura de precisão — um conjunto de tecnologias e
técnicas utilizadas para registrar e analisar dados de modo sistemático sobre os diversos fatores
que podem influenciar a produção.
Com base nos resultados, é possível realizar a elaboração de estratégias e ações para a eliminar
desperdícios e aumentar a produtividade por hectare.
4.3.2. MIP — Manejo Integrado de Pragas
O Manejo Integrado de Pragas consiste em um conjunto de técnicas alternativas recomendadas
pela comunidade científica para reduzir as pragas a níveis inofensivos nas lavouras.

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Dessa forma, as técnicas utilizadas no MIP contribuem para uma grande economia na compra de
agroquímicos, uma vez que, por meio delas é possível reduzir a quantidade de aplicações através
da análise de dados e monitoramento constante da plantação.
Outro grande benefício é o tempo de exposição dos operadores aos produtos. Além disso,
fornece proteção aos recursos naturais, como solo e rios, já que as chances de contaminação
ficam reduzidas.
4.3.3. Rotação de culturas
À medida que a mesma cultura é produzida continuamente no mesmo local (monocultura),é
normal surgir o aumento da ocorrência de pragas e doenças. Nesse contexto, a rotação de
culturas previne a fixação e multiplicação de uma doença.
Assim, por meio dessa técnica agrícola, o agricultor consegue planejar a alternância dos tipos de
vegetais cultivados no terreno.
Dessa forma, além de controlar as pragas agrícolas, a prática contribui para a preservação de
boas condições físicas e bioquímicas do solo, reposição de matéria orgânica e simplificação do
processo de adubação.
4.3.4. Feromonas para atração (e eliminação) de pragas
De modo geral, essa técnica consiste em utilizar feromonas para controlar pragas de insetos nas
lavouras. Para isso, esse agente natural opera se comunicando com outros insetos da mesma
espécie. Assim, eles “transmitem” avisos diversos, como presença de predadores, demarcação de
território, reprodução, etc.
Por exemplo, para controlar as pragas de percevejos nas plantações de soja e arroz, a embraga
realizou pesquisas com o macho da espécie, retirando a feromona natural exalado pelo inseto e
fabricando em laboratório. Em seguida, foram espalhados dispositivos que liberam a feromona
em armadilhas, atraindo e capturando as fêmeas.
4.4. Controle químico, biológico e cultural. Qual é a diferença entre eles?
O controle de pragas pode ser feito de forma química, biológica e cultural. Conheça as
diferenças!
4.4.1. Controle Químico
No controle de pragas químico são utilizados diferentes produtos químicos a fim de matar as
pragas com mais facilidade. Conhecidos como pesticidas, esses produtos são capazes de eliminar

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completamente as pragas, eles podem ser classificados como inseticidas, fungicidas, bactericidas,
herbicidas e etc., para controlar o manejo de pragas e doenças.
No entanto, apesar de sua acção rápida e eficácia, o uso de produtos químicos vem sendo
reduzido. Isso porque, na maioria das vezes, podem ocasionar o desenvolvimento de populações
resistentes do inseto, o aparecimento de novas pragas ou a ressurgência de outras, ocorrência de
desequilíbrio biológico, efeitos prejudiciais ao homem e outros animais, além do seu alto custo.
Diante disso, recomenda-se o manejo de pragas por meio do controle químico apenas quando a
praga atingir níveis populacionais críticos ou atingir dano que justifique o custo do tratamento e
os riscos ao homem e ao ambiente.
4.4.2. Controle Biológico
Controle de pragas biológico é um método que utiliza um organismo vivo para matar e controlar
pragas, como ácaros, insetos, etc. Logo, é um recurso natural, que não prejudica ou representa
qualquer ameaça para o meio ambiente e para as pessoas.
Os métodos de controlo biológico baseiam-se principalmente em relações naturais, como
parasitismo, predação, herbívora, etc. Além disso, as pragas não desenvolvem resistência contra
o método de controlo biológico.
Em síntese, existem três métodos de controlo biológico: controle biológico clássico, controle
biológico de conservação e controle biológico de aumento.
Embora seja seguro, ele introduz outro organismo ao ambiente natural, o que pode causar novos
problemas. E mais, por ser um método lento, auxilia na redução dos níveis de pragas, mas não
elimina completamente como o controle químico.
Contudo, o ideal seria a combinação do controle biológico com inseticidas seletivos sem causar
danos ao meio ambiente e a saúde humana.
4.5.3. Controle Cultural
O controlo de pragas cultural consiste na utilização de medidas capazes de afetar a
disponibilidade de alimento ao inseto, reduzindo assim, a incidência da praga.
Essas medidas podem ser caracterizadas como técnicas de preparo do solo, rotação de culturas,
aração e gradagem, época de semeadura, manejo de plantas daninhas, adubação verde, uso de
cultivares resistentes, destruição de restos culturais, etc.

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4.5.4. Importância do controle de pragas
As pragas agrícolas são responsáveis por boa parte das perdas de produtividade das lavouras.
Isso significa que elas são sinônimo de desperdício de dinheiro, insumos e mão de obra.
Logo, quando se multiplicam podem gerar transtornos no desenvolvimento das culturas, bem
como, provocar prejuízos financeiros para o produtor rural.
Nesse sentido, o controle de pragas é importante porque é capaz de combater as infestações,
minimizar os danos ocorridos nas plantações, perdas na produtividade e evitar prejuízos
financeiros.
E aí, gostou de aprender sobre o controle de pragas agrícolas? Aproveite e leia nosso artigo
sobreAgrodefensivos.
4.6. Evolução da Agricultura

A preocupação pela organização e gestão do sector agrário em Moçambique inicia desde 1908,
com a criação da Repartição da Agricultura pelo então regime colonial, subordinada à Direcção
de Obras Públicas da Província de Moçambique de Ultramar Portuguesa, na altura constituída
por 3 secções: Agricultura, Pecuária e Floresta.

A agricultura surgiu em tempo histórico em resultado de fenómeno demográfico. Ficou mais


trabalhoso e arriscado a disputa de terras, começou a exigir a demarcação e defesa de território, a
sedentarização criou raízes e suscitou uma mudança de paradigma, através da agricultura e
domesticação de animais.

A agricultura teve origem de acordo com diferentes autores em vários sítios. Uns afirmam que
teve origem no sudeste asiático nomeadamente com rizomas, árvores, e pequenos animais
domésticos como: A galinha e o porco. Uns afirmam que foi na região próximo do oriente nos
vales dos rios tigre e Eufrates e outros defende que foi nas regiões tropicais, mas esta última
hipótese foi afastado e o crescente fértil próximo do meio de oriente aparece comprováveis berço
de diagnosticar.

Sintetizando, agricultura foi o berço de crescente fértil do meio oriente concretamente no


território da Mesopotâmia actual estádio do Iraque, nos vales dos rios tigres e Eufrates abrangido
também os territórios do Iraque, Jordânia, Irão, síria, Turquia, Israel, depois expandiu se para o

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leste e ocidente mais tarde para Europa , como os resultados das migrações para os povos
anataulicas movidos de instrumentos de agricultura.

Á medida que a população mundial crescia (também em resultado de dietas mais ricas,
proporcionadas pela agricultura),a própria agricultura teve que acompanhar os ritmos de
crescimento, através de melhoramento genético para aumento da produtividade, introdução de
novas tecnologias produtivas (adubação) para a eficiência e eficácia de processos produtivos,
conservação e processamento de alimentos para melhorar a sua durabilidade transporte e
consumo.

O maior potencial agrário das zonas Centro e Norte de Moçambique não é ainda devidamente
explorado; além das infraestruturas, há características e dinâmicas sociais e económicas que
afectam e constrangem, ou impulsionam, a incapacidade de aproveitamento e desenvolvimento
do potencial agrário natural dessas zonas.

5. Importância da Agricultura

Por um lado a agricultura garante a sobrevivência do ser humano, pois se a agricultura não
existisse não haveria alimentos que os seres humanos e outros necessitam.

Por outro lado é importante porque permite o desenvolvimento de algumas indústrias como
resultado da produção de matérias-primas. https://escola.mmo.co.mz/importancia-da-agricultura.

Dada a importância da agricultura para a maioria da população Moçambicana (cerca de 80%) e a


concentração da pobreza nas zonas rurais (82% dos pobres), o GoM definiu a agricultura como
sendo a base do desenvolvimento da economia e uma das áreas chaves do PARPA

5.1. As vantagens e desvantagens da agricultura


As vantagens e desvantagens da agricultura convencional Para compreender porque o sistema
mais adotado no país é agricultura de caráter convencional e extensiva, é necessário analisar as
vantagens e desvantagens por trás dela. Desde custos com mão de obra, uso de fertilizantes,
facilidades comerciais e tempo de colheita.

6. Desflorestamento

Actualmente, o tabaco constitui uma das principais culturas de rendimento em Moçambique.


Mas esta cultura ser muito exigente em termos de secagem das folhas, que muitas vezes é

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realizada com recurso à lenha. Neste sentido, Benfica (2007) chama a atenção para a
sustentabilidade na expansão do cultivo de tabaco.
Segundo BENFICA (2007), estudos de vários países indicam que a gestão ambiental
desempenha um papel preponderante na sustentabilidade do cultivo de culturas de rendimento
como o tabaco. Alguns dos problemas ambientais mais comuns incluem a erosão dos solos e a
perda da fertilidade, assim como o desflorestamento.
O estudo de BENFICA (2007) compara os hábitos dos agregados familiares que cultivam o
tabaco ou algodão e as suas contrapartes. Os resultados indicam que 60% dos agregados
familiares que cultivam o tabaco e cerca de metade dos produtores de algodão afirmaram ter
cortado árvores na campanha agrícola de 2003-04.
Do lado dos não produtores de tabaco e/ou algodão, apenas um terço cortou árvores. Para além
de uma maior frequência de abate de árvores, o número de árvores cortadas é também maior no
seio dos produtores de tabaco e/ou algodão (CUNGUARA, 2011)
Apesar da produção do tabaco ser uma das potenciais fontes de desflorestamento, ao nível
nacional poucos agregados familiares produzem esta cultura de rendimento. Existem fontes mais
importantes no que concerne ao desflorestamento.

CUVILAS, JIRJIS & LUCAS (2010) afirmam que a produção do carvão é uma das principais
fontes de desflorestamento no país. Outras fontes de desflorestamento incluem a exploração
(ilegal) da madeira, agricultura itinerante, queimadas descontroladas e exploração mineira de
grande escala.

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Conclusão
Neste trabalho concluímos que a agricultura constitui uma das fontes da degradação do meio
ambiente, visto que nela são devastadas várias áreas para a prática desta actividade que é a
principal fonte de desenvolvimento do nosso país. Há necessidade dê-se monitorar todas
actividades que são levadas a cabo nesta actividade para se evitar o contínuo da degradação do
meio.

Por um lado a agricultura garante a sobrevivência do ser humano, pois se a agricultura não
existisse não haveria alimentos que os seres humanos e outros necessitam.

Por outro lado é importante porque permite o desenvolvimento de algumas indústrias como
resultado da produção de matérias-primas.

As vantagens e desvantagens da agricultura convencional Para compreender porque o sistema


mais adotado no país é agricultura de caráter convencional e extensiva, é necessário analisar as
vantagens e desvantagens por trás dela. Desde custos com mão de obra, uso de fertilizantes,
facilidades comerciais e tempo de colheita.

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Referências bibliográficas

BENFICA, R. (2007). Pobreza de renda efectua de expansão e políticas em dinheiro vivo que
semeia economias em Moçambique rural: An Economy-wide Approach. Research Report N.
64E. Maputo: Ministry of Agriculture.

BOUGHTON, D., Mather, D., Tschirley, D., Walker, T., Cunguara, B., Payongayong, E.( 2006).
Mudanças em padrões de renda domésticos rurais em Moçambique 1996-2002 e implicações
para contribuição de agriculturas para redução de pobreza. Working Paper 61E. Maputo:
Ministry of Agriculture.

BRUECK, T. and Schindler, K. (2009). Acesso de terra de pequeno proprietário em norte do


país após-guerra. World Development.

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