Você está na página 1de 29

AULA 00

PROF: KERLY MONROE PONTES


MATRIZES
DISCIPLINA: ÁLGEBRA LINEAR

MATRIZES

Uma tabela de números dispostos em linhas e colunas.

DEFINIÇÃO FORMAL

Uma matriz A com m linhas e n colunas é uma aplicação A : I (m) × I (n) → R definida por
A ( i, j )=aij , isto é, a aplicação que associa cada par (i , j) ao número real a ij localizado na i-
ésima linha e na j-ésima coluna, onde I ❑( m)= {i ∈ N|1 ≤i ≤ m}e I ( n)= { j ∈ N|1≤ j ≤ n}.

Diagrama de Flechas:

OBSERVAÇÃO 1: Podemos representar também a matriz A por uma tabela de elementos de


a ij dispostos ordenadamente por linhas e colunas da seguinte forma
[ ]
a11 a12 … a1 j ...
a1 n
a21 a 22 … a2 j … a2 n
A= ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮
a i1 ai 2 … aij … a¿
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮
a m 1 am 2 … amj … amn

OBSERVAÇÃO 2: Por essa razão, podemos dizer que uma matriz m× n é uma tabela de
números dispostos em linhas e colunas.

OBSERVAÇÃO 3: Podemos indicar, também, uma matriz usando a notação A=( aij )m × n .

OBS3: Se m=n, então a matriz A=( aij )n × n é denominada quadrada de ordem n . Além disso, o
conjunto de seus elementos a ij tais que i= j é chamado de diagonal principal (DP); já o
conjunto dos a ij tais que i+ j=n+1 é chamado de diagonal secundária (DS). Veja a figura:

OBS4: O conjunto de todas as matrizes m por n cujos elementos ou entradas são números
reais é indicado pelo símbolo M m ×n (R).

EXEMPLO1: Construa a matriz A=( aij )3 × 4 definida por a ij=i−2 j.

SOLUÇÃO:

EXEMPLO2: Construa a matriz A=( aij )3 ×3 definida por

{
i + j , se i= j .
a ij= − j 2 , se i < j.
0 , se i> j.
SOLUÇÃO:

TIPOS DE MATRIZES

MATRIZ LINHA

DEFINIÇÃO: A matriz A=( aij )1 ×n é chamada de matriz linha.

ILUSTRAÇÃO:

A=[ a11 a 12 … a1 j ⋯ a1 n ]

EXEMPLO:

a) A=[−2 4 5] b) B=[0 67 3 ]

MATRIZ COLUNA

Definição: A matriz A=( aij )m × 1 é chamada de matriz coluna.

ILUSTRAÇÃO:

[]
a11
a21
A= ⋮
a i1

am1
EXEMPLOS:

[] []
4
−2
7
a) A= 4 b) B=
0
5
−3

MATRIZ NULA

Definição: Uma matriz nula m por n é a matriz, indicada por 0 m× n ou simplesmente por 0 , se
a ij=0, para todo 1 ≤i ≤m e 1 ≤ j ≤ n . Em outras palavras, todos os seus elementos são nulos.

EXEMPLO:

[ ] [ ]
0 0 0 0 0
a) 0=[ 0 0 0 ] b) 0= 0 0 0 c) 0= 0 0
0 0 0 0 0

MATRIZ TRANSPOSTA

T
DEFINIÇÃO: A transposta de uma matriz A=( aij )m × n é a matriz A =( b ij ) n× m tal que b ij=a ji . Em
outras palavras, quando cada i-ésima linha se transforma na i-ésima coluna e vice versa.

[ ]
1 10
EXEMPLO: A transposta da matriz A= [ 1 −3 4
10 9 8 ]
é a matriz A
T
= −3
4
9 ; a transposta da
8

[ ] [ ]
4 0 −1 4 7 1
T
matriz B= 7 2 10 é a matriz B = 0 2 8.
1 8 6 −1 10 6
MATRIZ OPOSTA

DEFINIÇÃO: A oposta da matriz A=( aij )m × n é a matriz − A=( bij )m × n tal que b ij=−aij .

[ ] [ ]
−4 1 0 4 −1 0
EXEMPLO: A oposta da matriz A= 8 −11 2 é a matriz − A= −8 11 −2 .
−3 1 14 3 −1 −14

MATRIZ IDENTIDADE OU UNIDADE

DEFINIÇÃO: Uma matriz Identidade ou Unidade I n=( δ ij )n ×n é a matriz quadrada de ordem n ,


tal que

{
δ ij = 1 , se i= j
0 , se i≠ j

EXEMPLO: As matrizes a seguir são identidades:

[ ] [ ]
1 0 0 0
1 0 0
a) I 2=[ ]
1 0
0 1
I =
b) 3 0 1 0
0 0 1
c) I 4=
0
0
1
0
0
1
0
0
0 0 0 1

MATRIZ DIAGONAL

DEFINIÇÃO: Uma matriz diagonal D=( d ij ) n× n, é uma matriz tal que d ij =0 , quando i≠ j. Em
outras palavras, todos os elementos de D que não pertencem a diagonal principal são
zeros.
EXEMPLO: As matrizes a seguir são diagonais:

[ ] [ ]
−7 0 0 0
9 0 0
a) D= [
−1 0
0 3 ] b) D= 0 −2 0
0 0 0
c) D=
0
0
8
0
0 0
0 0
0 0 0 12

OBSERVAÇÃO 1: Note que as matrizes nulas quadradas e a matriz identidade são exemplos
de matrizes diagonais.

OBSERVAÇÃO 2: A matriz diagonal D pode ser representada simbolicamente, também, por


dia g D ( a11 , .. , ann ) ou simplesmente por dia g D .

Exemplo: As matrizes diagonais acimas podem ser representadas respectivamente por

[ ]
9 0 0
[
dia g D (−1,3 ) =
−1 0
0 3 ]
, dia g D ( 9 ,−2,0 )= 0 −2 0
0 0 0

ou

[ ]
−7 0 0 0
0 8 0 0
dia g D (−7,8,0,12 )=
0 0 0 0
0 0 0 12

MATRIZ TRIANGULAR

DEFINIÇÃO: Uma matriz quadrada A=( aij )n × n é triangular, se

{
0 , se i< j(Elementos acima da diagonal principal)
a ij= ou
0 , se i > j( Elementos abaixo da diagonal principal)
Em outras palavras, quando os elementos que estão acima ou abaixo da diagonal principal
são zeros.

OBSERVAÇÃO: Em particular, as matrizes identidade, diagonal e nula são triangulares.

EXEMPLOS: As matrizes a seguir são triangulares:

[ ] [ ] [ ]
5 0 0 0
−1 3 2 2 0 0
−3 11 0 0
a) A= 0 7 8 b) B= c) A= 3 −1 0
12 −1 9 0
0 0 5 8 4 9
5 6 5 1

MATRIZ SIMÉTRICA

DEFINIÇÃO: Dizemos que a matriz quadrada A=( aij )n × n de ordem n é simétrica, se a ij=a ji .Em
outras palavras,
T
A=A .

Em outras palavras, os elementos situados relativamente à diagonal principal são iguais.

EXEMPLO: As matrizes a seguir são simétricas:

[ ] [ ]
12 6 9 0 −5 8
a) A= 6 10 23 b) B= −5 1 9
9 23 −5 8 9 −3
MATRIZ ANTISSIMÉTRICA

DEFINIÇÃO: Uma matriz quadrada A=( aij )n × n é antissimétrica, se a ij=−a ji . Em outras


palavras,

A=−A T .

Em outras palavras, os elementos situados relativamente à diagonal principal são opostos


e os elementos da diagonal principal são nulos.

MATRIZ IRREDUTÍVEL OU UNITÁRIA

DEFINIÇÃO: Uma matriz quadrada E pq =( e ij )n × né irredutível, se

{
e ij = 1 , se ( i , j )=( p , q)
0 , se (i, j)≠(p , q)

Em outras palavras, é uma matriz quadrada que contém apenas um elemento 1 e os demais
elementos são nulos.

EXEMPLOS: As matrizes irredutíveis de ordem 2 e 3 são

[ ] [ ]
0 0 0 0 0 0
E21= [ ]
0 0
1 0 [ ]
, E 22=
0 0
0 1
, E31= 0 0 0 , E23= 0 0 1
1 0 0 0 0 0
MATRIZ DE PERMUTAÇÃO

DEFINIÇÃO: Uma matriz de permutação P=( aij )n ×n é tal que a i j =1 para todo 1 ≤i ≤ n com
i

j i ≠ j r , para cada par de índices distintos i ,r ∈ {1,2 , … , n } , e que a ij=0, se j ≠ j i para cada
i∈ { 1,2 ,… , n } .

Em outras palavras, é a matriz quadrada que tem apenas o número 1 em cada linha e em
cada coluna e os demais elementos são iguais a zero.

EXEMPLO: As matrizes a seguir são de permutação:

[ ] [ ]
0 1 0 0 0 1
P1= [ ] [ ]
1 0
0 1
, P 2=
0 1
1 0
, P = 0 0 1 e P 4= 1 0 0 .
3
1 0 0 0 1 0

OBS: Note que o número de matrizes de permutação de ordem n é n ! .

TRAÇO DE UMA MATRIZ

DEFINIÇÃO: Dado uma matriz A=( aij )m × n , definimos o traço de A o número real Tr ( A) tal que

Tr ( A )=a11 + a22+ …+a kk ,onde k=min { m, n } .

OBS: Se A for uma matriz quadrada o traço de A, simplesmente, é a soma dos elementos da
diagonal principal.
[ ]
−2 0 4
11 20 3
EXEMPLO: O traço de A= é o número real
−8 −6 0
6 3 9

tr ( A )=−2+20+0=18

[ ]
1 0 8
O traço de B= 3 −4 44 é o número real
16 −9 6

Tr ( B )=1−4+6=3.

IGUALDADE DE MATRIZES

DEFINIÇÃO: Duas matrizes A=( aij )m × n e B=( b ij )m × n são iguais A=B se, e somente se, a ij=bij .

EXEMPLO: Calcule x , y , z , t , w , p , q , k e r de modo que

[ ][ ]
z−2 x −12 −z+3 y +7 y
w z k = −z + x t +9 x− y
−1 q −2 p 11 r

SOLUÇÃO:

OPERAÇÕES COM MATRIZES


ADIÇÃO

DEFINIÇÃO: Dado as matrizes A=( aij )m × n e B=( b ij )m × n. A matriz soma de A com B é a matriz
A+ B= ( c ij ) m ×n tal que c ij =a ij +b ij .

Resumidamente,

A+ B ⇔ cij =aij + bij

[ ] [ ]
−1 9 11 −3 7 −3
EXEMPLO: Dado que A= −4 7 0 e B= −3 9 11 . Calcule a matriz soma A+ B .
9 3 −6 −8 10 23

SOLUÇÃO:

MULTIPLICAÇÃO POR ESCALAR

DEFINIÇÃO: Sejam uma matriz A=( aij )m × n e um escalar λ ∈ R . A multiplicação de um escalar λ


por uma matriz A é a matriz λA=( c❑ij )m ×n tal que c ij =λ aij .

[ ]
2
−3 4
3
EXEMPLO: Dado que A= . Calcule a matriz 2 A e−3 A .
0 10 −9
1 −2 7

SOLUÇÃO:

PROPRIEDADES DA ADIÇÃO E MULTIPLICAÇÃO POR ESCALAR DE MATRIZES


Considere as matrizes A=( aij )m × n , B=( bij )m ×n e C=( cij )m × n ∈ M m ×n ( R), bem como α , β ∈ R . Então,
são válidas as seguintes propriedades:

A-1: A+ ( B+C )=( A+ B ) +C ( ASSOCIATIVA ) ;

A-2: A+ B=B+ A ( COMUTATIVA ) ;

A-3: A+0=0+ A= A ( EXISTENCIA DO ELEMENTO NEUTRO ) ;

A-4: A+ (− A )=(− A ) + A=0 ( EXISTENCIA DO ELEMENTO OPOSTO ) ;

M-1: ( αβ ) A=α ( βA);

M-2: ( α + β ) . A=αA + βA ;

M-3: α ( A+ B )=αA +αB ;

M-4: 1. A= A

EXEMPLOS: Efetue as operações com as matrizes a seguir, dado que

[ ]
5 −3
A= [ −2 1 0
−3 5 9 ] [
, B=
4 −3 6
9 11 −21
e C= 0 ]2
10 −17

a) 2 A−5 B+C T =¿ b) 3 B T −2 AT +4 C=¿ c) ( 2 A−3 B )T +C=¿


MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES

DEFINIÇÃO: Sejam as matrizes A=( air ) m ×k e B=( brj )k ×n . Definimos o produto da matriz A pela
matriz B como sendo a matriz AB=( c ij )m × n tal que

c ij =a i1 b1 j + ai 2 b 2 j +…+ air b rj + …+aik bkj

Ou de outra forma
k
c ij =∑ a ir b rj
r=1

COMENTÁRIO: Note que o elemento FIGURA:


genérico é obtido pela soma dos
produtos dos elementos da i-ésima
linha de A pela j-ésima de B. Além
disso, para formar uma linha da
matriz produto AB fixamos a i-ésima
linha de A e multiplicamos,
sucessivamente, por cada coluna da
matriz B. Assim, teremos realizados
m .n somas de produtos, quantidade
esta de elementos de AB.
[ ] [ ]
−1 2 0 0 1 −1
EXEMPLO: Dados as matrizes A= 3 4 1 e B= 1 0 5 . Calcule os produtos AB
−1 0 0 3× 3 3 7 2 3 ×3

e BA .

A B3 ×3=¿

c 11=−1.0+2.1+0.3=2 , c 12=−1.1+ 2.0+0.7=−1

PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES

Considere as matrizes A=( air ) m × p , B=( brs ) p × q e C=( c sj )q × n . Então são válidas as seguintes
propriedades:

P1: ( AB ) C= A ( BC ) ;

P2: ( A+ B ) .C= AC+ BC , com A=( air ) m ×k , B=( brs )m × k e C=( c sj )k × n.

Ou A ( B +C ) =AB+ AC , com A=( air ) m ×k , B=( brs )k × n e C=( c sj )k × n.


PROPRIEDADES DA MATRIZ TRANSPOSTA

Considere as matrizes A=( aij )m × n , B=( bij )m ×n ∈ M m × n( R)¿, bem como α ∈ R . Então, temos:

T
P1: ( AT ) =A ;

P2: ( A+ B )T =A T + BT ;

P3: ( αA )T =α A T ;

P4: ( AB )T =BT . AT

PROPRIEDADES DO TRAÇO DA MATRIZ

P1: Tr ( A + B )=Tr ( A ) +Tr ( B ) ;

P2: Tr ( A )T =Tr ( A)

P3: Tr ( λA ) =λTr ( A ) ;

P4: Tr ( AB ) =Tr ( BA ) ;
PROPRIEDADES DA MATRIZ DIAGONAL

Usando a notação dia g D para a matriz diagonal D temos as seguinte propriedades:

P1: dia g( D + D ) =dia g D +dia g D ;


1 2 1 2

P2: dia g λD =λdia g D , λ ∈ R ;

P3: dia g D =dia g D;


T

P4: dia g D D =dia g D .dia g D


1 2 1 2

MATRIZ NILPOTENTE

DEFINIÇÃO: Uma matriz A=( aij )n × n é Nilpotente, se existe um natural k ∈ N tal que
k
A =0.

[ ]
0 1 0 0
EXEMPLO: As matrizes A=
0 1
0 0
e B= 0 0
0 0 [ ] 1
0
0
0
são Nilpotente, pois
0 0 0 0

[ ]
0 0 0 0
A=0 0
2
0 0[ ] e B=0
0
3 0
0
0
0
0
0
.
0 0 0 0
MATRIZ IDEMPOTENTE

DEFINIÇÃO: Uma matriz A=( aij )n × n é Idempotente, se A2= A .

EXEMPLO: A matriz quadrada A=


1 1
0 0 [ ]
é Idempotente, pois A2= A .

MATRIZ INVERSA

DEFINIÇÃO: Uma matriz B é a inversa da matriz quadrada A de ordem n se, e somente se,

AB=I

onde I é a matriz identidade de ordemn .

OBSERVAÇÃO 1: Podemos escrever a inversa de A como A−1 e, neste caso, dizemos que a
matriz A é invertível.

OBSERVAÇÃO 2: Podemos provar que se AB=I , então BA=I .

EXEMPLO: A matriz B= [−11 −12 ] é a inversa de A=[ 21 11] , pois AB=BA=I .

MATRIZ ORTOGONAL
DEFINIÇÃO: Uma matriz A é ortogonal, se A AT = AT A=I .

OBSERVAÇÃO 1: Decorre da definição que A é uma matriz quadrada e invertível.

OBSERVAÇÃO 2: Se A é uma matriz quadrada tal que A AT = AT A , dizemos que ela é normal.

OBSERVAÇÃO 3: Se A for simétrica, ortogonal ou antissimétrica, então A é normal.

EXEMPLO: A matriz A= [
1 0
0 −1 ]
é ortogonal, pois A AT =I
MATRIZ NA FORMA ESCADA

Definição: Sejam as r linhas não nulas , 1≤ r ≤ m, L1 ,… , Lr de uma matriz A=( aij )m × n . Dizemos que
a matriz A=( aij )m × n na forma escada, se

I. Todas as linhas nulas, se existirem, estiverem abaixo das r linhas L1 ,… , Lr não-nulas;

II. O primeiro elemento não nulo de cada linha Li, com 1 ≤i ≤r , a partir da segunda linha,
fica situado mais à direita da coluna que contém o primeiro elemento não nulo da
linha anterior. Em outras palavras, se j i é a coluna que contém o primeiro elemento
não nulo contido na i-ésima linha não-nula Li, com 1 ≤i ≤r , então 1 ≤ j1< j 2< …< ji < …< jr .

*(Opcional) Equivalentemente: Seja ji é a coluna que contém o primeiro elemento não nulo
contido na i-ésima linha não-nula Li, com 1 ≤i ≤r , então 1 ≤ j1< j 2< …< ji < …< jr .

{
não nulo , com 1 ≤ j 1 < j 2 <…< j r e 1 ≤i ≤ r .
a ij= 0 , se j< j i , com 1≤ i ≤ r , para cadai fixado
0 , se i> r

OBSERVAÇÃO: O primeiro elemento não nulo de cada linha Li , a i j , com 1 ≤i ≤r , é chamado


i

de pivô.

ILUSTRAÇÃO:
[ ]
0 a1 j ¿ ¿ ¿ ¿
1

0 0 0 a2 j ¿ ¿
⋮ ⋮
2
… ⋮ ⋮
A= ⋮ ⋮ ⋱ ar j ¿
0 0 0 0 r

⋮ ⋮ … ⋮ ⋮
⋮ ⋮
0 0 … 0 0
0 0

EXEMPLOS E CONTRAEXEMPLO:

EXEMPLO 1: Quais os possíveis valores de x , y , z e w , sabendo que a matriz

[ ]
−3 1 7 9
x 0 y 1
z w 0 7

está na forma escalonada ?

x=0 , z=0 , y ≠ 0 , w=0 ,

EXEMPLO 2: Quais os possíveis valores de x , y , z e t , sabendo que a matriz

[ ]
0 4 0 5 6
0 x y 0 9
z 0 0 t −1
está na forma escalonada ?

EXEMPLO 3: Ache os possíveis valores de x , y , z , t , w ,u , v , m ,n e p , sabendo que a matriz

[ ]
0 0 −3 1 0 6
x 0 y −1 1 7
z t 0 w −6 0
u v m n p 0

está na forma escalonada.

MATRIZ NA FORMA REDUZIDA

DEFINIÇÃO: Uma matriz na forma escada A=( aij )m × n com r linhas não-nulas L1 ,… , Lr está na
forma reduzida, se cada elemento pivô da matriz escada for igual a 1 e que a coluna que o
contenha possua os demais elementos iguais a zero.

*(Opcional) EQUIVALENTEMENTE: “Uma matriz A=( aij )m × n com r linhas não-nulas L1 ,… , Lr


está na forma escalonada não reduzida se a ij é tal que

{
0 , i>r
1 , i=k (1 ≤ k ≤ r ) e j= j k (1 ≤ j1 < j 2 …< j k <…< j r )
a ij=
0 , i=k (1 ≤ k ≤r ) e j< j k
0 ,i ≠ k e j= j k , com1 ≤ k ≤r .

Onde j k é a coluna que contém a k j na k −ésima linha .


k

ILUSTRAÇÃO:

A=¿
EXEMPLO E CONTRAEXEMPLO:

EXEMPLO 1: Quais os possíveis valores das letras para que a matriz esteja na forma
escalonada reduzida?

[ ]
0 1 0 3 0 1 −6
a b c −1 0 −3 4
d e f g h 7 9
i j k m n p q

EXEMPLO 2: Quais os possíveis valores das letras, sabendo que a matriz está na forma
escalonada reduzida ?
[ ]
1 −3 a 7 b −1
c d e −3 f 4
g h i j k l
m n p q r s

( )
a11 a12 … a1 i … a1 n
a21 a ❑22 … a2 i … a2n
⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮
ai 1 ai 2 … aii … a¿
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮
am 1 am 2 … a mi … amn

OPERAÇÕES ELEMENTARES

DEFINIÇÃO: Uma operação elementar sobre as linhas de uma matriz A=( aij )m × n é uma
aplicação ~e : M m × n ( R)→ M m ×n ( R), se ela for uma das três aplicações a seguir:

I) quando ~e associa cada A ∈ M m× n (R) uma matriz B∈ M m ×n (R), obtida de A permutando a


i−ésima linha pela j−ésima linha;

OBSERVAÇÃO (A): Podemos indicar, especificamente, essa operação elementar por Li ↔ L j .

OBSERVAÇÃO (B): A sua operação elementar inversa é L j ↔ Li .

[ ]
−1 3 1
EXEMPLO: Dado a matriz A= 0 1 7 a operação elementar L1 ↔ L3 consiste em obter
−2 1 0
uma matriz B por meio de A permutando a primeira linha com a terceira. Assim, temos

[ ] [ ]
−1 3 1 −2 1 0
A= 0 1 7 ( L 1 ↔ L3 )
B= 0 1 7
−2 1 0 ⇒ −1 3 1
II) quando ~e associa cada A ∈ M m× n (R) uma matriz B∈ M m ×n (R), obtida de A substituindo a
i−ésima linha de A pela multiplicação dela pela constante k ≠ 0

OBSERVAÇÃO (A): Podemos indicar, especificamente, essa operação elementar por Li → kLi .

1
OBSERVAÇÃO (B): A sua operação elementar inversa correspondente é Li → Li .
k

[ ]
−1 3 1
EXEMPLO: Dado a matriz A= 0 1 7 a operação elementar L1 → 2 L1 consiste em obter
−2 1 0
uma matriz B por meio de A substituindo a primeira linha pela multiplicação dela por 2.
Assim, temos

[ ] [ ]
−1 3 1 −2 6 2
A= 0 1 7 ( L1 →2 L1 )
B= 0 1 7
−2 1 0 ⇒ −2 1 0

III) quando ~e associa cada A ∈ M m× n (R) uma matriz B∈ M m ×n (R), obtida de A substituindo
a j−ésima linha de A pela adição dela com a i−ésima linha, multiplicada pela constante
k ≠ 0.

OBSERVAÇÃO (A): Podemos indicar, especificamente, essa operação elementar por


L j → L j +kLi .

OBSERVAÇÃO (B): A sua operação elementar correspondente é Li → L j −k Li .

[ ]
−1 3 1
EXEMPLO: Dado a matriz A= 0 1 7 a operação elementar L3 → L3 +(−2) L1 consiste em
−2 1 0
obter uma matriz B por meio de A substituindo a terceira linha pela multiplicação dela por
2. Assim, temos
[ ] [ ]
−1 3 1 −1 3 1
A= 0 1 7 ( L3 → L3 +(−2)L1 ) B= 0 1 7
−2 1 0 ⇒ 0 −5 −2

A B C… E

[ ] [ ]
−1 3 1 −1 3 1
A= 0 1 7 ( L 2 → L 2 +3 L 1 ) B= −3 10 10
−2 1 0 ⇒ −2 1 0

[ ]
−1 3 1
A= 0 1 7 … E1 =FORMA ESCADA ≠ E 2
−2 1 0

[ ]
−1 3 1
A= 0 1 7 … Er 1=Er 2 =FORMA REDUZIDA É ÚNICA
−2 1 0

MATRIZ LINHA EQUIVALENTE

DEFINIÇÃO: Uma matriz B=( bij )m ×n é linha equivalente à matriz A=( aij )m × n , indicada por A B , se
a matriz B puder ser obtida de A por meio de uma sequência finita operações elementares.

[ ]
4 −1
1

[ ]
−1 1 3 5 5
EXEMPLO: Dado a matriz A= 2 −1 4 vemos que a matriz B= 2 −1 4 é linha
5 4 −1 1
0 5
2
equivalente à matriz A. Com efeito, temos
[ ]
4 −1

[ ]
1

[ ] [ ]
4 −1 5 5
−1 1 3 5 4 −1 1 1 1
L 1 ↔ L3 L1 → L 5 5 L3 → L3 + L2 2 −1 4
A= 2 −1 4 2 −1 4 5 1 2
2 −1 4 1
5 4 −1 −1 1 3 0 5
−1 1 3 2
¿

PROPRIEDADES DA MATRIZ LINHA EQUIVALENTE

P1: Se A B , então B A ;

Justificativa : Basta usar a operação elementar inversa.

P2: Toda matriz A é linha equivalente a uma matriz B na sua forma escalonada.

P’2: Toda matriz A é linha equivalente a uma única matriz B na sua forma escalonada
reduzida.
ESCALONAMENTO DE MATRIZES

Comentário: Com base na propriedade P2 podemos escalonar uma dada matriz A usando uma
sequência finita de operações elementares de modo conveniente a fim de chegar numa matriz
escalonada reduzida ou não reduzida. Para isso, usamos o seguinte algoritmo.

ALGORÍTMO PARA OBTENÇÃO DA FORMA


ESCALONADA NÃO REDUZIDA Depois de “zerar” todos elementos da coluna j 1
pertencentes as linhas i>1 usando esse passo,
FORMA PRETENDIDA: verifique, na nova matriz, se existe uma linha

[ ]
nula Li, com 1<i<r . Aplique a operação Li ↔ Lr .
0 a1 j =1 ¿ ¿ ¿ ¿
1

0 0 0 a2 j =1 ¿ ¿ Repetindo o procedimento acima temos:

2
… ⋮ ⋮
⋮ ⋮ ⋮
⋱ ar j =1 ¿
0 0 0 0 r Encontre a coluna j2 > j1 que contenha pelo um
⋮ … ⋮ ⋮
⋮ ⋮ ⋮ elemento não nulo. Verifique se nela existe um
0 … 0 0
0 0 0 elemento 1, caso ele esteja situado numa linha
i>2 use a operação elementar ( L2 ↔ Li) de modo
1º PASSO: Seja j 1 a primeira coluna da matriz
que esse elemento não nulo apareça na
dada que contém pelo menos um elemento não
nulo. Verifique se nela existe um elemento 1, primeira linha, isto é, de modo que na nova
caso ele esteja situado numa linha i>1 use a matriz a 2 j =1; caso o elemento 1 não pertença
2

operação elementar (L1 ↔ Li) de modo que esse 1


a coluna j 2 use a operação elementar Li → a Li
elemento não nulo apareça na primeira linha, 2ij
isto é, de modo que na nova matriz a 1 j =1; caso 1 para alguma linha 2 ≤i ≤ m e depois use L2 ↔ Li,
o elemento 1 não pertença a coluna j 1 use a caso i>2. Agora, repita o 2º Passo para i>2. E
1
operação elementar Li → a Li para alguma assim por diante, para as colunas j 3 < …< j r e
ij 1
repetindo os passos 1º e 2º até obter a matriz
linha 1 ≤i ≤m e depois use 1 Li, caso i>1.
L ↔
escalonada.
2º PASSO: Para cada i>1, realize a operação
elementar

Li → Li−a i j L1 .
1
[ ]
2 1 −1 1
0 −1 1 −2
EXEMPLO: Transforma a matriz A= −3 1 −1 0 para forma escada .
1 −3 0 1
−2 1 0 −4

SOLUÇÃO:

[ ] [ ] [ ]
2 1 −1 1 1 −3 0 1 1 −3 0 1
0 −1 1 −2 0 −1 1 −2 L3 → L3 +3 L1 0 −1 1 −2
−3 1 −1 0 −3 1 −1 0 ¿ L 4 → L4 −2 L1 0 −8 −1 3
L ↔ L4
1 −3 0 1 1 2 1 −1 1 L5 → L5 +2 L1 0 7 −1 −1
−2 1 0 −4 −2 1 0 −4 0 −5 0 −2

[ ] [ ]
1 −3 0 1 1 −3 0 1
0 1 −1 2 L3 → L3 +8 L2 0 1 −1 2
0 −8 −1 3 L4 → L4−7 L2 0 0 −9 19
L2 → (−1 ) L2
0 7 −1 −1 L5 → L5 +5 L2 0 0 6 −15
0 −5 0 −2 0 0 −5 8

[ ] [ ]
1 −3 0 1 1 −3 0 1
0 1 −1 2 0 1 −1 2
1 L → L4−6 L3
L3 →− L3 0 0 1 −19/9 4 0 0 1 −19 /9
9 L5 → L5 +5 L3
0 0 6 −15 0 0 0 −7 /3
0 0 −5 8 0 0 0 8

[ ]
1 −3 0 1
0 1 −1 2
3
L4 →− L 4 0 0 1 −19/9
7
0 0 0 1
0 0 0 8

[ ]
1 −3 0 1
0 1 −1 2
L4 →−8 L4 0 0 1 −19/9
0 0 0 1
0 0 0 0

Faça para casa obtenha a reduzida da matriz desse exemplo.


OBSERVAÇÃO : Em decorrência dessa propriedade P’2, podemos definir o posto de uma matriz.

POSTO DE UMA MATRIZ

DEFINIÇÃO: O posto de uma matriz A é o número natural p(A) que indica o número de linhas não
nulas de sua matriz escalonada (ESCADA OU REDUZIDA).

[ ]
−1 2 1
EXEMPLO: O posto da matriz A= 3 2 7 é p ( A )=2, pois o número de linhas não nulas de sua
1 6 9

[ ]
−1 2 1
matriz escalonada equivalente E= 0 8 10 é 2.
0 0 0

Você também pode gostar