Hackeando o Mercado Sexual-Junior Masters

HACKEANDO O MERCADO SEXUAL - O MÍNIMO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE REDPILL 1
INTRODUÇÃO
CARTA ABERTA
AO LEITOR:
Na minha jornada como produtor
de conteúdo que aborda a temática
redpill sempre quis um dia escre-
ver um livro mais “intelectual”, nada
como regras para agir com as mu-
lheres, mas me inspirando nas “Iron
Rules” de Rollo Tomassi, também
criei um código que deve ser enten-
dido como um norte, não algo ab-
soluto. Nas diversas partes do livro
você verá opiniões, citações, dados
estatísticos, definições e várias e
várias questões conexas ao tema
redpill, como casamento, cultura
da pegação, aplicativo de relacio-
namento, mercado sexual, hiper-
gamia feminina, sexo, traição, de-
senvolvimento masculino, livros
de literatura e até filósofos. Sim, a
minha redpill é “burkeana”, Edmund
Burke escreveu sobre “o contrato primitivo da sociedade eterna”,
onde ele dizia que há um “coletivo de almas”, sendo elas as que já
passaram por este mundo, as que estão aqui e as que ainda virão.
Da mesma forma penso no caso da Redpill: a grande popularidade

que a redpill tem é por causa da sua coleção de opiniões, visões
e temas dados por diferentes pessoas, o conhecimento se tornou
imensamente rico com a participação de negros e brancos, jovens
e velhos, casados e divorciados, homens que estão em busca de
um relacionamento e aqueles que já seguem o seu próprio cami-
nho. Esse livro vem para trazer opinião, conhecimento e uma outra
visão dos relacionamentos que você não verá fora dessa temática.
Falarei sobre traição, feminismo, casamento, onlyfans, divórcio,
dinheiro, mgtow, hipergamia, mercado sexual, estética, sexo e
felicidade. Alguns capítulos serão apenas textos sobre determi-
nados assuntos que podem ser lidos separadamente, outros se-
rão uma continuação.
A minha revisora (uma jornalista que fez a diagramação e a for-

matação do livro) me disse que alguém precisava dizer o que esse
livro diz. Só quero lembrar que esse livro tem uma linguagem mais
colérica, porém, não deve ser lido pela lente da revolta, mas do
humor. Imagine o Nelson Rodrigues falando a respeito do assunto.
Esse livro me faz pensar no meu primeiro contato com o tema que
foi através dos textos de Nessahan Alita, no clássico: “Como Lidar
com as Mulheres”, fazendo você apenas despertar, mas sempre
lidar com a responsabilidade e com a inteligência emocional. Ima-
gine que esse livro serve para você que está chegando agora no
assunto, seja através de querer entender melhor o cenário atual
dos relacionamentos, seja também quem não quer mais errar e de-
seja tirar das relações humanas o melhor que puder. Ou seja, isso
aqui é uma ferramenta, use como achar melhor.
E DE ONDE EU FALO:
depois de mais de 120 episódios de podcasts (Redcast + Master

Talk), mais de 2 anos fazendo conteúdo, queria trazer algo mais só-
lido para além do personagem Junior Masters que muitos conhe-
cem. Minha grande paixão sempre foi por livros, discussão intelec-
tual e questões atuais da humanidade, minha área de interesse na
última década foi a literatura, a filosofia, a sociologia, a psicologia
evolutiva e outros assuntos que me levaram à redpill. Quero dizer
também que além desse livro, as aulas são um material indispen-
sável para quem quiser compreender com profundidade o assunto.
Trouxe nesse livro as contribuição de amigos que fiz ao longo dessa

caminhada: O Psicoterapeuta Orlando Costa falará sobre o homem
bonzinho e a como vencer a “síndrome do Nice guy”, bem como
isso atrapalha tudo na vida de um homem, não apenas os relacio-
namentos. Pietra Bertolazzi falará sobre feminismo e casamento,
revolução sexual e como isso mudou para sempre o paradigma dos
relacionamentos. Bem como outros elementos surpresas.
SUMÁRIO
∞ O QUE É A RED PILL? 7
∞ 6 EXCEÇÕES DE TUDO QUE VOCÊ 13

VAI VER NESTE LIVRO
∞ 7 REGRAS DE OURO DOS 19

RELACIONAMENTOS DE SUCESSO
∞ NICE GUY: HACKEANDO A MENTE 24

DO HOMEM BONZINHO (ORLANDO COSTA)
∞ HIPERGAMIA E A ESTRATÉGIA SEXUAL FEMININA 31
∞ VSM E AS DIFERENTES FASES DA 36

MULHER E DO HOMEM
∞ SCHOPENHAUER, HIPERGAMIA 43
E A TRAGÉDIA DA DAMA EUROPÉIA
∞ FEMINISMO E RELACIONAMENTO 48
su-
mário ∞ ELAS VÃO DIVIDIR O ALPHA 60
∞ A EMANCIPAÇÃO FEMININA VIRÁ NÃO 63

ATRAVÉS DO VOTO, MAS DO ONLYFANS
∞ DINHEIRO COMPRA TUDO, 66
ATÉ AMOR VERDADEIRO
∞ A VOLTA POR CIMA DOS HOMENS COMUNS: 69

A REVOLTA DOS NERDS
∞ REJEITE A MODERNIDADE, ABRACE 73

A MASCULINIDADE
∞ A IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE 79
∞ SOLIPSISMO FEMININO: HACKEANDO 85

A MENTE DAS MULHERES
∞ TRAIÇÃO MASCULINA E FEMININA 89
∞ HACKEANDO O MERCADO SEXUAL (CASAMENTO, 94

DATES, SEXO E O INVERNO FEMININO)
∞ CHADS, PAIS E HIPERGAMIA 96
∞ ELAS NÃO ABAIXAM A RÉGUA 101
∞ É SOLITÁRIO NO TOPO 106
∞ CASAMENTO É BOM, MAS A 111

MODERNIDADE O ESTRAGOU
∞ CASAMENTO É COISA DE BETA OU 114

EXISTEM ALFAS FIÉIS?
01
O QUE É A
RED PILL?
Quando eu conheci a Red Pill, ela tinha outro nome. Em
fóruns do Orkut eu encontrei a real, também nos livros
de Nessahan Alita e postagens em blogs. Nunca imagi-
nei que um dia produziria conteúdo sobre isso. O nome
dado era: “A real”. Mas a verdade é que esse tipo de dis-
cussão já era grande nos EUA, compondo a chamada
Manosfere. Mas então, porque o nome Red Pill?
A Red Pill é uma metáfora popular que se originou no

filme “Matrix” e foi posteriormente adotada por comu-
nidades online, especialmente em fóruns de discussão
relacionados a relacionamentos e masculinidade. O
termo “Red Pill” refere-se à ideia de que, assim como
no filme, existe uma verdade mais profunda que mui-
tas pessoas estão cegas para ver. No contexto das co-
munidades online, a Red Pill geralmente se refere a um
conjunto de ideias e perspectivas que se concentram
em uma visão crítica das relações entre homens e mu-
lheres, muitas vezes desafiando as convenções sociais
dominantes.
A ideia central da Red Pill é a de que a sociedade atual

promove uma visão distorcida das relações entre ho-
mens e mulheres, que tende a favorecer as mulheres e prejudicar
os homens. Essa perspectiva argumenta que os homens são cons-
tantemente pressionados a se conformar com papéis de gênero
tradicionais, enquanto as mulheres são incentivadas a terem mais
liberdade e controle nas relações. Imagine ainda que: a mulher
pode casar se quiser, ter filhos se quiser, ter uma carreira se qui-
ser, ficar solteira se quiser, ou ser dona de casa se quiser. O homem
tem que prover. Não há a mesma retórica quando se fala da vida
masculina.
Ainda sobre o meu contato com a Red pill, se deu primeiramente

com a própria questão do MGTOW, o A Voice For Men (Uma voz
Para Os Homens), bem como a Red pill em si: uma comunidade
de “Homens Racionais” conversando sobre relacionamentos, de-
senvolvimento pessoal, inteligência emocional e questões mascu-
linas. Foi assim que conheci o trabalho do Rollo Tomassi, um dos
principais autores da Red Pill e que irei usar como base para dar
uma definição mais clara sobre o que realmente é a Red Pill.
Como um pensador crítico e controverso, ele é conhecido por sua

visão crua e realista da dinâmica de gênero e sexualidade. Ele
aborda a verdadeira natureza das relações entre homens e mulhe-
res que é frequentemente obscurecida por ideologias feministas
e outras narrativas culturais dominantes que são construídas em
torno de uma agenda política.
A “pílula vermelha” (red pill) representa um despertar para a ver-

dade crua e incômoda da dinâmica de gênero. O Despertar para
o “Homem Racional”, tornando-se capaz de racionalizar as “regras
do jogo”, performando melhor quando entende e aceita questões
que permeiam os relacionamentos modernos.
Um fato que é óbvio e que vamos tratar ao longo deste livro, é que
os homens que se consideram “bons rapazes” e que seguem as
regras sociais e culturais que lhes são impostas muitas vezes, são
os que têm mais dificuldades em conseguir sucesso em termos de
relacionamento e sexualidade. Essa é uma verdade que eu e tantos
homens descobrimos ao batermos de frente com a realidade.
É importante ressaltar que, Rollo Tomassi não defende a ideia de

que os homens devem ser manipulativos ou desonestos em suas
interações com as mulheres. Ao invés disso, ele argumenta que os
homens devem ser brutalmente transparentes consigo e com os ou-
tros sobre suas intenções e objetivos em termos de relacionamento.
Os homens que são capazes de comunicar claramente suas neces-
sidades e desejos em termos de relacionamento, são os que têm
maior chance de encontrar parceiras que compartilham esses obje-
tivos e de construir relacionamentos satisfatórios a longo prazo.
Outro conceito-chave dentro da red pill é “O Homem Alfa”, que é

o homem capaz de liderar, proteger e fornecer segurança emo-
cional e física para as mulheres. Rollo Tomassi explica que o ho-
mem alfa é aquele que possui uma série de qualidades atraentes,
como confiança, assertividade, independência e habilidade social.
A verdade é que o conceito de homem alfa é frequentemente mal
compreendido e mal utilizado na cultura popular. Muitas pessoas
acreditam que “ser alfa” é como ser um brutamontes arrogante ou
um predador sexual desrespeitoso, ou até mesmo um babaca e
sem cultura. Porém, vale ressaltar que “Alfa” e “Beta” são termos
que, embora sejam muito importantes dentro da nossa comunida-
de, não são rótulos ou algo para identificar como “aquele homem é
o alfa e eu sou o beta”, e sim como um norte para referenciação de
questões da personalidade.
Inclusive, a ideia do “homem alfa” frequentemente é associada com

as tribos dos primeiros homens, pois é uma visão que se baseia em
características associadas à masculinidade tradicional. Os primei-
ros homens viviam em grupos sociais nos quais os líderes, geral-
mente os homens mais fortes e dominantes, eram respeitados e
seguidos pelos outros membros da tribo. O que resume tudo isso é
a seguinte máxima: As mulheres querem ficar com os homens que
as outras mulheres desejam e que os outros homens querem ser.
Longe de querer criar um padrão normativo, é fácil reconhecer que

cada homem é único e que seria impossível fornecer uma fórmula
que funcionasse para todos. O que está sendo dito aqui, é um nor-
te moral capaz de guiar o homem perdido em tantos referenciais e
pseudo-filosofias que visam sua diminuição, castração e descons-
trução. Estou aqui para expandir sua mente, não para fechá-la.
Falando agora do homem beta, outro termo usado frequentemen-

te, ele é definido como aquele que é passivo, indeciso e caren-
te de autoconfiança. Um misto de fenômeno social com questões
psicológicas, embora os homens beta possam ser boas pessoas e
ter boas intenções, eles são tidos como sempre o homem bonzinho
que ficam na friendzone, muitas vezes sendo usados, não apenas
por mulheres, mas até por amigos. Mas para isso teremos um capí-
tulo específico sobre o fenômeno do Nice Guy.
Ainda é preciso lembrar que, embora o “alfa” seja o homem do-
minante e de topo de hierarquia, possuindo características como
confiança e assertividade, o homem “beta” é também dotado de
qualidades, como empatia e companheirismo, sendo o ideal qual-
quer homem saber racionalmente desenvolver esse equilíbrio. Ou-
tro ponto também é que estas questões são mutáveis. A depender
do ambiente e de sua etapa na vida, um homem pode ser um pouco
mais uma coisa do que outra. Tem apenas uma parcela de questões
ligadas à personalidade e que há muito mais em jogo na dinâmica
intersexual. Atualmente, falamos muito sobre o “Homem de Alto
Valor”, um homem para além dos estereótipos de alfa e beta, mas
também sendo altamente desejado pelas mulheres. O Homem de
Alto Valor consegue ser acima da média e performar muito bem
nos campos financeiro, estético, emocional, social e sexual. Para
isso precisamos falar da hipergamia.
Por fim, ainda sobre termos dentro da comunidade, há também

termos sobre questões puramente estéticas, uma delas é o CHAD.
Como o universo Red Pill se desenvolveu em comunidades on-line,
essas expressões, muitas vezes estereotipadas, servem como re-
ferencial imediato para questões mais complexas. O chad seria então
o homem esteticamente alinhado com o padrão de beleza masculi-
no ocidental. O Chad é alto e possui costas largas, tronco em formato
de V, peitoral definido e braços fortes. Sobre a beleza facial, desde a
Grécia antiga há um padrão de beleza masculino, o próprio Apollo é o
Deus do Sol, da Luz e da Beleza. Sua estátua feita por Da Vinci até hoje
atrai multidões no mundo. O padrão grego de beleza envolve: simetria,
proporção e ordem. E isso não é subjetivo. Além do famoso “olhos de
caçador”, diferente dos “olhos de presa”.
Trazendo alguns nomes conhecidos de Chads
famosos: Cris Evans, Brad Pitt, Cris Hemsworth,
Tom Cruise, Leonardo DiCaprio, etc. Um dia vi-
ralizou aqui no Brasil uma foto de um mendigo
“gato” que saiu diretamente das ruas de Curiti-
ba para a fama. Motivo? Era bonito e chamou a
atenção das mulheres. Era um ex-modelo que
tinha se afundado nas drogas. Adivinha? Ele era
Chad. Além dos Chads, há também as Stacys,
que é o nome dado para a mulher muito boni-
ta, cabelos longos e volumosos, rosto feminino
simétrico e proporcional, além de corpo estru-
tural e delicado, nada de uma mulher mascu-
linizada ou sem atrativos femininos. Exemplos
de Stacy: Emma Watson, Megan Fox, Cameron
Diaz, Margot Robbie, etc. Todos esses termos
são oriundos da cultura americana, o Chad nor-
malmente aparece como o zagueiro do time de
futebol americano (O Tom Brady é Chad), bem
como a Stacy aparece como a líder de torcida e a menina mais bonita
da escola e, em algum momento, eles ficam juntos. Gisele Bundchen é
uma Stacy, coincidência, não? Guardem estes nomes pois mais à frente
vamos discutir profundamente como idade, altura, renda, status e beleza
são importantíssimos na análise do mercado sexual.
02
6 EXCEÇÕES
DE TUDO QUE
VOCÊ VAI VER
NESTE LIVRO
Algo importante que preciso enfatizar: Eu não sou con-

tra relacionamentos. Sou casado há 6 anos e vivo em
um relacionamento saudável, feliz e funcional com a
única esposa de minha vida. Também sou contra trai-
ção e divórcio. Casei na Igreja Católica a qual frequen-
tei a vida toda. Porém, sei que um relato como o meu é
uma exceção, pois segundo estatísticas atualizadas do
IBGE,
mais de 41% dos casamentos terminam

antes dos 5 anos de relacionamento
(a estatística é maior se levarmos em conta que muita
gente apenas se junta e depois separa).
Outra estatística que causa bastante espanto, é a do au-

mento da infidelidade matrimonial. Foi registrado que,
pela primeira vez, as mulheres estão traindo tanto quan-
to os homens (ou mais, pois os próprios pesquisadores validam o fato
de as mulheres sentirem dificuldade em admitir seus atos).
Trazendo aqui uma observação social, se você está na casa dos 30-
35 anos, ou chegando perto dela, já deve ter observado que crises
no relacionamento, dificuldade de uma vida sexual ativa, problemas
com a criação dos filhos, dificuldades com os boletos, entre outras,
são motivos relevantes que geram estes números alarmantes.
Mas, antes de tomarmos essa pílula juntos, aqui vão 6

exemplos onde o casamento pode ser uma exceção e ser
consideravelmente funcional nos dias atuais.
EXCEÇÃO 1 (A MAIS CLARA DE TODAS):

Casais que começaram em tempos de escola e juventude
Casais que se conheceram e tiveram compatibilidade de valores

e propósito são ótimos exemplos de relações que funcionam:
cada um construindo pouco a pouco sua personalidade, mas
ao mesmo tempo construindo uma vida a dois. Casos assim
são bem claros para exemplificar que mesmo um homem com
muito dinheiro poderá ser fiel e amar uma mulher mediana
e sem corpos esculturais, pois na vida nem tudo é beleza.
Uma mulher que também se manteve fiel a um homem e
disse não ao “oba-oba” da vida de solteira quando este estava
começando a vida, certamente provou o seu valor.
EXCEÇÃO 2
Quando a mulher investe no homem
Poucos são os homens que tiveram a sorte de encontrarem

suas esposas ainda na juventude e, não possuindo nada além
de um sonho, encontraram nelas suporte para essa trajetória.
O lutador de MMA que mais faturou na história foi Connor

M’cGregor. No início, ele não tinha como se manter e fazer
toda série de dietas e treinos, mas, sua esposa pagou durante
um tempo 100% de suas despesas. Isso foi fundamental
para que ele pudesse crescer como lutador profissional e
ganhasse o mundo. O próprio relata a importância da esposa
na sua trajetória. E aqui, falo de investir em bons homens, não
estou falando para bancar luxos, vícios e a fatura do cartão
de crédito.
O cantor Zé Neto teve a mesma sorte: sua esposa o encontrou

pobre, mal vestido e sem nenhuma garantia de que faria
sucesso no ramo musical. Ela deu a ele boas roupas e o ajudou
a conseguir os primeiros lugares para poder cantar, além de
ter bancado as contas da casa durante um bom tempo. Hoje
em dia mulheres assim estão em falta. Muitas vezes nem é
necessário a mulher colocar dinheiro no bolso, mas apenas
“sacrificar” finais de semana, saídas do casal, viagens em
nome de algo que está sendo feito a base de muita dedicação,
tempo e investimento.
EXCEÇÃO 3
Casais independentes da rede social
As redes sociais são uma máquina de moer relacionamentos.

Aquele que gosta da pessoa amada deverá evitar a todo custo
exibir detalhes da vida a dois. Eu sei que o seu coach preferido
fala sobre assumir alguém no instagram como algo importante,
mas, acredite, isso faz mais mal do que bem. Porém, a questão
aqui é sobre casais que são off-line e pouco se conectaram
ao mundo do instagram, das viagens e da auto-exposição.
Em relações sinceras e com conexão emocional vemos um
investimento mútuo e com isso equilibram momentos de
prazer com as obrigações do dia a dia. Use redes sociais para
questões profissionais.
EXCEÇÃO 4
Quando as mulheres casam pra baixo por segurança
Muitas mulheres com uma maior beleza significativa que a dos

homens casam todos os dias com estes mesmos indivíduos e
por vários motivos:
Atração Negociada: Quando ela não está interessada nele,

mas em seu dinheiro. Caso típico de qualquer jogador de
futebol que você possa lembrar agora. Sim, muitos homens
se casam com mulheres que nunca teriam acesso por conta
da riqueza que ostenta e o status que detém. Mas, não estou
falando desse caso e sim de uma exceção a essa questão.
Ela casa com um homem um “pouco abaixo” do padrão que ela
costumava ter acesso, como forma inconsciente de conseguir
um homem leal e comprometido com a relação, driblando
assim a possibilidade de traição. Há pouco ou nenhum
risco de o homem trair, caso sinta-se amado e respeitado
no casamento. Estou falando uma demanda emocional e
psicológica na escolha. Nunca ignore o peso do inconsciente
em nossas vidas. Este homem vai ser leal e monogâmico e não
é uma questão de escolha, porque mesmo se ele tivesse força
de vontade, ele não teria as opções de trair com uma mulher
mais bonita, a menos que ele fosse para uma prostituta ou
algo assim. Mas, dificilmente ele olharia para outra mulher e
não faltaria satisfação pessoal em estar com ela.
EXCEÇÃO 5
Quando ambos buscam cooperação sexual
Imagina que um casal decidiu firmar um relacionamento

sério, sem o peso de uma gravidez acidental, sem a pressa
para uma das partes sair da casa dos pais, sem o desejo de
rachar o aluguel, sem qualquer pressão externa ou até mesmo
para “segurar alguém”. E, imagine também que este casal
entregou o seu melhor: a mulher, a sua intimidade (onde ela se
guardou) e a sua fidelidade. E o homem, o seu futuro que está
trabalhando duro para construir, bem como sua promessa de
proteção para ambos. Veja, estou falando de quando ambos
entregam o seu próprio auge e recebem o melhor de seus
parceiros, através de uma decisão madura e não levada pelo
impulso do momento e das emoções.
EXCEÇÃO 6
O primeiro grande amor
Ser o primeiro é uma grande bomba sobre a mulher a

respeito do emocional e psicológico da mulher e do homem.
Mulheres com maior experiência sexual costumam separar
homens entre o famoso “Amor da Vida” e o “Amor para a
Vida”. Se você for esse “Amor da Vida”, marcará essa mulher
e a maior chance disso acontecer é sendo o Primeiro Grande
Amor. Muitas mulheres casadas quando vão à consultórios,
confessam ainda possuírem alguma atração por esse grande
amor, que veio até mesmo de forma repentina, inesperada
e, muitas vezes, caótica. Diferente da exceção 1, este caso
não precisa ser desde a época da escola, mas precisa ser o
primeiro grande amor.
Existe uma explicação até mesmo quando a mulher é visivelmente

mais bonita que o homem, ou seja, quando uma mulher 8/10 casa
com um homem 4/10 acontece um bug na Matrix. Uma teoria que
explica essa questão, segundo a Redpill, pode ser o caso de atra-
ção negociada ou o homem sendo “prêmio de consolação”. Mas,
estou falando de exceções até para estes casos.
Caso você não vivencie estas situações propícias para que o seu rela-
cionamento seja duradouro e exitoso, bem como não tenha expectati-
vas de viver nenhum destes contextos acima, tenho uma verdade para
você: seu trabalho será dobrado. Há poucos hacks de namoro disponí-
veis atualmente, portanto: seja acima da média ou fique para trás.
03
7 REGRAS DE
OURO DOS
RELACIONAMENTOS
DE SUCESSO
Busquei categorizar em “regras de ouro”, conhecimen-
to sintetizado como um norte que vai te dar estabilida-
de e evitar “problemas desnecessários” dentro de um
relacionamento. Neste capítulo, deixo bem claro que a
cobrança maior recairá no homem, bem como também
maior autoridade, pois ele é o líder do relacionamento.
REGRA Nº 1
O homem não deve ganhar menos que a mulher.

Essa regra ficará bem clara ao longo do livro. Mas,
seja por uma questão de admiração da mulher para
com o homem ou seja do homem para si próprio,
o homem deve ganhar mais, pois a mulher busca
sempre um provedor. Sabemos que o fator financei-
ro causa grande parte das brigas sérias entre os ca-
sais, chegando até mesmo a dar em divórcio. Seria
hipocrisia, portanto, deixar de mencionar tudo isso.
Exceções existem, mas quero levantar essa questão
pois, quando o homem ganha menos várias questões não mencio-
nadas pelo discurso politicamente correto acontecem: a porcen-
tagem de separação aumenta 6x mais, disfunção érétil explode
nos homens e até mesmo traição masculina vira um problema.
Ainda bate na questão de que a mulher não tolera a fraqueza
masculina, dizendo que não conseguiria admirar um homem que
ela tenha que sustentar. Leve tudo isso em consideração!
REGRA Nº 2
Defina os limites e a dinâmica do relacionamento ANTES

de iniciar o compromisso. Por exemplo: quais ambientes de-
vem frequentar? Como equilibrar a rotina dos dias da sema-
na? Como lidar com as redes sociais durante a relação? En-
fim, deve partir do homem ter esse tipo de esclarecimento.
REGRA Nº 3
Mantenha-se atraente durante o relacionamento.

Uma pessoa solteira que está cuidando da sua própria imagem,
vestimenta e corpo, busca uma pessoa com os mesmos valores
e hábitos, mas, muitos costumam abdicar de toda sua vida e ro-
tina quando entram em um relacionamento. Em pouco tempo o
corpo começa a perder forma, a dieta deixa de ser feita e tudo
é para o outro, nada para si. Este erro vai arruinar seu relaciona-
mento. Esforce-se para continuar ainda mais atraente dentro
do relacionamento. O jogo não para, só muda de fase!
REGRA Nº 4
Continue evoluindo de modo constante.

Um dos grandes temas que as mulheres costumam queixar-se
dos homens é a respeito de certo “comodismo” dentro da rela-
ção. Não estou falando de um comodismo de querer “agradar
a mulher”, mas com relação ao próprio horizonte masculino.
Mulheres querem ver o mundo através dos olhos do homem
que escolheram. Dessa forma, é necessário que o homem
continue buscando evoluir em várias áreas, que aprenda algo
novo, ganhe mais... Isso aumenta, em primeiro lugar, a sua
própria autoestima e também a qualidade da relação.
Não estou dizendo que você é obrigado a ser milionário, mas,

apenas pelo fato de aprender e buscar conhecimento sobre
algo, já é sinal de que você ainda tem muito “fogo” pela vida
dentro de si. Isso vale para os dois lados. Mulheres, continuem
apoiando e somando na vida do homem, assim ele saberá que
não se trata de uma luta solitária. É difícil? Sim. Mas eu nunca
disse que seria fácil!
REGRA Nº 5
Sexo para o casal é um termômetro e um remédio.

Precisamos falar da importância do sexo na vida do casal, por
isso que é responsabilidade dos dois terem uma vida sexual
ativa, que eu classifico como 3 vezes por semana sendo o mí-
nimo-ideal. Menos do que isso, significa que algo está erra-
do, sendo necessário um ajuste na relação. E também é um
remédio, pois se vocês focarem em qualquer outra coisa e
“esquecerem” disso, a relação vai sair prejudicada! Pode ser a
criação do filho pequeno, do trabalho que está estressante ou
qualquer outra coisa. Um casal que não tem intimidade viram
bons amigos dentro de uma casa.
REGRA Nº 6
Antecipe os problemas.
Essa regra é simples, mas muito pouco praticada. Vai faltar
dinheiro? As contas apertaram? Antecipe uma tomada de de-
cisão a respeito disso. Precisam poupar para uma viagem?
Tome a iniciativa de conversar sobre isso. Vai ter aniversário
de casamento? Surgiu um imprevisto de saúde? Tem algo co-
meçando a incomodar? Resolva o quanto antes!
REGRA Nº 7
A mulher deve seguir o homem em sua missão.

Em alguns casais, pelos desencontros da vida, homem e mu-
lher costumam mudar ao longo do relacionamento, ou ainda
não terem um propósito claro quando começaram o relacio-
namento. Haverá momentos onde um irá querer uma coisa di-
ferente do outro, cabe aqui ao homem ter mais responsabili-
dade e, portanto, mais autoridade também. A mulher pode se
posicionar, ser cuidadosamente ouvida, mas um homem firme
em seu propósito deve ser seguido por sua mulher, para que
ele não perca nem a mulher, nem sua missão. É isso que se
espera de um homem masculino, forte e líder.
04
NICE GUY:
HACKEANDO
A MENTE DO
HOMEM BONZINHO
(ORLANDO COSTA)
A Síndrome de Nice Guy (ou do “cara bonzinho”) tem

chegado ao meio masculinista especialmente pela tra-
dução, ainda que amadora, do livro “No More Mr Nice
Guy”, do psicólogo norte-americano Robert Glover. A
obra ainda não foi publicada oficialmente no Brasil.
Nela, o psicólogo traça um verdadeiro “mapa” de fun-
cionamento de homens cujo perfil têm sido objeto de
seu estudo e atendimento por anos, que ele chama de
“caras bonzinhos”. Basicamente, são homens que fo-
ram condicionados a buscar incessantemente a apro-
vação dos outros, especialmente a das mulheres.
Neste processo, é inegável que esse sujeito tende a
sofrer bem mais que homens que conservam uma cer-
ta independência da citada aprovação. Na verdade, o
objetivo central de um Nice Guy é ser amado, custe o
que custar.
De modo geral, podemos citar como características desse ca-
marada:
 Tentar agradar compulsivamente

 Insegurança em demasia
 Sacrificar-se sem que seja requisitado
 Dificuldades em dizer não ou impor limites
 Fazer das mulheres seu centro emocional
 Carência
 Agir com generosidade esperando um retorno
 Baixa assertividade
 Muito desconforto diante de conflitos
 Dificuldade em conviver com outros homens, preferindo a
amizade de mulheres
 Preocupação excessiva com o que os outros vão pensar
Ainda segundo Glover, as últimas décadas têm sido palco para uma
proliferação de caras com tais características e que, comumente,
têm sido classificados como homens com baixa “energia masculi-
na” em especial por perfis em redes sociais que tratam sobre com-
portamento e relacionamentos.
Para ele, Nice Guys são também resultado de uma mudança social
dramática e absoluta descaracterização na família tradicional
ocorridas nos últimos 50 ou 60 anos. Nesse sentido, entende-se
que a falta de referenciais masculinos mais robustos e uma forte
identificação e permanência no universo materno, poderiam con-
tribuir para a formação de uma leva de homens “bonzinhos” ou de
“energia feminina”, como trazem alguns.
De acordo com Robert Bly, ensaísta e autor do livro “João de Fer-
ro”, somos uma geração de homens cuja masculinidade foi molda-
da por mulheres e para delas termos a aprovação. Muitos de nós
permanecemos imersos na esfera feminina por longos períodos a
começar pela simbiose com a mãe, a avó, as tias, as professoras e,
por fim, com a mídia mainstream e as redes sociais.
O pai é a figura central que “retira” o menino da esfera da mãe e o

conduz ao mundo, apresentando-lhe o universo dos homens. Con-
tudo, no cenário atual, a tendência é não gostarmos desse pai ou
dele tomarmos distância. Não se trata, aqui, de buscarmos culpa-
dos, mas apenas da descrição de um fenômeno facilmente obser-
vável na vida de inúmeros homens.
Assim, diante de uma identidade mal formada e da falta de refe-

renciais, tornamo-nos ávidos por modelos e por pertencimento.
Ato contínuo, tentaremos nos enquadrar — quase que de modo ob-
sessivo — em siglas e rótulos que mudam a cada ano.
Particularmente, acabei criando 3 personagens bastante comuns

entre caras que se identificam com a Síndrome de Nice Guy para
facilitar o entendimento e a identificação.
O Buscador de Afeto:
esse sujeito, como o nome sugere, é um mendigo de atenção
e de afeto. Experimenta uma sensação de vazio que não sabe
a origem e fará tudo para preenchê-lo nos braços de uma
mulher. Curiosamente, tende a se conectar a mulheres que
considera “frias” e “distantes”
O Resgatador:
ele é mestre em resolver a vida das mulheres, mas pouco olha
para a sua. Cada mulher é encarada como uma missão. No meio
masculinista, também é conhecido como Cavaleiro Branco. A
tendência é se conectar a mulheres bastante problemáticas.
O Sacralizador:
idolatra o feminino. Possui uma imagem mariana das mulheres
e as coloca em pedestais de adoração. Acha que todas são
puras e ingênuas e — não raro — acaba pagando caro por sua
inocência. Pode se aliar facilmente ao feminismo, por exemplo.
É importante destacar, entretanto, que deixar de ser um homem

bonzinho não significa tornar-se um homem mau, mas um homem
integral, como nos ensina Glover. O homem integral está ciente de
suas mazelas e dos porquês de seus comportamentos, sem neces-
sariamente contrariar a sua personalidade, mas melhorando-a.
Em razão de nossa estrutura de personalidade, não é uma tarefa

fácil pensar, sentir e agir de modo tão distinto e em pouco tempo.
Muitos homens perdem a paciência e se martirizam nesse proces-
so de mudanças que faz parte de nosso desenvolvimento pessoal.
A personalidade é um edifício erguido em uma estrutura conheci-
da como temperamento, que por sua vez é dado pela genética.
No código genético do camarada está uma predisposição, por
exemplo, a ser mais calmo. Assim, o meio em que ele se desenvol-
ve reforçará — ou não — essa inclinação. Entende-se como família,
escola, cultura etc.
Atualmente, a teoria sobre personalidade mais aceita é a do Big

Five Factor, que trata da psicometria dos cinco fatores da persona-
lidade: Neuroticismo, Abertura, Extroversão, Conscienciosidade
e Agradabilidade. Por meio de um teste, o profissional pode medir
os níveis de cada um dos fatores e entender melhor como “funcio-
na” o indivíduo.
No caso de Nice Guys, poderíamos destacar a Agradabilidade e o

Neuroticismo como pontos de partida. O fator “agradabilidade” na
personalidade faz referência à compaixão e polidez. É claro que
tais características são positivas, mas quando em excesso podem
atrapalhar a vida do sujeito em negociações, imposição de limites
ou em se posicionar diante de um conflito. Quanto mais alto o fator
“agradabilidade”, mais o cidadão será visto como “bonzinho” e alvo
fácil de abusadores.
Agora, imagine tudo isso num sujeito que teme muito aquilo que
ele interpreta como rejeição, desaprovação ou abandono. O fator
“neuroticismo” guarda estreita relação com estados de ansiedade,
temor e variação do humor. Não é preciso, desta forma, um grande
esforço de imaginação para associarmos a Síndrome de Nice Guy
a esses fatores de personalidade em níveis mais altos. A persona-
lidade não é facilmente alterada, mas podemos ter como possível
uma melhora no pensar, sentir e agir de modo a sermos mais fun-
cionais diante da vida.
Glover diz que não existem ex-Nice Guys, mas Nice Guys em recu-
peração. Ora, possivelmente isso se dá em razão de que “vencer”
traços da personalidade e modus operandi instalado desde a in-
fância seja praticamente impossível. No entanto, ter consciência
deles e do porquê pensamos, sentimos e agimos de determinada
forma nos trará clareza e nos possibilitará um diálogo interno mais
racional e ponderado, melhorando nossa relação conosco, com os
outros e com o mundo.
Imagine um cidadão que passou a infância tendo a impressão de

que deveria “salvar” a mãe do pai ou do sofrimento, por exemplo?
Ora, é de se esperar que ele pretenda “salvar” as mulheres depois.
Some-se a isso os fatores de personalidade citados e teremos um
baita resgatador.
Também podemos vislumbrar um camarada que passou a infância

buscando afeto dos pais e não teve a contento. Ainda que os pais
tenham dado o melhor, a criança faz suas interpretações por vezes
distante da realidade. Aquilo lhe fica gravado. Quem sabe, agora,
ele continua buscando desesperadamente tal afeto para se sentir
preenchido?
Há inúmeros caminhos que nos conduzem ao desenvolvimento da

síndrome e cada homem deverá olhar profundamente para eles. Evi-
dente que não é fácil e que um profissional de psicoterapia, a depen-
der do contexto, poderá vir a ajudar muito a fazer esse mapeamento.
Inicialmente, muitos homens tentam ir para o outro extremo ao to-

marem conhecimento desse assunto. Costumo dizer que se tor-
nam uma espécie de cosplay de Thomas Shelby, da série Peaky
Blinders (Netflix). Na verdade, a tentativa é de se criar uma más-
cara, ou uma fortaleza, para não mais sofrer. No entanto, seu olhar
permanece externo e, enquanto não olhar mais internamente, vive-
rá trocando de máscara, geralmente tomado pelo ressentimento.
05
HIPERGAMIA
E A ESTRATÉGIA
SEXUAL FEMININA
As mulheres seguem regras específicas e diferentes
dos homens em quase tudo, regras que afetam suas
preferências biológicas, suas inclinações naturais, para
isso precisamos entender como funciona a hipergamia
e a seleção feminina de parceiros de longo prazo.
Toda mulher é hipergâmica, este é o padrão compor-

tamental feminino seja na antiguidade, seja na era das
redes sociais.
Mas afinal, o que é a Hipergamia? Ela pode ser explica-

da por diversas teorias científicas, incluindo evolução
biológica, psicologia evolutiva e sociologia.
A hipergamia seria então a tendência natural das

mulheres em buscar o melhor macho possível. Elas
buscam parceiros com status elevado para garantir a
sobrevivência e o sucesso de sua prole. A própria psi-
cologia evolutiva sustenta que a hipergamia é um com-
portamento adaptativo que maximiza as chances de so-
brevivência da descendência.
Temos um padrão sociológico onde as mulheres buscam parcei-
ros com status elevado para melhorar sua própria posição social e
econômica. Estas teorias mostram que cientificamente a hiperga-
mia é um fato, independente de quem agrade ou desagrade.
Voltemos aos seres humanos. Os Darwinistas explicam que ho-

mens cruzam olhando para baixo e mulheres olhando para cima.
Isso não se aplica apenas ao fator físico da altura e da estrutura ós-
sea, pois homens possuem, em média, altura superior às mulheres,
mas também através do horizonte de possibilidades. Sendo assim,
mulheres buscam homens que elevem seus horizontes e homens
buscam mulheres que não coloquem em risco seus horizontes.
Neste sentido, as mulheres buscam por genética (físico saudável

significa bons genes) e os 3 P’s: Proteção, Provisão e Parceria. Para
aprofundarmos a questão, vamos destrinchar estes itens de como
a seleção feminina ocorre através destes critérios, não necessaria-
mente nessa ordem:
Riqueza e recursos:
a capacidade de prover recursos financeiros é vista como um fa-
tor importante na escolha de parceiros para as mulheres, espe-
cialmente em culturas em que o sucesso financeiro é valorizado.
Status e prestígio social:

o status e o prestígio social são frequentemente vistos como
atrativos para as mulheres, pois podem ser uma indicação de
proteção e sucesso futuro.
Proteção e segurança:
muitas mulheres apreciam homens que demonstram capaci-
dade de protegê-las e garantir sua segurança.
Inteligência e personalidade:
assim como os homens, as mulheres também valorizam a in-
teligência (capacidade de tomar boas decisões e lidar com
momentos de pressão) e a personalidade (indispensável em
relacionamentos de longo prazo). As mulheres também con-
fiam em homens que confiam neles mesmos, além de confiar
nelas e demonstrar empatia.
Aparência física:
a aparência física é algo pouco comentado, mas atrativo para
as mulheres. A beleza masculina sempre foi valorizada em vá-
rias culturas, e por beleza temos que entender indicativos de
bons genes, como altura, estrutura óssea, proporção facial,
força física e corpos saudáveis. Tudo isso porque certamente
sua prole com este homem terá uma vida saudável e com uma
alta preferência de escolha sexual, além dela ter também
para si um objeto de desejo por ser escasso: o homem bonito.
Esse aglomerado de informações são sempre conjuntas: nada
adianta um homem alto forte e bonito que seja incapaz de
prover para a mulher e a prole, ou que não permaneça ao lado
da fêmea, etc. Essas são características que as mulheres bus-
cam para “elevarem seus horizontes”. Por isso que há sempre
aqueles que mesmo não tendo todas as características, mas
apresentando algumas delas, conseguem uma boa parceira.
Estes pontos estão dentro de outro grande clássico de David Buss
sobre o assunto: “The Evolution of Human Mate Choice”.
Falando estritamente em questões de Dinheiro e Renda. “The Gen-

der Pay Gap and Mate Selection” de Michael D. Cobb e Catherine
H. Tinsley: Um livro atualizado de sociologia explora como a desi-
gualdade de salários influencia as escolhas de parceiros e a hiper-
gamia feminina.
Um estudo apresentado mostra que a diferença salarial de gênero é

de cerca de 20% nos Estados Unidos, o que significa que as mulhe-
res ganham cerca de 80 centavos para cada dólar que os homens
ganham. Mais adiante os autores mostram que as mulheres tendem
a se sentir mais atraídas por homens que ganham pelo menos 50%
mais do que elas.
Outro ponto que eles abordam no livro é: a preferência por parceiros

com uma renda mais alta é mais forte entre as mulheres com menor
renda. O que nos leva a falar também de aspectos negativos da hi-
pergamia, como escolhas infelizes. Algumas mulheres podem esco-
lher parceiros com base apenas em sua posição social, o que pode
resultar em relacionamentos infelizes, sem conexão emocional e
com problemas diários. Os famosos relacionamentos por interesse.
Dessa forma, a hipergamia explica tudo: desde a desigualdade

salarial, a escolha de carreiras (vou falar futuramente a respeito
destes dois), a forma como mulheres selecionam homens para se
relacionar e qualquer outra coisa que você possa entender, tanto
que é um assunto inesgotável dentro da redpill. Esse tema será re-
corrente, pretendo abordar esses pontos de modo cíclico, trazen-
do sempre novos insights sobre o assunto e ampliando aos poucos
o entendimento do leitor.
Se eu desse um conselho a respeito da hipergamia para os homens

seria: usem a hipergamia a seu favor. Busquem crescer em co-
nhecimento, networking e financeiramente, cuidem do corpo e
da mente, torne-se um homem de alto valor construindo poder
de escolha.
O conselho dado às mulheres: não deixem se levar apenas pela

hipergamia. Você deve buscar fidelidade acima de recursos e
status, conexão de valores acima de estética e visão de longo
prazo acima de emoções.
06
VSM E AS
DIFERENTES
FASES DA
MULHER E
DO HOMEM
As regras do Jogo biológico giram em torno da oferta
sexual. Por isso, apresento-lhes esse gráfico que deve
ser analisado com cuidado. David Buss foi o primeiro a
tratar do termo: Valor Sexual de Mercado. Seria uma
forma analítica e cheia de dados de como funciona esse
jogo biológico para homens e mulheres. Seria uma for-
ma matemática de explicar a seleção de parceiros e a
capacidade de atração perante o sexo oposto. Desde
então ele vem sendo bastante utilizado, trago aqui para
vocês a forma como Rollo Tomassi tratou o assunto em
seu livro: The Rational Male. Me aprofundei nesse tema
pois VSM é uma das formas de homens e mulheres ha-
ckearem o mercado sexual e maximizarem suas poten-
cialidades.
Partindo de uma leitura geral para uma mais

específica:
Homens possuem menor valor quando jovens, pois ainda não
atingiram nem seu ápice financeiro, nem sua melhor forma física,
muito menos sua influência social. Ou seja, o homem nessa fase
opera pela lógica da escassez. Há exceções, como homens muito
bonitos (arquétipo Chad, o homem alto, bonito e com corpo atléti-
co), famosos (jogadores de futebol, artistas, etc.) e com grandes
destaques financeiros (influencers ou herdeiros). O que são exata-
mente uma extrema minoria dos homens.
Uma das grandes mentiras contadas sobre a revolução sexual é de

que apenas pessoas do topo da hierarquia desfrutam de sua liber-
dade sexual, mas o mundo sempre foi assim: homens e mulheres
muito bonitos, ricos e famosos sempre tiveram um mar de opções
por serem desejados por todos os lados. Via de regra, o homem
possui uma jornada a percorrer para construir valor, vamos chamar
isso de fardo da performance. Conforme o tempo passa e o homem
ascende socialmente, bem como atinge sua melhor forma física e
passa a ser respeitado e com mais confiança em sua personalida-
de, daí ele vai crescendo o valor e “desbloqueando mulheres”.
É na juventude do homem, inclusive, que ele é o que chamamos de
“blue pill por natureza”, onde ele tem mais propensão de ser ro-
mântico, tentar agradar com presentes, se declarar publicamente
na porta da escola, entre outras coisas que caracterizam o famoso
“nice guy” (haverá um capítulo sobre isso também). Ele tenta in-
conscientemente “compensar” o seu baixo poder de atração com
uma postura mais devotada ao feminino. E é aí que ele quebra a
cara. Nessa fase muitos homens entram em relacionamento jus-
tamente por causa da sua mentalidade de escassez sexual. Na di-
ficuldade de atrair uma mulher, muitos querem ter a primeira que
conseguirem para chamarem de sua, algo que vai totalmente na
contramão do que eu ensino, para o homem a monogamia nunca
deve ser um objetivo, mas uma consequência.
Neste mesmo gráfico, mulheres possuem uma juventude cheia

de abundância sexual. Se elas sorrirem e acenarem já farão o sufi-
ciente para serem cortejadas e validadas. Uma mulher de 20 anos,
via de regra, sempre terá mais opções de parceiros que um homem
de 20 anos: o gráfico não mente. Ela tem a juventude, a fertilidade
e uma beleza natural. Não à toa uma rede de sucesso de roupas fe-
mininas se chama “Forever 21”, e não “forever 41”. Nessa época as
mulheres possuem abundância sexual e por tanto, diferente dos
homens desesperados pelo afeto e intimidade feminina, as mulhe-
res tendem a retardar sua escolha, achando que sempre haverá
um homem mais bonito e interessante à sua procura.
Porém há uma mudança nessa situação tal qual mostrada no grá-

fico. Ao passo que a mulher decai em seu VSM ela vai tendo cada
vez mais dificuldade em atrair homens interessantes para relacio-
namentos de longo prazo. Já o homem, chega no ápice do seu valor
entre 38 e 40 anos. Não conheço nenhum homem nessa idade com
sua vida financeira em ordem, corpo bem trabalhado e vida social
em dia que não tenha abundância sexual. Ele poderá casar no dia
que quiser, ou ter uma mulher diferente por mês, (talvez por sema-
na). Por isso, homens: preparem-se para o melhor de suas vidas. O
futuro lhes será favorável e esse gráfico prova isso.
E qual seria a melhor estratégia sabendo a respeito desse gráfico:

homens buscarem mulheres bonitas e jovens com um bom passa-
do e mulheres buscarem homens que tenham atração e um bom
futuro. Simples, né?
Porém, entra aqui uma das questões mais polêmicas envolvendo

o feminino e todas as suas particularidades: as fases da mulher.
Esse tema foi tirado do livro “The Rational Male - “Preventive Medi-
ce” onde Rollo Tomassi explica o tema. Vou adaptar essa questão
para que fique mais claro e acessível:
A hipergamia pode se manifestar de diversas formas, pois ela

possui uma dupla ação: o lado alfa busca Estética e Emoções, já o
lado beta busca Proteção e Provisão.
Mulheres mais jovens possuem então uma fase de 1ª juventude:

gostam de estética, adoram ídolos teens, pessoas famosas e so-
nham com seu cantor favorito. Por que você acha que boybands
como Backstreet Boys, N’Sync e One Direction faziam sucesso?
Um público feminino que delirava com suas músicas românticas.
Ou até mesmo ídolos do Rock e do Pop, de Brian Adams, da ge-
ração mais velha à Justin Bieber para as mais recentes. A própria
indústria fez estudos sobre isso e nada que envolve milhões é por
acaso. Esse estereótipo seria o chamado “Pretty Boy”, jovens com
uma beleza acima da média juntamente com uma fama musical
seria a fórmula de milhões. Interessante que essa busca pelo mais
bonito acontece em ambientes comuns: é nessa fase que elas gos-
tam do menino mais bonito da sala, do bairro ou da rede social.
Colam pôsteres na parede de seu ídolo ao passo que se interessam
pelo príncipe encantado da vida real. Essa fase começa aos 15 e
vai até seus 20 anos.
Quando a Cindy Lauper escreveu “Girls Just Wanna Have Fun” é

porque o conto da Disney já havia acabado e a mulher quer então
o segundo ponto da hipergamia alfa: fortes emoções. Nessa fase
a mulher “desiste” do seu sonho e vai aproveitar de tudo que a vida
tem a oferecer. No auge do seu VSM ela vai voar e pouco estará
interessada em estar presa em um relacionamento. Em outro capí-
tulo eu falo a respeito disso com estatísticas, mas neste caso ela
valoriza relações de curto prazo e pouco comprometimento, pois
exclusividade de um relacionamento a faria abdicar de um mar de
opções e ela estaria até então realizando um “desperdício” com
sua própria vida. Essa fase vai até os 28 anos.
Porém, chega o tempo em que muitas amigas já estão namoran-

do, casando ou tendo filhos, daí ela sente a necessidade de estar
em um relacionamento por diversos fatores, até mesmo porque o
homem que ela quer começa a ter mais opções e a concorrência
aumenta. Chegou a fase da epifânia. A mulher tem um despertar
de consciência para o seu estado de vida atual. É nessa época que
ela busca dizer que amadureceu, se reencontrou, procura a igre-
ja e quer largar vícios comportamentais de uma vida pregressa e
deixar o passado para trás, pois agora é uma “nova mulher”. Ela co-
meça a perceber, mesmo que de modo inconsciente, que não pode
“concorrer para sempre com as mulheres mais novas pela atenção
masculina”. Bate uma ansiedade e um aperto no peito por um ho-
mem sério, de valor, o que chamamos de “menino bom”, demanda
da hipergamia do lado beta, onde ela busca proteção. Esse será o
homem capaz de ser o pai de seus filhos. Ou seja, muitas vezes a
mulher decide casar quando percebe inconsciente que seu vsm
começa a cair e que está correndo contra o tempo. Já fiz essa per-
gunta para muitas mulheres, entre pessoas comuns e produtoras
de conteúdo e obtive essa confirmação: na ânsia de não perderem
sua janela da fertilidade e perderem o tempo que não possuem
com homens que não têm necessidade instantânea em se rela-
cionar, muitas mulheres são capazes de casarem com muitos ho-
mens sem necessariamente os amarem.
O que leva a nossa 4ª e última fase: a fase da 2ª Juventude. Muitas

vezes entediada com uma vida totalmente diferente da qual viveu
antes, sem as aventuras, festas e noites imprevisíveis e talvez ca-
sadas com homens que não foram sua primeira opção, a mulher
pode vir a sentir saudade de sua vida de solteira, de um romance
que a marcou, da liberdade de se divertir em outros ambientes, da
sensação de se sentir “viva de novo”.
A série “Sex Life” representa tudo isso que eu expliquei nesse

capítulo. Billie, uma mulher que já teve várias aventuras quando
jovem, inclusive um grande amor que terminou de forma trágica,
está hoje casada e com 2 filhos em um casamento com um homem
fiel, responsável e provedor (apenas com o lado beta da hiperga-
mia), porém ela sente saudade da vida agitada de sua juventude e
deseja reviver essas emoções, onde ela acaba reencontrando seu
ex-namorado e traindo seu esposo com esse homem que ainda faz
seu coração arder. Netflix não decepciona no roteiro da série. Fo-
ram tantas nuances que a coadunam com o conteúdo redpill que
chega a assustar, mas de modo muito positivo.
07
SCHOPENHAUER,
HIPERGAMIA E
A TRAGÉDIA DA
DAMA EUROPÉIA
Uma expressão que sempre uso é uma paráfrase:
A história se repete, às vezes como

novidade, às vezes como tragédia
E por se tratar de repetições, quero apresentar aqui

algo que a Redpill não foi original em trazer: a tragédia
da mulher moderna.
A mulher moderna é o tipo de mulher que o homem

desperto deve evitar a todo custo: a melhor definição
do que seria essa mulher veio do filósofo Arthur Scho-
penhauer: A “Dama europeia”. Segundo o próprio filó-
sofo, essa expressão foi cunhada para categorizar as
mulheres de classe alta de seu tempo que revelavam
sua natureza fútil ao se concentrarem quase que to-
talmente em sua aparência e feminilidade para atrair
homens e conquistar seus objetivos pessoais. Ele vai além e argu-
menta que essas mesmas mulheres usavam sua beleza e charme
como ferramentas para obter vantagens, mas que sua arrogância
e falta de profundidade intelectual as tornavam menos dignas de
respeito pois se mostravam superficiais e egoístas. Ele mesmo
fala que “o que se chama verdadeiramente a dama europeia é
uma espécie de ser que não deveria existir”. E ele completa: “No
seu íntimo, as mulheres entendem que os homens são feitos
para ganhar dinheiro e elas para o gastar; se o não podem fazer
durante a vida do marido, desforram-se depois da morte dele. E
o que contribui para lhes confirmar esta convicção, é o marido
dar-lhes dinheiro e encarregá-las para governar a casa”.
Sim, não é de hoje que homens bem-sucedidos são vistos como o

alvo perfeito de alpinismo social. Atualmente influencers, Jogado-
res de Futebol, Cantores, Humoristas e ex-BBB’s possuem um alvo
nas costas na mira de mulheres que querem ascender socialmen-
te. Muitas dessas mulheres são hipersexualizadas, inclusive.
O próprio Nietzsche vai dizer em seu livro “Além do Bem e do Mal”

que a mulher, sob ares de progressismo, estava perdendo o pudor
e a decência, estando justamente em regressão. Antes de tudo, um
reparo: essa questão em nada ataca a dignidade da mulher, a ver-
dadeira mulher tradicional, que sempre teve seu lugar de respeito
em um sistema de valor próprio, que vamos tratar em outro capítulo.
Mas, por que “A tragédia da Mulher Moderna”? Vamos pegar o exem-

plo de outro autor Gustave Flaubert, que escreveu o Clássico: “Mada-
me Bovary”.
A obra foi amplamente aclamada por sua precisão na descrição
da sociedade francesa da época e por sua abordagem realista dos
relacionamentos amorosos.
Emma, a protagonista do romance, se casa com um homem co-

mum e médico chamado Charles Bovary, na adolescência ele era
calmo, tedioso e bons nos estudos, mas não se tornou um grande
médico. Eles tiveram uma filha e viviam uma vida normal, mas não
era o suficiente. Eis que um dia Emma conhece a vida de luxo da
nobreza em uma ida ao Baile do Castelo que fora convidada e en-
tão ela entende que o esposo não possui o mesmo status que ela
desejava. Nesse exato momento ela entende que isso leva a uma
vida sem muitos luxos e com pouca participação na sociedade, o
que contribui para sua sensação de frustração e insatisfação.
Emma Bovary vai ter vários amantes, fazer dívidas enormes e cor-
rer diversos perigos, tudo na busca ensandecida de emoção e so-
nhos idealizados de uma vida a dois.
E, se tratando de uma história que se repete, a Redpill explica que

algumas mulheres se tornam insatisfeitas no casamento, justa-
mente por se casarem com homens sem uma verdadeira atração.
Homens transam com mulheres que não possuem tanta atração,
como prostitutas ou qualquer mulher que ele achou minimamente
atraente para fazê-lo levantar e abordar, mas sem a menor inten-
ção de amar e se comprometer com essa mulher. Da mesma forma,
muitas mulheres se casam com homens que não possuem uma
atração genuína, mas que estão com ele pelo que ele pode ofere-
cer, pelo que ele entrega no relacionamento. Esse homem é o que
chamamos de “prêmio de consolação”.
Emma casou com um homem sem grandes qualidades físicas e
sem uma personalidade sedutora, mas foi incapaz de amá-lo mes-
mo ele sendo justo, honrado e fiel.
Charles tinha um perfil de um homem com o lado Beta da Hiperga-

mia: amoroso, moderadamente bem-sucedido, provedor, respon-
sável e gentil, mas não tinha nada do lado Alfa: não tinha atração
sexual, sua aparência física não era das melhores e seu comporta-
mento extremamente previsível, sem sal e rotineiro.
Essas mesmas mulheres, assim como Emma do livro de Flaubert,

acabam tendo desejo por outros homens. O homem que casar com
uma mulher assim enfrentará o inferno na terra, um deserto sexual
gigantesco (sabe aquele seu amigo que não tem sexo no relaciona-
mento, então...), uma mulher instável, irritada, controladora e que
não tem um pingo de respeito por ele.
Voltando à tragédia das Mulheres modernas, o preço que as mu-

lheres vão pagar também será caro. Emma Bovary, em seus mi-
nutos finais de vida, teve um estado profundo de amargura e ar-
rependimento e com as mulheres modernas isso acontecerá de 2
formas: ao abdicarem da escolha de um parceiro levando em conta
a conexão emocional e os valores em comum para casarem com
homens “endinheirados”, como a própria “Dama Européia”, terão
uma vida insatisfeita e frustrada no casamento, pois esse homem
nunca olhará para você como algo além do corpo. Ou na vida de
solteira se arrependerão justamente de rejeitarem bons homens
durante este tempo e não acharem mais à mão rapazes honrados
e gentis, viverão cada vez a experiência sexual, ao invés da afetiva,
onde não encontrarão tantas opções de homens dispostos a assu-
mir algum tipo de relacionamento. As razões disso ficam para um
próximo capítulo. De qualquer forma, a vida afetiva e a realização
pessoal da mulher moderna é uma tragédia anunciada que sempre
repetirá o final, ainda que por vias diferentes.
08
FEMINISMO E
RELACIONAMENTO
Por Pietra Bertolazzi
Podemos dizer que a base da degradação moral e ci-
vilizacional causada pelo feminismo se resume a uma
única questão: A destruição do sistema patriarcal.
Como tentáculo de engenharia social revolucionária, o

feminismo não só é um instrumento da esquerda como
se tornou a mais relevante engrenagem ideológica já
instaurada na sociedade desde a Revolução Francesa.
O patriarcado presume ordem, obediência e hierarquia,

dispostos da seguinte forma (por ordem de importân-
cia): Deus, o rei (monarca representante da Igreja) e o
pai de família.
Com o Iluminismo, no século XVIII, tivemos as duas pri-

meiras grandes conquistas da burguesia ressentida e
revolucionária: a abolição do rei (Luis XVI) e o início do
processo da abolição de Deus (através da imposição
do um estado laico). Junto à essas duas questões, tive-
mos o feminismo embrionário, representado por Mary
Woolstonecraft e Olympe de Gouges.
Damos a essas mulheres o nome de protofeminsitas -Proto, do gre-
go “protos”, que designa algo que veio anteriormente à determinada
coisa -justamente por terem dado vazão às teorias revolucionarias da
época que mais tarde influenciariam as feministas da primeira onda.
Ambas, cada uma com suas peculiaridades, refletiam em suas vidas

privadas o que de pior uma mulher poderia viver: inúmeros parceiros
sexuais, traições, vida desregrada, troca de parceiros, filhos fora do
casamento (no cado de Mary), depressão, tentativas de suicídio, de-
sequilíbrio emocional, relações poligâmicas e uma tara doentia por
normalizar todas essas condutas sexuais degradantes.
É só no século 19 que vemos de fato o movimento feminista

da primeira onda tomando corpo. Com o alastramento dos
ideais marxistas de luta de classe operária contra a burguesia,
influenciados pelos conceitos socialistas, outras divisões começam
a surgir, e, como não poderia deixar de ser, ideólogas leninistas da
Rússia Soviética começam a implementar a famigerada luta das
mulheres através do discurso de “empoderamento feminino” para
que o caos comunista pudesse se instaurar rapidamente.
Uma coisa precisa ficar bem clara: ao contrário do que as feminis-

tas vivem dizendo, o feminismo não pode ser o que cada um quer
que ele seja. O feminismo é e sempre foi um movimento político pro-
gressista com valores e objetivos específicos que independem do
conceito subjetivo e do sentimentalismo que a maioria das mulheres
que levantam a bandeira feminista nos dias de hoje reverberam.
O entendimento mais comum que a gente tem hoje sobre o feminismo

tem relação direta com o ideário do que a gente chama de “segunda
onda do feminismo”, que foi o movimento político que surgiu no final
dos anos 1940, que, ao contrário da “primeira onda” do final do século
19 e começo do século 20 – essa segunda onda incorporou de ma-
neira muito forte o modelo marxista da luta de classes no discur-
so. Logo, as feministas passaram a lutar por uma “libertação” total
da mulher em relação à suposta opressão masculina, se referindo
principalmente à sexualidade da mulher e a desconstrução da vida
familiar como um todo.
O que muitas feministas não sabem, porque estudar dá mais traba-

lho que lacrar, é que os temas principais da “segunda onda” femi-
nistas já tinham sido plantados no movimento feminino que surgiu
no meio da revolução bolchevique de 1917. Naquela época, esse
movimento tinha os mesmos inimigos centrais das feministas da
segunda onda: Deus, a burguesia e a instituição do casamento –
que, pela teoria marxista, seria o que sustentava o capitalismo.
Lenin e os bolcheviques tinham como projeto central a aniquilação

de todo resíduo de vida privada, afinal nenhum espaço da existên-
cia em sociedade podia escapar do controle e do domínio político
do Estado. O patriarca - o pai de família, e, logo, a família era com
certeza a maior ameaça ao projeto comunista utópico e à idéia de
uma nova sociedade onde todos seriam igualmente dependentes
e obedientes ao estado.
No livro “Sussurros: a vida privada na Rússia de Stalin”, o historia-

dor Orlando Figes, um dos maiores estudiosos da Revolução Rus-
sa, fala que a família era o primeiro “campo de batalha” dos bol-
cheviques.
Nos anos 1920, eles incutiam na sociedade a ideia de que a ‘famí-
lia burguesa’, ou seja, a família tradicional era socialmente danosa
porque ela era autocentrada e conservadora. Se dizia que a família
era um “reduto da religião”, e, ao mesmo tempo, definiam a religião
como “uma superstição de gente ignorante e preconceituosa”; que
estimulava o egoísmo, o consumismo, e dessa forma oprimia as
mulheres e as crianças.
Com todas essas premissas, os bolcheviques esperavam que a fa-

mília desaparecesse à medida em que a Rússia soviética incorpo-
rasse um sistema socialista completo, onde o Estado assumisse a
responsabilidade por todas as funções domésticas básicas.
Para isso esse Estado forneceria berçários pra que as mães esti-
vessem “livres” para trabalhar e passar mais tempo longe de casa;
eles também forneceriam lavanderias para que as mulheres não
precisassem perder tempo lavando as roupas da família e dessa
forma também pudessem passar mais tempo fora, eles fornece-
riam refeitórios em centros públicos e conjuntos habitacionais para
que as mulheres não precisassem cozinhar, lavar e etc.
Assim, expurgavam totalmente a ideia de convivência familiar, ou

seja, tiravam a importância do dia a dia da família. Na teoria deles,
uma vez que as mulheres estivessem “livres” do trabalho domés-
tico, elas estariam livres para integrar a força de trabalho em pé
de igualdade com os homens. E assim se incutia a ideia de que o
casamento no molde patriarcal devia morrer e ser substituído pelo
que os comunistas chamavam de ‘uniões de amor livre’.
A bandeira da “liberação da mulher” já aparecia como um item
fundamental da agenda revolucionária. Algumas das mulheres co-
munistas de mais destaque da época – Alexandra Kollontai, Inessa
Armand, Angélica Balabanoff, Konkordia Samóilova, entre algu-
mas outras –, idealizaram um sistema de refeitórios e lavanderias
comunitários, e tambem de creches e berçários, com o objetivo de
“libertar” a mulher da suposta vida doméstica opressora.
A família tradicional deveria ser gradualmente dissolvida por meio de

uma reforma liberal das leis sobre casamento, que incentivava o di-
vórcio, o empoderamento feminino e o aborto, e isso tudo obviamen-
te culminava no desmoronamento do casamento, isso tudo ajudava
a incutir a ideia de que o casamento não tinha motivo de existir e que
ele nada mais era do que uma tirania machista patriarcal opressora
que devia ser substituída pela tirania opressora do Estado.
Em 1919, criou-se o departamento feminino da secretaria do Comi-

tê Central. A líder desse comitê, Alexandra Kollontai, apoiava uma
revolução sexual que emancipasse todo e gênero feminino, preco-
nizando e batendo muito na tecla do tal do “amor livre”. Uma outra
expressão criada por ela na época foi a “amizade erótica” entre ho-
mens e mulheres, que colocava de lado a ideia de monogamia e do
matrimônio dos casais.
Em Saratov chegaram a baixar um decreto de Nacionalização da

Mulher que extinguia o casamento e dava aos homens o direito de
se saciarem à vontade em bordéis licenciados na época.
Como podemos ver até aqui, já naquela época o feminismo signifi-

cava um tipo muito curioso de “libertação”: que libertava as mulhe-
res do marido e dos filhos para que ela se tornasse serva do par-
tido comunista e do movimento revolucionário. O feminismo surge
com o objetivo declarado de desenraizar as mulheres do ambiente
familiar, a transforma em uma criatura exclusivamente política e
revolucionária, e assim também nasce a necessidade de politiza-
ção da sexualidade e da biologia. A partir daí vem as feministas
ideólogas de gênero e o resto da história você já sabe.
Quem critica o feminismo critica a concepção da mulher como ini-

miga do marido e dos filhos. Não existe feminismo sem o pano de
fundo ideológico da luta revolucionária contra a família, contra a
maternidade, contra o “patriarcado” e, logo, contra o homem.
O conceito de patriarcado aliás foi popularizado por Kate Milet, uma

feminista da segunda que alterou o sentido original do que é o pa-
triarcado.
O patriarcado nada mais é do que o domínio de um macho adulto

dentro de uma estrutura tradicional de parentesco, logo, um chefe
de família.
Kate Millet faz uma releitura marxista baseada na premissa de luta

de classes, e assim dá um significado de opressão institucionaliza-
da de todas as mulheres por todos os homens da mesma forma
que Marx faz entre proletários e burgueses.
O fato é que a esmagadora maioria das feministas hoje ignora por

completo a história do feminismo, que é o movimento político do
qual elas se dizem ativistas, e isso só faz dessas mulheres aquilo
que os idealizadores das estratégias comunistas sempre sonha-
ram: que existisse um exército replicador inconsciente da retórica
feminista, que na sua ignorância pensa estar defendendo as mu-
lheres de um inimigo imaginário mas que na verdade aprisiona elas
a uma senzala ideológica desumanizante que faz com que a sua
vida se torne degradante, imoral e infeliz.
As feministas também ignoram o fato de que sem patriarcado não

existe civilização ao proferirem conceitos acéfalos tais quais:
“O patriarcado é uma estrutura social baseada em uma cultura mi-

sógina que favorece os homens heterossexuais - estes sempre em
posição de vantagem e de liderança - que oprime e escraviza as
mulheres.”
O significado literal de patriarcado é “regra do pai”. Vem do grego

πατριάρχης (patriarkhēs), “pai de uma raça” ou “chefe de uma raça”.
Em uma cultura patriarcal, o homem assume a responsabilidade

e a autoridade sobre as mulheres e os filhos confiados à sua pro-
teção. Durante toda a história, o termo “patriarcado” referia-se ao
governo autocrático do chefe de uma família. Nos dias atuais, como
sabemos, o termo foi absorvido por feministas que consideram a
masculinidade um problema social.
Homens biologicamente detém a força física. Esse fato não pode

ser relativizado como as feministas e ideólogas de gênero fazem.
Homens e mulheres nascem com uma composição hormonal, es-
trutural e física totalmente diferentes. No caso dos atributos bioló-
gicos masculinos, eles acabam detendo não só a força física como
também algumas questões neurológicas, emocionais e hormonais
que fazem com que eles sempre tenham estado em cargos de lide-
rança na sociedade. Se voltarmos ao inicio das civilizações, quem
alçava o poder era quem sabia lutar melhor, caçar melhor e pro-
ver melhor. Obviamente, em uma disputa entre homens e mulheres
nesses quesitos, o homem vai sair ganhando, logo, ele vai ter um
cargo de liderança na sociedade maior do que o da mulher.
Isso não é opressão. Isso é biologia e foi através desses fatores bio-
lógicos que a instituição da família foi formatada, de forma que as
civilizações se desenvolvessem e evoluíssem. Essa diferença bioló-
gica entre homens e mulheres também gerou o equilíbrio e a com-
plementariedade de papeis dentro de uma família, formando assim
a base da nossa teia social.
O que o feminismo faz é colocar em cheque a importância da dife-

rença de papéis masculinos e femininos, se baseando na retórica
de que a mulher não desempenha determinadas funções por ser
subestimada por uma suposta sociedade patriarcal opressora.
O patriarcado não só é impossível de ser destruído como ele é ex-

tremamente benéfico para a sociedade. Se isso não fosse verdade,
teríamos sociedades matriarcais sobrevivendo, prosperando e se
desenvolvendo no decorrer da história. Mas o que acontece quan-
do mulheres tentam dominar politicamente uma civilização e exer-
cer total autoridade sobre ela? Bom, temos poucos exemplos para
contar história, afinal quase nenhuma sociedade matriarcal sobre-
viveu, o que por si só já seria o suficiente para nos provar que o pa-
triarcado se faz necessário. Mas temos sim o exemplo de algumas
comunidades matriarcais nos dias de hoje:
Bribi - Esse é um grupo de 13 mil indígenas que vive em

uma sociedade de estrutura matriarcal e mora no cantão de
Talamanca, na província de Limon, na Costa Rica.
Nagovisi - Esse povoado matriarcal vive em uma ilha a oeste

de Nova Guiné.
Mosuo - É um povo que vive perto da fronteira do Tibete, e

talvez seja a sociedade mais matrilinear do planeta.
Dentre tantas milhares de civilizações e centenas de países pelo

mundo, conseguimos localizar apenas três comunidades matriar-
cais, todas minúsculas e extremamente primitivas. Sugiro ao leitor
que perca dois minutos do seu tempo para pesquisar na internet
sobre essas três sociedades que vivem nos moldes matriarcais tão
aclamados pelo movimento feminista. Depois dessa rápida pesqui-
sa de imagens, vocês me digam se preferem continuar vivendo na
“opressão” da civilização patriarcal ou se querem se arriscar mi-
grando para uma dessas tribos primitivas.
O patriarcado nada mais faz do que colocar o homem como chefe da
família, enquanto institui à mulher o papel de dona da casa. Isso não
significa que o papel das mulheres é inferior ao dos homens. Signi-
fica apenas que, para atributos físicos, psicológicos e biológicos di-
ferentes, criamos aptidões e deveres diferentes, porem igualmente
importantes. E é essa complementariedade de papéis que faz uma
sociedade se desenvolver.
O que acontece hoje? Temos mulheres querendo se “empoderar” e

ocupar lugares antes predominantemente dominados por homens,
mas não temos homens querendo ocupar os lugares de predomi-
nância feminina, e aqui eu dou nota 10 de inteligência para os ho-
mens, e 0 para as mulheres.
Uma vez que as mulheres começaram a migrar para os papéis mas-

culinos, qual a maior reclamação que elas tem nos dias de hoje? A
famigerada dupla-jornada, que obriga as mulheres a trabalharem
fora e ainda a cuidar da casa e dos filhos quando não estão nos
seus empregos.
“Ah, mas os homens deveriam dividir as

tarefas do lar também”.
Uma vez que a nossa biologia estipulou os papeis do homem e da

mulher dentro de um relacionamento, que criou um sistema de nú-
cleo familiar que perdurou por milênios, quem está errado aqui? As
mulheres que decidiram ocupar o lugar dos homens, ou os homens
que querem apenas continuar no lugar que sempre estiveram?
Ao contrário das feministas das primeiras ondas, que, por mais que
tenham usado a sua inteligência para o mal, ainda assim eram ge-
niais, as feministas do século XXI agem de forma totalmente acé-
fala: Problematizam algo e criam uma exigência em cima desse
suposto problema (nesse caso, trabalhar fora e ter a sua indepen-
dência financeira). Depois que conquistam o que exigiram, come-
çam a problematizar a própria conquista.
E por que precisamos dar um contexto histórico para que se enten-

da o problema gerado em relacionamentos pelo feminismo?
Porque se não soubermos como ele nasceu e quais os seus obje-

tivos, não conseguimos entender como funciona o maquinário ro-
bótico alienado enraizado hoje na nossa cultura, que foi instaurado
de forma proposital e totalmente engenhosa.
Mulheres não acordaram um dia e decidiram dormir com um homem

por noite em busca de “liberdade”. Existiu, ao longo das ultimas várias
décadas, um aparato intelectual impondo tais ideias de forma perni-
ciosa e maléfica na nossa sociedade. Tais conceitos hoje acometem
não só feministas propriamente ditas como também mulheres co-
muns e também a homens. E quando esses conceitos se enraizam no
imaginário masculino podemos dizer que o plano foi concretizado.
Homens que acreditam nas premissas feministas param de acredi-
tar na própria masculinidade. Param de acreditar na importância e
na objetividade do papel do homem em uma sociedade.
Dessa forma, temos homens e mulheres que não sabem mais quem
são, e quando não sabemos quem somos, nos relacionar com outra
pessoa de forma saudável e decente se torna uma missão impossível.
O que define os papéis dos indivíduos em uma sociedade - e inclu-
sive em um relacionamento, é a força física, antes ainda do poder
financeiro. Homens tem mais poder fisico do que as mulheres, logo,
eles sempre vão mandar. Portanto, é preciso que existam bons ho-
mens, caso contrário, homens com péssimas condutas, incentiva-
dos por péssimas mulheres, vão se tornar o padrão da sociedade.
Se o homem tiver uma mulher feminina que se preserve, que cuide

do lar e da família, ele vai ter a motivação para pagar todos os cus-
tos da sua própria masculinidade, seja lutar, guerrear ou morrer em
combate. Quando destruímos a feminilidade da mulher, o homem
vai lutar pelo que?
Uma vez destruída a feminilidade, a mulher perde a noção da ne-

cessidade da proteção masculina, logo, ela tem o ímpeto de com-
petir com o homem.
As feministas não só relativizam o fator força física como também

se esquecem de que o masculino ontológico transcende a biolo-
gia. De fato a masculinidade tem características de violência, de
maior libido, de agressividade, mas ela não é só isso. O masculino
antologico que compõe a civilização também consiste em defen-
der a mulher, proteger a família e aos mais fracos da sociedade. O
homem deve servir a Deus, mas ele foi instruído por Deus também
a agir perante a mulher de forma masculina.
Quando isso é tirado dele, não existe mais sentido em se ter uma
família e tampouco em se ter um relacionamento amoroso.
05
ELAS VÃO
DIVIDIR O ALPHA
A traição masculina sempre foi mais tolerada do que a
feminina, tolerada não quer dizer que não era repreen-
dida, mas tolerada até mesmo pelas próprias mulhe-
res. Este instinto poligâmico masculino é vastamente
relatado em diversos livros. Seriam os homens então
poligâmicos e as mulheres hipergâmicas.
Em tempos paleolíticos (150000 a.C), um macho mais

dominante sempre teve acesso a várias fêmeas, enquan-
to outros machos de menor força física e baixa posição
hierárquica viviam uma realidade mais escassa de ofer-
ta sexual, o que gerou um problema muito grande de
disputa entre machos e também uma grave conseqüên-
cia entre as fêmeas. Arqueólogos descobriram fósseis
de mulheres juntamente com fetos e bebês mortos aos
montes, significando que elas não estavam conseguin-
do sobreviver por estarem desprotegidas e se tornando
presas fáceis de feras e toda sorte de perigos.
Esse fenômeno levou as fêmeas a sempre buscarem

a companhia masculina para se sentirem mais segu-
ras, existindo então uma busca não apenas pelo macho
mais forte e dominante, mas também pelo que fosse
capaz de permanecer ao lado dela e fosse capaz de oferecer re-
cursos. Dessa forma, as fêmeas buscavam valores de reprodução
(lado alfa) e de sobrevivência (lado beta).
Então, foi firmada a estratégia sexual feminina: uma dupla busca

pelo homem capaz de fornecer bons genes para obter uma prole
saudável, bem como um macho capaz de prover recursos e pro-
teger a ela e a prole. Porém, como havia uma disputa entre elas
pelos machos do topo, esta minoria continuou tendo acesso à mais
de uma fêmea. Isso é tão enraizado na nossa biologia que mesmo
em países poligâmicos do oriente médio 80% dos casamentos são
monogâmicos. Isso porque apenas alguns homens do topo da hie-
rarquia social conseguem sustentar mais de uma esposa e prover
os caprichos femininos em abundância.
As fêmeas viveram dividindo muitos homens ao longo da história,

mas, para ficarmos em poucos exemplos, vou citar o famoso fe-
nômeno das “amantes dos boomers”. Homens da geração boomer
tiveram facilidade em ascender socialmente, isso em qualquer
país: grandes empresas no ramo metalúrgico e siderúrgico, bem
como transportes e extração de minerais fizeram com que a mão
de obra masculina fosse empregada em massa, uns conseguiram
empreender, outros conseguiram cargos no funcionalismo públi-
co, enfim, a geração que hoje mais detém capital é a dos Boomers:
cerca de 40% do PIP americano.
Muitos desses homens tinham várias amantes e até mesmo mais

de uma família. Homens com dinheiro querem justamente a me-
lhor mulher possível, mais de uma nesses casos. Na década de 80
o golpe da barriga já era conhecido, pois meninas jovens engravi-
daram de homens para poder ter uma “vida boa”. O próprio divórcio
veio para homens e mulheres nessas situações: homens poderiam
ter uma segunda esposa 20 anos mais jovem, e mulheres mais jo-
vens casarem com eles. Alguns vão dizer que as esposas aceita-
vam isso, pois não tinham como escapar dali, isso é parcialmente
correto, mas a verdade é que muitas mulheres não viam problema
em dividir um homem mais destacado com outras mulheres para
que a vida dela seja confortável e cheia de mimos, viagens, bolsas
e jóias. É assim até hoje, quando as mulheres não dependem do
homem “para mais nada”.
Algumas mulheres preferem “dividir um alpha” do que ter um beta

exclusivo. E por alfa podemos falar de qualquer homem com algo
acima da média, como beleza, status e dinheiro. Basta ver o fato de
jogadores de futebol sempre aparecendo em festas, bailes funks e
escândalos com prostitutas (mais comum nos anos 90, agora elas são
chamadas de “modelos”).
O jogador Jô teve vários filhos fora do casamento e a esposa per-

doou 9 traições. Maíra Cardi perdoou 16 vezes Arthur Aguiar. Nada
mudou, mesmo em tempos onde elas podem escolher o homem à
sua maneira, elas acabam preferindo dividir um alfa, do que ter um
beta exclusivo. Elas vão perdoar uma traição, um caso extraconju-
gal em nome do amor e da família, mas nunca fariam isso estando
com um homem comum.
A EMANCIPAÇÃO 10
FEMININA VIRÁ
NÃO ATRAVÉS
DO VOTO, MAS
DO ONLYFANS
Imagine que depois de pelo menos 100 anos de femi-
nismo a única forma de uma mulher jovem comprar
uma casa é através do Onlyfans. Na verdade, todas
as mudanças sociais foram apenas aparentes, em so-
ciedades antigas o sexo sempre foi a mais poderosa
moeda de troca das mulheres e é assim até hoje. Mas
antigamente elas conquistavam coroas, castelos, hoje
conquistam milhões no conforto de suas casas.
Os psicólogos evolucionistas explicam que a mulher

descobre ainda criança que pode obter favores, con-
cessões e agrados por serem mulheres. No livro “Sexo
Privilegiado”, o autor Martin Van Creveld explica que a
vida feminina sempre teve mais valor que a masculina,
pois um homem pode reproduzir com várias mulheres,
mas uma mulher só pode reproduzir com um único ho-
mem, sendo assim, as mulheres são sempre mais ne-
cessárias e os homens mais descartáveis. Desta forma, as mulhe-
res possuem a chave da reprodução, ou seja, a chave do sexo. O
sexo se torna então algo que os homens devem conquistar e algo
que as mulheres possuem o controle. A própria concentração de
testosterona é de 8 a 10 vezes maior nos homens e impulsiona o
masculino na busca pelo sexo. Dessa constatação verdadeira foi
criado o termo “objetificação da mulher”.
Ela se torna objeto de desejo do homem, pelo seu corpo, sua be-
leza e sua pele jovem. Seios, pernas e bundas femininas ocupam
grande parte da mente masculina, principalmente em uma socie-
dade centralizada no prazer e no sexo. E se o homem deseja, por
que não lucrar com isso?
A mulher moderna é o ser mais privilegiado do mundo. Meninas de

20 anos comprando apartamento e conhecendo o mundo, vivendo a
vida dos sonhos e ganhando mais do que médico. Esqueçam o voto, a
briga política, o reino da mulher e onde ela jamais será superada por
nenhum homem, é o reino do sexo. Por isso, a mulher moderna pode
simplesmente enriquecer através de fotos, vídeos e pedidos perso-
nalizados que satisfazem momentaneamente o homem e amanhã ele
vai querer mais e voltará feliz. Mas, não se iluda, só as gostosas vive-
rão essa realidade. A maioria das mulheres vão competir com outras
pelo dinheiro que a plataforma oferece e depois se arrependerão de
“venderem seu corpo virtualmente”, tendo que conviver com o fato
de que toda sua intimidade estará exposta na internet.
Quem realmente terá uma vida recheada de dinheiro serão os tera-

peutas que viverão com consultórios cheios de pessoas com almas
vazias, bem como os fabricantes de remédios que vão tratar de
todo dano psicológico e físico que tal atividade traz, mas que qua-
se ninguém comenta.
11
DINHEIRO
COMPRA TUDO,
ATÉ AMOR
VERDADEIRO
Eu tive o privilégio de perguntar pessoalmente para o
Pondé no Redcast a respeito do significado dessa fa-
mosa frase de Nelson Rodrigues e ele me convenceu
nessa resposta.
Imagine 2 cenários:
CENÁRIO 1
um homem encontra uma mulher e a convida para

passar uns dias na França, passeio de helicóptero
e jantar regado à vinho importado em um restau-
rante super exclusivo;
CENÁRIO 2
você leva a mesma mulher para a sua casa, para

o jantar feito por você com todo amor e carinho,
com direito a sorvete de sobremesa e uma cerve-
ja para aliviar a tensão.
Quem você acha que ela escolheria? Onde você acha que é mais
provável que o amor floresça? Quem respondeu o número 2 está
preso no ideal romântico e está mentindo para si mesmo.
A verdade é que Nelson Rodrigues diz que existe uma fragilidade

no amor. Muitos diriam que a mulher ficaria com o rico de Paris
por puro interesse, mas ele diz que não: o amor é tão frágil que é
trágico, portanto o dinheiro pode ser justamente o que faz alguém
amar outra pessoa. Esse viés trágico do amor está muito mais para
a realidade do que os filmes da Disney. Isso que eu estou dizen-
do não é bonito, nem legal, mas a realidade não se importa com
sentimentos. Muitos casamentos acabam por falta de amor, mas a
maioria acaba por falta de dinheiro.
Na década de 80 vivemos um fenômeno interessante aqui no Brasil:

o surto do número de divórcios na cidade de Volta Redonda. Como
foi falado no capítulo anterior: os homens eram maioria absoluta
em trabalhos no ramo de metalurgia e siderurgia por motivos ób-
vios: trabalho manual envolvendo maquinário pesado e produção.
Acontece que em Volta Redonda estava a CSN (Companhia Side-

rúrgica Nacional), uma das maiores empresas do país, era uma in-
dústria estatal privatizada. Volta Redonda fica no estado do Rio de
Janeiro e a economia da cidade girava em torno da empresa.
Seja comerciante, empregado, prestador de serviço e até mesmo

proprietário de imóveis, não importa, qualquer um desses estava
ligado à questão empresarial.
Nesse mesmo ano, o número de divórcios disparou na cidade e fi-
cou por muito tempo em 2° lugar das cidades com o maior número
de divórcios do Brasil, só ficando atrás de Brasília por motivos ób-
vios. A grande questão: acabou o amor? Não, só o dinheiro mesmo.
Novamente fazendo esse paralelo de um passado recente com os

dias atuais, nada mudou: na Pandemia o número de divórcios dis-
parou e o motivo principal continua sendo financeiro. Como disse o
Chris Rock: Mulheres, crianças e cachorros são amados incondicio-
nalmente, o homem só é amado sob a condição de que ele seja útil.
12
A VOLTA POR
CIMA DOS
HOMENS
COMUNS:
A REVOLTA
DOS NERDS
O Homem comum, ou homem beta, seria a contraposi-
ção para o homem destacado, ou homem alfa, que seria
um homem de topo de hierarquia: muito acima da mé-
dia em algum tipo de característica: estética, dinheiro,
popularidade, status, etc.
Mas nesse caso falarei do homem comum, ou do es-

tereótipo do nerd: muito deslocado socialmente, in-
trovertido e com pouco ou nada de popularidade na
adolescência e na fase jovem da vida. Uma cientista
canadense, focada em estudos de gênero chamada Su-
san Pinker abordou de modo categórico a questão no
seu livro “Paradoxo Sexual - Porque Mulheres Possuem
Melhores Notas e Homens Melhores Salários”, mais es-
pecificamente no capítulo “A revolta dos Nerds” (“The
Nerd Revolt”). A autora argumenta que muitos homens que foram
considerados “nerds” na adolescência podem ter sucesso na vida
adulta, especialmente em carreiras ligadas à tecnologia ou ciên-
cias que são as que possuem maior demanda de mão de obra qua-
lificada e com melhores salários. É a famosa frase: o nerd de hoje
é o cara rico de amanhã.
Ela cita diversos exemplos e estudos, um deles mostra até mesmo

um aluno que teve dificuldade na escola, não era bem um “nerd
raíz”, ele tinha dificuldade de aprendizado por ter um leve grau de
autismo. Anos mais tarde ele era um chef exemplar de um restau-
rante no Canadá, pois tinha uma habilidade com as mãos, tato e
olfato excelentes. Mesmo que com habilidades sociais mais baixas
e perfil mais introspectivo e isolado, ele era um grande observador.
Seria este um padrão ou uma exceção? Se foi possível para ele, é
possível para os nerds “comuns” darem a volta por cima e nesse
caso as estatísticas estão a favor.
Ela também menciona que eles podem ter uma vantagem sobre
outros homens devido à sua dedicação e paixão por seus interes-
ses. Sim, o futuro é dos “nerds”. Com o advento da cultura pop e da
tecnologia, os nerds ganharam um status mais elevado na socie-
dade. Filmes, séries e jogos que antes eram considerados “coisas
de nerd” agora são mainstream e geram milhões em receita. Isso
levou muitos jovens a se identificarem como nerds e a buscar um
lugar de destaque na sociedade.
No entanto, o que parece ter acontecido é que a revolta dos nerds

acabou gerando uma espécie de backlash. Muitos indivíduos que
antes eram considerados “cool” agora se sentem ameaçados pe-
los nerds e sua crescente influência. Isso levou a um aumento da
hostilidade e do preconceito contra os nerds, que muitas vezes
são vistos como esquisitos, solitários e desinteressantes. Isso é
lamentável, pois os nerds são muitas vezes indivíduos altamente
talentosos e inteligentes, que contribuem significativamente para
o avanço da ciência, da tecnologia e da cultura em geral. Ao margi-
nalizá-los e ridicularizá-los, estamos perdendo uma oportunidade
valiosa de aproveitar todo o seu potencial.
Eles costumam ser muito bem informados e proficientes em seus

campos de escolha, o que os torna mais atraentes para as empresas.
Em outras pesquisas como as do Reino Unido, por exemplo, as mulhe-
res começam a vida adulta com uma média salarial acima da dos ho-
mens, seja por conseguirem uma alocação mais rápida, seja porque
a área que está possui maior demanda, enfim, porém, com o tempo
esse cenário muda, com o passar dos anos os homens sobem essa
média em relação às mulheres e as ultrapassam após os 30 anos.
Além disso, voltando à autora, ela argumenta que esses homens

tendem a ser mais introspectivos e focados em suas carreiras, o
que pode levá-los ao sucesso profissional mais tarde na vida.
Porém, ela também menciona que eles, por sua personalidade, po-
dem enfrentar desafios em suas vidas pessoais e sociais. Por isso
o conteúdo Redpill traz um aspecto positivo para o homem que é
saber se conectar com outros homens para desbravarem o mundo
e lidarem com o caos social: o famoso “Mannerbund”.
“Mannerbund” é um termo alemão que se refere a uma forma
de grupo masculino coeso, geralmente com objetivos, valores e
interesses comuns. Esse grupo pode variar em diversas formas:
clube de tiro, vida intelectual, artes marciais, futebol, etc. Homens
socializam através de atividades, estar com outros homens só não
é mais importante que estar sozinho. O hábito de ficar sozinho re-
conecta o homem com sua mente e com seu eu interior. Nestas
poucas linhas há formas de como o homem pode aumentar sua
energia masculina, se tornar mais leve, generoso, seguro, confian-
te e completamente intimidador na visão dos inimigos. É uma for-
ma de irmandade masculina que se baseia na lealdade, proteção e
apoio mútuo entre os membros do grupo. Mas isso é tema para um
outro capítulo à parte.
13
REJEITE A
MODERNIDADE,
ABRACE A
MASCULINIDADE
Um dos nomes mais controversos é o escritor Jack Dona-
van, mas, eu o admiro. Especialmente quando se trata de
seu entendimento sobre o Manerbund. Para Donovan, o
Manerbund é uma irmandade de homens que compar-
tilham valores e propósitos semelhantes, com base em
uma hierarquia e compromisso masculino. Donovan vê
o Manerbund como uma resposta à falta de propósito e
identidade masculina em nossa sociedade moderna. Ele
acredita que a falta de tradições e rituais que marcavam
a transição da adolescência para a idade adulta criaram
um vazio que o Manerbund preenche, fornecendo aos
homens um senso de pertencimento e significado.
Em seu livro “The Way of Men”, Donovan explora as

quatro virtudes que ele acredita serem essenciais para
o Manerbund: força, coragem, maestria e honra. Ele ar-
gumenta que essas virtudes são fundamentais para a
sobrevivência e prosperidade de qualquer sociedade,
e que o Manerbund é a maneira mais eficaz de trans-
miti-las de geração em geração. Em sociedades ao longo da histó-
ria sempre existiu a divisão entre a masculinidade e a virilidade. A
masculinidade seria o estágio inicial da vida do homem, a virilidade
só seria alcançada quando este atingisse um estágio de “autossu-
ficiência” e “soberania”. Ritos de passagem eram feitos como forma
de marcarem a entrada do menino na vida adulta, tudo isso feito
por homens e para homens. As mulheres são capazes de gerar vida
e dar à luz a um menino, porém só um homem é capaz de fazer com
que um menino torne-se um homem pleno, não à toa que Apolo é
o Deus do Sol na mitologia grega, pois ele é o Deus da Razão que
ilumina todas as coisas.
Somente um homem é capaz de ter a autossuficiência para ser se-

nhor de si mesmo, ao passo que tem soberania para governar sobre
os outros. Por isso que a figura do Rei sempre foi masculina. Tudo
isso é um problema atualmente. E este é um problema crônico na
sociedade moderna. Imagine um menino que cresceu cercado por
mulheres, da escola à fase adulta: professora mulher na infância
passando grande parte do dia na escola e, quando chega em casa,
fica com uma babá mulher, cresce em meio das influências da mídia
e das redes sociais, sem nenhum contato com homens, nenhuma
prática de arte marcial, nenhum tipo de referência masculina, pois
mesmo que tenha um pai, seu pai tem grandes chances de ser um
péssimo exemplo. E se for filho de uma mãe solteira, terá mais difi-
culdades ainda de desenvolver sua identidade como homem. Para
homens cooperarem entre si, aprenderem a compartilhar momen-
tos e desenvolverem-se entre homens, temos o manerbund. Ches-
terton disse que “Homens querem se sentir maiores que outros,
mas apenas grandes homens querem que todos sejam grandes”.
Voltando à Donovan, ele argumenta que as características tra-
dicionalmente associadas à masculinidade, como a agressão e
a competitividade, são essenciais para a sobrevivência em um
mundo perigoso e hostil. O Manerbund, para ele, é a forma mais
pura e autêntica de masculinidade. Não é à toa que vivemos uma
epidemia de “nice guys”, “escravocetas” e “simp’s” pagadores de
onlyfans, totalmente entregues aos seus instintos e sem nenhum
controle emocional de sua carência, são apenas meninos que tive-
ram seu imaginário moldado pelo feminino e são absolutamente
incapazes de olhar um horizonte diferente. Mulheres gostam de
homens ambiciosos, mas não há ambição quando há castração.
C.S Lewis viu esse problema há mais de 100 anos atrás e escreveu
em seu livro “A abolição do Homem” uma profecia assertiva sobre
o assunto: “Fazemos homens sem peito e esperamos deles virtude
e iniciativa. Rimos da honra e ficamos chocados quando achamos
traidores em nosso meio. Castramos o animal e exigimos que ele
seja fértil.”
Para Donovan, o Manerbund é mais do que apenas uma irmandade

de homens. É um estilo de vida, uma forma de encarar o mundo e
se relacionar com os outros. O Manerbund é uma alternativa ao
individualismo egoísta que caracteriza a sociedade moderna, ofe-
recendo aos homens um senso de propósito e camaradagem que
muitos de nós sentimos falta. É uma reflexão interessante e provo-
cativa sobre a masculinidade e as relações entre os homens. Jack
Donavan é apenas um dos diversos autores que tratam a respeito
do assunto, mas é uma referência contemporânea que eu tive o
prazer de conhecer dentro do universo Redpill.
Até esse exato momento do livro, já falamos sobre aspectos com-
portamentais e psicológicos da hipergamia e da forma como ho-
mens são selecionados pelas mulheres. Elas levam em considera-
ção: aparência, altura, status, renda como elementos externos,
e parceria, bom humor, conexão emocional como características
internas. Guarde bem estas informações, pois vamos mergulhar
nos dados do mercado sexual de pessoas abaixo de 30 anos e
como tudo isso está sendo validado na prática.
Um dos desequilíbrios do mercado sexual está no fato de que os

homens estão cada vez mais raros nas universidades. Isso é uma
questão que influencia o nível educacional como também a renda
e o status. As mulheres têm cada vez mais entendido o fato de ter
um diploma com o fato de ter uma carreira de sucesso, portanto,
consideram inconscientemente homens com um maior grau de es-
colaridade muito mais atraentes. Um estudo na Austrália com mais
de 40.000 encontros on-line descobriu que as mulheres eram mais
propensas a iniciar contato com um homem se ele tivesse um grau
de escolaridade maior do que elas. Sim, é a hipergamia acadêmica
acontecendo.
Ainda assim, os jovens de hoje são mais propensos a usar o Tinder

ou outros aplicativos de namoro do que sites de namoro na Inter-
net. As coisas são diferentes nos aplicativos? Um estudo lidera-
do por um economista chamado Brecht Neyt, da Universidade de
Ghent chocou com a seguinte descoberta: no Tinder, as mulheres
tinham 91% mais chances de “dar like” em um homem com mestra-
do em comparação com um diploma de bacharel. E como desco-
briram isso? Bom, eles simplesmente usaram os mesmos perfis de
homens, com tudo igual: fotos, localidade, idade, descrição, enfim,
a única diferença foi o nível de escolaridade. Eles também testa-
ram como os homens reagiram a mulheres com diferentes níveis
de educação, descobrindo que os homens tinham apenas 8% mais
chances de “dar like” em uma mulher com mestrado em compara-
ção com um diploma de bacharel. Precisamos entender que nun-
ca o fator educacional e financeiro foram tão importantes para os
relacionamentos quanto a época atual que valoriza o dinheiro e o
sucesso. Além de tudo que falamos sobre a estética.
Em outras palavras, todas as outras coisas iguais, um homem com

mestrado tem cerca de duas vezes mais chances de conseguir uma
correspondência do que um homem com diploma de bacharel.
Algumas mulheres se casam com homens com menos educação,

no entanto. Essas mulheres tendem a se casar com homens que
ganham muito mais do que elas. Um estudo de Yue Qian, sociólogo
da Universidade da Colúmbia Britânica, descobriu que as mulhe-
res com mais escolaridade do que seus cônjuges tinham 93% mais
chances de se casar com homens com renda mais alta do que elas.
Em outras palavras, se você for um homem sem ensino superior, é
melhor ganhar mais do que seus colegas homens com diploma se
quiser se casar com uma mulher desse nível. Esse fator do grau
de escolaridade se traduz em classe social. Uma mulher com uma
renda elevada vai frequentar uma bolha de pessoas com o mesmo
nível socioeconômico que ela, visitar o mesmo lugar, se envolver
com pessoas que estão no mesmo nível ou acima. O que reforça o
argumento do outro capítulo: “Nunca ganhe menos que a sua mu-
lher”, a não ser que você seja um Chad, porque aí tudo bem.
David Buss, discutindo sua pesquisa sobre como as mulheres pro-
fissionalmente bem-sucedidas selecionam parceiros, descobriu
que “as mulheres bem-sucedidas acabaram por dar um valor ainda
maior do que as mulheres abaixo financeiramente a parceiros com
elevada formação profissional, status social e maior inteligência,
além do fato de serem altos, independentes e confiantes”.
14
A IMPORTÂNCIA
DO AMBIENTE
Sabe aquele seu amigo bonitão que tem dificuldade em
namorar alguém? O outro que é mediano e se dá bem
com várias mulheres? Qual a diferença entre eles? Lá-
bia? Curso de sedução? Confiança e cara de pau? Essa
questão pode ser explicada através de uma variável
chamada “Proporção Sexual”.
A proporção sexual é importante para a estratégia de na-

moro entre homens e mulheres. Mesmo diferenças apa-
rentemente pequenas nas proporções entre os sexos
podem ser enganosas. Por exemplo, em The Evolution
of Desire , David Buss pega como exemplo a quantidade
de alunos da Universidade do Texas em Austin, onde le-
ciona. Em 2016, o total de alunos era composto por 46%
de homens e 54% de mulheres. Isso não parece ser uma
grande diferença, mas é. Isso significa 17% mais mulhe-
res do que homens no campus. O campus da UT Austin
tem cerca de 52.000 alunos no total. Isso significa que,
se cada aluno fizer par com alguém do sexo oposto, cer-
ca de 4.000 mulheres ficarão sem parceiro.
Mais precisamente, a faixa etária para o estudo do Tin-

der citado acima foi de 23 a 27. Esta é a faixa etária em
que as mulheres possuem uma grande diferença no grau de esco-
laridade em comparação aos homens. É justamente nesta fase que
mais mulheres tendem a procurar por uma maior quantidade de par-
ceiros, o que significa que elas não se comprometem com ninguém
em específico. Um dos grandes livros sobre o tema é o fantástico
Date-onomics , onde Jon Birger revelou que, de acordo com a Ame-
rican Community Survey do US Census Bureau, há 5,5 milhões de
mulheres com nível superior entre 22 e 29 anos, contra apenas 4,1
milhões de homens com nível superior na mesma faixa etária. Nes-
sa fase é comum você ouvir mulheres reclamando que “os homens
não querem nada com a vida”, “não pensam no futuro”, etc. Nessa
época, é bom lembrar, os homens estão na sua fase de baixo VSM,
com poucas opções sexuais, na famosa “zona fantasma”, que seria
uma zona de invisibilidade dos homens e de escassez sexual.
De modo mais direto, essa “piscina de opções” de namoro de pes-

soas com diplomas universitários têm 33% mais mulheres do que
homens - ou quatro mulheres para cada três homens. Divididos por
tipo de diploma em todas as idades nos EUA, para cada 100 homens
com bacharel, há 130 mulheres. Além disso, mais homens se identi-
ficam como exclusivamente homossexuais em relação às mulheres.
O que sugere que a oferta de homens disponíveis para namoro com
mulheres heterossexuais pode ser ainda menor do que os números
acima sugerem.
Estou usando como exemplo o ambiente universitário pois o Merca-

do Sexual Americano, Britânico ou na Europa como um todo são os
que mais possuem detalhes e estatísticas disponíveis. Mas imagine
qualquer tipo de ambiente: classe social, cidade (o fator geográfico
é importantíssimo ao se analisar o mercado sexual), nicho musical/
cultural, lifestyle, enfim, qualquer bolha que a pessoa está inserida.
Essa é a grande dificuldade que muitas pessoas têm ao se deparar
com o nosso conteúdo, elas estão presas em uma bolha e eu sempre
apresento um panorama geral. Imagine que no nicho maromba há
mais homens do que mulheres. Ou no caso dos países da região sul
do Brasil, onde há mais mulheres do que homens em várias cidades,
proporção que se mantém em várias bolhas sociais.
Mas como tais desequilíbrios se manifestam em relação às estra-

tégias de escolha de parceiros? Quando há um excesso de homens,
é mais provável que eles se adaptem às preferências das mulheres.
Quando há uma proporção maior de homens para mulheres, é mais
provável que os homens disputem entre si para serem o que as mu-
lheres desejam. Por isso que o “espírito de gado” é mais forte em
homens medianos, pois o Chad tem sempre opções para escolher e
não “se esforça” para conquistar alguém.
Homens sempre competiram com outros homens por recursos, sta-

tus e mulheres. Alguns historiadores colocam que o Oriente Médio
sempre viveu em guerras com outros países como consequência da
falta de mulheres por causa da poligamia. Seria então a guerra cau-
sada por invasões territoriais visando a conquista de mais espaço e
também de mais mulheres.
Nesse caso, as mulheres, em média, desejam maior investimento

dos homens, principalmente investimento emocional, daí questões
como pagar a conta, tratá-la “como a Deusa que ela é”, se esforçar
para conquistar, etc. Todas essas demandas femininas fazem parte
do poder de escolha que elas têm perante o homem, não apenas
pelo VSM maior na fina flor da idade, mas também pelo ambiente.
Essa questão do investimento emocional até mesmo no namoro é
uma marca em todas as culturas.
O Homem já possui uma demanda maior por variação sexual o que

leva-o a preferir o sexo casual. Agora imagine que, com uma compe-
tição acirrada, os homens irão, além de se esforçarem mais, também
irão se comprometer mais com as mulheres.
Por outro lado, quando há excesso de mulheres em relação aos ho-

mens, é mais provável que as mulheres se adaptem às preferências
dos homens. Elas competem entre si para ser o que os homens que-
rem. E é isso que vemos nos campus com mais alunas em relação
aos alunos do sexo masculino. Em faculdades com mais mulheres
do que homens, como estão sendo a maioria delas, o sexo casual é
mais difundido. A cultura dos “dates” é mais prevalente e os homens
estão menos interessados em entrar em relacionamentos sérios.
As mulheres estão mais dispostas a fazer o que os homens querem
para estar com elas.
Birger descreve uma entrevista com uma aluna da Sarah Lawrence:
- A maioria dos homens que saíram com você não tinha inte-
resse em relacionamento sério?
- “Por que eles iriam?” ela disse. “É como se eles tivessem seu
próprio harém gratuito. Uma das minhas amigas foi dispensada
por um cara depois de ficarem juntos por menos de uma semana.
Quando ele terminou com ela, o cara realmente usou a palavra
‘mercado’ -como se o ‘mercado’ para ele fosse bom demais.
Talvez você esteja achando esse relato e esses números irreais, mas
o “lag cultural” explica essa previsão: em 10 anos aquilo que existe
nos EUA será a realidade Brasileira. O feminismo é uma prova incon-
testável disso tudo.
Em contraste, em ambientes onde os homens são mais numerosos,

é mais provável que os relacionamentos proliferem. A psicóloga de
Harvard Marcia Guttentag e seu colega Paul Secord examinaram
números do censo, dados sobre proporções entre os sexos e tex-
tos históricos que datam da Grécia antiga e da Europa medieval. Ela
descobriu que nas sociedades onde os homens eram mais numero-
sos em relação às mulheres, a cultura era mais propensa a enfatizar
o namoro e o romance. Os homens tinham que competir por esposas
e, portanto, estavam mais dispostos a assumir compromissos com
as mulheres. Enquanto as mulheres em tais sociedades eram mais
propensas a serem colocadas em papéis de gênero estereotipados,
elas também, relata Guttentag, exerciam maior controle em sua es-
colha de parceiro romântico. Ela descobriu que o oposto acontecia
em sociedades com mais mulheres do que homens. Ela escreve: “A
característica marcante dos tempos em que as mulheres estavam
com excesso de oferta seria que os homens não permanecem com-
prometidos com a mesma mulher ao longo de seus anos férteis”.
Curiosamente, Guttentag postula que os movimentos feministas

são energizados quando há escassez de homens no ambiente local:
Com um excesso de mulheres, as liberdades sexuais são mais van-
tajosas para os homens do que para as mulheres. A diminuição da
vontade de se comprometer com um relacionamento exclusivo com
uma mulher é consistente com esse fato.
Segue-se ainda que a persistência de tais circunstâncias deixa-
ria muitas mulheres magoadas e com raiva. Outras mulheres, não
elas mesmas sem um homem, muitas vezes estariam cientes das
infelizes experiências de suas amigas nas relações com os homens.
Essas circunstâncias deveriam impelir as mulheres a buscar mais
poder e, incidentalmente, direcioná-las para a satisfação de suas
próprias necessidades. A maioria das formas de feminismo é dire-
cionada para esses fins.
Agora, vamos focar não no fator de uma classe universitária, mas de

toda uma geração. Você tem mulheres de 22 – 29 anos solteiras por
opção (o que está de acordo com o outro capítulo sobre as fases da
mulher), estas mesmas mulheres vão querer encontrar um parceiro
de longo prazo aos 30. Do outro lado, homens solteiros vencendo a
dificuldade de um mercado sexual competitivo na fase dos 22 aos
29, para depois desfrutarem de um mar de opções onde eles pode-
rão escolher com maior facilidade e viverão essa fase sem pressa
nenhuma. Conclusão? Uma leva de mulheres solteiras que vão dis-
putar uma quantidade cada vez menor de homens, sendo eles cada
vez menos propensos ao relacionamento sério.
15
SOLIPSISMO
FEMININO:
HACKEANDO
A MENTE DAS
MULHERES
Imagine o seguinte cenário: você vive num lugar onde
as mulheres são 8% das vítimas de mortes violentas
entre todos os assassinatos do país, são maioria abso-
luta nas Universidades. 10% dos moradores de rua, tra-
balham 5 anos a menos para se aposentarem mesmo
vivendo 8 anos mais. Possuem benefícios exclusivos
da previdência social e mesmo assim se acham “opri-
midas”. Ao passo que os homens são 76% das vítimas
de suicídio, 2 vezes mais condenados a prisão quando
cometem o mesmo crime que mulheres, possuem 34%
de chances a menos de concluirem o ensino superior e
são 90% da população carcerária do país, sendo você
então o “privilegiado” pelo Patriarcado.
Camille Paglia escreveu sobre o chamado “solipsismo

feminino” em seu livro “Sexual Personae”. Ela argumen-
ta que a cultura moderna tem incentivado uma forma
de egocentrismo entre as mulheres. De acordo com Paglia, esse
solipsismo se manifesta na forma como as mulheres procuram
satisfazer exclusivamente suas próprias necessidades e desejos,
sem considerar os interesses e desejos de outras pessoas, incluin-
do seus parceiros românticos.
Tive a oportunidade de perguntar pessoalmente ao filósofo Luiz

Felipe Pondé a respeito do assunto. Ele escreveu sobre o Solipsis-
mo feminino quando mencionou no “Guia Politicamente Incorreto
da Filosofia” sobre os términos de relacionamento: “As mulheres
são absolutamente insensíveis a qualquer sofrimento masculino
que dure mais do que cinco minutos. Casamentos não resistem
ao fracasso masculino, homens deprimidos são sistematicamen-
te abandonados, enquanto mulheres deprimidas reconstroem a
vida todo dia”. Ele reconheceu que enxergou isso de uma forma
sábia, para o homem não há outra opção: ele precisa ser forte. Mas
pouco é falado a respeito disso, apenas em assuntos “politicamen-
te incorretos” como esse.
A natureza feminina é assim. As maiores críticas feitas aos ho-

mens de hoje são que eles “são covardes” por não defenderem as
mulheres, nem “homens o suficiente” para pagar a conta, prover o
lar, liderar, etc. Não estou dizendo que não são virtudes masculinas
e atitudes concretas de um homem maduro, mas que as mulheres
só reclamam disso porque são questões que as envolvem. Tudo
isso são exemplos claros de solipsismo feminino. As mulheres são
muito autocentradas, ou seja, elas acreditam que são o centro do
universo e que todas as suas experiências e perspectivas são as
únicas que importam. Não à toa se tornou comum ouvir a expres-
são “mulher é artigo de luxo”, um objeto de desejo a ser admirado,
algo que alguém tem que fazer por “merecer” o privilégio. Me des-
culpem os psicólogos e outras almas mais sensíveis que estão se
assustando com o assunto.
Eu entendo que muitas mulheres já passaram por experiências do-

lorosas e injustas, como sexismo, assédio e violência de gênero. É
compreensível que essas experiências possam fazer com que as
mulheres se concentrem em si mesmas e em suas próprias lutas.
Homens vivenciam todo tipo de mazelas humanas (mesmo que es-
sas não passem nos grandes jornais, ou na mente feminina), desa-
fios inimagináveis à maioria das mulheres. Eu mesmo digo aos ho-
mens: elas nunca saberão de suas batalhas, apenas te esperarão
na linha de chegada. Buscam ofender homens chamando-os de
feios, mas lutam para não serem julgadas pelo padrão de beleza e
pela idade. Não estou chamando as mulheres de egoístas por pen-
sarem primeiramente nos seus próprios pontos. “O egoísmo não é
viver como desejamos, é pedir aos outros que vivam como deseja-
mos.”, já dizia Oscar Wilde.
Mas de onde vem o Solipsismo feminino? A própria Camille Paglia

explica no seu fantástico livro “Personalidades Sexuais”: “ Sus-
tentarei que a mulher grávida, meditando nove meses sobre sua
própria criação, é o modelo de todo solipsismo, que a atribuição
histórica de narcisismo às mulheres é outro mito verdadeiro.” As
mulheres geram vidas dentro de si mesmas, possuem uma aver-
são à risco e, portanto, uma tendência natural a priorizar a pró-
pria vida. Não se trata de julgar as mulheres por serem assim: foi
necessário. Toda essa herança biológica só pode ser aprimorada
com muito esforço no caminho da virtude, do autoconhecimento
e da razão. Conhecer muito bem os próprios vícios para não cair
neles me parece a melhor saída.
16
TRAIÇÃO
MASCULINA E
FEMININA
A traição é uma das maiores vilanias cometidas pelo ser
humano. Infelizmente, homens e mulheres traem assim
como respiram, não há o que fazer quanto a este fato.
Os homens traem porque acham que podem ter tudo

o que querem, sem se importar com o impacto devas-
tador que sua infidelidade pode ter em suas parceiras.
Algumas traem porque não se sentem valorizadas e
amadas em seus relacionamentos, enquanto outras o
fazem por pura vingança. Independentemente dos mo-
tivos, a traição feminina é tão podre quanto a masculina.
O que esses traidores precisam entender é que a infide-

lidade é um ato egoísta e covarde, que destrói a confian-
ça e a intimidade entre duas pessoas. Esses homens e
mulheres deveriam ter vergonha de si mesmos por trair
aqueles que confiam e dependem deles. Não há nada
mais desprezível do que um traidor. Eles são seres des-
providos de moral, ética e compaixão. Somente aqueles
que são incapazes de respeitar os sentimentos dos ou-
tros se envolvem em relacionamentos extraconjugais.
O problema da traição não está apenas nas consequências emo-
cionais e psicológicas para as vítimas, mas também nos problemas
sociais e legais que ela pode gerar. Divórcios, guarda de crianças,
pensão alimentícia, entre outros, são apenas algumas das ques-
tões que podem surgir como resultado da infidelidade.
Isto posto, devemos olhar para a Traição com um olhar mais clínico
e científico. No mundo contemporâneo, poucos são os assuntos que
despertam tanta controvérsia quanto a traição sexual. O tema é tão
complexo e multidimensional que, para compreender as diferenças
entre a traição masculina e feminina, é necessário recorrer ao pensa-
mento de David Buss mais uma vez (Sim, a fonte dele é inesgotável).
O primeiro ponto aqui é que a monogamia não é algo natural. A nossa

espécie desenvolveu a monogamia social forçada, mesmo que bio-
logicamente exista um argumento para a existência da monogamia,
o fato de ser uma norma social e parâmetro para a traição em todo
ocidente é um fato. Segundo Buss, a traição masculina e feminina
têm raízes diferentes, pois cada um dos sexos teve que enfrentar
desafios distintos na luta pela sobrevivência e reprodução em am-
bientes hostis ao longo da história evolutiva da humanidade. É im-
portante notar que, embora esses desafios sejam diferentes, ambos
são igualmente importantes para o sucesso reprodutivo de homens
e mulheres. Neste caso, não há aqui um juízo de valor, mas ciência.
Os homens são programados para buscar parceiras sexuais em

abundância por meio do que ele chama de “estratégia da dis-
persão dos espermatozóides”. Os Homens devem espalhar a
“semente” em todo tipo de território. Essa estratégia se deve
ao fato de que um homem pode ter várias parceiras ao mes-
mo tempo, enquanto uma mulher só pode ter um bebê de cada
vez. Portanto, a busca por várias parceiras aumenta as chan-
ces de sucesso reprodutivo masculino. Não tem muito segredo,
quantas vezes mais um homem fecunda territórios diferentes,
maior a probabilidade de seus descendentes crescerem sau-
dáveis até a vida adulta para poderem reproduzir novamente.
Por outro lado, as mulheres são programadas para buscar segu-

rança e recursos para si mesmas e para seus filhos através da
“estratégia da escolha cuidadosa do parceiro”. Isso se deve ao
fato de que ao longo do tempo a gestação foi se tornando mais
longa e arriscada, e as mulheres precisaram de suporte emocio-
nal, financeiro e social para garantir a sobrevivência de seus be-
bês. Portanto, para as mulheres, ter um parceiro confiável e que
ofereça recursos é crucial para o sucesso reprodutivo. No caso
das mulheres, elas são mais propensas a abandonar parceiros
que perderam status, dinheiro, se tornaram inválidos ou com al-
gum tipo de limitação pela idade. Isto se deve pois mulheres sem-
pre foram “viúvas de guerra”, por serem hipossuficientes, quan-
do um homem morria ou dava sinais de perda de valor, ela estava
alerta para buscar outro pois sua sobrevivência dependia disso.
Essas diferenças fundamentais nas estratégias de acasalamento

dos homens e das mulheres explicam por que a traição masculina
e feminina se apresenta de maneiras diferentes.
Para os homens, a traição se manifesta principalmente em relação

ao compromisso emocional com a parceira, já que eles ainda po-
dem ter relações sexuais com outras mulheres sem prejudicar sua
capacidade reprodutiva.
Para as mulheres, a traição se manifesta principalmente em re-

lação à condição financeira e social do parceiro - elas são menos
propensas a trair sexualmente, mas podem ser tentadas a aban-
donar um companheiro que não pode fornecer-lhes o suporte ne-
cessário. Nesse caso, entra também o fator emocional: mulheres
podem trair quando se sentem emocionalmente insatisfeitas com
o parceiro, com a relação e com a rotina do casal.
Um ponto a mais onde tanto homens e mulheres traem por uma

motivação idêntica é a insegurança: homens inseguros tendem a
trair mais pois possuem baixa autoestima, por isso querem “reafir-
mar” sua masculinidade, bem como mulheres com baixa autoesti-
ma, histórico de rejeição e percepção de baixo valor estético ten-
dem a trair pois acreditam que serão traídas ou podem testar se
consegue um homem melhor antes disso.
A traição masculina e feminina também difere na forma como é

percebida socialmente. Os homens são considerados natural-
mente inclinados à traição devido à sua “natureza promíscua”, en-
quanto as mulheres são frequentemente censuradas por quebra-
rem a confiança emocional ou financeira estabelecida com seus
parceiros. Além disso, a traição masculina é geralmente mais fí-
sica, enquanto a traição feminina é geralmente mais emocional.
Como vemos, a traição masculina e feminina tem suas peculiarida-

des e complexidades, cada uma derivada das estratégias de aca-
salamento evolutivas dos sexos masculino e feminino. Portanto, ao
compreender essas diferenças, podemos estar melhor preparados
para lidar com as situações de traição que surgem no meio social.
Mas é preciso lembrar que, apesar das diferenças, a traição é erra-
da e prejudica profundamente todas as partes envolvidas.
17
HACKEANDO
O MERCADO
SEXUAL
(CASAMENTO,
DATES, SEXO
E O INVERNO
FEMININO)
Por Vincent Harinnan
O namoro e o processo de seleção de parceiros muda-
ram. A ascensão da cultura dos “dates” (encontros, em
inglês), a proliferação de aplicativos de relacionamen-
to e a idade cada vez maior do primeiro casamento são
evidências disso. Este paradigma atual pode ser resu-
mido em quatro parâmetros:
1. Aumentar a realização feminina.

2. Crescente variabilidade no status masculino e
competência.
3. Um desejo evolutivo entre as mulheres de se casar.
4. A globalização do mercado sexual e o consequente
colapso das hierarquias de status locais.
O que esse capítulo visa mostrar é que: juntas, essas condições
criam desequilíbrios no mercado sexual moderno. Resumindo, um
grupo crescente de mulheres bem-sucedidas está perseguindo
um número cada vez menor de homens de alto valor e avessos ao
compromisso.
Em um nível superficial, muito disso pode ser explicado pelas pro-

porções quantitativas de sexo e disponibilidade de homens e mu-
lheres nos mesmos locais geográficos, classes sociais, padrões fi-
nanceiros e níveis de instrução superior. No entanto, a estrutura da
seleção moderna de parceiros é fundamentalmente matemática.
Para entendermos verdadeiramente as causas e consequências do
mercado sexual moderno, é necessário um pouco de matemática.
No outro Capítulo sobre o “Efeito Tinder” trouxe vários dados e es-

tatísticas de como o homem solteiro, com alto grau de escolari-
dade e renda, bem como personalidade atraente e com um estilo
de vida variado é, hoje, disputado por um número muito maior de
mulheres. Agora chegou a vez de provar como funciona o mercado
sexual como um todo.
18
CHADS, PAIS
E HIPERGAMIA
Antes de tudo, vou resumir novamente a hipergamia
nesta parte do livro para vermos que ela se faz presen-
te em qualquer situação.
A hipergamia é uma estratégia sexual evolutiva em que

os indivíduos acasalam e/ou casam com aqueles mais
capazes de fornecer segurança a longo prazo (confor-
me já detalhado anteriormente). É um artefato nascido
da necessidade da evolução darwiniana nua e crua.
De acordo com o psicólogo evolutivo David Buss que

já foi amplamente citado aqui, os perigos de nosso
passado evolutivo favoreciam as fêmeas que eram
altamente seletivas com seus parceiros. Para sobrevi-
ver ao parto e criar filhos saudáveis, as primeiras fê-
meas humanas precisavam avaliar a posição de status
atual de um homem no grupo, bem como sua capacida-
de de proteger essa fêmea em situações futuras.
Consequentemente, as fêmeas normalmente acasa-

lam acima e através das hierarquias de dominância, en-
quanto os machos normalmente acasalam abaixo sem
nem se preocupar com isso.
A hipergamia muitas vezes se manifesta através da proteção físi-
ca. Portanto, é compreensível porque características físicas como
corpo atlético, força e altura são priorizadas pelas mulheres. Estas
são pistas de soluções para o problema da proteção.
Vejamos agora a demanda por homens com estas

características citadas:
Consideremos a altura. De acordo com um estudo , as mulheres fica-

vam mais satisfeitas quando seus parceiros eram 21 cm mais altos.
Isso é corroborado por outros estudos que descobriram que 49%
das mulheres preferem namorar homens mais altos e que o homem
mais baixo com quem uma mulher namoraria tinha 1,70 de altura.
Além disso, um estudo com universitários relatou que apenas 4%

das mulheres aceitariam um relacionamento em que ela fosse mais
alta. Em geral, homens nessa categoria são mais propensos a obter
parceiras atraentes, menos propensos a permanecer sem filhos ,
e ter um número maior de filhos em relação aos homens baixos (E
por altura, inclua também bom porte físico e a força física).
No entanto, a altura não é o único fator que determina o acesso ao

mercado sexual. As perspectivas financeiras também são impor-
tantes.
Um estudo de 1939 descobriu que as mulheres americanas ava-

liaram boas perspectivas financeiras duas vezes mais do que os
homens ao avaliar o valor de um parceiro de casamento. Essa
descoberta foi replicada em estudos conduzidos em 1956 e 1967.
Além disso, David Buss, tentando replicar esses estudos, fez uma
pesquisa de campo com 1.491 americanos em quatro estados em
meados da década de 1980. Mais uma vez, as mulheres valoriza-
vam boas perspectivas financeiras em um companheiro quase
duas vezes mais do que os homens. Essa diferença de gênero não
mudou. Na verdade, uma pesquisa da Pew Research de 2014 rela-
tou que 78% das mulheres solteiras valorizavam muito encontrar
um cônjuge com um emprego estável. Apenas 48% dos homens
compartilhavam dessa opinião.
Mais especificamente, em um estudo sobre os atributos valoriza-

dos em um cônjuge, o psicólogo Douglas Kenrick pediu a homens
e mulheres que indicassem os “percentuais mínimos” de cada atri-
buto que consideram aceitáveis.
Quando se trata de capacidade de ganho, as mulheres indicaram que

seria ideal o homem que ganhasse mais de 70% que a média de to-
dos homens. Em contraste, os homens desejavam uma companheira
que ganhasse mais de 40% que a média entre todas as mulheres.
Além disso, pesquisadores da Universidade de Aberdeen descobri-

ram que os homens poderiam subir dois pontos em uma escala de
atratividade sob medida, aumentando seu salário dez vezes. Para
que as mulheres alcancem um efeito semelhante de dois pontos,
seu salário precisaria aumentar 10.000 vezes. O status socioeco-
nômico de um homem é um dos principais determinantes de sua
atratividade para uma mulher, mas o oposto não é verdadeiro.
O que acontece quando uma mulher ganha mais que o marido?

Um estudo descobriu que os casamentos em que a esposa ganhava
mais que o marido tinham 50% mais chances de terminar em di-
vórcio. Isso é corroborado por pesquisadores finlandeses que con-
cluíram que, enquanto “a alta renda do marido diminui o risco de
divórcio, a alta renda da esposa aumenta o risco em todos os níveis,
mas especialmente quando a renda da esposa excede a do marido”.
Além disso, um estudo de casais suecos relatou que quando a es-

posa contribui com 80% ou mais da renda total, o risco de divórcio
era duas vezes maior do que quando ela contribui com menos de
20%. Curiosamente, um estudo também descobriu que os homens
que não tinham o principal papel de trazer o “ganha-pão” para casa,
eram mais propensos a usar medicamentos para disfunção erétil
em relação aos homens que eram.
A noção de que a maioria das mulheres são extratores insensíveis

de recursos é imprecisa. Eles não estão necessariamente atrás de
recursos, mas sim os principais preditores de aquisição de recur-
sos. Ou seja, inteligência e trabalho duro.
Embora a hipergamia seja tradicionalmente definida de acordo

com as linhas de segurança e provisão, é importante estipular que
existe um componente secundário que lida com apelo sexual puro
e irrestrito. Não se trata apenas de cifrões e pontos de QI. Pergunte
a Bill Gates e Jeff Bezos.
A hipergamia é, até certo ponto, favorável ao estereotipado Chad.

Independentemente de seu diploma na faculdade ou pontuação
de crédito, o bad boy que incorpora os traços de personalidade da
tríade sombria é amado. Como tal, a hipergamia em sua forma mais
verdadeira prioriza um amálgama semelhante ao Rebis do beta e
do alfa. O que as mulheres realmente desejam, então, é o Chad,
que pode cumprir seu papel de pai.
A hipergamia é um dispositivo evolutivo. Odiá-lo equivale a odiar

as leis termodinâmicas ou a gravidade. Simplesmente é assim.
Além disso, é a hipergamia que criou as hierarquias de competên-
cia usadas para estruturar as sociedades humanas. Se procurar
reproduzir com mulheres exigentes condiciona um homem para
(em termos quantitativos) a conquista e autorrealização, não so-
mos melhores por isso? Mas qual é o efeito da hipergamia quando
as fêmeas superam os machos?
19
ELAS NÃO
ABAIXAM A
RÉGUA
Ao selecionar um parceiro de longo prazo, vamos supor
que mulheres solteiras nos Estados Unidos com mais
de 18 anos baseiam seus critérios de seleção na “regra
dos seis”. Esta é uma heurística de namoro que estipu-
la que o parceiro ideal de uma mulher deve ter 1) uma
renda de seis dígitos, 2) barriga tanquinho e 3) ter um
metro e oitenta de altura.
Existem, é claro, muitas qualidades e características

além dessas três que tornam um homem atraente. No
entanto, para os propósitos desta lição matemática, se-
lecionei a regra dos seis, pois ela representa um proxy
simples para a seleção hipergâmica de parceiros. Va-
mos executar os números.
De todos os homens nos Estados Unidos, estima-se que

13% tenham uma renda anual de US$ 100.000 ou mais,
14,5% tenham um metro e oitenta ou mais de altura e
10% tenham barriga de tanquinho. Embora o número
provavelmente seja muito menor, vamos supor que um
por cento dos homens americanos possua todas as três
qualidades. Isso equivale a 1,009 milhão de homens com 18 anos
ou mais. Em comparação, estima-se que existam 33,8 milhões de
mulheres nunca casadas com 18 anos ou mais nos EUA.
Se nos mantivermos dentro dos parâmetros desse modelo, esse

grupo de mulheres efetivamente supera em número seus parceiros
desejados por um fator de 34. Além disso, se cada homem for em-
parelhado com uma única mulher, isso deixa 32,8 milhões de mu-
lheres sem companheiro. Este é um desequilíbrio impressionante.
Chamada de regra 80/20 ou princípio de Pareto, uma distribuição

de lei de potência descreve uma relação entre duas variáveis em
que uma pequena quantidade da variável A é responsável por uma
proporção exagerada da variável B.
O mercado sexual moderno é baseado em uma lei de poder em que

um pequeno número de homens altamente bem-sucedidos é dese-
jado pela maioria das mulheres. Embora seja improvável que essa
distribuição seja perfeitamente 80/20, é provável que haja algum
tipo de desequilíbrio. É importante ressaltar que não estou suge-
rindo que um pequeno grupo de homens namore e durma com a
maioria das mulheres. Isso é uma impossibilidade logística. No en-
tanto, existe uma assimetria quando se trata de atração e atenção.
Isso é evidente a partir de pesquisas no Tinder.
De acordo com um estudo do aplicativo de namoro, enquanto os

homens “curtiram” 60% dos perfis femininos que visualizaram, as
mulheres gostaram de apenas 4,5% dos perfis masculinos. Além
disso, as mulheres, em média, viam 80% dos homens em aplica-
tivos de namoro como abaixo da média em atratividade. É impor-
tante ressaltar que um estudo, buscando quantificar as perspec-
tivas de sucesso no Tinder, determinou que “os 80% inferiores dos
homens (em termos de atratividade) estão competindo pelos 22%
inferiores das mulheres e os 78% superiores das mulheres estão
competindo pelo top 20% dos homens.
Embora as distribuições da lei de potência ocorram naturalmente

em uma infinidade de configurações, é minha opinião que sua pre-
sença no Tinder é intencional. O algoritmo principal do aplicativo
não é calibrado para produzir resultados iguais. Esta é uma função
de seu uso do sistema de classificação ELO .
Criado pelo físico húngaro-americano Arpad Elo, o sistema de

classificação ELO foi projetado para classificar jogadores de xa-
drez em torneios nacionais. Simplificando, a classificação de um
jogador é gerada a partir das classificações de seus oponentes e
dos resultados marcados contra eles.
Embora o algoritmo do Tinder seja certamente complexo, ele é

fundamentalmente um “ vasto sistema de votação ” baseado no
ELO. Para elaborar, a “desejabilidade” de um perfil do Tinder tem
como premissa quantos usuários “gostaram” dele e qual era a atra-
tividade desses perfis.
Quanto mais curtidas você acumular, maior será sua conveniên-

cia. Além disso, sua atratividade geral aumenta quando um usuário
com uma atratividade mais alta gosta do seu perfil. Se um perfil
com uma desejabilidade igual ou inferior não gostar do seu, sua
classificação será afetada. Obviamente, o algoritmo servirá a você
perfis cuja classificação de conveniência é semelhante à sua. Este
sistema de classificação é feito sob medida para uma distribuição
de lei de potência. Teoricamente, um homem de aparência mediana
não será capaz de aumentar seu índice de atratividade se mulhe-
res de alto nível não gostarem de seu perfil. E por que eles iriam?
Independentemente de sua classificação de conveniência, as mu-

lheres que usam o Tinder não estão lá para Joey Bag o’Donuts. Elas
estão lá para o Chad ou algum equivalente de alto valor. De fato,
pesquisas indicam que os homens têm duas vezes mais chances
de receber uma resposta de mulheres menos desejáveis do que
eles do que de mulheres mais desejáveis.
Lembre-se de que as mulheres no Tinder gostam apenas de 4,5%

dos perfis masculinos, enquanto os homens gostam de 60% dos
perfis femininos. Além disso, lembre-se de que a base de usuá-
rios do Tinder é 72% masculina e 28% feminina. Isso significa
que 72% da base de usuários gosta de 60% dos outros 28%, en-
quanto 28% gosta apenas de 4,5% dos outros 72%. Como tal,
a classificação de desejo da maioria das mulheres no aplicati-
vo é inflada devido ao excesso de curtidas de homens com clas-
sificações inferiores, iguais ou superiores. Essa inflação coloca
as mulheres com um índice de atratividade objetivamente mais
baixo no mesmo grupo de homens altamente desejáveis que fo-
ram selecionados naturalmente. Como tal, um pequeno número
de homens recebe uma grande porção de atenção e interesse da
maioria das mulheres no Tinder.
Nos últimos anos, o Tinder afirmou que se afastou do ELO. No en-
tanto, isso é difícil de acreditar. Embora mudanças sutis possam
ter sido feitas no algoritmo, é provável que a mecânica principal
permaneça intacta. O metajogo financeiro do Tinder depende da
facilitação de uma distribuição de lei de poder entre seus usuários.
Dado que 78% das mulheres no topo do aplicativo estão compe-
tindo pelos 20% dos homens, o Tinder fará tudo o que puder para
manter esses homens. Ele se importa pouco com os 80% de ho-
mens e 22% homens e mulheres inferiores, pois esses usuários
não geram muito tráfego.
Esse desequilíbrio da lei do poder no mercado sexual é uma pos-

sível explicação para o aumento da assexualidade masculina. De
acordo com a Pesquisa Social Geral, a parcela de homens com
menos de 30 anos que não relataram sexo quase triplicou de 8%
em 2008 para 28% em 2018.
20
É SOLITÁRIO
NO TOPO
Em comparação com seus colegas do sexo masculino,
as mulheres jovens têm vantagem em educação e po-
der aquisitivo. Desde a década de 1990, as mulheres
superaram os homens em número de matrículas e taxas
de conclusão da faculdade, revertendo uma tendência
que durou até os anos 1960 e 1970. Em 1960, havia 1,6
homens para cada mulher formada em uma faculda-
de americana de 4 anos. Compare isso com 2003, onde
havia 1,35 mulheres para cada graduado masculino. Em
2013, 37% das mulheres de 25 a 29 anos tinham pelo
menos um diploma de bacharel, em comparação com
30% dos homens na mesma faixa etária. Além disso,
12% das mulheres nessa faixa etária tinham pós-gra-
duação ou diploma profissional, em comparação com
8% dos homens. Mas não são apenas os EUA. O Reino
Unido, Panamá, Sri Lanka, Argentina, Cuba, Jamaica e
Brunei têm algumas das maiores proporções de mu-
lheres para homens no ensino superior.
As moças também estão ganhando mais do que os

rapazes. De acordo com dados compilados pela Press
Association, as mulheres entre 22 e 29 anos geralmen-
te ganham £ 1.111 a mais a cada ano em comparação
com os homens da mesma faixa etária. Tal como está, as mulheres
contribuem com US$ 7 trilhões para o produto interno bruto dos
EUA por ano e são o principal ganha-pão em 40% dos lares ameri-
canos. Crucialmente, quanto mais bem-sucedida profissionalmen-
te uma mulher for, mais forte será sua preferência por homens
bem-sucedidos.
Em um estudo com mulheres recém-casadas e financeiramente

bem-sucedidas, os pesquisadores concluíram que “as mulheres
bem-sucedidas valorizam ainda mais do que as mulheres menos
sucedidas em companheiros com formação profissional, alto status
social e maior inteligência”. Essa tendência também está presente
em contextos interculturais. Estudos separados de 1.670 espanho-
las , 288 jordanianas , 127 sérvias e 1.851 mulheres inglesas des-
cobriram que mulheres com muitos recursos desejavam parceiros
com maior status e mais recursos. Em geral, as mulheres solteiras
têm três vezes mais probabilidade do que os homens de dizer que
não considerariam um relacionamento com alguém que ganha me-
nos do que elas.
Quando emparelhado com a verdade fundamental da hipergamia,

o crescimento da realização feminina (e a estagnação compara-
tiva da realização masculina) equivale a uma lei de retornos de-
crescentes. Quanto mais uma mulher consegue, menos parceiros
adequados ela tem para escolher. É, de fato, difícil se casar acima
e além das hierarquias de dominância se você se sentar no topo da
sua. Essa dificuldade é ainda agravada pelo fato de que as mulhe-
res mais velhas e poderosas devem competir não apenas entre si,
mas também com as mulheres mais jovens por um número fugaz
de homens de alto valor.
Não se engane, os critérios evoluídos dos homens para a seleção
de parceiras priorizam a juventude e a aparência. À medida que
os homens envelhecem, eles desejam mulheres cada vez mais jo-
vens do que eles. Como tal, os homens estão menos interessados
no sucesso profissional de possíveis parceiras. Essa dinâmica é
confirmada nos dados.
Estudos usando dados de sites clássicos de namoro online e

encontros rápidos descobriram que os homens exibiam menos
preferência por mulheres cuja inteligência ou ambição excedem
as suas. Um estudo realizado por quatro universidades do Reino
Unido descobriu que a probabilidade de casamento de uma mulher
diminuiu 40% para cada aumento de 16 pontos em seu QI. Em con-
traste, os homens experimentaram um aumento de 35% na pro-
babilidade de casamento para cada aumento de 16 pontos no QI.
Finalmente, os pesquisadores relataram que os homens apresen-
taram níveis mais baixos de autoestima implícita quando confron-
tados com o sucesso de suas parceiras. O oposto é verdadeiro para
as mulheres quando seu parceiro masculino é bem-sucedido.
Curiosamente, algumas mulheres perceberam essa dinâmica. Em

um estudo de 2017 com alunos de MBA de elite, três pesquisado-
res descobriram que mulheres solteiras e não solteiras forneceram
respostas semelhantes a perguntas sobre salário e aspirações de
liderança quando pensaram que suas respostas permaneceriam
anônimas. No entanto, as solteiras demonstraram aspirações me-
nos ambiciosas quando acreditaram que os colegas veriam suas
respostas. Os pesquisadores concluíram que mulheres altamen-
te educadas podem evitar sinalizar ambição profissional porque
isso pode ser penalizado no mercado matrimonial.
As mulheres bem-sucedidas enfrentam uma escassez de homens
demograficamente superiores para se casar. De fato, o declínio
nascente no casamento tem sido atribuído a uma suposta falta
de parceiros economicamente atraentes para mulheres solteiras.
Aplicando métodos de imputação de dados a dados de pesquisas
nacionais, os pesquisadores descobriram que as mulheres soltei-
ras enfrentam uma escassez geral de parceiros com diploma de
bacharel ou renda anual superior a US$ 40.000. Embora essa ob-
servação esteja longe de ser nova, o que não é bem compreendido
é até que ponto esse desequilíbrio tende a piorar.
Em 2012, havia 88 rapazes com formação superior empregados

para cada 100 jovens com formação superior que nunca se casaram.
Entre os jovens com pós-graduação que nunca casaram, havia ape-
nas 77 homens para cada 100 mulheres. Além disso, a proporção de
homens empregados para mulheres jovens que nunca se casaram
diminuiu consistentemente. Em 1960, havia 139 homens emprega-
dos para cada 100 jovens solteiras. Em 2012, essa proporção era de
91 homens empregados para cada 100 mulheres jovens que nunca
se casaram. Se você acha que essas proporções são preocupantes,
espere até ver como elas se parecerão daqui a 20 anos.
Com base nestes números, a taxa de participação masculina na

força de trabalho apresenta um declínio lento, mas gradual, caindo
de um máximo de 87% em 1950 para um mínimo de 68% em 2019.
Excluindo o bloqueio do COVID-19 de 2020, a participação mascu-
lina na força de trabalho caiu em 0,1% ao mês desde 1950. Além
disso, houve uma queda de 5,4% desde 2005. Com base na linha
de tendência linear, a taxa de participação masculina na força de
trabalho continuará a diminuir, caindo abaixo de 65% pela primeira
vez até 2040.
Embora alguns possam ser compreensivelmente céticos em rela-

ção às minhas descobertas e conclusões, eles são corroborados
por um relatório de 35 páginas publicado pelo Morgan Stanley em
2019. Inteligentemente intitulado Rise of the SHEconomy , o Mor-
gan Stanley prevê que 45% das mulheres trabalhadoras entre 25
e 44 anos serão solteiras e sem filhos até 2030, a maior parcela da
história. Espera-se que as mulheres solteiras cresçam 1,2% anual-
mente de 2018 a 2030, em comparação com um crescimento de
0,8% para a população geral dos EUA. Até 2030, a porcentagem
de mulheres solteiras superará a de mulheres casadas.
Embora algumas dessas mulheres possam muito bem evitar os

princípios da hipergamia e se contentar com um homem abaixo
de sua condição financeira e educacional, muitas procurarão um
parceiro de alto valor. É aqui que as coisas realmente se tornam
onerosas.
21
CASAMENTO
É BOM, MAS A
MODERNIDADE O
ESTRAGOU
Homens e Mulheres sempre tiveram ganhos substân-
ciais no casamento, já deixei claro que para as mulhe-
res questões como status financeiro, poder de influên-
cia, inteligência e reconhecimento social são questões
que atraem a mulher por causa do seu comportamento
hipergâmico. Casamento seria então a mulher refrear
a sua hipergamia para dentro de uma monogamia em
busca de uma visão de longo prazo, ao passo que o ho-
mem refrearia seu instinto poligâmico para viver com
uma mesma mulher garantindo assim estabilidade no
matrimônio.
Casamento é bom é o título de um capítulo do livro

“The Case Against the Sexual Revolution”, a autora Loi-
se Perry fala como o casamento é importante para a
mulher e como o feminismo trouxe a visão de que era
“uma prisão”, despertando uma visão taxativa de que
o casamento é terrível para mulheres, o trabalho do-
méstico degradante e o homem um crápula que em al-
gum momento irá abandoná-la, sendo que na verdade casamento
é bom para ambos os lados. Um dos registros que temos é que as
mulheres estão cada vez mais infelizes, de acordo com as estatís-
ticas americanas o nível de satisfação e felicidade feminina estão
decaindo desde a década 70. Mulheres no casamento vivem inclu-
sive melhor, os filhos são mais saudáveis e a vida mais harmônica
e segura.
Você deve achar tudo isso muito conservador mas esse livro foi es-
crito por uma feminista. Não se trata de “ser do lar”, ou de ser de-
pendente do Homem, mas de que o casamento garante estabilida-
de, saúde emocional e é um campo importante na vida da mulher.
Porém, hoje elas foram deseducadas a serem esposas, coisa que
a própria autora reconhece. Sendo o casamento uma questão so-
cialmente benéfica para e emocionalmente proveitosa para a mu-
lher, o homem casado via de regra possui um comportamento mais
saudável e com menor propensão a risco (como dirigir embriagado
ou acima do limite de velocidade), se dedicam mais ao trabalho e
ao crescimento da carreira, se sentem mais felizes cuidando e pro-
vendo para esposa e filhos. Para o homem é bom ter “alguém para
cuidar”. Ele se torna mais funcional, responsável e com um senso
de dever que o motiva.
A grande questão é: o homem deve buscar tudo isso com ou sem

o casamento, pois não vivemos nos dias de 50 anos atrás. O casa-
mento deve ser para o homem uma consequência, não um objeti-
vo. Independente de ter mulher ou não na equação, todo homem
deveria ter essa compreensão de ser tornar melhor a cada dia,
esse seria o meu grande ensinamento para os homens que lerem
o livro, porém muitos homens por não terem uma esposa e filhos
não se sentem motivados a serem ambiciosos e possuem um com-
portamento de abdicar desse fardo da performance, por exemplo.
Nesse livro, falamos sobre como hackear o mercado sexual jus-

tamente para você poder escolher bem uma potencial parceira e
ter um relacionamento longo e exitoso, sair da matrix caótica do
divórcio, do desgaste emocional, das decepções por ter investido
em alguém que não valia o mínimo esforço, enfim. Saiba que nada
vale a sua paz e tranquilidade e que seu maior compromisso é com
seu progresso, sendo assim, uma nova forma de ver o mundo é ne-
cessária depois da redpill: investir em experiências, ter um novo
objetivo na vida, fazer algo por vocação, tudo isso fará com que
você tenha um segundo fôlego na sua vida, com ou sem casa-
mento, depois ou não de um divórcio, o caminho do homem (e da
mulher) é sempre ressignificar etapas diferentes da vida.
22
CASAMENTO É
COISA DE BETA
OU EXISTEM
ALFAS FIÉIS?
Um dos textos mais redpill que eu encontrei no mains-
tream foi o do Adrilles Jorge, e tive a oportunidade de
comentar a respeito desse texto durante um podcast
que fizemos em 2022. Longe de lançar uma maldição
sob o matrimônio, esse texto que você lerá uma parte
traz uma grande reflexão sobre o sucesso de casamen-
tos longos: a falta de tentação. Veja:
“Até que a morte os separe, diz o padre. Mas relaciona-

mentos, amores, desejos, afetos e admirações morrem
o tempo todo. Tentar a ressurreição permanente num
casamento é nobre. Querer amar alguém pela eterni-
dade é o nobre princípio do casamento. Querer amar al-
guém, tentar construir uma relação plena, com base em
amizade, filhos, parceria, comunhão de almas, é belo.
Mas quando o amor, a comunhão, a comunicação vão
embora, querer amar alguém na marra se transforma
em ódio contra o próprio desejo. E a tentativa de amor
desesperada pode se converter em ressentimento que
prejudica ainda mais a outra pessoa e a própria relação. Casamento
é angu de caroço. É, sim, a melhor e mais perfeita parte da tessitura
de organização social. A criação de filhos em um ambiente familiar,
em que laços sanguíneos se tornam afetivos, é a melhor estrutura
de construção de uma sociedade harmônica. Mas a natureza — tanto
humana como animal — não é tão harmônica assim. Nossos desejos
mudam. Não necessariamente nos reconhecemos no adolescente
que se encantou por aquela pessoa que está conosco há anos.
A grande base sólida do casamento é a falta de tentação. Uma

pessoa não muito poderosa, não endinheirada, não muito boni-
ta, como a maioria de nós, tende a se encostar no casamento
por falta de oportunidade de pecar. Alguém muito bonito e rico
(ou famoso e poderoso) tende a ter inúmeras ofertas de amor e
sexo com pessoas deslumbrantes, atraentes, encantadoras. Não é
por acaso que famosos, ricos e poderosos tendem a se casar vá-
rias vezes, namorar inúmeras pessoas. Uma pessoa muito bonita
tem oportunidades mil de portas abertas. Uma pessoa muito bo-
nita, por exemplo, tende a se desenvolver menos do ponto de vista
intelectual, e até moral, porque a introspecção é pouco estimulada
em sua vida. Festas, convites, baladas e oportunidades aparecem
o tempo todo ao seu redor, como um demoniozinho a chamando
para sair de casa.
Já o feio, vesgo, espinhento, cabeçudo, desde jovem (eu, por acaso)

tende a perceber na própria carne a injustiça da anatomia como
destino. As paixões, os olhares se desviando, as paixões rejeita-
das, os medíocres belos ganhando as menininhas. Daí o sujeito vai
se entupir de poesia, literatura e filosofia para tentar encontrar
uma razão para a vida, que, claro, é a razão da injustiça da vida
para consigo, que não é culpa de ninguém, mas do destino. Este
vai, eventualmente, se der sorte, achar uma alma profunda como
a sua, se casar para sempre e torcer para que nunca acabe — até
porque sabe que a oferta é escassa, sobretudo no sentido de não
haver pessoa muito profundas, mesmo as feias ressentidas. E as
pessoas feias ressentidas se acomodam com outras feias res-
sentidas e tendem a ser fiéis por medo de solidão, criação de
filhos, afinidades socioculturais etc. Daí vivem felizes até quase
todo o sempre, sobretudo por falta de tentação. Há muito santo
por aí que vira santo por falta de oportunidade de pecar.
Ah, claro que beleza é relativa. Mas a feiura, sobretudo para o feio, é
absoluta. Não caiam em papo de blogueirinha autoestima. Padrões
clássicos de beleza existem e são vinculados à anatomia reprodu-
tiva. Há gente feia e gente bonita que podem alterar seus aspectos
pela personalidade, mas isso ocorre em 1% dos casos. Tem tam-
bém os poderes do dinheiro, o poder do intelecto, poderes simbó-
licos, outros alternativos e subjetivos de atração que atravessam a
mera anatomia, claro. Mas estes poderes alternativos seduzem al-
ternativamente. Alguém até pode se sentir seduzida pelo dinheiro
ou pelo intelecto, mas são curvas turvas de sedução, por traços e
esboços de personalidade que não necessariamente representam
a pessoa inteira a ser amada. E tem também as pessoas que com
mau gosto, assim chamado de ”pulsão de morte” por Freud. Pes-
soas de dedo torto, que nunca se casam ou se casam com gente
que torna suas vidas uma miséria total.
[...]
A falta de grana, poder ou beleza também convidam a um casa-
mento mais tranquilo, em que a fidelidade se dá por limitação de
oportunidades. Esta segunda hipótese — a limitação das oportuni-
dades humanas — é a causa principal do sucesso até hoje do casa-
mento em todas as épocas e sociedades. É esta falta de oportu-
nidade que mantém o casamento, nos possibilita aprofundar as
relações afetivas a longo e até a eterno prazo. A falta de oportu-
nidades e a tara obsessiva do desejo eterno por uma única pessoa.
Você escolhe seu melhor princípio de romantismo casadoiro.”
Veja bem, esse livro é feito para ser desconfortável e altamente irôni-
co e sarcástico. Não me entenda mal, fiz essa mesma promessa de
amor eterno e conquistar a eternidade ao lado da minha esposa é a
grande meta da minha vida. Porém, esse tipo de visão do casamento
explica o simples fenômeno da troca da mulher por um homem me-
lhor (monkey branching), ou quando um homem casado troca uma
esposa de muitos anos por uma mulher mais nova, principalmente
quando este ascendeu na questão econômica. Grande parte das pes-
soas só são fiéis por falta de opção. Seja a mulher de realmente fis-
gar um homem mais rico ou poderoso, ou um homem por não ter uma
mulher altamente linda dando em cima dele. A monogamia organiza
a vida social, é o melhor modelo de criação de filhos, porém grande
parte do seu sucesso é a escassez de melhores pretendentes.
Mesmo assim, acredito em alfas fiéis. Um homem só é fiel por fal-

ta de opões ou por virtude própria e por desejar sempre a mesma
pessoa, a mesma carne, a mesma alma. Nesse sentido, vale a pena
a reflexão: Casamento é coisa de beta?
Bom, meus leitores, eu desejo que após essa
leitura a sua visão de como se relacionar, esteja
bem mais clara. O meu objetivo com este livro
é contribuir para que a sua vida seja melhor e
mais leve. Ser homem não é um problema.
Agradeço por ler até aqui e em breve ainda

nos veremos mais vezes para continuarmos
falando sobre este assunto que é vasto e cheio
de novidades a todo momento.
Gratidão!
JUNIOR MASTER

Hackeando o Mercado Sexual-Junior Masters

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HACKEANDO O MERCADO SEXUAL - O MÍNIMO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE REDPILL 1

Da mesma forma penso no caso da Redpill: a grande popularidade

A minha revisora (uma jornalista que fez a diagramação e a for-

depois de mais de 120 episódios de podcasts (Redcast + Master

Trouxe nesse livro as contribuição de amigos que fiz ao longo dessa

∞ 6 EXCEÇÕES DE TUDO QUE VOCÊ 13

∞ 7 REGRAS DE OURO DOS 19

∞ NICE GUY: HACKEANDO A MENTE 24

∞ HIPERGAMIA E A ESTRATÉGIA SEXUAL FEMININA 31

∞ VSM E AS DIFERENTES FASES DA 36

∞ A EMANCIPAÇÃO FEMININA VIRÁ NÃO 63

∞ A VOLTA POR CIMA DOS HOMENS COMUNS: 69

∞ REJEITE A MODERNIDADE, ABRACE 73

∞ SOLIPSISMO FEMININO: HACKEANDO 85

∞ TRAIÇÃO MASCULINA E FEMININA 89

∞ HACKEANDO O MERCADO SEXUAL (CASAMENTO, 94

∞ CHADS, PAIS E HIPERGAMIA 96

∞ ELAS NÃO ABAIXAM A RÉGUA 101

∞ É SOLITÁRIO NO TOPO 106

∞ CASAMENTO É BOM, MAS A 111

∞ CASAMENTO É COISA DE BETA OU 114

A Red Pill é uma metáfora popular que se originou no

A ideia central da Red Pill é a de que a sociedade atual

Ainda sobre o meu contato com a Red pill, se deu primeiramente

Como um pensador crítico e controverso, ele é conhecido por sua

A “pílula vermelha” (red pill) representa um despertar para a ver-

É importante ressaltar que, Rollo Tomassi não defende a ideia de

Outro conceito-chave dentro da red pill é “O Homem Alfa”, que é

Inclusive, a ideia do “homem alfa” frequentemente é associada com

Longe de querer criar um padrão normativo, é fácil reconhecer que

Falando agora do homem beta, outro termo usado frequentemen-

Por fim, ainda sobre termos dentro da comunidade, há também

Algo importante que preciso enfatizar: Eu não sou con-

mais de 41% dos casamentos terminam

Outra estatística que causa bastante espanto, é a do au-

Mas, antes de tomarmos essa pílula juntos, aqui vão 6

EXCEÇÃO 1 (A MAIS CLARA DE TODAS):

Casais que se conheceram e tiveram compatibilidade de valores

Poucos são os homens que tiveram a sorte de encontrarem

O lutador de MMA que mais faturou na história foi Connor

O cantor Zé Neto teve a mesma sorte: sua esposa o encontrou

As redes sociais são uma máquina de moer relacionamentos.

Muitas mulheres com uma maior beleza significativa que a dos

Atração Negociada: Quando ela não está interessada nele,

Imagina que um casal decidiu firmar um relacionamento

Ser o primeiro é uma grande bomba sobre a mulher a

Existe uma explicação até mesmo quando a mulher é visivelmente

O homem não deve ganhar menos que a mulher.

Defina os limites e a dinâmica do relacionamento ANTES

Mantenha-se atraente durante o relacionamento.

Continue evoluindo de modo constante.

Não estou dizendo que você é obrigado a ser milionário, mas,

Sexo para o casal é um termômetro e um remédio.

A mulher deve seguir o homem em sua missão.

A Síndrome de Nice Guy (ou do “cara bonzinho”) tem

 Tentar agradar compulsivamente

O pai é a figura central que “retira” o menino da esfera da mãe e o

Assim, diante de uma identidade mal formada e da falta de refe-

Particularmente, acabei criando 3 personagens bastante comuns

É importante destacar, entretanto, que deixar de ser um homem

Em razão de nossa estrutura de personalidade, não é uma tarefa

Atualmente, a teoria sobre personalidade mais aceita é a do Big

No caso de Nice Guys, poderíamos destacar a Agradabilidade e o