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A avaliação psicológica a partir do modelo dos cinco grandes fatores de personalidade (Big
Five ).
PROPÓSITO
Compreender o conceito de personalidade e as formas de avaliá-la é importante para o
psicólogo, pois todas as interações humanas têm a personalidade em sua base e as mais
variadas atuações do psicólogo consideram a personalidade uma variável relevante.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
O que um psicólogo estuda? Se fizermos essa pergunta para pessoas leigas, algumas vão
dizer que o psicólogo estuda a mente. Outras poderão dizer que o psicólogo estuda os
comportamentos. Haverá também quem diga que psicólogo é aquele que estuda
personalidade. Todas as respostas estão corretas. Neste tema, aprenderemos a avaliar esse
conceito central dentro da Psicologia.
Não podemos nos esquecer do modelo Myers-Briggs Type Indicator (MBTI). Posteriormente,
serão apresentados o histórico e algumas considerações pertinentes à medida da
personalidade. Por fim, serão mostrados os principais testes psicométricos e projetivos para a
avaliação dessa importante faceta humana.
ATENÇÃO
Materiais de avaliação psicológica são de uso exclusivo do psicólogo. Podem ser utilizados
como objeto de estudo sob a supervisão do profissional qualificado da área.
MÓDULO 1
ESTUDO DE FATORES
Como é formada a nossa personalidade? Qual a estrutura dela? Essas perguntas são
respondidas pelo estudo dos fatores da personalidade. Praticamente todas as áreas da
Psicologia utilizam a personalidade como base para seus estudos. Veja alguns exemplos:
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A Psicologia escolar deve conhecer a personalidade dos alunos e professores de uma escola,
a fim de que o processo de aprendizagem se dê de forma mais efetiva.
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Do ponto de vista evolutivo, conhecer a personalidade (BUSS, 1996) é bastante adaptativo
para o ser humano. Imagine a vantagem que possui alguém que compreende a personalidade
dos outros. Essa pessoa consegue antecipar as ações de seus semelhantes, agir de acordo
com o sentimento deles. Conhecer a personalidade de parceiros e potenciais parceiros traz
uma grande vantagem reprodutiva e evita o envolvimento em situações desagradáveis.
Suponha que você queira saber tudo que está incluído na personalidade humana.
Na década de 1930, Gordon Willard Allport teve a ideia de utilizar a linguagem como base
para a compreensão da personalidade. Isso é chamado de hipótese léxica. A hipótese léxica
afirma que, se alguma coisa é relevante dentro de nossa personalidade, de alguma forma tal
coisa foi decodificada pela linguagem.
Dessa maneira, a base para o estudo da personalidade foram todos os adjetivos do dicionário.
Allport e Odbert (1936) analisaram 400 mil palavras do Webster’s New International
Dictionaire , chegando a 4.500 descritores de personalidade. Esse trabalho influenciou
Raymond Cattell, que fez análises fatoriais a partir desses descritores na década de 1940.
Entretanto, na época, a análise fatorial era uma técnica estatística que dava seus primeiros
passos. A estrutura computacional era inexistente. Portanto, não foi possível criar uma
estrutura mais simples para a personalidade.
Famoso psicólogo social que “passou quase toda a sua carreira acadêmica em Harvard,
concluindo seu bacharelado e doutorado na universidade e atuando como membro do
corpo docente de 1930 a 1967”.
COMENTÁRIO
A análise fatorial é uma técnica estatística que permite avaliar a quantidade de traços latentes
necessários para explicar todos os itens.
Posteriormente, com o aprimoramento da análise fatorial, modelos mais simples puderam ser
criados. Cabe mencionar que um princípio bastante importante da ciência é o da parcimônia.
Por parcimônia, entende-se que, quanto mais simples, melhor é o modelo, desde que ele dê
conta da complexidade dos fatos. Esse princípio está associado a uma corrente científica
chamada reducionismo.
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Depois, ele cria uma escala na qual os participantes pontuam (por exemplo, de 1 a 5) o quanto
consideram que aquele adjetivo os descreve. As análises fatoriais servem para criar grupos de
adjetivos que são similares.
As soluções tendem a demonstrar que cinco grupos são suficientes para explicar toda a
estrutura dos adjetivos do dicionário.
Assim como algumas descobertas da ciência, a descoberta dos cinco fatores deu-se ao acaso.
O que ocorreu foi que todos os estudos convergiram para a mesma solução. Não existe uma
teoria prévia sobre os cinco fatores de personalidade, mas teorias posteriores foram criadas.
Entretanto, não há consenso na ciência sobre como eles devem ser batizados. Isso não
constitui em um problema epistemológico e é possível que, futuramente, tenham seus nomes
padronizados por alguma convenção de pesquisadores.
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Os fatores são:
Abertura à experiência
Conscienciosidade
Extroversão
Neuroticismo
Amabilidade/socialização
Uma maneira de recordá-los, frequentemente encontrada nos livros, é por meio do acrônimo
OCEAN — que significa “oceano”, em inglês. Esse acrônimo contém as iniciais de todos os
cinco fatores no mesmo idioma, a saber:
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O Openess (Abertura)
C Consciensioness (Conscienciosidade)
E Extraversion (Extroversão)
A Agreeableness (Amabilidade/socialização)
N Neuroticism (Neuroticismo)
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N Neuroticismo
A Abertura
S Socialização
C Conscienciosidade
E Extroversão
É muito importante que você memorize esses fatores, bem como suas descrições. Trata-se de
apenas cinco elementos que permitem um conhecimento amplo da personalidade de qualquer
indivíduo.
RECOMENDAÇÃO
Tente observar em si próprio ou nas pessoas que estão à sua volta o quanto essas
características estão presentes.
Como veremos a seguir, cada um deles possui seis facetas (COSTA; MCCRAE, 1992; LEITE,
2020).
ABERTURA À EXPERIÊNCIA
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Enfoca a apreciação da arte e da beleza, bem como uma recepção geral à novidade. Também
pode ser encontrado na literatura científica com o nome de “intelecto” ou somente “abertura”.
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Sujeitos com pontuação alta na análise desses fatores, na abertura à experiência tendem a ser
criativos e receptivos a novas ideias e atividades. Possuem uma vida interna rica e extensa,
gastando seu tempo em atividades como pensar em conceitos, refletir sobre obras de arte ou
teorias intelectuais.
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Aqueles que pontuam baixo na abertura à experiência são mais inclinados ao pensamento
convencional. Seu leque de interesses é geralmente menor. Tendem a ser mais “pé no chão”.
FANTASIA
Vida mental ativa e elevada imaginação; vida interior rica e repleta de criatividade.
ESTÉTICA
SENTIMENTOS
Receptividade aos próprios sentimentos e emoções; vivência das emoções de forma intensa.
AÇÕES
Gosto por explorar novos lugares, experimentar novos alimentos e experimentar novas
atividades.
IDEIAS
VALORES
Facilidade para explorar e avaliar seus próprios valores sociais, políticos e religiosos.
CONSCIENCIOSIDADE
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O segundo fator desse modelo, a conscienciosidade, gira em torno da ideia de organização e
perseverança. Também pode ser encontrado na literatura com nomes como “realização” e
“escrupulosidade”.
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Porém, aqueles com menores pontuações tendem a ser mais impulsivos e descolados. A
espontaneidade costuma caracterizar sua abordagem às situações acadêmicas e vocacionais.
Não se dão bem com horários e planos concretos.
COMPETÊNCIA
ORDEM
SENSO DE DEVER
AUTODISCIPLINA
Capacidade para seguir com as tarefas e evitar distrações; foco nas atividades.
DELIBERAÇÃO
EXTROVERSÃO
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O terceiro fator do modelo Big Five é a extroversão, que avalia de onde os indivíduos retiram
sua energia. Enquanto os introvertidos possuem uma fonte de energia interna (que os
possibilita estar muito bem consigo mesmos, quase que dispensando a presença de outras
pessoas), os extrovertidos possuem uma fonte de energia externa.
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Pessoas com pontuação alta na extroversão tendem a preferir estar na presença de outras.
Podem ser descritas como a “alma da festa”. Preferem estar no centro das atenções. Deixam
as situações sociais sentindo-se animadas e cheias de energia.
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CALOROSIDADE
GREGARIEDADE
Preferência pela companhia dos outros e por fazer parte de grupos; evitar a solidão.
ASSERTIVIDADE
Tendência para liderar e dominar situações sociais; afirmar seus pensamentos com clareza.
ATIVIDADE
BUSCADOR DE ENTUSIASMO
EMOÇÕES POSITIVAS
Tendência a experimentar emoções positivas; inclinação para a alegria e o otimismo.
AMABILIDADE
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O quarto fator do modelo Big Five é a amabilidade, que também recebe os nomes de
“concordância” ou “socialização”. Ele gira em torno da ideia de confiança, honestidade e
conformidade. Indivíduos que são agradáveis tendem a ser mais simples e tolerantes por
natureza.
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MAIOR PONTUAÇÃO EM AMABILIDADE
As pessoas com maior amabilidade tipicamente são mais moderadas interpessoalmente. Elas
tendem a procurar o melhor em todos com quem se encontram e são altamente leais. São
generosas, honestas, confiáveis e preocupadas com o bem-estar dos outros.
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Já indivíduos que pontuam baixo em amabilidade tendem a suspeitar mais dos outros. São
cínicos e céticos sobre o mundo ao seu redor. Além disso, estão mais dispostos a usar a lisonja
ou a astúcia em busca de favores.
CONFIANÇA
FRANQUEZA
Simplicidade e sinceridade na expressão de opiniões e pensamentos; avalia comportamento
ético e retidão.
ALTRUÍSMO
Ação e dedicação à promoção do bem-estar dos outros; generosidade e disposição para ajudar
seu semelhante.
CONFORMIDADE
MODÉSTIA
EMPATIA
NEUROTICISMO
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O fator modelo final do Big Five é o neuroticismo, que se concentra na experiência das
emoções negativas. Indivíduos que caem na categoria neurótica tendem a ser mais propensos
a mudanças de humor e reatividade emocional. Esse fator também tem recebido o nome de
“estabilidade emocional”, referindo-se ao polo oposto do neuroticismo.
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Pessoas com baixas pontuações em neuroticismo são tipicamente mais estáveis em sua
experiência de emoções. São mais calmas e relaxadas em tempos de estresse e tendem a ser
bastante lentas para a raiva. Geralmente confiam em sua capacidade de lidar com situações
estressantes e não internalizam situações sociais desconfortáveis.
ANSIEDADE
HOSTILIDADE
AUTOCONSCIÊNCIA
IMPULSIVIDADE
VULNERABILIDADE
Alguns autores, como Gomes e Golino (2012), salientam a importância de polos na estrutura
dos cinco grandes fatores de personalidade. Todos os fatores têm um polo positivo e um polo
negativo. A extroversão, por exemplo, é oposta à introversão. Neuroticismo é o oposto de
estabilidade emocional. Conscienciosidade se opõe à inescrupulosidade; abertura para a
experiência é o oposto da convencionalidade. Amabilidade, por fim, tem seu polo negativo em
antissociabilidade (DIGMAN, 1996).
A teoria jungiana sobre a personalidade, criada por Carl Gustav Jung, embora originária da
Psicanálise, tem sido bastante estudada sob o ponto de vista psicométrico.
O modelo de Jung entende a estrutura psíquica da personalidade como três oposições entre
seis características (RAMOS, 2005):
Carl Gustav Jung nasceu na pequena aldeia de Kesswil, no norte da Suíça. Seu pai era
um pastor reformado e sua mãe vinha de uma família de pastores da região de Basel.
Muitas de suas experiências como criança formariam mais tarde o desenvolvimento de
suas teorias sobre a psique, incluindo seu próprio senso de ter duas personalidades
distintas — uma criança suíça normal e a outra uma personalidade mais profunda, talvez
mais velha — e experiências incomuns de sua mãe e outros membros da família.
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Extroversão
Introversão
Orientação da energia psíquica para dentro (mundo psicológico,
(introversion das ideias, emoções ou impressões).
- I):
Sensação
Intuição
Pensamento
Sentimento
Preferência por organizar e estruturar a informação e tomar
(feeling - F): decisões em termos de valores.
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Julgamento
Percepção
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ATENÇÃO
Avalie sua personalidade de maneira bastante sucinta, de acordo com o modelo MBTI. Confira
indicação no item Explore +.
RESPOSTA
A sequência correta é:
Resumindo, embora haja vasta literatura científica relacionada ao modelo dos cinco grandes
fatores Big Five, não se trata do único modelo teórico. Outras maneiras de compreender a
personalidade são complementares ao modelo Big Five.
Ainda assim, cabe ressaltar que análises fatoriais de outras teorias frequentemente têm
encontrado soluções congruentes com esse modelo. Dessa forma, reforçando-se a importância
do estudo da personalidade para a Psicologia, recomenda-se a compreensão desse modelo,
por ser simples, parcimonioso, completo e com elevada sustentação empírica.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Hipótese léxica
B) Imperativo categórico
C) Neuroticismo
D) Projetos psicomotores
E) Miocinética
A) II somente
B) I e II
C) I e III
D) II e III
E) I somente
GABARITO
1. Na década de 1930, Gordon Allport (1897-1967) apresenta uma hipótese na qual afirma
que se alguma coisa é relevante dentro de nossa personalidade, essa coisa de alguma
forma foi decodificada pela linguagem. Essa compreensão diz respeito a:
Gordon Allport foi o primeiro a utilizar a linguagem como base para a compreensão da
personalidade. Por isso, essa compreensão é chamada de hipótese léxica, visto que léxico se
refere àquilo que é relativo às palavras de determinado idioma ou área de conhecimento.
MÓDULO 2
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Nasceu em Nice, França. Seu pai, um médico, e sua mãe, uma artista, se divorciaram
quando ele era jovem e Binet mudou-se para Paris com a mãe. [...] Binet e seu colega
Theodore Simon desenvolveram uma série de testes destinados a avaliar as habilidades
mentais. Em vez de focar nas informações aprendidas, como matemática e leitura, Binet
concentrou-se em outras habilidades mentais, como atenção e memória. A escala que
desenvolveram ficou conhecida como Escala de Inteligência Binet-Simon.
O tipo de resposta mais usual são as escalas do tipo Likert (LIKERT, 1932). No modelo
tradicional, essas escalas têm cinco pontos, expressando concordância ou discordância com
uma sequência de afirmações.
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ATENÇÃO
Repare que a escala possui um ponto neutro central (em ambos os casos na alternativa “c”).
As duas alternativas extremas (representadas pelas letras “a” e “e”) refletem níveis máximos.
As alternativas “b” e “d” representam algo intermediário entre o neutro e o extremo. É bastante
importante ressaltar que, obrigatoriamente, os dois pontos extremos são exatamente o oposto
um do outro, assim como os pontos intermediários.
O ponto central também deve ser obrigatoriamente neutro, não podendo pender para nenhum
dos lados da escala.
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A segunda, muito parecida, é extrair a média aritmética de todos os itens respondidos. Utilizar
a média, entretanto, é útil para eliminar o viés de pessoas que deixam respostas em branco. O
resultado dessa conta é entendido como a expressão do traço latente na personalidade.
MÉDIA ARITMÉTICA
VALIDADE E PRECISÃO
Em Física, os instrumentos de medida devem ser calibrados. Todo o teste psicológico,
incluindo os de avaliação da personalidade, por serem instrumentos de medida, também
devem demonstrar ser calibrados. Em Psicologia essa calibração é chamada de validade e
precisão (PASQUALI, 2004).
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A validade refere-se ao fato de sabermos se o teste está medindo aquilo que se pretende. Isso
não é óbvio. Em Física, não devemos nos preocupar se um termômetro de fato está medindo a
temperatura. Entretanto, em Psicologia, é possível que os nossos testes não estejam medindo
aquilo que se deseja medir.
Um teste de personalidade que avalie a dimensão neuroticismo muito facilmente, por exemplo,
pode se desviar de seu caminho e medir depressão, ansiedade, angústia — que são construtos
correlatos. A validade divide-se em três categorias:
VALIDADE DE CONSTRUTO
VALIDADE DE
CRITÉRIO
VALIDADE DE CONTEÚDO
VALIDADE DE CONSTRUTO
A validade de construto pode ser considerada a principal validade que um teste deve
demonstrar. Isso porque refere-se diretamente ao conceito de validade, ou seja, se o teste está
medindo aquilo que pretende medir. Em outras palavras, a validade de construto está avaliando
se os itens desse teste se referem ao traço latente e pode ser feita de diversas formas. Uma
delas é por meio da avaliação da consistência interna.
A principal maneira de avaliar a validade de construto é por meio de análise fatorial. Assim, de
acordo com o modelo Big Five , cinco traços latentes são necessários para explicar toda a
estrutura da personalidade:
Extroversão;
Amabilidade;
Conscienciosidade;
Neuroticismo;
Abertura para novas experiências.
Um teste de personalidade válido deve demonstrar que seus itens estão medindo essas cinco
facetas.
Outro tipo de validade de construto que deve ser demonstrado em testes de personalidade e
testes psicológicos em geral são as validades por hipótese. Nesse tipo de validade, temos a
validade convergente e a validade divergente ou discriminante.
Validade convergente
Validade divergente
Com relação à validade divergente, trata-se de verificar se existe correlação próxima de nula
entre duas facetas que não devem se correlacionar. Por exemplo, não é esperada nenhuma
correlação entre amabilidade e inteligência. Logo, se um teste estiver medindo amabilidade,
sua correlação com inteligência deve ser próxima de zero, a fim de demonstrar a validade
divergente.
VALIDADE DE CRITÉRIO
A validade de critério trata da eficácia com a qual o teste é capaz de predizer algum
desempenho.
EXEMPLO
No caso da conscienciosidade — que se trata de uma personalidade associada ao trabalho e
ao estudo —, é esperado que pessoas conscienciosas tenham melhor desempenho na escola,
faculdade ou no local de trabalho (critério).
Validade concorrente
Validade preditiva
Se essa escala fosse aplicada ao final do semestre, quando já se conhece o número de faltas
de cada aluno, continuaríamos esperando que pessoas mais conscienciosas tivessem maior
assiduidade (PASQUALI, 2004). Entretanto, estaríamos avaliando aqui a validade concorrente.
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VALIDADE DE CONTEÚDO
Ansiedade;
Hostilidade enfurecida;
Depressão;
Autoconsciência;
Impulsividade;
Vulnerabilidade.
Um teste de personalidade que avalie o neuroticismo deve distribuir seus itens de forma
equitativa entre elas. Não teria validade de conteúdo uma avaliação de neuroticismo focada em
depressão e ansiedade, ignorando as demais dimensões, por exemplo.
PRECISÃO
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Tal qual os instrumentos de medida físicos precisam demonstrar sua precisão, esse atributo
também é inerente a testes psicológicos. Não existe nenhum instrumento de medida 100%
preciso, em nenhuma área do conhecimento. É verdade, entretanto, que a Psicologia e as
demais ciências humanas trabalham com uma imprecisão maior do que as ciências ditas
exatas.
No caso dos testes psicológicos de personalidade que avaliam formas de resposta com
escalas do tipo Likert, a maneira mais utilizada para avaliar a precisão de um teste é por meio
do cálculo do coeficiente α (alfa) de Cronbach (CRONBACH, 1951). Essa lógica é
proveniente da ciência física: se uma mesma pessoa subir em 20 balanças e obtiver 20
medidas diferentes de seu peso, pode-se dizer que a medida é imprecisa.
O erro de medida faz parte do cotidiano do psicometrista. Sempre que se trabalha com
medidas é importante ter em mente que existe erro. O erro é um problema a ser evitado, pois
impede a tomada correta de decisões. Entretanto, toda medida tem erros e temos que conviver
com isso.
RECOMENDAÇÃO
Portanto, sempre que for utilizada uma medida de personalidade, avalie o erro de medida e o
interprete como uma restrição das suas conclusões. Mesmo que utilize um instrumento com
boas evidências científicas, as conclusões podem estar erradas. Um sujeito que está no
percentil 34 de neuroticismo pode estar entre os percentis 31 e 37, por exemplo, dependendo
da margem de erro com a qual o teste trabalha.
NORMATIZAÇÃO
Estimadas a validade e a precisão, o próximo passo é a normatização dos escores. A palavra
“normatização” remete à curva normal, que pode ser uma das maneiras de normatizar.
Imagine que alguém tenha feito um teste de personalidade e seu escore tenha sido 55 em
extroversão. O que isso quer dizer? Essa pessoa é introvertida ou extrovertida?
Simplesmente, não temos como responder apenas com esse dado. Por isso, precisamos de
normas. As normas nos permitem comparar esses escores com o de outras pessoas.
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POSTO PERCENTÍLICO
O posto percentílico indica o percentual de sujeitos que possuem um escore menor do que o
participante em questão.
EXEMPLO
Se alguém está no percentil P70 em abertura para novas experiências, significa que 70% das
pessoas são menos abertas do que a pessoa que está sendo avaliada. Consequentemente,
30% serão mais abertas do que essa pessoa.
É importante saber que ao percentil P50 (valor em que metade das pessoas tem menor
abertura e a outra metade tem maior abertura do que o sujeito avaliado) é dado o nome
mediana.
Ainda sobre posto percentílico, também é necessário conhecer sobre os quartis. Confira:
Ao grupo de pessoas entre os que têm menor escore (P0) e os que estão até o percentil P25 é
dado o nome de primeiro quartil (Q1).
Os próximos 25% das pessoas (entre P25 e P50) são o segundo quartil (Q2).
Essa divisão das amostras de pesquisa em grupos a partir de postos percentílicos permite, por
exemplo, fazer comparações entre as pessoas mais abertas (4Q) e as menos abertas (1Q).
Desvio-padrão é uma medida de dispersão dos dados, ou seja, indica o quanto um conjunto de
dados é uniforme.
EXEMPLO
Assim, se um sujeito estiver a um desvio-padrão acima da média, seu escore padrão (Z) será =
+1. Se um sujeito estiver dois desvios-padrões abaixo da média, seu escore Z será = -1. Caso
ele esteja na média, teremos Z = 0.
Desse modo, se alguém estiver um escore padrão acima da média (Z = +1) de amabilidade,
pode-se dizer que essa pessoa tem esse traço de personalidade bastante presente dentro de
si.
Entretanto, repare que os postos percentílicos têm distâncias maiores nas duas pontas da
curva e distâncias menores no centro. Isso ocorre porque existe maior concentração de
pessoas no meio do que nas extremidades de uma curva normal. Entre Z = -1 e Z = +1, temos
mais de dois terços das pessoas (68,26%). Acima de três desvios-padrões acima da média (Z
> +3) temos apenas 0,13% das pessoas.
RESPOSTA
A sequência correta é:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Construto
B) Critério
C) Conteúdo
D) Convergente
E) Clínica
A) -1,0
B) 0
C) +1,0
D) +1,5
E) + 2,0
GABARITO
Basta aplicar a fórmula Z = (X-M)/DP, em que Z é o escore padrão, X é o escore do sujeito (18),
M é a média geral, e DP é o desvio-padrão. Caso não queira aplicar uma fórmula, pode-se usar
a lógica. Basta fazer a pergunta “quantos desvios padrões Christiane está acima da média?”
Note que o número total de questões da prova é indiferente para a resolução do exercício.
MÓDULO 3
ESCALAS PSICOMÉTRICAS
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Antes de iniciar a temática central deste módulo deve-se salientar que, de acordo com o código
de ética profissional do psicólogo, a avaliação psicológica é uma atividade privativa do
psicólogo (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2005). Portanto, as descrições de testes
psicológicos somente devem ser lidas por psicólogos ou estudantes da área.
ATENÇÃO
Este conteúdo não pode ser acessado por estudantes de outra área, bem como por parentes e
amigos. O compartilhamento de informações sobre os testes constitui uma falta ética grave. A
ciência para construção de um teste psicológico, como pode-se supor a partir das discussões
do módulo 2, é cara, demorada e dispendiosa, envolvendo estudos de larga escala e com base
em constructos teóricos relevantes.
Todo esse esforço é inútil se o teste for compartilhado e não considerar toda a ciência
envolvida, podendo banalizar os estudos sobre o comportamento humano. A manutenção de
sigilo e rigor na utilização de testes psicológicos é algo que fortalece a profissão de psicólogo.
Para ter condições de uso, um teste psicológico deve demostrar evidências empíricas de bom
funcionamento. Essas evidências são compiladas em um manual e analisadas pela comissão
consultiva em Avaliação Psicológica, que recorre a pareceristas ad hoc para sua avaliação.
Somente poderão ser utilizados testes psicológicos (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA,
2020) que constem como favoráveis em uma lista organizada pelo Sistema de Avaliação de
Testes Psicológicos – SATEPSI (disponível para consulta no site da instituição). A única
exceção a essa regra é o uso para finalidade de pesquisa, que não depende de
reconhecimento do SATEPSI.
AD HOC
A expressão latina ad hoc significa em sua tradução literal “para isto” ou “para esta
finalidade” e no meio acadêmico o revisor ad hoc é aquele que realiza a revisão de um
estudo científico submetido para publicação em um periódico sem, contudo, participar
como membro permanente do corpo editorial ou de revisores. Como algumas vezes os
pedidos de parecer não são respondidos ou atrasam, seja por qualquer alteração de
contato do revisor, pela sua dificuldade ou mesmo impossibilidade de emitir seu parecer
em tempo hábil, o trabalho do revisor ad hoc tem sido extremamente valioso.
ATENÇÃO
Dito isso, passemos à parte das possíveis classificações feitas entre testes psicológicos,
quando diversas divisões são plausíveis.
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VERBAL
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MOTORA
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EM LÁPIS E PAPEL
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VIA COMPUTADOR
Podemos classificar os testes de acordo com o construto que estão medindo. Nesse caso,
teríamos uma infinidade de divisões, pois são muitos os construtos que a Psicologia avalia.
Inteligência;
Psicomotricidade;
Atenção;
Depressão;
Ansiedade;
Habilidades sociais;
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ARTE
Por outro lado, a arte é mais livre, demorada, e com grande riqueza de detalhes, fazendo seus
admiradores ficarem por horas na frente de uma obra, tal e qual o que vemos em testes
projetivos.
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TESTES PSICOMÉTRICOS
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1. Neuroticismo;
2. Extroversão;
3. Abertura;
4. Amabilidade;
5. Conscienciosidade.
Cada fator ou domínio é representado por seis facetas, totalizando um conjunto de 30:
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
N1: Ansiedade
N2: Raiva/Hostilidade
N3: Depressão
Neuroticismo
N4: Embaraço/Constrangimento
N5: Impulsividade
N6: Vulnerabilidade
E1: Acolhimento
E2: Gregarismo
E3: Assertividade
Extroversão
E4: Atividade
O1: Fantasia
O2: Estética
O3: Sentimentos
Abertura
O4: Ações variadas
O5: Ideias
O6: Valores
A1: Confiança
A2: Franqueza
A3: Altruísmo
Amabilidade
A4: Complacência
A5: Modéstia
A6: Sensibilidade
C2: Ordem
C5: Autodisciplina
C6: Ponderação
Cinco Fatores NEO Revisado. Fonte: Autor.
Cabe salientar que o NEO FII-R desconsidera as facetas, sendo um teste de avaliação apenas
dos cinco grandes fatores de personalidade.
O IFP baseia-se em um modelo complexo, com 13 fatores de personalidade. Possui 100 itens
que devem ser respondidos dentro de uma escala tipo Likert, de 1 a 7. A versão anterior do IFP
(PASQUALI; AZEVEDO; GHESTI, 1997) era um teste bastante utilizado na Psicologia
brasileira, mas enfrentou algumas polêmicas principalmente em função de um fator
denominado heterossexualidade, considerado homofóbico por alguns ativistas dos direitos
humanos (COSTA; NARDI, 2013).
O inventário possui duas tabelas normativas separadas: uma para homens e outra para
mulheres. Assim, sua correção depende do sexo da pessoa avaliada. As tabelas normativas
consideram ainda a idade. Esse fator não foi retirado na atual versão. Os fatores podem ser
agrupados dentro de fatores de segunda ordem. Portanto, a estrutura do IFP é a que segue:
LUIZ PASQUALI
Nasceu em Gaurama, interior do Rio Grande do Sul. Foi o segundo filho dentre catorze
(nove irmãos e quatro irmãs). Atualmente, reside em Brasília, cidade que o acolheu em
meados dos anos 1970.
INTRACEPÇÃO
Segundo Santos e Nascimento (2012, p. 167), “pessoas com escores elevados nesse
fator deixam-se conduzir por sentimentos e inclinações difusas e por julgamentos
subjetivos; buscam a felicidade pela fantasia e imaginação”.
TESTES PROJETIVOS
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RORSCHACH/ZULLIGER
Ambos são testes que apresentam borrões de tinta simétricos, alguns coloridos, alguns
monocromáticos e outros em duas cores. Nesses testes, é solicitado que o avaliado diga o que
visualiza nas imagens. O teste Rorschach é o mais antigo, tendo sua origem na década de
1920. Ele possui 10 pranchas, que são exatamente as mesmas desde a sua criação.
Embora seja um teste de caráter projetivo, sua correção pode ser feita de variadas formas. Na
mais difundida delas, o sistema Exner, as respostas são codificadas dentro de uma complexa
cadeia de códigos (EXNER; SENDÍN, 1999). Outros sistemas de correção bastante difundidos
no Brasil são KLOPFER e R-PAS (KLOPFER, 1954; VIGLIONE et al ., 2012).
O Zulliger surgiu posteriormente como um método abreviado do Rorschach, com apenas três
pranchas (FERREIRA; VILLEMOR-AMARAL, 2005). Outra adaptação é a possibilidade de o
teste Zulliger ser projetado em uma parede para a aplicação coletiva, enquanto o Rorschach
deve ter suas pranchas apresentadas ao respondente de maneira individual. A diminuição do
número de pranchas também abrevia a correção, embora diminua o volume de informações
sobre o avaliado.
As pranchas são reproduções de obras de artistas famosos da época em que foi criado —
década de 1930 (PARADA; BARBIERI, 2011; SCADUTO; BARBIERI, 2013). Destaca-se ainda
a presença de uma prancha em branco para o avaliado criar a sua própria história.
Baseado no TAT, foram criadas versões infantis para o teste, chamadas de CAT (Children's
Apperception Test - Teste de Apercepção Infantil). O CAT também consiste em um teste com
pranchas contendo figuras para ser contada uma história. No entanto, os desenhos são
infantilizados.
Ele possui duas versões: O CAT-A e o CAT-H. A diferença é que o CAT-A apresenta figuras de
animais, enquanto o CAT-H traz desenhos de humanos. É esperado que as histórias evocadas
pelo CAT-A e o CAT-H sejam as mesmas. Entretanto, as versões infantis ainda necessitam de
maiores evidências empíricas sobre seu funcionamento no Brasil, ainda que estejam
aprovadas pelo SATEPSI (SCHELINI; BENCZIK, 2010).
PALOGRÁFICO
Um teste bastante utilizado para avaliação da personalidade é o teste palográfico, que consiste
em uma folha branca com três traços verticais desenhados (palos). A tarefa é pedir aos sujeitos
avaliados para reproduzirem os mesmos traços da maneira mais rápida possível. A
personalidade é avaliada a partir de diversos aspectos no desenho desses traços, como
distância entre eles, inclinação, velocidade com que foram feitos, entre outros aspectos. A
padronização do teste requer que os palos sejam feitos obrigatoriamente com lápis número 2,
bem apontado.
FIGURA HUMANA/HTP
O Desenho da Figura Humana é um teste clássico dentro da Psicologia (FERNANDES, 2006).
A tarefa consiste em desenhar uma pessoa em uma folha branca. Com base na teoria da
projeção, pode-se afirmar que esse desenho reflete a própria pessoa. Uma das grandes
vantagens dessa técnica está em seu baixo custo, uma vez que são necessários somente uma
folha em branco e um lápis apontado.
Cabe ressaltar que o desenho é sempre feito a lápis, e não é permitido o uso de borracha.
Além da personalidade, foram encontradas algumas correlações do desenho da figura humana
com a inteligência (FLORES-MENDOZA et al ., 2010).
Esse teste possui algumas variações, como o HTP (House-Tree-Person ), que propõe o
desenho de uma casa, uma árvore e uma pessoa. Outra variante é o desenho da figura
humana na chuva. Nesse caso, a chuva representa os problemas que a pessoa enfrenta.
PSICODIAGNÓSTICO MIOCINÉTICO
O psicodiagnóstico miocinético (PMK) é um teste cuja tarefa está em fazer desenhos como
zigue-zagues, escadas e círculos em uma mesa especial para isso. A mesa possui regulagem
para que possa ficar tanto na posição horizontal quanto na vertical. Além disso, a mesa possui
um anteparo para que o sujeito avaliado não veja o seu desenho quando o realiza.
A grande vantagem do PMK é que, mesmo que a pessoa conheça as suas interpretações, ela
não conseguirá desempenhar a tarefa de maneira a ludibriar o teste. Entretanto, existem
algumas evidências de validade negativas para o PMK. Descobriu-se que ele não é capaz de
diferenciar grupos de critérios com transtornos de personalidade (VASCONCELOS;
NASCIMENTO; SAMPAIO, 2011). Mesmo assim, o PMK ainda hoje é considerado apto para o
uso dos psicólogos.
Conhecer os manuais e as
propriedades psicométricas dos
testes também ajuda na escolha
da melhor para fazer a
avaliação. Por fim, o conhecimento
teórico sobre personalidade,
proporcionado neste tema,
também é crucial para uma
avaliação psicológica de
.
RESPOSTA
A sequência correta é:
Este foi um apanhado a respeito das principais técnicas para avaliação da personalidade.
Muitas outras estão disponíveis. Recomenda-se sempre a consulta de listas de testes
psicológicos aprovados para uso pelo SATEPSI, para saber se é possível usar o material
pretendido, ou mesmo descobrir novos lançamentos na área.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) Palográfico.
C) Zulliger.
A) Poderá aplicar esses instrumentos, uma vez que já obtiveram parecer favorável no passado
recente.
C) Terá a aplicação das escalas justificada pela urgência e pelas especificidades do caso em
questão.
GABARITO
Por ser um teste no qual alguns aspectos são avaliados, como a pressão exercida no traçado,
o palográfico foi padronizado com a resposta realizada em lápis número 2, apontado. A
resposta ao Rorschach é oral. O Zulliger pode ter a resposta oral ou geralmente a caneta para
aplicações coletivas. Os outros testes podem ser preenchidos à lápis ou caneta.
A utilização de testes não aprovados pelo SATEPSI é considerada uma falta de ética,
independentemente das motivações para fazer isso. A única exceção é para a utilização em
pesquisa.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos sobre a personalidade e as maneiras de avaliá-la, de acordo com a ciência
psicológica. É muito importante o aprofundamento na teoria dos cinco grandes fatores de
personalidade (Big Five ), pois trata-se de um modelo simples, parcimonioso, com sólidas
evidências científicas e que explica bastante sobre a personalidade humana.
Vimos os critérios psicométricos que devem ser atendidos para uma medida de personalidade
demonstrar validade e precisão. Por fim, conhecemos as principais técnicas psicométricas e
projetivas para avaliação da personalidade.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALLPORT, G. W.; ODBERT, H. S. Trait-names: A psycho-lexical study. In : Psychological
Monographs, 47, n. 1, p. i-171, 1936.
BUSS, D. M. Social adaptation and five major factors of personality. In : The five-factor
model of personality: Theoretical perspectives. Nova York, NY, US: Guilford Press, p. 180-207,
1996.
CHERRY, K. Alfred Binet e a Escala de Inteligência Simon-Binet. Nova York: Verywell Mind,
2020a.
CHERRY, K. Myers-Briggs Type Indicator Guide . Nova York: Verywell Mind, 2020b.
CRONBACH, L. J. Coefficient alpha and the internal structure of tests. In: Psychometrika,
16, n. 3, p. 297-334, 1951.
DIGMAN, J. M. The curious history of the five-factor model. In : The five-factor model of
personality: Theoretical perspectives. Nova York, NY, US: Guilford Press, p. 1-20, 1996.
GARCIA, J. B. S. A importância dos revisores ad hoc . In : Revista Dor, São Paulo, v. 15, n.
4, p. 243, Dec. 2014.
RAYMON CATTELL. In : INFOPÉDIA: Dicionários Porto Editora. [Porto, PT: Infopédia [2003].
SCADUTO, A. A.; BARBIERI, V. Em defesa do TAT: uma revisão crítica das pesquisas sobre o
teste no Brasil. In : Avaliação Psicológica, 12, n. 3, p. 299-305, 2013.
SCHELINI, P. W.; BENCZIK, E. P. Teste de apercepção infantil: o que foi e o que precisa ser
feito. In : Boletim de Psicologia, 60, n. 132, p. 85-96, 2010.
EXPLORE+
Confira as indicações a seguir:
Canal GATE UFF: canal no YouTube do autor do Grupo de Estudos em Avaliação Terapia
e Emoções, coordenado pelo autor deste tema (Prof. Dr. Vicente Cassepp-Borges).
Diversos vídeos abordam as temáticas apresentadas neste tema, principalmente as do
módulo 2.
CURRÍCULO LATTES