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Consultoria em DBT

Orientação
● 2 a 8 membros

Como funciona? ● duração de 60 a 90 min.

● semanal ou quinzenal
Pontos Principais:

“Juntar-se a uma equipe de consultoria significa aceitar se dedicar para aumentar a


própria eficácia como terapeuta em DBT e dos demais”

Todos os membros escutam com atenção. Todos se disciplinam para manter o fluxo da
conversa, focada em atender às necessidades de consultoria do terapeuta, com
objetividade e concisão.
Pontos Principais:

Os integrantes devem concordar em serem responsáveis pelos resultados de todos os


clientes tratados pela equipe, e não apenas pelos que atendem individualmente. Assim,
caso um cliente atendido por qualquer um dos terapeutas cometa suicídio, todos os
terapeutas responderão que sim quando lhes perguntarem se já tiveram algum cliente
que tenha se suicidado.
Pontos Principais:

Compartilhar essa responsabilidade incentiva uma busca por soluções, exemplo:


“Carol, estou preocupado com suas dificuldades em aguentar toda a pressão que tem
sofrido. Quero ajudar de alguma maneira, pois qualquer pessoa sobrecarregada assim
fica sujeita a deixar escapar coisas importantes, e nós podemos terminar com um
suicídio. Não quero que isso aconteça com você, nem com seu cliente, nem comigo ou
com a equipe, então, de alguma forma, com todo respeito, a equipe precisa entender
melhor suas dificuldades com seus casos de alto risco.”
Os acordos firmados
1. Acordo dialético

Concordamos em adotar a filosofia dialética: Não


existe verdade absoluta. Quando nos deparamos
com duas opiniões conflitantes, devemos
procurar a verdade em ambos os posicionamentos
e sintetizá-los com perguntas do tipo: “O que está
sendo deixado de lado?”
2. Acordo de consultoria com o cliente

Concordamos que o objetivo principal desse


grupo é aprimorar nossas habilidades como
terapeutas de DBT, e não servir como
intermediários de pacientes nem uns dos outros.
Concordamos em não tratar os pacientes nem a
nós mesmos como frágeis. Concordamos em
confiar que todos os membros do grupo podem
falar por si mesmos.
3. Acordo de consistência

Considerando que a mudança é uma ocorrência


natural, concordamos em aceitar a diversidade e a
mudança conforme ocorrerem. Isso significa que
não temos que concordar com os
posicionamentos uns dos outros sobre como
responder a pacientes específicos e nem temos
que adaptar o próprio comportamento ao dos
outros.
4. Acordo de observação de limites

Concordamos em observar nossos próprios


limites. Como terapeutas e membros da equipe,
concordamos em não julgar, nem criticar os
outros por terem limites diferentes dos nossos.
5. Empatia fenomenológica

Como estamos no mesmo barco, concordamos Concordamos em assumir que nós e nossos
em buscar interpretações não pejorativa e pacientes estamos fazendo nosso melhor e
fenomenologicamente empáticas do objetivando melhorar. Concordamos em nos
comportamento de nossos pacientes, de nós esforçar em ver o mundo pelos olhos dos
mesmos e dos demais. pacientes e pelos dos outros integrantes.
Concordamos em adotar um ponto de vista livre
de julgamentos em relação aos nossos pacientes
e aos outros.
6. Acordo de falibilidade

Concordamos, antes de tudo, que somos falhos e Visto que somos todos falhos, fica acordado que
passíveis de cometer erros. Concordamos que inevitavelmente violaremos todos esses acordos,
somos responsáveis, ou parcialmente e , quando isso acontecer, confiaremos uns nos
responsáveis, por eventuais falhas de que fomos outros para apontar a polaridade e chegar à
acusados, para que deixemos de assumir uma síntese.
postura defensiva em prol de demonstrar virtude
ou competência.
A estrutura da consultoria
Descrição sucinta das
dificuldades que está tendo
para aplicar DBT, ex:
Prática de mindfulness feita “precisode uma conceituação
pelo facilitador da reunião mais clara.”

5 min 10 min 15 min 30 min FIM

Ex de estratégias: Análise em cadeia para


“Quem precisa de consultoria?” - determinar as variáveis de controle e combinações
Definição de agenda de acordo com de destaque, análise de soluções e procedimentos
hierarquia de alvos DBT de mudança, validação e estratégias dialéticas.
Garantindo um bom funcionamento da equipe

➔ Para evitar dispersão, um membro da equipe pode ser ➔ Quando a equipe ou o terapeuta divagar (como
designado como “observador” e quando perceber inevitavelmente acontecerá), quem perceber deve
comportamentos nocivos, tocar o sino de mindfulness tomar as rédeas e colocá-las nas mãos do terapeuta,
para alertar a equipe que é preciso se corrigir. reformulando a solicitação original ou reafirmando a
➔ Definir perguntas claras de consultoria aumenta a definição do problema de trabalho;
qualidade das consultorias, porque os membros ➔ Tomar cuidado com a polarização de ideias, dito isso,
conseguem perceber o que é preciso fazer. Os devemos inibir comentários com julgamentos ou
terapeutas precisam praticar a objetividade e pedir inoportunos, ajudar o terapeuta a se regular
feedbacks, solicitando que a equipe parafraseie seu novamente, se necessário; redirecionar toda a equipe
pedido para verificar se foi entendido. para uma conversa solucionadora de problemas. De
maneira prática, podemos ler os acordos de consultoria
no começo de cada reunião, como um lembrete das
diretrizes que o grupo concordou em seguir.
Garantindo um bom funcionamento da equipe
➔ A principal forma de os membros de equipe se ajudarem é
➔ Se não é seguro dar um feedback construtivo, nunca
apontar os comportamentos que interferem na terapia, que
haverá intimidade verdadeira, tomada de riscos,
eles não percebem. Os problemas pessoais ou fraquezas do
crescimento, e , provavelmente, a equipe se dissolverá.
terapeuta podem virar barreiras para seu trabalho com
Os membros a abandonarão.
clientes ou com a equipe. Questões como a depressão e
➔ Apesar da tendência humana de evitar situações de
dores crônicas, distrações de uma agenda lotada, hábitos
atrito, essa não é uma opção em equipes de DBT. Nós
de lidar ou regular as emoções comprometem a atenção do
compartilhamos a responsabilidade e os riscos
terapeuta e podem se tornar um alvo para a equipe. A
clínicos. As habilidades de que precisamos como
tendência natural do ser humano é evitar falar sobre “o
consultores são as mesmas que utilizamos com
elefante branco na sala” – a chance de a terapeuta ter sua
clientes sensíveis, e devemos encontrar meios
parcela de culpa nos comportamentos do cliente que
colaborativos e dialéticos de trabalhar com os
interferem na terapia.
comportamentos que afetam o tratamento .

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