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HIPNOEDUCAÇÃO PARA A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS©

Técnica de HCC na resolução de problemas

Objetivos: tomar consciência dos passos importantes a ter em conta na resolução de


problemas/conflitos internos. Identificar os problemas, criar diferentes alternativas de
solução e selecionar a resposta que possa ser mais eficaz entre as propostas elaboradas;
permite controlar as emoções negativas que possam surgir diante de diferentes obstáculos.

Aplicação:

1. Enquadrar o problema com o paciente:


Exemplo:
“Os conflitos fazem parte da vida e todos somos afetados por eles. Os seres humanos são
por natureza solucionadores de problemas, embora algumas pessoas tenham mais desta
“natureza” incorporada do que outras. Isto sugere que esta é uma habilidade que pode ser
desenvolvida, por isso, vamos trabalhá-la com a terapia”

2. Orientar o paciente para o problema


Exemplo:
“O primeiro a dar antes de tentar solucionar um problema é adotar uma atitude positiva
em relação ao conflito e às habilidades que possuímos para enfrentá-lo de forma eficaz. É
preciso fomentar as crenças de autoeficiência, assumindo que podemos resolver o problema
e identificando aqueles lastros com os quais partimos, como a falta de segurança em nós
mesmos. Por outro lado, é importante mudar a visão que temos sobre o problema. Em vez
de pensar negativamente nele, o que irá dificultar encontrar a solução, precisamos encará-
lo como um desafio que irá ajudar-nos a crescer pessoalmente, tornando as nossas próprias
habilidades melhores. Além disso, é importante parar e pensar antes de agir para poder
completar esta primeira fase do processo. Isto é importante, já que se agirmos de
forma impulsiva cometeremos erros tentando resolver o problema”.

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3. definição e formulação do problema
Exemplo:
“É importante definir e formular o conflito adequadamente. Poderá começar compilando a
informação relevante, descrevendo-a em termos reais e específicos. É muito importante nos
basearmos nos fatos objetivos, isto é, em como ficariam retratados por uma câmara de
vídeo, que não pode gravar os nossos pensamentos e emoções, mas sim, apenas o que
acontece, mais além das nossas considerações. Também é preciso identificar porque é que
essa situação que se criou é um conflito para si. Além disso, é preciso reavaliar o significado
deste para o seu bem-estar pessoal e social. Por fim, precisamos ganhar consciência de
que nem todos os problemas são solucionáveis, e que os que não são implicam diferentes
graus de dificuldade. Então, é importante estabelecer uma meta realista de solução.
Inclusive podemos decompor um problema que seja mais complexo em diferentes “sub
problemas” cuja solução seja mais fácil de executar”.

4. procurar soluções alternativas


Exemplo:
“Estamos habituados a responder de forma automática diante de situações que nos geram
conflito, mas é preciso dedicar tempo para trabalhar nisto. Quanto mais soluções
alternativas produzirmos, mais ideias estarão disponíveis e teremos mais probabilidades de
encontrar a melhor resposta para o nosso próprio conflito. Também seremos capazes assim
de encontrar ideias de melhor qualidade. Aqui a ideia não é avaliar a qualidade das
soluções, já que o julgamento inibe a imaginação”

5. Tomada de decisões
Exemplo:
“Agora chegou a hora de comparar e avaliar as diferentes alternativas. Com base na
avaliação que fizermos, selecionaremos a melhor ou as melhores para colocá-las em prática
para o problema que temos.
Para cada solução proposta, é importante indicar os custos e benefícios a curto e longo
prazo para selecionar a solução ou conjunto de soluções que acreditamos que nos ajudarão
a conseguir os resultados esperados. Aqui é importante ter em conta critérios de Resolução
do problema: probabilidade de alcançar a solução; Bem-estar emocional: qualidade do
resultado emocional esperado; Tempo/esforço: o cálculo da quantidade de tempo e esforço

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que acreditamos que requeira; Bem-estar pessoal e social em conjunto: razão
custo/benefício esperado total. Com isto, já poderemos verificar se o problema é
solucionável, se são necessárias mais informações antes de poder colocar para funcionar
uma alternativa e qual deveria escolher. Se não for assim, será preciso retornar às fases
prévias do processo para poder conseguir uma solução satisfatória”.

6.Execução e verificação
Exemplo:
“Uma vez escolhida a solução adequada, o que resta por fazer? Colocá -la em prática! Só
assim saberemos se é a alternativa adequada para superar a situação problemática. Uma
vez que a executarmos, será preciso observar de forma objetiva e comparar o resultado
obtido com o previsto. Se descobrimos que não era o esperado, precisaremos encontrar a
origem desta discrepância para poder corrigi-la.

7. Reforço: premiar-se a si mesmo.


Exemplo:
“Existem pessoas que passam a vida de angústia em angústia, e quando não têm nenhuma,
antecipam. Fazer isto é, sem dúvida, uma das melhores formas de acabar envolvido e
dominado pelo stress. Por isso, é importante premiar-se a si mesmo sempre que consiga
ultrapassar uma dificuldade, resolver um problema ou um conflito. Avalie o que ganhou e
o quão importante e determinante foi a sua ação e autodeterminação nesse processo.

8. Posto esta explicação, ampliação do conhecimento e enquadramento do


trabalho terapêutico, faz-se a ponte para a fase/sessão seguinte em que irá iniciar
a terapia dirigida à resolução de problemas.

Possíveis Resultados: os pacientes que passam pelo processo de hipnoeducação,


costumam apresentar uma melhor compreensão dos seus sintomas, bem como, uma maior
adesão ao processo terapêutico.

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