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Guia do projeto de construção

de um protótipo utilizando o
Design Thinking.
ENTENDIMENTO,
OBSERVAÇÃO
E PONTO DE VISTA.
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Passo 1 : Escolha o
problema certo.

A abordagem do Design Thinking parte de um problema a ser resolvido. E o


primeiro passo para o desenvolvimento do seu projeto, seja ele de um produto,
um serviço ou um processo, é entender que problema é esse: o que você precisa
fazer, pra quem você precisa fazer e se você deve realmente fazer.

Procure responder então às seguintes perguntas:

Qual o problema que tenho de solucionar?


Quem pode se beneficiar com a solução dele?
Como, onde e quando esse problema acontece?
Por que acontece assim?
Porque que preciso resolver esse problema?
Como ele é resolvido hoje?
Alguém já tentou resolver de forma diferente?
Se não, por quê ninguém tentou?
E é realmente possível explorar o problema?
Qual poderá ser o impacto disso?
Quem poderá ajudar?
O mercado tem interesse em uma solução?

Você pode usar Matriz CSD neste início do projeto, pois ela ajuda e direcionar as
primeiras pesquisas e o ponto de atenção inicial.

Faça o download da Matriz CSD aqui e imprima, para anotar as respostas.

Ou crie um painel na sua parede com 3 colunas e cole posts its nele, agrupando os
pontos de atenção em 3 categorias: Certezas, Suposições ou Dúvidas.

Reflita sobre esses pontos. Depois, identifique e descreva o problema com detalhes,
mas sem focar por enquanto em como irá resolvê-lo.

A dica é: Entender o problema é tão (ou mais) importante quanto chegar


a uma solução.
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Passo 2: Conheça
o usuário.

Entrevistas são uma excelente forma de se conhecer as histórias por trás da


experiência da outra pessoa.

Prepare um questionário e converse com o seu cliente em potencial em casa, no


local de trabalho, um evento ou outro ambiente relacionado ao tema do projeto,
mas onde seja possível realizar uma entrevista tranquila e com o mínimo possível
de interrupções.

Um formulário online também é uma opção. Mas o bate-papo presencial, olho no


olho, pode trazer outras impressões sobre quem estamos entrevistando.

Procure descobrir:

Como é a rotina do seu cliente?


Quais as dificuldades, alegrias?
Ele precisa do seu produto?
Por quê?
O que ele sabe e pensa a respeito do seu produto?
Quais as críticas?
E as sugestões?

Caso o problema que você esteja tentando resolver tenha a ver com algo que não
existe ainda, busque entender:

Qual a dor do cliente?


Ele gostaria de ser ajudado?
Ele tem ideia do que poderia ajudá-lo?

Faça essas e outras perguntas que julgar necessárias, começando pelas mais fáceis,
e avançando para as mais difíceis, talvez dolorosas, à medida em sentir que tem
espaço pra isso.

A dica é: Tenha empatia.


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Passo 3: Analise as
informações.

Reúna suas descobertas e considerações e avalie:

O problema que o cliente tem é o mesmo do início do projeto?


Você acredita poder solucionar o problema dele?

Se o desafio ainda é o mesmo, é hora de pensar na solução.

Para auxiliar nesta etapa, você pode usar o Mapa da Empatia.

Faça o Download do Mapa da Empatia aqui.

Ou crie o mapa na sua parede e cole os post its, com as respostas para as seguintes
perguntas (elas irão te ajudar a construir a Persona do seu cliente com as informações
que você tem):

O que ele pensa e sente?


O que ele ouve?
O que ele vê?
O que ele fala e faz?
Quais as suas dores?
E quais são as duas necessidades?

A dica é: O cliente deve estar no centro do seu projeto.


IDEAÇÃO
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Passo 4: Faça um
Brainstorm.

Organize um Brainstorm e reúna a sua equipe para gerar ideias e discutir as


possíveis soluções para seu desafio.

As orientações básicas para um Brainstorm bem estruturado e capaz de gerar


quantidade, diversidade e originalidade de ideias são:

Organize com antecedência a sessão.

Defina uma equipe diversificada e, se possível, formada pelos entendidos do assunto,


pelos os criativos, por aqueles que têm as informações sobre o problema e por aqueles
que têm interesse em resolver o problema. E que tenham diferentes perfis e sejam de
diferentes áreas de atuação

Evite um Brainstorm com uma equipe pequena demais ou grande demais.

Avalie a possibilidade de realizar um Brainstorm Híbrido em que cada membro da


equipe pensa primeiro individualmente nas soluções, e só depois junto com o grupo.

Estabeleça um ambiente propício à criatividade. De preferência calmo, confortável


e até fora do ambiente de trabalho.

Estabeleça o tempo de duração da sessão, as pausas para descanso, data, escopo,


os recursos necessários e o facilitador.

Convide os participantes.

Já durante a sessão de Brainstorm, permita que todos sejam ouvidas e que todas
as ideias sejam bem-vindas.

A dica é: Quantidade de ideias é mais importante do que qualidade das ideias.


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Passo 5: Organize
as ideias

Ao final da sessão de Brainstorm, você e sua equipe devem organizar as ideias


geradas. E a recomendação é:

Primeiro, exclua as ideias repetidas.

Depois, separe em grupos de acordo com a área relacionada.

E então, identifique e marque o estágio de desenvolvimento em que a ideia está,


para saber em qual(is) delas você irá canalizar sua energia e recursos.

Está pronta para usar?


Ou seja, é algo bom e que pode ser aplicado imediatamente?

É promissora?
Quer dizer que é boa, ainda não dá para aplicar, mas está perto disso.

É interessante?
Parece boa, vale a pena avançar nela depois.

Muito verde ainda?


Significa que é uma ideia vaga ainda, há muito o que se trabalhar nela para saber
onde vai dar (o que não quer dizer que ela deva ser descartada).

A dica é: Não jogue nenhuma ideia fora.


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Passo 6: Escolha
uma solução.

Entre as ideias apresentadas e identificadas como melhores e com mais chance


de serem implementadas a curto prazo, escolha aquela com a qual quer avançar.

Lembre-se de que ela tem de estar conectada com o seu desafio. Tem de ser uma
solução real para o problema identificado no início do projeto.

Você pode escolher mais de uma para testar em paralelo, se isso for viável para
você e/ou para a sua equipe.

A dica é: Não perca o seu problema de vista.


PROTOTIPAGEM
E TESTE
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Passo 7: Defina as métricas
de resultados

As métricas de resultados são aqueles pontos que deverão ser considerados, ao


final dos testes, para saber se a solução pode ser considerada como validada.

Cada tipo de produto, serviço ou processo pode ter suas próprias métricas de
resultados. Mas, em geral, elas devem girar em torno de perguntas como:

O cliente quer mesmo o produto ou serviço?


Funciona?
Ele consegue usar?
O público é esse mesmo?
Como/Onde ele consegue encontrar o seu produto?
O cliente entende que o produto atende a dor dele?
É o melhor formato?
O cliente pagaria por ele?
Quanto?
Esse valor viabiliza a produção?
Somos capazes de produzir?
É a solução definitiva?

Defina as métricas de resultados junto com a sua equipe e e não se esqueça de


mantê-las em um local acessível a todos os envolvidos no seu projeto.

A dica é: Saiba aonde você quer chegar.


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Passo 8: Faça um
protótipo.

Antes de implementar uma ideia, é preciso testar. E um protótipo é uma excelente


forma de se fazer isso.

Ele permite que você apresente a sua ideia ao seu cliente, à sua equipe, a fornecedores
e parceiros e consiga tirar dessas conversas as primeiras impressões a respeito do seu
produto ou serviço.

Para um serviço, você pode criar um protótipo de uma encenação, de um vídeo, uma
ação promocional mostrando como ele vai funcionar na prática.

Para um produto físico, pode ser uma maquete, construída com os materiais que você
tiver à sua disposição. Uma animação em vídeo apresentando o produto também é
um bom caminho.

Para um produto ou serviço virtual, você pode produzir uma sequência de slides no
powerpoint, em folhas de papel ou mesmo em programas como o Adobe XD, que
facilita o desenvolvimento do layout.

Mas o ideal é que seja simples, rápido e barato de se fazer.

A dica é: Tempo é dinheiro.


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Passo 9: Construa o
seu MVP.

A partir das críticas e sugestões feitas ao seu protótipo, construa o seu MPV,
ou Mínimo Produto Viável da sua ideia.

Um MVP é um modelo do seu produto ou serviço, porém com as funcionalidades


mínimas mais importantes para ser testado pelo usuário. Ele não é o produto pronto,
é uma amostra dele.

O objetivo de um MVP não é promover a solução encontrada por você, e sim, de um


jeito prático, aprimorar a versão inicial dela.

Para a elaboração de seu MVP você deve:

Avaliar que você quer testar nessa fase inicial, de acordo com as suas métricas
de resultados.

Escolher como pretende testar, seja através de uma maquete interativa, uma
degustação, uma simulação, uma landing page, um aplicativo ou site.

Definir quem irá produzir o MVP.

Definir como ele será produzido: materiais e/ ou ferramentas.

Lançar o MVP

Testar.

A dica é: O feito é melhor do que o perfeito.


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Passo 10: Faça os testes. Aprimore,
valide. Ou pivote.

O problema você já conhece, as métricas de resultado você já definiu.


Agora falta saber se o que tem é realmente uma solução para o seu desafio.

Para isso, ela precisa ser testada pelo maior número de pessoas possível,
dependendo da abrangência do seu público-alvo.

Esses testes podem acontecer online, de acordo com o tipo de MVP, ou em


um evento presencial.

Compare resultados por gênero, idade, escolaridade, renda e outros. Anote


os resultados.

Se ao final dos testes você descobrir que as suas métricas de resultado foram
atendidas, parabéns, é hora do lançamento da sua ideia.

Mas, se ao contrário, você descobriu o que você está entregando ao cliente não é
exatamente o que ele precisa, não se apegue à sua ideia. Pivote.

Pegue os pontos positivos da sua ideia e a transforme em algo novo.

Não são poucas as empresas que pivotam várias vezes, antes de encontrarem o
caminho para o sucesso.

A dica é: Saiba a hora de mudar.


BONS ESTUDOS!

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