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REVISTA

. Instituto Historico e Geographico

SÃO PAULO

TYPOGRAPHIA DO' <DIARIO OFFICIALS

1902
INDICE

-A primeira concessão de estrada de ferro' dada no Bra- PAG.


sil.-Memoria lida n a sess2o magna do Instituto
Historico de 1." de Novembro de 1893 pelo Dr.
Garcia Redondo. . . . . . . . . . .
- Documento para a historia da Viaqão Ferrea em SHo
Paulo.-Inauguração do 1."plano inclinado da Serra
de Santos em 1864.-Inauguraqho da estrada de
ferro do Korte em 1877 pelo Barão Homem de Mello.
- Nota sobre a , questão de limites entre os estados de
São Paulo e Paran:i i>clo Dr. Orville A. Derbv .
- Guerra do ~ u l . - ~ e p r e d ; e ~ k o de um pcriodo histirico
pelo Dr. João Moraes . . . . . . . . .
- Revolucão do Rio Grande-1835 a 1Si5-renradiicrãa
historica 1." parte pelo Dr. Joâo lloraes . . .
- Revolução do Rio Grande-1835 a 1845-reproducção
historica 2." parte pelo Dr. João Moraes . . .
- Festas tradicionne8.-Menioria lida no Instituto Histo.
rico Geographico de S. Paulo pelo soeio Joâo Vampri:
- I V Centenario do descobrimento do Brazi1.-Discurso
proferido pelo Dr. Theodoro Sampaio. . . . .
- IV Centenario do descobrimento do Brazil,-Discurso
. . .
proferido pelo Dr. M. Pereira Guimar%es
- Uma reivindicacüo imnrocedente uelo Dr. Alfredo de
To!edo . . . . . . . . . . . . .
- S. Paulo no Seculo X I X pelo Dr. Thr!odoro Sampaio.
- I V Centenario.-Discurso uroferido »elo Sr. João Vam-
pré no Club Gymnasti'co ~ o r t u i u e z por parte do
Instituto Historico e Geographico de S. Paulo. .
- Dr. Cesario Mott~.-Discurso proniinciado na sessão de
20 de Abril de 190D n a inaugnração do retrato do
Dr. Cesario Motta pelo socio Dr. Santos Rodrigues.
- Breve descripção do riu S. Francisco e itinerario de
Guilherme Glimerio pelos sertões do Brazil. -E=-
trahidn da Historize Rerum Natiiralium Braailia de
Georgi Marccravi.-Traduzido pelo Sr. João Vieira
de Almeida . . . . . . . . . . . . .

'Vi -
- Viagens a varias tribus de selvagens na capitania de PAG.
'finas-Geraes: iwlo riaturalista Allemão G . W.
~reire~ss.-l'sadiicqko do Sr. Alherto Lofgreri . , 236
-- Divertimento admiritve1.-Para os bistoriadures obser-
varein as machiiias do riiundr, rr:eoiiliecidiis nos ser-
tiies da naiegaqâo das ininas de C v b i e Uatto-
Grosso par llnnoel Cardoso de Abrrii . . . .
- Kota sobre '.lnnr>el Caetano de Abrru . . , . .
- Doa@o das t~:rrzts de Jari~bnt,ybai Eraz Cubas.-Pu-
blicn forma offt.recida ao Instituto Historico de S.
Paulo pelo soeio Dr. &I. 1'eieii.a Guirna~ncs . .
- Deniareaçáo das terras dç B r a ~Cubas em 1567.-Pii-
bliea fórma oferecida ao Iiistituto Historieo de S.
Paulo pelo socio Dr. 3f. Pereira Guimar3~s. . .
- ETavegaqão aérea.-A conquista dos :ires de Bnrtholo-
rneu do Gusmão a Stintas Dumont-1709-1901 lior
Horaeio de Car\.alho . . . . . . . . .
- Subsiclios para a historia de 1guape.-Mineraçâo de
Ouro-pelo S r . Ernrsto Guilherme Young. . .
- Noticia bistorica sobre a iiiiiiba inyrnqão de dois ba-
Iõaa com e6as para a Navegacio aérea pelo Dr.
Doiiiingos Jaguaribe . . . . . . . . .
- A lnrours. de Canriarm S.Pnula nu urino de 1800. Officio
da Carnsra de Porto Feliz ao Principe Itegorite I
- Termo de erecqão da Cal~ella da freguezia de Kossa
Senhora do O', anno de 1618 petiqão . , . .
- O monumento do alto da serra do CubatAo. . . .
- A Gruta do inferno-perto do forte de Coimbra em
ivIatto Grosso por Alexandre Rodrigues Fwreira .
- Escriptura de verida de terras a D. Liiiz Mascarsnhas
- O tiipi na Geopraphia Nacional - ilCernoria lida no
Instituto Historico e Geograpliica de S. Paulo pelo
Theodoro Sampaio . . . . . . . . .
- Lingua indigena-ao S r . Curiha Mendes pelo Dr. Theo-
doro Samynio . . . . . . . . . . .
- Discursodo anuiversario do Instituto Historieo de %Pau-
lo, lido em Sessâo hlagna do niosmo Instituto de l."
de Novembro de 1901, pelo Dr. Tlieodoro Sampaio .
- Actas das sessGes do anno de 1901 . . . . . .
- Relatorio dos trabalhos e occorre~iciasda Instituto His-
torico e Creogralihico de S. Paulo no anno de 1901,
apresentado pela Directoria . . . . . . .
- Balanço da receita e des esa do Instituto Historico e
Geograpbieo de Sáo Jaula relativo ao any de 1901
-- Parecer da Commissão de contas. .......
NECROLOGIA
PAG.
- Dr. Americo de Campos, p ~ l oDr. Miranda Azevedo . 667
- Dr. Aucusto de Soum Quciroz, pelo Dr. hliranda Azo-
vedo . . . . . . . . . . . , . .
- José Pedro Xaviei. da V e i e , pelo Dr. Miranda Aarvedo
- Dr. José Perreira de. Souza Araujo, pelo Dr. Miranda
Azevedo . . . . . . . . . . . . .
- Dr. Elias Fausto P. Jordho pelo, Dr. Jliranda Aze-
vedo . . . . . . . , . . . , .
,
- Conselheiro João de Souza Corrên, pelo Dr. Miranda
Azevedo . , . . , . . . . . . . .
- Bernaido Saturnino da Veina. elo Dr. hliranda Aze-
vedo . . . . . . . . . . . . . .
- Conde do Pinhal, pelo Dr. Miranda Azevedo . . .
- Ur. Brazilio dos Santos, pelo Dr. Miralida Azevedo .
- Dr. Joaquim Fernandes de Barros, prlo D r . hIiranda
Azevedo . . . . . . . . . . . .
,
- D r . José Maria Corrên. de Sá e Renevides, pelo Dr.
]\Iiraiida Azevedo . . , . . . . . . .
- Desembargador Rapniuiido Furtado de A. Cnvalcxnti,
pelo Dr. hIiraiida Azcvedo . . . . . . .
- Dr. José Avelino Gurgel do Amaral, pelo Dr. 31iranda
Azevedo . . . . . . . , . . . . .
- Conselheiro Gaspar da Silveira Martins, pelo Dr. Hi-
randa Azevedo . . . . . . . . . . .
- Dr. Frni~ciscode Castro, pelo dr. $1. Azevedo. . .
- Conselheiro Rodolpliii E . de Souan Dantas, pelo D r .
hf. Azevedo . . . . . . . . . . . .
- Conselheiro Paulino J . Soares de Souza. pelo Dr. M .
Aeevedo . . . . . . . . . . . . .
- Mathias Joíi? dos Santos Carvalho, pelo Dr. M. Azevedo
- Dr. Antonio Achilles de hlimiida Varjão, pelo Dr. M.
Azevedo . . . . . . . . . . . . .
- Dr. Carlos itrthur Moncorvo de Fizueiredo, elo D r .
M. Azevedo. . . . . . , . . . . .
- Dr. J o i o niogo Esteves da Silva, pelo Dr. 11.Azevedo
- Dr. José 1 I p ~ i i i oDuarte P e ~ e i r a ,~ ~ oDr.
l o bI. Azevedo
-- Elins Alvarrs Liiiro, pelo Dr. l f . Azevcdo. . . .

- RelaçBo
brode1901. . . . . . . . . .
dos membros do Instituto, em 31 de Deeem-
. .
ERRATA

A estainpa intercalada entre as paginas 376 e 377


represerita o Dumo~ct VJ e n&o IF',
A primeira concessão d e e s t r a d a d e
\ f e r r o d a d a no Brasil

Diz-se frequentemente como coisa certa que a primeiraeoii-


oessão de estrada de ferro dada no Brasil foi a da ferro-vis de
Eetropolis, frit,a ao falleridn visconde de hlauí.
Xão é exiicto. A concesùáo da estrada de ferro d r Petro-
polia, vulgo Maua, foi dada ao visconde de lfaua, em 1850, pelo
governo da provincia do Rio de Janeiro.
Cornquanto não possa dar o numero e a data exacta da lei,
que deu a concessão a. Maui, porque iião possuo n legislação
flu~niiiriise, todavia posao assrgwar que a referida concrss%o 6
de 1830, porque o yroprio coticession;rrio o r e r e l ; ~na Erpusigão
que, em 18i9, apresentou iiiipresia aos credores de I I a u i & Çomp.,
na qual, com referencia ao amumpto, se encontram os seguiiites
trechos :
uKo estado de descrença em que se encontraram os ani~iios
n respeito das vias-ferreas, <ai,ida ein 1850, foi ousadia ern em-
prehender a construcção da sua primeira, embóra ppequena estrada ;
procurar obter unia garantia de juros, geral ou provincial, era
simplesmente iiiutil nessa dpoclm; vencer, porém, as resisteneias
era, a meu vêr, indispensavel, e um p a n w de umostra do me-
lhoramento ine pareceu o meia mais adequado.
«Depois de feitos os estudos de reconhecimento pelo enge-
nheiro Guilherme Braggr, que executava por minha conta as
obras da aEnipreza do Gazn e sendo a traçado da raiz da Serra
a Mauá por mini escolliido attendendo aos inconvenientes da di-
reeção i Villa da Estrelln, que iriterr5sses lo:aes a~jontax~amcomo
]>refc!ri\~el,teve l<ix&ro I<.\-antii~~~%~to c l i ~ ~!lin~ta.l+eln engenheiro
B o h e r t , ~ILilipali, sob r~~spoiisnbilidndei: direeq&u dnBrngge. Xni
s r p i d i i , ohtivi. d:t l>ursideneia da l > r o v i ~ ~ roi al>rivilegioexclusi~.o
riii uinn aoxiit lntpml de 5 Irgu:ts 80 1011go da li11La ~n.ojectitda,
iuiica conee;sXo po3sirei lirisia <l>oel18.»
Conta e i i i sexiiida \li~iiti roiiio leviinti~u i). caliitibes ~,recisos
p:~ra 1'?~liaill':L C I ~ L ~ I .P~ Z cul~rlue,
:L dizelido:
,<1-:iii 1 1 0 ~ ~wnii
0 de 20 iiieet.8, drl>oisqiie os trabnlliosfomm
rncetiidoo, se iibria no trniisito l~ubliro,eii& 30 d e ~ l h i . i l rle 1854,
i& r s t r a d ; ~dis &rro do l'etropolis, reiieidas todas ~ L Y diffieiild>~des,
que uni liriint,iro trnbnllio dtiise peiiitro ;icarretava.»
I)o exposto, toriia-se srideute que :I C O U ~ < Y J S ~ ~iiO ILnlUí 6 d e
18,íO r qiin o pririi,.iro trerlio dn \.ia fisrrea de l'etrol>ulis iieoii
ioiicluid<i e111 1854.
Qiie n p r ? t , ~ v i i . n l i n h : ~ferren c o ~ ~ s t r u i ~nloa Brasil foi e m !
trerlio d;i frrrib-.;ia de Petr<ipolis, isso inçontrsbarrl; iiias, a.
coitee.ss<io dndn n I l a i i i lmrii n eo~istrur<%o dei3a estrada d e f t ~ r o
iiio fui a pi.iineii.,i qrie 110 Rra?il se deu, l>orqiiniito 1 4 nniiou
aiitca, eni 18tlli, já n asueiiibl&t legislati\-a I>ro\,inçinlde S.Pttulo
Lnvi:~ deeret;tdo a Iri n. 51 da 18 d e Marqo (niitiq: 11. ?L),
d:~ndo lirivile-io rxcliiii\-o .i Coinl>aiiliia de Aguiar, \iiiva, Fi-
1110s $ <:oiiil>,, e a P l i ~ t tr l t i i d para a eoiirtmrç%o de iiiiin es-
tln& de feriii, li!::iiidir o 1,orto dr S;tritoç ;i Cal>itnldn lirnviiiri:~
t: ás villn; rln Coiistitui<;Ho, Ytii, Porto-Feliz e hlagy das Ciu-
aes. ( 1 )
E fi>i cata indiirutivelmei,tr n l,riiiirirnconeessio ferrrrl-inria
f<,ita n o Rrnsil, l,orclunuto n lei li. 101 dr: 3 1 do Oiitiibro de
183.5 (qiii: itntecedi\ii i siil,ra cit,adn) decretada pela nssmiblka
geral lepislitt,ir:r do Inil>t>rioe saiiceioiiadn pelo rrgeiit,e Diogo
A~itoiiioFriji,, :riiit,orisarido o povtXrnonioricedrr i 6 u111.t O I I ~ L N ~ S
cornlmnlii.ti (indeteriiiiiiadnuipi,tpi l i i l e i o erclusi\.o lior 40
alirios 1,;ira n coristriicçiio dex uiria liiiha ferren, lisaiido n capital
<li>I i i i i ~ ~ r ii
o; i ~ o \ - i i i c i ~deu lliiins, Uabia. c- Kia Graiid<- do Sul,
i c ~ opas+oii d e unia siiii~iI<.situctoriz;i<&o ;,o poder errcuti\.o que
:L S ~ ~ C C ~ « IlilitsI O I lhe
I ni10 deu ~xer11q:in.
l>~:~,ois dpi;a lei geral, de 1835, vein a provincinl de 8.
I'nnlo de 1 8 dr JLarqo de 18Xi, dr?;iFiinndo ou conee=sionarios, o
que ~,r<n.nque n co~~'e%b"obitvii~sido 1201. ~ l l esolicita<ln. ~ 1)oiu
nnrios alicii: foi <:~.~:L 1 ~ sanccionada i pelo presidente h%l>ro\-iitcia
e c o n v ~ r t i d nriii eniitrneto 111,li~l r i T I . 113 de 30 dei 3Iiirqo dri
1838. En" r<,-it:i, p o i ~ ,duvida t~lguiiin,qiic a S. Pi~iilocabe a.
.-
(I) ae ~ . o !pr~mol~adss
~ pela assenblda legirlstiri da Provinoia de a.
paulo aeiùo i a a b nt8 IcBS, png. Ia.
sloria de tcr dado e l>i.iiiieira coiiccsiXo de estrada de ferro no
I3rasil. -1 I,r<.vidriite <a iiit<~i.essni~tr.
Iri, qiic! converteu eiii con-
trarto e 4iinciion<i11 :L l.eiolnl<;io da aiseiiibl~a 1egisl:~tivu prorin-
einl de 183Li, 4 do teiir srgiiiiite:

Lei 11. 11.5 de 30 rlr AUcti.cii ~ l c 183h'


(Lei n. 24 de 1858)

O doritor V~.iiancioJoj<:Liibki, liirsidente da l>rnvincin d<-


S. Yaiilo, ete, Fiqo saber ?L todos os setis iiabit:intrs, que n
-\b$oiribi&a Lexiilativn Provi,icinl d<arri,.tou, r! ri, sanecioirei n re-
so1uç:~ii se,qiiiiite :
Art. 1." Fica auetorizado o l>reiideiite da prorineia a con-
c-der carta de lirivilegio c.\-cliisivn i çoiiil,niiliia de .iguiar, Viu-
r:i, Filhos & Coliil,anliia e a Plittt e Itttid, linrn ;L f a c t u n de
iiiiia estrada de ferro, eoiii as segriiiitr,.ir:oiidiçCi,s: A coiiipnnhia
f n r i catrnda3 de ferro, ou oiitrzii dr: iiiitii iiioderira e perfeitii in-
ven(.bo, ou callne5, OU i ~ n i ee outra rois:~,:~~>ro&,riados ao tr>Lnsito
de carros de 1-apor, nii seiri \-ttl>or, I,iieli;idcis por aiiiinaee e. bsr-
eos de vapor ou seiri ialior, liiielii~dii.;l>orRiii por harco deinlior,
11ara o t r a ~ ~ s l ~ o dos
r t e seiirros e viajai1tr.s desde n rilln de San-
tos nt5 ns de S. Çarlos, Coiistitiiiq;lo, Ytú oii Portn-Ftrlia, oir
11am toda3 estas, coino tau.iiib.iii desde n 1-illa de Santos at& a de
Xogy da-. Criizrl, podeiido jiiiitni. o rio Pnraliyb;~ no do 'l'ietb
iio ;>riiiii!iro ponto iiiais pcrto dtrsta 7-illa ein que n coiiil>:inlii:~
julgar L,"ssivel, para a U L L \ - ~ ~ ; L Ç ; L O dr ~ C ~ I Cb Ja ~ . ~ oes ,: ~ f i nde
~ i~o<lct.
s coiiil>;~nbiadar t r a t e s entre esta 1 a cidade de S.
Paiilo innis xillas aeitiia d<?clnradnr Iior caiines, rio, ou estradas :
jwo~~i~~t,itieaiido c?in liriiiieiro lngar a coiniiiuiiicayao elitrr:a cidade
d e S. Pitiilo o n villn de Snxiti~s,eoqirq;riido as respectivas obras
dentro do prni.i> de trra ~ I I I I U S , C I I ~ X ~nle~lilo
B drelaraiido no go-
viirno da l>rovincin rInnl a direcq;to total das obras da ein1)resa:
estes tres nnnos se coiitirào de data dn 1r.i da. ::sse~iiblCn geral,
que sanecioriar n s disposi(;õe3 destn, cj~led~~>eriderrio damaap~m-
mq%o, e a coiiilrniiliin c ~ n t i n ~ ~ ; u110 : L i~nditu~ento dzzs obra3 i~t,4fie
concliiireiii, de sorte que: n o l>r:~m do aclte : L ~ ~ I O Sde data da
iri~iicioiiadalci eir:ir;i n estrnda ~>roiiiiit,n,i: o transit,~ ],sr:L u
piiblico reali~ado,rntrr a. cidade de 8. Paiilo c a villu de Slui-
tos, seiu çonitndo ficnr a eoiiilin~ziilrinltrivada de i r fimeiido ao
inesino teinpo M outrtw vias do coiiiiiiw~iraqii~:j;ticaiido, por8n1,
r l l a obrigada a carregzir liam i> I,iiblico de todos 03 oiitrou pon-
tos nciiiia declarados, dentro do liraao de dose ~111103,eoiitadou
taliibeiri da data. da mfiridii lei. Podcri comtudo ii coiiilaiihia
abreviar t a e ~jlraios, 1uas nultça ebllapal-os, e n;10 estando eonie-
qada a obra dentro dos ditos tres 811110i, 011 n%o fxstando ~01,-
rluid;i :i estrada, e realizado o ti.;liisiioiti! para o publico daxilln
de Sa~ttoi,,asa n cidade de S. l'aiilu dentro doi sere, e erti tii-
do; os uoiros lioiitiis d<~sipi,adosd r i ~ t r odui; doze aiiiios, ficnrio
e m qualquer destes casos seni rffeito as coiicessóei i1uctoriz;idas
pela lpreinntc- lei i e iiBo p d e r á neste caso a co~iiliniiliia exigir
iiidr.iiiiiizac?,u ;ilyiiiiia pt-Ias drs[ieias que tiver feito.
Ai ertrndn que ;i eoriil>ariliia fizer entre it cidade de S. Paiilo
e o I i r o da Srrra qiie d eiee ~ i ~ Sr Bi ~~Tse15 O S seiiilirt. liara c:irros
de x-alm~:do l~icodn Serra ntC ahnixo d ; ~Serra. e vier-versa,
os rranslbortra srrztu fritos por nleio de , r ~ o c A i > i r i ad~stiiia~1n.s af<~zcl-
os srrCii. e < / ~ S C P :~ .e debaixo da serra até. Sarit<is por iiieir, d e
cxrrrjs de T-aliur, 0x1 harcus de x-alior, ou sem elle, l>iiclindor:110-
rCui 110' b;irci>s de xipnr.
Koi iiiais ~ o r ~ t o~>ori.in,
s~ 11oderii a eonili;iiiiiin deixrr de usar
eurroi de rxiior; r riao Ilie fica nellrs l>roliibidufizer: eiit confor-
niidncle coiii que iiciiria. fica dito, riu qunl<pc~roiitro yeriodo do
s i i i miidniiqa n o seu syitrma de caiiiiiihos, nias so-
o r t ~ a cidade de S. Paulo e ~ i l l n s
nierite linrii di~xt r i l ~ ~ s l ~ entre
exlweisa~~wnte iiiarcadas ntsetc artigo, seiido-lhp licito fazer rs-
tr:id;w ~ G I - ZLL I I O ~onde no l~riiicipir>fiirr ~strad;>sd e ferro para
e a m s l>ncIindos por aniiii;ivs: niiider o transito que l~riiicil~iiir
1'0' terra li':l!ii ri<) OU cniinl, e deate* pitrn terrn.
,ii.r. 2." 1 roinlrxiiliirt i i n r ~ q i i r n r io c<i~ilieciiiiviitode todas e
quzesqiieu iiixchiiiss d r que se srr\.ir: prueeaso de qiiaesquer t ~ a -
balhos que rerifirar, e iiiodelns de seus iitt:iiailio>il e ferrarrientns
ás 11essnasqgiie ii g u ~ e r n oda provinci;~orderiar, os qiiaeti pode-
rão assistir a tudos os trnh;ill,cia liara n iiietura da estr;ida: iielo
ienil~oqiir o m<Laiiiopai-enio drtrrriiiiiar.
Art. I:." .i co~iil>;riilii;tgr. abri. :I coiiduzir a s u : ~custa nas
lxiiilniros dei ar11106, dqlois da c01tce3~80do pri~ilt*gio,i10 111e-
nos trrs iiiil culunos, traballiadorca rnorigeradus.
A T ~4..' A coiiipat~hi:~ terá o lxi\,il;gio ezelusiuo desta eni-
prem pelo rs1,aqo de quarenta ariiios, eontaiido du dia erii que
di.r coiiiryo IL tl.itn~1mrte.i p n o~ publico dii cidade de S. Paulo
por suas vias de coii?iiiunir;rqot!s para qu;ilquer das x.illas de S.
Carlor. Coiistitiii?Bi>, Ytú r Porto Feliz.
Diir;irit<r os ditos quarerit;, aniioi ii&o t r r i o governo inge-
ivnria algiinia riii inat,erias da eoiiil>niihia; findo porem este pra-
zo, ~~erteneerão ao uiesrno goverriu todas as estradas, e outras
via8 de transportes da compariliia, bem como as riiitchinas estn-
cionarias que lliei; esti~ereiiiannrxas destinadas para fizer subir
e descer, 0x1 pucliar os trarisp'rres de uiii para outro ponto ; os
carros de vapor e sitio pertences; os carros e barcos sem vapor;
devendo nessa bpoclia itehar-se tudo isto em rstitrlo de coiiti~iuar
beiri no uiesiiio transporte como dantes; pena de resl>ondei a
eoinpauhia por seus bens.
Art. 5.' Findo kzinbem o sohredit,~b~i..zzo de qiiareiita aiinos
t,erA tarnhern o governo a faculdade de roiiiprar tudo ou 1rai.te
dos demais pertences da io~iil>anhiaenil>reSados no iriitnqjo dos
transportes n i o incluidos iio tirtigo l~rrredente,e que o go~-rrrio
julgar conveniente; p,aalldo este o iniportr i vista, ou eni lrt-
t m a sobre o th~soiiro~,rn~.iiirinln 12: -71,3 6 e 48 mwws eoiii
juros de 6 por cento iio iiniio. A a~raliaçi~o d e taes o h j t ~ t o iserá
feita sem recurso por arbitro irouirados a apraziinento do goiwr-
no e d a eomlmnhia.
ilrt. 6." Si a assemb1i.a Iegislativa da provincia vir que iião
convem á proxiiicia a acquisisiio da elnpreza iiaquella Cporhn, de-
clarará isto á eomliarihin doia aiinos'aiites da expiraçho do seu
privilegio, e eni tal caso se prolongnrá o inesmo por ninis seis
alinos, sem nova conveilqiin, e sóniente com o onus que deterini-
n a o artigo seguinte:
Art. i.' Passados iilite aiinos contador do primeiro tritils-
porte para o liublico será a companhia obrigada ;L p g a r ariiiu-
almente ao governo 10 por cento do rendimento liquido: que
ella perceber desta eiiipresa at,b v<-rificar-sr o I,riinriro transporte
p s m o publico por vias de communicacOisl que tenha eitahrle-
cido ynrn qualquer das villas de S. Ciirlor, ConstitiiiqBo Ttii r.
Porto Frlia, e dalii ein dennti. e l,or todo o tempo que diirni o
seu I>riirilrgio, será elln obrigada a. pagar xnniialmenre 20 lior
cento do dito rrndiiiiento liqiiidi~,o qiiitl s e r i empi.eyada eiii hr-
neticio &S estradas adjnc~iites,r riao se lioder;i dar entra ah-
p?icaq%n a eeit,e redito sempre que as i n ~ a i i a sestradas delle l)re-
asem.
Este pzgamento terá lopbr Iirln niesrna %rina e teinpo riri
q u e se pagarem os dividetidos nos accionistnr. da coinpnnhin.
Tambem será a enml>arihia obrigada a coridiizir grotuit~inentn,r
debaixo da sua reslinn~ahilidade,as malas do correio, e fuiidos
do soverno, quando este exigir, e r g u a l n ~ r n t ecargas: nias que
nüo ezcedan~ein tudo n dez arrnbas, e! duns pessoas por \-iarem
p m a os yontos que rstiverem nas linti;as das aras operaqiies, iiias
isto só uina vez por dia e qu:~ndo a con~pilnl~ia trans~ol.tar por
estes pontos outras cargas, ou pessoas.
As cargas acinin mencionadas si, poder80 ser de eEeitos 1x1-
blicos, e as l~essôasas que forem mandadas em servicn publico.
Art. 8." Será peiuiittido, 8 eoml>anhia? por t"do o tempo que
durar o seu l>rivilegio, tirar toda a pedra d e ferro que r,recisar
I ~ : I ~:LLereriiq:to de siizis obras; oiide el!n Siir tt~iroirtrnda,1er;in-
kmdo l i x a isso as hbric:~s que quiaer, iiiesiiio i s i r i teireiiris das
l>articiilares. iiideiiiiiian~idii-03 lirl:!s l>etlriis d? ferro qiie tirar d e
seus t~~rreiiiis, t! ~ielor~ n a i sl>r?juizos clne sofFr<~rp~n.
Art. 9." Ser6 licito i coiiil,aiiliin entrar, salvo ;is fouiiin1id;i-
des das leia, eili todos os terrenos, t. ; i p a s que se ac1i;irriii iins
linhas de sii:~s olier:iqòes, e aI>i.oveitnl-i~spnrii. l>od<,rverificar o;,
seus tiaiisliortes, beiii coiiio ~>odrrXscrvii-sr das riiadeiras. iiedras,
nii e;d que se e s t r ~ l ~ do i r t r r r e n ~ ,qne B P ~ ~deO ~~articiiliiri.;11or
titulo i>ul>n>;stn; d;ii;i Jogar i coirilietriitr iiidriiiiiizaç<io,
Art. 10." Os ~>~isçiiidoics r culti\.ndoi.cs de todos or terveiioi,
ccdidos por esta lei i coiiil,:iiilii;i, fic:iiii livres, iiiiin 1-rz qiie s e
1nuw ~ ~ ~ coloiioi 1 1 1 iiitrodiizidi,.; l,eli~ coiiipniilii;~ na provi~ici;i,
do ~ a ; > ~ ~ ~ ~dos r n tdizilnns
<i B ~ ~ l , ii11:l~ostos
ii de ~,roducqão pelo rs-
1>aqo <!r riiite n ~ i ~ i o scnritailos
, io <lia rrii rjur a roiiil,::iilii;~l>ri~i-
cil'inr ;i tr;iiiii>ort:ir liclo rviiiiiiihn de S. I'alllo ~ p a r iiputlqiier
~ das
7-i1l;is de S . Cailos, Coiiatit~iiy:~~~, Ttii <! Portn Feliz: firi<lo: 110-
rfiiiil este [iraao ~~<.:LI$Lo si~jeitniR todos os imliostos roiiio os iu:iis
Jsvradores da. l i r o i i i ~ c i n
Avt,. 11." .\IGiii de podei s coiiil,niiliia oerupar tei.reii<is de
l~articiilaresIiarn eoiisti~ic,:no de estriidns, poiiter, c:iiraes e di-
qucs : t r r i tariibriii cgiial dircito 1i:ir:i o estnbelcriiiieiito do ai.-
iiiuzeiis de depositiii: t i c e e uiitros yiiaesqiirr rdifirios n
h e ~ nd r aiias obras. O pr<ieeiso de.. iiideiiiiiiea<:ao pcir iiiori7.o
destc r outros artigos desta lei: r c p ~ l a r - s < iiclas , ~ i leis ristr.iites.
Art. 12." Si os eaniiiilio>. oii rntinei da coiiil,anlii:i. iiiipe-
direiii eniiiiiilios oii caiiaes de .er\eiitin 1,u'olicn. 0x1 liarticular,
dever& elln siibrtituil-os por oiitros e:iiiiiiilios ou c;iiia<,i de e ~ l i s l
perf<iiq3o, quaiid<i iiBo quiser finiiqiii,;~r as ioiis, os q~tnes:COIII-
tudo: ser6 obrigada n fraiiqiii.ar ciiiqliaiito iiRo fizer n ruhstitiii-
<%o. (Juntido fiir nccessario qiii uiin estrada pubIic:il oii canal
l~uhliei>.ntrav<,ssi: n dit coiiil,niil,ia. <,$ta iiuo podori obstar, com-
tantn < p e : o seu tr;~iisito i120 fiqui. iiiipedido por t e n q ~ o ;11?un~
Sciido. por@iii. n obra, iio poiito do eriizniiieiito <Ias estradas, oii
riuines da coiril,anliia e do Xoveriio. frita. pela maiitirn qiie iii-
d i r a r n ~,riricil>i~l i:iiyerilieii.o dr.'l:i, riias acinprc rio logai. qx<: a
gn=overiio di:sigiiar: seiido ellit obrigadn n rseciitar a obra si o
govt:riio qiiizrr, o qual a iiiiduiiiiiiz;ira loyo delioii de eonrliiidn
a obrn; e. iiio se effactuaiido t:il pagaiiinnto, ella se iiideiiiiii-
anri por meio do tributo t~stah<~lrcidu iio nzt. i." desta I<,i, reri-
~ = n d ojuros eo~iipostosiia raziio de t i por cento ao anno da cpaii-
t i a qiio se lho isstiver deveiidn. Qiii~lr~iier iiiuiiieiliio ou partieii-
lar t a r i tambeiii direito dr criiaar ;is estrada-. C C1lIlae5 da eoni-
l ~ a n h i acom os s e m eaniinlios c cniines o de exigir que d i a e l e -
eute a obra n a foriria ariiiia : esta, l~orPiii,poderá exigir. afiiii de
., o seu ambolso. oiic i,rii~-iaiiiente se deilosite rias oiùos
seyiir;ir L L
do s<:u tlie~our<:iroo diiilieiro que, pelo caleiilo do scii e~~g,..-
nlieiro, se honver dç d i ~ ~ ) e n dou ~ r ,se nffiaiicr idonc;tuiente o seti
pu"?.nlento.
.\rt.. 13." C m aiiiio aiit<,r de sc auliar cniicluida a cstrada
de S. I'uiilo a Santos, a eoiiiliaiiliia, sol) liena de p r r d e i o seii
l>ririlegio: organizari e liiitrlicsfii lbela iiiipreiisa a tahella dos
~,reçoddilseoiiducqiies e das passasens eiitrn :iquelles doia poii-
t o s ; os quaes jamais lioderi aiiyiiiriitar nl<:iri do iiiiiiirnu que riii
e yu;~lqiizi. teiiipo existir, iiias si111 diiriiitiiir : ficando <,lia o h ~ i g a d n
;i eoiidiinir os gerirroa e fiaiiqiiivw liassngein entre S. I'aulo e
<lualquer das outras villas dt,sigi!ad;~i iio artigo lirinioiro ,>elo
irirrior linyo porque por eg.1~11dist;ineia ciii q t ~ n l q u r rteinlm fizer
c r i t ~ eS. Faulo r: Santcix. lioclexido, 1>or@i11,a ron~panliiatst:tbe.le-
ecr ab: baii<:iias qt~t:julgal. eonvenirntes p i ~ r aai, sllus iohro~>qits,
r requisitar o auxilio da forca ;iriiiadn. caso seja ~werisn, para
r t o L i i n a q s e r i 1 1 a p Á m a mU"t.
.i indeiiiiiizaqào terá Ingar si I I O Y 1i.i: urro ou oiniss2o do powr-
no se ,,ao verificar a eobr;iiiqn esiil,nlada. Os preços dc que
trnrta a tab<:k aeiiiiu serio niarcados eiii rnuGda brasileira dv
lwata: 11il < l ~ ~ dever80
al ser pagos ~ i u rqii<,iii exigir: o transporte
ou l>ass"e~~iii, seirdo eoiiitiido licito a i.stes l~agareiii-no eiii qual-
qiier oiitra iiioéda brnzilcirii, que p<!la lei corra iiesta provineia,
o seCmndo <I agia CLIII: 11nu\-er entre esta e q i i t ~ l l a : ngia
q u r s e r i indicado ein iiiiia tahr:lla qiii: a rnmliariliin fica obriru-
da n al>resriitar iio priiiciyio de cada iiirzl <: que trrA r i g o r todo
elle, e s<.i-ii verificado l>i>rdois nrhitruo, i i i i i do goyeriio e oiitro
da cuiripauhiit, que lcira isso tomarao n teniio medio do agiii dis
so1,reditas iiio<:das nos pririieiros qiiiiize dias do 1ni.z pret(.rito.
Art. 14." O governo frsnqirrari i eoinpa~ibia. copia dos
inal>Ilas, iiif<~<iniiaçüeso iiiais esclarrciiiieiitos que. tiver e elln csi-
r i r a beiii dos trabnllios dn eirii>rrsn; r! taiiibem a c o i ~ ! ~ ~ a ~ t l ~ i : ~ ,
,~,
exigido qiie seja pelo governo, lirestar:? 3 copia dos rntLppas, e
ijlailtau qiir tiver le~.aiitado dos sertom, oirdc fizer qiiaesquer ex-
iiloiaçnei em beiii:fieio da iiieaiiia criiliresa.
Art. 15." X o caso e m qiie, por iiiativo de guerra externa,
ou eoiriinoqòes na proviiiria iiitrrroiiiliaiii os ~ ~ r e c i s otrabi~lhus
s
da eomI>aiiliia, n i o correrii cniitra esta o caso iliareado n o srt,igo
pri~iieiro por todo o teiiilio ein que esses obstaculos perdiirarein.
hrt. 16." O gol-ermo garante ii eoinlianliia e s todos os
colonos que e& importar para esta yrovineia, a sua liberdade
civil (3 religiosa, e esl>eeial protecqao iino $6 a elles como iis
suas familias.
Art. li." A eonipaiiliin iião podera possriir eserwos, nem
empregar africanos livrrj, mas l~oderiialugar eseraws.
Art. 15." Ficam rex.oprtdas todas as leis e disposições em eon-
trario.
31ando portanto, A todas as aiicioridades a quem o conheci-
mento e ext:eiiç%a da referida Hcsolu~ão pertencer, que a ciim-
p r m e faqaiii ciinipnr tão inteira~iiente como nella se rontern.
O Secretario d'esta P r o ~ i n e i aa faqa imprimir, publicar e
corrrr. Dada iio Palaeio do i;overtio de S. Paulo, aos trinta de
iiIar~odc mil oitoceiitis e trinta e oito. (1,. S.)-V7minncio Josi
L;sDoa.-Fr<riiciaco G~nieade A l o ~ r i f l a ,a fez.
Piiblirada ii'eata Secretai..~do í:ox.ei.no, em 30 de iilarço dc
1838.-Junqirin~ Firari,~oPeivii.<r Joi.gr.
Hegistrada nest,a Secret:iria do Uovenio, no Livro 1.' de
Leis a fls. 145 r. cin 30 de 3larro de 183S.-Jonp1ri?i~ JosB de
Andiade e dqi<iifo.

Tal foi a lei r p e deu a primeira eoncese8o de estradas de


ferro no Brasil.
C'oiiveni notar que, nesta lei, já se prrxria qiie a futura ri21
frrrea teria de subir e descer n Srrra do N a r por meio de
nos incliiindos c de riracliinas fixa;, tal qual eoriio foi, dezoito
aiiiios rlepois, rtdoptndo pela Coiril>aiiliia Iiinlrsa: qiie j i o legis-
lador paulista se yrcocexil>av;i coin a eolonisncâo da provincia, e
tanto que, lia clausula H.", o h r i g a ~ a os eoneessio~ixriosa trans-
portar grntiiitninente. duwnte os 1,riiiieiros dez aunos do trafego,
ao nieiios 3.000 colonos traballiadoras morigerados; quc a prroi-
o libertar-se da <,sci.avo j i liavia iiiradido os podcres
c ~ i p i ~ q %de,
pnblicor, no 1>onto de se impor nos eoiicessionarios a coiidiçao de
i i ~ oporsuireiii escravos, nerri e r n p r r g r africanos livres, l>odrndo
sbrrirrite aliigar escraroe.
E ailida. digno de nota <pie a 1i.i rstnbrlecia o dirrito de,
reversuo para a liroviiicia de todas as estradas coiisrriiidas pelos
ronees~ianario;~findo o prazo do privilegio, e que a coricesaão
abralipia uiii rastissimo plano de riação porque dava aos conces-
sionarios liri\-ilegio, n8o só ,)ara a coiistrucção de estradas de
ferro por tracqão n vapor, coiiio tambem por traeclio animal (o
act,iial tiaTiL7i.ay ou bord qiio, eritão, ainda o norte-americano
ii&o hnvin iiii~entado)e ainda para a naveg:ioão fl~iviala vapor.
Uecididaiiiento, 6 forpa confi,sser que os lewisi~ladorespaulistas
C
de 1836 estavam muito adiant;ados Tara a sua epoca. E' verda-
deirsincnte adniiravel a sua yrevisào do fiituro.
E quereis saber porque: t i o avançados se iiianifestavam? E'
que itgisrii sob r, iiifluso de tirn erwopcu intellig-erite, illuitrndo
e progressista, o velho Frederico Fomm, que era sacio gcrente
da casa coniinercial de Snntos-Apiar, Viuua. Fillios S Compa-
nhia-i qual foi dado o ]iiivilc@o em qiirstâo. hllemão de rias-
ciniento, mas brasileiro e paiilista de eorayâo, Frederico Fomm,
unirt+se pelo caswiieuto a unia senhora paulista, d. B a h a r a da.
Costa Aguiar, filha do teiiente-coronel Joâo Xavier da Costa
Agiuar e de sua esposa d. d n n a Paes de Barros Aguiar, que era
socia solidaria da ca3a eoinini+reial concesair~iiaria. Fora elle que,
I
n a qiialidadc de sacio grrerit,e da caia, coricebern o gigantesco
rujeeto e f o r n ~ ç r r a a asseiribIt:a 1rgislativ;t paulirta o plaiio e
gases para a eoncessio solicitada. depois de maridar fazer, Q custa
&a sua casa ~oriiiii<~rciaI~ pelo eiigenlieiro inglez lIosn;~p,os estu-
dos da ferro-via de Santos a S. Paiilo.
E:' isto o que atlirnut, com conlieciniento perfeito do asauin-
pto, i>dr. hugusto Crsar de Xiranda .Az<,vedo iia excellente bio-
grayliia dc Frederico Pnnin~,que lii11,licou eiii 1879.
Desastres eoinmerciacs iritpedirarii o velho Foinm de renlisar
essa enipipaa~mtis o seu l,laiio 1% os estiidos, que riiaiidara fazer,
ficarnin c st>rviraiii de biiir para o traqado da actual x.ia ferrei&
de Santos a Jiiiidiahy. Esses estiidos, i v g ~ ~ n d o que affirina
sindn o dr. Miralida Azevedo ria rirndn bio:i.iizphia e eu coiiíirmo
pela tradiCâo dw. faiiiilia, qiinndn Frvderico Foinm falleceu, frirain
por sua viuva coiitiados no iiliirqnea de Xonte h l e c r e ; este os
cedeu ao seu e associado baráo de Maúa, que delles se
utilisou em 1853 para o i iinros rstiidos, que inaiidoii fazer e que
uiri anno depois verid<?iiii actiinl Conilranhin Inglera por 40.000
libras esterlinas, ou cerca de mil cantos da nossa niotdn, ao calii-
bio actual ! . . .
NBo se I>óde pôr eiii duvida que o projecto de Frederico
Fomm e do eiigerili~iroYornay, de galgar a Serra do Mar por
meio d<: plaiioi inelirindni o dr ni;leliirias tisas; solicitando os
wagons a cabo, i!rn ndiiiira\~nlmcnte concebido, porque foi esse
exuetairieiite o adnpado pelos erigeiiheiros de 3Iauá e posterior-
mente pelos da $9. Pnqrlo Knilx-ag: qiie o realisoii, cerca de ~ < n t n
annos depois de concebido r t,raçado por Frederico Foinin e bIornay.
O plano de Fredeiico Fomm era vasto. Conhecedor da fer-
tilidade do solo pauliita, preverido o d<.senvolviiiiento da agricul-
tura einbi-yonaiia de S. Paulo, que niacs tarde liavia de ser o
Estado nlais prospero da. Kepublica, o intelligente itllen~ãonAo só
tinlia eni rneiite ligar o porto de Santos no interior da proviricia,
para d:ir facil escoa~triientoaos seus produetos e estithleeer a yer-
muta com os genwos de iiiiportaç80, corno tambem fo~rieiitaro
- 10 -
I ~ O V O ~ I I I < I L Le ~ ~n> rirciilnqàu i i 2
iiitrrioi 1,ela iinvcgiqno doa rios <?
~ ~ e aliertiii.;i
ln de 1in1-a~\-ias de coniiiiuiiienq?to. "LlCiii disso, esse
~tlniio *~.itiidii,so n1,riiiigi.z iiiiirla a i d t k de estabeleier a iiavegnqTin
dirretn <:titre :I Eiwopn <, o 1,orto de S;i~itos1mia 4 7 1 ~n l'ermutn
dc Xeiiercis riiioliriis e ~>;i.uliitnseoiii<,(:nsse a. fnavr-sr logo ; q h
;L roiicliii;ii> d i ~lilllm ferrei? d<l Saiitns ;I P t í i e Prjrto Feliz !li.
Ko iiitiiiti> <ir l e ~ n i i t n rris ral>itiies~,rrcis<isliara ;i renliinç3o
do seu ~irr$rcio, Fredc:rizi> F'oiiiiii: l o ~ odel>uia <lu(, ohte1.e LI c<iii-
eesi%ol foi ;i Eiii.olra, onde iiida C O ~ I ~ P K U ~ I ]~oi-qx~e
I, O d ~ ~ a ~da.tre
siiit enin c<iiiiiiiercial o nhriL:oii L; voltar a. Sniitos, onde ~ioilco
<It,poii. fiillee~~ii.
Se i,;in I<iKi.oiirealisnr ii >eii iiitriito, todirvii? a <.ssi: esliiritn
riiilweli<~iidecliii.dereiiine n iliici;itiva F o liriiii<,iri>iiiiliulso rui
i~I;tq%oi i.i;icio fc.rrea. dp 5. lJaiiln, assiiii etiiiio a iiitrodueçjo
d;i priiiicirii iiiac,liiiin a \-aliai. tio tt.n.itnrin liaulist:~, iiiaeliinn yui.
I ~ e 1 Id e ~ l i dci :issurnr rríiiin<lo, cpc elle
oinibelecer:~iiii S;iritos, iiiiiii logar cpie deiiriiiiiiiori 7111;i S o v a ,
iiriiiir qiic iliiid;i lioje eoiixJr:n.
Di?as;~iiiai.liiiia n viilior, n piiineii.;~ iiitiodiizida eiii S. P:u~lo
r iir, Braril. ,~xisti;i aiiidn Ii;i liuuros ; i i i i i a s , iiin cyliiidri>, que os
hr-rierliei.it<i-:irilt2oi Biei.reiii1~;ieli dr i i nriaiiear
d o i iiiaiiciie- de Sii~itosc qiie i~iivinrinu ao rxtiiirto ~iiii;cii Ser-
tnrio ( 2 : .
?rTeasp 11111çc111. 110 ttm~jio1111 rpie <,<teveiristallado iiuiii liredio
<ln i.un \liirf,cli;il Deodoro. r e u <arse c?liiidro <: lii.ovnr<~lque
rst<,,ja lirije i i o iiiilsi,ri do Tl>ir:tiig>,, oiido d e l e s<,r eoiisrrviido
coiiiu reliqiii;i liistnricn.
Per*iiiitni.-iiir-io t;ilvrz. porque iiiotivo n euiicessíio X casa
i i i 1 & C . f diidn pii1.n uma lirilin ferrrii
ligniido o 1,iirio dc S;iritiis ;I caltiti~l e 2s villas d~ S. Carlos i:I,),
(~~i~iistitiiiq:~n. 1-tíi r Porto F r l i a e ~ i ù oligasdo Siiiitos a Riu Clnro,
coiii<i pi>*;c~i.iiiiiiiriiiesta coiic~deiizns rii:irqiiezi.s de hlotite Alegrr
<. S . Viceii!<- no barao de IlniiQ:'
. i s e . I:' qup rili 1836 r ein 1838 iiõo <*xiçtin
ainda n !;ivriiir;~ enfioira: n ;ifi-ieulturi~linulista resuiiii;r-se quiisi
que iio ci~ltivod:i calirin dt. sssiicnr iiiil>ortada por \lartini Llffoi,so.
E13 l>l.i~~ri[li?lii~,~lItr ~ 1 1 1Y t í ~ 1'01.to Felia <lu<,essa cii1tui.u
.;c: Fazia i.iii iiiiiior csrnla e ii,iido niaiiii, o oi,jectivo do eoric<*ssio-

p~

I11 Dr. xir&n*riil~ .4ze~cao-Prr<ipriii Foram. dpont~meotoihiagraphieor, I S í P .


I?) ux ~ i r a n d a Auereao-obra
. ~itnan.
(31 A lei n. 51. de 1~ de Mario a e 1830. ~ u aeo e n coneersRa. só r e referia i s ~ i l l a s
o , e porto ~ e i i z . A rjlia de
da ~ o n s t i t u i e ~Ytii e.cados (hoje camptnail foi posterior-
mente i ~ c l o i d rino i'outiacto de 1e3e.
iinrio e do Ic,:isl;idiir liaulista ern ligar o iiosso I,ri~icilinl porto
de iiinr i; zonas elii que a t~etivirla<lc:iiidiiatrinl e ngiicoln e r ; ~
iiinis des<~iivolvidii.
Predi,ricri Poiiiiii :li« lo,crou renlisa? o seu ifrniidioso I,laiio,
~i,i:s 11 hiia at.iiientr ficoii por elle Inti<:.zd,z rio territorio I~aulistn
t. iiinis tarde, iTiii L85li, g e r ~ i ~ i i i ocu d<,srnr-r~lreu-se trn vnstn rede
(1,. r i a ~ i ofirrca c de iiavepclio flu7-iall qu<> lio,je l>osauiiiios.
Por iilicii~ti\-:Ldvste europeu iiitelligeiitr, adiantado r ; ~ i u i ~ o
do Hrnail, c:rbc, l>ois, n S. Paulo n dul>ln g l o ~ i ade liaier iiiilior-
tndo a l?riineira iiinrliiiiu n i a p o r rpr fiiiiecio~ioii iio Brasil r ,z
I de ter rogitndo. antes que qualquer oi1ti.n liro~iiici;~ do Iiulierio,
de estnlic~lee<~i 1iiiLi1,sf ~ r r e a st. d e iirii<yn.nçaofluvial a ivlior dnttdo
;: I>ri~n<,ira coiieess2o ferro-vinrin coiii ;i r1:iiiaiil;~ 1iuiii;iiiitari;i de:
i i j r i l'odereiii o s c<iiie~~siioiinrios possuiu escr2rrus.
Isto faz boiirn ao esl>irito e i i i t e. de lirogrcsso do
l,ovo Iu~ulistae iiierece b<,iri ficar coiisigiindo iios :iiinni.s dii Es-
r;;do er,i~i»siibridio .i liistorin da sua ri;iq:io ferrr;~r dos seus
grandes ei11l>reheiidiiiie~1tos.
S. Paulo, 31 de Oiitubro de 1 R O j .
Documentos pai-a a hístoría d a Víacão
Ferrea. em S. Paulo I

Inaclgura.;à;o do I l3I;rri<\ Iiivliir;\<loda Serra


.O

11e Saiilos ein 1 8 f ; 5


Iii;r1i!jut'aç5<bda Eptradu e l e Ferro 110 Xorte em 1877

520 Pnulo Knilsny C,nil>nny (1.imited.)-Sã,o Paulo, 27 d e


J u n h o de 1899.-lll.'"' Ex."" Snr. Barão Horiiem de 3lello.
Pnssnrido ;rrnxnhR o 35." atiniiwrs:irio da inniigur;iqao da 1."
Fliino 1n:liiiailo da Xiarra, desci Eitra<la d r Ferro, feit,a por V.
Exc. i - i i ~1864; quniido ]>i.e;idia coiii i.itrii c:ipn*.idade e liroficir~ii-
cia, os destiiios desta entào Proviiicia: julguei do meu dever
a&~reseritnr:r V. Exe., por esae ~iirio, os iireus run~primeiitos,e
coii~ratular-iiic iii'i. t i o m ~ m o ~ , r data.
rl
E o 1,rmer drstn iiiniiifrrta$io sobe aiiid;~df,. ponto por po-
d~.rni~iiiiiicini.n V. E l e . <Iiie :LS OI>IRS d<: dulilirnqiio desta lirilia
ferrea ni1i;irii-s<: qunai eoncluidni., desde Saiitos a Juridiiihy, tendo,
l i n iDr.
Iin ~ ~ o ~ ~ c o o~ Ex.'"" ~ Priidr.nte de híornrs visitado todas
d a s l r 1,rreorrido o 1.' Flaiio Iiielinado da Kova Serra, o qual,
coiiiridenteiiiente, eati proiivto, eiiibora i i j o iiiaugurndo.
Tudo isto rein attrst,xi n pujiinça e o desenl-olviiiiento deste
seu Estado natal, o qiinl Ii,?je ainda se leiiibra coiii orgullio dos bo-
iiefiiios dn Iiassagi.iii de V. Ekc. liela l~residt!iieinnaquella epocha.
Hogn~idoa V. Exi. si? digne descul[iar esta. rilinha evoraqzo
n unia data dentre as niuitns que V. Exe. deixou a s s i g n d a d a ~ ,
teiilio a honra de ser
Com iiibido respeito e eoniideri~~iai*
D e V. Exe.
A i n i p Ve~i.' r Obr."
TV. S r x ~ i t a
Siiperintnridente
(Cópia).-Rio de Jiineiro. 28 de Junho de 189!l.-111."" Sr.
W'illiarii 8perrs.-Recebi u liourosa carta que V. S irie dirigiu rrii
27 deqte niws, trimeiido-me sii;~s congmtulasões pelo 35." ariiii-
rrrrario da iiimguraqio do l~rinic!iro plaiio ineliiindo da Sema
da Eitr;ida de Ferro de Siuitoi a Juridiz~li~,por ~iiiiiifeita no
dia 28 de Juiiho de 1 8 M como Presidente de minha Prorineia
natal, hoje Estado de S. Ptmlo.
-.
Sou inuito <"rato a esta reeordaçao, tanto mais qiiniito refe-
re-se ella a um facto que (. ao iii<isiiio teiiipo uina data a u i ~ i -
ciosa da. empreza que TT. S. dignil~uente dirige, e unia pagina
de nossa Iiiitoria adriiiiiistratira.
Quimdo eni 1865 me eouhr a honra de i r presidir aos des-
tinos de iiiiriha Frovineia: fui desde 1040 x,isitar os trabalhos
dessa linha ferren desde Sinltos at6 iraie da Scrra, ainda antes
de toniar posse da admiriiqtrqão. Pude assini por mim rnes-
mo apreciar o vigorcoin que estavam sendo acoriiiriettidas as
obras da Serra, destinadas s vencer t > i u uma estenano relatira-
mente curta uiiia ditferenqa de nivrl de 800 metros.
Por fnrqa de rrtireaentaqi>es que Ilie fori~lu dirit2idas, o il-
lustrado bIiriistro da Agricultura, Coiiielhriro Doiiiiciniio Leite
Ribeiro: i~iaiidourm Abril desse aiiiio <.ra~iiiiiair;IS obins da li-
rilia pelo Capitio de Erigenliriroa Dr. Joao Erncsto Tiriato de
31edeiros; ji ent8o uni nome f<-ito i ~ anngeiiliaria brazilr:ira e
meiiihro do Iristitiito de Erigriiheirns Civis do Londres. Do Re-
latorio apri+srntado por este t'uiiceioiiario de tão alta eoiupetrii-
cia, dei logo coiilieciiiieiito iro Sr. J. J . hul~ertin,Suyierinteti-
delite de Curii~iarihia.Nesse Relatorio, no l;&> de uI=uinas indi-
cnçúes teelinieas que forairi tndnu liroinptamrnte siitisfeita8, o
Engenheiro qunliticou de optiiiim as obras l>riiieipaes, iuostrirndo
sua confiança no exito destas. Foi uiri triuiiiplio para a Conip-
nhia riir vista dos receios e lirrreiiqoes coritril uiii systrrria que
ainda náo estava. ~ x ~ ~ e i i n ~ ee111 ~ ~ nina
t i ~ dt%o
o V I L S ~ Seiic~~la.
Coiii este Relat,orio e cnin os esclareciinrntos que int! lia-
viam sido prestados l > ~ l Siil>t*riiitriid~iite
o Aubrrtiii e pelo EII-
genlieiro da Coiripanliiít, Duiiiel M. Fox. fui n o dix ?i de Ju-
nho, ; ~ o m p a u h a d oglo. en~rrilieitof i ~ c i ~ lEriiasto
, Uiniz S t r ~ e t ,
nxainiiiar na obras linha ein toda a e s t e n s ; ~ ~ ,desde o Braz
ati Santos.
, Do iuinucioso exitliie feito. sobrrhido nas obras do prirrieiro
plano, resultou que podia ser este desde logo innuqrndo.
Tornada esta deliberação fui no d i ; ~sesminte, 25 de Juriho,
inau.qrar essa priirieira e in;iiii importante secçRo da S~Lrra.
1Inviam sido cuidadosamrnte ajustadas todas as pcqas da
irnmensa múlr, e sobretudo firriiado eom prreisno matheriiatica o
nnc~iilo
n, .
dr, iiirliiia?So dos rndisios, e ieg~ilncla uiiiforineiiieiita a
lx!rteiti~ ;xdhi,rencia. do; cabosl rpue sobre os iiirsilios drriniii girar.
O teiiierosri riiriiistro de aqo qiie oiivira iia vesltera. eseoiidi-
d o eiii iiiii;~larga oavidzrde, coirio eiii uiii niitrn de Plutio, dii-
teiidern iiiiia de suas lioderosas niiteriiias para r e r r b r r o coiii-
hnio qiie iios de ri;^ conduoit.. Criiiio por uiii eiieaiitailitxnt,~.eo-
ILLP~OU a :iscriiqho, tra~ispr~iido 116s as aiifinetiirisidndra da Serra,
deliciados iiossos oii\,idoj eoiii n sonouidade cadciicitida doi rodi-
sioa, q n r t ù , ~iiiil>rirt:iiite Si~iicyiodosrrii~~eriliairriiestr serviyo.
A' 1 liora da tarde rstnvaiiios iio alt,o clo priliieivo l>lniio
f;~t,nvztirada n lirovti, vr-neida n iiierediilid:cde de uns e de
nina vez <lissil>adoos 1.8eeiod c lirrvenyiies de outros. J1 rio iiirss-
riio dia. dei coiitn ao 11iiiisti.o da S p i c u l t u r ; ~clri Fmiide iesu1t;i-
do nlli obtido.
Ti~iiib:,~i,esta datn ~ i u i i cfoi ~ esquecida nilr trt~diqíirs d z
Coiiipa~~liin: e Ieiiihro-iiir eoiii desvaiirriiiieiito de qiie, ao iiiau-
giirnr ru s E ~ t a < ; i ode iiiiiili:~ cidade riatal, l'iiidniiioiiliniigabn,
no ilin li: de Jixiieiro de 1x77, o Sr. J. J. Aiibertiii, que 11011-
vhra este açto coni n siia ]>ieseiiqa, dirigindo-iiie tis siini congrii-
talnynes, alli rriiieinoroii ;~riiiell:t data, qne r:rz roiiio r> iriicio doi
zrnn;les iiinllii>~niiirritos,qiir o1,ernrniii a tr:aiisfoi,iiin<z'~on:aiioiiii-
c n d e S. Panlo.
3r
l o < l m <.sina reiiiiiiisceiicinr ncodriii-iiie a:ur;i. d~ trolirll avi-
vada. pt~loiliorivusos teriiius dr> rua enrtn. Eu as ilepoiilio aititi
cniriu o iiinis rigiiificnt,ivo testeiiia~ilio de iiirii irri~iilieciiiientu r,
npreyo pelu seu reeebiiiiriito.
Corigrntiilo-ii~r coiii T'. S. l ~ r l ogrande int,lliorniiieiito renli-
aado iiessn Ilstrnda, dn rliil>licnyno da liulia eiii toda ;L sua ex-
ten<%o,i\x:?u este: que encwra a iiiais Iirill~aiiteileiiionstrayão dn
qup~nioridade da iiiiçi;~tiva particular sobre L: :~diiiiiiistr:i~&odo
Estado erii riiateria iiidustrial.
E111 niri dt: iiirxis Kel~itorioscomo Presidente d.z E. de F.
do Sorte, rscre\.ia e u eiii lii de 31nrqo de 1 8 i 4 : A Proviiicin
de S. Paulo i a qut' roiir iii:iis vigor n nfoutpsn d aiiiiiio E W -
i ~ r e h ~ t i d er ~eis t i rt:nlieix~ido iio Brniril o fecuiido l,~.iiicipio d:i
i~iiriativniridiridiial ziil sriis iiielhorixirientos.
As I I O ' I S ~ L Y ~lrinçilmesauctoridadei riesta, nint,eria Sra. Con-
iellieiroo C'hristiniio Ottniii e Jlniioel da Ciiiilin (::~lv&o, resuiiii-
raiii iin 9rsuirite thrsn todo o reiultado de aiia loiign r wclnre-
cidn t:xpeririieiix na lirotic:~d e trabalhos de eitradns d e ferro ri,>
Brasil :
-0 governo ii5o pride iiern d e l e ser ~ii1~,refinrinL coiis-
triie~an,iieiii expIoraq&o das +xxlirlrs eiiil>i.ezas iiidustriara.o
-1s estradas de Serro deveni ser coiistniidns e rzlilorndas
11el.z iiidustria particular, r a. iioS3n experieiieia i. toda nesse
selitido.»
<<OsI>oderes lu~liticos são iiihabeis para gerir q ~ ~ a i l c ~ ~in- ier
duutria, e partiiulariii<'iitc!tiul~.t ;i de iiin caininho de fevt.~: .<i o iir-
teresse privado pi>de effie:rziiient,e occiil~ar-seeoiii ;i$ iiiil iiiiiiu-
cias de que consta uiira tal administritçtio.o
E nesta sevrra ndvertrsiicin riso estHo riotndoi outros ele-
nientos l~erturb.zdnre~ ainda iiiais fuiit.?toa, roitio ii?,jaiii as rolli-
sòes oriundas d ; ~intrur;ão iiolitica, r l>eior do que isso. iiin obs-
taculo invriicivel que desihrma a s c i e ~ ~ eei i ~il~utilixi~, como te111
iiiutiliaado <ia iiinis dedicados esforqos dos i i o s o a iiiiii~ Iiabeis
engeiihrirou: os córtes do r,iprrneictr,.
LY estas eonsideraçnes v<aiii iiiiliriiiiir lileiia sartcyùo c niasi-
ruo interesse de artualidade o iiobro exririplo da S. P;iiilo Xail-
r a y , dulilicnndo sua linha piii todx a sua rstrlisi<i, aliiis iiiuito
xuperior R que vai daqui á Barra do Piraliy. A li(:ito iius deve
~l~rovritar.
S ã o só em moral eoiiin ainda. ria ortleiii ecoiioiiiir;i suo o i
bons principias que. iios d i o srinlirr <i; i,ielhores rrsiiltiidoa.
E eu o felicito de os haver assiiii obtido riti braii dos ~ia11-
de;, interesses qiie eni IiGn liora 1711.:~ul confiados ii sua çoin1)f)-
teiieis e esperitneiitada direrçcin.
Agradereiidolhe nirid;h iiiiizi vrz haver assiiii coiii as siitts
eongratul~~çGes rollocado diniite de iiiiiii aqiiella ;ratissiiii;~ pnxi-
na da historia do innu Estado iiatal, aqui fico i iii;is urdeli+,
baii.aiiclo-iiir riii ser eoni o iiinioi. al,reço,
Ile \-. S.
Ai,,,.o ll.t'' ol,r,o
(.Assi;nado:~ IIOYEJLIIF: 3l~r.1.0.

A Tllustrndn RedacçBo dn i1 A-otick~.


Soii muito grato R linnroia ir6:rriieia qiir iia. .l >-oficia de
liontem &eis ao meu iioiiita, ri!iordniido u fitcto da iiiniigilr>qii>
iio dia. 7 de Julho d e 1377 dn linha. frrrva S. i'niilo r Kio.
li eomiiieiiioraç&o iissiiii Seita drrrn data C i i i i i novo tostr-
iiiiinho do eselareeido interesse, que este i t or;mri dt?
iiogsa iiiil,wnsz diaria l i ~ a;t tudo que rel;res<,iit;i 0% prazid<-s
~ ~ r o g ~ s de
s o snossa liatria.
«Dnas bnrrns de aço, dia T'ictor Hngn, lnii<:ndiis *obre n
5610 iiRo deyo~itaiiiiirlle os xrrriieiis da. Sertilidaclr: iiizis eis qii?
sob o peso da locamoti\-a cste estrpi,ir.ci., e coiiio lior <'iir:tnto n
trrin se abre riri thesouros, que só nguardavam ahi o raio da
iiitelligriicia liiiinaiia para se reve1nrriii.r
h virdade encerrada. iieitas liiilavras do grande l ~ o e t ado
seculo, mostra-st! e111 11ossit pzntria e u u111 t,xemplo que i: de nos-
sos dias. Qiiaiido em 1861 presidia a Proviriria de S. Paulo, a
reiida pioíiiicial era alli apenas de sete centos contos, e a
renda gi,ri~lde mil e oito centos coiitos de réis. O alr-ião e a
picareta feria111 j i os flnneoj da S r i ~ a ; riias nRo havia ainda
urii 111~tl.ode liuba ferre& (1111 trafego.
Hoje a renda estadual de S. Paulo excride de ciiicoenta mil
coxitos. e a renda da Uiiiâo ascende a triutn e cinco mil contos..
Tsr,s fora111 OS l.f,~ultados da traiisforriiaç&o economica ope-
rada elri S. Paulo, principaliiiente pela rede de estradas de Ser-
ro que alli se iiiteriiou pelos grarides centros produetorec-.
E a Estrada de Ferro S. Paulo e Rio foi como o coniple-
manto obri,+ndo de todas aqu<.llas linhas, ligando-as, coino m a
poderosa arte ri*^. á gandi! rede de estrndas de Serro Mirieira e
Fluiiiirierise. Ainda outro nerviqo e dos mais importantes veio
elln p ~ t n nesta
r ordem de interesses. Em 1880 Irdnsferi como
ministro do Iiiilrerio para a Capital de S . Paulo a internacão de
irnmigrarites. que, conio medida liygirnica até ent8o se fa .~' l an a
Barra dii Pii-nhy. Esta ~ n e d i d ~tão, niodeuta em si, veio logo a
transh~innr-so rXniuni dos ruaiortrs fact,ores do incremento eco-
nomico de S. Paulo. A immigração que ata então ye iáaia ape-
nas por a,lguns niillia~es,passou logo a ser por dezenas e dez*
nas de riiilhnrra; e, sem a Estrada de Ferro S. Paulo e Rio,
não pudt~ra t,cr sido executada a iiiedida inicial, que produzio
tão extensos resultados.
Eis qu;into altm do mais se <?nec,.rrana data historiea que
com justo, titulo apparece remeinorada em a vossa. interessarite
seeçRo-A Data.
Rio de Janeiro, 8 de Julho de 1899.
Notas s o b r e a questão d e limites e n t r e
o s Estados d e S. Paulo e P a r a n á

A lei n. 701, do 29 de. Aiosto de 1853 (Cniidido JIendes


diz <<!I de Scteriibro:>), ~ U Pelevou ii c:itrpria de I>roviiicia, com
o liorne dc l'itvaiii, a eniii:rrca di! Curitih;~,da aiit,iga iiroviiicia
de S. Paiilo, drilhra: «A sua exteiisno r liiriitf-s serio os iiiesuios
d a referida coiiiarca».-%h cornnrc;b, l > ~ l alei l,ro~,ineial 11. 11,
d e li de JulIio de 1852, eoiii~>rt:lieridia os niiiiiiciliios de Ciiri-
tiha, Par;inaguá, Prineipr, Aiitr~iiiri;~: Xorrrtes: Guaratuba e Cas-
tro? sem especificaçko dos reslpcti\.os linritrs.
Dos inuniciliios aiiinn eiruinrrediis. P a r a i i n ~ u á , Curitiba e
Castro, d;t nova prriviiicin, liiiiita~,aii~ crliii os de Caiiaiióa; Xiii-
rica (pela freguezie de Ilioraiign, elevada. a munieipio pela lei
provincial, d e 3 de Abril dr 1813j, Al>inliy r Faxina, qiie cou-
biiiu,zrain a prrteiicer i proviiicia de S. FauIo. ii dil-isa legal,
não especificada, das duas l,roviiieias. tieou ~iortnntoconstitiùda
pelo eot?juneto das di~risas,I e ~ a r sou conveneioriaes, dos mencio-
nados rnunicipios liinitrolil-es no zrnrio de 1833.
Sobre estas divisas I>PWL CI)OZ:L :L infoinii~~ãio aeeessivel limi-
ta-se qunsi eselusivai~~enteao <<ltt?suiriodas Iiiformaçí>es sobre
Natiizes», pu>iiblieado como aiiii<!xo ao discurso do presidente, dr.
José Tliomaz Nabueo <I3 l v a i ~ j o ,na sbi!rt,ura d i ~Asseirihl<:a Pro-
vincial, a l d e Maio de 1862. Essas infannai;Ues referem-se ás
frqueaias, que, pela in:iior partel si> liodim prt?sumir coestsnsi-
vas com os raspectivos inunicipios, e forini~fnunrcidas, confoi-me
s e lê tio discurso do i>residt?nt.e, prloi resl,ectiros l>arnclioi, em
resposta a u m qurstiouario. S à o d i o a origem das divisas de%-
c r i i ~ t a h que se dere prríiiliiir serein. l , ~ l n maior 1,nrte. senXo
tntaliiieiitw ecrlesinsticaa oii conr.<.iirinii;~ri. Falta, ~>ortnnto,a
essas infnrinaçúes o eunlii> dr irutlirirtieidadr, riãio s<iiii.iit* por
não constar n siia orii'rin lrgxl [seiido I , r o v ~ r e lque na inxinria
dos casos esta não mista: pelo nieiios iio eiril'i, coiiio l>or serem
affiriiiaçürs ec-]~<i~.tcdos l>aroçlii>s, qnt', 11111itzi vczrs, iiAo eon-
eordaiii eiitrr si. Si>s casos, l>ortiii, eiii que: a s drsiril>qiias oro-
~eiiielitvsdos dois lados coiiibiirniii tios seus trriiios. a dirisa l h d e
s e r coiiiidrriid;~ciiiiio uiseiitndn e iiicoiitestt~ i~nquelliielioen, so-
nso absaliitaiiiriite aiitliriitir.;~.
S e s t e ultiiiio raso estio, l>riiiiriro, n dirisa ciitre a i fr<.giic-
zins de It:ii>t?ra d : ~F:~xiiin ~~ixiil~relir~iidida lielos rios 1tnr:irG o
l'arnri:il>a~~eriinir C : ~ s t r [~« : : O i ~ u r tCUIII ~ It;il>ria pr.1~Itnrnr<»), e
segundo, o cr>iiir<;o<Ia diyisn, eiitre ns fiegiiraiaj de ~:LII:LII<:L
.-:L" 9111 (110 Vilritilouro) e Pzirniingiiti <ano iiorie. c<iiii (>aiiani::a
lwlo i.;tiiiiir> do Vait~douror).
Ilns outras S r r ~ ~ ~ e z iliiiiiirupliri
:is iIlior:~iiya, A p i : ~ l ~ y no-
tucatii, do 1;~dr)ilr S. P n i ~ l o , e C~iritiba e Tiba:?. do 1:ido do
Pnraiii) iiitn J I O I I V ~ r i ~ s ~ ~ s:L" t i i < ~ ~ ~ e s t i o ~de ~ i i1852.
rio I<' licito,
1>0ri'u1, ~pre>mn~ii. r p ~ eeiit;iii, coiiiu hoje, o rio t';~raiialt:iiic.iii;~for-
iiial-:L liiiiiti, incoiiti.stndo eiitre as fregi~ezizis dt: J3otiicntii e Ty-
:,:ig?.
?ie;te cnsn. n dirisii rlitl.e 0s doir: Estadr>s. na i . q~ir
1><~':snci!i11;~ri;i do Par:i.~i*i; colistiiiiidn pelos rios Pnraiial>:~n<!iiia.
e Itariir;, triii sido iiicoiit-itndn d r r d r a. crrnqihn do Estado do,
Pni.ii.iiii. e, ;il>j~arc~~triiiriiti., tt.iii sido perfritiiiiirriitf. nz?tis~nctol.ina
;iiiihn-. :L* l ~ a r t r s .Ti,l>ogt.nl>hirr.i~lc~~~tn tliiando, <: titiia divisa ideal,
; I qnal s,; fillto r1ii.r-ir-lhe c i i r a c t ~ r legal pela It:,qiclng3o roiive-
iiieritr.
Tni:ibriii n a ~r.i.q:io da di\-isn qrie cnrrrsponde ii i,nea~tii.d e
S<,rra do Aliir; rlw verte I>aF;i iis h l i i a s de I'i~rniiai.ii:L c Cnrin-
i : i 1 s diini llii.rti.-. d<i :~cciirdosobri,. o roiiieqo <Ia di-.
vim do istliiiio do Vnracli,iirii i, iuio tciido nliliarrcido : ~ ~ ~ i t r s t i ~ y U e s
sohrr o i . ~ i f i > da liiilia :li<: o nlto dn scrrii. lmyrce <liiri i i o dr:vr:
Irni-er ditIicii1li:iilr t.iii coiiroidnl. .obre uiiia divisa l>rrft.it:riiir.~it~
natiiral e satiif;ictorin nos gurrriiu.3 e ~ I O P O S dod dois I.:stndob,
lwlo t.ul)ix:io divisorio diis ZL-IIILS das duns hnltiit~.
d r<ml,r,ito da j<!~<;aoititeriiiedinria a que corr<,sl>oi~de;i
hacia da Tiilirira, isto i., eiitve « iiliii da S i w n do l l n r r as rn-
lirci.ii.;~s do It;ir:iri., teiii liarido si:rins ci,ritrstnqües, e nu iiifor-
nia<;i)r.s :i [.lia ri~lntivns8%" ~xtrciilrl~lie~ltr V U ~ : L S <I ~ont~.ndictoiias-
Xn i i ~ x & dit srl12~raqnodas diini l>rnvinrins, n. parte supe-
rior dn bi~riii.dii. Rib<tirn r r n iiiiia t<trrn qiinsi iiicoyiiitzi, r,, nlt-
pawnti~iiicriitr. os niiiiiieiliios d<. dl,ialiy e Ciiritibi~fuwrn coxisri-
tuidou, eoiii iiiii:~ rxtens20 iiidr4iiiidn, lielo ocrt,%r>.
O iiini'ibn do biindr.ira lliillrr, «rgiiiiindo <,iii 1838, repre-
sr.iitn iii,st:i. ri.gi;~n i i i i i i i r:i.trntIn <Ir .-\liiali' ao Porto de Apii~liy,
iln l l i ~ i ~ ~dit ~ l ri
l i hei^^, I. iiuin outril de C~iritibnn í'i~sti.~;com
ulii rniirnl !>ni.n Ritiiv~tra\.a t l~nreceiiilo iliic IL<:SSZ
i.110:~: iiho liaviti eoiiiiii~i:iic,z~ão
&ire-tíl ciitre Curitib:~ç na llo-
S Nihira.
V < I ~ Ç ( I ~<li&
1);i frcgueaia de C3ii;iiiCn dizia-se r:iu 18.32: *de fiiiido, srniide
exti.ii%io que sv igii<iru>>; c o 1iresidt:ntr do Pitr;~ii;i diz ~ i oseii
relatorio de 1856: nKCo e s t i deiinitirniri~iiti:triqnda a lirilia. cpe.
liga <iy < ~ n t odo Varndourn coiii o Iti~rar6,a a ~ i t erespeito exiute.
a t t u. iiiuiu eoriii~letafalta de eoiilicci~neiitos.XXn liavendo sntis-
f a e i i ~ r i i siiotiçin~tol>oxriqiliicns de todo <r territorio intorrilr&ario,
attrittr, o si.u estado d<. iiiciiltiira, I I P I I ~ I I ~ Llinrceer se pbdc dar
sobvi, n lililia divisoria IIIIL~Sconvc.,niente.x
.L lei prn\.iiicid n. 5: de 22 de JInrço de 18.51, firando n5
divisas rntw os riiuniripios do C'uritii~i~ <i C:istro; refwr-se iiici-
di.i~ti,iiii,iite i diriss eoiil . l p i a l i ~ , iiestiis teriiias: «desce por <,it,r,.
iiiesiiii> ri<>\ o L i ~ s ~ ~ i i qate ~ > -u' ) divisa coni u Apialig, onde o rio
to11~1O IIUUIE: de Kibi,ir;~». Sc e Cpoe;~, couro ó y r o r ; ~ ~ - e lo,
usu du 110111~«12iheirn» era ii iiiisiiiu qne vein rrl>resi,iitndo rios
i i i : ~ ~ , ~ ~ a s m1110dernos.
:~is ii.~>iaIiy 1)0diil, coiii fuiid;~iiieiito le.;:il,
l ~ r e : e ~ ~ d extendei
er n svu li~iiitrcoiii Cn>tro at6 n eontliieiiein do
Aosuii-iiy coni o Hibeirinlia.
obst;riite !por uiii a ~ c 6 r d ot:ieito'?i, n divisa noini~ial
t t ~ i i sido por muitos a~iiios algui~uIriloinctros irinis nbniso, pelo
rio It:qiir.~punin, 1:, seiido esta unia divisa nutiirnl jb consngri~da
pela po'sc de ii~uitori~iiiiose (;L jnl!y. h>(:la:~usonçi:~ de contes-
tnqiir,si s:.tisf;rct,r>ri;r nos il<iis iiiiiiiicil~ir>siiitc~ressndos,s<,ri;i talvez
çriii\.riiiriitr ndolital-;i c l<~i.t%lizal-a.
.L ri.i!p,ito do rt.jto da divii:~, 110 trecllo ~ n t ma Itihrirn, iin
harrz do I t ~ ~ ~ i r a ~ n i ra i oi i ,alto S p r r ; ~ do 31:xr, iirnhuiii dos
dois i:iu:bieipion iiitruesiadoq, Apinliy r: Curitihi,, ti.iii ;iliresciitadn,
n o i doe~iiii<-ntos :I iiiio, iriiid;iiiiciito l i ~ g a l iiicuiit<vitavr,l ,,ara as
suii3 lr<'tclicúeb, e ii:io eiauo de arcurdo sohre os lilnites das s l ~ i l i
rrii~pvtiv;ispoçw'i. 'L Iiistoria do deseiiro1~ini:iitu da rrgihn ciii
liti,:io I,;i.rccc ser; <.i11 reauiuo: :i s r , ~ u i i i t r:
Pnr cerca di? 1 8 2 , o govenlo ?":LI tractou de driiirmcnr ter-
ritorina ii:ii.n coioius;r~io 11iLLi terri15 ~ ? v o ~ u ~d6 A ?&ver5:1s regii~es,
dos ciun,,s cinco erani lia bacia dn Iliheira. E n t r e estas oi,er:i-
q k i , ir iiinis iiii1iort:riitr <: a uiiicn que. iliti,rrssa á liriwiite ques-
W,n; <: a deinnrcnç%n do ti,ri.itoriii que tniiioii o i ~ u i i i , . de <:As-
sii,~;.uy~. nbrangiirido a:nhns as iiizrsiiis da Ribi,irn. &i barra do
A í j ~ i i i F ~ i 1)xir~
y hi~ixo. E s t , ~territorio x-rin i.cl>reiciit,zdoiio iiiaíipn
d a I x ~ v i i i c i ndt. Saiitn Cntliariiia coiii as partrs ndji~ct,iites, <>r-
cntiiiado ii<,r TV. Scliultz c i i i i 1859 a latiu, e ~>iihlir:idoenillres-
de C I lSli3, ~ cin c ~ j nroiifi~cqbofoi riidriiteiiieritc nl>ru\-<.it,:idoo
trilbi~ll~o da5 ~ o m n l i ~ i i ) e~sl e ~ n i ~ r c i ~ d oE3te
r : ~ . 1na1111a i e ~ x r s ~ ~ t t : ~
ulii:~e.:ti.;~do di: Curitibe . i d e dn rolniiia; 5itu:ida ,::L iiiaryerii
direita do KihrirRo de Ponte Grossa, e unia o u t r i ~ de Cliritiba,
pel<,, vvilcs d e Capirnt.7 (Pardo! e S. Sebastifio, ;L,> porto d e
A p i i ~ L i ~passaudo
, por Arraial (~iiciirindoe l3om Succesuo. Estas
d u i ~ iestrnd;is eram ligadas por urna outra ~>roriniii~iiente pnrallela
ii Kibt:irn e eiitroneando na primeira em Vntuver>i.va. Prova-
v.:lirie.iitc csf,a ultiriia estradn é quc motivou uina diseii.sao eiii
1859. eiii qiir o presidçiite do Pnra:ia lruottistou colitrai os roii-
errt:,s que estcirniii seiido feitos 1rrl.i~ nuctoridadt:~ do Al>iuliy
no trecho eiitrc. o porto e x Yarj:iiilin S. Srhasti&o'?~
Si, iiii~ppa ila prori~iciii do Pnr;iiii, org:izrizado riti. Iiisl,ecto-
ri:i C.i,i-al das 'Terras e Coloiiiz:iq;io por Cnrlns Kr:vii'rc: e pu-
blicado rwi lliili, n cnlniii;~í i ~ r i icixii oito trrritorins qii:idradoi
exti~iid~?ido-seli<.la Ribeira, dasde n harra do . I atl n
do It;il>ii.itl'uan~. Foi. este iria!il,a iqiir iiest:t I>nrt,edeve ser ap-
l>roximarl;~iiieiiti.correrto, a colotiia t,i)innva qunsi toda a iiinrgcin
esquerdii dti Ilihcira até ;i lmrrii do Itai>irapii;~ni,o iiiesiiio UIIIL
ll?qn,:LLa nrt,a i direita deitt: rio. Priln l;ida diri,itii dn Ilibr?ira,
nhroligi:~ilunsi todo o i-alle do Ilibrirc~o Boiii Succensr~ iPoiita
Gross;i.i <: rlo s e u affliicate Poritu Grossa (Pedra Preta) (1). n liar-
te iiit.din do i-allr do Riheirio do Boiii Siiccesso, a linvte me<lia
do ralle do Ilil~eiriio I I i ~ t t oPretol e :~.leaiiqni~a.uma ~bartc d:ts
vertiliiaes .i e.qiiorda da parte sii1,orior do vnllr do Ribrirao d:t
Roeli:~; i r r i i coiiitiido chepztr nb6 esco ribeirão. Assirii, grttnde
p"rt,e dn cnioiiii~;iclinr;t-sa ciri ?,emitorio qua, iios terinos da Iri
ji iitad.1,. do 22 de 1I:irçri de 1851, podia ter sido co~itcçtado
l ~ l oniuiiicijiio de hliinliy r l,ruvi~iciado S. Paulo. 1 eoloi,ia,
1jvr1ím. wndii iidiiiiiiistr:ids !por Curitiha parrct! ter sido ; e ~ ~ i p r r
coiiiider;tda. pelo l>nyu do 1';iri~i:;i c. pelo govenio geral, conio
p(:rtriirento .i proviiiein do l'nraná, e ultiii~ani+:iite foi elevada
:i rnuriicil,io diiqiiell<: Estiido roi11 a denoiiiinai;io de Serro Azul.
P<,ln Iado t:iq~iei.<loda Riheirn parece ter havido um8 cspecie de
aceóido tacitn eiii roiisider;ir o It;ii>iriipuani coinu liiiiitr, ,lias: do
lado direito: a rtaiiiarn de Aliiahy tem seriilirr mantido o sim
p o t e s t o contr;c n divisa corirriieeioiial nssiin estnhelecidn.
S o riiiraiitn hoiive, riu 183ti. eonsiilti% k cainaras pnulistna
intereiiadnr a rt.speito de uin l>rqjt.cto al,resentado iio Seiindo,
ern substituiq;io de uiii projecto dn Ci~iiiai.a dos Deputados, esta-
belrrrndo a divisa dns duns provi~icias iios srrgui~itt?~ teriuos:
aCoiii a. de S. Pniilo iiieiicioiiudn rio Paranapaneiria, pelo
I t i ~ r n r éa!i. O ~l>onteIt,nl>irniioU, deste pelo ribitiiRo (3nnpim> que
nelle rli~ii-e,i ~ t c : B s ~ mC O I I H T Z ~ I I C CUIII
~ ~ o 1% da Riheiri&,por ea-

(11 Sobre s oonfurza ns oornenclafora deitei ribeiruee, ve~a-aemais sdeante


t e até a foz do rio l'ardn, da qual so tirark uiiia rectn ati. o
istlirno do Viiradouro, que separti o muiiicil>iu de C;iii;iiii:a do de
Pariiiiagiii.»
A Cainain de Faxiii;i aeceitou rsto yrojeeto li;& parte que
l h e i ~ ~ t c r m s a r!,pelo
a I t a ~ : ~ r ? !a; de Apiahy ul>intn~que 1i1,lia
divisoria, que ri'in do ItarnrC, deve l,rr>eurnr o loxar deiioiiiina-
do-o Cerilin, e dahi .i Pedra Preta, e desta iio \'ar;~dou.o de
l ' a r a i i n y u i ~ ; a de CniiniiJii ii111,uxiiu~ia dirisa cni linha reeta
da foz do rio Pardo, lxol>oird<i «o ruinu do Este. liarrindo do
centro do isthmo do Vaindi>uro, quaiido iiieiios até o cimo da
serra eliaiiiada Cadeado, e dahi o niiiio que a agirliia iiidicar.»
Esrarido o logar .Ganha» quasi e?,, fwrite da barx;i do Italii,;z-
puam, a eniiiara di! Aliiahy n i o discordou I-111 suhstariein da pro-
~mstndivisa por este rio, iinliilgii;indo: p o r @ ;L divisa liela Ki-
~~
beira. irnl>uqnn@o da Crtiiiura de Caiii~iitatiiiha prtr fiiii sal-
v a r a* e a b ~ ~ e i r ados s rios qilo de3axua1~1n a 8118 Bi~hia,ns q ~ l a e i ,
coiifnrn~enu iiiq>l,as da i.poca, sc-viãli~cortadas pelit iiroposa r<x-
t a ; o csaencinl era a aceeitaiAo, pelo lado do Atlniiticu: da di-
visa pelo diriaor das a p a s das duns babiai.
N a oecasi;~o do j i ref<lrido contlieto da3 r ~ t r a d n r<,i11 18%.
o l~residriite do Parntiá reiiietteii :ici de S. Paulo dois docuiiirii-
tos elii que se baseou liarii recl;aiuar Inra l'arniiú o districto das
Varginliitu ido S%o Sebastibo:. O l,riiiiriro é n deseripç8o da ro-
nliircn de Para,ziia,?i e Ciwitiba, uiniidildo registrar, rin 1828,
pelo Ouridor d a comare;&, e o seruiido 6 uuia inforriia<;ao dada
pelo e n ~ e n l i e i r o3Iauricio Scli\i-artz; que tirilia sido ajudantt. dos
r ~ i ~ e n l i e i r nRobouçaa
s ria exl>lorscho do sert;~o de Gu;~rapunv;i.
A d e ~ e r i ~ , ~de a o1826 iiielur! na coriiarca. os iuunici[~iosd e Ca-
riarika e Iguape, e por corisequt!ncia iinda tem de definitivo so-
bre a queutâo presente, s~ilvo as pltlavrili Vagas «:to norte, n
vills de Apiahy, da rnesrna comarca j i t i i ) , pelo rio Assuxiguy,
ou' Ribeiran. A inforniaqão do tzngeriht,iro Seliwnrtz deaerevr a
divisa da antiga comarca de Curitiba eonfornie vt?m represrnta-
da sern varios iiiappas que tive oceasião d r ver, e princilinlineii-
t e nos que o exino. Barao de Autonina itiaiidou levaiitnr pelo
yiloto H. Elliot, i: que são os riiais exactos>>. A divisa d e ~ c r i p -
ta é .o rio Itararl atk as ez~beceirns,de l i o rio Clial>i.o ati. a
sua eiiibocadi~raiio rio da Ribeira. I i o districto de Curitiha, o
rio dit Eibeira, da barra do rio Clial>lo ate a barra dii rio P:ii.do,
o rio Pardo at6 i% bawa do rio Tiirvo: q u r corre de E. a O. r
eu,jas cnheeei~.assi! acharn iin srrra g e ~ n lriiais ou iiirnos lia la-
titude de C;iiiariéa, donde as divisas s2o as do districto deita
freguezia com a s de Giiarakel>nvar. A atlirrrinçao qut. «os lia-
bitaritrs nquein do rio Pardo até o rio da Ribeira obrd~icei.i~ni
sempre 2 s niictnridades ri\-iq. t~cclesianticnsc iiiilitnrrn d r Curi-
tibnr. ~ i ù ob o iwlin d e neciir<lo c ~ l i io iirotc,jto do8 ~ ) a ~ ~ l i ~2, l t n s
(pie <,sla iiifiiiirr,q;io ienlioi!dr.
Eiii l P í U I ;L lior<iaqio do ,\rrni:il Qiiciiii::do foi rIc~:tdn n
f i r i u r z i n iitlln lei i>roviiiri:il ,i. 250. dv 22 di, .Il>ril., riu? , 11ii. de-
~ i i k os li;iiitei I ; r h Ixdo da C:iliital, Ciiritibili r. \-nti~vri-a,-a. fi-
cando iiidi,irriiiiiindo o liiiiitc ]>elii la<li>do trvritoi-in ro~:te-.tndo
c r u :i lmmiiicia di, S. I'nulci. 0; liii~ites,riiido do cctitro « n t <
o uibei~ãoda I'<.iita. (;roi:n, dcir<,iii 1;or estv ;it<: n Ixi- ri^ do ri-
lieirgo da Pedra Preta. ti iior vstr: iiltiiiio SOIIC~III xt,: a l3il>rim.
O iiirid<i di. alc;iti~ni 1 i i siiliiiid» lielo ribririo dn P r d r n
Freta, 4 niii ciirioio I,rnlileiiin pc<,gial>liieo que a, Iri ii2.o rv;o!-
vcu, deixando-« liara as ;iuetoridadr.s da iiox-a Er<,siiczia.
Coiiio estas o rc.s<ilvcr;iiii í";~z<-iidoiiiu prniidi: enrerti, iia r<,-
ferida lei, 7.P-i~ 1,eIa carta (~ieri1~t;i ;i 2 1 clr . l b i l do iiiesisii, niiiio
llor uu1 oiiicinl da Funrdn irncii~iinln u~iiiiiorndor do q~>nxtc>ir;to
dit S. Si,hartiùo. coiiiiiiiiiiirniido n el?i.n(.An do ni.ininl a fi<,-iic-
zia. a ti>iii:iiido-ic 1,or l i ~ i i i t r .o~ rio Caliiyar? <ida l?ilieirzli Oraridc;
da barra (10 rio Y ; ~ t t oPreto nri. o rio Pardo>>. A t < ~ n t ; ~ i i \de -n
n i ~ cni~tlicto.r. 110 ~ ) r o t < ~ s t n
tninni 1ms"i ilrsti. t ~ r r i t o r i ol e y n ~ ~ t 11111
d : ~ci~iiinrnd r Aliialiy r<,i.riiiiir~tirio~iadns os r~iini.trirùc~~ rlc S i o
S<,liasti3o. IlibeirZii i:r;~>ide r Ilatiii l'ieto, n o dihti-icto e<iiitvstadi>.
S n iiirsiiia ocensii~onl,iint.eeeu 111113 dt,ieriliqãu doi aiitipos liiiiitei
de. i i l ~ i a h i .qiie se dia <,xtrnliida iia sr,rr<,tarin do ,go\-eviii, riit S.
P:iulo; oiidr. lioi.Ciii, o orisiiinl ~ i h of i t i nili~la.eiicoiitrado. (P<idv
sei. iio repistrr> <I<, liiH).
P o r rsti, iiltiiiio ducuiii<,i~to,r;tns di\.i;ns. iin 1:artt. riii quei-
t i o « Ibarteiii dni: ci~bpc<.irasdo i.io Itnva1.i-. vùo as eal;r.r<,ii.ns do
ribrirào de Iti~l>iniliiini~i, iepliiriii lioi. <,ar<, :ib;iixn, nt4 tizrl. li;~rraii;t
Kiliriri~. v, si.siiiti<lo p e l ; ~Ribcirit nriiiin nti: a h a i r ; ~do r i l ~ ~ i r z o
Ponta í:rossa. sob.iii atr; i11 b ~ i nd o ribeiruo du P<>drcI'reta. r:
110r este aciiii;i ati: :i% siins eabt~ce~ir;is. d;ihi no nlto do iiiorro da.
Estrrlln. e di.sir. n i ~ i i i i o dii.<.ito. ao c:iiiil>o do Siiiiiidoiiro, <. dalii
no-. Tri.5 Poiitiiiv dit sei.i.a clr,iioiiti do Varndoiiro Cauni~<n.c
destrs, a ruiiin direito, :~td O dito \~II.R~«uT(> ;>. D<,ssa dnta c.lil
dr.;iiit<,, p s i n de~ci.il>c:~o,qtxe di\-irli, pios i.ib<.iri~<.i I'nirtii, i+i.«ssa
c, Pcdra t>rt.tn, a iolooia do .isruiipiiy, t<wi sido n base. <Iaa l>n:-
tciici>es dii eaiiinrn de ,Ipiiiliy.
O cniitliitrr I<:\-niitndo ~ i e l idt.st,jo
~ da; :iiirt.o;.irliiilrs d a nova
f'recuezia. ~ ~ : w ' ' : : ~ ~ddr; l Ic7-ari.rii
i ~ ~ x ~ :is sim.; <li\-jinsnti: n s iiinrpciix
<Ia Rihcira e Ilii, I';irdo, foi teriiriiiado, ~iroviiori;iiiiriite,I I C KUI~I:L
lwrtarin do liresidt,iit< do 1'arnli:i. diripid;, a o cli<.fi. de l>olieiil
d : ~iiiesriin ;>ri,riiiria, eni 2:) ele A;osto de 1873, e eoinmiliiiead;~,
na oceauiílo d r uiii iirix-ii eoiiflictii, ao ~ i r ~ i i d i , i i tdi. c S. Paulo, crn
*>fiei,, do ~ > r r a i d r n t dor l'araiiii, dc 15 dc JiiIli<> 1881.
'Jrssv docuiiir~iitoticuu detrriiiiuad<i qiit. «c.iiiqui~iitoiiZo fUr
d<ifi~~itiv;aiiiriitc* r(.ar:lvirla rstn qurstio ~ i r l oliodri coiiilietrritr, se
r>bsri.\viii as divisas yiir do livro do Tniiibo drsta liarocliin, dond,:
foi <IPS:IIIIEX~L~~C I?'?) do Arrnial (~iir.iiii:ido. eiiiiita scr dc,sdi u sua
crc:iq;~o, corii a villii. de .Aiiinliy, o Xihririo da Fedra Pretn.
A I!) de Drzeiiibro de 1875, n cniiinrn d r .lpi;iliy rcprrscn-
t o a eontrii u dr11i:ireasio di. liiiiitrs ~ I I I . , c < ~ r ~ f h r ~SYn rdissr,
cstnrii sriido ezeriit:ida llor I I U I ~ C<IIUIII~SS;~O do g o ~ r n ~g(~ra1, o
ein virtude de uina ciiciilnr dir iiiiiiiirro i1.x A~riciil;iir~i.A ~i.e-
p i t o deita coiiiiiiissno, iia<ln se riicolitrn dr r1eiiiiiri~-o ira rnrrri-
lioridencin ofüciiil eotii o ~ O W R I O g ~ r n l ,:tr~lli\-i~di~ <>lilS. I'nnIo,
-?irni iios relatorioi dos d i v e r i ~ s ~ ~ l i ~ l i sdt :r~~<:~'L>cR.
s O que SI:
+de d r d i i ~ i r , I>oln eoi,ibiiinqòo <Ir diversas iiitoi.ii,nqi,es linrticii-
4ares e offieiaei: 6 qile o cnililliirs~rioera n rii;eriiic,iro frnirc<!%
AcliC, lriite de iiiiia d:is <~scol:ii,iinrn! nii iiiilitar, drj Rio d r Ja-
i i i ~ i y or!~ <tiir: comiiiireioii~do lior ; i I g n ~ ~ (ta11.c.z
n jle10 i ~ > i l ~ r e t o l .
grr;~l de terras e cr>loiiizaçùol, l,i.i,crdru i deteiiiiiiiuçao dns c o m -
deiiadas astroiioiiiicas de nlyiiiis liciitos iin rt.giio d;i Ribrirn,
tn"\rarl.iiiielite collro P ~ ~ 1 1 ~ 1 1 tdi' o s estudo liiira a tixn(.$o de 11111
Jiiiiitr difiiiiti~o. O iiiiico resiiltado l!raiici,, que se cniili<.cc, deste
trabalho, é a tnbrlltx de coordeiindxs de 13 p<>iiti>s,(dos Fines 7
n a liibrirn. ciitre a barr:~do i 0 Rio l'n~do) ~ I I I :
vem iziiriexn ao ilialblpi de B i ~ i < ' n .e~ que fornln iiln.oreitadi~slia
eoiifrr$io do dito mi:i~l~a.
Em liiiii foi I,irblicndo pi.ln Iiiip<,etoi.i;~de Terrni P Colo-
xisaqao o iiiulilia da l~roviuci:~do I'iirnni, iirynriizadu l>elo rii-
hw~Iieiro Carlos Rixierr, riu<-, seiida baseado sobre as <ilirraqiies
;grodrsic:is datlurlln rrlinrt,iq;ti> r huliic n.; d<-trriiiiiiaç&ritIstroiia-
~iiicasde A&+, é, iiidilliirn~rliiiei~tr, i i i i i doi iii:iis valiiiri>i. liar:&
a geosr;il>l~ia d;i bacia da Kihoirti iius r e i ~ straqos p3r:i<-s. ?Teste
iii;ippz O liiiiite i. fiyiirndo pelo Itnpiraliiiniii, Rilirii-*Li! ltio I'ti~.do,
até U I U nffliiente VP, C O U ~ O ~ n t . s ~ 110111r
~ t o de ltio I'i-.rlio; x-r;ili do
te-rritorio da Serra Xep:i. U:L c u h i c e i n ~drstr :!tHuexttr n dix-isui
acoiiilxtuba. o alto dix serra, at<: <,iieuiiri.nr o rs1ii;.%ci qiir di\-idt:
as nguils da bnliin d<! Pai.;i~ingiiiidiis d : ~b;tliia rle (:ni~:iiit::i. I'eln
nota qiin a~aiti~iniilin o iiiaj>j~a.a l ~ < ~ s idisca q i ~ lii,Ln f~mi tixnda
t3rlas det,eriiiiiinqües nstrriiirmiiiir;~~de Aclir' dos ]i<iiiti>n-3loi.i.i) d e
Ital~irapii:iiii, Ijnrra. da Itn1iii.nl,iiiiiii, Barra do Ltio Pni.iinl e;ibe-
c r i i n s do llio Pardo il'<yneiioi, tia Sprrn X r q i i ~t. H:irrii do .ii.:r-
~ a ~ > i riio i L oceaiio. 1 0 iirste 111n1'11:~ qilr a li!ijiil qUO
hi.'~~sncoiiio diuisoria d;is duas liro~iiici;is cirrtn rin dois log;irea
as territorios çoloiiiaes, o qiir prova iliie n Iiis11cctorin das 'l'esras
e Colonieaq50 rrei,riiirceii que a i siias iil>eiaqi>rs llho creal-aln
nriii riri~viiiri direitos qiirinto as dix-isns liroriiirinei. Claro i: q u e
a iiirsiiia lirol-a sr! :iyl>lica i s liiiliai diviiorias tr:i<;adas seiii nu-
etoridade legal nus seus iii:riil>as.
Kin 1SR.5, lex-antoii-se u i i ~ in~o r a qnestao rt.frrriite a iiiis srs.
iiiorndnres e.tabelrcidos nos va1lr.s do ribeir3o de Shn SehiistiWo
e rtili<.ii.;io í+i.i;i!dt: ii:~s l-iziiili;iriças da por-oac.20 l>aniii;ierise de
Bom Siicersro. A carii;irn de AIiialiy rrrl;iiiir>ii linia ?i os qiiai-
triiitps de Vargiiilin, rio r a l i e de S;io RrbartiRn, r d r Anra Gor-
da, Ouro Fiiio e -igua Clara, no vallr do Kihriruo Grande, lirir
C T ~ L L T P I I dt-ntl.e
I da IiiiLa rras;id;i das cabrcc.iriis do Bibcir%o da
I'edi-a T'l.ei3 jii.l;l Se1.1.a d i ~Est~ellil e (1i11111)11 110 Sl~lnidol. aos
Trcs Pontõr.~. As aiictoridades 1oe;iri jinr;iiiariiiri rrcliii?iat.nni os
nieiiiios qiierteiri>i,.: 1ior c2:u.a da EII~I i i r ~ x i ~ n i d i ~ad e1!0111 ÇUC-
teso, da siia diitanciii rle ;iliiali?. <, da origriii e dos
SCIIF ~l~ol.adores. O l)l.t,~id,,u~e do I'al.~11á; e111 oficio de 1 5 de
Jullio d<. 1881. d i ~ i ~ i d;,oo iiri.sideiite de I I'aiiln, rvclaniou
ro7itr:i a su[,l,nsta irivasno. ntlirriiaiido que a d i r i ~ arr;r l ~ e l oRi-
hrir2o dn Pi.dri~Pedra. rt.irirtteridi>. eni liroxa desta afii.inaqXo,
ciiyia dn. ~:ortarin de 29 de Ayosto de 1373, qiic cita J,irro do
To~iibi>de Ciiritibn coiiii, aiirroridade liara e a l : ~di\-iia. Ein telr-
grariinta d<a 22 de Jiinho d r IFRF,. o l>reaidtiiite do I'araiiii yro-
testou noiaiiieiite r lirdiii c<il~in das divisas rinqizrlla. liarte, c rr-
cerite~iiriitr,ri,) 6 de 11ríriiibi.o dt! 1895, Louve iiovo protesto e
a re;iiiirianc;io d r :er na diris;i entre uiii e outro Edtado o Ri-
b e i r a ~da. Pedra Freta».
F o r iim irifelie acaso iieiihiim doi. mal?]ins innis ou iiieilos
oficiaes do Estado d o F n r a n i relii.i~st~nt,neste ribeirno, ao qual
entretanto o govrrno daqiiellr Estado liga ria riia rorresl,oudrn-
cia n devida iiiiportancia. O iiinlilx~de 18i5, de Carlos Eiviiirr,
como veremos riiais ndrnnte, coiiii~iide este ribeirso eoiii o da
Porita Grossa e este ultimo corii o d e Boiii Riieceiso. O nialipa
recente de Ferreira de Ahreu i:l8!li) corrige este ultinio erro,
mas perperiia o l>riniriro, iiiio dando i i b ~ i r % ualgiiui com o nonie
de Pedra Petra.
E ' de notar que nn eorresi>ondencia hnvida a resl,nito do
qiiarteirRo de Alita Gorda e outros riesta rrgião, as auctoridades,
pamnarnsrs n%o defiiitm cl:lraiiiri~tr a linha divisoria que I r e -
t'riidriii, e i120 eqilicairi como trecho citado íprlo ribeira" da Pe-
d r a P r e t a e em roml~letoaccVrdo com as lireten@rs do Apinhy)
justifica a posse do territorio siti~adoiiirn da baria deste ribri-
o . Estiindo as duns partes de acci,rdo n respeito dii divisa pelo
ribeirxo de Pedra Prata, o litigio devia versar sobre o modo de
li,??' as siinr cabeceiras com ~ i i a iponto no alto da serra fionteiro
ao \-aradouro e, tal\-ea, sobre n situacio desse poiito. P a r a eu-
ylic;ir o silericio dos dneiiiiieiitur l ~ a r a i ~ a r n s e i ~res[)cito dessa
p:Lrte d ; ~linha, Ilodrlii-ie au<,iitiirar a i regiiirites hy1,otlierea: 1.")
que o L i ~ r r odo Tonibo de Ciiritib:~ n%o é rslilicito a i-ste res-
peit,o; .'."i qne w t r livro citado eiii 1873 eniiio coiiterido uina
derrriliç?m da a u t i q s diviaii e1rti.r Ciiritiba e Apialiy rião i s i i t e
niais; :3."'1 que n dita desrrilyxn nici fauorrcr i l>rrteriqAi>de lr-
var as divisas do Estado do 1';iraii.i at6 a Itiheira, rio treclio iii-
eluido rritre as hnrrrir doi rios Iti~liiral>unrne Pardo.
R': tn~iibeniliara notar que atlil.~ili~~ldo reyetidas Tezes que a
dirisii i: pelo 12iheil.âo da Pedi.:i Prcr:i o (.>o\~iiiodo Pnraná iiao trin
traetado de justificar ;i siiib 110ssede a l u b : ~i ~i uiiirgrlis
~ drste riht'il.80
n de todo o territorio a direito d'elle a t t a Kibeira, no liasso qne
a l > r e i m t a esta nleiiiia divisa, corno base da n a pretenqao ii puss se
de iun sriinde hloeo de territ<irii> sitiiado adiante dai: cahe-
reirai do dito ribeiriio e por iieriliurii riir>do dominarlu por elle.
%. coloriia de Assuiiguy! tùndadn c por muitos aniios ciistea-
d a pelo governo ~<lr:11,~ o ~ ~ s i s tconfo~.u~e
ia, O mi~pl~n oificii~l da
a Terras r Coloiiisacóo. ~ 1 1 1 oito territorios, tendo
I n s ~ ~ e c t o r idas
cada. iuii proxiniameiite 12 kiloin~ttros ctin quadro. Destes te11-i-
torios: um, cortado pelo rio t i ~ continha,
a confornie o
prn1wio n ~ a p p a ,uma l ' e q u e ~ ~Saxn
a do territorio paulista. O rcuto
da coloiiia; conforine. n diria;, tr;içada. no iiialilin, achar:i-se iii-
teiraiuerite incliiido a i c i a do P a r a u i , pori'ui eonfor-
nir o documento d r i iini doe trriitorios coloriiaes R
parte de dois outros acli>im-?~!no «eontt.st:ido». Ao que pa-
rece, o direito pnidista B liartr da antiga colonix ao Indo di-
reito dos iiheirões Pedra Preta e l'oiita Grossa arlia-se con-
fiiniado pelos proprios docurriri~t~ospnranaenses, ae 4 que o
Livro do Tombo de Curitiba, dando n. divisa pelo riheii.20 da
Pedra Freta: não cont<.ni liniitaq0<:c que não foram mrririonildas
nn portaria de 29 de Agosto de 1873. Dt:l>ois de rm;incil>:ida a
colonin, o seu territorio, e talvea uina parte do adjaeoiite, foi
orgariizado em municipio parimaeiise coiii o iionie d e Serro Azul.
O mappa qnc acoiiil~anliaesta nota foi calcado sobre o já
citado niapl,a d e C. Riviihe: cnni niadificacões e corrrcç0os n a
região do «Contestado*, basradas nos riialq~as inanuserilitos do
engenlieiro H. E. Baiit.r r do eoinnieridadoi. Joaquiiri Aiitonio
Saritm Souza, erixteiit,es no arcliivo da Commissão (;rop.aphica
de S. Paulo. Este ultiino é uiri esboqo tosco, que entretanto me-
rece niais confianxa do do que os outros corri referencia ao uso
de norntx loeaps, par ser o seu :~uctor morador n a região e evi-
dnntenieiite l,eifeitniiiente fainiliariaado coni os dntwllirs da :<,o-
grnphia local.
G u e r r a s do S u l

KEPXOUÇC$'~O D1; 1-31 PERIODO BISTORICO

15%onze aiiiio* l~asiarlns.<ibxi,rr-mido q u ~nlyiiii5 e;piiit«r


i r r e v i r t o s tr:ibalLnraiii lini.;L occu1t:ir dri Ft,inq;io ;ictiinl i1 Lic-
t o r i i ~d;i I I I I Y ~ L L~ ~ i ~ c i n ~ ~ n l i <ut(,liAi
d a d < . , qiie dei-ia invinr aiii pro-
tesro criiitra esçr ),i~iisitiilrlitii ;liiti-iiatriutiço, l>ol'i(llc t.ilai:l coti-
veiieido ~ 1 7 1XVII ~ a trndiqho ii;,i> ;r. foriiinui nu iincioiir.lidnd<n
iiciri se drseiir~olreo l>ntrintiuiiio.
Para que ;i Niisn. da Zlistoiin, a diviiin Clio lios-n rontiiiii:ii.
:i hirillnr rio li\.n, <.tel.ii~io i factos i>otit\-ris dr iiossus ante-
l~ar?ndo.31ynin revivel-os ;i i i o i i i w ollios. i: ~icri.ssaiir><liir s+
rorisrrvndn a tradiqxo que iin plirnse de Lncorrltiirc~é o !n?u
lmdero;o qne reune o 1,rcseiite ai, liassado
lluvi<lo I>or esse s<,iitiiiieiiro dc ::iiior da l>ati.ia <i dc,, rt.sl>~itu
;i iiiri>ioria de brasileiros qiir t;ii> ,grniidi,~ sei.\-iqoa lirt,stnriwit,
I,ul.t!iqu'i iiina. si:rir de nrtigui r i , f r r r i i t ~ in ~ioiitos<I? iioira lii5-
toria: eifoiqtuido-nir p:rm tr>i.ii:ilLi>s iiiti.ipssn~itr.<ii%o ir,!« t i i ~ b d l i ( >
d a fGriiifi, iius Iinrqw i i c l l r ~ti.nii.rrrvia sriri1,i.e uiii ;iuto~rnplio
irir(1ito <Ir briisil<.iro iior:rr-e1 ciijo iioiiie se nclinvn lisado ao f:~cti>
de que uw occiilmva. t
Xecws a ~ t o ~ r n p l i o doeuiii~iito,:
s, iiitiiiios, ei~coiitiniaii;-i~e -
l,licnçi,~ade r,lii:udi<is da iiosia liiitoria c. iwlle. o It.itar ciirioii~ *).
l,odin n d ~ i i i ~ nos r s<,iitiiiii.iitoa ;~.rni,<linsoi<11. ; ~ i i i , > i . ii liiirrrlndt . - '
qu,: a~tiiiiavanquella i.r~<:i <,xtiiict:~de, p:itui<>ta..
31i.i~i,sfni.yo 1,nssnii ro>iil>!r~!niiiriitr d<.pi.ei.l>ido ii<,str Ec- -
. ,
i
tndo-npciias iiiii oii oiitro joriinl dn Rio se i.i.fwin n <lsf(? ~l'ti:Oh.
Coiii<i era iiatiir:il, d?iniiiiiir.i, 1>riiirili:iliiii.11tf, 110s r ~ e r que
tnntiis <,s]iiritos riiltos, rniitito. i t l i e i ; ~>riilloiobaseliibrr-
nli~ritiii-sc:iiii nridtz da lio!itiea e iiio uiriliaiii i;ln auxilio div
dr~coi,Leeidoque 5 6 era iuiliellido lios iiiii sziitiiii<.~itop~triotico-
di7ixnr ~ i v i d ano pieseiiti! n historia do passado-liarn servir dc
iiict.nti\-o <x r>timulo N -ri;i<iu nctiial c ;to> qiie desejam a gran-
deza ~ L Lp a t r i a
Foi, l:uis, coiii ~erdadc.ii.a sntisfaeq;io que vi iiiniigur;ti-sa,
rui titis <Ir: 18!).f: esta sor,iedadr. que 1ireeiielie1,do a !ariina e m -
sivel w i i i ahrir eaiiillu aos C I I T ~ U S O S d<l boa fi. iluo <Irm<~jaiii tor-
ii:ir coiiliecido o n o * ~Ii>ii.s;iil»
~ c prestar hoir~euageiiinou qiie
iios Ir,z;ii.niii <.xeiiililos que d<,veiii s ~ rsi~guid<ise icrririuoradns.
E i i 1>0t.<iut. T I P n u i ~ w i llcije a roubar alguns 1nort11~1itosa
rii(,u;i iilustr<~icoiisocir~s yarn i,<'ciipar-niie de uni 1,oiito liiitorico
[lu<. w~~rodii;:l~linu<~ doloroia de nossa ii;icioiialidad<.
O Iiietii da I)atrix I I U I I V R d<:i(: t i r ~<.sclut!cid~:ii sua lelill>ran<a
s<.rve para wvig01.ar i i o w ~ nirior i t<,rra eiii que iiasccinos v li-
g a r rio ziiesiiio 610 o c ( i i u ~ 2 ode S<:IIS filllos <:, C por I . ' . s ~ filrl~lii
que se t~iigraiideec~in os ~ i o \ ~ <ei stic illustraiii a> nnqoei!

Eniqunnto as posi~ssDi,sh<,qliaiihola? do Rio da F'uata com-


hatiaiir 1 1 i . l ~sua riiiiiiici[,aqio uiii si) e 1111ico ~>eniauientoiis iiiii-
iuavx i: iiiil,cllix.
Obtida n ezl>ulsir>das soldxdos Ii~syaiilióescomoçou ;i drs-
nj'llarccfl n lioii~ogeiieid;id<.dr vist:is dnqiielles Iioroa.
GTISl < - v a n t a ~ aa ~ idtn
~ de grandioso iiiilieiio, outros de
p o d r ~ o s : reyiiblics
~ qii<, de\-ia ser urtitarin ou federdista, e desta
lucta de l>~.inripiosque aeobertxra nnrhicòes desmedidasruryirnm
os treiniiridos clioqiies entre os raiidilhou cujos iiorncseniiegrac~ni
a bistoria.
I3uenos-Aires, como senilire, a~itbicionnvao dorninio de toda
ruça hrspniihola e suas lireteiiqões não se detinham em frgnte
aos sraridiosos Andes.
O s caudilhos que de'ejavarn conservar x poíiçko eni que os
cdloeHra a lucfa da indel,rndriieia, contrariavam s politiea iini-
taria que H ~ e n o s - ~ 4 i r e Ibes
s queria imli6r.
Aproveit;tndo-se da ausencia das tropas argentinas, JosCAr-
tigas, o niai3 iiriquieto dor; eniidilhos, se apodéra de ilfontr~vidi.o,
G o r r i e n t ~e E n t r e Rios.
1:"'iioi.ante ein extremo, esse feroz contrab:~iidista desconhecia
03 mais coniesinlios i?idini<.~itos de utii yoveilio conatitueional e
nno cessava de afirmar3 por p:ilarras e-actos, de que só pela
for$* r despotisii~odeviam ser os poros governados.
Derrnii~andoondas de saiiyue i~i~pi>c>-se pelo terror, e Biiriios-
Aires não o podendo siibjrignr pòe a preqo n s u a enbeqn.
Artiras ceolloe~seá frente do Íiartido frdernlistn e trnhallia
para que fossem rel,rllidns a8 decisùes unitarins do Coiigrrsso de
Tucuninn, origem de tantas iuetas e excessos.

A eapitniiili do Rio Grari,le ioiiieçoii desde logo n sentir nfi


effeitos do viainlio tão perigoso.
A s violencins e i i ~ v n s ü ede ~ iir>jar> teriitoiio se r<,prndiizir:aiii,
e o dietador aeintosaiiii~iita di~s~irrsavn ns reclairin<òes dipli~iiiaticas.
Estnlirlrrida a ~I:LZ na Ilii~.i>~)il, livre Portugnl e H e s p a ~ ~ l i a
dos soldados de Juiiot e de Xnsscna, delibcmu d. Joào V I eas-
tigar o feroz caudilho.
C l ~ a n i ade Portugnl unra brigada d e vellios soldados q u e
tiverniii a gloria de combater debaixo dnri ordciis de T%-ellirigtori.
Ueseiiibnrca~ii ein Snntii Ct~tli:iriiin c alli espcrain ar doter-
mina(.üeu n'gias.
Reeehe Leçor ordem para rorri~iinndnl-as e roiidiizil-as a l l n l -
doilado onde desernbarciwin Iiai.nl itiii acto succcsnivo se spodrritr,
de llontevid6o, feito o que, deveria. coni territorios da inargeiii
esqurrda. do Uruguap crnar ~ i o v aeai>itaiiin.
Aterrorisado com :L iiotiei~ide liiiit:rsticos teniiiornes iin sul.
o geiieral escolliido biara t i o graiidios:~ eiiillrzza começou a dar
provas daquelia ~>rovsrbialincai,ncidadir qiie t,nntn?des~racnsn o s
oceasii>iiou.
Ordena ii!sqiiadra que v i rsprrar o n e r c i t , o em 3laldonado
e reaolre B t r 3 1 , P B d R i UR cal>itilnin~.de S:~nta Cnrl~arina r Rio
Ciruiidr para aleariçar o loiiginquo paiz que estava ineuiiibido de
conquistar.
As instrucçiies cornl~let,asqiin rwccbera, ordtrnavani-lhe, entrr-
tantol qu15 f6sseiii rapidos seus inovinieiitos para iião dai. a Ar-
tigas o teln~ionerrssnrio dir pri,lw,rxr a rt.~isteiicia.
Deixando de cuiiiprir as ird de ris rerehidae, Leror deu ;LO
caudilho o tei~iliolir<>ei?r> não só liara organisar suas forgas eo-
mo txriihein para iiirndir o Itio Cirnndr por trt!s differentes
pontos.
Felizmente, quando o gri>rral Theoi. recebia in~triieq6rs, o
governo ~ w e v e ~ i ioa b a r h de AIlt!grrre, caiiit,X« perieri~l da cal,i-
tania, reeommrndando-lhe qci<. gunriircrssr ; ~ s froiitriritj com
cuidado e q u r repellisse os solilndos de .ki.tigns quando se avi-
zinhassrm dos nossos liriiites.
O har%o de Alegretn confia ;~qiiell:t arriscada e diffieil rorii-
missão no general Joitquini X ~ V ~ Curado, PT vi! posterioin~ente
taritos enfo1.gos fez em prol da nossa independeneia.
l'i.ocur:~~iiin a í'roiitcira, Ciir;ido l r i n coiiio setis cabos us .j:i
rntio dt.iioili~dr>síillios desrix tt!rr;i. .Tris& di! iIl>reu: Jonquiiii de
0liveir;i .\lrarr.i e Jo%o de Deu3 de Jlpiiiia Ilnrri-to-que i'nci-
ii;iraiii a i seiia iillii>; e iieto.; o caiiiiiilio da g1nri:i e do rler<~r
qiio
tsii galliat.<l;riiiriite percorrrraiii.
S o i i ; ~ sfroiiteirns j i estnvniii iiivnilidiia e S. H « : ~ ; Llurt;i\.u
eoiirrn ri,roroBi, çeri!ii.
Ptsla l".iiiii~irii \-%il eiii 22 de S<.triiihi.o de! l>ilii, ericolltrnlil-
s a i t t a S:~iita .&3iil;r do Livl~nlllt~lito (.

I : ! i de Qiii.iroi. dt:sb;.rirtn ptirrr d;i cn\.xllavin de.


.\rtigx~.
O iiili.iitr .Ti>;,: de A ~ : ~ Y se I eiic;!rre;n dr i.:tlv~i. S. Roiia.
xo siAii <.i~iiii?iliociiçriiitri~-seeoiii a i fi>r$iis do Sotel r: roi11
iriii~!tii irrí~sisti~-i~l as :irriq:i no r,::udal<i.;o T:riig~-iiny. Snbf: o rio
r i i i ~zi!iiirn dii Il>iciiliy iiiil>c.di. qiie os clestl.ocos deiins forca* ,i,
fossrin i r i i i i i i ;i A\~idri.Arti-aq, iriiiio do dicttidur, que ;is9e,linr:i
Sùr> Hoi:jii.
Coiitiiiiin,; clili\.as tiiiliniii eii;i.oiiatlo o Ibiciiliy. A~ldrCA?-
ti.rns ~:i?i-i'l~l<iivi~ segllr,1 :L ~ecriigll:~rdadi! ~uiL5for<?r9.
Pu!- ~ i i i i :rrrojo: iiiilagrp. coiiio coiitnii~oi liistorindr>re;, .Tini
rli .ihi.::ii tr;iii,l>ùe o Ihiri~liyc Iiroeiirn c11e~;ir:L S;ro X o t j n a -
d e >;LI;,S ~ ; ~ ; L I ~ I I : X : , .
E coi~nrgiir-i,!A1>i.oi.ritniido--e <I<:iiiiin drriija cerrac%o siir-
e ! o iiiiiiiigo, drst~.i>~a-o,toiiin~lhe niilins, Iia?;igeiis i:
gi:.iitrlr iiiiizirro iir 1,ricii>lirirob e salrii Sbo Ruijn.
E~t;rvaiii l i ~ - r r jas A.r,iitcir:ii dai ciissiji,s e r> I-al:.:itr so1d;i-
du colii.i.tit dt. =lerias ri:iiiic.-se iis fi~rynsde C i i ~ n d u<lu:: o ~ecc*b<:
coiii r ~ i ' a ~ ~ c i v driuoiistr:i<;i,rr
n.; de nlr=ri:i.
X i o iiierto; rlitliril t'<,i n iiicuiiibriiria dada :L JLvilili~ 11nric1-
til. <:i,:ili;.-llir. :L iiiis.;ii, de ~ . r ~ > c l il>i r f~ti~iiiig<.tiuli>
TTei.diiiii, qii<.
SE. ai:inin :i:.:;iiiiiado r-iii iI)~~:~i.aJlili>:
<l~iilinni~do tl nnlci~qil~ldn di-

I ' v e I I - ~ l c : pr- o
quwlz filscn. ;ll;v:n ;i% triiiel,eirns do i i i i ~ i i i ~ o - r l e t i r n s e íI(Ylllt<~
d i ~T ~ I ; . , T : ? I I C ~ ~ .
1-ri.<luiii qiier-se nlirortiitar da i>liniit:rsticn 3-ictori;~ e ;d>aii-
o I liobiqùes-e i~iinii<!n r < ~ e u i i l ~ e r e;iu est,rnta;viii:i su;;s
t.oi.q;~a ritiiviliii tnllndiw, e elle l r o l ~ r i o ei.i: obriando a. f'usii., dri-
xniidr, ,I riiiilim jiiiieado de indnvr.rrts. Iw~did:~s ilniliii P ~ n ~ i i t i ç i > ~ i !
?;;i,> csiiioreie o dictador, reiilir sc.iis iolrlndos: fi~riifira-ne
iiovniiiriitt. iiai iiinrgeiiu <!o i , l u : ~ r : ~ l lei ~110 ~ ~ d i i ~4 ile Janeiro d<:
1817 ii,i:,-si- ;L batallin dr Cntnlho iin qiinl o iiiiiiii-o C. coiiil>lr-
tariteiitr: d<.r.i.iiiiido, tieaiidri Yerdoiii l,i.isioiirii.o.
Estavsin liilil~asas iiossas froiiti+irns!
Lrcor, que I>urtirn de Saiitn Cutlvariiin <.iii .Tuiiho: s<; n li
de Janeiro elicgnra ;i blaldoiindo ! A 20 faz sua e~itriirlaerri
iYIonte~.idi:o; n s s i g ~ ~na cal,itulnç%o e toiiin rrlritn da cidade !
Feliz general! Uaiido tndns as provas de iiicyiacidade, cliega
rio iiiiiiiieiito ol>l>ortui,o l>am se iitilisnr dos g l ~ ~ i o i otriiinil>hos
í
,LU" i~osiosdenodados conipt~triotas tiiiliaiu coiisegiiido de iiiii iiii-
~ n i ~audzu~ o !
Qiiniido eiii 18" se l>roclaiiioii n Iiideperidr-iicin, hIoiitevirli:o,
que. .e arhiiva niridi~ gore.riiado l>el<igeiirrnl Lecor, itdheriu ai>
lu~~terio.
O ~lr:suieiiihreii~e~~t~~ dnBniid;i Oriental i180 se t e ~ i nreiilisndu,
.se o goverrio hrnsilriro tivesse atierididu ;L uiiin justn reelaiiinq%o
das poronqòrs d a çaiiil>aiilin.
Desejava Monte\-idco ser g o r e r i ~ n d i c~ rgiial;ida i s di.iiiiii;
s~oviriciasrlo Iiiilierio.
essa justa 1,reicniiio eoiitniriaii~ n Lecor-porqu'drito,
desde qiir' &Ioiitcvid$o riitrnsse i i : ~coiiiiiiiiiili&o do Iiiiperio drsal*
~ m ~ e c e r i t masi bases d;i iiieorl>orix<ào, r n g<:iieritl fflia est,arin
til>endri dn posiqho qi~nsisoheraiia que ellr l,i.olirii> psrn si <:reni-a
iln traetado. CIII~L das clausulns rerrriiliecin-ii eoiiiu guveriiadui.
!ierpetuo d a cnl>itaiii;i.!
Suss reelt~iiinqi,r~~ for;iiii txttriididas lielo gooeriin e o prdido
dos l ~ ~ v ooweritnes
s traii-iiiittidu no Iiiil,erii>teve solii?%oeontrariii,
e esse facto, ei~urandos6riu.i desgostr~sfoi linhiliiieiiti: aliror<,itad«
pnlo Xovi?nlr> de e - i q roiiirqoii a aiiiriitir os drs-
tei.ra<los orieiitars para ili\-ndireiii nosso tt.rritnri<i.
Di:l~ois de Iwrfeit:~iiieiiti?iiiiiiiicindos, triido R sun firiite La-
v:illejn. Ciilleros c uiit,rni. realisarniii seti iiiterit<i iiiviiiliiidir n 1x0-
viiicia. d r C i ~ ~ > l a t i iiio
i a diir l i de Abril da 1%?L e al>otlrraraiii-
se dr' toda a c:riiiliiiiiha visto tr.r-se o 1 L eiicerriido
dentro dos iiiuros de Alonte\~i<lL:o.
.i rioticiti da i,,\-iis;~o fbi rrcebida I,<?los/,»,~s riaiullli.? ~ 1 . 9 ~ 1 1 -
tiicr~aeoiti gr:iiides iiianifest;~còe-:d e ~iitliriiinsiiio,a t i ~ a r n i i io coii-
sulado, arrniicniiuii n haiid<.ir;i hnrsiloir:~ q ~ i efoi :~rrnst;tdn lieliis
ruas, esealiimdo coiii \.ida o coiisiil por se ter ocru1t;~do.
Cliegando essas notiria3 no Rio) Fedrn 1 qiii. itiiida i i h Iin\-in
l ~ e r l i d oos assolnos de 11atriotisiiio~n i:iiei.Fia e n rnl>ida delihr-
ração qu(? ttxiito o distinguiu nos I,riiiii?iroa~:xiiiiu. drliuib da reti-
rndii. de d. Joao VI, <irdeiii>iiR ~sqiiadrixrjue se aclinra eiii >I«ii-
tevidki que BC diuigisse n Bueiios-Airns, para reelaiiiar sntisfacq:iu
coritrii ni troiielias de <lu? filr:~ ~-ictiutil.O P«IISU~ b~i~sileiro.
Apresetitiiiido-sp a esqiin<lra iio porto <I;~qiiellt~ eidiide, o iiii-
nistro arge~itiiiofií;iiioeI Giiriia, asno\-ritaiidn-se da iiilttx de 110-
deres dil,loiiiatieos do aliiiirairte F e r r e i m 1,obn. i<: valeu: habil-
mente dessa circuinsta~iciap r a o afastar de Hiiriios-Aires.
Deu q i ~ a n t a ssatisfilcciirs exigiu o aliiiiraiite; fez iniiumeras
promessas de iieutralid;~dec declarou que i a inaridar uiii eiiiissa
rin no Rio, roiir poderes para rntabr~laras iiegociaq6es ~>rreiaas.
Satisfi:ito T ~ b oeoiri e s a s deilihraçües voltoii para Xoritevi-
dóo, e u i argi:ntinos deisaralir de e~iinl,rirxs liromcssas feitas.
Poiico teiriiio i~nt<:sdes'e' faetosl o a,g<,iiti: «fficial das Ite-
~>ubliciid:rs I'roviricins Cnidas. no Xrazil. .Josl Vslrntii~iGoiiies,
l18la sriiinda r r a dirigir.%-se ao go\-<.ruo binailciro licdiiido liara
e . s i inho da. roii,i]iiista da Cisiiiiitiiia. e rentituisse
a i p r l l ? t<~i.ritui.ioi Rrl>iihlica das Prorinrias Unidas.
Garvallio \lello. iiosso ~iiiiiistrorespoiidrii .i segunda iiota
só 1>:1r&p r ~ t e s t a rcontra a l~ainvraeiiiiyr1iit;i.
Frz \-or qiie o Estado Orit.iitti1, n i o iIiieretido liriteiicer
iiein a FIrsl,aiilia iieiri t i Xeliubliea das P~.ovinci;~s Cnidas, c seii-
tindo-se seiii forças para garaiitir siia iiidependcncia, veiu pedir
ao Xrazil qiie o annexnnse ao seii territorio, corno yrovincia, o
que se di,ii. . . .
Esta ~ i ~ s l ) o s irritou
ta os animas dos nOPdOS 11111n1gos do Pra-
ta) c ;i ~triiiirii-a dorrota que nos infliiigiii Laralli.je, o po\-o d s
liueiior-.iii.iia. rei~iiido.obrigou ;&o govrriio a intervir ria guerra
em fiiror dos orirntaes.
I)iira,s ~ j r ~ v a ~ ü e s s o f f roe iRraail.
i O riosso littoral foi -do-
miiisdo l>i:l<isrnrxarior. qiic clii:gnrani a al>risioiiar uavios iiier-
caiites na barra do Rio!
A i l ~ d a11111a V ~ : Z (talvez u~L~>>IR). n ~ o i t r o idtleisüo
~ Pedra I.
L)elil>rrou srgriii. para o tlieatro da guerra, o qile iiiiiiiedin-
tameliir ftiz, partirido ]>ara o Sul ern 21 de Soveiiibro de 1â26.
i rliegaiido, roiir decidida <.ii<irgia, começou n reiiiomr
ohsaaciil~i, ijiiando rrsolveii. iiiol>iiindniiie~ite,a voltar ao Rio,
seguiido iiiis. por causa da morte de d. Leol>oldina, segundo ou-
tros, jmr motivos de siia vida p;irticiilar.
n < ~ i r n t t d oo Rio Graude, Fedro I deinit,tira do conirirairdo
ern chefe o grni:ral I>eeor, e nomeira o i.isconde de Barbacena,
inilitnr 1>1~iil11iido.que deli causa ao desastroso combate dc Itu-
saiii,qi~,o iiiais doloroso desastre de nossas arinas depois do d e
Sarniidu.
Coiiii~n:~ntoseiripre ritoriosos, os pol.os do Prata, b1apt:ados
pela furte ~ s r ~ i ~ abrasileira,
~lra soffriaiii crur:lnieirtp.
O coniiiieriio d< e - i eitai,a ynralís,zdir, e dessas
circuiiiatniieias s<: nl>roveitou lord l'onsoiiiby, ministro inglez,
para aconwiiiar aos argentinos qiie I,ropiiz?s.iem a lia&.
Yar;i esse fiiri veiu ao Rio o ministro Gnreia, qiie assentou
as bases de 11111 accôrdo, deLxando a Cisplntina para o Iinl~erioe
desistindo este de. todas as outras pretençüos. ICst<?pacto foi as-
signado em 24 de Xaio de 1%".
Voltando Gariia a Biieiios-hires, ao serem conliecidas as
clausulas do accõrdo, o povo ein massa corre 6 casa dese rninis-
tco, que para p r a n t i r a vida foi obrigado a esconder-se, segueni
para o lialacio do governo r obrigam Kiv;idaria a declarar que
o convenio não seria ratificado.
Pouco depois deixava este liresidente o poder, sendo substi-
tuido por Viceiite Lopes que tnnrbem teve curto governo sendo
deposto pelo general Dorrego.
Contiriunva a ser I>eisiii~n.7 n o s a posii.io eni t a , porem
no niar causavamos imniensos l,rejiiiaus aos argentinos conip1ett~-
meiite bloqiieados.
No interior da Repuhlica AIi.geiitiria os pi.oni~>~cianrentris se
multil>licavaiii: os iiidins itiradiani os povoados, e. ji ent;io a po-
voavão couipreheiidia irão poder l)inlon(l-ar ieriielhante estado.
Pela seguiida vez iritervriii o iiiiniitro inglez Potisoniby e
obteni que os argeiitinos yropwwsseiii a pnx, e dois ~uilitaresno-
taveis foram nomeados piira virei11 ao Rio disciitir ss bases do
tractndo.
Co~iieçaiido os debater, dia-nos LI liistoria. que o governo
brazileiro tudo cedia inenos n Cisl>l;itiria. 3 8 0 podia111 avaiiçur
as negociaqões, porquanto Biieuos-Ajres iino desistia do seu do-
miiiio probleinatico s o b ~ eiKoiiterid4o. Foi eiitào que o iiiiuistro
inglee propoz a indelieiidi.iicin da Banda Oriental, caiu a obri-
gaqão de se constituir 2in Kstado P t.icollier o seu goreriio.
h'ão r~odiaHut?nos-kres liict.ar innis; acredru n contragosto
-e ainda a hiçtoria nos nfiiuina que niorine foi a contrariedade
do Braeil.
Firmadas ai. preliniinares retirarani-se do Rio os eniissaiios
argeritinos e i i i i i delles fazia ç l i ~ y i ~ao
r 13oiso ministro dos 01-
trangeiros o aiitogral>lio pnrticiiiur que passo a Ipr e que com
outros ficarão yerteiicrndo ao archivo da nossa associação.
'Tesse autopraplio o grneral (3~iido adiantava a noticia de
apl>rovaçtopelo governo argentino do tract,ado lireliminar de paz.
Eil-o :
Illino. y ermo. sr. J o i k Cleuiente Perayra.
Uuenoa-Aíres; Octubre 1.4 de 18'28.
Sr. de nii distinguido aprecio.
Tengo Ia honra de saliidnr A V. E. de esta capital con Ia
satisfacción de haber merecido Ia alirobarión de mi gobierno 1.1.
covención preliminar de paz de que tiii uiin de 10s encareyados.
Si d r 1,ni.t: S. 31. e1 Iiii!irrnilor iio Iieiiio; reerhido sino
i>riipbna dia s ~ iIiijiihd c i l v rlr SLI deeisinii n rstreeliar
f o i 1:~zosd<, niiiistid coiii rat.1, Krliiihlirn, liiittdo asstagiirnr ;i V.
1;. iriii: i i i i col>ieriio ~ s t 6auiu~<?do <Ir 10s iiiiaiiioa sriitiiiiiriitoj.
1)r rst.1, ii~iilwtliin de. idpa. r.5 ~iecesaarioforiiiar r1 lwiliier
t i de 1 I 1 d r h r liliir vii I)eri>rtn:l~ K L Z in ~ ~ l b n i
Estn<los.
110- iii:irclii~ 6.1 =eiiri.al Qiiiiitaiin ;ilos hlisaioiii~s oririitnlrs
;i ~iotifii:ai.r1 eiiiige cl<. I;ii rntificncioiirs ;i1 geiii~r;rlli>ir<,rn y no
triigo d~~iirl;i de. tixxr iiiiuiidi;it:iiiii~iit~quri:lr:iil rvzicun(los ;iqilrllos
l>uvblos, r1 r:i<:i.citr> de Ia Rrl>iibli<.ndebe ;i esta. fr,clia linber
ç ~ ~ ~ ~ i r i l zSI,
i t drt<ti~~ada.
o
A l e ~ ndr iiii re,iatri\cia. se i i i ~ 1311 i>l-ilipdi, n ndiititir el iiii-
iiistrrio de gohierilo y i.plnciuiii.s <~xt,rriorei,(11-1 que 3116 wcil>ire
dt.iiti.o dri I)IIL.OS dini. Eii toclns ~ i a r t r s seiii~jaiites ~lrstiiiors o ~ i
r1 siiplicio dr iiii boiiihrr de birii. prro itii Ins i.<>)\Ubliea+ V. E.
;&e bieti cii.iiit<i siibr, d:? lnlilto c o ~ ~ ~ y r o ~ n i Xo
ss~>riieiieni-
.
trli rii r1 iiirln d<: nlltl;.iic.lio sino á iioder coiitrihuir n qiie liis
efrrtoi d r 1% liair n o 5t5 f i t ~ j t r e n .y i1 q n r si, ;tI~r<>xi~lin, ~1 t(.t.~itino
~ frntr:,ri ~ "L rI tratado <Irtiiiitivo.
i . E. I Ihire I de ],t-iisni~iit:iito c til
~rojt,cto<Ir roii<liicii. afric:iiin$ nl IZi.;~sil lias6o il i i u v i - i > lil;iii de
I , c . 1 . i i i i < i i i liiil>iei.r iiicuiiv~a-
niriitc, iiir! lo dctnllnse Liara (liir lo rel>iiblic;i adnl,t;ist. iiii igual
liririripi<i eii c;iio ijue !a 1r~ial;itiirn acoFiest: f;z\-<iriihleiririite ln
l<lC>,.
AI toiii:iriiio r j t n c<,iiti;iiia,n \-. II. se digiieri ndiiiitii-!a crjniir
iiiiiii ~ r n ~ bde1
: ~ rni,vriiciiiii<~iitoc i i que i.;t,i>y de h i i lili~i.;ilidndy
dc.1 dese« d e ser t i a t ~ d opor T. 1 . eon iciinl iixiicpezn: eo:,
t:lle taii~bieil tielne In 110111.~1i<' oti-ec~:rielr.
Sri iiiiiy obrtliriite y iift-ctiqiiiio srrridni.
i'linriii~z !:,<<<?o

Dixi <l<.lmisrrcehiii o iiiiiiistro branilrirn n l>:~rticilia(.;io of-


ticinl doi d n i , g<,ii<lrnei(hiido e Hi~lurce.

Illiiio. rxnio. Sr. dr. Jus; Clt.iiiriit? 1'r.i.cyrn.


iliieiior-:\:-res, 11; <Ir 0ctolii.e de 1828.
S<,iii>i..
La I'az riiir" e1 Iiiil>ei-ioy Ia Hel,ilhlic:i lia sido reetifieada,
y 1;is i.iitifici!cioiirs e:iiigradns. Dt*pues <Ir esir ;icto tnii lisuiigi:ro
para 10s que 1iny;iii co1:tribuido ii e a : - o 110s corrrr1~0ndn
tidicitnr &L V. E. I,i>r In parte yiie 1~ lia <.;riuido e,) taii honori
fico iucrksu.
Los iiiotivor pri.i;oiinles que 1ig;iii iiiiestro nfrcto ;L V. E. se-
I.:LI~ uil I.CPI>LIIIO ~ ~ u s k l l l t de
< ! 11~estl.:~
dii1io~ici(>ll frailcil i rulllplil.
siis ordenei. (Auieia V. E. iiilulitil.la y diipnrier de Ia reslietu<isa
ioniidernciuri roii yiie
S e s u b s c l . i b ~l ~l e~ i .1.:. Çu; 111111 iltr~ltosS~T~~<~OI.PS.-JICCI)~Z
R. Ij>'ni.l:are. ---- Y ' , , ~ L ~ L ,(Th i c 7 0

.Tiiiitri a este, niiti>~rni>lin <,i~i:iiiitrt!i;L iiiiiiutn dn rrsiiosta do


$uirii8tro .Tos<: Clrinriiti: I'<,i.rira.
E' todai de SII:~ Irttril e estii ciiiriiilnda e r:ihiscnda.
';:~qurllr triiipo nâo emiti coiilipcidus ins otiieinrs de gabinp,
te-;L ~ o r r e s ~ ~ o ~oficial ~ d e ~r~r n~ tatla
i s feit,;i l ~ r l o siiiiiiistros, como
;iiiiila t e r r i <iccnsi;~ode iiiostrni..
«lIliiios. esiiirx. srs.:
Ti.ribu ;L distiiicta boiini. de: nrciisar n ri.crl>q;~oda carta qnn
vr. ns:is. i ~ i t t dii.i~irni>i<:<iiii <lata d r .>lidt. Oiitiibro, coiiiii~iiiii-
c:riido-iiie ;L grata n o t i ~ i >de~ l ~ i ~ vsi&> ~ t i ratificado ~ e l ngoverno
dessa i.e\iubli<,;i o trnrtado I,rt,liiiiiiinr de 1,nz eelr~hriido entre
elln r este iiiilierio i?por t i o fkliz ' ~ : I C O I ~ ~ ~ P ~ I I Lque P I I ~ dei-t?
O tra-
anr nos dois 1lst;rrlos o l>riigeil~io\-it:il &L s i i n i o l i d r ~o lirogres-
sivo eli=raiirriiiirrito, r talvez o iiiiiiiciro niif.1 doiidi, deva partir
:~l;iiiii dia n foririidiivrl cndca de iiin s y ~ t r i n i c~o i ~ t i i l e ~ ~ t:~lile-
nl
i , i - e . :L i : aiiict:rns feliiituqfit!~ e ar-
crito c i ~ i i i ~,i.;iaeras 1 1 7 ~e l ~ v i a ~ ~ l .
l'eriuittarir-riie v \ . f!xa*. q u r apro\-rite esla orcnsiio Liara
pvotertnr que si>ii coili :L iiinii dirtiiictn rr>iisideriiyùi>de TV. e x a ~ .
nttento i r i i r r i ~ d o rc errado, .J. I.?. P.
30 Koveiii11ro.n
-
E n t r e os auto=ral>lins iiit?ditw que l,osiiin, riirniitrei dois do-
cuii~eiitosreferentes i s ooceorraiici;rs r<,frridns r delles so d e l i r e
Iieiide qtu! a i.erdt~de liisto~icnr i r & niliilt,i.radn.
O desiiic~i~ihrt~ii~i~i~todri Brasil li%<, foi occiiaioiisdo I><-103 ncoii-
tecirirciitoi-i i d h ~ v P T I I ~ I ~ ~ ~ I I ~(211a1
: L ~ . o f i i i i <IUIX:i drt,i!rini-
iiou') E' ~ s t eO ponto obscuro ~ I I P ~ i i t r e x o á ciiriosidn<lti <I i
~~roflcieiicin dos iii<!us coiisncir>s lini,a <IIW SI: j ~ o i g ir~e i t : b b ~ l e ~ <a~ r
verdade que n historia I>ni.Pe<i rliiertx oieiiltnr.
Iluito t~iiil,o I ' da iiitrrveiiqi<i do ~ n i ~ ~ i s ti r~u~ g l e o z,
Br:~sil cniisrrvnvn nx Ciql,lntiita r~iiiissnrios qiii! tr;ibnlli:~vein pnra
quc se diffii,idisse rins caiiil>niihas n i d h dn eiiiaiicilisçiio d s 1,i.o-
vil~ciil.
Que raa;io de t.;rt;~do di.teririiiiitra aq~iclle Iirorediiiirnti~ d o
goyprtio brasileiro '?
Sentia-de s+lii~fircns piira do111iniu Hiii>iion-.iYrrs?
H iiret*isidatlt! de curvnruio-iios n iicl,osi<i>es iiiter-
iiacioi,aes'?
S;TO dii7-idas enjo trstiido P~I!TP=O aos ~01111>etent,<~s.
1 I o fique drsde ,ji veritieado-a id6a da inde-
P ~ ~ l d r ~ l da
~ i iHanila.
b Oriental ii:~o partiu c<inio nos diz a hiito-
riz~de lcird Poiiinuhy.
H n ii~iiituriln ilorninnva 110s 1 1 < > ~ooisi e ~ l t a t : ~errada 6. ani-
mada lirlo Ilrnsil.
S e iiiossit l>atria - , d e x glurin de ter eiii J l o i i t ~ Caseros
d;ido t~ liherdadi: ;i Itt.l>ubliea. A r ~ e i i t i i i a ,que fique gravado iin
hiutoria. liara qiie s;lihtiiii os orieiitne3, que do govciriio deste
p i a e ,,ao <Ia Iiiglnterrn partiu n i d < x de sua c,iiii:iicil,iiqSio!
L i i os <lociiiii<,iitox q n t r ilnrrnlii factos que a Iiiutoiia nos
oorulta :
-

Illrno. y <*ziiio.seíiix Jos<i Cleiiirnte Pemiia.


Seiior :
.\uiiiiiio li^ rlr;.ncion nl iiiirii.iterio eri eircunsta~iiins como
123 preht,~>t?i no pnt'd<. ser l i i ~ i r s:ttiif,r?ióri I>;irn V. E. 3-6 es-
yero <,~t<: iw:pta 1-.Ii,. iiiis t'elicitaeionc~i cixi agrado.
Ilrsdr i i i i iirribu .i t%sta cniiitiil rio li<: cesiido de trabajar
o 1 r e 1 i i e u e fiteroi1 çontia-
das por h d I : ~ , ~ e a t , ; rhiii>erinl,
d y de que V. E. teiidrá yá todas
10s cot,i>ciiiiir,iitox, rio solo Iiur 10s icforiiies dt.1 exmo. aeiior Am-
qjo Iiiiia, si116 tti,i~ibienjior 111i con-eip<lndrnciu of~ici;il y coiifi-
denci;rl ciiri dirho riiiiiiit~o.
Cri Vrdpii ;i 1:i coiiiisioii politira nada teiiyo que apTt!gar á
niis antrrioi.i.s coiiiiiiiicacioii:,i. L n upiiiióii ~ s r k ibrillndi~y Ia
uriivrrs;diilad iiil entoa Lii~bitii~~tes desrii Ia indrlwtdzncia do este
Estado Iiiijo 1.1 Soberania. de In An;ubta Casa Iulperante de1
Brad.
Eiiriiniito a Ia V. E. foriiia de 10s ubuu<>se n Ia adliiinistra-
rion do Jiibiirin, iur Imrecc q ~ 110 e podri lincerue todo 10 que
deniiiiida Ia iieei.sidad publica: po~qiici estando c1 drfeto princi-
pxl i , i i I:i or~arii.acioii ilel Tribiin:rl de ,ll>rlariaiies y r~tsidierido
Ia Pi.rsid~mri;i y Gobieriio de Ia .Jiisticiu. en e1 Presidente d e Ia
Proviniia. Ia r r f o r n ~ ;tiene
~ que chocar con 10s interi,srs iiidi-
vidiialrs de Ia Autoridad local. Cori todo, u n plan de refaimas
urzent<,o: d e 10s abusos mas 01)rrsivo~será elevado por este Xefe
a Ia sabia eoiiaidf:racion de1 Gobierno de S. 31. I.
Po esl~eroque Ia paz se realice, y ,qne uii iiurvo orden de
cosas sca uiio de sus re~ultildos; pero 61 asi no aue<.de, es de
absoluta nrcrssidad en este 1,:his una reforirra griieral, porque
hallandoat: esta provineia furra de la Corintitiicion 7 risida k un
tieinpo por las leyes eapaiioias, liortugut~sak6 iiiipr.iialrs; V. E.
calcularti hasta donde llt!gani rtl doaorden de 1:~ndiniriirtr;icion
y Ia arbitrariedad de lor yuc ia gobieriiari.
Si v. er*. rne corisidera iitil 1,ara alguma coia en este pais,
vo tendrt: la mas grande satisfi~eioiien ncreditarle mi gratitud
a Ias atencionos con que v. rxn. arrnpre iiie Iiii distinguido.
Soi con e1 nias profundo resyeto y eitiinacion, de v. exa.
su muy att.' criado vetieiador I. 11. S. .\I.
IIont.", 16 de Julio de 18288.-Xculna Hrii.ern.

Qiiasi dois meires depois pelo inesmo f~inissariogeneralHer-


rera era enviado o s e p n d o documento que passo a 1Br.

Illmo. y Exino. Sr. José Clainente Pcreira.


Continuando mis a ~ ~ i i odes lo que aqui liasa, como se me or-
deno por e1 Ministerio anteriorl lioiigo en coriociuiiento de V.E.
que en todo el mes de Septeinbre deve reuirii-se en Ia Cilla de
Canelones Ia Ltssembltla de 10s Dipuhdos dt: Ia Carnltaiin, con-
vocadii por Lavalleja para la eleecion de Caliitan Geiierul que
le ~ubstituyaen c1 co~iiandode Ia Frov.*, por baher espirado e1
tiemlio de su nombrairiiento. Se liresr?iita qne o1 inisriio T2nralleja
s e r i mlecto otro triennio ó lior e1 tiriiipo que dure li1 Guerra.
E1 reuris i su quartel Gerii2r;il todos 10s veeiiios, a quii,iies ha-
bis perrriitido pasar e1 ixivieriio con sua faniilias, y se assegura
que muy pronto einpirara siis correrias.
Se me b n pedido coii interes y por I>ersonas respetabies de
l a Campaüa una inatrueeian fra~icode Ias iiiriis de S. 11. E1
Emperador sobre esta I'rovineia, y yo he frwqueadoun bosquejo
de las bases de1 proyscto de indopendencia de este pais con u n
Gobierno representativo y una Constituieion liberal bajo la so-
berania de S. iií. I. y sus A u p s t o s Desendientes. Despues he
sabido qiie se hacen anular con ernpelio eri todos Pueblos copias
de mis a~>untzmientos,y xio será estrai~oque este pequeüo inci-
dente produzea en adelante efeetos de eonsecuencirs.
Como la ratihabieioii de 10s netos de1 Gobierrio de Su lia-
gestad en esta Provineia, y Ia indeiimidad de las propriedades,
Q Ia liberhd de Ias que se hallsn confiscadas Ó ó secnestro por
~ ~ i i:~; iirgo-
niotivo de Ia Ciiirrr:~, 1,udieraii s r r r ~ o ~ i s i d e r ; i b leii
ciaeioiies ~,eii<li<.iitescoii Ia Ri~iii~)Jlica dv 13i:riios .-iyrrs, V. E.
t e n d r i 1s lioiirlad de periiiitirinti que I r iiiforiitz qu" GIL c'sta Pr*
viiiein lia7 Fraiides lirol~rit.dadri,grsridri. traiisnciinirs lic~idiitiites,
intrresrs y drrcclios rlo subditos de S. 111. 1.. y d<, Estrnii,ceros
q u e srii uiia ,z:iriiritia sol(,in~lt,,l ~ o d ~ . i ahzllarsc
n coiiiliriiiii<~tidas.
IA rq)inioii prir Ia Soheraiiia. dc S. Ir. El I.~iiil><~iador uii
<.i
voto general c11 esta C~il~itiil y liiiiicr~rtidiiitilir<:de1 ii,sultndo ile
1a nc~gocinrioii cs inia. ngoniri. 110i.i~todas Ias f:liliilins.
Qiiririi V. E. ;Lcrl>t;ir r1 Iii,inciini_.<icl<i i r i i iiias i,i.otiiiido re>-
pcto eoii <liir soy
lh T7, R.
hfiiy ;lteiito criado 7 ~.r~ilr>i;zil«r (4. A. S . 11.
aroiit." .i=t." :;I dc 1828.
?TICI)LIS 1 i i . l : l : ~ l : ~ .

P o r estrs dois z n ~ t o ~ r n l > l i?r


o i veriiiea. que jit 1x0 ii\iiiistcrii>
de Armjo Iiiiu:~ t!~~,iss:lnos 1,~~:isilt~iro~ trah;illi;hrn~ii ~ E I ~ iitcntir
;I
~ i oesl>irito d ; ~l>oliiil;iqfio orir~ntal n iii~ecsiiidnda do i>roelaii>nr-sc
a i i ~ c i e ~ ~ n d c i i r daquella
iil Proi-incia-i: eiaes riiiissnrios, alta-
~ n r i i t < ,rollocados, iiiuutrnvniir <lu<! se ;i ind<il,riideiicia ri50 se
rrsliznssr ii<:c<,xsit;ivi~ii~-se de rr.foriiias, s<.iido a p~inc:i~>;~l ;L e>,-
tradn da Cislilntiiia iia <:oiiiiiiuiiliiiu do I ~ ~ ~ ~ , e r i , , - ~ > oticlmn-rc~~~c
dctui: fúra. da coiistitiiisio era goveriinda por I<bis hiisl>niiliolas,
1,ortugiirsas r. iiiipcri:res, oceasioiiniido esse facto coiiil>ltit;i deaordprii
iia adininistrn<%o.Dn que iiiais se. rpi~isayzitiur povos (L? Cis-
jtlntiii;~ tara do dr~sl,otisiiia r dn ;irbitrnried;idf: do gent.ra1 1it.r-
~ w t u oque ii goverritira. E foi dovido a. bantos vrronl iimica re-
inovidos, qu<! tiousa. patria trrc de presciicear s r u desrni:iiihrn-
iiiento dc.pnis de iirai. gravada ria liistorin as iiifi,liee!; jariiad;rs
de S:rrandx e I t i i ~ n ~ n y eo os rrp<:tidos rcvezcs; iiiaritiirios q u c
lios foraiil ~ i i f i ~ i g i dlielo
o ~ ;tlniii-aiite Hruivn.
Graoiis i dil>lomaiia in:_~l<,.en ou aos drsrjou do Usi~sil tcr-
iniiiou a giirrra ol.iciital coni eironiio saerifieio di: iiossos irite-
resbes.
AlGiri dnl derrot:is ~offrid;is, c do drsniciribrninento do terri-
iorio, l~rrd<,inosn Gibraltar do Prata, que pela inopcia do al-
mirante Lobo ealiiu elii poder dos argentinos.
(Sui~ndose fi,.a a paz por el1i.s ycdidn 11% iios foi restituida
n ilha de llartiin Gnrcia o ponto cstrntrgico e iiieonquistavel
q u e por si só ] d i a garantir s iiossu siil>roniaeia inilitar naqiiellas
paragens. A-eiiliriin terrrno lierdeu a Republica ~Lrgciitiria;tevn
apenas 0 desgosto de ver fugir-lhcs os territorios, por euja posse
aacrificirn o dcscsii\-ol\.iiiiciitu r <i bciii estar de scu ~>;iiaiiiorrri-
do-iios iyiuutti giiert.n
Yrrdida n cslwlniiqa de alargar su:is fruiiteiras no sul, ro-
inectiraiii os arx~.utiii<isa re\.i\.or :L l-ellia e tiiid;~ilii<,jtiio d;ir
3lissí>rs, l>rete~idriido o l e - I : desues tt.ri.itnri<is <pie ftaziaiil
11:~r'tddu Aiiirriea liortii(riicz;i.
Qual era o iiiteiito d;i Kcliublicn -irgciitiiin rriio\;iiido cssc:
l)le,ito'!
~ T I I I ; L cu~ioual)hr:~s~!de 3I:iclit.iiiia n o l ~ o~ x l i l i e n :
.O Brasil <: UIII aiii~ii:il (liir teiii <.r:wailu nos iIr,iicos uiii
dardo prriet~~iite-esse dardo <: o trrritorio das \Iisii,r~s.n
De 1,ossc desse (larrio, iio iiioiiiento qiit2 Ilic ronricss~.,pode-
r i a ;i &~<.puhlirnz \ r ~ i i t i u ; ~i i i ~ x d i r coni r.iiorin<!vniitngriii trca
dos iioruos l<ht;idos, cujns frr>n:eiias d<,sabrici~dnsficnri;iiii i dia-
~josiq;io daquellrs qu<. niiida iiiio ~ i : i i i i iiossos niiiigni.
í k a q a s i Prnvidriici:~ e no iiusso direito vsar ,irrigo foi rr-
iirovido r a s eoniequeiiçiiis i i i ~ r.e~ fizrwiii rsl>erai. A I<<,l~tiblira
Argoiitiii:~iihn mais nos l,<,rtiii.bii... cil-a ~~iociiiaiidr> iirxas nveii-
turns qiiririido 1,;iirnr 110s Ati<lr.s.
Crsss~dan luetu d<i iiit,~rrase s i i r ~ i ua ;iiiiiz;irlr.
O ti.leg:.raplio traxsiiiittiii-rina a iiotiri:~dt. ~ L I I .Ii~irt(~rii nlguiia
riavios da iiossn ailiiada d e i m n ~ i i ias iilaridns iigiiai do Giiaiiabara.
Aiiiaiibaii ou dq>ois a hraiicn c;iliin<lrn iin1,ellida lbrlas ti.csc:is
riraqiies: «u n despiirollaiidi> e111 inidii., o fiiiiio 1ir.10 ar., fiird sua
~ i i t r n d ;iio ~ cstunrio do l'ratn, coiidiiziridn :i i i . i i bordo o clieft
da l~:il;;Lo b r ~ s i l e i r a que vai ~etl<iI)uirn geiitiii,an da visita do
Iresi<leiire Xoen.
O fixeto i: de graiidr iiiiliortaiicin quer srja eiic;iriido elo
1;ido liistoi-ieo quer yel;~s sua5 cuiisrqueiiein~politic;~.
Delmis que se e~çtabelecru iiossn iincioiialidndrr i. a. l>i.iliieirn
vez r p e uni rliefe da nasao bsasiliaira 1,ia;r terras boiiar~~nses,-o
tronr dos eaiiliiies n%o iii:iij rr~treseiitaçoiiio oiitr'ora a. dr\.astaqão
e a iiiorte, 1113s syn~bolisi~ D desejo. nliiiç siiiecro, da eoiifrnterni-
szcçao de dois poros !
Dessas viuitns eordinrs iinsci:rào Iayos tào I~oderaçasqile lios-
sam cinirntar iio futuro ligaqòes que pareciaui atb honteiii iin-
possiireis ?
A todos qiiaritos a i i i i i i i a patrin, n. todos que lioiw<~iiiurna
parcella de resl,onsabilidnde, cabe o d e v w de contribuir ,,ara que
seja esqiiecida a lucta do yassndn c p r a que se t o m e iiidissolu-
vel a aiiiizade entre os dois poros que se regciu pelos iiiesiiios
p"i~cil>ios politicos, pela uiesnin religiso e qiiasi pela inrsma
lingun !
JoÃo MORAES.
Revoluqão d o Rio Grande

I PARTE

Qiiniido o investigador procura escrever a histnrin da a n t i ~ a


G r ~ e i aoii da giierreirn Rama dcpoi3 de rstudirl-u iins tradi76ns
l+ol>ulari!sr iios iiioiiiiinentos da eliocha vai compulsar OS l i v ~ o s
classico* de Tito Lirio, ns obras de Sallustio o ~ r a n d elitterato
romaria, os ~liiiiaesde Tacito, eai~imentarins de Çesar e sat,pras
iiiordasrs dii Jii\.eiiall e só co~~siderarnfiiido o estiido depois que
recorrem n F>lutarcho tiiri cnja leitura eiieontram o grande e
coiiipleto rel>ositorio daqilelle remoto prriodo.
As Fidaa Conzl~rc,rrd<rsdaquellt celehrr p,olggraplio, no correr
de tantos srenlos teiii produzido heiiefieo iiiipulso e yoderosi~
iiifliirneia iios espiritos esclarecidos das :~iitigase modernas ge-
rnqões.
\Ioiitesqnie~i 1% JoRo Jarqiies Boiisseau os grandes peiisa,do-
res se irisliirarani naquelle precioso livro.
Elrhor o filho de rim hiiinilde pedreiro de Strasburgo, saliia
das fileiras, ele\-:L\-a-ie até se toniar o rmiilo de SaTiole%o! Quando
conim;iridava o exercito do E,-vl>to dizia a seus camaradas-tudo
pode faltar nn uieu hi~wunr,nienos o bom Plutarcho.
Xão fosse elle, e a Histeria, iiia e severa não teria podido
110' si só inspirar n Sl~aks~ieare, Cornnille, AmpPi.e, Poniard e
TToltaire-aíluellas sceiins que nos esliant%o quando leri,as Curio-
lano, Jiilio Cesar, Antonio e Cleopntra, I\lorte de Pompeo, Cati-
linn e Lucrecia!
Seria loiigo ~~iliiiuileraro 11o111e de esculptores e pintores
celebres descriptos por Salbot, qiie foraiii pri~eiiraro motivo de
suas obra5 l~riluisno estudo das Iirlas C i ~ n l p i . n d a sdo illustre
filho da Clieronea!
!hrn tantos e tão ~eciosos elr~nentos foi cni nossos dias
recoristituid;~a histeria Grecia r Itonia.
S e Plutarebo nóo t e l e iiriit;idores na idade media, os sabios
conseguirsiri completar a liistori~id ~ ~ q ~ ~ eperiodo lli: agitado com-
pulsando as celioniras que iiiu,idarsrn todos os l,nizes da Europa.
Xo pericdo moderno er-sr trabnllio serti facilitado ao Iiiito-
riador liela difluiúo dii impr<irisa>foriiiaqho das bibliothrcas e or-
g a n i z a @ ~dos areliivos governariieiltaes.
Kos nossos dias prep:ira-se a hitse liara a Hist,oria coritrili-
poraiira. e o futuro eserih,tor eiicoiiti.ara deste lieriodo, I ~ o d e r o i o ~
elementos de estudo graqns a nov;i oiii~irtqplo que esti st.ndo
dada a iiiiprensa.
Desde que qualquer individunlidiidr consegue romper o cir-
culo dentro do qual deve ~i:iturahiit.nte ara>-itiar-srus gestos,
aetos, l,alavriis, vida iiitiiiin, ficani espoqtus n curiopidadt: l>ul~lica
pelo esforço do r r p r t e i que Iinr este iiieio acciiinula l>i.i.ciosas
infoririaqnes qii? oririitiirâo ao tuturo historiador.
Qiinii desroxib,~ce o linùiud<> do novo Rei cpe na bmmoia
Albion oreupa hoje o tlirorto de seus awis i
Swi vida ~.xeiitric.z,seu auior l~eloj o p , suas a v e n t u a s amo-
rosas, o sl>or:, o luxo o t o ~ ~ m i a l col111ec:ido
n do n ~ u n d ointeiro-
que por oiitro lado ignora quars opiiiiíies l>oliticas e governa-
mentnrs que RIX obrigado a ruiittir conio iiieinbra do Consrllio
privado da Ilai~ihit.
E' pelo eshrço do i.eporter que a sociedade iiiodrrna segue
com ititxiiso iiitrresae aquelle Iirilierador W a p e r i a i i o ciija vida
intinia é deseripta diariamente e lida com nvcdez.
Se iio d<?siiipeiilia da e l r ~ n d a inissHo social, elle consegue
offiùcai o niniido praiideaa de suas asliiraqoes e iiiilie-
tuosidade de genio-rio ii,t<:rior da fa~niliadesnTipnrece o inorixr-
chn poderoso-l~atriarçlinl burpiiez-vai diariaincnte no acoiiclie~o
do lar, reteriiperar seu esliirito para ;L luta, procilrando a ealina
nos carinhos da esposa estreiiiosa e iia alegria. ruidosa dos filliou
desinquietos !
Com taiitos e tlo poderosos elemeiitos facilmente ser% re-
constituida eni futuro reinoto a vida moral e rniblica das diver-
sas el>oehas deste lirriodo.
Infelizmr?iite rião acoiit<:ceri o riieirno quando o historiador
tiver de estudar nussa iiacioiialidade porque náo encoiitrari os
elemei~tosque sobram em outros povos.
O Brazileiro isnlro lio~irosaso liiiiitndissi~iiasexrel~;&,sj I,:,,
sc Ixer>eciilci cuiii n ~i.,~niiisn<::ii>d:!i h;ises 1ini.a ti Hiitorin h'-
ci<n~d.
Y o s i : ~actiiidiidr a., nl,iilira ri>i:i riitIiiiiianiiii> :i elii.oiiica. 120-
lirieii-iiii~; essii. Iteqiieiio drfi.iiiii>z<ili~eiilio oWreceri ai> Iiib-
ti>iindi,r, liela 1,arcenlid;ide roiii cqiic ': rrcril~t;~.
Ijntii. cln lioiitriii a on.niiii;iq"o da n:lcioiiiilidade lir:isileir:i,
inns ii:i dii<~riIir;~o dos iicros clil IIOSSZ e~lrtit t i n o se1.i
<.ircoiitr;id;~hitie ,):ira so i ~ f i ~ i i e,i>r <I~\.L*I.soF l~el.i(~dos 31e10 discl.~-
\-,>i R vid;i iiioi.111 e iiit<,llectii:ll do liosar> ~mox-o.
E' teiiipo de sr: i r y i r < - r i, l>il-<ada,r: t r i i i l i o <li, se tirar do
oli.i<lo :c iiitiiiioria de talitu- brazili:ii.us illiistres.
Queiii iiiais s r 1eiiibi.a iir.ste rnito i,niz de .Ji,.;i. da S i l r i
1,iihoa. ialiin iiiitavel! ~>iil$icintade direito coiiiiiierci;il e dç eeo-
tiuiiiia ~ ~ ~ l i tei cl>:~ti.iot;i
:~ de vibtas I n r g i ~ s ?
Sãii ioiili:~i.a<.lle < . o ~ i i:i iii<lr~lieiidi~iieitxda 1intri;t I J I L ~ I ~ ~ O
;iirniicavn de D. .roi" V I o derreto que abriu ub poutris hr:izi-
Iriio-: ;in e<iiiiiiirrcio do iiiiiiido'?
1.2 r ~ : i I i s ; ~ ~ ~ ess,, ~ ~ ~ J I I I ~ I L Y ~ > I q ~ ~ a ~~I ~~I I dI ~ <~ I ~; I I - ; ~
< l o -tacto I,I
l<Cii-
rol'" ris prt~ii<li,I,riiiril>iijsdii reii>liiç~infr:hiici,an: iihu a? ~iodir
diiriiiai. qui: n , : ~ ~ i n i i r i l t n ~ciiiiiiiiierci;il
o aliressiiii i: eiiiaiir,ilinç:io
lwlitiea !'
( , ~ L C L L Le o ~ t l ~ e eI e
I O ~ Co. s ~ ~ r , ~ ~ ~ ~d:i~ I rI , sI S~S ~oi ~r e~ sd c ~ , ~ n d c ~ ~ v i : ~ ?
S , I<<,iiif:ici<i ir riieiiiiistniiçias esl,eci;ici ri>iisr;iiii~
~ o i i q ~ eor circulo <Ia iriyintidhi> i i i ~ c i ~ > i i iiias ; ~ I ~ os siniires de TOSI:
Cl<iiiieiite' r<ili<t=o J>iiii~iirio,12e<lo,Frei Saiiil,nio, liiad ia do, Xolirc-
ga, Oli\.<,irn Ilvnri,i, Hario dr: Sniir<i .\iiinri> e oiitroi e s t h i<.-
lmrados desse f i r t o grimdiozr~1,ni.n o qii;~I tiiiito coiicorrvrniii !
X i o criiiil,t.ti;i i~ *ri.a~::Lr actii:il i> dr:iei. dp p:.ra\-ar iio hrinim
n 1ierciile;i tipiii.:~ do Viseoiidr do Itio Ilraiico 'J

Yâo foi ~ 1 1 ~ que


. coiii iiia-eiiln rriiergin i 1 i . i ~ pollpc iiicirtnl 11:s
r i t i t i c t n d niiiiyoi, firiiido intcressr.~, d<,s-
l,ri,sandi, c<iiii.<~iiiericias 1i;ir:i $6 ntteiider a ploriit dn tistiia?
Qiiaiiti, rsfor<;o iioiiir.rico iirio r < ~ drt e eiiil>rega;ii.para derri-
h;ir :L b;il.reir:i q ~ l t ;110s SPI,RT:LYR <l:~s11:iç0es ~ i \ ' i l i s & d a s ~ ~
A pr:iiidei;~ da<ptxlln Iiictn iii~ceisariniiienteriiineioii:~algii~rii:
i{"" "O" O."'
Viu rst;idist:a de iriingiii:icùn : ~ ~ d r n t e i esti
iieqte riioiiiento irrireiido o s rsfnrqos qiie eiiiliregoii e os triiiiii-
~ ' l i o i~>nrl:laiiiriitnrrsqiir! obti!ve, qiinrido r i g u i a \-oz con\-icta o
~>oderoeaem ~ > v o da l rnyn r i c r a ~ ; ~ !
Saihn r l l ~qne estt'~I>:ttriotic;i nssocinçl+o, sente-xi orKullos:~
110r ver ~ t a q n ~ lendairn,
li~ cliri~iiidoiirissos trnbalhos o veiiern~ido
uiinistro d ; ~Justiqn d:iq~iellr ploiioao gabinete: (n2wjudus yernes)
Hoje i>iioiiie do viscniide do Rio Uraiiei~t:ilvez s<:j;i o riie-
110s 1eii:hi;~do ii:i 1iroj)ri:i raça que 1ibnrt;ii.z~-r no gniilde feito
riXo est:iri:h lisndo srii iioiiie, se a huirianidndr ngntd<~cidanão o
tiresse j i çiiiis;igrndo !
SAo riieoiitriiriios iia liistoiia de liz~iznlgiiiii do ~iiiiiido,ou-
tro, riii qiie a iiiyi-~itidioii:icioiinl se iii:iiiitFstr. txo eoiistnritt:-
iiieiitii coiitrn seus filhos cniiio iio 1ii.nsil.
Eis l,orqn(< oslllstoriadores ignor;i~n,qiie i& iioi.:~ 1,ntrin teve
<~stnrlis?nae nri~dores que se çliniiinrwii .lo3C t , .iiitoiiio
(>i~rlos,ITnscu~icrllos, Abrniites, .ibnetT: IJi1iguny. It;~lirirahy,Zit-
i.;iri:~s, Kzibiiro. Kusebio, Cote:il>r i! tniitos oiitri~s-litteratoi e
eserilitorrs conio JoRo Francisco Lisbnir, .Alericiir, Tnunay.
.Jii~~iseoiisiilti~~ iiotnreis euiiio Trixeir:~ de Freitaa, PÍ:~buco,
Joãn Crisl,iiii;~iio.-Ori~dorrs sacros que se C L ~ ~ ~ ~ ~ L V : Frei I I I I .Tosti da
Costa ,iai:rndo, F r r i Fraiiciscii de S . Carlos, Padre Liiitoiiio Pr-
reirn de Souan Caldas e i i i ~ frt*iite de tndoa o grande Xoiitr
.ilvcriir- e Ilossiiet hrnsileiro!
Systtttiiitb diff'i~reiitndo iiosio é ndolit;~do e i i ~ todo 0 rriiirido
rivilisiido-:a\-sriio. ;isiocinçiii.s, esc~.iptoi.rs ar: esforçalii liara li-
;.nr ds ~ x ~ g i i i ade s siin liistorin o rioiii<: dos iillios que trnbnllia-
raiii I I ~ K IO m~:'"aderitiieiito d:i pntrin.
Queiri eiii I'urtii::il descreveiido n patrin dos nusados nave-
xniites se ntr<irerh n drix;ir i i i , ol\-ido <iiioiiie de Cabr~tl:Tuseo
<Ia í h i u a , do yraiidr epico (:aiiiiies e do iiot;ir<:l iiiiiiibtro Selias-
t i i o Josb de Cnrr;illio ?
1,: Iiojr ii;~o eiicoiitr:biiioi por toda a Iinrte nnqiielle p i a do-
euiiiriitos que i i o s f:ilnni de F r ~ i r t !de d ~ i d r a d el ~h i L u i s de Sou-
za, Heriiilniio, Gnrret, Fontes I'ereira de llello, e tniitos uiitros
que se illustl.i~rau~ e n g r n i ~ d e ~ e u d;Lo lintrin :'
Perinittiid a IIenl,ai~liairrt!qiiieta qiie d<?salil,art!çn de siia
liistoria o noriir de Cnldrroii de 1.1 Barca, I,ope da Vega, Ve-
lasques, Jíurillo. Pi-iiii, Castellnr, que escreverio l>a-iiiai bri-
lhniitrs ii;is trrtes, iin guerra, rias lutns p e l ; ~libnrdad<??
F: a Italin'? PÍ2o prrl>rtiinra Koiiia imtipa rios arcos triuiir-
1,haes as g1oi.i;~ dos seus Cesilres?
KXo se orgiilliani a s ger;~<i>es modeni;<s de seus diriiioi liin-
tores, eoiiçerrundo coiii extreiiio a ~ i i o isuas obrxi 1,i.inr.i~?
'\fio esttiiios ~ > ~ e s e n c i a n ditoItnliil do reiisseiinento reprodu-
zir n o bronze os Carours, Illnzzinis, Cnrlos Alberto, P r i n c i p e E u -
genio, Victor Einniairuel, ris lieroes graitridiosos de sua unificaçso?
O iiiesiiio reeoiibeciiiiei~totributa i~ Fraiiqa a nieiiioria de
seus fillios illiistves.
Naqiielle pniz ltatriotico u s o se deisnni apagar ns glorias do
pnh~ZLd0.
Reuivr:m-se co~itaiiteinrrite oa rrinados de Heiirique
4." Lniz 14."",apoleAo I.", Sull-, Ricbelieul 31nzarii1, Calbert,
Thiers, Guisot, Gainhettii. iiao fiesin ovidados e a el>oclia de Ra-
cine e de hruliere 6 a do rriiiascimrrito littemrio.
Ha hem POUCO RB [bort:is da Academia Franceza foram aber-
tas a lIaln>ii,otroirltor ter escripto uma obra ~ i ~ a g i s t r asohre
l Ri-
chelieii. Hriiiietierr, taiiihem iriernhro dn Academia Frnnceaa, re-
dact,or clii,fe d a Revista dos Dois 3liindos-urn dos espiritosiiiais
cultos e iiidel,endent,es da ger;ição moderna, em continuns con-
ferriicina iin Sorbonna, reprodiiain diante da inocidade generosa
e de. uin publico selrcto as glorias de Xossuet. mostmrido com
ailuelln verhosidnde iinpetuoon que drsluinbra aos que , j i tive-
ram u felicidade de ouvil-n, 9iie n leitura das obras d<i maior
orador sagr:ado teve a Fraiiqa produz iiiiida bqje rinoção t i o
viva, cornu teria sido a doi seiis eontrmIioraneos lia 2 0 0 m n o s !
E se todos os 1,ovos 11x0 tl-ibut,assenl essa consagraçZio naeio-
ria1 a iiii!irio~.in dos tilhos dilectos, como p n d e r o piissado ao
proselite., corno tranuinittil-o ao futuro? Seiido a tradiçào a
hleuioria dn Huiiianidade, srrn ella n&o s e lwderi reproduzir os
l>eriodox histo~icos:nern descrever o espirito e a vida moral e
intrllectual dos 1)ovos.
()iiaiido del~ara~nos com 8 1 p m trnhallio historieo, nosso pri-
insiro iiiiliulso 4 procurar a parte referentt! &o nsazil.
I'iir i i i n i i nipido que s r j i ~a exame desde logo verificamos
que o 1,onto cqi~enos iiltrrrisa 6 sririprr incompleto <I obscuro.
(:iiard:im todor o3 esrril~toresa iiiesincL ordrm-o que o ]>ri-
nieiro eerrevr!u os novos rehirteni com pequenas oaria~ites-des-
coberta: oroãralihia, constitiiiçho geologie;~, clima, produeçao e
liiatoria.
Hiutoria-a largos traços, d~sconlieridos os precussores da
nova Iiidel~eridencin-oile~~cioahui>luta da gcraqao hoinerica de
1831 n 1850-ignorancia coiir~~lctado desenrol\~imrnto moral,
iiiatt'rial e intelleetual do nosso paiz. E liara que se possa bem
aquilatar ar8 que ponto a ignoraneia dos factos nos lirejiidica
bnsta inlirritar o que vou rel>rodiizir, sem o mais raliido eom-
mentario.
Eiii 1895 liublicava-se rios Estados Unidos uma obra de lar-
g o folcgo, dn urn dos nwis notaveis publicistas-Lalor-Diccio-
nario da Ericicloliedia da Sciriicia. Politica.
Xcssa obra de t r ~ s~I.OSSDS ~01ume~-ligeiramente faz elle
o estudo da iiiissa yatria-deccrevenda-a ainda como sendo um
paiz nionariltico ! Os gr;mdes acontecimeritos de 1889 conti-
nuavXo a ser desconhecidos aos que forem procurar a verdade
naquelln obra t8o espalhadt~ein seu yaiz!
Occultando nossa histoiin ternos eorirorrido liara tiirnar o
Brazil desconlii!cid,i r para que se forniein sobre elle us juizos os
mais dispnmtados.
O Bri~sil,diztsni todos, ttmi grnride3 florcstiisl iiindrirsr ire-
ciosns, riiinau de ouro e f r r r ~- 1iiodwii fu~no.cafi e borriiclia--
mas, ainda 4 uiri paiz selvageiiil sem instruc?Xo'st?m estadistas e
oradores.
«A arte eni suas niultiplna inni~ife,st,aqões é coinplrc;~iiirnte
deacoiilieeida riaquelle irniiienso territorio deulioroado onde iiii-
peru R febre aniareiln.
E' teiiipo de se f;izrr uni al>l>t!llo enaigico ao sentimento
I I I L C ~ O I I ~ I . para o fim de se estabelecer ;i verdi~dehistoriea-Com
boa vontade todos p d e i n concorrer para a reuniao dos eleiiien-
tos neresaarioa.
Basta que perderido-se o ariior aos velhos l>npeisentregue-se
ás bibliotliiteas ou As assoein~Gesseientificiií l~rreiosos autogr.+
phos ineditox que se nchaiii espnrsos - paginas ignoradas da
nossa eiiiancipnq8o ~>r>liticn, das nossas luctas pela liberdadel nar-
rativas brillmntt-s de iiouia liistoria ruilitiir, que serho lidas eoiii
orgullio pelria nossos filhos, qiie lino de proeuv;ir iniitir os pa-
triotas da gel.ac:ko pessada
Seguindo o exeinplo dada por alguiis distiuctos eoiiiocios, e
oniniado pelo illuatrii investigrrdnr liiatorico o Sr. Dr. 1. Piea,
que ti~iitose rii;>rqa 1,ela rrcuiistituiqi<i de nosi:, histoiinl venho
ofirecer ;ia Instituto IIistorico doeuiiiiutos iiirditos, intiiiios, de
brasileiros que rnirhrrnin n rpoclia em que viveram e que cha-
mavarii-se J o k Clriiieiite Pereira e Duque de Caxins.
Befereiii-se ao doloroso ptiriodo dn revo1uc;io Rio-Gr:tndense.
São cairtas intinias do geneiitl ein eliefe ao iniiiist,ro da guwra,
e deste a aquelle.
Hastn essa coiresl>oiidencia pari& qne o futuro Iiistoriador
~'ossncom entliusiasiiio d<werrrrr o liatriotigiiio deqiielles servi-
dores da pritiin P detrriiiiiiar nlyuiiins das ciiusna da durocão
daqurilla luctn ericaniiça&x.

Xeprodiiainii rxl~idnrnrntio 1iiLriodo hiatorieo ein que foram


ellas r3eril>tns, para que iiorsniii ser ~iinia i l n e c al,rrciud;is
pelos inrus corisoeius.

Reina até hoje a riiaia coinliletn <livergrncia sobre as eau-


sas que deram o r i ~ e i i i reroluçRo do Rio Grntide.
Os eseriptores que se tein occupzdo daqrielle açonteciinento
o eiienrarii cuin ertreiiiit parcialidade.
r i 1 7 via 1womm1r 3 o r i g e ~ nd : ~lticta ii;i eiiiult~qxo l>es?oel
de,. cli<,fes l,olitieos, uutrris i,aiiid ;~dliiiiristraç;ri>do gnvi.riio cciit,ral.
I o I :~tt'ihil<li,~-ni: a ~ i iiisoffiidx i
dos fnrroii~iillins.
Frriiniirli,~Hragn gnvi.rii:Lvn a l s ~ i ~ c icoiii a recoiilirrid~
iiiodera,qfio- os krus ;~dr<.rs;iriosiioliticr>s at,ti,st;iiii essa. verdadr
- iiin?, aieriitiiniirlo-ar ii liiern 1,oIitica coiiityriu elle n llrl!dei.
pnr:~o Inrtido cnja direcqho t!st;~i;~cuiifiad;~a hei1 iriii;iii F'rflro
F e r i i ; ~ i ~ d rC? l i i ~ v ~ s .
-4gitoii-se o partido f;irroul>illia<~Feiiiaiidrs Kragn nl~ieisoii-re
a r o u u n ~ ~ n i ç nO-r factos ai, povttriio geral, ~,c:diiid<isua siihatitui-
CIO, st-iii riitirtaiitr> deseurnr o.; seus dever<,*.
O i>i.iiiii.iru iiinviiiieiitr, que i i..~ ) ~ ) n t . t LIL<IS
A
c e ~ (~~ u a r t e i ?fili Z I ~ J ~ L -
fado. ,
Teiido Fc~nnnucles T3i.nl.r~ 3 8 ~ ) ~ O V H dt: S que O ; C O I I I I I X I T I ~ ~ ~ I -
tea das fioiitrivns do J;cgiiario r Alt.grete aiiiii>:liaiii o ii:riviiiirri-
t i l l siiq>eiid~ii-osda<luellrs roiiin~aiidon.
Bento Goiiyalreg, roiiiiiiaiidaiite dn froiitririi dii .Ta;unrilo,
invest,<: Porto Alcgrr.. srndi, o t>i.esidr!iitr ohriy:ido a iiigix l>;ira
;i cid;ide do liio (iriiiidr l i ~ l nd o f i ~ ~ dn i o ti.<il,s.
1Iili~reii1lin Jostz Kib~i1.0. ili-sullie a lirt-sideiicia por ;~baiidono
r f ~ i y ndo ~~~~~~~~~~~tniio. S ; i i~l>ertiiin da A*r.<-i~ihlr:i~ l'~.o\~inci:i
q11e C O I ~ V O ( ~ : L I . : ~deu
, c01110 C::IIS:L j~lstifiçatira do ~ n o \ . i ~ n t - ~ ~to
I.VPO-
lurioiiariri o esbniijaiiiriiti, dos diiilir,iros liulilicoi I! ;L coiirorrrii-
cia dtx 3loiitevidro ri 13ii~.iio?-~iyresI I O cnnuiit.reii, do xarqiie.
Heiito (;iiiisaIrea, iioiii<~ndocoiiiiiiaiidniiti das arinna liubli-
C:LT:L 11111 ~~k:~nifi'st(~ vi11 2 i de S<-tiliiihro cle 18:1;>-declnrntidn-~e
moiinrchi-ta e liherni-cp<? se ci,lli>rnrii ;L f i e ~ i t e d : ~ rrvolos;iri
~ n r acnmh:iter o i i i i i i i i q ~OV(~~.IIIIS-III:IY ~ I I R P ~ ~ I . C ~ R I . ~ O: L p o d ~ r
tio dele-ndo dn Governo Iiiil,erinl, i<. o iioiiirn<ln iiiereressr! c r n -
finncn r fosst- niiiiro da. Prariiiria.
It<..cr:briido iioticin ili.st,rs aioiiteciiiic~ntos o girl-eriio nliresiou-
str elii ii<iiiii2arPresiderite 1,ni.a a Proviiicin eoiitlairr;i<ln, rrr;iliiii-
do :L I I U I I ~ P : I C ~ O e111 bnisile&o de alto ~ n e r e r i ~ ~ te ~11oti1~<'1 ~ ~ i o ' pa-
trintisiiio--.J«r& de A i a u j o Riheiro-<liir! l~iirtiii iiiiiiit,diataiiiriitr
para O S ~ i la s e i i i i~er,:hi.,.aiisi1iii.s iiiilitraresu iios dizeiii 0 3 rliro-
iiktas.
Por i i i o nutogrel~lio<ia collecy%o T e poiauo, carta do Ri.-
,yel~teF<,ij(i :L C o i t i ~Cal.\rnlllo, or I-eiiticn qnc: -\mujo Hiheiro
reeilsnrn o :~llliiio <Ia fi>rqa-n]ielli~% ~oli<.it>l\.a]i~>d~irz. a1111di)s
]>ara rrnlisnr n ~iacifirac:;~o.Cnncili&irlur, justo, iiiiiiarrial eoiii grari-
dti iiiiiiiero di! pni.i,iitr!s r aiiiigos iin pro-~iticinrrroliiiioiind~i,;rc-
rritnrn :L ditiieil eoi~iiiiias80~ i u oliaia a l i n ~ ~ n toi ~SIII:I">CL~ ~~. R gurr-
in civil, iii;is 1xir;i e\.itnr n coiitinua<:Ao.
(:hrgaiido ao Kin C:i.aiidf.. ioriiiiiiiiiicn n. i\s~riiibl<:n Prnriii-
~ i i ~~ I1I Pd ~ f i ~ j tolllal. i ~ ~ a J I O S F I ~ do s , cargo. ~ Ao I I I C Y I ~ t~ , ~ ~ n ~ ~ , ,
t w r e v e nos diversos chi,fi!s do iiioriiiir.iito, iiinitrniido n i rii;il+:i
que a r < ~ v o l u ~ Bca~is:iiia o d l>n,\-iiicia,convida-o.. ;i d r p r as :iriiiii.;
i, i~ auxilia~ei~i-110 11:~riiO r ~ i t n h c l ~ c i ~ ~ da~ <roiico~din
mt~ r <Ia IXVL
geral. IIIYOCRP~L ~ : I T L L~ J B Dfiin o patriotisn~o < l : i ~ ~ ~ i t brasiloir<is.
~II~i
Heiito Maiioel, priiiieiro qiir todos deli;>r! n i ;ir:ii;ls H iiri>irirt-
t e a~ixili;~i. o Piesidt.lite 110 seu louiw$.<~l<'tnp~11110. Seli e x ~ i i i -
plo <' sc~gni~lo lwlní cidades de Rio I'nrdo, l ' e l ~ i i i ~ 'Pi.iuiiil,lio.
~
.i ó 110 J t ~ n e i r od e 18311. Ri.iit<i í;r>iiqalrrs liublica si.giiiido
iiianifesto, declarando qnc rri\-iarii n i\rai$i, Rilir~iro L~II:ZI coii,-
iiiissi~od s doia del>ut;idos e dii íIi>i.nii<.l \I;iiiocl d r I.iiiiii. e! rluv
te~rdo-er convriicido que as iiitt.i~cfitv de Ari~ujo i erain
Irtnr?. iecoiiheeiaio roiiio I'rc,jidriitt..
>\ 14 desw iriez rniinr-ur a .Ai;<.iiihlda l'roiiiicial z rr:solvr
dai. ~ ' o s ea Araqjo Kiheiro. c ii I'rr,sidriitr ~ I a r c i ~ i n ;oL ~ I ~ ~ ~ s : I - w
i~ cr>iiridal-o liara qiie ar-guisii. Ilarli Portn .\l<.;r,>.
~~~~~~n n t i i i c t n a ni~-oluy;ii> ;i.ncni ao tino e critorio df:
Ili;injo Ribeiro.
Este rmultado 1mrCn1 11bo <.ia do agrado rir aliiiiis cnudi-
!L-lia, l,riii<.ip;~liiiei~tc do 7-iulei:ri, Oiiofrr*.
,\b;riidoiiarido :L rc,roluqh<,. ri,i.:illii;~-;r Iieiitn \I:iiii,rl n Porto
.\legre liam oiidr,. drvin s~agiiii..iri~ujo Hil>i,irn.
Os ii>terr,saados i i t i coiitiiiitni:60 da Iiicln, iiiaiiiii;ir;iiii a H e ~ i t o
(~oiic;ulr<*srjur seii t-iiiiilr) pi.ociimrz~Porto A\lr;:t.r li;lr;! :~prisio-
~ial-o.no (Liie estnrn clr nernrrlo ciiiii o l'rrsidciiti~.
Iiiiiiiip lirsiii,nl d~ Rriiri~l\liiiiiirl. fciril f i ~ iao clietr <la ro-
n l t a acreditar iia lirrtida iiisiiiii;i<$odos iiitri.ps.;;rdos. liiiliolitirii.
<: draactrsda~iierite iiiciiiiihe +L (3iiofi.r de i i g i n r os l>ri.;ios dc:
Lieiito 3Laiioel e obsei.rnr sua, iiitr.iiqi,rs.
Er:i Onofrr iiiiiiiigo iniie<iiosr>d o I-iilrriti: c;iiidillio. r: resol-
r e i i sorl>rehrudel-o.
(>iiarido Brntr, I l n ~ i o a dvsciiidz~dn
l :Irrarrsiarn n (4reii.itnhy iili
iiiol>iiiadai~ieriteatiiciido j,rlri vinlriiti, Oiiofir, e r:iihora estircsir
coiii siias ftircns di~sorcleiiixclasfiirii llir fi,i rtrl,cllir n 0iioti.e rliir*.
tiigiiido incollieu-se eoiii os <lr.ti.iji.<i; de, sua gillitr :L l'orto .Uegl.*.
Dessa eiiriiznst:i:iiiiia sc: >~lu<xcit.arniii os iiitrii,si;irli> lmni rlr
rioio arrast;ir Hetito (:o~icnli.ri :ir> terreiio li^ IILCTR.
.\mujo Ribeiro roiti l>roiiiiido <i.iitiiiieiito viii nisiiii iiiallo-
grirdo seii ~ilarin d r ~>acifir.ny$<i.
Si,. Justo r liiiiii;iiio 1iroviir;ii-;i ryitar a I i TI;LO
iiigiii .i i<~slioiisnl>ilidntlr de ci>iiil>ntera i.t.~.olui:;i<,-t. tz'iii.al>idas
r i ~ r r r ~ i ~ d fi x
i ~s r i ~ nnal iiiridid:rs l i i i i . 'llt: toilmdns <(ti<, Imiiio tr-rii(~r>
dvpoii os I r ~ a l i s t n sdr,iiiinnr;riii ~ i i l'orto i .\lt.=rv.
Por rss<>teliipo foi sorjireliir~idid:i. R proriiicin co iii a demis-
sso d r Irni~,joRibeiro-ohtida do re=oiite ti pedido de Bento
í:onqalres sob l)rr>iiirssn drn ]paeiíiea<;Ao, facto (que pnrect! ter
tieado eoníiriiiado pela discus~~nIiavids~iaCaiiiara doi Deputados.
Xobelloii-se a parte lepiil dn Provincia coiitra o :~ct,o impo-
litico do :.ov<~~~o-t:tão violentos fornmos 1,roti:rtosque Arnujo
Ribeiro foi de iioro rml>osindo no eihrpo do rqii:il fôra dernittido.
Voltaiido a oecupar ;c I'rer;ideiiiia, redobra sriis esforqos e
eiiergi;~e riii Outubro ~ í de . novo n t i i i c m a lucta pela derrota
que Bento 3lanoel inflipr aos revolucionarios al~risioriandoBento
Gonçalves, O~iofre,Corte Roi11 e outros chefes- tnl foi o resul-
tado do eriiiibatr da Farifa.
Foi só deliuia desta batnllra que Creseencio e Xetto aconse-
lhados l>or Oribe que 1brs 1,rnmt:ttia auxilio, e n a presença do
seu rrivindo, que se proelatriou a. Kel~ublieado Yirntiiiini.
O iiiteri,sse de Oribe a Iiistoria nol-o diz, era inutilisar o
apoio que seu rirral Rirera coiitavn. entre 0 3 lrgalista~e sobre-
tudo e111 Bento Illanoel.
Ainda se festejava a estrondosi> ~.ictoria, quando é nova-
nierite rleniittido Araujo Ribeiro, substituido pelo geiieralAntero,
que to~ii:i,riduposse aconselha a Aranjo Kibeiro a retirar-se da
Provincin para rião lhe diffieultar a pncifira@o!
Coi~ieçiiiio itovo Presidí!nte por contrariar a politica de
Araujo Ribeiro, dririittindo os aiiiigoa de Beiito Kanoel dos em-
pregos que oecupavam e tratando-o com pouca eonsidernçâo.
Bi!rito llanoel solicita. drmiss8o do carpo de Commnndante
da fiontrira da Alegrete-onde aetivo e vigilante conservava-se
i'. : -
iiii edindo .L ~ o l t ade iititto e Creseencio que se achavam inter-
na o. no Estado Oritintal, depois das derrotas soRridas.
A1>r~wou-seelntero a accnitar n demisaâo de Bento Bfanoel
ordenando-llie que passasse o coiririiando ao seu substituto, e que
e ~ nAlegrete coni elle iria eonfrreneiar.
Aberta a front,eira pela retirada de Bento Blanoel e de seus
auxiliares -Cresc~ncioe Nrtto vão de novo invadindo a pro-
vineia e reunindo as forças dispersas, sem serrni perturbadas
pelos a~iiigosde Bento Ilanoel.
Deixa o general Antero, Porto Ale.gre e vae percorrer R
campanha-mas ao chegar ao passo de Itapevy U aprisionado
por ordern do tnrrivel caiidilho, que publica um manifesto de-
clarando que asiirn procedera p i r a lirrrar a provincia de um
yessiruo adniinijtrador!
Os revolucionarios exultani-Bento Xanoel representava
para ellrs a victoria! Kedobram de actividnde, ganham o ter-
reno perdido.
Yoro Pr<+sidriiteieiri l>ara o Kio Graiiae -o \l~iieclinlEli-
siaiio - e foi duranae essii fuiiestn i~diniiiistr;i~ão que fieiito 3fa-
iio(3l infligiii ai) exercito Iiiqierial dulurosaderrotn- npodernudo-se
da cidade do Rio Pardo-nl,i.isioiinrido O lioiiiens, toiiiniido
11 peças drt artilharisi, dcpositoi de niuniçõ<?sde guerra e bocca.
- toda L: cavalhada alli retinida!
Hevolt,a-se a opinião 1iiiblie;i rio Xio de Janeiro contra o
goyeriio que se ~ i obrigado u a tLmel- partir para o Sul o niiiiis-
t r o da guerra Sebastião du 12ego.
Alli elic~siido'procura hnriiionisnr asdiçcordias que rc~inavam
e m : ~ l ~ i i i i=i1i1>06
s ruas, antes de , d e r corisi,=uir resu!tndus fa-
o orar eis teve de reciillier-se ao llio de Jitncirn ao receber ano-
tieia da yi~edado miiiisterio do qual fazia parte.
Tal succtlsso foi prorncado pela oplioiição violeritalevantads
contra a r<,grncia-era Feijó aceusndo dt! I,rzrcinl nos iiec~oeios ?
do Sul- retardava a remesia drt f,>rqi~s17aril aqiiella lirovincia,
mas einpregavatodo o esforqo liara debellar a revoluç8o do P a r i .
Dava liberdade a chefes rernlti~rosi~uernltavain a occupar
seus postos de eoinbate rio exercito reliuhliea~~o.
Depois da fuga de 0nofi.r: seguiu-se a de Corte-Real-Bento
Gon~alves,preso na Bahia, de lá ibge o r n r assuniir a Presi-
dencia da Republiea do l'iratiriiiii r! n coininiindo do exercito.
Feijó nao consegue abafar n ol>iniXo publica que oeoiidem-
n a s a por todos esses desastres e religua a ri!~encii?.
Com o novo governo, nova. adiiiiiiistraiáo no Eio Grande -
O marecfial Elisiario é substituido pelo Dr. Sitturniuo de Souaa,
sendo noinrado Commandante das nriiiaso Alnrrrchal \laiio:~l Jorge.
Conseguiria o governo gl;l~~drsresultados se o Presidente
não fosse constantemente contriirindo ein seus pianos pelo Ta-
lente maa aiictoritario Nanocl Jorge.
Assuinirido o coinin:indo do t:sereito republicano Bitnto Gon-
çalves inicia a campanha. eorn riolericia-mas se era adminis-
trador notavel, guerreiro consiimado, tnctico l>revidei~te,falta~,a~n-
lhe outras qualidades para o posto aulireiilo.
Se alle tivesse naqualle ~nornentosopitado o ciunir r o ran-
cor que votava a Bento k1anoel a rex.olução do Rio Grande n&o
se teria fracassado e coiuo a Cisplatina, firmaria siia indepeii-
dencia.
Mas, Bento Gonçalves desde logo começou a desautorar o
seu ernulo, que G forqoso reconhacrr-se iiao era a~iiiiiado por
ambiq0es l>olitiens-soii soldado e ziierreiro-eostii~na~~itelle a
dizer-e se o Presidente da Re1,ubliea tiíesse tido n culiiia pre-
cisa iiho se daria oceaii2o liara que elle de novo 1-iesse auxiliar
o Iinl>erio.
Ik~iitoIIaiioel era ii predilrcto dn 7-ictoria, o ii~iico cnudillin
q u e iiitquella longa h c t n iiuiiea forti batido quer estib-essa :i<>
lado da iiioiiarcliin qiier da 1li:publicn.
Ci>iilireidn a drfeeqhii d r Heiito llniioel, foi ossa facto fes-
tejado liur todii paite oiide doiiiiiiava n legi~lidade.
B n i t o (~oriq;ilrrs eslierariL eiii Viailixo +i. o~,l,ntuiiidnded e
atacar ;L ridndr do Rio Gniiide, que se nch;~r:i. brui foraiticada.
I>iiiiiiraiiidu os reciirsor da revulucqio, resolveu I3ellto Gou-
cnlri:s que Caunb;ii.rn iiivndiiw Saiitn. Ci~t1ial.irin Imni ciiiisrgui~-
uin 1,onto de iiiar.
Uiq>oii rlr i l t iiiarclin entra. (Iti~~abarro iin cidade
de Laxuiin, nbaiidoriildn lielo Coroiiel Vilas Iloii,i..
Iiistalln. ;illi o goveriio reliuhlicalio sepawdr> dr, Rio (:rniide
-da cidade de I,nsiiiia, f~va n eidade .Jiilii~iia-iiias eiirts foi a
diiru@o desse gol-tsriio grnqas ;I eiieigia de Xariatli.
Rrtr,iiind;h L a y i ~ i i n fopa Caiiabxrrii, e este des:istre obriga
liento (+oiiqnli-rs n abartdoiiar Viniiihri p r n se retinir a i i e t t o e
Crrsieireio o que iitio cr>nsrçiie piir t e r sido hiitido Lias i,i:lrgcns
do Taqiiary; obriy;~dode iio\.o a. voltar para ViniiiAo.
Os acoiitreiiiinitoa do Rio detrriiiiiiniii n de~nissiode Satur-
itiiio que i: jubst,ituidi> pelo geiieral i i ~ ~ d O~l>aeitieadoi
.~i~ do Pilré.
4 .zn;ircliin doiiiiiiti.\,n. eiii tudo n 1,;ria. A
pela finqiiez;i da re-
gouei:~.
Oryitiiizn-sr* 1x0 Rio n rrivoliiyLo p ~iroclairia-se a ~llnioiidade
eiii 2:; de .Jiillio de 1840.
Sobt? i ~ o~loder n ,>;irtido que )wuuicweu n ~011w de estado.
Ei:lii.in ;io Rio Gi.*i.tidr ein vez dt? trr>lias I , ~ d i d n slielo G e r i c
i.n1 A~idrea-l,rol,ontas de n~iiiiijtine iiiir riiiissario parn iissi' tirii
-.ilcart.s larl lia do. E s s e lii.ncediiiiaiiti> do ct.iitro irrita n h-
drrn que classifica de iiideceirte o lirocediiiierito do guvenio-
Iletira-se -1iidrea. para ser siibstituido ~,t,loriiiissnrio diir liropos-
t,as de ari~iiistin. o qual l>oiico triiilio del,ois i r s t i ~ ~eiii i i conil~leta
divrrgi.iicii~ coiii Joao Paulo coiii>n;liidarite das nriii;is.
Aclial-n-st! i, liri>\iiicia do Sul aiiarcliiradi~ e tantos e r i o oç
drxacertus do ~ o r r r n uque ~ n i ~ itinia s vez 3 ol>ilti&oI ) ~ b l i s~e i ~
iiiniiifrst;i e o ~,;irtidi>liberal ter<: de ceder o 1,arso ;r" eo~isen~.n-.
dor. Luctus violeiitns sti 1eraiitni.niii 1,or todos os pontos do pai%.
O iiovi, go\-eriio te\-e zirrcwidadr de doiiiiiiiir dunr uedi~ers-n
dt? lIi,,as e n dii 8 : ~ Pniilo-li si> qiiiitido rorisegiiiii restnbelec~!r
n 1'"" I I ~ S S L C~S ~ o n t ofoi
s que l,oiidr eiiil>rr-ar sun actividnde us
Proviiirii~do 8111. Josb Clriiiriite, I\liiiist,ro d e Guerra ilidica o
j>acificadui. a e 3Liiias r S. IJniilo 1,;tr.a P~.eside~ite da Prir\-iiici~e
Cniiiiiiaiidaiit,e das Ariiizis. Eiii No\r<~iiibro de 184.2 assiiiiie Cn-
l i a s o Coiiiiiiaridu do exercitu.
K;L carta 1"". vlle dirigida ao SIiiiistro da Giic.rra, coiii ,L
lionibridnde e iiidel,riideiicia qiie s e r o dist,iiigiiiii, expõe o
estado eiii que riicoiitroii u exercito, manifestando cnnceitr>sdolorosos
relativos ao l>rort~diiiiriitode alg~~iiiisofficiaes siilierinres.

Eis it Cmta :

Tapera do Trillio, 22 de Abril de 1843.

k'i:!a Carta de 1 . Erc." de .idez &lar?", vqjo que 1180 teu,


riiiebido ni quç Ilit: tenho escril~topelo corrrio e por isso fitsso
esta r remetto dentro da rp<t escrevo i~ linha nlolhtr, 13.- ver
se ;ri;iin elie,qa nii seu destiuo r V. Exc." não tem mais 1.i~12o
s~y1'6ringrato ;to sem iiunirro de favores que Ilie dsvo dos
qmaa nunca 1118 I'oderei e;qur!çei.. Ein olitrt~ que escrevi a. V.
Exe." de S. L o u n i y o nira~idei Iiuina noticia bem circoiist:uiciada
do estadi, riii que tinha. encuiitrndo n 1<1erciti>, um iiiornlidade,
estado de cavi~lhadas,iiii!ios dr! traiisl,ortes, aririarneiitos etc.: iiias
çoino V. Esc." iiir dia que i& ~ 1 X . n iecebeo toriiarei de leve n to-
car iiessea objjrçto~. O Esercito Iie eiii g~l.albravo 1)arti~ulal.m.'~
drsde o? soldad<ia ntlir aoi JLajores, elilejiiiir alguns Trii." Cor.'",
j ~ o r e ~on q u s eritiro dalii y." jiiiin. euidio iiiais nos nrui iritereies
(,eniii a i devidas exce<;õeiis) que no 5s?ri,iqn. O esl>irito coliiiner-
einl lio n p i o iiinis doiiiiiia~.iire;11ei)liiiiu v i ~ a i d e i r oreio seorii-
1tnnli:ir o Exerritu qiie iijio tivesse sociedade coiii alpiiin su1,crior
do iii.'"" Ext!rcito, ~iriiieil,iando lielo nosso Bento 3I.e' que rni-
pi.egou rin genems 11.' a c ~ ~ n ~ , a nol ~Exercito,
rn 20 contos de rkis
de sociedade eoni hiiiii nagoeiaiite Jleiides. ,i estada aqui do
Searli.n, diaeni que coiirorreo iiiuito p" o d<!senvol\~iiii.'" deste eu-
>tirito na troliii, I~oisellt: dizem tastava i~itrreisadoroin todos 0 3
fornecedores e coiiiniiiinrios r ~iiih!iraiii~iite fairia estni iritaiiiias.
O estado de ;xriiiairieiitu li< iiieiios iniio; iiiui) o u outro corpo ue-
eecita. de algunias ariiins eiri eoiisi:q~ieiieia. de estarein a3 suas jii
ni.'" velhas, poreiii todos e~tBo nrn~ados E O ~ I superioridade ao
rneiiii:.u que temos a eoiiib:iter. O estado da rebelizo h e deea-
dent,e, e creio rii."" qiie neste i~ireriio os reheldas ficarão redil-
zidus a pequeiias l>nrtidas de ladroims, pois parderâo o irnl,ortaiite
DiIuiiicil>io d'Alegretr de onde lhra vinliio suas eavalliadas, e e u
os rnii ericostaiido I'." O lado de Bngi., de <iiidtt iiiio podem ter
reeiirçni de novos cau."', e uerii eoiisrrvar os 2.5.000 que trou-
cerniii d'Alegrete, e eu tendo o ilIuiiieil>io d',ile,yrrte l>i?liireeta-
guarda, ~>osioreceber re~nontafi de c a ~ a l l ~ a dda~ sli, de Corrien-
tes e do I'arasiinliy I onde já trilho iirnridado ~tiiirsario~, <:
diiilieiroi. Xudr!i de lilaiio coiiro já ~iiiiridt!i dizer a V. Ere."
(aiiid;~creio que d'offirioj, em cnneequeiieia do inoviiii.'" dos re-
beldes r vtaiii iia dirrrc5o de S. Gabriel, aonde deixei 2.000
Loiiietii giinrrlaiido a ha;iipui pezada r srgiii no riinio de S.'"
Aniiiia do ljiyraiii;iiito a toiü:ir a diatiteira aos reheldt!s, afim de
r>; o h r i ~ a r :i liuiii eninhate, ou a migriareiii, e ellci verido
qiit~nece~ni.i:~iii.'eeraiii b:itidos, atravessar&n a linha diriso-
ria ]>.' Ciiiii,i~~>ert, e eeru dum i1liLl~cli~sque forçarão por,
deiit,ro do Eitado Orieiitnl, sr 1)iiaer&i> a huina dist,ariei;~
t;il do iiilsai, Exercito, que iiii~~osrivrl ine foi coritiniiar a peree-
giiil-os, seiii ri-monta de caralios, pois 0 5 que tinlia j i liavião
i,iurcl,lindo 200 Irroas ~ > iprdrc.,cxes,
x e estilo quazi todos cançn-
dns ; driiionti-iiie ent2io J dias sobre a liiilia r mandando 06-
cia<.s coni liartidas ;i" Estado Oriontnl: liude ohtrr iOW botis
cal."' coiii os qiiarts contiiiiio a I,ercr:.uicio dos rebel<!rs. Os
r<-beldes 1,riiido a salvn II.' o 1:~do de Rapé as suas cal-;rlliadas,
e al>roveitaiido-se da distancia ein que eu nre aoliara vierão a
niarihni forçadas at,acar aos 3 liatallioeus 3 bocas do fogo de 6,
e 600 lioiiieni de rav." que eu tiiilia deilado ern S. Gabrirl,
in;~s>nRo se ;mimando a isso, se contentario eiii aproveitar do
desleixo do (:or.'c .Taciritlio Pinto, que eoinrnnndavs esse perito,
roubaiido os c;ivallos, que por iiiiiteis eu havia alii deixado, es-
palhalido os bois dos trniiiportes e mataiido aos poucos soldados,
qiitr 1 ' iiinpwvidencix
~ do C0r.e' os guardara, assini corno a al-
u i u ; ~1xaç11sque
~ despmqas riicoritrario pela Povo,z~Ko de S.
Gabricl. Iito corri q.'" iiada ralha, seiiipre ine mortificou, e
como iiao estou acostn~riado a reveLes iia guerra, fiquei hum
pouco trist(.. Xandei logo siisl>ender do eom.do da Divizno ao
tal rellnxado Corsi e noiiieei liuiii concellio de inrestiyaqão, e
ir8 ao de guerra se houver materia isso, ainda que os pol-
troens do roiicelho Supremo, dissidâ,~ que elle fez seu dever
eoino disziidiram R respeito do Leite.
Bciito 11.e' logo que vio mudada o Ninisteria julgou que eu
tanibeni o seria, n a fóriiia do costume, e vizando o mando do
Exerçilo, principiou a rosnar pela bouea pequeiia, qne e r a d e
opinião de h u c t h o r i d a d r s iin Frov.", e que estava m.'" deseon-
tente lior e u o ii%o ter empresado em cniii.do de algurnn Devi-
%Ao: Ora atlie essa epoca elle r i o tinlia eumpiidn riada do
que tinha. proinetido ao Governo. h'rnhririia deffeecAo tirilia apw
retido nos rebeldes, e por tudo i.iso, e pel;~ falta de confiaiiqx
de que elle gozava rio Exercito, e u não julguei politico ernpre-
galo no eom.do de coiza neiiliuma, nias trnzia-o sempre cornrni-
go, consultaia-o sohre qiialquev niovirrieiito que' ~ ~ r e t r n d i fazera
e darrallie muita consideraq3,o eiii publico afini de Iiir no.< [,oiirr,s
dissiiadiiido algiins ilieffrs que o deterr:ivâo. e iiiuito j i tirilia
ciiiieegiiido q~~aiiclo a saliids de V. l$:c." do i i s t e i o ~ b d a ri1
nieiios o esIiei.aya iiie rei<] drsconet~ríaie dar aiiimo aos i i i ~ r j o -
sos da iniiiha fortiina: 13eiito 3I.e' iiinndoii logo seu filho o I).'
Srhaçtill<i y." a Corte com ordalii de escrever contra iiiiiii e exa-
gerar a caliacidade do Yai, I>.' o conc.1."0 c10 Ewri.ito, aprezen-
taiido a ideia de 2 aiictlioi.i<la,lrs p:irn a Prov.". O que elle
por 18 t,erá feito não sei: V. Ee." qiie l i r s r i iiiellior o s,~bcrá.
Continiioii Bisiito 1I.e' contudo n aroinliaiiliar-inr r, eoiiio ~ i s i e
que n i o acha\-a <:c0 no Exercitu, roiitsa iiiiui tem se repriniido,
in.'" mais depois que t e i e certeza c p e o iioro 3lii1istrrio me iião
era aveszo e que iri."" nelle Iiaviã<i ;il;uii; tâo nieiis ain."'conio
o Snr. Jose Cli,,iiente. E u não riie (lei iiuiieii iinr snl~eiior~e
antes o tratei rrinpre com ;L iii."" nfnhrlidadr r ti.;iiiqiiexx; e isto
o tem desconcertado tanta qiir me consta <pie elle jii diz qiic se
titilia i.in conta dc ni.'" vellinco, Iioreiii que eu em iiiais cio qnc,
rlle tendo metade da siia idadr, e qiit. rstnva disl)osrii a me crin-
t i l l u ~ ia ajudar ern tiido e que 1121) podia iicFar que e u liia
iiiarcliando iiiuito bem &. O caio 116 que vou tiraridn d<,lle todo
o partido. PYo dia 1 6 di.ste rnrz s r mr! aprtmentoii liiiin T.'
Cor.el rebelde de nome Demetrio liiheiro. eoni R 0 lioriieris e 600
car."\oiihados aos int-snios rebeldes. e hiiiiiii veuniio de iiiaii:
de 200 liriilieris, foi effectuada no Xiii?ii:ipio d'A1egrete e Xis-
sororis; lnyo y u r os reht.ldes r!vi~eiinrniii o 1Iiiniciliio. Esl~cvo
tninbein hiirn outro T." C0r.e' corilirciilo por i\in;iral I.'<trrxdor,
que riâo virilia ji, porque int. queria faz~.r Siiiiii rerjisso antes
de r i r . Estes 2 liorneris sao pensoas de Heilta 3l.e' r por isso
logo qiie riie cliegaiam os reuni a elle e addirionando-llii-s iliais
forqa formei Iium corpo ligeiro cnni n qual aiida Berito 1I.e' eiii
delicencia de tomar as cninlliadas doi ~ebeldes. C e i o que te-
nho dado a V. Ex." buma noticia do que por iiqui se t~,iii lia'-
5ado e se iino mais <:ircnnstaiitiada iie isso diq.ido a h!ta de
tt:inl>o qiie de cnrt,o rne iiBo sobra. I:sl)ero que IT.Ec." C U ~ I I O
meu arn." k s s a desfizer por ineio do. joriiaes quiilqii~r intriga
que o tal 11.' Seliasti%" nie teiilia forriiado e que ~ n ~ s ntmsn ~o
saber no meu Ministro a fonte <!ond<,rl!a iimaiia, e o iiiotiio. e
se V. Es." vir (~LIPO (;OICSIIO i a c i l a em me i u i t e n t : ~ r .diFa-llies
qiie me diniittão q.'" antes puis iieliliuiiia iniit;i<le teiiliu d c sii-
liir depois de prrder o conc<<itorin qur nio.uiis iiir2ua ani."' iiie
trnr c que a exista de inuitos risros dc vida trniio alr.ariçndo. Es-
teja V. Ec." certo de que coiii jiistiça iii Irie p<i<irrao notar al-
g i n i erro de ir~teligericia,pois prezo de hcrir wrvir ao 11111~c.ra-
dor e pela iiiiiilis en~idiicta fuctiira pu cl,ntlieeo a ~ i ~ s s n dria a
qual creio que iiio riicoiitrar&o iiiniicli;is. I)i-],<iiilin do seti aili."
que lie <i Ilir sel-i 5e1)11)1<0itgradecidn.
nai:.ic r,l: C a x r . ~ ~ .
PIl3. Qiiaiido V. E.:\." iiie quizei
~r,r~,niirler
iiiaiide a corta a iniiilia
iiiiillier s re~~~vtter.

E~iriiittr;imC z i s i ~ ~os exercito dt.smoraliua<lo pelos riirczea,


l ~ l ; rlonga iiincçR<i r iiidiseil>liiin, tristes rseiiililr>s dnd«s lielos
coiridtes d a aviii;~s-llniioel J o r p c J o i o Pauln.
(Juatra iiwzes dr,puis d<: nssuiiiir i> rriiiiii~aiidu ebtal-a o tksr,r-
cito 1eg;il ~ r ~ a i i i z a deo L: en111~iniih;i eiieet;id;l.

Si n liolitica tortuosa s r a ~ i d nlirlo goveriio ci.iiri81 coiicor;


7t.u l , x a aililnrntar L: guerra iio Sul-n rriiiii;i<i da coiistitiiiiito
~ r ~ n i l i l i e i ~i i~n i i~lidibde
i de ;\l<yrete r.iitko caliitnl da rrliiihlice.
\.eiu iiiostrav i p e n desuniao e a diaenrclia reiii;ivaiii no c;~iiil>o
rrl>uhliiniio.
Dois I>artidos idli SI, deFladiaxniii-i> iiiai:: liodoroso lielo
iiuiiiero <.ra dirigido 1bor Do~uiiigos .Josri de -4I~neid:t-o o~thru
tiiiln ;i run freiite o iiota>-e1 riwgrniideiisc .iiitoiiio Viceiite dt:
Fontoiira.
ilardoi tiiiila\-ai11 os nniruos rjuaiido dari-si, o ss;assiiiato do
xiee Presideiit* da rrlmlulica iliitoiiio l'aulu <Ir Foiitorira, attri-
ùiiido pelo rioleiito Oiiofrr a Briito Ooiiçal\~rs-iireii~aqao iiijustn
por quanto o rn\-alheiribnio reeniihecido d:iquellc: fiilriitr. enbo de
r u e r w o toriinr;i iiicnliaí. de p t i c a r ou ordrniir uni tal neto.
A Ieri:liidnd(, de Onofre occaiionoii o eiic<intro croiii Beiito
Gonçall-e*, r o f?ririi.to de que vt%iun. fallecer dias depois.
Diirllo-dizeiii as rhroiiicas iiioderiias, 1iori.11~os ci>ritpiiiyo-
rarieus driig~inraiii o farto-a luctn de taiiiiiiiços. A linln\rrn-
duello-iiuiien tòi liroiiiiiiciadn iinqurlle teiiipo.
O Baillo de Casins depois dtt organizar o escrrito, enceta a s
operaçors t;irin;iiido duas t.ztensas liiilias-unia do Jaeiilií n t i ;is
llissóes, outra lielas margens das lapúns nt<: L: fronteira, oririi-
tal-e 1eiit;iiiieiite. liais faltava-lhe a cavnllari:~. foi 1>oucoa 11ouco
batendo e xpertniidu o inimigo <: iiripedindo n iiiiicc5o d e siias
fnrqas: e iiifligiiido-llie derrotas riii l'oiielie '17rrdr, Sarand',
r\rruyo Grande. Poron:os.
O nrs;issinato de Foiitoiir;~ a 3 de Ferereiro de 1843, n
morte d e Onofre a 3 de Marco, dividiudo aiiidn iiiaie Iirofundn-
mente os griilios uiostroii nos revolurioiiurios que i120 liodeiiam
l r o l o i i ~ a ra liict;~coin rniita&reiii.
Fructuoso Kirera neniiaellia aos rt.l>iiblie;riii,x <liir liroiiioram
:I ~mcifieaqâoe se. otfrrece linra a11rrarrit;ir a l>roliusra. i~ C n i n s ,
que a i . e l ~ l l e :declnrniido quiir! sii aeceitzxrin n siibiiii.;ai<i iiieo~i-
dieionnl. gnmiitiiido porriii nos rt:rolt,osos a clriiipncia Jiiilierial
t: o rsqtirciiiiriitu do liaseiido.
l'oiieo depois drl>ois reiioraiii-se as proliostas e drstn vez
iniciadas lior -Iritoiiio Cieeiite de Fotrtoura e o Padre l:h:igas,
qiie solieitniii e consegueni dtt Casins sal\-« coiidiietos liarti eoiii
elle be eiitt~iiderriii,
V'ietorioso ljor toda. a parte-tendo a suas ordens uiii vrer-
cito poderoso e diicil,liiiado, affcito as luctas jii eorilieced<ir d a
guerra eql>eeial do iriiiiiigo, eiitt-iidt.ii o Iireelaro hrnzileiro
q u e era chenadi)'n 1non1ellto da griierusidad<.-sem ii~rlereiiciricoiiio
a desyjava o Nareehal Aiidren.
Keeeheiido os ernissarius hraail<-iror~iroiiietteii Casias facilitar
o rotigraqnineiit<~-<cQui~~~to uie teiii çiist;ido coiiciliar o ;iiiiiiio dos
ii<issos patricios, isto é: dacluelles qiir s%o siiieeroa e que telii sido
vivnirieiite ngitndos e saeiididos lie,lns I~ri.fidas i~iriiiiinqiirsd o i
~ i i n l ~ ~ n dqnusr só aiihelaiii snugue: de ietriiiq80 r iiii>rtt.s» (I&-
lavrss d e Foiitoura eiieoiitrnda8 iio seu lirecioeu I)iri.i.ii,.
Afinal estnhelecidns as bust-s c ncceitns lielo Presidente Uo-
mes Jxrdiiii, foi coiivnrada uiiia r.uiiiin diiz priiiriliae; cheft.s
d o m o ~ - i i i i r i i t i i - e s ~ ~ ~ ~ iiessa.
d i ~ ~ doee;isi%o
~) (:<iiiii~s Jardiiii; n riffir:io
ii~baixotra~~scril>to-e que eoirio ~lociiirieiitociiriosisaiino foi pu-
I>liendo n u J ~ ~ r i i ndo l C'ririzn~erciode Portu ,\legre d e 3 de .-Lhril
a r r e i i t e , e cujo e o n l ~ e c i ~ t ~ e ~devo i t o n obsequio<idade do iiosioil-
lustre eo~isoeioDr. Leopoldo de Freitas.
Esse doruiiipnto era i~mor;rdo. Fnaia 1,nrti do ;irel,ivo do
general Cniinhasro e sii agora foi riiroiitrndn ~ieln.; herd<>irosd a
íinada D. Curolin;~Cariixlxirro. r ert;io iriido ~,iiblicndosc0111 o
titulo-Piz1,ei.s tielhris-Ehir ,:espr<w <ln I+~z-iir> joriial n q u e
acii>i.z rii<. referi.

Presideneia, I í Janeiro 184ri.-Cidi~d50 gnipral em chefe do


esereito.-O cidarlno ll+ior diitoiiia Viceiite da. Fontourii elii
s u a çorresl>ondriicia de doac d'este riiez iiie corijiira por rosas
orgão de ir ao Exercito coiii l>rontid&o assistir .i realisa$io d o
tratada de Pnz rlue se agita. entre o Iiiilie~iodo Urnzil I: rst.a
Xel~uhlica,e eoiiicpalito iiie sobreiii vehonirntes desejos d e com-
paiwei. l>essoi~lineiitee111 aeto t ~ asoleitiiie. iiieii actual estado drr
saude, a iniiii liezsr, a vcida: por euja r a ~ n u autorizo o Cidadão
A huminidadr reelaiiiii uiii termo n h n t o i iiinlesl ri%o lio-
drinos ser i~idiffereiites;is riiiiins do iioiso pniz qiir n iiossos
olhos 1,;iieer. drilieuhar-se eni uni profundo abisino.
O gnyrriio Inilrerial coritiiiiin a preteiider siiceuiiihir a re-
yiihlicn do Rio Grande, coni riiiprego da, fforoa urinada: os rrpi1-
hlicarios resistirão c niio ser20 reiicido>: exis a gnerrtt ~ t r o l u ~ i -
nada, cxis iiossos malrs ao iliiiiiito.
Porque não liaveri i i i r i meio de coiitragular«.ino-nos rorn os
brasileiros ?
Sim: e u ronlieço uni q ~ x\-rui . ;i arr n fedrraqao eoiii o Iin-
erio. pois n olriiiiã,o geral dos rel~iil>lirniinsRio (:iandeiiqes, des-
$P o; c l ~ r f e sao ~ ~ l t i m snld:rdo:
O ellei perdeiii a re)iiihlic;r iiias
quereili ein premio da lierdii de siia baiideira a p<.rto de oito
;tiiiios sustentada, unia coiisidcraq;io do r o r e r n o de D. Podro I1
e náo e x i g r i ~ ieoudiqiiea difficris de gre~tt~elier.
trai: inru patririo e aiiiiqo, os dclegndos do Lu~><.rador31ã0
querem dirigir-se no gnrernii ri~l,ublieniio, elles quer<ilii t,ratnr
aos rel,ublieanos como anarc1ii;tas e assim nada consi,~iiir5o.
Si por exemplo o nctiial Preiidente r comnwndante do Exei-
cito Iinperial, se dirigisse ao $n\-t.rrio da ie1~ublicaacharin dis-
posi~õesde paz, e a coeorguiri;~ si.in qurhin da dignidade de
ainhas a s partes.
Coin lirofiindn dor ein iiieu rorasfio rejo coiitiiiuar a devas-
tar-se o ~ioesopniz. mns o qiie tiiaer'!
'rad:i-l?~~qne o actiinl l'resideiitt. Iiiiperiial teiii eoiii~iiiszio-
nado R 11111 1iomr.m seni fk para sr 1103 dirisii.
Hoje por desaffogo a rneii c o r i i r à o vos tenlio dito o mpu
inodo de pensar. Adeus, colitae com o vosso
Aiiiigo e patriciii.
David Caiiabarro.
Csrilpo em Uwreha 10 de 3J;irco de 1843.
Bt<: hoje era farto .~veriguado que o chrfe da revolta Bento
Goiiqalves se olipiiiilia no coii;?.in<;aiiieiito ,yr.i.iil-iiias uii, dos do-
euiiientos encontredoa ilo arciii\-n de Caiinbarro e piiblirndo nu
dia 5 do iiiez corrente iio Rio Grande. veio fiizer drsnparecer ii
duvida-Eis o dociiinento ;it4 hn lioucos diii3 iuedieto

Cidniliío Oriierr~l
Eni ohsei.vaq%o a quanto ordrnais Fui xwsro offieio de 21 de
Jniioiro iiltimo, charnei a Coiisellirm os ofiiciaes siil>ei.iorrs d e for-
$a de nieu iniediato mando 1iar;i eriiitireiii suas o1,iuiÔes sohrt! ;i
traiiaec~iidrlite nepociaqáo eiitaboladn roin o Barao dc Caxins,
Coiiiiiiiiiih7iite t ~ i rhefr!i do Xxercitu lrii[irrinl, e prln acta que
aqui jiiiitrt riiyin vtsreis n iiriaiiiiiie aciirdii dos i ~ ~ t : s i ~ ~ o s .
S o dia 1:: do ceoreeiitts iiiarchei do (:lirisral iir, eiiil~cnliri de
r i i n i p i r x-cassa, urde~ii.del>ois de 1iavt.r tuiiiado as lirc.cioiia inrdi-
d;is a a-rguraiisa dntlurlla Forca, r clirt.;iiido n 3agiiar30
no dia 1!i liuiiia. inoliiiiada eoiistil>ayar>iiir 1,rirnu d c >ros~.o.iiir
>i.niarclin a, esse eanipo, t, ~ r a o ~ ar irili. iiiiiiiil:ir i, cibztdiior~J-
i i ~ ~ eSijares
l dii. Sili-n, rrguiiido ,>?!o Exercito Iiiiliriinl, afim de
ser il~fonl~iidodo lxnito que oeeupnis e rst;ido dn iieguciaqko
I ~ ~ n d e ~ ie110 t c : acaba de represaar \olt>indo <I<i rniiqw d'rstr poi-
aa1ic.r qiii. só apuarda\.ris iiiiiilin cliegtidii, c: srr cate iiiij~ossirc!l
irgniido iir<.u ináii estado rl~!silude.
E' pois de iiiou dever dirigir-vos este liara iiiiiiiilrciar-\-os
qiinnto rerilin de responder e linbiliter-viis coni iiieii rotr, liara
e<~uclusàode t%o api*tecidr>arranjo; iuiiiha ol,iiii$u Siir. (;e~~er*il
Iic. r s e r i aquelln que ndolbte a. iiinioria de iiiriis iriiilios de ar-
18li~s~ seiupre que estria iins mins do justo r do iii,iicsto, e: niii-
d a iiiesiiio, quiiiido rio caso vertilite estes sajrndos <ibjrct,ns dri-
xem de ser obser.i.ados; iieiii lirir isso sertsi calitw de it. rl!:i opor-
iiir, teiidit eii outros iiieins eiii seiiir.lliaiitr~ raso [,ara deixar
i!eaa iiiiiilia boiirn e roiisieiiria. A ~ A zh<% iiidisl,eiio;ii-e1 t j ~ w -
SE, i) liai% nltameiite a rerl;iiiia pois iiifrliziiiciitr 7-irti~iindc
iinssos d<+soeei.tos riada ~ W I I < I Y21 I u P I . ~ coln
~ na II~:IPPS da g:.llrl.iil:
r u ~ e j o ,u ~ a o~ r a d olueu. que h<!jn nâo liodriiios coii3eguir s a n -
tasriib. que r a t , j i o em ariiioiiia roi11 iiossoa s;icrificiou: lior o < ~
trr, n despeito de iiiens iusessiiiiteu eoi,sellios, p e ~ d i d oa nielhur
qnadra de iiegociar-se uiiin eo~ieiliaqiio lionroz;~. Xada ari das
eoiidiqiirs riii que se tenha. ;i 11iz lauradir, r uieiior &,s iiistixc-
~ G e sque roiidii~iiiu Coiriiiiissiunado da Cnrte d i ~Brnail. e srii-
du tiido 1lal.a riiiiii iiiisteriwn iii<. a. b:ilanco n lei>ibrnr-vos que
unia das 111-iineirns coiidici,es d t x e ser o pleno <~sqii<-ciiiieiit« de
t.odos os artos c p e individiial ou colleetivniiieiirr teiiliin prati-
cado os Re1,ublicaiius r a luta; iiio seiido eiii iirnliuiii
cii.an peniiittido a in8tauras%o do lirosaeco nljuni contra e9te.j
iirui ainda liara rrveudic:iqiio d r interesses ~irivadiisTeiido oini-
tido iiiiiiha <il>iiii5o! r - . rcl>ctir-vos a l > a ~ Iie nbsoluta-
iiieute iie<:ess:rria: que, os meios de liroiepuir iin gwerru se rs-
cacriio, o espirito publico t.stS contra qiia1qiit.r idein que tende
a ~ x o l o i ~ g asr:uur sotFriini.ruos, elnsuiticaiido de giierre cal>riroz;i.
L: c u ~ ~ t i n ~ ~ ç .da i L natual; liuiiin coiieiliaq2o lu! si.nil,re pret+ri\.el
aros nmrei dt: uma derrota; n liistoiia antiga. tr iiiodimia i i u s
foriiree iiiil exeiiililos ue iiuo devertios deslwezur.
Coml>eiietrai-voa $esta verdade e eritai r~iiaiito poderdes
os fuiirdos sucessos quo 130 a]>nrrerr se prlii-;lI!,ericiii na hrn-
v n t , ~contra 04 eo11srll,o9 d~ sAn riiriio; leiiil>r;ii-vos <liir 11mitos
que os l,riilinli~iii 1-03 :ibnitdoiinriio iio iiioiiiriito di, lirrisri.
Eii ~ , r r t c ~ ~rsl'ewr
do aqui voisa t~lterior i.i,si,lil<:%o.r SA dr-
pois d'ella I,r,derei iiiovrr-iiie qii:iiido iiiinlia s:iiiili 11rr111itt~. E'
Itort,ndor o Teiiriite Jos6 N;ii.rii« .iiitiiri<.s 1"" <quc~neqwro uiiin
ri:sposta c;itlieporiea d'rstr i~i.si,eio.
Deiii ~ n s
Ejtniieia do Vellii~S r t t o , 22 <lu Frl-crrirn 1S43.

I~ESTO
(;oxr.\r.\ ES SII.YA
.li> eihtd;io David Cniiitbnro, (:~iir.ml <riti rlicfr. do F:s~:rcito.

Llssriit,ndas as bases para :i 1,ncificaçào l>:ii.tiu F'oiitoura l)nl';l


o Rio de Jniirirn, e triido sido vllii3 nccritris lielo iiiinistt:rii~
voltou o rriiissario iio dia 25 de Feyrrriro de 1845 iio
acaliipairicnto dn Cnroliiia il'oiiclie Verde') illiiitriido u ~ i i ; i i i i r r i
;iiitrs pela viçtoria de Briitn \[siiorll fr~riiiir I~iil>lirad;is ais
eondiqòrs da lina-doze artigos-liuirroios ,>ara 05 wvnlucioiinrii>s
e y a m o gownio: que LITU iiii<iiirllr iiiniiiriitii ~>odeiosnI>oi
cstarrrii ;~iiiriquiladns as f<irsas <Ia rrl>iit>lica.
'Pão brilhiiiitr rcsiiltndo nc;iiretnu :to ji>\.t,iii liacifieado~.
areusa(.i>i% do3 illve,josos d r ~11.2gliniil: 11Wo qllrrialll~n~111>ii~lic11dl~r
que na luetn civil o iiieiyt<i I rra iriiii. 1r:uili.irn do rliir
aoldirdo !
.Já lr.eifieara oiitras proviricins, ae;iiiiidi, sciiiltrr n l l l ~ h l l l ~ i
l>oliticn-iiiiiirn l>eriiiittiii irilitil <,tfiisRo d<. inii!?iic-foi splllj>r(~
<~xtrirriniiieiitr:geiirroso coui os ~ c i i r i d o s .
Foi casa prari<lnan de nliiia qpe tfi.a seu iiciiii,. nhi,iiço;ido Iior
aqiirlles qur: rlininam no euiiipriiii<,iito do drver. X:, SI,, l ~ a s s a g < ' i ~ ~
iienhuiii lurt<i-nrnliiiiiia lagririin driraiiiadu rlrl>ois da victori:~.
Qiiaiidu d c k o u a liroviiiria. d o liiri (;~.itild? do Sul: ( ~ cudn 1
clii,fe
-~ dii rrroltn., drsdi: Reiito (>i,iicaly<,s nt? o iiinis liuriiildr
~

cabo, eoiitn\.a i i z i i niiiigo.


Ter-sc-iaiii todos a q i i ~ l l c s Iii,roei iiit<,iii<,r;itoa sn drixnrlo
eori.oinl>er pelo ericed dor:'
I)rl>ois drs8r.s gloriosos acoiiteriiiiciitos ~ioi.duas 7 - r m s dru-iiri*
a \-ictoria eoiiibatí~iidoo e s t ~ n ~ > g r i ~ o .
Pri~rieiro~ fiii 1r.rar a l i b e ~ d a d iaos 1,ovos du Yr;itr. ol>priiiiidi>s
lwlo d ~ a ~ > o t i s ndp
i o Rosas-rserrv<~iiùo erii iiou3;~ Iiirtoriii nqui~lln
=lorioua lingiiia que se ehoiiia lloiit,~ Cas~rou!
S a s r g u n d a x-PZjii alquebrado pelas ino1rsti;is edad<:
prla liotirn e pelo niiror d:i patria, foi lihrrtnr u ~ ~11111 i s
])ovo e vingar duras affroiitau. eiicerrando s ~ i asloriosa r i d a
militnr c ~ i i rris feitoa iiiiiiinrtrirs dr, An?u?+iira i, I.oiiias V;ilentinns.
P<ir tcirla a Imrte se iiiostrou seiii1,)re o nicsiiio-valente,
gerieroso.
, x. 's t e Ilistoiia modeima da Frnrica i i i i i facto rvaridinao.
O l~riiicil>ede Joiiil-illr: a tiwite di: u ~ i i acsquadra roiiduzira
<Ir Saiits IIelriia para F r a n p o s restos niortnes do p u d e
h-a0oIe30.
A L5 de Dezeiubro di, 1640 ljassavn-se 8111 Paris unia scrna
,,,e~,l~~r:l\-el.
Ilr tocloi os pontos da Eurnl,a e do paiz corrim a iiiiilridao
parti assistir ;i iiingiiifirciit<, crriiiionio.
A h tr<il):is da s~~arniq;Lo d a cidade e tod:i a guarda nacional
se aehnvii foriii;rdal parti: r~scoltniido o corpo do Iiiil>ei.iidnr, liaite
forri,nnilo duplas alrts para a l,assngeiii do cnrrci iiiortuario.
O eaixBo vita,\-a eoh<.rto eoui o inanto Iiiil~erinl c junto o
scel'tro <, x coi.Us dc brilliaiitr-s.
O? R6 d<,lrartaiii<,iitos <I;L ,rrniide iiaqiio alli ec achsrani
i.el>res<~ntnrioa coni sua3 haiideimo.
O a iiinrerùiics Oiidiiirit r Xolitor, o aliiiirniite 12oussiii e o
vi.1ho piivrnl Xi,rtinird o ;iiiiigo dedicado que iiciii iia prisão
ahnndoiinrii o heror, rodr!xi.niii o coclie fuiiilcbre, puchado l>orr
16 ear~I1<>& brri~icos.
Quiiiido o carro l>asenTn lior baixo do Arco da Estiella, parou
110s um inou~rnto-sceii;~ iridescril>tircl, suh!iriic apoth<,oso que
a Fraiiqa ilii<.ira trihiitara ai, gmnde Iiii1><,'.:tdor.
Chrpxddo o carro erii frente Hs grndils doi Iiivdidos-36
~ h e i ~ . o sO esquift. I: o c l e ~ orllli eur ri ido
~ ~ o s " ' ~ n t < ~ w ~ l i i i r i rd~scerau1
rect.bcu o corpo liaia coriduail-o ao tuiiiulo t:nr que repousa,
drbaiso d:atluella dourada cul>ula qu<. doiriiria todo Paris.
O Principe de Joiri~.illrs eondueia a ceriinoiiia. d o oribrar
o nraridc: iio templo, Liiiz PLi~lilil~i:, separa-so da sua. eórtr e só,
r a ~ i i i i ~ hniba n i,tlti.ada da iiare-Sire; diso o Principi: de Joinville;
E u i o s ayri-sriito o ciirlm do Iiiiperndor P;a~iol<i%o!-
E u o rrci:ho e ~ i iiiori~e d;i 17roiirn! ri,lioiideu Liiiz Phi,lil~l,r.
iio incio di. urii sil<,iirio sublii!ir i > r o ~ o c a d opor ?usa 6Celia
iiiap<,itosa!
Pot.qiic iiiotiro o deeeend~litr dos reis erl~ulsos p<.ln A p i a
Ciirsa, riiilin cuniyrir o testariie~itod? grande Iiiiiieiadoi, daiido-lhe
8iiiiiptuoi.n turliulo junto i s ioarg<,iis do Si:niia. rio meio do p o ~ o
Srancpz que t;iiito alnzril?
Ti,ria. o iilho de S;Lo Luiz perdoado ao usurliador?
XZo! I'uiz PIirlilil,<~curiil,iia ~ i r i i dnrvr eiiico-c*tahrleein o
elo para prerirler aa glorias du Iiiiyr~riuás da iiioiinrchia-avivavn,-:~~ix-ava
a tradiqio-que como diz Oabricl, G a rn<\rnoria da liuuiariidadr!
Esse fi~cto gra~ldiodo tem alguma analogia coiii a nossa
historia contemporarira,
A eoiiiíiiissio cnearregadn di: erigir iiin iiioniiiiie~ito qne
perpetiiitssc a rneinorin do srniide soldado da nioii:ircliia, s6
conseguiu r e ~ l i z n ro voto iiaeiortnl qu;~iido se a c h n i a estàhelecidn
a Wepublica.
Si n seena nEo foi túo grandiosa ioiiio aqui,lla que descrevi
-tivcinou occasiRo do ver o l'r<,sid<!ntr da n o r a Xrl>ublica, no
meio de lionilia. prest.ar. ;is liojiteiln+yiis ~iiitrinsao st.rvidor
da irioiiarrliia!
Os faetor liistoricos ao relii.<iduar.iii iio dvcorrer dos arculos:
na nossa pntria já se começou n ligar o ,iassado ao lir<simte!
Cabe-tios çontiniiar!

Sao Paulo, %O de Abril d<: 1901.


Revolucão do Rio Grande

REPRODCCÇXO HISTORICA
I1 PARTE

1Ia il1ni6i1.i a ~ t ~ i o~sT I ~ I I <eoiiieeei


IO a org:.;iiiis:w i~iiiaeolli~cc;i,,
(li. niitii,t.;ilili<i.; iiitditor dos h n i i i < ~ i iiiini;notn\~eis
i d<.sto pnia, desde
Ingo fui Iv\.:idii n cniibnyrnr i i e ~ L i di:
.JoiP Cl<,~l~('nt<, 1'ereil.a.
Qeiliiii. l)l.ot'i~~,<l~ eltci~nti)tndits as rr:;.vi que ri~iirryuin olitrr
;iliiiiri scii i~uti,gniplio.l>oi-.roiitzivn iicll<,<,,iicoiitriiriii:~isuiiia Itrov;:
111: ft.rvoriiao z~,lopela caiiiii Iiril>lira o11 i1, iiiaiiifc?;tnqùi, do sinet,tir
iiinor qnc v o t i ~ v i~~I O Siiifeliz<+.
Iles<l(~iiioç<i si~lieiitou-sr Jo.;,: í!li,iii(-~itr cuiiio iiir.:iriqnvel li,-
çt;tdor.
(>iiiiiirlr, Portuzal foi ii,vadirlo por Jiiiiotl nbniirluiiou rllr r>,<
h;iiicos iic;idi.iiiicos ],ara 5- i~liiitiirc01110 v01untnl.i~ C ju~~tian~eiitv
c m i JoiC Iliii,it\iriu fez niliit.lla r:iiiilintilin.
I os fraiicczcs, ncoiiil,arihoii o exercito que inx-xliii
;r H e s l ~ ~ ~ t I-l i sn ~ r v i i ~ ddr,liaixo
o rlns ordens de TYelliii~litoiieoii:.
l>i~t.rii èiii Si~rn=ocn.
Eiii 1Sl.5 veii, Inra o Rrnail nlwe b:uieu di, advogado iii,
Kio, iiotnl>ilis;~~iil<isc dvsdr! I l i ~ l al ~ r o p u g a ~ ~ d n l~rinci~tios
.".
t.i h,,,.n,-<
. ..
Noiiirndi, .Tuia d ~*'<ir>.
: <IaPi.i~i;i(?rand~,,coiiieçou iiessi: e:irxo
:Lrl(.seri\-olver ;I :isroriihi.oii~ actirid:id<: adiiiiriistriitiua i. qui? foi
at& o dia d<, siin ii~orteiiirsl,i~rndi~ iiiiin das faces iiinis brillin~~te,s
du seu priviliiindo talento.
No excrcicio d;l(liirlle cargo lirestou srrriqoi inil~ortaiitesdo
orgaiiisai;%o, ahastriiiiiriitr> de aguih r dcu o risco i 1,;irte da ri-
dadr de Nithrruy.
Yortugal e Brasil coi~tiiiuavarita ser naqu<:llr lre,lodo gol-er-
nados pelos rigorosos Iiriiiciliios do ;ibsolutisiiii>.
S o Rio u Iiiteiidonte &ral da Policia. Paulo Frrnaiidçs T i -
;inna, eiiil>regam aetividndc iissoiiibiosa liara iiii1,edir o desri~vol-
vinirrito d;is idbas libeiães, ~>roliibiiidoo desl,aelio de iiiil>rrssos
i~oliticos ionrçtniido a. liberdade da. iiiiiireris;i. toriiarido-se iieces-
iaria liceiipn sua xtb par;& liriblirsção da annuiieios-liorque se
< e~bci cct ,L~ ~, t .r ~a
< i s s i i i ~ILYO I ~ I ~ D c ~ < ~ P s sq~~ ~ ~c<SI ~~L! [ I I ~ L I (.Z I I . C~ !
I,i~<hllen
Corno il,eeiiiiitii da sua ãcti~idatlevoii l i r o eoguintr nuto-
gxplio-que bciii deiiota o syateiuii goveriiativo da elioclin.
\.lili rr>rarradaiii.'" observari V. 11. 1,nr si e 1101- pessoa de sua
contiariça o Iliisndeiro Esti1lr.r He*l>i~iibol,que reside r,iii S%o
í ~ o ~ r ~ a lia l l o aiios; por que consta xqui que depois das ultiinar
iintieias vindas de Purtugal ello se tetu derlaradu eiri opinioes
l>uliticas coiistitiicioiiaes i. fkw l,rnsr:litos I>clas iiiiiiicncias de sua
coiiversaçho. H i ltreeiso saher q."' o fi.t.qiieiita agora ou seja
d i ~ h iou aqui da cidade, ou seja. IIcs~~aiiliol,Portucucz ou dc

do isto ilie rrconnnenda roiri toda actividado-Rio 29 de


Hbr." de 1820. l'aulo Fernaiides Vixiin;i.
Ti:iido Iioreni n Hesimnha. adoiitado uiim Constitriic%ncom Go-
verrioRrpreieritatii-o, o facto proivcori irioviiiieiito libcrnl noRrino.
Cliegaiidn e;sn iioticia no Brasil, Pnlriiella o unieo ministro
iiotn\vl que Iinvin no Governo. e111 relletidos n ~ e ~ ~ ~ o r i1~mbro11
n<.s
a D. João a eonveiiit~iiciade eiiriar o prineilie D. Pedro n LisbGa.
Xostrai,n o 1irerideiits iiiiliistro qile os Fureriina só coriscgueiii
evitar os effeitns rcroIucioii;irios quando se eollocaiii :I freri'. o
inovintr?iitn para dar direc<;&ocoiiveiiiente e conquistar ii x f f l F f i o
~>o~luliir.
O desl,otiro iiiiiiistro lntniiio Tliuinaz se opl16~3aos rotis<?llios
de P~iliiiel1:~-era 1,ri.riso I<:var-se tudo a frrru e fogo seiii o que
perderia a coroa seti Iiriistigio.
Estes eon~t~lbos irao desagl-adavnln a D. Jono que se ligo rrii.
snnguiiiario e iiioleiito, deimvii-a<< doiiriiiar pelos priiieil,ios do
abeolutisriio ciu que fùria creiidu.
As grxrrdes idbiis rt:rolucioii~irias pnrkiii se di.senroIlaraiii r o n i
a ral~idtiz do raio, r ei>i quanto D. JoXo lia os iiieriiorines e exi-
gia Iiovoa, duniiiiado pala rccoitliecida. iiidocisáo qui, teve eni
todos os iiioiiirntr,s sol<:iiines. a revoliiç8,o ~insiava de Lisboa aos
Açort:~,dos hqores :i aladeira e atrir\-estiando o 0ci.ano irroiiipi;~
no P a r i e na. Baliia!
Por t,oda a liarte jiirnva-se :iiardni iis bi~s<.sda Constituiqâo
Portii&iiezn, lite fossn vot;i.da I,elas Cortes.
Fni i 6 quaiido jh estnra I~i.oUiriaa tormenta que o irreso-
luto nion;arclin assignou o Dcr:reto de 18 de Fe,vereiio de 18.11
-de,te.rrniii2~iido no princilie D. I'edro que seguissa pni-nPortup~l
corno Reyrntr, para o iilri de go\-ernar o reino, reit;ibelrcer n
ordeiii e ouvir as qurixtis dos lirivoa
Era ~ O U : I tarde!
~ Ji h;ivie passado o inoiiieiit,~lisychologico
-1120 mais ir podia dorriinar os ai:<iiitrciiiirntos e o tririporel j i
ru'ia juiito aos paqos reara.
C l i r ~ a:L" Rio a noticia de rluf. Josh CI<>rnrnte reunira o povo
em líaricti e fizt:ra. jurar a Co~tstitui<;io.
Paiilo P'eriiandes Viannn iiitviitn iinpttdir o movirnrnto, fitz
prender alguns dos cliefes niitii erii rvideneia-lioreiii sd consegue
afress;Lr a revolta.
Xo dia 2 5 de Fevereiro 'j~ovnir tropa S P a c h a ~ areunido no
largo do Roeio reclairit~ndoo jurarnrnto da Const,itriiq%o.
Pritiirb:i-se o rei ao receber essa not,icia e pela primeira vez
chaina D. Pedro para o aconsr!lhar.
Obtendo plena liberdade de ai:çio, resolve esbe i r t,er com o
povo revoltado.
O priireiye era Loinrm ta1h:ido para n luct,aiiitrepido e arro-
indo se faz aeoinnairhar rior urti criado e eliecando ao Xoeio-
;~bre earriinho po; entre i miiltid80, sobe ao f:ii.1.aYo do tlieatro
de S&o João e reclamando silr!neio l,er,nniita
A ., qual o motivo da
rei,olta.
Responde-lhe o advogado ~laca,inboalpedindo em nome do
povo para que fosse jurada a ConstituiqZo que se discutia em
Portugal.
&-t?lldo o principe que era iiecessario transigir procura dirigir
o íiniento o que f:i.cilinent.e consegue.
Declara que vai transinittir ao Rei a vont,ade do povo.
Corre no Pago, arrnrien de D. JoBo a promessa de jurar a
Constituiq%o, obriga-o n demittir os ministros que no dizer de
Macaniboa cngariaraiii o Rei, e volta na Rocio para dar conta do
resultado da sua interirenq8o.
hssiiii o Decreto de 26 de Fevereiro revoga o de 18.

Neste teinpo ji se achava JosU Clriiienre intimamente liga,do


a Ledo.
Aiiibos tral>alliavam pela indel>eiidencia-uni prnsarn conse-
guil-a liroinovaiido a rnonarcliia como José Cleinentç, outro pela
reyublien eoirio queria Ledo.
Tendo porem sido liublieado o derrt,to de 28 de Fevcrriro
dando conlii~cimentode ter D. Joao r<.snl\-ido .;~,,.iiii.?
1i:ar;i Por-
t u p l eontbriiie drteriiiiiiara o iiii~iisterio--traiisis~rii~~i
os iliefes
do inoviiiieiito e l i p r a n i s v para impedir a partida. do I'iirieipc.
Comprelie~idiarnque si n%o ficasse iio Brasil uin iireiribro da f i -
inilia real, estaria de novo rreolo~iisado,serinrn retiradas ;is liber-
dades coiiccdidas, doiiiiiiaria o absolutisino c iiiais difficil se ior-
iiaria eiitio a Lidel>eiideiicia.
Keunidos todos pelo iiiteresse comniurn J o s l Cleniente o ho-
inem de ai$%-convoca o Scilndo da Cariiara e vai npresaritar
ao Rei o ~tedidodos povos-a ~irrriianriieia iio Ri« de uiii mem-
bro da thiiiilin real.
D. J o i o repelle o pedido, brusen~iieiiteree~iondea José Cle-
mpnte.
I<neontra-se sua resposta no aviso de i de IIarço de 1821.

B recusa do Rei prnruea a iridiina~ào l>opiilnr. Riwiiidos


os eleitores ]>ara urna elricão 11iirocliinl~se alq,roveitani liara dt:-
ilarar qut! a elles co~iipetiao dir<.ito de desirnar a Coiistituiqào,
e noriirar iniiiistros-E' Ievantird:~ ;i idra dr st, f a w r deseiribnr-
ear o tliesouro l>iiblico, carregado Imra baldo da esqiiadra que
devia eondiizir a faiiiilia real-o afinal surge n idCa de se pro-
liibir a partida do Ryi.
Quatita obseiiridade e contradiçho se erieontrananossa histeria!
Existem oliiriifies \~alioaasque acrt!ditaiii ter sido essa reii-
iiijo I x ~ ~ n ~ \ r1,eIo
i d a Rei, quo sem coragriii de contrariar os iiii-
nistror que deteri,iiriaraiii siia volta para o reino-~irrtr,iidia ver
si por iiirio de urn motiiii co~isegiiia illidir aquella deliberaç&o.
Maa corre t i ~ ~ n b r ncom
i visar de verdade que o pririeepe B.
Pedro riho querriido srrguir pura i'ortup:~l e i.eet.ioso que doini-
nasse o Iiareçer daquelln nssriiihl<:a, foi se ent,e.rider a imito oc-
ciiltaiiiente com o general U:iiila e eoiise~uiu que este. iio dia
s e p i i i t e diasolv<.sse a reuni20 dos eleitores pelo einprego de for-
<;a,o que se realizou.
O rei aterrorizitdo resolr~eiientHo nomear o prinçipe regente
-Decreto de 'i de Ilarqo de 1821.

Os promotoie~da iridependeniia cercam o pi-incilre-f:~lam-


lhe com eritliusiasino dos beneficias da liberdade-t:onduz<'in-no
ás lojas maqaniças e alli recebe as inqiiraçõcs dos bonieiis niais
natavris daquelln epocha-e assim foi se acostummdo a ouvir a
descripção dor rnal~!s produ~idospelo ahsoliitiaiiio.
. T i ir30 ?r;h uiii iiiistrrio u esforço que he e 1 1 e g r liela.
iiidel,eiide~iii;l-n <I; ncoii!c<:iiiieiitiw ~irtreiliitnvi~rii-aeeoiii tal ra-
pidez que qiiaiido D. J r d u VI ;I 2ti de ,Abril de 1821 abaiidorin-
\-a terras do Br:lail, jii se nclia7-a tho ri~iiieiirido da S*[»>L~>L>LC~II
rlnc d<%ii :iquelle iiieiiiorarel cc)liuellio ao ~>riirc~:l>e-«Eur e j o que
breve rstnrù n nr;tail srl>t~i.a<ln de P o i t i ~ g n l . Se o iiùo ~,ii<leres
coiiseryni. ~ : L T ; L ~lliln-g~~nrdn-opara ti.»
E' ~-rrd;irle que D. Joio f u i oárig,.;rdo iiinis tarde a negar o
firito-iii;iz o riot;i\-r1 brnzileiro B1;irquez di! Kezeride, assei.r.i.nu
que t<,~-i!< w i riiiris R com~~l~l~li<,i~<;BO ~ j n r itrnl~ill)ittil-n
~ a <:ortr da.
Lliistriit-(. puis iiiiia vrbrdade liiitoricn.
Ci,iir ai, pnrtidn do rei, red<ihr;iiii de esforqri os brnzileiroi-
Surge o I/ei:ei./,ei.i,> O JuI.II~.I~ I I P teve R gloria de ser o ~,iiiii<>iro
n di.t"c!iidt.r au 11reteri~Gr.ihroeileiras-deaiite <Ias tropas dr, Arilrz,
que peiisiiii ser l ~ o s i \ ~ <rrxiiiorer
*l o l'erigo, l ~ o ~ ~ ~ v oe ni<>\.i-n d ~ i
iiieiito iiiilitnr d r 5 clt, Juiilio ile 1821, liara obrigar u Yrit~cipe
: ijurar n co:i~ritiiiiite e ncceit:ir iiiiia junta de ltore 111i~11lbros
c:nearregnd:~ de assistir os dt,s~iaclios do i i e i? fiscalizar os
~iiiiiiutro*.
Jo,+ Cle~iieiiteeoiisegiic aiiiiullnr os iiitiiitos ile .<vilen fa-
aeiiclo eleger liara t i juiitn ;riiii:os lpai.ticul;lres de D. P i d i n . que
coiitiiiiiou a 1mt.oeedei. i t : riiardniidn it11eii;~s llrotilndo
rancor As ti.ol>li*1iortii;lit:zas e. tio -.<.LI i:iiiiiiiiar~d;i~ite.
K\';io descniisa\-niii as Cortrs, Innçaridn iiião de todiis a3 rio-
Ieiirins 1irrisnr:nii niitda i ~ n ~ ) r dai rst:ljnray$o do Briizil. PTey~eintnito
ordelinlii ao i~iiiii.il>ep:ir;i que fi~sii!r i : ~ j a ririengiiito pela Eiii.oi>a.
S e r r e essa ordciri ,,ara excitar i, paio-rebolve-sr? iiiil~rrlira
parti<la d r D. Peilro.
Eiii <:asa. do ptitriotn JOSEJoaqiiiiii d a Ror!.lui, corre L: iiiulti-
dso Imrn fil.iiinr e . e t : ü s , t!lrviaiido-se ns nssignatiiriis n.
iiiaiu de 8 iiiil riii 1,nucos dia>.
.$ rniiinra desta. Callital <: coiivoenda lielo ouvidor Costa
Cai>-:tllio: e uiiin dirl>iitiiqão a cuja. frente se neliarn Jos4 Borii-
t i r i o linrti. pare o ltio afiiii de eoiiseg~iir qiir i, I'rii~cilii? deso-
l)ed<-çn os drcretos das Cnrttri.
Teiido sidii eritrrgiirs rro St*iiado da Cn~iinra do Rio rt.11re-
srrit;rqùes ~>ol~iilnri.i, Josi: Cleinerite iio <lia 29 d e I)e~eiiihri>,>r"-
l~õ<!l'ar:~ que a cr>~.l>ornq;'oq n r I ~ r ~ b i d ifosse a incoi.l,omila AI,-
13r~xwtnrao liriiiri1,r o l i ~ d i d ol,olmlar.
No dia !I de Jniieiro de 1822, Jos6 (Ilrrneiite aroiiiliniilindo
dc todos os ~ere;r<lores, Irvaiido desfralrlnda n fl;iiiiiiiiilu da Caiiiarn,
ro<lendo dn liol>ulaqao bra~ilt!ir:i r de rellios portuguezes que. jii
se ;~clit~raiii cniii fninilia orpuiiiznda iio liaia ~ n no i Paqo l w a r a
rrpreseeiitas2o dos ~ > O I U S .
Ao eritie+tl~ns ao )>iiilcilisl ~iroiiiiiiiia violetito o c-iit!r;ico
<liacurso. iio qui11 1,:1i1 ~~riiii.iri~ v e z cl;ira e deiassombradaineiite
ftbllzi. ciii a I i ~ , l e ~ i ? i ~ d r , i ~ ~ i I L " .
Ci>iiil>r~lie>id<iiido qiie a stqioraqio o6taj.a tritu qutw se refi-
rniie, qncr ~ B W ~ L . L I L Z Wr~<i> ~"W Bri~bil,1). I'e:lrg ~ ) r n ~ ~ u i lac ime-
o~~
inorarel l>ltrnsi!-uCoinn <: liara lieiii d e todos c felicidade geral
du iiaqiío, estou ~>roiiil>to-l>i:;i. ao povo que firo! »
Corre Jnsr: Cleiiiriite n iililn das jn~iellns do Paio, c: db ço-
rilii~ciiiieiiti :i0 liovo da r:asr>liiqào do pri~icilir. < ~ u eno 111eio dt:
rxtrel,itasa5 arclaiiiii.i;i)cs ri?iii a jniii~lla cniifiuiii:il-:I.
1 2 ~ geral
;~ O ~e=w~i,jo-To&r,> i,ouipi.che~~diilll~ ~ I I C nenhiiina
forqa p d i a iiiaji. iiiil~edirn ir,li;ii.;&y8o do Ilrnail.
0->'iço-era a dnsobediriiria. as <irderis das Cortes-cra a
revoliic.iio <:;qiitaneada I,rlo Priricil>e!
Nhn riii~is drsiariqn JosG Cle~iit.iirr-So dia 13 de Jniieiro
vai 1es;ir a r). Pedio, rili iioiiie do p o l ~ io titulo d e Defensor
l'erpetuo do Xrazil !
.i 23 volta. 11% fiwiite do Seimdo i181 Caiiinra para p d i r a
con\.ociiqún da Crnistituinte Hmzileira !
Corrern os eiiiisrarios as t r e j l>r<iviiicii~s-12io-S. Paulo e
Alinas-ri!riiieii>-sn us esforqos e caçprrn-sc a oecasiùo para torriar
otfiiial o que jzi era uiiiii rea1id;idi..
Ein 31niqo segiin o l,riiiril~eLmra Ninas afiiii dr 1i;~riiioiiixuros
a?iiino-;. h 25 de Abril se ;iclinyn. de volta, e iuexl,eradaiiieiite
comparece ;to Tliiwtro, rcrrbido rniii f~eiietieii.~ ~~itiiiifestasiirs,,elo
1wvo que c u innssa o air>iril,aiilia ilelmis de fiiido o cslietnculo.
dia -(i de Abril o IÍi'.,.ei.h?i.o, o jor11:i dt: Jiedo i: .Ji>sii
C'lrrnriitr I>ublieao ineiiiorxvel-i-ibri11it13 artign.-«Priiir:il>e ! l l n s -
qlirnios o veo dos iiiiuterios ! Xoiii1i;~-sc n iiuve,iii <pie eiicabrc o
sol qut! clere rniar iin espliera brnaileirii !
Foriiie-se o livro que nos dcrt: regt-r solirr as bases ji roi-
116s jiiradnr; P t:ni gmiide po:iil>a s e j ~c o~ n d ~ r ~ ied depositado ~ so-
bre as drlis do Deus di! nosairi Pites. I l i i , diniite do hltissiiiio
q u e t e Iinde ouvir, r l>iiiiir se forc,s trnliidi~r, jura defendel-o 8
quardnl-« n custa. do t r o I>rol,riosnnsiie:
' i i o dosprweç ;L glorii~de s<.rrA n friridndor rle uiii novo
Iinporir> !
Priiicepr- ! As i i n ~ õ t t stodas t v i i i uni iiii>iiiriit,o iiriico, qiie ri;~o
t«rna qiiaiidu esenl,:i, Iiarn <!stnbe!e~e~.e~~i irus ;e~7e1~nos.
O IZubiiicoii ~ > a s ~ « i ~ - s e !
.itr;rz tira o inferno:
.ldiniitr estii o temlilo d i ~Itnlilorti~lidade:
Rrdire sit iiefis B.
Afinal ehexa o iiiiiiiie:iito nriciosaiiielite eel>erndo.
1)rscairii:av~ l'edro jiiiito as iiiary.eiis du 11,-raii:.n quando
\ri, clii,g.:r ;i tod;i lirida i i i i i oficial de iioiiir i?nbizo que t ~ i z i a -
llie do Kiir i;oticiiw iiiil>oil,mii,rseii~iar1;is]it.ia iiey.t.iiti,, que rt:-
coriiiii+,tid::rn ao riiiisiario que deieiiipr~iltiissr >L coiiiiiiisiio eoiu
mssiiiia hrr.ridndel iRo ii~~yortniitt-s einiii os <lcsl>aclios.
L.C 1). Prdrn ris qu.ztrr> 1)ecrrtns d;i. Cortrs, cnnil~rclieiide
qut. rlla. duii,iiiaii<io iiii1ii~vidr.iiieiite riii 1'orliiy.iil queriniii t,el-o
sob sr.u ,iii,co. Revolta-be w u iniigile jurriiil iiii lei. a t : de
I>. .Ju;io (i.Lrinhrn-*e que r.si..i rodrsdo de' uiii liovo que o :Lina-
r a . Prociiia IL;L lil<.n~oriaO lii~ssitdo c' 116.111 11iitis >e !r~ilhrii dib'i
niar'rrii "i, Trjci 711t.rlrixnra ereaiisa-e c6 YC a gloria d e ser
o iiilidndrir de uiu i i r r n Iiiil>erio rlti uiii v 3lundo-r<~8oliito
cliaiiia "3 qiir o cclrcnvaiii da-l1ii.i r i de iiidi-ii:ição
e<~iili<.?iiii<~~it,odos I>ecrr-tos, e R C T ~ L I I P I L I I ~ O R' col.tS? l>lit.tuglle%i~s
qiie trazia i,lrvnii n brado d<.-Ili<lelieiidencin ou l l o r t e !
\!<,lt;iii<li> a t . s t i ~ cidnilr j i se, acliavii aeoiiil,niilin<lo de erior-
inr iiiult,irlRii <luz o rictoririvn-e iitaiw rioite rt.it,bi.ii clie n !>ri-
mieira ar,i,laiii:iq<iii <l,os hrazilr.iros.
.\o riiiiiir iio <..ziiiarott. do JIPqIIPIIO thratro ilo largo de. Pa-
laci<i, qiit. e\isti;i. i::, i!nilr do t<,rreiio eiii qiir se clevit Iloje a
S<.ri.rti~riii .\griciiltur:i-si~1,iu r.rii iii~i dos biiiicos dn I~lat<~.z o
ard<iiiic liiit,riota Coiiryo I)?. 1ldrfi:iiso X a v i r r Fevreira Iior
iiiuitn- yrur.s iwtrt. ti.riirtieos ulil>l;iiiso~ nce1niiioi1-U. Ti-dro,
p r i ~ > ~ r iR!>i
r o do 13r:tsil !
Von ii. noticia jiil>ilosx luira todos os yoiitua, alitrcrdriido xa
prineil>e qiir, a l i de Scitt,iiihro çlrrga ao 1Lio.
Ji hnrin J u s 4 Cli.iiiriite cuiivncado o Senado da Cniiiara e
l>ml1~5toi ara quv fosse o ~ r i i i r i ~necl;iiiiada v Iiiil>rradur do Era-
sil-So diii '21, ni(iirl1a corlioi.n,:Ao dc%sigi.iiao dia 1 2 de Oriibro
para t,er Iiigni. aqnella wl<.iiiiiid;idr.
R<v~lizuii-str rlla no Caitipo de Snrita Aiiiin, coni iriiinciisa
yoililm, sr:ido o discurso <ifirinl]>roiiiinriadn~ieluiiicxiisaiel111~ta-
dor José < I l < l ~ ~ ~ e et t t rhi . ellt j)roln.io q u c n ~ dictou a 3ctn d a
aeclniiiaçho-da qiiiil consia qn? O ~ C S I I L O senhor D. Fedi*
foi acr~lnilindi, irgnl r solriiiiit~:iie~iteprlo Senado da C;iiiii.ra,
I~oiiiiiir;Iioria e iiieiteri.5, ~.~i,vo e tropa dn cidade e Iiroeurndoues
das Ciiiii;~r;;b.

Recnpitiilaiido drniuradaiiiente a liarte liistorica da nossa


Iiidri><:~~deiieia,
e u a fia para reviirer o I>nssado do verierando
1xitri:irelia Joi4 Cleiiiente.
Descrevendo ;~quellelicriodo teiiios descri&,roa l>iiirii.ira l~!t;~se
da vida. dn(~iielleIioineni ~scrl>cioniil.
Forairi ~iiiiibnsos q n r trabalhara~ii liara nossa <m~a~~rij+n?Ao
politica-irias quando ein reinoto futuro a iiistoria descrcrer iia
sua sevtnrn irnpnrcia1id;ide aqni:lles nci>ritrriiiiriit,os elln &r:? as
futuras $(-ra<ü<.ra 1,nrce gloi.i<isn que c o u k n JosG Cleiiiriiti:. e
ao iiiesiiio teiiipi a cruel inirrat,idii> rlc que foi vietiiiia!
Ainda 1,erdiirnvain tios vitstr>s territi~rios da nova iii<iiia~.rlii;~
ai festiis da Iiidelirtridenrix, r iiiu ~ i a v i ocortiuido tristciiieirtr as
oiidns Ir,vaua para trrras do esilio uiii dos pntiiareluis quu iixiis
ardeiitr!irient(: ciiiirorrem liam i~quelle g ~ a u d i o ~aronte~ililento!
o
Lido o iiiimitavel luetadnr Irocurava iia fuga a lihcrd;id<,,
Jnnuario, Kobrepa e outras crain arroiados nos c a l n h o n ? ~ ~ d;is
foitnlezas ;
O facto historico, iião tem precedentes ciin paiz a do
mundo !
-
Eiii 18-4 voltando do esilio, foi Jos6 Clemente noineado
Iiitendente Geral de Policiu.
Nesse cargo assim conio no do ministro que pouco depois
occuliou tornou-se untavel coiiio ~iroverto adiniriistrador. Ahiste-
eeu de agua o 1-30 de Janeiro. Regularizou o snrviqo dos Cor-
roios-Ordenou a l~riirieiraExl>osiqBode Bellas Artes-eol1;ihnrou
no Codiso Criininal.
Krssr doloroso periodr, de graves agit;~qões, teve occ:isi2o
de inostrar que era su1i<irior a quasi todos os da S11R ejloeha-
qurtiidn l'edro 1.' se viu ;rhaiidorindo lvor todor quaritos curvara
ao peso de f ~ o i . < -es disti~iqi>es,foi elle uin dos poueui que EH
conservou a si.ii lado al,tiza.i dr ter visto s r w l r e aeos prc~videli-
teç conselhos d e s p r ~ s a d opelo
~ Inryerador!
Dada a wbdiençâo retirou-sc Jori: Clcineiite da vida liolitiea.
Eiii ltc.?,? ainda se nc1iav:i.l. JosB Clen~enteretirado da vida
publica qimndo trve de abaridniiar o saiidoao retiro a inrtanciaz.
de Evsriçto da. Veiga.
Eiii boa Iiora o fez!
h'eçte terceiro nrriodo de siia vida publica desenvolveu e
realisou obras t i o &andiosni quo iinrirorklisariam sno nome se
nquelles serviqos tivessem sido prestados a qualquer yniz do
mundo que nao fosso o nosio.
Dc 1836 a 1837 toirinu parte nos trabalhos da 1." .Lisem-
béa Provincial do Rio de Janeiro e etn 1838 voltou a Caiiiara
dos Deputados.
A primeira vez que occupou n tribuna. prendeu a atteneào
geral daquella l>leiade brilhante que enttlo surgia.
Jose: Clein(~iiterrn uni oindor liriiiioroso-e ailres de r.ntrar
n a diseusrao polit,ica veio decl;irnr que se arlinrn coiii a precisn
calma. para ;~coiisi~.llinr os ~iartidoa azitndos-al~ri-iidexrn. nnr; sn-
fririient,os-esquecem o l,;iisndo e já 1i:ivi;i jirrd<i;ido nos qiie o
tinliaiii perseguido.
E dizia a. vc+rdnde!
Dtirei coiilirriiiieiito de im precioso aiitogrq,l,o, 1xnv.z e;iFal
do q u ~ ,ello nffiriiiarn.
Poiiro siitrs d e l>ronuirciar a p r l l r discurso desinp~i;irecia
<Ia eiitre os uivos JosG Boiiifi~cio; o grniide!
O paia inteiro ninriifrstou siiieero sriitiiii<,iiti, ~><,ln. iiiorte
riesse tinulista que C ~ I Ctanto lioiirou siia ltntria!
1)iante do scu tuiiiiilo dcsnlilinrecerani os adversario poli-
ticos !
Forn eiitrt,tniito rllt! rltieni 1nvr;~rnriiiiii~iiiinist,ro a iirdeiii
de del>ortaç&odii Jos4 Clrinr-iite eiii Outubro de 182.
1r
leiiios por h;rl>ito rrlrvai. ;is Gnqueaau huniaiins; qnc> s%o ns
iiossn6 l,roprias.
Fillios da E g r r j a ; snheiiios ~ierdoaras offeiisas qiie nos 8x0
fritns. e iiiiiitns vezes n r n i 1111>41110 l)roeurai~lo'ieoiiliceei o iiifelie
qiie doiiiinado i>or i>i.ius initiiirto.il procura n:i 40iiibr;i. denegrir-
110s rolli factos caliii~iniosr>s-iiiai ai iierdonliia3 i i R o toiiios n \ i r -
t u d r de arcliitectsriiios o p;rntlgiriro do6 ~~oiisos l>erseguidorej!
Essa yrnirdi!aa de airiia, e.is.1 i,erfeiq%r> de oeiitinieiitcis si>
p"eiice a l t o ~ n r ~r~~& ~ e l , < - i o ~ ~eu1110
n e s ; e r a i11~«l1t~9ta\-e!l11e11te
Jose Cleinentr Per<~ira. A Iiicta riitrr el!e e .Tosi: Uoriifneio era
l,nlitira, iiiiis ve1ir~iiieritissiiil;i-iin altura das c o n ~ i c ~ ú rdnquel!eh
s
ntliletns.
A p ~ s i i rda iiiiinisada que os se1?,z.rarn, Jus<: Cleirieiite eo-
riin seguiido Gráo Jlestre do (irazide Oriente do Briiail, dei1
co~ilireiiiieiitoa Lqja da riiortn do =raridtt Pnuliitii.
Eis os teriiinn eiii q u r elle 0 fez.

eDesrjxvn lniiqar fliires sobre o tiiiniilo do Giniide


Horiieiii cuja iiieriioriii 8ei.i eterna : inas oiide as collir-
rtai qur* sejain disiias do iliiiipo, c10 Fae, do Iriu.301euja
falta dol<irosnriiexite raq~irnns!
4 Cndrira do Suiiiiiio Sncrrdate d w t e A:. Trnii>lo
coberta de 1,esado luto ! ! !
(Juerii falta nrlla ?' 011 ! dolorosa siiud;idri ! 1loi.i.e~
o Suinirio Sacerdote que presidia aos ti.:lh;illios ~InOrd:.
Siibliiiie ! O EliYlorol>lio distincto que lioiirou o Brazil
dentro do Faia e 11" Extrangeiro ! O Niriiitro ardriitc,
snbio e Yatriota que soube firangear-se O iniejado ti-
t,ulo de P a e da l ' a t ~ i a! O aiiiigo 1:oi. escellrnrin do Se-
iilior D. Pedro I, e coiii Elle 11iiiiirirt;il fiiiidador do
Iiril>erin ! O Tutor vigilante e leal do Herilior D. Pedro
II, e dn suas Augustas Irmãs ! O Siir. Coriaellieiro JosB
Boriifacio de ihidrnda e Hilvs I I I O I ~ F I I ! ! ! 3 l o ~ ~ !e!u!
mas consoleiiio~iios MM:. 11:. , i o e jierten-
cia ;i ii;iturean que i ~ ~ e x o r s v ~r l~ x e e l ~ t ~ uI<li C ~ aC
du1.a
iiingwiii yerdôa: mas seu iioiiie, siis gloria r? virtudes
pertencem i Eteriiidnde. . . . i e ~ i v e i ã o st.iiilire
ate a eonsuinaq3o dos s ~ ~ i i l !o A s terra Ilie seja leve I!>>

Esta7,n. estptrido o ~iass:idn!!


Eiri 18-11 assumiu a pasta. da Ziirrra no gahinntn de 23 do
IInrqo, que como é sabido foi dor irinib gloriosou do Im1wrio.
Facifirou diins Inovinrias, inipediii o drsmnnhiaiiieiito do
territoiio nacional, ~iiiblirouas 1c.i~da ieforiiia do rodigo do Pro-
cesso, e eiifreiitoii a reroliiq:~o do liir> Crrnnde do Sul.
Oa aiitog~apliosque i o i i 1r.r ~ 3 0doriiiiientos drrae jieiiodo
--cartas intimas do ministro da ,guerra ao general ein clic,fe.
Causari;-nos adiniraqao ii leitura drssi,i doeuiiieiitos. Herrcm
l>z~ramostrar o zelo do iiiiniitro. o interrbsr lirl;~ causa yublicti,
;i coiiil>rh,nria erceprioiial d o adiiiinistrii<lor qiie r o n h ~ c i sos nie-
,>ores detalhes e ao qnal niio esc>~ya\.aiiinu iiiai6 p e q ~ ~ e n a s n < -
iiudr.ncias.
Qu;biid<i fiila na direcqho da ~iirwrn,qilaiido aponta ;i3 pro-
i,ideiiiias ou ~irevisôesfútriras dir-ae-hi;~que é R corresl>ondenriii,
dc: uni ieiirral que deixuii o comiiraiido e <que b e dil-ig~:no que
o substitue :
Eis os t r r s preciosos ;iutogral>!in;.

Ex.'"" Sr. 13ar;io de Casiai

Xio 8 d e Novembro d(! l W 2 .

Que rliegasse a essa com feliz riazelii teiii sido os meus


iriais arderites desejos, que tiido mais Iiade ir bein.
A esta data tem sahido j.i pavs Porto Alrzr<. inii ai.~~>arnen-
to eoml>leto com o soii eoinpete~itre<irrtLanir,e rqiiipaiiiento liara
14.000 infarit,eu. e 14.000 cla\-iiias, I\istollas e espadai, t? tr:ibn-
llia-se coni força no eorreilriie: Cartusarne tem t;imbei?i ido iiii-
menso.
Saltiu o 12 com 430 n tantas Iiraqns drr l r c t , e em dix-ersor
navios teni ido mais de 600 para reforqnr os corpos : estou a es-
ijerar do resto do 12, e das 3 eomlianliias do S." e tao depressa
clieg;tieiii os rcriietterei : iio Drliosito esta-se al>rornptando outro
eoiitiiigerite.
Hoii\-e duvidas sobre a licenca do Holipe, .. e não foi l,oisivei
co~i~ed<~l.~se-lbe.
ida d r Bento l l a ~ i o e lfez iriipresa&o desagradavel eIir nl-
F U U I ~ ,gente h&, conviri <liia V. Ex." syja muito discreto n a
niiilirirn de o tl.nti~r,att: que elle 1)nssa f i i ~ e r~ 1 ~ u sne1r v i ~ oquv
llir? di. iioiiie, q u r di: certo Iiadr fazer.
li50 se i,sqiieea de acabar ,;;i coin o Batalltão Prol.." da
Guarda Kaciuiial, iião só para r,-itar i% de~pcpcza iiiutil <L"<? faz,
nias at,: ~ i o rclil<t isso l b e d i ~ i iI I ~ I I I ~e. mobt1.e-s<: decididc contra
or coiit,r:il>;~iidirtiis<: taiiibr~iiinisso ia,rili:ir6 niiiito.
Dig-iiie logo tudo giialbto lieiix~rr R sua C O I L ~ ~ C Ç % Osobre D
c p e ~>o<lrliios i i ~ l ~ e r aai . rrapt2ito da terminaçAo da guerrn : como
foi recebido i. o que pttiisa do espirito em ,geral da inrllior geii-
te dii P r o ~ . ' e do Exrrcitn.

2.' Carta-Rio 1 2 de Drzeriihro de 1842


E s l ~ r a ~ioni
a iniI'acieiici.z iiot,icias suas e as tive tRo sutis-
faetoiies coirio d c ~ e j a u nn a rua rstiimada dc ?>) de. Xorrrnhro :
esta fc~ivista )>«r S. 31. o I.. P i 1;aori;cii.n tri. de roniriiiinir.sr
n \-. Ik." <LII<I o m ~ s n oSPII~IOI. s<: 1Xg11ou dizc.r-Parece que o
Rara" i e triii coiidiizido coin niiiito acerto - Os riirus eollr,qa.i
r s t i o iquliiit,iite s;itisfeitos e o Piiblico riii geral. Qiiaiito a niiri~,
ri, iiit. f'rlicito I;or tt.r achado qiirrn 130 lierfeitainciite nlr en-
tenda, <, t5o yositivnmriite r i I>raticiiiido actos "ile t!ni Avisos
de 31 <Ir I?ezk,nihro d<, 1841 rrciimiut~iideiao Crinde do Rio Par-
do. i: deyois em niiiitns a,iioo. Ci,ritiiiii<: \'. E*." nit cnrreiva cn-
iriitnd;~, nczrhe drsli<~sasque i130 foreiii a1~soliit;iriieiite i~idisprn-
snveiql I>oiili:i f6l.a d:i. Prou.' oiiicini-s qiie deslirndeiii r iinda f'n-
zem, rcduin o Exerrito a Coruii&s, Triierite Coronéis i:Majores
1jai.a o coiniiiando, ~ ~ l : ~ n t i ~ ~ t'r,l.te
~ I ~ a -CsOeI ~ OS altos, e faxa só
justica a todos, faca o que entender iio serirido do que niaiu
'convier, des~inperih?rni fim o seu programma,. que A t:i~tihrill o
meu, econoinin, discil,lina e actiridadr, e p r n poucos iiiezes a
taritos titiilaa d e gloria. jiiiitari o de r~foririador do t.xereito d o
ltio Graiide, e pacificador dcsra Froairieia: tiido e s t i eni ailar-
chia, s i i b r a ~ a sfurtes arriiados d e iiidependrnci:~r jiist,isn liodrni
fxirer nplinrecer n reiiiado da orderii.
l i i o deixou de niortificnr-rne o pequeno nurnero qiln neliou
d e carallos, e estes em m i o estado; P se nfio fora O ~ n u i t oq u e
devo corifiar n a f o q n dos seus recursos e illimitada nctiuidade
devera rom raxjo rrcrxr qiie a lirenriite caiiil~nnliaswia l>erdidil:
e beiii qiir nao seja nriessario eatiu~ulera V. Es."1120 linsao deixar
de ohiervai-llir, que i i n estado riii que t:st&o as eoiis;is n iinico
recurso que resta i. ir procurar os cuvallos oiidr ellrs se nçh6o
com os k~oucos que teillos e Infant<,iia: d e v r t ~ d oter-se 1ior eerto
que as iiiesinns dificuldades rlue t,eiii Iinvido ]>ara obter cavallor,
hão de coiitiriuar eni quanto o Esrrcito ucciiyar a s aetun<islioii-
ç5eu : e se 1'. Ex." 1n~derY ~ X I Ceste C I . quasi illlyossivel n l a i o ~çcra
a gloria que llie resiilrarir dt. qualquer acçio que rrrilia ohtrr
coiitra os rrbeldrs.
Jfuito f o l h ~ e ide saber, iiio sii pia cartn de V. %S." liias
tarriheiii por outras iiif<irilinci>es,que a liida do Xeiito JZaiiuel 11:to
foi +%o inal recrhida eoitio srl,rocr>iiisar~a. : fico certo de qiir riao llie
coiitiari cniiimaiido de arinas, confio iiiuito que rlle I l i ~de lirrsta,r
grandes servisos, r 'i'.Ex." ii%u deixari de rirar dt.lle o niellior
~ ~ a r t i dI>ofi~ivel
n : l ~ n d rIerar ;L i i i t r i ~ a:io canipo rrheldi. e se eou-
seyuir iiestr algiiiiia drferç%o ainda que lierlueria seja ao pririci-
pio o fructo s r r i graude iitiiial. l,or que a l , r i ~ ~ ~ e >-ivti i r : ~ aco811-
~>anliadade outras, o dr.siileiiiii n1ilinrrcnrb e trjdos ou amigos de
Ileiito IIaiinrl caliirão tia drscoiifianca dos Rrbel~les.
'Yovos iriot,iros al>p;irecisiii que iios coiivrneem qne Fructuoso
Rivera está i ~ ~ t i ~ l l a n l r uligado
te ans rehr!des: r ttmlia V. Eu."
por certo. que; se rllr bater O~.ihr+i, lia d r vir auxilial. ristes 1 lielo
menos 4 iiinis semuro cniitar eoiii vite aiollt<?ci1n(~1lto que e u ed-
i
pero : eoiiveiri ~ O L Salirrsiar q ~ ~ a n for t o possivel algu111 goliie forte
nos re.beldrs antes que açluellr se drse~iibaracede O r i b e ~ :ao (;o-
v e i ~ i ociiiiipre enq)reyar 0 3 ~ ~ l t i ~ leisofs0 r ~ o 61>araenvi:tr %: V. Ex.*
o inaior numero dc tropas ~ ~ o s a i r eel , esta d m e r , que eii rnco-
nhryo: h ? lioje para u > i ~ niiinis siigrndo por ~ n eter sido ~ r d e ~ l i l -
do ycir H. li. o I. E alguma eoiisa se farB j>orque o Barão dn
Boa Vista, ji ine escrnx-eii que liia ri~aiidar o hati~llikoE'roviuo-
rio : vou ordttiiar n riiids do 4.'' ~>r!oY n q u e t ~que deve saliir para
o S u l rio dia 15, e tenlio alenl disso reriovado as ordens 1,arn 'i-
goroao reciutam<.nto e W ~ ~ U I Ir Sr i ~ x t n s1x0 cliepiido de todos os
pontos, lirincipalniente dt! São Pualo e 3Iiiias.
Por iim officio do B ~ i ~ n d e i rBit,taneoiirt
o fui infoi?ii:ido de
ue era I,ossirrel orgaiiianr u m batnlliko de .4lleinàes na eo!orii:i.
%r São L<~opoldo,servindo-llie d e caeeo a Companhia de Alie-
mães Eiigajados : eiiteiide-se que deverão 3rr cniitractados : e m -
mine V. Ea." este iie's.ocio, C
e se for I~ratiea\.rl roced da logo a so-
bredita orgiliiizilq%o, ainda que a g m t e riio clit!giie p a m iltn ha-
t a l h k eoinlileto : de-lhe a orpaiii~a(.no q11e julgar corivrniente,
e participe p a liir a alil,rovaç&o.
Qiier V. 1 . : ~ ' iiiais :rririniiic?iiio, P I~iriis?m de11101.a todo cliinnto
deseja, t a n t r ~dc ndariiie 17 c<iiiio dr! 12 e O c < ~ l ~ ~ l > <c>otr~rne tae~ ~: ~ e
r drvo ~>reveiiir:L T. I < : I . ~que \-OU (~iirinr-llie 1WO espingnrdna
frilirririanti~s liaia. alii a<. i~xii<,iinieiitarsr os 1104509 ~oldad<li- s<.
l>odem acostuiuar n fazer boiii i i a n dellns: e t n l r r e ser6 ronyerii-
riitr n i n as eiitri,gar s6 .i ~ i i i iHarallião. iiias dividil-as lior todos.
aviiia~idoroiii ellas uiiin cooq>aiilii:i di. cadn IiaralbSn cuni1iost;i
de gente rscr>lhi<la, qiie nssiiii teiii feito 0 3 higlezi.s, se ell;~s
11rovawn1 beiii l>odcieiiios trr niais, qiie n diffvieiiqa do jireqo <:
1"C,""'".
Quer r;iinbviii V. Ex.'Vqiie 1 ' 4 t e ~alii 1 i liuiii farda-
ioriito roio~>lc~io 1 n ~ nKIW: ii$ii> liaveri falta--hi>n lior<;án I i i j R
prouq>t;~ tr111io l > a ~ > ~ e> ohri~ls s eomjrados parn g i a u d r parte.
r i « cr,ntr.iiil~lo 1x0 ret'erido iiuiiirro n ra\.nllari;i, Iiain a qiiiil
V.Ex." 1ii:iiid:ir:i ;ipi.oiiiiitnr IIPSSP nrse1~:~I 3000f~ird;inicntosi:iirii i>
1mnno qiie coiii o oficiir desta data se 1~1:~lldilithi e ~ ~ i ~ l > r x r .
Pnrecr hoin o iiiodrlo dai lioras laiicaa que V. E:*."iaiiviciii
I,elo Si,, Gnl\-ador e \-ae cuidar-se ria. proiiiptificaq3o dni. que dc-
sc:ja iii;i, 1)arn este traballio i r i dca v a p r : iii;~striii j b a h i as 500
que E r e u ~ " ~ < - t tCc ~hrcvellleilti:
io r(3cc.hei.á 200 que eulmo de Pa-
r;tn;igui iit<: o dia 20 r,oiiio uficii~liiieiite llir criminuiii<~r>.alrni
dns ;~iiti=n.; que o riwrciru devo t e r : r iueeessivaiiieiite sr t';ir:ti>
110\'a3 I'62lll<li?;lS.
Xho lia iio Arseii:il ns clavinns conilii.id;is que pede lmra nti-
mdoies de í'nvallarin, ~ i e t i irllas veiit iii:iis no iriei.e;~do: todavia
threi por iil>~»iiilitnra1giiii.i cc~iitos;tvi~eniidopor c1arinotr.s o i que
tain o l,riti!riro i-egiiiieiito de rarallnrin, P ~na~idnildoencurtar
o1itra.s. Tiilvra Ilie iiosin itiaiidar ntr; "0 ainda rio eoii.eiito iiiez :
cnnio ii<,ssr, ;\~.s(>l~i~l lia a1:iiiiiiis descoiierrtadas, rrnii!tta-ili'as
.
'
1 E x . " roiii brreridnrle r, vnltnrRo luso rorieertadas.
Beiii rstiiiio que r<,dwan o riuiiirro das Rarcns de Vapor, ás
iudis1,e~is:ivt.i~qiie f;iersin i~iuitn desl,esa, iiias deveri cnns<.rvar
ptLlo iiiriios a b-l?iriiii,eirsr, r n ('uitt)ii,sta, oii ;L (;eii.ti7 Conzpistu,
iio raso de qiir! a A,ii,,lin te~ilindt! ialiir dalii: os 13arcor d<. \'a-
1'0r s&utqentí: g01~nmtiv0 nluito in,lm~ti~ntc?, e aiitr,s tciilia V.
Es." de iii:~ia iiiir d r iiieiios.
r <,)o qne 11h0 podc,r?. riitinr r,iii olizraqòt!s antes de J a n e i r o
~ X Y Adau triiilm a q u ~ !n en\-allindx x r rel>oiilin: fr>i ii3o o que
aqui ~jiist~iiiios : Iie r < \ g m que 11i0 adiriittc rxcel>ç;io--ri11 iieriliiiiit
e:iso s~ <li!\-<.aiteciliar a i el,uclin3- : qiiiiize dias nmis que V.
Es."S P dtlnior<*1iai.a aliroiiil,tar rnvallos, ;ichnildo-iior :iiiidneiilDe-
ariiibro, loiigc de atrnrni. ;L cilnq)i<nhi~I dever6 adiantnr nos rr-
sultados. I*:ii, todo o enso iiâo esenlinri a suir y ~ i i c t r n c ã o1 iie-
rrssidade de ol>rrnr de iiii~doque os rebeld<,sii%o ~ e n l i a i i iinvadir
o trviitorir~eoriqiiistndo, pnssando-se para n retagiinrdn coiiio acori-
tecru n Joào Paulo.
Xadit ,,,ais sobre R ~.euniXod~ ,geltte d r s s i ~~>lwiillcia, ~irqiecto
eiii que fttllamos : p n t e seiii dr.scililiiin liarii ~ O I I C Oval<': IIIRS pode
servir ,para. uni gollie de i i i i i ) ; e seiiipre s e r i b<iiii tentar, se \,ir
que d:~hi pode tirar proveito.
(:1,1110 acredito POLICO eiii (iuardas Xacioiiaes si! beiii que its
do Kio Grande se,jaiii urna rxcrl>qhn, n~iiitoestiiiiaria que 6.Es."
I>odrsw elevar a for$* ein doi8 Kegimmtos de C a ~ ; ~ l l n r ide n liiilia,
ei>viniido p t r a elles 09 rt.erutas liidos darliti, e feitos alii quiut! fo-
rem p : ~ r aisso idoiieos : creio que riisto coiicordnriios, e TT. Ex."
f 2 i i . i s r Iiod<lr.
Sili, &
Ilin 1." de Jt~iieirode 1842.
E\."'" Sr. Hailio.
lIoiite,ii riitraii aqui a G e i t t i l Crni,r,iist<r,r: o Torios ris ,S,111-
tos: trasendo a iinl>ortant(, notiria da lrisao do Tohias, aioiiilxi-
itliad:~ da Iiarticil>a~60do 1>eqn,.no w x . r m p e 11055lS anrniaa soffre-
1.201>or s e terem des,>rrsado ;ia ordc-11s do goreriio o eirihora a
perdn piirsica fosse I>eque'ia a in111rr3fio 011101.n1 6 dolorosa: 8 .
Ex." tes bem e111 iiiaudnr resliniisabilisar a Pliclilil>e Ser- : lie
innis iiiii facto que confiriiin a (iliiiiiAn r e ! e e teiii de
IIOUCO li.liz.
SBo p d e respoiidev l,or este vapor a seus oftieins n que fa-
rei l ~ l oI~riiiieiroque ialiir, liara n i o deinorar a rriiiessa das
poucai pr:~çasddo 8." yuct rierniii de Pernaiiibiico.
Cliegoii aqui tariibeili no dia 28 de I > e ~ < ~ i i i bor oBatnlli3o
l'i.orisr>rio de Peniainbuco, q.' trna boa grSnre, eoin $00 prnqas :
r hoiitein e~itrnrniii50 do llnrnnlt2o : coiii vitas, c algiiiias do
Dal>c>sitotsatii de o elcx-ar a 300 l>rnC.is e qii<:ro vr.r se ~ m d e
saliii. ainda rieste i1it.a ~ i a r nL I S S ~P r o ~ i n c i i ~ .
Serundo todas as noticias inal rstaiiios de en\.nlliadn. e isto
me d i z e sobreinsii<,ira, P i l ~ > e ~ l amse anilna a i e ~ . t ~ z 1a qile
V. I<x." saberá venerr iriipossireis, e alguiis cai-nllus I,oderú ar-
~sr>jni.poder principiar com iantagerii as operaçõ~s.
S à o me parcceo bcin ~ U Pri U r i p d e i r o J." Ir." si: reti-
rnssr: do Exercito antcs de V. Ex." a <,llr elitigar, r~xl>orido-on
al,.uiii acantecimeiito d e s a g r n d a ~ e l ~arrijcniido-se asrim n licrder
o iii.'" boiii conceito qne iiiereero durante o seo romriiaiido. qtie
dosc~iii~~enlioiiinui herii drscnrolrrndo iii.'" nccrto e g.ae a c t i ~ i -
dade.
X e ~ t aoccaiiho \%o d i ~ e r s o ssubnltoriioi e Alferes do Coiii-
miss8n a nii~iorparti, delles iioiiirados por V.Ex." elii S. Paulo r.
AIinas: -;iil>!ioiiLii, que todos alii serBo nreeusarios i, boiri s e r i que
teiiliho oeez~~i;io de faser ser\-iqos 1ini.n pndereiii ser coiifiriiiados.
Eiitw elles vae u Cal)."' de Coiiirnis6;io Sabiiiu, que por si
se f a z ri~<r<irniirt~iid;~vvl: ],ode eiiiprr~al-oiio sco osto to, mas não
o cuiiiiderr coiiiii ?laior, qiir? irii~>i,ssiielrerh eoniirmal-o, iiiesmii
rin eapitio: e al>eiias-l)odiri;i s<,i dr.sl~aelindo Caliit:io ~ l o n o r n r i o ;
(:111 nttoiiq.ío aos bons a e r ~ i c r ~do s hI;ir;iiih;i,o se alii fiaesso iiiaii
:ll~~r>.
E 11or e s t i ~oceauião d<, tio\." Ilir reeoiiiiiiçndo qiit! seja parco
r niiiitii ji~sto eiir coiicedcr p r i ~ d i i a c i ,inrsiiio ~~~ rio çaiiipo de bit-
tallia. e iiiic. i' n o E"' riii iiifoi.iiiac:ürs rem inadiiro exame, por-
que te1~11otido o dewiisto d ~ io~,\-ir iiiuitni criisiira~a resl~eito
dt. a l ~ i i i i sdi. S. Paulo e Xliiiaa lior V. Cs." Iiuoilio\-idos: si,: do
diciiies que l i se :wl~:lyan~,que disrru l ~ a v e rsido V, 1~3~:' illu-
dido: O credito de V. Ex." e o riirri fica roiiiproilii~ttido coiii
tarsi nctos, <: i,llrn perdriii todo o iiir~r<~riiiieiito q u a n d i ~si: inulti-
plicão, r liao ;issr~ntro sobre aetos de ralor i.straordiriario.
A i o r a acaba o Goreriio de saber da ~ r a n d e derrota que
soffre<i o <o>ieral Xirera, i, que r>rovnvelinerite liroeurnr;? faser
j i ~ ~ t c i n ,cuin
t os R<~b<!dei:i i i i l ~ o ~ i i e4l l'udrr dar n V. Ex." iiis-
t r ~ ~ ~ ?aicl ~ i ,. ir t ~ d a sso l ~ r co q110 ~ o l t \ - i l . i obrar se tal acoiitcci-
itielito se ~ r e r i f i c a r: inaa e111 t,odo C ~ I IUT ~ C :q~u!V. Exla mar-
clir l>ara O Xxi:rcit,o, se jb lá iiuii ~ s t i r r r ,<, que nl>resse qual-
qnnr c n l p ~ m s s i ~ esobre l uu iii<,sriioi rt!b<~ldrsa estes d i v i d i r ~ i n
i i s suas fni.y;is ~iiandaiidonlpiinins eiii roceorro di, l~ruetuosoKi-
vera e t a 1 i . r ~dahi verilin boa oeca3i:m de procurar cnvitllos nos
lo:nr<,s; i,iid<, srciirido os eontractos foitos pelo Br. Satilrnino
dererii ostal. cu~nliriidos.
Iras tiirir> isto iiAn l>a~sfio de 1eriihr;iiiçn de nrni,co sem qiio
nisto r:ntrc o I\lii>isri.«: e rife iipeni~ílh? ohsel-ra qui: s c eoni
r.ftrito si: sisi. verifir;ir qualquilr jiiticqRo de for<;is reh<~ldescom
as do llivera, V. Ex." se arliari cullocado o111 rirciinstnncias
iiruito rlelicndas, c m que toda se requer n mais reiieetida cnii-
dueta: sendo a re,Fra nada arriscar sim1 a certeza de bom exito de
uina crzndo acq;io ou lii.10 inimns da adqiiisiyso de boa porqão
de eavaIIns; r convir:? que netive suis eorri:slioiidericia com o
gol-errio para qur este pusss deliberar o que niais convier &.

Qiiern ler estas cartas que iiào eram escriptas p." o publico
eztaiin-se diaiite da pureza das iiiteiiyii~se dos clcvados conceitos
riellas m;inifc~stndos.
Ecoiioliiia dos diiilieiros ~iublicr,s-destino a0.i r>iiicin<~sque
drupendiaiir e nada f,tzi:iiii-energia <:i,ritrn os [,od~ri>~<is-,jiisto
para mnn todos-~i~ild~~ro exniiic qii:iiito i ~ spruiiiii<i~i.siro i.;iiiilm
da bntallin liam qn,. uno ficalse ci~iiiproiti<.ttidoo rrrdiro do ~iii-
iiistro e do geii<,ral- t;wr waui os s<,iitiiiieiitos que doiiiiiia,varn
nari"".ll<: servidor da ~ t a t r i a!
Patriota, ~ioliticoniodei.arlo: adriiiiristrridor, Irgisladi>i. prove-
eto, tào podrrosn l>ersmialidnde aiiidit coiiscgiiin iiiil~or-r;eR Fra-
tidat~nacional l>eloç c.riind<,s reiri-iyos que prestou a I ~ u ~ i ~ i u ~ i d a d < ~ .
14:iti boa liora. elit~iii;idri a exerci,r u ca1.l.n d e Provrdor de
Santa Casa <Ir Mesiricordia do Rio. txli~~rov<~itoii-se de snn rilrra-
dn l>osiqXo 1 p r a w e a r e or,<aiiie:ir e i w s nota\-eis est~tbelcciiiirii-
t o s de caridade que taiito nos iirgiillrnin.
NPLn 1mY90 ~1111cluireste ral,ido t.siioco seiii fazer unia ri.i-
vitidicii<;Ao liisturira.
S o Dt.creto ii. e>de 18 de .JiiIlio de 18i1, dei:l:ira o Ini-
lierador-que d<.srjniido ossigiialar n dia d a aiia s a ~ a < ; ; i ncriiii
u i i ~e s t ; ~ ~ r r l r < ~ i i i l d<!
~ i i tliiiblica
o briirfceiici:i-liaviii per hein fiiti-
dar uiii IInspital dritiiiado parn o tratninriitii d~ alietiadria, eorn
a deiioiiii~ia~io dt!-K~~s~iif,~I I). F'~,ii.i>II--qilr fieaii;i aiiiiexo iiu
Hoxllit,;~lde S:iiità Cnsii do I\lisrri<.nrdia, iob Sua lirotrci3o :,I)-
yliciiiido I>ar;L ~>riiicil>io de ciin fui,daq;in u prnduetu da; sutis-
e r i l ~ q ù e q ~ r ~ ~ ~ ~ o 1),01. i s c ( > I ~ I I ~ ~ s Yda? , IPreca
v i d i11111~ > do (;oii,iiiereio
e lxlo 1'1.oredor d n "nbrtdittt Saiirii Car:~.
(Jiirni I r r Iiqje esse decreto liiiblicado a meio aociilo ficarh
eoii\~e~rciclo que :i idkin grandiosa ],artira do graude l~liilantriipu
que se i1i;riiiou J'edro 11.
S ã o f6ra do Iiii1ierador a id4i:i-runs o n o t a ~ e l eniiinietri-
nierito r: idrn excluai\-a d<i Jus6 Clrmriit,e.
Quniido o golpe d~ Estadu da iiiiiii~ridadrelevoii :to tlirono o
jorein Iitilicradorl , j i atpirlla graiidioia idiia estara iiiici;idix a t.111
grande ;ideitlit:iriieiito-i: o beii crixador ji yossuia a s plaiitns o
os orçainrntoa do rniigeitoao rditiciii.
Kns li!jas i~iaçuiiicascniiieçira rlle iiiiiito a l i t a a proniover
os iiieioa que llie psriiiit:issc~iri irliriai 2a idiin 1iuiiiniiir;iri;x.
Si iiii~istarde solicitou a iiit<~rvrii<;iodo jovrili rniiiiareha
o fez como patriota r iiolit,ico-Iiiiitaiido a ltichelicu e a Colbrrt
procura>-a illustrar o inicio de iiin reiiindo e iiitsressar i i n obra
graiidiosa o utiieo que I,odia saiiccioiiau aqiielle iitiyosto que elle
laiiçari iia aoaidrirle / i i i , t i i r i ~ i i > .
O a ~ i t o ~ r x p hque o pniso a ler; illr9m de ser uin docii-
merito prrcioso 6 lima ~ni~nobil p e ~ i tdt: oratoria.
.J<isP Clri~tenteexliaiidc iiclle - suas queixas, sruç int imos
j>('nm~ueiit<is, si:ii inteiixo aiiior, aun iinuiaiisa caridade l>ar:L coiii
os iiifelizes.
Eiii iieiiliiiiii doriiineiito se iióde iiiellior estiidirr a ~iodn~.osa
i~idividualirlndodaqrirlle b:,iioiiiarito coiiio iieste discurso. Basta
iiotnr yur r.lli! ncreditnra iluc os p<~iisniiieiitos qiic eiiiittio fic;iriaiii
sempre rio olvido-a riiiiLca uItral>iissai.iain as e«liiiirnns do Teiii-
jllo ! Fnlln\.a l1ar;i. o tuiiiulo ! !
Foi ti,citndu ein III~I:L f e ~ t nque se ~.ealii.(iliua loja. li~aqiinicii.
dr,iioi,liii;idn Xcgeliernçâo rui 181l!l-t: lior essa iiiesiao d!,cuiiiento
se >v-riíica que n o Gra~idr!Oriente, jB ticirii iliiterioriiii-iite aherto
uiir outro i r l i i ~ c r , pitra. iicllci sirr d~!~,ositndni) obiilo cr~ni o rluiil
i i s iillk»s d i ~~ i u v nconconeriiirn lliira .a.i r~u!i%aqão dityuella obra
riir)iiiiiiieiitnl idr:ida 1,rlos iiiil>ulsos carid<iiiis do mnior niiiigo d ; ~
liuiiianidndr que t<:vc a t t hojr o Brnzil!

.iGI:. do Suli:. .I... rlii T:i:.

.A H:. r,:. R~:=eii<,raqlio,e a todos 11:. l>rrsriit,r.s.


R.: F:. n.:!
(:i.nio 6 i<csl,eitarel, rii;igestoz<i c. aprasivr+l cste lugar !
.\<lui C a inaiisâo da ym;O te~nl>loda rirtii<L~,o ;iiilo d o i
<les\-alidos!
O asilo rliis desrliados, disstt eii ! o11 ! iqiie ritiilo t i n gln-
rimo ! r roiiii, d r v e i,iiclirr-se dr iiobre orgiilho eçtn .A:. T,:. 1'"~
deiida~iieiiteo iii<,recer'?
Q u r ilnl)ol.t&o todos os titiilos de gloria iirstr vale dr! la-
,qriiiins: o qiir s i o I I ~ < , S I ~ Otorlns as virtudes: se caridade riao :11i-
Itnrece n frrnt,c d<-lla$?
F, q~x:1 x a x ~ rlia 1x0 n m d o mais eal>ar.de e i n b ~ i a . ~ aai . aliiia
<It. iiin v<irdn<leii.oin;içoii, sr!in n fitt,igtr, qiie 0 de fiiarr bniii n o i
desrnlidn.i '?
I.>iiihora o Cspiti~ofeliz se eii~ohorbeqnd<. v r r ~~innietad;i.ao
eni.1.o dos seus triui~il,hos a n i ; ~ e s t n d e de ~>odrroaosl>rinccl>rrs
que dt.rrot,ai.a, eiubur:~ o dissi~~>ulitdo dil~loiiinaa se vn~islorie d e
t r r obtido para z sua iiayão v;intajvjnsos trnetndos. devidos ;ias
i~iaii?josde sun xstiieiosa politica, ririhora. o l>hilosr>pliose li~i~tigr*c
d e ter ctcriiinndo s m i\oinc roio a deççohrtn de ii>il>oit,aritess e ~ ~ e -
dos d:b ii:tturea;i: oii coiri n. producq8o de iiovos t,mctadoa subrc
os direit,«s d o Iioniiriri, todo esst! org:.ulLn, essas 1-nidades, eszas
,glorias iiiiircliùn, zthnteiii-se i! dnsal,l>ar~ceindiante d : ~ huinildr
cnridade de iiiii J o 2 o d e Deos, de Vicente Pnula o de Josi. d e
Aiiehieta ! ! !
K i o pareqa extraiiho. lIh1:. CC:. I:. que I:III dia tün iiiu-
;estoso. eiii quanto elo<iiii,iites vozos se teiii levaiitiidii p:~r:i te-
e r r louvoreq heiii merecidos as iiiivas Di;iiidados r otticiars qiir
arabrbilo dt? toriiar açsrntu e expor eiii hoiii tr51çadas ~ x v + d t nr- ?
chitcxtura a s e x c ~ l l n ~ ~ da i n siiossa A:. O:., e u rscollie;s<: 1,or
t r i r a cliairiar r o s s ; ~abte1iq;~ii sobre ;i. l > r a t i c da
~ rliaridndi, : o as-
suuipto E ICiiqoiiieo; p i s qne a rhzrridnde G o rerdi~deirof i i i i ; d a
iristitiii~tiod ; ~Or:. Siihliiiie : r> iuais Ilrolwio do dia I?or que a
iIiarida<lr G i> tiinbr<: que caracteriia n A:. I,:. I(e;eiii.rn~iin,
n in;ris heiri escolhido Imrtarito para terr.1 os ~iici>iiiiris de s t a s
zelosos operarios; i. taiiibrin u iiiais eoiiyi.iiito eoiii <,i iiiciis iin-
turncs seiitiinriit,ns, que, dc uiim graiide lisi0 di> iiiiiiido, teill <:o-
Ihido riii resiiltad,, n coiivicy&o dt! que sú lia. r r r d n d c i r ; ~ coiiiíi-
I:iç;Lo iios aetus de heneficinncia a. desr;ilidns.
E coiiio iiio i7seoiiierin ru coiii 1u"ferriicia r s t r ns51llll~itoteli-
do de dirigir-me a. I I:. 'pie proffebsRo sriit,iiiiriiitos i ~ u a e s aos
meus arhiaiido-ine no reeintho da A . L:. 1tr~griieraç;io que
t ~ i i r1)"' tiiribuo ;L lirntirn h, rhzrirl;i<le vcrrtadciro asilo de dca-

.
vnlidos '?
.'
>i 21lgumni diividi~dpçt;i verdade coiiiiiulsi! as nct:is d.15
suas st.ssí>rs e alii ;~cliarái ~ i i i lextriisn liata dt! desviilidos ]por
ella charitatiraiiir*~~te~ soccnrrirlni !
Blns que:) S e r i ;i:c:iso <-st:i verd:ide por alguiii de vos dtha-
eoiihecids ?'
Vói iiiesiiro, C C:.: 11:. que me 11onrxei coiii t;~o heiii;iia
atttriiqiu, todos, iiu pelo iiierini a. iiiaior parte, nùo l>reseiirt~aste.;
liaveri uiii : L ~ L I L Oein, dia ig11a1 no d r Lio,jc, i> iiohrr eiitiiiisiaiiiio;
n nrdcnte zelo de charidadr coin rliitT esta. R:. L:. rototi, aju-
~ l a d ndos vosso9 suffrayios. 1oiivort.s vos aejniii dados: uiii ~:ili(isi>
soccorro, siilrerior ris suas forças, iiias iiiuito abaixo dos seus, de-
sejos, a. beneficio dos infrliars drsualidui da Ralii;i, v i e t i i i i ; ~ ~da
b i i n l<.;~ldade i i s institui<ijrs do P:iirr t! a,, Trono do iioiso ;tdo-
rndo Sobc,ritii~?E eiiibnrn fuasi, vila s<x;iiidn por sii:is queridas
Iruias, iiao ihs mbri :L gloria d r ti,r sido it liriiiieim i>ui IIie dar
o exriiil>!o ?
Dirigiudo-iiir agora euiii <.apeeinlidade i vús, digiios rjpein-
rios d e l t i Triiil~lo;;L cujo quadro iiir vaiiglorio do iiertiwcer,
lmrmitti que e u v09 eoii\.id<, 11ara uul 1 1 0 ~aeto ~ de beiieficrii-
eia, sul,r.riur iio valor do itirrt-ciiiieiito lie!n grniidrza do objeeto
:i que se dirige n todos os que triidei a t r hoje I>rnticndo~ e qiir!
t o r n a r i i~n~nol.tal a n~rillol.ia da ftlsiiri<l;idr que 1in.jr euiii taiito
jubiliii crlehrninos.
Eiii todo o iiiiiiido cirilisadn se triii erendu iiiilos nd<.quad<is
para trntailitn~to do3 iiiiir,ro; aliriincli>s : riltir 116s n de5gras:i dn
De 1838 até o dia 10 de IIarqo de 1854 ein i p ~ e falleceu
esteve José Clnniente no esercicin effectivo de cargo de P r o v e
dor da Santa Casa de Hesericordia-e esse periodn relativamente
pequeno-16 arinos apenas-&i-llie ~ufficientepara realizar gran-
diosos emprehendimentos-retbr~~iou a adininistia@o da. S.'" Casa
o que^ concorreu p r a augmentar aiinualruerite o patriinoiiio da
Irmandade. Organizou o Cerniterio do Ca.jii, pelo horror que lhe
cansava o enterramento das valas da ineçiricordia. Erigiii o Hos-
~ i t a lda Yrnia de Santa Luaia. sraiidio~oedificio aue nos causa
orgulho. Fez construir nova casa para os expostos-Xeliiorou o
reco1)iimento dos Ornliarns e construiu o Hosr~icio de .tlienados
d e Pedro 2P !
Nesse mesmo periodo de 1838 ii 34 foi iniiiistro em peiiodo
difficil, teve de trabalhar para a I,acificaqio de duas provincias,
legislou, collaborou e iiiçliiroii os riossos codigou, a Tri-
bunaes e ainda lhe sobrava tem110 para dui~syeses por seliiana,
vestir sua farda de Sevador constellada de horirosisaimas condeco-
raqões riaeioriaes e extra-ai~geirds-~>aliieohril-a com a humilde 6pa
da Irmandade da kIeairicordia-e de cabeça desobarta e de aacola
ern punho, lá hia fazer visita seniaiial aos bancos e as grandes
casas commerciaes-recebendo por toda a parte de nacionaes e es-
trangeiros juntamente com o "bulo da caridade as ~iiaioresde-
monstrações de respeito de todos quantos adiiuravam os supremos
esforçou que empregava para melliorar a sorte dos iiifelises.
E m um paiz e em uma Eyocha na qual estava-se acostu-
mado a presenciar todos os dias a mudança de nomes proprios
para titulos nobiliarchicos, toma-ao n o t a v ~ l não ter sido 5030
Clemente contemplada nas graças iliiperiae.j ate aos 62 nnnos d e
edade e depois de 40 annos de aerriços excepcionaes e inimi-
taveis.
E' sahido que eUe era urn Iiomc!n~ chão, despido de todas
as vaidades humanas, e que sempre se recusara acceitar dos go-
vernas titulos, muitas vezes offerncidos.
Houve porem um momento e111 que elle foi obrigado a de-
clarar que acceitava um titulo nobiliarchieo.
O Imperador, para satisfamr os iinpulsos do seu coraç3o bem
conformado tinha por costume praticar actos de caridade em fa-
vor dos infelizesl quando n Egreja solemniaava os grandes dins
d e Sexta-feira Santa e de Passos.
No anno de 1834. conjuiictamente com o perdão que sem-
pre concedia aos desgra<;ados. reso1vr:u dar uma gra~idedeirioiis-
tração de nffecto a quem tmito il1ust.riii-a seu reinado.
Diiií dins antes da festa de Pa~sou,ordenou i um dos seus
semaiiarios, pessoa depois intimamente ligada a quem voa fala,
qiiefosse lticírtiiir a Jnsi! Çleiiierite qiie deseja\-a agracial-o [>o?
occ:isi%o daqiielle fc!sta. ioiiio pro\-a de aliiisad<i c 1 > ~ liiiuito o que
já havia feito i~el<>s iiifrlioes. Oferecia-lhe ic Gruii Criiz de S.
S. Jesus Chriato, ou o titiilo do Coiidr, ii siia escolha.
Reecb<,iido riii seu eaciilitoriii o eriviado do Iiiil>r:i.;drir, qlie
era iini iiiiiigo, ii&o rsperavn siir a01.~)rch~ndido 1 x 1 ;~qui~lla
~ prova
&I aiiiisade iiii(>i*rial.
Levitiiroii-sf, ag.itndisuinio e di!poir d e ~mssenrnlgiiiii iiioiiie~iros
pelo ejcril>torinl InLrqu eiii frcntr do eiiiissnrii> d<i Iiiil>erador, e
quando Ieraiitou ;i frorite que ratizervaril ciirrad:~,eutirva com o s
p a i i d e s olhoj iiieizos iiinrejadoj de: Ingriiiias.
I > i g ; ~tio Iiii1,ei;idor que 34 l>rofiiiido rcsli<,ito r ;~iiiisadeqiir
tributo ;L sii;i ~iesson,deteriuiii:%iii-1iie n nccvitar ii honrosa dis-
tili<;uo-Eii i i i o a l~>dr+ria reeiis+ir!
>Ias o que dcvn e~collier.
Si fosse a t t ~ i l d r rao 1ncu org.iilbo cu i~cceitariaa C+ri%uCruz
d e '\T. S. Jeuris Cliristo. distiiicciio aiie aú te111cabido a iiriiicii>es
A

r I~ii~~fi~ntes.
Mas < I ~ ~ e ~ . S. r n 3I.
d ~ distinpii-ule pelos S R T \ . ~ < O S q11e pres-
t c i a liiii,iniiidade, dr!jro Ii,iiibrar-iiie que rssra serviyos i ~ d oper-
tenceiii só ;L ~niiii.Eu ~ x aclieio d e bun voritnde, iiini liobro de
rcciirsos. Tiido qu;iiito iit foi ir<iiii o diriliriro della. ( e apuiitava
p > ~ r oa rctrato da f u t u r i ~Çoitdessa da Piedade), foi t.lln quiiirin inr
;tbriii a bo!sn, . <iiin . corrriu diaiite do iiieus dearios. "
L
oiie iiie ani-
iriaviL, que iiiit iiir:.irit\-n n eiiil,rehelider nbrtis aeiiiia de iiiiiihtis
forças !
Coriio lioderrbi hoje receber iiins gr:lqa rpie ii5n possa re-
part,ir c.o~n~ l ?' h ~
Vii! Dioa ao I ~ i i ~ i e r a d o<rl i i e a ~ ' e e i t o titiilo de Conde, ;i
sua escolha.
F o i xraiide o coiitriitniiirnto do Iinl~erador yii;~iido o Vis-
conde de Itniiiin, seli iiiedico dtn-lhe corita da siin roiif<-raiiein
coiii o beiieiiii:rito I'rovedor de Sarit;c Casa d e llisericordia.
lias facto i i o t a v ~ !l A Magestade Divina i120 quiz ceder o
I>ILSSS'> 6 i i ~ n ~ e a t a dterrestre-doi+
e dias delinis, p a i i d o 3osi: Clt!.
mente aeiibava de carregar o l,nllio, cnliia fuliiiiiiado pela iiiorte
do justo!
NZr, quiz n Providencii~ qiie iin fiin de seus dias o vene-
iaiido servidor d a p i ~ t r i ae da buiiiaiiidade brocasse o iioiiie cpo
illustrava, 1,or outro que iiecesuaiiariieiite havia. de illustrar.
A noticia iiiesl>rrad;i. da iiiorte desse grniidc hiin~niiitnrio
ecliooii tristeiiieiite iia canital do Rio de J:,neiro. ~~~

Becnbsiidr~ic iiotieia o I,iil,erador seiitoii-se jiiiito a. uina Se-


cretaria e iilio conseguiu eoiiil>riniir lagrinias iibundaiites! - *foi
a u u i i i ~vez que o vi nisiin chorar», disse-iiie rli1eni o acoinpa-
rll~oll 1)"~. 1lllliro8 illliloo e esteve l>resriltt?eiii llioiiiriitos de grriiid<!~
dores.
Depois: rxtreiii;iiiieiite nervoso toiiiou i i i i i n fnllia. de ~napelH
risrr~iidoe alteraido redigi11 o Ilecreto de dr de
184.5-oi.derialido a scn~ iiiordoiiio que iiiandasse collocar i sua
cujta o bust,o do Jost: (:le~nente e111 íi.eiite ao seu n a snlla de
lioiisii do Hospieio de Alienados: coiicliiiiido entregou a iiiiiiutn
,>ara ser l>iesellte no niordoiiio.
Pouco depois aruipnava o Decreto, gunrdaiido o Viseoiide de
Ituira o I,rrcioso iiiltoFralihn.
.itr liojel jti estd dt.corrido meio seculo que .Tos6 Cletiiente
baixuit ao tiiiiiuln. r sú O Il~~pel.itdol. tl.ibutou leinbraiica dum-
douia a iiieiiioria daqiielle penio do beiii!
Cuiiipriu o aeu dever, iiins a. iiixq5o aiiida <.*ti e111 divida eoiii
o ninis iiotnuel e dedicado servidor que teve ;i lmtria!
Sixti~fzxriella ;ilgiiiii dia o seu debito '?
Festas tradicionaes

hlE\lOllJA I.II>A 10 ISSTITCTO JILSTORICO UEOCIIAPHICO DE S. PAC1.0


r ~ 1 . os o c ~ o~ o l or.4xrlrÉ

Algo ti.iii sempre de e interessante rsciirslies pelos


serenos e eiieitntiidos dominios dos costuiues e Irlidas pol~ulares,
resist,ent,es reliquias de Gpoclias malgainadas por processos socinas
e et,liiiicos que se traiistbrriiarani, iio embate e iio t,ranseorrer das
civibzaqíiee.
Surproheiidr,~o povo lireeisairiente nnquillo que elle te.rn de
mai3 vasto. de iiiais ale,-antado, de mais oririiial-as
.. fvstas tr+
dicionaes, é, sein contostaq$o, de grande e elevado interesse mo-
ral e esthetico.
Si eii fosso poeta, ~i algiirii dia pudesse tomar as vestes
talarri da arte ynra officiur, cdificaria um gracioso tt:mplo do
niiiilia adoração, espoeie de Kaabs, oride o S'n!n,ae~-i5'a1ze~~ri~in do
meu culto sr,ria este iriixto de iinaçina~ão,~ e n t i ~ n r n teo srtl!, em
que se drsriiliarii e colorem de nffectos apaisonados e em
que se esbatrm, em doeea e suaves rrvorbcros, os ii~~,stieosim-
pulsos do coração.. .
A eroluçào retrospectiva em toino dessas edades inunda: alaga
os espiritos de clarões inrslierados. P\TeIlns o honirni t.eteiiil>era a
alma e reabra os olhos para a grande natureza, i. <: eiitào que
rlle a q q a e fortalece o seu ser, n a p.?ll>itnçao drssas encrgias
r:sparin;, rreonstnietoras do mundo inoral, que aeodein pelo nonie
de amor: paiz80, eiitliusiaenio, desinteresse e arte.
Parece, ~mtretanto.jd nBo pi~ssriiiiios ~iatria.a citpitolio uiide
pendiirar em votivas oblaqões os loiros dni nrissas lendas earoavcis.
Coufrimge-iiie deveras a aliiia <,aguardar a ~iatria, idolo de
tantas blmdicias, fmcto de tantos sacritieios, ol,,ji~cro de taiitos
cuidados: rnotirns de tantas duvidas e tantas eal>oraiieas,rstioladas
em lai7.o~ dr: puiuyexitissinin ariiarguia. Ella qiir j i se garniu de
louqariiar flores em 4poclias q u t nai, 7.20 lorige!
Sivcsse eu a sorte do mrrgidhador de Srliiller, e 16 me ia
buscar RS t u a ge~urnasyic~iosase i n e s f i i n a ~ - ~ i s !
Esliiritna menos ciosos das nossa- tradiqíies aveibai-iii<Go de
idealista. Mas que i!o ideal siiiãn ;i lirol>ria realid;idr considr-
rada em si; ahitraccâo feita de siiiia iri>pri.feiqiii,s'?
;lssirn jii o doiitrinarn iiin dos iircciirsorrs daesrhola racio-
nalista, o divino YlatRo (1).
Só o suhjeetivn é suhlimr. Onde 12xiste o sublinie ahi reside
o id<,al.-O ideal é est,e imrnrriso Cosinos rui que habitamos. Ve:
mol-o em tudo e por toda a part,:: no concerta harrnonieo das
constell;içúes, no raio que chaniriieja no horisonte, ri8 crista alrn-
rieirn da serra. iia pujante ubrrdade verctativa dos tropicos, no
eseac1io;ir rteriio das 17agas, nas linlias de que se forma a ave
do p;~raiso e nos graciosos rrcortcs de unia fldr.
Os astros que brilliam~o raio qiir fusi1;i; o mar que brame,
a montanha que dirisa: a vt!g~taqio ~ I I I ! embalsama, n are, que
gargeia, a flôr que iiiebria, tudo isto 4 o ideal, porque o ideal
é a realidade !
Que mysteriosa, que irrevrlavel consonaneia piitre o Cosnlos
r. o ideal, rmtre o eq'irito e a n,t,reza, P I I ~ T C a iintureza e a
y~ychologin!
?<(Jurerquisita, que ~ i i r ~ i r e l i r ~ i d r ~
hariiioiiia
ntv <.ntra n iriiiiid<i
interior e o iriurido rsterior: ~.iiti.en ~?sphri.ado cvrebro r. a ei-
phera do horisonte, o brillio da idba e o hrilho dos astros, a syiii-
pathia e a attracq%ol o c~rithiisinsmoe o iiiol-irnriito, aa 1iaixk:s c
o forro. os prantos e as cLiivasl a2 dòrcs e os torinriitoa, o fliiidu
vital que deriva yeloi nervos c o fluido elrctrico que seil>enteia
lwlas iiuveris !a
E riii tiirlo i>fo, ria tela naiil <I<><,sli:ico. ii:i aiirorn briienl,
iia h l u i d n rniig<,st..lo do sol ~io<,iit<,, iio sussurro da c;i;r:ita. no
rliytliiiro dos iiltiiiios i.;iiitoi dos passaroi, iio hastidrx d ; ~r c l v ; ~
l ~ o ~ ~ t u nddr ; iiiatizea.
~ iia synili:!tltiea traiiquillidnde das ci!isas, ni>
eiicaiito iiiil,r~iietraveldas leiidai, roiiio qu<, :i r~iiticiiicstia~sp uuia
li;riuioiiin. 11111 dcirr, coiiiiiihio oridc s<, ri,rr:rt;i i>i.:iin siiblioio do
bello.
Luz, calor, eleetricidade. idCn, ~,ciiiniiir~i>to iiho si~riaiiimaia
do que ai!,ectos dc uiiin nicsin;i forca, <.iii:iii:iç*<,s dri uiu;, ~ i i i ~ r i i i u
substaticiii. ~>ai.ti<.ulasindrstructircis da graiidc aliiia. errs:idnra,
uiii~-ers:rl r i.tr.riin, giie lmje 'r e o ~ ~ e ~ <1~11111R e t a fill-lllr~ ~ u a t ~ i i a8 l
tra~isituria~ iiiai yiio 10'0 s r siilitiliz:i e t ~ . o l a liam iiovos r iriyi-
teriosos d<istil~ou:ri111! 110 c<:<> I', ilbtr<l q11c I,:, tt.riil (: ~ ~ O L ~ I C ~ I ;
riur cni Jrsiis 4 a l>ieclodr e que G n traiyrio riii ,Judaa, r qui:
tanto sciiitilla ~ i oelurAo (Ir i i i i i n . (,str~.lla,coiiio iia iiir],imç&o d e
uni l~oetn. .\iiini, odio, liia, c:al<ir;c:iiitii i, l>rrfiiiiii~,tiido xiiiil,ics
iiiod;~lidadr;. fiiriiias t. i a s tr;iiiaiforiai, coiideiis;iyi>(,s e
r ~ , ~ a ~ ~ a <deG ei is~ ns6 c: ~~,c.sn~o $ 1 ~ . l~'li~i<ln
l ~ n i v < * r s t11~1ttx
aI~ u ~ a t e ~ ,
snbstai~cix~ t c ~ nP aun:~!
Eis ayiii l>orqiir riii Estliriica e u adnlito a drfiiii<:%o do Bcllo
nssirii iiiriiiiiiaila. llor S. '~lioiiiaa d r ~iqiliiio:I?es],/ri!r/~i!cinJi,rni.rr
s i i p w partrs ?iinte<,iw ~,t.r,],rirt,'uiiotnr, L-r/ aiiliri. <liiii~.sc!s liir,e.s z r l
< ~ e t j , , , ~ c $O
: Hello C u eslilriidiii euriiiiiuiiie;idr> lwia iiirriizi ás di-
\.<mas pr1t.s da iiiat<.ria, oii ;i \-nrios priiiciiiioi, n \-ni.ini acii,es
liarii~oiiicaiiietiteiiiiidas eiii i i t i i iriesino lodo.
Yiiiguelii iiielliur do que i i riiiinciite iiatiir:ilisr:i P:isrr,iir i:ioi-
trou o irifluso das id<:as <~stlir~ticas sohrrs n i lr,ttin..
uFc~liaaquellp quri t m i ~ i i isi iiin ideal <Irbelle;.a r 11ic obr,-
dece: alii esta0 a i fontes rir:is dos sraiidrs li<.iis:ii.i<,iit<is,das
grandes acyi,es. Toclos se illiiiiiiiiiini dos rrii<,sos do I i i f i i i i t i ~ n .
TUo ;idiiiirzvel i+ a 1hysic:i do espirito cniiio a psycltologi;~
r10 uniit-mo. IdCn 0x1 iiiia'eiii deve srr coiisa \-iva e rijiiio tui
se ari.ri>ieiisa ao ieiiioiiilio da \.ida para ir ~ o l i ~coln r i , sob
pleiio sol.
Srrviiido-ii~r de axioiii;i d<, Srli<,rci., direi yiit. o rraliriiio i:
o idcnlisino iiiio sAo duns doiitviliaa, dons sjstriiiae. dou8 iiiodos
de eonilirelterid~ra arte, iiins dois polos i,iiti.<, os qunes gy1.a to-
da a coiieepyZo :irtistic:~ d : ~liiiiiinnidnde.
EiTt,ctiraiiit!iiti., a ri;itiir<,za rrii si eatti iiii1ire~iiad:i. d<. idral:
ella e n ri:alidadr! iião l>iissniii de sy~nbolos, ue. p ~ r at ~ r c wex-
prrsaZo: carpceni do trnballio si~bjeetivoda i4~:tiii.;q%o.
Ikbe lieriodol 1)or asxiiii dizer, sgncr<~tico,<*iiique se bara-
Ihani; r m que se iiirs<:lnni a iiirliressno e n realidadel rino i. facto
escepeionnl, oiir~cdotieo,siiiiin uiii estado inoral coinriiiirii.
O lioiiieii~~ ropuin re;~lidndcs os se:iis iiiorlos dc i.cr ylianta-
sistas, roiiin sabeiiios pelas idY;is do sy3teuiii do iiiiiiido: l~elnirka.
da eiiiiíiguraçio da ti,rrn ,,te. ; e no 11l<51110 t ~ i u p o e11e rc.duz a.
renlidride iiu coirdiqi,i,s d:i s u : ~iiiti.lligeiici:r.
Eiii rl,o~lins dt! rii.ilisnqio bust(tnte reiriotas, teiiios cseiii1,los
niitlic~iitirusdesse syiirri,tisiiir> da:, i i l ~ l > r ~ s s i l ~ ~ .
Coiitn-st: que lia tragrdin cle E~cli?llo-as E~riire~cirl,!s-, a.
çreiin p i i i ~ U n1,pareceiii
P 3s fiiriais coiii calii,llos desgreiiIi:rdos,
i p e sao ~ ~ x ~ d i i xdnei serpentes,
; uiritiido i! secuiiido Orestes, ean-
snva tal iiiiprcai2o. quo as iiiu1lirrt.s nhortavsiii o as creariqas
niar;iniiiavmii-se eoni o sustu.
O eff<,itndn rel~resentaqàii do Otl~ello ein 1I:iiiiburgo tissini
o ~ P S C I . F ~0: ~t h JLiiller:
=As portas dos carunrotcs ;~liriiiiii-se e fi~çlinvniu-s<., quem
sailia; I ~ I ( I I I t,rn
~ Irvndo aeiii sriitidos, e liodr:xii«s :brse,ztirsr q u e
iiiuit:is sciilir>rai. d e Hniiiburco. 11or terciii assistido n essn relii-e-
seritayao, pR?.Siir;Eill pc5los ~ l l i l ~ Inuleiita\-?ia
s acrideiitrs. h peq%
zeriuinou deante, de iuii iublico silc~iiciona; :i iiii1>reijio d i ~ a-
tiibti.opli<: foi tiEo )irofuiidi, que clcliuis de bitixar o liarino não
h o u ~ e;il~~,lauso nlp~ii.
Cada clu>il sc deu liwssa riii s i , coinr, allivi~ido d e urir
prmide peso».
Victor Fourric,l, ris:, siias í'rri.ir>sif<:.srliainati<lt~c,sldia qiir ein
u m a si-11rew'~t:~<;Ao do LUdrril~e,de Voltaire, ilii irioiiii~iito eui g u e
inadeiiiuisrlle D u N(.siiil: qiit) ~ l < ~ w ~ ~esta ~ ~ynrtr, I ~ an v a
~ ~ ~crguix
a l iiiniar Egistlio, x t . 111, 8c. 1C: l<tv;intou-st.uiriaroz
I ~ w ~ l i 11.1l.a
s o l u ~ n n t c ,dizi,iido dentre a niiiltiduo: 3 2 0 o iii;iteis, qiie elle
<i vosso iillio. ( l i .
II~sailoii,ii;t A-otre Dnnie, dr.icrevelido o j u i ~ oíinnl. Cto vi-
vnnierite iiiil>r<,ssioiiouo auditorio, que este I>roroiiilieiii e m ala-
rido, drirai;do n egrqin.
Coiiio rste) lia iiitin irifiiiichdr de factos, cada qual mais liin-
rureseo r: ingriiuo, qiieeiii toiita~iios as iiiiprrrsi,,,:, l>i:l;~redidndr:
eorrelntn. O plieiiouiimo que aqni observ;in~osoff<~receuiiisiinilc
c0111 o que. iiotniiios iins ;trtri. ciiiisoalite o douto I>eii%Lr de sil.
Rnyiiold.
<<Asidrias c a bellezn 3x0 enminlios differriites da rncsiiin
expresseu dns coisas, dir-se-ia quc: e n t r s dois eniüiiihos produ-
zem urim hnriiinlii;~l>roridencial eonforti~dora».
Si o olho 6 , eoiiio lireceitiiavn o ;~uctordo Fausto, u1n tiro-
diicto d;i liiz, si s verdade desta nrroj;idn asserçgo a reslieito de
todos os orpiins vegetaes e anilnaes tem sido cabnlmentti de-
iiionstrad;i l , ~ l o s~,rogrrssiisdn biologia nioderna, riào é menos
certo que as tradiciiias-estes eli.nir.~itrisda iiiorphologia unirrr-
sal das litter&turaal 6x0 o l\voducto, a re.julttiiite desse syi,c.retis-
mo, drsç;i i:mot,ir.idade sensorial que rios conduz ás rf.la<;òcsr:nt,ue
:i natureza cosmica e o mor:ii.
Sylvio Romrro, csto podc.rtiso rsyirito que, como tnlisnia~iieo
poder dt: 6r.u genio: tt.m o «oficio de estr:ihir mroras de todos
03 c r e p ~ z s r u l ~es coar ulrgria de todos os drsmaiosu, Syluio Ro-
mero escrelr : «XZo sei como não Ipossiim ter irlteiesse e.uthetico
ii,si'irn<ò<.s do pu\-o, qur \-nu acrvir para rcalgar ae produccGrs
dr! iini Goethi.; de uiii Hc.iii<>.de iirn 1I'i:bcr; irno sei coiiio se
1,oss;i nqx"'iirterrsse ps~ge/,ri!r,~!icr,ii<ir-iiri#i~!:?e crrnr;iiei eai>orit;l-
nrns do g c ~ i i oyo11ul;~r.onde s r CIICOII~.I.~III i ~ ~ ~ > n ~ ~ e01110
~ ~ eOSn t o i
1'erfci.s. a i r,lp<i1iCi~c indianns, ii . I I r I os ,\7ieb~!z,ilgui,, as
Parrir> st.nu<lii~nc<i,s, uno fiiialido jR ria Iliodii e na U<i!jsséii de
IToriieru ; ,>Ao sei eoiiio i i i u iiiosrrnni i i i t e r e s s e histririro e s s e do-
ciiinciitos das raqas qt~iindn11:ut tinhiim ellas aiirda sahidu da-
qnrlle synchroiiisrno piniitirol eni qiie n religi%o, n. moral, o di-
reiti, e a porsi;i i.<l>oui;i~-iiiri jiiritoi nurii todo inirnenso e iiidis-
tincto; o i i iriesluo <,ni e~ioehasrereiites e nos dias dv liojt,, quando
as 1ro~~ulri~Ui~s iiiriiltas rrlirtern :ia leiidas r ;i% eanctirs qur uriin
1ony.z t,rndig.íio lhcs deixou!,>
Rcali:ieiiti,, por niiiiùn vrz o digo, não stii eoiiio nao possam
ter signiiicas20 nem intrrejsr essas l+tterntui.<ia iirefictiilris ornes,
par assim dizer faladns, rsst:s jnctos nativoa e incorisci<,iites d a
~ i ~ t o n t a n ~ i d apnpul:~r.
dr
P;~rnque ;lu iioraqõt,s litterariss c anonymas tenhimi a sua.
vida drt1,riiatir.i~tio seio das soci<.dades ern que se formam: xrnwl-
gamnrri e agitnrii, eiinipre II%O Iwrcamos de vista, senvre que
estiid.zi.nios uin poro-o fartor etbriico.
E é por isso qiif: ;i; tradiyõiie; corno a moral, como o direito,
conio todas ns iiia~~ifr~sti~güi~s da nctiridnde ùum;inn: eoino todos
os ~>lieiioiiiriiosdo uiiirriio, obedecem a uma rrande lei de de-
sriivolriuiento, r riuncn jRiiiais st7 extinguirao !
« l l e oiide prriiiiniiaiii. exclniiia RGriaii, tantas vistas novas
sobrr a marelia dar; littr,rntiirna, c! do esl>irito hiiniaiio, sobrr a s
edndes liriiiiitivns, sinao do estudo 1,ncirnte dos ninis a ~ i d o s
detalhrs ?' !
Tiro. T o l f , n'iebulii., Strnus, teriam enriquecido o perisiL-
mento com taritos aspectos no\-os, seiii a mais minuciosa em-
diçzo. '? 9.

I . . de I* scimca,pag. 271.
( I ) R ~ ~ ~~~~i~
A poesia popular, a yoesin rsl>ontanr.a 6, uiii dos mais at-
tr;lheiitrs e fecuiidos l~roductos do rsl,irito huiii;uio. E' ella a
iusltiraclure secret,a da sriiiidr arte conro dos grandes peiisaiiieii-
tos..
O canto dos 1,ovos é utii coiiio estiinulo de força, uni im-
menso aspirar á duraçno coiiio si um iristiiicto serreto llles ie-
velaiss cpe toda a. naçionalidadi? i: urria fiaceão do quadro ciioi-
me. da Historia tracsjado pelo ~iiiierlvagaroso dos seciilos.
As trddiç6es são. pois; um do; inodos de vida sociiil-a vi-
d a p<+heiiioçâo ati onde póde clirgnr a. vida pelo aiiior.
O seu objecto i: u bellol n ideal) que forrrja por adaptar-se
ás fiiriiias soeiaea. E neste pil~ticrllweston C U I I I S p ~ n ~ e lcfiinn-
.:
do dia que i d h s e seiitinieritr~sie devein aecoiiiuiodiil. ao rstado
soeial. (1)
Ellas t o r n m s r tanto mais eithi.tieaql garrulas: eiieoirtndoras
e jiix~eiiis quanto mais, syxtriiiatirn ou incori~cieiiteine~itr, se pre-
teiide des7,estil-as e desiiiidal-as da sua priinitiva. sirn1ilei.a. e ori-
ginalidade.
Par<?ce,eiitretai~to,que o actiial momento historico até as
~xoprinspalavras j i nho rorresl>oiidem a idi.as, l~rincipalmente ri
as id6a.s aceusam por seu tiinio plieiionieiios psychologieos que á.
merite eroiairi longes de felicicladc.
r 7
Iudo quanto ria nossa trrrn toi-~inva.n existeneia heroica e
beiia, tudo quanto a crivoluia eiii urii tiiuiho de doce e i r i e i p
porsia, tudo quanto 11s uida piiiihn uina iioba alaerr de \.ihraiite
emoqXo ou de eariciosa. e ariinrn\-el i i i e i g u i ~ etudo
~ ifito desappa-
receii, ]rara. dar lognr á peior da5 sit,iinçi>ce iiiornes:-x de uina
piiti-ia abatida, d<,svirilisada, só Iiorípe impertineriternrnte i r que-
rem allagndas
. . a luz r e d e n ~ ~ ~ t odas
r a tradie~Ges, as iinssas lendas
iiiais snrit,ns.
Tudo se tern confundido o conZr+lado. Dir-sr-ia qme. uin her-
vaqal de lieliens rasteiro r daiirniiilio acolchoou as nossas leridas.
Oiide as esveltas r formosnn libellulas. onde as ~ ~ t i 1 1 0 5en ~
ra11did:rs b~rboletasque 17ovoam e oliiilenta~iios v e r ~ r i sda8 trn-
diqUe,s patrbis'?
Tudo melancolieo e nostalgico como siidario de brum a ein
dias caligiiiosos.
Só os povos crepiiieulnres e uoet,unios eliasqueiam do lxis-
sndo.
O desprezo pelo passado deiiioiirtra er~identementeiinia de-
grada~% intellectual,
~ denota no iiidividuo e no povo um estado
de selvatica rudeza.
Unia relipino a que se e.liiiiiiia o i.it,u:il: <Ii?s:iliparerc; uin
IIOYO qne oblitera leiidari e costiiiiies 1ierdndr)s dor s<wr iiiiecs-
tl.a,.b r 11111 110~11tkuado e iuconscie~~t<,.
O i>ii<t,erde recordar o l,a$sado, ol>serx.a Ailr.x;iiidl-<.Hrrcu-
luno, 6 iiiiiii ri-lteiir d r iiiagistratura ii,oi.nl, <: uiii sacerdocio.
t i y atliste ,j~lese de'ienll:~;,OS 11OSEDS olhos,
U111n ~ ~ e r s ~ ~ e cbeni
iiiil~resiioiini>doriosbas retiiias, i. \-er uiii liovo que ir ;irriiiiia c:
Iluerit 11<nfalta de c;iriiiiio l>i.lo liassado.
Iiiforiiia-iios alializ;idi, eieril>tor que iio l,urtiy<i da iirira casa
do ~ ~ a v l a i i ~ e ialleii13o
ito existe, eiitre oiitros, o rrtritto de uiii ee-
l e b r ~depiit:idr> liberal Clirlos RIntlij-, de11:iixn d<i qii;~lse Ieeni a s
segiiiiitea ~ialaviassuas: / i / , ~ ~ d ~ c<d er, 1 1 r q o </<L n'i;to,.ia q w :
7 s e 6 s S . E' esta qiic de\.? cuiiqt,ituir o nos-
so cscopo, <: rlrsta que carc<.viiios. Como i~squecel-a?Coiiio des-
1uem1-a'?
Oa lmuor ~ e ~ ~ r e s e i i t a t i vdnasi grailden eui.r,,iit<.scix-ilisntriei,s
ipspcitaiii nraririaiii as ti.a<liq6es qiiit 1i~t111iu ~>reseiiteao
lvwsddo. Assiiii jh r, dr~utriiiaxwCicerci.
O 11ovo eliiiira, que: ,i,> dizer iiirriilieito <I? <,q><i?itoree, í.n~
lniritura niiiicn dcsroliriu a ~ ~ e r s l ~ e c tC'S<? i ~ a .j~o\-o~ wl,ito, I I sua
~
ostatica x<ieial: e o iiiplc~a>ia siin l ~ o d i r n s a dynaiiiica, iia fbriiia
sul)erio~.ila sutt porernaiiiriitnqio, tCni ainbus o eiilto do liassado,
o amor das t r a d i ~ i ) ~ ~ .
A raia iiinis I>rofiiridn do caiseter iijglez t u respeito.
*O iiiglra veiievs Iior iiietinrto; e iiiito roiisistr: o prolirio
riervo de niia forca collecti~.a. Veiicra tiido rr>in iiisisteiiria, e
por isto taiiibeiii, v a i i d o o idolo so l>ert<., destvor eoin eiiergia.
Eiii lart te algunia do iiiiiiidr~ o dito de q i i ~a rclisiéo <: iini
frrio t ~ i nll~imverdade iiiaiu iiiiontestawl.» (1)
Parcce qiie u íiriiiaiiieiito brit;inieo haiilia eiii onda4 lumino-
aas as siisa fr-stas nmis iiitiii~as.
O roracko iiiglei., que a naturcia por6611 dr t~i~iissiiiios
nffc~rtoi,illiiiiiiiia-se iioj dias dv fc.sta iiarioiinl, I itiatioes ver-
iiaes e ~iiiriinvi,riiios.
Ali ! riias que brlla e santa que 11%" <: ~ s s srotina! Porque,
como o inrl2lra, nâo zunareinou roin aiiuclls a t t c ~ i q j o deiiiornda.
fiel, creirte, caricioin; as nossas tradiqíies'?!
Hotiiieiro, exclaina eruditaiiieiite Raitiallio Orti:%o, rotineiro
4 tairibein o Iinllaiidei.,-rotineiro das suas tradiqòrs, dos seus
eostunirs<lcsseuspriricil~ios; ii essa ii grnndc basp da sua forca
eo1iesiv:icoiiio riayto e da sue origiiialidadç cniiio poro.

(1) Olireira IInrtios-A Inyl~lorroda hoje pag. 7;.


O iii;~isl ~ ~ e c i o strstriiiiiiilio
o rlii a allriii;t i. c sua-
vid;i de iiiiidnde sr~itiiiipiit;il r i i i t r ~ r i d a d eiiidiri.ivi.l.
O ,\,ei>rIi~ir!,eidie<(, ~>o<.iii:i. <Ia e d a ~ l een\~allieii.r~c;i.ti.al>allindo
iio forniidi~vrleiiibate dos I%arbnros. ;ii~id:i liojr. v i i v <, cn,iti,iun.
n operar COUL .z pri~iritirn foi<;n. i~K,~r<.eriidr>-iios ii ;.iaiiiii,io ri-
iiectariili, do seu ~>rofiiridiriiiiioeiiractrr sriitiiiiriitiil.
E eoiiro iijio arniir uiii l m i o ilestes 6 s alias tradiqites! <<T'iri
1,ovo que, ~.onio:intc I> d ~ t i t oselitii de Genrge Ili.aiid<~ilpiodii-
iiii iiiiia. iiiiva iiietap1iysir.z tzio iicn i, t,io l>ri>fuiida coi~io n i o
iiiais ;iyareceu desde os dias dr. .\ristotelrs t. dr>siivo-l,latoiiico-;:
uma iiova lioesio, a. irinis br,lla <lu<. riii.giu d e d e (1 triiilio do
SIiakesl,enrr; cintiiii, uiii l,o\-o ijiie tiiiidoii uiii iioio iiiodo di?
trnctnr :L liistoria, a iiiytliolngi:i <: :i ~,oi.tir.a!» ( l i
I7iii.z rnqa assini t&o iiobrc r ~ i r i l :nffeitn ao+ i.r;uidrs 1:iii-
ces e arroiihos do pensaiiieiitíi, ii;io liódt: drixar dc qriitii. aeeii-
drado ;liiior 1,elas suas tradiçfi<v.
H<iiiiero. o iriais relrbre d<is ]metas ailrigoi. riij?. 1 ) ~ t i i if~i i
diilmtada I,elas iiinis iiiil>ortaiitei cidades di, i eiicliia i ,
iiiuiido eoiii 0s cantos f:tbiiloaos d;i Iliada. i. i13 Orlyssi<;i.-ndiiii-
rnrido a b<,llrza varoiiil iros i.eli.\-<i-.iiiiiseularei (10 1ier:ir. iio eol-
10 rbiirireo, iio Iiuiiiero forte do riierrcirn. I. :idrti.:iiido o s eiieuii-
tos friiiinis roiii inr.xliriiiiiirl nvidra iio priiiior d:i.i f6riii;w r coii-
tornos yir;iiiri>s, atravCs do ri.iiii<: i- alhriite Iiiilio dii t.iic;rnt:i-
dors Ioiiia.
TVolfreii; o iiinii crlcl>rr do* linct;ii iiiitir>»s d3 A l l ~ ~ ~ ~ ~ i & n I ~ : t ,
ineoritestnl~1~liiir11t~ o 1,riiiieit.n ]irixfo eirlto do seri teilll>o. raiiibriii
nos eiirlie de ndiiiirnq;~~ c? d<, i.r*)irito com ;i a i i : ~ iiiiiiiiinir~iitnl
obra-o Pm.sii-a/,-l>oeirin lirii<.tr;ido de ei.ildi<::io ~moti~iidn,qilr
lbiiitn 6: dr?sriilia, iiko arques hi-llicoso': r feici>es esciill>tiimes de
ulii 1 1 0 ~ 0 :siiiào os afpitoi do rsl,iritnl n liieta do rqiirito e<iiii o
iniiiidr~,a Iiicta do orgullio i < i i i i :L Iiiiinildadr.~~
O lerado dessa rsiiieral<la tiniisli~cid;i, eittallindn coiiio uiii
l~adr&otiaerosaiito e exrlso iio froiitesliicio d;i eiilt,ui.it trdrsenl t'tti
n l>lnstica di. que se seryiii 1Va~iit:r1,ai.n iiiod<,li~i.-iirii:r das rii;iii
Iinriiioiiicni e rytliiiiicas de suas iiltiinaa o1,ei.a~. -.
Ha alli algo de siinilliaiit,r itn perfuiiie classico dnb reg1ix.i
he1lriiic:rs; «oiidr os atlieiiiriisr.~ iain apurar os ~eiitiiiiriiti>sdit-
Arte glorifiraiido e ~>oesi;iiios cniitos de Piiidnro r iios rvrsos dt?
Corinn: sagia.iido o triuml>lio rtrriio da fdniin e da Iirllrxn iio
extaiii d;i conteinI>la<;%odos roiitoriios iiiipeeca\-ris d lllir>-ii<:a,
a. Venus do divino I'rasitellci.

(I) ToZiias Barreto-Ertudoa Aiieiil8e8 pn& 122.


Vejairios ainda: iia IIvsliaiilia o Pue?tia r10 Cri[? e o Bot~tnn-
rci.,,. eiii Fraiiya as (?''niz(ões dn Il,,1,z~rrliil- l>ediihdn iiieqar todos
elles 6s el>opGas Iiornt:riei~s na. ul,uleneia da in\-eirq8o e lia subli-
iiie siiiil>liridade, 7-erdodeira Ilic~rln svm Huiiiero; eoiiio acertada
e pittoreseaiiienti: l h e rhnnloii Gniitliier.
<<S6os ~ > O T O S a t r ~ ~ a d o sesrreve
, ~>ersuasivai~ieiite
Eduardo
Prado. só os ~ i o i ~ oabrilzildoi
s C (IUC 1.enegank o pnssado, o espi-
rito liiiiiiano teui sPde de rertcaa, Iiicta. r soffri? por ella, e a6 a
Iiistoria, sua iiiais anil>l;i acirl><:Zo, é qn<? iiode satiufaier a
essa nsl,iraqio iiitell<~etual.
A eoiisn iiiais cert,a 6 o p;iiiiidor disse Sriif.ca. e iia graiide
tiirba i>iroiiit;iiitr das rollsils ~ $ 5I certo o qllis i. j i passado.
Aoti lioiiiriis de ertiidi), ;iq~iellrs a q11~111 hoje 6 rorrente
eb>iiiiiirr~ii-se iiitrllrctuaes, o niiior do que se passoul d« qun ;is
geraqües aiitnrior<~sfizevain, trin uiii eiicaoto excrl~cioiialmente
elheiri <Ir, srduc<%oe pnt%ia.
O lioriiein 6 de seri teinlm; LII:L~S, que111 tril~t:ido passado n i o
terri airihicues a satisfazer, drqi.jris ;i saciar.
Qur.iii trata do 1iais;idu i. i i i ~ i drsintrressado. Eitiidar a Fa-
Iria C yotiir a vida s o esbiido. E drdical-a seili a inira do in-
teresse.
A f;iiiiilin. brnzil<,ira nSo ~iosiiiz,infrlizrrierite, o rrqirita pela
i,. i15.10.
' .i .4 riii;iiicipnçân Inm<~iitii~-rl dos ~irreoneeitos faiiiiliareç
cuiitribiie para rste des1ii.ezi1 do ]masiado.
«A casa desorganizii-se e iiirisuem m0ri.e iin casa em que
i i a s r r u ; os rnoyeis desnplinrt.c<,iii, cis retratos iiiais iqueridns da
fariiilia yão eniiiinlio dos qiinrtos Pscuros, a l>roprirdndt? disper-
sa-sr por iiiRos de rstraniius.
E iiquillo que constitue as rccorda?6cs mais gratas, a s Iem-
branqas iunis qu<.iidas da tnmilia dea;ipparece.
Tas sho as consrquericias da modrrna orgnnianq~osocin1.a
Sáo t i o justas: tão siricrrihs, tâo rerna(,a as siias lialavras
que, 11or fiin de eciritab: a griitc- se rê obrigado a aceeital-a, ein-
bora cuiii dolornsn r l>niit.eiitr nuiar,c?ira.
* S o teiiipo aiitign iiarrin-se. \-irin-se rtcirin?iLeirtr iiiorria-
sc nn rnCLsriiacasa Havia iiiais aiiior no l a r R % f:i~nilia, nlaii w s -
peito .i trndiqão. E r a eo~isolndor. doceiiieiite consolarlor. leii>brar-
se n geiite de qiir nurri itiesiiio Iriitn hariani nascido e iiiorrido
srus ;i\-6s; e, seguirdo todas as iirohahilidndrs. ~ i e l l ea prsson se
d ~ s ~ r d i da ~ i aeristcnci;~; e taiiih~nios p:ies e os filhos e os fi-
lhns doi fillios; que, ein tal pr>lti.oiial costiimara seiitar-sp a hôa
iiy6ziiilia, qiiz iian:%v:% tão br.lliii 1iistoi.ia~ de fadas e lobi6lio-
rneiis: qiie ii<,lli>se sent,a agora n vellia iiiãrl n7.ó por sua vez,
e que ntis iirlla liaremos de nos rontnr iim dia.
Hoje: 6 o eotitrario. Faz-se ,garbo eni nada conlieeer do
pxssado. As pessoas ricas compriueni-se em ref<irmar todos os
annos o predio em que residem, pintando-o de novo, tirando-llie
a physiononiia propria e expr~ssira.Yropositalineiite adquirerii-se
moveis frageis, que pouco diireiii, para que possam ser substitui-
dos ao cabo de algum tempo.
Ka alta sociedade é moda as pessoas que se casani passar a
rimeira noite no hotel de tinia cidade, de villegiatura, ou abrir-
t;o valpr, em viagem para o rxtr:iiigeiro ... Si h a eoiisa niais
triste, e ao mesino tempo mais seiii liiidor, do que se celebrar o
=to mais solemne da existenria Iiiiiiiaiia num camarim de n,lr
vio, ou num quarto de hosprd:iria, nuin leito prostituido por lio-
meus e inullieres de todas as raqas. de todas as c8rrs; de todas
as partes da terra-viajantes do acaso que cliega~n e çáein . . .
passani . . . vão.. . para nunca ! nniiea riiais toniar !
A terra em que se 1,roduzrm grandes sentinientos e grandes
idéas tem uni não sei que de inystsrioso, de ador;bvel, de sarro-
santo, que se cominunica, que se entorna no nosso espirito por
um moviniento innprimivel de elexaçúo e de respeito.
E a r a d a fórma nova que se deserilia, a cada ficçào quesur-
g e a cada sentimento que irioa, com t:lles veni t a ~ i i k m irisando
a candida concep~âodo bem edohello, que só ohoineni seritiirien-
tal e affectioo pbde traduzir.
Aniar o tradieioualiçrno 6 sentir se a enioção pacificadora
das cousas puras, sans e amorosas, roirio unia caricia, cotiio uin
aconchego: uma re>-elaç:~ de m?sticisiiios a irradiar se pelas al-
mas generosas P pa,tiiotieizs:
Os povos sias e fortes, as nxqões rnaseulns e livres, amani
nas suas tradições a imagem de sua propria existencia, até por
entre o variar infinito dos teriil>os, das coisas, dos sgsteiiias .. .
Póde-se, de resto, viver diynaiiierite, lieroiesinenta, sem unia nes-
ga do territorio do Acre, d e ~ e o i i t ~ i i tpela
e falsidade das eleições,
amargurado pela deshonestidade dos inesquirihos partidos.
Nas o que iijo se piide <: respeitar e amar a. vida na col-
lectividade brazileira, quando nella riio h a uni ideal siiprenio, ali-
gusto, triuniphante e divino, que se eliitrnain as nossas tradiçiiri.
filas quando, afinal, Iioiiveriiios de ser vencidos r triiiiiipha-
dos, partamos ao menos abraqados, roino Enées fugindo di!Trola
em cinsas para as delicixs de Itolia; eoin o velho Xnehysns ás
costas e as reliquias veneraveis do culto doe riossos inniorei . . .
Esses restos, essas nobres e g10ri0sa"~uiua~l > a r ~ ~ ~ a n e c ~ r i a ~ z ~
n a historia do nosso sentir rstlietico como l>rrriraiieceraiii e prr-
durara111 n a das institiuções as antigas torres f e u d a e ~e os solios
sagrados e veneraveis das antigas bras.
Ficariniii, coiiiri eni IIOSS~Li t ~ e ~ i ~ o r as i a , g r a t i s s i ~ ~ ~recordi~-
iis
qiiiij d e ii~fiiiieii~-iiiipo~~et~tcs, iiiextiiiguiv:~is, iiiircoladan pelo
ri.Hexo Li: iioisiia niitigos idrars r nniiirad<is lielos rr3ealdoa das
;&titiaas ~ioi\i,i,o quç rugi nu^ iio iiosao ilitiiiio.
E:ss;i'. iiit,.stiiiinveis reliyiiias Iiio d e rerivt,seer u rt.soai. scin-
Ibrr e ri>iiiiiiiiaiiiriite ao3 riu3.o~ ouvidos d guizn dob SOIIS dn
biisiiia-diis c;~çiidores nu leiida nlleiiif~,que a gesdn ctiwlliar;s
U:LS rsi)iraes (16. cobre, I I I ~ S q u ~ no : serdo' iio solar nqiiccido
braaeiro, se. rt.;riiiiiiaiii, eclio;~iii n riieheiii o ci~stelln c0111 a 3 110-
ti13 iibiai.ridas. de dia, iin ci~i.rt.ira I,rlau s<:n.as... (11
Ao iiiiilai., tio rsiuorectir deste seeulo febril, pzuecr q n r tudo
a r drsii:a~.ioii:ilizn: « o livro. o tlir;iti.ol ojiir~jilal,aliintnin,;i iriusi-
<:i; l > w d a~ iiidi\-idiiiilidxdt!
~ ~ ~ iirstii. n~af:iiiia d i ~eoiirnrrriicin ar-
t i s t i o l ~ .A~ s id4iis como que eiii~inllidreeiii e se aii>oíiiia,ii iiiite n
ft~t,i~Le ;iinonihrora. eorrtaiite di, sociitlisiiio; que, coliio ciiormc
pr,lvo, niiie;rq;i suh,.rrtrr, coui w u s c o ~ ~ s t r i c t n rt e~lsl t i ~ c u l ~n s , 01-
driii iiatiir:il das coir;au.
Sriite-se por toda p a r t i iiiii calafrio ít C(III~CI>IT-IIOY OS
~irr,~oa:-sriitr-si: e delilorn-se iiiiis ii,certeen, uiiia Iiiiiiiilha<;Bo,
i i i i i n iueolicrriici;~, attentniidr>. II;IU o e i i f r a q u r ~ i u i e i i t od~a i fucd-
iIndi<s ~stlirticns:siiitio a infliiriicia de i1111iiieio qiio j t i ii?io sabe
coiiiiniiiiic:ir jiriii riaeeb<-r uiii:i iiiil,rrsuC~o.
Srihri: o oeraiin da 1iiiiii;iiiidsdr iinves:b rertigiiiosaiuentr
u L e e I r por piloto n hylmcriuin, por
iilariii1i;igciii os rr1,rohos de toda n i:specii: r p o ~~iausngciro:r
Vt3,rdnde. rluc I e d a n povto d e salrarriento, que <: n jiistiçn
eiii iioiiir de J)ri,yfus.
Sr~lti-3,. e111 tudo R PUT toda n l>arte os lirodroiiii~s d~ uni
iiiyoina col.i.nsiio qiie vai tr;~i<;ot,ir;~iiieiite ~ l ~ i ~ ~ na nnd~o~ ~ ~ c u l i ~ t u r i ~
ar>ri;~I.
D r loiisr eiiiloiige, ou\.e-st,. a grita d e :ilg~iiis cornqòes 1,s-
trioticui.
Kr>iiieio di,sse tuiiiultniir iiitYriie de icoii<rçlnrtiis. h i ~niudn
vozes qiir coiicli~iriarii, coiii todo n ardor da3 conric?i,es ;ri.rnig;i-
dasl rrvivrscriiein das suas i'ulgurayfies historicas.
Vciit d<: iiiuldr: transpli~i~tiirpnrn cstau l,ngiiiaa hrllisairiio
.
trecho d r iiot:~rel e ~ t r l i s t a Iiisitniio.. oiie iiuiii vire aiiiiiiido r
iicuriciaiidu est,n rideiitr 1iati.in cabrtxlin;i, que. taiiiheiii 6 dclle,
~>orqui~iito
~. <<atiltliiin ~iortugurza, ~wrndendo mais uma ancora As
iaossai 1>vai;is. eiit,relaca talito :r siia hnrideira i iiossit, que unia
r outrci rr iiir afigiirniii duns flniii~iiulitu de tini iiiesnin túlte: du;is
velas ;ihi.rtiii aohre iiiii niastvo s i i ... ~
Sho do Eduardo S:~laiiioiide os iiidicioao~eoiiccitos que es-
~aiii1,an,"Y :
Vairio-nos toriiiirido liouro a polieo, se>n uos iil>ercehermos
do phenouieiio, ou iiiellior, srin rios sentirinos eonl capacidade
de o evitar, artifieiaes e iiicaraeteriatieos. LY iiicdida que a rivi-
lisaç6o iios penetra e 110s viiielila, os contornas das raças como
que e a , as liilhas ~ r a e i o s a sou as arestas duras do ca-
racter al~laiuain-~ee v u l ~ ~ ~ ~ i a i ~ i i i&i - sindivid~~alidi~de
e, dilue-se
e o que era rin nós original, o qiic era uativo, O que nos da\-i~
urri rncnrito proprio, uina feitio, uin iiiterrsse, uiiia. cor, soincae
n a Iiariiilidnde eouinoliolita, lev.~da no galope invasor das idi;iis
feitas, das idcas doriiirmntcs e i\iiportadas-eoliio uiiia pobre fo-
l h a no torvelinho de uiti grande vento. O iiimido dc~slioetisa-se,
. iforr;,? de todos querereni iiiodelar a s siinr inat,ituiqúes, as suas
crenças, a sua littei-atura, a sua arte, a siin r<~u[>a> por um ])a-
drno communi, as razes eni re~ulta.franca uani o a r que nos
cerra, eoiu ;i luz qiie IIWS alnr%~ia, c0111 r% ~c!get,a$ùoque nos Iier-
fuiiia, eoni o langor, o brillio oii a violeiicia das aliiias que 1'"'-
t o de n6s estrenieceiri, soffreiii, liictniii e drliraiii.~
Eis aqui eoiiio o artista da l>;iluvr:i. iia p a q a iiiiiuitavrl dtt
sua. elocuqB,o, iia contestiira syiiietrica dos seus l~eiiodos,n a va-
riegada finiir;~da siia eriidiqso, quasi desadora da sua patria,
qui: vai obliteriiiido o seu caracter iiativo, «olvidando as suas
lendas c costuiii<:s, as 9liFkS feiitas: niiiscarando n physionoiiiiu,
tiio singella e l>r;czciiteira ria. sua origiiialidadc, coin os ouroliri%
de rtiiiss extraugcirires iinportiinau>>.
De escriptor conternlioraiico jiiiiaij brotnraiii lialavras mais
doces, oraqões iiiais suaves, tliit0.3 de a n l u ~mais . i ~ p a i x o ~ ~ alances
do~,
de ;~ffeeaos e de geiierosidede inais nobres e niais l>u,jant,es.
Ariirno! Siio I,odeis ter iiinis alto pbarol para alu~niar-x.os,
neiii deaiite dos olhos ~naislargas iers >ectivas! Animo! Siistcii-
1.
tae o adificio da Thalin iiacioniil. Lxoita-vos ! a rpien figura do
iiririiaeulo cantor dos Li~sintlas,a qual alli vague,ia ainda snu-
dosa de ter deixado o tenililo qne ii,nl lhe abrira 08 g r e ~ ~ d r n
alicerces.
Gurdeinos iio liortico do peitol coiiio exlirrssZo i~idelevt!l e
imtnorredoiira, estes bellos irraos:

<B~.aqnezas do C O ~ D ,p e 6 da Ie118,
Mas nso do pemamenta, que é dlvioo !i

Ao coiicliiir, ssj.lrt,ie licito faocr uiiiu deilarac%o siiicrra e ,


quiq*i, iieeessaria. A ~,hysioiioniiado livro que ora rAi il u a , a
sua psycholopia, si qiiinereiii, obedece a nina iuipiilsno pru1irii~-
a de que o seu auetor o escrevrii mais com o c n r a ~ 8 o do que
eoin a ~iibt!~a.Si a 111is6Ao dos que RSCrCYP1ll, ConLO pellSavB o
velbu Villeriiain, é a g a d a r , eii beiilio a eonseieneia de que o
elaborei para a satiafacçào de inini iiiesrno.
Dir-se-ia um livro feito d e a u i o r ; póde ser isto um trans-
hordaiiieiito de illusão liortiea, nias é a rei~lidade.
E quniido para algo ri&n villha: valerá, ao menos: para nlos-
trar que te.1110~11111 VDUÇO de anior a esta trrra, que aimri~oiIIO
desdobrar de todo o seu e\.olv~r Iiistoricn.
Portanto. n%o tent regra3 e roii\~ciiçiirsde- e s c o l ~ s inão col-
lima, por certo, o doutrinar iiiiportuiio dosaystt:mas pllilosol>hieos.
Não 6 rirnhuina obra de seieneia: l l e - I de todo o
prir,ciliio i>iiilogrnetico de evoluc8o. o que aliis <: iiiuito para
aer not;ido. [porquanto as lrridns e tradiçiíes que do occidente
europeu Iinauraiii p:ira n63, s o f f r e ~ ~a~ niiiflueniia do niestiqa-
mento irido-luso-africano.
As fontes atii k a m indicadas, outros mais aptos e felizes
que explorem os seus veios erystslliuos.
O' iiiocidade itstudiosa, alae por iiin youeo o vosso sdpirito
n a canternplaçiia dessr? ideal- o idral da Pntria- é eila que
nobremente vos suppliex, r.xclarnando como Zola ao dirigir-se
em carta á niocidadti priaieriie, n a tristrrriente celebre qu<:st%o
Dreyfua: « O jeiri~e.qse-j e ~ ~ n e a a!jre t!ei~ sup,,lie, songe à lagrunde
besogi~eqiti t'i~tteiid. Tu eu 1'ouci.ièi.e futi<i.e.n (1)
Assirn praticando, nZo lhes fallecrri, liorcerto,aglorifica~%o,
mas a glorifienção real, verdadeira-a que promznn da e o n s
'ciencia do dever cumprido, que vitaliza a traina do te-cido mo-
ral, q u r illurriinn n alma, elerarido-a. engradeeendo-a aos pro-
p"os ollios P aos estranhos. Si: CDIIIO dizia Bouvel, Ia v i e eut
un. 8oiq1ir.e ri d(ill;)~erri ~ e 41ii
t f i t e t 1 1 p 1 S O I L I - ~à~ .C~e q 1 6 I s e r a ;
si é vrrdadeiro tal conceito, nada consola mais o rileu idenl d e
mo?" do que apontar aos obreiros do futuro as origens dessa
Iympha, que se recorta liuipida nos recessos int,imoi da nossa
historia.
E oxalá consignam drrival-a para os vcrgeis da patria
litterntura!
Deisai-n resvalar pelo declive natural reflertida na torrente
eçpumos:i. ao esplendor do sol claro e liinyido dos troliicoa, sob o
pnEo naulino do nosso firiiianierito.

(i) Enlle 201.-lrllre a' ki jar~nasar,pag. 11.


Só aasiin, no ineio de Iampejos tão fulvos e rutilancias tão
cambiantes, sahir:to as nossas poesias e lendas populares cnrre-
gndi~sde adereyoa, ntnviad;ts .de rnngias, brllaa, donosas, genti-
lissirnas e estininveis :to riitendiiriento e ao comqão ...
Agora, .z ti me dirijo, 6 doce Patria, entorna a tua taça,
cheia de suavissiino deleite, que ontr'ora liosruiste tZo prodiga-
mente: ao iiienos emquanto t e vou desereveiido as festas intimas
e populares !
Seja o nobre e grandiloquo jnra.iiiento de von Fallersleben
o fecho do nosso trabalho:

Treme ~ i e bbia num Grsbe


8chevoer'ich air mit Herznnd ~ a n d ;
11'8s ioh bin und r a s iih habe,
Dat~k'ioh, meia \-aterland !
IV C e n t e n a r i o d o Descobrimento
d o Brazil

S o tr.i;isiui.io de quatro si,riiloa, L: i i d : ~clr ii111a i13ç;io :1111e-


rienii:i l>orir:ri iiiais i: do q u r : iiiii episi,dii> liiiss:~ilo r i i t r e o h e r q o e
;i i~dolr~~eeiicia ; ;attesta-r> n iioisi~Iiistoria dt! 1503 ntt: hirjc.
Çin ollinr r<rtri>.pt!cti~-o por rs:e 11eriodi) de c~u:ltrocentos
aiilio;, uiii lialiiriço 3er;il dri que foi o iinaso viver roiiio colni~iix
r coiiio iia~:ãn i~idr~ieiidriite: uin e u u n e iiitiiiio do que fi>niiis e
do qiir liodeiiios :isliirnr iio frit,uro, tal roiiio « I,nssiido r! 0 pre-
sente iiol-o dei\-nru iireientir, s<j nu; t m i r i n :to espiritn I cou-
~ <.l;iborirqùo, 15 qiie &ta
vioç;~o Le q u r s , , I I I , > ~ 71111 j>o\.o a i ~ t d ieiri
sr veiii t~if:ituniido leiia;: r coiit,iiiiin lielo coiic~irsud e tres rirqn.
I ; e : I a s que e 1 fliiidirani ailida. i i i i i i i t,yli:,
uiiico; i . < = i r v ~ ~ : a t i i .do
o iinaar, p i i i o , do iioaan enrncter r, p r -
tiiiitol calma d+ uiiis orie~it:i.q:~udetiiiida.
Estninns, l~iiis,iiit:iis serili<irvs, i i < i qiinibo rentriiario O.<? uiii
I ~ V Oqnc, mliiiieiiiiieiite, ;~iiidni~;i<i se eoiistitiiiu.
'r%" o~i;n:.rirever coiii\.o;ro, roiii ihs ~llillllii%sde Uill illvelltn-
rio histuricn, totlr, esse scrii:ii.io de qii;~t,roi<ieiilni, ilerdr o ohs-
ciiro r iiiil>ixlliai.rl ds l e p ~ i i d aatii nos iiiri,os di:w i i : ~plena livi.
d8 LI!^ SVCLIIO r n t i l ~ ~ n tqet ~ evsl>ir:~.
A iiiiiili:~ iiiiss;io, lior@iii,que i130 piide njsiiiiiir resp<iiisabili-
d a d e t i o graiidr. obrigit-iiin iirste iiionieiitii. r:oilio iiiterlirrte qiin
sou dos \-ossos se:itiiiisiit<is, a reiiiziii,>rttI 0 3 fritos ilut! S;LO o ,,OS-
so orpiillio, e n eui>car os iii.iiies gloriosos :los fuiidodr>res da.
iiossa iiu~iioliarn tributar-llirs iitistn -oleiii~iidnilr n i flores ide;ies
dti g;itidho, d a piedmle e rli) aiiior.

;\os e~lbiritosiiiditg;id<ii.rs l>ii.ribc~ucm~ os fc~ctossociat,s como


ris ph~iir>iiit~iios l,liysicos iindn t C i r i rlr fortuitos e r-iii quetii no
~,rol>riomnor lmtrio sobrrliuj:~ u s<-raiiidadr do jiilgaiiienar,, certo
iiRo t,ei;i ~,nssndo,d e ~ ~ i e r e r b i deo sriii drsl>ttrt;ii sii.i;is cogitnçúes
ri modo 1 i o r q u ~na Aiiierica do Siil se fez a liartilh:~do seu vns-
to te.rritori<i eiitre os poros que >L decolirirniii e euloiiisaraiii.
Qiieiii Iaiiqar ris olhos liar;, ii ~ ~ L L ~ I destti.
I E I l m t e do Sovo
BIuiido, nprofuiidniido ;L vistii. air;iri.s de qiii~fvo8eeulos de çon-
quistas: de e o l o ~ i i s a ~ iro rlr trahalliul 1,:,rvrritiira iiidn~nrtiit q u e
drstiiio o b e d ~ r ~ r n i o5
i i dois lio\.os ibrrieos «ti os seiis drsceiideri-
tes, sitiiniidu-se iiiii, o L-eap;~iihil: 11~10sl>:irii,iiioszildi~ior:r lii*l;rs
I,lniiicit.s triiil,ri.ndns do sul. r i, o i i t n ~o, 1i<irtii~urz.laiiç;iiido os
fuiidi~iiit~iitos d<! u1ii vtistn iiiil,erio <["e fiu,u <Iunsi todo rrlua-
torial"
St! os dcstirios dxs n:yi+ps thii alguiiin coisa. d r r.:tl a positivo
que o >nrir>t:!rrrii:> iiidicn oii iiii;,i>e de i i i i i iiiodo iiizluetavel, forca
<: iiiqiiirir qiii~l:L iiossa iiiis*:~o ii~,st:i I>;irte de <oiitiike~ite.iiós o;;
liabita<lcirciid ; ~ sp1iiiiiir;is Iiuiiiidirs e das cli;~li;rdns i:ir:dioereiiii.iit,-
elevadas sob i i ~ i ic40 torrido, d m n t r do iiiiiiitaiili<.z
' dos Aiidiis e do
lioiiiriii qiie rt!iii das Liniiilbns ~urridioiinrs'!
Que valor triii aqui, <Ir facto; o ~irubleiiiit geuiral>liiea nz
~'oliticn do? liovos sul-aiiir.ricaiia~ '?
Sc; a pinriiin-iioi l~t.li,i ~tisiiiztiiiriilos dn lIistoria, u
Xrosso da liiiiiiniiidnde i. iiiiia fiiiic<;ii, li^ rasa, coi,io <: a da
u n i ~ , o u e o;'I.~ILS
~ de C L L ~ U Ti~ ~uilis 011 :L l n t l l ~ o ç 1x1 t<inq>ttratu-
ri1 do aiiibiciitp; r. st-. ~ a r it i ~111:iior C X ~ ~ ~ I I S I LdOa esperie, o
clima i: o f i r t o r l~rr,lioiirlerniite.se o iiorao drstiiio liistorico,
n iiossn ac<;.%ir putre us jiovos do XOTO31ulld0 telu de liaiitar-
s e pel!, ineio cliiiiatrilo,qico. unia rrz r l i i ~ dos 1,ovos i-iritilios
iios iiao s<.paran~ graiidcs differpiiçns ~.tliiiicns. ciitf~o niiidn q u e
isso iiii,liridrr nlgiiiii tniito no iiosso niiini lmtrio, t;i.o caro, (;&o
legitiiii%iiie~itssriisirrll C. L i r iicssn partilli:~ do
roiit,iii<.iit?, iii~<ifoi o quiiillbo mais briii sitii;rdo o que coube.
;tos desce~ideiites dos lu~itniioi.
Acaso, as coridiçi>es a que nos subni<:tt,f~iii as leis cliiiiatolo-
giras são de molde a ass<!prar-nos essa prerminriicia, essas van-
tagens drcorrrnteu da a ~ s i ~ m a l a dl~o"q%o?
a
A hiatoria coiiiparada dos dois 1,ovos a quein couhe a colo-
nisacâo desta parte do coiiti,ient<: vae respoiidt!r-nos atravba d e
quatro srcidos de conquist;is, i~travbs dos doiiiinios da geogra-
phia gradual e uiiiii~ltariritiiieiite por i!llex dilatadob.
Quando a oiidn conlyiistadora qne subiu do Atlantico, yal-
gr>u coui o hesl~anholo cume das cordilheiras r ae exparidiii vi-
ctoriosa pelas prsias do m;ir do sul, e c o m o portuyuez se alns-
trou pelas costas orientars da. I~eriirisiila,o O r i i ~ o c o ,um rio trri-
pical entre os nevados aiidirioi: r :is riioritanlins da ('riiyana,
ficou por inteiro b Castrlla; o Awtnzriruzr, rio equatorial, cujo
leito parece assignalar na t,eria n curso do sol, descoberto por
hespankioes e por Iiespanhoes pela ~iririieiravez explorado e des-
cripto como um mediterr;inro povoiido de lendas, ficou qiia1' ' to-
talrrient~.ao portiiguea: o S. Fra~rci.seo,rio do planalto central,
pertenceu-lhe por inteiro: o Prntci, o r ~ das i painpas iiieridio-
naes, com as eakeeiras apoiadas nas moiitnriliaz. da nossa tema,
repartindo como por egual prlas aoiias torrida e temperada a
s u a ampla bacia de 3.%60.00(, kilonietros quadrados, ficou em
p n d e parte hespanhol.
Kest,a liartillia hem se vi. F heiii se ílemoiistra a indole, a
energia, ou o seritiriieiito l>olitiro que aniiiia a cada um dos dois
povos rimes.
O castellia~io~ambicioso, anda%, um srelerudo mesmo quan-
do o ouro o dcsluiiibra, e a ainbiqno o deiraira; uho se atar-
da, não parece pesar o ?,r6 e o c u i ~ t idas ~ ~ prl>edieòes loiign-
mente apereebidas. U m ynriliaclo de aventureirns lhe basta
para os golpes decisivos, para a corirluista de i~astiasimosiiri-
perios que haviam aliks resistido, As viciçsitudes~ d e muitos
sec.ulos ignorados: Do isthnro de Pnn:imW ao Estreito dr Xn-
gall~ães, pelo domo das Cordilheiras, a çonqiiista do P e i ú e
do Chile, como fura a do Yr!sicol é um passeio militar arenas
dramatiiado por scenai de atrocidade e pelas luctas fraticidas
q u e se seguiram e assignalaram a l>artilha dos despojos do
imperio Inca.
E m menos d e cineoenta annos, o imperio hnapanliol na
America do Sul estava h d a d o e quasi attingia os seus li-
mites definitivos. Ficavam-lhe no qiiin1iSo as terras altas onde
encontraram florescente uma ciriliaaçao autlioctone, onde o Ouro
e a prata eram metaes comrnuns, e com isso a quasi totali-
,dade das regiões de clima teml,erndo.
E m ninis de metade do contiriente do Sul, desde a Costa
rseorididos. Rejrctidoi iiiriicr,risou llie eiitibiniii ris ~rforqos,i, lior
isso t.llc riiil>rrpa clunii iiiii brciilo liara traiislior iis <lo;?s iiit.t:~-i
onde n r rneert.iiraiii os st.iis priniriroi i.srabel<-ciiirriitns rolr,iiines.
ASCO Uiiyt,~ao norte o íC'rrii<ii~I:n.no ~ 1 .
.i tixrrn qn,+ llie roiibv riii Yortr, entri. o F:rLiiiidi,r i, 'i'rnpict,,
t i n l ~ itodo8
~ os e ~ l c a i ~ t o1i:ira
i scdiizir iiiiis os ilrcs neste ~ l i n l iti^- ~
rido; n deil>riti, (10 dizer iii-eiiiio de! P<.ri>I7na de C'aiiiiiilia, iiio
rTillii IML' wrtci c... n q f i , i < , s r foiiiiiri.iilíris cr.iiir, ris <7r2ict..e I>olli.o n
A~fi~~/to~~.
X ~ s t i lZ O ~ : L yeiieiiaca do; 'l'rol>iri,~.n e;~liii.sein iiitri.iiiitirnci;ir
r r l x ~ r : ~ c l o r af ~ *, r l u e ~ ~ t a iO~ <saiigii<~,
l,) diascilxin ns currgin3 da. rasa.
0 ? I , I < I I ~~ t ~ r , q ~ tno > i i1ittox:ll rcYisti:% a o ~ ! a l ~ c i l iyt',>tLrifo~~>,e,
~~~~o
1ri;ic 9rliti;i-se iiel>cn.cer Iriit~niliriit~~.
Si') dt,iacoiiiiianliado, o ~pnitii,qur;íseria iiiiljntriite ptlr;~ais?-
nlirir<,:ir-se (10 lmia oiidr o. rixnrcs rli, clii!in o aiiiiulla\-;iiii. Foi-lhe
],ri.i.i-i, i> roiiiurso lriito rl<isniiiins, I>;ira a :idalitaqiio da rasa, 1i;ir;L
;rttr.i!iir o i;eli.n?ciii no eliriqtiz~iiisiiii>,1,;ira iiitrodiiaii. n :ifricaii«
<:u,j<,liraso Ilin desbrm-ou n rolo x~it.gt~iiir iiieult<i: ji;ir;L 8% Sitrriin-
<:$.orii. liiiin. lioi>ulii?âo iiii'sti<:n: a l ~ t n1ial.n (-iiti~i!t;iras agrlira.; c10
d c s ~ r t o ,j)ihra q~ic-c.nt3n i! eiilniiii~i:iresse o, seris liiuitrs (lilatados
e dc~eiiti.;~iiliadns; ~ s riqiirias dos rrws ipiiiitoi: ~ ( ~ t i l t ~ ~ ,
cori.<.iitc; I~ovi>adoi;i~ al,lmrreei.;iiii riit7.o-n I'iruIi8tn que
i n ~ ~ s prlnsto riilles do 1'nr;iiiB e do i1;ir;ig~;ayi. coriqiii~taas iiiori-
tatiliii-. aiirif,.r;is cio ~>laiin!ti>c e i i t ~ n il ;L O I I ~ I ~ U I LCILIIII S se (>xI>t:nd<!
elo \-nllr dc S. Frnriciiro, l~en<'tritiio Ce;irii, iio Piaiiliy, r i i c . até
o tiiiido do \Inranhão r drreaiiilin iiurn n .Ira~ii:ija i r a pci.iziiiii-
(>~ir.<ii,e qiir lielo littornl, &r n1:istra Iirli> 1';iraliyb;i e liela Rio
(>raiidv, furidn o Cear& eoiiquiiiiitn o 1lnr:iiili;io iiirndc: a . h a -
Z",,>IS,
r),,;, ageiitps egiinliiieiitr ~>od<.roso-, ariinyonicos iriiiitns
v v a w , iiins i%icazes aiiihoi tuiiiaiii a si a. rsliaris:~o poinndora : o
?iiis.+<iii<ii.ir, e o liniir7efi.aitte. Aq~~i.lle,
aliiin urdentr: de nl,nstolo
ah~icg-do,goldado d e iiiii:i ~iiilieiaque ii;io tcin lwtxia: q u e s u q i u
y a ~ xy<mcer persuadiiido: i. Iior cri.i<i uiii das tiiiidadur(~sda riora.
naçzo. Ao seli nreiio iiiox-ia111-se I r i x ~iiiriierooasde ei~terhumrnos
com que se furidararii iins eairil>oc roino nas praias do mar as nldens
deoutr'orn, opulentas eidatli,s de Lrdr, que riiiorerirgaxiin liiiiiiil~lntlo
dc srii borco. Este outro, uiri inestiqo jd iinseido rias terras da ihiie-
rica; alirin i~ieulta,pusi,ersticiosa e Yezrs cruel, rnniiifritnrido-se
110r n ~ n nenevgin indoinita, r! por unia audneia descomndidn, 6 uiii
caçador. Mas n siia caça 6 priintiiro r, iiidio quti é mister descer
pari a s lavouras, del>ois n a iiiiiias que mister des~eiidar.
O s2u destino é iiinrchar H aucntiira, scm ruriio crrto atrnrEs
d a s solidões nunca dantes li~rcurridas,rl<.~arsnr,deicobrir r<~iiqiiistar.
De suas ri~tiat1c.s RIU que por centenas tantos bravos com-
I~a~~lir!irosso ernperiliavairi, de inuitas riem se quer a menioria
se salroii. A solidio tudo devorava,
IIas recordando a ~ ~ i t t r i adistante, a l p n i a coiw persistia
nssiP~alando iio iiiio do deserto as fronteiras ampliadas : a cruz
plantada eoino uni padraci no l~ontaldos rios navegados, a terra
revnlvida e rxcavada trahirid<i a paixão do ouro, e esses drs-
troqos iniioiuiiiados da expedicão que n~aloprou eoin um teste-
iiiniiho da posse que >,&o devia jeinais prrsrrever.
Diante da bni~cleii.n qiir investe contra o desconhecido,
qiie arrosta todos os ~)e~.i?osirnaniiiavris ou imprevistos, qne
n8o recnrili<,r<?outro podi:r mais forte do que a sun ambiqão
insaciiirrl. iião lia fronteiras n e m linlias eonvencionae~ nem
trnetados que pre~aleyaiii. S o intinio dos sertões, onde nem
sequer 11111 éco d i ~nuctoridade lieiietrx, só ella, a iiidoniita Iia,~-
d r i m se T C C I > ~ ~ < : C Bsribrrann.
Elln t,ranspóe os vallc~s. vadeia os rios, navega-os através
do obstnculos seiii conta, ;alga os alcantis da montanha para
derassar os ineognitos liorizontt~s, c de subit,o como unia ave!
de presa: abate-eo sobre as 11oroaiòt~s nascentes de Guayr8 e
do P g , qiieinia, rnsairguenta, destrór, e arrast,a para o
eaptivriro 1ei~a.i de catecltiirnrnr>i. Por toda a parte, qiirr ntra-
vi:s desse sonliado in~prrio Gu,zi.t~iiy, quer aravks dos cnnipoa
do Paragii;iy ou das l > a i r i ~ > ~ d.ul; d o riiinas funiegantes assi:.-
iialnni a inarcha da I-niideira vrncidora.
A i fioiitr!irns reeuariiin st.nq>r<,. Os padròes d : ~nossa posse:
descriido eoiri os grandes caudnes. r i o assignalar-se por niar-
eos iiidrlereis nus si~ltoi e nas cat:tratri~. Ko U ~ u i u a ydrjce
nt6 Peprr!, ncinia do r>',ilt,, iirnvdi. S o Igxassii dt.scci ntir o
Santo Aiitoliio, ùçiii,a do Saltr, ,?e Santa Lllc.i.ia. Ko Paraná
reeúa até o Iguiey ahaixo do .vaito r7irs sete q~iP,?ns.
Quando pelo fim do seciilo YVII, eonquistad;i a indepen-
driieia pela se1>acaç%o das duas cori,as, Portugal, dese~i~ariado
do Oriente Iiidinnu, qiiiz asseritnr d<.iitro de liiiiites riiais de-
fensi~reis e natiirairxs as suas posawsiies n a Aiiierica. e lançoii
iis vistas para a niargeni esqnrsda do rio da Prata, onde fiiii-
doi1 a COI<,IL~<L <?<I ~ S a e r a ? ) ~ e ~x~ tconquista
o, jii nRo logrou a
mesnia fortuna de autr'ora, quando a servia a audaeia incom-
liarave1 dos ca<ndores de iridio;.
d lucta agiira tinlia que revmtir caracter mais fnrmal.
.* Cri?uiiiu. asseiitadn drante de Biienos-ilirrs, conio a dis-
putar-lhe a cliave do Parnni e do I:iuguauay, rios cujas bacias
wperiorr3 I-ataiiios uccupandol ano podia permanecer em mão
dos portuguezes sem se eoiiverter eni uma ameaqa imniinente
contra o imperio Ires~i:ii~tiolque pelas aguas do Prata subia
do Atlantieo ao ciriio das Cordill~eiras.
Entretanto. atravCa de todas as virissitudps da Fuerra a
dos tractados nZo cuml>ridns, a praqa do i'?nri.nrnri~to veio a
ser para o portuguez, ruja liabilidade prilitira ainda aqui se
manifcista, o pre<;o da 11-gitimaqho de todas as couqiiistas rea-
lkadas pelo seu hraqo p r a altlm da celebre iinha .nzri~tcrl da
convenqno de Tordesillins.
Quando eni 1750, F~i-iiando1'1 de TIespanlia pelo tnictado
de 'Iadrid, consegue de l'ortiigal a Colonin de Sarraniento, de-
sistindo este das siias liretenc:3es nas inargeiis do Prata, em troca
dns trrrenos roiiqiiistados lios ralleu do PamnB e do Aiiiaaoriaa
e das Si!tr Xissües do Cruguay, se o liortiirrurz, acaso resentido
nos seiia hrios, qiiioesse firitr o hnrienntr diis conquistas rea1is:i-
das, decerto, o nninr prolirio nacioiia! riinis teria de qne rariglo-
riar-se do que d r verdadeiro reseiiti~iiento.
O Hriisil ficara-llie tres 7-raes niais rasto pela conquista do
que elle seria dado co~istitiiir-se ],ela Iettra dos tractados e das
conx-eiiqí,rs ant<.riores. (Jiinsi iiirtadr* do contiriente do sul fira\.a
erieiirrado n o ;inibito dn sei1 inlprrio, cnja euiifiguraqãn defiiiiti~r:~
parece d i z ni p a n d r u linlias do contorno periiiisular. O
oiiro apparecia uhiiiidantr ao ladir das pedr:iriiis de alto precn
no amapo dos setis s e r t k s qiir r;rpidanieiitr se povoayam. A s
siias armas tiriliani saliidn vietorio~asn a luct,a contra o liollariden,
expulso de Pt!rnambuco, eoiiio ;IiinoJ antes tinham repellido n
francez de Giiaiiahnra e do 3IaranliAo.
Se o traetado de Tord~sillins, sohr~posto á hnlla d e Ale-
xandre VI que excliiia t>o~tii,cnlda .Imericn, tivesse 1irrx.nleei-
do com a siin liriltn i>iingi,~arlrrr7e vrnrençno Ianyada a 3i0 le-
guas n oeste de Cabo Verde, u Brasil ~ s t a i i a hoje privadn dn
uin largo t n ~ l i ode seu actiial territorio lia Zona Teiiiperada, i'
dou dois riiilhõrs e riirio de kilninetros qua,dradus que nos fien-
riarri I!erteneeiido dentro dos trol>icos unia nerga aperiai r heiii
insigriificaiite das grandes h e i a s liy&ographicas se corii1,rrh<~n-
deria. nas nousur posses territoriaes.
Nem o Amazonas liropriamrnte dito, nem o P r a t a se in-
cluiria nos nossos limites.
O S. Francisco, rio do planalto, cujo aecesso do mar para
a s rrgiDes iriteriores r i t i trancado por famosa catarata d e cerca
de 80 metros de altura, emia o nosso innior caudal.
A i>osicãa pririlrg:ada qiin ora oecuyarnos n a rede amplis-
siina dos rios sul-ainerieanoí; nos escaparia pa.ra sempre.
alas se o ~ ~ o r t u p u epodia
z rejubilar-se de possuir sob o
Equador e sob o Tropico i i i r i iiiiprrio quasi tno vasto como 8
lCuriil>n iiitrii.;~ c setriitii ~ i . x i , s i i l n i s nuil>!o do que ria:. l>equ<wo
raiitu da 1iiri.i;~riirilr (i i ~ i . r nc<i(lu
<~ e 11 1 1 ~ 5 1 . C I I I I I I . C ~ , qne <! a trrrn
d o seli Lrrvn, o ciixtcl1i:iiio i i h i ~iirriios se gloria cloç r<+iii!:ndoi.
da 1 ~ : ~ r t i I l ~ ; ~ .
I l r Sxti,, ; i r > c:ist,rlli~~i;i>,
aiiidii. drsiitro da ioiiia tnrritln, raii-
Iie trrri~itoriiid i c1iin:i iiiiiis h<-lliq~oque o i:i~ssi~.
O rniiir ~~et.l!en~a~nc.ní't ~tr.vn<li,dns iiins CordilIi~ir;!i,
> e i i ~l)iii:nuoh (liiilil innr~rssivi.i.:,<>i 111115 grandes ~ ~ I a ~ ~>r- alro~
iiiendoi ilr Ia=«,, iorri=ciii i w i i i a altituilr i > i.xe:.s>ii clt! ~,II:!>Y-
r:itiii.a que ;L Iiititiidr idi.iiti<.;i Il~r! iiiii,iie ;I ellr r n i i ú i .
I l i o i L T I rln Fnxo no Pniiniti5: :i.
;lu ítlti~slilrn~tii~il~iii, c<>rot~daa ,li, iif!\-<., ;il?r.riiiii n r!i,ii:~ eor?i<iii-
<I,>-ri.
S68, lm".~:" ii~liii~i<isIwlo p o r t ~ ~ ~ i f~i ce~zi i,i i i i ~iin- 'x-
\ a i ji1:iiiur:is c ~ n eo .Anu~z<n~a. : i I : ~ , m sob i i i i i eco (1- f',g,>>. P<;di,i~in-,
<: ci.rti>. I ~ C I L V T I X<iiis
~ [nxin-i do .irl;:iitir<i ati. o sol,<;dn- Ciiidiiliri-
Tas i.oiiio .I. ii;l\.r,c;iusriii<ia uiii iirriiiro ,li, ;!gxn doe,*, iii;ir i i ~ iini.0;
i~l;iii:?ltiiaci,iiri.;lt.a, as ?ii>sa;is tvrriis n!l:~s, ~t;'" : : l c a ~ ~ s xi i :i i~i
q ~ ~ a r tt nl i i h i i l t i t ~ ~ diindiiii~n:
~s 1120 1111s ~i~itigiliu ~r,ii;~.ndo i . i , ~ i c i > i
ci.ziiis os r.iiiai;.o.; <Ia bni:<;i latitud<,.
i~ii!i,;ii<i.do 1tnti:iin lioi. I:.COil nietrus de nititiifir ::i.%
>.c,rti~ehc10 ir^ ;I :3lJU ou X X J ~ n e t r o ss o l ~ r e<I I U : : ~ , dc~(:;LI;<> cJ.<-
Siiiito I ~ < w i i i i l i no o At!niitici> ii< iiia~griis do S,,ci<iitis i>ii<ii r.
r<tgiiii ;~iii;!ziii,ic;&~ l ef i ~ i t orijiiicya, ii ;isj,rcto p w a l 1 ~ u e r eid<,~!-
t i I I s i : t t r i r.iitie ::i
C ~ L I I > ~ I ~ T L:~lr;t.::
:I< o s g~~,t,>,v ,>
(1e11trr 1'z~r::ná c, o S. Frtnncisco r :i%
crriiii!gos do Scirtr, -<,h <i c i : ~ do Equador, devnssadas ii<-ioi r-<.i?-
tos alizios: \.isitiii!zis ~ : < ~ ! a s m . clfl ie~~ . i < > d ie~ ique ~ s 110s t l . r i z ~ l i l2,:
rspirito. ii;i rliiferi%iiqadn ~ i n i z r i g ~ rciiiiii i i ~ IL:L d i ~ - i . ~ i d : ~dosd r C!?-
iiieiitix roii.tituti\<is do iiieiu, uiiia vaga e rlolomaa al>lirrlieii^.$.»
do fntiiro '? !
Qiiriii ii~ii;:\.ez tri;iisl>or o S. Praririsco ,iam aléiii da gr:n~ii(:
carni.nt:%<! 1':~iiIo
i: .itfoiiio, qike ;is.i;ii::!:i u liiiiit<: d i ~ zona littoinl r
da i.rgi%i>ii!ti.rior. lic,rietroii lias ean~piiiassrrens que são o tyiio
doiiiiii:tiit<: 1x1i<+i.riiori<i iiiais r>rit.nt:il do c<iiitiibeiite erirre P~I.~:LIII-
Iiiiro e: o I'inuli!. ilii Rio (:i-iiiide do S o r t e ;i (+oyiz 0x1 á Unliin,
certo, teni olisei.\.;i<lo no lioriieiii do sertio c ~ i i i o1111 liaizageiii q i l i . o
enquadra diifrreiiqns d*: coiistitiiii;io r dti c;~i.netercomo se estil-crisi:
nuiii rnuiido á 1i:irte.
Aléiii H. l.'r;iiirisc<i eiii dirrc?ão ar, Norte eoiiru n qneiii l>eli,s
srrtúes tr:ihi;~iion, :L seecurn do nr, a escassez das CIILI\-as, a fliltn d e
rios pert!niies. a intensidade dn luiz e do calor, o r e n t o constztnte, o
solo ~iedrecoso.a veget;tqHa espinheiita, nioiiotona, retorcida r baix:i2
vobriiido uiii sol" frac;~iiicntrI!i.odiictivo, coiistitiicin yarn o honiern
veniiellio tiiiizido, <.sii<4to.iniiiciilos dt. ;iqol ngil, sobrio. iiitrlligrntc
r ri~rnioso,poi.t:i. ruitirr, de tuiiia origi?i:ilidncle extniiilin, o j<r!,,,i,~o
eiiríiiii couro se 0 ~bnlllllll~ ti110 iidnllf;ldo 1101' ullla l l ~ ! s t i ? : l g ~de
~~~
quatrci seciil05~i i t i i hahitnl roiriir n;io ii%o lia oiitrti iio Bi;ti.il.
E. tnd;ivin, P n e s n rcginn iii;rt?tn coiiii>i i i i i drii.rto nridr, qiir
iricdra iim i i o ~ od r ltei<ies,cn)i:iz de snciificios, n tibra resisttmte d ; ~
i~nynn.
- \ ~ I I - I I S. Frniiciqro, iitns j i ynrn o Siil das cli:il>aditshnliiiiiins,
:ibaixo rlo Yai;illrlu de 12." di: latituda, nhraiigi-lido a s iii<iiitniili:is
qiie ti)i.nlalll ~ o l n o~ I I Ba ossatiira do territorio iiitrioika1, o nr ni:iis
Jiiiiiiidi>,o ;,,li> iii;iis fresco r inljiidi, de cnudaes perr:niirs, :i l-rgetn-
ciio \-isi>iosa e t%o variada coiiio ;.ro,yiiosrir.ali~eiitg a ternr d i ~ a r s i -
tira, deíiiirrii o H r ~ t z ~ l - ~ l l ~roiiii,
~ ! i i on r<,;i;io do nuru e d;is pedrarias,
; h t r r r ; ~da ;igriciiltiira por c,xcrlle~ii.i;i.
O 1-;ille (10 A%iunj.oiiasi., ~i<ir?iii, di.iitro dns fr»iitrit~;isiincinii:t~~i
uiii eiii;iiin do fUtiiro. Seii1ini:i rio soljre n t ? r m oceiijia <.ss:i 1,o.i-
C:,,, <~sl~ecinlissiina <pie 1:arece :isiriinlnr no iirol~rioleito o c;iiiiiriho
do Snl. Xn 1ii~tori;ida elxilicay<~ojdiiinii si. ~ i l e ~ ~ lo t ~r C<I ~ I ~~
I .~
O
Iiu?i~nii,irni t1:catro iiein liinis T;LWIOiieni iuitis l)~.odi;iosnl~~t~~ltr ùn-
i;;dn c!,. i,iinlid:ides niitagoiiie;ii.
S o Ii<~l,ifiitaiii;izor!ico qur lii>vo surgi,.H, qiir Iinl>t-l Ilir cstnr;i.
rescrriirlo iiiis di'stiiics d : ~Aii;erica !'
I)eiseiiios, entrer;into cst;ii cogit:!?i>es que toenni lielo inco-
grioicivt.1 r ri>iiaidcrrn:os ci;se nntri~t ~ c c h do i ~ t~rritorio~xlciol~al
;i0 Si11 do Tr<iiiico,oiide a i cbnp:idas e1cr:idai ec drbl.uq;iiii qunyi
sohrtt o Iiinr r o cliiiia se e:~cout?n 113 latitude eonio iio rcleun dr,
solo eleiiieiitoz de h~iii_rriiidnrl<..
Arlni siiii, tenios s i i i ~iirii c<:" mais hrando, uni rolo f<.raír e riiai-;
apto l ~ i ~ tod<)s ra os colnl~tettinln~tni (10 I1onlc111 rjue sob o 111es1nn C<:»
1rati.io I,óde e ~ u a l a nr t%iiergin.do erirol>t,il.
;L liistorin de cpiatro sreiilos, que iii.stn data re eouililetam, iios
t.itii iiiostr;iiido a pro\ ;i. liall,ilaiitr dessa. ix,fiiit!neia. iii<~liictn\~rl do
irieio sobre o seirio de unia mqn qne trnneiiiigroii liara as plaziis
urli?ricaiias, a niesiiin na oriyr~in,e lios costumes, liias euio eitr;ietl!r
vcin jii se d i ~ t i r i ~ i i i n dl,i,l;r
o aiidaein, 1,oli~iiiici;itiva! pelo seu iiiiior
i.i i ~ d r ~ e n d ~ i i c i a .
**
h?

Foram estas. nieus senlioiics. as nossas eonauitns enisuaiito ii


A .

iiiotroyiole lusitana preatavanios obedienein. E quando mais tarde,


ha i 8 annos alronas, einergin~osiis liberdade pela independencia na-
c i o n d o que dêvia ser o nosso liatrimonio to6itoiial G t a v a ennsti-
tuido, e tno sóinente delirudeiite de uina deinarraç3o definitiva; o
nosso diriito, pnri.rn, ;i posse de rjuaii ni<.t,ade do continente do sul
ficava assentiido ein titulo8 de u m valor indestruetivel.
N3o l~odiasei ,nas pingue rier11 ~ n a i ssolid:~a heranqa paieriia
Gloria a ti, oli P o i t u g i ~ l qiie
, soiibeate constituir e drfeiidrl-a,
slorin aos teus estadistas, como o zriiride Poiiihal, que sahiuni deci-
&ar no ~iorviros destinos de uni lioro da tiia estirpe. gloriosa.
J.uctaiiioa, todavia, pela riosia j i o s s r , liictaiiios ainda ,,elo nosso
direito, liietanios pela nossa Iieg<~nini~ia.
Irar iiiiiiç;~ tivernos aq vrll<.idades <Ir co~iquistadorentre os
~ I O V D Siiidri~c.ndi:ntrsque now.ercan~e 11" raro, p a ~ aalbin das nos-
sas fronteiriis, entre liovos tyr;iiiii;ados, levatiios iias dohrils d a nossa
bandeira virtorio.a a liberdade aos opl>rirnidos. Ein Yonte Cszeros
qiie ap -a Ttuzzingo, tini Pays:indli eoiiio elti Tjoirias V;il~.iitiiiae
Aquidabnii tisertios enliir iiiais de uiii;~tyrmnia; libertando o argen-
tino, o orirmtal P o IiarBguayo.
Prlns liairipas do sul, afrontmido as agiurns de uni eliina divcr-
so. as nossas lrgiijer ea,lnpe;rvnm vençrtdoras. cirnriitaiido coin o seu
sangue a lwa r n iiidrptiiide.neia d e extrarilios poros.
A riusua pulitica foi a da paz e da griierosidu,de entre vizinhos
e jiinais tiri~liiusa outrrili r> quo a outrein devia pertencer.
Soriios Iioie 16 iiiilliijes de aliiios, e sentinios iras veias a seiva
do porvir.
0 s rinssor caltilios 1;irradoi; as nossas florestas percorridas
r exploradii~ garantriii-nos a 1iui.e d e verdadeiros inonoyolios
no nic.rcadi, do iii~iiido. O ci~f; i: a borri~cl~a:o assricar e o
tahnco thriiiniri o e~nbiisaineiito da iiosaa forimia, inedern a
Iioisa ca1xicid:ide ~rrudiictara r iioi en~irjueceiri. R;isg;im as
nossas planicirs. galgaiii as nossas iiiontanhas, ligando 21s nopias
cidades 11.000 1~ilonieti.o~ d e estradiis d e ferro. Os riossos rios,
na\.egndos por barcos a ralior; iiiedeni uiii liercurrio de GOUO
kiloiiierros no Ainazonas e seus tribiitarios, 2.500 no S . Friiii-
cisco, 2.000 n o Pamguny: i i u S. Loureiiqo. P o r 18.000 kilo-
nietros se coiitain as rioss;Le linhas teleg~apliicas çonio attin-
gnin a 2 . W as nossas ageneias ~iostaes. As nossas costas il-
liiiniriaiii-niis rntiis de 3 I r e s e offrrecein 2 1 portos á na-
r7egiis.âo dr: l o n p eurw. Cerca d e 900 ii~uriieipios e ,144 ei-
dad<:s surgirain nos nossos sertõea corno nas prnixs do mar,
ondi! hn quiit,ro saeiilos iiBo Iiavia srnao dt?;ola<;ão e barbaria,
e: entretanto, nZo oceullainos ainda sufficieiiteirierite uiri quinto
do vastissiiiio t<?rritorio que yausuimos.
A instriici;8o do porol :is jcieiieias e as artes; o cammer-
cio e w iiiduqtria: as in~tituicões d e ereditos, a iinmigrayiio
tivr:ram o innis acalorado estirriulo e se anililiarani e cresceram.
Por entre flol.es e festas fizemos as mais arriscadas re-
foriiias sociaes, aboliiido trcs seculos de olilires5ao de uiiiaraç>t
que tierra a nossa í'ortuiia.
Coiii r i calor r o eiitliiisinsiiii> das asiiirncfiei
A . ,.itiv<:nis, r n -
vrredaiiii>s ainda jielai refuriiini politicas e surgi11 :L Kel,iibliea.
tr;iiisforuiaiido as iioss;~s liroi-iricias de outr'ura rui outros taii-
tos Estados que I,rosl~era;ii i i : ~ iiitlis ampla autonoiiiia.
E alii estxo, iiieus sanliorrs, desta eaiiiparilta de quatro
speuloi, 03 tropli<ios da nossa 7-ietoria, o nttestado da nossa
ciinipetencia entre as naçbes.
Sim, stio certzs as nossas conquistzs desde este dia ine-
niora~wl em que tu, oh Cruz de Cliristo, transporido osniares
iia prUa das earavellas lusitanas, guiadas por Cabral, te al-
qastes dominadoras nas praias de Porto Seguro e ertendeite a
tua soriibra irieorruptirel e benidita sobre esta terra que já
trouxe o teu noirie.
Extende ainda sobre ~ l l ae sobre niis a tua sombra pro-
teetora: di-rios ti tiia paz que s>%~ictifien o riossn rsforqo como
n tua orderii que i; o esti~iiulo do progresso xrdadeiro. Es-
ti~iieii-~ios:L sede cle eoiieordia, pois qiie temos a sêde da fra-
tenia iiniâo ; atira pnrn lonpr de nós o nioiistro das ainbi-
qòes insoffridas e desvairadas r fszc que iiiedreinos nas rirtu-
d r s eiviras coiuo na fé para que j i iio iuiiiiar do seculo 811-
trante srj:~ o nosso sncr~sfio ulntt tiil)lice ilffiv~~liiçào da iroasa
ereiiça ern Deiia, do I ~ O S S ( I amor pela Iiati.ia e da nossa ioii-
fiança na liberdade.
T a ~ o n o n oS n w n l o
S. P;~ulo,3 de Yaio de 1 9 0 0 ~ .
IV Centenario d o Descobrimento
d o Brazil

Ho,i<- qne n i~iultidimiiit,eiial evi festna; r~itliusinsticn.relc.rii-


brn uiiia. data t i o cara nos nobr<.s filhos di.s~ap,iitiliasiiiia, desta
. S i ~ n t aCruz, se aI11eias ~ ) i ~ l a n . ii.~ licito
r ~ ~ f u l ~ e i i t itr~swi n~ 11e s
reltetir, quri :is vai eri t.scollier eiki J,iiereeio r i < i s r w Iboeiiia. Dc
?~<<tzri.ai.rri<iit.
:L 011sa<lin de diricil-ns no iiossi, illustrr coiixo-
P<sri>iit,t,<,-iiir
cio si.. dr. T1ivodni.o Saiiiiiaio, cujn ] ) i ~ l i ~ ~<.Io,~II(w~c
ra ~ C H ~ U I ~ O S
todos dt, onvir.
CTC seqiior o deons, ioqoe tuir nono
= R i c a gedoin pooo pvcssis resfigir signir
.x00 its certírnai eopldur. gnam pmpter amarem.
x(kuoa te imi~ariaveo. qoia enim contondat hironao cyrnis? i

Si o ntrrviiiieiito faz-iiie ;icoiiil>aiilinr-vo* os passoul li orna-


iiieiitr> iioxo, I I % ~!c a ~iiiitl;iq%oqiia o ci~i>diis,iiin.i x i i i i o :~iiior
dr iiiiitnc\-os. Oiisoii jBiii;~i.i ù teriiie ai~dnriiilia ~,rl<:jnrcoiii a
ri!;io rysiic '?
DC-iiie v<,nia i. exr. pnrn qiie nrrtn i ~ i . n~iii>ir.~iteque rr,spi-
i.niiiur; rii v i lrocurar unia ~niiiusriil:~ parte da iiinklin iiislriinqÃo
qiie costiiiiia. liresidir aos s r w s trabalhos, iiisl>ii.nTio qiin vibinrá
ainda pelo espaqo, de envolta coiii o ct1it.r.
Iiisl~iraCio tai~ibeiii l>cdiri,i n nqu<,lln cniz liiiiiiiioi:~, roia
i.
I< ..,
,ta u christAo hqje reiuriiiornt crua brilhante I , eriia 1,roiuetti.-
dorti eqjiio fiilgorri <>i-ulsiii o brtisilciro 30 iiasrr,r: r r ~ mt,xlt,,c-
:ante D cruz e o n s o l i ~ d ~ rquei ~ , ha d e BCOIII~I~IIII~LI-o 1111s iltrertas
roniniii~s do seu lnysterio~o~ > e r e , g i n a r ~: 1 . 1 1triuinl)haltte
~ e eriiz
roderiiptorii. que si. reflerrir:i iin lapida da sua tiiiiiba. rl<,l,oir;qne
Obaddon, anjo rla nirwte, saeiid:i sobre nh 5ii;is 1,~ll'ebrai ;L
poeira do rtcilio dormir. Que d;is tuas scii,tillnciii.s iiicrs~aiit<.a
ir de.sl>reiid:i tini I>ouri>de lua, 1,nra qiio c.u 1~osia d i g n a u w ~ ~ t i '
dizer i d g ~ ~ n i nl>nlax.ras
s sobre H Ii<.roiez~t ~ r wniidr do,, OUIOSdos
:iiriis ax.ój lwoulanauaiii as l>riiii<.irai liip~.iiiias,i , dii trrrii, 11ati.i;~
querida: oridr; pela 1,rimeii-a vez o .oriiso dr~s~ioiiti~ii :ioa iiir.iii labi<ii.
Qnaiito a \-65, i i l u s t r e eoliiorios, ~,i~i;u-vr>si,i<lulp~iiei:i : n;i.i
foi a tarefa: o teiiilio esiasuroii. r rin \.OY~:I seiiwii;i teiilio ;i esi-
<I<>nt<.Il15r, pois tr~dosahw 6 f i u / , , p?r,/,~zr..
-
.

a QIII'I~d ~ ~ s c o i ~ h ~ t,stn. c r r i i,;~q:io briosa, qiic dii-


iaiit,e t p s i oito seculoi ;il>oiit,aiIn trvra uiiia 1lii;icla df.
triiiiiil>lios e aliniit,a i i , , iiiar iiiiin. Odusst~a dc gluri~is.?
(.>LII,III d r s k . ~ n b l < nesta
~ i iiaqio cri,~itct. iiiidaa, n;ui.rri-
da e ii;irt,;.aiitr,, qur .c tii.ii;ciu i i n Eiiroi,;i ~,elr> valiil. de
:iffaiisi>. q u r t<ii~ieiiiia .iiiica ~ i r l niirrr,;n do Gaiiiu, qii*,.
serihi,rt.oii a Asin pela iiit~r.~,idez de A \ l b ~ ~ q x ~ e~~I qI C~, ~ v ,
nl>r>rtoui Aiiieriçd, ~>r.lat'nrtiiiia d~ Cabral. qiic eiixiii-
t<iii, q n u i r e u i i i ~ l a v < . g ~ i : i iiiuii<li, ~ieli,,; ti-n;isluiiiiiosi,i
r,l~ii.it,<,s.iteln3 si-iiiiws iiisl,ii.aci>es d<. JI:r;.~~lliàcs'?~111

I'oij k i i i ! lti~irieniornriiin d~,i<ls filetos 4 r t ~ v i ~ iiina


t ~ x riilii
<;i, plorins, i. throcnr uiii passado. qrii. I>od<,iiiosdinrr iioiso. Fi-
ilios di: Piirtu;.i~l, ti ii<istaiiiboiii c~<,rtriicnrcadizrr ns suns nr(.i,(,s
Iieroieaa. O tillio taiiibriii se <.iipr:ii\dvir ao iiiirrnr ;tq glorias
do Pai.
;\ cdnde iiiidia n~il,rosiiiia-ir d o eeii t e . S;io lia niuito
qu': teriirii:oii n ~ l l t i l n : ~rl.~l~nida.s o ~ ~ v i d oc01110
s qui. ailtdi~
.. ,. o tinir dirs osl~aliis. Os rni-nllirirni <,hri.it;ios se liarteti1 d : ~
:tai>a
r sniiki, riu denx~ridiadc seu, I:~rri. E n t r e os lialiitos i i o ~ i r i
',LI*ti.;w.iniii figurava o uso iiiiiiioder;ido das drogas aroiiiatir:ls.
O niiie, ii c:~iielle, 0 p m ~ ~ i h r ur . c r i i v o e :L ~rilttrlltits ~ r ~ - i t ~de
!n
<ioiidiiiiriito aos ~ i i i t i o sbehidos iioi irstiiib. E I ~li!.<,~-r
L a iinit*i<:iio
,',.t.nernlisnva
- o uao deirns crprriiiriii;.
.. satisfazer a tào novas iieerasidades os gollilios e en-
1,aia
seadas do Dlorliterraneo se transfonii;~~ain.h; soiilara dos rlorri-
dros cri.sciaiii rid;idi.s, ~>;LKIL onde r o ~ i r e r ~ i a ras i i drogas orirntaes.
0 s effeitos do seu uso descoriiinedido uda se faziaiii rsperar. A
ini.ùo transviava-se, aobrexeitava-*. O desvario, pol.ê~n: tocava
i s reias do subliirii:. Semelhava o furor da ~~ytlionissa ao des-
vendar os secretos arcanos do fiituro. Era uula loucura do saber.
1,oucur;~taiiibein o tinliaiii sirl<i as cruzadas, mas loiicura bem
dirers;,, loucura sublinie da rriiz.
Ardente era a &de da seii,ncia. "Ay~<elle que cowq~uahuum
liivroj<i >L& li»lit<~?>a-8i1 n I6lk,prrni~tr icin p<xhado(Ic ~ i e s ~ o a s
sa-
bias, para d e p i s Iega7.0 <r «.m eoi~cei&f<,. M<zu n qiLPin qziena
0?1Cil-", f i i . ~ c ( I~L I , ~ ~ ~ I . O S Ucopiar,
S rjwe seas pnssuicZolr,res innb 16r a
oi~trn~s."Por iiiuitou o seu conteíidu era guardado de inemoria
para. traiisniittil-o a quem não 1iudes8e I&-lo.
Corria-se de unia cidade a outra, inaiidava-se embaixadores
por causa do >~l~pareciiriento de um livro.
A' iriedida que as obras alq>areciaiii a s&de augmeiitava.
Xsquadriiiliarant-se os coiirentos para var se nas suas prateleiras
l,odei-se-i;ini encontrar lirros raros do passado, qiie os do pre-
sente jii iião ~atisfneiairi.
Acdiri tatiiberri nas artes. Por sob os destroços dos pxlneios
se deviaiii encontrar estatuas, vasos, moedas e o u t r a rarida-
des do passado. E os escombros forani revolvidos! " E as
estutum pagans sahiam do 8010 onde tinham estado s e p z ~ l k i m
wuzis V L C ~ S , por ~ i m t u ~ ~a C, que I iui antiguidade. Os p p s calri-
anL de ~<J,?~/L<,s diante rlellas, que pmsocn»L u ser passer~dm e>n
tviunrpho srh a ~<,nbellapont<ficnl.r E uma pop~laçBo,não de
vivos, mas de mortos, não hnma,na, nias de marmore, sur,'"lu como
que por e.neaiito das entranhas da terra, para attestar o gráu de
eivilinacZo do passado. Só dos arredores de Xoina 60,000 esta-
tuas têiti surgido á luz brilhante do sol, ostentando ao8 presen-
tes as suas prrfeiç5es, corno por manhã elaiã. de radioso dia as
rosas offrreçtrin, aos carrnes da zumbidom abelha, os rubrnslabios
dolide i120 de tirar o dulçoroso n,el.
aOb! quanto esta nobre, serena, heroiea antiguidade pareceu
superior a tudo quanto se conhecia, quando, depois de tantos se-
culos. foi vista a sua face veneravel e ~neantadora! Oh mãs,
quão joven que sois! dizia o niuiido em lagrimas. De que im-
ponentes oinatos vos arhites ataviada! O novo foi achado velho,
a antiguidade pareceu joven, não só por seu siii,plar encanto,
como lios uni mcóido eonr a seienci;~iiascente. Um
sangue iiinis calido, uiria flainina do ainôr, golfou de novo as nos-
a s envelhantadas veias, como o vinho generoso de Homero,
GEsrliylo e de Sophoclea.~ i li
O oriental hachieli traiiaviin~ tambem as imaginilçfies doa
arcl:liiteetos, que já não mais exigiam o conhecido, por mais pei-
feit,o que fosse. A f6rma dever:, prefigiirar um syrnbolo : *o t:di-
ficio, por meio das suas naves oppostas, dere representar a crua
onde inorreu Cliristo; os Rorfies, eoin a,s suas prtalas de d i e
mente, figuram a rosa eterna da qual iis aliiiar rediiiiidas silo xs
foltias; as dimenssões de todas 21s partos corresporidrm a nume-
roa sarrados. De um outro lado as fbrrnas, por sua riqueza, por
sua bizarria, sua ousadial siia delicadeza, siia enormidade Iiariiio-
nieani-se com a intemperaii~a r aa curiosidades da phant~sia
doentia» diz Taine. (2)
A taes almas são precisas i;elisar;óes novas, vivas, riluit~ipias.
Ji n8o Ihes satisfaaem os templos antigos. h bl)ocha 6 t,oda de
amôr e de movimento.
O mar attrahe duplamerite. . I'orqiie?
As suas ondas, osculaiido de coiit,inuo as lourissimns areias,
figurarii uiii poema de amor. As praias, onde as areias correm,
correm diante do vento, como iylnybar diante de saturo lascivo,
evoram um eterno peregriiia,r. Xai suas grutas, 110s seus alcan-
tis a ~irgernde loz~rosmhellos cem segredar d s uugc~8o seu im
meliso amôr.
Pois bem! A cathedral gothica relenibra os alcantis k beira
mar, diz Luciaiio Cordeiro.
Alii ha o exaygero da fórrna.. As torres que se alçam como
b r a p supplices, nza aloançam assaz alto; e surge a agulha
rendilhada. evolanda-se aos cko~,7idirnn escada de Jumb.
Figuras pequeninas s%o enroladas ao3 portaes. O marmore
e a pedra são pontilhados rm trnuissiina renda, que srinelha os
frócõs do céo õu as espumas do mar.
Nicoláo de Piza é o Iiriineiro archiiecto e esculptor desta
époeha.
<Seus pans, diz Castellar ~ 3 ) ,seus mestres, .obrixarain-no a
ajoelliar-se, pôr as mãos, ante as estatuas bysantinas, ci~rvadas
sob os terrores do jnieo iinioersal: e elle foi depois prostrar-sa
deante das figuras gregas, radiantes de formosura, erguidas como
aquella civilii..ação, essencialmeiite huiiiana, amamentada aos pei-
tos da liberdade.>

[I) blichelet-Lo Renoiaaawe.


(2) Taine-Philosophic de r d r t .
(i) CRntetlSr-O erinilaria da Pi3a
\Itastr~!s grP=os ~lirigriii-ii<ii103 siXilsI n h o r e ~ ;diseilnilos +jii-
dni,i-ii,~. As fi,ciii.iis snliirl;is d<i rrii ciiizel tiiiliaiii attitiides <I<:
s a h ~ i .iiioi-iiiiriitr) da rerdndel eiiiliorii f ; ~ l t i ~ s ~ cno\ ~seu
i i ilnto~.ex-
lberi<,ii<.in:t,xl,ve~sii,~ i:ilor.
21 csrnln eiiti.etaiitii t%siiifiiiidndn. i120 iihst:iiiti. sei. uiii ar-

ousado iiiiir,\-ndor.
Aiidr<::i r iiio~.niiiii Fi8iiiiir sr,riirrii-110, o o ( ' u i i ~ ~ i n i i i l l ~ de:r i
F ~ D T I7ni ~ I iliis
I~R ~ i i i i siii;ios hi.iiirnii<lii çoiiiri iiitiii : ~ s ~ ~ i i l ~ >
griSg;i.
tiirn
i t i d 1 t o t i o . Seiii ikliibcrii i i t , i i i 1)oiii~telln:
e I e I . o e t j <,iii elegaiiçi;~,
e111 I I O ~ T P Z : ~ VIIL
, s?t~tinieut<),C . I ~ f<ir111;$9.
S n ltiiitura ('iiiialiiie dera-lhes riiii:iltr~ il'nntes i i i o 7-istoi) vrii
Sniit:~Crori, (16 Fluiiiiiqa, Saiira I l x r i ~ iSol-t.llal Siiii Sl,irito.
i 1 1 l i c i t o I i~astoriiiho rir. Jliligelli>, Giotto. e-
ir.di,-o niiida: s;ibr trnqiti ioiii 1 ~ u r w a .VOUL j)1.i>11orqürs,cimn (51~-
qailciit, diitril~liiras Iiiaes r: :m soiiitvas, ;ivipor;ir os toiis.
zn scdi! do snbrr sr.iiilirr augiiielitn~i<lu!Suyviii rscolns e
ar;zdpii~ins. oiidr, a i sciriici~iaxùo dirolgndiiu. llniiillri Firiiio di-
rixe i . i i i t'lor,ii(.a iiiiin hciidciiiia Pldtoiii<.;i. O eoiiiiiirrcio roilia
iricrpiiiriito. O ctistrllu ri,<: por tt.rn~r,, riit seu l<iy;ir <:Ii!iniitndn
iiinii nrndriiiin oii iiiiin iiiniiiif;ictiiva.
E clteii~d<,.r c s p l r l ~ d ~ r t C~ Os ,I ~ ~ O11111n niirorn. surgri a í:ei~<rs-
ePiLy!

Rise r;l>ii.iti, ar<.iituriiso c j~ii.ri.eii.~.l.rlisio.io e iie5~jtwo de


coiiyiiista dr iia<ii<,i giirrreiriis piirn :L fi: clii-iitnii; sciriititieo c
artisrico. iiiiiox-ador e eoiiiiiii,rcinl, ii:iri a dcix;ir dv, roiii o
s o u Iinlito iii.il<vitr, esca1d;rr o aniigiic dos tillios dt! Portiignl. cn-
valliri?escri r! giiecr~.iro,rpligioro e eirilisiidor. ;iv<-~irui.eivoc eoiii-
iiirrci;iiiti*. ,idjiiiij.z-se L% isso i~ SLUI posiq20 t o p o g ~ i ~ p l i i ç i ~ .
&ri.eli;,ta\.;i-os o inuriiiurio das sereias r10 iiiar, riiiit~iiidoi i n
va-n eslniiiioia qiir si: ],arti contra tis ror:,. dr: ;\t.rnliidn e d e
Çiiirrii: d:iiisn~ido ria nieia luiirii ao çolirn rlo yeiito.. (1)
A n u i r i ~ t l ~lmrtt~x~~ez:n
a n&o lmdi*i, m>tret:znru. ~ ~ ~ ~ ~1,nr;i s r n ~ - s ~
firai~desuing<.lis. Coetaiira do Heiiriilue, o I3<>i.y,,ii>hi.r., nleiitiia~-
se p?lni: &iqalilin; d;is toiiindns < l i 1,isiioa r dv Si!i.rw, ol>iileiitiira-
SI! 1'cla.i rirtni.i;ij dr, U. Fiins Rriiil,iiilio no <:alio Esi>icli<,l.
E e«iiitiido i;&l>tidii iiiii nliiiivai~ti. ;i (:t.iiovn !
A. conrliiistii. do ,\lpnrvrl rili l ? U I . veio niiidn iiiostrnr s ire-
cessid;~rli! di: dt,s~.iii-olvel-a.

(11 Olireiii I l ~ r . r t i ~ ~ - P o r lnos


~ ~ aXgires.
l
Xii~iit:ro~:isdt,zo~i;i; rlc niiiios liiivii~iiidecorrido il<,l,.)i, i ~ i i o;i
Europa rlie;,ira ;L ~iriticittrl< que l>:ira a i l~xiidaiilo Ovieiite Iin-
via tiriia. regii~oci>iiiu qiir t.ncx~t,a<Ia.-1s ~ I I : L S~ i r p i í w w > i~u~,,i~;ix-
r;~r<.is,exrrdiaiii tiido o <~IL(: R in~il=ii~i~q%o a ~niii; viva iludasse
i e t Ahi ~.i,iiinra.i i ~ i i iiriiicil~ccliiiat;io: i>F'reste-.Joliaiii.
Feliz da iiac;io yiit,, 1iiidr,sie drseohrir c;iiiiiiilio iiura trníie;ir
eoni r s a t,eiit;tdiira regi20 !
?Liis iikn cra tudo. I),, 1.ido do O<icidriitt>.coiir:tr;i-se; rxis-
tialii ltniilcs maraiillinar,s. O iiuir ri~~tllii~va-se d < rirdvjaiites
~ illin;,
riizrlc r.sJstinii~ciilarl<,s czijit.s i i i i i ~ ~ n l h r ririeii,
s ri*:,fiiiiss!ii~o oiro (11.
O iii:irtiiii c ns gciniiitis ns iii;iis r a r w c r ; m i,rici,iitiiidos ;L iiioiitr.
Cada coiirlia eiiiii qiii. <I ori,;iii<i taliiani-ii ;L. liraias. cci:itiiilin ~IP-
I.O~:LS ~ n a i o ~ edo
s ,que as iixiis lire:io>;ia do tlicsoiii.~do iiiiiii,rndoi
em C<>i~stiiiititiol,ln.
(!uirii~r~~liciidr-sp 1,i.rSt:it~iiiriiti qiii. rsta* inai,cs <,r:riii hastnii-
t e Imnderosas 1ini.n qii!: niii;r parte iivrritiiros:; rla 1inc.írri li<.iisa>sc
rain drsvriidnr c5ir.s se~rt,<los.Por outro Iado n Ilnrír i1i;iis retlec-
tida. <~iienstrll;idiiiini iiiiyi>es de -c<i,rnl>liin dr, Proloni~ii e di,.
outros; rcvr~ltava-serinitrn t;io lierigosn l'liiiiita~in. IAoiirrirn sc.riii
o t;,iit;ir rluiilqurr iriti.rlirvii;i <lu Inrin dlr Ot,ste. A l ~ i t e ~ x ~ i n a ~ . a
d o O drscoitliceido r.vn o J1cii. i::i~cI>i.i,zo. niide iinpeva\-ii.
a iriorte. P;iri~o Ori<,iitc. ltodia-se i r atrnvvz d:i Ifrien.

Bl,,~rct,so i i t c e r f f , ~c i n c o ~ / i ~ i tp~,,iqr,, c
Porq,,"~ f i ~ i i i,; i ~e,rnlfe
~ P t,! liai,iil/r,
~ ~ , rI m
( ' / t ~ ~ , t ~ r ~ , , , ~. /~, j ~- t ic ~ / cout. , y a rópÍo,
Ikz I,xfi<~, F'c,~~.~;,!, .iv<d,i,r c, Et/,io1,ir~,!
O / > ! ,!,a.l,ti,:to /,ri,,~eirtl C/!,(' > ! O ,,,?,,,,I,,
-\-,\íu I , U < / I L X I,PI<C pi,z (.ir, nr,c<-', Ir,iih,,!
í);!yt{t, d a rt<!r.<zu , , C ? ~ ,cL7 0 /~r~fi,~zdo
.%r. 6 j i , s t a n j i i c t ~ i7 ~ (li,,> i tili~h,,.
.

S o iiieii, d ~ i t niiic<,rrixn nl>l,nritr.r viiiis t i ~ i i r n :c.nitil, que


~ ~ a x c <:ili.iiid:~
ia l)or UCUS:i« l j ~ , l ~ ~ eL~. C>~ I IiU~lin~.ii
: ~ nlxir-lhe
1,ort:is da gloria : D. Heiiiiiliio.
-\-o reiiiado <Ir D. Jo?!o 1 uiiin friit;~de cnrxrell::~. d i r i ~ i d ; ~
],elos iiifaiitris seus íillioi. tiiilin por vi:zcs Ii~icqjadci lias c i ~ t n . ;
do riirrte d'.Lfrica. X'uiiiii di.sja, esciirii>v~foi c o ~ ~ q ~ r i s z a:Ld a
grande e fi>rtissiiiia eiiliidt, di, Cr:iit:i. O iucrr.s.o derse coiiiirii,-
tiriieiito fez coiii que o i i i r i i * iiioqo dos iiifniitt,~: I). H<<~~riqcie,
tomasse amor l>rlas viagriis iiiiiritimas e ineditnsse em futuras cor-
rerias sobre nu ragns ululantru, em demniids de novos triurnplios.
Para nirllior execu~iridos seus [ilanas o priiicipe sabcdor
resolveu estalielececse lterto do Cnbo S. Vieente, eni Sagres.
Nessa tenue porqho de teiw, que o oceano r e m de continuo
lavar, exiiostn aos iigol.es dos reutos, foi fundado uiri collegio,
oiidc a uauticn e propr;ipliiri fossem erisiriados. Das suas viagena
trouxera-lhe im dos irniRris-inapyas, roteiros; cartas maiitirnns,
que passaraiii o ser o seu quotidiaiio estudar.
Ahi elle pi.ociircii.u drsrei~d<rros sqi.edos das ilhas e dos
c<,>~fi7aeiates,dos golliiu,.s e da(. e i t ~ e ( ~ l avelados
s, pelo manto azul
izepo do 11far lre,aehrr>zo. ( l i
A O d p s e a r a e cornnqar:
<Tu, fillio caro da natura, I; ~ e i i i o !
Que tardnstes em formar por k~liitosaniios
O lusitano IIrinrique, alfirn uni dia
.
I tinipreza lhe inspiraste,
Que enclie de gloria a Lysii~.

E i s elle iix mio toma ardente fcuo:


Que desde o Sarro-Proinontorio fulge;
Tiro de luz despede, que alluiniii.
Do Teriebroso Oceano
Os prlagos immensas.
~ I d ervi>iper os mares, disse aos LILFOS
Com chnties inrriiortnrs, té-qici .fechados :
Irle alaigr,r jirii. itoin riurravilha
A pntria Lysia, a Ett'l<i.opa
Os ternriizos do mundo.»
Gente animosa iilrictn as vozes ouve;
A angra deixa da miiriiibn B n g r ~ s:
E em proriiptos barineis Bs ondas. descem
Deuses do mar potentes
Os novos Arg0nautas.w (2).
Em 1412, de Sagres ?e partem e m dous navios que passam
60 leguas além Cabo Xâo. considerado ponto que não podia
ser ultrapassado.

p] Oliveira Irartias-Ei8Iovio de Portwgal.


(2) Ripino Dwenie-Ode o B. Kenriguo.
Seis antios depois, unia teuiliestade Iaiipva a itina ilha des-
cnnheeida outros iiavegarites, que davam-llie o iiotne. de P o n o
Santo. E m 1419 :

Como do meio d a s cei.ricfT<~siitii-eiis


A utlanticrc .Wl~deira S ~ ,f;~>->tios<c
P
De eerdejante folha cs ti,iciiqn .>,.,iada;
E ">P,ib C(J>12 h~111dogesto
Saudar os IILZOS I L ~ Z , !~ ~ [l)
S

Mais tardr 14 annos Gil E a t i i i ~ s coiiseguiii dobrar o Cabo


Bqador; faqanlia que julpoii-se iiltrnl>asani.as de H<.icules.
E m 1.140, foi descobei-to o Cabo Branco: r <-nr 1441 em La-
;.os organia.i\-a-se unia compnliia linra <.rlrlorar esses pontos .
dXAfrica.
Entretanto o Infante, que cada r e a mais % siiperiorizara
i. no
saber, ;ivantajava-se em a~>nos;decliriaiido-se para a morie, sem
que conseguisse fazer com que 11 €'reste-Joharii sahisse dos do-
iiiinios da mais rnqilintada phantasi;i.
No anno da gsaça de 1460 cerraraiii-se-lhe para senipre ni
palpebras, le=a~idoao reino um ~iatrinioiiio rni ci1,jo administrar
encontraria el-rei a sua gloria a mais iiir;cureci\.el.
Verdadeiro genio, hoje, iiiais de quatro seeiilos depois de
sua morte, ainda brotarn, ainda fli~rrseeni niiriiosas e viridentes
as palmas do seu talento, as flores dt. siia r-erdadf-ira gloria, para
serrir-me- de enpressíies de Latino Corlho. ess<. insipeririaela-
dor da palavra. Deante do seu se~iiilehroillustre rnbrilha o seu
iionir, IIOI Tentunr aiiida mais refi~lprrite, iinriiaxescivel li~+rant,e
a inveja, mais immxrcescivel ainda depois que 08 postf.ros jul-
;.ararri-no com imparcialidade, e por sobre rlle collocarairt uma
nur4ola de lua, luz que nunca se nyapitrii, IUL que cada vez ful-
gurar:? maia rútila, luz sobre a qiial o Seiilior cb.screreu: Asaitii
pai.n t d o O ~enipi.e.
D. Jouo 11, ~ r i n r i p e coiitiiiiic>ii roni ardor os pro-
jeetoa de D. Hrnriqite, cheyarido Bartliolonieu Dias att' ti
ponta entremia do sul da Atiiea, n qiir o rei denominou de Cabo
de Bôa Esperanca.
Qiiaiito ao Preste-Joliam, iiave,gantes portugiiezes traziani
de Beniri a nora que'nso era elle mais do que o iinlierador da
bhyssiriia. De dois drl~utados que D. João mandará á e6rtr
desse princilie, um morrera assassiriado. O oiitro fôra dar coni-
biso I,Z. Iiidiii, \i>li;iii<li, :to (::Uro iii::i+ tiii.<lr, delmis dc ter lisi-
tado C';ilicct. (;iii r. n i1li;i dr Oiiiiiiz, i i i , í:ol1,lii> I'eriico.
31ai. ;i'# i i o i<.iiindo d r U. \Ini,iirl: riii 14!18: coi~acgiiin\ - n ~ c o
d : ~( ~ ; I I ; \ , cIq>oi, 1 3 111,36,5 C I > ~ ~ $ ? L Tti3 Iuclin!,.
vi:~,zC,~n,
Sirila !.<i,.,o ~ i dizer i :i81i~.i ;i ,Ivsci,br.rta drsi;i des1iii;ilirnntr
..
regia<i.
Poi. < ~ i (b:dn i ~ ::il~~la jlar<.ce resr)i~1.O u!i:\ioi~ \ - < ~ bde. o Tlieiidoro
Si::n1xiio, (asse I.;iti~~o (;o<,liIo do r3~:1ziI, Z I I ~~ o l , ~ r l ~ i s s<IT:I(;ZCL
i~t~n
.
r.i ri-.iv, i~is:i~..iiiii,de 1 l l i l i 8 : eo~nc)11odrl.ii~t.u Iiojc si~cr<,rle!-ii ?

~~ -
Ijixriii os ltibt<iriadiires que <i I{<-i ,I,f;;viiiiiiir:o, rrsolveiido
t - ilii dencohei.i;i <ln C;iiiiiix, iCz :i]>i.niiilitnr iiii: frota
r o i ~ i l ~ o <i<. ~ c i i r n ~ e l l ne~ tres il:~iio%I , P ~ O I I ~ < > - . O C Ú T , I I I ; L I I ~ ~ O
~ t :clex
foi dndo ;i l'!.d:;ùri~s Cahr;il; fidzlz<><I;, t.x~:il<.;i-:i. filho rlr Fei-
ii:riid<,s (;ihi.;il, a de Iirii\iiicii~ ila B r i m , :alcnide-~iibr
de Br1iiiini:i c ;i.iiliur de ,\ziimni.
1:iii S ii,. ll::rçi, de 1300, D. \[aiioi.l Iii~iilia iia. sii;i; iiiZos
i > c:st:iiid;irt<. 6;: I d<,l>r,iidr drvid:rii,riitr : ~ b ~ i i d i ~ ~11n :~do
I t < . < I ~ ~ < , ~ ~ wili: r ~ ~I. i i r S.
i ; i de Xelr.in. sitiuliln li:, prni:~iio Bes-
trlln. \[;ih t;:i.ili: ,*,i.riii.siiin ~~~OI~:II.ÇIL:L nlii k.\-;iiit<ia o siiiiilttiio-
i . i . , 1 1 ii>oiiiiiiiriito c10 i ~ i i n l ,coiii t i o
nol,s<; e ~ c t , l n ~ * i z ~nw; ~ n ~f:tI>t
, j AIvi%sN<-n<l<+.
T a <li;, !i. iiitiiiiadii3 ~ , r l i >iiordrst,. as iolra- i<.liis, ncodein
s iin<is aiii : L C ~ I I < B ilna rt.i.ri;is c :itii.:iiii-*c. iii, ,,ia,. culi!@ii.i.so,
r/<< hiii,i,ci~il<i ,t;rii,ir; eiii driiiniidii dna trwii., c u j c r;iii,iiiiIo d<!sci>bi.ira
Iílsiri rl<r (i<i,i>ii, r , ,%,.te ('<61~,il<io.
iIt6 (':iiii> \ d e feliz fi>i,ri~ n iiavty;i<;ào. F;iltaiidol poii.iii;
iiiiia <:iitbn;.c;ichiil rlris dins correu C;il>i.;il i,:; iii:ii.<.i teiitniido eiii
y:io drscr>l>i.il-;i.
S e g ~ ~ entAo ~ i u o ;11111ir:iuL~,ITIILIOdo Oest<,.
X;i t,l.,iiiião <li, iiiiiitos rstn rutn f'oi ~<iiiindi>viii virtudr, de.
iiiiia t<~iiil~<sttndi~: dr:lla. porCiiil iiin i i ~ i idùo iioticiii o ijcriv20
<Ia a~iii;iii;~ l'cro Vaz Caiiiililia, i i < , i i i i, ~iiloto.
Oii!?.ns ipit,rciii qiiv ;I caura. f o s s ~ <ar.it;ii. as rillriinvins d ; ~
custa de fiii!i+.
Para i i i i i i i tvrilio coiiio iiiziis ~,ros:ivrl. 1 nssiiii obrira ou
eiii virtiirli: de O I , ~ , , I I Y C ~ U Ctr~uxi.rii,OU ta1rc.z ltor calculo.
Dir-voi-1u.i Iinrque assiiii I ) P I ~ S O .
Erirn, o K~il,i.o, cxilnilo da Ialaiidin. liiiisoii-sc <'iii 986, dia
o sr. Clirictiaiio Bixt'ib: iia siin Alleir~orinsr,hi,r, I, Dcscohiirrrercto d a
. ~ I I L P ~ < C < I li,, S C C I I I O r\-, pari^ a. Groeiileii<li.i. :ieoiiiiinriliado dc uiir
dux seus rali<los lmr rioiiio Heriiilf. .\ l;i.o<~i~liiiidin nesse tenilio
tinlin iiiiia l ~ o l ~ u l eoiisiderorcl. ~i~;~~
Ciii fillio de TIcriii!f. ciiaiiindo Bitlriir.. clrpuii di, uiiia.
viiigciii l'c,ln S<jriicyal d<,srjniido vi5it:~l-o, ~>;irtliiviii coiiipaiibia
de outros ciii il<,iiiaiid<i l l illia, c I !li<.s rvam
l c o c o s . Os ii<,rocir~isfiii.rniii roiii qiir. riic,~issri:i >i i i i i i
~ , a i ztodo cohcrto de iiinttoa, cort;.do (,<irl>t,íliiriios iiiorros. S c ~ o
.i: l ~ t r ~ ~ w <.ate ~ ~ c ~baix
l o roili n (>roeii!nii<iiii,eoiitiiiu;iritiii n via;r:rii
Iinrris t<.rras for:iiii por <.11i,s t.iiioiitrnrl;i~. ' i Ilinriie d;i<lo
t i <l<xtadescoberta ;i Erice, rstr! uii;ii<ii>ii riii !)!I4 uni di:
si.iis fiilioa, Leif. neoiiil,:iiili;idi~ <li. i13 Iioiiii.iia, i,q>loi.iir w s n s
trrrns: qiic.. dc iio\70 ciicoiiti.nd;~a, for;iiii rlr~ii<iiiiiiiaclas1-Ii.lluia~id
t. \larkl:ind.
U:ii dos coiiiiiaiiheirii de Lisif ;if:istn:,do-se das ccstns,
drscobriii iio interior gi'aiide qii;liitidndz dc 1-ii31i:is. Ri,cehcu
viit,qo o pais o iioiiirt dr? Viiilniidi:~.
Tliomnld, ii.iii:tr> d r Lcif, iiir jriiiio l(1J" partia liara <.sra.
rc.g?~o, onde l>assai;l o iiivrruo. : i I 10011, nl:.iius
(10s seili: coiiil>i!iilir.iros. iiitein;iii<ln-ir ii~,!o paiir, riii d ~ s c o h c r i a ~ .
<.iiioiit,ravain bellas 1iaragt.iií coli<.rt~~.; dr. ii:;tttos. 'l'nido TIiori\.nld
dirigido liarn a. b:iiidn de Ir.str. foi iiiort;iliiir~iti fcrido 11or
l:rquiiii;i\x qiii. nlii i,iicoiitriirn.
I\ia ~w.iiiiavern iiiiiiir<lint:i ~o!ta\.ixiii os svii? coiiili~iilit~iros
1it~1.a l a i . Tlioruteii~~i do iii<irto, indo a essas
Iln,r;i,criis biioe,-r o s(sli corli<, 11:lrn d;ir-llii! stlll~~ltura r 1 1 1 t<.ri.z~
vil-iliza<la,i:1 fiiili~c<riidiirniit<. r> iiix-r.riio. Ati. 11.21 e<iiitiiiunmin
;w ex~,cdiqùcs ti Viiilniidia.
S q'iiii3ri da Kntii. ~ir,lns deseril>qfir,s diiilns por esat.s
i t iia ,\iiirricn do Siirtr esta" ~itiindas essas rcpiGes,
cxplornrlas l,elos i.roi.iilniidr.zer.
Sob os ;iiispicio>: d r nlguiij errl<,biai.ticos do Ris1>:idc de
Gnrdnr, iin (:roeiilniidia. foi ?cit;i riii 1"i;ii uiiia viageiii i .Xiiirrira,
dracirbriiido oiitros o n ~1283 ~ u i i i : ~ torra qiii: par<.ce ""r a 'Pt.ma
' J o ~ a .l i l i < l n cru 1347 liartia (1s (;i.oriilaiidin. iiiiin <,slirdiqùo corii
<lcstino ;L IJ;ii.klniirl, 1,a.i~aiiiiii<intl:is I-cxi.s iisita<lo.
01 110iil~i~i
<Ir lzrauyii, tiiiliaiu descid<i ;i,tc. ..'.
do 1101-t<,~ de.>oi<de i~nditrt.11~~.ill>ii~:~a
as (?;iiiai.inr, rio sc.culo XV.
PVI~IS ir>itas

r 1 l i u d e l l e i tivesse tido os lii>rtngucLt,í n


prinleira ~ l o t i ~ da i i ~2\iii~ricn!
E111 Çairpa: o iiifaiitr D. Hriirique l>ass"nri dias e noites no
lado cle ~ a i r n edc Xayorea, cosiiio~riililio notnyel <lu ttriiil,o, í . s i ~ -
iiiinniido cartas geogrnl>Lieas e I I I ~ I I I ~ ~ Ç .
X%o seria ii'zste 1nhiit;~rroiistorito, eiii busca da. dtreifrac%o
do ilitriiicano p~obleinndo 3Jiu Trrieb~.oao, qiiç tinhniii chegado
á sua vt,rdiideirn noqâo? ?\%o estaria por acaso Cabra1 iniciado
rieste segredo tiío digiio de ser (niardndo por uni priricipn da
Kniasceii~n'?
Aos snbios cabe a reslioqta.
A 2 1 de Abril apparecein s i p a r i de terra.
-1 -2 foi esta avistada. i i s horas de vesperas.

Pniz de yriite e jirodiyilios cheio,


B n d i i t e i , i a ~j d i z pois<iv i~iais~ i m :
Aqzii <Ir, r n s t o ocrn??o 110 meio
?ol. lioiiiarl tr,r,iirirf,c <L próa nppTiea
(i il1,~sti.eCill,i.td, cr,i,i fhtisti, ocnsn,
SuOie yriíos d,:zt.sris do ~~ILI,.YSO
O C C ~ S(1)
O.

E tu, ó Parria, I'ntlia queridii. Pntria. iriinh:~ abenqoada, em


exijo r60 aziil: ronio o ~iiarito da Virgem: riitilani estrellits a i
~iiaisformosiis, eiii cujas florratae distillaiii-se 016res que não in-
r t q n ~ ,os
~ do Oritriite, eili mjor ;ires iidejnrri passaros que releiii-
brani porçùes de iris, niide crrsce esbelta n r)iil~rleiracom qiie
L1lvssi:s conipnrava Kuusicn. terras de taiitas brllezns que só GS
l , Terra-Pdtria ap-
cuirta i i i i t poeta, só ns S O I L ~ ( Lioii i ~ 1 n ~ o v t ntu
pa~ecc"~rnos olhos deslun~hradoados lusos navrgnntes.

?itz,ito foites sdo,


A7Üo
tdo dest>'os
?>ias siin
Xlio ezeerricio dn freia, que n~i.ebatni,i.
Ao nerdr pirptzgain o ciir1.0 bico
l'oai~i70 pelo n?. S e m <Eos seus tiros
O peisr prnteado estii seguro
I\ó fundo do rihe$.o. (3)
A 26 foi eelrbradn uiiia niissa coui liregnqZ<i. A 28 Iirln ]>ri-
meira vez o inailindo dr. u m 1rovo ciailisado fez tniiibiir oni ter-
ras do Erazil uma arvore secular. Corii ella foi talhada iiiiia eiuz
com as ari.iiiws e diriaas del-rei de Portiigal: tive sss;i que foi
alqada n o dia 1." d e Jlaio.
il esta i n a r a ~ i l h o i iterra
~ foi posto o noiiie de I b r u ('iuz.
Conta-se que Cabiixl fizera voto de, ao voltar ao Keiiio,
mandar fabricar iuiin oiitra crui cnni o oiiro que trouxc!ssr da
Iiidia.
A base foi~iinl-a-ia o hxorize dos caiihiie8. ao qiial seria
presa pelo ferro dai rsliadnr.
Ouriu-o o Altiisiiiio e disse-lhe: N%o! S,io a fnreis de ferro, que
a este consome a f e r r u ~ e i ndo;: teiriliiis. KIio! Nfio a tareis de hroiizr,
que a este funde o fogo ~~l~r,raead<ii. da8 reroliiqùrs e das guerras. liso!
NWo n. farei de ouro qiie <>%te G n foiits de todas as injiiatiqi~s.
Corroulie, como o ferin e o bl-niize fzizeni trriiirr e e h u r n ~ .Fal-a-
r i eu. Fnl-a-si de rstrellas. Isrilliará mais do que si? u ouro
a foriiiassr. Estaiir1,al-a-ei no ci;o, liara que alii fique pura
todo o sempre. 14: o.so 071ri~jÍcili.ri jiriiie.,firiiie U,,IIO n t i m c i e i l -
$a ,ia im.wmta7idade e nu g l w i i ~ .
V ó s t ~ i t r - i ,im~rio~ I O I . ~ S C C ~ L ~ J
De 7iii,,1n ni.core de Cili,irto ,trais rrrnnda,
Q11e I L ~ ~ I ~ I I I I I I ?C ?L I I S C ~ ~110
< S Occidei~te.
Cewirer~,011 Chi.isti,riiissitii<r c h n i r i r i d ~:
T7&r7eir iir, c,~sso eacri<lo, yrre preseirte
T70s <iii~auti.<rn icicti~i-i't jd P I S S ( L ~ , C ,
S u qzml r7eo $o,' nririrra, e <?eizou
As q11e e778 p a m s i i 7 ~ i l C r u z tor~lou.(li

E rssa crua que no escudo do firmiiiiiento r ~ i t i l s sohre ns


nossas eabeqns, qiir iios rsiii aeoiri~ianliado e111 todos os n o ~ i o i
altos feitos, foi o iirstruiiiriito riri1,regado p a m eivilisar o gentio.
Coinpasae PSPR ~ n ~ POIIL i o D e111pl.e;li~do nas I ~ ~ d i i l s .Aqui a
persuasãn, palavra, in:iia I r i e qxle o \.euto. Lá a ;Truta liutiii-
cidil. Q u e inqjorta p r ririrt?osr ao ser\.iqo d r uiii lierór:'
P o r ~ e n t u r ao saiigur i r r r i d o por este não será tXo ruhro
como o que derrama <i baiidido'?
Si iiiat:ir 6 uiri erirrir; dizia V. Hugo, niat:ir iniiito nRn 1>6de
ser uma circuinstaueia atteiiuante i si roubar 6 unia iiit'aniia,
roubas muito nXo pód? ser iimii gloria. Aos 01110s de Deus eterno
nada influe colloear sobre ;i cabesa de iini assassino, eiri vez d e

( I ) Camara-~~siaitoa-cmtc 1'.
iini hoiiiii,t ,Ir xrillir.ia uiiiii c<irii:i ii,ilic.riiil. Siici! .I ylorin rn-
s:iirgrieiiriid;i ii;ii> i.xi;tc.. S i l o ! 5 2 0 pr ~xiclrcnits<.iitir que n uiu-
Iliri. dí. :: lua itn <liti., i i i Iir,rrts I;iho~.riii i. e , 11110 O
lavradrir f r ~ . r i l i ~nvi caiiili<ia. que :L iiidiistri:~ t;iy:i i 1 1 r
i , griiio Ir<~<ligir,i. clu<, ir v;ista :icriridadrs 1iiiiiinii;i iiiiilti1,liqiir L:
fiict,. do i.iti.rll<-jadi> <is rsil,rc:<:iia o as crr;içiks liari1 ti.riiiiiinr
' t i i ~ : i j n ~lse C ~ I R I I ~~~ iLi nc i n u l i ~ dc: bn-
U m a reivindicaqão iinprocedente

F.-et.<.l-rii o Sr. JI+joi. J<:>i; I>i~iiiiii;urs Codr,ct,ii.;iwii 51.u opus-


ciilo-.i IdGn Rrliul,licaiia ~ i nHriizil-. coiiin aritr; i i iiz<.i.;i riii irit,-
<.
i!icii.inr apt.es<,iitadas ao liisritiito .\rclirol<igici, (;ei!gr.;ililiicu P<,r-
iiniiihiicn~io111, iiiiia das qunes foi i.cliri,duzid:i ira 1itriiiit.ii.a partt.
<In tr>ii~o LI11 da Ke\.ist,a Ti.iiiii,ii>aido Iiistitiitr>lli.ii>ri~oI3i.;wileiri>,
(tiir l < c n i a ~ dVirirn
o d r 3lrllii cli;i\-i;& coiiihiiin<lorivii o s<!iiinestri.
de cniiilp Jníio dr, Freitas da Cuiili~ii , plaiio d<. ;;icii<lir c o i i i ns liia,-
cate; o j u ; ~ de Pnrtupal I ? j .> : iiut, < i ~ LU i d r So\~-iiibi.iidr l i t 0
lioiire uiiia reuiii;iii do Sriindo d1, Oliii<ln r.iu C<iii,c~.ra>~i 1i;ira deli-
h t ~ a sobrri o gol-ritio da. Cnliitiiiii;i que ii<.stn si,&~o j>rr>l>oz I3t.i.-
iinrdo Vieirn di. llcllo I>arnqiir f<w;<, ndol~tndn;L S,ii.iiiii do g«reriir,
rel~ublieuiir>atl i i i s t n r dos \-<~iirziniios » 1,si : que ;i iH~.iii;ir<l<i vir ir:^
de Xcllo e i ~ b ra gloria de ter sido r, l~t.iiii~ir<i qiir iio w l i > iiiiierieaiiri
<. eiii Prruaiiibucr> teiitnii ~iíirv i i i ~ ~ r n t i c:Li iiidrl,<~iidriicin
~ iiaeioiinl
r com elln n goy<.riio rel,iiblicniin :> (4:: qiie e i.iii 10 <It. 10,-r.iiibi.<s
de li10 pia l i r i ~ i i ~ i i-ex-<~clkoaii
ra i > < , k l i j .iiiiiricni~i>e e i i i Pt.i.-
I L : L I I I ~ U ~oOl~vadode i ~ ~ c l r l ~ e ~ ~ ~
d~ < :, ~
t c~i coie~: ~
q ,tz ~~vLlL ~ . S S < ,d i a $e !,r<,-
rcrideii adol~tiirn fiirriin do Xrryrciio r~piiblirniior i i i iirst<!i- ,/,,a i:cr~~.-
:i<ti~onu (5); qiie « o liriiii<iro ~iii>viiiteiitoai.iii:i<!i>liani :i iiidcpe~i-
rlriiria iiacionnl c: fiiriiia do qorryiio ~.rpublieaiio f i i i rffi~criiiidoiiri
dia 10 d r Korriiihro dv li10. .;c.iirlo o ~ e i Iiriiirilir;l i nucti,r I(eilinrdi8
Vittira de l l r l l o os que o nrniii]>a~iliaraiiiiiess<. ~iii,~iiii<.iito »
~ U C a malo:irada rrviiliicio (li. l i l i ! foi a ~,riiii<,ii;i tciittiiivn Iiiira

1 prgi. 173 c segs.,


í i d . ~ e \ i e t ado rneinio Insiitoto. n. 37, plgi. 23 e 5 0 . 5 , o. i".
D. 4?. paga. 273 e se.. e n. 4:4, pr;;. :: e 3epo.
2 A ldCa ~ e p o b l i c r n rno Brasil, acciie, lilif, prg. EG.
S Idem. p a r 11G.
4 Idom. p q . 87.
5 ~ d e m pag.
, 89.
6 Idem, png. 119 a 1 3 .
a libt,rdade nacioiial sob a furiiia do Corerrio reliuhlicaiio iio solo
iiiiirrieiiiio » :i'],e coiii t:iiie nffirliiaqi,rs Iirociiroil reivindicar liara
Xeriiardo Vicirn de 3Jrllii ;i gloria dr l>rrcui.Porriào só da iiidrlieii-
deiicin iiaei<iii:il romo da rrpuhlirn.
h palavra do Sr. Codrcrira, por9n1. por iiiais vasta eriidiçio
que clle [ioiwisre. por iiinis srlect<i solido prrlinro iiitrlleetual, dri
qne disl>uxebrr91'0' n u i o i Iioiiestidadr litteruria. de que! fosse t.111.
dotado, lloi. iiinis absoluta que foise sua iniliarcialidade, por iiinis
ri:sl~eira\el c. ri,iieranda que fosse sua pessoa r pni iiiaior auetoridadr,
<lu' f r u i ~ s zelle eonio historiiigralibo. iiáo hastariti iiuriea pnm serrin
i.it;ts afiriii;iqòt,3 recrl~idasroiiio \.erdades liiitoricas. si desnconil>a-
iihados de l i r i i r a i iiicoiitrndietal-<,i&:porr{uaiito a liistorin é m l h e r n
UIII:L xii,ncin; C L L ~ Op ~ o r e i i oesieiiciiil, fundaii>enti~l é a observaqfio,
rolti,, heiii o diz H4rib Ti7ni.iiis ( 2 i e o repete Srirjrioh<is, qu:~ndo
asseiem (2': st.r iiecessario q u ~ toda aiiirriia<;;io rqiouse dirreta ou
iiidirr-ct:ririe~iteein unia ohserra@n rnrrectn yara que possa s6.r re-
rebida, e qii:iiido doiitrin;~qiie se drl-I! rr:jrirar. cr>iiiose rrjeitx i i ~ i i
dociiiiieiito al>ocryl,lio. a iiffiriiixcfio de iiiii nuetor, que 11%" têiii ro-
iiht.ciirirnto r r r t o do iaeto qut: nffit.liia 141.
N%o se e s p c c e l i o Sr. (.'odi.i.r,ii.a d e ~ t a r. r r d a d e e, por isso, ~lt.o-
<:iir<iiifundaiiientai aiias tiirser: di,iiioiistrar a rerdade de siias ;iffir-
iiiatiyns r a I>i.ocedriicin d~ i ~ i a~ . ~ i v i n d i ~ i ~ ~ B o .
I';irn este tiiii rFeoriuu o Sr. Codeeeira ao dieeionario intitii-
lado-Os Jfnrt?ji.e.s Peir,aii~Ciir~riros-~>ubliradoeiri 1953 e de que
i. aiictor o padre Joaquiiii Dias \Iartiiis, a dois trechos dos pareceres
' do C,oiisrlbo l~lriaiiiaririode 15 I, li de D<iornihro dei l i l h A
A7nri.rig<ir, histririca &u calri,,ii,l,rrl~s Pe,.~m,itl,i~co, dada á eetanipa
na s<agii~idnparte do toiiin LI11 d;i Rrcist~ciii.i,,reizs<il do Iqrstitzito
IIi.qtr,i.icn H i a z f r i r o , dqtois de inoitrar as bases de. suas assere-
rnqõei, terinirtou opiiiniido qii<- tino podia restar, em vista das ro-
biistas ~ I ~ D V Hapr<~aentadas,
S ti ineiior duvida sobre a l-i'rdade de suas
tlirsea r? n ~>rueodeiicia dir siia reirindicaçjo.
Ipesni., l,or'~u; deita aiiiruiar;3o eategorica, não se tiode deixar
de exaiiiinar nx provas Iirodiizidns 1iai.a veriíirnr si si tlicses jiisten-
tadas iio oliuscula-A Id4n Rq,z,blic~~?~a ?li, Krazil-sâo a exl>ressio
da vrrdndr Iiistoricn, oii o tkieto de estiidos mal dirigidos, fritos
:- sem n pacieiiciii, sein a probidade e arrn o iiree~sariopreparo intel-
8 ,fc leetunl, oii o Iirudueto de iiina iiiia~in:ição Iiliaritasistii, oii a creaqáo
de. u m cerebrn doentio; pois n i o so é bein poesivel que no estudo
*_r.
-
1 Idem. pag. 50.
2 L'ürganisstio~scientifl~aede Uhistoirc, Psris, 1694, pags. 7 e 12.
3 Introdnotion sux étndos bist.mques psr Ch. v. L&ogIoii e t Cb. Eeignobos, Parir,
1888. psg. lei.
4 Idem, psg. 166.
I
dos docurnrntos, offerecidi~spara prova de suas l>roposiç6rs,nâo t,r-
nha o sr. Codeceira eiiipregado riiiii escruliulosa correcqáo as rr-
grils da. liernieneutica. e, r~oco~lt~.&rio, usando do i>roceuao, a que
Fustel de Couhngea chania de niethodo subjectivo, tenha alii ini-
miseuido suas idkas pessoaes, encarando os documentos eoni espi-
rito prevenido e os lendo atraves de suas iinpressCes, como porque,
conforriie o ensina um illustradn l>rofessiir (1'1, d e r e l e desconfiar
apririri de toda affiriria@o de uni aurtor, I>orn:io se saber si ella 6
mentirosa ou erroriea, a que j& ititt,rriiiriiiente foi dicto por Descar-
te~ quando ertabzleceu com, liriiiieir<i preceito de sou iiietho-
do iião receber nunca coisa alpniiiit por ~ e r d a d e i r a siniio quaudo
conlieceise evidenterriente que rlla o Tru.
E' eracto que jj. foram por iiiuitos recebidas conio verdadeiras
as tlieaes em questiin, tanto que se tracta no Ilreife, curiio se pode
ler no Estado de S. Ptrlrlo n. 7328, de 1 2 de Deaeinbro de 1838, de
erigir um rnonuinento a Beriinrdo Vieira de Jlello: tanto que «o
Club Renublicano de Olinda. de acordo com al\Lunieiunlidade, como
infiirina o sr. Codeeeira 1 3 ) , perl>etuar a innii1oi.i:~ desse
ousado feito do erimio patriota Bei~iardoVieira de Xelln. teve n
feliz lembraiica de eoll&ar urna nedra coniriieinorativa desse mnnde
feito na frente do antigo e d i t i c i o b e n,o.qnella el>oclin servia.de pa-
ço do antigo Seriadoa: nias á tambeiii eraeto que tal aceeitaç20 nâo
dispensa outrabalho propedeutico do exame, G r q u e n6o contribue
para tirmar a veracidade das tlieses, visto que as questòes scientiti-
cas iijo se deciderii pelo nuniero mas pela con~eteiieia.
A Ilishrirr doa Ijretões, liubliei~dat:m 1117 por-Geoffrey, ar-
cediago de IIonniouth, coiii a ~ollnbora~iio de \i'i~lt,er, nreedingo de
Oxford, foi unis. das prodiicç6eu iiinis poliularos da edi~de,media o
diz Huckle ( i j ; se a considerou unia t&opreciosa contribui<;io á li-
teratura nacional que i e u principal auctor foi proinovido, graças ao
successo de suas pesquisas referentes á liistoria de Inglaterra, u bis-
po de h a p h ; teve, ta1 historia, uma acceitac&o tao geral que uin
aeculo deliois de seu appnrecimento ainda era geralnirnte adoptada
pelos liistoriadores ingleses; que durante dois ou tres seculos não
houve sinão uma ou duas oi.easi6es em que uni ou outro ousado sus-
peitou de sua veracidade: que Polydoro Vergil, escriptor que viveu
no principio do seculo XVI, foi olhado quasi como uriilouco por não
tel-a recebida por exart;i e fidedigna,; que o celebre Iiistoriador AI-
fredo de Bcrreley fez dclla. eni liripua latiria uiri resuiiio: mais tarde

I Idem, psg. 132.


2 Discaora sar 1s methode Paris, Iilbrairie da Ia BLbiioLbeqne Nstioesle 1W. p q . 32.
3 A 1de8 Repnblioaol na Brasil. gsg, lua.
4 limry Thomas Bockie. His~oirede ia cirilisrtioo en Aogletprre. noovells édi-
6on. tradoite pai. A.Bailiot, Paria, C, Ilnrpoo st B, Rlsnimanon~édilsors.8.8. J61,vol. 1.
I e s . t e . ver iiiil>;>rt:iiitrs verdades,
roiitidns iia Ilisloria rios h'ri,tùra. t;io 1;ir:nriielite dissriiiiiiiidss yiiaiito
u l t e n ~ ~ i t l . i w ~: i i~i < ~ i i c ~ ~ ~ ~ ~ Cs, t i,<> i ~ !entl.etn~it,>.
~ciiic tiidri istu7; qi!e iiào
iiiilita ii fiii-nr. dir .iI<!ii~ lÍri,iri,ljc,z~~:~ Uiiizil, ii;io iiiil>r.diii e iino
i i i i p d r tine IP n : ~ 'rccrbnui e<siiir, \.i.rd;idrs liiit<iricni as aiririii;rqòei
araii<:id;i;i 1)wr (;<wffrey:de qiic Ilriito: dt~.rc!i<leiiti: de ,\scniiii>. e,-
e;11>od~ Tj.(l?ii.j)c,i. occitii:io IIP itiili t ~ ~ i l i l dP iP~I * ~grecni. I I ~ I I ~ O Lus I
,<i=nrites; iji,r, lioviin\-niii :r Iii~l:itci.i.ii~ <lestriiiu ; i riiça clesti.? r,, dc-
i>ois,ftiik<liiii I.<iiidres e dei: srii iioiiic ;!,o 1u:iz. r1i;iiiiaiidu-o Hrrt,ii-
111x1;qui , t i l r~.<)i,l:~~Lo de Rivallo. uiii dos ;iicirssor<.s d e i<i.inu. cahiii
diirniite ti?^ rli:,. ei,iisrcutiiol iiiiin c1iii1-a di, s;~iigiit.:qnc' 110 "i~caclv
de Jloiviilo ;L; <.iiit,nsde 1iigI:itisrr;i f o ~ i i i iriii,stnda.; i I>oriiiii tcrri-
\.e1 iiiriii;li.i, iii;iriiilio, que, ~ L ~ Mtvl. Í , d~\-orndoi i i i i iiiitiieri, iiiniiditr>
~ t e s s o ~d~es v, u r o ~o ~ljrol,rio w i : que o rei . i r t I ~ ~de\-iz~ u 5LI?l exi3-
teliria i~ I ~ I I L ;r,o111I biua<io ~niiyien<I" cclebr,~feiticeiro 3Ii.rliii: qiia
<,>ti?r ~ i ilào . c!(.iic~~l~ti~~dr) ~ i l l i oi.igr111
i _i~t,~i;il:~t~ir;il; e1.x di>t:ido de
t,;~ntxfi,r<::~,j,t,> > , i , ~ g n r rl ~l ~> elpudix r<-sistir: ~ I L P~ n : l t oL~T ~~I IC L L ~ I L ~ ~ T O
~ I I I I ~ I ~ ~ Icl,.
> : I ~:I\CIJ!>, in\.;idi~: :I (lnlia ,, S O ~ Ltixut~ IP~ ~I
SLVI : em
vi~vtc~
1';~ris:rlwiifiiiii dois ,cip;iiitei eiii coiiibate iiiiiiilnr e iii;itoii;i niiiboi,
ii:ro s,i o ~ ( 1 1 Iiirl>iti~va
~ o ii,oiit<! S. JLigiiel e ijur iii;it;iin :I rodos o+
nold;~d~)s ~iivi:idonc ~ i ~ t rti~l l l coiti < ~ exct,l>(j;~on ~ ~ e ~ a ~ l yiir/ : ~ í ~ l e
: s i ; 2 l - i o a 0 i t l qnn
era iiiiiib iiiriiii<i;rrr,l q ~ i cri i~riiiiviri~ e fiizii~d:i< bnrl~n,doi ri.is, qiir
ti.iici<lni-al3 - r r t r S i I I ~ L E L si.
A nri.<.it;~qhi>, por c o i i ~ e i ~ i i ~ i i rdni
i ; i ; ntlii.iii:itiras do ri.. Ciide-
cciio, 1<iii<o<Iriisiiificnr f<ji.çiwaiii<iot.r.< p eelliis <.xi>siiiiv>ii;i \-eu-
di~tle,l>r.iii ii<irlts5i.r cxl>lieiidii.r;iiito ilpl;~n~lgi,riz;at;;io ~iei.-ist,wte
que dt.l!n, bi. ti,iii tkiti. c qii<.. t'iiiiiiliarizaiido n leitor coiii rllii,. n i a -
ha por t:mel-r>;i.: jiilgiir beiii fiiiidiidas, ilriaiiti>1,rl;r iiidifti.i.eiiqn. 4ile
L: tissi si^ d , ~ ~ > l i > ~ ) ~ > ~ ;!::rti.;i.
~ l ~ o ltio o ~lteiiaar
ia dii Jn:r: V r r ia-iiii<i
.' (1j
coiii:, i i i i i (10- ri~rnrt<,i.istiro-<li>I>~.nrileirar. qiie. si ~ ; L O ilnl,ede de
í<idr>. ;i<; iiiriioi diiticiiltn <,;tr;i,,i<!iii;~ri:~~~~cj~~te « tv;iballio dn \-e:ifii:i-
<:LO dn t:iliiil:~de riu ii;~oda-. :i!iii.iiintii-as Iirr~diizid;is.
E ~ i it;ir.; ciriiiiiistiaiici;in, qeiidij i, l~revio<,\aiiii. rlna fiiiid:iii>rii-
t,oi das tlicies ;ic<iiisrlli:ido por iiinti, os I~oiicleri>ior i!ii;ii, i.i.i~do ellr
<lisl>:?~~~ado 1~1;baccr!itnq;,o. iiiii' t i w as tlit.s<,i eiiroiitrndi>. ir ftix
~iiirrr?i.q i i i .:. i.x;triiiiierii eoiii ;iiiiiiio di,si,rr-veiiiclo os dnriiiiientus e
;i.;~ W O V ~ L . .~ 1 1 1</IIII$8 e ~ i c x ~ t < ,ol lSr. i ~ (:odcc<xira: r ai,\-r,ritir(iii,, por
esse i~iodo.a I ~ o c : < * d ~ i ii ei i~:iiii~xoc<.d<~ucin
~i dii i.ririiidicar;io da p1.i.-
cursoi.iclird~:de Rvrii;irdo Viririr do :ilell<i.
-
1 A Baiiinpxo S\rcionri-~ar;i-:r!1o-p3~ no.
O m c t o r da ,i I<lidr~Col,,il,7ir<r,in i~i, h't.mil, csrrejeiido qiioBei-
i ~ a r d oVieira. dt* Xello. cl<% ctiiiiliiiia?i« ciitii o seu iiieiirir dit r:Liiniio
.To& de. Freita-: Un Cuiilin, ~,l:iiii,,j<ii~ s;ir:idir o jugo dr: Fnrtugnl o
est;~bi:leccr,eoiiseqiieiitriiiei~te:iio i i i l o da ~i;itrin:i iiidepeiirlciiriii.
diz q u e ao ~ r v m , ~" ':0 s dIai.t!yi.es I'c,i.i~niii'~iic<ziii>s it.í.r!nrn. :i lvn,r.
271 ile siin obii. qiir ein este ii liroj~ctoci>nibiii;idtouiitre Bcriiai.~L<>
V i e i r i ~de Xello <. o srii iiirst,ri: <li,cniiiiio J o h i , de F'r<.ita da. Ciiiili;i,
1 o , nirtri.ir>riii<-lite) disserir cliir n'\Jell<ioiihoii riii li10 tia-
iiiar ciiiii r> seu ~ i ~ t . s t , ~rlc; ~ : ci1111[>0.J0;10 de E'reit:is dn (!iiiilin, l'edrrr
R<idrixiit.s da Siiv:i i. :r iiobrcza liiiii;~i~il>iic~iii;~ anciidir ioiii <i;iii;is-
c;i.tes o j r i p dv l>ortuy;il, C~OAL-OIOIITL.+: 1': .i i 2 i l : . 2i2 t7'Os .lInrt!l-
a,
,.E,; F e , . ~ ~ l i t ~ ~ b ! , ( : ci l ~ ! ~oi ,qiii:
%~~ <l<,iiii>iisti.ncL1r;r 6: evidriit<.iiiriiti.
e o r.i>~itiriiiniiiai trniiscril,cões d i ~]iars:i;riii, a que 30 ieferc, frita.:
iins a r t i ~ o s&CIOS ii <-staiiipaii<i J<ii.i!?l rlfi I:ec(fe 11. ,74: dr: IR!)'.
riir o iiiiiiiitro de 2 1 de Abril do iiiesiiio aiiiio r d ~ s s i .iiicsi~iojoriinl.
;i 1my. 125 do i ~ ~ n ~ x & l i > -Iden ~ l U ~ , , ~ ~ ~ ? , l i c11-1~ ~Ji ii,,i. , ~ x i / L ci 1l:i;.
2iLi do ii. &2 <I;L Iliristn <(Ii~atitiiio .i d r . e l i ~ v 7 ~ ~ ! 1e i cC~r,r o g i ~ ~ ~ p l , i v ,
Pei.iL<iii~bicec~irc,, i, 'I",. deiiioiistiii, i.elietr~-sc~ qiir 1,nia ii.vniiriir ifxiiii,-
Ilia~itr:nis<.ry;ro, o Sr. Codereiri~ nl>r>in-se iiu nuctori<lndc il<i 1,:idi.io
Jonquiiii Dias 3lnrtiiis. ;~iictoi.d ' 0 s .llrri.Q/ri. I'~!i.iiiiiirI,~rci!.,!~~.~.
>:;te tecril,tor, 1>3vim.n ù o adea~xtan ~>roli<isi<-~in. qiie O r . C<,-
dcieiin liir :ittribur, iiiio dia qiic H<,n:ardr) T'irirn dii 1Ielio coinl,i-
iioii, de. fnctii. coin JO;LO de Freitas d a Ctiiiiia s:iciidir o jii,;o dc Por-
t u ~ ed iiiii nlwiins rl~ie<<i,iil>~t,jii-xc-ili.» r i s i : preit+eto <. «<iffirii~oir-s,,
qnc: era 1xn~t<i d < ~ i r l i dco eoiieert::do c o ~ i ii, srii iiititrr de c;iiiipo i>
fi~iliosriJoao rlr Fi.<.itiii &L Cuiilinn (::i.
Esirevc?iiilo clii<- iii~pxtou-ac ~ s s eliroji,ctii :r K.Virirndr. 1lrlln.
])ias AliirtiiÍh r2.P<,ir~iliicaP silnl>lewnent<:qlltl 10 llie nttiibuiii e..,.
I,rujecto, in:is ii;iri d i z ((ire ixlle rr~:iliiic,iiteo uliuieritou eoiiiu; cecrr-
vt*iido que < I # ~ . I I L I I I I - . S P (1,115 r i a u iirujrrto piliiro rltxcidido e ruiir<.r-
tarlo eniii Joio de F r e i t i s da C~iiilin,i.rlat,a ;iIwniis que dissrriiiii.
bllaraiii, rniistoii. correu qut5 r s c liii?iecto, que iittrikiuini~i~, iiniiil-
tanliii :L llt~lio,nr;: liniito decidido c,. eoiicertado coiii Fucitris cln Cii-
iiha. iiius ilio :~íliiiiiaque o 1irqjt.eto foi, iin verílnde, hioiito clrcidido
P c o ~ ~ c ~ r t l i d o enulbos, ~ ~ t t . ~ u i ~ i mpo~.rp~e,
o icin t::~~doaffiriii:i<ln qiii.
N r l l o nutrili, de frito, esii. pt.i:jrrt<i, i130 ~ > o d i niifii.iii:ii. rliie rlle o
eoiiibiiiou coiii Fi.i.ikis da C:iiiilia.

1 A Idea Rcpopliraor no Braril. pr:. 114.


2 dareal do Eecife, n. Fii. ilc 17 de Abril dr 38U
3 A Idea &epublicsnn no Bnri!, p*g. 12:.
Eiitrr x Iirol>ii"i(.á<idt! Dias 3lartins 1% a que o sr. Codeceira lhe
attriliur I I ~ L (:o1110
, se vb, "111 ,crande e insuliernvel abysino.
Dia iiii~is<isr. Codeceira que o calitàu-iiibr Pedru Ribeiro da
Silva, Antonio de Lima Iiarboss; 3I;iiioel de hlello Bezerra; Antn-
nio Rcrzerre Cnvalciinti, Leonardo Bezerra Csvalwnti; o capitao
Alidr<;Dias de Pigiieredo e seu irinbo; o Dr. José Tariires de Hol-
larrdii r J03o de Barros Kego, enjos votos de ;icliaiii xdrclarados~>,
coiiiigiiii<los eiii diversas liaginas d'0s .lfn~nit!,res Peiimiiahi~raiws
1 oi>it>niido a fzavor da lirniiosta, feita. r > i n irriia reuni%o da no-
hrrzri. r sctindo de Olirida, .por I<eriinrd<iTii~irade Xello, de que
se driiliira.irvii rin Republtca rrd iilsti~i. dos reiieaianos, anho ee-
dt:i.nrci aii aiwrdo de liassar o yorr:riio parit o hisl>o, arrostando
com todas as eoiis~~.quriirias~~ (2).
O sr. Codeceir~aiiiida neste yoiito apoia-se iias palavras de
Dias llartiiis, o qutxse evidencia i ~ : ~io6 de ter clle eseripto, no dar
iioticia da proliosta de B. V. de Mello c dos que por ella oiiinarain,
que aos seus votos re acham declarados i s pngs. 73. 91: 13" 1.45,
133 s 1514, 302 a 503 e 339 d'Os AIIurtyre,s Pei.r~urr~bz~eanoss \3:1,
conio de ter estraLido, embora sii na parte que lhe servia e n^ao in-
tegraliiieiitr, dessa obra todos os trecl~osreferentes a essa rotação
para publical-os ern o Diario de P ~ T I L C I 11. I Z66,
~ ~de
L ~1892
~ ) e del-
les, dispois de traiiscriytoç pela Gaz<.t~ de Arotici~u:da Rio, ein 3 de
Julho desse rnrsino anno, faaer o ultimo capitulo do opusculo-A
Idéa ~cp~ililierrnu no Brntil.
Dias 3lartiris) porem, negando o apoio solicitado, diz e.xpres-
saruente que t'edro IZibeiro da Silva, Aiitonio Bezerra Cavalcnriti,
Ifanoel de 3leilo Eeaerrn, João de Barros Rego e Leonardo Bezar-
r a Cnvalcariti oseeuiraiii o roto dos inoderadas, elegendo - o bispo
para govertiadorn.
Na realidade, quern abrir os Os Jircrt!yres Pernamhucanos para
conhecer r> que, a respeito da discussáo e vota$to da proposta de H.
TTieira de YeUo, escreveu, ou antes phantasiou Ilias lfartins. en-
contrará afirmado nesse opusculo que Aiitonio Bezerra Cavalcanti,
açegundo vereador da cainara de Olirida, opinou com Beriiardo
. .
1 7 ieira, , fim, o ~ o t odos mmderados, elegendo o bispo
riias a q u i r ~ por
para Gouerrindoru ; que ManoeS de > M i o Bezerra «na Junta da No-
breza em Olinda votou com seu cunhado Bernardo Vieira de ILeIlo:
cedeu, cornt,udo, aos muderados e votou ria eleiçáo do bispo yam
Gov~rriador»;que J a á o de Barras Hego ana conferencia geral d a
cainara sobre a forma do Governo seguiu a opiiiião de E. V. de

1 Idem. paa 111 s 112.


2 Ibeui. pag. 81.
3 Idem, pag. 111 a 112
Nello, inas T C S ~ ~ I Z ' Iem - s e sr ILG7lleabbC O I><spo,eon~o; de facto)
~ Lque
aconteceu»; q,ue Ijeonardo Bezerra Cavaleanti opinou coiii Heriiiii.-
do Vieira: .siqe7toi~-se, entretaiito, á r,iaiori<:,coiist~iitindne npp,.r,-
riar~dga eleiclio </o lr,i.ipo liara Gorrrriador iiiteiiiio;>i que I'edro Ri-
beiro da Silva « n a seisiri ;oral da nobreza eiii cariiara sobre a fór-
nia do governo opinou como patriota, coiieluindo que se yovenius-
sem a si inesriios, porque siiassiin ficaria a pat,ria livre dos riscos, por
que acabava de passar. concordando que o bispo fosse Govrriiador
interino eoni a elausula de que, piii no111e de El-rei, olhasse O pR3-
sado eonio innocente d<asforqoda Xohrexa e ] , o \ ~olipriinidon.
Falta, portanto, ao sr. Codrceira o iiivocado apoio de Dias
Hartins iios dois pontos, de rluo se, acabou dc trnetar, o qiie nâo
acontece relatir-aniente ao aiserto de que eiri unia rruiiiào da no-
hreza e senado de Olinda para deliberar sobre o g o ~ e i n ofoi voto
de Berriardo Vieira de \Irllo que se declari%ssem erii Kepublica ad
iitstr:r dos veneaianos; pois a aílirrnnqio do sr. Codeceiri, é, I I P S ~ , ~
caso, uma esact.a repetiçno do que escreveu Dias klartin., sein que
tenha ou liossa ter, por isso. o-: foros de verdade.
Si Fredrrieu Sclopis(ll, niuito enihorx ~ i â oconteste a aurtori-
dade de Freccia. e recr>nheç;i que !i;& ii iiiais 11rova~el que a oxis-
tencia de unia certa lei, de que f<iiesse jiiriscons~ilto o lprimeiro a
dar noticia, nâo accrita como cevta a zu.1 qiiteitria. porque o iiiiico
testemunho de uui auctor, rinr i120 foi coiiti.nil,orarieo da lei, de qiie
dá noticia e que podia faeiliueute ser i n d u ~ i d or m erro por infor-
uiaçOes inexactas, iiâo basta, a seu \.êrl liara provar a rxisteriein
dessa lei, n â o eoiifrrniada liela liistoria e iiern pelos docu~iierito~
eontriiiporariou, com iuuito mais rnaão i120 pode ser rzrebida como
verdadeira a affirinaqao de Dias \lartiris. que rijo foi coriteinpora-
iiro da guerra dos niaientes: que ,iodin tev sidi~indiiaido eiii erro
c. euja auctoridnde é muito eoiitr-stavel t5 caiit<~stt:daaté inrsino pelo
sr. Codeeeira, que a iião iecoiiliece e ncreit,n. dizendo, riii r<:l;ição
no assassinato do eapicxo Aiituiiici (;eriiiniio Cavalcanti; que
=não é exacto o que diz o auctor d ' 0 s JIai.t!,i,es Pernariz1ii~ennoso e
que «o facto i120 se passou coiiio elle o refere>>.
Si não bastasse esse princiltio, uiiiversalinente acceito, de qiie
dicto de um é dicto de uenhuni para que fosw rr5jeitado in li,r>ine
o asserto de Dias hlartins, ainda teria rlle contra si a falta de pro-
vas, que a torneili superior a qualquer duvida.
= P a r i ~ historia
a desta guerra civil, o a&ma o Visconde de
Forto Seguro j3j, quasi podeuios dizer qiiz nas sobrain os docu-

1 Eidl~LTe de 1. Iepisl~tionitalieooe. mad. en Praogais par Charlei Bolopia, Paiii,


A o g Dnrand, Libraire-editem. tame I. chap. \'. psg. 169 e seg.
2 A IdCn Bep. no Brnz.. par. 9:i.
3 Hirtoria Geral do Brazil, 2.. ed. tom. 11, pag. 8%.
irieiiros i, ;rs cliro;ii<.ns roiitciii1,orn,iicns, oiidt, Iin que I>iiscnr ;L ~ i l r d b
<Ir, estrriiiri cl;is ~)a,isili.sd : ~pi~rtidi)»:O q ~ ~jiit ;foi r111 outios ~ C I I I I U S
rrltetidci lior J o s t d r .Ur~ic:ir, iIii:iiido ::srcrtnu qne ai, ~ n t m xdos
iiiniratc- i. tal\-ez dos fiietos da iiiisa:i histririx coloiiinl aqurllr d e
qne n o s í i i r i i r i ~inni.;
~ ~ ~ eol,ios«s siilisidios. Seiiios acerca dessa gro-
tesca rt,i-oluq:~n n iiifi~rinrdos dois portido.;, os qiinesl cetim seiiil>n:
aeoiitrrr, rxi~~gt~ri~rz1il11 <l;~diiilnl l ~ o rsua contnn C, 11or <:ist% ~notivo,
l'elu nbuiidiuiri;~de iiifóriiiaqii<.s, facil li prornr qu:~lqorr ;iHiriiinq.iio
sclat,ii-n n r a i e rpisodio, cpi~ild<> vrrdi~drir:~. ;it:l~ qiie fiei1 s e r i i ~n
Dias \[aitiiis ndduair lirol~aarili Sivnr d r sua afiriiiiitivn; si vrrr1;~-
deirii. o rliit! rllo iiao ti.z; deixaiido nssiiii, visto qne 110' donliuios
<Ia 11istori:i ai a&riii;içòrs C ~ V I ! I : P I Iba6~adil-i
~ 6\11, d o c ~ r ~ ~ ~ c xdi ti o
p io s
<Ic )'n~'ascerriii ncerit;la. qiic SPII nssel.t<>i.xl)f,~.il~le~~te as \.icis~itii-
d r s do a m r . r ~ l i d or~cetiido 1,elox i ~ i orseriil,ulosos e ~iostoW iiinr-
Feiii ltrlos que sc dc,ixniri xiiinr l,rlos 850s l,riiteil,ios scieiitifieos.
.A n&i.~iin?ào dct Dias Il[>~rtins, ~ o ~ < t a :I;LO
~ ~ tf o~ 1,1 1nc?liltu,t~valor,
qner l>roprio,quer adviiiclo dt, dnciiiii~.iitoi,i r ii;in liód<.s i ~ r r i rd<.1,;ise
lmrn a arcliit:!ctayi~o di, :rsserto do Sr. C<ideceira, iiiraiiio porqiin
clln itrecisn srr iirrivndn imrn ser ncceitn. o a u e iiiuito heiii coiiii>rr!-

111

Ti.niixcii:r<mdo i i i i i trecho do l>ari,i*r interposto pelo Consellio


T:ltrniiini.iiio e;ii 1.3 dp Di,zr,iibro de l i l h drlativo ;io ;iss~irnl>tn
d e iiiiia. çart:~li~lr, dt!st-riil~:~r~i~d<>r Cliristo\.i~iii Soares Rciri>iio r-s-
c~.iptaiSiii 23 de .J~illiodess~,.iii<.siiio:iiiiio 6. iin qual se i~iieisou<~Ilc.
de i i i ~ id e ' i ~ c : ~ ti<p~e, s i i f i i ~ i i<<qiiniidoriii iiovniil>i.o de l i 1 0 s e siib-
levorniii algiiiis dos iiiorndores de i'eriiaiiihiic<i e iiitriita~raiiiftrzrr
irltuhlica,:, dia o Sr. Cridect.ira que «,,"r r i t n cnrtn, que I: niii doçu-
nieiito oiF.r,ial, se l,i.o\-a rxliiihirniiteiii~~~~t~, q11e a tentati\-a 1,itr;i a.
rrl>nblica eiii Pr,ri>aiiibiicoteve lognr iio priiiieiro leraiitr coiitr:~o

1 I IOta Rcp. no Brnzil. png. li?.


2 Idem, y i z 114.
,zoveriindor Calda.; eiii Sovcuibro dc 1710n (1). eoiiio, antes de o
tt.nnserrver, disri.ra q i i t ? «jiarn pro\-ar qiie o facto d a tei~tatival t a n
n rt~lnihlicntevt: logiir iio iiira de Yoreiiibro drt 1710 l ~ a s t anbrir-io
a, lxiiiirira liagina do i i . LI:> da Rrvista do Iiistit,uto Xrcliei,logiio
d e P<.riiaiiibiir!o, iinqnnl si: aelin,~staiiil,ndon siiprn referido 1,aiccrr
A niissiya de Eeiiiiio: liorpiii, loiigi: di, ser iiiii docuiiimto 06-
iial, i:sii~i~ilesiiieiite iiiiia. dai iiiuitas «c:il.fi~<.do que fala I) \.iseon-
de ile Porto Segriro I?I. dirigida; iie'irte vnriiis prssmis d e
P e b incluiiido ecclruiasricni r at<: sriilionisn r IiAn teni
iieiii ;L i~nj>ortilncinneiii o ~.nlor, que O S. ('uder<.ira l h e ott,ribiie,
1teIa rnaùo iniiito siinplrs: a1Cin de outros iiiotiíoq' dc ter a repiibli-
ca, fóriiia de goreriio deiiiorratieo rtal>rrselitiitivo. iiaseido, ronio o
d i a Hliiiitschli 13), ri>& A l ~ ~ i e r ido c a 'ú<irti,: o que rluer diarr que ;L
ly~la\-ri~-reliiihlica-s,i dcsl~ois de 1737 coiiiecoii siKiiitictm dcino-
çracin rel>resentntiva, gnrcriio driiiuci.:ntici,, :o\-rriio do 11ovo pelo
yovo e ara (1 11o\-oe, por isso: Xryiniio, uiiiiido dessa palnrra e m
171'2, 1160 a eiiipregnu, e i i a < i l>odi;~c:iiiiiri.jiiil-a, na nceeli?%o, q u e
<:lln oii veio a ,idqnirir setenta. e eineii ;iniio; deljoiq, e, liortanto,
diz<.iido elle eiii 171'2 que «aIgiiiis dos iiior;idr>rex de P ~ ~ I I ~ I I I I ~ I I C O
iiiteiit;in~iiiSaartr r r l ~ r ~ h l i e n;~bioliit;iiiieiit<:
», i i i c i dis,e qiie <:lle.; iii-
rcmtnraiii estii.heli,.cer im Xovenio di.iiiornitico, iiiii :o\-rriio de n:*
tureaa rgu;il ao t.stabe1eeido iie;ta liirrte da .ii!i:,rira i - i i i 1,') do Fo-
rrriibro de, 18Xll.
Bssini sendo: a carta de Itcyiiizin de iiiod~, nlyiiiii ;iiioi;i e as-
serç;io do que eiti Soruinbro de li10 hoiin: riii l'ei~itimbueo num
*teiitatir;i jx~ra,n ~ : ~ , ~ ~ b l netn;~I,
i c n > > de C~LII~ <.I,I I o ~ e i i ~ h rdoe 1710
.i? tentou ciii Prriiniiibiiro o rstiiholeeiiii~iiti,<Ir l i i n p,,iw!i.iii> i.el,rI-
hliearin, tal ionio i. elle hoje roiiil>i.cliei,didr> lielos l>uhlicistiis
e rcalieado iis Siiissn, na Francal ii<:str. liiiiz e iiirs deiiinis rel~iibli-
enç ailiericaiins.
Ifiiito ao eiiivra de lxovnr ;L nffirillntii-:~duSr. Cod<>eeira,;&rrf(:-
ride cnrtn nem siqur:r estabelect. iiiiie iiresriiiil>q3o de que ein Ko-
veiiibro de 1710 s r tciitou ou se l>r<:tc,iidriieiil Pertiainbueo :L irii-
;,laiit;x~a« de i i i i i yoveriio suberaiio o deiiiocr~ticn, isto B i o l . 1x0- ~~
iia~itedo testeinuiiho de Reyiic~oiiAo seu iutlicieiitr: para. talitu; coiiio
se deiuoiistriiri.
Si i i i i i individuo, trnaciido sen testeiiiuiilio n f;ivor cla esisteii-
cin de uiii Stwto de ordeiii pliyiica, tr+iii iirwisid;~de &r. indicar as
cireunistaricias, q o r justitiqrieiii o coiihi.eiiiieiito, ipt: t e i ~ i , do fixcto,
,>ara fruir do iiiteir;~fi:: coiii niiiito iiiiiis razùo, trnctarido-se do uiii
fnctu di! orilriri psychir,a, <:uju esisteiiein npr<:seiita ~ni~ior(:s ditlieul-
dndes p;bin rer ciii~hecidit,se dcj-i: e ~ i ~ i i para ., que o tcat,,~riiurilio
gose ,li, iiiteirn ti:, qtin qii::iii n'iiriira. u facto ~isychico eil>ecifiqile u
fnçti, oii i i r i o s dc or<lriii~ i i i r s i r apor iiirio do quni i>ri dos qilnes
ayui!llir .c: iiiiiiiifestrjii; pois, eoiiii,i.iiii iloiitriiiniii Kibut r Sriliio
SiKLrli+ 1:: tuJo estado iiitel1rctu;tl i: aci,iiiliniilindo di. iii;~nifc~~tn-
q k ' ~ liliyira- <letc:nriiiiadas. qur sao iisiii siiiiiviiir: iriis <,fieitos e sig-
na<,?: 111x5 taillhe~lisua' ~ondiqiiesnereasnrias e sPlls rie~ilellt,os COIIS-
titiitiros.
(>r61112eyirii10 afiriiia a eiistc?tici;~ d e i i i i i ;ii?viitn. que 6 iiiii ]lhe.
iiouieiio psgrhico, e ii;io esl>ecitieii o fiieto ou fiii.t,os de ordciii l ~ l ~ g -
sica p~lciqual oii lielos quaeí e+sr i~itiiito, ciir tket<;~isychico se
exteriori~i>ii.logo SPU ~ e s t e t ~ l t ~tcin ~ ~SUB
h o resl)'e~ti\.at h r C ; pl.oballte
~
restriiigidti por essa falta de iiidivi<liin<:io dos facto.. r iiùo nirrece
cr<:dit,o iiitviro.
Si ;< f;iltn d r iirecisio ri:striiixe ci,iisi<lern~elii1~1tte o valor diasse
testeiriuiilii,. a. vxtrei~ial>al.ri;ilidiide de ReyiiiBo, nc<,usaridoos iiidi-
vidiics, qiie o drineiitn~.arii,aiiiiiilla Ltur coiiipleto esse \ d o r , de iriodo
que n n u ti,iii jus esse trstt.riiuiiliii: iiivocado pelo sr. Codeceirn, a
rrrdit.1 n1;iiiii.
Carece, lia. raali<lnde, <Ircredito ;i nici~sasãoikita pelo desiiiii-
barx:.ndni. Fl<,>ii!;in cciiitra os « ruiiiiilt~irisoi»de 1710, porque liey-
iiiùo iiiiiiiigi~ral,ital ,105 nrctiindi>s.
O tini, yne tii>hn i l e ~ i i i ã oriii 7-i-ta ao fii~iiiiilarR BCCUS.~@O
roiitm us iii$iiriidi,i d<, li10 i i i o fui e ii%oli<iiiii~ser outro qu<-.nao
« d e !aiivocar a l~uiiiqiodelles e queiii pri~iiiovrp i r iiiiia oiusn prs-
sonl a l'unicho d<. outrem, e que foi por iimn causa liessoal, que Reg-
mão teve <,si". ~ii.ocr!diiiieiito. o prnva n data, eiir que foi frita a ac-
eus;~<'?o,c'. sriii diivida, iiiiriiigo desie oiiirern.
Coiiliriii:tiidn esta coiiclrisio, o iiioiiieiito, eiii i p e ibi e ~ r r i t i t n a
carta, r,rideiiciii riu<?1iryiii;ro r i i o foi levado por seiitiinniito dc Pa-
tri<,tisiiio i~ tbnlii~lal.a aceusnyào e siiii por uni seittiliieiito de adio
. ,
para r o n ~os iri<lividiin-' a ciuiLnccusw : pois so iiiii;i <:;~iisadesta ria-
t u r e m , resirt indo i ac@o. do tecipo, que tudo faí. esqiiec<,.r,poderia
a<liiiitti;.a s u a I>roei.ast,itia?&o por quiinsi dois alrnos, ao passo q u e o
ariit,iiiieiito lintriotisilin, srtiidu f i c t o r q.u .r actun. . de iiiarieiirt a de-
trrri1iii:rr nccho prniiiptii e imriirdi;itii. e\-i;~i.ia qiie Reyiiiao fo:.iiiii-
.. . :.ncrusaç;~oi ~ à neiii 28 d<, Jiillio dc 1712, deaciiore ou viiite
1abae CL

niez<.h rl<ii,i~i~ do riiit<iiito de filzer rel>iihlien>>,iins ern Noveiiibro


d e 1710. logo após a ii~itnifestaqàode seiilelhanto intento.
P n r ; ~corroborar ainda o asierto dc que Rei-mao era inimigo
capital dos ii~dir,iduos,a. qiie aceusa. iihi está. o desacato, de q u e
f o i elle victiiiia R r111,: co~isistiue111 d e s ~ o m p o i t u ~ ~eams , i ~ i ~ e r t i ~ . i l s ,
ern injiiii:is yerbaes; seiido cerro, roilio o aEhriiia(+oiiqali-es <!a*iiva.
(1). que i&iiUul.ia v c ~ h a lsrnl.r,, qiwr tendo-se eiii c o i i s i d e i a ~ ~as o
palavras: y w r r> logai., eiii qirr a injuria foi I>rot?.rida,7w.r ;i ~>rrsiia,
a qiie foi irrogada, i. uiira das folitea da iniiiiieadr capital.
S à o >e objecte que os iiiorndores de Pi,i~i:iiiibueo~ aos quaes
Keyii,ão acrusa de se trrerii siilil<.r;<dor intentado fazer rel,iiblira,
n i o sàii os auctores do drs;ie;ito: <I<.que fui elle alvo, e que, 1'0r COII-
srsiiinte, iiia iiiiiiiizade parx rijiii estes ~iRo\-iria. sii;is l>al;irras rr-
lat,iv:ic nos priineiios, porquaiito o esriiliror da cirada S7n,.i.rtg,io
H i s t ~ , i i c n rins C'nlniiii<lnrl~s,dizriido (?:i que os deseinb:~~.;adoi.ri,res
Reynião c IIauot.1 Velho de 3liiaiid>~a cap;icitaraiiil a troco de al-
giiiiias descoiiipostiiras », o~ insiirsriites a dnreiii liosse dn sox.ei.iio
a o bispo I). Yanoel AIx.t~ies da Costa: deixou n~anift-stoque foriiiri
os siibleriidos os que drsaeataraiii eoiii drsconil>osturasu Xeyi~iRo.
O que fica e s p o ~ t oé ni:~isyiitr siificirnte liara por f i r a de du-
vida q u r KeyinXo t5i.a i i i i ~ i i i ~ca1,it;il
o dos siilileuado-: contra o ;o-
veinador Caildas, aos quaes accusa, eiii sua cnrtn dc 28 de J u l h o de
1712, de << tereiri intentado fizer repiihlica n : inas, concedida a hy-
pothese de 1120 se l,oder elii boa 1of.icn inferir dos f:~rtosapontados
a eristancia de senielhaiite iniinizade, ainda assini n;Lo seria licito
negal-a por ~ i l r n ae eshubrraiitriii~iitepror.adn prlo proceder de
Keyiii20, do qual dá noticia o seiiado de Oliuda eiri uiria carta, es-
e r i p t s n el-rei ein 12 de Outuhio de l i 1 3 ; e iia qual se li. n s e r u i ~ i t , e
passageriir yublicada TTiscoiide de l'orto Srgui.o em sua Histoi.in
Gei.al do Ilrnzil (3) : « Neste estado 11«sta a terr:~ e OS 1 1 1 o ~ a d o 1 ~ s ;
foi V. 11.servido iiiandnr tirar noras derassas pelo desenihargador
Cliristovam Soares Reyiiiio, qne cliegnii da Parabybii, a ?Ide J u -
lho, a aposentar-se iio Kt?cifctloiide a s esth tirando das tertrniuiih:ls
mais iiiteressadas e, para ~ n e l h o rdizer, das itiesiiias partes e as iiinis
dellas pessoas de lioiiro credito. E se 110s ser referida, chama al-
g i n r a que não seja desta ~inrcialidade~ a iiit,iinida e. ~ I I I P R C I Lliara
que não diga o que sabe mal. só o que elle quer qu* d i s a ».
Na verdade. da i,roeediinento d<i RevinZo, " riuando em li13
. A

abriu uinn devasia relfftiva ao pha~irasiadoI<ivaiitr contra o gorer-


nador F e l i z Josólfaehado deXleiidoiiqi~r attribuidoao pai-tido nlin-
dense, da eircurnstniicia de s6 ilir~iiiarelle como testemi~nhasnessa
devassa as pessoas ligadas ao liartido reeiferise e c a s ninis dellas
pessoas de pouco creditou, do facto de ameaçar e intimidar elle a s
testemunbas,que nâo eram tiliadas a este partido, quando por serrili

i commentsris ad urdinstionei ~ e g n ipormgallire, I , 8, 6t. 66 5 7, tomos segoo


ãns, Llyssipone, MUCCXLII, os. 41 e 42, pagi. 17'3 e ssg.
2 ~ e v i s t s rim. do Iort. H l r t e Geog. ~rsu.,toma LIII, parto 11, pag. 55.
3 Op. oií., plg. 834.
ref<iridns tiiilin iiecrssidade de iiiqiiiril-as, liarn qne d i s w = s * n nKo ~
o ouc s:ibinrii. iiins o tine ellr di,s<,ia\-n ciue diisrsseiii. da 1.iolmtr2 c!
;ltroe l)i:rsi.gxiq:io 1101. rlle rxrriida coiri ~,r;iticnd e s e s ar:tiis c<iiitr;i,
o liartido oliiirlriiqr, dr? que r r a i ~ iii<.inbrus i r>s :liictoi.es da s i i b l e ~ - a ~ % o
coiitrn Caldas e.piir coiiirgiiiiite,o~iiuitrjrrs do di,~acnrode que ellr
Rryiii20 foi x.ietiiii:~ riii XOI-riiibro dr l i l O 1 abi<iIiita,iieiite ii;i« se
p < d e tirar outra ciiircliis%n;L i i : ~iri. a ilr ~ I I C"a: R r y ~ n à oiiiiiiiixu
capital dos religioiinrios dri l>artidr>oli~iileiise:istu 4;dos nilctorri dn
sul>loin~;iode Xo~fiiiihrodc li10 r do de.;irnto. clue rllp X<syiiiãr>
soffi.i:ii t i i i roiiiiiaiiiiin dr 3Iriiiorl \'elliri dc >Iii.nii<l:ae oiitroc: pois
sii iiiii iiiiiiiiro .
,, cniiittil r: rtiiiaa dr. itor iiioti\-i>; ~)rrioitrs
teressndus, nbiisnr <Irsua ei:drir;i di: juiz para li&sryiiir, roiii :,scnri-
inai 11esill-

d;~losn~ i o l n c n orlos ninie cniiiesiiiliiis iiriiirii~iosda iiior;:l e dri dircito,


:i jiirisdirrioiindoi seiir.
(211e H r p i ~ e~.n
; ~ iiiiiiii~oc;i.liirnl do* Ir\-:iiit;iílos coiitrn Caldas,
ao; qiizcs neciis;i i.II<., eiii siia c a r i : ~<I<, 28 <lc .Tiillio r10 1712, de
<< t~.i.<<iii iiitciitadu S;izr.r rci,iiblica », d, ciiii>cijiic,iitri1~t~i1t~~, farto que
i i i u lmdere diiriilir (li. rsliecie algiiiii;~, r ; roiliir o trateiiiiiiilio de
i i i i i iiiiiiiigo ciil>it:i.l. niiidii iii:.-iiiio iqiie a iiiiiiiiznd<. forir c;n~sad;iprjr
l I ~ ~ yiiriii a trsiriiiiiii1i:i i. I>iodiiai<l;i,;iiridn ~ i i < ~ s i iq, iu>r a
; t q u ~ ~ro!itrn
iiiiiiii;.:idi,; ~ s i s t i l i d o611ili crius:is, st. 112o trulln decl;~l.:ido, 1130 fnz
jrc~va,I ~ L Ocoxstitiie iiidicio c iiri;i .iqlnt.r d i l o ~ n i;.i 1irt.niiiiiliqÙo
i ~ l ~ y ~ccnlo ll~i~ ,11 O diz O I ~ O ~ X Yj L~. ~~ r i ; r n ~ ~(st~~~~lit<« ~ tdii
be1 l v S<y~l ri n
(1i. ;i :icciisayiaci. feita l r l o drsciiil:argn(loi. lZryiii3r1 i,oiitru os stil~le-
i-ados dr! 1710, cartw? co~riliielaiii<,iite ilr crerlito i d o iiirrree SC.
.4 8ccrl1<ùo,que tiiiLi:h o teriiio rrli~il~licn i~iiniid<ifoi i.;iil~r<:gndo
1,or (!.hri;to~-nn, Hryiii:ro. a circiiiiist;iiicin <I<.ii;iri trarr,iiiciclo lireei-
sados O S frlctos d ~ n ~ u ~ ç i n d odo r e siltteitto. L: i~~l~)l.~~t:ibilid;ldll do tm-
~PIIIUIIIIO desse iuiiiistru, f:izriri que o tri.rliol iiir«c;~d<ipcln Sr. Co-
dcreiial iirto i<aiiliiiiiriii S ~ ~ L I11111 P I .<lil,~ittitto~ . i ~ Il) ~ or l ~ a ~e,.t tjior
e
insu, iia<i SPTYP n refwidn l>;ircaxisiiiiieiii iiiiisiiin 1ini.a aiisiliar a iir<i\-a
dtt que <-li1 li10 se tentou riii I'rrii;!ii>biicci o rsti~bi,l:.riii~eiitod e
u111 g o v ~ n ~ soberniio
o r d<iiiiocvaticn.
ITe.*iiio qiie nisiiii iifiu fosse r! Iiz>-i;i:io i130 ~irrt<~iirr.ssr ao nu-
iiiero dos « iiUiiistros rorii siisi,eitnx », i i qn6: s" E ~ P E ( 2 ) o I'nrPCer
iiitrrlmstto eiii l i d<: Uezeiiihri, de l i 1 2 l ~ e l oCoiisc,llio Cltrniiiiii.irio,
e a 1m1~1-riirepublicn tircsse riitzo n iriesina sigiiificndo. que teiii
liqjc i! os factos de <irdc.iiipsyeliirn fosrriii d<: iiinis ftreil e lir<iiiir>ta
i.t,rificuq:io que os dt! nideiii ~ , l ~ y s i ;ie al>nysageiit,~ n iluc rc'.omeu O
Sr. Cud<rrairn, ii;io o ajuda ;i ,>roi-ai.r p e Urrii;irdn Virirn dc 3lclln
e JO~ deO Freitits dn Cuiilia l>i<\ject;iranisacudir o jii;o de I'ortiignl

I Op. cit.
2 I<criit~ 41211. Pernamb n. 41, paz. ID?.
do ILIS~.
e que Xrnia:.do Vioira (Ir AIrllo l)rnl>oa eiii rriiiiião da ii<ilirrza e
seii:id<i di. Oliiidn aos 10 de ?u'ovt.iiihro de li10 cpliira se drrl:;rn~se~ri
eril lirl,uWica ,,r1 iirst<zr.dos VC~IICZ~RIIOS, P, 1)or eazi~ no: 11io apoin
ai aiiiriii;i?iir.s de Dias 31nrriiis r, eiiiisequeiiteitie~~t(,, iiciii n rei\-iii-
die;i<;ào iiitrutada pelo ;rueror n'il h/<:ra l : ~ y ~ ~ , l , l i c 710
i i ~ IIr<t.zil.
~i~

Tbrorrendo ao parrcri. do ('oii*i.lliii 1Tltr:iiii;irino pelo qual este


e111 li de Dr.st?iiibro de 1712, rleliois <teouvidr) o lirociirndor dn c,>-
reli, iiidicoti a 1irovidr.iicia :i toiiiar-;e p i i i reliiq;io nus acoiitecinirn-
tos de Prriiaiiiheo ii;irrndot i w i cii~t;:.; «do Ouvidoi. Geral 1,iiii de
Vlilriizurlla Ortie e dos Otiicinci d;i C;~iiiar:i di! Oliiidii e Recife, 6%
<li,(~'oiiiii~niidntrte Jono da Ihlnttn, r do Oaliir%o Joao dn ?lnia da.
(;aii~i:. e de outras niuitas Iiessons» i 1'1, delle destaca ii sr. Codr-
ccii.;i, ~ : L Enl>rcseiital-a
L c-lj eoiiio prova i l c graiidr lieso riii tircir
dt: iiiiis tlic~rrs,:L s e g ~ ~ i i i tp;irs;igiLiii:
<i « ~ Z Lrrlrdiide. pelo que se iiios-
ti.3 d<.ite traslado. os do Krcifc. jiist;iini~ritr l>uac:r:im eiii di~fes;~
<.<iiitr:t os de Oliridn, que estio iiinis que iiidiriados de que ~>r<,t<,ri-
dintii ;isst.iiLoronr-so dns hrtnlexns, degolar o< do Recife e iiBo nd-
iiiitrirriii i i o r o govorii;idor qu<,fossi, st.ii;ir> eoiii os liactni qiir ollris
i~"izesieiri,fazerido \-arina eoiifkrriicius sobrc lrvniitarriii reiiubliea
r co~ividoic~ii iinra seli ~iroteetorn el-rei cle k7"rniiqa, ori outro que
lhtts lize?sr inellior liartido»
Esta passiiyem, j,orP~ii,de tijriiia nlgu.uiiin srr\-e de pliintho f s
tlir-rs do or. <:odeerii.a, porqili, i i i o eiic<.irniidu iiriia. niliriira<;in
nraiiy:id;i á 7-ist:~de docui~~t>ntos j,<.los n ~ < ~ n b rd<i
o r CoiiselLo Cltra-
iriniiirii c iieiii siquer ~ieloI>r<ieui.adorda coroa, iiias spiido ~pi!ii;is
siiiil~lexti.nnsiiinpta:->>?(r, q i i e *r iiiristi,a clrste t,.nsln<7,,: reza o Iln-
rerrr-, de iinia xrciianqlio h i t n no I>artido oliiidense, iiúo tein o
vali>i., que llie Iioderia r i i i l ~ ~ e s t anrniictoi.i<lad<~do Coiiet~llio.<: siiri
uiiiciriiienre u aiir lho f o i ~ ~ r siia e e orixriii P. COIIIO esta é dc todo
\riciosa: o r l u ~j?i foi Iiroclniiindo yrlo 1,roprio Consel!i«, rliinridn
upiiiou que ernrn asiisl,eitos,is todai as dili~;,iici;is i: de\-assas que
sê tiraram» (3) e que «se i180 deye I,i.oeedei. n criiidi,iiin;iqâo por
eartits de uns ~ o v e r n : ~ d o rqiiei.xo.sr,s
<~i e de ~iiiiiistroieoiii sit,~,~eitir.u
tiiilic~ntaiiibeiii esta r<,liii!s;i ns clr.\-:is~a~ qi;<i tiraram os oiiridores
rle Oliirdax (4): iiBo teiii n neciirnqão pl ~>orkiiito;n 1,nsiagrii. ic-

1 Rer. do Iast Aroh., o. 41, nrc. 178.


2 A IdCu Rcp. no Brn., ~sg.115.
4 R w . do Inst, Iroh. Peroaiub., n. 41, g ? ~ Ia'!.
.
4 Idem, prg. 182.
\-ocada preit;ibilidade alguiiia e, eni tees circumstancias, iiao s e r r e
d e proi7a <:iii favor das tboses si~steiitadasn';L I d i a ~Ilepvblicanaizo
Britil.
-\'a i.erdnd<,. tâo iinprest;i.\eis erani as iiiformaqõei. recebidas
pelo Conselhii Illtraiiiaiio re!atiyaiirente «ás alteraqòes de uns coii-
t r i ~out1.0sn (lj: n qne se tciii dado o liorne ~ o m p o s odo Guerra dos
3lascatrs, que o Coiistxlbo, depois de toniar eorihei~iment<i dellar, foi
de p;,rrcei. que: G C O ~ ~ ~se< I1120 ~possi~ averi~*uar
. rn. a verdade por esree
11:~11vis»!?'I, d<?rinS. 11. iiiaiid:ir uni iiiiiiistro tirar nova de\-assa
q ~ a r aquv i<: a i r r i g u e e esnriiiiie ii rerda<le seni odio nern ariiorr
(:$i, o que iiiostra que os iubseril>tores dai accusaçòes não nieve-
ciaiii fi:: iifio eiain digxlios de credito ou ijutr, pelo menos, os COilEe-
Ili<.ir<is,seiii d u r i d ; ~i~lyiiinaIior iiiotivos liondsrosos, os tinham nes-
sa conta.
T i o i,,,lneita\~eiserani, de facto, taes iriformaqões que o proprio
l,ro~nradoi.da cori>a, que iirio se acliava, rio estudo das infonn;rções,
1 x e o pelns ri;~n>sos preceitos da inais estricra. jiiitiqa e devia ter
iiiiiito ein iistn os iiiteressr-s da coroa, oiiiiiou, considerando o l~~viiii-
t;imt.ntii do Heritk, eni 18 de Jiiulio d e 1711, aiais escandaloso e
uinis I>rejiidiei:il, quc o l~riiiieirode Oiiiida, eui Novembro de li10,
<ipinoti:rcpi.te-sa, que os recifeuses iino -se desculparam beni do
drtritnrtii crinie com o orefezto aiir toriiaraili rinra o emnreherider.
qiial &i iwrsii:idireiii-se com cer;irr<le <,ri rem $ln que us;rioradorei
de Oliiidn iiiti,iitarnin rniib;il~os, a;seiiiinr<~arcin-se das fortalezas
r n r a iio de,iois iiecai.e>ri olirdieiicin a V. h[., temerosos do eastico .~.
i~, iiisraiiirntr d i ~ r i a n iesmerar Limelo L~iriiueirolevi~ntal,ierito a u e
r i w .,
fizerairi» (4'1, e qur: S. 11. drvia t,iivi;ir u m ministro a Pernambuco
,>ar:& tirar devaasa deste caso, Irraiitaniexito do Xiwife coritra Olindn,
i avi:riouar -si a pietez:tvl que se roinoii para o le~aiitarriento:f i ~ ;
fiilso oii ~ . ~ i . d < ~ ( i e i5,
i r o » O qne r\-ideiiein quo a nccus;iqio d e que
os olinderiirs queriani negar obedii,iicia ao soberaiio portuguez nâo
nirrecia credito taiiibe~iipnrn o p,rocurudo.r da euroa, que! iisaiido,
u m a das vezes eiii que foi ouvido, das erpressòes-«quando pelo
ljroersso se n%omostre culpa bast;iiitr contra os reos ou pr>r não u
terent ou por nEo estar beni eraniiiiadan (li!,, i~rostrouque abso-
lutainerite iit.riliurii credito dava tari~bein;iç iiiais aeeusaçùes.
Nem podiam os membros do Cnriseliio Uliramariiio ter outro
procediineritn, quando os p a ~ ~ i isujeitos s, a sua alireeia~ãoe eui que
*cada iiixi dos p;rrtidos iiivoei~va o iioine do rei e se iriculcavii com
a rario e a ,jiistiqa por sua ljarte, apodando o contrario de rt,òelde e
de trahiclorn, confoi~rieo ailirina o Visconde de Porto Seguro [l'i e
O conqnova o parecer do Conselho, no qual se li. que cada uin prn-
curava .acreditar o seu zelo e tidr,lidade, <~ulp.ziidr>-ie estvs vasiallou
uns aos outros em niaberias talli ,zravrrz . ,, dfixavalii natente i%
(->i. \

pairào de seus a u c t o r e ~e mostittvaiii, conseqiirniriirrntr, as aifir-


macòes nelles .contidas deviaiir s r ~i>oitas de rruarentrna ou até
rejiikadits, meriiio porque taes inii>rni;qfirs taiitònnticiii\~ainque os
recifenaes queriam negar olirdiriiciii a i.1-rei de Portug&il,teiido
nt:stp ~ n i p e n h ocontra si os oliriden~es,eoino que estes deseiur.ani
sacudir o jugo portuguez e os rrcifi-iises o iiiii>~diaui.
Xestas coiidiqòos, a inrocads l>asi;it.eiii do citado pnrecer do Coii-
se1110 Ultr>mmariiioiibsolutaiiic~iitr iiio confirma as jia1avi.a~ de Dias
hlnrtiiis e nno prova que o3 itiiiriiiltiioroio (tl) ruil>enhados na
gnrrra dos iiiascates, á qual Jose de .ilencar i&)jurigiu o epitbeto
de grotesca. tivrusem tido erii niirs a i~irlr~iriidi~nci:~ nacii>iial t. o
rst,a,belecimeiito de um :o,-erno dri>ioci.ii,ricoE.,, por coiis~~qn<~iicia,
nno aimi;~as t l ~ e ~ do r s SI. nlajor Codrrrira c n reiviiidieaq;iu das $0
rias do irerusor da iridrl>endriicin r da rt.liiihlicn para Urinardo
v I .P .L ~, Ade hlello.

X t o se cont,entando coiu os l>aicrrt.osdo Cuiiselho Cltrai~iaririo,


dos quaes extvahiu os toliieos, q u e Ilir 1,arrccrarn a,prorritavris para
o fin? ein ~ i s t arecorreu
, aiiidn i, sr. Codecei~ai Sc~n.r~qrio JTist,,rien
dm C ~ d ~ ~ i ~ ~ i r l arle
i 7 ePei-ii,~n~hiico,
.s puh1iend:i na s e p n d a l a r t e do
tomo LLU da Reiistii iSiiiiei~.s,,.<d <Ir,Ii~stittctr,Hi-stuiieu e Ge«!lrupliiro
Brazi1rii.o~1i:~rn.apndriiihnr sua asseryào tmheiii com o eqiie es-
crereism os chroriistasn i 51 e nr.sse intuito, depois de ayanqar que
uo uuctor dos 3inii.yies /'eritn»rl,tiç<~r~l,a afirma :i p a s 272 de siia
obra, que rra. este (o de < ~ s t a h e l e eiin ~ r solo da patria a iiidepcndrn-
cin nacional) o projecto coinhinado rritrr X. Vieira de Nello I: o stiu
mestre de caiipo J. de Frt:itas da Cunlia, iio qual se achavam ini-
ciados o capim-mbr de Santo Aiitgo Pedrn Xihriro da Silra, capi-
tão Aridré Dias de Fi:u<>iredo, seti i m s o o Ilr. Jose T a ~ ~ a r de es
Hollanda c a principal Nobreaa l>rniarribueaiiau, accreseentou im-

1 Op. dL, png. 627.


2 Rsv. do Uat. Arch. n. 41, pag. IW2.
3 Idem, pag. 191.
4 6enio Gnerra dos xascatee. 2.. ed., t. 1 , pag. 1% nota.
5 A Idea Rep. no Br., pag. 113.
iiic<liatiiiiieiiti i 1 ciiit. <,o;iiil<jr [lar; ('nlo~i~irl<ii/cs
n roiifiiiiin !o ns-

dos lInseat<~s, llit! toiiiaraiii t;il aici.r;irt, qiir desde lopi tiniiinr:liii ctiiii
toda a f i r co~itiiriiaraiiiiia('i>ii,iiirariu voiitr;i eilr, ol>re.eiidri.:iiililogu
exiatin ci,iikpii.açno) r 1,ozrr;iiii c ~ i isiLiiIrigar <> itlc;iid<.-tiiiir Izrlil7lti.
de 11oiii.a. ;i rliiciii iiiaiidarniii i,li:~iii;ir Iiiirii estt. i i i i i , iiins que triidc;
r,ste iiioiridi, rt,l,riitiiiaiii~iit~, rl~iiiiiil<> liara <..te fiiii já viiilin eiii en-
iiiiiilio. a %I (Ir Jiirilin d r 1710 i:, i.i,\-i,lii<ân V U I ~ ~ , V IeI ~ i\c,\rii>bro n
d<liso.ziiiir>l f i ~ i ~t?i~itt.ad<) r;~ ci ~>'iziio <I«s Co~~ii~l.adoi. ~li.l<> (jl~.~:i.<301-
\-eriirii iiiakil-o.>
P\'rit;i I,ar.:i,xeiii, ~ ~ < I ~ C qI I~I ~ ; i<'C>:IID
.r se e;i<.liniiitirlii:i~iitrrem-
i~iirl;i.qiirr vniit,, t'oi irdigid;i ~ i r l i;iii<.tiir,i i~;,» .i: eiiroiiti.:~uiii;i niiir-
iiia<;ii> ideiiticn i iiiilii~tadii;I Ili;ii 3lartiiis. Iioicliir, eoiiii, o dia i;
wiiliur <li. lei I';tlic<.. d i w r q i i t , o-. riiiiilos cio Ri,eife. ri,iidii qiic
;i>\.r.riia<l<>iv i i i tixlo t';:i.orrriii r i ii:ii.ti<lorecif~iiir.<~o~rc~l,<~raiii cuiiti.;,
r li? t;il ;i\-i,i.n;io rliie trilrt;irriiii r i i i i i tod:~:iiiei:i de coiitiiiiia~ ti:^ coii-
jiirsqin II;K:~ o Itrtv~deri,iii,r : .s?,,ii,rh s c ilissr, tiizer<.iii eiii ;-i,ii i o ~ n i
011t1.o de WII, <cv[tt:izrs e, ~ , ~ , ~ t i ~ r i < 1,;ir:l ~r~~ o~~ , ~> ,i ~ t :rI;AO
~, r < tqili-
,~ii
\-ale a d i w r que <i pr:,jr,iii>, c<iiiiliiii;ido iwtre ncrii;iido rlc !,It4lo
.T<i;io de l'rr,it;i. d;i i'iiiili;~, r i i r i, adc r:atni,elc,e~r i i i > iiilu dn iint~i:i
:i iiiilel>i,ctdiiir.ia ii:i<'i«riali e . cii,i<~i~lLl~iiti?ill~~lit~~. iit.ib;i ~ t t 1 3 ~ c $ f ~ l : l
~ i i i i ~ i i t . i li8id<
ii yi.r iilii.~ ciniiiriii;i<;iii cni<yorica. furiiinl; lin,ciw de
sriiirlliniitt, ;:tiiriiiatii-a.
K%<i r,l,,i<wtt qoe ii?in tni iiii.si,ii, pnr;i nl,resr,iit:il~;i.ci,iiio iiiiirr
roiifiriii;i<;:i<, c;tt<,goric;l,riiaii i i i i voiiia i i i i i iirciiiiir~itoeiii t i r o r di: aeii
:,+serto. , q ~ ~o csr. Codweir:~~ L I \ - G > ~ U<.S>:I LE ~>:I;~:~LTTo. ~ ~ o r q ~ ~ : 1):ir:i
~n!o
< i trttçlio i,)\-ii:.:iilit I>i,d:~r s<,r ;ihsii!i rriiiiider:id<i rrn iiecc:iarii;, iii-
rlisl,riisn~-<,I. iiiilirc,<~iiirli\.el riu? 0%ciiiiilos d o I<i:ciic ii:ti> l~c<!wsen:
tt.r Iwc~r<diili> roiitr.7, ii goreriiii<li>i.C;lldns lwlu riiodu, por q i i i n fi-
zcrniii, ;<.li> ri-i. JI<!llr,pi.oji.et:tdi> cesritlirlcccr iio s~iloda s,:~tria a
iitdnl~eiidcii<,ii~ ii;icinii;il>~e t<ir e~>iiil,iii:id«ris<. proierto eoii, fi.r.ii;ri
da Ciili!i:~; orn t.;;sn iiii~~i.e,~riiiilil~ilicIi~dt~ iiùo r? neliii l,i.o\.:i~la<; iieiii
<: i~vidrsiit<,.alii>iirntici,.. ~ l : ~ t ~ ~" tri : tl,l.es~~n~ii.i.l
l e: l,ortii~lti).I I ; ~ si,
~ ~ o drijiiiider~ir
<: r> trrrlio iiii-ocadn como iiin argiiiiiciiti~c x i i i fnrcr (3;.
:irsr~rto,ei!jii rr-i.ncidiidc teiitn Iii.or;ir.
iY3n <', licito raiiilir>iii dizer s i i d a e t i ~r, p e si. diz ailiriiiado
1,or Dins lI;:i.tiii:, ri;io foi ii>ii:i çoiidic;Tto iircr,is;iri;i dos i:ictoi i!;!rra-
dos ~ ~ ,;~iirtor l o da .\í~i,ia$;iít, /Iist,,i.iia, fuil iio eritrotc~~ito, uiiiit c:iii-
sn rfficieiit<: ilrites: ,]II<': 1mr irreni, coiiio ;ictc)s cxeeiitorios, rcit,itos
~"

1 Icem, pag. 114.


do ~ r o j c e t o ~. s o r a i i rliic i o I>ro.jrctofoi, d e i'irto, concebido, c lino
C liritri diael-r,. eiii ~~riiiieiro logai', 110rq11e nl~r<!im~tar 0 Imante
contra i> ioveriia<lor coiiio eftiiito dol)rojecto e st.ii ajiistr, us:~iido-se
;tisiiii do re-riirso l>;irnlr~gisrico, eoiii n r l i ~ t ~~ ll i ~ dsi.i ~j,l.oya, de dar
por r r r t o o q u e s e acliii eiii litigio. riCio i. 111.0~-ara < , x i s t ~ ~ ~ , . i nse-
iiielliaiite lirt!ji,cto, ii1.1~ dai-a eoliio prc~~a,la.r l u a ~ ~ della o i. r> ob-
jecto do drhnte: eiii se~iiridolocar. porque o l>i.ojecto, caio tiursrt:
sido roi~ecbido,ri%o foi a. rauiii. <~&ciriite do Ii~\-ioir?.i>r>is \Icllo fiii
<~oiti~~l<~tniiierite allieio n este c aú c'hr~oii de F i ~ l l ~ ~ i t rao e s thvat1.0
(10s :iro~itt~rit~iriiti~s A .
drlmis <inr O cnveniailor Cnld;ir; eu;ii.idr, A .~ iirlos
Iev:irrt:idos, se :iuseiitnr;i eiii iiiii;~ suiiiaea i ~ n m: d ~ a l i i r; :~ por eiiii-
seai~iiite,dcl>oiçdo leiaiite c si> delini* qiieclir,cou, o r~iittqurrdizer
qiie i r i dnlmis do Ir\-niitr, foi que oii 1e1-;~iit:irlr~so iiidiiziraiii » a se
. i m i ;:drl>tvd < ~ l l rcrrto
f.. ; ~ lioi.qu(' "ti. riitrio o ii%o rni, i <Irpois
~p<: clii,~orie,l~ort:~nto; só df.j)oii do leraiite c r{u:riido tsste ju .o
:rcha\a 3-ietr>riosn i>el:~ brusca retiindii. de Cnldns foi qur,srdc*ixiindo
iiiiliir,iicinr liclns s<vlurqòrs dos ricroririosi,~, se fez ;id\-t*i.r:~i.io doi
r.ciieidi>s, ir ~ ~ K iiiiiiiig:.l> I Z dcclariidn dii* Kerifriis<.rn i 1 1 r. se, JIrlio
fiii c i i t i ~ , i l ~ ~ f r i , i ~ r i r.rti.ir,ih,
iti. no Ip\-;~iite,rstia i i C ~fOi iiiii nero eiecx-
!orio, i i i i i rriiiltndn. uiii preito, uiiin coiiirtliietiri;i. d<x sei1 ln.i,jecti>
<.,I:OCi.50; ririo 1 > r o ~ acoiiio : rffeito rir, pro,jecto, por iihii tel-o sidn,
qut: ~irojcctnfoi, iia realidncle, cr)i~crbicln.
SAo .rx diga r i i si o tiechn iiiroindi, (1.1 .\íri.r.<z,:iio Ilisfi,rieti
iiAo coo1,rr;i i ; a r z ~ ~fii1.a i ) ~dil <lii~.id:~ qiir \Irllo 1>rojectoueç ~ i ~ i l ~ i t ~ o i ~
cniii Fi.vitiis (Ia Cunlia roitnhelecei. n o siilo d:i liatria n i ~ l d r p t ~ t l d ~ i i -
ci:i rinciniidn, Iwovn, todavia, qut' a gurri.n dos iiinscntes iiii irtiii;i.
<ioiijur:ii;%ocom o f i i i i d r Iirocl;in~ar a iiidryiciideiici;~i~;iriori;~lu1 2 )
e <,que. iiho sr, queria i i i i i i o r r r i i o lt-xnl r siiii o qiir estabrlí~cessrii~
os r<.\-<ilucioiiarios> 1::) c: iino sc d i p istol etii 1,riiiiriro lugar; 1,or-
qiir iii.%errechose 10 qiir osi:iiiillosdoI~ecife~>retriidini>l « ~ e g u u d nsi?
dixsvm, liür iio 1u;nr do goverriadnr o denidr-ii~i>rFelil>p<:d e 3Loiii.n.
e, p a l ~~ ~ o d fnaí.1-o,~ ~ e rrn, ~ de tiidr~,itirlirprii=a\-c1 qiu! eme
~ ~:iiites
10~i1rf h s s ~~llantidoe : coiiio csie t'rn iiiii locar de :i;eiite, d<.legado.
~ m i ! ~ ~ ,de ~ t oi.ga~n
n, do gorcriin dn u ~ ~ t r ~ > ~r , ~o ltcapitauia, e a siia
eoiiarr~-ii@oiiii~iortiirnii;i contiii~i;iq;io da ohiidieiicin :&o goveiiio
~ ~ w t u y i i e a; l ~ o r t a i i t oquereirdu ~ elles l>i,riio1oga;lrd~ Caldas o aicni-
dr-ni<i~Felippe d e JIoui.8, rlilrrini,r tnirihriii a contiiiiiny%u da ohe-
<li<.iici:rao p v e r i i o da iiit,trol>ole : i.iii s<,guiidolo-ar, ~iorqiieu f5Ieto
de tel.<.lu 0s le\.niit;idos dns fr<agiireini de S. A ~ i i y % S. o . Lour<.tiqn <!
Trarzea. «srguido» ciii sua uinrcha «:i voz;> do - * V i r a el-rei D.

1 Rei. do Inst. H i i t Brasil. tomo 1,111, 2.. parte. pnei 6 5


2 A tdi;a nep. no B P ~ Z ~pag.
I, 11:.
5 Idem, png. i IG.
João o qi~iiiio,\-ira o poro r iiiiirra o goveriiadorn !I): o de t<:rcni
entrado n o [{reifc os li~vaiit,adosde Siarinliaeii r Ipojuca, reoiiriiiu-
alido a niarcha. wirn 5un ~crli~iii;iqhn de v i r a r:l-rei D..Joio o quiiitor
( 2 ) : t- d r Iiiirererii (i-;
Ieviiiitados: drlioii de certiticarein-se d~ ali-
seiici;~do :,."\-creiador .< dos iiiiiis. &: IIUP prucurttvanl, l,ydido ~<l>er.dão
~ e i . a lriii iinmr de el-rci» Oii. o de trrciii os rrv(11ucioiiarios 1,i.o-
curado I>:Lra assu~nirLI nd~niitistr;~qi~o da cayiitaiiia no bispo D. 121-
iiot.1 Alravi,., da Costa: qiie era, Ixir deteriiiinaqRo do goveiiio d a
iiietroliijlr (4) o st.:,.uiid<i sub;titiito 1r:gd do griv<trnadrir e devia
cxerrw a s fiirieqõvs dc-str oiii siia ft~ltnou iiiilicdimriito, por 11;ivt.r
i z í fnllecido. i m r risn occaíiRii. o 1,riinriro surcrasor. mostrain com

vidual de ('aldns.
X;LO p d e v ; ~ o sr. Codec<~irarrl,licar d i ~ e i i d oque o facto só
do l e ~ a n t econtra o gr>v;~ri,ndorC'aldas 4 siitliciente para y r o r a r
que aos I ~ ~ ~ ~ ~ L li!iic~~~alu T ~ I ~ 11" ~ ~s61o
L cda ~ ~yatria
~ < a~ Y
semente
da iiid<l,t.~,deiieiae liberdade iio srrulo liasiado a 10 de Xoi-<:ni-
hro dtx l i l u , t,i,iitdiid<ii:stnlirlecer i i i i i j v e i n o iej~ubiicaiio»,(5),
l>orcque ~ ' L I I T < I (: d r iieei!ssidadr qlir o levante contra o co\.t-riia-
dor (:aidas s4ja rffc~ito da res«luç%o de sacudir o j i i ~ od i ~~iletro-
1m1r <: ritahelrcer n o 1,niir i i ~ i ,zr,i-<.riio
i sobt,raiio e deniocrntico que.
j.i aiitrrioriii<,iittr ;í ;iieri.n doe iiiasciitrs, roiiforiiie itüiriiiou o prol,rio
ir. í.!«drcrir;i, ciii uni nrt,iyo rstniiil>iido t!in u m dos iiiiiiirros do
Joi,cul d o 7:ei.,fe, de Abril ile l$!Y2, adelibenirain a i pr-ssons prin-
eipacsdí' l'<~i.ii;iii~l>iico e o ~ ~ s ~ i r acoiitrn
ilr o governador Jri.oiiviiio
de IIriidoiiqn Furt~ndor, ~ruiiixido-se r.in club,, já eiii Olinda,
j6 riii outros logares, rrsolvrnnii prriidr?l-o e reinertel-o prt:sn
]>ara I,iihon, coiii o siiiriiiinrio dr s < ~ el.inleg» s e: de farto, O ti-
aer:irn. lirrrideiido-o ria tardr! d r 31 de J u l h o de 1666, r!, iio en-
tretniito. r, sr. Codeceira, loiisr dri pensar qiie esse leralite foi
rffeito da rosoluqao de pror1;tiiini-se a iiidal>endeiicia e ae rsta-
lxlei. uni coreimo dei~ioci;ltieo. o r i r i a iirii>lieita riins rrdnndn-
rneiite, as;\-rtraiido que .a. iiin1u:redà revoGição de 1710 foi a
lxiiiieira ti?iitativa para n liberdiidr i~aeionalsob a foiliia do go-
rerrio repuhlioa~iox (li).
Eiii taes cireiin~stnneias,essa liassagern, xiâo haveiido iirlla
nina confiririaqiio expressa, niio se liodriido coiisideral-a como u m
argiiinento e os facti>s, nhi ~iritieiiidos,roiii<iiiina liruvn, iiào apoia o
asst.ito attrihuido n nina Xartiiis, niiiito einhoua ii;rocad<i eoiiio a
q l ~ ecorri e,sprei<rlid~riie
o ruiiíiriiia: absolutniii<:rit,ei130 coiiti.il:ue >i-
quer piLrn toniar Iir<!suiiii~tai qiir eiii 1 7 1 0 se atrritriii Iior fiictr~'; a
iii~lelirrideiiciaiineioiial r coiii vila ri fíiriii;~d« gorrilio reliiibliriirio»
( l i P é t,ntalinnltt: i ~ ~ i ~ ~ r e s tIix ~
L i i\l ~a.c ~rriiiviiidicav3,o
l patrocinada
l>eiii auctor d'A Ideo Kepri(ilicui~<ii ~ oL-'raziT.

Lo:o d n da SLI.PIL@O
ali68 o resiiiiio do n i ~ a l ~ s i ~trrteliii Histxri-i-
cn. ilrw C'r~lic,ttirlndes,seiii a interl>iilai;io de uiii roiiinientario, de al-
guiiiiis palttvrns r x p l i e n t i ~ a rdo iiiodii liorque t-sse trecho eolitiriiia,
a sei1 v&: o qile escrr\.eii o nlietor d'Os Jf!vt!/re,s P z r > ~ m n b i ~ c a ?i~ o s
yag. 2 i 2 de sua obra, da r ~ u à oliorqne. no seu rutrndtir, lirol-a essa
1)assageiii qne n raiolaq%o dr? 1 7 1 0 t e r e l>orfim ruiziper os viiiçulos
de siibinissão, que l>rrirdiaiii r> Brazil a l',irtu8al, e naturnlniente
paus 1 r o r n taii>brin de 11111:~ C ontrn cn1isi1 P lliira denl01:stl.ai;3o do
q u e udeantou, diaeiido qiic o aiirtor das (i~lntni<l<~rles «ennfirnin eni
rl?if,-rei~teslogares dr siin obra» o pretemro ; ~ s i r r t odt: I)i:is Martiiis,
trariscrrreu ( 2 ) n sr. Codt.ei.ir:i da eit. A-,\;li.,.<~cõo Historii<~:i se-
giiirite ~~assç"gern:*O si.11 drsqio todo rra presidiarem as Sortale-
rrai do H<,rife. porque nisiiii llirs tici~vnsesiiro i i r ~ ~ r d i r e iai im t r s d a
ao ii<ivo gorerii;idor q11e v i ~ l s ~ e .E: uesta ~nateiiil 21.a tão pouco o
se11 recato. que, n a rriainr liarte das sua8 eonrrrsas, assim o puhlieit-
vaiii e fallnvarn roiii t:riitn latq~aan.iicstr 1 x ~ r ~ i c u l nque r bcin iiios-
trnmni o lioiico receiol qiie tiiiliaiii de por isso llies tomiiri:rii ns
eoiitni porqiie dos Krcifenses se llies ditvs tâo Tmiieo, que conside-
1 I qualqut,r dtsllrs sr daria por herii livrado riri o deixarem e
assi111era l1f.10 grande triiinr txn q ~ i etodos ;iridi~vaiii~.
Este exciwptn, 1>oreuil eiri i ~ n d i ~l i o auctor d'4 Idbc
o Hrnzil r L i i i sua fs~iiiadtt rriviridienr para Brrnitr-
I ~ e ~ > u h l i c n irim
do Virira de 3lt.llo :i glnriít de l>roto-iiiartpr dn Rei,iihlicn iio
Briviil r de priiiitiiro iireruiisor da iridei~i-iidencia~ iiaeioiial, al<:rn
d e outros iiiotivosl porque :r aitiriiiaçiio 1 t i d Iiao obs-
taiite ter sido a\-aii<;zidn, i i n i ~iini esr'il)t~t.~que: diz t e ~wullrc-
psdo iriiiitn diligrncia para. afastar de si a affriciio t! a antngo-
nia (:I), iihn passa de niii:i accusaçio frita aos oliiidri~sesI><:lafac-
çZo coritrnrin, que, a seu tiirrio, era a c c u a a h dos iiiesmos delietos.

1 A (de* Rey. no Br. pag. 84. >ir h".


2 Idem. pax. 11,.
3 Rev. do lolr. ~ i a t .Brar.. tom" cit.. prg. 2
De feito, na guerra dos inaaentes cada iiiii diis dois ]>arti-
dos esl,robnvti o contrario de reùi-lde o do ti;rliidor, 11ois si ris
ircifciiscs, <.sere\-riido i i i i i : ~ cnrta ao goveriiarl<ir dii P;iir?liybx,
.JoB:i dit I l a i a &L Gaiiia, rllie iioticin~niii o receio q i ~ et i ~ ~ l i a ~ n
<Ir quereroili os roiijuradns seirliorenrniii-se. das furtnlrzns e casa
d a Itolvori~para iiirl,rdirriii a eiitr;tdn ao n o u i ~ o r ~ : r n n d o rquiik .
viesse de,, Portugal, si lhisii ii%o tioiixrssr o l>erdio de el-rei,
t i o aiiil~loioiiro elles i 1 si afliiiiinndo ao p x e r i i o
<Ia iii<~ti.i>l>ole qur! os adverr:iiirjs a~irateiidi;~iii ;isbo~iliurcnr-ir das
ii~rtnleiras, desolar os do I1c.cife c iião adiiiittireiii iiovo gorer-
iiador que fosse iiiii2o eoiii os 1i;tetos que olles qiiiaessriii, f;iat.ii-
do varias coiif<areiioi;bs sohie n Irvaiitareiii rrtl,iil>lic;i. coii\-id;ir<,iii
para seu lxotrctor a el-rei d e b'ririiqa ou outro c[11P 1 1 , ~ fi%l'6~?-
~
iiiellior liartido» (,2;, nceusa~.:iiii os riliiidensrs di, r ( , l ~ e l d ~es de
traliidorcs ao govoi.iiii, estes; I,or siin vez, ;illieiiiiidn a giwtr dn
(ioiit~iiia ,,ara o leraiiti- dr! Koveiiibro de li10 coiii o 1,ri.textn
<Ia tr;iliiS2o do zoir<-rii;idor. <Liir! diainiii cliefe e rlimctor do Inr-
tido ri.eitbiisr, e n per~ii;idiiido ;i ~ U I ! aeiidissrs no Itecifi.. pni-
q u e já. se a\-iitarniii ii;rvius f m ~ ~ i e ~ÍAl, z s itfiri~~niidogiie «i>
go\-eriiador era tinbidor c coiiio t;il qiir,rin i,iitrcgnr n trrr;i. aos
Fraiieczein (Li, tiiniido deriissas, eoiii o niisili« do oiiridvr,
coi~trii(Ciildns p i r n I,ri,rn <Ir! 1 cllr «dc.igiini.iir.ei:~ o i fortes
da artilliaria Iior qiiert-r eiitrrgar a terra niis iiiiinigcii dn C O ~ O H I
i 5 i , e escrrreiido, ltor i~iteriiicdio dos eaiiiariatai de Oliiid;i, ao
govcriindor <Ia Panrliyba, q i e «ou reciferisrs c,rniii tr;ilii<ii~res,
pois a s<>ueliaiiindo liariaiii \indo iar rio^ c e ( i i j o a.
Christoraiii Paiti Bnrrrito <Int! a ~ w t ~ o r a d o do r ~ s Rc!cifi\ I ~ P F H ~ : L ~ I I
obedieiiein no senhor bislio goverii;ldor e no doutor ou\-idiir ge-
ral ... 15 p<llos e\-identi.5 sigiines l>oder20 eritzegnr (;L terra) ;L rei
t o i i seus :idverrarios, os ~rrifeiiies;das iiiei-
1,IZS c1,I1,as.
NAo s<i, 11or$n~,aiiibos os l>artidns st. neciisnvaiii iiiiitiiiiiiirti-
t e dos ~ii:~;iiiosdr!!ictos d r rehrldi;~e traliiC2<r, cniiio aiiibr>s iii-
rocnratii o iioliic do soberaiio para colionestar os actos deliostili-
dade de uiis coiitr:r outros e nssiii~,si l>aira ~ialliar o 1rr;iiitr de
18 d e Juiilio de l i 1 1 coiitm os oliiidriisea: seus n~lvrrsnrioiindo
ter coiii o Iiisk~oguveixndor, «llir reqtxe.reraiit ~ 1 pi~i,te 1 ~ d r 1)eiis
e de El-rei riii~iidasse Siiariiecrr todos os furtei e r;tw dii pol-

1 Idem. p l ~ 98.
.
2 I Idkn R e p . no Brnz.. p n g . i15.
A ReP. do ln3C. Hisf. Brazil., t o n l ~cit., p a g . 4 7 .
4 Idem. p n g . 40.
ó Idem. png. ;O.
6 Idem, p a g . 191.
7 Idun. na=. 9'2 s 03.
vora ]wra que assiai esti!-csst!iii a I>raCn srgiir;i 6. :L l~:il.rn dv-
;irnl~rdiil:~11ara o govci.~i;~dorque viesse rriidci. a siia illristris-
siiiin» (1); os uliridi~iises. ~iiuheiii Imrs dissiiiiiiliir a > ;ip~rratl<,
C , e quc pnzrnmi o X~.eife: i,~errv<.rain,i.111 ?? de J~iiilin
e I L l i s t a ' e Btirreto, dist.ildo qiir f:li.iaiii o as-
-edio cwbriyndos ao serviqn de 11-i.?? imsso s~ithrii..? ruiireri-ti-
@o de seiis 1mvos+iO), crjiiio aiiterioiiiieiitr, i , , > I<.\-;tiire de Xo-
-;riiibro d e 1710, doraiti r i ~ - > a~ s<-I-rc.i n. .T<iio T' ( H : , pedir:in~,
victorioso o levante c<iiii n rrtirnila de (lal<lns 1eir:i ;L BaLiu,
aperdho rer:ll eiri iioine de ?!-rei» i )r iiiaiid;iniiii quint*~-
i'irisa; 13 de ?Jov<!riibro de 1710. laiicn~.iiiii baiirlo. ri~,jaordi.iin-
<:io d:ida nlror ser coiirriiiriitr ;Ln irrri<;o ri'</-,xi» ( 5 1 .
S i tiiiihos <is partidi>s jiistificnv:iiii os rrslivctiii>i t,r,,cc:di-
?rienio-. coin o zelo pelo serviço do s<ib~~iaiio 1iiii.tiiyiirz. i i eadti
~ i i i idos arti tidos dizia proeiirai rrdiizir ri irdvei.s;~i.iii :i r~bedie~i-

:
ria i~iit:trol>olee ainbos se iiiiiiio;t~nva1ii reei.I >iri<,niiii.iitr coiii o
pitLi,to e trn1iidoret.a e iiiiituaitiriite se rriitiiii:!rniii de r r b e -
des .i ::iietoií&~de real, a eoiivqui~iiciaii deduzir-si: rlrssr, f:ieto,
:risxiirir I ~ o ~ i d e r a ~ ~ d rque
> - s esr.iii: ;~iitr,restiiiliaii: eiii vista. twi a-.
aviLnr.aiido, iiiiia vnntngeiii 1)riltica. o ga1111o <I<. c i m ~ o iI~L ~ Ll u ~ t i ~
ji:!itidaiia, o qiie só dr.l,eiidin do ,ci,rr?riio, Jiiiito ;,o qn:il accii-
s:lraiii na ;~dversa~.inj lmrn torilal-os a~,tip:~tLir<,>. 6 ( ~ L I Y net~liu-
::ia deisai afiriiinyõiis I,:~rt,ida>,Ir i i i i i r «iii.ro ;riiiii> I,<,dr inc-
Tecer credito.
S h o iobstn, como j:i se <lisi(,; a rjui. a affiriii:i<::i«: iniitids iii>
iiechn ti.;tiiarrilito e nvançarli~l,clr>s rt~rifeiisi~s riiiitrir staiis adver-
hariiis. iiho ii>rrt!rn i?:,o !:irto de tri. hido P I ~ ad<ilitn<lii
L (ieli, ;~urti>i.
dn S i r ~ r < ~ y < i o .
Si se dnve arolher coiii ~ s ~ > e e i rleseaiifii~ii~:i
iil e traetal-ns
crliiio docuiiieiitos de seguiida iiinir, II~L ni~ctnrisi~dib li<:$" d e S1.i~-
??obos !li), a s rririiiorins <!scril!tns iiiilitus ailiios dr.l>ois dos aeori-
iecimeiitos, porque eatt-s se rediiarni 1 1 : ~ u ~ e n ~ c ~CIO r i ; c~ , t n t c ~ u ~ ~ ~ ~ -
rnnro, que os prrs?iicrnu o on r<.latil, 3 111~1.11sr~c<):.dil~i>es txpost:la
*i se cor,fiindireiii co:ii oiitras, n X<~i.i.,i~<i,, Iii.vfrii.ic<r cit:idii, <,i-
<:?irta pe.la t,ereeira vez e ~ i l l ) r i ~ ~ ~ i l ldie( >l i ~ i !?) I sobre : ~ C O I I -
rreiiiientos. <(ire se reahinraiii iiiuitos aiiiiox aiit<,i. 3% aelin neqqns
«n erii peiorei roiidiçiiea, ~ I O ~ C ~ a, I I ~ r:*corcla<jh,
~ de que se ser-

. do I m t . Ai6t. Bllail.: tomo oit , pig. L6


n, yag. 92.
. ~~ n, pnys. 41 e 4;.
4 Idem. ysg. $8.
h 1doin4 pag. i 9 .
6 Inh.od. nnr tiuclcs hlst.. pnr. 148.
7 Ror. do 1nst. Bbt. Brmil., tom9 cit.. pr:. @?.
viu seu auctor l n r a o coiitexto da ohra, nâo só EC, achnva~nex-
l'osias :L 81: c011fundireu1ria iiieriioria, coiiio, na realidade. alguiiias
vezes se r<iiihi~dirnin.
.i vietoria sarilia I,rlos oliiideiisri, Piir oceasiio do priirieiro
lr~niiti.,eiii i de Xovenibro dn lilO, corii a retirada. de Caldas
parn a Baliia r eoni a r n t r e g i ~ d i ~ s frirtileans pnra sereiri presi-
diadas lior gr.iif,e su;t, deria I,roduair e, de facto: l~roduaiii~ r a n d e
receio rins reeifeiisrs. porque "retirada i% geiire dris prrsidina e
gruariireidos os fortes j,,<los levitatados, coiiieqarnrii estes a in;i-
chiiiar quantos ditinnos queriam que o Reei+ e seu5 iiioradores
. e~~xriineritilsseni, seiidii osl>riiueiros o saque das fmei~dase rom-
1"' osiivrus d a contas liara assim fiearriii isrinl>tos de p n p r e m
as dividas» (1;;iiins os recifenses se aprestaraili ~ilrriciosarirente
para a rrac?%o e ein 18 d<: .Jiinlio de li11 se i~isurgiraincontra
tnl esrsdo de CUIIS~LS, guarneceraln as fortalezas C O ~ Igente sua,
fazendo r e t i r a d'<illas os adelitoe dos olindenses e ii.io 36 r e s i s
tiram aos aiayups destes, couro direraas vrzes toinarain a offen-
sivn, o que iudo 111DBtrR elarainentr que desde 18 de Jiinlio de
li11 os reiif<:nics iiso mais iiutriain o grande temor, que fazia
uqiinlq~~er dellrs se dar por beiu livrado riri o deixarem» em p a ,
coilio rvideiicia que o drsejo dos olirideiises de presidiarem .as
fortiilt.siw s6 ser 1,osterior n esse mesmo dia, 1,ois antes
estav:iiii de liosso dellas.
O aiicror da %iraaja IIllstolic<c, no entretanto, dizendo que
ou olindeiises, :~liiiientando o desejo de presidiarem as fortalezas
do Recife, apregoarnni eni alto e bom som esse desejo sem re-
ceio «do por isso llies toiiiarrin corita; porque dos Ricifeiisrs se
Ihes dava tão liouco que çoiisideravam qualquer d'alles se daria
110i- bem livrado cm o deixarem e aasim era pelo grande temor
em que bodos andavainx, aimesenta, porque as ri!cordaçâes se lhe
confuiidiritui ria iiiemoria, como sy~ichronicoso desejo doa olin-
deuses r o teirior dos reciiimses, quando, caso tivesse existido
aquelle desejo, ellr iiâo teria coexistido com o referido temor.
.issiin coma foi ao auctor d a Su~arra@liobastante infiel a me-
moria para 1bn permittir dar conio siiiiultuiieos factos, que, si
tiv~assein :ti>ibos existido, neo teric~iri coexistido, assim tambem
podia ter sido ella infiel, e <: beni possivel que o fosse: em rela-
?no ao aliiidido desejo que, afirniada miiitissiinas , e z r s pelos
r e ~ i f e n s c sporqiie
~ era uma das necusaçóes feitas na partido eon-
traria. pareceu ao escriptor muito apregoado pelos olinde~ises.
Deinnis, esse ;riietor, que chama os olindenses de ainimigosu,

1 ReY. do Inst Hiat Br. t o. png. 45.


accresirntsii~lo assiui os pndrr chaiiiar seili escr~ili~ilo i(l) e os
pinta iiidigcntes, a quem as<; o inceiitivo do saque podia inover
a ariiotinxmui-ser (21, ociosos. iiidividados r remissos iin paga-
mento (:I), era, no dizer iiiesrno do sr. Codeceira (&) rt8o ini-
migo da iiobrraa peniarilhiirntiii, que até procura escarnecer de
seus tiiartyres, aindia dando iioticins de suas iiiartesn, e tnl :mti-
athia pelo partido olindrrisr, jiiiieta á yrol>slidade de confiisào
e! reeordaqões, é bastalite t>i~r>~ f:ixer duvidar serinu>e~lte dessa
&maç%o avançada contra on advi:rs;irios, os uiliiinigns~.
Alem dis-o, a existen~indtt nnmer~sosfilctosi que n i o e.<+
tiriaiii si os insurgidos de Xn~auihro de 1710 fojseiii ~ i i i i ~ d o s
ela idei;i dr tornar o paia i~idrlieiideiite, e a ausriicia eoiiipleta
$e factos, que podia~ii ser visto* e dor quaes se de<liiaisse esse
desejo, eiija rerifica~&odepeiiilia. dr, oliservnç;~ correcta e rigo-
rosas operações lo,qicas, ahi estio piira orl~hnnitrtotal e redoiida-
mente essa affiriiia~:m n;lo só do rnlor probaiite, que o sr. Co-
deceira riella eiicoritra, coiiio titi; do iiiriior rinluiribrt! de verdade.
Hn mais a Imnderar que * o projeeto de estabelecer no sólo
da patria a indeprrideiicia nniioiinla e sua combinação entre
Bernardo Vieira de 31e11o o Jo8o d e Freitiis da Cunha ~ i ó o s;?o
condiçües necessarias do desejo e intento do3 l e v a ~ ~ t a d oPs que
o desejo e o intento náo s&o effeiros que só possam ter por
causa o projucto e sua c o r n b i ~ ~ a ~eii o por
, isso, ilingnem pode-
rá, aiiida tendo olhos de lyncr, rVr tio trecho trnnseripto uiiia
prova de que H. Vieira de ilIrllo yrojniton e combinou corn .T.
d e Freitas da Cunha «estabelecer iio scílo da 11nti.k n i u d e p n -
dnnoia nacional*.
Sobre não confirmar o que o aniietor 80s ;Wart?yres Pcrnambir-
canos afira, rio pensar do %r.Codeeeira, .i pnginu 272 de sua
obram, o excerpto, ainha ii:~ hypotliese de ser esacto que os
olindensea tinham em vista ohsrar :L eiitrada ao novo goverii.lr
dor, nRo prova que rlles coiie<.hernin o estabelecimerito d~ um
governo soberano e deinocratico, porque podiaiii eUrs muito bem
nutrir o pensamento de impedir L: eiitrada ao novo governador
e d e romper, realisaildo easr l~ensainento,os Iaqos, que uiiiain o
paiz a inetroprtle, não para torrinl-o independente, mas ynra eii-
tregal-o aa el-rei de França ou outrn que Ihes fizesse melhor
p r t i d o n , como podiam, nutriiido esse liensaineiito, ter em vista
aissolver o8 vinculas, que yi<indiaui o paiz a Portiigal, e esta-

I ~ d e m ,pag. 43.
2 Idem, p 8 ~ 58.
.
a Idem. pag. 14 a I:.
4 Jornal do Recife, n. i* de 2 de Abril de 1802.
belecer iiiii govrrrio i ~ i d e ~ v i i d e i i t rseiii
, <pie, riitreraiito, I h r s
acudisse H iiite~lli,~eiiri;~ ii idt:i>i. de dar :i esse g o ~ e r u ouniu fór-
m a dc-i:iocr:iticii.
;lstiiii e l>elos e x ~ ~ o s t < > ~ ~ i o esta
t i \ ~ oseglllld:~
s, ])l<,l\-a "tr;i-
hidn d ; ~A7,\íi,.ri~~iío Hiatorica d<cs ('<rIaii~i<l<~<i,ts nii iiad:i aiirilin o
sr. iiinjor Codpci-irn eiii sei1 iiitiiito de iiizrr de 13erii;irdo Vieira
de 1iI,\llo p c i i i r s o r da iiidrpeiideririn. r da rrliiililica.

.\1r(ssent;i iiiiiio o sr. (Codecrir:~ ( I : > coiiiii ltro\-n d<b q u c


V.'
ivirn d t? l l r l l o iirr!jertou e coiiibiiiou e<iiii Freitns li:% Ciiiili:~
-est;rhrlrcc.r ito súlr~ dii lintrin n ii~de~ieiidi~iicia iineioiiali> o s
i h ~ t i , ~qiie
, ;iiliriii;i eollti~dos11~10nilct~)rda S<~i.i.i~crin á pag. i!)
do iiia ohr;i; de qiie aAiidr<; Diiii d e Figiirrrdo diii:i eiii coii-
vi~rii: s6 el-rei de Portiig:~I C rri:' e seu iriufio o Dr. Jnsi.
-. . de Hollniidi~fiiziii saudrs r~iygiii;i.tieasciii jantares só-
,r.ai.iies
ineiite corilieeidns ilos eori,jiirados, :ls quaes eq>li<:a\nrni eoiifi-
;inqa :ias niiiigos ~,erc;uiitniidr>-llirs: l'111.u rlnc ~ L L ~ I . + ~ I , I O116s
S rei ! c
i i s ~,ernaiibiicniiiis sào iiiiiito ciipnLrs d e si! goveriiareiii a s i
IlleiillOJ».
O <%scril,tcrda > ? ~ i . i r ~ ~ i i oHi.st,,i.ica, 1iorí.iii. i130 n \ - i i n ~ o n
essa? iiserr<i><rs,r ~ ~ , jliat~,riiid;id<:
a Ilie quer o ;iutrir d'.l I < l k ;Jle-
~ ~ ~ ~ bi ~l n i~ tc i ~~ ~ zg i~r . ~ ~
I)? fiicto, .lhr>t~,cI (70s ~5'n~~tt,.salrtirins r<*liitn,r<cusaiido u rrs-
l ~ o ~ ~ ~ ~ l ~ i dl.1i drir>ticiiil
: i d r que diz: t.iiil>rrgniido o teriiin-oiirirniii
-- rolliidn iin rim coiiio boato, e u j ; ~ urigciii se igiiora, qu*?
«n:i i,ovoi".:ii, dc? S. ilntoilio ou\:it.i~11i i 1 0 cill>itdul Andr(: Diits
dizr.r: - Sr. coroiiel. sú El-rei do P r ~ r t i i ~ at: l r e i ? . e ; rin se-
guida. refkrti qn<: uni siijeito, enjn Iiriiiir i i i o <lecliiin, disse
aiii iiiiia casn, eujx iiidieay%o n;io fu r dn <pai llie 7-t,iu a iio-
tieia. qur <.iii iiiii baiiyiieti: iio Pirniiga ~i«t<iii <<<lu<: :as saudes qiir:
faai:iiii qiiniido bebiaii~ertliii riii liiig~~iinsdiicrsns da liortugvri;r
e de,<-j:liido mber o qiie qiirri;tni dizer coni st.riielliantr lii~gua-
geni, rlne n;io riitriirlin, prrgiiiit<,u» n .To& S d r a r e s d<: Holl:mdki,
q u e *del>oii r l r iiiiia. graiide risadzi' ilie ri,çl,oiidi,ii: iiia
diri ror* ]vara qiie quercaiiios 116s rei'? E q d i c n n d o o roiiil>adre:
Isso lia de vossa riiprct: dieer, ha lio\o que P O S S ~ ~:Lss:I~.s e ~ l i
r e i ? Toriii>ii rlle :-Sim, seiihor, 1t;i ns Periiaiiibiicniios que s&o
niuitn cnl!nzrs de si! goi.ei.ii:irciii n si».
Sobre ns attiiiiit~qili~s -11. <70s iY(~nt,~,sst%i.eiiil coi.~in se ve,
iiiiiito dirers;~r.~iiiiituontras das qiir o sr. Çotlecrirt~lhrxttribiic.
~ I ~C OLI ~D ~ ~ P I I I ~ I~
L I1I 1 ~o 3asserto il~iputildo:li Dins Ili~rtiiis. rin lxi-
iiieiro lagar: pr>rqu<,lrelntivniiiciitr! ;i l~equiitii.d r Indrb l>ias, o
auetor da. A7<t\írri.<~gfic iiho <:iiiais que ii>iiii ,iiiililes trsteiiiui!Iia nu-
iieular, que se iefero ;L riiiiii,rc.s vagos e. coirio tal, 1150 iiierece
credito, visto que uns ~UIII(II.PS vilzoa se111 nuctor certo. :ins qu:lt.Y
talvez a iiinli~nidadr: t e u h i ~dado oripeiit e ;L e d l i d d e , iii-
erernonto, si d e r o desliresarn, conio o eiijiiii~ JIello F r r i r e \ I ) ,
~ , ~ i i i c i l l i ù n ? n tsie esses 1.1111101.~~ i 1 c<l1lll) 110 caso, e111
zriinpo d e ,guerra, qiiniido no dizer d e uiii dictnilo i > o ~ i ~ l ahra,
iiietitira coxiio t e r r ; ~ :r s n i i~;undo 10;ar; 1,ori~ii?, ?i11 I'?IRc%O i 5
I~alavrasde Josk Ta\-ares de Iiollniida, 1150 11;iss;i ralle de: niera
testrtiniinh:, de outivn e, coiiin a jiro\-a tein taiitri iiieiii)r valor,
a l i d e Boiiiiier (21, qiinrito nli~isnf;~st;id;i se arlia d e sua
foiite e coiiio deve-sc dcspn.siir. i i i j entciiiler niiidn d e 3Iello
Frei=?> o teiteiirunli<r dr! ou\-ida quando ~ n r ~ i i e l lqiie r ~ diz t e r ou-
vido, riilo derl:irao;iiiçtor certo de qiieiii ouviriil s < ~ti.art,iiiiuiho i
iião 4 siificierite liara que, Inuraiiduo-5th iiellr: si ;icieitcrii eoiiin
verdadeiros os faet,oi. dc rlur dii noticia.
.ilein d e t,est8n1unhil aurie~ilnr,cnj~ùscieilrii~1i1.oíi.111: quanto
ao f x t o , d< ruiiiorea v , t : h~-;~illdo, de
ter oiivido a iiiiia terceira pessoa, que disse ter ou\-ido a urna
quarta. que iiiiia quinta l,rnfc-riii taes e taes ~,nln\-riis,o rscri11tor
da X<wr<lçòi, i' unia t<~steiiiiiiiha.siiigiilnr o,, ]>or estt: nir)tiio, Suas
palarine por iiiais n,spi.itilreis e por iiieiios iiiqiiiiiadnj de suspeits
I ~ U R fossen~,nao bastnriaiii ltnrii que sri ri-rclrrssc c«;iio iiidubitavel
a existetirin doi, f:~rtos, qiii: refere, liois a atiiri~~a?:~o de uiii docii-
in<?ntosobre i i i i i h c t o extrrinr n;~o lióde nunca biiitnr linra i!stii-
belccer <..sse fiteto: cuiiio iriiiito hrin o :issrrta Seigvubos (::i.
h' siiigiilaridadv r ;iiiririiliirid:i,dr do t<?r;tr:iiiiiiiho de .liai~riel
,!ris Sarito,s se 7-eni jiiiitnr niiidn, ciri relilç80 no i~ieidriitt! eiitre
Hnllarida e uin seu roriil>adrel n falt:~ dt! vel.osiiiiilliaiiva pare
que se nào ~ m s s ar ~ x ~ b <cmno :r real o acoiit~ciiiir!:ito n i ~ ~ r n d o .
X:L verdadr, oii Hollniida s r u s e . l i i i s tiiihain ion-
<%

fiança no as.jeito» e, iieite caso, nso Iiaviarii de usar itintilnien-


te, elii seus brindes, dc liii-iiils di\-r:rsnç da prirtiipiiezn~liara
l h e oeeiiltnreiii aquillo: di, rpir ji v r a ellr sabedor nu ciija. scieri-
e i s l h e i120 I>i.oeura.n\.atiii i r p r : o u n Z r > tinhnrii coiifinilqa r, ries-
t e s e p n d o coso, ii%o Ilie Iini-iiiin dt: coinniunicnr aqiiillo 1111:siiio,

1 Institotioncr daris oivli Lositnni, Conimbrioa. ISi?. 1,. 4. T. 7, 5 18.


z haite theoriqoe et pratipii? dei nreovoa. Parir, Ia>?. T . 1, n . 240. pl?. 3~t7.
3 ~ntrod.aur r'tndei h i s ~ .pr:. 1ti6.
Na0 se ohjaete que, terido-se adiiiittido, eiiihor;~ liara aryu-
inentar, que diidré Dias nutriu sein~lliantedesejo, i180 4 dado
dizer que a rriultidin rernlucioiiaria d*. 1710, da. qual foi elle
l>Orte, se r o n ~ I ' i O u ertrxnlia a essa asl>iraç%o,risto os cnracte-
res dn agiregado sereni drteriiiiiiados pelos dai iiiiidadt-s, que o
eornli6erii, e não se fayn esta objeeçHo, porque <,'te liostulado sò
se verifica quando h a hoiiiogeneidade e uuiio orgiiriica entre as
iiiiidades ao passo que a lirt<+r<i=eriridadedos t+lriiientos psyelii-
cos e a falta de união prriilantriitr e organica ewtrc: os indivi-
duos, que forinain a miiltidio, toriii~iriiml~ossiirl,Seiliio Siphele
o diz (11, a eorrrsporidenria riitrr os earaetcirr~s da multid8o e os
dos irtdividuos, que a coiiiiióeiii, sendo iio seio da multidão a
personalidade, isto é, ;L originalidade d e cada uiii, veiicida, no
dizer d<i 31;~s Nordau (Q, pel;i essencia geral Iiuiiinna coiistitui-
da pelo l~at,riiiionio diis qurilidades Lereditarias de esl,reit-, as
ytiaes torriaiii o iiidividuo si~iiillia~itr. iião s6 a seu visiriLiol iras
a todoi iis iridividuos drsroiilir~cidos.
O desejo de Andrr e d r Hollarid;~.ria Iiypoaliese gratuita di.
tcr existidol não podia, portantol eontrihiiir r iilio coiitribiiiu pare
que a iiiuitidão; de que erani ltartei e que iiRo cessou d r resliei-
tiir a auctorid:ide real, coiiiu o affriiia o Iiistorindor pernanihu-
cano, gi!irernl Abreu e Linia (Si, fosse guiada eni seus artos
elo i d e d da libertaçâo dn ~iatriii.
Si as p;i.lavr;ir; de llollaiida iin hanqiierr iiRo a u i t o r i z a ~ na
affiriiiaqbo da <?xistr~iieia<)esse desi:riiio ~ x ~ t r i o t i cpor
o parti! da
setis rcligionorioi, o facto d r terriii estes usado, e111 seus hriiides;
de liiiguiis diversas da portngueia » rainbriil iiUo produz a eoii-
virçáo de que nutriam elles o proposito de sacudir<riii o ju;o da
iiietrol,ole, porque da existaiieiii de urna gii.i;i: muito ao contrario
do iiiodo de pensar do Sr. Codeeeira quaridn, 10x0 após a tra~is-
eripçâo da l>assagem relativa no banquetel r x r c r e u , oiir uiii seu
;iltigo puhliçado pelo J o r d dli I:el-i.fe, « F e l 0 que diz o autor
das L'aln»tidr~<les,os ~>eriiniiibueaiins.iniciados n a roiijiirnqã<i de
17101 t,i~ilmiriuiiia giria <tsl>eeiiil Liara se eiitriid~.reiii rreii~roca-
meritt', o que prova que tiiiliarn iiriia i(>ei~d:rJe bem nr~;inisndn
onde se t r a t a r a da st~l~-aqào d:i 1~atri:;x (4)> rico se pode deduzir
a existeiicia de ulila s o ~ i e d i ~hcni d ~ or~aiiianda, cujos iiiriiihros
têru por o h j r ~ t i ~conimuiii
o a salv;rq%oda 1,:itria 1 l~oiscerta ordeni

1 L a folls de1inqnenle 2.'e l i c - 1 8 9 i plF. 16.


2 ~nradoras-Trad. por 34. C. da Rocha-:." e d i c - 1 8 a j Laemniert & Comp.-
psg. 5:.
a ria au aeduogãa ehronologica dos factos mais nrtareis da Hiatoria do Bra-
sil, Pernanibaca, 1845. pag. 171.
4 jornal do Kacife, n . 75, de 2 de Abril de 1802.
1 ~ <!r!,ot,
de ri.iiiiiii<.-ti, ii;a clt> tiiiin q i i i ; ~~ 1 ~ ~ : d~e EIII 1 ~ <di,~ gere0
~
( 1 ) <: niiiqiir~ii conti.itiiri qne <.+I'.-. ~~xlli>iloi.eç. qiin eoiitiriuu i:
iiiceq:aliii,iii<.i>te u&ibiideiii <I:; sciitiiiii.iitiis d r bt.iii.io!r~iicin e lirn-
hidndr, de-ii,sli<:iraiidn ;is I<.i;, It~y;iiidi,o ~ l < . u n s i a r i ao ~ ~ os<,io daa
filniilia*, Iirt.tnrL;iiid« a ordeii\, i j i i < i <i i.li.iii<.i~to<.iti~tic«da coii-
~-ivcwcfz~ civil: ITAO <ur~n:un m ~ t r esf I I I I I ~s o c i ~ ~ cu,jo d ~ ~tin~i l ])a-
~ ~ ~
trirjricii .<:ia pri,ciir:ii. n f<,lirid;i<l<i ciii l i a ? ~ < . : r i d i vi\-r.i~iou de q~i<:
E ~ O filli<i:.
Eiii iinrla, :il,i.i,x-eita, 1,ort~,iitu.;in Sr. ('il<lri.<,irii.iin eiiiiresn.
que toiiaiii whre sr.11.; hiiiiibroi. ;i l,n*s;rgi.iii dn iinqiiia i!, da
I Í i , ~ t ~ , ~ ~ni c <
A7<\ili.i.<~,:i:r~ ~ , lirlcis iiiotivn:. snlwa i~l<licados,ri;<<>
qii;il.
coiifiriii:i r i r i i i o tissrrto nttr.iliiii<lr> , . r . r i , > i < , i i i , i < , i ) t f : :I Dias X w t i i i , ~
e iiviii i> de rcr sido <i li,\.iitit<, coiiti.:~( ' ; ~ l d n i.ii';i i~iitaiix-apara
a iiiilel~e~jdí;iici:r para ;i rrliillilica.

(Ciiiii ii iiiteiito: ii.111 <Iiiiiil;il rli3 ~iini, t'<ir.iaIvrcr n n!fji.iiinq%o:


n fxvrii. <li, riijn ncci.it;ti:;~<itr!ii qii<.l,i.:i<l<,liiiii:;i\. Si.. Codeccii.:~
vi.rorr<*niitda ;i \-rri.i.irriiii I1istzjrir.i~ r r i . n i i ~ c r ~ (~2r )t <Ia png. 4!l
d<,=s:iol,i.;~ p r t e d a s<,qiiiiiti, l>nsinwiii: <<Taii<iite de siyiiiirln-
feira r10 dite> iiirz &<.r Xo\-c,iiiLro rli<.~<iii <Li 1'arali)-Ln o illiiitri--
aiiiio Li-lio e I<i,cn iia i,i;iii?i;i, çewiiiiti. \i,iii 1i:ii.n o Recife au
arraial ilo> .Xi(,gadoi, donde <Icpois dc \;,ritis coiit'c.re~icias r o l t o i ~
lIa'.a 2 ri<l:~li< iiúo ~iiiiit., coiitriit,.: li<ii.ilu<, "i15 i > q n w i a ~ t 1)01- ~
Ko\reniailoi. r outros 11;10. S P > L ~ OI) utnis t<li~n»bo11c-te P ~ P ~ ~ C U I I I T
JoXo <:i.Barro.. l t c g o . enl,it;io-riiaioi. <Ia fri~pcezin de S. Aiiinio
de J>%bnnt:ii,.iiiiia das da iii:itt:~. l<it<: ii;rri sci ii;io queris q n w
aclu~ittisariii<biilio i :to :o\-<,rito, iiina lii.ist~tii<liao ndniittisuern ;L
r:lle; r l i r ~ g o i ia diacr i i i ~ ~iii\-o:~r;io de S. .\i,toiiio. diaiitc de ~iiriii:,
lvessoe;. niiii! dnu q u a r i PI.:L <i ~ ~ r s i i l,1030 o de Barros U o ~ ~ t i n ,
~e,~u:urido i r 0 1 :\iitnni<i Kosii<ii~.n d e Fi-
yueiredi>, ijuc: n hiym iiào I i a i i : ~de zer gi>reii~nd«r:Iiorrlue que-
riaiii r a l ~ i n i l e icom r,l-rvi coiit s s ailiia.; iin iii;io: os que qurriani
qiie S I I ~ i l l u ~ ~ r i a ~ i, n~ O~Ta( ~ n l a X S l ' , I C I B ~ , >B nl>lm~i~:'«dos ditos,
doixaralii ii i~jiistr l,am se faaer Iin iikesiii:L rirlnrli., c I R rliegiui
o iiegociil a tcrinn.;, qilr rl1i;isi toiiinili irriicui 11iis cnntr,a os D L I ~ T O SX.

1 A Xovn Escola Penal por vireiros do C e t r o , Rio dc Jaooiro. 1694, pag. 64


rlasriflc%5o dos cri mina ia^ par candida Uotta, fi. pauto, l e ~ i pig.
, 00.
2 A Idea Rcp. no ~ r . p. a g I,?.
L t ; i pnsagriii da. AT<\írr;,iliiir,,l>r>rCiii,loiixn de nl,iii;u., iiiiiito
<.oiitrari:~n tliese <Ir qne a gucrrn do.; I ~ I : I S C : L ~ I ~ It<li r t l l l ~ aeon-
jiirec%o.qii<,te\-<! liijr fiiu l~ri>cl;iiiiarn ind<ii,eiiclriici;~iiacii>ii:~l» (1).
-tIai~orl r/r,.s S r ~ i r t , , . ~ , crjiitniido iii,itn ~ I : L * ~ I ~ I , ~rlni.alxun.:
I :Ias
iinl>liendo<loiiio ]e\-;iiite de Sri~.<.iii!iro do 1710 roiit,rn <!nld:ii fiz(,-
i x r i i ~ ~ ~ ~ ~ oi~ s iqlit.
ç ; ~o obisl>o ilsiunlisic o <o~~.i.:lr,da capiki~iin,
<.iithu iict~1ih:ilo 1it.la retirnrl;~ <Ir> gorrriind<ir llarn a I%iiliia:almii-
tniido Jouo de H;xi.rns 12<,co c o i i ~ oqnriii iiinir~r r>pi,t>5iq;loofii+re-
uin: rit:ii\ilo Joho di! Rarros Ciorrcin ioiiio o asi.giiiido r>iiliositiii.u
ncrrcaceiiki,i~d<i:seiii rlreliiiar ii iioiiie di, tiiaia iii.ni uiii ol,;>osi-
cioiiixta, que - n i qiiri qii<.i.iniii rluc SIIIL illil<jtl.i>iiili&g o ~ - < , r , ~ s s e ,
yriido n i>l>I>o~iqãii dos ditos, di,ixnr:i.iii o :?jiisto 1,ar;i s e fi1zi.r na
c i d n d i , ~ ,d i a ]>ercr.ber, usniid<> hz exl,resr.iLo-dietus-, 41,' os
iuiiror qnv se L a 1 o Iiiq'o assnriiisso o porcriw,
<.r::iii K<.l;o P Correia ou, li,,lo I L L ~ ~ , que u , ~ , foi l)oi e m i n dn <il,-
~>osiq%o sú~nrntí'debtes dois t(111: se ~ C ~ X O PU: L ~ I S I P I I ~ I C ~ Uo ~ ~
; ! ~ I I S ~ Peiii Oliiidn.
Accreiec. que JoAo de IZtIrros h'ego, qlie c,rn qileiii iii;iioi-
ol>l>osiiçãofmia: aflirrnoii I,ert.:iil,t,<irinii~~~lt~, dixeiido i ~ i r r : nn bispo
irhu havia. do srr go~-t.niador, porlpr q z ~ e l . i o t ! i I : , L ~ > ~ ~ I L ~ ~I Zi iP v i P!-
i.çi>~que: a ol>l~osiqúoibi iletrriiiiiinda por iiit,ra qrlilrstio dv. \;~i-
dade i>e~soa"1,iizo pelo desejo dri ruiiipiiiii~iitir doi \-iiiciiloa, ilue
prendiaiii a c ~ ~ ~ i t i ihn i~nt!tl.opn!r i~
l.:st<,s dois Sirtos, i> iiiiinrro diiiiiiiiitissiiiio dos riii<. erniir iii-
fensos n qiie n bispo tiiii>nsse ns rcdrna dn go\-i,i.liaiiqn n:i. qiin-
lidndii <Ir substituto Ii,gai de C:~lilas r o iiwtiio; ~~ositii.i:~iiriitr.
declarado, dessa oppasiqio driiotniii qu<: o s w b l e r n d o s d r Xo-
~:ciiibro de 1710, que erniii os que si. a c l i a ~ i i i i:~rniii~>ndo-: iio
i e siquer lieirsavaiii iin iiidi,l>eiide~rcin&:L cnl>itniiin P ,
iiruito iiiruas, iiii iirililniitaçùo d<, uiii guri,rii« deitio:rntieo, taiito
que nilo st: opl>merim, a que o biapo exr.rcejin as fuiiey6es jp-
~crnniiieiitnes<: os que se o1ipuzer:bm ii:~i> tirl~riiiii1,iLi'a esir, lira-
eediiiieiita siiixo iirri iiiovr,l lii~ssoal.
Yest,ni eoiidiçiips, o trecho tr;iiiscril>t,o, dniido iiot,irin d r s i t ~ s
doifi factos, loiigt: de contribuir Ibnrn f:izer certo que iia giir.rril
dos mnsmtes se «tentou por tiirtos a iridi,l>endr~iciniiaeioiial e
ço~iiI x foriim do goveriio reliiiblicaiio.> 2 , ronyiet.n p t i n ~
tornar indubitnrel qiie :I i.eiriiidicnq&o iiiteiitnda l,elo ír. C'ode-
ceira, iiúo tendo encontrado nlmio iros di~eiiiiieiitou,iiiio o eiicoii-
tra tariiberii no nqiie cserererarii os clironistas» (2).

1 A Ider Rep. no Br., png. l l L


2 A Idea Rep. no Br., prg 88.
3 Idem, pag. 112
Niio foi mesino; objectar-se-&, 1iai.n 11roin de que iiia iiirirte
nn ram78n daquellrs brni,rrirritns l,erii;iuibue;ii~oi. geriiiiriava a
idCn da. i~idi~~icridencia
iii~rioiial e iúriiia do y o v r n o rrliiiblica-
iio» jl;, ~ U OI ST.~ Codeeeirn rrrorrvir ii eit;~dnl>ausaxeiii da 2\írr-
i<rcn^ri Hi'skiriur, e sim, ccinio evidriiciaui as piùavrni com q u e
l~reecdeu e fez seguir n trniiscrilisbu, ,>ara prova do «fticto da
reuiiiRo do Sruado eiti Coligrrrro 1>am drlihernr~iusobre o go-
rer1,o da cnpitniiia e n a 13ei~iiirdoVirira de Nello npresrntou
a siia lxo]!ostan.
auitnridnd<: de 3fiuiocl di,s S r ~ l ~ t ol>orê~ii,
s, nind>i de.sta frita
e pnrn estti. íiiii foiiriutiliii<,iitr iiiyci<.adc~llelii ai.. Codr<.eirii, 110~-
q i i ; i > ~ tiiti
~ referi& e tianscril>tn lmisiigeiu ri;m .-r. ciiroiitni nbso-
lutnui<,ute refrrencin nlgiiiii:i i tal p1iant:ci:idn ;r,ie;io, t.11: q u e
V i ~ i r nde 3lello Iirolioi u,iie %se dre1;iiiiiie riu i.<.liublie;~ai7 iia-
i<&i. dns \-riiezinnos~,
A reiiiiiho, que ae l~orl<,roiii e r f o ~ ~iiifriir
o do trrrho iilion-
tndo ti,r si: etii~rtiindoeiii Oliiidn, l>;ir;i i' a j u s e , tine. r o i que
q ~ ~ , , ~ i aqur.
i i i sua illuçtriaiiin;~go\.eru;issr, deixirrniii I>:irn s r fazor
iin cidiidez, sú I>odin ter aido realizada <leyiois de 11 de Xovcuil>ro
de 1 i l U ; lioia a6 ali& a idn do bispo nos AfU=adon 6 c,ue, aos
I I " ~qneriaiu que sua illusriisiiiiin gorerii;icsi,, dcixaraiii o ajuste
lmra "e h e r lia cidade>>: ora o hiqm foi aos Afogados iin inn-
iibnii do dia. s<,yuriitc ao <li, ~ U Rcheyndn ;i Oliiida, ac;uiiclo se
<.
li' iia passny<:iii siilira trniiicril>ta, clirgoii .i Oliiida n;i i ~ o i t c
d r 10 do E o ~ c n ~ h i . oeoufornii
, o afirma o si.. Codeerim A ptgi-
i i a 111 r : i1,agiiiu 115 de sei, ol>iisculo, lciso n resoliiviiu de se
d < ~ i x sor njuutti ]>*ira se fnzw eili Olinda só foi tolnada e111 11
de Navciiibro ou deiiois e, por roiibrqueiicia, a rriiiiiiio barida,
<,iii r i r t u d r da dt,liberaCão toiiiadn riin 11 de Forenibro: sú po-
deria tes sido efiktuadn deiiois drssr. diz e ~iiiiicaniitrs.
\
L rcuriiAa, por6111 Srnado de Oliiida rm Cni~yi.(.s~ol,nr,z
dvlih<,mr sobre o governo da Csliitaiiia tex-e ioga rio diii 10 de
Knrrilihro de 1i10», sryiuido o affiriiia. catrgorirn~nriite o sr.
C'odre<6~aL: l>a,;iria 116 dii wu trabalho, depois de ter :issrrt~do
ti 1,n;iiia. I10 qiir fbrw de diividn qiic foi no dia 10 de Xo-
i.r.iiibro di. 1710 í y e o 1~exoel~en~a~nbiic:iiio Heii:nr<lo Virira de
~ . ;ip a ~ i n nIOG,
Nrllo iipresriituli iio C ~ i i ~ r e t -no s u a ~ v o l > o s l wr.
que ufni no dia 10 de X&wnhro de li10 que Reruardo Vieira
de ?iir!lo :Ll>rescntuu n m a propusta n o Con,yrraso~>.
110 <:al,ost,o se eoiirltie qiir a reunino; qiie SP iuferc da ri-
tadx 1>wsngen1da .LIí~wnc<ir,IIistoi.ir<i t r r si: i,i?eectii:ido ein Olin-
da, é outra que iiâo a reuiiiilo dc 10 de X\'rireinbro, o que e
coufirniado lielo fiictu da resoluciio do ajuste ter sido toiiiado de-
pois dc ter ido o bispo ao arraial dos Afogados e, portanto, de-
pois de sua chegada da I'arahyba, ao passo que a reunifio de 10
de Kovemhro foi rei~lieada, scgundo affiriiia o Sr. Codrceira á
p a ~ i n a111 d'd fiIC<z h>epzihlieni~ar ~ oBi.i~zil,antes da eliegadn
do bispo.
A.>sim
' sendo, ~ i oti.f.cho ritado, ao contrario do que peiisa o sr.
Codeceira, 3fi~noeldos ~Yatitosn8o "se refere á sesaio do Congrrsso,
ondc Bernardo Vieirn de Nrllo al>reseiitou a sua proposta», e,
por conseguirite n o rcfrrrido treclio riin~uixii, por melhor bo;~
vontade, que tenha, l>udt!ri vislumbrar a coiifirini<ção do f a t o da
alludida reuni80 de 10 de Koveriibro: pelo que ainda desta vez
foi c2in rüo que o soeio br~iicmerito do Iiistituto Arclieologico
Fernanihucario se ali<;gou ;i aiictoridnde do autor da Ka~raçüo
ITisto~icndas Cnlaii~zda,7es,

Do exame claro e coriciso doi eleiiieiitoi, dc qiir o Sr. Co-


deceirn fez lilintbo liara ;UUS thrsrs, se concluindo de iiiodo di-
recto e iniiirediato o iiiais logica c corrretniiieiite l1oi.sire.1que
elles rião coiicorreiti, iiâo coiirribueiii, iiâo cooperam de niaiieira
absolutamriite algum;^ iiâo ji, 11am tornar certo, nina nrni siqu<.r
para t,ornar pravavel, rnire<~birtilque Rei~iardo T i e i ~ ade lIe110
r Jaúo de Freitas d : ~ Cunlia. pi.o,jectarnrii de c«iiiiiiiiin :iccordo
coiiquist;ir i%soberania para a patria brazileirn e qiie o Irvnnti:
do iinrrnibru de 1710 contra o :o\-eriiador Caldas foi uiiin cons-
pirayâo para o eetabelrcin~eiitode uin governo iiidel>eiideiite e
republicano, sf: conclue oiitroiini. rniborii de modo iiidirecto e
iurdiato, a falsidadt: das tlieses llorquc U mais que lbrovavel ter
o sr. Codrceira cuidados:iniriite escolliido, depois de ter tdardra-
do ein um artigo publicado no .7oriin7 du Rrrge, 11. i 5 , de 2 de
Abril de 1892 «matei.ia sufficicnti; liara escrevrxr uni livro iobrr
esto ponto da I I O S F R hiiti)ria», ])ara s ~ ~ s z < x ~ tde a ~ ãsuas
o ~irol'o"-
ções, dc vntre tudos os docurneiitas niturl!<:s, que niais as ftivo-
receiii, qiir melhor as ~>rovniii.
Sobre isso, os cliroriii;t,as cniiteniporaneos, filiados a i11n o u
outro grupo, slr eernerax.aiil em ri,;isrrar todo e qualquer facto
por i r ~ i i ~ i i f i c a i ique
t r fosse, quandii delleç ~ o d i a m tirar partido
para aecusai., para deprirnir o griipo contrario, ao em que se
achavani filiados e, como «cada uni dos p r t i d o s apodara o coii-
travio de i.r.l>i.l<lc e ti.nbidui:> li. i i i o :i! f.-qiiitciniii <ii<.lir<iuistas
*I<!ii~<l;i..i~i.n!ir: de rr;isfrarç.iii t i ~ l i ~<ia s t:ictr>s, ;i qric l~od<.ssrii~
<l;w i i i i i i i fciqso <1<. i.rh<%ldi;i1I;il.n :iwii>i, I : : <li. \-rrd:id<!
ai : L C C U S : L ~e~110111~stat.<.lit
~P;, (1 1 ) ~ i ) c ~ dde
r r aeiis griil~os.
Ora fiictos de tvr Ilt-riinrilo Tit.irii <Ir \Irllc, l>rol,osto iia
i <I:% rlohxrzn e st~ii:idr, de. i L 0 <li. X<ivriiihrn,
< q t ~ < ,st,. n<lnptiisin «a fdriiin do ;i,\-rriio i.t,liiihlir;!iio a,/ jiistardo*
v<,iirai;iii<i-7, dc tt.i.<.ui todris r<iiieoi.d;i<lo rniii \.ir,ii;i 2 1 ou de
tci. ;ido ;i ~ii.ol>o"a Fk.~~liiii'iiri.:ieccitn I::) 112u v i ~ i : ~darn~
nii, visna dr, x-rrdadc alia ali<irlo* <1<- ri+>rlili. i. ti:iLi,loi fvitciu :i<>
jta~tido i,liri<lriise pelos iiiase:it<-i criiiii, eniiotit~iiri;iiti]irii\;ih l)!eiins
iiiei,iitc;tni-iaia de qiie ei.:iui. (11. táito, < l i < ~ l i ~ ~ d t - ~.<,li~.l<l<-i in-<~~ e
rriiliidr>r<.s. isto i.)d<. qiiv 1,i.iicui.ii\.;iiii sni,iirlii. <ij1ir<i <I;%iii<.tn>-
1m1<. r. 1"" i;;"; «s cliri>iiisr;~~ ci>iitriiilinniiirni. Ii1i:~iliri iio l>ai.li-
do re<.ifeiiir-.i,io deixnriiriii fiiriiin ;ilniiii:~ <Ir. re;iitr:ii. <,roiii-
I I I C . I L ~ : Ics-es
~ tkctos: q ~ t rl ~ ~ ~ i r i ~ lmr ~ ~ <; w ~ ~, ~r !ii ~; l~c t~o; ~~ c~r ~ prx-
,s
tii.ntliir Iit:lr~sseus rrli;ir>n:ivi,,,.
OD rltrniiistas da fi~c<:;iiii.<.<.it(.i,ir,.]>,xcli~. i 1 2 0 ii.fi.rriii r,*<,r
ffictiii dilsta cireiiiiiitiiiicin. atteiidiaiidi,-si, <liiix i>i.tx.iiiciiiii, iii3;n-
tivo coiiii, Itsoersço dr, ci,iilir.i.iiiiri,ti> I,istoririi rriii iil>lilic:i<::io i;<.-
;ilrn <qnando o nuctc~~. do rl<iruiiir!iito, rlii <lu<.<i fiieto iiciii <: iiir.ii-
cj,~,:tcl<i;qnwin s y s t l i t ~ ~ i i : ~ t i r ; i i i ~ t~~,~=~it~t ~t ~tt>~ios
.nr <;i fi~ctosdili
<,ii,<,cie do fnrto elii iiiii.kt;iir i. o i devi:, coii1ii.ri.r ;i todiis oii
<j~i~iiirli, i, fiicto i . dp riatns<.%3a i<, ilnliiir :i iiiia;ii>i~y;lli do niirtor
I i L r II~I.~III:IIIICII~<~ <1111 S I I ~c ~ n t c e ~ ~ sc, ~ ~1>6d<..
;;~~~~,
sniii i.i.e<.ii> d<, e m a r coiiciiiir n iiii~xiiti.iiein dor i l ~ ~ l t oII:~TI.;I~OS i
1~'lriir. (-iid<,crtira.
F i s t i ~CIIIP~USZO forii<.cirln prlo ar;uiiii,iit<i do :il<wcio C cor-
rubnr;irlii p<,ln niüriiinçXo do l'ioherto i;i>utli<.~.<111<'. l , ~ ~ ~ ~ : a ~ d o - s t :
]E"." :L ~ > a n " ~ t i vd:in r doi 1iinsr:~tes iio, iiliiiiii~criptos do
J>:~<IYPLuiz CorrCn: drl,iii:. iIc i1nrr;ir n r<.ti~i~<l;i ('nlda., n ~ i i -
trnda dou i ~ t i ~ ~ r j i n t t11ii c ~ s\.ill:l, n ton~:idi~<I<, i (10 g o y ~ r n o
~ w l n bispo <i os ~~riiiicirrmsnrtos dr;tt., n<:crn,r<,i~i;i$ 4 : « 9 h o
ti>iiidrii ai<: iqor>li pilrtet I I ~ L c o ~ l i v ~ ~ dHc~r1ciird~1
ai \-i<-ira d,: Vello,
ri ti,liz i da rxl~c~liq%oanos Pnliii:~res». r> ~IIP , ~ n wdizer,
teiidn o bispo tnirindo l ~ u s sd~o ?o>-vriio i.iii 15 dr. Xoiritihro d r
li10, eoiiio o nfirnin 0 ~wol>rioIr. C'odeieirn. i ~ r i c Tieirn de
3 l ~ l l oiiio f<,z liarte d;i reiiiii:~ri da iiribrrsz:i e seii;rd<i <Ir Oliiidu

i \irconde ae porta aeguoro ~ 1 s t cera1


. do ~ r a z i l ,pag. .S;I
e I J ~ 4.
iides. R ~ P . no B ~ ~ Zp .
a *:. 110.
idem, P
m Olircirn e Cartio,
4 Histeria do Brasil, trsù. do inglea pelo Dr. Luis I o ~ ~ i i i do
aio de laoeiro, 1>'02, uol. 6, pag. 129,
i i n 10 Tu\-ciiihrii e alii i ~ n d :Inmiloz:
~ lmii <.>ii I.-, d<, lir>ieiii-
l r o , iato i.>eiiico <lias dt.lioih d;r r<.uiiiù<r,r.rn ~ , l l i a : ~ i ~ ~extr21- la
ilio ;i<>iiioriiiiriitu.
S;io h(-iido, j~ortniitn, r<,:it,s, 1113s fixct<,i d,, 11li~1nl.rn~~,j:ld:i.
iilin~itnsiii.1120 no o l,ri!jrcto coiiio ;i. )>rnlmsit;i,d i \It,lli~. iiuul>ode
??llc ser coiisid<,rado 1 > ~ ~ 1 i r d~ :n ~iiidriieiidriiri;i
r r. d ; ~~ r ~ i i i h l i c n :
t > o ~ i p ~:itC
r . 118 o[)iniU~)du '1.. C<Odeceil.~. ~ I . R I I I finctos, (tiir
!li(: coiiferiarii sniielliniit~tiriilo :loiiiico.
i I o , c t i I I pr<ll,ostn
.ia rviiiiiho de! 10 de I d<. li10 qlie ;i capiti~ni:~dc:
;'eriio.i,iliucr, se derlnrei-ser riii vcl,ublicn r,<? ;,i.qt<ii. dos \-eiiesin-
~ i o r .iirin I>or isso srriii rllr iiiii ~~rr.riirmr da. Itep~l>licalmrquc~,
ci>iiio heiii o disse O i < l a ~diAiriil~ju1 I. R i (li. ~ l e l l n
si30 l'ode se). roiiiideririla. iiin~iiti;tn~;io d;i idi',a i.f.liiihlirnrin.
I)n ftietu, a. rei,ubliesi d<. T;nirzii. rrn iiiii;i i~li:nrclii:i ;irist<i-
rrntir;i. cuiiio o stfiniiaii~ Cnilo <<di-ii' i í ; i ~ ~ s : ~ p9:d-
~>e
iioli I (3. ;ior eolisiyut.iici:i. qiierei. i i i i i i.ii\-r.i.ii<i t.:ual aii
da R1.11uMicn d<. Vrnrza e<luiviil~!:L qiir.rcr i i i i i ; ~ <iliy:ii.cliin nris-
tocr:-.ticn e quereu isto 1120 6 nliaiiliitiiiiipirtete o i~ii.riiii> qiir que-
Jrr R i.<!l~ublici~, c01110 i . ella Iio,j<-roiiilircl,riidiíli~ t+ rr*aliznda.
F:stahr.lrcido, coiiio o firiiu, iliir, ii;io <cxistir:ii>ios f:irtos. que
ònvniii a 31ell0, u ; ~oliiiiifio do i r . (I<id<.criv;i.n titulo dc 1,recur-
sor dn iiidepriideiicia d:i l i c i I o tiiziniii l ~ v r o e141,
heiieiiierito. iiiiinnrtnl I e exiiiii<i p t r i o t n ! , I ; , i i i i i l>i>di:~ l l t
sei. al~o~>t,ad<i aos p o s t ~ r o s e<iiiio i i i i i vrilto d:i iiiwsa Iiisti~rin r
dizrio de reiirrnç50, tanto iiinis, Ii<irriiir!, iii<,snio iin ol,iiiilio adoli-
tada !>r!lo si.. Codoceir:~ y ; i i i i i r > , ;e r<,t'eriiido.a 1'ii.ndriirrs. t r ~ i i s -
rreve RS ~,alnx-ras c0>11qne O ~ o l n l n r n d o d o ~J : i h~ortwrt<>
L i e t o i', 6 liriviso iliií, a vida do 1it.l.iie s<:i:i eoiiio uiii
i t . sriii jaya p;ira que se llos-.:~t s ~ ~ t : ide r SU:L calloui-
rraqao, liois « o mais l,ri(ueiio d<-ti:ito, n iiieiior f:ilta oliiiòt.-se ;i
Si13 sniitid~dci>.
Ora iiâo si, a eoiiiiirriicin oii. iio iiiiiiiiiii>. n ii~~~iaiiaal>ilicl~i.-
do mrir;il d e lierriardo Vicira d e llello. pr,lo ;isaasiiiinio de au;L
nóra, coiiinietticlo por sua iiiullit~rI). C:itliarLi;i 1,ritfio t, seu fi-
IIio AiidrC, e liara o r[iinl coiieorrf>raiii uln rrii iriii;iu e iuii ou-
trir seu íillio, que escoltnrniii n yietiiiin q u ; ~ ~ i d oir.iiiettid:b por

1 ~ ' i d r ' erbpnli!icaine su RrCsil. Paris, 1883. nag. 5.


2 Stotia do1 ditiita italiano. Fircnzo, 1F:ll. roi. 2 , n. 911. png. 321.
i Mannnle di storis dei diiitlo italiano. Trjrina. 3.- e 4, 1 8 2 ~ :n. I(?. pag. ?:8 e
o . 17:3, paF. 2281.
4 A Idéa Rep. no Br.. pap. ]li>.
5 Idem, pag. 8, 3rl e i?.
6 idem. pag. 103.
7 a idr'n Rep. oo B r . , paz. 4n.
srii e;l>oso A ~ i d l ~liara
! o r~ipenlia de 13rriiardu VicLira. o que
tiido deu ocrasiun ;i Rr>beit Soutliry p:Lra exrlainnr que nhorri-
r e i s d.~.riii ser os corttiiiirs do Iroro eiitrr o qual ~ m d eiiiiia fa-
iiiilia iiitrirn toiiiar ;issi~ii di,liheradniiii.iite scibri, ai o "%cio de
carrascos:>, eoiiiu o Sart<i dc trrein Nrllo e sttu filho A n d r i man-
dxdr, asii~ssiriaro rnliitriri-iii6r J o i o I a e s Barrrto, o que <: i~iEr-
iriado 1x10 niicror d;i Ai\;c,.i*<$ãoHi.vh,rim rlcrs rk/<rtizida<le.>, íl),
s;to fidti~s,u ~ i ~ ~ u l quea s ; < . I ~ I ~ ~ , ! ~ P C < ~ I I Ia 1n~n1(1iidd? Jlelln: q11e
ohsrurec<!iii, que f;ii.<.iii esqu,.wr todo e yuitlquirr aeto lou~ai-<r1
ilun. 1wr a c : t ~ \ ttriilin rxlle l>i.ati<.:idi>
T<liii é ~.i;zoi.o~aest;i al>rreiaç;iol 110iq11e si r l ~ l l ~ ~ i l3sazi- ri>
lir,i,c; ,li por tf.1 Mnitiiii Ailoiiso con<,.rdido riid cli: 1i;iryo dc
1.523 :L I'rdro <Ir Oiirs licr,ii?;i l>ara iii:indir driesetr p q a i d e
escrirvos i ~ i d i ~ a i i s1mrn
s Portugal ri:is i i i i ~ sd r El-r<.i, peli-n ('L
qiie: t,;dr-rz, tudo qn;iritu hl:irtiin Llfii>~isofei. de l~oiiiposa& ]lei-
d<,r ;i rua iriil,ortitiicin eiii i i s t a <li-sea l i c ~ n y : ~si: Jost Feliriaiio
(13); só porque teyn o l~adi.r Jnik <Ia Silva (1,. Oliiririt Kolirii,
,que estava ixpulso do ir~rritorioiiiiiii.iro: uiiii~ \-ida desreyradn.
o j l i l p ~ ,alieznr de ter sido <.11<.iiiii dos eoinliaiiheiuos que Tirn-
<l<~iites xae1ini.a cuiii 111ais ~:tIor»11111 dos ?i,oz-jdos d e pi.evtjo ri!,
si o I , r o l ~ ~ iHo . Codar<.irn, qú l>or ter 7L'ir;ide~itt:s heijado os pi:s
do carrasco, i120 o c o i i s i d r ~ ad i p o do t t respeito e
\-ei~r,ra<;~Tu dn i>«sterid,ide, o rjur lernu o dr. i .Jiipun-
ribc a csrri.rt.r que o ;r. Codrrtira foi iuiiitu ii~jiisto liara coiii
Tiraderites 141, roili iiiiiito ~iiaisiustiqii e coiii liiiiito i~iriios ri-
liir, n i o sel>odir,i çoiisidrrar Heriinrdo Tirir;, de >Irll<i como
dizrio do i.es~>eito dtis l,i,stei.os. ~iãciFP podel.ii dt:ixa~ de :Lsseve-
r a r qiir riido iliinrito nlrllo íkz de lioin lirrdeli siia iriil~ortancia
e i : c e q estif~~lr~tie;irri pua iiieiiioria, como 11x0
s r podrrin dt.ixsr de iiilgrrl~o uiii dos movidos de preiniri vil pura
;ifcistal-o dra i*iitrr 0 3 pi.aiid<.s h o ~ n e n sde iiossii liistorinl si. por
acaso, t i ~ e s s r msido
~ rrnrs, tivriseiii acotitecido i i i ~ e os
fictos, qne se Ihr nttribiieiii liara o c o i i s t i t i ~ i ~ ~ ~ i r r edn i i ~inde-
~oi.
~leiidt,iiciae ~ l ni.rl,iihlir;i.
Eiii ta-s circiiiiistnuriiis. si a iiirrinr falta oi>~@e-sen s ~ n t i f i -
iaqno d<. uiii ht.~.óe r si IIrllc> tpn: siia \-ida iiinre;ida pi,r Salt;is
i i i r , l>cquc.ii:ts. que l>nti~iitr.iniii qiir. vlle riem st,iiijire trilhlii o ?a-
iiiiiilio do belii, ii;io porlr ellr ser ini~eiifirado,iiio lmda elle ser
coiistituidii zilro <Ia ii-<.iiei.aqfiode poctrrid:ide.

1 op. e i t . . p a p . 6 % .
"~;icoea de ~ i s t o r i . ~ a h i n . 2 e. d~. , 1 ~ 7 7 ,paz. 47.
8 Correio Paulirtano, n. 107233. de 28 da Junho da 1RQ2.
i origens nrpublioanas d o Braeii, 6" ~ e v i i f ada Instituto Hiítorioo e Geogrnyhico
de S. Paulo sol. 1 , fnseicoio 1. pag. 55.
Si t falsa a tliese, em que se affirii~nter Vieira dt. IIello
rojeetado r combinado com Freitss d ; ~(Iunha o estabelecimento
%a'indçl>eiidencii~ iio paiz e proposto. eiii 10 de Xovenibru do
1710, em reuriiao da nobreza e senado de Oliiida, que <fosse
adoptada a fornia do governo republicano arl ixstnr dos venr-
ziarioam, nao pode deixar de scxr tamhrni ftilsa a outra thrsc de
que aa malograda revoluçào de 1710 foi a prinicira tent,ativ;~
para a liberdade nacion:il sob a forinn do govenio republicanom 1
pois, seiido a proposta de IIello o que o sr. Codeceira cliaii~ade
tentativa de nstitbelrcin~entoda iiidependeiieis iiaciont~lo de UIIL
gorerno deiiiocratico, coiiio se iiifi.rtr, riitrr: outras, da passagciri,
erii qne, serri referir iicto i~lgiiiiique ~ x > s s aconferir a Mtallo titulo
dc! principal auctor do iiioviiiirnto ariii:~d<i(?ide 10 de Xo~eiiibro
a n j o ser sua l>rop&ta. I I ~ L remniCin dit iiobrean e seiindo de
Oliiida, affirina que G o {"'~r~eiro iiioriiiir>iro aini:ido liara a iii-
deyeiidencia iiacional e tbrlnn do govrnio reliubliiano foi effe-
ctuado no iiieniornvel dia Ir) dr Xoveriibro de 1710, setido o seti
principal aiietur Beniardo Virira de \Lello» (I'!. cuiiio i t ! veri-
fica da proposição, a~aiiqada depois da notieia da proposta de
Mello e coriio eon~iiieiitario: «.li. i e v@ que a Hernsrdrl Vi<iir:a
de 3Iello cabe a gloria de ter sirio o ~iriiiieiroque no solo aiire-
ricano bentou por eiii praric;~a ii~drpeiidenciariaciorial 15 com c l l ; ~
o governo republieaiion c2 seiidol por conerguiiite, a tentativa.
1,

um nisro aspecto da p1.011ostx OII, antes, sendo [iroposta e tentativa


apenas dois nomes, que indici~~n, 110 c i ~ i nU~ ~ niesnlo
I iacto, UIII
mesiiio acontecimento, uiiia vea eitabelecida. a i n n i s t i n c i a da
prqposrn, ipso f k t o se aclia esr;rbelreid.z a inexiotrneia da teri-
tatirra.
Si avançadn como eorollnrio da pririieira thesr, a segunda
tem contra si a fkalsidsde d ; ~affirini~tiva,eam a qual iiiantriü, no
pensar do sr. Codeeeira, uma rr,la$~o d r eontineiiein, coiisideradn
isolndaiiierite tem a segunda thrso ein reli desfavor, priiriejro a
existeiieia de nunir:rosos factos, que zião existiiiitiii si o 1ev;inte
de 1710 fosse uma sublevzxç3o eoiitra o y«venio da m<:tral>ole,s r -
gundo a falta roinpleta e total de doeiirrirritos que rstabelrçaiii
os factos, donde r;e possa inferiu eoni s<:;iiraiiça. que os revnlu-
cionarios de l i 1 0 e r a ~ n pelo d<,e<:joda iridrpeiidericia
y l i t i c a para seu paiz, que aliüt5jnv:iin rpgido 11or 1x111 go~-erno
emocratico, e UIIIIL e. o ~ ~ tCOIIS:~
i : ~ h:vain o est~dioso a ~011e1uir
pela falsidade desta seguiida theae.

I A Idia Rep. na Br. pag. 118 a 120.


2 A 13613 Rep. no Br., pag. Si.
L2s,iiti. ti-ito o nmliic do-. di,e~iiiiei;tos, a\-el.igiia<lo que I < ? U
:ipoin~ii <.llei ;i, tlirxr* du Sr. (?i,d<,ccirn,\-c.ritiendo qiir citiis i i i i i
51%hasriniii i i i . ) i i siqui.r eiii tini >ó iluciiiiiriito. liùo tCiii em seu
r I i n 6 t 1 eiieoiitratii o iiiiiiiiiio nl>oi«
iiriii aitqilrr i.iit iuiin só l r o r n , i: dndo nssi:verilr, sc.iii ri,crio d e
cuiitestaq;~i, r srlii l,as~ibilidxdr(li, rrvo, que s8n fitlsns, coiiiple-
tn1ni:iitt: f:~l.:i; ;i?~ii.nliosiqòrs dil sr. ~ i l ~ ~ jJos4.o r 1)iiiiiiiigiies Co-
drceira. qnt: O' i ' t ~ v t , ~ por
, eIIi. iinrrados iisn tiv<.ri~iiiiiuiien cxis-
tt,iicin rriil <d~j<'rtivn,que :L ~ L I I ~ T Tdos ~ L I ~ I ~ L s c B1~ t a r e 1iri.i
~0, ' ~
111
siquer Ii>r iiiii lirqotiuu iiiitzoitr roiiio ci~riiueflirii:~it<,i& idi'k &:
iiidel~c.n<leitci;ir, qnr. por eniis~<liiriieia,iiko procrrlr ;L i.t,iviiidi-
vni;ào da ~ir<~i.ur~i>r.i<l;i<Ir d;i iii<lv~,riid,iiiei;i e dii r<.!,iihiici~ ~>;IY:I~
lieriiard<i \.i<,il.;i dc Xrlln.
S. Paulo no Seculo XIX

S i o deapoiitoii l~rorlieri,e felia para S. I'aulo o seriilo qui:


nenba de tiiidai e yiia fi>i o o.criilo dn iiidri>eiideiiciii e da cuiii-
tituiçc~opo1itic;i riircioiial.
Frcliarti-sc, do facto, Ii;i\-ia iiiuito, o ciclo 1rgt:iidsrio dos
deaeobriiiieiitos e das ~oiic~riistns e tiiilia-se já riitrndo ~ i e s s r1 ~ -
rioto loiipo t: iiie<~rioda riincq;ln diiraiite ri qii;il s<: rt!iiiodeln o
earaeter de u ~ i ilioro.
Tiiiliaiii. eoin cffeito, cr,.;s;iiIo de todo as eiii biezns audaeiijsau
1:
q u e toriismin celrl,re o iiciiire liu~iliain~ eoiiio c<!ss;irn r> esodo das
~ol~nlaqi'cs que se disl)e~.sil\-ixinI)elo' serti)es o c e i d e ~ ~ t i l <~ C~Ss C O -
iihreidos.
Jii .;e iino x-inlii coiiio <,iiti.'ora os rios iiarrFndos ~ i e l n iiir,,,L-
cões iiiiiiiiiirras suce<,ssi\-a;. S X o riiais si, ou\.in 1 1 : ~r<:piOrs a1)ar-
tndni o estrel>id« das O n i ~ ~ I e i i . de~ ~ . s=u<:rr;t coiiirn o sentiu, iieiii
iiiais o tiiii~ultiiar das 1 : de a\-i.iitur<iiros biisc:indo tbesoiirr>
11or ~noutese vallrr.
O baiiclsiraiitr, qur I<.v;ir;i sitruloi n batri. o.; sertGes á : L \ - ~ I I -
tur;i, qiir le\.ára a nudacia dos seus iiio\-iiiieiitos nt6 ás fi~ldns
dos Aiidt.., ao trtxi.i:a d~ ~ > r o v i ~ ~ cinteiras ins :~ssoladas e d ~ s t r u i -
das, que vadeara os ~iniitaiines do Faragii;iy r da Boliviti,: attiii-
,rim os caudaes do Aiiiaaoii;is, ~,eiirtr;irn1x1s catiiigiis do Piauliy,
l e ~ a , s aO eoiietirso do sei1 hr;iqo rictorioso cniitr:~ os muros d ; ~
iiov:~T r o ~ ndos Pi~lriiare*, d<.icobririi as iiiiiinu dc ouro, fuiidár:~
Croyiia 11 Jlatto Grosso, ci,iiiliiist;iia os e;liiil>us de Curj-tibn I. do
S. Prtdr,, do Sull Ierniidi, us SeuH estiibeleriiiiriitos até ;i iiiargeiii
csqiie1.d;~ do Rio d:i Priit:i. o l>aiidi.irnaitr tirilia jii drsapl,:irriidu,
iriudado criiiio rstiivn o srctinrio qiie n sua propria nudarin e iii-
trepidea drrucartiiinraiii.
.. A g i r a , extit~ctn:iqxiell? eal~iritode : ~ \ ~ + n t n r que
i11 11ara o deseoiiliecidr> e l>iir;L a t
a s os i~t>peI-
, o.; d<~seendciiti,sd e
FernBo Dias. Hodrigiii:~Pars. Arzhri. hiihnnioera. lir ria dor Buriio,
fimrniii-se iia tr,rra nnt,:ii, pri1clir:ri-itlii rcTrguer a i1;ricultura ljor
longos alinos esquecida, e ertriidiaiii os seus estabelecimentos
pelas t e i ~ n sfertilissimas, ainda cohertas de iiiatka, rt:r&%deiroi
sertiies deiandoi iiitactos poi. aquelles que outr'ora só buscavarii
a hrtiiiin eiii t,Prras diutaiitra.
O l~eriodoaureo tinlia Ii;rs~ndu sriii deixar a oliulencia. por-
que ritro ~ O I . I I Z os X ~que. ~ ;L f i ) r t u a hnft!jilva longe do lar.
Ap6ra: nesse I)eriodo de trnlisiçiio que, lixviil anilos, couie-
I e q pelo seculo iiiciliirntr se ~zxteiidcra, notava-se PIII
ro<los r:ssi, cstiido d~ alma entre o torliui. r o desanimol entre a.
f d i i a e :I (ir.iiliiis&o, i~pati:~giodu f u r t u ~ aiiiallogrnda.
As ~ninitsde OUTO breve se t~utiii;iiirani. O ouri> tinha siihido
quasi todi,. A 1,eiiuria ariieacava ns cniiipos.,
O outr'ora viistissiriio tr.rritorii, da C>ipitniiia tiriliani-no suc-
cessiriiiiie~ire r e d u ~ i d o .E m 1720 t,iri~i.aiii-lheAlirias Gemes. en-
t j o o iwii; drnsaiiicnte r>ovoado riii li38 Saiitn Csthaiine e o
Rio Grarido de S. Pcdro; ein l i 4 8 í;oyaz e hlatto Grosso.
Seiitiarn-se por toda a parte, iios c;iiripos eonio nas cidades,
n o littornl roliio no interior, os syni1,tuiiias do depauperaiiiento
ou da. ~inral~:saçãoque caracterii.;irii os poriodos de transiçAo
economiea.
A ayricultura, roiritudo, rr,çoiiieqnva, ainda. que parecendo
occupa?Lo iiiodrsta de. inais psrn o; desrondentfxs dos conquista-
dores dr emia iiientf: se nào iil>a%l,i.a de todo a lembrnnca d r s
deiaitadas riquezas de oiitr'ora.
Conitudo, lavrava-ae ainda. o ouro para a1i.m da inontaiha
Jaraguá fl'i nas visinhanqas da Capital; ,f<~iseaua-seum pouco iio
valle da R i l ~ i r n ,onde com o fita de r e v i ~ e ru iiuneraqâo, JIibr-
tim Franrisço einprrheiidia em 1805 uinw. excursão seisritifica
atravtu das iiiirias drssx r<.gi%nt8o cedo abi~iidonadas(2).
Df.baldi.: poreiii, appellava-so para initirraq8o que estava
morta de vei, e em eujos redito.; j i ~lim=iieinmais sinieramen-
t e acreditava,.
A reacqiío era profunda, difinitiros e inillndives os seus
effeitos.
Siin. Não estamos hoje ainda no auge da prosperidade e
da fortiiria ; iiao nnvr,gariios agijra tini mar de rosas, velas enfn-
nadas por \,aiito de feiqâo. 1Tma iiuvein, de. certo, passageira,
turva-nos o horisonte: eseur~eendo-nos u m pouco a rota do
porvir. Alas olhnndo para traz. oxide, á luz sercna da Histeria,

1 Johu ,Nase, Trrrela in the Lnteriar o l Briril.


2 xsmm Francisoo. Mario de nma s i ~ g e mminerrlagics (E. I. liist. Tom. Bn. *A.
descortinamos toda a vastidão de uin seciilo, E grato reconhecer
que, npase. transcurso, nào perdenios jániais a nosra trilha, nem
ficanios aquein do nosso proprio destino.
Póde-se dizer que uni progresso effcctivo, solido em todos
os ramos da atividade humana, assigrraloir a marcha. do povo
paulista atravéz do seculo XIX, seculo que, ali& como o dis-
semos, nao desp0ntái.a para S. Paulo, sob os auspicios da pros-
peridade e da fortuna.
E', porêni, lançando iiin olhar retrospectivo sobre esse pas-
sado distante, de que tno sómentr a tradiqt~o apagada subsiste,
que bein se niedirá o caminho percorrido, o se avaliará da emi-
nencin a quc chrgimos pelu distancia do nivel baixo de que
partimos.
S i coni o descobrimento das minas, com a esploraç8o e o
povoam<.iito das regiões centraes e rneridionaes, o centro de gr'u
vidnde da colonia portuguesa na Amr:rica se desloeárn do norte
para o sul, transferindo-se, desde 1762, da Bahia o Rio
de Jaiieiro, a caltital do Brasil, todavia, as regiões do norte,
que haviam perseverado na agricultura e não experinientaram
tão diroctan~enteos effeitos da crise da minornção, -nardavam
notavd preerninencia n a producç80, no cornrnercio, nas mdustrias,
n a populaç50.
. Postoque abrangendo territorio extenso, desde as margens
do Rio Grande de Uberaba atr' ás do Uruguay, desde o Atlan-
tico até ás margens do rio P a r m á , a capitania e depois pro14n-
cia de S. Paulo nào se podia com raz%o considerar entre as
eircuinscripçii~s de primeira ordem do Rraail. A sua população,
pouco antes de começar o seculo, ein 135, se orçava apenas
por 160 mil habitantes, quando n de Ninas SE coiiiputava em
450 mil (1) e a do Brasil todo em pouco mais de 3 milhões.
O assucar, o café e o algodão, que nessa Gpoelia formavam
o grosso dos productos hrasileircs, quasi que se não representa-
vam nas sahidas do porto de Santos. Eni 1800, emquanto a Ba-
hia. exportava annualmente 20 niil cairss de assucar, Pernam-
buco 14 mil, Rio de Janeiro 9 mil, pelo porto de Santos se 0x-
portavam apenas mil caixas.
Emquanto, no mesmo ternpo a Bahia remettia para o exte-
rior 1 0 mil fardos de algodão, Demambnco 1 0 mil, o 3faranhão
16 mil e 4 mil o P a r i , nenhum fardo se indicava nn exporta-
ção de S. Paulo. Das noventa mil arrobas de café que o Brosil
jú então esportava, quasi todo de procedencia do P a r i , o Rio
de .Jniieiro i:niieijiria txppiins roiii 3.200 iirrobas. e S. Paulo corii
iieiiliiiiiin : I 'i.
I)? farto, a ;i;riciiltiii.;t, <lu? cli%siiii~drara por cln;isi uiii se-
culo. hli anorrx ':.rril~v~.\-i:, dilndo e s c n i s a ~ l ~ e ~liniiti t e O C~IISUIIIO
iiiteuiio.
Cniiitiidi>, riii 1S17 j;i se ns;iciisl&aiii eoiiio artigos di. ex-
o d I i , 1 e g í i ~ ~ t i d de i l coivniim,
p < > n t ;de~ Iioi, cnriir de pui.i,o, ;;,do hi>viii<i, I iiiuitr,
r1.t iiidiistri:~p:iitoi.il isiitào lirr~nleceiite,o niiiirarl ZI nguorilrii-
ir, o Riiii:,, o ent;, o i:rl.ira, os I<,;u~nes, :L f t ~ r i ~ ~de h xri~:~~~dioczx,
o ~biilllo, Y : ~ t 6 o t r i r o o ceuteiu (21.
0 ;ilgi>:loeiro, diaia eiitin i i i i i ci>iiteiiil>ur:iiieo; i i i o <,r%shuii-
rlitiitr <. ii<,iii d;i iiii-llior qiiuli<l:~dr.pi.oilx.rn;>do esbe artriistu iiie-
Ilior iii>eeiitr:, <iGstrdi, qiie iin iniia do littor;~ld ; ~Provirlcin (ll'].
O t,ri=i~ i : c vr,i;ta;i?iii iioa caitipos de Curitihe,
iioiirle descia liara o iio:.to <Ir Parniia;ii;i, que eritio rxliedia
~>:!EL oi~tl.ns l,i.i>viitrini c~i,il,nrr:~qi,i~s C : L ~ I . C I C ~de
~ ~ i:~rii,lin,
S ;irroe
e ~I,?,L!,I '!:,f2.
Tiid:i n miin l i t t j r t ~ lS P xl)pliciivn de l~it!fr~rc!iiriitB Invnur;:
de iiiaiitiiii::iitni r ii iwicn 1;mn1>e o ( > z ~ i i : t i i C i ~torii;iraiii-se o em-
p<wio e « ciwtro do 11rodiici:;~u do e I do ~ i a i z ,S o
e I i 1 i 1 - s : t <I« arroz t:ni 1;ir;;i es-
c , c, I L : d: I 11:im l>eitriicio deise yiilioio
,~r<,d~,vto ,q.
h-n Bertioin. , , iin ilha d<l S. S<,basti&a <i r?iii Vill;~B1i11:i havia
ai:iiai;io IGWZX a Iaesc;: llai li;~li,in,.
O porto de hirtuiiiiiii e\-1iurt:ii-n iiincleirns r coriloaria de iiiibG.
S:~iitos,i iiiay<,iii do F L I I ~ ~ ! c. ~ n . u S n ~ ~ d i s sçi i~~lnl ~i ~ l~, e x d a -
<leii.:t iiiartiaillin liydi-oyrnl,liicnl que fwil do sei, porto uni doi iiinis
abrigados r. niiil>li,i d u Rrimil, tornava-se .Ia o c~iti.c?posto dos
..
prodiictos d z ~rt,gi;io rlcvada t. iiitrrior iln Proviiicial oiidr n iri-
diistrin ~ i n s t o ~lirr.ral<:cin,
il v doiiclr di.sci;i. para o littornl =niiidr.
rL!~ai~tidn,lc dc roiirns, l,oiitzs do boi: loiiciiilio. b<,iii eorilo o as-
bucni., a ia:~~.xi<,l~ilt:le 0 3 t~ri<lcli~ I - O S S Odc ~ slyodii>, que se <.I-
portilraiii 1>~i.i,11 ~ l u r t eI: l>:tru O Riu dit I'rati~. 1Ientl.o d~ srtt
iiiiiiiii'i~'io. i i r > çuiitiii:,iiti, c i i ~ i i grias illias. a lavuiirii, lia iiiuito,
515 d:srii\.iili-,,r.&, ciiltiv;iiido n i.niiiiiL, o arroz r itlguiii cafi:, i i o ~
aitios e eii,~;i:irlinc qiir s!! roiitavaiii iiiiiiiorosos i ~ owdor do li~za-
iiiar, cu:iiq i>.:lns iiiirg:>iii i10 C~iI,.xtio, do .J<tribat~ihn <- dz Hcr-
rio::a.

1 r2rnh:ir2Pm. nhii Citada.


2 i y l ' e a do c a s a l - c h o r o ~ r n p h i n Brasiiica: tomp I.*. ptg. 213
:I Ayrcs do Cii:il. o h r i c i t r i l r .
4 3Iirtim I'rnnilrio-Diario de iinir V i a S I n mincrilag'ca.
0 e:iíi~i~ii.o,tnbzidr) do imite, iiho lirobperarn niiida. Ko
interior ii;~o o eiilti~-a~.:iiii;iio 1ittor;:l rxliihiaii,-si: didle ; ~ l ~ u m a s
colli.c<ües. i li
Do vnstisaiiiio territorio interior, alirrtir riri <xtcSiisnseairipi-
nas 1 ~ 1 loiii'mindn
:~ d«; ea~iiyii:-~ iiiteil>osto> : ~ o i rios c:iutlar,.s que
<leser:n ~ ~ i i i ~ das ~ ~ inoiitniilini
o ~ o s ao uriiiiite, <i cujo6 ~ i l l e s en-
hoiribrndos Itor rsi1es3a iii:lttn revelaiil a f:!recida<le do solo iio iiu-
Incrn t! rlii;rlidnde dii* essriirini iegrtiir;; ii;i<i si. euriheita, ou xijo
sr: povún ~ i n ko qii:: iiiaii l>roxiiiio tico,~ d;~s grilndes estradas
leridnriaq rin liisroria da. roiiqaistn dor 3ertòi:s.
Assiiii 6 que ~ ~ a rk nt e , iitr:rri;s <li, \-allf. do Pamhybn, donde
a s tnubateaiios. cuiii aiidnrii~í: trilari&~dr!l~eniica,tii11i;iiii 1jc11e-
trndo rins IIilius e feito os liii~iii,i;.uidesçobriiiií-iitos de riurn d e
C:L~~II:IZPS, SI: ahrin lior eiitre pornndos e i a <>stra.Zdado
Rio de Jmieiro: eoiii:iiuiii coiii a. de hIiiia;. ;ia6 G ~ n r i i t i n ~ u o t t i ,
onde se bifurrn\.a, se;riiiid<i uni g.iilio :itt.ar<:s doi iiioiiteu &L
Xr~eaiii;~ ciii direcçio ;Ln Rio, r outro, por Liire~in,traiial,oiido o
l'tirnliyb.~ i i i ~1,ortn do Atc,,iril 1,:ira giilgi~i.:L \I;~iiti<~rieira i>el:: ;.;ir-
santa do P i l i ~ b V i l l b ~ .
I)ei~iairdi~iidu 0 3 ser ti ir:^ do Cnirii~iri1~ir:ii:~ <, d n Baiiucnliv, a
ruiiio do norte, í,nrni!iiiilia\-;,-se l,:<ln gnr;.ant,:i. do \Iorro do I,ol><i,
atzilain euiisliiciia. i,;, divisa dns <lii;~sl>rn\-iiirins, a e-treda do sul
de lfiiins, <,I~I rlirnc<:;io t i Ouro It'iiio; a OnlAas r i raiiilizi!ilin.
,L irr>roi:atr: bii~caiidní-nyiz lirios í'niri1,oi e cerrados dal6111
S. Cnrlos (Cniiil>iiial)i. d : ~Prniicn, ao piir d;u inoiitniilini. rntào
deiioiiiiii;~das do 3logy-l;ii;~y" o u da S i ~ r i i de Ciildas, baluarte
'10s chaj~ndi>airiliiieii.~~ d o sii<loi.sti,; triii?-iioiido riils raudnei. ciqi,
curso iiifrriur iiiiigur,ii ruiiliec<.; s-=riin a cstri~da dos coiiiluis-
ti~dorrsdt: í:i~n!lcí; r das b:~iid<!iras do A I L ! , , L P ~ ~ z L S ~ ~ L .
E i i ~direc$ti> do Cn~itio-Obste, pt.lr> r;~fli,do Tietl:, nbrin-sr:
1'0' Ytii ;i c,strnds dai iir,,i~-ije,s; d<*iiiniidnde .luariti~~u:iba,
porto ir,lebrndo i i n s roiiquistes clo r e 1 C i i y ~ b i ,:L
n o r a Ir~lcos dos Alrgoiiniia;is do Srrtào. l'nra o sul, n t ~ a v é zdos
c n i i i l > o d e Soroct~b;~,Iio\.ondi>s de gado. riziiilio~da ftiiiiain Ara-
çog-aba, abria-si! a <.stradn. qnt. daiitr; fiir:~a ci<r ,seelei.arln da8
bandeiras d e (;uayi.:i, a iiieaiiia que Irvnj-a ao-. eniiiiins de! Curi-
tiba e Pdr (iuarz~puava,r aos Iiniiipas de S. T'rtlro da Itio Grnitde
do Sul, por oiidr l>eiit:tr;ira a 11ossi~iitfll~siirian o Kio da Prntit.
Mos. entre estas cinco arteri;~s liistoric:~~.irriidiantes. conio
os dedos de iiiii:~ iiiito gigniitesca. <~~pnliii:ida sobre o titrritorio
paulist:i, iiiedeiavn o de~ertir, o \.erda,leirir sertio, iiiiil>liiiiido-sa

(11 lfirfim Fraoo;rio, obin eitadn,


seiiipre e cada v t ~i i ;i l>roporqRo q116 a-stradas
s e :ifnstiilii e tod;tria iino uiniir>s deseoiilipcido nas proprias riili-
nliiciiqas da capital, qiir era o centro verdadeiro desse susteiria
de yii~qho int<-riol-, eiijir ti.oiic<i, lii.ii?ado liitra o Indo do niar, e r a
R estrada do C u l i a t ; ~ ~ .
F;t,a ultiiiin tiiilin-se iiiesiiio tornado Icndnria n;r historia
p.i.ulist;i: tdo gri~ridefirtt a sua inflriericia na civiliançào dos po-
vos de serra-acima. Criiiio eiiiiiiles trillio ligando as cai~lpiiias
altas d<. l ' i r a t i i ~ i n ~ ai s pritiai; do iii;Lr, euiatiii, de certo, desde
i . i o i l . este ca~iiinhopraticado pelo gentio a t r a v t z
dos alcantis doi iiioiitea de l'araiiapiixnba. Alsuns ruroprus,
dos I>riii,eiroa que sc i~stabelecrraiii no paiz, teriairi por slii lie-
nrtredo t!rn exyloraq80 Bs rpgiòes reinotas que. seguiido a tra-
dichn, einiii f;ibulosaiiiriitr ricas. Joâo Rairi~lho, que s r nstabe-
Irerra nii Rorda do Cainl>o, tel-a-ia percorrido e. riielliorado muitas
vezes, garniitido o seu tri~fie<ieoiir a feitoria de ' í e n ~ i t ~ r ,junto i:
do loqiir onde depois se fuiidou S. Vicrnte.
O6 jeinitas, fu~ldndores de S. P:i.ulol ~ondificar~~ni-lhe o tra-
~ a d o .iiirlIioi.:%rairi-lli<. o aeeesso dos riioiitrs eiii 1553. pelo que,
desde essa 6l,oca. se firoti ciieiiiaiido <?ri Padre Jo.st4,
cc~r>ti?i.la~
eni alluuãi~a Aiiehista, que, eoiii os seus g u a p n % s e c0111 O au-
xilio dc A f f < i ~ i s oS:irdinhii, o rniistririii e rnzlhorou.
11 I ~ ~ " S ; ~ C I dos
I L riuri e de brqjnes seiii conta no alto dos
camlms. rijl:io n tr:irraiiia dos iiioiiteb. nlc;iiitiiados, biirnidos e
quasi ia~iiii~r" desiiioroiisdos lielnu eliuvas teiiipestuosas e frequen-
tes, iiicavani d r lierigoa e difficuldades esse eaminlio, por isso
mesmo, ohjrcto dou maiores cuidados da parte dos governadores.
Mudavil-SP-llie ninis um;i vez o traçado, desviaiido-n de Jeribatibit
o u R m t o Aiitnro, e eoiidiiairido-o por Santo Andrb, onda fUra
dantes.
U. Luiz Aiitriiiio de Souza melliora-o considernveliiiente. Rlzir-
til" Tiopt:i inaiida fazrr us x t ~ r r a d o s ntravi'z dos panterios e n t r e
o riu Grniidr i? o Rio Peqtieiio. Raymundo Chicborra faz abrir o
trecho rlne \-ai da raiz da serra imargeiii do iio Cubatâo. Ber-
nardo J o & de Loreiia fa~euecut,ar o gigantesco trabalho de calca-
mrnto, rorisnlida~rtoe ziguezagues pela i!iicostn da serra. Anaonio
Manorl de Xlello in;mda coiistimir ao longo do e;~miiiboos rairchos
reuni>sl>iira abrigo das tropas. Luca-, Antoriio llontciro da Barros,
deTmis viscoiide d c Congonhas de Ct~rii~iui, corisebve em 1826 con-
cluir o grande aterrado? tantas verses tentado, entre o porto d o
Cubatão e a cidade de Santos. i')

(i) &evado Xnrpoes-Apontameotoi Historioos.


Mas, nm 1827 coiiio ein 180i, a estmda do C u b a t k i i ~ oera
ainda acceusirel para quem viliha de Santos, siiino por iiiar. Vr-
jainos coiiio então se procedia para. chegar a S. Paulo.
r e s t e iriesnro aiino de 1807, um dos viqjantes mais crit,rrio-
aos, que tem visitado o 13razil: ehr?gava a Saiitas, cidade então
dos seus seis ou sete nril habitaiit,es, eiiretando unia i.iageiii que
se tornou celebre pelo interior do l i a i i jl,
A despeito dos esforqos que eloprt!ga durante um dia intei-
ro, e das cartas de recoinendaçao de: que l,or cautela se pre~nuiiira,
o viajante não consepindo uni ouso nn ridadc, resolve, j:i iioi-
te, tomar urria canoa que, pelas duas huriifi da madrugada, o dei-
xa em terra no arraial do Çubatno. onde o guarda da barreira o
recebe r agasallia, dando-lhe para piLss;ir o resto da noite iirna
tarimba, leito que a viajante coriilileta fazendo da. sua liropria
mala bravesaeiro.
Ilr certo, era o mellior que llie podia dar aqueila pobre gelire
do destacamento, erigarregado da cobranqa do pedagio cniii que
cntao se reparavani os cairiinhos e se f j ~ i a ~outios
n publieos ser-
vivos.
Ao amanhecer, poreni, ao viajante, que iião dormii;i, depa-
ra-se uma das scenas iiiais caractciisticas desses tempos. 'Jum
grande patwo, fechado pelo rancho da barreira, e por outras toscas
constrac<;ôesvieinlias, aprestavaili-ir para a riagem de serreacima
cerca de cem muares, déstros, corliidentos, Iriaidos.
A maneira coiuo estes auiiiiaes se liortnni sendo arreiados, a
extreiua habilidade e destreza dos seus guias, e~p~hcial~nfmte OS
negros, que, lestos, iiifatigxrniç, nlqxiri e põeiil as rarear ioin iiris
movinientos bruscos, iiras cadenciados e certos, sAo pzra o viajante
inglez coisa deveras siirl>reliendent,e.
A viagem de serra-aeinia fel-a o viajante sein iiicideilte
algum digno de nota, tenda eoiiaeguido uni guia ou cariiarada r
alguns aiiimaes d r seiia, que lhe fornecera o guarda da barrei-
ra n quatro mil réis por cabeqa para urria travessia de oito leguas
que tantas se contavam do Cubatão a S. Paulo.
A estrada atravéz dos montes de Paraiialiiacaba parece-lhe
boa, bem calcada, mas estreita, com voltas bruscas e frequentrs
pela forte deelividade da inontaliha e pela necessidade de se fa-
zerem os ziguezagues a t r a ~ 6 zde mil obstaculos que de eoiitinuo
se apresentam.
As tropas carregadas, que a cada ~ > a s ise
o encontram na desçi-
da, tornam ahi a travessia incommode e muitas vezes perigosa.

(1) ~ o h oMsae, Trareis in fhe intenar o1 Brasil


- IGG -
A estrarla, linrúiii: rasga t:iii iião lioiico; l o ~ a r e sn roc1i;r viva,
=nlya o rsl,nco ii<irsobrr nhísiiins, ciijon riscos os l>ar:iliritou de
l>cdrn h ~ i i idislloatos rliiiiiiiaiii. ergueiirlo-se solidos e iiriiieu ria
riicnstn lisa ii dcsiii,iilinda rio gi.aiiiti7.
D<i alto quri se ntiiiig<- nliii tres lioras dt: iuareh;~~ o i i t i n u n ~
a vista so ext<:iide pelo largo Lioriz<iiite do iiiar azul, qiia lxire-
c e trio iiruxiiiiu roiiio si :is \-agas delle sc qii~brnssriii lia base
da iiioiitniiliii, e ir I > ~ ~ d t ~ sou\-ir
b c ~ . o riigirlo <l<.ll;~s di! eiieuiitro aos
~ o c h r d o sdn priiia iiiyisii-<-I. De fzieto, u t~iigxtlovisual dessc poli-
tu eli!railo, qiirx i. tniiibeiii iiina y;trjiniita lia crista dit siTrra;onde
sopr:~ nn~ain:.agem fria; que ~ < l i ~ o \ .:;ri l i ' u ~ q i t s e alegr:i o niiiiiio,
n i o p<wnitt<:ver toda a I,laiiici~: b s i ~ oiide .jiiz Stintos e ouílt>
eaiiii:?a rase <-itul"addo cniiiiiilio de iiioiiraiil?n, coiii jiist;~rnz;ru
consi<l<,rarlodos iiiais urriijndi>s iio seu geiirro i. iiiiin liroi-a do
+.sl'iriro eiiii,ri,lieirdi.dor dos hr:r-;ileir<i~,roiiio o o b s c r ~ wo illustre
vi:~jniitr n iLue 1103 r i ' f ~ r i ~ n n i .
~ P o u c : ~ s<ibvns l>iil~lic;is,(lia ellr., iiiesiiio x i : ~Eiiroli;i Ilie sXo sii-
tw~iorr,si si roiiiidrriiriiioi que, ;i vist;i d.1 c c a s r i rln l>ol>iilaqfio
-~ rli,t.ricto
rio ~~ i i o r ellr. ntinr<~srr.do.o trah;illio ;ihi exhibido iuuito
,riais cnro di,'\-e ter eiislndo. ditl&iliiieritr se riicontrai;i riri liiiix
;ilcuiii uhr:~ t;~o briii ;ici~ljndaeiii condicüei t;io drs1iiiit;ijosns.s!i1.
T'eln i.stmd:t adc:iiite. qiie ao rles<~nynlve n t r i i v i . ~d<. cniiil>cisir
~nilttilq~ i :oi l t ~ d : ~cI~np:~da, <I CLI,~O leito as cliiiiiis torrriiciues de
eontiiiiio diiriiiiiticaii~~ ns trol>nz 1inssn:ii iiiiiiir~os~ii, deirriido ou 811-
hiiido iia hiiiin iiigrntu do.; triiiislirirt<-i.
Ellai r i o a iiota eai.r.rtcriiti<:n do roiiiiiir>rcii>dcssea teiiil~o?.
Kn fri.riit<.: ;irri>iadi~roiii l~icliii11iz:irro P e s h i h i ~ ~ <caltecada ln eiw
111i~iirad:ir soiiurnw, trota ie;u:ura. a org~illi<iaa n iiindi.iii7rri. da tvo1,a
de iiiicerri, no Iirscoeir, ,cuiniido, coiiio caqiieaiiic que <: dos c:riiii-
lilios, os vnrirx ~ ~ e l n t i i r scndii
, qunl c<iiii i > r r u nrrieiro, e yni,r-
ilnii<l« eiitre %i r;raonrt.i distaiicin 1ini.n que. 1135 ~ i a s ~ a g < ~diifi- llS
ceis, n ordeiii siL ri;io lit,rturlie no iiiriliir :icrideirte do caniiiilio.
X<;fiii, rn\.nlzaiido soberbo aiiiiiial, iiaoraro :ijaeendo rle puata
e rxhil,iiidi~,iiu \v;tir coiiio iia nttitiidr, tiidn a bizarria. o rlegsiiein
doa da sun grei, T-riii o tro1,eiro. ;is vratLi,o ~ ~ r o p r idono o da t>.ol):L,
seguido de outros cnvnllei?,,~. Trisueiro. olho^ l>rrti>.;o r i i o s .
roliiistu o sadio, P I I T O ~ ~ 110O ~ e if ilf i ? ~ ~ . I z ( ? :t%~ll,~ O T T ~ ( ! Ode x-ei.iii<.lh<i,
diilmsto corii certa graça rnhrt: os lioiiibra;, cli:iliiir drsal:ado, Inr-
g a s botas de couro briiiico riiuiiiilns de raliorns graiidcs, faca dr?
ponta coiii c:ihr> de p i i l t i ~1111 raiio da. bota, tal se exliihia o troptiiro
abast:~do;~irotiçs;iorude iic i r ~ r d n d r iii;~s , r p c i130 !picos dcseeii-
dentes das iiinis illiistres faiiiilins d i ~terra ;~bt.nqnuaiiie cxcrciarii
com tal ou qual orgulho e osteiitaçZo.
A o lado delle, cavalgam os 1ieGes riu doin:idorrs, túo firiiirs e
idrntifieadr>s eoni o anirnal, euin» si frirniri verdadeiros ceirtaiirris,
gc~iiteda estirpe dos iiiniiielucos d r oiitrfira, rxliil>i~i<lo corii ar nitivo
P audaz o seu trajar eilract<~riatiro: <,riori~!esc1iilrii;rs iios l ~ 6 sdtioral-
ços, clia11Cu prqueno de abas calridas, Iciiyo r<-rniellioatado a o pps-
coso: largo cinto estreitando-llie o talhe r.ni dt~salir:ho,r rclx.iique
de roiiro i dratrn, emqiiaiito soh o T~i,th!lli~i e os l j e l l q j i , ~ ,a env<,irir
<: o sicndliui-o, rijiiirieiite ci.iich~tdo.s.a rnvalga<liira bravia) niantid:~
a rt?d<rascurtas feitas de criiia, teiidij o liiyo dt! couro c r i c~iirolado
á niica e preso lielo cinchri<ioi-:iiiiisripn o freio eoiii iiiria esl,uirin
s:ingiiriita e vai vcnc<,iido o esliaqo roni o sei, ;ti. eqi;iiitadiyo, e
eser ;indnr r<.bclde e enracteristico de aniiilal ~1iiiei.o.
O ai;~jarite,que vai srgiiindo rt,ii eaniiiili« p;irit S. Paulo, oh-
seria ent;io n b1.1lrza das tirr-oreu, <Ir ciijri~griillias l>ende~iios fila-
inetitsv l,liiiiib?os das Tilln?rrl.~ins rliic~llirs (!Ao iiiii :isl>rrto de v?-
t i i s t r . ~l>liaiitnstica, a grande qu;intiilacle <Ia.: broiiielitas de fl6ri.s
aiiiarc,llo-rubrns e das ~ ~ a r a s i t nvarias
s qiie llie; iolirrin os tronco; r
vi. t:irnbriii nos terreiias hiiinidos; frios tr sr,iii cultura o nbandon<i
d r iniia r ~ g i % deserta
o que iino 6, realioentr sirião iiiiiit travessia
<lesl~o\:oadiie iiigrata onde niiigiiciri l>cri>>;iiiPcr.
Dr.balde: iias levns de ii<:Fros iiidi<,iipis, em t ~ ~ r ~ rr1mran1 nns
:i r,trada, fwz~in-lh<i sobre os ;itolriros o rer~ritiiiirntodo leito coiii
os tronciis roliços das arvorpa quís d~lrriihcni: e nos raiielioi uu r.3-
t;ilageris ao longo do cnrninliri, oiide :is troli;is ~ious:iiii a rnijin, Iier-
iioits o tropeiri, e cniitaiii P riariani ci3 briis :i.iios eiii t o l ~ odn larei-
I ~ L os lionl~ilsdo 1nrsn10 inistcr, se prrwnre a r i d a e o nioriniriito
qiie n;io 3%" eiii yerdade siiiao scvnns i i a z x ~ r i r a sdc uni dia, liorque
do facto só no npproxiinar-se <Ir S. P u i l o i qiie o uiqjaitte drsciilirr
os siglinr:~evidentes da poi,iilnçiio i><.rinmieiite,sitiindn pelei Iieque-
nos ~ s l l e scarndoç entre AS loiiibarlnr de cnitiliii liiiipo r aljruto oii
enboi~ih~ado pelos errrados e citpUes de iiiatto, que >iiiiii!aiii jardins
niltiiraes.
Do Ciibetno at6 S. Paulo iirc<lein d r farto o drscrto, eoni o srii
cortejo d e d<,solai;iu c de iiiiieria, eiiju; effritos ~iiiicnestrada,
trafrgadn e nctirn qur o atraresea, iiZri> logra cuiutiido dissil.ar.

Elitrando-se ~ I T I S.l'>i110 111-131x60 do lllarj dei>oiç.c10


. drsscrr n
eolliiie do iiiiraiigal que o. feito3 d;: iiidi.pi,ndcncirLl ?a i i i x X : I > ~
pruclroiiios, iaiii jiistarni~iiti?consasrri., r doiidi! eaii;c(.il a diiiilgnr-
sc sobre unia einiiieiiela a br2xca c~,sni.iad r tclladai escuio-,, de-
bruqando-se sobre a encosta reiuiellia e ingreme, o observador nota,
com ~xnz<!r,a despeito d;~sfeias edificaqòrs dos ranehos, 3-endas e
estalngeiis. <lue I~~.e,cedeina cidadv, que o aspecto desta é iirellior a
muito ruais ai,razirel do aue o eoniiiium das cidades brasileiras si-
tuadas loiige do mar.
A cidade a1,resrnta-se limpa e numa coiiipoatura que agrada.
Coiiitudo: em cerca de tres seeulos, desdc a sua fundayão, ella
poiieo progredira, estendendo-sr r*iiasinada para nlPm dos eatrei-
tos limites assigiialados pelos ribeiros Taiiraiiduateliy e Anhanga-
baliú.
Em 1807, quando Mawe a visitou e descreveu, a sua ]>osição
qiiasi insular sobre a coliiia; e a sun rxtensno edifieada pouco se
niodifiearnrir do que forani no fim do seculo XVI.
A l>uln~lnçâode certo. estava augmrntada: computando-se em
15 ou 20 niil o riuniera dos seus habit;nites.
A cidade, liorerri, muito jiouco niudara.
0 s melhoram<~ntosiniciados enl l i 8 1 por Fraiiciseo da Cunha
Meiiezes, crinio, por exemplo : o cal<;nuierito das ruas e praeas com
o liinonito ieinielho e diiro, a,bundarite nos campos vizinhos i o
aterrado do Cariiio com n sua uonte de ~ e d r aatravéz da rarzca : a
abertiira da rua que depois seLdenonriii& da Constitui~ão;deseeiido
r>arao Tamariduat<ihyI tinham, G certo: e i i r o i ~ t ~ a d coiitiniindor<:s
o
firestriiiteí eiii Cliiçh&ro da Gaiiia, que iiiniida abrir a rua de Sno
Jus4 r construir em l i 8 1 n ponte sohrr o Aiilia~igabnliú;em Ber-
iiardo Jos6 d<?Larrna, que prosetsue coin or calqaiiientos, eonstròe o
quartel da cidade, li!ínnta. um eliafariz rio 1ai.go da 3Iiserirordia,
constuúe a ~>oiitn doiicù e : eni 1794, manda construirde pedra a pon-
tt. que se dertoiiiina do I.oreq~ne h o j do ~ Piques; taes rnelhoraiiien-
tos, repetiriios, iino tililiam eoiisegido dar icidade um imliiilio as-
i t o lXU9, quando se cria a p r n c h i a d e Santa
s i p u l a d u , p i ~ ~ ~ q u a ieiii
Eplrig<nia, para al6m do ~lnhangabiihú,tão iiiçignificantn é o nu-
mero das idifieiieõrs, aliás disli<.rsas por esse lado, que rnais parece
um suburhio ])obre do que uin real ~>inlringaiiientoda ridzide. l i a s
quinr:is e 1iabit;irões que ;ilii se contairi isoladas, ou dieltnstas i ~ o
longa dos c;irninhos tortos e sem calyadas, nâo h a sinâo pobreza, e,
dontro dos niiil~los cercadas que lhes constituem as deperidencias,
~ i ã ose vCem siriào os vistosos Inranjnrs roni os srus pomos ariiarellos,
ruins, as formosas jabotieabeiraa que dão a,fri<ita por exeellencia: e
as grupos pittoreícos dos liinlieiros nraueai.in: sobrp cu,jos galhos
horieuntaes: rectilineos, poiisnm ares negras com as azas ~iandas
ao sol.
Para os lados da plnnicie baixa, que se extende aléiii da \,ar-
zea encliarcnda d o p i r a t i n i n ~ a d eoutrbra.nâose vpem tairibem siriâo
habitaçoes dispersas, pobres vivendas do caipira, ranchos toscos
com uma veiida annexa, dando para terrenos feeliados por vallados
profundos: onde se recolha a aninialada das tropas, e aqui e ali gru-
pos de liequrniia casas nial edificdas a.~longo da estrada do Rio d e
Janeiro, as quaes, entretanto, Já ern 1818 se ronsidemvain bastantes
para c.oustitiiirem unin paroehin distiiicta sob a denoi>iiriaqão de
Braz.
Descendo para o rio S i r i 4 e tranqiondo o .inhannabahú pela
ponte que sc chamou de .\ligiii:l Ciirlos, a ~>ovoaqfio já. se exteiidia
pela planura da Gunrepe, onde d. Luiz rlntoiiio de Sauzaliaria re-
edifieado o reeolhiniento de iir~ssa Sriihora da Lue e se erguisin
ali~untascasas ao loiigo da irstrad;~ que por Juquery e Bragaiiça
penetra 11" Sul de IIinas.
PIO alto do espigâo, ao aul, onde vai ter ii collina sobre que se
assenta. a cidade., e donde dexein ns aguas do Lavapés, do Anhari-
gabaliú r de outros ribeiros que rrqaiii os subiirbios, obserrs-se aiii-
da :I i . i t i i ; i ltr~nr.ii~i..i c.< i., . a'-c.,ih t , .,., ~ ~ r ri<.il;,<lt
ul , ~ t s , . ';>r;,
I I . . I I I I . , I . 1 , r "I," >> ,I,, H ' . .'. 1"'-
I.;IKI ,tl*,it.t.lat c l c ~ ~ r i i ,> ~l ir~ l~ ; i s jt,t.rr< s .-c t.t,~:tic.l t1tr~~1.i.i i < * .,-
nado da cainara d e Suo Paulo.
-1inntta que era parte do .Sitio do Ckpliu e se exteudia ~~beli,
contraverteute at6 Piiiheiros, ligando-ar. atr;i~-6sdo curso do Jeri-
batitu eoin a do .lfz~i.iw>~bi, mio 110111~de corto recorda algani e p -
sodio sanFrento da eoriquiçta, tem ainda tcide bellasa e vigor de
outróra, não lhe tiiihaiii ainda retalhado a espt!ssa folhagrn~, e,
descendo pelas grotns liumidiis aos ti,rrclius baixo3 que ficaru por
detnra do convcrito de S. Fr:incisco, d:i\-a i ~iaizngem uns tons
verdr,s, vigorosos, erii contrate coiii a cor alourndn dos eamlxia visi-
nhos, tinr que se riotam os sulcus veriirellios das estradas de Santo
Amaro I. de Soroct~ba,raro ]>ovoadas.
A cidade propriainentc dita. i i A o trin nrrn animaçito nein coiii-
mercio. Alguiii moviriiento riiaior que SI! Ilie nota 4 o da passageiii
das tropas que descem carrrF;~dasIrarsi Santos. ou a c h e p ~ d i lde nl-
gum fazixideiro abautado,qu<:e.irtr* coiidiiziiido a fairiilia eiii litt,ira
ou carro de boi e segnido de riumerosa c a v n l ~ a t n0x1 , trntAo a par-
tida do governador para urna quiiita distante, transport,arido-se em
carruagem, talvez a iiiiics nx cidade, puxada por quatro inulas
viçoroias, e precedida lior uiii troço de dragòes a cavidla.
O clirna 6 excrlleiirt:, o inrlhor nesta zaiia dos Tropicos.
A salubridade da cidade c! até proverbial.
Comtudo, 8%"-lhe frias e nei~oriitasas noites de inverno, ele-
vada inaç suportarei a tt!inlieratura nas lioras mais calidas do dia.
As 171as são estreitas e tão regdares como o prnnitte a to-
pogralihin do lugar. 0 8 larzos> dnlo~ninadosputaos, s5o peque-
nos e em todos se exliibeni os rnelliores e ~iiaisnotaveis edificios
d;i cidade, c~>iiioito esrrjns, ciiico <.oiiv<-iitos ou niostr.iros, c o
Iml.zcio do iuverno.
Tí30 lia insto i i e i i i i eli,gniicin iiii cniietriii.qRo das rnstis, t<,rrea;
ou dr, -nlii.n<lol iii;ts do iiirsiuo typi' ~ , e s a " de ttristniiliii. Eiu 1811
ei~,itni.;ii,i-se t!iii S. P;iiilo 4.017 1it.rdini i n r l i i s i ~ os
i das firgiiezins
d : ~P t n 1 ~ 3I, de xl>i-8S ~ I I ~ Ido
siil-iiirl~aii;~~ U 0'.
J . ~cl.c:ldils d<isclelÍ!)(i.
A i I>ar"<lcs de tn,ip;i. hi;iii,ju<~a<ln;cuiii tnb:itiii,sii, espeisai P
lwneo rlrl-nda;, onde srtabrriii iiortnsl:rrgas, l>ra:idt~s,r'ji~~i<'llns qnasi
qr~>~di.ndn., coiii ge1oii;is. dso ;i.;editiciicGes r s i r ;isl>rctu iiinssico E:
nbarracnrlo. ,pie ~iiislioiicos r. itinl feitos oriiiiiiieiitoi ciii nada rrtte-
Illliilll.
? i a f d t n [lu hicaxiir- iiietallico cli~c'I L ~ I I ~ U ~e.iii1lrq.z III P 1101.e ~ i -
t.a i. o--. r ,tlr~,oq
. da cliiiyn iia h:we ,Ias ~ > a i e d cd<i
v,F s terrtr. <i trllindo
;I\-aiiq:i i ~ ~ r . i1! roa r111 deiiiasin, eoiii i> towo l>u;iiiqi~cndo. nn <%

poilt;ri do; ini1~i.n~ coiii lni.nrrs, viii nligi~iias<:;i;ss iiiais ricas, d<iiide,
1 r : , 9ribres;ieiii srn~ides iiiiilicii de \-eipa;, rxagg.rniido o xr
triitniilio qxic o ~>rr.diointeiro atti.rtn.
O iiit,i,rioi. 6 aiiipliil l>uiieriilluriiiii;id<i r de nilirctr~ii:nii;iral. O
iriolii1i:;iiii-iito rscniso o ft.i<i, fc~itodc crrlro r! c c i i i i o Inrr:~ilo, ou clc
, j : ~ z ~ ~ ~<,xltibe
: : ~ ~ ~lwqns
l i , dc, ~ a ! c ~III:I~r . s < ~ <~legn,:ciii.
u
.\ r i d e iiiais oii iii<.iios guariit,ricl;~dc rc,iid:ii: e laiorr,s I~iziirros
i. a ~K'CZI l ~ ~ i ~ ~ c das i l > r.<!i.ni~il<is,
nl oiidr ~i~bscitiir. u s<ifAe oiidi. ::i
11nm;ii f)ixriii ;i siin si,st;, < , t i ~ . e c r h r , i in ~ i vi.;it;ii de iiiniii;. iiitinridade.
I l n i ~ e o srlc i>;iii,~ i c q u c ~ > o sbaixo. t;iitil>ori.t<.s roiii iilo.uiiinc; cndei-
rns, c<>ii~~>ler,ziii n iiiobilin d e h;iIii dv j;ilitiii.. ..
<hi,aatii!iir!Y &~,iulistn;I?<~riui siii;rlos. i~iinsiiii,:enlio5.
. i
ridxdr <{ii;riiii:ti> era 7-isit:i<la [),,r <.xtr;iiigriros. i: estf:s_ t â n
i.ni.ui. .i. torli;irniir u)~iceto et~ri<~~iclilde i > ~ ~ l > l i<Xosrai
~ a . j~r<:se~t-
y n r.ui S. 1';;~ilo. diz Alar\-i,. rrcitnii <,urreo liovo r a i i t ; ~eiiriuaidadr,
como si ;i:< eiitào
: iiiiiirn ~ ~ \ ' P ; F P \-irt<l ~ i i i t ingl<-z. 0 ~ i l ! ) n % das
i~
xiins iii;iiii&!tni-n 3 SII:? i ~ < l ~ i l i r Ci O~I .~L .hC I~I ~.I I ad<::ii?te I ~ C1x6s. tolltail-
do-iiiic as iii;ins e I iIiiniirL« yri.ific;i\-:L qui! riiihxnios
iniitor rli~<ln-:coitio toa;! a yriitr.
<,XAo ~ X ~ I C Ocx~alli<iriis
S iiox eoiii-i<ln\-aiiilinm :ia siins cnsus r
inaiidayniii ei.iqnr nos iwii;os n i i i i i \-i~6~i>iii\-<.I., T:i,ia cliiisll1a
iiuiiicrn-n di' iiiiilios os sexos f~rr~iiriitr.i~i:.iitr 1111s diíeriiil, 1ln5talldo-
se ;is jiaii,lli.i r ~ ~ o r d:s t n naia qiiw ocruy;i\-ni;i<ir: iio iiitr.iitci d i ver
, I . I. I..l>i I.. ..
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. - 1 . .i< .- . : i i I .,
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As rliiiii;is dn nirllior sociedade vcutiniii i e d i ~preta, qiit~iidoa
ii:tis<,io.e esj~<,cialiriri,te~liiniidoi:i;i; ;i c;r<ljn, cobrkido-.:i. <.iii;iiic oiii
iiiii Inii:?.i \
!',..i d t i i i i < , r i i i . f;lxrndn, f.i,iii;:irlo dc is.r;c.-i iriid::; : iin I;-
ti~cBc% friii. ]:(~~:iil>
. . ou a !>neta.
r1.a C ~ I I I ~ ~ ~ I L:,I Ic;tui:iiil.:~
I Ta(, r;ii.n,
siihstiiiiia-;e o \-<tudc seda 1'01 uoa c:'l.n de lan groscix, oi.i?;idn de
relliido, i.end:is de ouro, fiietso n11 l>cllucin: eoriforriie as posses d e
quem a trniia.
Jliiito usado coii!o t r i y c caseiro, <.srn rapa s r r s i a taiiihriii 110s
11a~seio8 i t a r d e ; st,rria erii viapeiir quando rrn d c r i p r trazer-se o
elassieu chap<:il redoiido, dc que aliiis e ~ a b i atirar xrnndr partido.
O eliale ji cstara nbolido <,nt,rens rlaiiin~da riiladc, uras a3 ?:ti-
piras c.xliihiaiii-iio das cores innis vivas e:ii viiida i l>ra<;apor ocea-
siso de festas.
N o t a v d era ;i friinalidade eiitrt. ns liaulistns, I,rrf;.rindo as jo-
vens aos 1,razr.ri.s da iyiesa n 11111sira e i& darica, iio yiir s r distiiipuirtiii
com praça e donaire, c, eritan era i i n ~gosto r1.1-as, no.; dias de baile,
iios seus rlppnntes vestidos brariro.;, oit~.iitnreiiiiio colo iiii as bel-
!as cndriai cle ouro: e lia eabrya cliein de formusura osbastns cabel-
10s cnstanlion eilr artistico ljentea<io.
NSo SP oceulia~ai11siri20 d<. eoisns fiitvis as ruoy;rs <Ia iiielhor
socitdnde, par:% ar rlua<>qi 6 iiiertieiarii di:slxc'so ou iriditF<trciiqa os
iiiist?res r;isciios, drisiidos ~ z c l u s i i a i i i r n t eiis escritias.
Quando i~iiiito,clii uào o r r i i ~ ~ a n dconi
o dcces, eosiaiii pesas
d e eaprichn, hordnv;iiii oii f~iziniiirendas.
Craiii iro g r r a l debris r do<!ntins, ~ t o i t oque riotavelriiciite for-
?:>osas;ar iiioqns deiise tt.riipo>e: l>orisso, niuito attriitn; a tiido qii:i~i-
to podin atieetiir o frescor d;i sii:i riitii delici~da,roiii o qii<, pleiiii-
. iiieiit<.justifieava~iio I~i.i~loqiiio riit.iio rorrrriite. cujo tcxto Spix r
lfnrtiiis rios tr:iiismittii.aiii adti Bnliin rlles e iido eliris; de P<,riiitrri-
Iiuco, cllns e i,<io elie.., nias de R. l'aulo. eIl<zse sevilire el1as.n
Csaiaiii a s darnas tr2zt.r fliires :,os cnbi,lloz 8 dai-a isso Inanr ,. s
gn1aiitrri;is drlicadas; h~iiidniido ~ i l a s eavnlhriro recr?ii-ch~p;ido
com alguiria H6r que rleil>reiidiniiido toiic;~doo r<,tribiriridu-lheieste
eoiii outra colliidi nos riiiiilhr~tesd;i .i:i!;i.
Pt.10 rntriido, :L h;ir:illin dos liriiiirs o laranjas de rhr.iro era en-
t2o d<irigor riitrt' daiiias c. eai:illit-iros, iiiostriiiido acpellni irtrr:-
nin hshilidadc no ataque is yirtiiiiiis, iti;n hoiira~niiic i ~ i i ia ;ii;i I r e -
fc5renci;i.
Contnrz-se, talvez iiifuiidaiiieiite, cpiir. nesse batalhar praticn-
rniii-se des<~iivoltiir:isc~m~iroiiietcrid~ras. atiri~rain-.;r fl6ri.s d36 jit-
iiellas ao? cti>~nlh<rirosqiii ~:isçariiin,c refereiii niitros ijue, pi.1;~
calada da noite, 80 hello clarxo da Iiia. r nu toque à<,i.iolAo iri:ivin-
sa r+ yravr d;ii screnatiis costiiiiieirns. rniu'. iiiysterioias, treiuiilar.
soiiin, diserotninente eiitrcnhrir as it.loiius por traz das iju:ie.i jo\-eris
cornq0es I~xll>itn~-;iiii d<, nfiertris ipiiorados.
\L verdade, ~iorCni,i. qiie ;i d < , ~ ~ > edos i t o rnales que n rsrrnvid%o
de urdiiinuio acarreta, os eustiiiiir.; do povo <I<.S. Pni;lo ~1.31~1 h0115c:
1::" < s i i ! ~ m n ~ ~ as: ~ ~glorinc
~ m n rio iioriir ~iaiilisii,,c p c $ $ e ~ h m " 3xq~m
tinhnrn em xrande Iiania.
Os homeiis da inelhor iociedade vestiaiii-se soherbatiiente ;
ei.ani polidos e at'enciosos e coni iiiuita ~,rop<ins%o para obsequiar.
O caipira, o hoiiien~do liora, posto que atr.vaado:rrcraliido c suspei-
t,nso. era de costumes muito niais brandos uue o comniurn dos da
~~~~

nirsuia classe nas colonias hesyanbolas.


A iiolidez de iiianeiras tinha feito adoptar rntre os paulistas o
tract,an&to por F ~ S .Unia seiilinra ou eivalhriro n&o-recebia o
mais huiiiilde dos seus visitarites sinão tract,nndo-o com singela e
iniiito digna deferencia :-«(!onu> se acha o oosso pne 2 Elle j<i si-
vou l Idc-cos sentar pura aq?b?lle bana,: e y ,te i,Cn ,n>sdê ctiidado
o te??Lpo~>.
Estava nos costuiiies o botafórn, ou aritrs a despedida fdra
de portas, para o que r por prova de affecto 8r aeoiiip&nliava o ami-
go que ltartin ate certa distancia fora da cidnde, obra de duas le-
ruas, a mviillo, ate o ponto em que deviam despedir-se ou trocar
entre si o ultiiiio adeus. Pelo tempo adeante, essa tradiçãn, conscr-
vadn eiitre os rstudantes da acadeinia de d i ~ e i t o ,fazia celebre a
arrrire dirs lagriri~ilu,a cuja sori~bratantos peitni juvenis se estrei-
tarun no mais eol~iosopranto, separando-se talvez para sempre ou
\*oltarrdo iio livrn da vida essa yngiiia de i ~ i f a i i ~ei ade mocidade
que nâo r a l r e jamais.
E m S. Pi~ulo,o clero t.ra ent.?o numeroso e illust,rndo, contan-
do-si eiitrr i>s st.iis iii<.nibros individiialidad~,~ heiii distinitas.
As festtis rcligioi;is se faziam com estrondo e ns procksües
eram p o n ~ ~ > o r &ecoiiiriiovlintes,
se at,t,erito ao iririo riiiirieiitt!ment,e re-
ligioso que doniirinva.
Não h;ivia m i t o s inrdicos na cidnde ; riii eoiiil>riiisae%o, porrni,
não f:iltavain os phr;~rmacruticose os curaiidriri~s. Iiaa pliarma-

-
cias r l que se fixeia rntâo a politica da terra, ioyav;tsi. a voltmete,
a biscn ou o :.alitão, r se reuniaili os ociosos l~ariicniiimrntareln os
acont<.ciriientos do dia.
Pagava-sr.. ao inrdiro um cruzado par ~ i s i t a . E como iiáo
liavia costureiras de profiss&o, os prolirioa a1f;iiates fwiain as ves-
tidos das senhoras.
As mas nâo tiram illiiininadas á noite, tirando as escuras, tão
sórnente ein alguiis pontos viam-se lampeües. de aheite, sujos e
mal distribuidou. Por isso os habitantes ri:eolliiam-se cedo, e, si
sahiarn, 1t:rarain comsigo lanternas.
Tinha-se começado urna canaliaaqio d r agua no tempo de
Bemardo de Lorena ; mas esse serrico iinpeifeito e insuficiente
carecia de ser auxiliado pelos ab.uadciros, que veiidinniagun co-
lhida xias numerosas e boas fontes da viaiiihanqa.
As casas exgottavam-se para a rua e pelos fundos dos quin-
taes, segundo o pendor do terreno. Alguns conventos e casas ri-
cas tiiihsm, porCn1, sua catializaç%o particular, de que ainda hoje
se encoiitriun vestigios numa e noutra encosta da eollina.
S o actiial Iiltyr> d ; ~S4, ;iind;~n&o ha inuitos annos, se r i a
uma destas citii:iliznTòes servindo abusivariieiite para despejo
publico.
Do recolhimento de Snnt,a Thereaa drscia outra qiin ainda
ho.je funccioiia, doitando par;i a encosta, a ciivalleiro do Tamxii-
duatehy. As galerias, em outro t<?iiipodnscobe~tasnas viainlian-
ças da egreia do Uollegio, d<i certo niio tinliaui outra fim.
A r a r w a , que d e p i s se denoiiiinou do C'armu, ainda que
em parte cedid;, pela caiiiara ao mosteiro de S. Bento, era, de
facto, uni vasto logradnuio piihlico, ~~aeliarcndo, onde se faziam
os despejos da cidade. ~oltavam-se aiiimaes, cortava-se lenha, e
onde os ociosos uinhain caçar e as laradeiras fazer o seu
niister.
O sulco profundo do Anharignbaliú, a ingreme ladeira que
dava aceesso ;i ponte de iiiadeiw do d c ú , assim como os altos
onde depois se abriu a riia da Pa7hn, eram urn vasto monturo
para ande se lariça>-a o lixo da cidade e eritravarii em decom-
posiçso aniniaea mortos.
Comtndo, o aspecto geral da cidade propriamente dita ern
bom, e tinha um a r de liiiilieza que agred:lva.
Escassa era a instrurq8o entrr*. o povo, distribuida por pro-
fessores rrsios dns primeiras Irttras, de gramtiratica latina, re-
thorica, pliilosophia e theologia dogiiiatica, al6m de um de Mo-
ral, pago pela Xitra (li. Qnein quizcsse segiiir estudos superio-
res tinha entAo de tr:tn~1+ortar-se para Coirnbra, a 3 1 ~ c ada
Scieneia entre portu,?u~zese hraailriros.
Comquanto residencin do goritriiador, do bispo, do ouvidor
da comarca, do juiz de fóra e p r ~ e u r a d o rda eoróa, do auditor
de guerra, do deliutado da juncta da real f n ~ z n d a ,s do func-
cionalisiiio menor, a cidade não exhibia um nivel inteiiechial
dos mais elevados.
Xao havia ainda nem iinprerisa, nem hibliotlieea, a ri20 ser a
particular dos conventos, e nrni t&o pouco unia sala de especta-
cnlos. Comtudo, gostava-se das festas publica~soleiiines: fneiam-
se corridas de touro, ;i hrsynrrhola; orgiiniinvam-ie as celebres e
faustosau cavalliadas ; dariçnva-se nas praças o lundri e repre-
sentauanl-se as seenns do Ili?,i>~o.
Xão era grande, como st: vê, o eabednl de quasi treacritos
annos que S. Paulo exhibia no alvorr.cer do seculo XIX. Mas o
sentimento do pro,gesso, as idúns liberara, as mais ousadas es-
l ~ e r a n < z &broot:i<L~scoiii o nilrento r l r ~fixiililin venl <I<. 13r:xgnnca
no Xmiil, li~vtrxvi~rl~ jii COIIL çi~lorein S. P~ILIIO,j>r<id~.~xi1o inii-
1udivr.l rln iiid::peiid<,iicii~e do iiril,iirio.

**:i
O i~iovi~licnto lmlitieo que iios l<:roii ati. i i ~ i d < ~ ~ ~ e i i d c u e i a ,
innllolo:.r;~dnroiii ;i$ id<:as rejrublieniins ciii 1817 <.i11 Prri~aiiibueri,
cuiiio se iiia1lo;;rnra trinta ;iiiiios i ~ n t e sgreiliatura c dttsaoti.xd;i-
iiieiiti. elitrr: os soiiliador(~se pobtns da I i ~ r r i i ~ f i r l e ~ ~J lci jirae i r n ,
~noriiiii:iito qiii: iii:iis l,usitixxiiicntc sr iniciara li<'l:i trarisfi~reii-
ria. r l ; ~ ei>rti: l,ortiigiir.in para <iIlriwil, peln ~~1,crtui.n dos iioisns
portos ti, i i n q k aiiiigss, l'cla el<iiaqlio dn coloiiia :I cat:egorin
<li, reino eiii 1815. pela org;iiiiznc:ào ndiiiiiiistratixx rcriiiideladn
1,nm u ~ n govtwto autorioiiio, trricadzis coriio <,utAo estayniii as
1msiqi>rvs entre a riietrolii~le e s sna coliiiiia, 3-eiu ciicoiitrar S.
I'nulu iio est,;~iloixiii que O descrrvei~iiis e qiie rrn,lirirrrti iiinrca
ii l'onto de! ])artici& d e t n d i ~Ç ~ S B s o r~xlizildopelo geiiio
ei,il,reli<xiided\>rdo s i w povo iio di.ciii.sa do seciilu rliie :>cuba d e
<,spir:~r.
C r j i i i wse iiiaj-iiiwiito liolitico d<: yiiii sao corifeiis os Andredas,
R de rim! .Tu;<: Ri>i\if:icio, i i ~ i isal~iue uiii est;~di.;t.a: i,; c o ~ ~ s t i t noe
1,eris;iiiiento dirprtor: i~i<liiziiid<~ o l,riiicil,v 12e,~r:iitra se collocar ?L
fieiita i10 l,nrtido st,peratista e iinrionnl e a. proferir iiiis rnnipos do
Ypiraiim i> loiiiiiin. libertador, voltiixii, iiit v<,i.dade,os l,niiliít;~sn :is-
siiiuir n sei, osto to de iiiiciati~;i.~ rniu que seliilire sc ;issi,ziinlnriiiii nas
grniidrs Cp<>chnscla vida iiacici~inl.
De S. I'a~ilo parte, coin effcito n i d t a da iiidelir,ridrncia sob :L
f6riiia ot~llortnr~an~entr: ili~liild s iel,nray%o liuliticii. iciii o st~rrificio
do iirttcressr~<lpiiastieo. De S . Paulo c~iiariar:ese soljro do liberslis-
1110 triiil~ei.ndoc ol>l,i,rtiiiiistil,de: que o l?r«lirio çlrru i.* iiitiltrura, e
que i a o Iinl>orio. De S. l'aiilo rocedo do e s c l>ei>sniiiriitohuiiiaiii-
rario di: t*iii[~i,ril>n~%o servil dr: qiii: i a iiiiliuirairi os iiiaiiliros d a
Crriistitiiiiit<~. Por quasi uiii qlit~rtode src~ilo4 aiiida ;L iiifluc~iiria
paulist;~,o 1,e~1sinn~"uto y;iiilista, que doiiiiriaiii o i iirgoeios l>oliticos,
ioncorreiii para. o Arto Iddicioiial, e iiiipri~iieiiio cnrz~ctt-rdos pri-
n~i:irusnniios d ; ~ X e p n e i x coiii o l,;idre Fi,iji>, Vergueira, .Aliares
l\lacliado. Pnula S o m a , Coata C:irvallio, baliii~iiode E;cto:iiias Iiau-
l i i t s por adopc:&o, e X q i l i n ~ Tobi,i;is.
l
,inlidicac80 do iiiiperndar tinlia ;iqui riicoiitr:i<lo o srii iiiaior
i'onieiitr~. A ~ Y ~ ~ c i c t l aD<~l ef e i ~ s o r da
i i C ' i J i ~ . ~ t i l ~ i ei ~dits
ü o rieis, ar-
:niiii.ada iia <:npitixll>ai.a fazer <il,l~iwiç;u>:lu goveyiio d r D. Pedro 1
c'iicorttravn acrritayi~orstrniidosn, e n. noticia. d a abdicnqjo i: reeti-
Lid:i eiii S. I'aiilo eoiii as iiraii iiieiluivocas iiiaiiifeatnc:i~es de ji~bilo.
, i s ~.eforiiinsliberaes i. a reaisteiieia aos governos oppress<ircs
<.iicnritinlii eritre os p:~iilistaio mais caloroso nlioio. F;ss<,1 i b ~ r n l i ~ -
i>io \.ai iin ponto de. riii 1854, o Coiiselho Geral dn I'roi-iiici;~ diri-
g i r ao governo re11rese~ttii~;io pedindo a dislieiisa do celil,:ito i n r n ( I
clero.
O yndr~:Viee:ite Pires da 310ttal iiiii 1ibrr;il coiiio F t i j ú , daiido
conta ao iniiiistro, eoiiiu l>rcsidmtc dn Proviiicin, de couio Sci:~
nesta rr:crbidn :r rcxforiiin da coiistituieno. r1eclar;ira-aqiiti a Pro-
vilieis iiiat!ii.;i recebe roii, iiir,xcedii-e1 jiibilo a leis da; reforrn;ii..
O &~ei.ir)do regeiieial, criij-ulsioiindo, aiiarrliico oiii rlii:~si tod;is
as p r ~ v i n c i a s :iini,aqniidu
, j ; i n prol>ri;r iinifii, iiaeioiial, iiùo iiiipoi-
toii, eoiiitudo, ,para SSo P a ~ d oO f < > n ~ ~ ~das l i tritroltns.
o
O liheralisnio inoderudodos linillist;rs, qiir cahirit eiii 1 8 3 i coiii
FeijV, ileixando o poder nos consrrvadorrs rhr~findos por ;irauji>
Liiiia, e11:ito Kr:<:irte, volts a r1oiniii;ir t i i i i 1840 qu~iridoHollaiidn
Calvacnnti, os dois iriiiho ;liirlra.das i.liitoiiio Cnrlos e Jlarrini k'rnii-
eiscoj e All-ares &laciin<la;igitnru a. id<',a.dn dee1arae;io da iiiaiori-
dade do ini11er;tdor r: n fnieiii triiiiii~,liar I>:) do Julliri: lioiido uiii
liiii aos insiieccssub. da Ki!<i,ilciai.
Foi, porGiii, d<: eurtn <irir;~ç;~o essa victijri;~dos 1iberai.s da e>-
rola dos L i ~ ~ d r a d ni:i de. F<,i,jij.1~r<lnc.,j:? a 23 d e IIarqn de 1>(1 1 ) .
l'sdro I1 estava goverri:iiidi> roiii us c<iiiirrr;i<lorei.IIP qu<,in era o
i n a q n o z de Pc~r:uingu;ii,\-illvl:~1lnrl)usai o clit,fe do i i Fn-
Iririete.
-45 idczas r<~aiizarlas por <.*seI,nrtido rniilo n da. 1t.i de :3 d e De-
aeii>bro<I<! 1841,qui, refo,i.ii>uiio cndigo do ],roceiao ciiiiiiiial r n
creoii iini coiisrlhi, d<,Esti~do.~ncdiclnsriu*, quando i . 1 1 ~ l>t«jrrto,,i;i
o l,arti<io liberal vivniiieiitp coiiibat<,ra. l>ei.ilida toda a <.sl>erniiyade
unia ol>l~o"q&o~>arlaiiieiit,;ii.eficaz, l,i,i.qiie a 1 de 11;iio de 1842, dil-
sulria-so n ciiinara, levniii iii chefes liberar, de S. P;iulo e de 31iii:i-.
ao trrve~iod a rrvolta, drcidiiido-se eiitso uppnrciii-?e pelas ;iriiias :'I
cixeeuçãu da rsferida lei de 3 d e Di!z<inbro.
Soror:~hn d i 6 iiriinl~- do roiiii,iriiriitnalO rle 3laio.rt.ciisn1ido-ir
7

a r e s p ~ c t i v aCaiiiarnlliinicilinl n eiii1,niani. a i iioras nuctoridadrs


noiiiradn,s por ~ffeitoscless:~li,i, (3 resistindo C O I ~ f b r ~ : a~lllilda ~ i,<>
juiz rriuniiil,al, que coiii toryii taiiibt.iii sr! ii;ii<~sent;ii.nInra o a c t o
da ~ 1 0 3 S t l .
Rapliael Tobins d r Agiii;ir, e1ic.f~: do i>:~rtidoi 1 lirorla-
~ i i i ~ danli do nit.srno itirz a ~<.i.nlta>i;\cidiide de Sori>cahn,6 aecla-
rnndo presidente da ~iroriiicin. Colt;i Carvnllin, r,nt;io bni.80 de
iiinnte LLlogree presidnntr l c , ~ . alirdr l ~ forca.; a i a niifir;ir o iiio-
viiiiento que rapiclnniriite se r>roling>iltor I-tii,1'l>.oito . Feliz, Pirn-
,'ora, Cnpix-ary, lral,etiningn i: Cn~iiliiiias.
I rovoltn, liorGiri, l>:rraly'n-se d ~ ~ i o das i 3 i,riiiit,ii.os iiripetos dc
rntbusiasnio. Os rebeldes, C O I ~fi~r<;a do perto de mil homens, não
se anirii.zin i%at,acar a capital. .i fi~ltnde lilnno e dt: resoluç.%opara
os golpes rnpid<i~ l~rexaginv;~iii
jA o insueersso irift~llivel.
4 28 de >I:tio, o bariio de Caxins, a frente de 800 honieris das
forç;is lepaes, elieptdasda eôrte no dia 23, tiroteia com as avanqa-
das dos rebeldes n a Ponte dos PinhrJiros, a tinia Iepua da cidade.
O tenente-coronel Jost Viccnte de Amoiim Beserrq cornman-
dando 200 Iioinens, destacados das forças do barao de Ç:~ixias,mar-
elia eoiitra Caitipinas, alcança no dia 7 de Juiiho os revoltosos n a
P7e;e>ldi~ eercn de ineia legna aquern da cidade, derrotaas
í7i<~ii.r7r,
erii iiiii conibatr aue se einpenliou i B ao cahir danr~ite,rnnrrendo n a
Vianiia, commandante dos rebeldes que
arqso .intoiiio ~ n ' a ~ i i i m
deisani rio çaiiil,o mais 16 inortns t: 1.5 prisioiieiros: perdendo as
forças 1eiat.s diis ou tres soldados ape.nas.
Nesw interim, o barao de Caxias nisrchava da capital em di-
r e i @ ~a Sorocabe, leuandodeante de si os revoltosos e abarracando
nos mrtaiiios pousos que elles iam successivaniente ahr~ndonando,e,
assim, sem resistencia, entm n a cidade de Soroeaha, aprisiona entre
outros o ex-recente Feijb: que se eompi-oiii~?tternn a r e v ~ l t a ,em
quanto 1Gphael Tohias, dispei-rando as suas forças rareadas, se re-
fiigia no Siil.
4 revolta, qxre tambern pelo norte da provineia se proliagara,
dominando em l,orena, Queluz. Arêas, Silveiras e outros poritos, e
terido por cabeqas do i~iovimeiito.knacleto Ferreira Piiito, os padres
José Alves Leite e >Canoel Theotonio de Castro e outros, siieumbe
tan~bpiiiaos , ~ o l y e certeiros
s da. legalidadr.
Ein Arnas. o major Pedro Paulo de 3loraes Rego derrota, a 24
de Junlio, os rebeldes commaiidados pelo proprio Anacleto Ferreira
Pinto, e a 12 deJnlho, no ataque de Silveiras, o mesmo Ferreira
Piiit,o t de novo derrotado eoni perda de ciiicoeiit;t e tantos mor-
tos, maior numero de feridos, pelas forças legam ao mando do coro-
nel >hnoel Antonio da Silva, que põe terino á revolta. Egiial sorte
teve a revo1uç:~o nos sertúes mineiros, em Santa Luzia, para onde
Cauias se transportara precedido ja da fama das rictorias alcan-
çadar.
Um aniio depois, vo1t;mdo do esilio n a provincia do Espirito
Santo, par;&onde a deportaram os seus adversarios, expirava o padre
Feiió, velho e desilludido, o vulto mais caraetttristico do liberalismo
panli;listn.
José Bonifacio, o patriarclia, náo lograravêr ojoven imperador,
seu pupilo, assumir ao. redeas do governo ; tinha fallecido em 1838.
Vergiieiro e Paula Souza, intimados como Feijó para se retira-
rem da prorineia, experimentam apenas um passageiro eclipse da
fortuna, porque foi de pouca d u r ~ ã oa victoria dos conservadores
q u e vinbam, desde algum tempo, representaiido a re.acCio contra a s
id6as separatistas e o federalismo dos exaltados qiir tniito pertuh:r-
ram o pnriodo regencinl.
Monte Alegre, vriricedor em toda a linha, eircusando-se, por&m,
d e fonnar ministerio após a demirsio do gabiiietr Carneiro Leão,
d;i logar a que de novo voltein os liberaes ao poder coin .4lineida
Torres, depois visconde d e llacahi., eiri fc:r~ereirnd e 18U. E m 1848,
Francisco do Paula Souza e AIellu organiza o iiiinistererio e gc-
verna 4 iiieaes apenas.
alas aquelle sopro liberal que baf.jira os primeiros dias da iii-
depedencia, que It?vara a Coiistituiiite atB B dissoliicão. que forçara
o pri~iieirnimperador a de.pCr a ror68 a 7 de aluril r: que dietara o
Acto bddicional, tinha de facto des:~ppnrecidr>,dando lnrgas siriio
a reacç%o,a essa politica tvinperndn ou de tquilibrio e de f'isho, que
enche o reinado do segiindi, iiiiperador.
S. Paulo deixa, desde ciitfio, piar niais de 10 aiiiios: de repre-
sesenkqr papel preponderarite na 1,olitica do p i z .

Atravéz desses sucessos politicos que nos levam até quasi ao


meiado do seculo, o desenvolvimento de S. Yaulo, comquanto bafe-
jado 0x1 impellido pelas novas idéas triiiinpliantt:~, u60 conseguira
de todo vencer o torpor que lhe ficara das c:uiipanhas do sertão á
aventura.
O paiz inteiro tinha na verdade, entrado em uma phase nova,
eujos effeitas n3,o podiam deixar de affeetal-o profundamente.
Abertos os seus partos ao cornn~erciodo mundo, visitado á
miúdo o seu territorio por uma pleiade de viajaiites e sabias ami-
nentes, enriquecidas as suas praças com o estabelecimento de gra~ii-
d e numero de casas de comniereio crt,rangeiras, recebendo iinirii-
grantes de todas as procedencias, coiieedendo grandes posses terri-
toriaes (sesmariasj aos proprios ext~angairos,criiindo e desenvolven-
d o novas relações de eomniercio. servindwse ag6ra de uni apparolho
administrativo proprio e mais adequado ás suas neceisidades, o Bra-
sil todo experimentava. então os effeitos desse espirita renovador,
desse forte imprilso de civiliaaqão que lhe vein do extrangeiro, que
o proprio rei immigrada lhe trouxera e que a independeneia n:Lci+
na1 positivamente c o n h ~ a v a .
S. Paulo experimentava, como todo o paiz, esse forte impulso
d e civilização e de prowresso; mais lento, porêni, era estr pelo lado
material do que o não k r a pelo das id8:is.
EIninelij eiiiiiiriites qntt o risitziiii e o drsrrn-e111lior (-se t s n c
11": corno S;iiiit-Hii;iirr. Syix e >Lir;ius, F2ickn-e-i:, d'Aliricriurt a
outr<n.trstein~~iiliaiii o fiteto <i <i r<,ferraiii.
O l x o g e v o dn liro\.iocin n;io era ainda lisoiigi~iro, roinqunntn
se rilai.g;ruse ;Lu:meiitnrir n siipt,rfici<: dai rultur:is pri.ferid:ia r n
I > ~ ~ n ~ au'iI : i 1niue,oi
~ ~ o Esse coiiqiiiat.ziido coiii ns seus i~stabcleeinieii-
tos l>erm&~~ent?s o deserto.
O po\-ox~nentodo trrritorio, eoiiin viiiios, tinlia-sr. iniri:i<li, pelo
littorn!, i.nly;?~:n rlelir>iqo lilnii;~lto,r diihi, r,nvri.rd:iiido a o s qutttrn
~eiit,os,prociirnva o Ri« e IIii!iis, (4oyia. Cuinhi e liiu da Pint:i.
Foi tio loiipo rlrreas srniidru direitrizrj que a l>opuluc&opri-
inriro se iisoii niitrs di! se disprrsiir ~><>li,s si.rt6r.s loii~iiiqiios, ,,ara
n5o tur1i3r.
O iall<, do Piiraliyba: i-rred~ic ~ u e s r r v i i ide lnco cntre :L ex-
1 1 a u l>.nlijr;~
~ ~ <. a tliiiiiiiir.iise, <,st:i.\.:~todo I,ovoado i. destiiliuidn
crn -rsiiiarini 3ti' Lnreiin, < i i ~ l ise * bifiii-cniii. i: i.stindii liara IIirias r
1x1':~ O Rio; seguiirdu tistii. pela frzil&~&L serrtl da Boeiiiii:~; 1,elns yo-
rr>aqi>csriit;:ii i.rri~iit<~s do I'niol, It;ii.iiriq:ib, Ai.i.;is; Ferreiro, Ba-
iinii;il. -;iiiliaiidr> ciii S.J o 2 o 3i;ircoi r> \-nlle do Pirnlii. de onde to-
111a~;i.1i;:ra o Rio.
O t e i r i r o ~ i oi>nra :ili:iii d<. J,nri,iin fieoii nssirii por niiiito
te~uj>o,c o i n l i i ~ l m w r t i o i , ntt qiie coui n fiintlnC;~od e
Qu<.liia, i:iu 18W, cijiii o nldt.in~ii~iitodoh Piiris, as duns cor-
i ~ i i t e 9lm~oad<iriir,Ixiulist:i e iiiiiriiii<~nse.sr nhr;i<;ar:iiii I,or uiiia
estrtidn co~iriiiiiaao longo do riiiao do Yiiraiyiia.
As estr:ida; 0x1 tr:rvessi;isl rlii<:se abrirtaiii parn o Indo dii inni-,
iica,ynin s i e t nliandoii;idas :i iiirdiiln r p e avançava
rio ai>nisu :i. torr<*ritedos liovoaclorri. hlisiiii <: q i i i : se obliti!ra-
vai11 qui""si <I<, todo :ir~,n~llrcnriiiitlio que d~ 110,g- d n s C ~ ' n z e ~
desria pnrn Saiitos, nqiiellr ,,ir<, de S;~iiliitti: clr-cia 1,ar:r TTbatu-
bn, eqiiell<: outro qiic c l < ~ m : ~ ~ ~I'nmty: d a v t ~ ~ > : I F S B I I ~ Uj,<zli> Fneãit
(C.:uiihli i, ilnc, 1'0' it~nitos X311103 foi O unico C:~.IL~~IISLD o3
qne c10 ltio ( 1 .J;luc,iro~ b ~ ~ s c Ilinas a ~ ~ (~k r~: l ~ s~. t
O vnllr do F>nrnbybn evn eiit;io n ~ > a r t r<ln i>rovinei:%mais
driisaiiieiit<. povoada i: n. ii,eis <,iiriqii~eidn pela agricultiir;~. OR
seus iiiiclros lxiiicil>iiri d r ~iopul:iq;iir &~t,ni:irir qiiasi tiidos d o
seciilo XTIT. Tni11i;itC iiindaria-se i,in l(i.>i;. J a c n w h y eiii 1632,
Giinrr,ti:igutt,i viii lcihi: S. J o s t riii l(iíi0, Parnhybiiiia eiii l(i8&,
e S. 1,iiia riii liiX8.
Drireiido o rio Tietb p:ir;i nI6iii do liiiiitir,ymbn oii P o r t o
Feliz, a puioniiieiito tiiil!n npriini ;~leniiçadn Pii.riiw,ia de Ci~i.ii-
~á qne! ;iliis: os i i i ~ ~ ~ > ~ miiiii > aeciilo XBIII 1120 figiirani
u l i c10
aiiidn.
11%foz do rio Soroinhn pira hnixo, o liovoaiiieiito do vnllc
do TietC n5.o <il>edçce;i correiite do rio priiirip;ll, 1ior oiido alias
tra~isitnvain levas s<,~iicoiitn de avcnturciros <! ;i"\-oadores ile
longes terras; deix.1-o: ;&o coiitruio, n certa diita~rcia,e segiie
por via transversz: ;bos affliierites que st: po\-oniii c: si: cultivaiii
prirntiro.
l'nlos fins do scciilo X V I I I ; lauradorei d r 1 - t i e Porto Fc-
liz fiindari~niCaliirau>-, ciijas trrras se iiiostrain eeelIerites para
o eiiltivo da caniin dtt zwsiiear. Piraeirnhn , j i i-i-:~iesniaria habi-
tnde erii 1ii!J3.
-\i grandes e f,ril~osissiíri:t~~nat,taa qiie eobrinin os viilles dn
Capirary r do Piriicieahn, doiirl:, sr tireruiii outriiua os grossos
inndcirirr lir~rn3s ea~16nsdas iiialiqCei. cliie tinliaiii oiti!nt;i pnl-
i i i o a ile con11,riiii:~iito. sete e ii~<,i»de largu-iir;i. t r cinco de alto,
jazi:iiii c r i i i v a j t i ~ ~ i , ) li:?rtào,
<i raro iitterrornl>idns pela trilha iii-
certa 4"s furazido, <ILI lielos tiiiiidns <.iisaiiis de lavuiira. doa scs-
nieirna qiin inni eiitritiido.
P a r a os rertoes iii! Ararnqiiat.;~, coiii &>na de nuriferon, ti-
iiliniii-se i i esr;~belc.eido alguns srrtaiiistas coiri fazriidas de erinr
desde n come?" do secii!o XT7111, giiindos [>:,rFr;iniisco Pcdro-
so dt? .-Llini.idi~.
Eiii 1788, iini riaj;iiite illuitre i li, siibi,iiirio a i agcins do rio
'I'ietF, dos:,rrtiin-nu-. niiida os moiitcs e cai:ilios di: A r z ~ r a q u a ~ n
como sertao qimri desc<inheeido: « . . . ;LI-iita-se n distaricia de 3
l e p n s (,ara Kordrste uns iiiontes qxie Ilier chamam de din,.a-
~ U L L ~ C ~jn,.,
L , pclla tnl<de, q~~:iiiiio ll!rs bate o sol, representa u i n i ~
g a i i < l e cidii<le.>>
G . . . E' trrtiliq:~~que iirstcs iiioiitrs lia niiiito ouro. Varias
pessiinb tpiii teiitoclu c l i e p u a t.lles. e o ~ i k otem rcii.rguido lielos
iilu;tiis p;,iitarine3 r obst,neiilos C L I F ~ encnnti-ain: iiias e u ilie
1>er3cado qne esta tr!nta.ii\-a teiii sido fr'it.1 por h o x ~ e mpusi1:1-
iiiiiiril i: fracos sertn:iistas, p:,is iiso 6 rrivrl que (irii trrs le-
giins dii ti-rrano 1705,a haver 01,sí9~1110 cl~le C O I ~t e i ~ i i )e~ t1.3-
balho i<: iiZo \-ttiiqa.~
a i accrrsceiii:r a nieiiiio ~ i ~ j a i i:t-cSastes
a e:iiiilioi
que ji 3e r ã o pol-o;:iido eoiii ft~zriidiis de ;;arlo. lia n r g r , ~
fiisi<lus yiie extrnuiii ouro, l>orilne e tem achado sign:iei
disso: o qne c ~ n f i i n l n ~ I I C os ~ n n n t c s setil dilvida t?:n o 11105-
nio iiicta1.i
O l>oi,oamontr> deisn r<.gi%o nl>nrtadn sc foi, con~tudo.de-
senvnlvriido e Arnraqii;o.a ji <!iii 1817 d r s i i i e n ~ h r a v ~ sde e Pirn-
eieal>a, foririarido frcgiieiia. d ~ i a r t r , ,pie: riii 163?, so elo\-ara i

(I) Lacerdu o AlmcidR--..Diario do viagens'' de i i Z n - l l D ! i , p. i9.


categoria de villa. Entre os seus vastos campos de erear e os
varios nueleos de popiilnç%o, que iarri surgindo ao longo da es-
trada de Goyaa, ficara, porrim, um vasio enorme, com alguiiias
sesmarias e f z ~ e n d a sinicipientes auseiitadas ao longo da iinica
estrada, eiitr~oaherta, de Cainpinas para a noroeste em direcçno
áquelles eainpos.
Piracicaba, que liavia bastante psosperado no centro de uma
região de solo ft-rtilissimo e variado, para onde s e foram esta-
beli,cer Invrndores de Ytú e de Porto r't,.liz, pelos annos d e
1740 e l i l r i ; j i era fregueiia em 1770; e villa eiu 1823.
Yos scrtí,es do vallc do Tieté, Yiraeicaba e. Araraquara
eram, pois, os uiiieos postos avan~adosda civilizaqZo ein diree-
qão ao rio Parará, no primeiro quartel do seculo XIX.
Yão bniria caminhos regulares iipin direetos. Por muitos
annos, os iiioradoras de Pirnricsba s6 se eorii~riuiiieavani eoin
Ytú por iiiiii<> da ria~egaqâo do Piraeiraha r do Tiete. A tra-
vessia [inr Caliirary só depois sn d<,scobriu.
E m 1769 j á se fizia seritir tarito essa falta de cainirihos, que
d. Luiz Aritunio di? Souza mandava ;to capitão Atitonio CorrGa
Barbosa dar iiiereirientu & pr>voa<ão de Piracicaba, na intenção
de abrir unia estrada que dalii l e ~ a s s eaos tcrrito~iosl.iheiii~il~os
do Parani.
O l ~ o j e e t o ,por6n1, nunca teve exeçuq8o e o Tieté eonti-
nuou por riiuir,as annns ainda corno o unieo caminho aceessivel
áquelles liaragena reriiotas.
Por isso, eni 1817 ainda se ignorava a direcção verdadeira
dos p i ~ d e srios que n estrada d e Goyaz, hoje rriais ou nienos
mpreseiitads pelo trq.0 da estrada d e ferro Mogyana, ia sucees-
sivaniente atravessando de Campinas para o norte. O L1og.y-
guassú, por exemplo, s u p p u n h ~ s eque misturava as suas aguas
com as do Jaguary-mirirn e corria ao poente desemboccando no
Paraiiá, acima do Salto de Urubupungi.
Outros, porém, opiiiavan~ que o Xogy e o Japarg-mirim,
depois d e dilatado espapo contra o poente, se uniam no centro
de um extenso bosque, forrriando então o Tiet2. j l j
O cnnlieeimento do vastissirno temitorio entre o TietE e a
estrada d e Goyaa, a partir de Piracicaba e d e Araxaquara, B tão
imperfeito no primeiro quartel do i<?cuioXIX coma nos ultinios
annos do seculo precedente, qunndo Montesinha, organizando
nma carta da Capitania (1792j, figurava os rios 31ogy e Pardo
com cursos diatinctos entrando no Paiana.
Os sertões ao sul do Tieté continuaram qunsi desertos.
Apontara-se a h i apenas a l~ovnaçio de Botucntú, que d. Luiz
Antonio de Souza ~naiidaratbnder eiu 1766 pelo paulisra Siinão
Barbosa Franco.
P a r a o sul, translio~idoo Paraiiapanema, qiiasi desconlieci-
do, e no poonte da estrada qu<! leva nos calnpos de S. Pedrodo
Rio Grande, nos territorios que sa extrndem lielos valles de Ti-
bagy, Ivaby e Iguasaii, nho havia siirao o descrto tamhem. Gua-
rapuavn era a unica tentativa di! conquista que se apontava por
esse lado depois da puorra de 1809 eon? os ~ e l v a ~ r nIioatis, s os
qnaes, desde entRo, forani catecliisados isoiiibra de u m Iiresidio
que vaiu a ser a origem d a villa di~quelloIroiiie.
O poviTLiiicnto do territorio ~iroseguia,co~iitudo,nuriia mar-
cha regii1:sr do ceritro para a poi'il~hcria, e n a pro],or<;Vo que as
Inroures ialu reclamurido twras novas.
A i grandes estradas tradicioiiais, partiiido de S. Paulo, pon-
tuaram-ir Iior riuclros de populaçAo, qiir irrsci;iiir lrntairiente e
que passavain de siiiiples l>ovoados n fit?,qiieiins t! villnr eori,
interinlos do teinpo ~iiaii.oii riit5nos i n i i ~ o s .
.Is villas d e Jiiiidinlty 1 . Campinas (entáo S. Carlos)
( l i 9 i 1 e Mogy-rnirini ílíti!J'i n o l i n i p da estrada de (+oynz ; Par-
nahyhn (1625). Itii (l(i;ri'),Portu Feliz i,li:li'; :to luiigo do cuiso
do T i & ; Sorocuba (l661i, Ir;il,rtiiiiii~n ( l i i O j l 1,'asiria (litigj,
C;istro ( l i i a ) , Lapa (li80i: 1,iiptis (1iGli) ao Iniipo da estrada do
Rio Grande da Sul. aisi=~inlnni as rnrias e siiccessivas esraçíes
da coii<(ui3ta civilizadora que avnric;i.
Antes do nieiado do dceulo que ac:~bsde findar, os rsgacos
vnsios que aqni e nlli st! notam e ~ t t r ens grandes estradas reaes
e oi posios avancados do sertio: a que já nos referimos, enchem-
se, ~>oroaiii-seniais rapidamente.
Fitrn deaiite de Nopy-iniriin, ao 1on;o da estrada de Goyna,
os siicc<!ssivos liaiisos desta estrndn \-ao-i< t,raiiaforiiinndo eni po-
rondo?, frr.niiezias e rillns que t,irarii os sei13 elr<ni:~itosde vida
mais do coriiinereio da.; boiadas do qiic da proliria 1a.uiirn.
Casa Hranra, coinrq;ida por iiii. C L L S ~ < , F de a y o r i i ~ ~ ~Go sjii,
frirguc,iir.aia em 181.1 e villa eiii 1841.
Franca, fiindnda por iiiinriroi da Cainpaiiha: 6 frcpueaia e m
1801 e rilla em 1824.
Vo iiitervxllo r e m Riitntn~s qiir se eleva a ~ i l l ae1111439 e
S.' 9i:ti;iri que co,iirqtl n al>p;irrrer rili 1840.
Ko teriitorii, a oririitr drsts nirsirin <?stind:~. a ynra o lado de
Ilinas. Atihiiia r Brngniiqa jh isrnni vili:is iiiitigns, datando n ]>ri-
inrirn de 1769 <! a J P ~ U T d~ r~ l~i tLl i . Aiiilinro coinrça o I,oruar-
se <,iii1828, r ji rin 183!J 6 feita f~.c.puriia.Serra Pitigra G eleva&%
;i I~arisciiiaeiii lP4! : o I 1 : S. .Ti,lio d;l Eo;i T'isía 1x1
,,,~~S,>I~
Ql l , , , ~ ~ .
Ao 1 ~ m ~d:~i;iii.lln
te i-trniin, iio rxi.linqo iiiii.init,cliii i: Cniirpilins
<. Ai-;irnqu:rral <;i~i, 'e jriidc riiaiiinr yrol>rir.iiii,iit<- <iC ' e i i t i . c - O A ~ P ,o
<':.a 1ll?L0 d? ~ l ; i ki *~i . < ' i i t F , C! PS li:l~leCf ] l ~ ~ ~ l l ~ < ~ ~ ~
lKlV~liL>"<'llt<>
appar<.wn~S ~ I G : ! I ~ ? Eiii,lml,i<i<.<iiun iioyn culturn clo raSC. l.iiiieir::,
:L iaiitipa Srcgii<,:<i:i ~ l rS:i:iiliiiiTl onde T7c.i.i:.iii.ir,i e iiutro? ae esta-
liel<~cer:iiii.coiiiey:ira :i li<,voçr-x c i i i 1821 r! eiii 18-12 era e!<,\-nda n
villn. O Kiu Claro rrcebia 1ar.rtidorc.r de Y t i ~i. <!:i-. villai nitxis pi'o-
xiiii;is di-v<ler i ci>ilie<:odo reriilo.
Aiitoiiio Pi:es 1i:iri.o.. prii:~i.irci 1;iir3n de I'il.t:ricnF;;~, Frnii-
ciieo ri:: i'oitn .\lvei <! Ilniirw: 1':ii.s di, i\i.nicln, fiirnni (10s ~~ri:iit.iros
~ I I Pilhi SI' P ; . ~ u ~ ~ ~ P I , I . ~ . P , I!;&i-,;LU;,_e!?,-aiido--c.
eoin u ! o ~ i i ri c:rliellt~
ciira<la rlii W>i,:iS~<,;uci.i:~í , i i > 1F::ij ;i yilln elii lS4.j. I'irassii-
~ L I I I ~ no
~ I .A~<;rcl6?t(~, T~II!II:CJI~ c:w;ce~ir:~ n lxIvoii?->e em 182t;, c em
18-12 j;i era f r e ~ i i c z i a . O L)r,sceln.rlo recebi, o.; ,e115 1.i.iiiieii.o~110-
road<irei r i t i 1SI.)!l. l i i ~ sS. Cnrlou ilo Pi~ih:~l. Hrot;iz, Ilois Currrgos
c Jaliú s;io de date iiiiiito iii:~isi.i.criiti..
ynr;i <isi11 r10 1.i" 'L'ivtC. ]i:iral!elniiiiint ;i estrada qiie l e r a no

iiias
. .
iiisiiteiiti! i. prosi.rs;ira.
So:.ortiba l,roajlerai-n roiii r.3 siins xraiirlra fi.i~as<Irp d o iiiii:rr
r eiirollnr. 1iai.n oii<l<,coiirorriniii ti.<q?:iinrr: i10 Rio <Ia I'ratn r vi-
?ihaiii iie-ijcin:. os f;izriidriros r rri.aclor<is d:is iil:ti; n1pirt:idna pro-
viiicias do iiorte.
J 1 ~ n n m ~C~Onl i ,i 8 6 S l i X i iliili~sc!<. fil&'l.O,
ji f;l<l : ~ + t ~ ~ i l i llil:iS
d : ~ ~1101.
,
I:~rgonaiiiios rsrjiiecid:is. Piitraia i ~ t h oa di.i.eii~.olir:r-se sril, ;i.di-
iecqAo de \';ii~ilii!geii, <ii-?!h". iiiii. C I 1818 ~ i i ~ i c i n n lr . h i n f ~ ~ i ~ d i y % i r
cle ft,rro.
T;~tiili? ree<yhit: 1 1 o ~ - i ~ a ~ l o r < ~ sde & ~ 1H20
p o i s r jii ei;i pnroclriii.
,~,7 1s:Io.
Ati: ioci;idiis cio seeuir>, n 7ni.n lii,iondn tiiilin-st, alargado L:
rlnasi i ddul>r<idi, <lo<:i'C~ni ~ i , s;,.cuicis l>i.eci,clci:fi~s.O iiioi.iiiieiitu
~ ~ o v o a d o11ori.111.
r. ia <,~iti.:~rpiii l,ii:iae iiora coiii n rrinliiqúo que s<:
vai o]>er:ir ira ngrieiiltiira, siih.ri:uiiirlo-si: a ciiiiiin de nssucnr pelo
eafo. ~ x i g i i i d o~iov:is teri.;ir c iiuvos brnqn.; Imra 1nriiiii.a iiinib ex-
t+iii.ia o r~iiiiiiirrarlom.
Seis aiiriai delsois, eiii 1311, :L l>oliii!ny;io iiiliin 3 20!).?18 alirias,
(1) síiiido qiie, ile$t;is. :3ii.l04 un ro~niitei~ do Coritihii C 1';~riiiin~i~á.
Eiii 11<-1', qnando se fez a ilid<,lieiidr:iciet, i i i n ci>iir:i~-aiiiais
que: 21$1,2Ll; h;~bit:~:~tvs, cios qu:ws l(i!1.!lil rn1111l i ~ r e s ,57.27.') es-
<:r:~\-o; t i cl~ia.;iíirniill.n-sr eiti 115.XIi4 l~raiicos,52.702 liiirdiis c 50.650
prctns d e aiiihos os sesos. t,?)
3Ins riii 1854, o a1ietiii:iriito rirtfio feito, del)oig qi~t!da I'roviii-
cia. s<, di.sii:t.riihrou o territorio do Paraiii, jii iicciiaarii iiiiia l>ol>ula-
ç%o dv 661.374 Ii.zbit;~iites <ir<,lirrseiitaiidoiiiii aii~iiirritoroiiaiile-
i.:~vrl de 34.j.124 1i;ihitaiitt.o iio periodo de 32 aiiiios. (>)i.
d l , o ~ , u l a ~ ãdao Capitall lior<:iii, riiiliii q~ia:i <,stacinii;ido.
llin lSOY, &Ia>!--enva1inv:r <iiiiiiiiero dos i r u s li;~l~itni~tes eiitrr
I .ia 20.000. Eiii L%?.>, <tiiiiiae ;iiiiiris <Ic$l>i>ii: ii.c<~rise;iii~-sí~. alwiias
uiii:~pol>ulaçl?o de 2-1.311 linbitaiiter, dos qtlaes 18.79!1 era111 livres
r 5.512 escrnws.
Eii~1827, essa l~olmlaqâoi,r;i :Il+eiias de 2.7.471, acci~sairdotâo
s&~c!ntcu m accresri~no de l.l(ir) l ~ ; ~ l ~ i t ; t nnto, c ~ ~ u i ~ ~ q ~((1) ~ cem i o ,
disti.ili~iindo-se em l!l.25.> livres e i i . ? l ! I eicrnvos.
Erit 1837 calculava-ir essn . iioi>ulacXn r w i ::0.000 alilias;
A
. , eri-
deiiteinenta exagger;id;i, t> add~mia-se que e;%al,gnriaiiio, j a iissi-
gi~n!ado lia. dez iiiirioi, ri60 oticreciii l,rol~:ibilidiidt! cl<, grande ::ti-
~ n i a r i t o . ("i
Eiii 1850. a l>ol>idncir>dn C z ~ ~ i t ; si i l iiZo attiiiyin jj. i p c l l c
rlprisiiio, iiiuito poiieo ditiei.i:i d < , l l ~c<iiiil>reheiide11110,
, todavia, as
fiegoezins sub~irhaiini.
O lxugresso o os iiielliorniii<-iitosd i ~cidade i i i o eiaiii çoiiside-
i-nveis ; i>insos esforcos linra e<iiisrgilii-os i1;io forniii ~ioueos.
Erii 181!l nbnlia-se eiii S. l'aiiio a cnsn da faiidiqiio do oiiro. o
~ - s ~C a i x i ~dc! UR;CO:I~OS.Iiinii'>.~~-
ilo nrino st?;iiiiitc i n s l i i ~ l l i ~ ~ iii~iln
mva-se ein I*?.? o Iiosl~itnlda. IITiierieoriiin, crendo l,eln iesi,ectir:~
iriaandade c aos esforços do l,riiiieiro lirrsiilriitc da i,ri,viiieia, Lu-
tas Ai~toiiio3torit<,ira de Rnl.ro.. qui. tniiil>ciiiiio iiiesirio aiiiio cori-
i e g u e coiicliiir e irir,lhor;ir o J < ~ i . r l i i i i l?r,iriiLico, lhoie J<!ir!i.iiiin R i b i i c u ,
<iat.iido-lhi: Irara I,riiri<,iro dirertor o i<lii<ral .Tos<: droiielir de Tn-
I r d o Roiidon, iiiui loyo dr.l>ois eiitregiie i;idiiiiiiisti:iq%o do teiicnte-
coronel A~itoiiio3J:wia Qii:irtiiii.
iirilr<:~~sa fizia a siia nl>l>ariç20eiii R. l'aiilo coiii o 1'11oii.ol
p a u l i t a l ~ o ,fund:~do P U ~C ~ i t , nC<in.ii~lho(3loiite-Aleguei, auxilindo

1 8ou.a chicborru. Iiernoria sobre .E CCRpitnaia de 0. 1'2uio. 1.. prrtc. em 1914.


B lnst. Eist.. rol. 6 . paq. 197.
i nr. ,~otooiode ~ o l c d o~iza.- elat to rio dc B ~ t r t i i t i c ide 1P9S.
<: Benador PompBo-Geo,ai.iphia. psg. 6Dd.
o 01.rntonio de T. Pisa-Relatorio citado.
3 Berdinnnd iienis-Le Briail, pag. 131.
lia ridacrEo 1'01 rliit<iiiio1I;iiiniio d<,d ~ e v e c l oIl;irqut,s,,l~orCnii~pos
llello e Ilaiioel Odorieo lleiidrs, o tmdiictor de T7ii.gilio, que; se-
ziiiido Joao Friiiicisco 1,isbón. nt6 aiudnva n coiiivoricüo
cninu typogrqiho.
.
. da follia
I<:ssc [~rilllei~operiodiro, sriiiarinl n principio, e depois liiibli-
cado dlli~s\-me. i,nr seinniia. yeiidin-se a 80 réis cada ouiiievo; e r a
eseril>tu em liiiguiiyem mod<,r:idn, r , como or,~aiiiliberal. proliug-
iin3.n i~closIwiiicipio; coiistitucioi~acs. (1)
Dois i~riiius<Iriiois, yub1iiay;i-se o Obsei~onrlurCo'o,t.stitt~eioiiul,
fn~id;id<ir ~ e d i p i d nlielo dr. Jo3o Hsl>tistn Libero liadnró, medico
italiniio, de idCiis li1irrni.s adr,:iiit;idiis, assasiiiindo n ?O de S o r r i u h r o
d~ 1820. e c i ~ j aiiioi+e eclioõil ein todo o Brasil c01110 UIII sigl~ald e
1ibrr;ilisino cxalr;ido. O ioriinl de I%nd:iríisobrcri-
i,.iiri.i.i. coiitr;~<i

.~.
~ n " . m ! # l c l l ~l~tt?:.;irin:
<~ e ciit;i;, riitrr ;urros lieriodiri~s;ieiiil;w tlp-
p a x r c . ~ ~o :I'<ii,/irtrt, erii 1831 : o F e d e i r i l i s t r ~ ,r<>digidn1,rlo dr. JosA
1-iincio Sil\.rir;r dn llotta, ciii 18:i->: o Ol,sri.cnrI~,r I'niilist<iiio; de
18:3R. ciii qiir colliiboiou u lladrr Frijri: n Plz~iri~; [1838): rrdinida
lw1or dra. Cleliir.iiti. FnlrPo de Riiiiza e Joaqnini JoiP P;~cl:eeo; a
I ' : s i 1 r e d i l e l o 1 Fvt~iiciseo Iirriinirliiio
l*ilx:iro ; a I?,,vi.vtn d n .Y<,ci,!d<trlc I ' J ~ , f I ~ I~1833 ~ ~dc~ ccp ~~ ezcr:tnt
~ ~ I>
l>riiicil>aes~edactoier;Cn,i.los Caviieiro de ÇXIIIIIOZ, dr!)ois iiscoride
de C;~r;ivrll;is, Silveir;& da ?.Torta e Rrriiwrdiiio Rihriro.
O ciirso juridico: que ri. iiiaiiyiir;ira 3 1 dc ~ I J ~ L Tde ~ o 18%. soh
n d i r ~ e ? h odo dr. Josi. Aroiichi? dc: Soledn I{iliidoii i! com o dr. José
llnrin d e Avellni. 13rorero, ro~iti.actndoerii Portiigal para lente da
1."endeirn do 1."niino, drede eiitflo tomou-se iiin Soco d* 1iiz r deu
feicici riore e carecteri~ticai i-rllia cidade. Iliriyeiii-1x0 siiceensi-
raiii<mti os lioiiii.iis iilnis rniiii<,iirrs,Carni4ro de C:iiiipui, Jlonte-
Alcgrr, \7rirgiipiro <, oiitros. ICiitrr. os Ii,iites riiais illiisrrrs n~sigiin-
laiii--.e o ~ r , l h o13rotiro. 13nltlir.znr da Silva Lishna. Liiiz Zirolnu
Fagunclei T'nrelln. fnlircido eiii 1x31. Cai.los Cnrriei:.o de (>niii[>os,
Feriiaiiilt.; Torres, Cleiiiriite FalcUi~.Aiiiaral ( ? i i r ~ r lTJii.e, . da \!orta,
31nnnr.l Uins de Tiilcdo, S i l ~ x i r ada Xoatn, J o j a Chriipiiiimo Soit-
res, ltniiinllio, Conto t'crrnz r. tniito; outros.
Ti.<.niiiioi
% drl,nii. rwi l S 3 l . coiiio prova de uma ferundidado
proiiictreilora, já toi>ia~niiig~.iiiiaulrii:i;eiiie~iteu i seis l>riiueii.<is)>a-
c1i;irris pelo C:ITPOJ~lridiccideiiirt. aliiiiiiioi brasileiros v e se lia-
viam transferido de Coiiiibra para S. Paulo. e, entre elles, os ~iiius
distinctos, llairoel Vieira Tosta, depois marquea de Xiiritiba: Pau-
lino Josu Soares dr! Souza; qne foi depois riseoiide de Uiuguay, e
Antonio Simliis da Silra: depois niinistro do Suprenio Tiibiinal.
Em 1835, a "e Fevrrriro, por effeito do Aeto Addicional,
installa-se i i a Capital a prirrieira ;isseinbli:s provincii~l,de que r:ram
figuriis salientes: Frijó, Fnuln Souaa, \'erguriro, que foi o primeiro
presidelite della, Jogo Ctirpsostoiiio de Oliveira Salgado I h ~ e n o seti ,
riee-liresidcrite, Cairilios Alello: .Azevedo 3larques. Virente Yires
da Motta, Fraiiciseo Arituiiio de Soiiza Qiiciroz, Carrieiro d r Cniri-
pos, Alr:bres hlaeliado, Q,ueiroi Selles. Gaviio )>eixoto. A~ttuiiio
Paps de Barros r outros.
No inesriro aiino cria-se a Tlieioiii.nl.ia para servir á arreca-
dnqno dos iriiliostos e fisializa?Xo das dr.spcsai d2. l>rovineia.
S á o havia ainda erii 620 Paiilo iiitia casa de rsj>ertnciiloa; o11
thearro yor inodrsto que fõsse; t,odax-ii~. jii c111 1857 se h ; i ~ i aprepn-
rndo uinn sala rio gosto moderno liara s r r r i r iins rel,r~srrita<6eude
draliias de rt.pertorio mitigo e d<i nlgriiiias operas tradiiaidaa do
frnnriz. quasi serrilire iriterpretndas por a<:tor<,siinprorisados (1).
Só em 1858 é que se Iarica a priiiieira pedra para o novo tlientro
que se driiomiiioii de Sio Joii..
E n t r e os progrssos riitao rraliiados :ipoiitnrx-se a illuiitinar;áo
pi~blieniniei;ida VIII 184'2 roiii Inliiliei,~~ de azeite. IJiis o i i~icllio-
rainentos iirilteriaes dii cidailr at<: 1850 siri riiinsi iiiipereeprireis.
As chuvas torrriiciar,~d c s r nliiio cansaiii-llir ~ r a n d r u darniios,
arrombarido os taijques 12eiiiir, t. do 11e.rjgn. iin ralle do Aiihanr.a-
bahú, arrasando casas, Irvaiido a poiite dii Abriicaciio rio iiiesirto
vallr.
As egi.ejas,serii gosto nem nrchitiartiira. iirli> obras de artel não
ze reliir\-arri. Coriitudo, riii 1850, iiiu~la-ie a eittliedral da <:~rr?jii do
eo1le;iu 1i:irn n S4 actsial, apiis ,:raiides reiiiirtis qiit: nmta a<. iizrrniii,
cornrn:indo o bisliado acde i-iicai~t,:; n piidri. dr. Viceiite Pires da
3Iotin.
O venerarido d. Aiitoiiio 3o~iquinidr? \lrlli>, eleva<lo, j i wllio.
ii digriidnde ei>iscriliiil f L i i i 1851. riiilir<~Iirri<le
e n e r ~ i c :e~ rrsoliita-
irieirte as reforiiini. I>eiirfirai <ir alie estala r;ir<,cciido n dioeeqe:
percorre o bispado, que era rnsrii;siino, l>r<*faiidocoiii a lialni,rii e
com o exernl,lo a refoniia de sbiia<is qu<: .r rnriiaiani iiiveterados;
o, coni os düriativos que ronsc:iiiii c>lhri., eoiist,ruiu e iiiaiiyuriiu
o111 18:íG o vasto <.difi~iodo S~iiiiiini.i<iEpiscopal, drstinndo espi:-
einliiirnte a itiitriicçXo do clero. iiiae <liir trin lregtado grniidcs e
inolvidaveis serricos $ educacio d : ~mocidade 1,aulista.
O cr,::iiiiercio ia nos poiirris se di:ii,iirol)~ei\doe cl:xrgniirlo as
siias traiisnrqi,i,s. Ciii 183i. o l>aiico CIO :?rnzil iiistallii riii S. Pniilu
a qiin riiixi~filicl, de ririr i ; i c <~srolliidosr>rc,sirleiit~!o bt~r%o de Igita-
pe. e directoi<li ii (Ir. \I;irtiiilir> d ; Sii\-;i
~ Prn<lo, o seii;idi>r (Juviroz,
i i i bitrüc; (1,. Iial>c,tiiiiiign e do Tietc, T1ioiii:iz I.uii .\l~.ares e Jayiiit:

d i ~Silva Tell<:i.
A er<*:i<%oc l r ~ curso jiiridiro tiiilin, coiii <-fit:ito, tariindo Siii
I'.iul<i iiiii rlijs focos mais iiitr,ii;os da iiiriiriilida<le (10 pniz.
X;is si a cidnde tiiilia c::oilin ibeln Indo iiit<.llr:.tii:ii. ii:ii, s r
l,odi;i ciitru t,niito dizer doi, iii<~lliorniii<.iitos coiisidei.:!dos ?sseiicinei
i>ii iii(iii!icii;nii,is ;i iiiiia ciil:idel iiieuliio do s<,gii~iil:ri011 de ti.rccira
r,rd<.iii.
.i Capit:il. psx ft~ce,reflectia: liortiii, coiii j,w<.is:Lo:oqiii i a
l1c.l;~l>ru~~iiicia iiiteira.
J i iiZo <,?;L11 torjior, O U ilirslilo a r ~ t l ~ o , ~ r n d ~(jil<'
t ~ ; 110
L n c0111~qi)
do ~i.ruln;;c ~liit:~rrt.ISSO; na ví,rdnde, tiii11.i ii;ihi;idn dt,. todn. l i a r
n%o i:ra xiiirlii o d e ~ ~ i r i t n niisl>icioso
i. de niii p<ivi>,citja iii;isciil&i
<:iiei.xi:~r r.u,joi ft.ito* i-iiiliiiiii illiistriiiido e eiiclieridii ;L liisroriei <I*:
trrs secnlos.
Essi. despertar G o i i ~ > a i i a ~do i o Ijevio<lo <(LI<' s i 3 vai st-ruir. e
<Liir repi.rieiir;t Itnrn S. P~LLIIO n. COI:'IL~L.;I~:I(Iiii~oi~rf,itavel do sen
oil~iritiirl<iiiiic7iativa i r dr! progrcXs;a.
X
:i *
.X iiicrelia nsceiicleiite do Iirogiessn 1,aulist.i lxidr-çr pri!cis;i-
iiieritc. nssign,xlarl iiesteu ultiiiios eiiicueiit. ni,ii<is,por quatro grnndes
fz~ctos ilile r:il:i:i~ por o ~ ~ t r i lf is! n l i ~ s e!)oclias iiieiiiorn\.rii iir%o ]:e-
riodo de prospi-ridnda: :L rii!tiir:~do ciifi: e:,, 111i.p escala, a eori-
it,rucq:io d i ~l>riijirira<>strnd:tdrt ferro, a S. Pniilr, il><iiiti.ri!,, a colo-
iiiznqtio i i i i iitli~ligl.r?çZ~
C :L :i~~t<>t~ullliit n a Rrl,ublie:i.
Deirrever aqui cada i i i i i destes i ~ c o i i t r c i i , i p r i t r > i ~ordenl
~ ~ i ~ . cii1.0-
~io!«gicn PIII qne ~111~s i r de:l.:i~l~iml~<irti tanto rniiln ?;vei'l.i1 [libtnri:~
de S. I'aiiia nr.itt! iiltiiiio l>r,rindo do siiciiln, durniiio « quzil \-riu n.
cnhi5r-lhe ii~eoiiteiaaveliiie~it<! o i,riiiiciro 1 n ~ ; ~eiitrrr os Estn<loa
hr;a~il<,iros.
O i.esur;iiiieriro de S. P;iiilo inicia-se çui,i o cnt? e ro~isolida-ar:
coiii elle.
O rnieeiro: iiitrodiizido n a Gliiaiia ~,r,losh o l l i ~ ~ ~ d <eiii ~ z eI s(;!)O,
trniisu1;~iitnda ibnrn as iiinrzrris ', do ,\iiinooiins iir.10~ariiios de 1723 a
1728, onde riil>i<leriirutelrosprroii n lioiito de ,ji riii l í l i i exlior-
tnreiii-si? parti a Eurolta muitas mil nrrohas delle (1,): trnrisplantndo
-
1 Padm Jo;io Danio1.-Thisour~ descoberto no m&ximo rio Iinazonas
:lilida para o Rio de Jniieirii, iio goi~<,riiodo e~iiiclr di. Uobad~lln,
.luando E<, r:oiiiecaraiii ;L l~lniitnrtis i,riiiicii.ai ;ei,iciit<.s i i i : Hr>sl>ieii>
60s ~arholiob.l i a c1ineai.a do hol1:iiidt.z H<>pi>iiiiiii, eiii 3l:iii:-l'oreos,
doiide si: esl,::lliou pelns f:irriidas do Caliiio a do .lir,iidaiili:i. c alas-
trando-re clnlii Ilma .sci.i.<* ar.i,ii<!i 1).drsili. iiiiiitos aiiiios -i, coiiit'-
rou r. cultivar iia zoiin littornl de S. Paulo, oiidr. j:i. v i i i 1 ~ 0 3Jíar- ,
:im Fr;iiieiscu arsigiii~1:~inn l;liiii:in clollr: iio inlie <!a itil,eirn d<!
l-:unj>e e rins iiriiiirdia?i,<~sd<r Sniitoi.
T:LOr a l ~ i d :iinh:~sido.
~ jloii.in, n I'I.I>~~:LF?.~~~UO
do ~i~!teii<c 110 liio
d<.Jniieiro, que de 160 airo1:as dt. cati: cirze c.iiti.;~rniii i i ; ~<.id:idr v111
1 ;!E, ~ x o ~ ~ , c l < . itniit,o
i t r s de f<;racoii>o 60 r<,roiicar<,:j,;isr;rva-se n
::.?O0 arrobns eiii IãCO r ;i 10.l.i8:.lii8 p i i i 1850.
l)o Rio foi o eiifc! iiii-iidiiiclo o teirritorio iiiinciro iicl:! ~ i i a t t nda
IJizrnhyb:r, coiiio coiiivcara a ixj-adir S. l'aiiir~ lirios iitiiiiicipio li-
~iiitroliliesr pello littornl, otidi,, roiiio disreinos. n cultiii:~dellr j;i.
vra cnsniad;~deidu o coiiicqo <!o srcrilo.
Att: 18134, a i i á d i n <Ia rrliori;iq:iu ilo cnft; 1,i.Io l>cmrt<irl<i Xio d e
Jnrieiro tinha sttiiigido a 10.:;1Li.1'8 :irrohiii 2 , <Ir <,iic. zm "i""
ilunrfas 1prtes eram de l>rodiii~;ioHuiriiiiirii!:<: e 1ùi> riiiiiriitc o
icitaiite do procedeiici;~~~;iiilista c. iiiiiirirn.
Eiitreraiitu, a Iaroiira do eafi: i i u iiitrvicir i i c F. I'iliiI<>ç:. dc-
r e i i ~ o l v i nliilria j i iirna dc,zriia d i aiiiin;.
Ein Çniriyiiias, ;L fiiiiiilin :\r:iiilia tiiilia-o jii riilti\-:ido rin lnrgn
<,seala. O sr:iindor V ~ i - u t i l . ~n,a sua inoti~\-cltl ili~l>~rt:~iit(> fiiai:nda
de Ibiwh:i, no iiiuiiicil>iu dn r.iiueir;i, trnhalliniido roiii 30i) escravo.:
a i r.xci~lleiitrsterras do 3Iori.o Azul; aceusnra ciii 1 P L i nilin .;ntm
de 8.000 arrobas di, .1ssuc:1i. r 1?.UOij d<r c,iSC. iil-nriiiiii, r i i r que,
~ , O U C U del>ois,coiii as plniit;~cõraiiovns: d i r i n ,,lrrar-sv a 4i.).i:OO <:
irvara o distiiieto larriidor <i iint;irt,l lioiiieiii politica ;i ii!iro<luair
iin siia fiizend;i 1 0 0 roluiios nll<.iii;.i.b, daiido i i i i i Iirlio < ~ x e ~ i ~dc,, ~)lo
iiiieiatira l>ricxdn r: :ia iiiesliio t<.iiil>ounia 1irm.a do szihiii i,revit&o
rle estadisin.
Ikicaba, <Ir%lrriitiio, i c toriiou riii S. P:iiiio a t g > i i d:i fazriida
eaig, que todos Iiruirimrniii dqiriis iiiiitni. 13,. cunoiii<lo-<oji,virr
1858, r4nrr: i. oito fzrat~ridiisroi11 ciiliiiiizis lior nrluclli, r y ~ ~ ce- . com
verta rlr: 2.000 coloiias nlleiiiArs, suceos <. portuyuez,.~.
Desde entilo, s 1arorir:i do en:l:, ;aiiLiaiid<i trrreiioni~id;~ iiiesiiio
iiaqiiellas f:~zend:is ande só a nssurnr se j~rndoaia.alx~t~.n\n-scl>t,la
i ~ r o ~ i n einteira,
ia recliiiriaiiclo iiovns terras <: <lr.teriiiiii;iiiiio riieis
Inrga <:11>msXo01a r<,;i;Lo do rellti.o-u<:ste,

1 Freire AIiem&o.-Plautss aclimatadas no Ilrrzi:.-RciisP da l n s t . Hist., vol. 19.


? eebaistizo Perreira 8oares.-~rtntistics.
3 Eduardo Prado.-~'immigr~tion-Le Eriiil, em 1889, pag. 473.
-1prosl>eridade do Rio de Janeiro e dou rniinicil>ios l>aulistas
do 7,allr do 1';irithyh;i era u m facto n ciiio estiniulo bern i,oucos re-
sistia~r~.
Fazriid<,irns dr. Ytit, de Cariipinas, de Juridialiy, da Capital e
dos iiiuiiieipios assucartiros partiani para f:iz<.r acquisiywo de
territs IIOT-as:eritravniii Fim ou xertiies do rio Tietri o dos ueus
affl~ientes~ :),riam fxzimdas dc cnfri para o vai10 d r Ilngy-yune~ii e
do Rio I'nrdi~,apl>ro~irn;iiaiii-yrdai- trvras altas riziiiha. de ?iliniis,
<.iitraiihariiiii-ir wrtao a dentro eiri hiiica do solo priviliriado d : ~
terra rimal onde. n pri:ciosii ruhiari,n di: prr:fer<,iicia se di,srmrolria
e dava rolli(~itasprodigiosas.
O p r r ? ~cada i ~ inaii
z ii:iiiuriorador do café aiiiiriav;~,fonien-
tava n espanGão agricoln que iieiii a escassez do brnqo esrra170
coiii a siisli~iiiúodo trafego, em 1850; iieiri a guerrri do Para-
piiay, t i o ciivtuaiin~riite~iiiprr,li~rididn c par:& u qiial r r roltavani
8s i;,rq:ia vira; da iiaqao, iieiri ainda a alta de In.e<:oi. da nlgo-
d i o rleiri.iiiiiiada liela gut,rra de srccessso doi E~tn<lo+Uiiidos,
1~6dedr,ti!r oii desvit~i..
Aos priiiieiros r. :ili,ii- iiiel-it;i\-ris inruçcessos da co1oniz;isEo
extranr<,irn pelo typn de ll~iciibnrespoiideiii os fazeiid<~iior,con-
fiados ,>:L :ilt:i do caf6, coiii :i acqiiisiqâo em larga i,ir:iln do
hrnco si.rvil, exy,ortado d a i I>i.ririnei;~sdo norte: doiidr :i crise
l>roloiicaila <l;i eanna o exyt-llia.
l'ai t.iit;lo que S. Paulo, rorii o Rio e coin Jlinas Geraes,
roi~stiiiiirida-ir! eeritri>s da iiiaior l>roducq;to do i;ifri n que as
\.ias de cuiii~iiniiiea<ãoaeerlc.r;ide da,-ain noro e mais largo iin-
pulso, iriip»rt;uani e coiicr,iitraraiii cni scu tcrtitorio a ni6r farya
de bi.ao«s escravos de que rirlRo disliurilia o Brasil intriro.
Erii I,??, quando se realiza o ~eeenseaitientugeral do pniz,
n:ia trcs proyiiirias c ~ ~ j n~ea l ~ u l a ~ Uson~innrain
es :I.ii59.R1:: nliiias,
tiiiliniri-,(a coiicentrndu 819.708 i,sei.:iros ou mais da riietade de
toria t i ~,ol>iil;~i:iosi.r~-i1qiic Ciitfio r,rn de 1.510.,$0G iridiridiins
d<, ;,,t,bo. os 3l.X";.
Sii i,iii S. I'aulol ci~,jnp«l>iila<;iorecrnae;rdn rr;i dr. R::i.:l51
S P rontai-;iai l;>ii.I;l? eueriivos. 0x1 liiiiica iricnos do t i i ~ d o(10 que
so rrcri>icni.n ein le?i>l)ior oec:isi;io dn i~rde~ieiidriiciii,
nessa Ciioca ein deante x l>roducqiio do cnf6 eni S. F i t ~ ~ l o
riilroii a crescer tTio ral;i<lniii~iite~ qiie i 1120 liavin preriião
possi?el rqiiiinto .i t a r a do aiig~iierrtoannii;il.
Eili 1$50: n t:xliortriqho do caf6 de S. P:~iilo n;io excedia de
?.2Tii~.iiCIOIrilon.r;iniiiins [ltiO.C~iill arrobnsj; liias riii 18Gl subia a
15.410.'115 líilograinirias ou G i l siiçcas de GO kilogrnnimas
cada iiiii.~.
Sitia niiiins deliois, eni 1870, o cnf6 exliortado iicciisarn-se lior
34.059.120 kilograinmas ou 567.652 saccas. Ein 18i8, rsporta-
vam-se 78.449.807 kilogramiiia~ou 1.307.-196 snceaç, excedendo
já a exportacão pelo porto do Rio de Janeiro, que no airno yre-
cedente accusara apenas 797.785 saecas.
O desenvolvimento da cultura tinha-se já eiitno assipalado
tanto n a extensio d e l h conio no aperfeiçoamento dosrespectivos
processos, como iio heneficiziiirerito dos Irrodii<:tos.
Viaitaridii a lavoura ynulista eiii 1879, dixia um biolagista<:mi-
nente : .Com verdadeira suqwesa e praUer, confesso-o: r i pela pri-
meira vex os vastos cafeeiracs cultiri~dosesiner;rda a perfeitanieiite,
cujo gráu de importancia não I i t i n d ~al>reciado no extri~ngriro.
Quem visita a provincia dc! S. l'itulo: tão actira r florescente, queiu
exaiiunn as suas terras vermtrlhas e inagsapês, de riqueza o fecundi-
dxde, scm euagwaeão, ~rrodigiusas,coiiiprrhi-nde iiiuito inellior do
que iiiu~ii~se;~ndolivros, que n Israsil 6 uiii paiz ernincnteineiite agri-
cola <,~>roductor de materias primas. Deiiiais, iiâo iiie foi s6 dado
adinirar, rias fmendas das Srle Quédaa, da Besaea r da Taliera, por
exemplo: bellissimas culturas: tive tsmbeni occasiao de observar,
sobret,udo em Sete Qucdas e iio IIorio ;\ziil, ninrhinas de beneficiar
O café não e6 das mais nioderiiss, cuino escellenteii~ente inontadi~s.
0 que, por@in,verifiquei coin a rnaior satisfae<;ã.o,foi o zelo, a acti-
vidade. a enthiisiasmo nelas id4as de tiroeresso,
L '~~ de aue se. acham
possuidos os iitnendeir& l~aulistas.Por toda ;i iiarte 1;~T~ra-se a terra;
por todu n riarte plarititin-se iiov»s 1iCs de eaf6, eriii,rerando-se. cui-
\ ,

Nos quinqiie;nios que se seguenl depois de 1878, a l>rodue<;ão


do cnf<' iiiwnifestadn. na sus. rxl,orta<j.o, obdece ti progrersào se-
guir~te :
kilag. ou saceas

Em 1899 attingiu o algarismo da exportação a mais de 5 milhUea


de saccas, alcançando hoje a (i Ir2 rriilli6es 0x1 a 390.000.000 kilgr.,
algarisnio que, de certo, está berii Ioiise d r ossigiialar o terrno ou o
apice da curva ascendriite desse progresso eitupcndo da lavoura ca-
feeira, a q u e nenhuma outra sobreleva r que a t é de uin riiodo as-
snstador se tornou exclusiva.
O sssucar. preponderante outróra, deixou j i de ser exportado
desde 1893.
1 Dr. Loie Coa@-Relamo inbre as oulmras d e o s 4 o i prosiocia da 8 . Psulo.
L': xz~~avd,,.nte, d(311oi; de. j ~ : ~ r i ;altex:t;it.iv;is
~s e1t1 que C!II:;OI~ :\
:ittiiigir i;;, r.x;i<irri~yùo.L09.!171.li;i litros, vrii Iti87,si. rcdiiziu n iiiii
i~iiiiiiiioile :I::.iiiT>litros oiii 18!97.
O ;ilKc>il;i~iUeixuil d<.ser i q l o i t i l d o dvsde lX!IJ.
O :irrox. ciijn eilltlira <,r;i i ~ r ~ i irlnsi inaii rri;iiuicradora~, \.,:i
,irrdeiid<, ti,ri.<,iiotcidoi ns rlitii. i. rli%noiidc attiricir. i i o i ulti:iio+

., .
affliiiiidii lii<tl :i <,x!ioi.tny:,n riii ] ) ? ~ j i i > l ' ~eixEi ~g i i i ~ sImdrrido-se
~ di-
zer i j i i c o- ct.ic.;iri nlii,i~esd;io 1iai.n o co>is~iiii<i iiitr,rrio.
Do!ttiii;i l i i t i i iolxia,iiniiiej~t:> i> c::f<: iios I~;LIIIPD dil ci11tnr:i.
(1)s iiiiii?i<:il>ii>> dc Ribrir;io I'i.<xsn, S. C;trlor do l'iiili:~l, Arnrii-
i~nnr:~, .J;ilifi. .i;rIiocieabnl. H:iiit:: Criiz da:: Pnlmr.irns, S. \!i~iio:l, s2ii
+>specinliiii,~i(i. ;iixn~t:~dns pela <,xccl!<:iirin d : ~s ~ I a: I T ~ I Ldt, P ~rafb.
.li f;.~riid:l~Diiiiioiit, %o \t:ir;iiilio, Srhinidt, Gii:~tnjinrti, Rr<,-
j%o sAo ?iiorl<~li,~ !to si.ii Xeiiero.
~1ai.t:isr\t:,iisa; ti>iiib:iiiitiidos o.; dias nos q o l l > ~do i dernib:idi>:.
i.. iioa nlt,<i, <,.1>iq6eslcoiiiri i i n i ;ilriiiiras el<,riidas, iiiilliücs de cnl~c?-
riroi riicliciii o Iioriaoiite iiiiriiriiso: ~?.i~I"il~dc> do I-alie ii ~ i ~ o ~ i t i ~ i ~ h i t ~
dii i~ioiii:~iili;: no3 l>iiic;iroi da srrrn, iiivadiiido r> sert;io c. arr:lst::iid!;
. .
:LI">" SI :i* ~iovoisc;,',ei. ,>i cai,,iiiliiir rin 1'i.ri.o: a ciriliznqAo, :L riqiiezc.

.k ciil~iii.;i,ilo cafrciro i 1 2 0 t<.ri:i rr.rta!iieiitc lugrndo trio rnpido


<: coiisiil<,rnr<,lil;.reiiiolviiririito lirios >iartües diata:ites, si iino f6r.i
;I rOclc dt, .,it~,yAont,r:-J<,x>ida q t 1 ~6 u t r o n c < ~e, :i p ~ i n ~ ~ i nv at i or-
1 i 1 I : i C e 1 Iiro;r:ss:>
desta trrni, :i r;ti.n<l~.c&, f,-rro iiis!ezn, a .Si,, Pai,lo 1:iiiliri~jj.
hssiqii;ilii. iniie;n~.~liiiri~te <,-ta.eitriidn uiii.~Gl>ocli:, :iiisliicii>ia
iia vered:i drw iiirlliuraiii~iitu; iii:~:r.rinrs que. earticterizn~n u 1,i.o-
,crc~ssod<>S. I'i~1110,):L 111ti:n:~n ~ ~ . t ; i ,lu d ~ svcnlo LJUC ~ ~ 1 , i r o n .
( , > i r i i i i li,:^,, r i i i j i ~ i i a i si i s ciiiiiiiilios ordiii::vios de antro teirlpi;
i'oiii a i s1iz.i n-r!iras r! ;isiierezii. i:?iik rui>ta,roiil os ?eu$ l i i i i , .
dt:l<iiig:~~ ii~iu~:,;innv<~i':; < I I I ~ II&>
~ I <:xpe~i~ncnt<,~t
.
II~L~:I\.C%
.':..O?
os 111-
ruiiii>:i>rlo?.<i,iitil>rr,sirt,ni,0 eristo de iiiii;i viny<.in de oiitrúril, ntrn-
vi-z di,3 rrviii<,ii;it,s, d;ii 1ndcir:rs e <!tis lioritei iiinl c~irndas,ri:iirriido
ilistniici:ii oloii;adas ciitsr os criit-05 d<, proillir<;io e dr: corisi~ii~o,
de c r r t o , niii ;lv:ili:lrí cou ]ireeis<~o O <li viti
l<d? , I,rope$so, d<: eco-
~ ~;~<.tii.idade.de evtiiiiiilo. <I<: ~.iqu<:zil,111s esj)ei.ntqa nesse
~ i o i l i i :<I<:
l,i.iiii<:iro teitinriieii <li: riayrio ;~re~l:,r:~dn, que n iiiieintisx iiiylez:i
iios ~ ~ o l ~ u ~ i i > Ixiiqziido i,nii. nrr;irtz dos Iiioiltei dr: Pi~reiinlrincnha;
desde Santos otú o eoriirsqo d;i zoiin ;~gricolailo sert;r<i essa l>riiiirim
estrada d r ferro que i.iiiii iiiud<,loiio stiu p i c r o .
Datn d<,.1835 a ro?içess;,o do previlegio ao iixirqiiez de _\Iorii«
Aley.re, ;in eoiisel1ieii.o Piiiirirta Hiieiio, deliois hTar~liit.z di? S. Vi-
cent(,. e ao hnr:io dc: I l n u i para a roiistriic?;io di, unia estr;rd:i dc
ferro dr Saiitos a SUOJoAo do Rio Claro; iiias 4 de ?(i do .khi.il rlr
185(i o <lttci.etoii. 1.73!) niictoriiaiido a iiicorl,oraq%o da coiiipiinhi;~
que toiiioii n si 1er;lr n e f f ~ i t on C U ~ S ~ , L . I I Cdella,
~ ~ O tr:ndo ~ l o rl ~ o n t o s
de l ~ a ~ t i dt3no b j e c t i ~ oSaiitos e a cidade de .Juiidiabg.
Coiierdi<loo lxirilrgio por 23 niiiias coiii gnrniitia de juros de
5 "I,, sol>rc o capital de 2.000.000 dv lihrns, furam a 11 dc: 1l:irço de
1454 irpl>rovadai as 1il:iiitns r iiiais tmbnlboi nl>reseiitndoslielo eii-
genL(,iro Jaiiieq Hriinliei coni RS iiioditirn~õeserithu proyostxs l>elo
t~ii;eiiliairo C. P. I.n?ii,. (1).
1 13 do Inesiuo inea r: nni~o,por dcrreto ,r. 2.124, prorngoii-sr
o 1>sazo11nrn L: o~.~aniilaij;l,o da Coilil,iiiihia9 s<,iido n l t r r ~ d n salgn-
]nas das eondiq6es do ilecr<:io de euiier,;~fio.
K,';iii18110, delioia do reiiir<adn n Fiiraiiti:~dti jiiros c) 'uerii nssiiii
nii~iiii,iitadoo capital roiii iii;iis ii.iO.000 lihrns n juros de i " 1 a
i%io J'airlo Cci7ir;rry C'oinl~aa!,Liiiiiterl, orxaiiizaile rlii Luiidrrs. deii
coiiirço ii co~istnirq;ioda estrada ria eidnrle Sniitosl n 15 íle BIsio, a
<.i11Sito Pniil<i ù ?L de iio\-eiiihto. c o i i ~ i . ~ u i ~iiiii~~y.nrai.-Lhe
ido o trz-
feno :,ti: i cal,itnl ciir 1865: r dn linha iiiteirn a t b .luriilialip, iin ex-
t<:iis;i<i de 13!I kiloiiietros a 8 dc: Setriiihrn dc lPI;i(.
-4 estrad;~qiie i: uinn <Ias innis arrojadiis e difiiçeis iio stiii
Sciirro. exhibr, 110s seus l>l;ri~nii~ieliiiatlos da Sf.rra de Saiito.,
« qne a trrliiiiea da r.iigeiiliaiia 1i6de coircel>er de iiinis iiit,eren-
saiite e de mais l>niti:o ein c:isos iiiiii1lii:iites. O T~:L?.IIC~O di~
(:roti~:Euiid:i, fuiirlado em d<,clive <Ir !),i5 ''I,> i! riii curva de 60::
iiietros d<r mio roiii uiii coiiiiiriiiii:iito totnl de 215 i:,., 0 2 , f! al-
tlir:i iiiz~sitiin solirr o trr:.el,ir dc. 48 i i i . , T i l ; , c<iiii 10 r 2 o s d[:
2 0 111. 1 <: i i i i i de 12 iii. ?OI i., seiii <liix-ida, a siia obra d<?
arte iii:iis arrojitda. e de iiiais rulto. ,~is obras de revestiirierito,
d c coiisolidaç8o' e dr, di.eii:ic<,iii, o s e n i q a dos c:ibi>s de trnccão.
:is ~ii;icliiiiaifixas; n ordem e di~cil>lin:~ do trnbnlho 330 titiiloa
d e recoiiiiiirr~dnV<~o desj;, notahilissiiiin ferro-yin. que: por siia
posi@o tol,ogral>liicn rt!rdndeii.niiieiite I~rivileyiiidn eiitri! o in-
terior e a costa, tem de certo o l i dou trnilsportcts d<!
quasi toda a iiiiliarta<&o e espurtn<%odi: S. Paulo.
Dt!sd<! os primeiros ;~nnoç o seir trnf'kgo se iiiniiifcstoii acti-
vo e ~xometredor.As receitas, creici,iido seriipra eiii pro:,.reWio
-
1 Cgra Pe3si.a-Estradas do Remo da Brasil.
das mais lisongriras, liermittimm logo dispensar a gaarantia de
juro e entrar pouco depois iio regi~nendas erripresas prosperas
e financaira~iir.nte livres ou desoneradas.
Xiio deniorou em fructificar em S. Paulo o exemplo dos in-
glezes.
Organiaarani-se logo conipariliias riacionaes para a con-
str~icqRod~ novas estradas de ferro. Saldanba nlarinho: na yre-
sideiicia da yro~-incia,impulsiona o moviirlento.
X C'oiiil~airhi<cPnuli.st<~,
desistindo os inglr5zes do direito de
preferrncia para o prolo~igaiiieiito da sua estrada al4m de Juii-
diahy, oryaniza-se com a cal,ital de 5 inil eoritos de ri.is, e com
estatutos ;rplirovados por decreto n. - 2 8 3 de 28 de Xoveinbro
de 1868, enceta a explor;isho da linha de Jiiridiahy a Ciiiiipinas
no aririo seguinte, r eontrarta a 29 d r Xaio de 1869 a cori-
sti?iccio di~llamediante o n r i ~ i i .r~r i. ode !I0 aiiiioe e earautia de
juros'de i " i durante 30.'
1nieini1d~-se a i obras em llarço de 1870, sob a direc<;%o
teehriica do erigeiiheiro Joio Ernesto Viriato de &fedairos, e
seirdo direetores da einpreza os drs. Clemente Fidcao de Souza,
hittrtinbo da Silva Prado, Berriardo -ivelino Gaviio PeixotO,
ILm:xcio R'allacr da Gairia Corlirane e o senador Fraiicisco An-
tonio de Soiiza Queiroz, em 11 de Agosto de 1 8 i 2 inaugurava-
se o trat>go dos 43 kilanietros de linha entre Juiidiahy e Cam-
pinas.
Vo nnno seguinte, enceta com o engenheiro Antonio Re-
bau<;as a construc<;ãa do yolongameiito ao Rio Claro, augmen-
tando o seu capital ao dobro e dispensando jA a garantia d e
juros.
E m Agosto de 1876 estara. inaugurado o trafego para aquel-
la cidade.
Obtendo novas concessoei., a prospera companliia ja em 1880
levava os seus trilho8 ao Porto do Ferreira, no hIngy-guassú,
onde devia. iniciar-se uma navegação fluvial a vapor.
Eiii 1881 attinge a Deseitlvado, completando 281 kilometros
de via ferrea da bitola de l,".UO, a mesma da estrada inglesa.
A Compariliia Paulista, exteridendo ou seus trilhos a t r a v é ~
da zona cafeeim, então mais intensa da provincl~, entrou desde
logo a fruir das grandes receitas que as boas safras lhe garan-
tiam, e se tornou portanto uma das empresas naeionaes mais
prosperas.
Enveredando para a região do sudobste, e subatituindo-se
á estrada antiga que leva i s campinas rio-grandenics, a Sara-
cabaru, arga~iiaadaein 1871, inicia os st:us trabalhas no anno
seguinte, iiiaugura o trafego para a cidade de Sorocaba em Ju-
lho de 18i2, attiiige I~ianeina em 1874: cont,raeta com a pro-
vincia o prolotigaiiierito a Botiicatú. Tiete, Tatuhy o Itapr*tiiiiii-
ga, jii hoje, attiiigidos estes pontos, prolonga os setis trilhos
pelo v d l e do Psrany~aiierna:eni dirziçno á berra do Tihagy, e
ie funde com a Comyrolhi<r Y t u a i ~ n ,eiijas lirihas, eoineçadns em
18i0, v20 por um lado a Capivary, Piracicaha e S. Pedro e por
outra a Itú e a SIayrink na linhr t,ronco da menina Sorocnhaua.
~ l p r a r e i t i ~ n dum
o trt:cbo riavex~vel dos rios Piracieaha e
Tieté, sustenta a Ytuanrr drsda alguns aniios uina linha de va-
l~oresentre Porto João Alfredo e Porto Jlartins. cliarnando as-
sirri para sua zona g r a d e parti! da producqi1o dos ricos muni-
cipios de Bntucntii, S. l\laiioel e Lenq6es1 nn margem esquerda
do Tieti, para onde fizera aiitc*s construir um rarnal ferreo, huje,
porCn1, ligado ao tronco da Sorocahaiia n a eitaçào da Vietoria.
A B r a g a i ~ t i me a Llfii,g!,nir<~, anibas organizadas eni 1872,
tr'm por onjectivo o territorio mineiro. :i priiiieira, eomeçaiido
eni 1878 os seus trxhalhos em Caiiilio Limpo, onde se eiitronea
>ia estrada de f e r o ingleaa, encaminha-se para o valle do JR-
guary, transpõe o Atihais, nttirige a cidade de Bragariqa e ahi
estaciona, nRo se lhe tendo depnrado ainda eiisejo para seguir
ao srii primeiro ohjeetivo.
A segunda, sobrepondo-se ao traçado da velha estrada do
dnharigurra ou de Goyaz, parte dei Cniripinas elii 1873, chcga
a J a p a r j - e a Mogy-iriiriiri em 187.5, vai ao Amyaro no mesmo
tempo, alcança Casa Branca em 1878, S. Siinào em 1882, no
mesirio anno ein que leva um ranial i&Itapii-a, e, proseguindo
com a linha principal, leva-a em 1883 a Riheirào Preto e sue-
cessivamente a Batataes, á Franca, i 3 margens do Rio Grande,
assignalniido cada anno uma uictaria da operosa conipanhia.
Constroe ainda o ramal de Caldas, penetrando no territorio de
Minae: prolonga a de Itapira at<i tis rnargeiis do Zleuterio, o
do Amparo a t t Serra Kegra e RIonte Alegre; fza o ramal para
o Espirito Santo do Pinlial, e o de hloidca até Canuas, passando
por S. Jose do Rio Fardo.
Linha principal e rninaes dentro do tei~itarioyaulista som-
mam já por 767 kilometros n a mnn da Slogyana.
A Companhia i2io Claro, que se organizou em 1882 para
levar aos sertões os trilbos da estrada de ferro que a PauEGta
fizera parar naquelia cidade, jii em 1883 inaugurava o trafego
pravisorio da sua linha até S. Carlos do Pinhal; em 1885 um
dos seus ramaes attingia a villa de Brotas e se encaminliava
para o Jahú por Dois Corregos, emquanto a linha principal se
conutruia para Ai-araquma, viaando mais tarde a Jaboticabal,
serk%o dentro.
O Rio dt. J:iiiriro ligava-se a S. Paiilo eiii 1877 por iiiiia es-
tradn d<: &rro iiiiciadn c.111 187.3 eoiii os eai,itnes da ( ~ O , P L T X Z I ~AS. JA~~L
l"z,<lo r Rio (Ir Jrciaeirn.
,i16111 destas grandes liiihns, que siibstitiiirani a s estradas his-
toricas d r outro t&nl,o, P que s i o ioiiiu que as arterias regioria<.s de
S. I'aiilu, OII~L.:LS ~ n a i srrlodl'st:~~se C O I I S ~ I . L I ~ T ~ c0111
L I ~ enpitai:~ iiaeio-
iiaei e lrvniii 110,jr os hriir.firios (1s viaqào aeeel<,rada aos iiiiiiiiril>ios
de Santo .kiiinro, Itittih:~,liaitsrial e .irí.aç.
k e s í r a < lde
. ~ fr,rro ,lfiitns e Rio, qtie se entrniicti. n a Est,.atla
d e $erro ( ' c i i t r n l , ria l?sti~<iodo Cruaeiro: traiispoiido a Eilaiitiqiiei-
ral Ir\-a o3 seus trilhos i s i e ~ i ü e ssrilirriores do Sal>uralig r apenas
eort,a 1,c:qiieiio trr?çlio di! trrriturio ]iitiilista.
As rstriidns pi.ojt:rtadas e atb i~iiciadiisde ~ i i i priiito i da ~S'ororn-
7,aira pare Saiitos, r? dn Ji,?rl!ynlu~liara o iiiesriio lxirto, ;i falra dr, C&
pitii<.s, feire?er;~iii.
\lar: antes deiqcs iiisiiceessoi., ali;is os liriiiir,iros que aqui rxpe-
riineiitars:~~ a i eiiiprerna n:~ein~iaei dmte gi.iierit, jii n rede de ctirni-
rilios dr. Serro de S. Pniiio tiiihi~alcaiiqado u seu riiariiiio desei~i,ol-
viiiierito <,j6 ít lavoura tiniia della rrcrhido todo esse heitefiro iiiflu-
a o e todo rsar: esti~i,iilu que, II:L l.ealidxde, s8o a rirliit.za r a vida.
Se~idiiidi>:ii c~sireiiri:~rde iiiii t,rifego sr,iiiprr ereseçnte, a
S. P'LIL~U /,'<iil~a!l d u l l i i ~a~ sua linlia e executa obras I~I<>IIUI~IPIL-
tntx : n J',s,liutiz ~ieli>\~alle do rio J';rrdr> ; a :Uo-
d<-ii:ii\~ol\.r:.-se-se
y!/a?rtr Iieiictrn eiii Jliiins a caiiiiiilio de (:oya,z ; n I I O T ~ L estrada
d e fqiro de .,I i.aiaqzr<i,.n, eiii sexuiiiieiito d:i I'rrriliairi, l e r a os seus
trillios eiii dirrrcão ao P:irnii;i.
Cerra de 3.â00 biloinetri,~ ori I>Oi) 1esii:is l>íii.tiigu<zzasdr ca-
miiilioi d,: frl.ro coniiiletaiii essa rt.dr,. c ~ ~ j aiiiallins. s gradual e
iiicc.siaiitei>ir~iitr:,se nlargnrii cuiir~uistnndoeates:~or, aisini corno o
lavrador, derrubaiido e queiiiiai~do.viti bodas ou dias conquist,nirdo
o deserto.
***
.A coloiiiz;~~;io ~ i oprogresso d e
e a irriiiiiFraq20 rel,rrs<.ritni~~
S. Paulo uiiia. i.oliic.'lo iià,o iiierion i t a t ! do <pie er3a dos
tr;iiislwsteq~orvia acrt:lrriida.
dc, )>O\-OBllll~nt~~
O 1xoliIc~iii;~ da utilizacão das riqiirza;, do i:ii]>-
~wiilieiito de hracos 1nra a lavoura, este ultinio cada v<,z !iinis
yreiiisiit,~.pela extiiieqão do trafico ein 1830, ~ , < i l ~ , e l r i ~rxag-
:~~2o
dos I>reios do escravo, l,r?l:~soliiçio, que j:i se miiiiiiieiavn
~moxiiiin.da yuest&o ser\-il, tornou-E.<!Jiar;i o Br:isil todo e para
S. Paulo ~iriiici~~alrnerttr <iprobleiun ~i;ilpitaiitee i ~ ~ n d i a v r
al q u e
ruiiil>ria dar proinl,to desnnlnctt sobre a liressOio terrivel dos acoii-
ti:riiiiriit,os que se preeiliitnvatii.
J á desde o ~ i r i i ~ i e i quartel
ro do seeulo se fizera scmtir inquieta-
dora essa: qii<.8t?~0de hrayus, inipo~~do-sei ~ 0 g i t ~ q Bdos o estadistas.
U. J o i o V I riiilienliara r~foryusiicste sentido iiiaiidandovir ent
1809 colorios doa Aqoreu c da 3l,xdeira, dos qwaes ;~lgiiilssc f o r a n ~
ostabe1ecr:r liare S. Paulo, erii Ca3a Urniiea; iiins que. lioueo depois,
ahando~iaraiiias suas termi, aterrados com as iiiixttas viiorosns q u e
era riiister derribar.
Ko eiiipt.111io de attraliir cnloiios r,iiroiieus <i da fixal-o8 no p i z ,
envrrt,d;rva-se l>el;~s iiirdidas inais liberarss, decretar:i-se eiii 1808
que tairihcin nos extrangeiros se pudiniii conecder sesuiarias, e por
facilitar o irielhor roiilieciilieiitr, do lii~iz1iirriiiitti;i-se, ~~~~~~~~~~~a-se
o exanie. d<i seu interior ynr lioiiieiis riiiiiieiiti.r oii por siniples eoiii-
intirciantes uii excursioiiist,as ; contiixctaraiir-se artist,ai de nonieada.
eoino os Lohretoii, Dchret, Tauriny: I.'ei.rra e Gr.lridj!i<rniide Xonti-
~ n y . E, eonio Portugal 11Zo tiiilia l~<iliiileq;iusufiicieiite, e temera-
rio riesses teiiipos scrin o d<~sF~ilral-s, npl,i,ll;iva-se p;~i-a.outros povos,
intrndiiaia111-sr no ~ x t i anlleiiiàcis, Iirs~~aiiliijes. fr:i~ieezes; auissos e
iiiglezes.
Distribuiairi-se terras; firiai1ient;~sc sei~~<lnt(,s aos mais pobres
<! s~ieaiiiiiilia~~sm-nos para variou 1,oiitos do liniz. Os que possuiart~
recurso8 nraiirios situarrtin-so iios axredorru das ridades e abastece-
L
rarii-llies os rriercados. Outras t!iiraiiiiiiharniii-se piLra ai. liroviiieins
do sul uii liare a,? terras elt,r:idns di: Jiiiins e dc. S. Yaiilo, onde eii-
coi~traranleliina niais belligno t? iiiais eonv(:~iieutedo que o do Rio
de Janeiro (1 i.
Eiri 1818 *&o iiitroduzidnr 2.000 roloiios siiissos qiie fundarti
Knva Frigurgo ii;is iiiontnrili;is do Kii? de Jaii<.irti. Eiii 18U,fuii-
da-se iio Kio (;rt~itiid<!do Sul a culuriiii de S. I,eolioldo com iniiiii-
grantes allem&es, iniciairdo-s<: d i i , conro depois ciii Saiita Cathariria,
essa culoiiianção gsriiiariira de !;to l>roficiiosrr.sultados no Brazil.
S. P a ~ ~ rt,cr!beu
lo a sua priiiieira l e r a di, eolonos alleiiiães e m
1827, eoiistaiite de Li%(; iiidiriduos de ariibos os sexos, dos rjntxes al-
,mie periiiaiieeeraiii rio munieiljio da Caltital e 05 restantes foraiil
ei~eaininliadosp r a Ital>r~eeriea,oiido Iiem lirincw l,i.i)sperara~n.
Kovo tentatiun se fez e m lS36 e Iâ3i. iiitrodunindoa<! 301 eo-
lorios da ~llt.s~na nacionalid;idr, !>ara se cnilircgixrein n a roiistrueyão
de rstr;idas e para a fhbricn d<,ferro de S. J o h r do Il,aiiern:~.
Eiii 1 8 4 i , n srriador Vergiiriro, caino o disseiiios, eontmcta 80
fa~nili:i,sallei~iãese as eutabelee<~ tin sua f:iaeiida do Ibicaba, onde
chegou >L reunir cCbreade rnil eolonuu.
O senador Qtiririm, o seu irrnXo Souza Burros e outros faecn-
deiros abastados s~guiriiiiide ],erro esse rorajaso axeiiiplo r contro,

( i ) Jobn Iiuccoch--Notes an Brazil iV20.


rt;irniii coloiios liara as suas faz<si>das:forinaiido nueleos de qiie en-
tre 1850 e 1867 se eoritarniii ii2o iiiei1o.i dts 36, al6iiidr outros iiienos
~ ~

I~if<~lieiiirirti,, <:sse teiitnm<,iide eoliriiizacáo que tno ~iroinettedor


.r iriiciiii-a. siyii~ido o typo . . de llricnbn. teve de ~ e t a c a rdearite d e
ditiicrildndrs i;iaul,rrareis, e fciieceii.
Os c<iiit,nict,ouse toriiaraiii oiierosos e iiiereqiiirris. Os colonos
eniiieqnraiii a exigir C a pl-ot<:st:~~. C e111 breve abnndon~1~alll as la-
vouL'as.
l)est~ui.aria<los os fairrid<~irnsdo b x a p europeu, ~.nlt:irairi-se.
para n b l . ~ ~~O. s c r i i r oilrll>ol.ti~do
~ das liroriiicias scptriitrioiiars. E
<!iirbo uiiia eorrriitr! iii-oliiiiiada d<: liol'ulnqão iiezra se <~stabeleceu
per<,iinr do Xtirtr para o Sul: corirriitrando nest:i ultiitia linrte d o
lmiz todo o "nus e t,odii a. resist<~iiçiaao mnriinento eiiiiiiieil>ador,
eujos liuoilroiiios ali& j B se f:izi;iiii sentir iuais de prrto r iiiais a
iiiiiido.
Alas ii çolueqio do ~irohli:inada coloiiiznç%oadiava-se apenas
o teliilx iirceisnrio liara c p r iia ol>iiiiãu iiacioiial a alroliq8o do PS-
cravo r ~ ~ o l ~ - w s c ~ .
4 <:<iloiiiznc;io.<!uroliba i.rr.onhrcia-se, de facto, inroinpatirel
cnin t~sc1x\-id2one,ci.a. As d u i ~ siiifitituiç6ra riso Iiodiaui coexis-
tir iio ~ i i i . ~ ! i isolo
o 11). a.4 :~~~~,roxiiiiiiq&o da I,ol>ulaçio cxtrniig<.i-
rn c: dii i.ii,;;i africana, Oiaia tiiii esri.iiit,i>r ruiilientr, deve ser n a
I3rnsil ;i rrlinhilitnyao do trnbnllio do hoiiie:ii braiieo, ao menina
ti'>ii110~ I I PI I I I I ~saneqno nos f;lcto'. firrovareis l>ai.:l iiin termo paeifi-
F O e TP;LIIZLT da xervid%o» ( 2 ) .
Trriuin;~daa gucm& do Parnji~iay,dondr reqressatn cobertas
de jilorin R S I1<1SJiliIeCiõ<~i libertadoras, o Visconde do Rio Briineo,
auxiliadc I>or viiltos ririirieiitrs roiiio do20 Alfrrdo; Duarte de hae-
vtidol Tl,ri>ili,i.o linchado, JoRo Iiendes d e Almeida, Snllrs Torres
Worn<i~iir niirrox, aliiis unia liicta que se tornou ineiiioravi21 n a im-
pr~~m t ~>a~lii~r,erlto,
c! 110 eonsrjiur faevr tiiuiiil>hlir s priiiir!ira l e i
de rmaiicipaq;~~ Fradi~al,dr 28 de Sitrsnibro d e 1871, ~anecioiiada
rio rrwsriio dia p<.l>ipriricceu iiiil>eiial rrg.eitte, lei polx qual desde
tintâo d o ilrclniados lirres o. fillios de iiiillirrisescriLvas no Brneil.
b1;:q o iiriliulso, unia ver: coiiiiiiiinicado, iião f e ~~riiaisdo q u e
acrelerar-se.
A-. i d b i i i d~ eiiiancipa:ão total eoinrç:trii a agitiir o paiz, eon-
quist:irido ndli~süesunivrrsnes.
A politica e pre\.ideiitt? busca interpor-se rrioderan-
do o rri»vi,iirlito, drcrr?tando iiiodidas graduaos que todavia n b

1 Fdox.rl.i Prado.-I<nini,qroliap. osp. XCI da obra-Ta Orkll m 1889.


2 C. k vai2 dsr Btraten-Ponthoz-~e modget du mrisil-vol. 30, paz. 117.
contrritam ;ias mais iinp:icirntt.s. E su1.bi.e c n t i c o nhii/icio,~i.si,w
coiiio a expressão drrradrim, radical da opiriino vencedora iiu i,aia.
E m S. Paulo, a caus:i. ;~bolieionititt tern n sciu s<,rviqoa alina
sensivel e al>aixoiiada de L u i i i:airia. a audaiiu iinl,ertiirb;ivr,l de
Antonio Bento: o ~irestigioda pnl;irrs de .Tos6 Hunif:icio, as dedica-
qões suhlinies do uma plrindi, d* joiwrls do tiileiito e de ;ieqio, ri;L
faina de anarchisar ai~iatituiqàaservilpara~uaiadepressa rrtirlid-a.
No Rio, o moriinr~iito calorosa e i~aleiiteiiitri~tesustrntado por
Jnaquiin Kabuco, F(?rrtira de l I i : i i r z ~ s ,3036 do Patroci~iio,.Toa-
yuiiri S ~ r r aRrbouqau
, e outros, batido iiiiin ri:z eoiir Souza Ilaiitai
rio parlamento, ergue-se impetuoso da o[~iiiiRonacional, domina rin
todas as c.lasses e irroriipe oictorioio iiri Sc,nndo, onde debalde o
procura dett:r a p l a v m do hurRo de Coti,gilic, com os aceeiitos pro-
phetieos de uni vidente.
d 13 de Maio do 1888, n ~iriiicraiireg:.ent,e d. Iaabell rod<>nda
dos seus iriinistros, vultos reliresentntivos do nholieionismo trium-
yharitts, J a i o Alfrededo C o r r a de Oliveira, Antonio da Silva Prndo,
Antonio Ferreira Vianna, Thoiii:iz Coelho, Vinira da Silva, Costa
Pereira e R o d r i p Silva, saiiccion;r a lei inf~nioravelque drclnra
cxtiiicta a escravidão no Brazil.
Ao mesmo tempo que estes aco~rtreirrientos se prt>cipitavain,
n ã o esquecia a administraçao I>ublic;la outra face do ~rrobleinado
trabalho.
O ministerio d e 10 de ;\largo; que aeaba\.n dt: faze1 a a b o l i ~ i o
d a institui<;;lo servil, adopta fmiicaiii<?r~tr n politiea eo1oniz;tdorn.
d ir~iinigraçi~o é eirtio proinovida eiri mais larga esc;Lia.
Tinliani-se çreado jh iiuirierosns çuloiiiris iias proviiiciiis do sul
r no Espirito-Santo, e S. I'aulo chegou a contar 16 nucleos rolo-
iiiaes niaia ou menos prosperas.
Alas a lavoura, de subito urivadit do brneo escravo. veriea,

tuação.
Começa então a iutroducção de hraqos europeus -
para os traba-
-
lhos da lavoura.
Si de 1873 a 1886 se iritroduaiani no paiz 304.796 imrnigra~i-
tes.. euuivalendo a uma rrl<;diaannual d e 211.7il. rrn 1887 "iá essa
A
algarismo annual subia a 54.990 immigrantes, dos quaes 31,710 se
encamiriham para S. Paulo. >Ias rni 1888, quando se decreta a
a b o l i ~ ü o o, nu*ni:ro de iininigrniites iritroduzidoii excede itoda I r e -
visão, 131.268, ou mais do dobro do anno antecedente.
Os esforços dos paulistas para attrahir iinmiprantes, fundando
uma Stieiedarle Promotora de Irnmigi.agüo, a euja frente se callaca
o dr. 3Iartiiiiio Prado Juriir>r, ,i%osc liinitain a sirrililea ]>rol>agnnd;,
iio extrnngriro Enriz~ni-se a ~ e n t r seoiisliieuos :i E.:iiroli;i, fuiida-sc
uma gruiidr lIoaI,itd;iria de Iiiiiiiigras;to coiii caliaridade pnrn quatro
uiil peucoa;, destiiinda n. receber os iiiiiiiiqraiitcs receiri-rliegndus,
,z!iiueutol-r~s durante oito dit1.9 c iiuxilial-u~ a eollocnr<~ru-seU;L la-
1-aura.
lias 6 ;L l,artir da liresideiiria do ciiiidr d r Paii::di~~hs.eiii
1à87. que o pruhlt.mn da iiiiuiigrix~hopnm S.I't~dotevi! a ;;iiainuir
coinpletn. soluqâo.
At<: nlii os ;ilynrisiiios uso accuan~-aiiisilixo resiiltndos iiisigiii-
ficnntei. I.:iii 18117, povi.m, receheui-se eiii S. l':iiilu, In,lo lmrtu do
Santos ou pelo Kio de Jniirivo, 3.&.710 iuiiriigraiitr~~r 92.000 e m
1888. rorreiitr: tho de presse se a~oliiiiiaque: 110 1,rriodo deeor-
rido de 1881 n 18!11: ii;io iiirwus dr. R:iO.:i$TI iiiiiiiigiantes ciiropeus,.
11ela iiiór parte it;ilinnm, YC t:st;rheli~ceui i i o Edrndo o delles cerca
d a rerqa 11:~rtesc l o ~ i i l i i i1105 ~ centros 1>oj>iiloros.
«Preveiiiiido essn. pi.t.jiidicia1 trindci~cia, R b<~iieinr!ritnSoric-
dadc Froiiiuti,r;i de Iiiiiiiigra?%u,ixiforcaiido-qc por ~ I S W F U ' : ~ melhor
esrollin d ~ coluuo
i a i n t r o d u ~ i r ,dizia; eiii nboiio dos sr:iis ititiiitos
patrioticnsl tio seli ri.latnrio de 1892 :-qiic be x-aiiqloriara <le ter
feito eiitrni 1,iLra o Estado iiiii;i iiiiiiiiprnq%o iuodrlo, q u r r eiri relli-
qho á ~ z i ~ ~ ~ c iI d ~Ti~Od trnl>;tllio
):L r -~,rr~,rciilia?&odo~,t~esciite, roiiio
lmrn O ~ ~ ~ \ ~ o a i ~ t<lei.idei.rituiii
~ ~ n t o - do f ~ t u l ~ , .
quiitrii :~iiiiosiiiais, iolie a ijOH.O5!l o riuiiinro d r c,vrol>eiii
j,,trotliizidus roiiio roliiiios.
*Ao iiiiiiixo di~sa.l>ndrroin r r ~ r ~ e i i t eeiiyra.sa-s<T
, deinwrlida
riieiitc a l>ol~ulnç;iod:as cidades, rorii pr<,jriiao clns siias co~:diqõrs
di. saliibri~l;i<le.
*S. Paulo t:.ililirn de habit:iiitri <.iii dcr niiiioi : di. .L5000 eni
1 X X i i nttiiiqe a 1.50.<100riu lS!iI;l r dei ti^ iiinis de iiietade sRi, <,ui.o-
~ i e ~ i s(Iniiiliiiina.
. Rio C!r.rn, Sniitos c riilitar outi.rrs eid:id[,s d n zoiiii.
cnfceirii. diililicniii as rtip<,criras ~~oliulnqões iLiii eyiial i>i,ri«clo.»ili
Os rrf<~irrisd<, t;in !iniiioti<,es iiieilidiis iiXo se fizeram exltcrai.,
jiistiticuiido a Iii.!la lii.crii>,o dil Socied~clcI'ro;iiotoi.n.
Ciii i n l r o d r >-ida reriol-dor e bctiirfic~doii~iiinpor S. Faxilo
int~ivo. -\rtist:~s l>:~beis.t r a l : i ~ l l ~ i t ~ lu, ~~~~evs i ~ , ~ r ILOUI~TIS
~ i ~ l o s YO?JLI?-
,
ioi, ciirios ile eslieriinqa e da iiobi.e nuil>iq;i~do trnbaliio <,iiti.niiieiii
leviis >iiirnei.oia~lielos nossos rniliyos e l>i.las i~<;;.sascidade;. Os
desrriideiiti~sdi, coiitnriiitu da I,iyiirin, d a Loiiihnrdin ( 5 da Vciiecin,
n ;:rtiita dii Tc~cniio,o nlierariu robiii-!o e iiiweilo dz? ca?111>111as T~E-

(1) T ~ C O Ù O L siiO1i~io-r.~ln:~li~
.~ a z ~ c x oa o co a i . u;no cncna, rccie!;irin ila Inte-
rior. em 1897.
ridioiiaes da Xlagria Grreia. trazem-rios por toda a parte o eoii-
curso esforfndo e ilitelligciitc: do seu bruxo, tuinadu invei:civrl
pela ionstancin e pela disciplina do trabalho.
A Capital transforma-se rapida~iierite. E, rnnio Iior encanto,
a s suas planicies, erriiaa e seiii ralor eni out,ro teirriio; cuhreiii-se de
edi6caqõc.s iimiimeras, aiiiniaiii-se, ~iuroaii-ar e Iinueaiii a valer
inilliões.
A 1-clha cidade doi governadores e dos rnpitxes pelieiars r6
caliir aos poucasl com as suas trndiqi>cs esquecidas, os antigos e
feios edificios por onde tinliaiii j i ~>nssa<lo os iilt,rajes de iiinis de trci
seciilos. substit,iiindo-se por t,difieaqúes novas twi cu,ja face se rr-
eorilice<. iiin sopro da el<iganria e da arti!.
4 p n t r rilais abastada 1rrant:i lia1:lcios lirlni subnrbios, q u e d e
subitn c<! toinam cidades.
I). Teridiana Frado edifica riii 1881 o s<,iiclocnnt,e 1 a!arrte
sobr? a colliiia dt? Santa Cecilia, iio centro <ln foririosissiriir> l~arqiie,
daiidr~o liriiiiciro p s s o nessa vrrrda do progrt.sso eiii que riùo falta-
miii iiiiitadores.
Archit<.ctos habeis coiiio Raiuos dt. Azi.vedn c Tlioniaz l3ezai
ditaiii o custo e H: arte rias <.diticn~iirsiiovar.
A iinniigraç&a como ae vê, nâo traus< liarti. S. Pauln t i o só-
iiit:nte n salunção da lavoura do cnf4, troiise-llic s e u ~ i a ~ i i àao ;eon-
tianya. r o progresso : rngranrleceii as suas cidades tt d<~-1hi.se3in
cunllo riirol,eii que iiiipre8sioria seiii cliocnr, Iiorqiie atrai-@ado que
nos alq'arece eutrmiho e nlliciiigt~nn,si! Iiresciita vigornsa e pre-
110ndrr;~ntr:L t~lnlniiacion:il, ft~arridode tuiitus <.leriioiitos, ~~l>l>;:rrn-
teiiiciir<. discordes, uiri só todo; o povo brazilriro.

Depois (ia refioririn social, iiun se fez i.çi!<,rzr a refiiilii;~~ > « l i t i c ; ~


que! d<.rriboiio Iiiil~erioaos golpes da i.evi>lii<;;iodr: 1 5 dii iiorcnibro
do l88ll.
~ diiai reforiiias 1120 1'0-
Qiiasi siiiiiiltaii<~asnos S < ~ L I Se f f e i t ~ siis
diaiii deixar de pesar I;rofuiidaiiir~itc:r>liie a \-ida <!a S n y ã o ; z j u ~ i -
taudo aos perigos, so!xesziltiis r drsfalli~cirii<iiloj oi.ioiid<isde ucia,
os iiiali:s inttrit;~vrisdas ngitaq3es e i i i i!:.sii~r~diil-.das ;~iiil,ici,e:. iii-
softridas. da3 rr.volt,ns, al>aii:igio d ; ~oiikn nu> condiqi>e.b riu qire sr.
aciioii o I3i.ozil depois dp 188!l.
S. Faiilo não l>odia rscnlinr: de rcrto, :!os effeitns drss:i si-
tunçXo ntliictivn, por niais ;ililiarel!ia<!o r,ii<,r.sti\eabe 1inr.z reiis-
tir a o i yiolriitos nhn!os &<i i:~i:i e d e <;~.ir>: ~~efc,~~~::.
Alas, a rerdade 6 yiie nqiii, c o m o ci!i ilcri1:iiuiù ouira parte
do Brazil, Sorani rriiiito mt3nos iiitensi~s,iiiuito merios seosiveis
os synptomas :~lal.n,antt.s qiie a i duas c ~ i s e safieetorain.
Di, facto, a iminigraqio ciirnra de proiripto os maies di,cor-
rentes da <zholiçrio,donlinaiido a crise do trabalho. -4 orgnriiz;q2o
do E'tado, por sua vez, nioldnndo-se pela uiais amlila auroi~oniia
dentro da Hepubliea. amliar<iu-llie n ad~iiinsti.açâo, rarantiu-lhe
n ardrrri e i z s r g ~ r a r l q a 1)~lllica,dctsriil~o11-cullie oi recursos, e
rasgoii-lhe novos Iiorizontes.
A proviiieia, por cu,jn adiiiiiiistraqko, iio temlio do I n ~ p e r i o ,
passarnin m i t o s e l n i n e ~ ~ t ec01110
s A ~ i r e J i a ~ ~?oi:l a ~ ~ o tFeliaardn.
d
Kabuco. Sehias, Saraiva, Carrâo, S~~ldarilin hIariiilio, Jogo 81-
fiedo. Rodrigues Alves, l'edro T'icerite, Coiito de 1Iagalh5ies e
tantas outros, organizada r:iii estado ;~utorionio, sob a iiinua
republicana. viu coiitiniiar iia sua ndiiiiiiistra<ao pelos próeeres do
novo rrgiiiien as tradiqoci honrosas da oiitro ~ P I I I ~ O .
P m d r n t e de hl<ira<is,que succede a u m triuiiivirsto de. pou-
cos dias: d<'ixa, na sun passapern prlo ~ i u d r r , u m inodelo de
toleranci:,, de reslieito e de hoiii,sta gereiicia dos iiiibliios iiepo-
cios, que iitt; se inilioa ao rceonlieci~iiento dus seus iiaturars ad-
versnrios.
J o r s r Tibiriçá, Anierico Iirnsilrnse, Ccrqueira Crsar; ncr-
nardiiio dt: C;irnlior. atrar~rs~;indi,prriudo riinis ou iiieiios agi-
tado: r Ca,iiipos Sallt.sl Peixoto Goriiide, Femaiido Prestes roüi-
pletandn ;L srrie atP cpasi os ~ i o w o sdias. faazttm a adminisrra~ão
honrada das retiir~iias~ dos rnelliornmentos.
Kessr p~.riado de I>ouro mais de o n u l iin~toi,tân cheio do in-
olriduvrii; snercseos, riii que as agitiiyùes IR fiira. se reiipctem ca di:ii-
tro tão ~ i \ - a s Iiroi~orando
, iiiutaqõ<!s do sceiinrio politieo ; e ~ i iqiit:
as luctas da guerra c i ~ i lyêni ecoar interiso tias fronteiras aiiie-
aqadai: Iiickl-se aqui tniübeiii, irias t,rnballia-sr e eonsolida~si,.
Erriquaiitu as eoluninas de glrrrra correiri crleres nos caili-
poe do sal, i, as levas de patriotas otf<:rr,cerri bnrrcira aos ravol-
toaos nos portos da mar, não íirum eni abandorio os misteres da
paz i?do t~tihallio.
Beinardino d e Cnmpos, roiii uma pleinde de auxiliares dii-
tinctos : Rubi80 Junior, Casario Jlotta, Siqneira Campos n a ad-
ministr;rç:o; Julio d e Ileiquitn no eoir,rrrriso e n a imprensa,
Guimarã<:s .Tunior, Eanquiel Knrnos, Liiie Piaa, e taritos outros,
p u ~ ~ benia prova, por aiitrc ot estreineeimentos r os eiicargos
dolorosoi da siierrn civil. o orrer>isiiio c,
coiri nue acabara de ai>-
pareiliar-se a ndministraç?io publica sob o novo rrgimen
As rendas do Estado entram em fraiica ~irus~>eridndr. A arrr-
cadaqzo de a11110 para armo ncciisa os mais lkon&eiros resultados.
A receita p b l i c a aetapliea e m sete annos e sóbe de poiico
mais de 6 mil contos em 188!+,a. %.1?2:lIií$4iO eiir 1895. Ae-
cuiiiulam-se no tliruoriro sraiides saldos. E. então., con>ecs ~~ ~~ casse
~ ~

periodo de melhoranientos e m que a applicay~o niais sensata


dou dinlieiros nublieos se demonstra nela o r ~ a n i z a c a o e deseii-
volviiiiento doAenaiuo pririiario r siTg)erior, ' s e p n d o os moldcs
mais adeantados e em que se diatincue, corno auxiliar dos iiinis
prrstantes e derotados, Cesario Alotta, pela edifieaqxo de rerda-
deiros palaeios para as esoholaspublicas, para a Escala Soriiial,
para a Escola P o l ~ t e c h n i c a ,para ss Secretarias de Estado ; de-
nionstra-se ainda pela atteiichn ti3prcial que se dedira :i saiirle
publica, inieiandi-çse obras de saneninetito n a Capital, encninpan-
do-3c e desenvolvendo-se as de ahasteiiiiierito de agiia c: as de
exyotbos, organizaiido-se i m srrvico snnitario com u i ~ i apparp-
Ihainento dos niaie niitavri.: Iiospitnl de isolanierito, qiie <: iiin
niodelo rio seti geiiero; instituto vaciiiio:enico, d<,einfeeto:.ins,
institutos bi~cteriologico e de aiialyies cliimicas, pliarinacin do
Estiida, q ~ i a s i todos iiistnllados i'iii rditieioi constiuidos a r u a -
cter. E proseguirido nvssa. ndiiiiiiistrsçao fccundn, rror;anizii-se
e ;iiigrnenta-se a forra ~,iibiirn,iiistallada e m novo vasto riiinr-
te1 com u m exeellenti: liwr~>italanliiiexo ; rrfirm:liii-sr reparti<:i>ea
yublic:is ; desenvolvem-se nu criam-se outros seivi<;as iiiiliorraii-
tes. -1 Escola Polptechnica torna-se. dirizidn pelo dr. diitonio
Francisco de l'aula Soiiea, urna iiistituiqlo itiodelo ; n Cciliiiiiis
sâo G e o g ~ ~ a p l ~ ei c aGeolopic;~,que 7-iitlia d ~ s d oe imperio, sob a
direcçào de riota\-el hoiiierii de sciericia. o dr. Orville Derby, é
'dotada mais largamente e alarga o circulo das suas irirrstiga-
ç8es scientifieas ; o hluseu Paulista, dirigidu por im niiturnlista
dos mais coiiipetaiitrs, o dr. 11nrrnian vori Ihering. iristallla-s iio
moriumento do l'pirniiga e eiiriqurcr as suas colleeyGe8. Con-
tractain-se os estudos do saneaiiiriito d i ~cidade de Santos, cnjo
porto conieca a ealiibir esse caes ii~uiiuinentalde cantaria, t i o
ricauierite apynrelliado que jii Iii~jeó o priuieiro do p i a iia or-
dem dos inelhor&meiitos que caritcterizam u m porto inaritiiiio de
prirnrira ordeni.
Nas admiriistraç6eç que se siiceedein, a mesmo progrniiima
de inelliornmentos e de reformas so maritem. Dcsenvolrc-se a
colonização, funda-se o niiclt'o colonial do Funil, hoje Coirips
8dZalles; cura-se mais lmyamente do saneamento do interior do
Estado ; combate-se n epideiriia da, febre nmsrella, que iiivnde
as cidades mais prosperas e populosas; executam-se iiiiporrni>tes
obras de abastecimento d r at'ua, C, modeia,ndo um oouco o cur-
so já vertiginoso dos riielhornnieiitos, volta-se, após'certa rcfor-
m a iia admiiiistraçno, ao regimcin dos saldos orçami!ntarios que,
por varias causas, e por algum ternpo, se çsquecernni
.$o rnrsir.o passo que tùo yniiide progresso se realira pela nc-
<E<, direetn do Estado. outros ra~iiosda Iiiiinuna ;~etir-idade,que
.. vinlinm muitos dt.llns do l,nssndo r<><-:-iinen,se desenrol.cm
JII
eoiri siiceessu iiuo irieiios mspiciow, quer pela iiiiriatira partieu-
lar qiier pela nrqao do riiiiiiieiliio.
i\ cidade dc S. Paiilo ciiji~ errscinicnto elrerlr a t,odns as
1i1~c:vieGes, coiii n siia ~iopulnq;lo ora coiitI>uti~da.em 200.000 sl-
iiias, iir<.lhor;~i: deaeiivol~-eos seus ~ r . ~ i c oiiiuiiicipaes, s reforiiia
n sua a,liriiuistra?âo, eleva por siiiil~les effeito do iiriid nrrernda-
qio iriais crridndosa ;i rc;.c:i de 1 iniil coiiloe de rtis as suas
rendasl nforiiroseia as suas liraças e jardina, nperfc,iqoil e exteii-
de o cnlqniil<~iirndc? siias rciisl regularizn e faz iiinrndniiLicr~v na
c~stradas~iriiieil>nrade neersio iio pc~rirn<:trourhniio.
Os mi-ioa dc trnnsiiort<l ii:i Ciil,ital rcrcbcix o iii;iis ;issigiialiido
iiii~~nlso de l>w:.ressu coiii a i i i s t i i l l a ~ odos hoiidi c.l<ictrico.ip c l : ~
coiiipanliin niiicricniin--The S. Pntilo Triiiritrny, L i g h t o i ~ dPoirei.
gr;i?asi qual, ;i elt~irrididadrvai eiitraiid<iiiiais eoiifindniiieiite iios
iiiistrri.~iiidiistriacs r doiiieitiros.
Attt\rid<,>idonos rt,rlniiios de iiiaior ec>iitiiipnt<di. forqa, a opi,.
rosi~( : u ~ ~ l l ~ a ~ i lhni pa ~ i ~ lád i e S ~ a l l do~b ~ r : ~ ~d, a ~ ~ i nii~s ~ i ~ i o i t i t ~ ~ i r s
:li) sou ;r,iirio, que rriiprelietideii liara o reliresaiir<2iitodo Sii,ti: nas
c;icliueii.ixe du Piriialiyha, cwea de 30 liiloiiit-trios distante da çidmlr,
;i. iriaior nctiiidndr, e x t e ~ t d ra s SLLZS l i l ~ l ~ ipor i s tri<ln n ~ i d a dc, ~S P I I S
aubiirbios: F, eiiiiluniiio ii2.u coiiie,riir 1i:rra i~qliitiiiitsjlurtnr os S ~ i ~ i l
c:iiallus de iUr,:;t que. iioi iixóra, esiir.ra cai,tnr 110s ton:Ijos do Ti&,
\-:ti tr;iSep;ii:i'.u as suar liiili:is crmiii t.lectrici<lndp g:*r:idit a vapor.
A ridiidi di! S;iiitos roiii ris seiia 35 iiiil iinbitaiites, drljoii: da
,crand!%cri,<, do saúde por <~LII l t a ~ o u l, r ~ - a ~ ~ t a a- fsier a 111:~ia COU-
tinrito >:i>fiituro. eoi!, o siii ~ ~ o r ttoriiudn o o priiiieiro do Hr:isil, as
siias riias crilyn<lns e Ii>i~l>:~s~ O S ~ I iL~ r ~ . i ?snnit:~iio
i) rigoi.osai:lri~tr
ii,aiiti<lo. e i:> siixs c,>\-as obrtii de nforiiio~rniiir-iitoriici~iiriiiliadns
piira i>li~dudo iiiar.
C:~iiil,iii:i?.r.i.rrriiinda liela ii.brr :i~ii>~r<al!n, oito aiitio; aritrs, I.;,-
"wfi'r &l«sseris drs:i>tr<.a iniiio i3 ltirivn iir,?is biilh:ii:tr <:iitrr iió,s d o
qne liide a eii<-:-rii1isri:is:iiiitarin i i r > iiiiicaiiipnto dns cid:~d<~s.
O Xihriraii Prcto toriu-sr ILEI reiitvo d r 1,i.nFreiso r de riqiie-
zii; < A x < ~ i15 c ~ S~ Lt :~~ohri~.i
S de *nn<,:~!i~<:nto liiirit agiia e exgorri~s,illii-
iuii~:~n c eleirrica coiiin P i r a i i ~ ~ n hRio
- ~luz n , rlarc, l i n p a r o e :,Fora
1,iriieirn.
.i iirrliiitria fiihrii <,xih<:n u s ginriilrs rstnbrl<reiniciitos da A i i -
t i l r r t i r : ~J'i!~rlistn r da I>'acili.in 1i;~i.n u t;?I,riro dn c<,rv<;ja:rias i:,-
hricns de tcci<lo de ~ l i l 7 i n i i ie Peiltmrilo. iin Caijitnll De7'ilq,rii~eiti S.
Iloqiie, :'i,to,.niiti!,l e .%i.i~i<r J:r~.sitliii < m i Sniocnba. 1-3 dns ciiit;is
de. S. 13e~u~t1~10 ; nt:s f;i1:ricab cl:: cl;z,p4~1~> n~sycir:, vidro : I I C ~cort11-
iiies ; ria e s l ~ l o r n ~ Cda ~ oargilla. lilastica, para os produetos eerainicos
eoiiio eui (Jstiscu, dyira Bi.nizen, Illl<r Pr~rrlci~te e I j ~ i i r r i ~ gnos
a,
arredores dn ridado ; iia exl>lora<;ãodo enlcnrt.o, 1iar;i o fabrico d a
c:il e111 Cfri!lei,.as; iio Pui~tojoe iio Itirl~ainrazya,uiide teinbem s a
explora o iiiarinore v a r i r ~ a d o dn Serra de S. Frnrieisco ao sul d e
Sorocahn lia explornçAo das rochas sraiiiticaç, pain cantaria r: pn-
dras d ~ calqlmn~ento
. : n a dos bitiiini~iosos e ria do ferro: ainda que
Jioje linralyiinda erii Ipaiieiils, sehiatozas jirovas rrinis seguras da sua
aetividndc eiii S . ?nulo.
A lr%voul.iljá vai ~ : ~ ~ s a i n nculturas
do noyas, quiir. o goveriio nu-
lilia: e proiiiove, o ~ n i i i z a n < liim o si,rviqo agroiioiiiico do Estada,
crrni iiislirctiiri,.~ agneolas, coiii o estabel<ieiiiienfo de raiiilios de
oxperic~icia,e eoiii a diatribuiyâo di: seiiielites eiii l a r g a t.se:ila.
O comiiicreio, tZo deprcssa passou a. avultar nu5 ulti~iios clea
nlliros nesta Capital, qur: a eidadi: sr' tornou umn das prnqas inniç
importantes do Brazil. cotii lioiii nuinero dii estahei<ieiwentosban-
envios coiiio : o do Cov,iii>i,~,!.cio (i? Iirri,~stri<r~ o Loi,<loi~& lIi.~,.sf-
i i i l i i , o I3riil;iIi I l < r ~ ~o. I ~
de, ('iedito I?cr>eal,o de I>'. Paulo, o Bi.n-
. i / I i Deiiisr-hl,inrl, e p a n d e iiiimcro dc casas
iili~>ortadorns.
A iiistriirç%o: rujo rnt,!lior 1,. iuais Iieiri reliiitadu estabeleci-
inentn de iiiieiativ;~ ;iartiiul;~r, 6 o ( h l l ~ g i ode 8.I.iriz dc! Ytii,
fundada prloi jiisuitns eiir 1Rii7, o qiir: já si: assignalavi~eoin os
iiistitutos d : ~urdem do L?yeci~i10 Siv~i-<rtl~ ( ; . ' i > . c ~ ~ < í rd~ a Je.w<s,par:,
o ciisirio profissioiinl, dirigido pc.10~ p;idri.s S a l i ~ s i a n uo~ ~L!,cezr
<Te d i t e s r lij?eio.s, n eacholn de S. ./riai. iiiaritidn pela 1r:iwndade
<Ia .\lis<.rir<!rdi;i, o I~islitttlr, TI. . l i r i i a Ik,.src, toma mais largo ini-
1nds3 roiii a eue:~qXo de outros <~stnbr~lccin~rntos na capital, c m
Jncai.i%liylein C;oiil>inao,Piracicaba, Loreria, C+uarntiiiguctii, niiiitas
dos qiiaei gosiiin hqic daa fariildndes e regalias do Iiiitituto Saeiun;il.
.\ iiiipr<,nsa l>olitiea c ~ioticiosnrepresenta-se. >ia enliitnl eoino
ixis eidadrs priiicipar.;, i>or urgailis bi.iii r e ~ l i ~ i d uelii s , que se di3-
tiiig:~ci>io ?;.sta<lri de S. Pa:rlo, i> ' i P f , o (Ilii,i-
irrr',,ccri de 8.Prii~lo: o Dii~i-iof'o,irrl<i,., f'i<itirr, n i T r i b i i i i i i Iin-
ii,~,z,z r! niitxir.
Xa Cnljital f u ~ d a ~ ~ k o- s ri~,qti?t,t,,
e f f f , ~ t ~ ~ dc r i ~,S.o I'<!>,Ioque
o gi>vrriro du Estado l i ; i& So~:i~~<ii~rle <i? .lie</iciirr~ e
Cirrugia,que inaiiii,iii iinin 13nlyrliiiicn,e tcin nqui iii:i çiklc: ii Iiisii-
tato do'; ;Idrr,,qrirlos.
3 s iiistitui<;i>esdc I>ei:rficeiicin, di. que a iYoiitrr I'rzso de J1i.i.y-
r,ico;<?i<~ji era o nini, ljellu excinli!u: siirgeiii e se recoiistitiieni,
coino n Iteal Sociedade 1'ortu;iirz:i d<: B<in<ificcncia,o A?<;lo dr:
Ori~!ini:-; de X u s s : ~Ri,:i!::>i.:~ .In:;iliadora, o dc Christorain Cs!o'ii!,o,
o dc S. Vicentc dc IZ;;iiía e outros.
Taes forini para S. Pniilo os resultados palpavris c evide~ites
da aiitoiinniin im Republica.
I<;' furqa coufessar que, nestes onze aiinos.aiiida que agitados,
do riovo rt!giriirii: S. Paulo iiRo fez siirao l,rosl>erar, e a a s t o r i a ,
com juoti~a, hn de reconhecer quc eller riao trouxeram siiião
brilho e lioilru ao Tiame lia~11ist;i iio momento Iiisturieo mesmo
eili que nos filhos de S. Paulo. como Prudetitr! de 'loraes, Canil>os
Saltes, F~.ancisço Glicerio e RodriCires d l a e s volta a caber pro-
lmndrrancia rios nepocios politicos da XaqBo.

*X *
O soçiilo, cpe nâo deipontara prospero e feliz, não fiiidrm
cointudu seiri nos ver reiurgir do nosso prolirio desfall<!.cimento
a srin condiiair-nos ao terreno da proelieridade, do qual já divi-
sainos um pouco o secnario yroinissor de iim futuro riinlhor e n;~o
distante.
O k l i o das discordias e das liietas Srntrieidc~s r o i j i longe,
rolxndo liara iiin passihdo qiir n60 volta.
O arrebol (10 iiovo seeulo, rniiil>endo Iior entre riur~i.iis que
se não dqsíize~aintotalmeiite, nos aununcia já o dia da p s e da
proq,<!ridad<+n o trsballio.
Aquictriii-se as paixõ<asl :icnlineiii-se os niiimas, e os hon~riis
bons, afastados uins vez do seu yosto d e tralxillia, voltem a
occupal-o eoiifiaiit<!s no ]mr%-irdesta terra que el1i.i tanto arriaram.
E ver<?iiius crescer ao nosso 1:ido: nna geracErs qiie surgem
niais beiii nl>~~n~elliadas do que iiiis, lias regihei iiifa,litis que sieiii
das <?scolas: oüiciiias do nosso ti~turo,as erl><,ranqasseguras de
amanlinn.
E' ligando as tradieçürs lionrosas que iiós vêm do passado
com asl>iraçòes justissinias do prnsrnte, recobremos alento p u a os
coniinettiini:ntos riovos e para os nossos idéws.
n'io b a desfalleeirnentos que perdureni quando n'alilio se sente
a seiva do porvir.
Aos eairiirilios de ferro que se rztrndern para o sertão, á co-
lonienção que se avoluriia, ipopulaciio que já se conta. por rnais
d e dois milliõeu d e individuos, i s industrias, ao eommercio, 6s iii-
strucçno appliqueirros as maseulas energias que ver11 distinmuindo
este. poro paulista atravéz da Hiatoria; levt5nios a eiviliza:%o nos
desertos occidentaes e, repetirido, em luctns niais nobres e em mais
elevados emyrelieiidimcntos, os feitos audnciosoç d e outrhrn, en-
renderemos para as regi0es distantes, eu,jos raiies immensos 1)-
rocem destinados aos commettinientos do seculo novo.
Do alto das suas nioiitanhns empinadas, ainda ha pouco des-
pidas do manto das t l o r o s t ; ~iiiil>enetrareis,
~ l i iiiis liiibi~savan-
pndas do deserto onde o liot.izonte se rasga n o crepitar daa laba-
redas fuiiiarrntnu, j;i o Invratlor, iirauto do nosso I>rogreuso, des-
cobre, lieliis h r i i i i i ; ~Srii~s
~ d;i iiiaiilinn, a coliiiiiiia de iievoas que ao
longe assigiiitlx como uiiu senda ideal, inystrrios~,rio <,ipaqo, o
curso do gralidti rio de allinnça, o grande Paraná ou Rio da P r a t a ,
i u j a s aguas deixi~iiide ser brnzileiras )para se tornarem paragiil~yas
011 argrntirias, boliviniias ou iiruguayas, r lipaiii, eoiii o aou lavo
indis~oliivel~ Imvoa, cn,jus drstiiios derrndeiros 11x0 escallarain iiein
á previsão do estatist;~,iiciii ao ~ n t i ç i i i i odo porta.
Sigamos crssa vereda que: no loi~gi,se des<:nlia sob as ioriiias
va110rosasde iiin snnlio, iiias qui! nos Iruará, u m din, ao theiitro
das faqitiiliaa inolvidaveis dti outriira, e onde se descobreni riiti-
dos os nnturaes lineaniriitoa de uiii Iirijgresso enoriiie.
Veremos entâo resurgirelii das suas ruirias de ires seeiilos
Villa Bica, í;iialiyrá, Oiitevrr<is,que 0 3 a~itrp"sw"dddrstriiirarii;
verenios a s ljol>ulaçijrs, a art,ividade e a ridn brot;iiido como que
por encanto nessas solidòes rqiiecidaj, onde o silencio al~eiiasse
quebra ao estroiidar das çatarliil>iis, e. surlirelieiidnndo energias
até aqui ignoradas n o toiiibo dns aguas eli> Italiura, L7riihupiirigX,
Seti: Qued;ir e Victoria, ariiieiilos o nosso braço euin esse instru-
mento foririidavel, fliiido itiystri.ii,~o. qiir no nirsnio teriipo i. luz,
for<;& e calor, prestigiand«, r n t r e iiziiilios, a naira n~is;Bi> de pro-
gresso e de liberdade iia roapa paridade e lia pnz.
Quarto Centenario

D1i;Ci-IlSO YROFERIDO PEr.0 SI*. 3 0 . 1 0 V.>>Il~Rfi


S O aCI.IB GY>ISASTII'<~I~OILTrCIIIEZ'>
POR P I I l T E UO ISFTITCTD I1ISTOIIICI> I: G60Gll.li'lIlC'O DE' R . I.IITI.0

Fimrnrii-se iiirlrlevoii cii~ iinisn niciiioria a i eelehraqiirs


1,01n~>os~s c o n ~que Portugal, iios dois ultii~ioideceiinios do se-
eu10 eq>irant,e,eonimeinorou a C;liiiões r : Vipira, o espirito
mesmo da liatria, sua ii~axiniagloria. riiiiifiet~s cryitullisn<;íles dit
sua possança, genios Iireexcellentrs 1,eln viistidâo r prnfiindeza
oenanica.
Bs f<,sti~idades60 ent8o difticil seria a q u i l ~ t a r si foraiii
mais portuguesas ou mais brazileiraa. t;~o intensa c iinisoliainc.ntr
reperciitira~iinas terras dr? C:cbral os <"os solrniniaadores das
magnificencias da Lusitaiiia; t;io iiitiiiiaini.nte ar: <mtreteerlii os
feitos e se entrelaçam ns faatos inr!iiioraveis das dims iii~qnes.
Ho,je 6 o Kr;~zil <"n ovaute coiiiiirernora~io, celebra
festeja o quatriceiitei~ario dr: seti descobririiento-1):lliiia triuiii-
phal lagl.ada pelas qiiinai 1iia:is eiii nfoitns singraduras lior srii-
doa ti:iiebrosits e irripervius.
Qii? vrinos '?
Abertas de liar erki par " 5 11ortzddaita trndicioiial assoei:^-
<%o p o r t u g ~ ~ e r apor
, entre o fiilgor d ~ ~ < l u n ~ b r adc
r ~ luaes
tc e sciii-
ti1lai:úrs e o nl\.oioço indiziiel dr irriia alaeridnde, ria qual como
qiir trniisliiz r se i:s~pti.tride~irssoitle inaito rrjiiliilo.
3lilici;~iios d ; ~iiiesiiin rrriiqa reJi~ioaa,f:~laiido ;L iiirsnia <]ri-
eiitnl liri-iizig~iir, rrg<~iido-si.ai,: 1 i ; ~pouco pelas itiesiiins leis, eclu-
cados ~ ~ e l ; iiiirsilias
q doutririns, ~lnidosstxnq>ieno3 dias dc, grande
iiit'ortiiiiio: coiriniunh<,iror das iiirsmas tradiq6rn. coin unia litte-
tatrira i d ~ n t i c ae111 SIIR::iOl.illrls. c01110 ('111 sllils aspira(.Õt?s, ~ 0 1 1 1o
I i i p i i i t n caravtrr rincionnl. roiii trrs seeulos de rida coiiiriiuin-
Brazil c Porru=al não ~ ~ o d e n isem , illogisnio t~?rebiaiite,deixar
de cnrifiiiidir suns almas t:n uni s ó peiisaliientn
$6 a filt,nlidade dess.1, irreducbii~el nllianra terá o iondxo de
ez~11ie;irpor qiii:, ar<: no iiioiut.iito lireciso erii que fibrade suppor
so 1n)niitnqie eiitre os doir liouos unia barreira dr odioa - o do
1:n1 ni~~iollzilidi~d~r
siiii S < . ~ X L K ~ ? ; L O distinctas e a ~ ~ t n n o n ~portu-
its~
piiezei iiobreirieiite defeiide,rarri. en> i>uzna rtmhida. 0 3 direitos do
'. L "

Brazil, nrrrbatandn ao cantor da nossa independencia, rio tereeto


final de uiri xoiieto inolridavel; a sexuinte ar>ostroi>lie d<? agra-
decim~ntnn Port,ug;il. qiia ini: alirnh agora recordar-vos, illustres
mt~in1ji.o~ do rClub Gyiniiaatico Poi.t,ugu~a,>, eiii sirige.la homeria-
gem i ~o,sib co-partiripaç50 nestes fr:stejou :

438: dar noaro? peitos se te eleve


cnlto mais p a i o em aans nu profanas
seja grato O Brazil ao que te deve..

Aos que comprehendern a obra genial dcsres homens singular-


issiinos-os I>ortuguezesl aos que avaliam e precisam a extensão,
a poder os;^ intensidade, os inoraei. e salutares effritos civilizado-
m o , os secritirios ernpregndos lia conquista da. yropria apothéose,
coinpete. eiri toda a parte e em todas as <;pecas, amparar do ol-
vido o i seiis titulos de beiiemerencia.
Quando entro a pensar nos faustuosos commottimrntos desses
inarujuu ousados, sinto que tenho ante os olhos alguma coisa
que ni<: arordx, ein outro cyclo e em outro heniisplierio, a alma
ardorosa dos Pliocions e dos Pericles, que vibram e riigem á
gpizn do roncas rpilepticos do mar.
JIns n i o basta admirar, é lireeiao aprender.
E nós, a defipeito do todo o nosso pessimismo, e da india-
n a preguiça int~llectualque nos caracteriza, não os contempla-
mos friv01;~mcnte.
Conto todos os povoa ainda jovens, 1150 temoa o Iazer
indisperiwa~elás grandes luctas da espirito; mas nem por isso
deixaiiios de possuir unia tal ou qual plnstieidade que nos vae
servindo de um como alicerce garaiitidor As iiossas liugnai es-
pirituaes.
I)esprí+zando Iior agora o eonce.ito dt: Royer C o l l a r d %que
só nos lembramos de nós mesrnosn, evoquemos, em rapicla siiin-
muln, enn apagada .rilhi,uette, as grandiosas a ausustns sombras
dos lieroicos lusitanos.
Est:unos na idade iuedia, bpoca pela qual lirofessariios a niaior
veneraqão, nella saudando nm;i das iiiais ferteis e gloriosas do es-
pirito huriiano: época aurigera r: luminosa. liara a civilizaçuo
latina, que foi o Bneo antemur;%l ao foririidnvel r ~ n b a t edos Bar-
baros.
.h este estadio de eivilizaçâo pertence arjurlla ~~eiisatirw e
syrnpetiiiea figura de Henrique o Xitvegurlor: o genio do desco-
bririieiito, sobre cujas inst,rucç0es se for:trii drscobrindo n &dei-
ra, o cabo do Bojador e o Verde, r que., ein 14.38, liinçava n a
escbola de S;~gresos furidainrntws do poderio m;~ritiiiiuluaisano.» (1)
O doce asceta erudito, que, nziquelle proiuoiitorio, se elcba-
lava nas virações iiiarinhas: cercado de ma1ipas e qiiadraiites,
foi o pioneiro das glorias liisos.
A retina exercitada nas distuncins o liahituavn R sondar o
infinito, esguardando paragens longinqiias, onde palpita o cora-
ção do globo.
Esse infatigavel obreiro do bem, longe estava talvez de sul+
por que, poucos annos depois, viesseiii os o u s ~ d o siuarinheiros
1usoi
.DO globo perloshar riáo virtas sopas.
OS tmpioos de fogo e o pblo frio ;
de m.ioh& beber agos no Amironar
B á noite adormecer no saora rio..

Portugal, á f o r p de ae debruçar sobre o rnar inderifrado, de


lhe escutar o desafio dns sua$ ericnpellndas procellas, de se en*
morar de suas ondas, sob os lirnyidos, macios luares, ou sob o
espeeulino e reluzente sol; de perscrutar, durante muitos lustzos,
o enigma das v a g a , se aprimora e excelle nos segredos da su-
blime arte de velejar.
Sonhando talvez coin outros matizes da aurora, com os le-
ques viridentes dos coqueiros, çorn a Larinonia soberba das eõres
trrrpienes, eoiii o aaiilirio de outrai ciil>~ilascelcstcs, l i se ván os
fillios de Clysses iini quillian dos sciis roberhos g:ileúes, a inodu
di! arados no\-os. lnvraiido ar arwaa. .> iis i,air;Lo iiiil,etuosir da sua
audnriii, da siia forca, do seu geiiio!
-1 lusitaiin gente, n csi!riililo dos sidonior, rotiiye eiitjLo d e
irnl>roviio eoritra o egtrr~iroe nrniiliado I-ivei I~ciiiiisulnr: e l i se
r% afioiitnr o ir;~cuiido dorso do liiiiirido r~leiriorito,eonscioi tnl-
y e s d:i i>rofriridn verdade de que Deus fez o inundo l>:rr;l que
eller o <i<ascohriss<*iii!
. T i agora siirge D. J o i o Ir: o lirineilie liortiig~ir:~que iiie-
llior sr>iihrra ciiizir iiilia cori>;i, o tylro iiiaia lierfeit,o ~ l n q i i c l l ~ s
reiiioiitarlar eras.
I , 0 I 1 1 e c e l e i a n a lilin~sclaii,riica e rs-
1rem"i.a d;i raiiili:~ rle Cn.;t~lI;i, IzalJel L: Catholica; I>orseu tiirno
n join. de iiiais siil>ido r t~liriinorado 1-iilor eiig*xstada iin cor6o
lir.sl~~nliola, elle, o etlrneter iiisis puro e syuipittliico de cells so-
lierniios, D. JnRo, diziairios, lior i m desses Iauil>ejos, a p ~ i i a g i o
do ~ e i i i o ,l~rol,lietic;~riieritoiiiiidoii o iioiiie di. Cabo dni Tormen-
tas., oiia lhe drnb o dcstiiiiido 13artlioloiiirii Dias,. 1~ui.a o de Cabu
L A

da. Boa Esl>er;iiiyi~!


Si:iido rorieiitr! iin. Eiirol,n - que do fiiriiioso e dr!cantdo
i cinitiiiuo i-elas enfiirindas cin deint~iid;~
Tejc ~ ~ x r t i a i idr. dc tor-
ras ii;io snbidns. 7,nr:L :illi se diriciii o iiiolridi!rrl Uuloiiibo. <.ss<l
1
legitiiiio o q>rorritndo fillin da. iiniiiortal i:schols Iiortugiieaa, nüo
t,repidaiido erii recotiliecpr Portugnl por sim srgiiiida p:itria.
ICiii T.ishi,:i sediiair;~ii,-no os lilidos e ftrceirus ollios de Phi-
lipa l'eiestri.llo, iilhit dilectn de uiii \-ellio n~aimjo.
O roiiiiiihin, n dnci: alli:iiiqa do iiiinioi.t,zl geiiovez com a
fornii~sissi:nn lisbciieiiso rniicorreii iiinis ainda Iinra. qiie llie iiSo
aiiior1i.res.e o af.igii<lo l,ri~,jecto de r rerra que a s u a
iiigosn c peui;il iiibliirnç%u llin del,aravn.
1:. foi, iiii,ditniido eoiiteiiil>l~tivaiiie1~te iia bellezn daqiielles
ollinres riistoi c scisiiiiidort.~, <I"<: t!llc coii(p~isti>i~ I I ~ L T ~ sL e ~ r ~ p r e
gIorio>:~i~ilircoitnlidilde.
S u l das snlsns oiidns 1,oi. eirtrn n iiiimt,iisidadc dns
a,giias do Pacifico e do ;\tl;~~itico,despunta n Airirrica, exten-
deiido eii, griiiios:is PII~.\.~LY seu corpo airoso e esbelto. a imitar
n Irienl>rid;i rlegaiitr ~>:tliii<!ira d<. suas rirc~.ii~r.as
i"
florestas, coin
:L fi.nnt,e cinlida de etrriins P nlbpiites corons, n tolietnr rias
apprnxiiiiaqi>es do liolo boreal ! [I)
3: t;io r:oiifiaiite ],artiu Çoloriibo do porto de l'a!o3> qiie n
direccho tonii~<leiiest:~ i e s i diisc ;~lgiirei E d g a r
Qiiiiiet, foi'scinelhniite ti da flecha. rinittida do arco a tod:i. força.
«Seria n .liiieriea. futaliiiente d e s r o h e r t ~ pplris l>ortugueios
driiitro de poiieo t ~ i n p o ,airidn que Culoiiibo riso existira: porque
eUes, lior eulicsrieneia doi iii:ires africanos .ir ufiistar2im seml>r<\
pnrn o &te coiii o fini d e evitar as calniarias da. costa de Qiiili4;
o 1woprio Vasto da. Gmna n a sua celebra r-iagi.iii hciii lwrto ,>as-
sou das terras brnailriras e talvez só por acnso i,%,, percebeli
rlualquer iiidicio de1las.a
C~~b~hral,ernfiiri, si:rin o Cnloinho portugiie;: si este já ii%o
fosse, eoiiio r o s disse; uiii iillio dii iiiiiiiortal ~ s c h o l a l u s i t a i ~ a ,
Seria orioro filar-r~is aqui do iiix-ieto Vascu da Gania e de
21lllit03 o~ztrosvari>es icin quem l>uder iino te\-? ,z iiinrten.
F o i o Gama o l>riiil<>iroargoiinutn do rniiiido que iiai7~(rori
150~'altiir;~que d<t i.r.,.rln<le (79 C < L I I L ~ I I I L<:' I i t t ~ icerto ,i~~st~.nd<i,.j
o
luiiiieiro que coiilieceii

s.48 partes iúo rciiiotoa o ~ i d errtnmo~


f i l o iaoro indr<~monfodo istrolaiiio
Inuen(<io ao ruaiii jut:o, saiiio.,

O Hrazil 6 iiin ~ ~ r o d i i r tde


o siia aiidncin v de sim ~>oderosa
iiitelligei>cia: n no dia de Iloje, elle situdi~e0111 \-enel-x~âoe ~ 1 1 -
tliiisiniiiio n x.rlli:~ e illustre riaeão que o foriiiiru, qiie 111:) d < ~ i
:i forq:i e a hoiidadrl aléiii dos exeinl>li,; de teiincidade, de r?+
tiido, de trnhnllio, de l>atriotisiiir, e de fi:.
Si o x-alor de uiiia nacioiialidiade, corno sriitenciax-n Frede-
rico o Grande, rstií iin. r a z b d i r ~ c t ido ~ x-olunie de sux ii~trlli-
(rencia, ~~odeiiins dizer que iieiihuiri liovo levou a riiellior i na-
?ão portuguean iio tocante *icultura iiit,ellect,unl.
Si a liiib~ia,ronio pi,iiia~-ao aiictor do o F a u s t o ~ ,i. UITL dn-
quelles brnsl <pie: 1~osin sí'j:iiii he~dndoa, ilevein 5t.r de ziovo
:~dquiridos para >e ~ ~ o s s u i ii,i i i i ~ i i e i ~inrlliar
i do r p e Cnriiíies
adquiriti de nova esse briii, herdado de seii; lixei, afim rle pus-
mil-o c: toriiar-se coni elle o iiiiniorrrdoiro 21regão do ~ ~ i i s~e uh í
pitteri~o.
Criitciias de aiiiio. sao poss:~dos;r alii r s t i o idionia limliido,
sonoro e cantant<~coiiro iiiu veio de Iyiiil>lia erystallina.
Iiiilxei.iiada do n~elodin.c scisiii;idorn ternura, a liii(rua. Iiiir-
tugriazn, riiiciil;~ dai.; liovos o o i fnz friiterriizar r i a slin iinidnde
philologiea, aliim dos l a ~ o sde cousaguineidndc que os pr<-ndein
nurria coht:sio iiitiiiia e indissoluvel.
E' corii effeito a lingua o primeiro dr todos os element,os de
urna nacioiialidade ; é ella o eterno baluarte, feito de tradições,
de poesia e de arte, resistente, consoante o prnsar de Ramaltio
Ortigso, a toda. invasâo das armas, inconquistaoel e iiidestriictivel.
Foi pia força e pela independeneia da l i n p a que elles fu~uii-
darmii e drfiandrram a inaeprndrneia do territorio. E' pela liri-
gua que airida lioje vivelii e espiritunluieriti~dominnm sobreumir
das miiis vastas posscssúes do globo, na Aiiierire: na Africa, na
Asia.
Xo riiomento em que se lirorede ao priinitivo povoamento
do 131.~ai1:trava-se coin ardor a lueta entre a litteratiiva. classi-
cii e a litteratiira pol>ular ou medicvica, r-riicrnda afinal a pri-
rneirx. Conio rontiriiindores da tradiqlo ini!dii.\~ira surgem OSUI-
tirrios caritores, pot:tas da ,medida cellta; corno r n t i o se cliarnavt~ni.
Eiitri: outros, esrrs liortas ano Ilriiiardim Hib~iro,veriqjador
iuspiri~<l<r r: niictor da liriiiiorasa nr~vella ,lle,~iir<re .lfi,;a, Çli1.i~-
tovaiti 17aleio e Gil Viceiite, geiiio ereador de l>rinieira ordrin <,
tiiridador do tlieatrn portii;~~rz. S i de lliraiida impi>e-se como
eliefe d;i <.sclii~la clnsiica, tiliados á qual poetali1 Carniiilin, Ver-
reira, Falçho d<! Keaondr, n.3fi~noolde Portugal e. outros.
Nns nrtvs, cornu afirriiaqão irnrnorrerloira da sua paiingcni,
basta Ipiiibrar a <qi.ejn do &atalha, que. eoin todo o sei1 liixo de
filigranas de Iirdra, rimda-. grniiiticns, filctos, flechas, ogivas,
arithescosl tiior;ticos, estatuaria jirave, aiigrlien grot,<,rca,ridra-
wria iiiultic<ir, rivaliza coin os iiiais hellus speiiiiiras da nrchi-
teeturs gotliica disseminados pelos outros paizes euii,p~~us. (I).
Nos srr<i<ssda inf;tiite D. B1;iria form;rv;i.-se uin grande mo-
viiiieiiti, de iiitriesses littr?rarios e scientificas.
E r a uiiia seiiliorn espirituosa e de profunda eiiltura ; falava
com rara perfei<;:m a l i r i q a latina, traduzia admira~elmcnteo grego,
sobro ser escriptora errierita. Pnula Vicente, a i n ~ i g a e doce
filha de Gil Vicente, foi enniediographa e ehrgoii a escrever uma
grainmatiea da liiigun inglczn. Ilavia, em summa, em todas as
provirieias do saber humano, poderosa p14iada. d r orneritos repre-
sentantes.
X o seculo das suas ousadas conquistas, o p o r t u p e z já era
nm pos-o dotado de. superiores energias ; pelo denodo militar I t a

(i) Theopbilo Braga


7iq.u M MnlW t-a.
Qzdeiieoi de arte s IitIe?afura p o r l u , w o . - blmeldi U m e t t -
via conquistado á ~ I n u r a m a o solo da P a t r i a ; pelo deaassombm
de seus marinheiros, chainira sobre si a gloria de haver violado
o profundo rriysterio dos mares. Povo romanesco r: aiidacioso,
~xofundameiite impregnado de seritiiiiento niediérico, que soube
traduzir rio verso e lia obra d'artc, nas relac.6,:~do sciiso juridi-
eo, nos feitos d'arina e n a epopéa rnaritimn catit,ada pelos 1)ias e
pelas Ganias na iinirierisidáo dos oe?anosl estava fadado pela pro-
videriiia a deivcndar os segredos natiiri~eido paiz dos tropicos,
imaginaria região do El-Utirarln. iiiaravilliosa ficçiio de uin reino
eiieantiido cujo pririeipe, ungido ao n~ioitecer de olco. pela ma-
nliã ao levantar-se revolvita-se ein 116 dt: oiro resphndeieente. ..

D<itc:iiliaiiio-lios agora, por iiin ~ i o ~ i c oriiriis


, seiiliorrs, a r+
merrlorar nu hproiens acqõei. os glorioso^ rriil>i<!li~ndirrientos pra-
ticndos pelos riobiliasiiuaa l i o r t u g i i e z ~ sna
~ ~ - ; ~ s t rriaiigiilnçi'io
n do
uosso ydtri0 rPspt.de.
Será dev4rnr o descobrimento do Rrnzil sriceerao qu., por
qualquer fúrni:~,liaja corit,ribuido pzirn iiiiiiiortaliaar a gloria dos
dos<:ohridor<:s e contornar d r mais p ~ e s t i g i oe rcalce o nonle leii-
derio do vrllio Portugal?
h Iiistnria da iiaçno que d:ilii fie orig+~iolté de pt'r si uma
epopca de lniiiliejos e elaròes que illuriiiiiari perpetiiainente a
iiiãe-patria b r a d e i r a á face dos futilros destinos da. huniani-
dndr.
Sobre o solido alicerce da cntrehrsr dn gentio: rnoralizacão
do coloiio e inatrricç%o, por <.;iial, d:~jucriitude americana, as-
sentou a eoiiatnicqiio da naeioiialidnd<! b m ~ i l i c a .O primeiro can-
to da forinosn el>api.a enroarin-rio, eoiii a sua. l i d a i. por seus
fulgiirantt:~actos, dois inuignissiiiios rrl1resi:ntantes do apostolu-
do catholico J o s é d r Aiichir~tae 3ianocl da Knbrrga.
'irssa bpoca tirin:i-se a "<?ridadedri pai% qiie estA capaz,
eonio escreve Gabriel Soares, p a m se edifiçar nelle uin grande
imperio.
l i 3 capitanias que, de Cananéa até Itamaracá, se achavam
estioladaa e enfraqueeidas por tantas causas, por assim dizer re-
iiasceiii, agitam-se r florrscein sob a vidente e benefica'influi-
@o do governo unitario.
Q u e brllo, que riiagestnso que uáo era. conteinplar a re-
gi%" briteiliea deuflorada pela colono, cujo suor cahia eni barras,
mais preciosas que as perdas, Iiars feeundal-as; donde brotam
;i nriore util e o lnirrjnr das I I I ~ E F <qllc ~ S , IIILO i i o o ~ ~ r o d u c t o
espontnri<,u de i;iiia terra feliz t. c n r o a ~ e l , sina0 :i ~ i e t n r i :do ~
pugitnz doiii::dor i i ; i siia Iiicra coiii ai; <~squii.nil<:isde 1i;~turean!
<<Ab<,lleea r! u iiio\-iinei~to da. nor.a ~~ovr)ar:;ionttri~lilain os
nraiides d a i inpiraiiia~s que ;ilii 1,asearaiii. S a s cercanias, w r d e -
jayaiii iis liortai, no iiiodo de cnsars: yuc aliiiiciitnvairi ;ibnstt.-
ci;im o iiii.rendo, ti ii~csriio iia cidndi. o cliir? i~ faaiii. pittnit?sca.
cr:nrL os x-el.$ris r ~ : o n ~ i diz6 ~ i ~cases,i clwias de aI.TOl.ei da tn-
i t i n r ; ~<Ia~ laranja, cio ti;", da roiiik eiitrc or liiiiiiliaiios das Inta-
d : ~.?o lado r1;is qua<.s <.iiierriaiii aiiti? di1iiri;~iias <: iiisolitaa a s
largas folh;is dn baii:iii~ii.a; eliiqiiaiito sussurvaraiiri oli roqueirnei.
conio i.i.iiiixios de Jli,eli;ir ri~<~i~striiosna cri<-adns iio solo. Todo
esjc: esj~crt:iciiIo era iioyo p1.a os que cliep~x.;riii, 11el;i flora da
~ x L s - s ~l,~.la ~ w ruiifnii~;iu
~: das raqns que a aciirinr-aiii, e ainda
iwla atiiioslmlicrn de lihc.rdadr. qniyi ntr: <Ir !iecii<;a, que i;e res-
11iinr:r iio iiiiiiido ariir,ririiiin;>. i11
E' qn<, n tarra cnbr;iliiia taiiibeiii j i liosqiiiii os Se115 Tlin-
bores que. risitn<los r~.iii Tezes; p u ~ ~ hiiiiil>rl. ;~ iie l ~ n c r ado wd-
r<wa n rideiite asliiraqao <,vnrigclici~:af:ti. bciii a. alma estar
i ~ q t t i > >6,,717,?n
, ?.?L ,806 liir CS.SC.
1)e tuda essa liláincln das prii>ii.iros 1,;idrea iliir: almrti~raiii
; i i i o r i ~caiiqiiihki, o qur iii;iis F P de-iting~~iu fni hilcllietic, O 1x11-
lido l~roplietiiliio dizer do Sylrii, ltaiiii.ro.
Ki,o eaiitaya uiiida 20 aliiius qiinildo pisou u solo dessa iizr-
tirreaa ri:nr:ivilIloait n iiicu~iipnrarel. l k s a i i ~ l j ) i r s a ãdi:vrria ~ s~i.
~>roiiiiidan o seti i.spiriio de poeta clieio de i i i ~ ~ t i r i s i n oPode-si: .
drlli: aífirilinr qiic 6 l>razil<,iruIiorqiie ncpi se coiiipletoii itiria-
<lui.eri~iia Rói. r n friieto da iritelligcncia.
E'odr~riios dizrr dt. .\iirlii<rta o que o d<arano da TJiii~rrsi-
rlndr do Chile, U. L7ar-as Fniitecilln, disse dt? ~\ii<lresBollo. iio
1iriiiieii.o r e i i t r n n ~ i odo EVIL i ~ a s c i ~ n e n t oLn : iznti<r.nlrr<s q ~ c ci,iipre-
. s i c , i ~ i S ~ I S s e i ~ . f j ~ l o ~ S I L j i , c ( . i c t ~ ~ d ,q i t < < m i t ú .s11 E ~ Z ~ L L S ~ < L iS ~ L O ,
q z ~ e(!i~cr)?dió e i ~S Z ~peciio e1 ,t;iego srigimlo (7c ln popsin, estri ~ i i i r -
ioi.rse<!tiicxte rlesei.jta r,, 10s przinc~os caiafos q l i c Iiici'eroii. S I L ~ o ? i i -
e i c 1 i l i I 1 s S S . IIijo d e eln fe-
ctiifdrr i,:iiti que c i ~ ~ c ~ ~ ~ n/ ~ sbrilc ~ e1~ i-c<L!,o
l i r c ~ ~ 1 . 8 0i , qt,c,> ,~cc~vi-
ciocia </e si, /,L:, coi~Cibe cu,iiiio S(W se ~ ~ i o d i i re eu i<r,7<r cniir~rli-
iiln", ieechid <?e2 eiilri iriza rc?rirn nrrlfei~lei ,<ira 1~,<7c~le,.nsanijairt,~-
sia. Lu cv?i.n. túi.i.iclo foi.,iiii hrimbies ir szc i t i i ó j e r ~ i seni~ja?iur.
EIL10s i.n!,os sr,l<ti.es de 10.5 trópicos, /r<~hiia ~itcrirzti~nclu Proinefeo,
DR. CESARIO MOTTA
si)&Iirococni I<is iras d e Z6.s hnhit<rrlorr~srlrl O i i i i i q ~ r i e1 fiicgrt ce-
Z*.ste q u e hzrseniin pni.u a i i i i i z / i i . sri cilehre i,st<<lirn..»i 111
No teiiiyo do aposto10 do Xoro Uniido, j i « I%i*izilpossiiia
tres eolle'.ios e residencias da ~onil>a~iIlia, ~ t ~ ~ ~cla~ virtude
, ~ l o es
do trailliallin, onde iirm yriietiiirani :i5 i ~ i d r z ; ~da s liicta prla esis-
tenciu, e onde a l~iedndolirlii ~>roxiiiioer;i o liriiiieiro deler!»
Eiii S. Paulo, por ess:i Cynca, «o TietC e ,I T n ~ i i a i i d u a t e h ~ ~ ,
<?xtri~\-asando iias elieias, forinarniii duratite iimitos i i i c z ~ sdo aiino
u m esliraindo largo: re1,roducy;io do riniide lago )me-histoiieo
qiie outr'ora cobria as nossas r;i.rzeas, t? cu,jos I-estigios geologi-
cos hoje descol~iiinns,e de. que eraiii aqiielles rioi os fliirntes san-
gadniiruí. I s ri<ivoas da ~lmnhBalar;-a\-;?in :L ezti,nsio das a p a s
e atufavanl eiii nuvens a s elevaçíies du lioruado de Piratiiiinqa.
Só ernin \-isivcis para qiieiii, de loi:gel das linragcns prrdes-
tinadas do Ypirnngzi, coiit<wi1>1:issesquelli. eqirctaeulo, as egre-
iiw : e s6 a s cruires einergiaiii das iiul.eiis rle\-ad;is coiiio os nias-
tros grarides de iiavios.
Xaqnella illus%o do iiiar erievon<io, i ~ rorlios i dar e;.ri:jas,
justamente chainsdos iinvcs, i.el,r<~sw~tawtm iiiii:i esqiindrn aricu-
rnda n a s alturas, esquadra do id<.;il: i , ~ q u a d r ;\igilantr,
~ tniigeii-
d o nas niireiis a s suas eiiuil,aiias, ao5 I><*rigos e eseuridíies do
mar, ta. 1rinbr;liido aos 1ioiiiei;s qiir a torra I: unia c'.t;~ç%o, onde
iiào devernos ter dsinora F. de qiie deveinos todos partir, aligei-
d o s ein viagt'nl para o iniiiiiti~.»
Enelie o segundo l>eriodo e coiislitiic u se;-iiiiclo canto epie,
tio deliihro da ljstri;l, ;i lucta lieroecisaiiiia. eoiitra as trntntirns
do $.ault.a para a fi>ririn(.8a dc iiiiia Franq:, ora rrafni.<:tica ora.
quii,us;ul, e d a liollaiida liara n iiiriiiaqXir de iiiila yntria livrt:
rin terras da Aiiieriez~. llein d e Si, rrtiliaasaiido Villrgai;-non,
e òlathins de .5lbiiyu<irqiie, I). \Iarros Teixeirn r Vida1 81%
N<-,nrairoi., derroti~riclo earii assuiirbrosa iiitral>idee, oa hol1aiidr:zt.s
e m Guarsrapes e iiril>oiido-lliei incoiidiciiiiial cnliitu1ay;~o eiii Ta-
burda, deri~iiiterteiiiiiiilio do \nlor indoi!iitu e da ar<lilt,zn iiiilitar
da iinscc~iitr niicionnlidnde e, ao iircsniu passo, iiistitiiireiii-n'a
.deíinitivnii~ente,eanjuraiido o perigo exti.aii*eiro.
O terceiro canto r o drseobriiiieiito iritisrno da. colonia : s%o
as ueritradasu e «bandeiras» P c - r I ~ ~ ~ tD r iiltrriol. ~ ~ ~ < Ieni
~ iirilkrr-
&=ritas p<:rqiiiriq6es, e, siiiiiiltan~nriic,iitr,os i,riiiiordiou riarivis-
tas a esgarqarenl-se erii Prilianihuco a. Yiiias.
Kesse p o ~ ~ t ,entra
o o Urnail a prrrisar a pe~ipheria.prla sua
definiyão territoria1 i empenha-se iras luetas coiiheeidas por surr-
rns do sul. I: eis que. ~irenuiiciaclonas rx~~losiies de nativismo
já reniriiiorndnr. iiianifestt1,-se poderoso z empolgador o psliirito
de autoiioiiiia, assir.iialailo poi. iiin rrx-ei; que teve por epiiogn
o mni.tyrio dr Tiradrntes, riins triurnlihitiite dahi a a l g u i ~ s
liistros, al>Rs lima r ~ a e q ã o absolutista e u m contra-chope aiito-
noiiiista.
Tnl t: a i n n t e ~ i ndos segiiintes caiitos a qiie outros se s i i b
si5guem. por rt!ntura, mais vihrnutes.
0. l>riiii~iro.aiiiios de riria ind<.liendeiite tiremos a carac-
trrirnl-os ;is asriirac.í>es liòel.n<.s mais extrrmndns lirla Republica
r 11i.ln Fedrr;i<:no, coin uni rentarii<mi lior \.ias di, facto -- n Criri-
fi:de~.ii<;iod<i 1:qundor.
-Ucerirrrmni, eritrrcnrtndns da tuniiiltoi, que foram expli-
cavei, pela sliliita traiiiforiiiii<ão por qiir 1i:tssara n eolonia, sob
1 ahsoliitiiiiin, n iiiipi-rio ço~ixtitiicioiinle rrl,ieseiiintivo,
suh i> icelitro di, uiit 1iriiiril>r yiir J o s e Boiiit;~cin ~tinistarde de-
iininiiioii - xrri da 1ihcrdadr.n.
Erriin-se < i n t r ~O ~wimril-oe O seiundo ~<<?inado o lwriodo
r<,geiiciiil, iiui ioiiio p r eiiinio dr deirioci.ncia pura, assim jiil-
gado ~ ~ . lilliistrr.
<i ~<~r?il>niiri dr. JoUo Ribeiro, niireolado rstiidio-
ro dc! iin5s;i liiatoria, em r e ~ ? u f i f i s i ~ ltl<nh:llllo
~o coln~~l+,molati~-o
do rriir<,iinrio qiir sr. f ' ~ . ; t ~ j a :«E' r.riiridinso o <,syrctaciilo d e
tsiiins roeaqòra q u r curgwir. o ercril1iulo niol.r.1. i1 g.:i»d<m lir-
roirn e o di,aiiitri.rsir t i d o s esses vulioa i,lur só o aiiiur d a
Pittl.ia iiis1iii.a e infl;iriiinxs.
Haitnria a rlinlti,rer esse ~ntr<,-nctr,de rrousos fiwtoa o acon-
teeimeiiro I<si>ibrndol,<.lo iiii,sriiri riirerito escrilitor:
«Xczulnriaarain-se as diias corrrntrs ~ioliticas,conservadora
e librvnll qiit, d e ~ n n iao ;o\-rriio l i a r l a u i e ~ ~ do
~ i r segundo reina-
do n hell<,ra e n ril~lrii<lrirda opiiiião livre roiiiii r / / < e~r i s t e nos
pciizi.s i i i l r i s cii/bia».
.i ~,roit.guir uir suniiri1il;iyRo da epolieia, que dizer do sr-
guudo rriiiindo
rlir~sr-ia que passou lielo Rrxzil um solirn n i a ~ i e o . dissi-
pando n i~iiiirancix das massai, a co~itus%o,a desordem, a ruiria
- rscvevrii algiires u m historiador extrxngeiro. O eirisrrio re-
quiiitzi-se: r:idien-se o amor da patria, assoliiam talenaos. en-
gra~idecziii-ar a3 sciencias e as I ~ t t i n s , as aspiraqões generosas
c<~ntii~~lieniii-sc,sprirriorm-se v i ~ t u d e s .encaina-se e robustece-se
n o col.açno du p o r o o sentimento do g w n d r e do justo. O iiii-
pei.io libertou de uma t y r m n i a ; affrontasa d a civiliaaçãa, tres
relmhlicas liniitrophes e altim sahlirria-se terrriinando a sua cru-
zada do h r m por trocar o iml>r:rante «uma eorõn de rei pela
liberdade. dos rseravizadosa, ~ i o i sque, como eReito e causa, re-
Iacionam-se as duas ultimas datas celrbrrs da historix patria : o
aureo 13 de l i a i o e o rlorioso 15 de Novembro.
Eis, serihorrs, o iiiiriusculo, esfumado raboqo dos ultimos
cantos do poema iii~cioi~al, que é a histnria da nacionalidade ;
por onde vêdes que Portugal tem do que se ufanar ~icriinte
a. hun~itiiidadr~ exliibindo 11% Ameriea Portugueza suas crrden-
eiaes de bt!nt!memncia.
,i nossa cornrneinoraq3o i., srin duvi<la, eoino o entendestes,
lieroicos lusos; tanto nossa conin rnssn. E' que constitue anx?ão
brazileira uin piodiicto asiigiialndo e assigr~nladord r \-osia lirei-
tnrieia e h yr1;i certeza dessa idrlitiíirn<;$o dox doia povos, que,
qu:tndo aportars ás pingas brnailicas, seiitis por certa a iinprrssão
irrel>riniivel de qiie palmilhnes sólo liatrio, ao que para logo se
TOS del~araraconíirmaqão no iteonchi.;<i d r irinâos, q u t tcmaspnra
comvoico, n6s, os ~ ~ o r t ~ ~ g uda r a eAsm e ~ i e a ...
Xeiii só sociologir;imente A uiiia crcaqao portiigurza esse
yniz qu<: assirn: rili r;ipido e lurniiioso cyclo foi rrolveiido, a t é
reiiioritar-se a cniistituir uma iiaq&o que, ~ i otempo do srgundo
iinperio, uui est,adista repiibliciino defini:^ ruina democracia co-
ruada»; é tamheiii uma conq~iistadas teirierarias quilhas lusi-
t : i i i i ~ i eml>enhadas
~ em domesticar o rjcrniin rebelada c tenebroso.
- C i n de nossos mnis fi~srrjiidos jol.iinlistas, solrm~iizaiido
em carinrj etrrnos <I ultiuio c : n o . disse-rios
bella~nerite o que e m o oc<,nrio iintes <ias r r ~ > r d i c G r sintreyidss
dos nnutas lnsos, q u r abriraril llistoriit d : moderna
~ til-iliiaqão
uni capitulo eiI~lri~doi.oso e trciindii rii, ui;ira\~illiosos resiiltndos:

.Ainda a homaoldsde em h e e d o oreaiio


Era oomo o rariallo em frente ao saierana :
Vi8 0 0 3 ~agu*ihnes turvos, deacornmonaer
A m a l o h s triumphal de sphinyel ooiolJ&eb,
li dentre o " a t o azul !evaocou-se o mírtcno.
O nanfrapio d e u m lado, e m psramo funereo
AS ondas oonveitendr e o terror. muda rei,
Babre um throuo d e e 8 v n ao onrro dando i !ci
A triste ~ a s t i d s oda pe!ngo medmho
A ~ ~ O BseS atrevera o fugitivo sonho
De u m a aooa ideal-fitara em pieoa msnhs
.
A c r e a p h sli..
. . . . . . . . . »

No ambicioso anhelo de desforrar-vos nobremente d a mes-


quiriliez do territorio, como ewrrveu u m de vossos mais peregrinos
ciigriilii,~. fiirestvs, U poriiigiirzrs, dr: cada ~iiiiiou cni.av<.llaarciii-
riirr.ii.a. r> tl,ioiio <Ir.\ r o s~>brt.nnia
~ ~ ~ ~ 110 OrCR110 e: «por mares ~ i u i i r ; ~
dniiteq iinvt.gxios», logrartrs c<iiiiii~uiiir:iro .Atl;~iitieo eorii o iciar
Iiiilico, sul\-eiido u i i i srniidi. l h l r : r i uiiii-<irs;~l.
( i l ~ i i iI>rl.enn2?l,
~ n vcissn iiuiiic,,, ó liurtiigiirzrs, e IIOS~LTIU~LS i
f i ~ i i :ar:
~ \rosaos iriiiiertrrritos iiinr<,;ii,tes !
E si i, di,~col~riineiito drss;i vossa st,qiird;~li:itriitl 6 poriugiii,-
%ri.i0i ;Ll>r:iinqiini e.iiuodio do I,criplo afrie;iiio ou si t r r r i:oiiio
~iiiieo e I,~.ii)cipalrii:i:or i i i i i <,rro ou dvsvio iiiíiiluirtnrio da d r i -
rutn-nasiiii o pcriiiittiii n I'rovidciiein, rnn,uti.~irc! l~alnvrns do
<.iiiiiit~iit<:Lntiii<i Coclliii: yiir vaa 116r f<'cliu a r.stas lig<:ir:is :.r-
tli.xõrs, cola q i i t : i ~ \ <T-<>LI
, ilriobrigaido c l i ~ iiiiiiii.rriidn disriiicy3o,
coiiiiiietid;i, I ~ i l oIiistituto IIisroriro i: Grogriil)liico de S. Paiilo,
itt! rrlxcseiitai-0 i t e i t ~c~ilvi\.io t;~o grnl<l i% I I O S S O ~ C O r a q U t l s ]ia-
tl.ioticos : aaissiiii o i>eriiiitiii ii. 1'rovideiici:i : I>nr:L que snliissit
\.<.i.dndrirn :i i ~ i i r i o r~ii<. f"tnl iia ca11ei;i doi 1iiiiiiai:oi ncoiitrciiiieii-
to;. <tiicL o fr.rtil coiitiiieiitl,, oiidr! rstá cifrado eiii iiossos ti.nilioi
o fiituro n trariaiori>iiiqâo da liiiiriaiiidnile, n. tiwn do trabnllio,
da rar;io. da, lilierdatlr, fo;sv dndo viu l>rr,ir~iitr:i l,olii.r. á escrava,
;i <lerr<.]iitaEiirol>a dou iiiyiiisiriorrs e dos iIyiiastila: roluos<~riiiir<~
.r iios dr,l>xmu~o i flii,soiiros <.acoudidur: l>cl;i iiiexeriitarrl iiiiiiii-
íicc,n?i:~c10 :tcn50~.
ar. Cesario Motta

~igrndecerrdo-vosrecoiihecid:iiiieiite n i,levacl:~hoiii-:L que iiir


dispc'iastes, elegciido-nie mri~ibiod;i ronda afieina de trnb;i-
1110 nobilitante e fecundo, dreiiitrrrisado c ljntriotieo. de eitiidi,
e propagaqão scientifir;~da Hi'toria c da ( + e o ~ r a l ~ I rrlo i ; ~ Brnail
r d~iiionitraq8o do seu loyar ~ i nIlistoiia &i. C:irilieac;;io; agra-
deeendo-vos, rpliito, esta tzo subida quanto imriiereeidn distiiieqao,
r pelo qu<; vos proinetto f v w r qiiniito caiba. erii iiirii <.sforça r
reeorilieeirnento para brin a iiiewcer; l>i?rinitti-iiie, qiie, ?.o t ~ r i i a r
ho,je a lvalavra para o cuinpriiiiriito deste grato d e r r r . iilirrir<,itr
:iaceasião que o hutitutu IIi.storicr, r ( ~ e r ~ ~ i . i ~ p h<le
i e,%o
o Prii~Zr,
me proliiein nesta jiistn e devida ,~lorifieny~io no s i r i i excelso
heiien~r!rito prt>sidr:nte, o falleci~lo Criario hlijttn Jiiiiior: liam
cuniprir iiin nutrn não menus ~ ~ a t i ~ s i i derri..
iio
E embora este exija dos iiieus frncos recursos x t i i i ~ r : ~ n d c
osforqo, quero tamhem, nqiii, r o d e d o dos seus aniigus r ndiiii-
rndore', prestar iiestn oeensiãn n 110llln1~~~111 do meu :Lfl*cto r:
recoiilieriineiito lierarite ;i efigic 1 aeabii de ser i,xl?usta ;i.
iiossa. reriera~zn.
Quero tambeiii fazer cGro nos appl;~usos desta aftirinaç:~~
solrinna de gratidão para eoin o lirestante rst;idista: que, eoiuo
~pesidentn dpsta assoeiaçUo, tAo relerantes serviqos, l h e prestou,
e onde os seus meritos ercelieioiiaes eonqiiiitnraii~ o mais lron-
rosa logar.
Sinto coiii isto uiii prazer doloroso, si tal nssoeiaçuo d e
~ > a l a v r nIj l>i!rinittida ! Forqiir, si n%o nie basri~sseiii tnotiios
l>e;soars, <,iitre ellva a ainizade t! ele~rndos favores qiic jániais
poderei es<(lit.ci.r, co~rique rrn rida C ~ - s i ~ r Moita io me distinguiu,
sohraiia n dn i~iiiiliajii.iitii:ida atliiiiri~qRo ~feliirqualidndrs e vir-
tiidrs dwte Iioineiii estrnordiiiario, para atrever-nlt, a Sallar
delle, dcantr de uin aliditorio t i o illiistritdo como este que ora
se diyiia i*sciitar-iiie, e n<-stit em& onde a y r d a fatal do rabio
i:xiinio, :~hriu~ ~ ~ t i i l l ~11111a c i i tI n~ ~ u n adifficil de l>rreiiehrr,poviliie
i ~ â o<: fzicil riieontrar, niim irieirnn ho1ii~111.todv o 111.estigio
iit.eessnria 1mi.x orinitiir eotn ii.rr~sisti\sel miigia a s iiu~sas oyii-
iiii)es r, l>i.esidir sol>r~r;~i~ntiii.iitc lios nossos destinos.
,Iciini. o qiie poderitt payecer da iiiinli~i liarte uiri acto de
siii<iilnr a~idiici;~,oii de estr;iiilinr~el rsidad,., sj~.iiificnapenas,
conio diwe, uin dever de ~ r a t , i d a o , pelo qual nqui venho rrri
l>lii.air clih e des:itariada iii:is iiiic<-r;~, juntar a iiiiiilia voz f i a r a
e seiii aiirtoridicdr i p;rlarra elnrlnerit,e dnyuellei que o1.n aqui
rstnn Iciii~iiiidoe t.ziiltniido iiina das mais sy1iil!at2iicas: diis riiais
illiistres i, d a i niaii 1ionr;ida. indiridi~alid;idrs rios nossos dias.
A esse viilto l~riieiiiinrritc. qiir se clianinu C ~ s a ~ i oMotta ;
qiiia duii,ili:~r;i L~el;ip.~ln\-r;iiiiie~itp~ correetn,, e o i i e i ~ a ~
ndeyiinda
sriiil>re. iiio,ciietizedn lirlo rPit,O ~ 1 > 1 - i 0 , n;iturslniriite iml>uluivo
da idGi;i : q 0 trndlizjllii
~ 1 1 0 ~ilo~-iriientn eiirivulsivo dos Inbics toda
a etinrsia dn siiit nliii;i r,spnriiira, toda n iir,~iiilino doi. seu* pen-
siiiiirtiios dnliiin;mtes : que deixava traiicliizii. ria scintilla~ãodos
si.us olhos o tkii;iti~riio das siia8 crrnqas ; einfirii, n esse Iiomeiii
exrrnordinario, que llor seiis dures eniinentea, foi para nós ereni-
erisinainerito e unia corno q u r orieritnqgo ~>rovidencial, eu-
cariinda n a prrsonalidadr liu~nnna.
Ko iiniii<iiiso pesar çoffrido pelo ~iiiizinteiro: praritenndo o
oeraso desse eollosao de r;iliriieiito e tâo deverar pieitautel o
iiwiui qniiihâo de 1;i;viiii;is G rrrtxmerite o nosso. P o r q l ~ ea
exiiheraiicia dus dotes e ~ ~ i l r i i d i d odo i chefe que esta casa diri-
?iii coiii n siiti I,oderos:i iiitl~irnci;~, r iodo o iiirxg«t;i,rrl thesouro
dos seus 111rr<,~ilneittos, i, esta sociedade t e n e a liorqiir.
elle Ili'os dedicou coui a mais i;iiicer;i itifeiqào.
E' p o r isso quf? B ~ttemori:~ de tantas r tùo aei'ysolndas vir-
tudes. s e r i inrxtinguivel ei,~nossos cora<õe..
E aqui estainos nfirliia~~do,que, para o Iiwtitx'to Histririeo
e Geoiliq,hico de S<io Prriilo, U<.siirio I l o t t a o seti chefe
nAo niorreu : nppnas restituiu á terra o e 1~ h,,e r n r r oinvoliicro corru-
utivrl. mas vivo e ri\.rr.k semnre iinra nos. siibliniado no lnine
A A
do seu aspiriro. nas sua- yalavras memoiavais, nas saits IicqUes sa-
lutares, nos oeiis riobres exeiril>las. nos seus sensntissiinos consellioo.
Ainda aqui domina e doruinari sempre esse grande ~ s p i r i t n ,
embora o seu corpo esteja no fundo de iiin maiisol~.u, transfur-
mado em pó e nada !
.Já vêdes, senhores, as razões em que eondensei este sen-
timeiito, e que não conseguem, siquer, t,raduzir a rnngua que
me dornina. JulgAe assim de qu:mt,o seri deficiente o que i~
cabeqa dia respeito, si I> que se refere ao cora<;io, t i o lialido se
mostra e desbotado e frio!
E' que a verdade é esta: ainda inrsmo quando o tempo,
esse, eEriia de todas as doresn, r r n h a a digerir o excesso desta
ma-pnin, restabelecendo no espirito a serenidade e a placidez que
tanto Ilie faltam agora, difficilmente se poderi corresponder nunca;
ás exi~<entissimasiinpo~ições de uin dever, a que a mais grihii-
diloqw palavra seria certamente infidelissima traducção.
Mas, iesta, a triste coinlreiisap3,o pela Providencia concedida
aos que ainda têrn eora@o para se Iriiibrar dos mortos, saudades
para esfolliar sobre as sua3 sepulturas, e ls:.riinas.. .pois porque
rijo'?. . .lagrimaj, que nem todos somos itstoicas; lagriiiins, para
chorar com a irremediavnl p r d a a nossa propria desventura !
Este é, senliores, o nosso ioais certo misnrriino recurso: re-
cordar os que em vida nos forani caros, e iia morte jámais es-
quecidos, avivando a amargura da nossa aliiia coin a leinbrariçit
sempre grata dos testemunhos do seu itio11-idavel affecto, colii ,z
meinoria das virtudes que Ihes rzornartlrn o caracter, c0111 a re-
cordação sempre viva das circiimrtançias que ora apertaram os
laços da aiiiisade, ora mais a railiearain D O coração npadecido.
E' assiru feita a natureza Iiuinana; <' assilil a paixão irre-
signada.
Kada mais escuta sin8o os seus mesmos eitos ; nada mais
a consola do que o desentranhar de si propria os motivos do seu
carair.
Assegurem-nos que sobre a memuria Iionrada das mortos
que choramos, todo o esi>leiidor se reiieetirá da superna d o r i a :-
Üão deixaremos por isso'de rasgar o proprio peitõ, p a r i que iis-
sim: dilacerado, offereqa alimento á dõr.
Parece até que rião saberiamos aproveitar esse pouco de
que a Providencia nos faz iuerc6; parece que ficariamos para
sempre ineonsolareis, si, como o regio conuorte da desditosa Cas-
tro, não fossemos at8 levantar do sepulchro onde repousam, os
restos dos nossos mortos queridos. Não para obrigar attonitos
vassaiios a um funereo e tardio preito; mas para assim ~iiellior
satisfaaerms os impulsos do nosso nunca extiricto affecto; não
porque nós saibamos a -.irtude de volrwr de novo ao mundo dos
viventes, aquelles que nâo ~ ó d e mresurgir de seus sudnrios: q u e
si, Cliriato t r í c l>odiw 1,ara riit~ndara 1,naaro q11e se ergiinsse d e
>i:ii iuiiriilo: iiias porqne erocniido-lhe; 3 iiirmorin seiiipre que-
rida, attraliindi~a i n ~ t i ~ e ires1icitadn
ii no fóco do iiosso iiiingiiiiir,
nos parece eo~itiiiiiara yi.1-os rwi toda n verdade do que fr~raiii
rin corl~oc: i,il>irito, e asiiiii alin1ent;iiiios r!nl 116s inesmos essa
iiiiica iii:is, gratissiiiia illiie;io. iohrt: a qiial u lropria morte iiao
tt.iii poder:
v ~
« Cio~i,sr,liiti,o-~~r>s.~s .
~ . o r c !./ ~ ~, >)~ ~ 7 ~
lias, ai>iihores: lnin a p < ~ l l e sque st- iino podcui contentar
coin o s<i trihiito de saiidiides e de lagriniaç, di? atfcctiiosas lae-
tirii:is r gr:~iiis recordaqõi+~i o n ~qne t iirbtural, Irias r u l g a r
da eoiidicùu Iiiiiiiniin fjzr.r cortejo ;i iiiortr., o rceordar os que
f o r a i r e s~~;;eri~di!yeresl cii,jo -rnt,issiiiio e r c r i i r i o n i o consolri
iiiznos dri que as lagriinai, srntida sirii, inas iiisuficieiitr iiiani-
fe,taqS,o do i i c i s ~ i i affectu.
Exaltai. 81 iiie~iiorin dos çpe, iiiorr<,~ido,doisnrain tia teira
ii:Fros, os a<,iis iiirontt!staveis direitos a sert:m leinhrados iin
i~osteridadr,. crlzbrai~do-llies o ;eiiio oii o talt.nro, definirido-llies
o valor, iiieiiior;iiido-1110s os serriyos, iiatt~iiteni~do-llieso desiii-
teresso, ai.iiiii<:nr Y l ) r o l > ~ i anorte n. niais erlloi das prerogtbii-
vus cqne Ilir asiollaiii a. sol>t,ninia; <. iiroliihir au rsqiiecinieiito
iiue 1nbsse 110 lesar 1 1 ~ 1 ~ n d < transitou! o qeiiia !
E assiiii ~>oiiiosheiii em i.rideneia, glorificando-os, os bciie-
ini!ritos que sirvii;iiii devotiidaiiirnte n siia liatria ou a sociedadt!
ixni qualquer das i~iulti~ilns nlnplic;isùei da actividade hiiiiian;b.
Porqmc. ixiiibeiii i: s<ir~ri~.o ;i sociedizdo l?i.estad;i, nt<: coii~oiiieeir-
t i i o , o glorifcnr as int<~lli~i:iieia,;,, os taleiitos e os geriios da
scien?i:i c d;r iildiistrin, da !ittt:ratiirix e da art:., du linrriotisiriu
t: ilrriiiteri.~~,..

E' niiiiii q ~ i e iitrayez i105 s r c ~ ~ l o ,s~, I ~ ~ i f i e i ~Cope~.riico,


n~os
i;alilru. r Tielilerl qnz u o s d 2 0 a coiihecei. a i leis do riioviruentn
d i ~t:.~:,, i. Sra.toii, Lal>lac<*i r Hi,rucli<~ll,i ~ sIris dos inoriineii-
tris dos astros; Fr?.i>kliii, qur nos r>i.eierrn do raio, e D a r y do
<lirisn ; Latia 'i'f~rsi ~pdescolwe n lei a<-rostatien,1,oureiiço dc
(:uiiiiko i{"<: iiivziltil o ;il>liarelLir>que a ioriiprovn, z lIoritgo!tier
1'ilnti.f. de Rozirr; qiir sr! npos;Lrn dos ares, librnndo-se ii'elles:
P a ~ ) i r i ?q i ~ ed<,scobr<. n forca diiinrriica du yzpoi., Jaiiies W a t t que
:L ~ r i ~ c h i n i i i i ~ :Stel~lieiisoirque L a I ~ i ~ l i caa locoiiiotirn: Gal\-ani.
<i"* n 0 d d :i:i electriridade; Gutteiiiber; que yela i~nprensaac-
colrrn n eoi~iii:iiiiir<i~âodo pensairiento, ITlieatsto~ie e hforoo
que ~ w l ntele:.ral>liia i:!crtric;~ llir dao a rapidez do mio: k'lavio
(&ia c Marco Polo qiir nos dHo a hiisenl;i, tornando segura a
,,.. l \.<v.p, n ~ : ~ o :Noser H:icon r Zncharias Jansen o tclrscopio liara
verinoe ni. nsrvos, o o iiiicoacoliio para vermos os infiiiitnineiitti
pequenos ; Torricrlli e Urob<-11, o barouietro I,arn ciiiilieceriinis a
1)ress"B othmosliht~rirn e o theriiioinetru parn iixberiiios o *. ...raii
de teriiperaturn; Calonibo, qiir dizem ter <Iescohert,o a Ariierrcii,
-4lv;~res Cabral que descobriu a Braiil e Vasco d s Gaiii;* o en-
minlio da Indial rasgando novo hr>risontes mnteriaes; Socrates;
Aristotelrs o Platao, Co~lito, Speueer e (iiitros que nos n h ~ e n i
novos Iioiisontcs espiritunes; Drscartes r? 13acoii qiio concebt!ni a
perfectibilidnde iiidrfinid~n:i ordeiii scientifica, Turgot lia oidei~i
soiiologiea, Condoicrt nus condiçües Ijliyiicni; do 1ioirre.1~;e Jesiis
Christo que antei de todos exprirriira no arii verbo siiblinie e
purissiiiio, a forniula suptirior e divina de toda a l,arfectihiliii;idt?:
e.iinsr-vos iiiis aos niitros e sPdr ~ltwfclitoseo1i10 T706S0 Iiae ce-
leutiiil. »
E 1i'r:stn glorifiraqRo deve ter l<iyar l~roiiminciite Cesario
l\Iotta Juriior, o brrieiiierito brazileiro que alrw de tantos outros
iiieritoa, teve o dc ser e n t r e ~ i ú su grz~iidr iiistitiiidor e l~riiiei-
pal fnineritador das in:iis uteia r: profieuas instituiqüra :-as os-
cbolas piiblieaa de i l l ~ t r l l ~ ~que
% o ,sio hoje? titlvi!~a maior gloria
d<:stc Estado !
r isso serilioresl quando uiiia individualidade prestantisai-
m a como ii dc Cesnrio 3lott;i. subi tnneam(rilte desaliparece derte
inuiido de n~iserar,eis contiiiyencins. deimildo n a fbce da. ttma
aqurllr rasto iiiitxtiii,gui\-d de luz qiiiii<: promana da SUA e x e ~ ~ > c i o -
nal caliaeid;~de,l>odei~?os que Sni.:~ni a s s h desditoroi l p r n h a ~ e r
de contnr rritre os tristcs casos do seu trinlio, este, mais que
t,riitel tr;~yieosiiccrsso, por rlle fiilriiinndos, dar livre ciirso aos
beni ,jiisrifirados transliortrs <I:L dor piidr-se e1:ornr ,, piie « as Icr-
gi.i,ii<ls srio do h,,i,ieiim; póde-se eboriii., qiir este* toi uiii 7-ei.d;~-
deiro aiiiieo ILOSSO e a ellt: devemos 21 educa;%o dos iiossou filhos,
bin vrrdadeiro «amigo do poío.. conio o qnt! O inspirado eaiitnr
da IIc~ryir r10 <."i.el~te rhoroii tninbeiii !
F~seados,~\oiPiii.qii8 sej:nl): O* pl.in~eix(>st r n n s e ~da paixâo,
paz0 o inolridavel tributo ;i Iiiiliiana fi;iyilidnde, nao C, srnho-
res, o imnicrgir-nos <,,ir soiiibrio desespt,.ro, aliinriitiiiidu i& dou
pela illusoria rrprr.qeiitayio do qiic! ji n;ln seni inais do qiie unni
realidade que piissoii <: que tein de nos ser dr~stirio. Outros s%o
e bem iriais digrioa teit<!niunlios do nosso iinprrecedoiiro aEecto,
os eriearps ino1vid:ivc~isqne a iirortr iioi deixou j outros deveiii
ser os cuidados do iiosso arriiolado n u or.
Uni hoineui como Ceanrio 3fotta Junior, iiZo pcrteiice ape-
nas ;i iitii griilio: embora iiiiiiieroso de anligos inioiisolareia.
Ristrieto, bem certniiieiite restricto, si o comparainos i iiiiiltidãn
imnierisa ~ U Pnellc perdeu iiinn forca e unia eoiifiaiiqa, <.sefx
~ r u p ode aiiiigos dti aleiil da inortel d a r c ser o yriiiieirn ;r levar
solicito ao pavbz da liistoria, algutn dnquelle ciinento necessario
ao pedestal onde t e r i que elevar-se uin dia, iicrarite o mundo,
o busto deste brcmileiru illustrisaiiiio, cu,jo eivisnio adopt8ra por
dirisa : Pi.0 i'crtrin senillei l
Este ~ ~ ~ s s a u e n~euhores,
to, para logo corisiderado n a opinião,
e com saliejos furidnmeiitos, uiii verdadeiro desastre nacional, não
B sh uni facto ineraiuente consternador para n sociedade brmi-
Irira eiintciiiporanea ; é ti~riiberii uin acoiiteciirieiito de elevado
;tlc,liic<~,jQ n2o direi na o ~ d a msiieiitificn, iiias ira esyhara lioli-
tica r socii~l,crrtitiiiente.
S ã o 4 a miin que cibe a tarefa d e procurar nos antece-
deiiti.s do lurtuso ficta, rielle kiroprio e nas suas coiisrqueii~ias.
as bi~sest.111 que dix~uunt!nte verllrau~ assentilr os 1110tixwi de urri
seritiriiei,t,o qiie, lorigr de ficar transitorio e ~>rrercidourocomo
tudo qnr: 4 siil>erfirial. tente rastreai. ao ~ir<~iios. a importancia
da siiccesso: insinuaiidwse II:L ~nenmiia dos ~-indnuros; e assim
habilitar n posteridade a decidir com eoriliecimrritn de causa, si
os juizos das eontei,ipararii:oí foi méro fructn dos b s t o i d a p i -
s a ~ ou
, ruciocinio deliunido no erisól da critica justiceira, mas
xuster;,, da nisso desprevenida.
Keiidrndo culto nos assigna1;idos serr~içoeprestados por Ces*
ria hlotta ao liaiti/., "liumariidade, à sciencia, e yurticularinente
a rsta sociedatie, nâo me cabe tnnihem, nein e u O lmderia f a ~ e r ,
o elogio hiutorico d e varâo tRo eiriinente; csse està feito e OU-
vido pelas vozes sçintillantes e nusterss de eloqiientcs pxnegy-
ristas que, rendendo-lhe os m a i ~eliwados respeitos nn brilhante
apotli6ose da sua 1,odrrosa i~itellectunlidade, do seu infinito pres-
timo, e das suas preciosas virtudes como honieiii de sciencia,
como nhilosonha. como cidadzo r corno liornerrt social e r,olitico.
manifestaram' plrnainente o profundo e geral sentimento
-rands perdae da poderosa influencia que Cesario Motta exerceu
cni todos os animõs, por seu elevado talento e saber, por seu
generoso caracter, por seu iiifatigaoel pntriotisrno, e por sua
altiva f<', corajosamente maiitide atravaz de todns as contrarie-
dades.
Aiompanho-vos apenas, st!nhores, nesta elevada veneraç%o
ao finado Cesario Motta, crentr: que o pôr em pratica. um t a l
proposita, o mesmo é que remoinemr os iml~ortantissimosbeneti-
cios que lhe drvernos ; porque o niesmo 6 crlebrar-lhe os tnlen-
tos e g10riíicaliihe as qualidades, que diligenciar cumprir nesta
homeniigein um dever indeclinavel, dever cujo desconhecimento
equivaleria a mais negra das ingratidões !
Prostro-ma, pois, comvosco senhores, deante deste vulto emi-
nente, saudando orgulhoso em momento tão solemne a memoria
honradn dente brniileiio illiistrr. que tno aniiido e querido dii-
ricrite a vida pelo liovo, triii n a inortf, e itu ser inucril~too s r i i
nuriie nas pngiiias dotiradas da Hist,ori:t Pntriii, a a h(m?~e~titgens
di: salidade r dt. respeito : da Patiia a ciii<.iii I ien-iu coiii
tauta lt+irldade, do 1ior.o a quem extrenieceu coiri tanto aff'ecto,
e desta associaçno que rlle tào <levotadamente holirou r t-nyrai-
dreeii com n siia dir<.cqão i t l i e corri a sua esclarecida
collnbot.aqio r coiii %enorriie preutigio do seu noine venerado e
querido !
E coirio t consolador, iin p r o f ~ i ~ i dtristtaaa a de tho rriiel des-
vriiturtr: conte~iiplar estes testriniiiilios dr adiiiirilçXo ao genio
subliriie, e dc sincera saudade pelo Iioineiii niiiahilissimo que a
niurtr prosiroo, p t n d u a siia i!noriiir largueza de eo~ilirciiiientos,
a licçho da. experieneia r? n iiindurrea do nnitiio, esk~r-am;~l>rin-
ao ,ta . poderosas fiteuldades u r i , lm;o horizonti* !
:-auas
PÍo mallogrado dt:st,iiio daqut?ll< hoiii<:iii superior, tiio rapido
atravessa~idorise fundo 1iC-o 4ne scpam O herqo da Eternidade,
e que se chaiua a vida ; t,i10 r;ii,ido niceiidendo da penumbra
hoiirosn irias riiodeuta dos oeiii trabalhos Iirofisaioiiites, atá is
eiiiintmeias do puder tùo r:iliid;b e tho reprntinamoitte jirecipi-
tado do faiti;io dessa rraiidraa, r i a I6briiv.n ?
solid8o do crinite-
r i o ; htt coiii efl'rito: serihurra, ninreriit i l l i i l h qllt. bastante l x r a
just,ificiti. t,udo qiiniito a rloiqtirrteia çhristn piidr discorrer n rri-
peito diste iiiiaerarel drstiliu huiiinno, tudo qiiimto idescarnada
j>hilosophia de ui:i ~ioiitivista s u g g r r e rssc iiiesriio destino, visto
a luz desaiiiiliadorn dos setis p<~li<los rnciueiiiios !
Eu sinto neste niomentu, seiitimos todos: ct.rtament,c', a 1 p -
ma coisa a dizer-nus-o que tilsiiii-. aitiriiiaiii, iiinsqiir ainda. iiin-
~ U W I ~ P " O T Ode L I , que tudo ncaba quiindo riiii cadaver resvaia
numa c a í a !
E t deante dn n~rtiiioriad r mii lionieni horii, de u m homem
querido, adorado e idolirtradn por uiii povo, qiie mais se fortifica
a CrILIl~ade que itlguina rcyi%o ~u:tis lun~inosa,I L I ~ ~risonl~ii: S
mais hrilhantr, iiiais >.astu, espera o espirito q a e se solta do in-
iwlucuo pesado dessa earrie qiie vai siunir-se no chios negro e
humido, onde só vive niis tri,vsi o ireriiie que a devora !
E só ..~. :r r i i i i , senliarrs, i. que eri sei exyliear o niotivo desta
srss&o e O de tantas oiitms reiiniíies exl>resssiiieiite coi~vocadan
par. a apotlieose dos hoiiie~is virtuosos e dos cidadãos bene-
meritos.
Si tudo acabasse coin a morto, para que estas glorifienções
dos iiiortos? !
p ni.t., que proloiig:lr, si riao fosse ouvido. rnse adeus que os
amigos consterriadas e a pzttria reconhecida 1 h ~ sdirigeiii, reiio-
v:iiido sein n coiisolaqiti> dc, iiiiin esltrraiijn, uiiin diir qiie nfflire,
xni.ivrildo ;L IPIII~N.;IIJ~:L di,. -c:si.iyiii que ii>m I,ódeiii re1,elir-s<. '?!
.\I! ! er~iiliovcs, <ilioiiiL,iii 6 ba5taiitc r g o i d a <, bastiiiitr!. iii-
grato liara Iinnrar n iiii::iiori~%dos rtw: ncn!,aiii, si n eoii6ririiiciii.
liie iiùo dii3i.s,<, qiiix as i i i ; ; ~ Iioinei,ngi.iis iiso SE ~>rrd<ml lia eu-
" ? e ,, , l i r i , a ; 1 e l e s I uiii
t1iiiiu1o !
\iaa niiida rp~it~iili,os iiii~iiiiiis i<ci~<~ceirln, ~ ~ ~ s ~ w~ 'I ~: CI , uD > L ~
, ClilC 1120 ill<>:'ie, 310111 ]>&siil # Ù < i
C O i i i O 1l:ii .i<ili!l~ Illlill:L ~ l l i i l b l ' i ~ <1
os altos eseiiil>loi. de \-irtiiilr: ci~icii.de dixlicnyXo liela r.:liiçu ~ > u -
hlici~,do aiii!>r]>r10 trnlia!li<i ~ireitiiiitr>e i ~ r i i ,de lide. iiii.rss;iiittt
eiii ~ > x ida l iii<triiiyàrj e do <leseiivolyjiiiiwto ?era! do lisolirio
paiz.
l:i<,s i~xei,il~!oiiirniii rivos e ii>iprcssivos liara as ~.rinyõris
o , c o I e t L i , 1 l i lira-
tien <l<isíaql ~ o ! ~ i e i ~ i l ~):~sí!tii~,ias,
,~e~s <ji~c!0s I~olne:i~lili~is ~libtiii-
ctns e as 1113i!? ~IOL:!VI~S r iiiiiiori~iltes C O T ~ ) O I . ~Se ~ Cnl>IcQSaill
~>~'~,
i&~ . ~ i l d : li104 i '{iie. coirio (:r$;Ii.io .\loit;t, !1n's;ilii 11ert:~ ida: C k i -
saiido 711113 hi>ilro;i~i, ltou~.t~disiiinz~ ~l~en~oria.
Este iiori~r.i i i ~ r r i ~ i iiia: ~ , iraleria dos brnzileiroi Iii.iirii,eritos
1 i i 1 l t d n r t r j <, da lniMicn adiiiiiii>trnq;io
iine 110 m u ~ i ~ tili, l i ~ :~lci!,i(;ado iiriiileadi~, ai.1.d 9i.iiiy~e l(,uibra<ir>
~ i i i i ol i l m i ~ gloriii L : ( I lii:iii r l ~ ~ i ~ ~ c i l > : ~] Il ;~~ tI ~o ?l.?st:,du
~~t<!
~ U L O! \-iu iiascrr; <. iiii;:i l < i n t e d<: asiiirii<:ües gr:iiei.osns e dc. i i o -
brrs i!iniili~;ó~~ 11iil.i~os clii:; de f ~ t ~ ~ si c. os o , ~ l ~ í ii~sl,ir:u ~ r e ~ ~ ~1 ~ 0
sei, r,.c!.iiil>lu.
For isso: n. iiiorii! qii,, liuiiilr abalar n y i ~ c l l ieoiosso, a iiii>rt<i
c p e teve f<>i.yi~ l>:il-:t O t'nl~ilini~r~ 0 1 1 1 11111 ~0111.0 d ~ i f e c h n ~ l r i « - I l ~ ~
'ollp eei.t?ii.u e criiel qn<. ~ i l ctiiilia d e uiaiur, de I I I ~ ~ I ~ O I ~ ,
de iiit~ish+llo. dr. iiiais ~ > U T dO<, ~u:tis~iiobr<: ~ ( 5 mais coiri1ilrto.-
rio cor:iq%o: tis;> iiiortr, icii>rrriitn: suijita, iiiesl)cradn qiie iiol-o
roiihoii lmra seiiipre, dcix;iiido-iios :ittonit,oa r nttiirdidiis; 1 1 % ~
log'rilní <~oiiitiirlo,iiiiiicn; fiizrs-iios r:s<liit,ccr o n.,iiigr> Icd: o iii<,5-
t r r isriidiro; o ci>iiip;:iilii,i~.o ii.1, o e,,ii*ell~~~jro ~iriidriite, o'cidii-
dào 1>r~,sriiiitis;iiiio,rl~i<.ncji :~iiia\.niiins coiii todas as \,eras cI:tb
rios.;ns al:rin; r que yiwr'i i~t<~riiniiiriits= na iio:;-.n. iiiriiioria v iii~s
noaioi r«rn<;Gv; !
:%i n iiilitiY'in <trhnl>pni.ceeiido3 ~ ~ ( I S Y olilos, U ~ ell~el.l.ad:l 1lii1n
<.sc]iiifc,; iiias o cipirito. <,;i,5~.n:tde ,: "3 liiit<, que 1101 <101~iinou
~ O I I I ~ I L ~ L - : :lindi~
~(J~
1 :
i~,col.il; pi~irilllcloentre nos, s o h l ~1 1 ú ~i~ispirnt~- ~
do-;i«.;, nff~;:aiido-iii>i, r o r r ~ s ~ ~ o ~ r d e :L" n d oiiosso :if<ectci: coiiso-
:ando :L i i 9 a i : i Sniid:~ilc,!
T u , boiii it111i.o coiiio verdadeiro I:t.iieiiir:rirr> qiie tn-3 vt,.aes o
foste,-heiieiiieuito d;r nrivi>eia: Iiriii>i~ieritodn l>atnia, br.iierneri-
to d i ~h~u~iituidnde; si O I I T ~ ~ ~acaso
C o qiir! ;ic;~bo clc! dizer> e l a
d a eiern;i iiiorad:~iiic disiiiiis:iste niiida iixi at<iiiiu d:rqii<,lla bori-
dade <.oiri que t r i i i \-id;~te ni>roiiv<!distinguir-iir~. certo li«rdoa-
<lu estou ji do pouco que de t,i diisc i. seiii iluc diswise o q u e
iiiniq de\-i;,. Est:t lioi~irri;i~riiiq i i r . a. l i i i i i l i n liriiitny%o fez tâo
drfici<.iito rjiiarito foi n;r vvr<lnd:. rraiid<: o tcri vnlor, nrollie-n
ri,, niiiigii, <.miio ri que C X P ~ ~ ~ K - ~ O I T IL O~ I N reito to dc gratid2o
niiiiindc ~ ~ u m n ( ' l l i nrii,o
r sabe, dizer; ncnllic-n ioiiro urn teste-
iiiuiiho de eiitliueiastie;~;iti;,iqào, qiie t:~ntu rerntou. vivo tu,
<Ir r:iiiploriosna oatriitz%yiics, rlii;iiitii siiici.ru elii ru:i riidr! r3st.n-
cia, agora e?poiitiiii<~i,.;follin, ~ii,raiit<:os q tiio snbiaiiieiite
dirigist,, c! te ndriiii-araiiil sobrc n t,iln sel>ulturn. i.st,-r beiii sin-
,qrlos ~oi~.o;.,smn rilidar iio ,p~;iir l>otlr:rSo vnlcr a par dos fcrstües
<Irinyrto c T O E 3 3 COUI q111~o u t r ~ s11eul liliii; colillietri~tt,~ L: estio
ori~aiirlo!
Esriiil>lo r estiiiiiilo a 1~oiviiiduui.o~.o que heni o
iiierece;: s:.ri.iio c? tiniiqiiillo iioj seios d ; ~iiiorte ; repousa para
sem1wuu"teeriia 1,n.z ! QIIP o ttlu <lescniiçu rni~tiniir,. a ser l i
t i o l>:,r<lur;irt\l roiiio n a 1i:i.triil qiic 1:liito ;liliaste, si.1.i tniriheiii
p<!rdurnvel n tii:~iioiiir-nda !
O ti:ii iioinn iulirj. aos c<:<is u11i.iiqnnrlo liov tiidos aquelles
;L qii<ini a. tua. ~ ( ~ r n j o siiiiciativn
rt r a tua iiidoniorr.l ~,i,rsisteilcia,
iipoiita n i t?steiiiiiiilioí vivos dos iiiiiiieiisos heiieiicios e berii estar
q u e ieiiieastr lwofieieiite.
S?o na t,iii:s l ~ i ~irr!ri<li~iiti~s,
j o t o do Estudo, os
sr,rviyus saiiitnrios, ns esrliolau iiiodi?los: 0 3 ~ r ~ i l , o~s~ c h o l a r r t 05 s,
jardins dn irit'niieia, a nt,trstareni 1~1:~isdu que (~!oq~'.e>~te~nerlte,
qnc nquelle que tiido isto criou. *i ii%o tiiilia o geiiiu liulitico,
tinho o qiir rnlr! iiiiiito rriais: ti~ilia o ~i;itriot,isiiio c.sclar<:cido
q u e snl~r!vCr ns iieceisidadrs da iii~yiior- dar-lli<,s rpiiiedio, dei-
xando rio Ioga? de II~~I:Li n i c i i ~ t i ~<:>~l > I ~ ~ i ne~ 'trnttsitc)~ia
ra doeu-
iilrntiia d r valor r p c hilo d r diirar ii qiificieiite pare sereiri a ~ l o -
ria. de riiiia holiieiii e a 11o111.i~ de u,ti piria ! E' uiiia paliulaq%o
iriteira a. qu<>iiideixaste uni codigi coiiil>li.to de ~ i r ~ e e i t oes de
pro"driicins sn1iitnn.s r l>ror.oitosas, <, qiie eoiileqn a sentir os
l>riieficos efieitos CIO 31110~ eoiii qiic t ~ i d o isto criaste e dotaste
c n i e i c , qiio tr a~briiyoan iiieiiioria, torrimdo o
t r u iioiiie ~ l o r i o s opor toda n et,el.riidndr!!
Brsve Iiescrilição do rio S. Fraiicisco e Iliorirario rie Guilherme
Giimmerio peios sertõ!s do Brazii

O riii S . Frniici~co.I r - de liiiiitc. eiitre n ea1,it;inia


d<, I'rvii;;ii,!;ucii a K:iLia <Ir Ti>ilo; os Siiiii«,, G uni dus ~ l c i ~ i b
not;;\-ri,: ;iois ,jiii;ii-;r r ~ p r<Lr>i.rdo iiiit.rior dcstr eouiirientr, e
eiiiii iririiv,a d;iciiii.lle liiyo cri~i,ria;iduprliis iinrraifir~ <Ir iiiuitus
rscrii>ti>r.i.i.o C~IL:,! ?.lacllhi,.t<id,>i iis rios <. torreiitr3, q11r dos
riiolitrs alii-iiiii,>s do I'i-ri s e dirigp~il]>ara ci oriente. <~torii.zduu
rios riiiidnliiroi os la~iqnrio o<.c:Lnn, ~,i.iitril,:iluir.iite o I : i i ~ rir Ia
I'liitri, do ~ u ~jiiL I1ti1lgii~111 diividn ; \Iara~il!;io e tistr nosso. Por-
quaiilo aiiida rliii. i, h i i t e ou origriii dcstti rio por iiiiigii~~iii ainda
tt:iihii -;i<lii i~sl>lorad:i.c a i i i tiirlu a Iiilia rozùo piireee d?!ilo~lstrar
isso cuiii t i d n ;i rvidriicia, l~orilnem > n ~ r a r i n i i i r i iaos t ~ ~outros rios,
qii<, dvs!it ~ . e ~ i Etio < i H~-i~zil vor1.eill 1)arr~11 u(.I~RIIO, 1'3tC 1105 xne-
aes d i rr.i.;iu, rrii <pie iir vliuvns ncjiii 3%0 i i ~ r u iC ~nod<,rudns~ t%o
voluriinso .-i<. O S ~ C Uque ~ R .DS S L ~ Sa r u a i ainda 830 doces iL :&I-
g ~ ~ ~ n n ~ ~ ~ 1l j~l 1i ~0l i iii ii i s B, de~ltl.o.0 s LIOSSOS co~ltpiitl.i~tas, nestes
ultiiiios ;iii:iiis; subiriiiii rste viu, nilnia l>e<~ilrnn tiinharcayio, a t é
qii;ireiita iiiil:ir,s iii:~is o u ni;-nos, onde ainda era sutiici~~iite~neiit~e
largo e I>:.i,Fiiiiilii. (Jiliiiitii ar> iiinia. a darinos credito no qiie di-
epin os í l d i ~ ~ n ei ~nsi P o r t i ~ ~ i i r z r . ;elle ~ s<. a l > r i , ~ e i ~ tde
a h1
iriodo c1ulue. cerca dc cincoe~ita iiiilhns d e distaiicia do mar, se
~rreciiliitzdc altirsiiiias rocliedus o u cataractas, a que chamam
C a c b u e i r n f(hci,e,.r~s, no origiiial~e que não piúde ser r~inoiitado,
mais aciiiin, por a ~ i i r l l e sque vPni do m a r . PorPiii, ariiiia das
cataraitas o leito do rio s<: torce pi~rit O nclroC~te algumas mi-
lhas, deiiois srgiie-<e uiii $i.:~ride i i ~ y i .rio qii;:i ratàu eslinlliad;~s
muitas i: liirdiariiii:~~ illias: que sRo liabitarla~pi.10~h;ii.baros, c o i n i ~
t.arribrni o s i o i ~ smargein dti todo o l i I ~ < l . \lar. nesse mrsillo
lano rorollii areias aurifrrns; e cia nioradoves me i qiic!
era aiiiindxnte eiii ouro, dt. qiic nini.iir.ui fgz cabo. L t e , porciii, ;ir-
ra3t;ido por uiiia infinidadr de torrentes doe rijclirdos niirifrros
qw: euiiu onltados para o I'arii, 6 çoiiduii<lo linru o lago. AlCiri
disso.. sriiii
A
nóde eilcontrar zraiide uii;iiitidnde de excell<~iitr
nitro ; uiii padr,. p o r t i i ~ i i e ,&riu
~ u i!ltrstrado coiitei.;~ que esse
miner;il f6rs já explorado lirir utii cr)rrt.iindiir da Bahia; rise
padre asseverou aos riosso? coiiir>:itriotaa que viu esse riitro. Ka,o
ha duvida de que os noama, para o fntiiro, se 1120 de esforqnr,
para qiie se fiiqain a respeito, ciiidadosna ptrsquizns.
Julguei: porem, util inserir aqui o itiiirrario que recchi do
noaso coiiil>z~triotaGuillieniie (>liiiiinerio. Colir;~ clle que no
ternyo eiii que residia n a Calitaiiia dt. S. Vi<:t.iite, da Caliitaiiin
dn Bahin viera ter áqiiellas paragens Frailcisro de Souan ; tinha,
1iorên1, recebido de uni Br~ailieiise qiialqiier ci:rtn metal, tirado,
cunio dizia, dos tlionten 1\'~~6ai~oi~soi~, de cor andada ou celeste,
misturado com a l p s grãos de arria cõr de oiiro, o qii:il sendo
exalriinado por iiiirieiros, vr:riiicou-se qut! cii, iirn quirital conti-
nha trinta marcos de prata piira.
bttraliido por este engodo, o Gurarnndot. jiilzando que esses
montes c essas mirins deviiim 'ri. mais diligrnteiiierite exploradas,
resolveti iiinndi~rpara lá seterita. oii oitenta ~ O I I I P I I S : entre Bra-
eilienscs e Portuguezrs.
Pnrtiiido coin elles o LIOSSO Giiiiiniwio. ansiin d e s c r c r r i ~;i sua
viagem.
Tendo n6n partido da 1-illn de S. T'iiulo. na eapitsnin de S.
Vicnnte, chegámos primc,.iro a cololiiii (aldriai de 8. JIiguel, (qiie
dist,a cinco ou s<,is ieguas da precr:deiire, ISara o oriente, r i
margem do rio 8nhe,ilbz, e 18 <?neoiitrA~noil~roiiiptosos inanti-
mentos, qiir os srl\~agenstinh:ini de carregar As costas. D<~yois
atrsvei;biinos aquelle rio, nl~ósquatro ou ciiieo dias de riagem
a pé, por entre cerrados bosques, aranqá~iios para o iiorte, atti
um riacho que nasce nos niontes Gual.iiiiuriis ou illarun~i~iiiiis,
onde h* minas de ouro.
Aqui, tendo construido algumas cari6as, de cascas de arrwrc,
descrmos por esse sepndo riosiiiho cinco ou seis dias, e entrá-
moi, ern urri rio maior que dpsce do lado do oceidente. Ayuelle
prirnriro riacho se deslisa pelo iutiio de campos baixos e alaga-
dos, de lindissiriio aspecto. Tendo descido por espaço de dois
dias este segundo maiorl entriinos num rio ainda muito ninior
que nasce no lado norte da errrn de i'c~r.anari~ealia(assim como
o Aniieiirlii <li, I;i<lo sul da iiii,,ii~+ <.
ccrreiido 1,at.;~o ~ c e i d c i i t e
st.puiido n 1,riiiieii.n direcr;ir> <l<,s iiioiit,r.s, deliai. fiiriirniido uni
<.otovtillo. se d i i i ~ i !riai crartn cxteiis;in 17ilra o norte, e fiiinliiicn-
t e l cunlo 1 : 1 t si. prLnsa, s6 laii?a i10 uec:LIiol riltrc o
Cnho Frio e :i Cn.liit;iiiia iIn Espirito Santo, ;ibiiiidantiisiiiio tnn-
to de peixvs coiiiii Ijèiluerios: drio-llic o noiiir rle rio
dos ,\'0>~0l>i\. .
neac<,iidi> t:tiiibi-iii a t e por iiiis i oii ilezi~si!is dia.,
çIirC:?~no~ a Cziclioeirn, oiirlc o rio np<,rtado por liioiitcs elr,\-irdos,
corre iiiil>etuiisaiiientepnrn ii ioiiriite: Ilor esse iiioti\.i> aqui sub-
iiii,rgi:iioi. ;ia i,i>s=;is caiii>ei. e dtt unvo ciiilirclieiideiiios :L1-ia$eiii
, i r i , e v do orci<leii:<,, e qiic iiâo i. ria\-e-
,za\,el ; viii ciiicr> uii 4 s dia; rhí~gáinosa iiiiia. s e c n (4t.1-adissi-
iiin, traii,l,<iita ;i qunl <leicr>iiiosn <.;iiii,ios dilntndissiiii<is, ensoiii-
d o , e i E i c h , 5iiaE.s se vCiii liri-
<lissiiiios r i , c i,rodiizeiii fnctos do ~ ~ ~ ~ I L Ld~I I 113D.1 ~ U
caljeqa huiiit~i,n: eiij;hr iioies tCiii :i. -~USSII-ZI do dedo iiiedio, re-
~esteiii->r d< cnsezl eoiiio n d:is eantniilios, ?%ri de ;;ihor delii.;ido
e iiiriicc,,iii excelir.iite t o i r s t i , ~ , qzinri <ic:eciit,iiido qirp
elii. qiici. ,f<rlT~;i. da nri:rirc r7ir r eii<!iiiitr:iiii-se auvorei
desta esi,ivi<: iiiiiitns 1iiilIi:is lielo sr,rt&io driitro. l)eliois otii
trev i?i.,s clies;liii«s n uiii rio < j ~ i i ? deicc dri ori<,iire. ~>nasaiicloo
<yuall d u r n i i t ~qnator~c:<lias iios diri:iiiiui 1i;ira o nororire, pr:lo
i~ieiode I-irras c;~riil,os e ,li. <~ollliiaad ~ ~ ~ ~ ~dii i i lnrvoros*
rii a oiitro
rio n o \ - c ~ a ~ c l ,que i-<.iii d o l i i ~ r t r .: aii.;iresriiiiios este eni erii-
b;i1.cnq0ei, ;I iytw cli:~iiiniii-.li:ir~/,t,lns; c. eulii i ~ i i iiiiterrailo di+
quatro riti ciiicu l<.jiua,, t.iicoiitrRi~~oi oiitro rio r i : ~ r c ~ : ~ ~que el,
corre clulua~i du iiortc. Creio, liiirCiii, ciiie cstvs tre; rios final-
ii:eiite sr rriineiri iio iriesii,~Irito e si! lni~çaiiino Pui~igi<ic!~, $~or
este fuiidai,iriito, liorque se iiiclinaiii 1iar;i o Afrieu ou p;iru o
oceidr:nte.
N;is eiii toda nqiiella joni:rda rjue a t t ~ q u <lescrerei~ios,i nc-
iiliuiii t<.rrriio cultivado s\istúriioi, iiBo cneontriiiiios s i ~ a1111n, i ~
iiiiicair!eiit<: aqui e alli :~I:iiiiins riiiiiai do aldeias, nada do riveres,
:Lni10 ser a grnina e alguns fructos sil\,estrrs.
Obaer~úiitosromtiido i~lguiiiiisvezcs a fiiiiiaqa que so leviiii-
tavil, s i i t o que yiir rstes .erti>rs rngiieiain i i l ~ u i i sbarbaros, coiii
sii:is iriiilhsri:s e tillios. senr Iiahitn<Bo f i s : i l eoiix~iiclodo qur' en-
c ~ n t r a ~ >seln
c , ~ ~ c - n h u nli~~c~oçç~~paqHo
~n de eulturai. Fiiialmenti.;
jliiito deite iiltiino rio, d<iiios eoin ulni~ aldeia de indi:eiiai, r,
nhundaiiein de maiitiinentoi, coisa iniiito n ~>rnl>osito; risto q n r
r i t a r a ncnl>ndn o qiir coriiiioseo linriaiiioi trizido, e ji a l p i i i a i
vear.5 f;ii.niiios obrigi~dosn. inatar ijrnc c c n f i i ~ t o . ; silse,itriis
o u com I i e r ~ n sdo ceuilio.
i3i.nioraiii!o-iina alli ciiinsi iini iiicz iiitrin,, c triiclo felto ]no-
\-ii5o ile i 1 ronil:<.iiios r. in:i:.c!i;i p r n,> ~ ~ c c o ' : - t <c. ,
l~nsmd"doiirii iii<-z,seni qiie rieii!iiirii rio (~iiiu!iti.iisír~ii~oi, r-li,.iiiiios
;I iiiiia i.itri~dal a r ~ a .e hatidzi, c n dois ~ i o sde diticrentrs 7-,>!irnii.s
de a;iin: que correiido di. occidi,iitt. por riiirr as ~nont;:~:lmsde
,Y<~/,ir,.!iii.sx rom dificii1d:ide i.otiii>e::i ;iam o i i ~ ~ r t esoii : d\! o:,iiiiùu
qnt, $%oestar as fontes ou cnl>r.ceirns 110 rin S. b'riiririscu.
!):I. siil,r,zdictn a1di.i~ ;,ti: estrs ri<ii. ii;io riieontrinios 7-i;~:~
aliiia. 1>ur?rn soubemos que a1i.111 doi iiioi>tci Iiiihitnrn iiii:a riario
bzirhiira, ii>iiit,o l ~ o p ~ l o s aOS: ~ I I I I C ! Sinfon11iid<ii.[11;10 çc-i ,>"i que
iiii-io i da clie;nda destes Eiirol>ciii, iiia;;il;~:.:?iii i i i i i delles, t a r a
iicis cihrervar. Este liarendo-si, rnc<intr::do coiii os iioi><is,d;ilii
i.rsillt,~iique: dc incdo desjes liarbaros e ror escassez ,c! ijl.(,vi-iies
:~~xeis'Iiii<i-nw~ a volt ti^. ~ ~ r liiirsiiio
o r::iiiiiilio: i i v u triidn rsylo-
rtulo a iiiiiin; para rujo fini tiiil;:iiiior >ido e~:vic<los:e ~juaeiiririrtus
<li, fi>iiii, c h e ~ i r n o sáquelln r.l,lrin de hni.l:ircu.
.\i.eiiri que sc resiaiir;ir;iiii ar nuseas i0i.i:i.s R qize n h t ~ ~ - < ~ n l n s
alziiiii iii:intiinento, volt&iirn~,lielo in<,uiiio r;i:!,inlir> lm(.lo quni ti-
i i i i i ~ i lido,
i o ~ liara ~ q i i e l l rrio onde tiii1i:iiiiiis siil>iiirr~i~lo ni i n -
~ , f i a e~ :acha~ido-no; iniiiu f<irtnleeidor: riirl>ai.riirio-iios outra w z
n:ii caiions, r, a p a s aciirinl iios nrrn.i.iiii?os :,ti: 3 3 ~lascelitesdo
i.io; e ;issiin, tendo gzzsto no7-e icezrs riiiitn c,xpediq;ro, clieg:iiiics
priiiiriro a IIogonii~riiri, e del,i>is n 1-illn di, S. J':iulo.
J!as roltenios ao noaw ziçi~~~lilito, 1<1;o (lue iitn COIIY~L~PW?I:LO~,
n i o l>:wer<.i.;Lycrosiiiiil qiir estas possniii :?r ns iiaçcrwtrs do rio
S. Pr:iiicisco, porquanto si calriilnrinos aiciirndaiiiei~te \-err.iiios
qnc ell;#s n%o parecem ter s r ~ s t c n d i d oati: o norte, para i:odcrriii
eliegar a sua ; r sou clr apiiii%o que prictr:i muito
loii,:e l ~ e l ocontinente a deiitro.
Viagem a varias iribns de selvagens na capitania de Minas-Geraes;
permanencia entre elks, Cescripçáo de seus usos e costnmea

A d c n d r m i ; ~das Seieiiçi;ie de Stocklioiiiio Iiosslie II~II inaiius-


ei.il~t.oda iiiha dt? u m natiir;ilista alle~iiAo(i.TV. Freireyss. Este
in;iiiurcril>to <i un?a e s ~ , < ~ e d? i e relatorio sobre umil riage111 que
r i inesitio r ~ i i ~ i r e l i e i i d ~
n i i rxl,<Ali~nsdo. eiitfio cniisul geral de
Sueci;i e Xt~ritrgario Itio de Jaiiriro, Sr. J.oureriqo ITestin, nos
oniias de 1811-1815. O iiiaiiiisei.il>to coiireni !I1 yagiiias ern
folio roiii riirias nqu:lrrllas i: <: d<.diiado ao Sr. TT:estiri.
O aurtor, espreialin~iiteornithologo; riaireu r?m F r n l l r f ~ ~ i t o
sobre o hIpiiu eiii l i F 9 . Eiii 1812 neoml>niilioii o roiirul geral
da Ritssiii Sr. Gusta\.o de T,aiir.s<lorff, s ~ ~ n dPOI.CIIL o a ~.ia:clri de
S. I'rt,ershiiryu niuiro liriioia. ficou o Sr. Froirryss n a cidade de
Çarlrllaniii iin Siireia, de ondi: s<:gi~iii~araLyltwla. Alii Iravoli
conlieciiiie~iitoc0111 os celebres botniiicos siiecos S ~ v a r t z Sliuii-
b r r g que lhe fo~riecerarii cartas de rrconimendayücs para o Sr.
Westiii, jé residente no Rio. Clirgarido i capital brazileira eiii
19 do Agosto &e 1813, toriiuii-se logo ninigo do Sr. TVestin o
qiial furnertu-llie os rileios pnra fazcr colleeq6es de ol>jeet,osde
Iiistoria iiatiiral. No iiiea d e Jlillio diripiii-se elle a \Iiiixs Crrraes,
eni conipariliiit do celebre e cuiiliecido T<:nrnte-cororiel i:uilLirriiie
von Esclii+-ege,director d r iiiiiias por parte do governo hrazileiro.
i i a volta drsta viagem escreveu o Sr. Froireyss o relatorio do
qual terei L: lionra de ler uiii f ~ a ~ i i i r ~ iLrtc.
t o . l><iri,ninRo rqirr-
senta o uiiico trahiilho de l.'reireyw, l,oi'qnt3 nmis t>i~dt> acom-
1,anlioii elle o eoiilireido naturalista, l>riiicil;r ?iJasiiuiliniio de
Nruaied. Aleni disso tbi rlle a priirieiro a traba!h:rr 1'1.1:i colo-
nizaquii allrriii no Brniil, coiis<>giiindo;a tiiiirlaqán da ç<!loi!ia de
Leoi~oldirixno sul de 13nliia. morrriido iin ednde dr 3(i aniios cin
1825 i: foi sepultado i i ; ~Yilla Viqosn perto d;i coloiiia e iio paia
que elle tianto atuou.
O fsngmento que se se,giie t aliriia.; iiiii cnliituln do ri.lato-
rio, cujo manuseriptu eil,rmmos ter mi Iivrve no Aiclii\-o do
Institiito (1).
***
A11t.nas.5 dias de viayrm. i i : ~ dirrcyMo T.rstr, da Bil!a-Itira
actual Ouro Preto, virem r:i.rias rrihlis <Ir iiidiprnas do Brasil.
pelos portuguezr.3 rrcliassndoi de siiiis ;iilti;ss aldeias no litoral.
Paroie cjne i~ retirada delles se <.fí~ctaoiiatri~irssaiidoas rsyesn;is
rnattas qiie se ertendnni rmtre este trl.l.it<irio e Bahii~.e miiinis
vr a r i , a liouias lesuas do iiiar.
Havia riiuitn trinl~o qiic lir~teii<Iino~~<,I.\-;LI. estes S P ~ ~ Y I ~ C I I S
nas swts condiçfies nntilraei 6.; coiii ilbtr ul!jrctivo, deilei T'illa
Kien riii 14 de Dear,:iibro de 1814.
O nosso caminho passa\n no da Viil:i 3lerianna. dist;iiite
duas leguns. 1.ogo ali<is coiiiey:~i,iris a siibid;~ da serra que se
erixer-a dr: Viila Rica. e eii,jo ltoiito iii11ti:narite Iinrrce ser o
Itacoliiiiii. A subida Pra muito f:~ti,cniitr. S o lagar inais alto
tinlisiiios iiin;~vista riruito ~ i l s t ai i t i ~ i , d<. I ~ O U C B h~110za;~iitreciit
cnriiu si a terra nc?.;tr lesar Tia poiieo tiariai: sahido do aCliiios.,
pois tal era. a ilriprrssãn lirridiizida ~>rln;iiiilhares de iIiori.ori r
pelos estreitos iiii~sIirofilridos x.sllrs eiirrr i,lles. d maior p;trte
desta rstrnda cortira iriattas irnpen<:tv;rr.ris.
Alginrias lrguas ndrnnte pssavninos Iior uni terrilnrio muito
liido> onde d i ~ e i nexistir grande5 riqurz:ts dr oiiro r , eiii rnuitus
logartrs, p1a.ntaqiit.s boas. A nove Irziins da Villa Xicn r pas-
sando por um terreno aeciderit,ado i, cobrvro de matta. clieyariios
á villa de Sant'dniia dos Ferros qiio, parecia ter sido i i n ~a n t i ~ o
presidia, isto é, logar de guarda de liiiiites ioiitra os indios. Pro-
ximo a esta villa e no outro lado do rio, vivem indios da tribii
« P u r i ~ mas
, que pareccm ~ e r i p a s o sliara os invradoree yorqur,,
eontav'a-se corno causa notavpl qiie I,;, 18 irirzrs os iiidios iiin-

(1)
Este trabalho foi Ilda oa aessaa d e 5 de Fevereiro i e 1901. Ueliberoo 0 Insti-
tota, u vista do seu merecimento, rnandarlirar ",na rop:* romp1ezn. florn4o eni:srreraao
disso o 8r. ~ rdlberto
. bofgreo qne j l reicheu comrnunicaçao d a estar eila prampta.
t i i 1 i r . 0 s ii<irtiiiiiczr~roiinvin toriieln
I . = ~ P S iildios
e o liosso Iinspe<le iiiie era ravnilrir s1i:iixr>nsdi?. con-
S~isoiiriiu. uuiirci c;~q:i\-a n o oiitro Indo (10 rio. 'ri:iiibein ii%ose
viam ~r;iiirles s>-iiiliatias lii.10~]>iibrv; iiidioi I)OI 1,nrtr <lr,s ii;ihi-
tiiiites da vilin i,ot.iiiie. riilniirlo o coiiiiii;iiicl;iiiti: o i i ~ i i iuiic r> ri iu-

allindoi. iiidios, dia,? illii. rlnc t.~tiiii:i-~-:ii i alyilelil le\-risse :i ya-


riola 1i;il.n eilc,i ~ ~ n dn-C r n citiiu <iellrs à,. i i i ~ i :i~ i.z.
N o t<,rci,iro din c, drlioix de teiriin Iinas;~do n pni.de ~ioiitrr
sohr<. o riu riienrl>o<,ir;i<lo1it.rro dix i;:iiit,'.\iiiia dos I<'PI.~os e, n ~ a i s
;ilyriiiini roqns, viilio-~ics roileados ~ioi. iii:ittas ttsliesi;is; iiqiil e
i1co1;l iii:<,rroiiir>id;ii lior ~,l;iiitn?iir,sde iiiillio e outra;. Si berii
iiue o' I'wis hra\-os. iis vezris ii.i:iliii.iit:iiii i~;i;is t a ciiccm-
trarn-sr i~>i>i~rialiii<~iiii. iiiirnn oiitrn. i i i i < r i i ~-yii.yeiii. iiiiiiro d e l : ~ ~ii. .
ct.rc;i (li. J 1egiii.s (li. S;ilit'.iiiii:i, o :L. <luai I ; n ii,!i;ic de
«\latt;i rios Piiris:>. Diins criizcs, logo ;i. eiitratlii desta ii:iii,ta
r i r o i i : t i . teitri:iuiiIi;iiii o asonssin:ira do;
ilois rsi,r;Lro;, surl,rrlieiidiiln~,?*I, occ;isiào <In cullicita dr aiyo-
<i%o1nrn u s > f i z & sen1iorr.a. I'oi cnnw diiro os iiieus I;iii;.pn-
iilieiros <liiri.nr,ziii iiestn floresta eoiii reiriti iisir<.l. I'a:.<.cv, rn-
irt.tairio, qiic os Purie tkii iiiiiis iiit~lciaiiid~ido; 1 1 o r t u g ~ ~ e z ~ s e
siias nriii:rs s~tl>rriorei,do <,LI<, <,;i<.;daiiirellr-. porque, si tos 1'"-
i.is fossiiii ,i qnc se diz ~ l i i l g ~ ~Iii!dia r i l ~ viajar ali ou, e<-iitr.iinrc:s
dr eilizrq :~ttr.tariniil n i asriis~iiiarus:&O :liisso ~ U I 'd ~ ~ r a i l i ~ . n l i ~ l o s
si>iiieiitv <lu:i.; oii trez tirer;iiii clti 5t.r l<~r:?iit:rtlnb. Ali, ii;iiiiiel-
1 i i a i , i : I t e e srrii sr-
reiii i.i;tos: ntirm n i siias iieelins soiirr o, i e<,iirii. da
iiiipo~ibi!iiltide de srreiii pei.se~;ui<los.
11%2 1ior:is da t,iirdr çlie,xi~iüorii S:LII~Z Kitn, ~ u t i i t aldeia i
5 i<.*,.o:i?
r dc Sniit'Aiiiia c :i iiiiin <Ia 'Inttn doi Fiiria. ?io d i i ~
scsiiii,te, iii 7 lioras <Ia iriaiili;i, coiitiiiiiiiiioi ~ ~ i i l g ec!~ nn p h
iiiaia :J IC~TI:ISde iü:irel~a:-l; le~.~i:i-: oii 113 kilornvtrou dnVilln
X i c a - n l ~ a o pico da .erra de S. Uernldo- H. C:eral-
do?-, dc fioiit<: d;i qii;il se ergue n cordillioirn, iiiaig altii airida,
c l ; ~ St.rra da 0 i i y : t . Anilia. t.5i:i.j serras linlitniii iirii t,r.rreiio mais
h:~ixo, elieio d<. iiiorros, c? oiidc. tisti sitiiailn o presiilio di: S.
.lo;~o Ilr,l>list;~, i i i i i ; ~ aldeia v 0 foi nicniicnda tis 3 Iioriis da tarde
t: nllii hiiios Iioapedndos Tia casa d o <lii.ecror Geral doi i~~e::os,
Cnlait,:ro lI:rrlii.i.<.. fi;oirrí; di. c i r i ~ r i i i . Estc logiir devia o
I ' U U ~ O dc uiide filriniiios a; iirissns ohser\ii<i:es sol>reosii~dios.c;',
I-aile ncIi;ii,ios yraiides exr~it-:ii,:i~01iel.ta; lieli~« i i ~ ~ ei,i.i!s- l ~ ~ ~ i ~
.snciu!»--Ailia rlc s-rio, ,"e,q<!-o7I~iro. <i$ci<ri c/ir siiln, I<'ctlsrc<ii<,ci~c~,s-
~ih<i-ci~jo ciiltivo i.rccoriiiiieiid:~vr:l ~tej:~liniiin 5cdosn das sn~iierites.
E s t ~yresidiii; ii«iiie qiir! !ii>de ser trailri~i<lolior alogar da
guarda lilnite>>,teve siia orig<~iii,corno outros igiines, lli'l<i i'stii-
belr~riineiiro dt. criiuiiiosos <lu", tiigidou da jiistiqn, iirstnllaraiii-se
eiitre os i n d i ~ se, iiitiis tarde, sollicitar~iiii i, l i do Go-
veriii, al-iiiia soldn<lns para :L siia scprariqn. T:ir.s csiioltaç c p e
raras vezer i.rcedi;iiii de duas l i r a c a i , ~ i ù < itr.riiiiii sidoi>recisossi,
rlesdr. o cumeyu, nzo tivcisi.rii cziletido iios ]>c;s todoi os direitos
liiiiitaiios dos i:obres iiidioa. Forniii rxes iiidi~idiiriaqi:e o iiidio
l~riii;r.iro e l i r y x a eu~iliecer eiijo coiiiliortniiic,iito 10n.o julgoii,
csti.iidi~iir10 ciii seguida o oriiu ndqiiirido a toclos o i iriaislioinciis
1ir:iiiros e i. sobre idrnricus eli,i>i~iitoseiltri: os liriiiiciros coii-
i~uiiindorcsque se < l ~ \ - i i i r . ~1aiiqi:r toda a ciilpa da ti.ist<: smtc dos
ir,fitlizcs iel\.a~eline i ~ ã os<ibrc os pr>rtiigiirzos eiii geral.
Yroxiiiio ao prrsidiü rle S. J<i:io Hql:ti~tnP , o<,riiyr<iiilouiii;i
arrn de r<-rca de .>O lryiitis ~ ~ u a r l i n d i ~rii-i.in s, tr<,s trihus d i v c i i
;:is de iitdigeiius hrazilt~iros. .L rn;iis lirideroia drsiins trihu; C $r
do- í:oroadoi qur., iiic1us;i.r iiirillieres r crianças pudi. r<.r cnlcii-
l a h ~ I ?(I00
I i~~diyicl~~osi. Eu1 veguida T-,WI[ <os 1'1uis>doa q u a ~ s
roiiseguiii-se ri~iiiiir500 eiii linhitaci,es tisti+. A rei.ceir:i tií1,u. o*
Coi.o;,iii, lia iiinib de ;>O nniios e s t i nllinda v \i\.[. ciii :iiniz;id<:
ioiii os ~ ~ o ~ . t i i ~ upelo ~ r eques , Jii prr<leu ii,iiito d i ~suii origiiluli-
d;~d<,.1jrstr.j cerca de 2CO fiiriiiiiin ~ i i i i : coiiiiiiiiiiiduíl;.
~ iio rio
Poiiib;~,iiiii nffliic.iitt. rlo iiot.tc! 1i:irn o riu Par,~liyhii. Xestn tiibrr
vi\-eitt t:imlxin dois Iioiiiriis dos Pai.aliyl:ns i, i1111 dos I'acajiis.
dnns ciiitrn-. triljiii rluo b;ibitain o territorio yroxiiii<~ti iòz di>
rio Parali~.lizx.
Todas estas tribiis, ri« eji:~do~ l n t i ~ r ail , i ~ ~ ~ i l n ~ alioxque.
d~s
1120 triii e r i n q ; ~ i~. vireiii de rnqa c pesca, r8iizi.b e friicta;. Oi
lioiiiciis c i ~ q i ~ i~ l as
l ~ I U ~ ~ P peicixnl
I . P S P ~ 0 1 as1 raizes ~ ~ ~e ~:ta ~ ~
fructni. O cliiiia aiiieiio i130 exige dos iiidioi que piiiieo tr:iba-
lho para o sustento e, igiilirniitos: eoiiio h;iii, dos 1ir;i;reres e ran-
t,ngt.ii~de iiiiis ccrtn cirilizncfio, inilli,wes dc iir,c<,soirladrs llics
sâu dcsconliecidas.
O s iiidios, eiu geral, 830 i i c , e s t a t i ~ r a:>ccli~cna; n C V T i. 11111
nui:irello pitr<lo-ii80 ?<,r de cribri? roiiio E C costuma coiit;tr; o
~~~~~~110 c! liso e ~ i r c t o ;o oliio 6 iiiu pouco i>ldiyiiu, de iiiiia cni.
iiegro-bruna. e, os ossos zggoiiiatieoa snlieiitcs coiistitiieiii earscter
essencial. O sei1 coryn nxo é avaritqjado l>ürqiit> ;i liarte infe-
riur do tn>iicu 6 de oi.dirial.io p o s s o , as 11rriins hnas r a cnbcqn
grande. S.to tidos por iiiilierbcs liorque e x t i r p i i i riiid:idosniiiiiiiti.
t,udiis os p e i i x quc nliliiircçeiii P , coiiio eiri. ci,stuiiie trtui sido
trni,.;iiiittido durante ~.;rnçüiis,teve por <.tf<>itoque ai<: os iiidio*
rsc?díus, alieiar de n3o o ~ e r ~ i i i m i telll 5l'~11~1.1:lileilos bariiii
lll.?is,
c p<llos do ijuo os iiorttigíiiezes. O indiu ;ii!dn coinl~lerniiieute
níi e riii it:;~~iiins tribiis h i ~O c o s t u m ~ de ~ i u s a r o lirel~ucio c
aiiiayrai. I,;br;a iinl>ndir qiialqiier offetisa. por izisectos.
Eztnra!iios, l>ot.tanto, pei.tn deste; i ~ i t < w s ~ i i n t ei11dise11a5
s C
rio iiiruito de procura-los nas aiias liropriae linhitnqiics. ~iiirti do
l~residio n o dia 29 de l>rzeiiibro, eiii eon~~inriliia do Snr. v. Ei-
chne'e, o director dos indioi. Siir. ?larliire e uiii soldado. O
objeetivo vi.:& i>dii risitiir uiila. das aldeias proxiiiios, si assiiii
pod<>iiisi~ chaluadní 3 o u 1 cai~;tnasbaixas d e p:illia. Estas se aeliaiii
dentro da iiiatta e raras rni> atlii<~llnslias qiiaes iriorniii mais de
uiiin f8iiiiiilin d r 20-10 prsso;:s e or<liiinri:iiiierirri s;iu situndas
dist;iiites de alguinns Itorils iiiiia da outra. O c:%~l~inllo rpu: eon-
duz a iinm :aldeia i: stmpre iiin simples trillio estrrito, no qual
o indio, nii e pequeno, fncililieiite caininli:~iiias oiicle nós, eons-
tniiteiiie;ite f i ~ i ~ v : ~ l ueinbnrn<;ados
os lielos eq>ii>lrose ~(nlhou que
l > e p : " : ~ ~11
~X S roupas.
O 1 1 0 3 ~ 0 c a ~ n i n h op i ~ s a i ~lmis;
i ~ ; numa mntta rirgern e depois
de diias leguai d e iiiarclia, sc3m perigo, riicaiitrniitos iiinn porcio
de Ci>i.oidns qiie ~.ults>-aind r unia caçada. A s arma3 que traziarir
vrarn arcos e \-arias especies de íieclins. A s iiiulhiirrs arqiiejaram dn-
baixo de ljisnda cnrgn de carrii: dr: porco do iilatto, iiinc;i<luinios
vivos e 1iiilm"~iios. A o redor dos riiis traziarii pannos r sua phy-
riiiiioiiiix era iioiico s~ttrnhttiite. b?t.nrii antes urciiienos do c ~ u ~ d e

ae«iii:,e~iiliniiinj eil<~snti. ar c:~ban>isini~s:!i~-eiitob 1«go de abando-


nas as i i i i i l n i que deixairios eoiii o soldndo. parvlr o cairiirlho tor-
iinr;i-se tão esbreiro que iria1 e IIIRI UIU I i o ? ~ i <~~ ~ no d i aI>niaar c,
nlwsxr de briii cun~l?ridij,era eutl-tltantc tno dirc-ito C U ~ I I O si os
iridios < i t,ivrss~mtraqndo n bussola. Os nossos ruins, i i i o ohs-
taiite, irinviairi-se t8o Iiabilriieiite por pnirr? : ~ siiioitns qiip esta-
rain setiipre diante de riòs. Fir~nlriii'iite, iio meio da irinttn, rn-
zergiiiiioi uiiin rota de rniD~oe, r l n meio desta, eseoiididaa pelo
inilho que tii~lia i a 9 pEs de altura. *arias cabimns toscas, eiii
fonnn dt, hiirrnc;is e eohert;iu de palha. Apeiar de ser hrin res-
tricto o <>spacot-ni cadn uma dcllas: havia, assiiii inesmo, 5 redes
nriinrradiia <.,eonfonne o seu eostunie, reccbernni-nos os iiidios assen-
rados em suas redes e balançarido de vagar. L o p porem, todos,
d ~ i r a . r a n i n u su m q,os o outro e sdiiiente o çlikfe da fnmilia nos
fez eomI,ni~hia,inestrniido-rios as rahnnas dc seus filhos, colloca-
das na masina roca. Todas ar cab;in:is eram eoiistruidns do mes-
mo iiiodo: d e varas firicadas iio eh5o com outras varas amnrra-
das nas ext,rriiiidades foi~iiatidouni cone com as pontas reunidas
em cima e tudo e o h e ~ t ocorn I,alba de nlilho r d e o i i t r o ~raliins.
Arcos,flechss, algumas vasilhas de barro, as c e s t a primitivasdas
miillirres r uiiias !>rrieii.;\; foriiinvinii 1:ndooiiiobiliar. -1leiii d1.3tes
ol~jret<isr i iiiiiis algiiiiias crstinliiis ciijn f<irinn e ii.itio alrrnsi.ii-
,. . .
tavani ii:ii;i xiiiiilhiiiqn sor~irrli~i,ilrnlo coiiiij ; t i d a i i1ii:i; da l'ri-
lyriraiii. Tuiriheiii h:ivin iilli vt~.rius;~iiiiiiaesdoinrsiicaioe roiiio
c;tch<irros: Iiequrilo? porcos di, iiii~tto:i i n p ; ~ ~ i i <ei i j;i<tii.i.
Depuii diwta risita fiii iuuitns w a e i a iorsiiiit aldiiix du-
raiit,r :E 1ni1111i~a ~ x ç u r s 6 c ~p;tri~
s ~ 0 1 1 ~ ~ i o n iol~jeetos
ir de bistoria
nat,i~i.al. TTiiiiis r<>.aeifiii i 4 e outrai vem; <iiiieoiiil~i!nbinde urri
rneniiio dn trihii Coroii6: porCiii aiiid;i ~ i h oiiir tinlia ;irriscado a
p r n ~ o i t a rcii3ii <.IIes, ati: qiie: uiii;~tilrde, qiist,do voltava p;Lr:i o
I,resi<lio: ITLII;~t i c l l ~ e r l d~~O T T > : S V C s ~ ~ r ~ ~ ~ ~ e I ~ e ~iiintta~ d t )e ulier-
~i~~eria
to d:i e;iliniia doi iiidios. Ti.orr>:idiis r r,<~iii!>rstndrs roiiio aqii<.llníi
380 perigi,siis ri;& m;itt,n. esprcialiiieiite por c i ~ u i das s riiilbarcs d e a r i o -
r e i colo~snesqiir u e?eione dt>rriihn,talito ilnr srrririjà ~iiuitox-rlhas
coiiio i ~ o r'itar<.iii eiii grr:il ~iiai cnn~iziidiis, argiiiiclo <,bservn<;üea
feitas sollri, HS :LTVOMS briiziic'i~.~~.Alccreser rp~i"':eutes ;i~;intes
e s t h ilna" i;viuin.e l,ir5115 i 5 untrns Z L I - V O1101- ~ . < nl<*.io
~ ~ de itlillia-
i e j de i'ii'l;? e, i~uaniloe:ibi,iii. nvnistnui tudo ii:i yiieila ou qiie-
hrain i i i i i i ~ l,orq3o de outrns iirrrir<.s. TiiiaKiiiiiiirlo iii:iis n esriiii-
<1Bo ri:mpl<!tn. iiitri.roiiil>ida al>riiar:iirli>s relaiiip:i$o~ r a troriin-
da L: roi!eiir iiii.ecsniit;~uiciite, iiiipcdiiido o oiivi<lo d r rsciita7 o
barulho dns iLriorra riiie caliiniti r ~.rrrln,ilrirasriitirinct:ii dv i.1iii-
vn L: se ileiiirjiireiii d:is 11ur-riis f:izziiilo C ~ P S C P I . 11~111i r ~ < l ~ ~ c e l i t o ~ s
riarlios e os roii.<+go~. trin-se a situar;io p r r i p s a r diifiril (La
p e n u a ~ ~ e n c iiiii
n iiinttx diiraiite iitiin tt.iiil>astadr:.
Foi, ],oi;. uiiia ieirii,eitaiie drwt,ns yiin i>hi.iaou-m<: a pedir
abrigo entre os IIIC.US alni;~; ill(1ios. i \ r ~ i ~ ~ l > i i l ~ do h a d o11lr11inn
Uorop", e1irgitei as c:ihxnni ri>a;ilinetit? innliin<lo I>orr(ritt,alC~iida.
eliiiva; tive de attraress:ir n i.;~rios corregos e ~ ~ q r n s s a d o de s
uiodn n c!ie,c;ii.riii? n a p x : ~at6 n peito. C) priiiiriro cuidado lia-
tiirnliiiente foi a de t i r i ~ ril ~nilcllil rr>lll>ili?ilsol)ndn: ]>ol.@in, C O l l l
q u e Iinvin rir de cobrir-inrl riuia iieiiliiiiria <.nliiiia existia n a
cilhii~la? O i in<liob esinira:ii t;id<is iiús e zninhiii-uiii do inru erri-
harii<;o ar6 qiie iiriia i ~ i d i ade errcn rle 16 xiiiius, coiri~ind<~er;i-ie
e 110r mitiiii:n r,fi:,i.rreti a siiii t;iiiKa; uiiicn i.r;tu:irio quel~ossuia.
Coiiio era iiiitural rrrusei, r i - t l q i i i , todni as iniilli;~res pi.e-;rnt<:l
conserviiram ai riins t:iiica~ i?56 iii!. ~-:titra. iiiiiriiin ,iqitrll:i so-
ciedade nim no redor do fogo. hIai prir muito teiullo coiitiriuava
eu ohjeeti> rle siia curioiidnrle por ser a riiirihn prllr diifrrent,~da
drllps. Pt.xt.hriidi> isso, r' xis siilq>oii@~o de ~ U Pnunca t,irihani
visto eiirolwa; nUa, wlirovcitri-ine estn cii~iosidadeem meu favor
porqne, <:onlieeendo o seii odio ;tos ~,ortiiguoees,fia o i i i i ~Coropó, ~
que ontriidia a lingua rlellri, eoiirsr-1lir.s qne eii não era 1,ortu-
p r ? n rrins siiii de U I L I ; ~g ~ a u d11nç%0 ~ q t ~ eIIIOT:LVS pnsn O Korte.
Jleite iiinuiciito eni <li:iiite, rri,seia L: s l ~ aconfu~n?r~ que en, ikliiir,
..
J ~ Ltiiili;~Irocuuiclu ?aiili:ir c i j i i i piqiieiios lx<!seiitri. A iiinis \!e-
!lia das iiiiil!ierrs rr:r<:beu eiitno ordr>iri-l,rr>ial\~<~~~~rr~to do riiari-
do que l ~ a e c i ;dn ~ iiirsiiia r,d;rde-de: cosiiilinr uiiipoiico de niillio
lmxa n i x i iriiis, coiiio iiào Iiavia iiiillio lia c;rbeiia. iiein li:iilia,
cil>l,nz-uLe L: esta gerierouiS~de, l>oi.yiii: a trorun<la aiiidz ruiwn-
vu r n eliii\.;i ;ii~ieaqava-lios cle outro dilu~-i,,. l i a s liada adia:,-
tei. ~1pobre iiiiillrer tr?r<i de saliir r i;oiiit:nte di!l>oii di, uinx
hoii iiiei:~liorn, roltoii eoiii :<iiilia, agnn t! ~iiillio. 1:sti: iiltiiiii>
ziiiidn iião e;ta\n irindiiro o que r ~ l t r e t i ~ n t o ilnportzi,; l>urqu<t
iiidias >ó coiiiinili iiiilliu verde fcito iiiiii;:Lu. Re,giilci delj<iii
os iiieus liosiied<~ç coiii iun lioiico de :igrin-nrdriitr qiin tiultn.
ciiiiiiiii;~~o qiia iiiuito Ilirs zçrailou, liois, esta b<:hida terii l>ar:L
<illes iiiii \ - d o r iiiesciina\~rlr toi.n;i-se f*tciliiieiit<:o ido10 no i~iia1
snrrificaii~o ,y?nbir drt sicis raC:tilali i! de si,ii rrahalliir. Felia-
iiirilti! ri iiiii~lin lirovis%o, -<tata. vr,zl c l i c g a v ~ x n l ~ ? ~ ~ n q I > " r a ~ l n ~ - l l i e s
uiii poiiro de alci,.rin, s<,iitiiiieiito este qiie ?=.ai \.i,zrx oliserv.>i
viii s~lva;eiii ii<i I(raai1.
Tiiilin ciiei.;~do a iioite e .;i eii ii%oyi,iii<~isrrloriiiii. iio cli3o.
l>:<,ciinv;i licdir <pie I ~ L :eeileiseiii uiiia <liis redes I I ~ L UIIIILLI~, nl:cn
liorei q i i i : os \-i.!lios <,starniii coin li<iuca roiitade (le &ir-ii,e i i i i i n .
<1im siias. Fii,alineiite uina iiidizi inogn tirou-i>ir* do riiilarnqn,
1 - n rlrlln, C I I J ~ finczi~ t i i 0 1 1 1 U ~ C U I I Sanzcirs.
l'oiico dopiiis o iiieu joít.11 eoriipaiilir~iro Corol>ii <,sti~va.taiiihim~
<leit:i<lo, rniieniidi> iiuiiin outia rede: cediílzi 1w1a irlu% ,lzx i n i ~ t h a
Daiilfiitorn. -1ssiiii iiiesiiiii fiqut~iiiiaditaiidii 4 crti priideiit,r? e:,-
- : o e i e i e i . O que
valia, porem ficar i~roi.dnclu si os i~idiostivesaein de1ibor:idu
i i - ? 3lililin l>iilvorit ejtavn ;~ciihnda,nprii;:s tiii1i;i I>ar:L
:: tiro3 e,tn iiiejriin rstiira r , s t r ; ~ ~ n d ae 1 . .kdoriiieci.
poiç 111HI dnvidas e rcci~iosnrnrdnrttin-irie riil>etidas vezes dir-
s i ~ ~ l tne iioitr. F i z ciit,%o ;L o l ~ s ~ ~ r v a q ãdeo qiie o SOIIIUO dos
iiidios é d e s i p a l r iiiterroiiil>i<lollorqiie os \ i \.:irias v w e i li6r
leiilin n o 90x0 dunintc. :i itoito e; ás d u : ~ 1ioi.n~da iiindru:ra&,
iilgui~b 5,: 1evant;irain Iinra assiir iiiillio.
Si%i,iniili;i srçuiiite: no rainr do dia. drixniuoq esta. gente
iiiiipli.s, dcpoir d<: tel-os I,rrseiit!:sdo coiu nl=uiiias nçullini. o
niizúes. Teriainos rniiiinlindo emca de iiii.i;~ 1egu:i qiinrido iuii
ilos iiidias cl:t cab;iiia oiidc. tiirhiiinos lieriioitido, ims alc;iii?ou,
rodo arqut,ji~iido,e eiitren;oii-iiie iiiiias folhas de 1xtpel que tiiihit
iiintlo 1,nra pre.n~arplantr~so rlun ficnraiii e q u e c i d a s iiiiiii cnritr~.
Por essa r uutrna acqües ideiiticas, snrihitrniii os iiidias 3 ~ n i l l l i ~
estii~l:~.
31iiitns uubras, iino niriioa iiiteressarites :ireriturna, 1,:iisci
duri:~~tc!21s 11lii11ias risititi R O ~oiitios (loroadosl 1>01.?111 .cria. Iirn-
liso contiiv tudo, y ~ l oIIXI~:p ~ e f i r oaslj6r iil;n~is rc:oit.idr~.; ilii>
iniiiii;is obst~rvaq6es.
A trihir dos Cnrondoi. coiiio jn foi dito, <i n niai. I ~ I I ~ I C . I < O ~ Z L
<? conta cerca d e 2WO :iliiini. E' br:iii iiotnl-e1 o t;;ctii rliii: o
iiurnrro de rnullierci 6 igual ao de Iioiiieiii: srgiiii<l<i iiiiia ixsin-
tisticn ofieinl, tiri:to wt<i rliic\ 11Bo jiistifira :L l ~ o l ~ g n u i eiltit! ia (ill<li.
Os coroados s:to i~iiiitngiierreiros <! reiiiiclus pelos visiiilio;,
nu l'iiris, ciliil os qilnes viver11 riii riI1istaiitt.i i>i.iK?lsc , aginsn.i. ri<%
iião hereiii antropol~lino.os lial todavia, uiii ~astiiiiie t<aiidr!ii-
t e a. isso. (J~mridciiiizitaiii : d i i i i i i iiiiiiiigu, <li- ordiiiarii~ i i i i i
Puri, le\-aiii comsigo par:? n cn!~nii;i. i i i i i 11i.nrc rlo cada\-?r, eoiiio
iiina espaeie cle iropli:~« d i ~x-irtoriii. ('!legados eiii c:tin n v r n i ~ j i ~ i i ~
uma &ta lia qual sc regiiiniii rum a I ~ e b i d i l~redilrcta ~ rpr: f+
brirain feriiieiitxido o iiiilho <: ijtie i; s c r ~ i d n eiii grnnc1.e~ ~ ~ o t c r
<le liarru, eiijo fundo ~>o~it,ii<io e.& r.iir<.i.riidr> iio c11;io. Kc!st<;
pote rollocnni o hrnq~ido i i i i i n i ~ oioorio r cada iiiii, por sua \-e/,
tira-o de \-r,z t:ni riiiiiiido do jlot(> piiri~ r l ~ u l ~ i iai extrriiiid;i<lt:
eortiid;~.
Talos eosiil1iic.i hnrlrnros I>r<ir;inii> :i.iii Iinixo d a ril-iliz;i<:;in
desta seiitr, aliiis t5o boa. Coiiio i,iirr<. i~iinri todas as rribii5,
reina rritro c l l r i ~iiiida<i~ o s ~ i ~ i(ir. i i e\-in«.i~i<i!~i~-w rndn vez <)iir
;algiiin i~ii~iilliro<l:i 6iin faiiiilia iiju ai:!a,<iiiiiili, t., ennii, o 03j:issiiii>
(,na" iririricn C eirtregwe lii.10~ i e i i h . iiiiLtaiii, 1oyo l~n<lrtic,
q n a l q ~ antro
~ i ~ dn fai~iilii~ do a s r a ~ ~ i i i oiiiiia
. iiiiilli<.i. l>c.lu iiiaridi,,
iiiiia iriiii ilelo iriiiso, uiii fiilio lirlii jiai :i,$iiii siLiiilit.eo iiin<i-
ceiitr riill,ado. Coiispguidr; isso, cchsaiii ns li<mtilida<lrso ;i
amizade aiit,iga. reina d t r : I . Xr<lo, 0 iiiclio 1t;1,,
coiiht.ce, I><,loiiirLiios ~ i n o i i ~iirrloda «.IIPI.~~~. e ~mtl-<:ellej I,:, 0
I>ro\:c,rl,io de qnc o I~nrte118fui crciido ynni inorrcr iin peleja c:
:a iiiiilh<\r y:ira dar iiovo.; lruiiieria.
Os l o p r r i Iinl>itadoi, <,st;Lo rciri!it.i iiiiiito distziiitrs iiiii do
outro a t é R \.avias lioriis de iii;ii.cliti iiiiiica s;iu iiiti,irariiriit?.
tixm, apezur de rpr o i i~idioe;;\.r \-pzr,;. iiiltivaiii <i iiiillio. 'ileiiiii,
oiidr iiso i. o rnso. deixniii rllrs ni .;ii:ii cabiiiias liara riajiiueiii
Jilrnrite iriezri em r;r<:;i<las l>r,l;is i,inttni, iiiiirn Ioga7 que d e . .
;iiiiai,i. Essas viagens s;io ii:uitu liriii,.iis p:ira as iiiul1ierr.s rlii<:
t,em d e carregar todo o iiioliiljilr. i.i.<i<.s, 1,otc.i ate., arariiiiiodaiid<.
tudo i~iiiiiaw s t a sobre ns rustiis r. l>ri.;:~~ o ulnit i faclia (i(:1>~1iii<,
i p e 1,nsfiu~"ao ~ e d o r dit trsia: <, iiini* o s tilhos p<,yi~ri:oir. 0 3
aiii~iiars duiiiestiros.
E' :L caqz p n Ihrs tbnreec a aliiiieiit;ic:ro ltriiicipal ; iiieiios iiii-
pertalitr, lielo iii~irios nt,str lujsi., ri a lte.cn.. S:is ea<;iid;is pniirn
reridoso;, iiiitrciii-se cllw de 3-arias Criirtas d« iiiattn, fazeiido nt6
lxo\'isho d r a1siiiri;js e e rstns e s t i eni ~>riiiieiro1 o ~ : i ra
~Sz~jnwiiiii*riii cujii eollii?it;i servrin-se dos iili6s Iiiira subir
n n s aiiore-: q,~i,a5ii iiiuito altas. 1:iii coituiiir haitantr? zinglilnr
r i ~ u e .fnip<isttiiiriit,c, lla d r <:oiitribuir para consi~rrni.-lhrs u m a
certa soci;~i,ilid:idr, ohi<,rvri entre os i'iirii que aeri.ditarii ser
~>rejii<ii<.i:il 1mra o caq;idor n caqii que ellt: iui~:oiie por isso terii
d i ditl-:i aos outros.
,i. iiiiii::~~nriiias ii;;idiii ]>riosCoroados. s i 0 o arco e as flr-
cliuí, coam 1 ~ " . qu:~si todo8 0 s iudios b~.a%ilt'iros. 3'0 m i l n ~ i o
d c ~ t n sposauriii utua 1i:ihilidade ;idniir:lvrl e 1mra xlcancau este
d w i d r r a t n ~ i i~>ratic;~rii
5 it ii incisões iirnfiiuilns no lado de dcn-
tro do ;irrtelirac;o eiqii<,rdo, piirrjrie :~isin>.dizciii, adquirem niais
firirieiii iio ariiinr o arco. Teiii-se &to indios atirmeni as snas
flrelias qiiiisi que 1,el.~>e~idiiiiI:ir11ie11t,e 6: n:t qui:da da flrelia ncrr-
tar eiii qualquer ol?jc+<.to drteriiiiiindo de niit,eiii&o. Etri 50 pas-
ios, raras vi.zi!s <tiram r> alvo, ainda que seja pixliieiio c ri iim
iiieiiiii<i !ie<:liar uma friicta II:L distancia d r 30 ~ R I S O R C i330 de-
lpis de t j r eqtado ao iut:ii servico diirante rarioi. niraes ern q u e
c.lli? niilic:~ iiiaiirjou o nreo ~>ortliire u llii. tinha ensin:ido o uso
diz wl>i;igards. A3 iniilLerri s&o im r.eri~l inenos drxtras r? tom
arcos iiii:iiori?s. Quaiido uni iiidio foi Aechado r a f e c h a
ticoii I1R ferida, eoi!i,, qiiasi seiii1ii.r ncontecr, qiiel~rattlle a pon-
to c rira o cabo dii ferida, tore<~idu-o.
1'ai.d ix'scar, os coroados eiiipregnrii uiiia eiyecie de lanqs,
feita d<: nina qunlidndt. de ranna de grossura de uni& l~ollepada
e cercn d<: 9 pi.s d e conipiiinento. 3 3 extrrniidnde ainarram
duas pontas farpa,dai de nindeira d e 8 pollegiida8 d e eorripri-
mentu. Esta lariqit i;rgurani dabaixo da ngii:i. e quaiido urn pei-
xe! se approxiriia, espetain-no coin p n n d e liahilidnde. E s t a lan-
de pescar cliarn ntscliemnâ>>.
O iiro do ferro ainda 1ht:s é pouco conli<,eido e todas a s
arriias n~riiciuiiadaa,por trinirris que sqjarn, são feitas de nia-
deira. l'arrieni ign«r;rr o eriretipnnmento das flechas.
(>uaiido a noite i ~ i r ~ r e l i e i i dos e indias que midnrri caqanda,
s i i s p r n d ~ ~ ias
n iuas r r d r s que, corlio as eord;is dos areos, s&o fa-
hricadas de e i i i b i r ~ ,e riiiiicn diiis;irn de accrnder uni fogo no
que rrnpri-gdiii vayins madeiras. O fogo yrotluarin coiii um páu-
sinho de iiiadt.ira dural de eoiriprimrnto e 1argiii.a d e uru dedo.
Est,r ~ A u s i n h ofixam no caho de uma flecha, cnja 1,unta tiram.
Collornrri drpoir rmciiua de Lima pedra, uni outro pedaço d e
mudrirs no qual irna c U r a c: nesta eóva assentam o
~ ~ á u a i n hque o f i r n ~ n mno caho da flecha. Toinain entâo o pau-
sinho *nt,re as d u : ~~ I ~ O abertas S e o n s r i ~ a n d oa rxtremidade
n a ~ ó \ ~ irnprinreiu-lhe
a, i u n riior,iirrrirto de rotnçRo rapida at4 q u e
o pú de nitideira qiie se fúriiiu pela fricqio, se zii:cenda por al-
guma fir2ulha prtiduaida por este zittrito ri~iiido. 11:~s este pro-
cesso ciuprecani rúiri<,iite eiii C ~ L S O de necessidade l~orqu,,6 abri-
gaçzo das miilheres di: conduzir sempre uinii Iiitiza.
(3u:rndo uma catada feliz trni posto os Coroados tio i~brigo
dos cuidados pelos aliineiitou por algiiiis dias, clescani;a,iii os ho-
mens, deixando ás iiiulli~~res o preparo da coiiiidzi. C,otiio em
todos os povos não ei\-ilizadoa; a iriulhrr tarnbi.in aqui <: escrava.
Kas caradai é ella e a r r e ~ a d aeizi excesso coiii a caqa e as pro-
visoes de fiuctes emquento o houterii, mais forte, earir,:a sO-
mente o a x o e ;dgurnas flech;is. Em c.z3ii trin ella de prepa-
r a r a comida, ir buscar 3 au:L : I: a 11,nila.e, 11111ito e o ~ l d r ~ i e n -
dcnte é o honiem que se ocçupa eni enuserr;ir o fogo aio p6 da
sua rndc.
Terido os indios habitnç8o f i a , roltaiii a. ella finda a eaçn-
da, em outro caio installnm-se rin qualquer !ogar e a falia de
comida pije-nos outra vez a clmiiiiho.
OS indios que castuiiiam estar erii coiitacto coiii os brancos
tem a colheita da ipecaciianha que os faz saliii. para as inattiis,
e sZo muitos os portuguezes que fazer11 bons iiegocios eoiii o
eoriimercia desta droga, proveiii<~ntedns parirs siibterraiiens ou
raizes de «Cephablis ipe.eacilaiihaz, hoje. do penero «Era;ogan.
E n i epochas certas reuneiii piwn este fim a inalnr por<;Bopossivel
de indios e atra~ressamcom elles iis lnattal;. Kestas cxcursões
l e ~ ~ asempre
n ~ mantimentos e especialmente itguardente que van-
tajoiirnente vendem em troca das provisdrs de ipeeaeuanha qU8
os iridios fizeram, por uiii pequeno ealict? de aguardente-uma
rnoreado~ineuja venda aos i~idiosi. proliibida-recebem, muitas
vezes, 114 de libra da valiosa raiz.
Par mais monotona que sqja a vida drçtes selvagens e por
mais brutos que sejam, distinguem-se ellea d<t um modo invero-
simil por sua boa reflexão e grande ngudea de espirito, como
logo mais terei occasiÃo de uiostrar.
De religi-ião n&o lia r~estigioeiitre elles, pelo menos no que
diz respeito a praticas externas. KZo adoraxii Deus algum
bom, mas temein um genio iiláu que rlles se figura~nn a
trovoada, sem comtudo importarem-se mais eoiii elle. Que porem
entre elles exista uma rag;i i d i a a respeito da immortdidade
da alma, corno entre todos os povos n a sua infacia, nVo lia du-
vida porquel deixam aos mortos as ariras iia tiimulo pzira, como
dizeni, ausar la em cirna-.
LTni enterro entre os eorn:idos apresenia certas sirigulwiida-
des. Primeiro quebram todos os ossos do eadaver e depois col-
locam-no assim nos potes de barro em que preparam a
sua bebida rir iiiilho feriiieiitndu. Si foi urii clicii. de fa~iiilin
rluc inorrcii, rnti.rr:lin-:io iio iiieio da ca'cnnn qiie elle liribitarn
rXrn r i d a c: <!in sexiiidn nlinridoiiaiii u logni.. Voltando p<lr aca-
so e durante ns suas c:i?adas ],ara o log:~r onde o-, seus i~iortos
est;io ent<>rr:idos, testeiiiiiriliairi n riia Iriiibrniiqa drlles por nltoi
?ritos e lnniciito~.
Coin o iii~.>iiiosileiieio roin que iiin Coroado ahandonn este
mundo, &i. elle tai11b1~111i1 s u : ~eiitradn iirllc; nriihunia eeriiiio-
iiia ou fc'sti~ rt!unr OS ~isinlt,>sllor oecasião de. iinr iiasciinento
e nti. 05 cauiiiiieiitoa se <.tF<:etu:iiii eiii silenrio. O noivo l e r a
çonisigo a n o i ~ iqnf'~ coniprou doi pom. Icutitece; porêin, iiiiii-
tas vr!ar.s, que i~ ~ l ~ i i l i idilis;i
e ~ o iuiiri<lo <lel>oiçde poucas srina-
rias, iiiu co-;taine qil(! <: t:irito iiiais exi,ralil~c>, coii~orni todos os
oiitror casos C e l l ; ~ irnctadn roino escrava. Este nhniido~io do
iiiarido i: t i o fieqiii.:ito qn:? DO enconti.iLiii i i ~ i i t a jnx-<*ns
s iiidins q u e
iio es11n~odo iini ; u n o , e yoi siiiil>les raliricho, iniidarn~iide iria-
rido 5 a (; vezes. I{ar<i ii.iii rllas iiini; d r L filhos, o qiit. <: para
~xtraiilrar,liorqiia :i ~>opulnq;~o brazilrirn, d e orijiei~ieiiro1,Ca e
:ifricniin, i. iniiito ~>rolif<~r:i. Logo que uiiia indi:t tem lxirido.
desce para o l>riiii<ir<icorrego oii rio liar;, Iavt~r-se it si e 2,
creaiiçn. reeonlierida ohicrraq;iii de qiie o ],ai da crennqafiii-
se-se doriite r fica drikldo Iiiir ~iiuitos <!ia.. foi z~fnriliada por
varins teit,eiiiitrilins ncu1arr.i.
Tnes costiini<,s t ~ n ~ o n t r i ~ ~ de
~ t -I,r~fi!r<!n~in
ir entre os eoi.on-
dos n%o baptizadns, nras os hal,tizndos coiisrr\-ai11 tiinibeiii iiiuito
os S ~ U Scostiiiiies e , especinliii<.iite clitlieil 4 dcsneosta~in:il-os da 130-
Iyga?iiin. O iiii.siiiu aroritece coni i~lgiinsoutros cn;t,unies. S n
comeso qur.ri:hiii que! os liortii~ixezes 111~spag:issPiii para resar ria
rgr<,jit nos rloiiiiii$o< 6. roiiio iizo liai.in voritn<le iipni nit:ios par:,
sntisf:iarr CSE:L exiceririn. os indios eon\-ertidus deixavam rl<! frri-

iim c%osinlio. Este foi atnrndo pr>r riiia liory3o dc porcosfamiii-


tcis qne o ttrriaiii iiinrndo si o Snr. hIarli6re n%u t i ~ e s s eacudido,
1113S j R ~!st:i\.;~n11111 estado Initiriioso. Coino era loiige pnrn n
enaa, o Snr. I\l:irlii,ri: deixou o r;io a iiiii Coro;~dopara ser exi-
rado. Ilois ilitii d<a1,ois \riti o iridi,, e contoii que o cachorrin7io
tinha iiiorridr,, airias» accrescrntou elle <<eonioo c;io era d r u n i
nmiio, eiitc~rei-o c pu6 unia r i x z no tiiiriulo?. E, rffectivnincnte,
11 indio tiiilin levado a crio ;L uiiia eiicriiailhnclx onde enterrou-o
c: collocaii iinii~cniz.
IJiiia hon l>ro\~adn suzi retiesXo, drrani-lrie estes iridiosiiim;t,
oeeasibo. Sinlia-sc contado IIartl os iiidios baptizadus hn I>oneu,
~ S. ~ [ ; L I : w I ~ ICLO 110111,a~idua s n t i r r n ~ ~ ~10s
:I l ~ i s t o r i ide c ~ sui1:igres.
Ao Iiresiiro tciiil~ocat;i3-:i-se eoiist,ruirido iiiii:i rprrjji iio Iiiiasidio
e no dia da iiiniigiii.n?;~ii dn c:il>ella prorisoria, n iin;t:iirii de S.
Ilniioel a r r i a ><:r :illi iiel>ojitada. Curiosos para c<iiiLecei. o mi-
iasroso Santo: iiinitoc iiiiliiis tiiiliaiii cliegndli nr;is, qiiniido vira111
qu<! :r iiiingriii era di: nintir!im, \-oltnrnm todou ],ara as silits mnt-
ti~s. Aeredit;ii~aiiiqiir se f k i a caqoadn ilelli,s e dizia111 qiio o
Saiito <,r:, dt: páu e cIn? 1811" só era pin e ,,;lu tiiilin acqùo ;ilplni;i.
Este raso 4 iiiiia ~irox-;t <ia que esbes iudioi 11%" c o ~ ~ l > e c eaido- ln
latria nr:m ;idiiiitteiii n Iireaenqn dc c i ~ t criil>erioias ~ ,xis iinageiis
iiioitiis e; que ~>oss~ieili boiii s<:iisn.
I'ode-se tirar i i i n A\-ngriri hr.ii.ilc,iro rli- siias iii:ittns e trn-
tal-o do iiii.lhuu iiiodo, qiie ellr! srnil>riae.ri>iiarW, ariiiia de, tiido,
l>oder \-oltar yain os i r . 1 ~ 5 lintricios. Esta ohi<,rcnq:io t i o eonlic-
eida, fia eii t:tiiib~iii qii:~iirlo trouxe liara o Rio de J a i i ~ i r o 11111
~ ~ e q u c windioo qiic volnntari:~iiieiiti: iiie acoiril~niili:rx-a. I'roeiirei
f:mer tiido para toiii;ir-lhe n sua r;.tadn ayr;idnrel, iiso s6 por
<.aiisa da confianqii qiie elle tinira cni iiiiii,, segiiiiido-iiic, eoirio
Tnnibeiii pai. srr iini iiii>qu iiiiiito iiit-.lligentr quiip fi~llilvn as lin-
siia. de 'L tiibus diferi-ntt,s i: cra n.qndi>r Iinhilissiiiio <pie podia
sei-iiie de r;iniidii iitilidiide rins iiiinliiis fiitiiriis exeiirsüc~. Po-
r h n , divrrtiirir,iito ii1,:iiiii o iiril,edia dc todo. os dias lwclir-we
q u e fizesse uiira iiovn \-iagem, esliecinlni~~iite liara <is iiidios. Por
iimn cnzunlidnd<,, ;L estada iro Rio toriii>u-si: :iirirla iiiiiis odiosa
L 11ID(.O desioiitindo.
~ ' ~ I Y <I T i n h i ~pi~ns;ido~iroporcionnl-ouni graii-
de prazer lerarido-o no thcat,ro, iiiiis fi~lizin<-iitt.. i.>collii iinin Te<:.?
coii; iiiiiitas ti.i~iisforiii;iqii~r. X L I I I Criillin ~ -:isto O IIICII í e l ~ i ~ g e i i i
iiiais coiiteiiie do qui! iio iornequ rlit çoiliedia; qiiaiiilo pori,iii, no
sexnnclo nct,ril lioii\-e nina fingidn der;il>it:ic;io, iiiuito bem rei>re-
semtada, o mcii Jorrii iiidio 1ev;iiitou-sc e fiigi~iatcrraiiend<i e
nadn ,iiidi;~obrigirl-o :i acorii11ariltnr-iiie ioiitrn \-e% ao th<~ntro.
Cii,;, liro\.n niiidzi rii<,lhorl di! qu;into i: furte n sun saiidade
do lar e <I<,ri~odode \-ida lirrp. r b r ~ i t od:rs innttzs, foi-iiir for-
necida 1ii.l.z liiatoria rle iini p d r e ria coiiiiniinidnda do Ria da
Ponili;~. Este l ~ a d r r ern Col.oado ii:itn qxe, eiii rr?nric:n tiiilin
vitido para o bislio r w i .\l;iria~~iiaqiii! o t.diier>ii n o iiit,iiito de dar
nos iiidios i i i i i pndrc rln s i i n liroprin rarri, IIILI 1>~nsan1enroqn<:
iiiercce rodo o ipplaiiao. 1:ifrcti~-aiiieiiie,ii rio-sn Corontlo clic-
%OU ;L aer padre e, cuncleeorndo roili o linhito d e Ciiristn. foi
inaiidado 1i:tra a çoiiiiiiiiiiidtidc eoii\-erter oa seus pntririos. Uii-
rantc muitos niiiios, riiinl>riii rilln a h i o i<,ii d e r c r l>:ira yrnnde
satiifacqMdda. r g r r j a cliinrido. rel>riitinnriieiite, nccordou-ir riellr n
vorita<le de iiii~d:ir ;i biin ,-ida di: 1i;idrtt ~ > z L ~ : L n que f.lle tiril,:~
leriido em rrcanqn. T)c-piii n sotnirin, di.ixnii a liabito dii Clirisru
e tudo nisis e fugiu eiii 1irociit.n dos seus [iritririos nús, entre os
quars coincqoii n r i r r r eoiilo rlles, r a w u c<iiii ~-;irins inulheres e
xtb hojr,. aiiiila iino ir :irrepeiiílrii da iiiudnnfn.
E' i r i i i r ~ ~ ~ v egriiridr
l j>~ropicaciaqui! os iiidios rrveleiii rio
modo srFuro roiii q u e ruraiii as sii:ls 1uolestia3 que, felizmente,
lido s8o iiiiiit;ts. Todos os atws reiuadios husc;rin no reiiio vege-
tal e iióa teii;inios de nl>rrndar drlles miiitos segredos eiri pró1
da liiiinniiida<le, eoriio nliis, j i devrinos a e l l ~ io conliecimento
do reriiis experiiiiciaç iia iiiedicina. Assiiii, por exeml>lo, o in-
dio iiio t<.iii i i i ~ d odas iirnrdrdiirils de cobra- veiienosas Iiorque,
i:oiiliiiceiu i'sllins <jtirJ rur~tr11 i ~ ~ f ~ l l i r e l r r ~I',e ~si~ tOt .rniitil~tocom
os l m r t i i ~ c z < ! strouxa-lliel o coiit%gio v?iirrsu. elles o ciiriiin
htiilherii ccmn vegeiaes, slwn qiie virui. ; ~ l ~ r i rlilei n firl~ieno corpo.
0 s Ci>ri>adas<:iiipre;aiii t,ainl,riir a s i r i i l r i ~e pilra isso iitili-
z a m ~ s r de iiiri arco Ii*.quriio iie iiinas 10 (~ollt~,cadae d e coiiipii-
inelito e iiliia pequena fleclia, çiija ponta E tkitn de ii~iiaIascs
dn vidro r x i , eili falt,a deite; de urna lasca d i ~pedra qnt: 1:~pidam
nt,6 que ?,ir\-n )>;&r&o t i i i i 1n'opojto. A 11111 ~r~illi~ile.tro, ~nrlisOU
inenos da ponta rlrsta lasca; eiirolam algodào liara que 1120 eri-
tre ~iliiiido que d e v i . Hn iiidiod <:itreiiiaiiieiite iiabeis neste ge-
nero de saiigrias que I>ode:ii, por isso ser tidos coirio n i ciriii-
..
=i<ies destas ii;tyùrs. I l n s p r e c e que iião c: iiim<.iitt! oin caso d e
doeiiqa q u s os Coroadoi se s;ingi.iriri porque, o si.. \Ini.lii.r<- o&
serrou iiin dia quii Liriia porqào de mulheres e Iiioqas que esta-
Ynni tomando bitiilio i~uiii corrego, sqjeitnrniii-3,. todas a esta
opcraqo e o i . iitinert fz~ltava de arr.rt;Lr a r r i s com a
fleciiiiilia. P;irece-iiie isso iiiiiis piaiiçivr.l ainda lielo facto de o
mesiiio Ci>r,i,idcl-:~irurião qaerer por força snri'.rnr-irlr a lniui
t;irnheiii, nlmrnr de q u r eii coristanterneiite Ilir declaraia que cs-
tav.,i a.i. ~e i i i u precis:iv;i. disso.
X1n casos d e eoi~sti~ilqáo, os Piiris srrueiii-sr de iim curativo
qne iiiuito se assemellia nos barilios de valior da Riissia. rrna
OIIIT:~ que tiiiha-se coiistipado fortemente, fizeram transpirar do
seguinte nlcido: do corrego p.oxiino traiieportarsin lima pedra
que foi l1ost.a i i u fogo n t t ficar bern quente, depois fizeram a
moça debruçar-se, com as ~ ~ n eo sos pés no çliio, por citiia da
pedra niss seni tocar e s t a ; entào as iiiiilhoiei cercavam-na e
com a bocea cheia de a g u a despejavam ou ctidpiam Pita na pe-
dra. 0 s vapol.e6 que assiin se formavail~ pelo roiitacto da yua
com a pedra. quentp: t:&ctivameiite, provoiavain uma transpira-
c$o copiosa e, iio dia seguinte, estava a inoqa cneurada.
Has por mais felizes que os indios arjitrn rio curar qiiaai
todas as suas dot!npi~s. acham-se entretanto absolutamente inde-
fasos daante de uma das epideinias introdiicidas-a variola. h
culpa disso talvez se encontra no prolrio modo de vida que le-
vani. ~icostumadosa banharem-se nos coi~egosou rio: proximos
muitas rezes por dia e, principalniente quando seirtein calor,
correin logo para a agua a refrescarem-se. Deste costume 4 in-
possivel tiral-os, apezar de. que tantos j& fiirain victiinados pela
variola. Seduaidos pelo calor da febre, correm para a a p a frii
do rio onde peniiarieeeiri durante horas de qiie resulta recolher-
se a erupqso e o pobre eoiita;.ii~do morre: virtima de sua im-
prudeneia. A siiiiplei noticia de que h:, variola na r i s i n h a n ~ a ,
d hastarite para despovoar iiiattas iiriineiisas.
Nunca se encontram individuos fracos ou do<:ntios entre os
indios, o ue se tentou eq,lienr lioln siriipliçidade rio seu modo
de vivrr. "p, ode LSSO i n u.~ t obeni ser mas, forteiiiente contribue o
costume qiit! e1lt.i teiri de matar toda a ereanqa reeeriinaseida
com signars de durntio ou que tiver qualquer def+.ito pliysico.
Assim, lia pouco, o Sr. kIarlièrr iinlrediu que iiiii iiidio inat:tsse
o s r x i filho que nssec.ra coiii dois dedos tortos poripr, dizia o
pae, não prestaria para armar um arco.
Os festejos que são vcrdadeiras orgias, e eaein principal-
niente no tenipo ein que amadiirecr o mi!ho. As mullieres as-
sentam-se em circulo e mast,igaiu com grande presteza o milho
qne drpois de beiii ti.iturado ó curyido dentro de urri pote gmn-
dt. erii pt: no iiieio dellas. Ilurante uni a dois dias continúa esta
inastigação atk que a quantidade aufficirnte esteja preparada.
Neste millio iiinstigado e iiiiitur;ido corii a salirw., põe~n ainda
n,pa e deixam tudo ferventar, depois do que decantam o liqui-
do que se parece com cerveja fraca e, comrqa a frstança. Para
augmento da festa saccodrni uma puranga com pedrinlias den-
tro, produzindo assirii uma nirisica, quasi egual á dos xkarnts-
chadalosn, cujo iiistrunirnto consiste nunia porçRo de bicos de
«alcoe enfiados ~iiiiiiacorda. O iiiçtrm~lento das Coroados oh*
ina-se egripinru e ;i brhidn arrriin. S e ~ i sempre
i fabricam a sua
bebida conl milho, tanibeni n faaeiri coin rnizrx, como os iiidios
que i130 conheceiii os portiigiiraes. Dizem que nostns bebedeiras
h a cantos e darirai nias, riiirirn o pude verificar porque, n%o 6
prudente estar presente nestas festns que, quasi sernpre acabam
com zangas e b r i p s . Kunia drllas, bn bein pouco, foi marta um
portugriiea, apesar de estar casado com uma india e tor vivido 10
annos entre elles, sendo, ás niais das rezes o ciume a causa dar,
desavenças.
As linguas que falam os Coro:idos e os Puris são tso pouco
differentes que só isso p r e c e iridicitr uma oriçeni corirriiuin e h t
entre elles a lenda de que, ha muita tempo atras, formavainuma
sii iia<:;ii>. Tacpelli, ti.iiiiio duns ft~iiiiliasiiiiliurttillt(~.:selinrnr:in~-s(?
c.oiii ob seus fieis r! i~oiiii.<:ni-;iina hrigic qric ;icrdiiiti airid;i Iiqii,,
i ~ ~ s i ~ n i t l a1301
d i ~~ o ~ i s í i nasassinatos.
~~~te~ Srirnvr.1 6 qna «s 1ii:ris
a i o sciiiiwe iiiiiiH fortw ilr> qiir os Coroiid<is. nlic..iiir de s<.rerii d a
ioi.siii;i origriii. U a r r o dc 11111 Puri: ~ C ~ ~ ~ L(:n~.oiido L N L púde :,r-
iiiar. Ser;~o os pouc<i* :iiii>os de coiitnctij v i m os l~raiicos qiio
lliri teriain diniinui<ln ;L fiir,;n nii ser:i i t : ZI lenda desta
urigrui eoniilui.
S h o ohst:inte clis, :es<,iii o i Covoádoi. ,jiil><~ririnis de O m i n o a ,
iiiiiiitido ii-layi~esaiiiistusnn coiii os ~iortiigiiraes~iião inostrniii,
i~lis<ilut.ziiii~iitc, ;i;iiizarli~ p<ir <,llri, lielo ci~iitriirio~ existe iiiii odio
iiiret<.i.a<lo, coiiln eu~>scr~iiriicia dos iiii1i.i tr;i(.Ioi ll11e lhe6 folilu~
iiitligidos lirlos brniiriis. I'ur todw os iiio<lo-. iiiin~iriaveiieng:i-
iiarain heiiipii. r~ c5ti.i pol-ires selrirulas -r:iridc foi a iiiiyress%o
~ x o d i i z i d ;["Ia
~ : ~ 1611 p a ~ acivili-
iii;~iiolii.a :~idilosai ~ t v i ~ n t a de111
zar os l'uri5. Coiii ptoiiieasn de d;ir-lhe. ii~ri.aiiiciitas e armes,
2000 F'iirii Sor:~iii nttr:~liidoi ti \-illn Rica. c':i(.,gadoi eram logos
:ix:.nrra<loi r! distribuid<>sciitro os l>nrtiigmtv.<,ip ~ r os i ~rlunes dc-
vinrn trnliali~nr:natiiraliiiente sem ser riti rpalidade de escraro-,
iiiai, utiicaiiic-nte pnrn toruarem-se eidadùoc irest ti mos os. O lilaiio
i,ra. i<,iii duyi<la boiii n a iiieiu eiril>regadr>i;ilvez tivcuso sort,idri,
<.ffeitoliiins o i eutarcs do lilniio nko coiili<.riaiii os scus &>airicio*
I: nI<:iiido iiia~ii,cuniiii<.tteii-se o erro dr: ii;iii dei.;:ir os indios ri-
\-errni ziii faiiiilin ; iiiniido e iiiiillir-r: pars i.iilhui for:iiri scpari~dos
tr iiiaiid;~di>s.a l o g ~ r r a<liri!raos. 11 eoiiseqiiçrrcin foi qup, 111i11 tinliniil
i i s P ~ i r i strnbi~lhadouits 8 dias que todo9 os lioirieris fugirani,
tniito 110' caus:~das ji:i~icada; recebidas, coiiio niiior ;i liberdndc r:
5niid~dt-s da tkniilia. ~ ' e r v e n d u de odio, Vor terviii sidos obriga-
40s a nl>niirloiiar iiiulli<.res e íillios n a iiiiio dt. seiis algozrs, es-
(:i\-ain (cstra piiuros uiitrx vez nas suas inattas, iiiatniido todos os
~mrtiigiiearsque podiaxn F, eritrt elles, a p e l l e s q1ie lhcs eiigi-
irarniii a vir para Vill:~lliea.
O Sr. XInriEre, r'iiiio rra o seu d r s r r , t e r e <lu<:~ e i i i ~ portii- ir
,q::iiezi,se Coraárlos contra estes Furis, apesar de confessar qiie
,julgaa\ra jiista a \-iii?~.ziiça dos Puris. Iíns iiost:i occaai%o os por-
tiigiieoei inostrarain 120 lmuca iorageiii que afirinl, os Coroados
tiv1xi~111dr ~ n a r c h a rids, ~ i ~ r a ringarrni
i os brancos, yoréiii e\-
treriinnierite descoritr~nres IJor causa da eobnrdin c ft~lsidades re-
\-eladas para coni os I'iiris.
Si, dvsde o coiiicyo: os liortuguezes tivessem feito distincç80
entre os iiidias e os ctscrauos africanos, o Braail tcria tido uii~
boi11 lucro, inas assim percleii-se tiido, rluiirendo tudo ganhar.
Aindit lioje seria posiivrl tirar destes selvagens inai4 iinrtido do
q u e se faz l)oic111r, < ~ ~ ~ , e c i a l i i ~como
e i i t e soldadoh srrviriam admi-
rareluieiite, n1ien:is corri a earidiyZo d r foriiiarciii batnlliúcs espc-
eines e eoiii as siias arnias liroprias. S;,n se ~ > ó d eiiiinginnrsol-
dados iiinis ligeiros : corno u111 rt!ndo o indiu d:sliza. liela inutta
iiiais espessa e effi.ctiii~ninrelias de 13 a ?O lioras seguidas.
Logo antes dn niiiilia chegada a Jliilns-(:crnes deii-se u m
h e t o que em crueldade exceda a tudo quanto eorilieço r cu,ja
verecidarle p d e ser att<,siada Iior nieu coin[~aiilit~irn d e vingerri,
Sr. . '
1 Eseli~vrge. Viria porq%o do soldados iioitiigiieaes, ciim-
iiiaiidados por u m ciil~itao,tiill~aiiisido iiiandni!os rui 1,rocui.a. d e
uns Bot,uelidos qiir, Iinrin puiiro, coiiiiiletrer;&iii nlgiiris exccssos
erii Rio Doce e a ord<,iii crn de nfurreiitnl-os oii uiattnl-os. Uar-
charido eoiii I>riideircin, encontrariiiti logr, o liniadeiro doste5 an-
tropol11i;~gos
- - ~
e ee~arniii-iios diir;intr a noite. Qiiniido os indios
viraiii-se surpreheirdidr~s, o ~ salvar-se,: rxtendeiido-
se no chzo., finiinda
,- ~ ~~- mortos e
rstnr
~ ~
siisiiendciido n resnirz~cíio.
L .
Naturalmeiite iiBo lograram eiig;~narn i i e i i s perst,giiidores c u j o
çoiiiini~ndaiitefui a cada u m d < - l l r ~ba1,tizou-r>
. r riii secuidainer-
gulhou-lhe x faca no cornq$o. Di: iiin;iliari os rriieedoresrrppres-
saraiii e proxii11o ao logar da. rictori;~ciieoiitrarnni-se coiir IIIIB~L
hotueuda que coiii os sexis dois filliiiilios no collo estava ncocorn-
d a ao pt: de uina. inarinitn, sobre iiiii fogo. 1iiiiiii:diatarneiite foi
rlla. iniiiiolnda p<!los crueis hrrócs, nlcniiq:ida l>oriiiik:~ bala. Apro-
xiinnndo-jc n elln, j:i coiii os oilios ri:lidos yeln iiiorte, indicou
ella a iiinriiiian riiir coritinha a. ct~nu:de uin nincacu. d<:ix:i.~~do
tristes c:ntender q~odc-;spiiide comeras ci.iniieinli;~s. Sóiirente entâo
algiiiis sentimentos Iiunianoi p;i~.crinm neeordnr peitos destes
lieróe* e deixarairi as crinnciiihas r i r c r , uni br,iiefieiÕ que estou
iiiclinada a attribuir nmis ao egoisriio porque, lia iiina lei q u e
assegura ao vencedor o d i r ~ i t oIior 10 ariiioa sobre cada indio
qiw, ppmder e111 gucrra,
Por mais satiaf:i.etoiio que sGa para o pliilai~trolto,o pena:%-
rilento dt? civilizar os srivagens cfiie ainda n i s t c i u , forqoso E con-
r i r que., a SUL&realiza~Boe i t i niliito distaut?. 1-111motivo 110-
deroso se aclia iio iiiodo pelo qunlos 1,ortuguwzes praerdem liara
com os indios, cuja deseaiifiaiiia nuiicii. cessari e' s<:rR egualinen-
te ditiiiil para os portugnezei de acustumareiri-se,, aeiixergar no
iiidia u m similhaute s t : ~e n i o unia cxl,ecir de niiiiiial. Ha. po-
rem mais uin motivo. E' u m caracteristico notnrel dos indios de
mostrareni a maxima indifferença por tiido, niewiio por ohjeetos
q u e Ilies são inteiramente novos. Este traqo coutunin s e r r a r a
entre selvagens eru geral mas, o iiidio hrazileiro nada a h i r a c
parece nào conhecer a aleçria iiein a dor. Podia mostrar aos
Coroidos o qiie quizesse, permanreiam sempre inipassiveis nas
suas redes e, infelizuiente, é esta immobilidade dos sentimentos
que eonstitiieni uni dos inaiores obstaculos para a civilizaqão.
Uni povo, tão pouco inelinndo a traitsforrnar-se! não dá esperan-
$as de ser =nriho pela eultiira.
E' uma assereão enonea que o Brrail tivesse sido mais po-
puloso antes darinda dos portugueees. Si assim fosse, os indi-
genui devem ter sido expulisos de uma grande parte do seu
territorio para os districtos cobertos de florestas ondehoje rfivern
e deviam ser mais numerosos. Mas, segundo obseivações fidedi-
gnas; ri&o se liode contar mais de 150 indir~idiiospor leguaqua-
drada c não eoiiheço alias iiui paiir com tal I,opulaqão e eu,jos
liabitantcs esti~essemem tal inferioridade cultural como os sel-
vagens no B i a ~ i l . Qu11n11o iiin paiz á bem L~oroado.tcnu eile
sempre uma civilizaq%o suyc,rior porque, sãri as necessidades que
obrigam os liomriis n inventar mas, onde aquellas faltam, não se
pode esperar de eiicontrar esta.
Divertimento Admiravel

Ertiahida pela ooriosida6e i ~ c a o s a r e l de nm sertanirfa paolistense, pne os orleuloo


OIIDCe.JlVO%nuns poncos de annos.

Omreeido so Iil.na e RX."O ~ e o h o rbisrn~ilode ~ l e i l oe castro,


do Conselho de 8na Ilageslade e Beeretafio de Estado da RepsrtiqBo da Marinha e
Domini~sU ~ ~ r a m ~ i i por
n~e.

I~AS~ E L 1 1 ~ 1ARREL (1)


CARDOSO
Aiiiia dc 1783.
ILL.~
E ' E X . ~SK.
"
Ainda que a mordacidade doi Zoi os e antigo costume de
Aristarcos me deviaiir devariiiiiar e f:iacr suspender o presente
impulso, comtudo r a ~ á omais &,i-iidente rrritti a iiiiiiha resolução.
Elles, sim, jiilgnriia que tis dedicatoria.; que se fazrin aos
3Incenas não s j o mais do que u n s estiinulos que os 1,ersuadem a
favorecer a ampariu a aquelle.~que a s inesmas dedicatorias Ihes
offerecem; parem é porque n â o advertein ou nRo entendem que
urnas vexes são l>reciiai satisfacqõrs do rriiiito que d e r r m o outras
vezes são precisos eiiilier,lios com qn<*O aEectu quer fazer publi-
cas as suas vitneraç6eu.
Quando nenhiiiiia destt~scirciiiiistancias e qualidades irie nio-
veise e os vericesse, a iiiesma raaso, que elles condrmnam, me
absolvia d a sua errada accusacXo, porque quein, corno eu, igno-
rando a g e o g r q h i a e por conseqiieueia os seus t e m o s , tel-e

1 Sobre este persaoagem e sns familia vide NOTA na Rm deste Diurrbimufo


Aa+nirnsel, ooja pnblicqbo é devida B obseqoiosidade do sacio dr. Edoirdo Prado, Que
mnxe de Lisboa s oiierecen ao Instituto uma copis do origioal.
(AT.da RJ
aiiiiiiobidirdi: dr, <B-crtlvcrn i t,i.ezr eapit.iil<is do I,ii:ei,tiiileilto, qu<!
offerrqo a v. Exc.". iirccs.:iriniiirnto de1i.m I)I.OCIIT~L~. jlsotee?~lo
respeitosn: iiois c ~ i i l i r . ~ oque ;i rlcducqfio dii i i i r ~ i i ~,sl>cL1130 SI?
ço~iil~nilt~en roiii os lireceitos de: 310,içit:ur de F e r e 31011sienl-
'L'oiiriii ele Rocliefi>it.
Eii h<tiii ~ ~ ~ ~ i iin i c ~certa
r ; ~ ,noticia <lu<-<,x1>01111ndos serti>tas
<Ias iiiiixis de (,',iiy;ili;i c \lattn C;ro-?o; iião fa1t;ir a aqiielles lire-
,,ritos R rlietoiieu, rerdadrira arte <le persiiiidi~:ciisiiin: l>r,r?iii
ierin riect,ssario ]>;ira beiii satisf~w.i.r 3 essas reF?.r:ia il~sistil.-i~ico
~\ltisliiiio eoni nrluella < ~ l > i , i i aFraca
l r.oiiiiiniiiic;ide n .\dùo, U ~ I S
~lli«atolos e oiiti.05 eseolliidos, ~ i b t i i rlui3 :iriii iia fregueai:~ d<:
.Irainyta;ni~l~;r i l , de onde C t i , iieiii 110s 5ertGes q ~ l e
piaei, yue n iiiiiili;~obra refere, l~n\.iaiii eaerilas <.iii (que iiie 1n1-
desse iiistriiir iin seieiicia e irielliou l r i t r a ; l>«r isso ii:lo nt,ton-
dr~ncl<iV. Exc." ;i<>Saiito, iiias siiii ; ~ oqriniili) di! iiicii roiiilieiidio,
liir roxo o il1ieii.i~ be~ii~iiniiieiitrneecitar, liorC[~lmii?io6 di. r:izjlo
que: r>ii(le f:iltiiiii :LF foryils dii eliiqiieiiria si: iiZo jiistifiqiie i1ili.a
voiitnrlr.
:ls rniórs i . I . r i e l o o r oiitra
eoiisa, deve fiz(.r acci:itsyRo do iiit.u coiiii,eiidio, rcitnpnrid-o, talri-
beri, iiio a i sei dizer, iior sereiii ii~ois pnra coiiil,rcrliendidus d o
que 1,am explicados : r ii<*stnar<::to, i p i a l q ~ i ~qru e hriii a suul>i,r
deseiiil,eiiLini, fiirin n;io derlicatoriri, iiias iirii culiioso 7-oluiiie das
esrlnrecidni ~ i r t i i d e se i l l ~ ~ s t rprerogntivas
c~ qun nrsisterii n V.
Exe.", felici~lnrler e nostorios. niiiios, confoiiiie aos <l<-;eiosdaquelles
que '"ai3 cort1i:ilmerite atiiniii o respeitam L: V. I:>icii', e01110 com
~ s l ~ c i a l i í l a doe ftiz
O seli mais afieetu<~rosihdito,
\IAXOEL Ca1:~osii ABEEI:.
~ i i i

1 Hoje cidade de Parto-nelir. sobro n m a e m csijuerda do rio Tietd: foi frepezis


itC O anno de 1787 e pertencia ao municipio de It". Nesse &r100 foi eie~adaáestegoria
de viila e B do oidadc em W58. Era o grande parto de embnrqne para Cuyabã.
(AT. 17a Il.1
Aiiiioo leitor :-Çeiiipre iái iiatiiral d o i cuiiiisoi o ilcsejo d e
<~r,iiiuiuiiieareriiiiiis eoiii os oii11.oi ns iiotii.i:rs do iiiuiido, iiâo iii
<larluillo que aleanqniri dos lix-rn;, ii~a; r;iiiiheiii do que experi-
nieiitnin nlis varieà;idca dellr, e dii qiie oiiveiii os iiiai; noticioios,
que ,,alculaiii a s partes da sua =r;~iidcz;c: r por isso iric linreccii
]roliria 3 I . C S O ~ I I C ~ O de satisfazer o <I<'-cjodrstrs ciiriouiis roi,, as
iintiri;is de niii dilatado sertsn, <.oiiio i: o rl:i I ~ : ~ Y ~ . ~ : L das
~ ; L Oriiiii;ia
do Cuyabi e Xntto (:russo, declarando ri>dns as <li\-eriidiidas dos
effcitos que iielle se rmcoiitrariiiii, ciiiiio -%o a l>rodiirq;Lo das
ti-uetas, a rriayâo dns ares. ai~iiiiiies qii~idrii~ir~llcs, <i. noiiirs rloi
rios da iiavr,qaq%o, ;as iinqi,es (10s g<xi,ii<i,<lu? 1i:ibitnlii iin a;,,
exbenGo e , fiiialiiieiite, riido o iiini': que ~ i o d r i,oiiipr<h<,iid<.r11,
eiiriosirlsdc das sii;is iioti<.ini: aiiidn <liii, ~,:tre?a tc.meridade o in-
tento dessa eiiiliresa, pois :L <:lia s<i i i ~ :C O I I ~ I Y Z n aiuLiq30 de di-
vertir aos euriosos (pie aljprtec;ail~ salier :i'. I ~ I ~ S I I ~ H110ticias:
S c:
iqiiairdo nho seja esta obra hriii accrita sntisftiqo-!(ir c111 iiio ioii-
tiriunr, q u e 1: o iiiiico iIr~l,iiiiic que iiie n<.riiiaelha a !eii,braliii<:a.
I,*-SE YRlkCIPIO A ESTA O>ll<A MOPSBASTiO O H 1 0 I)A PRLUEIHA
xar-~:c,a~io~
s ~ cX O X E E O PORTO O S I , ~ SB RM~~.$KC.&I o s
x i l T E R A S T E i P A I I As jrrs.LS Dn CVIAB.4 OL' hlAT.iO UIIOSFO.

Distaiite 22 le,:iiiis p r n o lioeritr da iiiuito nobre cidade de


São Yaulo se acha situnda a denominada ji.eg?ieiG~ de ATossu
Aenhorn I+Iüe dos flolol>~ei~,s de BruraytngtrnDn (I), n a qual se
embsriaiii os na\-egniitrs para qualquer das inintis, ou de Cuyabá
ou de 3I:~tto Grosso, fazcudo-o i,siia direita pelo rio iibnixo, a
que deram o iiome de A?zheir,h?i os priiiioiros drscobridores e
lioje traiisiiriitado para Tiet,i 1-1, de c u j a ~a p a s heht?m os 1110-
radores da dita fregiiezili por YCI. a. sua bituaç20 sobre o mesmo,
c toni este rio o seu pri~ieipionas serras da costa. do riiar, entre
a i villns de S. SebastiXo e d e S;~ntos,da rnesrria eapitaiiia (3),
e passa distatito da dita cidade uma. legiii~14) e aitida. eorn n
eovrento d;ls suas RFII~IS p i l b 3 i l i ti~xnben~
pela dita frrgiirzia a fazer
o seu t e m a no Xio (kruiidc oii P a ~ a i i i .

O trliipo que gii~r;iiiii i s nrgociaiitea nin rolicliiir a iiavega-


da rio iiieiiriorint:~ <: iiicerto, pnrqiie se a f;tzt!iii saliii~dodo

I ifreguesia foi coitiecadn em li21, por ~ o t o n i oPimentol e Antonio Sardinha.


tendo r pnmeirn ospellr n inriecacrio de .!asso .viniorn da Penha: esta na0 existe mais
e a egreja matnr. que i' g s n d e e bel!r 6 qne tem a ioraeaç8o de .Vosso S#ehura Xó,
dos R ~ A fregoezia
~ ~ r r t~a r r edifirada
J sobre om paredsa rito, vert;eui e n. cavaileim
sobre o r i o ; este paredso, sendo caliirozo. aitrshia mmtas animaes e passaros. principal-
mente ararar, e dabi vem o nonie d r u r a - ~ t o . ~arsrs~ ~ ~ cobre
~, pedrn, qoe foi dado ao
pareda0 e depois ifreguesia.
2 o nome .inhemCii ao dnhsnity foi dado pelos indlos antes do deroobrimeota.
3 copiia,2io d a .S. Paulo, * que nenhoma referenoia ainda foi feita neste esonpt0.
r artaFn distantc a 1 iometros no eomero, m s s hoje a ria corti a cidade em d n a l
phnes. ~leandoa parto mnior e mris aniign na margem esquerda e o bairro d e Eaota
A""* na margem direita.
(.v. du R.)
porto d:qur!ll;b frrguezia eiii os iiiraf.8 dt. JIarço. Abril e Maio,
verdadeiro teuilio de seirirlliiirite viagelu, pnbYaili eiii 20 dias,
iiais ou ineiios, iiio Li:irendr> o iiiconve~iiriit,e <Ir s r eiiihorcar
alguina ~ ~ 1 1 6 8nas
. perigosas e liormlidi~s~iiciioeir:is que tein eiu
toda a sua e x t e i i i ~ oj l ) , r ao acaso siieeede diiieii~I>rinril~ioi
vit~n;einnos IiieLes subssqurnti!s aos rrfi-ridos Fastaiii inais teinpo
pela r:iz%o de ttir eritão o dito rio iniiito poucas agitas 1iai.n a
mesura nnvegaqio.

DAS cocsas s o r a v ~ i sQCE SE ESCOXTILUL SA E X T E Y S ~ Ouo K L O


T I E T i , r 0 1 1 0 S d O A i i r r E n s I i , . i n E i>x: .\SI\IAES: AVES. I'EIXER,
XXCCTAS E DOS RIOS Qllc l:.LzEii BAilltA S E L L B , QUE TODOS S B
I>E<:LARAM POR SEKS >í<>3IES, C S C ~ I O R ~ R S P. M l i T O i U I E TEM
O IIESMO 1110; E D E COXO A I>LTA I'I<CiiCKLlA POIITO D E
EA1BARQr:W P K i A PILivA D E iCiI'TR.\It-.

1
'úo aiinn de 1766 para o de l i 5 7 iii:~iidou o Ex."" 11. Luiz
Autoriio de Souza Boteliio Moiir;i,o. qur eiitHi> era general da
da capit,aiiia de Sho Paulo (q;, unia r:xpedieçâo de tresentos e
taritos horntbns ao rio igliateitig est,nbrlccrr iirn liresidio (3), o
qual serido estabelecido e fiirtifirndo coiii :~rtill~aria, t,rnpns regu-
l a r ~ e, ~alsnm:is rornl>auhi:is dit :ir<~iitiirriros,se eoiisrrvoii nesta
figiira desde aqiielle anno ate o dia ? t i de Oiitiihro de l i i 7 por-
que neste nirsino dia foi taiii>ido p e l u ~ iast,elliaiios, assoei:rdi>s
coin o gentio cnvalleiro, denoniiriado gri<c!yr.r,,.ii.

O enib;irque derta exl>rdiçto s r fe7. nii referida freguezia


de A r a r q t a g u a b a , coino tainbeiri d ~ l l a se rxt,raliiain todos oi
soecorroa para o mesrno presidi0 ernquaiite tnre a sua duraesio

1 ~m ~ a r g a .hhril e >laia havin mais sana no rio. pori;m havia tnmbem terrireia
epidemias de maleitas. de mano que os sart.nejoi ~ r e f s r i a mviajar de Jooho a Setembro;
gast&vain maii dias. porem eaitnram si periposas eehrea paliistrea.
2 capitao peneral de e. pau10 de 1165 s I775 e o mais hahil de todoi qosntos
06 vieram gorernw .r aoapitaaia.
Y Sor roiumsi V a X do .lrchiro do E8lodo de 8. Paalo vem a histnris da funda-
$&o dosta desmagroa coionia d e paulistas em tertitorio de ~ r a t f oGrosso: v o e m r sua
t o ~ o a l spelos ~~spaoh"esteve loxar a 27 de oombro, como se r?.as data da enpitoia-
F&O. Vide uol. 19, pag. 162 e i61, do mesmo Archrio.
js.da R.)
i 1 i, srgiiiiido o ciirsij lic,li) i i i < ~ s i i i i >rio 'I'ii,t<: 1% oiit~os.A n x u ~ e i s : ~
dn; iinse,~.;tiit<~s
9
c: c~,!iiiii~,i.ci:~iirt.a de qii<: trarta a ~ i i c s r n t eiiar-
rnqRo, 1,015 d,.ixu o iiiiiis (leiti, )i<iiito e111 siicilcio liasa e111 seu
lognr rcfcrir.

Ao rii, TietC. 11iistiiiitciiie.ii1i. l i t . eoiiipoitu de iiinttas


froiidoins, fie iiiiiitns <.al>rii,ir;islraltos e jii1it:iiiieiitc de illins. E'
iiiiiito fcrtil <I,> c a ~ ; i ,i>oi>triii c i ~ i i i ;iliiin<lai~rinaiitns, veados t:
oiiqni l'liitíid;ir: tr,iii ii:iir,;icos dr. qimti.r> ,q~ialidii<les.r ims t i n i o
nonie dc bzc!,i,j.-, d? riir i ~ \ ~ c ~ r ~ ~ ~oe~l ~I ~t r:odei sr l~~~~t ~f ~ com ~ ,cfir
x ~ . :L
tocnd:~a lirrti~,oiitnj, de s<ic;s, r,oiii a i>rol>rie&adi~ &.>te. <! sliiii<,iitr
di$erriits% i i o I:iiiiaiiiii>. ~j"'<i ura;i ~".querlo%i' ti~ltro" fifiriairni~iitl,.
clrnoiiiiii;~ilos iiroiior: iiiiiito iii;iini.es do iliie ns oiitrcir e do eúi.
1~x;iiicn.
4

Os pa,.tlras ;âo i i ~ i i ~ i i i i e i < i tP~ ~de As


i - d i \ ~ s ~ i i~l~lalid~ldt:~.
s
I O . < I I Y L S . ulilnr S:LO
v e r ~ i ~ t ~ l l i coiii
a - . pi,iiii:xs nziirs iini ;iaas e ~.ulio,
1. i c eli;iiii:i~ti nr.iii.i~a-,,iroii!/<rs. t. outras, de. ci>r aiiiarcll:a, eorii
tizas i. rnlm xi~iiit.lliaiite; icLii<~llns. se cliz~iiinui i.<~iiiiirl<:s.-Os )io-
/><~,/a?osS;IU jtii'i,gzrns. iiiiiitrtv<is: ~ 6 i . r i g u ~ ~IiI uI I I. > L L C C ! I I ( ~ S ~i t l ~ e n d u i ~ t s ,
jii.iaw c!. .sni,i<~c!/,os <,ii;i'.' c r t i t: a ~ i ~ ~ ~ : lf ~ : ~t e~i zl iu~ x z ~ t e
iios barreiroi <~iiaiirlot o i i coiiirr barrro.-On jnciia sho di.
d~i:is <(unlidiidria; a. iiiis s r rliiiiiiniii jneiítiii.!,<,s c u oiitros j<icri-
<:rins. Os jaiutiiigns F;IO t:nllailLo de niiin. giilliiilia c piiitit-
110
doi de l>ri,to c hr;iiicc> iis oiitros sho iiiais ~><!queiios,dr, riir
!iiir<lnl ri tiini 11111 P U ~ O v,~~.iilell~o, ii >~t:in<'ii.i~<10 j><>r~i.-O>iiilcil<:r,
,.
' .. I .
T ~rt3rr<,strr, dv c i arrir rabo, cnlii o t a ~ m i i l ~ o
f ~ i t i o í1:i l i - O i <: j ~ r ~ ~ ~ r ie<i t, ~ s , poreln
iii;iis 1 > ~ q u , . 2n1 ~0 tiinl:ii~Iii>.-O~plit%~ s;io e111 tudo semcllaiites
;ini dom~itiros.-(:i l,;!l;iiir iria iiitiis lit~queitos e clitir~entmn u
l>irol l'or wi.l>oiiti-apiicli>.--O. j'ir!/ziyrrs si<>1111s [,:ISMLI.O~ hrililco3
c, <luaai da taiiiiiiilio de i i i i i li<iiiieiii, ruja carne $e v;~o eoiiie; :i
~ ~ e l d<>l r ~ K ~ X O sem<.
~ O <Ir iiii.iti ['ttrx n i ~ ! r n a(16. qii;dquer lioiii~rii,
i, bico triii mais <Ir iini pi~liiio ilc eoiiil,rido e trio force ilua, crjiii
iiiii;i Iricndii, i a n i iiiii:i t;il>ii;i de Zrossurn ordiiiarit~..--0J I Z ? I I ! J I L ! / < ~
6 iIu&sido tiiiiiaiili<i ili!ilv P. aeiiielli;iiite ~ i itnr, z ~ cuiii n di!Ic~i.eii?;i

1 O L ~ ~ e oia~<Ir m toda; as poroarair a% capitioiii: o cm'orvque i qnc era [cito


no porto do irarngla.rii.ib.i. ri<ir i a : i . \ a TIIL do drrblio.
\A-. < l u I&'.>
do serem as yoiittis das ai.:is i. o i.nbo coiiiliostcis dc pciiiins pre-
tas, prriins e olhos eiicniliiirlo; e o bico iii;iis 1jreto.-0 !,t,nra-
pzit,,poen i! seiiielhniite a est<%,iiieiios rias lif!ili:i., que s;in llretas,
e iio bico que 6 arcado.-0s giiai.atayuc~rssXo as rt.ir: cinzeiitos,
do taninnho de iimn f r i ~ ~ i g ne , >c ~ustc~ntnni só eoiii poixes, r d ; ~
inesiiiit sorte as yi~i.p.-Os sorris-y?iassris s;lo d<. dunb qiialidn-
e ; 1 s 0 e o s e oiitroi einaer\tou do tanianlio de ~ i r n n
fiaiig;i.-IIn uns 1,nisnroi pretos, poiico i~iaiorra do que estes,
rlue s%o ln'esnzio dos iiiosquitos, o; qiinccs se cliaiiiniii cnri<.i, r
<:. dt: ndniirnr que iiui yoiiirrns c i i i <,iic caiitiiui sst:is aves iiingii~iii
dorrrie com os 11103rlllit03.-0~ ~ 0 7 / t e t - e i ~ 8x0 ( l ~ ])nasi~l.o5d e cor de
1'03:i, iiiilito esqiiirar e yor isso ellsto~osdr. se iiintnreui; o seli
1:~iiiarilio C o dc iiiiin f i n r r p , ruiii o hieo 6 iiiniirira di, 1,nl:iintu-
ria. --Os a,,agrini.!,.s sio clo t;iiiiniilio destra. r.oii1 a cur li;irdn, e
se.Tve 3 sua. enine )>ara dai- a çoiiier nui cloeiit~s~ > u r ~ n d o s . - O s
I » ~ < ~ I L I Z s30
X do tuii~l~~nho do p i l i ~ ~ l1~, 0a r~< n~ l ~ i i bonitos,
t~ por-
i p e , al<111 da3 piiitns de qne s i o esii~nltndns;i5 aii;is periiins, têui
iiin ratiialhct,e lia cnbecn, de ciijns penn:is so fi~aeriipliiinaa, e os
iriaelios sio todos l~rrtos.--$s piiiiiI,u.s, iiiiias se <.li;imaiii ti.oeazen:
oiltras pica$l!i.o~<i.se ioiitras yciiwvi.s.-O (;,iairqioli(jit i. uiiln a v e
hrnnca, do taiiiibiilio de iiirin poiiiba.-0s tfrorirns s;ro d e diins
(p~alidndes:iiiis triii a liapo n o bico ;iiiiarellus c outros têrii o
e?branyiusndo, o bico aliinrellu e a poiiin 1irPtn. a que d%o o
iioinr de L Z L C L I I I Z I C ? I S ; CLI,~OS t:~n~íiniios
11%0 rxc<!d<.in nos das iroca-
zea.-0s ara5r~i.i~ s:tu lirol~rios b: estc~s, eolir 3 diiii:reiiqa de se-
rem mais 1iequeiio3.-0s i s , I dc iiiiiitos, sno taiiihein
rle divr!rins yiinlidnrlcu, pois uns se chni,iiiiii ,j<~liocuiiis,que s%o
rluasi ido taiiiai~lio de uiiie gr.llinli;i ,yri~ridc;eniii n e61 preta, r:
ruins hsi~nril'i;outros ti.m o no11161 df: /q,~lit<!tos, ~rli~is l>e(lllcnos do
e u e , I os pritos hraoros r as costas pretas: oiitroi
s a t e - qni) sho ~>C~LI~IIO:;; l i o ~ e ~tão
n ~ioic~iito~
que llies iiUo c.;eap;i qu:rlqiier pnssnro dos niitis vr.lozes no yoo.
-Tanihein teni o mesnio rio iiriii~s arc.3 chanindns ai~liziri,ns, de
riiiiirn estininç;~r>,lmis ti.iii iiin iiiiiconiio de uin geiiiio de zoni-
l'rido, que <:. cli! qiaiide xirtudc para çniirr;~-r~nciio, Altim deste
imiccrnio iin calie<;;i, tiin inais dois nos riiclint,ros das azni. Estes
1,:~ssarns s i n qri:lsi cio tnin~.iilio de i i ~ i iiirrii, coni ;i ciw !>reiti i n
sua rrii~y3oe i ~ b s i i t c n ~ it:a 110s 1ai.0~ c p i ~ r isss i. 111nit0 d i 5 c i l
da a s spnnlinr.
5

Teni cste i-io riii toda :i .?ia c,xli,iis;io iiiuitnr r i i i t i t s : i.enrT,,s


e o ~ r p s como
, ji clissr, e tniiibeiii t v n i ~ n n i t l s~ O I . C V J (10 i i ~ ~ t c:t v
habtaiiirs c<ipitjai,n.~,que siio 1111s itninlrhes do feitio dos liorcos,
coni n diPi<,iriica do iòciulio t! p i : ~ ,as ~ I I : L R S se r,ria;ru pelas bei-
i ~ ? :rins. E i t i c ~ ~ dgordas
~ . < ~ i lcios a 11;10 CI ~niid e C O I ~ Ha ~ m a carne.

Taiiihriri t<.iii c o ~ i iniiiitil ahundiiricia o iiirsiiio rio urnas co-


bras stto<,~i,s,que iiilo fazriai 11121 com OS dentrs por rijio terem
VCIIPIIO, 11oiem h ~ r r o ~ ~ iCi fkinein~ i i ~ estrriiiitciir os coraçòí:~ ritais
i-:ilorosos I > ~ líI1R
i ~ graiid<?zii9[ioii no roi11iiiiliii tAin o coinpri-
~iieritndr <litas braças de Iioinrrii e cnin n pI'l>SSIITR corrr3yu11-
di,iit,r. Vil-iam eit;is cohrai ustiici~>;aiii~.iitr.;il>aiih:~iidoaniiiines
e aves p i r a n s11a suitrntaqio; G de adiiiirar a foriiia eoni qae o
8,zerii e, por "1" lli~rrcer dipiia de c n i ~ a r i i i ~ i l a ~a~vontarei
~o, n
id&a da siwi cirqada :
Pueiii-se ellas n i ~ sI>eir;~dasd«s rios, o~idí,se criaiii c? assis-
teiii, e d l i esiirraiii iio ciiriiiiilio das cavas us r p e veni beber
a g u a ; tendo a cabe<;& encostada em algiiin pio ou raiz: d a n
corri o inhn nni laqo no animal rjtirr por alli passa e o cingem d e
titl sorte qne eiii breves inatatites o ftrat.iii eslialar, qiiebrando-lhe
todas os ossos, i assim irrtiiro o engoleiri: e d : ~1neii11a sorte o
teiri feito n algii;rias ereaniras liilmuni~s qu;ilido traii~itniii por
aquellrs g<irtòi,ç.
Ko aiiria de 176i, vindo e u de Ciiyahii. rriatei uins cobra
destas, que t i n l ~ a 18 palinos de coinprido e 3 de Frosuura e,
por vel-a eoni a barriga riiuita crescida, it ahri e aeliri dentro
della tini rreado inteiro q u r iiaquelle dia. tinlia engolido ; e n o
siino dt! 176â1 indo e u p r a as ditas minas, pres<mciai matar
outra na eiltrado. da cachonir:~ Giiaciiiitu-mii.iwil que. tinlia 23
palmos de cornprido 5 de gr0360, que na. vr?rdade faz duvidar
esta ç r i ~ n d e ~aos
a que nXo têm notic,ia ou verdadeiro coiilieci-
ineixto das dirai cobriti, porem acredite o ciiriiiso que é verdade
e sein exnXeraçRo aliiim>t (1). Os srrtitnistnu coinein a c a i i e
destas cobras e e u j6'a comi uma ves.

<Eu R.)
(S.
ta do innr, nas alturas da villa de Ignnpe oii Cananba (I)> e
[>assa pela villn de Roroci~bn, dotidc t t x r este noiire, e teiii a
Iargnri~mais O U ~11en0sde 8 bl-n~a-j.
hhiiiso deito ti.i,s dias di: ri:i?riii, ao lado direito, erbii o
rio Pii,iicic<ihn, que lia de ter. >tinir r i i i riirnos, 12 braqas de lar-
go. coui 5 9 SLISLS vertentes n rniiin do uorte 1,:Li.a a estrada dos
( h y a z e s (21; t: sribindo-se por <,llii aciiiin 7 ou 8 dias de viazein sr
vae ter a. i i i i i ? poi7oa~;;iodriiiiiiiiiiadii Pii~acic<ihn.que iiianduu esta-
belecer o meiino Esinri. Sr. D. 1,ilia Antniiio I pais della se
estralliirern : L I ~ U I I S socrorros de rircrrts pnrn a p r q a de 1gu:itrriiy.
Abaixo d v ~ t erio 5 dias de. riiirrin, ao iiieaino lado, eata o
Jnc<ri.P-pPpir<~e teri dt! 12~i,~iirn. 4 hraq;ti, e itbiiiro desse. t.111
~?oueildist:~iicin,c s t i r>iitro do iiiewin nome [I) e oritii3 ti~llto
iui~isI ~ r ~ iinlbo~
o, coin as SI IR^ ~~tait<.ntesao 1~es11101.111110 de F>i-
rncie;ih;i: e colitnlii o; ini>iis antei,asnados qiri iiiiix deste3 rios
lia :rnii<lei Iin,vi,rr*r de oiiro drsrobrirto pi>r 11111 s ~ r t , n r ~ i s 110-
k~,
r?in iliiii<ta ip:~derni~itopar c n i n o I<irni. d<-l\, ilii,ioiiru qu(' o
fi>r;iin 1woi,iir;i,r, ciii ras:io <ir linveri.!ii f;illriiilo ( 1 3 prt1tii.o~ da-
q~lellt: t,eiiipo e ir:io liaver iii:;iili:i; mas e u c~'t.ioque Iiiiiir:i ioli-
si.i.iiii.aiii e-tn <leligriiria por ii;io caleiilar<~ina i,xtrrinidnde do
liirsino rio. rr:c<,iogos de i,iicoiitrninn coiii os 1i:iliitadores de iun
foi.iüidi~~<?I qnili,nibo I ! I : nlt,uras se n,clin, da negros
f~igidoie lioriieiis eriiirinosos de hlirins (;eriiee taiiihein dn ca-
piti~iiiit dc S. Piruli~,roiiio cunfessarnlii dois riegros qpe d« mes-
ino í~iiiliiinhoi r ai>niihnr;m i i i i ~cnirilii,i dc Iniinqtinrn, e111 iiiiin
o<.casiho eiii qiir I,or rllrs aiida\-n iiiu;i iiniidrint de innnd;ido dn
sobredito Exriio. D. TJiiii. Aiitoiiio n di,scrit>rii. o cniniiilio dç trr-
ra ix~rao r<'fi.riilo presidio de Tcuateiiiy 3 I.

10
As cneho<.irn-. notareis dei i.io Ti~ti.são ;Ls segiiiiites : d r a n -
ilrniií/~iei.n-:iiii.i,,~,.Jz~i.u»rii.iin. rlaai<:ntiiii~7irncn,X r i -
,gz~erni~t-ii.
rica, S<ihnziitn, Itn,gnpi.ri, Pirriq~oro,Ur~!,iiig,<<ira,PiiVes, Caieia,

1 ~a i e r u ao ~ a r r n n ~ i a c ~ ~oontt.arerte
na: com ar 10l;irnte~ dn RihPira de Igurpa-
2 O vio ~ i r s c i c i l i a6 foiniido pelos n o s itihnia r ~ a ~ o i v que
y , ccrtaiam a eatra,
as ae finja*
a cr-lar i fral-iiexia D. rivil ~ n t n nD em I :i". elevnnn R i i i l ; i em li?:? c ;i cidade
em 1556. i:' hnie o.nn dsr mlis he:!is c mzii nrosyera, ~ias'l,.~ ao Estado de S . P s u i o .
4 o outro ria é o I ~ m ~ n~u enu ~ ; que iirrr- na r e m i105 Borboras. entre
g8m~s,;.
~ i claro
o e 8. cnrlos ao ?i.,hn~, e ~ n iaejaliinr ioargam arcira do Tieré. alinixo
as*blrrr da .fizr.,rrpipiro : 6 poiieo naregaari pr,r 'ei muito m:iir'toro
s nnwzl'ra <I%ei;iarrnria de iim qiiiinmho "as regióes rcerdns ~ i r ' orio J:iearé
tem inuita dr ~ n i l r r i r .um qui~oinho.~ ~ a n d ~ .o ~ tniita o como i ~ i i i re did. ex <tio
realmente no r r i l e ao ~ i e t é r6
: r n . ~ l e tarde 6 qiie o seu local foi dcacoberto e on Quiiom.
bolar foram batidos pelo onpitio naré D i a s do h!rneiaa. qoe os prenaea on fiiaDers0-L.
i.\. da R.j
Jfathins Peies, Itnpon?,,~,I%riri?reii.as, Pcio-C'~~r~<illo, Baiihnrõo,
Pr,tz~,~~li<lj<i (nesta ciichorir;i, estando <,LI de iiiiilsn tio iiiea d e
Abril de 1ii;i. rindo de (kiyitbá, tive o coiiibnte rle iiiiia. onça
pinttda, que elie(s<iii a vir-inr a caina onde estava dnrniiiido, que
n~ila(sros;rineritr eseal~ei,de scirt,ii qiie tude a noite sr f>,a vigia
. a t i aiir:~rilirçrr, e m ciiin i i i i i i i l i % a iiiatrii, N , L I I I - ~Ijariri~xiri>n,,
~,
I I ~ ~ r f ~ ~ i g~~%~z j,,,<. ~~t t~, ,C
íu.l~: ' ~ ~ ~ ~ ~G u~a j~i t i~i ( :~< rz> clgia ~
, :C,7<~7i~?m1?,q,
s. E,Y-
.cnru,~crLG«, in,:~bctpirii.içi~,i . 11i.iii~hiicnitiii.ii>i; .li:.tr-
.~rha,rdoiiiçii(esta eachociu:i I: iiiu salto mtdonlio, que lia de ter
perto di, O palmos de altural r p:irn. iiass:il-o I<xvam a s c:inoas
e e;irgns por terra a p ó l ~ a sdn parte d<? baixo), E.seal.nrii~,cn. do
Gick,: C%iiprrilr?r;a,L f i t t o i6rcco> Oild<is (;i.iii~i/e.s, Oil<?a,s E>iq!<e-
9m.s: k'itnil G r i ~ i i d r . i i G i i < ~ e i r i , f t i ~ c , r c i i , Ctripecrg,
Ai.<~ir~ri~r>!/z~aarr~rii11i118, d i . u i ; i ~ r r i i ~ ~ i a ~ :Gz i<, r~ric~i ~, r i t t r r i i i ~ ~ i rOttr- n~~
pii.ii, i i w I r o t i i u s , I t q i r i , . i i t i L i i , i i i ~ c! Iktlii<i.n. Esta cailincirn é
salto i iiianrir:~ do outro i, iio itirii roiici~itii iriaii iiigrrine. Ilen-
te s;ilto iio Rio (:r:~iidr G qiinsi iiii,io dia d i ~visgeiii. onde faz
toriuo o rio Tietb.

Os prises que lia nixste rio, nli:iii dn aburidaneia, 530 espe-


cialissinios, liarque de todas ns foricias que. seiairi beneficiados
nào tem variedade o sahor, pois 5%" notaveis o i do?<i.iirliis, .si,ir-
pos, piragmjx,.as, paei!,. yc~chs~ .sr<i.tr~!/,pii.a!grrt~.ciarn c j,ihiis,
de que se utilisnin ou niiiradores da fi.r~iiaziii,,indo ao 3 t ~ t 8 . 0
seis OU sete dias de v i a ~ r r i i para os p~sciji., i k ~ l q r100 nrrohns
e vendar ao povo.
Estes s u n i v j s r jaliiis S%D de tal ni.andcizn qiie nlguns, dc-
pois de tiri~dosa cnheca r os ousns r s i c c o s z ~ ,rol) ~ Iiesain a i u ; ~
c a r n e diias arrobaa de p<,so. Al4in dos rrferidos peixes ha oiiaras
q u d i d a d r s de qiie i120 fnaerri caso por irùo dirrrin as coiivriiien-
rias dnquellrs e S ~ O~iruito escollriitcs <Ir romcr, cujo3 riornes
s%o: br~r/~.ea, pi<cmrs, paeirpri>izl ~~~.<LCILTZ,,.~~S,i~.iiti.ht~i-L:.s,
~ZLI.II~>OC(C
e jio.up<!,e>rdes. Advirto ;io ciirioso que todo u referido, qiin se
encontra iia extensào deste riol assini de peisi.s, avrs. t'ructos e
iscas, r i com nhiindailcia consicli~rav<,,l.O dito ria lia d e ter d e
largo na ostiinativa riinis de 213 bretças (1').

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1~~1itr;irlo~
os iinv*.giiiitri rio I<io (;rniirle (uiide sc firialiiil o
rio Tietei. proiegiiciii ii sua direita seguirido a s eorrelit<.s d a s
sii;is agiias iio riiiiio do sul i l!, ;itb o riu Fardo, que f x barra
iielle. A s I,r<rtic~il;ii.id;~<le6
dt.jtr rio sno as iiicsiiias do Tieti. lielo
r l u ~wqi'eitn i i ctiças, t~r~i.iictij;
e l>aisrs, eoiii ii diff<,rt.iiqa sbriieii-
tt,. de h:lr-ri. ii;is s~l;<s~liar,zel~snluit,sls C ~ L . V O S : a~~ilniiesbe181 CO-
iibi,ridos, r 6 iiiiiis siiavr. ;c siia i,nrt,.gaçgo I ' O ~ "Ao tei. carlioei-
1.m sriiao iiiiin eliniiindn Jzil>i<í. Triii eiii si iiiiiitiiv illias e d e
Inryurn iin cstiiiiatir-a qunsi d i I , <. por isso 6 arris-
o occasiAo de veiito;, porque sv estrs iqia-
çn<l:~a i i n r e ~ a ç % rui
ilhi~iii os iiarr=ai>t,eh <riii ~iiaieliniiietteiii as ci~ii6asao fundo com
;i. ondas qne nsst.iiirlliniii as do mar. de ciijo3 ;icoiiti:riiiici~tos se
nr:iiut<~l;iiiios mesitio-; iinvegniiti,s Sztllii~iido iiaqu<..llas paragciis
qu<, srrvriii de abri," aiis ditos vrntos. o niez da ALarqn cle
1768, viridi, <,LI do (Iii5-ahi, tive uiiia tormrrita dt! vento neste
rio, que durou tri.s dias. (1111, me vi perdido e sallrei-iiie por
iiiis<'ricoidi:~diviijti.
2
0 s ri,,. que tk~twl~ R P I Y Lneste Rio (:~.niidr s i o i>s segi1irit1.s:~
qunai dt,fioritr dii rio Ti"[<., no lado direito, tiva htwra o G'iiaca-
ry, baitnntr grande. eujas x,erri!i~tea igliorani-se. 1,ori:rii jiil_rra-sr-
q u e eao ,,ara a estrada de Gopzaez, au ruirio do Tiett! j2). Abaixu
deste i i r i i dia de vinyeiii, ao lado ehquerdo, taz harra o dguripc!j,
d e 11011va h i v ~ i ~ r ncqj;~s
, r e r t r i i t i , ~iriiliiiiin &LI ni1t11~~sda t%strada
de \'iiiiiiRo (31, a i~iiiio di! leste. Ali;iiso drstv quiisi iiiii dia d e
vi;ipe~ii. zio lado direito, farr bitrrn o Eio I é i d e ciiju taiiiilrilio ê
quasi o iiieriii,, ,pie o do d!gu,rj>ey, vindo o seii riiiiio de norte.
Abaixo deati iiirio dia d r viagoni, do iiii:siiio lado i, ~ u i i i o , faz
harra o de iioirie O i e l h < ~de ( / r i ~ n telii liouca 1nrgilr;i. Abaixo.
d r s t r ciiitro iii<:iu dia de joriii~darstá a barra do Rio Pardo, que.
terá di: 1:iryiirn mitis oii iiieriob 10 braqai.

i neve-.e aqni entender que c s riajaates n a v ~ g r i a m<i rio ~ a r a n ; iqoasi entortb-


do A sua m a r g ~ mdireita, ~iorqner6 assim Rcarlo iotelligirois ar expreasúes i sua ds-
rilfa e r" r u m o d o rz<1.
2 vem d* Serra no* cnyn06s e contraverte com as nlsceotes do i a g u l s a ,
3 *"tic& estrada de viamín I< e. ~ n u i nd l i t n i r um ramal para Ygua~emy, o
n ~ r n a d <a, l~i . ran~ieeiaessa estrada aili&o vagamente e por isso d;i o rio Aplapehy com*
rindo do lado dellr, qusodo este tio eorrr de "aroente a poente. q o n i i pnr%rellelamenta
ao mete. (S.(?<L K.j
Deixando o i ira\.eg*~ritesu liio (Traiirli: i I ) . prosegueni ii di-
ri:it,a pelo ffio Paido ariiiia; coiit,ia as siias correntes, pelo riiiiio
do norte, n t t os confins d a i siias rritentíii, riir cujo ciirso i.coni-
iriiiin gaitareni-se dois innzi-e. iiiais oii iii<iiinr, l,i-las iirriiiinrr;irais
e p e r i g o ~ a sc a ~ h o e i r a sque teiri eiii toda iuii extrnsno, por eiitrr
as qriaeu si, encanairi a i c1iryst:~lliiiii; a,ciinr deste rio r n a ver-
d e d r i;nhorosas e saudax.ei3 1it.la virriidi. d:i i:ilra que eriiini as
3UR3 bc:iri~di~s.

2
E' este rio, da barra que faz n i i Rio í;raiida a t é o priti~eiro
salto de (7a!,i~rii. composto de inattoi; coii~a iiiesma f:.irtura dos
dois niireeedentes, menos na ;~biiiid;incia. dos fiuetos~que irão teiii
tantos, remediando a falta delles a iibiiiidiiiirin dii incl da nh<,llia.
d e qu<. 6 mais ahiindante.

Do rekrido salto pi~rdcima se c<>lul)ùr « rio de c a n l l ) ~de- ~


leitosos, nos qiines, das mesmas calioils <:iii qii<, se vae i i n \ e ~ s ~ i -
110, s r estRo divertindo os ollii~i< ~ irrr i us iiniiii;~rs qiic lmactain
~ i e l l r s ,eanio s%a ueadvs ii,.a,icoa' crrcos; Ii,l,i,s: irrmn,~di,4s-yi~rr,s,s~i.~~
r dn rii<.sina fórma p~iilizcs,ci,rloriii?rs: ciri-iiaeo., que C. iiiain ave
cinaeiita. e do Inesrno tairjanlio da liardiz, r,iiei.o-yz<ri.ri, que 4
mais Iieqiiciio, eiiins r .sei.iericnsl tudo conl priifiisâo eoiisidrravel,
eoiividaiido t,sta ginnd<rin ani si!jt!itos :i su1iiri:iii d:~s canaas r
fnat*rorn e,zr;adai rielles, no I ~ P S I T I O t,olnlio IlIIF illlI,edc n niaior
freqiientaçâo deita diligeneia o teliioi. do xeiitio etrgapó, que,
tendo perto o seti alojaiiit~iitu, u i o cessa de andar pelos rlitos
campos :i drlig.eiieiar as pessoas divi:rtidns na e;i<;ada liara i n i ~ t a r

1 ii>o (irande aqui qner dizer Pornni. que é eormndo pela jnocvao ;o rerdaileiro
Bio Grande. que rem aiviainda Minas Gerhei e 6 . P s ~ ~ l ocom
, o Parnahybn. que serve
de limite entre umas Gersea e G o ~ s u . I pariBo do Parnlib. entre as barras doa rio6
Pardo e TietC, navegsda pelas paoiistas em riagem para Coyabii, ora de menor de 20
legu&d.
(AT. da R.)
;i tr;iiqnol criiiio teiii ;icoiitecido (i), e por isso oi qiie ~ 5 ao esta
c;rsadn andam corii todo o cuidado 1iai.a se escaliareiii da tyram-.
iiia driti!s barb;ii.u>; yiic entre 0 5 iiiais oeiitioa s;io o$ liiaia erriçis,
i~idoiiiitose traidoves.
4
Fiualii>eiiti!, coiirliir.-se :i iiave~nc;;lo deste rio iiii parngtxn
cliaiiiaila i%,iiyrr;siiyit, ciija 1ugi~rttlln as ~ ~ l e s l l lpa~i l ~ t i ~ u 1 ~ 1 ~ i d i ~ d < ? s
refc~rid;is.
rl

li:cnr,hoi,inis iii,ravrii di.,tii rio s ; ~ : C,~p,,efro,v:C?z!,uru-


iiiii-imt; Pii!,iirri-!,i<iissií ;<.;ia eocliorivn i: uiii s:il:ci qii<- h;& de rei.
i L n o I t r O : I c! 1 , i ii' i ~ a s m n ~ " ~
c:iiii,a.; e r;ii.,F;ia l>or terra ;L ~ V I . - S ~ da pal-fc? dt. ~ i l l l ~dc: , cujo-
lopar wgiieiii-$r!, .Icii.!ga <?odliittii, / , y ~ l e t a ~ ~ b e n(:l
salto liequi-no: z l c i r ! ~ <C'liit,pl.id~,
~ E;iii(iii-irasii, T i j i ( c o , qire t,ainbeiii
S R ~ I O1?eq111~1io, .J,,pi(i. X l ~ ~ ~ ~ ~ l ? ~T%qi*<~rcd,! , - ! ~ ~ que i r f t~: ~~u ~~ l~, e ~ ~ i
<:s;rlto prqiir.iio, i'ves Irii~<i<is,ii~rn<c?~il?iii: tiiiiil~errictllto lirqueiio,
('~~1i1)eii.adi, I'nII?. (.lo.~ío (este: <: um salto irinis ingreme c nie-
doiilio de todos oa iiinis qiie se ericoritraiii iio rurso de5tn iiare-
gagso. pois ri tal sua altiirn qiir: impr,cl<: a subirem as ~>eixes,
do que' xwçede iiho liarer ~niiisdalli liiira eiinn: n se Iwasniii ; a i
caii<ins c! ear-as i i a torina da liriiiiririr, dr cujo lognr S ~ ~ I L ~ I ~ I - S C I ,
/Ir.iy,r~de C , Cac/t,,ci~~rr ilr X<trr,iorl 32odi./g,res. J i ~ e i r r u : ~ ,
duiis iiinis s r a r i i iioiiioa, Lnge I'eyiieirii, I,rrLgc Di.m~i/e,qiir sZo I>e-
qiiriiai; 3;ri<Eir,~s.sii-riii,,i11i,mttibii.iissii-yi~ass7i~ Pni,ed<iti2 P'o~n~i-
!,i~eiir,~ /%</T<C rlc .4 iiioli~i.~Iéi.,~ieTIii:, i í i y i i n i n p a , t p , Uic.izet>(+rzqide,
que r' salto Iieqiiriio, e tii~alriiriitr U<r,icn P c y u c l ~ o ,e. deixo silen-
ciadas 3 6 cachoriras I T ~ ? Siieq~leuas1)or n A o n ~ ~ ~ m e n at aescriyta
l.
e ,,no aborr,.ci.i. n eiiiioso.
6
0 s rios que ftxzriii barra nrstc dr qiii. se tl-aeta SRO OS se-
puiutrs: S l t n ~ ~ < i i i ! ; - y i r n s s iao
; liido reverdo (J); roiii a cabeceira

I 0s cnynpiia diimiazram t.ido o v l r i i n l t o de itntto (irosso e faziam snni eorri.riii


em tada u reg,lu d risova das rgoar d o i rios S i n ~ .Bi.agus)-a. Psraub e Fnrngusy.
O i ~i:xjani~,sue ~ i i n a rGernpr r ai: eoyaz v i r a <'iirrii:i eram os que ninis ruminiti com
eiies. o reriai.ejo priili.ra ooro~iei ~ n r a n i arire* foi rontnictiido riera or conii~ater n,
pondo-ri ;i i'ii.i,,e no> Lrr,,rl;~,QU,. mll?ll,,l, C 8,moll a C".irl. f e l " 0 5 "iliiipds lcnle.
rosas e - i i w o s : l ~ o r e n i u ~ r n d i d < c : r i er.i,i i:iii:: ileiii:i inrcoc:,ndn, iriu a miiirer
do f i z : \ - d e Annrxa I d u ' i r i i . 1111 d o .!r-<!#ir0 i o i;rfcdu dr r;. P<iiiiu.
9 T,;ill? ?a?arri:n siil,iiicio a :'i pai-purntn
. o Xiinndiiy ilcriziia n n oinrgeru direita.
da Rio Pardo. de que é o uisiar 8fBuenlr. rirido dn Serra da Maidraiii.
(A-. c<,z I?,)
a rumo do poeiite e tiirá de largura inais o11 nierios 6 braças.
hcirria deste e do salto do Tijiico. ao iuesino lado, e s t i o A-/~a?tdit~,-
rni,.ii>zl riiiasi da iiieiiiria 1;irgiir:r. Aci~iindeste i, do salto do
Curio 4 ou 5 dias de \,ingeiii: ao n1rs1110 lado e ruino: está o
J'riez~:ry, que poderh ter duns braqhs d r largu~ura.

Conelilido a iia~r:.n@o dt.stt, Rio F a d o no logar citado no


5 +, se d á priiicipio a p o s a r as caniia'. por terra e enrgas para
a fazenda C'mmq>,,n>n:qiie sr! ostnbplrceii riayiirlle logar om be-
neficio das viajantes, ria qiial se rrfiiriii:iin de viveres para
p~osc'guirerii avaiitr, pois dn dita fiariirla ás niinas do Ciiínbh
se gasta outro tanto ieinpo qii~ilitoa t i eiia se piic.

8
h forina. com que se trnrisportaln as earregaçiirs do l o p r
Sançuisuga para a dita fazenda í1) é a seguinte:
As caiiiias são cori<lii~id;rsein carros iniiito grandes, de 4
s 6: 8 juntas de bois. AS cargas pesadas r20
rodas, p u ~ % d opor
e m oiitros de duas rod:is e as mais rriedinnas vão ás costas dos
negros, que puxam as rriesmas ei~niins, snhitido daqi~elle logar
p u a n Smenda. á miiin. noite, neoriil>nuliirdos de outras pessnas
que r50 alugadas para o servi?" da vingt~ni,com aririas dt: fogo
para a guarda e defesa doi meduios iirgrns, os qiiaes ~ i h oindo
com esta procauç5o 6 inf;~llivelo sereili feridos do rnejmo enynp6,
que não cessa as suas traiçoes ein eimilhi~iitaslogares.

?Tos fins de Frver<.iro do ariiio de 1768, \,indo e u do Ci~yabh


e estaido d r pouso no dito logar S n i i g u i ~ u g nfui ~ ;icoiiimettido
do dit,o geiitio que, ~ i o rIrie tupar rigil:intel n%o me fez nenhiiin
estrago « ZLOS mrlls ~:inn:~ri~d:~s, distancia d ~ s t rl i ~ g n riwfe-
rida fi~zriidni. dr, duns lr,?iins e iiieia, d r eamiiiliii terra], por
entre raiilpus e irinttos cerre~do-.:cujos ?Biril>o3 t,eiii i l l i l d fi?lçtits,
ccjri.s, nza,lgncas e ;tigiiiii:is i/irr<i:ii.ot.n*, coiiio tarnbeni oritiei~iis.

I o nrrria ao C&mnpiiro es.?.-? iiibre I,.,, a m u e l t e do r l o Cor:,:,. pns iiPiaEo'i D?


Taquary, aifiricoto i l o P . < ~ : L ~ : III..:in?z
#I~. L-C ii(.i:~,-ii.a ~ O I O I ( . : C , queori u n i inipartant:
ponta i1e de,eaBFo e de retresco para os nnregaorrr.
(A-. <I<z I?.)
1lstA <..-tii fazeiidn hituadi~eiii trrreuo apr>iíii.el e a r r s uiiito
srrudareis ; os caiiipos crtriisos i. fxl.ios dilh ~llerl~tas
. ~ ~ ~ a n g a vea sguarirovss, e jiiiit;rrurrite d r enqas~ I 'eL Liuuitos
.lu" c ~ ~ s - c ~

;,riadores, pois ~>i.odiiaeriiherii o i aiiiiiintrs dame-ticos. Bs terras,


feiti1issiiii;is~l h r s dam rrir nhniidaiicin os iiiaiitiiiieiilos e lrgiimrs
que iirllas se plniitarn. A geiitr do s~ri.iqo,que trabalha: estú
drhaixo de .riitiriellns yor enii-a do iiirsiiici gentio rnyipú, por-
que sni q~i;ilqiierdeieuido que os al,;iiilir llir faz gr;iiido ixtrago,
coiiio r s t i aeoiiteceiido, i: da i i i e i i i : i sorte sr, ruiiser~-aii f;laelida.
Triii eiii si iniiitas crii:rs, rodns de tel1i:is e<,bertns, e jrintnnir.rite
trlii iiiiia capclln de Saiito Aiitoiiio: iix qilal dizem iiiisin os in-
eerdoter; que casiialiiieritc por alli ; ~ l > l ~ a ~ e re? iyor ~ ~ , isso r,it:i
acariteiiiido baptizart!in-se cis iiiiriorini,~ daqiiella r.stac:ao çum
ciiieo, seis e iiinis i ~ l ~ i idco ~f~dncle :I!. 'I-ein iiiuita Fviitr. pois
julg+se cntrr t:scra\os, gr;iiidri o Iiequ<,iioP, a.,.~~regados ==_ e hrau-
ri>i, c i i r p i c ao iiiiii~erode 3CO oii iii:iii l i c s i o n s 12).

(AT. V.,L R.)


cAIJITL:LO \'I
DA s a u ~ < + a ~ . ux o nro cav.4ro.k~ IC sua I<LKCI~ISTIS('IAS

1
Depois dr: postas as c a r p i i lia fazeiida e cniiüas, se l;~nq;iiii
estm iio ria Çariial~oari,hnatniiti,riii.iit<- l>eqiiriio i. falto de agiiiis,
e por isso niuito trabiilliosa a siia iiarrg;i<;io: a qual obriga a
repartir us cargas eiii duns linrt,<s ],ara siinvisai. o t,raballio; br.111
entendido que se as eaii6ns 1t:r;iiii riii si 811 c:irgas de iiegocio,
se deixam 40 118 fazenda, l e ~ - a l ~ <aIio i~iaisao rio Cosini. onde
se fx~eiriranclios de follina d i 1i:rliiiito r alli se deix:ini aqiielias:
com algumas I>ei;soas de guarda. r ti>nnaiii as eaii6as para a Fn-
eanda n conduzir o resto? ,~astaiidi~-s<nesta deligriieia 20 ou
mais dias.
2
E ste ~.iot ~ l ua sua yrrtriitv 1ii.i.to ria dita f:izriida: ao rumo de
leste, c as S I I ~ S eol.l.e~ltrsS C ~ I I ( . ~:I<) PIITs ~mil i i t ~pe(,ut,-
I l>oc~~ite.
n o d e nguas r entra iuattoi i. drsl>iilo de ca<:a e !peixe e si.iii outro
devertiiiieiito.
ÇAPITlTI.0 V l [
n.k x . i ~ - n ~ : . i ~1i10
o nio cosnr E .;i. i s i,nwii.ci..%r;iDaum

1
Depois de lpssareiii colii a i si~;iiridas cnn6as o rio Caiiia-
yoaii, clir=niii os nereiralites no ri<>('oxiiii P dani principio .i
navegaqXo por 1' 1" abaixo, o qu;il G bastaxite perigoso yor ter
muitos p i u s pelo meio das siias c<irr<:iitrs, aleii, das cnchnoiras
tevierosas r m toda B sua exte~~sAo.11ni il~mes se tF.111 l>erdido
muitos cnheditea dos corninrreiaiitrs.
2
A naurgnçao deste ria não excede o tanipo de 8 ou 1 0 d i n 3 ,
não liarendo m h suecesso, lindo os qii;ies se cliega ao rio Ta-
quary, ondt. faz os seus t,ennoi;.

3
As purticiilaridades que teiii sRo as de serem as suas aguas
erystaüinns e salutiferas, com aburidniicia de cncn e peixe, lia
f6niia dos priiiieiro~,menos de fructos, que os n i o tem, e toda
a sua ext.i:nsio i; ciiltivads do dito gentio c;~yapii l i . As siias
riinrgriis s%a cuiii~>ostade inntros estreitos, yorrliie logo <>inbre-
ves passo:: est%o as cami>;inlias, da iiiesirtn ~>rrfriqùue fertilidirde
dns do Rio Pardri.
I
Os rios que fiiar!ii hnrra. neste de que so traeta são ~ I O U C O Ç 13
sd a doris se divi~lgaiiiIior seus iioiiies: postos pelos ti~iiiieiroidrseo-
Iiridorrs, rliit: -ia o Ilil,cii.o <7<r i-illada, errl qiie risti toda n S0rc.a
du aloj;iriieiit,o do referido ~ r i i t i ocayq>ó r n i o triii inaior grun-
deaa do qiic o rio de C n ~ i r i ~ ~ i o nconl
i i : iis ierteiitcs pard o ruino
de iiurti.: u outra teiii o nome de Jniwii. (2), iiiai<ir do que I!stí!
duas bl.ii?i%se c0111 as ~ e r t f ~ l i tao~ s ~116~11110iuIllo. 'i?eul eln si
g r a ~ x l r slinviiri~sde ouro descoberto pelo firn~ososortailista, JoEo
Kiciido, que, iiBo Iiodeiido iiirllior coirlieeer ;I grarideaa qiie cal-
c u l a r a o terrcno por oljre(.;io do :tiiitio e f d t n do forga para
o resistir, se retiroii coiri i i d u l,ar Selicidnde (3).

As cailioeiri~sdritr rio Coxiin r i o : .lfi~i~gcu.?7, Per7i.n Di.nirio,


i'eriJt<r. $'i~i.,i,i,s, i;xs l ~ . , > ~ i i , j . A1cai.0,
Sol<&~,l'a<l~:, s, Ii'ohair,, diliru-
L , i . 1 . ('<rnelli<.sd e ~ n d i éAlces, Jrirwri, Bcnnhrrx-
datii~.sslí,dc~iiab<ziz<l<i-iiiijli)t~,Jiqititn!ja e n nina ultiiiia C'nciioeirn
d , ~IIIiu. Todas i!st:ii s i a graiidrs e perigosai. nlkni das qxaes
lia outras niaii peqiiciiiio, que ficarri eni silaiicio.

Teiii eEt,r rio dir Ii~rguremais ou iiitmos S h r a ~ a s , com a s


vertentes ao sudoeste e o curso i ~ oliuerire (4).

i O rio corre
~0x1~ 1 para narac;ie e r e m da ruosie.
. a.)
('sau
1
Deixando os iia\.egniites o rio Corim prnsegririii i sua di-
reita pelo rio Taqusiry alreixo; irgiriiidn as suas correlite8 o es-
paqo d<? 6 dias dr. via;<,iii, ntr çhernreui ;i iinia ~inra;rrii clia-
mada l - i u s i i Aleqrc.
2
'\Teste aiaio se o r o tndas ; t i tro~ias para srguireiii
avante dehaixo dns ordens i10 cabo coiiiiii>indni~te,que entre os
inesinos coiniiiercixiitci C el<,ito uin I,ni;% gu\-ei~iarn boa dis-
~nsiqfloda j n r ~ ~ n dea 1101. m t e principio e\.itareln qualqiirr inra-
SXo yut! possa linv<.i. do geiitiil p~yii!!lii i l ) , cujo gerltici anda
einbitrcado eiii caiiíii~-i~ e Iior falta de iiina dirliosiçâo nas tropas
tArn estits recebido gniiidr?~estragos do ini~siilo gtantio.

3
E' o rio T;iiluuv inuito farto do casa o peixe r com iiiuito
excesso dos dois l>ririirii.os da navegacio (2,. m:is iigo t<,m fi71cto
alpui,i. Toda n siia rxt<,iisuo c: coiiil>osta dc iiiattos e eariipos,
nas yuaes tem os mt~siiioiaiiiiiiner do Itio o Ttxm ~tiuita;
iliins e praias de arria t! por isso qe f i t i e n ~ ~ l ~ u i t~o ~ ~ r a i z i e~ - e i ~
diut.i.tidos as suas t e i ~ a sr.. rxitipos, cnlciilados ~telog<.iitioewyal>ó.

4
Certifieaiii os iiirus antepilssador <pie iientes etiiiipos o :r<-ntio
p a ~ e c i(3), o qiial 6 Iiastaiite niniiso, Iiorqur n i o co~istil qu<i of-
fendesse a nlgiieiii, e briii se prova qiir n iiiaior parte dos p i i t i o s ,

da Corandii. par Pedio de SiQueirs c o frade Kaiccnre? Tigre. &e morio ;m na : Z C C R ~ :


~ u e seram aio tmto civilizados e tiiiliani riocici da r i l i g i z o eathulira. x j i o r hnr;eho B
do r o l . XIII do irchiiia do A'hlodo de 8. Pnialo. (,>-. da 1l.j
2 1st" 6, os rias Camspnan e Coxim. os ~ i r i m e i r o rdo r i o Pirngua\..
a Falta naiii a verbo prinelpal da nracio. qiie idimcii de snliprir i,oi.<lne os jinrr-
cises o<idirin erinr iildeador *l?i. s r o T i i o r i l n i r r , t r . >i"? "idem rio xr.iri.nn iiilonisi. oiir " h 0
qiie os doliieiricos e h~il>tinii<los)><,rS. P;<iilo e Cuyabá, $20
desta iinc8o i I).

O y r i t i o rnvnlleiro, de iiniiic (:ii<?.!/!/ciii.~í,


que tem o seu aloja-
ini.iito iint: t~ltiireude Trrii;iteiny:2), tiiiiil>i.ui niida ]pelos carnl~osdeste
rio, t i iiiuiitai.inl e <.ujá os r i de l o n c r qu;~iidovinha de Ciiyùhi
eiii Norriiiliro de l í i 3 .
ti

Estt. rio teiii a ,,,a ri,rteiitc ao ~ioi.t,i. r as slli15 eorr<'ntes se-


giieiii o ruino de ~boriite,:Ii e é bastante largo, poreiii as siias
nwtins ii;lr> s%u bo;is iioi. tcrcni iniiito iirein. E' isent,o de cncliu-
i
*Iras, pois i ò triri diiaz. de iioiri<>s:Caelioriirn do inqiini.!~ r (,',L-
, i i a sii:i Ii~rgiira.é mais ou ineiion de Gil
rlioeir,~r10 b ' ~ l i < ~ ~!,Ai:
lirnq>ts.
'i
Junsn ns trolins rio I'oiis<i A\legt.e. n U fórnxi. indicada, se ar-
iiiaiii eiii giiei.ra taiitat: i.liiio:ts ~ U : L I I L ~ L ES ~ Os ~ ~ t i i c i e l l tBS
r ~ ~lllilib
di! ~ie,coci<i:eiti c Q n i r,:liioar; se ciiil~arcuiiias I,rs,aas iiinis pra-
iiens c de I-R~OI. ~onht,cido,C O ~ Un1.1nais d e foco, ~>01vor11e balas
~orres~ioiidiiiitt~s, para nlc~irii eiiroiitro do dito gent,ia payngiii, r
iiestn orrieiii liros<:gut!iii i diwita, txiirrandi~ desde logo nos I>*IL-
ta~iioi,que s%o riiis cainlioa alasidos das nzuai do Tagiinry, por
i.llp, \-ao prwciiriiiidu tio 1,iii.iitr o rio I'ar~~;iia>-; e!ii cuje doli-
?eiiria se gastnrii 15 e iiini. diiii.
Eni toda a ntriis;~o dvstr atrnvess;rdouro aeilil>i.e se l)isa em
terras da3 c;bl,ões de i,iatta; qiir t61n eiii si aquellei paiitaiios ;
erii eiijos c;rpiies tnrnbein Iin1,itaiii todos 0 3 i l ~ i i i ~ ~ i w
rlue
s 11s no
rio Tnqiiary e se eriani os passaros eoin a mesiria grandeza, ar-
crescendo algurii exeebso Iior haver iiiuitas a r denoiriinadns
ui.uyiirLns, qiio s:io niaiores de que as outras e de riir qunsi
r . Estas araras s6o iiiiiito hritvas porque: quniido os n a r e -
ganter as qiierriii matar, hiistir alianar iirn eli;~l>riudt* eabeqa liara
au fiuer ~ i r e n lao 114 rln geiitr sfLmtrliior.

!I

T;~mbeiiise rriaiii iiestr.~12:intaiios iiriias aves clianindns a1~71?l-


~,CILS, do tnrri;inlio dns iiiesiiias c p t ) hn iio rio Tiet*: por6111 conl
outra difererica, porque estas siii, iiiuita boiiitas e das mais for-
iiiosas ;ivt.s destes sertGes. ASLI:LPOI.Cpintada de bri~neoP preto,
com ns perrias c olhos rneariiados, r? ti~iiibrriltpni unicornias n a
eillieqa e m a s , irias seiii a. i-ii.tiide ilas <iutr;is. Est;is aros qunrido
falarti de dia. 4 prroagio de grikte oii onqa, popa 86 rlu;mdo nvis-
tani urna destas rousas 4 q u i f:ilxiii. Tniiil~eiii eantani dp noite
uiri eantico trist<i r seii<loso e $6 o fazriii in~ttisiioitr. ;is 2 lio-
r e h 4 1 1 i. tjio certo lit.10 i ~ l o g i o que, ria falta
destv, siil,~>reo e a u t i r i ~par:n ntudareiii nr srntiiie1l;is que velaiii
d e noite contra o sohredito gentio l ~ a y a g n á .

Taiiibe~nh a iirates l>aiit;iiin<:s o 1,rixe ni.raiu, heiii conhceido,


e coiii tal nburidaiieia que i; lirrciso anrlariini nlgiiiiias p<!ssons
nas canoas peqiien;i.s de iiioriti~ri;~,I>or nqui~llea lognre; por oride
liao de ljarsar as cniions, n correr roiii *ates peixes 1 t . i ~n a fa-
íerriri mal á grrite qiie ;tiida. Iior dentro dil agun a eirgar na
ditas canoas I~elosliai\-ias, pois teni siicredido tiearrni ;~lguinns
p c ~ s " ~ a s a l e i j s d ndo
s ft,rrho que estes peixes triii n a r t r e i i i i d a d e
do rabo.
CAPITULO IX

Passi~iidoos i i a v e g a n t ~ i0 6 ~,aiitxnossnliem ao rio Paragiiay


e par rllc acinia, contra as sii;is correrites, seg~ietn .i direita,
rrinrelia~idoas cniioas riiiias atrnz das outras dcbaiso do preceito
do cabo iuiiiiiiaiid:tnt.r e da vigilarieia dos fragut.irris: que r f i u
n;is c;liioas de g i i c r r i ~na
~ qiii~eitoiiiarn a bt:irn diis suiigrndouroi
(que salieni dos p;~iit;insrsa fazer b i ~ r r ario Pnrngunyj liara im-
~,c:dii.eiii ;i8 traiciies e ciln<ins que iiaqiielles lopmi.s cc~stumi~in
f,iii,r os n~t,siiiosgeritios, onde celri 8% siia in:iiiir tortificaçio (I),
n nestx fjriiin se pnsi:L o dito riu, e111 O , L i ~ i ~sel xa.ita~ndois dias
de viiigeiii n toiiinr o riu ilos Porriidos.

E' o rio PnmFuny hait:~ntenieiite Inrgo: poiu tcin na. estim:i-


tivn i i i a i s de 50 I>r;iq:~hi!:; cuiii o defrit<i (li. si,ri.iii ns siiasnguas
pt,ssiliins por ( ~ u ~ n t eE s~ l l ~ i i ile
i i nri.in.

Teiii :i iiirimn fartiira <I<.cnqa ii peixe VIC ti:n~ o Tnqiinry'


coiii i~circ~~illstimeia: pori.n~:de qne te111 iinm qiiuliditde de pei-
xes (e coiii ~ltuitiiabundanciaj eliaitindns trsrilri<i,s, qiie inipedein
o poder-ir iinreFar no dito rio, gorqiiri tiido o qiir! cahe rielle
rirr bri!r<,s iiirtntit~sdesli~dac,nni: fiiz ttclriiirnr isto por ser peisn
pciluenu r redondo, que ii;ra oscr<lr riii iiiiiito o t;ririniilio da C O ~ L
de I L cItal>+o.
~
4
0 rio :< dnrivniio do ieiitiii li;ipguh,~iorqui!terli
deste
iii~!ii<!
os z~lijjitiiieiitosiiu riiesiiio rio, n,ba<ixu da ~ ~ n v < , g a ( ;8B"~11 10
3i:iis
dias de vingein: e oiitros :tccaitaiii qiie o noriie P dr:vido dit ci-
dado dr: I':irai.uny I,or pnrt<: do qu:d ~ ' a s s ao O W S T ~ O rio a in-
corporar-se ocoin o Riu (Jrniide ou P;iraiii, do qire j.i se fez
rneiiqc7to (3).
5
S e i n ns siias v<!rl*iit?s para r> ~meiiter o sei1 rurso para o sul
(f e serve esse rio de ~>iweg:.sqáu iius que v30 ai, l l a t t o Grosso.

I Os p&plf-iiis oRo tinham rortifleagbo r'gums em terra, mas faziam-ie fortes nes-
sca siugrouri>s. onde i e einl~oscavinpara um ataque de sarprera aos nruof-antes pan.
1i;tar Vide r:lrrunirns d o Ci&?jrBe.vnl. :V.
2 i q n , d e v e haver erro de orloiilo o" a" eo3ia. yoir be disse atrna que o rio Ta-
qusrg, aue 6 moito nicnor e inera n1Buente do ~ a r r g u n y ,tem a11 bracns de laraiira.
.: ilartliir. Glvssurin. dentie Pnrriqui'-i#, rio dos pipaxaios; A i u i i " 6 i ~ ? b < ~ a e o r ~ r n ;
~ o r e i nviinraja. l . r . i u ~ ~ ~ r n r , ~ n r - T udeiine
~ii. : variedade. q>xw. enenlnuai. n d n r ~
nar. e i,$, rto, do modii que Paragito# quer dizer rio de 'oroua. 4 ~ i r i m e i r adehni(3o 6 a
COiTPCt i
4 O rio ~ n r a g u a yn ~ i-em
o do poente. carr- garaimente do norte r sul.
da 12.)
Tainhem h a iit!st<.. rio uns bugios ~ir<'to*
d e linine gzt.a~ica.v,
d e euj,rs e dt: outros se faaeiii aàirris e çaiielladns p;irii as sellau
dos c a ~ a l l o s ,e da. meuinn sorte lia ~niiitosj<;coi.d.s, que sao bi-
chos do feitio do l i ~ p r t n ,p o r ê ~ imuito
~ g r n ~ d e se ;issisti!rn pelas
praiar; os sou8 c l e ~ ~ t eS;LO
s coi~trrlO a r e 1)or OS sortallistas
os I ~ L U C ~ V ~pwui
II Ihes tiviu OS d<.nt<'b (1). I ) i ~ ~ it!~tks
l bichos uns
t,ars urros que asirineli>aiii nos d i ~ Ò ~ I~~ I L B .

Dnl>oia de el~rynrernos iinvrger,trs X I>arla do rio dos Por-


rudos, larznm :I iiavr,,qr<;io rl<i ' , <. i eoiirra as
siins çorrerites é cuniiiiiiiii gasr:iiciii nrllc li dias d r viagelii atC
a barra do rio Ciiyabá, l,rntieando iiesra iii:irclia a mesina praxe
do ParaLuny pelo qile respeita B conrerva das rniions, pois este
rio tnmbrin freqiienta. o gentio p;iy;igii.i.

E' este rio hnstnnt? laro.ri: lioreiri iiiais pe,111etto do 4"" n


ai~tecrdeiitr,r tein eiu si n i i i p a i i i a ;ihiiiidaiiciit de caqn e peixe,
sendo as suas agtins rliais soiFri\.~is na 'osto e frias. Si:rr? o
ndmr dos I'orriidoi; este rio ~ i n r q ~aciiii;i ~ e do rio Cup11:I e s t i O
alojii,rn<?ntoae u i r i gentio que se eliaiiiii I'nrrudos, donde l>rov6in
a drrivitção do noiiie :i>).
3

Tnrnbpin \>a nas Iiinrgrris Jest*? rio diins nnçi,es de indio3


deriominzdos &myaiiris <: ('i.onyris #,3'1. 1,iirriiii iriarisos que nslo

1 Qner dizer. que a dente do jainri' i iemrnio oonfra eertne dainças prodauidas
pelo ar. P D ~ Ororno# ac ar. ratirpiir. e t o . e era riaiido ao nesooço como ieliqiiia.
2 este r i o n c u m em qoaii todos os rnap,ie modernos com o n a m e d e i lourr«co,
e ,,ai snas inaieeni errauam vmiar fribus teiva~,:i,s. oonio 0% ,iuai,,s, boror,,s e coroa-
dos, segundo cm aiquos 1napnni ant;ror e m<idel.iioi.
:I A S rhronirirp dri ~ ~ ' # ~voi , i i ~ o.nriii:io,iam rrfcs nomes. Pnreoe que o ao-
b iTT,
peiiido de gica)gnnd, neste en'o. foi dado par iinirarlo. ynr<liie os gurysnús Oe S. P:iulo
eram paii~cohe niinea. $ 0 oppu~,erarnier3aniciar so dominio porrugner.. Os rrirriadrii po-
diam ter nomes direisoa em diverrri o z r f e i . noriiue o riame coroado liso 6 t w i nem
<npl",a.
da R.)
oEeiideiri a iiiiigiieiii. Este rir, teiii as suas rcrterltes nas a l t ~ l r a s
de O n ~ i ze por cllt~s pa4viiii osqncn '30 dessas iiiiiins para a s
dr (luynbh por terra j l l

I>A s A T Ç C . ~ ~ .DO
~ ~ RII, C ~ - l d l l . iE SCAS I'ARTICPI.ARIi~.II>ES

1
Jiiiitas as tml>ns iia hnirii do rio Cuyahzi,, seguem por elle
neiiiin os rinvri.arit,es, ;i siin dirr!it;i. nt4 o 1,orto do deienibarque
dar ditas iniiias, cuja di.ri.utn :L conelui~mneste rio tiiii 15 dias
niiiis ou ineiios, estando ellr secro; é toda n siia r?xtens&o farta
de caça e peixe c de tud<i o inais do a1itecedt:ntr e rielle se
lwntica o niesaio a respeito da, vigilancia sobre o dito gentio
~ > n y a g ~porqii<!
ii, até alli exc.rcitain as suas inontarias.
2

Os rios q u e f>izein barra neste s%o: o GLCLI,I~ Dinnde e o


( t i ( a r ú Pryi~e,lo,i ~ oIndo direito. qiir mannin dos pantanaes da-
<~uellescniiipos para a parto de I<:st,e; o Car<i,idá, nciina deste
4 ou 5 dias de ritixrinl tuziiheni iiinna da mesma forma daquellea ;
ns Puteu, ao lado esqiierdo, têrri as suas vertttntea >ara a p a r t e
do c;~mirilio que x.ae por t e r m de Cuyabi a N a t t o ~ T O S S O e cujo
ruitio procura :%o ~,oent<*.
3
Acirnn da barra dciir dias de viagem se aclia iiin bananal
fitrnoso, ein o qual se encheiu de bananas as eunoaa da rnonção,
r é dc admirar o coiiserrar-se aquelle barisnal nlli desde o prin-
cipio do descobrimetito daq~iellusiiiin;~ssem ter diriiinuiq3o algunia;
antes parece que tem niais niigriientado sern embargo de se uti-
lisarern dcllr eni excesso os iiirsinos navegantes e todos os gentios
que ha~bitaiiiaqiiellrs parngeiis.

I asvia
nms estrada qne partia de CusabB, pssravs pela arraia de Sont'Anna
a. cor~aystodas as cabeceiras do rio S. Lonreoio. seríis o arraial de
chopnd..
~rsnon.descia pelo ~ a i l edo n o Roncodor, straaeasas* a Rio Grande. do Arsgoaya.
em om ponto oodo h s r i a dnsa barreiras-o Kenislro dr ~KatloQrossa e o bgialro de Qegos,
ganhava o valle de Rio Clnro, straveaiava este rio oo arraial de Rio Oisro e i a a Gogsl.
~~a nm caminho perigosa pelo8 ataques dos cayapbs, m s i sinda airim bastante freqnen-
$*do velo3 mineiroa e neaaoinntei.
No temiio d:is a;iias 1160 podeiri os nnl-e-alitrs andar 1xla
iiiadre do rio: senão lielos ciiini,oa e para esta drligericia se faz
entrada no dit,o bananal, á mão direita, e seoiiindo a marcha
pelos referidos ealnpos se w e s:&llir 110 rio Cararidá, de onde
passando o rio Ciiyabi para o lado esquerdo sc: fnz o mesmo at&
sahir n a pnr;rgeni cliaiiinda 8cip4, já 11ert0 da povoaçRo.

Toda a extensão destrs caiiil>os 4 clir:in de arroz, e iriiiito


melhor do que o que se p l a t ~ t ano l~ovoado,por graiido, e é tal
a abuti&~neia que por me pirrneer duvidoso acxeditar-se o quo
e u qucro dizer a este respeito nâo o i'ayo.

r03 centros das margens drst,e rio lia niiiitos gtntios hoi.oi.ós
r pitrecis, e s%o n<~uellesorntios da iiirsina eoiidiieta destes, dos
quat!s se servirani os rneus anterepassados para coriqiiistarem as
mais nacõps, dit7rrentes por serem iileigiirs trilliadorei e valorosos
1mra coin o m n a i s g.enrios e huiiiildes para nós (1).

Nest;is e o n q u i ~ f ;que
~ ~ . fizeram os aritigos linulistas com estes
gentios, é que desrobrirnm quasi todai as ininns de que hoje se
rcferem os thrsoiiros e comrnt~rcio,que se vão deterioraudo n a
falta de descobrini~ntosrneinoraveis, como antigamente se fizeram;
e é b r m vrrdade p e dando eu larga noticia destes sertões porque
03 tinha calculado, não 1,osso dizer dos que estdo incognitos, que
ainda se nXo deacobrirain.
8
Nas conquistas que fizeram João Txrne, Lourenço Leme e
Ant%o L ~ m e todos
, iriii8os e naturaes da villa de Ytú, descobri-

1 0s hororáa StaoaTam tambem os proprios moradores da pmpria r i i l i de CngabB.


mar ocoultameote, de moda s fruer s o p ~ b rqoe eram os cayip6s as a$saltsntss. vide
chronicos do Cuydi, "01. ii' desta R a i d o . os parecia é qoe eram sempre psciflcos e
iooffenrivos.
tN. da R.)
rniri as ditas iniriai do C i i ~ i b j .(I), e trazendo deitas os 11i;riores
rab<:.dn-s de ouro vieraiii ,i iiatrin refoniiar-se de todo o preciso
1 n r a :is ireiii p u ~ o a ~ Seguindo
. oste destiiiu e jiiiitaineiite o de
estnhrle:<?riiiii uiiix ~.stnq%oi i u Ingnr ilo hnriniial liaia iinpedireni
aos qnc quii-r*ssi,rn ir :is ditas iiiiiias, forrnar;iin alli a rituaçúo e
~,lnritaraiii o baiiaiial dn rlii;: ti.ntaii;os ( 2 ) ; pureiir eoriio era rlie-
gado o tt,:iilio eiii quiut! csres Iioiiieiis l>sgnss<:iiias n~uit,ilsir~ort<'s
e iiisiiltos qiir! titiliaiti frito. iiois teiiiiain :i Deus iiein a El-Rei,
deixzxrnin neste dito sitio 000 e taiit,os iitdios que tiiiliain asso-
ciado :i esevn\-idzo e, viii<lu {L yatriix para 1i:rarciii scriis liarentes
e o iiiais que tiiiliain para as ditas minas, surredeu elivg&rein
<:in ti,nipo eiti qiici sc arli:ira iiiiia ordriii di> Sr. R r i D. J u i o P,
de -1orioia iiit-uiori;i: p;ira qut: ~ U U Y ~C P ~L I~S O SI! r ~ n l e t t i d c ~tis S I I ~
real presPiiqii !:?i, corri ciij:~ urdein se lizrrniii iiicanqavr~is deli-
renciiiq l>:irn os I,reii<lcr e. iião o e<iiise~.uii.,I , o r q u e n a
Yt3rd:idr os l i u i i ~ r ~ iIinrroiisni.n,ii
s :I tiida a caliit;iriia. for;im iiiortos
a rliiziiilio dois iriiiúos e si> uiii rlellrs se ~ i o u d ilirender e mnrreu
nn Bnlii:~dr Ire\i:ni (A':, fic~~iidou rlcsrobriiii<~iitod:~s iniiiai do
Cup~1,:i recoiiliecidu ~ I : L ~ -a~ L ~ i > i i ~ n ~ u ~R~ Oi cc :oi ~~ ~~ ~o ~ l ~ati>
t ~ hoje
rcio
fr~q,lel,~~<lo.
!)

Sn ~ < , i < l n de:tri


r Iio!i~riii. rraiir t;io cruris qur sc fizerairi
rrrtdorits dr. e x r i i i p l ~ ~castigo,
r pois çliegnl-a n tniito a sii:. iiial-
dnde qii<* cluanrlo siicee-ii;~~inisnrrlii-se a l ~ u n d i a n ique ti80 ina-
tn,vai,; oii iii-~iidnri~iii
iiiiitar a nlCue!ii, iiint:ic:iiu c a liroprios ys-
geiis, fiweiidn-os siibircrii cm nlgiiin linu alho 1iar;i ntirarein nel-
les coiii esliirigard:~s6 1,;ir;i o piisto de os v e r c;ihirern em t,erra,
im a i i ~ i mde iii:icnc«s 1:.
10

Deate bananal, de qrir faliiiiios, ti.iii os reiitios semeado liar


a q u e l l ~ rs<*rtües,clt? sorti! que iieutes cainlii~sd(! arroz eiu verias
partrs Iin ~ : L I I . Z ~ I R Se o ~ ufiLit~~l.:~.

11

.L yilln do (:u~ibii C b;isk~iitegraiide c (?;IA sitiiada distan-


t e 111u qu;~rto de legiiii do porto <li, desenibnrqiie. O tttrrcno n&o
i: niuito boiii, i i 1 E' iiiiiiti> farta de iiiantimoiitos,
d e praixe r carne d<. vaccn ; i: iiiiiit<i s:iiidarol t! das !nirias t iiina
das ~ ~ p ~ ~ l e nl>ort.in
t a s , estR lio,ji. defeitriosn por eoiit;i de ser eoin-
batida do griitio capnpúl qne iiiccssniiteiiieiit~ee s t i iiiatando g<:iltn
pc?los sitios c. I I P ~ I - O S pelas lavras; por isso tCm attraando a s
conl-enietieias, seiii eiiibarso dns ~irerauyíieu r u i i que aridain os
iiiorndores e eoiisequeiiteiiiriite <is iiiiilt.iros iiai lavras.

-1ii:ivanacan 1,nra pste iirrsidiu 4 ],elo iiit!snio rio Tiet6 e


Rio Giniide, de que já ti-i~taiiins. i d i i que tem da barra
do Riu E'a1.d" II:L~.:L baixo ;itA a barra do rio Iguz~teriiy4 dc riri-
co di;w d e riaieiiil quf, t n ~ ~ tgastei
o i i o :~iiiio r l r 1776, qiiando
E ~ i ino mi.sriio presidia levar so-currn f,. t o s trolm; d a
ma. girnriiiç80, de rnaiida<l« do Esiiio. l l r ~ r t , i ~Loiiesii Imbo d e
Saldaiiliit, que eiitoo cra ~ciir:ral eiii R. l'aiilo !?I.

I 8%aqui miiitn exr-gernoxo: os irm5.05 1,emo foram neeosraol dn morte de dois


iodior. seus eeerrror. e do nssa$rinnio ile um iieriinndcr de .Ahren. O governador Ro-
driga cc5ar. a onvidor <ioilinho 11~nio.o i,rorcdor ~ebarfiaodo R?..". gno se npmpriou
ds ronnnn do; 1,erne. e a liiatoriador Rochs Pittz for:im or piie espalharam eits m i
fama dzquciies dois irniiol. e u o i bens deriam ser rcqoeltrndar gelo fisco colaiiiii e, par
mair quc 60 a8 prooursssem, nonra Coram enconrrrdoi, orm rm e. Plnlo. nem em Cuyabi.
vime rri XIT, xora in liiw do .lrcli<ro oitrdo e 4nnrro B do vol. 2111.
2 CapifRo-gener~l &c S. Plalo de 157; s I???.
i A7. c?,, R.)
A iiirsiiia f<irtsiiin qiir ti,iii este rio ali. O Rio Pardo n teiii
nt,i: n hnrra do Iguatriii~:<iqiic j i ~itvtiçil>ei 11
110 ~ i i l ~ i t ~ ~1l,t i 2.

Os rios qiir 1181 iipsta iiai-<,gnc:Ao, do Rio Pardo ~ ~ i ~baixo,


rn
Y U ~ ) (i
: P , I I - I ~ ? ~dois
I I ~dia3
, < UdeL C7-i;i'ciii
J ~ ~ ~ao , 1:ido esq~~lii<.i.clo:
q i i r 1i;i d:? ti.r d r lnrgurii iir:iia do 70 brsqiis. rujo riri atra7-risi
n r>rtrada ~ r r a ldv Viniiiào, iiiaudndo as siias v<.rtriitrs das ser-
ras da costa do iiiilr: iini nltiii-8,s de J-linrn!isa i I',.

.Ahi;iru deste niitin rniita dist:inria coino ti.iii dnrliielli: ao


Rio Pnrdo, riiais oii i i i < i i i i i ~ :r.o niesisio lir<li~,estii ii riu iIli<!yy o u
do I ' e i r e , < ~ i i ie. i i iih,i> r i , iiiai diaein ter n iiirsiiia 1ai.gut.n do an-
t<,<x.d<<n:re t e o~ iniislilo ~ i l ~ i ~ l e i i iI iI ~~ L Sditas sorrnn: nas ilitlll.8~
d e I,cu;q~cr i u I'nraiiapi. villn r coriiarcil dos (:i~iiil>os(+eraes ( O ) .

.il>ai~iiri<,ste riiir dia dr. joi.iixda estH o rio P i q u i r y , l>i~s-


tnitte iill.go e tela1 as sliiis ~ ~ i . t e l l t tP:LI.R
~s o Indo dr X'ia11150,
c u j o rio -ii.\.r de di\-isão ir; t - r r a s de l'urtiiml ccoiii (lastella
( 3 ) . Kn iini.r;r d:?s:<! rio j i rsti:vn sitiinrla iiriia çidadt! d r C;istel-
Ia, yoi.?iii Foi drscrtadit por eau8n da pciitn que d n ~ aiin griiito
(4j, corno i:iiiin exl>eriiiiriitni.niii «e destncaiiieiitos qiie do preii-
diu de I;ua!eiriy eraiii 1,ara :tili iiin~iiia<lospelos goreriios que,
coilileci~ni!n o.; i,sirngo3 que fniria a I I I P S I I ~ R p e ~ t e1103 ditos dos-
tacniiirntor, d<,ixnr>i.iiide 0 3 i l i i t ~ ~ d i t r .

1 Xn;i.- !>:I scrrn de Paranapiaonùs. Yporsngs fica do ontro lado da sena. sobre
a R i b e i u :c 1:iurpc. A estrndn ~ e r a ide 8. Psnlo a ~ . a n > z oitralesra, niiida hue, o
tio P%r&~>:~;~:il::rill erlfrr 1 3 eiilnder ile Ithrief nirign r P;bxina.
2 I q i i ! i $i'<~ni<is%n. i 6 jnsiiflcrie! pcio facto do namador nRo ter ribto o qur des-
c~<e\'e:: i n i ; i ~ ; e ido r:o boh),, qiie uerrgur no n o P a r r i i i abaixo na bnrru da i-airiiapa-
nem&. e riso ,!o ! ? I n y y . que i rmnence cio arnnnprnrina e não do Pnranb.
3 I1 rio i'iillir>- e fado brasileira e oao serve de divisa a ooosn ilgom.; d ~ r a g o a
no Parana bol>re o salto das S i t o Quedas. YR snR foz estava a povoagiio oasteibann d e
C<udod r l i l r Ounyni. aerfrnida peios panlistsr em 1610.
4 h80 roi ji*'ste qoe deu oabo d. porodção, obrigando os s e u habitantes a deser-
tarem-Da: fu!.:>li> 03 ~ R ~ l i b tde l i lotonia Raposo e Ynooel Preto Que s destroirnm.
6
Llbaixo do rio Paraiialinneina. no lado direito urn dia de
viagem, e s t i o rio iKmaha!/r~,que ter:? 8 bracas de largii, ciijas
verteiitt:s Inniiam dos raiii1,os que se ar1ia:n rio centro das mai;
g e u d o inpslno Rio Grn~ideao ruino do poente (1).
-
I h a i x o deite rio, eiii llouca diitriiiclit, i:st8o as i'res B a i i n s ,
que s2o trei rios juntos uns dos outros, iiianados de uiiia l a p a ,
qut! taiiibeiii se acha lios ditos caiiiiios, ao inesino rutilo.

8
Abaixo destes e s t i o rio Ygiinteiny, defronte depiquiry, cujo
rio se sóbe no poente 8 ou 10 dias de via=erri, no tiin das qiines
está o parto de desei,ib>~ryuedo I'rriidio (2j. O rio é estreito,
mas bastantemente caiidair~so,coin suas carlioeiras temerosas, que,
entre uiuitas, tem a Cí/e~rrrr,Lrii.r~iigcii.i~.s, Cuzeirris e Ci.uuii,quiie
siio srandea e perigosas.
9

?;esta. do Cruvii sempre s<:conjervoii um destacameiito e griite


do t,rabalho, para soecorro d:i Xenre do prrsidio, e tiimbein serre
pnru iinpedir aos quo quizessem fuxii. pe.10 rio abaixo.

O prcsidio estava sobre o ria, entre rnattos r distante unia


leçua rio aei111a (3), no lugar ehaiiiado I'nssr, dos C~z.~trlitniiria,
pois só por alli dava logar o poder-se pass:ir o dito rio, oii pnrn
Castells ou de Castella liara o presidia, pois o riu é tHo pniitit-
noso una suas iiiargrns que 11x0 dá passo a ,;er~te de lii. e inerius
aos nnimaes.

1 T k r e ser o r i o Amono.*y, que 6 moita pequeno, ficando esquecido o ~ a i a i r ~ n i o

,>,.v V,&*"".

(AT, da R.)
Aeiiim clestr 1111350 tpln outro (onde tiunbelil tinha ~ ~ l a r d : ~
iiossa), cliaiiindo doi C'n,;cr!l<,il~~s, que súo os t a r s gi.iitios guny-
rurús, i. forti de9tc.s dois liaisiis ii;io os lia ~iinisriii toda est<,ri-
são do dito rio. r p i . roiifiiiii riii uma srrra c1iaiii;id;i a (%i<!i!li<ii~~,
onde teiu as siiiis \-erterites.

Os cnrrrl,os < I ~ - t cI>residii>s j o cerrrudijq, dei ;iiiiirines doiiirix-


tieos, e 6Ro iiiiiito fcrtisis d i ri.ados bmncoi. ;iiitas: elaia.;, perdizes,
r da nlilsn>i~scirte ile fi.iict,os de div<~rsasqiialidndi:s, euriio e u
iiuricn to1ir.i r&" buiis no gosto. A s terras riiiiito esceliei~trn,liois
tudo o que iiellas se l>laritn iirodiiz coiii srn~~diiznadrniravel.
E s t e tcrriiiio <:nl>r:ieirixl <. s:mdavc~l, iiieiios iio teiiipo das agiias
n u s ineaes d e Fevereiro P Jlarqo, e111 q11e d a ~ a11n13 yeste que
em brcri,, tciiipos iiiorerr:liii 600 e tariias pvssoas, ii%otaiito 1iel;l
sio1eiiii:i. da inrileitis. qu,. se reeeiilieceii seieu1 sezões inalignas,
eoino 11,n falte <Ir reiiieclio, ile que seml,re foi coiistcrnndo olire-
sidio, n a f d t a dellei, srriilo beiii crito que liara o fini j i a peste
iiiio rra tuo ~ i o l e i i t n ,sc=iindo iiiostruu a rxi>o~.iciieia,e pelo tem-
po ndrniitr i i i o hiivrri innis n dita lieste eoino e r tcriii eslit'ri-
uieritado ciii todaa as terras iio\-:i?.

E' distniitc <,.ti! sitio d:i cidadr de Sâo l'nulo 300 l e r u n s


pela iiintliriiiaticn do brizadciro Jos<: Custodio de S i r F a l i a !l),
que tarnbem enlciilou o dito l>residio de iiiandado do Exiiio. D.
L u i z Antonio, no teiiilio du sei1 goreriio, ~ i o r c u j ndistancia se fi-
zerarii difficultosos ou soceoims n tempo e a. Iiora, se bem que n
maior diffletildnde i. it falta de diiihi!ira qiir terii o erario de S.
Paulo, porque n siia cal~itaniaiiio tciii rr!ditos (2).

officialqne ler muitn fiours na capitania de 8. ~ a o l o foi


I , governador de r g n s -
te,"' e moito rc.peilsao e honrado por D. Li{% Antonio e pelo vice-rei, conde ao Cnnh*:
porem foi mslfriindo pelo riee-rei marquez de Lavraaio e por Marfim Lopes, de moao
que chegou a fnltar com a lealdade aa rei de ~ o r t u g a le a scrvir secretamente us l n t e
resscs doa bcrpaohiier ni Ametica.
2 NSO tinha rema para ser empregada nos semiços ar eapitnnia, mas tinha has-
taote para ser enviada a Lisboi ns formn de priinfor rins*, finlas, talhas, dos d n unnoa,
dis"l08. Sgnla C ~ t ~ z a d ncio.
,
(AV.da R.)
Deste piesidio ii priincira villa de Hrsyiiinlia, deiioli>iria<ln
C 1 dista 10 loguas n a eitiinatir;~,seiii iiripediirittiiio, o
bem iiiostra ser verdndfiira ;ti distancia porquv, snliiiido qu;ilqiier
pt,ssr)a do prcsidio de in:iiihan redo, i s 5 lioras cla tarde cliega
á dita villa iiiarchandoa pT.
15

P a r a a parte da cordilbcira rcferida e s t i o alqjanientr> do


gentio eurlt<nn e mais ndeante o e;ir;illi.irn guiiyeiirii. D<i iiiii e
outro foi combatido o presidia r: coiii niaisfreqiieiitayâo o caqziaiii.?),
porqiic mais repetidas vezes for:~m os íeii; insultos, matando 81-
gunias pessoas que nliaiiba~-am disprrsas, r :i0 ii~rsiiioteriilio vi-
nliaiii debaixo de paz ao presidia, trazeiido seus mimos, como
eiaiii baiiaiias, caniias e outros 1egiimt:s d<. 3ua siistc.iiraq5o, a
offerecerein ao governo e a rlle pcdiam f~rraiiientaspara as s m i
f:ibricns, as qiiaes Ihei dava o governo :ifiin de os aqradar, mas
seiii riiibnrgo disso, logo r i i i ~dalli volt:n-aiii, iniii fxzer as suas
eostuiiiadas trniç6es; e pelo fresco dos Riietos que traziaiii estes
indios se julgou estar distante o seir :~loj;~riieiitn dois dias de ,iageiii.

16
Os en-alleiros giiaycuriis nunca viernni no presidia, mas
sempre andavam pelos carilpos, i montaria tt fazendo n irieçnia
deligeneia destes, e somente ein ;\gosto d c l i 7 7 vierani ao pa-
vo:ido de noite e matarnm algurrias pessoas eiib sui~scasas e as
qu~iniararri,retirando-se salros porque se 1ht:s n%o acudir ;
e finalrneiiie uma e outra iiação são aiixilindas ~>r.lascastelhnnas,
eoni que tnm cornmercio. As ariiias dus caqiians sao frcLcba3 o
as do3 g u a y e i n ú ~S%O a5 nles~nas frechas, fayotes e bolas, quesno
uns laços de couros eoni tres peiinas e n a pniitn de cada urri
dellei: uriia bola de areia ou outra cousa pesada, cujo artificio,
atirando-sr rin um animal correrido a l i gente, embaraça por tal
forma que nZo muda O E pés, e nesta forma seguram o que for
para o haverem a si (3).

I Pttruguah. aabre om amnente do r i o Jejuy. qqoe i i i desigaar na Parrxiiay.


2 Nar noticias sobre o rgnatemy não se eneontrs este nams, mas ian-se muitn
mençso dessa tribo de indior, qne devem ser co'otis e ainda hoje são eoeontrados mcbrno
em terreno paniistn, Doa aenbes do Paranapanema.
3 Apprenderam com os bespanh6es esta aitc, qoe i mnito nsadn entra aa criadores
de Bnimaes no Rio da Prata e na Rio Oraode do 601.
(h7.da R.)
li
Os r;iiiil~,s deste presidi0 são bastante dil;itados, e assegit-
ram os iiinis ;iiitigos eslierierites sertai,istas que facilmente se
podriii levar trolms que IIOUT~CI< 110 dito 1p.esidio As minas de
Ooymes, 1,eliia nir.sinos earnpoa r sem imprdiiiierito algiiin dr? rios.
o que e u apyroro ee:iiirdo a e ~ ~ t e r i e r i r ique
a fia rielos nbnissrr-
tões eiii que trnlio n;i\:eg;ido; e q ó sim 6 iiifelia 11ç3ta deligen-
ein haver <,iieoiitro coin o geririu Cayiqii> iios eiirnpos do Xio
Y i ~ r d o ,nias eonio é gente liatiik, qi:e r6 a trai<;io f i e a sua ein-
preza (li, li;rrc.ndo cauteila ii:ida Iiodr suceder. e jiilgo tanihein
que o ti,ililio que podeiiaiii s a r t a r a i trolxis de ariiiuaes, deste
presidio As d i t x niinns, na« pode exceder de qiintro a sris nie-
ees, indo eoiii aquelle vagar que p d e ne<iiclliaiite navegação. Ii.
11no t: de adiiiiial., I,oi.qiie qualquer sujeito quc vai de H. Paulo
a Vianião huscar i~iiini~ira uso concliir n v i u ~ e i i i ein mrnos de
aniio r rni,io n dois, a p6r-se n a viila de Soroenlia para os dii-
por, corno C eostiliiie: A vista do que parece que ;iquellajorriada,
niiida qne w j a de seis riirzes, nen i. dil;iteda.

18
F u i ritnhrleeido <i 1irt.iidio de TFu;iíciii~iio arino de 1767 r
toiuadi, ~ieloieasrelliaiios rio dia .>(i de 0iitubi.o d e , 1777, coniu
j i disse no e:ipitulo TII. lex-aiido o iniiiiigo t<idootrenideE1-Rei.
qnc iiellt. se :LC~:LT:L (1 q u e i ~ n i ~ ~as~ dcasas
o e o mais que i150
In~derainli!vnr. Foi o P)~e3idio EII~TCFU: ~ O I . cal>itulilçF,o pelos
nossos, rino i,or t i l t a de valor pnrn rt!sistir no iiiesma inimigo,
nias siin por conliecereiii ser teiiieridnde nliliorrrri-ar cento e ti~ii-
tos homens rpr se :icharain <iinriii,ei:ndo o c>)
a. um eser-
cito de 6.000, que o veiu eoriilinter, coinni:~ndikda pelo genera,l do

do vol. 1111 do Irchiw citado.


2 A g u a r n i ~ s oera de i 16 soldados, sem mais provisHo de hocoa do qne slpoma
farioba. o c o m a n d a n t e a o prrsidio. ~ o s cu o m e ~de oonreh. roi deposto pela piisrnicao
e povo. aeodo eleito em seu i o ~ s ro vigario do presidia, padre mos 1,onzada que airi-
-ao a cnpimiaçno com o tezente ~ e r a n y m o t arares. os sitiantes nzo ser:im 6.r00,
poryuc nho era prcciso mo ~ a n d eeleroito pare t s o peqii~na empresa, mas eram de
2 . 0 0 ~ a a.i)oi~,eequnao amrinon o uioario ~ o u z n a r . A sapitnlscza roi blltante bonraia
oara 0% ~ i t i a a o ~ . o ~ , o ~ cai d a o eonierundo vinte ~ n ~ o
~ ~ nreso encerredo
a

,.<" b,..."".
du R.)
Paragaay, D. .igostinho E'eriit~iidu de Priirdo, o terientc-general
de Curuguaty, D. JosC Vcnaneio d e Ia Rosa, cujo numero d e
homens <,rn do 3.000 castrlhnnoi e. 3.000 indios, qiie são os taes
eavaileiros guaycuriis, s<,giiindn os offieiaea as l<.is niilitares d
vista da poder superior do iriiiniso. Nestn intelligrncia fizeram
i% eritregn, retirando-se o ~i<>vo que elli se :icli:~vapara HRoPaulo,
e fiearido innite gente rni poder dos castrllisnos por n.ío t e r
eoiiiriiodid;ide 1i;ira si. tr;iriq,urtar eoni os i i i a i i r1 8.

X % o havendo presidi" ein JIk~1~llilt~1nygiiidrin facilinente o?


castelharios vir ao Rio Pardo e ii1iprehriiii.r os conimarci;riitt*s d e
Cuyabi r l l a t t o Groçsn, Iv.iraiidn tudo rerii eiiiFai.aço alyuiii: e
da inrsriia sorte quaiido leiri os can6iis d<. v o l t s de qualt~uer
dessas minas eoni o ouro apuradci, pois jiil;.;iiii os mais expr-
rir ri ti!^ qiie do dito Rio Pardo :I rill;i de Coruaty, por indirei-
tiire, riu<> havrtrh iiiais ,listanein d o qne ;L <I<. X dias liela. c:iiii-
pnnh:i c eii o aflirn~ti.( 2 )

XOTICIAS PARTICUIAIIES TU cmmr DE 8 . ai-L«. ria E X T ~ K S ~ I)A


O
si:.\ c&riTlr>ra, so>ie 111 r o v o < . d o E s ~ ~ o ç i n ç DOS
i o secs
I!AIIITADOOBES.

E' a cidade de S. Paiilo, c:iheqa da capitania, onde resi-


deni os Fenarnes e bispos e tein duns comareas-unia da sua
ouvidoria e outra da vilia de I'ai.anngii&. Os babit;idurçs do
cidade viveiii de varias negoci:iyaes : uiia se limitam a npgccio
mr:rcaritil, indo d cidade do Rio dr Janeiro husear a s fozendns
para nrila vendt.rem; .outros da rztra\~gaiiCi;i das seus officios;
outros v&o n Viainão buscar tropas de aninineç eariillares ou
vacciiris para veiiderern, não sb aos rrioradores da mesma cidade

1 Um dos qoe foram para o Psrav.nay e nnoea mais roltaram a 050 Paulo foiPla
cido de ~ o l o d opisa, moço qne aqui deixou todos os IPUB psreiirer.
L O perigo por este lado era mais irnaainario do qne real, pais o verdadeiro perigo
estava no rio Paragosy, que era lraoco ii naregaeso e offercda meios faee:s de atsqns
B de retirada; como bem o demonstraram as iuotas contra or indios payagoás, qiic iam
se r e h z e r oz provioeia do Paragnay das perdas qne s o m a m nos combates contra 0s
ph~li~t.~,
(hT.da K.)
r, se11 contini:nte c01110 t i i ~ n b i:icis
~ andiinti~s de 31in:iq Gernvs.
<,exrrrcit:irn o 1iieb.lTio iityot*io viiido coiiiprar os aiiiinars e111 SZo
1':rulo l>ara os ir veiider a JLiriasl ri outros, fiii;iliiieiite, rorni>ralii
111guns rir<.itus da iiieaiua. caliitaiiia, como sWo 1,nnnos de alpod;io
i. cismear, e \..?v r-~ndrl.iis 31iuas, labutando iiesta foririn. todos
iia<Luillo;i quc: se apli1ic:iiii.

E' n ci~l;id<.al>rai.ivel [wla terreiio e saiidavel lielos arei, t?


iiiiii i. rniiito 11eiliieri:i. 1mi' se conhece x sua g ~ i ~ ~ l c l 1,elo
t ~ z i ~IIU-
iiiwo das riias, rujas são : ile SClo H L I L ~ O Direitn,
, <7e S. I.'i.n!l-
circo, d;n í'ii:;;irlr<~s, dii Z..r~;i.n, de S. (r'oncalo: da S1, das 4'1~-
,.es? do <'crri,io, que C onde v s t i o ~inlxriodos geiit-wrs, do ?:o-
.sii,.io. da ((triti;i~rlai: I:iirb Aíii:ci ilo Ccineir>, todxs <.llns roiii siiiis
trn\-ess;ri erirreyionderitee. cniii o defeitol I d r s t ~ e i i i :L
in;~ior l~avto das caias tivreas i: as runs iiinl ordenadas e iual
enli::%dii-. i 1 I.
3

Svii: v;irios teiiildos: ciiiiio sAo: U, $4, os corirriitos do (ai.-


iito e <Ir i ' . I'.~iiitciscii, iY. Ueiitu, iSi!nin Tlieicir~,S. Pe~Ii.ii, o Ci11-
Iegio qiiii fbi dos deiioiiiiiindos jesi~itns, rili qiie ixssiste u Iiislio
(I!, n da Alliseriçoi.<7irc, i?uitto r l i ~ t m r i o , R o s a r i o 170.5 Pretos e S.
Pilrclos, entre: os qnaes teni i ~ l p n shenl nc;rtados
( + r i i ~ ~ ( ~ T r~> O , Y
<- inagiiiticos, e fora da cidadc, riii distancia de 3CO braqas iuuis
ou menos: est,zi o recolhiriieiito d a Liiz, onde r7ão os iiiagnntccs
da iidatlç e o iiiais 1,lebCo 1 7 0 1 passeio, dir-ertir-se.

Desta cidade iiiattniii todas as t.çtredas que v20 para as ca-


pitatiias rliffi?reiitrs, por e~~,j;isratrxdns esti sitiinda n niaior força
das po\.oaçoce, eoiiio sao, por ixemplo :,pela estrada quiut: \.;I<. da
dita cidade Ivara o Eio de Janeiro n Ninas Gcraes se arliaiii rXs-
tnbelrcidau as yillas de J I o g das Cruaes, Jncareliy, TnubatC,
f>iiidaiiionlienpabn, G ~ i a r a t i i i ~ u e t árilla
, nova. de S. Liiia do P a -
raliytirign, as fregiiezins ds Coiieeiç&o e Faeao e ns aldsss d e

1 ~Immasdestas mas modnram de nome: adas Casinhas 6 hoje a rua do Tliesauro.


r de c. Gonçalo paasoo a ser roa da Iinprndor e hoje do Xd~d~d~cliol
Deodoro. a da LiieirL
i hoje do sennzor Fe<jo.
tfl. da R.)
S. Blic.uel, E s e a d i ~e -iazaretli jl), iii;is todiii muito [>obres c. n
inaior parte niiseraveis 1,orqiio os seiii effeitoi, que 5%" <is inaii-
tirneiitos, aileiias da" pzra vestir<?in e comerem o sal, rrnderido
iiiis lia iiiesnin cidade e outros para o Rio de Jciieiro e tambciii
nos passnç.i.iros, e por cska fúrrna nada podt.iii alar aquelles nio-
radorea.
a

Os inorndorcs das rillas d e Juiidialii, S. 3020 de Atihaia e


I I o g y a ~ i r i i ne das fregiieaias do Juqiiery tt .Tagii:rr~. r p e estXo
iia estr;rdn de Goyazeí (?i,tamhein 3-ivpiii ria intisina iiiiserin, reli-
deiido us SEUS efleitus lia dita cidade, r aos liossa:eiros.

Os inr>radnrt,e da beira-inar. eoiiio ?Ao os dai. 1-illas de S.


Sebastiao e Iíbatuba; \-iveiii de fiimoa, liercnria e agiias :~rdeix-
t,es, qne. vendem i cidade do Rio dc .Janeiro liai;i i e rtmtedin-
rem ria fhi~riado5 mi~is. 0 s n~oradores da 7-illa de Santos sBi~
iimis tibastados eiii razão de ser rçte o porto de iiiar ondt se
dc~seinbareania.i t';izr,iidas qnc rriii do Eio do Jaiii,iro pai-a n
capitania e niiiias de Ciiyabi e Blatto Grosso. .luiitmiieiite alli
se acha o districto do sal, ondo forqnsnineiite si: \ar buscar, t.
<idistarte esta 17ilL~ da cidade d e H. P;iiilo 10 leguixs-4 d<: rnnr
e 6 de caniiii!io dc. terra.

0 s i n a r a d o r ~ s das villas drt S. Vioente, Conceiqeo de 1t.x-


nhaen, Iguapc e Canimca v i r e m niist+raveia, pois s6 teni a lira-
rn, alguma Sarinlia dc irialidior:~ e madeiras liara 1-endererii aos
iiavegante.s dnqiiella custa, cujo negocio al,r,iias Ihes dá para

1 Entre Jaozreòy e TaubntC devia estar 6. ,Tos6 dos Cnmpos,qoe ji era riiladerde
1107. A f r e q e r i n do YacRo, hoje cidade do Cnnha. estson n;i estrada. mas 6. Loiz do
~ a r s h y r i n g i >Parah~bunaleotla simpies espelial ertnlam lonae da. eetrass. de que alisi
$8 serriam para a cammonicrqm com S. Panio e aio de ~xneiro. ~íazsrethnxo estava
nessa e31rada. nem deus se servia, poia estava perto de Atibaia e pertencia ao grupo
das ~ O Y O B F ~ctllbowill
C da e s t a d a de Goyar.
S A crtrsda de Goyaa ia de S. P i o l o n Jondiaby, Hogy-mirim, Caaa Branca, Cajurfi,
sathtaos e arana.%,pendendo nlli pai8 a esqnerds, por terrenos hoje d~ Itoversva e Ba?ta.
Rim do Paraizo, ia atravessar o Rio Grnode cerca de 80 Illomerros abaixo da Jnguarr.
~ n 1783,
i anno em qoe foi escripta esta narrattvn, a ultima povonçao era 11o.g~-mirim.
havendo oomtoao aacanfe,~rqisiro da I l o p c o , no Jsguan-mirim. A fregoezia de d.a-
guary. aqui mencloonas, e hoje a cidade de Brngaaqn, pne esth fora da eatrads, arnm
wmo eati Atibale
(_V. da R.
eouirr e \-estit., 0 s da rilla de F a r ~ x ~ a g ui;io
i 111aiis abastados
yorqiie, serido ella a cabtya da uma das comarcas, 6 iiinis aviil-
tado n eoiii~iiercioe nlC1ti diisu corre o seu ouro. que se extrabe
das f:~isqiiriras de alguns logares ila sua. eiiiunrca.

8
Os ~iiorndoiesrins villiis iltt 1'arti;iLiyha e i t í i e, fieguezia de
.Irnrnrigii:im;i, que <!stXo ria estrada que ~ a e<I<*.stiicidade a o
porto d r Ciipbii, 1-ivt!iii d<. f*xhricits di? nssiir:irl de criar sriis
;~iiiiiinesc%\-allares e vaeciins e. de paniios di! algodiro e por isfio
s ~iniii,
< i rriiiediados, coirio tarribriii os da freguezin de A r a r a -
t;i;iialiii pelit r n z i o de ser o porto de eoiiiiiirrrio das ditas niinas
di> Cii?:ib>. e iriuito riiisernveis rnortidores das fregueziiis dn.
Cutia, h. Roqiir, S;iiito Aiiinro e oiltrxs alilGns doi siibiiibios
desta cidade (1).
9
0 s niijradores da estrada dt. T7i:iin:lo; conin s#o os da villn.
de Sorocnha. virein do fabrico de aIgudSo, de criar seus aniiiiaes
e tirar s<-u ouro das fr~isqueiras dos seus subiirbios c, iiltiiria-
uir:rite. do cu~riincrciodos que li~hutainneste ne,cocio, e por isso
lia suas raias rieiis.
10
Os iiioradorrs dn villa. de Itapetiiiiiiga, distniitrs della 10
icp~ms(i>; rivt,iii de criitl. os F ~ L I S a ~ ~ i ~ n ai,? sde tirar algum
ouro diii f,iisqiieirns e vi,nder iiiairt~iii~eiitosaos trapeiros, po-
reru coiii t,al teniiidadr que 1r3o dii aii;iiit:nto.

Os iriuradores dn viUa da I"nxi~>a,di3taliti:s drlla li leguos,


viveiii d a iii<,iiiia sorte, lioreiti eoiii a differeiiqa de iiho ter lia-
quelle siaio faisqueira de ouro, inau sim n a villa de Apialiy. q u e
dista drila 10 lagiias, ao lado esquerdo da estrada, onde rao
r e n d c r os effeitos das suas lavouras para se rrrnediareni.

1 Esta misena. qne se alaatrars por toda n oapitaoia, era aevlds ao pasrdo milita-
"&mo O aos vexatarios impostos ~olaniaea. O aemica militar tomara taaos os homens
Y&.IUDS e o fisco absorvia a for;ana particulai-; resfa.am as reihos. os inv&liaos, ss mn-
lhores e ar oreaniah para produeirem alguma causa, qne os impoitos nbrorrlani e nada
s o i i w s para angmentc as nqoeea poblica. v i a s r o l IV desta ~ ~ i i t o .
2 DiBCBOte de GoTOD8bR CiTDLI de dez legiias,
(N.da R.
12
Os dn frr=~isai:i do 'i>il>t; (l'),disaaiitru di.ll;i .'I0 lt.gt:~s, vi-
yem ~liisrri?i\-eis,!iois s ~ iO f:~t:111 dn sua 1)etluena Invi>ili.& dr <%

a l r u i ~ s;iiiiiii;irrs qiie criaiti linua rt>ndr!re~iinos liassageiros.

13
Os da fi.eniiezi;i de Sniitu liitr>iiii, da L:il~;i, ilistaiitrii drUa
30 leguns r i ~ w niin~ iiiesnia sefie, e os da rilla das I,-rs, dis-
tantes dellit 80 l e g i i i ~ s ~que <: o rxtreiiio da capitaiiia, vi\.erii de
eri;ir aniiiiaeg ca\~allnrcsr vnecuiis 1,:ria vrridrrrin nos que r ã o
de SBo Paulo a est,r iiegoeio.
14
0 3 ~i~oradoreo da viilit di, Curit,il>a, qiie esr,A ao lado d a e;-
trndn 14 Ieguai, aleii, de nâi, serriii :rs trrrafi friretiferas; e por.
que n i o ti.m parri que Iieiii 1inr:i oriilr coiisiiiriir os frurtos da
siia lavoura, eit;io Ji 110 <:ostuint,. ([C /~lal,tiirs<i>nentt!i~qiiilloqiie
haste ~ R L . I LO sl~sterito de ruas f i ninrlir iito é nquelles
que tPin inr~do,que a ii:nior 1,;irte iieiii nisso ciiida, l>orque iiiiii-
toa faaeiii r i d a de eoiidiizir rumi;oi:ù:ir liara n iillil de l'erana-
g u i , o t ~ d eas lneriiiutain p ~ l o$til, aliiidRo c. fnri~ilia.seiir stahirrin
derta riiisi~ria iiesde o i,riitcii>io de svus arós, t! iiRo se Ilies
l ~ o d r eondem~iaipxtt! geiiero de vida purqiie ;~iiida aisiiii tPin
o sal, faririlia e ;ilgodUo liari6 vestirriii ; e da inesiiia sorte vi-
r e m os da freguezia de S. Jose, qu<i 6 do torino desta villit (2).

**X
O exposto i1A heiii a conhecer ii ~iobrez:i da cal,itairia e por
isso <: i n c o ~ l ~ ~ i i tOi ~~eol n s < ? r \ ~ anolla
i s ~ ? dois reginleritos pagos,
~ w i rnão iia rixiitos 1,nrn os seus veiiciiiietitos, rujas f:iltiis rstão
r ~ ~ e r i r i i e i i t a n dos
o seus iiidiriduos, e ieiido rniiito ne~tissaria n
consrrraqao dos niesiiios . regi~iientos,
. . 1130 só para o r<-speito da
cnpitania coino liara os iiilriiipos do rpni sorvico, só siln PC 8 .
Max." tivrise a leliibrii~iqit de siislieii<lrr as f:ibricas de fiiiiio de
t,abbRio nas Miitns Geraes r estraliirerii-sr iia capit;riiia de SRo
P:iuIo I>~II.IL se dispUrein iins >linas, yoiido iirn tributo <:m onda
arroba que passar lielos regisiroi ,,ara negocio, porque seiido

1 E' hae a cidade de Cnstra. n o Estsdo do PnvanA.


e 8 . Jose doi Pinhaei, p o i o a c l o a peaoenn distancia da cidade do Cnrityba.
(A7. da I<.
cste eoiiiiiii~reiofreq~ieiitndo eariaiii os reditos linbilitndos liara
se -paqareiii
. os ie,cistros ii;i eapitniiis iiinis reirieiiiacla, er,iidii
certo que esta r c ~ o l u q i oiiào prejiidica no coiiiniercio das iiiiiiai
I>OT sereni fabricas de irielios consideraqao. « lior cite i>riricipio
tira reiiicdiada. n olipresskio dn iiiesiiin capitaiiia.

T.ío se iirlii,ire o curioso dn vnstiduo di.stas iioticias, porque


as doti coiii rxl>criericia o eonlieeinierito dcllris. porqriniito pari&
as niiiias dc (2iiy.xb.i ii:ivr.guei desde a aiirio d e l i 6 5 nt6 o dr:
177.3, t<.iiipo qiie psrree bnstaiitc para z. sua nlil>roi.;ty;ii>. Ynni
o p ~ e s i d i ode Y:iinteiriy fui iio aniio de 1776, coino ji disse IIO
capit,ulo SII, e ul~plie;~iido-iiie iituito no coiilieriiireiito <Ias coti-
sas mais sigiriticnntrs dayuellcs s<.rti>es, deve ser ;reridit,ada i1
(~'rpresiiodn r:orn~iriidio, airid:~ qiiaiido sej;i iiirienniciite para re-
petir o qn,' i' ,tas ~ u i ~ ~ : ~ t e n ~ Ü r ~ .
Das 1~tx1ticiil;iridades das poronci>es dii cz~iitniiin taiiilieii~
iiiiiito conto l>orijiit? teiilio verdadeiro coiilit~ciiiieiiiodcllli~s~ conio
iineioiinl do ynia: e roiii ~tspi!eialid;ide das qiw sr c ~ n ~ ~ ~ ~ r e l ~ e ~
drni iin <&ra<la de Viamno. liorçlur D O aiiiio de líii fui por
, iiiniidi~dodi> Exiu." Jlartiiii L o ~ w sLobo dc S;~ld;iiilin,
~ l l a + rlc
i i l ~ r u ~ n p t a r yaynr iiiantiii~eritos. ?;ido e ea\-alpndurnu 1i:ira o
tr;iiisl,uxtr rir 13.000 homi:iis que foram de \linas ( t e r x ~ s]>ara n
cnl~it;iiiia dr! S. Paulo eiii soecorro do r.;r,rcit,i~ do Sul, iin ocen-
sino eiii rlti<. toinaraiii us Iieipniiliiies n ilha de Sniit:~C;itliarin;~;
cujns circuiiislaiicias tarnbeiii r o i conto por iiic rriliier<,r a van-
trrde d e expriiiiir riesta iiaili~tirr:~,liriia TOS dis<,rtir, e ela Iiiesirin
sortt! 11assxrdt.i o teiiillo de rossns 1i;iixòes na. ronteiiililaqno di,ll;~s
6: 11orquí: t:~~nbein possaes di~.ertir aos uoasos ailiigos. cpiqh qiir
illlin r~sprciilnq3ost!inriii;iiite niuitns \-r%es iriruira :L ioin[ireiieii-
<:no das innterins rpcstioiindas sobre cousns do ~ S L I~:~~~ ~ t ~ z r r z a .
SOTA SOBRE IISXOEL C S E T A S O DE ABKEC

Nu fim do serulo XYII coi:ieqn do scrulo STIII. lia po-


v o a $ % ~d e S. l\Iartiiiho de Outeiro, 1,ei.tu de Brasa. i i i i reino d r
Portugal, yiviam D o ~ n i i r ~ oAfioiisi~
s d:i Roclin e siia. i>iiilLier, D.
Liiizn da bbreu. 1iesso;is de b6a <,oiidiqi<is(iei:il e de ;iliiiiis ri.-
cursos.
ITiii Mho deste e:isal, por iioiii<, Doiiiiiigos d : ~Bachn e ilbreii,
\,riu lbara S. Paulo na l,riiiirirn iiieiad<i do ir~ciil<i YVIII. aqui
se casou eorii D. Frniieiara Cardoso de Si<piiirir;i, n ? o p de dis-
tietn familia, e o c:isnl foi se cstnhi-lac<,i. iin f r e p < , z i ; i de Ar:i-
der 1 t,i. T.H vireriiri~
i'aytafiuab:i, que m ~ t i operteiici:~no iiiii~~ieiliio
coiii crrtx r~hiiiidancine crininiii n i iiovc: filhos que coii3tain dn
r<,lação ah:iiso. Elle frilleceii eiii l i d - i o si,ii iiiventnrio aiiid;,
cxihte ein u ~ i idos r:irti>rius <lc Tri. ella j;i (Ira Mleriila alyiiii
t<.nipo aiitas dn iiiorti. do iiiiirido.

1." ~ I a i i o < Cardoso


~l de Abrcu, q i i p iiu tr*iul>o do i~t\-i,ntario
<ln paa se aellai-a aiisente d<i Ytii. rra. sult<iiro e de\-i;i. t<:r cerc;i.
de 43 annos de idade, l>r>rqualitoi>iiiv<,iitnrii, foi frito oiii 1784
r o proprio J l a i i o ~ 1Caetano de S h r e i i dr:la,rn quc5 cm 1765 in-
cicio~i4 9 snits viayeiis linr*s Ciiy;rl>:i. o qiie iiatiiraliiiriite fez no
rni:lncipar-se roiii 25 :iii~ios. I ) e v < ~ ,portanto, ter ria;cido pelo.
nnnos di: 1740.
Coiiin ellc inrsino eaiifrssa, rcrt:heii iiistrucyXn iiiuito liiiii-
taclii, 110rikue nXo foi enviado a I'<irtii;nl e eiii S. I'nulo liio 1 i i ~ -
vin esclioliis riii flue se I>udesse obter iristriiryslo speuiidarisi e SI,-
l ~ e i í o r ;iiins devia ser lioiiii-iii de iiitr1ligt:iieia ilesttiivol\~ida i i
j u l g n i ela narrativa q u e fra d i ~ sslliis v i i ~ ~ e ni103
s s<:rti)es dc S.
Psiilo e Ciigahh c pela qiiniitidnde dc iiotns eiiriosns qiie alirrsent:~
b sohw n rapitaiiia. l'tir~cr?, qne, a1i.m do liresrritc Direi.tinie?ito
il.iii,iii~i-~I, vili: escrerrii tniiiheiii IILII iiiil>ort,aiitr traballin sobre
a g i i i i i ~ a l ~ ~das
i a Sauiiii;is Ii;mlisra.r, piirqilr o dr. Eduardo Prado
contoli-nos y i ~ rstniidu , ii:i Eiicilia, lrii ~ i i i i:iiiiiiiiieio da veiida
+,iii Loriilrrs, de iini iiiaiiusci-iiitri iohrr esta iiinti!ria, obra de \Ia-
iioel Çnsdasu d r ilbveu, r , Itroeuraiido cuiiiniiiiiiear-re coiii a cn-
;iital iii,x!esn liara c~ffectiiiira eoiii1,l.a daqiirlla. yrc*rioiida<lehis-
tiiiicn, t e ~ ro de;i~i.;izcr da rrriticar qiir j t i tiiilia rlla sido ad-
quiiida yor l i r s s h dercoiilireida.
.iléiii da nota solteiro e iilrsei~teque a seu irspnito se rri-
eoiiírti iios aiitos dri iiirr~iirz~rio do çcu line, pirocr,ssados ein Y t i
eiii l i 8 4 , niiiil:i iirllt~ise i:neoiitrn a iiiforiuaqio ser lliia~~<fr+ii~dl,,
que Yino C T ~ L11111 !>ostu> IWXS 11111 tit,ulo, l\a. iiiilieia ~ i A o 1i:tvia tal
grndu;tC"OI que s<i existii~110 rrgiir~eiidas ~iiinas.onde esc.rcrrai>i
as iiinc<;òes dt.>sr cargo hon~cna da ordeni de Frriiando Dias
Fitleho, Pauchoal 1loreii.a Cahral, Bart,lioloineii Biiei)o da S i l i a e
outios, qiie tii~liniiideveres adiniiiistratir-ns a deseniprnbar: po-
rem. Xlaiiorl Cxrdoso d r .<hre~i iiXo diz q u e tivesse exercido as
esse cargo r111~ I ~ I U Idna
furie,:iir!i . . a r r e i i ~ o ~ ~ d < . nx t m ~ S n~iiiasda
r;iliit:i.nia e; di,iiiaiu. eatt!~-eseinpre iii~iito oceripado ein riagi!ns
1t:t~!isso. P ~ d e - s rportanto, ~ ~>reiuinirque o titiilii l h e foi dado
1mr Martiin Lop<.s Lobo d e Rnida~ilia prlos srrviios qiir rlle rires-
t ~ 110'u owasi2o da n ~ ; r ~ c l idos a (;.MO borneris Inrn o Rio í+rnnde
do Sul, q~iaiidaest,ere encarregado de angariiir iiiaiitiineiitos n
nirioi de trniisl~orttipara aqurlln tropa.
2."-l)oiiiiii~os da Ilocha. e Abreu, que foi o inventariante
de seu pne e que. portanto, devia s6.r maior de 2 5 annas.
3."-Jaaquiri~ da Koelin e Abreu, que e m l i 8 4 era iiiaior de
25 aiinos e drr quem risda corista.
4."-l'ndrr ~ l n d r édn Roelia e $breu: quc foi rrigario de
Porto Feliz durante muitos annos e ainda r r a vivo lielos annos
de 1825. Cai.;ieter simples at<: i ingenuidade, tinlia a castuiiie
de cantaroli~rquando xiada de g r a v e oceupsra o seu espirito.
Gostava inuito d~ comer massa d e pnsteis, fritada de uma fóinia
a q ~ ~ e o opaillistas
i: dão O nome defiilhnrlo, e W sua preta cosiiihe-
ira rlle ordenara :-aJiaria, f a ~ f r i l h a d o s ,eu gosto. C como h0stic.a
Quando n eosinheira l h e dava para o aliiio(.o certa qualidade de
bolo e carú coni. mos, iiâo se esquecia elle de repetir-lhe estes
]~rosnieos versos, parodiados de uin certo eseriptor do eomepo do
seculo XVIII :
n Destes boliizhos, iiiarin,
Usam qzmsi todos os povos,
CS,rnenrl<i earú com ooon
Quasi todas as mnnhàs. a
Estes r ouiros recitativos seiis 4h0 ni~iclacoiiserviidoo na ine-
moria dos ieus ;li~tigi,sp;ii.ocliinn«s ç dt; nl~iiiirdiis sem parentes.
3:~bia. iriusic~e toc;ira liiaii<i, artw qiiix ii1,reudvii fiirii da
capitania da 3. F ~ m l o ,talvez no srinina.riu riiirle ir or<lruoii. Foi
(xlle qurin iiitrodiiaiu em S. Paulo o priiiieiio piaiiol que foi
trazido de Rnntos n S. f'niiln ti braços, por unia trop;i.dc~nr:gros,
e daqui levado r m carro dr boi^ para Porto Feliz, rziide foiineii-
p r a d o coiii srande fest,a, <Ir que se 1~vio11tei~cloe111 que asjig-
narani Frani,sco Alrai.<,q .\Iach;ido dt! Vascunsrllos r iiiuitos ou-
tros cidadãos do lognr: lá 1,elos arilioa de lfi'>.íl piario que Ik esiute
até o presente e iiierecia iiCiirnr no iiiiiseu Iiaulist:i.
5."-Frniicisco Lr:iti: d : ~Roclia, que: eiii l i 8 4 tinha 2 2 annos.
6."-.iniia Jouquirin. casada coiii .Jose hiiroriio Peixoto, que
,esteve niuitos ariiios erii CiiyalbR.
. B l n r i n \i:rgda!i?na d;i Rocha, casada riii 17i6, comFraii-
r 0

ciseo Simiirs dos Reis.


8."-Lniza da Roelia, quo crii 1776 si, FCISOLI e.111 A & r & ~ y t ~ -
guzibn coiri o alferes Giiilheruie da Silva Claro e, t,rii<loviuvado.
se casou de novo, ein 1735, coni Jost: Coelliu de Oliveira.
9."-hnna Frnnciaca da IZocba, curiadn com o cornnol Fran-
cisco Corrpa de ICoraes Leite, que foi capitio-tiiór de Porto-FH-
liz de 179i a. 1822. Deisoii este e;isal niiiiirrosa deseendrncia,
espalliada hoje por todo o Estado de S. P ~ ~ u l uEra . seu filho o
brisadeiro Joaquim Josk de Norars .Abrcii, qile fez a canipaiilia
do Sul de 1811 s 1817, foi in<:inbro do Coii;r.lhn da Prouincia
em 1831-32, vereador da cuniar:i iiiunicipitl desta capital no
quatrieiiiiia de 1837 a. 1840, deputado proviricial por mais de
uma vez e vice-presiderite da Froviiicia e fiilleceu em 1830, cola
deseendencin.
Netos e bisnotos deste casal existem ainda outras personagens
de valor social e politieo, corno o dr. Jnnquirn Xariario de .&I-
meida Moraeu, antigo d<:putado proviriria1 e juiz de direito apo-
sentado, residente ein Ticti;, o dr. Doriiingos Correis de Moraes,
deputado do Congresso Constituinte Fed<:ral em 1890 o hoje
vice-pesidente do Estado de S. Paido, e. o coronel Edgard
Ferraz do Amaral, baiiqiieiro ira cidade de Jahú e deputaado do
Congresso Estadual. (Ar. da IR.)
Doacão d a s t e r r a s de J a r a b a t y b a
a Braz C u b a s

Priiiieiro Tnhcllionato iln Cidndr de Suiitos-Pi~lilica Fbniia


-Eiii iioiiio de Deus-,irnr.ii. hnihão qiiniitos este iiistruinento
d e donç8.o vireli1 qnc no XLIIO do X a s i i ~ i ~ e n t ode Kusiu Seiilior
Ji.siis Uliriito de iiiil <Iiiiiiliciirus e t,riiita r seis aniios cni viutn
r ciiico dias dn i>ir,z <I<: Srlitr>iibro na. Cidnd*! de S,ishG;~jiirieto
do 3Iosteiro de Siio Fraiicisco dentro nas casas do iiiorad:~ d u
Senli<ira 1)ona. hiiiin l'iiii<~iitrl, ~ l n ~ l do h ~ Sr ~ i l h o iAlartiili Affoii-
so d r Soiizn: q i z r i niirl;i na Iiidin, que iioosi> Senhor, traga a este
Rciiin-Lilrieiii-eata~~d~ :Ai prosrntt! dita Scnliora. Uan:i Luna.
coiiin lnrocnmdorn hnstaiiti e irhoridoaa do dito Srrilior Xnrtiin
AEoiiso, svyuiido logo nliioitri>ii e tka cwto por inn publico iiis-
t r u i i ~ e i ~ tdoe siin lirociir;~q:lo do qual o ttr;islodo lie o que a o
n d i n t r ir s ~ ~ y ~ ~ ~ . - P r o r u r a C ; i o , - S s ~ ios1 ~que
an~~ ~ instiuiiiento
esti!
de 1 ~ r 0 ~ 1 1 r n ~yirrln
io (11115 110 n i i ~ ido ~ Nasciirit:nro de Yosso Se-
nlior J<:iiis Cliristo dn iiiil qiiiiihentos r tviiitn e quatro airnoa
riii t r ~ dins s do iiiez iIe Ilnrqo n a eidaclr de T,iebG;~nas casas d o
Diique d e Drnganyii, eiii qiie orn pousa o S~iwliorNartiiu Affonso
de Ronea do Coiisrlho de E1 Rei nosso Serilior, iiiorador nu. dita
Cidade. ritandu elle ditto 3l;irtiiii AAi>iioi>de Souzal hi a ictu Irse-
seiite. c por elle foi dito cLiir! elle fnain coino loyo dr? feito f'ez
por se11 certo ~>raeurndoraiinstanae ma iiiillior forriia e modo
<I"" o 'Ile poda i: devesse e I,or direito iiiaia valor a Senhora
Dona Aiiiin l'iiiieiitcl. . . r posto ~ I I C !esta escriptiira fusse eon-
tinuacl;~ein trru dins do i1i<,z de Mnrco n%o firi nssignnda senão
aos seis diits do ditto inez de IInrço do ditto aiiiio lias caias so- ,
hrcdibs-Testeiiriiiihas cpr presexite foram Jncomr Luia inorndor
eni Brn:anqa e Dioyo de 31cirrllesl seo critido e rintonio Goii-
qalves iirorndi~rnesta Cidade i-.e11 r S ~ > t o ~ ldo i o ~itllara1 Snb:~liali>
Fubiieo lwi' 1.l-Roi N o ~ s oSe~ilioriiest;~ Cidade de 1,isbGn e seus
termo= rlur cstr instriiinciito escrevi e assiznei :irliti do meii ,lu-
blico siziial a qual procurnçXo fica iin ni%o da d i t t ; ~ S<:nhorn : e
trasladiida a dittn ~irocuraq;~o como j k vai d i ~ l a r a d o Inso por ella
senhorn Dons I r i n a fi>i ditto q u e i:lla erii seu rioliir e eiii noirie
e eoiiio i~romwadorqiie h@.do ditto Seiilior ILartiiii .iffoiiso e pelo
yod<:r e 1-irtiide dn dita procuiaqiio por este publico instriiinento
e do seo pr;iat?r e b h e li\-re vontade por iiiuita ohrigaç%o ein
que o dito Senlior t1:irtirii iiffoniio r, i ~ l l a senliora sAo a Bras
ULI~~ seo
L ~creado, que no lireaente estara e por l h e querer
todo gnllinrdoar e sstis1if~v;..er, disse que Iht! fasia ora corno de
feito leso fes ao dito Uras Cubas livrii e litira r irrnvogavel
donçho aiitre yivos aled dor ia deatr dia para todo e sempre l m r n
elle r liara todos os seus lierdeiros e surcessores q u e depois
delle virein de toda a tnrra que tinli:~e p o s u h i a no Bruail Iiuiri
Hanriqiie 3loiites, que iiintar%o n o Hraeil a q i i d terra e s t i iin
Povoasio d e S. Vieeiitp do dito senlior 3Iartirii Affonw n a
ditta terra podeia ser de grsndura de duns legoas e iiiei;~pouco
mais oii n e n o s at6 t r r s le,coas por cnstn e por di!ntro quanto
ae estrnder, que fUr da conquista de El-Xei nosso Se-
nhor e que estii onde chainjioJarahntybn~ nssiiii que (1) (estava
a innrxiiii: Dei~ti.»i(o~>o~.t.,-Coin esta se.sninrinse prucn yiie opr,i.tr,
de ,?S. Cicelitr ,ficati:: n!,de Smt,is ~ V I ~ I L (1s L . te~.i<zsd d i ~ r < ~ h a t ~ ~ ~ c ~
i i R~rjr7aSziitus por e l l i ! < ~ r i i-
ficnrn d e i ~ t i rlo ~ ziit,!o
' ~ b r q o d e iiiar
'dentro e ,riais llie firz doitçfio de híia Ilha Pequena que llir r3t.i
junta da ditta terra, que outro sim era do ditto Ilnnrique Hoii-
ies que tudo llie assim dUa e fira delle iiicrce por suas direitas
eoi~f~.ontnçi>es com qiie parte e d e direito d ~ \ : c di. j>ilil.tir C O I ~
todas siias riit,r,zdas r çnhidae e direitos r>c:itriiy~s-srrrentins e
10~r:~dourospossrssorns assi e pelo iriodo c: nmnt.irn que todo
e s t j p a r a ellc e liara todos os srms lierdeirns e siiccessores que
depois delle viereiri e coiii talcondieçáo t! declarnq%u que rioiri o
ditt,o Bras Cubas iiein os setis lierdriros qiir! ao di:inte succrdc-
reiii a iiso l>oderRo vender dar ou <luar iieiii trocar ircni escaili-
h a r neiri fnsrr dt:ll;i nenhiini l>nrtidol niai seriipre aiidari ria
geraçiio e lirilia assi tr;~nsverunlcomo direita do ditto RCRSCubas
e iirais eoin outra condição que se acaso fRr, o ditto Bras Cii-
1 1 s ou rju<,rii quer que i ilitta terra suc:eder, fizere~nnl,q5acou-
3s que itito for em serviro do ditto X:~rtiiri Afforiso oii do se-
iiliorio que á d i t L ~terra uuiiceder, que yor este caso as terras
d'csta doaçxo se perder:~o O se~iltorior p o d ~ r B o diir n qiieiii
qniaer. E porem logo a d i t t ; ~Senhora eiii seu nome e rni nome
do ditto Ilartiin dffonso e por podrr, r rirt,iide dn d." prrciiraqao
tirou Iitgn t! diniittio e renunriou de si tudoo direito e aeq6,o. posse
e prol~ri<?dade, uzo r fruto, r ubil doiiiiiiio, e st:nhorio. quc ambos
tiliiiào e I>odiZoter na t,err:i desrii. dunqio e, riii todas as suas per-
teiiqns, P todo jus. E se deli logo e trsns1inssou riii iiiani e poder do
d." Bras Cubas, r rni todos seus lierdeiros, nuicessorrs, q. dt,pois
d'ellrs irierein 11." que 11,iào; e logrern e poisuho de hojr e m diarite
p ase,iipr<., r que fac;l,o n<!lla hrmtkitorias, e nproreiteiiii e Ilie deu
logo 1iig;ir e poder p.'q. elle por poder e virtude desse instrumento,
e srni itiais S ~ : Lauctoridade delln Siir." neiri do ditto Zlarti~riASoii-
so porna dellii t,oiirar r>usye realinerite coiii rE~?itopor instrumrnto
ln~bliru. E IIor iiste ~ i i , n ~ d o(Toii~alu
u ILont." vigario, e feitor do
ditto Senhor llertiiii Affc~fiiiiso, e assiiii quriil jeii cargo tiver, e este
ii~strumeiitofnr nl~reseritarloq~zelhe e n t l - r g ~ ~R~ ~di1.t~ r u tf:rra, e lha
d e ~ r i a r < ~ urt ~ o ndeixc~iii
~ riietter posse drlla, li," '1. a ditta tt!rra
sqja do ditto Rraa Cubas, r proniett,t.ii e s~ obi.i:liiii a I . fazer
boa esta rln:iqio, r llin rui~rdai.e deft,iid<-r a fazer boa? l i r r e r
segura <i de pxz e de queiii Ilie sobre ella alyiiiii c ~ ~ ~ ~ h ipuzt'l. ~ r g oe
l h e serd ellr aiitor c: ilrferisor p." o qu:il obripoii todos seiig bens do
ditto Pe~ilinrSlartiiti AfFonso por ~ i < i d r da i dittn prncrintç2o e cri,
trsteiuiinho da verdade nrsiiii e outuigou r llie in;indou delli: ser
feito este instru~iia~ito e qual Ri.83 Ciil>as qiic prrsrrite estar:r a todo
aasiiii liedio e acceitou ellii Sr'nliora proriiettru ;r rnirii TabaliRo,
corno p:sço:~ ~ntil>uIar>t~\ o rl8sistt:nte enl ~ O I ~ IRP queni isto pertrne?,
de lha toda nsiiin cii.ril,rir, miritrr coiiio eito i n < i t i . ~ ~ n ~ e sen t ocon-
teiii; t: < l l i s - miis a ditsa 5iiihirii D. d i i i i n que ella fao mercê e
da;iqao iio ditto llrai Cubita posto caso qi:e o ditto Heiirique
%loiit<~sn8o tivesse titulo nem eserittura da dita t r r r a porque
Hrtiriqiie llontcs tiiilin do ditto seiilior Ilartim Affonso srui
z- ter drlle esçiiptu~la e que por este C:LSO que a rlle Ilemrique
Montes tivesse e a tirrssem seos h<+rdeiros que eorn todas
estas clausulas ella fas iriercO e doaqxo ao dito Bras L'iibas
de todas ditas tres legoas d e terras por costa e p." deiitro
quanta terra puderem q. sej%o da eoiiquieta dei R r y nosso
Serilior, e inais a ditta Ilha declarada, que e s t i defroiltc della,
a qual terra e s t i onde clianiío .Tarabnhitybttssú, e ella deo coin n
eoiidi@o e drcl~ra<;ao da doaqgo e foral, por onde e1 Rey nosso Snr.
deo no ditto &íartiiriAffoiisa a terra, que elle tein no Urnzil e suas
povoaq6ens; e pelas tais c o n d i ç í , ~haja ~ a ditta tcarra, e depois seus
tierdeiros, o porto que este instrumerito fosse contiriiiado no
dia do mes e armo e onde des foi pela dita Senhora Dona
Anua a isto piesrnte outorgado n a ditta cidade deiitro
nas rasas de siia morada aos vinte e sete dias do mes do
Outubro do dito uniio t,e.sterniiiihas que presentes foram Antonio
.
de Freitas. X r i t r e de Orainatica., aiir riisiiia ao Senhor Pedro
Lopes filgo d a dita srnhoi-a Doria Bnna, e Antonio (C>dc a
.. ;
~. .
seo rreado e eu Antonio I ~ u i aPublico Tahelliào de El- acha . ,:.
..~
Rei Nosso Grrilior da Cidade de Iishiia e srn3 ternirios ;fti;af;,;;
~ ~

que este iristrurn<!nto rscrrvi e assi'griei o wieo liublico


signal fis que, tal hP. Folhas ou& verso r p n c o auto de posse
das dittas terras o qual principia assim-Saihnin rpan- Aotodeporse
tos este instiuineiito pi~blieo de demnrraqào e liossc dado por au-
thoridadc de justiqa virrrn rliia n o alirio do Kaseirnrnto d e liosso
Senhor Jesus Christo de inil ouinli(~iitosr nilareritii annns aos ~ ~~

d r s dias do mez de Asosto ein' esta Villa de' S. ~ i e e n t e Costa


do Brazil em a Capitaiii:~ em qiir Iie i.i~vt~rrindaro Seiihar Xar-
tiiri i\itunqo de Souza e 1x.rante Antonio d r 0livrii.a Capitão e
logo T r n e n t e pnr o ditto Srriliur e seu auxiliar eoni alqada !>a-
recru Eras Ciibas nioço da Coniaren de E!-Hei l o s s o Senhor
n1or;idiir ein ella e a t,llc%CapitFo a p r e i r n i o i ~ Iiuin Inetruniento
]>uhlieo de dndns de trrr;is que a seriliora Doria Aiiiia Piinrntrl
deo no dito Hras Ciibas.. . rrqiirria ellr I3rai Ciil~as a r5llr An-
t,onio de Olivrira Ctipitan Ilie deiiinicasse: a ditta t r r r a e mriteu
de 1,nss"eelln por qiiai~toor:i rii~lisliara iipiorritar com ~ ~ gente
. . .
~

r fasrndd srin eiii5iTEo de 1jasr;ir ,j:i trrs abnos u e p;istai.a eó .:


s T ; m a para a aproveitar o qiic. ,180 sc i ~ i ~ d e rfaser a por :i
terra que l h e assi i: dada ser povoada de gentios e r a r a os Inn-
ç a r W 4 o z o v o a r a ditta terra li# mister u u i t o custo o que
agõra trasia para issol e ?isto Iior <'lle Capit3o niandou logo em
dito dia s demarcar a dita t r w a e ao i>irttrr de possi, della.. . .
rin a qnnl terra por boca d r d r o ditto i.io dr Jrrvbnti ntb o dito
oiteiro ellr Cnpit%o f ~ iierriintxs a Antonio Rodrigurs n l i i i p a
desta t r r r a e a Ilestre finrthnio~tieii Frrreirit a h>odi.i:o d e L u -
cena feitor do Senhor Goveriiador aoi qii:ii.s ]>PIO ,jurniiii,rtto dos
Sariti>s E ~ a n g e l h 0 3 . . . e com cita ditei trvm jii dixiiiarcada l h e
foi tnnih<tin d;~ila a dita Ilhii qiie na siia d;iia disir, a q ~ a <asta. l
drfroirtr! da3 ditas siia' tcxrras r d r fi.oiite ni,iin Illia dr, S. Vi-
rente onde clinrii&o Eiiiyua<:ii das ditas rer1.r.s sssi da tcrra firme
coiiio da outra rllr CapitRu Ilios liouve por di~iiinrcnclosp ~ l a ade-
niarcaqoens j i ditas e irietteii 10x0 de posse dellas rpnlmrrite em
feito vijto ji n obrn que n a dita Tlhn tem de cnnnvrnes e inan-
tirneritas. . . r 1,orelle ditto 1li.n~Ciihes íbi t n n i b ~ n iprdido n i.lle
Ci~liit2,a inandasre li.iniin 'I'alirlliho qiie drsse aqui riiinhs f ? em
como haviani trcs aniios que Jono l'irrs Ciibas, seu liae viera a -
esta. t,rrra eoin fasrnda gasto p;ira apioveit;ir ;li: ditaa teri.;is e
toiiiado posse dellss ri nproreitiil-as o que toda deixou de f a s w
por dite terra ser hahititda por nossos contrarios e iior
esse reslieito as nlio j~iidera nnni podia aproveitar e Iiorpin que
iriiil>se fes f t i ~ e n d iII<-S~:L
~ tel-ra por rllc BTXSC ~ ~ b i1n iS U ~ Leiistn,
coiiis>r&udoos recai- r iiinntiirieiito iiiuizi, e;iro e (1 Cnliir:lo l h a
iii:incli,ii dar c e u T:xbelli:~o eiii cuiiil,riirieiito do sco iiiaiidndo digo
c: f a ~ oie que o dito Joio Pirer; Ciibna line de Brni Culina ~.irii
esta ditin tel.r;i liaver:i tres aiiiios poiieo mais i111 iIiellos e l h e
vi irnirr iiiuitu fasitiida liara esta tr:rra n d e l i a ser do dito
ztio iillio u rjiie viiilia. par;L nl>ro\-citar a dita ti-rra c ti::ain s
yropria cnrtn d<. terra5 qxm ora aliresriita. dt: Bras Cilhris e re-
F e r e " nlgiins Ycsr.s qiic u mottesse d<: posse das ditas trrras r
sei que ;L dita trrru Li: iirui lir:rignsa l,or lbartc? do ge311io rlile
ii:.Il;i SiJ,ita cpie sso iiossnj ciintrnrios lior cssc req1,cito i,llr Jono
Pires iiho ouçali iieiii liorle fiiier ohru eiii a. dita t r r r a e pui.eiii
bi,iiil~r<a Cespor ontrns partt.3 e t e n a s ntliii iirstn lilia e faselida
,: cniiavencs ti:<la rtii locar do dito se« fillio: 111: vertlndii que
aquelle ti.iiil:o que o ditto JoRo Pii.<,s Ciihsis aqui veio os uinu-
tiirit~iitoi e caiins r:iliniii iiiiii caros e ninro fes uiuitl)b gilstos por
yo'oar e n;iin~-ritiir n dita teria ato que cira veio o dito Bras
Ciiliai seo iillio ;i qiieiii <intregoii to<lo, o que todu pnss:l <.TIL
vi.rd;idi: c ljciri:il e lior rerdade turnliciii n aisigii(.i coiii o r inais
C,ILP aqiii aisigiinrlio que foram as testeiiiuiib~sz~trns esrril>ta.i r
i, <liir, Cnliit:ii> o aisignoii. I? eii Aiitonio do Vnllç Tzib<.lli:~i>
l'iiblii:~.Tu<lici:~llielo Sciilior Coy-eriiador rlii r3t:ir sii:ir t t w n s qne
eit<i iiistriiiiii,iito i% eiii i,çtr iiieo li\-r<>di: S o t a s 1101.ui;~ndadodo
dito Caiiitàu-Ltti t.iii tutlo coiifurilie ao oriFiii:rl no qual riir
rc21>ortoe dciii fe. Fnritos t r r s dc iioveiiiliro de n ~ i liiitocciitos
noventa c srtc. Eii J<iaqiiini Fi,rriniides P:icliei:o. 'rnhelli8o
ii S L I ~ S C P < ~ronf<,ri
~~: t! a - s i p ~ oe111 p ~ i b l ei rn.io.
~~ Eiii taareiiiiinlia
da. verdndi~j ~ a t n v no iisiinl piiblico i Jonquiiii I.'i,riix~ides Pa-
iliero. iEst~\-;iii~ +rias e,striiul>illias Teste Estado iio \-alor de mil
oitoceliroi r i i s <lr~irlaiueiiteiiiutilizadni) com o sepuiiite: Rnii-
tos t r i i s de So\-riiihi.i> dt! iriil aitort.ntnç itorerit;i e sete. Pn-
eliriru. Coiirei.tndri e roiiferido por iiriiii o Tabelliiio ;\fiiiso F.
TTeridiuiio. Era o que i r coritiiiliit e r1eclnr;lrn eiii & t a 1,iihlic;i
fiirrna, dn qiitil beiii c fieiii~<~iite fiz exir;diir n ltrescute liublica
f<iriiin que riir tudo vai rr~iifnriiien s r w o ~ i g i n n ;ao qual uie rr~l>urto
nos desniio de \laia de mil oitoeriitos e oiteiita e u<i\-i-: do que
doli fk. Eii. hiitiiiiiu Hyl>lyilitodr: IIerleiros, tabttlli:~o :I siii~sci.1'-
,o. cni~f~.ri t. assi;rio riu l,iiblico e raso. Eni test<.niuiilio da R -
dade, Ai~toiiioL i y ~ i ~ o l i tde o 3ledeiros Siio P;iulo: 18 d<: Niiiu-
de 18!l9.-3lcdeiros.
NOTA. (v. íls. 4)
Esta du:rq.'io fni corifirrund;~ por iilnrtiui .ktForiro por carta
passada ein hleoeritre aos ?i de 'uovembro cle 1551.
Demarcacão d a s t e r r a s d e B r a s C u b a s
e m 1567

Priineiro T;rbollioii:ito d:i (:id;id~. rii: Santos. l'ublic:~ Fúrriis


-Folhas viiitr r oito rerao \~eiii o traslnd<i de uma. carta de
,De~iiariaiãodas terras de Ilias Ciili;is lini-ndn por J o r ~ eFcrrr.ii;i,
Cnpit&o inór e oiividr~r da Capiti~ni:~de S;LU Yiceilte un Villr~,
di: Santos r. escripta lior Ai:taiiio Iiodrigiiri ilii A~liiicid;~ :L trris
dins do ince 11e .\gosto de iiiil iquiiili<~iito;s:,::si.iita e seti: aiiiios
iiella eoiii a l>etiç%ose~iiiiitcdr Br:is (:iilias. Hres Cuba-; (Iavn-
1lieii.o Fid;ilgo d;i Cnsa da E1 liei Z C ~ SSel~lior ~O e Alenidc \Lór
desta Vill;~dr S:mtos e l ' r o ~ r d o r da F a ~ c i i d nXenl iias Cnyita-
riias Suo Vicriite e Snrito Aiiiiiro . . . . . e iiurque o riiiiio das
terias do dito I't,.dro de Gues eoiii qlie cll<, niilip1ic;~ntr vae par-
tindo para o sertio 11Uo c l l e q ~ ~~iliiis : ~ ;i[,', :I hordn do eaiiilio
onde e s t i iiin liirilial junto doiidt! <,stc:vc ;i 11oronq;lo dr. H;irito
I i i d r 6 ondr ji teve Ta20 Kaiiiall~o~roqns t. cllc seja dahi i a i
11artii1ilo niais adiante pnrn a ti:rr;i dei>tri, . . . .. Snhiiido do rlitto
pinhal doiidc fiwece e acaba a d:~ttii do ditti, Fedro (:<i<,s com
q u v n <-lle supi~liiaiitih e inejeiio, coiiir*q;~r.i;i 1,ai.tir l v l a b:iiid;a
do liorite qiie r a r dalii l>elr> caiiiiiilio de Piriitiiiingn por ciitrc
o rnl13o ,?raiide oiidr I<'raiirist.o Vellio já teve rosas e iiinto oiidp.
roç:tr%o 0 s 11101.nd0rei da dita Povaaçiu de Sniito ll~~clrTseitilire
~ ~ c ditol o caiiiirilio assiiii roirio vao )iassxii<lo u rio d<!Tniii~~ndoitti
<: dahi corta clirtrito seiiilire pcln dito cainiiiliu que i a o n Pira-
tininga qtie esti n s Borda do liio C:raiidi! VP reiil do Pequt:no
digo do Pequeri e shi vac correiido direito piirs o srrtko onde
couber sim partilha eoiiforiir<: n sua ttsiriptura. c carta do dada
e ii~striirneirto de posso coiiio dito h<' largura seiiiprt3 cle. tres
legoas. Do dito rarniiilio que fica por parco 1iar:i a Banda dr:
liestc, oiide rst,;i uni lugar o Ald<iii~ dub Iiidios qiitt çhairiaiii Pa-
,queri onde elle sul?plieniite teiri sua fazenda lia muitos aliiioi o
liüa eríiiida de Santo Antonio eubertn de t e l l ~ a e casas fortes
par respeito dos eontrarios c s e n t e e gados nssiui xr<xiiiis e; lior-
eos, oii<le Si:: i~iuitosii~aiitiiii<.ntoscnin que sciiipre ajuda u 3719-
tentar os I:iipriil!os d e A?ueni.e~ q u r lia iir.nt:i Calpitaiiia. quando
1160 lia vililio do Reiiio r roiii oi ii~aritini<,iitosd i ~dita sua fa-
aciidn ;ijiidou a suiteiiinr as guerras que t i ~ e n ~ or0111 s estes nossos
Indios iio teiiilio qitc i,osei~~os o cerca sobre a T7illii de 5x0 P m l a
que liaverá sei.; OU ~ e t t e~ I ~ I Opui~co S 111iiis 1111 nrenos e onde l h e
iiinndnrâo iiiiiito gado r escravos seos, ~ i e l e j m ~ dno n dito cerco
por defvnçRo da t<.rrn dos iiiiriii,"ou iiie l><,di>iyor rneice que
1i:irendo rpal?eitn ao qiic dito Iii.. houvesse lior l>eiii eni nome do
dito iriilinr Co>.ri~iadnre pr.loa liodr,r<.r que di,lle teiilio çoino
seo capiiio lia,-er iior heili dipo liaver por b6a u dittn liosse e m
que r s r i i, i, ditt:i d r m i i r r a c . ~d;i
~ iiiniirirn que dito 116 ? > ~ 1ditto 0
c:;iiiin?in j i (lito ii:rii\-i.c,niido de l'irirtiiiirign e O ditto Rio í:r:riid<l
ndiaritc \-isto a exriptiirn e a curta de Dada e Iiiitriiiiieiito de
pusse e ~jartillin que a?>resriitn roiii esta 1ir:i:;in e que por e11
ser iri;tico ria ti-rra dos priineirr~aque nlioronr;io sabia o ~ m ~ t e u d o
i~cs!:i lwriqiiiio por fOr asiiln n a vridadr e n?siiii snhin oiitro siiii
iiiuito h s i i a dittii cleriiarcarâo por oiidr parte }ir10 dito cnrriii~lio
cainu e 4 j;i dito por aii<lni iiiiiitaa rimes ltor elle e saber que
rlle s u ~ i l > i i r n i ~~iosniiia
te n.; ditas trrrns e l>«sses d<'llaa deuda o
~ d<:elarado at< agora-Xutn-Eu
difo t < , i i ~ paqui disse qrie s carta
foi nssi~.~l?.dai105 ~ Y I , S ~ I O X P Xisto ~ d i p cmn n ~ u i t adlirid:t gor
iiAo eritciidc,r Iieni ;i 1elr;i coin que e i c w w o o iiliineri> dos dias
o ri,rto $13 yarein qiir foi frita aiitru de orrxr liorqiir si~ião\lar-
c a i o r.sii.i\.;,o da I'roredoria ti rogj;troii rio 1ivi.o rins aesiiiarias
i i bcss<rntn r qlintio, aesiriitn P ci11ro. s<'sse~itn seis B
s<iiseiitn e sete C I ~L ~ Z diitii P do 1 1 1 ~de~ A g o ~ t od<, lnil quinb<.n-
tos iesir,iita e wti. aiiilos. I h t i ~ < > r i f i > r n;to ~ e orizilx~l ao q1181
i i i e rrlsorto e d<iu ( 6 . S:iiiroi ires de I\nr<,iiihro iiiil oituct.ritos
novr.iita e si:te. 1:ii .J<iailiiilii I'eri~aiidrs P:iclleeo. T;~brliiãua
s~ih.:il.<líi: conf<:ri p n r s i g i o r.m liul>lico r n s n . Eni trs;<,niiiiilio
d<. i-ei.d:;dr frstarii o iii..i?;il ,>~iblieoi .:<milniiri Frriiniides Fnciirro.
(ICsturaiii r r i ~rstri~i>:iliins, dertr ILtndo iio vulitr t5nt:il de oito-
rriito- i..;is de,-iclpni<~iitr iiiurilizndosi. Coiic<.rtii<!o e roiiftri<lo
por xiiii o Tnbrl!iRn 11D'uiiiio Fraiicisro T'e~.idiniio. Em o qiir
se coiitiri1i;i e d<,cl;iiiir.n eiti dita priicuraq2.o da riiinl digo dita
pi~biicn ii:riii:~ dii rlii:il vvm e firliiiriiite fi~~ ~ l t r a l i ai r prrserite
pnblicii f6riii:~que ciii t ~ i d or:ri coiifoi~neo seu origiiinl no qiial
iiic reporto nos d r ~ o i t ode \lnio de riiil nitoceiitos noventa e nove,
do que duii íi:. EII A?fiot~ioI / ~ ~ ~ p , ~ d e? d1fi,,7ei70.~,
to tabdiio, a
s u b s c r e ~ i ,conferi r? ~ s s i r i i oeiii i ~ ~ f i ~ l ei c raso.
o Ent trsteriiiuilio
da verdadr.-Ax~orio Hui,ro~ii.o DE ~IEUEIROS. S. l'a11l0, 18
de J1;iio de 18li!i.-31edeirns.
Navegacão aérea
A COSQUIBTA DOS hlCI.:S: -DE E.&RTII«l.O~IEP DE I~ITSYA<>
A Shh..rOb r>U?LOKT

Cessem do sabio Greeo. e d o Troiano


A i "evegaqõas grandes que f i z e r a m :
c a i e - ~ ed - A l e ~ m d ~ ee , de Tlajano
A fmma das viotoriao, que tiveram ;

. . . . . . . . . . . . .
cesse t u d o a qiie a Musa a n t i g a canta.
Q". O"t"0 vai.,, mais a l t o s e n i s v a n t n !

Kos lxiinriroi ariiios do seeiil<i 1 4 liouve na iniiiido iiin Iio-


mein: alri braiileiro illiistre, que riusoii tentar a conquista dos
ares por meio de iiinn iiincliiii:~ de sua iriieiiç%o.
Essa c o u q ~ ~ i s t nrealizou-se n I ? do coiieiite em Parirl se-
gundo telegramiiini de lii expedidos, c qiiein ;L realizoii foi
tanlbeiii u m hrazileiro.
Kos primeiros annos do s<.ciilo 18 o sonhador do doiniiiio
dos a r a foi ii~npadre.
Quia o inysterioso destino dos homens e das coisas que, 192
nnnoe mais tarde; eonia clinvt? de ouro da aeciilo 20, realizasse outro
brasileiro, lios completo, o grandioso sonlio de sei1 compatriota.

(li-~scnpto par8 o Diorio ~opuln<;nelie pnblieaaa n 22 ae uno ae 1 ~ 1 1e, reriato


B oompletada para ealz revista.
O l~~iliicirrj erii. ]i;iuliitn: o bc;uiidci iriineirii, e :: desrolieiti~,
]insto que rsPe1.ndn rii;iii cedo ou liii~isinrdc, é ainda itsi-iin trio griin-
de, rho euiiiplcza r tào liroiu<.ttrrlrirn eni riias co~iieqi~cncins, rilir
n geiite fica :i ~ i e i ~ ~ 11.2 i l l . ixtrnnrdiiiiirin r: iiicnleiilnri~l tr;riisfor-
iiiaqâi, ,101 c p e o nnuldo riti ~>as:nrd z i p i I I O ~ <le;liite.
Si eni IIOSL<IS d i n ~ :iueii~ioc0111 o nssc~illhrvsn d e s ~ l i ~ o l v i ~ n e l l -
to d<' to~3;i.i:LB !:rienriasl mc.Jiiio coni o iiiiiiieri5o ]iiitriiiionio d<:
eentelins de iii~r.iiqües c d r s c o h e ~ t a s?::da ~ qii:iI iiixis ixiliortniltr
<: mais iitil: :i tal lionto que ati: *c eoiistitiiiraiil iiiilirescindivei3
iipcessi<l:ideu !,ara o hoi>ii.ii): nindn liavia cpieiii iica:~\-n obstiira-
d:riiieiiir :i rlir<,eq;io dos hnliics -faeil <: iiii;i:iiiar cliial iiâo tc.riii
sido n i i c ~ ~ ~<~l ~: ol ~l tl ~((e111
: ~ c ~ n eainda tri~unpli:~\-:~ o ~ S r ~ x tO,ficz'u>,
o
o odio dus iiiii<iiiei~tasdeanto <Ia audneia do p d r r Linaileiro, :i$>
:iiiriiiilciar no iiiiiii<lo scioltifico d? eiil3o o zrii sol1110 rperidi': ,2
c r ~ i ~ q u i ~ t<
i irloiiiiiii<i
,i dos :ires.
P < ~ , , ,,1P:m ! ?'
I ? c ~ i stiz<~raH te1.r;~ pavn os Imum,s, a agua l'ari~ o' l>,:ix,s
o ,-.r liarn as ave?.
iilnldito nqiirlle i t i l r t oiisncw trana1:or r> liiiiil<, qii<; Ilie t,iiilia
sido tr:r?;iilo ! E' \-ertlaile cluí.; IIOT m<.io clr giieri.:is e iiiigra-
,
<fies, rliiraiit.<! ~ r c i i l or~ seculos; i!<.\~ii,~r<riiilio
.' .. . tcrr 'i.
'Il.L<>,
ii lioiiii~ni r<iiiqriis- '

O I'liriiicio jii SC t i i t l ~ali~etrndo


~ l p l o littoral do Mediterr:i-
ueo. Ji c.s pi,iievaps rolikniios t,iiil:i?iii l<trndn ns siias armas triiiiii-
liliniitcs i s iiinii lorigii~<~iiai. p;rrngens do AIiiiida A:iti,nri. A ter-
Ia, para o- xrniid<~siiiiiicrios de eiit;io, di1at:irn-se :L poiico P
L~DIICO ~ corc<iis di! ,niirrr:i. K i 3 a g o r i ~
i o b a yntn i i i ~ n e o r ;dos
~>r<-cisoc ~ n rasC~oluiiiii*isde IIi,rciil<*sse nlarpassrlii, n qiie no
doiiiinio da ii.rra. iuccedcci;i o dos iiinrcr.
K iUi o q w ncniitr.ceii.
St~sriiin d~ iiiii siiiililt,~ ,>ednqo da p5u iii;iis lc\-e que, ;L
agiia, a coiiquist:: dos iiinrcs foi a Iirinri]iio uiim cniiíin; del>ois,
lini bai-c"; depois, iiin ~ e l r . i r o ,iirna iiiri, i i i ~ i tr;iiisatlnritico, uni
<~nw:i+a<lo. ilssiiu A O faz dn. eelliila o tecido niintuiuieo; do tr-
cido: o orgaiii; desto, : .. l o o orgnnionio, o lioin~iii-o
I%iis<riiieiif«.
F r e i I<nrtlioloineii Lorireiiqo de i:iisni%o, o li~neileiroillui-
tre, o pax~listniiotavel T e soi~lioiin coiiquistn dos nri,s iios pri-
iueiros annos do srculo 18; deve niuitas vezrs ter p<:riaado l i
c o i i i s i p : -Si o daini~iio do Iiornrni se ~ s t e i i d e i itriiiiiipli~irtn ;i
terra <, aos ioares, porcpe iiso se. exteiidrria. tnrnhriii ao inaior
de todos as oceanos, ao Or<,aria hi.rea, qiic ciivoi\-<i Iior todos os
lados o minuseulo grxa de a r i ~ i aem que, e i i t r v g e a si iiieuriia,
braceja a Iiiimanidnde liara o esyiaqc iiifinito?
Ilevo l e r sido esca i, per~~111tn ti,ilr%n si ~~iebii!»i5r.s horas
di, iiir,dit:icho; iio niijiusto sileiii.io d i ~ i<.ii recolliiiiieiiri, e y ~ i i i t u a l .
O peiisnriieiito. que C iiiii iiioviiiiriiti,, t,riii leis e rediiiti-
vcl. Syiithesc, reduz-se á. aiialyse. O rylirito lido i: i i j i i faero
iiidirisircl, siin~il<,s;deconil,òe-i~ di: ?r;tii r:iii Frnu, iiesct~iiaii;iinl-
iiicnt<: atn no prinieiro d i staiii <.leiiielito.. (luiiquist:idn :itr.rrn n
do~iiiiin<losos luares, ao lioi~iriii~qii<' . i c i i ~ i i p ~ r a viio a solido e i i c ,
liquido, fiiltava~o imlicrio do gnzusij. 7Tiiia ~ i c r o r i ;i; ~duis tr,rcoi
iiidieit) file s i i ~ l ~ oiiiiia
r ~ i c t o r i ~coiiii,lt.tii.
i i'arn o i;idrr, hrnzilei-
r n a pnln\.ra ii>i,possicel ficou, liois, :i iiiargiwi do seu ideal. Iliaei.
i i s agiiins c :,os condori-s rTí:nrei coiiio ria» lias-ou a ser 11:wa.
~ l l e;i e o i ~ : iiinis
~ n a t u ~ i l ; iii:iii lo,riczi deste riiuiiilr*. Sascirla
idca, cresceu e ainadilreci~ii. 11:~~ :i5 id~'.nsque se 1120 c.11iat.118111
5%" eoiiio os filhos niites de heieiii c<iiir<,bidos.1lr;i 1ii.eeiso r<.:ili-
xar, ozrnriini. a idi::~, dar-lhe corpo <. i,iili~idualidii<lcf n i e r liii:
?lia « qiie ~ l a r e oPolo, Clirist<ivniii Ci>loiiilio e 1 7 n ~ , ~clx ,o (t:l~n;~
fiíi,raii~lwla gmndo navi.ga<;;io n vi:ln.
Fillio do rirurgiao-riiiir Fr:iiicisco J~oiii.~.iii:o de (;iis~ii%o, Bzi-
t h o l o i n i . ~Loureiiqo de Gii;iir;ro iinsccii eiii Siiiit<is iio ;~iiiioili:IciP5.
T e v e dois irmâos - JO%O . i I v : ~ r ~ s(I<> Snitta 'Iariti; que taiiibi,ii~
sryuiti n carreira eiclesinstica, P .llix:~i~di-i:<I<. (:116131;,0; que fiii
niiiiistrn de D. J n á o V, e riiic si. rli,tiii~uiu coiiio cliploiiinta.
Unrtliolomeii tinlii~dezeçri. ; ~ i i i i i > ; di: i>dnde r~iiniidociliue-
qou o seculo 18, e aos 25, e>u li(J!l,~ l ~ ~ r e s ( - ~ ~i t c4rtc
o ~ r - si ~ ,~r -
tuiui,z:r duqiiello irioii;crcIi;i,eniii 111~1 r<~<Liir,?iiiiei!to riir q ~ l ~ > r de i i ~
ao rei l>rivileyio para a s i i ; ~iiirrii??~.
Piirece que ji (il.a P ~ I R t,nt:io 1)11.131:1110 ~ 1 i 1C ; I I ~ , > T L P~S l e lCni-
i~
reriidnde de Coiinhra.
Era. iiina noridiidi. a iiir<,iicj.o ,,;ir;: ;I qual l~eclia lwi\-il*?-
gio; -1mis iiatla liavia ainda sol>i.c tnl n--iiii:l>tu.
E' vrrdndr que o ~iheiioiiiriio i jii enL eoiiliecidi>;
<,me TYilIiaiii Gilbert j i Ilie riiilia dadrr o iioiiie de e7ictri<irln~lr,
iio seciilo lti, distiiiguiiido-o dii 1>Li<,iioiiii:iio iiiagii<,lico, al>í,s as
a i i ~ sr~iitáoiiokcvr.is invr:tipaqi,<as fi,itni riirre 0 3 :~,iiroi de lli4Il
a. l 6 W . Talvez piidessr coiitni. o rniiio 1ivnaileii.o coiii n iiineliiiia
electriea, inventada ~ i o rOtto de (:i;erirLr eiii l(ii2. O gr;inde
Benjamin Friiiiklili niiids c:taia por i i r . l«ngiiiqu;!ii~eiitr: eii-
~ o l t onas placentas do futuro. (;ah-a>ii < , l i l i ) , D u f q (173A;,
Couloinh (li3G;, Valia (li-15:: ~iuilii.rr!(IiiS!, 01iiii jl787), Kec-
q u e r r l (1788) r l'araday ( l 7 l l l i !h<: .;;to todos ~josteriores. '\'i,,-
giieiii aiirda p d i a perisni. iin lio*iibili<lnde d e uiii Toiiiso~i,d e
uiii N i c o l i ~Tesla,
~ de iim Edisoii.
A <:lectrieidnd<! rstal-a aiiidn 110s l)riiiieiros, iiiforruea e ob-
seiiros limhos d a siia geneir.
Nuiii outro seiitiùo, n ninis iiril~orteiiredf.scobrrta ate r.iitXo
frita em liltysii"~, dr,srohrrtn rle qiic (;uiiiiáo talvrz tivesse lro-
dido al>rovcitar-se, i r a sein dux-idzi. a de Driiiz Papiii. relativa B
~nannitn,6: i va,lx,ula d,: s r p r a n q a , Foi r11~1651 que elk! allre-
seritoti :i ~VjcirrlndeReal de 1,nnd~es o seti lirro ,\-ea. lligester~
r131 que e q > n n h a essas descobrrtas, crcniido assiiii a enibr-oga-
iiia da futll1.a ~~lacllil)a a vitliol.; giUqnb á verificaqio de que n
agiia, riduzidn a rxlinr coiiiJiriiiiido !ior meio do f i y . liodia ac-
cioiinr i ~ i r i rriiboln. Quando Jnriies W a t t ivaliaou n idCa d e Pa-
ltiii, fvei 13:~rtlioloinCii de C:iisiii~o jii era iiiorto, l i a ~ i a1 2 ;irmos.
Xns vai se ver p r o illiistre sabio smitistn, qiic correeta-
iiit2nte Blsi.;s r escrevia o italiano r o franrez, iiihia o 1nl.im e
eurrectnnirnte traduzia n crexo k, . e o hebraico, I I ; ~ ee emniara-
iiliou l'elo enminlio ;ibrrto l,or Paiiiii: eaiirinho que parecia es-
tzii-llie indicado.
(,)ii;:nto a oiitros inrio-: ninis tarde cinlireg:idos eonio instrri-
nientos de ~ir<~~iiils;iu ou nsceiisho dos nrrostii.t,os. hasta dizrr, por
CXPO)PIO: que Cavcndiih Íli:3l-IYlCi'i, o descohridor do Iiydro-
gi.irr.<i i 1 i81 I, ainda. n i o era nascido i,ui 1í09, r qii* foi dcliois
da descoberta d r Cavriidisli qiir Blark ti~iitiirir n ~rXo f m e r sii-
bir aos n r r s iiriin brri;;~ e t e i n deste + E .
R;irtùoluniCii de i;usiii;>i> tc.ndol pi~ii.iiiorrido 57 nnnos an-
tes d : ~dc.;iobei.t:i de. Cai-eliiiish, $6 pndrrin ter apl>licsdo no s<>u
in~.eiito ;i drscohertn de Pa!iin, iiiodiflcadn; iiins absoliitaiiieiite
iiãa s r iitilizou drlln.
O illilstr<i padrr l>rnzilrirn tinlin os ollios x-oltndos pia uiitro
ritino. .\l~ecxr de ser Irviido par" O tnniiilo o s<,u EQ!]~.Z(/O; O 311-
g~.edoda :ifor<a coni qiir. ia dirr iiiil,iiluo no h;il3o, hnjr P iirntcria
corrriire. deduzidii d;ii chrunicns <Ia i.~iurltaicpr llir dr.scre\~eraiii
o n p l ~ r e l l i onrranautieoi, qiic a r n e r ~ i nioiri í1nt. 1' 1" cant,ara
era iimiL eiier;in m i s t a , de natnreza clectl.o-lnnynetiçit. hssiiii
eeiido, n quaiitos n:in l ~ w e d r ~rllr i nusse iiiar;irill?nso rniiio das
iiiies:irii-i,ei e coiiqiii~rii~ li~iiiii~iini!
13artlioloiiiPn de (:iisiii%u ~ i a r t i r ndo róo dos pnsbarae ; rstn-
d:rra-llie ai. fóriiiaz do iiioviiiiriito iio ai., as siias leis de. desloca-
~ " o<!in t,ijiios os sentido., - siibindo, ilrsrrndo, pairarido o11 ,,r«-
,rredindo l!oi.izoritalmt~iit,r. Isto feito ou siili]>ost,i,feitci. l,rrcisnra
elle da forca que l,roduzissr e inaiitir~rssr ta<!s rriol-imentoe.
Ko dia cm que se julgoii dono d<-seas leis, &fiolutamente
necessari;is á victoria (10 si.u i d ~ e l ,iiessr dia ~iietteulioinbros A
constriie<;Ro da macl~irta.
Ainda estar;& l o n-- . ~ Joseiib Ciizliot.
c
uiie rni 1765 no? em
niovinirnto u m earro iiiovido n vnpor: longe os celebres ii~iiilos
JLoritgolI,liier (,Josri i. Estevlim) a q u t w tanto devo a nai.ep?Ro
aérea ilí83); longe EohertoFult~oii (1803 e 1807); lorige Eleii-
kisop (18llj. Blaekett (1822'1, Htel>liei>sorr e todii a luniinosa
plkiade desses gloriosos geiieraes da iiierlianicn nIii,licnda.
Elle: B;~rtlioloiiiCu de (+usmão, estava s6: a6sinho no liiuiiir
da descoberta qiie o immortalieou. Tracada eni seu cerebro a
construeç8o do aeroat:ito, fal-o-ia de taboas fiiins, clialicadas d e
folhas d e ferro : dar-lhe-ia a furrna i 1'1 de uiii yassaro, ruja ea-
beça ficaria sendo a pròa, e c i ~ j acauda seria a l)ôjia, COIÜ U I ~
lenie. Analogicaine~ite,lior-lhe-ia >ts aaas aos lados e, ein ciniu,
uma r&.
Ilito e feit,o.
tissr balúo, ;i essir ariroiiavr 0x1 aerostnbo eomprniis-se o
invrritor santista de deltorriiriar ora iu~z:Ltu~ ora tini.qi<êta,diriiiiiu-
tivos de « n i u » r abarca».
Proiupto o arcsbouqo, fsltiwa-llie o coracRo e o snnque.
Kisto é que estava o seu sesiedo. (Ju:biito s o cor;iç%o, fel-o du-
hllo : - duns bol:is oeeas, dr, int.tal: dentro da iriac1,ina ("L (Juniito
a o sangue, que llie ià dar R vid& <, o ~ n o v i i n ~ n t ofiil-u , de nin-
gnéte ; r , por cima, nuin tecto de araiiir, dispùz iiiuito ninbar.
E nada iiiais s e rabe
?arece:
Teriiiiriada assirii a na\-eta, l a se foi i,llr á Curte Portiiguraq
e, nos seguintes termos, requereu a I>. .Tono V privilegio pa,ra o
seti invento :
-*Diz o licenciado 13artloloinru Iioiireriqo quc elle teni
descoberto u m instrumento l>;ira ariditr peln a,r da mesma sorte
que pela terra c prlo niar, c<mn rriuito lilitis hriwidade, fcwzt~ndo-se
muitas vezes duaeiitns o iiinis legii;~; de rairiiriho por dia, nos
quaes iiistrurrientos se levar O S :~l-isus de 111ais inipor-
taiicia aos rrrrcitos: n o quc interessa a V. 31. muito lllxis qrle
todos os outros p r i ~ i e i l > ~ps ,~ l smaior diatni~eiados seus doininioi;,
rvit;~iido-se desta sorte os dsigovrrnos das ronilciistaa, que pro-
vêm eru grande parte de eliegar tarde as noticias drllrs ; a16111
do que, poderá V. 11. mandar vir todo o I>r<,cisodellas mais bre-
vemente, e mais aeguro : poderio os Iioriiens de negocio passar
lettrai o eabedaes a tadas as liracai ; yoderiio ser soeeoriidas,
tanto de gente eoino de virr,res e inuniyiies a. todo o teinpo 1 e
tirarem-se dellas as pessoas que quizrrcin, sem que o inimigo o
p y s a impedir. Descahrir-se-hãu a s rcgiiies mais visinbas aos
iiolos do mundo. tendo a naczo . i i o r t u,~r u e ~ na rloria deste des-
L

cobrimentu, iù8m dai infinitas co~ivenienciasque inostrará o tempo ;


e porque deste invento se podem seguir muitas desordeni, eoni-

( I ) - E' Parto tiegoro qoem nos est5 guiando neste ponta, graqss B soa Hipforio
*.I do Brooil.
ir~cttei~do-seciim o srri uso iiinitos cririirs, e faeilitandu-se muit,os
I L ~ Lc i l n f i a i ~d~o ~SP
~ liod<.11~1],assar 3 ontio reino, o (lu(' se :!rita
r:stntido r v d i i ~ i d oo dito uso ;L i~iiia.s<i pessoa, a rpriii se inaii-
dciii ;L todo o tenipo as oril<.ris eoiir.riii<~iitesa reílii.ito do dito
traiispoitt., r! l~roliibiiido-stt;i todas as iiiais sobre gravr!s Ijeiias :
!,e!ii se rrtiiiniere ao ~ u ~ ) ~ i l i ç a iilnt iee n t o de tanta iinportanein.
-1'ode n V. \I. syjn ser\-ido coiirrdrr. ao su1>l~Iicarite o l>ri~~ilc-
gio dti rliie, l ) ~ ~ ~por d oobra o dito iiivriito, neiiliiima IiessoA de
<iualquer qualidado que K>r pnisiL iis;~i. drtlle. riii ~ienliuni teiiipo
iiiste rriiln r>ii siias eaiigiiistai, sviii iir:riiqn do siil?l?iiearitc ou
seus herdeiros, soh pena de. ]~rir<li<liiiiei~to do todos OS bens, e ns
III:L~S q11e IL V. \I. l > a r e ~ e r v i ~ ~ » .
Portu St:,riiro rpfcir.-se t,aiiiheiri a UIII iiiariifr:sto cptiicE:tr-
tlii>loi>iP~i <li. GiismZo raci.eri:ii liara rebater as ohjecçfies a <pc
o 5 r t U r,>queriiiieiito dnrin io!+r ii;ltiirnliiii.iite, niaiiifr,ito qiir colistii.
d:ii d c t < t s i 7 i i dindciiiio Ilcni das ~5'eieircias, de Lirhoa, I, 1 9 9 .
1). João T' corisultnii n .lJesa (70 U e z e n ~ h r r i ~ ~doo l%p,< ~ I V
r1r.i~ pa;.eccr ~ ~ V O I ~ I Vi10 P I~ ~ c ~ i i e r i i ~E~net ã~o~d~spaclioii
t,~. El-Rei
:i 17 di: Abril de l í O ! i , ~ i o isi,giiiiit<.s terinos:

-aCoiiio I ia i:, alliii das I>ciiai.


;irei.esrriito i~dr iiiortr aos trarisgressorri; r: para
<.niii iiinis yoiitndr I i SE sirl>plic,zr a o
iiovo irixtriiiiieiiti~, obraiido os e # ~ i t a sq11s relata, lili+
faço iitei.ei. dit i di;nid:uitt que ribgai. eiii
n j iiiiiilias collr=ia<las de U;~reelloa n u S;~iitnrbiii,r
,li! Lriite de l'riiiia. de ,\lat,lieiri:~ticnd : ~ miiilia TTiii-
irriidndr: de: Coimbrn, ioiii oi.iscriitos iiiil r<is de
reiida, rlnc cri<>de iiovo eiii vida do sulililicniitr.
si>ii,erit<,a.

4 I! d i , dois dia* depois, fbi passado o a l v a r i de


lxivilr-in, i! I"r;~iieisri>J,eitio Ferreira, esrriL>torde r:it;io, afiriiia
iluo ;L " n e t a de Bnrtholoriir:~ foi feita L: custa cle D. J o ã u V ,
r s r x ~ w ~ i i i i r i i t n dde:,ritc
a do subcraiio e dt. rriuitos giaiidri, iio
~xtteoda C':is:~ &L India, riii Lisboa, 1:izendo o iiiieiitor strhii o
1icqww,o <w.osti~ton t i ii rilt,i,.u da srrlla qiie elinrn;:vai~i das EII-
i<aixar,.\s, e dniido, no siibir, du c,iieoiitro a. iiiiia ciiiiallia, i?ca-
.
,iiindo. iiio .e tratou de rrpetir 3i expesic!i~cia, r o ;iiiçt,or do
iiiveiiti>, u liiiiiierii de gt.irio, foi esc;iriiecido e qunii diido por
J~>llco(I;'>>.

(I) - I b r t o d8gic10. oilr., CiliidZ.


Pobrr, 1150 pi,de Gnsinão recoiist~.uir o s r u halZo, e iieni
aclioii niais rieiiliunia ;iliiia F n r r o s n gue Ilie foriieçeise r a l i t a e s
?ara isso. O 130~0,por iroiiinl aleuiihon-o O ló<icfu,., e di:ii-lhe
a barquêta o nome rgualninite ironico d r Pnssrri~dln.
Porto Segnro glorifica ;I Gnsinão. Faz-lhc jiistiyn o iiosso
grande historiador. e lird<. e i:spcia que essa jiistiqa a<?ja feita
;to illiistre e ge,nial liarilista.
De <\iitXo eni deaiite, <lado o iiisiiect:sso dn Pnssci~dln,o
pobre ti.ade =não encontrou inais descanqo ati. f a l l e c e r ~ . 11 sii;s
andscia. erenu-lhr i n i ~ i i i ~ ode
s toda a ordern i, aos ultragrs siic-
cederaiii-se as :~er~f~guil;i)es.
Ko ciritniito, o halio estava in\-entndo!
YascCra o aerostato para as gerayútis fritiir;is, 1i:ira. t,riiiiiililiar
eoinpletnriit!nte i:ni outras el>oelins reinotas, ciijo nivel inte1lectu:~l
consiguissr eliegar ao lilaio d,.. coiic~pçáo>ni q u e floresccii o
eerebro iiiretitivn do p a i i d o l>arilistn.
Forani seus in:iiort.s c 111ais t e n a ~ ~]ie~~se".nicIci-es
s os santis-
simos iaernb;os do LVCL~L~O (($'?cio, o ~ a c e l . d ~ c icittholi~o,
o apostolieo,
roiiianc, representante direeto e inf~illivelde Driis n a terr;i. Era
preciso l?iiiiir a ousi~dii~ do novo P ~ . o ~ n e t , h edos i ~ ares, daqiiellt:
que se atrevera a iiiradir o siiarissinio azul do oipaqo infinito,
ereado exl,ressamentr para doiiiiriiol pntrin das a r e s , como :I a p ~ i ~ ,
o fora ,,ara os peixes e L: ter ri^ pilra os honiens.. .
E tars se tornaram as persesmiyUes do S n i ~ t oOficio, qua
elle se r i u obrigado a fugir para l'oledo, ira Ifespanha. ondr,
~tanl>erriiiioe de todos esquecido, reiti n fall<iecr a 18 de Xo-
\-ctiihro d e 1724, srin viiitriii siquer 11ara O [roprio enterro; q u e
t c r r d e ser feito ;i ciistn d a Tvrii;i~idadii d e S. Pedro.
F o i esse o inreiitur hrasilriro: t!ss:i a descobrita do halXo.

S8o passados i 4 annos.


E~tziliosrnl li%, quasi no fini do seeiilo 18. Ji o iii<.io
ii~telleetiinl 6 outro ria \.ellia Europa. Os Direitos r10 Ko-
?nem n i o tardam a estalar ao grande eriibite da ILevolii@io Frari-
eeaa. O jugo r;~iser sacudido. Todos as hom<.ns r á o ser livres
e e,guaes perante o direito. Chegoii o iiioiiic.iito om que n in-
telligeiicia da Terra vai eiic;iriiar o verbo d i ~libcrclade. T u d o
~mogrndiiai111 Vusuo \Iilsr~i.:que (1 o molde elii que a. materia
toina as suas ilitinitas f,;rll~as. DO ieyou60 ii ILCCUO: da id&i i
realiz:xçHu, só La a trmspíir o 69.
Foi l i , por essa graiide epociia da Historia du bomom neste
l,laibrtn, que todas a s coisas eoiiieçaraiii I L I ~ ~1L1 0 ~ 2 1 phase; l i
rnmbi,iii (porque a Rc~oliicaoiiao foi obra de uiri diaj que a tia-
jr~ctoria dii iaarostato eoilierjou R 3118 seglt>>dapliiise, tendo para
isso elenii.ntos coiii que o inventor saritista riso podia contar i 4
niiiios ni>re'.l quando t:m Li09 fez a sua primeira a uiiica. erpe-
ririiein e111 L i s b h . ~ i olrnt<w da Ciisa dii I~idiii,ein frente á Sala
diis E,>rLnirr~dm,prrniitt. El-Kt.i t! ;r cíit.tr portiiplican.

-4 e<.-uiida lilia,se da evoiiiçiio ni:r<iiiauticn iniciuii-se com as


expeririicins dos iriiiios Jlontgolpliier (Esttrraiii e Jost-1, dois
aiml'les fabricantes rle papel eiii hrinonay jdrdcche, Franqa), a o
sul da cid:iJe de 1-yho, h direita do Bliódano.
Feito d r aernl>ilheira r forrado de pnpi,l, eubando 886 me-
tros de :Ir aquecido por certa esi,r!cie de fogareiro, posto n a
abertura; err~haiso,- 1;i soltaratii ?lles, a 5 de Juiiho, o seupri-
iiiniro balha, que sc ficou eiiailiniido ~lJo~~tgoIp/~i<:re, do nome dos
ilUitOreS.
Kr:i o bi~llno de fhriiia esi>lierica, H t e r m i n i ~ ~ r ainfi:iiorineiite
por n i i i como gtargallo n que e s t ; ~ r aligado o fogareiro.
Xesse aiino <! no de 1T8k mais 4 ex~ii~rieiicias salientes s s
tizeraiii : as segiiiiitea :

I. - Ploreseia rtitiio iin França o Li~bilpliysico CHAHLES(Jac-


que. Alexandre Cesar'i que: tendo substitiiido o e m p e g o do ar
nyr~eeidopelo do HYDKOUESEO, foi o pl.inleiro a f h e r subir ba-
lòes am Paiiz, rio Caiiipo de Marte, e111 prrst:nqa de Luia XVI,
ao t,roar dn cxnb8o e iis ueclaiiinçUes do povo.
11. - Uinn sogundn experieiicia d e Noiitgolphier em Versail-
ies, perante a cõrte.
Esta exyieriericia tornou-se iriolvidavrl, por ter sido a pii-
inrirn quc levou ao; ares s8res x.irus. Com effeito, inettêrz hfont-
gol hier :L bordo u m cni.>ie!i.o, tiiri gullo e uin pato (União hg-
briia!), que lii se fora111 pelos ares a t é 500 iiietros de altura.
Ao pousar eni terra: foram os tres viajniites encontrados e m
perfeito ristado de saúde, e ~ r a n d e scoisas desem ter elles contado
a seus companheiros ...
niiin idioma que. o homem não decifra.
111. - ;L terceira ascensho aerostatica foi ainda r:ffeetiiada por
3lontgolphicr.
1)esta vez a rciisa tornoil-se notavell por ter sido u yri-
nieira ascensZn r m que o ~ i o v ~ SI:BIU
ir AOS ARES. lIontgoll>hier
uão foi só. Levou etn sua companhia Pilntre de Rosier ; mas o
balAo subiu presa por uma "urda : - foi uni «balâo e a p t i ~ ~ o n .
IV. - 9 quarta itscenqso wiiceu n terceira em aiidacia. Foi
a priirieira em que o I~oriirn~ subiu nuni balâo se», w r d a , niini
bal8o sôlto, lirre, entrrgue aos azares do destino. Effectuou-a
Pilatre de Rosirr, querite airida do enthiuiasmo da terceirt~, e
teiido levado e111 sua conipanhia o inarqiiez d r Arlandes.
- For n i.nlaiEtI:.4 UI.4GEY A ~ R E B .

Desse moinrnto eiri deaute fieoii deriioiistrado que os ares


eram conquistaveis, conlo o forain a terra r as a;ms.
E eomtxçou entâo a sbrie iriintsrrulita das experiencins.
Parco e ingrato, o patririionio do passado fazia, mesmo assim,
soiiL;~r eoin~uin f u t u n ~ de g.lorins nao iniiito remoto. E r a pre-
ciso vrricer os ares, dominiir o espaço. E na successao das ex-
lmriencias encontra o estudioso, nos doininios da Aeronautiea, um
eertiirerio de rictiuias illustres, que trocaram a vida pela niorte
eili buscii dessr ~ravdiosoideal.
Tenaz, afoito. Pilatre de Ilasier estava. destinado a ser a
priineira dessas rictiirias.

Blanehird, que dotou o balão dos hlorit~golphiercom alguns


inellioramentos, e que inventou o liara-quGdss, eotisr,miiu com
Jefferie, a 7 de Janaii-o deste :irmo; realizar a PKIVEIRI TWES-
sra, indo de Calais a Douvres, da França i Inglaterra, atravez
do Mar da hImcLu.
Nos 2 1 aniios que decorrerain de 1764 a 1808, realizou
Iilancbard çincoenta e tantas ascensões na.Europa e nos Estados
Unidos da Amei-iça do Norte.
Maria Magda1rna Sopliia Annant, sua esposa, e por isso
mais conhecida pelo nome de Jf.- Blanchard, acompanhava-o
nessas ascensões, e tanto gosto tomou a eilas, que, morto o ma-
rido j1809), nem por isso deixou de subir em balões.

15 de Junho.-Pilatre de Rosier e Romain tentam tambem


atravessar a Mancha. Colhidos por um *>E de vento, desenca-
deado de norte a sul, vão ambos despedaçar-se nos rochedos cos-
teiros da Picardia.
Est:: l i o r r i i , ~ ld ~ s n s t r eencheu dn coiisterii;~c.ion Fraiiqa cni
peaii, o i~iiiiidu i:itrir<i: rjuv tiiiliniii os ,.inço xeiitidos roltados
1mrn a rrnride f'ellre <Ia coiiquiitn do espnqo.
Seiii t:r ct.iiadol o e~ithusiasiiio coiiti.\e-se, < , i ~ t ~ . ~ t : dcn-
~i~t,o~
tro dos li,iiites <Ia cnut<,la, da l>reveiiq;Lo.

A fr:iiiqn ficlia. ;i siia E.$:schilr!d eioat;rficir de hleiidoii.


Xnis algiiiii tt.iii(,n, e as exlii:rieiirias >.;LU X C C D ~ I I ~.ig01.i~,
~LLT.
p<irPiii j ~ A
i e l,rr\.i: aiitci de ousar: i., e o ~ no que j:i se i>n$siie,
.' :
priiicil>l;~-i<::L toii~iiroiitro rliiiio, de: oiida i~dveiilinirital\-ez zraii-
di-s rrii~ltad<is,fiivoiureir 6 l>rolwi:x direcflo cios balGcs.
E?-,! nutro riiiiio o doi aerostat,os aiiroveitarlos coiiio iii-
struinriitos d r iiiri~itir.a,:i>esaiirntificai. Alii estava o nr ao lado
de todos, I>elo e<rj>ayon fdra.. . (>LI<. se s i ~ l ~ i delle a ?' eoiiio o
<,ii<~.nrnva :I Pliysiin '?
Dct~corridos1:) niiiios, recoiiiriqaili ns nsreii:ii>r-, <.iit%oseirii-
tificas. Dc~irtroriii l>r>iiro;L arte do siierr;h c1i;iiiiari o balho n si.

Eiitrr outro; ii9;ii:is iiii!iiort,:iesl a scir?iicin frniieeza cxl,iir ao


iiiuiido, niir,,ijl:idos de lit!iiiiiosissiiiin os c l ~Biot, (kiy-
ljiii.;:ic e .lra-i,. A astroiioiiiia, a iri;~tli<,inatien,n pliysicn, n
rliirniea: todas e;tils s c i r n ~ i a s~ U Ysão O orgulho do i~nilllal-Ho-
rncin, estavaiti iiiiidn iio grande I>t:riodo de Serineritnc;io; de que
deviaiti <li: borbotar iiinis tarde as F r a i ~ d r sdeseobrrrils iiiodernns,
a seieiici:~da iiiate~ia.bruta o R sclel~ciil d : ~ nmt<'rir2 viva. De
u n l : ~~~<~l~iilosili niiida iiiforiiie salii:~iii os priiiieiroi vngidos da fii-
t u r s I>ioloFin. Csl>ar~osp o r toda n parl,r, por toda a. 1i;irtr si:
l*rorur:iralii <r colliinin o s ~n:itr!riaes iqiie, riiidos desde Alristoto-
lei r ili~sd<,Ilnr~oii dn Teriilniri, d n i a i n de a r r r i r liara ns yeiie-
ralizaqòr:~eiirj-clolirdicaj. ~ n r n a systrni;ttiz:i?;lo philosoplii<.:i di.
todos o. voiilic~ciiiiciitos liiiiiiarios.
Trlidis-sel conio lio,je, cciino seiiiprr, ilei da, uiiifienq:~i, II<,I;L
sirnplific~i::~~, fio ideal de tt~7.1 e i i ~,(liir, i-istli qiie L: Sat,iix-za 6
iii:in e qnc SKE Icis: sii;iiiles ciiiiiieiadoi 1-erbnps do Iltllnt.li~,apc-
lias exl>riniriri as roridiqires r e ~ i i l n r e seiii que rlln iq>rrseiita e
iiiaiit<~:iios scus irifiiiitos :isi>ectos.
I n i i i d ; h i Jorrar iiix-moras. rictr>riosas roino as grandes for-
çns iiicuerei\-i*is. ai obrm pe;iit~es do; r:sl~ciialist:is de cada jeieii-
cin, P depois ns iiiiiiiriisas iiiiifir,:i?iit~de i i i i i Sl>r.iicer o d e um
coriitr.
k'oi <lu rtsio rlrssin fcriiit~iit:tq%o~isyrlrirn que sur-iu n
<r id&t di: se ai>r<ivoitoro Ii:ii;~ocoiiio iiisti.~~iiii:iit,ide iioi-as 111-
vestignçü~~.
i:rit:rrr, iicste niiiio (1834'1,siibiii (>aí-Liirinc a 4.0W nir-
trol de nltrirn, p:?rn pi~siLuiz;irn acq;iii dns cirrrr1it.i.i iiiagneticns
d o globo sobrc ri nC.iilli-, iiiraiiada - da t e r r : ~nos ares. T r v e por
conipanlieiru ;r Bint; i~iiis poiieo di,l>ois subiu iósinho a 7.016
metros, taiido trazido, dc niii;i ultiriidc do li.333, r:irias ailios-
tr;is de :ir 1,:~iaa11:11ys<,, :L:iioitr;is q1w usd;~n<ienrit,ar;iiii ;io q u e
eiit2o se sabia d a e«ii;lioii<io do iiir.siiio.
Pnrece qne foi li>ii=o rstrs lteriudu d c iiirrstigaçi,es. Duran-
t e qui~siinvio S F C I I ! ~ 11;10 se renistra, entretanto, iiriihunia as-
ce~is;~odign;l d e aii~iiient;ir iiiais iiiii 610 J correlite lan~;tdu por
B:irtlioloiiiFii dii G i ~ b t u % o , a ~ ~ g i ~ l e n t aedi ta~S ~ U S i;1os VOT .TOS(: <i
I~Cstarain\loi~tgolpliicr, iior Cùarlcs, 1'il;~tre de Kosier r: Ula~i-
cliai<l.
S i d~ilii;i 48 aiinns se l>iicl:~i.ent,;ir di. Iii>r<i o fio das as-
cerisijes, o r&r riit:lu q ~ t cl~ru~~~Iu,:i:,aitieiite,
. ~ pelo iirerios. as ox-
l>orieiieias de 1652 <.:>i deniitc ~ii-rr;i~r:in iio\.n l>ùasi: iin liist(iri8
d o hzlXo.
1 2 ~ s ;sqjwzd<r
~ pltnsr, vi:i r:irnctt,ria:ir-ir ii;io 3 6 pela acean-
kutuaq;~o dni Iiesc;iiizas s,,ieiititic:is iiiicin~1ii.ipor Gay Liisssc, coiiio
tza~iibriiip:xl:i Arm.rc~~;loiio i..~ll.oil n u? EI.NI.TP~I(.II)IDE a na-
regq:Io n6re:i.
E' o qii<, HE, \-ai i.í,i.

Icairos do iiitLsiiin i<lenl, faz G i niiiios que P i l ~ t r ede Rosicr


e I?,UTII:L~II a i ninortr o l,ro~uio&C SU:L ousadia.
< % i ~ ~ o n t r - r r1111
O iiii!sirio destino tirorniii depois Olirnri 11802), lvIosment
(180:i!, Uittorff ( 1 8 F ) . X."" Blaiicliaiil (1K10), llnrvia e Sndler
;o ,~riiiit.iro arii Ilnici o :i?Siiiido exi Sctt,iiihru dr 1824); c Co-
icing eiii 1836.
Os l~alõesde Oli\.nri. Hittorfi r hl."" Hlanrl!ard, incrndin-
rain-se. .insceiisRo de Olivari foi e111 Oileaiis, r n qii<:d:l drii-se
a .L 1riloiiii.ri.cii d;i eidxl*. O dis;isti<, dc Bitr«rf foi riii ?Jii-
n h e i ~ na,
~ ; AXllen~:i~~lui, r o de U,'''~' B l ~ ~ n c b : ~eni r ~ lP t ~ r i z ,qi~au,lo
a drsiriiiid;, n<.ronriiit;i iiaia a i i i a 167." R S C L ~ I ~ ' ? r
~n~l. fog\l<'tv ill-
rnidioii-lhe o Iittlão e elln caliia eiir eiiiia do tr.lli;~do de i i r r i s
das casas da rua rlt. Provi~rivr, t,i,riiiiiiando ;issiiii os dias rifio-
iihcis e fal~~osos da siin <,siit,rn<,i:~.
Fcii <.in Lillt. ~Fri~nqitl :L ilu<:da de 1 t 0 ter r l l e
1x.rlido o e<(iiilihrio.
.i ile IIr,rris ~Irii-scriii L o n d r ~ s por
, :.i.aiid<? t~se:ip:~mrritode
L I 1 1 1 . i o i para dpnrrr: de
iuais a abriu, <? ,120 n Iii>do feclinr. O gaL I>i'i'ri~pitou-~e yara
fúra, 1Inr1.i~r;ihiii r iiiorr<,ii.
CJuairto a Cokiitp iia I~iglnterls. esse foi rictiiira da eon-
fintiqn d<.pi>eiiad;< niini : I o dc siin in~-<.,iiqào, %ito l>ar:L
furirçionar r<iiii o ;>:ira-qiiCrlas. Er 12Cni inrtros d<, :~ltiira Co-
kini ntirnii-ar nos ;Li.rs.. . O ii1>l,arrliio iihu f~~iircioiiou; e o tr-
i iirriinaiiiii r r i i i <,shorrui,Iiiir-s~i , n i terra) iiiima qii<da
d e 20 Iiietros 1wr ~ g u u d o .
S<:tiliuin d i w r s 1106~st1.e~ iiiipede que R seliirida lilia3~ se
inicie r S P C U I I I I I : ~ ~ P .
T:ii trriiiiiinr &.ora ii xriiii*tieio de 48 anilos ahiarto riitre
na ultiiiins exl>eririiciar. d i ~giriiiirir;t l>linsc íltiO4) r os i,riini.iras
da. se-iii,d:i.

lios 27 ;iiiiios <!r <.<Iade, (2if:ivd íHi?nriqiir.-l, eiignihriro


fi.anc<rxl que lirou seu iioiiic n uni iiijretor aiitoiiiatico de cnl-
deiras. R um trIe:.ri~lillo pllt:uillatico C a 11111 11010 111ei110do de
fahricnçLo do liurlr«:.Fiieo, nl,lilica i> r l r o i l á ii;tvrpy?,o airrn.
E' t,llr o !iriiiieiro qutL niodifiea i t fóriiia atd claisiea
dos balfie*, a fórui;i redonda: alterondo~npara alo,ip</ri, tio srii-
tido Loi.izonta1.
L% <:xi><riciicia de GiiFard foi iiotin,vel por ter sido u p ~ i -
ri~eirartii yrie ullin nrnciiixa a iaroii ,fi, <cpplic<~dn
i 6 aeiu.slu~lio.
Tirilia esse motor n i'orqa de 3 cav;i.llos, força que imliririiia á
Lelice 110 ruta<;iirts por iiiiriuto.
Durante innitos annos Giffard dttdicoii-se ao aperfeiqoamento
dos seus neiostotO8, repetindo erperiencias sobre rxperiencias.. .
Seu nonie é uiri dos mnreoa mais luiriinosos que assignalarn
as phasrs por que passoii a e\.oluynu dos balões.
E' preciso ver atr; que altura a.)<;dr o lioin~im i r intinl~~e-
mente, sem pr+o liara a saiid<. e para a vida. Agora E a In-
glaterra que toma n dranteir;~. (:laislirr c Ooxirell sobeiii i t
8.8-10 inrtros. A i.000 iiintros j A IIIU drllvs se smtia. mal, <i deli-
tro <:ir, l>uuco perdeu o iiiaviiirerito. a vida de uiii dos briiqns.
Mais tini iiouco, r nina syricopr o iibiiteu.
Coiiio a terra, coiiio as asuas. ri ;ir r<,nistr d conquista do
lioinriii, d<irlara-se-lhr. iiiimi;.o. X n i ii os dois i n g l e ~ e11x0
~ u
tiresseiii desafiado 16 onde a3 iigui;ii voaiii e o silencio tiiigr a
n o g x q o da Virln, Paul Brrr ii%o twia driiiaiistredo, para ~ l o r i : ~
da, Hçieiieia, que o iuirnizo da vida: iins ~ r a n d e s altitudesl G i~
falta de oxygfineo, por crraceiite di,fieirnci;i. de prrssao atiiio-
sphorica.

1671

E' ~wecisodar á Aeronaiitica iirn ciuiho positirainente sci-


entifico ; formar para ella uni centro de uriificaqào de estudos :-
reabre a Frauqa a sua E,~.reholnAei.ostr~ticil de hieiidon. fechada
liavi8 72 alinos. eiri 1799, quiiizr aiiiios :,pós o desastre de Ko-
sier e Rornairi.
Si a coiiquista dou ares 4 um ideal do povo francez, uma
das s u a mais vivas paixões, driiioiistriid;i pi,la frequrncia e prln
variedade das teritzztivas, daqui por doante. sel-0-6 taiiibeiu do
,goven~odiuluellr p:~iz: govei.rio que, anrrí de tudo,visa na gr;iii-
de deueob<~rtauin novo e i~icoiiil>art~vel iiistriiniento dc yucrsa>
para ataque e defesa.

Dupuy de Lôme, que deu ri marinha de =u<,rra da França


um poderosa impulso, repete, i custa F por iiril<.iii do~ovt!iiiodr
seu paiz, as applicaqijes de Giftard no hnl;io.
Foi dessas experiericins que se ehrgoii ii certeaa de que
corn uma XELICE se podia dar nos acrostiirus a raliidea do a r ei,r
q u e se T w u e n , ao passo que a dirigibilid:~de parecia exigir re-
locidade superior á do vento.
Entrava, pois, o probleina da ii:iregaçRo a&ea eni u111 rasto
e longo terreno, em que teria qur irr praticamente ~.ericido ou
vencedor.
A g a n d e difficuldade estava e i i ~ioilszguir-se um inotor le-
vissimo e, ao mesmo teiiipo, coiii força capaz de vencer a d o -
eidiidc das eorrrilt<,s d<i ar, rio; qiir so!eaiii ;i;riiiicicl:l<ei.n eonio
aa iorrriitps innriiilini sulcaiil o s oc<,:iiios.
Arli::r-srs-ii~ vsaa id<,;il niacliina ;i vii.i>or, iiiieroscol>iea, 1,or
assim dizer, livre de lierigoi lmra a riai-egaçAo do eslinqo?
Uiii Lrnzilriro, que ni11di3 11&0 tinllíl ~ l n i ~ i d estava
o, dr!stiiiadri
a dar n c s i : ~p<xrgiirit;i, dnhi :r 2:) niiiios. iiiil;~ rr.niii,st:l :~iiiiirinti-
, a r c:iLal, - cli:~re de uiiro coiii qiie abririn o Ernail o seexilo
2 0 Ws ,inçi,i~s do ~iiiiiido.
Iloiix-r iiiii crixiidr iiioiiieiitii de silriicio ii:r eqilizrii. dos q u e
. cnt%o talvez pi?desseiii f x i r r :dguiiin coisa lar e s t : ideal.

(Innstr6r-se n E,slirclI,r Pii1i.i.. CrocC-Siiiiiclir Siuel soheiii


ricllv a ;.a30 iiietro.; di, n1tiii.r. : c., cniiin ri<.;sn- :iltitud<:s i: ;: S~~,llii
de uxyg@iieo ijur abate os ria\-egaiites do 31.. 16\.8111 C U I I I S ~ ; ~ hn-
li)<lsi~ih<is de <ixys+iir:o romn rcin<<dio a cssc7 iiial. l l n i i dois
destiiindos no eeiiiirerio dii ?i:i~egaç%oA<:rr:;~: \-ictiiiias d;i a n l > h ~ u i a
que triitarani siil~pvii~iii.
?\'esta nsciiiq;io, j i aos I.CC0 iiietxis SP s r ~ ~ t i a u111x1 i os dois
audazes iiav<yuiit<~i.
l ' i x < i r ~ i i iiilais t r r s n.;ceiiqí,rsl to<l:n Iiarn 0 iiiesiiio fiiii -euin-
~ ~ e ~ i s n qdni nfalta do os?gPiieo. D r l ; o i ~de iiiii certo sucrcsso l i
~ ' o ressas \-ei.tigiiio:ai ;iltcras: t<.iitarnni n 111tinli~~ q ~ w111~,t ò i h t a l .

F o i a 15 de Al>ril qn:. s" effeetiiau i!st:i ii1tiiii:i o trnxicn.


aseenq20 f 5 r i i qiir, H hordci do Z ~ i ~ i t lsiilriraiii
i, os liois ariiigos
acima rcfcridos e irinii Gnstào Tivsalidier. O Z,!iiith siihia seiii-
I>XC> ""ia enda \-ez maisl :iiidaeioso o tt.iii,.rario iies$a niiiici~x.ista
ctsça!ada dos cius. Os initri~ii:eiitnsnltiiiietros j;i iiir.rrarairi 8.000
intLtros; d<xpoii, 9 .0(:0 n i e t ~ o a .. . ,Líinal ergiie-ie o Z c i i i t h a
10.000 inetros d e altura, 1 0 kiloiiintros, mais d e Iezna e nieia
das nossas, sobre o n i r e l do iiiar !
Gastuo Tissnndier desceu yivo; pode eseal>ar. Seus dois
coiiipanheiros rstavnrii iiiortos, - fulmiiiados p e l ; ~ aspltyxia!
D e novo o niuiido seieritifico se cobre de Iiicto. Hu uin pe-
sar i m n ~ r n s oeiii todos os coraçíirs. As victirnas da Sciencia s i o
sagradas, e a dlemuivin. Ifz~?iin,in6 a mniiso1i.u liercnne, mais pe-
rpnne que o bronze, ein que ellas r o p o u r m immortnas, k sombra
das perpetuas da Historia e nuni religioso ninbiente desaiidadea-
S2o os iiiortos que goreriiam os rirr>s: eiii todos os srntidos,
e os viras dt, lioje seyão O S mortos de aiiianliaii.
Nas agora jii se póde pensar na rlr*rt,ricid;ide como for<;&
inotora para os balnes. Pciisn-se: rle fiicto, iirlln. Chega-se
mesiiio. rin discussòes tlieorieas, a fazer a s<iliiq3o do prnblerrin
rlcpelider rxcliisiv;imeiite dislla.
143 uiri outro iaiigo illoiiiento di! ostitgiiai.ão ~n"mjssora no
eanipo do ~>e~isarrierito acroiiaiitieo. Edisan, Tesla, Iíell-ii> e dc-
armas de oiitros electrieistar j;i v20 nriiito loiipn por r i s i scicii-
c i i ~1:111 f i m , tirando d:is coiiqiiist:is das srus 1irecurson.s rioiiis
eleine~itosde eoriquist:l 1iar:t 0 4 68115 S U C P < ~ S S O ~ ~ ~JSá. O niriri<lo
tinlia visto ein diversas E.i-l>r,.sieões L7nicci.s<rcs o terre~ic,Iiimiiio-
saiiir~ntogntilio, e previa, lobrigava, nas rains niultieúros de uiiiâ
iiradrrigada iibo distantel os novos triuiiiphoa rinu Ilovas e diubo-
licas riliplica$üeu di:asc iiiiirnx-illiosa r;inio da. plijsic;i.

Quando traçámos ás presaas este artigo para o Dimio l',,px-


lar: deixámos de nos referir ao nosso illustre l>atricio Jiilio Cerar
liibeiro d e Souza, por nas terr.:n faltado no riiomeiito os dados
iiecessarios ii refercncin.
Graças, porem, d patriotica 1eriibr:inça do sr. Jose Frliei:~iio
(Vide 0 Estado de S . Pcz'nuln de 27 de Igristo), podemos h l ~ j e
sanar essa lacuna.
Xascido no Pasá. Julio Crsar iniaginou i>or aiin v e z u m ~ z o i - i ,
t i de balüea que, o111 sua conl-ic~ão,ia resolver o problema
da navrgacxo ntrrn. .
Julio C<ssar precisava de auxilios Iieciiriiarias liara pni r m
pratica a sua idia. Convencido d r qiie rorii o 6811 syçtema o lvo-
h l r n ~ ada dirigibilidade estava resolrido, luctoii como uni Ler<?:
expondo, direiitindo as varitagens desse qst<-ina.
P a r a conseguir os ausilios d r qiie neeei~ititra,era preciso que
homens coiripetentes se ~ironiinciasseiii sobre as posribilidiidc; da
sua inrenqao, ~iossibilidades qiie <!11<?vai demonstrar em 1881
e 1884.

1881

Julio Cesar eonsrguiu que o I s s ~ r ~ POLYTECHSICO


r ~ o se I ~ I O -
nuneiasse sobre o seu novo systeiiia de riarregaç3o atrea. Publien-
do o parecer, que foi da lavra do bar%o d e Teffk, mas que teve a
iiliailiine al~provnçâodo ~ ~ S T I T C Tobteve
O, Julio Cesar 20:000$000
da Asseiribiéa J,egisliitirn da sua provincia natal -para a demoii-
srniçào pratica do seu iiiretnto.
O pawcer do IKSTITL-TO 6 datado de 3 de 3Iaio deste aiino e
affirma que :
-«I." O ni,i>areliio destinndo R riaqão ni.reo,
descrilito l><lo S r . Julio Crsar Ribeiro de Souza na
Jlrmori~re deiri~lios subiiiettidos i apreci;rqão do
ISSTITCTO PIJT.YTB~~+SI<.O, TIRO é r6l)ia ou iiiiitação
de qua1qiic.r outro ;
- 2 Deiitrr t,odai t i s id4ni at4 liuje lernhradas
por Eialor~istns r ro.iadr)i.rsl no srntido de dotar o
arrostato d e 'nruci>iiei~tripropiiv, c i i p z de servir para
d a ~ l h t direeçao,
? esta parece a uiiicn exeqiiivel e por-
tanto acçrirax-ri».

O sr. Josk Frlieiano transcreveu airrda o se,iiirite treclio d e


um zirtigci do dr. Alvaro de Oliveira. eigriatario do liaree<..r, artigo
pubiicado a 20 de Abril de 1882, erii defesa da ol>iiii&odo 1svrr~ul.0,
entAo titacadit :
a 0 sr. Julio Cesar, <ibsrr~~uiido o T ~ Odos graii-
des 1bassnro" ~ O C O I ~ L O P
j,111>~1
~ ~ Uq ~ ~.ejll.ese~~taln
~ e i~s
azus e it ci~iid;i.ii2« só ilii dirrcq;to eonio no proprio
ii,orirrieiit<i della>. Tevc a id<:ii L X i + E S l i O f l A , sol.&,
de fazer u m bale" sriii<~ibaiitc a uiii Iiilsiaro invertido,
semelliante nno só p<.lns aza3 e cauda. mas tambeni
pelas rliiiiciisOes rel<iticirs. O raçiuiiriio de que se
r t w e é pe,:thitiiiicei?tc c,,ii.ecto. C>iigii.es;iro vence a
accâ.o da g r t i ~ i d a d eprlit tiit~rgia iiiusciilar: modifi-
earido esta ttnergia: pi!lo iiioviiiiixiito r irieliiiat$o dna
azas <! cauda, elle consegue inorer-ar e dirigir-se no
ar. Ora, se eunstriiirmos urn balio s<melbaiitr a
uni liasbxo invertido, c: n eiichoriiios de U I I ~g a ~ 1nai3
leve. do que o nr, este hal:to t e r i uiii iriovirnerito d e
baixo para ciiiia,-coritra o ijeiitido da. ncçâa d : ~gra-
vidade,-dado pela f u r p aseewsi,,iinl jdifferença en-
trc o peso do bala" r o prso dt- u m egiial volume da
a : esta força asceiicioiial ~iroduzo iiiesnio etfpito
que a energia muscular dos ysssaros. Fortanto: se
inorlitiearrnos s t'oria aserrieional nela acrso d e "Ia-
nos inclinados, analogos ás aiai e a caiida do passa-
ro, dariirnas movi~neiitoe direeçso ao balão..

Julio Cesar partiu para Pario


A ?i de 0iitubi.a lia a m a A I I l l r , i i r ~ i . i < ! i $ ~ < ~ F . L , A D EFKASCEZA
DE PÍV~GAI;LO A ~ ~ FdeA qur, cra lirosidriit<~o caliitio Xei~arrl,
o niesmu das futura; r cel<,hrrs rx1,erieneiaj de l 8 8 i , elii coiri-
panhia de Krehs, n o balão F i ~ n r ~ r r .
L 8 de Xovciiibrn aqiirlln socirdadr n iioiiirnu rru sociri i.,
iit!si;* inesiiio dia, ellp, Julio Crear, fez nas r,iticirins da Cnna-1,~-
<:HAiIBnn a i r n ~ > e r i r n c i coni
n o 8rii hslao Tlctoricc, que
tinha 10 m<.tros de eoiiipriirie~itosobro 2 di. di;irnetro.
Veritieoii-'r qilp o liçt<i#.i(~ cort011 o veilto senl o nieiior es-
forca e serti neiiliii~iiproliiilso~..
Essas eq>eri<:neias rrpriir;iiii-st ;I 12 de Xovenibro, tendo o
Vi'ietiii.icc iiuvegado I-m todos as sentidos rontra u m v<.nto do 8
metroi por segundo.
A 23 de Ureeiol~ro:,j:l 110 l'aiii, 15 i.r[>t,tiii r.11~roni os nirs-
inos resultndns as suar iiltirrias exrirririivins de Pariz.

(;iirt%o Tissxndiei.. o iiiirriiido nri-oiimta frxncrsa, crlcbr<!


priiicipidiiic~iite pela <~xpei.irriciado Ze~iilli riii 1875, que eurtoii
a vida n Croee-Sliiiielli r Sivrl, rohr nxora i 8 de Oiitzri,ro,l riii
um avrostato tanibein de forrnn nloiryr~ri<z~iiinriido de JroTonns
DYs*iro-Ei.Eclnrt:rii. r , ~enr<xndouiii veiito de 3 metros por se-
guiidr,, ,-ai n ;>O0 mrtios de nltii~ti.

Por esta ppoclia j i tinlia Julio Cesnr conseguido nti Ama-


zorias, no Pari, em Pernamhueo e rio Bio, iiuzilios que impor-
taram em cento e dois roritos de r6is e corn os quaes encoiri-
mendava Pile o seu ultimo balio, o Sirntcr -1lciria d e Rellrn, agora
prompta para a erperirncia drtiriitiva.
Estamos em Julho. O balao eiiha 3.000 inetros e. tem de
compriinsnto 52. Chega o dia da eryerirneia, n o Pari. Comc,ça-
se a encher o Santa 21.1nria;e a erperiencia n5n se realiza, porque
faltou gerite para terminar o eiichiiiirnto.
Dahi por deante nada mais consnpuiu o nosso pntrieio para
levar a ~ - a n t ea sua idéa: throricerrieitto victoriosn, e com ella
morreu w m vel-a triumlihar n a pratica.

-4 23 de 8eten~hrodeste mesmo anuo Gasta0 Tissandier


repetu ainda as suas e ~ ~ i e r i e n c i eagora
s, em c o n ~ p n h i ado irmRo.
O nerostt%ri, <i o inrsiiio <Ir 1883, iiias o iiiot.ii. ./cefi,ico Ilie iiii-
I~riin<rd r ~ t a ir^ iiiris relocidndt. &e i inrtros por sr:iiiido.
O leiiie d i r i ~ eiirrii o bala" : iuns. . . 1 iiielros por segiiiidii
iicio r~-soI\-cirio pruli1eiii:i.

-Srbfcl lileio ten~po:OS citpirâei Iieiiard e Iirchs, oílicinen


(10 csiwi.ito fi:oicez, dirt,ctores <lu 1~~sciror.a l e i i o s ~ ~ ~de~1Ii:ii-
ca
doii, jii sr acliiim riii ndeuiitado lirelxuo linrn :is su:is celebrrs
esperieiiri;,~ dmte anuo c do ~trnuirite. c O hnlso F7r<iitg<r i r s t i
coiicliiidii, liroiiil~to ,>ara 2% tent;itiva. Triii ollo 11111 iiii,tor <ir
ti li.? ciiinlloa r a pilh<r electrien i a i fornecer-llie iiina r.iicrgin
iniiiterriiiit,z 1,nt.a trra a rliiatro Iiorns de na:-egnqno. O l-i.nii~,z
C de iòriii:~to <!lrii>gn,lri.t%o aloii=atlo rliir iieou sct~don <:fói.iiio
rir elrirrzifo >; 1-erd;ld<iir;tiiieiitr creada liur Julio ('esar,-j>or<j~ii~n
forma ,ioiico aloii,gndn oii ovo: essa ~ ~ r r t e i i ca eGitfarrl o n;isec2ii
ciii iej..
A cotiirriicq.to do I,'rai,cn t fc.itn eob i i i i i piario secr<,to;
ii~lin.roiiatriirc,>io oficial. diriridn
,, i~<,lniiiiiii~t<.rindn riierru. liara
L L
o ,:o,-riiio Sraiiceí;.
IIn j ú wrca de 30 iiiiiios que os iriii;ios R<,iiards se <iedicaiii
:L c1st:1 urdeiii de c,atudos e rq>erieiirinr.
Prsn t i k7~rtiqnl.ti50 kiloi. Vni supporttar 200 kilos de 1 a ~ -
tra o iriaii 150 rrprasciitnd«c por dois Liurrieiis, -l,ei.f~v~<:iido tiido
2.000 kilos n o s ares.
O inotr~rtocari a helictr. i, n heiire eoiidiiiir:i o bt112u.

Agr~ptr, !I.-Efiectiin-se ;L primrira asct*iis;ro.


O J>.niicc~ larga d e .inn ponto dado da Esc.nor.:~ ARROSTA-
TICA t n n ~ h e ~ icliarnada
t P.~nyrnAEROSTITICO,~)ollt.upr<:riamt,ntr
cstubeleeido p;ira seu poirfo rle partida. Kroba e Renard Iiirt,niii
segredo da direc<;Ùi>e luctarii eiii segredo, porqu?, oíliciar!s
du csrirrito finiicra, serrriii ao g o w r n o dn s n l p i l i ~ ,rmpenliado
riesta desrr,hi,rtn, como uma tiriiia de <lpSein r :~tnqi:r. T u d o o
trnhallio drsrrs dois haiiiciis i si!creto, como secretu foi u dit en-
rnhiii;, T.ebel, o da polvora seiii fuiiiaqn pnrn essa carabina. o do
iiltiiiio iiiodelo d<! caiilii,es i4ue substiriiir;im iio exttrcitn a liordo
o prriiiltiiiio modolo, e firislioeritr o das hriiiidaveis subn~aririos
iniciados eoiii o G'.r~stacoZedB.
A dirigibilidade das balões 6 agora o iiiiieo ponto de mira
de todns os expeiimriitiidorci, sejam d e que pniz hrerii. I? nessa
lucta batpni-se n a frente as primeiras poteneias do niundo, al-
gunras sinão directa, ao menos indireetameiit<!. Coino a photo-
grapliin, tniiibcrii n nerostação p r e c e nma arte (antes uma sei-
r i r i e i ~ : e i f~r ~t~ ~ ~ rIírebs e x i ~ .e ll<.iiard eoi~se,zii~~iii
iiiuitri,
iiioitu iiirlino : - p:irti,in ; covernain o F'rnii~ii, que r:ii<.cn a dri-
t a r q w s i i 1;iiietroa l>or seguiido. Blas si o v excede css:i
vr.locidndcsl ji o Fi.tiicp ~ i j ofuiiccioiin. Obrigiinl-no descri:vttr
um:: gixride roltn, iiiu seiiiicirculo cle 300 ir~etroi d<t raio, r
fizcin-no eiitzo vcltar no ponto d r l~nrtid;i
Siiecessivniiieiite sobeiil iii;iis ti ienes, fkaeiii iunis G asceii-
çùrs ein biisc:i da coiiquistn da direeCâo. 3l;ii si o ~ e r i t onug-
l l l ~ n t : ~jh, u ~ F ( I I I . $ < L 11110 gnniia c.slinqr>.
As n3eeiiqiics d<. Rt*ii;~rdi. Krrhil no to<lo rin niirikero dt!
se.te, t'ornrn feitz~sde !I de Agcsto dcstc! :iniio n 23 de Hetr:nibro
de 1885.
IIoiir<r. [>orFin, nessas notavt.is e viiidr>jas esl>r!rieiicins uiii
iiioniento (de pi%ssa;rira, illns5o'l rtii qii~. I que a eoiin
estava rc~o11.ida:-foi qiinriclo soproii o veiito a. H.000 riietros IIcir
liora, nioiii<rnto eiii que o bnl;io deitava siiiiulti~~ieaiiieiiae15.009
Illt!tl'"S.
Os ryrloiie? devnsttirii cniii veloridndrs ji incdidas de 33 :L
10 inrti.os por s<:gu~~du,
d o i s n dois 6. ineio kiloiiietros por irii-
niito. Snhc:-$r: qiic a vcliirid;ide t i ~ P < i i < tdo reiito <: de 10 metros
j~or çe;nndo: r o n f o ~ . n ~as< ~sabias dedueqfies de Pigeut, da dai-
rle>iii<x ,lIeteni.oloyicxa rle Aerosiilc20.
Eiitrct;into, uma coisa, fieoii 1irov;ida: -- a possibilidade da
nerost:bç%o eleetrien, sendo, liorFm, rieçessario a 11111 baliio como
o P7i.c~x?<zI L ~ L niotor de 31 rnvallos, para, poder reneer correntes
rwlreas d e 10 inetros por s<tgiirido. Checoii-3e tamhein n outra
eoneludio :-era indisl>rirsar<~l que n pilha foriloce%se n energia
vlectrira por ryiaço d e trnipo muito n ~ a i o rqiir o de 3 a 4 ho-
ras da. jtillin do lf'in,a(.n.
E d;ilii se inferiti que o futuro inotor da iinvegnçiio aúrea
talvez liudrsse deixar de ser iim motor electrieo.

O y o r r r n o fraii<,cz dccretn :L < > ~ . ~ a n i z i ~do


q %sesviqo
o arin-
n~lntico~nilitar.
Agora, a. soliiq%o da l>rublrmn fica drzfinitivaniente entregun
;i engenharia. Só da uinthematiea al,liliead*i. poderi snhir a di-
rreçso dos bal0es. L indiistria inetallurgica pro,nrr!diu tanto
nestes ultiinos 20 aniios, que e s t i perfeittin>erite aparelhada yarn
d a r á engeriltarin o que olla l h e pedir.
A situaqHo ficoii nitidamrnte definida nas scauintes palavras
de Yvon L r g e a l (A eitaçao é iim poiieo loiiça, inns é nccissnria) :
- e Os eiigeiih~!iros r i u < ! .;r ntirarain ; i r i a v e p r 3 o acres eolllo
que rstavain divididos eiu dois caiiipos irreconciliaveia :- os yar-
tidarios do >ii<iispesi~do q i r e o ai. e OS do <ceir*isti~fodirigicel.
I'ara iiquelles i. preciso que ~ i i b at i i i t i t c peso, Irarti se obter eii-
t i o a fi,rqn dirretriz ein cnloi. r~h.sr11zct.i: -r;iii, pois, esbarrar ria
iiisuiüri<.iicia. dos Iiiotores coiibtwidoi.
« O s outros. os ~inrtidi~rioi du ú<~lfi<i<lii.ii/ii.rl, esses cont,<!n-
tam-se com a :il~iilicaç%o,mais ou ineiion seientifiea, de uina lie-
liee a cp:ilqucr arrnstnto iii:iia ou n i r t i o heni cnnstruido. E são
elles iis uiiicos que terri ohtido ri.sultados. aiiida qiie mui I>?,-
qiienua, de cerca de 2 a. J irirtros por sexun<lo. F i c a r i o eternri-
iiirrit<: tsracirini~rius,porqiir! crt8n de eiicoiitro a todns as leis
1 > h ~ s i c nei iintiirar,s.
«Par~,crIr~gicoconcchrr entre e ~ n sduas oliiiti5es euiremas
uni s!,.st*,ii<~ i i ~ i s h ,systeina em que, seiido o l?<,so 1,r~atnnte parn
concorrer ;i direcqão, seja no eiiitniito ~ivur.r,, ,,ara p d e r ser fa-
cilinrnti: l e ~ a i i t a d opor qiialqucr iiiotor dos qiir! existr,in. F ó r a
disto, iio iiioineiito eiii qiie estni~ios~ a ~iieeliaiiica.reprlle forinnl-
irirntr qii;il<,ucr outra soluqio do probleinn. A prolria natureza
iinl-o iiidica: e: si iiAo ~irideriiosiiiiitar a rnus;i de siiri 1ierfeiçSo.
d e ~ r l ~ 110~ o emtaiito
i aproveitar-nos dos eiisinainr~ritosque ella rios
i . Om. o piissaro, quc <: rr 8i.r inais adaptado no iiicia :,Creu,
4 tis I>(i~<!,lo que o ar. E' \-erdilde que <i ~ , < I U C O grande o seu
peso rq~rciSci>geval; rii;is essa rc.laq8o r s t i eiii lileno aecôrdo
coiii «s nossos ronhrriin<!iitos nircliaiiicoa a .

a aiial-se trai,h~iiradas forqas


ete:. X ~ I O ititeressa ito caso.
2
Caiur, justificotira do que fica dit,o, Yvon T.egea1 fez deyois
1,rojreyiio rin estzido l>i:riiinneiite,
que: lhe intcrrsia <i só n eitaqAo
que íicoii feita, prirqiir d<.fi>i<-as diuersns correntes iritrl1i:etiiaes
rni que se debatimn ainda lia ~ioueoos iiltiiiios bandeirantes da
iinvf.i.;iq;io a4rra.

De 18Xti pnrn cá ~jouea iuis;i ;~driiiitou-si: :L" ~irobleiiin,a t á


n iiiis dois oii t ~ e saniios iitraz. S t . ~ s < , <!siixqo do tttiripo. por81ii,
v..%tini
.' -, fo rairi si nsci:iisõr?s feitas e as travessias rnnririirias q u e
n%o s%o wqiii citadas para nZ,o alongar de mais este jh longo
t i Fieou-se saberido, riitrrta~.liito, inais uni pouquinho do
que I: do a r como eorr.e,~tes,pressrio, <leizuidadc, te>rzii>e~aturn ;
mas o problema da diri~ibilidadecoiitinuava srni solu$ao. De
tempo e m teinpo mais uma vietinia ia dorrnir ria tragica necró-
pole da navega+ supsr-terreria, tendo sido ;L ultim;~ dellas o
ousado arronauta allcnião Otio Lilientlial.
Parallelitmriite & liesquian dos balões desenvolveu-se o gosto
pelas maehinaã de voar, pelo que se chama hoje avlação, pala-
v r a derivada dr. oris. liara indicar o iiiodo nerostatieo de fender
os ares. Fr>rnin riii rrilnde riuiiiero ns erl~eriri,citxs e teiitatirns
desde o seciilo l i ;ir4 iiossi>s di;ii. riii qiir iii;:is nii,d;.rn:iineiitr
se deii n tnrv inacitiniis o Iioiiir de irerdpl,i,ms. S r s t e ruirio en-
contram-se: furiii;~iidu-11~~s a evoluçho, os nonirs de Grooi; I'enaud,
Larigley. d d e r , .lIasini; Chiirles Ricliet e outros.
N%o r;ilei a. pena especificar.
Piide-se, poisl dizer que as iiotarpis c x p ~ r i r n c i a ade Rfward
e Krebs, directoiei do Pr~ryiri..Arir,.si~~ticr, di: \Irudon: fc~,eharnrii
a s~<;r-SUA P H A ~ F . da <!roluçâo dos I>;ili>es d i r i ~ i r e i s .
Passe-sel portarto, :i terceira e ultima phnse, aquella em
que Santos Diiinniit ri:rnatn t.saa e.r.oliiqXo, fazendo trerriular a
bandeira braailririi aciina das rriais po<lerosas n a ~ ó e udo inundo.
< t n ~noiiie da Sririicia e ein iiniiic da Paz.

Esta phas* foi iniciada r rorriplrtada diirante os ultimos


quatro RIIIIOS do SCCIIIO lia 6 ineai.a txxtiiicto.
I>o vasto pei.siir,o do p r t o do 100 annos de eetudos rx-
peritmeias alii <!stnra. coiiii> ~>atrimoiiiodn Aeronaiitica, o pouco
q u e se elieyou a colise>wir ainda que irist:irelmentp, tanto em
relaçjo As iiielhores formas de bnlùes, eoirio em rclaqão aos meios
d e equilihrio e propiils&o.
Qiiniito i50 etluilihriol isiis~ieiisiono ar, eolitrsriaiido a nc-
@o cerrtripeta dn t r r r ; ~ ;as leis dr K ~ l i l c r<: Nenton de b a muito
que estaratn vencidas para a n:ivrgacbo arrrn. O z do proble-
ma repousara, pois: nó e só n a protiuls%o predeterminada, csliaz
de vencer ilú correntes abrzns, e esse x iniplienva, subentendia
a grandr questão dos rnotores.
O bydrogtmao, o ar nqiiecido, o p z de illuminaqão, etc.,
iiludiriniii o treiiinido e fatal egoisnio do globo que habitamos,
cyoisiiio que, ntii~nl,cl~:~ii~:i :L si OS proprios jiassaros que v i ~ c r n
rio ar. Aiotiir<-s a n p o r r rleetrieos, aliiiii~iitndosdesta ou da-
c r o t e oii por aquelle iiieio, j R t i i ~ l i n ~t;aiiibi~ni
ii
sido rqirriiiii.iitados; iiias, por iniii pecados iirnrniii <? fici~raiii
iiiiiito aqiii.i~i cio qiie sa <iiit!ri:i se so111112~a. Para vencer a s
corrent<,r :~<ri,:is, di? dniis C O U S ~ Sfu~idanit?nt:irise ~>ree.isavnnum
<larlo iiiorneiito :-p.itcro peso ~woducçiode i.eloi;dnde sirperioi.
pel,, meiros ii reloçirlririe 7i~i:rlinr10 ccr,ttu. Era a h i que esbnri.n,rn o
1,robleiiia d ; ~dirt:c?%ono ar, e descobrir, iiiventnr esse niotoi, svrin
resolver o Iirolile~rin,j5 dc Iir. muito t:iitre*rie t ~ uiiii~isalto pens:r-
iiieiito iii;itli,,iiiatira, prii~ripaluieiite dos cogeiiliriros da Frn~rya,
rla Allr~iia~ilin, da Iiiglntrrrn, dos Estadris-1-iiidcis i. da Rnssia.
D;ida a apl>lict~q:ioticl:~ eiii I-ibta. si, os profiisrionaes l>Údelii
:ivalinr a iiiiii~eiiredifieiildn<le cpc havia :i vriieer.
1..
,ia i i i i i r innioi. rluo o «Eitiel;n !» de i\rcliiinedes; iiias iierii
liorisao r:riiioii a Srir!iii.i;l os brnqoi rleantc deita iiiilieiietrabili-
dndc, do Dr-icoii1ie:ido.

- k'oi VIII 1893 o u 1894 qne ~ ~ ~ t :Ls rs ~~s ixd i~r


. Y ~ ~ ~ ~ tDio!xn~t.
o.s
<.in1'i:ria Allirrto dos Sniitos Dimioiit, iilho do dr. Hriiriqiii: Iliiriioiit
e dii d. >'i.niieiscn dos Saiitoi I)iiriioiit, tnnihom hrazilr,irns. nas-
c i h n niiibos ii<i Estado d<: 31iiius. Fillio de frniicr~z,o dr. 1lr.11-
i.iílue 1 ) i i i i i a i i ~ <ir:%iiin liahil cii-eiilieiro, ci!jcir icrvicns foraiii
;il,roreit:id»s iia roiiitrurqAo c dirwçùu de ;ilp..ini,as de iiossns
<,str;idns <li? !i:rro.
O fiitiirr, dascobriilor da direcyRo dos bnliirisl .ilhcrtn do.;
Santos L)iiitii,rit, iInscfxii 1x0 Estado de JIiiias. zio iiiiiiiiripio de
$aiitn I ~ u z i a ,;L 20 dr! J u l h o &<i 1873. 'Yelle o aniiiiu ernlirclieii-
iIedor ltijde sitr eiicarado crriiin uni ftxcto de 1irtrniiç;i physiologirii;
pois iii~igut?nii , ~ n o r a eiii S . Paulo o qiie G a P < i r p i ~ < l < rD t ~ ~ i ~ o i , t ,
d r Ribi,irtio Preto, n iiinis rnsin propriedade cafreira do Brazil,
fundnd:~lielo pae, e deirnis veiidida n. uiii syildicato <?straiiseiro.
Fallrcidu n 30 de A,ri>sto de 1893, iiRo foi dado no pae
nssiqt,ir ao triiinililio Iegitiiiio do fillio.
Foi, pois, eiu 8 o 4 que S.$s.ros Ilrx«sr çoineqou a
residir rni Pnriz. Xoyo clo forruiia, d r leitiiras scii.ntiticas r! dr:
ideaei, lloiiiont sr:ntia n necessidndr dos grandes iiieios i i ~ t r l -
l<?ctiiaes.
Elle ji sc iiitercssnva desde eiit;io pelo l>rablcm:i. d l auto-
iiiohilismo, prohleiiia que conittqn~n de entrar riii moda e q u e
:il>aixoiia~-ao gt.aiide ~iiiindodos indumiacs.
Dois aiiiios del>uis dn sua ilicgada n P i ~ r i a ,cada r c z inais
l > ~ m e e u p a d ocom o lirob1erii.a do autoiiiol>ilisuia. eoiiiprou Di:iiionr
u m automovel, <.ni qne l,udasse estiidar direetainr:iite o referido
ln.oblenia.
Esse probleiiia d~.paiidin d r iini iiiotor IIor ns?iiii d i m r idval,
inotor eiii qne se ienliaiissn srandr rndiiey;io de 1,esri <i siiiiulta-
nr!o au::~ieiit,o do forca, r á soliivio dí,i,e problr,iiia ~ledien\,a
~ i l n l o i i ttodo o seu yenoarnento.
Todo este aiino e o se,cuintr. de lh!l-i, ~ ~ S S O I I - O S clle ent1.e-
g n c a t a c i estiiclos.

.h pririieirn baliio rcie iiinndou coiiitriiir l>ai.;i i ~ s o iiropri<i


iuiiio proyricdade sua: deu riln o iioiiir d c Broeil.
Assiiii, o st.u yriiiieiro lirii-aiiieiito fui Fira a lintriii.
Xesse hnlno, rujo niotor jii <Ie~-i;rtC3r graiidesiii<~llioruiiieiit<,',
~ r i : t ! > s eciiii i>s estudos do ;iutoiii<,-
giixças : ~ o ~ ~ o ~ > h e e i ~ ~adquiridoi
vel, ia elle inicini d<.fi,iiti\,aiiit?i~t<: oiit,i.n ordem d e estiirloc: - a d a
i.oiiqniitn dod ares.
Posto vi. j i roiilieeido niii certas r<id;ii, ns r t , ~ - i s t ;;1i11d:i ~
uEo se oceul>ar;iiii do noasu er,riilr:iii.iotn.
E r a u U r ~ ~ rde
i l fhniia esiilirrien; riiliarn 113 metros, tiiih:~
força para levar mii lastro do 3> kiloi, ;,fira Duinorir. qunsci posa-
va 50, o, enibaixo? S I ~ S ~ , < ! I ~ J Z110'I cordas: lienva a herrliiinha de
viilic. O iiiotur i,nil>rr:ido e r i ji uiiin 1ii.oiiiess:l do- prtrsperu
i'llt,uro.
J , F o i tJsta :i. d ~ . t sda. siia l > r i i i i ~ i rasceiiciio
;~ no spii
l>rirn<iirohnlão, Hrnzil.
Ilrpois subiu Du>iioiit 1uuit:is iiiuitai T7e;rc.s iicato iiiei.iiiu
balAo. Ohstirvn\~adetidziiiiaiitr, riiiiil>iir;ir;il r:studz~vn-llit. o iiio-
vinieiito nos nres, lioriznntd, verrical OLI obliquo; oond:rra-llic: ;L
ralmiid:lde da inurcha. a. n ~ r d i d uaiiidtl iiieerta da rrloeid:ide, a.
resistt,ncia do vento, tiido. E eliegoii ;i coiie1iisUo de que o B r n -
zil ainda era p q u e ~ i o ;de que t,iiil,a iiecessidnde lisolu luta deiiiit
hnlrto iiiaior.
E iiinrido~iconstruir n siii~r t ~ ~ ~ ~ i ineroiinl-e.
ildn
\ l e i neste ineqiiio r.iin« tinhn o ilCrn-C'li,b ali:-rto iiiii cozi-
ciirso de baliics ;i iiiodn dos concursos, eittãrr <.sistentc.*: de nuto-
iiioveis. Tal coiiciii.>;i tiiiliii por f i i n ii estudo das rorrriites iitiiio-
s~~bc:ricas.
d o s<.u sriiirido biiliii, qnr ficou l o ~ o~troiiil~trr, <Ieil I)ii~iioi~t
o iiorne de

Deu-lhe esse rioiiie coiito uma saudosa lioirieiingem rio conti-


iit'iite eili que, pela vez l><,ininira,se Ilie ahririllll 0 s olhos ii luz
do dia.
Agi,i.a ciiha ou arqueia o ;liiie>.i<:o. 500 Iiieti.os, - mais 3 8 í q u e
0 SrU &,Itl'C?SSOT.
I:ffi,ctua-se o concurso do A&rirC'7i<h.no qual se iriseierem
12 hiilüei, iiiclusire o de Iluinont. Dentre os 12 companheiros
drssr yleito foi Iluiiiont qurrii iriais a!to suhiu r rii;iia teinpo se
de~iiorou110s ares, li iiii~iiohraiido diirxntr 23 llioras.
Só dapois desta 1,ror.a çumrçitrein os iornarb e revistas a
referir-se. ao iiosso compatriota.
As aicenqùrs do Arnerica consolidaraiii eiii Saiitos Durnont
os <,studos fcitos ariteriormcntr com o Ilrneil. Vi11 elle que os
seus ealeriloi iani seliindo brilhnnteniente do ~,PI.I.PIIO da,= ~ o n j e c -
turns. A sua idéit dearia do plario psyeliiio para o plario ma-
terial, <,li1 que, terriiiiiada a. involução, ae encnrnnria em reali-
dade taiigivçl, repctiiido, iiiicrocosinicù e nrialogiçaineiite, a immen-
sa histuria maerocosmiea de todos os factos da Katureza.
AtC aqui os seus balíles eram ainda redondos, c.~~~i>herieos, e,
de tudo que r i u n observou, eoncluiu elle que, positivametite, era
1,reciso rnudnr-lhcs a fbrma de esphrrica para nloirguda.
l'arerru-llir e n t i o ~ I I Pa cliariiada for>nn dr e h a i i ~ t oB que
inelhores resultados l h e daria.
Rrlntiva~iletite ao motor, tarribein o estudava <.!le no s e u a u -
toniorrl, tendo seinpre eiii r i s t a a diiiii~iuição do 11rso e O au-
giriento da forra.
Ali !, y m o o Brazil: o America n%o l h e daria ni;iis do que
já deu, -jamais l h e revelaria o segredo da direeqno. Era, pais,
preciso ulii outro, u m terceiro balzo. Contando ji com uma
grande somma d e conhecimentos pratieos, q u e cada dia mais se
consolida>-am e uinadureciani, mandou Dumorit eoristruir o seu
terceiro balão, que em verdade t: o p%riaeá.o que inereee o nome
de dirigii:el,
Esse bnl8o chamou-se
nome que llie foi provavelirieiitr! dado pelos itrioiiniitaa seus en-
i~iai.ad:~sdo 4éro-Clitb. Arqueia mais 100 iiietros que o Avieri-
E U ; portanto, arqueia ou cuba (i00 nivtrns, e, tendo de cor~ipri-
ineiito Z 5 ;as sim3 rstrrniida<les são coiiicas, afuriiladas lia. cx-
torisãri de 1 inetro e i 5 rriitiiii:.trns.
E' o seu pr7:nirii.o balho eiii ,f>irno rle charuto. A uin dos
lados da bnrquinha; qurt 6 de rinie, esti o niotor, aliineritado a
petrolen (keroaene,. O loiüe <: di, loiiit E? a Iirlire terii 1 metro
e 80 ceiitimetros de coiiiljriiiieiito. 1' Ibariluiiiii;~, que é de vime,
como se disse, o na qual fica o i,iotor. a Lielice e o aeronauta,
é pendiirada ao b:ilio por diversas coidai.
Corno este bnlio 4 eoiiilirido, ein fóriiia d cliaruto, claro
e s t i que Diiiiiont, Imra i'a,zel-o siibir ou descer, ~ i r ~ e i de
s i ~iiiu-
dar-llie o centro de gr;iribtde. Si hoiiver uiais Ileso atraz !,popa!,
a parte de deante (proa! se levaiitnn!, e n i~inrcltaa e r i rni su-
bida; invertidos os ptpeiu, a pôpa s r 1ei;mti~r:i r a. niarcha será
enr descida. O arco dessa iiicliiinç%o e n n t ~ r ~ i1,ortarito
i todos os
graus de direeçAo desejados pelo ;~,,ronaiita. Duriiorit, linra satij-
fazer a essa necessidade, tonioii dois snccos de lastro e as pen-
durou, uni na proa e outro na 11i)pi~. Por mrio de dois eordeis
podia elle puwar para seu lado, isto i:,pari~o centro, ora uiii ora
outrn dos saccos, eonseguirido assi~ri as inelinaç6es que ti-
vesse em vista, isto i., angulos rle subida ou descida, tendo por
lados, em primeiro logar, o bslio e, depois, a linha. virtunl do
horizonte.
Outra iunoviiqão aeerescida a esta aerostato foi o balonête.
Ka parte interna e inferior dos panrioi do b;tl5o rnandou Du-
mont coser urii p a n d e panno, farninndo por assim diacr unia al-
gibeira fechada: - essa a1~ibeii.aé o balonête que, por um tubo,
vai se ligar na b a r v i n h a a uni ventilador. Serve o baloiiat<:
ara manter o balâo sempre esticado, greqas ao ventilador ou
bomba d~ a r ; mas eoiüu I Do seguintc modo: - sempre que hou-
ver pttrda de gae na balão, isto é, e q rllr for iiiur-
cliando, a bomba funceioriari, injeetando a r rio baloiiête; este
por sua vez se eiicheri, tomando no bojo do outro o logar de*
orcupi~doou rarefeito pelo hydrog<?nr.o perdido. Coni rste artifi-
cio niaiiterh o hnlau :L siia superficir seiiilirn cheia, brmsa, rsti-
c a b . E', p i s , um syateinn dt? coiiipensação, tima garantia eoii-
tra poasiveis desast,res oieasionados por drficierieia de gaa ; llor-
qiie, rin Aeronautiea, G ;~hsol~itanir~iite ~>r<!eiso
qiie as siiperticir,~
dos balòes não tenhani rugas? scjaiii peik,itnriienti? lizas, pnra
uellas ii%n farn o a r fi~icn-r>i:~ aíiiii de ilnf:. n 1n:~xlin;o des-
loc:~~nc~nto :~&rc!o,sr,jn ,,g-~~znl, - SG,III t s ~ ~ l ~ i d n ~ ~ t o .
Tniiibeiii o iiiotor 11z15"0n por 111~1a u>odificn<;:iu iiiiport;iiitii-
siiiin. Toiiini~doo iiiotor :r lietroleo de e i i :iiitoiiio~-[.I. iirotar &c>
Diori-Boiitoii, ;iddicioiiou-liir, iuaii i i i ~ ir.ylin<lro ajiistndo :,o iinieo
que rlli, ;io-.xuin. ol>ti.iido ;issiin iiiiia foryn de :ii/.?c n ~ a l l o ieiii
iiin iirotoi. de iiiriios tal>-cl- ile 30 kilos di, ileso iiiorto.
Jii histante 1 fi,i, liuis, ,.as? iiiutor n rc!liilz-niiitrr do
tiido o iii:!is qiic. di: triiiiiililici r.111 íriu~iiplio;d:ilii 1,or dealite
si? seguii~.
Proiiipto o Diiii~w~t I > foi a asreiihío iiiarr;rda. yara 1X d e
i\'etrii~6i,o. Ao <:rgni.r-st,, ~ ~ o ~ C aos
i i i , nrr.. ril-o ilue S I . r n s p , dr-
uido i iiii!i<,riciin doi :ijiirlniiti.i, q n ~ainda ii<i<i tinh:~ili n fir~uc.xis
. .
iieccsiai.i;t ;i3 i?rai!obr;is di.o.c ~ w < . v o .

i ,O . - i dilis d<,liois do ili,sastrí.; r,stnvn o ha-


160 roiicei.t:~do e sulia acs :Ires o :irrr>iiniit:i brnzrilriro. Foi tiido
pcvfr~itninr,iitcheiii nt<: 100 i,i:stros d r t Iliiiiioiit. iiibi;~OU
descin ivoiitadi,: ~ ~ > I ~ : L I :11:~ril L a d i w i t : ~ "1: liilrn :L e?cliierdn;
iri;iriqjara i.oiii tb!iz i.ci,iiltiido os aaccos rle 1;istro liiiiidiir;rdos na
1>'0" ' "'L l>i>l'".
3 r a ... ~ iii ri.iii o di,saitrr, desr.strc rlii<i Ilie p d i a ter siclrc
fatal.
-]',>I. 11111 i i ~ c i < l e ~ iiiinlqnei.,
~li: jnrtniiiiiiite ZI 400 iiretroç d e
1 <ieiroii n hoiiiba <i<. i'uiircioii;ir; qiirr dizer: - o I~nlSo
1 e o t i : 1 t%i:chi« o b&lr>iii.te. Estnv:~, pois;
s ~ ~ , ~ i r i i i i iad acniiil:eiiin~;;io. Siiplniiiiidn, iiieio vnsio o Iialiio: eis
r p e r.lle SI' ilubra ai,hrc .i iii<,-;iiii>, esrniinnclo-.io rnL>id:irirt.nte e

ni,roiini:ta, I.
;i" iiii~ii:o t i ~ i i i ~ r["? ? ~ , r~iliia. E cnliiii ,>"r terra colii o ousado
rpinl, l i o ~ 1
abalo 11.a tjurdn, E P I I I ~ilni<~r<ls
i 1 i 1 i i l , ú soErerr o
iii~o11~-ri1i<~11te3.
Essa qiicda qiie, iia i1izr.r de Diiriioiit, froi ii:i mz%o d c 4 a
h iii<,tr«s segundo, Ilic t.r,ri;i nido fatal si elle iiXo tivesse
tido n l i r e ~ ~ i i qdc: n ~,si>iritode p i t a r nos aisistcntrs que n,q:iriiw-
s r w i as col.di.s t. esenrassein o I,al:io coritr;, o ~ i . i i t , o .
Era preciso iiiudificar ztiiida esse typo de nprostnto. E roniu
o D i i i i ~ f i i l fI r s t i ~ ~i :n ~i l t i l i ~ n i ~ oi ~ - : constrncqCio d o
t I . T*-SPI I L I ~ UOJSO illuilli. ~ii~lr.irioL @ O deianiilciz.
A sua iiitrepidez r a sii;i teiir.cidniie jii 2 iiotareis, iiieori,<r
ngor:rl <~:i;iiido ellr se ach;r iil>eii:!a ~ i oliiiiizu clii f~ltiiroc p a r i -
de d<!seohriiiicnt«.
Dalii a I:ICZPS f i c n ~ i i~~i.oli>pto O seu r1iiai.t~ bnlrrv, rlestiiiado
:h iiorns e iiinis i~ii~iortniites eq,eriei~ci:~e.
Este qi~<ii.iol~xlão:b<.giiiido i i n i pai. iiiipor-
tiiiittis refoiiii;isl coiiio af: vai \-er, - e tirnii si,iido o

Trrii alie o iiii.siuo foririato e I <II.~{EI~::LÇ do~ O 3P1l


a u t e r ~ s s o ~ . .'Tilo dob;ar;i,. porêiii, sobre si iiiriiiio. Vai iinpiirlil-o
de dobrar-se uiiia ii~t,ellipeiite c<iiiil)iiia<-50de bai~ihils,cruzados
de tal arte, riiic o iiin~itei.;io roiistaiiti,iiici~te esrica<ln~firiiie. Coiiio
iio U Z I I I1L ,«~ 1en1<'
~ ~ ~niiidn
~ <: de loiiii, estie;~d<riiiirii eaixillio dt.
sai~afo.;; eo!loearlo i l>i>l>:~, e dada ix lpornlc%o rlo iiintor, esw
lenii? drteriiiiriari n rlirec~,io a seguir, yr;qns ii sLin inaior ou iiie-
iior ahertiirn rrlatirniiieliti~ao eixo loiigitiidiiial do li:iI%o. Ahril-n
oii ferlinl-o s e r i coisa faciliinz ;L Duiiioiit, liorqne da 1>nriliiiiilia
l h e fztlnrti ellra por inrio di? iziri roi.dt.1; - i > ~ i m i ~ d ofeeli:~:
, sol-
taiido, abre. Assim eoriio a. i.<~sisteiirind i agii;i iio Iciiin da tini
hote, n rrsistciieia do :ir le\-ado iin frriiti., p e l : ~liropi~lrio,drter-
iiiinnr6 no lrwx do hali~oos ruiiins que u ncroii:iut;i Ilia quizcr
dar. O enrilel gyrará. &obre ruldnnas.
A helire tem duas 1 ~ ' ~clrs .I irietros de eii~ergadiire,feitas <Te
aluininio e dnndu 180 voltas lior iiriiiiito. O inotcir, de to110 refeito,
t;iiiibeiii di! 2 c:-liiidri3s roiiici o nntcrior, n,Tnr:t de 10 in\.ullus
cin vez de 3.

-1fi~io. //;.-A nqrrnç;in e s t i iiinrcntlii pai.21 fLst,ndatn, qiie


eliepn seiii que a l l ; ~ si, <!tFertit., liorrlue o tempo. que eril 111a11,
eoiitii!iia ;i sei. inaii.
Os dias \-ao se l~us;ini~do.
I , e t a l>nrieiicin di. esl>ei.nr que o tc.r111,<1
nipllior<. eiii Yariz. O rniiiidi, 6 ;raiide, i, si o cliiiin de soberlm
capital tr.ima ri,, ~~>~>or-llii: nl>staciilas; l i e i t i Xic?, a furniosn,
au sul. ilisti~iited r Pariz 1.0Sti kiloiii<:trw. os l i . : iiiirncr*i,i n a
onda iriarisn do lIrditi,rrnri~o,e Iior ciiiia. i i i i i c:ii delici~3:iiiientti
aeul c tr;iiiilnilln. l><xiitru<Se ~>oiicosdino iiii\-erii l i iirirn testa. . .
Q u e bmn para as sues ascen?i>cç!
Diiiiioiit dispGe tiidu r parte para 'iicr. Que diflererica d e
clima! ipir bi.llt~aitdo c r u ! Todas as coisiis cniiio que o convidam
l i ~ai.. <: sai.rIio e ii.rco, eii~balininsdopelo flo-
ynra o f r i ~ i i i ~ ~ O
rejniii~ntodn yririiar~era i: pela froiideiei.iicia dos l ~ o ~ c o~ ~dos ~es
1101~1aws.Diversas ascençõr:~faz Diiiiioiit r coiii bom exito. Ohserra
i voritadr. ; estuda, eori>p&rnl eoiiçlac. . . C> <lia da festa. e s t i 1r0-
xin~o,r faz anriuncisr 1,ara. esse dia iimn graiide ascenqão. Todos
o iidriiiraiil, todos o i ~ ~ > ~ > l a i i d t ~ i i i
Cliitgn afinal o des<!jitdu dia.
J i d r r d i cecliiibo, porCiir, o ar e o ciii d i o signars d e teirilies-
tade. 1)uiiioiit fica nervodo. visi\.el~neiite contrariado eoxn essa
teima pereegiiiçio da Xeteorologin. Re1,plle a i d h de se adiar a
ascençâo. O teiiipo para c.lle iiho e s t i fórn : estJ deiitrn. A puiiil-
In dos grandes iiivriitores 6 iiivcrtidn p<!ln id4a fixa. Para elleu,
n K a t u r r z : ~r i o Ili,i>re,,t ; o inuiido ixtrilio, uni íicqáa. K a Iiora
marcada ji u e l u era fraiicniiieiite aineaqador. Durriorit ixrnun-st: a.
:tos are3 e. uiirn hora del>oisl qiiaiido rrvoiirii por cima da cidade
qu(! o eonteinplava, o v<.iiro llie nrrrbat,a, o balão, e o atira por
cima das iirvoreç de uiria irii~iitaniiayisiiiha.
Lá se drspedactt o Diii>~o>~i IIv, pcisto qui: bastante mnchii-
cado, o aeroriiiuta si? salvit.
Hrn pwriso rnoditirnr ninda. A ro1r.r~ desit: 7-ento de tetii-
pcstadci tornou-o in:~isperito l i a %na urttt, iiinii ~.oneeiitrndona ziin
pais%u. Aguin,j;i si~biariiuito iiii~ijdoque coni ol)iii,roi~tI.- Quatro
halòas jii tiiiliiiiii sido e~~wriiiiriicados.Yerdern-os tudos, 11111 1101
um. AIAS rpir iiulioita\~;iisso no futurii ileseohridor da riavegacio
ni.rra? Qiir x-alor ~~cidi>ri;i ligar vlle aos niil perigos Intentes no
seio <Ia i~t,iiioiplirr;~ ? ALlirizxs por tissiiri d i w r iirrdestiiindns, os gr-
ilios riao tfiin t t ' n ~ p o de pensnr I I ~ LI L ~ O I . ~Elles
~ . h6 arrrditam no
inoviiiieiito, Tia Vida.

Teritiiiiou a s ~ i mn curta e trijti.. hisrorin do Z > I , ~ I L < , ) III,


~ do
quarto bal:~u do ~iosso niidiic.ioso e illiiitrr ci>nil>ntriosn. iJuanta
coisa iiov;,, por&ii, i120 fieoii elle si~1,eiido! Quiintas n~odificaqòeu
não lhe foram siig~eri<lns pelo t.stiido e p e l i ~ obnni.ynç~o,-n~odifi-
CGFI~PS it fiwer IIO Dui,ioi,t 111,que airida lia de subir tios ares nes-
te inesiiio aziiio !

Estainos nos ulti~nosdias do snculo I!).


I sua E.zpo~sipioUniaersi~lde 1300. Todos os
Pariz só ~ < I I I S Lna
industxiaes; todas as corpori~yiiess ~ i e ~ ~ t i í i ctodo
i ~ 3 ; O ti110 inundo dos
artisti~sse 1~105-Pe agita para coiicorrer ao grande certamon com
que a gloriosit França vai fechar o seeulo da electricidadn e nbrir o
seeulo.. . da nnlepaçho nirra.
O goveriiu frarieea ~ i n opodia, neiri devia cruzar os braços
deantr do znnde probleriia. O rninisterio do comniercio e indus-
tria cumpriu o seu dever : - co~i\~ocou, para fiiiirciansr durante a
Exposi~iir,,ao lado de dezenas e dezenas de outros congressos
scieiitificos, uni Co?i!/resso Ii~ternacinili~l d r Aero~~autiea,
com um
concurso de baiGes, em q ~ ~ e s w i a rdisputados
n :
- altitude.
- velocidade,
- distancia,
- duraçno de trajrcto,
- photogal>hin alrett, e
- &i.ec$iiu (parece j.
Xestas coisas a disputar estavam coiitidas, excrpqão da
quinta, as bases de que dependia a soluqfio do problema.
A direcqjo do conyreseo c n renliaaqào do concurso ficaram
a enrgo da alta e provada cornpetrnriir de Jnnseri e Marey, do
I~\.BTITI!TO, e do j Á conhecido lieiiiird: ror<iiiol de engenheiros,
mui hrilhanteinriitr e ~ ~ r r r i m r n t a dtLrn
o A4roi1autica.
Foi por essa oceasiAo que se effecriiarani as ascelisões de
Blyers: nos Estados Iiiiidoi da .lnierica do S o r t e ; dti Seli\i.arta,
n a Alleiiianlia, eni Tenilirlliof (-Brrliriii ; e de Danileivsky, n a
Bussin, cujo bnlâo ioi c n l i i r eiii Cliarkof.
Os estraordinarios successoq de Diiriiniit, jamais alcançndos
por neuhiim de seus illuitres aiitreessorns, lnx-avam a coragem e
n <:mulaqXoa todos os cantos dos nriuiaes aeroiiautieos. Via-se que
era preciso apressar a soliiqáo do ],rohle.iiia; pol.que o mais difii-
eil, o cniiiinho para l i chi,gar, css<, <,sti~r:icneoiitriido rio sys-
trhiiia-l)uiiiont, e i ~ j a sde~rioiisr~.a~Gesliraticas j b erain da grande
evidencia.
Por seu Indo Suiitos Iliiiii«iit ii%a 1,ri.di;i tempo. Dado o de-
sastre d r Nicfi. roltnu elltt a l'ariz r! enti.tS~oii-s: i eoiistrue?%o
do s i x i qui,i.to b a l h , q u e liroii seiido o

o clnal: iio eiiitniito, ii.in qne r!!<,tnlvrz o r u i l ~ n ,r:ii :~pi>i.oxiinar-


se taiito da srilu<;Ao do lji.<ihieiiia, que i!liziçi o reroli.:~r;<.
Pirreceu n Dui~ioiii que l,<idia rliiiiiiiuir-ilie a axqi~rac%<r; coiri
eifrito d ~ u ~ l l ial>r.nne
<? i i 500 iiii,tros, a o li;ia30 que
unia e u l ~ i i ~ < idc
a d~ scus dois oiitrreizrirrs tiiihn sido d<t ii0O. A' rtdiic<ao de
100 miitroi. na cubngriii ri>rre.l>oiid<,iiniii nloiigniii<~iitode iiiais
4 nlt?tros sobre o coiiil>i.iiiieiito de 25, de seus dois aritee<,ssures.
Ficou, liois o Dzisir,irt I11 eoiii 29 ~iietl-osde exíeiii5o.
- Ko uinis, o formato t.ra a inesmo do anteccdt.nte. ITiiia
vrz chi5io e nos ares. a~iresrntavaa íigiira de uni fuso grciiiie-
trieo, isto é: a fórrria de uiii iliaruto biirrigiido, que v i etiiiiia-
K r < ~ c r ~ i .uiivr
iio c csri;iliiiei>t<.liai.:, :i3 cxtreiiiidades, ;,te t<-ruiiiiur
< . i i i iionta ruiiiii;~. Foi uina das iiltiiri~siiiodificnci,t>sdo ini-ciitur.
'0 iiiijtiii. ;niiiiiiii:iir. ;i ser :I< forq:~ <lu 10 cii~;iliosi-,nas o
s<:ii 1 z s o iiluiir. ji C: liv111 lllllllol., ] ~ r ~ l l ) ( i r ~ i ~ ~ ~aos
: l i ~antros
~?~iie
~iiotorrs.:inti.s i?nilir<.<:i<!<t?.
0 i i i i t ; coiitiiiiiara a arr rorrsegiiido yelo
iiieiiiic S?S~PI\?:L <I<, j1c,5os liloi-ris jii d e s ~ i i l ~ t o .
S,ir:<iiiiiiu f:,!.--Fr~i iiesir: din 21 prii,a:ira ascrxiiyòo rlo nu-
, I , e , ; s oiitrnc, c01iscg'uilt O :~el.oni~t~tai
briizili,iro eoiii ~.rna<li.f:leilidnr!e coritoriini. di~-rl.snsveiies :L TOIPC!
liiflcl, i i a n s i i ruiltoriiiir eoiiio :it& d<,sererr:r tiyiiras de 8 ixin tor-
iio i11.1!:~, fiyiii.iis r l w tiiili;~iiiI: p. r o.l ~ i aTui.ri, 1'ur ~ -
i ~ o n t o d e rti7i-
xn.iiiiint0.
A tuil:~ < , = i ; i i cliiiiceis ci;rii<~hrn. e <lir;:i:qii<,sohedeciii o 11alRo
;i<I~t~ir:~~-eli!~,,~~tr.
A iiiii,~rii<~iii. lwis, c a c a ~ > o:in alta ~igi~i!iru,:iío dr,ssas triitati-
rm: i,ori;iri i i a i rod;ir n<:i.oiiaut~icas de Ptiriz j& u eiiihiisizsino
iinicia r rr<,icin coni rniiid<,z.
.\s :isc~~iiqi>:.s ilesti: 1i;~lùovnsxarniii a Bniitos Iliiinoiit iiciros
h ~ i i z o n t < . silt,: eiitùn di~seoiilirridos. Viu elle qiit., roiii iiiiiis itl-
giiiiiss iiioditic:iqiicç, clieqrrri;i no seu clesill~rato; iii:is eie:is iiiodi-
fiinqGc.s ,d ?ii>ilc-iniii crirxistir coui i~iii uuvo Iinl&o, que s ~ r i n «
I ) i i i i i o i r t J 1.
J;i eiit,io i i i i ~ i r l ! ) i < >do .ler-> (ilib, i i > r i i ~ < l n dar qiie prrtfmce :L
:i,its l>arizieii?r dos 1iaiidrir:iiiteu da i\ei.oiiniitira. tratoii S:intos
Diii~ioiit d r i i ~ n ~ i d ncr;iist,riiir r rio parque dailiiclle rliib, ao lado
di. Sniiit-Clou~l (rnhiirbio rle l'z~riz,liara 3 3 bandas do poente) u m
h n r i ~ i c â n F<,rli.ido, i i n q ~ i n ll>nclexi<: fazer ;uai.dar os seus billiiei.
Ti.-ic r l i ~ <D~ilicciit
. toiii:i ;i peito cada \-cz iiinii n sim id4a.

Tendo ili? conitriiir i i i i i iioi-o b;~lZo,nunioiitnZo Iiesitoii rsni dai-


12ir as iiiodificnqiies r l i i ~ ia riia 1ir;itii.a já llie siisscrin. 1;iiin dellits
sevia ~ i oiiiotiii., cjur,, ciii r-c8zde dois, dcverin ter agora 4 rylindros.
1.:r a i i i t , taiiihi,i~i.iuiiio lhi? Itnr<rr:ii que n bnrqiiiiilin. l ~ o d t ~ r scr
i a sub-
stiti'.i<ln l i o r eoisti. iiirllior, iiinis íirnie r ta iriais corniiioda, <issit
siibatitiiicao s(l1.i:~e g ~ ~ a l i l i e n~t i, ~m adas IIOVZS n~oditicn~?x~s.
Aiiindi~recid:~~' pundwndiis e jiilsadar boas a i suas idéas, on-
troi: elle I>nr:i o s<iiiiiai.i.ncio de Snint-Cloiid: e l i se eiitrrgouieoii-
stniiqiío do scii se*.to l,nl;io, <iiie foi o
r:oiii cillucidade de I.20 iiictro. ciiliieus de l;FLrog,-Cii<.i~(80 iirenos
(III? o outt.oi B C O E L I 11311 colii~riini.itto tilllll>~i~i di! ?!I inetros. O
motor <: ngor:i. <Ic r;lrallol e 1 rili>idriis: i: coiiio teiii di: pcso
inorto oii bruto SO kilos, j>. si! ~ i ?CIUV o SFIL nl>erfeiq(jnule~ltot:
:ioiai.el, liois d;i a l,roj,ori;io de 1 c;~vi:llo-v:rlioi par:h rada 5. ki-
10s dt! 1xXso.A \ d u a ~ : x n ria i Iielice ti.iii 2 iix:rr>s e:~d;i i i i i i ~oii
4 de eiix-rrqadiira, - r eixo r! nzn.; si; Iieonii! 28 l<ilo-.; iiuiiit.ro
de i.ota<;i,es por iiiiiiuto, '210. O l<.iiii,. i i n 1)6i>a,~ > c m n d oalienas
iiiu kili., t<,iii d<, silli<,i.firie i iiictros qri;i<lradii~. Dos 1ic:sas iiio-
, , e i s ao gr~idc-rape il) n:lo li<iu;-o ~i>;iis ii~,?n distaiicia de uin
a : - ':L esta ellr a. r<:, ~iroiiiliio:i í);zc:. s:;liir o nevostnto d a
siin innrclin licrizoiitnl.
Encto cpie i180 dcro lei. eicnl,z~do ii $aqacid:ide do leitor:-
Uuinontl diiiiiiiiiirido H0 iiietros i i n ciibng<aiir r iiiaritei,clo o riies-
iiio di:sini:trn l a i ~ ~ i t u d i i i adrstr
l 1,al;~o. diininiiiii por isqo iiir.imo
n sevi di:iinetro trniisyere;il, isto <: -- n siiliri.iicie ile iriitior reais-
rencin no eiiil:atc! do :ir na s;.iitiii> d : ~iii:i:.clin.
D ~ d na rn1liaeid;ide do iii<itor i: a iiielhur nclal>taq:~o deutu
hal.ilo ao rleslocniiierito do ar, dc\:!-uc t,ni?ii>e,iiter <Ir iiiriiiot.ia a.
oiioriiie redur@o do peso quo teiii i.llt! dit crguiir :boi ares. Com
effeito <: R S S O ~ I ~ Sreelieçtix-alueutt:
O relireseiitadu e.)" kilos li<.lo
iriotor: pela quillia, pelo eixo e nzns da Iielice, e ~ , < - l opeso dc
Duriioilt (80+5Ot%0+5O=?U01, < ~ u o s " ~ ~ n m ?íaNmkilos npeiiiis.
q ~ ~ i l h: a
Eitib;iiso, distiiute do l.>;il:~o~ iiins i ~ e l l c i ~ c ~ ~ d u i a ipor
l < i lii~n, a

iiioiit d.i o iiuiiie de yi,ilii<i. J i .<:


r<,sistpiitei cordas di. piiino, iic;i i>Irri>siirio iililiarelliu :I ~ p »I(-
s:ibc q i i e
ado para "Astituir a rlnssirn l>nrrliiiiilia. Dt.iitro drllr i r i o nrru-
:ilil~axlliofoi ide-
e

i~aiitisc? rir. dentro dellii eiieaiiiiiiliarii ii sixi I>nl;io:n:.:ondi~r,i n todns


tis iiiniiolirns de governo r: direcqCiu. Cuiiil>i>c-se 0 dito :i~~l>ai.ellio
di. :I 8.-..rrafos de 18 iiietrix do riiiiiiiriiii<,rito. biiarriiieiite a i u r ~ n d u s
r n ni s i a s i,nnt:~ssc tucpi<lii~nas CILI~LS
rle fira liara d e ~ i t r u , ~ , n <pie n-
treiiiid;~dei:fiiri~ia:idu :isbi~rius t r e ~snrl.nfoi ~~111a ut.rdadt:ira figura
de Tristiia teriiiiiiado riii diias lioritni agudas. I,igada$ se trrtrriiii-
dadas, fcirain os trc; plaiios desse l~risiuareforc;id<ib de esp:iqi> riri
eelmqo por t r e m ou quartoire triplieri travessas, foriiiaiido por sua
vt3z trcze oii qimrtoze triaiigulos de inadeira, os <Iiines dào ao aplia-
rellio a d<,si;jada estabilidade. Dimtro, 110 lilano inferior foram dis-
1>0stt<1~ o muior v driiiais a ~ c e s ~ o r i oe. s , sobre nina trarrssa:inoiitado
iiinn es1,ecir: de tricyelo, de cujo selliiiiziiilio dirigiri Duuiont a sua
ii~aeliiiiaai:rea, tendo iiasinâos cordas Lyue o ligueiii ;ias di\~ei.sos
appni.i!llios de governo r liroliulsRn do systriiin.
Tiido lwo~~lpto, terá l>ois o Dzirnrint Ir7 que erguer nos ares
iiin peso total de ?(H1 kilos, coiiio j i r r dissi..
De todas a s partes eiirCnrri iioticias d c i i o i - ~ shnlheo que es-
t i a sendo oii r:io >er eoiigtriiidi,~ e r*slieri~r<iiitados. A i t.q>i!-
rieiiciri.; de Duiiioiit i.e;irciiidc~.niii :i fe1,i.e da i~nvpgaq%oi~<:rea
lia ?:in:i>s 1usti.o. eiii ri:iiii3sio. Raro é agora n rli:l riii que o
serviqci telesr;iphic<i dos ji,i.ii;i<.s ir20 aniiuiicic o siibito nl,pnrc-
ciilieiito d<.':irri>ii:~~itnr d o <.xt,r:l,niio valorl ati: eiit:io dr6canhr.ci-
dos, c qiie, t h r o i i i . ~ l > i i ~ i : tjei; <lerrotaiaizi Duiiioirt. .iiinuucia-se
iiirsiiio R s < ~ I L c ? ; Ido~ >lieso li~ortodos 1i~otnree nuluit p1.oj~o1.~80
~iiararilhosa! E eiiiqiinnto isto se d;i no excliisi\-o terr<.no da
v<,i"Jixpe~uileil>eit;~d;i,Diiiiiiiiit, czilnio e ;idiiiira\~eiiiii~~ito fiotado
de erriso ,,i?itien, r:ii fizerido r? exi.~riiu<~ntaiidii os s<.iis halòeb.
a]-,t:rfr.i<;on~ido-o>i cada r e a iciais.
Todos rp< cl!r serii si5 no cnnipa de bntallia, srwi
iiriihuiii coiiil,etido? r:ipiz clr llie dr*it:ir soiiihrn ;i siia deseoherta.
Vimi iiixis oii i:;rrioi i,or esse t,eiii]io qiir i i i i i liliilnncrolio ii
iiorie-niiiericnii,1; n .-r. iieiirY Ur~iiitscli de 1;i l l ~ l i r t l i eoffi!i.<.c<i~~
ao ilei.i,-('/iih 100.1>00fraii<,us para dai-os o riiih. roiiio pii.rir>io:
;io dcscohi.irlor dii ~1ii.r.cq;ioilui I>nli~<.s.Paro ?*-.e h i i esi:%hele-
c<,rin u clilli as co::diq;>ri oii cliiiiiiilna do dito i r, est;~-
e 1 i I i d I d i i i il',
1<iii veiiiiiio: c;:h<.ria ta: 1ii.i.iiiio ;i" aeroliciitn i;iir ç o ~ i i ~ g u i s s e
eiii 11~1;10- P.~I*TI:: UE S~is~r~(.'i.oi:~~, COX\.TOP~::IT: A '~'ITKHE EIIII,:L
i: Y « L . ~ A I : A S.\IYJ-(:T.OTL)~ E X :;O ~ ~ I S U T O S .Sstit s ~ r i n ,l>o~.,:u~,
feito
('111 n m i i Iinl\n aC~ea <,LI<! :,L;c<lwi:~:IIL!:I tr:\qado l ' r @ \ . i a n ~ e es-
~~r~
t;ihrLi,ciil:> 1iar.a t~i.;.n,coiiio si o ir;ijrcto tiv<.s;;r de sei. frito i>elo
s d o . Aliiii d r i t r lji.ei,:io. ~ , x w <qne , uuti.0 foi crv::ila, dosjii:os
dos 100.000 f~iiiicits: para Q areonauta que, tendo eoiicorrido :,o
~pziiii~~iro, iiinis se :iresse o das coiiJii:6es por cllr
ii~il,os:as. Instituida o l?i.eiiiio, ~iul.,lic~dns as cniidi<í,cs do eon-
eurso, soiil,e-se logo qut. Dumoiit teiia resl>eitnreia eoiiipetidorcs

(I)-O yreuiio-~eiitsohfoi institnído r 24 do Narra deste anno.


lias pessoas de Itosc. Ad<!r: Dioii, conde d r L a \'aiilx, do iiigli-a
Toiiias Hucliaiiiiii, de Siriiorn, do prolirio H e n r y Ueutscli e de
outios.
Raro era o din riii que os jornn<:a de Pariz nno traiiairi
qualquer telt~grarnuiaiinriiineiando a l ~ u r niioro coi,correiite que ...
ji estava ioui o edirecçXo» defiriitiiaiiieiite descoberta. Traii3-
niittidos siieeessivamente ],ara o Ilrazil, esses telrgrarnriiai iil-
coiiimodararn por alguiii t e n v o ;i todos os patriotas brazileirue
interessados n a graiidr questâo.

Todos os olli:~reii estgo epaliiierite roltadoi parti a grande


e forinidnvel iiii~cliina :ierost:itiea qiie o conde da Zeplieliii, of-
ficial do exercito alleiri;io, vili fiizer subir ;ias ares da3 ilguiis do
Ia,go Consti~iiqa. A eiiipreua i. ~~nti.oeirin<ln lielo rei de YTur-
tenberg. e i~r%lla. estio riubarcados e;hl,itaci do ricos nc<:ir~iiistns.
Traia-se de iiiiia 0bi.a gi.niidei,te dislieiidiosa. E m pleno lago,
uni barraeao, unia !jni,r,-fuctiiante, de onde o halho aerti projrc-
tado Gra, para ent2o sii1,ir aos ares.
Esse est+:leiro rorlou uin dia coiii utiia teiirprstade. e :e\-e
de ser reconstruido.
O balâu Zelilieliii era duplo r doi de iuriiiii de cliariitr>; ti-
nha a enoriiie esteiisiio rle 184 iiirtros por 11 de rliaii;etro, <,
o rrrestiiiieiito externo ajusta\-&-se sobre i i i i i nvcahoiiço iyliiidricr>
frito de tubos de iiiriiiiiliio :iriiaiirirn iiiais ou ineiioi de. ccmtrl-
1x5. Todo o arcirbouco di\-idia-s<i rlc ~ i " > n a i r õ a <'ui li coiii-
1,artiiiicntos iü<,iiorea,eiti~nq~l?s, PII,/O ~.u~liiili<llito colisimiii<ia 10.000
iiietroz eiibic<is de mií hydi.<);irleo, r i l ~ l l i ~ r i r n tqne o IPT.O~L todn
o iiivrrna de 18!l!j'~a scr icito. Seria i>i.ol~iilsadopor doui iiiu-
t,<iri's do aysteiü;i-llaiiiihera, a-iiido sobre lirlicrs. ~ i i o t o r i . r~s i i . 5
de 15 c;~vallo3 cad:i iim: t<.ri:i eir.i,nilo diias barquí.iue liiailn-
eii;i.e si teleiilionirniii<~iit~. 1 ) ~ d nn foi.<:n ~>ropulso:.>i.o tniiiiiiil?i~e
:i diyis;io do i i n l i o i.iii ctiiii~>iirtii!iriitoi. tudo U P espera\-a diis CS-
l~c,~iriicias do lagci de ionstani:;i.
J i se riiil::i ;idc,iiirido o coiiheciii;riirii liratieu de qiir, iiar
pr:iiide; hnloes, o bydro;iiivo se di,irihiie com di:sc;ualdndi. iii-
trri~ai~ieiita, foriiiniido v r r i l a d e i r i ~oi\dn.
~ r!iii riiouiiiiriito, facto qiie
Ilier d;i, a esses liali~es,a artisseiti dos iiariris que salcaiii a,giins
enea~>cllndns;e riso sú a arfqeiii. qiir 4 ojog,, de p6pa a praa. c«-
ino tenihein o iiiovirrieiito do lado a lado, d<. bordo a borda, cpiiit\ 0 3
Gnnceies chninani ro7clis, e qiie alguetii (de cujo iioiiic iino m e Iriii-
bro asora) proyoa que, eiii falta. de inellior t,eniio, se cliatiiasse eiri
p o r t u p e i r tir,~hrngerii.
Foi c i ~ iJ-irtud:. d<,;,;c,,coiilieciiii<,iitriyiir %qq,eliii diridiii o seii
li:il;in i.iii riiiripnrtiiiit~1~toi i:srnii<iiies,113ii1 in:.,~nfer c<i)lt ce1.t;~rgual-
dade ;L ilisti.i:iiiicio iiitr.rii:i. di, i:jr<li.ogCiieo. I.:iitrirt;iiito, r l c ~ dque ~
i c trnti~rl<,h~!rli~ii!ji;r~o,6 li<,riiiittido .ulyiür qiir %i,l>1>clin iiria rim-
. .
si:suir;i a dv-t.jtid;i iiiil>eriiirnl~iliiladr.
Jiil!iri. 2- - Tcriiiiiincln a rrçciiistriic:3o l i 1 estaleiro
iliietii:i.iti., iiestn d:ita <,Ffilctiioii o coiide Z<>!>l>eliiin biiii ;i!rriia%o,
lrvnii<io a :?oi.dr>duib ellgrilli?il.os i' llliiis <I hiil.30 dc Cotirndo 130s-
çiiii. O gi*:iii;i.;ro :icrn,tnto snliiii da gnii,-fliictuniite conio !>ifossi:
;iiii I i.!<icissiiiii, tirili <:e ftirro :r<:r<,o; ;i.iiiilinii ;r 1Cc) iii:-ti.c~e, ~ i i i
l i e iiicii~iiiiiiuto~.liixrcorrrii uiiia Ir;ua '(i k i l u ~ i ~ < , t rdi: i > ic:icoiitri>
j
:Li i i i i i-t.iiin Liaiido. l':ii.:i ;iiliit. e <lerrei. tiiili:~ icleiiílo o euiide uiii
1prw qxe, lsiixnd« oii sultu llar iiiii:i corr1:i. t:iriib<,in su1ii;i o ~ idrici;~.
I<itn i m r c d;i r.xl~eria~icind r i i Luiii i.esitltn<lo: liorqur sc clissc qiio
o h;~l;,o riiliiu e <Itscciii-aiias :czc? d~ir;iiii<!o t ~ i i e c r o .sriir diffi-

\Inii <!ti iiiriios liur vct:i ~:~inriin. tarirliem eoitst~iii;~ X o ~ eTios


oificiiias <I? Argeiiteiiil n s r u ;ir.in,iiii.-.lIisti~, qiic. se dizisi ter dado,
n1li1lr2 rxi>t~ri~nei:t d<, gnliiiiei<~. frita ciii rriii~iatiira~r<~aiiltndosnltn-
iiiriiti, p u n : i ~ s o r c sqiiniiti, i i.nliidi.a :i diri=ibili<lnde.
E coiiio os jiiriiaes se ociup:irniri ~niiitodesse nerustato e a t j
1ioiix.e qiir,??i1irCuiniiieiite llii, coirt'vrir;se oi. I O U ~ Od Fi ~ricLol.ir?, ~ i l l e
:L pr11n ~('gistrnrnqiii algiiiiins iii fui.~ii;i(.òes:I seu r<,il>rito.
-Eiii ~wiiii<,iro l o ~ a ri,i % > era iiiii balzio, iiiai rlo,i.<, destilisiios
cuiiio diiir iriu;ins srineiir a su1c;rr os nrtls, ligados lielos flaiiros por
tiibos de aliiiiiinio que os iiiniitrriaiii estnvrii u i i i r , i i i rclaq%o BU
outro. Ti~c!tn~u n. fúriiia d e doia grniicles iii<.li,es dt: 1 5 inetros do
coriil~siiiiriitucada. iiui e i l i 2 de iii:iioi. dinmetro, roiii ral>acidnde
lmm 1.3XI iiirtras cubieus dc liydrogkieo ;tari,brlii c:& um). As
ti.:aiessas, cl11<: lign.\-aul as ílaiictw: foriiinvoiii iiiii cqirri<i d r t<~rra?o,
oiidr iicnvniii os iiioturri, 8 barqiiiiilia, etc.
O arrnlioilvo dos dois geiiieos coiisiiiiiiii 3.600 iiietros de nlii-
~iiiiiioriii tubos; i! iicou pesaiido 2.(i(iO lrilos, l>e-orcslieiti~vrlqiiaii-
do se tmctn dn hiiloes. iili:m rlisto, leve-se :lirida. <:rii roiita. o peso
<Ic 2 nlotorii n 1,etrolro (dr 2 culiiirlrus ciidn iiiri), forqa d<: 10 e;r-
~.allosoii 20 pnrn os dois, coiii 4 lielicrs, duns liarizoiitae~spara o
moi~iiiieiitonoiriisioii:il, r duas outras lima i , iiinvii!ii~iito liorizliii-
tal, podi,iicli> i.sr;is r1;~i.500 iotn?üri I,or iiiiiiiit'~e ;iiliirllni 250; -
4 leiiirq iiiiitaiid<i harh;it;iri;is, ~ , a ~ : ~ ' ~ i a ~O ~eqiiili'urio t t ' r v ~ ~!:1arr;~1,
i
e iiiais uni iuinl,lic;ido t i l,rol~liiiiiitiei>1iai.ac~iit:<li1~ mii fóiiiia d e
graiide l~ersiaii;~l cnli;iz d< iihril. uu f e c l ~ i sol> ~ r ci.!.tns r <Ieti~riiiiiiadas
ruiidici>i.s.. . ,!. sêda. cunsiiiiiiiin iio r<av<,atiiii<,iiloda; dois balíies
aiidoir <.iii 10.000 nit,tros, s i d ; ~da (:liiiiii. <Ir liriiiieira qiitiliditde,
- e , cheio o .liincloi., fic;i.r;i t,llr: i;iai.s Iie.s«<7i, qiie r> :r 71;) n. 8 0
lcilus. Citr.-sc niridn I L U ~ ~:~I:c<~I.LL~
L cujo I : ? ~ Onttii~giii :I !I Mo,.
pL ...
aiir,irido i,:: questão rla i i i i i i ~ i . i T i c r d ~ i i i ~ ltniiil:<,ili
~ ~ ~ I o I Kose si.?-
cioiioii zrLu halao clii 1'2 coiiiy;irtiiiiriitu~ ]>;ir& iii;iiiti.r iiinis o u
inciios finiie. o centro dc ;ri~ridiide.
Os dois iiielões colozsaes tiiiliaiii; nliiii <lu$ sillcoi <lite Ilies
foriiiarniii os Xommoi loiigit,iidiii:i;is, ciiitra nf.i.i<: de siilcoi furiiiniido
coinnios trarisversae. rnrri,si,aiid<.iitt., ;is r(.<:<:ùes do3 coiiil,ai.tiiiieii-
tos; de iiiotlo clue essa <,iiori,ieaiii,<.riicii> i:xti.riiiil <Iiiarlriculadneiri
:iliiiofndns. si, por si j i ia nff,.r<.<.i.ryrtiiiile diiii<wlda<lcA iiinrclia do
dr.inrir,,., dei-ido ,i r<?sistençia do ai.
Eraiii estes us lilniros de coiirtrue<$o 110 iii,i.ostnto-liciir c for;iiii
esses os lilniiiis esrciitndos.

Prniiil~too Drtiir,,liif II, o di~e!ncaiiiciito do sc.ii centro di:


r a i e era duplaii~riit,eroiisr;iiido jiclo i - s ~>elit
dczlo<~aq;Lodos pcsoi iiioiris, qiie iiiidi;!iii ii' c ir au loii;o di:
uma r a r a de liaiiibii, c<illucncla 10-0 nlinil<i do liiilùo.
Xunt;ldo, eoiilo ,;se ;i<lisir. i i i i i i i biiiil>lr.sselliiii rli: hicyclt.t;l,
dirersns i, iiatnveis nsee>isüei fria <i iiiri.rl,ido br:;zileii.o nrssv
halio, elevando-st: altiira <li. i d :i00 i i l ~ t r ( ; sc~ l i lltí,
iirilxiiiiiii<lu ciirvas i, dirrirciir3 d i i t i c ~ i i<, elegi~iites,e (lu? foraiii
o iirl rt.siiltado da Riin I>odt!i.asn c: tc:iiei.o.riii ruiitade. Obedieiitt.
i drslornqio dos pesos i i i o ~ e i ; n~ Di~ii!oirt 117 iiiiidavii. de riiiiiin
e d e attitiide nos ares ; . r ~ i i i i ~ los
o cn1,riclio~do ai:u aiictor.

ij'eteiirhm, 1.9. -A' n;rrns;ia <lerta. diltn ;i;iisliu dir ynrqiie do


Aereo-Clich o C»sni:rsso 1,s . ~ ~ I ~ O X . L L : T I <~. ~I ,I Cs<: i ~ c l i a~ U~I~I C -
cioiiaiido, e que. o felicitou c:iloros:iiii<iiilr.
S r s s a asecn~Zmrepetiu Iliiiiioiit coiii o Iiiesiiio sangiie. frio.
eoiri n iiicsma ,galliardin f i l a d e , a i prrwzas das a s c < ~ i i a i > i ~ ~
~interiores. Todos l>ercehiaiii qlie a saliic:;io do lirol>leiiin esta>.&
por n m triz, e que BSS:L SO~II?%O, iiinie dia iiieiios dia, seriii ncliad:~
pelo acroi~aiitabriuzileiro, cujo iioiiie j:? :a tornava raliidamriitr:
conhecido: r: cuja a~;dncia e ti-iiacidiid,,, Ii<i~dnsa ilotii\~eltalento
ii~veiitiro,era111 por todos adiuiraduj.
56 se Itrmiti qne I > u u ~ o n tseria, dos ltns>i~-riseoneorreiites
do l > w ~ n i oDriitrcli, o qiit:, rin todos os sentidos: estitra r m inR-
Iliores rondiqíies para conqiiistal-o. Creado, çaiiio ji se disse, a
24 de JIarcu (da,ra ein que entrou eni ~ i g o r )este grande preubio
será i-alido ~ t < :31 de 0u:iibi.o de 1901.
E assim feehou-si! o anno de 1!)00, cheio de srandes pro-
niesrns 1,ara o que ia entrni..

Por <:.ta e1ioelin ia s r tinlin rfirctiiado o coiicxirso de bnlòei


convocados ~ir.lo iniiiisterin do ioi~iint!rcio ti indiistria de Frane;~.
Dciiaiii tal coziciiiao d r l i de Junlio a 30 d r Seteiiibro, e
<,i balí,rs que concorrrrani for;ini ein niirnt'ro de 25, tendo Iin-
r i d o 180 iisrriis0es. I i o i i ~ ciiiiin iii6dia de 12 bnlòrs por ascrusir>.
K a iiltiiiia nseeiisXo ari toiiinriiili part,e as li balões que iiiais
se tinli;iiii distinguido nas asc~nsíiesaiit,erioi.es.
Si~hivniiitainbeiii. ixtrn-eaneui.so, iirais t r w balnes, o Cozitclle,
ri Ec<i <, o ,Jiizii.tiirl. K:L Iiistoris d:i. nplolaq3,o dos ;ires nada
se r ~ q i s t l . : ~que ;e 1>0ssa roml>>uiil., .'iq111>~d<s 1011;-.r, c0111 ??te
l'lrito nrioiiaiitieo. Foiilm pistui; 200.000 iiirtioi ciibiros de h?-
dro-Cneo rriiii ii eiicliiiii<~i>tii de t,acs h;~lòrs.
1 t t I i i 1 1 e iiqiie nyiii 1.tsgi3tr:~d:s a ult,iii~rlias-
ieiic5o.
Ilndo u jigiinl. 1inrtir;iiii : - i i c .\z»ibtis (balùo'); l l e r v i r u e Rlan-
qui :-iio T.iii.c~iiie, o rnsnl 3Iniaon ; iio A4i-,,-(//zi/,, Jncq~iesF n u r e ;
iio Cr<<>iiiz,<i..r,Cnstilloii de Sniiit-lictor e o ci~iidede I,a Vaiilxi
iio i<ii~ii~:/-l'l~O,, Leuiaire r Jiirhrii+a. e iio ,Yao-liiii;: que cuhava
J.(M)O iiii.ti.oi. Jncqucs R;il;;lii e Luiz ('.od:~rd.
<)r; ri,iicrdoi.e; forz~iii: - o ( " e , i f < r i ~ r , i i ; que tritiispor 1.900 ki-
loiii~trusi n i 25 Iroviis, r qn<x foi c ~ l c i rrins rijiiilinri<:lis d e Ki<:n-,
lia I<iiisix : o - i qiir drsceii eiii l.iibblin, niL l'oloiiin,
triido Cito l.&(M? 1iiloiiirti.oi. eiii J X Iioms i F o :167,~(;/uh; qne
foi cnliir riii Srliiiiitz: wbre o O ~ l e riAlle!iiniilinl t e n d o uriicido
!I50 Irilr~ci<,ti.uçeiti l!l hor:ts d? y:,~.
E,tai.ii ti.riiiin:ido o iii:iior .s!ee~il~-ch<iiae-tttreo de que lia
iiieinoriii iio iiiiiiidn. Fictiii vcrifirxdii iiriin coisa que iiinis ou
iiir.iini. j i a r s;il>in; unia coiia j:i r1rti.rriiin;ida nt6, <:<,rtoyoiitir, i
iiiai,rira di, lei, prinrip:~lmi~iitr,>elo Iiojr: iiutavel e cittido servi-
co riietrnrolngici da Sueri:, r da Soriiega : iito 4, que : - dadas
as itltitadrs, nellai 880 I,eriiinnriites as enrrrntra acrrai, rnniiten-
do seiiilxe n meslrin diri.ccar>. Coiiio as cairiadas o r o g r n l i h i i ; ~ ~
de urri munieipiol de iiina ~irovinciaou Estado, de uni paiz ou
eontinerit,~,tonindas rio irntido de sun inclin&ç%o,iiidirnin para
onde seguem os rios, -assini, xii;iloyicarilentr, as altitudes do a r
sâo camadas qiir: cle cninbiria@o coiii o i.<:lrro da terrzi, deter-
miiiaiii do inesmo inodo a dirrcqâo iiiis c«rrelitas aerpas. A mes-
ma atialogia sc nota nas correntes oc~aiiicas,<:iijo I I I R ~ S in11101.-
tante factor é a diiferriiqa ile t<:iiiprraturo.
Ficou isso ~erificndoj mas a direceiro dos balaes, esna coii-
tinuou a ser o riirsino e ;ririda i~isoluto ~irobleinad a r r i p e r a .

As grandes vantagens ii1çnnq;idas por Saiitos Durn<int esta-


vam s6sinb;is rio caiiipo da coriiiiiista, n%o tiiibam coiripetidorcs.
N i ~ i ~ n e i r isiquvr
, de lona<,, dalle se apl~r<ixitnoiina snluç%o do
problrniii. Ahi esiasani as siiai exli~!rirneiiisli& coiiscirileia <Ir
todos. unicas, serir;n,cioiiaes e jii quasi ri~t<it.io~as.E tatntr~ isto
é exactol que o AC~.e+Clr<h Ibe conferiu o preiiiio-juros (4.000
frniicos'] do prcinio-13i.iitseb (100inil t'rniieii*~. I<; elle, Buniont, ar.-
nerosa acima. de tudo, oEerec~iipor &na vez esses 1.mfrancos
ao iiiesiiio club, par:& preoiin iquell:. qiie, tLin qnalqiier hnlAo de
Bystema diverso do saii, i i ~ d r l , e > r r l e i ~ t e i , ~ c ~rlei t etempo de ticrjertr,,
t<,ndo pariido d r Sniiit-Cloud, llir coi~toriinsseas eolliiias i, a
torre Eiffel, e vnltnssr ao piinto de lmrtidn seui tocar em terra.
E r a , pois, uina vinç*iii eirculitr ai:rea, par:i. i> levnntairierito dr eu,jo
pren~ioa6 se exigia o eiieiilni~irlade.podrrid3 giistar no lirrciirso o
teriilto que quizessc. Nais ainda: - iro estabelecer o premio-Du-
mont, o aeronauta brazileiro ~ioz-se fúra do colicnrso, não coml>ete-
ria cnin nrnhurii dos coiicorrentrs.
E ' desneeessario dizer q n r atb hoje I ~ ~ ~ ~ U OUSOU P I I I concorrer
a. esse premio. A p i , n qi~est&on á i ~<: dos 4.000 fraricoa, mas da
glorin da descoberta. Queni os lri~aiitasie. nesanr condições tXi>
mais faroraveis qii<,;ia ilri1,nstas prlo purmio-Deiitaeb, teria des-
montado a Uuiiioiit da aloria que j i l h e era attrihiiida como deseo-
bridor da franca n;i\-egaçao a6rra.
Instituindo esse ire mio, acabava Duiliorit de dejnir. a qurs-
a o , de por-lhe os pin,;os noR ii. Ficava estabelecido que a
questào ji náa era t a ~ n ~ de
i o l ~ r i c u i s r , inas
, de enea,ni~rharnento,
de d i r e c @ , ~ . Si o balão fosse uni ca~;illo,dir-se-ia com proprir-
dade: - rA qiiestãu 4 de rédeitso : porquel fira do systeiiia de
Santos Duinontl lpviauiiiio, siinples e racional, e ao r n e s ~ ~tempo ~o
dotado de u m motor de. etiorrne t'orçe eni relnçiio ao s e u p r i o
morto, nentium outro systeiiia se eoliliece atG Iioje. que l h e pousil.
fazer conconeneia. As experirniiai; de Ileliard e Kiebs nZo ti-
veram i t i n ~ r a r i opi.i:vio; liortaritn, iiho deriionstrarn dirigibilidade
por parte dos illustres ufficiars frnnçraes directores do Purqr~edn
~$feud,,rr: qiiaiido, para o miniqterio da giierra, construirain o
Fro,rga sob urn pJano joereto; e ~ ~ n r i m p i i t i ~ u d uein - o 1881 e 1885.
A clxwt:ii> dr t:i,i]~,. coiiiprelie~ide-si,. tkti siiiii~lc.iii~ente1nra
rlifliciiltar, i. cijiii rnznii. n Ir*\-;iiitniiiciito do ~iiriiiiod e rcui iiiil
r : . I a r , : t o de rliiiliriro iizo rxist<~.
e s t i l:o e o L i I ellc se ii%o
esforce (,rir ".nuliar tal lireiiiin : lioi.iiiira, p~n110 ~ L I C ,s?j;b> (lira" :
-aDcirolil.iii !». 11 iiarzi i i i i i cstr.iiijeiro rlo~iiirilindu eiii I'ariz.
I I ~ L Fn~ilyi~, qni. t i! iinq;co <IIIW ront iiinis tifiiirr, sr! ti2in coiisa-
xi't~dnn pisa. i,i.ileiti <i<! <.stiido;. i! prerisr~q u r ~ r i i l i ;i: ~cr~iiquistii
cio prt::niii p:ua l~rocliriiiiir-!;e eiitso a descoberta ds «direcyiiun
~ > < , iiiii,i<ii,
lo iritt.iro, i i i r s i i i r > qiin <.*$a dc.ico11errn j t i terilia rido
?iitx ii.iii i111i. lrcmio tciili;~sido ;.ziilii>.
lia:. ai, i.i~:iiirl<,ci.r i, ~ > r t . i i i i o - l ) i i i i i i ~<leix<iii
~ ~ t ~ o iiosao coiii-
!,;itri<it:i b..iii i,ridciitc. r p i n. c~i.criliiri~?<!<ir da \-iageii~.seiii tucui.
<.!i> 1:.ri<i. pi.n iiiuitci iiiiii, iiiil,rii.ttiiite iio estado :i:.tunl rla ;\ei.i,-
ii;~iitica du rliii! o 1w:tzo dr. R>O ~ ~ l i n u t ido l s ~>rel~iio-lleutscl~, - tiid~)
i i o ai.. 11or:1,1e d:i,lo c p i ~o hal:io toc:isse riii trrrn, facil sprin rc-
ciiiiiilu;ir :c iiiiirrl~il r l l i o ~ l t l .n111111.
~ :,<y i i ~ s ~ ie> n i coii-
trn~ic):a ;.ii~<iil~~i.irl<rrl,, l>ro\-a:.iu <ibrdieiicii~do b;~.l;io t i ~oiitiide
<In *lci.n,i:iiitn 1 --- dii-ocy,í,i.

:oi11

O Vvi.30 d<,cliii:i rnl>idniiir,iiti..


(;;siilir> o lir<~iiiii,-,iiiroi, Iii<lr~-s<, diztar qii,. u iioiiii, <do nosso
L
<
.
cuiiip::triot;i jii ,cosa riii 1'iii.i~rle iiiiiei ;.rande l~oliiilnridn<lr, jlviliei-
i~aliiienteii;i, i.od;is nerr>ii;;iitic:ii. dn grar111e~ ~ p i t i l l I. j e ~ ~ t re<mj
~ O I I U 6~
' vxt<,iid<xr;i<.F?:I I ) ~ l n ~ l : ~ r i d i:L~ dtodos
e OS cillltos d i ~nntipi
I~iiteriti.;,(>r tiidos <i<niigiiloi do iiriirido.
E' l,rornv'.1 que ""te iiiteri.?;iii> d r asc~li5i,estr1111a I>llln~ilt
iiitrorliiii<lo n!;:.iiiii;is iiir>dific;iyüi,irio seu I l i i i i r i i , ~ i 11.; entrct;ii~t.o
iii~iiliiiiirn 1~11;;rriia. tal ri.il><,itas<! <!ncoiitra ii;is reviit:ii nntrrio-
rrs i a ~iriiii<ir;iinscriih;>ri ii:>srr uirio. Peita,s n. nci:e~lsí>es.re-
fereiii-8- ei:i;iii no c - a b <IP riiic,?; portniito, esse resto ~ ~ e isiihsti- ii
tiiir o r.lil>i:i.<+lliotric:-rlic,> c:>iii o st.ii selliiii cle l>icuelí.ta.
L ~ ic<ii.rnid«
i o iiir,z d<, Jii!Liu, lplr~iioestio ~ i i P i ~ i r i z-
. ii teii!.
1'0 ntautriii-.i. firmr. e iiingniiieii.
n t lmis, <1:1r o se11 g!,ro ~ 7 eC,I.S,L!O, pari1 T-Gx si ]>&i<:
I > u n ~ ~~.;i,i>
<in n;io iii:iiid::r nn .-l,~:.ri-(?lril, o aviso iiiareniido i) <liti.ta a 1ior:i da
;isrriiszio i~fnci:il,- clir nrceiis;io ~ ) i ~ i le~-i~lltal-
.i~ OS 100.0»0 frni~co'.
Xo li<~iiii31~lierio-i~c~ite os rrel>usculus dn iiraiiliaii <! da i n d o
]>roloiigtlii?-sr iiiiiito iii:iii qiic o; iioisos. S o s jranclris dias i10 verRo
;i ~l~:~d~.:~z;lidit \.<.in ccirlo: P ccdo acrcirkt :L Kt~tiireaaiio seu iiiiiiieiint,
dt~icaiii~uiciu.
Jitlliv 12. - Sniito- Dliiiiniit. desiteria eoii: a5 toiitiri<,zrni, ma-
driiga coiii os ronxiiinrs. .i's :3 11or;~ssiirl,r<~iie~ide-o a iii:rtli?ic.n-
d a iio se,u hnrrn<:io d ~ Saiiit-Cloud; . j J l>roiiil~topara siihir.
O lrnlao foi iiii~iiediatarri~i~t<,. prixado para fbra: liarii o ryrn de
cnsnirj. IJiii iiltiiilo olliar iiispeeeioiioii <iiiiotor, percorreu u f,tiidc-
~YJIIC r u reiitiladnr, r l>:ii?nu rapi<lo l ~ r l o retez:id<i ho,jo do arrostato.
I)el>ois, oeeupoii o aeruii;iiita o seli logarl toiiiuu a s cortlaq oii
ri,drtni do nianyio, diase adeiii :ias ;ioiipos e riiniiilou lar(zar.
Lnr;rairi, n o Dcoitoiit II'apriiiii;i-zp :ii:bieiiierit< i obedece-llieds
redenr. eoiiio si t b ~ i s p11111 cnrnllo eiisiiisd« ; roiitoriia :~lziiiiias vexe,
o ,zrn~i<lr Iiyppi>dr<iiiiode I i ~ i ~ ~ c h i n (>, ~ it l~>r ns ~ i ~ i nexila.
< l n \"lia, re;ii
1ioris;ir rio proprio 1,oiito dc rlii? 1,artir:i.
Si isto riio t a liosse da crlirerqio ilos Iinli,e.:>, riit.iiu iiiiic.iieiii
iiiais n ter&
Ti~riiiiiindnsas vo1::as rili t,oriio d c Li>iic.rliaiiiiis, c,ii~.cri,dnuDu-
iiioiit 11nm a Torre-lCiiiil. I'rrto da torre, eis qilc xi.rehei,tnuiiia das
c<iidasdirertor;is J<ilriiie: -a do lado rstliir,rdi>. Isto rli:ii-s<i iio 1110-
iiiriito jiisto ciii que o arioiiautn ~icnbnvn<Ir rolrnr n prua 1ini.u n
s r a ~ i d ol'orre do fi:rr<i;<li+eiicoiitro ;i q m l ia n balAo Iiatrr iiiiiii
clioqiii, trriiit:iidn. Dii~iioiitrniii<li, llic iiiil>riiii;. oiitnl cliree<:io por
iiieio da corda do lniio direito. I.'oiqo esta a qiie ti.:.rebeiiti,u, e li
desastre si. teria dado.
Oi,rrndn o desvio. o bal;io tijiniiii o riiriio do Troc;idrro. suhur-
i i i riiic 9 0 <lesilol>i.nso11i.c as iolliiinr dc l'assy.
?;<>st<: 1101-0 triljeiti, iiiiliriiiii~iIliiiiioiit ;i" seti uiwistnti, di\-ri.-
sas curvas d r exl,i.rieiicia. v-erticars e liorirorir:ies, t., cliegntlo no
r
1rticndei.o. deaceii-llit. nos j:irtliiis, <.iiii,iidoun cortln dg leiiie, e:
3

I P ~ I - C - I . ~ L CI LO <~ ~
~OO~, T I O~ItI l t ; tn~Sorro 1Cie.l e voltou :,o ponto <Ir
oiidr! liaria liartido eiii Sniiit-Cloiirl.
Para Diiirioiit a qiiestão es::ivn \-i.iicida, r e i o l ~ i i l oo lirobl<,-
irin, <lcscohei.to o r . O s i w b n l k in. t.x<iciit;ir J riscii. todas as
iiiiposiciíes do Yi~iriosoprcliiio-D:tiit;rh. crr\ndo iiin dia pela ,)c>-
bre, <:iithiisin;tiru c 1>roteetor:i, ~li.<Iicc<:hodc iiiii ~ r n n d e iiiilliu-
nario iart,o dn I I X I T ~ ~ : < ; ~ OnGr%l.
Estes g y r w de. <.iii;iii>Soriiin uiii \-erdadciro tiitiiiiplio iin
opiriifio de todos quit nssistir:r.ii 2% taru experieiicins, e qu(! fn-
iairi ein iiuiiieru de iriillinrrs drt possoas. ciija. atteri<:;lo em, rIi,?-
iriada 1i;ira o i~rrosti.to elo bnter do iiiotor, siinilliaiite ao d e
iiiii vigoroso nutoiiior<:l.
Iluliiont iiinndoii, pois, por e!cril>to, i «Coi;iiiiisr2o T<~eliuirau
do zili~o-Ciirii a coii!iiiiiiiicacùo rle qiic., eiii 1-iuta dos rrsiiltndos
.
s
obtidos. faria iio dia scgiiiiite a ascei1i;ho oficinl, coiicorrendo ao
de 1W.000 fiarieos.
~~reiriiii
Ficon rstabitlecirlo yiie ii ;rscensio sri.i;t Us ti liorne a 40
minutos da. riiariliaii.

Ji(llio, 13.-Vaiainanhrrer.
1 rictorin dn vespeia tiirhn prrcorridri I'nrii? inteiro, e os
jorr,are d : ~tarde, desse dia, taiiihem já tiiiliarn dado o lagar e a
Iiorn de aseeliqno offiçial iio dia seguinte.
.I cririosid;ide era1 pois, ixnorrne. Assim, iiiuito antes da
liora i,inrc;~rln~ j z i os a i ~ e d o r e s de S:iixit-Cluud i~orniig~varcidc
I'OYO. S O n~orncx~to a d i ~Canilm de
da a*criisiio b a v i : ~~ ~ o l ~ l l i pelo
'farte i i j i t i i riinssit pol>ular ciilriiladii t i r i 20.009 l>ejsoa,s,a\-ida d e
ver 11nsx~1.l t ~ l o iares o b i t l i ~triuinplinnta do ~ i o s s oeoiiiliatiiota.
Eiii tud,js os l o ~ a r r ade onde sc ~ u d < . s s eri.1-O: segtlindo o t ~ a -
?ado p~.évio, lia\-ia g<iritr., iiiiiita gente, n estii hora matiiial do
dia. t! lias l>ioprini ~>liitnforiiiasdn T o i ~ oEifiel so tiiiliani pos-
I tudo riiiiiierosas pessoas, de bin<iciilo rin ~ i ~ i n l i o .
Coirio n a \.espera, Bumont madrugara no barraeno de Saint-
Cloiid, y;ira, eoiii tempo, dispor o baliio a seus aeeessorios, d e
nrndo p o esti\esse tiido proiiipto 110 moiiierito da asceiisáo.
Aiitos diis 6 horsu ji 16 est;i,vn tnuiboiii ;L «(ioinriiiss:o Te-
clinirna do d4i.<,-Cl1~ti,j u i y que ia jiilgau si o eoncorreilte sa-
tisfez ou riio as eondicòrs do ~ireriiio-l)t?utseli. E r a esse jury
coliiposit" di, 5 p e s m ~ cs o ~ n j ) ~ t e n tHertryes Deiitsch, conde H r n r y
de T,n Vniilu, piiiieitie Holnnd Boiialiarte, <! Cai1lr:tet e Bou-
yuet de Ia Grye, ostrs dous do ISRTITUSO DE FH.~~\.ÇA.
Eiitrrtaiito., imueo antes das 6 e 40 foi verificado oue diis 4
L
cylindros do mot,or nd 3 funccioiiaram,~ F o i Knifl (co;iliciido e
~or!11[4r 111sstre-niechiil~icc auton10bilisti~jqnem l e ~ ~ oai triste i nova
;L i)lllllollt.
-Sulrirei assim meariio, respondeu elle ealmanientr.
1':stZo presentes quasi todos os rncmbros do LIPrn-Cclrib, seus
engenheiros c! muitos dos engenheiros constructorrr das grandesfa-
biieus da capital francesa. Industriaes, nrtistus, Iiomena dr: seirn-
cia, e.iigengeiros militares, representantes da Escltola deroatatim
d e \It:udoii, e curiosos de todo o genero, l á se acham, á espera de
que o poi~t<>iro da sdirecçio>>marque n o rrlogio da Historia este
iuoriietito ylorioso da evolu~tiod ; ~hurnsi~idade.
O Di,rnr>iit Ii'tein que r . a n n m DB S A I ~ C I , O I . DIIEUUIR . UMA
L I X E .PR*~VIAIIENTE ~ l t h ç ~ n hALC.&SÇAR,
' TRIXSPOR E C O S T O n \ I n A
TORRE EIFI-RL,I3 V O L T A R , POP. U>riL L I S B A Th\lBFi>I P I L ~ V I A ~ I E N T E
TR:LÇADA; A O i ~ O Y P ODE FhllTIrlA, ISTO h, A SAIST-CI.OUD,Y O Fllh%O
xnxnro DE 30 x r ? í ~ . ~ o sIda, . 5 6 kilometros volta, outros 5 f ;
total : - 11 kiloinetros. Exige-se, pois, uina nlarclia prá-travada de
20 ki1omi:troa por hora. coin diroito a 100.000 francos.
O riioinento approxiiiia-$e.
O bala0 já esti fora, preso apaiias 1,elos cabos, e DUIIIOII~ já
esta dentro do casto, terido nas mãos a i rédeas da manobra.
Todos estão erii sciis postos, attentos.
O poriteiro do relogio cobre o 11iinuto das sais e quarenta.
- Proiii~,to, diz um dos do jury.
- L < i r g ~ i e nordena
~, Dumont.

E o bitlào subiu firiot. e sereno, levado por brando vento nor-


dCste.
Dada a situaçao do Parque d e S<ri>~t-Cloz~d, o Durnont 17,en-
tregue ao nordéste, em vez de tornar o riinio da Torre Eiffel, della
se afastava. Mas isto durou a p e ~ ~ ~ISUIIS
as segundos; porque, ja
a iin-. 200 nietros de altura, falou entjo Duniont á hélice, e o ba-
lzo voltou Iiumilde em seus pnssos: - eiifrentoii, resistiu e rompeu
o nordéste inimigo ~ó eoin os tres cyliiidros ;-entrou no intiiiera-
rio aréviamente tracado . :. - se-nuiu imr elle albm e. em 13 minutos.
gniihou a torre.. .
2

Estava rralizad:~ ii ida. Fnltarn a volta. Feita nas mesmas


eondiçces de ternpo, estaria ganho o premio eni 26 minutos,- 4 me-
nos que o prazo estabelecido.
Eil-o que contorna a torre brilliaiiteinente, sem sahir do tra-
çado ~ p i v i o traçado
, por ondr 3eS-e att que chega á linha vertical
a Saint-Cloiid. Ahi paira um inomci~to apenas n já desce triurii-
phalriiente ao prolirio ponto de ondti largara o oôo.
Ficou demonstrada a descoberta da direccão das balóes: mas
iiúa foi ganho o piemio, porque a viagem durou 39 minutos, quan-
do devia ter durado 30.

Esse problema agóra rcsolr~ido,esse x achado agóra, nRo é


devido a esta ou aquella peça introdn~idanos seus balóes, não
advem de nenhuina modifienqãa particular introduzida no conjunto;
-mas 6, sim, o resultado synthetico da eombinaçáo da3 partes para ,
formar o todo, combinaqão aliás mui simples em sua complexidade
e que da aos balOes de Durnont o direito de serern chsinados susterna.
Aou que supl>uzeremque talvez terilia a odireeçáo. provindo
erclusiramente do leve c grande leme triangular de seda, afix;rlado
corno uma barbatana ao Iaio peitoral da siia baleia aérea, a esses se
1 ~ < ~ d ediz<!~.
~ : 2 qiit. s<:(2ugaiin~~l, ~iorqiicrili outros b&lÜes ii < ~ rir-i
eiliiistaiicii;s i l i i n . i 3s I ~ ~ I , : I I ~ri~es
~ s , l('~ii<!'iII%O d ~ i . n ~ol lie'iitlta~loque
<lellcs se ruiri.n\.a.
A «diic<,q$on c l n ~ ~ n t ~ ~C,a dpois, : ~ uuia r i ~ i i ~ l t a n t10,qieil
r da
acq;m conibiiiada (10 systeiiin inteiro. Tiidoiielle euricorre !>ara. isso,
clesdi: o foriiinto do li;~l;io,oiii.r<,ceiidoliuucii. ri!sistiriieir> ao ai., deri-
do tis f<iilll:~siiclli~iiit:~<lii 110 ec)rl>ur coriica iln pGpa e d e lir8a ;mriii
f i ~ l a rdii l>r«j,iil;;;tn, do t)rri!iiiio d<,zli>itiiii<,iito do i:eiiti.o de -roriilndc,
erc.'; nt& no iii:iiiiijo talnli<,iiit'iiciliiiio do Iciiir <liir: pxxado por cord;rs,
i ~ r o n ~ p tsi.o gilire o11 se frclin no veiito e 6 siiii1,les reaisteiiein dii
;ir. eoiiio i i i i i vcrdadciro tr:!qiii.ti. :~i:rtio ;ib<,rrr> ou c<;rrn<lonos
vriitos alto. d : ~;rtinosl>hera, Isrgirdo oii puxado riii qualqiicr Aos
riuildr~~:~te-i da I.O:>B eólirn: -1iorílur aecionndo iiuiii drlles, riii certo
a ~ i c ~ i ij oH, para m t r o qiiarlraiite pasaa i, baliu, i!assiiii lpor denirtr,
nt6 rlnc 1):tssa o s cp~atioe coiiil>letn a ci~eiiriiferriici:~. Parn subir r
;iar:L dvscrr o !/icidc-rq,: e O lasr1.o 111ore1~ ~ S I O C OR c<:~ltl.o III d<: grii-
uiclade : riara r r n c c r 3 x-clieiia~ricia.dr: veiiao, !h ~ i t Ri i,o<lerocn Iie-
lic<+.iito <', a fiiriiiula do iiiotor, exija l>roporqào rntitlieiiialica ,,6di:
ser lemdz3 ilc li<i<,eiii deniite n oqiinçki rriuiiil>!inrites, rleiiiiiti~as.
A T-iitoria t!at:i yortantil iio c<iiijiiiito,rio todo dvise ndi>iiiurel
ivsteiri:~;ii:ros:atiro, c i130 l?arcii~lz:~t.nt~ ~lest<!017 i~nqiielle &1>1>:~-
~,*ll,",,I1 or$rz:!l,.
e (Jiie i)uiiioiit t,eiilin giiiiliu o iiveiiiio, e s t i d i r ~ i t o: liorqiie,
afiu:d, u a e i i b;ilho iiao satisfez a eaiidiqio r:xtlurira <I<.triiipi, do
concurso. \Ias qiir se ronfiindn te,iil~o eoin <lii.ergão, coino se teiii
coiifundido, prol>osit;iliiierite on rião, - iito 6 yiir é l x ~ t i ~ ~ i : ~ r c l .
Fieoii provado que. Diiiiioiit <lirifyilii roiiri~deo sr.u balXo. Toda,
as revisriiç, todos os joriini!r do 1 ' i ~ l . isão ~ ~ ~ n i m i u ~~ <l v. ist t ponto.
l
A ioriiiuln esth: pois, iiii.«iitost;irr:l~~~<:~~te> dricoberta, e essa.
~ l o r i i Ii I ~ I ~ ~ LnoI ~i i Ii i i~l i < l o a r o ~ i b a r i a D~iiiiorit; porque lia iinia
liiipuarriii <tu<',riiiaiido i: fi~ladi~, vence t i ~ d o :- 6 :L liiigiiageiri
:~iinlo,gi:a d:ij proporq5r;: :i liii=ua;eiri ahsolii~i.da niitlieinatien.
Asirii: i, eiiiriieind,, da grniidc: drscalierta porle sei. iiiais 0x1
~n<:nss:.s~c :

. ' i o d D i ~ i i i o i l t I!;, iliirl<r,s as siins d i i i i , ~ i ~ r . f i ~ s ,


as S : L ( L S cir~jnci~li!,lr~,s c,rhicii e p,.,~pi<lsic<"]~)ôcle: rle
I I L I . O ; L ~71111, . ~ ~ . ~ i l t<Ir
' i «tniztr,,v» iiiebi.ris por S I . ( , ~ ~ I L -
,/o, r e < ~ 7 ? 2 , 6 ~n ~ cai o , p > , ~c i r c z d ~ ~t c~; ,~ d or ~ l t ~ lao,,
,ioi?tti de I,~,.I/<>suAi7,. - Q I 4 L U l i i R UI..CO DO JIESZLO
SlXTLX.\, \ SL O 1 3 ~ ~ : ~ 1 0 S A L ~ I AS
. i l ~ C + 3 ~ l 3 S T A T ~P~ ~ E S TSKA8
E
e.xi~.l<ii>.ms.?,
VIISCX;IL~ ~ E S T O S DE « .+ TIXTOS OE
T A I T O S » >lETROS 1'01: SEiII'SDO.
E desde j i : pelo iiieiios rio trrrriiu rl:i tliroiin, iinda iriipede
q u e i:san proporçi~osyja aii;iii~iit:icla xti: no ci>~iil,letodoiiiil~iod e
todoi os ~eiitiis:coistt d:. q l ~ ear l l ? ~ i l llrei.icil eiii iii,\-e;a(.áo arren.
1)c:iiite diis diias escli<,ins r d.i i i d i ~ i s1ei.e » e « rln ,~i?.c;islje,sac10
O a r " , creou Di1ili011t, uin ty11ii de iii,rrjitnto iiii.to, que p6de
t e r 110' <li\-isn o « ~ i i a i sveloz qnt! n v i i i t o i .
E foi o qut! f~11ed<!iiii>i?sti.oui'i:i.i.L<'lirr:XTE, Uiiiiaar de t,oilus
RS id6ns contrarias iinseidas t: rrv:id;:i eiii gi~liiiiçtea,CUIUO l~lanttis
de rsaifa -iiicalinzes de. vivrrrin ai> ;ir livre.
E s t i desiol>r,rta por Uciiiioiit :L dir<,e:;ro dos baliirs, posto q u e
ainda n%o esteja. {raiihu o pri.iiiio ile 100.000 frniicos.
Drsde vite iiioiiiriito, dearli. r.st,e <lia, - I . ? c7c Jirl:~<i r7n /9Uí-)
q u e esta xloris lhi, ~ , r r t v i i r ejY
~ iiiip;>:-sivt.1 d<. sei. eoiitrstadn. Mas
corno tal i s<i s e r i nttiri~~l~iieiite sngr.rarls 11~1.2e i i t r e p do 4 .
preiiiio, Biiiiioiit rknu r1escniiç;rrii iso>ciiiaiiroiiAu o ti\-er xaiilio.
liiii iiovo h;ii;io fzxri elle v, dt:iitro riii hrc!ie, iioraa :isee:isües i
virâo coroar os aciia rstr:iordiiit~i.iii+ esfuryr>j.
Hssr l,n,lS,o, qiii? si.i;i o .s<,tii,i.~<[;Lai:rit:, i,i.ciilini.j iir. 1tier;rreliia.
dos e l>uiiioi~tsn n 3." loxar: s r s i o - Biri!~riirt 1-.

]?;ti, pois deii,olieutn a <lir<-:qio dos l?alùe~;cn~iqiiistado o


iiliriieiiso diiiiiiiiio dos ares. l'i~ri~ il~iill ~>sr,n\-erdzdr cnntitiiin >L
s e r verdade irrdcl>ciideiiteii~e~~t~e <Ir <luae>rliii,roiitrua esl>t.rieiicias.
a\v:orn, daqui por d<.:ii~ti>, o que,, I i i ~L: i;izi,r escliisivaiiiriite
obra rle n~>ri.fc:iyo;iiiiciit~,. Os czxliitn<,sii~diistriaci' E i l l ç i ~ b i r ; ~de~
auxiliar i i o siiccps%i~-as exyerif~iici:is rlii<. vho ef?ctii;rr. Uo!iionr,
iiiiiira fez styredo de scii syet:,iiia ; <,xl,;il-o.friiiiqueuii-o serniire a
todos qno O de"rjir:,siiiii eonlirrer: teitisirlodru<~iiliado i. pliotogri~pha-
do da todos os iilados eiri todas as ~,osiciii,s,por linrttts e eiii coii-
juirto. I<itii, dc.scab~rtaeiii ii>i~di<;Lo alg~iuinjniiinis se p<!rdcr;i.
Ciii bwzilriro coriieqou c outra ter~iiiitoaessa iiiiinr:nw evolu-
$&o de li12 nlirius. 1 nliiia d r iiossn lintrie fieiiir! d c It3gitiiiio en-
tliusiasiiio ao l,roiiiiiiciar o iloiiie jii ~loriosissiiiin do Albrrto doi
Santos I>uinont,
i
t
Ileiitro de iiãu ~iiiiitwIiistrus t,i,r-sr,-ti cniiil,letndo uiim grnildrr i
~ n ~ i d a i i qiia
a face do iiiiiiido. A rapidez dzr iinv<:-ar;Xo n<re;i. 1,orii
todas as iiaqiitm, 1'0' a;"i"~ dizer, de ~iirrerlesiiitrias iiiiins com ns ou-
tra3. Si os srcolos l á e 11; furaiii os s<.culoi das gri~ude'id ~ s c o b e i -
tz~se exl>lnrnyí,ei iiinritiiiias, o srciilo 20 vai sei. o das d<,srol>ertnç6
esplornçües coiitiiieiitans.
a i.a .ir
. esplor;rqõt!s siieiitific,zs, rliie E feit,o do obxt:~riilo dos
rio?, dos charcos, das iiioiitniihns irivins, dafcbrt: dai baixadas ? P a r a
n ,guerra, dentro de l>ouC03aniios, qu<: papo1 rrprrsentarRo os gran-
de; e pequeiios coiiracados, as fortalezas, os cniillòrs pesados.. as.
i;ir?aa de rnvnllnria, i i ~torredeiras r os siibinnrinos'?
O imirirnro c:il>ital einliregada iiiis estradas de ferroia iiiio deve.
sentir-se t i o siTo.uio,;ihsoliitaiiii~titagiit.niitidir coiiin o ora :iiiida lia
1~11ico.O coiiiiiiercio iiiaritinio, o iiiteriincinrial terrestre, aeaharii de
adcpirir a espcrniiqn ou ta1x.e~ a ç r r t < ~ ade n p c , dentro d r n i o riiui-
tos dreeii~iioi,Iex-;ir;ia n todos os liontos da terra, alt,os oii baixos,
<li,-~cto~irrirtr,os sriis productoa que siio hoje ohrigadoe a trnnslior
iiiorosairieiite iiiares o11 bnrreiins.
O segredo di>s lioloç s e r i deivendado. O s cnriipas de gelo n90
innis engiiliraii us ousados r r ~ i l i ~ r a d o r edessas
s loiigirirliias r inhos~ii-
tas rcgiòra eiii que. iiiilieua o sileiieio e a riiortca. 21 :eogrnpliia do
iiirindo vai ser rectifiçada 1103 goi~tosj i estiidiidos: r coiiiplet:ida.nos
que niiidn nnu o Somm t. ni:iii o seriaiii talvez niinca. Erii Ilisto-
ria Natiiral. i ~ sespeeies ariiniaes e vegetixrs 7-20, seiri ~ a r i d e idiii-
ciildndes, ser siirlir~iriididoir eiiudadns piir ieus iiieios, corii unia
coinniodidadp coiti que o bonirili jiimais soiilinu.
Foi-se a r~iurlin das nscrrisGes a pi: uj a l t a s m o ~ i t ~ i i l i ndo s
glol>o, en. rtijos ab?siiins e p i i i ciijos geleiros dorriicin iiarn sempre
cent,en;iri.a de intreliidos <~s~iloradores.
Urii iiovo r n,iiil>lissiiiioliorizonte rasgou-se: pois, i conquista
hiiinnl:e. Até aqiii limitadci i terra e ons niarrs. no solido e no.
liquido. ~ieliilrriitalidadr da 1r.i do p ~ s o ,agora a l i t r g o ~o ~Lomeni o
seu doliiinio ao t ~ r i . ~ i sdos
o r a r ~ d e s~ S P ~ C ~daO n'ntiireaa,
S ao espnqo.
illiiiiitndo, a o nr gi~,zosoe siibtil.
Saiitoi Uliiii<>ntdeu-llie ama para o 7-60, - e o lioiiielii r.oará.
Aliiin aitruistici~,nhsolutnme~itedesiritereesada, iiâo fez se,gredo'
de sua invenqao. Alliia ~iatriot,icae sniidoaa da terra natal, o seu
primeiro liensnnirnto foi 1mi.n esta terra querida, que j.i tem glorias
de que ir l i f a ~ ~ a r i as
i ~ ~mr ~a i ~;loriosas nações do mundo, e ci~jos
factos atiiriiinrii nina i~ueio,~rrlirlri~7r j i fixada: e cujo futuro será
incoiitestar~eliiit~~~t~ebrilhanbe: porque, rin Histeria, o f u t i i ~ o6 u m a
capitalizada coritiriiiaçZo do riassado.
i Aliiin 1wirileginda e hella, nascida á 111s amicissiina d e rstrella
beiiefira: Duinont vtiiii como uma reslmsta ao co~ideninai.eldrsaninia.
dos que ~iriisi~in que a patria estii liquidada ; veiu como uiii grito,
d e eoragrin, triteeiido ao Rrazil n jX irireiada, iiicalculavel e
immensn .sloria da iriaior e niaií importante descoberta que o hornem
tem feito.
Qiiiz o niysterioso destino das coisas e dos seres, que u m
brazil<:iro; UartlioloinBu L o u r c n ~ odc GusmRo, a iniciasse em 1709,
e outro a terrriinaese em 1901, dando ao Brazil a clrave de ouro c o m
que fica aberto o seculo vinte.
Pacifica ein seti hnniano ideiil de o~deiiie 1,ro;Tesso : mais
elevada agora nelle que os oiitros l~arilhõesdo miiiidi,, d a q i i i por
deante soberbairiente rngrandecida fliictuari por sobre as naviira do
globo a sagrada bandeira de iiosss piitria, tain erijas dobras, soltas
.aos Tentos da par., a Historia i~iscull>edesde j:i o glorioso iioliie de
Santos Diiriiont num hlguranto iiitnho de iininort;ilidade (I).

Dentro de poucos dias ficou, pois, coiieluido o setinm baláo


da srrie, o

todo de sêda japoneza de primcira ordein, branca, leve e de


grande resistencia. Feitura da C1<wn-Laeharnbre, de Paria, foi
elle eortado segundo o plano geral do Dtm~ol~t TV, tendo pas-
sado no emtanto por a l ~ u r n a s modificações parciaes,, que mais
ainda deviam de facilitar a eonqiiista do grande premio.
lledia de compriinento total1 do vertice de uma das ponti~s
ao vertice da outra, 36 metros, sendo o outro dinrnetro de 6
metros. Denbro desse envólucro accoiriinodavam-se 550 metros
:eubicos de hydrogêneo. O bnlon&te tinha por sua vez uma ca-
pacibade para 38 metros cubieoa de ar> nelle injectados por um
ventilador de aluminio Leme triangular: tambrm de sêda, como
n o anterior. Na prôa, um guide-iope mais aperfeiyoado, mais
facil de sei. dirigido, e pesando 38 kilos.
A quilha, sempre em figura de prisina, eoni as seus 18 me-
tros de coruprimento e urn de altura, e agora presa ao ventre
.do baljo, de um e outra Indo, por uma serie de cordas de piano,
mas desta vez feitas de aço, tendo cada uma apenas a grossura
d e oito decimas partes de urn inillimetro. 1,eua no interior,
mais para o lado da proa, o c8sto de vime ; mais para o lado
.da pôpa, o motor de 4 cylindros paraiielos, força de 16 cavallos,
1600 voltas por minuto, meehanica e successivamente resfriado
por um systema de pás em niovimento. Além do kerozene que
já elle leva em si: tem a mais, para supplemento a mais quatro
a cinco horas, um deposito de 20 litran a um lado e acima. Ao
longo da quilha, e sobre carretilhas, um sacco de lastro (lá kilos)
será deslocado á vontade do aeronauta, da popa para a. proa e
vice-versa, ajudando assim a acçào do yuide-rope no seu papel

(1)-Apni terinina a nrttgo poblioada no Diario Popular e remdido para e.ta reviita.
nem, porem, de pne nella Uqoe tado registrado, aasentoo o anctar de completar s nati-
WP de cão grande e nokvel -tecimento.
d e fazer coiii ( ~ i i i ao I-alhn ;II~><L 011 <l,lsqn. ;Itl.:~z~pnrtii~ilo <lr>
iiiotor: ;i. ;ir\-i>ri: da I L P ~ ~ Cs'.~:11)ri.
I~. Ixol>ulij\-a,ii,riie e xli.avi,;sn o
\-ei.ti<.<:do ;>risiiin, liara ngitar f6i.n da <liiilli:i, roiii iiinis de 200
roi;iqùri 1'0' n ~ i n u t o ,:is suas <,iir.tro nans oii s d(- ? iiirtroi
r;ida iiiii;b: oir rliiiitro <I:. eiii.crgniliir:i E o i-riitilndoi.!iin qiijlliai
a o 1,nlorii.te < - . t i hnl5q sobe iiiii tiilio qriv o s i i p i , i. ijue r! o cn-
nt:l 1,"' oncir p i a o ili qiie tt,iii de se? iiijectnilo i~;~qiie!lii
.,riaiid:: li»lao ioiiilirn~a<lur.
Ile d(2iiti.o <liici.itr,, < i i i < ~n ;iii:pai.n ;iti i7eiiiia do ebtoiiiago.
e : l t t o s :llllos i I ! liii ~iieiu de
cord:ts lnl>ili!itwr<! ~ l i ~ l ~ o sc.t : l,z~ssad;~s
~s <.I)! rnsr<:~illt;t~, l j + . i ~ COIIIO
~

os deiiinis a;cessnrios do iiii!;to. :;te8 c<?!:ioo 1e?1i:,. « ovi</c-,.,,'nc,.

L
ar di~il,>cnilnixi freiite, si,iisrriicjn ;i<:r<~srai-l:;;i ii:udaii,;n de ili-
rrc<;!ii i~iii.iioi~:i!i. roiiieiiiieiite, ii iii;iiur o11 i i i ~ i i ~ ~i h~ ~ ? t i i s :dti i
dito !i,;ii<:.
';:I fr<;~iie,:,oi?rii, licii gi<i<J<'-,.ope,p:i:<i nnuI:i1. n <lii.rr?ao
zei.flciii. O ,piso i;io\el ai!xiliii!-r>-:& ites.:~ iiiis-riu. caio s<,,ji~ lli-~~-
c i s . E coi;ii>, &;!do quz >e - r i t i 1 t i l i de
J o g o I . i: poshii<.l ei~t,re;L iiii:Tii.rii., <:ntC.ndei.-
::i<. iiv>si s<,iitidu, \-iii<li>a. yii<,,jiiiiici.i ii <,ciiii!ibi.io ti.eiis\-i,:.s:il c l i ~
q~~i:!in,iiiinxiiii,ii U i i r u u i ~ ii i i i ? coisi. s i ~. i i.~ ~ l i s ~ ique
i i ? ; ~s~ij~]irilii(!
. OP
=raiiil.r?s desli>iniiicii~ossiiliitun, peiiioii,siiiina diiid:: qi7.e pa.sein
de cerra iiiei1ii:a: - to~noiidiin-, vnl.ni cuiiil>lidni <, Ihoi:-i!~. >,a-.
cxtren:id;~dr~ quiiltii, c:~clti 7 ~ I ~ I I ~ I<,, l i hcarn~t! eil;tsco~no
~ ~ ~ > ~

<luas iiix;.i,ii:bn-. :rtraies~a!~~li> n di!:i :liiillin de Jiordo :i hi>rd«,fixas, e ,


i o : I ! I : 1 i :I riuil1:;~, X!pr!~-
d~miiido;i ii;!ii,i.;i~ein do :iern?t;ito : - ns rilarniiil~ns;r tlc;loci~rur>
I~r~i~,~rrion:iiiii<~~:te. i:ine i,;!o ;o~,:;r ciii i 0 c do hnl;io,
iinlwdiiid;i, c i i s isso, que (11~iili;rpr.iirln iiinis par;^ os lados c10
<,,I<!O ~t<r:iotodi: i,cliniic.:iu R <;ito d c r e clie,rnr.
O l>cri>q~'<.triii de ser i,r;iii:lo n o q iiie; 2 ilinis ou :iie:ios o
iiiesino <lu I,;i~iiniit11- 13:~;~ i u r g ~ i n i , not:ir c~iieo i : i ~ ; n o , ~ i 1.
teiit iii.iis 7 ;i!cii.;,-. i r ; r<?i~Il>rii.~t~iiti!yiie i> Ir, iiierios 1:10 cii-
bicos dtt liydrozi.?'ea, o C J I L C q ~ ~ <i > r c 1 o l ~ < n ~ tdc
o
\%ta dii. rt.iisti!iicii~. rii11-ez «!%,rt:?~x liriii iii:iiq \n;ii;i;:<~i~- une o
oiltro. i.ecliij:i?.i> rL?:iiil o :,.li di;iiiierro traiisvr~rsnl.
Ve,jni!ioi n;nr:7. r o i n o se iii!iirii elle 1 z i ~ : i < l p n i i i s : ~ ~
!Li<, coiifindn.
i f g r j s f o , 8.-E' iiiiin qniiiiiit;i-fcirn, e coiiio tiiiliaiii sido <,xrr1-
ielitri o i rciiiltados colliidoz lios gyros de eii~nioji realizados:
iiinreirn I)riiiioiit liara cstn dntn n sun iioTa asceiiç;io oficial.
Todoi os intrrcssados est4o preseiitrs elii Snint Cloiid desde
eediniio : - ri]-riilieiros
r das eni:is eor~strucrovn;,jiir)- r pesrioal do
Ah.-i-Cltih, yocios d u Pii,,q?ic i l e r o . s f ~ ~ tde
i c ~l\lrrirlri~i,ritr. Conio
<Ias outrai vezes, n. eurioiidnde extt:iidi,ii iiiiia bo:i liarte da 1j<1.
l>nlac:io por todos os ;'o~:tos di' 011i1e O trajerto j)odia ~ i l robscrrndo.
.I's homs a 12 iriiiiutos d i ~i l ~ o ~ i l m nfoi Jiii.-:~dc o U X -
rnrji~l. 'L do rriesiiio iionto de oiidc o ii~ilirnnsido os scus niiteci,;.
sorils : elevou-'r logo e r:rliidniiieii!r a 200 iririros dc altiirn e,
orientado, sragiiiu purboso r i itrriir~rniioj8i s;ibido, trmdo se elel-;ido
irixisn niarrlia nt< ;i altiira de 400 iiii,ti.o,.
Eni $1 I:? riiiiiiitos tinli:~ clle ~ e r i c i d on id.3, dr>hrnvn c do-
bioii %: Sori.c-Giffcl. . . Si a v«it:i se nl>erar coin ?. iiiesii~u.salii<!ca,
tc:i.ii ellr frito o <:irciiito ein I!) iiiiniitoç, onze riii,iios qne opraao
<1<iyreiiiio-lleotscli. Xits ris qiie: rontr>rii:id:i n Torre, coriieT:L n
pri::~a mwrhnr. Deuiclo A 3u:i pr:rnrle exieni;io, rirvido n irrr..
. .
g~i~i!~irlnde das ralvulaa ou devido t;il~-ez n iut:ii fiincion:irni~iito
do rcntilnrlor. donde o iiicuiiiiieto eiicliiinciito diji>;i!i>ii?t~,oS:icto
t: 4111.; ídloe cnnio i:&: e Iucti3ildo contra 11108 fuiti: c o r r ~ i l t e;i<lrrn,
I e O e e i . r e
«cr>iiii> iiuia ?ronde troiirba rle elc:1i1i:intr>~.
o s e a oscilli~r

Essa drse,~iinldndede distribiii:;:i<i d r li?dr.o#rien lite iinpri-


inia uni iiioviinenio d<i ;irf:ipt.ii>. A « t r o n ~ l i~>l!iiiivii
~i~ de deante
p::~~:itraz dc traz pnrn Leairte. Era, 1 i i . i ~ ~certo qiii: o b a l a n i e
<:svtczinrn eciiu rtipidez, e que Duiii<iiit, p:i:ni~a nos c;ipricloi do
1iyi:rli~;i.ni.o o niesriio tributo j:i tuiikis rezes pm;o p o r sens ;in-
tcrrrscores. BlGm de t,ae; nrridriitrs que, j i aigorn, eiii riada.
preji~rlicniiin solut$io do problejiiu; porqilr s k > por iiatiirein evita-
v<.ii novas eslierirneins, - ainda por cilii;~ eF;s<. forte vento
i,oiitriirio, sulto e l>rrsistr,nte, cnlinz de. f ~ i r e iii<,fder ii liarieneia
a < I u ~ l q u e oiitro
r qiie iiiio fonie Duiiioiit.
S<.ss:i pmride Iiicta, 1ú reiii o i~~oiiic.iltoein qiir percebeu
ell,:. q i i ~jzi rutnrn fiir;i do itin<!rario. E r de: P;~.iy ntrn-
T.~,ESO?I elitao O Senna. Lago nlleniitr os ?iiqiciisorior da rluillin,
as iiiii:qiirini: cordas d<i fio de nqo da pi>yn, .;;ia eiii l>:ir!ral>tiiiha-
dos Iteln lielirr c Ihc rnrii<-cnrii n tulliei. o moviiiir!iita. . . E' ji
irni~ossil-elcontiniinr a iiinrelin. 31as o motor c j t i trnl~nll!;Liido r
o d<-snstre se npriixiiiia teri.ir<,l r riiiii iiirin rnliidrz esliarito~n.
Santos niiiiiaiit pira r:iitHo o iiiotor e ~ 6 1 : ;uiii ~ liouro de Iiy-
dropriieo. Ccssnda o I~ro:i~i16iio,diiiiiiii~idaa Eorçn ascii:ci<iiiallo
lialùu começa o descer, ntE que cai niiiiiir osyiicir (Ir i i ~ e adesca-
descoberta de uiridoç liotcis do Tro<ndero. A iiiliilin, que virilia
quasi a liruino, fieoii siislieiisa iio or, a '20 rnetros do solo, n
yorita inferior num trlliado e n superior em uma das piiredes da
irea. Qiiniido a qiiillia. a h i bate~teii,ji Diirnont viiiba peiidiirndo
nella, numa l,oaiqRo eiii que seria iniriossivrl a~ueiltnr-sepornl..;iis
alguni tenil>o. S o telhado de cirria est:ivnl por6rii. u m trabalha-
dor> ao qual gritou elle que lhe atirasse unia corda. Foi-llio
a t i ~ n d aa p.opria ponta d<i guicle-rape. Diimoiit pude ainda pus-
sal-n U cintiiin e: ecim esse lionto de nlroio, yyniliasta como (.,
subiu liela l i i a parede aciirii~;atr: ganhar o telliadn desgacasa d e
quatro a r i d a r ~ s .
J á nesse m o m e ~ ~láclir,rravai~i
to oa bombeiros, sempre piomptos
a tars ioccorrns, e o que st! s e g u i l ~foi o nliarilinrneii?o dos restos
<~~fraii~allintl<is do balico, da quilha, do iiiotnr e dos dr:mais ap-
pareilios, sinio todos - quasi todos coinl,letnmente inutilizados.
Calino, ab~o1iitnrneiit.csriibor de sua poderosa roritade. ?ia
tarde dt.ise iiiesmo dia eritrr,g..;ava Dumont á Casu-l,aeh<~nibie
as l>lanos do iiiecessor do D u , i i o ? ~ t T; pedindo-llie toda a iirgen-
ria 11a r o n s t r u e ~ ~ o .Lachaiiibre iiietteu iriEos i ohra logo no
dia seguiiite. D21 seda nada se aproveitoii: da quillin, alguma
cousa, e do iiiais, de certo r~alor,quasi nada.
Dentro de vinte e dous dias, r a l ~ i d e s essa de constriircio
que desiiortein os seus concorrentes, porque nenhiini ainda ehe-
gou a i d m r halao ou aerostato que n;io leve inezes a ser cori-
struido; - dentro de vinte r deus dias ficou prompto o Diirrmnt
Irl, destinada a estrear nos ares n a priiiieira seiriana de Se-
tembro.
iiiio fosse o desloeariiciito do hydroSs.t.iieo no bojo do balão,
desloeirmerito eritxo i n c o ~ ~ i g i r e povque
l, tainbeni o veiitilador do
baloni.t<? n;io funceioiiou corno d w i a -crrtan~!nte que desta vez
teria Duinaiit Iexw~tadoo fui~iosopremio ; liorqiir, para vencer
o vento de mtão, posto qur. fort,e: alcauqada e dobrada a Torre
em 9 1/2 minutos: ainda tinha o aeronniitn brazilriro a seu fa-
vor 20 112 niinutos para transpor a inetadr do caininho, - 5 1/2
kilometros, quasi uma I e p a das nossas.
Não h a querii rião veja que, mais dia menos dia, o famoso
premio vai direitinho para as mãos do iiosso Dumont.

Como já se disse, Duinont tinha annunciado a nova ascen-


são parn os primeiins dias d e Setembro.
Prompto o cheia o Duvnont VI, marcara-a ellr para 7, se-
ptuagrsimo nono mniversario da independmncia do Brasil. Como
a 31 d e Outubro se finda o prazo do premio-Deutsch, Rase ti-
n n a rgualmente apressado a ultima demão do seu Abiiaclor-Misto,
e snnunciara a respectiva aseensâo tambem para o dia 7. Coin-
cideneia on iigo, o aeronauta fra~icrz se recàchava no seu Ir@-
tiino orgullio e ia offerecer batnllia eainpal ao neroiiaut;i braai-
leiro, eni Argenteuil e no niesiiio dia, para vêr a queiii caberia
a gloria: si á França ou ao Xrazil.
Como se sabe; ás aseensúes defiiiitiras preceder. a;rensóes
de verificaç$io, uyros de enstiio. Esses gyros rffectiiararii-se i1 5.
Quanto a Rose, não iionve meio de faaer subir aos ares o
seu famoso dl-icclo~,o seu trausar1;intico ai'reo, composto da dois
melCes de 45 metros cada um de eomprirnentn. Bjiidiidos n
pulso, erguiam-se apenas alguns nivtros, e logo cabiam. I.rvou-
se inuito tempo nessa maiiohra ing1ori:i. Só subiam um pouco,
si ajudados; logo, porbn~, que fieavani entregues a si iiieimoa,
desciam immediatamrnte. A rxl>rrit?iicia foi repetida no dia 6,
com os inesmos resultados.. . negativos. Boee e seus a m i ~ o sfica-
ram muito tristes e todo o mundo clasiiiieou a couça de xiiaseon.

O Dtmr~nt 7 7 tem a,cora 2.7 inetroi de comprimeiiio por 6


de altura, e cuba 622 rnetros. O balon@tç é de 60 mrtros ru-
bicos. Gastarani-se no envoliicro 120 kiloti da niezma excrllente
sêda do Japso, alva, transparente e ibr?e. O ar deslocado é de
800 kilos. O peso total que vai 5r.r erguido aos ares t rt. 1iresen-
tado pelos lieaos pnrciaes do enrolucro de seda, da quilha, do
motor, de, Dumont e do maia que vai na quilha) i; de 480 kilos.
For?" do motor, 2 0 eavallns, com resfriaineiito de agua rni cir-
cnla<;ão. Força aseensional 680 kilos. Guide-rope, mais com-
prido que o outro. Em vez de 18; a quilha só tem agora. 14
metros de uma ponta á outra. -Helice de 2 azas. com 4 metros
de enQergadura:
Ko 11. 3055 de L'lllustration, de 1 4 de Setembio deste
anno, traçou EMJIISTEL AIME, do APITO-G'L~L~, um bello e cum-
plsto artigo sobre o systema aerostatico de Dumont, artigo q"e
passamos a traduzir, para que aqui se registre mais essa lumi-
nosa e insuspeita opinião emittida por um competente.
EMMANUEL Aiink traçou esse artigo para acompznhar o de-
senho escbematico interno e externo do referido h l a o , estampa-
do no mesmo numero daquella revista, desenho que, por nossa
vez, reprodnzimos entre esta folha e a seguinte.
Eis o artigo :
-<De todos os prnjectos de balóes dirigiveis secreta ou pu-
blicamente estudados de d g u n s annos para cá, o de Santos Du-
mont é o unieo capaz de ser experimentado no ar. Digam lá o
que quizerem; a verdade, porêm, é que em todo o miindo só h a
um e unico baião dirigivel, e que para v81-o 4 preciso residir
riii Faviz oii eiit;io vir ii;i', c i . IIP-se lioi. nenso uiii accideiite
ir foi o ijile ::coiiti.r:i.u eita. seliiaiiii: c triiii:, o billfio qnc ir pUrs o
harrnefiii c 15 s<r d~iiior;ir a l ~ i i u i tr3iripo ciii coiierrtu: - iii.iiliiiiii
oiitro o T-r:iii siihititiiir aciiii;~ (16. Sniiit-Cloiid; de Lorilrclittiii~,ioii
de \:riidr>ii. riitrc i, i'~:,.q;ir!,-liiosfirfici, e a 'l'nrre Eitirl. G)i~:iii-
tos ,,ao :@in eido r i i i i~l)l,iil.ciici;rOS c~iicome:it.r:~i:isri.il>t,írs 1i:ti:~
u Gr;:iidin-i'reiiiio do li.ro-Clul> ! S o eiiitniiru, ii<.iiliiiiii di.ilc~~
Inxruii rir Snct<i c,rgiiei.-sr: do ?.i>lol r*scpljt,o Saiitos Diliiiolit rliir,
>i iiuo ~:~ti;ft.;.as coiidiqiic-. ex~>se.sar (10 coiiciirsc, ~>i,loiIi?ii05
satisfez por dircrins \-rni.i oiltrns qiio l l i r . ~ G ~ I I ~ I ; ! I ~ , I I I . -S n n t < ~ s
nllllloi;t sni:li<,u, l p i ? , ~iiti;nliririiíc?o (:r:i~id~ Preluio.
«(!tia i:IPU o u ~ w i t odc, ter siclu o l,vi,nt,iro, CIIIC~: u:~ MIC-
inoravcl d,itn d<, 13 de .Jilliio di. l!lOl; reiilizoii niii trz~jrctnlu<:-
~ i ; ~ u t < , ui?~e~ d i c a c lCIITC
< i ~ o l ~ i ~ ? ~ lc,~ul~eci:h
ico >, C~I~P foi
. tiw;iIixa,lo
1'0'. uvx cou~u~issho l;rofiiiiiiiiai, eitrio iiissij de 1>1~iio nc<:iirdo i ~ d o s
o i ~~~~~~~~~~~~~~5 ruiiil>ereiitt~.i. d<,siiitcri,rsndos.
c\.c~sl:crii~iicia i, o ~l~i.rc.iso d<l Sílnt~li Duic?o!lt ICL<~ t@in
e t r Dvsde clnc l i i ~h;lli>ri Foi estii. :L 1,riiiii.ir:i i e s r w i
rlne s i l iiilloz xo nrroi~i,uti~ a i~xr~ciiq:iadr i i i i i 1iriyraiiiiii:i cia-
riiiiii.iit<, iiir:iiiilndo, C: riii q17.c o neroiiniit:~a~>i~i.í~seiitoii iiin i:l>pn-
ri:llio ;:Crc!o cnjtnz d r ~;.iici.r ns difiicii1di:de; ilr siiiiilii:iiito Iiro-
yrauiiiir..
il'v<itii de l>ni.tid:i jird\ir.ineiiie iii:~i.cntlo i i o I>.!?qi~e ;(pi.u.s-
ti~tici,:~po-te d<: rii.niiiciit.o.. 3. 'Yol.?e Eiir(l1: e ~ o l t ni10 lioictu de
i~nrtiiln.- iiii o qvc se C X ~ E I : ~ ,e, x a i ; :iiiida : - qi;o a ;~icriiq;ra
tissi. niiiiui;ii:ir!n 21 liorng ante; do iiioiiiciito da ~>ai.tiilt~.
= A s roiidiqi,e.i do c ~ n c i i r ~ foram
ii lii.e<iieliidns ;L 13 de Jiillio
riii I 9 itiiiiiitn; t:iii ir:z de ::O, t c i i i l i o ~ u i ~ x i i n o Ç O L L C C , ~ ~A ~ ~8.
ai: .Aio;to, 11orCm, couse~-ni.i Il~iiiiuiit reloeid:id< iiiuito nrnior
,]me n. exi;icliil e ciii irieiioi d ~ 25 : inii~iitoç terin ?!ir i.rnlirudci
i d a e i o l t a , que $:ia 11 I<iloiiietro;: ai ii:io >e t i r r s s r dado
:icrideiitc d;i ~:ilrul;i: :iccidi,~it,<, que, P O I I ~ O T I I : L ~ ~ Zni Toire I,:itr<!l,
r,iit;io o rl~,teveiio iiioiiieiiio eiii qiir ellc: j i esta\.& de volta 1u:in
o 1%.L"',,"'.

xl)i~i:i<~iltiinv<y.l~.i:eiit;io iio D i i i i ~ u i ~ ?I.; que s<: iiiiitilizoii


rlc viici,iitril ;ion tellindos dn G',.ni~rT:a IIotel do Ti.oczrl<.rol i i r . rua
hlborii. X;r tarde d<,s:;1:~ii<~sriio diii coiiir<:i,n elle o Dl~inoi!t ;-I
,,UP, :: 1." d e Geteiiihrn, rlnlii a 2 h l i n s ) e s t e r r pro.iipto e iieciii
caiiii>lc~taiiiriii!!clieio.
«(,)ii;aiido sc iiii:ixiiln quc niit~i,;;iiirexitor<%. l<,vnrii :tr~xose
nriiins trnbnlhniido scci reaultndo na c.;<.ciiq;,o de s<~iioprujcrtos
;iero~ia;iticor, n;io lia rpiiir.dio siu%i>ndiiiittir qiie I I ~ ~ n m nrrroii t
uui iiiodi,lrj rclntirariierite pratico de bnl?io ~lirixivel, i i i i i typo
que: scrh daqui por deniite clar-ico o Ilopnlar, e ~ N P iio , caso
]>or e s e ~ ~ ~ (que
p i o D C I I ~tal i130 ~ieriiiittn):de :iisiiiii novo sitio
do Paiizl 11oder;l ser cuiistruidu lior sCrirs. - doiirli:. n fitei1 i~ii-
~>ruviznqiiode iiiiin esqnadrilhn a<lre>ideiitro di. poiiros dias.
U T ~ Lsi~nl>~.es
O qunilto eiigeniioio, (: jX iircessari;iiiierite inii-
tado 1wlo3 :wron;iiit;is qiie si; visn~iicoii~triirçüesr;ici<,iinesl Dii-
moiit i i i o f(.z o inniior mysttTio do sei1 syateiiia, r liem sirliirr
yriviiegio p;ri.a elle; tniiio q u r si o r < w bal%i> n;io cztií
splldo exl>eriiiieiitadu no ar, á vist:~ de todiis, <,stni.i~eiit2o eiii
seu l>cil.nc:to, eonstnnteincnte fiiiii<!uen<lu ii iiiais iiidiserrta ciirio-
~iiliide. hIi!h;irei do vezes t<.m ellc sido p!ioto~;ipli:!<io: tarito iio
todo coiiio iins liaraes. Por iiltiiiio ar@,yar;i sntisfaz<.r os i~ite-
re~sndosque se tiiiliain torii:i<lo 1egi;io np6s o grniide rririior coli-
jr!rlnent<> tis seirsneioune3 ex)>rriellcias d::stei uitiiiio3 iiieaes, teri:
o aeron:riitn < ~ ndtisri,!inr
<~ o 1il;riio exneto <1<i D i i > i i o i ~T%
i Loje
puhlicndo por L'Illi<strc<f.ioi~, e roin iinia ligriidn q u s torixi
iinmedi:itnniente clara a eoiiil,re1ieiii%o tnctn do rr>i:jii~ito coiiio
d e suas 1iart.e~priiieiiinrq.

<:Teia o bnizo ;L fónnn de iilongadc <.llipi<iirle, ciijns c,ixi>s


ii>edeiii, n itiaior 33 luetrns, o iiienor C. 1'rO;i i! t~iilia tiriiiiiiaiii
r.m concr-. Ci11)it W h i i e t r u i . Dl~slorn.800 hilus do ar. O eii-
chiiiiciito i: de liydrogCueo iiidiistria! prodii;!iilo pela nr,çi~o do
nci<lo sii1";irico diluir10 wlirc npnras dr fi.rr<i. sen-irelinerrte iiiais
i~<,saclorluc o liydroKêiieo pnro, ;>rodnzicl:> pel:~ el<.rtrólysc dri
apta iins ~ , z ~ i n ad::s Liiecri~:i,r que, seiii ;.i.aiid<: niicroiso, oiiclieu
o b::i;iii 60 ronde Zei,lirliii; -ailiii,l:c IiydvopGiieo s i i trin rliir.
crcuer rerca de 1.100 grauiiiiai lior iiirtru ciihico. Diipzii oDi!-
> i i & i i 1-1 de nma forya narcnsiniiiil total d r 680 kilos. Si dti tnl
peso se deduzir o do enviiliicro de seda. o d : ~quillin. ei>iii os sriin
riiachiuisinoa, < t r . (AS0 kilou:, e ~ii:iis o do :lr,ronnlita :ó0 liilos),
~cstniii150 1;ilos para 0 1;ijtro d<: srygurancn,
« O eiirbliicro, que pcen 110 kilos, i. d<! scda japoneza iiiiii
furtel iili.issiiiia r t,ransparr,iite. Cirico iiiLos de olro de lii~hilqn
tornairi-na iiiilieriiirarci.
«P:irn o lado da lirh - iiiiia í a l r i i l a d r 40 ecntiinctroi do
diainctro e de diil>ln tampa d e iiogiieira. Essa diil~latnmlia i.
nbcrtz, yor irreio de nine rorda qiie rorie <loceiiieizte iiiiilia &I<%
de seda, eiivrrnizndn, presa an euvoliicro. e eqja poiita. 7-eiii ter
á bnrqiiiiihn. parto da i ~ i ã o do a<~roiiniitn. E' por ç l l i ~que .r
esvazia o balão, quando <?11< desco t! pousn c111 terrn, si lin
iieceseidade de esraeial-o; ella póde servir egualrueiite I>ariL
soltar ligdrogfiieo durante o tr:ijeeto, caso se telilia elle ali-
gmeiitadn á, iiifliiencias da i r r a d i a ç ; ~solar
~ - e ea50 deixe a forqa
;rqceiieioiial ipor rniiiro aii;i~ientnda'~ de lioder ser coiril~letariiente
rqiiilibrada ~iclaa c q k dy-nniriica d : ~helier na p3p;i: acção essa
ext>rcida na e.xtreiiii<ladedo eixo da quillia -inclinado fnvoravel-
meriie ;i clescidn. E por iiltirnu, serve ainda para siilil>ri~iiirn
inarcha airencional, n a iiiiitiinencia de qiinlquer perigo. Foi
iiicnritrita<-alnieiitr a essa h e , no momento eiii que,
de~iiiniite1;ad:i. a Iielice e, ji sem lastro, f ~ i g i u o bala" das niãos
que o drrinliani - d r ~ r uDiirnont a vida,. quaiido se deii o ;LC-
cidente de 6 de Meteiiiliro.
'I'eni o balno: iim na lirija P outro ira popa, dois propnsitars
~ e n ~ r n r 1 o .i«liiinnonux
q de decliiriiren) imbiitidos n;L $da, remeri-
dos que podt,iu ser siibitaincnte arrancados i puxadéla de eordi-
iilian que, rlescendo de po16 eiri polé, \,no ter ao resto do aero-
nauta. .irrcbat;~dou esses í.eiiiriidris, dnus xri~iides buracos d2o
saliidn a o h-drogêneo, e o hal3.o se e s r a ~ i arapidanirntc. J&no
Dtii>~<iizt ifiiiiecioirnraiir esses rriiieridos, por oreasiio dos drias-
tres de 13 de Jiilho <. 8 de Agosto. - Greç;is a ellei pode Du-
mont a 13 dc Julho operar eni tonil>o a. sua. descida na chncara.
do h a r h de Kotbscliild. evitando a quéda iiiais adeante, por sobro
os telliados do eaearPdo de Boloulia; praças a ellos pode tainbcin,
a, 8 dr Agosto, evitar o ehoqiie da Tome Eifiel, a 300 niotros
de altrira, ehoqur. que Ilie teria sido fatal, e que fii coiivertido
em clioqiir! menos terrivel (rnas ainda assim perigoso!, dado de
encontro h coinija do Grnlrde Ili,teI do Sroeadero, a 32 riietros
do sola.
«Cosido eiiibaixo, iio eiivóluera, e oeeul>:~ndo-llie o meiol
fica o btllon8te, que cuba .5O inetros e c! alimentado de a r por
uni ventilador.
.O bnloni?te compensa as vaviações de volume do hydrogêneo
preso no balEo. Nilo ha balonête nos baliies redondos, usiiaes:
porisso o volume delles varia de rnornento a momento, quando
estno siibindo ou descendo, donde o fim rapido das viagens, de-
vido a perda egualmente rapida do gaz.
~ E s t idernonstrndo pela experieneia, que, competentemente
enveruizado, liberto das nocivas influencias da atmosphera, qm1-
quer balão conserva por meaes e mezes a sua energia asccncio-
na1 - uma VPZ que seja captava; torne-se elle, porém, livre, e
ninguern ignora o esbanjamento com que liquida em ponco tempo
toda essa energia.
< O balão qun tem sido obstinadamente empregado por todos,
esse balão, tal como nos veiu do seculo 18, não póde absoluta-
mente manter-se em equilibrio, permanecer indefinidamente n a
atmosphera. Vai fazer 120 annos que Franklin, perguntado
s o b e o destino do balzo, r e ~ ~ i o n d e icoiii
i Iacoriisiiio I>rolxio de
u m pbiliosol>lio e rnntliematico:
«- E' nina erea,iiça quç :ic;ibddc iinscer.
asaliido das inRos do l > l i ~ s i ç oCharles. o aerostato 6 n a e t a -
inerrte liarecidu com a crrauqa que nc;iboii de nascer aleijada,
com o cordso ~iinbelicalabarto. Asaiin traz o bal5o em si n
ferida q ~ ditiicilineiite
~ ç f e c h a r i - o aplieiidiee aberto, por onde,
emquaiito sobe, e si não qiiiaer rstoiirni.; tem que dar saliida no
gaz interno dilatado pela rarefricqão das caiiiadas armosl>liericas.
Eis o seu vicio redhibitorio. For mais paradoxal que isto pareqa
nos ~>rofanos,mesmo ricorosaiiie~iteestanque t2in estado de cap-
tivniro, o balão n%o 6 frita parn s i r e r noz ares m t r e g u e a si
mesino. E' que IR se esvazia elle eiii breve, devido i sua en-
feriiiidade original. h liberdr.de Ilie P fatal. Soltar u m bdXo é
siniplcsmente u m modo de e s ~ i ~ z i a l - o .?*To riritanto, quaiido elle
se thrgue, ao rêr-llie o iriovimrnto nxar.estoiol que seml>rc e t50
vivamerit,e' impressiona as ~~rultidües,n2o lia quem náo jul:.iie
q u e a atinospliern t o seu meio iiatural; não h a qurLin r.ão s u ~ > -
ponlia que ellr póde pairnr iiella ind<:iinidninente, nella ciieontrar
o seu equilibrio immutaoel. coiiio o da rolha em cima da a g u a .
EIQ
I rsperitliçn! Ri os bslfies sobenil rielles se dil:it;i o gua que
erieerrain: dilatado, lierdeiii-ii'o; <i, i > c r d i d o , d e ç e e t i i . Kuiiia
palavra: - os lualõcs são nutonintos clieios, que meeliar,icamente
s e rsvnziaiii logo que conxeq:im a fiinrrionar.
Cheios e equilibrados logo acima do solo, alijada n primeira
porçgo d e lnstro, os halües sobein a certa altura. Durante a su-
bida perdem gxz pelo orifieio inferior, porque o volrirnn do Kaz
auxmenta proporeianalmente h ditniriuição da pressão. Arreba-
tados pelo impulso, t r a i ~ s p k i nos hnlùes a siia altitude de eyui-
librio, e continuam n perder gaa. Afinal, param, - riias quando
ji eatão rirais p a a d o s que o fluido desloendo.. . Começam então
a descer. Eil-os ji perto de teria. Alijn-se ontáo mais lastro :
-recuyt!ram assi111 iiova força aseensional, que os arreinessa a
u m a aliura superior i primeira. E assiin por deante, a t t que o
lastro se acaba.
e Dado o impulso d e aranslayao horizontal que o vento Ihes
imprime, vão elles desenhando fim siin tra,jectoria urrin sinuosa
curva asceirdente. Com essa marcha, que l l i e ~é propria: como
que vjio traçando as ondulações de n6rm.s vmo,~tanknn Tuusas, de
topos cada vez mais altos, suceessirameiite. Vêr-se eoml>leta-
mente livres do lastro, eis o ideal dos balões, e, uma vez livres,
eii-os que sobem para O ponto mais alto do trajecto, para logo
descer e n%o mais subir. Sao cnnio o viajante que, ao chegar
a uma encosta aicantilada, 12% f6ro o q u e levava dc inutill e
para ciina avniira teiiai.. iiào linrn l i ficar, siiiio parn inpido fia-
r i o t e~ I 1 1d e i t e L i AIeiiiin rias
ijhasi?s nscrii<leiitrs, t,odu o esTorqo dos h;ilües s i i triirle n iiiii í i i i i :
- ii soli>. E, 1,or ~uiiis~ i e ~ t i e i t ique ~ s sejaiii as i,ini;obr;is, niiida
assiiii ni,riiiçuiii <,i!c,s fntsliii<iiiti~o ii~icsinin absoluto da ciirrn que
coiiiec:iriiiii ;c trnc;nr n o rspaco. Coiiil>lt,r;~iiiriit<: rxgott,ados, clre-
, ~ n mno iiit,iiiio (10s to1104 de si(i6.s m<intnnl~i%s russi%s, e de l i des-
lizarii p<,la vrrtvnte olil,ost:i, : ~ t @ yiir ~>arniii I ~ I I I hais<i,iio inllt:.
Esse i.;rl>ido <arxottniiieiito dos h;ilíies, iluaiido ein vi:::rin,
<: uni iin:ur:ii effeito dn asierts;io, iiiiia coilset(iienein iiicrliaiiien
da r s ~ ~ a n s % rioo g:iz .i ,,rensho gr;i<Intiiair!riite deiresoaiitr! do iiirin
ni,ravess:idr>. E a s i esliiciis>i<it<:in f:xtnlriit.irtí? p n i <.ai.ullniio, e i i r
rndn eiiiio d:ii ~ii~iit/cizlrasI . L , . T S ( I S , n f i g a do fliiiilo eplieiiiern pelo
oriiicio iiifc..rior disposto url /to?, - a 1iei.d;~ i~iteriiiitfrriite de u n ~
i.oliiiii< de g;rz ~iro~~orcion;i.l i cal>aridnda cubica do ha1;~o e B
altitude alc;iiic:;i<lo.
~ lielirits que gwain iiia~-iriientosrle
e Os h;il;>rs d i r i ~ i v e i sde
siibida <>ti di-erid;i, sni:;~iri <.s.;e defeito capital, pelo iiietins riii
xrzncle ~~ttrii..So<lns os eeriliiautas dcriuiii, liortntito. l>r<~fiaril-os
drscle jù :ias cii~tros:- i ~ l s t r u , ~ ~ e nat o~sc l ~ n i e oque b iieiiliu~iini.nr:-
tngern Ilies ufferecciii.
c S<i fiitiiro; jti dist,niitrs i>s neoiite~iiiieiito~~ qiinnda i<, puder
;i~lx~ilatai.da ~\-oli:<:Ao cl<r Iinjil, na bi~lGe~be s j > h ~ ~ i cenfiLn ~ s , ~0111-
paradns aos d e @rii?n r 7 e rhaiirtii, ter?\o, iia limdn doa t,einpos
I>":liistoriios da riavegnqh nCrrn, uni aslirito iribiiiil e groteiro.
;\s sii;xs i-iagsii, iigum1:iio collw col.lldns de tinn,s; <:onipi,l.i~diui i i
regatas dos iiítc; :ii:reos q i ~ ,60 . trl. IMIS ]>rirn<iirotlieatro o Bosqriir
de Bo1ciiib:i. < , por liriii~eiroliiiitr i> yurte-iiiúr qiio Eiffrl iiein que
t,zlrtta o siisl>eitaas<-)l i ~iiantoupara os arruiii.ut,as do seculo vinte.
« Caii~a~nirirlo-seá direçr;io dos baloes nlongn<losl Duiiiont
deixa nos rotiiir,iros os bnl6rs red«irdos, <lu<,lsi Suiierioiiniii por
certo teiiii,o. s i i o fizeiii zi custa do Iiistvo rpie ;LI~J:LIU, - 1!11nil-
tastie:is ;iiiipiilliCtni 4,. iiin si, bojo i! que se iiio viram, alnpu-
lliêtna rujo coiiteiido, imngt.rii fiel do terrilio, eoiiio rlle rios ;ires
;e I ~ e r t l ~-, fiigit li.i.?~~m.~li,ilr.
« CoiiiL,nra~ o :~erostnto :L ulna boi:, f l n c t u n ~ ~c01110 t ~ , O S:>,zeni
eoiietaiiteiiierit~,6 querer iiresino illiidir-se roin iinm liarecenqa
V ; L ~ ; L . A boi& 6 estartil, por oriyeiii; o bnlBo enlilierico, instaviil,
por ""tl,,"".c.
a d vrilia e nfi%,qadaesliernncs di! jinirzrr iiidefii~idaiiieiitr. no
rspnqu, H custa cxclusirn dn ynz e do lastro, i.; iia desvairada
iiiiaginnqio doa inventores, iiiii;~das ~iiilfiii~iinsl>or qne se nprc,-
seiitn ri ;iiitiscir:ntifica. liias seiiiprc dileeta e ~ocliietar;~eliimrrn
do iiioviiireiito lierpetuo.
<<Sitniito iiie eiiipviiiio iini desfuzi:r siuiillia!rte iilii:;io, r'
poiqne w j o que rlla teiii sido iiiii dos iiiaiores sirtrii\.<is ;to jjro-
,qi.erso da loeoinr>?iii ;i<:re;~,teiido arianriido <>rii~ellioii~< esjtiritus
para a pesqniza 1 r ~ u ; ~ t ud ar ~<lirec<;%oiio pli~iioiinri~iiiit;il,aiitrs
que se tivessr ics<,lviilo: aittes nt6 qne si, tii-?:.e ~!sr:~lx~lcrido
sobri? hascs racir>ii;:cs a <liii,si%ofiindai,irrit:~lda <lirr.cC;ii, iio lilaiiv
rertical, - prol,leiiia esse 8-21, de (luc '1 <.quilil>rio ni,ro;tntica <:
iiiii lado I~articiilnr.
*I)uiiio~ib ter13 o iiierito de rt.iiiiii. <ieqiiilil>rio r, a <lirecq:io
[ q u e oiitro; romuietti!raiii o erro de ae!>i&rnrinri:ii al,l>:iri~llioque:
siiiiriltant.niiientr! satisfaz taiitu ás exi:l;;.iiri:;a <lu i i i < ~1íi.e i ~ COII~O
i u do virais p~stldocliie u rir: rloiid<i a rrcoiicilins%o deite% dons
ini1;20~iuililiyos : - aer<iiiniitn;, - :i\iadorei. 1.: t%o ndiiiii.rive1 i.
nhi a si~iil>lieidadrdos riieios eiiil>rcgndui cuiiio >% iiii1>ortiiniia diis
rezultados ubtirlos.
«I)urriorit dotou o stni iii~iirinireo de iiiiin l>ri,aao dar-llii, o
balonPto, o riiial iiiaiit,rlii o l o eoiiitaritoiiieiitr :.iticado
como a ~ ~ e ldt! l e i i ~ r t t:iinbor - o qiir faciilta no 1iydroç.Cneo u di-
latar-se ou eoiitra1,ir-'r ;<WI nadn l~rrtlrird r si, e sriii iiiaisricii-
Iiiitii iiiconveriieiitt~: rrgiilou-liie n iiie1iii:iq;io do eixo eiii senti-
rio farorarel á. siibidn, :i dt,scidn 1 no r~rliiilil>rio do systc,iiia,
ao diitnl-o eoin o l>e;,u ~ u o v r ldo g~iide-i.~,vr,,o q11a1, pendido II:I
ixim c. puxado por ~ I I Lcxdi.:. lilidi. nl>lwaxitii;ir-~r?iii;~is,>ti inr-
nos do eciitro dc gr:~vidiide do syste~iiii. Si o I,nl;~o t , s t , i ~ ~ cciiii er
a. pr6a ~ciiiliiii:irln, hustani iiiii ii~il>iils<i<1;~Iie1ii:e Fira fazrl-o
suliir; si corri elia drscid:,, t i iiii,siiio iiiij~ulso r> fiini descc!i.: aiiid;i
cotn e,we ~ ~ ~ e si tnn lmj ~ ~ l sfic;;~ri~
o clle ~ ~ I I ~ L I P I >w? Ii L~equilibrio.
~~ d~sdc
C ~ I I P o se11 riixo ~ O L I I P e ~ l l : i : ~ t e ~ l<l l~~i ~ i i l ~ i ~
p~siy;Lo
li,r \:isinh:~ li^
Iiorizniitnlidnd~,liosiqùo essa qiic se coiisiyiie coiii a distribuiy%o
d a cnrjin.
«Tudo isso explica :i raz;io l>or que Diiiiioirt, senhor de seu
equilihrio, ivao passou dc 270 iiir!tros <Ir altitlidr nns iiiiiiii:rosaa
;~serii<:iiesde 12 d e Julho, friias durniiti, r(u;~ti.ollor8xi.
« O s bsli>es-Diiiiiorrt iizo I,erdeiii liydro~Oiieu, porque nii,
tpm iieerssidade d<x liaasar pc~los col~iis,c;idii. vez iiiais altos, das
nPrei!s iuoiitanlins ri.ssas. T u d o , liois, se ciicadei:~: - o h;iloriCre
que, iiianterido a residrz du I,nl:to, tlicilitn. a p~oliiili;io dii lic.lice
r ;L dircir<;ào do leiiit., colicorrpl jiwt:ii.iipiite l ~ o r i s ~ opara , a rqui-
lihriu nrrastntico ; - a iiicliiins;i,i; do eixo, <que, detcuiiiiii:iildo :L
:~ltitiide, iiiariteni o etliiilibi.io iierosratico e coilse~.\-;i a bvdra:r~-
imo, tambs;:i l~oriss<iconcorre pnra a t:stal>ilidade dn toriiin do
twl2o, correlatira. ii sua rigidvz. As proliriedades i! ns iirniiobrns
dos di1-ersos oraanis iniitiiniiieiitr SI: aiixiliirin; uiiificaiido i-iii linr-
irroriioço rorijulito os seus resiiltndlus.
~<'ii.stz>scondiçíies. o bibko alongadoi que, relativainente ao
Iioriionti.. tain o eixo ~riaiçoii menos i i desempenha a
fuiiiicqào nt: uiii r i e i . ó l ~ l r r i ~ od<: sulierficie criiLcp;r.nl si riie dno li-
ceiica de reunir essa3 ditas lialavras. I'orqur n%o'?! Cliainaiii-se

siiperficii coilcava.
.
ai'riilii:iriiii. oiii avincAo. ~, ,zi>riarelbos
~ L L A une ai>reseiit,zin ao ar ulnn
L

a F ' ~ s t i >que y;irt:ca provisoriiiiiieiita definitivo o balão-modrlo


cr<.;ido ,><irI)u%uont&>ois esse bnlho jR é, 1 1 ~ 1 ~ t i ~ t ~~~utaidCli,s;i.s co-
piiirlo piir outros construçtores de balões diiigiveis) - a rapidez
de sua trmaforniac8o t cousa que n j o 11ad<!cr duvida.
<<Ih;a trn~isforiiia~no está iiitiri~ameite1ig:~daao rnotor leve.
h' nx~diilii.que for diminuindo o peso do cavallo-rsapor, menor
tanihriii irá sendo i, forca i~scrricioiralbuscada por Duinont no
hydrogCiieo, e maior taiiibem o accreseiriio dynainico da belice.
Afinal, l a de vir o dia eni que, sem ~ 1 1 ~atomo 1 siquer de g i ~ o,
acróplnnr> coiivnxo será um aerbplano propriamente dito, librado
nas invi9iveis azas de prgasos-vapor, cujo peso ser&, iiiuito,
de 2 a 3 kilos. - Eumnuii~Auifi>>.

Estanios agora 1i~rfeit;irnentehabilitndos a seguir os passos


de Santos D u ~ o o ~ i t .Astistninos, pois, i s suas novas exl,erieiicias
com este balho.
Seteten~.bru,5 . --Neste dia, em presença de alguns amigos,
entrri os quarn se notava a principe Roland B o n a p r t e (que era
tini dos rneiiibros do jury). fez Dumoiit, eni carscter inteirainente
rri.ervado, a primeira experiencia com o seu novo balão.
Terido essa experiencia dado ercellentes resultados, outra
foi ninreada para o dia sr;uii~te) egualineiite particular, mas a
que poderiam assistir os que se interessavam pela prova do dia 7.
Srteli~hro. 6. N a niaiihan., nois.
A . deste dia.. "i&Saint-Cloud
e seus arredores transhardavam de gente de todas as classes, desde
o ~irofissianal,que ltí ia levado pelo interesse scientifieo da qum-
t:Ò, st<: no eurroso vulgar, que'buseav;~ apenas s a t i s f ~ ~ z ear de-
sejo dr! ver um homem nos ares, luctando contra ventos iiiirnigos.
.Jb por esta epocha a ordena do diu ern Fariz era a udirecç8o
dos balóesu, e Dumoiit talvez o horneiii mais popular daqunlla
vioiasima cidade. De toda a parte ehegavi~me iam tomando lo-
gar c e n t e n a s de bicycletas e autamoveisu, no dizer de um
clronist;~,vrhieulos que aeornpanhariani o baluo logo que elle
partisse, iinmenso e ~iittorescoyr8stito de Iionra, que continha
em si iiumerosos amigas e adiiiimdores de I>un~ont.
ddeante: atrnz, para a direita, para a esquerda, o povo se
derramava a pouco e pouco p l n s estradas e pelos pontos mais
altos, .i espera do inoincnto em que o ili[nioi!t VI, crn l a r p e
serriici viio, ofieqante o inatur: Ilies liassassr? lior eiiii;~das cabe-
?as, 110 Seu camir1ho de gloria.
SAo tinha. o aeinpo ainanlincido bom; bastara, porCin, !ue
nao estirease de todo niau 1i;ira rnaliear Dumont a sua ascensao.
A's 8 horas e tariro foi o balão largado, e logo :I poiicuu
rnetros acima teve de dar batallia a uni veritn eontr:irio, rmlireia
d e qi~<!se foi sahindo como espnriinrritado qi:iieral que o era.
Navegando para Longch;rriil>s, gaiiliou 1.11~rapidamente uma al-
t u r a de. 400 inetros, e: quando chegou aos campos do hipl>ódro-
mo, fez da meio atreo eiii que estava o seu liul,~gonodo cxpe-
riencias. Sruse 110Iyqon0 dern~rnu-jí'Dnlilnnt cerca de iiora e
meia no espaço, tempo gasto rrn e.volu~:i>t!sditiicris, r m vôos ora
verticaes e de audaciosa iiigreniidatle, ora horizontaes, de eurras
t?m qut! os raios muito se eipicharam 01%si' encurtavaiii i siiii-
ples \~ontadrrda riião perita que grria~-ao balio. Descidas ra-
pidai, obliquas, em lirilias rectna, oiiduladas ou quebradas ; drs-
cidas quasi a prumo, -tudo realizoii Dumont com tnrnniiha Iia-
bilidnde e t,âo notnvel certtieix: que atb (rollio o «oro d r Colombor
depois que ficou de pi.) parecru a todos a rousa mais facil e
mais comrnum deste inundo, p;Lreieiiça que i i i o iinprdiu ao iii-
telligente povo de Pariz de acclit~iral-oconstante e deliraiite-
mente
A's 10 Iioras e meia pi~xnii elle as redeas Ígzride-~ope) ao
seu corcel aéreo, que, subinisso, baixou a c a b ~ q a e desct!u a
I~on;eiian~~s, onde a enorme massa popiùar o victoriava estre-
pitosarriente. Ahi pnroii itporias o inouieiito neeessnrio para dizer
aos amigos que a fossem cspernr n o @f6 da Cusmta (I), onde
liies pagaria a aperitivo. Comrnunieou-llies niais que tudo l h a
corria ás mil niararilbas ; que o leme precisava de ser maior, -
e que o motor exigia tambem urna pequena inodifiiaç:~~.
E partiram todos, <alie lielos ares; os niniqos por terra, nas
bicycl?tas e nos automoreis, todos para o Cifi da Cascata.
Dnmont voava em liiilia pnrallela a Aleilida das Araeias, e
por rasa linlia seguiu ati. á ponte de Saint Cloiid. Atravessado
o bilipódrorno de Saint Cloud. eis que: tio transpor o parque-
Rothrcliild, de novo o p~irle-ropr se Ilie eiriman~nha tia c6pa
das arvores, P detem a marcha do aerostato. Foi entao preciso
ap'ar t? faael-o puxar e mantni. pelos cabos, s<:m a que teria
:sido impossivel o deseinn~~raribamentn do guide-iope. Assim sc-

(I).- Este bolegoim tlroo o sen nome da casoala da Bospue de Bolonha, par Ibc
doar nas grorimidades.
guro. Biictilavn o Duiitoiit 1 7 a l~cqueiio nltiira, dr:tido liclns
iiieos do; ;iju<lniirrs du iiosso aerniiniitn, os ,lu,ni,s ri~i%raiii de f a w r
u 1>;1~1r1 de rcrdadoiroi rrl-ioeadort:~terci%rtresl > a r ; ~ e ~ a l - O á 1n:ir-
g r m o1,po*t:i dca. iim Inso du parrlne, uiiico sentidi~por onde l ~ o ~ i i n
ri bal;iri ser l,iixnili>. Duilioilt suhiu ent,ho ao ci,sto uu bi~rquiiiiia,
1>ari1 de 18. dirigir iiielhor n coiidtic~:~o(le tudo e, coin a p a ntC
iciiitiir:~, Iiiixnraiii os iioiiiciis o aerristato :%!,I;. ? i
"IItI'n ~~laT~~~111.
Antes, l>nr<:iii,tinlin Iluiiioiit tidu nc~eeuaidndosbsoliita de soltar
uiii puiiro do Ii~dro;C.íiro eoritido iio rri\~blucro;e,. agora, soiil-
in;iclas :i isso :~Igniiins lii,qii<.ons avtirias ri,riticadas iii~ quilha r
<!iii outros oi.gains do systririn, decidiu qiio o bnlzo sc:tiisse :L
i.ebiique 1iar:r Soiiit Clorid, afim d<: receber e111 61!u bnrrilc30 05
de~irlnçii,paros.
Sniiit (?liiiid r s t s r i ~<>iitio;i iins 500 iiit:troi ,I<. di;tniici;i, e
o rel>~<~;ie ia so f:~at.i~dr>ieiii iiiaior novidade. eoiii IIIU ;rilii:cln
jovii~l i. ruidoso, seguido si,iiipcc pi.1;~ niiillidi~o iiic:uiqi2rel etii
nirlainnr o ;iiidiicioao niXrnii;uiru.brziilciro : - - porqne i. prei.iso
~ U V nrlni 3c d i g : ~q11<! tal ;iccidriite irao diiiiiiliir, absoliitaiii<~rito
eiii irnrl:~, r i I>riiho d;bs eonquiso~i u p e r - t r r r r i i ~ ~ sn Loii~cliilliilis.
:i jti tarrtns vezes dt?iiioiistrníl;i. victoiin cla a diri:rqho » dus hnli>es.
d iius dreselitos iiii,rros ndeiriite: ~ 1 1 ~iiovn 1 eiiipreilho aiite]~òí,-
se-llirs i iiinrcha a i.ehorlue. Ahi, ~ ~ r de t oSnint Cloud>pas%tm
subl.e l>ost<,id e 5 ~netl.osdo solo (15 rnbos acreos de i i r i i a . liiiha
di: b ~ i i d i .t!lcctricos.
~ Vuin rlii?iciil<ladr o i\vei.r com cp,: o hal%o
trniiçpw<~ssekt;ies rahor. Coiiio j:i se disso, I > i ~ n i o ~dirigiil ~t da
harqiiiiilin us seiis nuxilinrrs. L i x-eiu o lii0111ento e m que O bn-
120 os lozriiii :-arrrbtttoii-lli<,s ;ta ccirdns e, drsiiinnteledn a. lir.-
lire, çoi,io t.stiii.n, i r i p v e r i i a ~ r lo Iriiie, c: eiitri.gilr a uii? reiito
forte, til-o giie d<: iiin liulo soh<i loxo a 100 iii<.t~os d r nltiirn,
1r:raiido coinaigo ii<-ss<< subito i: Iit.rigosissiiiio vi,o u ouando ncro-
iinuta, cujos iiltiirioi iiistsiites pareciarti estar ruiitndos.
Foi uin iiioiiieiito terrim1 no srio dn iiiii1ticI;Lo.
Eiri iiieiios ti,myo, por411i; do que o qiie se gasta vin iinrrar
o f8artn: Dninoiit lni~coiiiiião do roriiedio lrti~iaiiirritr!iiiaiiil~ulado
p r a ULU gol110 de mestri ein occnçiiiex coiiio e r t i : - z i i i !, e o
cordel :irraiirr>ii iiin d«s rciiiriidos l>roposit;~rs.dc iiiodo qiir o
bala" ir;ro foi anl6iii dos 100 iiietros.
Arr:~iic:tdo o .~.eiiieiirio, essa tniiil,n postiçn (-«~~niairwrzr.t d,!
rle<:liii.i,i.ea - j, o atirost,nto foi fienrido cada vez iii:~is l~i,sado, r
drseeiido tninbeiii roiii inais rapidez, ntk que ~ e i udar coin a
quillia om trrra. E, serii teu perdido a vida, ~iiaisuiiiii x.ez re-
sistiu o teiiirrnrio piloto n t;io ~>erigosoclioqiie.
Qoniido se rerificoii rlur U~iiiiuiit <.atava s;ilro r sAn, todi~s
as bVccns ntronr:iiii os ;&regiiiiiiin coiiipactn e pr~iloriaaclnn\-a$o.
I ) e iioro 1,reso eiii tcrni, asseiitoii-se eiitio de i de
iiiiia vez o en,-iilucro, para iii:iir. f:icilineiite le\-al-o u Saiiit-Cloiid,
dt! nii<lr, coiicertadas as yi:$neiins ;~rari;is da q~xillm>do I c ~ n ee
da liclice, outra vez partiria ein breve 1iar;i le~iiritaros lOu.000
fritiicos.

S % n fosse tal accideiite, e o i <7c ,S'~fi.ie,iihi.o,Ia iiosss 11ntri:t


liistori;~teri;i entregue a Uuinoiit o gordo e ~itiiissii>io preiiiio-
ntsiit,~~li.
Si lia, yor.Ciii, n a lirilia evoliiti\a das i~iverições~ aquelln arqiii-
si<&" crcse<,iite de riouas c iiiclliorcs q~~iiniidades, que rnrri.epi>ndr
ai, yri>px.sso da. hereditirirdndit lia liiilia gt:iictica das esl>ecies
n i i i i i i ~ ~ ~e eo~ ,lia, - asora ninis neiiliii~iiadu\-ida ~ i ú d eTestar d r
que ?$to mesmo U Z L I I ~ FTI,
O Icurado
L ~ de sua jlnaiagi:il.i~ enr:i~l~ií.-
c a : c o i i s i , ~drfiriitit~nnie~itc:
~~ n victori;b qiie a si iiiesiiiri irnpoz.
E 4 ~>recisogurt :issini si.j;r.
E' l~rreisoqiic (já que foi rrse o iiicio escolliido 1)ar;i t;il
fiiii, I'nrie euris*t;re por tal meio :i dr,;cob<!rt;~ji feita prir iioiso
illustre cornpatriut;i. desde 13 d e ./i,71io. Si llic difficiilt,am o11
l h e impodeiii tal coiisagrnqZo. a si elle s<, aborrt,ce r. deixa d e
concorrer ao prcriiio, e a oiiti.t:iii o diu. - tal G it condiqCio diis
~ : a esse outro 6 que cnheri
roisiis, ~ ~ e s t ,I, .~ I I I L ~(li18 glorizi,
;iiiida que inde\.idntiierite.
h historin. do C h l . i s t o ~ i ~ Ç~lo1t11in
~n e A~~lel.icoVCSPIIC~O Te-
iv,t<.-si: iniiitu mais n iiiiudo do qiie s r peiisn.
Diiiiioiit, p o r h i . r o u ~ ~ r e l i e l i d e i;ti euiisa iiu :&r; r~koes1110-
recerii.

. T i por epodlia se acli;ira o Aéi~o-t;'l'li~hiinturn11iir:utr


eirado, eiti p r t e d e seus iiiernhros, d e certa iiih rantada parx
coiii Diiiiiulit, devida prova\~elii~r!ritrtx ~>reeoiiçeitosnativijtni.
Talvez <:ntendesseiii cllcs que fosse alguiii d e s i ~ rpitl.:t n sua ,:I<i-
riorn l,;it,ria. o ii&o ser de iiciihiiiii frniiiez ;L dricoberta <I:L na-
regxyao nCi.i:a.
Draiitr das siiciessivns e triiinipliaiitrs driiioiistreyúes l>i-i~ti-
cas <I<.Diilrioiit. riii nlena nziil. 1rínd;is R inais enhsl o hrilliniitr:
evideiicia, i i i u Iiatlia;i negar-llie, C. certo, a. siia eiioriire i: i11caI-
ciilni,el eoiiq~iistn, jéinnii alcanp:~da por quciiiquer que seja. 1.2:
como riRo a liadiaiii ripgar, coiiieyariiiii :L u i l a surda dos
hiistidorrs, no sentido de Ilir diiniiiiiir o 7-dor, guerrilha aili>ny-
niti r? ten;iz, propria do urgillho c: d : ~ s1,nixões liuiiinrias feridoa
iio seu niiia;o. Isto so daria eiii qiialqurr p;iiz do iiiiiiidü, iiili:r
vez qu<, as rondiqíies t'osue.rn as mesmasl e !onge está da pr-nita
que trnqa estas linhas o l>etiçametitu mesquinho de. dar co111<1yar-
t,icular iiin re~itiinriiroque 4 Cr.ral.
O euil>eiiho feito ern, pois, rio sentido de diminuir n valor
da descoberta; de cornplet,a: davani-iia como deficiente, iircoin-
pleta. Uinn vr!z neste terreno, toriiitiii-na apiLiias <iquiralrnteda
conquistas dc Reiinrd r Krehs, feitas Lia. 1í annos, -- gloriosos
;~eroiiautasque iiiais nerihiim passo deram: de então para czil no
earnililin da ~~avt~:açâoaérea.
Ti;iin fu,rir-lhes a gloria qne, dentro de mais ou rneiioi alguris
annor. lli<.s 1irrtericeria qiiasi qiie infallivelinente, - r. nesse
drsei11ei.o de causa, procediain rriuito riiais coino i~oir~ens do cpe
como fi-aneezcs.
E vai-?i: r ? r qur: afirial, triiiinl>had, nelles o luinino~osen-
tinicnto de jii5tiqa que, ntra\-e& dn Histoiia, triii distiiiguido a
F r n n ~ aein todas as ~ r a n d e sr:tiisas da lium;~iiidade, ~><,l:rsqunes
se. teiii lintida.
O nrtiqo dr E~rx.~scrr.r, . i n r & . que é um tianeea de espi-
rito jristo, dcfiniii a gloria dt: I)un~ont.
Sabia->r que n l ~ u n sdui mi7rnbros do Aiio-Cluh iam con-
corrrr aa l~reiriio-Deutseh; mas que, por i:sre ou pai' aquelle
innrivo, como a t , r a ~ ona consti.ucc&o dos bali>es, rte., ii&o o po-
diam dentro do I r a r o estshelpeido. Prr,z:iznel»nei~teseria t;il lira-
zo yrorogado, iirnii x,ra que até 31 de Outiihro niiwu<:rn tivesse
lcvantndo os 100.000 fiaiicos ; pi.ocnr.el>nai~te,porque, dada a gt:-
neronicL~dei10 Ueutsch, c coritini~andoo r do prnbleinn a ser o
rnesirio, riâo era de suppor que o prestnnte millir>iiario descesce a
reeinbo1~:ir aqiirlla quantia. Frorogi~do o prnzo, tudo llies srria
farorar<.l: d r d e as licções al>pr~ndid:~s ao a i livre com as ex-
lierirricins dr. Duiiioiit, atA á sgt~i~>athia naciorial do jury que os
tivesse de julsar.
S i de portas a dentro iiao foi isso o que se dcu, de portas
a fóra tudo qne então so passou auctoriza a vêr as cousns por
03Sp PT~SIILZ. 11;~s .%o numero iiiiinit;imentr pequeno dos interes-
sados clieios de natural e vão drsprito, oppunha-se o nurntiro
infinitsmente grande da p>opulayno d<i Fariz, de todas os horrieni
de scienria, de t,odos os proticionaes, nffiriiisndo n ?Lisa coce o
triuniplio dr! Biirriont, e portanto proxima e infallivel consa-
gra<;Uo offieial desse triumpho, tradiiaida pela ent,rega do premio
Deutsch .
E foi então que o .-Iéro-C11~I>assentou, em má hora, de al-
terar certas clausulas do concurso; urna dellas foi em relação nos
30 minutos dadas para. ida e volta,-mas com tal nrtimanhil o
fez que esses 30 minutos se proloiigariam nas condiqües do mo-
mento, a 35 ou -10 para a eoriquista do preiuio, e: a;isiin 1,i.o-
lon;:.ados, o premio náo seria jai~bo eiri 30.
Com effciito' si at<; aqui se impunha ao concorrente o suhir
de um ponto dado em S ~ ~ i ~ ~ t - C ' l oe,i i dein virzgerii rrliris o z ~me7~0.s
cire7clai. e pr6-trapda, ir á 'Irtiri,e,eontur?inl-a e ?:o/f<lrao dito
po,cto r.m 30 r r ~ i n l ~ tagora o ~ ~ eritrndei~a <Cuuimias8u» do 4é.i.o-
Clzrt de imlror,.por acto de i deste niez (data em que ia se dar
a ascensko offieial) que, frito tudo isso, o premio só aerin comi-
deradi, !,anho quando o Laliio do conroi.rniltr p(Jni.asse dejiniti-
vavzrntn no reciizto, no po,tto rle onde jinitiin.
Arites bastava que, de rolta) Iinssasse o balao por esse pon-
t o ; agora, porem: é preciso qne neile ],me.
Ora, p w ahi parar, terno os cuncorri,iites ,(Só ha uni cor-
rentt, dentro do pi-mo, -Duinontj que vir diminuindo a inarrlia
dos b;ill,es com inuira antiiceridrricia, desde muito niites d o p o i ~ t o
de ehcgiida no recinto do Abro-Club. E, como a redueçito da
riarelia importara em iiugiiiento, 1m"a de t<:iiiyo, entrario ellos
fra~icninrntepelos 30 iniiiutos altni: toviia~idn-seqi~nsiiriil>ossivel,
nas rniidiç6es actuars, leraiitar o lirr,iiii« dentro do dita prazo.
Siiiiia-se mais que a desrida no rroiirto do Parqi,e, a qual,
antne, jj. era de si bastante ditiicil, por causa de algumas nrvo-
res que. 16 existem, - agora iiiuito riiwis diffieil o é, depois que lá
se eonstruiii o enorme harracRo drstinitdo a guardar o iierostato
do l>rol,rio sr. Yenry Deutseh. ba1;io de 60 inctros dc co~n~iriiiien-
t o e qiie, por ineapcidade eniiii.yo~enicn,iiiorreu ;iinda. eu1 e'-
tado de fbto.
Saiba-st? ainda mais que, daqui por drzinte, scrJ nullo o
concurso si n j o tiverem assistido i aieoits%o pelo rncnos cinco
dos iri<,n,hros da uCoinmissão».
Houve ainda vnrias outras pprjiieiins alteraqóes que, por in-
~ i ~ n i i i c a n t e daqui
, se nâo r r ~ i s t r a ~ n .
Tciidu os jarnnes de Pariz dado iiiiiiiieiasa noticia. drhstis
enterulioranras, injustas e l<tvianas alteracoes, Duirroiit Iarrou logo
por ewript? o seu protesto, o qual. em data de 10 foi ni>riiiiial-
irlente eiiaiadn ao presidrntr d o ilé.i.o-('lzit,. Ko dia seguinte o
iVati+~o e s t a ~ n p a ~1101 a inteiro erii suas çoluriinas. - e taiiibem
outros jornaes o faziani, uns em rasuirios, outros por extractos.

Eis, em s i m u l a ) o protesto de Dumont :

- nT3xtianha.a que houvessem feito todas aqiiel-


Ias alt,eraçòes na viyenr;a do concurso, alternçües
que iarn uugmrntar muito mais ai. dificuldades jé
grandes da prova.
1)iiie Re,sdniii<wtri, coiii<> rsra antes 3s
:ai,s nlternyües: iiiaiidnvil voltar ao ,,oirto d e 1;rriti-
1 , a s o -
<leic<,r n ellt,, rliiiis~iln ;eiipio.in e
~ o i , i p ~ ~ ~ ~ ~d;i i~cs,liffiruldad<.s
l«r;~ :L T-ericcr iio +~aiidi=
tra,ii,cto de 30 iiiiniitcs; :iir~iiiiiein?.o,al4iii (10 iilais,
c:-iii 24 liorai di+ ;riitcrt~denria.isto C, litira os az:i-
rc.3 i1c L I I ~reiiipo qiie iiiii~iii,ii> lto<lcriit :abt:r coiiio
i,. tai.ii~.

1le3rrr riii bala0 o tocai. <,iii t w r a iio rcferido


1,oiito do l'sriliir, dada iri:siiio a ~ r a i i d erelori<lnde
iine r r n 1n<,~.ino~ c ~ ~ I ~ Y D:to ~ Y~<u l. tIi .: ~ da
. Torrii
:>.ir:< Saiiit <'loiid, foi eoim r p v si. 11odi;i ri~iisc~giiii
ii euitil de iiiuito e i f o ~ ~ ode todo o e~Udn*lo,ilnan-
<li? riitroii rrii v i p r n<lriellr We".iilaiiii.i<to.- npesirr
iiiiXsilio da trnvesii;t do vali,: do Seiiiia, ciije liiiliii-
<l;idr e ciijos ii,iitns tanto lirrt,urba~niii;i cntabili-
Il;rile i10 11al;io iio iiii>iriento drrisiro, Esix d<~ieidn
ituderia ~ i i r n o i,i+ectiiar-se p<,lo lado e s q ~ ~ i , r ddo o
arlnediicto do . & ~ r c ,Srncau a unia : t l ~ e ~ ncanliada t:~
<lnt2l i rxistia, rircimdiida de arrorvs e eas:is do
ciir,s, iiiilicdida: aqui por fios tclegraliliieos, nlli l p r
i i m lirilm do bondes elcct,sicos (3 lior calma arrros
de-. ~ r a n d cteiisho, - r aru1.i por iiiiia. liiiùa-Grreii.
:ira, yoi?, s o 1pxsi\-el L. iinico liouto rle eii-
tr:tda lvlra c p a l c ~ n bi ~ a l m ~ l i r i ~ i ~quee l , yirsne ?h?-
g:aido coin xraiidr ri-locidade; - r, isso Iii<,sruo, dado
i ~ u e a? condi<&es iitinuiliLi~~.icasIlit: fiiss<wiprplii-
eini. Esse ~ i o n t oeuin ~ l,ossibilid:rdi.. ji riRu existia
iiiaii, dissimxiii-iio todos 0 4 n e r o ~ ~ a ~ a~ touelil ns eile
i l l t n rriprito; ficara sillipriiiiida coiii rt
roii?trilcq:,o do barrae5o do Sr. Deutscli. de 60 ine-
tros de roiiiliriiueiito por .>i rle :iltum.
0 Parque, desniíelado p<:la.i itltiinns escn5-n-
C ~ P S~ I I I I . q l ~ eeskt3.a ~ ~ u s s i ~ r l dachnv~i-se
o, cbeiu de
barriirieos P huriicos. (>orno. pois, descer a elle n u
caso de \,ir o Iialno a toda a ùrida'? S o caso eon-
trario, de \.ir eoni pouca força, arriscar-se-ia a ser
:irrebatado Iior eorriiilt,t.s eiitzo d e inais tbrca- ou
ventos reinante6 do valle do Seiiiia. - facto que jii
Ili* acriiitecera duiis vwes.
E era 110 emtaiito agora que a a Coiiimissio n
llie s i n h a c~xgir(eiii c l i < ~ ~ u ;iddicionnl
la e logo n o
dia sPguiiite no do iilti~iioaccidente) que descesse
em tal log;~r, a t r n ~ a n e n d odaquclle riiodo, coluo si jti
,130 liahti~ssciii os perigos qiic l i eorriain oa s r u s
~ ~ x i l i dr si t e s o c!: i ! Fossc
rlle rigor:, uhii5nr d a i1rdicnr:;io desses a ~ ~ x i l i i ~ r o s ,
deteriiiiiiaiido-Ihrs qne sgarrnsai.iii « yiiide-i,ripe á
passapelii do Iialho, ria \-olt:~; c ii,i~ito iii:iiores se-
riam rnes I>erig~;.
Si: tios liiLipiidroiiios e diwlais raias de corrida,
<i juiz s i i inaren o iiii~n~cnto riii qucui: o joclccy pa,ss<a
pela liiili;~teriiiiual da elrr~nd:i, e iiho 0 iiioiiit,iito
rin que p i r a e eiitrr:gic as rcdraa ~ L O i~judaute d e
mia, ]>orijtii! elit50 e x i ~ i rilo ncronauta,, ao ~XLS~:LI.,
d<: voltn, lior ciiiia. do I ' ( i i . q ~ ~ Ic ,L I I tr:~jt:cto
~ ~ \-eioz C
atribulntlo; e i L oi do sei1
hnl;io, - farto qii<.o d<,t<,r;ide chut're ira >;ipi<i;~car-
reira eoiii que reiii <.lir;iiiido ?'
S n estndo nctunl da Aeranaiitiea neiiiiuni oiztir>
rrgulaiiiento lioilia ser ndiiiitti<ii>,salvo o priineira.
i t r - , e s<i n i:lie ohfdecerin. Q u e outros
niais oiii:~dos decretusseiii e c ~ ~ ~ u p r i s s r oi i l ~ o; q ~ ~ i -
ZEJSC~I, condi?&,s iuaiii diiliceis.
Quiriito a si, f i ~ l r111 tudo ao ~ 1 > 1 h oR C ~ U I I L -
riiento, e de confi>riiiid>ade1.0111 o que estn\-a n r l l e
rstntuido, s<i trnt;iiin d;i ~,as.snr ]>or C , ~ I I , ~do poidv
da pnrtidrr, iin I'arq~i<., feito que fosse o t r i ~ j r e t o
iio prazo iiiarcn<lir. E si porventura. toei~sseo giri-
de-ivpr: eni terra. n u do seus auxiliares 1hç
p r i a as iii;ios, jti prCriniriente lirohihidos de o faze-
reiii ; - yasiarin. l>uiii, adeniito e, passado que fosse,
só eritilo trntziria de olieritr iiiiia eiir\.n w descer n o
recinto, isso iiiesmo si 111'0 e o n ~ i r s s e .
As suas e\-oliisí>es eiri torno dn. Torre Eifftl datn-
vani de 1899; tiiiliain eoiiiei;ado eoni o seu t<:rceiro
halRo diri,siuel, qu:~ndo o pri,mio-D<:iitseli niiid;~
rstavu por nascer. Sciiii da iiioiio : i l ~ u i n lireoecu-
Ixw-se com a s arbitrarias roiidiçGes do coiiei~rso,
riuiira d e i x i ~ r ie~ jarliaiifi deixaria. de realizar as suas
;ii~.ensCes e rsperienciai, as quaes, feita3 agora me-
tliodieaineute, si, firariani s i ~ y ~ ~ r i i n i dquando as e110
iliorresse.
Como seiiipre, iria ninis iiina \-az empregar
todos 08 e~fol.qos i ~ t ~ rqnrl, a l ~ o rsua 1,81't<?,nada f;il-
tasse á lpifcit;i. fisea1iznç;io da sCoiiiinissXo>r; pois,
recoriliecido, jainais se esqueceria de que o Prcsi-
dente do A&-Cliili coinpnrecera ás slias csperi-
helices e . . . Sinitter, que dero ser dotadri de iuia:iiiaqio verda-
deirailnif.nte oriental, sul>l>riiriiiio iiiotor, que passa a ser siibsti-
tuido por. . . ~ t A u shiiiii;iii:is. E' verdade ! 11s dun3 lieliccrs serao
rriarid;is a l~iilsopelos pas.;aieiros da. biirquinlin, espaqo eiu f<ira,
e fiiqa D<,iis boxii tenqio. Coiii Srnitter vai, poii, o balRo entrar
em siia pliase roiiiaueaea, no caso de encoiitrar rtlle I>~~s;igriros
para.. . o nutro inundo.
Fiilavn-se ainda nos balües de Dcbrayeux, do coiide Ame-
rico da Schio, italiano, e de Brndoivsky. - O Dcbiriyerm; jii rs-
lava eoiicliiido e yroinpto liara reeeb<,r o liídro:i?iieo. Foi ideado
para x r movido pela prol,ri;l pressio da atiiiosphern sobre iini
inolinCto ariiiado 6 prua. - O dc1 Sçl!io t c s niotor de 12 cavallos
e Lielice na pri,a, h feitura dc3te aerostxto foi consrguidn por
siibscripqáo, e os s~ibseri~itorrs forain em iiumero de 200, inclii-
sive o rei e a rainha da Itnlia. - Qiinnto au H i a d o ~ ~ s l ; est;iv;~in >~.
com<:qando ;i ericliel-o nu l ' n r ~ i i r rle T7uiigiiui.rl rios iiltiirios dias
de Oiitiihro. Tein qiUlhn coi~io os ~ N > I L I I I I ~ feita S, de tubos di:
aço, e. de 17 metros de caml>riint~iito.3Iotcir de 16 cavallos, accio-
i i a i ~ l oria popa urna heliee rle 4 inetros c! :350 rotieòes por mi-
iiiito. E' fusiforme. e de 22 nirtros de coinpriinento da pôpa
proa, sriido esta de m;iior iliairietni que ny,iell;i, e aiiihas teriiii-
riarido ern concs. O lente: de L I I I ~ ~ T O qii:~drados I é dt! eixo ver-
tical. d barquinhal quc <' de 5 uletros de compriiiieiito <i pesa
130 liiloí, tc,.in por baixo outra iielice drsrinnda n inaiiter o eqiii-
Iibrio vertical do systeina, belici: de 1"',50 e de 450 riitnc6es por
miniito. O dcslocaiiiento do eintrii do :raridade, conseguido iios
L Z I L ~ T Z O I Z ~ S FOI. "leio doa pesos ~ i i o r e i s e do gi,ide-i.opi,, uai ser
eonsr,~uidoiio Bindorcak!, por iiiudanqn de l o ~ a r ,do aeronaiivn,
t o I : hnrquinlia: - si hr 1,nr.I traz, a pr6a euq>in:1ri; si
para deante, rlescerii.
Vi.-se que a. febre dos balíies toca de nora it srii aiige.

H a ainda iim outro coiiipetidor n;i pessoa dr Hosden, cujas


esperinneias de gabinete, eiu miniat,iirn, derain iirna, v<:locidnde
maxiina de 12 metros por st:gundo. Y-Xo hn vento eni gabinetes.
Dois niotores de kerozene, uni de 20; outro de 10 cavallo~,um
para o propul~or, na proa, outro para. as lielices dispostas ao
longo do baláo, qiie gastari 2.500 rnetros eubieos de liydrogiineo
distxibuido por secções estanques. A l>roporçáo da ;~longarnento
para a altura será de 6 para 1. A esbabilidade do envólucro se-
ra ziiiiantida por uma careasea mais ou menos similbante 6 do
,I~iarlor-Xst» de Rose, feita de tubos de aluminio e tambem
de aqo.
roiiio este li.21;1,1 niiida i', uiii l>roji,cto, ii;io \ale ;i jlP113 lxr-
der ILI:L~S ieniro ciiiii elle.

O,,tribi.o. S. -.ii,roiiniit:ii fi;iiir<,zes. pfirteili 1,:lin. ii Xn~zia,


ciii bnlC~o. Roii1n1igi.r r Gl(iriru';. I>oso i~dcaiitcir,iieoiiti.ihiii cliu-
ri:, e ii cliuv;~coiiriiiun. Si~re;:iui x i ~ l r h: L S S ~ ~ durautti U 10 110-
Tas r iiiriii, perdelido lastro ruiiitariteiii<.iite.
'r.ssn escui.i;i<i ntrnvess:iritm Bruxe1l;rz. ei,trnniiii iin 1Ioll;~ii-
da, ti.atis~>uzri.a~ri i, R1ii:rio i.iitre 1)iiss~ldurfP <:oloni:i, u \Yr:ser
eiii Ciiisel, o Elbn e i i i .\la~cle~itirgol e clie,ccii.aui ;L Ht.rliiii. 21fin;il
tivr:raiii C ~ I I ~d: e v e r al<:lri du Oili-r. r . - j ~ Ú s uin tr;~jrcii, de 830 ki-
loiiietros, disl;iiiteu ni~idnd a Riissiii. 280 ditos.
v.i:igerii I,vrdida. Dv11n II%> si<. tiro11 1,rorcito al;?iiii 1iai.a n.
uovega?%o ~~Creti.

tii!t,r/,io, I?.- ?Ii,stn d;itn. ibi teiitnrla a tr:~v<:zria do 3Le-


clit,?rr:iueo pelo concl,, IICXIIY? de Lti \-nulx, do A l ~ ~ ~ o - C -' l ~ ~ l ~ ~
dos coiiilicriclores do Driiiioiit. Valr :t l>eii;L c<iiit:ir i~oi.irlto e s t ; ~
liistorin.
- O ciii~clt?dc T,a Ya1~1xi i n ~ o ~ l t < . s t : ~ v e l l ~ui11 ~ e ,:LCTOII~II-
~te
ta de 1>11120, 11111 a u d : t < . i ~ o11111 ~ scientisra dt: n o t i ~ \ - ~teni~cidadt..
l
O a<:u iioi~,rj i teiii fisurndo brilliai~teiiieiite i:iii certiuiiriis drsta
iiaturean, :icliii iii<isiiio; nestr lwqueiiu trnbaliio. jii se l h e f<,z
iiiiin r e f w l - u ~ i i no ~ çrr noticiado o concii~soda 1i:ili)es coiix.ocu-
do lielo c i i i i i s t i ~ i odo couinii:rein e industritt dn Fmiiya. eoueur-
so que se ettretiioii d i i r ~ i i r ea E.r.posi$iiii V,iil-<,i.srildt! 1';1ri;r, de
l!iOU. Ein coiiii>ariLia de Gestilloi~ de Sniiit-Tieior, seu \-elh,>
aiiiigo, suhiii ~ l l rciitão iio C1ciit<ci~i.o,que foi o 7-ei:redor, <:qii<.,
apái 1.W biloirietros, tr:iriiliostos e i i i 3.5 1ror:is: foi ciiliir iin R i i c
jin, l x r t o dr: Iciew.
IIit\-ia muito que tal balao e s t z r a <iiu preparo iio seli est:i-
Ieiro da praia. do Sahlcbttes, eiii Toiiloii, si11 da Frnriyn, de oiiùc
d i s t r i ~ d ~ r i oa .\,<^,opara o siil, ein <I~lii;%ndit da cosiir-norte da hfrien,
atrnvee do JIediterra~ieo.C o n ~ ose trateva <iruiii;~tr;i~.essia. destv
iiiar, I J Vz~uLx ~ duii no bnlão u noiiie de .lIcditei.rci~ei,se. Feito i>
oryameiito, riu-se qne as desl>as,s totaes da eoiist,ri~eç~o e da n-
pediçiw nnrlariaiu ein 70.000 fi.tiiieoe. Ahrirniu p r n tal fifii iiuix~
subseripç~ol~opiilar,e obtivcrarir proinessn d e aiixilioa p<:euriiarei
110' p x t e do miiiirterio da guerra, liroinessas que fiearam rio tiu-
teiro qualido opportnii;iiiiontr Ilia fora111 leiiibradas. Spcsnr d e
todzts as diffieuldi~des, foi acima. o 111~rlitei~rrti~eiise.
- X'eslherico, todo dc eêdn fraiicezn, e eulia 3.000 rnetroa
de IiydroiCiieo. I'r:.ra ]ir>r siiilii~ii;ririo.. iica-liii. <,iiil~aixoa bar-
yuirilia de viiiie, <lu<.t<tin di, coiii~iriiiiri:to ::"';20, de 1:irpr;i. 2"';SO,
e de alturr. ln',ZO ; ruiiti:iii r l l : ~iod:is ;is inacliiii:is do bysteiiia e
tem logni [>ara 4 aei.oii;:uias; i: i,xtrriiarnerite rercsiidn de iiiit
i d o i r e e 1 i I lados, lei-a fliictiiadorcs
que, nu111 caso di: rlr*snstre. ;i iiiiliecniii de suhriiero.ir c IL niiin-
tenltaill f l i i c t ~ a ~ i tpor e iiiiiit;ii 1 i disl~ortade iiiodo q11iur.
iio arl estari scrnl1i.c eiii r.<4iii!ilii.iolioi-ixiintnl.
Eiitrndru o coiidr de L:L T-;iiiIx riiii: o sei, b:xl$o devia na-
vegar rente d'agiia: liara iiso t.r;; l ~ r w i s i >descobrir uni iiicii> dv
o ~niint~:ist?inl~l~. na nlliirn qne c011~irsie. 11~lrl:iuou então 11111
apl?:irellio eoiiipl~so,roriil>ostir di. \-tirio> tiibns feitos de iiiui firiaa
folhas de cobre, de 10 iiirti..~srlc co!iil>riiiieiito cada i i ~ i , :Ii<Lsa>i-
do 80 1;ilo~ e coiii enliacid~de p ~ r a150 litros de ; L ~ L I ; L m l p ~ d : ~ .
Deu-lhes o iioinc de esta!iiIiz<rr!rii.rs. I>or i e destinarem a. iiiiinter
eiri certa altiirn a est:tbi!id;!de rli, I;sl;iii. r <is urrni~joiide rnotln
qne, por m ' i r ~ de iiiiin Iioiiihn ;i+isirniit~.,se eiichaiii Iri:u d'a:ii:i,
qut~ndofor p ~ e c i i o .E ciiiilo, ii \i~niild<..~)nd~sin ser rlleio'i o11 ei-
vaziados, coiistit,ueiii liou i s i n iiir-iiici u lastro inove1 do sjstcliia,
niediante o rliiul ltrideni n i>nrrliiiiilin ~c;nir l~oiisadaii'agiial f<ii-;~
rlilla iiin poueo, ou riit5r1 *r,l>ar:id;i o <~ii:~iito for ncressnrlo. Ciimo
se ví. estrs c.siuhiI~~~r7orc.s eqiiivnlriii t i o grridr-i.li,,e de Dumoiit.
H:is o conde de Li: T-ai!lx t;,iiibriii dotoii o seu bala0 de,
! j i r i r l e - i ~ o l ~ exterisissiiiio;
~s, çabn> de fibra ile coco trauqada, a qne
o hnl;io r:ii nrrnnttiiido ii~ijiievsns ii'n.giia. %o auxiliares dos rs-
tabiljendores, e foram coi>zt~.iiidns ~,riiici~,aliiieiitepara eyitar a.
fuqa do I>al3o ~ialos ares nciiiial dado <Liir, por subito ; ~ u p i i i r ~ i t «
da teiii~euatura,se llie dilatr ez~ixiicln o LydrogCii<~o. rl ioiis:~
foi iriedida de iiiodo qiie; opwad:~tal dilati~cuo,a. p;lrtc dou ! ~ i i i d a -
rapes, que for arr<'b;it:id:~ d<: d<,iitro <I'ngiia, bnstnri roiiio lastro
para caiit1,r o JIeditr~.i.nniii.? n ri.i.tn alriira, a l é i i ~ da qiiul nAo
ir& :rnqns :i prn~pr@io,jii sabidn, eili qiie a asceris~o e s t i para
o peso. Taiiiheiii ~ i uc;isu contriiric iii~iiliiiina.attraciXo i e r i r.xiLr-
cida por taes e~~blios sobre n < ~ i i ~ t i l i i cr)~ iqio
o , porque o p r s o dr!llcs
>,~orien'azua.
Tudo qiie at6 aqui se disse iú s e r r e para. regular a altura.
e o enuililirio 1iorizoiit;il do sritriiiii-T-auls. \Ias o çi,ii haláo i.
diri.qivel e , ~rort,anto,liiisscinos ;i vi.r e<iriio c! lior quc incio 1 ~ : -
tende o conde dar-lha a dirt-eq;io.
P a r a essi? desiderato srrviii-se o sr. de 1.a Vaulx do alipn-
relho iiiveiitado pelo e:igeiilieiuu Heiiri HervE, R denominado
<lescir~r7oi~-Inn~elIar. E' este o apl>arellio eqiiirelriita no leiiie d<:
Duinont, e que r a i iinpiimir :to A31cdit,,ri.aiieiisr n sua derrota
para as costa5 de 3Jarracei, da Ariclia ou da Tiiiiiaia. Iiiiagi-
nem-se duas grandes cordas partidas do halno yara o mar, nian-
tidi~sem I>nralirlisn~olbor peyiienas travesas que as inilic..deiii de
se unir e enrolar, cada unia dellas bifurc;irido-se eiii dum, de
certa. distnneia cm deaiite; sAu p i i , agora, quatrc cordas desse
ponto em deaiite, e nessas qixatro cordas são yass:idas onze tabo-
letas eoiicuvas, que ahi se Iiode~iim:~ia ou metios fechar ou nhrir
como a i tabuletas de uina persiana, e inclinar nestr ou naquelle
sentido, conforine for iiiaiiejada t!sta ou aquella das dnns primeiras
cordas. Pois tainberii vrro iiniirersos n'asua os referidos descia-
dores, r u i p e o vento fhz rio lime de Uuiiiont enprra o Sr. de
L a Vaxtlx qiii: u fiqa a wpus iios seus desri:~dores laniellares.
Alas o leiiie esti uiiido au balão-Durnont, i, este balio é alori-
- aa p i s o que é rt!doi,do o de L 1 s i longe
iiea do i i : ~ dosviador ininirrio n'n=iia.
Qui~nti, ao ninis. teiii aiiidn o LIIedite?i.m~?i~seiiiu bnloni.te
con~~imsndor, porisso, inii \-entilador ; teni bntiiiias <.lreaiic;is,
com acciiiiiuladorçs, p u a illrimirin~~o :I bordo durante a noite, e
kmrn sixiiues convencioiiacs que ser50 transiiiittidiis ao cruzador
que tem de acoiiipaiilial-o. Iiaru soecorro, si houver disso neces-
sidade. I,t.vará eyuzilliieiite lioinbos correios, que srr8o soltos
de enp:Iqo em espaço, pzra trazerem á velha e gloriosa terra da
Franca a3 iiotieias do rliie for succedeiido ria travesiia.
Proiiipto o Llfe,ljtrr,~ni~eii,se a li', para a liartida, o çiuíador
Dzi Cl~,i!ylo achegou-i<?de Toiilori para, por ordoin do niinistrrio
da. iiinririli~. acompaiihiil-o u:i n c u r s i o e os s e r v i ~ o s
de yiie yrecisasse.
E foi aisirn que riesçe dia, i s 11 liorne c iiiil quarto d e noi-
te: deixou o balão do conde de L a Vaulx o si.11 harrncao da
],raia de Sablettes, eni Toulon, e ijartiu pelo Neditrrriiiieo a
fóra, escoltado por atluelle crimadar. Lex-aw n bordo quatro
at.roriaiitna dri rrinn cheia, o conde, o seu amigo e r r l h o compa-
nlii:iro de ascr,nçürs Cantilloii de Sairit-T'ictor, o eal,it:~o de na-
vio T t ~ ~ i i s i e cr , Heriri Herr6, o inventor do ( I I , s L . ~ < L ~IQI)L~JJu,.
III-
e ao lilrslno teinpa a u t i ~ odiri,çtor do f'n,.r/rie ilei.ri.st<iiicu dt, La-
gouiiran.
Snl>m,va, porem, o li.ste ou euro, que G vento da lrvnnte,
de naicrtnte a poente?, ao passo que eom certeza o que o illus-
t r r conde desejava era que soprasse o bóreas ou selitentriao,
qne, por ser de norte s sul, cuhirin jiisto no ruma da,projecta-
d a travessia.
Deixou o coride que o JIPditerrnneise fosse seguindo pela
esteira do uento léste, e assim seguiu olle durante toda a noite
de 12 paro 13, sempre em ruma do oecidente, em aguas do
golfo de Lian e não muito longe da costa. h ; s 9 112 da ma-
nhan foi lançado o <lesi:i<~<lui.. afini de mudar a direecào de 1t:stc-
oeste para o q u a d r a n t ~do sul, para O r n ~ n o das costas da Ar-
@ia. As noticias I~ublicadas;i c.31.e respeito foram d* uin Ia-
eonismo tixt,raordinario; nada diçsrrain quanto aos resultados
ohtidos eorn o app.arelho de IIervb. Sii foi dito qiie o A$fsditci-
,,,a~zet~seeoiitinuou a navegar duraiit,e o diii 13 e. que ás 2 li?
horas da tarde já avistava os citb<ls de 1,eiicates e P e r p i p a n .
Toiiiarido-se urna carta ~eoguapliica d i ~França, v$-se que o
JfecIiterranense só pode seguir uma liiilia mais ou inrnos de
16s-iiord<ste a 04s-sudoé,ste, pois eiii rrlaçbo a Toulou deve
ser essa a posiçxo gnograpliica. ,103 enbos frnnceoes.
O li.ste çontiiiuar.a iniriterrii~,taiiierite. Desde o niomento
da partida ji o balào vinha viiido com fi~ltitde força aseencin-
nal, devido a perda acridentid de liydroo.<;iieo; que obrigara
tambein a deitar laqtiu fóra. h travessia tornava-se: pois, eadn
vcz in;,is difficil: d e modo que ficou iissetitado que, si até 3 112
da tiirde n2io tivesse o vento rniidado, seria o ,lfedit~ri~izai.nse
puxado para bordo do cruiador, atiin de v«lt;irem todos. O veii-
t,o não niiidou. A's 3.45 eonincou-se. a rpr.ollie1-o para bordo do
DZLClzayla. O cruzador parou soprado pela popa. Os a<,ro-
nautas desceram rio eastrllo de proa do vaso dii guerra, c tivr-
rain que rasga^ o balão, ainda nos ares, por meio de urna corda
ad-7zur. Bapidameiite d<isliydrogr.nndu, cuhiu elle no mar antes
de poder $)ousar no tombadilbo. Levou-se então niais de uma
hora a p d e r apanhal-o de nrodo que nUo ficasse imlirest,avrl
para outras es1>eriencias. Terminada tinalmrnte a operaçXo, vol-
tou o crunador para Touli~n, tendo sido o halBo Invado para o
Pnrqfue Arro.statico de L R ~ O U ~ T I de L I Ionde
, espera partir d e
novo durantc a primavera vindoui.a.
E m todo o caso realizou o illeieditei.r.ansnse a mais dciiioradn
aseensâo d e que h a meinorin até hn,i~.pois esteve nos ares por
espace de 42 horas. Só pode enll>re=ar o desuiarlor de minin~a,
que Ihp deu u m desvio d e 30 graus d a linlia do vento. O des-
iad dor de mn&ma, que Ih'o daria de 70 graus, n8o pode spr
eapoririientado. Os eutn(ii7izadorea e os guide-ioga funceionaram
bem, e tudo, s e p n d o se notiriou, corre11 de modn que a u r t o ~ i z o u
desde eritãa a affinnai. a possibilidade íln unia trsvessia maiitima
por aqiielle syrtema - corrigido r aprrfeiçoado.
Ainda desta vez, porfirn, não se p~iidrdimr que a = direeção D
estava descoberta.
3eqti: iiieio te!iilio efft!ri;i.iii-si. niirda. iim;r oiitra t~içenc:io
i 1 I : 5 L , o I de rziractrr cstranlio i
diri,ihilidade dos li:~liies. iiii.i.cce :ilguiri~is ri,fereiicin;.
F o i ellz~I~I.>LCI:I a ~ - : ~ i ~por t s 13cr3011, pl~?.<iro: ~ I l e ~ u i &qne o~ j i
t,eiil n. seli f~iiiriiriiiirn outra ;i-ii~ii~;io,eiii i q u e s i ~ i h i atC ~ ~ L1.130
iiirt,roj de ;iltiira, rollieii<lu <Lido- Ii:lrn :i 1iicteorii1ogi;i.
Hebi.ii-lhr <I hal.iiii 6.000 iiiviriis c,i~bicos<li:Iiydi-ogi.ii<.n: posto
i ~ u co svii rstoiiia=i> d&se 1i:irn 8.030. l'orlo <%r hydroq?iieo
foi eleetro~ti:.t~iiicj~te prrpn-:~rli> iio I'iri.qiie ,irriiatniico AIIillt<ii.
rlc Teiiil>olli<ii'iHerliiiii, qiie jii o fiibrirbra p:vz! o3 haliies &ri-
giveiq dii ;irli\\-nrtz i: ITorlfrrt. ;~ii.<iiirlieiuniii~do-01r!iii tiilios ,I<:
100 litros c ; d i u : ~:i , ~ T C W ~ , <I+: > 1lYJ atrnospher>~>.
r i L i d L ( ~ ' 0 1 ~ 1 0 O ideal era
>iibir o iii:~is l>oj,i\.el eui eiit;i <I<:iiovoi coliheciuriitcir iiietcr>ri,-
liyicos; c: eoiiio. i; 11ro1torc::iti ijiie iiiais s<! iohe, taiii1,riii iiuiii
iiiteiiso se \.ai toriiiiiido a frio. I<i~nr:riii r,lles n liurdo iiui tlier-
iiiiilJoro I,nr;i aiiniillnr li:.<ivi~iiiiniiit.iirr o iii\.eriii> 1ieq>etuo d:w
,cr:iudaa altitiirlrs clii < ~ X L T < ~ . L w a ~ t > ~i ~ni i ~ <baliii,iiiili<is
la de oxy-
,sPiiru. eoiiio (>toc&Sl>iiielle <. SivvI eiii 1874: liai;& iiilia1iiqòi.s
<liir! o; :-.;ir;rutisseiu coiitrii 8 1 iiiiirtr. Ixir i ~ s l ~ h ~ x i a .
A~c<vi.;?~o de iiitere3scs c.xrliisi\-niiiente scii.iiritieos, liada 1Lir
f:rl:i>u; dcsdc os iiiciiores :LIA nn, iiinio~i~çnpp:-.ri:llios, todos di:
rtyist,so ni~tniiiiltieo~ ei>irii>kiaroiiii:troi., tlieriiioiii?tro~.mc.
F o i ~xos !1.000 nir>triia dv nltiirn qn<! l%ernoiie Suriii? coiiie-
<;nrain n. seiitir-se i i i n l , rrrirt.iiilir i;rl>idaineiiti: a fiilltii do >ir ri:-
sl~iravelr u i n ~ ~ ~ n t euni iri~a l i cxiceiicini. lihysiul<in.icasrlt. aiiib<is. Au-
dnciosoi, liorCiii, r1risnv:iiii eller iliie o lialuo tosse suhindo. ;\os
1!l.000 ~ i i r t r o se~tav:~iiijii i i : ~ i iiiiiiiiiisi~cinsde i i i i i ; ~
s?iieol>e, <, ci>t,%ii
1 i I i i i i i i n {Ias ralrulns do eiix~i>lucrn;para
<lar saliidn au bydrogCiieo, dct<,ii<loiissiiii n snbidii do halão. O
eoiiipaiilii,iro jii <..itui-n deaiiininilo p, por sici 1-ez, deiuiniui~ello
t,iu ~ t ? ~ i i i d n .
O bnlùo ioiiriiiuoii iio r!iitii!ito n sulir, e acniiu foi indo ntt:
t l i < y n r n 10.:333 ii~etrosdi. altitude, poliru do qiie iiùo ]>assou.
lierson e Snriii= iindii ri:iin, <Irsiiiaindi,s corno <-staraiir. Uo iiio-
iiiriitn r w i yiir! perder;ii!i nn iiioiiirnto eiii cpr reciipeiiirniii os seii-
tidos tiu1,niii-se ex,cotti~do4C,i iiiiiiiitas. ~lttiiigiilni os 10.300 inr-
troq. 3 i i ~ a i o ~ :iltitiide
. a qiie u Iioi~iciii tein cliegndo eu, bal2<1,
roiiiryoii este n cii*scer leiiiaiii<~iiti!, zt<l <pie, <.lctri~<l,i C T zonii
~ e111
i p e o o s y ~ ? i i r ojti hn-t:i X i-idn. dc novo r e i l i t u i ~ i os bentido,
;tos dniis ouindos iinj-eiaiit<,s.
Xii nsrcns;in-Tissniidirr di. 187.3 n l~ordodo Zei~itli:i, iii;iior
nltit,ucle alrr.iiçada. qiir fui rle líI.(K)O itirtro-.. riiatoii n T-ida. a
('roce Siiiiielli e S i v r l - i.nl~lii~l:~dos 1101. ns)>li~xin..\suniRer~aii
e Surin= v50 nlCiii 500 iiietros, ficaiii riii dt.siiinio 40 iiiiiiiitos -
e voltaiu \.i~.os.
Todas tsstns rousai s;io 1ior;is eunqiiistiis cln scieiicia, r nin-
giieiii stihe st,ú ondc ii.;io e i m i eoiirliiistai.
Nas, olieratla L: drseida, rt>riiicnii-se q u e o tli<irn~oiiii,tioeeii-
tigrado tinha descido 40 grniia ;rbàixo de wro. Yiira 2% nl-
titude de 10.300 nietros, 40 yraus in<licain ti,iiilicrntiiia relntira-
iiit?~itcaltal --pois, t.ni circuiiist:inci:is rilnis oir iiieiios idtlntirns,
bern innis b i ~ i m stcinl,erntaras teiii xiclo rtyistrailaj eii, tlieriiii>-
nietroi le\n<los ;&osnrPs por l>nljngaios on p t i n d ~ r ~ ~ ~ s .

J:i cnr;i« iel,nrndu o L I L e\l>eriiirental-o d<.


novo, e5pernvn o stxii iiir<!i>torq11e iilrllto~.iisse O tillnpo Pnriz.
- pois o oiitoiio i a correrido roin cliiiriiilin iiiil~ert,iiieiitee iiias-
sadura.
Por r:iiisa de tal cliii\.iiilia, a 12 deste inez yrinri1~i:ira clle
uma <~xl>eriencia que nâo liíide ser teririinada.
.1, l t i . quart:&-fcira, aiiiiiincinriiiii o3 joriiars qiir: a it.ic:cilC~o
para a roriquista do preriiia s e r i i ~dentro de ~>orieosdias.

1 17 o aeronaiita Lntriiife i~trii\-ei.soiiu iiiar da 3Iniirlin eni


tini api.ostato de s u i ~invenyii~.
IIIiiitas vezes teiii nquc%lle uiar d o ntra,-rrsado da. F r a n ~ a
para :h Iriglatrrra, e \,ice-vrriii, c iieiit l>ori~iuficou descoberta. a.
diriiibi1id;ida dos b;ilCes.
I'~LTI,CC que Lntrutie iiXo eoiiii,giiiii iixais do qiir os seus
aritrccssores na. tnl travessia, - liois iindi~aa disse de. iiiiprirtciiitn
a. tal respeito.

Kn duirleiiiin dei.«stafic<r JKiiilnr rlr Unidoi,, mniitida lielo


,aoverrio frniirez, está recebendo ;i iiltiiiin dernio i -j;i agora se
s a b e 'i uni novo nerostato dirizivel dm iriiiaos Ri!nard, illiiitreu
directores dnqur:llr\ pnrrp~et! iiio iiienos illiiitres rirties de DII-
niant.
Coni effeito, foram liiiiicil>alriit~ntt>
as opiniões drlleç subrt! o
systriiia-Diiniont qiie serriraiii de fiiicn-l,6 i nxi ront,;ide qiie
existiii, ingloi.ia. e por uiii iiioinriiito, contra ns eo~rqliistns reaii-
zadas lielo :ieronnuts brnailttiro. Eiri torno dessas oliiiiiões, eriiit-
tidita 1,oi. velhos e expeiiiiioiitadns profissioiinro, foi qiie se xlii-
t n r n ~ i iainda
~ que núo frniicanientr, iioliiefi cnnin os de i'arville,
hoilieiis roirio u roridc dc Diun. c rcvistns eonio n ATutui.e i n
J l p ~ u e .S'riri,tifi<jzie, as qums, si n i o abriram eanipaiiha, roiiitudo
se rc\-t.lariiiii coiiio adversarins eiri peqiiriiai; L~liriist!~ miii e i ~ n i -
fi,:ari\-as, i t l d s :rqui i! ncola. iio tttrto das noticias que
iain d;iiidii das nsceiisiies.
1';ira Kenard, o haino-Duniont ainda ,120 era dirigix.el, porque
?,<o deitnt.u 12 1 / 2 iiiptros srgiiirrlo de encoiLti.r, (L,, ?:aiitu. O
illiistre i~eroiiautn elie,zou :i eitii eoiiuie<fio dil~iiiii de ei~lrulos
cori~~,liindos sobre a ri.locidnde dos uriitos reiri:iiites e111 Clialais-
Jlciidonl velocidade jii ~ii<~di<la, e eu,ios crtrrinos ficiriri entre n
i i i i i i i t r i i i de 11 e :I ~ i i a x i i r t ndt. l(i2kik,iiietros l>nr liorn. iiin.rii,ia
r i t a qiir só foi \-51'ifi~:~dil~1111a i, uniin yeir dui:i.iite uiiia loilguis-
niiii:r <ihsrrvaq;ii>de ll.lil!l lioras. Para Kcnard, lioia, o balúo
que dvitnv 1"1/ niietros por se;niido sarti diricivcl, porqiie, elii
l.i>íKi Tezes, ~ ~ > d < xnni.r:;ar rh 815 ein todos os ~r:iitidos, - isso
nirsiiio si 5usteiit;ir esin \-r1ocid:tde (rorreiyoiiderite :L 46 kilo-
inrtr<is 1,or 1ior;i) dirr;~iite iim dia irittLiro.
Nas, coino ,ji se disse ati..za, a qiiestao 6 de propory;ia, d e
forinuh, d:iclo a S u s ~ m r ~ - U r ; \ i o s ~Aeceita . rorno ~ e r d a d e i r aa
a6rniiiq2o do direetor do Pnrqi~ede ilJ~i~<loia, ella só srrá \.%lida
no y i w se ei4ere n nperfriqnaiurntos qiie só poderâo vir delmis.
E' ierdade que, qu:indo Keiiard disse isso no E<;ho d e Pcri,~,
D~imorits i i tirilia a. seu fiiror as rir>rrieiieias de 12 e 13 de Jiilho,
que 1.i r>Ao foram eiiearndai: como definitivas e111 relaqio á diri-
gihilidade.
Dada n roiirl>etenein dos i~iiinosRenard, e sahido a<,.ora que
D
h a em Aleiidoli iini h l ã o 1ii.rstes u largar o primeiro vuo, tudo
6 licito icepernr d* tal oii)presa.
Este noro hz~liiot' o resultado de 17 longos aiinos d e estudos
secretos, - pois i. esse o lapso de tempo decorrido depois das
celebr<is expririeiieias do $'iniiça r m 1 8 8 .

Submettida n reparos ein i.eu barmeto de\ Saint-Cloud, es-


tava axora eom~iletsmentepromlito o Dtiwzoilt T r I , e annuucinda
a nscerisho oficial para sabbado, 19 do corrente.
E' qiinsi certo que o leme c o motor t<!nliam ~iassadopelas
modificnçúes a que Duinont se referiu ao descer a Longcharnps
no dia da sua ultima ascenszo, que foi a 6 de Soteiubro.
li r Cornriiiusão JulFadornn do ACrrrCfub calou-se relativa-
mente k carta-protesta do aeroiiauia brmile.iro ; mantem, yor-
tanto, ao iniior;içóss foitas nas cliiusulas do concurso. Tambem
Durnont. inaiitem por seu lado o que i~tlirniou:- correra tendo
ein vista unica e exelu~ivamerite as clausuln'. priiilitivau, unicas
que julga vilidas.
Era um sabbadn.
O dia arniinliecera edfirrrrisendo, porèiii calma. Nuvens parda-
centas, aqui mais claras, alli mais escuras, forravarri toda a aba-
bada caleste da capital francezo.
A ascensno estava aniiiiiiçisda para as 2 horas e 40 miriu-
tòs da tarde, e, inaia ainda do que das outras vezes, o povo se
derrama ao longo da trajeeto que ia ser feito pelo eeronnuta
brazileiro. As collinas de buteuil e Longchamps. as immedia-
ções do Bosque de Boloiiha, o Ealaeio do Trocadero, o Campo
de Dlarte, a s eminencias de Saint-Cloud, as circurnvisinhanças e as
plataformas da Torre Eiffel - estão cheias de milhares de assis-
tentes. ~Iotocyclos, bieyelêtas, autoinoveis, carros de praça e
particulares v&m chegando, vZo toinaiido logar, e já se contam
por centenares. Pariz vai assistir a uni espectaculo novo, ja-
mais visto, jamais sentido no inundo. Estes, profisaionaes, aqiiel-
les, amadores, - photogiaphos se postar" por toda a parte ao
longo do itinerario que tem de ser se-pido pelo Danmrt ).'I, e
já tomam posição e se preparam para, eni «i~istantsneoso artis-
ticos, fixxi rrii siias chnlins, ei>iiio iim d<ieuiiieiito i~icontestnrrl,
tnd;: CL (ix:r:~ordiiia:.ia succt,i;;io d;~qnellcatrihiil:ido trlqiecto, qiir
serú deiitro eiii I,rivri ço~ivt.rti<loeiii !,loi.io.s(~.
Hciiry Ilciiticli, o illiistrc doador, e s t i l?rcs<iilto. Hoiiieiis
de i:ir,iiiin, r:iijeirlieirus de cnans iiidiistrii~e~, altas ~ > a t e i ~ t dn
rs
ex<xri:ito, todos coiiiiiarrrriri, qiii,reiii todos mrifienr in.zii II~IXI
TCZ ,111~ I I n i i t 0 ~ 1 1 . dt,scnl~ri,~i, <iii.illibiii<7<idc do3 bn16i:s.
I,;i csti, iiu reciiito do P ~ ~ i . y i < eeiii , Sziiiia-(:loudl eiit,ri> os
corix-id:i<iiis iliiistrei, :L ~x-l)rince/in Isnliell coiidessn &Eu, distiii-
cta aeiilii:r:i Iiraai!c,ira, qun os altos dcstiiins de 1 1 n . s ~ p t i i a ini-
1iedii:xin dc. iiiicinr o terreiro rriiindo. Acto dc. r!rvada bcllezn,
iiiorai. iiào quiz n nasia. p:i.ti.icia yiil! o si.ii corn?&o ihstives;a
nu:;eirto iio =ra~idc inoiiiciitu dn vietoriii d<4iiiitirn ela ppatria, -
d i i I r eutrirpitoso txiuiii~iIio 1i;i iniris i171~m1-
tniitc, iiiais ruiiiororn c: :iinii v i r a do todas ns rid:ides do iiiiiiido.
l\lriiil>ros <lest;ie;idoi 1ir:ln cCoinii~iis;io Jiilgadon<», 1i:ira iii-
rnliznr n ;isçe~lsão:t.ali~:ie~iljii li1 SI: n c h i ~ v i ~ ~n l l t<11111>0o 11131'
rquea ~ l l l > e r t ode Iliriii, 1ti.i~sideiitr do 84ro-C/tih, Ciuiiiniiiii,l
.XiiiiCl si.crit;irio gers?, Cri~orni:sBcsiniqoii e TTilti.id de Foiivirllr.
Foi tmiibriii iiot:~daniites da partida n !iniiroin Iir<:senqa de ho-
e 1 I r $1.1 1 1 1 e i . Xaiirieio Fariiinii, Jenii
Tmititi., Satiii r ontiiis.
Ai o dcqiir,<li:cto do Ai-rr csa:i con1li:idrr de 1toi.0, e n i,resiircr
se vai <I;~ii<lo ~ ~ ~ : lriii:is
; i a do Seiiiia,, ao ~i:tsso qlic rio recinto do
P n , y ~ x pori fiira drlli! ji qlinsi iiiiilrue~nse pódr. riio\-er, dc tùo
eoiiil>nrt;~~ I I P(: n rnirlLid:cu.
Tinha c:~liiilo o sildiiCsrr. r<,rit<i lu<.ati: cevto ponta f:pavort:-
cin a rún de ida, R que por isso J ~ < > S I I I çt,ria ~, coi>traria ao de
voltn. Isso, ~iorCrri,poiieo i:iil~oi.t~t~z~ u Du1llo115.

0 iiiomei,to nl>prosiina-sr.
Estso todos :L yostm, de clirorioiiietr<r i.111 pliiiho. SSo quasi
> 1 i o i . i ~e~ ,,zi,z,<fos <?n tc.ic7c e h 6 Se eslleri~ ~ I I cO ponteiro
ruarqup esacin :~c[uellniuitlutn.
Cai ;?r a 32."iisrriii;ti> feita llor Jluinolit nestes iiltiiiios 4
iiiezco, ist,o i: de 12 dr Jiillio liura c i .
I>eitn vi!z o snn !jirir7?-i.ol,,e te111 100 iiii?trod de roiii11riiiii.iito.
J l n s ris qiie o poiiteiro cltrjii~no instante da partida.
- Proiiipto, dizpiii os 1isc;rei.
-- J I ; L ~ ~ ~ ~orcIe11
I I I ! :L, D ~ ~ n ~ o n t .

E 0 B i i i i i n ; ~ t 1 7 ~pnrt,iiinezsr i,ioiiic:nto justo, npriiinaiido-se


logo iio; ares: lovr e clesr~llbi~ra,qnduroiiio IUII paeearo, e, como
~ i i i i~ m s m o -
, seenhur do eslrnco! -1 siia I-elocidnde passou logo
d e 5 ;i ii:e dc 6 a Iierii iii:~iv de í inetros por se=uiido, e om 9
iriiniitos j i c1ie:;rrn elle iiTorre c. a eontorriava prlu lado do norte,
vietorindo r:iii toda a rxt,eiis:io des5e. trajecto de 5 !:I Iíiloinetros.
J[:~~iteraeiii to<ln a ida, ~iijdt:-se dizer: a \.c~loeid:~deda 7 me-
tros por s<.,:iiiido, J'i:nais nlraiis;ida liur netiliiiiii outro aeroiiauta.
Coiitorii;~da;L tnrre pelo niigiilo do iiortt5, eiitrou o B ~ ~ n m i z t
IrI a rn;m de cricoiitro .i violriicin do sriilor:ste, violrncia q u e
l h e reduziu a velocidtidr a (i."%) eentiiiirtrui; perdia, pois, 80
<:entiiiictros por soguiido. Si n a ida deitoii elle 420 metios p o r
~iiiiiiito,quasi 23 líiloiiirtroi por llora. nxora s i deitava 372 nie-
tros por miniito oii 22 liiloiiietros e i ~ i i it,ri.<i>pr>r liora.
S o l r a v n e,>itiio r> tiiidnCste a 3 1 Z Iiirtros por serurido, ve-
Ioei<ladr: registrada lit~losaiieiiioiiietros do Torre Eiffel, velocidade
que dù 330 iiietros por iiiiiiiito o11 1!?.8Oi, por liora. Conveui insistir
iiestr poiitu, Imrqut! derriii todos le~ubrnr-seque eni 1881-85, nas
eiitku iintabiliasiirias e\peri(,iicins aerostaticas dos eororieis Eenard
Ki.el>s, o iiiais que o balXo I.'i.ilirc<r c o i i e r ~ u i u(t, isso mesmo
iern diritcqko I>ri!rit~jfoi iiiii;~veloridade i i z ~ ,~iroyorç%ode 1 5 ki-
loiiietros Iior hora, qunrido i, rciito ara de 8 liilonietros para o
iii*,siiio trnijio. Quer isso dizer ijur. eiitio, soliraya aquellri ven-
to a 2"':" por ; r ~ u n < l u6., se iiiovii~o Frriil5,s a &"',I0taiiiberrt
liara o onitisiiio tr~iiiio. Coinl>ar:idos os doiis tr,riiios, iseloeidsdc
dos i.e.speeticos centos n 1-rlocidadt: dos i.e.spcitir:os Lnloes, "6-se
que o vento enfreritndo pelo B I I I I L OTI71 L era
~ de iiiais 3"',28
170" "gundo que o eiifieiilndr, lielo fi7r.'i<ziiça,-e qua n veloiidn-
dc, de.seiirolrid;~ 11elo D i i i i ~ o f i tfoi, ria inrsnia fraeyio de teinlio,
dt! '>"',l)ii a iuais qiir n do dito F T P ~ C <Serii L . vriito, o ?7r,.í.a7~cfi
chesoii ii velocidade niaxiiiia de 6 iiirtros por secundo; irias,
conio íbi s e m ceiito, iiAo p i d e essa velncidnde ser cninp:~rada á
do Ili<iiuiirt r-I, g d i a coiLfrrs ri c , , r ~ t g .
iiq cifins fiilani, pois, heiii alto a favor do sloriaso :imo-
iraiits hr;~zileiro.
Aerrnice que, liara o iiotavt,I engrnlieiro franeez Charlrs
ALr~~ieiignud, iioiiir de reputaq;Lo scientific~u~liversnl, n velocida-
d e do ~ I I L I I L O IT LT I~> de e>iieoiitro aos 5 li? iiietroç de vento, por
i e ~ u n d ofoi ~ I , na voltii, que iinl'nrti~ria e111 uiiia velocidade
rioriiial de 8 rnctros 1,or ~ e ~ i i i i dou o 480 por riiinuto, - quasi
29 kilniiietros por hora.
(2oaiita gluria, ~>orútii.no veiicrbr o reiito qienas a 6"',20
por s e g ~ n d o , i i : ~iiibdin, di>iiiii~ando-o no valle do Seriria, roin-
;lendo-o coiiiu iini passnro! Sem o sudo<'ste, todo o percurso
teria sido feito eiii 1 9 iiiinutos. Coin ellí., iiiais dez e meio v50
se escottar dn Torre ;io .P,ciq~~rdo Yaint-Cloud, sommando
tudo '29 o iiieio iiiiniitos.
A viagem foi feita em f~jrmade oito dcitado (m ), corno se Q
v& do deiienho aqui intercalado.
ne yoltn, roinl>riido o vriito, o Dii~no7r.tFI passou Karhosn
e fiiiiir por eiriia de Autoiiil ti por ciriia de L o i ~ ~ c l i a m p svi- ,
brando ús aecla~iiacG<~s de iiiilhares de.. bocins.
Todos percehem que o Grande Fremio 7% ser iricoiit,eita-
veliiirrite Knnlio. O riitliiisiasiiio é enorme, e a iiiimriisa muiti-
dão não se eoirt<in iio fremito que lhe sacode a alma eolleetira.
O Dini~oiit V I r e m crescendo 110s ares; approsima-SI:, -
fica cada vez maior. Te-se qiie a sua v<!locidade <: gra11de e
que elle já ~ e i nvindo como uni triiiml>liador. J i se lhe avista
perfeitairiente o i - scilto ohliquainente nos r por
causa da velocidade com que' i: arrastado, iiiuito maior agora, qiin
o b;ilão esti c h ~ ~ n n d oKo . P<wqire c em seus arredores, a agi-
a @ ~ o, <iiithusiasiiio da mas% ~iopul;ir tava nn apogeu iio IIK-
nieiito erri que: firiiir e intrrpido, doininador r iiingestoso como
a pvopria personificaqRo da g o r a triuml>lialnieiite penetra o
Diiriio,~t v7: na iiri.n atinosph~~rica do Pnrqiie de Saint Cloud e,
em linha d<: siid<;ste,riipido n t,rn~ispõeçoriio uiiia setta eiicantiida.
Eram justaineiitr .Y hoiris, 11 ~ , t i ~ ~ ie~"t1 o ,se!~totdos
s da tnr?.
'Jesse iririrne~itn o eiitliiisias~rio converteu-se rin delirio.
Todas 8.; hoccas tomnrani ~i;irtr lia vietorin. Iienços, chap<'iis,
agitaraoi-sr' por ciiria de todas as citbeçaal que se contavam por
inilliarrs. Dir-se-ia que uma corrente elaetrica vibrava n a alma
popiilnr. táo intima e iiitiiitivnrnt?n,e interr~ssadan a r<rsolução do
problema. Rurrahsl ptlinnu, vivas, bi.a~vs, atroavam os
ares i i i i i i i n glorificaqão s r ~ noxernlilo erii Paris, e qiie tocava ás
I ' & ~ R S da apot?iGose.
Diimo~itsiahnva de levaiitar 03 100.000 francos nnni ex-
traardiniirio e triiiiiiphaiite esforço definitivo.
Tudo o lierrurso for:i frito eiii 23 o i i s u ~ o sE 30 s ~ < + u u u o s .
A o =r o Pai.qrie ntr;~vrssndu pelo b a l ~ oZ~a h e r ~ r ,apesar da
g ~ : ~ ~velocidade
~de da clirgi~da,teiitou e eoiiseguiu levar-lhe a
irmo ato gi~i<Ie-rtq,e; Ii~rgoii-a, porei", iio mesmo iiiomrnto - para
n%o ser atirado :L uina excnvn<;Ro feita 10-o adeante. e qiitt servis
de dei'osito aos residuos do liydropiiieo fabricado, hnria ~ioueo,
para aqiii.lle uiesmo ha1:io. .L pegnd<la. dr. Zabrrer foi ainl>l<a,-
mente trstr~iiiiiiiliadn. Tninbrin se vrrifieoii que a ponta do gt,ide-
.rcIIie foi arrastada por eiina dos ditas residuos num moiiirnta em
quo o I ~ I L I I I O T T7 Lbaixou
~ S ~IOIICO em se11 vôo iobran-
I I ~ ~um
ceiro ao I'uiriptie; jiois nào só deixara iirlles o sulco da passa-
gem, como tniribrin o aignal de ri,esrn;t no tect,o do barraeào-Du-
mont, quando ltor ciiiin drlle passara rgualmeiit~ arrastado.
Trniisyosto a recinto, iinprimiii o aeronniita ao seti glorioso
corcel ai.reo unid perfeita c u r s a tio ruriio de siil: iiorte r iioroés-
te, diirarite s yiial foi diminuindo a. velocidndr, nt4 qiie de novo
entrou elle no i ' a i y ~ ~ epela linliit de noroestti, e aiii foi deaido,
pelo g u i r l e - i v l ~ e , por Jrroiiiiiio e inais quatro ajiid;intei, nn litqiie-
rio espaqo iritariiiediarin aos dous 1r:irmi.õer de Deutcrh e de
Dunioiit. Tudo iit,o foi feito debaixo de uina trrnl,cstade d e
apl~lausos. Diiiiiont gaztera ii<?sua çiirra 1 iniriuto e 10 segiin-
dos, trnipo que, comi) todos eo~ii~reliendt.iri, n:io deve ser levado
á corit,a do concurso.
As nrclaiiiaçòee siicccdinn~-er, iinifiravsrii-se iiiiin claiigor
marcial e sein trt:guas, e e<'iij a terra se i~~lpiegniivarnd e ~ ~ a
continua e estupenda ploritiraq;in: c i r i que toma\ram parte as
senhoras que Ia se acharain, batendo-llie palmas e cobrirido-o
dt! flores.
Erain justainerite 3 ILO,.<LS. 1 2 i ~ t i ~ e~ -10 ( ~ sfq z~a i~~ d o s ,qiian-
d o Diiriiont, reclinado da barquiiiln r j 6 prornpto para. salti~r
eiii terra, perguritoii i « C ~ l l l l l l i ~ s R oque
» teilipn tirilia gast,o.
- 30 >Iricros E 40 sEGUSnOS, resliandeii-llie o conde A -
herto de Dion. iridicarido, corn eitn rrsposta, que estava dispos-
t o a fazer valer ns inodiiicaçüei indevidametitr introduzidas nas
clauaulas do eonciirso.
E2 dizein as ehro~iicasde eritáo que o qiin se deu naqurlle
rnoliieiito; conia protesto, por yartr do liovo, e tambeiri conio
acclariiaq%o, fui indi?scriptivel, calossal, nunca visto.
O generoso Deutscl- apliroriinnii-sc e, ahrayarido a Duiiiont,
qiie ja tinha saltado d a baquiiilia e c era carretrado pelo
povo, diase :
- O sr. ganhol~0 p~.einio.
h s senhoras cobriram-riu d r Riires. iiovainentr; e niidi~umis
se p6de ouvir, tal o barulho das psliiias e das acela~nayriea.
E r a um drliria por toda n. parte e , lia aintartto, a attitiide
d<! Diiiiiont era humilde e cali~iano meio da<luelie foriiiigueiro
hr,iaiio, que o uictorinva, protratando n lilenns pulmües contra
a sigiiifiratira rrsl,ustn do eondc. - i l i ~ i g u r e nIlie notara n a phy-
sioiiornia iima aniiibrn siquer d r despeito ou desaniiiio. A sua
resipi~ç;io era ser" tennoi, exnctiiniciita coiiio a siia tenacidade.
I n ~ i n o i e las
~ brnyos cruzados rio peito, a czibeça uni pouco iri-
eliriada para deurite, como que111 escuta, pequeno em aua esta-
tura phq.sica (-I", 60, só p<iaaiido 50 kiloe-) e tâo grande n a
moral <! na iritelleetual - rlle. I,arecia auseiite. de si mesmo, nou-
tros climas, noutras mqndos, pensando, reflectindo, emqunnto o
delirio dos i~l>plau~os passara retuiribando 110s ares.
- Pwto j d ; COZL feiztai. de 7 ~ 0 ~ disso 0: ellt:, ria prirnei~aop-
portunidade.
E r a isso de riiiiis para o ,:<lrieroso r, iiitclligeiite lia\-o d i ~
Paria, que se le\-aiitoii coiiio uin IeRu, e ii2u cniisriiriii [lua r l l r
o fiaesii,.
- J7C\íio parir !, ~ r i t a ~ a i i i E,sfti
. h rle iiinis ! X?o
!jiil~hu! '
pr<i.le !
E tados i c rcferi;rni ao texto liriiiiitiro, si~,guiirloo qual Du-
iuont pri1iai.n por meio i,iiiiiito.
Istu ~-eriiicndo;sií eiit;io rlisse cllc: q u e renliiici~t,. h : ~ v i i ~gn-
~ i h oo pre~nin, C r , si 111'0 nrfinsnenl, os ~i~.i~jildiradi)a se-
~i8iii. eoiiio ciii teinlio a di.srra, 08 ~:oFI.I~Y de i e os sriii
:~usilin~rs.
E o cl:iir:or ~io[iulnrcrrsccii dc novo, t<2iirp<~rtiiiisnir~c~1itrP ri??
defesa da )ivilh;iiitissimn r: iiicoutestnx~rlvietoria da uoiso cuiii-
~ntrioiu.

Keste iii<,io tempo, os iiieuibros-fiiiaes sr: foriini retiraiidn,


cada yutd eoiii as sii;is i i u t ; , ~ . Tinha L-a:-ido riit:.e <:lles az<d:r
disc~~si&o. e i r t i ~ n v a ~ i ~ -agora,
se cada q o ;i siio <ipiui2o
l~:sioal, ;eln ter sido 1,ossirel lia\-er q n a l r p r r ;icri>rdo.
A S C I I ~ C I I C ? iiso ~ i t a r ; iI:irrnde, c iiriii ellrs o l~oderiniiif;ia<.r
aiitei de ser a coiisii disciitidn assembl,l6ia,,:ernl cio Al<:ro-C!liih.
E, corno o I>razo do roiiriiwo ia xt4 31 d<i Oiitiiliro: sonhe-sr.
que n << Coiiiiiiissiio >> si> i? l,roiiiirici:iri:~ nos i~riiticiroi dias d i
Xuven~bro~porque ( c : iirori~di:~rorr<ict:ii,i<-iit.,.) r.i.n lirrriiiiiivrl
que aiiicln a1;urni q u i z e ~ ~talvez e al,res:.iitar-se coin tr:iliyo de
disl>utas o r r f k i d o preiiiio, e qitn , d i a ser des-
p e z a d a , I > O Y < I " ~ eiitso nr decidiria do cariciivio r . i i t i ~de ter-
minado o dito y r a m , e eiii prcjuixo de liossii.t,is coiicorrrntrs.
Correcta. iirste ~ioiito.coiiin fora iueorrr~rtna «CoiiiiiiiasHo» n o
n h i A r n o oli;ioitu, q~iniido~ riii lileria si,cciicii&da prazi,. nssciitoii
de alterar lim.;i, mais difiieris as e<iii<liqùesdo ioiirilrso!

Xessn mesiiia tarde, iio dia seguinte e <.111 totlos os n~ltr<li


dias, inauifestoii-i.n n i~iilireiisa d<x B ~ r i a fi.aiiea,inexitr fa~romvr4
a Dumont e liostil ú <~C<ilnioii;s~a .Julp;idorn». Enl n nlrna riohr<:
e justiceira da vrllia Fraiiçn, falitiido iiiais i i i i i ; i vez pia l,<,nila
dos seus melhores rrryriientaiitrs.
Diuaiite alguns dias foi esse o :rai:de ;i~siiiiilitoda iiiiyreiira
pariziciirr.
Deutscli continuava a entriider r p e o preiiiio fUra ganho; e,
11<1rizra, offerrceia a santos Duiriont 25.000 francos p;lra r.llo
os distribuir lielos pobres di, Pariz. Fntisfeito da vicroria, aprn-
r e i t n r u a3siiu n opportunidade pnr;i qiic taiiihem se cunil>ris;e,
cio menos eiii parte, o Iiiiiiianitario desejo do i l l i l s t r ~b r n ~ i l e i l ~ o .
Coiiio cresce no eoiayúo de tbdos n sjnrpntliirn ti=iii;2 <icste
lioiiiniii taiitna rezes riiilIii>itiirin, cujo iiolne fieoii iiidelerelnieiite
lireso ao de Duiiioiit! - eli.i.iiniiirntr. ligado ti Iuiliiiiosa descoberta
d ; ~dii.igibilidado dos I~nli~ea !
Duiiiont, pnr(.iri, aFriidecrii, es<~uirniido-se.
$:i tarde deste iiiesiiiii ilin ~iiiblicouo A1~io-T710uiu nxmerrj
,~;~>erial, illiistrado, sobre o p r m d e niontecimento, - e , 1,osro .i
h-eiida As 5 horas, i s U jii tiribilni sido rciididos iO.OC0 exenil>lnrc.s!
Dia; debiois taiiiheiii a l i e nrr Grnirri Ai,. clava uma rollossal
riliqlio cosinopolital iliiistradn, rscriptn rui 5 1in:iiai r , narrando
1,or irii;i.giins toda a rroliiqRo da roii<juist:.-Duiiioiit. S;I iiiini
di;i forniii vendidos 110.000 iiiiiiirios daediqno tirxdn ein frinicei.
Todos isstes factos gritarii beiri ;dto o iricontrstnv~lvalor do
nosso illiistre eoiiil>atriotn.

0 s ultiliios dias do Outiil>ro ii8.n clirgnrani p i a os protcs-


s : r a i e i t t ~ rcle ~ i i l 1 11il1nes de tclegmirimns e
imc:lrt;is dc fvlicit:iqiies; que. d r teclas as linrtc; viiiliaiii clieK;ii.do
:LU I I I ~ I ~dn ~ I Eiirolia
~; e da .A~iiri.ica.
ITiii doi ~>rin~eirox a dos irinis =ratos trlrgl'niiirnns foi por
<:r.i.to o qiie l h e enviou a liresidcnt<. dn Rnpublicn dos Estados
ritidoi. do Rraail, dr. 3iaii,,(,l I;È~rrrz<i<.C a i i ~ o sHA~,LES, iiiter-
ix<,tnrido os xcntimentoi da ],ovo brazileiro. O irosso í?oscicr-;io
~ , ' , C I « X A ~ ,(Cairiara o Se;i:~do fr+der:~:~esIi
iiuoced~ii do r"<-iriio nxi<lo.
CorVoraqí,es srientificas briizilcira?, nssenihlPins legislntirao dos
Estiidas d ; ~Unina, prcsideiitrs, gmrernadores, I>articu!iir<is, tnin-
heni felieitnrani o notarel hrxailriro.
h iinl>~t!nsade Pnriz contiiiii:ira n nfirniar iiiinirimeineiite
rl11e srria Lima clnrnorosa. injiistiqa si o j i ~ l ~ ~ n > efmie n t o O indi-
cado ela resposta do conde Albert de Uioil, presider:te do
de'1.o-CIIr<l.,

S e s t e iiieio tempo foi Puriz iiiniii~dndo por uni r c r d n d e i ~ . ~


diluvio de. ~iequeiiosobjectos do griiero - hihelots - , rel>r<!seiitiiii-
do os arrostatos a as fnçarihns de Uuitiont, e qiie er:iin veiididas
nos biilevárei. As artes &~;ipliicasyuzeraui por si.ii lado eiil eir-
rulaçZo outro diluvio de cartües postn<,s finaiiientr illiiitrados,
repreaentarido, desde o iiiicio nt<: i ~ i e t o r i adnfiiiitira, as phnses
mais salientrs, os lxtssos cada \.e% mais t r i l ~ n ~ l i l ~ a n tda e s liiniiiio-
sissirna uin glo,~io.sa r i ~ r i o r r i d a Iirlo ininiortal brazileiro em 3
nnnos e IG dias, - qiir tstito foi o espxco de tciit~in derorrido
entre n priirii.irn aseenyXo do « 7 j i w z i l s n 1 de Jullio de 1898, e
a ultinia, do T)ii?irr,iif 1% n 19 dc Ouhibro dt, 1901.
O l i i c i e Itu!aiid lSoiiuliiwtr, I > ~ s i d e i i t edo jury, presi-
dtmte da « Coriiinissâo Jiil~a.dornu, cliegmii n publicar que, si
fgssi. ~icerssaiio,1e.vnrin a cpest2o aos tribiinars. para que fi-
casse piorado \ n o caso de ser irg gado o ~ i r r n i i o i que f;iltava
coriiptrtencin :i a Cornii1ias2o », l>orqur 3 de si.iis ini~iiibrostzrmbern
queriaiii concorrer ao pseloio P liara imo trabelhav~iiiij e para
que rainbeiri ficasse deninristriido que. ns nlter.iqües das c1ni1sula.s
sú tirr:rniii por fini iriisi<,dir yiic o ~ i r r m i o fosse parar As mâos
d e iliiiriaiit : - pnis .i e C ~ l l i l i l i ~ b > ~qiie
» ~ . correr do
a l f ~ i n i iio
coneuvsu, fr>i n mesrnii yur ~ ~ . / L C I I I Las c l r l ~ ~ s ~ ~lil-iinifici~'1.
liis
Coiiio este trahalbo é frito efpecialiiirnte p r a , a titulo de
iioticia, ficar piinvdiido iie;ta. revista. do iioqso fi~stitr,to Hislo-
rico, d e a 1'ena wgistt'ar aqui o rpre disse aquelle priiicipe,
que, al<:iii de yer iini lrrfeira Iioiri<~iiide briii, é iiiii dos rriais
esbirnndos lioiiieiis de scieriria da Franca.
ii:eiios rreiii,iidainentr, disse t.llt. o s ~ g I i l l l ~que , foi publi-
cado Iior diversos jarnaes;

Que n C;>>i:;irissii<iSciei,t$ra do AP,.ii-('iiih nada


tirilia ahioliit:iiii<.nte ioni n adiriiiiirti.n?3o doiriesmo,
- vi310 qiie f<'r:i esclusivnriieiite cread:~ ,,ara pro-
iiuiiiinr-ir sobrr. ai.siirnl>t,obtechiiie<is. E l l r l prirreipe,
eriil'enlinra,-s<, pnra que :L dotaoerni di, orn.ariizaq?io
tal, c , ~ , ii~iwriora eritrigas e iriexericas; os pare-
cerer. delln thseein :i ahsoluta ixl>rrssio da jiieaiqa.
L\ div<.rios ~i:i,n:l>ros da d c ~ u r 3 i i niir: S < ~ r x c i alpe-
s
dirn ellr que tizesselii parte da rcferid;~C'o~iin~issiio,
tciido anuiiidu a i~edido os acadriiiiccs E.
.lfasrnrt; C'aiilctet, Ilolle e Iliiiiqaet de L n Grye.
(2iiniito a. roi~,~,etriieia, n Cvori?i~iiii.~.~a~
tinlin-a toda,
eoiitai~doi.nti.<, os aeiis iiiembror Iiamens roina o
eoiide de La lá<il.rl I'iiiiciellr,, dc /.a Ila?ii?ie Plzr-
ciirrl, Ccxstillii~~ de A90.iiil I?cliir, Delaiiiii.r e outros,
todos rsprcinlistas em rrinteria d?. arro8ia<:âo. - Os
iriii3os Renard iriani rgiinlriiantp fiwer p a r t r dclla.
40 d i z p c l h r Drurscli que yrctendia instituir o
premio de 10u.000 frniieos, ,zli~'lnudira a i d i n com
entlusiasmo, porquo della só poderi;~inaduir grandes
hriieiieios p1i.i~u iiavrg;iczo ai:rra. E quaiito iiio
se deria a I)rutseh, \ter ter initiruido o l n e ~ ~ ~ i o ! ' ?
Dados os 100.000 tkinrns, t e r e n Ctiniini,ss~oque
nstnbrlccr,r as coridieões do roiiciirso, e eiitin o fez
ern terilios uiii tanto v;igos, » quri at<: certo ponto
tom drsculliavrl, porque, iiessa rlioelia, iiin-iieiri
Itelis:lra que tno erdn se 1iiidi.sse eontortiar :i Torre
Eiffel, - yri~icilinl coii<liqâo do coneurso. Saxiibrin
rino ficara d(:t,errniiindo r> que seria o iiioiiii,iito 1>1iy-
siio da partidii r dii r,ltrfada; e, irids tnrcle, qi~:iiido
Henry l)cut,seli lirdiii i «Coiriinisi;io= qiie driiiiisse
o que era ?irri,i3eirti> c?<' pu!'ii,!a e ~ ! 0 7 n e u t oc/c6 chc-
gn<lrrl n o F A H < J ~ - B-
, s l i o frz clualld<>.~ l l ~ (os i l ~pri-
iiiairos surresxis de Duniont, eoiiieqarniii toíloi n
perceber quc! j i iião ~ s t i ~ ~ ~llllito
i l . l ( ~ n g eO i i d clilil-
l>riiiii,.iito das eoiidiç6i.a do progi.;tinma.
,Lcrrditniido que sens coliezas da C,'w~<~niiivissi>i> l>ni-
sarau, do iiiesirio iundo q w rllr, rirt,<,iidia q v r as
SOVAS COxni(ibrS FaOiir-r.u.ii,As sd I > E T E n i A l i E S T i l i I l
E M r i u o i c s o AXSO S~:GL:ISTE~yrevnlecer~do licite
(1!101) o testo nntiyi, - liorrlue o concurso tinlia
sido ahí:rto iiiit<.s de tat.s ii~iiovaciirs.
Drsdr, roi:, que se i 1 vt.llio texto,
rlnro firam qiir? 1)iiiiiont lireeiichein as roiidiqfirs,
coisa qii<,iii~igiit.iii1)odei.i:~contestar, poríiiie o teirilio
(qYici<rlii~eiiteiiiari.ndo) gast,o entre ida (linrti~lado
lla16o) r ~ o l t i sua d i ~ do parque j frir:~
~ c l ~ e f i ~ iicima
sd d r 2 9 »iii~?itusr, 1.5 segrjl<it.dr,.s.
Xfio tirihn assistido t i l>i.o\-a do dia 19, por iiiio
Ihr ter c l i ~ ~ n dr?iii o teiiipo o oficio que liara isso o
coriraca\.n. Ei~ti.rt;i.ntosoubera por alguns rnllryàs
da Cosii,,iissiio que i, gi~ide-rrqie,<L c h e ~ a d . ?do balio,
tiirlia l>assado de nrrnsta lielo trctii do barracno.
XRo tiiilin yiito, - ricto podia inas si r r n
\.erdad<-, Diirnont gniili;ira Iiirsriio 1 i r r : ~ n t a ~ Irt,tm
do iioro t,eslo: - I>i>isrrn i,ri.fritnin~iiteadiiiissi~-c1
qut: lhe tiresse deitiido a riiaa qiiemqiier que l i se
aclia4se.
Ilados esses riiotir.os, n sita opiiiiho era qiie Du-
niont T i s r i n <;ariri>o PBTIYLO-I>EUPTSÇH, Fistivf:ra
eoiii o liroijrio Dt:iist,seli nn uinrilian daipielle dia, e
Brustsrli era da oliiiii;io delle: triido dito que. ~ i < o
concebia o z ~ t i , o rriiirio (le gn?ihni. o p r r n ~ i o - . Si o
doador priisava xesim, porqnr hnverinin do ser
clles ~ ~ ~ ~liitist i orcali3ms que O r e i ? K ~ I L ~ I I ~ I I I
i g n o r a ~ uqiir, ~ i oappliear ns leis: iuand;~i,au priixc
que tal se iizeesç d r eoiiforiiiidacle com n inten<;lo
d<i lcgisl~dor.
Ati- ailiii, razUc.a de facto.

Agora, r ~zUr5iiiornes:
- U e ~ i n - > e ti:r eiii vistn a p<,rsr>iinlidndedc 1111-
iiioiit. IIoqo, era elle uni grande: iuirindor; qiii.
sal~in<,ar u siias id6i1s ndriiir;i~-e1d ~ ~ ! ~ r ~ i r ~ o l r i i ~ i r i i t o ;
obrigiirn o ~,uGlico a prcstnr attoii?%o i a suas trii-
i:~ti\.ns uietterri eiii brio os ii>restiicndores,c erenra
uiiin r~iiiu1nç:ro aeiii esrinplo a t é .iiliirlln d;iti~.Coiii
que n,1~aisr>n;rdoiiiterrsso ii%o o fitava ( I iniiiido ir:-
teiro ! li30 se deriurii esquecer dos iiiteriiiiii,zi?i-
artigos de eolliiiiii:~~ e colririmai, que, iilpús L siin
rluéclo, l h e tiiilia~iisido coiisagr:idos prln iinpren~:i.
<la I i i ~ l a t e r r : ~dos
, E:statloi Ciii<los do i i o r t r e <i<,
iiiiiitos oiitros 1i:~izes. FVrn uiiin qiiidii. qiie dera
l'arn cnelier diia,, roliiiiinas Eo i'itircr.
Teiiieraria:rienir iiitrcyiido, ellr :irrisc;ira con.t:tii-
teiiiexiti,. :L l>rol,sia rida, i~ii~ii>rido-~e :i iiinior e ú
iri;iis aiiil~li~ adiirirnqXo. 5,: isso quaiito 1120 vsliii
eiii heronautirn '?, onde, a cada passo, os ealciiius
<lia thcorin sXo desiii<:iitidos lirla ~ > r ; ~ t i c a
Cnrrad;is de r;ii$o tivera, iioir. o ~ , o ~frniirez -o no
st: drixar s e c l i ~ ~ lieloir jovrii aeroiiantn, - yuii p i i n
p i s e l i o ~ onada llavini cpr iiiais o sr.rliii.issc do q l i e ; ~
bravura e n aiidiiein.

O illiistrc. Liiiz Ilriinrd veiu iii:~is iiiii;~ vez lirins cniilliliin~


d<, l,<r Pn?,.ic do din 2 iiisteiitado iii,lo eoiide de I>ioii iio
rcu iiiodo de vcr. Xiiiguei~ilixou iiiii>urtnneia icpe1l.z teimosia.
a at& Louve jnrnaes qu<: OH inetteri~m a ridirulol ,:OIIW, por
e l o , L n I;aiz,tei.i~e, de liochcfort, - tniito i ~ i ~ iriiiaiito
s t
certo que jsrgiiiido Ln S<itiri.e) :

- i ~ po r o l r i o d i a I de O q 7 o in(iiiLi,ii?o
,j,<stri aiih q u e D ~ I I I L Oi 0I>,~~f O i - 1 2 f ~ t i BIjill ti,ii~i~?1>7~0 (L
'l',ii,.e Ejftrl, tniiiLeiii ,t;íi.r~ i.isto o qir,c<i bnliio dos
ii.li2Zos Il,~trard ~ , L z c ? ~ c(1s
( ' I S2IBS ] i i - f l i ~ e i l . < i ~ e.r],el'illi-
e i c s ao ar lii;ie, eiir plei~ri l > ~ i : n r : ~1 . 1 ~ 1 : DE
CIIAL.L~~-~\~EE D ~ ~S ,T L ntd
sein P ei>tau se ticesse tidv
?lotieia <;lgi~iifndos i.esi~ltn<lo~.
So criitnnto, nuinont j i iiXo hasta\-a para os :~liiio~<is e jnii-
tnres que l h e rraiii otierecidos, ç l>or tod:i a parte o crrcnvaii!
d:is iiiais honrosas distineç6r.s. Era u111:i festa. perriinn, uir>:~
-lorifieny;io seiti terinos; e ein qrie toin:tvaiii liarte i i i o si> a iintii
da socindade ]>aiizicnçc, como n dos f~rtrnn:i~iros de tudas ns oiitrn;.
nncürs. doiiiiciliados em P;iria. As iiui~ierosnri.rriatasillustr:idns
diiquella capital pejnmiii-se de illuitracües rcfr!rcntes a gi-:u~clv
rirtorin nlcnnçndn por irosso coiiir~atriotn iio iiirmorav<~l 19 ( T i .
O i ~ t i i h r r , , e as rrrist;is l,ai.ticiilni.e;, df. deqiorto, de 7-eloci~>&diav
di, nrrostnçso, tnmhrrn deraiii iiiiiiic.ros r:a]iecincs, ci;ja: tir;~;ells,
~,lernd;is a ciii,ns gigaiitcsc:;is, en~iiicsgottadns cm 1,oiieo teiiilio.

niinioiit fieoii se.ndo o horiiein mais eoiiheeido, mais ~,oy>iilni.


de Pnuiz. A phototypia o ~.spnllioiilior toda a parte. A prquiin:~
iiidiistrin dos inventores pol~ul;rrizoii-lhc di-ntro crii liouco o Bit-
~ I I O I1 L ~7 e111graciosas e lei-rs iiiini;&tiiras;- balüesiiihos iiiictiin~i-
res, que o eelcbrc r n ~ i ~ e l odtz ~ graiidc eidndr soltava e vendi:,
peiiis riias e pelos biilr,v;iri~i.
l'iíinlmt.tite ~~iiblieariiiiios joinnrs qiie B «Co~iiiiiiss.iloJulga-
dom B reiiniri:: a 4 de X<iroiiibro, e qno nessa data seriti otii-
einli~inrit<:~>roiiiiiici;i<ln;r srnteiiqa.
J;i o iiiillionario Osiria tirilinl ~>ol.éi~i, orereeido a 1)uiiioiir
os 100.000 fi.ancos. i i a « Coiiiiniss3o » Ili'os nc.jinsse,. - J;i o no-
tavel eri=riilioiro que ligoii ieii nome i Tiirrc Eitiel Liaria ti~iii-
hein 1xopo"to quc se c~inhiisso( r r a lirol~ostita f o r i ~aeec.ita) uiii:i
iiiediilha espcrial de ourol para ser otri!r<:r.id:i a Duriior~t,riirdalha
d r coiiirneiiioi.açúo no triuiiii>lio de 1:) do corrente, e equal à qii<t
o dito eiig<,iiheira oiferi~cern aos iiuperadorea da Riissia quniido
i,stivernin recrnteiiir~iteeiii Faria. Essa iued;ilha teria iio ani-erzo
i i r i i a . i~iinintiirn da Torre Eiffel, esciill,idn i,m alr,o relero, e i10
reverso uma nllegorin ao Trnb:illro. - Jii a Socieclrrde Pinrieez<r </e
A - ~ ~ P ~ c Ldb(,e<~ @ " o sc tirilia tarnbrrii rc,iinida sob n liresideilcia do
lmiirei~>eKoland Dorizqinrte, inuiirn ti,aiiea ;ittitiidt: de ceiisiira ú
despeitada iiiiiioria do ACiu-Clith.

Agora nnniineiii. a irnl>rensx qiir, dentro em h r e r e , eorieluiri


Ilumant o plano de u m n o ~ obalâo erii que farii a traresein do
X i r e i Corerga, iio llcditprr;rn<~o. Por meio de travessias rio
IJediterraiieo vai elle Iiabiiitar-se n trnnslior os grandes nx~reb
da globo. Esse balZo que, coino os outros, será canstriiido 1icl.r
Cc~.sr~-Loe7irr;iihre,ficari prompto em fins d e Janeiro ou principins
de Fevereiro, e estreari imrn~di;itanientt.,porque, brando, o ;ri-
verno do hlediterraneo de\-e at4 ser favorsvel i s aeceiisGes. Loç.0
que tal noticia se esl,nllioii, foi ofierrcido a Duiiiont pelo ~iriiicipe
de \I»ii:ico 1 1 ) não ~ < un1
j terreno n ht~irn-llin~:liara o barracuo
destiiiado ao iior.u nerosr;~to,roiiio rariiheiii o srii iiitr., que bons
srrriqos 111,. deveri prestar 1,nr oeciisiio da triiressiil.

Xo ultimo dia de Oiituhro, rin sc~siiosoleiline da Co~i~fereiice


di>rliii.e eiitso reaberta, c sob a ~>rrsidi.neiade Duinont, falava o
<.iigenlieiro Eiiiiiiaiiiiel Airili: aohrn ;L lia\-ega<;io arren no seculo
20, ti.iido uiri aiiditorio dc iiiais de ?.O(% iiiil pessoa; saleetas,
antre a i qiines figura\;nn~grandes iiatabilid:idei do iiiiiiido zrieii-
tifico. A ohr:i aerostntica d r Diiiiii>iit foi o rixa e ~ i torno
i do qual
nrcliit;.etou ,ii,n,: o srii hiillinrite di,eiii.so, iuii~plotocoiliu aiia-
lyse coiiio eririra. Aiiiié driiionstrr>u que, rplativaiiicnte ina-
vepaqio a&r<.alDiiiiloiir fora u o decifrador do enigma».
Eata\ra. liuis, trin>iiiado o I>rnzo do COIIPIITED. -4gora tinha
a aCoiiiinias2o Julgadoi-n» qiie se reunir o 1:i~rara sentença, ji
t,ùo iiiir>aeieiitiiiiientf, rsprm<ln,e e i ~ j ndeinora 1ii-ovocava nos ar-
raia?-. neronaiitieoe um coiitiiiiio iii:iI estnv.
Eis ciii o~doiiialpl~nbatieaos 28 iiieinhros da

c o i i ~ i i s s i orcr.<;aDonn
I -0 conde 12, Libert de Dion. mcm-
II
. . . , .. '.O.. ., < .. I
I . . i
r
i. i n. .s
1 . ~ : c,,,
,\I.
I , . , : , I , , , I I I . . " .
< *c<. . . .., 1 . : .. ,,",,<',i

2, V, :-:, - Amon\.al !,;\rstiie n'- 'I P L H , antigo preya-


rndor de Clniide Ilrrii;ird, j)rofessor de ~iliysiciiliioiogiea. ~ i oCol-
lr!gio dr Eraiiça ;

(1) - 0 piiocipõdo de :fonsco. que ";ia chega r ter quatro l e ~ i i i squndra-


das. C ovja craital, do memio norue, C porto do Meiliterra!>oo. rst.i eiiirsu.i<lo no dep7ir-
t8imcnto dor ~ i g e ~j ~ a r i t i n i o es , pouco dista de x i c o ci~iitaldaquriie depcrfsiiiento.
( 2 ) - E' y a i s i v ~ i que %tC aqui be :~"ha e~oriptoora c ~ ? ~ i l p ora
, marpiiai Albert de
~ i o n d, t ~ i d aprove~~ieiite d n revistas fianeeza~ conrnltad%r,onde ngaram os dons titalos.
na onegri n este ponto do tra>iniiio,nbde~se.poren1,uerincxr no PARIS-HACHFTTE, 'innzur-
r<o ~ i i ~ s i r ~da d arnr'urlc, de 18LiD. que o titulo dc marquei pcrtenie a uion (simplesmentej
B o de con:ir il dibcrt d e Dion.

13) Para evitar fistidiarab repeti(ber, or signacs seguintes. antepostos aos nomes
proprias, signinoam:
3, - Rallif (São conhecidos eni Pariz dois Bnllqs; - ambos
s2o ilIAC, uias iiin dellcs e! ~iresidriitedo Touring-Crli<b);

4, - Besanyon (Georges -), CLH, chefe da 2." divisão da


prefeitura de policia, Um e direetor do Aeróphilo;

5, V, (-) , - Bouquet de La Grye (Jeaii Jacques Aiia-


tole - ) , L?,iiiLH, riotnvel engeiiht+iro h ~ d r o g r n ~ h onascido
, ein
1827 e que desde 1853 illumina a engenharia francrzza com os
seus serviços offieiaeç ou nxo; da cadcira de geographia e na-
vegaq2o ; - OIP;

6, V, (-), - Cailletet (Louis Paul - j, OLH, um dos no-


mes de ninior preatigio no ~iiuiido da sciencia; pliysieo e chi-
mieo, devi!-se-lhe n liqiiefac<j.?o dos gazes;

'i,- Caitillon de Saiiit-T7ictor, iiiatheinatico e aeronuuta;


NAC;

8,- Chasseloup-Laubnt, CLII;


9, - Delandres ;

10, - Ducasse ( Ileiiry ? - j, JfA C';

11, i-), - Emrnanuel Aiini; MAC, engenheiro; e secreta-


rio do Adro-Cluh ;
13, - Henoeqiie (Deve s<,r o Dr. Alhert Henocque, CLH,
Director-Adjuriçta do Laboratoriu de Physica Biologica do Col-
l q i u de ~ ' ~ o ) L Ç ~eL , O f P ;

-
V , Do IXSTITZ'TO DE P R A X ~ & ;-membro da Aradeoiza de Sciemios:
CLH , - Cavaileiro da Legião da Honm;
O I P , - Offieisi de Iostrocçko Pablica :
(-1 , - "toa pela cncrega do premi,,:

MBC,
i&). - N80 compareceu
Oi.H,
XTC
-
-
.
ComLH. - Commendadar da Lcfiko de Honra;
- :
Xembro do A~'fon>aiel-?Lu~
sessjo;
Officiai da L q i E o de Fonra: e
Yeii>liro do Tour<np.-ClnI.
13 : í-) , - 1Iriiry Deutseli, CLH; pliilai,tropo instituidor
do ~xeriiiode 100.000 fraiieos;

15, V ,I-), - Jules Violle, OLH, da i i ~ d e i r a de pliysica


iprnl, e lmofessur de l,liyrien da E.schri7r~ A\r<,\íii.i,t<iT ;

l G , ( = I , - L n Bi~iiuie-Pluvincl, .lIilC c de iiuiiierosas ou-


tras soeit5dadcs rlcsl>ortiras ;

l i , - I m Vniils i Coiidc Henri di: - I, ueroiinuta e seion-


t i i t i ~c<)llhecido;

18, - L a T-alett I,'?);

1!1, i-), - Lt:linudy (Robert -); ~icc-~rrt.si<lp:itedo ;i4i.i,-


(!Irii>,desliortista dou iiiiiis riot:~r~ei-.de Faria i Veiu expressa-
iiiriite de Vienna, liara dar o seu 1-ri1tu a Diiiiiorit;

I , í - L o i i i s Olivier j l l n niii oficial dn .Ir<riieii,kr de

.\'cir,reli~s'coiii estct iioiiiti, e que i: no iiiesiiio teiiipo oficial di:


ieservn do seic cito) ;
. ,
2 1 , V , !-I, - 3Iarry ÍEtiriine - ) , C'~,ii<I.II,iioine iiiii-
ierçnliiiei~tt?ioiilir~ei~lo
:- da cadiira de n?edicil,a e r i v u y i a ;

.
T2, V (-'1 , - XIasrart (Eleiitlit!rio - ) I (i'i,,i~LlI,iiiatlie-
iiiatico r elrebricists d e ~ n l n d enorneadn; da cadeira d e p l ~ y s i ~ ~
,cera1 e direct,or do Ilirre,rii C%i~ti<ilrle .lIcteoroioqii> da IXSTITL:TO
:

23, - P~:rcliatv);
24; (-), - Kola~idRoirapnrte (Sua Alteza E e a l o Pririci-
1~ - j , .ll.A(', eouli<srido scieritistn fiarirez e 1iresidr:irte desta
<~ Coiiiiiiiss2o x ;

25 (-'I, - Teissereiir de Bort ( Ediiiimdo - ) , direcior


ido Ohseiratz,i.in de T P ~ L ~CISP t IS
, oficial
~ d i ~~ l i i ~ d ~ i ide
i i iSciei~.
~
cirrs ; rarias coiideeoraqiica l,ar iiierito ;

2 6 , - Tuile C!) ;
- A L'utir~itissiioSeieatijicicn do
ACio-('I~il, confere o premio-lleii-
tscli ;to i r . Santo8 I)iimoiit,apes&r
de rijo ter <,lle satiskito as coii-
d i ~ ú e iiupostnspelo
s Xegulaiiieuto.

A discusiio foi travada entro Kiiiiii~nuclAimé, IIarey, 310ç-


enrt, Fonvielle e Deustseh, de imi lado. contra o conde de: Dioii,
Deluiidri,s r, Cliass<:lou~i-Laubat, do outro: representaiido a mino-
ria cu>itr~xiiria. ;i 1)uiiioiit.
Coiicrdiaiii nlguris delles que. s,: lhe d k s e uni premio pelo
niuito que tinha fi.ito ; iiias ii&o o prtmlio-I)rutreli, pois negavam
que I > ~ l i u ( ntivesse
~t prei.iicliido as ciiridiqúes do meaiiio. Delan-
dri:s re~viou-se niiiito ahaixo do assuiripto discutido; - Dion,
al,aixo~ii~dis~imn, não podendo conter por mais tempo o seu pa-
tr.iotis,i~r,, exacerbou-se ao fazer ver que: os lai.00U francos de-
veriaiii ser dados a offieiars do exercito frnncez, os qunes, havia
tatitos 8111105, tinlxillia~uiii iiiciliiq;~velmente para que tal gloria
eoiihossti ú França. Seste terrcno, como 6 facil eoniprehender,
a G ~ ardente
R r apaixonnrlix do illustre titular desceu titi? a ee-
gueirii das ceiisnras e i~ivertivas,a ponto de se ver o presiderite
obiig;~dua eliaiiiial-o á ordem.
Crua proposta sua, nessa sentido, n%o tinha sido approvada,
como tambt:iii ~ i ã oo fóra uma outra, - de Beannçon.
Qi~antoao conde Ln Vau11 e ao seu collega e ilmiço SI.
Cnstillori de Saiiit-Victor, a%rniitr;i.;~m que nâo se t.ratava da coii-
quista dos ares, nms sim de unia conquista da irriprensa. Então,
Enimaiiuel Aiiiiá que, coni seus eonip;mheirasl j B se tinha batido
brilhnntr\niente por Diimont, deiiionstruiido qne a. sua yictoria
fora roiiipletn e riii toda a liiilia, saciou e leu o parecer do
notavel adroffado (:eorges Deaiii, do Corisellio de Estado c d a
Córte de Cassnq20, parecer dado a unia corisulta previa sobre
si Dii,iu,iit, JCKU~ICAXEXTE, ,qa,~hal-a01' 1uirl u ~~rer!~i<i-De?<si.s~h;
-porque, jú agora, a quertao i i b é de iaber si elle descobriu
ou não a dirigibilidade das bnlüe3, iiins de saber si, dc eonfor-
midade com a texto do R e g i r l o i , ~ e ~ ~ganhou
to, 0x1 iião o preniio-
Deutsch.
O parecer de Georges Devin denionstrou o direito absoluto
de Da~iioiitao dito ~ireriiio.
Afinal, terminada a discuseiío seguiu-se o esçrutinio : - 13
votaram de canforrniddde ceoin a proposta-Xascart, isto é, y l a
entrega dos i00.000 francolj; 9, no sentido da proposte+Dion
(não ap1,rovada); e 2 deixaram da votar.
0 3 12 que, salvo qnàlrlurr engano: votaraiii a f:~l-or, ratão
deitae~idoscoiri rst,e signiil: - ;I.
Ueutsch propoz e foi iiiianiine~nente aceeita a c~.e;iqùo d e
outro premio para 19Ci.2, cre;xndr>-si. para isso uin fdiidi~especial.
Entrou desde logo coin tj.00) i'ranci>s, e o ineimo fez TJebnudy,
vice-]>residente do A6i.o-CI~LI?,talobem concorrendo com outros
25.000 francos.
Terminada x sessão, a casa de Dumont encheu-se de visi-
tantes que lhe iam levar a =rara riotirin e cumprimeritil-o pela
consagraqio da victoria. Uciinnnt dizia-lhes ratão que quem o
salvou foram 03 sabios do 1sr;rrrvro : e dizia a verdsde, - porque
foi i imparcialidade i i i ~ seiericia yne elle deveu a entrega do
premio, - pois a minoria só representou iiailuella inernoravel
sessào interesses de outra ordem.
A's 8 l i 2 da noite recebeu Diimont a seguiiim carta 60 prin-
c i p e Iloland Bonaparte :

Ill."= Si.. saiI,tos Jsllli~oio>lt

G r i t i ~ r l e4 o i : ~ r iirazrr
?~ eiiz coi>iin+
rlicnr-lhe que, ~ e r i t ~ i dha ~ j ee por mim
~re"iciid<~,n Cumrniss8o Sccie7~t<ficado
Aéi.0-ClxD lhe collfeiiit o g r i ~ ~ ~ d e p r i m i o
de 100.000 ~ P ~ L I L C O Si ,? l ~ t i t i i f d1>11<>
o SP.
Der~t.sch.
JiiTyo-??~efeliz i>,>: i i L e h<icei.en~ns
eii-eri,,istnireia,9 p i ' i i ~ i t t i < l i ?q u e , ii.nia uma
vez, Tiia csirha eiL o rt1t.v n p i e p
<r?fi<.i>u~i
e m que teiihn os esjhi.cos pxe, trs»ul- cwii
7 i h ~pel-s~i:el.m~~p
e corogerir, o sr. triii
p x t t . e<.%
,,:iiii<:a prlo pi.oyrm,so d r ~ ,Irice-
ga$Zri nPieo.
E'elieit<ndrrri sii~eeraii~ei~tr., ji<,pn-lhe
q u e <iceeifr 0.7 esyiessfies dn i i i i i c i z n pro-
fimdrr s!yiiil,atliin.
R o I . A ~ - ~~~i O Z A L ~ A R T E .
4 -SI- 901.

Do dia 5 em deante, até 2x0 fim do rnez, e mrstiio por De-


zembro a fóra, inanifestacUes de todo o genera, ~inblicas, parti-
culares, rttc.: forarn se succedeiido iiin:is $8 entras, Cititni; ;ia il-
lustre hrxzileiro, r<.a:izada* riii Iionie~~ayem Aquellr rjue arahnva
d e arrebatar i1 Natureza, pela priilicira e 1 hisri>i.ia do ho-
nieiii ria Tcrrn, inni.; ui:i de scui I>rofriii,dos s i ' g r c ~ l o ~~ ,I O K F E ~ U C ~
o ninis iiiili~rtiiritcAr! todos, - ~ i o i s iiiil>lic:~ o idoiiiiiiiu dos :ires:
o ultiiiio doi trex nr:iiides aipcctos da Iihysiolonia dn T r r r n lia
bioloyiii do Sis~i;\i.~-Lici..ii~.
?\To dia segiiiiite ali cl:~ a;itnd;: e ct:lebre si- são rln rua d e
LIIle, Diiiiioiit e L i i i i i < i iiiaiid:ivnrn ; ~ r > Airli-Clii', a siia dt-iiiiasao.
lioitiiizrido corno tiiilia siilo lielos iiiembros d:iqiiellc cI~il!> DLI-
r;ioiit, prineiipali,iciite, ii3n I;<iil<~i.ia.scmi deqdoiiro :I ECII 11ou1e,
eontiniirir n. f u e r ;i::rtc clelle. Tão fasiviii iir s:ibios da i i ~ i l i j e -
" i t i t ~ <i8 S C ~ ~ I ~ C ~<LS
<!S11'6: jpr, iis~im(dizer, ril,rri;.iit;nit<~s da nioral
<, da j'iistic:i seiriititii-a da Frniiqn, r os iiiurir1:iiios i: iiitri<~isndoi
deil,mtiitas du eliiii terii~iiiiir-ado a Diinioiit a ailirada e Irigi-
tima cousnpaq:ia do sciu tririiiililio, <:ntno iiiiico iiieio r,jf;ci!rl de
garniitir-llie n ;,riai.icli:iln da <lescobr:rta.
(2112111to i%Eiiiini~rlacli\iini:, I I ~ U i>oderin tev driixr.clo dc s e r
soliilariu coiii Diiiiioiit. i e tixiii ;ido seiii tr<:giini o intelli-
senti! tr:ibi~llio dcst- liomeiii ,:o sentido do i r ~ ~ l ~ c crpie l i r n :ILI~ZL-
cia r o mal eiiteudido liatiiuti;irio ii<i«;ns%eii?a Duiiioiit a Zlorin
q i i v s,; ;L elle peitriiie. Piii.li ii<in, 1,razileiros; ;L b,,iii,iiieriin fi-
gura dklsse aliligo do 1 1 0 ~ ~iilust1.t: 0 co~llp:iisiot:l l,iiii:%:L OCeII1IXl-
e m todos os eoia<;?,~s i i i i i liirax ~('lecto c,, e x c c l ~ c i ~ n todo
a l ~ atape-
tndo dr Fratid;io r xroiii;itiz~do cl<i ~tfectoç.
X o dia i t riiria\-a. IIriirj- Deiitscli 30 corirln dc Dioii, iiasilii
-qiiiilidiidr- do presideiite do ilb,.o-C'lirh, nin chrqiic di? 100.000
fraiicos contra o Girlit T,jr>nii<~is,nfiiii rle ser ciitrygue n Du-
inoiit o ~ x c n l i o 110~ elle piiiiio. S e i e o iilrsniii dntn rccehi:i o
rencrdur uiii ofieii, da diri-ztoria docliib, scirntiíir:iridr~-ode <lixe
a roiiircar do din 8 , os 1UO.CCO finiicos estarinin ao s<,;i dispor
lia c:iiui rlo -l~!ru-C'lrih, d:is 11llnras da iiinir2inii t i i i Ilraute.
X o dia R, liois, rtcehrii Uuirioiit r13 100.000 fiaiirns. c os
disti.ibiii~iiiiiriiedi;~tiiiiie,11ted < > seguinte iiiodo : - a J.epiiir, ~>r<:-
frito dt, l>olicis da Bliiiii<il,alidatli, de I'niií, <.iitr<igoii elle o s
.50.000 friiricns ;iroiiietti<loa nos pobves d : ~ grande cidade : - nos
optLrnrios, seus 1eaf.s n,jiidnntec, qne iaiiinis o ;iliaiidona:.aiii enl
circiiinstuiicin al:.uiii;r, 30.000 frnilcos : - r, L: Eiiiiii;~riiie?AiriiC,
seli vt,lli<i niuigo, se:,retar;o i! :~oinliztiilieiro de t n ~ b n l h oe u iudi?
a el-oliiqâo dos saiis L>.tll,es, 30.000 ii.:irici>s.
Ao <!iitregnr R Lepiiie a saiitina diistiiinda :roi pobres, n i i i s -
triira-se Uuriiont d<?s<:joioIln qiie tal dinheiro .;rr~-inrc principal-
mente 1jnr:L o resyntr, nas priiiieiros dias do irir<:i.no, ,Ir! coui;~s
de 111:iior iieieusidade por eliea eoriiniiimriiciite riupriilindas n o
11fi~?btede ~YOCCOVTO; ,101. ex<!uij)lo: - frxri~ine~itas; T O U ~ ICOICLIGPS,
~;,
ete., TU<! o tiif~sieirisido nntes do dia S.
Ko dia 11, sol<.niriiearli~~ i n l o I I y i i ~ i i uA-nciriiaol Ui<rziT:ii.o e
17eh .ll<~i.selhezn,fez l.:m!;iniiiiel .\iiiii., 110 gi.niidi. sal20 da jocie.
dndr li.i.iasc~ F n a i ~ . \ ~ r ui- r : SEIZI*:XE.II:ROXL>ISIIIEI\T, 1111:n
noit~\-eleonferencin eiik <jue trntoii (10 systeiii:s-Duiiio~it sob o
ponto de rista scir!niifico. F:~loii a iiin aurlitorio de p r i i n ~ i r a
ordeiu, roiril>osto de iii:iii d r Z.0Q0 pessc:is, - e fi>iiiinis riiii riie-
cesso e iiiair lima reve!r.s;io a. raspeito. Sainhcin fnloii riensa
cr)nt?\i.e~iciao del>ut:ido Liieiiiii ?li!lcroy<*, dirrctor de L n Piitrie,
eiii jiistiticndo panegyrico no aeronaiiin Iirazilciro. Iliiiiiont este-
r e 1,ri'sc'nte o foi coristaiiteiiiei;te gloriicnr!(i pelo niiditorio, e atcl
ahraqado pelo i i l n i r e do distrirto erii iioiiie clo povo dt! Pariz.
Kesse iiiesmo dia, iio PrrTace-lfijt.1, ofi:reriii-lho a imlireiisn
r sioiiptiioso haiiiliit,te dc l i 0 tnlhcres, iestzt que sr
~ ~ a r i z i a i i suiii
realiaoii com a L>reseny;>de iiiliitns iiiiiitns das siiriiiiiid:idcs do
iiiniido s i i r ~ i t i í i c ae~ do ,criiiidt! niiiii:,ro de l>r,zzileiros. Esse baii-
qiiet:? foi prcsiiiido ,,:.!o 11ririci;ie 12o!t1iid Bu~i:ipartr., c' l i cstere
ta:nbe;ii o g e ~ ~ e r o sDo e ~ ~ i s c h .
Xo dia 12 llartiu Durnoiit i>ar:i 3lonaco. T.ernra-a atk lii
a ~~ecesci<l:~do di, iiistrriir solxe a i pririiriras coiii;is a t:vzer, reln-
t i v a ~ ~ i o i i tWe eoiistiiicçùo do iiovo hnrrayáo destinndi) ao Llzrnuint
T711,aerostnto coin qiie i-ni elle fazer riri Ji~ntliroo11 Feveieiro a
tral-essin dc Sicci (Finriya:~a. Cnlvi [Corsrga',, iio ?iI<iditrrmneo.
O dia 1.; ;issig~inloii-se por diversos factos ; entre outro;, os
=egxintes :

A70 Brazil :
I. - A rep<!i.ciisr;io dn i-ictorin dc Duinoiit a 13 de J~/2cllio,
d r l ~ o i sde sc tçr ~ ~ r o i i a ~ ; apor
d o todo o pníz, foi ai(. 6 Ciiiii;iw
rlr llrliiitrados. federal, uiidi., i n t c r p r ~ t n ~ i dooi sentiirientus da na-
@o, doiis del>iitados, os srs. i1ii~iistoSevero e Cai.10~ Ce\.alrniiii,
nf'resriitnram a 19 uni projccto aiictorizíindo a gvvr:rno n alirir
ao iiiiiiiçterIo da indiistiin, ~in$io e "liras liiiblicaa. uiii credito
103 eoritos do ri:i.; 1>;1i.n sereiii offrtr<ieidos n Diiiiioiit como
lxr111io aos ri~siiltndo; ~ o i i s e ~ i i i d oerri
ç siias iilt,ii~iasnscensGr:ç.
0 projrrto f«rn aeeeito <i çubin<!ttido iis diseiissi,es rcginien-
tnes. Snes di~eiissi>riçinrii, jrari.ni, seir<lo iiiiiito adindns, por iiio-
tiros direvsoi. orn justificn~ris, o1.a não. Assiln foi qpe u dito
p?njecto s i i p;issoii eiri segunda diçeiiss%o a 15 de OutiiIiro. ,1
19: 11or21n; drsse mea, triumphara I>uiaont definitivnriirntr! eiii
l'nria, d r modo q u e . . . a 25 jinssnrn o projecta eiii S." discuisno.
Assiai a p l x o ~ a d n ,tiira rlle entso rcincttido a o Senario. l i o
dia 7 de Koreiiihro dava n (?r>inii~i.s.siior70 I;i,~air:ns o sei, liarc-
enr iarorarel, e iio dia i 4 era 1 nlil,roundo ein tcrc<*irn dis-
ciIss80.
Coiiio rr. \-C1 iio Snnndo a eoiisn alidou a x-ilpor.
Liltl,rov:~diilfoi iiiiiiiediatauiiiiirg ~.eiiiet,tido o u yrexid~.rite d e
I ~ a p i i h i i cI8:ii.n
~ ~ sariciii~iinl-o.
A l5! ~i<iis,d<crrtu?i o l~riisideiite (Iniiipos Salles o prr-
mio d r 1110contos a Uiiiiloiitl de coniiirriiidnde cniii o l>nlriotieo
~XIIS"LI,I~IL~U d<i C I I I I I J ~ ~ ~-\'acivi~rcl>
SS:, C a l i decreraia a abertura do
reiiwet,iro credito ao iiiini;teri<i dii industria, viarao e obras yu-
biiiab.
'Todos rms brazileiros di:vriii i r r i r i ~ s porpilliosos calri esse iieto
de ahsoliita justira: de t l ~ oalta siiwiiicaqim; r que tarito 1ionr.z a
Duiiiuiit conio nosdous 1,iideres: lagiulntiyo e exr:eutix.o da 1:i~piihlica.

II. -;\i,resentnda, desde o <lia 11 do corrriitr. pelo niaiir


de Saiiit-Cioiiil A rc:s11e~tiva ~~m~>i~i~jiilidarii>i 11111a p ~ o l ~ o s l para
a
se dar o iioinr de Untrt.os L)o,i,oiit á rua que lhe 1iass;i a uni dos
lados dii barraeBu, - fóra rlla iiriaiiiiii<~irie;iti.;~ppror:tdn neit;, r1;ita.
111. -.A lrefeiturii de l>olieia de Yariz! cuiri11i.iiidn o s de-
sejos do doador, inandara afixtir cditaer 1JOr todos us q~larteiriies
dn ci&~rlr,riiis logarrs dn costiiiiie. \L todris oy pobres que do
dia 2 ao dia H tiuliain c i i i p ~ i i l ~ n dfei~;inieiit;rs,
o cnly;~dos,rniipas d e
canin e de vi,srir, avisnvn a 1irr:feiturn que coiiiyarriceiir!ni de 19
n 23 n;is secqòes rrii qiux tiir:s objecroi tiiii,ain sido nmpeiilindos,
iiiunidas, l>urGni, das res11errirns iaiit~l:is;;ifiiii di,, inimecliata e
yrat,iiitaiiimite, retirart,rri os ditos ohjeeios, tiiitiiu r<,sgntados pcL%
pliilaiithrol>iii d,. $niit,os Uuiiiont.
I11 - 0 A4i.o-T'lirl, de 1,niidres nomeia lliiuiont seu sacio
lionorarin e o couvid:~pai.& n-sistir ao iiniiílucte qnc a 29 do
corrente lhe será offerecido. Someação e eoiivite forain grata-
mente acrritos pela illiistre aeronanta.
- S o dia 16 o Neic-Iirk-Jourr~al telegraphava a Duinont,
l>ropondu-lhe iima riiiKrrn ao pul<i norte, com uru premio d e
100.000 dóllares. Sodas as despesas da exliedição seri:im feitas
~ O Tconta daqiielle jornal, irielusive a construeqão do balao, para
a qual daria L)iiiiiont o plano. . . Tudo isso, porem, pa.ra dopois
das futiiras ~xl)rrieneinsdo Neditprrraiieo.
-O barrarão do D~irnunt ITII,e m llonaco, orientado para
o niar. r ;i que já se vai dando o nome de aerddrorno, fica.rá
com .í2 inetros de eonipriuirnto por 15 de altura, e abre em
iuino da Ci,rsega. Ahi s e r i fabricado o hydrogeneo neces-
sario ao encliiinento, e montado o iioro balân, que terá 41 ine-
tros por 6 de dinnietro, 2 ,riatores de 45 çavallos cada uni ( = 90
~ a \ ~ a I l o):s duas heliccs de 5 riiet~ros c u 2b:iIt:~:tes de
60 irietros ciihiras. oii 120 80 todol e qiie eiihni.6 8%) motrosl
dcvendo. tlirorieniiiriite, deitiir 70 kiloirietros por !ioi.;i uii 11
l e g ~ ~ ac. s niria, das nossas, de 6 kiliiinetioi.
-So dia 22 elii.;nra Duni<?rrta Loirdrei, onde llie hnviain
preipradu yrailde recepqxo os ~ireiiihrosdas soriedadrs loiidriiins
<.
A6i.c-Cliih, ,I~rto,rto~;i.l-C'liih Parqiie de'~u.stiiiico .ii;litm.. Varioi
aliiiu<;os e jantares lhe f o r ~ i i iofi:ri?cidns jlor ~iessons i~ltai~ieiite
colloead:is, quer como indiiscriacs; rl1if.r como finaiicriras oii poli-
tiras. Liiniiosns recepq61.3 e giniidrs baiiqiii:tt3s teve-os lá <,lle,
lu;rnquctes eiii que toiiinraiu parri! ns suiciiiiid;ldea seientifiens de
Lundri.~, cuiiiu no bstirjiiei.e-Hutlischild i .kifrado d r - ), e como
iio buiiilmet,~do Aéio-C'llrh, etk-ctundo a 25, iio grande e nobre
salão do ~ ~ 7 1 ~ i t e 1 t u 1 7 - ~ o ~ ~ t ~ . s .
].:ate banquete assi~iiiiiias proporsi>~>sde festa mili~>tiio;is-
siliia e; posto que esta iioticia iiãu seja unw cliroiiicn. vale n
peria ri~gistrnr nqrii o iioiiie do algiiiiias d:is iiotnliilidaili~sq i i r
IA se nchartm ein lioiiienngrin ao aeroliniitn br;iíilcii.o: H.-TT'.
Kallace, preçidente do Aiitoiti,,;rei-Cl~ib; yrotkaror J. Yerrj:,
presidente do Iír,stitr<to dvr X~;iu/eiiheir<,sClir.ti.i<i,sta.s; Sr<iila1>i.,
iirri fino iiivesiigndor da n o r a pj-r!iologia qnc, eomeca. n .c-r ro-
tulndn coni o iioine de psychzsiiir,; PÍorninn 1,oli~i:r;Iíiiobel e
coronel Teiiii~ler. , , director do Sr,.i.jco ,leir>rtatico LiIilit<ii ..
iioinens
que illustrarn e eirxritiideeeiii o- aiin;i<-s da i~iatliern;~tica,da as-
tro~ioiniae da clertrieidnde. - Trea rt-l:rrsentiiiites do H ~ a z i lIá
estiveriuri errualuiente: - Junquiin T;t+n~,iier,, 1108sO iriiniotro ein
Londres, uma hella c solida riirrit:ilidadc, Jose Carloç Koc1i.i-
gurs, pruprietario e director do .fiii.ini/ r!,, (iyoi~i,iiei.eiol l ~ o ~ n e ~ n
de rara net,ividade, de ~ r n n d e seoiilierirtientos, e qiir triri <li.irni-
I ~ e r > l ~ a drioo estrangeiro varias e deliciidas cair.rnisiiies do riosso
governo, e o nosso eonsul dr. J . Cherniont. L;i estiverzini niiida
liom<!ns do valor do h'larechnl dc Cniirpo I.i,ril TJiiii<loiixld.d? Pir
C h w p i o r i de C r e s p i n z ~ ,do Iton. Cbn1.1e.s S. R011s; d<?Sir Cri-
chton Brairii, - e imli,ei.i>sop diljliiiriatns dc diversas naci.t.s coni
séde uiiiiisterial eiii Liuiidr<!s : -artistas, a<,roriaiitn;: coriiin<,r-
eiantes, ete. Segundo os tel<rgraniiiias r a:i eliroriiess di. entiio,
fora iiina festa rstupr~iida.eiii todos os wntidas.

-li" dio 19 de ZToveinbro eflectuar.;~ a Colnnin Ilrnzileirn


de Pnriz uiiin sig~iiiieatiraf>.sta rui iinin<~nagei:ia 13iniioilt.
Loyo itpós n estroiidoi;~ rictori:~ dc 1!l de Oiitiil~i.,~, iarios
e inigiortnnteu mernhros da Ci~ln~iinse tiiihnrii reunido sol> a
Iwesidriicia de seu respectivo eolijiil: o sr. T o j o BeIiniro L e n ~ ~ i ,
eoiii o iiiii do nomear itiiia caiiiiiiiis;io que se dirigiisii a tcxlrjs
os lirazi!iiiri~t, i . r ; i < ! < ~ i i t i , b r - i i i l'nriz. iio sçiitidii de çritistíreni
~VUT:L c~ili1p1.:11. (3 o ~ ? ~ I . c cI I( ~J U ~lilin~on l)uiriont, ~ i i . l r r iicrosin glic-
LI~,~~:LT-L dc es>~i=:.~iiir.Coiiilir,st~ d<i $1 ineriiliror (1'1,a í;i>iriiiiii-
são linz-sr li-5-0 v i i i ct~iiiiio, i' trx-e v li,-nzfr <I<:v i r o seu :il>i~el!c~
r~rre>~ioiidiclri por 148 I~i.azileii.os.qiiiiii :i ti>tnli<iadeda (:,ilr:iiia.
i r ~ i i , o l l ili>
~ ; ~isiiiiio tilil1;i sirio coiifndti ::o ,ziiiro artisrico d i i
ir. i:dnai.do rerr<,ir;i. C:xi.doi>, qiie s:~tia!ea li1rri:iincwte -i exlx:ctati-
.a. de todo.. ;il>i.rseritaiido a. i<id;i de se E I ~ I I ? . ~~I( y ~ . n c l , x z i eu) r
biciiize :L c;,!i.b~i. <,;iatiiiide Iiiji:lbt?ri iiititulndn - ,.i kiriiiii, o riiii!
r<,lirc!5r!iit:: Giiin i!,uiiiiT lii!:xi ri,iii~lcii?.uas iiiiiciis i:iii \-o@: r no solll
ela t~xi::~ (1:~i ~ n ~ ~ ~ o r ~ ~ ~ l i ~ l ; ~ d , ~ .
;i rrl,s<$!iy(;ii> foi frita lielo gv::iide nriiqir. T!>ii.b;iud, <iiiclhe
iiisci~i~iiii iio -<icci~ os jrgiiiiitcx dixercs:

l'rtiiii1,t:~r. reyi.iidiie<3ol n eiirrega c&ctiioi:-se çoleiiiiiriiiriito


no dia LI1 d<,Kox-einliro,iin enia 11~3~.<~si<l(~ni.i:~ de l l n ~ l ~ o i l-i\.eriidn.
t.
rios C:i:iil~~osXlyr<~os, 114, a ibi feita. 1;r~loinir.iiil>ro* da foiuinissiío
110~a ~ u i t o Oi U ~ Y D S ~3~~2ilheil.06 '2''): tendo 6idn rii-rdor por llni.+<'i l : ~
i oi J i o l l e 1.i chcx:tdni, tlepasi-
iaraiii n c::.r:~t~la;c: rlil ~ O V I I U delln ai.. coii<t-rynraiii ci,ii~iia:ito o
orador atiieinl fr,licitavi: :I Uuiiioiit 1ir.10 doiiiiriio 110s i t r ~ 3e I ~ L L
,qloriii que a c a b n ~ n de r o i i q ~ ~ i r t a1~;ii.n.
r o 7r.11 nome c Imra o do
13razil. glorin qiif. aili rst;iin 6~iiilioliz:rda iia celebre i,>tatiiri do
I ~ ~ j n l b e r-
t , -4 17,zirt,t.

(71 - E i i a "omrnirsío ficou coniposln dor ic~riilitessrs. : 1, J o í o He:liiiro 1,eonl.


eansnl l o Tiiiril em P a r i s ; 2. d c Hipr>oij~to.4lvcr de .4rrriju, 2.0 re«.el;iiio da Lexr-
~ & Bramlrifir
o : - :3, Robcrfo de Ileaquila. r ~ r r c ~ p a i i l c n t<:o
e J'i.>lal do C<ii?.i?,rrciu:-
4. ar. n i i r r i o ao fcal-cin, nora7el e conliecico ocouliita: - 5 ,Ir. lliaz Augiiato Yontei-
ro ne Unrroz : - 6. cneexih<ro Jogo P n n d i i Cdlogerns; - i,Eduardo I'errcira Csr-
doso: - ;, ar. xclla Yiiiii,n : e - O, ~ r i y n i ode ~ g o l l ot'illio.

~~, ,~
-- a;7,incii,. aoni,in r i ; nnpia T.egncao em Parir: dr.&aro Chemont : -
cnrva~ho: - ar. doar-
-
: -- xetto: - R ~ I I ae
L
- D ~~ (P: O I C ~
C O I U ~ B D ~ ~ X Re~u c l .
-Xo dia 2 J I i;o :rrn?idc. ~:rl:i<ido Ii~s:i!r!t:~ rbs Ei,griilicii.os
f?icis ddc p a r i r : toirin\-a a r iiu!ii:i Ii;iiiiii<is:i coiiSc,reneia
scieriíificn sabrc a obi.:r :ieroxtntico ri<. 1)uiiioiit. ir eiigviiheivo Clrar.
Zt.5 Airiiieiii.n,~d,~ioiii<: de r<~sr,iin;:rii~ iii:irei..;nl.
4 i i i t a l i i Elle deiiioiistrnii
i ~nciedadca g1i;ria i n e o n t ~ ~ t : i v cdo i j o r i : n i: iiiiiiiorinl brazileiro.
Iiisistiii l>riiicilinli~irritesubrc. trei p<iiiti>j<:essa obra:
a),-.?I i:itrodiic<:;~o do iiiotor n ~>ct?oli,n, qn? todos co<iemna-
vairi! c que Diiinoiit niir,rfciqiiiiii :L t:il l>oiitii: qiie o toriioii isento
de i~erijiosr: rico de c.xcelleiites rrriiltndos ;
(,), - A sim iiii;allii e ndiiiirnvi-l ir~s<,iiq;i<ido d<~r!nrnineuto
d o centro de g~.:~vid:~<lr: ~ I I \ . ~ ~ I C ; I Oin(.io da. qiial ;aiihninni tis
haliiei i i : i < i bó iiiiin diipln forc:i ;isceiisioii;il, coiim toda a flrrili-
dndc d<x snbir oii descer, i siiiiiilei \.ijiirnde do ;it:r~iiiaiitz, - couses
coiii qne ""te. iii,igne,,, iiodia contar;
I -<I velocidadr. iiroi,rin do s p i i iistt,.in;i :~rrost:itico., .,i;i dri
L L
ceritirnotro~por seguiiilo: o qu<. (dailas M respecti\-as 1.1.o-
nori;ões r os fiituros i~pcrfeiconiiieiitosI fiei1 enl doiiioiiiti.nr nt4
&,dO l>oclerin ir.
Coiii r.3;: x.eloeidnde de 3,"'.>2poi. iogii~ido,rniisrgiiin Duriiorit
i t i ~ i r . 1;iari:iia regular de !!..?Li? inríros ~ j r i i . hora ou cerca. d e 5
1e;u:is da. ~iossns.
l'osro :~:siltl eiu e ~ i d e r i c i ao valor de ! > ~ ~ ~ npnr o ~ i nm
i mntlie-
mntieo d:i noiiieorin de ;\riiiriiji:iiid, <.r:\ prc:iso rpf: z I * u ~ mtratassr:
d<: l h e diiiiiriiiir nqii<.Ili. valiir. aiiid;i eiii briietieio dn aei.orinctiea
fraiieem. Dissii se incunrhiraiii iin iiiesiiin eoiiir?r:iiein o; eiige-
iil!riri>s Siirzoiif e Roreaii. --Trc\-oii-se elitiio o debate, e uni dos
E:.ii:rid, qiie citava p r r s e ~ i t er;~iiil>riii
~ ililoii siixteiitaxido n Sorf,nn
r Surcoiif. Xào i>ndernm, porCin, us tii's dr;f:izer as deiiionztraci>es
d e Llririerizniid, porqiie n logicn <. n eridencin são iinm e uliiea
t:m toda3 as pnrtc,s do miiiido. ll<~~ttirrl niio rortwg~ziraa d i r i ~ -
bilid::de, iieiii as ,szchid<i,s, desci<lns e coltas ;i voiitnde: 1it.111 o
equililirio ;ierost,&t,iro, rioiil o l>aderoso iiiotor n lieroi.i2i1<~, iltt111 \,e-
1ocidr.d~:siilieuior n (i irietios.
O nosso i o Ciirlos Saiiil>nio, Ientr? cathedi.at,ico d a
Esciror,~Por,.irec~xic.:\ do Rio de .T:riirir«, e iiin doa iu;iis lau-
reados ~ioiiiesda erigeiilinria i~acional,aclinra-se riit3o r:ni Pnriz,
e ficara. d<:, 11ur sua TEZ: iiiniidnr :&O dito Iizstituto dos E ~ : ~ B I I ? L C ~ T O S
Clinis i i r i i ltrotesto erri qiie inostrarin diirii~iierit,ndariiei~te o quanto
erniii 6C111 hnçr: as a1leg;~cijesde S~iri.o~if, Soreau e Rrnard.
- X o din %i, no Ilr,tel ('ii,.ltiii~ de Londres, era offereeido
a Durnoiit, pelo nosso ministro Joaqnim 'úabiico, nin ~ r s n d ee
snmptuoso banquete, coro a presenqa do corpo diplcniatieo resi-
,dente iiaquella eidndc, e tzmhem eoiil a de nuineroias notabili-
dadi.5 do mundo seieritifico: coiiimercizl~ fiiianeeiro c industrial.
E como iriam niui loiigts estas refcrericinã, sejam ellas fe-
eiindas rtiiii o ultilno acto du Sorerno da Cniho liraaiirira: - a
ordem dndn l ~ e l <pkesidente dn XrpuMica para s e eunliarem n a
C<!sn <!<i Jloiria duns riiedalLas symbolicas P eomriiemorativas do
g.raridr n~oritreimento~ unia de ouro, que serb cilerricidn ao í e n -
eedor dos ares, e ontrn de prata, dii niesino molde, para liear
consrn-iida em registro nn Uibliofhecr~Siicio?iuT.

Diimoiit velici,ii, r rericeii cri1 toda a linlia, l i o r i p e rcnceii


os arri. c os l:ome~ts: - OS ~ L . C S<lescobrindo
, a direcçRo dos ha-
liiei, obra iiiieiad;: por outro brnzileiro e ~ n1709: - os h o ~ n e n s ,
iiriiondo-jhri a luiiiirioca. a inconirutiivel i: eítiii>er!da evideiicia
dii1sl~a d e s c o h ~ i t aein 1i01.
A teto diificil e diilnitada entrega do premio-Deutsch f«i a
mais ciiliiil eoiifissao dessa diinln eonoui~t,a.
i \ ~ o l . nSÓ h a iim descobr;dor da Adir<?c?%o dos balões para o
mundo iiirriro : - Alberto <los Saiitns Dumoiit. 0 u t i . o ~?ue ve-
nham niiida, -4 ou R ou o proprio Uiiiiiont. niio h r 3 o mais do q u e
aperf<.i.;oar e aiigmeiitar n que j i e i t i drseobcrto.
;'o niorrirnto iirtciIrcttinI, que tstsmos atrnveisando eni nossa
r i d a plniretnria, iriiiirissimo Iniige nos acliainos de poder siqi1t.r
coii,jectui.ar o que vir& a ser. d;iqui a riricoe~itn0x1 ceiii ziii,os. o
hnlâo d i ~ i g i y e l- coirio instrurnerito de civiliziicZo ; porque daqiii
ati: l i centenas de importantes descabii~tiw collnlcrncs terão sido
feitas, nã qiinrs, corno iiibridios. irão grndati~ilueiitr!aperfeienando
cada \.rz iriair: n locomu?no aarea. Acontece comnoseo, mai. ou
nieiioa, o iiiesmo qui,. acoritecen RO licmeni contenipornoeo da des-
co1;ert:i do r:iIior e da electricidade: - deesppar<~eeuda face dn
terra wni t ~ concrbido r que 0 3 oceanos e ns coiitiiientes seriam
u m dia ti;msyostos, - nriiielles: por mnrarilliosus ~ d n c i o ãflii-
rtn:intrs, <,iie yort<,iitoramriitedeixam a perder de iist;i os pala-
cios i~iia;i~i;irios da invriitir:~ oririit;~l,- e pst<,s, por sobrrhos
cai.ios-,~,~iTi,z~iira, cujo iontbrto, hixo R ~-Plocidnde: iiifinitaniente
excrdri:i c imapinnqk de ei~icoeiirn.aiinos atrnz.
I trlidcnria s e r a l do Iiour<,n~t ronserradorn : e. riao c r e r
n o qiic rlle n5o coiiil,r<lieiide 6 uni doa niais \-i\-os caiactti-
ristieoi do 2 r . u c c r r b ~ o : giiando rultirado. FIomeiii dn ~ i i a i s
ampla r-n\-cvgadiirii intellertiiai e da maior re~purisnbilidnd<~ scien-
tiiica. reyrraentantrs rliiç ~ i i a i inotareis aradeiiii:ie e. instit,iitoi i a -
bios do mundo, iiepnrnui, t?ni nepado, e co~iiinxixrXo ii, iiepnr
acluilio ,q11*' n.1" c o ~ ~ ~ ~ w c ~ h ~ ~Victirnas
n d e ~ r , . de rheoiins a1>1varen-
temriite rriaii ou menos h<,m ai.cliitrcr:idas, :L ellas se npc:o:~rii e
com eilnr cont~:stairi pn6sibilidudeã quri deiitso ein hreve sc tor-
nam realidades. Foi o rliie acoiitrci,ii com a viiciiia de Jeriner,
eoui a illiiini~iay;io ;i. gaz, coiii a tlieoria ondiil;itoria dii. luz e n
theoria thrrnirj-cliimiea, com a < ~ x i s t < i i c do
i ~ hanicni foisil; que
dt~stlirnnou o.; G.Oi)O ariiins da Ilihliii, - c o m a deoeobi,rta da
circulacio do i a n g u r por Ilnrr<.y, com o L-ili<iceritrismo diz PT-
thagomh Coperiiiço e Ualilc?ii, rorii n luiiiinosa revoliic%o pastrii-
riana, coni o mngiiet,isino animall:e e<im tniitaa e tantis:iinas oii-
trau verdadrs que sâo hoje partes iiite:.rn~itrs da scienciii.
P a r a Lavoisier. era uni di,spropoeiro ;iftirniar que os ner6litlios
caFiiiirii do cbu: - porque no ctii iiùo L-avia pedias, c., após a
noinvr:l riiemoria qrie o s r a n d e sabio escreveu a tal r ~ s p r i t o .
declarou a A c ~ n ~ v 1 . 4que! a cciiisa era iiiadiriissicrl. 1,;i.voisier
decompoz depois o AI< (qiir crn iiin rlenieiito, ioto é: uiii corpo
siiiiples) em oxy:$neo e azoto, e o ,grnnde RaiiinU se i n s i i r ~ i u
contra <assa heresia scieiitifica, liorqiie si t;il cousa fosse acrrita
como verdade, l á se iria ptsln aziia abaixo tudo que ;ltC eiitao
se sabia dos qiiatros t~1eini:iitos.-Arego, outro iioine qiie enclie o
niundo como o de Lavoisier, eniprc~goii cin 1838, n a Cainnr:~de
Dt,putados da França, todos os reciii?os do3 seus profundissiino~
coriheeirner~tnsrnatliernaticos para rleirinnstrar qii<: era iiii~ p r i -
de in:d o t.stebelrr.iniento da rstrada. de f i w o rraqiirlle paiz. - O
te1egr:~;tpL-o terrestre foi ni.pado e contestado, e t;iinbeni o foi o
telHp11ono. 1.: eni 18i8 (ainda oiitro dia ! ) o sabia Du hIoncel,
em plena si,ssiio da. Act~de,,ii!i rie Sri<,ircics,e quando era lá
apresrrit;ido o phonbyrnl,lio de Ediioii, s;iltoii furioeo ar> gnsiii.t.e
do pohre reliresrntante do 'raride rlectricista, e isto ~iorqrir. . . o
que elle qiir!ria era zombar d;iyuclln sabia e o r p o i n ~ l i o- iiiiliin-
gjndo-lhe re~rti,íioqxtulior spparcllio r e ~ i s t r n d o rda ra1ari.n falada !
P a r a tenxiinar com estrs aleijõrs d:i ~>syeliolo:.ia L-uinnna,
citr-.r ainda o saEidissi~iio caso de Hahinet, o notarel ~ihusieo
do IXSTITDTO,o qual, tendo aqii<ilIn sociedade qiie dar pawcer
sobre a r~equihilidnde ou ri20 I 1833) de um cnho suhi,iariiio
entre a Europa e a Amrrira, corideniriou seni remiisao a dita
idba, que não poderia ser siiiRo bntntal porque, S C I E ~ T ~ F I ~ A -
DIESTE, era isso in~liossiael p r ~ i r i t e a thtioria dai er,i.reitte.s
? n r ~ i i > ~ h!.n s
E' tudo assim neste riiiindo.
Houve e hti qiirio neyiie ;i deicobcrta de Diim<irit ; rnas G r l l : ~
tüo iiitida, tão evidrnte, que a s iie;&qõrs ~iRosiihsisten.

Si, nesae momento i i ~ t d l e e t i i n lde nossa civiliznqão rio plsnrta,


não pod<rinos imaginar o que v i r i a s<irrrn cirieoenta aii cem nrirlos
tal descoberta. j i então dotada de notnreis nrelhoranieiitos, eoinriido
podrreiiios aiialogicaiiientc inferirl d r s d r ji, que, d:ids a crtrai>rdi-
iiari; rapidez eiiiii <pie lic~jcçc alicrf<!i?o:iiii ilunesqiit~r <lrxxhertas
ou i,iri;,c:iies. tos ;iii.s, iiiiiito :iiiii.s i:ie;iiiu d r i i e s iirazos, si,r%o,coirio
;~ctiialirii!iii: os <icr,;riiose i ~ çcwrti;ii.iiti:i, siilcndi>i <.ii: todcis cia scii-
rido; r ;~ll~itu<it.s 1,or liiili;is ~r:iilarri de iinliie;, por r~xteiisiisiiiios
trens nGi.rr>,g; de i i i i i z rcloridndi liol. ciuquanto iiiiuiii=iu:vr:l.
h llriiicii>iíiliaveri pr:~iidrieoiiiliniiliins, poderosas ciiiii:.esns,
ri-niite$c;ii ;;yitdiiz~tos,qiir s r ripi?d~,r:xino<I:Liiuodi;ioiz% <lcscob<,rta
do iios-o l~:~t~ii,ili - 1,nm c o n ~ n < ~ ~ i n l i i esiilurnl-a.
i < ~ i ~ t < ~ ( ' u n i etf:.ito,
i> gr:~iide trn;ic« ciitri ns :i.:iiidr.s dist:iiicins $6 li~del.ti, diiraiitt:
loii;ui;siir.o trliil>u.i e r Cito lior i t ;is'iiii? i~c~ociiido.. Xns,
doci.i:iei~tr, ;i l,<iii:.o e poucol os haliici, rtdiizidos i i i i cii;tu, iio tn-
iiiaiilio e iio iiiiii,?jo. ii.;io ricnridii ;ao nlcniice di. todas ;as ? i , o I a 3 . 'Pvi-
os-ti rnt;io o liioiiiriii ao s<:udisli<ir, <x:ictr:iii~ir:i: coiiiu ieiii lioje o
cnrro e o ?;i\-:~llo:o boiidc, n IiicyclCtn r o niito~no\-<:I,rni c,ii,io ;i
iiiziiyein dos rios e dos I;inos, o11 iina dcia 1iinsi.s; tviii o ,>ira-
rl1~6ra;i sua cniiíin,, e o iiiarujo i, si,u l~o1.i.. E iivllr, s r rraixpor-
rnrzi cniii tocln a s<,gunriiçiLe tcido o coiiforto, e coiii I I I ~ : L i : ~ ~ i i d e ~
tal qiir., r!ii v<~ril;ide, as di~tniiei;:; coiiio que ficario sulipriinidas.
E4;a s i ~ ~ q w ~ i~r is iiiiidniidu
s~~o n o edriex cerrhriil do lioiiieiii n
iili.;~nc:iiiiinda. 'r. iiifeliaiiir.iitc. nii:da iiec<,ssnrini ilue ellc teiii de.
si, dr Snii!ilia c rle 1,atria. Elle coiiircitrii <,iit;io ;L l:ercelii,r o lur!o
iio seio do eii.nr;o n do f < ! ~ n ) > r ~yeci
: qiie. , i c , s s ~ i < ~ l i i ~ i i ~ tri%"
r:, pn;*;L
de riiise~nreliiiiidndr! celli~lnriirrdidn iln ielliilnç:io total da liiiiiia-
riidndcl di4la cicrzrn, :L ella si~,jc~iui, c ii<-lia iiiiiiiori.rd<,~uo;rerA
qnr: sú' i: uiiin i!li,aiio, r , riiii, r l l i i : iiiiia pcrriino i.c,iiiil<~<!i>: -i: só
eiitzo o l'lniietn tieri o lar, <: a liuii~niiidndca fniiiilin.
E' para l i que o Ii<iiiicm~niiiiiihn~ diwlr 0 wu npliareciii~ento
iin Tcrrn: cjur data, n o niiiiiiiio, d<i 1;iU.OOO nr?rios.
O ;ir wrii eritfio 1,iirn eli<l o qiie Ih<ifbi o zolido e <> liiiuido, mas
seili as resistei~cinse os i<:rigos que ;iilil!os Ilit: ol,liiiiihaiii : -uni
iicmro rli>iiiiiiio coiiyuiskdo; - n. siia toii.liznç;io n : ~trii~dndeorsniii-
c n da T<lrrn 7-iva r feciinda; - iiiiia glorii>salibr.rt:iq;iu d;i siiprrii-
eie c., l,ori:ilibol do 11l.so : - l i i i i ?rito de. 7-ictnria, iiiiin iiov:i liatria
iiifiiiita; n1ienr.a nplisreiitt.iiieiite limitada pt.10 siinvissiiiio olli;ir dna
<:strellns.

h dc.scol>erta de Diiinont, i ~ i i i ~ i i c isc:


i i illiidn, i.iiiais uiii iiistru-
iiieiito dr: linz do qne de gu(,i~i:x. Cada. ó i i ~yiie se iinssn, iinztis pro-
blei~isticose r a i torni~iidoq11e 56 haja r<-nced<ir<-3, dada urna guerra:
- niiilios sei.%<i 1-eiiridos,tars o3 cniitiriiios al>rrf<~iquaiiiei~tos d:is iiia-
ciiiiias <Ir hoiiiicidio. O bnlão d i r i ~ i v e lrerii dificultar niiidr iii;iis :L
posribiliclade dn 7-irtoria scoii reiicedorc;. O bnlzo dirigivcl vai srr
o maior iiirriiruento da ci\~iliailç;ioiiiodernn, eiii c u j i ospirsl lisyelii-
ca, iiiysteriosaiiieiite invertida, sobe a lioiiiein iiioinerito n iiioinento,
gr:idati~-aiiieiitc:.e iiiiifirniicl<i):L iii::i~ e iii;>ii,eill s r u ro!le<:ti~odr,;-
tiiin, atG qiic, iio tiir. rloi t<.iii;~ostcr?iLi;us,si- ci>iiiLi:d:i, iini i! ini-
iiiort:il. coiii ;; iii<iilz~rineterna do L-iiivri.-u.
Diiii~oiitcniiqiii~toii1iai.n clli! o tvreeiri> e ulLiiiiii d c i gr;~iides
:ispw,toj piiysiieos (ia T r r r : ~; di5ii-li:c nz::; c reziliii>u-lhe o suii ví.-
ilio sonlii~ile doiiiiiicdor do es1,nço.
.i deíeobcrin rir Ui~iiioiiti- 01i1.a rir iil:::lc:il;!rel nicniire soeiai!
o sri<x~tiíico.X I ~ > I K ~ L S I~ ~L V P .C G I ~ Ielle < dividi^ c10 Brazil: e ],:L
i i sinta, niiidn que ii<~hiilocaiiii~iiip,
i l ~ ~ e iri%o a graiideza i i i o r ~ ! clrxra
r(.rdn<le.

F o i s c x i i ~Gusiii:io e Du~iionrfri.aiicez<.x;nlI<~mãrs, ii~glt~ze!,;<I:<...


<,j i n b'r*~ii<:a:a Al1ei!inulia~ *T Iriglntrrrn, ete., ieri~.iiiaberto eoii-
eorreiicia iio iiiiiiido dos csciili,tor:;í, 1,:ir:t a iiic!!ior id6n dt! os etpr-
!iiziir n a~iibos,juiitos, riii Iiinriiiove o~ e:ii I>roiize, :ia l~i'i,<a"(ais
iiiiportniitri de siias c;il,itnes.
A gloria de que ac traia C. niites de tii<li~,Iiriizileir:~; iiisj; liar-
i iciilariiieiite, 6 i>n~ilist,n e iiiiii~iin.
O nctiinl e illustrr pioiidciiti! da I?.piiblirn: mj;! ndriiinistra-
qùo ji iim grnirdt? jorro dr. Iiia F r n e k : . ~ i i : ~2listol.i:~ do Briiilil-
Rel>nblic:riiu, eoiiipr<:licudeu ti alcnnce dr. deii.o!~rrta.
E i i i q ~ u t a1>0rCu1:
~ o g o v e i ~ i odn CiiiC~on;io se\-&folgado eiii
suas fiiinncni, pnra I>odri. saldar <?çsn riirida do yaiz iiitriiro, ht!iii
podiliiii os dous ricos Est;~iios<!e S. P:liilo e lIinr,s iii~ttr!rIioinhros
3 essa eiill>rrsa: - 6011s ~n11,os,>g~~:ir;. ii~ndidosiir> iiirsino iiioldv,
rei~reie~itniido o I>riiirii>&r, o tini cla coiirliiista dos a r e s ; um, p:ir:t
o criitro da nos--n Prnçn dn l~cl>iililic;~: e oiitro para :i iiiellior pr:iyn
da Br-!!o-lioriaoiii<?.
1;' eiii torno do ciilta 1,istorico de seus grandes lioiiiens rliir.
ns ~iaciui-.ali<'.ntlm se ciiniolidi~ille pel.l>et~i:lln.

IIoi:.~r,io DE C a s a~ m o .

-;i' pagina 508, prinieira liilha do aiini l í 8 J I oiide se 1C :


phasr », leia-se n .Ipriirieira I,liaoc D.
- «.Is<,g~iiidn
- Pasiria 332, liiihs (i.", e s t i a irioi?tado», irias i: I. montnrla S.
- Pngiiia 3.16, linha 22, a nrl<~riiie » eiii vez d e « adrrilfa.», do
ni<.lhur grnlihia que ~i<loriirir.,
v r h o cbdeii~nvjternio riinritiiiio:,
eoino miiitos r:scmvein.
-Pagiiia 366, linha 36, cstá «liecuiiiaresn e i apeeuiiiariosn.
S~ibsidiosp a r a a Historia de lguape

S á o podemos duriditr q u e u m a dai prilireira., sinno a pri-


meira ~iipediçiioo r ~ n i r a d aeoiil o fim especial de procurar ouro
tio B r a ~ i l , no dia 1." de Setpiribro de 15:4l da frota com-
maridada por Martini Aitoiiso dt! Souza; qiiaiido ancorii,dn ao 1 ~ 6
dn Ilii:, do Abrigo) rni frente b bnrrn de Caiinuéa: liorEui, dei-
x m d o de 1,arte essa expedicno, qne fui d e s t i ~ ~ i d~>i'los n indige-
rias, e l>aseados soinentr iio que pode sei. ~ , r o ~ a dpor o docuineri-
tos existeiiies: 6 iiinegavel que uma das ,>ririiriras localidadc~s
d'oiide s r ertraliiu ouro nest,? paiz foi a ~ i z i n h r ~ dc ~ ~ Igunl>e.
çi~
Por lima carta c!scrilitii iio dia 26 de Outiitro de 1635 ( l r i -
iirxo A-Fiiutogralihia da dita carta) +se que nayiielle tcinlpo
o lbovo de Iguape usara de oiiro rlii li6 r w i sii;~srr;oisnccCi,s
çommerci;iea. Pelo rrieiios: nssiiri ~ $ 5 irifrre d i ~11,itur:r da dita
carta.
Eiirre os autor vcllioa que i:xistrin iio eartorio, achei pniir
dri i i i i i eiii qiic Doiiriiigo Rodrigiiei Cuiiha iio anno de 1655
i ~ Ciiiiiin
diz : ctel-e uircn s o c i e d ~ i l e criti; s e u Ii.iiiflo L 1 7 ~ t z j i ~Rcia
trn hiiiiiri 1,rcrn q u e cuiiiprcci.fio i.o,il d i z e,sc,.aios dri <iefi~i~t*i rlil-
tr,nzo Suares d e Azere<lo P ~ I L([1bF ti.d,nlhol~ di(l-ante I L ~ I L alljlo*.
Diz mais que, x estaca 710s liri.i.os d e Ll,iirzci),gn anzu e iiier/o»,
coirio ti~riibeiii N iins I I L ~ ? L < I (S7,: rlpia/i!,, S<ii-oi,~bni. izus de L-cii-
~ r n r ~ u z r l ~por
~ b n<lifns cezrr tnihnlhrairlri».
Coiii Livros aiiti,gus d a s ofieirias estabelecidas para a fniidi-
$20 d<, oiiro rni 1gual;e. nlgulis dos cliiaes eiiconmri e ~ npednqos
iio arçlivo do cartorio, oiit,ri>? iio da Carnarn lluiiicipn1, e oii-
tros em niio de pnrticulnres. 6 farilirno a qiie ;i quariti-
dadn d e ouro extrahido neste diatricto era assaz g m n d e : como
ig"unliiieiiae, lielos r e ~ i s t r i i sdos I{eginiciiti>s, IlvnrH;, err... exis-
triites: podeuios provar que o (+ovenio reco;tlii,ceii a i.iistt.ncia
do ouro nesta loc,alidadi: e dava a inaior iiiiyortaiicia n ~ u nr . 1 -
tl-LLcpho.
Diz Ilaltltba'ar da Silva Lisboal em sua ohra e A?ii!oas rlo
Rio de Jn7zeiro~,rol. 11: pag. 204>qiie Pedro de Suiiza, .idnii-
nistrndar das iiiinas, recr,bnu ordriii (10 Ilei Iloni 3060 1i' para
fnzer iridaga<;òes a respeito das iniii:ts que havia junto di. Para-
naguh o quel « P n i a er<?,tpriro zldii>iiiisti.ndoi gei,aT co»i n ~ i ~ e l l a
Real Resolffiçiio, se passou irr~ii,c<li~tii:~iei~f.e a Purnnii!lii<i e ao
r ~ i ~ , a ~ ia" afirn de ~,essnalii!r,ztr P,zei. os ezomes iteressrii,ilis a
cz~sto do Heol Fazelula, ]>ara c ~ i , o$lr:,iz se dii,igiir rle +j,,npe a
30 de dhril. de 1653 rros O($c,icrs i i r z C i i i ~ c i r ade N. I'aiilo or-
denl~ia<li,r11ie .fizrs.setn drsre,. as t r w A Iclé~~s do Iie,~i P , l ~ i ~ o c i ~ I ~ ~ ~ . -.,
Terenios sgor:i o que e<iiista .z rt,siit,ito da ~ ~ ~ i l l e r u q por ;~o
tradiçr~oe docuine.nt,os esist,eiites e!ii Igunlie.
Por tradiçio consta que o povo, nx occssião da mudaiiça da
villn nos anuos iuirriediatanirntn aiitnriores a 1637, iiaera A
sua custa. a Igreja, a casa para se.ssões da Camara e a cad&;~,e
Unia outra casa para servir de oíiicinas 1Ydi.a a f u r i d i ~ i odi: ouro.
E s t a tradiçáo 6 eon6rin;ida por ~ a n d nnuiiiero de docu-
meritos esist,entns nos arclti\.os da I?rrj;i, da Camaia e do ear-
torio, faltando som?iits esclarecer a 6jloci~exacta da consrruci;ão
d a referida caía para otüeiiias, p r o ~ ~ ~ i i d!,orPm, o; estes dncuinen-
tos que a offieina se acli;iva funceioiiando na ocresi&o eiii que
Pedro de Souza era ndiniiiiçtrador das minas.
Exintent pedncos de livros perr,cnrentes ás offiriiiar, dos
quaes n l ~ u r n a sfullias podein ser decifradas, riit.re outras cinco,
onde diz :
« Aos Vinte e seis &s do TiLas de DeZemLro de t i ~ i 7e sei.?
sento8 e s e t e ~ t aE oitho ui~rt*,.? n a &<L da o$ei,ra h'e a!S'eiitarCr,
os i~jieiaisE proriedur E tI~c7*i1~rriri, CYo,nig~rr,cseriuZo de ahi.ir
o Cqfre p." Se qr~i,ctar ouro y a,i.ia uella E ~ JgnaSio L '[ais ea-
miudo que o e.rci.czij.
E Zoggzu, no mc,.siiui dia me.? EM aSir»a rleC7nrado n71rzZen-
tou u Cap.tn- A~crlreL x i z E 41.e' rle 1rnw.s </o Idei>zo Tn,T iizüo
de J . i s v h de SOILEU Vi,z.te q2iatl.o (litauns de O ? , . F ~ ) de qi~i. COILIL~
a SULL althrZa qz~atrooitaiias E iriea rle o ~ ~ rEr , seis I?iit,.?is de
que ,h's Este termo o i ~ d e1% nsii~riti Efi Iizmio M L ~ Zeswivfio que
o e.sereitj - LU^^ d a Costa-4'i.mzto rle pontes l7i,lni-J~.svpe rle
SOUZ~L.
E' l < , g ~ ~no
o mesnw dia r r m Em aiSiina deClnrado aprcZen-
t i i , , ~IV?,.,,88t~c,v,i~~,sI?G!,CZU ,Si,,c:, <,tt:.tr,!~.v r,i,r,o ~ I I CCfoo I I P
L ' LI h i : ~,li: q i , ~jis C S ~ C te,.;i? oi!,:i .Te n s i i ~ o i r (iiiii us
r ! l i c & ~ i s . Eii I i ~ i i s i i ii , & E~,.ji--i!rio $ > i * r, ~ ~ . s i . ~ ~ t , j - . l L cict~ ~ ('osir!-
k'rrritco < / e ~,r,iiti.a Irii(<il-I'r,li.o iiiii,~ilircs.
27 To~o,, 110 ii~"dii,r, ,!i(! n i e ~Em n i r r r s l/c('lii~'ar?ii n/~,i.c%,,il-
t o i i o I,',.!! I'' f;.n,i'o P c i n ,/iSiliiii ! ~ O .JoZt, P l,liiz ('<IIIPS 17iiite
oitrri,;cs d t : ,,i!!.,, (i? q ciiiaiteiiíi, n S?.'ii<i < ~ l t h e % i(IIL(L~I.II(11. qite ,fis
X s t e ter),,,, o3,d+ ( t , s i i t o u ('ouz os r!fi,,iois Bu 18?uxi,, vi?.? ,!.S<'R'ILGO
9"' , ,,.~wii(j-fi,tii(.o ,i,? j i u ; ~ ? , . .l.7irlril
~ -i,'i.i8<is,, I'prLI (/aS?!!<c!-
I <!<L (',><ti!.
Acx t : i i i f r c 8et.c r l i ( ~ si1.i ,i,** 1 i7eZiii' i i i i ,,i.ii < / e i i d c
.vcis . ? i . > i i . ~ S:, ,\':,te,i?ii c o i i 9 rr,ji,,s ~ l i g r iaefuiiti; i, ;i,,iiv ?ir aPr. j>cis-
.s<tdr, o O;(, c:,> jtms,si~,if" ,,;L;Z?, r, C.$rc !/v .Sc,,r ~ l f , : 2 < c~i u ]>r?-
%~ii;n ris, < / ~ % ~ ~ ; ; i b i i i . ! / ~ <i hl i ',iji.~ i i > < ! i i t cO 1>*' Jotio i10 i.!iicl,,i~ l'ii,t<l,
E ,il.07~vÍr,1. 30,s (:i>=, C :ii!:iis <!iiçi:l<ii (7: d i f n i i j i i s i i r : t E neholi
r ' s f i i i ,i,, il?,j:>%iti, rlriiix liii,~ii.s r Set* oit<iz~a,s ? ! / <?C ou$,o
114 c/,, y i ! ~ .c~,,ifio,feit,, (c!, Yl>,<,Zoztcciro E u ,/it,7 ,/e-
% ~ i i i b : i i ~ , ! ~ ~ / o,.;<iirrli,u
r i/ LYP fi!,r,icsc i, d i t o f e i i L 8 S ~ t [ tj l ~ e -
4
, o i .o ; , i i iiii s i , ~ r i , I,ai.i,et,!.s (2 Tit:ii!, f:inzi
j,?%oz, /rir<r L i i i i . a e , i e i ~ ? i iE Iliit? e A'ria oitaicns P .fie<ri.iiu r / .
i t I i e 1 ( V n i i t i ( l YTst11to C'citic
t i , r i e i ~ f < ~E. : i i i i i f r . e I i i i i i ~ , i t < ~ ? (Ii ( i iil<!n , f r r i ~ < l j < l i ,r, S?ii U<i,,i.rt<i,s c
i I Z i 1 / t o s i i fmto-
irri.< e i i i o i ? i i s q,irri,? o < l i t o </;~Zeiiil,iil.ztii!l~,?iiirt.ri70ir Se //te c i r -
fre!,a?eiii .io(i,i.,~ci. í-'o,ii, o rliti, Oziii, < r Boi,,, 1 : o d r i g o <!e
('<rst.7 LJi.iriic,i j P nu7eqi,&?c<s (Iria I I L ~ ~ g'~ Sfir': ~ i f t i t , i l r i t f e ,til
I r t o E o . ! r, < ! i t n r ! e Z e i i r i ~ i , ~ . ! / i t < ! , j I?n,ir?,ci<
~
i i s rl,~ii~il.ir+r:,s e S i i ~ ~ n e ~ oz itt a( i z ! ~ ~ ,Cs J I L W (1' o,,,.,, e c!ei< 11 de.79,-
!~~.f!l<r,70~7,,!1rcs T I L ~ Z~,' J Y L , P O ( l n j>o>~t,,,sT7icl<d E ,,~~l?iu,z; 918~
< [ u t : T < l ~ ?.Jliici.?li,o <Te , j r i s f i c r i i / m iiiii, toiiicrsp C ' i i i c t i ~ </,i li ti^ i j i i r t i i -
t i a e78. !t.-~t?i!i t<u?]i,, 2, ( ! 1 1 ~flftr, c / ? Z e ~ ; t ! , f l , ~ { / n ~ l ter r , , ~ o?,lc,!n c.s],,.fi$(t
ri* ,\'?ia - l l t , . Z i ~ j , rlispoi. ~ (18 S i i < r f i i Z ~ i t i i ai r a ,f~i.!iin <1o 7?e!giiirl'> (2'
ti.ii%e]f i i " i . < l i i i l ~ Se ( L S ~ , L ~r.11~ I < d i t o < l e % t i ~ ~ I , ( ~ i . g n ( l rC1r,lit ~i. <i Pro-
iie,!oi. e i'i,eZa oj'sini, Eli I~x!iirii,sio t r i z r.sl'i.iir>o ( 7 ~< ! t i s i ! t <o~
C - J Oii f:,>eiin t - 1 1 1 i <Ic
p,,,~tcsT ' i d n l .
d o s I<ittf, e ,,/to < l i i i a ( l i , iiixs <!P 1 l e Z o ,l<i er<i ri,! i i r i l e seis
I i e L I . s 1 s ~ ~ , . i os , ,
Oflaiiiis I'r<iii<'<Joic 2'lieZu ' i tcsCiiii:,, s n <cGi.i, o (i!pc
]><'r" i?:,~(i!l~/tii:.q' O I L I I C S "nt17i- (11, .tis este tei,!i(,o &i &lj,,lirii.sio
(sCf?iiiiiuq' ~.~C'rii!j.
E I l i i y o ir,, iirrs»io riia :iir.s rwa i ~ s i i i ~r/r~CÍ<iinil,> ~! <ipi.eZr,ii-
t r ~ i i J<,i!o J?i,di.i:jzirs b'i.ili??i6p Dio,!/r> Pei.c~P o i l s t l - i i ~ ! <O(~ ~ ( , I L C I(11 S
riiriu d e iqi:" w"iurrZu c~,iYz,,i i l l t r r , ~seis rle .1 j i . ~?.vi<. terii,<, , l i ~ r l e
<LSIILOI( (Li)!, 0.s otF-iici:i Eii <,!lli(c.sio i l i i ~ ,,,sC~.:ufio q n v o c.sc',+;v
-Jle' CÍ,;,stir-,t>.~.<iir'"1,~ prii8te.s T?<il-J:,<ir, I/ois I.'inireo.
E llogo i z r t ~ ~ ~ , ~ !(li(! . s ~ ~ ~L ~C oSw n , I ~ W L ~lr:<'l<tr<tcI0
Z ,cpr~:Z~xt~,z<
.70<ii 1:oiz E:,rri~ca (.'iii.ciltl~ <,itnii:rs Ei!iryrr (!e uiri.o <I? qu? ('!>,I-
8~e?<io,I iY:~n.IlteZ,:,i i ~ l i i i coifni~a.s e P $ris lli~tr,ii,sd e r:
,fis axt. t e i . i i r o doiiri<, rtsiiLu?r (',>iii oa i,,@sTis;ncs E i i Igi:<ri;ioLIIil iiz.5-
('riiiiiri r, es(>.iirj-E';<ii~'"Tr l,,,,itt,s L~i,lttl-J~,~~1 l?,k P ' P c ~ ~ ~ ,
-I>' < / < L C'li~t<i,
li; I!r,go !ic, i i i e i i i i o (7iii iiies ri.<! <iti,i.Z rie('liii.n<70 iq,i.eZei~to~i
J 7 7 'r I ilittn l~7~i.l.i~,ilic7i,s ,\'i(jrLI (j l i c <?r p<ii.fc.s ?i>ii!-
t o c seis riitniiirs de u i i r l i rlc y i:iitr~ei.iio<r ,Ycur d l t z .seis oitiriirrs
<l;!gi/r,s*tc riitni<rcs,i seis i <
'o ,tis <~.?tpte ri:^^ O I L ~ C I I S ~ I L I I I I
( ' V J ~ L 118 r!fisl<ti.s E u I,j~tu.sir~Jfi? ,,.s<'Y~II,~~,q o <,.~(~',,j>!j-,J,,Co
Fhiz l ~ 7 ~ ~ ~ ~ z ~ da ~ ~~-' ~o l. s. t~ ~~~~- ~Ide ~o ~~
f'mt.te.s
~: ~l ~ ~%-ida/.
i,~~
E llrign i ~ oiiiesiiro (li!; !i,,;a r i r i n t i < ~ s,I~l<lnrtz<lii irj,i.pZr,itturi
Jli3o Itniz E ; . ~ L ? I117 I ilfi~i>-ie/<li iC,rrZ,r $i<llr" iirii,ris r,ityi~s <l,,
oirin d r q c o i i ~n sua -Ilt?Zn t>.r,s oitniins e s.is T7iitrirs rir! y
fia iste te,,i:i,, oiirir < r S i ! i t , i , CTr,,ir o s ,!fp,sirri,s E(':,,Iyi~(~s1~ Jfiz ES-
C ~s('ri~!j--.7oii,> I:qiz ~ ~ ~ . ~ c ; z ~ ~ L - ~d Ii ~ I ~(~'<,.st,z-
~LoEI
ih:,nilso ,I? Poiitrs Iidni.
E I s i 1 s t rl~C'liir<~<Tn <zpr?%ei~to;r
1,iii.s rlo. Silirz 11 L~:.c;ieo Taiceirii s,:tri~ln .sii~ro<,itn1(<(sde
oirfr, r7r r] cii<irei.iri, n S i i n d l t " t,iii,&Zt; riit,i?<o.sris ,tis este feio
i i ~ r 1 o1rr7e nSiirr,u C.UIILOS ~ffi.si<zi.sEii i i / i t < ( s i , i Jfiz ~s(',.iuiIoq o
j -i I i - <Ir: P o i i t ~ Ild1~i-.lfi~i~~e7 d~i
C'ost<r.
~ i u ui>iiltr c ~ i w cdim do 7irr;z iie De@ rir scir eri~tc,.~ e ,V<!-
tenta e I L ~ J L C~ L I C O SpF S P I . pnsinrii, r, diiz do i~assiiiz'o ~>rezeiLtP
. os ofisinis d n ofl,siirn proi<edr>ie T/icõou,.eiro (:'oiiiiyi>Es(",.?~L~II
nhi-ir30 ri C+e rie S,c<ar l l t e z ~ 71% sc qt~ii?.t<zl. (1 0111-i, q (ii(zcesc
d e </, t i s este tri.;no I ~ I L I J1i.z L S ~e.sC1ri~i'i,,
O ,i esC'revj.
E l l c q o ir0 liresriio dia ,Ire.? civr ntras de(<lai.ado qi,vzcntoli
Alfi,te!<.s i7n Crista piii. J f i ~ i ~ o ecle l Lciiios do I:cji~o E r7c j~clries
A e w t u c qiiati.o uitcru<rs rli: ,,~ii.ci r!<. COILILCI-fio <L S'MU Alteza
Viirte r,itnziz:s e ,ittjn O seis T77~teiz.sde tis (i.ste t e r v ~ odonde
n,Vf'j,ioi!,Coim os ?fis<ais E I LIq,~a.si,i il1iz e.sCriz~iioq O PSCIBIIJ'.
;liateos r7cr LYLsta-I<;,ancQ7e R x ~ t e sT7idi&l-ilIai~,icl d'i (!asta.
E l l o p i20 7iie.sino dia mes e m n t r r ~ adeClni.c!do Sc ribrio o
+t>.e de Szir~ Alta " M PCLSIL <Iafiii~rZig7ii e r i i prezeilccs do rlezem-
a i e e 1 q t l iz,, (lito :Cofre oiteiitn
oitrizins e me,; </enitro na qicrris o dito rl,,zciiiiini,gndor inniidrjlr>zi<I
&'e ~fiuidisc LYmiio C O ~ L-feito A'(: f j , n d i ~ i i o eiiz <Iiu~sDn:.j.et(~s7
pezarfio hretr?itn.E Oito oiinzins o ,ti~."ai.<in<Ir (j2~ehr<~ <??ias uitaiina
Stirnte c ?i&eja as s i ! Scteirtrr e uitii oitnz6cr.s ella riito
dez*iii7i:ii.ijo,lrir ti>eceheir ?rir p r ~ z e t ~de~ nI I L ~ ~ e.s(JririioL C Piouedor
e 2.1i,,zo d n ?fls:.*i,ir~ 11" i.etri. r: L)i>iii &l,,:lrigo de !hatrIio Jiiaicco
11." (lirpczr~s</as ,I;ILI:S Ziit <j nCttialiir:' i ~ i z < ! < ~ r,Lfitq>iiiiu na C.in-
i;,i.iirid" cntr.<~?iqfei,kln e dc C',i*io fi>eeef,eri<L ditic yzrniltin < I S ~ I L I J ~ L
o q u i t ~ iii i'i.oiie<liii dn tftisiilu e iiritin ?$i.qtiiri<ii.s drli<t Eu <qicosio
111.2 esCi-iirEn riia q f i i n a q o cs/,'iei!j - J<,iio li><,clin P i t k ~-
ITPi do ('r,sf*i-Ft.ni,c@ <l Pdizies
i. íiriiil.
Airtij (7- ('<iiitiis q ~ ~ ~ i i i i df?~:el-
o,l o B'01 Joiíi, <Ia Riielic
Pitta tSir,icrii~te deato ra,~./i:zrtir<io <li>3 S ~ ipn .Se ~j~istaie,ir pellos
liz~rrjsrl<is co;itris r70 02<i-u d ~ s f a(i.#si;izn de .VR .Y,.a ( ~ ( z x ileues
r7e <yo:c/?'.
de .\70~s~~ S'~IL!L:IC
A i i i ~ r , i10 i~aSi>i~*o J~SIL S
CIt~ist,> rle mil e
sefs sentiis e set*,ir.ta E ,oito <iiuia .do dericdrrii d i i ~ s dii iimz de
deaeiiihrr, iiostn Jil7<r de Y .Vi.it d i ~ireiirs rlr <~ozj>e. iaus potizn-
dar d,, Bezi-iihi~i!/c~dr,<. Siirrlicai~ia se aeh,~iiiiipieseirfcs riu S e i ~ r
Binr o P,.rirar:l,~r< / ai,,$,sii~a A1fai~,el rln C o i t i ~E o Tl~crc~iireiio
1 ~ ' i a i s ' o <?c Poirle* 17idnl p0 eii e;fi;ito de rl.i,.eii roiitna rio (>tiro q
ai,iiig rrseti<lo e desl,cicdi<lo p.eteir.sinte a S L LAlta ~ lia G O ~ L ~ O P -
mide de S:oi oiilen da que ti~dil"TLS r.ste auto q ruinoic o dito
de.ze;iihiii.g<~ilo.i. Eu .Ilanoel de Ayuioi. escriir2u da alqnda o
eseieu-Pilti~.
.4e7!0ii o 1lezc1iihniya<7riiS'itr<iiei~i~tc que 718" hauia iiiais
7 i h i . i ~izn ~ o f i k i n n q ente q b'e t u i eriirt<~a
~ ezriiirirloiid~ os Ca2~aa.s
da firltu de libi.ns antigos Ihn n l i r e e e i ~ t o io~ Ih<@ i i i r i ~ qiritaiau
do esci.ii~Cod n ?,fe.sii~a (78 I'arizngiru WII~LII lhe ,fi,riiu e>rti.qe p
o i d e i ~dr I'ci7i.ii de , S o i ~ ~ad~uii~istri~dtii.
n ij .fi,i iiilns minas coin q
o o u c p' dito hi.iyndu del1e.s aiceilcio re,speito n seirs iii~iitoarriliaos
e s i 7 i r l l o I q s . r d o oirro q se qiiiiit<trCo
ize.sti6 o@iiin de d~in.retr dc .frn <i? iuil C sei.< ~ r n t o sC S C ~ ~ I ZE~ R
oito ai? o pirzcilte eii$>iii.tiio >,!.i7e seis scittos E oiteictn e Iririrla
oitcr,i<u de uitiu eirc I,<> o y1mI fimd"ril nhat~irei,c yziehras siri-
coeiitci e reis oitmiris e .licaicio rlepois <Ie.fi~,rrli<loa7iiluir7rrmfemil
e seis ceiilos e Vi?rte e sii~coXnx <?lu.9t~ni.s .?c leiinriio ,,i,, cwilta
as rlespezas ,seguintc.s a ss<ibiw noiic seictos e srseiita e trcs oitnic<zs
de oti>r, q s e < ~ ~ s p ? i ~ r ~lia e i ~ i1imzdar7~i.s
<70 dos nrliizii~i,sti.n<lorpsgc-
rces eiL oidenndoa as quois ditas 7ioi~eseiitos E aeseictu e t r o
oiiai~asrle ui1,i.o ouue o dito Dezeinl>a>.,qndorp Leiiadas erc contas
C o a declninclío y o d i i m k .?c <liri E n.sirn riuziii w*,ue o i t a u ~ ~
de o z r w r7e <le.sl,ezan ,,~eirdas da ofle.si~z,r~C%rit ,?70 restarcdo
someirte sciase,atos e siiaiocntn E tivs oitol~asq o <lzlu Dezerrxbar-
g d o i tiirira resrhidu coirio eo,zsta <l/,a tri.irios ati.as asiih<~rlo.sp elle
neste Iirro e nesta eoi~forinidnrleo x i t r as d'a' covttm p r~~~restrrdau
e ?i decobrigarln oo il'hezo~brqjro e ,n,ai~do?i se erinl~risein corno
leelle se coiiti,clin de q de tur70 f i ~ este tei.irro de api.esfam'" de
contos en q a s i ~ i o l ~o dito Dezernbnrgad~~l/,i C o ~ no Piwuerlor E
Theze da ofeciiin. E i c 31~110~1 de dg~ciai. esci,iiiiLo di a 7 c d a q o
esireuj - JoEo da Rr,eT~ra Pittn - ikfa>i,,el dn Costa - Fi.a,i.'o de
Pontes J.7irlnl.a
Examinando este docuiiiento, ver-se-A que João da Rocha
Pitta, Dezembargador sindicnnte da r~partição do Sul, no dia
31 de Dezembro de 1678. fazendo irxanre das contas da receita
e despesa dii oficiiia em Igiiakie, perguiitou ao thesoureiro, Fran-
cisco de Poiites TTidal,a razio de não <,sistirem os livros antigos
da dita officina e que este em reslbosta apresentou uma quiiaçio
passada pelo escrivão da oficina de Paranaguii upnr oi.drr>,. de
Pedm de iSo,<zn: arl,irinisti.ador que fbi dns ixii~as.a
Este documento ida niaior iinportancin : primeiro. por pro-
var que existiairi livros da orrieitia de Iguape, no tempo em que
Prdro de Soiiza era ~idniinistrador das minas, e segundo, pela
prova que exhibe no exame das contas da quantidade de ouro
que p a ~ s o ulielas officinas, ~ L S quaes d r m o ~ ~ s t r ique
~ n ~os Quintos
Reaes recebidos do dia l i de Fevereirn atr: o dia 31 de Dezem-
bro de 1678, ou durante o cspaqo de 31i dias, foram niil e seis
centos e oitent:~ e uma (1681) o i t a ~ a s , 1iror;i.ndo assim que a
qiiantidade apresentada para ser quintado era dei 8405 oitavas.
Kão podemos duridar que a quantidade de ouro, que pas-
sava pela officinn. niirica represeiitou o verdadeiro valor da ex-
tracção, tanto mais em vista do que se dia na I'rovisão deixada
pelo D"' Pedro de Unhãn Castel Branco. (dnnexo Bj
Esta provisão, I~assadano dia 6 ou i de Agosto de 1675,
ao mandado de Prdro Uiiliâo de Castel Rmnco, Ouvidor Gcral
e Corrcpedor da Coiiinren, prova que havia desfalque na renda
da officina, proreniente do ouro em pb não ser todo apresentado
para quintas, como tambem por rião se contiir as fiacçâes que
rendinru as pareellm menores de ineia oitava.
Ainda que este documento não contenha a data eni que foi
assadol não podeinos duvidar que fosse no dia 6 ou 7 de Agosto
Se 1675, visto que segue um assento em que declara terem sido
apresentados ciricoenta oitava8 de ouro por Fernando Correu no
dia 6 de Agosto, e em seguida á, dita Provisão, existe um as-
sento de quinze oitavas de ouro apresentado por llanoel de
Lemos do Reino, no dia 7 de Agasto do meaino anno.
O Regimeiito de dia 15 de Agosto de 1603, citado nesta
Provisão, encoiitra-se lia integra nos aAnnaes do Ifio de Ja-
neiro., Volume 11, pg. 306 em deante.
E m relaçSLo ao Snr. Diogo Carneiro Fontoura, Bdminiatrador
Geral das minas, do qual faz menção a dita Provisáo, nao e,?-
contrei em obra a l p m a qualquer referencia a seu respeito.
Pe<lin C l i h i o de C;isti,l Branco, que iiiari&ou lavrar este
docii~rieiito~irecii>so1,nriL n Histnrin de 1;iin~ir 110s l i ~ 1 . 0 dos ~ :I*-
. ~ n t a s d 3 oiiiciil:,, C o llli'51110 < j i ~ < !iiin~irloa qut.iiiinr o nnti:o
irrcliivo dr*it:~1-illa. coiiia r<mi,htn do dociinieiito N" 10 qiir acoiii-
P:III!I:L o «E,sI,,,?, histo,-ic > JII , ~ ~ I I L ~ LdCeC %< jf[:t~]ii.O
.8
N o i ,1 i 1 i , 1'01. 11, i,q. 262 a , refe-
d o - a servi(;oa l>~.esti~dlii por DOTILRO~I.I>;Ode Castello
Hr:ineo, ci>iiii> ild!iiiiiistr;idur das 1nii:es. d i z : Prir<iitnliiin í:
(/r!ritilin esta5elecrii <ia oflri,i<w Ixci.a <r , f ' z ~ i ~ < ~ i</ris ~ i i o Qtli)tto.s
I?c,~ea, e ir,,iitn.jrr Jfici~ciei d n ('r,.st<r rlas .lIiir<rs rle I,prapp~ e <;a-
i;<iizi:<!, r, qire c//<: ? seris siiccessorrs ir" e i ~ t < ~ C i > l r r i i ~ e~i Ir 't a
~~i ,~~ellus,
<li. 11n~i:ie o t i i . i r;b,sei.r~s,sr r i i2igiiiiri~t.i (I,] < , i i d h + . s <leizrrvn.»
O iiiiiiii.ro I. eiitrrr linr<,ntliesis, rrrrietti o leitor dos « d i ~ i l n e s »
no dito Ilr~ziirieiito,onde iio fiin diz: e por n r i i i i ns.sigii<iilr>ari, CG
Illln de I q i r i r j i e <i,;,s 23 i l e .lici.?ri </c 160'9. E rii Jliiiii de .3rcrkil(~,
Es.;ri.ii.iio ria 1.li:eiriia ~ 7 , ~ siiiiirns i, e.sci,eci- I). ftu,li.igo de (hs-
t c l l o B~li.aiico..
P;xreri,wii~rliie aqui IXLe1g1111s 011F&1105: o i>riintlirn, i. q u e
iro dia 28 dr- .Jiinlio de 1i;i3: D. ~ ' Ü d r i ~dc o C:istello Branco
cstava :tirida {iiii Porbiipl: coiiio se d<:duz da leitura do R r z i -
mriito I,assrido n:,i.in di;rl onde diz: «i'ni.tii.ei.s desiir L"i11,~ded e
L.i.vLiin e:il <lii.:itrriw <i H;~:iir ilx to.l,,.s »s i<'a!ilittii.s». Si ellr Z L ~ I ~ L L -
a - I L n;ii 1G7::> c<i:i~oj>;irt:ce, r t ~ i u l ; iii%o tin!i3 ta-
iiia~lr, l>usi<''10 I n q r de Aditiiiiiçtri~clor d:xs iiiiiii~s:iirio liodit~t r r
no:iieado Blnnoel da Costa coilii> Provrilor d a i officir~:~s de Iziiixpe
<i Caiiiiii<:;i i , i i i 2 3 de I\Jav<;o e 1 o riCo podeirios adiiiittir
qmc r). Iiodrigo ti\-esse nntrrinriiit.iitr exercido o c;ri.:o de Ad-
i,iiiiistrndor iio Hraiil. ~ i s t a o ~ l u e diz 110 lnes1no v o l ~ ~ n ldos e
A i ~ i ~ n c sj ,y . 223, 5 >li.
Arlmit,tiiidi> qiir S ~ Z eiigaiio
L d e trnnacril,qZ<; de dociiiiien-
tos, alizis filiil de se &ir q~iniidon dat,it sei:% e s c r i ~ ~1101. L .
t i ~ ext?n-
sn eo:n a i Iinlarras-sr..iei~tu-s~t~r~t~-,neiii porisso deixa d e s<.r
u m <,ngniio grn\.r eiii c i ~ i r ç t õ ehiatoricns.
~
O ~ i t r nn i i p i o <: o de :~iiii.iiinr ter sido D. Korlrir.o cliieni
i.it,nlielri;.~i ni ofIi<:in:~sde I':xr:~ltngwi e Coritilia.
Em s?Izt;io i de Coritili:~T : : ~ : L & w i i ~ I O X c31 ? ~ ,reIeq50 i d?
I'araiia~iiii i. rertn qun cstn officilia exisiiii eiiteriormcilte i ckicyii-
da dc U. Kndrigu, eoiiin se padr verificar liela leiturn do « A rrto
das ('uizirrr» de otlirinii. d c Ixa:~pr,cscriptn iio dia 31 de Dezriri-
bro cle I i i i d r ji traiiscripto ii<.steAC'irEsi<lir,.P e l a declnia<:'ln feiL%
p ~ l n Tlii~sourriri>ao Dcsei,ibnr:i~dor Jobo da Itoelia I'itto, n%o
ndiriirtt: a iiienor diirid:i que os li\.ros velhos dn ofiiciiia forarri
eii;rt,:iies :LD eii~si\.&o da utlicina rle Parano-n;i, yor ordoin d o
antigo a<l;iiiiiistrixdor Pedro de Souza, e, liortaiito, I>ro\.a que
existia n ofiririn clc 1'nrii~;igu;i nntcriornicnte á nomeaq;io de D.
12odrico e:u 1673.
:Titinbi:iii ein relaq;~o ;i iioiii<i;iq;lo di,. >Iatioel d : Cojt,a, ~ i:ver-
d a d e qiir este hoiii:ni <:ra Prorcdor da iiiiiciiin dc Iguaiie, como
i>ror;L l i l ~ ~ i t odocuiiirntos
s por ollc nssi;.ii:icios e exiatrntel, dcsdn
o niino de 1673 n 1 i, p d i n b1.r sido rioin:,ndo p:~ra. este
cnr;.o Iior 1). K3dri;o; ~ I ~ ~ F IILXO L ' , c n ~ " s t ,O; ~1101ile de llelioel d a
Costa <:m ii-iihurii doi iied;iciis dus livros dos n.;ieiitos duraiitc
os aiirios d e lli64 a I(i72.
(loi>i:!i a folha m i s iiiitign ipic :icliei t , i i i que corista alguns
: L S S ~ + I , ~ D S dos dias 21 e 2.) d e k'çveri'iro rir IliliX. P o r e s t , ~folha
-
( :-~ n ~ ~ , >C)s ore-se yriç eiii.rni;tin i i n oiliciii:~ iinra sereiii qiiintadas,
.ia oit:~vnr de ouro, 1130 coiitaiido r o ! i i a ynrti; final do assento
anterior qne demunstiii qiir :i ~liiiintidiirle pcitcncento A S u a
1\Iapestnde era de -0 oitnrag. iirovaii~lo;issiiu terem sido apre-
seiitadas iiaquella o:cusino 203 oita\-as. Tninbein iiio liodemos
dizer quc n;lo rntroir mais iio dia 22, ,iato que rlrites sete as-
seiitos, i:ineo s i o do diz 21. ~iodr:ndo tal\-rz ter sido outros alem
d o qiit. ronsta iieçt;l folli;~ do d i ; ~22.
Iiifriiziiients os prdaqos dos lirros eneoiitradus (istão i!m ss-
tado Inst,iiiinço, tornaiido-se itiil,ossivel o:.gn:iisar iinia estntistiea
p~,rièitn,suiueiite liade-sr aIi.aiii:;~r dnllcs copias de algum:is fo-
IU~LE [iorclil,
: destes i~edn(<o,oi.gitiiis<,i i i n ~puqiieno resuino jan-
n e m 111iiiosti~iidoos noiiizs d a i 1iasso;rr e a qiiiintidade dc ouro
.c,u3?Soi nlxeseiitadi~I I ~ E L ser <inii~toila.Pnrree-iiie qiie os pedn-
ços eiii iiieu poder devein pcrtçncer a. trcs livros diferentes, e
<i de 1;istiiunr qiie astcs li\-ros i i j o ritejmii riii estado d e se r o -
i ~ h r c e rn totalidade do ouro qiie liassou 1ri:ln oíiiciiili d s I g u s ~ i c
i i a q n ~ l l aepoea; coiritrido, piii rist:i dos pedaqos que nirrdn sãn
dritelligivei3, d<!rf>riiasjulga? rlne n Pxtrt1ii:;(o era assim ~ r n i i d e .
A ni:rior qiiantidade nl>r<<i!,iitndnii'iiiii di:i: eoiiforin<: os açíctntos
quit pude decifrar, fui de 506 «it:~rns no dia 14 do Abril d e
ltiii.
'io doeiimcnta 5. 10 aiiiiitso no «F;sl,v~nIfisfr,i.ieo c7n fziiiia-
í I n ~ C . ic!? I g , ~ a p s ~ o ~ ~ do i a Livro
do do Tombo deita cidade:, nf-
firnia-se que n iiiirieraq3o de <juro diiroii «niC o deseo?,ririarirto
das -~I~!L,w. ~ R J . C L . , T , e i i ~o 1 1 1 1 1 1 ( 1 d e i i ~ i lS ~JIF S e se-
I I ~ O SR ILI)IIPILLI
t e , jjotcco vinis r ~ z c iircxos eiii q i i e ,ficozt sess<nr<?o,j,orqwe < I T L I ~ ~
todos l i s Alfiliii!ei!.os n?azei~tr!rii,> <T'rr<,rii pnim iis r1itn.s LIIi?rns.n
S n o rcstu :L rrieiior diivida que niuito; destes Iiomens reti-
rnraiii-se d'ayui pnrn ns noras minas! 1iin.i iieiii por isso deixou de
coiitiniiitr B ~)xtrncç&ode ouro neste distriçto, como fica provado
p a i muitas rlocumeittos existeiit~s.
No nnno de 1691 o numero doi lion~eiisque trabalhavam
nas minas d e Yrupururidaba, sita na margem esquerda do r i o
Ribeira. entre Iporaiiga e Xiririea, era p n d e , e, reclamando a
~iomear;%od e uni cape1130 para a Igrrja Ia edificarla nesta lora-
lidedt:, foi nomeado o rrverrndo Padre F r e i Antonio de Assum-~
pqão, por provisio l,assada rio dia 8 de Agosto do mesmo anno.
Em 10 d e 1)eaeiirbro de lti92, o Capitia Ilor e Sesmeiro
d e Conericâo, Martim Garcia Lumbria, aibarido-se aqui n a villa
de Igiir.l>e ~>szsoua seguinte ordem em prnveito dos mineiros:
«~?fi~i.tiiii /:i.nei<i Iz<ii~bi.iiiy . ~ ?e C I Z I > I I . ~rllaior
~~ ,\'esnieii-o e ~ ntoda
a (.ii/il,"'~ t7u 1211.v'~ xei~ho,.a du c o ~ ~ z r e i ~ ~l:oi. ç i < lS~u a JJ,igde q
Deus eet,-Prllo p" q co,rrieitr. a obseri~nizcin<I0 serzii$o de.
8u:uw 3higd' e <i do crresei~iti" rle szins h'euis l?enr/i<s e ?iio.strur a,
seus pozriis e I í i ~ r l l o s o n v p n r x t o C'oai que deziena ohedeser e
das ea?<snsp q o c70 ter s e l ~ i i ,de;faq~ie ~ do q iiinis ilie denoser.
de piodi~aii. rleqfrnl<dar aos 7irliindore.s e per a!nlhai. os tlamnos
j,lr~en~erlioceisq de p.i.e~:ese prirle~it sqtiii- ctimji~rineos q t ~ e i z o s
g m i r i s qite se iitc d e r m pi.i>t.cipnln~'e o p i . r r ~ ~ r ddas ~ r niilras
J'nir,hfiii~ Xoiz d e pontes sobre a rzui.bitancia e rleir~arinriopreço
Com <I rai i\'iil,iit<lri <z jirnnha r7e p e r m r ~ ~ exe90 io fk desa~u-
marniii t,,dris q se rii:pi.egai,i i~,is drs(?i~bri»i*0Sdo ,AWO de 7azr.z-
geri< tzid<i oidei~i de iivejildica~ev~ aos ~ " 8I<eui.s de q irese
verrlci rr,ii,sir!eracrl e smri. <&te,l<7,?i-e,n oa iiioi.uiíoi,cs rr~aisq as sicns.
pnrtiçiiT<ii-<~s Ci>>rziei~iri~eina s c i i ~Ii'eparo rlo rla?bri e Crri7n.e y C'o-
.meteiir rii>~ti,aa Pc.soa Real e 8zia.s Kenis Kri~rlasfazr~rck coi~si-
derag<t,ii iii, (1 se w<e Re,jrsrei~to?i qziere~7omndrinr n rela3-a$üo
de te,, girtir<les rlisu~rici~es uj~ietn,iciurne u,nL nielhur acordo Coin-
pe?tsriiirlo o trirhnlho dos luiii~nilu~ese ua niiirri.i.oa c u s t i i r ~ ~ n r e m
Cuin sei<.* deaCzcbriin'08 por n lilwu Rr.soluclio ~ i ~ e > i ed oovde7t.o y
neril~rrrrpr.qolca do q lcz?trc~>n e ,febi.ica j k r i l ~ h a de guerra n w n -
d e ~ npai. 7iinjoi. prego que </equatro se7~tos e oitei~ta rei^ h'eem
7.ucntt~i.eiii x e n i h'tibirerit a ,,raioria de o i ~ t ~prego o e o y fizer
o eoiitric,.ir, srrcim priiij<Zo.s lr,s~o~ti.nii.sgre,sore.s e dezobedieittes n a
dt>iii,~zii?8i,qzir r,.i<iier ?iria (7e SILU11ctgde e seren~ C ~ s t i y c ~ -
dc.s ('o~iu viweçer Sziu Ouza<iia e conde~trrdtisenz .16i?bte Ci.i~zn-
dos u iiie!<idcpn v nei:zocior e a oiitra vietude pn as ohias da,
igreja J5~ti.i~ pagos ILa C'<zd~aU O I L I ? ~ e s t m e n i triq~ta dias athe
C'oi,~?f?if*,seretil p~oti<l'iso p nssim se c,cniliri,rz Conto nella se
eti~it<,t~ c pUqzle ,<i?rlm n nr~ti'in de todos esse depois de yubli-
eado s i ,tichara nos lzign~esp d l i r v a iin foi.iiia c70 eesiillo dodo
nestn Tl17il de ririan ae,rhorcr rlau neiLes de Igoripe sob mezr siiial
sum'e ovr dez diris do viez da I11.z"o de mil e seis sentos e no-.
ueibtri e r'oiis ani~iis-~?farti,~i~ gni.cin li<~izbrino.
A i r d t ~que nesta urdem o Snr. CapitBo Mór deixasse de
declarar ;L quantidade de iaririlia de maiidiUca, que seria ven-
d i d a pelo preqo estiliuiado, 6 , corutudo, natiirai sul,i,or qne fos-
s e p o ~ .alqueiie.
Este docuiiicritu drmoristra de u m modo bem claro o timpe-
n h o que o Goveriro fazia em fzcilitar meios para os iiiineiros
c o r ~ t i n u a r r mn a extracq%o de ouro r , no Iiiesmo tempo. prova o
estado de seiiii-escravidão eiii qiie o povo vivia drbaiao do da-
minio do Rei de Portugal ; liorêin, a arliitrarirdade coiniiiettida,
em logar de auxiliar os miiiriroa, ~~rejiidicou-os,como se drdua
d a lritiira de uni trecho do livro de « I é i e i ~ i q ccla Caiil<rra» e m
que diz : 0.9 laora<Zores t ? , deixado~ rle plrrictav ai.i.iia e imn-
d i ó c < ~sinno
. o szíficieste p<zm o si,steiito d e suas u f i c i 1 2 B i ~ n .
b f d t a dos geiieros :~lin>entieioide primeira necessidade,
que Iioure em seguida i l>roinulgaç%o da ordeiii liassada por
Martini Garcia Luirihrin. deu origem ao abandono de nlguinas
das minas deste districto. Este abandono, 1,orCm: iião foi total
e a ewtracçjo de oiiro eoiitiniiou durante muitos annos.
Ni, dia 6 d e hlsio da 1698, Avthiii. dn S i e Lienezes or-
denou q u e urn dos Juizes Ordinnrios, da Villa de Igiinpe, as-
sistissa .i arrecadação dos quiritos reaes, para aosirn evitar o ew-
travio da renda, tendo o Cofrr, onde se p a r d a v a m os qiiintos,
mais lima eliare e a Cnrnain uin Ijirro liara ne!le serem feitos
0 3 assentos das quantia^ d e ouro arrecadado, como se vC pelo
documento nnneso ( E i
O cofre das officinas existe ainda <,in I ~ i i n p e .
Diini~itealguns aiinoj houve ucin eiiiigração deste diatricto,
como se póde verificar por grande numero de termos e coiitra-
et,os esistenter nos livros do cartorio, d'entre os qune; eol,iri o
aiiiiexo (Fj.
Pelo :mnero G , ver-se-i que por lei de 6 de Feverriro do
1719, o Rei Dom JoXo prohi!,in as triinsnc<;T>eaçoinmerciara fei-
tas eoni oiiro em pú, fora do 1oi;~ldas minas, obrigando a roria-
triiccào de innis offieinas de fundieuo, estabelecendo o 1,reqo d e
ouro zni pó nas minas a rimio d e urlez tostõesx p o ~oita7-a d e
oiiro fundido a r n z b de nqeatoi-ze tqstaean, sendo este de r i n t e
e dois qiiilates, decretando, aii mesmo tcinpo, penas de eoiifisca-
ção de beiio e d e ~ r e d oao3 brans~ri~ssores.
S o rolurne XVIII da <<P~~hlicaçürj Official de Diiei~r»eiitns
Jnteicssa,ltes ,,ara a H i t o r i a e Co.stz~7~ze.~ de ,5570 Paulos. 6 pa-
gina 5.5 em diarite, lia uma copiz~ de unia Carta Regia inaii-
dando conservar as casas e offieinas de ouro e quintos reaes d e
Iguape e Parana-wá, ordenando a nonieação de Provedor, The-
eoureiro e Escrivão para essas oiocinas, liara assim poder por
em pratica a. referida lei, niinrxo (G!. Nesta Carta Regia diz :
p r a t i c a r a rima L e i d e 11 de F e ~ r . de
. ~ sette sentos e dezar~oueo;
- 410 -
l > o r h mit%o, <leveiii»s dii\-idiir q:ie s<:j:i r. nie-iiia 1i.i coj)i:idn iin
nlintxo [G).
l<i.lati\.niiii.iite. .i iioiiii~:~q;iod o i enilir;,gailos liara n ofirina
d e Ixiialpr, aiiidn nho <-neiiiitrri rr~f'i,renciaiios liuros a q i ~ ii~sis-
teiitrs; iiias, os sci11iort.s .J<iiio liuiiia Claro F T)ioiiizii, Pcrreira
Lcibo, ser~irniii por divcrzns T-~zesiios csrxcs de .Jiiizrw Ordi-
narios, aritw drpois do ;iiiiio (1,. l i ? ? , c<iiiio taii:hi,m u ~erilior
Amador Franco durniit<? algi:i!, niiiioi foi ricrix-20 d:i ('niiinra.
?;o aiiiio de 1735 fùi ortli,iia<ina c<il:rt-,iiq:~
., ilo.; qniii:os renes
<Ias iuinns d<. Iguape lior IiatCn: <-oi!ioIa eatabrlrridn. nni 3:iiini
Gor:les c: dt: accoiilo eoni n rlrrrrto de 22 de 3inr.o de l i 3 1 .
(iliiiirso H!.
E i n 8 de Oiitiihrti de i i 3 J ; o Ilor. llniio<.l do5 Saiiiiis L«-
h;ito: Oiij-idor ?era1 d n Criiiin~rn,iiiniirloii iii:itririilnv o p v o q u r
se aciiar-a ricciili:idii ciii iiiiiir,i.:~q;io iirste diitricto, cuiiio r:? \i.
yelri nniiexo (1;.
15in reln?%o :iofEriii:i, drvri?ios ,jiil;:ir <iii<,?,ta foi feclindii
P O ~ C O antes (10 iilrz dt: .lliril drs Iiiiil, S P I I ~ O L I C P ~ I . ri te^ qlto :L
Caimira, Iior ordem c10 (;,IT:<VT~IU, ~<ecoilieilo i uie~isis<1111: e120
iisacl<is iia iiii~cli~:io de o;iro inirii<lxo Ji; 1;orCiii I ~ I T I poriss+?
dcisoii de coiitiiiuar n. i,strnec:io di,. ouro. elino r s t i liruvad;~. iIi<ir
uni trcclndo d r iiiiin sniicdni!e, eiiri.:: .Jui,qiiiiii J!:ii.liado clc, 310-
ynrs c: JuZn Uins Hnl,tirta, r trni>nliiarei~ic o ~ i i <,sri.a\o; liaa
iiiinni de S~viil>uriiridi:ba, cuji: socieda<le foi nrgniiisndn iio dia
15 de JaniLiro de liii.
E' pc'na ~ ~ u e ~ syin f i o)ioi.ivi.l orgniiisar iiiila eatxtistica da
di: ouro extrziliida <Ias iiiiiiiis debtc distvicto; p r i . i i ~ ,
u m ,crandr! iiiiineru de t<.l.ni,>i de Tieril:iii<:n E,. cle fsittrrga
do5 qniiitos ie:IEn 1111<\ ~ , x i ~ r e ~110s ! i livros dri <1;11nn1.ade 1 7 3 1 ;i
l í 5 2 : jmitsiiiciite i o i i i os lirrui de ssieiitos da ~Aiiiiin,r p e TP-
iiionteni no n n n o e 1 , i yiw s e r i aqueiii da ierdnde;
efflciilai~don ritrnc<;%oeiii qiiiiizr iiiil oitavas por anno.
1,hitro niuitos tcrilios de rpiiiesa. nniiiinl dos quintos r<:a?5
.i villn dr? Siiiitos: de l i 3 1 a l i 5 2 . r,iicoiitrei somente aiii teriiio
do yiiniitidndti iiielior clc dii:i.i iiiil oitara; i i u dia Iti dtt Agiste
d<?li??, serido qiie a rriii<,.-na Seita iio ariiio aritrrior eni 2 7 d r
Marqo era de d u i ql~iiilleiitns a setcmta o duas aital-as.
ianriexo K).
Dc,.reinos lembrar que dos quintos rearns, recebidos lia 0%-
,&a, snhia. todas as drspe;as da inesiila, as quae.3 l~odemoscal-
cular em cerca de inil oit,avaj por antia, tanto inais eni vista
d o doeuineiito firmado eili 1678 llor JoZo da lincha P i t t a ; por-
tanto, si as remessas annuaes pafisavam de. 611iias mil oitavas, te-
- 411 -
C
nios, r<.iiiiiiido estni coiii as desliezas. iii<iii de tres icii oitzlrnj,
que rcpreseiitnm a extrney;io oiiieinl de íliiiiize liiil yoi. oniio.
H o n r e uma eliora crii que o cxtr;~rio rnri!ieeido era t2o
s r z ~ n d cqtic o (iovevno: 11arr~ el'it:~I-o, n ~ i l ~ l i l~od~i f~i r a rL L ~ ~ W czwa
I
iia in;irgeiii do rio Xili<.ira, ein lugar oiide os iiiiii:.iroç. di~sconrlo
ciii cnnons eram olirizi~<los a Ipssar, senclo : ~ h i~ ~ s t ~ ~ l ~ ~ILU lecido
cuarda fiscal para re;-iitiir os iiiinr~iriis e r e ~ i s z r a ra qiiantidado
de ouro qiit! traaiani 1ini.a :I villn.
O 1 ~ 9 z ronde foi estnl><ilccidoI gilnrda 4 eoiil;rci<io até
liojr i~e!o rioiiie de «IZqixt,.ox.
íJ,ne existe ouro eiii ahiiiidilrici;~ air?d;i c o s di;trict!ii cln
I~iiiii>c,Siririca e Yporang;,, ii2o l;odriiins dii7-idar; iiias, as
dif3enlrlades de ~irocurni-os?,u niiiito grniiiies, visto s coiifi>riiin-
<:!o ilo terreno e ns irinttns qtinsi iiiexl~uciiaveii qii:! eii:olx<~iii
i:s tprreiros desta zona. Soinr:ire r i o <listricto rla Ylmrtiiign ii
yuc ti.n Iinrido aIguin2rj i i ~ i i r n t i ~ adic r~xylorn~3o niais oii me-
no:; systein;iticas; yor+iii, creio ciiic s fiisreni rri:loraias cerru5
1mrti.s ilp JgiiaEe e Xiriiiea, seriaiii <.iicni,trndns iriiiiai do oiiro
das iiinis riras.
Xns nsicntos do ouro apr<,sentidos o s clins 2G n 29 de
Dezr,iiibro de lLiin, eiicontra~se uiii iiiiiilo nrigiiinl dc eoiirar os
~ I I I I O L I~ I I Ptnlrez seja desroriliccido. S'i,rii:!:st,iito qiic o e9criv;in
fez iio di;i ? i ,dia: « d o a ;.fizte e seti, d i i ~ sdo i ~ e sr7e dr;iiii" iin.
i.i.n ri? ?!til seis seiltos e 6'<?teiatae oito ( ~ i i o b i?go s e i o ~ i « C 1;(>11e
pr ser ~ ~ n s a a do dia do i~ns.;i,ir'o» otr. I ~ u a l l i i r i i t eniini do dia
29, diz: «Ao8 ciiitr r izoce <ii<z,sdo .iiz-.s (7,: Dp23u rie s2i.s siiltos
c ,Vet(:~~tae itouc < i > ~ i l u]I*s s o ~iiis.so~7oo ~ 7 i nde ?~n:siiii'"» etc.
Si este y ? t e i i i a do contar os aiiiios n'aqiielia elioca e r a
eoiriiiiuin, liaria rnaario forcosnnit,rite ein qiialqiici doculi:ento
pasx~llo<!iitre o dia de natal e 31 de Dezeiiihro ; por esse iiio-
tivo clinnio r. attenquo dos iritereiindris para o ficto.
0
Iguape 1901.
ERXESTOGCILEJEI~IIE
I~OTXU.
ANSESO H
Provim'" q d~iclioiro dtor Pedro de C n h z o C,astel Branco Ou-
vidor G' e jiiis doa fvitns da Coma Donotario fisco Xriirs, Justifica
$20 Proiiedor dos Pesidios Auditor G' da gente da Guerra Carrege-
dor destn Comarqua com a l ~ a d apor S u a Alta uo Siuel e Crime na-
cidade do Rio de Jnn." e en todas as Capitanias da RepartieBo do S u l
os qiiais Capitolos deiclioii nesta d i a de liyyoape e SR os 3eguirites
-Por quanto vindo rii Cori.eiq;io a esta Villa de K."Snra das Ke-
ves de hygoape aeliej pln> diiiyr,iicins rxznrnes q fiz rios l I . " V n
offisina q se J u n t e e qiiirito o ouro de Iauage ni.'"VcisCaniinlios das
q."as q delles se Cohruo li.'' a fazeadt~Renl asiio n a Carga eo nio na.
descarga delles Como n,zs Prouiaíirs e ordens Com q se d e s t e r u ~ or
nos quitos q os O6ci;~iskzrii iio qniiitar delle e me Constar, Otro
S y ylas inforniasoiris q tirei arrr vistos di~sCarninl~os rio oiiro y se
uende e tresyasa ein po Seiir Se quiiitnr e rio q esta quintado o Doa-
trnlie os administrado ri.^ 11" st!iis ordenados e dos prouedores o
Thez" e esCriuão e iiinis oifisiais seiü tcrem orden de Siia .ilte-
za pB OS Leiiar e St,r tudo eii grande dano e pr<guian da Ronl
fczenda do dito Senhor li" ri se iiho Coiiteniii: Corri o iiiiidiini'"
d r algiiy clianindos Rfigiiii""Com i1 S e desCrilpão os taes des-
C;~niinlios niande Se go:?riia~ri1:e oseruho o? [~rouim'"\igintçs
Sobre as penas dacl:iradns na ordinaqAo 1." 5 tt" 2 1 q no^ tini
destes Capitoilos liira Tresladoa 1," ser nsirii o mais Coiiiii~nieiite
ao Serui$« do dito Seillior arhe elles iiiriio exl>ressarri" drRoga-
dos o Refarniados p' erpreqa ordti;s Siin E outra algua S e n2o
Goariir asin d e gouernndorea Capitais rnores administn~dorcsPro-
uedores Goard:i more? r Cnini,rns Como d e qiiaiuiyuer outras
Oftisinis ou p~so;is q Poder rifio iiiostrarfm p orden expreça r
tendo i ficara tresladndn rios 11"' da dita offisiiin e Corisertadir
]!'o eiCriuão della e aainwrj. Eesibera Prouara-Ein priii~riroLii-
g a r p' qiianto Se acha iirztn. o6,iiia Varios Xr:iuiiiiirns nsini
Reais Como do admiiiistrntlores gemeu das rnirias do.; qiinis Cndn
hiiiii tire e l l i ~ na q ii,ais eoriViiii~ntr h e h a o seu ~iarticiillar
e riso do augni'" d;i F d a Real : ordeiin q somente se yoarde o
CaIiitollo onze do Rryiiti" de Pirn 1Iagde r , n ~ a d aaa Goiiernador
Saltiador Currea de Si:, e B e ~ ~ i ~ v i dSe e s g o n ~ . d a r io dito Cap10
no q tocpa Somente a iiBo se leiiar Sellaria al$ dos q"'" dn ouro
d e Iniiagrir> Conio iio Capitollo J e desLsoen li"S p l a h r a a Sigin-
tes - 165 - Corn deClarncio q iiBo T~enserão nado os ditos or-
deiindiis sina0 da ouro de R r t i e ii%o do de lauagé e Como t h e
o pr<.atc se nRo tcnlia dr-sCubcrto Ouro de betas y so o q se
qiiirrta lie o de laungé iiâo leutxrão os Adininistrndores gcrnis
O u partieiilares não os Prouedores Goarda l l o r r s esCriuHu Tlie-
aoiireiros fiiiididorcs ?iliiiistroi eiisnjs,loi.i,i c.iigeirlii>ros ou qunis-
quer oiitrni I>esons o-deiiado do oiiro de laii;i,e(i O qunl se trcs-
Ind;ir;i iioh II"" dos Keristos Iie or;L iios ii!niidndas q linsz~.r<,rii
~ : L T Z21s C O ~ I ~ ~ I IeCSeiii
L I S eil;i e o dito tt.e>!nd? odito Tbez" llit,
~ i a oS i r ; ~l>nc:iui"' nuias Correr30 todoi i,:: p : i z d ; ~dita Ordc-
iiayùo o ntrn:: Siii Si? gonrdc~r:~o Cnpitolln doze do X<,siii:"'
e o 1 q e iiinirdn S u a Y : i F d C go:ir<l;ir eiii qiiirize dc
.kgosto dr wis sciito> r I 1 tis ~llilitoo dito S e i t l l ~ r
de 1nr;ar :i- prtsuns dcstaa 1,i~rtrsdo R~xiiii ns ?Ilixlas q esiiue-
seiii <lriCiibi,rti,s de ouro ( 9 liiata i1 os desCiibridort,s as l><>dri.iir>
h<ulifisii~i-o iiproueirni ;L S l ~ i i ( h t n c ili,sliezn l~agniidoa. Rua
1 a o yiiiiito Soiiiriite &I! todos i> oiiru e lirutn q ilas
ilit;is iiiiijas Se iiin Seili St~liiod r todos n i C~istosdeliois do os
<litiia iii<.iais fiindidui c+ :i;iurndos e d;l o dito S<~iiliurn foriii:i e
modo i ~ odito Iiegiiii'" c r(aa1 se gozrda~ii (!<iiiiu i, dito Se.ilinr
in;iiidn iio dito Cap'o Yisto Se 11%" BCIIRC pr out1.0 algum dero-
$-:ido r n o ri t o q ~ ~o : iiiais ~ q Coiitrni o dito ll;yirn'>,nsado ao
dito (;oiii,riindor S n l i i ~ d o rC ~ r r e adi: S % s e Ur3iieiiidi.s (1 h i pn-
snclo ii;i era de iiiil r scisseiitos e Corciita E qii:itro. Ordeno
Sv 11n0 Go:iideni iielii uieriiein i~i-ii os Adiiiiriiitrador<.~Gttraei
ou lju~tiCiilare-:ueriii dos iirciiillegios e .Jiiridiçâo nrlles dccla-
rados Seiii q 11' hism teiiha exl,rr.ca l~roiiiz%ode S u a Altera p'
q u a ~ ~ t mi i-s taia p ~ n i l i < . g i o s i=Jiiri.diq:~in ri80 forxrri (larcticdi<l<is
;,o d'" Gaor Saluiidor Correii dc S%n Coino .XclXiiiistrador ~1 d.1~
ininns jil drsCu1)rrtaz Giri;io das niinni q se desCubrirão Como
sc rnoarra do dito Kr$-iiii"' e Coriio foi Eleito a liesson Ein deç-
>%
tro do diio Saliindor Corren d e Siín c Reiieiiides p'ai ni"'" iioti-
iias '1 se nsist,iíio e iiit<illige~iciitsq podrr fmer d e s Ç ~ ~ b r i i r ~ ~ ~ i t o ~
de 110~1iislilinas 31x0 podem I,n-or as tais priuileyios e Juridiq%o
nas i~i:iis AdYiiiiistradorei 1, serein Ciiiiferidus a Elci<uo da peçoii.
ilustrn r. iiSn :to Casso e ntlir nindn nridniido eiii descuhrim"' de
iiouns iiiinau rins y esta0 d<.sCi~bertas e Como o dito Saluador
.* Corrr:i de S;in dejchoii rstns Imrtiis da Brazil r lie inarto S c u
thio Uiiartr Carren Bnsqii~nnesn q S u a Slajde Coiiisideii Soin"
tnniljeiii a dita Jiiridiçiio Coiii a tal A\~~zeiici;i e iiiorto nspii.iir3o
os tais priuilrgios e Juridii%o q b e Sern espreqa praiiisâo Real
1, y Se Coii;ede Aos rnnis b<lXiiiistradores iião podeiii iizar di:lln
Sem u tal ~iroui?Roos offisiais da ofisiiin Cniilers o riiais .Tu;-
tisas corrzo Comsint:to dol~nxo das in<isinns penas: Otro S y 11
quanto no 1." das carzaa do oiiro q de presente Seriia esta iiu-
inerado r: Rubliciido lielo AdUinistrndar Geral U i o j o Gnrneirn
fnntnirrn S e acha iio ~ , r i n s i ~ >delle i o hiiin clinrriado Xegiiri'" $1 ,q
S e ordena S e destribué o ouro dos q'"" de S u a Alteza p ordin
Dos hdllliiiistrndore~ Gerais e S e pngem delle aos oftisinis por-
qiiniito o diti, KegiiiC0 lie contra o disyciidid~ dixo o drslimto
no rlii Son llagesrade Corii arinio dito lie 3I:iiido St. iiXo ~ o n r d r
l~nsttri9 nlaiidndo Guardar ;i10 dito D i o p (:ariii:iro Saiitnura
:idlIiiiistrndnr Geral 1, 111:- 1150 da:. a siia .Juridie;io yoder li" , r
~ o r l o ri:!zr.r Como da Sun ]iroui&o eotista a i s orderindus q
Vertiidc drlln Si, triii Iriindn Serao oBriGados os <i o s !ciini-%o
2% R~,corrcrn Sua Alteza q 1 a li berii li~u;iili>sCoiifo:.inc
o-. $eruiyos q cada qiial lhr: tiver feito iin dita offisitia P de Iiqje
eii i1in:ite :>:o leiien oa ditos Ordeiiadns dtiH;icli<idas 1x.iias d a diki or-
dennq30 Seni cmhargo dodito rL;iniiido liegiiii'": Oiro Sy o1gi~s;rd-
AIinisrrzidosrs Gerais das Xinas tir:irào do Cofrriii'" ouro d i ~ suiiiritos
p<'rtciisezitrs &: Siin Altez:~ ~>:isan<lo11" 11i-O yoi.tni.ini d;z<.iido
~ i r l l ; ~li"
s ~ n g a m " ile scii <iri:eliado :i lieznu de. qiiiiiLc.iitc;s iiiil
Ueis 1, aiilio e ayora iiit? darso reziio q coiiio A d ~ l i i i i i t i n d o r i . ~
o podiliiu l m a r Coiiforine o Cal>liitoll<inuno da Rrgiiii'" ~iasiidr~
no (:r)vi~riind«r Salradiir Correa dc S%;Lc1 Iie o (1 n<is Cal>itollos
atre.: rriihi, rriandado S e 1120 e - 1 c 1 o q íle oie eii
rliniitr iião levein ns difo, nd3Iiiiisri.adort.s ~ e r n i so tal ordr.iiado
n p i i otro ;~Ixiirlou q"' do ciiiro d r liiuay<: 11 qiiaiito o iiiesxiio Kr-
g:n: ,,, Ilie iwoliihz iio Cnliitollo oiize como dito fica. I< liaito q
iio dito C;iliitoln iiniin n<idito liesiiii'" Coiisfdese S u a liac" oor-
rl<~iin<los :,o dito Correa de SXa o H e i i e ~ i d r raleiii de ser privi-
1i.xio q nvei. nslrirado li sua aiii." COIIIOdito fica ainda Siii lhe%
li? 113 diio ordr,nado Consrdirlu iio reiidiiii" das iiiiiius c1 desçii-
hrist: o rj t m t o nsiru o h s r r ~ o iO~ dito gdar Sa!vtido~ C ~ r r e a de
S2n 3 cunsta p eiifoiluaq5o scrta r I,lz~riIrl~re;as da dita oTijiii:~
c1 cllr. ii:n,o Cobrou os rlitos quiiihciitos iiiil Rcis iieii ordenado
i~lyiiiiidas q ' " do niiro de lauagt: o q os mais ~ l d ~ i i n i s t r a d o r e e
:iui%o d r :+r e ii%0qiiererXo uzor do dito Rcgiin'" EO 1)'' e«-
brart,ii o dito ordenado e iiào 11" desí'iibrir iriiiins <lixo e deriãu
tniihr:iii S i s i r o q uaoii Diogo Carneiro foiitoiira 1 scndri ad-
1liiiisti.iidor s w a l das minas n%o l<iioii o dito ordeiindo Iierii
oliro alpii dos q"'" do oiiro de I a u n ~ i i1,la q deBne1,o das priini
d : ~diw Ordrnação iriarido q os adllliriistrndori!~ i e r a r s ri80 le-
yrro o dibo Ordtuiado iieiii ouro algii Ouro de laiitigú n e n os
Frorrclores hiso llnt' rnaiido pnsnr riinndndoi iieni os esCrirais
Ilies fay3o osto to q Ihes innnde paiar neni os Tliezouzc.iros lhrx
obi.drs%o l>nsto g Ilios liasaiti a Liis e outros Seii sr Ilie aprr-
zeiirar erlmeqa orden Real 11' só r. qual Se re:-istriirii nos 11""da
Caiiieva lie ora nos iiiaiidador q se pnsarein nos Tliiizoureiros
:iSiiii os IiiiorrerZo nas ditas perins P n o q toqua a05 q te111 1e-
vado drspor;i Sua. Alteza o q mais Comveniente for de Srii Real
Serviso : r 1, q pelos libros de3ta offisiiin Si, moetrzo fazerem os
offisinis dclla quitos as pesoas q so levâo ouro n quintar iiào Ilio
lerz~ndoquintos do ouro q iiBo chega a diias oitavas e nieja i ~ á o
IevZo nmis q iireja oitava lia q'" leva sf-iu ou sete oitavas llie
iião tira0 mais q liíia oitava e h a a q" l e r a onze 0x1 doze oita-
vas llies n%o tirão mais q duns oitavas por n;io chrgtareri a doze
e nwjn r assim riardoa~riSenpr<i :r* du:ir oitavas q C r ~ s c m d e
sinco i?de d r s taiito q n i o chega a. duas oit;ivns r meja o q
tudo l,e eii grande daiio e p<irjiiiio da fazda Xeal 11 q quem
tiver due<~iitosou trrzeiitos oitavas de ouro as I<!v;irii a quiiitar
iiiiio :L Sete oitav:is r n q pridr!ii Considera\.el fazda os q'" Reais
taiita ordeno <i visto iiào nver Keyi;iit" q tiil ixiandr se n j o fa-
$o de liojc r n diante tais riiiitos siriâo de todo q'" ouro for a
qiiintiar Si tirarfio os ç~iziiitos11.' a fazna Xsai 1) rr:,tn. tiido o q l h e
pcrtei~cernlinu riicorrer:io IIRS lienas das Sobro ditas Ordrnayam
- Otro Sy 11 q e n se ~ e n d e roiiro e n pó a dareri liag.2iri'" ou
entrrqiis oa f m e r rcinipra C~iiiiellr P Segurar UII iiiairdor p'
fora desta Villa ou Destrihuir p r p ; ~ l q u e rmnnejra q s?ja E de
graiido dano e pre,juizo a fazda Keal, ordriio q nenhiia $lesos d e
q u d q u e r Caiidade q scj;i Venda oii da en pac;tint" oii e u troca
o11 fnqa Conil>iris e jogiie, oii ,n;iiide 17.- f w a drsta Villn e Des-
tribiiir li <(~iaiqiiermanejia q Seja ü fiara Corit,racto alguni Com
o dito u i i r i eri pó Ser11 prnneiro S e r quintado fundido e 1narC;ido
del,nru das ,>*rias referidas e das riinis q parcser jiistisa p" seren
Cnstigailos. Otro S y ii<:huiu ofisial da Uita o f t i s i n a ~ ~ e iou
a Cobre
divida Siia o de ouvoin d<%ut,ro da dita offiiina di, p s o a alzuá q
1.8 a quiiitni. ouro neii fora da d i t s ofiisiria I>ode~naCohrar ;dxuii
divida no dia Eu q o ciiiro *e quintnr do dono Cujo for o ouro
<i se qnintrtr iiZo in~mdarãoCobrar as ditas divides q eiitr:lr n a
d i t i ~otlisina no iiir.siiio dia e p a d o elle o podcr5o fazer pelos
incjos de .Jiisiisa quando aniigarelin" o iião l>oli%o fazer digo no
os outros S? ii%o Coiisentiâo os ditos otlisiais q ria dita oftisiiia e
a porta dt>lla i:strjão aqiieredores nlsuni. ou sciir prrciirador<?s~i'
Col>rnren dividas dos q forno ;i quiritar a oi;io por ser assim
Conirnierite ao Iieal Serviso da Sua Alta o fiiizenda o Cciiitrario
encorrerau nas peiius referidas e isto sr iritrnderi Soinente nas
p < , s o m q furem a quintar ouro : E otro p c, nos lihros das Car-
g a s d i s C u r o a i dellns a q serve de confiioão 11" o torriado das
Contas r. poder ter oniros Ii:rnCorn~-eiiientes : Ordeno q nos tais
11""dpois de iiunrerados c Xubrieados l i l o j aòlliiiiscwdores e
Provedores Cnin yriiisipios E ens<,rrame d e Suas letras r Sinais
se n&o esCrovBo outra coiiea nclliis seuao os assentos e tais
Carrgos os qiiais Capitolos todos atras referidos ordeno se goar-
dem )>'os oitisiais das otlisinas asiin prezentes coma futuros asim
adlIiniatradores como tudos os iiiais 1) ser isto omnis Comvonie,nte
ao Real Sarviço do Sua Bll" e ou governo de S u a fazenda o q
comprirão dehaclio da dita orrliiiação do 1' qninto titolo sesenta
e quatro ciijo trrslado he o abitso Se Sesiia q aqui mandrj
lançar p" não podi:rão alezii.r enoraiieia q estes Cal>it,olos Si re-
gistrarâo iios 1I"" da Carnera 1," q os offisiais della os desta Cum-
prir e goardar como nelle se eomtein - 'rreslado do Capitolo
Vinte e quatro do livro q'" da ordirtaqão - Cnl~itolo Vinte e
quatro dos offisiais de lleis q lhe furtão oii deixar perder Sua
fai.ds 1' malisia q qualquer affisial noso ou pesoa outra q a1;xa
couza Over de reueber Goardar Derpender a aRoiidar nossas ren-
das 6 adiniiiistrar por qualquer maneira. S e alFuas das ditas coii-
tas furtar ou maliciozarii" Ic.ra ou deiche levar o11 furtar a ou-
tren p q'" o dito offisio r tudo o q de nos tiver e pague lios a
noneada a valia d'aquillo q asiin for furtado oii leuado mais aja
a pena de ladrão q por nosa Ordinasoins aos Ladroius h e orde-
nado segundo for a qiiantid' da Cousa e as mesrnai: penas ave-
rao Lugar nos iiossas offisiais de qiialquer ofisio q oqião q deven
ajuda Cornsrllio ou favor. E os offisiais Coiiiti.ridas nesta Orde-
nação para fazer cada hua das ditas eouzas - Hieronimo de
Ar;~ujo - Pcdro de Cnlião Castel Ilrktnco - Manoel da Costa.

COPIA DE CDlA F O L E I D11 U Y 1.11.110 I-ELIIO I>A O F F l C I K A

de ouro dos quais pertense a Sua hlapds coareuta oitavas de


ouro q cnrego aqui en Carga Vivo sobre o Thz*" Frnricisco de
Pontes Vidal de y fiz este asento en q se asinou o dito The-
zurero e gwzrda Nor cani o dito Kev" P' Franco Per" da Silva
Eu 3lanai:l Roia esçrivno da offisina e quintos Reaes O esere~.,j-
tlanoel Roiz Sintra-Franco Perqra-Fr;~noO de Pont,es Viditl.
Aos Vinte e hiim de Sr" de iiiil seis sentos e sesenta e oito
anuas Veja a esta afficina o .4lf<:res Luiz da Silva perante os Offiii-
ais delln o quintar p" d n t " Peres quinze oitavas de ouro das quais
pertense a Hiia hIagde tres oitavas q earego aqui e n C , a r ~ Vivoa
sobre o Thiiz" F r a n c o de Pontes Vidxl de quc fiz este aaonto e n
q se aiinoii o dita Thez" o goarda 31or Corn o dito Luií: da Silva
e u 3lanurl Roiz cscrivào da offieiiia e qto9 reaes ot?sci.eai-lfaiioel
Roiz Siiitra-Franco de Pontes Vida1 -Luiz da Silva.
Aos Vinte e hum de fr" de niil e seis sentos e sesenta e oito
aunos Vejo a esta offlcina G'O Iliz peraI>te os Offieiais 2ella a
quintar p' Cionsxlo Rib' duas oitavas e ineya de ouro das quais
perteri:e a Sua IIagde inej7a oitava de ouro que Carega aqui e u
C : ~ r g a1-iro sobre o Tliaz" Franco d<. Poiites Vid;il de r1 fiz rate
aieritn eri q si! asigiioii o ditii T h e z ' o guarda 111or com o dito
G10 ZIiz i.11 3Isiioi.S Roiz rtsci-iv8o de officiii~i: qtoQrrncs o f.screvi
-.\Ialio,.l Roia Siiitrn-Frniiço de l>aiites Vidal-(;lu Xiirtiris.
Aos i-iiitc e liuin de fro de iiiil e seis sniitos r: aeseiita. a
oito uiinor vt:jo :L esta oficina o Alfcxes Luin da Sill-n l i ~ r a i i t e
os oiliticiiiis drlla a quiiiiar scte oitavas e iiieyit rle nuro das
qunis pertenso n SIIR iitngde Iiua oitava i: I I I C ~de 0111.0 q n e
çar<r,:o arlili pii Carga v i r o sobre o Tliez'" F C O dn I'uritri; Vidtil
de q fiz i.stu ascnto e n q se ,minou o &to T h e ~ : "e e.i~.~rd:i.\Ior
coiii o ditc 1,iii;: d;i. Sill-a e u IIanael Roiz eseriv:ro da oiiiciiia
e r t " rn2Li.s q O exrivj-hiniiorl Roiz Siriira-Fr:~ii<O de Parites
Vidal-I~iiia rlil Silva.
Aos Viiitri e hiuii de Fr" ile inil e seis soiitoj sesenta. a
oito aiiiios T e j o ii est,;i otüeina Franco di: Veras 1ii:ra~ite os Oiti-
eiaes delln a qiiintsr Siiirliio oitavas de miro d;is qiiais perteiieii a.
SWU 'ilag'le liii;~oitnvn qiie earego eii C a r p vivo sohrc o 'i'liez"
F r ~ i i c u rlc l'i,iit,c:s Vidal dc fiz este asriito cri q so asiiiuii o
dito Tliez" E. ;iwrda Illor Coiii o dito Fr:iii"o de Veras Bii \Iaiinrl
Itoiz Riiitrn r.scrir;iu da ofliciiiu e c("' Xe:iis o c.arri\~i-\iaiioel
Boi8 Siurra-Fr;~iico de Pontes Vid;!l-Fraiieisco <lc. Veras.
,\os Vilitr e I i i i i i i d<*FI." de iiiil seis seiitos e seseiita <:
oito LIT TI^> Xrrji, LL esta Oíiirin;~r> AIf?res Liiiz da Silva peraiite
as 0fici:lrs ilelln i~ qlli1lTii.I' fiete oitnvils L! I I I R ~ B de 0111.0 das
q n a i ~diie sor de S;tiiçho d e Ozedo e de 1ldt:foriso Tiiioqiiu d ~ s
quaii pertenrc :dalia >ta=" 11iiia oitava e ui:ip q r . eil
Carga vivo sobra o Tliea" C aoarda Mar Fr;iiicCO dv Yoiites
Viditl d e i1 iiz este nsenio eii que se nsiiioii o dito Tliz" e
goarda \L,r coiii o dito Liiiz da Silrn E u 3Lnnuel ltoia ~sci.irAo
d a oiiieiri~e qb' Ilenis o i-screvi-Slsiiod l o i o Sinntrn-Fraco d e
Poritrs T:i?nl-Luiz dn Hilvn.
b o i Viiite o doiiç de fi" d e mil seis ?,rntos sciriita e oito
aniioa Vejo L: eitn oficinn i, P ~ . n \ r ~ d ohhiiorl r Roie Bintra pe-
rniite os Oficiais de.lla a qiiiiit;ar quiriai? oitavas dc ouro das
qu:~is p<!rteiice ;L SUCL 31ng" ttrg oitavas q u s cnr<.To <:ri U:rrqa
vivo sohrr! o Thea" Frarina dc Poiites Vidal de q fia est:: ascwto
rii qn<. asigiioii o dito Tliei." r grmrda h'lur Caiii o dito lluiio<!l
Roiz Sintrn Eii hlimori Xoiz cscrivùo d a oflicieiii;i r q"" Reais
que o e s c r r ~ - 3 I a i i a e l l<aia Siiitr:i-Fraricisco d r Poiitr:~Vidal.
-40s Viiiti. e cloiis de fi." de mil c! seis seiit,o.; e s::çeiita e
oito niinos Vejo 3 esta oficin:i. o Alftxres Liiia da Silva p<iraiite
os Offieiais delia a qiiiiit:i.r diiis oitavas i: iiieia de oiira das coaii
disr ser da h h n o e l de Souza das rLii;iis yertençe a Sua ilI:qao
iuojn oitav:l. . . . .
BXXESO D
EESCYO DE ~ ~ S S E S T OI>ECIFII.LIEII;
.~ DOS r.Irnos DE o~~rcisa
DE F E S U I C ~ G

U31.4 F O L I I A
Francisco Yercira dii.
Silva (Padre:. . . 200 oitavas
2 1 df: Feveieiro d e 1GW. Aiitoiiio Pvrcs. . . lá
í.:oiianlo Xil>eiro. . , 2 li2 x
TAiiiz d : ~Silva. . , 713 >,
Fraiiciaco dt Veras. . 5
6:iiirlio de Oeedo e
c+ Ildefuiiqo Tinoeo.
? ? d e FeTereiro d e líiG8. ?Iaiioel 12nia Sintin. .
i 112
15
. »

llaiio<?ld ~ Souaa.
- . 21 »
OITO 1'01.13.iS
2 1 de Deaembro de liifiS. lirlxior ForZo. . , 1.5
c.~ .
~ r ; l ~ l oiul.e3. . 12ii2 >,
I.<iii. da Silr:i. . . li 1.2 >:
11aiioel Frnr;c<i. . .
Luiz Pnlliairi>. . .
Ant,nnio Oniz . . .
Luiz F:~lliaiio. . .
L u i a d i ~Silvr~,. . .
Franrisco de Osrdo .
diit,i>niohlres. . .
Arituiiio Siii~e-.. . .
Antoiiio F e r i i n n d e s
Char~eim. . . .
U i i i ~ oI'ereira Fneq .
Çliristor3o Pereira. .
Aiitonici F r n ~ i c o .. .
Fr;~iicisci> (:uiiralr.<is

hinrei,a ' L o i i r e i ~ ~ o . . 12>


";I
X1:~ci~lIli>l)es. . . 71;2 n
S ~ v e r i r i ode Tar:~s. . 10
llniioel (kiiicalres Pe-
nedo. . , . , 10
24 de Deat!rribro de 1668. Francisco Rodrigues . 1 0 oitavas
z .
Gonqalo 3I..11tlns . . l2 li2 >>
.
'

I'edrn Gonyalres . 5
Jogo hiihaya . . , 5 %

Padre Francisco P1.r


reira da Silva . . 7 112 n
~ i i ~ t o n Peirs.
io . . 2112 3

s Dlaiioel lhas Fereira. i l!? u


2 Antonio Cardozo . .
Aiidi.6 Goriçalves . .
27 de Dezembro de 1668. ilfanoel Alres . . .
Pedro Francisco Liuia.
* 3lanorl de Agiiiar. .
Andrb de Foiit,os . .
..
Paulo de Ozedo. .
n Rnphael Xarques.
n Bento Pereira. . .
Loiirenço Alonço da
. .
B

Eocha. . .
Paulo de Veras. . ..
z Andr6 de Fontes.
28 de Dczerribro de 1668. Gaçliar Fereira.
Felipe Pereira.
.. ..
3
* Raltazar Senario.
Luiz da Silva. .
.
.
29 de Dezembro de 1668. Manoel Iiartins. . .
Francisco de Fontes
Vidal. . . .. .
Iianorl Gomes. .
Padre Francisco Pe-
reira da Silva . .
6 de Outubro de 1670. . . FranciscoGuedes. .
B Ylanorl &fonteira . .
2 Sebastiâo Escudeiro. .
2 André Lopes. .
.
Sehstião Radrigues.
* Valentim Kodrigues.
Trindade d e ,luhaya
> Diogo Pereira Paes.
Francisco Hodrigues.
Antonio Franco. .
6 de Oiitnbro de 1 6 7 0 . . . 31;innrl da Costa. . íi2 1 ; 3 oitavas
Luiz da S i l ~ a . , 10
z Fri~iicisco Kodrigu<:n 2 1:2 D

T i L i FOLHA
6 d e Agosto do 1 6 7 5 . . . . l'adri,. Dioiiizio de
>Lelli, Çiibral . . 16
Pit~llo'Seixeirii . , 10 rn
B Ilnuurl L c i n o s d o
Reino . . . , 15
P Fernaiido Correa . 5
7 de Agosto de 1673 . . . . 3laiioel L e m o u d o
Ileirio . . . . 15

U31A FOLHA

5 de Agosto de 1 6 i 6 . . . . Luia F e r r i o de Cas-


te1 Urarico. , . 25 n
3 Padre D i o i i i z i o de
31ello Cabral . . 13 B

2 idem 221;2 D

idem 15 P

Sociedade de s s t e
pessoas. . . . i6 *
B Joào Feio . . . 12 li2 x
D Aiitonio Fraiieo . . 62 112 a

U\IA FOLHA
28 de Agosto de 1676. . . Uiii sociedade .
BIsiioel de Rego do
, 10%1/2 o

do Reino , . . 127112 n
3 Ysdre Francisco Pe-
rrirn da Silva. . 40 B
> Pa:itnlrXo Thoiiii , 20
Aiitoiiio Luiz . , 19; I"
,',

UMA FOLIIA
21 de Janeiro de 1 6 7 7 . . . Bplrhior Forno . . 7 1 »
Triiidado de Anhaya 7 l/2 »
> 3Innot.l Francisco da
Criie . . . , 40 ,
Snivndor (LU Costa . 5
21 de Jarieiro de 1 6 7 7 . . . Luia da Silya . .
Anroiiio l i de
Abreu . . . .
n Xiirioel de Souza Fd-
cao. . . . ,

TRES F O L l i h S
12 de iiInrqo de l ( j i 7 . . . . IIniloel lJrixota . .
P Snli-ndoi O o n ~ r s . .
3Iaiioel Dias (;nrci:i.
Doiiii~~gos C~ilr;is. ,
Aiituiiio Francisco .
Seveiiiio de \-eras .
~kiitoriio Cardoso. .
1 3 de 3lnrru de l c j i i . . .. Aiitoiiio C l i i i v e i ~ ~.
I l a l ~ l i n ~3 lI n r q u e e
Orelho. . . .
l\laiioel AIoritniro da
Rosa . . . .
(:oircalo Feriiniides.

Luiz Iridio . . . i I>?


Luiz da S i l v : ~ . . 32 1 , h >
Antoiiiu d r iliilinj-a. 2 1)- n
DIniioel G o r i q a l r ~ a
Yanrdo. . . . Y212 ,>
Antonio Percirn d e
;\breu . , , . 2oL? I r 2 ;>
Padre k'rancirca Pr-
raiia d a Silva. , 10 B

(JU1TlLO F O L H A S
6 de Abril de l u í i . . . . . . .JoRn Henriquc . 15 . >
Aiitonio Seixr?ira . Li0
> Antonio Liiiz Si:rrRo lli
x Vicente C o i ~ C a. . 112
1 2 do Abril de l t i i i . . .. Salrndor Cuba3 . . 20
Andri' Dias . , , li 112 ,>
m 1';iiilo d e Oiedo. . 20 %
11 de Abri! de, iiiíi.. .. >Ianoel Rodri:ucs
Cintrn . , . .
T,uia Palhano . .
Balthnzar IZodrigurs .
.Siitoriio Ferriaiidi:i
SerrXo . . . .
.int!~+i Lui7. . . .
It:innsio da 3Iotta .
Lintonin Pires . .
Ilioyo Fereira. . .
Pascoal P<!rr,ira . ,
llitiiorl Bi1;eiro . .
Sr:hnstiZo IbdriOiies
Frrnando de Anhnyn
19 d:i Abril de l 6 i i . Fiaiieisco Trixeira .
llniioel Ilnrbosa . .
Pai110 T r i l e i r a . .
Iloiiiiiigos de Brito .

I.>de De:zeinliro de 1677. 30fio F e i o de Armjo


ígnacio dt! C n ~ i t o .
1,uiz Ferrúo de Css-
te1 Branco. . .
'21 de Drzcirihro do l l i i i . Luia FrrrSu da Cas-
te1 Branen. . .
l\fano,,l de Aguinr .
2i de Dc.zeiiibro de l 6 i i . Antonio Pereira dti
Abreu . . . .
Liiiz I'alhanu . .
Dia-o Pf:rrirn Pues.
Paseonl Pereira . .
hIaiioil 12il)eiro . .
IIanoel Teizrirn . .
Xnnoel Teixeirn e
outros . , . .
Cniijid<:rn~idon niellior foriiin q Lia de ser n arrrcndn(.âo dos
Reais qiiintos dr Saia 31x:de (1 Deos gdc ainda que os prooedo-
rrs das otiiciiias zellaroin e Se e~iilireguenili:, Pobredita arreca-
daçiio eoiiio pi>d~.iiisiisedcr por nlguni insidniite Adnrrerrrri oii
fazerem ,zlguar aiiaencins como varei vezes tem aiiredidn e ficar
a oficina ein poder dos officiitis ritenores della o q he de ~ r a i i d e
l~resuiieon Kenl fazda de Sun 3 I : ~ ~ dord<vo e n V31Ceaque o J u i z
q nsistir lia Villn n seu arino nqirts no çIiiiirt,nr do ouro o q se
n%o yodrrn fizer srm n siia ns~isti~ncine nsinnrn no l i r r o da
n~esrii;~sorte q o faz o l,ruredov E a llcssoa r1 quiiit:i o ouro e
art:ra nn Cniii:ira hiiiit livro eni q u ~o .Juiz riinridiii. Iniiçnr o
ouro g se quiiitou no seu mez e as I>r:ssnas LI !1nem si, q l l i ~ ~ t o u
e riuando o onro st! riiaiidnr z i i i t r e ~ n rao Adiriiiiiutrad<ir r-sirevew
a C,mi;ira hiia Carta no govern:~Ior em q llir! de rrniti~rio ouro
q rn qninton e t<,r;t o Coti.e niais liuii. Chitri alem <Ias q beiii n
qual tern o J u i z e se I I ; ~ podera ahrii. a dito Coke pera q desta
sorte possa ;,Ter toda a segtii.sn<a E boa : ~ r e c a d i , ( ; i R~ ~ snheiido
VlIcej '1 o I ~ o w : d o r da oficinri. quintoii ouro algum sem L: asis-
trmeia. do dito Juiz l h e dou imder p' fazerem 1iii:ri auto <lellc e ,
rometererii iiio li' mandar proerd~!r contra rtlle e espero do
VlLc* q enta rniiilin ordcin i e i i r l o ? ~ n <.xci-cripio seni deinora.
gde Dt>os a V l J ~ r riritos nniio; ltio de .Janeiro. Sei? de Xlaio d e
niil e seis reiitos e noventa i: oito.-Artliiir de Sn E J l e t ~ w ~ e s .

ANNESO F
Treslado de 1iú terino de composição feit,a entre partcs do
Franco de Vrrns e Domingos d e Souza, h e o seguinte :
Aos Cntarae Dias do mez de Jiinlio de niil setesentos e seta
Aniior nesta V" de Igoal,pt? em aa pouandas de inim t"'" yarese-
r&o p r t , e s n saber o Capp""' Franco de Veres e D o m i n p s d e
Souza moradorri iiestn dita V" e pello dito Cnpp"" foi dito que
elle quer rriviar 1iú rirgro seu da terra por noinn Jaciiito p" ns
riiiiias d e C n t h a ~ i i a seiii Corrip" do dito DominF;os de Souza dan-
do-lhe o sustento desde ~ i o u ~ n dsot h e n.i minas facendo o earm-
gar corno prsn siia r. q chegatido rias bIiiias traballinrio o dito
negro a airar ouro, elle dnrin conta de a p i i Jornal e traaello 01%-
ira vez em a&? Coinpimliiit a t b e n esta V" n%o no seguraildo
I>oreiu de Iiiorrei. por ser niortal e outro 8y de frigida e q deliois
da e l i ~ ~ g a ddaria
o o dito Doiiiiiigos de Soura no dito Calitão
Fraiico de Ver;is do ouro q tirnse o dito iiegru. E iin fiirinn
sobredito ficat.no auidas e Coiict:rt;idos e iwand:~rEo fazer <.*te ter-
mo eni o qual zssignarao E eu .liito~iio 1Z~iiz l\ladi,ira tahellião
que o esere\,j-llouiingos de Soiiza Triixcira-Franco de Veras.

Do'r Joáo por l 2 i . a ~de~ Deos Rey dc Portugal e os A l ~ a r -


r e s da q" e da Lorii mar eni Africa e de Giiiiie etc Faqo Saher
a TOS ouvidor g' d ; ~capl>ita~iindr S. Paulo qun e u fiip sitri-ido
iiiandar Iiassnr a L e r que curn <.-ta se vos ieiiirte Sohri: n. ço-
braiicn dos quiiitos 4 iiie ;,?o devidos <! da forma e proredime~i'"
q si! lia de ter neitii ~,articiil:ir x qual se liiihlie:~ n:i cliaiierlla-
ria deztn Corre 6) siil~postose exl>rdii>por tribuiial iiieoinl~eteiite
pois devia ser Lavrada pello iiieii iurisr!ll;o ultrt~iii;iriiilio e porq
se ilno m o ~ az~lguinadiivid;~n;i sun oi~servi~ncin iiie parece or-
denar vos a fasais ciirriprir e gu;iud;ir iiiviolnvelmcnte ria forliia
9 nella se eoritrm. 1<:1 Pie- 'iosso Senliar iiiandoii por .Jojo
Thelles d a Sylp-a e Antonio Xiidri;ui$s dn Costa Cnirsrlh<!iros do
seu Conselho Ultraiiiai.iiiii<i i! -ti pai»ii por duns Viits Theotoiiio
P e r e l r a Castro a fes ein Lishna o e ~ i d e n t a l;L dc,.zouio de Fsve-
reyro d~ nlil C 6et,e st:ntos e dra;inout-. O Çeeratario AiidrP Lo-
pes da Lavra o tis ccscrever-Joho Telles da Sylra-hnt" Roia
da Costa-Por di:sIinclio do Conselliu Lltrainarinho de dezesete de
Frwcreyro de mil e sete sr.iitos r drznnove-ltegiitadu a provi-
sZn de S. 3Iagestnde a falhas diieeiitos e vinte e seis n o Livro
do rii;.istos do senado da Caniarn aos quatro da i l ~ o z t a de iiiil
c! setecentos e dezariore-Corrca-Ficn 12r.giitsdo n o 1," tercero
q serve dt: Renisto deale Cniiirra it foilias. . . pr" S:~iictos e de
A ~ o s t ovirite de mil sete selitu- r d<i~nriove-~Ilmada.

Dox JoLo Por graça de Deos Re? de Portiignl e dos hl-


Farves d a quem r da lein l l n r ern Africa Scrilior de Giiiiie a
da Cotiquista XnvegaçXn Cori,erriri do Ethinl>in Araliia Persin r
da iiidia <.tc Faqo snhcr qur eu yascy ,ora liua Lr?y i,or iiiiiiia?i-
giiiid:~ e passada p<.lln iriiiib;~chnricrlliniia da qiial o ire-indo lic
o srguitite-Doili J o % u por p a i ; < de Deos l3ey dr t e
dos L l l , ~ a i r ti:,.
~ s iiileiii n dn loii l l a r eiii I f ~ i c nS!,iil!nr dc CuiiiP
F d : ~eoiiqiiiçt;~';;L\-egaqsri Coiiiiriercio rlc! Kthiopi:~.irabi:~Yersi;~
e da Iiidi:~i,te T7a<:rr >nlier nos qiin c ~ t n .uiiiilin I rirriri que
170' Just:?.; eui!~irlcr~rçi><,s de iiieii err\-isso Zezrj::iid~> ( c v i t ~ royire-
,;;i<i quc erl~i.i.iini'iit?toos iiiiirndorc:, (1;~s )Iii?:x i. p:ii~<~i~;:tlz:~e>>rc:
n ç qucS "0 jt~xis pohrcs li<,lla dezigiinldnde c < l ~ ~ < . s ~qnr
colil ~
.no fiiittidus l'ar:? n cout~ibiiiq%odo coiitr:~to & r i ii1iul.i:~ dc ciiro
iiuc. conwncioi~a~.t-iii euiii o gi,rerri::dor U I : I ~Eras Ezlilic-::r dn.
S,lveira r rleliois coni o Coiidc,, di. ;-.i;ii:i<:io Du~iiPr<lio &c: A -
riieid:i s<.ii siieequr lio irie;iiii> G n ~ - r i . i ~ :Lrrrn;ii
o dv I,a;u:ir e,:> i;~-
tr.f.-. :iq,i<i
: dcs r l u , ; ~ ~ t o ~ciriro
d e riiii. inr t o 1 re~:ilia o
Sei,liori;i,wiii 2;:s iiiesiilns Viiins o qiii+ 11;~ n " . ~ r ~ t]!>e t < + .x~i'iu
iiiais s<,iisircl ::os yi>hrc.i 17nr i-nzâo CIO:.crt.:,ei>t;ii:2" dn dita coii-
triliiiiy%o <!cita I,?: eiii diziiitr 1;s" tciili:~i.igiir, ?lgrlii iiriii .e
l>i.ocelin I><.lln ditiii. roiitribiiicRo e 1ir'r:i o rfi?it<i:i;! c o b i n ~ i c ; ~
doi quiiitus do ouro que iiic s:io di.1-idos 7,011 :ri.\-ido cpiiir dviitro
iio iliatricta de l\i;lini i i o ~Siri(:. i ~ i i eIi:irrmer:iiii :i::iin convr:iienti~s
:li!ihbriqiiv e i , ~ ! ~ b e l e qlogo
: ~ :L mistn. c ! ini~ll?:i
~ f~w<~!c!a l:i~ii~ i ~ ~ i i a i s
cnins eiii qiie e k a j a de f~iiidii.rrdiizji!do-si. n h2;i.nrs iodo o oiii.o
estrnliidu r123 i:iesiii;:s Dliiins r yrnliibc qiic 1ic.r.i fora <Irllns :e
!:062;1 li.\-ar o3ro :~lgiiiii c i i i l > b n u ! ~ ~ d Vie ~ n nai o fiirididns
l i a s c:izas Rca<,i: de fuiidiqor~isque iii;i.l<lo exigir c i<iili<.iiteper-
iiiito c1 no djqtririo das ii!raiiins '.!ii!ns 1iii.n cwwr o ouro em
116 oii o 11:ii. yil!xai.iii" s<. rhaiii;? <I<.?oll:e::~ i: razhn <!e iici t ~ s -
:Ges por c41tara r! coci elle pod<r;ir> os ditos ii!oradnres eiitrt, eo-
iiierrial lii;.i~n" r. rrli~ri.;i~ruias silits C O I P I ~e ~\-endi:s ~S COUIO
llic eoiirii.r E yelo c j l i r s pr~rt<.iicle do ouro r n i linrrn d i ; p i s do
iiiiididii os i;os <liras eazns 1:encs da fnuiiiq:io correra iio <liutrito
dn l\liii;i!: n i.nz;io dc qiinrorae r a i t i i ~ spor oyrara s ~ i i d ode yin-
te dois ç;i!il:itoç e a este rvsl>eito sendo dt! iiinyi. oii nieuor
Ir? trrn i> srii \-alar acresnlli'" oii cliii!iiini<:%o c o i i h ~ i i i ros seus
<íuilaios E cLu:tnto nas dit:is caia3 da iiiiidiq%oqiiniiilo i!; ,;ar-
trs n e!lna 1e1-niriii o ouro =e nde nrer::dni o qiiiiito que iiir jier-
t<.nce dnrris c providericia ueerssnri;~1i:irn q se coliriiu os d i w - -
tos Ticnes das Al1:liidejins ~ I n sG o ~ c r i i n sque eiitrarriii iina ditas
31iii:is por í,s!areu~ con~fundidosrorri n cnntribi:liiq%o das eXnhxj
do oiiro que s c riie lia;.a\,&o eni rntisfaqão dos ~{iiiulasE toda n.
11rssnu dc rlun!qlxer rzlidad~:estado 0x1 caiidiy%oq ncia yiie levar
oiiro h1.a da distrieto das IIiiins ouro eni li6 oii eiii barra que
iiio foi fiiiidido rias caxae l<i.;les das fundiq6ens i:tcorrwA :tlwn
d s pena rlc. lierdirii"' de todo o ouro q llir for ncliadn 0x1 Seja
seii ou Allieyo n a eorifiscay%o de todos os seiis bons e scra de-
gradado liar des aiinos a ir:^ s Iiidi:~e pera rste deieniiiiiilios e
riianifesto ordcno a todos os oiiridores gerneu qiic iio yriiieiliio
de todos os aiii:os coiiit.sein n tiriir dev;!ry:~ -u<: teriío seriipre
em aberto &aba o fiiii de ilczriiihr-o e n e l h iiicjuirirZo iiellai yes-
sa:is que leinreiii ouro ~ N P T fori~ ~L <l:i~iXiniis :~littli d,: s.i: fundido
1165 caías Ilezxci i><:r;Liist<. riIbi:o di,siiiiad;ii r lwrii~itoq os trans-
,qressores dcst:i L e y sej%o rrlev:ido* e iir{i!eiii livrcs dns peitas y
Ilics ino ciiil>ostaj airida s:-lidn cuiiiprices iio iiiesxio delito s e e m
pnl>!irn o u t!iii cegrodo driiiiiiçiari~iii dos <liisca:iiiiiL-o!; da extra-
v;to do uiiro q ioribo limli?iidu 1;iissr ;aLiii lierit fora <Ias Alinas
,: de todo q driiuiicinr e se jiil,cnr pai coiiiikcados n r c r a n iiietn-
<li, C p:ir:i evitar a f:ilcid;!d<: r1 po<lo nvt.2 ordcíio r p c todas as
barxi. q saliireiii das enzns Xrars dxi fiindiqoci:~ sejio ciinbctd;~s
nas 1>onías I><.lla pnrtr: supi.rii>r cor., as ?iiiiiiini nr111rs e pella
irifrxior coni li uni;^ esfera d<rc!:ir;;iidcii iio i n r p d a :xirr:~ por
z~iii1,ns a i partes o p<.zo r qiiil~iro da si,ii oiiro e o nnpo erii y
for esta fui~didu o aleiii i i e s t ; ~cmitrlns ~ liiid<i:.a;ri r>ç ens:ly~do:.i!s
acrrsciitar todas as que lhe 1!3i.i.Fel.l'ill 111~?<,is2!rias E l>er:%c[ 110
caso q se offeirssn nlg~17iiua diividii si>i,rr+ser nlgi~inaliarra tilqa
oii \-ei.dadriram" f,~bricada1 ~ ' 0 (1 eoin iuais facilidiide s e ]>osia
avcriyunr ordeno <i iins razirii Rc~;ies diis t'ii~idiqoe~~s qjão I . i ~ r o i
de E?egistroi ciii q 3e declnrao nsri,tos do tr~diisas Barras y
iii!lln Sr. fundirerii coiii declaracito do l>i,na e qiiilato de cada liiiiiis
(135 pecoas de qurim crrio i, por :r i.i,í;i f,ey ii.i,,o liadedo ohrigar
rieiii t r r esecuq;io rriirluniito sc iiòo tix<!ri.iii l>rniitns :LS cazas de
fuiidiq'.i> nriu t m b i o eiiiiliiaiito àiirnr o cuntracto da contribuy-
ç<%nd;is ;;Br>l>a; de ouro y o Coiiilc, (:o\-eriiador das JIirias ajas-
toii c o m os riiomdorrs dellas 1Lt. oi.ile:io q ri,gii!e o l.eiiilio e m
qne a Imtln l,n)Jlicni. roiii a<liit~llrriri i1 acabar o dito contrato
pera y assim durante elle 30 dC COIIÇUIIIO a o OUTO q 1)ellu dita
coiitriliiiyq%o t i r o u l i r r c d e pagar o ( p i n t o a iiiiiilia fiiaciidn e
~ I < * E L e s t t <-*cito se f:~:.is iiee<~ssirriorl priiiiryro q so publiqnr r.st:~
i,ey s<, tmbnllie rins enzas d r C~~iiiirliy%o Iiern "el!as 31% roduaa
n )Jarras o ouro das liartes (1 Iic l i \ - r ~de ~ q a quinto8 r pollo te-
reiii a r i d o iio teitiyo eiii q ria sarisfixerúo pella coritrib~iliiçZu e
liera qno nesta iiinteria se l , r o i ~ d ar o r i i ipiia!dade e eoxiforine a
ba;~ndiiiiiii;treqZo da jujt,i<a. cirdeiio ao dito Coiide Gorernndor
5ia:ide 11or Editeis talaiido teiiipo icrto liim r1 dentro iittllt! as
~ m r t e s~ I U S < S ~dar roiisiiriio ou Levar as cazns dr.s fundiqoens o
ouro y rivi.rem liera r1 açiiii eoiiif2sriii a co!lraiiya. quiritos
ii;is ditns casas de fui:dicRo iio dia iinidiaiite sucessivo aouelle

A L L.
ao; nioradores de110 pera o eoiisiiiiio e Içvnrciii a s eazas d e fun-
d i @ ~o tenipo de quatro iuraes e nos riioradoresnestes NIeusReinos
Senhorios de rortli$!ui lli<'s c o i ~ s < ~ yarn
do o Colisunlo do oilro q
tiver20 <iile iinir iiiezes ns iluaii haiidr coluess;ir do dia da pii-
blienqZo rir-sia T.c> q ordei!o sc faqa logo q 313 tiver iiotisia sertn
de se t<.r liiiblicado n o distrito dar Ninas e pnsndo o dito teml'o
qiie coiisrilo pcra o coiisiiiiio do ouro todo o rjiir for arliado ou
deiiiiiiciitdo n i o simdo fiiiidido niis ri~inlias Casas de morda ou
das fiiidi<;oeiis das Ilinas Sera Coiiiiisci~do os tvn1rssreçort.s de.sra
L e y e u C o r w r ; ' ~ nas perias I yello q iriaiido o regedor d a
C a i a d:: siij~licncãar no Gov<lriiiidor da Helnq2o e caaa do Porto
do Estario do K ~ n z i le de todo8 os Col.rr,grdoi.rr o u ~ i d o r e sp ~ o -
vidoros ,Jiiizes ,Jiisti~asr l > ~ ? s o a destes
s riir:iis Reynos I , Sc-
iiliorios que çiiniliraiii r: giiit;.dom esta iiiiiilin I.??cniiio nclln se
eoctein E i~iitrosy iiiaridn zio Doutor .Jo;eL,li G:il~-30 de Lacerda
do iiieii Ci,i?iellio e Cliaucell<~rhlol. dmtee iiiros R e ~ i i o i .r Sc,-
nborios ii faça l,iiblicar Ta c1i:iiicrllnria 3lor do Rt!yiio n a
forni;i. i'oitiiiiin<la e emviar logo rollia do prezetite e treslndo
dela 11i.orloi; os l\liiiistros dos C O I I ~ I L I S ~C Raos S Ci~rregedorrse
ou~idi,ri.; das Coiiinrqniti dixst<.s R < y i i i s e aos ou~.idores da3 te7-
ras dos nnii;ttni.ios eiii que os Corrrgedores ii;io entrao por Cor-
rei@" l i r i a ri n todos seia iiotisia r so Hegi6t:irRo iios 1,ivros da
1li.zn do I)ei.enibargo do Passo e iioi das C:izai da Publica@o
XcI:i,:io o10 Forto e da Raliia c nus do c<insiillio rla uiinlin ti-
zeiidn e 7:ltrnirinr I. nas iiiais pnrtci oiidi: Seinrlliarites Leys s e
c a s t c i i i ; ~Krgiitar
~ r <.;ta ~ i r o l ~ r ise
a 1:iiiqar.i n;i Torre do Soriibo
Bras dr: Oliv.' ;i ti.2 ein S ~ i ~ b ooiidcrntnl a n oiize de Fev'" d e
niil e s ~ t cCentcs e deaniioie Antoiiio Gal7-ko de Cast,tllo Rrunro
a fcs rsrriier-Rey- L r y ~ioi.(1 Tossa 3lagcstade lia por beni
q u r iiriiliiiina liesqna de qiial calidade que sein possa Invar ouro
ertraliidi, das iiiiiins yer fixa del!ns ou rrii 170 n n em h r r i i Sem
sei. fuiidiiio.4 tias rnzas reais d:is fniidicoe~iiq lie semido inandiir
r x i r i r nan irirsiiiaj riiin;is e q o q rstraido dellas nntes dn .1>n-
b1ic;iqào desta ley :isii>i n o estado do Braail Coiiio nestes reinos
tenlin ci,iisuiiio no trrinu asiiiin dei.larado 1i;il.a qiif. rino h:ije oiiro
algíi sriii e,tnr fundido iin? c;izas da iiioed:i ou das fiiiidiqueiis
das iniiiei tiido eoiv n i coniiii:i<õeni r elxiiziilliis nsiina atrns re-
ft5ridas-I';ir:i VOES~L ?iIng<.stads ~ e i - P o r decreto dil Sua iiiagite-
tade sei. dr: F r o líl9-Scbaati%o de Costa-l\!iguel Pr de Xn-
dradn-J«.ri,h Gnluain de Ine<,rda-foi Iii~blicada osta ley d<. siia
3lnedc q I i r o s :.oai.de n:i charieellnrin inor dn Corte P Iiryuo.
Lixhoa riridriital 11 dc .!?o de 171~i--.\laldriisdo-C01ri n c p a l
lei i,iniidar liaiar esta cnrtc p r : i n c i ~lp<,lli; qual iio.; uniido que
t,aiito qu<i f o riiostrnda
~ n fir?:iii I,iihlicnr e rryistnr iia cnbeyn-
E l>nblic;ii. Snbiri"' nos ii~nisiiignres della I>:xrn iiir n n o t i ~ i ad e
todiii r se eurnl>rir e coardar Como iieliii se Goiitr.iii e n despeza
q se fizer iios inaie lugares de iiossa Comnrea beri a Custa das
d e q ~ e z n sda Jiistica e. qdo a rioin ouuer sera L: custa das rendiis
d a Caiiiara da Cabcqa dt, uorsa Ccimnrca-Dada n a cidade de
Lisboa ocidental soe-E1 R<,i nosso Stmlior o mandou pello
Doutor J o s r p ù Galuáo de ln Serda do F r u Co~uiellioe ehanrel-
ler iuor deites reirios e seiilii>rioi de Purrug;il-Doiri 1ligiic:l
Maldonndo a fis onno do nnCiniento d ~ ! nosso S' J r z u Chiisto
de mil e sete sentos e dezanove-Josepù Galvâo-Fica regirtado
a lei de sua IIagretade no liuro de repistos da Camara a foilias
222 x.crqo ati: fi>lh:ls 225 por mim E ~ r r i u a oaos 4 de Agosto d r
1719-Corrêa-fica repistada a lei de sua 3iagde no liuro se-
guiido do rrgisto desta Cnniara a follia8 8 rr.rqo por miiii E$-
criuao da Çamara Santos de Agosto ?O dt: 1719-AI111:lda-
o qual trenlado do treslado e rioua lei de sua Nasde q u r Iieos
poardv cri Ant" Ruiz niad<:ir;&EscrioXo da Cairiara erri esta Villn
de Ipaalie e sei1 termo treeladri bem e tielrn" do yrolirio ori-
ginal quo rne reporto e uai ria iierdade sem Couza que f i c a
diiuida que Corri Comerrtri r Conferi r a s i.m . e i em oe uintc r
hiiin de 'Setsmhro de mil e sete erntos e dpzanore annoa-dri-
toiiio Roiz madeira.

Treilada de hiini baiidci d o Ex."" Sr. Conde Gnl sobre n


ComuteÇnin dos Reaes y'"' :
Liiitonio Luia do Tar0i.a; Cande de Si~rzedas,do CoiiC~lLo
de SU:L 3Ini_estade que Deai piiardr, A l C q d r mor da Cidade
da ouaida da rilla d e S i z s e dn d e Frrreyrn, Coninirridndor dai-
Colnrridas de Santa alaria de Seda da ordeni de A r i z da de
Sniita l i a r i a de Ferre-ra de Santiago de Aliiialnguez da de: Fani
J o a ~ nBritto d a de Sniii Fedro iinia da de Ssnta olalia de Saii-
tnlùn de S;inta >faria de Saraedns todas dn ordem do Chrieto e
Seiilior da mesma Villa e da de Sobrrira feriiiozs, Goveniador e
Cap~~itarii Genrral da Capl>itanin de Snin Paulo e 3liiins de siiii.
repartiçarrr etc.-Porqu;rnto h e ser\-ido Siia Mapestade que Deus
guarde ordenar me pellr, Srii 12rnl décreto de vinte e d i i i ~ id e
3Larqo dc mil sete Centos e trinta e quatro qiie em todas a i
iiiiitas desta Cappitania de S;ini Paulo se iir;it,iquiuo hua niiiy uiii-
filririe Cnl,iiita(;aiii para se l l paFarerii
~ os Reaes quintus Iior
bateii. ria forma. que se estabele<:eii a dita Ciippita~ariinas ini-
nas geraiz lieiios ministros e iiinii lirssoni il que Coillr!ti!li o sei1
lt,.nl l ~ ~ [,:irii ~ I Or i.rf~rido
~ ajuste ("0111 :L difT(:reii(.:n I,nrciii rpie
:i,; iiiiiin.: Ft.rciia srrin o liresso da (:::l>i,it:~!liiiii rt,spcrtir:i. :L r l k ,
(:i;"re;o!ii(!nm foi servido o dito Sciilior iuandtxi. t o i i i : ~ ~ri?i
ntei;(:nin :L ;itrillinrt~iii<ir r ri,ul:u? c drdlniniiilioi (liir:
l h e f~iziaiiiC o i i ~ e ! a t liioCeiliiii<~ritoI,ng:i~ido i u i i ~ t a s
vezes a iKiii~r;iii('in de iiiiiytns a Ciillia dos t : g e : e s d 3 6
slins I.<,ys qiit: l , ~ r ~ C st! i a yodtlri:i riiirni'iid;ir Coin esta iioi-n rr-
aolii~niiin \-isto ilo que uri1ei:o e iiiniiilo :L todos o', 11~01~ndnri:s
<!as iiiiiins d<s I'arri;i;un f:iiciii iu:iiiifi:irn t<idus os iciis rsCva-
- < o , Lon.ci,s e yeiirl:ls que ~ ~ I - P I . C113s I I I l.ef>,rid~~r
ii?il!iii: e O 111nii.
Coiirlieiido iio rc~i~!ii,iito clesttx Cnl>pitaÇr.iii no 1ii~eiidi.iitr:dt.112~
iq~trO:.:; i i i i i p ~ r r C " : nn o ~ n e n rao Doutor riii~.iilor gi,r::l c13 wes-
ii:;i (:oiiin~cn a qiieiii rr,CoiiLiec~i.ciii Cuiii a tal ;iii.ii-diV~.iii para
<i rzIwcliciitc r Col>rriiCa. <los I<rni,s qiiiiitos todas 3s s01~1.c-
dita, iiii~i~i.; e Ilio oh<ieCi.r;:iii n todos o s atas <,ditar-:l~ositirris e
ii,ais nsr:orin; I>erteiiCriites no Iieiii e iiri!i<lnil<.<:a ltcci ~~~~~iidn
5011ns ll~an::s Contlii,iidas no siii rrgiiii<,iito ijiie i<.iaiii cxe(>iit;:-
i:r; iiirio!:~ycliiii,nte n a forma dcile liello asiiiii <ieteriiiii,ar ma
?Lnypst:iil;: qiir I)eos c 1iar;i quc Clir,-iio n. cotiCin <I<?
tndoa e iiniii po?i;iin xlegnr i g i i o r a n r i : ~ <.i11 iii.nhiiiii teii!po s e
piil>liCa:.;i c í t i , u;liirlo n Soiii <!c Caixcs f , i i i tiidus os z ~ e i ~ x ies
l ~ o v o : ~ ~ ; ~ ~ ~ n ~ ' ! a ~iiiiii:is ~ f ~ r : rdieliois
i d a s de rr,;istxdn c:>$c-
Cretnriir <<.,ir! (:overiio c nos T.i\i.cs rl:r l i : ~ t l ' i ~ i l ! i d~i l q ~ ~ e l lTe-
a
l>:~ti(!niil c lil:~is liartas n qiie toC:ir so r<Aiiier<,ri~iii CrrtidBi-11s
:>or d1131 viils a iilesrria Si:Cret:i?i;i p::r;r tnrlo o tciiipu Coiistni e
sn fixari ?"te 710 Iug:~r >nzis pnl>lico 1x1 Vill:~ <I<, I'IL~II::?IZ~ pr:~
ilne n rodiii sej:i lxc.sente Dado c I n i s ~ < l ~ Villn
neitn lira(*"n
de Sniitos aos yiiiiizo de Agosto de iiiil e sete Centos c trinta
+> SiiiCn n:iiioi. o S<,C:.<!t:irio .iiitoiiio d: Y?l\-:i ilt, Aliiieq-rl:i o
iez-Coiidn CIOS:trzedna--Regiitx!c na CtCrc.tnrizi dcsíi! (:<i~:<.r-
iio lia l i r i o terceiro dos hniido-. n follins triiitn e duns \'illn do
Snntpi qnirize dt: I \ ~ o ~ tde o mil sete Centos c: trinta e Siiico-
liitoiiio da S~1x-n do Iluieycln-C iiaiii se Coiiiinhz iiiais iio
dito hniido o qual r:, Car1.n~ Piiito do Iicis Eserivnin d;, Cnriia-
r e : i d I=iiappe aqui o traalndri heiii e fieli~iaritrd o
que iix: foi niirezeiitndo ~ i e l l iproCiirndor ~ do CoiiCelho Pedi.« <Ia
sylrtx I'rr." ao qne i i i c r<,lio~.tue \-ai n a ~ e r d a d aseiii Cixiiza qtie
f a ç a diivida qun o C'orry Conft.ri CoiiCertiti trcsladci e assi;iit+i
rin rstn Villa diz Igiinlilx niii os dois dias c10 rii<.z <Ir Nnr<~rnSro
do iriil e sete Contos e triiitn r, SinCo aiinos-C;:rLos Piiito dos
]<eis.
- 433 -
SSXESO I

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:L que T'<>II!I~III 1101 sy oil linr s e i ~ s;irociirndores desde o priiiCipio
ido iiwz de Janeiro do niirio iii.o\i!rio ftitiiro de iiiil r Sc1.o Crntos t.
trinta e seis matriCiilnr c dar ~ii;ii:.iCul:~ns <.icCr;i\-os i: rsCravns
exC~,l>tuaiidoas Crioulas :it!ie n idade de Cntorse nliiios que
tiverem <.
iodos oa qiic oCiiiwir.m rili iiiiiii,i.ar ou <.rii Citiiii
I, ILossas que hoiir-er iios ar;iy:ii.s ciii p r se n ~ i i i ~ r e i i q~i~il,l~iei-
idade que sqiaiir ate o f i i i i c10 i i i c z rle >'.'e\.crryi.o do dito niii;o
qne se li:, dn fcisnr a dita iiii:triCi.Ii; o si,rim obrizados :L
iiiatriCnlnrCi: ii:ini sn "iditos E;C'r:ir<is qiir iiiiiirreiii r se
a('ul'n1n eiii oi; Citios e liossai uns arnyaes eiai que c r iiiiiirin
ixini taiiihi,~iitoder ;is I,L,CSO::~ L i i i r s qlx, jior s ~ i a sm20s i i ~ i i ~ e r a r e i i ~
on scjnin F:uroiieos »ti ~'~iiierirz~iioi <ieclaraiido os i:oiii<.s id;id<,i
terras dondc s;iiii c xlPiiiilini oii <~iitr;isr!iiairq~~~.rdrfereii(<ns
IIorque s r destiiigniii o-. r s l r a x - o s oii rsCr.nvus que ti1-ere111
o iiicsiiro iionie e idade : F' oittio siiii swa1i-i ol>iip~di>s11 virrin ;r
ii,atriCula ali iilaiidarrin sr~iisl>ro(.'iiiadr>rt.s ob C ~ L ti~erei:i
P o%Cios
hotiCae Logeas yendas r aroiiFiiez n o ditos alri>>:sts ti Citios
erii i1uo se eiliinern : Coiiiii tni:ilii.iii s:; I.i:;rils e 1-eiitlas cjrie Iioiiver
nesta iilln lior ser distriCto dcis ditos ai.rr)-nes o iiiiiiai r i~cllna
\-ir a 11nr"r a ~ n a y o rp r t r do oiirn, c logo fiir:ini r~~tri.y:% l n r sy
ou pellas ditos sous i>r<>CiirocIores de qiintro oitavas r t r c z rjiii~rtos
de ouro <iiii li6 iiiuito liiiipo c bani rlr: ~.riCrl>ei.:r da iiii.;i,in sorte
do; officinrs qiir? liouver nas ditas iiiiiias e Arreyaei e seus
<listriCtos de. Viida liriiii rieilcs nq dit;iç quatro oitn\-as e tres
clnartos : e o3 negros iiezrsz e iiiiiilnto~ii>rros;iir rinii? iiiiner;irf!iii
liam 11agarhn I I D ~s? n:~ss5o yellos sriis escravos r na Lo:rt.a.
xrai~de.ipaxar%iii a viiitc r qu:itrii oitavas :M iiiediaiias a dezi:scii
oitavas as iiifrriores a oito oitnini r n j vciidns a drzaseis oitrii.ns
e as negras Cal>tivm yiie t e iins i ~ r i d n s iiaiii lx%yar%lii
riiais qut! ns dit:is dcinsois oita\-;is yor ay e pelln ieiidn <, :i tod:~
u ~ K ~ sqn<: " ow~ ~nntriCnlarsr l!ir lia dr dar bilhete iinprciiso r:
eiii forma por onde Coirqta tcr sitisfeito e estar u ~ a t r i ~ > ~ ~I:l i ~ d o
tauto s.'er;L~nos billiet<!s qiiaiitns forriii os rsCravos ou l,i!ssons
que viereii~ou itini~dareiiiCriiintiiCiilnr : Cujos liilhctrs gucr&irii
o doiirio do3 esCraros oii as l,rsTons que s* n~atl.iCuIaii~ para I L O
aiiiio seguinte por sy 0x1 lior sriia proCurndores os aprt!sentarciii
a dito Doutor ouvidar (;era1 oii a qiieiii seli 1,ugnr scrrir dt:
Iiitendente fnzeiido Ilic dcClernCRiii dos quc faleceraili e Iixsearniii
a outro cloiiiio ou se adqiiirrirain dr! novo : P de neiibuina sorte
falCiiicni.hi,i os ditos l i l h r t e s e tudo Ciirnljrirâin Coiu CominaC:im
de g r n r i > 1,eniias Coiithenda; no ~ e ~ i i i i c i i t oentre a i quaiz h a
liiia dt,llas de dez ;iriiios de d e p r d o 1Jni.a S ~ I I ITlioiiie e
e r Cor~fi~cndos sriis beiis ii;rin relido desCeiidrntes n u
aCCcriid~iitrs: e di!iiuiiCiaiido algiii~i escravo a sy ou algunl
Corirei.\-o n1Caiis:irA a liberdade qiir si! lhe lia dp passar e111 iiorne
de i i i n 3I:i;est;ide que 1)ros ;.iinrdr seni qiic liorisso faca $asto
ou di,51>vza algiiiiiù ;idx.rrtiiido taiiibriii qui! se Lia de rnxidar lior
iioo Lirrares nlais ~>iiblieos dos Arrayaps fregiieziits e villae Listas
dos esCra1-oi vend:is I.ojeas e inaii liessoas obrigadas 110 dito
Arr:y:tl iniiias e seos dirt1,iCtos liara que quem q u i x r possa
requerer a i pi.iiiiai riii que e2iri i~iC,nrsosos sohiie,ganteu : E para
qiir Cliiyiie a noticia d e todos e niuii jiosiarn al<.iar i ~ i i o r a n C i a
eiii iieiilii~iii teiiipo se publicará este iucu irinridiido a som d e
Caixni iicsta i e nos A r r a p e ; o iiiirias de ieu ti!riuo a
dislmis ee Regiatar2 em os I,i\i.o; da Cititiara desta villn de
li.iial>l~aa oiidr p<.rcenCer r se fixnrR n o Iiigiir irinis ]>ubliCo
dosta dita vil1;i !>ara que ;r todos si:jit prezeitte. Dado r !,assado
nesta villn de Pai~iii;ii:~ aos oito rir outubro de iiiil setc Criitos
e triiit;~ c Siiieo niinos o e u Jlniio<,l <;oiiCnlvez Junqueiro
esCririiiii da TiitrrideiiCia r CnI,l~itaCaiii dos Rears yiiiiitus o tia
rs(:rri<,i.. E liam s e Continha ti ais n o dito iriaridado o riunl eu
rsCrirnm abaixoiiaiiiendo aqui o trrsslad<:y bein e ii<,li~iriitrdo
~>roprio nie foi ;ipreaentndo pello ~irnCurador do C o i i e ~ ~ l h o
I'edro da S-lra Perrirn no qiir ine rel,oi.to e vai na rerdade sem
Couze
. .yiie f a c a dii\-ida qiir o C o r r i Conferi Coiiserti5i trelndei e
aíigil(,i i!ni rnzo somente em esta Villn do Igual>j>e em os tres
dias d o i ~ i < d~ ~ z Korrinbro de mil sele Ceritos e trinta e Sirico
aiinos-Carlus Yiiito dos Reis.

4 , doze. dias do riien dn ,lh.iil da mil e Sette Ceiitos e


SeSciita e ires nnuos: iiest;~ Tilln de Tgunlie e pncos do Cunse-
lho <. Castts da Cnninra dclla. onde foi vindo o J u i z I,ri.sideiite
Antonio Fri.iinii<lrs \'<ti-as, o iiereador mais u<%lhoFmncisco Fe-
reim V ~ r : i s e oa inais ofici:iis da C a m r ; ~e o ~iroenradordella
Valerio Antonio de Jtella liara rfeito de Se dar coni~>riiiiriitua
Liia cnrrn dos Senhores Ooveriindmrs do Rio de J a i i r ' R qual
S e r1t:o logo pronta exzecuqào i>~zeiido~~iiblicnr biiiri rtditnl a
respeita dos oficiais da ordetiniica e aliy Se deiriiiii~iourecolher
a casa a Camaia a caixa e trastes que nel1;i S e achto da ofici-
na'. Real da fundiqao Cujos trastes Yain o3 Segiiintra: doiis mar-
tellos, hua airies, hum tais, ],uns foles Vclhos, huiu Coíie: liua
V'ixorna pequena douç siritas e liua mira r tatir bc..iii S e desim-
chou h u a petiçã de João de Dros e Se det,rirninou a Requeri-
mt!nto do dito prociirador cliarriar a Carlos hlnnoel Pereira da
Silva para aperte de ver tome coritii. de Seo annii dr: proriirador
e de como n$o houve mais rrqurririiento alguns n ~ a n d a r ; ~f : ~ r r
este termo de. uereanqa que aSinam e Eii Nanoel tíaltins Borboii
escrivã da Carnarri que o escrevy-Serrão-Veras-Paes-QIello.

Aos vinte e sete dias do mez de marqo de niil e sete centos


e cincoenta e hurn annos nesta V" de Iguape nos passos doCon-
selho e Camara oude e vindo os officiiirs da Camara e de uereança
p" receberem os quintos ieaes e dis1,orein a cnxão 11" o parço
de Sant,os e sendo todos juiitus clrgero 1," a leiia doa quintos ao
Procurador do Coiiselho 3laiiocl I'ra da Faria como pessoa se-
gura e abonada q há nesta. v" d e Iguape r assim llie feer a
eiitrega da t m a e borracha de ouro q pezaya dita mil e qiii-
nhentos e setenta e duns oytavns e h u caxote d e bilhetes e li-
vros de entendeneia de q de tudo se deu o ditto Procurador por
entregue corno consta do seu raciho q nesta Cainai-a fica pello
q maridera os dittos oticiaes t'czrr este termo ern q todos a d g n a r u
coni elle recebrdor e e u C1ileiiii:nte de .laevsdo escrivão da Ca-
mera que o escrevy: Jogo T<.ir" de Azevedo-blaiioel de Veraa
Payz-João Aritoriio Limn+liit." Roii Curilia-1101 Fr" de Faria.
Noticia historica s o b r e a minha inven-
cão d e dois balões com a z a s p a r a
a Navegacão Aerea.

A aiiiiii:icùo que recebi doi eii;eiilii:iroi iineiona<.s e extriiii-


seiros «l,~.i;uii-nir :i exl,6r iio Snlio do Institiito Hiatorico eiii
189i (1'1 u iiioclelo de iiiiiilin i;ircii~iin, fazeiido uinu coiifrreiici~i,
li;, iqu.1 coiiipareceii: iileiii de graiidi: xiiiiiiero d e lioiiiei~s i1liistr;i-
dos, o liresi<lciitedo Estado Dr. C:~inl>osÇ:illes. F u i aiisiliado lia
dr~iioiistraq;iu trcbiii<:a li<,lo J)r. I.'<iri.r,ira Rainoi.
iIa\.enilo <!iitri? os assiçte:itc-s diversos r'oiisules, por c;Lrta
iiir solirit:~i.niii iiin exeiiil,lnr de ininlin nieinorin. O nosso cori-
sneio Dr. ititt, t~.ii<lociiviiidri no seu jioTarrio iiiii e s e i n ~ ~ l a talvra
r,
n estn rirciiinst:~iicia d<:vo o li::yer reci.bido uiu convite do l l i -
~iisteriodo (?oiiinis~cioparir ti>iiiiir p;irt,r (10 íhri;rosso Interna-
eion:11 d e .ki,reost:~qão eiii 19u'J.
E n jc. Iinl-ia recebido iini o!licio d;i Coiiiinissiio dc Aereos-
ta<;;~odo exercito i ~ n qilii -sob o n. 3 Iinvia sido
i~iscrilitaa ~ n i n h i~~~ ~ ? J I I o T ~ : L .
Os ,rrniidrs Congressos si, iiiterr,~saiii6 liistorin ;i seiencin,
uso ;ioi rriultados 1irntieo3. l'iii fi,liz c111 v e r o grniidn interes-
st! ~ I I Cd r i l , ? r t ~ l aa iiiiiilin iri~iiiqão,seiidi, eu O utiieo b r u ~ i l e i r o
qur? taiiioii 1,:irte iio Çoii;resso. Algradeyo ao Dr. Fim, niinistro
do Brnzil, a. rnrta que ilie dcu de i~lireseiitayRoao illustr<: cspr-
c i a l i ~ t nBaiiet-Rivet, que liia <leu coiisr:lhos prntieoa nli'in d e ter
r11 aprendido iiinito iio seu lii-m -0 Aeroriniitico,.
1treori:it.rido como (. eni todo o iniindo, eo111o seiido n riinior
nuetori&ide sobre rnnchinns de v o u e h ~ l 6 e so sibio 0. Cbsnute,
eiijienlieira coiisiilt<ir das Estrndns de Ferro doa E. Unidos, tniito
o Ur. Victnr Tatiii ronio Haiiot-Rivet acoiis~lliaraiii-111e n dirigir-
iiie :L este sr~bio,enviando a iiiinhn rnerrioriii d<!l>uis de eoinpl<!-
tndos os 111<!115 estndos, colli l~lii~los e n~odificaqi~ris; t~tibalhoeste
qiiç e u tive a Iioiir;t dc fimerl iiusilinda pelo Ur. Vietor I'ntiii,
-
(11 O foihctn impresso e i i l S B i tem o titula r: 1-elo-nedox Contdni or nr:igos da
impre0s. C Caltili.
a qiieiii sou =rato. I'rdi no Dr. O. (>hniiute, que, no caio de
ncliar riiprito B qui! o 111e11 invento fosse util R ~eillizasse o CIC-
sc\ji~dotiin, ine irirlicasse com fraiiclueza cliines a s iiir>dific;ii;ües,
r o que devia fimer.
Ao 1usio que o Dr. Victor Satiii, red;:ctor da « R e r i i e dei
Scii:iices » e invcntor de urii cr.lchre ileroplimo, e Banet-liivit iiic
acoiisellinram a niudifiear o nieii ~ysteiiiapara iiin sii bnluo com
neas, rerifiqriei que o snbio ;~liiericai~o me niiiinnva a iiãn m u d a
de spsteiiia, veiido nii iiieu irireiito uiiia. g:traiitiit para a. estabi-
lidade da iiavegnç;lo arrisn. E s t a oliiiiino teiii grande ~ ~ i l nqiie r
sú avaliará rlui.iii conhecer o nssiliiipto.
Illiisi,es e erros hariarii iiit, ;~liil,:tr;tclo iirlui antes de coiihc-
cer r ~ s t l l d i ~hci11
r csta qiieit5o.
Hoje rrcoiilieqo qiir- as cL1usn.i que ti111 rinliaií?.q:~da L: nnie-
gi%q;in nerea G o niotisndns por v;tidade de iiivriitores qiir! riao
aditiirtain s r n i o iiiodifienqi,os iia s o l ~ i ~ ãjiio iiidicsdn e briii co-
nlieeidn dos (>ovirrnos d a F r a i i ~ a e dos Estados Tlriidos, que
inaiitrm e m xrande. sezredo os seus bali,es dirigiveis ['ara D caso
d e giierrn. O sabio s r . O. Chniiute iiidica eoino e dei q u e iiiodo
pod~ritxtnmbeni o Brnail ter esti, g r i ~ r i d ~mciliornmento
. coiii u
meu inverito.
En rendo uin preito d e xratid8o iesta doiitn Corl>oração,
que, nssiiii eoiiio i: o ninparo e o giiaida dn h i s t x i i ~ ,saberli ser
deferisora da invençiio que fiz e que llie i>E(:reso p i r a ficar giinr-
dada <!iu seus arcliivoa 0x1 trr.soliiqXo.
E' lceriso leuibrar a tradiqao historica quc liga ao lirnail
tantos inventores que iio passado e no presente tfiiii merecido
este iioiiie : Julio Casar, I'. de Suuan, Seraro, Diiiiioiit. Patroci-
nio e o huiriilde nuctor drstas linliz~s,tem ~wo\-ado que 11âo afio
?.;tereis as liccGes da historia dos i ~ ~ v e ~ i t o rhrazil<!iras.
es
O iutrrpido Uiimont,, gnst;indo toda a sua rrndn, que já
iiionti~e m miiitns eontclias de mil fr;~ricoi., ein ensaios feitos i
sua custa, i: IIU attestado vivo do reiiasciiiiento desta coiifiai~çn
e corngaiii com que os inveiitores, noate ultirrio seculo, deriiin
as suas eriergias para alciiiiqar o doiiiiriio dii ntmoapliera qiic os
cerca.
O çnhio 1,rofessor I3aiiet-Rivot, a qrieiri coube a horira. d e
ser o cliroiiistn da iiarepaq;iu aerea nestc ultiino periodo da liis-
toria, em ineri~oravrlartigo publicado eiii Narco nn «Revista dos
Dois Ilundosa, fez n critica da esforcndo Santos Duinoiit cin
traços q u e jiilgo util deixar nschivado~:
si\ qiiestao dos dirigiveis, nlieznr de nlgiiinas ritpe.riericias
tentadas eni F r a n c a e iio extrangeiro, parecia adoriiiecida, quando
e m 18!l8, çrnqas ao ar. Fiaritos Duiiiont, foi novitineiite liosta n a
ordeitr do dia, de iiraiirir;i que agora iiiesiiio se ei]>era com e m t a
i i ~ ~ ~ i n c i i t n coi i ~iesiiltiido dns erl>rrieiicias deiiiiitiv~s que este
aerconsutit se pral>ùr a ftazer brrverriente, eoin iiiii rios dirigir<:is
eo~~strriido isua. custa».
<<Odiriiivel q u r se propne lanqar <: fiisi-f~>riuecorno o d e
Reiinrd, porêni iyiiirtrieo o que talvez seja uiii crro. S u a tniie-
l q e i i i 6 dii~iiiii~tw, rprca de 500 motros euhiças. For e i t c moti-
vo 11ara g:~nhsi.peao Saritus D~iinunt slil>lpiirie ;iiidaciosaiiirnte
LI I>nriiuinliit a qual subçtitiie lior forte vara ilc b ~ ~ i i i h em i i ~ cujo
iiieio se arliaiii cullocados siiriples si!lli~ti de bicyrlsttc r o motor
corii totlos o i accessorios. I.3ste iüotor eanstruido por Hucliet i:.
iiin iiiutor a petrolco, de q u ~ i t r oeylindros, e que i t deslieito de
I'earir iú 92 Irilogr. dt!srii~olve 16 e;ivi~llos~ o qrie r<:dui: o Iieao
do i:~v;illu j. cerca de $5 kn. O eixo do motor liro1oiinri-ie para
di:~iitr :ti,& a ciigreiiagein que transriiitte o riioviiiieiito ;i n m a
hrlice de duas pis, de 2 irietros de dii~metro, miiito leve, por
traz d;i qual o ar3rsonaiitn st: acha, para beni dizri. escoridido».
d propulsão do motor opera-se coiii o ;iuxilio do pedaes
como nos t,ricycles de l>etr«leo. direita do aereonaiita aelia-
se collocada iiiria turbina de ar, leve, que pode s<:r rriovida pelo
proprio motor r: qiie serve liara eiichrr i vrinti~deo balá<isinho
intiirior. Na. sua frente achxlo-se doiis reseruatorioj: u m d e
euaeiiciii, ~>;ii.ua aliinentaq.20 do rnot,or, outro de oleo. Elüíim,
perto dnlle, A sua mau, achaiii-se co1locwd;ts as almotollas e a s
ferrniiientuy : aliçatrs, cliaves: atc.
~ C i nleme, situado n a parte posterior, coitil>lrtan aereosiatoa.
«E' evidente que nesse d i r i ~ i r e ln pezo rriorto 6 iiiuito in-
ferior ao do « L a Francrz. S e as resisteiiiias devidas bs cor-
dirilias qiie substituem a rede, ao niotor e aos outros sccrssorios
fol.aiii b n n calculadas, se o conjuueto foriiia iim bloco rigido e
indtsforiü:rvel, Snntos Dumorit d r r e poder contar coni uma velo-
cidade propria de 10 rnatras pelo menos. Poreiir ein sumina este
aereoitato aiiida náo afrontoti o a r livre e seria. talvez t.r,inera-
riu affirmirr que B pruri~iiou dia ein que rereriios em meia hora,
n o mnxiiiio, yereoi.rer os quatro kilurnetros que separam Surrsnes
da Torre Eitfel, dar a volt;^ da torre e voltar ao ponto de par-
tida».
.E' nestas condiqões e só nestas condiqões que poderao fazer
jiis nn preinio d e cem mil francos devidos ;i gtinerosidndi? do si-.
H. Dnutseh».
O. Chanute, citada neste meinoravel artigo d e Aari~t-Rivrt,
mostrou qiie em 1890 o motor maia leve que si: lioilde (?niliregar
pezavn ?i kg. por cavnllo d e força, os motores de l~ctroleo 40
kg., os electricos 59 kg.,ao passo que r.m 1900 o iriotor LIarin
peza 3,6 kg., o motor a petroleo Lungley 3,2 kg. e o eleetrico
Hargreave 1,5 kg. e coml,arando-se o esforço do inventor 1Ze-
nard em 1881 com o liezado balão «La France. eoin o que fez
agora Santos Diiinont, reconhece-se que não se tem adiantado
para a solução final, porque não se alterou de facto o que fez
Beinard. E u seinpre estire persuadido que a estabilidade dos
apparelhos para a aiiavegaç%oaerea se conseguiria com os balões
conjugados e dahi o meu invento mixto. Foi com a niais viva
satisfacção que consegui que o notavel engenheiro francez V. Tatin
se encarregasse dos estudos para verificar se o riosso invento
daria o resultada desejado, isto e , manter-se nos ares e navegar.
(V. Tatin, Bauet-Kivet e Chanute, estudando todo o systeina,
acharam que, como eski, pode fmer 6 metros por segnndo.1-
Fiz algumas modificaçoes para a eubagem dos balues, dando a
sua construcção, por unia engenhosa idia que tive comportai
que servindo de segurança b carcaça, abrigam o aereonauta de
perigos imprevistos. Tanibeiu mudei a forma dos quadrante~
parallelos do meu plano primitivo, conseg~indoa deslocação do
centro de gravidade por coinbinat;r~o de cordagem sein que cllas
offereçam resistencia ao ar. A estsbilida<le que se obtem com
o nosso systema deve ser uma garantia lxira ser preferido e nos
é grato ver que o sabio 0. Chanute pensa do mesmo modo.
Rendo minha gratidão ao sabio Banot-Rivet por ter citado
o meu nome e feito a critica do systeina em que me basiei, neste
artigo d a ~Reviskt dos Dois Mundos.: que é a historia fiel dos
.
DroLTessos
u
feitos rio serulo ane findou e dos oiic bem niPrncer;tm
da seieneia pelos seus esforços. Disse om res;mo a nosso respeito
~ ~ ~~ ~~

o illustre escriptor: c E ' certo, com effeito que a estabilidade e


a segurança tão pprecarios nos aereol>lanos São admiravelmente
asserurados.
" , L
elo emnreco
L " dos balòes como sustentadores d'ellzs a.
shIuitos aveadores pensaram em se utilizar, adaptando o
sgstema mixto, balões aereoplanou, balões ortboiiteros, etc. Mas
irespeito dos balões aereoliialios, não parece &dente que taes
machinismos só servir20 para sobrecarregar o peso, isto é balões
collocados nas peiores condições para a velocidade ?
<Seria melhor e preferivel o balão orthoptero como o que
.
propôz o doutor Jaguaribe.,
nO s stema mixto deve, pois, ser preferida a qualquer outro
sysiema baloes ordinarioss.
Ka opinião. deste professor, cuja yrande competencia se re-
conhece pelo seu livro O Aereolza~ttio, e pelo estudo critico de
que foi encarregado para a <Revista dos Dois Mundos. (1) é aos
-
(11 A aarg&@osere* e oaeli fotBro. Bmisio dos iIop<r dlundoa, 1.0 de Mario de18sL.
aorolilnnos que e s t i reservada a soln?ilo da iiníe:aç&o aerea,
daiiilo lirefrrenciu ao Ac.rnplaiio do sahio 0. Chanute. Seiitimos
discordar dos coiiceitos do inestrc, ni;~s com<, se ver& de suas
muitas cartas que entrego no Instituto c do artigo qile tailL4
sensaçbo e s t i l,rodiizirid<i,sua oliinifio e a eoiltiaiiça que elln tem
rios aerol~li~iioe de~,eirifiear abitladas pela juizo qiie O. Clianute
acaba. d e eiiiittir iia carta qiie iiie escraveu e qur: entrego ao
Iiistituto para tomar na devida eoi~sidei~a~ão.
Resiiiiiindo, eu sou obrigado a recoiihecer que a forma que
dei ao meu iiirento de dois iminensos peixes, que ÇIia~iutc
COIIIP:LI.:L it dois çalmùe~,tem com siius ;iaas n vaiitagetii do f z ~ e r
lios ares o que os peixes ftizem lia agrin. O iiiodo pelo qual
sssegurei a estabilidade, scin offerecer com as aeas c as sulrer-
ficics lisns do iiiou appnrelho as graiidcs resist~iieiasque taiitos
incoiir-eiiierites têiu apreseritado nas outros :ipparrll~os,i: garaii-
tia para que o ineu inrcnto iiiereqa o alioio do Qorerrio do
I3raai1, tal como n indica O. Chniiute. As cartas de O. Cliaiiute
dando este parecer iiie parecem d e grande valor, pnrqiic justa-
mente quaiido Batiet-Rivet ralta para o grkiiide americario iis
suas esper:tnyas, t:ste; em carta que iiie escrt!veii, coln a m~:sma
data do artigo da &e\-ista dos Dois Uuridoin, n;Lo s6 rtieoiiliece
grande iiierito i i i , rrieii iiireiitu, coiiio aconselli:~a sua roiistrii-
q h o , nssegiirarido a estabilidade e u ~ ~ i a i ~ i s r cde
h a15 iiietros por
segundo c0111 uma diisl>cia qur: niiiicn pode& rxced~ar:L 100 mil
rlrillai.es, iriclrisi\-e todas as exlicriei~eiaua fx~ci-se,tudo coiifori~ie
os calciilos que elle fez. Bo Iiistituto coiifio a detem d e i u m
parecer u que se iiie ti honroso, mais s e r i ,,ara o Goveriio do
Braail se o ncccitar, ltois qiio tanto aqui como iio Congrrsso In-
ternaciorial, oride procurei Iionrar o iioiiir b r ~ s i l e i r oseiiipre
~ dr-
clarei qiic e u ii%o p d i a nein qiieria l~ri\.ilegio, iiias só concorrer
para que os hoiiieiis de siiencia julgasseni o iiierito d e iiieii
iilveiito.
Este resultado e s t i :~leaiiqado. Leiida ;i *Revista dos Dois
3luridus» e xis cartas dos snùios qiir são r<iconliecidoç coino os
iiiais coiiiprtaiit~,a, os membros do Instituto ver&o qiie rnin1~;i
coiivicç2o foi contirruads. Trrininaiido, cliari~on attenqão do Jns-
tit,uto para a ult,il~iacarta que i ~ ~ i ~deb oreceber d e Bariet-Bivt:t,
em que iiie dti aiizo que uin missa ehsinado Suttiir í.st>. ijzcndo
uni bal%o ruiu mas, n que o sabia chania «fllia do 1iiru.u
Fnqo donqiio ao Ii~stituto d;is e:irtas que r ~ c r h ide Banet-
R i r e t e O. UIiaiiutel dos li\rros que scrrrem F r a esclarecer o
estudo d e ~Lereosta~;io, afim de que possaiil servir (eliii a grande
:~uctorid:ide dttstes sabios) liara apoio da coirimisaâo no caso que
o Instituto esteja d e acciirdo. O melhor riiodo que teulio liara
encerrar esta esliosir;;io i. copiar as ]>alnvrns de O. Chanute, ew
;sua carta de I; de Fevereiro d<, 11101.
«O premio de eeiii nlii francos iini Fraliça 1,:irece tentador,
mas o governo do Brazil faria inellior; giuirdando o segredo s e
hre a5 esperiencias que fiiess(, com o vosso invento, é o que f a z
o nosso, que tem iim npparellio em constriicçZo qiic é baseado
rio .mais liesado que o ar..
.Eu serei sempre feliz d: corrcspoiider cnin\-osco e d e vos
indicar o pouco que sei».
Resuino das cartas que acoiiipanliaiii a esposiçho e o plano
conl)leto da coiistrucçio dos hnlúrs eaiijugndos isyateina iiiixto).
X.0 I - l r i s o do Goveri~od e França sobre o recebimento
d a meinorin que apresentei ao I~istituto.
i$-.<,--Carta do Dr. .:í Piirz reconi~i~endai~do-ine no s i .
Baner-Riwt e outros esliecinliuriis no asiiiiiipto.
Ar." 3-Carta do Professor I<aiiet-Riret. encarregando-me d e
0 apresentar iio Congresso dr, Aereoitaqílo: pedilido irotieias
sobre o inru prqjpcto de nave,.$^ (,-i .:<O a < w a .
S . 0 4-Carta do mesmo iiifornia~>do-iile do artigo que m a
v,screrer na d Z e ~ i s t , doa a Dois ?iliiiidos». oiidn f a r i 111e~siodo meu
invento.
X.0 5 - i a ~ t i ~do i ~ ~ e s ~ aei:ade!ctmclo
~io, a reinessa do doeir-
nieiito que nie pedira parn d:ir 'iiotieia do Congresso, lia uEeuiaLx
dos Dois IIiii~dosx; cita a ol>iniir> de Cliairute, me d i conselhos
para ' Z ' L I I I L C ~emprehe~ider, por ~ u i t nsó, a eonsirixyZro de balim,
niostrai~doiilais q11e os eolculos cornlirteiites ~irovanique sú 1 ~ -
deria obter (i iiietros d e velocidade por rr,guiido e que port.mtn
nào dero aventiirar-me.
X.0 6-Nova repotiqZo dos conselhos em que cita O. Ch.v
n u t e que orienta com scpirmiqa u s :auitorrs, d e iriodo que náo
deyo iiiand;ir o ineii tr&allii> a este sabin, sein ter lido O sem
lino.
S.e C-Esaine ininiieioso dr,. iiiiiihn i~ieinorialida perante o
Congresso de 1!l00. O calciilo, ft.ito riesta enrta de Usnet-Rivet,
com o inotor indicado s nriiu pelo ir. Tntin, d i 8 inetroç no m-
xiino, mas 4 a I, certos. O aiicror priifr,ria qiie e u fizesse uni s<i
balho com aaas e de toiielayeni dupla. T r n n i i i ; ~podindo-irie in-
foriuaçiiea sobre o balsa Dumoiit p m a o .;en artigo.
I Z . C 8-Carta recebida em miiilia \.ol&% d ~ I'ariz ? datada d e
10 de Março, em qii<: o auctor do livro «O Aereonauticon nie
a v i m que se falla niuito de um b:ilão de um suisso Sutter, bnl2o
com azas, que o 31. Banet-Rivet dia ser evidriiteinente «filho do
iiieun. Iiisista o 31.. Bui~ct-Rivet lia vantagein dn u m só balão.
X.0 9-Carta do engenheiro O. Chanute em quo diz t e r
recebido e lido eoiii o maior inter~sae a niiiihn memoria, acha
que n miiil~ainvenção tem smuito meritos e ter~iiiiiaaeonse-
lhando de h a p r niodifica~ües nii eoiistiue<;io para que. consiga
ser bem suicedido. Faz o estudo e analyse da i ~ s i s t e n i i a ,che-
gando á coriclus%o de qiie; coirio esth o mcu in\'ento: só poderá
corisepuir .5,>17 rnetros por segmido
X o 10-Em resposta á carta em que eu pergantava se a s
madifieaçói~ia filaer deviain me dar 0x1 nao esperança de um
exito completo, pois que eii iiao faria linda para vir a empre-
hendrr, sern a opiniho coiripetente delle, - o iriesmo me faz ver
que seria preciso despender de 50 a 100 mil dóllares e que só
ao Govrnio do meu paiz devia caber esta tentativa. Mostra ue
os balóes conjugados de iiiinlia inrrri<;hogaranterii a estabilidixje.
Diz ellr que é muito possivel qiie com os dois balùes eu
possa ter 4 a 5 dianietros nuginentando o cubo relativo e diz,
que com dois balões de igual coniprimento coni 20 a 25 dia-.
metros eu nbt<.ria l P \ m r segundo. Nas drslit..aas Chanute
inclue todxs iis tentativas feitas em exlierianeias até o erito corn-
pleto. l l i i ninis que o Governo do seu pai% tem já um bala?.
baseado coiiio o iueii no prinripio do uinais pesado que o arn e .
que o Gu\-rrr~odo B r a ~ i l deve mandar construir o nieu invento.
guardando o segredo.
hr.O li-Iiiçiste em que ao Governo do Brasil cabe erripre-
gar os recursos para a coristruecão e se põe a i miriba disposiçno,.
dizendo qize eu com as prorni que dei e os conhecirneritos qiie
hoje tenho, c~stoumais do que ninyuarn apto para levar a em-
preza a boiii fim.»
O iriotor l>rrferido é o de petroleo de Rouehet. Termina,
me dizendo qiie se o seu A<!re!ol>l;ino pudesse servir de qual-.
quer modo ficará b rninlia disl>osi<no.
x.o 12-Carta do Rei dos Belgas agradecando a remessa d e
minlia meinnrin.
h 13-6 volumes contendo os trabalhos de O. Chanute.
N.0 14-0 livro do prof. Bnnet-Rivet L'Aereoriautiqun.
N.0 16-0 livro do prof. I\Iarey « L e rol dos oiseauxa.
Ar... 16-Varios folhetos.

S. Paulo, 13 de Naio de 1901.

Dn. D O ~ I I S G JAGCARIBE.
~S
ral.lculos, uiiin r<4oeidade de .í,"Oi, alithiinsl por seguiido, quandt.
21 d e 10 n 1.5 6 a. verdadeira meta :L attingii.: i?coi~cluepro-
pondo niodificaq6t.s para diiiiiiiiiir a resistencin r! susl>t?ndcrpes(.
intiiu eoiisiderax.el, o que elevaria, decritn, ns deslirans de 50 :i
100 iiril dóllnral ernpreea só proprin do Goveriio, se eile desejar
porsuir essa ~llnehinapa1.a fins inilitnrei.
Do exposto se v & que os ~ S ~ U T C U do
S nosso digno C O I I E O C ~ ~ ,
si não attine_.iraiii o alvo, rino se aiinrtuani iniiito d'<!llr.
O Instituto de1.e nrolhrr coiii :is nielli«res pror-a de sj-1x1-
matliin. esses rsforcos.
, , esses sacrificios. feitos mor oueiii 1130 sendr.
L L

especialista, iiein irrecliniiirn, se atirou a e i i i p n i z ; ~ ardu:is


~ que
dt~rnsiidaiiitnlcnto e disl>eiidins aviiltados. Jiilcaráo outros q u e
taes esforqos e rnerificioi forniii eiii p111.n perda,' e que o rnbe'dai
de saber liuriinno eoiri isso 1120 1ilc1.011. E' I I ~ Iengano. Os
garidei, iiireiitos ii%o foram obras de lirofissioiraes eiyecialistai.
c se ria hora 1,reseiiti. rqjiibilnmos-nos, todos 0 3 brazileiros, pe-
las recentes descobertas de Santas Diiiriont, urn profissional, nHo
Iioa esqueqaiiloa que a priiiieira iiiucliiiia. d e voar foi uin iiivcntc~~
de Bartholoiiieii d e Gusiiri?o, -um siiiililes pndrc.
A Caiuiiiissáo é de parecer que sejuiii iinprcssas iin *.Xeuist:t
d o Institutox n iiienioria sobre o nliparellio d e ronr do iinsso di-
p o coi~aocio coino t;iitiberii as cartas dos Srs. Bnnriet Rivet r
Clinnute, qiie n ana1ysar;irii c jul;arnili t â o ~,rafieua.
S. Pniilo: 5 de Setemhro de 1901.
Dans le d6vis de iiotre appareil noiis arons eli~iig<Ia ma-
nitre de dkplacor le centro de gravitk. 4 u lieu de grands nrcs
dc err6lc dans les quels roulaient 2 poulies I? P relièes par l'axe
X des figures 3, 4, eominc. oii le ~ o i tdniis notre nienioire lu
ar1 Conpes Lniversel, iious avons adoptt un iioureau mude de
<le11lnceine1itqui est exliliqiiii dans le di:vis L: Ia figure 22 de Ia
p1;inrLe q.
TlitÉ d 25 ExE.\ri~I.AIiiES- Paris-1900

D.' DOllI-úGOS JAGUARIBE


France : BrGsil :
165, U o r ~ ~ v a aI oI a u s s ~ ~ ~ ~ x RUE JA~:CARIBE
Paris Süo Paulo

APPAREIL JIIXTE

Par le Docteur Domingos Jaguaribe


-
DESCRIPTION
Fig. 1 - L a figure. reprkeiite l'appareil vii par sa face dor-
snle. Cctte figure est coml>letle par lt.3 iigures suirante8 2 et 3.
L'appzreil se compose de deu1 eorps principaiix, a, A, de
forme allongá et dont les eapncitbs sont remplies de gaz liy-
drogéne. Ces denx eorps sont rcliás invariablcnient yar nn en-
treearps JJ contenant le muteur et dirers organes dont i1 sera
pnrlé pliis ioin.
Yi8. L

De ehaqiie eotll de eet t,nseiiiblr sont plac<:es deux ailes


ce'artieul6es h leur poiiit d'attaelie et ~iouvant iiinsi s'elever ou
s'ubaisser par rapport aii'plan liorizontal de l'appreil, ce inou-
reme~itr ~ obtonu
t ynr I n manoeuire des braa f f qui r6íleehis
sur des poiilios r t des palets. á gorge, reçoiireiit leur coinriiaride
de liiitévieur de l'entre eorps.
Chacun des eorps est maintenii daiis sa farriie e t sn posi-
tion reipbctivc pnr de solides carcasses intérieiires di'crites plus
loin, et assurnnt i i'eriseinble uiie rigidité ~iarfaiti!.
4ii rnilieu dc 1'arrii.riere de I'ent,re-cor- est placáe iine gran-
de hilice rnue par le nioteur et destinóc a asaurer 1a propulsion
de l!alipareil.
E n gg' sont deur gouvernnils rendus solidaires nu moyen
du eordage d' : les rnouisements de ces gouveniails sont obtenii
au moyen des drosses dd' fixées par une extrGrnit6 vars les deiix
tiers de Ia longueur des safians at dont l ' a u t ~ eestrllrnitó, rbflé-
chie sur des ponlies, eontoiiine la partic inférieur de c h a v e
bnllon pour ~iinbtrer ensuite dnns Ventre eorps d'oú on leur
donne le moiivement.
Fig. 2 - Cette figure représente l'nlipareil vu par l'ai~ière.
On y voit Ia positioii suivant un plan rertieai drs diverses
parties dé,ja indiquées k Ia figure préeédeiite les mémes lettrcs
de références étant al>pliqii<:esaux inênies organea.

Bis. 2

Ou y reinarque de ylus une petite uacelle n vue en boiit


et qui, étant placba au-dessou de l'ap~inreil,a polir biit, B canse
de sou poids, de contribiier au mainticnt de Ia stabilité.
Cette naeelle est susl>ei,diie aii m o p n des eordages 6s.
Fiy. 3 - I c i l'alipauei est vu par le travers ; on y distin-
gue, Ia projection 1uti:rale dii goiivernail de droite g , l'enseiiible
est sensément eoupé de l'nv.int à l'arriere liar le milieu de l'en-
he-corps J, ce qui periiiet de se reiidre compte de Ia fornie d e
cette partie de i'appnreil au point de vut? de la résistance qu'il
dnit éprouver en se mouvarit daria l'air.

A 1a pmtir iriférieiire de cette figure on voit aussi Ia for-


me de Ia petite nscelle dont i1 oat 11arlé plus Iiaut, s e i sua-
pensions SSI en pénttrant daris ~~~~~~~~~corpsse réfléchissent sur
des poulies et de Ih voiit nboiitir b uti treuil dont i1 sera par16
plus loiri) e t permettarit d'allonger les suspensions d'av.int eii
même ternps qu'on. . raieoureit ecllçs d'nrrilre ce qui en moditi-
nnt la Iiosition relatire dii rentre de praviti.: obliçe l'rnacrnble
,? s'inelinrr, soit en avant liour aescendre, soit eii arriere poiir
iiionter selori qii'oii niirii allollg.6 ou racêourei ~ R S si13pensions
d ' a ~ a n t oii d'arricro.
Fig. 4 - L a f i q r e ireprtkente les l~nrties principalei de
Ia eareasse dristinbe i assiirer Ia ripidit6 rlc l'enseiiible; rill<~s
sont .zu iiombre de deiix et l>lnr<:es dans l'interieiir des eorpq
iiriucil>ause t vertienleriient - Çe sont les gaharits du narire ;
ils se ioiii-
posent de

nig. 4 eliaciinc ;
leiir éearteiuent est assurt! par ies trnverses tt' r t lc par:~ll,.lograiii-
ine central est rendu ind6foriiiable par drs eroisillians de fils d'acier.
Fig. 6 - Vue de 1a jante J de la figure 1iri.cidente et
suirant iine seetiori i Ia liautenr d'un rayoii. Cette jante est
eompaç~ede lilusieurr Bynisseurs de báb de frhie courbC. rt l e
tout reli6 par des cloiinres ou dcs vis - Y est le bout d'iiii
rayon m e c soii écrou eii cuivre - E n ç eit une goiçe dcstinée
SI reervoir une lisature fixnrit 1'6toffe.
Eig. ti - Coiipe de Ia trarerse t forniie de quatre hnndes
de sapin aaseniblées yar des vis sur cpatre trinsles carrées de
iiinine matitre.
Fig. 7
Fiy. 7 - Assemblaye des r - o i i s on eentre de <.hncliie car-
cle uii anilean d'acier ser: i les retenir toxis l,ar leiirs tetes.
POIDS
4 grandes jniites eii bois de f r k r de dciisit<:- 0,6 . 15': K
Rayons acier avec b o g ~ ~ eceiirrnles
s et @croiis . . . 40 >,
4 tra\-erias ernuses eri çaliiii da dciisit6.- 0,45. . . 104 »
? 9 i li
F i y . 8 - IIon-
trant le mode d'as-
semblage de la jan-
te J avec Ia traver-
se t au moyen de
trois bonlons d'a-
cier.
On roit aii-des- 41
sous, cn L, Ia sec-

dente. La traverse
crense est dimiun4e
de largenr en appro
chan de Ia jante; ri%.
D .-
- 450 -
cet,te diminution ae
fait graduellement i
partir de Ia dista~lce
d'environ, 0,80 et le %,'
Cqon A i i ' a ~ o i rpius
Iue Ia largeur exaete
de cette jante "en
droit du boulonnage;
celuici est comlios6 de
tiges d'acirr, terminhes
par des 4crous de ser-
rage KIíI.
Afin d'assurer uii
partage exact des flan-
cs deí traverses sur les --
j ~ i t e s , i1 p auraliúes R.: i
a'intercaler de petite, 2
-
vig. 8
piéces de bois pp entre les parties h srrrer.
Fig. 10-Cet,te figure rEprPsente d e u nutres piirties de la car-
casse conteiiue daiis les corps; ellrs soiit situées pi.i.s des extiEmi-
tés vers i'avant et ver8 l'arrikre ; ces pikces htallt d'un plus petit
diarnktre que les pré- -.
eédenten, i1 rst inutile ,
de 1r:s munir de r:iyons '
ponr les niitiiiteiiir 1
l e i i r rcgiditi étant I- --- - -L?& - - - - -2
suffiaante. Une seule
traveree lei rEunit et RiS. 118
cetto traversi?, btant
plneó<xi l'ertienio bord de l'eiitrecorps, affectelaforine trianplaires
de façoii h prrsenter
A la resistonee, de l'air
iin ~tuylea i p .
F+g. 11-Section
dss jantes J de la fi-
gure pr4cbdente, leur
construction est iden-
tiqueinent Ia mêine
quc eelles de! jantes
de la figure a. Leur
siirface extériaure est
oblique afin d'Cpouaer
Ia forme que prend le
ballon a l'endroit que
ces jantes occul~ent.
Fig. 1%- Cette
figure est une seciion
de Ia traverue trian- 1-
gulaire t qui relie les ,
jantes; eette traverse ;
e s t formée, comme ,,
celles déja décrites, \y
d e bois de sapin et h,
assemblée à vis. La *i
liaison de cette tra-
verse avec les iou-
:,
ronnes des jantes se
fait par u n mode ana-
l o y e a celui des fi-
y r e s 8 et g et n'of. ,e - - -A+--4
- -2
fre rien de partieulier. ' Big. 12
POIDS :
4 jantes en bois de fi-ilue de demite- 0,6 . . . . 45 K
2 traverses triangulaires en sapin, densitk - 0,45 . . 65 n
-
110
Fig. 13 - Les quatre cercles riiiés A des travesses et que
naus venons de décrire sont, en outret attacliés les uns aiix autres
à. des distanetis eonvenables, ali inoyen de si+ longrines, soitrois
pour chaque corps di bsllon; ces longrines fixe& nus jantes
J J sant représentées em L L L - (on n donni? à cette figure
n u peu de perspective pour l a rendre plus facile i interpreter.
&i!/. 1s - KcprCsente une section de ees l o n ~ r i n n s; pn y
voit que leur eonstructiou est con~posGed'urie hnnde priricipale
i.enf0rci.e d u n cote, e n sol1 milieii, par une norviire ; le tout e n
bois de sapin -Cai longrines lioiirroiit Etre - u n peu diiiiinu6es
eii largeiir en ;tpprochniit de leurs extreniitCs, comme l'indique
la. figura 1::.

Jrg. I 5 - Cette fizine, qui coliipl&te Ia figure 13, fait voir


1"s lmxtions qu' oecup<.nt Ir's lorigiiiies 12 13 1, çur ln çireonfé-
rrnec des jantei 3.
-
<

7
9
I

Fig. 15

POIDS
Six loi~griiirsr<:liant les ji6nte.s de Ia earensse rn
bois de sapin de densitC O,45. . . . . -
285 R.

Fig. 16-Cette figire fait voir les direrses eapneitis des-


linces $L reeevoir le gim; ellex sont nu nombre de t,rois dans
cliaque corps e t soiit seliartes par les grandes roues fornant lu
earcasse; toutes ees c:qiacitts sont cependent rcliéeu entro elles
1,"' uu jeux de tiiqnux eu Ctoffc vornie t", les 2 capncités ceiitrales
tit vrntilateiir insta114 duns l'entre-eorps atin de maintenir Ia
forme du ballon mal& lcs pertes de s a a possibles.
POIDS
Enveloplie erterieiire des balloiis en Gtoffe non veinie
1100 mq. a Ok,l50. . . . . . . . . 165
Enr~eloppr,de l'entre corps, iion vernie. . . . 55
Uslloris ù gne, vnrriis, 1540 mq ti 0k,280. . . . 430
Ballonets intririeurs k air. , . . . . . , 40
690 Kgo.
1,'i.q. 18 - Carcasse de3 ailes en bois de sapin et renforcée
par dei hau-
bans eu fils

voit en m:les
articulatiolis

principaus
tout en leur ~ig.18
pcrmettant d'osciller dans u n plan vertical.
Ues enrensses se composent d'une nervure principsle n reliant
entre elles les traxTerses secondaires tt et dun bord minee
haut et en bas.
Fiy. 19 - Sricfion de Ia figure précedent suivant h ligne
B. B.; E n y roit pi~rticulitrementIas petites mats coniques d',,~
p n r t e n t 1es .-. -.
b a u b a n s de i! .3
soutien; e'est
aux sonlmets
de ces mats ~+ - & :
- C r
-
-.-~---=
--

que doivent
se fixer les - - - -.-~k'
bras de com- Fig. 1s
mande indiques en ff tig. 1.
I
Fig. ?O - ReprEsente une vue --v.
latérale de l'une des petites nervures
tt vues en plan fig. 18 e t en coup
fig. 19. ~ i g 20
.
Fiy. 21 - L a fi;iire 2 1 est une se- k_--4-7~ .-
etion de l'iine de ees nerviireu ftiisa~it:~q?~g~.~~~,,:..:,,
m c 7 ~ : 177. --c
, >
voir leur mode de construetiori. Elles se I,*+ ..3 ,
eoinposent d'une âmc rerticnlo ceiitrale L. :
I
$ ' ".
sur laqurlle sorit solidruieirt fircrs ses Iat- I
tes lorigitudinales. IJ7âine ceiitrale doit
diminue" do hateur en se rnpproeliaiit
des extrernités où elle devient iiulle. 8 I
POIDS : t I

2 Carensses en sapin de densitr 0,4580 K.


Fils d'ncier et &to& uon veriiie .-23
10s pig. 2 1
?'i!/. 22 - Crtte figure rq>ri,srnte uii pliiiirhwr conteiiu :i
I'interieur de l'eritrc-eorps, m iiiilie~iet i.11 bar ; il se corri1,oio dt*
Ijbnciirs do sal>in 1' disl>osi:es l'uric: nupri's rl<. i7nut,ie eiir di.5
chevrons Ç; cea clierroiii rietiiient s'nppíiyer l>ar leurs extrknii-
t i a sur les loiizriut.~infGrieiu.es.
C'est sur ee. lilniirher que doi\.ent se tenir le l~iloteet le nib-
cnnieieii ; i1 suporte aiissi Ia iiinteiir drstiritl ii netiniiiier l'iippii-
r8il; au centrr, oii i r tout niitre endroit que l'aii d e ~ r n p e u - ê t r c
lx1:f6r<.r, se t x o u ~1111~ treuil s i ~ rleqii<,l dei11 corrles ii 11 pçii-
r<.rit s'erirauler d'iin cútú yeiidaiit qu'ell<!s se d4roiile:it de Vau-
i r e ; ee s o ~ i tces rordes qui, :il>ri,i nvoir l>nssC siir dcs lioiilios
conveiinblenit.nt dlrp<isCes raiit iiiotliiiei. ln pusitioii do In l ~ e t i t r
nricelle irifi.rie~in! et l>erinrtteiit ;~iiiside cliniignr i: roloiité l'im
eiirinisoii de toiit li: systi.irie.
I*'?!,. 2.Y - Yue, Iinr Ie cÔtl:> dii lilitiiclit;r P l>laiil sur se5
cherroiis 8 ; rin R , oii voit le treiiil suivnnt son nxe.
Ls'i!,. 24 - L e rnC~uep l n ~ ~ c h cv11
r lux l'axe ~ C n < r > &
le l t:eilii
B est ru do ectk r t les ~ilxncliesP eii hont; oii roit i droitr.
r t h p~nclie. I':ilipiii des chevrons S siir les loiigriiies I. repre-
seiitGes fiz. 13 et 1I.

POIUS
L e plniielier r t ses clievrmns nu noriibre de six. cii sn-
yiii de drnsitk - 0,4,5. . , .
. . . . . 80 Ii.
Treuil (eyliiidre creu1 eu snpiti, clinises ncirr) . . . 10

F i g . 2; - Hbliee n qustrcs biaiiclies destiiiée ii nssurer l a


p r o ~ r e s s i o nde l'enseinble.
Jje moyen V L est en neier coul6 ; les nerrures di's branelies,
on acier dur, sont forçi.es de façon ir e'amiiirir gaduellement
e u sbpprochant des extrtimitGs, leur grosseur iiiitialr ii'Ct~ntcon-
servén que dans Ia région r i .
Cettr "arcasse d'nci<,r est recouvarte par tine Ctoffe a a, en
soie de pr8férence, niin d'ilvoir une plus soliditC.
Ti!,. 26 - Vno ktérale du niême o r p n e .
O n y distinpe, nu centre, i'une des branches, vue par sou
exti.riciir, ee qui prrmct d'en xpprksser le pne et Ia courbure.
- 458 -
POIDS:
Careasae d'ncier recouverte. de mie. . . . , , 1.50 Kp.
Fig. 27.-Pr.tit,e iiaeelle Iégère en bois de sepin ; elle est
r o i n ~ m é edc trois errceaux cn bois eourbe c c c siir lesquels
sont fixees drs lnttea lotigitudinales u ?r ?L.
I,e toiit sers ri.eoiivert exterieureiiient d'urie brofle Ibgrre
quelcoiiqiir <-tiion vrrnie. E n s les susl>eiisions (les íigiires 2 et 3.
L'iiitériiwr de cette nacelle pouriu recevoir i [>eup1.6s tout
le lest dont on disposera ; celrii-ei si,ra de ~ a b l e ou d'eau et
disljosk de tellis façon qii'on piiisse earninander soii Evacu~tionde
l'iiiterieur de l'entrr-corps, soit au moyen d'un 1LLger eordsgo
snit par uii l ~ c t i ttiibe.
b i

*
I

Fiq. 28.-Ln m8iiie naeelle viie par


l h e de seu estr(inlit6~.
Pig. 41
ri

POIDS: 4 $5-
Carcasae 12 narrlle en sapin recouverte
d'ktoffe l&$re . . . . 12 Kgs.
F i g . 29-Goiiveriiails eompoa8s d'une
careassr en tigea de bambou h ligatnróes
enseinble et iriunies en a diiiie articulation
perrriettant leur oscillation autour de Varri&-
re dcs corlis de ballans B ; eette oacillatioii
a li13u aiitour d'nn nxe rertieal passant par
lea jantes J de ln tigiire 10 et 11. Uu voile
d'étoffe non veniie gasantit le safran.
Fig. 30 - Cette figure represente le
meme g n u ~ c r n a i lTU par sa tranche ; on Pig. 48
y voit l'articulntian a sur Ia jante J.
POIDS :

2 c:!rias.r; c n h;iiiiboiii. . . . . . . . . . 14 l i .
Ktotit pc:ir z;:i.iiir . . . . . . . . . . . -5 D

13 u
I lioirls J > I ' I ? ~ ( I ~ ~ EcS - d e o i i ne s i ~ ~ l r : ~Ctreir~~t
rigoiir?iix; i14 lien~ent, ~.a:.ier ave? l e i i n ~ ~ x e de
v ~ia~ seoiiiti.ilciiol1.
Llij-illro~Ciir i,<iuriliit niissi >oiilerrr iiii l?eu plus !'&l~~~r:i~lt

. .
.
(i:

? l~ollll1,es . . . . . . . .
1-<.iitilntriirii air . . . . . .
S L O ~ ~ U20
I C I I ~ V . . .
~ L( ~~ S~ : I S . ; I
hiirre r.t corde. . . . . . .
Snc,.l!e (l,l. 1l':t. , . . , . .
1.esr dialioriil>lr*. . . . . . .

S. 13. - D':LPI+Yl e i i < e l l s < ~ i g n r n ~ ~TU,:


n t s 11011s 3 r 0 1 1 E obtrnu
ni;t~ri.s une r6diirtioii dr: lioids l,oiii. les ~ilniielies:
iiiiiis ~IOUT.O:I.:
3. . :O Kilogs.
5. . . 10 >>
( i . . . 50 n
S o u ; d<,~-oiisnuziiiriiter les diriir:iitiniis d e Ia ~ ~ a c r l l ece,
qiii >lnrr ;o11 Iioids n 10 1í.c~. de liliis . . . . . 90
10

Mémoire In duns le Congrés, snr nu annareil nixte panr Ia


Naye~ation Aérienne
-
Eiicourag<:s par l a hien\-cillniit nccii<:il fait'nus étrniigers
par I'a~is foq-er de la. Hrieiicc; d'oil rajoiiiieiit sur le monde ci-
vilisé, lei id8cs de lihi,rt<: et du progrCs, iioiis venoiis ljr6scnter
iiotre plniit descrilitif saiis aiitra liut qiic d';iii~ineiiter l c iioui-
i>re d<is lioiiinies dc boiiiie voloiitC, i.oii<:s ali lioiilieur de l'lin-
inniiitt.
Fiiisgue Ia natiire snns <eis<,.se reiioiir<.lle, et coniirie l ' l i i r o r e
elle se iiiuiitre chaque fiiis pius iiierveilleiii.e, iious nous iris!iirnns
<li% 1a formo de5 oisi5;riis lioiir roiistructinii de iiotre npl~areil.
c i . sI<ol>çrt rii 1781, Julieil e n 1850,
I1 ;L f;tllii k s c ~ l > é i i e ~ ~ dcs
Giffard eii 1854, Diipu?i de I 2 i n e on 187% TTiaridicr eri 188.3,
.lieiinrd e t Iírelis eii 1884, Uiiilioiit 1!)UO r: aiitrcs il1ustrt.s aéro-
liniites pour Ctre stlreil~ i: ehoisir les ~ R ~ I O b~ fui-inl: IS ;~llon~ies.
X o i i s aroiis substitiii aux niles deu nis<.au~,qui soiit leiii-
iiinchine voler, d e u s bnlloiis de foiiiie nlloiigCe arroiii>i<:sou
rikiiiii 1x1' un ii,archeliied- cc qiii <loiiiie 11 l';rl>yareil l'asl><!et
6iiii l i ~ o r i n erolatile.
S i 1 c e t des Li;!llo>is, ?ue ~ i o i i s appelleroi>s
les pauiiioiis de l'oiso:iii: iioiis avoiis p1;~ce doiis ai,poiiclic~s,oii
ailes, nvec de forts rt%ssort,sca aeier, diistiii6s ir inainteiiir l'Criui-
libre de l'eriseriihle d u systhiiie.
C n e gueiie iiiobilc forinr d'kveiitnil, coiirpl&te l'oisenu
q n e rroiis nl~pellonsV b ! o nirieii.
L'ht.liee lilacbe X Ia liost,<ricum imlirimera les moa-
veineiits :L I'.apl>nreil que est liii-mi.riie le gourrrrinil.
T.'extreiria rnobilitn dii iiiilieu dsiis leqiwl l'hllice doit mordrn
<:sigi: qii'elle soit de graiidei deirieiisions, In resistsiiee de l'air
a tine surface on rnoiil-eirient aiigineritniit I>roportionnellementau
carr8 do sa vitesse.
L a pressioii de 1'atinosplii:re siir 1a surface du n~arcliel>ied,
com li os^: d'iirir iilaqiie d'aluminiun lise, tii~-oi.isçs les decentes
ponr l e i rnouvenirnts eii bns e t e n avant.
neiix deini-cercles ou cadrans para!l+lns coinplltent le corlis
de l'oisraii drstirii A li&iinvayation a4i.irnne.
Clierrliaiit 2. iriiiter l'niglc dans ruri v01 e t lirofitaiit d e
l'invriition dii balloii, iious aroris coiisti-iiit le corps de notre
ap1~ari:ildc: faqori i i e qii'il lui eoit ticilr: de se rnaintenir dans
l'atinoil>h(.re saiia eniyloyer Ics nianies eAUrtu que l'oisenu, Ctant
donnó Ia fliictiiation des ballons.
Cri tinioriier, inatiuit et int<,lligent se tiendrn sur le dos d e
l'éiiorrne ~ o l a r i l r , doiniirant Ia riaturr de soii obstirratoire. I1
sera iiiiini d u n e boiissoli: jiour so. directii~ri inagnbtiqixe, d'un
loch polir coiiiinitre Ia veloeiti. des rcnt;, d'iin tlieiuioin(,tre,
pour connnit,r<>1a ternp<:rntiirc r t d'un baroliii,trr poiir se rendre
compte de ln haiiteur 04 il se trouri: ou de sa ligne de fliictun-
tioii <it d'uii ~>rnl>i~lsriir lbger.
Ilans iiotre inveiition qiii <:3t a u ~ s iulie niachine i valer,
tout eet canibiné. de faqon qiie Ia c l i a r ~ rsoit toujoure en 1x0-
portian avrc le roliiiiie des rbcipients de g;<z qiii snnt faits d e
iiiPrries f<,iiils d'nlurni~iuni rt de tissiis d e eoie i>iiljci.iiiCnbles.
Coiiimr oii peut colli.bl.~iire dei ballons dont 1% eapacit6
~ieriiietde s'ilrver à mille: d e r millii e t trais iiiille rnbtres larsque
l'atronnute aura attririt la. liauteiir qui lui conrieiit, i1 niettra
I'Ii<:lice ri1 inouv~.iuent et, d'iiprrs lei. iiidieatiniií da ea boussole,
il doniierii ;i l'aliliarril Ia dir<iction qii'il roudra.
L'néi-o~iaut cliangraiit h son gré le caritre de gravité, est
aiiisi m;iiti.e di,s aires.
U n e des ditiicultés de Ia narigation atrirniin cst le manque
d'équilibre rniisó Iinr Ia llerte dii lioids initial nu départ; diffi-
ciilt4 sul,i,riinbe por notre irirentioii attriidu que nous pouvoiis
nugmenter ou diriiiiiurr, la loiigrur de l ' a r e ou peiidiile, par Ie
rriojen de doubles eliaines. L e I11st qui est la nacelle vient alorç
faire poids svec l e sgstihnr, ou lo eorlis des ballons jiimeaiix
comiiiuiiiqiiant par dos tubea de. soie, asiiireiit ainsi un équilibre
constant, ii~disliensnhlr aiix inclinaisons quc' 1" timoriier ovudra
donner h l'aliliareil en ~ l i n l i ~ r n nlet çentre de gravit<i e t lui
iriiprimant liar e e niogeil ie inouY?mr:nt, néeessnire h sa marche.
L e s a6rostats junienux de iiotre apparail se coriduiront cornme
um animal iuonté par U I I earralier qiii; au inoien des renas,
d u dfl>laerni(.nt du corps, l'ohlige à ehangtir soii eeiitre de gravité
e t i preiidri: une nouvellc allure.
L'iniportoncr de ce point est evidente e t constitue u n puis-
sairt moyen pour Ia direçtioii dei ballons.
L a naeelle peut êtm construite spCcialenicnt polir voyager i
l'abri des vrnts et des eliangernents de ten~póraturr. Leu pasea-
gers n'auront plus A soiitlrir dcs oseillations produites par les
anciens ballons sans équilibre dont les a&ronautes n' étaient pas
souvent maitres, mais fréquemment victimes; m e c notre in-
vmtion, a u contraire, on peiit facillement se rendre eompte que
les multiples appareils A gaz ohiissant a u s lois de Ia lihysique.
poss6dant Ia stabilit6 et le point dappui nécessaire h leur fon-
ctionnement.
I1 est clair que les ap1iare.ils de navigation akrienne aux-
quels on appliquera notre inventioii, devront lui etre suhordon-
nés, et, conime le pendule qui est le lest: peut A volonté s'al-
longer ou se diminuer, selon 1es bessoins de rlsistance ; lu 305-
t h e que nous avona adopté h Ia naviçation a k i e n n e étant en-
tièrement seientifique aueiin eas de dircctian iie peut se présen-
ter saiis qu'il y pourvoir.
Etant donnb que notre c~raridoiseau peut monter et deseendre
par ies seuis mouvernerits d'inciinaison et déplacements de Ia
naeelle, on verra qii'ofiant sa poitrine ali vent, i1 montera
comme un eerf-volaiit ; et ainsi maitre de la ~Esietanee: yu'en
dCplacant son eentre de çravité i1 s'inelinera et pourra deseen-
dre A toiite vitesse eii coiiipensant le temps exiçé pia Ia moritée
avee un vent contraire.
'in rnoteur très liger i essence: donnerait la force conre-
nable á 1a marche ou la direction.
E n résum6 ee que nous venous de diie irst confirmé par l e
savant professeur Marey en doii ourrajie « 1,e vol des oisoaux »
p. 30.
%L;<thcarie montre que le \-eiit qui souffle en sens contraire
de Ia trarislation de i'aiseau, fournit h sori aile un appui plus so-
lide que l'air ealme. C'est en créant un vent relatif quc la
vitesse de translatiou de l'oisoaii est pliis facile.
De merne que I'oiseau arri7-i. i une eertaine hauteur o6 Ia
pression atrnosphbrique est rnoindre peut, ouvrant ses ailes, se
soutenir en lair et se rnouroir de tous eotés, monter, descendre
e t ce1k avec la ~ l u spetitc inclinaison qu'il donne ù son corps et
á ses ailes, de même fera notie uVélo akrienn qui pourra etre
ineliné de 32".
Une poulis joue sur le cadran a u moindre mouvement que
fait le timonier avec la barre. C n eAble lie les deux poulies
de façon k faeiliter les mouvements de l'appareil, en a r a n t ou
eii arritre. Les mouvements des ailes sont faits par des tain-
bours placús à câté du timonirr.
12'lioiiiiiic: rpiolles que soierit les theories coiitr?, fi.r;~ n v c
le eorp. de l'appnreil par lui dirige, ce qiic l'oiscau filit de soii
proprc rorps:
Eri iiielinnnt les silei suivarit I<, coiiraiit des vents, Ia. mar-
c h e des :iCrostatç s'aeeoriiplirn nvec c<is seiils iiiourcnieuts, nttcndu
que, e n inoirtnnt :i mille n ~ t t r e s ,Yespnce o11 li. iit dnlis ieqii<.i
1><'utiilnno<,uvrer not,re al>l~nrril,lui permet ~ n r h i t e i n e i i td'ohfiir
i~ la irnpulsio~irlu'oii voudrn lui doiiiier.
1,orsqii'iiii joiir ou rnettrn r n pratique ces id<',cs qiii, roiiimc
toiitel soiit i16es des lois de In lihpiqut., o11 recoiiiinitra qix'nn
iiriiiieiiii, liorizon s'uiirre dr!íaiit 1<53 iii:ion~brnbli.s nlil>lirntioils
qut. d'ellps o11 saurn tircr.
J,e balloii se troiiv<! attnchi: ii terrc pur I r e loia dc rravite,
doric, lorsrliie I'lioinrne I I O U I . ~enililoyer
~ le l~oids di:l>lnc& r o i i i i ~ ~ e
force coiiiriie eella a r r i r e daiis iiiitre invrritioii, elle d<:viriidra,
elle iiiPiiic; Ir proprt: iiioteiir doiit s<, s r r ~ i r :le~ tiiuoirier pour
cs<:eiite? scs marioeuvrcs.
I1 c o i i ~ i e i i tdc considcrer que 1s iiarigatioi: i , dks
<l~'cllc..sern <,iitrrtl,risel ra. engeiidrer des niodific:itions sc!iisibIrs
ntteiidii que le millicii dniis l i ? p r l ori r a o l > ( . r r ~ii'est
~ p:rs corinii
i!t que les farteiirs, forcCeiiieiit, vnnt iiidicp~cuerles inoyeiis d'am6-
liorer l'<tiitreprise.
1,ra 01,iiiioiiç soiit p n i t n g i : ~ ~ehnqiis
. i>ivr:nteilr 11onn:~iit Ia
prCfl,rriice ir soii plsii. I1 tniit reeouiiaitre qne c'est iiriilerriont
par l'dtndo des ineilleurs inl-eiltioiis que I'oii Iioiwra rrussir. 1,es
dil-ergciie<!s ii<. dirniiii~oroiizpai: Ia gratitii<lc d.: 1'liiim;iiiiti. poiir
c e u s que rlirrchent :I la dotrr de l>erf<~etioiiiirn~eiit.
Les 6:~víll~ti de Frniice oiit lirofit<: dea bz~.!loiis polir faire
<!e notahlr-s esp6rieiices e t d e tri.5 interesr;~ittes d<:coiiv<,rtessur
l'atiiiosl>lii~r<~,l'obser~ntiriii d r s astres; iriais ai? siijei d x 1 i i 6 -
eanisme rle i a n a ~ r i g i ~ t i oa<:rir.nne,
~l i! fa:~d~.ade grandes d<:-
~ ~ a m " !>ou'.
<s lec nl>i~areilscz 1t.s expl:ri<>iices.
S o n s soiiiriies coiirniireus que dai,; l'ctnt nctuel de ln
scieiice o11 lieut garantir qiie Ia directiori de5 Irnllons est ri.9-
lisahie, iiiai.; h trois eoiiditions :
J e 1ro11ose a11 CongrCs :
1." Clioisir une coiiiinission de trois samiits, afin de discii-
ter e t de doiincr Ia liri.fi!ri:nce L: trois lirojets rwtre toiites 11:s
iiiventioiis qili sont ronnues.
2.' Qiie Ias hl-evets d i u ~ e n t i o nd e halloiis <lirigealiles ne
soieiit ezpl<iitCs a r e c l'appiri dei soeiáti:~ sciri~tifi~ui!s<iii':~u-
tant rp'ils aieiit Ct<: etiidiés e t eséciitCs daiis l'int6ri.t de I a
SociCtt.
3.' Lea proliositioiis 1>ii:;eiitGes nu Coii,?ri.s Internationa1
iine fOi6 ace<,l>tt:es, 011 f e ~ a111161 s ~ ~ a c r i p t i oun u i ~ ~ . r i e ldanu
l~~
uri i f i ot 0x1 se iiicsttrn i, l'oeuvrr.
1111 terniinarit, nous <Ie\.ons TDI~S dire qu'eii 1897 nnua
:avens coiistinit un inod+le Frussirr de l'app:ireil dr: iiotre inoeri-
tion rinuice F7elmçi.io quc iioiis :i~oiiijir6seiitó r n sessioii .i l'hs-
titiit IIist,orique de SGnt Paiill eir lirt!si,iiee dn PrCsirleiit de I'E'ti~t,
des Ingnnieuvs e t l~rofeaseiir~ de I'Artlrl4iiiie et dei Consuls Ctran-
FerJ ; coin~iicçes lioiiiini,~cciiipi.:ecr- se proiioiiei.rcrit fiivosahle-
ineiit, iioiis avoris areol?ti iiiir. iiiritation dii iiiiiiistre d,: l?~iti:rieui
d u Br4sil lioiir faim une o er exiloser notre :iplinreiI
c i i 11rGseiire de3 lirofesseiiri d i l'E'co1,. Polptrcliiiiq~~o de Itio <I<..
J;~neii.o.
J'esl>i,re qu'on eonsidercrn i;u;re coiiiniiinic:itioii coiiinie l c
doriiirr eUort v e noiii ;i?nns tkit cn fav<:iir d'iine idt'e qnt:
iious confiana h l'btude den l~oiiiiiii-ieoiii~ii.teirts.
J e reinereie hloiisieiir Iliriiet-Ki\ri d? l'r~ncoiirnwuieritrlu'il
:i hittii voulu mr d<iiiiier. ~iiiiiqii'ili,st l';~utetii. de ~ ' ~ e r o n a u t i í ~ r ,
1":ut 'tre l'ouvraga le plus iii,],ortniit d<+ toui ci.ux qiii ont Ctl:
inits siir 10s balloris.

J'ai rsairiini: votre inciiioire - Tiitin adiiiet que rotre a1ip:t-


m i l sara uu irioteur de 20 ciieraiix, >oit 10 clieruiir par ballon,
J'ai voulii voir quelle 7-itesie \-oiii paiirriez ohtenir.
r a , j e placii d;iiis le.; conditioris les pliis favnra-
bles. J a sul~poreque cliaqii:: bnllo>i r.at eonstruit eoriiine eeliii
<Ic Rciiard, le plus parfilit eii soii Feiiro. Jti i i r l i g e Ics <Ie~,i:r-
dit,ioris de force dues a la iiinrliiiie, h l'eriornie rcsistance des
ailes et de Ia naerlle, et j'alipliqiie Ies forrniiles ùonnées ùiiiir
nlon livre d'Aeronautiquen.
10 e l i ~ v a u x = i 5 0 Ki1oyr:iiiiiiiatres. Appiiquons Ia foi.iniile
T=KSV\ ddans 1;~quelle T <!si In ~iuissance, K=O,O-15, S=
G3m 59 (seetion de vos b:~Il<iiisiT l'iiieonnu 011a 750=0,0%15x
63, 59XV3 d'o~iV=8 ni 1%.
Ainsi nvec le niotrur indiqur par Tatin, roiis auriez une
vitesse de 8 rn. nu plus c-n-d en rCaiit,i., peut-rtre 4 a 5 rn.
C=<:que~tioii qui m'a lir<oecuyé, e'est de savoir s'il çst
plus arantiigeur d'avoir dei11 ballons eoiniiie les vutres, ou un
seul hallori d'iin toiiiage double. La r6sistanee d'iin de vos
balloris est poiir une vitesse de 1 in.
0,0215xii3, ó9=1 Kg. 36,62
soit pour ler deuxballoiis, une registarice pour urie vitesse de 1 m.
2Xl>2672=2 Iíg.7344
Vn balloii unique qui nurnit uri toinage égal à Ia sornme
de' tomages de vos petits b:illons aurait une scition iiinitresse
de 101 mq, soit your uiie vit,ebse de 1 iii uiie rbsistance:
0 , 2 1 5 101=2
~ Kg. 1715
Doric, si l'on ueglige la stabilitt et si, d'un autre côté, on
coiisidérc qu'il s r prodiiisa dans lç cnuloir qu'il reste entre les
b~%llorisdes retiious pt5u fiivorables; i1 vaiidrait niieux uii sei11
hallo~t que 2 ballons.
J'estirnr d'ailleura que, pour evoir des ehaiiers de reussir i1
vou.. faudrait ;LU inoiiis une ~ i t e s s ~ i d1e0 iii. Faisoris le ealcul:
1.a. l>nissance nCeessaire 1,oiir iin seu1 do ros bnlloris sera:
1,36i?X1000=13Gi Kgin.=lS chevaux 22. Foiir le deiix hallous
i1 vaus ftiudrn d o m uu iiiotciir de
%X18,'>2=36 clievaux 41
Foiir un ballon iiiiiqrie reiiiplacant lrs dt?iir, -1n puissnnce
i>&cesenireserait: 211713x1000=.?li2 Kgm.='>L) chev.
I1 71-i-n pn3 h dire) un balloii vaudrait riiieux que deux. E n
tous ras, ave- 10 nic'tres, par suit des raisoiis que je voiis ai
souiiiises. lieiit-2ti.e n'auriee xrous plus de 6 inbtres. Eniiil
admettoiis que i70us reussissiea a r r e u n moteur de 36 ehav. 4.1,
jnenons le nioteur Bueliet qu'emploie Snritos-Dumont et qui pi-se
5 Rg. 5 11"' chév;rl. Le lioids de ee inoti!ur zera: 36.44><5,5
-200 Iig. 42.
Bvei uii seul ballon le poids du inor,eirr sera
XIX5.5=15!4 Kg. 50
Kri~iarqiieaque naus n'avons tenii coiilpti: que des résistan-
ees parasitcs. e t qu'il fi~udrnitPrieore augmenter la puissaiice d e
votre mot<riir si vous roulee fnire foiietianner vos ailrs.
[Envoqez les reiiseigiiemeiits que iuo~isieurBaniu1 me de-
niande nu iujct du ballon Saiitos Uumont por l'artiele qu' jevais
écrire pour Ia Revue des Ueur Sloiides.)
Yotre deroué
BASSET-RIV~T
4 Rue de Sinin-Pnris-
C ~ i c a c o II,L.:
, 21 D$:<:EBIRKE
1900.
3Iousieiir Domingos Jagliiribe
165 Boiil.6 Haussman. Paris
Cher Ifonsieur
J'ai reçu vobre lettrc dii 27 Xovembre, et votre deris, et
j e vous ai expédi6 mon livre.
J'ai esaminé le devis de votre apl~areilavrc grand interet.
I1 a beaucoup de merite, mais il srra lent.
L a resistan<..e sera ~iiviron25 "1" eelle dii plan nima
équivalent au maitre-hari, a caustr des ailes et drs hauhaiiç.
J'estime que les deus ballons et l'i:ntre carpa opposeront
une surface d'eiiviron 154 1113, et que la resiuta~iceeffeetive sera
d'envirou 38,5 1112 d'oùt suit pour vitesse 38.5 x 0.11 r t 3 = 2Oeh.
8 -
x 60 Vi,X 75=900 kilogrammetrrs iI'hClice etV= v ~ , = 3 . 9 7 r n
par seconde.
Ce qui est i peu pr8s la ritesse de «La Francen et iiioins
que la vitesse du comte Zepprlin.
11 me semble 4ue ~ o t i edevis doit @tremoditié 1>ourreduire
encore ia resistanee et pour souiever un moteur plus fort.
Agréez monaieur, i'nssurance de mes meilleum sentiinents
O. Clunute.

DIEGO.C A L I F O R S I6~ ,PÉVRIER


1801.
Dr. Domingos Jaguaribe
São Paulo, Brózil
Cber Monsieur
J'ai reçu votre lettre du 5 Janvier p n d a n t un royage que
j e fais en Califamie pour la sant<l de iria fr:mme, et conime je
erois ue je n'ai pas assez de trmps pour vous kerire i Paris je
vais Aresser rna lettre au Brbail.
Je crois qu'il ne faut pas ronger i fairr construire un bal-
lon effectif par une association pnrticulière. L a dépeiise serà
tro,p grosse e t l'utilitb piatique ne será que pour la g u h r e . Le
point capital i obtenir est la vitessel et inoiiis de 10 a 15 mòtres
por second serait inutile. Pour cela i1 faut des gros appnreils,
puisque Ia resistance augmente eomme le rerrb, et Ics ~ o i d s
sou1eoí.s eornme le eube des dimensioiis.
Dojic il-y .zum de 50.000 ir 100.000 dollurs dCyeiiier et
;rir si:ul clinlniid-le goii\-eriiciiieiit,-~lui dev:'nit fourniu les fiiuds
s'il d<:sire etrt eligin de giicrre.
Les nljyar<,ilsde rli~iiioii~tviiiioi~ ~i';ruront quo p u de vitcssc.
31.' I3aiinrt-Rivct paif:ait<ii~irntrnison iiri vou5 dissrit qu'iiii
sei11 bnlloli duiiiierli iiioiiis de r6sist,aiiec, et pliis de y i t e s s ~ ,que
d e u r bnlioirs de c i i h égal, 111:tis alors voiis icro~iibezd:iiii 1.z yrn-
tiqnn uiiielle, et i1 est l>osiible que voas snerifiez ln itnbiliti: dii
eatriu~zn~iique voiis a r e z 1irül90~". L,+ b~11ou de Xen.vd a (i
diariii:t,ies: crlui dti ronitt: Ze1q)nliu 10. iiiiii; :iT.ec drs eloisoiis
pour raluirc le tn:igage. i1 rat tri;. posaihle q~i';nrcc drux hxlloiiu
roiir ~ ~ o u leiir~ ~ doiiner
v , une loir~eiirdc 4 ii 5 diaiiictr<:s si,iili.-
riieirt, et, ainsi m p e n t e r le eiibr re1:rtif. .Te crois rpi: deiix bnl-
loiis de 100 riiktres de loiiy, et di! 20 a 25 i11 de ilinmatre vou-;
periiiettroiit de sorilever i i i i E I ~ O C C Lqui
I~ dot~nera15 m&tres de
vitesse par seroiide. Jcstiuic ln dSpeiise it 100.000 dollnra nii
l>liis,y roinpris ler essais prdliiniiinires.
1,a prime de 100.000 imucs e11 Franco sciiible leut;uitc, mais
Ic gnuverirt~iiiirnt femit miei= de gardrr le seeret siir ses rssais:
c'est ee que Git le niitre, qni a iiu aliparei1 e n corintriietioi~qiii
est basE siir de cplui lniird que 18air.»
.JP serais toujonrs I i e ~ i r ~ i ide
s eorrespondre avi:c. roiis r.t dr
soiis indiyuer Ir. lieu quc je siris.
Votrn di:voui.
O. <'lta,~cite.

7 . Rua Veridinna-Sho Paul<i.

.Te viens de reeeroir votre lettre d u 16 F E ~ r i e r ,e t jc vois


que j'avnis hieii enlculA cn iie voiir 6crirniit pns R Paris.
J'ai ri~ioiiduh vos aimbles lettres d u 5 et 12 .Tnnriei., Ir
li e t le 1 3 Fivrier ndressant ;L S i o Paulo, Rue Jug~iarihc,ectte
rue, (sans niim6rol) 6tant indiqure dans votre lettre dii 5 Jan-
vier. J ' e s l i i ~ eque vatro poste est organiabe de tellc sorte quc
me8 lettres vouç l>nrviendront.
Te voiii disais qu'il iie faut pas s0iige.r ;i fairr constriiire
u n ballon de ciibe sufisaiit par iiire associationl>articiilii.r<.. b e s t
une entrcyrisc h Ctrc faite liar votrc gouveriieineut, et a,-ec les
renseignernents que rous avei obtnnu aii E u r o ~ > evous ites eii
ineilleure position que tout autre de inener une telle eiitreprisa
R honne fin. J e crois qu'on peiit atceindre uno vitcsae de 15
iui:tres par secoiide avec deu1 ballons conjugubs de 100 ini:tres de
long e t de 20 h 25 inUtrcs do diametse, innis i1 faudra beaucoiip
d'exp6riences préliininaires pour obtenir Ia forme de resistaiier
ininima, qui sei-a ip r u pr4s celle d u çaunion, et le rneille~ir
systi,iiie de haiiheriiage. L e inoteiir ir eiiiploger <:st l u innchine
ù PGtrole, e t ou peut elioisir entre Daiinler, Uuchet, ou les enris-
tructeiirs Aml:ricains.
.Te vous disais aussi que si Ia forinr d'a~iliaraili dont j,: me
suis servi youwit s'appliqucr ii rotre devis, je le inittais A
rotre disposition.
.Te vais retouriier :L Cliic-o daiis qiielques seriiaines, r t je
serais Iieureux de correslrondse avec vous, et de voiis faire pnrt
de ee que je sais sur Ia narigation ni.ri<.nne.
Agr<;ez, 3Iorisieiir: l'assiiranee de ines nieillours sentimants
o. c/,alll<t~!.

>loiisieiir le Dr. Doiiiingos Jagiiaribe.


IIiii? Veridinna 7.

Clier Monsieur.

J'ai bien reçu r o t r r niinablii ct troli i.logi<.iisr lttttre du ?i


Ilai, xinsi yut! 1r.s driix oiivragrs de vons que roiis in'nves fait
l'lionriei~r de ri'erivoyer. J e roiia en reniercie viaeiiierit. Jt:
ri'ai eniore pu que lei y:ircoiirir, inais je irie ferai un ylaisir do
lea lire <:n entitw.
J e crois q11e YOUS a ~ e zadoptl: Ia b o ~ i ~ ini6thode
e your in-
voquer l'attentiou de vos eoneitogens i! une eritveprise qui litiut
devenir in~porta~ute ponr rotrc patrie, et: si Ir8 cssais prwlimi-
naires iiidiqiieiit Ia riussite, que vous ii'aiiraa pns a voiis es-
patrier, coniiiie Santos-Diiniont, lioiir nicner vos ideei. :L boii-
iie fin.
Quoirpt. A\-inteur l>our nlon propre coiiipte, j'ai dit dans
un artiela qiii r a Utre public' daris la nourelle I-dition de 1'"En-
cycl<ipedis Brittanica", que le bnlloii dirit.enblr coiistituait le
type que les gouvernetnents doirtant dúgager en attendant i'éyo-
qne a laquelle la inaehine volante viendra le rernplacer.
J e base c<:tte ol,inian sur deux fait,s : 1."qur le ballon offre
uiir sbciiritC (restreinte) inciependante de Ia propiilsion, et '.2
qliiil est hieri prOs d'obtenir une vitesse de 15 a 20 mhtrcs par
seconde, 7-itesse qui peut s e i ~ i rii Ia guerre mnis n'ayant aucune
valt:iir coininr~rcialle. Ponr arriver h cette vitesse il faudra fai-
re trPs grand, et les drux points espitaua soiit : 1." IA forme,
qiii drvrait etre encort: meilleiirr que celle dt: Krnard & Brebs,
et 2." 1.e moteur: qiii doi Vtre le plus Ilgi.er possibla.
Pensant que l'avenir &tait h I'Aviatioii, je me suis peu oc-
cupé des balluris, et je iie sais si je puis vous E t r r utile, inais
je serai toujours h e u r e u ~ de rous faire ~iiirt du peu que je
sais.
J e tiens toujours les 100 francs que vous m'aves envoyh B
votre disposition, et je vous souhaite bonne ehanee dans votre
entrepriie.
Crnyez, cher rnonsieur, as mes ineilleurs sen-
timents d'estime.
O. C H A S ~ T E .
A l a v o u r a de c a n n a e m S. P a u l o
n o a n n o d e 1800

SBSHOR:-O Augusto Avô do V. A. R., o Senhor Dom


Jos<i 1: de gloriosa memorin, querendo proiiiorer o augirirnto do
eoinn~ercio8 da agriciiltrira, e <~specialtiieiiredas Stabricas d e as-
suenr, que faeeiii hoje a base iiriiicip;~I drstcs vastos dnniinios
de V. A . R., eoiicedeii par unia portaria de 26 dc! Abril de
l i 6 0 nos acriliort~sdas ditas t'abrie;ri o pririlegin de nxo se po-
der fnzixr exeeuqáo riellas, riias uni rios seus rriidinientos.
Esse pririle;io, que foi concedido < . x t > r e s s ~ " ~ n ~
aos
n t eenge-
nhos do Rio de Janeiro, coinprt.lieiide sem duvida alguma una
da capitania de S. Paulo, que nesse t<:nipo era subordinada
áqiielln do Rio de Janeiro (2). pois (: certo que sómente foi de%
meiiibrada della no anno de li(+%
O giro x.egulnr do euinni~i.çiofez que nesta capitania nunca
fosse preciso ao; senliores dos engenhos iaiereui-se desse privi-
legio, nias presentemente aeontecr que tendo h a annos Icvan-
&?do muito de preço os nssucares e aiiiriiarido-os por isso mesino
muitos a augrnriitarrm as sua8 fabricas e outros n erig-irem na-
vits, reytintiiii~iiientrx, frita. de coriitiiercio occasioiiadn pela
gurrra, deu este ;mero ein notavel baixa, apaiiiir~ndo n iiina
grande parte dos fabrirniitrs de asaiiciir eiiipt!iiliados.
0 s credores, que só olham para a suit eonveniencin, fiagel-
lani os derwiores com ruina iiotarel das fabricas,
muiro esta iiov:~rilla de Porto Fclio (3;): que principiava n fio-

i ~ ) ~riiioipenegcnte que mais tnr<le foi rei oam 0 nome de D. JOBO v i ; estava
garernnndo o roino. provisoriamente, em nome de sua m&e, Dona ~ a i r sI, qne perdera o
jniío peim aonos ùe 1780 e hiiecro em i.!6.
r21 A capitania de S. Paulo. oreada em 1708, rol iopprimida em 1 7 i B e anneaada B
do Rio da Janeiro, eendo rcriaurada em 1 7 6 6
(3: Foi desmombrada do monicipio de Yt6 e elevada 6 iiiia em l w í , rendo ai6
esse anoo denominada freuaiiia da draruiitoy~olia. Ere ainda o erande porto de em-
barqoc para Xalto Grolno. do H.)
rrcer n a rultiirx desta estimavel planta, unica que pode frlici-
tar aos fiei5 rasst%llos de V. A. R. nestes sertões, pela grande
analogi;~da terra para a prodiicç%o destn vegetal.
E iiús, c p c o lxexente aiino, seg~tridoas ordensçües de TT.
.i. R.: serviiiios rrri cainora, jrilgindo-lios obrigados n 1 a
yatrin da ruinn que a aiuenqa, j h recorremos ao governador e
~a,[iit,a<i-~ener:il dest:~capitania (I), sonieilt<- deu a iiiteriiia pro-
yid<>nciaqno riho desviari a ruina desta rilla e de toda a calii-
tnnin si V. A. R. iiào for servido com teiiipo niand:v deriarar
r p e aqn<,lle privilegio conipr<il-ende os eiigonhos desta. capitania.
P < , r isso recorrriiios :L-ara a V. 9.R., sulililicm>do huniil-
deuirrite s<! digiii. coriceder 8 0 3 fabricantes de assuenr e lavra-
dores dr: çaiiira. t: aos seus p ~ r t , i i l i ~ t adesta
s c;qiitaiiia o lirivilr-
gio d< n i o srreiii rxecutndos nos perteiiees do siiila fi~hrieaic
esrruvos; di,verido os cridores ser pagos pelos rendiirientos del-
I;is; os quaes d<ryrrn sóiiieiite ficar obrigados ti iiiiportnncia das
dicid:is, ljarii a sua seguranca.
Nos ssçi~iio esperamos da. ~ r a n d e z a com que V. A . H.
tnnto i i v a r e i r aos se115 fieis rassitllos r ; eni nonie destr l?oyo,
hiiiiiildcine~iteo sup[~licamosa V. A. E., r u j a Augiista Pc~scoao
CCo ?:.~i;~lde,101, muitos unrins. Villa de Porio-Felia, eiii cniiiara
de % i d e Juiilio de 1801. E u . AndrP Gouies de draujo. rseri-
\-;to d i ~eni:inr;i, o imc~.evi.-ri?tdié L > i i ~ sde Agzrini., jiiia ul.diiio-
rio í2j-dittin~fo <I<. Ali.i.cr<li~S i , vereador.-,li~i~ocl Jmd de S.
Paio, rr,r<iador-diatn~~iode B I . P I L T,eite,< ~ L vereador-Jligiwel JDUo
<?e Ci~stro,l>roeiiradur d : ~eainnra.

111 ~ntaii!o Irmoel ae Castro c Xendonci, canitfio gcncral de 1791 s lr,??. cus
corresi>ondincio; foi ~ u b l i c n d rnas i o l r . x X : ~ e -xxx da drclfiitiu do l;8!ailo da S. Paz<lo.
c?) ~ r r,cto a de D. Sitnio de Tolcda Pisa e primo do oapitxo aodré Dias de A b
p ; ~ ~ ~ l i iqtuaer ~ l e r r mfioora n n ~iisforiadn eaniv~nia no seeulo XIIII. lieixau
grande de;eeniieocin. nendo nm d o i sei18 filhos o ouniclheiro l r o o e l D i r i de Toledo.
e loote da aoadenia de S. Paiilu. preildente de Hinaa Geraea e d e ~ o t a d o geral
~ u foi
om l l i i . ,L\:do 8.)
T e r m o d e Erecqão d a CapelIa
da F r e g u r z i a d e Nossa S e n h o r a do 6

Pedro .TozE de Yornes p e i z a que o iiiiiito Reverendo Snr.


C u r a da Si: Cathedrnl drstn. Iriiliorinl Cidiide d e 880 Paulo, re-
veiiclo os Li\-ros r Assentos eoiiipotoiites, llie liasse por certidão
0s iilteiros theores de tudo qiianto coiistnr rrlatir-nrueiite ás terias
niiile st! acha eollueada a Fr<~:.n<~ziado S o ~ s aSenhora do O',
coni d e c i i ~ m ~ 8 (ai
o liourerj dos liiiiites qur? psrsonnlisaari, como
citulos grciiles c1eis:is terras, Puas ~ o l l f r o n t i ~ ~ Ü ~s,
etc.

C~,rtifieoque :L follin 18 do Livro do Tombo d a Freguesia


de S& se neliaiii os nisentos sehiiintes :
i T j t , ~ I vde erccpi,, e ixsfitziici<r,dra ((cpellu rle X j s s a 8enhoi.n.
rla ES~~LIYU'L~:L, I~r>jetitz~io170 O', .titi~~Tada p21. Jfaiwel Preto (2).
distar~tedmta Cidade ditas legi~as,?irais u i ~nreiros, e ~aellaserae
<~ctiialii~e?ite dc Pivteetor dirtvzii, de ,lfoi.i~cs de ~Ifiz~Zureir~r, des-
ceiadei~tedo f't~ii~Ialnrloi., os ~ I < ( L P St i t z ~ l ~pi.i,i:isciu
s, de erecriio e es-
~ P i p t l l i a</e clou$~iose a i l ~ ~cin m uin lit:i,o q , , ~ s e i w rle nssentni. as
.fabi.icns C$rpellrr, ~.t~biienrlo
~,ie.sir~a coii~n. i.iit>rica -Pr~mno-,
que tudo 8a acha por traslado.

111 Extrihido do livro do re,nirtro ~ a r o c b i n ida freguazia do V e OKereoido ao Ins-


titUti> pelo socio d i . A. de Toiedo Piza.
I Ilanaei r r u ~ o .6d31go ~irnlistn.foi bomem muito rica e nert;me:o das mris Ta-
Ientc3: conirnindou. com Anloi~iaRagaso. a expcoiçio q o o destroio todis a s reduoç4es
jeruitioan do Guryrd, pelos annos de 15?8-~31:fere grande f:iaenda com qonotidade <e
oseranos e innios iyg# seganto Peòro Taqneai na freguaaia da O', euji eapellr fuodou e
dotoo, roi casado com Aguedr Radriouei o dcisau delcenùcnoih.
(AT. da I?.)
Diz 3!arioel Preto que elle iein devoeno de fazer uma ca-
pella de Sossa Seiiiiora da Eslierairca y:ira nella se celebrar
Missa, porqiiaiito esta ioiizc da rilln \ l i e não podo acudir á.
hilissii -tud;tç as vezes que 4 ohrigitrlo, nein a sua ;ente, que. é
muiia, lielo que yede a Vossa Sciilioiia Ilia d e licrnqa l>;Lrn se
1evaiit;:r Altar nella, pagalido a Charicellnria ordiiiaria, e possa
antevror seus defunctos, bapiisar e casar, seiido priiiieiro os ba-
nhos corridos ila \iatriz. no que receberi iiiercP.
D c r r a i ~ o:
Ynsie iia tbrnia ordiiiaria. 1Zio de Janeiro,
2!l dc Sciembro de l(;l5.-0 ddiiiiiiisiratl<ir.

hln:.L<-.ii da C,ostn lloreia, Aitetoiiintr iljioatoliea~ Prc,lado e


Adniiiiistv;idor d ; ~Cidade d e Sfio SebiiariRo do Rio de Janeiro e
das iii;:is ('apitaliias e siini Ttepartiqoea dn banda Sul, Conimis-
sario do Saiiio OiKcio e da I3uiln <Ia Saiits Cruzada nesta dita
lteyi~~ti<;Wo:-Faço saber que h1;inoel Preto iiie fez petiçzo n a
outra iiirin tblliit strnz e eu. rendo o seu pedido ser justo o
desc,jei!rlo fiivorecer o seti pio iiitriito, ,puz por nieu dc.spsrlio se
lhe pa~s::i><: provis;io n a iornia orairiaria: r e l u qiio pcia presente
hei p,~:. !>c." e irrvic;o de Sossa S i ~ ~ i i i o idar
i ~ licenqa ao dito
llaii<iri l'r<,to, coiiio caiu efi<,ito doli, para poder de 1101~0le.va~.li-
t;ir e rigiirr urna Iriiiide do Sossa Seiiúora da Esperariça e nell:~
levitiitiil. Alaar para se reIei>riir no sitio e logar que ini,lhar iiie
yarcecr, ii;i siia fazrndii, and<i ora reside e v i r e , qiia i' no dis-
tricto da rillii de S a o Puiiia, hyi,othecando, porem, ~iriirieiroa
s u a dite'. terra e. fmrtrida, coiistnrido ser sun; e obrigando-je por
si r reiis bcrirs a fabricur, rry;ir;ir t: euncerrar a dita Erinidn,
ficarrdo seinprr vinculada a ditn ti:rrs a sobredita: por ser assim
earifo~.mi>i$no Santo Coricitio, e n%o se poderi celebrar na dita
Er:xi<i;i sem priiiieiro ser por mim vizitadii ou par queiii miriiia
eoniriiisi30 tiver,, para ar ver i e i i s t i drcvntern~iitr! fz~bricad:~ n
arn;til;i t ILr a;iigiiai. u R ~ T Oque coiivenienteriirnte Iiarerer.
E ~ w y n a n t oa dito JInnoel P r r t o !em satisfeito com dois
marvos a oidiiiaria d a Cha~icellaria,llie rriaridei passar a presente,
peki ilnul iiioiido em virtude da obediencia 0 sob pena de ex-

:li Xni 1918 R. Panlo era ainda uilla, sendo elevada B cidade a 11 de lolbo de 1111.
depais dn guerra dos emboaboa.
da R.)
communhão maior a todas ns pessoas d e qualquer estado oii enu-
diq;~o q u e s e j a m , nho iiiilieqain ao dito lfnnonl Prrto ?;ta obra,
antes lhe dcm para ella todo o favor que llieç for lir:dido; e
esta se registrari liara que ;l todo n trnipo eoiistr. do so1,redito.
Ilada c I>as3ada nesta cidade sob o nieu signal e srllo aos
18 dias do inez d e Setenibro d e 1615 aniios. Eu, o pndrr Pedra
Homem de Albenaz, escriv%o da camara, ora serve Adininistrador.
Fica registrada n o livro de ltr:istros, a fls. 1 2 n a r o l t a ; e por
verdade iiie a s s i ~ n e i ,hqje 20 de Outubro de 1615 annoi.-Pedw
Ihrn,er>~de Alhernaz.

TR.ksl,auo DM E s c u r ~ ~ mDEa B O A Ç&I:%


~ O 3 . ~ 2 ~ 1~ 1~ A K O E PRETO
I. E
SE& h l U i H n R AGUEDAXOURICICES
A ?IOSSASEXHOP.A
DA ES-
PEK4SÇA.

Saibam quantos este publico iiistrumeiit~ode escripturade doa-


$ 0 virem que, no a11110 do r~:~scimentode Kosoo Seiihor Jesus
Cliristo de 1618 arinos e aos 15 dias do mrz de Ayosto do dito anno,
i ~ e s t a Cilla de Sâo Paulo, Capitaiiia de Silo Vicerite, Parte do
Rraail, nesta dita Villa, nas poiisadxs de Manoel Preto, aqui mora-
dor, onde e u publico t a b e i l i : ~fui
~ chainado, &ando rlle ahi e bem
assiiii sua miilher A,peda. Rodrigurs. 5 lopo ahi me foi dito a mim
rilbelli5o por elles ambos, iriarido a iriilllier. prra~itkas tesb~inunhas
que se achavam presente.^, r por enda um drlles, que eoiiforine sua
rorisão e licença que tinham do 4dniinistrador Prelado deste
Sistricto, IiIathous da Costa Jloreiar, que logo a~iresentoii:doque eu
tahrllixo dou a niinha fi. viva, tiiilinni lieeiie;i p : m lersiitnr iiinn
Fimida eoni a invocaqdo d c A'ossn Srii.h.oi.a da E,spert~nc<i, P nella
p d e r lerniitar Altar liara se celebrar, o que tudo tinliam feito no
sitio e logar onde tem a sua fazfinda, que se arliava da bandn de
alem do rio chamado Anharr~hy (11, em niin terrna chsniadas Sitio
du J<iimguri (?), districto desta villa, c, para cumprimento da dita
provisio, na forma della, diziam aiiibos juntos e cada uin por sua
vez qiie elles eram contentes, em um só eoiisrntinieiito de hypothe-
ca, como eoin effeito disseram que pelo rheor desta escri]iturn lia-
viam Iior liypothecadas, d e hoje para todo o tempo, á dita Ennida
e Capella as causa%seguintes :-O sitio em que elles virem, com
suas casas e qiiiiitaes, o todas as bemfeitorias de qualquer modo e
maneira qiie sejam, e um iiioiriho que tem feito, pegadli na mesma
fazenda, com mais de meia legiia de toiras de mattas mauinhas, e*

1) Anbemby oo TietC. qne passa perto da freooezia do o'.


a) ~e jora.senhor, e paio campo on smhw do campa, aegondo Yartioa.
( X da R.)
.
~ o e i pio
~ a rnatto dentro, mria legua de compriiueiito~ e dr tes-
tada o que elles possueri\ e se achar ser seu, e assim iiiais uma
duzia de servisos para hent:fieio da dita Capella (11:assim innis
duas d u ~ i a sde vaecas, com uni toiiro, as quaes coiis;is aciinn de-
claradas d a ~ a m ,donrani o ~iiiciilnvniri~de lin,je a o fim do
mundo, i dira Capella de Kosi:i. Senliorn <Ia Eslieraiicn, ntraz de-
clarada, a. qual doaçio fi~zianientre viios, coiii n declarnçgo qiiç
elles doadores, nrai.iclo e iiiiillier, ein siias ridas, de ambos o cada
um delles, adiiiiiiiatravan~ a dita Capelia de todo o nee~ssnrio,
orriamentos, rcliaraçZto c tudo o mais iieeessario liara o serviço
divino; e com os iiiesn1:is obrigaqfies ficar50 os seiis deseeiidentes
declarados, que eon~eçar%oiio tilho mais velho (Zj,r nfio lia\-eii-
do fillio macho poder8 euecedcr na 1 i - 1 1 e desta
nianeira aos uiais descondeiites liar linlia direita, trrido ohriya-
qáo de trazer soinpre as ditas C O U E I I ~ di,elniadas vivas, seiri di-
minuiçzo nlgiima, nZo podendo vciider, iiaiii t,rocar, uein escaiii-
&ir, iierii alienar nem uiiia das coiisas sohrctlitas, o f:iaeiido o
contrario do que dito 4, ao Sr.iilior Prelado que for deite dis-
tricto, ou ao Vigario desta ril!a, llie liodei~iporilin cobro nisto,
p r a d e i t o d e tudo est~xrsczuro em sua força r? rigor, s r ~ ndi-
niiiiuic%n alguma, (3 n pessoa que disto tiver cargo e cuidndo se-
ri obrigada a ~?isiidnrdizer ciricocnta Jlissn~,s e ~ i d ocinco &Essas
e m cada u m anno por alma. delles, iniirido t. mulher, & Nossic
Senhora, e posar?i a tal ptissoa d e todos os mais usos <: Sriietos
q u e a dita fazenda render: e para todas estas roiiças se ciiin-
~ x i r e ne ~liaserem efeito, eoriforine n dita lirovisRol o'urisarain
seus hriis inovei3 R de raiz, liaridoi e por Iiavitr, para que eiir
n a d a sqja falso o ciiniliriinento drstn eseriytiirn, e i > ~ d i n n ai to-
dos os Serihores Prelados e a todas as justisna d r Siin IIagrsta-
d e em tudo façarii dar verdadeiro coinl>riinento, scm dimiiiiiiqâo
algunia, por todo o dcelarario ser sua ultiinn voiitad<l e iiin ç i i
eansentinienta; e por .%sim sm!m contentes m a n d a ~ n mser feita
esta eicrilitura de don@o, que se oJxiga~-ai,i a cuiriprii., iiesti
riieii lirro de notas, donde riiniidnrain dar os traslados necessii-
rios, estalido por testeiuuiilins o 1lr:vereiido Padre Vigario e o
ouvidor d r ~ t villn,
i~ .João Pirnentel e DioFo Aireç d r .&guirre,
Provedor das mirias desta Capiaania, e Frarieiseo, Jorge, aqui
inorador, e por ella doadora n%o saber asaisuar rogou ao Rei-e-

1) Escravos sfrieano. on iodior levados ;i capeila ~ e l n doador.


21 O niha foi Antonio Prcto, qie seD cason ooin Cafharloa da ~ i b e i r s ,n1h6 ao ~ n i h
doi Boena-o acc!nrnado : morrem sem Alhos e sun r i n v a se cimo com Anfooio Ribeire
de Maraes. qne foi capit5o-mdr de 8. Viocnfe em 1G:B. í i d c 3-01. r. paz. 178.
(S. r7n R.)
rendo Padre Mailoel Vaz assignasae por elln. E u , Simno Rorges
d e Ccrqiicira, tabelliáo l~uhlicojudicial e de notas desta r,illn, por
El-Rei S o s i o Senhor, o escrevi.-Jlr~irorl P~nto.-O P'. ifmioel
Táz.-l~'r. Hri~nem Couceiro.-Biogo d g r c s de Agztii.re.-O Vi-
sarin, Jriiro Pimente7.-Francisco Jorpe.-O qual traslado de es-
crilicura de doaqao, eu, sobredito tabelliáo, trasladei da l~rol>ia
quo fica toninda eni nieu livro de notas, e todos assipiiados, a que
me reporto, aos 1 6 dias do mez de Agostii do 1618 anrius, e
aqui os meus sigiiaes fiz piibliços a claros que tutis i~o.-~>'iniün
Boi.ges de Cerqueii.a.-Kada mais se contam ern dito livro do
Toriibo acerca da erecqão e inst,ituição d a frr,guezia do O' c ao
dito livro iiie reporto, tendo feito nesta copiar de c e ~ b an<7 ,rei.-
úz~iiitudo quanto no mesmo cxiate a respeitol indo por mim só-
irieiiti: cnrrrrndo o assigriado, e tudo sob o juramento do m<.u
cargo. 8L de S;io Panlo, 2 de IIaio de 183ii.-0 Cura, Jinrrcli-
i ~ oYerieirn Bue7io.-Desta 1ff280.-Feii.eirn Burno.-Foi apre-
seiitnda por Pedro Josk de Iloraes a 9 de IIaio de 1S5íi.-0
Vigario José Joaqi~in?<I,, P~ec7o.-Santa Ip1iigenia, 13 cle Maia
d e l856.-0 escrivão, Aiahirio JosB b'oaies.
O monumento do alto d a s e r r a d o
Cubatão
Tendo D. Brriiardo Josr: de 1,orena iiiondado fnaer impoi-
tantes irparris n a estrada d r S. Paulo ;L Sniit,os, ~ ~ r i i i r i ~ ~ a l i n e n t o
na dercida da serra do C,uhab3o, fircili~tiidoasiiin o transito en-
tre 3 costa r. O interior e hrneficiarido o cnminercio, a raninra
municil>nl dn cidade de S. Paiilo dirigili-lLe o seguinte offieio :
111."" e. Er."" Sem.:-O povo dtsta Cidade, que com tanta
rnaio se p1ovi.a de ter a V. Es." pr~rAlma Illustrn, a cada can-
to não cessa dr. repetii.-lhe o noiiie anindo, npoiitando eoiii o
dedo as ni;i;niíicas obras de Ornato e Si,;iiraiiqa eoin qiir o sei1
Grriio vo.<iadeii.a~.incritchoroiro triii rnliilrl~ndod r eiini>t>i.rrrl-n,
serido medit;:dits e yiiasi a uiii teiiilw c o i i c l u i d a ~priiicil>nlinente
~
aqiielln do primeiro carta1 do seu corniiirrrio, que V. Exia neahn
dr. segurar-'];c trrr;~~l:tiiaiido t, c;ileaii,lo-lhe a serra rnnis
brnria e iiitinnaitavcl qiie a. nnturez:~ llie poz eo111o burrrira
imItelirtra~-el,devideiitri dn sua, t%o prceis:~ llarinlia: 1ZaeRo esta,
Serir. Ex."", porque este Senado, eoiiio cnbrc;i do nlrimo pol-o,
seguindo os r<isbi;ios d i ~culta Eurolia, st: coiisidera n a estreita
oLrignv%o de consagrar-lbr- uin recorih<~ciinitnio obsequioso que,
açsipiialando a Fpaea feliz do seu prrzriite Governo mrinorarel,
sirva igiinliiici~ted r util eii~ulnç&opara os viiidoiiros; por isso
Accard:íinn8 il<i 1rv;antar u m riioiiiinxinto de nati\.o innriiioie ilo
alto da dita serra do mar, coin a insci-ipqio jiiiita; onde leia,
respeitoso, o carniriliante o rrnqire ilIiist,re e aina.vo1 nome d e
V. Ex,", r, caiicebsndo a clara idêa do benetieio, leve tainbem
conisigo a da iioesn jiratidâo e reeonlircirnento.
P a r a isto é que vamos a suppliear d e V. Ex." a precisa
faciildsdr, setii que obste para o ronseguirn~oso ser o districto,
em que assentamos fixar a mcmoria, pertencente .i Cailiara de
Saiitos, que ainda que excitada aisente o mesmo ao depois, oii
dererrros yreferil-a pela primazia da lembrança ou não deve
impedir-nos, podendo levantar outra.
A preciosa vida i, saiide de V. Ex." Beos guarde muitos
annos. S. Paulo, em Caiiiitra de 22 de Sereinhro de 1790. 111.""
e Ex."" Sriir. Gol-ernaddor e Capitão (~~e~ieral.-FirmciscuJas4
de iSaii~pi,nioPeiznto.-Jo8o Dias Pei.ei~a.-~llannel JosC de Cas-
tro.--José fernandes A7~~nes.--Jus4Piiito Tcziai.es.
IKSCRIPÇ~O
A G r u t a do Inferno

(PEItTO DO POIITI: DE ( O I l I D R 4 . EJI II~ITIO-GRO~SO)

A niesriia Gruta do Iriferi~o;que :issiri~ ouvi eliaiiinr a qiie


d i i ~ e r r r e uo sargento-mbr Xicardo Friiuro de Almeida Serra, 1ié
uutrn arinndilha de que, creio, at6 o j~resente iiao ti:rii laiiqado
iirxo n gentio por iiao ter dellc dado fk.
Piira exniiiinal-a r cuinprir com as soboranas ordciis de S.
3Ii~g.' salii darluellc presidia lielas $ homs da iriariliâ de 4 d i
Abril de 1 1 eiiibareado eni canoa ligeira r equipada, e rrirn
uina hora e quarto de eaii:inho que fiz, rodeando a rolliria prln
parte do S o r t e , cheguei ultimoinrrite no porto d e dcseiiilinrque.
donde. gastei ainda uiii quarto de liora cm subir ate a boeca da
inencioiinda g m t a (li.
E s t i situada n a contra-costa qiic olha liara o rorti., c o ~ -
respoudendo bom ao logar eiii q u r x , Iin face opposta, está tiind:ido
o referido presidio. A interposição de uma graride pridra d i ~ - i d e
u siia boece eni duas, n primeira de r'ea aliri rios de coml>ririieii-
to, a riinio de S. S., com sete de l;irguru, e a seguridn, qur:
Ilie fira ~ ~ i ~ i c r ei oonde
r entrei, de onai: palrnos de earn~iriin<into,
ti ruriio de S. O., o oito de largura. Pplo que si rnostrniii
arnhns iiinguein pode ajuizar do que dentro <i sirnilllanti: gruta.
O mesmo sargento-inór Kieardo Fraiiin de h1mr:idn Serra, qual!-
do n e l l ; ~entrou e a descrcveii, ii%o a viu eui toda qu;iiito d i1
siia <.xtrniXo e rnaguificencia; 1it:la q u e se alxuiii até agora tem
eiicnrceida u sua deirriprjo, 6 1 7 o ~ q ua~ningueiii occor-
reu exaiiiinitl-a como dava ser: para ver e conhccer qiiarito G
ella sulirrior :L todo o encarecimento. Ngo 6 como a c e l e b ~ a d a
Gruta das Oncns, onde, ereeptunda a grandess, nada mais lia

(I) E ~ noticia
R e uma vista desta fnita vem na viogm oo redor do trasil, do
dr. Bererinnodi< Ponsech rol. I. psgs. 271 e aemhter.
(h: da I!.)
qiie Ter seu%o aglli~,elltlllhos e nloiccgos: liorein n a gran-
deza ;i deixa niiiito a perder d e vista a G r u t a do InTeriio, di-
g n a r<!rt:im<into de u m innis ttpropriado noinc: do que cste, r p c
Ilie poz qnem a vi" primeiro, que seiii duvida sti horrr~risou d a
sua rseiiridXo e profundidade.
P:ira veiillie o fuiido iiie condiiai corli niuito p i t o por
irna preripitada esearpa abaixo, at6 dar eoiriniigu n a profuridi-
da& de 190 palmas, sondo aquclla rscarpn uni erioririissinio eir-
tiilho de. ,iedras abatidas das abobiidns q u e constitiiiiin o t e i t o
d a gruta, por onde está aeriipre pttejiilido ngu:,. 1Iart.harnin
adeante. de inim doze pedresres, com outros titiitos nrclioies q u s
eii p r e ~ i d e n t e i n e n t eliarin inaiidado accenrlrr, n j o sú para guin-
reni os iaieus ynesos a o d e i ~ ?por ~ u111trio t~nobl-oso ~,r<xipicio,
nias tanibeni Dara illuniinnr a criitn de iiiaiieirn. uiie a iiudesseiii
ver h xwiitndc anibos os desei~li;bdorcs que me ~ c o n i y ~ i i l i a v n n i ,
,>ara a desenharrni eonio ronvinha. Por<iin t%o ,crand<! se foi
êlla niostrairdo e t i o teni?rnsaiiieiite escura que, ~ ~ ~ a l h a i i d o - s e
11s luies, apenas via cada ilunl o ~irecipiciod e q u e escapara, si
bem qile nssim mesmo nos ionduaiinos seni a menor lezho atC.
ch<lyarmas ao sou verdadeiro fundo.
Eis aqui onde a Xatnroza iiic tinha p r e ~ p r a d ou marnii-
Ilioso espertiiciilo que rrcoiiiperisoii digiiainerit* tanto o perizn
como o nieii tiaballio ; liorqiie olh;rndo, i primcirn vista, 0 todo
que se iiir oEerccia depois dc distribiiidas as luz~ise m propor-
eioni~das distancias, reprcsentou-se-iiie uina iuesquita suhterra-
iiea, que, ol,srrvads por partes, de cada uina dellai saltava aos
olhos iiirin difl~ii.reiiteperspectiva. A qne do fundo dnqurlle gxtn-
de sal20 se otrereie A vista do espectador, eollocndo nn cntruda.
dellr, é de u m niagniiico e çun~ptuoso tlieatro, t,odo elle dceo-
rado dr: eiiriosissimos estalaetites, uns depoiiduradoi da a l ~ o h a d a
que ronstitiie o tecto, coma outras tantas gotteirns fusiforiiies,
ciirtirs 0x1 coinpridas, grossas ou delgadas, redondas o11 roiiipres-
sns.. siiiir,lioes. bifurcndas. mmosas. varilicosas. tiiberosas, ctc.:
L
outras alçadas ao liarimento i'iiinileira dda pilares, coliininas, eo-
luninetas, 1is:is ou cancllarlas, pavilhões do cainijo, ctc., e iiiu
destes t%o grosso que dois lioriiêns o nXa abrns;irr;.
Ao lado esqiierdo dii iiiesitia saln se deixa r a r como debru-
cada sobre ella uma soberbissima cascata ~ i a t u m l , com todas ns
suas pedras cobertas d e incrustaqões esl>atliosas e c a l c a r e : ~ ~q,u e
o q u e iriais vivamente representam pela sua alvura são os bor-
botões d e escuma que fazi;iin as aguas precipitadas daqueila
altura.
E m outra parte, pordin do mesino lado, estio espnlhados
diversos labyrinthos q u e cada u m de per si constitue uma ciirio-
siuaiiiia priita. S e n i aqiiclla sala a sua liiilia de direcciio la,n-
qada a o riiilio de 1,. O., qiie 6 o rnesnio que si.gut, o interior
de toda e 'riita, com it diEereri~ade. sr:r ciiizarlo pelo que se-
pite a boeca inferior, yue 6 de K. S.
T'iii~se que tão sóiiii,,ire o sal%o, ii~cluidauma. recninarn sua,
tiirlia de eoiuyriinento toaal 510 ~ialiiios. Todo o seu lilano) que
alib-. e r a irrei.iila, se havia então convertido rni Iiin r a n d e
Inpo de a g u a salobra, ~toréiiiclava, fria. e cryrt,nliiia. Kecor~lie-
esu-se que pouco ou nenhui,~ eiirso tinlia. lior estar reiiesada
ela eiiciierite do rio.
Ora, coiiio nestm e em outros recoiiheciint~ritos se passxaiii
as r p ~ a t r ohor;is que decorreiaiii di-sde as 10 da n~nnlia ati. j3
2 da tarde, iiiceedt:u que se ~011~1in1irnimos arihoi.es e a dili-
geiicia de desrnrolver o que alli r i , que era mais iiotavel, ficou
r<:jrrvada IJeua o sr:.uii>te dia.
Volt;iiiioi com effrit,ol já ciitãn aconipanlinrlo do inesiiio sar-
~r1ii.o-iriúr e dti nlgiiiria liarte da giii~iiii$âii,qur quizeraiii todos
l ~ r r s c i ~ e i aas
r mnrarillias que lhes contavanroi; 1iori;m desta se-
yurida v r z hiiios b&o mal siiccedidos coiiio da primeira porque
a gruta ainda cniiserx7ara o fuiiio que l h e liavia deixado a illii-
iniiiaçho do dia siiteeedente e os iioros arihotes que se fizeram
s;~hiraiii delgados e t i o inal hreados que dnvani uina Iiii. riiuito
ciiasua i ulliiimiiimte as f ~ g i i e i r n o~~I I Pelit;lo l n r ~ b ~ oZuP C C I I ~ ~ T
p m a "ui>stitiiirrm os archotes: acabn~aiii d e o defuiiiar de modo
que nem o fogo podia nluiiiiarl neni 116s l,odiaiiios respirar.
T a r c e i t . ~vez voltaram n ella os desenhudores; que foi quan-
do se al>r<tml~tarmn uns eocos chiios d e azeite, que g e n e r o s e
ineiite deu o comimandante, para serrircin d<. luiniriarias que,
ainda qu<, poucii luz davam, 3einpre dera~lia que foi bastante
para sr: tirnrem os dois prospectos qiie tenho.
Fóde nayuella g r u t a aquartt?!ar-se a ront,ade iim corpo atA
de l.WO0 hoiiieric. iieirliiim w s t i g i o acli.iiiius de ter entrado
outra qualidade de gerite junta qiie nho fosse a da expedição
passada e presente. O que vimos d e s l ~ i i m asorte alterado por
si inra!rio mostrava que o ltavin sido por rnão curiosa l>oriin~
dos conhecidos signaes que eostuina deixar o gentio ncnlium
achiiiios .
B?exnllr?re Rodiigues Ferieira.
5 de X a i o de 1791.
Escritura d e venda d e t e r r a s a D. Luiz
Mascaran h a s

Cópia.-Escritura d e Venda de quinhentas braças d e terras


em testa, chamada J ~ c a n EGrAirA, Lerriite da B E H T I ~ C que
. ~ ? faz
I Y I . Xria'.
~~ Rarnos ao Ill.'"" e Çs.~'' Srior'. D. Luiz \Insc.un-
nhas, Governador e Capiti~o' G<,nei.al desta Capitauia de S.
Paullu, por preço e quantia de C ~ m t o ,e Siiicoentn mil r6is.
I.:rii uonie d e Deos: Anirii.-Saibio qiiantos este puhlico
instruiiiento de í!sCritura dc C<inil>r;i, e'i'enda, oucorno em di-
reito milhor lugar haja, e dizer se possa, vircni qiie rio iiniio
daNssciiiir~iitodeKosso Senlior .Teziii cliristo demil ?sete sen-
tos, quarenta e outo, aos q ~ ~ a c r ndiass donirz de J u n h o do dito
aiiiio nesta villa rpraça. deSantos, erii cazzis deniorada do Illus-
trissimo eExcriiIent,isrimo Senhor Dom L ~ i i eIIasearenliae, Gover-
nador, ecayiitari Grnertil desta Capit;~iiin de Rani I'xullo, por
EI-Rey iiosso Senhor ; onde eu Taheliiiii ao diante riomeado fug.
vindo, a h y i i ; ~rninlia prezenqa e das teitrmiinhas ao diante no-
meadas, e iit,sta aasiiiadas, apai.ccrraó presentes pirtes, E n t r e
Sy outurgantrç; &Saber deliuma Ci>mri vendedor 3lanoe,l \Iartiiis
h ~ n o smow<lor n a A e r r i o y , c: liui-n eszante riesta Villa, e da
outra Coino Comprador o lllustrissinir,, e Excellentissinio SrnIior
Dom Liiiz \Tiiscari:nh;is Goveriindor, e Capitao Geiieral de.sta
Caliitaiiia deS;iiii Paiillo, morador iiestii dita Villa, pessoas reeo-
nlieiidos deiniiri Titheliâó pellxs -rn!,rias aqni norrie::das. e no-
fim dest,a liata ;i.ssigindas : E L o p pelodito veiidedoi Jlanoel
ttartins R:rmos foy dita a mirn Tahrliiib per;inte as ditas testc-
rnunhas. que t!ntri! os drinais hiris d e raiz d ~ ,que era Senhor;
e possuidor, E e r a bem, a siiii huiiia sorte d e terras cita ria
paraSr. ehaniada Jacai-2 g ~ i a h a ,Lrmite da Dertioga, tenno desta
dita Villa, euja sorte d e trrras consta dti qiiinhentas breqas em
testa para ;i parte do nisr, eeorrem eertãó dentro de mato vir-
gem, tho euteítnr nos picos do Serra, e pnrtem de banda do
S:iseeiitc coni terras dolle dito Illustrissiino, e Esce.lleiitissiiiio
Coriil>~ador,e dabanda doi'oente Corii torras liiirtriiceiites aos
lierdriros deTristio de oliveira, e Aiitoiiio Ferreira: u qual
Sorte deterrns asiiii eoiifrontadas, el'omo ellc dito v<:ndr!dor as
l>osme, esta jiisto u vender aoIlliistrissiiiio, eEzcellcntissinio Re-
rihoi Doili I,uiz hlascarniilias, Governador e C.zpit.iiú Geneml
d a t a Cr.liitairi:i deSnó l'aullo, Coiiio Coiii rffeito lhe veridia de-
hoje plra todo Sempre a elle dito Illustrissiino el<:icellentissiuio
coinl~r;tdor, Seos lirrdeiros e siieessnrrs por preqo, equaiitia certa
estipiilnda c njiistadn entre. rlles partes de cento e siiieoeiita iiiil
rcii, q110 ell<, dito Illustris~iinoc Excelleiiti~siiiioCoinliradur logo
<xibio!eiii niuedas correntes nest,e estudo do Hruail, que elle wiide-
dor logo r<,cel~eo, e tornando n Contar, arliou est,ar aerto, deque eii
'Cabeliiii doli rninlia fee, e di!lles se deu por (wtreguii : $2 llior os-
t a escritura disse dava iileiia e ,geral , ~ u i t a c a ón elle dito Illristriu-
A .

simo. e Escelleiitissimo tonq>rador;saos lierdeiroa, esiieeasores para


na6 lhe ser tornada a ucdir i>orelle dito vendedor nem por seus
seus herdairos ou siicet~ssores: as qiiaes terras declni.ou ellc veii-
dedor porssuir por titulo de hcraiica que lhe tocou por fixleci-
riieiito de scii Fay, eujos Titullos logo entrego11 :~odito Illus-
trissimo e Excellrtntissirno Colupraior, ein quem disse ardial e
t r e i p s m ~todo ~ o doniinio, direito e posse, C que clle diw I1-
lustri~simoe Escelleiitissirrio <:oriiiir;iclor podia toiiiur a dita çort,r:
de t e r r : ~lior sy OU seus prociir.idor<:s, n quer n toiiiar;e, quer
lisó, doide hoje para todo Seiiipm lhe l i i por dada pehi elau-
siila ( I o ~ ~ s t i t i ~et i todo
: O mais tempo daqui em diaiite em q u ~
e11<: rendrdor 51: aoliserrar nns ditas terras o fica f:var:ndo como
Collono inguiliiio, e proeiirador do dito Illiistrissiriio, e Exrel-
Icntissinio (::arnprador. E outro sim lirnn~rteu elle dito \.ende-
dor, e se obrigou por siia pessoaI c bens lia,vidos e por Iinver
por s?, e 1'0' seiis herdeiras e sueenssores fazer ein todo o tf.111-
110 vrrdadeira, boa, de ljaz, e ~>aeiticaesta reiida a elle dito
Illiistrissiino, e Exe<~llentissimoCoinlirador, 8003 lierdeiros, e
suecessores. e nnó Iiir e111 tempo algum Contr:~o outipulado
nesta escritur;i nem a reclaniar, eiii Juizo. ou fora delle, e que
S e ellr, oii seus suecessores o qiiizerem fiiecr náó s 1 ~ ã 6:L isso
ndiiiettidos sem prinieir. depositarem n a múú drlle dito Illus-
trissinio, r Esec1lt:ntissiino Comprador, ou de seus lirrdeiros a
referida qiiaiitia de cento e eiiicoenta iiiil reis; e que se a de-
im~itarerncm ,Tuizo poderBú elles dito Illustrissiiiio <: Excellen-
tissima Comprador n seus sueeesmres L~?vaiitaraein fia,nqa, para
Cujo iim os h a deudo agora para esse tempo o o r ahnnadns. E
esta elauailln depoaitaria i:screvy, eu Ttlbe1liZ.o a liediinerito
delles pmtes. E outro sirii se obrigou elle dito vendedor a
responder yello contheudo nesta escritura l~eraiite as justiças
dc. Siia liagestade que Deos guarde, onde elle dito Illiistrissimo e
]-:riclle~itissinio Coml>radr>rou seus suecessores requcrereni a es-
ciiçaó e Cumprimento della, para Cujo fini reiiiinciavn, e de-
::ietia de si o juizo de seu furo e domicilia, e todo c qualquer
prerilegio que. a seu favor tenha, e aleyar possa: e logo pello
dito Illustrissimo, e Excall<.ntissin~oeorirl,rador fny dito a ~iiiiii
Tabnliaó perante as ditas teçteinunhas que elle a s r i t a r a esta
escritura eoin todas as elauzulas iiella eqiressadns: E vu 112-
iroel .Lntiiries de Carvalho como pessoa yiiblicn, estiliiilaiite, r
~ S e i t a n t ea estipuley, e aSeilei por quem ~ ~ e r t e n e eoii r Aiizeii-
te for; e nesta nota I,avrri osta Escritura por eiiipedimcnto, e
susprnçab do Tabeliab Aiitonio 3L~iiriz dit Jezus Xaria, n queiu
foy distribuida, a qual sendo lida as partes por inim Tnbeliaii,
a tornnr2ó aSeitar, e nesta nota C<in~igose assignar.'l<i, e Coiii
as tcstemunhas prezentes o CapitaG IIanoel Uorges da Costa,
e Xt,oto de Crasbo Carneyro, pwsoas reeonliecidas de iriirn
Tabeliaó do publico judicial. e iiotas que a <2scrcl-y.-Do)i,m
L u i z ilIasearanhas LI-~ l l a i w e l 21i<(lliri.iiitsIle>i~,,s.- J i a i ~ o e lHorges
c7a Costil. - Deizto rle C<tsbro Cii,,ineyi.o. $2 na6 se eoiitiiih:~
mais em a dita escritiira de retidn e Compra que, cii Sobredito
Tabelliaó aqui herii, fieliiiriite fia Tieilndar do Livro de not-
tas do Tabelia6 Antonio Noriiz, q i ~ :se acha eni meu liader, o
Cartorio por scu empediriiento de SiispeiisFo do officio, e vaj- na
verdade Sem Çoiiaa que diiiida faqa pois o Ly, corri, conferi
coin original a que nie reporto, eiii fi.6 do que inr aSiiio eiii
~ ~ n b l i e oe, rnzo nesta dita villei. nos sei3 de J n n h o d e n ~ i l setr
ientn- quaronta e oito annos. E e u \Iaiioel Aiitunes decarvalho
TabeliXo n fiz escrever, sobscrevy, e assiney. Lugar do Sinal 1111-
blico. 1 - i ~testeiniinho
~ devt.rdade.-.lIr~iroel A I L ~ I L IdeCin~~!albo. LCS
-Conferido poriiiiin Tabe1iZo.-ilfnlniz.oel A I L ~ I L ~Cle L BCarv,ilho.
S

Auto de posse q' totria o 111'"". a Es"'". Snor. D. Luia Mas-


eararilias governador, e Cnlip.""' ga1. desta Capitania de S. Puullo
130~se= procurador o Cap1Ya. lilel. Bor,qt!s da Costa de liuni <:i-
'io chamado JaearB guaba, e terras aelle ]>erteiicent<!s.
Anno do Iiaseimento de Nosso Senhor Jeaus cliristo de mil
t. s-te centos quarenta, e outo, aos ecte dias do mez de J u n h o
do dito anno nesta villa epraqa de Santos em o Citio de JaenrK
gxahn. destricto desta villa, lionde eu fuy vindo, o dlreyde An-
tonio Joaii de Carvalho eiii CompnLia de rniiri rscriv&o para
effrito de darmos posse no Illuabrisaiino, e Exeeleiitissiiiio Senhor
Dom Luiz bla~caranhas e Capitaó General destaca-
pitania por Seu Procurador o Capitaú h[aiio~l Borges da Costa,
o qual <aiterido tamberii prcze.nte logo por elle me foy aprezen-
tada n iirociira<jn<ido Illustrissirno e Excellentissimo Coniprador
da qual o Seu theor e forma h6 o da maiieira srgiiinte :-Dom
Luia l\lasrararilias do Coiisclho de Sua Nagestade, e Seu gover-
iiador, e Cal>itaó Geriersl ncsta Capitania d ç Sairi Paulo Comen-
dadur da ordem d e cliristo. k'ello preseiite nieu Blvará de pro-
eurn,qao por milii sonit:nte assigiiado &?o e Coiistituo por nieii
procurador ao Callitari llanoel Borgea da Costa para que por
mim, e ern meu nome Coirio prezrnte possa toiiinr pnsse d e hiima
Sorte de terras chamada Jnc'~i.6 q~tabiz Lrniite da Bertioga, ter-
uio desail rilla de Saiitos qlie Compre7 a 1Iaiioel 3lUrtiiis Ramos
n a foriiia que este ma rriidco, e Lié expreszntlo na Escritura da
inesriia veiidn. Villa d e Santos,. uuntro de Junlio demil e sete
&

contas quarerita e outo.-DO,JL Jl?ti% a s c a 1 7 . - E Segundo


asim srcoiitiiilia em adita Procuraçai, a qual rendo me aprezen-
tado logo nie recliiereo Ilie dcsie posse iudo em rionie do dito
Illustrissimo e Escelentissimo Coriiljrndor, :ri qnais a possnia por
Compra que havia feito e 1Iànoe.l Martius Ruinos, dna p a i s l h e
passirn :L escritura Lanssnda por iniiii Tabitio no L i n o de notas
do Tnhrlinó .Iiitonio 3Ioniz de Jcaiis Maria. por seti smprdimrn-
to, s queiii foy esta distribiihidn que tanihem me apreaeutou; as
quaes terras sfio dozrmpedidas, que da Barida do nasiente parte
com terras do rriesmo Illustrissiirio, Excelleiitissinio Comprador,
e da outr;i parte do poents cain terras d e Tristaó de oliveira, e
Aiitonio Ferregra e seus herdoiros e Seiido ahy por liuiri rapae La-
dino chz~riiadoFurtuozo, que f;iz 1.ezi.s d e porteiro ifalta delle foi
aprrgoado ein altas vezes, dizendo huinn e militas vezes, posse,
posse, posse; que tonia o Illustri~siirio, e Excellentissirno Com-
prador bior seu pro<:urndor o Capitão llarioel I3orgits da Costa
e m virtude de liub escritura que irie al>r<~st.ritou deste Citio cha-
mado Joearé gz~aba d e ~ e i n ~ ~ e d icdo m
o quirilientas hrnqaj d e tes-
tada pello dito Rio .de Jai:ir6 guaba aSiuia. e niais Coiiaas a
elle perteneerites e repetindo o dito porteiro varias rezes e pa-
sehando de Iiurria, e outra parte repetindo a dizer posse, passe,
posse que torna u Illustrissimo, c? Eacelleritissiino Comprador por
seu procurador o Capitão 3íanocl Borzcs da. Costa noste Citio,
e terras a ell<>pertencentes e na6 ha rendo quem err~bargosti-
vece a dita passe lhe demos nctual Real Civel, e untura1 fi-
zendo o dito procuradar do referido Citio o Capitão Manoel
Borges da Costa todas as Sorimoiii:~~ da Ley pr?gando ein terra,
e deit,ando-a ao ar, e pasea~ido por rlla, qiirbrzindo pios, ou-
lhando para hum, e outra parte, e fazendo tudo o referido pelo
Alcaydr, e pu Taheliad 1Iie foy dado posse do dito Citio e terras
a elle pertencentes nctiial, real: Civrl, e iiatur;~l,Ciijn ~ i i i ~ spo-
t'
derá reter ern Sy o dito Illustrissirnol e . Excellencisiiino Com-
prador, e eiiiposado, pois por este Auto: e em virtude de >:seri-
tura o li:rveinos por empossado do dito Citio, e terras a elle
pertencentes, e fica ~iossnliii~dn Corno Senlior, e possuhidor Como
Couza Sua propria, Comprada e einpoisada drllas, e pir>pria que
hé realmente, de que de todo fez este Aiit,o de poasr em que
asiiynaraó o dito procurador einposaado Xanoel B o r g c da Costa
Com as tres testernurihas, a Capitaó Gonqalo Vaz Piiito, o Cabo
de esquadra Kannel Borges da Costa, moradores nesta villa. re-
coiihecidoa de mim Tabelinó que Tainbeni Como Alçayde aSi-
gney, e eu lfanoel Antunes de Carvi~llio Taheliaú o Eserevy, e
assigne7.-iValzoe7 Antuiars 1l9 Carur~lho.-Jfmz,ieT Roryeu do f i a t a .
-IJ:jn$alo i a z Pinto. - A i ~ t ~ i João
~ i o de Cii~~.nlho. - ,Ifalln,aoel
Bor,ges de C,~rinlhr>.
E treçladada a Conserte7 Com a propria a que me reporto,
a qual toriiey a entrezar a quem ma :~lireseiitou que de Como
a recebeo aqui assigriou, e a Seu pediiiiento 1mssi.y esta Copia
em publica forma. Lisboa vinte sete de Agosto d<: mil e sete
centos secenta annos. E eu Bart2iolomen A&ngelo I<>scnpezy.
Tab." publico de notas de EL-Rey nosio Senhor nesta Cidade
de Lx." o Sobscrevy e assiney em publico pregão e ra7.o.-Bar-
t . m u Aragelo Eseupzzy. Em test." d s verd.". (Estava o signal
publico). ~VunoelAluues Pii~ttij.
O Tupi n a G e o g r a p h i a N a c i o n a l

~ ~ Xn ISSTTTI'TO
M ~ a r o nLIDA ~[C~TOEICO D a SAC~
E GEOGI:AI>IIICO
Par-1.0 ror, Tnsoi>oi:o Sa?ri~aio

Nao 1: novo, ;intei, l?rli> eoiitnirio iuiiitu i > r q u t e t de-


l a t i d o 6 o ol:jccto cio pr<>seiitciistiido. Sobra-lhe, p o r < ! ~ ~iiite-~,
resse liistoriio, itlal~n-o iiotaveliiieiiti? o \-nlor que nssuine ii:r
geo;.rn~>liin iinci<inni r ) sobret,udol o rrcoiiiiiiciida. n nttr:iii;ão syni-
y~tliica. quo s~iiipiclogroii des 1e11zir 110 1 1 0 ~ ~111cio 0 litternrio.
Enenraiido-o a,ciira por u l k nora, oiitro ii>o e. o nosso
intuito, nliús de~~ircteiirioro e iiiodesto, <pie ii%o o de tnotliodisni,
o u submetter ;i re;ra ~ s i eP S L U ~ Ulii~,cuistiroque 11or a11i anda SO
h11,rilzer dns ~iliniitnsi:~~ de 11113 e ao dernzo dos que iiieiios fa-
milinrijniloi. corii n. liiixun. d<ir lii.iuiitiroi l~ibitadorcs desta terra
a detiirlmrii e dcsfrii~iii,at,trihiiii:ilo-lhe nas ~ ~ a r : i b u l osnritido
~ r
signitie.zclos absurdos oii l>roçiirai~dointcipretm nqiielles ji mlul-
teraclos 0x1 ~3iiiiiil:~rlosl>r,la dicq;io viilsnr lior processos iixtni-
n h n s As lr:ii ;.ottolnyiens qiic regein a iiinti,ria.
Xáo ti;^ ~lneriidcsruiilieqn :L yredoiiiiiia~iciado tzipi :ias lios-
ças donoiiiiiiaqiies grogr:~liliicns. As iiossas iiiorit,nnlias, os iiossos
rios, a s çid:des emno os 8ilnl1les lioroii~los trazem gernliuentr
nonies Iinrh:iros qiir o gentio, doiiiirindor o u t ~ o r n : Ilies aplilienii,
q u e os eoli<l~listadi~rei rrspeitarnm e qne ho,jc s%o di! todos pre-
fcridon, pois, 1160 rilro. se t r o c a ~ n , SI! silbst,it~i<!lnnomes portu-
gaezes de antigas loi:ilidades, por oiitroç de yroccdeiiria indi-
Sena, :LS vezes luiiihradns ou coinposto~ IIZ oecnsi;io, tis rezes
restaiirxdos l>e!os niuiidores d e coisas vellias e trndicionnes.
31ns <.ssas dei:oiiiii~;i~üesgcagrnljliicas, esplicnveis e iiatiira-
lissimas iiiiirin til?oca ciii que o t i i ~ ~era
i a liizg-/i~c~
gpi.i~l,o i i a iii;iia
fallada no p i z , çzo az6r.z para as irinderiins geraqões verdadei-
ros eniginas que as :iltei.aqiir:s qilotidinn:is ou as inevitnveis cor-
rupteilils vLio tnriiaiida indecifiiivris.
Fortanto, pr~serv:~-lhesx griipliia rerclad~ira,e n verdadeira
pronuriein, iixnr-lliei o significado, iiiterl>r<:tadoatravés do írio
obscuro dos inetnpinsnins, r:ile t:irito coiiio ri.egiinrdar u111 mo-
numexito liistorieo.
Sim, porqiie se a g e o ~ r a p h i npbde passar iiitniigivel por uin
iiouie f n ~ ~ i l i s a dou
o cruolinente adultenido pelo correr dos annos,
eoiii n F1istori:i já ii%o siicceder:? o inesnio seiii dniiiiio sensivel
para : q ~ e r f e i t aeomprcliçiisâo dos successos com qiio elln eroca
as eras pnaiadns.
J á iiiii;~ieiii desconhece o yalnr da philolo,sin iios cstudos
historicos, a q i ~ a l ,coiiio é aahirlo, exlilicou 3s ~ n i g r a ~ ú edo3 s po-
vos, anti.riorez. a qiislquer trndiqâo oriil oii escrilita.
Simpies voc;ibulas: diz Cezar Csiitii, revrlaiii oii contirinnm,
i s veze-, uiiin circiimstancia importante da Historin.
Cnrlos vim Xnrtius, lia sii:i dissertt~çiío sobro «<:orno se d e r e
escrrr<?rn Historin do Brazila consiilern n lingiili. dos i i i d i u s
eonio dociiiiiento mais gernl e innis signiiic;itivo e nccresceilta:
al'escluixns L I D S ~ac.ti~itlmente
~ t i o ~ O L I C O eultirada. esphera
o e i e suüieiei>ieiiieiite reeorn~iiendados, e taiito
inais qlie ;LI li1lglla6 nnlericanm nâo ccisiiiii da sciinr-se çon:i-
nii:iiiiente ern tima s k i e f'iisgo, de sórtd que a l ~ u i i i a sdellns ein
brcve <:star%oiriteirnmerite extinctas>>. (1)
Quando isso nào basti~sie;quem i. qiic viajando :i nos3a ter-
r a se n;.o t o i n n ~ ide ciiriosidada n niai3 jiistifiendn e nâo indngari
pelo signific:ido de tantos iiornrs b:~i.),::ros applicados aos lognrei,
its rz:ii>eç que \.ae atravessando ?
Queiu de 1x6s ,130 tc.ni, 110~. yeíre3 inqnirido pelo siinifieado
de t,;lntos n0111:!5 rstrnuilos, cnjn p~onuricii~c;Zoj i corri? adultera-
dit c cuio ai,iitido jb iiingueiii co:riprelienda?
E S S O ; todi~via, vocahiilci Uocei e sonoros, longos iiiiiitns
r f ' z r s , i,xcirlleritos em gernl roino dosi$iinc;io de loxnrcs, inns que
aiuito perdeiii o seii ualar por se ,,no s:rbrr o qiie e x p r i n ~ e ~ no >
qiic r<:cord:rni, o que rros revolain c10 sentir e do zeriio do por-o
prirnicivo riiio nol-os legori.
1.: como i i n Aiiierica estn triste vcrd:idese ussinrialou tZo breve ?
?;o Brnail iiem sequer a lingiiit 11o gentio desapparecrii to-
talmcnto. S o s çeiis vastissimoi íertües, aindn r n g a m numerosos
os rcpreseiitantes cl:is naqóes selr-arens qiia outrora os possiiirnm.
As rozes titpis sc escutain niirda hojo nas margens do hi:ln-
zonas, coma nos c:l:iipos do l'niayiiay e di> Pai-aiii. Zlas, o tSs-
queciiiienio dessn liiigun, qiie os ciiltores de outrora acLir;~inr i o
rica e t;Lo hella, Ia\.i-a intt:nso 110 seio da moderna e eiilt:~ socie-
dade que 1lie dt:scoiiLece o r-:dor e ntira p:tra o rtil dos coiirs oni-
~ l n a t i c a se ineoml>relien~iaeiaos noiiies com qiie desiçiin nsçids-
das oliiiiciit:ts rrn qne ora vivn e piosiiCra.

(1) C a i i o ~van Maniui-Eerijta do Inatitoto Hiitarico e iieogrnphicd, rol. O." paç. 368
Contiido, iiesse dilurio de esqueciiriento, al-uns espiritos de
e1eiq;io se erxueram eoin os scus rrabalhos litterarios, pondo eni
coiitrilsiiiç~oos tlieioiiros dt: ]poesia e de insiiiraqão que se rii-
ri.rrern nos custiimes e nas S P ~ U B Spittorescas da vida sclvagern.
(+oiical?-ri: Diasl Domingus de IlagalhRes, JosC de Blencar, eiil-
tores do a r i ~ ~ r i c a , ~ i a nnt ao littenitura iiaeio~ial,lograin despertar
entre os scus coiiti~in[,oraneoso gosto pelos estudos relativos á
raya i n d i ~ e ~ r a .
Mns, se coin o exemplo delles, 03 cociiptos de Anchieta, L u i z
Fi~ricirsi,l\lontoya e Emtivo lograram re7-iver aos esforços d e
al>nlisados ciiltores coiiio Coiito di? JIag:%lIines, Buptista Caetano,
Ilnrbns,z Rodrigues r 1Irndrs de .Ilmrida, tod;tvia o g<isto por
rsriid<is deste geiirro se ~ i R onaiirralisoii ou t5o lat.gnme~itese ii&o
diffu~idioclur virssr a rcclainar dos eonili<.trntes a crrai;:ro de ei-
roltis oird<! s« i~lirendesjea l i r i ~ u a dos aborizrnes, ou cursos es-
peciilrs onde se prrparassem os que, para taer estudos, inostrasseni
predilec~~o.
Iktudos. ~iortni,systrriiutieairiente cuitldi~s],ara o fim de ex-
plicar o voca'i>rilario gei>gi.apliico de procedeiicia tupi, poucos
cultori!s tCiii tido, bem que ii%o raros o tenham tontado.
Frci Fr;incisco dos 1'r;~znres IIaranIiho foi, no que nos consta,
o 11riiiit:iro a riicetar tars estudos, urar fel-ii ta0 incoinpletarnente
e s r n i ;iquell;t iiiiiispeiisarol e eriterios;~an:~lyse que a m ; i t ~ r i s
requerial que ns suas Et!,,>inlqias B i n e i i e i i r r s , publicadas rio ivo-
lume 8." da Revista. do Iiistituto Historico, n i o tem outro men-
to que o dn uma obra dr iniciaçjo.
.<iites delles alguns elironistas e vi+jantes tentarniii parcial
ou iso1nd:~inente o iries~iio assuinpto, mas, no geritl, srrn resultado
apreciavel. O p d r e SirnUo de Tascoiicellns di-nas,na siia Chrrr
rriea <ia C<iiiipu>~liin de Jrsr,a, taes interliretaqües de vocabulos
tiipis que se eliega. a d u ~ i d a rdos conhociineiitos l i n p i s t i c o s do
celebre jesiiita.
O dr. Francisco Jo38 de Lzieerda e Almeida, como se veri-
fica do seu «Diario de u l q e e i pclc~s ca/iitaisirrs do Pnrá, Rio
A T e ~ 7 0 ;Jfi~ttoGrossr), Clryabd r S. Pnzilo, nus aniaos de 178.9 a
1 $ 9 0 n , C uiii do3 viajantes que com niaii i l l t ~ r c s s ee coml>eten-
cia tratou desta inaterin. i l s sua etyniolopias brasileiras, coiistan-
toa das notas do citado aDiario», Y;LO tXo ~niirierosase iiittrressan-
tes que bom se pcide eoiisideral-o u m precursor nestes estudos.
O trnbsllio de frei Frsricisco dos Prnzerea se, da facto, n&
é tzo copioso e qxacto n i ~ siuterpretaç5tis coino o objecto eom-
portava, i, coiiitudo, o unico syçteinatisado e tal que, como diz
o seu aiictor :« . . . náo deixar& de ser de alguriia utilidade, ou
porque dará principia a uma obra novn, ou porque n1guin;icoisa
accresceiitará a essa obra, t,alirz já prinril>iada». Tal era a iini-
portancia por elle ligada ao olijecto que iiBo só se sulipiinha
precedido como achava que a obra por outrem ernprehendida de-
via ser de vulto: isto 6 , ein por~tri g i a ~ i d r para usar das suas
proprias palavras. O certo, pori.rit, 6 que, do ponto d e vista d e
um estudo rnethadico e systein;itisado, frei Fraiieisro dos Praze-
res ilIi11~ranhãonão teve predecessor como bem pouco foram os
seus continuadores.
O dr. Francisco Freire Allemâo, em uma ,?Pe>iioria, publi-
cada n a Revista do Instituto Historico ;torno 45, lias. 351) em
1850, tractou do assumpto sob o titulo: n Qiiestões propostas
sobre algu~cscocahulos d a liilyun gcinl t>iasilin?tar>,mas, como o
vronrio titulo o nianifesta. o seu traballio não nassava de iima
A A

invostigar;Zo sem nenhum earacter de grn~ralisnção,e sem nie-


thodo, embora eexhibindo erudição e conliecimento da materin.
Braz d a Costa Rubiiu seguiu-lhe os passos com processo
identieo e i3entioo resultado, como se verifica do mesmo volume
d a citada Revista.
O senador Candido Mendes d e Almeida occi~pou-sedamateria
exhibindo criterio seguro, vasta erudiçno e notavel penetração nos
poucos estudos que publicou sob o titulo-hTutus sobre a historia
putrin, ria ja citada Revista. O seu irmão, o dr. João Nendes de
Almeida, era oolitro dedicadissimo cultor do bvnsilinrzisnio, se assirn
podemos designar a materia do presente escripto, e consta mes-
mo que deixou a respeito obra inedita de copioso cabedal.
O general Couto de Magalhães tinha a peito e eni muita
conta os estudos deste genero. Varias ~>ublicaçüesfez eapli-
plicando o significado d e muitas denominações geogaphicas de
procadencia tupi, e mais recentemente, numa das ultimas s~ssões
do Instituto Historico a que assiatira, e quando apresentou o seu
plano conimemorativo do quarto centenario do descobrimrrito do
Brazil, indicou, como dos mais importantes assurnptos e dos mais
adequodas para es-a CommernoraqAo, o estudo das etymologiaç
braçilicas, isto 6 , do tira~.Filirílci.smo,feita eni eo1l;~boração coni al-
guns cultores da lirigua tu$ que o fallecido gerier:~l indicaria
ou convidaria opportunamnnte.
Ricardo Burtori, annotando a traducqão da obra de IIana
Staden, em 1874, enriqueceu esse livro coin abundaiites e pre-
ciosissimos estudos sobre os vocabulos indigenas referidos n a eo-
bredita obra.
O dr. Frederico Hart, tno cedo roubado h investigações
scientificas de que fizera theatro predilrcto o nosso Brazil, en-
riq'leceu tambein a litterat,iira do brasilinnis»io com as mais em-
ditas e criteriosaa interpretaçoes ou contribuições.
Rnl'tista Cnetàiio d<. ;\li:eida Sogi:ei~.:~~
iins suas annotnçi:rs
ii c))isti,l<ir rle I ~ i i i i f i oC'<ii.rlii;i ; Hnrbosa Iiodl.i:i~rg, 110s
A-~\;ii.i,<!iir<~
IPUS r:~sioi ~~scrilitos sobrc. a 1ii:gri:i. do gei~tio,s;io doi5 cultores
do Iiia.;iiiaiiisiiio c~iieSP reccili~llc:ndnm liela S L I ~cilldic(;;io, s e i ~ s o
erilieo e esliecial criterio :ias intt~riirctaçi,<~s.
O traht~llio, liori.m, ile rnnior iiioiita que ali: aqui se lia ]lu-
blicniio sobrr: 1,etr objeeio *:; iiicoiitt*stavcliiieiite, n do dr. Cai-ias
roi) Uaitiiis, trnballio Iiiihlicnilo i:iii aiineso iio (;lr,ssaria Pin-
U Z , V ~ IR , r~n s i l i r i i s i i i i i i . Krn o rir. J h r t i u s , a que111 tanto d r ~ e
a boin~iicnlirnsilriira, iiiui x~crsadoria liirgiia tnlii. tiiiliu niuito
vi:~jndo o ~ I C R S O p i z , 1)ossuiii \-asta eiiidir;io seir:iitiiica e as ri>,.-
llior<,s <~leizir~iit«s p;wa iim iriiLalho do yiilto i i e s r ; ~ rliieitiio d n
ori;eii~ e iii!rrlirr>taqRo dos \~ocr,bulostiil,is iissadns lia peo;rapbin
i o : l Iiif'i~liznienten2.0 llir liGde o illustrr saliio dar o lixe-
cino deseii~~olriiiieiito, i i p i i i aliroii:iidnr iis suas irircsti~nqüricoiiio
era iiiiitrr: lerirlo :is chroriicas; as relaqi>rs aiiti;>w de ~ i : t ~ ~ u i ~
isto I!: c~~iisii!t>:iidoo elei11r:nto historico 1i:lrn descobrir a verdn-
drii.;~Frnpliin ~rimitixra d<ia vacnhiilos, ~iiiiiios diis qiiaes, sem
isso, j d i i ~ i ss<.rinin rxplica\~eisou ti;~diiaiveis do puiit<i de riqtn.
rty!iioiogieo.
Col~ltiidi);~irocilraiiios irin1ii.c tio prewnt12 tr:hl~:lilio segllir os
~mssc:sdo iinturalistn bnr:iro. l i a s , ~ t , ~ u i i i d o - tùc, o de perto qii;iiito
yossirrl rio r(uc! resp<..ita aa exnaie ct~~iiolo,cieo, l>i.efei.iiiios o yro-
criso critiro ilr Freira Blloiii;io, reconlieceiido priiiicii.o n id<,ii-
ti<l:ide c10 rocabxilo, discutindo a i riias nlt<?ra?6essiilisepeliti?~
:irites de trniliizil-o ou d:ir-llie o rrppectix-o sipnificado.
Fiz, por isso, preceder o trnbnllio prol>riitmeiite iiitcrprotn-
t i r o i. etyiiiologico de iiiiia rirlaida ;q,ri:riaqÍio sobre o raracter <I;L
i a . I , 3 siia estcncIio ii;i i : , r esl>eciiilinVlitr: no
Iirazil, as siins alt,i;raqí,ei sob n iufliieiieia do 1>»1.tugiiea. n.l:ily-
sniidn ao ineiino teiiip<i o lirocpsso segunda o qiial sn <(<!I.AII~ as
ditas xlteraqões n a plionrtira dessa lingx:~.
3 3 0 pesuiiio coiri isso dar a iilt,iiiia. lialaara irn qucstâo.
I l n s acredito ter adi:intado nlgiiiiin coisa, fivnimdo i ~ l q i i s p i i i -
cil'ios que, no futuro, h i o de servir a outros e ii>rlhores iiires-
tigadores, r eliminarido iiiiia; taiitns ohçeuridades que nffectaiii a
gritpliin e. portanto, o sipnificntlo oii sriitirlo de ,120 poucos ro-
cahiilus indigeiixs eoni npplicnçtio A iiossn geovaphia. Terei,
entret;irito, Ierantndo unia ponta desse vi% de rsqiieciiiicnto qiie
p < : a a o l ~ r en riieinoria do poro desapparecido a qiieiii siiccederiios
no doininio dcstn terra, cqjai vozes barbiira', n a sua lenta e se-
riil;ir foesilisacáo, perdida a priiiiitiva e arigiiial i~stiuctlirn, j R
11x0 teiii sentido nem express30, designando as prosperas cidades
dos novos doininndores.
.ivasta sril><.rficiiiqiie, lior iiin rxnriii, ~ ~ ~ o ~ r a l ido h i iios-
ro
si) p:~iz, E P ~ e c o ~ ~ i eter
c e sido ar;:ssnladn pelo t l q i , ~ i % +dc,
o
d r iiiodr) ;ilg11111, ser attribiiii1.z ii iorqa de rxl~aiisâo,l,roj,rin d a
raCa primitiva, qne da:iiiiiaie iio 1it:or:il e c:il grni~d<:parte d o
iriterior ar> tempo do deseoliriiiit~iito elos l>ortu;iteees.
\'nstissiina, lia rerd;ldi,, rr;i a r r p i i o por onde dotniriou tl
liiigiia i i l j , i iio novo coritineiirr; iio I<i.ucil: puri'iii, drve-sc a
suii mais notnvel exl~ansaoaos ~iroprioscoiiqiiist:~dores euralieus,
2s numerosas esprdiçõrs ou hniir7eirri.s que 1iineti.nrnni nos ser-
r6es para dr:acerrin cirrnvos iiidio;, e para ;i priquiza do ouro ;
deve-se l,riricipnliiiente. .i c;~thechi.se qiie toriiriu gei.al esse idio-
ica barljaro e o cultivoti.
Occulinvniii, coin effeito, os ~>oi-o$da r tupi, o littoi;%l
qiinsi todo, por errci d r si-ise<.iit;is Irgims, rloiidí linvinm cxyel-
lido outros povos, seiii diirid;i coii<liiistad<rr~s antes dclle', ri q u e
por sua t i r z r n ~ i ide ceder dcttiite de forcas i~inisriiii~irrosas
i? apuirridas : doininnvm aiiid:~ o J-allc do Pcri:nii-F.ii.apq n u
siia m<:clin zonn, onde Ee iiiiiit~l-ali1roiii 0iitr:is n:icõcs de pro-
c<!dt,.ncia aiidina e Inri~araincoloriias :itrar<:s dos rnlles do ilra-
xua,va, Tapajiis e IIndeirns, nlranq;~ndo o Ainnaonas c"jo curso
<lispiita~-ainR ~iurtilhavain coni outros ~ior-os <lrsde a foz atE.
pr;iiidix o s t ~ r i s ? ~ein o direiçiio ;i5 cnhecciras, e ainda para n l t m
das guyaiins, no vnlle do Orinoco. e iii:s Aliitilhas, ciitro os ea-
rohybca se encontraram reprtisrntaritcs dplles.
Kas cha~,ndnsceiitrneo, iins reciiies dij srilo mais ingrato,
710s grandes vnlles interiores nierios accessirreis quednv;im-se
como enciirralndos os ~>orrnsda rnça l-encida q u r 03 ti~pisdeno-
iiiinnr-arii eorniniiininente i<rjir~ja.s,equivnleiite n b n r 0 < r i ~ou ez-
ti-a~~g<?i.o, coiiio vieram a ehaiimr tn]~fi!jtiiign,ao europeu e ta-
peyiiim no africano.
%o europeu, porairi, oii nos seus descender~tesemzados q u e
rcalisarnrn as eonquistns dos aertíies E que se deve a rnaior ex-
pniis%o do t i i p i como liizgiiri gei.nl dcntro das raias actiiaes do
Brasil. As levas que partiam do littoral a fazer descobriinentos
fallal-nin, no geral, o tupi ; pelo tiipi desiLnavnm os iioros des-
cobertos, os rios, as montanlini, os proprios povoados qiie furi-
da,-am e que eram outras tantas eolonias que espalhadas nos
sertõesl fi~llaiidotambem o tupi e encarregando-se natiiralmeiite
d e diffundil-o.
O p o r t i i p e z era, sim, a lingua. official, corno a i d a hoje o
hesparilinl no Par;iguay, a lingua do comniercio nos portos do
littoral, nas cidades e villas d e mais iml~ortaneia, e no seio das
faniilins l>ropriarrier~teportuguezas, mas ainda ahi aliparecia o
tupi, fallado lielos fnmulos quasi todos indios ou de deseenden-
eia iiidia.
S o s povoados niais apartados, a eathecliesc, iniciada e des-
envolx-ida l~elosjesuittis, ia dando á lingiia barhara os fóros de
um veliieulo civilisador. Fallavam os padres a lingua dos abo-
rigenes, ?sere\-iani-lhe a grammatica e vocabulario e ensinavain
e prt;gavani nesso idioma. Kos seminarios para meninos e me-
ninas, errr~~rninse ciinhatains, filhos dos indios, mistiços ou
brancos, eiisinavani de ordinario o p o r t u p e z e o tupi, prepa-
rando dcste modo os priniairos eatheçhumcnos, os mais idoneoe,
para l e v i ~ r e na~ conversão ao lar yaterno.
Ai4 o começo do seeulo XT'III a proliorção entre as duas
lingiins falladas n a colonia era niais oii menos de tres para uin,
do tupi para o p o r t u p e z . Eiii algumas capitanias como e m
S. Prtulo, Rio Grande do Sul, Amazonas e Parti onde n cathe-
chese mais influiu. o tupi prevaleceu por mais tempo nindn. i i a s
duas primeiras fallava-se entre os hoiijens do cauipo a lingtin
geral a t t o firri do seculo SVIII. Yo Amanonas s n o Pará ain-
da é communi o tupi no seio da poliulaçio cirilisadn dos ta-
puyrrs, como viilgamente alii s<?appelidan~as indios.
Mas, ~iaquellestempos, quando o desbravamento dos seitües
apenas começava e as expedições parn o interior se suceediam
com a obstinação das coisas fataea e irreeistiveiç, o tupi era de-
vlras a lingua dominante, a lingua da coloriia.
Todos a fallavam ou a comprehendiam. Parecia mesmo haver
certa predilecção por ella (1).
Gnudnvam-se no t u l i , dizendo: Enecotma, que quer dizer
bom dia, a que respondia o interlocntor, repetirido a mesma sau-
dacio, ou dizendo simplesmente:-Yíii~ê.
Ao toque da Ave Maria, o ehristão da America erguia-se

111 O Pn&e Vieirs em 1694 escrevia: *E' certo que as familia. doa partnmezes e
indios em 8. Paulo estRo t s o ligadas hoje o m l s com aa ootras poo as rnalheres e oa
5Lhos se erinm mystiea e domerLicsmeore: e a liogoa qne nas ditar famiiias se fala é a
.
das indias c a poriugueen a vüo o8 meninas aprender d escola;. . (Obrar Var ss, I, 2.181.
persignando: i S h ~ t aC~~i.iicri
r n i q a u a ree6, que quer dizer: ?elo
szgnnl da. Santa C:i.ziz e repetia na sua ling-ua a oração da tarde.
Adaptavam os proprios p o r t u ~ u e z e s u susos e at4 o fallar
brasilico, preferindo as expressões tupis aos dizeres da propria
lingua, em que, aliás, não fzaltaran~ vocabulos e locuções eBua1-
mente expressivas e adequadas.
Aypellidavam-se muitas vezes pelo tupi i 2 ) ; e tinham can-
tares e folguedos nesta linguli: ou num ininto comprelif*nsivel
do p o r t u p e z e do indio. -iconhecida eançâo popular C'a7.m~-
guejo a l ~ d o~ ~a t dvem desde este tempo.
Alteravam-se ao contacto dessa lingua harbara a prosodia e
a syntaxe portiigueaa. Desappareceram as v o g a e n ~ i ~ d aou s
breves e prevaleceram as graves e agudas. Os verbos tupis
modelaram-se pelos do portuguez, incorporando-se em grande
nuniero neste ultimo, como incorporaram-se os nomes de plantas,
animaes, S~xetase objectos de uso doiiiestieo.
Fazia-se a conquista tendo por vehiculo a propria liugua
dos vencidos, que era a lingua da multidão.
As bmdeii.as quaai que só fallaram o tupi. E se por toda
a parte onde penetravam estendiam os dominios de Portugal,
não l h e Iiropagavani, todavia, a lingua, a qual só mais ta& se
introduzia com o progresso da adininistraçao, com o commercio
e os melhoranientos.
Becebiani então u m nome tupi as regiües que se iam des-
cobrindo, e o conservaram pelo tempo adiante, ainda que nellas
jamais tivesse habitado unia trihu de raca tu ,i E assim é que
no plniidllro central, onde dominam povos de' outras rwaa, as
denominações dos valles, rios e montanhas e até das povoaçóes
s%o pela mór parte da Iizg7~ag e ~ a l .
Bem poucosl na verdade, são os nomes d e procedencia tapuya,
conservados na Geographia Sacional, e estes mesmos nas regiões
centraes onde a cathrchese jamais penetrou, ou se iniciou muito
tarde por motivos particulares que atrazaram il conquista.
Tomando-se urna carta do paiz e examinando-a quanto ao
que diz respeito ás denominações geographicai, reconhece-se para
logo a predominio do tupi em toda a região littornl; nota-se
que elle penetra fundo nas sertões pelo valle dos grandes rios,
onde se toinou faeil o aceesso do lado do mar ; nota-se mais que
elle assignala atravós dos divisares das grandes bacias fluviaes
o trajecto costumeiro dos bandeirantes ou descobridores ; reio-

(2) Peis época da indepeodenols volton o nso doa nomes e nppdlidoa de praceaenna
mpi. MnitO coobeddos se tornaram depois os de ~ranoiaooGS ~ c s y a b ade ~ontesnma,
Denda Bb, Eocupira. Jspgisst, mpinambá, Jagoanbe, Joo6, Pirngibe, Coim BfuB, Pi-
tmga e tantos ootros.
i;llc,ce-se ::~iiilieiii qiie elli: 1ic:rniste corno vebtigio iiidclrvel d a
catechesc, orid<. quer c p e ; ou isoladanieiit<~ou s<.guiiido unia s<ric
de pstaqües inlermr-diarias>1,eiirtroii o eliristi:iiiiriiio lii.lii tr;ih;illii~
al~ostolico dos inissionarioi.
Coi,;idcremos, por t,x<iiiililo,ws:i parte d , Bincil ~ entre o R i o
de S. E'r:iiicisci> e o IIaranli~io. ?iTot,aiiios logo no litrornl <i nos
~,-i~~llcs in::is acc<,asi~;ciso Sc,rteii, <>i iioincs tuyis onl grniid<: nn-
iiirsro, no lado de nlcliiis iioincs portiiguczes dr~sigr.iinii<loos logn-
ri.s e os r:~rii;sneeideiites toync.rnl>liicua ; iio interior: l>oi.,:iii, "3
de:io~iiiiiaciies tqpti!,os l>revnlece~ii,<l<~rignaii<l-, as aguadas, e a s
iki<:ües ninis s:~lieiites dn regi;iii. I s iiioiitiiiiliai i, :i; clinlindas
si: desigiiaiii eiii grnridr esteiis:to lielo izoiiii. C'ni.i,y, di, poro
,i~:iisi:umeinsti qiie outrora ;i6 pi>ssliiu. OS T ~ O Sdo interior, giic
ii%o alcariqnin r1irert:iiiieiite o mar, doride llies podia \rir n driio-
iiiii~ayãotul>i,~irr,valec<,,iitr:iio littaial, tPtn iiriiiiei tcipiips : lio-
.riiirí, (Ji,<,i,ohii, Cltocii, eni ?ei.ii;irnhiieo ; i ' i a i ~ c i ~(:i!i.lii~/ieii!, Cn-
; Jlossr,i.ó, Se,,iil<i, C ,o i
- n:a <1';iraliplin
iol;,
..\ovt~! J ? ; i . r e ! , < t ~ ~ z o h i Qw;.~od[;,
?,~,
Grande do
Q!fi.rtl<ib<ti~f;,~o.s.s6~ fj1,iitque7?r?,
I,,, Cear;L; J,~itd,v> ( + t ~ , . ! j ~ e iLom!~;,
a, r,,, P i a i 1 1 ~ ~ .
Kt,sta rr;i%i. cujo interior r ~ r < , s t eniri aspecto ninis aspei.0
P 2s seccns perio<licxs toriiam a x-iver inceito B atnrn~eritadn,tis
1ev;~s dos cniiqiiieta6ores ntiarrçism Fe!ii oiiconirnr algures o
i p e as rrtcnlin, sriii descobrir 11n1a inina euja riqiuaza deti,rniirie
u i juçtiiiçiiic?
~ iiiii cstnbcl<~eiirieiito periiialientti ou uni siilo fcrtil
tentando n cobiqa dos ayeiitiireiros. Elles Iinssarn seili inteiiyjio
d e fic:ii..
Só o gentio srl~~l>tndo alii perinnncco çoiiio que l~rotegido
]>?Ia p~olwiaiiiel~iiiieririn do si>lo.
O tiii~i:ilii 1111 penetra coino r ~ h opciietra o portugucz se-
iiRo deliois qiie o cado invndindn :rs c.ztilis:as iridas e eritralinil-
do-se 110 dri<:rto, al>i.iii ns ieredns e giiioii o rac~ueiro n t t a s
r:rraens onde srt a-at:iitar:~iii a i priii~rirns fazendas. O gr~iitici,
,seiii gi.:z,ide rc.i::t,eiirin, subiiiettnii-se ei~tfin,< i nssiin se explic;r
coliin ;ilgiiiis vitsiigioi da siia liiigua ~ierdiirnruiiinas deiioiiiiiin-
qõrsddos legarei, r<icor<lnn?.oa raqa dos rcncidos.
Desça-se, yor<in, das e1iapad:is b i d n s e nrsolndns peln s<:cc;i,
r precure-se inuis iililn ou o ciirso do Parnahyba n Oeste, ou
do S. Francisco iiiais ao Sul e, ljnrn logo, nl)l>ni.erem de irovo
os noniei tiipis desigiiniido os necidenti,~:eopr,zpliicos.
Transporido o S. Fraiirisco em dir<:ce;Lo no Sul, ~ieiietr:i-se
de noro niiiiia regiao iiigmta I><llairiclcnienria do c6o. e vna-se
:itrnvt:ssando a bacia r.lr,x.adn do Vasa I%ariis, antes de g a n h a r
os treclios espnrsas e mais diipririiidos das clisl>;idas bnliianns
q n ~ drpoia
, do salto de Pnulo Affononso, dnpois de Canudos e d e
Jloiite Faiitr), levniii i Itiiilm: no Toi~ihador r no Asiiiruti. A l ~ i ,
iiesse trecbo do pntrio territoviol nliis dos ~ L I H ~ tS , onde
<>iitr'orase rr.?"iigi.zri~in os ~ierse$uidos dcstioqos dos Orizes, Pro-
c.'.i>. e Carirys, de novo alqinr~eeiii, d<,ai,ciiarido os lognrrs, os
i!oiiics harbnros de proced<:irein tnl>ii!,a que nem o p o r t i ~ g u e ~ ,
iieiii o tiipi logroii s~il>~>laritnr. Lêni-se eiitXo no rri:~plia da re-
,yi&o coni n rriesma frrcpeiicia do-. aeridentei toliogral,hicos os
iiorii<.s cuiiio P<~,irCi,i, I'<rk!iiirifr:, C í i i i i i . h ' e i ~ l e g ó , Cz~.iirhe: ~llc~<rssn-
~.iri,fi: C'ocorohó, ii.ngr~!gó: C<~iirlr<:. Clrriii.ricl~ó, ( > i < r i ~ c z ~ ~ i ('ochó,
rií,
<.~crrtncb, ;issiii.ir<i, C - 1 i Si:icor<í, C 011
('irtg14, Jl,ieii!/E t! outros, eguiiliiieriti: bnrlinrns e <xstranl!os.
llais Ilarn o Sul, jrrii<~t:.ni~do ji 11:s reyijio iiiiiieiin, entre a
ziiria littoral e a Ferra do I<;l~iiiha<oque foi o p i z dos botii-
eudos, dos liiirys e dc iiumero;as trihuç hj>r!!,<rs:j i a r:~ridndc
(10s nomes selvagens ,ia geo;rni>liia loenl resaltii logo. Prev;~-
Iccem dnnoniiiiaq6ej: l)ortl~ciieznsriiire al,yiina iioiiirs tiq>is. n i f -
Eei!iiirnte se encontmiá a h i iim noiiie tcrpiigc, hotirciido, piri.!;
cii cniiinc<iib, d<~sigriniidoi i i ~ iii~onte,uni rio ou uni l>ovoada .7<-
y i i i t i i ~ l i o i i h n , C'/ml,otó, I'ijichdl A>,\í,reli suo herii l>oiieos vestigios
da liiigu:~ dos b~riinitivos doiiiiiiadores nenso sislros do diluvio
iiipi ou p o r t i l p e z qiw o haiideiiaiite ou iiiissioii:~rio extendeii
:>ar toda u. psrbe.
I,evxiido n liesquiza para na re;iiirs do Sul, e do centro,
n a larga, superficio liela &r liarti deiprta, i:oino :,;L iiiais deii-
snini.iite povoada, obscrvi~-~e I n ~ oque O tlllii é a lingim doini-
nante ria geagru1>hia. Ern IIiiias Crcrnrs o liortiiguea !em van-
:nSaiii ao tlipi.
Xo Rio de Janeiro aç diin, lingrias se eqiiilibraiii.
Ein S. Paulo o predoiiiiriio do turli t: qiiiiri coliiiileto, no-
tando-s<! o riiesmo do Paraiii 1,:irts o sul a t i o Rio C:i;ziidr, r
1mra o centro, em direcqto ao vnlle do lJnragun?.
R;irisiirnas são as denorniiia<:õos tapii-s perdidas n a qrnndq
torrento tuyi-l>ortuyuez:r qiie al:istron por toda a parte. Os iin-
1ni.s C l ~ o p i i ~C'llnpecó, , C ' h r ~ i r c h r ~ PGo?/ó,
, í'op.6, na. regizo dos
Coroados, dcntre o Içiiarsú e o rrngiing. : .\-io<il,, e a l y n i s pou-
cos entre os Guagacurús de JIutto I;rosso r os rioiiitis dos rios
da. bnein superior do Amazonna, eis tudo o que se salvoii das
l i i i p ~ a sb n r b a ~ a sdos tapiivas deaiito da inrasZio tripi iinpulaio-
"E.
iiada pelos portuguezefi. * is porrliit? v a i a o objecto que nos
occupa. n i o 6 mister diserimiiiar a-. r<,giíies que serviram da. hn-
f i i t a t a cada raqa selvagein 1 I~astnreconhecer no tupi geiierali-
sado lia ç e o p a p h i a nacional o e t f ~ i t o dn influencia c i ~ ~ i l i ~ a d o r * ~
dns europeus.
CAPITULO il
BKEVESAPOSTAXENTOB BORRE A LIJGT-A TCPI COM RELAÇBo a o
O B W C T O DESTE EJCKIPTO

1-Estava a lingua tiipi no segundo prriodo da sua evolu-


ç5o morpliologica, o da agglutinaç%o; e, eomtudo, era um idioma
rico no vocahulario, e bastante expressivo.
Sncliieta, assim como o padre Figueira, admirava tanto as
qualidades dessa lingua que a comparava, na perfeição, á grega.
r E' adrniravel, diz o auitor do Dieeionario I3~aaili<~no,que
tendo os povos que a fallavam limitadas as suas idbas a um pe-
queno numero de coisas, as quaes julgaram necessaiias ao seu
modo de vida, pudessem, comtudo, conceber signaes reyresenta-
tivos de idéas com capacidade de abranger objectos de que plles
n%o tiveram conhecimento; e isto n&o de qualquer modo; mas
com muita propriedade, energia e eleganeia,,. (1)
O padre Figueira, na sua Aite da L i . ~ q u aTupi, diz que é
esta u ... uma lingua suavel elegante, mas extranba e copiosa n.
Joao de Laet repete em latim os mesmos conceitos : ...nam
facilis est, copiosa, iieque insuavis... a
2-0 tupi e o çuarany entendem muitos por linguas diffe-
rentes ou extranhas e iixo são senao iimans differenciadas apenas
por influencia dialecbl.
E' o gwarang ou o tupi fallado no Paraguay o que entre
os índios desta parte do continente se ehaina abanhehen, lingua
de gerite. O tupi fallado no Amazonas t , porém, conhecido por
nllehe~z-gntú, isto é liri,pa boa. c?)
Observa o general Couto de hlagalli8es que a differença en-
tre ellas ó a mesma que se nota entre paulistas e mineiros fal-
lando o portuçuaz. (3j
Parece-nos, entretantol que a differença é um pouco mais
accentuadn, como já o fizera sentir o mesmo auctor citado, no seu
Estudo Anthropologico, publicado na Beiista do Institato Eis-

($1 ~ i m i o n a r i o~ o r 1 u . rBrosiliona,
~~~ impressa em Lisbds. em 1185,
(2) Conta de Magalhães, O r e l ~ n g s m .
(3) Idem, idem.
torico (4), onde, tractaiido do tupi e do gzuiairy, eoiiipara-os, n o
gráu de semelhança, ao portusuez e ao castelliaiio. &o, d e
facto, o tupi e o gxnraiay ir ... :h mesma lingua eiii dois periodos
diversos : o t i q ~ inuni periodo mais primitivo, quasi n~o~iosylla-
bico, conservando com escrul~ulo a$ raizes eoin que formriu a ag
glut,inaçâo ; o guaralz!, em um lierindo mais d e s r n v o l ~ i d inqiielle
i~
em que a raiz moiiosyllabiea perde a sii.iiificaç80 para abando-
nal-a ao vocabula sgglutinadd. Portaiito, conclue o a i ~ e t o r ci-
tado, o tiipi é a fonte e por isso dcnomiiiamos o grupo com o
nome tzipi. (5)
Alguns exemplos bastam para deixar bem assipnalada essa
differenqa. Assim é que no tupi se diz: ajura, pirirpura, ca-
rciba; jayuara, ez~r~cpira, e i ~ b r nao pairo que no gi~airmyse diz,
corresl>oiidentemente: ajd: pirapó. cnrnlqj, jagxá, e n r ~ ~ p Ci I, L C ,
isbo I , ficando os roeabiilos mais coiitraet,os neste ultimo idioma.
Foram anibas as linguas bastante fklladas no Urasil, quer
pelo gentio pro~iriumente dito, quer pelas popula$ões que ao de-
pois se formaram sob a iiiflurnria europba.
3-Desde o Amazonas até C;inanéal com raras i~iterrupqões
pelo littoral, e com uma faixa mais ou menos larga ao pnr delle,
e varias l>rojreções pelo interior, doininava o tiipi faliado por
l'upinun,bús, ihhajnras, Pi~tigziaras: !?al~Ptea,T,<piniqi~ii~s Ta-
movos, e depois por seus descendentes, mestiqados com eiirolieus
e africanos.
De Cananéa para o Sul, pela costa, e, pelo interior, ahran-
gendo grande parte do sertão paulista, nos valles do Paraná,
Tietb e Parmapanema, descando para o Sul em direcção no Rio
Grande, pelas campos elev:idos que o Tibagy, o Ivahy, o Igunssú
e o Uruguay atravessam, r aliezar de aiguinas tribus tnpuyas in-
terpostas, dominava o g u a m n y , fallado por gz~aganck, earzj'ós,
tapes e outros.
Xa g c o ~ r a p h i nda regi20 em que essas linguas foram falla-
das, encontram-se, agora, nas denominações dos logares, os ves-
tigios indeleveis do dominio d e cada uma. Este facto carece de
estar sempre preaente ao truet;ir-se d a interprntaçiio dos voiabn-
10s tupis eoni applicação á ncograpliia nacional.
4-PÍo alphabrto tupi $o lia mais que dezenove lettrns, nEo
existindo .f, 1, j, z ncm 7;. N h u trin r forte, porquanto 4. m i a , let-
tra sempre branda, niesrno no começo das palavras, como se vt. em
reril, rera, rnngautz.

(4) Idem. Revise. Inst. Hist., vol. 56.


(5) Idem, idem.
Nno tein s siliilndo c siiii eliindo, corno em a!l,iiiirp: si@, q11iir
3;. dcveiii l~ronnncjars i i i z i i ~ ! j r z , zipó.
O j , qne de1iois HC ilitrodiliiii~1105 voe;ihulos ml?is: ji vei>i
jwr ilifliieiii,ia lwrtuguran: i: ndiiI:eraç;io do i liiiinitivo tal como
sr dou i i u latilu em reln<;;io ás liii;iins iiiotleriins que delle sede-
ri\-ar:nn.
Eiii rt.a d o j y i t ~ a r nj<c,n!j,
, j a p e c n i ~ ~se i ~diria
, pri~nitirnnieirt(~:
jtqtirrr<~> iapy, inl,ucni~ga. Assiiii tambeni o 1 ó iritrotliizido ein al-
g u n s voca1,~ilns tuliis licr iriiirieiici;i lusitaiia. qusiidn in;iis tarde
o idiomii. ti:-lvr.,~eins e tornou ii;igiili gr:r;~l entre ;is poi,iila~6eido
ea~ripo. O, ~ioiiiesitnroliiii~!,, alaiiii,ar?l, c , L ~ I < I I Ls~i !o, :disso exeiti-
1'10, serido tn~i~sfoimndo;e m I / ,o; i.,. hrnndissiinos qiie priinitiva-
liiente tiiilinin. O 71 j:liiiiiis existiu iio tiilii : <,qiiiv;ile no 7 1 01:
;bo b braiido: mas fico11 iiitrodiizido iio fallar do ~ u l ~ oeoiiio ,
erronenintmte se TE. em: u c < l i n l i.osvoioca, ~ n t i i i . n i ~ t i i i ~ .
O 2 i- t:iiiibern resultnriiti ria iiiflueniia do coiitacro eoiii o
~bortusuez. 0 s 11oiiir:s tiipi-i rrilcail.!iz, !,?i.rjj:iilrrz, !,o?tncoz. ~ l n [ l l ~ i l i L z .
sào siiiipl<is corrupttlas de Inii;;~ dzma dos priiiiitix-us voc;rbiilos :
i!.uiiii. yi,<z!j,Lii.ii, gira!,tac<;, ,'n!><"l'í.
5-.<s coiisoniit<,s t u ~ f it,o<lnri:r,
i sno iiruito diihi;is oii coni'n-
zas e i a vc:ni,.i tno difficl-ii de nl>jirelieiider quc o padre Vieir:.
desesperzwn da eonseguil-o uiiidii eojii o oiivido nl,p;icado :L hocc;:
do Ijnrlinrn.
l~re<ln~ntisiiiiins eiitrr ell;~sS;LO a i niutnci,rs.
6-As lnbiaes p, ,:L, i r sub~titiieiii ou st: ronfundeiii 1130
raro na coi,iliosiqXo dos vocnbiilos, iiinxiriiw quando lia rielles \-o-
zes naznladiis prt~cc:drntes n tites leittras. A syllnhn i i o ~ a lah~iiii-
dx sempre a criiiionntt: repuiiitv.
.Toao d e Lr:ry, por exeiiililn, iioa trnnsinittiii (10s Tuliiiiaiiibis,
do Rio de .Janr:iro, o iioine (;:iai~iibni-:i por Ilani~api~i.<i, que hojr
i.rronpanir?nre se I~roiii~iicia l i i i r ~ ~ ~ i ~ l i i ~O, ~ voenbnlo
:~. Painirii, ox-
vido pelos priiueiros iiavr~ndoi.rx, soou-lhes coiiio >iii~i.wi!..i, cloiid,:
proc,ede o ncriial e a l ~ o r t i i ~ u c c n d.lIairiilhiio.
o
a4:. m i n ~é bambriii o rocnhiilo Pi.,.ni~ii-pz~~a, cu,jo p se nl>raii-
dou eiii h, jior estar preredido rle u m a slllabn i i n ~ a l , Iiroiiuiici-
arido-so prlinrirainente I'<i,.cci~nii~?i;ice Iiojo l'criruiiitrrco.
A s iiiutn?i,es, sem n ii~fliiriiei:~ da naznlzx~%o l~~occderite. s k ,
<.oiiitiido, rim, eoiiiininls, dizendo-se: 2ibii.i' por liiliiii, bi~úot:,p<ir
!>"l>"C.
As guttiiraei c , g, se triieain t;inibei~ifrequriitwiiento sob n
infliieiici:~ iisziil da voz precpdi.iite, como st? vi. dn desiiiencia
L calia, das vocahiilos eonia i'irneicrrbc, ,~'urocni,n, ahran-
C < L Ó ~OU
dando-se o c em I/, toda a r e z iluc n voz preetidrnti: L! nnza!.
como ein ~>u,.ni,g,ti,i,, i i ~ u i r h i ~ ~ q r ~ h n .
O mesili<] sc d:i coiii o siifixo o i i r n , ciiliio o deiiio~istrainiis
cxeml~losse.giiintes: it<i<:ii6,.ii,1>nririii:ra, ahraiid;a~iiio-sa o c rrn 9 :
quando o lnf!cdo iiriin voz ii;izsl: como ein airhaii~,iiii~i?, ncirii!ji~di.a.
8-Kúu rziro, a giittiirnl c se iiiiida para x lnl>ial li,corno eiii
iop4rv por tacz~<~ra; il~i?q,ubr<t,ipzd~,<!, por i / , i i . o ? ~ d r o , ic?dt.c~.
!)-Sob a iiifluancin (Ia n:izalaç%o precedeiite, o nhranda-
nietito da juttural eiii lima labit~lvne at; a c p t d a o u oblitero-
eiio da lettra, corno, por eseml>lo, rio vocniiiilo ler,ii.cz,Li.i~, que
quer dizer enrlnver, e qiie tnmbeiii se rscreve: teoi+gi,d,.n, teoil-
6oéi.i~e finnliiiiinta tc8Cr<r.
10-21s giittiiraeç nrites do voga1 tCiu o iiirsnio vnli>r quc
1 o t . J'or isso, liam se siiliprir a Silta do C as1jPro ai,-
tits do e, i, ?/, fieqiienti! iio tupi, <. iiiistar ein1,rcgai.-ie o /<!
lnuda grega! esrrercndo-s<i coiii esra lettra os vocahiilos /,?rii.i,
e , / v e o i ' c o , li<lrcliie iiewa liugli?~
o I L depois do T d e r e srr seiiiprti liqiiiilo.
11-DA-se o mesiiio coiti a :~~ttiirnlr/.
(Jiinriilo esta consoante hou\-er do ser aspcra niites de c, +,
11, mister ú fnael-a srtgiiir de iiin h, escrevetido-ao g l ~coiiio nos
rocnhulos r~nroiiylti,nhninorr/~<zi~i//ii.
K < i s itoiires ai~lrniig,<irn, giiri.<í,~ > i r q , ' y ,i r srll;idn 'l/zt tem o
mesirio v:rlor qiie ri:i liztlavra ~iortiiguez;~ gt~ellri,isto C o 7 1 , seiii-
pre liqliido.
1 2 - 6 coiisonnte q e u t i nos iiiesmos casos. Os noiries tiipis :
ilrcki, i f n t i r i , ibnkd iiAo se clereiri escrcver i t a ~ u i .it<zy~iii.!/,ilin-
qzzL c<iino orilinariniiieiite se oscrcve, porque u ( L d e r e ser senljiie
iiqnido dttl~oisde r/.
1::-As euiisoniites no fim das voci~hulossr ~~roniinciani perfei-
tanit!iite rutilo se t e t ~ n i n i i s ç ~ ~ i l UIII~Z vogal brandissirna, como,
110r exernplo, e111 ~ I C I L U ou I . ~ n e i ~ ~ l/ i I~X~ I, C que~ ~seLproniincinr&o
, :
7itouzi.a on »~eirdarr e n!/z<nrcitv.
O nr filial se lia d e l>ioiiuiicii~rapertando os iahica.
~ ~ t e s qnh, ir<?, ,ia, i?/>,
14-08 ~ r ~ ~ l > ~ s c o n ~oiio arlitùorigos eh;
são frrrluctiites no tupi, onde 6 niui seiisivril a teridencin liara a
n:~znli~ç&o.
O luiiiieiro grupo i>ib, j garnniz nnaal li:irti<.ulnrissiim
equivale prosiintairieiite a ?b>,rb,ora se rediie por ~ i c i o de 1x0-
iiuiici:i :I siniples 5; ara a ? , L .
i'or essa rirzao, o celrhic 7-ocnbiilo a~ljoyse tuni~sforn~oil ein
a l s u n s logares rm bo!/ ern outios eiii ?ILVZ/, c01110 se verifica
n a conqiosiqRo dos vocabulos bugtirc:~r o~og!,.
O noine tupi ?>ib?/ryt!jr i oiitro fiisaiite rxeniplo. Xo norte
do Ilrnzil se alterou paro hiii.ity, rio sul Iinrn ~ u g r i t y .
15-12irpiissiiii:i 6, pori:iii, a ~niiiiira das vognes tiipis.
H a sris rrogaes: a, r, i, o, ir, I/. e. oiitras tantas llazaes, m;is
as tres priroeiras devidamente iicccntunch~ d;io tres sons cada
unia: a, i. á; e, i.: é; i; i, i ; o, 6, ó; u, ú.
16-0 i/ represerita urna r n g a l p t t u r a l especia1issirria.
c . . . que se tiirma u a c:Lrg:mt,:i, dobrada a lirigua com a porita
inclin~iduabaixo, e lançando o linlito oppriinido lia g a r g m t a com
uiii som iiiirt,o e col~fusoent1.e i e mais i<;e que n%,o serido i
nem ii, erivolve a ambos ...a (6).
ii eiiiisaio deste som ó seguida de u m ruida que o padre
hiicliieta iirocurnu ii8wr;~rpor uni g poq~ostoi vogal, escrevendo yq.
Outros aiictores representa111 essa es~ieriaiiasil~la vosal por : i,
i, 6,i, ui, iic!, ue, C,, u ,
Exige o objecto deste eticriptti mi~is alguuias eonsideraçiies
sobri! a gramniatie:r desta liiiguii. e o quanto linstn para a elu-
cidai;%o dr: varias questões que ito dearite se h;io de apresentar.
17-110 suhstizi,liio.
O suhstniitivr> tiipi representii coisa ou ],eusoa riinte~iaes.
Poricos voçabulos t i n h ; ~a liiigua com si:niíicaçòes abstractas.
b' catcihese, a religiáo nova iml>nrtada pelos eurnpeus, dada a
facilidade de se coinporein vocabulos noyns, é que se deve a in-
troducçâo de grande numero dos rubstantivos abstractos.
18-Gsaram os tupis designar se a si niesirios lior nomes
proprios ou ;q>pellidos empliatieos, coiiforrns se verifica dos que
a historia ou a legenda nos traiismittiu:
ItrrgybJ, o braço de ferro.
d h n e t f , o bravo, o homem illiistre.
ITibircpi, os olhos eneovados, torvos.
Yb!/rn!!rira. o eaceteiro.
~~jtLU7?.haron, que os poeias transformaram em ~~~~nha-
ro, a oriça brava.
Ct~,ihiatirhPhe~a mulher zorda.
C~:ii.iirúpeDu,o sapo espnrralhado.
Pi~t!!,o csm:~r%o.
l ú p z r a k i v n , o arco verde.
Os nomes i e mulher, que cliei.nmm até nós, trazem u m
sainete de Irgenda ou de poesia que talvez n%o existisse n o
animo do gentio, e fazem duvidar u m pouco da sua authentici-
dade :
I o o t y ~ aou Potyi.a, de que Domingos d e llagalhâes n a Com-
federa@o dos i:11110yos fez Bartyra, que quer dizer jliiv, bonina.
Jfi,cina ou Coernca, a aurora.
Irueê ou Iracema, a meliflua, a doçnra, o fluxo de mel.
dme!y, o iiasccr do dia, a aurora.
Ya'ailrlira ou !yni~dê-ir<i,o iiosm mél.
(;zcai.acyaba ou CYuni.ucy-aba: os cabellos do sol, os cabellos
louros, ou bem a Laiira.
Coin a introdiicç~odo christianisrno, o catccliunieno passou
a trocar o riome pzg%opelo do c;~leridario,e a historia nos trans-
mittiu, por frei Vicente do Sallva:~dor, os nomes que o gentio nf-
fttir;ooii a. seu iiiodo, segundo n indole de sua l i n p a :
D I L I Ipor ~ , Iiuiz.
P < L I L cI>or ~ cF~r~~ ,n ~ i s c o .
I'eró, por Pedro.
19-0s i i o m s comniuns tinham grande riqueza r forqa de
expi-essgo :
abri ou aicri; gente, pessoa
ap!lába, hoinein
cz~nl~ri, mulher
jaglccira, o cão, a oriqn
t a p y a , a anta
q l ~ i r á ,o passar0
c&, follia, iiintto
yby, a terra, o clião
?/byt:yrn, o inante, o serro
g r ~ ó ,o i'alle, a baei;~,o seio
paiá, o rio, o inar
yg, a np:L
yb!ytri, o ar, o rento
ta*:, o f 0 . p
"-De]mis da. invasHi, dos europeus, nrmde numero de vo-
cabnlos portuguoaes foram introduzidai no tulii, uns represen-
tando ariim:ies, artefactos e objectos importados, como: enhaití
ou cal?av,i, o caraiio; ]~?1rz!cLi,porco; palta, pano, tecido ; papé-
Ta, papel ; libriQ ou i-ihiii, livro ; ri~ncaba,fuzil; c i ~ r u c á ou crc-
~ t < a hcruz;
, missn, missa; sl<i.árn, soldado. Outros foram eri-
dentemente eoiripostos pelos niissioiiarios para exprimirem idéas
novas, abstractaç, srgurido o exizia it nova doutrina, t u e ~corno:
Bakd-turyba, cc'o, paraizo, nu; litteralmrnte: alegria do alto.
Cai.a!,bBhB: arijo, isto 6 , o branco que vôn.
i u p a n a vóca, egrejn ou casa de Deus.
Bi~grz-tec8, alma. peeeadora.
Teeô-yha, 1>eceado.
Yy-earayba, agua benta.
i i t p a n a iayra rtzit.gnba, c r r i c i L ~ o ~
ou imagem do filho de
Deus.
T ~ r p a n areiulaba, sacrnrio.
.llii!/i.o eiiii,c<i. roznrio.
l?ii~?,-i:?;nhn:ri.a;i: or;i<;;lo.
21-0s siibitaiitiror dcrivndos de r<-rlso se foiirraiii nccros-
r:nntniido :<o iiitiiiiti~deste o sufixo cirhct qiio 4 o siihst,antiv&dor
1'0' rxcellencia, aasiíii. d e :
-;n,,~it:~;t,f t ~ ~ c fabricnr,
?r SP fhrrn?~~ ~ ~ r , : i / ~ m ~ r on,
r d , n~, ~ t : l h o r ,
iii,inhnit.!g<rhi~, f;rctiirn: fabrira, ft~biicnqâo:
si,i.or-: oii soi.r>g; rasgar, roiiiper, so fcrz S I I I . I J C : L ~ < L1-;lsg;10,
, r11-
jitura :
-cgc<r, rlie;:ir, vir; se tkz rgcuh!r, rilegarln. 1-indn;
l>c!lxur contar, enlculnr, ljq~<z<<tha, 11nm:!~0.numeraç%o,ct~leiilo;
-qii<ir, vCr: olliùr, se fnz <ijji<~cnDrr, vista, visùo, ol1iud;i.
2?--(Jnniido o .;iibstnntiro verbal expriiiie o qiii: ias a ae-
?aO: O an~cor,(-nij1regn-s~ depois c10 iiiiinito do ~ e r b oo siifixo
rira, o11 $ l i i . < ~ assilll;
~ 1)nr ?xeilly!o: de riloilhnirg, fz'er, operar, si?
a r , f a ~ t o r , ol)<'rnd<~~., auctol-; de caeii,oirilú, r:s<;ar,
c a a n ~ ~ ~ ~ d t i 011? i o ca,>z~>togir,l:
.i~ cnqndor; de .i<,,iv7<i, furtar, i i c r i i ~ -
d a ~ i i i n 1:idr;io.
,
0s siiliitniitivi~sdi5rirados de uni :rdj!iectii-o furiiiaii~-se coiir
o rnrsmo bunixo C : L ~ I ( T ~ ~ 0 1 ~ 1 0por , ox<:~npl«, de pot.iiii. Iirllo, se
fciriiia ~ i w n o g a h i i ,1~:~lleaa;foriiiosiira: de «ctii, I>oiii, ci~trici~b<r,
bondade ; dr 1>ozi,iiiiu 1 porieabn, inaldide.
23 - 0 s .ubstriiiii~-oi coi~iliostoise f i r m i ~ i i ipor n=.liiti~ia$iin
rlc outro; si~l>rtaiitivoi,d i adjeetivoi di,. rerlio:. I'or cxeiiiplo,
de <ii.<i, liora, ternpn, 8 r i ~ i ~ g a b asignnl, , ti:iira. Se fez niiiini,!/ab<~.
r c l o ~ i o :d e !,h!/> terrii, r do ndjcrtivo pcl,cll elinrn, lilatia. s<, fez
?,b:y]iebn, l>lnnici<!; !jb!/, terrn, e CIOverbo ~ ~ y t ~r m~~ y~ o, !j?i!j,.!gr.!l, r,
terremoto; rle yb:/t!ji.fr, iiionte, e do verbo li.,ea, partir, arreberi-
tnr, !,h!ltgpomc, vulc;iol serro arrebentado.
Conl o; vncabuios rnrii, raiirT!j e <iceiiLn ou "c<: se forinaili
grande iiuiiiero d~ O U ~ T < I S c o n i j l o i t , ~ ~C , O ~ M se rC, d e itqjxhn,
ouro: c i.e<.ii, raso, rontincntr, sr Soririou iti!jilli<lr.eri<, tlicbouro ;
do jur!g, lu:&, e i.e,i<l,y, estar, jnoli.aiid!j, liinr: de i w i ; inrl, ncenan
ou nci. fiuir, eorrcr, i,.iic*<,irrs ou irot..', iiiienci;i de 1 1 1 ~ j1 de jiirci,
peixe, e <rc::iz<r, sair, se faz 1il~ncPrn~r: inrduiiir, bando de ~ i e i s e .
2.1 - Sùo i n r a r i a r r i s iirr siin trriiiirti~<;Zopnw os gt?nrros os
iioineç tnl>is.
Qiiniidii s<i quer distiiipiiir os sexos, nnt<.pile-~eOU 11osl>üe-se
nos iubstirritivos 05 iioiiies: rrp!/,qoim iiiaclio, e cio(lui, fc~nc!a,
diariido-se e~it&o,por e ~ e i i i ~ i l o!l<qzrn?.u-i<il!/:,c~tra,
: ezo, !pr:yii<Li.a-
cii,~h<i, cadti1i;i; nl~,ygi!/airr~-iii,iizItn>~g~í>-,a~
aiictor; e i ~ i ~ l i < i - i i r i i i i l i ~ ~ ; t y ~ ~ ~ ~ ~ ,
auctorn.
25 -- 0 pliircil doi nomes se forriia corii o suffixo etd, que
quer ~ l i z e rI > L I C ~ ~Assim:, J S . f i c a , CBS:~, ricaetri, as caias: yzicia-
ti,!,gli'z, a $a"", grlar<~lfirgnetci,as gnrqn?; )laca,
as pacns. Iras, gernimeiiir, os 11omrs t ~ ~ l i 6%"
o 11uu~ero.
21; - 0 3 rolleetivos se foriiinm coiii o eiiiprego de rarios
snffixos, coliio t!ltir~,ieyn, <.~ild<ih<r.
O sifixo tybn, qui! a i i i i proiiuiicia do
-
paen, Iinçnet~l,
l i 1nvari;~reispara

desdohroii ern
tábn ou tiibcz, exl,riiiie nõliiirlnirri,a r: ra!e ~ i r l o suffixo l~o:.iuguei-
nl ou eira. Assim <: que de ciwi, I>iiiliúo, ç1irit!/7,!~,liiiilinl; dii
jtii, pedr;~,itzt!fiti, ~ ~ < l r e g ~ dc:~ rei,$,
!: ostra, vei,,yf!/lia, ostreira;
uvcpI>",c;~piin,er~!~p~t!)!,<i, cn1iina;il.
O sufixo i.e!la oxl~riinr:iimitid:io, <! m!e lii,lo suflixo portii-
.quez orla. Issiin, <Ir giiirl;, ~XLSSIW,gz~i,.cti.~;/~~, ~>iissar:~d:~;40
tüyu$zi, o11 t~rilhacii:porco, t i < y a ~ ~ ~ i . el ~ ! loi ~
r c, a d a ; de c(~bai.li,CZ-
vnllo, cilhnrlii.(!!ln, rnvnlliadn.
O siiffixo ieizrlaliir ezlxiiiic collecgn r: coin i-lle so forriinrii,
por oxcnll>ir>: de ]lot!li.n, HVr. liiit!/ici~diili?~, jardiiii, eoiircç%o d e
fll,res ; de caiiiuei, lxjt*, cantnro, caii~iiciici~dr:hrl,czntareirn; di:
libi-ii ou rihrú, livro, Iibiziierrrl<rl,<i,bihliotlincn.
27 - O gmii nu,;iiie:itntiun i i i , t i v i se f<iriiin eoin :L I>OSPC-
s i ç h ao iiocir, iio grau lim~sitivo, de al;uiii dos riulries: gi<ng.i
o u niir, Jti: rlii t?!l; por czeriiiilo : de p.ii.4, rio ~:~i.;qziagii,rio
cniidal: graiide ; de L , o , I cniliorr%o,
: !/:~gi~!~i.~t:,
o n ç a ; de tn.iinii~liiii,tn!iiaudu,i, t'riirzii</ir<i!C!/,MUI:LIK~U:L g r a n d ~ .
O :aii;rn~nt'~tivo se fbriiia iriuitas r e z e s eoiii n ~>osposiyXon o
positivo da l>articul;r nii, que exliriiiie ?iczriiils oii t(hilt<rs i:eze.s,
ri,ech.as, cei~taiileiite. Assiiii, de ,irt,.<i, rio, se faz l~niir!ii.,rir>
tantas 3-rzes, rio enorinc; iiinr ou occaiio ; do girTi, seio, valle,
baixada, se faz p~:zicii,seio ~ ~ O I I coiisirlero,\-el,II~, gulfo.
O~ibrasvcaes o augiiieiitatiro tiipi se fbriiia pela relietiqâo
da ~iltii~iiisyllaba da palavra. no 0,rau liasitivo, dizendo, p a i
sx<:tiil>lo, eoetatF, iiint,io virgem, cnetcfc, ? . iiiitto 1-irgeiii, extenso,
i:o~isirlerave!.
2 3 - 0 grau dirniiiiitivo ir foriiia coiil a lioaiiosiy;i« ao poui-
t,iuo dos \~rici~hiilos : iiiii.iii~ oii l i r i i t i , pequeno, oii siiii~ilesm<irit~e
<Ia partieiila y ou i t i r , coino, por exi:mplo, de it'i, l!ecli.n, itniiii-
~ i i n0x1 itai,i~ou da!/, ]iedriiilin : dt- pircl, lbeixe, pirnhiiiioii pi-
<.a!,, pci-iiiilio ; de icbii homeni: iiiirr!~ou c~õniix, hiinir<riziiilio.
O diniiriiitiio iio feiiiiiii:io i o foriri:i coili a posposiy;Lo dir
vocabulo tii~iiiz.tny OU feri!, caino: dii c:~iritü, iiiiillier, ririlhC-
iahiin ou eiriali;iteiir, iiieniiiil.
?LI-A deriirinp%o dos nom<.s se f no tiipi por rileio d e
preposii<;ütis que s8o anies j ~ o ; i l ' ~ s i ~li>orrliic,.
ü e ~ si, collocain seiri-
11m no fiin : Ex.: C'LLI.TO~L?, O ~nenin~ no; ~ e n i t , i v od e 110SSP68~.0,
n coisa. possuid;~ ou o name qiie :L r<.l>rr.sent:~,fica depois do iio-
trie do l>ossuidor, assim : ri~ii~?i?i-tenciyra, o irmRo do menino;
ci,~i.~iinic i ~ i ,do ninniiio ; cl<i~i,iii-ciipBai, ci~rwiii-nratnn, ao nie-
nina ou liara o irirniiia : c i i i ~ t r ~ t ~ i - z110, ~ iiuenino;
~: CT<PI(IIL~-~PLIII~~
coui o riieriiiio; ciri.ir;i~ikwê,pt.10 uiriiiiio.
:10-Bii <rdjerticii. Os ;~djectivos srguein o substnntiro e
sào iiivarinveis no geriero e no iiurnrro : ex. : y~i.i<icy<r,bello,
bells, rio singular r iio p l i i r ~ ~; l urtti, bom; bUa. e111 auibos os
iiunit.ror; IIILCLPOII:brnvo, hrnva; piiiirga, t i q a ou f i i i : brnrico,.
braricn: inorrnitii!, imiri,zctiit o11 ,!il<,>>iitjj,hraiico, a l v o ; Z I ~ pI i~ m -
im ou hiilili~,pret,ol iirgro. escuro; i pitnngu ou pitii,.
veririelhi~;akircr, verde: !júl,<~,ariinrello; ~ i i y ~ iazul; i, pixiina-.
cernnes 1'0x0.
31-0s adjeitiros que s r derivam de substantivos formam-
se coiii os ruffixos d r a oii inpi.~iii.<z, conro, por exemplo : de
pereixr, sarna, ~jei.eh<ioPia,sarnrnro; de citiiIi<i, iuulhir; citnhii-
~cipir<i,,il~ t!Eeulinado.
32-05 adjrctiros que se foiinain de outros ndjectivos t'm
por siit?i\:>s odrn r e e i n n e . Exeiiiplo: de /lii,xi>mau, pz~ri.iPi.u,
rnalrndo, perverso ; jiibiiii;inc"iai~e, eshrn~iqriiqado; ~jixliiracernne,
roxo ou :~linc;rado : pit<zi!y<ierrai~c; avoriiirlliadi~.
.'i3-0s ad,ji:ctiron derivados de verbos, os pnrti<:i[iios, se
fórrnniti coiii o siúiiuo iLni.rr, eoiiio: de yziiii, matar, ji<e<iiirii.a,
mitrto : c i i i ~ i r , ariiar, crriczirirn aniiidu.
3&-Por~iiniii-se :iind;i atljectivos coi~ios suffixos iir~a,ou eirna,
eoirio : d r cec<í, olLo, eecrtitii<r,e::go ; ,~/~ceii!gii,f:~!la, , ~ h e e n p e i s ~ n ,
mudo : i.ei,u, nonie, iemeirtiir, 1iag;io; iniciio: iriarido, irileiri~eini.<~,
viurn: pi!!/<r, pae, pnyainia, or[ilrOo.
3.5.-0 grau dos ad,jectiroa se f h n a com os suffixos : ~ P L L T P ,
para o corn[>ariit,ir-o,e r&, para a s ~ ~ l ~ e r l a t i COIIIO: vo, 7)or rxem-
pio: de caii!, hoiii. cnti;g,ei~i.r: melhor: c<rtr<ietê,olitiuio; de tu-
I.zL~Y. cr;indr, t7ii.ii~zipai<rr,iiinior, i i ~ r ~ ~ ~ i O masinm.
.etê,
.? .
.~b-Os n d ' t c í i ~ .deterittil~irti~lis
~~ nân sónl~nti: os Iiiimeraes
ou qnn~ltitatiros,oi possessivou, 0 3 d ~ i n o n s t r a t i v ~es os indefi-
riidos.
Pl'Cii, lia artigos na tiipi.
Os iiirnteraes ou pz<a,itikdico.s raro excediam de. quatro oii
cinco riirre os selragr.ni.. iiiaç corri o eontt~cto cirilisador dos
europeus, tmtre os catLeclluiiienou r christaos, a riumeração de-
cim~ilsi. di)senvolveu. Pririiitivainf,iite si, havia: yept, u m ; mo-
cõe, doi: : ii~lippirn,tres ; ei.iii~,li, quatro. &Iaia tarde, porém,
a numrracno subi11 e se acerPscentaram então : t ~ a i n y cinco , ;
mricrL!i!/. aris ; ceyP; s r t r i oici, oito ; oicepê, nove ; peyé, dez.
Dalii por drarite forniararii-se os r.ocabulos para designar os nu-
inerou s-gunrlo o processo decimal : pey-yepê, onze; l,ey4-rnocõe,
doze; peyé-?iio$<~lj!)?n,t r e ~ ;r mocòe-pey6, vinte ; ir~ocõe-~~~!/I-?lc~ê,
vinte e iirn ; ,noc,,+!~r!jC-rnoeõe, uiiit,e e dois ; ,>~r,;q,?i,rn-~~(r4,
trinta ; erirndi-peyf, quarenta: yej~C-pnprr~<~liri, crni ; ,n,~cùe-~in-
paCazLn, duzentos ; pe!li-prrpaynun, inil ; rnncÜe-pe!li-pa~~,~~nz~a,
dois niil ; pe;li-pe!&pa~iac<~t~n~ d<,z mil ; p~g&l>r~pn~aiia-!lel14-
papci>ncclri,r,uin rriilhão.
37--0s orrlinr~mse fortuani coiri o s u f k o uairL : yep6r1cm-
ara, primeiro : niocòe!<ai.a, segundo : >iinc<ij~irni,di-ci:rrrceiro ;
pr!lP~ir~i.a,deciliio ; /~e!lbicara-jjepc:, uridecinio.
38-0 ?riineral distri0utir.o se f6rma repetindo o cardinal :
gep&!l<i~E, i a a uin; 7nncGe-7,ior.ò~,doia dois.
29-0s acijeeticos dziii,,~~sti.nt;~os s%o q?iaI~á:este ; ,chnnhd,
aquelle: ~ihüi~lid-avtzi,aquelle outro ; 1s; eitc, servindo para os
dois sexos.
40-0s Arljectiaos po;ises.sitins seo: cê meu, minha, para am-
bos os iiunlaros ; n&, teu, t,ua ; T ; , seu, sua ; 7nl1.6, nosso, nossa;
peiihê, p6, rosso, vossa; nitii ou rwtri, seu: delles, dellas.
41-0s iiidqfii~itos s8a: !yrl~C: um; certo; arno ou amLr, al-
puiii, algiima, outro, outra ; cetê. muito, muita ; a?ui ou abií, qiial :
lirobyi., qiiaiito, quanta.
@-Os p?oízomes prssoaes 880: chr* ou ichC, eu : i a 8 , tu, ahé,
elle, eUa ; i a i ~ i ,nós, pe?iitC, vos, netá, ellrs, ellas.
As vari:i<;5es ou caso. do pronome, s%o: ehin?.ama, a mini
o11 para miiri ; ehiirunzo, coniiiiigo : i?i@ai.a,iia,a ti ou para ti ;
inC iiionci, cointipo, e assim os mais.
13-0s proiloines deri~r~~tstiat?cos s%o como os adjeetiros da
mesma clnsse. I>a mesmo modo s i o os proiioiiies possrrsirws.
Ll-Cin dos caract6res inorpholoiieoi irinis sdientes do tupi
é a dix-i'ião em duas classes dos theiilas quanto ao modo de ex-
primir as relaqões de passessao e da genitivo, como passamos a
tiapõr :
5 n piiirreiia elrzsse: a relnçRo de inirn, rlr t i , de lzús todos,
de írós oz<trris so rtxpriine poslioiido aos pronomes pessoaes re-
gidos, o tliema regente, affectado dos prefixos r, Te. Seja) por
exernplo. o thenia t-etcrv~a,no cstado absoluto ou de possessão :
applicando-lhe, porém, as relaçóes, temos: c&-r'etama, rninha pa-
tria; ?it-r'etam, tua patiia, ou patrin de t i ; ianê-r'etama, a pa-
tria de nós todos.
9 relação delle, della se exprime pela ~refixaçãode s on se
o u ce. dizendo-se e'etama ou setartia. a uatria delle ou delle
9 relação do geiiitivo se exprimeLpospondo ao thema regido,
o t h e n ~ aregente affectado dos p r e k o s 7 ou Ta, com; aba r'etnnw,
a patria d ò b o m e m ; T u p a m ?oca, a casa de Deus.
A relação de vós se exprime pospondo ao pronome pessoal
regido, o tlienia rrn<.nta nff<,etilndodos prrfi:<oi i ~ l nrle. , 1:'r : 7 , t
?r<l'etnlirn,a patria de 7 6 s ciiitros.
S n segiiit<lri c1us.r a reluqXo do iiii,;i, dt. 11. rle i i i a frirlo.s, d e
wór uzifi.o,s; de ~ Ó s ,se e s y r i n l ~ > pos1:ondn
n s i n i p I i , s ~ ~ ~ o~ ntllelnilte
rrgenti' aos ~lr~n0111Cs rrg'idos: re'tiiii,rr: a 1intri:i de ~ i i i i i i , «u zrii-
c b n patrin: ?,L<^ c ~ i i i i g i ,n c r u de ti. 1
'irelaqãii do g e n i t i ~ ose expriiiie roiii a siiiiplrs jir>spusiq&od o
ilieiiin r i ~ e i i t e:,o t h ~ u i :1.efiic10.
~ E : i , o l i c o do jns-
F:lro: i , n eube<:u dii lieise: nb<~-i~hecii, n lii>g-n du.
grrlte.
A relr.(.h<i <leili, deli<i s<. e x p r i i u ~lieln lircfisnçjo de i ao
tlirnia. 17s. : i - r c i ~ i ~ i ~ ~o5r rp:irt.rites
, delle; I-l~icd~;L faca del!e, cir
StL, fz1cn.
45-0 l~rounmc! relativo i:: iiii<í: que. o 1 n e , OS.
q i ~ a r s .n q 1 1 n e ~ pronom<'
: que s<,inprese colliicn rio iiin da plirnse
:i que l~erteiicc. E\.: n iit~ilheique P boizifu. Ko tiilti a plirnse
fins i diel>n?ta: iiriillier iiniiifa q i i r , e s r diz : clinltii 110-
wingn ~rn<i.
46-05 yrorioiiles iiiterroyatiroi RXO: ozuí. qiioiri, qual, qur-
coisa? alio-iini?, <,nem: qiin! rlelle, qiiacs? ijinti, qiir: q u 1 , q11.11
coisa? iii'irt-kin,? p c , a que '?
47-03 Inaiianins inclifiriitos $ 5 0 : a,i<i nniA, nlgiiriii ; " ~ i t j e
c,7<ó: niiigueiiij opubiillii', tndo j liitio-iizLni, nada,
8-10 r . O verbo no tupi iixo se rniijugn como no.
rortugiirr e n o latim lior modificayi>es n:~teriiiiiirrqXo, rims por
aiitel>osiqBo de pmticiilas. No portiignez: por csei~i~ilo,se diz:
irlr~f-O, ?IICL~-a s,
71ic~t-n, t i s ~lliit-i~e ii~8 ( ,i f - < ~ i i i . X o tupi, a o
contrario, se diz: <i-jiteril i.ejzieiil rijiicti, !,rijiic<í, 216-jiicci, rrjlicci,.
c: entfio se conjuga com as pronoines:
eu nm:ito: c116 i$,rc<i.
til inatas : i?(<:rejzreri.
elle niata,: n?id ojiicii.
iiiis iiiakinos: irinr: yq'irrti.
pós 1iiatne.s: ~1eirli6pcjiirri.
f!lles inntnm; <wt<iojj*1c<i.
49-0s teiiipos dos verbos se indicani por meio das seguin-
tes posposiqries ou pnrticulnu:
2,a1~1>C-pnra o imperfeito do indieativo e futiiro condi~ional.
Es. : o iniperfoito do indicativo do verbo jióin oii pxrn: pular.
saltar, se forma: clra liora yqje, e u pulava; vepom y p 6 , ellc
11~ilnvn; yapora ?yrpi",nós piilavarnns.
aita, para o preterito perfeito e voz passiva. Seja por exem-
plo o niesmo verbo póra oii p t i r n : eh'al~urnitu, e u pulei; va po-
m a a , nós pulimos.
rili.?], para o fntilro. Seja 1101' <,xomliio o i.erbo iilr;niinn,
fazcr, tiibricarl chn nfrir~hniieiLi.!/, I!LI farei ou fi~bricarei;
ciiiii~,para O l~vesenterlo eoiijunctiso. S<ja o rerbo icú ou
ieii, srr ou estar ; o presente do eonjiiiictivo 6 : ch'ir icú cjdre,
que rur seja oii esteja; t ê ie8 c~r*re.que \-6s sejilrs ;
i.nit!c. para. o iinperieito e pcrfeito do roi~jiiiiiti\-oe gerun-
dio. T o verbo r.eeú, ter, ha\.er: yor ezrnqilo, sc: diz : c/<'<& iec8
vanrP, qn<! tivesse ou liouresse; ?e iecú i.n,ii<:, quo tu tivesses,
ou lianvrssrs ; reei> ~niiiC,teiido o11 liavendo ;
i,iaii.iciiii. p:a,nra o tiitiiro do coi~jiinctivo; nssini no inesmo
rrrbu i r c o , se dia : o i.ecV i i r ~ r i ~ n i i ~qii:indo
b, 1.11~tiver ou lioiiver;
?/a '.NU t,iuiui.rr>iiP,q11md0 nós tivel-1110s o11 ~ ~ o u T c ~ ~ o ~ ;
i.<iiir<c, ,para o ynrtieipio do futiiro. S o verbo iiú, ser ou
estar, sc dia : o ieú i.ni,Le, para ser 0x1 ?itnr :
pi,,a,,i,t, taiiihein se emprega para o particiliio do futuro,
eoiiio; por pseml>lo,no verbo jiic~i,matav, b e diz : o j'itcd pii.aiiia,
p" ~rlaí~7r-se ;
teii ./q>" l>ar&o futuro eondieionnl. S o inrsnio verto jtieri,
o fiitilr« condirioiiol so frirma. che n j ~ ~ e te?& < i ?/cpG, eu mataria i
i ~ i r n 11ara
; o "pino. Assim, no \-erbo o moiB, niorrer, fal-
leccr, sir diz : o ?irni~dzrnrrr: fallecido, morto.
.?O.-0 modo iinperabivo se fórma eoni a rollocaçZo dos pro-
nomes no fiiii. Es. : icú i n 6 , sê t i l ; p& i e ú penhê, sêde 1.6s :
~ u i - i i?)LI.^, ama t u ; pE $ai$Ú, amae vás.
'io tupi do Korte o imperativo se fórnia com anteposiqão ao
verbo do indice Te do aoriito : EI.: i.e ieú, se til; re nronhaii,
faze tu.
31.-A conjugaçao do3 verbos pela negatícn sc obtem' ante-
pondo-llies o adverbio e n t i ou t i . Ex. : euti o pom, nâo pular;
enti o 1,úi.n ichF, não pula^ e u ; enti o pova ,.amP, não pulando;
enti u potm 7LUTa, nao pulado ; enti u póra ranin, pnra nâo ser
pulado ; e i ~ t ielia p h a ou pure, eu não piilo; e n t i cha póra yepê,
eii nào pulava; eizli clta pórn ana, eu nno pulei; teic r e pora,
não pula t u ; ten pê p i a , nào pulse vós.
5"-Para conjugar os verbos pela interrogntfcu ou ciubitnticn,
basta poupur i fórma rcgiilar dos tempos a partieuia cerri, a qual,
entretanto, náo se emprega nas primeiras pedsoas. Er. : o verbo
mo~ilinlc,faaer : i7ie ncunhan? e u faço?; .re monhnn cei-<i? tu
fazes ?; o monhon cei.ri? elle faz'?; ehC wzonhan yep6 ceii? ou
fazia? ; rr n m h m a ctcry cerri? tu f a r i s ?
%-Os verbos auxiliares no tupi s&o: icô ou i k ú , ser ou
estar, e reeô ou ~ i k B ter , OU haver, que se conjugam repular-
mente.
54.-A voz passiva se fbrma com a posposição do auxiliar
<c6 aos verbos activos. 1%. : o i e r b o çiifçzi, aiiiar ; piçií. ieo, ser
amado : eiln ~ < L i g uicô, e u sou amado : rlia gaiçir icõ yip6, e u era
amado ; che ~ u i c ai c ô ann, e u liii aiiiado.
3 - 0 5 \-crbos reflexivos sa cxpriiiieni coiii a prefixayão ao
tliemn verbal das partieulaz. : j e 0x1 j d , rih6, irhi, segunda a gain-
ma deste. Ex.: j e jukd, matar-se; rr;je;jiiXii, e u me nato; i,e;je-
jul<d; t u te iiiati~s;a-ue;j~<i;<l-gcp(. ri1 rnr matava ; tambein se diz:
jr-juc<i-ichr', e u ine inato, jeji<X<i-iiiê,t u te. iriatas. O verbo 7 i h E -
?,~o>iibo~i: c n i l f t ~ s s a ~ ~ser , c<i;jl~~il: o-iil~é-~r,/i)nj>*~i>eu me cori-
fesso : ie-iil<i-7iioii~heii,t u te coiifriaas.
56.-Os 1-erbos de ac<;no rnciproea se exliriniein pela prefi-
x a ~ dns & ~~>artieulas j 8 ou ji,c: irhó, coiiforii>e a gamiiia do theina.
Ex.: o rrxho gaiçij, aiiiar: jr, $ai$?;: aiiinr-se u m ao outro; ga-
jo-çnicii, nós nos anianlos liris aos outriw ; iiatr~-$~-~ni$ú-?,epi~ elles
se airra\raiii 1111s aos outros. O verbo ,rid i ~ r l i u ,bater-se uni ao
outro.- ; ri ? L ~ Birirpü eur!j, ellcs se baterao uns aos outros.
ai.-« ~.<%ruiidio sriliino: bt!iii roino os participios i~oininais
sâo de graiide valor iio tupi. O ct,ruiidio supiiio se fórmx com
a ~~oq,osiiçAoao tliema da 1i:irticula bo ou nbu ou unho. Ex. :
pfliçli! nniar, $<~i(.zi-nLo,aiaando ; I a i a a s s e a r , rintá-bu,
passeiando ; jacró, cliorar; jrieeó-uol,i>, cliora:ido.
Os p a ~ t i e i l ' i o ~i.on~ii!:tes se f<:riii;oii com os iiiExor: d i . n 0x1
gcrhi. Cx. : g i r ~ f i ~ n ;iqurllr i.~, qiic ziiia. o aii,aiite, o ariiador ;
~.ni$iigal>n,i~iidrse aina, o anior, ii teiiilio de airiai., o modo de
amar ; ?~utcic:ii.a, o vi;$jontr, o caliiiriheiro : iratacalio, n riacrrn, -
o pass~ia
Sou ~ ~ e r l j otrrn~iiiados
s em r., u geriiiidio siil>iiro de fórma
eoin ;i s~ii<:oliedo r. Ex. : jrhyi., volt,ear, jel~gbu,volteanda. lios
v<,.rbol: que trrrniiiam por uiria vogal nazal nccrntiiada, o geriin-
dio supirio se faz em ~iiu. Ex. : Xrrê, seccar ; Xn6riio. seceando ;
api.i.u, soliiqar ; npi~ü-mo, soluqando. Koi. verbos terminados ein
vi, o gerundio siipino como os pnrticiliios se fórnrain eoni a s
su&xo~ n ou t a , bare r t a t u . En. : o verbo perri, aguçar, fazer
esquinl, atravessar ; pcm-a ou penl-ba, aguçando, fazimdo es-
quina, atravessaiido ; peiit-bnra, o que a g , a , o que atravessa ;
pem-baba, o angnlo, a esquina.
0%verbos terminados em n fazem o g e m d i o e m a ou da.
Ex. : a p i n , pellar, raspar, a21i.n-n ou upin-da, peiiando ou ras-
pando. 0 s partieiyios nominaea se f ó m a m com os suffiros dava,
dahu; asaim apin-<laru, o que pella, o pelador ; api-<[aba, onde
se pelln, o tempo de pe.llarl a raspação.
Os themas teirninados em ng ffurmam o geiundio em a,
como mo?aha~zg,fazer, 7imzha.ng-a, fazendo. Os participios no-
minaes fazem-se em <i?u e aba, como morzhang-ám, o que faz,
o factor ; n~oxhaizg-alia, onde se faz, o tempo de fazer, a fa-
brica.
Quarido os thenias s%o dr gamiiia riazal a conaoniite final
sendo iiistarel ou variavel, a formaq&o dos geniridior e partici-
pios se torna ii~egiilar. Ex.: parir, bater, o i.csl>ectiro gerun-
dio se ;~liresenta sob as fórmas : ~ializ-a, j~aii-a, pang-a, ba-
tendo.
0 s verbos termiliados em ?icomo , elsrlub, ouvir, eseiilnr, for-
mam o geiundio ~ u l ~ i n oew!,ili-u,
. oiiriiido, escu~ando: os l ~ r -
ticipios naminttr.~: ei~rliip-ri~n,,oiivinte ; e,ldfil>-dbo; aiidiqão.
Os 7.rrbos terniiiiadoi ern g, coiiio c p i q . i-&r, f ú ~ ~ n a i oi i ge-
rundio e p f a k l i , veiido os particil)ios iroiiiinaci : ep!l,irik-<ii.o,o que
vê. o m d o r : epiak-aha, viuta: viaio; lagar de \-&r, moinerit,o de
ver. Do verbo hr,g o u pog. '.achar, fender-se, se fGrnia,; bok-a,
rnchando~sr, fendendo-sr; Iiolc-áral o que se raelia ou o que. se
fende ; to/;-alia ou p-,riI<-oba. o Ingar de rachar, o nirimriito de
rachar, a fenda, a rnclia. Iio Sorte do Brazil; rili I-ez de. hog
ou pog, dizia-se hlig ou pzig: donde biil<-a ou piik-a, fendendo-
se ou partindo-se ou arrebentando-ie : e pirL-d~a, o que s i parte
ou sr arrebenta; e pui:-aba; o 1 o p r de n:.relbentnr-se: a arre-
bent;i,cao.
Os rerbos que termiriam eii, dii>litoiigo palatal ornl caino
Ircii, queimar-se, fonuani o gerundio iupiiio: t ~ ~ i - t - i i :queiman-
do-se ; os ~iartieipioslioniiiiaes : Lai-tarir, qucimador : Ixi-tabu,
queiniqâo ou cremação.
Os resbos terniinados em dipbtongo palaLd nazal. como o
vorbu mõi, cozinhar, formniii o ,seru~idio siil~ino: >nôi-7io, coai-
nhandu ; os participios ~-erbnr.s; ritói-ii<inra, cozinbndor, cozi-
nheiro ; mói-nrirrbn, cozinha: o l o ~ a rd r coziriliar.
No i~hee?~,qatú, ou tupi do Korte: o gerundio suliino ó sup-
prido pelo canjunctivo ou pela juxt;tl,oiiçiio dos dois verbos ao
aoristo. Es. : lurtci, ir; passeiar, ztatii rn~ilé,indo, passeiando ;
çaiçú, amar, caicii-rarrt4: amando. Com o aoristo: a-ri-só-ó-
maan, elle foi v i r ; cha-só-eha "nnun, eu onu v9r.
Nas verbos intrançitivos que se conjugam com o auxilio dos
suffixos o , ere, o, tomam no geiundio supino os indires g v i ou
ai e o. Ex.: só, i r ; gui-só-bo, indo eu; e-sicbo, indo t u ; o-só-
bo, indo elle.
58-0 participio passado abjeetiro se fórma com o suffixo
p p a , byra aos t h e z a s verbaea transitivos affeetados de um dos
pronomes da 3." pessoa. Es. : i-juká-pyra, o morto, ou o sa-
crificado ; i-çaiph-plyra, o amado; i-kai-pyra, o queimado.
59-0 participio passado substantivo se fórma com os pre-
6x0s: temhi, rembi, sembi, gembi ou temi, remi, semi, gemi, se-
gundo n yaiiiiiia dos themar. Ex.: aeiitijiiX<i, o que elle iiiatnii:
i r i ~ i . ? ~ ~ toh odiscilplo,
~, O en~initdo: t ; i (lipora OU a des-
l>osada
CU-So tiipi, o siihstantix-o, os ndjectivos, os rrrbos rio iii-
iinito, os p r t i e i l ~ i o sforin;iiii div~.rios teiill,os eoni o eniyrcgo das
srifh~oscodrrr, i.<ria<l, e dos siif~xoieornliostos: c ~ , P n t i < i i i i n ,~ L L I I J I ? , ~ .
Es.: pii.<í-r-obra, o ~ i e i s eqiie foi oii, r,stincto ; liii,ri-iniirn, o ~ieisi:
<lu<:h a di: s e r ; piiii-eobrninn, o lieixe que seja; p i ~ i - ~ n ~ gov i ,
yeise qne seria : ojz,Xd-li<~ei~arna, iiquellc que eeti para se iiiatar :
!y:jzil;ri-~,yi.<iiiln, o i p e está liara "r morto, ai, n rictiiiia.
Ainda conforme n ganiiiin dos theirinsl os suffis<is erripiegn-
dos se alteram p a r a p ~ i i i , rnii ~ IJvii~ie :yiiaain. E s , : tuba, a aIdCa.
t<rpira ou t e , aldêa eztiircta i t'rgzioiiln, aldix que s r r i :
iii!,ul ]me, tiigzrwe, pae fallerido, ti!-gfrniiin; liar rindouro.
61-A particiila gctdi.<r, sein diirida pracedentc de t'c1;uni.a:
participio iloriiirinl de t'irò, ser. coiri oi seus teriipos: gzriirírii
c. q i i a ~ a u ms2o de 1150 fiequerite ira formaqlo dos noniri tupis.
F.x.: sobn !j-!lLrnirL ou ~<ihri!jgiini.a, estando rIn face I>U de fio ir ti^
dellr, o que vem de outra baiid;i, o <pie rstii da banda d r nli.iii.
o çstrangeiro: < I , ~ Z Y L tetni>iqj~iitrn:aquelle de outra terrn ou px-
trin, o forasteiro ; Par<rgziri!,-igli<!,.<~, o pnrngiinyo: y l ~ y - ~ i c - g ~ ~ a r r r
seiidn da mesma terra. a ennterrnnoo: ~iai.<í-pegz,ai.a,seiido do
mar, ou o rnaiitimo i ni,iri!,hy-~,~-giii:j_di_n,arluelles qu<! fie:~ram iiix
tr.rra: uca-n~liiihiiyz<avaiilrr, casa liara fazer-se.
02-As :,osposiçòes no tupi r.<liiivnli~niXs l>reposiqòes das lin-
nuns ciiltns, e '%ol miiitns v e e c i rerdadciros suffisoa.
4 ]'osposi$ão i, .i?para, ern. Es.: n,~ii.-i: no cume, no auge:
p!,tn-i, ao pi..
B e ou m e , a, liara. Es.: che-be, a mim; pPe-nre, a rós.
Bo, ',tio, ern, p o r Ex. : ic7ti-h.i, n riiiiii; o-ti-,rio, ao nnriz.
Pe, m e I a, em ara, coni. E s . : A-7tzi-?r~e,no campo; C'c~n~a-
i o n n n ; p g y - j , para o rio arnarellc ou iio rio
ainarelln.
I>!/I,~, iiib!ylii, n, eni, com, que tambem se escreve p ~ r i ~o11 d
i . E : ;ygnrn-pupP, n a cariôa: ce róca pt~p;,n a minha casa;
rc ncnri iiih!ypP, n a minha eabepa.
Koti, para, até, tambem escripto 7~etue I;-et4. Ei.: ~ n n i r g
kitr:, em direeqão 6 cidade; c7zr er,t!yl para mim.
P i r g ou p é x , p i r r , pnrn, com, em casa de. Es.: Criii7ram-
Oebe-pire, em casa de Cunhambcbe.
Rii.4, depois. Ex.: nvn-riré, depois do dia.
OpP ou ?c~L:, n, para, em. Ex.: Jtrndinliy nzni?,y 1 1 ~ 4 n, a
cidade de Jundiahy.
TTpi ou slilii ou mqii, ~ I O L . , eo~it,sol~re:para. Es.:r\%!,-?zi/i:j-
niratri; n i i vou pelo eaiiipu; pL..r.zi,,i, l1t.10 eamiriho.
lt'ecGl ecC, cecP, p u a , com. E . : r116 i.rrr^, para iiiiiii; crct:,
para elle : rniqaiia ierri, lielo signnl.
7 i i ou , Z I / L ~ oir.$t[l~i,de: entre, dentro. Ex.: ccc~i,-inhn.:iih!j,
eii p:lrto da ;ildba. ; a-çzi-n1aii.-yciih!j, e u ~-eiihoda eidt~de.
6 - 0 s adverbios sWo :
De l o ~ ~ "ri t n: a ~ é ,onde; i l d , a q u i ; ririinr, aili; a r i ~ acima:
~,
.Irei.iJe, nb;~iso: arx!, lnnge; r~jlP-l;alli:Ia, longe.
D r teinlio : rnrtiianii, çpnndo; l;oiiG, ent2o; i j i i oii rihi: hnjt.;
i i i i . t ~ , ~ < I <airianliW;
:, I~isb, hontern; <!niol;i,si, ante-lioiiteni; l;rii.!j,
ji, agora : arir!j: depois ; i.ni~/~G, aind:~.
De. quantidade: ~ e t e p einuito, , bastante; ar1toii.6~mais; chinyn,
rncnoi, apeiias: pazi ou ~ , ( t ? c ~ i P , tWo, taritn : i i r ~ i 6 i . equ%o,
~ f{unnto:
~l;t<:, deiiiais ; ~lhlc~ir., : ~irii.riite,qiiasi : 7tl,nerir,
SI^ ; n h o ~ ~ f~óriierite
e,
i\.SBHZ.
D a iiiodo: c~iteqiliteoii rcatii, helu: .r,~eoht,1m1; yn1t6, as-
siin ; m n h y , corno ; empó, ta11-c~.
E e os adverbios de niodo, os trriiiinaclos eni mei,te,
se fórmaiii pouporido lios adjrrtiros ou substa~itivos o siiffiso
r?ip!j ou re@. Ex.: viei~P.i.ujiy, v;igiirosaiiienti!: r n t i i - T I ~ Ilicita-
!~,
meiite; Catrrici.iil>!y, diiraineiite; pin-rili!,l>o-rz~l,!,,~ipaixo~ladai~ieiite:
c<tt7iret<:,ezeellenten~eute.
D e nfiriiiaqão: heei~,sim; pipi cata, eert;iiiieiite; pcpirlipy,
realmente.
D e desigiiaqio : cocic8i, eis, eis aqui.
De interrognq;io: ,iia;o(iP, eoiiio:' ntb<r&-reet; l p q u e ' ? wtaP-
ranté, quando '?
De iiegaq" o: nni, ?ritio, enti, oízti, nxo ; iiitio ?iihai. 11nda:
<í?l.e, nL,nc:L.
64-As coiijuncções silo :
Copulatiras : y ou nxê, e, taiubeiii; rfinii qiir; chc 0x1 <.C, s i :
Disjunetivas : u, ou; ni, n e m ;
Continiiativas: anhP, pois.
Adversativas: areir, nus, porem, todavia.
Conclusivas: a ~ t t h y ,logo, portniito.
Condieionaes: pai, si.
Cnusaes: mahy, como, porque, porquanto.
Concessivas : ajubdle, embhra.
65-Da S i h T A X E . A syntaxe tupi 6 singela. \L orzçúo tem
tres memhros essenciaes : s u j e i t , ~verbo
, e nttribiito, ou melhor :
s~tjeitoe predicado. Ex.: Deus i: bom.
ilupun oic0 catfi.
O passnro c a n a .
G i ~ i x irrheeiz.
31inlia terra trin palmeiras.
('e ~ e t r i m aoreeu pi<lóet<i.
6G-Xo tiipi uno se póde eonio n o latim oii no Iiortriguez
eryriniir a oriiçkin por uma 16 pal;rrra, porque os verbos não va-
riarido de terrniil:i<;kio exigeiri a presenca dos pronomes, n ã o
,>bstantr os prefixus ~ L I B a ~ ~ i g w a l n m a i pesaoris. Ex.: amo, n o
tiipi si, diz: chu caic2<: <ri1 amo.
A ordem d i r e c t ~é ti. iiatiir;il n i ~eonstnlrqko da yhrase tupi,
iiizis nrra~ijada de riiodo que as lirrposiçi>f!s e ronjuncções 7x0
para o fi111 e se~nllreirpós O riirnin resido.
E x : 0 rri$icc70~ e o i â o e.icti.nrrrm. iio rr~attr~.
Xo tiil>y se deve dialiór desie modo :
Caçador e cão entraram matto no: ert~nonoçúrn yautira irtrn~o
~ , i l i # < ~ ic~a,iu r,pb.
E' como se dissesse : eaqador, cão juntos eritrar;im matto
dentro.
D<'mas mais alguns i:x<,iiiplos :

3linh:i t,erin tem pa1mc:irns.


Ce !ei.rti~rila orecA pir~dóetri
Oride caiira o snhiá
3Iiinz1 c~ihiiio i ~ h r r n ,
As aves que aqui -or;eiam
GUi,.6. o,zlze?,,.g'~,.e 7k4 !,ai
-v-ao gorgeinrii como lá
I i ~ t inrtá o,~hr!eii.&e iuuê
E r . : Aos siicjos <Eu I~istitzito oferece o uuctor.
A plirosci se deve dispór :
Institiito socios para offerrce auotor:
Iirstitntu ir.ur1iogoni.a sxpé o , i ~ e h ~munhmzgara.
n
CZiI'ITÇLO III
DAS A L T E K A Ç ~ E SPEOSICAS so TUPI SOB A ISFI~CESCU DA LIKGCA
PORTCGCEZI
-
67-As duas linguas, postugueaas e tupi: em contacto no
Brasil, por u m largo periodo de armou, experimentaraml ao calor
u m a da outra, quer no rocabulario, quer n a phonologia, ~iiria
aepão identica ao que em caloriinetsia se denomina eqiiilibrio
mwcl de teniperntura de dois corpos e m l>resrrien 213 duas lin-
guas em niveis diferentes, se forairi com etieito alterarido, tro-
cando entre si elementos, assimilaiido ~ialurras,segundo a pho-
netica peculiar a cada uma, att: o apparerimeuto de uni idioma
geral, médio, urna lingua lirasilicri, fallada pela maioria. da po-
pulapio da eolonia nos dois reculoi que se seguirarii ao deseo-
brimento.
Tinha-lhe já a Arte deduzido as regras grammaticaes, como
a escripta Ihe fisára o voeabulario.
As palarrns passaram a ter fórmas fixas, aquelle
dubio e indefinido carneter erii que ns mantinham a diffieilimzr
apprehensùo das articulaçúes e a diversidade e vicios de pro-
nuuciaqão de lima tribu para outra.
Mais rapida e proveitosa evoluqao assumiu e n t i o o tupi, a
despeito da deeisira ascendencia que o yortugurz ao depois :~d-
quiriu. Verifica-se com effcito, das publieiiçàes do seeulo XVIII,
comparadas eoni as das dois seculos precedentes, que o tupi me-
lhora serisivelmente.
O tiipi antigo, segunda se colhe dos trabalhos de Anchicta
e de Figueira> mais ehrpado ao fnllar do seli~agcm, niio é de
certo o nheerigatú de hoje, de q u e tratam 31ag;ilhiies e Barbosa
R o d r i p e s , como não 4 o tupi de que ternos noticia pelo diceio-
nario R~~biyi<er-Brauilia~~o e pelo d r Fesrcirs Franca, este, sem
duvida, refereiite a mxnuseripto aliterior a i e aquelle de
1735 ( l j .

(11 A arte e yooabnbtio do Aoohieiu alio de 1 5 0 5 ; as da padre Pigoeka, sob o


titolo: .4rre da grsmmatioa da lingua do Rraail, trau a dnta de 1611.
Ohsçrvn-5,- iin verdade que o tulii, co111o lii~giin gerar, gn-
i i l i j ~ aum 1-ocnlisa~iio,toi.ilir~~-seiiierios fiinlioso ou uainl, e sim-
I,lific;iraiii-;e-llie as p;tl;ivras, cnliiii<lo graiide iiiiiiir1.o d<: sons
:~sperom11g u t t i ~ r a e ~11 . ga7iim;r das r~>g.zpsse veduziii L: u m
uiiiiiino :i qrin o ljroprio 1,ortiiguea il%o eescaliaii.
ciS-í~iiniidr~, eriifiiii: o tupi cede o llassu no yortugiiez o de-
snpl>:Lwee a t é dentre as yoliiilaqõns do cninpo, o residuo quc dclle
ljertluroii nas denornii~aciieudos iiteiisis, das plaiitns: :~iiirnari e
das localidadei, trouxe j A de Cpoca ri!mota ab ;ilteraqí,es l>lionicns
qne heni evideiieiama forqn assiinilndora: c?do exercida pela
l i n g m ceult,n qiic ficou l~rcdoininniido. Assiiii C: que as eoiisonii-
ti.; diil~las: iah, i ~ b :~ r t ,pnrticil~niitrs ílo lima 1,raiida rin~ala<;:io,
,e desdolir;~ratii oii sc ri:dueiram ;L uma eoiiroaiir,e iirniilos, dizen-
do-se r:nt;io : ?,ai ou 7iir~Ppor ?iili<~P; hO!/ oii ~izo!j por ~ i i L o y ;en,i
por iiJ6; i~iliooii i i i t i por vttin. Os noines yo;ral>liicos: Rue-
7 I I 1 o , i síio fri-
snrites exernliloo.
tiR-Tniiibi!iii o sorii iiasal firinl r:m nil oii oii tuuiou logo o
timbre portucura orn fio, dizeiirlo lior isso 3Iaxni.iiiihiiri por .lfrri.aimi~
o l i ;1 o 1 : ;: C a Jagzc'1-
1111<~,~~)~~.
JI:iis i.er;~lmeiite, porem, o som ~nnsaleiii ?ou i ~ I final
L CIOS
ruc;~l,iiliis liipis. tr&iisforrnoii-se, soh B iiifltl~ilciil di) p ~ ~ r t ~ ~ , ~ : ~ ~ e ~
<:m < i a g ~ d o , dizendo-se, por esi?inplo: Pui.aitií lios F'a>ni.nitC,
G ' ~ c a ! / ~ zl ~ <t ~, /?ua!/a~ia,
r~ impz(ci yor ?rap?ia)!.
i0-Oh~erra-si: a iiiesmn nltrraqno com o soiii iiasnl i i r ~ou i ,
do filial d r certos vocabiilas, como por eseiiil>li~ : p t i por poli?'"
ou p o t ! ~ ,o cniriarZo; rari~ncfii~ C < I ~ I I ~ Z L C ~ Ica~itaro,
JL. liassou s ser
l>roniiiicindo, ciiii,oci oir eciii~hoc!/, tzi!/irtini, laiiieiro branco, prc-
iiuiiiiou-si: ticyzrty.
Os iioiiics: l t Bzipei<a rião sXu sentlo rorrul>tcllas
do Yti!/-tmrtirii n Fl,!,-peOu. axplic;rveis c10 ni<isinu iiiodo i! sigiti-
ficando n priineira, terra jii.i,ls ou drii,i:, e a scgiindu, ~ i l < i n f c ioii e
feiin-rhC.
a s o obitante rssn teiide~icia corruptorit, eridenciadn
d~isdr! stieiilos, o iioiiic? I%!/,coirio radical, tem rtisistido iiitacto
oii npeiins iiiudifieado, ii:~sua. grapliia vrrdndeira. <,III certo* oo-
cùhulos Iiarn ciija compo;ieno concorre, diei:iido-se, por cx.inplo:
Ii>iti,,gn, lior l - trrrn hrniicn; Ibir~linlfa,por l%!j-a-
paihu, rlinpado ou lilanalto.
71-A v u.-r a l 6.. com a~çceiitotnnico na neiiultiiiir. avlliabn dos
\.oeabulos tupia, passou n 7.aler lielo dil>l~ioiigo c i , djzeiido-se
coniinuiririieiita: ra~ilieii.a por cnapziEin; i,,irei,v. par !yp?,Era; ]?c-
v.
(2-.-i vogal pura o siihstiriiiu-sc rlriaai çi~r;iliiientclior .!L no
meio diis roeabulos c iiu A*/~~ii!jatii do .iiilazoiias ati: lia u l t i m i ~
syllnba de!les. Soq rsiriliti~i dr~i saçiilos XVl a SVIII se Ir
SriiiIIre: c,,Pir~ ou go4i.i~ I/,(: c,i<ii.a que hoje cscreverii e se
~~ronuneiniii coinmuinmente: czri:i.a oii !/~iPi.n,y i ~ ~c íi ~, , í i . , ~OU ~ ~ i ~ i i , . ~ .
O verbo icii, ser ou estar, 6 l>roriiiiiciadu no Aninaorins i c i i :
assim eoiiio o rcrbo rico, ter, l>roiiuncin-se ricli; aim3, outro, aititi.
73-.As \-ojaes duplas: < / ( L ?i. coiitraliiraiii-se eni uiiin st;,
~ii:irdando,todayia, o accento liriiiiitivo : assini 6 que se diz lio,je
capiiir pol. caap!/i ou ccapi2 ; ct:tiirg<~l>or c n i r t i y a ; eopi~eiral i r i r
cnri-p'!i.<z; tap!jira lio,je se ~rroiiuiiciacoiiiniuiiimeiite tupii.rr, n nirtn.
74-Certos voeabiilos oiir c inui freouentemrntr i i n
composiçuo das dcnomii~:iqUes ~ t ~ ~ ~ ~ ~ ~ l ~ i c ~ w x ~deicli ~ ~ ~ i i n t ~ n t ~ n r a i
cedo nlberaçíies .
L
,)honiçns que a i)rosodii~iiol.tii:ueza iierfeitai~~e~itr
cxpliezl.
Examineinos cada im drsres vocabiil<is eoin in:lis vagar; ;L
corii<:;nr por aquelles que esiiriiiieiii os qiintro piiiiciliaas elemeii-
ros dos -- antiyos: a q i L n , a lei.,-a. o (1,. I! n -t;lgo.
ia-Y, a açuo, 6 iiion<iç~ll;?bo e vogal gutturnl uni-
<;i, que nenhumii. çrapliin r.i>iisr,c~iiiiainda rcprps<:nt;ir esaetn-
inrnte ; dahi tnmbcm a variedade d r smii que se l h e trin nttri-
huido. Não exijtiiidr, iio ljortii-iit,z o soin do !/ pregoou o P L doi
frnncezcs, n groriuiicia da çiittiir;~ltrilii fieoii, ora crjuirnlente a i
aiiiil~les;como nos roinhiiloí: irntii; f/iriile,>tn, ora <qiiirnlerite ;L
i~ eonio eiii Ctiiqn, C;nrlriii?.
Oiilrns vezes, si. proeuroii i.eprt,seiitar nii çiinulnr o som gut-
tiirnl do vocnhulo, por r n ~ i od ! ~i i i i i IL aiiteposto, ou de iim (/
~ I O S ~ D Sesereueiido-se
~ ~ , Hicrrtai. n;nn biia; I i i I ~ ( ~ ~ ~ c rii.gua
~ ~ . , ~ruim:
,
I'i%'i.nIi!/ rio do P r i s e ; Iperiiiy i i i i Ip;i.ií-!/y, rio do Tiibar%o.
No S o r t e do Brazil: o sani giittural do 11, iio fim das voea-
1,ulos tiipis, deixou, corritudo, i.<,itigio dn sua priiiiitirn e diiiieil
pronu~~ciiaç%o, reprcseiitadn rin syl1nb.z final iiie oii ;],e, que ali&
i: branda, como se r@ nos nomes: Jayt!/licr,.i,~eou Juyirarihc, <h-
,iii,cri.it>r., Trihcigil,e ou iirhagipr, P I L I . ~qui! ~>P110, sul do l3razil sc
pronunciaiii coiniiiiiiniiipnte: Jasirni.!i, ('<i]~l,jrm!/, iTt17,ag!/ e P ~ I . ! / .
Da Ineslna e diiiiril vocalisn~nii do !I, cujn gaiiinia, eoiiio
diasseiiios, ejt;i entre i e i<: rt,aiiltn:i a dosinenriii ein i,, o i i /,i,,
que se iir>t,ariii certas dr~noiiiiriii<:i,eido i ~ o r t ee sul do Ilrnail: i:i>iktu
eiii ~ l i r v j i i ou ~lIo?/ii:rio das cobras ; (iiiihiili o11 CrriiIiü-I~ii rio
das mi~llirrrs:~lIonrl,~hí<, rio do fiirtt> i;iii~bcI~ii, rio das conenas:
.lirIrai~r/abakii, rio d : ~iiiiildade on dai diabriiras, os qii:itis sr iio-
d e 5 0 esci.evcr tambein: :lI~y;,: C'unhC!/, ~ l f r , ~ ~ d a ! ~ T !o/ ,~ ~ ~ i , ~ ~ l ~ ! / ,
Sill~ni~gubulty.
A irnl>erfciqCio no eriiittir o soiii da giittiirnl i/ chryou a<>
ponto de se dizer no Cearii Acaixcíi, por Acnrnh~L ou Acc~rnhy,
doride procede a tào d<:hatida denoininacão Crri.acli dada a uina
variidade de gado bovino, i103 sertiirs do centro e do S u l do
Draail.
Xào raro, o y inicial e ui4dio de certos voeabulos t u l ~ i s se
nlteroii ra;i:berii para o, escrevendo-se militas vezes Otir&,qa por
Ctinyu, ou iiiellior Ytijigo, agua branril; Oiicmaga oii O?iri$nn-
ga por (T-v8!y$nrz.g ou Y-ro!lyor~gi~, agiia f r i a ; Prrraopebn por
P<~ni-ri-:>,,bn, ou mellior P<ii.n-y-pebo: rio de agiia rasa.
Ei:i doruinc~ntns de 1720 a 1723, piihlicndos no Ai.chivo do
E,vtarlo rJe S. Pcz~lli,sob a direeqão do nuwu coiisocio dr. Anto-
iiio de Toledo Piza, se 1B o nome da cidade. de Y t h corn a Sra.
yliii~ Oxtií o que bttm re~,ela qiie, riessa época, ainda passava
pelo çadiuho da assimila<%oa difiicil ,wttiiral y.
iG-Yby, ;L terra, o siila, dtr qiie a voctllisaqão imperfeita
do I, ;reio entre os portiig~irzes, cedo corrompeu a prosodia
do ~.oeahulodiaimdo-se, ara ilii, corno se verificu nos nomes :
ibinpiiio, terra c;ilra ou pellada ; ihiczi, nrcia ; ora u b i ~(I], que,
pela aplierese. do z< da pririieirx syllaba, se reduziu a 671 e ainda
ii 60. F:sta iiltima corruptelln, f a se notava ern fins da srculo
XVI. Sa Historia do Br:izil de F r e i Vicent,e Salvador, escripts
em 1G'?71 i ú se le o nome da Berra interposta ao Ceará e Piãu-
hy eoiii a graphin H,irtpr~ha por Ili?npubn. O nome husaoroca q u e
outros nirida dizem aossoi.dce l>rort!d<!de corriiptelln identica. Em
vez de YLi-si,i.oc, terra rasgada ou fendida, se passou a dizt,.r a
principio zihtr-surue i: depoisl pela aphkrese do prinieiro nr, hu-
sut.uc <, d:ilii tio.si;oroen ou cossovoen, coma 6 hoje vulgar.
""
i i-R,!ytii, o vento, o ar, o clima, a nuvem 6 vocabulo
composto de Ihjl. terra, e de tii golpe, tombo, impulso, queida,
soffreii desde cedo as mesmas corr~iptellasdo seli radical, j.i an-
teriormente apontadas.
4 1,riricipio se pronunciara alterado em ihitu, ibutu OU
u b i ~ t i iinns
~ depois, pela queda da pririieira syllaba, se piissou a
dizer õ i t i ~ou b r ~ t re~ ainda hobrí ou cotti.
Em doeiinieiitos antigos: dos seculos X\'II e SVIII s e en-
coiitmiii estieeiiirens das ditas corriilitellns. O norue Boti~eal;nrh
6 disso natav<!l n i , n ~ p l o .
No iiltinio qiiartel do aeculo passado, deram os Iiahitarites
ds Sorocaha de buscar iriiiias de ouro liara 03 lados da S e r r a
d o Mar, de cujo cimo divisavam em longinquo Liorisonte altissi-
-
ill O ~onselheiioxzrtirn Eraooirco, a velho, no seo Diano de orna Viagem xt~iaera-
logica IR. I . ~ 1 s t .tom. 9 . 0 . p 5'271 refere haver colhido no ~ u q u i áremenieo de ubeco-
h.E' a mesma ~ W - c u g bdo ouhoi lagares do Brazil.
ino monte, coroado de iiiir7ens. Os roteiros do teriil>o davain-lhe
s r i r a oito 1r:uas de eoiiipridi> e r> qu:!liiir;irn!ii de cle,?/iii.ri~e-
??re%ie alio. Tal era o leiidario Ijuti<e<~lrir:i, d<,,acol,erto lkor Ji,;ro
Baptista Victoriano eiri liSO. S e s j e teiiipo ainda se esirrvia
Ici~titcor:ai~rí,roino ai: verifica de vellinz dnciiinentos do archivo
do Estado de S. f;bulo. A cornipçio: o do voinhiilo t,ulji
coniey%va apenai, diireiidu-sc eiit,;io: í t i ~ ~ I i < - c a ~ . opor ~ - z ilrh!/tk-
cacarri que quer dizer: cai-a119 <Ias ?LIII:CII.S~ isto é, ~ n o n t eem
cujo cimo as iiureiis poiisaiil oii iienm a ravallriro.
O nome Ilriizicaiii, que procede do mesino radical I%>yt,i é
outra co:.niptella da prr>ettdriicin antipa. Eiri doeuicierito de 1772,
quando se tratara de assesiirar e ali~stecera liraça de Grtztemy
da fronteira do P a r a g ~ a ~ j. .i; se f a ~rr%fe:reiiciu:ioi caiiiltos do
Botticiitii, por onde passava a 1 1 0 ~ :rstradi~~ do sertXo, 118 direc-
ç i o daquella praia. A gralbliia do vocabulo tiil~y,aiidava, 110-
rCin, incert,a' escrevia-se Huttii.<ziii, U b r , l ~ ~ c ( ~i' t l ieste ultimo
ainda alterado para l~z~tztc<~?d (,I).
hlas este ultiina prapllia dcixn biiiii perceber que o primi-
tivo ~ocal>ulol7(>yii<-çatd,qiir quer t>i,t~s ares; primeiro se alte-
rou para LThut~r-catri, de que, aliis, pela alilikrese do u inicial
se fez Hutz~-u~tzL.
Os iiomes Hutucodi.n, Il.>ti,mea, Boti!jrci.ii 880, pelo Inesmo
processo, corruptrlla~dos rorirbulos tiipis : l'li!jtzicoáriz, que quer
dieer buraco (10 lumiltu ou f,ii.o do v e i ~ f o ,isto i., garyaztn pur
onde sr,pra o aei~to, do inesiiio modo quc !yTt;/ti~-róca, casa do
~ c i i t .o ,e .7/bi,t~-ji~1.ii,
, .' " . bocça do rcnto.
Os tres vocabulos szo. portanto, identicos na accrpcno geo-
graphiea, representando ou si;iiitii.;~nda u m s depressao ou gar-
ganta nas montanhas por ondi os veritos ou a 6 nuvens se rn-
caminI~am,equir.aiendo assim ao qiie hoje se deiioiiiina h<icniiza.
'Jão rsro se confunde o radical de taes rocabiilos depois
de alterados com a palavra moti~cnou hotiieo, que no tiipi de-
signa a conhecida mosca saiiguinosa, e dalii ns erronrns intrr-
prctaçces correntes, s que mais adiante rolti~rrrnos.
78-TatLi, o fogo, o luino, é 7-ozabulci que taniheiii 8~ altr-
rou n a ling-tgem vulg.ar; oiii grniide nuni<,rn dc casos eiit que
entra na composição de outros voeabulos. Assiiii 6 qiir se diz
hoje, commummente. catapora yor tatíporn, que quer diztir ,fogo,
irroTnpe ou erl~p$ão,afogueaiiiento da peiie: ,sasi<ra?uoil tutu-
rann por tatárana que se i~l>l>lica a urna :rniide las;irta d e tom
arermrlhado e que, na verdade: significa tirando o. Ji>!/u 011 qfo-

(1) Archivo 60 Estado de S . Panlo, r o l . 111, p*g. 53,


querido, i.nz;lo 1,orqiie ciii : i l ~ n i , slognrcs i;io taex Inrrns coiilic-
cidas 110r l c ! / ~ ~ ~c/c t ~fb!/o.
~.s
K%i>raro, ;i eorriigqúo rlo x.o:al~iilo i:itii i r , dii ]>ela liari<-
;icereseari!;iiirlo-sr iiiii 7 1 110 ti111: e <liiieudo-se l ~ n rexenl-
710: 'l'úti&irlr!/,por ici~i-ir!/,p e qL1i.r dizer vi0 do , f i ~ ! ~ o .
751-Ex;iiniiisiiios o os ~oi.ahiilo3 tiiliis com aicepqão
geogi.npliical de eiiiprego innis Iseipeiite e cu,i;i cor:.upq&o ini~i.;
eoiiv<:iri conliecer.
Ci~iiicci,iiiaiIielns deiioiiiiiiai:üei al>l>licatliiuti terra <, aos vn-
~ i o sailicctoi rlo se11 reievo.
.Ti riiiiiis rluc o \ocnbi~.lo 7 1 r , o siilo: estniido iii-
d r l ~ ~ n r l e i i t ii:i
e yhl.nse, i.iini.do~i a fóriiia i h i , >?ias eiiti.:iiiclo ria
eornlx~iq:~od<. oiitros vr1czxhi.11~5c l t liara i Iiií, i,ó
OU ri;.
XO-L< tprrzi t.!rx-na;,., ou u n a eiiiil,lii~ elev:iq;io, se diz iio
tup"iiii.<i oii i~t!/i.<i,<I"<, ~iaiqliro~i;.iiiiueiitequer dizir enùccn,
,niiiit;lo, ciiiiiiilo. I<;ti: riicabiilo entra na cornptisiç;l<> de iiiiiitos
outros, e. lior efkito dos iiirs:nl>!njiiini, aiipnrcce, 112í) r:iro, a!tr:-
i;rdo !IW'.'Lt j p n , t ! / r , li.!/ e 1i.a. e i caiii t titi., eoiiio sr-
verifirn doi nomes: ll,ir!ji~a, T r f j i i i i , i.nl>ti<i, 7 ' 1 , r u ~ ~qne u : n%o
sno srii;in I - teria i,!el-adn ; If!ji.n-).,oi ii~oiit<~ ilelgado
ou isstreito: li!!i.a-l~ziii, eni>ei:o rriloiidu It!yi.-r!iin, cnbcqri escii-
r o l ;iltiirn r i r y ; i .
S1--1 iiioiitai~iia,oii x:rri, clcl-:ido se diz n u tiipi !!íi!/-fgn:,
I o i disii.irios si. decoiiil,fir eiii j - t , isto é,
ele,;<rriiu rio. ici,i.n o i ~tri.iw n i t i ~ . A ;ilt<,i.;iq;ii> iii<.tal>larticn drsse
T O C ~ / ~ tiU n ~ ~ iiiesiiin.
~ dos .eu; eleiiiei~tos cuiiilioiiciites (vejn-se
76 e 80); p i . isso, 6 freqiit,iits r i i c m i t - de~imriiii:i~üesde
. l o..~ a i . r scoiii ar rrai,lii;is
.~, L do railical : liiitrri.. i1,itrri. 7,if?<i.. fóriiitis
alt<~r;i<las ilr !p+!jtgi.ii, as cl~liin~s sr: iiZo dvriiii co~iiiiiidii. roiii as
do voi;ibiilo !/h!ytii, r["<., ioiiio s<, vê do # 77; iiio Eilcerraiii o
r., uliis 1>i.rsistent<.'iia; a!tiira<;,es da roc;rbulo l'ii!yt!/ra. Os no-
iiics l i ' i i t i i r i i i ~ i ro i ~Tí,tiii.!i.~ir (. I í i i t z i i . i ~ i r i ~l>or
, exc~inlilo;$50 ideii-
tieos, r*iiceriniido 11s ~rt<~-iillus e l ~ l i ~ < ~ ~~ot ~u rs < ~ ~ p o ~ i d 27qfy- e~>tcç:
i..<i-~ii,ri: qiir <putr dizer 7iioizte iri.yi.o.
O iioiii<i voti<i,riiitiiii, d o conlieci<lo ç:iltci do rio Sorar::í>n, 6
c o t i , 1 L . I,riiiii.iro ice.iliu!o L<, til-
teroii 1~:'"' l i r i t u i a ou !.otiri.n, e <r sr?g:.uiido ii3o & seniLo a f<iir.iia
eontrnrtn dt: fi,iga, braiico, br;i:irn: couiniuiii iio dial<%ctop:Lru-
iiy que c l ~ r , ~ ont6 u R. P;i~ilo.
Portniito, ~ritzcrailtii»zsisiii6c;i i i i i i i lirol>ri;iinei?tr: ~ ~ i ~ > ~ t a n f i c i (
hrniictr, pois que o salto d r 1 e . lo,!tri., iiZo i: ii>aia
do qiir uiiiir encosta alia, cob<,rta rle iiiii a l r o iiiniito de cs:iii-
Ill:,s.
.\ ~leiii>iiiiii::ç;io ii;id;i ;i fii>nosn serra ile i.s-~llt.ntr cliinn no
C r w i , I j : t t i i r i t , : l i. iiiii iintii~wii,xeliiplo c1;i eorrii1,ç;io rios roen-
huliis tiil~is. Eiii outro teiiipo sc chaiuon 1;iitiii.il". r aiii~lnhoje,
ei1ti.e os 1ioiii~:i~ dn sartsr, s:! diz Tlt(?,,it4,;lrtnlands n ~ ~ ~ l ol ~ o r
;i~.iiliiti~orndicnl; pois qne L'ntzii.ité é siiiililr. eorrupt6ln di?
Yh!lt!li-n-et" ttriinsfrirmado l~riiiieiroern ~ ~ l , r i t i i r i i - ~ou ~ l : .Uictui,eid
que q1ii.r diar,r IILO~L~LILJLI~:ei.drzdn?i,iz, i3tn (: a seria.
I'oi dt~?ronhecer a n1ternq;io do liriinriro I-oenliiilo eoniiio-
iieiite é i111c Josh de .\lelicar, niis iiotns clo sei, romance Irr~ce-
,iizii, iiiterl>ietou o no:nc 13ali<i.?tr'eonio nlternqnn de Hatzrin-et;
iinreej,~veriind<,irn, qni, i~~nliiiiua. relnçiio t:!ii coiii o o h j e ~ t ode-
rio:iiiiindo oii eam :L l<ieali<lade.
32-0 l ~ i c ooii o niotite a g i d o se diz no tiiyi itnirn7,l: oii
?lti-a!,i>rh<: qiir. litteralnieiitr: s i ~ n i t i c n: ,y7:7i.ri <ih'!ad<~ r > n p7.iale-
í coirio tniiiberii i<! diz it,a;ifiilt, sigrri!ir:?iido iinrií: oii poiit:~
de l ~ d r z ~ C) . primeiro rocahulo se :ilti.ron, yorúiii, pnrn itaiiili4,
e coiii ell<, sc? desigii:irn riii algiiiis 1o~nri.sa i lioiitns de pedra,
as cicnil~nit, arestas vivas nas :tiieost;~s rochosas das iiioiitei.
Eiii >Iiiius Grraesl uiii dos pùiito; ciilininnrites do seli sistenliL
orogiapiiico: n a terra do Espinh;i~o,b n deiioiniiiii I t n i i i l i .
O i.oinbulo itr~tirns!, conservou, ~iori:iri. iiialterado, o corii
essa delioiiiiiiaqin se e<i:ilieie rio territorio l>niilista, iia sua aonn
iiinritiiiia, iiiiia alta serrii, 8 dos Ifati>zs.qrie corno se dissesse:
,r s r i i a 110s picos, p i o s niiiita? e 1,e:i~ ciir;~cteris~idoi que nessa
iiiontaiihz se descohrein.
83-0 pluiialto o11 :L c1:apailn se dc;ioniin;ii-n Yl,!jc~,j~al,c,
ciijn corriipq;io j n vinios aiiterioriiieritc r;,? desde o name i b i w
p n b ~at<: Doapah<i, eoino se,. 1é eiii antigo; Liitoriadores.
84-0 riille, a hncin, o wio, n depi.esi.bo entre rrioiit,nnlias
s r dizia iin tupi: Ib!,ty-pci!~ii oii simplesnirntr gmi o u yz~c'~ qiio se
\,e eiiil~regado l i a coiiiliosiq,'ro diii vrrrnhulos I ' r r t ~ ~ n : r ( / , d , .Innnn-
!!iiri: Zii.c<pn, z~oii.Xno r:rio, x: <~iicoiiti.nd vncnl>ulo g":í se-
giiido dn ~inrticuln]>e, 1 1 o q ~ o ~ i i ~'IR n 0 q u i e t u d ~ szx1e:ido
, pela ]ire-
po~iyZ<ierir ou r , eoiiio ipódc siiri~ilesiiieiite rrljrei-iitnr iiiii vicii>
de pronuncia. Assim é que se diz hoje l í / , i , ~ ] ~ r .rin vez dc + ~ i ;
Jfi~i.nii~?inp" por -1Iarnizgrrii.
Pnrtaiito, os voenhuias I,,o~II! e A1A~iitil,7~tn1>~ se l > ~ d e i tia-
n
duair oii ir,, S P ~ Oda q j l r a l qiii. i o rrresliin qni. i w I;r!jnniai, ~ i i
cnlZ<! <IB hnfrtZI,,~nii siiiil>lrsiiiiiit<!Ircgaiirni- e rirlie r 7 a 6ntcd/io.
O eztriirilio iiomP Ja~ni.?~-,ogtirí, denoniinn<;;Lo dc lima lngíin
n o territorio do Rio de Jniieiro, não P iiinii. que a corruptkla
.
do tuiii *i<tc.!i-4-zii~ii-rrtiii.
!/&r dos jcci.ni.Ps.
2 ., oue se traduz : c l l e ou Ii<iia.n,la <!,L 70-
85-0 deserto, a r r ~ i i í odesjin\-iind e esreril, se diz iio
t u l i : j~,iropora-qjinn, que lit,t,:r;ilrncnre significa sciii h<rhiiniites,
doiidr. linr eoiiliecida. coirulitbla, vein n iioine Horbui.ei,~n: da
e!i,r;riia arirniiia que, co:ii<i uina exti,ilsil ih:i;>ndii, se extende
desde o I<io G r m d e rio Nortel ni.ravés da P;ir:iliyha att: Par-
nainhiiro.
86-0 sertno. o territorio interior deseonlieeido, :>ara onde
se refiisiarniii as tribiia t<rli;i!jnsexiiellidns do littnrnl, se dizia
rio tiipi: It~/,rrgr<sina,euja tradrie@o i.: i.~giüoclos t<lqjiiyr~sou
dos hi;rb<rrris.
ai-O rariipo: o terri:no nnturnliiierite dcipido de vegeta-
720 arharesceiite se deiioinin;i iiiiii; qiic :& corr~<llt,élnalterou
muitas vei.<\s 1jni.n iiihiriir c. ate i>i%ra1 ~ 1 , . 0 s n o ~ n c :Iizhuiiiii.in~
~

yo hei!".
O conliveido voenbiilo jziiirlii usado ai~rd:t hojr ;i heiin-mar,
a l a desi;n;ir urna zoiia ndjaeerite W pr:iia lirolriniiieiite dita, a
invridida liela vr~getnq;i,o,iiins que neiii <: praia: iieiii iuatto, é
uma corruptiln de ~ti~rr-tu, que quer <lizi.r: CILIII+I.~ s u j o : RIIR-
rado pnra i i r l ~ i , i c t i ~e, uiais tarde pain ,jxn(llií.
86--O rnittto espinhento; retorcido e aslier«: que cobre u m a
torra ni.eiio.;a e yunsi esreril, dominando lar+ e x t e n s ü e ~iio ter-
ritorio brasileiro, deiioiiiiriavsso rio tiipi : cntitii~!p; rnntto lirnii-
eul dei qn<: pmc<!de o voc~l>iiloeatiicglln, affeiçoado jk no portu-
guez P lnnito r o m n ~ ~ ~ m n l r Cn It IeI ~ > I - C ~ : L ~no
O Xol.te do liraiil,
mas, de facto, hastairte ex!>ressiro: pnrqur piiita o :iqieeto par-
ticiilai. dessa rt.yeta@.o, iio toni geral; aeinz(-iitadn e esl>raiiq~~i-
qada.
Yn intcmior dr! S. Paulo: dbsi: ao matso rasteiro. ealiirilietito
P ~ n u ifeclindo a d e n o ~ i i i ~ i a ~catnizi7i~i:o:
no proct,drnte do tiipi
cnn-.íia,~-d!jh:r,que si. tradiiz: nmtiuijnl i j j n , ns1,ei.o.
Ao inatto ralo) como o eerrnrio, si! denoiiiiiiava n o tupi e m -
entii, que se traduz: ii~nttohniii. ou access77:rl.
A inntt:~ ~.irgem, corpiileritii, denoiniriav-n-sc c:~ii-e%,, q u e
quer dizcrr .iiictt« uei.rladeir.o, com que se desipiain. ~ i o~ ~ a iira- z,
, ritis loeididndrs e que o viilgo tom nltcrildo ptti'a cai14 ou eahcté.
Ao inatto que se renuvn sohrr? os destroqns d<i iiriia i~inttn
l>riniitivit, dava-se o uoriie ean-prir^i.n, de que a corriipt8ln fes
c<zl~i<eii.a, que aipifica liinttu e.ctiireto.
21' entrada da niat,tn3 o u o sitio ern que a estrada perietra
ria florrista: se dava o nome cna-jir~ci, hoeea da. iiiattnl coin que
ço ronliere iio Ijrazil nRo poucas localidades.
O matto que rreare illiado rio nioio do camlio denominava-
se cna-püzt, ilha d~ matto, de que procede o vocnbulo cnpno,
hoje geralrncnte adoprado no Hrasil para sipificar essa fórma.
de ve;etaqSo. 81gunias vezes se diz tanibeiri en,ii!iiii, inas j i
drriv:ido do vacabulo tupi c<id-nprini?, iiiatto redoudo, e podendo
significar iiiii uasis.
*3.-Iin I3rasil central, é. coiiiiniliii dcnorninnr-se nrnzd aos
chapndòes que se rxtendem mais ou menos ondeados entre au
bacias iliivi:ies. Conto d e hIagalliat!s é de parecer que esse vo-
cabulo ~-eiiido tupi-guarany I> quer dizer: ver o dia, deciiinpon-
do-se em n i n , dia, tenipo, luz, I! por extc,iisùo o sol, e e c l ~ íque
no guarany aixiiifica i e i i , ohsrrzni., ari.sf<;i..
O rrrard 6 , portanto: a regiao elevada dondo primeiro se vê
o dia, ou sc obier5.a o despontar do sol.
90.-A cordilheira ou s<:rrania se diz no tiipi Ybgtjyri~píque
o vulgo depois alterou liara bf~tz,l.ztçii OU b i l i ~ r ~ g z i .Ao volcio
ou moiitaiilia que estoura e sc fende derain o noiiie lrh',,ut!ypiicn.
91.-lliquissimo E o uoeabulario tupi nas dt:noruiiia$es hy-
drographieas. ?Tão tinha, poiéni, vocabulo primitiva para di,sinnar
o .>itai., o que ia6 suppur que os povos desta lingua
de uina região interior. Cliainnvaiii ao rio de certo volu:lie~,nri;,
e conio eoiisideravani o mar como um iini~ieusorio, L.uj a outm
niargerri não descobriam, del-amrlhe o nome Pai.ni?n, que E o
mesmo que pnrci-na, rio enornie, posso, e que alguns traduzem
tambem por ,ini.ente do riu, n o que h u coniusâo, pois que a par-
tieula final a7rZ ou nü, que significa: espesso. grosso, enorme, ou
tantas vezes, iiâo se deve confundir coni o vocabulo arloliia, que
d c facto se traduz por parente, seriislhu?~te
92.-O voeubulo p a r i , de emprego eomrnunissiino na geo-
çi-iiphia nacional, nZa soffreu altrracio seriio no seu eoniposta
prrr~,r.i. blg~irnas eorrupq6es como Pi-ncntií lior 17ai.Ú-cntri, rio
boiri, nna tiver;tm curso. Asçirn i. que a p:~larrapard se r n s n t ~ i o
intnligir~eliios vocabiilos: pniirh</óa o11 pai.<í-nh!/ba, rio ruini, ou
impratieavel pelos obstnculos natumea do seu leito; pa~ahripeba
ou pniii-!,-poba, rio de aNna raaa i pni.nh!/tinrjo ou pnrÚ-,q-ling~~,
rio de agiia branca; lini.nli!/hiriru ou I'crrd-!ybziitn, rio de a p i a
preta i parohypitaiqa oiipa~rí-!I-piiniiyri, rio de agua verme1h;i.
93.-~-A palavra pnrn'~ü, sob a iiitlueneia do portiigiiez, nlte-
rou-sc bern dr:pressa, iios seus coiripostc,s. F o r syneope do u rio
meio da lialavra, passou-se a dizcr parnc. E eiii documentos
a ~ t i ~ u i s s i i n ojás se encontra esta ultirna curruptt'la modificada
para pri.,rZ entre portuoueses e para .fernE entre os fraiicez~s.
Os priiiieiros iizerain de Prcroirã-òur: Periiainhuco, e os seguiidos
Fernn>ubo,(c,
I palavra pnr,aizhi/bn, corrupt<~lndri pninnü-rihybn, roinmii-
mente einprea;tda como pama'í-yhi para designar, nos granrler
os tri.ciioi iii?i~i-::rica\-eil. ciid? I?~L\-?~:LÇ?IO
:C torna i11il;o~-
>i\rel, fnmileni se e;!coiitin i i n iiiitiFos dociiiiiciitos coni n grnl>liin
~ P ~ , . ? t ~ , ~ t !I1
/ l !,.~ l
.\si.ini 1niniii.n~o iionle P(:i~i.c:i~,,y~ií: que ora $1: 16 P~~?'~zrigii(i,
r P I'it,irr!iiiii,iii& por ~inlrrizii-iiiii,iiii, 1Ilnl. peqiielio.
v o no orc,:tilo: dn\r:lm 0 3 tiipis o nonir:
~,nvrtizao"~,;. COLIIO cl>n~na~-:i~u pi~i.iii~,i,yi!iino ;<ilfol ou bnlii:~ grnii-
da, qiie t:il liix!acra oiirra coiisa n X c i (. st'11;Lo ])<ti~01117-!/21~;,
que !itti!raliiieiite si: tr;idci. : baei;~<to iiinr. oii baisndn do 111:tr.
For easi: iiiotiio sc eiieoutrn, entre os Tuljiii:~iribás o iioiiie
P<!iciir<i-!jo<i-^,i ou I+LI,<T-!,T!(~-OC~~ 2.1>l~liradoi, ùnliii~q11r OS FOI-
tugiii.zi,s no <leltoij e1iniii;iraiii d i ~?'<ii:o.s os ,Y<rirfos.
O iiniiie P~ii.niriigiici, apl,licndo ;i :rnnde bnliia qiir se abre
no sul de: C;iiinii&r. I: di>so frisz~rit<,1,i.ar;L.
!i5.-Cocf1111di;iiii iiiiiitns vezes os tiiliis a hnrrn oii foz dc
i i ~ i i g;iiidc rio eoiii n barra. o?i ciitriada de uni golfo ou balii;~,
<l<~iioiniri:iiido-:Lj , ( ~ , . < ; .OS ~1oxt.11g~iez~~ e sciis n;ivegador<,~do sc-
ciilo S V I nsziiii tniiil?eiii o f:ieiam, roiiio ae veriiicn dr: iellioi
rotriros: clixiiiaiido i.io i7e .Jrrireii,n, r i n <?e iViio r l c r i ~ f c : i.?, 17,,s
Ii~iu,c~iit-s, i/? r i t i ( ' ~ i , i n i r ~as ~ ~h;rrrns
z~ das bnlú:ls diiquelles iitimes.
Os ii;inceves f;iziai>io irresiliu. Tono d e Ler?, qiie foi u m dos
I m ~ ~ o a d i > r<I;& < ' s I 7 , . ~ : i i c i , . ! i i t n i ~ i i e n ,d o f:~inosa Villrgni,iir>ri. dntnx-u.
as siiac. cartas dr. 1 l i i . i i i . e i!<. Goarrrilini.n, r foi n liriiilairo qiir?
iio tr:iiisiiiittiu <,,cin deii<,iiiiii.iqiro dada :i0 lo,q::r 11t.10~ tulsii, n
que lioj? erroiieniiii~iite se pruiiiinci;i ( ; ~ ~ / c l ~ c ! l l < ír0111 ~ ~ u , u acce1110
toi~icoiia Ijeniiltiiiin syllah:~, quniido deiin estar II:~ ultiii~n:res-
l>eitando-s<: n lirosodin fraiicezo,.
DE: fixeto, I.;iioiiiii,ni.n, ciu iiinis correctaiiientr Ihi,i,,n/,ni.<í iiho
6 seriao o coiiryioito de dois roeill>ulos tupis: (;lrr~iiii-l,r,i.ri; (liir!
o inilsiiio que í;rrirnii-ji<ci.ri, teiido-se-llie i~hraiidíidoo p ynrn 0,
11or estar I>ri,eedi<lode iiriia syllabn iiaanl.
O vocat>iilo Czionri: r:,,rí-ilü. siptiíica hncin anil;la. enorme, e
tninbvili br!Jii<<. r. lmrtanto, í~'o<~i~ii-iir~iiív e r dizer: rio ria lialiia.
oii hnrra da baliin.
!)li.-l agiia: eoiiio os cursos d'ngix ordiiriirios, s<, <lrsi;iin-
vairi pelo x~ociibiilo o11 /I!/ 0x1 yg: de que j i nnt<,i.iorineiite tr:i-
tamos, e rliie eiitrn na. eoiiiposiqaa da ~ r a n d eriiniorin d:is d<riio-
ininiiqões Iiydrogralilii<~as. Aos estiinrioi, Iagainarea ..r baliiau ilii-
viars se da\.& o iiornn I:qo<i ou ?/onpe, e aos estiinrioç grandes
>:,go<i-qon!;rí, doiidr ljroci.de a co~ifiiçn.donori1iiiac50 i'ii.a>i.nss?ipe
que Dans Stad<:n nos trnnsinittiu, como o vcrdndciro iionie entre
os Tiipis, do e-ti~ni.io do Ecntos: c qiir. 1'0' F w i G r i y a r 2:i Na
d r e de Deiii., nos clii:,:on i:dulte:.nrlo liara E~rgii,ir!~iiczs,sio eoni ;t
si;nitiençSo de 1,ili;o yr<zi!<ie.
07.-.ias ennaes, ou braqoi de rio o u de in:ir, quando ron-
eidernveis, daiioiiiinararn I;FL]JI/"I.LL, donilc l,i.ocrrlt! o coiilieeido
nome J.ci~~xíi.o,que designa a eiiiinda dii a d ISuape.
Aos caiines iuenores, aos hraqcr tiiivi;ics de l>eqiieiia c~i~racidade,
c1iamor;ini "j,wir]>P, que littc,rn!mentr: r i : e;iiiiinlo d e
eariÍin, e ailida mui usado e111 iodo o rlilir! do bm,zzorias.
!iS.-A's lagoas se d a r n o c o m o de li,,< <iu
í,siiiii>lesii,eiiie
>)>niin, iririitas vezes a l t e r ~ ~ <pt::io i ! j i < l , eouio de orclinario se o
eiiioi;ira i i : ~roiiiposiq:~o de outros ri>cal,ulos. Segiindo Er 1C em
Llritoiiil (I), o sitio oiide t r s t i Iiqje a ridado de Loreria se ileno-
iuinaaa oiitr'ora (;oripiiriiii, :iltcraq;io de (:oi:-ii,i<;-ciiiP, q r ~ q<u~e r
dizer: h i i i i < i <Z<L I n g â r ~toriu, ou do h ! . i i ~ o ,eili :i!lnsão ;ia brago do
P a r a l ? b a q u e nlii rtxistc. Ka Clioi.o:rnpiiia Rrnsiliea. de 3 p ç
do Cnsnl se faz inenqno de uuin 1ngU~iTii1iiiiiirssii, lendaria eritre
ou sertnnistas de 31iiius Geriies e tliie %r:, desroherta por F e r n â o
Dias Paes, nas siias entradas .i Iiri>erira das faiiiosas es:iier:ildns.
Esse iioiiir liry,<i~,i~ssií6 corriil>télr. de Y;!]>nhii-ri-k, que q u e r
dizer 7n!j6<1 !j,~c~?!cle.
!I!l.-Ç1inma.r:~-se nos nlagn<liços,aos gi;z;ides hi~nliados,yqol~6
< i i i !,<,;,ri, eoiiio os das r : do Aiiiazonns e os do rnlln do
Para,Zu:1v.
O çiiiiples brrjo iiu lia61 se i1erioiriiiin~-atii!yiicc de que pro-
cede o voeabulo t?jtic<i o11 ttjiicv, cuiiio xL.diz rin ?.linas C:er;~es.
Ao Ia111ni:al ou laiiieiro dixia-si? o nome d e tii,,ticopol,<r, d e que
Trocede a denomiiinqRo T i j ? i r g p < ~ ~da : o ~1oc:ilidnilr bastante nsei-
giialnda 11s guerra. liollnridezt~ein Pi,rii~iiibiico.
100.-Yo si11 do Brazil si: drsiFriit iiiriit;is rezes ljelo nome
de f i e i i i o i i ~ h Pno lojiar np,ziilndo, a irrii:i bacia natural nncliarcnda
.e cobprta. de vpgetaçzo nquntien, oii no ni<ismo brqjo, vocaú~ilo
yiie p r i . e r d e liroredr:niin çi~aran-, oii eorriiptéla. de iererh-
rii,emhec<i oir tem'-iiteirrli6, que quer dizer jorro, cursode a p i a que:
s e ahrniicla, qiie s r osprain aniallccriido.
E n t r e o gerit,io qur? oiitr'ora ocrul>oii :is costa3 do norte d o
Bra8il se fna iiiençno de uiiin trihu de i ? . e m ~ i i ~ i i i s .
E' heiu l>rovnx-<,I,l>oriiii. 9111:O n0mo Ilies veiilia da regiso
T e li:rbitarani, talvez 5xlagndiga ou ericltarradn.
101.-h's n:iscenteç ou cabect.iras das rios se dava o nome
Y q i , mais coriforina ao g u n r a i ~ yc :y-<-iiliii-<~, segiindo o tiilii.

(I) cultora e opnloncia ao ~ r a a l l


O nome I-api: da serra elerada, viainhn da cidade de Jun-
diali';, equivale, ,,ais. ,i cr~hecei'ras ori~erteiites,é rorno se dissesse :
serra das vitrtentrs ou das eaheceiras.
O vocabulo g i r a t i o crinirnumriiente triiprepado em S.
Paulo, é o irrt,smo que god-cz~iira e se tradufi e«heceira (10 calle.
10.2.-Aos r e p t o s . arroios, ou riacho.. se dava o "orne !,cnngn
e tarribeni rje~i~hó q11~se traduarni litterxlni<~nte:cabeqa de ngua
ou l>riiicipio de rio, e fio de :iana. O segundo r~ocabuloal>l>a-
Tece muitas vezes alterado rrri !/cn~úí<, qriaiido entra n a coilipo-
siq;io de uut,ros iioiiies, como, por ext~uil,lu: P<zc<~einh~i. por Paca-
yeiirhó, ;irroio dns paens
Os iioines ih<jiiarrtiibó,rlriii.rri~bón2o sâo ser180 eniiuptélas
de Z'ni,i<ni.a-!ie?nhó,arroio das tnquariis. dcn,,iL-!/e?ibó, arroio dos
acar;is.
O no~iieIhó, tAo coinmiim no valle de S. Francisco, tanihem
4 alteracão de ypiiihd e significa riacito, i.egaio
lOt:.-Dava-se aos riiinaiiciaes, ;is iiiritt~s, ori nascentes o
nome !/i>zí, que. no norbe do Bri~sil tão parcanrente irrigado, se
coiiliree por rillio rl'ngiin; e representa alli irriyorta,~itissimo papel
n a distribiiicZo dos povos.
O rnesrno >-ocabulo apparece alpinins rezes corn a fómiiila
?,hii, rritrarido iin couil>oiicâo de aurro, como si, verifica do nonic
P u t ~ i h i i ,da povoacão antiga, situada entre Ytii e Soroeaba, e
uc, d r certo, lirovém da corrut,tils de Potgra-ybh, que se tra-
%iiz : fonte das +liires.
Se a graphia dpoteroh!,, uiada ein rr,llios documentos, já
nos chega viciada, coriio 6 bem possivel, o uunie Pzrtrihzi lrassoii
primeiro ~ i e l aeorrupt6la Apotrra-obii, aliás lirocedente ainda de
Putyrn-!/hii.
104.-Aos accidentes do l~titodo ria, affrctaiido o curso das
a- as, eonio por exemplo : ao salto ou enraractn sc daiioniinava
Ltri; a cachoeira coiii nçua i~npetuosaiti,l~eciaou f i i i i c u , e, dada
a espwial proniineia do primeiro r, que <: antes rhiado, se foruioii
a variante i j . i i i c o , de que proeedr. Y z i ~ i i . i c n ou X i r i ~ i e a ,por
apherese do i n i c i a : aos rapidos e correiitrzas pyr!/i.icn ou
liyii:!!ri de quci ~>rortiiiIiyr!,S ou hiirt<i.!l e ainda h n r i r y : aos
rreitrs e tr;i\~rssõe~: provoc.2rida sensivel desnivrlamenta da cor-
rente itn?pn(i<~, oul como hoje se diz, Pt<iipni:ri; ao8 redomoinho~
ou remmias yei.8; á canfliieucia das rios !/ee<:oha;á foz ou bocca
do rio, ? p i h i n p i ou imhiaçnhn: ao porto ou desenibai.cadouro,
prnpi ; ao rio gr~inde,ou trrclio larga do mesma rio, yristê.
105.-Taiiib<:m d<:si~nnva-se agvnl o liquido, a vapor lielo
voeiibida t i , eorii o qual se furninr;tin varias denominaçiies, como
Ti-rti, agiia oii corrente verdadeira, volunoaa, nome na verdade
adequado ao yr;iiide rio paiilista si se cxlilicar que era este o
priiiiriro curso de aEu.1 corisid<.rarel qiie encontrava o forasteiro
ao penetrar de S. Ticente Iior Parailapii~c:iba, eni direcçno ao
sertão.
106.-Ao poço natural nti leito dos rios, como ao artificial
dava-se o nome I-qtui ou l $ u n r r ~que ~ quer dizer-hzzrneo <I'i~,grrn.
107.-Os nomes de niirieraes, vegetars e animnes enirani
miii frequenteiiiente iia coniposiç%<idoi vocahulos tupis com que
se de.uominain entre 116s nào poucas localidades. Craniineiiioi
desses rioriir3 os mais geraliiiente enipregados sob o poiito de
vista das alteraçárs phoniras que têm elleo experimentado ao
coutaeto da l i r i p a portugu<~zn.
Xo tupi sa representa pela ~ralavraitii, pedra, todo e qual-
quer mineral ou metal apenas diffcreiiciado ou qualificado pelo
sei1 aspecto physico inaia nplipnrrnte, o da e6r. Assim C q u e de-
n o m i n a v a ~o~ ~ferro, itr~rir~n,mineral o11 pedra p r e t a ; a prata,
itá-tiiqn, mineral branco ; o ouro, rta-?yiilinl mineral ainarollo ; o
cobre, itd-yribarana, mineral arnarellado, ou ouro falso. Certo,
taes denominações n&o traduzem uin eonht:ciiuento positivo dos
metaes, antes, pelo contrario, confirmam o que sempre disseram
os primeiros exploradores do novo continente, nesta parte do
At,lantii:o, que os natiiraes delle ignoraram o uso dos mrtaes e
os desçonlieciain.
Amrriio Vespucio, tendo corrido a costa em 1501, com es-
calas aiiieudadas, Iiara praticar eoni o gentio drlla, retirara-se
para outras paragens convencido de que no paiz n2io havia ini-
neritl nlgurii.
Depois da invasão dos europeus, o gentio cnmtryou e n t i o a
distinguir os metaes e a denominal-os ainda que imperfeitamente.
Assirn é que a palavra itri-tirrga, qiio sipifieiapi.atrz, tnnibem
se applica ao caleareo branco, ao nrarniore; is rochas arenosas:
ao s<,rm e ató .i cal. O nome itú-ydhn, ouro, cujo aceento to-
nieo é ria penultiriia syllaba e nXo na ultiriia, como gt:rnlinente
se diz, yuerendo alguns que o nome Itajirbd; da cidadc niineiw,
proceda do ouro que alli se minerou em oiitro terripo: tambem
sigrtitica mnPdo, diirheiro. A palarra itri-gcihuvcr?lu se aplilica
tanto ao cobre çonio ao latüo ou nlquiine.
Na tpocha dos deseobrimeirtos e erplorncües sertanejas, a
t e c h n ~ l o g i atiipi para os mineraes de7.e ter-se deseiirolvido á
inedida das necessidades novas. App>irecem eritâo no voeabulario
brasilico os nomes : itajyca, para designar o estanho ; itii-ef6, o
aqo ; itntnen~beca,o chumbo ; itriúerr~ta:ou itritilierahn, o crystal ;
itnúerabn-et@. o diamanbe : i t d - e n ~ , pedra h n m e : itá-uúi~it ou it4-
obi, a esmeralda; itá-buhrii, a pedra yomes.
o , I qne, seiri~n(lo o i clil.oi~i'las e \-ii,ja~~tes;
?
~nuito
abundoii lias iioisna ~ R L S dn~iiiii : os sc1v:igriis o iiouie de jrirci-
i;!,a~~-/.,:y,fiii, esterco rir: lialeiii, liorqiie s u ~ q ~ u n h : ~ser m rssa aiibs-
;:riieit, uiii;i excii:<;io desse cetsceo. Clii~ni;~raiii j z i t g i a ao s a l ;
íiil;!li,iit!,l,n i; saliiin. nu a iiiiiin d<i sai, e j i ~ k ! , , . !:?~ njlla salnlira.
'1tod:i a argila lirni~cne liiirn daraiii o iioiiie de t,iL(iti,~!l(~ 0x1
~; f<!iui OIL t,t!l:cd; i~ - e r ~ n e I lon
f , ~ / ~ c t i i ~ r !i, < a~~nr<.!l:~ m eorad:~frb-
,'it<iii!/".
Siis ~ . e ~ i i i cceiitraes
s oiide ;I miilerac20 ~ilnisse di,seiirolreu,
c o m a em \liiiiis (Ic~rnes,upp:rec<.u logo unia technolo~in.iiiiiieira
d e l~rowdt:iii:in t u l i , yorque, roiiio o dissi:in<is, os liriiiicircis ex-
l,lor;idui.i~sdest:is pn~:~;eiis, as ljnlidciriirites, cr:rni em si;:i.ii~aiori:~
di! desri.ud~iiciat ~ i p ie fi11l:~viiiii o tiipi.
. 1ss.'.~
iLii<., ç,nc <leiroiiiiii:i\~niii j<iczitiii,yn, i roilin f i i a i e l argi-
loiii jerriii<ln de jaeida. 8%" <,tirociitri: :L roclin dt: itvl,ii.iiir; talrtiz
;>i.ia sii:i seiile1liniiq;i d e rrilori11:io criiii n n.~-i: eoiilierid:~ <dogi2ne-
i o Pciirloi>i.. 1)niani o iloiiie d<. r<<ir!l<~ o u < ; C < L I ~ ! J (que
~ q11r:r dizer
<-i~l,rc,~. 5, 1':trtc siipr:.ior ou ;in topo do iceiro. CLi;~liii%vaiiii(i-
I . t n t o i c o 6, ~ ( l b e -
y r ~ de i~c;,,.o, a iirnn foriii;ii,%o :oiistituirla pi>r iilrra crosta iiegrs
de liylrntri d e ferra, cheia ile çoiicreqües iças do iiirssmo liydra-
ro, P coiil tr.5 I ) i t r ~ dintc1-ioi.t:s
~~ <,ohcl.t:~s de c r ~ s t i t l l i s n ~ õ<l:l. e~
i t i r w i i n siil~staiicin. Benniiiiiini nin g~~<i,,lli(tln~ :,O eils~illjlodia~tlaii-
tino qiic rolire o solo erii rertus logarcs de iiiiiiornq;io, isto C , d a
harraiica ilos ribeiros t! do liiitu destes.
.k c<iiruptGln alteraii-o l,nrz !~z,p'i<íi.<t oii gi?i,'irir.ii.
Vnltr-~iioa.~ior<:~n, ;i 1;:iln~-rait'i cliir, eiitrr os cntnchiiineiias
e os liolnr,iii do caiiilio f:~llandri o tupi, l>n,soii n r<,prcsenrnr os
o$jectoi inetalliius de procedt*nçia estrnngeira. Assirii é que s e
d<,iioiiiinaie (ti:-iizrir~icii,nu siilo, ~ O I . c1Iles eq~lipal.i~~lo no rlioci~lho
dc,, l~edrziai, de ferro, e <liir: desde os priri,eiroi niinos dn. con-
, p i s t a ser\-iii liarn drsignar ,z niliior das ilhas dn coata de Per-
iiambiico, e iliiia das caliitaiiias rreadas por rl. JoZw 111 o roiice-
dida. a I'rru 1;opei dr boiiea. O riome. It<iria<~ii!c<i. cedo, ~ioréiii,
i r alterou ]>:ira i , d o coiii esta grupliia n o
Kotriro do Brasil de Cinbriel S o a r ~ s , iins cliroiiieas do seculo
SCII, nas eartns liolltiiideens desse teinpo. Clrniiia\.ani ao carn-
Iranario itciiii, ou i t d i , iioiiie com que se dcsipiirii alguiri. rios
localidades do 1ir;isil.
A' cndeia ou corrente de f i : ~ r odenomiiiaialn i(<;-eirairra;a o
niaine ou fio d e ferro, iki-iaiiiihd; i barra rle ferro ftri-pilch.
9' cruz de ferro donon~inavaincomiiiurnmt.iite i t < i - c t ~ r z ! y íque ,
taiiibr:m sr. ~piideentendcr por çrrci de perli.<a.
A's constriicçües do pedra davnni o nomr de itn-oca, qiie
t;~riibein RI:T\-~u. pnrn desi;iiar :I- i.:~i<,ri~as: do il~e-inoi>:o<lo qut!
i t r I - i n r ! iiidir:iva <i?suiiiiduiir<is ou ~oliil>nsiaitns li<-lnngiin ntvn-
rr:s das rochas, coino derignn\.n o c;riio uii c(iii<li~cti,de ferro.
.Issiiri <: qne iio centro de I I i i i a ~c Goynz ? r cliaiiia siii:,idnirro
ao curso ;iibterraiieo d:is a;ii:<i do rin :itr:ir<z de roc1:ab ~:LIPII-
i i m , eni S. P ~ i i l ae sul du Brasil E: diz innli geraliiiriitr: itiii.<ii.<:.
O vocaUnlo it<i tini dos dc mais fri.cq~e:,tc einprero n:r
d<~iiorni~iaqXo dos losnícs no 111.;isil. E' roiuniiiriissiriio i:iii.oii-
trar-se. pvlo interior, iioiiiea ciiiiiii: Itrziiiiii,i;iitiir,, alterado ~ i 7-ezes s
liara It<í,n<rr,it!y: lx~dl.:~nl\-8%; I t i i 7 j 1 , ~ ~ r d r e g a iiiiiiido l :
Itriciiiiil,<!, c;iic;~lho: Iini~oi:n, ricife ou t ~ i i c s s i i o ; Itrí-coii~i ou
Itnqnbi.rr, 1iedi.a vrlliii lt<iiirre;rIco, I:ig;.<:c:i.orrrs;idin, ou lieiiedo,
corrio SÚPIII 4 6 a[)resiiritnr os c:ibeqos rraiiiricoi, rle ciicostas liras,
tão Irequ<,ntcs nn repiùo littora! deetle o l?spirito Sriito :,ti:
S a n t a Cathnrina : It<l-bei.ni,<~,pi,dra rt~luzeüie,ai, resplniidecriitr:
Itcrlizr" pedia redonda; Ifii-co<~iir:,.ii,litclra l'iiitada 0x1 ercrilit;~:
Itciyi~i0x1 Itrrl;!! pcdr:i de aiiioinr : I I:igiwda s<ieco :
Itdpoinxgn: liedrn U o n i t ~ : taiit<is aiitros.
T i o grande C a i.en<leiicin p21.n deuo~nillaqilesdo l ~ g a r < : s
eoni o th<:ma itri, qiic iiúo raro ;ccontcci darriti esse rndiei~l:i
vornbiilos que o ii%otciii, prol-indo dahi grnndo iiiiniero d e eor-
iuptFIas, aisiiii eoiiio Itnqiin~i!icctilhc~por Ykq?ir~qtiict:-t~Lhly,:a-
,1uaral d a esljeeie firqnci-quiii; It<i!g7~<!/~!!, jior i<yi~,i-/zij, rio do
frrwi: Itr~~~e?iiii-iiii, por 7<r/i<:-iii,ii.iIiri, riiinn ~ ~ r i l ~ ~: eIitioa. / x ~ ~ , r , ~ ~ ~ , t
1'0" Cfi~i,r~p<>avta, rrslxw assaiiiiadas. Ji nos jornnrs iiiiiieiros o<,.
16 I t ~ ~ ~ por ~ Y~' < O ~
I ~ , ! /~, , ~ : ~
~ L C~ J ~l! ! , L~, de~ nexr(',
~ Lc:tljcq:~ ~ ~ a ~~ L I~V ~ ~ ~ r !
ji nos refrrinios aiitrriornicnte.
108.-Ki~ii!a regi%" coino o Brasil, onde. n vesrtação e m -
bera, m i a d a e intrnsa ein v:istissiinns zonas, 3 d t . n ~ i ü i ~ n ç ã o
dos l o g n r ~ sdr: proredriicia iiidiseiia de\-e, de roiitiüiio, traduzir
:L feii;Lo local sol> o porito de vista do sua \.est,inir:iitn 1-r.;ct;il,
oii pelas especies r;~r:ieteristicns. .1 o artili reiii,ct<:
iiaç dimaiiiiiiaci>rs dos lo;o.nres a earecteristica v t y r t a l de cada
urna. Niio i.: pois, de extrnnlinr-se o t'reqiir:ntr crnprego da
naiiies de pliuitas, ar\-ores, %)araiiidicar iinr rio. ou biinh;ido,
u m ~ i d l eun1 ~ povoado, iiiiii~ wrra, uni :iccideiite toyogral~liicn
qualquer
Uouto de BlagnlhBes refere ter ourido entre oa individuos
de iima tribii tulii do interior o iionie P;izdoi.an~a o11 Pim?<i-i.e-
tnam, rccião das ~>almciras, coriin indicatiro dns tc.rr;is do litto-
rnl brasileiro, e podeiido-se al>plicar ao ,>aia todo.
As pzlrnaç d o , de fzicto, iim typo vegetal t8o distiiicto, tão
caraetoristieo o tâo eoinriiiim lia iiossa terra, que a sua bellezn
t, frequeiieia ern certa liarte d? paiz, não podia deisitr de iiifluir
para o ijonie i p e o deria deeigii:ir.
Dalii vem eiico~itrnreni-se aiiiiudadlr vcees no nosso rnappn
g e o ~ r a p l i i c oas dcnoiniiiaçii<,s tupis das diversas esl>eiirs de p 1 -
nieira-.
O nomr Cni.nah?ihn, iorrupt<:I:i d e C'nraiiií-hyhi~, da mag-
~iifien.pnliiieira d<: follins fiabclliforines [Co]iei.~iieiaCerifei~c,;:do
que si, tl.xt~6eU I I ~cera I ' P S ~ ~ ~ O~En B u i t ousado 110 S o r t e do Bra-
sil, coni a sua copa esplierica: formando i i r i i oriiaineiito de rio-
t a r r l rilieito n a ~iaizngeni, nhundnnte no srrtRo, iIiiargem dos
lagosct. dos rios coiuo o de S. Fr;~ncisco, an>art,ce
desigrrmdo :.iaride nuiriero de loci~lidades e tradueiiido-lhe o
asl~eetornrnctrristico, sob as f i r m a s corruptas de C r ~ i ~ i n h y h n ,
C ~ ~ i ~ ~ ~ i ~ou r l eCrui~rlrzíba
irl~a e a t e C'~inr7euho.
O iiotne C'aro~iclri-h!/, riu das eainahuuas, é frequente n a
região ceiitin.l.
Assim tarnbcm o bi<rit!l ou ntxrity, a Jlniiiitin Vintfera
dai botsiiiros, corii as suas bellaa follias espalrnadns em lorjue,
a p a r e c e dando o seu noirie a grande iiiirriero de localidades nas
regiüei dos eainiios elevados, onde ella cresce forrnarrdo eapóes
cerrados nas biiirndaa das rebeceiras dos rios.
4 .lJncnh?ihn o u linr~?,/m~ de qilr ~ , r o c r d e m por eorruptila
os notiirs hocn?li<cu e ?iioia?lf,a, einprestn o s<.ii nome a n&o pou-
cai loenlidades iio Norte e Centro do Braeil.
NOS sertúes do Norte, nas regiües srcias, t freqiiente. o nome
Ozii.iel<i.~y,eorrupti:la de Ii.iciii.!!, do qne ainda procedem os
nomrs I,icui!,, :?I~iz<ezrry,ATicirr?, com que se d e s i p a m tniitos
logarrs dnqurlles serti>es,onde medra a palmeira que v n n llartiiis
denorriiiioii Cueris Cfuron<~tn.
No valle do .Imazoiias, como n a inattn littoral, .zl,parect:iii
naa cartas p:ogral>liicas os IIOIIIPS Ind<z!yí, Ii~ojcÍ 011 .4'najú, Ge-
rihcí, Pws@, o11 pencrib<r e seus coinpostos : Indoydtitbn, Ai~oja-
t i ~ h n . cieriliabyba, Pe<rgr~bticil,P e < ~ ~ q o i r rcornoi' iildirxtivos das
l>nlini.ii.ns qiio no tupi trnzeiii esqas denomiiioçüei.
Eraniiriaiido-se ainda os maripas geram', vorificn-se a exa-
etidno e ricor coni nue a (:eoirnriliia reiieetr a Hotniica das
re,qiües em' que o natura1inr;te se reparte IIor etfeito da
latitiide, dn. altitiide e da iritluenri~iiietorerilogica.
;\ssiiii 4 que n a aona sertniicja do Kortr, onde dominarri as
cntinsas, o s6lo é arido, pedregoso e pouco visitado pelas chiivaç,
os iioliies Cl~iq,<e-cItiyzi<?,i , Qi<z$npú, i I I a ~ ~ < 7 ~ ~ c l i zrevclam
i;
os logaves ern que medra111 as Cnctaceas corri o seu aspecto do
tristeza e desolnqão. Kn iiirsnia zona eiieaiitrain-se ainda locn-
lidadrr c o m os namcs : Jtrreniq Qi~iznlia, L,ttbii ou I v i h i i , Jzid,
lJ~~zbrirn,~n,
~ l f i t f q z h ne. os seu.; deririidos: fj;ii.rn'>eiin, U,~T~IL~IL-
zeiw, Jurizeiro e .Ucii~,g!lit?eir/t,tri~duaiiido o a ~ l ~ s c t ida
j catinga
~>ru~wiamerlte dita, l~elost ~ l i o sdo; sw.~s v e g e t a ~ s .
Asritii tainhain tia. Z O I I ~ L littorill, onde a ~ u i ~ t át : ~corpulenta
e rariada; e qiiasi seiiipre rendiliind,i de trcpndeiras e cipós. os
noinrs das 10-alidades de eoiitinuo o reler:iiii, erlino se rcriiiea
pelos voiabiilos tupia: ,Snpi,enyal Y e q ~ ~ i t i h iISzearnirdci, í, iiiro/ir~-
r ~ ~ b E,zhnyhn.
li, r: su:is eorruliti:llas: I;iiihrizíiii~, E ; i h n > i ; ,Yii!,rniin~n,
e siias corriiliti.llas S~~hnzi»in. iCzf,aiiilr~; Grio!.nre,iiir, ou 17rnii.n-
~ . P I ? L T ; ("ah,.eLi~aOU C;161~1<6!~lln. . I ~ < z ~ ~ L ! Idas
I~/> Q,
anTori!s ciir:~~te-
ristieus, assiin coiiio os rioiiies : I::q!'irn oii I'nq!i<í, soh s f i r m a
coiitractn, C~,fssir~iizn: Snntn>irbni<~, ifrin!yrilh<i ou Itiibi, z4?1f!1(/n,
G I L < I ~de P , que n. eorrupt4lla ft.z Ll!lx,~/iP,(;rri.t:gz,<ztií de qiio pro-
c e i e Grntinld, AT<~n*i. que a e o r r i ~ ~ , t i l ltransformoii
a r:n .lnoi~nz,
Ahnenri, U l ~ i ,lembram outras iiietis hunrildes ainda que n%n
merioi caracteristicns.
'ia resião dos campos de cima da Sr.i.i.2, iio centro i: sul do
Briijil, os bosques de Arntre<ri.i<i.<pie os tiiliis denoiiiitiarain (~'rrri,
como eliaiiiavaiii C~~i.ii!/hn as fnrtiiosinsiinas mnttas destas p l ~ n t a s
sorinas, e as Coitgo>~ha,sderarn o iiomo n. grande numero de lo-
gares.
109.--No tupi dosipa-se o ;uiimal pela p;alavra $08, q u e
tamho!n significa a cara, a cnrne, i o i i uin h i c i ~ i nn . sentido vulgar,
náo si. eriq~reznridoseriiio para os irracionaes.
P a r a desiznar o lioin.iiii, a seiire, 1x1 o roeahiilo nhá, mas
no sentido geral, emiiregando-sr liiira cn:,riiuir o ente>. aiiiirindo,
se encontra o riidical giui,", ora. iios iioines de bichos c01110 nni
i beija-flor, ora ein iio:no <1e :<!irte ou povn, como
em i : i ~ n ~ - a , @ nome dii tribu iju<,i~utr'oradomiiiou nos caiiipoi d<?
Pirati~iiri~a.
Reni esti1d;ido o radici~lG I L - Lchega-se !~ A c o n c l ~ i s : ~de~ que
ellt! euprime simplesl<iriite o i n d i r i < i i , l , a pcsuon, ou riqirelle que
4. iissiin, por exomplo, G i < n y - i ~ - i ~ ~ indiriduo iih~y, verde, ou nyiielle
que rerdi,, para draiznnr iiriin ~ s ~ i e c ide c beija-flor, (?i~uynnu,
iridividuo parente, aqiielle que 6 l ~ t ~ r e i i tou e irin%o,r t,alrtiz tòsse
ejse o trait,airiento que davam os T~pl)iniij~~jil,.s do litttjral 8 0 s
Giraynn,zze,s doininadores do cnnipo : i , iiidiiiduo sar-
nr:nto, nquelle que tem sarnas; -~lqi,ini.P, ou, co:i>o eserevi,u bn-
chieta, C!~rgi,nlri.d,q u r se Iiódr intrrpretiir: !:iiny-niz<ii.4, iiidi-
ridiio dp ~ i a ~ diüi?renttil
io aqu<,llr; que I: poro diffirente; G t ~ n y - y d ,
d e que s s fez por çorruptéla (fi,qaz, iiidividiio e.gual ou semn-
lhante, aqii.dle que á do mesmo povo.
O vocahulo çoii nlt,erau-se poriin, nos seus comliostos, por
u m processo de asuiniilação, dizelido-se S21<L$1< por ~ O Ó U Ç I L , alii111a1
xrn~idc oii veniln, que oiit-o, cliniiiniii sii:ii>les~ii<:iiit,eg t i a ~ i i ;s r ~ a n
por C,,&:LIL :L ri:riebr;~ do iiiiiiiii~l~ onde se Itrciiiiria r.it;ir 3 vida
o i : a~i.zri', s i lior I - aihiiiial dotado de
s a i c n , n iii:rrsupio ruiilrccido: S . o <,~O-ayií-ni-<iit<a qiii!
iiuer d i w r ti,.i~ii<ír,r l ci~i<ii,> nll>ljel!ido de uiua ousa p r d : ~ ,da
iiieaiiin cí>i.do veado; szis,siii,pi;r<a por ~i,ii-n<ri-(~~~ni.<i, T O ~ L ~~allii-iro,
O
ou dotado dc. grnirdrs nsjins : .srissti!/, por <<,i-i!rii-iii,; vendo C3111-
peiro; i í i i lior r.r,(j-i:ci~-l,c~.ií, x:ciidu lustroao n u luzido:
. ~ i r n y i i - ~ : ~~-<.ado
tii, rt,rniiillro oii iirntoiro.
1 geo=rnylii;~du paiz retlectiu tnmheiii com ?,,ais 0x1 iii<!nos
~>recii?,oa fniirin rrpioii;il. Oz iioiii:.s do locnlidacles c: iios como
r - j i I. o : : J I : i i l , c I : Jw/rini.n-
j,!,.J,a> czic,~111ins: J<z~j~,,!rct::,o n q ; ~ye~d:;<leir;i>lc,mI>ra>n;L n b ~ ~ ~ t -
d ; ~ n i i a oii fr;~cliie;iciii dos fc~liiius~ ou :L lii.<tii:rira dos cses j i
iiitriidiiíidoç l>elos ,Aiiroiiciij c que os s c l i a g ~ ~ i t;iiiio is iilirr~çianii~i
clelmis.
As dciinminaçües: C'dtiir yiir A!/irti; .I],ei-eh-tiil,ir, ;~i>uiidaii-
cia de 1,ri:as; ~ ' , L c I , - ~ I I I ~nliiiudniieia
(I. d<i p c c : i j : C'crl>icir,-?/ i i o r
' L - rio das c:iyirni.iis: i t nl>iirid:incia de
rato.: Iii,~di:o coi,llio, lt.inbr:iiii i03 R,jeiloi.~s das iiiiiis heiri re-
~ ~ r s c n k ~ diin o afnuii:~ rl« !>;iia.
O s iiuiiies i 1 ~ ~ t i i - ! / i 1ter1.n
!/; diis tatús <lua foi n drnoiiiií~a~;âi>
iriiiit,ii<r do arraial qu<i i. !inic n cidade da T,iiiirii.ii : 2i~t~i-h?,>
rio dos rarii; ; i\riii:ii:dirti: nl>i,!icada ;L uiiia villa ,Ir? BIii!as-(;ern<%s:
?iiii,rri,,iiiii-i?!/, t ~ i i i i ~ i i < l i ;raiide,
i;~ record:~iri os Drsriei~t,:<7i,,s,1:elna
riiaii en:.:rc~ei.isticos re;>rewiit:iiitcs.
2 s lociiliclz~rlrsr! rioi coiii os iinriirs : 2'k!,i~~iíuu 2hiiIii~-ncií,
i/ri~tc!l,.:inrlc o u liorro do iiintto: ? t ]>,>rZriitclfi,
porco c!.! cauelln r i i i ~ n ;i:iliri.rl, ;ir r<.ae.i alterado litira i'i~!,ii.n
v at4 It<;!*i~:t:c. anr:?; T<tl,i,~~~~-<t],<:~ v e r ~ d adas m t m : Tc~l,int-l~!/;
rio dan a , eq>riiiieiii q !iesç:is paraFriis L . or
l+:~cli?der~t~i~e, t~n>e.ric;x~~o~.
0 s 1oi'ni.e~ dciiuiriin:tdos : GIIII,YL/I<~-I.-!/OU (."ir<~rm~u<i-r-!/,
rio do iicixii-boi; Pii&piiiiii. n bn1ei:t' record:~m os iet,areos iiiaii
nhiiiidnnti,; nos iiinrpç Iirnsilicoi.
As locnli3;ldes cn~ili<~eirlas p o r í;i~r~i,<i-t!/l,<r,n l,nssarnrla, 0x1
iibu~idnricinde nx-<,s: (;i~i!i.d-i~!/. rio dos iinsrari,s: Giiariitiiign-~fiI;
as ,garqiis; 1 - l>ariideiro diis araras: I ~ , ~ r ~ , , j n l , c ~ ,
-4.jiii~~í-:~~cí,n. l~i~~pg:."ioi.
UIII~TPIICIS : fi~i.i~!/zt<i-!/:ri« do3 linpaRnios :
C ' n ~ - i , i , c n a t i de lei>ai>ngain oii coiiiii erroiier,iu<.iitt' i l k s i : .Tos<: de
;\leiicnr, rniito da jnndaia; r , r i - pnss:iro
1,ri.To: 1 1 i - , rioi &os iiinniliiia: J - jncii briiiicii
oii 1n:irichndo de Iiraiico, r: tanto5 outros, leiiibr:lin u iiossu ri-
<~n<'za ori~irliologiea.
As deiioiiiii~nqi>rsciiliio : Jir:c~ii~lr!/, rio clo jnc;ii.i: ; í ' , , r ~ , ~ ~ b ! ? >
o kigndo: Jliv,!/, ci~hra,aqui entre oe pauli3t:is tfio :?rrciieaiiiriitv
~ ~ r o n ~ ~ ~: ~I Jco !i/ )aJ ~d~ ,o, L , cobra a r l m t t ~ d :; ~Jfi,g!/ ]por .lI/,o!/-g!,, rio
das cobras ; Ni~c!i,.!/-rni~!j<~,c;ibi>ça. dn siieury : C,,,.~tr,l, t, sapo,
recurdniii R fic,qiieiicia dos relibis nesses lo:.nres.
-13 loca1i1lnde.i e rios coiri os iioiries: Pii~í-li!:, rio da p r i s c :
Pii.<i-c!y>r!/ii!/i~, que por rorriil>ti:ln se fez /'ii.;~sri~i~iriip.
runra-lieixe: I';?(;-tiiii?zr/:r. t u i i sol, n fúriiiii contrnct;i Pirii-tiiiiiv,
irriuda giinrariy e si-iiificaiido o secc,i-,,ei.ie: I'ii,cÍlioi.<~, o s:ilta-
pitixe: CJui.iiirntii-hg u i i C~~i.iii,ihofrí-h!/, o rio dos riivitrrat.is:
I ' i n 1 1 , « riri dos l>i,ius; l i j oii Pir.,i-<tcr!i~-i/7ibr~,O
ltcira de caheqa aiiiniella; fc<~rci-l,!j, por Atrc~,,<í-7c!j,o rio dos
nearis: . \ ' i i i ? i ? i i i i r . por Jiriii-'ii, bocca feclindu; i - e siia
corruptt:l;~ P~r1,11!/he, rio d h : Rei-rtti, corrii~itila de
~ilitl-!i~I>eiiri, briiiico, oii a. t:iinIin, iios triizciii B idCa a f';?iii?a
iclitiologicii.
Assiin tiimhciii os iioiiirs : 7 I rio dos g a f a i i h 0 ~ 0: ~
i , oii C1nh(~-irçli, o v o s ~ > i ooii iiiariinl>ondo: C$íç~cii.zi~z!j,i
por (ial,ii~!/i~!/i~gcr,veipn zmul>idora; Echii oii Eiihii., abelha do
e h % o : .lfi,,,~bzrc:c, uiii;i vnri<,d.zde de nl>ellin sylrestre: ~lí~liri.rí-óc~~~
paradeiro d:is moaras; -Il<!i.ziiii, por JIei.,i-iiir' o rilosquit,~; .VI-
ritihi por AIIe,~zi-t!l/,i~,o iiiosqiieiro: Ilrij,,irai~n nu I?n7iraii(~, a
cigarra ; A~~,I.~IL-/L!/ ou ~ ~ I i n i ~ c Z t í - Irio
~ ~d;is
~ , euias; l~<~~zci~,a>~á-11 I?,
rio das borl>oletas e tnntissiinos outros dio-rios a fiiuriix eritoiiio-
loyica, a. que so filiziii aiiid:r <is st,;iiiiitcs ii%o iiienos significn-
tiroa : Ileiif!,hn (o pririreiro i.,hrandissiiiio; ~ I I Ca corrnl>tiletnms-
forriiuii'ciii I,er!/tiii:!, ostvir;~: oii l o i a r o n d r ;ihundain :r5 ostras
e que nos recorda o sitio da cor ti^ (10 E ~ p i r i t oSanto, onde f:11-
lereii n veiier;~vr.l zIiirliietit : Lei,!, l'or [:ir!/, a ostrn, deiicnando
iiina ronliecidn 1,raia doi :irri:di>r<.s do Rio de Janeiro; AS,!,~;~,P>
cori.i~pti:lade ('i~i-!,g-jic, ou rio do3 siris; ,\'fri~~li,tcvtpor b'et,!,-
rtl~,:e,i,onde riiiiiorr.jn o .iry, locnliilnde que tiinto se tissigniiloii
iluraiite a gierril liollaridezii: S~ii~i~,ir~i!,t.!/li'~> del>ositode e o ~ ~ e l i n s ,
eoiiliecid;iç por ,sei,i~<ii,~iJi, qiir <: iiiri iiorni.1~1 exririplo de iluaiito
póde n corriiptC1:i que o trniisfiiriiioii em i\'ie~iI,,-rde-i?/!m e
ainda rin Jiiiin-rle-7i/l,a eoino s<! rerifica das mais inotlarnas
earbas clo littornl L;ilii;ino : iI~iiil,ii-iiii. rio das conclini: ,S<:'~i,~h,~,/iii
por i,vu'h<í-,,tril ]tonta oii ciiiniilo feito d e h sorviiido
para designar os depositas :~nti<!uiisiinos, formados do cascas di,
ostrn, de restos de cozinha, de msiiliios de v*:rins procedrncin-,
acciimulndos ]>«ruin povo srlyi~gr!i~qiie l ~ i t b i t o ii,~ ZUIL~L littnrzil
em I,criodo prc-liistorico.
110.-Bs constnicçGos dos e , as prodiietos da siin
iniiiirtria rudiruc,,ntni, os sriij u s o s r? co;tuines eiii soei<:d;ldc
tniiilirm eiilicorrtrniin para no di?noiriiirn<ùesg<!ogra~ilii~nc do 11nje.
Esrud<:iiius e i t r essuiiipto cimu i~iais i a l a r e Iiaveiiios d e
veriiicai. ijuao larga foi o cúl>in dc rioiueo e l i a l n ~ r a sque dnlii
... ,.
>i, abb,ii.iiii pnrn n zeogrnli2iia c 1p1i.n :i l i i i g u n ~ e i ncoiniiiurii: al-
guns j:i asiiiiiilados, outros reuistiiido ainda i t l i r ~ ninodeladora
da l i ~ i ~ i culta
i : ~ l~roi~~leceiite.
h iiii<:io de patrin i13ii a rinhaiii os tiipis rouio hoje n triiiios.
Dr.i~im~vari,n lxitrin coriio svnrini:rio de ter ri^ <I<L l>r,,pr,i.in Imbi-
t~~jiío-retrrii~n. Assim, diziam ZT~!~,i-,-~t<iiii~~: l)ilt,rin OU reoi2io
dus Siipis : i<rp~~~y:.cttni,,n~ ou por xbrevii~câo i<q,i~!l-i.ai:i<~, r<!:riào
dos T:r\iu?:ai; Pii~di-rrtn,i~o,ou P i ~ i r / ó i . < ~ i i i rrgiho
i~, cla; pnliriei-
a,, Ci.id,i<-retnriin, Iioiiie de urna 1ornlid;ide 110 Ceará, qu1.r
' <

d i a w rrgiho dos uriihiisi II,l>r,tii~aii~n, terra o i l paia das iiures.


Ao iiiitural do inesino pniz; ao cotiterrt~neo,c l i n i x ~ ~ a<:?ta- m
riiag.ii~i.ii, yiie quer dizer 1inbit:~nte da iriiiilis teiin e ao cxtrnri-
geiro <lnv;iiii o rioni<! ~ ~ ? ~ z ! ~ - ! ~qut:
u < i rsigiiitica:
~~, Iiabitai\re d e
outrr. h;~:ida, e outras vozt.3 rimonbir-iet<rnl!~-gii<ir(~, ~i~nificando
setite habitndora d e outra terra. Y;io rarol por abreviar, diziam
siini~lewieiibearn.i<~hn,para dr~signaro eotrn~iho0x1 o forasteiro.'
O iioiiit: eii?lo:~Z,nnRo terá vindo de iimn simples enrruptéla
de <~,ii,i<;hnou nnrhonh~? E' bem yrovavel; tanto iii:iis qlie só
sr a]q>lir;ir.n ao ertrsligeir~s ou no portiiguc:< ]>riiicip;iliiiente,
1>0rqnr este rxra quaii o uiiico n a cnloiiin, onde só eiitravaiu os
de olitras nncioiialidades coin licenpa erl>reial.
Este iioiiie qu<i se tornou celebre tia liistorin do drscohri-
mento dai. III~II:LS, designamdo COUI ciinlio nativista a ele-
nie:ito t:otrailgi.iro que affluiu niiineroso dos portos do littornl
piwa disputar nos ~i:iulistria o ouro por eiles descoberto em Minas,
1x20 ex!>riiiiel de facto, senão o despeito do nacional contra o
forast,eiro. Dizer-gi~eira dris ei,rboab~s-val<? o i3iesrn.l que di-
zer-giiei.,,<a c u i ~ t r no erti.aítgeii,o ou o iictriiso.
Outra hyputliezr ndinissivrl ti a que faz derivar o nome
r>rrZonha do tlipi mDdaZn, dp que sc t i z por corruptils boeua e
sigliiticn rrstidn, eobcrto, eni nllusiio a se nl>reaeiit:irem os portu-
. p e z e s ou eztraiigr?iros trajiii!do roupas deseniiliecidas e calçando
largas botas 1i;Lrn se proregererii contra os cspiiilios e o3 rrytis.
111.-Farn indicar-se a proeedrncin de um iiidiridno qual-
rinm usitr;~-ar tnmbem o auBxo gcc<i>'a,juneio ao nome da terra
ou I'aiz da l>rowdenein. ,\ssi:u t que diziani: Brazi-g,iái.n, o u
liritailriru ; I'rri.i~girrr!l-grrá~n,o I'araguayo ; Rnithy-gird~a, o
Piautty~nsr.
Tanibem eoiii os siimros: Imc, oe, ?<c, irn indicavam n pro-
cedriicix do individuo.
Depois da i i i ~ a s â o dos europeus e durante a eatechcse e
colonisaçúo muitos nomes se forinarain traduzindo rela<6es novas,
e exprirriindo a mescla das rasas eiii presença.
Ao Liomeiii branco, qiiando tratada rni bKa parte, denoini-
riava-se c~wizy,e segundo ns dinleetos : enii0i~oii c<ri.ahil>a;cujo
sigiiiíicado é : sapei.ir~r,furte, i , sn~ito' pois que attrihui;~rii
aos europeus faculdades rxtiaordinarias.
Ao descendente do branco deiiominava cnriLoe, que quer
dizer tirado ou procedente. do eiiroprii, dondc se origina, por
corrulitCla. o noine etri.iboeri t i o usado no norte do Brnzil para
designar o mestiqo que trar lias veias O E ~ ~ I I ~ do U R brillleo.
O nnme iaiior<r, com que ainda hoje se desisiiaiii os natii-
raee da cidade do Rio de Jnnciro tem n mesriia o r i ~ c i i ie si;ni-
ficado, r:rci.i+c ou eari-hl~e.
Assiin tnmbeni o oorne c<irijó, que alguns chroniitas lirapa-
nbúes rserer<.raiii enrio qui: ria verdade ne de\-e escrei-er c<iri-
?/é, fiirrna contraiia de ecrri-yoc, iliir,r dizer-o qiie veiii do br;iiieo
ou de uiii poro siil~erioi,
Ao zentio inaiiso, oii reduzido X i i l i : e eoiiirsqoii
desde l o g i ~a deiioniinnr em-boel que qiirr dizer-tirado ou pro-
cedcnte do matto, donde iios veiu o vocnhiilo cizh8co, como ainda
Iioje o ~iroiiniiriiin Iioinom i.iistiei>, oii cui,l,>co, coino ja adol,toii
o l~ort,ii~iiez-brasilico.
Ao niixtiço, oririrido do hiniieo e do srlvagem, deu-s<, nus
priint.iros teiiipos o nome de ,iiniiznliir,>, qui! é coiiio se 1C eiii
Gairdnro (l,íiti)l ern frei Viccntn do Sal\-ndorl i l(i2i) e rin Sim80
d r Pnseo~icellos,(liili?). 56 iiiais tarde G que +t: <:ornryoii a pro-
i~iiiici;ir ~,iiiiriicZi<co,eonfiindindo-sc roin n deiioiiiiiinq8o darln aos
soldndas escravos do siiltRo E1 1lnlr.k-el Snlch da terra do Ecyptn.
I':': l>or@ni,de procedeiicia tiipi e iino :noiii.a, o iioiiir. ,>!(L-
liiilliico t,al roiiio ainda hoje o lironiiiirii~o Iioiiiein do srrieo.
il uina vellin çertanejn, i ~ g ó r nniorndora cin S. Pniilo. onvi
iiu\a \-i.z I'x~,:L plirnse hasta:ite expressiva: u . , , iiiilho hrarico eaiii
iiiillio veri~ii,llin sne »iiii,~n/ziru.. . »
Dunde se eoiielúr qn<! para n boitiem cio iiiterior a noiiie
n ~ ~ ~ t ~ ~ r zvl az ~r dc ioi ~ ~a priiiiiii\-a <, uriica vrrdad<,iia siziiiiicnç?.o,
continiirindo s p o n i r n o de i , r i . c t i i i . i ~ r l , , on iiii.ri;cu. 112, eorii eiTeita
tio tiipi o vorahiilo ,noi,~8-r?ic,~que se rleeoiripüe eiii viniii<í,
inixtiirar; d u h l a i , ahraç;ir, e i.zii.n ou ! i i . i i i r i i i , que quer diier tirar.
O aplwllido historico sn tindiii. pois-tivndo da iirist~<i.~i~ ou de
Ii,wee<7e,~cirrriiirta. iiho é iiiisti,r nrniidr esforqo 1,al.n ' r esl>li-
cnr como de iirnii,,i~-rum se fez nio,itrilr:cii, r e ~ u r i d oo escrei-erniii
os I~rimiiairoshistoriadores r dt:yois inni,~rTiieocomo ein geral 5 ~ )
adoiltou.
Siin i.:iro se r,lli]".'ga,i." i.~:trc <>i tuliii e ('31.0111'0s C~IIPfiilil-
I i% l i i o I i , i 1 <Ir ,,!,,,C,, 011
I,-!,ririi, I G ! loriiinr
~ nomes ii>dicnti~osda oriyeiii <IU ~ ~ i ~ ~ r i ~ i n ( ~ n t
d<i iiiiliii<lsrl. Dizia-se. por <'scllilil?; ] > ; 1 < < 1 t ? / - l i < ~ , ]lal':l $i;liit;~:%i
<iriiiii<!o ile Yixity: iioiiie Iiriiiiitivo d ; ~;rctii;~i cidn<l(, d<: Pi,i.::ljfi
.líi,,i,.!/-zí<t, oriiiiidn uii Iiroecdi.iitr da cidiide; P ! oriniido
dns riintt;i;.
112.-.As construc<;Grs do ;eiilio i-rniii toscas r rudiiiieiitarr;
coiiio r.; de 11111 j m r ~li;% iufilli~iasotiitl. .As s~insct1s:~s <d;a u ~ ~ i -
tas vexe. de vastas prol!nrçii:.s, r cr,liest;is <ie foiiins dv in]i<: ull
p:~lm:i, r irrliadns c<iiii rit;lras: tiiiliaiii c;iliacidndr pni.:i miiito*
i~ior:idorrs ii/;<,l~e-gzi<irir.Di*liostai eiu toriio 111,iima ]ira?&oii tcr-
rciir; ri:ct;:iisi~,lar r,lzi3.ii, e rxteriiaiiiriitt! eiirulridni por iiiiin 1:s-
t;ieadn ou; (1s v<.xe-, ])<ir iiir::r triirelieirii. d e tii1liir;ciii oii f~itn<lc:
trnuclu<.ira. ri.tirncl:rs das qiieiiiindiis, crt?arii.u, coiistituiain ;i ii1rli:ii
-ta7,<t 011 i < ! l t < L .
Ei\tr:ii.aiii este* uoiiirs cii: 1:irg:i r<ii>i:~ i i n gengiz~~yllia ii;icii)-
iiiil. c s e l a : 3 11~1ioirtii~aq3r) doi ! o y a r ( ~ , roiiir.: 1)ilp
exeiiil>lu: 7'iriini,ri-r~Jl<n,cnsn de Dt\iis oii e;rt,jai It<iocii, caia dr:
ltedrn : (,I;<!-;iiut. rasa iie-rn ; Okoriir~i.<itiiii oii Olc<r-ti>.#:cusa
lirniic:i : I?ir,il;i-oku. liarndtiro dria iii;rcncos ; .iIci.,i-o1.n. iiarfidriro
das ii?osr;is ; i'ij:l-,,l;ii, l ~ a r ~ d e i r das o F U ~ U I U ~ pelas
S: iiiiiicni que
ei~ciiiitr;i~iiii:iquciIl: lilontir d e terrii iiriiir & eutrsd:~ c10 3':trti.
Xo territario do liio d e Jniicivo se i,iicniitraiu niiida c* iio-
r n t i s Oriii.i!,;ií ~ ~ i . < i i ~ i i - c l>niya
~ i í ) , ou ti:i.r-i:.o C~niide :rl~l~lica~lo
ii ~ m l i t :oii ~ C Z L ~ Ol ~ r o x i ~ nda o cidtidi. de. I'naitv:" , 1t~í-oI;iri~~. trir-
e , 1 llri, i

S i : eiicoiitrniii-se os noii~t.s Trt~,,t!/yj,,? ('l'<zl,<:~iy-/,r),


que SE trzidiiz-iin rio tia nlilin: T<zj>Pi-n. <~qiiivalriitr:i ?'uO<!-
ii<:rn:a l d i , : ~w i l i a oii riir ruiiia; Iírljw<xí ou iitpei.q/ii<i, ia!!? cl~r
:iI<léa vr.llia.
E S. I ! d i t i - s o iioine ' T C L I I ~ Ic Lo ~ r~a,l i t i i : [Ir ~
2iibn-etP, nldi.;~ eonridrirn,vl < i ~ rilln i ; i<iOiitiiz!/r,<:,~nnlteiny2o de
'T,i!,ntiii!jriri~ii cipiy:drntr ;i 2'~ii,ii-ndi.,t, nldia veUi:i, rrcord:i~ido
o sitio oiidr o i i t r ' o ~ arxistiii itmn íildcn d e (+iinyziiùs, deiitro dos
iiiiiros d:i villn d e Pirntiiiiii-a.
Davaiii <i cidade, ;,os poroaclos yraiides coiiio os europeus
~dificararri,o ~ioriie-~ii<iii.!/, de corto, del>nis qiie os fr;it>ceat?s,
. I h i r , euuircavniii a freqiiciitar a costa du Brn~ile se <istnbrle-
ceraiii em a l ~ i i i n a s~inrterdelln: pais rpr o voc:~l,rilo iriaii!, p;i.-
recr !proc<ider de 7ii~:ii.-i.c!jn, i.euiii5o o11 iiiultid3o de frniicezes.
O Iioiiir Jfirriii,, oiitr'ora. npililieadu W Oliiida di, I'~~ru.ziul;iico,
fuiidada por Diinrte Corlliri, 4 siiriyles corruptéla de i i t a i r ! ~ cidadci. ,
-10s iiioi;rdor<~adn nldPa dciiorninnvniii-$o TiiLn-yl<it.<r, aos da
cidade iiii~ii.!!-iii.r:: ridildzo : ris ( 1 ~d d s n diitbrente i'n!,nrb,doiidc,
srni duvidn, l>roci.de o ~iiiii:i, i<d,rti.Gri. iisc~do ciitre as bnliinnou
1'ara desigrini iiin Iiri:iii::~i ~.i:;tirii o11 iii:itiito.
lll!.--is caiiimiiiiicn?i~es ciitre ns :ild$r.s liovoed<iç fa-
ai>%rii1)" c : ~ ~ ~ ~ i noii l i u r~wJns-<tp,~:
s cici~<illlil~:t!~do-m (q,(:k-ri3s
estl.:~d:~slargas roiii« :~lgii!iina se f,iir,niiti.nrni~in o ii?t<:i.ior.
S;io erniri tão raros qiiaiiio se liw~iiiiie os cariiiiilios 0x1 ve-
~ r : d a sdo y r i ~ t i olieneti.iiiidr~do Iitoitil l>:ir:i o iiiterior. Crlymmt?r,
o :iiietor rlo rntr:i?o da liiii!!eir;: eiiii.rir7ic ijur se fita iio coiiieip do
??.ri110 XVII <lt. S. I'niilo l n r n o scrtùo di,. Xiiias, refere r:r eii-
coiitrndo 11etii iio i n t i ~ i n riiiita cstr;idn lnrgn e btritniitr! trillindn.
A rlisliers%o dos Tiil,iiiiI-iiis, iiiic eraiii no iiiesrno teiiipo
assi;~ialiidos eiii S. T-icei:tia; iio ~:i11c di: S. F r n ~ ~ e i a ce oem Porto
Segura, d~iiiniist~i.n eahaliiieiiti- qiie: ]>elo intr.riar, r~stcsinrlios s e
roiiiiiiiiiiirn~n~r~~ e e s t i n~-rii,~iiiiclo por u m estiiilo bitstnnte ronç-
cir+iiciosii 13 &rio, cla iiosio i1iiisti.e coiisnein o dr. Orville Ilrrhy,
qu" as l~riiuciiasIiiziir7r,ii~r;sqiie devnssnr;iiii i>&wrtiws o fize:.niii
rrill:;itido as uer<:dns dns ::e:.tios (11, guiiidos iiilo st:lr;tg<>ni se-
diizido e ainii.o.
114.-(Jiiniido os rxiiiiiilioi ilrsciaiii ;itG o iiinr O U aos grciiides
rios ~ i n v < i g i ~ ~BO~ iestreilio
s, dec..rs c ~ ~ i l i ~ l h qu ~: i t , e r i ~ m ordina-
~ . i a i n r ~ i iini
t r yorto, da\-niii os Tiiliiç o nome ,i,,i:~;~i~ún, que v e r
dizt,i.-sniiidn do c r ~ i i i i ; z l , o ;r de que, por corru]~ti,ln,se fez i v -
Oencu!,n, i,irhi<rs.srq,e coiiio i o li. eiii 1l:iiis St;idriil e a i n d : ~ ~ , c i r c i i
sob a foriiia eoiitract:~ e iii:iis cniiiiiiuii; iia ciiiiiliosiq%o dos iionies
de ali.~i~ii:islocalidadez.
ASS~III OS L I O I ~ P SI'I<Ic<I.(III/I-LL, r)ol.to rellio oii nstirieto e n m
que se desiziin uiii; lorr<lidi~<le viiin1i:i do fi,i!inf<,i; Pe<rc:ilios.sri
«ii Pen,s~<rl,iisxti,liario Crnndr., dt.si;iiniido i i i m vilia alagoaiia, i
iiinrgeiii do rio S. Fmiicisci>, s;io coiiil>ostos eoiii o tlieriiit <iyei-
riiiln-sol> a fi,rtria coiitrnctn.
0 iioine j i i n s a ~ h n , nu i~ir.ii;or,lirr!$dii, com ( I I I P r~11gai1?l~nt0
se desigu;~ :L filxn rcsistc!;te e iitilissiiiia da. dltlea f!fr<i~Ctii.a,
1ialinr:ir:~ nbiiii<l;tnte ria aa::n qneiitti do littornl, vttiii d<,rr:rto do
cominuiiissimo c,iiiprca=o 110s j10rt03 (pencnbnl dns c ~ r d a s tccidas
roiii .z fibra d r s q palriieirn. Ko i r o ~ t edo Ilr;lail, as artiarrni e
eordoalb:~ da? eiiibai.cn<;i,ei I>rqneriaii, das jangiidas e ennBas erarit
rxelusir:~rn<~iite cle penyrrhn. Dizer-se, liortaiito, cordas d e ? i e q a -
/ia rale eoiiio se dissesse cri,~riiia c10 jjiortr, ou ?isnrliis ILOY I > , > ~ ~ C I S .
O iioint, p;q,~Lh<~ 011 n , , j i l , i ~ < ~ hque
< ~ o \-t:I-;o nlteroi~para, ,)i(*-
,sn/,n oii l>i,~ssncii,ji nno drjigiia entre n<is seii.Zo o fibin da i f L -
trilen: o priiiiitivo e verdadeiro significado se ~ e r d e uparti a iiri-
g u a hoje falada no Hrneil.
O Iiniiir ipl(ti<i-~)<~b.tUIL igaro-~~ciO(r,quf, litteralmente significa
-terlitu ou $ n ~ rlii e<~laôn,taiiihr:lii designa,-a o porto, irias j i lia.
aceepç%o de assento, descanso ou 10:s:. onde se enc ~Iiiavaa eni-
barcacão dvisaiido de navegar.
115.-1 naregaqão estava. iniiito eiii voga entre ns Tiiliis.
quasi todos loealisados no littoral, dondit oiitr'ora nl>nlsariiin os
prirnitiros rlorliiiiadores do paiz.
Peirnvain rniiito rio mar e nos rios; tiraiido dahi larga pnrte
da SUR mbsisterleiit.
IIaliillis-iiiios cnrior.iios r iiadsdorrs n i l n i o i , afioiitarnm 2 s
ondnr iinr rin fóra cum o ~iiiiioi. de;assorrihro. Coiitein mosmo
algiuis vi:~,j:i,~itrsqiw esses barbaros, eiii nvistaiido iio horizonte
eiiibai.cnci>i:s rili trarisito, riadavam militar vezes no ei~coiitvodt,llas
para llirs verider lii.rurl.Os C r ~ i a ~ t a c i serg~:iiiido
, i Soarei
(1) niidnva~n;L nado pt.10 inar deni,ro, a,ccoiiimett,i!iidoo i tribarões
(ipi,.iíj e :ifoc.;mdo-oa coiii uni ~>;iu;tg-ido,qiie lhrs iii<~ttiaiiicom
forqa lit'lii gr~iyantn.
Os 'Trii,is do Rio de Janeiro eonio ou de Pnr:it>- e Ubatiiha
poçeuiiiiii ctlii6:is tRo grandes, feitas de iini 6Ú tsonco, qu? i%lg~l-
riini delias Ci.31l1 caliazes de yiinrrritn: iciicnr;i. r inni. tripolan-
tee. ;\Iartiiii AAoiiso de Soiizn, n a iii;i viai<rrii d<, 1530, arsistiii:
rnnraiilliado. n urna eiir~iilii~adii hatnliiu iicival enti.e sentias d e
Ital>:~~icn r do co~itinrnten a Untiia de Todos os Salitos.
U<ixtroi canoriros, iniinrjnva~ri dv li<: o remo ;I compasso
certissiiilo eoin o que iinilo mar:n-illin\nrri aos europeus.
S ' r e;&iií,a. fkita8 de uin tronco iiiteiriyo cli;~iiiavnn~i y i í i ~ z
(<iy-i/ii,.ii). isto t ; que doniiii:~ ou iiiora ri'r.-iin; fiiictii:? ou sobre.
nada : i.; 1'0' acharr,in scmelhanres, ;is eiiihnrca<0es iiitrodiizidas
pelos eiiro1,ci:i clinicnvairi-iia- i!jnici-cic<í. r;i~i8;1 grande ou barco.
A nlitirluirsiri:n i-illn pti.narribuwiia d r <r/zi<irrisxzi tem o soii
nome, aijiii +),~~,ii-ririípelo facto de ser o sei, liurto, dride os liri-
meiros aiinos d : ~eo!onia, ~isit:ido por bzireos o_iie o atiinginm
coiii o criiirurqo da 1:ini.é. H~iiis Stnd<:ii que o iiiirnu e o aju-
dou a driiiider-se coiitrii os I'iitiguarns riii 1518, dt:noiriinoii-o
Gni,rissií, eiii.riipttlii de ~ n o r n s r i i .
O iiim~~e x:~iii,;i?iilrt de uiiia rilla bahinnn. 7-izirihn de Cs-
maiuii: 6 corrupttia de Igrrwi-liiii?in ! I ~ r i r u - n i ~ 6 i i n a )isto P , C&-
minho d? canoa esciirn: oii melliur, bmco oii fiiro iiegro, nllueáo
a ali<riili canal ou estuario df. nguns rseurus.
d ' s canõas feitas de caseai de arvore com pontaletes n o
meio e ajustadas com cipU diiram o norne de i~bii.em geral pe-
quenas, leves e inal coinpostns.
O nome ubci confunde-se frequentemente coin o voeabulo
z~!yha, q u e quer dizer tlreha, quando este entra como thema n a
eoin~,osiqão de outros vo~abxi!os, e a sjllaba predominante s e
desloca para a penultima do vocahiilo coniposto.
O nome L7b!%atu&por e s t i ruatio, póde ser deconiposto em
Vbú-tyha, significando abundni~cia de canuas como taiitas havia
nesta liarte dos dominios de Cunliambebe e de ~ i y m h e r êcomo ~
póde 3er tido por corrupt6la de i,?/lia-t:yba, flecha], ou can-
navial bravo.
116.-As pescarias (pi,.á-nioi~inizynbaj coineçavam ordina-
riamente em Agosto n a b e i r e m a r (1) i: davam logar a expedi-
(jiies numerosas para certos pontos da co'ta.
Empregavam para este mist6.r a rede-py@, o cercado-
par!/-o insto-zoz~rrl. e o jiki.
S o s rios, eostuinavam envanenitr as aguai com sueco do
tinlhó para apanhar o peise.
Com o commereio dos europeus passaram a usar do anzol-
pindii-, chamando aos pequeiios anzóes prateados-pindhmiri-
tirign.
l j i empregassem o anzol grande,
E;', porem, p r o ~ ~ a r eque
feito de qualquer
. - substaiicia não metallica antes da invasão por-
tuguezn.
NWo poucos logares no Brazil trazem nomes recordando
esses instrumeritos e USOS do ~ ~ n t i oI.' < r r ~OU P w i p e ; P a r i -
y11ei.n ou P,~<~ry-cóera, e<:rcado ~ e l l ) o; P l n d á h ~ h a , anzol i n i m ;
Piizdcí-inmzh,qaba, fabrioa de anzóes : Jiky-yá semelhante a o
jiky ; Jil*y-i.eçál olho ou furo do jik!,; LTrurú-hy, rio do cesto ;
Drnhóh!,, rio do timbó, recordam sitios das pescarias de ou-
tr'ora.
117.-A caça era como a pesca a principal occupação do
selvaeom, e, para rea1isal.a empregavam d e preferencia o arco
y apciia e a Hecha uyba, ou z~iòaesta tendo a ponta ou sim-
~ l e s m e n t eendurecida ao fogo, ou coin u m dente dr tubaráo eu-
gasL~docom resina. O arco feito de uma madeira rija, e r a
mais alto do que um homem.
Alkrn do arco e flecha empregavam para caçar ( e a á w ? l d d J ,
artifieios iiiais ou menos engenhcsos, ainda hoje utilisados pela
gente do interior. A j q a n a era o laço armado para colher a s
aves : ? r u , ~ z r l B d e que proccdr' o rocnhiilo nssiiiiilndo iiiiiilri6v e r a
t , i i i ~ > r ~ g arins
d o martas 1,a.r" ii'atar ow<iua.driiix<les;n !/xii<i-;i~~ii:ii,
d e que por corriipt<:ln se f'ei: :!i.i~~>,ica, n(>ariliavn os 1,;rssnros.
F n t ~ . eOS indius do cainyo, a ca,;ndn r y i u ~irccr:rlidii dia ucia
hntida, çercnndri-se uiu trecho n que 3,: liii!iiiu fogo, <i mntaii-
d0-s~. n cnq:l a pnii ii in(,dicln. qiie alln yroeiimia esetilinr R.
clianiriias. ?;as rcigiùes cçntriies, as iliiciiii:idas frcqiit~rites r p e
so 23-istani ao longe. oiidc n cii.ilis:iq.io ;iii~da~ i i r i >penetroli. iino
iudicaiii ontr;i coisa. -1 eisi: iiiodo <ir cz<:;&r dnvziii o iioiiii.
criiir,ii<Eó-crri qui! qiier dizer: qiieiiiinEa par:i caçar.
-1s locniidndrs coiii 113 ~ i o m ç s : J<~jiii,.iitzrt,,~. n ~ u i t o sarcos:
J,zl>n,i~l;.i~~~, nrci, verde; * , q i < i , . ( ~ , de ~ I I R se f a llor corrupt6ia
I<.rtp<w,? oii C < L ~ Lci~11a.1-torto:
P,~, IUl,izc!.:-li!,. dos Iiicob ; l,-!;l~,:-
h!{, rio das íiecli:isl d r qui! por corriil>ti,lns se ftxa Iixc71!/ I ~ L
It:oitiy> "o r'eeod:iyG<:s dos inniriiiiiciitoi ve!i:rti>rios dos selv#xgeii,:
o u Ie~iihrniii~>hrnoiiieiioxcom ellc; coinl>nriiveii;.
118.-0s trnl~allios ngricolas erniii iiirliiiit.iirares rkiitre ni
t r i l i u ~tiipis por Iher f':iltnr o iiso do Cerro.
O fogo rLr;L o xi.a prineil~nl n;t.iitz iio z~inaiihoda terra.
Escolliido o local Fira a li~vourn, derriibavniri-se-llie nq
n r r o r e i de iiiaior riilto, eiiilwegnrido-?c: lmra vise tiin o iiiacliado
de jtedrs ,ji oii d j i , c Inn<~,ra-sefogo eiii toriio, <~siullirndo->r
porê", D Indo do \,r-ii:o.
.4' queimc<ln, eiiir~uniitr o f o ~ onctiin. dcx-:iiii o iiome ?<i?;
ou ~iitiiir~ , qtr" dizer: o que i e qni.iiii:i
<]LI<'
h drrmhadn oii liiiilin pnra ro<::L rie~ioiniiiava-sr e8 ou 1.4-
21ielurbn; r a r o q n rio ncto de <iiioiiiiar-at: CI>-!~-IL<~I.<L, de qiie se
fex por corviil,tella ,:o?c<~..<i.
Aos l ~ u srrt,irndos da. queiniadn. r <lis~ioçtoseiii cerca o n
trinelieira ein torno dn roqa oii da ltaiiitaç%o dnxxii o iiome-
ra/oni.rc, que i~iiiitnsvezes npparece 8011 a h r i i i n coiitr:%ctn ri~i-ci
o u crryci nos iloiri~scornpo~tos.
Aluitos destes vocnh~ilos oii outros <lclli,s dt!ri~-:idos l>as3amiii
pnra i> portuguez f~ilndi, rio Brnzil.
D o r<,i.bo cOp!/i., tr;ic%ar roqa o11 lii?il>iil-a,, s<! fez eiii 5 .
I'aiilo o verbo c<ri/,ir, coiii identico ri;riificrdo, r nsiilii taiiilieiir
cniyiciio por copieiiizhrr.
O iioiiie cnilii~neiiil,regado riii S. t'nulo l,:~rz1 deiiri:ir o
Iiorrie~ri rustieo ou roceiro veni do tupi ciii-jiii.<i, isto 6 , do verbo
cai, queinmr, e da linrtieiiln ali;issivn<lar~l i 7 1 i . i l , si~niiieniido-
q ~ e i i i ~ r r i b rque
, 6 como se dissnesr-o Iiouiciii d;~s qiirimad:xs; oii
q u e tiitctn de qiieiinadns.
il' roça extincta da\-a-se o iioiiie d<l c;-roirn e taiubriit
copoera, d e que procede o voca1,ulo C ( I ~ I , C P ~ I Y LCOIII , o biyiiticado
que :.i:l~:;rr!uei.e se llie rili de roqa ahaiidoiiada iiivaiiidn pelo
iii:ittii, risto qiitt o 11i~smovoeahiilo taiiibem procedi: de oi(;-ji<:i-i,,
iitxttn rxtiiirto, ou que já lime 1-t<zfoi cortado.
)liiit,ns sio as li>calidades rio Hrazil ciijni deiioi~lii~n~iiiis re-
corr1ii:ii os tmbnllios airi<!nlns dos se11-agens ou inesmo dos Ku-
ropeai hos l>riiiieiros nnnos da coloiiisa?Hr>.
I I a 1ia8 vizirilianqas de S. Vic.ente uiiin localidacle roi11 o
esqiiiiit» rioine de C1i<crí, cnja proredencia r e m de certo desde
nrluelles reniotos te:iipi>s, qiinndo n illiit coiitar:a 1:irios c+n~eiilioi
dr asiiicar e possuia extonaos caiii~nriaes de que IIniis Stadeii
nos r1.i noticia em 1548.
O iioine C,icii <: composto dc C;-~rçii, c se tradiia :-,,o$[,-
giiriide, e tniiilierir Iiiriy>,rgii~izile.eiiipraò.:lriido-se roin este sigiii-
ficado +,:ira designar e<zio/i,q:oii terreirci l i i r i l ~ o .
S n Rio Grande do Sul lin o rio CSti!, cu,j;~trndiicçfio se
~todi. f m e r de doia modos: C'c~n-l~y,rio da n ~ n t t u : ou Cc~i-lty,
rio rliis ~neiiiiadas.
O iiuirie ($~ssar)ii&i.i~com giio se desi,zii:~iiin ribairo rio inii-
nici1,io rle S. Beriiardo, é o iiiesino qiir citc:i-c06in e ai~nificil
cercn.. i.rlhn uir extjiaeto,
-4iiiiii tainbiiir:ii o iiorne ('rir,t]~,><~~.n qiie, ;~li;is,eonipurtn diias
iiite:lw<:ta?i,es: ('<ryci-pi~',<t, fim de cerca, ou ponta de cerca; r
Cilií-~npc~71ri, clareira ou a b e r t : ~ii:i mnttn.
Cilltiv;ii:irii os tiipis o inillio, dt, l~refere,irci;i, ao qii:il se
liide, iin ií:rdade, dar o iroriie de trigo a~iieiiraiio, p o r c p i era
a 1~n.t. da aliiiiei~tnq%odo selvnge~n.
O ali:rti, qiir 4 como nntrr o g?iirio su denomiiinra. o ini-
lho, ;iiiiaJiii.rcia no inoz de novciiibro, Gpoca, diz IIniis Stndrnl
ein qne sr <lerem triiier os assnhns dos sel\v,~ens.porcjue, diz
o irirs~iio niietar citadol-qualido inltniii de unia p c n a q u e r e n ~
ti,r a; n/ii~ti.spara fabricnreni a br:hida.
Aliliii do ~iiillia,jilai~tnrsrn tnnihein n I o nipí, :L
h:it:ita, (jrif!liicu'm. o cni.ril varias eiliocies de abobor:~(~/~i.fiiiizi'i ;i
hni:an~.<,f,iicnhii) o iviaiiilobi qur: dizeiiios amentloiiii.
Os iioiiies l o ~ r e seorrio 2hriidiut:ihr~: iiiaiidinc;il; C~J-
iii~iiz,i*itii?~i~; feijoal: A31<~i~gr~,.at!ll,ii, iiiari~araaalr outros como ('c*-
' I f h , 1 l'<~cót!ll,a, ,lí,,ruiitybir, Cwi-
rrr~i!yhn,Siitziba, exprimem ciilLiiras de oiit,r'ora, oii aliuri<lancia
de cnmnris, eaiii, algodao, hansiin, lara~~j;ls, eniina e annnaz.
A cnriiia e a laranja iiBu eraiii indigenas da America, mas
desilti logo, iios primeiros annos do descobrimento: furam iiitro-
diizidns t! ciilt,iiildns.
E i n 1318, qiinndo FeriiXo d e Xagalhies aportoii ao Xio ile
Jni~ciro, lior oicnsião da sua inriiiora~ei primeira riugeiii de
eircuinnare~aqXo do globo, ji encontrou cultivada pelos tulii-
17a:libis n canna de iIssucar; dr? ct:rto iirtroduzida rio paiz por
algiiiis dos iiiuito? navii~sque jX por esse tempo frequeiitavain
ii Brasil e trafieavaiii livremente com o centio. Nos grandes
rios da bacia do Y a r a n i e. do l'rnta, onde tão litsga foi a acçào
dos joiuitas, iiin dos jibenr>menos que mais imlirrssioriam*~\-ia-
jante sio os bosques de laranjeira selvagrrn; de fruct,os amargos,
'ciijas sementes as zrgiiaç se encarregam de distribuir e propa-
ga'.
119-0s a!iinent,os jtembiii ou trniiiii eram simples mas va-
riados. Tino era n3ado o s:tI c01110 co11dilnento: 111as assando a
carne, o ]beire o u qualqurtr friicto ou raizl iiiostrnvani ayrcciar
a ciiizn como u m succadaneo. Nenliunia caça ou peixe coiuiarii
crii.
Ueseirnda o rio Pnranapaiiema, eni 1886, eiico~itrei,sobre
iini lrged<i i margem do rio, abund:nites easexs de laranja assa-
da, despojei. de uma refeiçfio, ap<:iias terri,ilirid:l, dt, uiiia fmiilia
selvagem, quc assim usava do fogo liara tornar inais tolerave1 o
sahor niiiargo daquelles bellissimos friictos arnsrellos.
Da iiiandioea, f u i a i n varias espeeies de farinha ~ r y .4' que
era fina como a de trigo dava-se o iioine coi.iinii; á ~iieioeosi-
da-zi!j-tirrya; i hom cosida-7,!j-nt8, quc? era a farinha de guer-
r a ; "cita d e maiidioca cortzida ein ralctes e. iiacca ao sol: pi-
sada depois ao pil3,o-t!,p!/iati e B que era feita coui rnandioca
110sta de molho por al:.ur,s dias-ii!,-l>r<lin, denoniiiiando-se ?rioiL-
dió..pulin A iiiandioca i~ssilntractada.
d ' s cascas ou raspas iuiprestareis da mandioca dava-se o
noírie de eoitra de que por corilil>ti:la se fez a l>alavra erueii.a,
i friqao portuguesa.
Xoida a mandioca, exlireiniam-na num cesto tubular elast,ico
feito de follias de palmeira a que chainavani t:/l~it,y e que itl-
guns erroneamente dizem tagit?~.
Ao succo expremido e assentada davam o nome de t!/l~ioca
de que por eos1'11ptólu. se fez trrpioca gerulniente entre iiós
usado.
Tambeni do peixe faziam farinha como iirn dos mais segu-
ros meios de a mais bem conservar, e lhe darani o nome de
j>irci-ez<y. Eiitre os Tupinainbir e Tanioyos, o peixe proferido
para farinha era a tainha a que c h a i n a r a ~ n y,iroty e que por
eorimpttlla entre os portuguezes se passou a dizer paraty, ba-
m t y e até bart!j. No Amazonas prefere-se ainda hqje o ?n'rarzre8,
peixe vermelho.
D a mandioca faziam bolos a que denominavam mbeyzi., don-
de vem o n o m e beijú, ~ d g a no r Brasil, significando enrusuzdo,
enrolado; faziam o mi?!:qa~re varias bebidas ferineiitadas conhe-
cidas por caygii>isa e t!ll;yia.
Com o milho preparitvairi a cnrii,7ica jnexir:jicj, g r i o cozido ;
a farinha, abati-uy; a parili<iiia ou pnnioiaha; a pril>oko, de q u e
procede o nome pip7cal e quer dizer aiieliei~tndo ou estolodo;
e tarnbem uma bebida fermentada-nhnti-!I.
Assaram acaiiie ou o peixe sobre braeas ou entfio sobre um
gradeado de madeira, opcrai;áo n que se dava o. riornit d e ruo-
kaen: de que procedem o riosso voeabuio I ~ L O ~ L L ~ I e> I o verbo VCO.
qzle<L?'.
Ao assado eii\~olvidoem follins como faziam com o iieire
rliamitvn~npglielic, de que se fez por corruptéla nmqxee<ae sig-
nifica eiii/~ii~lho.
81 carne ou peixe pilado e iriisturado eoin farinha davatii o
nome p:t~oIz<pi-goki~i que quer dizcr pilar70 á mrio ou esnv:ga-
Ihnrlo <i n l n ~ .
O c a i ~ i mera o seu vinho mais eitiiiiado e feito do succo
do cqjii, donde lhe r e m o nome açayti-!I. Alargarido, liorém, o
sentido do vocabulo, applicarain-no tambein liara bebida ferrnen-
tnda feita d e milho mastigado.
120.-No interior de unia cabana solvngein os utensis mais
eommuris era111 : a rêde para dormir i~ciatada por cordas, (i,?&
chama) a dois forbes esteios, ok!ltá.
A u m lado via-se a lareira (%rrt<í-reiiidnba) e sobrc c.lla o
mokaen, e mais alto? pendente da parade. a ic,.fipeiiz<:, peneira
o u cesto raso; o ~ L P Z L ,cesto pequeno coin tampa ; o fuso ;y-!/ma).
T'iani-ss tambem a um canto mais abrigado a talha e h c i ; ~d'agua
(:jgapba), o pote d e bocea pequeria: eii>nict.i/ ou camiceirr~; ao
passo que os alguidares, (xhaan) e panellaí nhnempepô) nlinha-
vam-se mais perto do fogo. Frira da cabana, deliendurada a
uma ponta de caibro via-se o t.ypit!y e encostado á parede, inas
deitado por terra, o pilão ( i > ~ d ~ ~ ú ) .
Muitos s%o os nomes de loealidader no brazil recordando os
iitençis e objectas de uso domestico entre os selvagens. ilfoque,n
em Goyaz ; C'nrniicin~,no Ceará, Itánhaen, alguidar d e pedra ou
tacho, em S. P a u l o ; s%o exeinplos assás notorios.
121.-Entre os abjeetaç ornarnentaes e s e r ~ i n d o!ias solem-
nidades e dariças ( p n ~ n e l ) ,distingur-se o aul7~gntni.a~feito de
bellissimas plumas de garças, do camindé e das araras, servindo
para ornar a eabeqa; a nçoy~lia,esliecie de manto tecido tam-
bem d e pennas, descendo dos lioinbros atd as rins ; u. crn-açogaba
especie de cocar ou chapko ; o ya~npenarnhi que se aplilieava i s
orelhas.
ACuitas vezes pintaram o l,rol!rio corpo com as cores vivas
dr> iw~ichc c10 ! , e i ~ i l , ; y o lmvn sc iiiosi:nrr~:ii bia:irros: iinctnrani-
se de .l<,n on reiiiia e coiiriai?i-?e de pPnl~:13 de varins c f i ~ w
pir;id;ij hriii iiiiudo: fiirn~;riiio I>i.ii:o inferior lteiii7id), r t eiign.-
ri~raiii-iiic Iirxlra d:: cor esrrrclra.fn ou brnnçn iniii l>olid:l, a qii<.
elaiiiiii-niii ie,irliet<íl isto i,iriii7,i:-itir, I,edr:i de hoiço, Iior oiitros
tiiiolw::; clesi-iinilo iiirrii-tcrvn, butoqiie de liedi:i.
O nso de tnes oriintos eii;nstiid~s iio biiiq<il rias orelhas r
iiti: iiai fiicei clii,;oii a tal r~strenioque os l~riiiieiros viajaritcs
;~sseFii:niii ttxii.iii v i ~ t oindiri<liios coie 6i.t~ dessas pcdrna iiieti-
<kis ii:i. C:Ll'I?CJ (10 I ' O S ~ ~ .
I i n v i i ~Lotoqiirr (iiiítni.n'i do todo gene1.0 i! de vnvinç fiiriiias.
i i i i i d: ossi> I>nli,lo, oiitros d r d i > i i f i ~de niiiriinr.~, oiitroq dr resi-
ii:i n~iinrplln r. tr;aiisliiciin coiixi o iiiiibnr. r aiiidn oiitros di! iiin-
deira l e r e roliin a. da barri;iida oii liniiieirii
0;f:iiii!jczi,.;i.s trouseriiiii-~iod e onro.
(1s d!,i~o,.,:.s, os Ilot,,c~r<!<,a f:iai;iiii~iii> di. iiiadeiw. dando-llie
iiiriixi circular e :lt,tiii;iiidn 5s 7-i:zcs ~ T I griiiidr. I dialiictio.
O.lil'0s i t - I ~ a g e n sn t r n ~ ~ t ~ s s a vl i ieir~~~n :n~o nariz e <int~.osniil-
d:i iii;iol!iii.iíiiri-:ini i t n s fth'iices.
A!i:iii destes h:irb;iros oriinnienios, trnziniii ao peseoro n ,jirc!/>
liiii oi! .riiii-cirriilo de osso n!riabiiiio: e zis ~ i : z c s iiiii irr:~iidi. co-
lar dc e o i ~ c h a sn iiiie d e i l o i ~ ~ i ~ i i l ~<!ji(~ni.<i.
-ii~n
E;iciiiiti.nm-3:. iia .ri,ii;rnl>liin. do ~ i a i z inuitos noiiies rricor-
d;;?ido <,>se5 oi!jectos oriinnieiit;rrs dc scl\.a;eiii <. siias festas.
I ' l c ~ i ~ r c i1'0' I?ii.neP, reiiiii;io !>ara feit,a. dnnqii o:i thlgii<~do, no-
iiie rln,- se eii,zoiltia citado eiii ~ < i l h o doeiininntos i dos arrhivoq
I S. I ; 4 , iiiurrii is«lado iizin rizinlianqn. do
Yi~auwna; .-i-li.asslinli!l oii iiir,llir>r i!~.i~y>7/<i-h!,: rio 011 1oc;~lidade
riri IIiiini (;i:ra<is; .Jncy,qo<í. va!li: d;i lua o n glubo dn liia: ?'c:-
i~vt!ii,!j p r Iii,tieti:r-!/ rio rlo I>nti,riiie d c yeilrn.
1-2.-Erarii gl.osst!iros C l)ouros so110ros os i n ~ t ~ r u ~ ~ ~ e ~ l t o s i l i u -
sicai-s c10 s:,lv;rsein. Tiiiliaui roino liriineiro c iiinii. e s r e l l e ~ i t eo
i,i:i,iic,,:. cliocnlliu fciito de i i i i i c;~l,aqo<!in que se introduzi;iiii saiiieii-
te& oii I I P ~ ~ I I ~ seixo.;, I I ~ ~ e s,. uriiavsx com esiriero porque: era-
eni ;ilyi:iias tribus eorisidorndn corno siigradn : o iiiciiih!! oii :aita;
0 r , n i ! , tronibeta de gi<-i.rn. oii biiziria, o yiiii.ni.ii ali
tn:iibur.
Vzirias laealidndes eritre 116s ti.nzc~ii iioiries di!stes iiistrii-
inentos iiiiisicos das selvagci~s.
A cidadt! d<, i ~ f ~ ~ i ~ ~ n~ oi d ,intcrior
s, dn Ualiia, n o i n~oiiter
/;zr<ii.i~ii:qj~s, fninosos p<>lnsvictorias alii nlcniiqndas sobre os 1301.
landezci iio seeiilo STII: ,&o recurdii~3es qiie l ~ w s i s t c m do-
rluelle. p r i ~ ~ ~ i t i vt o~s ~ ~ ~ p o s .
O iioine Iiistorico de Gii:~i.!zr<ipis <:. poriiii, s i ~ i i l i l ~corni- s
ptr!ln da Gii,!i.arii-pe se ttr;i<liiz--ii~~.s tan~i,o.,cs-.
Recordari 1,or 1-entiira <,sso iioiiie tiipi o inido dns cnixni
d e guerra iiiii~i sirio oiide t:int:is ri,zt:s rllas res:iarniii ii fs<,iitr
das coliortes çoiiilx~teiitps?oa Leiiibr;~inM o siiiicrite uiiia. feiqio
tol>~gm11hicneiii que o rc!i:vo dos iiioiitcs t r a í i iden os tosco-.
inatriiiiientus do selra:.t:in rle outr'orn:)
Ii2o eonlieçn a toliogrnliliin do logiir, ii?:~.s opino pe!n liri-
nicir:i. Iiyporhosc, nliis, iinti~i>i!is.;iiii:~nuni 1i:iia nssoliido ye!n
guerra, e oii~leas lioliiilnçiies sc tiii!in,ii fi~iiiiliari~adr) ioiii <,r cpi-
sudios e cii.ciirnst:iiicin iiiiniin;is do u!nn li ir;^> por loiigo tempo
protrnliidn.
1D:i.-Deliois da vinda dos eiirol>eiis dii coinmrtrcio cai1
estes, eoiiieçoii o gentio n receber <i<iii;trniiinit,os de fi.i.rii ijiir
tniitu i:ubipv:iiii o que coiistitiii:i,ii o :irtigo in:iis iinlior6niite <!r
todo o trnfico coni os ç t ~ l r n ~ e i iiios s l>ri?iir-iros:iiiiio5 r1;i coii-
quiitn. O irinilindo (itaj!,). n f81i:n (iti!kic<..),a foice fl~'ct?<i,~r!..<r):
a eiixndn ( i t n c ! y x ~ ) ,a teso~irn : > ~ , . L L ~ L:I /se1.1.:~
I ~ ) ~ fli.!)t!/$iiíi<i., ernin
artigos regulirnlciit~dose yiitisi os iinicos nhjeeios do fcrro cpr
s r coiist,iii.iz%vender no gentio.
ICntr<:tniito, c! iião ohstrnte n l>roliibiq%oiiiriiiiil das aiicto-
ridnder, o selrngo.ii fiii n ~ l ~ i i i r i i i duiitroso iiistruiueiitos coino :i
r<[iiii,garrla ou f ~ i a i l (iiii,nir~li,i oii piici~l><~,j, 2 e ~ l i n d a nn f;icãs
( l z c d ! j ! l 7 ~ ,3 l,ol\.orn :iiior<l-i.r,<, i., segiindo u testriiiiinlio de ~ i : l -
jnntf!s fhiiceies, nt6 a~tillinriii.I ~ I L I I ~ I L I I I I C J j~ ~. , ;o i s i ~ ioa f~1111osoCa-
iihc~inht?i~e. eiirfr dos tamoyo3 <le Cbatiibn.
Hrci,biniii tniiiboiii os tcci<lus dn Eiii.olin. ;L que deiioiiii>in\-a~ii
pauc, c : ~ j : ~ q , e q a s n %raro o serri:~ni d~ niiikdr~ para rt!s;:it<: dii
1,risioiiriros <,iii.olieiis.
Chaiiinrain ]i2ilrr<::i no jmiiiio grossa: e lii;itiq,oi :to ynniio
fiiio. 01 i":~r.~rrn~os oii ;~ndrajust,inli:iiii o iioma 2iaizuh!/i"~ ddodi
t; 1ro1-11vel que prora<ln yor roiiiil~;io de terino o vocal>iilo liiii-
1~!/1>n,vulgariii:i~t,e a;>iilicudo coiuo ;j>-iioiiini<>de lienurii~ o u
',ILSOI<Ln.
Tinlinm <.ni svniidc ~ ~ t i i >O >e;i,el!io, i~ n q u e cl~niiin~niii rir:,.iiii;
e fiiz leiiibrnr o raenbiilo francex ~i~iivii., supiiondo-s<, l>«r isso
ter sido lirirneiro introtliizi<lo g<>rfrniiceaer, que forairi doi. l r i -
mniros a traficnr n a costa rio Rrazil. Recebiarii niai3 :L nxiiiir-
derite (c~:irii,t-totii oii >/alr!/baj as contas oii iiiissnn+x :iitboi o11
p!,1;, o guizo oii c;iscar<,l nirtalieo iagzitiij denoiiiiii~do taniht.ui
~i~r~i.rrca!,irl,n oii sob n iüriiia coiitri~cti~ niaixzcci-!/ii.
K a grogral>lii;~dir pxiz ciicont,rninos ; i I g u i ~ d d r s s r s nolnes
designando loen!icliid<is : I l o i i i i (ri~hvij iio Fará, ,ll<sroenjii, w r r a
da divisa rntrc Ilntto-Grosso e o P;~lanliay.
l.>L.-Erii torno da cabana selvnqitiri, e invadindo-a mesmo
coiii :i irinxiiiia filiniliaridade, desnnviilvi;~-se tocio uni iuulido d e
aniiiiiies duiiiestica<ios, a que cl~r.iiinviiin iniii~hc!hi~. 1 s aves d e
fi,rniosa piuiiingeiii coilro a y?iarií, a ni.ain, o cr~liiiid,~,o f l l C r ~ I L 0 ;
.,,rabide numrtro de p ~ r d i z ?/c,~~h<cii~h!,
~ o11 ii~l~r~irihií),ILI.Ú.S e patos
7.
iz]~Pcc:,.~; aiiiin;%es coino o IIL<LC<LCO. o q ? ~ < ~at i ~, ~ L Z I Y Z O, ~ e a d u , n
-ato Ipichiii~a) e ai<: cobras iiiarisns se ericoiiar;ivani no mais iii-
tiirio conrivio.
Coiii o coninirrcin eiiiopou wcobeu o gentio a jalli~iLin
(trri<<,ua<iiou ~ n p t c d i a jn <I"' 1resay;Lm eiii etrerrio, veiidrndo
aos i,stran,zeirns os ovos d ~ l l a s/ ~ r , ] ~ i i i )ern p n d t i cópia, assim
eaiiio i > ~ ? i a v a m osciees, a. que riiain.zraiii i q11C
quer dizer-onçn de cri.n(.:io. r o s i>arripns do ~ u ol ciiv;dio (rca-
hi~i.ií,i iiitroiluzidos ~ir,losliesi,a,ii!iúes, desr:nvolreu-se rapidnmeiite
e toilioii-se sclrageiii. Os Uu;i!ç,~r~is c a ~ i ~ \ ~ n ~ n -e.n desde o logo
s<t tornarniii drstrissiiiios rav;illrirns.
O I~oiit ~ ~ j > i < . < r - ~ o h n j):l ( ~coiisideradc
i~<frn coiiio lima nrit,a cx-
tranguiiir, a cabra 1goo'a;~iiirPj, R ovellta ( o b e c h i i , o porco (iai~hir-
~ j í a i n ' i ; desrn\.olviam-se e m torrio das rediicçi,es ou aldêas, yo-
voando de crido novo as campinas americanai.
1-5.-Tinham siia iriythologia os ovos d;i raqa tuyi: a dei-
110ito do que :i pririciiiio dissernlri os rhronisti~sc eserii,t~oresdoa
~p-ilneiroi tenil~ouque ai,nrirnralri nXo trr o ariitio nein .f&,nf?m
l e i ; nein r e i , raz%o, diainiii, porque ria siia li~igiiageinuno lia as
lettrss f,7, i., iriicines de tnes palavras. Tudavia era baubnnte
siiiyelo o u rudimentiiu o < p e poqmia esse Floro de idCa religiosa.
Tinha iiiira r.n;:t noçiio do E n t e Suiireino n que denomiiiara
L , cu,ja voz se fazia our-ir por occasi;to diis teiiipestadeí
i'ripCc,/n~n,qu,ou o t:.ovào e cujo reflexo oii elaridade se deno-
ininarn Tzcliu~beralin,oii relampayo. O griiio borri residia erri
T u p i e o onnis em dnhaizyu ou rlnhair. Scrrriam a i'up'pi, dia 11-es
d'Evreur, os bons eipiritos Ap!j<íl~e'iid, e 2% Airhai~os innus geriios
conhecidos por Vrr<;rrpid.G c ~ o p n r ~ouj J,ii.upar,y era para u n i a
genio mau, e &>araoutros, segundo o mesmo I r e s d'Evreux, u m
servo de i i i p n .
Dos fenios boiis recebiam os brneficios. tinhani felicidade
n a eaçn, rictaria lias suas guerras, e colheita abundante nas suas
roçasl porque n chuva e m tempo ol>portiino rra trnaida por rlles,
.4rnn,ra-!/<íi,n, i~ianda-chuva,. Os maus g-enios, ao eoiitrario, habi-
tavam o escuro da floresta ou os cemiterios, assaltavam os caça-
dores: d e ~ v i i ~ ~ l d o - o110s lithyrintho dos bosqiies, ludibriando-os,
mnltractando-os d e rnil maneiras. Por causa delles a sol se fazia
abrauador e a cliuva n%o ialiia iio t,em io prolirio.
C7c<ipdiao u eaipórn, gcnio anão be u m pé. sá, ou d e u m
banda só, que ás vezes apl>nrrce i.aral;arido iini tnitct,i, na cia-
reira da t t r i a desgraya 0x1 iiisiiccesso liarti queni o
avista\-a.
Ciri~<piv<~ ~ n e s i d i a aos iriiius l>eiisametitos r fazia pesadelos.
S<zs.sy tinlia a í i p r a de unia a r e pequeiia.
Os bons gt!nios, ou os riiitepasendos iria~id:t~-;iniarisos oii sr
faziam ouuir por meio do caiito riiclniicolico da licaiiair. For
onde se vi2 que o gentio adniittia unia outrn vidal a qual se
passava n u m paiz distiinte para nlCiii das riioritniilias v i s i ~ e i s .
Cliamarram un o sopro da \-ida, ou a alrii;t eiiiquarito liahi-
tava o corpo dr? uiii vivante, e nii-goéiri, ir alilia de outro niii~ido,
denominada t;imbe~ii ~t,,ai.ugrrign,z<~~ se iiniiiiuciava n morte por
meio de uma asson~hrat.;to, iiit,!joinrhi~.
K:is apuas dos rios e l n ~ o s doiiiitiarain geiiios ikrniiiinos,
ou LTt/<í.i.a.s,daiiia das nruas, ou iiiãe d'ngun: cnjo caiito srdiiziri
os ixscadores liara os perder, i">-tho ideiitico ao das sereias dos
marujos de todos oi tempos.
Guardz~vamos tuyis a lfinihranqa iini beiiifeitor e lrgis-
ladar desapparecido a que cliain;rvniii Sioir;, qiir llies enairiar;i n
v i v r r cin hôa regra, como llies enri~iaraa ciilti\-ar a iiinndioia,
desaiipareceirdo depois Iiara o lado do iiwr rrii c i ~ j a1~i ~ i ; l sdei-
xára impresso rias rochas iiiaii. diirns as lilaiitao do; seus 1,;s
s:~gritdos. Xo littoral da Rahia, c i ~ i ~ i i i ~de h i ~I t a l n a n , o lioro
çredulo iirocur;t ainda iia baia;; m:ir para iriostrar nos ri;:iid;~rites,
cniuo a iiiiiu rne iiiostraiaili, sobre duro ~ r ~ i i i ns t o prpadns iiide-
ltweis do rriysteiioso bemfritor doi ie1v;i;eiii.
Tiiilinin a. trndis:o do di!~irir, ;r ieii iiii,<lo.-Qii;ti:<lo ;ir a:iins
crescerniii, diz IL lenda, ç~>briiidua ti,l.l.a. todos os vi\-eutes 1iei.e-
eeritin. ? I ~ , I L I L , L ~ ~ pI .oP i, r n ~ : COUI snn fiiiiiili:~ aiibi~i,para o olho
de 11ma p;ilmi.ira, cu,jos fiuctos o siisteiltnraiu l>or todo o te.iiil,o
que diiraii a inundn,$io: ate que rll<, ~,i,dt.descer lmia tornar a
110~0:~' a trrrn.

O noiiie iXniciidai4-do l,t.r;oiin;f.iii iiiytliicn do <liliivici do3


selvac<+ni eiieoiitra-se aiiidzi iio pai% desiyiiniido mais de iiriia
localidade.
K3o esqueceti tamhem a groCrapliia hrn~iliea a riouir i r
SuriiP, <I vnte inystariuso, tRo cedo deçaliiinrecido, eoiii o qiinl o
espirito e~riiiient~irientr relirioso dnquellr!s teiiilir>s prociiroii idrii-
tificar a pessoa de S. Tbomi,.
Xas costas do J l a r m h ã o , viziiilio de Gurupy, i i r i i rio aliscuro
leva ao mar com o tributo das suas aslias o nonie ~Icii7.aer;-Si<sii,
qur quer dizer o s z > m de SziiiiC, r < ~ o i . d a e i ode quriii por seus
benrficios soube cavar fundo i i n nlriia simples do p i i t i u .
SCo l ~ > n c a locnlidnil<~i
s iio Erniii tr;iz<,iii e rrcnrilniido
o; Feiiios d:i iiiytliu!o~i:~si:lv:~~eiii.
O ImrtnyEei i:iiLsi:ii> clieg<iii a :idolitn? i,iirr<, i;& o vnc:~liiilo
< . i i ; i , & x ~ c o n ~ osyiiol~ilim>di, desrlitn, i: iirilc fez nirid:i rii,j~*,~~i.snao,
que ji rnii ,iijtoii fGl.<i6 de cidade.
?. yroaspirn tt qrinsi iieiiliiiiii o eiilro do sel\.ageiii,
li>ii.-Lra
d e ~ ~ r c i l , r t ~ i i r<It*;tiii:idii
in n lirojricinr os ii7:ius cspiritoi. ITVS
(1.:~ ..
';ri<.ux rel.l.t,n. tci. riari, ou i.<~iiliecidoidulos feitos d e i.i,r;~ c
iiiiiidndr>s iiiysitiuio~nii,riitr no i.sci!rn iiiis lioresiai lielriq P<:~,i.s
ou feiticciioj. Haii; S!n<lrii tida dr. ii;!!a rnbnii:~ 1iiyiterio;n
<)!?de sr! xii:~rd~~\-niii e:iti.: os t ~ os ii?;ir:ic.i- i sagrados.
s , . i . o r ! . e sn:ltòes, :x!i-
viiili<i~.:iiii-ili<:i,s: i:ibiiis e coiisr:lli:iros da tribii, cii,i;!s tradi<;Ges
gl,~"rda~;~llll,
' i ! I 1 t i c 1 o i i ' e i i ~ s seyii-
...- d<. beiii iiiiI>rr~ssioii:ir. CIIGLI~LIU sopl.:~iid<l. clill!%llid~, fri-
~cioii;~ir<l<i coin oloo :L 1 p ~ l . t < ~ l o ~ u t e ,l i - n cnni lilanrns
ai<i~ii;~ticas.(:oiilircia:ii os ~i?vitus d<' ct.~.tns 1>1nii:ni, fiiririnrido
illili~ tliel.n11~11ti<:a, clljo s e ~ r e d o ,i l i < i ~ ~ l ~ ~ s a ~ i l~i iUl l~i eI ~ ~ Z ITIZLS
T-~III,
:!UC O S colorios euroi>eii3 rleljois coi!Iirrvrniii.
Tiiiiiniii i.111 y~.nlide vrnera,::L~ a iiir:inr~ria, dos niiti:lius~;idos
:t.iti~ii;ihoii.ii R 03 il)ortos ~fe(~>~/,i,<:t.c:j
Crdlil S C ~ I U ~ ~ ~ CI «~ IO~ S~1111
crri.iiioiii:il coiiiu si. pnrti;srin II;L'.'L lllll:~ 1031gí1 vin!,gllll.
i't t í desci;iiii o cadaver e i i ~ o l r i < l olia.
siin i.;,d!.; coiii as sons l~liiiiiase roctires, n srii arco e fiuns fie-
c h i s P trlm1>1~13 5 l l r ~ > ~ i s]I:LTL!
i i ~ ~o ~ a ~ ~ i i nda
l t o o l i t r ~ vicia q u e
>iipl?u~tliaser Ijnrn nlrin da8 iiioiitniilinl nziiri, 1riii:iqiias.
S;io raro, ii~t,rodriziniii o corpo do1,rndo i: :ie«rciritdo rni
uiiins iirn:Li dc: l ~ n r r o oii l>otra i?!,i?cn/,(i) i;iic inni eiiterrsr
lios lirg;ir~smais F S C U S C ) ~dn. tiorr,;tir, oii ii:ia cavernas rp1ai.i in:i-
c : ~ s s i r ~ i para
s qiir rliirdnsseiii iieiil;is rla 1iroi:~iinqiIo dos rstrn-
:,lios.
Jliiitos lo~:ires iio Brasil trnzt.iii noiniis qiic recordnni as
crriiqns ,103 b < ! l v i l ~ e ~O ~:Li sun. grni~ldoverierni;%o lieliis iaiortos:
Iligeii (Pmj4-y'i3rio do ft.ilic<xira: (IIII.<LII!JO(L~O Saiito; JL?,mrrí, í i
clioci:llio ~ u : ~ i n r;l aií'iiicor~iy,<i riri dns seliiilturns : Iqrrcirhii, uriin ;
Ig<~c<rtyr<b ~iiorrodos 1ioti:s oir clns urnas, sho deiioiiiiiiaq,i,es qiie
Ieliibrsin as creriqas de~n~i~i:rrr~cidas rlcis tupis.
127.-0 gorrilio entre os iiidiriduos dn n i c s i i i : ~ tvibii <.i.:& o
ri~siiltadocio ;iscriidtante ;irsiiiriiílo pio insis vali-ntr, ii iii:iis for-
te, o iii:iis resl,eit.ayrl 1ir:ias sei13 niit<,rrdriites lioiirosos. S&o
liilvii~lierrditnriedacle n o go\-rtrno, e este s í i s<i t o ~ i i n r ai:Eectivo
em tempo de p e r r n . O chefe, inrii,zrhirh<rL,i, era uiii siml>le.s
eni>it;io dirigiiido n luetii, coiidiizindo os seus ;i vie!ori;i.
:i &serra, iii<ii.ii oii ,iio,,r!iti?ij. a ~ I I C ~ 1 n ~ ;iirid;i ;i o iiiiinr
qna~iclos r toriia?-;i i,:i<.niiiiq:~da,roiistituin qnz~bi tlue :L
iii<ii.aiLii.
ii~iieaocciilinqtio dos viiriics o i i 'iierreiri~s, !/i,ui.ivi 011 iiic!. <~i:Íi<ir<~,
que 4 eoino se deiioiiiiiinrniii 0 3 que rslnyniri t.ni <:d;idr. de 1,eSai.
em nrinns e defei~dern t r i l ~ i ~ .
0s e : i r : l i ; , o 3-alle <!a
b:~tallin; ZIoi.iri~dzc ou .líai,nirrl,i,coiif~isâo;liiria: ;Ilr<i.<ipi. cniiii-
n l ~ ode g i e I r a ; L I I ~ ~ r ~ ~ ~ i il,a!isa:~d:~
- ~ ~ ~ l ~ de~ ~ ~p :~,r r a l, r ~ ~ i l ' r ann
~n
=eogrnp!iin. do ]pie os í.pisodi<i; dar: 1iici;i~de oiitr'or;~.
l%.-Depois da coiiqiiistn riirol,i:a iii<,dificaraiii--e ;:or :iiiii-
to :i5 rnndiqCrrs de r i d a t.iitse os xll-ngriis.
0 coinn~txciocom os I>roiiros trniize-llics i~ceriiidn<leiiio\.as.
O christianismo, p r < ~ : i d opcl<,s n~ission:~rios,f i z - l l ~ f , ~l ~ ~ r c l , \ r
a; suas praticas e C O L I ~ ~ I I I I P LI I : L T ~ I ~ ~OC So, c i i t e c h ~ ~ l n e i ?nlais
~
Iinniilde Iin ueidade, iiieiii~sfero i: r:ii.oiiil iioi. seiii <l~i,-ii:n, ~ > o -
rem niais hiininrio em todo n caso. : e l I - . liara n obra
da riviliaaq%i, qiie devia coriieqar liiir i.lle.
O padre tal l)ristigio ent:io ndqiiii.in eiitrr o ,yeiitio iliii
lhe ficou ri,zreeeiido iim ciite s<ihrciiat~ir:rl,iiiii hoiiieiii ~liflerviitr
dt! toda a gmti-<~b<ii.4.
Aos padres da Coiiipaii1ii:i rle Jeiii;, n. que linrticiii:~;.ii~eiitr
a , a a - ~ r ' j - I - padre de ves-
t i s iierrns: nos frnrieiscaiio; coiii n seu l>isadi, 1iiirr:l qiie i>.
fazia 1iaracr.r com o gafanhoto- I'a?;-turr<i.<:;nos leigo: que a i i
tinliaiii a alipnrencia dr. s:iccrdote I>(!!yr~,ii)i<~,
Eiii torno &o .niiiiiiiun:irio r r r s r i i ~ n i>opuley;io do.; rcdiv/.idos
0x1 ji eoiiv~rtidc>s, ir-ueiido-%c, c i j i i ~ n rcrr,j;t IIOT-:L ~ 1 1 1 1 ~ l d ? : ~
nova, ihl>ccneti. C1inni;irniii-ao eiit:i« r fillioa dtt
neiis, :,os reeeiii-baptisadas r t ieric!,i,uL ou: sr,iz lioiiie, aos jin-
g;ras qur airida. nilo liariniii recebido um rioriie eliristZo.
A ar\-ore l>rouiissora da civili.;nc<o eni terras da Aiiiericn,
n ciija sniribra. esta nação lmje se ;ib~.i~:i: aqiii esta\-& nii?dn cin
geixieri uii coiiio iinia teiirn lilaiitiiihit z i iiiercê e 17roteci;;o da-
quelleç qur pri.gavam n ti8n itrili:.
Da devoiamenta d e l l ~ spela rnq:l do gentio i. rluc 5'. cmsti-
tiiiu essa riaqZio, consarciri d r d i ~ e r s n sr:iqas aqiii toriiniido 1106-
iiyel, cujo rasto territorio, rios i;:inlioa roriio iins flore3tn:. no
valle corno lia moiitanhn, iio clesorto como n a cidade: attrstii,
1'0' tuda a porte, nas 1-ozrs t,iipis eoiii que se. d ~ s i : _ ~ n : iOl ~es- i~
forço inolvidavel dnqiielles ohrciros da palnrra, riiltori,~ dt:ssa
1iii:qua que elleç snliarzm do nri,iirliiila:nrnto e que n a geoFra-
pItia. patria, no menos, nsn l>eree<iri,jii~ni(i~.
CAPITCLO IY

lXl.-'Tnda riinis ingrato n c i i i i mais esliosto á eontro>-crsi:t


do q w e w 2 iiiistor de iiitrryrt,tar ~i;ilavriis d e uiiin liiigua de-
sal,l~an,eid:ioii que j i iiZo tein vida diante de outra qiie a siip-
pl~iitoiii. llir absorveu pavt,e do voenbulario; como é o caso do
tiipi 1,arx o l ~ o r t u g ~ ~falindo
ez no B r i ~ i i l ,
E. tuilal-ia, f o ~ o i nseiiipic tciitadoriis as iiir<~stigaçô<~n destc
genero, <:orno se wrifiea do niiirirro i130 ~ > e i p e i i odos cultorps
drlle.
O rstudo otymologieo dos vne;tbidos ~ i n r :o~ fim de precisar-
Ihrs u \-crdarleiro siliiitiendo foi s<!mpre canipo de larguissiiuar
1irol>orqi1csonde a. ilii:igiiiaC~o~ i n or;ko asiiiiie ~>ayelI>ri.l>o~~de-
ralitr, i.n s !iyl,otheses iiinis oiisatlas, conio ns exp1ie;iqóes niais
suo.,..estii7:is,
C* i-iieoiitrnin guaridit e i a iiripõ<:1ii na seliso cainiiiIiIn,
niirnolradas nindn por ciiiie por esse prestigio <IE<:;L erudi?%o de
ordiiiariii lllrs eomllnunica.
Yeiss terreno d;is i~iv<,stigaçüesliriqiiistirns, o ini;igiirnrio e
o I~y~wtlietico, dniido pasto aiiil~loaos eiyiritos inl-eiitivou e iin:i-
giiioio.. ROS 1111~se sciit<:iii solicitadlis p i ~ :i8 n eseavaqùes difiieeia,
ar>s qile s:. deixaiii s e d u ~ i rpelos ~problrni:is d<: soliiqiirs tvonsce-
deiitrs, <ieriiiii j t i riaeciiiiento :i uiii rerdndriio geriero litternrici.
Aqui coiiio riii tiido irinis. Lia senipre uiii lado chiin<:rieo qne
dcsluiiibr:~ t r enptiva, eoiiio iiiiiita vt,z siiceed<a aos mineiros que
se olrstiiiniii nas profuridezas dti terra a buscar iini vri~iro c i ~ ~ o s
iiiilicios nno faltiiiii Iinnca; rnnq de que janiniu se y:iteriteia a es-
quiva realidadt:.
Crrto, neste mister de iriteryretar. niuito b i ~do riiiireiro per-
segiiindo a sua cliimrra.
31ns assim corno no itiiiiernr, niesmo buscando o imgiriario,
iierii tiido é ein piirn perdi*, pois que, nesse ingrato labutar, n:io
poucos segredos do solo a r desrendam, assiiii 110s estudos liii-
p i o t i c o s nem tudo é vBo e improficuo, iitria vez que aberta fica
a vertda 1,or onde oiltros, qiiici ~ n i ~ fi rs l i z ~ s )OU ilii~is bem ayi-
parelhadoa, podem attirixir a realidade ou o verdadeiro.
E' mister, porém, reconhecer eoin jiistiqa, que nesses tenta-
mens de iiitrrprctar ou de restaurar rocahiilos tripis etymologi-
e;~inente, aos esforços expeiididos tCm (luasi sempre correspondido
resultados pron,issores.
Ko livro conio nas revistas, n a iinprriisa diaria como nas
palestras litterarias é o assuriipto de cont,iiiuo debatido, n;lo raro
com largiiraa e prnficieneia. 1ogr:indo sciiil,re geral aecritação,
o que ani>iia e estiinul;~os i~i~esrig;~dorr.s.
Obserra-se, porrm, e rijo I,a riegal-o, nas investigaqõea
deite g r n r r o entre nós, errta falta de inrtliodol unia tal ou qu;d
disereliaricia nii al~plicxçâodos procrhi;aos logicos de inrrstigar,
que n8o pijdriii deixar dc aít'ectar, tornaiido i n ~ o i i i ~ ~ l r t ooss , re-
siiltados obtidos.
Basta isto para juititicar o que passairios a expeliderno lire-
sente ea[iitulo.
130.-O estudo etjmologico dos iio~iiiis tupis coni applicaç&o
n a g e o ~ r a p h i aou n a historia iiaei<iiial 6: a meu ver, uiri traba-
lho mais de investigaçiio bistorica do qiir: proprianiente de le-
xicoloyiit.
Seiido o tupi, como 6 , unia liiigiia a2.glutinante, com os ele-
ilientoi comporlentes qiiasi i n t ~ ~ r a r ou r , miii raramente contrae-
tos, a p:iIavra, iiesse idioma. eoiii facilidad<. se analysn; o ainda
quando a e t t i d a iiiiina como qiie e,~eapn,r/ni.iro em qiit! os vnrioa
elementos se rnralveni uns aos outros. as l i r i h ~ s de setiarae8o L .

destes não desapparecern totaliiirnte. e' a des;iggrerração desses


elemeritos habilita o interlirrtador a traduzir. O ~iroblrrr,:~ mais
irnl>ortante, o estudo mais-sério, e L: ineu ver essiGei;il, i. o da
irlentifiar~iiohistoricn do ,-orabulo oii a restauração da sua Era-
phia primitiva, tal corno ell:~ synibolicanente representou eni
outro tempo a palavra fallnda.
E' mister, portanto, ler os docuinentos mais antigos, ar cbro-
nicas, roteiros, relações de riagem, os niapqas peographico~que
primeiro sr publicaram e que possarri encerrar 6 tlirina ou o
vocabulo a interpretar e alii surprehender-lhe a grapliia antiga,
dc certo, a mais verdadeira, pais que 4 de suppor fosse a re-
preseiitnc;%o symbolica ninis fiel dos sons recolhidos directaiiieiite
do gentio o11 dos seus iiurnediatos di~scriidentos, e, portor~to,
mais isenta dos eeeitos provenientes do dilituriio eontacta com
a lingua que ficou prevnlesceiido.
Conseguida n restzuinpio histwica do vorabulo, facil ser8 rr-
plicnr eonio elle S O :~ltel.ou oil cri1110 evolui^^ at& nils, 1>orq11ei n -
v:~i.ini~eisc yositir;is sRo ns leis I,lrylologic:zs que regeiii :i eslx-
c1n.
Sem a l.i:iit;it~raqWo do íoci~blilocom n snii gral>liia priiiiiti-
va, ei>ino n i i i iirocesso prririo e esselicial, diffieil c v i : ~ s i iiisolu-
vrl: r:n~ certas casos: 6 o problema 1iii;iiistieo nttiueiite aos iio-
iiies firocralrliicas clo 1,rocederiein. t,upi.
.. Firiiinrlo cst,e poirto, i. 1nistt.r aindii consid(~~.arc~iieo tulii,
coiiio tod:is as liiiguns hnrhnras, si:iii cnbed;il littr.r:grin oii coin
a r t c x.i>cahulnrio org:~nizadoi por ertranhos, qi~jrituaijs de-
fcitus eoriiiriuiiissimr>s dn hoiiiugraphis e dn l~oinopliunin. I'ala-
rras, iia verdade, diffeerentes soarnu, e se escreveram por t'u,nn!~
ideriticn iios pririieiros vocnbularios.
d l c u i disso, os dialectoç iiuiiierosos entre as tribiis sc.lva:.eiis
IIZO c < ~ ~ ~ s e n p:ilavr:~s t,en~ conl for~nas firas e definidas, eritiarido
os rieios de Iiroiiuiici:iç%o, as iiioilalidades clo fhlar euiiio cnusns
iliex-ita\-eis da r:irin@o dos voeabulos.
As diffiriildndrs do iriterpretador salie~~tniir-seniiidn si sc:
eoiisidr,r;ir que o t i ~ p i ,ri11 cont:~cto c0111 o ~ ~ t r nl isn g l ~ a sillnericn-
iins, criiiio tniitns Iioiirn iin uriibito do Bixiil e iLns .iiiiis fron-
teiras, ii;io lioneos i~oraliiilosextraiilios adrluiriii, ri>iiir>n;io pou-
ros fiir.int oa qiie n 11ortiicui.z lior si iiiesnto assiiiiilou do qzii-
chun. do /..<wi>.ye do3 qiir yernlirieritc se deui,xiiaiii pelo rioiiic
l'o.p,!,a. I)nhil n. neecisidadi de quem intttrprrtn de Irem co~ilii?-
err o tupi r os çciis princil>;res dialectoç, t! de ,;ii:irdiir n resrr-
rn. iiiais cautelosa no dixidir-se pele iiacioii:~lidade de iim ro-
eabulo diiridoso.
%tr! prvcriito <; tanto iuais dt? abservau-se qiinnto 6 certo
que "%o raro os intrrl>retndoies se deimui possuir de verdade ir:^
obecqiu, qiiereiido ver vocnbulos tiipis ein qiiaritn l,:~lnvra es-
piiria si! llies :iprcsenta r o i i i estriictiirs appnrenteriieiite brnsi-
lica.
O noiiie . ~ ~ I I - ~ ~ , ~ ~ 1,or
~ ~ I L ex<.rnplo,
/ I I L ~ que se riicorit,in <,riire
116s dcsigii~iidoiinie i-illi~obscura do 1'i:~iihy. liodti induzir eiii
erro, pela sua estrnctura tupi, o interliretndor que se i16to rcco:..
dar de que 6 esse noine de proct!dtincia. lusitaii:~, e. leriibrn iitii
po;roada :ilriiits,jaiio sohrr a niargein direita do (;ondi;~iia.
Voii blartiiis interpiatoii-a. eoino tulji, drroii~~~riiido-n i!ni Je-
~ . r i i i ~ c i - i i ~ e eei ~tradueindo-dai
g i~hu7,oras.
Assim 6 que José de Alencnr, iins srins iiotiij :,o roiiinnce
l i n e e i i r i i , iiiterpretou coiiio tupi a lialavra .lIce,$cir!il drrii-nrido-a
de Jív-c'$ei.-r~i~n,quando 4 sabido s r r esse o iioin<: dr! iiiii:~ an-
tiyn rill:i portuguezn nos c;~iiil>osde Heja, rio bleriitqjo.
Ciirlos voii Xartius iiitcrprrtoii coirio se fGra uiii nome tupi
n p:dn\.rn fliLir.:r<riil,,lii!,i f~:aendr);! divirnr de Idiii-.rei.e-aiitc>bii~hê
plirase que asiiiii tr:idiiziu-Ah ! riieirs triibpo.7 ya.ssr~il,~s !. ..,
i{uando, alitis, <: ro:niiuln t i 9 i'al,?i!/a roiiio o 3;io (jtLi.rnd!í, Siti-
.iel<i r. Q r ~ i c n i r i rio
, ralle do .T;izii:~:.ibe, iio C<,nr6.
Kai iiiargeiis do S. Frniirisro. si s r eiicuiitr:iin iioiiics d e
localidades coiiio Ciid,i.ohó, P<liii',iíl ( i c i ~ t ~ i ~que i ; se reconhecerll
l i y o coiiio dr: U I I I ~l i n ~ u ;I ~ o i ~ t r o s lia, portin, que, p r l ~ .
i u a estruetrira, parecein tiilii, iiidiizirido <,:II orro o interpretadoi.
O rioiiiii Oioeó, por exeiuplo. qiii,. ali se cncriiitrn desipnnndo
iiin iiioiite elrrndo r bastaiitr dijtiucto n o seu :iupecto, do ser
interl>retado coriio :ilteiay;~o de I i . ~ i c i í . ~ eoiiiij púde scr identifi-
cado roni o voca1,ulo Oi.i<ó, qiie iia liiixun rluirliúa qurir dizer
iiioi~te. Assiiii tnniheiii n iioiiir Orriliii: p r . , se iiào fúr t n l p y a
como parece qiie o C, lerauin o iiiterpret:~dor;L conaideral-o corno
corrulitcla, por dialeto, do iioiiie Ci.c,lrií.
0 3 iioin<>rJcquii:, S(i~e,ii.,i c Cf<ocIidr j i i Gpi, q i ~ e e n ilinpua
tapuyx s i p i f i c a onc.6, Juii~e e ri,, pela sua. <,strLictiir;lnpproxiiiiada
do tiipi, tamhcin podiniii ser filiados a esta liiigiia.
O riu B<>lmonte,q1ie '10s sertitcs de AIin;!s Geraes traz o
iioirie Jc<,iiitiirh,ii>Ii,c, c! oiitro i~otnvel exeiiiplo. IIuitn provavel
I: q ~ i eesse riouir JeqziitiirIi,iiiIi.i 1iroced:i <I:Ll i n ~ i i a dos hotiicu-
dos, derivaiido-se de Jeqiiii:tiiriir>i~c~, ln<' qncr dizer - i i y i d o d z
< I I L ~ ;entretaiito que no tul,i p6de iiiiiito i r identifieaho
eoiii a lilirasi: J i ~ ~ ~ ~ - t ! j - ~ r 7 ~ 0clur
i i l r ise
. , piide tr;iiluzir ri.fi m!jzr.l
iaii;nri,~ilo ou n.~seict,~dv.
1:Il.-A trndt.iiein pai.? triy,ii,isiir-si. iiin \-ocabulo drl liripii,z
rstiaiili;~~ i ù o6 todavia iiiaioi. do r l i i e :L de e o r r o n ~ p c r O tmpi,
Intiiiisando-o, ou ainda riinis iiiod<~lantlo-o ;L feiçio IiortuFurza.
O noiiira .Vlrni~c/iii,por exeiiililo, de i i i i i eliefe de tril>u selvag<:m
da l'araliSba, sirnificnridi,-riim pei/ii?ito, u i i f i g u r ~ ~ d a m e n thlrbil e
rorverlr~?,eoiiverte-se eiii JCWL Doi.!/ na obra ROUIOY11ar0, e Ia-
riiiisado eiii .J<~i~rlocii<r lia obra de Unrl:~iis.
110 no:iirr P ~ ? P C L C O qiieI L I - ~quer
, dizer-l,?pn,goii~ho, dapois nl-
terarlo parn P ~ r c n n i ~ i .(I),? c o n qna 343 desiji~ia\,arios nntigou ro-
teiros utiia ponta de terra ao sul do Recife de l'ernainbi~eo, se fez
iiiais tardt! Pei.o L'<~i.nri>i~, eoiiio sn li' <.i11 o Ilnteiro do Brazil
de (tubriel Sonrrs, c depois niiida nltrrado para Pern L<c!>~iigo,
como SP fítra intrnqbo dos liovoadores dr. prrprtiiar iiaqiirll;~
aliis obscura loralidsde a iiainr de ali>um perionagcni da-
qiiell<,s t ~ t i i ~ i o s .
Do nome Seriinirrhit!/hr:, que qiiei. dizer clcpoait,, d e o u t r r s ,
dns que se coiilieceiii pelo iioine de s e i i ~ n i i r ' i i e qno tnmbem veiii

1. Roteiro dc Pcro Lopes, nnlilicaao por \-arnha-en.


citailo rio dito Itoteiro de Gahriel Swires, se Sei. 1,uinieiio Si~~ciia.
< / r fi,',~i , dqi'oi; J;Co rle Iighri, coiii que sr d e s i p i i 1107 111appas
iiiodcri,os o rio qiie drs:iciin rio iiiar ao norte de l'orto Segoro,
diiits 1t.ju:is l>ar;i albiii di> rio <le Saiitn C r ~ i ai l i .
l3.>.-Uo que deixnnios exposto dccorie cjue iraia bem iii-
terpwtnr I I O ~ I ~t,nl~ig, S r0111 elnprngo II:L groFl.aphi8 e 11shisto-
ria, se lia d r :idol>~arr«:iin ri.gra :
I." Descobrir n gr:il,lii:i lrriiriitii,a do rocahulo 310s doeu-
~ t ~ e n t ' lmais
s ~llfi$op,1111 qiie esse poss:i ter al,l>arecido r!, ua
f a l ~ idesse
~ <:lriiiriitn, procurar surpr~liriidrr-llie a liroiiuiiiin entm
r> 11ovo rusticeo do iiitrrioi., oiidi, a corriip<ão dos ror:i.biilos t a p i s
<: irirno, intensa e qiinai que yeriiiiiiireeraiiin iiitnctas as traditiies
do f:i!i~r.
110 nome C;q,ayo7iir,v 011 CN!JLCI~CIZ~ por exeniplo: deede lon.gca
niiiios iiiodt.!iido i tiiiqio l > o r t u ~ i i e ms<í , i e r l ~ c n l ~ t la. ~ g r i ~ p h i a
l>ri;,ii;ix-a-(iuayaiiã-nos oscrilitos de Ar!cliirla (21, r s<; r r i t r e
os ciip"as se l!ie c.>nisl.ra atG q ó r a n l,rrsiiiiieia rerdadrira.
O iioiire J1lliti,iiiii<ei,:~;iiiodrlailo j i ;I l>rirtugiirxaa,sú <.lu du-
cuiiiento. aiitiror ;ii:rrda a iiriiiiit,ivn gr:ililiia-Aiirnrmfiqirirn-qne
b c t.rilc!ll%: ( L diVrrL g,,ttej<: o11 *li>iga.
4 p i i l a ~ r iI ~A , l / t < ~ ~ < e111
z ~ , outro t r ~ n l i o i f i i n i t i i e i . f h m a con-
de
trair;* ~ I P( : i c z f : ~ c < i ~ - ~s z0, 110 l ) i < - ~ i o ~ ~ aI ~' o. ir ot ~ ~ g ~ ~ ~ i i - B r ~ ~ ilinno
1-89.1r e>ir<inti.oo trritio 1,ri:iiitivo rolir n sigiiificnqúo do Pa'nsseiidor
uii ciiii!ni,illili.
2 . " ;innlys:ir o voca!>ulo rrstnurado r reriticnr se, no s m
lonyo rvoluir. as iiiodiiirnqi>es expieriioriitndns se fizeram s e g u ~ i d o
a s regras ~,liilologicaaqiie rpgrin a eil)ecie, o q u e sercirú de
i.ontirniaq;to ao que se houver ronsesuido l,rli>1,vovrrso liistoriea
iissiiii, 110' exeinlplo, a l ~ n l a ~ ~<>SSDI-OC<I:
ri~ ~ : ~ i j~,roiedenci:>
r~ 6 de
?,h!/-ç.,ruc, nic,.iiificnndo
-. ~
tei.i.~i ras!,odo ou j%iirliilrz, unia VPL m a -
1ysad;i, s r vrritic;~c i ~ r i i osucceciiiai>i<~iiir. IIiv transforrriarani e
e n i ~ x ~ na
i i sons que a r o ~ ~ ~ p õ SC:IIII<IO
e~n, < i do n~e71.0,.e ~ j b r p -
lei
De ?/l,!l-<.orr,cse fez, ])ela drf<,itiiosa pronuiicinqiio do ?I: wùu-
:ci,cl e, prla qnCdn d;i m j a l iniidct inicial, 7,1i~~ovcc, donde, st.ra
mais c:sforco, se rli<.goii i fariiia aitiia1 l,rruiii.ocn, Ljue é n mnk
coiitbinio eo11i n etyi,iologin, uii Liiaaoi.lir<z, ,-osutirriiu. eoriio o u t r o s
eSCrPYI?LI,.
0 <,
a. 1)ecoinpór o voiahiilo restaiirndo rtyiiialogicamente pelus
seus rlerrientos ;~g,~liitiiindos, çernlire fieeis rle destacar, eoIIa-
vaiido-o por esse iiloda em eoiidiqùri de ser ti.nduaido. O n e m

1. A?rei do Casal. eliorographis ~ r a r i l i e a .tomo 2 . . p a r . 71.


2. Padre .I036 de Anehieta.-lnfoimaião dor onsainentoi do3 indios do BrnlB-
P.euist. Iurt. Hisl. Gsag. Iirns. Torna C . . pag. 254.
.Jacai.épqqzi<i, emiiieiiternrnte dext.i.ilitii-o: qiinri iirriliiiii~a<:orru-
ptão rxperimriitou, a iião ser ;i tiii<:da de niiia vogal iiiii<li: iio
mcio do vorabiilo, e; yoitniil<i, facil drconiliiil-o nos seu> ele-
mentos agglutiriados : J ~ t c u t . i - z ~ j i - y o l i ,traduzirido-se : t:al/e <Ia
lug3a (10s j n o i , d s .
4 . V e r sempre eiii risia qiir ;E deiioniin;ici>ea tiijili da*
localidndes ou dos individuosl eoiiii, todos os eliithrtos de 1x0-
eedenria hai'oara, suo do iima rralidade d<,bi:rilitira adi~iiral-el,
exprimem sempre as fei<Ü<rs caraelrristiras do objecto de:roiiii-
nado como liroducto que sáo de imprv;sGes nit,idas, renrs, vivas
eoino soem experinientar os povos infaiites, iiicultoa, no ui:!xiruo
conrivio coin a natureza. F>xpriii>eiiitiiinheiii ineros aceidrntes
cxn uina circuinstancin qualquer, iiios que deixaram viva recor-
da<;;* no animo do srlv;igeiv.
Assim 4, por exeiriplo, que temas nomes propriamente dez-
tripti\.os : Utrtz~cittairr,iiionte que serve de ravallo á s niirens :
Pai.al&!l-tiiign, rio de a g u a braiicn; ill..ii~h>/, rio verde; I l ~ i t i r ~ ! ,
(Yhytyr-rog'~,serro frio ; romo remos noines rrcordarido iiiiia eir-
cumstaneia Iiilbiial: Jalineu<írn, eicondriios de fujões; Arncriiin,
escondrijo ou paradeiro das araras: F i r a t i i r a , inoraca ou para-
deiro das tainlias. Outros areusam tinia prndi~cr80 eal.acteristicn:
Piritl~lia,juncal ; Ccrrnyrintátcibc, g r a v a t i t a l ; Sepeiihic (Sap<:~tyba):
supr;sal.
Outros dno o aspecto geral do releio do solo como: A7hiihBhaté,
o s m p o alto; ibgapal,n, terrx aliainda ou aplainada, planalto :
Yòytyretê, serra oii corda de iiiontes. Oiitros ainda recordani
simpies episodins oii ncoiitcei~rieiitos: ' a - , no rnlir da,
ba3atalha: dbnii~trai~diir>b<~,1eiiil;ran~ada ljitdro; I'nhrtpoaii~ii,r<,spxj
assanlindas; Auaihni~iluci~ (~\biiilinndnvai a carreira da F r t i i t v ,
o u onde a gente corre.
n t ~ h iresulta que ao interpretar-se u m nome tupi, se elle
por ventura se applica a uiiia laralidade, é mister conlieerr dest:~
as feiç6es e.iracteristicas, quer topogralihicas, quer indicadoras das
suas produrqnes riinis a h n d n i i t r ç , eiiitim conhecer-lhe a e:.rricti!-
&tira, tanto a actual eonio a de outr'ora, que de certo deu ori-
gem a denoiuinaqão que se investiga.
Os esemlilos seguintes deisani hein patente a alcariee das
preceitos que acabamos de exl~erider.
Contecenios pelo iroine b'ertirqa, do caiial hiatorico entre a
itha de Santo Ainsro e a torra firiiie, que tzo importante papel
mpresentou ria. ineipiente eolonisaqâo da capitania d e S. Vieente.
E' incontestavelmente o nome Bertiuya u m vocabulo tupi
J t e r a d o pela dicção portugueea.
Oa mais antigos escriptorea e clironistns o attestam. Btaga-
tninliai :rili SP ~iicontraraincni grandes cnudiimrs. Ilaiii Çtadcn
re:l.i.r: qiii: e s Iieise
~ cosruiiia riii c r t r i a b1i<icn do aiiiio deixar o
iiinr e i n o m r n r 0 5 caiiaes n i i e;iriros para n e e sitio
iiinis ri!lioiisado. Por esse iiiotivo ns pi?~<.nrinser:iiii iriiportaiites
iin Bi.i.tioga: eiija posse as selr:i,~ens dispiit:i\-nni e os colonns
~x>rtiigncz<,scoiiil>relieiideri~~~~ dr-de logo a neccessidndfi de do-
feiidcr.
O cnpit%i>Burtonl ~ I I V ~ i s i t o uvoin regi%o, tiwatro drrs proe-
zas e desditas de Sradeii, vrriiicou eiii 18% a niiund;incia desse
peixe lino sú nas 7-iiiiiliaiis2is dn liertioyii como rni toda a costa
11t1~onlCiii de iTbatuba e Piii~ict!~.cidade r i t a ciija denoiriin:içiio
iwoe<de r:xactaiiiente de ser rase peset~du abiindantisiiiiio nas
suas aguas.
Oo:iio se i r ; a interpret;iqAo do rornl-do, apoiando-se iins
iirvi,sti::içi>es Iiistoricas que lht: rrctiti~irain:L gsapliia lirirriitiva
e ~<.r<l:idt.ir:ic tornaram I,ossivrl a traducy;io pela aiialysr dos
rlei;irritos ;icglutiiiadoj, so confirma intcirniiieritc pela erri.iicte-
ri,qtirn local.
i:itrinns oiitro exriiililo. a :
O rioiiir Itaq7ir~qziicitrih<z,caiu que: desde Ppoc:~ reriiritn se
drsi;iioli ii~iiainissão ou aldeia de :_.eriti<i: :issentada irnarFein
e q u c r d n do Tieti., iio antigo caminho do Rio de Janriro, ri%o
triii conio ser iriterlir<.tado se se l h ~iiiniit,iver :i g ~ a p l i i naetii:il.
I?iitri)tanto, recorrendo-~e a \-allios doeiimentos e e ~ r r i ~ i t o s
do srciilo liasendo, vainos cncoritrnr o rioriie da antiga aldeia
g ~ ~ y a e~s ~i iãp t o - ? a q z ~ n q ~ ~ i c t t ~ ~ h ~ r , - se
e o ~lê
~ ~em
o :liitoriil n a
sua. C'tiltzr..n r r i p z d c i ~ e i a r70 Drcrsi7. abra. do primeiro quartrl
do sr.ciilo XVIII, e Taqzi<tyi~irt:t!/liirn a rela;Zli geral que d . fkei
&Iaiioel da Keaurrei~ão,3." bispo que foi d i ~diocese do S. Paiilo,
.
apreseritou n d. >Iaria I.", ao findar o m<:smo secula.
,
Lnq1~nq1~ic4t.yba ó, pois, a g a p l ~ i nhiitoriea verdadeira, e
ainda eoiifirriiada pela dic<;úo vulgar d s localidnde. Sepitrando-
se eiitso os seus cleineiitos ayglutinndos, tcmos: TaqzraqiiicG-l!/ha
de qiie ;L ]>rimeira p ~ r t eou thema designn unia rariedede de ta-
yitarm que o caipira ora denomina laiyuicl, ora d<?tazrdgwic8 r
e abundi~iite no iogar; e a segunda parte, o sufixo t!/ha,
exprimindo eiaa abundancia.
Eiu porque se deverki tr:iduair-Taq~tnqziieB-tztEia ou coirio
liojf: se escreve Ifnqt~aq~ricetz~Zm, por t<rqt<nrulda rsperie tnqzia-
qt~icd.
Referem os clironistas e viajantes antigos que o gentio de-
nomiiiava-Ai~hmchy- ao rio que bmiha esta capital e traz hoje
o iiome Tiet!. D e facto, examinando-se velhos documentos, se
verifica qne aquelle nome n%o só e r a o que commumente se
dava ao rio Irirtoi.iro que foi rrn outro teriipo a verí.d;t dos Lnn-
<,/eimiites e roiiquistudor~s d r sertões, coriio que n gral~liindo
vocahillo. roin 1,eqiirnas variarite?, se coiiservoii quasi i~ituetn.
S o riialjpn. dos jatuitaa de 1636 1C-ir:-dnyeliilii-e tios outros
mappas d s nicsiua proeedeiirin, de li-% e 1732-ili~errihi.
PIo m>il>pade d'Aiiville, publicndo em 1734; conserva-se a
l i dos jesuitas - A i i i e i i i b i ou Ai~hetnbi,uiiis j á ris ediçâo
de 17.48 se 12-dii71nrichi ou TietG.
T o ctalcbrr in;ippa das Cortei, de l i l Y , 12-se dl~ha>ilbiiou
Tietl, riias iio mappa Les~>aiiliold r liti0 volta-se á grapliia-
ArtitriirLi, escrevendo-sr Ai~aiitl,i n a ediq;io dc l i 6 S .
S o iiinllpn geogrnphico de Silveira Peixot,o: de litj8. o pri-
meiro em qiie vCni fi;iirndo os rios ciitre o Tiatr' e o Pamnn-
i,niirmn eoiii os i i o i n e ~ - ~ i i i e i i ~ l i i - n ~ i iei Pir~i,ei~l,ii.
Ir-se .4xeiiiLi-
gttngti.
S o de Olrriedills, de 17i.5. o rocn1,ulo conser\;i a priniitira
,grnphia dos je~uit.as-~4nlic,nh!/. no passo que no d r d. Luiz
;\ntoriio de Souza liutellir~ lIoiii.%ii i r escreve-Xir~iiLi.
Gliiiiiiirr, nn seo rote.irii de 1602, escreveu i i l ~ h e ? ~ ~P bJio ã o
de I.ael-lilkrtiihi.
d graplii;~, portnnto, iii;iis a i i t i p e ri ais corrente 6 pois
.47~11r,>iiii,q ~ i ose deve adalitsr coiiio a moi.; eorrreta, o lir>d~ii-
da-se identificar eorn a p;iInvi.a Jxhniiibyl ás irezt-s l~i.oriuiiciads
Iiih!p:Lii, cuin a qual se! designa r. perdiz, a r e galliiiarra oiitr'ora
abuiidant<: nos rxiri~ios de I'iriiii~iiiiyn oii de ciiiia dtx Serra.
P o r t a ~ ~ t on , deiioiiiiriaq$u antiga, dada lielos priirieiros colo-
nos ~ ~ o r t u r i i e z r sde, lt'io (;i,i~ii</r de iii~lleii~l>y se yóde traduair-
E i c l;i.niir!e rii:s Eerriizes.
Insistirei niiidn rio exniiir iiitrr1,retativo de outros nomes
t u l ~ i seoin Fnipregn nn iiosna historin e geograpliin.
I.:studriiios o nonie A7itliei.oy qiie conia Oi<a~~nl,n,.a, j ú alte-
rado prla cdiçao \rulgu: designou n himosissima hnltin do Rio
de Janeiro.
I$ritto Freire que ptirece foi o priirieiro a divulgal-o não
Ilie deu triiducqâo. Aiit<:e drlle, liorbm, Sirrião de Vnsconcellos
na sua T7iil<t do Podre J08eph de rli~chietci, refmr. que o griitio
dr~noiiiirinrn nquella baliin Sit7~ei.ô; e Hans Stadrin, entre os
portos do Bri~silque diz vi~itndos1101 navios franeezes no tempo
das suar ari.iiturus P eaptiveiro entre O S T a n ~ o y o ii1548!> cita o
de Itri.oii.ili.. O coiiego Jnniiario da Cunlin Hnrboan (1) dá-nos
para traducq2o desse rocabulo tupi-ntcr esco?ttliilu. De facto,
examinando-se-lhe as elemenros eomponriitei, se verifica que o

1 Revista da In8tituta Eist Tomo IV-0oppL p. 8


nome tulii se pode ide:ititicar eoiii ti paiavra ATiz+-trd-!,, que
asainr se exlilica: A-h< OU UIIJLG se encontra iio diccii>iia~riode
Xontopa cn:ii a sigiiificaqùo de <rbi.iynr, .proteger :-ter& si,guiido
o mesmo auctor, se traduz c~ji.sa toi-tr, el~czo.?:ada,f>~aeit<lo.seio:
y exprime agua, no ient,ido geral.
A traducqio do nome Xjthrp,,!,, é, jjoiii, S C ~ O<!e q u n abri-
garral etii oiitros termos-7,nhiu sqrlitin. I<:ritretaiito, mais ccirretça
qu" -Vi,etern!/ seria do tiipi a gra~phia I-i~h!l-tei.6, que litteral-
mente se tr2~duzia-uyr~a ~d~iynrltr r i i ~seio e estaria mais eon-
foime eoiii a s prnphias de Gtndrn e de Simùo de Vasconeellos,
fazendo aléiii disso desaliliarecer o diphtorigo final, difficil di:
erplicrir-se com a vogal pttiir:il-y.
Nno menos iutereseaiite para a histoiia nacioliai 4 a inter-
pretayùo do nome í'p,tfii.<~: que s r tornou classieo nas iiivesti-
g a q k s deutr Fenero. O senador Candido 3Iendes fez dessa
palavra iini estudo consrien<:ioro e rriidicto como qunsi todas a s
siias irioestipnçíine :ittinrntes á iio.;;a hiatoria; nâo loproii toda-
via exiili6al-n coriil~letauient<~~ mas ft.z avariqar a questjo nt6 o
ponto de poder-se admitt,ir qiie o iioriie Ca,in,ikr núo procede
do ealt,iidarin e neni relnc&o algiima toin coiii a fisiirn bihlica
da iniilher de Sarepra íl'!.
136 facto, ree,iri.erido-se nos mais alitiiros ri;l,jantes e iiisto-
riaclur<,i: se ivrifirn qup o >torne C',,ii(~l~.i(~ 1>3o (: s r n i o UIUX ya-
Invra tiilii lueit;mi*:ada por simjllri hriiiiol>lir>iiia.
K a n a r r ; ~ t i r a de Hans St;idt!ii da priiiieira metade do se-
culo S V I , se encontra essa palavra eoni a grapliia C < r i ~ i i ~ I?) ee
e na «Iiistorin do lirasil» dc frci Vieeiitr du S;~l\-tbdor (1627)
Cu7i.end, palavras que se. equirraleiii e se identificam com o no-
me C<rxitidP de uma. especir d<: arara prouareiniente abiindaiito
n a locnlidniie e!ii cu,jas viziirhanqas outra povoado e caiial com
o noiiie da Aiiii.npirn. Ieiubrn ainda a frrqii~iicia dessa a r e nos
sitias qiir foram outr'ora caiisideradns como limites entre Cari-
j& e T u p i n i k i ~ ~ s .
A cori.upq8o da palavra tiipi ftw-se porEin tão breve e tRo
profundi~mentrque de C a i ~ i i ~ r i dou C<r>riitése alteroii para C%-
nanha r ainda Tiara C1nii.aiar,i., eoiiio se 16 n a carta de R u y i h , de
1508 e no rnappa da America da ediçâa de Ptolomaii d e 1513.
133-NWo rerrninaremos esse caliitulo sem dizer algiinlas
palavras a respeito das difieuldildea da iriterpretaçáo provenieii-
tes da horiiograpliia ou homophonin.

I caodido ~ ~ ~ d ~ ~ .a x- i ~~m t i~aPatris.-xrasto t a ~ d a hsiituto ~ o t o r 6 c oe


Gcagr,,pfirco-Torna 40. p . ?OF.
2 O Y O I ~ R I ~d s abra de ~ a n ~s t a d e nque ounrultamoa é um eaempisr rsrissimo da
i.. eaiqso, yroprieaade da dr. Ednmdo Prado.
Ciiia palavra tu@. cnino soo ;icoiitcri~r<,intod:ii. : t i liiigiios n o
l~eriodoiln ng;lutiiiaçào. t <]ii;isi s<%iiiyreiiiii \-i~<!iil~ul<i coriil~outo.
Ilalii reiii qiie n. eIeiiiriit<is qur. se a ~ g l i ~ t i n a i nuiria
n iiies-
iiia ynli&\-rii,coriiraliiiiclo-sr! algiiinns \-ezcs no mtraretii n a fbrinn-
~ â i ido 7-ccabiilo iiovo; lit:rdciii de 1>rcciej<i e iiidir,idiinlidnde, e
de diflereiiti.~que emn, q ~ ~ a u diso!a<los:
o pasaiii a dar residia-
dos Iioiiio~il:oi?cs 0x1 Li>niogi.ai~lius. P a r a exriiiplificar teiims o
iioiuc (iiia!!it?~fi qiie se !>iide deeoiiil:i>r e ir;iduzir rle tres inotlos
dix-ersos: (;ito!li~i,i.qiie >e traduz : o q i i r i prriri,,tc oii poi:o ir-
riiiio; 1 ' - i p e i c traduz rnr:iiigueijo t.noriiir., tr;idiie<;;io
i a i ~ t oiiinis adiiiissivcl qiiaiido Gnliriel Soares, desrr<i~.ciido-nos
os liabiios deste gi.iitio. refere que o iire~iiio «i-;ri<i r i u co1.n.s ~,i.7»
rm77p <!rd,c:;.~o cltZ<,>>> :L modo de carangnci,jo: <A,~t!jci-/~C ~ I I C
ainda SP. pód<: 7-erter l i u r iiraiiso dri.Ci.it,s,l,,iiiiri,rhii,i, o qrie t;~m-
I~eiiise púde jiistifiear lielo que do ii~e8iiiog e n t i o c o n t a o dito <+a-
hrir:l Soiiros qne iiol-o ljiiit;~<,oino... *nada iiinlieioso nem r<.fal-
sado. :xiirrs siiiil>les e beiii acoridiciiirindo ti f;ieilimii de c1í.r eiil
r~iinl(,iiercoisa ...»
Com n iioiiie Itqir-h!, s<: relicta o riicsnio facto: li<i-g,i<i-li!/,
rio do i-alli: das pedras; Itcí-ng~li<ni,guizo oii cascavel iiiiit;illico ;
t i o 7 - I como sn l i riri \-<,11ios dociinicntos, e
se tradiia-Ilio d o i c ! i i i i .
Os eii~riiplosrrn eslieeie sâo iiiiiiirii<~ros.
l:Y-T%o ~X,UCO. <!rrosddr>iiit(~rl,retaçiio sXo os que se ori-
yi~iniiida iiiilierfeit:~ d<.coiiil>osiç80 do vocal>ulu e do axwggera-
do p d e r attrihiiido .i forca corriilitora do idioma.
Carlos roi1 3Iartiiis e m iiiqiie3tioiiaritln1ente urii dos raros
lioriirnb de seieiiciit qiic hem coiilieciai>i o tupi. Os seus t,rahn-
lhos lia. eipecie são com justiça cunsirleradus uin thesuuro n a
lingiiiítica aiiisricnna.
llartiiis, eiitretniito, não era iiin iiiierpretador segiiro. Que-
rendo, 1'0' exeiiil>lo, traduzir o rioriie Gi~arntiiiguetií, o illustre
sabiu ch<*go:oiia ideiitifical-o com a. phrnse eoriiney-ti~~-g~,~~t<i, eon-
fiado em que a cuuuptela a teria iiindrlado o11 tmrisformado d c
tal modo que veiii a constituir o voeabiilo disciitido, justifieari-
do tal ideiitificnqao eoiii dizer-que I laaai. onde o sol rlrqa e
?.cilta,ou riiuda de curso, por estar ;I loealidndti quc traz esse
iioiiie perto do tropico do Capricornin, como se os tupis souhes-
sem astroriornin.
F r e i Fri~iiciseodos Prazeres AInranhC~o,iias suas Etyn~olo-
gim Brrrsilic<&s,nno r n e tao longe nas suas esplicaçóes inter-
pretativas, identifica G m z ~ a t i ? ~ z < e tcom
< i Gz~nratiiign-etS ç o
traduz por-!/,larri iiiziito brniaeo.
Freire Allemão trndiieiu Ainrci por b o n ~ tempo, e Saint-
Lingua indígena

Ri?iii d i ~ e r s a s ,tia verdadel roino nol-o riemoristrqu o sr. C,unLa


lI\lciidrs, sUo ar oi,iiii6es qiiaiito iorigeiu do iiotlie C'ec6i.d.
S B o siitisfueiii, caiu off<.itii. as iiitrrpreta?Uri que se lhe têm
dado.
Aleiicni.~ sagniiido n Casal, exl,lica que f2pili.d deriva-se d e ee-
?ir,,-oi-ii <t o tr;irlua-C~rnúi ria j<~i~rlnia.
O sriiador Piiiiipi.~6 da opiiiiho qur! Cear& oiigiiia-se bambem
de cei~io-r~i.<i,iiiai traduz o rocahiilo diifereiite~rirntc, isto é > rio
iioser da .xii,n, ;illudirido no rio que desce da serra de D;it,uritrí e
drsriiibocn jiiiicto Q Vilia Vellia, onde se 1nii~;rraiiiospriliieiros fun-
dariieritos da cidade da Fortaleza.
O roiiego Peniiafiirt faz dori~.ar C,>ai.<i.do saiiskrito reia-
iiiiiito, e de (ara-serra, e traduz essa l>ali~vraliydrida por grz~po
<ia sei.i.n.s.
O sr. Antonio Bracrrn de Jleneíes opina pela identificaqão d e
L'eni.<Í com Shh~zra,alludiiido a o grande dexerto africano, cain o qual,
diz elle, os yriiiieiros exploradores teriam acliadu asseinelharein-se
as terras do Cear:?.
1.itternriamente fallnado. t a. interl,reta@o d e ~ l l e n c a ra mais
poetica e a 111ais consoante com o sentir de quem tão bellamente
nos dcsereve :L sua terra natal como um paiz de primores ondecanta
a jnndnia. nos p l h a s da carnahuba.
Tudo isso, portiiir: pnrace lenda que a analyre philologiea não
confirma.
Difficiimcuite se co;~diitinC e ~ i ~ o - r ~coni
i á 03 ~iieceitos~ l o t t o l o -
gieos qiie regem ;L e r o l i i ~ 8 idns
> v,>c;ibulos e ex~ilienriaina transfoc
maçâo e m C'eaiá. .
De mais, o radical C'e,>i~u-eer niio significa cn~ttr,ou ca?Liar,
mas irairia, sair, saindo. Cenio-ara, iiu erri>,-ar<íse trzidiiziria então:
s r ~ epapagaio, ou papagaio de snhido, pnpngoio sirinclc~,mas, neste
casol a phrase tupi se construiria n>eilior, gr:il,hiindo-se ará-ceiriu
como se diz yird-cerim, saida do peixe> oii c ~ r d r i n i r ,e. então aró-
cemo seria a saidn dos papagaios: 0x1 baiiilo d e p a p g a i o s .
Assim, pois, obedeceudo 'icoristrueçâo da plirase tupi-Cerno-
a r d ou C>-arii se traduziri - pft~nzptiu de suidcr: oii iilais livre-
mente-papagaio (7e haizdn.
J i algures adoIitei a interpretação de Alexiear, modificando-a
para-canta o papaguio. 31x3,sou dos que pensam que a iriterpre-
ta@o. ainda rnrsmo moditiead:~, iiio sntisfaz roniplerarrirnte.
O vt:rho c8 ou ce»L que quer <dizer s a i r , hrokrr, crppnre-
cer 1130 se deve confundir coiii o verbo cae& ou çneeril que
significa clait~ar, gritar, e qiic por t~xtcnsio de srntido se po-
deria t r a d ~ x i r por falar ou i a ~ ~ t a r Xits. <:"mo exl,licar srnão
por muita violeiici;~ dos Irereitos que iegeiii a rspecie ;i trans-
formn<;;io de Cncé<~rciein (!wii.iÍ
Estiidoinos a questso por outra face, isto C, tnriiemol-a nb
OCO, r<jaulos qual n griil,liia pririi<>irndo vuenbulo, coiiio nol-a
traiismittirarii os priniriros cliroiiistas e Iiistoriadorrs.
O nome C'eni.6, ou antes Czilrd ap(,niece riii Liistoria &>elo
comeqo do secriln XVIi, q c ~ t i d n o r;il>i!;io-inór Pero Coellio de
Souza foi pelo littoral a d~~ro),i.ii. n s*rra de Ihii~liithn. F r ~ i
Vieentr do Salvador, que, iia .iua Xistoria do Ilraail rscripta
em 1627, relatii. por rniiido o i siiccessos drsm expediçio de 1603,
grapha o riomr, ora C'ir~r<Í,Syni.4 ora (,yr<i~<i.
Gabriel Soares iio seu Iioti:iri> do Brasil de 1587, desere-
verido iiiiniiciosilin<ntr a costa; i,;,<> faz ri~E<~rericia alguirin drsçc
nomr,, decerto, a1iplicado n iiin iici.idrn!,e geogral~liicu insigiii-
ficarite Iiilrn os i~itiiitiis ou fins de urn rritciio iiiaritiriio.
d o que lias eoiista, i. a ohiii de Frei Vieentr, o docii-
mrnto Iiisturico ~iiais antigo em que veio o nome Ciarri. Xare-
g r a y e e B a r l i ~ u s , rseriptorrs hollundrzrs do seeulo XVII ehcrc-
verani Cikrá grnphia que qunsi todos sr,guirnni at6 o çorne<;o
do seculo SIX corno se rí. da iint.:ihilissiiiia Çliorographia Bra-
silica do padre Ayrrs do C:isal.
Pela tradic%a historiea, r', lioir, a p n p h i a Ciarri a mais
âutlientica.
Ora! Clarii se deeornpGe em duas pai.tes: Ci-ai.<i, cujo ra-
dical (7i t e m varias trndi~c~ões-inâc,, urigein, fonte. iiiaiiaiicial,
io- e a. ti:riniiia<;Zo i ~ ii
~ai driioiiiiiinqfio cniiuniiin dos Psit-
ti~eiii grniide;, dos 11:tlia:rnios e ~l.nl.as. Portanto, Ci-<ti.ci suar-
dando n rstriicturz~ da ltlirase tiipi, si: tr;~diizirin: p;ij>;igaio d : ~
fonte ou do rio) ninquarito ([iie ai.<;-!{, oii ur.ií-!{!/, e niiida. (~r<i-Ci
se tr;duziri: rio ou fuiite dos liapapaios.
Xas, ;i iriterl~retae;io verdadeira pnreee-nie ser oiitra.
Pelo iioinn (:íi, corno se vO ein I.lontoyn, no seu vocahu-
Inrio da lirigiiu triyi, se designava unxa caiia d e p;il>;s-aios,
;rvcs qiie drvi;tiii a,biindiir iio 11;~ia qiie, Iior essa iiiesm;i rnzao,
foi nos primt,iros aiinos do desrohriiiiento conhecido por Terra
r / , ~ a Pr<l>n,y<~(oa.
O iioiiir. Cii-ni.<i, Ci-r~.i<íou C!ynr<i nWo desi,giin sen;to essa
casta de ptpnyaios como inuitu heiii opinou monsriilior Pizarro
srin todalia saber explieal-ri.
Aisirii n íerriiiiiaçio ai.<; nho t,i'iii ;ihi outro í;ilor qiie n:o
o de coiifiiiii;ir o sigriifica<lo do radical ( ' L i ou Ci, evitando
deste iiiodo uma conf~isZio iiiuito natural itn tradiiiqXo do ra-
rlirz~l roino iiaq~ielladrnoiiiiiiaq%o se contfiiii.
íZ,~,<í iiSo (.'e<si.ií signitica oii dr,sigiia sirnl,lrsineiite iiriia
<L

r:istn de ~>npasaios.e iiso-cniai., j<mdriia eoirio ],oótieamante


~ ( k!nte~~<lru.
5
S. P n c ~ o
Cordiaes saudncir;.

E' intuito d a uKeviita. do Instituto do Cenxi* suardar, arelii-


\.ai.tudo o q u e d e in11,ortantr se eserereii c 3,: ~ i c r e v edentro efura
do i ~ a i aa rerlieito do Cear& tis a r;ieXo 1mrque n o <~xriripl;~r (uiiiio
16, 3." e 4." triiiis) qiie tenlio ii Iionra de ara reiiietter-vos se eucoii-
traili os x t i g n s yiie viu das ~ i a s i n n s$11 :L318. rriin s a t i s i q ã o ao
nussu ]Irograiiiiiin r an iiiesino triiilio iliii ljreito 12 ho~lie1ls~ i l j osaber
o intt,lligencia al~reeioe acato.
Coiisriiti que troque eaiii vosra ;~lruiiiaiideins n o toni desprr-
t<~iieir>so e eaiuaradrseo de, ia dizendo d r offieiars do ~iiesiiioofficio
yiiando leiiibrei-iiie que n%o passo de iiiero njireii<lia. Iii vossa
rranosta a Cunlia l\Irndes e inais iinia 1 - e ~ni,reeiei ;i n t r n s 8 o e vn-
riedadtr dos conliecinieritas que liossiiis, n S4-tnl>iLthi:Li por41r1, ~ U O
iiie 111rrect.i~r i o xiie doiiiinn a. ,ioiit,o de oitcriltar que ~ ~ a q ~ l r l Lli- ns
ilhas, trayadas s e c ~ i n ~ r e l i e n d ; ~ , a riiiiia
; ~ i . r ~ ~ , o s t<iw i jõrrial, nl-
gnns topicos lia n reçtilicar c:in br-iii dn verdade bistorica.
.i preciosa. IIistoria di. Frpi Vicrute da Bnli.ador rse;ilita; di-
rei iiielhor corieliiido, nrn lWi,d a qiial d ~ lia i nniios trecliwi 110 Ke-
vista do Instituto a l ~ r o v ~ i t a i l d o - ~de
~ l t luina copin tir:ida 1,or ~niiii
erri Lisboa, e que iios I n i i a e s da Uibliotlirca S:ieion;~l 11ri Rio dt:
Janeiro vein j,ublicntln por inteiro ibeiii rntrndido, o que drlla
existe, pois, como snili.is, lin c;ipitulos lierdirlos'i coni iimn niacist,ral
introducçio por Capistrario de ;Lhrt.ii, n Historia de Frei Vieeiitr
iião G o documeiito mais antigo rjiie t r ; ~ t a do Ceará; untes drlla
Iin os trabalhas do P' Guerreiro e dc I)ingo de Cariipus Xoreno, tio
da 3Iartiin Soares e autor da. Joi.iin,kr dn ~llrrl~ni~liiio.
ESIP enaRr>i livro de tniito v i ~ l o iI>nr;La liietoriu do Brnzil Se-
1itelitrioti;il que andziri i ? ~ es~.iir;isq u e ~ !ii~iieglipeiicinr o11 ipiiornr.
Foi eseripto iio niino iitesiiio d i ~exlisiiiq:~u i 1614) i, coimrqo do sn-
g'iiiiiti'.
B~~rliru.. n i o grnpli;~("in,,n inns siiri ,Yiarn, tanto rios dois bíap-
1,ss como no t ~ . s t o; O 12e.s Gestic sirb C'oiirite Jlczut.ieio HI.us~~ i.~ w
voluiiie rliir innnilrrio iniiliinvius Tezes; e u p r u ~ r i odelie trarireri~vi
iias iniiih.ir «l>atai r Facti>s»:1." vol. ,Cear& Colonia) longos tre-
clios qiinrido tratoi do doniinio IiollandRz n a Capitania.
S % ocoiihrqo obra algiiriin, esli~cialpara o caso, do oiitro es-
cripto' que citnes, Il:Lrrg'r&, inns posso garaiitir que eiii inanus-
eril~todii<illaiidizt!sde 16-i-29, e portanto airtrriort!~ s BILI.~CPIIS e
I l a ~ .~,
c ~ r i, ~:L t17alixvri~
L
Y se .,
n.rai,l,a
, txnibem Si<irti e iiera ri%n anontar
outros mii hasta111 acluelles de que fez acquisiçúo de proxiino o eo-
irliaeidu lir-mim de Londres Srir. Bernard íJu;ii.ircli e gobre os quaes
iiie oeriipri n a iiltiina sessno d : ~iicadeiiiin Cearense.
Pelo que sei, portanto, os liolla~idCzrstinham u m modo de es-
crever a lialavra e esse era sio ora.
Corri relnçno aos livrns portu~uCzes:si trinos X7ieeiita do Sal-
l-sdur eacreveiido Ceniw, Cima r 8ycii.a tt2mas tailibeiii Campos 310-
r r n o escrevendo senilire A'rnir~i maneira dos liollandêzen.
Passando itgnra aos inll>r<'ssos,aos docu~nentosp o r t u g ~ ~ e z ema- s
iiuscrililos, liosso &rrriar-vos qitr a rniriha e n l l e c ~ i o ,que 6 riquissi-
ma, os porsue de 1608, 1614: 1619, 1621, 1W22, 1629 etc. e ellrs
todos dizciii C e a r i e Seará sendo que escreve da 1." fbrma (Ceará)
o doeuni~iitomais antigo qu* existe s o b r ~a nossa liistoria, o qual
é riada mais nada menos que a drsrripçio rniiiueiosa da riageiii eiri-
p ~ e h r n d i d ade ordem d e E'i:riiâo Cardiin pelos jesuitas Pinto e Luis
F i ~ i i e i r e . Essa precioaidsde, de 1608, euja piihlicnqáo, com ver-
daieiro siiccesso, reservo para quando tivrnnos de celebrar o
trieeritenario do desiobiim<.nto da C e a r i em Jixlho d e 1905, eom-
nieiiiora$io para x qual desde já estou a eoiieitar a opinião pu-
blirn, tòi iim pi.esente que riie fizerain jeoliins photoarupt~icas)
os jesiiikis do Linburgo hollandêz por deterininaçiio do Geral d a
Ordeiri éni ROIIIR.
Peln ti~~dipiiio histmicn, portanto, a grophia Cimrá .não 4 a
nmis arrthentie~.
Coni relação á interpretação da palavra nâo tenlio duvida
q u e entra nrllw a que n a l i n p a dos nossos solvicolas siqnifi-
cava arara, papagaio, ará aorne generico dos paittacus conk en-
sina Baptistn Caetano.
Dizer á maneira do' Senador Pompeu qiie Ceara vein de
ceino-ara, rio nasce da serra, rião é só iim atteutado contra. os
preceitos g'lottologicos que regem a rroliir;:io doa vocabulos,
coiiro d i s ~ e s t ~1.0111
~ i t,odo 3Ce1b0. IllBi &tG a il<:i>.ii<;à~do (qlit! sia .iitl>,!
a rnspeiil dn vi~1.i. plijjirii, iii >:;LI « i.itt!l~!:::inl d,is iioiqn.; iiidios.
Pri:occiil>nwi~~-u '13 iiiilir~scoiii as oi.ici:iii dos rins, t. Iryo
<de qnc: rio, dr. iiiu il«s riieiiorrs d;i i.iizi?~o'?! I:iii,r<~ssiuii~l-~ii
nu1 siiiil~les;tecidi:;ite ,crii,!i~liliieo~i1 <,!lei q i c 6,; ~ vivi;:n~ d<,=irerras,
q u e só ~ u i d a v a i nd.5 ])HbC3, dn, ca(:il: ria vida 1ni~te1.ii~I elllh-in!
Qiiairto ~ L Opeuons do C ~ > I I Clysses P~ e r essi..
o n t l o Iia~rticipa do iiiesiiio vicio o te):? a iiinis ;L Iriiibrniiqn <Ir
ir p d i i . no sanskrito o q u r di,re e ~ i í t i r iin liupua tupi. C o
,ciirii>s<i6 qur. t:sse sacerdote. nliis cruditi,. riu iiioiiienro itiesiiio
em r p c : se r!.rnon:n ao saiisliriti, II:~P:L npiirn'~o dit p.ilarra diz
q u z I'o:ri!~sii i e c e l i n pqi. iii-io de seieiicie j,.~I~oi>.i.i~j>l~ici~ ia CRIZ
I i I d o e q pari^ isso Jaiii~iia
eopitoii do ser,*l<i.ito.
Dciiinisl Yalibi~do com :.igor s < : i ~ ~ ~ t i ioi crio o í:i.ar:\ 1130 I I ~ S C C
d o reiiiii;i;i, de s r u p o dit serras, ,:.-ir;-rim l n i ~ 3i'or~tlili-se da jiinc-
$&o du ii:~chi>Uoiii Pririci1,iri comn o .Jni!il;~liyra como o ii:!iiini,i
e llrovei I I ~ LIievist,a do Insticnt,,>, ~ ~ 1 1 11SSLl: 0 i1liiri1~iq50 que >lo-
rcirn I'iiito aproveitou aia sua 1loro;:.ral>liin do íii:izil.
Aitiis niiiica sigriificoii i 1 ile qiiriituia 1 l i i ~ 3 silu
eufcriiio, doente, prostrn,do e pur coiisegiiiiitr i: iiiera 1iliaii:aii:i
querer-se que C1eiti.ri indica as seccaj l><!:.iiidic:is e as iiiiilrsti~~s
o u febres çustuni~irns:>rovenieiitrs <Ir <.;tli>r,coirio esc.rt,veii o I)r.
JO;ZO \I$,ndei .Jiinior rin :~rtigii yiiido ;i Iiiiiie, cuiilr, o ~ 0 ~ 1 0no ,
~ E s t i d ode S. 1';iuloa.
Scrti essa npiairns urna !:tpiiolo:iit n I .i I lista
das ji rit,ibdas P de outras i i ~ a i iei,:iiii C'iii~to ,lia Joi~,rl<ii«, k'eqiirizo
C .1 1 1 I , i I7,zid,!, c ~ , . r l r i < l ~ i itcri~,,ii
.o cln
m?r, Jfiii ( I . , j ~ , ? , l i ? ~etc: ,
beercscr que ~ i j i oconliecei>ioi ainda i ~ ~ as j r tites ~ ~ ~ f e n n i -
dadvs ~rovoni<~iitr;s do ealar e iiiiiito i:~eii~suq c o n l ~ e c r r i : ~ n! ~s ~
primitirua iiicolns, aos qtiíirs br.rii aliroveiklritiii as V:lllti~,qe11$diw
flore~t:ii <,111;10 exist<m~es e hoje l : i I i l ; gi.n,y;ai na :,,?L-
chndo igrior;nite e ntitiiiatriot,irr>.
Krnliiirirt<~deveria sor muito iiitciisn o iri7oi. r: suiirrlni,iva-
mente coin)riiiiis r ]>rri~or:t'. as ei,frr:nid;ides iior elle ~ e r n d n s ,
apezar (do ii1i:neio de t o d < l ~os c l i ~ ~ n l ~ai ~respeito. ta~ pnrii ile tal
rircuiiist:iiiciiir chrisiiiarain os iiidios. . . i ~ i.io: ~ t clue entiv O U ~ T I L S
de siins Iiropriededes teiii II de ser uiii d<,licioso i v f r i g c r i u .
E d r qiiein ou de onde Joon lleildes ouviu diz<!;. qiir o
cearensc proi~ilnri;iCearti coni n e bem ngiirlo?
Repito : iio iiieii fi;ico euteiidcii. .\ri siqiitiiw u;ii peiii,rn de
~ V C ~ - ~ X L ~ UC L L T,~ :L I~- ~~ ~ ~r i,q u i t o sdi> ilue, como :iiiidn ! e er:i
I ,pO
m u i ai~uudiiiitea Capitania.
liestn expliexr a 1." sillnba do vocnbulo..Si nos x.ossos e.-
tudos de linriiistica indiçriin que sei serem si?rios e nprovaitib-
dos deseubrirdes que Ce quer dizer nbundniit<,, ou farturn, ou
lrorito de reiini%« ou coisa que coln isso se asse111e111a creio q u e
o lwobleinn e,tú resolvido, lomhrniido-vos r,ii que n grilpliia pri-
mitirn 6 Cear$, como hoje, c F i e do rio 6 que tomoii noinc o
territorio, embora pvnsirm i>contrario (isto C, que do territorio G
que ndveio a liorne do liioi algiins estiidioios do aiiiiii~>itororiio
por e x c i i i ~ ~ loo nien dist.iiieto colleja e niri." Dez."' i'niilino n'o-
gueirn.
l i a s agora vqjo qiic iiiiiito touho :bbus:ido da l w s 3 n eompia-
certciit p pois fnqo ponto final iu:~s antes siaiiil,re direi que a OJ-
gi.iz,;l~i<a Biii.silien de Ayres do Casal p i e ser nota1rilirsiin:t riii
tudo menos lia p r t ~dedicndn ;i historia do C r n r i qiiii é 111n
amontoado de iires;~etidGes~ urn tecido rir, iiicongrrirncias.
Cuni siihida coiisideincZo e cstiiiia inr subscrero.

Vosso seryo att."'" e iidln."'


Lingua indigena

A iiitrrp'ek%y%opor iniiii dada no iioiiie (%airi baseou-se n a


~ ine liareceu a l~rirneirae u inaia aiiti3n do voc:ibulo,
j l . i ~ l i l l ic[ne
isto 6 , Cria,.,; oii ,9iai.d, como escrrreii o snctor da Clioro,nrnliliia
Brasilica, cnnio e x r e r e u frei Viceiite do Salvador ria siiu HG-
torin do Ili.rtsiI, teriiiinada nin 11227 e corno escreveram auctores
Irollandeaes do srcnlo XVII.
NXo tinha em iiino doeurn~lito mais antigo, nem conhecia
iiredito zilguin d r data anterior i obra do fri~dttbnhiano.
O S r . bsrXo clo Stiidnrt, do Cenr;il cininente cultor d a liis-
toria liatrin e ]ieçquizndor eriierito, acaba, lioriin, de cornmiiiiicnr-
rne, por c.trta dc 2 de Setembro passado, que possiie docuriiaiitos
riiais nntijoç do que n obra de frei Viernte, tractando do Ceavi,
corno sejarn or trab;lllios do padre Glierrt,iro r d~ Iliogo de Cam-
. d e 3Inrtiiii Sa:ir<rs e nuctor da Joiiiarlrr do fi-
~ ~ o d f o r t r i i otio
,.n~thiio, obra escriptn no riie~iiio nnno da exli<.diq%o( 1 i ; 1 1 ) e
coineco da s e ~ u i n t e .
C:&rnl>ox IIoreno ,nraplioii: porciii, S i c ~ r i o que ó o niesiiio
qiie Cinv<ido liouto de vistn tupi, pois que nessa lingua 1iXo kin
S com o soin sibilado e sim C leveine~ite chiado como I>rm SI!
verifica da Arte e Vocabiilnrio de varias nuctoras respeitavrti>.
Entretarito, assevera-nie o illustn! bar80 Studart que nos
doe~irnentosineditoa que pousne de 1608, I f i l l , 16111, 1621, lu22
e 1629 n prapliia prevaloiceiito 6 C%,ir.ri e iXeeni.6, sondo que es-
creve da primeira fóóma (C'enní), o doriimento mais antigo: (1608)
que existe sobre a historia de sua terra, o qual in;~d;i mais
nnda rnerios que n drscriliTão minnciasa da viageiri enilireliciidida
1'"'. o..l,ii d i C ~ r ~ I i i 1,~:os
n jesilit:~3 Frit:~:iico Pinto D
1,..1i~ F-L;:L!,~~<~L.
I Lru IiçLii ~ i , poit;~>ito.
, co:isliii! o r . L de
Stu,I;&it,;i =r,iIi:ii;t CI'ii.ii ~ i i i4i a i n ~ i s:.Lii:~iti.ii.ica.
I<, risto qx:: it gin;,ii:i (kr~i-<i d;lqucile do:uiiirllto 1130 solfi.eu
nlr,er:~:;iu e ~q;1<'"si" d ~ < u : n ~ u t ,<! o IIILI:I coj,i:~p!~:><o;.m~ihiei~ for-
. I i d I I o d~beriiiliiaç:io
1 L
. ,
i o . L , , i O l > i lILIPCI.duvi,lz~quniito
ii I > : . ~ I L L ~ V LFi.iipliia
L du i.ii:i~biiiri.
\I:Ls>3 1 C~.L.X ;
CO,IIP(,J:O de dois e1e:o:iiro~ qiie fa-
t e sr diiiiii;u?iii ('<~ni.<í,t r i i , sob o gioiito dc rista or-
thi~,:r;i~>iiii.o. ii!ii:i di%,iilda-le iiivi~:ieii~elrjuc C :L x-iiz b r e r e do
s r u ],rL,~>+;r,jeiefn?nto.
S u vi,r<tii.lr, si,udu, r o i i , 6, iiiiid:~ a ii>,c:rl I ' e , i fa-
cil:ii:a.ii.% se c . ro.,) ii:ii i i)r.~ndo, rii:ifrisio r , irinis
n~1iiii~;ivi.l<jii:i,it<ii: errts, ~ J Ym . l l ~~.cio.ili:<ido, ei>:ii> iiol-o
>i?,t,e-::; (i l~:~:lrc>A~itt>.,)iu,Vi?irz~,qtxr (13 S O L I S c1.1 1i11zu;~br:tsilica
i 1 : : e i r l i L , iziztiliz ~ I I ~ s ! ) u >CI>:U O ousido
nill>:iciiiit> ii I~occa.do barliaro. U<stn ii;~tiiralconfusho i. q i i t ! re-
~ u l t o i idvs..lr os ~>ririioirosaiitioa r5ar 1 dur-idoso : Cioi.<i
co:!i,~r,, I. lia ,J;iiiii,/:. .lOir~zsrhi~id~ 1614, .Si(ii.<i como se
r72 de dr>:uiii:,iiai,s liull;iii:l<~ae~, c e , r , .Y!j:r,.ri coitio em
sita lliutjria (10 I l ~ i z i lr x r e y a i i Frei Y i c v r i t ~dn Salvadoi..
>
7
r iir VAI.*: siiiil>les k t o , i~ i \ - c i < r i d e ; r ~do ~ ~ c a l > i i o
1 . 1 s e t i i rieiii t i i i ~ rexrrr.iit5 d e roda ;i dori-
<Ia,. R.rz;ii, I'*>? ,que: zind.1 iadiiiit,tiiiil<> ('<i:cr<i caiiio n griip!iia
iii~iisn i i t i , i i l i i i o ;i co~i;id<?i.iirriosco!iiu :I iiiais coi.ri.ct;l.
I'.ii.i~ il<;s. C % ( C P < Í , C U : ~ n j , s i i ~ ~ ? i rs7ilaki;li
a 1.?1.e\-e e~21ilo 3em-
yre 5" l ~ v , , u , ~ c i o u6, r:;l,nivaleiitr a Ciiii.<i o u ,Yiirrii r, como tal,
<: n <lriio?iiiii~~,;C~a d r u 113 C<ZII;L pniiagaioi. Esta <: taiiibr?m
a opiiiiriir de ltnrtiiii, de h[iiiiist e de ~iio:is~iilinrI'iaarru.
Vr.:n aliii d: iii,:dr obs:irnr o que s r e i i ~ i r o <?a facul-
d;h!tx ilr =iriert~lisnç%o ;ttt,:.ihiiidii a;,-. sclva;eiis dizeiii Curilirt
lleiidi-s r o biir;tir Stiidi~ii.
C?vta!ii,+:iti: qiir 1 1 1 I e sp acnw o ~eyiriobraailriro
a ~ ~ o s u i i i i, t o lmdi;~ ser elln ii<>i~iv:ist:i i i p ! i ~ poiernsx.
Oa ~;IIOY do ~livi\Isocii~ieiii que foram eiicoiitradui o s liri-
mriios iiieolar di!sti~ terra nunca o ~ioiioiraui arriao eiii griu
muito ri~diiiiriitar.
E' jtreviso, 1mrCm, 7?ho esquecer que grande iiuirilro de dc-
i i o i i i i i i : i ~ ò stiipi.;, 113 11t,s531 g e o ~ i ~ a j ~ l lnii:.i(>nill,
iit 11io l ) i ~ c e do
d~
selvazem, m l s do a ? u drscerida!ite eriia;xdu e d o i proprio: con-
yuis~;i.riures. C~iiniireIeiii1>rnrq n e a conqui't:~ &,a srrtürs só se
púdr Irvar a efieito iio se,;uiidu seeulo drllois d a ririda dos cu-
rol'en? e deiiois qiie iio liair sr f o ~ i ~ i oa xsi111~i1<<n dos ~ ~ : r ~ i ~ i i i i , c i , s ,
mixtiçoi de iiidio e de liortu;ucz, gciite a e t i i a r tiirt>iilcritnl de
iiivcl iirtrllrctual riiiiito rrbnis i.irrada do qua o do gentio <i til-
lando eorrenteineiite n liiigiia (leste.
11s cs~,ediqõespara di-aeobrir aertòes mais rraiu coiiitiiiii<!a~
por rriaiiic,lucos e iridiou escraros do qiie [por Iiorru;uczri.
h-áo i., poiz, de es:rnn!iar que, eii1i.e a i d e i i ~ i i i i n a ~ o rt.uljis
s
qiie se co~~ç<!rrriril.rn,muito8 rai.abii!os c~ribtriiii~ eiierrr;indo i d k s
de ge~iei.alisnqUade que seria iiica!'iia o giiilio 1'1ii.o. E i n S. Paiilo,
oxido iiiais se Sitloii o tulii entre as p u ~ , u l a ? > v d o campo: eoiiio
o - ' e Vieira, teiiioi, yor ~xcii!p!o, o iioine B l i f i i c n i . o . ! i ,
applieado s iinia nioninnlia elrr;.da e sigi!ificnii<io-coiallo das
nurr,r.y (ghylzi-cuhn,.zi), 1,or poui.:ii.eiii iieviias coirctniitriiierite 60-
bre ell?, que bc.rn mostra, prla idin t.sl>i.cssn e pelo Ii~~liridisrno
do voraiiii:~, ser dc procrdeneia riiainelura e nno do iiidio puro.
Como <ste n5o Soltam e s r i r i ~ l o sn a retm;:.raphin bra~ilicnco-
ino proriivei deriioristrar iro Iiieii est~idoeohre u f i i p i iin qrrqri<-
phin ~ii;rioicnl,ruja jirirnrirn cdiqao r,?fA pr<,;tes n sair. X2o se
infira dshi, ~>oi.i.m,que o iioiiit3 C P u i i i l di! lii.in<.ipio n~,plir.adoa
u m rio que entre outras dc suas lvoiirirdiid<.s terii a de sr.r iiin
delicioso rcfiiljeriu, coino riol-u a.sigiialoi~ a liario de Siiidart,
possit significar as Srccits Teriodicas rlnyiieila 1ri.i.a e as eriferini-
dsdei pro~eiiierites do calor coiiio nliiiiuu o illirstre d r . JoRo
3leiides Jiiiiior.

S. Faula, 9 de Outubro de 1901.


Instituto Historico de S. Paulo

o Li.
U i s c c ~ n oDO ~ s i i - e n s a i ~ ruoo I s s ~ i r r r oI I r s r o i ~ ~ cu~
~'.~T.LO'
LIDO 1311 S E S S h O >I.&GXh D O 3 1 ~ 8 3 1 0IXSTITI'S~
1)T: 1." D E
S « v i ~ i i i n o,>eI!iUl. pox T ~ ~ r i ~ oSI?~IP.~I(I
n o

E,>iao. si.. pi.rsidr,tte.


.lIiil/!i~seii1tl,rii~)
~ ilil>lL.S SPIIJI(II.ES.
Eis-iioi :iiiid:i IIUI:L r<!z reuiii(1or: iiirus seiilior~~i,1ii:i:i. rr-
cinto cuiisegi-ndo ao ciilto d : ~j,;rtria, pr:L uiiia solciiiiiicladr coi-
tiiiiirira. E pois ijiir, ,>elos lircccitos, de\.e tr:irliizir cs rr-
rreiiiissiiiios e opliostos seiitiirieiitor d e iicssn nliiin-n fiipgrin <! o
a s Liiiiiiaii::~ ricissitudes qiir
pcznr, diiai s y ~ i t h r s t ~ sç i i l > ~ - u ~das
doriiiiiani a Historin, que o iioaso jubilo, veiido d e ~ i i . r tiorçs-
criite rsin iiistitiiiy:to qiir rodos oi anilos i r coii-.oliiia, crdn o
!>asso no iiosin liicro, :ir nossas ninguns si,iitidas. no ~-<.rifieariiias
jn no liiii desta joriinrln, o dernlil>nrr~ciriierrtode n l ~ i i i i s iiobrp.:
cuirip:~~~hciros que adurniecei.a>ii iin inortr:, toiiibarlos 2, iri;iryeiii
do c;x~riiirlin<~II<.nos t n r ~ i aa tocl<is nt6 i2cj~ii.
-\o nssoiiinr, ~>orGiii,iiestn rrioiiiia, iio deseriipeiilin dn Iion-
rosa tzrefa que n vossa I>e~ievol<iricia coiiferiii ii iiiiiiliix ijalavra,
nesta scssso auiiirersaria coiiseiiti. s<~iiLioi.es.une e u ccniiece iior

s<:iihores, que nos viestes Iiorirnr enrn a \ore;: atteiiqZo iiidul-


gente r. < ~ s c l a r e c i d a , - r i t c o ~ ~ h e c i ~ &)ara
~ ~ e ~comvosco,
ito dizrios
iu<~iis
roiisocioi, pois r p e nir: iiralioreionastes riisrjo de, sntisfazeiido os
anlirlos do iniiihn nlinn, honrar 3 n ~ e ~ ~ i o idos i i t fallccidos eoiiip-
iibeiros, teeer-llies o elogio, ergiiel-os twnsfig~irndasiios proprios
feitos e nas suas rirtudei, faeeiido-os passar niite os i.ossos ollios
cirterriecidos eoirio iiuni ~ircstitode re<liviios.
DR. EDUARDO PRADO
JIn9; riáo s ~ ~ . t50
i i 111agico O jio<ler da iliiitLa 1inl;rvrn desco-
loridh ...e lioi?, dar-iiie-ei Iior eoiitiiite .ct, inri:« os liuriiildes q a e
iiáo ti.111 icii%o L: siiicrridade de 5 i . u ~ ;iffirt,os, 1ogi;~r satisfi~rer-
vos, rollicildo z i iiiargriii do caiiiiiilio as florttç d o campo d e qur?
l i r i s fala o poeta 1:ar;t tecer-liies l i l u i ~corfia tU» singelii q u i o rin-
g r l a s sáo ar flüres do cainlio...

. .
. . . . . . apricos iieete flores,
S e r t e iiieo Lniiii;~eoronsiii,

(If,,i.ncio-(ide SSI'I-;\LI -Ziiuiii Lniniani).

?;%o li3 ~utiito,iiieus s~-iihorai,iiuriia <ias salas deste Iiisti-


tuto, diaia e u a aigiiiis collega5 e111 pnlestin erriquanto es1%f'r:lva-
iiios a liora rcgiinriital da s e s s ~ o - ; ~ l ~ ~ ~ r n x i i ~o~ ifiiti
i - s ~do nniio,
nplrosiina-ic n nossa sessiio niiiiivcrs:iria c, riierci. d e Dçus, estou
s r m in;;teria fuuebre pnrn o disciimo dr eiicerrarnento,. . . . . . a
morte vaç. passniido de Inrso, esqiiccidn de iiiis ......: iierihuin dos
iiossos çuniparilieiros ó faileeido ......
a essas pn!n~,ias q i i a i iii~l~riidciittass<igiiiii-se o sile~icio,...
iiin bilrnificntivo e \,riiosu sileiicio crniio s<. todos tivossemos o
l>~cse~itiineiito de nlp~?iiiincoisa siiiietrn a ainn:iq:~r-nos.
Uins depois, a p u r o ou preieiitirrierito; qualqiier coisa e:iifiín
que 130s Iciiibro o disfarce &i iiir>rtr, tillecin eiii Taubató o dr.
Fr;ineiscn 1IIalta Jiiiiior, iinicidu 13.78 r,a<iiirll:~cidade, baclinrel
eiii direito eiri 1878, riaaço socií, corrrsl>oiidciite, deputado fede-
ral, uni dos propi~lsorcsdo prugresso dn sii:~ tiirrn riatal e ri'pu-
hlieario da ttriiipcra dos que <~.iivrllieceiii~ ~ 1 1diloi~lui~.
1 nas i<!éas
e iio c>it,iiiisinsmo o ardor dn rdntlr jurrnil. Portiri nUo e m tiido.
Golpe aiiida iiinii, p u i l ~ e n t ee !r:~qociro nos est,av:r reservado
para alguns dias iiinis tnrdit. Rouhavn-nos n inortc i i i ~ ~ x o r a v t ~ l ,
qiinsi q i ~ esiihitaiiit,iitr, o a i i i i ~ o : o eoinpanlieiro d e sempre, o
i~iclitoperuuiingerii cujn iiit.murin S L I ~ ~mdii C T ~ Z mais vivida e m
iiiinha alma, puiisidn da etcrrin sz~udade.
E d u a r d o l'rado, que liavin quatro di:rs reFrpssara do Rio
d e Jniinirn onde estivera par alpuiiiaç sei,inirns. fallecia vietiiiia
da febre ninarrlls iitas;;~ cnititnl o cabia-raie aiiidn eni shrte, iir;se
doloroso transe, ajtidal-o como airiigo a dar lia vida o passo der-
radeiro.
h r s t u i i e f i ~ c ç ~Ro o IWzar que ?sta triste norra provocou vós
b r m o vistiis nas mnnifeatnqües seiitidns qno de toda a parte nf-
fuirnin, iia dür sincera que ge deseiiliara em todos os sernblail-
tos de :iii,ig!is e ndrcrsarios, r n r iri:~nifestr.q;ies da e:i.ejn: riiiolii-
iii:.o I>~l>lir:i rlrstc yaiz rp!iii. todn r.lla se eoiiiinareii coiii a iioti-
c;;, suliitanea desi:, iierd,z irrcliaru~el.
E<liiai.do Pr;id~>.iiii.iis iri,l?ort~s,nos quareiiín e uiii niiiios
de e<ln<l<,, tiiilin liiFrndn lia rii:i l~ati-itxr iio t;x:rnnfi'<.iro (:s?a 110-
toi.ir<l.ri<!e~ I . , C >6 o a~,:,nqio dos inlr,iitos d<. i ; tiiiliii-se
cuii.;tiiui<:o uii:n \<,i.diideii.;r iiiitnliilidnde, 111x3 fignl.:~rr1iiesi.nta-
tiya dii m;iit:ilidndr! 20 ii<issii 1i;ii;~ pela 3u:i vnst:i eriidi<;;io. ~ i c l a s
siins Imrrjdiicj6es litte~.cri;iç,~ i e l osei, enr;ictt>rl jirln siin , pelo
seu gi;ii~dedcl-ot;iii,eiito i; caoiri l>i~lilirnc: lieir,cerido niiirln j o v t n
cuii!n C i> ~ > C W W C a o ~ 1 u : ~ r e n tea 11111 ::111101, e m in<:oiitr~stavrl-
iiit.iite iiii!;i ~ l o r i i dr.t:i rcisa: II~II:L illdiiidualidiide d:1s mais
einiiieiiti~s<lesir liaiz.
?;;iicido riii S. l'iinlo, :<os 2 i de J~'i~rc~i.eii.o de 1860. T<:du:ii.drr
I'rndij. <i ni:iii iiio<n dos hllios do <Ir. 1I:irtiiilio cl;~ Silyn I'rado,
6 d;i i,\iiia. Sra. d. Tr.i.irliaiiii V;ilerin da Silvn IJir.do, a q u i
criweii sob as r-isins patei-iiii,, a :iliiin piedosa e <<.riia roino n
soul~ci.;i fc,?.i!iai. iiia ri,i~ri.n~ii;! iiine, o esliirito cli<.io de r i r a i i d n -
(Ir, n iiitr.!ligi.nein a b r ~ t nc ciirioin n i rstin~iilndn
I e d;r y;iioz;gcii? <ias catiil>iiins de I'ir;itiriiii~a, i>rssc
liorizuritr que se Ilie d<,ii.rrravn in;iis nn>l,lo ainda qiiniido obscr-
i a d o <lns i,liiiiieiicins da Corisolaqùci. por drti$s c1a r,gr<,jn e d o
vi,IIiii rulii-ndo lnde;<dri <I<. jardins yiir ibi por. Ini-gos niiiios a re-
~i<liiiciade ma 1::inilia.
Sost<, lugar, ?nino nprirtndo d : ~cidade, n qiinl bim loiice
c s t a \ a dr! s<.r a o1iiileiit;i cnpitnl dt. lioje, o ,io~-eriEdilnrdo \-lu
llaisar uW''.us j3ririieii.o~ aniius i.iitrr- i ~ 3ciiricii~s:L: vigiiniite so-
licirndr de siia n~rte,s<,~~lilil.:~ ~ I I <conl
: JIISI~CB jii se ~ O I I ~ J ~ ~ i O L I
iii2e d < , i Gracrlioq, que i ~ s t i . ~ i ü < ~ e i d : ~ <>
i ~ ~:iii>avn
e i ~ t ~ :e ;i8 alegrias
r. ;i riiiclnia eoii~ii-piiria<liw coiiipn,ili<~irosde inf:~:.iiiciae de es-
tiidor yiie rllr s:ibia attraliir ;i casa I>ati!rnn.
L)nlli. d:iq~~e11:~~ t,mil~ellci~a qllr -e C « Z ~ ~ ~ I I . C 110 I Iiilnhit<*
CD~~~~
da i n s t a pi.o;>riednil<., tr:iii,]>oitiis as aleas de j:-,bntirahns r d e
iiin~n01i;is. r as t;il>etes dr, F ~ L I I E que~ dr~ciri~lilOS jnrdins, a
~ i s t ns<. :iloiign lir,I:is varzens riiid<: dorliie o Ti<t< alagzindo a
ltlanicie, dciiuiiia as cnniliiiias loi~rasdas Pi:rdiies e das collinas
distiiiirra ],ara o Itrn'o dn. P<,iilinl ;ibi.ariyr o iecorte pittoreceo <Ias
ico:iiniili;is fruiiteirns que F P snri~c,ina o r i e ~ ~ t Ce ,, pela tarde, no
pí" '10 siil. ~,iiile-srrtintenqilai. para :iltrri dos arvor<.dos e r ~ n i o s
qne e~~snlii.niii o cetiiittwio da Coxisiilaqâo, ao bello crrpiisciiloru-
bio-iirii;ir<.llo, tUo frequ<;nte no nosso ri.": o qiiadro de rnelnii-
rolici! poesia eoni que n i~:itiireia adorniecerido iios conrida a
sriiiiiiri. e 1103 I<!T-~LII~:I n nliiin 1iai.a Deus.
Por di~niitodo i e l b o sobrado, rnsgado de jaiiellas niirrierc-
sas, a que dti i i i ~ r r s s oo Inrgo 1ioi.tuo dr ferro, ;ihriiido yera iiiii
11att.o 1:igrndu rle granitn. 1>;isinin n 1 n i . p e-tvndn d i ~S<,roc:ibn
o de Itú, d:ii iiinis trafr;;idai dri liroriiiciii, r;ti.adii rlirin de re-
cordncües historicas, o cnliiiiilio dos ct,iiqiiistud<~irsrio s<trt;io,dos
venee<lores da Guiará, dos eoli>iii~ndnirstias liaiiipns do siil.
Pnin a fiwite, di,ce<~iidocoiii o trrieiio Fiara o I:idii da iliii-
cara do mnreeliiil Ar<iuelirfi:d<.icobri;:-sr a rurnriii rara r feia.
110' <:ntn: larn11,jnri n~iinrrllos. t.iiiiis, deiiotaiido qtie n cidade
progwdia 1wiueo par,, esse lado. A3 riins visiiiL:is7 innl calqadzis,
irregulars,, i i i v a d i d : ~lir.1:~
~ i.r.~etac:io r:iitair:i, coijio tod;is a i i.ii;is
dos siihiirhios ~ioi,rr,s e r~qii<.cidoa,não tiiiliitin aiiiiiiuq&o iiriii
vida, irias eralii de uiii liittun.;eo ;idori~rcl :io liai. dos eostri~iies
sinil,lrs r: in;<muos drssu < : p ~ r i i .
?úcrje triiiyo, S. Paiilo rlc.ilwrtaia ;I~I<:EXSd r niii tiiryor qu;isi
st.cular riii que se iiii~r;iiilinrn, dei>ois~liic~ n seu !>oro se disl>ersoii
lpr l o ~ g e ~ t " r a sfitnr1:indn
, iioy;~.; enliit:rni:l-. dercol;rii,do ouro.
11 cidade era tristciilia e sriii r,oiiiniprcin: a pol>~l::ic"opequeiia;
as coiimodidad<!s 1,oilrns. A deslirit<i di, zrr n capit;il il:~ 1ii.o-
vincia, :L cidade iiho tiiih;i niitia i n o t i : alt:ii~ da rlr uni
centro de admiiiistray%o e di: rstiidos. -4 F a e i i l d n d ~ de Direito
pela alia ineiitalidr.de dos seus 1i.nti.s I (pela pleiadv hriihanto
dos aluiirnos cliir :L fspqiieritn~amrrn entno n nota doiiiiiiaiite lia
iiiodeit,n soeie<la<ledi, iiiiia czi]>itnlde jiri>iiiic.i;i.
Os rnellioraiiiriitos rn:iti.ri:i<s qiic t;iu drl>rrs=a a dnriaiii
trtinifurriiar ~iiaistarde ii8o se inir.i>~i.aniainda. T~lLalli;~\-z~-se
n a constriicq?io da ~iriiiieira estl.iidzi d~ fer1.0; n d r Si~ntos:b 51111-
dinliy, qiir d c r i ; ~ligar ;i rnl,itnl ao snii porto de ninr. r por
onde se faaiairi todas as eoiiriiiui~ir;i<;iii.ficoiii o Rio de Jaiieii-o.
dlgiiiis niinos depois a ;ui,rrn roinpin 1103 caiiilios du sul.
$ 3 T I ~ I S U P trolir?~~ - i e t o r i ~ s n
elltl'rlTalil
i (1111 .\lontt:vid<~o1'or Pny-
snndú. O l'niagiiay se iiiterliiiri iiii::dc diins proviiiciiis bra-
aileiias 1 ~nt;io por cinco ai11106; R liict,a tuiria ~iropuryòes" ~ i -
eas, d r d e Itineliiirlo nt6 o ,\qiiiiliib:iii, desdi. o Passo da Pntrin,
por 2 1 de Araio; HiiriiaytA, Irororri, Lonins i'aleiitirins. Pirnhrhiiy
e Caiiil~o Grande., n iirmos;~ hniideira Ilasiou rictoriosa, f:~zriido
baqiiriar iiina tyrnnriia e arrcrtnnda ;il>ds si n fliir d a iiossii iiio-
eidadr, lxitriotica.
A inimigrn<;;io i i i o drspoiitarn niiidn. e; iios nossos cniiipos,
trahalliii\-n o braqo s r r r i l dr eiijn libertarão iiâo se cogitara se-
não \'agaiiielite.
D<isl>r;ira\-niii-setodiii~inos sertüi.~, iiaras ti,rrtis de cultiira
se n11ii:iiii e os nbnsrndai para alli sn ertiihrleeiaiii, coiiil,ratido
rastas I>i.oi>riedades, ereaiiclo lnri,iir:is iioriis, ftizrnda reservas
para O futuro.
Foi iitsse tr~iiipo e iii.sse ii~eioqiie dccorreu a infancia d e
Eduardo f'rado.
Ciirsou por algiiiii teiiiliri a i aiilns d<i Sciiiii;ario E18iscopal1,
entzo dirisido Iinr cayiicliiiilios frtineezes ; niatric~ilr)u-ia d ~ p o i s ,
ein 1 8 3 , n;i Faaiild:~d<,de, Ilirt,ito, oiiviirdo a. liryão dt! riiestres
e~niiientesr tendo l>or c<iiidi~cip~llos, e:ntl.,: outros, Pedra Lessa,
Afonso Ci%l,n,.Jullc> de ;\lesiiuita. Julio do Castillio, Ba~niriiido
CorrCa. As'is Brasil, K~iill'oiiil,ei,i C Theoliliilu 1)i:is.
« 3Iiiito in«qo, muito intellii.t~iite, iiiiiiio s?iiiliathiro. qiinsi
iniherbr: e iiiarido liiiietns, diz Vnleritiiii hínyalli;~es, seli a~iii:.o
rornliniilieiro dr b;riico, i i i u podia o Ildunrdo 1,ass;ir deipercr~hido
n<ij ollios :ii.;iitiis e iu:iliciosiis do origiiinliiiiio !i,iite c!<. dirt~ito,o
dr. J d o Tlieiidixo liavier, de qu<.iii narrou rr>in fino eii;:.i:nho e
Ijún giay;: i ~ sl>i:<i~xri:~x C cxtra~,a;nilci>l~Lu<:io da hleiidoiiqn eiii
s e u r<,ceiitr livro^-Hoins <1,! Or,iii l e i i i p a
r I'or isso, coiitiuicl \-:ileiitirii \Inl;?lh%es, rrii. frcqueiitrmen-
te chniiirdo a licci>cs e iniihntiii;is eoiii iiiitros d i s i i n ~ ~ i drielas o~
eitndas qiialidn4es.a
Spssc i>erindo ac;~deiiiico de nosso estlldanto, a i i n j i ~ e i ~ era sa
entjo :i ;ar&ia niide ti,iidinni os tnl<ntos juvenis ensiriaiido r6os
iisxnrrijjndi~s do f ~ ~ t i i r o .Ediiiirdo Prado <, l'nlcntiiii híagn-
Iliaeo, <.leitos rrdnrtoi.<~sdo l , ( i l , ~ z i . i ~ ~ i i nhi
, i j ~ e i i i:ia suas :>riiiiei-
T i l i arliias.
aEdii:irdo era j i o iiiesniu que aiiiios depois a todos a l q ~ a -
recin: muito i,iyolie e iiiiiito risunlio: li:ibitoiele;aiites, inau eiin-
I~les: trnrto :irneiln e fieil : distrahido, trafegii, aliresx;rdo.~ (11.
Xedi;iii iii;tis tarde coiii Gaiitoi. TI7ei.iittili, Franeisen Bndarri
e outros, o ( ' , ~ , i n t i f z i c i ~ , i i i i T .
Eiri IPti:, coiii Rniil Pniiil>@ae Talentiin fi1n;alliAt:~ esrrc-
via iia C ' r i i i i e r l i i r , funda<l:r Iinr cite e que 11oiico iiiais de cloisiiie-
zes diirou. S o 31l?i1110 aiino escrevia iio Ei~ti.'nr:to,r r r i s t a heh-
doiiidria illostrndn da re~~ioiisnbilidade ostentivn de Valeirtiin e
Eaequiel Frrire e onde taiiibeii~eoll;rbornra. ainda qiie occulta-
inerito o Caio 1'r:ido.
A prcdilec<úo littrrnrin do E d i i a ~ d oera ent6o ],ara os ;~s-
sumptns liiinio~isticos~ Iert,s> gracioso~. E1.i~esta Inestnn t ~ u l adils
feiqiies nnturnrs do seu esliirito.
O nrtiio de fuiido de siia lavra, noticiando o drxsapl>nriiei-
ineiito dn C ' m i i ~ d i a t: uni iiriiiior no grtnero. S o iuesrrio rstylo e
de coll:i.boray%o coiii o i i t r o ~ l ~ u h l i c o i ~o roriianei, I!iissiitirri, que
bem poucos conhecen~hoje.
Entrrtaiito, coriieqoii ;i escrever iio ( ! o ) - r ~ i o R r i i T i s t o i ~ o , or-
gani da 1.-iriüo f'(,~lsri.c<i<lo,ri,forriiada eiii i i. clivfi;~dn por
a r u iniiio, o coitsellieiru Iiitoiiiu> Prado, iiot:ibilisiiiido-se desde
1<1goO joven estudniite lirir sua i t i 6iin e 1iuiiior:stien dos
ti-;ab;illinç da asseiiiblta iirnriiic.i:il, uiidii n situnqàoliLti:al, rccciii-
iii;iuzurada, tiiilia corisrguido f;ieiar caiiiain iiiianiiiir.
= X o iriesino dia eiri que coriierou a funccionnr a nsseiiihlCa
provincial, dia uin abalisado critico, destacou a iedacC%o ilo
Coiieio i'<i~rlistir,~o,para fazer a reliortngt.iii do que nlli acon-
tecesse, uni <>studaiiteseiii ~,recerlerites jornulisticos o nljerias eo-
nhecido nas rodas aendeiiiieas liela I-ivacidacle rle suas rrplieaí r
pelo habito de ler jornaes frncezes lios honds. F i n o , sriiii-
risoiilio, a tirar e n eollocar roiist;~iiteriii:iitco ]iil~ce-?iez, tainoii
Ilduardo Frado, pois t!ra <,li<,u iiaru ,.elir,rtei.; o seu logcir erri
uina das inrjas qrie, lias antiga> nsseriiblt:ns liroviiieitxrs, os or-
Fairis da. iiiilirensn colliir;~vuiii.á siia crista, ileiitro dù recinto r
e ~ nlocal p e iriais llies coiivirirsc.. ..........................
....... a Logo Bç l~riiiieiras (.l~i.oj.i~icl!.s({<L i l ~ s e ? i ~ h ! i ucllro-
,
iiieas riiodeladas pelas IieqGes dn iinpreiisn ~?;iriiiciise,hiiriioristi-
eas, de uma sng:~eid:ide delien<la e iiiiliertiiit.iito, corirz i: iiii-
~orn~ireheiiderni~i os depiit;idos libernrs qiie tiiiliniii geiitr
pcla pruu ................................................
« A Ci1?i.riiLica do As.seiirli/iii. vnli;~iiiiia li:iceada oliliosicioiiista.
S;Lo raro O que ella iiiseririi iiiiiuin iin direeqio do debati*, iio
ruuio dos diseurses, no resultado das \-ota@es. Sei11 rttarn:ir
iiiuii oiiensn, rrin desperttir uina aniiiioaid;tJe, u ineuiilo joi.iin-
lista, eonservndor desde eiit%o, soii!ie adiliiirir r. inantcr n o ani-
ino dos S?,IIS adrersarios rcsn i s'iiiyatlii:a iq~ir i., ninùn
liuje e jiiiieto no srii iadnver, o rrcoiilirciiiii-iito o iii;iis eloquznt~.
d a sue suliericridnde intt.lleetiia1.
x Passnrnrn-se ririte iini alinos ali6z 3 rstii.3 rle 1-duardo
Prndo eoiiio rcporter. Afastoii-se ellt: d:ii terras jiauliatiis; via,joii,
muito ; ............... rscre~-eu,escreveu iiiiiito e iiiiiito heiii;
................ coiihecin conio l>oueos o passado do iiossor>aiz;
suliiii iio eoiieeito l>~ihlico,adqiiiriii ftinin eurupi-a, fez earrcira
no animo poptilar. Era iima realidade r iiiiia rsperanqn.
« X a s do Eduardo Prndo qiie e u coiilieei, coiitiniia u criti-
co, que e u apreciei, do Eduardo Prado exija \-ida. piihlica seni-
1.11~me prendeu a attrii(;io observadora, o travo que iirais fundo
nie penetra n iiiciiioria 4 o darlurlle iriexiino re1iortt.r que, rni
aina coluinna d e joriinl, fazia &elite n trinta r seis del>utados.»11)
Darli:;r<~l r , i i i <lir<.itoeiir IXtil., parriii Ediinido P r ~ i no l ~aiino
se;iiiiriii 1 ;:rn « erti.::iigeiio, iiiiciaiido a i siias 1vng:s c rrpetidns
yiagrii;. Foi ltriiiicii.u ao Ria dn I'l.atii, a uiiia rxliosiqfio eni Dur-
n<~s-.iiri.~:t,i.niisltos os Alides; esteve n o Cliili., 1iereorrr.u ii v o s t a
do P;:eit.;cii r tornou 30 B t l a n t i ~ oatravcssa~~d,> iis I:stado6-rnidos.
D v i ; ~i i:igeiii ria Anii,i.ie;r publicou ;i. s~iii.oiin]>i.cesiit.s iiiiin;ic
cori.r~.pi>i;d<,i~cias rrii:etiid;ii ;i ( i r i z e f i i dr 3í>i;cllisi
>'aisou deliiiis dos Estirdos-ITiiidos A Eiirojia onde loiipa-
irieiitr i r : dei,ioi.c>ii r;;rjaiido r catiidniido; ~.isit,oua Cicilia: 3:ti:ta
r o I.:yyljto: fca n volta do iiriiiido, saliiii,Iu dc Li\ei.liool liara
I\oin-Yorikl linsiniidri a S . Fi-aiiciico ila l i i ~isitoa
a s ill:a> de 5;iiidivirh e ii duntrnlin; t~ti;i~-esbo?i a Irirlia r rr,gr<:e-
sou ;i í '.: i.r i , ~ p 1 > o Suer.
~ ?lais tnrdr. r<.;ito~iu curso dessas via-
gi.iis. ~i3ii;tiidoa Syrio, ;I Pi:leqiiiitl, Daiii;isc<i, depois qile ~ n l -
tiira cio Br;i,ii J<: qiir riiiLii eaítido nusentc 1,or l.'l~:wicinco axinos.
Prrviii r:i!riu, diiraiite riirtn ~ , r a z o , c r r i 0 qiir n a legn!ùo
brriil<.il.u riii L,oiidrr;, eoiiin :i<!dido de ~t.?uiida elnus<,, riinx s c m
i';re<.rpiii.te do corllo <liiilcininrieo r rrm ~ r i i r i n i r i i i ~ i s .Ali- nlli
iiiil:t~ i<:cehido distiircqXii : i l p u i a dri gor-t rrio iiiil:ei.inl, nunca
se ;ii,l,r,~\iii!;irn do tliroiio : iiriiiinni cargo iiuhiico r!xcei.cer;i. A
T>olitica!,no o seduzir;: eriiio o tiiiiccioii;ili?iiio liuliliro riâo o 10-
griirn r.iii1,ulcar.
Foi iii.,tn sit~ia@oque o ,-rio i,iieor!ti.;:r a rcso1uy;io d e I 5
dc Xui-eiiiliro i i i i r , derrihou u Iiiiiirrio e riiin noticia <TOOU subi-
tniim ~irlr,!2uA1in i.stuliefact;i. >: iUi eiitio qi~i:Edi?ai.di>I r a d o ,
I e d i d d e I r iniiieiua dr. indirii:i<;%o
qne 1,rotaiii d a i coiii-icc:i,<:s siiirrres, nltIiui.eri.iil coiii o iirilhu e
\.r:L<~iiirii<.inde iiin o esfiirc;ido, toii:ni~du a deCc,zn dns
i~irriiiii<íioid<,cai<l;isi. destrcl-:irldo pelas eoli~iiiiiiisda Ri.cistn de^
I'oi~tii!g~tl. iio* F<rato.s < 7 i ~L)ictrirlrira Llfilitiii. i i r i I:i.nsil, a?iipnadoç
1bor F'riilrticrj de S.: os primeiros e iiiais ci,rteii.os ;olpes que
jniliai.; rercbrm a ri:iiuhlicn praclnmiida. t m 1889.
0 ,i,i,lnrite, o eitudiciso, a horiir,iii e l r ~ a n t ep e at6 i ~ l l i l i u r
recin d~sliitevessai--'r dai coisas iiiil>licas de seu linia, o littrrato
gur rel>upx:rL a l'olitiea r os seus ~irocc.;sos. aTreii1<~sçal-a-5c
agora coiii ;,>do o rigor e eiicnriiiyiiiii<~ntodos jovens liici:~dores.
e ~,eii<!tra\-aIin li?:, com o deiiodo doi niiiia nguer~idose a ~ i i b n t ~ s .
Dessa é~>ocliaeiii dizmte a liolitiea ri~ssoua ser :i paixao doriii-
iinntir eiii siin aliiia.
Drsta nttitiide de Ediinrdo Ymdo Iinra com a i iristiriiiçúes
nnseriitcs si> llie r i ~ r a i i idissnl-orrs, l,ersegui<;iies e iujiietissimos
coricrit,oi d;i 1iar:r de sriis adi.ei.i:ir.irii. Elle> por6111* tinha to-
niadu iiin liosto de s;icriiicios; era uiii e o i i ~ ~ ~ i c i qiie d o cedia a
tbrya de seu ideal e dai siias con\.icqües.
'rillha, para si c~nf,estava ~!~11~~e~1~1:1~10
11tl ~nlilisn o ~ ~na
r ~n1:lis
~ ,
generni:? d i ~ ic:uiiii:%:i!ins ~>arii<iticiis.
3loriii-o a cr<>:i':aiii.r:iiKad:~
d e qiic a rrnçío brasileira se tiniin sacrificado ileix-iiido <,aliir as
init.ituicõ~~sinaiiareliicits que ti~ih:iiii virido eo.ri rliii di:*dii i>ber-
ç o . 1: mia creiipn que o 1 e i . a ~ ;>L~ e,iti,~xi;ar oii n ol~por-ir a
corr<wtc. <~.t~tho irresistivel dz~sid6as t r i ~ h ~ l ~ ~ I ~, an ~ i~era t~, e snelle
nein riBef,~iilisiiro coiiio se ji~lgoii, rieiii sioiplc; rhiiiirrii. ntisada
no l m ~ r i d «de se distiiigiiii., 6-m ;io ci>~irr;~l.io iiniii c o i i r i c ç ~ n&>ri>-
funda e realissima do seu cspirito ciii<: a ~ f i e x h oe o est,ndo ti-
nliniii rol>u~tiieido.
Ri,frri,-nos iiin dos seria nl~recindoresqiir n l rrcelwr eiii Pa-
riz a noticia da dvpociqho do rrliio iiiil)erudoi., seiitili abalo t j n
grande, que 1neci110 I I ~ L sz~lad i ~red;ici::i<i do joriinl oiidv iiíra r<>-
Itirr iioticins e purineriiiri,s rlestxrun "rir pirtntu. Era uill iiiieero.
Desde riit;Li~~ o I~oliticosolirrliiil a o litterato.
S o Brasill drsde. essa i,l>uclin, ~ i i i oiiii~iso l,c~:dc;.ii!i~ de: i.istz~
ainigoi r a d i . ~ r s r ~ r iI[RV~:L-;~
~~. iilii105t<li c o n ; i d t t ~ : ~ ~deù ~10d0'.
coiiio iitiin eritid;ide s ~ i ~ n r i i pnrii ir riuriii nitd:i iriais je pnssn:i;~
no sceria~io~ioliricode sua j~ittri:~se111 a ~ , I ~ C T V C I Idit ~ ? L6118
O
critica, e do seu juizo 1ueidi;ii;rio e coi;ipetoiitr. Liis o ,O~.IG\ -.. , -.CL,I
outros o temiuin.
O liorriern d<: lettra,zi, i,in ci!jn b:i?:yeiii lirteraria; af6i.n os
espnrsos n r t i g ~ sde iinpri>iisn, se n a s i ~ n : ~ l n v nii~~p~r n a s2s T?IJ,EIIS:
n a r r a t i r a i dt. II11IR h e l l f ~ z i~iesrsiI>ti~-&
~ ndrniriri<.l, e rerclarido a
mais wbit.nri<.ii>saeriidic%u. briii roiiii, doi; i.scelltmti:-. i~stlidos,
um sol>re R z~1.t~do liri~iile outro ~ ( i h r en ilnuligrn<:Xo, 1.3cri~toi.
cni fi:~iirei e p<ihlic:tdos iiii, ohra-J,e lii.B,qi: eii Ik,Y.q, n!ilmr<,cia.
a,y6ra r o m i i i r i I>ainiih!ariari,i rigoroso, iiiii c ~ i t i e it?sti;inrrliiiil.rin,
~
nos F < ' i ~ ~ tc70. : i s I)ict:<tiri<i Llf;/itai..i i ; ~I / ~ I L . sA~ !o> L R I - ~ C110s
< L Iar-
IIL~
ti,qi>s de i.rd,zeq:ia do (?oiniitci.rio rie S. l'r~iilo: jorilal <lu<!a q u i
adquiriu r riinntt,v<i para a <Irfezti dn eausn ii;oii;ircliica.
i i l~ajxuui~oliticidoiiiiiiriii-o i«iiiplrtameiite. Com elln fez-si?
afouto nti, i trrneri~lsde,;~Roi,taliclo n colrr;i das farçi><i3.
Oiiaiido eiii 18!i3. toda i! oi>iioiic%o , , eiti~iiuii<!ee~.a.I: :L iiii-
. ' I i I . . . . I, I r r . i . -
i I...t I I r : . , i.. ri . : . I I l i . i : . ~ . I .- I I. ..,
t.1

L I ' i ! : I . I / i,.. ,. ,,, . . r i 1 .i!,,.,.


!Li

g r a n d e repuhlicn an~lo-saxiiiiia que eiii.$o se npoiitaua eoiiio o


veriln<lairo inorlrlo a srquii..
= Nào febiti. a h i o pulitic<i, fala o patriota : exliort,~-iioi a
abrirrilos os olhos 1i:ira os Iittrigos dn doiirriria de 31i,1ii.n<,~ coiii
n qu;d ii;~rlit teiiios a g;riilinr r I,odriiios tiida lierd<:r. O.; factos
vàii <Ieiiioirstraiido, diz C~z~jistinrio d e Abreil, e+jns ,>aln~-i.lis
a q u i çitaiiios, se elle tirilia ou 1x20 r n ~ ; i a . O livro 4 e3crij>tu e m
hello estylo, clirio de ii~iiaeriidicão copios:~ e l>recisn, rara eiii
escriptorrs ~ ~ r a s i l f ~ i r (1.1
os.~
Mas, iiXo obstniiae, o livro foi confiscaclo e seu autor, p;ir:i
i,.iitnr n pris%o, t e r ? qiii? sahir fiirtir;~merite d e siia fazenda do
Hn.jBo, atravessar as yertites de ?iliiias, gaiiliar a Rnliin, cmbar-
caiido-se erit,ho pni.a n Eiiropa, oiide prrinanrceu at6 depois d;t
revolta.
Foi rn:iiu 0x1 uieiios por cssn iIl>oehn que roliheci F2duardo
l'rado i, que iravailios e que a i circuiiistaiicias aliRx 1130
corisr~itirniiifossi>ili niiiito estreitas iieiii denioradns.
I3lltr ni,~inroci:i-mec.iivolto jzi iin iria :~iirt.iilade persoiiageni
politico, de pe~ripl~lrtarioteuiirel qiie :i faina consagrara e ra-
i'ido tairihriii ilesnlitiai.ecia-me por iiinn dessas liifi~dusrel~eiitinas
tão eoiinnuiis lias Cliorhns rrvo1uç;io. SRo pude cnt8o fazer
dellr esse jiiiao liesso;il seguro que i). syriil~atliia ri,cil>rocn ci-
niriitnsie c logo s<! eonri'rteeie 111% alnizade affeetuos11 que! de!-
lmis t%o intiiii:tnir:iitri nos ligou.
Ilel~oisdo iiosro 1,riiiieiro encontro quv, srgriiido mc recordo,
foi iio Yliiraiig-; onde it eoiiirideiiciit d r uiiii~\.isita ao 1no1111-
rircanto nos reiiniin a c,lltt e nos drs. Di,rhy r Uezzi, só nos en-
coiitr~tmostres ailnos depois qiiniido drliherada i% coinin*iiioraqno
tricriiten;iria de .kiieliirte, « C ~ , I , ~ I I L<Ic< >,\1
I - ~J'CZILIO
~ O public~~vn
as thesrs das coiifi.ri*nciaa a S B r~i~lisiirems~lenlneincntr du-
rante o aniio e heiii assim os nomes dos confererites, entre os
<,unes se acliitvn o rireii.
Se isso foi sorprraa para qlinritos leiaiti o Ci,iii?iiei.ci,j nn-
ilnolli: diz,. ,,fira ~niiiifoi rstiip<:faceúo. iIclrara-me dcslorndo
Iwqn~nirior ~ c t r etantos escriptorcs e orndorrs eiiiiiieiitrs e fui <i
priiiieiro a ruiisi<leinr ilifclia a iiieliisão do iiicii nome naquel-
Ia lista d<i not:ibilidadrs.
Prneuri~ilogo o Eduardo r disse-lhe poiitivaitiente que iiuo
neceitava n rdi& b o n r o ~ ainc,ltr~hanci~;illleguei 1nntiros VILT~OS,
sentia.nic. inferior i mirihn t;ir<if*rc drliois, disse-lhe coneluiiido,
1)OCqI"P 1I&O Tlle C ( > T ~ S U ~ ~ O I I ' ?
-Coiisiilt:~r ?.. . nisto nXo ialiia eu! respoiidrii-me de prollilito
o Eduardo. J;i yiri vosse ncceitar ;ilguem cuisas destas d e lioni
s r n d o ? A' consulta s e g n i ~ s e - i a infallivel rtkeusa, ou, quando
iiienos, iiiio fiiltariain ILS discussUes, as ~ S C O I I I(lu ~ S prefereneias
por essa ou por aqiielln tliese, o yiir traria d e l o n g a r nós n%o
ttmos ternpo n perder. As tlieres são iiiinhas; os conferentes
fiii e u qnmn OS exollicii.. . e ajuntou rin.li,-se-r, como nohlcsse
.
o h l i g e . . . qurro ver l i qutsn1 s e r i capaz de recusar..
E i~ingrirni,dc facto, recrisou, porr{iic eii iiio recusei nia is....
E s t a r a escripto que en teria dt. f~rzera terceira roiifereiicia Au-
chietana e 6,. ft*.~.
Desse teinpo data ;L nossa. iriuis intiina conrivcricin.
O interesse que Eduardo l'rarlo tornava. Iiela ininlia paFte
n i o se descreve, iieiii jáinaii Ili'o a-radoctwi hnstantc. Envi;i-
v&-me livros, perjunt:ivn-iiit. sc seritia difficuld;~dc?s,indagava. se
j i tinlia feito alguma coisa c*, um dia de sur1,rtv.a z~pparece-irie
ein cnsn querciido \-?r o que, PII jii h a ~ i arascunhi~do. Eutie-
guei-llie as tiras eseriptas da ininlin cciiifrrencii~ e, recebeiido-
na, r ~ ~ t i r o u - scomo
e qiitm tiiilia lirosçn de tirar uina durida do
seu rspirito.
Ko dia seguiiite, 1,rdiii-ine de liaasar ],ela redacção do C?o>ii-
rnei.eio. R<iceheii-iiie coin o iiieii irianuscrilito na iiizo e, fitan-
do-me coin aquelles seus ollios myopes iiias exprrisiros c boiis?
iuterpelloti-me :-Sampaio, voss<i riuricn escreveu ? quero dizer
iiunc;L fez ensaios ria litterntura '? Ilespondi-lhe negativuiiiente.-
M~LSentão, ~>rosegiiiiirlle, coiiio <: que consegue fazer isto'?. . .
c, aprrsrntando-iiie as tii-ai eseril>t,iç d a conferencia, :ijiiiictoii :-
. .
rnagnifico,. . extraordiriario.. vosse ~ x r e d c u - m ca expectativa,
..
digii-llie fmiieanicntr. .
Coiifundia-rne nqiielle enthiisiasiuo, decerta: oriundo iiiais d e
setis seritirnrntos bons do que do merito renl do meu trabalho e
yroxirei exl>licar n coisa, Irriihraiido qiie a belleza da these nie
favorticin ~iiiiito,qiie o assiimpto era ,grandioso e que a confe-
ri~neiadelle Eduardo. uin liriiiinr, como ns dos qiir m e hiiviain
precedido eram rerdadriros itiuniinieritoi de eloqiieriei;r que de-
via111 ter-me estiniill~ido.
-3Ins, quer que l h e diga, ;ijiineton elle affrrtuosainerite,-
seja si, engenlieiro, nzio se deixe seduzir liela litteiatiira. ... isso
entre nós vale pouco ... seja só engenhcirn. ..
E niandou logo irnliriiiiir a conferencia; queria que e u n
lesse varias vezes, que ensaiasse a leitunt nas mttsnlas lirovas
para. qiic me não atrapalhnise na occnsiãn; iriquiria se eii tinha
voa hastantr forte para sustentar n leitiira liar longo tempo :
queria que a minha conft*rrncia tivesst! lirilho ; annuncioii-a coni
elogios pela imprensa, insistiu pnra q u e fizesse uni iualrlra de S.
Pi~iilodaquelles tempos para se distribuir n a occasi20.
Comecei a coiiiprehender aquellu alma d e amigo desde esse
dia em que o vi exultar com o alheia surcesso, successo q u e e l l e
apregoava e que elle encarecia c estimava como se f0ua s e u e
que, de facto, seu era porque fiira elle quem m'o l~roporcionara
e q1ie.m tão gentilmente rri'o prelmmra.
Citei-vrs estes factos, nieus se~iliores' que de a l p i n modo
frii;liii d<: iiii?ii~:i pnrte 1,iia i t i ; 1iai.a briti pintar-vos
qi~;iiitn bi>iidnil<a,iqiii~iitnsiiperioi virtiiile sr r ~ i c r r r n ~ u uiiacliii.lle i
iiohilissiino espirito qiir n ,,<,;a fatalidade t;io rede 110s roub<iu.
qiiia e u que a iiiilihn iiiodrstin egoi~ticniiieiite,porque
tairil,etii n iiiodt:stia teiii i r u e,xoisiiio, sti nntr11iiai:sae sn l>rillio
exci,ll<tiiti roiir que tielles se :ipres8nta esta f ~ ç rd i ! ~iiisis cara-
çtcrisrica; duqiiellz genio nniigo. Sao teiii aqui o direito d c
exliibir-8,. n iiiiiili;~ liurnildade lir~jiirlicai>rloo iiierito ue c{uniii
ti.% j i i z .i riii~iiia g r i ~ t i d ù , ~ .
.L c<iiiiitreni:i;rs .411cuiett1!i:~s 1160 10g1-nl'81ui l>nrG~:l, chegar
n s i ~ itrr!iiri. Graves l>r.rt,iiih;i<G<,s~,oliticaz sol~reriiido coiii os
desnitres iiiilitnr<ií iiijs si.rti,i,; da B;~lii;i corniii:,\.cni!ii l>rufu~ida,-
nieiite X: l>iilv~l;~q;io di.sti caliit;il <, foi<:iirniii u iiosso coiifradi: a
deixar i i srii posto n;r i~nl)r!,ns&r ~etiriir-s<l1iai.n r> extrnriseiro.
As cuiiii~rri~ri;ritiv<!rt%ni( 1 ~fimr ~ i11t<~rr<rrr1,,icI8s. ll<trqu'i?til-
tnii-liies o is1,irito director: I I ~ : L S , niiiila. i~ssii!~,rllas deixiiriu>i110
aniiiii~l~ulilicoa iiisis fuiida iiiipres~i'io que iiiiia. festn litteraria
,j:imais Logro~ino 13firzil.
4 3 cl.tllf?l'~11~ia,s Ariciiictaliai rirnrcain lia vi&:%dt: ':iliinrdo
Prado iiiii;i nova r, beiii :isiigii;iliiiin teiidecii:ia do seli espirito.
O ciiltor da liistori:~liatiici eoilirqa si>hit,li:var no polirico.
O Iiistririailiir, o i r ~ v e z t i ~ i ~ ri~ieni:s;irel
lor dos :il.cliii,ou, o i:stii<liono,
o critivo ntilii<!i> e oegtirii di, ~ i n s s < ~>:i?-i<<lo i elipzirece dcpuis dassn
éllocn diiiiiiii;~iid.i no h l e i no l~nrnl!ii~dor<{L: iiiiprerisa.
PYLi, csfriai.ii el!e i,a sua cri-nqa, ii:io drscreil di>seti i&al liolitiio,
I I I ~ L Sc o ~ ~ ~ ~ ~ r < ~ b e l ~
rnrlhoi.
d t : i i c ! <o~ seii iririi~oe o si.ii iiit.io. rcco-
llirndo dii. fiictos a rude licyão que ino dei pertn llre ntifetsl-a,
i i ~rnodi,riiiido o seti ardoi. iin lucrn e tornnri~-se iiinis circiiiiii-
pceto e in-nos i i ~ i ~ i i l s i y o .
O 1iarbidat.i~rlue, ~ m n c o antes, qani?<lo todos se enI:~v;%~n,
eoriiil dliiiiiiiiidiis pein termr, diira euiii e+ti.i>iidii izm liniiqireto
i ~ o l i t i c osoli~iririiinirdu
~ o aiiiiivers:irio dri priiiiipc <ia dyiiiiiast,ia
drenid:~, qiir cxcitavs os sruu ~orreli~ioii;~i.ios ii c o i i c o r r ~ r i ~ iins
iirrin.; solieititiida o-. suffrayioa l i u I ~ ~ ~ l i i r que e i l I,roiiinvia reiziiiDes
~ ~ o l i t i c scot!sidiiriidas
s i,nri;.osns, ia. ji cecleiido nos poucos do seu
ardor e do i e u e ~ p i r i t odc eoiirliatividade r , ç o i i ~0 3 iiiiiios, ne i a
tornaiirlo nlites u:ii l~erisaAnrdo que uin 1ioiiir.in di! luctir.
Un rexrcsso da Europa; <:m 189S, I<;diial.<lo Prado j6 nSo 6
D guerri1iii~ii.u irnl,rtiioso g~ri~rdaiidu coiii ir10 o seu 1o;nr e n t r e
o, coirilia!eiirr.: dn p r i i r i r i ~ i fila. Xiro 4, de certo uiib beliilles
ofiiiiididn rlii<r se t i por ii%o restituir-lhc o Attrida n sua
forinosn Rviseis, $ alienas o 7-eterniio que s r guarda p y a os
iiioriieiitos dreisivan, a ,jiriR<i crG Iin efiexein das golp<i8 iiiçes-
s:iiices, ikriii ri&? tenwrosns inveibidas. J;i 31, 11Xo uiantil~li:~ por
lorigo tempo na estacada. Só de longe em longe ó que se
percebia a siia preseiica entre os i i o ~ ~ oqne
s o substituiram. Ç m
ou outro artigo d e critica politica ou de polernica d e sua lavra
appareçia entio na imprensa diaria com aquellc sainete de iro-
nia e de grapa que todos Ilie reconheciam. Voltava, por6m,
logo aos srus estudos d e predilrcç%o; tomava os seus livros;
recolliia-se ao seu Brejão, ondel entre cafezaes esplendidos e
niim;i masnifica vivenda, tinha conseguido formar Uma biblio-
tlieca de mais d e doze mil voli~m;!~,repertorio soberbo de rari-
dades hibliographicaç sobre historia e geographia do Brsail, como
bem poucos possuem entre niis.
O Ili.fjB~>tornou-se logo o ponto d e eonvergencia dos nossos
liomeiis de lettras e d e quantos extrangeiros illustres vinham a
S. Paulo com intuitos d e estudar as nossas coisas.
Eduardo Prado náo so8riu que uin amigo, um condiscipulo
de outr'ora viesse a S. Paulo sem ver o seu Brejriu. Por isso,
nem sempre esperava que lhe solicita.sem. oferecia elle mesmo
espontaiiea e mui gentilmente a hospit;ùidade.
Escrevia a um, telegral~hi~va a outro e, obtida a promessa
de uma n i n j u e m por certo cobrava uma divida coin mais
insistrncia e desernbara~odo que esse bnllo rapaz cheio de no-
breza e de talento a reclamar a presenoa do amigo em cuja
companhia se expandia o seu espirito affeito á convireneia dos
eruditos e dos estudiosos.
O Bi.ejÜo era n a realidade uma coisa digna d e Ter-se.
Entrava-se alli por entre alras de eucalyptns e os taboleiros
verdes das pastagens, depois de uns cinco ou seia kilometros
atravrz de cafrsaes desde a rstsção d s caminho d e ferro até o
patea da. fmenda. Todas as commodidades e todo o eoriforto
alli estavam reunidos. A espleiidida biblioth?ca, c a t a l o ~ a d aem
regra e mantida com e.am-ro, era porem o ponto de attracç:io
para o qual o Eduardo logo conduzia. o seu hospede, se este
era um homem de estudos, no doce enlevo de exibir-lhe o seu
theiouro de raridades.
3fas com que satisfacl;ão, com que nobre orgulho elle des-
venda~,?a~ii<!llaspreciosidades cujo real valor descrevia como
ninjuem mostrando a sua copiosa e ertraordinaria erudição? E
conio tinha lido muito, como não possnia livro qile não houvesse
mariuseado. tinha certa vaidade e u mostrar ouao f e l e nrodi-
giosa mesmo era a sua memoria acudindo e o m a indLicação
precisa do livro, do l o ~ a r da
, pagina referente a qualquer
. . z~ssumpto
Sobre qur ao acaso fosse inquirido.
.Para conhecer bem o querido morto, disse um dos seus
apreciadores, era preciso vel-o n a sua fazenda do Brejão, acom-
pttnlial-o rin 7-isita tios c:i!+!anes e aos eolo~ios,eiiihrlici-sr no
<:oiie~ctorniki os cail,ira;, i:iic:iiitndo do seus tcriiioi e de sues
1llirnsi.s ailvrxrres; subir ar> I ~ ~ T : L I I ~ I 11ue : do lileio d a l>roliiiedndr
<lesçortiiiíi l ~ ~ ~ le a lrgiina s <Ir cercziiiss, liassar por ciitre
0 3 j c ~ ~ u i t i b i i~~i .> e o ~ ~ l j ) : ~cio
r a e:tiriinlio,
~ei~ afiiiidar-se riii siia hi-
bIio:h<~ca, t i o ric;~: txo v:iri:ida r t3o ccrolliida, cni que estavxrii
r e ~ ~ r s t ! ~ ~todos ~ ~ ' os
l o T:LIIIOS
i ~ e i ~ t o se fia-
dos c o ~ ~ I i t ~ ~ i ~ ,lliin~ai~os
t,eriiiin~-;iiiitodni as oliiiiiiics, diasde os l~:tdres d:i r:gr<jn ntk ii
iiovidades do ultiiiio paqiiete.
a-(Jiiaiido cstoii sij nqui: dizia e 1 lrio iiiri voluni,.. por
dia, i<- iiIi<i tenho coisa iirge~ite a fc.zer.-Sc, ~>or@iii cliegav;~
i i n i ;iiiii,qi,, fi.clia~,ani-sc, oa li\-ros e eoiiteqav'i a coiivr,rsn, porque
,>no eva (10; q n e il.~~.cbilianl L: p a l n v ~ a e 11io d t ~ i l a i nmaii ~ nin-
gu<,iii M a r : c :L ~ o ~ ~ \ - rsaltitaia ria S O ~ ) L < Cos iilais 7-xrios assuni-
ptivj, liomi~iiscoiilii,cidos, terriis viiijad:iç, livros lidos, iilCns gemes,
todo o diz, rlrtsde o nriiniilieirr :%ti: entrar iniiito liela iioite.
\;;i0 pergu~!tar;i se as idGns nllieins euiiiùiriar:iiii coni as srins:
queri;,, si111. q~it!sc tiveas<: idias.
«Coiisideritva o llrrjão siia rcrdad<,ir;i e iiiiirn ~iiorada,o
mais ei.iLu iioiisos ~iaçgageiroi: quadros, li\-rr~s:aiiiriis, c11rio;ida-
dei, t,i~dozlli <.oiiceiirrarn. I.niige das nriiiiiosidndea irritniiies e
dos ollinrcs in;ilcroli>s; rx~aiidia-se todo, siiiil>l(~i, f~.anco.iniidirlo
:~t<ii i i ~ e i i n o ,elle que talitos acciisavaiii de desabusndo c s c ~ l t .
tici>:> (1).
TTnia r1.z iio Br<:iXo. que cra dt: facto o seli refugio, 7-oltara
aos si:iis <!,tiidos d r l , i . e d i l i ~ i ~ ~os n , estudos liisturicos, coriro se
volta aos loyar<ts aiiiadoi. Tiiilia LI ~ i o s k ~ l g ido u l>sciado 6 r e
c o l i - 1 e : e1nbcbia-se nellc, i i i - o rscre\,i,iidn-o,
como sc ol>edrcci~sra uiri si*croto iiistiiicto de r:q>lirar n s u a
prolmia nliiia.
Cedia de boa iiieiito %os eincaiitos que, lho oíirrrcin o ainor
do 1mssado c l>rnciirav;i ri<.lle i n siin si,de de CFT~~Y.~,
<:oiir<,iirido:coirio Seireca. dc:ii~tc dx imiriiitibilidi~cle irrevognvrl
do ~~itssado qiie nem os Di!~iscs tiiiliniii o liodrr d~ destruir q u e
-II~L ~ I , incoiistnrite das coi;:w só U certo aqiiillu qur?
~ T U I I rurl>n
ji. 1,:L"'O". i%)
Duns coisas rio nosso l~nssndo, e iio linsindo ninis relxioto
qiie I! arpu<.lle c<nn que iiinis 86.. corniirnzia, snlici:nr:rin-llir a
:rdiniraq;in e o enthiiaiasrno :-o jesuitn evangelia:indri iiiltre os
st~lrn=eiise o Lcroisciio7a liaci<lnte teiiaridndc! do l>ortuyiiea.

( i ) L," .Ior>,ol do Can,>itrrcio "e "de sclcmbro de i!,?l, artigo do reaaoçáo, sob o
titnlo : Eduarilo Flndo. Inalar do uni arnignl.
('I) Bdu;iido Pr:iilo-Do Blludo do Pasirdo Brsriiriro: pag. i.
Conliccedor d;! iios;:i Iiistoria co:iin ~oii:o-, ii:!ii çnffrin cpe
se ~ n m o s ç : ~ b a ~ ; e os
~ l l ser~-i<(isdii (loirrjrnii!iin do Jc?siis :L qiicm
o Hrnzil tanto deve da ;~I:L : ' L I I I ~ : I c : ~ e~ dos aciis priiiiciros :,;issos
n a seiida do iriundn.
A sua aiioiocia da Orilei?!, eoiiio s i vi. iia eonfereiiein d e

açto de jiistiqa
Procuravil eiit:Lo eqtiidnr os -:iilti>s iii:iiç <.iniiieiites d a corn-
pariliia iro Ilrazil.
P o r liiiiito teliipo, í>ccii;,oii-se ci>ili o l>;i<iri.\ntonio Vieira,
euja biogral>itia queria rsere\.Fr, visto i130 *ntisfizer-lhe iit.riliumn
das qne, cxistinm d:rqurlle ~.rtranrriiii;;rioriigerilto.
O q u r lios drixoii escrili10 do p i d r e \lanor~l de 3lor*1es, je-
sulta nascirio rin S. Pnulo, e forii~nrloiio Drnai!, inissioi>ario cin
Pei~iiiiiibiiro,chefe de giirrri!l,ni c]ii<! se hnrideoii ~ : L T : L OS hol-
iandezcs, levado liara a IIollaiid:~ andc apoçtnto:i e seri-iii d e
tli<.o!o;i> cnlviiiistn, oiidc sc ciisou, escri,reu sahrt: liot:inicn. R
sobre coisn" do I<razil c: rluc tiiriiniidn 5 siin 1iatri:i h i ~>rnirssado
pcla inqiiisi?%or alijurou; o <pie 1,:diiniilo I'indo cons<qriiiu reiinir
1msn a liistoria desse estíniil:o Iirsrsnii;igisin, tXo ~ioiicoconliecido
ciitri: iiii;: 6 uiii nttest;i<lo <4or~iiei1tti do si,u devotarneiito ao
cstiidn do ~~;rssndo,estudo que, coiiio eiiii,ii<ii:iiii os i;itinoç, elle
E~1u;:rclo queria critriidrr, qizer dizer zC!o, qiier clizer afiri?âo,
c,ue,r> ~ l ~ ~ f dizcw
i r ~ , :~mor. ( l i
1'eii:i <: <lu<:"%o logrnsse ( ~ o n c l ~ i ir.ssn
r obra. cshoyndn .-.l>e-
nas p ~ i inlSrrl~ns clol>itu1~~, e cuju iiiel-ico seriil ~ ~ ~ t r : ~ ~ r d i n:ia r i o ,
ju1gai.-.r yor ~ ' t r ? fi::giiieilto :>ar21 o qual p<!qo n vossa nttciiq;ro:
-«O* jesiiitas estarn!ii er:tAo Iinvin ltoiieo iiinis de irieio
seciilo iio Hrazil. Ynrn :L siia priiriitivn tiirrfti, qiiri fórn a de
trnrisforiiinr t i i i i lioiiie~isas F+I:LS qiie coiii c r > r i i o , di, lioiiiciis r a -
2:ivaiii i i a g iniittns e 110s ciiml,os bnstoii nina coisa-a snritidadc.
<>niliplicnro-se, l>or<:iii, a niibsTio dos p n d r ~ s . SasiCra j i dos
indiou aiiiziisado? tiliia outra geraçso; era preciso iiXo ç i i i i n i > e
.dir que. ella retrocrdessn yara r : i n doe lines, como, u m
poucc mais desolvida n vida social e politica, era preriso leinri-
tar at<: elln os iiidios r os iiir,sti~osiilsridos sob a L e i S o v a .
«Vie.rniii novas e mais le\v:i de enrolieii.. scdcritos de di-
iiLciro, :itirnii<lo-se cegos ii çatisf~cq;Lo da- vicioi <- dibr iinisiieb:
que iin E i ~ i o rt:lwiiiiia
~~a uinn 1i.i iiinis severa, lior tima ori.;~iii-
SO. .i socii~l d r iiiniç jerarcbin. e de i~inis ordeiii, unia iiioral
mais estricta e uni poder mais forte, por inais vigilante, p o r
mais ~iroximoe mais coiicentrado.
d á ,,;,o basta~rain os exercicios de piedade : neiri sómente
roiii caiitieiis e com liyiniios sagrados. roino no teinpo priniitivo d a
cati.chesr, podiairi, tio seu jiayel de poder espiritiial da colonia,
arrebniilia,r rni forma de sociedade christnn aqiiellcs homens re-
beldes n toda a lei.
<<Crescia o seii trabalho, porque n sua acçito tinha d e ser
cada vez iiiais actir;~,inais directa, e dirigir-se directa e tons-
tente sohre cada fairiilia, cada individuo, para scr eifieaz sobm
a rollertiridade. O poder eiril crcscera com o crescimento da
yol~ulaqiuagrcmiada, e era preciso tractsr com o poder eiril,
nâo já coiiio Nobrega tractava eorn o governador ThomE d e
Souza, n o 116 d e egualdade de um collaborsdor, mas na posiçZo
qur os jcsiiitas nao queriam degrncrasse nem em riralidade,
iiem erii drprndencia enag,rerada.
*h 1irri.a dainninha brotava. na viriba de Deus eonl viço
lwoprio da fert,ilidade. da terra e desafiava o esforço dos l a v r a ,
doriis.
.Era preciso o maior iiiiirirro d e padres e eogottaraiii-se a s
casas de Coiinbrn e de Evora, yue forrri;ivain esses padres para
as niissórs (10 reiiio, que si- multiplicavam em razRo do rrerci-
riirnto rcli;iaso e peles partidas constantes a India o para
o Rr;~zil.
«Nos aniiaes do I,adre Frarieo, vê-se afinal diniinuidas e
espaçadas as pwtidns de no?os jesliitns para o Brazil, onde a
companhia teve de eonit?qar a reerntitr o seu pessoal iiovo dentro
da proyria colonia.
«Erani homens inais chegados á terra, muitos dos quaes
snhiain. eoiuo Bloraes, a lingua brasiliea. Estes adolescentes,
nascidos e ereadns no espeet.~culo da soltura riatiira1 de um
yaie que se povoava, ao contacto do barbaru eseravisado, c car-
rompido no serviqo do branco, entrando liara o domiiiio dos
mestres na precocidade perigosa da adoleseeneia dos tropicos,
eraiii urn:i materia humana diffieil de l>iirifiear, santificar, ]>ara
delln tirar succeusores de Anchirta. Faltava, de certol a esta
jiiventiide o influxo de asceiid~~iitnsausteros e o ambiente não
a predispunhn para um exaltado niystieisino e p a l ao de Evora
e Coiiiibra. donde cairain os priineiros missioiiarios vindos para
o Brazil. E r a natural que as seiii cduendores tivessem 8 amar-
gura da illus;to de voea<;ôes falazes e a tristeza de assistir 8
qucdn de !liais de um anjo. Esfriava a santidade dos rnissiona-
rias e j:i iiâo havia a iniioceiicia dos priinitiros catechumenos.
Criava-se alli a raça de conquistadores d e terras, dos caça-
dores de iridios e crcsciaiii pzrece que ferozes ;~qiiellas ereaiiqas
que bebiam a aKua entéo limpida do Anliaii~;ibaiiii, que tinha
nesaa palavra indigena o signitieatir-o de agua de nialdade.
«O iridio t r n ~ i d odos sert,üea era a mo& vive cuiii o qual
0s colonos de Piratininga iaiii comprar iios povoados d;i costa
.
os prodiictos caros vindos do Reino. aroduetos de aiic "i i con-
sumiaur largamente, não lhes bastando j i a inandioea; iiriu os
A

&~oaseirostiannos de a l ~ o d R oeoni que se alimentavão e se ves-


t i a m nos einieiros temj,os. Quanio o p v e r n a d o r d. Francisco
d e Souza veiu em 1598 para nrganisar e siia expedição As minas,
trouxe comsigo o luso e a ponqi;i n que nfio foraiii insensiveis
o s moradores. . .
Para a formnção do novo jesuiti~ colonial havia ,grandes
difficuldades. Nos primeiros tempos bastava a grande i~scolado
exemplo e os mancebos cedo associadas aos niestres nos twhalhos
d a catecliese, formavam-se missioiiarios no campo de coiiibate e ,
e n t r e os intervallos das predieas: o ~ s t u d a n t ejesuita abria o livro
lariiio o11 o manual de logica, e, á sombra das arvores da soli-
dâo, arvores que Virgilio e Plinio nRo conheceram, media, ao
recital-os, os versos que Virxilio compuzera havia dezesuris
seculos, no outro lado do mundo, ú sninbra tenue das oliveiras
paternas, ou repetia os argiiinentos que Aristotelrs ensinara a
Alexandre.
<<Erasem duvida lieroico cate tiroeinio na academia das
selvas ; as almas fortes adqliiriam iiinii tempera rijissima nesse
exereicio d e aprender roubando nioiiientos ao descanço das gran-
des fadigas de ensinar aos selvngeni a nnqao priineira das civi-
lisaçóes, ;i noçno do Creador. Pare nqiirlleò soldados corno para
os outros podia-se dizer com o zmnde epico lusitano : - « a disci-
plina militar se aprende, vendo, luctando e pelejando ...»
Esta pagina encaritadora e eloquente de erudição, de vrr-
dade e de justiça, meus senhores, bem revela o que perderarri nr
lettras yatrias e o que viria a ser esse trabalho do nossa queri-
d o coufrade se a morte cruel não nol-o roiihnsie táo breve.
Outra affeiçno sincera de sua alma era a que dedicava no
povo portngnez, euja historin sabia a fundo r cujos feitos o le-
vavam da veneração e entliusiasino que só se dedicarii :tos Iie-
róes. Esse povo peque~iino, babit,ando uma terra pequenina e
pouco favorecida, luctando sempre, vencendo sempre, iino raro
um contra dez, e depois, levado pela sua fé, como um cava-
lheiro cruzado, por mares nunca dantes navegados, a descobrir
e conquistar longes terras, dilatar os limites do mundo, criar
naçijes, fundar imperios, esse povo prodigioio, não é só dos pri-
n i ~ i r o scwtii. os 1ioi.o~ e ~ c 62 tIiistovla, i. 1>1:% ;' elle 0
i~iesci.iliieliin Iieroi<.idncle e lia ~ i r t i i d e .
Iiicliiia~n-serei\-crciite o rii;sso coirfr:id<l di:ii;te dn<liir.lln pre-
teritn iirngr.s::idi, e como brnuileiro tiiili;~orl;iillio dn origcni da
iiossn nai::iu. 1-in, iinqnr~ll<~s <.r;iiidcs feitos qiio n ]irr<:ta eniiioii
eiii i<-rsos iiiiiiiitnx'rii, 11s iiosia; liropriirs olorias o i.iit;lr>. cLilantu
iiinis 7-i.ujayn. iinant,3 '"ais coilhrcia, o ,ii;\L^. 3:. illx1str:~3-:&
cnirc e s t r n ~ i l i npiiioa.
~ :ii;iis ncriidrn<lo i r ? f i i z i i ~ii seti nnior 1iel;r
\-eilin T,iisiini?io, iiini.; ~:ort,iigiii~z iiiiiis latiiio si, coi>sider:ir:i
i~eli>cor;iqSo P :jplo <,sl~ili!i~, \-r.nci;iii<lo ;,o ri.liio l'oitii;i~l o tor-
i.%« glouioso 60%si,iis aiiir;initriios. Essr :ii;ior e essa ri:ni,r::<%ci
:iiiiila it;nis iiiírrinç; s i I ao ciiloi ila iiitiiiia ; ~ ~ ~ ~ i z : a d o
e o i ,cr.nii<!ci liciis;xdorrs, 2 0 ; litieratoz, aos vnitos
uinis <xnin~nte!s<Ia%:laq:in lp~rru<.~~ez:i.
I)<.0li;ri;n I!r.rtilis, dr! C<:;: rlc. í><ieirnz, d r R;imnlho Or-
tiq;io, lioi.<lnlo,3 l n r i ~A~niiiliti,iiitrmiio Cn~idido,:idiiiiraiir.res dos
seus tnli~iitos<, do seii saber, de qunsi tcldos recebia. ;:s i>ro~-xs
~ m i st , o e : ~ ~ i tde ~ i niiecriiosn ?iliiii:?.
\Iirs, o que aci~fiade tiido Z i i ~ t i i i ~ ~ uXdiinrdo ia Fr;ido era o
seii grtiride eornqiio.
LI lioiidnde d r iiiz ::li?in <,r:, ioino uni l>;>:.fiiiiiexiiiitil eri-
vo1rri:do-o i i i i i ~ i iiiiii>ic!i:r da ~yiii~i;~tl~iciin nf?citi>s. I < i a i ~boiiil:i<l<+
tc,ni::yn~o: i s r e m ; , inri:i!;eq;iiiire o u coiiti.:~.rlicii>vio,nins ;,?<?fe-
ri:, sc!r ,~c,~~tr:!<lict,o~ioi~!c,,~?seqccwte G dci:::~r d? ser I~ojn.
fiixiidn Jiinqiiiiii iT:ibncr> xccpiion a inissùo cli!>lnii:iiiicii. eiii
Loiidies. Ediinrlio l'rar!~. ~wli:ico niiiitaiitr i i i o çn6rcii rjuc at;l-
casseili ao ;iiiii;u os !:;.«l,ri:,s coi.ieligionarioi ~ e s ~ u t i i l o s ?;a- .
quvllt- 1)nso C ~ U " ~:LX.:L n Lioiiici!i eroiilcmte, ncc<,it:riidi. iim r:i1.gi>
de corifiaii,;n dri Itei>iihlicn. o qutt <:IIi, via coin u; nllio:; dn unii-
z;dr n;io t:i?i, I,or certo. o que !li<! <liera\-n x lngic:~ do !>iilitico.
Onde iodos viaiir iinin d<,ot!rqiin ;L e;tii,;L coiiiiiiiiiii i,lli, iiào en-
xergayn eeii;io i i n i R C I < P ~ < O;o i ~ n i z .
Siiig-iciii defeiidrii i.«ilii i i i i i s acerto r raiii maia tzicto no
;irnipo fiiiioiiti- dri qn<: <\iit;h o fiz<!ri~ o III)SSO i a ~ ~ d o seiiifrnde. o
Titilia uiiin siihtil d<-lici:di<za 110 d i ç s i i l ~ ~ ~ lLn r n l l i ~ i : f~a l t i ~
q~:,ndo l?resri,tia uiii arrrlieiii!ií:iento ou 35 ~S:.IIT:~S de unia in;L-
iiiutil. Xingueiri sn1,i:i falar roiii iiiais cioqiieiicia cjiiaiidc
1 quii rlej-in iiit<.rci,dirr ou apresentar riiiin desciilpn i:in
fzxvor de oiitri!ni. Eiiti.r:cortarr-ío-ih <L VOA Ç U I U U se P S ~ ~ V P S S Ç
n eiirolir s lagriiuns.
--~ i i i n .nvez, a1<11~311rji~ecoiiiinattrra lima falta c- tiillia cnido
iio desagrado de siin i>iC1r, teiitava debald<! 09 meios r a. oeca-
si:io d s c u n ~eUa r<,coiiciliitr-ar. P6,nalisado coiii nriiiella iniis-
foiicin eiii biisc;~r a perrlHo, Edu::rdu procurou iritervir juncto
de sua re~ncr~iiidn iriic que s<. ohstiiiixva eiii n:~o rrccbt,r o eul-
pndo : - a ! : i i i ~ l ~iiide;
i~ disse-lhii eoni~iioiido;conciuind<i ii!iin sul,-
plicn, o v i i e i ~ o x.un/ua rii,rilt<! <li. I)eiis !!;i0 i <L jirsti!.ci ,ii.r,s n
s 1 E obteve leso o pei.dào coni o arrependi-
mento do culliado.
A riocio l>erfeitn do justo era iir,ile iiiii sentimerito n qire
que neiiliuiii outro obsriirrcir.. O ~iolitico snbin ralar-se qcinrido
O justo i e ~ I : ~ ~ r ~ a asiin
r n vi,z.
Eiii su:i presenqn, UHL 1 1 0 ~ ~ anli;o 0 C O ~ I I I I ~ U I I IC T ~ ~ ~ P B V t: %
~a-
bailio iiieu (S. Palilo n o seeiilo S I X qne repiitn\-n por deiiiais
optimista 11n partr: rel:~ti\-n no lierii~da rrpiihlicnno. Eduariln:
1>0n:m: atalhou-o iiestes tt!riiioi: e Coriveiiliaiiios nuriin crjisa ...
aqui, eiii 5. Pnriln, rnerc; dr? Dius, nfbrn alyuris erros, iizo tein
liaiido as i:iiserins de qne t;~iito ç<, rala l i fiira a jiroliosito de
out,ros estados. . . . . . tenios tido gente hoiit,st;~itcstn do gii-
Terno e rleliois teiiios ~ ~ r o p r e d i diinniiyn~-rilmc~ite
n .. .x
0 adrc:s:irio iiiti-ansi~e:it~e itho tinlin iirlle obstiii;i<i>eseun-
trn a justi(.;:.
Esse seiitiinento de jiisti<;n ;. <Ir l>ond:~drque! forninva o
fundo de 3311 rnrneter Iiniirin r s t i m i i ! ~ i~idiibitaveliiieiiteria sua
ti:, ,,:L sua crencn v i r a r sincera, iprqiie f6rn seiiipre rciigioso,
r religioso seiii os respeitos iiiiiiin~ios. iwrque, srin ost,rnta~:i,es
~ s e i i i a d n s ,<,rn (8110 proprio 2. eoin!:eiii e ZI firiiiean nas :,uns id6n.j
<: seiitiiiirntui.
<c.intes do tudr), dizia dellr Eco clo í,!uc!iroz, possiio ermprr
iiiun eoí~riey,iloforte, de hi,n raiz, raiz que orii irierpiillia iin rn-
z&o, ora apenas no seiitimentrr, inns s i y a seiiilxe n u m solo vivi.»
111Uiiit,u no contrnrio do qiir. eoiriniiiiiiiiieiite i c pre?iiii~<~, n sua
fé r;.liqi<isn, ao corntncto doi ~-aati,s coiilieciiiientos que srii cr-
rehro ;iriiinzt,iinnl, n;io clrtliert.ei:r iiiinc;!, :inteç sc a r i g o r a ~ ac
se s ~ n t i nbem, riesse intinio roiiviviii. Erluzxrdo Prndo cre, yois,
d o iiuiiiero dos felizes que têiri doiii i?iesriiiia\.el qiir! r;ircb<,-
r:, d e 3u:i i n U ~ ! , r que. foi siiiil,re iiin dos suste~itecii!os dc sua
ridn. 'L'iiilin iio scu gnbinetr? di, trabalho, na seii r c f i i t o ~ i o ,iios
seus aposeiitos, a irnapeiii do Criiciiicado I>enderitr dns ~>a.r<:dcs
como uiria l p r e n n e solicitaqAo ao rip peito e á ~ ~ i e d n d e .
Yn brz~iienpallidez do iixirfim, aqiiell:~inin,qern dolorosa do
Xaznrcrio, n enbeqa poirdida pnrn a t ~ r r a ,as hraqos rstendidos
coiiio nuin largo ninplexo a. c!ininar linrn si todo o liiirnanu sof-
friinoiito, 1enibr:svn :ta esthcta, ao eriiilito que, aciii>a de todo o

(1: A'atiis2n Jíod&rnn, noticia ùiogrnpuica $obre Eduardo Prado.


saber e de toda a grandeza teirena, estava a rnais santa das
philosopliiiis, a de uin Deus martyrisado ensinarido a r e l i ~ ~ ã o
da caridade e do p e r d b .
Foi aos iiifliiros desta santa philosopbia que Eduardo Prado
r i u ainadiireerr o svu espiritn, entrando ji nesse prriodo da vida
em que aos surtos da imaginasão e ao idealismo sonhador sue-
cede a doce serenidade de reflexão.
Casara-se em 1891 com a creelleiitissima senhora d. Carolina
Prado, sua prima, espirito eniin<.nteniente wligioso, de eu,io enla-
ce n i o houve fillios, mas então repartia os seus affeetos por dois
outros fillioa não menos dilectos e merecedores: o s seus li\-ros
e a sua Sr.
Vós bem o vistes com que denodo, corn que espaiitora eru-
diqão, corn que dialectica inveiicivel elle se aliresentou, batendo-
se ein prol das crenças do nosso povo, ncasit luctn da imprensa,
eujos Ccos derradeiros ainda se não extirigiiiraiii totalinrntr. E
foi então que o amigo, eujos affectoalcona para corii o seu aiiiigo
iam até. a ~ e n e r a ç ã o ,o admirador eiitliusiiista do alheio merito,
teve. de ceder ao crente e ao huineiri de fi: inabala\el, que com
sacrificio dos proprios sentimentos se julpnra rio de\-er de en-
frrntar e rebater, vós bern o vistes roiii que auecesso~ os duros
golpes drsteehados pelo saber irrerereiite.
Rio ainda bem recentes os siirc~siosdeste prr:lio rnf,nioi.arel
para quo PII i-01-0s recorde, riieus senliores: iio iironieiito riiesriio
em que devo terminar.
Ku'ão terminarei, eamtudo, sem levantar n p<:clia d<i anti-pni
tiiotisino que no ardor da lueta l h e irrogaram, a ell<! o iiiais
sincer. do'. cult,ores das nosSas glorias, a elle que rnorre ria flor
da edade, le,raiido-nos materia para oito volumes qiiasi tados
dedicados ao estudo F ao ~ n g r a n d ~ e i m e n tde
o iiossn 1,ntria.
Sim, o pntriotisriio do nosso cont'rade niio era esse patriotis-
mo vulgar dos patriotas.. ., era r i s r bom pnt,riotiu~i~o dos ?sela-
reeidos e dos que arriani com verdade, yorquc conhecem mais
iiitimaiiieiite o objeeta dos seus affectos.
h respeito das nossas coisas n i o se irnbuia d e illiisorias \-ai-
dades; conb~acia a fundo o seu povo e a sua terra, e , caino
amava a verdade pelaverdade, não sofria que o seu l~atrioiismo
chegasse ao poiito de oecultal-n ou deseonliecel-a para se illudir
a si n1esmo e aos outros. Das suas viaprns a t r n ~ e adus sert6es
ficou-ltie a vaga nias tristissiina impressão da. pobreza do nosso
súlo, irn~~reasão u m tarito exaggt,reda tal\;ttz, niss imprt.ss5.o que
l h e ficoii indelerel e influiu muito nos setis juizos a pral;osito
dos nossos recursos.
O Brasil, como elle o julgara, muito mais pobre do que se
pensa e mais povoado do que a l ~ p n r ~ n t anão , era iiiiia Tcrra da
PromiseAo eiii que o povo dt! Deus degenerasse, era aiitps tinia
teria do Egyyto, ciijo 'Ti10 ferrilisador teiii sido a nossa energia
e a nosso esforço.
SE'esta, dizia elle algures, a patria, nossa amada, que lia
mais de trezentos annos a nossa raça, luctnrido contra os lioineris
e contra os elementos, conseguiu fiiiidnr.
xEiicontraiiios difficuldiides e ohstaeiilor de que a nossa
energia triunipliou. Kesta zona tropical que se dizia inhahitavel,
Ie~~itiitamos a rioasa tenda, e sob o c t u desta terra riova cresceu
e niiiltiplicou-se a nossa raqa, com a forqa e a feeurididade das
plantas v i n s , que deitam raizes fundas e estendem l o i i ~ ea v e r -
d u r a das suas frondes. Teinos vivido dn trabalho, rrgaiido coiii
o suor de todos os dias uma terra que i ó pela violencia do labor
friictifica e nos alimenta.
= A tez branca qlir :i nossa raqa trouxe da Europa aqui se
tem d o ~ l r i ~ dao
o fogo de um sol si.iril>n: nrdi,nt<,.
*Temos toniedo ás f6ras os largos pedaqos de terra: rasga:..
do o v l i l soinhrio da florest;~hostil: r onde doriiiriavam as febres
da terra inculta, lia hoje a r r r d e ialuhridndr das Inroiiras~.
Synthese hrllissima da lIoS5it vidii narioiial; esta. pi;ina só
a podia Pscrevlir q liatriotisiiio t.scl;irceido coriio era o que doiiri-
nava o nosso querido eonfr:ide.
E' este, por eçrto, o liarriotirino qur, se cultirii nesta casa,
patriotismo dos sinceros e dos que huseniii esclarecer vira eorri-
gil. e pnrn aperfeiçoar.
K30 estninoi aqui reanidos para rios illudirmos n n i h rnrsmoa,
fechando os olhos á realidade dai coisas, nias para nos coiilirer!r-
mos intimamente: nos nossos defeitos e nas nossas nos
nosaos vicios eoinc nas nossas virtudes, rias nossas ent?rgias co~lio
iras nossas nacionaes f s a q u t ~ ~ a s .E, al>i.otkiid.liirlo daqui a vista
por iiru passado que nos irno enrrrgunha, vwmos haurir nos nossos
soffriinentos conio nas nossas preteritas alrgrias, nos nossos desfalle-
cimentos como nos nossos triumphos as esperanças de umanhan.
Sim, nAo somos aqui os luetadores dos prelios inglorias nem
os segadores das sei~ras sem tnicro. ?r20 o foi jimais o nosso
p r a n t ~ n d orunsocio. como não o foi aquellt: que de ; ~ l ~ u r dias is
o precedeu n a morte, nâo o seremos nós outros qiie Ilie sobre-
viveinos no estudo do passado r que, no seu nobre exemplo,
como n a sua rrieriinria inipereeivel, iaberemos achar estiiiiulos
para n%o dcserrrmos da parria e p1.a haurirmos nas 1içOes da
Historia o gernien fecundo de esperanqas eoi~soladorns.
Actas das sessões d o A n n o de !o01

A s 7 c iiieia horas dn rioite rio ~iredioli. 1 da riin João AI-


frrrlo iro z;ii:io deiii~inilo ::.;sessi,t~s preseittt-. i i i socius Srs. !liinrt<i
d r AzcreiIol Dliniiid:~ A z r v i d o , (?arlas Ri,i;. I'crrirn C;iiiiiinr:ies,
I)ii>i~ysiu<'i,io Foiisccn, Dr. .Ji>s<:Yicente) 3n:itos lZodrii.iics, 'a-
ciiitlio Lliliiiro, Coiiutniite Çoeilio. Eriiesto (+oiilart. Rerriardo
C:iinpos .!i.iliiir (:oiil;~rr, J. C. A11-i.s Liiii::, Alfrt.dii Toiido; Ho-
r a ~ Lailc,
~: S o a r i i Koiiiiw, Ediiardo I'cr<~irn.(:esnr I3irrr<~nibacli,
i 1 : A u i , Peiiiiniurre Rlacl-e, Aritoiiio
I'ina. Orvilic Di.i.hy, T.iiiz <Ir Viiscoiicellu~~ J o % o vnii Atziiijeri,
,J. Kricli11a.11111,.Torto Florii~dc~, foi d:!c!nr~,d~. aberta n ses&io p<alo
sr. l'rr~iiilciit<r qiii: coii;nitii!oii-se coiii os soeios pela eiitradn do
iiovo srciilii.
F o i lida e al>prornda a nctn da s c s ~ ; i oaiitr~riiir. Funriii rc-
crhidus por uirin Cuiinnisaão e introrliizidoa iin sola idas se3sõrs
oiidc ~O:II:IT:LIII :~ssont,oOS noros soeios Sr-. Drs. C:irl<is SsiiiIinio
Sergio Ileirii.
EX~EUIEYTE
Oficio; do Iiistitiita Historieo e (:eogr.il,liico 13re1ileiro
agt.nrleceii<ln as coiidoleilcins ciivia<lua i>e!o falleciiiieiito do nr.
Ccsar Augusto Milnrrliirs.
Dos srs. Allirrto F. Xo<lri;l.ii~s, Direetor (:era1 dos Correios,
do Arrliivo Publira dn I3nliia, do Lyeeii 1,ittcrnrio 1'ortripir.a do
:tio de Jnrieiro ngrndeceiido n offert:, cln obra de IIans Stndril.
110 Sr. llinislro ;\rg<,iiiinti, iio Riii d r Jar:riro, n;nidiic:xido
o trle:rai!ii!in, sesi30 de I0 S < i v e i c b ~ od;! l?00.
L)OS Si.%. 1)s. 13erni1rdin0 d r I:.z~II~>~s, Uiiector ( k t ~ i i l dos
í h ~ r p i o s ,Adlninisiri~dor dos Cnrrcios de Sâii PCII~O, nco~~q>it-
nl::liido offort:is.
Do Congresso Seirntificn 1.ntiiio-hiiiriicnl.o roiirid:iiido o
Institiito ;i toiiidr parte iio 3." (:oii:rebso n renliz;ir~seeiii 3!uri-
tcvidCo.
130 Sr. 3Iiiiistr<i (!o Ili;~zil,eiii Ilndrid, dzxido i i s ~iioiirospelos
C I I L ~ ( , S1150 T:.T)T~SPIIIOIL o Instituto 210 ( l i l i i g r t , ~Hi-.l:nii,>-.A~nr,ri-
~~
cni:n; e ieii:etteiido uiiia c<illecç;i« d36 l.es<ll~~;i)('s do dito ÇOII-
2'I'CSSO.

As cunstanti,~da. rr1nq;ia cii, al>eiidice, as r p a e i s;io reeelji-


da; com rii,:%,i~l ;igrndo.

O!:UEJI no »IL<
F i i r n i i l niirrst~ntedai. iidr,s e r~rivi:idnsa c<iiiiiiiiisà<~
i.esl>.hcii-
vc, 11r01;ncns I>;K':Lnd~lii;;s;lo OS STS. 1)r. %I;la!liina Ainnso Crer,-
(10, »r. k'<~lisl;rllo IJrrire, Dr. Henjziriiiii I'.l i , 111.
Jo5o Itiiri,i:.o, n a cliinlidncli- ile socios 1ioiirirnr;cs da Institiito.
Do5 Sr.. lhi. Aifredo (;uedes, l\lnii<irl d c Fri,itns Farniilios
e .\iitoiii<, .i. Fiiita F<,rraa o 1." n a do socio c-ticcti-<o, os demais
iin rle socioi eorrctpondrritcs: cp;tra x traiisfcreiicin dos 8i.s. llr
DoiniiiCos .J. K. ,T;~giiarihe de iiindador r'&.cti\-o iiiirn-?L~ndarlor
~r.si-iiri:ri.o:Ur. 3íaiiocl dc 3lornrs I?r.iros <Ir fiiiidndor etrocti-
1-0 11nrz1 fiindndor lioiioriirio : do Sr. A. r. (lairnux rle corres-
ljonclei>te 11ar:~liorioriirio: dos Sr;. J . T7ieirn da Siiia. Dr. J .
Cnliiioii S. I'. da (iniiia. de eorresI,oridri!te r:ii.a lionorr.:.ios : Uis.
E ~ t e i - n i n3.S. Iteaeiide, Barao de Hrz<tiidr, C::rlos A. 1'. Gni-
iriarZns, ICiielidrs da Cuiilin, k'rancisco 'r. %Iai;a, J. E. J l r l l o
l'eixotu, J . l'ereir:: de Qiiciioz, I,. 1'. Goiiza;.n dn i:nrnlio;, _\h-
iioel P. 31. Tapnjós, 3lnrio Buleùo e Curoiirl Panlo Oroxirribo de
.ize\-edo dr? eorrespr~nde~ites 1i:ir:i n de ei&ictivo?.
O Sr. L)r. 1lir;riidn Azevedo yrupoz r foi aplirorndo <iiit?
fosse conuignndo ria $cLa i i l i i roto di, loiiror :to Sr. íiar5.o d o
Rio 13rxnco nelo inestiiiinri.l servico
1iir;io da C l i l & t jdo ~ A%iiial>i.
. iirestadu
a
ao i~ziizcoiii n so-

Xa 2." parto dn ardem do dia-O Sr. Presidente <lesigiiou


os iocios qii<.deveiii comyor as coininiss6es l>crm;meiites que
ficararri nssiiii eon-titiiidas-:
Dr. João Pereiia Iloriteiro.
Dr. llanoel Dias de Aquino e Castro.
Dr. Eriiesto Goulart Ppnteado.

AI>BIISS.~O
DB SOCIOS

Dr. Luiz dt. Toledo Piza e Almeidn.


Dr. João Baptista de llorars.
Dr. Constante Iffnnso Coelho.

Dr. Augusto C. de lfirnnda Azevedo


Dr. ,lntonio de Toledo Piza.
Dr. Throdoro Sampnio.

HISTORIA DE Sâo PAULO

Dr. Antonio de Tolrdo Piza.


Dr. Conng,o JosÍi Valois de Castro
Dr. Frazicisco M. G. liatividade.

HIRTORIA CTERAL D O BRAZIL

Dr. Augii~toC. de Mimnda Azevedo.


Coronel Gabriel Prestes
Dr. UrnAilio A. JIachndo de Oliveira.

Dr. Theodoro Sampaio


Dr. Orville Derby
Di.. Ediiardo da Silva Prado.

GEOGRAPAIA G B m L DO BRAEIL

Dr. Josi. Vicente de Azevedo.


Tiburtino Xondim Pestana
T n n c r ~ d oL . ilmnral Coutinho
Dr. Pedro A. Gomes Cardim
Arthur Goulart
Dr. Francisco P. Santos Rodrigurs.

SCIEKCIAS NtMIS>lATICAS E ARCAEOLOGIA

Alberto Loeffgren
Eugenio Hollender
Dr. H. von Iering.
ARTES E IADUSTRIAS

Dr . Francisco Pereira Ramos


Dr. F. P. Ramos de Azevedo
Dr. Ignacio W. Coekrane.
O sr. dr. Santos Rodrigues prop6e que seiam lançados na
acta votos de pezar pelo fallecimento dos çrs. Alexandre A. E.
Serpa Pinto, Antonio Maria Cardozo e Luciano Cordeiro.
Nada mais havendo a traciar o Sr. Presidente levantou a ses3ão.

Sessão ordiiiarin eni 3 de Fci-ereiro de 1901


PRESIDESCIA DO EXDI. SR. DE. M R A S D A D E AZEVEDO

A's 7 e meia horas da noite, no salRo do Instituto, pre-


sentes os socioa S a . Miranda Azevedo, Carlos Reis, Pereira Gui-
marães, Dionysio Caio, Bernarda de Campos, A. Vauthier, E.
Goiilnrt, 8. Goulart, O. Derhy, TI,. Sairipaio, Sergio Xeira,
Alex. Loefgrcn, 11. Williarns, A. Toleda Piza, foi aberta a
sessão pelo Presidente Dr. Xiranda Azevcdo, que nonieon uma
eammissão para introduzir na sala das seisoes o novo socio o
Sr. J. Viccnte Sobrinho que foi recebido com as fornialidades
do estylo e tomou assento assignando o livro de presença.
E approx-ada a acta da sessão anterior.
EXPEDIEKTE

Officios: da Academia Litteraria de Lisboa e do si-. Consul


do Brazil na mesma Cidade agradecendo a remessa da obra de
Forairi aI>r~;eiitadns,iidns e eiiviadas d Coiiiii~irshn rt.,l>ert,i-
r n lvollosttn. 1)am admirsTio dos srs. : JosC Cot~tndc lIa~alli;ies,
eoiilo encio cftactiro, Dr. Augi:sto di: ;\Ieirelles Beis roiiio sorio
correçlioiideiiti..
Fai:~iii lidcis e iicnrain sobre a mern y;ir:L sereiii vot,nrioi lia
' i : o os 1iari.ceres sobre ~ ~ r < i l > o ~de
t a strni~sfe~'~eiicins
de sorios a;iresentadns iii. sessrlo ;inti:ci,drnte.
O sr. l',esidriite lioi em disiussho n projeeto de orr;aiiii.nto
da receita e des1iei.s do Iilstituto, sendo o ,riesmo seiii debato
u~~;iniii~eiiii,iita u~iprovndo.
Eiii sr,~iiid:io s r . I'rcridiinte ulrreteiita. o l~ro,jccto d ~ zRe-
h r n i n dos Estnturus indo o inciiiio z i eoliiiiiisi;ro resi?eetirn siiiii
da dnr o l>ari:eer.
O dr. Tlieodovo Sniiilinio em iioinn da I s o c i n q i o Comme-
iiioradnrn do 1." Ceittriiario ilr S. Viccnte, fita eiiti.<>gnno Iusti-
tiito da 1ii;i diplomn di, socio 1ioiior:irio <Ia referida .\ssoria<%o :
hciii cniiii, <le iiina iiiedallia c»i,iirieiiinrntiva. Coiiiiiiiiniciiii ,lu<:
o SI.. Consellirirn Antonio l'r:i<lo entregou-llie par;i 6C.r oifcre-
eido ao Iii.;titutii tini interessniirn doruinento çol,rr n vingcm do
sargento Ztizarte.
O si.. T,uffgren liassou ;i ler ;L sua. trnrliicyC~o do uni inte-
rcssnnriesiiiio trabnlho i,xistt:iite ria. d c i ~ d e ~ i ~d~i a Stol\oln1o sobre
os eostiiiiirs dos iticiios das tribus de Xiiins (iernes, si.ndo iiiuito
q~plnudi<lono t c n i i n a r ;L lc,itiirt~ do iiotavel triil~nllio qiii: foi
muito ;iprr:eindli.
O d r . I)erhu Ien algumas iiitercwatites obçrrvnqiirts rr docu-
riientos snSr<: limites entre Sùo Pauli, e I[iiins, trabnllio esse
aanibmn iiiuito 2ipreci:~da.
Xadn iiiais linverido a. tiiietnr foi levaritada n scssáo r. e u o
1." s ~ e r e t a r i o3lanocl Pcreira. (kuiinarces :i escreyi.

PliiSiUI;S<'11 no Eslr. Sr.. C ~ K S E l . I I E I R 0D r A K T E D E AZEVISDO

.\bertn a ue.ss%otis i e iiiein da noite, presentes os sorios Drs.


Duarte de Az:,.v<,do, E. Prado, I.Piea, X i r a i ~ d a -izevedo, Cnr-
v:ilho Aranha, Diorijsiii Caio, l'rreira (hiiiiiar:ics: A . 17;iuticr; E.
(;oiilnrt, C . R + O. Derby: Jneiritlio Kiheiro, Hrrnardo dr Cmi-
pus, T h . Sninpuo, Eiiclides Cuiiha, H. Lanel r 1~)innineiieoRsn-
gel. Lida. n aeta da cessa0 antecedente foi niiiirornda iiiinninii:-
inrnte, sem debate.

As offert;rs me::eionndns no fim <lest:i, ;i. qunes sâo recebidas


eoin rspcrinl agrado.

;\ixe:seiitadas, lidas e eiiviadas i eoiiiiiiis~%oresprctiv;~ ;is


propostas pnra ndiniss;io diis Sis. Gnbriel di, Monte Pereira, i:
Ciovis n e ~ f i l a e q u aeoirio sorior liuiiorarios do Instituto: do Sr.
Olavo Guerra conio socio eíícctiro : dos Srs. Xenrdieto Oettxviii
rle Oliveira, Drs. JoXo Xniirieio Sairi1i:aio Vinnrin e T T a s h i n ~ t o n
Luiz Pereira de S o ~ i z nctiino soeios eorrespondeiiti~s.Foraili iina-
iiiiiiernente i~pprovndosos parreert.s cpie fienraiii sobre a mesa iin
iiltirria sessão.
F u i aprrseiitailo r. s p p i n t e parecer sobre! o projeeto dii-Xe-
forma dos Estntutos :-h Cornniissãr, de Estatiito': terido atteiitn-
irirnte esarninndo a i ii!odiíic:~ç6es dos netuaes Pstntiitos apreseri-
tadas pela Direetorin eiii 5 de Fevrreirn, estando de aieordo n a
sua ndolic:ro C de l>ai.eeei. que sejam as rrikridas iiiodificai;"~
nli~irovndas, j i i l ~ m d o , ]ior&rn, ficar o nrt. .56 riiellior eollocndo
ein seguida ao arc. -i." do que deliais do nrt. 5."-S. l'aiilo, 1 6
de F < : v ~ r e i r nde 1901.
Dn. J o l o ~IOSTEIILO.
E:r:s~sro G o r L a i l ~ ~ L S T I ~ : A I ~ ~ > .
3 1 ~ x 0111~s~ ~ ua i\~i:ri;o E CISTBO.
l'osto erii disc11ssio foi O pareei,r apl,roundo seiii dt.bntr.
I'or proposta do 1)'. Alirarlda Azevedo foi a proj<tctu posto
sili diucuis8o eiiglohadninente e deliois de ohsrrvnqiics dos Srs.
Eduitrdo Prado, Carlos Reis, Antonio Pizn r Xiraiida Azevedo,
approvado roiii alguiiins enieiidas roitio segme o tr;lnscripto :
-Ao Art. 2." neereseente-se : # unico-Hnvriri tainbttm nma
classe eslircinl de çocios com o t i t ~ i l odo-l>residentes lioriorarins;
a qual só será eonfcrida a pessoas de iiota1,el iiiere:iiriento.
-Ao 5 I." do Art. 3."neereseciite-se iiz,fi7~e-rrisidentes fbra
da s<'de d i ~Q ~ s o c i n ~ á o .
Os socios eo~respondcntesque residirem ou vierem a rrsi-
dir na Sede social poderâo paisar Iisru a classe dos c:ffectivos
apresriiti~urlotrabalho de conformiiade coiri o # seguinte.
-Ao # 2." do Art. 3." E m vez de-satisfazendo-os, diga-
sr: estniido n a s . .. Entrc as l~alarras niiteeedente e upreaer*
ti~re7,~-ncrrescerite-sn: e residirem na Séde do Instituto.
Siihstitiia-se as pelavras-de valor. . . . ao Brazil ...
1 i t e s : Que abone a capacidade iiitelleetuul do auctor
e sobre o assuinpto cujo estudo o I n s t i t u t , ~se prop6t: 1)romover.
Ao # 3 . " do Art. 3 . " E m vez de a Rel~ubliea diga-se-
ao Paiz. Dcpois do Ara. 3." accresceiite-se: Art. 4,"s so-
cios aos quaes for conferido o titulo de-lioriorarios ou berieme-
ritos iaiitinuar&o a gozar das regalias inhererites á categoria a
que I,ertencrram.
Substitua-se o Art. 4." pelo seguinte : Art. 5.' Todos os
sociaa reeeberáo um dil~lomaque será assignado pelo Freeidente,
1." Secretario e Thesoureiro. Colloque-se o Art. 56 em seguida
ao Art. 4 . : ~upprima-se o Art. 5 . " Ao Art. 6." siihstituaiii-se
as palavrtis ... terá sempre ... Assemb16:a ... pt~la palavra-será-e
acersscriitose in jine e coiiteri alem do nome e titulos ou me-
ritos que recoinmendeui o candidato a sua naeioiialidade e resi-
dencia. Supprinia-se o # unico deste Art.-Ao Art. 7." substi-
tuain-se as palavras-antes d;t votaçáo para ndmissho, pelos.. .
salvo ein casos muito excepcionaes. d este Art. accrescente-se
in-fine-A requrimento de qualquer socio poderá a Aasemb1b.a
conceder a dispensa do intersticio afim de ser o parecer ou a
proposra votada na mesma sessão. E m seguida accrescente-se
o sesuin*-Art.. . a qualidade exeepcioiial de Presidente Ho-
narario sú poderá ser conferida mediante proposta assignada pela
mesa do Instituto e tambem pelos demais socios presentes i ses-
são. A 1?ro1>ostaassim apresentada considera-se approvada. Es-
t a distirrcç8o será camrnuriicada ao agraciado por officio assigna-
do pela inesa enviando o Diploma.-Ao # 1." da Art. 10."-suh-
stituain-si: as palavras-jaia e a~inuidade ete... pelas seguintes :
Cont,ribuiqão que lhes competir, a saber :
A-Os socios correspondentes residentes no Estado yag.aráo
R joiii de ó0$000.
B--Os socios effectivos pagarão além da jois de 50$XH a
annuidade de 24$000, pagando a primeira aunuidade com a joia.
C-Os soeioa honorarios e beiiemeritoa, aseiiii como os cor-
respondentes, residentes fora do Estado, nada pagar8.o.
D - Os soeios correspondentes que passarem a effectivos pa-
garão a joiz de 50$000, salvo se já o tiverem satisfeito, e a
annuidnde de 24$000 pelo iiiodo estabelecido n a letra-B-.
E - O s actiiaes soiios correspondrnte reiidei~tes1.t~ sCde do
Instituto coritiuuarào :I pa.ar a aniiuidade de U,!O00.
Erii seguida L: este artigo aicrescente-se :
Artiso.. . (a disposiç&o constante do artigo 32 eotii n mo-
,dificag~oao mesiiio apontadaj.
Artigo.. . As contribiiiçGes estahelecidas no # 1." do A r t . ..
deverão ser satisfeitas no Iiraso de seis mezes da data da par-
t i c i p a $ % ~da admissáo; nào o sendo ficarao seu, eEeito a pro-
p o s t a e a respectiva adinisnão.
Ao Artigo-11 Accreseeiite-se i r ~ J i n e :e uin orador.
Para substituir ao 2.' secretiario h a r e r i dois siipplerites
,eleitos juntamente com a Direetoria.
Siipprirna-se o # 1.' deste artigo 11.
Siipprima-se no # 2." a palavra effeetiro.
Ao 5." do A r t i ~ a12-Em vez de apresentar n a sessão
a n n u a l de encerramento-diga-se: apresentar aiiiiualmente na
sessão de abertura.
becrescente-se a palavra-findo-depois de anuo.
Ao # 2.' do Artigo 15- Siibstitua-se pelo seguinte :
# 2."-Proceder em sessão a rhainada dos soeios e a leitura
,do expediente, dos paIeceres e liitpeis presentes á sessâo, e com-
muniear as offertaa recebidas.
Ao # 3." accrescente-se iiz. "fiiii~e-e expedir os avisos de can-
vocação para as sessões.
Ao mesmo art,igo 15 -.iccrescente-se # 6." risar os doeu-
mentos da despesa que deva ser paga pelo TLesoureiro.
Ao # 1.' do Artigo 16 - Supiirimani-se as palavras finaes-
dividirido entre si o trabalho que l i o u ~ ~ e r .
Aecrescente-se # S."-- rcsdigir as aetas das sessües da Dire-
ctoria do Instituto, transcrevel-as ou mandar trnnscrevsl-as iioç
respecti~.os li~rros,141-as eiii sessão e assignal-as.
Artigo.. .Quando em qualquer srssbo n%a comparecer o Pre-
sidente, Vice-Presiderite; 1."e 2." Secretario-I>ri!sidiI-:~-:L o sa-
cio q u e for acelarnado dentre os presentes.
Ao artigo li-Ao # 2."-accrescente-se in fii~e-e os d s des-
peza ordinaria cujo3 documentos serão visados pelo 1." secretn-
rio, não ~ o d e n d oser excedida a respectiva verba do orçaineiito.
Ao # 4."-em vez de uiri dos secretarios-diga-se : O 1.'
:Secretario.-Em vez de eml>r~gndoda siia corifiaiiçn-diga-se :
pessoa de sua escolha e eorifiauqa; siippriinirrdo-se o resto e ac-
,erescentando-se o seguinte : - k qual seri abonada uina l~oreeu-
h g e n i estipulada pela Directoria.
Ao $ 6."-Suhstitiiam-se ns lialavras fiiiaes-aesign;~dos ete.
se?;iiintrs : (?ice serao rircsonres ao instiliito iin prinieira
sessno do triiiiestrr s r g ~ l i l l t c :
>
.20 I 7."-Suppriiiin-ri? r, :' 7."-:lecresceiite-se : 9 i."-;iprc-
sentar :ite 10 de J;iiieiro o l>!~.lanquiln receita e ilespcí;i do aiino
fiiido acompariliado dos ruspf,ctivos dociiiiieiitos, o qual s e r i en-
~ i n d nii i.orri!nins;io de coiltilr liara exame r linrert!r.
Ka sess%o de 25 de .Iaireirli, s ~ r i i oo 1l:il;iiiço e Parecer s u b
iiiettidos ;i disciis,;io i. rottirrio do Instituto.
3 $."--.41~rrsmtx~ n a l.* iesi;Ln nrdiiiari:~ d e Oiitubro o pro-
jeçto de orqnriieiitii d;i rerr,ita e dcsl'eza do aiiiio segiiinte, i>
q u a l sri.;i r211-indo i Co;ii~iiis~;iodi: Coirtni qiie nl>reseritiiri o seu
r r a segiiiida ~ e s s 2 oordiiiarin do dito riiez de Outubro.
~ ~ a r e c :itG
Xcssa. sessiio ser50 o Parecer e 0rç:~iiicnto subrncttidos i
dise~~.;;no r T-otaçxo.
Dpi~oisdo arti*,> 18 - accreseentc-?<i:- ; i i.t. . . Ao Orador
compete 9 l.'Falnr oii resl>onder pcla Sociedade eiii todas as oc-
<t:içiùes kirito festivas coiiio iiinebrce. exeelito qiiarido o Presi-
deiite o fizer, porqiis tein lircfcreiiein, tanto nas sessútis eoriio
lias deliut;iri,rs do Iiistituto.
E %."-Fazer nn si.so;io iiiagii;i de 1." dc Norc:iibro o clogii~
hist<,rico dos soeios ft~llrcidosdurante a aiiiio social.
A r t i ~ o .. . Ao3 e i i p l r i ~ t e sr10 2." seeretario inrunihti a. çiib-
stitiiiç:io &,;te lias riias t i l t a i e iin~i~+rliirielitna.Xn > ~ ~ ~ s o i idas cin
seeretarios e snplil<,lites <lui.notr ;ti sessiies o Presidente nonrezrii
dentre os socios ]>resi.iites qiie?ii siip1xa as rt,spcctivas f;tlt;is.
2\<j .irlixa 20-S~1l>yrininiii se nd li:il;~yrns :iléii~ <Ia Directo-
ria e os finnrs-qu<, srr;io se:ripre eaeolhidus ctc. ieeresçente-
s e : « Drcimn-piimeii-i ». Coiiiniissãn de Coritas.
4 0 Artigo %?-z~rercse~!llt~e-sri i z ,lini.: O S pareceres dçl-e-
?%o ser a i > r < , ~ e ~ ~ 1 t1a0dpi.<~i-o
~s d<: q u i l ~ z edias.
Ao Artigo 23 - Siihstitun-se n 1i:iIavr:1 -opportiinemerite-
pela ~inlarra-l~criudicnmeiiti:.
Ii:clun~ii-se eiii seguiclii. no nrtixo 21, os artigos 511 e (i1
coi11 :is rnorlificaçries n clles :ilii>iitadnz.
Ao Artirso 31 - Ein vez d e : a Todos os z~iiiios o Tiistitiito
concederi: diga-se : o Iiistitiito i~oderbeoiiceder aiinii:ilinente.
Ao nrt. 32.-Acereseente-se n liaiarra «ordinarii~sn e m
s e s a i d a a-sesa6es. Diga-se adiins rezes» em logsr d e «unm rezn,
pondo-se no pliirnl as I~nlax-raa-dia-e-deiignnd~. Supprimnnl-
s e os p:~l;irras iiiiaos lirecetl<~ii~lo-coiivit<i,etc.
Ao art. 23.-Siihstitiiairi-si.e :lu piilnvins-eio q n nse
~ rele-
hrará%>pelas «ei:l<rbiiliido-ses e aecrrseente-sr i i a $,&e rn 25
deite Iiiez>>.
nrt. 43.-Kni \-ri do Presideiite-dign-se : <:de qiinlqiier
incmbro».
Ao a r t . 12.-Yiil>l,riiiimii-ie os palavras ceoiii ereepq",
rtc.n, atrl o fim: accreseeiit.pndo-se as secuintes: <<sendotjeri~iit-
tida a reelriq%oa.
Supprinv~-sco o
2.'' deste nrt.
Si'l?l~rinia-x0 ort. $2.-Ao s r t . 44-ein vez de : .todas as
Direeto2lns.. . . ... srião elritaz;> : diga-sr : < d s rleie6er da Di-
reetorin. rcnlisar-seliáo d r tres eiii tres .iiiiios».
Substituain-se a i l,nk\.ras .de cndn uina at: ao firnu, pelas
st!pint<rs: «c: a siia. pojse se i.Eectunri ira sesç6o dc 2-1dc
Jiinciro do anuo segiiiiite».
Ao a r t . 46.-Si~~i~iriiiin-sa palavra <<sempre»,o accrescrxi-
te-se i l ~$ 1 ~ 3 *ou 1>ei0 1)i.o~isso,1110 a a,ielnbii.a res01~er Cn1-
pr"g:L'".
S1iI>pririin-si o a r t . 47. Ao a r t . 50, acercsceote-se : «Sub-
ren?isei oii aiixilioi eoiiee<lidos pelos poderei piilrlicos».
Ao 2 . " - S ~ l , ~ i r i i i i a - s e a 11;ilavr.i «se,niprem e diga-se
«.i00$000ncm vez do «30!l$OOOs: Suk~iiriiua-seo art. 51.
Ao nrt. 62 .-Passe-se o Capit,ulo 3 . " c0111 i& seguinte
iiiodifieaqC~o: E : r i i z de ans disliosiqiiee do a r t . ete.2 ;itC o
fim, diga-se: a a reipertivn ioiitrihuiq.lo qi~nndoa ella obrigaadoa.
Ao art. 54.-Suhititiiani-se 1,el;~s i.e?uintes, as i>nlarras:
adentro do primeiro triinritre, etr .:> ar(: o fim: « D e dois aiinos
consciutiroi ~1111d0e l i ~ n i i ~ a ddo o qu:adro social se depois de eon-
rid;ido a quitarse Iijn o fizer ou 11%o opresentllir iiloti~oslegiti-
mos ;i Direitorin dentro de trinta dias».
Accrrsci:iite-ne.+ iiiiico.-O socio que se tiver dosl>edido
oii tirei. sido eliiiiiilndo pel;i eniisn prevista neste a r t . porlerá
ser rinr1:-littido iin çlassi, B que independente de pnga-
nicrrto di, nova joia sntisftizendo lioréiii o sou debito da nn-
iiiiidarie .
art . áG. -Passe-se para o Ca1,itulo 2." siibstituiiido-se
as ~ ~ I I ! Z L ~ C L«iiiclividiios
S e dos- lielas palerras: «pessoas e das..
Ao art. 39.-1'iissr.-ss Iinr;r o Capitulo .'i."assirii redigido.
i\rt.. .. . . . h rr.vist:~ do Iiistitiito s e r i gratuitameiit<, distribtiida
aos aocios beiieiireritos, 1 o o : i o affc.rtivos o correslioridentr,~
rrsideiitrs no Estado e eiix-inda a juizo da Directori:~, a auctori-
dndes, joriines, bib1iotliec:is e sociedades congenerrs. Os eocios
em dchito de annuidade Iirrde~iro direito da receber a revista.
O ,meço da assignatura de neuista ser& taxada. yel;t Dirc-
rtorin.
d o art. 61.
Passe-se pnra o Cny. V, fandindo com o art. 2 1 r elimi-
nando-se o que aqui 6 relintiqiio.
A o art. 63.
E n t r e as palavras sociw7nde e só poderi. incluain-se as se-
guintes: « i i g a cawa qzre i L , i < i .silopi.eoi.stiis no artigo ... (acriial áL)m.
Forani tainbeiri nli1iroi~:idas ns segiiintes emr:iidas cii~-iadas
pelo socio fuiidadiir Sr. Dt. Josk de S á Rocha:
Ao art. 30 ncerascente-se onde c o t i v i ~ r :
O Iiistitiito fica t i ~ ~ n b eal~i ~ c t o r i s a dno acceitar doaqües o u le-
gi:dos, mesiiio por disposiçio trskinientaria, cu~iiprindo i Dirreto-
ria promover o.; ~iieiosi~ect?sani.iospara entrar na POSPI,. de taes le-
gados e dar-llies o devido <lretiiio, caso nào sej;i.m feitos eo:ii de-
terminaçãii especial. (Selvo re<laer;;io.)
A« iiiiico $ do art. 54 ((rmeiida da Directoria).
Eiii vez de: <<oseu dt?bitii da nunuidade*, diga-se: « A S as-
SCIDADES DEVIDAS OU E>I DEBITO*.
Ao ;irt. I G l . Acer«sci:iita-se onde convier:
h Rrristii publicari t,ilrirbeiu aniiualrnente unia relac,Xo dou
doiiati\soj, doaçces, ou legados racebidas durante o mino, eoiii in-
dicaçao do3 nonles o f f e r t t ~ ~ ~!,Salvo
t e j , redacçko).
S ã o torain npproradns as ~ e ~ u i nernerides: te~
Do mesmo socio Dr. Jos6 d e S i Rooçli~~, relativas nas g$ 2." e
3." do srt. 3.".
Do soeio Dr. Antonio Piaa, no sentido d e ser radiiaida a dois
terços o nurnero de doi-. socios exiFido p u a asiignatiir;~ das 1x0-
postrrs pnra [>residenteslioi~orarios,t? nutra çiippriniiiido a enisnd;~
ao ar,. 11 sobre creaçar~de uin orador ofieiail.
Foi nliresentada e lida, ficando sobre a mesa para ser vo-
tada n a 1." seasno: urna proposta dos Snrs. E. Goiilart e d Piza,
auctorisando a Directoria a convidar os soeios necritos e que
ainda n8o satisfizeram a respectiva eontribuiçRo, h a ni;ris d e
dois annos, a regularisarein a sua admissão, podendo disprnçar
o yagamento das ariiiuidades anteriores ao actunl: aos que satis-
fizerem a joia e i 1." nnnuidade, considerando-se esta coino r+
Intir.a ao corrente anno.

O Dr. Eduardo Prado pedindo a palavra, offereeru no Ins-


tituto urn interessante docunirnto encoritrado 11s. I?ibliotheen de
Lisboa com a sepuinte curiosa euiurar~he: Diiertiniel~to udi,iira-
E.rt,.nhir?e pele c,iiiouidnde ii~ccnailrelde i ~ n isertoirilstn pau-
listeiisr qrie os u~lei<lo?csucce.ssicus ,ir,iiis l,nr<cris de nitiros.
Qnferecidii no ill»z.' ercm.\si.. ;31ni.tii~h,, rir iWello e Castro, do
Conselhri d e sria .iriagestade, seeietn~io dr! E.;tado da r~1inrticã.o
da i : e Doniinios T!ltrarnnriiios: par hlanoel Cardoso de
Abrru. «:lnno 1 1 8 3 ~ Iridieou o nlesrzio Srir. que o Instituto
se dirigisse ao Iiistituto Archeo10,-ica de l'ernarnbuco, afim de
obter co1,ia de dois niappai que iiitrreosarn ,i liistoria o geogra-
pliin de S. Paulo, sendo um de S. 1-ieente r: outro de S. Faulo,
do tempo dos hollandezes.
Nada mais hal-endo a tratar, e sendo em tempo lida e
approrada a aeta da anterior o Sr. Prcsidcnte levantou a sess2.o
ronridnndo os sorios pari, a seguinte 110 dia 5 de Março.
T2avt.ada pelo 1."secretario 3lanoel Pereira Guimarães.

S~c;siioortliiiarin cin 5 de 3iarqo tle 1001


PRESIDESCIA DO EXX, S R . CO'TSE1,IIEIRO DI'ARTE DE AZEVEDO

A's 7 I/? horas da noite, no sal%o das seaiiies do Instituto.


presentes 03 STS, Iluartr de Airvrdo, Nirniidn ~ l z e v r d o Theodoro
,
Sarnpaio, Fereira Guimarães, Carlos Reis, Eduardo Frado, O.
Derby, A. Piaa, A. Vautier, F. hlalra, J . Vicente, Carvallio
Aranha, Dinamerieo Range1 e Dianysio Fonseca, foi nberta a
se6sho.
Foi approvada a acta da ultima seasâo.

EXPEDIESTE

Do Ceiitro Korin:iliital liediiido a sala das re.sEas do Iiisti-


tuta p u a alii funccionar.
OFFERTAS

As coiistaiites da r e l q ã o eiii al>l,endice, as qunes são rec'


bidas eiiiii especial agrado.
k'oi 110' u ~ ~ ~ ~ ~ i i n do i d aiotos
d c alil>rorad:i a rcdaec:2o filial do
Fsqjecco <i<,, rt,fúi.nin dos l3st;~tiiro~.Tviido <.stt3seiitr:ido 1,111 vigor,
o ir. lvesidriit<~iioriieoii <is si... Eugciiio Fraiiro, A ~ t l i u r\'aiitier
<. .Jo;io Florii:do liara fazei.<,iii parte d ; ~eoiiiiiiisiXo de roiit:is.
O S r . 11. Prado, ol>teiido a pala\-ra, oifr,ri,ce no Iiistituto
dous iiiaiil>ns quo eneoiitrou riii nreliivos d a l.:urolia, iiiaplms
intere:isn~itisiii110s, sobro os qii;irs disbcrta:.;i o S I . . Drrhy. PSOIXIZ
o Sr. I.. Yrndo que o Iiistituto, 1,or iriteriiiedio do ( k o ~ e ~ n o ,
.
par S. r2xc.. visitado? '. e
p ~ o e n r n s ci h t c r nos a r r h i ~ o s e~~rnl,e<is
sobre. c i q : ~i i q u ~ a afiil<iu eoin o rosti;incdii ~ ~ ~ i l l ~ ~ i ~c io ips~ua s~ o ,
dos i~iiportaiitt.sdoruiiiriitos elii eiiiiserviido~. T<iniiinaiicl« ;I sua
azljosiq%o, que foi iiiuito aliii!:iiidirla por todos riu rocius 1irt:seri-
tes, foi o Sr. d r . E. l'rado viiraii.r;t~do l>rl« s r . Yresidciite r{<:
redisir iiii:a rcl,reseiitq;io n'rsse sentido ao G o ~ c w i o do Estado.
O Sr. dr. Uerby, obteiirlo n lialavra. l>ns'n a dissr.rtai sobre
esses dons 1l1a1il~ns, nttriliiiidos :L I). Luiz Antoiiiii de Souza, c
oue tratam das di7-isnc eiiti.~. S. Paulo e IIiiizi, ci.iido muito
Gll,laudido ao tei~iiiiiar.
O ir. d r . Tli. F:irriliaio, riii >io,nc da i Frni~~aiso
affrreee ao lnitituto 10 V O ~ I I I ? ~ C Sreli~tivos:L exlllo~:~iilesno Jfe-

.\'s i lr?horas dn noite. lir<,s<.iiteios Srs. Iluarte dc Aze-


vedo, 3liraiid;i Azr\-edo, Carlor. lteir, Diiiii:-sio Foliieca. Tlirodo-
ra Baniliaio, Din:iiut.rico Xaircrl. O Dci'oy, A . Pizn. E. (:oulnrt.
Bernnrdo Campos: E. Prado. Tulio C:iiiilios, Jaeiiirlio Ribeiro,
E. 3Iervlli; A. Vautier e J . Tirciitc Sobrinho; fbi aberta a aessZv.

110s Src. 11. 3Ioraes 13nrros e J . E . ?iícllo Pcixoto: agiadç-


cei?do ni suiis trnnsferenci;~~.
Dos Srs. Silyio d e hlrr!eidn r 3Ioieiri~[Ir rlzcredo, aeom-
panliniido ofíertas.

-1s coiistaiites da rcl:i?âo <,in aiiperidice, aa qiiaes 580 roce-


bidizs com especial agr:ido.

Porairi proclnirindos snrios de Iiistib11t.o os Sra. n r s . ,T. X.


Saiii1)aio Viririna e TTnsliin.toii L. F. da Souza, Alvaro G i i e m
e Renrdieto Octario d e Olireirn.
Foi lida e enviada i co!niiiissão rcipt7cti\-a pioposta p a r a
ndrnijjijo do Dr. 1,riciniio Esrrres .liinior, ii:i ciialidsde de socio
e~rres~oi~dente.
Fassnndo-se ii rlei<;Zo de Orador do Iiiitituto, foi eloito por
~iiaioriaile votos o Dr. Tlieodoio Saiiil~:lii).
O Dr. O . Ucrb?-, proeedeii i Ii~it,ii?.;ide seu interessante
trabalho sobre aDescoht.rtas c Xeitifica<;Ue.i di: iiiiiias no interior
d e S. l'aiilo qiir foi iiiiiitn ani.ecincln.
Xadn iiiais :iarendo a trntiii o S r . Prasirleiite l r ~ r a n t o u n

no
PI~ESIT~ETCIA si:. çoitsl:r.iiiino IIL-ARTT: D E .LZETBDO

h ' s 'i 1r2 lioras dn iioitr, lia sala das S P S S G ~ E ; 1iresentt.s O S s13.
Ilunrte d i ~Azeredo, 1Iirnrid;r Aeevedii,.T. Jn=ii:iribe, Ilr. Jeguarih~:,
A. Pizn, P. (hiiiinraii, E. C;oiileir:, Tiilio C a m p a , C. Reis, O. Der-
I>y,Alfriclo Toledo, Dr. R;iii-ri, Hernnr<lo Cniiipos, J. Viconte So-
hrinlio, E. Holl<rn<lerl.iCniil;irtl
. I.Vantirr, A. Lüfgreii c Diony-
sio Foiisera, fni a h c r t ; ~a sis;;ia.
Foi apProrada a act:i dn ultiili:~sessiio.

Do3 Srs. J O ~ O Itibeiro e Dr. X a ~ ~ l iGaliXo,


x agritdeceiido as
suas e!eiyürs para socios do Idstitiito.
D a i Ribliotlieeas-Kiicionnl, do Rio de Janeiro, r da T n i -
v<!rsidatln de TTl>nnIe, ~ g r a d r c r n d ox reinvssn da obra de H z ~ n o
Stadeir.
OFPERTrlS

As con.;tnnt,ri dn. r e l a ~ ~emo appendice, a3 (IUUCE fornm re-


cebidas coiii esyecinl agrado.
Cioii~~a~ce~ o iiiiiiirdinta o iiosso soci<i l)r. J. hles-
liai dsala
quita G;:rrii;: foi iio!iieado. iiiiin eominissâo que o introduaio n a
sala das srssoes, onde toiiiou assento.

OKDESI DO DIA
Fcii unariiiiiriuente npl>ror;ida a 1iropost.r n?sigiinda liorlodos
06 socios l)r?í(:lites e o ~ ~ f e ~ i ~
o ltitulo
do d r I'rebid<'ntr. honorario
do I n i ~ i t u t oao Sr. Dr. J. 31. da Silva Fnraiilios, Barrio do R i o
Ri-aneo.
Foi lido a Ijnreeer da comiriissão do adrriissâo de soeins, re-
lativo ans Srs. l>r. Carlai Kodrigutis d e T7asco>icellni, Profassor
Eernando 3lartiiis Bonillia, Dr. Lueiano E s t r r o s dos Santos e
hli~noelde Oliveira. Lima.
Fornin al>reseiitadw ~ , r a l ~ o s t para
; ~ s iidiüiss~~odos seguintes
Srs. çoiiio soeios do Instituto: UTE.J o i o IlIcndes de Blinridn J u -
nior o Siliio de Aliiieida, coino socios rffeitivos eCandido Cost,a
corno corrr,sliondente,
O Sr. E. Hallender aliresentn diversos innl>pas anti;ns, rei-
fercnies no Llrazii, do 162U e 16-1, aiiiii di! s i i r escolhido uni
pelo Instituto, rerahindo s escollia sobre o iiititiilado eRrazilia-
Ilio Grniidr d<: Liicena, teirdo o Sr. Prt:sidrnte axradecida a
valiosa offirta.
O Sr. P.Guimnráes propiie que o Iiistitut,o, p?ra solemnisar
o 10." aimireriario da sua f i i n d a a o em 1904, realise u m Con-
gresso A m ~ r i c n n ode Historin r ~ e o g r n ~ i h idevendosernomeada
a.
nina eoiürniisXa de 10 meiiibros ,,ara estudar o assumpto e for-
inular o lirugramnin.
Tendo o Sr. 31. A a e ~ e d oapreseiitado uma emenda para q u e
a conirnissao h s s e de 3 membrosl foi a ~ > s i n ~ i t ipropostaappro-
ra
radn ciiiii esta iiiodifici~qão~ iiomenndo o Si.. P r ~ s i d e n t e os Srs.
Ediinrdo Pmrlo, 11. .&zertidn e P. Ciiiiniar~ies. Este ultimo, pe-
dindo a iialtirrn, l p d e ercusn da coinmissiu e demissão do cargo
de l.V<.<.rr:tario, visto yu* por iiiotivos imiierioeos itno p o d ~ r a
eomparecrr as siissiies diiraiite 5 a ti riiezr.s. A vista das rnziies
apresriit;iclas, n casa não :icceitoii o pr:dido de d<!iiiisi20, eoiicedtmdo
80 1." Secir!.tario uina liccnqa pelo teinpo qiir julgasse necesasario.
Foi apresentado e aliprovado o Balancete da receita e despeza
no 1.' t ~ i ~ ~ ~ e sdo
t l anno.
.e
Kada mais havaiido a tratar, foi levantada s sessjo.
Lavrada por D i ~ n y s i ol.'oiiaeca, 2." Seerctario.

PXESII1ESCIA DO E X X . SR. COKSELIIEIXO DÇARTE D E AZEIEDO

A's 7 112 da noite, no salão das sessi,es, presentes os srs. Duarte


de Azevedo: 1JIirnnda de Azevedo, Carlos Reis, Pereira Guimarães,
Dionysio Fonseca, João hlo~aes, Bernardo Campos, Diriaiirerieo
Rang<-1, Artliiir V:iuti<ir, Aiitonio Piza, Tlieodnro Sarnpaio, JoBo
>Iontriro. Orville Derby, Alexandre Rirdvl, Jacintho Ribeiro, J .
Vicente Sobrinlio, E . Hollerider e A . Goiilnrt, foi aberta n sessão.
F o i approrada a acta da ultima sesaâo.
Foi por uma commissão introdiizidu na sala das sessões o sr.
Alvaro Guerra, que tomou assento.

Do sr. J. Vieira d a Sil,-a, agradecendo a sua transferencia


para socio lionorario.
Do sr. Joaquim Narianno 4. Morars, rrmettendo o autogra-
pho de um seu t r a b ~ l b o ,sendo o mesnio remettido icommissão de
geographia.
OFFERTAS

As constantes da relaqxo em appendice, as quaes são recebidas


com especial agrado
OKDEM DO nra
Fiearam sohrr s mesa os pareceres sohre as propostzis de socios
feitas na sessão anterior.
O sr. FIollender I$ a copia de uina conta de despezas fc'~lt'ascom
a execiição de iim condcmnado á pena ultima.
O rr. J. 3Iornes prorede B 1eitiii.n de um seu importante trabu-
lho sobre a reroluqfio rio graiidense de 1835, que foi niuito apre-
ciado, pendo :I<> tenliin:~r acolliido por i i i i i ; ~salva de pnlmns e iiruito
cuinl,rimcnt:~do.
Ynd;b iiiais lia\-eiido n. traftir, foi Ir.vniit;~da a seiz:io. L n ~ r n d a
por Dioii:-sio Foiiseea, 2." sc~cret:~ri<>.

Sess5ri <rrcliri;it-ia, ciii "i d c .\l:iiu iic PDOP

Pl:ESIUiS<'lil ,:O SI:. COSSEI.HEIFiO DCAJtT1: U C AZEVfiIIO

A's i I,'? Iiorns dn noite: ~>r<:senteios S . D . de h z r r e d o ,


31. .lzcii,do, D. Fniiseeo. C. Reis, ' I Sniiipnio, .I. Jlrirars, R.
Cainiios, A. Vautier, J . .Jnçunribe; 0. Derli?; D . Range1 e .J. l i -
ceirttt'S<,b~.iiilio,foi nbertn. a scssfio.
Foi ;ipprov:~dsa ;icta da iiltirrin srss2o.
F:sPI:»Lli3-Sl:
OFFEIiT.1S

As coiiat;i~itesd : ~rrlnq:io rin ;ipendici.: recebidas roiii <spcci:il


ayrado.
OR»EJl DO T)IA
3'araiii votados os 1,nrrcert.s relntij-os aos Srs. D."" Araria Re-
iiot,te, U." J . lleiides Jiiiiioi.; Silrio de Llliiieidn e I ~ i i a c i ode Rr:-
zende, eoiriu rocias effreti~os, e Ci~ndidu Costa cailia eurrespoxr-
deirt,<:.
O Si..1)r. J. 3lnrar.s leu a 2.' p r t n do seu nota\-r1 tralrallio
sobre a 1ter.olui.Zo de 1835, qiie iino foi ii:erias nlireciada. do VP a
I.", seiido o illiistre auctor i:ualriiriit<, nliplaudido i: oiiiil~ri-
ine.ntado pelos sorios Iireseiitrs.
Xndn niais Iinreridn a tratar, ?oi Iernntnda a sessâo. T.n~.ra-
da por Ilinnysio Foiiseca: I ." Geerrtario cin exercirio.

A', 'i I/? da iioitc, prrieiitca os Srs. D. de Aaevcdr>: 31.


Azr?\.edu, I). Fonseen, C . Reis, D . R;iiigpl, S. Saililiaio, J . Ja-
guaribe, Coiito llngdli;tes, U. Jaguaribe, O. Derby, 11. l'iia, I'.
Lessii, E. I'raclo, J. 1\Iorixes, A . Lüflgieii, J. V i r r n t r Gobririho,
Jaciiitbo Ribeiro c R . Itoineo, ii a E s m a . Sr". D. Preieiliniia d e
Alineida, foi aberta a scssáo.
FO~LLIU por Liriia coinriiiss:to iiitrodiizidos iir, saliio das sess6rs,
onde tomaram assento os Yrs. Drs. Cnrlos d<. T~aseo~icellos e Sil-
\rio de Aliiieida.
E'oi appro~-adnn ;icta d;i ultiinn sessão.

EXPEDIESTE

Forn:u lidos dirersos otficios de socios agrnd<icendo as suas


eleiyües: e outros a;raiid<.ccndo ofertas do Iiistitiito.
OTFliiLT.4ri

As iio iii!? iiidiendns no nl,l>eiidiee? reri.hidns eoin eslireitil


;ixrado.
ORDI.:\I 110 DL1
Forairi inaiidadas i coiiiiiiiii5o rcspectivns propostas l,nr;L
:id>ni.;sao dou Srs. Heiirique Cortllio Kettrr, Drs. Joaqiiiin I[. dt!
A. 3iorat.s e Antonio C. Hasbosal como socios eorresl~ondentesdo
I~istitiito.
O Sr. E. Prado, propCc: qiii- O Instituto se dirija ao Gover-
lia yecliiido a nbertiirn de rigoroso iiiqueritu sob o ;:ssasiiiiato
cio JIonseiihor CliLro JLoiiteiro, o que foi ::lilirortido.
Seiido iii~roduzi<iosiio rrciiito os iiionihrus d a Corninissão
Seientificn Aiirtriacn. Drs Xicliard TVeltsteiii ititter T O n \Y<ls-
tershriiii. Fredrrico Keriirr e 31arilanril A ~ ~ s i i s t oHeinrich \Vi-
i,slrianii e \-ictor Sehiffnerl toiiinrnin :,isento ;,o lado da mesa,
simdo ralorosninente sniidados pelo Sr. Pxesideiite, qne roiigra-
iiiloli-se eoiri o Iiistituto liela honrosa -risita, ilropondo que fos-
seiii todos 0 3 ~ ~ ~ e n ~ dbar oColltiniss:~
s coiiiiderados iocios 114110-
r:irios do Iiiitituto, o qiie foi :~lilirovado.
Terido u Sr. Loffsrrii eniidado em alleiii8o nas v i s i t ~ i i t e sr<,-;-
~>oiideile111 fi:irienz o Ur. Kielinrd TVrltstei;,~, agrndi:cendo ;i
t r o v a de al>reqo qiie a c a b a ~ n i nd e ~ s c c b e ras riiembros da Coiil-
iiiiss%o Scieiitiiica.
O Sr. E. Prado: obetcndo n palaura, saiida tainbitiii a Com-
~iiiis%o em bi~llissimodiscurio rrn frnncez, con~raiulondo-se coii~o
Institiito pelo rcrebiriierito eiii scii seio, de seus il1iistri.s iiieinhros.
Kad:~iri:iis l i n ~ e i i d oa tratar, foi levantada R aess%o.
Lavrad:: por Diiinmerico Raiis<:l: suijpleiite ciii exereio d o
. uecr<:tai.io.
- > O
Aos ciiiro diiw do inez de Junlio de iiiil nr>rieeeirtos e um,
prcscntes os sis. Duarte de Azevedo. Diori?-çio Caio, Carlos Reis,
Ifirandn ;\ae\-~do,1)oiiiiiigos Ja,suarihe, Tlieodoro Sanil>aio: Tu-
lio de C;~iiilios, Sersio \If%ii.a: Alherto Loeffxrrii; Sirio de Al-
iiieida: Couto dii \fagalli%cs, C:ii.los de Vii.ronerllosl Il<irario
1,;iniie. Orr.ili<i Derbl, Jose: TTicrntr Sohrinlin e Uiriai>irrico S a n -
gel, foi dee1ar;idn aberta a seusao.
Ac1i:indo-~r na sala da Bibliothr~ca:foi introduzido na sala
das sesües o gr. di.. Jo%o Illeiides de Aliiiridn Junior, ccm as
forinalidades do estylu.
Lida a acta da sessão aiitriior foi approrada ;nri dchate.
EXPEDIENTE

Do Sr. Clovis Xevi1;bcqua. ityradece~rdo sua adiiiissão.


Dii Sr. ~intoiiioX o ~ g r sSariil>;iio aeouil>xiiliaiido nina plioto-
graphia rr?l>;.eeen!audo I). Pedro 1.'' no ncro da coronqao.
Dn lr~iiniida~le do S.S. Siicrainri~to da Ui~thiidral; enviando
uin convire.
Do Institilto Arclieo1on:ico de Pernninbum, otierecendo rolias
d<: rilnl'lmi sijlicitadas por este Instituto.
Teiido o dr. hliranda Azevedo, proposto que as desl>rsas
corti esses copias fossein Iiayas l~elossociosl foi aberta urna sub-
scripqho entre 0 3 mesmosl attiiigindo tal suljscripqRo a soiiima
~irecisa.

As roiiitimtrs do appendiee, que forain recebidas coin espe-


cial agrado.
OXDEhI DO DIA
Foram votitdas as lwopostas re1ativ;is aos R s Drs. Antonio
da Cuiili;i Rsrbosa, lieuriqu<i Coelho Ketto e Jonqiii~iihlariniino
de Al~nridiihlorn~s.
FCII.RI~ i ~ ~ i r e s c ~ l t apl.opostas
da~ para serrin aec~itossocios do
Inititiito irn qualidade dr socio cffeetivo DE. Aninncio Raiiioi
t ' r ~ i r e ; ~orrns~iorideiitr Antoiiio Olyiitlio dos Sniitos Pirrs: tendo
o Ur. Coiito hInpllli~tes.rsqiierido a rioiiieaçao de iiinn eoiiiuiis-
são 1mra represc~~taro Instituto lia iiistnliac.5~o da Sociedade
Etnographica e Civilisn~io dos Iiidios, o ri.. Presidente iioiriooii
os Srs. Tlreodoro Sainpaio, D. J a ~ i i ~ r i hr eO. Ui~rby.
O Sr. Loeffnren eamniunicou ter recebido da E n i v r r s i d a d ~
de Stokoln~oinforin:iqõei. sobre as coliins doí doruiiieritos a que se
referiu ria sessua de 5 de Femreiro ; o Iriatuto aurtorisou o Tlie-
soureiro a satisfazer as despesas.
O Dr. J a ~ u a r i b efez a leitura da noticia liist,nrica sobre a
siia invenção de dois balUes corii azns para a ri:ivegaqEo aerea,
entregarido todos os livros, docuii~entos int<!re3sniite~ c ],Ianos
relativos a ess:r inrençiio; sendo deridaiuente apreciado u tra-
balho do illiistre consocio.
Kada mais liavaiido a tractar-se, e Sr. Presidente levanta a
sessão.
Lavrada pelo Dr. Dinariierico Rarigel, siip!~lerit,cem exercicio
do cargo de 2: secretario.
DUARTEA z ~ v ~ n o .
D~sairl;it~co KASGEL.
bi.r.n~noTO LEU^.

Sessão ordinaria ein 20 de Jitnlio de 1!)01

Aos 20 dia< do nlcz de Jiinlio de inil novecentos e dois, ás 7


e meia horas da noite, no salão do Iiistituto, ljresrrites os ars. Duar-
te dn Azevedo, Aiitoiiio Piza, C ~ r l o sItcis, IIirandn Azevedo, Do-
mingos Jaguaribr, Alfredo de Toledo, João VainprS e. Diriamerico
Rangei, foi ahi,rta a sessão.
Foi recebido rias salas das seus6es coin ns fornialidades da es-
tylo o sacio Professor Fcrnando Bonillia Junior.
Lida a acta da sessso ariterior, foi iipprovada sem debate.
EXPEDIESTE

Do Presideirto do Instituto Ilistorico da Ballia, eomiriunican-


do A eleiçio da inesn. administrat,iva para os annoa de 1901 a 19U2.
Do Bibliothecario da Uibliotliecn Fluminriiae solicitando a obra de
Hans Staden. Do Sr. Carlos Ferreira de 3lrllo-iicornpanL-ando
uma offerta.
-0ffertas as constantes da relaqao aI>I%nsa,que suo recebidas
com agrado especial.
a : Iiistitiito os SE. 3Itinoel Hnr:i:a e
1'or:iiii l r o l ~ o ~ t o s s o e i odo
Coroiiel Fernniirlo Prortrs di: Alhiilliierque.-.Y CoinuiissRo.
Foi al,restintndo Iinrecer sobre as iro opostas 1x1 sessao aiiterioi.
Siihre a iiicsa.
O Sr. I'resicleirte uoiirr:oil iiiiia. eoiiliiiiss3o coln{>ostn dos 8rs.
'L'headoro Siiiiiiiniol 0. Drrby, e F r r r e i r ; ~12aiiios para dar parecer
snbre n nieiiiorin aiireseiitadn l ~ c l oSr. »r. Jagunribe sobre o sen
trnballio rrIati1.o R-h,\-t!nçAo doi b;ilúes.
'u'ad:~iilais liarerido a tractar foi eriecrri~da:L ses5;co e 1nare;ido
ri dia 5 do ioez li. f,~t,iiro.

Lal~rxdnpelo n r . Diriaiiierieo Eaiigei .


U E A R TDE ~ hz~~-rr,o.
D r o x i s r < ~C- DA FOSSE(..
l > r s a ~ r ~ n i cBos c ~ r . .

t9::ssin ciii 5 d c Jiillio d e l?f:)l


I'i.csi<lei>cin i10 C'oizrclh*ii.o D1~ai.t~
de díecerlr,
-20s ciiica <lias ile i i ~ zde J~illin,i s i e irieia lioias da noite.
uo sal:^^ das s~iqiii?sdo I n s t i t ~ ~ tHistorico
o c: (+rnxrnl>liico, presr,n-
tes os Srs. Diiart,i: ds .izev<.du, 11ii.niirla .iacvedo, Uioiiysiu h i n ,
(>arlu<Reis; 1)iiinincrico Kniigol, A . F o r t e Dliiek, JoBo l\lor:iei:
Tlirodoro Sniiii>:~iol .4>itonio Pizn, Iloiiiingos J:i,qiiaribr, .i. \'nu-
tier, 0. Uerby, Ediiardo Priiilo, S;xiitos Kodri;ui!s, Tcrnaiidn Boiri-
l h ; ~Jiiiiior, .T. TVi<.t,brnuiie. Aberta a searko foi rei:ehid;i. iiti sa1n
<Ias sessíies com as soleiiiiiidades do cstylo n Sra. D. IIi~rinReno tie.
E n i sc?~ii<lai: lida r al>pio~-iidn n ncts cla sessXo anterior, lior uiin-
iiiinidade.
EXPEDIEKTE
OFWCIOS

Do Dr. J . C a l o . T. da a , ngradeccndo :L siin


?innsferei,ci:z. - D a Bibliotlieca Fluminerise agradecendo n rr-
inesen de livros.
Do Dr. Tlirsourt~ira do Iiistitiito reinetteiido o balancetc dn
receita e des~>esniio 2.0 triiiiestre do exercicio.
110s D r i . Cuiilis Barbosa e J. ?ilarianno de A. 3ioraes n g a -
docendo a siin ndinissâo.
SRo feitas as ofrrta. relacionadas eiii npeiidiee que s2o re-
cebid:ts com especial nieiiqzio e ~igrado.

Foraiii aI,resentadas 1irapost:is liara adinizs.iio dos seguintes


S . : Cone?o Jose I'. do A:ni~jo I l i ~ r ~ o n d e ' DTS.
i. Mnnoel P e d r o
Villahoiiii e IIprculann Crispiin de Carr;il?i<i, n p e l l e s como effee-
ti\-os c! este :ia p n l i d a d e de correslioiidente.
Ficou sobre a iiiesa o parecer relalirn nos socios propostos
irn sezs;ro anterior. l.'ornin rotndos pnrecercs eoiicluindo pela
;~dmiss.iro dos Drs. dmnncio Xainoi Freire e Autoiiio Olyntlio
dos Snritos Pires.
O Sr. Dr. Derby deseinl>rriliniida a rniss:io que Ilie fora
cominettidn d e estiidnr os maplins viridos de Pernanibuco, l e u a
primeira parte do seu estiido eoiiiI>nsnndo os ditos mappas eoin
os que se encontram lia Historia do Eranil-do Carinelita des-
calço F r e i Jos6 d e S;int'Annn. Ao teiniiiinr n leitura do ini-
n u c i ~ s oo consciente trabalho foi o orador nliiito applandido.
3 Sr. Dr. Ediiardo I'rado occiipnndo-se da iildicaváo q u e
;ipresentoii n a sessso dc 5 de 3Inrqo infornin o Instituto de t e r
se dirigido ao Dr. Secretario do Interior, do Estado, sobre o
assuiiipto e prolmr a iio~iienq%ode uinn commiss%« iiiciimbida d e
fornceer no Gor<,rno do Estado, unia relaq%o doa documentos
rekrciites á Geographia e Historin de S. Pniilo, e que se en-
eoiitrani erii varias bihliothezas portuguezns : f~indaiiieiitnndolon-
priieiite a siia prnliosta. A o tcrmirinr foi o i i l u s t r ~conçocio vi-
v:~iiieiite nliplaudido pelo Instituto. O Sr. Presidente iioineou
par" essa cammissio: cs Brs. Ediinrclo Prado, Antonio I'iza e
>lirarida Azevedo. O Sr. Santos ltodrigucs eoiiiprometteu-se a.
apresentar no Iiistituto iiiiin nota d e d o c u ~ ~ ~ e ninteressnntcs
tos so-
bre o Urazil, rxistentss ein bihliotheens portiiguezas.
li:idn iirais Iiaveiido a tratar-se foi 1ev:intadn a sessão <:
ninrcndo o dia 20 do iriez futoro para o u t r i ieuiri3o ordinarin.
Lavrada pelo Dr. Diiiaiiierico Raiigel.

D I - A R TAZEVEDO.
~
I~I~XY Caro O Fors~c.&
S IDA
UISA~IE~ICO XAXGEL.
FREFIDFiSClh DO SR. COYBELHEITO DIiAICTE DB .hZCXrEDO

A's i e meia da noite, present~s as soeios srs. Duarte de


Azevedo, Eduardo Prado, IIiraiida Azevedo, Domingos Jagyari-
be, A41fredo Tolodo, A. Vauticr, Cuuto AIaSalh%es3Theodoro bam-
paio, Cnrlos de Vasconeellos, Carlos Keis, J. Vninpré, Diungsio
Fonseca, Ronilba Jiiliior e Dinamerico llangcl, foi aherta a sessao-
l'or uma co,niiiiss%o foi introduzido no ialRo das sessões,
onde foi recehido com as foriiialidadeu do estilo, o riosso socio
Sr. Dr. Amanrio Xainos Freire.
Foi approvada a ncta da ultima sessRo.

EXPEDIENTE

Dos Presidentes do Sport Club Internacional e da Liga Au-


xiliadora Interiiacioii;~I, convidando o Instituto a representitr-se
na sua festa de anniversario.
Do Sr. A. Ollntho S. Pires, agradecendo a sua admissão.

As constantes da relaçáo em apendics, recebidas com espe-


cial agrado.
ORDEIIZ DO DIA
Foram approvados os parecrres relatiiws aos Srs. Dr. Xanoel
Barata e Fernando Prestes de Blbuquerqiie. Ficararn sobre a
mesa pava serem votados ria 1." sesçâo os pareceres relati7-os aos
propostos na iilima sessão. Foram apresentadas propostas para
ndmissão do Sr. Olyinpio Paranhos e 4Iri. 3fa1.g Robinson Wri-
gthe. Tendo o Dr. Carlos 12eis pedido dispensa de intersticio,
attento o elevado merecimento desta escrilitora, foi a proposta
votada imrnediatameute, e a mesma Sra. proclamada. socia hono-
raria do Instituto.
O Dr. D. Jaguaribe propox, e foi approvadn, que o institu-
to se congrstulasse com o Sr. Santos Dumont peio successo obti-
do nas experiencias de seu balão dirigivel. Kadn mais havendo
a tractar, foi levantada a sessão. Lavrada por Dinamierico Ran-
gel, supplente em exercicio do 2.. Secretario.
PRESIDENCIA DO S N R DR. MIRANDA A Z E I ~ E D O

A's 8 horas da noite, presentes os Snrs. Jliranda Azevedo


Dionysio Fonseca, Csrlos Reis, Dinamerico Rangel, Orvilir Dcrhy
Cesar Hierrembach e Theodoro Sampaio, foi aberta a sessão.
Foi approvada a acta da ultima sessão.

EXPEDIENTE
OFFICIO

Da Liga Aiiriliar e Sport Cluh Internacional, remettendo


bilhetes de ingresso i comrnissâo que deve repieseiitar o Insti-
tuto nas festas a serem celebradas pelos mesnios.
Do Dr. Th. Cochrane, acompanhando unia offrrta.
Da Bibliotheca da Vniveisidada de Upsala, remettendo Bo-
tines da Instituiçâo de Geologia da mesma Universidade.
Da Snra. 3lary Rolinson Wright, agradecendo a sua admiss80.

OFFERTAS

As no fim indicadas em appendice, recebidas com especial


agrado.

ORDEM DO DIA
Foram approvados os pareceres relativos á admissão dos Snrs.
Drs. Herculano C. de Carvalho, M. Pedro Villaboim e Conego
J. Pedro de Aranjo Mmcondes como socios do Instituto, aquelle
correspondente e estes effectivos.
O Dr. Derby procedeu á leitura de um valiosissimo trabalho
do digno consoeio Snr. Dr. Emesto C. Yonng Snhsidios para a
historia de Iguape. Hineração de ouro B qne foi muitissimo agra-
decido, devendo ser publicado na Revista.
Nada mais havendo u tractar, foi levantada a sessão.
Lavrada por Dinamerico Rangel, 2." supplente em exer-
cicio de Secretario.
P I : i S I D I i S ( ' l h DO SI?. COSSELIITiIRO D W I t T E DF: AZEVEDO

il's i l i 2 lioras da noite, no salão das sessües do Iiistitiito,


prrrriites os siirs. Ilnarte de Azevedo, Elielides da Cunlia, 110-
raeio 1,aiic: 12. Ooiilart, A. Vautier, Tullio de Camlioi, Xiriliida
Azevedo, Dr. Jaguaribe, Alfrcdo Taledo, Sylvio de Almeida,
Amancio Freirz, Tlit?odoro Pninpaio, A. Piza, Cnrlos Reis, Bic-
nizio Fonseca, J. T a i n p r i e Jnciiitlio Riheiro, foi aberta a sessào.
Foi alil~rovxrl:~ a acta da ultinin sriszo.
Foi recebido por urii;h comniissào a introduzido n a sala dai
sessões, onde toniou assento, o n o r a soeio snr. Conega J o s i Pedro
d c A r a j o 3Iarcondes.

EXPEDIEKTE

Dos siiri. 1Ianoel 31. C. Barata e 31. de Oliveira L i m z


agradecelido as aiins admissíics corno sorios do 1nstit;ato.

As coiistnotrs d a ielnqùo em appeiidiett, as quaes siio reee-


hidas com esliecial agrado.

Foram api.eseiitadni e lidas liropostas para transferencia dos


Snrs. Ernesto G. i o u l i g da classe de socio effectiro para a d e
lionorario, e Ilr. A. Caudido Rodrigues d e correspondente para
<iffectiro. Tendo o Dr. Uarlos Iieis pedido dispensa d e interstieio
farão as yropostas immodiak~mrntcpostas em discussão e unarii-
rni:rnt,iite apl>rovndas.
O socio Siir. Dr. Sglvio de Almeidn incre~*eu-separa f a l a
113. prirneira scssXo .
Nada mais liaverido a tractar o siir Presidente levantou a
sess3o.
1,nrradn por Diiiamerieo Ilange1,Z." supIilente de Secretario.
Sessxo nrdiiinrin, ein 5 íIc Soteii~!rroc i c 1901
P~,E~~>Ex<
Do: I A
SSR. COSSCLIIEIILO
D I : . ~ ~DE
E .~ZEVEDO

As' 7 Iiorns da noite, n o sn1;io do Inatitiito ~ireseiitesos surs.


n u a r t e de Azr!vedo, A. Piza, Nirn~idaAzi,vcdo, 1'. Guiniax~es,
J. Jagiiaribr, Carlos Saiiil>:iio, C. Reis, Tli. i o .' Bier-
rcmbaeh, 0, Derby, Fortuiinto Caiiiargo, Silrio de .klnieida. D.
Xanxrl, D. Jnguarib:,, H. Lauc; C. hIag~lIi%es, J. hIeiides Junior,
J . hIr>iiteiro, D. I[. Xenottt?: K. Freire, I?. Fi:illender, Dionybio
Foiiseea e E C. Pereira, foi aberta a scssào.
Foi apl>ror;~dna acta da sessao anterior.
EXPEDIESTE
OFFIClOS

Dos Snrs. Drs. A. Cnndido Rodrigiias r Coronel Fernando


Prestes dc A l l i i ~ ~ ~ u e rit~i.adi:ceiido,
~ur, aqiielle n siia transferen-
e este a sua adiiiiss%o n o 1nstiti:to.
Do Grrrnio Littrr:irio « Carlos Piirreirn n de Amparo, soliei-
t;mrlo a reiiiessa da a lievistz~>>.
OFiEI<T.\S

As no fim indieadas no al>pcndieo, recebidas com espceid


agrxlo.
ORLlC31 DO DIA
Foram npresriitadas 1,ropost:~s1,nru ndinissXo dos Snrs. João
1,orenqo ltodrigoes, roirio socia rffectivo, e Ijelisario Perriambuco,
como correspondente.
O Siir Presidente, usando da pallnrrn; refere-se rrn phrasns
repassadas de aciititiiento i çrsiidr l~c.rd:i que acnha de soerer o
Iriçtitrito coin a iiiorte do Dr. Eduardo Prado, perda que vem
enlutar o Brasil inteiro e indica r,in iioiiie da iiiesa que n a aita
seja laiiqndo iiina nota da mais profunrlo pezar pelo piassamento
do illustrr consorcio. seiido essa indicacão aceeita nor unanimi-
dade de notas.
O Snr. »r. hiirniida Azevedo, salientando o profundo amor
do Ilr. E. Prado rielo Instituto, propoz que fosse iionirada uma.
eoinmissilo para apresentar A Exm." Familia do Illustro inorto as
condoloncias dos associados.
O Snr. E. Hollender propõe que Instituto solicite da Exm."
Pnmilia do finado um retrato deste paro ser eollocndo no salão
OhtErn sriccesivamente a palavra os Drs. Couto de Yagalb%es,
corno uiiiigo do tilindo, Pereira (;iiimnrnes, propondo que fosse
suspensa a sessão, J. C. Ricrrembacli, Jo3.o IInnteiro e Domingos
Jaguaribe, que declara ter em norne do Instituto cumprido o
dever de reprosental-o no acto de i~iliumação proferii~do entào
palavras de saudade.
Depois de noirieada uma commissão cornposta dos Snrs. Drs.
T h . S:lmpnio Sanipaio, D. Jaguaribe e O Derby, de accordo com
a proposta do Snr. Dr. M. Baevedo, foi susliensa a sassão, orde-
nando o Siir. Presidente que n'esta fosse lançado o voto de pesar
accceito liela assemblua, e qiie fez certo o 2.' Secrutario S n r .
Dioriysio Fonseca ao lavral-a.

PRESIDEZCIA DO SR. COXSELHEII(0 DCARTE DE AZEVEDO

A's 7 horas da noite, no snlno das sessoes, presentes os srs.


Duarte de Azevedo, P. Giiiinaries, O. Derby, A. Soledo, A. Piza,
Santos Kodrigues, C. Reis, Ferreira Ilainos, S. de Almeida, C.
de h.laS.nlh;~rs, I
). ,Jagnaribr, H. Laiie, 4. R. Freire, D. Rangel,
-Coneoo A. lI:li.eondes, .T. Cicente Sobrinho, C a ~ ~ a l l iAranha
o e
Dioriysio Fonseca, foi aberta a seisão.
Lida n acta da ultima sessio, foi approvada.
EXPEDIENTE

As constmtes da relação em appendice, recebidas com espe-


cial agrado,
ORDEN DO DIA
Foram propostos socios effrctivos do Instituto os Srs. Co-
nego Eaequias Galvão da Fontoura e Dr. Francisco A. Pei-
xoto Gomide.
O Sr. Dr. Thesoureim expóe as condiçóes dacaixa do Insti-
tuto e faz observaç6es sobre o orqamento para o novo exercicio.
O sr. Dr. A. Piza apresentou uma proposta, auctorizando2a
Directoria a abrir es creditos supplementares as v e r b a do orça-
mento, em que se verificar accrescimo de despezas, o que é
approvado.
O Sr. Dr. Silvio d e dlineida, orador irisrripto, passa a Iêr
o Eeii interessaiite t r a b a l l ~ o<; Eleinentos eataticos e duiiariiicos
da litteratura nacio~ial», sendo inuit,o a ] l j ~ l i ~ ~ ~ dP i di;.iieitndo
o
pelos srs. soeios e numerosos uisict~ntes, ao fiiializitr a leitnra do
s e u iiiiportaiitissimo trabalho.
linda mais havendo n tratar, foi levatitada a sessão.
Lavrada por Dionysio Fonseca, 2.' secretario.

-10s cinco dias do rnez de. Outubro de mil novecentos e um,


a s i horas e meia da noitr, iio predio onde fuiieciona o Instiiu.
to ITistorico e Geogral>hico de S. Paulu, p r e ~ e n i e s os Exrnos.
sis. Drs. Maiioel Pereira Guiiiiarses, Antonio Piza, Tiilio d e
Carril>os, Domingos Jaguaribe, Tbeoduro de Sampaia, Alfr<.do de
Taledo, Orville Derby, diiianeio Kaiiios, Car\-alho Aranha, Eriiia.
Sra. Dm. &ria Rennotte, assume a presideiicia o Dr. hlanoel
Pereira Guimarães, declara aberta a sessso: commiinicaiido que
o S r . Coiiselheiro Duarte de Azevedo: por força maior. deixa de
comparecer a presente.
Acliaiido-se n a salii da Bibliothnca o Dr. Aiitonio Candido
Rodrigues, socio recem-admittido, neste greiiiio, o Sr. Presidente
nomeia n Conimissjo composta dos Srs. Drs. Thcodoro Sanipnio e no-
rniiigos Jagunribe; ~ ~ n reon~idarem-no
a e ilcoinlianharein dando
entradx na sala da sessão.
Coui ;L; formalidades do estylo S. Erc". r i i~it,rodiizidano za-
lho e convidado aceeita o loger a esquerda da Presideiicia da
hsseinblóa.
E ' lida e posta em diiciissão e npproyada a acta da sesano
antrrior.
EXPEDIE'YSE
O sr. 1." secretario liracede a leitura d e offiiios do Exiiio.
Sr. Dr. Sabino Barroso, riiinistro do Interior e Justiqn d;i Rr-
publica, requisitando do Instituto, a reinessa de meniorias o r i ~ i -
nnes e outros trabalhos:-Inteirado. Oficio do con~ocioErnesto
í>uilhcirne Joaquim, agradecendo a trançferrlicin da. elnzse de
sociõ eirectivo para o de honorario.
D i airida conta, o sr. secretario, das offertas, que cons-
1.O

tam de livros, folhetos, jornae8.-Agradeça-se.


Foi lido o parecer da resl.eetiva coiiimiscio opiiiai;do pc1a
adriiissiio de sr~eios.
Ficou sobre a mesa iiare :er discutido e vot;ida n a prosim;i
sessão.
O Dr. Tlirodoro Fainlinio, ~neiiihro da romiiiias5o iioinenda
,>ara dar ~ > a ~ c : cmlxe
m o trzl>nllio e rloriiiii(~iitos ofYeeri~cidos a o
Institiito l,elo socio Dr. Jnguarihe, sobre a dirrrqfio doshalües, apre-
senta o part:eerl yni. i. trniis(:ril)to lia yrcseiite aetib, iiins qiie
será pulilirado com o respeciiío trahnll;~.
Yori.rn appi.uvnd<is o orqaliieiito dn receita. <: deslieza linra
1!lOL? e o balaiirrte, alircsoiitnilos. E tanibeiil ltropostas pnrn ad-
missúo de socios.
I,a~.:.nda i ~ o rUioiiysio Caio <Ia Fonseca.
Da. i\l:~axoa A z ~ r ~ n o .
N. PI:I:ELI!A GI;IXAP~~EJ.
~ ~ I s . ~ ~ E.LXGI~I..
I x ~ ~ ~ c o

P::ESIDETCII I>O ES\:U. Sil. DE. >iIl?.LKDA DE AZXi-T:DO

Aos I!) dias do mez d r Oiitubro <Ir 1901, i s 7 lioras da


imite iro rsdifieio rm que fiiiierioiin o Inst,itiit,o Histoiico e G i r -
yraplrico do Estado de S i o Paulo, preseirt<,s os Sri. T~rs.Jlirendn
de Azevedo. 3Ianorl Pcreiva Ciiiiiinr:~es, Aii>niicio Xniiios, .\iitoriio
I'izn. Tlieodoro Sanilinio, Orville Derliy e Diiiamericn R:ingel,
fii dcclnrnds aberta n seashn: sob n iir<.sideiicia do priiririro ser-
r i n d o de serriindo iecribtario o Dr. Iliiinrnerico Rarict!l n a forma
dos ~ s t z t i i t & .
Foi lida, post:b eiti discussão e yor iii>niiimidade a:>provada
a ncra dn siss%o ailt<:rio~.O 1,rimeiro secretario d i conta dn ex-
ijedieiite e <as offertzs. For:iiii lidos os pareceres qiiti ficnrniii
sobre a m i s l relntivos a r.diriiss;io dos Srs. ,To%o Loreriq* Eoilri-
gues, Dr. I.'raneisco de Assis Feixoto Goinide, C o n ~ g oEs<.qiiias
(::~lvho dn Fontoiira, i!a riiinli<iude de socios efirctivos, d ~ i í c n d a
o primeiro alireseiitnr irabaliia 11% Corina do pnragrayho segilndo
d o artigo terceiro dos Estatiitos : Relisario Fernnmbuco e Olym-
$0 Pari~iilios.n a de socios corri.sporidentes : approvados.
Foi lido e aliprovado o pnrcciir da comiriiisão de contas re-
l a t i í o ao yrojecto d e O t o I ~ I U o nnno de 1W2 : bem
como approvado o parecor sobre o balancete do trimestre de
.Jullio a Setembro, aprese~itadopelo digno Shesoureiro Dr. Carlos
Reis.
Foram apresentadas as l~ropostaspara adinissno de socios o
Exrno. Snr. Bario de Studnrt, como honorario e Alfredo Vartilla
como correspondente. Dr. Theodoro Sainpnio liropôe e o Ins-
tituto approva uiianimemente que se congratule çon. o Dr. 1,iiie
Cruls pelo feliz resultado dos seus trabalhos lia commiisíio de
limites coin a nolivia. O iiiesmo il!ust,re consoeio e coin a pro-
fiscitmcia que lhe i: recoiiliecida exlií>e o 10 a carta sobre a pa-
l a ~ r a ,dipo, sobre a origcni da palavra Ce:~ri: interessante as-
:;u~iipto que tanto tem occiipado a litteratura riacionnl. Sua
Rxiri." offereceu ao instituto a carta que apresentou e proeiic
que fosse a mesma liiiblic:id:: na R<:vista brin como os artipos
jjor S. I.:rm." eseri2tos e puhlicados no o Est;ido de S. Pau!oa.
A]>]>'"':ado.
'Lavrada por Dioiiysio Cain da Fonsc,ca.
31. I'EREIR.~
CiriliAab~S.
Dioxrsio CAIO DA F o r í s ~ c ~ .
I>oliiscos .J.k(:uaiu~~.

§ e * + : ~ ordiiiaria cni 2.5 de Outubro de 1 9 0 1

Aos vinte e cinco dias de Oiitiihro no liredio onde funeciona


o Ii~stitiitoHistorico e Geograpliico de S. I'aulo, Xs 7 horas e
moia da noite, presciiteç os socioi srs. Drs. 3lniioel Pcreira Gui-
inai.%<:s,Doniiiigo.o. Jaç~iailbe, Cailos Iieis, Santos Ilodrig:.u<is,
Couto ?iln,nalliât:s, Sylvio de Alirieidn, Carvalho Aranha, Dg-oui-
sio Caio Fonseca, n a falta dos srs. Presidente e Vice-presidente,
assume a Iiresideneia. o sr. Ur. Illnnoel Percira Guiinnrnes 1:
Secretario, que deelaroii aberta a seisjo, convidando !,ar& occii-
~ j a rO lugar de 2.0 secretario o Dr. Domingos Jnguanbe.
Foi lida e approradn n acta da scssso anterior.
E' pelo 1.0 secretaria aprcsent:~dii. a offerta de tima pboto-
vi-aphia do Conselheiro Aii,gisto do Castillio, offereeida ao Ins-
a.
tituba pelo represeiitaiite da nlJiii%o Portugiiezan e por inter-
inedio do eonsocio Dr. Santos riodrigues. O Instituto ngradeeo.
E' lido o parecer da Commissão que opina pela admissão
dos srs. dr. Eduardo Kioselii n a qualidade de soeio e f f e e t i ~ o ,D.
Abelardo Varella, D. Julio Vieuiia Creufuentes, Felix Paclieco,
Carlos Porto Carreira e dr. Alfredo Carella n a riualidade d e
correspondentes e o sr. bar80 de Studart n a de honornrio.
Pede a palavra o dr. Domingos Jagiiaribe e 1,ropGe dis-
pensa de iuterstieio do regulamento, visto ser esta n ultima
sessão ordinaria do anno leetivo. Posta a votos a proposta é ap-
urovada.
O sr. presidente agradece o eomparecimeiito dos sri. aiso-
eindos :l presente sessão e declara encerrados os tiaballios do
anno de i'JO1.
Lavrada por Dionysio Caio d a Foiiseea.
DR. JILK.%KDI AZEVEDO.
~ I A K OPEREIRA
EL (;UIJ:ARAE~.
Drorrusio CAIO FOSSECA.

P ~ ~ v i u ~ DO
s c SR.
~ . (.OIíSELHEIRO
~ DI.AILTE
i,E ~ZETEDO

.i uiil d r Novenihro de rui1 iiovt?criit.os n iiiii, iio liredio


onde fuiiiiceioiia o Iiistitnto Historieo e <:<-og~.aphicodc S. Fi~ulo,
sob a presideiieii~do Ilxm." Srir. Caiisellieiro llarioel A. Iliinrte
de Azevedo, ),iresente os socios Dri. Pereira O u i r n n r s r ~hlirnnda
~
Azrvedo2 Carlos Reis, Theodora Saii~l>aio1." secretario, viçe-
l,residçiite, thr.soii~.eiro e orador r nittib S O C ~ < > :S DTS. Domingos
Japmrihe, Aiunncio liamos, C;wvallio .4rnnlia, Erreato (;oiilart,
Alkedo Toledo, Dr". Maria llriinortr, H. 11. 1)-illians, (?oiito Ma-
galliârsl Dinauierieo Rangel, Pedra Lessa, .kquino e Castro,
José G<:tiilio Xonteiro, Santas liodrigues, hl. Taseoncnllos, José
J;iciiitho Rihriro, Fernaiido Banilliit Jiii\ii>r, con~inigo secretario
Diouj-sio Ponirca, e ciii preseiiea dos Rrpreseiitniites do Gor<!rno,
aasoeiaç6ci convidadas, e peesone gri~dn.;, fcoi derlavadn wliert,a a
SPSS%O lllRg113 de aiiiiio<.rrariu da nossa fundrição.
O Sili.. Presidente depois d e breve alloeu~Roeongrntulmdo-
se roin o$ socios r pessoas que nos lionn~raliicom slias pi.ee(:ilças,
encarece os serviqos que Fatria e ao Estado tem prestando o
Instituto no aecurado amor e iuteresse com que estuda. as ques-
tões que. lhe sào indistinctamente afectadas.
Depois de referir-se ás stinsiveis liardas dos companheiros
que tombaram para a paz dou que curripreni na rida a missão
santa do berri, S. Exc. dá a palavra ao Exm. Sr. Dr. Theodoro
b r n p a i o que n a fórma dos Estatutoa oeeuya-se do elogio de taes
companheiros merecendo ao orador e como ao Insti:uto, as m.a-
nifestnçnes de dó, o passamento do socio Eduardo Prado, o h-
nemerito e esforçado braeileiro tão cedo arrancado do nosso
gremio.
E' ao terminar o orador muito ;ipplaudido.
O Sr. Presidente agradecendo a presença das pessoas que
nos honraram encerra a sessão.
Lavrada por Diouyosio Caio da Fonueca.
DE. ~\IIL~SDA AZEVEDO.
XASOELPEREIRAGI-IMAR~MR.
D ~ o s ~ s iCaro
o FONSECA.
RELBTORIO

Iostitct~ Hislorico e Gtrg~al!hico Cc Sàu Paulo

Apreseutndu pela Direct,orin nn sessZo de 2 5 de Jnueiro


de i<3o?

E m eiiii\primeiito ao qiie disl,Cii o ,' .i."nriigo I G dos


do
vstntnios, a Directorin vrin :ipresentnr-3-os o relatorio referente
a o arino social de 1901.

Plceesiitaiido os nossos estatutos de refurnin, foi iiessc sen-


tido a p r c s ~ n t n d ouin projecto riri sessao de 5 de Fevereiro, sendo
.-
o inesino npiirovarlo
do mesmo.
coin a l ~ u r u a s iiiodifiea~ürs i i : ~çt,çs%o do '10

ADJlINIS'J?l{AÇãO
Kenhurna altoraq;io soffreu a Dircctori:~ Iior viis eleirn n a
scssâo de 25 de Oiituhro de 1906 e cciposada nn dc 1." de
Xovemhro drsse aiino.
?úa sesszo de 25 de Jaiit,iro, o I'resideiite do Institiito; d e
aeeürdo eoin o disposto no 5 2." do artigo 27 dos estatutos,
sntUo crn vigor, nomeou as comri>içsÜes peririanerites a que s e
refere esse pnragrapho.
SESSOES E TRABALHOS
Com toda n regularidade efTeetuaram-se as sessGes do Ins-
titiito : as ordinnrins ein niiiiiero de 20 I: n mayiin elii 1." d e
?Tori-mhro. Ern diversas rearües foram aliresentndos e lidos pelcs
srs. soeios os se:.iiintes trabnllioe:
S n sessâo de 5 d e F r v c r c i r a : T r a d i i e q B o de u m tralislho
sobre o Ernail, existente iia Acr.dei>iia de Ptockoliiio, pelo si..
Liifgreii. e-0bsen.ayiirs sobre limitei entre S. P a ~ i l oe I f n a s ,
pelo xr. D e r b í .
S a sess.io de 20 de hIarco :-Descobertas e reetificnçües d a s
minas d e S. Paulo, l i ~ l osr. Drrbp
I a s sessiies do 20 de Aliri1 e 4 de. h1nio:-Factos da bis-
torin l,ntria, Rex-olii~ioItIo-Grniid<rnse, pelo sr. J . liornes.
N:L sess3o de 5 d e Junhii:-Kotieia historica sobre a s u a
inveiic%o de hnliiei d i r i g i ~ r i s ,lielo sr. D..Jnguaiihe.
S a seisao de 5 de Ju1lio:-Obser\-nçi,es sobre os niaplins
pedidos 7.0 Ii~stitutiiArelieolopico do P<irnaiiiliuco, pnlu çr. Derhy.
K a sess:io de 5. de Bgoçto :-Subsidios para a. liistoria d e
Igiiape, pio sr. E. Young, lielo sr. Derby.
N a sess:io de 2 0 de Sotembro :-Elenieiitos est:~ticns e dg--
nnmicus da litterntiira ixnaileiin, pelo Sr. Silvia de Aliiieidn.
'Ta scssáo de 20 de Outiibro :-Origens da yalnvra L'rrri-8,
pelo sr. Tlieodoro Snni1,nio.
BIGLIOTIIECS E BBCHITO
8' bibliotheen e ao arciiivo do Iiistituto foram feitas a s v:;-
liosas offertas constantes dos livros, mal>p:is, inedallias, moedas,
quadros, jornaes, etc. mencionados no eatalogo nnnrxo. A Di-
rertorin j u l ~ ado seu d e r e r consignar em nome do Insiitiito i i r i i
voto de a<rndrcimento a todos :~quellcs que tfio geiirrosnriientc
concorreram para o aiiginento dc suas colleeyÜes.
SOCIOS
S o correr do anno forani ncceitus 48 novos socics, sendo 3
n a qualidade de Iionorarios, li n a de eflectivo~ e 23 n a d e
correspondentes.
Conforiiie deliberação vossa, ern snssâo dc 20 de Fevereiro,
foram transferidos da classe de fundador para a de fnildador-
beiie~rierito o sr. dr. Domingos 3 . S. Jaguariiir e para a de fun-
dador-lionorario o sr. dr. bIni,oel d r 3loracs Barros ; da d r cor-
respondentes para a de honomrios os srs. .$. L. Garraiir, JoEo
Vioira da Silva e dr. Jos4 Cnlinon X o p i ? i r a Valle da Gama ;
da de correzpoiidentes para a de efertivoi os srs. drs. Estevam
liibeiro de Soiizn l i e z ~ n d e (Tjarho de I<ezeiide)>Carlos Aiigiisto
Pereira GuirriarBiea, Euclydes da Cunha, I.'rancisco do Toledo
IIalta. Jo3,o 13aptista de 3Jello Peixoto. Jose. Pereira d e Quei-
roz, Luiz P. ( h n z a g a de Calilpos, hl:~noel.'I V. Ta1iaj6~,Mario
BiilcEo e Paulo Orozimba de Aaevedo, e rni srss2o de 20 d e
,Igosto os srç. drs. Eimesto Guillieririe Tounn, da de eflectivo
para a da honorario, e Antonio Candido Ilodrigues, da de cor-
re81iondnnte para a de effeectiyo.
O Instituto teve a infelicidade de yerder .I illustres inem-
bros, uui fundador-o sr. José Airdré do Sacramento iiIacuco,
dois effectivos-os srs. drs. Eduardo da Silva Prado e Jo&o Diogo
Esteves da Silv;~,o um correspondente-o ar. dr. Joao E'raiicisco
Malta Junior.
E' grato consi'nar que quasi todos os socios estão em dia
com as su;is annuidades, o que rnuito concorreu para o reatabe-
I r c i t o u t o &%r nossas finanqas.

Foi piiblicildo e distribuido o vol. 5.U da Rezi.stn do Insti-


tuto, relativo ao %irno de 1900. O vol. 6.0 relativo ao anno
d e 1901 acha-se iio prelo, devendo aliparecer b~eveniente.

E' eorn ininieuso jubilo que a Direet,oria tein a anniinciar-


vos vi: o esrado das fii!aneas do Iristitritu i: o mais prospero
o a i e l . Pelo rclatorio de 1900, o saldo do Institiito era ape-
iias de 223,900, insufficient,e para as desliesà; d o rcsto do arino.
Actualmentr 0 lnstitiito riada drve r: pelo bzilanço aiinexo, vr-
rf,.is riiie o sitlda rin dinheiro no Ranco do Coniiriereio e Indus-
trin eleva-se a !1:143$200.
XO orqnm<.iizo da receita e despesa do Estado liaia o cor-
r m t e exercicio, foi ~ o n s i ~ n a l laa verha de 6:000$000, como au-
xilio á nossa nçsocincào, e mantida a ;~uctorieacâo para a iln-
pressio da Ileiiista iia ty1iogr;iphin do &iario OfnciaIo do Estado.
Em nome do Instituto Historieo e Geogra,pliieo de S. Paulo,
a Directoria coiisigria aqui iiin voto de profuudc agrndeciinento
e grntidào aos illustres e di~riosmembros de arnbns as casas do
Congresso Lrgisiativo do Estado, acreditando que os patriotieos
legisladores, apreciando a utilidade da instituiçFio, continuar20 a
auxilial-a, como o têm feito, animando assim o seu desenvolvi-
mento e warantindo a sua estabilidade, que maia se firmari com
a acquisitão de um predio para a iiis~~llaçno definitiva. do Ins-
tituto, aspiração suprema dos seus directores.
co~c~usão
Taes s80, srs. membros do Instituto Historico e Geogra-
phico de S. Paulo, os factos que ;i Direetoria pareceram de maior
importaneia no correr do auno findo, estando, antretanto, habi-
litada a prestar todos os esclarecimentos que julpardes neces-
sarios.
S . Paulo, 25 de Janeiro de 1902.

DR. &IiI.A. DCARTEDE AZEVEDO. -Presidente.


DR. A. C. DE I~IKANDA A~.~~~~o.-Vice-pieside~lte.
DR. N. PEREIRA GK-I>IAR%s.-I.O Secretario.
DIONYBIO CAIODA FOSSECA.-2.0 Secretario.
CARLOSREIY.-Thesoureiro.
TIIEODOROSAMPAM. -Orador.
RALANCO
DA

RECEITA E DESPESA
Do

l o s l i l u i o Ilislurico e Geographico d e S. Paulo


BETATIVO AO ANNO DE 1901

IiECEITh
Saldo do h;~llnnyo de 1900. . . .
SubsençLio coiicedida ~)r!lo Congresso
do Estado 1,arn 1901 . . . .
doias c I." a n n ~ i d n d e sde S O E ~ O S ac-
eeitos at6 o fim do atino de 1900.
Joins e 1."' aniiuidadrs de socios ac-
ceitos no anno de 1901 . . .
Anniiidades vencidas at4 o fim do armo
de 1900. . . . . . . .
Annuidades de 1901. . . . . .
S;~ldoda conta corrente do Banco de

. . . . . . . .. .
Credito ltenl de S. l'aulo. . liaui-
dada
J u r o s da conta corrente no Banco do
Comiiiercio o Indtistria de S. Paulo.
Produeto da venda de dirersos volu-
mes da I?cvista. . . . . .
liec<.bido de diversos soeios liara paga-
irieiito do mappas, clieli~:s,etc. eu-
eomiiiendados ao Instituto Archeo-
logieo e Geographico Pt.rnanibn-
cano . . . . . . . . .
DESPESA
~ l l u ~ u e lilluminaçio das salas onde
funccioiia o Instituto, ;i riia Ge-
neral Carneiro n. 1 A, re1ati1.o
aos mezcs dc Novembro e Dezein-
bro de 1900 (documento 11. 1%) . ISOjiOOO
Idem idem idem relativo aos mraes
de Jnrieiio a Deaembro de 1901
(does. ns. 4, 7, 14, 17, 2 2 , ?(i, 30,
37, 40, 43, 47 e 52) . . . . 2:760$000 3:220$000
Oratificação ao zelador relativa aos
ineaes de Janeiro a Dezembro de
1901 (doca. ns. 5, 8, 1 18, 23,
27, 31, 38, 41, 44, 1 8 e 53). . i20gODO
Porcautxgem sobre n cobrsnqa de joias
I! annuidades effectuada durante
o anno de 1901 (docs. ns. 16, 19,
21, 28, 32, 39, k2, 45, 4!l o 54).
P a i o a Esuindola., Sioueirn
L
C.". o b
jeetos para o e ~ ~ i e d i e i i terii
e 1!100
e em 1901 (does. iis. 1, ?!I c 50). ?60%500
.
Disnendido eoui o eznediento da seeretli-
~~

ria e thesournrin'do Instituto duran-


to o anuo de 1001(docs. 11s. G,9: 16,
I!), 2Z, 28, 32, 3!b, $2, 4%; e 4:)) . 133$160 393gUliO
Imliressões de balsncctrs, estatutos?orçn-
rnenta de 1!l02, arvore gt7iiealoni-
ca. de LODO de Souza., uublicacSn
> dos
~:stXtuto: e tres clichés (dois, ns.
10, 11, 12, 20, 21, 33,35 e 51'1 . 48ikWíJ
Dispeiidido com a compra de diversos
objeetos e aluguel de cadeiras idocs.
ns. 2, 13, 34 e 46). . . . 0l)iMl
Remettido no Dr. Carlos Tiiiidiirnri em
uma lettra á vista de Y 11 e l i 2
!doe. n. 25). . . . . . . 24SS000
Idem no Presidente do Institiito Ar-
clieologico e Geograpliico Per-
iinmbucano o dislrendido roin a
remessa (does. 11s. 36 e 39'1 . . 2.55$UOi, 503$6'W
Saldo . . . . . . . . . . -9:165$660
-
S. E. O. . . 15:414pS:'«
S. Faiila, 31 de Dezf-mbro de 1901.- O thesoureiro, C ~ n r o sREIS.
RESUMO DO BALAKÇO
Krceits . . . 1.5:4148320
Deqpesa . . . . . . . . . 6:248$(iW
Saldo . . . . . . . . . . 9:165$660
Sendo :
Em conta correntt: no Banto do Com-
mercia e Industria de S. Paulo,
conforme a respectiva caderneta 9:143$200
Em m%o do thesoureiro do Instituto. 221160
- 9:165$660

PARECER DA COAQIISSdO D E CONTAS


Illustre Dr. Carlos Reis.-Dignissimo Thesonreiro do Insti-
tuto Historico e Geographico de S. Paulo.
Estaiiios de perfeito accordo com o balanço por vós apre-
sentado, e pelo exame a que Irrocedemos nos documentos, v&-se
que o vosso trabalho esth feito com toda a nitidez, justificando
assim a dedicação de socio prestiinoso e que se interessa pela
~rosperidadcdo Instituto Historieo.
S. Paulo, 20 de Janeiro de 1902.
J. Florindo.
Eugenio A. F~anco.
A~thzcr T7aautier.
BALANCETE
D
.!

RECEITA E DESPESA
90

1." trimestre de 1901


( 1 . O de Janeiro a 31 àe Xrrço de 1901 )

RECEITA

Saldo demonstrado no balatiço de 31 de Dezembro


da 1900 . . . . . . . . . . . . -13~000
Recebido do Thesouro, subven<;kodo Estado pira 1901 6:000$000
Idem do Banco de Crcdito Real de SRo Paiilo, da
conta coirente do histituto, que ficou liquidada 18$120
Idem pela venda d c uma coll<:cqiio dos 4 vibls. d a
Revista. . . . . . . . . . . . . 304000
Idem das joias e primeiras annuidades
dos dez socios constantes da rnlp<jãq
annexa. . . . 740~000
Idem das annuidades dos socioç constnn-
tas da relaçno arinexa. . 2:280$W0 3:020$03000

Soinnia. . . 9:111*120
P a s o n Espiiidola, Siqurirn & Coriili sua conta de
l ~ a p e l ,p111a3, tinta, iiril>res~os,eto., eiii 1!1i)0. 1::2$000
I d r i ~ iFor unia bandeja liam col>vs. . . . . . 5$000
Ideiii ;>elo iiluiuel das s:ilus onde frinerii>n.z o Insti-
tuto e illuiiiinai%o dos meles de ?r'oveii~broc
11t:~eiiihro d e 1!100 . . . . . . . . . 4602000
Idein, i idrin de. e i , Ferereiro e l i a r ~ o
deste niiilo. . . . . . . . . . (i!i0$000
e '.- dos inrzcs
I d e m no zi,lador do Institiito) ~ r u t i t i .i<,~o
do .Ia.neiro, Fe7-ereiro e hlarqo deste nniio . . 180$000
Idem l>oln porerntnz<:ui sobre a eohranc;~de joias
aiiniiid;tdes recebidas ntii esin datn. . , . . 302$000
I d e m n Biidrnde ct Xcllo pelit inipressso das iiiodi-
ficaci>es tios estatutos, 11ii1.n distriiiiii~ílo aos
socios. . . . . . . . . . . . . :>OfiO<iO
Idcm 210 11ici.io Offiçitl do Estado l>rLz publieqno
das ditiis inodificnqí>cs . . . . . . . . 45$300
Idem pi:lu i~rcliivrniiiiiito das iiiesiiins iiiodifiençiies riu
Wr,;istio (:era1 (1s Comt~rea. . . . . . . 10R100
I d e m :L ensn V. Steidel Coiiili pela iinpress:io da
nrrore ~ e n c i ~ l o g i cde
a Lopo de Soiian, eiicoiii-
iiicndnda liela Conimiss;~~de Ilrrlnic%o cln Ilr-
cistn.. . . . . . . . . . . . 150$000
Idem n Seabra <t Comp., por moirliiras eoiii vidro
1j.zrn dois iiiaplms. . . . . . . . . . 20$000
I d e m por srllos para oficias, csrtns, rorrvite~,expe-
d i ~ "dc:~ nuineros da 1:ei:ista u da abra do Hans
Stadeii e estarnpillias para uiil clieque e para
scllar as niodifii:asiies nos estbtiitos. . , . . 2!1%200
Sorniiia. . 2071ii300
IIEBUIIO
Receita. . . . . . . 9:lllffl20
L)espes;i. . . . . . . 2:074S300

Geiido :
Saldo. . i:036$d20

Depositado em conta-coricnte rio Rnneo


do Comiiicrcio e lndustria, de S. l'nulo i:000$000
E m nino do Thesoureiro do Institiitu. . 3GS820 i:036$820
- - ~p

S. P a ~ l l o ,31 do Warço de 1901.-O Thesourciro, C'ai.10~fieir.


RELAÇ~O nominal dos socios que satisfizeram a joía de
admissão e a primeira annuidade durante o trimes-
tre de 1." de Janeiro a 3 1 de Marco de 1901.

Antonio Alrxandrc Boryes dos Reis. . . . . . 744000


. . . .
Dr. Carlos de Arruda Saii11i;~io. . . 71q000
.
Teiiente Coronel Felieio de Caiiiyos Cintra . . 74$WO
Dr. (>aleno Ilnrtins de dlineida. . . .
. . . 74T;OWJ
Horace E. Williams . . . . . . . . . . iIkC00
. . . .
111. Jogo Diogo Esteves da Si11-a . . 7-i$000
Dr. José d e Xlesquitn BRITOS.. . . . . . . 74s000
Dr. Josb Rodri<pes Peixoto. . . . . . . . 74S000
. . . .
Dr. T,ui& l'orto Iloretz-Slioii dc Castro. iSgO00
nr. Sersio lieira. . . . . . . . . . . 74W00

RELACdO nominal dos socios que safisfkerom


des durante o trimestre de I." de Janeiro
Marco de 1901
Coronel Agostinho Jose BIoreira Rollo. 1893 a 1!+00
.
1)r. Alberto Carlos d e Assiim~içio . 1900
Dr. Ltlfredo Ellis. . . . . . 1898 a 1900
Dr. Llliraro .\ugusto de Toledo. . . 1300
Dr. ;liitonio Cnrloa R. de d.31. e Silva
I)r. n Diiio da Casta Biiono. .
Dr. » Francisco de A. Çintrs .
Dr. 3lanoel Bueiio dc Andrnda
. . . . . .
1)r. Aristides Snlles 1899
. . . .
Professor Artliiir Goiilart
. . .
Dr. -4rthur h1. Cortines L a s e 1900
Dr. Augusto da Siqiieira Cardoso . . n
Benediito C+alr%o de l\loi~raI>neerdn .
Dr. Bento Bueno. . . . . . .
Dr. Brrnnrdino de Caiiil,os. . . .
nr. Beriiardo A . Gaviici Peisoto . .
Dr. Bernardo Morelli. . . . . .
Candido de Carvalho. . . . .
.
Dr. Carlos Aiuluo.usto Pereira Guimaràes.
Dr. Carlos Ekman . , . . . .
Dr. Cleinentino de Hoiiaa e Castro. .
Dr. Constante ..\. Coellio , . . .
Dionyrio Caio d s Fonseca . . . .
Dr. Eduardo d a Silva Prado , . .
Dr. Ernzsto Goulnrt Penteado . . .
1)r. Ernestri Guillieime P o u n g . . .
Dr. Euclydes da Ciiiiha. . . . ,
.
Br. Fernando ile i l l b i i q ~ i e r ~ u.e .
Fr:mcisco C. de Alnieida 3loraes , .
Dr. Francisco Franco da Itoclia , .
Aro. Dr. Francisco de l'aiila Rodrigues
Dr. Gshriel Osorio de hlmeida. . . .
'11enente Coroiiel Gahriel Prestes . .
S.' Coronel Henriilue A. de Ar." &Iacedo
Jesuino da Silva hlello . . , , ,
Dr. .Toio hlvares Ruhiâo .Junior . ,
llr. Joao Xaytista de Oliveira Pentcado
Ilr. .TO:IO Nogueira Jaguariho . ..
Dr. João Pereira htontriro . . . ,
Joáo Vieirade Aluieida. . . , .
Coronel Josquiin de T. Piaa e Almeida
Dr. .Jorxe Krichbaum , , . . .
Ur. .Tor=e hlaia . . . , , . .
»r. J o s i de Campos Yova<?a . . .
Dr. Joró Custodio Alres 1,iina. . .
Dr. José Estaniulau de h. Botelho .
Dr. Josk Getulio hfonteiro . . . .
José. Gomes dos Santos Guimarxes. ,
José Hippolyto da Silve Dutra. , .
Dr. Josa Pereira de Queiroz . . .
Dr. Josó de S i Itoclia . . , . .
Conego Dr. José Vulois de Castro. ,
Dr. Jose Vicante de Azevedo . . ,
Dr. Julio C e s u F. de hfesquiuita . ,
Dr. Luiz F. Gonzaga de Campos . .
Dr. Luia Gonza;a da Silva Leuie. ,
Dr. Luiz Pereira U.zrrett,o . . . .
Dr. hlaiioel h. de S. S i Vianiia . ,
Dr. Xanoel D. de Aquino e Castro
Dr. llanoel de hlornes Barros . . . .
Dr. &Ianoz1 P. hlonteiro Tapajós , .
Dr. Mario RulcBo. . . . . , . 1900 24$0W
Dr. Oscar Sr,liiverik d'tIortn. . . 1899 24ROI.N
T.' Coroiicl Paulo Orojimbo dr: i i r e v e d o 1900 24f000
Dr. Rodollsh<i lliraiidn . . , , . 1899 e 1900 48~CXi0
n,..
. . Th<.,od,>ro
- - Çiiiirt,sio . . . . . 19M) 24$0u0
Dr. Vietor da S i l r a Freire Junior. .
~

1~
B "$000
BALANCETE

í I." de Abril a 30 de Junlio de 1901)

Saldo deinoiistrado iio bnla~ictitedr: 21 dc Ilarço . í:036$,820


Recebido pela venda de unia co1ler~;iodoi, 4 vols.
d a Revista. . . . . . . . . . . . O,O$OOO
Ideiri das joins e 1."' aiincidades dos l i soeiar ron-
stantes da r~.la$Aoaiinna sob i,. 1 . . . . 1:231$000
Idem das niiiiiiidades dos 39 sacias coiistni~tesda =e-
laç3o aiinesa sob n. 2 . . . . . . . . 1:101$000
DESPESA
Pago pclo aluguel das salns oiide iiiriccioiia o Ins-
titiito e illuminnçáo dos Iiiezes de Abril; Jiaio
eJuiilio. . . . . . . . . . . G1i0$000
Idem ao zelador do Institiito, gratificação dos riiezes
de Abril, Jíaio e Junlio . 180$000
Idem pela porcentagem sobre :L eobrniiyn de joins e
aiiiiuidades recebidas <luraiite o triiiiestre . . 221$600
Ideni a Aiidrade & Xello liela iiiil>ressào do bnlan-
cete do 1." trimestre e d e IUIO elreiiiplarcs dos
estatutos. . . . . . 143$000
Idem por u'no lettra de S . 11 e 1 2 a favor do Dr.
C ~ r l o SLitidinaii, de Stoeko!i>io, eontbrmo deli-
beração em st:ss8o do ,i de Juiiho . 218tU00
I d e m por sellos para expediqi,o da eorresl?oadei~cia,
dos estatutos, de nu~nrrosda L'eristr; e do 'ua-
Iairrete do 1." trirnest,re ; por ciivelol~prs para
niiiiios e por estaiiipili~nspnra recibos . , . 32$2(iO

Keceitn. . . . . . . . !1:104$X20
Despesa. . . . . . . . . 1:51l~s:l~;O

Seiido :
Saldo . . T:SSi$eCO
- 638 -
3. 1

RELACAO dos socios que sofisfizeram a joia de admis-


são e a primeíra annuidade durante o trimestre de
1." de Abril a 3 0 de Junho de 1901,
1 D r . Alfr<:do Guedes . . . . . . . . . 'il$CilO
"lntoiiio Ferreira Púevas Junior. . . , . . 74<:000
3 I)r. Antonio 3 . Pinto Ferrae . . , . . . iS$UOO
4 D r . .Lugust,o 3Ieirelles Rcis . , . . . . 74$000
5 Beiirdicto Octiivio Oliveira. . . . . . . 50COiiO
(ihloiisenlror ~ n n i i l l oPnlsalncqua . . . . . 749000
'iD r . C,arlo~Nodriguea de Vasconeeiios . . . i4PU00
8 Dr. Cleoftlno Pitnguarp do Aranjo , . . . 73t.O'JU
9 Frili,iiido 3fxrtins Boiiillix Jiinior . . . . . 74$000
10 Dr. Firmixno de h l o r a s Pinto . . . . . 741:oOO
11 Dr. Ignaeio de Reaende . . . . . . . 74P000
12 Dr. .To50 3l;iuricio de Sainliaio Vianna . . . 74F000
13 Dr. João Ilondes de Alnreida Junior. . . . 74$000
14 ,José (louto de IZagalh8es . . . . . . . 74$000
15 rira. Maria Reiinotte . . . . . . . . 74$000
16 Di. Silrio de Alineida . . . . . . . . iJCO00
li Dr. \T:ishiugton L. Pcreira de Souza . . . 74$000

Somma . . 1:234$000

RELAÇAO dos socios que satisfizerom annuidades duran-


te o trimestre de 1." de Abril a 3 0 de Junho de
1901.
1 Dr. A41fredoPujol. . .. . 1899 e 1900
2 Dr. Alvaro A. da C. C a i ~ a l h o.
480000
1900 24$W
3 Dr. Antonio A. Ivloreiradp Toledo 1899 e 1900 48g000
4 Dr. Antonio de Toledo Piea. . 1901 245000
5 Dr. Aristides Salles . . . . 1900 24$000
6 Cnndido de Carvalho. . . . 1900 243000
i Dr. Carlos A. de F. Villalva. . 1900 24$000
Dr. Carlos de Caiiipos. . . ,
Dr. Cnrlos Reis . , , . .
Dr. Cinciiiato Braya . , . .
Ur. Domingos Jaguarihe . , .
Eiriaiiuel Vanorden , . , .
Eugeiiio HoUeiidrr , . , .
Dr. Forturiato JI. de Cainargo
Dr. Francisco Eugenio de Toledo
Dr. Francisco Feireira Ramos ,
Dr. Franc.0 de F. Ramos de Azev.0
])r. Gostavo Koeiiir;sirnld . .
Heniy Wliite . . , . . .
Dr. IIorace M . 1.aue. . . .
Horacio de Carrallio . . .
Dr. Iynacio W . da G. &chrane
Dr. Joâo B. de 3lrllo Peixoto .
24 Dr. JoZio R. de Noura Eseobar .
25 Dr. Jorge Tihiriçá. . , , .
26 Dr. José A. de Cerqueira Cesnr.
27 Dr. José A . Guimarães Jiinior .
28 Dr. JosB Cardoso de Almeida .
29 Dr. Josh E. de IIacedo Soares.
30 Jose F.Soares Romeo . , .
31 Dr. Luiz de Anhain 3fello . .
32 Dr. Luiz de T. Piza e Almeida
33 Dr. Manuel A. Duarte de Azovedo
34 Dr. IIanoel Pereira Guimarães .
35 Dr. llanoel P. de Siqueira Campos
36 Dr. \lartini Franc.0 l<.de A. Sobr.0
37 Dr. Ilartinho Prado Juiiior . .
38 Dr. Pedi-o Viceiite de Azevedo.
39 Dr. Ragmundo P. A. do S. Blake

soacntl . . . , 1:104$000

São Paulo, 30 de Junho de 1901.


O Thesouráro
BALANCETE

RECEIT.1 E DESPESA

3." trimestre de 1901


( 1.' de Jullio a 30 de Setembro de i9Ol)

Saldo dririniiitrndo iio bnlniicete de 30 de .Jiinlio . 'i:E87$860


lterrbido pela uerida de uiiia çol!ecq&o da I:ecir.tn e
do 3." <! -4." raliiiiic~sda ~iieeiiia . . , , . -161;OOO
Ideiii das joias e nniiiiidndes dos 5 sorios coiist:intes
da. i.elnç;io atiiiesa sob n . 1 . . . . . . .>!I84000
I<leiii das :~linuidildes. dos 91 S O C ~ O S constantes da
relnqgo niinexa sob li. 2 . . . . . . . .>:lI?R$OOO
Idrm de diversos soeios ,,elo o u r siihserevernrn imra

-
Pcriininbiiro . . . . . . . . . . . 2iOsOOO
.Juro$ creditados pelo Baiica do Co,iiiriei.cio e I*idus-
tria de S. Paiila iia coiit:r-corrente do Jnsti-
tiito relativos no seniestre tiiido eiii 30 de Junlio
ultiiiio.. . . . . . . . . . . . 57~200
801iiiii.z. . . . 10:SdiS0tiO
l'ago pelo alusuel das 5al:is onde fuiiecioiii~o 111s-
tituto e illuiiiiriaçiio dos liiezes d e Jullio, Asos-
to e Setembro . . . . . . . C!iOc000
Idem ao zelador do Institiito, gratificaqão dos niezes
de Julho, Agosto e Setrnibro. . 1X0$0:000
Idem pela poreeritagei:~sohre a cobrança de joins e
aiiiiuidades recebidas diiraiite o triinestre . . 25ig800
Idem a Andrade X; 31ello pela inilirczsXo do halan-
ee.te do T." trimestre . . . . . . . . 25C;OOO
Ideni IIOZ sc.110~para n eit11ediq.iio da eorresl?onderi-
çia, de <,statiitos, do 5 o da Reisista e do
balaiicete do 2." triiiirstre; por estainpilhas para
recibos : por abjeetos p i ~ r a I> expedielite e cli-
chbs para a Keciqta. . . . . . . . . 1i4:<30
Rciiietiid~,por meio de saque do Rari-
ro do Coinmercio r Iiidustria, no
Presidente do Instituto Irelieolo-
.zico
, -.
e Oeorranhico Pern:~n~buc:i-
no para pagamento dr iiialipas! cli-
chés, etc . . . . . . . . >.-30$C00
; ,,
Coinmissáo paga ao Banco r ~mrtr!e
resistro do affieio coiii o :,viso da
i'eines~a . . . . . . . . 5~600 255stEO
Sniiima . . . . ,:,
1:5z,:1 .r,i.>OU

Ileci,ita. . . . . . . . . . 10:887$060
I>espesa . . . . . . . . . 1:553$::00
Saldo . ?:S33,IíC;O
Serido :
E m conta-corrente no Bxiico do Corn-
inercio e Indiistrin dr! S. Paulo. 11:03ig200
Em rriáo do Tliesoiireiro do Iiiititiito . -
.2-' bba60
,>,- 9:33SsifiO * ,

S . Paulo, ? i de Sctc,iiibm de 1901.


O Tn~soci:erno
Cnilos Reis.
RELAÇÂO dos socios que safisfireram a joio de admis-
são e a primeira onnuidade durante o trimestre de
I." de Julho a 30 de Sefembro de 1901.
1 Dr. Llinaiieio Ramos Fraire . . . . . . i4$Sj.Ci00
.' Coroiirl Fe~iinndoPrestes de ilhuquerque. . . F>(iPOOo
3 Dr. Jo;iqiiim >Iariario de Alnieida Xoraes. . . 50C;íiOO
4 Coiirgr> Jose Pedro de Araiqo ~lareoiidrs. , . i-1$000
.5 Dr. Ciicinrio 3:steves dos Santos Junior. . . , 50$0(!0

RELACAO dos socios que satisfireram annuidades durante


o trimestre de I." de Julho a 3 0 de Sefembro
de 1901.

1 Alexandre Riedel. . . . . . 1900


2 Alfredo Bresser da Silveira. . . 1901
3 Dr. Alfredo Pujol. . . . , . 1901
4 Dr. Alfredo de Tolrdo . . 1901
5
6
Dr. Antonio I l v e s de carvalho
Dr. Antonio A. Gomes Kopueira
:.
1900 e 1901
1900 e 1901
7 Dr. Antonio .i .
4loieira de Toledo. 1901
8 Dr. Autoiiio F. de Paula Souza . 1901
9 Dr. Antonio Ilartius Fontes Junior. 1901
1 0 Antonio 3Ioreira da Silva . . . 1901
11 Dr. Antonio de Padiia Salles . . 1901
1 2 Dr. Antonio da Silva Prado . . 1901
13 Dr. Aristides Salles. . . . 1901
14 Dr. ilugusto C. da 6ilr.z ~ e l l e s. 1901
1 5 Ur. Augusto Ceiar Barjonn. . . 1901
16 Dr. Augusto C. de Barros Cruz . 1900 e 1902
17 Dr. Augusto di: Siqurirx Cardoso. 1901
18 Benedicto G. de Xoura Laeerdx . 1901
19 Dr. Bento Bueno. . . . . . 1901
20 Dr. Hernardo A. G n ~ i ã oPeixoto . 1901
21 Dr. Ueriiardo de Cariil~os. .. . 1901
22 Dr. Llernardo Xorelli. . . , . 1901
25 11,. Hrasilio A. M;~cliadode Oliveira 1!101
24 Dr. Candido 'i.'J. da \Iot,ta . , 1901
25 Dr. 'arlos A. de Freitas Villalva. 1901
26 ]>r. C;irlos Ekrnari . . , , . 1!301
27 ihristiano Volkart . , . . . ltl01
28 Dr. Clernentino da Souza e Csst,ro. 1901
29 Dr. Constante A. Coelho . . , 189!>
30 Eduardo Carlos l'ereirn. . . 1901
31 Dr. Estevam K. de S. ~ r z e n d e
(Uarno de Keaende) . , , , 1901
32 Dr. Eugenio Albzrto Franco . . 1899 e 1900
33 \Lonsenlior Fergo O Coiirior de C.
Dauntre , . . . . . 1901
34 Dr. Fernando de Aihuquerque . 1901
35 »r. Francisco Eusenio de Toledo 1901
36 Dr. Francisco Fr:inco da Kocba . 1901
37 Dr. Francisco Ir. de G. Satividade 1901
38 Francisco Nicoliu Baruel . . . 1901
39 Dr. Francisco de P.Rodrigues Alves 1901
40 Dr. Francisco de P. SantosKodri-
gues . . . . . . . 1901
41 Dr. Francisco de Toledo i[alta . 1901
43 T.e C.el Gahriel Prestes . , , 1901
43 Dr. Gabriel de 'r. Piza e Almeida 1901
4-1 Dr. liustavo Koenigsn-ald . . . 1901
45 Henry TTThite , . . . . . 1901
46 Horace E . Williams . . , . 1901
47 Dr. Ignacio Pereira da Rocha. . 1901
48 Dr. Jaynie Serva . , . . . 1901
49 Dr. João Blvares RubiXo Junior . 1901
50 Dr. João Alves de Lima . 1901
51 Dr. João Antonio de Oliveira &sai 1901
52 João von Ataingen . , . . . 1901
53 Dr. Jono B. de Oliveira Penteado 1901
54 JoãoFlorindn . . , , . . 1901
55 Dr. João Nogueira Jaguaribe . . 1901
56 Dr. Jogo Pereira Jlonteiro. . . 1901
57 João Vieira de Almeida . 1901
58 Dr. Joaquim XIoiiteiro de Melio . 1899 e 1900
59 Dr. Joaquim de 'I'. Pizn e Almeida 1901
60 C.el Joaquimde T. Piza e Alrneida 1901
ti 1I>r. J o r ~ eI<richbauni . . . .
li- .lusi. AridrB do Saernrneiito >I.aeiico
(i3 Ur. JosC de Wnmlios S o r o r i . .
c:4 Dr. Josi. Cardoso de Bliiieidn. .
ti5 Dr. Josi Getulio Moiiteiro. . .
José Goines dos Santos Giiiinaries .
Joi4 Hil,polyto da Sili:% Dutra .
Dr. .Tosi: Pereira de (>ileiroa . .
I)r. .Jost Pinto do Carino Ciiirrn.
]>r. Josri de Si Xoelia . . . .
Dr. Jast: Vieeiite dc Aaeredu. .
Ilr. Jos4 Vicento de AaevedoRob."
Dr. Jos6 V.(>outo deJJngalhaes Sob."
»r. .Tiilio Cesar F. dc 1If:sqiiita .
I l r . Luiz F. Rarigel dç Freitns .
Dr. Liiiz (>oniraga da Silva I>errie
Ilr. Luiz I'crcira Bnrretto. . .
Najor T,uiz de líasconceilos . .
U r . 3Innorl A . de S. S i Viniiiia
ni..3IanorlDias de Aquilio e Castro
Dr. 1\Iaiioel P. da Camlios S d l e s
l l r . H;inoel E'. 3lonbciro Tapnjria
Conrro hlmoel T'icrnte d a bilva
Dr. Oscar Schii-erik d H o r t a . .
T.e C . e1 PnuloOroiimbo de Azevedo
Dr. Pedro Arburs dii Silrn . .
Dr. Pedro A . C . Le%iia . . .
Dr. Xnyinuiido Furtado Fillio. .
nr. Xodolplio l\Iiranda . . . .
Dr. Theodoro Sampaio. . . .
Ui.. Victor da. Silva Freire Juiiior
Total . . . . -
232ri$000
S. Paulo, 30 de Setembro dr 1901.
O tliesoiirriro
C<rlos XeU.
BALANCETE

R E C E I T A E DESI'ESA

4."trimestre de 1901
(1.' de Ouiuhro a 31 de Dezeiiihru de 1901)

RECEITA

Saldo denionstrado no balaiieete de 30 de Setei~ihro. !1:33;k$iGO


Recebido pela venda de urila c o l l ~ c ~ adno Retiistcr
(vols. 1 a 5) . . . . . . . . . . 3OPOoO
Ideni das joias e annuidildes dos :! socios corist:intos
da relação nnnexa sob ii. 1 . , , . , . 1480;OOO
Idem das nunuidatles dos 27 soeios constantes da
relnqXo aiiiiess sob n. 2 . . . . . . . (iii>$OoO
Juros creditados lielo Banco do Cornrn~rcion Iiidiiç-
tria de S. Paulo na conta corrente do Iiisti-
tiito, relativos ao i." çeriiestre de 1!!01. . . 86SKO
Soinnia. . lO~G'JSit;I>

DESPESA

P a j o pelo i ~ l u s u e ldas salas onde fiinceioiin o Iiis-


tituto r. illumiiiaçâo dos iiiems d~ Oiitnbro,
Noveinbro e Dezeiribo . . . . . . . 69OkOOO
l'alo ao zelador do Instituto, gratifica@~dos me-
zes de Oiitul>ro, Soveiiibro e Di:zernbro . . 180$000
Idem liela poreeiitageiii sobre a cobranç;~ de joias
e nniiiiidades rt!cebidaa diirant,e o trirn<?stre . 42p000
Idem pelo aluguel de cadeiras liara a sessno riiagna
de niiniyerio,rio ein 1." de Yoveinbro . . . 14$000
Idem n Espindola, Siqueirn & C.", siia conta de
o b j r c t o s l i a r a o ~ z ~ > c d i e i i t e. , . . . . !lO$.500
Idem a Andrnde Oi \f<,.llo, iiiiprrssão do ni.<:anlerito
parx 1!l02 e bal;~neete do :i.tiiinestre. " . . l-'$i03
Idem por si,lioi par:, ezpediç%o da iorr<~bpondencia,
do ttstatutos, da. Rei:i.sta, do bal.zr:cer<: do 3."
trirrieatre o do orcam<:nto yam 1$1@2 . . . 5$600
Sornma . , , . , . 1:10AE100

XESUIIO
Receita . , . . . . . . . . 10:2698760
Despesa. , . . . . , . . . 1:104$100
Saldo. . . 9:165$660
Serido :
E m conta c o r r ~ n t eno Banco do Com-
mercio e Industria de S. Paulo. , 9:143$200
Em mZo do tliosoiireiro do Institcto. .
S. Paulo, 31 de Dezembro de 1901.
22$460
-
9:165$660

O theaoureiro,
- Carlos Reis.

RELAÇAO dos socios que satisfizeram a joía e 1.a an-


nuidade durante o trímestre de 1 de Outubro a 31
de Dezemhro de. 1901.
1 Dr. Auausto Alvaro de Carvalho Aranlia. . . 748000
2 Dr. 3lnnoel Fedro Villaboim . . . . . . -
745.000

-
148$000
RELAÇAO dos socios que satisfizeram annuidades durante
o trimestre de 1 de Outubro a 3 1 de Dezembro de
1901.
Dr. Affonso Arinos de Nello Franco.
Alexandre Riedel
Dr. Alfredo Ellis
.
.
. . . . .
. . . .
1901
1901
1901
Dr. Alvaro Augusto da 'Costa Carvalho 1901
Dr. Alwro Augusto de Toledo . . 1901
Dr. Antonio Carlos R. de A. M. e Silva 1901
Dr. Antonio F. de Araujo Cintra . 1901
Arthur Goulart. . . . . . . 1900
Dr. A u g ~ s t oC. de Miranda Azevedo 1901
Dr. Ilernardino de Campos . . . 1901
Dr. Braulio Gomes. . . , . , 19W
C;mdido de Carvalho . . . , . 1901
Dr. Carlos A. Pereira Guimarães . 1901
DI.. Cincinato Rraga . . . . . 1901
Arc. Dr. Francisco de Paula Rodrigues 1901
Dr. H. von Ihering . . . . . 1901
T.' C." Henrique A. de Araujo lfacedo 1901
Dr. Joso B. de l1ello I'eixoto . . 1901
Dr. Joâo Vampr4 . . , , . , 1901
Dr. Jorge Tibiriçá. . . . . 1901
Dr. José 31. de Azevedo irarques . 1901
Con. Dr. José Valois de Castro . . 1901
Dr. Manoel D. de Aquino e Castro. 1901
Manoel klareelliuo de S. Franco.
Dr. 3lario Bnlcâo . . . . ..
. 1900 e 1901
1901
Tiburtino Kondirn Pestana . . , 1901
Dr. Tullio de Campos. . . . . 1901
ORÇAMENTO

ItECEITA E DESPESA PARA 1002

(Approvado em sessão de 19 de Outubro


de 1901)

r . 1.' 4 receita do Instituto Histnrico e Geogral>lliieo do


São Fnulo, para o ariiio de 1!)3'>,& oqttda eiii 10:8FO,$000, assim
di~erirninad;~ :
1." SubveiiqZo do Estado. . . . . . . . 6:000$000
.
2." Joins e anuuidades d e sucios j i acceitos .
.,;I. Joias e mnuidades de soeios :L admittir eni 1!i0? J.>?&~o
0
iUSji000
a,'' ;inniiidndes vencidas . . . . . . . . fiOOS000
5.' .%rinuidades de 1902 . . .. .. . . 3::0004000
ti." Receita event,ual . . . . . . . . . 180$0CKI

t . 2." A despnsa do instituto Historieo e GeograpLico de


Sào l'aulo, pari, o aniio de 1902, & tirada em ;>:ST@000 e sera
effcctriatla dn neeurdo com as seguintes ruòrie:is:
Alu:.ueI c illiimitiacáo das snlas nndc fiiiicrioiia
o Instituto . . . . . . . . . . .
. . . . . . .
Gratificaçxo ao eelndor
Forcentagem sobre a cohrariqn dc joins e an-
niiidades. . . . . . . . . . . .
Expediente . . . . . . . . . . .
Gneadernaq%o e compra de lirrna, inalil>ns, erc.
Impressíiru . . . . . . . . . . .
Despesa Eventual. . . . . . . . .

d r t . :i* Fica a Directoria arictorianda a abrir os necesaarioi


creditos sup~ilementarespara o i;ceresciriio de despesa que se possa
verificar iiaç rubricas do art. 2.0
Art. da A Directorit~~ iin liquidasbo do esercicio, poderi
transferir as sobras das verhns ein que Iionrer siildos para ayuel-
Las e m que Iiourer d<'icit.
Art. 5.0 Conti~iiiaein vigor a dcliberiição tomada em sessso
de 5 do lfaryo de 1901, relativa. a anniiidades de soeios ante-
riormente acceitos, n o sentido de ser r:ilid;t para o anrio de l!lO.L
n anriuidade que pagarem com a join.

Weceita . . . . . . . . . 10:870$000
Despesa. . . . 5:870$000
Saldo . . . . 5:000$000 10:870$000
Relaçao das oíftrlas de livros, revislrs, mappas, jornaes, ete-
feitas ao lnsliluto duriiiile o riino de 1901

I', r :,, ,,(,I .tl,/,,.,, , c , , , # V 7.,.llc.r: //.//C,< ,,?,<I 1:,,<1.


i , , r I',!,.l i:,.,.: 1; ,,
,,,.., :,',,.' z,;r; ,,I,! <, , , * r , \ , . , I P < . :
.
28,.

1. . r , , r .. i ,,i. I . l i It;ivc ... i ti. I I . i i i i -


bald ; J)iulr,g,llo ~u>.stitztci<iimlWilsileivo ; 7 , ~ i i t i1inlitiq1ie, pai.
W. All<,n; D e Bei~g~iplln ás teri.a.3 de Iaeco, por Capello e Iveris ;.
De iiiig,,la <i Coi~trcr-Costn, pelos mesmos; Chronica rla C'onzpa--
nhin de Jc.siis, prlo P." Siiiião de Yasconiellos; A s grandes cyo-
chss rlii 7fi.stoi.ia Ciiioei.snl, por C. Pedraso ; (lp?dsc~iloshistovi--
eos e litteiaifo,s, p n r Liiigallises ; Hiatoria Lizicersol, por Beeker;,
E m i d a p,.irti<gzceza, p o r H;~ri.eto; Oi:r/n~~iiaçáo das Ordens Iio?~-~
ei.[/ieas ito Binsil; Alni,~wucl~ brasi1eii.u para 1001, por Alherto.
Rodrigiiis ; Carta de Peru I í ~ zí'nrnii~ha,mandada iinprirnir pelo.
Instituto Geograliliico e IIistorico da Bahia; H i s h i a d o Brasil,.
prlo Dr. João Ribeiro; A arte de fabvicar o cinho, por F r r n a n - ~
di, TT<iriieck .Tiinior ; Bibliographie nri~erieaine: pela L i v r a r i a
Cliaterrat i C"krii~~ogrq>liia de P r c ~ a n á .por SebastiAo P a r a n á ; Es-
tr~rlusde Sociologia Criininal, prlo Dr. Paulo Egydio ; Biccio-
nario Histo~ictirla Prouiiteia do E s p i ~ i f o S'u?~to; Ilunibeito 1."
12rlotori0, bole ti ir^ Postal; Bolatin~d a Estntistica Deinogra-~
p h o Sa'nr~itarin;Revista Agiicrila ; Diario Oficial do Estado ; C'or-
reiri Partlisk~no; O Co11~mercio de S. Pairlo; Diario Popular ;:
A Platéa: C'apital P a i ~ l i s t a; Gazeta de Cbevnba; Collee$iio dos:
resdzicões do C'o,~gi.c.sso IIis1javo-A,>nerica>ru, em hIadrid:
Retratos dos Presidentes do Braeil o Argentina, o f f e r ~ i d a s :
pelo Siir. 11. Pelnliidas R:iinos, Collecção dp. 4 moedas, com-.
memorativas do 4." ceritenario, offerecida pelo Sr. Dr. A. Veriano,
Pereira. Cuia medalha commemorativa da Viagem do Sr. Dr.
Campos Salles a Republica Argentina, offerecida pelo sooio Sr..
Dr. Beriiardino de Campos, Collec~Oesde bilhetes postaes, sobre-
o mesmo motivo, offertas dos Srs. Direetor Geral dos Correio e.
Administrador dos Correios de S. Paulo.
.OPYERTIS RECEBIDAS EM S E S S ~ ODE 5 n~ FEVEREIRO DE 1901
;if~bsidios-Para a organisaç2o da Carta Physiia do Braail em 2
m a p p s : Offrrta do socio A . Vauthier.
D i a r i o de TZagem-Lacrrda de Aliueida.
Recue de I'H.zj~17u,ti.~rni-Pelo socio dr. Domiiigos Jazuaribe.
Estatutos da Caixa Agricola de Jahnticahal, e Relatorio da 80-
ciedade Bruzilaira p a r a Ai~irnngiio du Ciea~iio-Offerta do
socio dr. Carlos Reis.
dctuu da Directoriu Co,~servacloin de Casa Branca-Do socio
dr. i\. Piaa-0 d r . Anzericq Bi<~silieiise-0 Pharol nuine-
?u cornmernnrativo do Seculo XX e. o JIoni*ir SzJ ,liiiaei-
ro-Offerta pelo dr. A Pizn.
'O J a h ú eni 1900-Offerta do sr. Sehastico Teixeira.
Xernorirrl ria comaren d e CantPiis<~.s-Offerta do dr. Josi: Lobo.
Estatiutica do Hospieio de S. Pn?~.lo-Pelo dr. Franco da Rocha.
Revistas: Trirnenaal do Instituto do Ceará F. X I I ; do Instituto
Historico do P a r i ; Agrieola 3 ns.
IIomeriagem do jornal L e Brisie de Pariz a. Suissa.
.O CanzpeZo do Estado.
Proceedirz.gs of t1.e TTashingtoiz Acn<le7ri,y iScirnca.
A Capital Pauliufa ns, 17, 1 8 r 19.
Estatiutiea da Latiutira de Cafd.
Boletiiis: Postal, da Agrieultiirn e Illensal.
.Jornaes do costume,

OFFERTAS EY DE 20 DE
SESSIO XEPEREIRO DE 1901
D o sacio dr. Hernardo de Campos: D . Quirote, por 11. Cervan-
tes de Saavedra-2 vol. encad.
Diction. Of Liliemsai Infovmatioic de Beefm-1 vols.
Pantheon 3Iaranliençe-pelo dr. Ifriririque Leal-4 vol.
Discursos 1iarlarni:ntares-de Jcs4 Roriifacio de A. Silva-1 voi.
broeli.
Do socio Dr. Arthur Vauther « Aii~raeado Rio de Janeiro, por
Balthasar da. S. Lishoa-i voluines encadernadas.
N Mappa do Brazil u-por Levasseuv-1.
Do socio Cororiel A. Uorges Sanipnio-Estndos Unidos do Krazil
por-Elisbe Reclus.
D o soeio Dr. R o d r i p e s Alres-Lu ileuzsta Patriotica. Ann. 2"
l i . 10.
D o socio Dr. Carlos Reis - Az~togrr~phod a ~Ilensagenz enviada
gelo Dr. Cavipos Sa1le.s ao Congi.esso do Estudo, a 'i de
Aliril de 18!iT-O cair-yor F. Lei11;er- : Os Prograrnmas
dos Partido? -1iur Americo Brazilieiise-; Iliihbr.r -pnr 3 .
FerSuison ; ,lIi Jlissioi~a I:io de J<oieii.o-l,tr Ju;in Sibrano
Godoy ; iSei.i.igo Agioil,jii~ico do loskirlo, disciirsso pelo de-
yiitndo Jonquirn Alvaro ; I:edrrirprüo rlc 2'iincle~iie,s-dr.ima
liistoriro-por Ferirando Piirto do Alinrida Juiiior-La Re-
%ist<zPatiiutien-nciio 7." i ~ !I..
Do socio Dr. A. i - s j e <r~iiiii~li.vti.at+,;a (10
Estnclo de ,V. P(izilii: »i.gaiiisnda iin Reparticno d e Estntis-
tica e Archiro d e S . P;iiilo.
110 socio I?.' Wnlihnel G a I a i i t i D o c u w r c i ~ i o ~ i r l l i g oe i?~ieressu7iie
-3It~n~tsc1i1,to.
»o Ilr. h n d r é Dias-Reyista d:i Facli!dade de. Direito d e S.
Paiilo-vol. 1 ;L 7 ; de l8!lJ a 1X4!)-iiroelixdo.
Do socio Carv:tllio Aiuiiha-2'eii!s-Eii-rol. hrnch.
revisa^ do Institiito do Oeani--rol. do 3." e 4." trimestres d e
1900-Xeviitn Asricola 11. i;? c os joriincs que eostumarii.

Pelo socio Coroiiel A. J i o y e s Sainpaio: Historin. de Portugal-


1'0' Alexandre Il<irculano-4 voluiiies.
I'elo soeio Dr. Ediiardo Prado D o i s iiiaplinj do E s t a l o de Sáo
P;1ulo.
Pelo socia Fernando 31. Uonillin-Relatorio alirrsentndo ao Br.
Jos6 Pereira Qiirir'ia, pelo Dr. Irario Yulcâo, insliector do
Ensino.
P e l o sorio Dr. A. Piza-O 7 1 . 85 (7u (l'uzricr (70 Rio de J n ~ ~ e i r u
C L I L I L O18Vl-sabhado 15 de Sett?iilbro.
Relntario do 1lr. Fraiicisco de Tolrdo IJsltn, Secretario da Fa-
aitiida do Estado-1 7-01. brochado-nniio 1900.
Yelo Dr. hloreirn de Azevi:do-uO Crugiiayn - lioema p o r J o s é
Bníiilio da Gania-commeinornti~-o ao 4." crntenario dir
d<iseoberta do Icrazil.
Revistas-:do Instituto Historico e Geograli2iico da Ba11ia.
da Iiistituto ~lrclieoiogicoe (+eogral;liieo d e Per-
namliiico .
*A Capital Pnu1ist;iu serie 7." n . 8.
Boletins -da Agrieultiirn, Estatistira Demographo-Snnitnria.
-Estntiitos do Injtituto Arclieologico de Pcrnambiico.
aEstrupi~esa-Pelo Dr. Freitau Guirnaries.
«O Dlosquitoo-publienqk do Serviço Sanitarin-3 fasc.
Esploraçho ao l l e r i c o e binerica Central-em duas series-I."
Ezpeditioic S c i e i ~ t f f i i j t i e r <12i i i < ! c n i l ? e ~r7n
i ~ Talismai,~-2."
l s s s c e 7 1 e e r7riiz.s l'dnzeripre C'e?~tiíi!e
-40 voliimes.
P<.la Sociiidade Alliancc! Frnncaiçe.
Pelo Dr. Carlos de Vasconcellos-If!/yie11e Escolar-Febres <?ir
S . PcL?<?u.
Os jornnes do costiiine.

-Polynntli<:;i- F7<,icli @,isrpjii-Onirrggio delbi Culleticifri ,lf~isi-


cir?2-ii<d!~ Urniilinri<~ <i; ,530 P ~ r u l o . 1 e r .
-Relatorio do Dinrio 0P.iei:il-apresentado no Governo do Es-
tado por Horacio de Cari-alho.
Pelo soeio Dr. 31oreirn de Azevedo-Biogrnpliia do Consrllieirn
3Ianoel Fr;~nciscoCorrCn - 1 rol. - B i o ~ r n p h i ade Beiijamiri
Constant - 2 rols.
Peças justificativos - 1 rol. - I>iiii:de Camões - Xiguel Lemos
- !!2-1880.
Pelo sucio Dr. Tulio de Caiiiiios - I'eIa P:itria - KefutnçBo ao
aBrnzil Parnsuay» - 1 vol.
I'clo soeio Dr. Aristides llilton-.i Constituiq3o do lirazil-2."
ediqão lR!IX.
Pelo socio Dr. Aritonio d:i Taledo P i í n - Synopse d o Recensea-
mento de 3 1 de Dezoinbro de 1890 - Directorin Geral de
Estatistiea - Srzo, i . n p e estaclo cicil, etc., eic. - Aianlphn-
heikiim 1St)O.
Becei~seniiieiatodo E.~tndr, de A l o p n s .
Revistas : Agrieola. d e 15 de 3Jiirco l i . 6 8 .
Boletini Postal n. 1- ariiio SIII.
1 noia de eiricoe~itnmil - eiiiiss;,~ do Iinperio - governo de D.
Pedro 2." - pelo Ilr. Silvio rle Alineidn.
OfFBRTAS E M SESSbO DE 8 DE ABRIL DB 1901

1 Mappa do B r ~ a i -
l Pax Kaarta Brazilia 1680 -pelo socio E.
F-l .o..l.l.
e-n.d
.. .
~.i .
Tres exenililares da IIensaçem do Presidente do Estado Dr. Fran-
cisco R o d r i p e s Alves, a1>resentada em 7 de Abril de 1901,
ao Congresso do Estado.
1- uPedro Alvares Cabralu - A s Duas Americas pelo socio e
auetor Sr. Candido Costa.
1 Epli~meros- Dr. Silvia de Alineidn.
1 These da Ex."'" socia Dr." %Iaria Rennotte - ~Iiifliiencia da
Ediicaqão dn 31ullier sobre n %Iedieii>a Social*.
l-ilfemoria alire.wnfnda <í Aei~dernia d e ,+fedediciiin do h'io de
Jmneiro-Cm jigado com ? o ~só lóòo.
1-Un poz~nmn A six lobes-Dr. Igiiaeio Kezende.
Revistas-rA Capital I'aulista~ n. 9-série 7.".
Centro Caixeiral-n." especial-Jfaranl~âo-1~iO1.
l$evista do Iiist. Hist. do Parh-Vol. 4 . n . 3-1900.
Boletins-?-de Estatistiea Demographo Saiiitnrin-Outubro
e Kovembro de 1900.
Boletim de Bgricultura-2." sério n. 2.
Boletirii Postal-Fevereiro de 1901-11. 2 .
3-Tres mordas de cobre de XL li33-Cunho ~iortuguez-(i)
e duns do valor de 5 cinco reis-188% cunlio de El-rei D.
Liiiz 1.0---Pelo Dr. Hiraiida Azr,vedo.
H-Treu vistas l>Lotogral~hieas-Pelo Irofrssnr Benjairiini Reis-
J0rnaf.s do costume.

1-Est,udos sobre o Pará-1900- IZelatorio apreselitado ao go-


veriio do E ~ t a d opor Artliur Oct. I,obo Vin.nna.
1-rE' a Hiçtoria unia scieiieia ? - P e l o soei" Dr. Pedro Lessa.
Criidade do Ilirrito-Prlo socio Dr. Jono P. 1:anteiro.
Revista Agrieola n. 69-di: 15 de Abril de 1901.
l - ( J u a d r ~ - ~ h o t o y r a p t ~ i aeniolduindo Coinmeriiorativo do 4."
centenario d a descoberta do Brnzil-Pela Sociedade Come-
morativa dp S. Vieelite. Offerta do soeio Dr. Thcodoro
Snrnlmio. Jornaes do costume.
l-Revista do Instituto Geo:rra.phico o Historieo da. Bahia, n . 26,
trimensal--Dezembro de 1900.
l-Polyanthéa em homenage~na D. iintoiiio Joaquim de llello,
1856-1900. Dr. hliranda Azevrdo.
. ~ ~ ~ .
l--Documentos Interessant,es para a historia e costumes de São
Paulo-rol. XXXI. Dr. A. Piza-1901.
Boletins: Postal n. 3-Agricultura n. 3.
l-Noldiira e retrato do Mareclial Deodoro da Fonsrca-que
pertenceu ao Club Republicano de S. Paulo-offerta do so-
liiranda Azevedo.
l-Cliilib littographado da iiova Estação da Lua-offerta do so-
cio Jules lfartin.
3-Exemplares-Mappas do E ~ t a d ode SIio Paulo espeeiaes das
comareas: Piracieaba, Jiiiidialiy e 'Jainpirias, 1901. Pelo dr.
Orrille Derby.
Jornaes do rostiime.

l-Regiinento Interno do Tribunal de Jiist,iqa do Estado, 1901.


l-3lensageni apresentad;i. ao Cori:.resso Kar.ionii1, pelo Presi-
dente da Repiiblien.
2-Estudos Historicos-Pelo dr. Aiitoriio da Cunha Earboza. 1899.
Relatorio do Intendente da C a ~ n a r iXunicipal
~ de São Ciirlos do
Pinhal, 1901, Janeiro, 11.
Revistas-Tres exemp. T h s Ureailien Revirw-O Seculo XX-
Sob o lioiitu de vista hrnzileiro-«-i Capital Paulistan n .
22-1Lt:vista A.zrieola
. do 15 de 3laio-Revista-o mez; 1."
n.-xevoasn.
2-Exeiiiplaras-Do numero especial-* d'A Clava D hoinrnagem
á data 13 de 3Iaio.
Revista liodorna-n." de Ferereiro-1901-joinaes do costume.

OFFERTAS EU SEBSHO D E 5 DE JKSHO DE 1901


-hr<,tieia Historiee sobre a minha ii~f:cn$dod e rlm's balu'r,~com
n z n s - ~ n i i i ~ r r s c ~ ~e~1t o2 cartas nzifograp?ins-Pelo socio Dr.
Domingos Jaguarybe e-1 eA1Ielle,i/oZreazrr wn appnrril niizte
por,,. lti ~z(!z.egnfioiznei.icicize-O mesmo-r Os ris. d e ~ l í u i r , ,
,Ycteiiiliim, Iíi/i:o,,/,i.ori* 1900-«A4' L'aei.eunrititc a-Hlileliii,
ineiisi~lill~isti<tdoc1<1 Societlnde I.:~n~zerzac76 izrrcegaciio aerea
- 1 ' s i g 1 1 e s :I O. (Ihante c / C' Li.
?:o7 (7e.s oiseia?ix.-]mi. 12. 3. >%Iai.e?/- « I . ' o e i . i . o i ~ n t i ~ ~ ~ ~ - ~ > o , ~
Ijairet i:icrt,iics-(íIi~l's-~U~!!,ariit.~ por Juizr--Th~? Irrcieije>z-
cT~<~~t-~l<zio 3-l!IO0-0~ 11s. I.'etereir<~e 1 1 ( ( 1 1 . ~ 0 de 1901-
L'deril,.silr-lCeci.st<t dlci~s<ililli~si,~crrla (~li~7iizg-e~~ic.si~~ic~ii.~
]>o,. 1ictni:e C'nitirfe,C'. E'-lzs. 2 e .i-r7a T,epnra dtirii.iick.
l'e!o soeio Dr. A. Pizn.-O 11. &-do airno 1843 do eJominl c70
C~,i,~iirei,cio~ do Sici de Janeiro.
Algiriiioa a,\úiw gene~!lrigicuar7a ,fi~niili<r-f'niiln L e i f r d e Y t i i .
l'rlu Gabinete do Presidelite do I<iotn<i<~-Kclr~t,ii-iorh Presirlei~te
I,'epzr?,lien-Pclo D!,. 8 1 f ~ e d oJIi~ia-viii~istrri.
1:rtrist;~s-A do Iiiitittitn Arelieologico Alagoimo n. 1-rol-3.".
Roletiiis-O (Ia 8;riciiitura do 1Cst;ido-'L eseiriplares n. i-
e 1 0 1 - . 4 e 85-Boletim do Seiviqo Saiiitnrio
dt. l)ri.eiiihro dc! 1900 e Jniieiro d ç 1901.
-Krizitoíin do Atliriieii Coiomercial do Porto de 1!)00.
-A t'atri:~: orgam da C<i!oiii:l l'ortugrrezn.
-1'eIo Dr. diiiniieio Ilaiiios - (>~iesri>esdo Eiisirio-Pedagogia
-.Jorrinei do costiiiiie.

-Pclii Di.. \liraiida Aieri:do-Helntorios do Dr. Antonio Gnii-


qnlv<is Ferrei~n-18!13 e Dr. Joaqiiim &Iiir!i~ilio-Xaio de 18117.
Pelo Dr. 1lrrciil:iiin C. de Carvalho-Uma plaiita levaiitadn cin
l&U-da coiitiiii.,;.qj\o dn-Riia dn. Boa Vista.
Revistn do Iiistituto c10 Cenri-Tomo S V I 1."e 2." triinestrc lt!01.
Pt.10 E;tndri Maior do Exercito-Os n o . de Janeiro a Abril d e
1 3 0 1 R r : v i s t a Ililitnr.
P o l n s ieupectiras rediir~nes a n. 23-Anna 3." da Cnliitni
l'niilist,:i-o , i . i1 da lteuista Agriioln--os 11s. 125 c 1"-
d o D. (Juizote.
l'clo Tlr. T,iiix I". Xniirrl de Freita8 o n. 1" de li de Nuvem-
hra iie lE;>i-do Correio Paulist:~iio.
O F F E R T S EX ~ ~ 3 S . 1 I>E
0 5 DE J4L110 DE 1901
Pelo Dr. hlmoel l'arntn-collecqko de quatro iiiedalhns do hrtiii-
z<i-euiihndas iio Estado do P a r i , em coniiu. do -4." eente-
n:irio do Rraail.
Pelo inesnio Estiidos sobre o P a r i , eollec(.Zo de leis do Estado
do p a r i , <<\len~orinsdo \lusr!o Pai.ariis<~»pelo Ilr. Eiiii-
lie Goeldi Uuudrenn-Toy;ige ai1 Troiirheta.
-\Iemorias do Uuseo l'araerise-Coiidri.:iu-\'o>-ano ai, Jainundi.
Pelo Dr. Ferreira Ilamos-A agricultiira e a Ileteorolo~ria.
Pelo socio Dionisio C. da Fonseca--Tiro ao A1i.o-por li'. Bndnrú.
Pelo socio Dr. Antonio Piza-Yol.-:i8-I>oeu111e1itos intcressaiites.
-Pelo Gabinete do Prcsidentr. do Est;~do-Refornin da3 taiif:is.
-Pelo Coiiego Ara~ijo~larcorides-Esbocn 11iogr:iphico do-Co-
nego Ernesto Peregriiio-O Cnfi e o Pindoriimn.
-Pelo Dr. \liralida Azevedo-Joriiaes rlivorsos relativos ;i 5."
coirirneiriornç%odo ~>níz;imr,ntodo marechal Floriaiio Peixoto.
-Pelo Conde de S. Jonquiiii-Rt?lntorio da Socicdade Portiigiiezx
dtt Beneficeiicia.
Pelas Resl,ectivas redae<;iirsos joriines qui: roctuninni ser en7-iados

Pelo socio Çoiisrllieirn Du;irte do hei-edo-Tinia inoedn de-40


c~ntesiriius,do C~uguiiay-de 1 8 5 i .
Pelo Gt~binett: do Presidente da Republiea-Brazil e Argentina.
-Pelo I). JoZo lier~--Carta Pastoral.
Pelo Ur. Esterani Lcão Bourroul-Discurso do Conde Alberto
de Mun.
II<~reulesFlorerice-Estatutos da, Liga Aiiriliadorn 11itern:icional.
Pelo Capituo J ~ J - n i cMarcoi~des-Dois nuriieros da Rei-ista-Ca-
TRS e cnrrtai.
Pelas rcdacqües-0s joriiaes do costume.

OFFEBTAR EII SESL-.~O DFi 5 DE AGOSTO D E 1901

Pelo socio Dr. Presidente da Reoublies- T h e New Braail-de


31,iS TVright,.
Pelo Dr. E. Bou~roul-26 ietratos de Joaquim CorrGa de 3Iello.
Pelo socio E . Variordeii-Iiarpa de Israel de Santos Saraira.
Pela-Bibliotlipea Real da r n i v . d e Cl>sala-Os n." 1 a 3 e 5
s 9 do Boletini of the Zooloqique - - Institution of tlie Uni-
versit Lpsala.
Pelo Giemio Litterzlrio Carlos Ferreira-do Amparo-Catalogo
e rc~gulairientointerno.
Jornnes e revistas do c o ~ t u m e ,pelas respectivas redacçíies.

OFFER'P.4S E\I B E S S ~ OD E 20 I>E AGOSTO D E 1901

Pelo Dr. Carlos Eeis-illbuiu-Leinbranças do Governo do Es-


tado de Sùo Paulo (Vista',.
Pelo l l r . IIiraiida Azevedo - Cartas Jesuiticas - de IIarioel d a
Nobrega-1.
Pelo Srir. Belisario l'ernambuco-4." Ce~itenariodo Brasil-1.
Pelo Oabiriete do Presidente do Estado-Catalago da Erposiç%o
do Kio Cr;tnde do Sul-1901-1.
Pela Escola I'olytecbnica d e S. ~aulo-Anniiario para 1901-1.
Pelo Dr. .irtSiiir Thir2-Oeograpliia ele.inentar do mesmo-1.
Por llizs 31ary TYriglit-The Keiv Braeil.
Pclo Dr. 1). Jn-uarihr-Gucrrn da Triplico Blliaxiqa - 2 rnls.
Pelo Dr. Rrnto Biieno-Secretario do Iiiterior-Conimentariiij á
Cnristitiiicko <Ir! SAo Paulo, pelo Dr. Fi!lisbrllo Freire-1.
Pelo Dr. J . C . Alrt!s Liintx-Same revelatiuni about the Cul-
tirdwnd the iise of coEee.
O n.' XY-lnrio H." do Boletim Mensal da Eatatistiea Demo-
i<rn~>l~o
. . Çaiiitaria. O vol. de 1 5 de Arosto de 1901 da Xe-
vista Agricula.
Pelo I>r. A Tautir!r:-PlatBa-ExI>riine ou De Ia Republiqiir-
6 voliimes ;-DonosoCort<iz-euv1-es-3 vols ;-A de Lamnr-
tine-~1Iistoii.e de 1,a Riissie-2 vols.: E d . Fischel-La
constitutioii d'A>i,clatei.i.e-2 ~01s.-C'ls. 1)aru;iri-La deueeri-
dance de l'homriie - 2 7-01s.- L'oripine de ~sptceh-1 vol.
Cornte d r Lormnria-Histoire du régiie de Louii XiV-2
vols.; Comte de Segur- Histoire du Bas-Enipire-2 volil.;
Guizot-TYas1iingto1~-Fondation d e Ln Kepiiblique de Est.
C . d'diiiericn-6 801s.: Histoirc de In republique d'An-
gleterrc e t de Cromi.el1-2 vols; IIoreii-Chute de Ia rc-
piihliqiin et retnblisscmrnt d e Ia. inoiiarchie pn Arigleterrs
-1 vols. : Etudes sur les beaiix Arts-1 vol. ;-villerieiive
Bairjerriotit. Economie politique Chretii:nne-1 rol.;-E.
Litró-Lit,teratiire et liistoire-1 rol. - Franeaur-Geodesie
-1 \sol.;-Flaras-sos baldez-Da America a Lisboa.
OFFERTKa E M SESSÃO D E 5 DE SETEMBKO DE 1901

Pelo Conselheiro Dr. Dnartn do Azevedo. 1-Cedula de 3 a 0 0 0


doImperio-2." serir--Banco do Braail-S.' 31768-Chan-
calla da Caixa filial de SXo Paiilo 001768.
Pela Secretaria de Justiça do Estado. 1 exempiar d'A Reforma
Judieiaria do Estado de Silo Paulo.
Pelo Dr. HiAnriqiie CoelLo. 1 Exemplar da mesina obra.
Pelo socio Eugenio Holleiider. 1 Collec~ão do M. Le Nessa-
g e i de Saint Paul ns. 1 a 9, bern como a seguir tima assi-
giiatura permanente.
Pela Kedaeçào-1 Capital Paulista n.' 1 serie 3."-Anno 3." n 2.5.
Idcm-O mez-o n." 4 de Agosto de 1901.
Idem-1 Revista Nilit,ar-Bnno 3." n." S.
Idem-1 Keviçta do Arcliivo Publico llinciro-Anno 6.'-fasci-
eu10 n . l-Janeiro a Mnrço de 1901.
Pelo Snr. Prof~ssorBenjamin Reis - 1 lia Illustractioii Sud-
drnericana. 2 ns. 89 e 90. Boletim da Estatistica Derno-
grapho-Sanitaria; mezes de Maio e Junho-pelo Dr. A .
Toledo Piaa.
1 Diario Official do Estado do P a r i , de 1." Janeiro de 1901.
1 Recordaçües da Bllemanha-Dr. A. Las Casas dos Santos 1897.
1 n. do O Ifiunicipio-anno 2." r i . 28.
Pelo mesmn Dr. Piaa-1 inal~pada região limitroplie do Estado
de lfatto Grosso e P a r i .
Receberam-se os joimars do costume a cujas redaeçUes vae se
agradecer. E m ternpo. Fora", lidos no expediente os o 5 -
cios dos Exrirs. Snrs. Dr. Antonio Candido Rodrigura agra-
decendo a transferencia de categoria de socio correspon-
dente pirn effectiro, e do Coronel Femando Prestes a sua
admissão para socio corresiiondr,iite.

OFTERTAS E M SESSÂO DE 20 D E SETEMBRO DE 1901


Pelo socio dr. Bento Bueno. 1 exemplar da circular assiznada
pelo saudoso cidadão Joaquim Saldanha hlarinho, datada do
Rio de Janeiro a 22 de blaio de 1887.
2 Exemplares da. Vida Yodrrna de Jiiiiho a Julho de 1901.-
publicada em l\lonteiridéo.
1 Exeirip1ar.-3fapl>a-La Re ublica de1 Paraguay por iiIathins
Affonço Criado-Consul &1 Paragiiay em Esyaíia. - 1 E l
ciiltivo de1 café pelo mesmo.
Pelo dr. Toli:do Piza. 1 Dozurnento interessante pnru a liistoria
e eostiiriies dt! São Paulo. Volume S S S I I I 1771 a 1775.
Pi:las respçctiri~sredaeçoes :
l-La Illiiçtraeion Sud-ilmerieaiia, offerta do Gabinete do Pre-
sid<iiite do Estado.
1-Revista Agicola srino 6." li. 74.
I-Boletini pessoal 11. 7-anrio 13."
'1- da Agricultura ii. 7-ailno 2."-serie 2.".
l-Meioarias do Jfuseu l'araenst! de Historia iiatriral e Etlino-
graphia.
Rt.cebidas oi jornaes do eostiinie.

OFFEliTA4 E\[ 'iESS.50 D E 5 U E OÇTIJERO DFI 1901

2 Retratos Lytographados dos D.'* Campos Salles e Rodrixues


Alves, oferta du Correio Paiilistsno.
Pelo Ilr. Alfredo Toledo :
1 L ' I d i r Re~iiiblicaiiic.
2 Voliiilirs-Guerra dos Mascates, por Seiiio.
1 Ileiiir~iiidien~.iLo iinproeedentc.
I Vox Veritatis-Anchieta,
1 r. -Exti~ieç2o de Jesus.
Pelo Sr. Ediinrdo Seosclii auctor :
1 Revista FOI>-trcliniea-n. 2--31aryo do 1901.
1 E. Seoscbi-IIaniial de Tacheometria.
Pelas respoctivns redacçúes :
1 Revista do Institiito do Cear#-Atino 15-Tomo 15."
1 x hIilitar n. 9-Anno 3."
2 n A Eacola-Anno 2.' ii. 1 5 e 16-Beleiii, P a r i .
1 0 Instituto Pliycho-Fhysioloi;ie(~.
Pelo Dr. Tulio de Cairipos :
1 Pela Piitriei-Iioputaçùo do Braoil-Parayuay.
1 Pelo mcrur-Ismr~llo-Go~~qnIves Dias.
Pelo Padre Gabiuio :
i Quadros Syiiolitictru. da Gra~nrnaticaPortugueza.
Pelni RedncqGes :
1 Capital Paulista n. 26--Atino 3.0-Sete~~~iiro.
1 Revista Xodt,rna.-Anuo 2." n. 10.
O Cruzeiro, Le 31essager de S.' Pau! 2 11."
E Dionysio Caio da Fonseca, 2." sr:cretario a esere1.i e
subaerevo, Djoiiysio Caio ~ l n .I.'o>fseen.
2 Exem1,lares da Rerista Trimeusal do Instituto do Cearù-.41iiio
15."-Tomo 15.
1 Exemplar A Eschola-Bnno 2." ii. l'i-Vol. 3 do P a r i .
1 » Revista Agicola-Anno 1."-Seteiiibro de 1901.
Pelan respeeti\~asredacqões: *
4 C a ~ i t a lPaiilistn-Outubro do 1901-.irino 3.' n. 27-Serie 3."
n. 3.
2 Eseinlilares da Revista Bgrieola-Siio P;biilo-Outubro de 1901.
1 da Vida lfoder-a-$;ojto de 1901-3lontevidGo.
1 a Boletim da Estatistien Demoarapho-Sanitaria.
1 r Postal-ii. 8-Alirio 13-Agosto d e 1!101
da Capitnl Federnl.
i Exemplares Boletins da Bgrieultiira-L." Serie n. 8 do aniio
d<l 1901.
Os jornaes do costunie.

1 Boletim mensal-Estatistica Deinogrnl>lio Sailitaria-mez de


Jiillio de 1901-Aiino 8 11. 91.
1 iL Eicola-Rt?~ristn Official do Eiisiiio-Pari-Anno 2." fase.
li vols. 111.
BP%-istnTriniensal do Instituto do Cear:i-Aiino 15-3.' e I."
triiiiestre de 1901.
2 Revista. A~ricola-Aiino VI1 n. 7 5 .
1 Capital Paulista-Scrie 3." 11. 3 .
1 Vida Noderna de lfoiiteyid6o-Agosto
Tr7
-
dr. 1901 Bnno 1."
n. I Y .
1 Boletim Postal 11. 8-Bnno XIII.
2 B da. Apricultura-2 Serie 8.
1 Revista Agricola de Alagoas-Anno I.
1 L e Messagier de S.' Paul n. 14.
1 Retrato pliotograpliico do Uoii.' .iu,qsto d e Castilltos.
0 s jornaes do costume.
20 de Fe0ertii.o.-JaA~aiib~P-fuiidador benemerito, &1oraes
Barros fundador honorario, h. T). Jaiiovc, J. Vieira da Silva,
Dr. J. Colniaii 'I.V . Java, Dr. hf. A . Caindo, Dr. João Xihei-
ro, Dr. Felishello Freire, Dr. R. F. Ramiro Galono-honorarios;
D. E. I(. S. Beeeride (E. de Rezeride), C. A. .'I J., Enclides
Cunha, F . T . Malta, 3. B. M. Peixoto, J . F. Eminax, L. F.
J. de Cainl>os, 11..'l X. Tnpnjiiz, 11. Rulc50, Alfredo Guedes
A . J . P . Ferra& e Coronel .'I Orosimbo - effectivos, Dr. X .
E'ontrs Pnranhos-correspondente.
6 d e ~$farço.-J. Jlagalhães de 4ieirelles.
20 de ~lfar$o.-Gahriel do Uonte Pereira, e D r . Clovis Be.
vilaqua-bonorarios, Alraro Guerra-effectivo Benedicto Octavio
de Oliveira, J. 31. S. Vianna, \V. L, P, da Serre - correspon-
dentes.
8 rle Ahri1.-Rio Branco-Presidente Honorario.
20 rlr illiii1.-Dr. Carlos Reis de Vaseoncellos, Fernando
M. Honilha Junior-effeetivo, D r . Lueinno E. S. Junior e 1fa-
noel Oliveira Lima-corrrspondeiites.
4 de ,310.io.-D. H. Reriotte, Drs. I. J . X. Kezende, J . M.
Alvaro Juirior e Silvio de Almeida-effcctivos, Candido Costa-
.
cori-espoxidente
29 rle dfaio.-Commissão austriaca.
20 de J~~,i./w.-Drs. Antonio da Cunha Barbosa, Henrique
Coellio Netto e J . N. A 5roraes-corresliondente.
5 de Julho.-Dr. Am. R . Freire-effectiva, Antonio Oli-
veira Santos Pires-correspondente.
20 de Jidho.-Dr. bfanoel Baxata e Coronel F. Prestes de
Nburqueque- correspondente, Mistres IvIary Robiiion Wight-
ltonoraria ,
5 de Agosto.-Dr. Herculano C. de Carvalho - correspon-
dente, Conselheiro J. P.A. 11arcondes e D r . 11. Villaha-effec-
tivos-( ).
20 de Agosto.-Ernesto G. Young-de effectivo para hono-
rario e A. C. Reix, da correspondente p i a effectivo.
19 de 0utiibro.-J. L . Keix-effectivo ( 1
D r . F. T. A . Gomide, Conselheiro E. J. de Fontoura- effec-
tivo, B. Pernamhueo e Olyrnl>io Paranhos-cormspondentes.
25 de OLL~~L~TO.-DI.. Eduardo Larelin-effectivo, Dr. Abe-
lardo Varella, Dr. Julio Vicuiia Cinfuentes, Felix Pacheco, Car-
10s Porto Cnrreira e Dr. Alfredo Varella-correspondentes, Gui-
lherme Studart (B. de Studart)-honorario.
Comrnissão austriaca - Richard Wettstein Ritter von Wes-
tershein, Frederico Kerner e Xarilitnn, Augiisto Fieiurich Wies-
mann e Victor Scheiffuer socios honorarios.
NECROLOGIA
DR. AMERICO D E CAMPOS
Dr. A m e r i c o de Campos

Distante da patrin, viiendo rnodest;~mrnte, alhcio hs liirtas


politicas c afastado das 1,aixdes qiit, dividiam seus antigos coiii-
l i a ~ ~ h e i r ocs amigos, Amr?rico de C:~mpos s e p i a eoin interesse n
evoluqão social qne transfornioii o Brcail r eslieeialmente o Es-
tado de S. Paulo.
Eiitre 116s o seu nome era eonserrado eoin estima e apreço,
e enro a todos rltie, pessoalirieiite ou por tradiçho, sabiam dos
grandes sorviqiis que lia iriil,rensa 1,restou i a causas generosas
dn liberdade e do profresso social eiri suas diversas ~ihases.
Foi por isso que inipressionou dolorosamente S. Paulo o
telejiraniiiia de Snl>oles que tranimittiu n noticia do fitlleciriiento
de Amerieo de Ca~npos a 20 de Jnnriro de 1900, triste e lu-
ctiioso coineço do annu para o Hrnzil, que perdia uni dou seus
~ I I R ~iSI l u s t r ~ sfillms (1)!
>kii ligeiras iiotaa, tiradas d i ~ iiiiprrnsa do dial damos as
l>rinei~pc~s datas de sua oloriosa exist~iicia; depois adduairemos
nlgnnlas eorisideraçiies que coin~iletnr%oa Iilyiioiiomia intellee-
tua1 e social do illustrc finado.
i 0 dr. Ainerico de Cniiilios iiasrru ciii Hrapanya a 12 de
Agosto de 1835. Era fillio do fiiiado dr. Bernordina José de
Cumpoa i: de D. Folisbina Gons;ilres, G irinNo do dr. Bernnrdino de
Campas. Forniou-se eiii direito liela nassn Fneuldo.de eiii lB(i0.
Foi promotor ein i t i até 1863. ?;ni 1865, veia pnra esta capital,
onde assiiiniu :L redaeçzo do Comeir, Pa~ni~liutni~ti at4 1874. J i conio
estudante se tinha salienkido ~ i ojornnlisino acndemieo. E m I867
fiindou. com Aiirelo ,, Arostini.
,, o celrbre C'abiirio. follia illustradn,
qiir foi'~>opularissiinaneste ~ i t a d o . Tainlierii por esse ternlio redi-
giu com outros poiiticos, o Ilrrilietrl I'<itrlistn?io. Antes itiesino dr:

11) o Ih. A ~ O P I Cde


D Csmpos fallrceu as I<? hurils di noite do dia ?<I d e Jarieir?
em I(apo1es.-Diaru 1'o;ir~lorde i de Abril da 1800.
se coiiir<;ar a oriaiiiraç%o do partido retiublicaiio, iilieioii n pro-
paganda das i d r i s rep~iblicarias~ ein 1868. pelas coluinrias do Coi-
reio I'aulisfaiio. Foi, com Anierieo Bruailie~iae,u m dos tundadores
da Loja America, centro da trabiilho repiiblicano e aholicioriistn.
Coni Luiz Gama (*I P outros, fundou tninbeni as eaeolas piiblicas e
a bibliothi,ca dnqiir,lla Loja. Ein 1875, com Ratigel Peitaiia e José
Trlarin Lisho;~, fiindoii este jornal ent3o Pro~iilscia de S. P i ~ i l o e, ,
fin:ilineritr, ein 1881 c,on1 José Maria Lisboa, fuiidoii o Diario
~ i . , redigiu at6 18YO, qualido foi nomeado corisul ein
P o / ~ i ~ l i que
Napolc,.~,onde f:illereu.x ( l i
Esta laconica f6 de iffcio bern inostra quão laboriosa e elieia
de peripeci.~?foi a eristerieia do dr. Aiiierico do Caiiipos, riias
n%o cspliea o seu r~alurjornalistico iiein d:i idria dn s u a esela-
recide iiitclligencia? qiic bem coriciliava os estiidos mnii positivos
das sciriiiias b>liysieas e naturaps corn o ciiltivo da littrratura
eni seus varioi ramos P das brllas artes rin runs rnultililas iiia-
nifertaç(>es,esli~~eialinente a musiea, de que era esclarecido e de-
dicado ninador.
Amigo intimo de Carlos Comes e de Elias Lobo, i,. dc todos
os artistas que vinham a S. Faiilo, e r a profundo conhecedor da
musica.
Deve-se pi.i~iripalrnentr a Artirrico de (?ampoa-essa. outra
gloria paulista-qiie hoje delicizi :i Iralia com sua voz privile-
giada-Clotilde IIarnglia~io; pois foi o vcxrdadeiro descobridor
dessa pi-rola.
Exerceu B~rierico de Camrios decidida. influencia n a forma-
çho e dese~iralvimentodo gosto e ediicação niusical paiilistan;~;
ji par maio de sua pen:,ii n a imi~rensri, j i 11oi sua iniciativa,
~>ron~overid<i e ereiiiido concertos clitssicos e associaçGea p a r a o
enlto da boa munira. Quando nZo tivesse outros titulos á gra-
tidão pat,ria bastitvam esses.
O goiti> que tirilia Ainerico de Campos pnla arte da liarmo-
nia se revrlarn desde a juvciitude, aiiida eiu Cainpini~s,qiiando
cursara os estudos primarios.
a E n i l x ~ r t e , escreve uni seu biographo ('2j, arrastado liela
n a t i ~ r a lvocação ; em parte l ~ e l a coliviveiieit% eoin o nosso esti-
mado niaeitro Carlns Gomes, que era entZo seu coiidiscipulo e
amigo, e jh musico de errta forca, Americo fazin o pridigio de
dar conta d r seus estudos e ficar ainda com algirrnas h o i i ~ sva-
gas: que dedicava ao eoiiseiencioio ciiltivo da rnusicn.

i11 O =Estada de (i. Paulo.-x. 7711 de ?'I de ~ a n e i r ode 1900.


dqnerlro de roinprs - prrlil
i?) - no7 1. Fdisordo Jsniw-a~xaxaca
(Iiryralihiro
LITTIRbRLU DE S . PAULO DE 1578-P86. 116,
= Era com enthusiastica ~ r a v i d a d eq J e no cGro da e g e j a
d e Cainpiilas, por occasiào de solemnidades reli~iosas,ao lado d e
Carlou Gomes, elle marcava o compasso e soltava n voz em
mystieas harmonias.
-'úesse tempo, dizia-me elle ha dias, eu preferia uma tio-
vena a um baile e não comprehendia que se pudesse amar uma
mulher senao depois de cantar com ella em duett,o ! a
Conhecemol-o pessoalinerite em 1878, aqui em S. Paulo,
quando se inaugnrou a então Estrada dc Ferro do Korte, e bem
viva temos a inipresdo da sua i e m e iniinitavol a nnaljaar os
diversos personagens que figuravnin no baile oficial, onde ianto
se salientou pelo ridiciilo -um conhecido politito.
Accolhido com a generosidade quo dispensava a todos que
trabalhavam, delle recebemos muita animnç:~o e espt:cinl agaza-
lho p d a propaganda que entno fzaiamos na trihunn popular-
do Dai.u:i.irisinr> e da doutrina eoolictitia ; e r:ni artigos cspeeiaea
o illustre jorrialista realçava a iiorsa propaganda scieiitifica, q u e
vinha revolucionar o nosso meio intellectual.
A syinpathia reciproca que nos uniu nunca soffreu iriter-
rupção desde eiitBo atá ao final daquella rida. Com que rffusão
e carinho não nos esperou elle na Estaqio da Estrada de Ferro
em Napoles !
Desde o momento que cliegáinos h hella cidade itnlinna
e dur;rnte o tempo que 16 permaiieconios foi Americo de Campos
o affectuoso e rsc1:ireeido ciurone que nos guiou atr:lvcz da so-
ciedade napolitana, aconipanharido-nos aos seus muscwa e insti-
tutos seieritiiicos, nos seus passeios, divertiinentoç e visitas, aos
monumentos e arredores da farnos:i cidade.
Só não foi eompanlieiro para a ascensão do Vezuvin; e isso
Dor deliheraczo
Silva Jardim.
.
. a u e tomara desde o sinistro em rtue vereceu
A .

Ein sua residencia, na rua Constantinopla, vivia do mesmo


modo original que aqui arn S. Paulo; l á o sncontrainoa no seu
gabinete, cercado de um diluvio de jornatx e revistas, italianas
portugueaas e hr~taileiras. liavia apenas uma differenqa-o fo-
gào acceço-embora a temperatura fosse hoa, a ponto de iião
julgarmos que a estaçio jA era começo do inverno.
Com o maior interesr~.investigava ellr do nossas cousas e
de nossos Iiomens, referindo-se principnlriiente aos aiiiiços e cor-
relligionarios de S. Paulo, com saudades e em melaneolica con-
vicção de que não mais 0 3 tornaria a ver.
Interpell6niol-o :
-Porque uno volta. para o B r m i l a tomar o seu logar?
Ariiinndo por :iq~iella iirode~tiae dtispreildiniento que eram o
fundo de seu caraeter, respondeu-nos :
-Que lognr? VocC aciii 1;L tantos 111ais dignos r qiia me-
lhor servem j ~ a i an l ~ o l i t i .~.. E n t r e outros, lá. esta o Bernar-
diiio, que vale mais quo eii e basta I>;Lra lionra e lustre da fa-
milia - accrcscentoii ella - sorrindo-se, coiii o riso bom e franco
que l h e iiatcritavn o grti~idoe leal coraçzo.
E raliido ~ n s s o upara ontro nssumpto e j i liediiido iiiforina-
qões pesçoacs de Carlos (:«ines -eoiii qiit:iii esti~erninoserii Milão
Queria. que inforiiin.;eeinos, roirio niodico, da sniidc do g r a n d e
innr,stro, -pois ouvira dizer qiic. e r a ella precí~ria. Delrois par
,zssoeia~ü~:sda idbas-tratiinos dn seiide d e ioiit,ro xrnndo ainic.0
rornmiiiir, Aristides Iioho, e bem loii,rr~ estavamos de ncreclitnr
que nXo ~inais 7-issenios tambem n Aiuerieo do Cainpos!

P a r a beni se araliar da yli'jãioiiomia e do ralor de Americo


d e Calripos, b;ista l<ir o que sobre elle escrcveu iima das iunis
brillinriteu peiiiias do nosso joriinliiii~o-a tnleritoso dr. Julio d e
J1estliiita, a. qiiciu pedin~osvenia para trnnscrciver rssaadmiriivel
syntlirse, poir 4 inipoísivr!l dizi:r riii!llior.
rlinr:rieo de Campos, de cuja marte no; d c n liontom noti-
cia uiu telegrninma dc Snpoles, foi, durante niuitus annos, u m a
das ii,~usasiiisis originnrs, mais pupiilities, innis syml>nthieas r
iiizis oniiiiçrites desta cidade e deste E s t ~ d o . Quem o risse, e
nno soiibesse quem ellt: era, n;io l>od<!ri:~ jaiiiais imaginar sequer
qiie priiiioroso espirito se occultavn sob :iqiiitlla des~irimorada
n l ~ p r e n c i n de holirmio; nâo h ; i ~ i a ,entretanto, eni S. Paulo,
iioine m:ris ronlieeido c estimado; foi earnge%o audna e dedica-
dissimo de todas as grandes ciLu.ias, que aqui s<: debateram n o
agitado {icriodo de 1865 n 1889,e se, pelo especislissiino feitio
do seu teriiperan~eiito r do seu caracter, nunca foi lioineiii d e
qurin os grUllOJ e os liartidos si: lerrilrrassem para elovai-u a
cargos de direcqao jtnn,liorii elle nunca os nmbicionoii) foi, to-
davia, iricoiiti:sta~~elrneiite,um dos mais Iinbeis e inais infliientes
orienta<lores dos gru1'0s e dos p a r t i d a em que se filiou. P a r a
chefe: como silo os chefes rio Brasil, faltnvanl-lhe todos os re-
quisitos: não tiiilia nctiridade, iiein geito, nem ~>aciei~ein. Tio
apitixon:ido peLz politica como pela arte, emquaiito a po1itic:s
rastrja\.a pela sensnborin eiiorraiite do ex~>edir!ntediario, elle
preferia eultix-ar as snas fliircs, ler o seu roliinnee, ouvir a s u a
musicn ou dar o seti passeio por qualquei. aru3balde distante. com
n eteilio enche-:-iacz sobre o hoinbro, a olhar dist,rahido, para o
arvoredo dos campos ou pura os aspectos liitto~.escr>ido cCo.
Nas, tirilia talento como poiicos e era de convicqò<,s fitmi--. rbln~us.
De maneira que, quando a lmlitiia se erguia 1>am a nobre 111-
c t a das idgas, e chegn\.a aos setis ouvidos o toque de Alerta,
saltaia logo para a sna fileira corri UIII ardor cxtrsordinario c
n.%o bnl-ia quem mais fundos c certeiros golpes desfechasse
sobre os adversarios.
u: A sua arma era a peniia. e a siio tririclieira era o jornal.
Converaal-a ndmiravelnieute: iiãlo sabia fallnr eiii l>ublieo. ;\Ins,
como jonialista, era urn nrestrr. Se fosse uiii pouco iiinis tons-
t m t e no trabalho: teria sido, sein duvida nlgiiiiia, iiiii dos inaio-
res jornalistas do Brasil eni todos os teiiipos. l'ei-tericru a uina
gerayho dc jornalistas notaveis: fOi eoiiiyanlieiro do ill!qui;iiite
e saiidoso Ferreira de Xenezes, de Quiiitiiio 130rnyura, de Sal-
radar de ?ilendonqn, di? Xanze.1 Pestana. Andou semprc homhro
a lionibro com t,odos elles c era de todos, talvez. o que dispu-
iihn de mais dotes naturaes para o exercicio da proiissio. Dos
outros, cada urii tinlia a sua especinlidnde no joriial. elle rr:L
hoirie~iipiua todo o jornal: porque tno f:ncilm<mt,e traçava iim
artigo de fuiido, quaiido a isso o ubrio-avaiii, eomo escrrivia uina
cbronica, um foltiet,iiri gracioso, noticia de t1ir:;~tro ou uiria
simplen e despretriicioin nnrraçao de uin indieente de rua a
que tiresse assistido. Redigida por elle! a mais insignifi-
cante iioticia erd seiniire unia noticia beni frita, e faeei
h r m iiiiia rioticin nZo <:oian táo h;inal como se imagina. Ti-
iilin estyla, isto 6, tinlia unia mnnrira p<:s;oal dc: escrever,
n siia phrase era courrcta, incisiva e lirill~aiite. Xo seu
t ~ n i p o ,ainda riao se ca1iriçhar.a lia. fórina eoiiio hqjo, em gernl,
se capuichal iirns, quem percorrer 3s ~ o l l e ~ ~ ü dos
e sjornaes ein
que clle esteve, h a de e~icontrar ~ ~ i ~ g i n a s qhoje u o fariam in-
r r j s a qunlqiinr jornalista que se Iirese ds t c i o g á o de edu-
caçno littoraria que o officio actualmente roqner. .Accusn?am-no
de ser e.xceasi\~amrntt! azedo e riiardaa. Cremos que foi Arthur
Azevedo queiii delle disse qiie pnrilia uiii pouco dc nssiicar r m
tudo qi~antocoiiiia (era ims das suas originiilidades) r: um pou-
co de fel em tudo qiia~ito escrevia. 11:~ irais eipirito do que
yrrd8.de nesta phrase feliz, mas ha verdade. Effrctivainente os-
t%o auctorisados n pensar eomo Artliiir Azevedo os que obser-
rarari1 sómente algiiiiiai phases da vida jornalisticn de ,Imenco
de Ca,ririioç. Hnvin bpoeas em que quem tivesse de coiihccer o
seu czlracter pelos seus artigos iiecessariainente haveria de sul>-
púr que elle era iim dcscantrnte, iiru 1,essimista incorrigivrl,
u m coiitrariado e, por conseguinte, irritado e forçosamente ag-
-ressivo. O que h ' x a e t o , porérn, é que não póde, sem g r a v e
injustiya, pt5tisa.r assiiri quem observou toda a sua longa carrei-
r a publlca, em que militas vezes se deixou naturalinente incen-
der e arrebatar pelo fogo dos mais piiros rritliusinsrnos: elle e r a
apenas urn desegual, e isto mcsmo só corno jornalista.
K Conio ho~nern,era profunda e constante~iienteaflavel e bom,
e, aprznr dos revezes da fortiiiin, seinpre ol~timistae sonhador.
E r a m;iii repiiblicano pelo ei>raçã,odn que pela cabr,ça, uin iin-
pulso d e sontiinentalisino atirou-o para o lado d e Luia Gama,
seu nniigo intimo, nas l , u x n a s d ~;rliolici<inismo incondicional, e
verdadeirailiente nunca qiiiz nem fez rnal a ningwem. Havia
veneno nas suas allinetndas de jorn:rllstn, 6 cerro, inas veneno
suave <:u,jo efeito n i o ysssavn dn prlle do adversario. Insultos
dos que nxo se perdeam, gros3erias sofzes OU baixas calumnias
nao s,ihiain da sua 1,eriii;L lioiirada. Quando nào tivesse cora<;ão,
como tinha. neo l h e falta\-a talento Itarit poder contoriiear as
maiores diiiiculdndes d:i iilais violarita polemica, sem descer a
tanto.
Para ~e formar uma idCa exacta do seu toiriperamento e d o
seu car;lcter, veja-se corno rdle I~ror,edeuquando se proclamou
a rzpublica - clle que foi uin dos primeiros, dos riiais valorosos
<. dos iiiais illustres rrj>iiblieirnoa deatt,. @r. Tirilia pleno direito
d r pedir aos seus concidad5os urna posiçno d e relevo. S Z o pediu,
nem se 1t:mhrou de pedir cois;~alriima. O p v e r n o ~irovisoriocon-
vidou-o a ucceitar o modesto consalndo de Napoles, e elle partiu
cont,eiite <i i a d i n n t e . ~!,l)
*
*: X:

Para trriuinar-um rpisodio historico-hqie quasi esquecido,


e que vem completar a p r f i l do illiirtre finado.
-8nierieo de Cainlios, sob a al>liarericin de indifferenk,
fleugma, era uina nntureza nervosa P vibrilti1~--que ascendia a o
a u g e do enthiisiasmo,-quaildo iinpressionndo por iiina idén pene-
rouii ou Iior urna causa querida pelo qual estrenrecin.
Assim foi a lá de Kovernhro de 1889. Desde q u r comecarain
a circular as primeiras noticias da Revoluçào no Rio, obser-
vimos, qiiasi liam a hora a tran*fnrrziaqão progressiva que s e
operava nnq~iellnprande c, leal individu:ilidxde.
Uesnlipnrt!cera aqur1l;i 1iabitii;tl iridiff'e.reii<a - , mais appa-
rente-qiie real-coin que tsiistirli nos I:LC~DS ordinaiios d a vida
diaria, a calma levemente ironica com que cniiversava, discutia
e redigia seus caracteristicos artigos r noticias do « Biniiu Po-
pular*, e agitava-se a convicto democrata e ardente rcpubli-
cano que, com paixHo, tomara parte activa nos diversos siiccessos
do momento historico, e arrastava comsigo até os mais frios e
prudentes.
Assim, emquanto reunidos a noiite, em antigo local em que
funccionava a Cominissão Permanente do Partido Republicano jl),
estarairios deliberando acerca de certas medidas, a ~ i i a r d a n d o
telegrammas do Rio, Americo de Campos dirigiu-se ao ÇLUB KE-
r u ~ ~ r c n s on,a rua de S. Bento 2 para f a v r a p~.orl;imaç%o
official dn Repuhlica, e assini I>recipitsr os acontecinientos.
De facto-de I & mandou nos convidar para o Reto que rea-
lizou, logo que al1i chegiinos. Em uma dns janelias do Clith,
empunhando a t.radiciona1 bandeira republicana qut: o p:irtido
adoptoii, em inspirado e eiithusiastieo discurso dirigiu-se ao povo
immeiiso que enchia a rua, entre os largos do Eosario e de S.
Btiiita; fez a apologia da Hrpubiies e celebrou a victoria que
transformava o governo do paie. Terminou delirantemente ap-
plaudido e acclamado; c a revolução que se llassava eiii S. Paulo
teve na paiavra autorizada de Ainerico de Campos, o ~)iimeiron
mais competente panegyrista.
Ainda a 16, durante as horas que precederam a posse. do
trinrnrirato governativo perante a Caiuara I\Iiinicipal, iiinnterre-
se alerta e aetivo Anierico de Campos, pois fallnra-se trni immi-
nrncia de lucta e resistencia provavel por parte da força d e
policia sob a s ordens do Coronrl H . ~ I R I B ~ seu
O , cornrnandante.
Drpais d a entrega do governo pelo Gelier;il Coi~tode Xa-
galliiies, e do restabeleciniento da confiança geral, desapparecido
qualquer receio de lueta, como que eclipsou-se Americo de Cam-
pos. Dias depois voltava á sua habitual e calma rida de reda-
ctor do a Diario Pol>ular » e earn a mesma fina ironia e 7,erue
arialysava e commentarn-os ~ c t a se os honiens do dia.
Podendo t e r as mais brilhantes posiçíirs, nada pediu. E bem
certos estamos que, si não fossr a iniciativa de outro yrande
patriota e immortal jornalist,a Aristides Lobo, nunca Arnerico d e
Carripos teria sido lembrado ],ara qualquer niissáo na Eiiropa.
Foi Aristides Lobo, no curto pnriodo q i ~ r occupoii n paita
de 3Iinistro do Exterior, que a 2.S de Marco de 1890 nomeou
Americo de Campos para o Consulado de Xapolrs, eanaultarido-o
préviaineiite, e instando para que acceitasse esse logar.

(11 A ni* de 8Ro Bento n. 59.


c21 o antigo C1.L Republicano fooeciaoaís s rua de 8 . Bento S. 1 0
<< Custci a conveiicel.o, dizia-iios .\ristides T>r>bo, lmrs qiie
;icccit.ls;e o lesar; foi pela niiisica. que o levei, e 1)eln espiran?a
de eiieoiiti.ar;se corii o Czirlos (4onies e juntos ouvireln os gran-
des iiiestres da arte, que elle se deridiii nfirial !
Este eonirncntario basta yar;i. c<>rripletnro perfil intellectml
e nioral do ~iiiicricode Campos.
Desde qur I>;irtiii nSio m:ris apareceu ?ia irnjirenan. E m E%-
poles -eoii:iniiou :L viver bein a sei1 modo- e yuasi que com os
riiesinos hnbitos rjut: aqui tiiilia ; essa foi ;r iiiipressilo que iios
?i-ixou I;\ o visitárnos. Duas moditiei~qiies i~uportantes-
notamos - u:iia no 7-estuario, ri outra n o rt:gimen alimentar.
Deirara o iiso do cclebre e conliecido ?ache-ne.3 e111 ~ o l t ado
ljescoeo ou sobre o hombro, iisara cmnisn com collnrinho -e
iiibstitiiirii o assitear lielo viiilio 5s refeiq6es.
lioinijd«-lhç n i u cssns gs:iiidas i.eroliici>cs, discse-nos:
-(?LI, qncr Vocn! ;Is exigeneins sueiaes n%o me admitteni
d e camisa seia gravata ; e, qu:iiito :ro ririho, C t2o bom e tRo
fiarato !
Deixoii o Dr. Americo de Canilios d<,sceiidcncia distiiicta
~xoveiiieiite do ~oiisoreio qiie realizou com virtiiosn. senhora
pau1ist;i. e eiitre ellc:s, já eoribeeido iia impreiisa e nn magistrix-
turn-o Ilr. Hornnrdiiio Peixoto de Campos, que r:xerce o logar
dv juiz de direito de urna dai ('omnrcaj do Esta<lo.
Serin de bom effcito para o culto d 3 ~liernoiia de Americo
de Czimpos e d o proreito I,arn as lettrns patrias - a reuni%u ein
~ o l i i r n rde dèiiiis ecriptos do illustre finado' cnui;~,alias, q u e elle
rolpi pio prnjoctarn eoiiforma o tnstrmiiriho dr: F. TYolff. (1'1.
Ao illiistre filliol Dr. Uernnrdirio I'. de Camlioa, i130
fnlt:im talento e riem gosto para elp\.iir ;i iiiernoria IiaterIiiL uiii
iiioiiiimt.nto di: irffecto que s e r i tnrnbeiii d<: glorin para 3s lettras
i1:ieioiinea.
Dic. X r r : ~ x m IZBIEDO.

o nosso saudoso mcstic ar. Americo de Cnm3oi. qiio s e r i acyultado ainnnhá, a unls
hora da tarde, oiii errnein, prayria no eemiterio <Ia curiru!irzu. cxliaiun o uitiaio alento
"e vida no dia 1ii dc Janeiro. Bs 10 horas da n.>ite.
K í 3 t a ~ ea tormral-o no snpremo momento r dolararr ngonli que preegdo a p a s s a
%em deste pari o niundo desconhecido, onde =%o fmctificam as odior e r s pnixíies.
Xorrcu como nm jnito, n r o rcndo presentiao ncm pelo d r Biaochi, aeu medioo issia-
tente.
~ , espinite oii tabe dorsal. de que sonria h r dons unnos, tendi do-
V i c t i m ~ x ~ .UDIB
bmno as ~ ~ h e ~ n35e dias ~ ~ m i st e s do fatal de?eol,wc.
o corpo do meítio d o jornaliamo b ~ s s i l i i r o foi l e r r d o para n crmiterio onde foi
embslsamido pelos profeisorcs Giaotaioli e ileaie, d a ~ e n umiverr'da~o l de ~ a p o l c r ,com
todo D rigor seientifico.
NRO faltaram demoniuayocs do pezrr pelo fzllecimenm do ar. ~ i n c r i c o de Campot
na formosa cidade ilaliann.
~m soa homensgani a 1o.i.a mncoiiica Lauuai:>i reaiizoo imponeotc seiizo funebre
com todo o cerimonill de e l t í l a .
o corpo mosolar, o syndiw, o prefeito h? cidade e as l e p y í c s brazileirar jnoto an
~ o i r i o a ie a s a n t a 06 e n i i a r i i o telc;.ramnius de condolcncias r o i filhas do s m d c r a ex-
tioota.
Tornoo-se credor as gratidzo dos b-seileiros a ir. Fogenio Odnino, intelligenle s t ~
iretaria da eonrulsdo, qoe foi de u m r dcdicac8o sem ilmitcs duinnto a onlermidrdc r
nepois do passamento do d r , nmoiico, d c qnem era Meciooso e sincero amigo.
P r e ~ t o utambem valiosos scrriços o dr. Sniostiroo Pentesdo, qu3 se acha em S h
p01es.
OS estudantes pnolstar lucornine Dcfioe e Vieente e Josa Sofia, que ss acham na-
qoeliir c31ade. renderam ao tinado tcdns as haincnagens, em nonio d a mocidade hrlzi-
ieira, aeompaubaolo o rarpo r16 o eemiterio e dalli a bardo.
em merecidas faiam essas demonstracaei, pois i 6 quem, como n68, teue s ventnra
de conhecer e estimar Amerieo d e Campo*. sabe quanto era moiga o sen carapPo, onde
jamais se nninhoo nm sentimento iiicnor j w t o .
~ m e d wde campas I.,% perteoeis somente i f ~ m i l i a :n n4s qoe ourimas por tmm;
anoos os seus proveitosos canseilios, cumpre tambcrn agradecer ar hlmcnrgeol qno I ~ P
fiiram prestadas:
(DO ui,,io rol,,,ar a e 7 a e ahiii a e icrio.]
AUGUSTO DE SOUZA QUEIROZ
Dr. Augusto de Souza Queiroz

Entre as tradicionaes fan~iliaspauiistas, que conservam bem


vivas as qualidades do antigo caracter dos antepassados, f i g a
-incontestavelmente-a dos Souza Q.ueiroz, que gosa com jus-
tiça da estima e consideiação de seus yatrieios.
O Dr. Augusto Queiroz era um geuuino representante des-
sa familia, e nâo só por isso-luas tanibem por merito proprio,
por actos e serviços individuaes eni varias posições politieas, tor-
nou-se diguo de vêr o nome lembrado nestas paginas, destinadas
a registrar a vida de brazileiros illustres.
Apontaremos as datas que assignalam os factos piineipaes
de sua vida, e daremos os traqoi que lhe completam a physio-
nomia moral, offerecendo uma ou outra informaqâo menos co-
nhecida, para bem ser avaliado na sua integra o typo do Dr.
Augusta Queiroz.
Nasceu eile a 28 de Kovembro de 1845 na cidade de S .
Paulo ; era 6iho do Senador Francisco Antonio de Souza Quei-
roz e de D . Antoniu de Vergueiro Queiroz, pertencentes ambos
á velha aristocracia paulista. Xesta materia limitamo-nos a trans-
crever as linhas de um jornal que lhe traGoii a necrologia (*). .
=Por seu pae, era neto do Brigadeiro Luiz Antonio de Souza,
official general do exercito portugueo e fidalgo da Casa Red,
casado que foi com D. Genebra de Barros Leite, filha legitima
de Antonio de Barros Penteado e D. Maria Paula Xachado, e
irmaii do 1."barao de Piracicaba.
<Por sua m8e era neto de Xicolio Pereira de Campos Ver-
p e i r o , senador par Minas Geraes e regente do Imperio do Bra-
zil, na minoridade de S. & oi .
Imperador D . Pedro II».

(7 o C a i m m i o de S. Paulo de 3 de Março de IWU.


lliiito joven ainda, fni .kuq~stoQueiroz para a Allemanlia, a
l~assoudepois para :L Siiissia onde recebeu a edueaçio, que ser-
viu de base á slia formaqão intsllectii~l,e quiqk ao seu caracter
publico.
De Zurich, onde esteve 5 annos, regressou ao Brazil, con-
eluidos os estudos de humanidades, e matriculou-se pouco depois
n a Acadernia de Direito de S. Paulo.
Termini~ii o cimo juridico eni l S i % , pois fUra obrigado a
interroinpel-o por motivo de molestia; entrou logo ria actividade
politica, s<,rvindo com entbusiaamo no partido liberal, a que per-
tenceii sempre, já pios laços de familia, já por causa dos seus
sentiineiitos e principias de prinieira erliienqAo, que recebeu n a
Suissa, esse ;~dmiravelpai% de liberdade.
E m 18i8: por occasiio da subida do partido liberal ao po-
der, occupou o c a g o de delcpado de policia nesta capital, em
época dificil c de ngititção partidarin; mas o Dr. Augusto Quei-
roz, boure-ae com tal tacto c dc-.licadeaa, que dcisou sympnthias
t: jaudadei niesmo entre os niais ardentes adversarios. Eleito em
1879 vereador da Cilmara dcstn cidade., ondc predominava a fac-
cão conserradoru--maute.\-e seronre a defesa do interesse nonu- L L
lar-e re~srlou-secomo discutido;. facil e iiifatipavel, chefiando a
minoria liberal, que deseriilienbou as funrçóes nlunicil~nes até
l -Q
A P1
<,. .
Escolhido por seus eorrelegionarias para fazer parte da ds-
semblea provincial, ria primeira logislatura, o Dr. Aiigusto Quei-
roz eorrespoiideu s~lliard;rinoiite ás esperanças r1ile nelle depo-
sitaram os seus amigos.
Preoceupoii-se princilialmentc com o problc!ma da immigra-
são, e da localiesçào do scrvico escravo-conforiirc ás idéas que
dr?fendera desde 1874, na imprensa.
siias questóes attinentes á ?:rand~za e progresso d e sua
terra, diz rl'elle um biograplio, corno por oxeniplo, n a suhstitui-
qão do braço escraro pelo trab:ilhador livre e n a introdiicção de
inimigrantcs-pnnha de parte o pnrtidarisnio, para sú encarar o
bem commiiriiu .
Durante -1 biennios occupnii o Dr. Augiisto Queiroz o lognr
-
de drl>iitado n a antiza Asseniblén Provincial. e com freirucncia
e criterio discutiu na tribuna as milltiplas e ~ s r i n d a s qiiestües
ecoriomieas, financeiras, politicas e soeiarr, que se desenvolveram
durante esse ptiriodo-um dos mais activos e prosperas da vida
paulista.
Tinlia direito de aspirar n u m logar na reprcseiitação geral por
pnrtr dos interesses de S. Paulo ; não e m só-par droit de nai.9-
sosee-podia com verdade nffirmar que o fxzia - pai. droit de
coizqu&te, offerccciido uiiin Ioiign e l!niirosa f< dc officio. P o r
isso: eiii 1889, coin n \~olt:x dos liheraei no tioder, ni>rcsentou-se
c;iiididatn lielo antixo 1." distriritn dest.1 lirorii~oi;i.
I liicta cleitor;il foi riiiiiida. tendo o ii;irtido conservador
ilous cnrirlidatos,-o da Ciiião eoiijervntloi.a e o do ç ~ ~ i pdoo dr.
.J~;Lo$IenZes; eniieorrtindo o i ri~i,iihlicniiosSainbt:m com o seu. d
victiiria qut: obteve o Dr. Au;iisto (Jiieiroz ii5o foi douida sii i
infliieiicia e 1iresti;io do gavrtrno-; nlcnii<;oii-n antes por valor
proprio, pois rra r, ~ L Z ~~ ~X p u l i ~e l ~. n n i s estimado de todos os
canr1id;itos que lileitaraiii as el~!i?ões de :\gosto. Esta h a rçr-
clnde hiitorirn.
Erii 1888 o Iinrtido lihernl liaulistn reliniii n a Capital da
l r o ~ i r i c i auin Conprcsso ~>olitieo,i imit:rqho do que ftwinm os
republicnnos+-eoin reprr~cntnirtes dt! todos os districtos ~~olitieos,
<! fiinrcionou de 20 de 3I:iio n 4 di: Juiiho, p:ira formular as
b:~ici do novo programiii;b ;I ndoptnr, e qiie sol<~in~iemeiite pihli-
cou z 11 de Juiilio, liara 1in:iclc:ir;i di, roiiihn,ta eontra os adversi~rios.
Esse notnvel docuiiirnti,, intbliziii<iiitr? quasi esquecido, já.
ndoptava ;i3 mais ndc;iiitad;ia i d k i.clnti\.~inrnte a federaçio,
:iboliq%o do seiindo rit;~lii:in, da caiii.ellio dc <ii;ti,do c oiit~.os1x0-
h1ein:is ilcniocraticos. Era <~llilai'.i<iiado l i r l : ~cornii?içs,iio riorrieadn
l>a,ra e s c fini coiiii,osta dds Coiiseliiriros í3eriinrdo Gaviio, hlo-
reira de Barros, Looncio de Cervallio, E'ruiicisco Qliairoz e Conde
d o Pinbnl. Diirniite as disc~i.si,n~o Dr. diigiisto Queir<iz<:steve
entre os qiw inais se s i pt.10 nrdor e 1iher;~lisino d r
priiicipiiis dciiiocrnt,icos, ;r,inl>r<, ao l;~rlo de Bernnrda Gnri;\n,
Hraeilio hlncliado, Cnridido Ki>driçiirs, Ruriio rl<: i\iidi;zdn, Alhu-
qusrque Liris e J o i o (iiil<!;~oCarvalhnl ; <! as concliisi>esrnostnrn~
brin quz~ln tendriiein da iLpoca c como ji envolvia a id6a re-
~iublicniiapura.
«O povo hrazilriro, no intuito d e firmar a siia u n i i o e pro-
mover a siis lirosyoridade, forninr~i unin eorifeder~ç%oinodelada
pela dos Eitados Uu)iidos c?m as seçiiintes modificnqüeç.
*I." O chefe do liodcr c ~ t + c i i t i \ ~
frxieral
o coiitiiiunri n s e r
o iml~erador,qiin o erereerzi por meio de iniiiistros reslronsnveis,
d e accordo c0111 o regiiiieri l,;irlnrnentnr.
e?." Os presidentes e vicri-presidoiites das p r o v i n r i n ~con-
f6dt:radas serfiu elritos yalas iiiesnias proviixias e jmr forina qiie
i~ielliorse Lnriuoniire com o syrtr:iiin monnrchico~~.
Este nloviniento aeceiitui>ii-se, repercutiu por todo o pnia,
de niodo que n a Rio da Janeiro, ein pririeipios d e 1 liouve
grande rouiiiio dos eminentes chefes e re.preseiitantas do liartido
liberal, q u e traçaram iiin hi:llo e \.asto plano de reformns pnliti-
cas com ns mais ndcantndns idlns, defendidas com entliusinsmo e
brilho pelo Consellieiro Huy B:irhoza, Joaquim Nabuco e Nanoel
Victoritio, sobretudo om relnq?to i independencia das provineins,
que scriaiii qiiasi estados fcdt:rados-livres - sob a moiiarcliia.
Por parte dos liberacs de S. Paulo, eoinpireeeu o Dr. Fran-
cisco Queiroz - em tudo identificado nestes yroblrrnas com s e u
irm%o o Dr. Aiigusto (Jueiroz, pois eram iierfeitamente srlidarioa
não 36 neste ponto, como eni rrlaqAo a outras soliiçUes ecorioinicas,
finimceiras P industriaes, susteiitaiido com prrtinaeia a'roiivtni-
encia de firriiar-se tairibem a iminigi.aç&o sob noras bases-
sribretudo narn rhaniar o eleiiiento c.ermanico - nao se devendo.
regatear aarrifieios nesta matrria.
Portanto, o Dr. Augiisto Q,ueiroz quando fc~ieleito pelo
Estado d e S. Paulo, era um 1>01itico que represental-a nobres e
e l r r a d r ~ sirituitos, e tinlin valor para bem defender esse pra-

E mo era o Dr. Augustn Queiroz sii uin luetador da palavra


n a tribuna, pois n a imprensa coiiihatru com ardor e frequeilcin
em l r o l dns mais eenerosas idbar.
Eiii l".3 fundou o Diario dr ,S. P ~ I L ~orgam o , do partido
desta rii>iiio iia prorincia de S. Paulo.
ah-eitii t'ollia, o seu prineil>z~ltraballio era it libnrtnq.%o>,rra-
dual e srni nhaioí, do elemento semil. Desde 1874, advogou a
localizn~âo da propriedade rscrarit, a principio nas provineias,
depois nos munieipioç, de inodo a probibir-se indirectarnente,
por pesadas iiiipastos, a trnnsrnisszo de escravos de iiina ~irovin-
cin p u a outra e, mais tarde, de u m iiiunicipio yara outro. P o r
isso, julgoti insutncientç o projectu do conselheiro Lafayette e
deixou de adopital-o.
X n i i tnrde. ~,nrbm,adrrogou francamcntct e libertação. Assim.
é oiir. oualida os arrirultores. eliefes dos diversos unrtidos rioli-
L
ticos, eonvuearain a grande reuniao que se realizou no thratro,
S. José, ein 1887, p r e deliberar sobre a attitudr d;i lavoura
perante a qiirutuo aholicionista e discutir unia proposta de libcr-
taqso condicioiial, eoiri o prazo de 3 nunos! Augusto de Qileiroz
irnpuynou essa proposta e sustentou a libertaq3o iinmediatii e
incondicional, por iiao ser mais possivel manter a propriedade
escrava* fl.
E m 1888 fuiidoii o Federalista para defender 8.8 idkaç ado-
ptadas no Uoiigrrsso liberal, coiiio acima referimos, e a h i esteve
seinpre na estacada, até ao dia 15 de Sovembr« de 1889, quando
aqiiellii. tiilhn suspeiideu a ~iiiMicnçáosnl rirtude da rrvoluç;io.
Contribuiu tariibcin com valiosas quotiis e tri~balo para
fundar e sustentar a I.'edera~iio, orzain doa ie~iublicanos que
a c o m p a n h a ~ a mo governo do Dr. Aiuerico Brndilense.
E n8o ficou ahi a sua liberalidade para com os joriiaes rr-
publicarios, pois ein 1895 fbz donçjo ao sr. Antonio Xoreira d a
Silva de boa quantia {>ara ser aliplicada á piiblicaq%o do De-
mocrata Federal.
Para manter e organizar n imprensa inonarchista no Estado,
uâo poupou o »r. Augusto d r Qiiciroz nein esforqos nem dinheiro,
e o Corrimerci<i de S. Paidn, n a sua ultima pliase politira, se! não
lhe deve de todo a existencia, com certcza recebeu di.11,. e dos
seili a parte principal, coriforrne testeinuiiho de seus correligio-
narios.
Triumphante a RevolnçRo de 15 de iioveinbro, a siia attitude
foi a mais eorrecta e elevada: - não correu a dispiitar posi-
ções officiaes, antes recusou-as - e tambem iiâo levantou diikiiieul-
dades nem lirocuiou resistrncia ao estabelecimento da. boa marcha
dos negocios puhlieos.
A 16 de Plovembro, n auctor desta ligeira noticia, cainmis-
cionado com o Dr. Kangel Pestana. para eiitender-se corii alguns
dos cliefes politicos da sitriaçâo decnliida, encontrou o niais rnzoavel
.e altruistieo procedimento da parte do Dr. Augusto Queiroz.
;Isseverou-nos que poderialii os re~iubliçanos contar com os
seus serviços e esforços para estabelecer a ordem e mniiter a paz
e tranquilidade em S. Paiila, nZo ncceitnirrlo, porem, ~iosiçãonl-
gunia oEcial. E effeetiiairiente junto de seus a m i ~ o aP de sua
importante farnilia e.xe.rct:u essa acçao 1auvarri:l e liatriotica.
PlBo duvidou mesmo de, em acto publico, levar ao coiilieci-
mrnto de seus concidadãos este acta patriotico.
Recolheu-se á vida priradn, e lá maiitove sua posição.

***
Quando se tratou em 1890 de formar a lista das represen-
tantes paulistas ao Congesso Cotistituiiite, o D r . dugusto Quei-
roz foi instante e vivamente solicitado para que deixasse figurar
seu nome na lista das candidatos officiaes, organizada n o Palacio
sob a d i r e c q o do Dr. Campos Salles, iiiinistro da Justiça, que veiu
a S. Paulo para esse fim especial. Coin a maior hombridade e dea-
prendimento, nezou-se, por entender que só aos republicanos &.
p r o p a ~ n n d ac o n i ~ e t i aa responsabilidndr da revolução, e só estes
'deviam formular a Constitiiiç%o 'depublicana. Neste seu modo de
Ilensar ern apoiado por grande tiuinero d r Iiorirados lioliticoslpu-
listas do aiiticr,o regiuien, que riiiborn n;io iiisi~~iiiiniiriiyos o u
niitil,atliicos n? Kepubliea, julgavaiii lioiico ;iiioso disputar oss:is
posiq6e; rlne ali& llirs eraiii oiferacidas ~ i r l o s g o v e n ~ s n t ~do s
dia. E a liistorin itiil>arrial liade registrar r aii:ilysnr esta digna
~ o i i d u c t uqii:~si
~ -c,ial, dos antigos liheracs I;nulistns, eiii eonti.i:strr
com a dos niiiitos coirserr-adores rliie 1irresurn:ios riirrerinii ao pri-
nr<:iro neeno do g o r < ~ r i a ,snlvn Lioiiros;:~ excrpçGrm, cnii?o a do
Bar20 de Jagii;irn e J)<:ltino Ciirtra, p i . n citar s i i os niorrci, e do
Consellieiro Pnulino n o Rio de Janeiro. Este que reiluia a uiiin
ar;~iidct ~es~ionsnliilidndc liistoriea a d e rel>reieut.-.c%ooficial como
P r e ~ i d e n t e do aiitilro Scriailn, riii snlciniie c 1 dos ieii-.
amigos c rorreIi;ioiiarioç, convocaria eq>ritesnin<,iiteyara disrutir
esse acsiiiiipto-:iroiiseIlio~~ a absten<;?,o ao Ci~iigscsso (:onstitii-
inte, rleixaridn Iiarn ns 1e;islaturas seguiiitei a rollitbo1.:~q2.i) dos
antigos iiioiiarcliistai que tiiih;iiii orcul,ndo l>osislies liolitiens iio
auriyo resimeii. K%o ficcu >ó o Dr. hngusto de (>iieiri>i., !,or-
tanto, I ~ E S S ~épochn
L iiitereçsaiiti~ de iiossa vida lio!itien- c ni~lli
mesmo existe o docninento iiiiblieo do nrtigo qiie >: esse rc.spcito
pnblicou s 8 de Agosto de 18iI0 rio E,slado ile h'. P ,liilri,eui que
iiindarneiitnva as razors lios que <ieclin;irw da cniididntiirn. oEere-
eida. E' um dociiicento qut: d e ~ eser lido r! iiierlitado.
A yarte inilinrciiil da popdnçao br;ixileir:i c&i:i\-n i:^ mesm;i
correrite dc i i l k s , n yeiisnra como o Dr. Prederieu .%braiiclies, o
auctor de u m crdenti? l,hainplrtr> c*),
aqni Ixblicado, que dizin :
« Qucrn eçere\-e estas linhas 116de dizer, com Sallustio, que t e r c o
fiiiatismo da p l i t i e a , liias vira cnliir beni redo uma. a uii:a suas
esperancas de ,naco, eiestaduh ~ i e l o sopro rnlido do dcse~igaiio.
F o i nioiinrcliiat:~ sincero e h i t ~ l l i o ~iioi seu p r t ? ' d o coiri o denodo
e a lealdado d e uiii iorayno nbf.rto aos se~itii~eritoa sr:irides e ge-
nerosos. E m nada eoncorren p81.t~o estabelecimento da I~e~iulilien:
~>ort?m de fdrma iicnliiinia procnroii e~itrniar-llie o raniiiiliu. O
k c t o estzi coiisiiniado e seriti. delieto d e leso-p:itrioiisirin silcrificnr
a iim syatenia que iieiir scriilire foi feliz, :L uma dyiinstia que iirrri
seinyre foi npadecida. os mosiiiios iiitei.eçsr.s da iinqâoa.
Nno esta\-a isolaclo o niesirio liolitieo quando trnqava ninda
estas verdades : a?Yn angiistiosa aetiialidnde que o paiz atravessa
(Abril de 1890), ein que de liar corii o civianio q;;e eriobreee, coneia
a espociila<;iLo que degrada, e ao lado das eoiiricqi,es siricerai, que
sç alteiaiii subliniando os rnractercs, militam a dobrez e n felaiiia,
tentando f ~ a r rda baixeza um titulo de bericmerencia-t o raso
d a p e l l e s que thii a responsabilidade do poder bradarem aos vis

i'j o P i t b i i c i : ~por Yergrirnd. E. Pnnla IIEP. pnz. 12.


1 p r o ~ ~ o s i ido
que se atropelam nas oblaçí>es f i n ~ i d a sque lhe3 tributam :- Pas
t r q de zéle! E prestariio assim um bom serviço 5 dignidade
avexada, e ao pudor offen<lido, varrendo do portaló da rapublica
os piratas disfarçados, que, em dias de desventura, seriam os pri-
meiros n a abordagem.
O ietrahimento calculado, a especkrticn sympnthica-eis a ntti-
tude m r ~ e c t aqtie o decóro r n homic us,si~p~ali~a<rrn aos homens poli-
ticos, c o ~ ~ ~ i c tde
o s~ c m ai.esta7rrupio inzpossicel e que nos i~lPimos
tmlpua mais se salientarunz ~ r m lactas dos partidos nlo~zurchicos.
aFruindo as posiçües lucrativas: os gosos da represeiitaçiio e
dos <mprrgos; haurindo das instituições deeahidas toda a força,
todo o prestigio, e rjuiyá os rneios de subsistencia para si e para
os seus - iiâo era honesto que estes Abyesiriios de nova espeeie
se açodassem para, de rastros, saiidarem o sol que emergia, ape-
drejando o que deseanihava para o occasn. Os reclamos da patria
n%o rsigiam tal sacrificia, nem rxcluiam os sentimentos nobres
da cohercncia e do brio. O certo t que o povo contemplou attonito,
11x0 j i o eçhoroamento das instituições, inas a rapida nietamorphose
das opiniües da vespera, com alacridade professadas, e assistiu
hestinlizado ihecatombe dos carneteres que se arrrmrçavam I liçn
aviltada das palinodias ahjactas c das lisonjas sem pejo. E o geiiio
que preside aos destinas do Brnzil velori-se de crepe para ~ 6 r
desfilar o pi-estito funebre do esquife da probidade politica, im-
molada ern holoeausto á ambição sordida e aos interesses incon-
fessaveisn (1).
***
Depois de votada a Constituiqão da Rrpublica a 24 de F e -
vereiro de 1891, houve modificaçko politica em quasi todos os
Estados da Kepublica em relação á formay%o dos diversos governos
estado:ies.
E' um facto recente, f o r isso bem conhecidas as causas que
actiiai-ain para a mudança que em S. Paulo se operou ; mas na0
& este o lugar para bem se analyzar <ma phase.
Convidnda, ou antes intimado, para aeceitnr a noliieação de
Govcrnndor de S. Paulo, a Dr. ilngrlo Pinheiro Vachado, de-
pois da recuzar peremptoriameiite esse carao, conseguiu obter
mn prazo de 48 horas para vir a esta capital conferenciar com
seus amigos e eorreligiounrios.
Tomara o compromisso solemne com o &Iareclial Deodoro
pira, dentro desse lapso, aeceitar o cargo -ou indicar uni nome
que o substituisse.
O resultado foi a indieaçso do nome do Dr. Americo Brazi-
liense, lembrado pelo Dr. Angelo Pinheiro, depois de ter confe-
renciado cain esse illustre estadista, em companhia dos Drs. L.
Barreto, Xr>dolpho Ivlirunda e outros companheiros. Em poder do
Dr. Angrlo Pinheiro existe ainda o telegrainma de Deodoro -
felicitando-o pelo acerto da escolha.
Entretanto, outros a~nissarios Iioliticos influiam junto do
Barão de Luceiia para ser entregue a nomeação de Governador
a antigos monarrhistas.
O que convem dizer-se, e que nem todos sabem, é que
o Barão de Liiceiia chegou a offerecer a direcção politica deste
Estado aos chefes do antigo partido liberal, querendw nomear o
Conselheiro Moreira de Barros presidente do Estado. Estes, mais
uma vez, nionstrawm a maior correcqão Iiossivel c grande abne-
gnçzo civica, salientando-se entre e1lt.s os Drs. A u ~ s t oQueiroz
e Bernardo Gavião. Responderam ao Harâo de Lucena recn-
zando a norrieação do Coiisellieiro Moreira de Barros e dizcndo
que estavam promptos a contribuir para a organizacão do Estado,
lembrando a con~.eniencia de ser entregue a direcqão suprema
a um republicano historico. e acceita~idoo norrie do Dr. Americo
Braziliense, fundador do partido republicano paulista, que gosava
de merecida reputacão de cnracter hoiirada, moderado e com ca-
pacidade e pratica para o governo.
De facto foi acceita essa id4n e nonieado o Dr. iiinerieo
Br,zailieiisc psra orgitiiizar o Estado de S. Paulo nos moldes re-
publicanos, inas ai,roveitanda todos oa boris e sinceros eleirirritos
dai tres partidos aqui exist~iites: n r<ipiihlii:;mo iiiitorieo, o con-
servador iiitransigeiite, e o liberal, eii> sua y a s i totalidade afas-
tado da actividade politica.
O Di.. Augiista Queiraz, chamado pzra auxiliar n adrninis-
traqno do nr. binerico lii;tailieiise, e com a responsabilidade de
ter sido um dos que mais instaram para que ello aeceitasse a
ardua tarefa de presidente em vez do commodo e brilhante logar
de dililorriata presti~iador m Liaboa, lirocedeu sempre com a maior
lealdade e isençio em todas as eircurnstancias. Em poucas lirihas,
e de modo brilhante traqau n historia de A ~ i g u ~ tde o Queil.oz,
nesse periodo, o Estado de S. Pai~lo,noseguinte trccbo: -<quando
subiu ao governo do Estado o Dr. Americo Urnziliense, entendeii
que devia trnnsigir com as suas eoiivicqões sempre inonarchicas
e prestou leal e franco apoio ú situação, sendo por essa época
eleito senador do nosso Congresso, onde se distinguiu, como ou-
tr'ora se distinguira iin nrseinblta proviiicial, pela criterio com
que estudava todas as questões, nas eornrnissões de qiie faeia
parte, e na tribuna, que oecupnva freqiienteinetite~~.
Depois que o XIareelial Deodoro resignou o poder, e o go-
verno do &Iarrclial Floriano desenvolveu s u s acqão reaccionarin
nos Estados contra todos que rião eornbaterarn o sei1 ariteeoasor,
o Dr. I \ ~ ~ ~ u ' iQueimz
to ietraliiu-se riovainente A vida partiçiilar,
s r m desligar-se comtudo dos seus eoml~nnheirosrepublicanos, coin
qurin trabalhara no Congresso Paulista. Dissolvido estel arhitra-
riameiite, e acccntuando-se i&mal~voleneiaentre os antigos meinliros
dessa assembl6n.. orincinalmente entre os de origem nionarçhica -
L
«o Dr. Lkugusto de Qiieiroz, desgostoso, rompeu a siia breve alliança
coni os republicanos e torriou a. declar:~r-se abertamente monarihista,
e monarchiit,a riiorreu. A e r e d i t a r ; ~sinceramente n a r e s t a u r a p o r
não occuitava de ni~iguerno enthusinsnlo eon: que a acolberiau (1).
Durante o agitado periodo dn reroliiqão d a brinsda esteve
o Dr. Augusto de Queiroz ria Europa. Embora adverso no regimen
q u e dominava n a pntria, a sun corrpe<ão e pnt,riotismo nulien
sotireram eclypse-ao erirra de nlg,niis outros pntricios, que
mais rstimiivain os interesses dynaslicos que o bom nuriie e
n prosperidade nacional.
De rrulta a S. P a ~ i l o jd
. sol1 o p v e r i i o civil: rpiir. t o r n x .i.\ acti-
vidade polirica, t,r;ttando de orgnitizar 1,iiblic;i i: fraricnini,nte iim
p a ~ t i d orrion;~rcliista, iiias que 1ricr;isse iia tt!i.:.eno Irgal r da
eoiicorrriic;n rleitoral deiit1.o da lirultria 1i.i. 1'0' moio da iiril>i.eiisa,
da l>rn~ia,qanda,pela tribuiin ~ioiiiilnr,rios euiuicios iiu nas asierii-
bl4as Ir.gislativas.
-4 r i i i coinl>relieiis&odo governo estadoal de entiio coirsr,ntiii
no at:que á rgiograpbia do joriiiil que <Lefriidi:i as idéas iooiiar;
cliistas, e-prior qiie isso - inandou O ~ C ~ R I I T L C - T L ~~ ~ ~ ~ mjli- ~ ~ ~ ~ L ~ ,
tcri ( 2 ) dissalvtir urria reuni30 que fora conroeiidn ~ i o l o Ur. Au-
gusto do Qrieiroz, ern sua ~esidi~iieia, pnrn tratareiri os r n o i x ~ r -
ebistni de orgnniznr-se erri yartido rriilitante e concorrer i s rlci-
qOez politiess i: d i s p t n r outras fiiricçfies no paiz. O Dr. i l i i ~ u s t o
Qiieiroz cedeu ante a forqn - mas rreorreii ao tribuiial aiiperior;
retluerrt~doI~nliens corpus, qiie %i denegado !
Desde então retrahiu-se conipletainente, sem deixar de aeom-
paiillar e auxiliar os sc!us correligioiinrios em todos os trabalhos
e esforços a favor do seu ideal liolitico.
***
Agricnltor eaclareeido e iniportante, eolitrihiiiu tambein para
o drsenvol~iinentoindustrial de S. l'aiilo, srndo um dos o r ~ n n i -

1 Eirl~dode 9. Potilo. c<t.


z O Coronel Luoidoro roi o encarregado desbn miasbo em 1896.
zadorcs e presidentes da iii~~iortaiite Conipiihia 3lecliniiiea; unia
dns mais i~rosneras
L 1
do Brsail.
E m dircrsaa iiistitui<ües ~ihiln~itropieas e hninanitarias dcstr
Estado deixou o seu noine heni reconimendado uor actos de eenr- -
rosidadc e d e bons stwviços.
A actividu.de dessa eiisteiiria e inil exigcncias encines a que
estava obrigado ela sna liosi<;%osocial e tina~icviraeoiirribuirain
para debilitar-lhe a sande, que soiilpre foi delicada.
Partiu pnrn a sua qu<.rida Alleiriarilia, parr. onde o cliama\.am
a s boas e gratas reeordaç6es da mocidade, e as tendencias cultas
d a sua i i t l l i i c i a . Kâo foi propicia ti viagem e, ein pouco
tempo, os amigos e parentes tireraru iiiforniaçòes tristes ácei.ea
da gravidad~:da molestia que no Ur. Augusto (Sueiroa, e
;L 25 do Feverriro, de Frnnelifort o telegrapho nos traiisinittiu o
luguhrc desfecho daqiirlla existencia. illustrr.
Nâo faltaia palavras que posearo bem servir d e el>itaphiono
hencmerito finado - irias iiâo ser20 niais eq,ressiíaa do que a i
?;i, p ~ . o b ~eti , ~bolrirs, cl11e rrziiiiieni toda sua. vida.
José Pedro Xavier da Veiga

E' eiirioso e iiistructiro seguir-se atrnvea d;i liistoria a ava-


ln@o cle uma faruilia que, diirante gernqúes surc<:ssivas. apreseri-
seiitn individuos em evidencia perante seus contrmporaneos.
Ha eiiscjo e material pnra rerifienr-se a furinaq3o dos ca-
racteres obedecendo Q grande lei da lirreditnriedade ntravea dn
lucta da rida - e obedecendo aos eleiiieiitoi de selerqâo : mais
que todos os ramos de estiidoe, a biograyliia é lxcciosa sob esse
1)onto dc vista.
Conio se podo bom e x p l i c a r - tanta contmdicqiio ayplrrmte
nos homens ~ioliticos,tanta fraqiiezs inqirevista ao lado de ras-
gos d e civismo acima do natural, s i i ~ i e l anlil,licaqão da analyse
dos actos anteliassados ! E' uma. das maiores conq~iistas da intel-
ligencia bumaiia o grande ariorna-os moi.tos g ~ r , : ~ p ~ris n m,viaos
-do immortal genio do seciilo desenow.
Na IIistoria Patria-a faniilia Ferreira da JTeiga offerece
de 1831 atb Iioje material compieto e grande para estudos so-
ciologicos curiosos.
A linha principnl, o eixo ein torno do qual se mo\-em quasi
todos os seus representantes-i o fundo sentimento conservador
e culto exaggerado pelo yririciliin d a auctoridade, aos quaes sacri-
ficam todos os seus esforços, e as rezes att: syinliathias e senti-
mento; - que os tornaria paradoxaes- si n i o fosscm estudados
a essa liie da biolonia social.
E m 1831- é Evaristo da Veign - o genuino fillio do povo
-que sc eolloca ao lado do throno-contra a niovimento repu-
blicano; ern 1871 outro Evaristn da Veiga-rhristão feri~orosoc
convicto, pliilanthrnpo illustrado -investe ardente contra a yri-
meira lei da emaneil>aç%odo escravo. Assim i. - que uma fami-
lia - notoriamente caracterizada pela simplicidade de seus cos-
tumes, democracia de habitos, altriiistica am extremo, v ê quasi
todos o: seus membros filiados ao partido auctoritario monar-
ehista na sua feição mais accentuada da antiga facç2o eonserva-
dora. Verdade é que isso não toldara de todo a atmosphera e m
qiie vivi:iiri alguns - coiiirj José l'edro Xavier da Veign; de modo
que, corii iiidelirndencia, iiiesiiio iio dia da victoiia pnrtidaria,
titilia isrnqHo 1,ai.a julgar coiii justiqa das ~itiiaqi>rs.
« 1:iria nota: porCiii, eolliida iium editurial da Pi,<mlnria de
J l i n < s d e 20 de I.'e\-ereiro de 1886, qiia lios foi obseqtiiosariiente
foriiecida lielo s r . dr. Affoiiso Yeiina, caracteriza a iridividuali-
dnde pc'litira de Xavier da Veigx. A 20 de Agost,o inauguraan-
i e a ulliina situaqao conservadora no periodo inoriarcliico e a 15
dc Janeiro srgiiiiite feria-se o girziidc pleito para a eoniposição
da .issenibl<:;i Geral Legislatira. Escrtv<~iidosobre esse assurnpto
e apreciando a composi@io da nova C a n x ~ r asob essa face politi-
ca, dizia Xavier da Vciga:
<< E' esta conservadora, accentiiadanie~iteconeerradara., sendo
eira parcialidade representada por cerca de cem deputados e a li-
beral, no iiiaximo, aIieriits por vinte e eirico. Quer isto dizer q u e
o partido, receritelnente decnliido do poder, somente conseguiu
iios coniicios a qiiints :larto dzs cadoiras compoiierites da. cama-
ra teriii>ornria! IIil neste notarel resultado motivos i u s t o ~riara
juhilos ~intriotieos?
-S~ir, r c s ~ m n d ro propriu
A . Xavier da Veica, dando os niotivos
porqiii! nssini pensava. E m seguida, porGm. ileereseenta elle :
«Colloqiicmo-nos, entret;iiito, ainda que por inoiiientos, a ca-
P R I ~ C ~ T I >de conreiiiencins pnrtidnrias mais ou menos epliemeras,
fixalido iior sobre os c7esti.r~fri.sda ricto~irio liorizonte limpidu dos
priiieil>ios,que al6ni se desrortins, e eo~ivei~er-nos-hemos, todas as
cidadiris de boa fé, couserv;idor<is, lihrir:~,~ e rrl~ublieaiios,que cada
eleiq3<i pernl priiccdida no liaiz atteste a crescente prostrnq2o moral
do pol-o r! riovo dtficit t i o balanço da dignidadr politica u (1).
Cnlciiladaiiieiite tra~iscreremos o trecho acima para mostrar,
si ainda ,i preciso, que a queixa r censiirn contra ;i fraqueza
civiea r iridiffrrença. politica. do povo brazilciro -não O rtlsiiitante
da niiid;~i~qad r fórinz do govt!rno, 4 u m mal ehroiiieo, q u e
berdzí,mos da inori;ircliia e que só extirparemos por meio d a ele-
vaquo do nix-rl intolli?ctuxl e scientifico por todo o pais.
Em todar as epoclias da liistoria nacional, ao lado dos detrn-
torrs do poder, que só viam os reaultados da vietoria, h o n r e ea-
racteres iridrpiindentes coino o de Xaoier da Veiga, para estigma-
tizar R fraude e a corrup$io, embora votando sempre o maior
culto a o liriiicipio da auctoridade.
Aiiida por esse zelo, fundamelital e typico da farnilia, se
explica conio, proclamada a Republica, natural e lagieamente s e
convertei.ani os paladinos e defensores do antigo regiineii eni acti-
vos e dedicados servidores das instituiç8es nova., desempenlian-
do com zelo R lealdade cargos d e nomeação de confiaiiqa dos
governantrs, ou de eleição, já iio Estado de lliiias, já aqui:
onde figuram com applausos alguns, parecendo ter-se de r ç z ra-
dicado no solo paulista.
***
Eis resumidamente os seus dados biographicos, fornecidos pela
imprensa mineira, de que foi uiii dos mais brilhantes ornamentos.
José Pedro Xavier da Veiga era natural da cidade da Canipa-
nha. onde nasceu n 13 d e Abril de 1816. Foram seus paes o teriente
coronel Lourenço Xavier d a Veiga e d. Jesuina de Salles Veiga.
= E m 1857 depois de concluidos os estiidos primarios, foi e m
companhia de seus progenitores residir no Rio de Janeiro, onde
Se dedicou á carreira eommereial n a qualidade de empregado da
livraria de seu tio o sr. commendador João Pedro da Geiga. As
horas q u e l h e sobravam das mais afanozas lideu emprc.gava-as
elle no estudo de humanidades. Foi açsini que dentro d e s l p m
tempo sc mostrou preparado em diversas linguas e sciericias.
............. . . . . . . . . . . . . . .
aFoi u m dos fnridadores da SOCIEDADE BRAZILEIRAENSAIOS
LITTERARK~S, associação que floresceu erii 1858 iio Rio de J a -
neiro e onde se iiiieiaram n a carreira das let,tras muitos moços
de talento, que mais tarde occuparam, eonio o iiiorto, posicão
saliente nos varios departamentos da aetividade humana. E s t a
sociedade manteve uma tleuistn redigida por S a v i e r da Veiga e
onde elle deixou os primeiros traços de siia intelligencia. E m
1867 foi iiiandado para S. Paulo, ande devia concluir os prepa-
ratorios, afim de se inatriculnr ria Academia de Direito>>(1).
Realineirte riào poderia ter Xavier d a Veiga melhor ambiente
- .
do a u r o oruoo de macos estudiosos P intellizentes a u e eoristituiam
L,

a sympathiea Sociedade Ensaios Litteri~rios,que trnqau pagina"


brilhnntes no inovimento intellrctunl e litterario do Uraeil at6 1869
- e x t i n p i n d o u z pouco depois, por falta de nuvos eombateiites.
h h i encoritrimos ainda. repetido corn symyathia e saudades eni
1868 o nome do jovrn mineiro. que só mais tarde ronhecemos
pesaoalrnentr. N a Ileiista ~lfen.s!~l dos E,nsaios Littei.aiiiis, es-
creveram talentnsos portas e eseriptores coiiio Raniiz Ralvão,
LeitRo Junior, Ferreira das Neves, F c l i r Ferreira, Verissimo do
Bom Succe~so,A T L ~ O ILeitão. I ~ O llanoel Ahjor; Joaquim Pires d ' h l -
meida, Souza Kibeiro e tantos que a inort,e Já colheu uns ern
flor e outros com fructos bein preciosos, sobrevivetido hoje bem
poucos drisa bôa e enthiisiastiea legião d e cultores das lettrns e
do amor patrio.
(i) aiinar Geraea-lu *gosto l x r - j s CIL
Por inolcstin grave que o :lcoi~ietteiiein S. Paulo, n%s pude
Xaviçr da Veiga raaliznr o seu l,rojecto do graduar-se erri scieii-
c i w juridicas, e regressoii p;lm a Ciirnyanhn, oxide encoiltrou no
seio earinboso da faiiiilia os cuidados o o tratamento que Ihrt
restituimiii n mude.
Ein l8íO foi iioineado escriir50 de orpliains da Coinaren de La-
Irras, e mais tarde mudou-se para Ouro-Preto, como deputado pro-
vincial, e alii fixou-se, fiiudaiido a Pr(i~i,l;ciade Xi,l;as, orga111 con-
servador qiir! publicou sein interrupqZo até ao advento da Reliuhliia.
A feiçxo car;xcteristica de S a r i e r da l e i g a era a do jorna-
lista elegante, siinples e fecunda; discutidor habil, raramente dei-
xava-se r<:iicer pelo eori>petidor, diqioiido de gandits recursos de
poleiriista. B i i ~ d ineste ~ lioiito fica da pt: a lirilia de bereditarie-
dade mantida lia fiimilia Veipa.
Collaliorara tainbcin S a v i e r da Veixa ein outrtia folhas iiii-
t r ~AUolloiiitoi. SILZ I f i i ~ e i r o ,da eidado da Cain-
i i e i r a s - r ~ ~ e c i a l m e ~ ~iio
pnii ha, priodico d<:redacçxo ç propriedade de Bernardo d : Veiga, ~
outro bom typo 11i:sta familin illustre.
Tendo desnp1iarecido n P,.or:i>icirr de X í i i n a , fiiridoii o O r d r » ~
em 1889, iin defcsn dos princi,>ios conservadores. Eleito scnndor
no Coiigresso Constituinte hfineiro, fex parte das eomniiísües
iiiais i~iiportarite;, rsvelorida talento, crudiqáo e pratica de iiçgo-
cios pnblicoç. Frequentou a tribuna, oiidç er;L orador claro e
fliit:nte, siist,entniido com galhardin u faina que conc~uistarnrias
pugnils ari1t:iites da alitiza Asseriibléa Provirieial, onde se batsu
com os rriais distiiictos c l i ~ f e slibiiraes.
I'orkn~ depois deixou L: carreira politica e eritropu-se todo-
eoni amor c zt:lo iiiescidiveis-,i organizaç&o do seu querido d.i.clii-
tio P i ~ b l i c oJlineiro, e {Lregulm publicnc;ào de sua Resista, i.epoçito-
rio preciasissimo e campo de inforinaçóes 1rer;i. nossa Iiistoria liatrin.
A sua obra principal, c quc só por si basta liara reçoiiimeri-
da,r o nome de Xaricr da Veiga-As E~,heiizeri<les:lIi?~eiims,d«
161;4 a 18Yi, deve f i ~ u r n rna bibliotheca dtt todos que Iirezani os
estudos de Iiistoria yntria. Nesses quatro voliiui<is condeiisou o
traballio ingrnto de 18 aniios de i i i v r ~ t i ~ a y ù ees ,pesquizns -mas
erigiu o liadr&o mais solido e digno para sua querida Minas e
para sua propxia gloria litterariii.
Tào util quóo promissora existencin, dcsnppnreeeu a 8 de
Agosto de 1900, quarido ainda muito podia produzir.
Os poderes piiblicos, os collegas da itriprensa, os admiradores
do escriptor e os nffcctos dos parentes a amigos lirestaram-lha hon-
1'35 disnas do seu alto merito.
DR. ~ I I U A X DAZEVEDO. .~
Dr. José Ferreira de Sousa Araujo

-
h 21 de Azosto de 1903 em unia triste inanhan t;illecau X
rua das T,nrangeiras, após longos c eriiciantes soffriirieiitos o Dr.
Ferreira de Awuio, " . talvez o in;iis coriii~lrtodos ioimalistas Sra-
zileiras.
Assumiram prol>orçües de lucto iiaeioiial a s ~nai~ifestaçües
de yemr qiie, lior todo o liaia, se tircrani iineinorin do grandc
liictador da imprensa.
Embora prostrado já no leito de enferrno -ainda sursia, nos
curtos intervallas em que se acalma~.ani as dores, com a sua bri-
lhante airiiadura-revelando-se o athleta perito dos irielhores dias.
Relendo hoje o que escrevemos sobre o Dr. Ferreira de
A r 4 0 em 188i, eroinas oxprimir nesse artigo a verdade, e por
isso o trniiscrerernos, coinpletando o estiido do periodo decorrido
de então at6 á data luctuosa do seu passaniento.
N o Ilrnzil C1o~~tentporn~i.eo de 30 de Janeiro de 188i, es-
crevemos :
Entre os jornalistas brazileiros occiiiia logar saliente o dr.
Jose Fr:rroira de Araujo, que eonqiiistou, logo que surgiu ria
irnprensa diaria, a brilhante posiçno que goaa coirio priiieilial re-
daetor da (hzetrr de A70tieias.
= A sua organiaaqão intellectiial, iiidividualidade litteraria
p ~ o y ~ iRa ,serios estudos seiontifieos .asseguraram-lhe e garanto:ii-
lhe triuml~hosinvejsveis nessa lucta qiiotidiana e laboriosa do
jornalismo, que continuarZa n nuglnentar o prestigio e synlllli-
tliias que conta no publico.
K A fac.8 principal do character jornalistico d<: Ferreirs de
Alinujo é o htrmnr com que discute os diversos probleiiias sociaes
e politicos, e a fina ironia com que ataca os adversarios, sem
l>rejuizode vigor e clareza n a exiiosiqio das mais difficeií questòes.
« Escriptor facil e elegante, entra eui qunlquer discussão de-
sassoiiibrndarneiito, r não é de pouca a:~liao auxilio que presta
irtiiisa que o tem por patroiin.
« A s <>o,uu~upuliticnu, brilhante e substancial serie de ar-
tigos, licije reiiiiidos ein volunir, alii estio para afirmar o iiierito
do po1r:inista habil e do jornalista indepeiidente.
« Inspirado sempre pelas idéi,is mais nobreu e adeaiitadas,
coiii a iiiaiar iridependencia e energia teiri o dr. Ferreira de
Araujo arornl>aiibado no seu jornal a nossa vida social e politica
nestes ultinios treze anilos: advogando, entre outros yrincipios,
com grande vsntageiri, a alioliçüu do elernei~to s e n d ; a giwnde
natr~ralizu~ilo, a liberdnde i.eligiosa e outros pontos do credo po-
litieo do partido republicano a que pertence.
« Yão é um politico que se deixa influir pelas qunstõsa de
disciplina, e com toda a franqueza censura o erro do yroprio
correligioriorio ou louva n boa eonducta do adversario.
m Tem o dr. Ferreira de Araujo tal maleabilidade intellec-
tua1 e lirteraria, que ao lado do art,igo serio, discutindo a mais
nrida inateria, escreve contos que poderiain ser assigiiados por
Arniand Silvestre, T. B:inville ou Catulle Mendés.
s A3 Ilalas de estalo, que fabrica, revelam, pelo espirito que
conteni, a fei<;âo especial do seii auctur. Kodeado de collaboradores
intallig~ntese distirictos, a sue indiridualidnde destaca-e e aori-
serva-se original e brilhante.
o Si de-ma causa se páde notar no dr. Ferreira de Araiijo
6 a maneira com que arguiiientn, predominando ein seus artigos
sempre a nota da ironia, e servindo-se do ridieulo, que procura
atirar ao contrario .
n A s suas criticas sobre bellarartes, litteraturn, politica
ou seienciaa offerecem, todas esse cuiiiio especial de seu dizer.
NBo pensarnos, porém, que seja isso um defeito.
u Ultimainente o dr. Ferreira de Arnujo é menos activo e
deixa passar muita questao interessante sem commentario s e u ;
náo por falta de habilitações, mas sá por iiidolencia deve ser
isso considerado.
« Leinbremo-nos agora que o a r . Ferreira de Araujo é me-
dico, e que, desde 1867, epoeha de seu doutorainento, honra a
classe a que pertence como um dos seus mais illustrados membros.
n Drixou um nome distincto ao retirar-se da Academia, e a
sua thesa inaugural sobre uin ponto de pathologia brazileira é
attestado do meiito scientifico de seu auctor (*).

i.) Da alimeotaiso-Do valor relativa dos Mgnaes dingnastlcoi da prinher-Eistoria


medioo-iegai da aborto-nia~oostica B tratamemto das febres peroioioiai mair frepnsntes
no aio de Janeiro.-These de 1887.
<i liaseido a 25 de Blnrco de 1846 no Rio d e Janeiro alii
estabeleceu eliiiica em 1868, logrando logo boa clientella e justa
repuiaç;~o entre os collegas fluminenses.
« E r a filho d e Jost Ferreira de S o m a Araujo r de d. IIe-'
Iena IIariaiiria de S. :ii.aujo.
<r A t i fundar a Gazeta de A~oticias,coin 3Ianoel Carneiro e E.
idendes, dedicava-se com proveito aos arduos labores da profis-
-
sxo. não tanto Dor necessidade da vida. como Dor gosto c auti-

.
L

dãó scientifica.'
Conhecemol-o em 1869, ao começar nosso tirocinio acade-
mico, e sempre vimol-o estudioso, a par das mais recentes des-
cobertas e mais adeantadas invc~tigaçõõesda medicina.
a Hoje, retirado da clinica, nem por isso ignora o que s e
passa eni seus dioeraos ramos, pois segue com interesse todos os
trabalhos modernos, revelando isso n a eonviveiicia sempre pro-
veitosa para aqiielles qiie o oiivom.
a N a direcçùo da Gazeta de Xotieion tem revelado um tino
adrniravel e feliz inspiraçào na boa escolha dos eollaboradores
u e procura. Ramalho Ortigão, Guilherme d e Azevedo, Macha-
;%o d e Assis, F. d e Meneaes, JosB do Patroeinio, V. de lfaga-
Ihães, Nello Moraes Fillio e outros nomes conliscidos n a littera-
tura attestam o que acabamos de dizer; e a Gazeta d e Noticias,
pelo empenho que procura mostrar na coml>rehensão do qiie é
hoje u m jornal moderno, tornou-se digna do apoio que eucoiitra
n o uublico.
'a O carater particular e as pessoaes do dr. Fer-
mira de Arauio d&o-lhe um bom numero de ami-os e dedicações ;
franco e leal,-coraçãm generoso, sempre prompto aos reelâmos do
bem, de espirito alegre, a intimidade com o dr. Ferreira d e
Araujo C facil e agradavel.
E Nem este genio rabelaisiano prejudica os brios do cava-
lheiro piindonoroso; p!is, em questão de honra e mplindre, nin-
gueni lhe leva deanteira.
a Ainda está bem viva a memoria do incidente que o levou
ao campo de hoiira com outro collega d e imprensa e bem liro-
reitoso foi o precedente estabe1er;ido por esses cidadãos.
.Em que pese a muitos, sabemos que não foi isso iii6rs
forrnalidalr, nem indigna comedia impropria da seriedade doa
q u e tomaram liarte nesse facto.
-Ao terminar este ligeiro perfil, aflirmamns que o iiome do
dr. Ferreira dr. A m j o honra a nossa imprensa jorna.listica e fi-
gura com justiça ao lado dos de Josk Maria do Ainaral, Justiniano
d a Roclia, Alencar, Quiutino Bocayiiva, Aristidei Lobo, Joaquim
Serra, Rnngel Pestana e outros talentos de primeira aguau.
D e 1888 a 1889, o dr. Ferreira de Ainujo, que pouco an-
tes se recolhera um tanta da aetividade d~ iuiprens;~, e estirem
m e n t e do pais, voltou com assiduidade c energia a combater
pelos grandes problemas que se desenvolverain iio scenario da
politica brazileira.
Contribuiu poderosa o efficazmente para popularizar a idéia
republicana e para a victoria da revoluc@o do 15 de Novembro,
e a historia lia de assignalar o seu logar ao lado do de Ruy
Barboen, Q~iintinoBocayuvs e Aristides Lolio na campanha da
imprensa.
Durante o yeriodo de organiaaçXo que se seguiu á Bevolii-
qão ttriumI>haiit,r, o dr. Ferrcira de hraujo esteve sempre n a es-
tacada, P r a auxiliar o novo regiineii, sem querer acceitar, po-
rém, 110s@o oficial de es]ieeie algiinin.
Dirigiu sua actividade depois e suas vistas para os me-
lliornmeiitos materiaes e snneamerit,o da Xio de Janeiro, não
conseguindo entretanto reunir os auxilios e capitaes necessarios
para rrslizal-o; isso contribuiu y;i.r.l que, dejilludido, se afast%sse
outra vez uni pouco da labutaçio em que estava.
Durante ns discussões da Constituinte, e nas diversas pha-
ses dos governos da Republica niinea Ferreira de Araujo dei-
xou de í i i afirmar carn sua auctoridade e independencia o iiio-
do de iiielhor serx-ir a Pntri:~.
Nos ~ieriodosagitados r perigosos do lienoso golpe de Es-
tado, da dictadura e Floriano, e nos da revolta da Armada, mes-
mo com o risco da siin liberdade individual e quiçá da vida,
.Ferreira de Arnujo exerceu com sobraiircria e dignidade a iiiis-
são de jornalista. Os esforcos e a eampaiihn que emprehpndeu
para, a p a c i f i c a ~ i .do
~ Rir) Grande do Sul, n o goverrro do dr.
Prudente de lururaes, este0 n a mrmoria de todos, e justas foram
.as bcnçams, que recebeu por tão syinpathica propaganda.
Os seus coml>anheiros da trabalho, na &seta de Soticios,
prestariam uni valioso serviço ás lettrns pntrins e i nossa liisto-
ria politica si reunissem em volume^ muitos dos estudos do zlo-
rioço jornalista, i imitnçxo da que elle fez em vida com al-
gumas series de escrilitos : por exemplo :- ~lfizcnqz~ii~7ios n o so-
iam (1).
Uma das predilecç5es litterarias de Frrreira de Aranjo
era a dramatica - e nesse genero deixou traducçZes, imitaqíies
e trabalhos originnes-, alguns ineditos - outros representadas.

(11 Xacopuinhoa no sofom


psetl8aoymo de Y . de *ranjo.
- Rio de Janeiro, ISEe, serie ae artigos porJasl Teli. -
Conforme o artigo do Dieei~iiario Bibliographier, liraaileiro
do dr. bugusto Blukc, escreveu o dr. F. de Araujo para o
theatro :
- Joi~cthali- de Godinet - traduzido eiri 1880 e repre-
sentado na Lucinda; A .filha uniea-de Çieoni - traduzido em
eoilaboraç2io com V . Coaracy, que tanibein o auxiliou na versão
de outro drama de Cieoni : -U,n chapio de palha de It<zlia. Aiii-
da t r a d u ~ i ua comedia em A actos, al?aro~aeza,e adaptou i scena
brazileira-0s ilIedir~s,que obteve uin successo rnornic perante
o publico fluminense, quando representado no Lucinda eiii 1888.
De lavra propria deixou Fagtozdes, comedia de eostiiines, em
tres actos, e O primo Basilio, eornedia ein 1 aeto, a proposito
do celebre romance de Eça de Queiroz, escriptn eqressnmente
para o beneficio do actor Silva Pereira, em 18i8.
Eis em yallidas cores traçado o retrato do pi~blicista,por-
que, para dar-lhe todo o realce n que tein diieito, seria preciso
dispor de ama lienna e p a l n de J o d do Patroeinio ou Julio do
Mesquita, que possuein o talerito e o estylo capazes de formar-
mar-lhe o panegyrieo conipleto.
Para concluir - com verdade e justiça - e elevar o maior
monumento á. sua memoria, basta dizer que Ferreira de Araujo,
atravez de toda a sua vida tempestuosa da imprensa, de polemi-
eas c discussões, n8o drinou uin rancor apnx si, não teve um
inimigo, não causou mal a pessoa alguma, e iiinumeros bene-
ficias disl~ensou- porque em, antes de tudo e acima de tiido, -
nm bom.
O seu grande cora@o acabou eoui elle!
Dr. Elias Fausto P. Jordão

J I a individiios qiie, para bem serem rstiniados, carecem d o


prestisio da distancia, do cnnrcncionalisriio e das exterioridades
que criam e formam iinia atrnosj~heranein seinpre vridadeira;
em geral são typos que mais obedecem nos dictamrs do cerebro
que aos impulsos do coraçâo. Outra classe do homens assigna-
la-se melhor pelos affectos que despertaiii, e ;i proporqHo que se
tornnin mais intimos e conhecidos, in.is deiraui hrilliar as qua-
lidades rexes que possuem dc intelligencin e de. bondade. Per-
tencia o Dr. Mias Fausto ao grupo dos ultimos. q u e ganham
tanto mais quanto sào tratailos de porto. V e r d a d ~ i r ogeiztleman,
sob o aspecto polido de apparencia Siia e reservada, o Dr. Eliss
Fausto possuia u m earnetcr ~Eabilissimo,?atando sompre disposto
a semir os amigos que o procuravam, e tinlia prazer em prestar
serviços d e sua c o m p e t ~ n c i ar actividade áquelles q u e l h e recla-
niavam auxilio e conselho. Emergiudo da vida mais ou menos
modesta da iiidnstria e do comrncrcio para o ;.raiide. scenario politico
-coriq~~istou em pouco tempo posiq;io sympatliicn e saliente, e
pelos seus eiforyos, estudos e satioii.-fairr, niigmentou sempre o
circiilo d e seu prestigio e d r seiis a i i i i p s . K3o foi, porgrn, u m
adrenticio, le\rantado da obscuridade p ~ l ocapricho das podero-
sos do dia; era rim paulista qiie tinha direito iir hoiiras que l h e
davam.
P a r a justifiear o que acabáinos de esereurr, traçayemos os ds-
dos biographicos do Dr. Elias Fnusto, acompanhados d e algumas
considrrações iiossas.
Xa5cc.u o Dr. Elias Fausto Pacheco Jordão n a eidade d o
Rio Claro a 18 de Fevereiro d e 1849. Filho do Dr. Jose E l i s s
Pacheco Jordúo e d e D. JIaria Marcolina Pacheco Jordão.
Inieioii os estudos de humanidades no Zemiiiario Episcopal
dt! S. I'aulo, tendo anterioiiiieiite cstiidndo yrimeirns lt~ttrasn a
cidade do Xio Claro. Youco teriipo lieiriianeceu no Eemiiiario,
pois teridn ficado nhi gravernerite enfc~rniii:lerarniilno para Ytú,
ondr residia nessa epocha sua familia. Alii completou os estu-
dos de. lirepar;xtorios eni rarias classes locaes, seguindo em 1865
para a Esrhola Illilitar do Rio de Janeiro, onde esteve até 1867.
Dcirnndo :r. Eschola Militar ~ o l t o upara Itii, estabelecendo-se entâo
como negociante nessa cidade.
Eni 1869 resolven elle seguir para os Estados Gnidos dit
America do Xorte, para egtudar engenharia, influenciado pela pro-
pnyiind;a que então fazia o Dr. Carlos Iiodi.i,gnes na siia revista
o Y o c o . I I I ~ L I : ( IObteve
. o diploiiia de engenheiro civil na Uni-
xyrsidade de Cornell, rm Ithaea, Estado de Xova York, em 1 8 i 4 ;
teve o ciirso as~ignaladopor boas notas conquistadas com brilban-
tiamo, tendo deixado optirnas inipressües 8 bons amigos entre os
seus ~riestres,como os professores Hartt r Fuertes, e eiitre os eol-
legas s recorilação de excelleiite companheiro.
*
*ri

A iiin disrio que lhe trnqou com fidelidade a operosa vida,


desde que voltou d patiiu, w n i a para fazer nossas a s
suas informacDes.
sllegressando dos Estados-Unidos, foi o dr. Elias Fausto con-
tractado para o cargo de ajudante da exploraçúo da estrada d e
ferro lAntreAraras e Pirxssuiiiunga, lagar em que se houve com
niuito brilliiiiitismo. F o i logo depais convidado para secretario
da cominissiío de que era. ehefe o illustre professor Hartt.
Toniou parte n a iornmissãa que percorreu e explorou todos
os Estados do Xorte do Brnail, visitando o littoral e o interior.
Contrahindo, por essa ociasS~o, uriia grava enfermidade,
viu-se obrigado a voltar ao sul.
Ao rcgrcssar, o chefe da cornmissão, profe~sorHartt, confiou-
lhe uma carta particular, dirigida ao imperador D. Pedro LI, recom-
mendandu-lhe que a entregasse nas lxoprias mãos do monarcha.
Ao chegar ao Rio, procurou o sr. D. Pedro de Aleantnra e
entregou-lhe pessoalmente a niissiva. O imperador, depois de
a ler, disse-lhe ;
-Então. Sr. paulista, porque deixou a sua eoinmiss&o? Ah!
vejo que está enferuio; com seis iiiezra de bons ares de sua
terra tieará curado. Requeira licuiiça.
O dialogo prolongou-se ainda, dizendo-lhe D. Pedro que o
professor Hnrtt, n a carta que lhe escreve.ra, lhe tecia muitos
encoriiios, aecrescenta~ido que elle., iml~erador~muito apreciara
vêr um braeilciro elogiado por t i o noti~velillustracão.
O dr. Elias Faustotrat,ou logo de fazer e allrrsentar o re-
querimento, pedindo uma licença, e, no dia immediato, foi saber
do resultado; mas o miriistro, vendo-o entrar na secretaria, man-
dou-llie dizer que podia partir para S. Paulo, pois que a licença
já estava concedida.
C m indiscreto referiu-lhe ent8o que liavia apparecido na
repartição um papel escripto a lapis, onde se lia o nome do
nosso biographado.
De volta a S. Paulo, e depois de restabelecida a saude,
entregou-se com afan a uma vida cheia do aetividade.
De 1876 a 1880 occupon o car=o de director das Obras
Publicas da então provincia e, entre outros traballio~,apresentou
as primeiras plantas para os edificios de escolas publicas, tratou
pela primeira vez do servico de extiricc?io de iriceiidios ; con-
junctamente com or. drs. Americo de Campos, Rodrigo Silva e
Luciano Barbosa foi o tiridador do lruseii Paulista, hoje trans-
formado e eni mãos do Estado; creou o Club de Engenharia
em 1877, sendo escolhido redactor chefe da revista, orgam da
mesma associaçiio.
S o exercicio da direcção das Obras Publicas serviu com os
seguintes presidentes de provincia: drs. Sebastião Pereira, Ba-
ptista Pereira, Laurindo de Brito, IvIarquez de Tres Rios e Flo-
reneio de Abreu.
No Congresso Kapiiblieano, que se reuniu em S. Paulo em
1878 e se installou a. 10 de liarco, o dr. Elias Fausto, repiibli-
cano sincero, tomou asspnto coino representante do municipio de
Caconde.
Convém aqui dizer que o então presidente de S. Paulo, dr.
Baptista Pereira, mandou chamal-o a palacio o observou-lhe
que elle era um empregado publico e por isso não devia tomar
h 1 posição politica.
Note-se que B a ~ t i s t aPereira tinlia na maxima consideração
o dr. Elias Faiisto, porque, ¶uando viera para S. Paulo, o ex-
imperador 111'0 havia recorniriendado como um ausiliar muito
disiincto.
Afinal, fatigado de exercer cargos ~iublicoue de supportar
os constantes attritos coin varios presidentes de provincia soli-
citou a demissão de seu cargos (1).
Deixando o cargo de Director das Obras Publicas. foi o dr.
Elias Fausto fundar fazenda em Santa Kita do l'assn Quatro, e
re\relou-st: s h i tão hnbil e activo agricultor corno fino enge-
nheiro e funccionario publico zeloso.
E m 1881 f'indou elle o iinrtido repiiblicano em Santa Rita do
Passa Quatro, a cnja primeira reuniao, sob sua presideneia, coin-
pareceram :ieleitores, que fraricnrnente arlhriirain ao manifesto
repiiblicano do Congresso Paulista.
A sua l,eriiinncncinern Santa Hita durou ati. ao niiiio d e
1883, trniisferindo então s a i rcsidencia de rinr70 piim a cidade
d e Ytú, afim do occupar o lognr qne lho fUra oiforecido, d e
Inspector Geral d a Coriip>~nbinT t u a n a .
Durante o tcnipo que residiu e m Ytii (188J a 1887) fundou,
qnasi que só i1 t:speusns suas, o joriinl «Irnlirrnsa Ytnanaz, folha
republicana e a primeira dessa idCta.
Erri 1887 o Di.. EGas E'ansto deixou o seu cargo da Compa-
nhias Ytuana para se dedicar R vida coriirnercial, vindo abrir,
como socio e gcrante, a casa comriiissaria Prado, Charr:s 6: Comp."
e m S. Paulo, da qual foi çocio att: fnllecer, tendo exercido effe-
etivaniente a gerciicia du casa a t t fins d e 18!18.
De 1892 a 1894, como presidente da Conrpanhia Balnearia
Illia de Santo Amnro, ~ilanejoue construiu n liittorfisca estação
balnenria, Irqje tâo aprecind:i, e qur, cin outro paix e em outro
meio, bastaria p:ira reioniineiidar o nome do Ur. Elias Pausto ;i
gmtidso nacional.
A outras nmpre.sas industrines de grande fiituro, como a
d a fabricnqRo de 1-idrns r garrafas, dedicnii o Dr. $>liar Faiisto,
a s energias de s u a intelligrnte actiridade e emprego de a17nl-
t,ado cnliital que adrluirira com seu trabalbo : e si n morte não
viesse colbel-o iiiespeiõda e brutalmente-em pouco coriguis-
taria um lognr dos mais eminentes entre as poderosos indus-
trixes pxulistas.

***
I I a muito era o Ilr. IClias Fausto solicitado pelos directores
d a politica de H. Paulo, para, entrar em aetividnde e prestar a o
paiz o concurso dt! suas habilitaçües financeiras, como fizera em
prol dos interesse3 particulares a que e s t i ~ ~ e rassociado.
a
Ein 1898, daiido-se uma vaga n a deputaqão federal, foi eleito
e logo fez parte da coiumiss8o especial do estiido de tarifas n a
Cnmnra dos Deputados. Com tanta dedicação e proficieneia se
houve no estudo das diversas questiies aduant,.iras de quit foi
encarregado, que firmou logo entre os colleças a reputaçâo de
competente, e seu voto e sua palavra foram decisivos em muitos
pontos da revisno a que eiitão se procedeu.
Reeleito para anctual legislatura, oceupou logar distincto n a
Comriiissao do orqament.~,e tomou parte com vantagem nos di-
versos assumntos referentes a materia bancaria.
Concebeu, organizou e redigiu por iniciativa propria o fti-
moso ~ r o"i e c t o coercitivo da es~eculacfiocambial, que tanta ce-
L

leiirna levantou por parte dos 'especiladoros e banqueiros ex-


trangeiroi. Sabemos por testemunho proprio que esta á averdade,
pois mostrou-nos o Dr. Elins Fausto aiiida o rascunho primitivo
em uma visita que lhe fizemos pela inarihan no Hotel dos Ez-
trai~geivos,onde residia, dias antes de appresental-o na Camara
dos Deputados.
Só drpois de o termos discutido om palestra foi que nios-
troii ao Dr. Beriinrdino de Campos e, mais tarde, já com o ay-
plauso deste, aos Drs. Campos Salles e Joaquim lfurtinlio. Não
I este o l o p r de analxsar a sabedoria e previdencia das iiiedi-
das ahi consignadas; iiias o certo foi que se desenvolveu o pz-
nieo entre os especuladores que nao duvidaram de recorrer,
atB á iiifluericia de Rotlischild, liara impedir a. sua passa:em no
Congresso, o que demonstra qiie a medida fere de morte a tor-
pe eçpeeuls<;8o. Assiduo e laborioso, dcpois dos longos e fati-
gantes trabalhos da sesszo legislativa de 1900, foi o Dr. Elias
Fausto, já enfraquecido em siia s a d e , á Europa, por necessidade
de negocios itiiportantes da industria á ciija frente se achava, e
lá foi victima da terriwl eiifcirinidadn, que em poucos dias, o
victimou a 26 de Março de 1901.
Na tribuna era antes um ccfiseiir que um orador, mas tra-
ta\-a corri clareza e methodo da questão, e nZo deixava sem re-
plica apropriada as interpellaqões quo lhe dirigiam; nâo foi iii-
gloria nem obscura sua passagem no Congresso legislatiro.
O Dr. Elias Fausto casoii-se em Maio de 1877 com a
Exma. Sra. D . Anna Carolina Paclieeo Jordáo, filha do snr.
Francisco de Assis Pacheeo e D . Anna Elandinn de Assis Pa-
checo, deixando por sua morte viur~a o cinco fillios, dos quaes
apenas dois já maiores.
E aqurlle que nunca soubera calcular com o egoismo, que
não contava com a morte proxima que teve-pode,ndo deixar
grandes eabednes de fortuna á illustre familia-pouco legou de
bens materiaes ; mas para os berdeiros conquistou um nome que
viver8 na historia cercado de brilho, e no coraqão dos amigos e
parentes permanecerá semprp saudoso e abençoado.
4 s homenagens que recebeu o seu corpo quando, inerte, veia
repousar no solo natal, não foram con~~eiicionaes,
neni de simples
formalimio ofncinl. A tristeza dos amigos, o pesar dos çorrele-
gionarios, as lagrimas dos seus e os soluçiis do pobre que o
acompanharam ao ultimo jazigo, eram proi7as proras bem since-
ras, bem verdadeiras, e exprimiam mais qun todas as orações por
mais eloquentes que fossem !
DR. MIEANDA AZEVEDO
Conselheiro João de Souza Corrêa

A diplomacia é de todas as carreiras a que menos sympa-


thia gosa entre nós, e a que mais iiivqja provoca e prevençoes
desperta até entre as pessoas illustiadas, que deveriam estar isen-
tas desses preconceitos.
E' facil descobrir-se a psycliologia deste facto, mas que
nem or isso tem sido estudado, analysado e combatido.
85 nossos diplomatas não sBa melhores nem peiores que os
de todas as outras nações cultas; têm os defeitos e os ridiculos
que se notam em todos os seus collegas; si ba alguma differen-
ea é em favor do dinlomatn indirena. ',
0 s nossos habitos simples, os nossos costumes demoeraticos
não srmnathisam com esses mebiques de cortezãos, formalismos
de p r ~ t o ~ o l l oes attitudes convencIonaes de etiquetas que eon-
stitusm, pelo habito, como que a srgunda natureza dos diplc-
matas.
Demais, não comprehendendo o vulgo a fiincção da diplo-
macia, julga que os seus fiinccionarios nada mais fazem que
frequentar festas, comparecer a banqnetes, urdir intrigas e dizer
galanteios nos salões; por esse prisma vê elle os homens e os
actos dos diplomatas.
Pela propria natureza dos iiegocios reservados, só a poste-
ridade muitas vezes faz justiça a varões que prestaram gran-
diosos serviços á vatria, e que em vida muitns vezes em locar
da recompensa e iratidão r;?c<.beram o vituperio e O ~ n s u l t o ! ~
E quantos desgostos, e qliantos soffrimentos serios e amar-
guras $ngentes curte o diplomata no desempenho de suas fun-
cções, quando bem as comprehande?
Por todas estas razões, não B grande o quadro dos var6es
illustres em diplomacia, que figuram na nossa Listoria, bem que
tenhamos uma serie ininttmupta desde o tempo de colonia atra-
vés do Brazil-reino e do Brmil-imperio até á. Republiea.
Alexandre de Giisinko i: o primeiro é10 dessi~ cadeia glo-
riosa que traz o nome de Josb Bonifaeio o velho, ainda a
serviço dos interesseide P o r t u ~ a l , que eram identicos aos do
B r w i l ; e já a historia fez justiça aos seus relevantes trabalhos,
e a litteratiiraiincional ,guarda com zclo as suas producçóes.
Fniidndo o imperio, collaboraiido com patriotismo e talento,
appzrecern nomes iiiustres nos aiinaes da diljlomncia biazileira,
que espemin o historiador competent,e - que complete ou imitc
o excmplo de Oliveira Limal esse bello ornamento dos nosso3
diploinatas eoiitemporaneos. E com orgiillio podemos niostrar a
colkção de ~iossos Tratados internaçionaes, onde ti. linha da
d i p i d n d e e do s e q e sempre parnrrlla i da justiça
e a dos ri>ais generosos sentiincritos de eavnlheirismo e genero-
sidade.
A mosma orienta<;ão doininoii entre os diplomatas do V."
iinperio, a ponto de tornar celebre o conceito de fiuo e arguto
r!stadista visinho, quando attiriiiava que o que o Braail ganlia-
va pelas avmas, os outros g:inhavam pelos tratados !
Kzo h tão absoluta csia ol>iiii.'io,pois J ~ s Naria
é do Amaral,
Abrantei, Eio Branco, Loyies Setto, Octariano e Cotegipe sou-
beram sempre reunir a miiis fina gentileza á firmeza mais infle-
xivol e. independente nu defesa de nossos direitas.
L
. diplomacia, aqui, na joven America, abandonou os meneios
tortuosos, as intrigas fatigantes e ncin sempre dignas, as nien-
tiras da velha e,seola de Xachiavel. dos Metternieh e Bisrirmk,
p r a n leIraade, lizura e capacidade dos Binaral, Penedo, Ita-
jubá, Ourerri, Aguinr de Andrade e Souza Correia.
Kão t: unica a nttitude de JosC. Ynria do Amara1 - repli-
cando á grosseria de Carlos Lopr-s no Paragui~y, com altivez,
ainda com risco da propria vida. Essa lin11a vem até ápntriot,iea
resposta de I<'lorinno i insiiiiiaçno ertr:mgeira lios dias tristes da
Revoluq.no da Armada.
Evolvcndo a soeiednde e progredindo n influencia da razão,
notamos a nova phase que assumiu n diplomacia braailpira nos
debutes gloriosos s0bi.e as Missoes e o Ariialri, e refulgem com in-
tenso fulgor, agora, o nome de ltio Branco e seus auxiliares,
servindo de ponto de uniao com os de Joaquim Nabuco, Assis
13razi1, Olyntho Magalhães, Oliveira Linia e essa pleiade que
alii e s t i trabalhando em pró1 do Brazil.
U m dos defeitos dos nossos diplomatas, commum aos nossos
homens publicas, E o retrahiinento i publicaç8o aos serviqos que
prestam á patrin.
Só por necessidade de polcmica ou eni defesa, v6m a publi-
co, -e isso quando não o fazrm n a tribuna do phrlameiito.
Abrantes e Sai,aiva eonstitiiem q u a 4 que exccpçzo a essa regra
-pela estensAo que deram nos livros que iinl>riurirani ieerea d e
suas missões.
Jose Maria do Amaral, que deixou manuserilito importante
da historia de nossa diplomacia, não pode ser citado, porque, in-
felizmente, e.xtraviaram, culposa ou imbaeilmeiite esse monu-
niento que, com'tanto amor e independeneia, 1er.antoii i patria.
O Conselheiro Soiiaa Correia, que representava brilhante
diplomata europâu, doublè de circiimspecto e refleetido ministro
hrnzileiro, não rieixou coordenada em livro a liistoria d e sua
longa e proveitosa carreira, nias a seus collegas e amigos cumpre
obviar esse inconveniente ; e Juaquini Nnbiieo, seu Iionrado
sueeessor, bem pode nessa obra, Cii~diplon~ntado Bi.rui7, con-
struir um monumento que faqa respondeneia e symetria ao que
elevou á memoria do Grande estadistn do ilnperio.
Deixemos esta consideraçües e passemos a registrar a3 datas
e OS SIICC~SSOS da vida do Conselheiro Souza Carrçia, que a 23 d e
hfarço d e 1900, suceumbiu, em Londres, no posto de Ministro
Plenipotenciario junto ao p v r r n o iiiglea.

***
Eis o que a respeito escreveu uma folha paulista :
* O sr. Souza Correia era fillio do sr. Lucio Correia, mcm-
bro do corpo consular brazileiro n a Europa.
Ainda moço, assentou praçn n a marinha, oude serviu por
algum tempo, desempenhando eonimissí>cç importantes, entre a s
quaes uina lias aguas do Parasuay, sob as ordens de Rueha Fa-
ria, depois conde de Nioac.
Ainda oficial de iriarinhn, assistiu, entre os addidos estran-
geiros, aos lnais importantes episndios da cainpiinlia da Crimia.
Deixou, então, a carreira das armas, entrando pnra o corpo
diplomatico em 1859, sendo nomeado addido de primeira classe
na legação em Londres ; em meio de 1863 foi removido pura a
Franqa, occupando o mesmo cargo até 9 de hIar<;o de 1867,data
em que voltou novamente para Londres. Servi11 interinamente
como secretario da legação na Inglaterra, de Novembro de 1867
a J u n h o de 1868, e depois de Agosto d e 1871 a. 11:~io de 1873.
A 5 d e Abril de 1873 o governo, attrndendo aos seus mereei-
mentos e a distiricta correcção com que se desempenhava do suas
funcções, nomeou-o para effectivamente servir coiiio aocretario d a
legação.
E m 10 d e Agosto do 1573, estando ausente o ministro, o
sr. Souza Correia pela primr.irb vez oceiipou o cargo de encar-
regado de negocios do B r n ~ i l ,servindo até 1 8 i 4 ; depois ainda
desempetihou taes funcçòes nos periodos de 7 de Agosto a 3 1
de Dezembro de 1875, de Agosto a Setembro de 1876; de J u -
lho a Outubro em 1877 de Julho a Setembro em 1878; em
Março, ein Julho e Setembro de 1881; e de Janeiro a Março
de 1882.
Ein Julho de 1685 o governo o nomeou entarregado de ne-
g o c i o ~junto do Paraguay, o n d e desempenhou impoi?ante rom-
missão, seiida ~ n t ã onomeado plenipoteiiciario na Hespanha a 20
de Noveinbro do mesmo anno.
Em Dezembro de 1886, foi o sr. Souza Correia servir n a
1egaqBo junto da Santa Sé, alli permanecendo dois a m o s , depois
dos qnaes roltou a Madrid.
Sempre se distinguindo em siias eomniissôc?s o sr. Correia,
viu-se o governo na obrigação d e promovel-o a enviado estra-
ordin:irio r ministro de 2." classe. indo servir nos Estados Uni-
dos, isto em Agosto de 1888; neste posto foi removido para a
Santa SI em Janeiro de 1889.
P r o c l m a d a a Bepubliea, foi nomeado o sr. Souza Correia
nosso plenipotenciario, a 28 de Fevereiro de 1890,em substitui-
ç" ao s'.barão do Penedo. Eni 31 de Dezembro d e 1890 o
goreriio eoiioiderou-a iiiiriistro de classe.
O governo monarchieo eoncedeu-lhe o titulo d e conselheiro
e a condecoração de commendador e official da Ordem da Rosa;
era cavallieiro da Legiso de Honra, cominendador da ordem d a
Villa Viçosa, e cavalheiro da ordem de Christo, d e Portugal 2 .
Com o fallecimento do sr. Souza Correia perdeu o Brazil
um dos seus mais distinctos filhos que, no estrangeiro, procurou
sempre fazer respeitada e c ~ t i m a d na sua patria.
E m Londres, onde longos annos residiu, soube captar a ami-
zade da familia reinante, vivendo, ao qne constava, em franca
camaradagem nãa si> com o corpo diplomatico, mas com os ele-
mentos princiriaes d a politica ingleza, e do todos é sabida a es-
tima toda particular que lhe dedicava o actual re,i da Inglaterra,
que sem reserva e insistentemente o revelou ao Sr. Campos Sal-
les, quando lá esteve antes d e assumir a presidencia da Repu-
blica.
Desta vez a escollia do governo brazileiro, para sueeessor
do Conselheiro Souza Correia, recahiu num brazileiro em tudo
digno d:i h p r a n p : -o Dr. Joaquim Nabuco, que é o ~ i g h tm n
on i i y h t place.
Dr. hI. B Z ~ V E D O .
B e r n a r d o S a t u r n i n o da Veiga

Para bem se conhecer e avaliar de certas orjianiea~i>es k


neeessario estudal-:LS no m3io proprio em que nascem e se de-
senrolvcm. SXo li ~iossiveladmirar a o:>uleiita hellean da 1;icto-
rin regia siii;io nas grandes e I>rofnndas aguas do Binnzoiia;.
neui a drlieada fragilidade da fiBr de nrue fira das inacces-
si\.eis alturas das geleiras per~nnns. Assim <. que para compre-
liender todo o griieroso eornqâo, a vasta bondade e aprimorada
intelligencia d e Bernardo da Veiga era nccesaario vel-o e ob-
serval-o na soa querida Citinpanha, -no seio da siia virtuosa
e patriarcbnl familia, cercando de cniinlios e respeito sua re-
neranda Mãe, e de affagtis todos os seus e todos os que delle
9P apyrorimuvam.
Corilieeemol-o pesaonlmentn e.m 1681 na Conceiqão do Rio
Verde -quando medico da >TIiio.s e l t f n . 0 pouco depois visiti-
mol-o n a Cainpanha. E para qiie tivessemos completa a obser-
, estava com a sua moldnra. O quadro era perfeito e
v a $ & ~lá.
admiravel, tal qual nol-o d<:screvera quem bem o amara tan1-
bem, e bem friiira dessa iiitiniidada: -nosso mallogrado irmjo.
Desde o primeiro eneoiitro- tornáino-nos amixos - como si
velhas e ininterrornpidaa foszeiii ns nossas relações. Verdade é
que nos conhsciamos pelo que d e u m e d e outro contava e
descrevia n nosso ponto de ligaç%o- o saudoso a m i p e irmão
que, por muito tempo, fura engenheiro desse districta-da
Campanha.
Nas iiBo é só pela bondade que Bernardo da Veiga merece
ser apresentado aos seus compatriotas.
E', como seu irmão, cuia biographia vem poucas paginas
antes, um exemplo frizaiite da marcha segura das leis da he-
reditariedade n a familia e na historia.
.Is eoiisidernyóea que fizemos a proposito d e Josi. Pedro Xa-
vier da Veign ti.711 tomlil~t;i al,plieaçio a. Bernnrdo da V r i g a ;
r , para n t o cahirmos n a p i c h a de repetidores, - a ellas nos
reportamos c,oin a í'C publica do notario.
Demais P t i o cheia dn serviços i- de actos bons e nobres i5
sua vida, que deve ser dita singellarneiite, se,n~os commentarios
que pode111 de3tigural-a.
1,iinitnino-nos, l>ois, a transcrever as suas iiotns d e fC de 06.
cio, eonio liudemas obtrr d<: pessoa que Ilie era muito cara e
milito sua.
***
XOTAS EITR.\HLDAB DI: SOTICIAS 1'1;IILICADAS PELA l>lPRESSA

Bernnrdo Sntiirriino da Veign, filho legitiiiio do Trnente-


Cornnel Loiireriqo Xa\rier d ; ~Veiga e de sue esposa D. Jesuina
d e Snlles Vt!iga, nasceu n a cidade da Camlianli;i, Sul de Minas,
no dia 3 de Ahiil de 1R-i~'.
Blli iniciou sr:uo estudos de preparatorios; mas, fallecendo o
pae, beve de interroiiipel-o.; pela dever de substitiiil-o nn. qunli-
dede ile chefe de unin fixroili:~ qurt iião dispunha de fortuna.
Ohdect!iido i teiidrriçiu ilr seu rs]>irit,o, consagroii-se desde
1562 ivida da iinpi.eiisn, caiitiriunndo a manter o 8 ~ ~ de1 3í'i-
Tias, seinanurio fundado por seu pne, e, depois deste jornal, o
~ % z ~ ~ ? ~ambos
e n h ~ orgnms
, de ideias conservadoras.
Eni 1871 iiiiciou n. puliliçaçio do Allunitor 81~1, Nireiro; folha
que ainda existe e que, I:m uma e x ] ) o ~ i ~ ;de i o iiiiprensa realisads
em J u i z de Fora, foi coiisiderado L: primeira de Miiias Geraes.
PÍessn follia, graças i soliritud<i de I4erriardo dn Veiga, eollnbo-
rarnm notnreis vscri1,tores brnaileiros, entre os quaes, para s6 fallar
dos iiiortos, l<~inhraiiiosJ o s i de .Sleiie;ir ri Prnriciçco Oetnviano,
rlne 1ioiii:irarri .i follin corri l>rodurç5cs iiiedit;is d e suas peniius.
Como principiil rednctor do ilíololritor, cabe x Uernardo d a
Veiga a ~ l o r i ndo ter sido inicindor da cstntua de Alencnr, eor-
rendo e x i l ~ ~ s i v a m e n tpor
e s u : ~c011ta a despesa e n t h feita corii
iinpressio de eireul:~rcs, listas e srllo de eartns enviadas da C a n -
pinlia 1)arn tod:~s ns lworinrias, impreiisa e homens riotaveis, pe-
diiido ausilios.
Publicou eiri 1871 e 1885 dois escellentrs, precioso6 Alma-
nrcc7is do S u l d e 31inas coin a drscripqão historicn de todas a s
localidades, trabalho de grande valor, tendo prsso<dritente visi-
tado toda :iqiiella região em eseui.s%o que durou lom~oumezea,
para conseguir coin~iletase verdadeiras informaçúes sobre tuda
q u e se referia iquella g e n t e d e Ilinas.
E111 1879 p ~ ~ h l i c oau c r i 7 livro de 751
paginas, que, einno o i dliirai~n<:h.s,foi rcrebido eoin os mais li-
sonjeiros clo;.ios por toda n imprensa n:~cional.
Ilstes'li\~ros,nsçiiii conio o 3foiaitoi,, ditrunte os 25 annos
q u e e s t e v e sob a diricçC~o do illiistre fin;ido, reliresentam, além
dos iiiainres sncrificii~s Iiessoaes, i i i i i ~ i i $ j i c i z r , di: ~ l z t r i t i w : dezenas
~ l ee,ii~tos,coino se vi. de sem livros d e iiotas.
Foi eleito sacio de 1riuit;is associnçúes litterarias, que assim
l h e derarri driiioiistrnqiies de seu alireço; foi condecorado com o
oiiicialato da Irnl>erial Ordeni da Rosa, norneado Coronel dn Guarda
'incional e accciao socio do Instituto IIistorico e Geojrapbicn
Hraaileiro.
D<,ra-ar-llie a idiia da primeira tentotira, no Briwil, de uma
es~)osiç.íLoreqioiial, idbia qnc n illustrr redacç8o do Joi.rwrl do
Ciinimeicio disse entio ser dr tal iirodo im1,ortaiite e patriotiea,
c p e s<i o ftreto de tel-a imaginado era inotil-o para os inaiores e
iiiais francos elo,nios.
1' tent,:ltioa riuo tcvf! realiza$%o por iiiotivos superiores á
sua vontsde. Fundou n a Campi~nlia iim:i bibliotlieca piiblica,
para a qnal eoncorrcrxin lioiiiens dos ninis distinctoa dn yaiz, a
eoineqar ~ i c l of;illrcido imperador D. P«drol e e n t r e ~ o u - ano Gover-
iio de 3liii:~a quando contara ~ i ~ a cle i s 5.030 roluines, dos quites
cerca de 2.000 dotidos pelo fundador. Imnreirsamento estimado
11:: teu:, de seu berço, da qual niiiir:L quiz ausentar-se, tendo re-
1.11sado <:xcelloiites collocaçíirs f6rn. della, Rerriardo Saturnioo d a
YrLiga coiisngroit i Csinpnnha suas maiores dedieasões e o riiais
puro e derotado amor.
~ N z oLa. n a Campanlin tini s6 rnr!lhornrneuto, nuiica bnuve
alli, diz rim iioticinristn da iinprensa do Hio, no decurso d a r i d a
dn Iionrndo coinmeiidndor V r i ~ a airi si> inoviiiiento digno, um&
iniciatirn ~i:ttrioticn,uiiia idcia util e scnnrnsn, que nno eoiitnss<:
e iião tiressr! eff~itiaatlieirtn u çosdjui,açao leal, sincera e dndi-
ead:~ de Bcriinrdo Saturiiiiio da V a i j n , q u e só ia20 ciiiduu de s i
/ ? e m de se?& iiatei.c~se p?ssoul, rltrr n tudo S C L C J . $ C U ~ ~ ~s e r e l u e
rs~~o~lt:~iii~am<~iite».
Qiinndo se tratou de rea1iz:ir no Rio de . J a n ~ i r oa Esposiçio
de Historin. do Urneil, Bernardo Snturiiino da V e i j a foi do iiu-
mero dos que concorreram coin melhores e inais importzintes
donativos, vci~lc.dsir<ispreciosidades, como pode attestar o Dr.
Ramia Galviio, ent8o direetor da Uibliotheca Nacional: e, modesto
corno seiripre, rirão qui% que o noinc de queiii ta0 tidalgamente
corresl,ondia ao appello, ti~iirasçe ao Indo das oti'ertas, pcando
ttido cuiiio <ladian cciu>iz!/,ila.
O raryo d e sob-administrador dos correios da Campanha foi
o ultiiiio posto que occiipoii P nelle o colheu a morte.
e Cainara 3luiiicipal da Campanha no re-
Foi l ~ r e ~ i d e r i tda
gimeri moiinrchico, e n a Xepublic;~ o 1." a , ~ i ~ i i oxtciitivo
tr eleito
no niunicipio, leiido renr~,ccidu liti dia d a posse aos i~eizcimentos
ywe lhe f i r a i i ~ ~rzaicarios.
S r r s e s cargo* s&o sem numeio os ser\-iços que prestou e m
relaqao a mellioramentos da cidade e do inunicipio, illuminação
publica, mercado, ceinit,ei.ios etc.
Exerceu eiii sua terra todos os cargos de eli.iqAo poliular e
d e noniracào do (+overiio, e especiaimentr como iiisyector da in-
. uiiblica e director da Escholn Norrrritl, prestou inestima-
stiucciil L

veis ieryiqas.
O escriptorio dn ~TfunitorS u l ilfineiro e r a o ponto predile-
cto da reunião diaria dos aniigos que cercavam Bernardo da Veiga,
e p i r a alli se diriniain quautos iani de risita ou piisseio á Cani-
l ) ~ n l i :e~ que eert.;iinentr yu;irdniarii d;iqurlie antro animado e
syriipathico a Cinta r e e o r d n ç ; ~ ~de horas aleyvrts e suaves, q u e
alli paasaanin ria traiiqiiilla i: aEectuosn coriviren<:in.
Si pam a:nigos esti.,ziiiios, coiitiníia o esrriptor de cujo
trabnllio ei;tr:ictaiiios estas lirihas, si 1i;ira a terra do hrreo e para
RS c o ~ s i ~ dos pai% era bom, Xeueroaa e dedicado o illustre cam-
panlieris<:, ealculc-se o que sevia ]>;ira a fianiilin iiiiern de taiitn
pra:?dezn
,, <l'nlma dera sempre as urovns mais adiiiiraveis o rxce-
yeioriai,~.
Rrrnnrdo V e i c a fa6ia lembrar o xwlto niystico d e verdadeiro
al~ostolode dnleissiriin meiguice., c\ja vida terriiinoii 6s 8 horas
d a m:iiihnn de 1." dc ,Jalii,iro de 1901, tres menrs e trrs dias a n t e s
do ccincliiir ellr a 59." aniio de s u a rids. tAo cheia de salutar
ensino, coma um exemplo raro e ~ i o t i ~ r edo l que ~ o d e~ r o d u z i r
u m cidnrlgo d r cnraeter e merrcimeilt,o.
Os comprovincianos de Beriinrdo Veiga tem o inilliidivel
dever de. riii broiiaro monumonto coiiçayrar liomcnageiri a um
dos n2;iia illiistres tilhos do si11 de IIiiinu. h honra e 8 gloria
revertr:r:i nos que n prestai.eni tarit.0 quanto á ineiiioria do que a
receber.
Dn. 31. AZEVEDO.
COSDE DO PINHAL
Conde do Pinhal

Antonio Carlos d e Arruda Bot,elho, conde do Pinhal, era


u m perfeito representante do primitivo typo paulista-o elemeii-
to dominante que formou, conçtitiiiu R dt~st:nvolveu a proslicri-
dade do Estado d e S. Paulo.
As masciilas energias que osteiitavam os bandeirantes, a
perseverante tenacidade que cai-acteriaava os nossos priineiros
agricultores, a iniciativa arrojada dos modernos e grandes fazen-
deiros, a intelligente previsão dos industriacs e eal>italistas de
Iioje--coiicorriain, fundiam-sc e equilibraram-se, liara formar a
iiccentuada individualidade do Conde do Pinhal.
D a hoiirada e numerosa familia Arnida Botelho, oriunda d e
Portugal, descendia o Conde do Pinhal, que foi o auctor dos
seus titulos nohiliarchicos, conquistados pelo esforqo ~iroprioe
nelo trabalho insano do sru bmco L! de sua intellirencia.
"
Assini G a origem pura e hònrada da aristocracia agricoln
paulista. Jfais nobres e hnmanitarias suo as conquistas que re-
gistra sobre o solo e contra o deser:o do p e asAfieanh& snn-
guinolentas da fidalguia do velho inundo, decorrente d e extorçíjes
r assaltos contra populações pacificas e laboriosas.
Pequeno agricultor-na começo da vida, fazendeiro impor-
tante mais tarde, era actualmente u m dos maiores proprietarios
agricolas d e S. Paulo, sempre a u p e n t a n d o os cabedaes e a
fortuna por intelligente e feliz direcção de sua actividade.
Parallelamente a s fiincções de agricultor nntnrel, o Conde
do Pinhal mostrou-se um cidadão d e clara previsão em furor
da prosperidade de sua terra-no desciivalvimetito das vias fer-
reas de cornmunicaçâo em uma zona fertil e rica, que só preci-
s a v a desse meio para attingir, como attingiu, a maior opnlencia.
O Conde do Pinhal foi o iniciador e o verdadeiro auctor
d a constmeeáo da Estrada de F w ~ odo Rio Clu?.o. P a r a lex-ar
a effeito esta empresa, empenliou todos os seus h a ~ e r e s : conse-
guiu inspirar eorifiiinya aos iiiembros de sua familia e aos de seu
illustre sogro o Viseoiidc do Rio Claro, c, quazi que exe1usi1-a-
mente coni este capital de fnmilia, construiu e fez. prosperar esta
Coinpariliia, de que foi o presidente atá á epoclia <,m que com
vantagem ~>wcuniariaa alirnou a eapitaes inglezes.
Tão grande scrriço b a s t w a para. recoriimeiidar o seli nome
á FratidBo dos paulistas.
Y t o limitou a sua esphera de acqão a estpi doiis pontos;
assumiu o l o ~ a rde finarieeirn e, n a directoria do &nco d e 8.
P n ~ ~ l orevcloii
, rolidas qualidades de banqueiro proreeto, dando
urna vida procpera e garantida a esse instituto bançario da Ca-
pital do I-st,ado.
Finiirou com direito r com distincçjo rio seennrio politico,
como um dos chefes niais influentes do nntigo partido liberal.
Successivainente depi~tadoprovincial eni varias legislatums,
occiipou tainbrm o lagar de deputado geral pelo antigo 8."Dis-
tricto, e isso legitimamente; pois o iirestigia d e que dispunha
era real.
E nesse Iieriodo náo foi esteril a sua influencia, pois embora
dispuzesse de grande e vastz eu1tui.a litteraria, tiilha intel-
i i ~ e r i c i amuito clara, criterio seguro c lnrguran d e vistas em
rnateria de administraçin e d r iiogocios piibiico.
E para que não pareça n a p g e r o de nossa lxutcx esta modo
de r&, ou seja. tido como simples cortezia i illiistre e symya-
thice familia da finado, ou mera hoinei>nzem de amigo a um
cornlinnliriro, embora temporario, de lides, - vainoe dociimeiitar a
critica.
***
Admini~irava a antiga prorincia d e S . Paulo, em situaqâo
do partido conservador, n Consellieii" João Altiedo, em 1885,
nuui periodo d e Tirosperidade agrirola, dp expansão de vias fer-
reas e de inicio de serviço de immigrantes para o poxroamerito
do solo e dese~rtinod e novas zonas productmas.
O progrrsso material era grande e ia muito adeante do
i n t e l l e e t ~ a la~ que preoecupou algum8 dos direetores politicos d a
situs~iio,inclusive o Presidentz, Conselheiro João Alfrzdo.
Houve a idéa de promover-se a fundaçâo de varios iiistitu-
tos scirntificos, entre os quaes o de uma camnús<~o encarregada
do estudo geograpliico e geologiro da proviiicia. Foi tão bem
acceito rsbe plano, por todos, sem distineção d e aqiipamentas
politicos, que logo foi levado a o seio da Asse.mbli.ii Provincial
o projecto que se con7,erteu em lei, immeditainente executada.
E um dos mais enthusiastas, que admiravelmente aliprehen-
deu o alcance da idla, foi o então Visconde do Pinhal, a quem
eoiib<- i1 iniciativa de asiresentar e fundamentar o projecto. E
frl-o nos ternios mais aliroliriados e innis sabias, que rxigiam o
aesumpto e a occasi%o. l i a int<.gra damos essa ornquo, certos
de que vem confirmar o que acima escrevemos:
O SR. VISCONDEDO PIXHAI.. -Sr. piesideute, a Proviriria de
S. Paulo, aquella que se julga com razão a primeira do Imperio
na senda do progresso material, no desenx-olvimento da viação
ferre* e d a navegação, q u e ai sendo esl~loradado mcsrrio modo,
sente, entretTnto, uma l.~cuna,pain poderem os seus adruinistra-
dores guiar-se nos contraetos que tPm dt: cel<,.brar coni as difie-
rentes couipanhins ou em1,reszi.s que se prol,õrm a r ca 1'. irar esses
melhorainentos .
Sabem todos a extensão da Provincia d e S. Paulo e quanto
de terreno ainda h a encoberto e; por assirii dizer, descoi~li~cido.
Deveni tamhein s a k r que C jiistameiitr nessa p,ii.te riiais
desconhecida da Proviriria, onde a qualidade das terras se ostenta
na siia maior uberdade, 6 jiistnmente nessa parte onde se acha
conciliada ti ubeidade da terra eoni o clima temp<,radn, lirimeira
eondiqko d a nossa principal lavourn, que t a do cate.
Entrctanto. vrein-se os adiiiiiiirti.ad<ir*s da 1'ro~-incia et11-
barnqados e rriibarnçndissiuin~, porijue sexis ~iroprioseiigenliriros
fiscaes tambem se embarasaiii pr.10 itiesirio uiotivo, coiii a Salta
de conlieeimentos t o r g r a l > ~ ~da~ ^roviiicia.
~~
IIe uin pedido e pin11e;:o~ nao se apresenta um iuaplia,
porque "50 118, e assiin vào-se runtrartando, ás vezcs, serriqos,
com prejuizo atb de direitos a d q u i ~ i d a s ;vão-fie votando a esmo
os p r i v i l ~ g i o s .
Os engenheiros d a proviuria njio l~oderiilevantar uma carta
topogralihica, sem que faqnm para isso os necessarios estudos,
- que demandam um recoiil~eeimerito geral: que só se póde
obter por uma eomniiwão composta de homens profissioiiaes, de-
vidamente habilitados, com os indisprnsareis instrumentos; com
OS quaes possam habilitar-se d e ~ i d a m e n t epara um trabalho se-
p o e positivo.
As cartas topographiens, que temos da piovincia, são, como
todos reconhecem, imperfeitas; são ellas o fiucto d e trabalhos
esponteneos de pessoas que s80 sem duvidu competentc,s, pordm
não dispõem dos recursos peeuriiarios indispensaveis para trab;r
lhos desta ordem; limitam-se a copiar os tixbalhos imperfeitos
@e encoiitram, addieionando-lhes 6s melhoramentos quc os co-
nhecimentos proprios lhes fornecem, em u m ou outro porito da
provincia.
Por conseguirite, entendeiido que faço u m beneficio á pro-
vincia, vou propor urna auctorisa$ão ao aoverno, que aliis s e
acha beiri intencioiiado m.
-
a E' julgado ohjecto de deliberaçuo e, a roquciiinento do seu
>motor, disliensado de impr~ss%oo projecto n. 89, que t r z a s
açsignaturas dos srs. ,t:isconde do Piiihal, Theophilo Dias, Caie-
'lido ihdi.iyues, 12otlriyo Lobato, JoCu Pentea&, Joüo Siltieira,
S. da ~ l f o t t n ,Ferreiia Rraga, Eèri.eii.a de C'nstilho, L u i z Cridos
da Assarirp~üo e fMo 32ibeiro.
Artigo 1."-O governo da Provineia fica auctorizado desde
i ,a despelider at6 j. quantia de cincoenta contos de rbis
50:000$0UO, com a inicinçao d e trabalhos de levantamento de.
cartas geographicss, topo&galihicas, itinerarias, geologicas e. asri-
colas da mesma provii~cia.
Artigo 2."-O governo fica r ~ u n l m e n t eauctorizado a proce-
der ás necessarias operaques de credito para oecorrer ás despesas.
do artigo antecedente.
Kevo=adas as disposiqões em contrario.

E, notevel coineidrncia, 15 annos depois, quasi dia por dia


(aqusllc disiiirsu foi proferido a 19 de Março de 1886) falleriii
o Coiide do Pinhal, que assim não podia empregar o seu prrs-
tipio erii favor da mesma instituiçAo, junto do seu companheira
e collaborador dr. Caiidido Rodricues, "ara defendel-a contra os
arremessos d e uns inconscientes ieonoclastas, disfarçados em cul-
tores da sciencia, verdadeiros ~ihnris&us, inimizos
. do progrrsso i ~ i -
tellectual desta terra.
E "i á oue tocámos neste assumnto. convem &ar bem u m a
A
das feições que teni tomado essa conspiração d a incompetencia
d e s ~ e i t a d a ,contra uni trabalho bem reputado -por profissionaes
A

illuitrados e acima de qualquer suspeita.-


O grupo que investe contra os trabalhos da CommissUo Geo-
logica C principalmente composto de oriundos da escllola do Estado
d e Minas, que se esforçou em manter uma instituição congenere
inspirada e modelada pela d e S. Paulo.
A força das circumstancins financeiras impoz a extincção
do nuc1e.o mineiro. Parece agora que, do sentimento inconfes-
savel desse facto, decorre a campanha movida contra o chcfe d a
Commissão Paulista e seiis trabalhos.
E' bom que se saiba que o Estado de S. Paulo inuito sa-
hiamente tem mantido, atrarez de todas as situações politicns n
financeiras, essa instituição, o que sobremodo honra o criterio q u e

tas. E quando começam a vir a publico, a apparecer de u m


.
nrsso sentido tem mostrado todos as altas admiiiistracões uaulis- A

iiiodo admiravel esses trabalhos, recebidos com nvr>lauso ..


o mundo scientifico, eleva-se essa grita que se quer iml;or pelo
Dor todo

vaiiiloquio de seus auctores, i n c a p a ~ e s de entrar em confrohto


iio terreno dos factos e das nllegaçGes provadas.
Que o Estado de S. Faulo esteja attento, e que aquelles
que teiii a rasponsabilidade do goreino n8o se deixem imp-es-
sionar pelos D. Bazilios, contribuindo para desorganizar uma
r e p a r t i ~ à oespecial, como náo ha exual em toda America do Sul,
e que n%o tem superior em outros paizes mais civilizados. E s t a
C a verdade, e inde i r a .
Deixemos a digressxo, a que nXo pudemos nos furtar, como
panlista amante do progresso de nosso Estado, e conio amigo
das si~~erioridadeu scientificns e intellectuaes. Volvaiiios, pois, ao
1103SO ilsStlmpt0.

***
h 2 s de Agosto de 1828 nasceu em Piraeicaba, neste Es-
tado, o Conde do Pinhal, e a ui passou toda a sua longa vida,
salvas as viayens que fez i i u r o p a nestes ultinios annos.
Aqui recebeu a instriicqjio, que depois apurou por esforço
propri<i e convivencia com os mais intelli~entes paulistas que
aqui brilharam de 18CL até hoje. Eleito deputado a Assemblea
Provincial em varias Ingisiaturas, occupou com carrecçáo a ca-
deira presidencial da mesma, representando sempre o partido li-
beral. E m pleno dominio conservador, foi o unico liberal q u e
teve assento na Camara dos Deputados geraes n a 20." legisla-
tura correspondente aos annos de 1886-1889 ; pois o outro libe-
rall conselheiro Martim Francisco, falleceu sem tomnr assento,
sendo substituido pelo Commeridador Geraldo de Souza Rezende,
conservador; depois foi reeleito em 1889, para a ultima legisla-
tura do imperio.
Depois de proclamada a Republica, o Conde do Pinhal afas-
tou-se da actividade politica, e foi com esforqo que seus amigos
o troiiseram de novo para e m arena, para vir collaborar n a
organisaçüo do Estado, fazendo parte da Constituinte, como se-
nador.
Correcta e leal foi sua attitude nessa Assemblóa e, solidario
com seus amigos, acompanhou até ao fim não só o governo;
mas, diremos, a pessoa do Dr. Americo Braziliense.
Ainda ria reiiiiiâo que proiiiovemos extra-l>arlamenLamnte
a 11 de Dezcnibro de 1892 e para discutirmos e deliberarmos
sobre o que conviiiha f a m r i riatn da interrenqão do governo
do llareclial Floriano no Estado, o Colide do Pinlial foi uni dos
poucos que nos acomliariliarnm lia resoluqüo, de orgaiiiznrmos a re-
sisteircia em todo o terreno.
Dissolvido o Congresso Coiistituinte do Estado, illegal R ar-
hitrariameiite, em 1893, o Colide do Pinlial eximiu-se de toda e
qualquer pnrtieiliação activa n a politica. Sabendo-se alvo d e
odios e yaixGeu individuaes contra sua pessoa, iiBo quiz mais
eongszgar-se em partido - nem coin os reiiublicanos iiem com
os manareliiatas, convicto, alóm disso, da iriipossibiliiade da re-
stauração. Verdade 6 qiie solicitado para auxilios pccuniarios,
attendnu ora R uns ora a outros, mas sem en~husiasnionem con-
f i a n ~ anos esforeos empregados.
Volvt:ii-se todo para a \,ida da farnilia, empregando sua
extraordinaria actividade e pratica administrativa na lavoura e
nas finanças.
Vigoroso ainda, foi colhido por criirl enfermidade, e sueum-
biu a 1 2 de Março de 1901, em sua fazenda, com 74 anrios
de edade.
E s t a m ainda em pleno visos physieo o conde do Pinhal, e
não fmsem os abalos e despstoa de seus ultimos dias, çi,iiforiiia
a irnl~rensareferiu, a sua eristeneia ainda ae prolongaria como
um dos eleriientos de prosperidade para este Estado o (1).
Melhor que os bens dn fortuna deixados pelo Conde do Pi-
nhal: são a iiiemoria dos relevantes serviços por elle prestados
ipatrin e á distincta e numerosa familia que formou e educou
nos mais elevados principio8 de honra e dignidade, bzm como o
diil>lo rsemylo seu e d e siia virtuosa e r ~ s p e i t n v e l esposa, com-
panheira de toda a sua laboriosa existe,ncia.
A posteridade b a d e confirmar a estima dos contemporaneos,
e quiçá augmçntar-lhe os titulos de benemerencia.
Dr. Brazilio dos Santos

Successivos e grandes foram os golpes que a morte desferiu


ultimamente contra varòes notnveis d e S. Paulo (pois occorreu
no mesmo mez mais de um passameuto illustre e inesperado),
como o do Dr. Brazilio dos Santos.
N a tarde de 30 de Narqo de 1931 espalhou-se rapidamente
a noticia da morte repentina do Dr. Rrnailio dos Santos, im-
pressionando profundnmt!nte a sociedade paulista, pois niesirio os
indifferentes ou desnffectos Innientavam a prematura perda de
u m digno intellectual paulista. Antes de debuxarmos o caracter
moral do finadol transcrevamos do Diario Popular a noticia
do l u p b r e neontecimento e os apontamentos biograpliicos do Dr.
Brazilio dos Santos.
Eis a iioticii~:
aArite-liontem, ás 4 Iioras da tarde, mais ou menos, quando
em uin bonde da Liberdade se recolhia i siia reaidencia, foi
aceommettido de uma ayiicope eardiaca, fallecendo repentina-
mente, o sr. dr. Braziiio dos Santos.
=O finado era um dos mais illustrados mestres da Faculdade
d e Girrito desta Capital, na qual, com r a m proficieneia e inuito
saber, regia a cadeira d e Direito Commercial, tendo antes ociu-
pado a de Direito Publica e Constitucional.
Com a sua morte abre-se na congregação da Faculditde
u m c1al.o difficil de preencher, some-se um dos seus mais jiis-
ticeiras mestres.
n Contava 47 annos e era filho do finado grande orador dr.
Gabriel 12odrigues dos Santos.
n O dr. Braailio dos Santos começou a distinguir-se desde
os bancos academicos, bpoca em que o seu nome appareeeu no
jornalismo, figiirando como urn dos p r o ~ i g n a d o i c sda idéia re-
pubiicana, á qual sernpxe s s conservou ligado e fiel.
«Como advogndo o fii~adoiinpoa-se pelo talento, pcla <.Tu-
dieçao e pelo estudo, logrando alcariqnr erii nosso füro um nonie
resimitado. fazendo oesar o seu nnrecer em auestiies iuridieas de
i~n;ortauri~t.
.No Coiigresso Coiistituiute do Esbado occupou o dr. Bra-
ailio doi Saiitos uma cadeira de denutado. sendo o riar,cl. uue L , A
Ali representou, milito saliente, revel~ndo'seinpreindeljeiideiieia
d e animo e um eumeter reeto.
.Eleita deputado federal, depois da dissoluçiío do Congres-
so constituinte, logo npús o ter toniado assento n a Cain:irs fedc-
ral, separou-se do SCIIY compnllheiros, abraq:~udo nqwlles que
corno elle tiiiliniii idcias radicaes intransigentes.
«Kcste posto ainda o seti nome muito se realçou, aclinndo-
se ligado a alguns projectos de iinportancia.
oExgiittado o seu mandato, volveu o dr. Braeilio i ndroea-
cia e i s u : ~cadeira da Faculdade, onde as suas liyùes crnm ou-
vidas com attençjo e nproveitamento ~ > r l o sçus s discipulos.
aQiier entre os seus collegas, quer entre os seus disciyulos,
e r a tido iia mais alta estima e eonsiderç%o.
*Eis a largos traços o que foi a vida. do vulto que liontein
baixou ao tiimulo.
r 0 d r . R r a ~ i l i oformou-se: na nossa Faculdade de Direito
e m 1877, tendo def~ndidothese e conquistado o grau de doiitor.
*Deputa dti hrilhaiite concurso foi nomeado lente s u b a t i t ~ i t , ~
<Ia cadeira de Direito Publico em Setembro de 1883. Eni IR90
foi nomeado lente eat,liedratico da cadeira de Direito Coininer-
cial j l ) n .
***
O dr. Rrazilio dos Santas figurou no scenniio politieo, pela
primeira vez, ern 1891, rliainado lielo <Ir. Americo Braailiense,
q u e fora niiiigo de Gabriel dos Snntos e eoiiheeia o i-alur iiitel-
leetiinl do fillio.
Ilr?11ublieano radical, veiu reunir-se á iiiaioria do eleiiirrito
Iiistorieo que alioiava a administraç%o hoiieita e ci>neiliador;i.
do priineiro presidente eleito do Estado de S. Paulo, e iia sua
co1laboraç:~o revelou as grzrides aptidOes da legislador, que pos-
saia.
Kinguem poderia mellior traçar a sua phpsioiiomia que 0
di.. Marti111 Francisco Filho, que foi seu z~niigo,e que em çeii-
tido neerologio bem realçou alguns dos t r q o s do dr. H r a ~ i l i o
dos Santos.

i11 Dim~CoPwzi~rde 1: de Abril de 1801.


Assim escreveu elle :
=Deante do cadaver de Brazilio dos S a i ~ t o sa alma pniilista
11% de sentir que já riWo esbi completo o coração d e nosa;i terra.
S i a iridole retraliida d e Brnaiiio nHo houvesse coiitribuido para
distancial-o dos louros da pol>ularid:~dc, colloeando-o bem longe
dos successos politieos, q u e ninguem me.llior do que elle estuda-
v a e c o m p r e h ~ n d i a ; e si a natureza houvesse concedido ao Iio-
m r m o direito de eseollier os seus parentes, todos os que eonhe-
ceranl Brxzilio dos Santos escolliel-o-iam para iriiião.
.E quaiita bondade se irmannndo a tnrita preeminericia
intelectiial ! Quarita energia ao s e r ~ i y nde tanta lealdade ! Vi-o
e adiriirei-o no preparo do projecto da Coiistituiçâo Paulista e
nos irriliidas debates da Constituinte.
.Era o ultimo a falar; ein o primeiro a vencer.
.Calmo, insistente, proiiirdnmente logico, estudioso, quando
~ l l eclirga.ara á tribuna, correlisionarios e adversarios, interessa-
dos e iridiffrrentes, todos snl>iam que tinham de ouvir rnenos
u m diaeiirso do q u e uma opinião.
*E essa opiniâo rerissiiiins veztZs deixou d e triumylinr ; ge-
r'%\a-a
. o estudo, ~iiodelava-n a eonricçáo : falava a mestre.
=Uma vez, tima uiiica vez, o desdobsaniento d a ~iolitieana-
cional equiparou o inzrito de I%rnzilio dos Santos d posiçiio que
l h e conferiu. Xebentára a revolta dn i.srluadra. O iiieerti quó
,fatn -ferni~t~ ~ s bi s tie ~ edetui impiizera ao liaiz u m niomento dif-
fieil, uiii:~ occasiho oppressorn. Uina cainaraiinanime i a conferir
:to chefe do poder executivo a dictadiira, m:is dietadura inteira,
complets, inillndirel. 'Jas ruas msrcliavam 03 bntalhGes; nas
praias rugia o tiroteio; no mAr tralialhava ;L artilharia.
<<Orecrio cedia logar á certeza do mal.
a 0 terror govei.uava e adriiinistravn; quando, porrm, guia
elle leaislnr, Hr:izilio dos Sxiitos, sá, firine, valente, brioso, dis-
5,:-lhe : - NWo !
SE, no lado da dietadurn triurnliliarite, ao lado d e uma as-
scmbl6n que desiste dos seus direitos e apaga a lista dos seus
deveres, apparece, iin historin ~intrin,o viilto do dt:putado pau-
lista acertando contrn o erro geral, e z ~ ~ i t a n doo seu coto enz
sepnrcdo, como urna ilha de direito oiide se puderam abrigar tis
iinufrngos do pntriotismo !
Ficou sá. Q u e ficou, 1>osDm, com a verdade, attestam-no d e
sobejo a s coiisequericias de siin heroiea derrota; diz a lenda qiit:
Christo taiiibem ficou só q u m d o defciidia a egualdade liumana* (1).

(11 ~ i n r i nPo,pulir-D:. Brrzilio dos Santos -pelo dr. 31artim ~lraociaco-transoripto


da Cid"d< dr A'nnios.
Sii, era iiin homi,in popular o dr. B r r ~ i l i odos Santos, nem
despri.c:~ru em geral s?mp:ltliins, pois era rri.trahidn, bru.sro, c.
nRo eeilia unia linha do qiie jul-ara insto e rnzoavel.
Aos principias que adaptava para s u a vida publica, ao idcnl
polirieo a que consagrava sua dediçaqão, tudo sacrificava :-COR-
xideraqi>t,s iinssoars de amizade, canvenieneias de iiiomeiito, seu-
tiuieiitos e liga';iç3rs, s6 obedecerido ao irnliulso da coiiscirneia.
s i i e roriil,<:u com o dr. hirierico Rraziliei~se,d e
querti divergiu no golpe de Estado de 3 de Norembro; assim
Iiroci?ciru perante as netos do l\Iar~.cbal Floriano, e veiu filiar-se
1i:al e resolutainente aos que eonspirnvain contra aquelie poiitico.
S ~ i s ~ > e i t a dpelo
o poder, foi preciso oceultar-se, por haver
orderii de i>risko contra elle, e n v o l ~ ~ i dnoa tentativa Nilo Deoda-
to, dc d e s t r ~ i i ~ Ado a grande tuuel da Estrada d e F e r r o Cent,ral.
Xiio si: recolheu .i inactividade o dr. Biaailio dos Santos ;
mas, nm:rdiirecida a sua convii:qào da necnssid:ide do systeiiia par-
laiii<,iitar agremiou-se com outros adeptos da mesina reforma, e
eonstitiiiliio-iiris no grupo que l<ivaiitori primeiro u brado da
Rrpilb!ica Pnrhineritar com programa de I>artido. O notavel
niaiiif,,s,o publicado a 1." de Dezcrribro dp 1895 6 quasi todo d a
exclusiv;~eoiifecq&o do dr. Urneilir> dos Santos.
Lisçi~iidiziniiios :
u Arrogando-se a iniciativa de congregar sob uma bandeira
partiilarin, r com programnia defiiiido, os elein~ntosesparsoa, mas
fortes e numerosos, que ern prol d a reforma do actual reginien
polit,ico se vao msnitèstando neste Estado, bem como em todo o
paiz, onde quer que a inspirasno patriotica n t o se conforma
eniri a desrraca da patria nem S P acobarda ante os poderosos do
dia ncreditarn os abaixo assiariados que cnni este empreliendi-
rnento interpretam e satisfaaein urna iiiadiavel e vebeniente aspi-
raqXo popular s.
De niodo v i p r o s o e conciso historiava a proclamuç8o d a
Kq~~ul>lie:i,descrevia o modo por que fora acceita, e de que rria-
neira ficoti composto o Congresso Constituinte, e em que meio
agiu,-bem como s corrente de infliiencias que actiiaram nas dis-
cussões dos principias basieos da C,onstituiçRo votada.
Prose,rruirido nessa analyse a f i r m a r a :
= Tal foi rr geiirsis da Constituiqão de 2 4 de Fevereiro d e
1891, creayão do cezariamo associado a u m pequeno grupo d e
tlieoristns fanaticos, e l>ropiciado pela coolierasão interesseira
&unia clierrtella aceamrriodatieia de aventureiros politicos: extor-
';%o da prepotencia e da fraude, destinada a consagrar pelo voto
- 727 -
naeioiial e sob vans i ; r r m ~ ~ . lde : ~ democracia iei>reseiitatira. 3
,dietadura quatriennal, oniiiimodn e ii~coiitr;istavel, de u:ii presi-
d e n t e irnlrusto liela f o r a ar:iiada ou snffrazn<lo ijor svirdicatos
" de L

empreite&.os d è eleições.
.O presideucialisino, entvetanto, já o liavia repudiado a nie-
I h o r doiitriun; e pelos seus irsultados ex11eri:noiitaes nos paiaes
q u e o colriaram da Constitui?%onorte-americana, não mais devera
tentar aquelles q u i cogitni.sem sinceramente d e eseolher a fiirma
de governo mais consoaiitc ás condiç6es da inoderna democracia.
aCnracterizado pela iiidrpendenria absoluta do eseiiitivo ante
.os deinsis poderes do Estado, C o ~~resideiicialismo, na realidade,
e eomo a propria denominaçan o diz: a Sómia oovornilmental em
qoe a preponderancia. p o l i t i c ~prrtence ao presidente eleito B (1).
F g u e depois numa ariiinrentaç%o cerrada, logiea e irres-
w n d i v e l . a desenvolver os diverios toijicos do i)roei.aiiiina
,, narla- A
Lentarista, sem deixar os inaij delirados, qiie são Iii:rftiitauiente
elocidados por um criterio suljerior inflexivel. Para exemplo
citaremos o Aseguinte trecho ( 2 ) : -
r Allega-se: na verdade, contra a adaptaç&o d a fórma parla-
.mentar ao no?so pai., que ella é inc3inpativel coni o regimen
federativo, a mais importante conquista da revolução de 15 d e
.Nor.etnbro.
n Nada mais contrario :I evidencia; e, sinão, rejimos.
o 0 centro de gravidade no presidencialismo é o delrositario
,do poder execritivo, eleito por todo o paiz e consequenterneiite
representante da soberania da iisçAo, cuja unidade politica nesse
fnnceionario tem o seu argam mais importante.
a No sgstema parlaineiitsr, ao contrario, a supremacia gover-
n a m e n t a l reside nas camarasl corpos collectivos, para cuja com-
pwiçi%o concorrem os Estados, que são formal e effeetivamente
representados por delegados especiaes no senado; e eilectiva,
posto que n& formalmente, por depiitados,. que apenas por ficção
s e consideram representantes da naçüo, pois na realidade repre-
s e n t a m as circumscripções eleitorar8 que os elegem.
Portanto, numa federar& de Estados, oqqanieada segundo
o regiinen parlamentar, a tendencia dominante seria par% favo-
recer a autonomia e os interesses particularistas estadoaes, era
diametral opposição ao que sucecde sob o regiinen presidencial,
,como se observa nos Estados Cnidos da America do Norte, onde
.areacção centralista eoritrn as prerogativas dos Estados dia n
d i a vai ganhando terreno 3 .

( I ) nnoifesta ~ e p o h i i e s n o~ a r l a i r e u ~ a i i a t ~ . - s ã oPaolo 168.;-pag. 4


2 1 nanifeat. cit. pag. 7
Continuando na exliosiq8o de doutrina, n%o se esqiieee de
bater as ol>jecçíies iiiiprudentes dos que coiideiniiain sem esarne
ou prejulgnni das idias sem maior escrupulo.
Para eseinplo, mais esta transcripçiu (1;:
uKEo meiios iml~rocedtinteE a argriiq6o dos que p~eteiidein
divisar certas affinidiides entre a repoblica ]>arlaiiieiitare o rrgi-
meri monarchico, funilados ein que a eleiqùo yresideneiai feita,
como ria Franqa; pelos iireinhros das duas caiiiaras, iiiil~ortaunia
limitaçâo 6 soberania l i o l ~ u l a r
.r Os que aesiin arguinentarn esquecem que o innndnto popii-
l a r iad da perde de siia força por ser indirrcto. Ka VniZo Korte-
Americana o pwsidente é escolliido por n i i i cortio eli-itoral limi-
tado, para tal fim coristitiiido pelo suffragiii poprili.rr, r nem por
isso alli sc reputa e~rfraqurcidoo principio deinoer;~tico.
aNKo &, pois, ira presupposta IimitaçXo r10 elerneiito popu-
l a r qu« se funda o pi~rlairientarinino,1)ori.m n a inaiiifcsta incoii-
venieiieia de instituir-se um dualisino politico, causa 1i<,rmanerite
de coniiietos eiitre dois l,oderes qiie se arrogam com egnal dirci-
to a delpgaçio da snberani:~nacional; e assiiii tariibem n a ver-
dnde, por ~ u a evidonti.,
l de que sómente 110s corpos collrctiros
póde a nayão ser rriIiresentadn com os seus inultiplos elemeiitos
yolitieos e socincs, nn prol>orçao da força e iinl>ortaiieia de cada
iim >.
S e ~ > u edcpois no exame historico do qiie tem sido o presi-
dencialisnio nas reliublieas american:is, e depois concliie:
n E tal C., ria verdadc, a consequencia, inilludivel do presi-
dencialismo republicano, onde quer que ttinha sido praticadn-
eonçequeneia que se iinpoa aos Norte-Americanos, após ~iiuitos
annos e apeaar da resistencia federalista, coiisequeneia que se
impiie aos brazileiros logo após a advento do governo civil, vin-
culando-o i tradicção oli~areliicado militnrisino triuml~hante,
que alias aguarda o mominto de rraíliimnr a sua supremecia,
sendo, como 6, a mais eorigruente espressao do regiincn que elle
propsio niodeloii ira constituiçao republicann.
Alii estâo, pois, os proprios factos qiie assigiialam n róta a
seguir, parn a reçeneraq3o ou parn o aniqiiilamento da pzztrin.
h rxperieiicia i; de l>oiieos xnnos, portiii fecunda rle eloqiien-
tes e duros ciisiiiamt!ntos : o patriotismo j:i não tem o dirrito de
illudir-se e de esperar!
e O pogramina do Partido Republicnno Parlamentar se
eonsubstaiicin nas seguiiitr.s theses, susceptiveis de niaior desen-
volvimeiito :
-« Eleiçio do Presidente da CTniáo pelo Congresso Xaci-
onal dentre os seis caiidid;rtos iiiais i.otados liclos corpos legis-
Iativos dos estados.
-n Responsabilidade do Presidente e dos seus ministros pe-
rante os representantcs dn nar;&, conferida i Carniira dos Depu-
tados a iniciativa da accusnç%o e :io Scnndo o j u l ~ a m e n t o .
-n Effeetividade da autonoini:~dos Estados, ein cujo terri-
torio, a náo ser na zona das fronteiras e exceptiiados os casos
de estado de sitio e de iritervençào decretada l>elriCongresso, n2o
tenham ingresso as forças federaes.
-n Representação das minorias por meio do voto cumu-
Iatiro.
-c Medidas assreiiratorias da liberdade eleitoral» (1).
E como a nossa historia politica tem justificado a iiinior

-
pnrtc das previsões assignaladas nesse dociiiriento !
Ainda durante os arinos de 1896 e 1897 seruiu o Dr. Bra-
zio dos Santos com cesto interesse a mai.cli,a politica dos p ~ r t i -
dos, e coiiviveu coni seus eomuanheiros sirnatarios
. do JIniii-
festo.
Depois, sua iiitransigencia e descrrnça. clitaram-lho um com-
pleto retrahimento, ao nienos tempornrio, desde que r i u rnallo-
grada a organização de seu pxrtido pnrlamentarista, pnjnnte e
yrompto para combate.
Dedicou-se á adrogacia e 6 cadeira de mestre. Alli era ou-
vido e respeitado.
Xas renniíies da Congregaçno o seu voto era sempre ditado
pelo mais eleiado principio de justiqa, independeiicia e ninor da
liberdade. Nesse sentido, e strrnlire, manifestou-se energica-
mente contra todas ns invasGes do execiitivo contra as preroga-
tivas da Academia. Xâo podernos dar melhor final a esta noti-
cia do que o escripto pelo Dr. JIartim Francisco Filtio lia Ci-
dade c7e S~aatm.
a Yorre Brszilio dos Simtos ein pleno vigor intcllcctual.
Morre seni haver occnpado as eininencias para as quaes cstara
preparado.
=Como se repete a historia! H a quarenta e trez anrios
tambem a populaç&o da cidade de São Paulo, surprehendida pela
noticia do falleeimento de Gabriel R o d r i g ~ e ç dos Santos, do
araiide orador dernocrat,a, do revolucionario de 18t2: que a in-
r e j a r a iritigra haviam atirado á margem da direeção social,
acoriil>anhnva-lbe o cadaver, cliorz~llvs-lheo prematuro desappa-
izcimento, prestando ao morto a justiaa que 03 vivos llie haviam
recusado.
<< Segaia O prestito funebre; ia a terra receber o radaver.
Da nru1tid;Lo destacou-se um poeta; o poro, enternecido, escu-
toii-o cabisbaixo, até .que as estro~ihesfecharam com o

Cubra-lhe a campa a liberal bandeira !

« este tambem o rpitaphio d e Rraailio dos Santos.


o Inscreva-o a saudade peulistn n a sepultura do luctador
rlno toriihoii 2.
Dr. J o a q u i m F e r n a n d e s d e B a r r o s

O historiador ou, antes, o sociologo que hein qiiizer conhe-


cer da evoliii%o niental e politica dos j>aulistas no p e ~ i o d ofinal
do seculol não póde omittir ou deixar eiu silencio a l,iagral>liia
do Dr. Joaquim Fernandes de Barros, a qual, com as dos ante-
riores, vem completar os dados que melhor farâo c o n ~ ~ r e l r e i i d e i
essa niareha natural.
A iiiorte coma que coniprelienden que eeses tres typos, tZo
differeiites e nntagonieos e m sua apparencia-o Conde do Pi-
nhal, R r a ~ i l i odos Santos e Fernandes de Barros, deveriam des-
apparreer ao mesmo tempo, para se não roirilier n nquilihrio e :I
hnrmoiiia que, em vida, a-indo eiri direcqi>es oppostaç, consegui-
ram para a terra que tão nobremente estremeciam.
;I doutrina e r o l u t i v i ~ verifica-se no terreno intellertunl e
sociologieo com a mesma precisão coiii que n a historin nntu~ml.
O desenvolvimanto e as pliases iuccessivas se ~iateiiteiaiii
nos ~ O T O S F nas sociedades como nos organismos vegetaes ou
aiiimaes; por isso a observeç" ottenta d e cada individuo, que se
destaca por uma qualidade qualqlier, no seu tampo e na seu rniio,
deve i r a r seguida e registrada eoni o mi:smo cuidado e earii,lio
coiii que o ~ h y s i ó l o g oestuda e investiga a f i i n c ~ ã ode uma cc,lliila.
Quem tivesse conlieeido ~ieisoalinentr o d r . Frrnnndrs de
Barros e foise niedianamente sabedor da Iiistol.ia dos halidei~an-
tes panlistas, esse teria visto nelli. uiii perfeito h e ~ d e i r o dos fx-
migerados Barros que ligarnni seu rioirie a actas de bravura e
energia, n a conquista do sertzo e na lucta contra o gentio.
T i n h a elle o earaeter altivo e resoluto de seus n i i t ~ : p a s ~ a d i ~ .
ao lado do grande amar que votava a S. Paiilo, e da 1r;iIdiide
que m.?ii!iiiba nas suas relaçúes soçi;~es.
O Diario Popi~lnide 3 de Abril d e 1901, iioticiando a s u a
mnitn rsci.evcu:
r O dr. Joaquini Fernnndes de Barros, cujo fallecimeiito
notiçii~itioshontrin, facto que se deu ein narretos, no dia 31 d e
.
3larco., dorninrr. -
'~. era u m hoinern honr;ido. uma intelliccncia clara
e justa: e u m caracter inteiriyo, bello e franco.
a Forii~ador m direito ],ela nossa faculdade, não sabemos, n o
morni~iito,si no conioqo de sua rnrreira scgiiiii a ;idvoeneia oii a
magistrat7ira. O que sabeinos, e i! de nossos diiu como jornal, U
que o eoiihricemos cin S. Paulo, em plena actividade, como u m
d<is rnelhores republicanos do tenipo cla p r o p n ~ a n d a ,c coiiio in-
dusti.ia1.
<< Nos ultiuios annos da nionarcliia, como sabem todos: a
l ~ o f ~ a g a n drel~uhlicana
a a~iresi!ntuu em S. Paulo duas phases si-
rriultaneas, tendentes ao inesmo fini :- a 7hase chamada eiitao
erolircitii~ist<~, a que peitrneiaiii os pr<ipnpaiidistns e direetores d e
maior resI>oiisabilidade e mais ein evidencia:- e a phtise scpam-
tistra, entliusi;isticnni~nteagitada por l>rul>ngandistassem maiores
reçponsahilidades partidarias; e que riicontrnrn ruidoso e aniplo
nuxilio na mocidade r<~l>uhlienda d e ent2o.
a E l t a pliase era nccrita ~irorisoriaiiientenos arraiaes x e ~ ~ u h l i -
canos cnriio o raminlio mais curto lmrn chegar-se logo I Rrl~ublica.
O dr. Joaqiiim Fernnndcs de Rnrros foi u m dos iiiait; ns-
siduoa r: b~illinntesporta-vozes dn pliase sel~aratista. Tcndo sido
iiin dos primeiros a laiiqar n idéia aos quat,ro ventos e a aceen-
tiial-a como ideal e programm:i politico, fui um dos ultimos a
abandonar o campo de batalha, c:iinl>a r m que tinlia por baiidei-
ra o jornal sepirz~tistaque fiindoii o in;iiitrv<: á sua custa. E
sri reciioii quando iaeeyeradas aeontecimentoa soriacs surgiram
n a historia de nossa ~ i a t r i a ,iiioditicando coiiipleti~mentr: a ordeiri
das cousas n o sentido dc fJvr>~.ecer o advento da Xepliblicn.
c< Proclamada esta, entregou-se o dr. Joaquim Fernandes d e
Iinrros exciusivamiintt? n preoiculia~5t?sindustriaes, genrro do vi&
ern qiic, parece-nos, n i ~ ol l s~o n i u a estrella do seu destino.
n E a pouco e ponco foi clle drsaiipai.eeendo da roda dos
amigos, rerluso no Ia?., f u i i t i r v da publicidade.
« Hornem Iionmdo r brioso, caracter nltiro, poucos sabinin
da sitiinriío dificil a que c b ~ ~ o sem u , o menor desar para a hon-
radez do seu nanie.
e E foi entiio que se lembroii, em boa hora, de appollar
para a sim carta d e hacliarel, inscrevendo-se ern concurso para
jiiiír de direito de uma das comnrins vagas do Estado-, eoiiiarca
para a yiml e da qual, tempos d<yois, foi transferido liaia a d e
Barrt:tos, onde exercia o jiiizado com jiistiqn, presteza e scirucia.
Hoin amigo, bom pae de familia, siicciiiiibiii a uma eon-
estia cerrbl-:LI, e n noticia d e sua morto fui rrrebida com gran- '
d e coristeriiaqfio por todos que o eoriheceram o que corn elle ti-
varain relações, pois se firaia logo estiinnr pela lhaneza do trato,
franqueza dos liençarnentos, o-desataviadii, natiiral bondade d a s
e.q>re%%s.
Xixito collaboroii o dr. Joaquim E't9ili:iildes d e Barros em
nossa follin, da qual era velho airiipo.
a T ~ n q i ~ n drayidnmente
o estas !inbas, ftuemol-o com inteiro
espirito de justiça o scntimos qnel por f;iltn d e outros dados se-
jam ellas diilicirntcs :,o tratar-se dc uiii Iioriirni que soube hon-
rnr durante a siia vida todas as grandes q x ~ l i d n d e s do eoraçiio,
do carneter o da intelligcncia n.

**:i
Coilvern ainda registrar aqui u m facto qiic. amplia a noticia
d o Diir~ioPopzilar, e qiie 6 Iiorirosissirno tanto 1,ni.a Feriinndes
de Barros coma liara o d r . Bernnrdiiio de C a ~ i i ~ > o s .
Fernandei de Barros e Hoincio d<? Carvalho, o auctor d a
noticia aciinn transeripta, davam-se intiriiaiiierite desde a tempo
da p r ~ p n ~ a r i drepub1ic:tna.
a Fornandes de Harrns desa~ipnreceii
d e S. Pniilo após o revea snfirido n a sua pbiisc industrial, -
revez a quo resiatiii e dc que se snliiii com honra. S6 mui poucns
pessoas sabiam do seu paradeiro? c e i a s inrsirias eram d3 fainilia
e :,.unrdnram dn facto iiiteirn rrserra. Fcriinndrs de Bnrros, p u a
niio ser p s n d a a riinpuciii, tinlia partido 1inr:L a iirattrr do Estado
de Minas, ein busca de emprego que l h e dAse no menos l>iirz a
sua mnnutenqão pessoal, até qun os teinlios inrlharassem.
Si nnn iias falha a rnernorin, foi riii urna das f:izendas d e
eaft. do niunieipio de C h i que elle se eiiipregoii coi~io ajudante
de xd~iiinistradoroil rçeril>turario, e fi>i dt? l i q.ir?, muito tempo
de&lois, com extrnordiriaria surprrzn, rr.c<,beii dclle u m a carta o
s e u aiiiiço Horaein de Cnrvalho, e. deliois outra e mais o~it.i;zs,
at6 que, provocado e instado pelo nniigo, llie confiou a situaçâo
nctrial em que se n c l i a ~ a .
Sabedor dessa situação, IIarncio de Cnrvalho proeuroii iiume-
diatamente o d r . Ilernardirio de C:iiiiiiiis, enriia presidente do
Estado. As revc1:içCei riiío podiain s c i sinBo rle e i r a c t ~ rintimo.
O d r . Bernardiiio d e Caiiq>os,muito I~eiinlizado,ertranh:indo q u e
F e i ~ i n i i d r .d~e Barros, o \.i!llio e distincto eompaiibeiro d e 1irop;r-
gande, tivesse drixndo de liroeurar os nmigos (--forte, rriesmo n*
adversidade!), porque a verdadii t. que iienliurn delles snbin da-
qnella situayno, -o di. Ecinn~,dinode C:liiipoí disse ao intt:rme-
diario :
-Escreva-lhe, ji, que r c n b n quanto antes. Doir-lhe a pri-
meira proiiiotoria qiie se vngir. E' o que se póde fazer p o r
emqnanto.
h carta foi escril~ta,e em tnes trrnios que, dentro de poucos
dias, Fernaiides de Barros esteve em S. Paulo e seguiu p a r a c,
Behe<loiiro iioiiieado proiiiotor publico daquella coniarca. L& s e
instnllon e recordon os seiis rstudos de direito, I i a ~ i amuito xban-
donadob; l i se enf?oiihou 8ni todas as novas leis, decretos, res*
sol~iqfies e avisos fi5deraes e e s t a d o a ~ s ;da Repiiblica; lá se man-
teve eoiu taiirn justiça, tanta dignidade e cnr:illieirisn~o, q u e foi
de todos qiierido, de todos procurado e oiivido, alma singella e
geiicrose, forte como >r de uin baiideirants, e, na siia rusticidade
aplxireiite, irii:ig;i cnnio a do unia creanqa.
T m diii: n Horacio de Cnrval!io diise o dr. Reriiardino d e
canipos :
- D i p ao Barros que estiido e vonhn fazer concurso para.
juiz de direito.
Foi uniri carir[ianba para con~egiiiristo do promotor publico
de Bebedouro. Xlle ilnagiuava, nervoso, qiie esses concursos eram
terrivcis, de iinin dificiildade quasi inrencivei ; e, rheio já d e
fios do jiratn iia sua harha loura, hesitava em sujeital-os ás foreas
caudirias dessr ultimo exnnie de dirvito.
Afinal, xetteu-se erii granrles esti!dos: veiu; inscrex-em-se,
fez a eoueursi] e, sii entAo, foi nomeado jiiiz de direito d e Rar-
retos, "ride iixo havia ningiiom qiic o n%o r?stiruarie com verda-
deiro affeito, e onde a sua niorte lançou a dor e o lucto em toda
a ~ o I > u ~ ;da
L ~ cidade.
~o
1;' coin prazrr que registramos este facto; porque n ã o é
elle cominuin entre os nossos aiitigos com~iaiiheiros de propa-
ganda.
Xnr;imt!ntr se vi. rçsn insistoncin d o arnioo bem eollocndo-
no seiitido de dar a m;io ao amigo ferido pela adversidade.
O coiniiiuin, nos que estio no :dto, é o esquecimento d o s
que estio VILI bniro - rnrsmo qiu: como velhos luctadores te-
iihaai predado seriiqos iiiolvidavcis.
Segundo O ,Yeria,~eju; orgam local, coiii o fallecimento dc,
Dr. Fer:inndeu de Barras toda a cid:ide se cobriu de dor e Iiieto,
como si fosso uma fnmilin que tiresse prrdido algiini dos s o n s
inais estreiiiosos e nielliores riienibros.
X
**
l'rocurinios preencher a falta iiotadn pelo Biario Pol>*ilat,
e nKo tiveiiios a felecidade de obter dados inais positivos Acerca
da v i d i ~do Dr. F<~riiaiidcsdo Barros.
Vanios, porilm, dar o nosso testemunho pessoal de quanto
era sincero e ardente na propaganda das idcias sepnl.nbistas.
Esse grnpo, coml>osto do Dr. Pra~tiicisco Eiigenio Pacheco,
Martim Francisco Filho, e outros enthiisiastas, iinliriniiu snleo
profundo na historia de nossa epocba e creou a idé.ia de patrin
pauli.stn.
Ao bibliographo e s t i rezervado o colleccioiiariieiito dos ;cs-
criptos e folhetos pi~blicadospor essa corrente, como documento
d e valia para o futuro.
S a memorix dos hoinene Ienes e honrados perdurará sempre
puro e invejavel o nonie do Dr. Fernandes de Barros, como nas
lendas de nossa patria perdura a fama e o valrbr de seus ascen-
dentes, circun~dadosdo culto e do rrsyeito que têm attrarossado
todas as áras.
DR. ~ I I K A N DAZETEDO.
A
Dr. José M a r i a C o r r e i a d e Sá e
Benevides

Aqui está iim caracter e uina individualidade, C ~ 3% P 1x.r-


trriceu a siia epochn, dada n organizaçno intellectual e os seii-
timcntos religiosos que Iiroii.si:l\-n, pois a sua estruetura cerebral
coirio que se formara no'. seeillos metlier~aes.
Descendente de uinn illustre f:.irnilia historica, o Dr. Jos<i
d e Sii R Benevides conserrava puras as crcnças e a f6 dos an-
tigos fidalgos catholicos, f x t o respeitado e n t r e os seus, q u e ti-
veram iio episeol~adobrazili,iro u m dos seus innis puros reiire-
seiitantes, - n a diocese de >Inrianiia.
A biograpliia do Dr. Benevides G mais uina prova do que
sustentamos, - da r v u l u ~ f i on a historia e iio iridiriduo, segundo
as mesmtrs leis que n o I I ~ ~ ~ Y P T S O .
E' urn caso de parada do desenralvimento ou de regresso
ao typo nnceatml, - ist,o, iio bom e e1i:vado ponto de vista seien-
tiíico; pois 36 assiiii se poderi esplicnr esse typo ii~rclligente,
syml>atliico e respeitarvil, q u e se batia i>elns antigas idi-as t:
que queria que toda n s e i ~ n c i aiiiodern:~ fosso a Iiiirriilde a,icilTr~
ihco7igiea.
Nutrido de bons e solidos estudos d e liurnanidndes, ftiitos ri<,
antigo Collegio de Pedro 11, onde se bacharelnu, veiu cursar a
Academia de Dii.eito de S. Paulo e m 1852.
Nessa epoehii era activa e nãitada u vida intellcctiial dos
academieos paulistas, pois notaveia talentos cstr*avnnil uns, -
emquanto outros firmnvniii de vez a reputação que n~iiia tarde?
e r a coiisagrada por todo o ~iaiz.
A s associações littersrias, os jornaes e revistas ncadeiiiicas
rriantinhain, fomeiitauarn sustentavam essa f i u ~ t i f i c > q a opo1.
meio de polemicno, de einiilaqões riobres e de triuiiiplios bem
dispntndos.
O jovtii neadeniico Sá e Beiierides concorreu com galhardia
c01u os cnllrgiis e obtrve merecido ri:uonrr de ii:telligcnte e
illustrndo.
*Y*
Traqnrido a sua vida escrei.0 u m joriial :
3l;iia i i ~ niv.~lto glorioso nas lettras juiidicas desapparece
eoiii o fallr.iiiiii~nto do reiierando mestre dr. Jos4 IiI;~ria Corrêa
de Sii c Heiierides.
Eatiidnrite que legou Bs mcmorias de seu tenrpo u m iioine
fest(>,j:idissimo, o dr. Benevides r1r:vau-se bastante no conceito
de rodos !inr nccasido do coireiii.io que fez para lente; conquis-
tando o l,riiiiriro lagar iin rlnsiificac~n.
n ~ < U I I I P ; I ~ O O illustie ntiiieto, com brilliantirriio regeu a s
cadeiras de Direito Iiatural e Ilircito Publico, meroeendo dos seus
disci1iiilos enrquivocss drmonstraq6es da respeito e syinyatliia.
O dr. Benevides adrogoii al:.iirn tempo no Rio d e Janeiro,
com José Eonifzicio.
« Coirio liolitico, niilitoii lias fileiras do ynrtido conservador,
mantendo 3e11ipre firmes as su;ia crenqas monarcliicas.
a Presidiu no sutigo rcgiiiieri as proviiicias de Ninas e Rio
de Janriro. Deyiiitado ii assriuhl6n proiiiicial de S. Paulo, tomou
inrrr sxliriile nas discussões, sendo tini dos vultos mais notnaeis
i, ,e; ".is1.,itiira de 1872. Descrente e desgostoso, abandonou por
eoml~latoit \:ida iioljtica, dedicaiido-se exclusivameiite á adio-
cncin, n a qiial sempre brilhou pela sua vasta illustraqão e pro-
bidade. hl>ei.ar dt. instalitemrnte coiividado por arriigos e cone-
ligiorinrios: recusou liresidir n provincia do Rio, nos ultimas
annns do antigo regimrn ( 1 ) a .
Pertencia i. gerasão dos idea!ista; d e 1830, pois nasceu mais
oii nieiios nessa epocha, rio llio de Janeiro, onde era srnnde a
correiite roiiinntica yiie dornirioii nas lettrns. Pilho do gentil-
liorni~indn i i n p r i n l cainarx - José 3laria Cor-Ca de SQ: e d e D.
Leoiior 1l;rria 3aIdanl-a da Giiiiiir: cresceu naquella atniuspliera
social. yiir l h e serviu de nriibiei~ai! durarite toda n sua vida: em-
bora iparececse R Ç ~ ~ L Iem . olit1.0 meio.
Crii 1X58 defendeu tliesrt liara obter o gráu d e Doutor, e
alçaii<:ou e i a distiricqZo, qiie rinqiiella epoeha, era suficiente para
consa*rni. o inerito e n aplilieario d<r qileni a conquistava.
1;in 1865 coiicorreu a uin dos logares de lente da Fnez~7-
dade rla D i ~ e i t o ,dius*:rtando em sua these sobre o ponto: - O
artigo 6." rln Cunstiliri~iroé cr,nst.itueio?znl 4

11) U i r r i i i'aplrior- 1 1 de ~ b r i ide laoi.


?Ja oliiniio do conteiri!)o?aneo foi miis uma 1-ictorin qiie
consr:uiu. de sorte que a cadeira obtida foi jiistn rccoiiii>rnsa-do
sei1 inerecirnento.
Quando fogos nomrado lmra o 10-ar de lente da Acaden~la
de Direi*,, j i 18 não estava o Dr. S i e Benevidos q a r se tinha
jubilado. Beni vivas e honrosas erain, porêm. as referencias e
recordaçoes dos collegas, muitos dos quaeb tinham sido s e t u dis-
cipnlos.
A nota predominante de suni 1irelecç6es, quer ria cadeira de
Direito Xatural quer nas licçnes de Direito Piiblico, era a cntho-
lica mais orthodoxn possivel, iiRo discieliando uma linlia d ; ~ sidéias
do Syllabus. T a l porêm era n sinceridade e erudicào qiir? rnos-
t r w a n a cathedra, que se impnnhw consideração e ii estinia
dos discipulos e adversarios extremados de siias idéias. l'u-
blirou alêm de outros trnhallios jiiridicos e litterarion-a Philo-
sophia elementar do direito piihlicn i,iternol t e ~ i ~ p , i i nel i~niiter-
sal e a Analj/se da Constit.i~icríoPoLitica ($0 Inzperio do IJrnziZ (*),
que foram elogiados pela imprensa e peloa profissioiiaes.

Relacionado e considerado n a Provincin de S. Paulo, foi


eleito, pelo partido conservador, del>titado á hssrrnbléia Provin-
cial em \,arias legisiatu~.as,C a h i rerelau-se orador distincto e
hahi! na discussão de varios nssumptos.
Entre as qriestiies que mais a p a i r ~ n a i i ~ m
OS deputados n a
l e ~ i s l a t u r a de 1872. ununirneiiir~itr coi~serradora, figura n d a
obrigatoriedade do ensino, que o Dr. S i e Benevides coinbateu tenaz
e vigorosamante - contra antagonistas da ~.a.lorintrllectual do
Dr. R o d r i g u e ~Alves.
Com a subida ao governo de seus correligionarios em 1868,
foi conuid:rdo para administrar entre outras a Prorincia de Xi-
nas Geraes, cargo que desenilienhou suicedrindo ao Dr. Doniin-
gos d e Andrado Figueira, que alli iiiangurára com violenta e
oppressora acção o dominio const!rvador.
O Dr. S i e Benevides eiii:ontrou exaltados os aiiiniaa e as
paixóes, divididos at6 os propriou correligionarios, e n provincia
em rnAs condições fioaiiceiras.
Apezar da torrivel opliosiqAo que llie moviam os liheraes,
conseguiu poi sua illibada honestidade e por seu criterio admi-
nistrativo, melhorar grandemente as condições geraes da provin-

(1)
vide Dr. A. 8. Blake-Dico. bihliog. braz. Yol. 5.O pag. 41
c i i ~ :e; l,elo menos, quando deixou o palacio do governo, ililo
tL17e que iaiiientar injustiças p a r e s e ~,eseguiçi>es eonlo eram
couiinuns nesses pcriodos de agitação l>arsidaria eui varias proviri-
ciasdo Iirnzil, sempre que liavin inudi~nçade s i t u a ~ 3 opolitica.
N a Frovineia do Xio de Janeiro, qiie pre5idiu poucos mo-
ses, riir!lhor deixou aceentusda s siin norma de lornc-m recto c
esclxrecido. Sabr:m oe coiiteinporaneos que deixara aqiielln pre-
sideneia por nZo ter qiierido sujeitar-se a dccrctar unia medida
asigida por uiii seu amigo a chefe liolitico ; mas que a sua cons-
cieneia não justificara. Poiiio a poiico foi-se isolando da acti-
ridade politica, porque observava qiie, n a \.ida dos partidos, a
1111reza e a iritrsnsigencin d e priiicipios nào se coadiiriavarri coiii
as exi,~rncias
: e as coii\-eirieireias da liratica do4 chefes e dos
correligii>iiarios.
Einbora solicitado pelos amigos, que l h c eoiiheciain o ralnr,
quando subiu de iiovo o li;irtirlo conservador u s a aceeitoii abso-
iuta?;riieiite posiçáo alguma, e isso pririeipalmente porque se iiia-
:rii:lra por causa. da celebre quesElo religiosn, que occasionou a
l>ris&odos bispos de Pernambnco e do P i ~ r i .
J i no lmia tniirbein se tiiiha forinsdii n corrente do partido
cntboliru, e n a sua orgnniaaçio e dnsenvolviirierito ernliregou o
Tlr. S i e Beiierides todas as energiiis de sua iilina e todos os
priiirores da sua intelligencin.
Aqui foi o fundador dos diversos c l i ~ b se cireiilos catboli-
cos, dirertor d : ~iiii1,rensa qiie l>ublicnva iis idkias do novo par-
tido, e c l e f c respeitado de todo o niovimento quc nesse seritirlo
se estendeu por toda a pl.ovincia,
Proclariiadri a Republica, n%o esmoreceu n a sua propaganda;
autes maior iinpulso dei1 aos coiii~~anlieiros, e foi u m dos raros e
nobres er<.mpilos de fidelidade (sem eclipses iieiii Iiesitações) rio
antixo reginien c i s velhas crenqas politicns e religiosas.
Diiránte os mais tormentosos dias de a g i t n ~ & n d, e estado do
sitio, da revolta,-sempre Eirriie, manteve elle suas crenças e re-
ligiilo, i luz do dia, á face de todos, com a incsma calma e a
znesuin serenidade de quem cumpre seu dever, ~ i ~ a l g rtout i. ct
?itdl/l.' toz.rs.
E tão respeitavel era o seu caraetnr, t%o nobre o seu pro-
cedimento, que apezar d e seu proximo ~,arr!ntcseo com o nlmi-
raiite Saldanhn da Gama, nem iiitia só voz se levantou para
accuzal-o, nem u m só exaltado se leinbroii de apontril-o á siis-
lteita da dictatura.
E o Dr. S i e Benevides não se occultara e n%o se r e t r a l i a ;
ao contrario, estava sempre n a impreiisa. Ko Com.~itei.eio de S.
Pari10 eram frequentes e seguidos os seus artigos de combate c
de censura contra a Kepublicn e contra os reliiiblicnnos. P o u c o
antei d e expirar a 10 de Abril, ainda ejtava clle nn. brecha.
Casact,e.r puritano, era estimado por muitos e venerado por
todos que o conheeianr iiitinin ou remotninenti!.
Aos que seguem a doutrina espirita, o Dr. S i e lienevides,
pbde srr ex]>licado como a encariiaçao de um espirito 1,urissinro ;
nos iilindos b metempsychose, como a volta de u ~ i dcssris
i carac-
teres qiie ji briltiararn em remotas eras. P a r a nús, o Dr. S i c
Benevides era o mais alto e apiirndo g r i u d e iim caracter ini-
rnnculado, servido por uma coiiscieiicia superior, a honrar a pa-
tria e o seculo. Estx serb a srnteiiqn da historiu. e n%o a sim-
ples honicna:~emdos contern1>or;incos.
DESEErIBBRGBDOR RAYillCiYDO FURTADO
D e s e m b a r g a d o r Raymundo F u r t a d o
d e A. Cavalcanti

H a carneteres que estiro destinados :L inarcnr epochns tem-


l~estiiosas n a historin, a levantar pai+iies que sHo obrigados a
combater e que, si; muito tarde e conl O VO~VBI. dos annos e ;L
calma da historia, podem ser bem av;iliarlos no seu inerito e
quanto aos s e r ~ i q o sq11e prestaram ii sociedade.
O Descinbnigsdiir Rriyinundo Furtado era, n a sua tempera
do aço e eoni a tenacidade do uni juiz cnliuo, uma dessas in-
dividualidades.
Agora que o tumulo o encerra, h30 de reflectir sobre seus
actos os esplendores da luz da historia.
Antes de aualysarmos tnes uctoa, trstiscrevamos d e u m a
folha do dia os seguintes treilios de sua r i d n :
u Nasceu o finado n a cidade de Sobral, Estado do Ceari, a
13 de Outubro d e 1855 ; ruwou n E.uiholo ~líilitai., onda fez os
seus prepnratorios, matrieulaiido-se em 1853 lia Fncttldadc rle DG
r e i 6 9 do Recife, obtendo o $ r i u de bacharel em dircito e m 1860.
n Depois de formado, occupou o finado varios cargos poli-
eiars e foi promotor publico d e varias coinaucas do Estado d e Rio.
.Exerceu mais tarde os cargos d e juiz muiiicipol e de juiz
d e direito lias coniarens de Pirahy, Parariagua e S. l f a t h e u s .
No governo do d r . Costa Yacbado occupou o d e ~ e m b a r ~ a d o r
Furtado a chefia de policia do Estado de JIinas, prestando alli
relevantes serviços.
.Durante cerca d e 13 annos exerceu de modo saliente o
logar de juiz de direito da eomarca de TTalen+%,no Estado do Rio.
= F o i degioi; nomeado desembargador para o Tribunal d a
Relaq" d e S. Liiiz do lfaranhão, sendo dalli removido para o
Tribunnl destc Estado, oiide durarite inuito teinpo occupou a
presidencia.
<< Quaiido juiz de direito da comares d r ParanaguA. foi con-
vid;idi> l > ~ l i pesidente
i da Prorincia do Parariá, dr. Veiinncio
Lisboa. para. rxt:rrer o cargo de cliefe de policia.
«S<i,govr.riio do ilr. Americo lirnzilierise, foi o descriihar-
*dor lzurtado rioinendo chefe de policia deste Estado, cargo e m
quo l>ouco se denmoroii.
« Cd~itarido$2 annos de serviços n a magistratura, foi o de-
semhnrxnilor I7.'lirtado aposeiitddo ali, 1891, entregarido-se depois
dessa dati, j. advocacia.
n Como innxistrado, o extirict,~ fiii sempre u m inodeio de pro-
bidade,. liotiradee e rectidào iio cuinpriiiirnto do drvi:r. Como
hoiorin er;i niri ciiractei. piiro, linipido r dizrio de ser invejado.
Os seus artos f0ri:m seiiipre pautados, em todas as occasiues
em qiir era i:scolhirlo pela coiifiaii<:,z goveriian~ental~pela iiiais
rigorosa e i r r e r a indepeude~iciae corri.cq%o.
.C,arriia uiri exrinlilo vivo da sun nóriiia de eonduet,a aponta-
s<: o fi~etoq n r se deu coiii refrrencin ao f6i.o de Firaliy.
a Luctni polilicas, que se t m v a r a ~ nnaqii<!lla comarca, haviam
levado o s ~ ufiro no rstii.dn de coiiiplet,a aiiarclrin.
O Koyrrrio, tt>iido riecessid>~dedo uma pessoa dr rapaci-
dade ],ara restaurar s ordem iinqiiella eoiiiarca, fez reealiir a
escol1i;i ii,, d r . Furrz~rlo, iioineaii<io-o J u i z miiiiicipal, iteçumu-
laiido r n y o de d e l a ~ n d ade policia de Pirnhy.
e Erii 1pouco n~aiudr tres in<:zes consegiii~i o d r . Furtado
çoiiiiriii:ir s coiiiiançn que drposit8rs em siia pessoa o s a v e r n o
imprt.ial, ronarguiiido dominar n exnltayão de ariiiiios que alli
I ' seu estado normal o foro da eomarea,
r ~ i n i i v aP f&er V < I ~ ~ R ao
embora para tanto t,ivesse de ahrir iucta com o eiitjio presidente
d a pcuvincin do Rio, d r . Souza Franco.
<<Valeti-lhe esta eoinmissão francos elogios do gort!riio im-
perial.
X;L;ldvocaeia, o d e ~ e r n b a r ~ a d oFri i r t a d i ~impoe-se seiripre á
eonfiaiiqa dos seus elieiites liela dedicaçiio ás causas do q u e o
incumbiairi e pelo Se11 vasto saber juridieo (*)u.

***
Tendo o dr. Virgilio Cardoso deixado o logar de eliefe d e
olieia Novembro de 1891, erii epoeha de agitaçâo politica, o
i r . America Brazilense procurava para suhstituil-o u m magistrado
extranho ás luctas loeaes, e que offerecesse, por seu passado e por
s e u caracter, garantias seguras a todos. Lembrou-se do desembar-
g a d o i Raytn~indoFurtado, já escolhido para fazer parte do Sn-
prenio Tribunal de Justiça do Estado, e consegiiiu. deliois de
muita iristaniia, e só por ti:r feito apello ao sei1 pt~tric:tisn~o,
que rlle açceitasse aqurlle cargo, esliinhoso em tao ci.;i\-e si-
tuação.
Habituado a affrontar posiqôes delicadas e aprestar serricos
á manuteii<iXo da ordem publica, o dr. Ilayrriundo Fiirtado. cons-
cio de sua responsabilidade e dos perigos do momento, n i o se
illudin qiianto aos odios de que ia ser nivo. e mais tarde rictiiria.
Ainda são muito recentes os factos occorridos nesta capital
e bem ardentes, embora occultas, as pnixòf.s que estiverarti t,m
jogv de Novembro a Deaenibro de 1391, Fura qiie a verdade se
imponha coin toda a sca fnrqa.
E' preciso, porêm, que cada um quc trve qualquer parte
nesses sucçessos, ou foi siinples espectador, renlia trazer o $eu
depoimento, provocar a discusaao, as contestações, afim de que
se vão destiuindo os erros, as caluinniaa e as falsas lendas, que
amanha" difEcultarão o restabelrcimento coinpleto da realidade
dos factos.
O desembargador Ilaymiiiido Furtadc dispondo de poiicos
elementos de sua inteira confiança, de urn pessoal que n i o co-
nhecia hem. consezuiu u
entretanto coni toda a lealdade e enar-
gia, assegurar a tranquillidnde 1,uhlira e manter a segurança da
~ o i ~ u l, a ç avanlista
A . A
o iio periodo rerolueioiiario em s u e exerceu suas
funcções.
1:m dos pontos d e que foi accusado, o de ter consentido o
ataque ao Correio Paitlista~io.é completamente falsa e drstitui-
do de todo o fundamento.
Estavamos em Palacio, coin diversos representantes do Con-
gresso e outros amigas do governo, qiiandri chegou a noticia
d a lamentarei occorrsiicia.
Nesaa occasi.ilo o ds. Itauiriundo Furtado nos communicava
que iiaquelie momento riinndara fechar uina taherua, cujo pro-
prietario intimado a vir :i siia presença: confessara que estava
destribuiudo agunrdente a soldados da policia por ordem de al-
guns proinotores do morimento çedicioso,cnjos nomes revelou.
Fomos testemunha da iiidipnação com que correu ao telé-
phono a chamar o commandante da força de eavallaria: tenente
Henriqiie Ferreira, para verberar o facto e resyonsabilizal-o por
esse acta vnndalico de assalto a uma typographia.
Assistirnos á scena que se passou com esse official, e si pu-
dessemos t e r nutrido qualquer duvida áeerca da sinceridade do
chefe de Policia, elln teria então desapliarecido completame~ite.
No aniino de todos ficou arraigada a certoza de que a excitaçsa
alchoolien, adrede l>rrliarada, ex;>lariiin perante a pro~ocnç5o
dirgida contra a foiq:~;iirnis iiinn v < ~ zo aicaol jiro(Iiizis iios fa-
cto I~ublicoso qnr? diari:~iircnte deteriiiin;~iiai ielnçGes invidunes.
Homcm de scs%o e eor:igeni, <i eliefe <Ir policia saliiii iiii-
inetliatanicnte, e foil ein liessoa, prrcorrcr as iuiii d : ~ cidade.
Voltou :L l'olieia jii tarde, linarido tudo estava raliiio, r retrnhi-
dos P occnltos os chefes r respoiisaieis da agitapio.
Pln~iejoua retirada do scnernl Soloii n u dia seguinte eni
trem expresso para o Rio, b r m como nm;i coiifrreiicia 1>ess\o::l
com o dr. Campos Snllrs II:LKL a volta do Estado i 1-ida norii~al.
Eis u carta qiir o <Ir. Fiirtado riserereii no dr. Campos Sal-
Ivs 1,ara evitar iiii;r. l ~ c i a q i ~ e liodrria ter tido iiin<,st::h conse-
i]ue?icins :

r S. Pniilo, 14 de 1Iezr:inhro <ir lS!ll


111."'" c Ex."'" Sr. nr. 1i:iiiriel i? de (:r.nipos Snlles.
<< l ~ u a n d orio dia 23 rle i i o i e i n b ~ ofiiidn nssnnii o cargo d e
elicfe de policia, por convite do sr. Prcsi<lt,rito do Estadn, afim
di: iiiantrr a oi.de;ri e segurariça ~ > i i h l i c e V. s ~ Exc. c o sr. Fraii-
cisco (;li-cerio tiveram L: boridndrt d r ofierercr-iiie i i : ~respeitirn
Secretarizr o seu v a l i o ~ oapoio r p e . I,eriliorndo, a~radzri-1l:es.
<< Yo enitnntn, dia a di:i cliega eos nieiis ouridos qiie 7'. Exc.
t: sriis a n i i , ~ a s i130 cessaiii do l l i i o l , r r a r i ~ : ~atC
mesmo xi:,~nbuiidos e gntrnos; para o iiiii de viieii: depi>r a mRo
nrinzida o i'residenti, do Est:~do dc esr.rciiio do svu caryo. Ainda
innis consta-me que V. Esc. tt:m m:iiidr.do imissnrios n divrrios
yontos do Estado liara agitar os niiimos e proiiiovor a dcliosiyTio
das inti:iidenciaç e das aiictorid:idzs liolici:iea.
« Ciisíariie n crPr ria vc:rdiide de ti:ri notici;is rrii vist:~ do
offerecim<~iitode V. Esc., a que alliidil sahrr.tudo teiido certt%za
d e que 1'. E s c . iiUn igiiorir. que cniistitiic crinit. o h c i o de jiii-
rar-se n auctoridlide legiilmeiite constitiiidn d o rsercirio d r suas

.
funeçürs.
Eiii tacs circiiiiistnnci:is rogo a 17.Esc. o f:~ror de pi'o-
curar-mo hojr, n 1 hora da t:ii.de iia Sccrernrin dn Policia. afini
de d i z ~ s - m eeoni f f i i n p i ~ z n5i h \ - o aercdirar nrssrs noticias que
traerin a popiilnqão desta cidade s r i i i p o alnriiiadn, estado qu(.
não eoiiveiii que perdiire: t a n t o rii:;li qiiaiito nâu sú so dia que
teri de çi:r assaltado o ~ialaeioda prr:sidrncia, como eayncadcs
os hnnros e r.stabeleciriientos coiiinicrcincs.
« E ' pois u m neto de patriotisnio iião ronseiitir T7.Esc. que
com o seu iiom<! e responsnbilidndr. sc prapalern tacs boatos.
o Sou de V. E s c . - Attenciosii o 7;ericrador - E a ~ j ~ n u n t l o
de A . 3'iivtado C'aciilconti: cliefe de policia ».
A' noute foram afixados lias ruas boletins com esta carta e
mais a seguinte declaração:
a S ã o tendo V. Exc. comparecido i Secretaria de Policia
a t i 2 horas da tarde, resporisabiliso-o por qualquer perturhaçao
da ordem publica que possa occorrcr nesta Capital e neste Es-
tado, no sentido da carta trauscril>ta.-li~~yn~un~Io I<'i~rtadude
A. C'aurilcai~h', chefe de policia. s
Elle fez tudo isso coiii trai~quilidade e resolução que teiinni
asçegiiradu o bom exito dns suus mcdidas, si não tivessemos
sido surprehendidos no dia s e g ~ i n t ecom a retirada do Presi-
dente de Palacio e a liassageiu do goveriio ao major Castello
Branco!
I', tanto isto é verdade, qiie ao passar ~ i e l a m a Direita rio
carro d s Policia, apeou junto da porta do Hotel de Franca para
iuterprllar os comiiiaiidaiites dos corpos de l>olicia, os quaes, alli
se uciiarido, elle os jiilgava em transgressno de disciplina,-
qunado ji e s t a m mudado o yovcrno!

***.
As perseçuiqões que soffroii iios dias segliintes, a falta de
garantias até para a propria vida, qiie d t o funccioiiario do go-
verno de entâo confessou n5o podcr dar, os vesames impostos
6 sua distinçta farnilia, tudo iato sZa sueccssos o yiginns iiegrnr
da historia pnulista que esperamos n i o sejaui mais repetidas e
rreebain censuras de todos os honi~.iis d i p o s .
A custo, conseguiram amigos dedicados dar-lhe sahida dest?
cidade e: salvando-lho a ridn, poupar unia rnnricii;~iiidelevel r
di!çneiessaria nos annaes ~iolitieosde S. Pziulo.
Mais tarde p r n rebater acciizaçórs, escreveu e piihlicom
iia imprensa do Rio iim miriiicioso e detalhado mzinifesto 01n
que ii;Lrrava. dia por dia, os :içoiitccin~rntos passados desde o dia
23 de iiovenibro até 1.7 de Dezembro.. i>eriodo em oue exerceu o
A

cargo que hourou.


Fez larga. distribuiçtio nestr. Estado e em todo o paiz desse
manifest,o (5, quo nZo foi contestado em nenhiiin dos iictor
que allegava. Esse documento importante e valioso pertence
a historia.
Ao sahii do Palneio o dr. Americo Braziliense, redigira o aí-
signnrn uni boiiroso officio de exoneraçüo, a pedido, do dr. It.
Furtado, neto esse que em uma situnq%oriormal o livraria de qual-
qner i~iolenciae que era ao inesnio tempo a melhor f6 de officio
11elos inestimaveis serviços prestados. Esse documento, porem,não
chegou a seu destino, não foi publicado, como devia ser, n o
Diravio Oficial do dia, como o empu~iha n simples lealdade do
successor rio governo, si este não tivesse por excusa o i n e s p e
rado e a surtiresa do momento.
Temos em nosso poder esse officio que em tempo appnreccrá
na hietoria calma dos acontecimentos.
Depois. rcejitada pelo Senado a nomeaqão do dr. R. Furta-
do, desgostoso elle abandonou de todo as posiçòos officiaes, en-
tregando-se . iadvocacia e aos carinhos da familia.
Ahi o snrprehendeu, a 2 de IIarço de 1901 a morte re-
pentina ; mas, como o justo e o forte, não tinlia que temer, ~ o i s
só d e actos de abnegação e honradez entreteceu a t2la da vida,
igando á fainilia e á patria uni nome illustre e querido.

Dn. M. AZEVEDO.
D r . J o s é Avelino G u r g e l do A m a r a 1

Aqui está uma individualidade que i120 liòde err modida


pelo est,alão normal e conirniiin, aplilicnvel ao geral dos bornena.
O sociologo que tiver de acaliar a sua i r e a moral e iiitel-
lectual terá que reccorrrr i s liiilias ruryas e sinuosa. qiie a
geometria liolitica tao f i ç q u ~ n t e m e n t n<iml,rega e melhor maneja
do que tis rectaa.
Intelligencia viva, ductil e coin grande faculdade aplne-
hensirn, o Dr. J o s t dvrliiio dispunha de rariadn tt hoa iiistruc-
ção sobre quasi todos os rainos do6 conhecimentos hurnano~.
Esciíptor eorrecto e elrgantr, era de uma fecundidade
extraoidinaria, collaboraiido diariamente n a i m p r e n ~ ade capital
e na de rarios Estados do Uraail.
A uinguem mellior se liode applicai o niillus Biss si.ie linea
- t a l era a multiylicidade de artisos I,oliticos, litterarios, finnn-
ceiros, que distribuiu pelas jornaes braailriros.
S i não era u m orador, iin sentido plrino da palavra, disyu-
nha. no eintanto do verbo correrto e facil, couia ali& ciimmum
entre os nossos compat,riotas do Tarte.
i i n tribuna, de que q o r a estaca ahçtado por causa de cruel
molestia, conseguiu reputayão de expositor cloro e discutidor
logico e liabil.
Foi n a imprensa, parem, que conquistou a justa fama que
tinha de polemista eximio e de notavel intrllectual..
Conlieeemol-o em 1869, quando piiblicou interessante opus-
culo sobre çluestaes do Ilio &+ata, em um yeriodo em q u e a
sociedade brazileira estava prroccupada com a pulitica o com os
acontecimentos das republicas platinas, ligados aos interesses
nacionaes por causa da ,guerra do i'araguay e da triplice al-
liança.
E r a n a epoeha em que Quintino B o c a p v a , na -pu.jniiça de
seu talento, com a magia d e sua sympathiea e eloquente palavra,
nm çonfcreiicias publicas iio Rio de Janeiro-lançava o primeiro
gr:rmcn das idCas de fiatemidade e approximuçno entre os povos
du Rio da Prata e do Braeil.
O Dr. José Avelino eleito deputado pio Ceará, fazia entio
,'arte do partido liberal, af;ist;tdo do governo pelo Coll,e da po-
litiea itnperinl desfechado em l$ii8: golpe que Iiroduziu grande
abalo em todo o pziz.
i i 5 n C facil se-ir toda a longa e laboriosa eristeiicia do
Dr. J u s 6 Avelino atravéz da liicta dos dons antigos partidos do
regimeri imperial, estando elle lipado ora a uns, ora a outros,
iiias desenipe~rliaridoseinpro eoni lealdade e brilho as dij-arsas
11osiqiips que oceupoii n a iniprviisa ou n a tribuna, n serviro dos
eorreligionarios da oceasi%o. Prociirinios collier dados hiagra-
pliicos da agitada ida do illiistre eenrenso, c. n ~ otireirios a
felicidade de obtel-os em tenq>o liara este perfil, traçado q1ii1si
quu e\riei1siri1iilente com os recursos das reiiiiiiiseerieias p~!ssoars.
Eirua isso tninbeiii de escusa para uni ou outro lapso de
dados r de factos.
A Kepnblicn encontrou-o eiii pleno sosíi de prestigin offi-
cial e de boas relaçoes com a familia reinante, esperi:~lmerite
rorii n l'rinceaa Iiirperial, a qiirni drdic;wn sinrnro e fiirvoroso
affc>cto,lbor cansa da seio Iiuriiariitario da lei de 13 de Maio.
T a Iiiiprr7~sa A-~~cioirnldo Xio de Janeiro <,stava prnmpto
:L ser ~nlblici~do iim intorassnntp oi~iiseulo do Dr. Josk Avrlirio
o111 cnii:rnernoraçHo das 7>od<ix d e p?.ntrc dos illnstres principes,
quando n ri?voluqAo de 15 de Sovt:mbro voiu sustar a distribiii-
(.ao desse folheto ("1 l a i y i i i < ~ i i , r .
F.rae .
. . aeiitimento I~essoal iiiu impediu yiie dr:íse ao G o ~ e v n o
l'rovizorio toda a sua aetivid:ide e todas as adniiraveis qualida-
dt.2 de Iiahil riihlicists eoiiliceedor das iiossas coueaa politicas.
**%

Ami,go do líarechal Deodoro, foi o Dr. Jos& Avelino iirn


nusilinr poderoso n a imprensa, e junto de politieos influentes
Iireítou serviqos valiosos a beiii da defesa do noro regirneii, ron-

i') A %te respeito ela o que re 1; ;i pag. 3?7 da rol. 4.0 do D:cciomario Eiùliogro-
~ l h t c oBraslciro do Dr. 4 . 8 . Blahe:
-H«toria Co~z!e>i$~iarn~~ea-Bodas de Prnfs de Sons dltazai aa 6rs. Conde o Con-
dessa d'En Rio de Jnneiro 1898. 51 pg. n. 8,s
N6o v i este Livro. -4 redaeqao C0 Brasil, em editorial do n. 91i3. d e 21 d e Abri?
tla 1801. diz qne as u!timss foibsa ficaram promptos na fi.ilirrnsa Saciona1 no dia 1 4 d b
Novembro de 1589, vespera d a procinmrggo dn Repulilien, e por isso foi a lis,ro rero-
lhido. a mesma redaeçao. param, porsoe nm exemplar, de qne poblieao nlgons trechos
nos dola nnmeros serointes.
O Ine!<!>~io &i&v d~ R. PRUIOpesroe om exemplar desse opaimlo, ofierecido
Pelo fallecido Dr. Ednardo Prado.
quistando n eonfian~aaté de alguns re~~uhlicanos iiitransigentes,
que tiubaiii rcsI,onsahilidade no goTCrn0.
Fez parte da Cuirstiti<iizte, como deputado ~ > o l oEstado do
Ceará, e nlii sustentou sempre os actos do Governo Provisorin,
colloeando-se ao lado doi amigos do Marechal Deodoro o do
iniiiisterio-Lucena, quando se manifestou a grande e terrivel
opposiçâo contra vlles.
Ainda iiio esti escripta a historia desse tormeiitoso periodo
de nossa vida politica, neni apuradas as r<,sponsabilidades dos
auctorr,s q u e m a i s eoncoiTerani para os factos que ahi se dcs-
eiirolarnm, riias a justiqa e a verdade j i prrinuneiara~ii o juizo
de que n i o cabe ao Mare-hal Deodoro-n maior culpa dessa lucta.
Sú n calma completa que o tempo pode t r a ~ e re o esquecimento
de nttritos e ~>aisõespessoat?s, nem st.mpre le~itimiis, poder80
Iiabilitnr rio futuro ao historiador reflectido e t~scriipuloso parza
hcm discutir 03 homens e os fietos desse ~>oriodo.
Nio discutamos portanto, e limitemo-iios a narrar.
O Dr. Jose Avcliiio, se,gundo affirmani possoas bem infor-
iiinda;, consultudo, entre outros, pelo Marechal Deadora e pelo
Barno de Lucena, aconse!boii o golpe do Estado dr. 3 de N<m-
~ < ~ i i i b reo ,foi um dos redactores do ,lin7ri;festo que aeonipnnhou
« decreto e justificou essa medida. Ka in~lireiisa diaria discutiu
coin airlnr e sem iiiterrupçiin, explicou e defeiideii esse a oiitros
actos que se seguiram ao gnlpe do Estado, salientando-se entre
os ninis fer\.orosos e dedicados amigos do goc<?rnG.
Dada n eoiitr~revoluqáoa 23 do '\To\remhro, foi o Dr. Jose
hvelino a11.o de criieis i n v e c t i ~ a se nineaqado de s0fii.e~violen-
cias que 11%0 ~ n e l . e ~ i apois,
; ern todas as cireumstaricias, n tole-
raiici;i e a. bcncvoieiicia foram os traqos dorriiiiantes de sua vida
~~uhliea.
.\ronselhado por ainigos, nliá3 influentes ria nova situaqbo,
ret,irou-se oara a Euronit. * . afastando-so assim da actividade uo-
liticn por algum tempo.
.
o.a .imigos qne conquistara o Dr. Jose Arelirio em posiqXo
politica influente aniiriarnm-no n que voltasse i actividade, e
i150 furtasse ao paii- os sel.~iços que sua culta intelligencia
podia lirestar.
O Ceará renovou-llie em 1698 o mandato dc deputado fe-
dcra1,-e o reelegeu ainda para a aetunl lr,~islatiira,onde con-
ta\-a npresentar fructos de seus estudos e de sua esperiencia
com reln@o ás questiies juridicas e financeiras.
Projoctava tarnbeiii fazer um estudo, uma apreciaçãlo critica
dos oradores e politieos mais distinctos do actual regimen.
Propondo-se a iniciar esses escriptos n a imprensa paulista, che-
goii a procurar o Eshtlu <Ir: 8.i"li<lo r. a enviar-lhe a ~irinirrira
eart:i. dt. rima serie, q u r , depoisi a moleslia e outras occol.rencias
não deir:ir;im k~rnsegiiir.
O Ur. Jose Avelirio enllnhoroii assidiiamrnte na. imyrrnsx
pauli-ta nos ulaiinos tenipos, ti as (iri.tan artilans eram geraln~i.nte
apreei~ilns pelo tom de tolerancia com que eram escriptaa, e
pelas iriicrinn~iir~ senilire srFurns r aiit,reitiadas que ministrava
aos leitores acerca doa hastido~.rsda alta politica.
Desse g ? n e i ~de e ~ ~ ~ r e s ~ ~ o ~ era
~ d e prirnnioso
neia eult,or, e
deixoii pagiiins que be111 inrt.eciarii ser coi~servndas ein fdrma
mais diiradourn que a í coliiinnas da iinprensa diuria.
Qriarido no nnno passado cornecnvnrn a chiirnar a atteução
do paia as celrbrps o eiirioeas Ci~i.las sem t i t z ~ l o , quasi todos
attribuiarn no Dr. Josi; Avelirio a auctorin deusas epistolas sen-
sacioiiaes.
Ayraar d e vir mais de uma vez pela imprensa e, em todas
as oreasiGes, declarar sempre que iiio erani de sua lavra, o Dr.
JosB i l ~ r l i i i o ainda era Iwrn muitos o unieo escriptor de taes
pa;iiiai; r não poucns ohjurgatorias llie foram endereçadas por
peccados cjur não eommetteu.
S6 com o annuneiado apliarecimento dellas em volume com
o nome du illuitre jornaliata que as compoz, foi que o yublieo
teve eiltna a eliavn do niysterio.
Ainda podriido d a r muito d yatria ás let,trns foi o Dr.
José Avelino ferido liela moyte a 11 de Julho de 1901, e m
consequencia da crurl enfermidade que o rnniqiiilava h a anrios.
Mesmo em um paiz onde fosse maior o numero de intelle-
etiiaes, n perde do Dr. Josi: Avolino não deixaria de ser pran-
teada, p i s a força c e r ~ b r n lliroductiva d e que dispunha e r a
grand<' e au=meiitada por uina belln e rarindn eultiira de quasi
todos Ou rnnlos das lettras e seirncias eontemporaneas.
B<sm se lhe lmde aliplicar o roiiceito d e que enhiu n a arena
do combate com a eorreeqão e a eleganeia dos luctadores exi-
mias.
DK.M. AZEVEDO.
COVSELHEIRO GASPAR DA SILVEIRA MBRSINS
Conselheiro Caspar d a Silveira Martins

3 x 0 foi sem hesitação, nem despido de receios, que nos ahs,


Iançámos a esboçar o perfil agigantado do emirientr estadista i?
grande patriota que, a 25 de Julho de 1901, sucumbiu ein terra.
extranha.
De facto, para escrever s o h ~ eo Conselheiro Gaspnr IIartins,
1mra acompanhar-lhe as luctas e os successos que, durante o pr?
riodo de 1868 a 1889, se desenrolaram no nosso scenario politi-
ço, I preciso dispor de talento brilhante, erudiçAo solida e espu-
cial capacidade litteraria.
Assumpta digno e tentador para a iiitelligeneia de um Eu-
napio Deiró ou de um Joaquim Xabueo, j6 provados ambos como
emeritos auctores e artistas 17rimorosos em modelar figuras t:
cinzelar inedalhõos dos politicos iiaeionaes.
A morte, ferindo-o no eyclo do anno que findou, impoz-lhe
a triste sorte de ter a sua grande physionomia rednzida ás es-
treitas proporqões de uma photographia instantanea, fixada dean-
te de uma modesta objectivii.. Terá. liorêm n a leal sinceridade
da verdade dos traços o que lhe faltar de brilho e colorido n o
quadro ou de sublimidade de toque piasiteliano no eontoriio d a
estntun.
E' que, morto, Gaspar 31artitis ainda parece maior que vivo;
como n Herique 111 se afigurou o endaver do Duque de Guize
assim avultará o corpo do grande tribuno ante seus implacaveis
inimigos.
Realmente, após a surpreza e a dor, causadas pelo desal+
parrcimento de Gaspar Xartiris, o estt~doe a critica sobre seus
aetos e serviços começam a mostrar ao paiz a enormidade da
perda que soffreri.
Kas t r i b u n e ~da Camnra e do Senado, onda Gaspar lfartins
I~mferiiitimtus r tho glori<isas orapnes, vibrantes de patriotismo
e da ni;iinr eloquelicia, politieos salientes, da actualidade, e. in-
suspeito;, porque foram serri1li.e seus adversarios iiitra~~sigentes,
pranunciniii o t:Logii> do grande morto.
Ka Camera fala o Dr. Caasiano do Nascimanto:
cA vida que se nl~agouera sern duvida uma das mais ful-
gentcs glorias deste paia.
O S R . J . J SEABKA ...
:-Honraria a qualquer paiz do niundo
O sa. CASSIAKO :-Assiin como j i disst! que a historia do
yaiz deve ser una e indisivel no sentida de que as ~eraçUesde
Iiqje, que oceupnni as mais culniinantes posições da sociedade
braziloir;i, nâo são mais do que a suceessão das gerirçGes glorio-
sas que liaasarain r. que estâo a todo o instnnte a passar, dei-
xando urii varuo imlireenchivel; e si E certo isso, não menos
certo é que, na historia do segundo reinado, aquelle sobre quem
acaba de cahir a louaa fria da sepiiltiira, encheu com a sua vi-
da grande parte desse reinado jrnz~ito hernj.
0 s 1;oinens puhlieos não podem, não devem ser julgados,
nas suas acyíies, pelos detallies ; mas sim pelo conjuncto dessas
rnesmds acçües.
Gaspnr Martins, a est~ellitque ful,wrou nesta firmaniento e
cujo brilho SB não esinaeceu de todo e nem é pnssivel, p,
resalta vivaz nos annaes desta casa durante o segnndo r e l c x
Gaspar IIartins serviu o Rio Grande, serviu a sua patria.. . n

No Senado, o General Pinheiro Machado não foi menos pro-


digo nos elogios, embora não fosse justo na apreciação das idéias
politieas de seu illustre conterraneo. Eis as palavras do General
Pinheiro Machado:
<Sr. ?residente. Acabamos de se.= informados de que o il-
lustre brn~ileiroe notavel rio-grandenso Silveira Xartins deixou
de existir, fallecendo em terra extranha.
Não E uma individualidade vulgar, um patricio obscuro, o
que acaba de se findar.
Desde moço, Gaspar da Silveira I\Iartins, pelos seus dotes
extraordidarios de talento e pelas qualidades surprehendentes que
possuin, occupou no firmamento politico da nossa patria um dos
primeiros lugares.
Foi incontestavelmente um astro que luziu e l w i u intensa-
mente no nosso inundo politico. Na magistratura e em todos os
postos publiços que elle teve de occupar no Brazil, revelou-se
u n i espirito superior, iini talento s ~ r ~ r e l i e n c l c i i tcu.ja
e ~ palavra
l ~ m m i apoteiite e extraordiuarin, comiiiorendo a s miiltidães.
Irnpondo-se n&o si; pelos conceitos d r uni e-pirita traba-
lhado por larga eriidiçiio, como ainda por estraordinnrio liatrio-
tis~rio,6-me grato recordar nestc recinto, onde a Ccbo daquella
~ ' a l a v r awais de uma vez se fez ouvil., i:-me crato recordar a
part,e saliente que, n a imprensa e na pbnse da sua vida de es-
tadista, o meti illustre patririo dcscmpeiihou no seenario brazi-
leiro r desde principio no meu Estado, onde tinlix coiiio eniulos
Iiomens da estatura de Oso~io,Prirto Alegre., Folis da Cunha,
Felippe Yery e outros e outros, todos illustrrs <: riotaveis.
Desde o seu inicio de vida publica, Gnspar d a Silveira Mar-
tins tomou o posto na ~ n n g i i a r d a .
Ocenpou o logar de cliefe prim?rs i ~ t t e pares.
i
Infelizmente as suas conrieyões sempre inahalaveis fizeram
com que este espirito superior n:o adolitasse o novo ragimen,
que hoje dirige 03 destinas do Brazil.
Esse seu modo de pensar fez com qne n%o concorrrsse com-
nosco, nos ultirnos tempos da sua esiuteiicia, para felicitar a sua
pa t.'i m » .
**2
Xão são justas as aprecinçíies do illustre senador. Quem
sohretiido amava a liberdade com o culto fiindo que G a s p r Xar-
tim bempre revelou, n&o qiierin solpear a Reliublira para res-
taurar u m regimcii que nuilea a enthusiasmou.
E' historica e solemne a drrlnraçiia frita n o antigo Pnrla-
mento, de que, s i lhe f~ssc r7n<l<ra escolha da forma de go1:enio
para sua Pali.ia, nüo seria o rntiitnichia o pieferi<7a!
A nperiericia, o estudo e o tempo tiriliani-no convencido d e
que, niro tanto na fórma reeide a p r a n t i a da liberdade ao ei-
dadão; mas nntes n a educaçno, no proprio povo, e nos habitos de
e x e r c i k ~ rns s u a prero,gatiías e defferidel-as eautrn as teritatiras
dos despotas.
Podemos disso dar trsternunlias por factos Iiistoricos, em que
estiverrios com Gaspar SIartins, como ade:into se espori.

Ao lix~roiinmortal de Jonrjuiin Nabiiho (1) ~ e d i m o s a s se-


guintes paginas admiravris, unicas mais cspares d e dar u m a
approximação da figura de Gaspsr Jfartini.

(i) rm 6sladfito do rmperio par J.iaquim ?inbooo.-Vai. 3."- Pg, 107 n 108.
i.JX sol> o iniiii-trrio Itnboraliy podia-se distiiiguir a sep.1-
raqâo entre o; libemes, ;L faclin radical. I:m hniiiem noro co-
meçava a :il>p;trecei lia p l i t i r n , e reuela\:a: drsde os seus pri-
meiras aetos. iiiua iiidependei~cia~ uiiia f o ~ ç a ,uma audaeia, como
de ccirto ainda i150 se tinha visto, batendo ús suas portas em
nome de utm direito nt< então d n r i o n h ~ c i d i ~o: do liovo. E r a
S i l ~ e i r ah1:~rtinç. A figiira do trihuiro, como depois a do paila-
menrar; era talhnà;i eni termas colossaes ; riRo havia ntrlle nada
d e gracioso, de modesto, de humilde, de 17equcno ; tudo era vasto,
lar:", soherbo, doniiiiador.
«'ia çndeim Ae jiiia, fazendo frente ao ministro d o j u i z ; nas
palestras lit!pi.nrins. ~.ronunciniido-se anbro as vrllias raizes a r i a -
n a s : iias c<iii<~rrricinspublicas, fczendo rehoar prina enveriias
populares o 4chi1 iiitrrruinavel da siia palavra ; nos conselho^ do
partido drmocratico, falando aos chefes rradirioriars, aos homens
do corri a corisciencia e a auctoridnde de iirii conquista-
dor hnrbaro diriarido n Iri á eirilisacãn decrepita; indetbsa em
sua tiaiiquilidiide iiiiinrinorial : nas redncq6es dos jornnes amigos,
nas confeitarias da riia do Ouvidor, ondel d u ~ a n t ennnns, exerce~t
entre os moyoi e os exnltados a dietadiira da eloqiienrin e da
coragem, roriio Crniiihrtta, durante n Irnyerio. nos cafbs de Q ~ i a r t i e r
Latin : na3 rodas de amigos poli'icos, como hlartinho Campos,
Oetiivisno, Tliropliila Ottoni ; depois ria Carnnra dos Deputados,
onde sua entrada (legislatura de 1672-18733 assignalaumn 4poca
e faz efleito de urii terremoto ; no r n i n i s t ~ r i o onde, ~ incapaz d e
representar segiindos papeis: mas sem prepnrnqRo, talvez, sufi-
ciente! para trnetar iiegocies, sii teve lima anibiç:io: p n h a r com
a sahida o rpie p i d e r a com a entrada, e por isso, ainda mais,
como iiiinistm demirsionario do que coirio msinbro do gabiriete;
por ultiino: no sen:ido, n a independencia, n a soberba, com que,
operada n sua trai:sforma~ão conservadora attrai para si todos
os rancores da drinoeraein, que talvez trrilia crendo: em todas
as prsiuôesl que se abateram deaiite dellr para que elln rritrnsse
sem subir; em todos os papeis que desempenhoii, Silveira Mnrtins
foi srinlire iiiiieo. d i f f r r ~ n t ede rodos os niais. possante e solido,
subito e irresistivel, natiiral e insensir<:l, como uma tromba ou
u m cyclorie. Elle 4 a seu proprio suditorio, auapropria elaqite ;,
respira no espaço illimitado da siin individualidade, de sua satiç-
faeçno intiiilu, dos seus triumphos decretados com justiça por
ellr iriesmo e depois Iiomologados pela massa obediente; como o
gaúclio, respira nos Pampas, ande, iio horisnntn inteiro, nada vzin
interceptar, oppriinir o seu largo hausto. E', em uma palavra,
iima figura tiindida no molde em qiie a imagina<;&o prophetiea
vasava as. w a s c r c n ~ ó e s .
aE' o SihrnsRo do Impeiio. Desde l o p é l>reciso cont;~rrorn
ellr, que 6, nesse momento, o que rui lioliriea se chama ~x,r.o,
isto C, as pequerias parcellas d r poro que ir occiiliaiii de poli-
tica. Qiinndo o espirito que ellr riicnrnou o deir:, c vai a1i.m
snimar e suscitar eoiitra elle mesmo outras figuras, elle seiri tRo
int,ensanie.rite odiado liela K t ~ < i l u ç i qiiarito
o f6i.a antes querido :
mas eiii um triiil>o, cntre 16li8 e 18i8: foi olle em ibossa, politi-
ca o idolo de tudo qiir tinha a aspira980 rrpublieana. que sentia
a emnçio, a ribraçãn dernocratica: e, coiiio idolo, a autocrat,a.
d n n o s depois, elle seri, tnluea, dos ~ i o ~ s c1ioliticos
~s o mais
cri?~aerzao>or,selu deixar de exercer sobn! os qiie entraram e m
eoiitacto com elle o magnetismo do siia personalidade,
eSinyuem, rntrrtanto, lii,dr commandar dois grandes movi-
meiitos em sentido contrario: iiin no srntido da r e v o l u ~ ~e ooutro
no sentido da auctoridade: e assim.' ai>ez:ar de seus oi.arides eo-
I .
forçns, iliipotente para a i.enccRo, o assicna1:imento da I;nssarern
de Silvrira llartins n a iioss:b liistorin eonteriinoranea fie:& sendo
o imliulso, o v i p r extraordinaria que a siia 'eloquencia inflam-
inadn, o s ~ sopro
n Dnntoiiiaiio, o seii ascendente sobre as mu1-
tidiics inipriniiu ao espiritn de revolucno rio decennio de 1868 R
1878, e q u r elle em vão ofi:rreru-se drpois para reprimir.
.Dessa acqio de SUL mocidade elle, ~ i o r t n i ,nRo tCni que se
arrel,ender. E m uiria sociedade sai, e rigoroea, Iioinens como
ollr, qualquer que fosse a esagyeração de sunr p ~ i m e i r a sidéns,
a preiiiaturidade da seu ideal ineonf~~ssndo, nso teriam feito siiião
berri ; o u s o ter elle mais tarde podido contrabalaiiyar, com a inl-
lmrcialidad<!, ZL justeza e a elnrnc?m da razAr> de Est:ido, n cliio
tantas vezes quasi sósinho nttingiu no Seiindo, o impulso, o ef-
feito da sue primeira attitude, prova qiie a politica, quando rlle
appareceu! já levara o rumo da anarcliia e que. sem elle, a hir-
taria das instituições teria sido escrilita tal qual fni, nIienas com
uinii poderosa e original figura d e menos ».

Depois de.sta- pagina. o que convinli; era concluir, para nfio


escurecer o effeito luminoso que ella pi-odiiaiu no leitor. 4
o b r i ~ x c i t ~embora
, arida, mns indie~irnsiivrl,de nssipnalar datas
e forrierer, elemrntos ao futuro Iiistoriador, impõe-rios a tarefa.
de iníistir 110 asaumpto.
S e r a claro-escuro do quadro, que maior realce dara e m a i s
destacara a physionomia do sribuiio r i a - p a n d r n s r .
Xaseido no munieipio de Rlig6, no Estado do Rio Grande
do Sul, em 3 de Agosto d e 1855, inicioii Gaspar kJart,ins os seiis
estudos n a cidaiie d e Pelotae, de onde partiu para o Rio, fazendo
alli o scic curso d e p eparatarii>s conio . h n o do collegio do d r . ~
Victorio da Costa. Serguiu com brilhantismo o curso juridico
nas Acadrmias de S . Paulo e Recife, formando-se em 185%
E m 1859 o Visconde de Nuiitiba, que suecedera n a pasta
da J u s t i ~ ano Conselheiro Nahuco de Arau,jo, e que o conlieeera
no Kio Grande do Sul, iiomeou-o espontaIieamrnte juiz de Or-
phame no Kio de Janeiro. No exercicio desse c a g o revelou-se
notaire1 por sua iiidependencin a ri,ctidZ~o, n%o recuando nem
deaiite dos potentados, na administraqão da justiça, o que deu
logar a um internssante episodio que produziu grande sensaçzo
na epocha.
Eis o facto i~arradopor testemunlra contemporannea.
<< Perante a dr. Silwira Martins intentou um ministra do
Supremo Tribunal uma acqão e, tendo decallido, foi condemnado
a pagar s s custas dentro d e 24 horas, sob pena de prisão. In-
timado, não tendo pago, a pnrte requereu iriandado de prisão e
o dr. Silveira J'lartiiis iuaridou pfissirr. Ao sahir do tliesouro,
foi deste mandado intimado o dito ministro do Supremo Tribunal
que, não querendo ser desfeitewdo e arrastado á cadeia pelos
beleguiiis, pagou eni continente.
s Entretanto, considerando-se desfeiteado com um tal pro-
cedimento, o menospresado em siias prerogativas, o alludido mi-
nistro ievou o facto ao conhecimento do presidente do Supremo
Tribunal, o Sr. Bafio de l o n t s e r r a t ; este, por sua vez, eoinniu-
iiirou a oceorrenria no si.. Conselheiro Paraiiaguá, lioje marquei
di: Paranngui, ministro da jnstiqa niiquella t'pochz, e genro de
presidente do Supremo Tribunal.
K O ministro, julgado o facto de a l ~ u m agravidade, estra-
nhon o procediiiiento do sr. Silveira 3lartiris, mandou censural-o
e expedir sriço ao 1." promotor publico da Curte para p r o m o ~ ~ e r
coiitra. o juiz o competente processo de responsabilidade.
« NBo tendo o 1." promotor publico, dr. Caridido Gomes de
Vaseoncellos (+uanabara, apresentado a queixa, alguem (iiatural-
mente o proprio interesssdo), ein artigo aiionyino, tratoii dis~o,o
que origiuou unia resposta do proniotor e o seguinte artigo:
a O J u i z rWti?~i~ipal
da 2.' Vara da Corte e o 1.' Promotor
Pirblico.
a NXo li o que a meu respeito escreveu o Dia& do B i o ; mas
pelo que diz o sr. 1.' promotor, vejo que o correspondente n;io
se sssigna. F e z milito bem. Si pneesse em baixo um nome
infamrl de todos conhecido, it.ío merecia a honra da resposta q u e
o sr. Guannhara deu ao anonyma.
Pelo que rne toca, respondo ao sr. I." promotor que os
avisos dirigidos i promotoria não sâo pessoaes e, portanto, a de-
fesa de S. S. não o releva da respoiisabilidade, si ri:sponsahili-
dade ha nisso : existe ou "$0 existe facto criminoso?
a h re.prerentação do ire si dente do Supremo Tribiinal de
Justiça n2o o diz, nem está em liarmoriia com o parecer do coz-
s d t o r ; os p& não concordam com a cabeqa, si a represoiitnqdo
e a eo?ufi,lta têrn c a b e p e pés. S i existe, euiiipre o promotor o
seu dever, e si não tem coragerri de i r de encontro opinião do
ininistro e do3 poetastros seus coiiarllieiror, cumpra o escravo as
ordens do senhor.
a Avante, e veremos si tem raa8o o sr. Paranagud, que
mandou rasponsahilisar o juiz em deferirilento i representaqjo
que Ibe fez seu sogro, o sr. Piiilieiro de Vascocellos, hoic barâo
não sei de que.. . mas que G de uiii nome parecido com o de
certo marqueL italiano, que foi urn dos capitães illnstres das
primeiras cruzadas.
= S i infelizmente no riosso p i z o governo piide niuito, fe-
lizmente não póde tudo, e o n~iniinodos rnag.istrados póde man-
dar plantar batatas ao ininistro que piira isso nasceu, que a ce-
rueira da sorte, a eonx-enieiieia dos partidos, a prostraç2o do
Estado, o abatimento, o desanimo, e a descrenqa dos homens ca-
pnxes, atirou de traiiibolhão sobrc uma pasta de ministro, quando
não foi o prodncto ignohil, ou o vergonhoso salario da villania
de atraiçoar seus companlieiros !
u Os bdcóes carregão os iioasos horisontes. Hoje ou ama-
nhan h a de desabar a tempest;ide, e, si Deus me espaçar a vida
por alb-m tempo, pretendo ver o povo tratar os ministros: sal-
timbancos, do mesriio niodo por que tratou La dias no theatro S.
Pedro o celehre saltimhaneo inylez.
r O juiz municipal da 2." vara :-G. Silveira M a r t i n s ~ .

***
E m eonsequencia destes factos, n soffrendo mesmo a nostal-
gia do seu querido Rio Grande, resolveu em 1861 abandonar n
magistratura e scguir outra carreira, onde melhor exercitasse os
seus grandes dotes.
Recolhendo-se ao seu Estado natal, em companhia do dr.
Felii., da Cunha, abriu banca de advogado, começando militar
n a politica.
Filiado ao partido liberal, concorreu em uma eleição á de-
putaç%o ~ e r a com
l o velho Pinheiro .&fachndo; não foi; yorêni,
reconliecido pela camara.
No Kio, em 1869, tomou parte n a campatha radieai orgsni-
aada por Silveira da Motta, Christiano Ottoiii, Godoy Vascon-
cellos, Silveira Lobo, H. Limpo d e Abreu, Range1 Pestana r Pra-
do I ' i n ~ i i t r l , fazcrido iiessa ociasi8o confererieias rio tlieatro Phe-
iiix contra o iinpriidor r. o regirneri hereditnrin rnonarcliico sob
a these-O iodicnlism!~.
Eni ltcii), no Rio Grandi! do Sul, fundou a Refóirna, jornal
liberal, fwaendo p e r t e da rrdncçio Florencio de .&breu, Tiinn-
theo, ltosa, Aiitoiiio Cainargo, Felisberto da Silva e Carlos
Ci~rves.
Data dessa epoeha n grande liopularidade qiie S i l ~ e i r a&i.,
tins conquistoii.
Foi eleito deputado r e r o l em 1872, movendo na carnarn
s t r i a li(vstilidade aos phinete.; Rio I3r:1iico e Cotrsipe, tendo
l>rovoct~doa reçignayâo do rn:iiid;~to do Visconde de I l a u á .
9 situaçito liberal deu-llie a pasta, da Fazenda riii 1875, d a
qiinl se retirou em vista de st! ter rrtcusado o Presidente do Con-
srlhol Consr:lhriro Cans:~nçâo d e Siniiiibú, a realizar a refórn~n
da ele.gibilidade dos acatliolicos e dou natiiriilizadoi, o por não
querer prolnover a eleiqso dirert,a, que julgaira ir de encontro a
Cançtitniç~o.
Muito collaborou n a Caiiiara e rio Senado eni pró1 doi prn-
gressos iiiateriaes de sua terra, como do uielhornmento de purtos
e construeqâo de vias ferreas.
Quarido, a 15 iie Novembro de 1889, o innreihnl Drodoro s e
p o a á. frttntr do movirnrnto rerolucionirrio, o então do
consolho viscoiide de Ouro-Prcto, cuidando que se traetnvn npe-
nas de uma simples deposiçso do niirristrrio, indicou ao irnpt:ril.-
dor o rioiiir dr. Silveira bf:~rtins para chefe de uma situaç<~ode
rcaistcncia eriergica e e¶i.az. O iiniterador acceitou a indiea-
o . Silveira blartins estiivù enbào no mar, vindo do Rio Gran-
de para o Itio d e Janeiro. Tel*;rapharam-lhe para Santa Ca-
tharina iiarrando-lhe o que ocçorria e pergiintaiido-lhe si ac-
eeitava a honrosa, mas ;~rduniiic~imbenciacom q u r o imiierador
o distinguia. O vclho tributio que, n a sua phase conservadora
1120 perdeu o ardor e a decisâo da p h a ~ erevolucionaria, respondeu
que sirn, immedi;itamente, sem a mais leve liesitaçan. R1:d aca-
bava> porem, de redigir o sei1 telegramina, um eiiirnissario do
governo provisorio 1be participava que a republica estava pro-
clamada e que o governo republieaiio o bania por alguin tempo
do tcrritorio nacional.
Att:. F<iv<+reirode 1893 permaneceu no extrangeiro, r e g r a -
sando, eiitjo, ao Rio de Janeiro.
Ao m l t a r E patria iiio trazia Gaspar 11:liiiiis nein odios
nem resentirnaritos, e riiilia disposto a cii:ls"ii.,r.ri. cu,ii a u ; ~ alta
.
coini>rteneia n o nrozressu da Rer>iiblica. ituiido $pus talentos e
u

au:i actividade ao serviyo da. causa puhlicii.


t't.ocurou o blarrclial Floriwiio Peisoto. i: constyiiiu, ven-
cendo a muralha ciiiiii:~:~(111e <> isolara, chamar S L I ~ L:~ttinç;~o para
o melhoramento do porto do Rio Grande; obra i qual consagrou
sempre a maior solicitude.
A celebre e n t u i ~ r q edo riiareclial, misto amorplio qiie bem
mirece um estudo serio e detido, nAo podia oTr com hoiis olhos
i a api~roxmaç&n de Gi~sparXartiris e d? Fiorimo Peixoto que,
sazaa e liahil politieol bem k~odiaeliamni-o ;i ida activn. BIaiio-
brou, portanto, essa ger:te, e obedecendo i a intriqai. de par-
tidarios ex;~ltadose interessados, iinpeiliii uma nnva conferen-
cia.. Gnspar Xartiiis não era lioinr?m para czstiir o seu tempo
nas antecairiaras do gnverno, e iirrn :i siia a1tioi.a natural
e legitima lhe permittiria que proiurasse outra \-<.a a Flo-
riano Peixoto, tanto mais quanto espalhav;~mter h;ivido intuitos
de interesse finaiicriro n a eritrevistn quii ttllr. eonsegiiira.
Antes de seguir para o Rio Gri~ndedo Sul veiu a S. Paulo,
sern outra preoceupaçSo a trio ser a de visitar a alguns amigos,
conio o Conselheiro Eleiitlierio de Camnrgo, e avaliar bem a si-
tuaçüo social e politiea do Estado.
Foi nessa epocha que o proeurbmos, como aiitigos amigos
que cramou, e tainbetn como brasileiros que d e s r j > ~ v ~ m oouvir s
a p d n r r a e o conceito auctorieado de uin compatriota einiiiente
sobre os negocias publicos e acerca da opiniào que, fóra, faaiam
da patria e dos acontecimentos revolucionarias que se precipi-
tavain i*).
***
Desses encontros, sem caracter algum oficial, nasceu depois
a idéia de fczern~os a primeira tentntirra de uina :igr!mia@o
forte que obdedecesse em todo o pais no iiieslno principio, com
nrn prozramma defiriido, francamente republicano, riias contrx-
rio ao systerna presidencial.
Communicimos esse plano a Gaspar hIartins, já n a vespera
de sua p r t i d a , e quem o ronheceu sabn que elle nRo era homem
para recusar o seu esforço e a sua eollnboi:rr;ão a uina ernijresa
desse geneio. De sua parte procurou os antigos çorrelegiona-
rios liberaes e, em urna reunião, intima nias valiosa elo numero

or. A . Brsdiliauc-Cnrlos Poli>ic~sao Dr. P. Rmgel P8ltaoa.-6. Plolo 1891.


-Psca. 18-19.
1% pela qualidade, lia residencia do Conscllieiro I3ernnrdo Gaviâo
Peixoto, trntou-sr! p<:la iiri?ircii.iz 'ter da ficildcqiin rle r r j i c p~ci.tic70
~ e ~ ~ ~ h lpnrlnnrent<riista.
icn~~o
Iiatiiralirirnte o indicado para expor e <liseiitir o ponto foi
O a s p : ~Martiris, que o fez com i, calor c o r.iitbusinsmo dos seus
bons tcmpus da tribuna pol~ul;lr.
Kão 6 oeensiào de mcapitulni tudo que alli ospoz (o q ~ i c
preterid<!moi, fazer alguni dia em outro trabalhoj inas firmou bem
e c l i ~ r a i e r i t eque ern impossirel voltar a moiiareliia no Br:rail
spui trnzer o csphnrolnirierito e a desgraça nacional ; isso, prin-
cili~linent<idrpois da. morte do iinyi~rador. Do q u s o piaiz ra-
recin era do le\-aritnriiento das c..iiergias da ol>posiqio. que rt!Snr-
I I I ~ P S I : por inteiro o s-stenia nctiiitl para o de republiea liarln-
iiientarl deixando ,>ara essa ocrasifio iiriaioria o decidir si r l l s
se ri;^ ~i,~itai.in ou fcdcial, que ii5o ora iriconil,ntivel com o par-
Inmentarismo.
Para. conseguir esse desideratum só via um meio, o d e ge-
iieralizar o movimento, crenndo inil~rensae centros homo=e.neos
aiu todos os Estadou.
Sentia-se com forqa c r n e r ~ i a pnrn essa carriparilin: clesdc
que aqui em S. Paulo os amicos lhe fornecessem o primeiro
nucleo de argxriizaçao r! resistencia.
E iiinpuriii ~ii,<leduvidar da ~lntrioticn lealdi~dee da 'ince-
ridnde com que Gasijar IIartinç sempre ioariifestou siias idéias
e seus ~entimt!ntos, para suspeitar que estivesse occultanda u m
plaiio inrinio, e aspirando no papel de Talleyrand.
$2' desconlieeer n pryrliologia e a nobreza de cnrncter d o
grande tribuiio, pue miiitos defeitos teve, menos o da hypocrisia.
Aiiidn u m dia eslierau Gaspizr 3lartiils em S. Paulo n res-
posta dos aiiiigos, e.. . Depois partiu perdelido inz~isessa illiisiio.
40despedirmo-nos, disse :
- Os l~aulistas n%o servem para a lueta. SZo ricos; n%o
querem ar*-iscar suas carnmodidades. Vou para o ineu 1Lio Gran-
de, e, l i , estou certo que encontrarei os conipnnheiros energicos
e dispostos para a campanha. S i me ouvirem, orga~iiznrcmos o
partido e n imprensa. Entâo chegará n vez da S . Paulo no3 au-
xiliar. Trabnllir o ainigo aqui, e n%o desanime,-que vencaremos.
l?. ,i"i.tiii.
. 1
Pouco tempo depois, em Março de 1892, sustentava brilhan-
temeiite este programrna no Conyi.~~.so de BrryC
Eis como l i se exprimiu:
«Fala sem odios e sem paisóes, como si fUra u m extrançei-
r o que em nosso paiz tudo nbservadse A l u z de u m criterio irn-
parcial. N a o aiivr as i n ~ t i g n ~ ü edo
s ainor proprio, que tem sirio
o mal dos nossos conipntriotns, subordinando a csse sei~timento
as eleradns inspiraçües do patriotismo.
nos partidos precisam organizar-se, liorqnc a democracia
lwecisa da lucta dos partidos, que fiscalizani os governos e eqiii-
libram a jogo dos ~ r e i i d e s interesses da sociedade. li:' preciso
que haja cidndàos livres, no coso de seus direitos civis e poli-
ticos, para que possa haver uma patria. Kão ha patrin eoru es-
cravos, e sim com cidadãosu.
Formulou depois os pontos capitaes de reforma da Con.sti-
iuic<ir,, e demonstrou, com o vigor e a clareza que sempre tnvc,
a necessidade e a i i r g ~ n c i adessa revisão, que talvee tivesse im-
pedido tantas revoluções e desgraqas qne nos tfiin perseguido n o
actiial regimen.
Nno 4 este o lognrl nern conrerii estudar e analysiir todos
oi factos occoi~idosno Rio Grande do Sul e em todo o Braeil
dessa epocha para ca.
Sabem todos o papel que teve na revoluçio federalista; mas
as causas determinantes ainda estso, umas occtiltas por interes-
ses respeitaveis, outras desvirtuadas por paixaes partidarias, d e
modo a n8o ser põssivel um juizo seguro e imparcial.
Um facto, porbm, 6 conhecido e incontestarel, e esse consi-
,y~emol-o por 11onra de Gaspar Martins.
- Por occasiiLo da guerra federalista, em 1892, quando jii
se achava exilado em blontevid&o, ainda no começo do movi-
mento, escreveri uma earta ao general Silva Tavares, chefe do
exercito revolucionario, na qual dizia: *Como amigo, peço; co-
mo chefe de partido, aconselho; como rio-~rnndense, supplico :-
guerra civil, não; é o peior dns flagellos para tini p o v o ~ .
Essa earta concluia fazendo ver a coriveniencia da deposi-
çúo das arinns.
Não era um ambicioso uulgar, sem ideal politieo, nem iirii
aritioatriotn ciiiein assim oensava e azia. .,
h i i t r o facto que destrie por completo a aeeusação contra elle
dirizida -de que desejava a restauraçao r n o n a r c h i c a foi a oppo-
sição formal e ã resistencia que serripre manifestou eontrti. a nomea-
cão de Eduardo Prado uara renresentante do morimento rsvolii-
eioriario na Europa. ~ B r i ade&irtuar a natureza da revolução,
dizia elle, e acta de deslealdade com companheiros republicanos.
Deiremol-o em paz no silencio do sepulcro, ate q u e , acal-
madas as paixões, seus patricios, nobremente inspirados por espi-
rito de justiça, vão buscar em respeitosa Iiomenn~emas cinzas
do illnstre estadista e a í colloquem no Pantheon Nacional.
Ha, da. vida parlnmeiitnr de (;aspar Hartiiis uma phnse que
inerecr s<:r reint.morndn e tirada do liinho dos n,rchir.<ms parla-
riietitnres da e l ~ u e h ;para~ as paginas iiiais vivas da historia çi-
v i a hrazilrira,
R~fi?rimo-nos X coiitrnda que teve eain o Tiseoude de llaiiá
e m 18i:j.
. , Tiiihain ainbos sido .eleitos pelo partido liberal rio-gran-
drnsa, em opposiylio v i r a r ardentr ao ministrrio Eio Branco.
Unia u e a n a C;trn:ira, einqunritn Gaupar Xartiiis dur;biuente
verberara :I niliniiiistl.açiio e a tinlitica eonservndorn, o Visconde
de \[au.i aioi~il>xnliai~a o governo a t i em queçtòea de coiifiaiiça
politic:~, por drdieaçho e ariiiziide no Prasidi:ntr do Corisr?lho.
Gaspir 3Iiirtins reptou o Viseonrle d r JLniii para urna eon-
sultn ao elcitor~~do, derlamndo que conforine a decisio fosse fa-
voravel a uin ou a outro, a rrniincia da cadeira seria n con
sequt:ncia.
Foi rom n iiinior interesse (lu(. toclu o p i a acoinlr~iihoiiesse
plribo interessante e nioralizadur, cujo resultado foi o niais vs-
pleiidido triuliil,iio de Gaspar i1Iarti~isr a reiiuneia do inanduto
do Visconde de Ifnuri.
O proprio partido re~iublicniio se iiitevessou pela causa, e a
R r p i ~ 6 l ; c nnntào
~ redigida por Fi.:iiirisco Ci1rih.i. no Riri de .Ia-
ueiro, g ~ . a n d e i i i ~ ~cmntribui~i
ite pari$ ;L victorin da lealdade poli-
tiea rrpresrnt;~da.e n t i o por Crispar llnrtiris.
. . Est,arrarn cheias os trihunas r: as galerias da Carnitrn. dos
Drl>uta<los3ernIre que falara Gitsl,:lr Xartiiia. fienet,icaniente ap-
lllnudido pela iiirrcidadr acardriniç;~,eritho apiiixanad;~,por que u a
mainrix reliiiblieanii vira o Visconde de IlauX qualificar o jornal
Kepuhlici~d e ii~siyn<ficantee ?:i1 pol~elr<cho!

Delle Fscrrvpu u m peregrino talento que, amigo ii;tinio,


b r m o conhecia, itiar não o lisangeai-a:
<Silveira Miirtiris tem grandes qualidades, admira~.eis ex-
cellancins como orador, e os defeitos correlatiuos. S u a preiença
nu tribuna provoca e aviva a at,tençna do aiiditorio preso á sua
vontade ás i7eirs despotica. Boa c:st;tturn, roiistituir;Xo robuata,
com uma certa quantidade de a > i i r i ~ ~ ~ / i d ncoma
d e , i i i n puhlicista-
artista iitglez eonsidrrava neerssaria aos oritdares, conio
foram Chattsiri, Mirnbeau, Cxuning, Pxlrneritoii, O Concll, i3e.r-
ryer, e ainda hyi: Gn~ub*ttib:ligeira sombra junto de grandiosos
vultos. A voz forte, alta, extensa etn siias e\foluçÕes, tem notas
sonoras, falsas e surdas, mas tem as accerituaçiies da a l ~ n s :que
referve nas paixões, que geram a eloqiieueia. O timbre, fremente
ás vezes, traduz o ruido da praqa 1)ublica. C) ovixdor; iara do
recinto parlamentar, exercc um poder induhitavel rio meio da
multidão, é um oraculo do povo, que o escuta com fanatismo.
N a tribuna do pariamento G lucido na exposicão, concludente
nas demonstrações, energieo em apostroplies, mordaz, aiiiniado
e, ás vezes, eleva-se pela erudiçòo variada e profunda is tórmas
da grande nloqnencia i*)».
E si fie açcrescentasse que n s tribuiia. popular dos ~neetings
era como o vulcão que tudo abram, drstroe e illumina com su-
bitos claròes ou como o pninpeiro de sua. terra, que Irva tudo de
vencida, curvando e arrancando os altos madeiros e afagando os
humildes e fracas arbustos, ostiiria acabado e perfeito o retrato
de Gaspar Msrtins.
**X
Já vai lnnga esta noticia, embora milito mingiiada perante
a colossal estatura do notavel rio-grandeuse. Para dar uma riota
d e sua vida, que niio 4 cit:~da, o que faz suiipor ter cabido em
esquecimento, transcrevemos da Aetirnlirlcrde 'orna1 que se pu-
blicava nn Ria de Janeiro, com a collabnraçao dc Lafayette,
Flavio Farneze, Lniz Barboaa, Pedro Luiz e outros notaveis tal-
lentos, o seguinte discurso dr. Gaspxr Martins.
E' a felicitaçno que, em nome da Sociarln<Ee Instrucgio e
Recreio, d a cidade d o Rio Grande do Sul, dirigiu ao imlprador
p o r occazi8a d e inaugurar-se :L estatua de Pedro I .
Nota-se a h i a mesma franqueza que sempre caracteriuou
seus discursos.
a Senhor.-A Imperial Sociedade de Instmcção e Recreio da
cidade do Rio Grande do Sul vem render a vossa rnagestade
imperial a s devidas homenagens pela solemne inauguraçào da
estatua equesrre do Sr. D . Pedro I.
s E acredita que esse monumento não G u m anathema ful-
minado pelo presente contra a. passada geraçno, mas um altar
sagrado á independencia e i liberdade da patria.
s Acredita que esse colosso da bronze nito representa a dei-
ficaçâo de L2ugustus,mas symboliea a nacioiinlidade de iiin gran-
d e povo eonio as estatuns de G~iilliermeTell e Jorge TiTashingrori
symbolizain a Suissa e a Smerica do Norte.

(7 Eptnd>rlni e Rrlonunfores por Timon-1: smie-Psg. 5 0 .


a Si a irideper~denciado Brasil náo podia brotar do cerebro
do herdeiro do throno, como hlinerva da cabeça de .Jiipiter; iiam
~.
uor isso I I I P ~ O S rraca lhe deveinos, norciue rea!ieou n idéin que
Só repugnante aceitara.
. A A

e Deante do principe clicio de prestigio pelo direito divino

'
anararam-se
'
as rivalidades dos liom<!ns. e riio drsi~oirtaraui os
ciuines, ;linda iiiais funestos das l i ~ o ~ i n c i ;a sO impe;io lrvairtou-
se inteirir;o, e ,>ela vez pririieir;~a liberdade medrou, verdeceu e
fioriu seni as n::,.as de sangue como os tyrannos L: alimentam.
n Floriu, inas não fiiictiíicou; não teve t,eriipo para tanto: o
do exilio iiiareliou-llie logo as flores; o tronco, esse ainda
vegeta a n metralha não piide destruil-o.
e< E i i n ~torpor geral tomou-rios at4 hoje o iniinenso rorpo ;
tolhidos os iriainhros, abatidas riosias almas, uma borda. ielvagerii
do Prata irisiilta o estandarte iiacionul, e o recente i m ~ e r i ode
vossa _\lngestncle Imperial osteiitx a iiiercia bysantiiia e liarece
t,ragar as affront,an caino trol>liéiis.
« Mas os çidi~dãosdescrentes suffram e rasigriam-se, alguns
por ambição, muitos por inditfereiiqa, e todos, como aquella vellin
de Syrariisa, com receio de 11111 futuro peiur
13:' triste cousn, Scnhor, qiie ás alt!grias seriiprr se mistu-
rem d6l.e~; assim A o niundo; e iia fcsta de ho.je a sociedada
de 1nstiucç:gu do Kio Grnnde aeiite ~irofuiidamerite ii%over ern
torno do pedestal do rnoi1umi:nto da indey~cndenriaa pntria de
1822: quebrndz na batalha de Itusaingo.
Mas, rio-grxndense e pntriot,ica corno C esta sociedade, nu-
tre a grata eslieraiiça de que uiii dia, revogado o ostracismo po-
litico que traz afastada do gorrwno irietadr da iiaqào, e accritos
todos os brazileiros corri fii t! selii timida des<;onfi;tiiça, o iniperio
despertari de sua lethargia, siisteritnri corri firmeza e dignidade
os direitos do seus cidadãos eslioliados e assassinados, e rendqui-
rirá o perdido.
« Sâo estes os votos de uiiin sociedndn do Rio Grande do
Sul, e são os de toda a nossa ht:roiea provirleia; e, ilo dia em
que Vossa 3llngeatnde Imperial os satisfizer, t e r i levniitado ein curla
cora@o rio-grniidense uma estatiia liropria c espontnnea mais
duradoiiru do que o bronze n.

Como bem notou o inesmo psychologo que lhe traqoii o per-


fil, Gasl'ar Rlartins era um equilibrio de forças olipostas e coii-
tradictorias .
Faiintiço adorador da liberdade, era entliiisiasta da força
auctoritaria d a espada. Agitador tribunieiu do ~ i i ~ v oprocl~mnva
,
que o ptidrr 6 o poder; - intellectual e x a g e r a d o , des<:ria d a s
theorias e acceitava os factos i - estudioso e aiiiigo dos livros,
acariciava os sptirbmevi, -mas iio que ora unico e sempre e,mial,
era no grande e fiiiido affecto .i ~ i a t r i a e sohretiido ao seu E i o
Grande.
E m falta de outro epitaliliio, ;nrvem-lhe o que Elog Ottoni
dedicou t,ambe~na uin grande orador, o padre Caldns:
Dr. Francisco d e Castro

Dos golpes desferidos contra os liornens eminentes do Brazil


o que prostrou o Dr. Francisco de Castro foi dos mais fundos,
dada a grande mentalidade que anniqiiilou.
No vigor da edade, em plena liuetificaçào d e raliosos tra-
balhos, cahiu, como o athleta rornmo, na sua arena de combate,
não vencido pela superioridade do adversario, mas colhido pela
surpresa do ininiigo que o agrediu disfarçada e sorrateiramente.
Na sciencia em que era mestre respeitado, deixou um logar
difficil de ser substituido, e, nas lettrns yatrias, a cadeira rn-a
na Acadeiraia Brnzileira precisa ser oecupadn por unia intelli-
geneia muito culta, para que o vivo não desappareça eclgpsado
pelo morto.
Foi-lhe berço a cidade da Bahia, essa terra uberrirna de
talentos, onde parece que o ser iutelligente é a lei natural, e
só e x e e p ~ à o a mediocridade; alii iiasceu o Dr. Francisco de
Castio a 17 de Setembro de 1857.
Era filho legitimo d e Joaquim d e Castro Guimarses e de
D. Maria Heloisa de Mattos Castro. E m 1870 partiu eorn seus
paes para a França, e em Pariz fez os estudos d e humanidades,
regressando quatro annos depois á Hahia, onde se matriculou lia
Faculdarle de 3fedicina. Cursou a h i os tres primeiros annos,
passando depois para a do Rio d e Janeiro, onde concluiu o curso,
tendo ido, porêm, a cidade natal defender these e prestar os exa-
mes finaes, por cansa do conflieto dos sexto-annistas com um
dos professores da faculdade fluminense em 1879.
Do Brazil iWeerIiw ( 8 ) extrahimos, os seguintes dados biogra-
phicos :
« A sua these de doutoramento veisoo sobre a Correlap2o
dns funccões physiolqicm. Este seu primeiro trabalho scienti-

(.I Braeil Xedico-1901-Pag. 387 e 393-Dr. R. de Castro-pelo dr. Bnlhae. C -


valho.
firo mereceu ;ipl,rovai;So distinetn e foi iiiiiito elogiado por todos
iis mestres e ~ o l l e g ~ que
s , i~iuiroo alireciitr;iiii, quer lielo fiindo,
quer I ~ c l afúruia.
a Piiuco taiiipo depois de formildo foi iroinecido riiedico d o
corpo de snudu do exercito, lugar que occiil~oii n;i gitariiiq%o
desta Cnl>itul a t i 1639, ipoca ein qiic pediu n siia exonerilqào,
sendo leso <:rn seguida d i r t i ~ i ~ u i dpelo
o governo coiii n noiiien-
qio para o e:Lrgo dt: l>rofcswr do alleiiiia no U ~ l l ( ~ g 3Iilitiar. io
Pouco trlrilio demorou-se no excriin deste cargil, rluc?, por mO-
tivo de iricoml>atibilidade, teve de nb;indonar.
I'>iri 1881 foi eleito niii:?ibro titular dn dendeinin A7<rciiinnZ
<7e LVeledici,in, tendo nprcseiitado coiiio titulo d r adrniss%o unia.
incrnoria sol>:.r os Ceittros c~rticaes p.sychugeniws. *<:lu 1833
coricovreu no lexar de adjuiiro da sec$~o de incdici~iaria E'ncul-
diidr do Rio de J;iiiriro. Foi eln~siticndo <im 1." lognr e foi
servir n a inçsuia enfcrmtirin do .prof<:sior T o c l i ~ s B o ~ x i i n, a
qunlid<~dcd<i aqiuiito da 1." csdelra de cliiiicn iriedica. -Miei-
~ooii-sç tanto ao venerr~~ido professor Toiiums H o i i c ~ i ,q u e este
Iin Iioin da morte, o iiieurnhiii de completar a sua obra, colli-
gindo as iiot3s eslinrs~lspara a confecção do 3." rolume da siia
í X i ~ i i r 5Alle<lien. E' iuutil arcrrsceiic;lr que o ]>r. Fir,iscisco DE
C ~ s r i t nd~sc~ii~iciilioiieoiiscieiieiosn c brilliniiteiriciite esse clieargo
do seu digrio hlcstre.
« Ein iiris dr. l8!)0 f«i iiomeado professor rnthedratico de
cIini.cn liropcdeutiçn, disciplin:~ roceiitoiiiente intuodiuiili~no em-
sino das sciriicins niedicas do Brilzil.
« D e 1893 e l8!37 cxerceii o cargo de director do cxtirieto
Iitsfiluto ,Saxitni,io h7er7eilrl. Ein 1895 foi iioinendo viee-director
da Fnculdadr do lfledieiiia do l<io do Janeiro, e direetor do
rnesriio estabrleeim~iitode ensino superior ein 1901. Exonerou-
se. desse c3rz.o ]>oueo tempo deiiuis, no mesmo dia ern que dei-
xou de scr ministro do iiitoriol. o Dr. E r r r i c r o PESSOA,que O
liavia corividado o iion~eiido r>:irn dirigir x l3ic~lldndee fazer
executar o novo (lorlign de E:irsiis+.
u Para rornplstnr estes ligeiros trnyos biogrs~iliiioiajuiitarc-
mos nqiii n rolaqao dos seus priiicipaes trtahallios seirntificok? r
lihterarios :
« Cor.~ela$ii.idas fuiaccões ph!,siologie<ts, tliese i ~ ~ : ~ u g u r a l :
<?e?ttrus coi.tieacs p,sychrigeizieoa, meinoria apresentada ;i Aixr<lei?~ir~
-\ncioiml r7e .lIedicir~a; 1)a.s fiiri~zn~ ~ l t r a ~ e ?das
s ~ r ~ l ~ l e s t do
i a s c@
I'ic~iiu, trsdiieçáo anriotnd~. dii rnemoria d e h.I.\u~n; Do piognos-
ticu das ?izolestios d o eiiiai8,0, traducçxo annotndn da rnonograpliis
do professar I,EYDEK;O i,aaer,to A6el P z i e n t e ; Pulemica pessoal,
artigos l>ulilieados na imprensa extra-profissioiinl; d f e m o ~ i ahis-
toiicn su!,i.e o* factos occ~i.ric7os il:~ ficei~lrlnde de ,lIeliediciizn do
Biu ~ 7 aJniaei~o c i i ~ 1891; D i s c t ~ ~ ssohre
n us ii~oi.trjs de 1887,
nerrologio liistorico feito perante a dentlen~inA7aeioicnZ de Jíe-
fliciiln; Disciirsos feitos lia. qualidade da ~ l n r a ~ i y m p h dos o doii-
torandos de 189G e 1 8 9 8 ; Iliacfndn de Cli?zica P ~ o p d e z ~ t i m2 ,
$russos voliimes, pubiirndns o I." eii: t"ilti e o 2 . ' eili 15130 ;
Aai?izolLins eri.nntes, TCTSÜS contidos ?,uni pequeno voluriie pre-
faciado por M a c i i . \ o o »e A s s i c dado ,i priblieidnde quando o
s r u auctor era ainda nlurniia c10 6." :iiino do curso medico.
< Al6:n do 3." volurns do iiaetzilo de CLiiric Propedei~tiea,
est:iv:~ elaborando o distiiirt,~lirofessor iirii trabalho sobre -4,s
febi.es iio Rio d e Jzizciro. ti!iido jX qiiasi roncluido o discurso d e
ingresso pnia a Acn<lei>~ia de Lettrns, como siibstituto do VIS-
C.O\-l>F, DE T,YUSAY n.

***
O Dr. Prancisio de Castro di!iioiido dc grande e variada
crudirlio, expri:riia-se cain eloqueiicia e fluoiieia iin cadeira d s
qiic cru inestrc eximio. \lirlhor que ii6s o diz iim dos seus rnnis
illiistres diicipulos, o Dr. !luhino Iíeirii, iio e1oqiir:ntr necrolo-
.xio
, que trayou e do qual pediinoi. reiiin para transcrever a bella
.iyiithr.sr. das qiii~lidades do lirofessor n a inthedra.
=C:tdn lieçso que lirokssara era u m grito de , F e r r a , u m
louro n mais; deixava conveiicidos os que se approximavnm tibios;
crxiiia o espiritn dos noveii, abri.?-llies horizontes ~iinisvastos, ;it<:
então par dcscortin:ir, patenteava-llies ns belleaas do terreno
ignoto; reconfortava os fortr;, e cnl:~vn fundo iio aninio dos que
rinreei:im descrer da »rofiindezn dos seus conliecimentos.
<Formou pouco a poiico uma verdadeira escliola; a seu lado
trnbalhnx-arn mocos clieios de fi., compenetrados da sciencia do
mestre, ;ividos de saber e de renome.
«Sims aulas tinh:iin ioncorrencia desusada; o silencio com
qiie seus alumnos o ouriairi era ertrnordiiiario; a attençao ehe-
-v& ao auge, e cada qii:~l queria n~~lireiidermais, como si es-
tivesserri advinhando que aqiiella boeea eloquente i a ser e m
breve fechada pelo sello da inorte.
a.1 sua linguagem seieiitifica, que e m suas obras é d e u m
apuro nccnssivel i critica; mas que nem por isso as desmerece
nntes a s exalta, era suave, braiidn, harmoniosa, encantava e
sedweia, ensinava e convencia. Tiiiba uma abundancia de sy-
nonynios invejavel. E r a cstc u m d e seus grandes rneritofi. E l l e
1120falava si, para os intelligeiites, para os mais lueidos; havia
tnmhem os q u e queriam al>prender, liias que não podinm fazel-o,
por mesquinha expansão intellectual. Francisco de Castro com-
prehendeu isto e procurava fazer-se percebido de todos; ora fa-
lava pairando nas regiões da mais alta Iiermeneutica, ora descia
á s coriras riiais terreiias: mas em uma e outra vez a sua oracão
e r a prnfiiridamente scieitifiea, excessivairtente doutrinaute.
.
.Siias hellissimas lirç6es sobre affecpòes nervosas, sobre a
syphilis, sobre as lesíies do orifieio aortico; a sua concepçüo so-
b e as diatheses, sobre a s meiopragias, sobre os temperamentos,
nunca mais se liüo de apagar do cerebro dos que os ouviram,
tal o eunbo iirilireççivo com que elle as produziu.
nInfeliamente n morte que tão cttdo o roubou Os lettras pa-
trins, impediu que tantas belleans ficassem perpetuadas nos li-
vmç r que passasaem aos vindouros. O que ficou escripto, po-
rem, o que elle beve tempo de iriiprimir, 6 sufficiente para q u e
s e I'OSSS" ajiiiz;ir da xrarideaa do que e s t i inpdito (I) a .
As qudidadtts do orador, são vantajosament,e confirmadas
pelas do escriptor, e lhe asseguram o logar que conquistou d e
cultor escrripulosi, de nossa hella liiigua.

Pua" 4 este o Iogar em que sei possn fazer uma annlyse e


critica eircuiirstaoeiada da obra scientilica do Dr. Fraiicisco de
Castro: muito pela raroa diremos comtudo o nosso modo de
pensar.
E', com direito, considerada sua obra prima o I r n t n d n de
Cliniea Propedeutiea, d e que sstão dois volumes.
Nesses livros. o mestre revela ao lado da ,grande
, leitura e c+
nheeirneiito rxtraordinario da litteratura similar, uin senso criti-
co aprimorado extraordinaria faculdade de nssimi1açX.o das dou-
trinas correntes a que imprimiu eurilio seu, proprio, e modo ori-
ginal d r expor e apreciar a s diversas licçíies dos collexas.
Não i. só o nrophyto da scieiieia medico que lucra em s u a
leitum 1 nós, os velhos elinicos, só timmos proveito e ensinamento
ao compiilsar essas paginas admirz~velrnente eseriptas.
Aferecem egual conceito, sttendendo-se ao tempo e á d a d e
e m que foram publieaáos, - oa outros trabalhos do Dr. Francisco
de Castro, que serviram. u m d e these inaugural, e outro, a Me-
luiria apresentada á Academia A'a~nriu7ml de Jiedecina, a que,
acima nos referimos.

(ii Dn. RRAXCISCODE CASTZO P d O Dr. Robiho Meirs Reuuto Nadica, de 8. Psolo
-16 de Ontubra de 191'1. Png. 358.
O Dr. Francisco de Castro tinhn preparo intelleetud e apti-
dões pnra um reformador de doutriiias medicas, ou lielo ineno.1
para uin irinovador na :ilireciação dos factos.
Essa tendeneia revela-se em aIgut~sdos seu3 escriptos. Es-
tamos certos que tinlia em germinação alguma cousa nesse sentido.
De modo positivo aind:~se p6de affiriiiar, com pala\,i.as suas,
que, pelo menos em um dos pontos mais interessantrs da nossa
&,atliologia, n a questão das febres, preteirdia combater a s idéas
correntes - do tudo pclo impali~tlisrno.
Com desvanecimento nos lembramos que, aqui em S. Paulo,
conferenciando com o preclaro eollega, discoi~emossobre a as-
sumpto, nos encontrando na melhor e tnais perfeita harmonia de
vistas, quer sohre a natureza das ft>brrs do Rio de Janeiro q u e r
nas que nos flagellam aqui e euja therapeutiea tanto embaraça
os elinicos que se esforçam por adaptar os factos ás siina previ-
sões theoricas, em vez de procurarem tirar a ~ ~ e r d a dda
e obser-
vaçáo rigosa e despreveriida d a í easoi.
Lamentavel e doloroso que a morte permatura não conien-
tisse terniinar o Tratado das Febres, em que ia mostrar aos olhos
d e todos a sua theoria sobre as febres do Rio de Janeiro, di-
vorciando-se dos que ainda as admittem tal como h s 50 annos
atraz (*I r>.
XHo podemos nos furtar no desejo de transcrever os seguin-
tes trechos que a esse respeito yublieoii:
Sabeis que por toda a parte nesta cidade se aceusam os
malefieios do impaludismo. Pois 6 aeeusar iim inytlio, fazer guerra
a um phantasma, .perseguir uma chimern. Habituèmo-nos a ou-
vir que o impaludismo senlioreia a earta nosograpliiea da capital
federal. E' que no aetivo delle jaaern englobados estadas morbidos
de varia casta, desde a septicemia aguda ou chranica atri á ta-
xicobe uremica, desde a lymlihangitt! grave até a phthisica latente,
desde o choque operatorio atB á pedra na bexiga.
-o Tudo isso recehe o eariniho commum.
-=Neste covil do imlialudismo, neste emyorio do gsrmen pa-
lustre, não se conhece, entretanto, como producção autochtone a
fehre intermitente a forniula rnorbida por ascelleneia da ~iialaria,
náo se conhece a eachexia paludasa, n legitima cxpr<,ssZo cbronica
do envenenamento miasrnatico. E m eompansaç%o,pullulam as mais
disformss modalidades elinicas, simples creaçiies ou recreações
da phantasis, ás quaes a nomenclatura tem dado e<irpo de mons-
truosas realidades : as febras remittentes gastricas, as febres bilio-

(.I fi. F. da Caiira pelo Dr. Ribeiro xeirs aer. xed. de 8. ~nnlo-cit.-pag. 339.
sas dos Iiaiac~squentes, as febres tyliiio-nial~.rieas, ele. Tireiiios
a t é uma cpidemia de accesoos perniciosos.
-a Assolava o I{io de Jnneiro lia cc.rc:i de dez nnnos uiiia
das mais violeittns rnjndas vstivaes da SeLre amarella : sirir~u cjuan-
do, em ~ioucosdi:is, sob o r ~ , ~ i i i i r rdos
i i rneiiiios fiictorcs irieteorolo-
gicas, com o iii<.sino pontu liygroinetrico, n mesmo eCu ardente,
o iiiesrno sol a vibrar o seu a p i t e de eIian~in;iç, a ~?ior:aiidndelior
febre rniarella fica reduairla a quasi nada e. a cifra do ohitii:irio
n a coluriiria <%pid<,iniin <: manticla p o r nceessos liciiiiricwos. Pos-
sivel será de taes l>reinisias rxtraliir siniilliniite coiic1i:sijn; rn:iL: a
razno natural, o scnso coniiiiuni lia do ter priirieiro rcnuiiciado
os scus direitos.
-a Ora, alii tendes o iiiilialudisnio yuc nos flasella: e colloen
este nosso p e d a ~ o de plaiietn iias qoi~<liqõesdas velhas cidades
laciiitres, levaritadas á heirn do Paliis Jlcotidrs, oii lias iiiarzens
do Yilo: ou iinrliielle ferr.rit;irno cnllt: iioi onde os giniideb. rios
bihlieos, o Euphrates, o Iiido e o Gaiiges, atro;ivaiii as solidür;
infinitas com o eterno e l a n i ~ idas suas a p a s » (:i).
Fnra ciiiiilxii do todo o nosso dever de hiagr:&plio, assignn-
lnrerrios agora iiiiia f;illii~ness:i ,craiido obra qlic nos deixou o
dr. Frniieisco de C a i t ~ o-;L, dcti,sa que fia do « I I L C P I I I O A hel
I'cri.e>tten.
Realiiiente C ilifficil rciiipi.elierider con;<i u n!rstre. excr-
ecndo a rriissAo e!erada do profrssor de Cliriien Pruyicdcuticn,
Imdesic nfastnr-so tanto do coiisr.iiso uiinnimr i a claçsrs, das lei?
de etliica niedicn: e clie:nrir r. defrndrr eiso ?rime tRo erie~gicu
c jiistanientr estyçmatizado n ; ~qualificaq&o que Il:e deu a Pro-
fessor Hrounrdel.
Si o dr. Francisco de Cnitro, Y ~ Y P S E C , X I ~ L Oenliliin~i,çbas
nossas censiiras, neiii colnriariios as iiassas ailiias para couiiatel-o
iicsie terreno ; ~ir.raiitosrii tuir!u!a-liinitaino-i?oi a not:ir o rclipsr!
do astro, transrrcrendo as ~mlavrnsdo mrsmo illiistrn eolleyaa que
rios tenioi sorcorrido para dar iiiaior iiiteresse ;i esta ~iallidanoticia.
<<Ofizvento Alie1 P n ~ r n t e ;diz o <Ir. Meira Rubino, essa oiitia
obra d e sinceridade, e i ~ j aintuito todos têm o derer de rcslieitar,
porque trsdiia n convieqao de iiin forte, einbora scia 1,arn iiiriitos
uin erro, G uiiia das mais refulgentes provas de sei1 talento, ciijo
elasterio 1130 tinlia liiuites, e q u r sabia ;inioldnr-se a todos cis eo-
nbnciinentos liumniios ; era u m a ohra qiie mais de 11111 jui-iscon-
siilto teria a lionra de siihscrerer».
E nada iiiais accresientarenios.

'Ya qualidade de Di~ectordo Iiistitiito Sanitario J7edci.<il,d c


1893 a 1 8 9 i , liatenteou uma das f<liqiíes iiinis invejaveis d<: sua
indir-iduabilidadc, no acerto e n a 1ir.rtiuacia coni que eoinbateii
as diversas m:inifeitaçiies niui.hida3 oiir? nssolarniii o pniz nesses
annos, perturbados tainbein 1irofuiidaiuente iio vivor riormal do
povo laboriosoe pacifico.
Apr.znr dos einbaxnqoç e dns difficuldades que se acciimula-
ram lmra rstomnr a m e d i d a s nece3sari;is J defesa da sniide pu-
blica, iorisegiiiu o dr. Fraiicirco de Castro deixar sr:ii nome li-
&o a grandes benificios em inatrria de Iiy#:iene social, di,ffr!ii-
siva e r e p r ~ s s i ~ adei t&.riveis m o r h u ~ . .
iYoiuenda 1-ice-director da Faczildade cln ilfcclieiiia do Rio de
Jaiioiro, foi elevado do cargo d<: director da mesnia instit,uiçáo
n a vago deixada pelo Visconde de .Alrarenna.
Os desgostos e a lucta q u e t r r o dc sustentar nesse curto
~ ~ e r i o d opor
, enusa da reforma do ensino do ministro Eliitacio,--
niinaram-lhe a saiidn, jR dpbil, r! lirepamram talvez grandeuieiite
n terreno eni que encontrou facil ~~raliferaqfioo gernien pxesti-
lento que o niatou.
***
9 5 de Outubro vimol-o I>ela ultima vez, e certamente j J
presa do ttcrrivel baeiilo que o victiinoii.
Foi tlirrna de noisa breve ectrevista a questáo do dia-n
marcha e permanencia do rrial indiano n a capital flurninense, e
a t.riste previsão que nutriamos de Iiospedagem tBo rergonhosa,
ainda por periodo cujo termo n8a se podia prever!
Despedimo-iios do illustre rollega eorn u m a pron:rssa de
proxirna visita á sua casa. Bem lo:ige estavamos de suppor que
aqui em .R. Paulo seriamos brutalmente surpreliendidos liela no-
ticia de seu f:illeeimento a 11 de Oiitubro.
Indesrriptivel 6 a dolorosa iinpressão que em S. Paulo causoii
a noticia da morte quasi repentina do Dr. Francisco de Castro,
não só na classe medica, mas ira totalidade d a sociedade paulista,
onde tinha numerosos admiradorei, muitos clientes e bons
amigos.
O Rio d e Janeiro, sempre prompto a prestar honras e a de-
monstrar o quanta preaa os grandes cidadãos, quer rias alegrias,
quer lias deras, nâo desnieiitiu suas tradieees. Eis eoino des-
creve o enterro unia twtemunhn do dia.
oForaiii estraordinnriameiitr imponentes os fniieraes do LRII-
doso professor Fnnscrsco DE C : \ S T R ~ . Foi uma verdadeirc apo-
theose a trasladação dos d e s p j o s niortaes d a resideiicia do finado
para o cemiterio. A sociedade fluniii~ense,represpntada pelos setis
menibros mais distinctos e da mais elevada hiei-wehia, prestou A
memoria do illustre medico todas as honras a que tinha direito
o seu inestimavel valor. A mocidade academica tributou tnmbem
ao l>rofessar laureado as mais iiiequivoeas homenagens de admi-
ração, respeito e nnior.
=A'S 10 Ir2 horas d a manban do dia 12, depois do encomtnen-
dado o corpo pelo Revino. s , a d r ~FEEREI~A D.4 SILVA, que acom-
panliou ao frreto at4 o eeniiterio, foi retirado da eqa o caixão,
segurando na1 alças os Drs. I ~ E G U S T O DE FREITAS, AZEVEDOSO-
DE&, L h a p o ~P n a v r m , Lrisa F R ~ I K3 E
1 , 1 ~ PEREIRA)
; ~ ~ e RULHÕES
C*R\~ALHO. Assim desce11 o <lsquifo ate á l u a , onde forrnoii-se
imponente prestito, coiiirosto de mais de duas riiil pessoas. O
ataúde foi levado a mão e acoiny>anSiado a pó da casa do finado
ao eemiterio.
« Ala~chnvai frente do cortejo uma banda de muiicn do 1.'
batalhão policial, tocando marchas fiinebres i S o ~ ueni srgiiida,
após o sacerdote, vinha o cz~ixâomoitui~iiocoberto com o estan-
darte dn Fnciildadr de Vedieina, rurolto eiii crepe; seguiam-se
eomrriissões das escholae dr: eiisino superior, conduzindo g1andc.s
curõas off~recidasao estiiuado cliriico e professor; depois, estra-
ordinnrio acoi~i~iarihaiiionto, cnnipostn de representantes de todas
as classrs sociaes ; finalmente, fpchava o pr<.stito a baiida de inu-
sica do 3." I~atalliãopolicial, seguido do coche funebre e de mais
de 300 carros.
E m toda8 as m a s por onde passou o prestito funkbre e r a
grande a rmmero das pessoas que o aguardavam Iras janellae,
portas e jardins. E m todos os semblantes transparecia a tristeza
e não eram raras as pessoas que clioiri~ani.
=Cnm excepqáo d e 4 ou 3 professores, n congregacio da Fa-
cnldade de Medicina compareceu toda ao sahimento. O presi-
dente da lbpublica fva-se representar pela seu secretario, Dr.
T ~ o , r a z COCRHAKD, e enviou por si e eni nome da sua fninilia
uma rica grinalda pare ser dt:positnda sobre o tumulo do mallo-
grado e eminente clinico hxzileiro. u Viee Presidente da Re-
pabliea compareceu m pessoa ao enterro e segurou uma das al<;as
do caiszo durante o trajtscto para o cemiterio. Senhoras, sena-
Conselheiro Rodolpho E. d e S o u z a
Dantas
--
O Conselheiro E . Dantns era unia das niais syrripntliiens
tigiiras da riioderna gcraeno doi estadistas do imperio; tiiiha valor
I~rolwio,auxiliado por todas as eondir6es sociaes e poiiticas, p ~ r a
a~suniirum dos portos euliiiiiiaiites na lpolitie:~sul >~inericana,s i
1701 neto proprio nâo se esqui\-iiise a coiiquistnr cssn posiç8o.
Eni outro meio e eiii outra epocha que tivesse vivido o Con-
erlhciro Ko<lolplio Dantas, o seri noine figuraria ;ao lado dos iiiais
nfaniados intelectuscs, com des~nncciiiientoIinra as glorias latinas.
Para bem estudar eni toda a sua plenitude o talento do il-
11istri: finado: seria irecessario rrwnir as qualidades de um C.
Plariclie, o brilha de um S.'" Reuj-e, o tacto de Drunetibre 0x1
rrirlhor, o talento, o espiiito e 11 peniia de J o a q ~ ~ i iiabueo,
m {)ara
qne o perfil fosse perfeito.
E, renlniente, Joaquim Sabiico, lias nossas lettras, reproduz o
caso da f;tliulii :-assuuipto qiic taqiio roiii sua eiicantada Iieiiua,
transforina-o logo eni l>uriislriia atiro, poiieo importa n materia
I>riinitivs.
E mais ú de lanieritar n íalts na espeeie, pois as pnllictns
brill~antesque eneontrnmos iio ~ e i oecrrentr de nin seu artigo
sobre Radolplio Dantas berii iiiostrsm que oliiilento tliezoiiro po-
deria dabi tirar o fino eq~loxador.
« A politica de certo nâo prodiiziii entre nós uma a ~ p a r i ç R o
niais brilhante, mais prnm~ttedora;neni tnmbeiri mais rni,matica,
do qiic a dc Rodolphu Daiitas, nos iiltiinos tomlios do Imprrio.
. . . . . . . . . . . . . . . . .
a Direi symente que Kodo111ho Dantas combinou em si qua-
lidades e faculdades qiie entre uús iienliim outro joveri politico
reuniu, r pertenceu a uma eschala inteiramente diversa da de todos.
n Isto estabelece a singiil~~ridadada sua feição intclleitual
no antigo regimen. O attractiro maior, que elle tinha e tem, era
a r a i a ariieiiidade dos dotes pessoaes.. . . .A fórmiila desan coinbi-
naqia de forca, a g u d e ~ ae~ dii;tiiieç;to pfilo lado do esl~irito,com
a du<;ura do earactrr; jiiiito aos aceidrnr<~sda siia raliida ascen-
$20 e eclips<r: é o que só se poderia reliroduzir, a nitiu ver, fa-
zendo delle o prinei[,nl Iir!i.soliagçrn de uni romariee politieo á
maneira dos de Disraeli. Elle não t um desser que se prjdem
desereror como espi!ctadot.es por deiiinis interessados nas peripe-
cins do drama liuuiano e nas paixões oppostas dos personagens
para aceeitarein algurii papel, que em todo o caso os condemna-
riarii áinoiiotonia de uin s6 sriitiirieiito e ,130 Ihes deixaria i ~ ~ i r a c i a r
de f6ra o co~ijuctrida scena; mas r m ~inrt,eellr foi isso, sob a
sensaç;lo enganadora de enfado: que n.io ei.n outra cousa sin8o 8 3
paradas forçadas, a iuternittericia natural da mais rica e da rnnis
suseeptivel das serisibilidades. ..
Os espiritos de certa natureza não thin mais funcçno em po-
litica quando se coirveneein de que a idéias, coniplexas, frageis
e dr:lieadas, a que i o atfeiçoam só são renlizaveis por rneio d e
paixíies allieias e deíconhccides, e essas colleetivas u. (1)

E nada mais deveriamos aerescent,ar: para n%o empaniiar o


brilho da figura a que cSSP.8 linhas deraxi tâo grande rralce.
Ha motivos, poiCm, d e insistir no assumpto, niesmo eorn risco
de pr+idicar a quadro com n nossa pnllida palavra.
NBo era I<odolpho Dantns, por sua inodestin, bem apreciado
e eonlieeido iio scii inteiro ~ ~ a l opelosr conti~poi.aiieos,e não o
será pelos ~ i i i d o u r o sporque
~ infeliainentt! 1160 deixou condensado
e m obras o muito que, prodigo do talento, atirou n a voragem
da epbeiiif,ra imprensa diaria.
nevi.nioil pois, os que tivrinoa a ventura de merecer-lhe a
amiaadr; e par isso conseguir avaliar toda a eitençáo cle sua
aprimorad;~intelligei~ciacuidadosamente cultivada, dizer, perante
o prematuro f.tllticiineiito, quho grande foi a perda do Brazil.
E' possivcl que nlgiirm intente a empresa meritoria de in-
vestilar, ivunir c ~iiiblicnros seiis eseriptos esparsos, eoiiio fizo-
rào com Tinian; a Bahia não fnltani talentos e enthusiastas ca-
pazes dessa prova de apreio a u m yatricio, e não devem deixar-
s e exeder pelos seus viçiiihos do Maranhão nesse patriotico ser-
viço.
*re
Insistimos n a feição jornalistica de Rodolpho Dantas, por
que foi lia imprensa q u e iniciou a sua vida politica, e a h i re-
- li) Vm Rr#l da Jorml- J. .\íib~~o-Es~r<plors
D i m i l m e i . i t l n ~ r i o ~ - 1 m - P ~ p7.9.
velou desde os tempos acudemicos qua1idadt.s yiie se desenvol-
verain e firmarain, daiidn direito a ser tido eoiiio iirii dos nossos
mais correitos e eiuditos prriodistas. Formado eni Direito n a
faculdade do Recife em 1854, fixou-se n a Bahia, eutrando logo
para a redqção do Diario d c Uahia, eiii defess das tlieses, q!ie
o partido liberal (em opposiç3oj :~g-itava e discutia para conyuis-
tar pela popularidade o poder. blli, uma pleiade dos mais bri-
lhantes talentos, como pululani na Baliia, dava combate sem tre-
guas aos adversarios, e Rodolpho Dniitas figurava com fulgor ao
lado do proveeto Leso Velloso e do extraoriiinario Ruy Barboza,
e assim s e manteve até. 1879, quando, pela ascensão dos liberaes
a o governo, foi eleito deputado geral. ~ E l l etinlia a estriictura
litteraria do mais tino dos intelleetuaes, alliada .i conipleiç80 no-
bm, altiva e generosa dos fidalgos Iiict:~dores,que jamais descal-
çavani a luva quando tinham de empunhar a arma d e coinbate.
Jornalista, parlamentar, riiinistro, o seu temperament,o se fez eam
a serenidade e a elevaçto de uiii espirito culto e forte, associado
a sentileaa, ao cavalheirismo, e aos mais apurados requisitos d e
lealdade, de correcano e de i1 Itepublicn não pôde
infelizmente coriquistnl-o para as liict:~s e aspimqões do seu des-
tino. h politica, a ferrugem que embacia o mais polido aço das
armas e carac,teres ~dariiantiiios, não c o n s e ~ i i i ujamais estragar
a liiiipidee daquella conscieniiii, e o brillio daquelle piirissimo
eorapio * (1).
E , em corroboizçh ;este juizo' m;tnifestou-se, n a tribiina d a
Camara dos Deputados, a palavra insuspi:ita do deputadoIgnacio
Tosta, quando propoz nin voto de pecar pela passnmento do pre-
claro cidadílo.
Assim falou o reprrsentaiite bshiano:
«Vem propôr a Carnar;~uin votn d e pesar n a acta pelo pre-
maturo passaniento do Conselheiro ltodoll>lio Dantas, que, nos
tempos da Imperio, representou papel saliente na imprensa po-
litica, no arla lamento e nos eonsellios da eorS;~.
r<Acaderiiico, deixou sulcos luurinosou iia Faelildxde do Recife
e angariou a adrniraçho r a s syinpnthias doa eollegas.
.Jornalista politico, bntalhoii no Dinrii, rlu Bul~in.ao lado d e
R u y Barhoza e Leso Velloso, colii grande proveito para a cansa
liberal e para a patria.
.Parlamentar distincto, revelou-se orador eorrecto e erudito
n a tribuna da Carnara.
eNinistro, foi urri prot6typo de bom senso e honestidade.
.Na cpestzo do credito para a obserr~aqáodo ~ilaiietaVrnus
terçou as armas n o pnrlaiimnto eoin os maiu iiotareis or:idor<?sdo
tempo. Sahiu victorioso : o credito foi votado e a conimissiio
scieritifica desernpeiihou a sua inias3o corri prnvcito para a scieiicia».

X%o ficou? p<irEm, nlii a iiltervenq80 de Itodolyho Dantas iia


imprensa, i qual volveu ji iio pe~iododo goi7erno ie~>ublicaiio.
E m 1891: acreditaiido passado o periodo revo1uceioii:irio do
paiz, rcsalveu eoinhater pela mell~orcomprehr:ns%o de uni certo
riumero de idiias libernes, e coiitriliiiir c0111 seu critrrio pnrn o
pmzrrsso da [iatria. Reuniu lima. 1,lislangc de ~~~~~~~~~~~~~~iros
pmirndoi iio manejo da penna e da 1>:~1:wra,e fundou o Jom<rl
do n ~ n z i l ,occiipando o cargo de rcdaetor chefe, esse suiiiro dii
mocidade irnlizttdo iin edndo madliia 11).
Polico antes de saliir o jornal, quaiido Kodolplio Dnntas de-
senvolvia uma actividndo febril para organizar e dispor os rle-
mei~tosmaterines da folha, eucoiitriniol-o, e ouviinos os seus pro-
jectos. Disçreveu-nos elle, corn n 51x1 ~iiafiica e e o ~ n ~ i ~ ~ m i c a t i ~ a
p l a v r a , conio conilire1iendi:i a niissao da imlirensa na sociedade
inoderiial e como iret tendia necutal-a:-«um jornal que llie per-
mittissi: col1a.horar acti\,aiiirnte lia vida do paiz, e fie:ruse dial>ois
delle eorrio urna institui@o neeiai~nlperin:iiieiite;>.
E realineiite podia ftizel-o, cercado do cornp;inhairos qiie o
auxiliavain, do ualor de Ruy Barhozn, Joaqiiim 'Jnbiiqo, Rasboz;~
120drigues, 11. Gorceix, J . Ve~.isqin~o,S ~ I I C I I O Pi~rlentel, n eçsr:
outro que estr<r:iv;i; jti uinn. orgariiziiçZo p r c v i l ~ g i a d a ~
Coiistancin
Alves, sl6m de outros eoiri i:sliecialidndes lmra cada seeçno do
periodico.
E euniliriam, sein temor iieiii hesitapòes, o dnsenvolviriir.nto
de seu progrnirima, ctim tal r.nergia. e suceesso, que a dietadura,
q u e eiitno iioi opprimia, decretou ou pelo incnos tol<,rou os ata-
ques inqualificaveis contra or p.ztriat:is e illiistres redectoi.es do
J e r i ~ a ldo Hrn,?il, abrigairdo-as a abandonar nZo sb n tenda rle
trabalho, mas a terra natal, p:ira iiRo serem trucidados!
Hodolpho Dnntas, entao de~gotosoo desilludido, rriiroii-se ;i
vida privada, isto eiii 1832, e adquiriu iniportmte propricd;ide
ngricola no Estado de S. Yaulo, liara onde si: transportou eoni
s u a faniilia a seus qiieridos e escolliidos l i ~ r o s .
E :nssirii fieou o Hrníil lirirado da collaliorz~~itode urii dos
seus m:iis competentes talentos, pela iiiesquinhez de uina 1,nlitica
violenta e sciii criterio.
A confirinaçào, ninis uma vez, do conceito do grande r u l t o
da revolnção friuicea>i-aki liberté de iout dire n'rc d l e ~ ~ i ~ e ,pue
nis
c e w z qui vezilant .s? iiveiaer 7n literté de tout "fnfre, teve esta
t r i ~ t econsequonci;~.eiitrenós, d e deisar que na. iinpreris:~ naci-
onal não florescesse um ~ieriodicorjue seria um pzdrao glorioso
para a inentalid~dee a civiliaa~áosul-americana.

Agora :L; notas e datas que eomlilrtam as infor~iraçoesbio-


~ a p h i c n s ,e que s5o extrahidas do .Jori~al rl-, Urazil que noti-
cio11 o falleciinento:
« O sr. conselheiro Rodnlpho Dniitns nasceu em I4 de Ontu-
bro d e 1854 na entso prorinci;r. .la Bahia.
E r a fillio do illustre estadista conselheiro Manuel Pinto d e
Souaa Di~ntase d a sr;i. d. Amnlia Josepliina Barata de Souza
Daritas.
Fez o ciirío de hiimaiiidades, l n r t e n a Baliia, pzrte n a an-
tiga CUrto.
Cursou as Academias di? Direito da S. P t ~ u l oe do Recife,
onde recebeu c g r i u de bnchnrel cin 3eiedcias juridicas e socines,
eui 1854.
Depois de formado, chegando i Uahia, dedicou-se Á advoga-
cia e á imprensa, ;~yaizonnrido-se pala politien.
Foi eleito deputado geral, fae<.ndo parte da legislatnra de
1XR2.
--

Da Cairiara ~ i ~ l g oa u posiqão da ministro da criroa, fazendo


parte do gabinete o r ~ a n i z n d opalo conszllieiro Xartinho Campos,
oeciil>ando n pasta do Iinpei.i«.
Casou-se ein 27 de Outiihro de 1883 com a sra. d. Alice Clii-
mente Pinto, filha do entAo visconde d e S. Clemente, e jii fzlle-
cida.
Desse enlace t e r c cinco fillios, tres varOes e duas meninas.
Deimndo o ininisterio, eiitreguu-se á advocacia e 6 1avonra.z
A sua carreira politica no ~,arlnirieiitofoi rapida c brilhante,
passando logo n fazer parte do gabinete de 2 1 de Janeiro de 1832
presididn por Martinho Cainl>os. i1preci;mdo essa phase d e sua
vida, escreve eoiitemparaueo i > ~ i ~ i s ~ ):e i t o
= E foi mais pelos seus merito; individuaes do que pelas con-
diqõas afortunadas do naícin~enti>qne o virnos figiirar na eama-
r a dos deputados, honrando, sim, o eognoma que trsiia, mas con-
quist:~ndo para o seu nome proprio o brilho que só o talorita, a
illustraç2o e o trabalho podeiii dar.
A sua escolha para oeciipante de uma pasta d e niinistro,-
lembrairi-se os que na ciliocn estavam n a brócha - iiRo veiu do
l'aço de S. Chiistovnm : subia ao Paço pelo consenso nnanime e
pela apreseiitaqâo geral da irriprensa, dos politicos e do poro.
3 de como elle l,mcedei~,como se soube inanter na ele-
4 i
\-ada r melindrosa posirio, elle, um joven, anjos conheeirne~i-
tos de praticas administrativas eram apenas suspeitados. bem o
dia a cliroiiiça dos te~npos,que lhe não regatou louvoresr. (1)

Ainda da mesma necrologia extrabimoi, por bem exprimirem


n verdade, as seguintes liiibas:
a 0 morto é uma deaias individualidades cujo valor e impor-
tmeia decisivit na sociedade òiazileira nao podiam ser traçados
e m duas liiilias, aPi-essadamimte, em um mornento, e num mo-
mento de magua, que fere profundamente o corapo de todos
quantos o conheceram tio bom e tão digno, t&o justo e tão fi-
dalgo, tio esclarecido e tão sensato, tão mcigo e tão affectuoso.
«Passou l~elasalturas do gnverno e, emquanto as occupou
como miiiistro do imperio qne foi, um coro de applausos a que
liem uma voz dissonante veiu perturbar o uriisono, acompanhou-o
sempre.
eAo deixar o g.>verno, a sua nobre figura se avantajka lia
conscienciit dos cokvos, e todos & porfia delle diziam que era
um moço n quem n sorte bafejára e concedera todas os dons,
porque era effeetivameute um homem sulierior que se encader-
nava na mais modesta bondade r.

E nada lia de exaggerndo nesta apreciaçiio.


Parlamentar correcto, tinha a eloquencia facil, elegante e
imaginosa que parece um dom peculiar-aos oradores bahianos.
A esses dotes naturaes reunia vasta illustraqão sociologica e cul.
tivo litterario, que serviairi admiravelmente para o tornar um
discutidor babil e feliz, -do que deixou prows nas paginas
dos Aiznaes do Padamenfn.
Entre ellas sobreleva mencionar as relativas i s questões de
instrueq3o publica e á lucta que sustentou contra Ferreim Vian-
n a por causa do credii.0 neeessario para as despezas das com-
missões encarregadas de observar a passagem de Venns.
Outra pagina parlamentar notando alho Zcpioillo 6 a sua apre-
sentaçao do projecto de emancipação dos s<?xagenarios,no mi-
nisterio Dantas.

(i) A solicin de 7 de Setembro de 1891


Eis niiiito por hreve rii~iicirinados os poiitos principnes do
politico iiiilitante, que no iiirio de seus triuiiiliiios, iio ;i~iged a
carreira invejava1 qrie 1ev:i.-,-a. subitamente, coi~i siiiprt2z:i dos
ami,-os e earreligionarios, ahaiidniiou o posto, e voltou-se pdra o
recolhimento da vida iiitirn;~;p i a o estudo e para o coração.
Ern uma orgaiiisaqão de iiina aensihilidnde e dcliendraa ra-
ras rieste tempo. e que sú niriito no convivio dos aniizos podia
bem ser adrriirada e querida.
E sabia tanto ser amipu, que a. avaericia, a distancia, a se-
paraqào, rijo enfrayueciain os laços e as rt:laçfics daípelles q u e
u m a vez l h e tinham ~nerrcidoo inestimavcl dom de despertar
nelle essa troca d e sympathia e fraternidade.
Collegas no ultirno anno de preparatorios, iio antigo Ciille-
gio do Pudre Gicec7i.s: no Riu de Jaiieiro: Rodolpho I>ntitas, e
quem escreve estas notas seiiarnraiu-se ~ii:ios destinos differrntes
das carroiras que eacollieratii e dos nanres da v i d a ; riias, sempre
q u e se ciicontraoain, era o iiiesino rigor de amiznde, a mesma
sinc<?rid:~dede alepria qoe os reiinin. Essa nota peculiar d a
psychologia de Rodolpho I>eiitas é qiie o tornava tão querido
quando vivo e tso praritendo agora que partiu para sempre.
E' a n e nessas exunnsões intimes hrilhavnentão sern refollios
todo o seu grande coi:a$io, exiiniidi;~-se clara e seductora a in-
telligencia. -e todas as sci,itillaoùes d'aquella iridividunlidade d e
escol revelavam-se.
A Europa, para onde fora hriscnr lenitivn i saudei foi-lhe
ingrata.
TA, em Pariz, finou-se depois de ter soffrido melindrosa ope-
r a ~ % ,>>eloDr. Paulo Recliis, ús 5 lioras da manhan de 12 d e
Setemhro de 1901, em edade e rni vigor intellectnal que inuito
ainda podia dar R patria.
Oficial da Legiüo d e Iloiarn d a França, Rodolpho Dantas
era, antes de tudo. membro proeinirienfe da grande legião dor
homens illustres do B r a i i l e dos beneineritos de humanidade.
SWo jiistas e merecidas ;&r I~ornrnagens f u n e b r e ~ qrie reee-
beu e melhor e niaior a. rrtcampeiisn que a historia l i g a r i a
seu nome.
DE. H. AZEVEDO.
Conselheiro Paulino J. S o a r e s d e
Souza

Nascido a 21 de Abril de 18:31 na fazenda de Itapacori,


inunicipio de Itaborahy, Paulino José Soares de Souza, filho do
Visconde de Uruguay e sobrinho do Visconde de Itaborahy, teve
as facilidades quc o iiasciinanto illustre e a influencia politicn.
de seus paroiites lhe asseguuavtnii ria Iiieta pela vida.
XHo foi, porem, só por essas vantagens que conquistou o
lopar ~>roemiiienteque oeciil>oii nu bistoria olitica bra~ileir:~.
Teve, pela lei natur:~I da hcraditariedade, o* iates intellectuaes
e de caraiter que o habilitaram u concorrer brilhantemente coni
os contemporanoos, e isso desde os bancos collegines até
ciirul presidencial da Senado.
O sabio Barão de Taut~ilieuu, esse mestre querido e vens-
r.do de todos que tiveraru n ti?liiidade de ouvir-lhe as licqües,
citava-nos seiiipre a nomc de Faulino como o tylin do discipulo
intelliaento, e3tudioso c circiiriispecto.
E sabe-se quantas geraç6es educou e illustrou o g-rande
mestre, e corno era elle siiicero e justo nas apreciaçi>es sobre
sens discipulos.
Distinguir-se corno estiidante no antigo Collegir, de Pedi-o 1 1 ,
era já mein eoiiqnista feita para ou triumphos acadernicos rt até
para a ida publica; não pclo prcvilegio ligado ao pergaminho
de bacharel cin lettras, mas pela seriedade com que eram ensi-
nadas as diversas disciplinas e pelo solido preparo intellectual
que adquiria o aluinno que percorria o eyclo dos estudos.
Naturnes, portanto, foram os louros que Paulino Soarrs eo-
Iheu nn. vida ncademica, e o renome adquirido no conrivio dos
coilegas, muitos dos quaes eram de grande valor tia intel1i:eucia
e nos conhecirnentoç.
Coii<:liiidos os estudos na dei~<lei)iiade Direito de S. Pniilo,
o jovnri Puiilioo Soares ncainpaiilioii i<.ii illiistre par, o \%conde
di? Uriisitay e171 iiiissi'lo diploi:iiitica de Pariz, oiidr s,arviii roino
2." socrrtai.io d c LegaçBo, e de oiide &iassou para a de Loiidrra
n a inesmn rlualidad<a. Káo era. essa, l~oi.&in,;L cnrreirn ytie se-
duzia o jr1~t.n 1aiire;idn da $ e r ~ < l e i i ~ i oI!,; apczar de toilu o bri-
liiniitisino da. posiqio e das s e d u c ~ i e s<Ias cortos <,uralii:ii~s,nuiiea
perisou elie elri seguir essa eaii.eira de niodo absoluto.
Assim fiii qiie, szrn lie?itnç<ii!s, deixou tal carreira, quando
pleito d<,piit,;~do geral em 1856 pela Provincia do Llio de Jaiiriro,
pelo partido c~iiiserv:idor ein opl>oii@o ao =r>veriio liboral.
Iniciou de iiiodo brilhante a carreirt parlaiiientar e iiio foi
decc1ic:no it sua estr9iii n a tribuiin, onde se revelou orador cor-
recto, eitiidioso, e hahil disciitidor, qiialidades qiie ~iiiiicaIlie
faltaram rio Inii:,.o e honroso percurso utl.:~vt!ii da nosia liistoria
social e ~iolitica.
A individualidade politica do Consellieiro i'aiilino, para ser
bem eomprehitiidida no sceiisrio nacioiial, onde oeeul>oii lopar
saliente, preciza ser ertudzida sob o triplice :ispircto do p < ~ ~ l a -
.merLti~r,do rniiiisti.;, e do chefe d e partido.
NRo é em rapida noticia, num mal dileneado perfil, que se
poderi bem descrever todos as aczus e toda a iiiilueiiri:~que tslle
exerceu n a iiinrelin do ]>regresso rineionsl. Essa tureti est6
rezervada. a u m dos seus illiistres herdeiios, qiie diiliãe d e ta-
lento e de niateriaes siific.ienteu para reproduzir n a nossa litte-
rxtura o exemplo siiggestivo de Joaquim ii;~bueo.
Assipn;ilaremos aptrtins or traços snliciites de cada unia das
feiçóes do Consellieiro F:tulirio nas diversas fuiicqões a que
acima alludiiilos.

***
Alto, tigiira sympathica, embora grave, voa bfxn timhrnda e
clara, e gesto moderado e sobrio, dispunha o Coriselheiro Pau-
lino, n a tribuna, de p t l n r r a fiicil, cnrnieta, que convencia o au-
ditorio n i o Lanto pelo brilho do vorbo, eoirio m pelo acerto do eon-
cnito, moderação d e analyse e logiea de arguinentaqão susteiitada
por abundante e solido preparo litterario e siientifico.
E r a orador da typo prrlaiiientar iuglez, o debatter, c:Lpaz d e
discutir durante horas seguidas encararido u m problema por todas
as suas faces, ata esgottal-o como fez mais de uma vez. Boa
erii a irnpressio que deixava; para dar idAa do quão intensa era
ella, ainda hoje se nos ati,qra o orador d e 186í, sempre que s e
fala no nome do Conselheiro Paulino.
Essa persistente rcprnsentaCXo iinaginati~.a, lirov6m da pri-
meira audicão. . dello tivenios. rio celebre discurso de combate
que
á eiriiss%o do ~ i a p e imoeda.
NZo tiiihanios então o lirel~aro suffieicnte para avaliar da
importaricia e do merito scieiitifieo d a doutrina, mas estavamos
habituados a oiivir oradores do rulro de J ú h é Uotiif&cio, Tavares
Bastos, Bernardo Gavião, Fernandri da Ciii>lia, F. Oetaviana, e
outros, cuja recordaq&o coiirerraiiios ainda tüo viva: que bem
podemos julgnr o artista dr, palavra e reconhecer a j u s t i ~ a dos
applaiisos que entno recebeu.
Durante o temoa em a u e foi deilutado manteve-se o Coii-
selheiro Paiilino quasi sempre como oppasieionista, a principio
em nome do partido conservador contra a situaçjo liberal, e
deoois chefiandô os consrrvadnrcs des~identescontra o miiiisterio
Rio-Branco. Conservou-se iiassa atritude até 1875, quando con-
correu para a organização do iriiiiisterio Caxias, que coiigraçoii
o partido eonsrrrador, enibor:~não tivesse accritado p;ista alguma,
eoiiio l h e foi ogereeido.
Plos antigos Annaes do Parlniife??to deixou paginas prúrei-
tosas que bem merecem ser airiria liojr eonsu?tadas.
Quem qiiizer faaer uiri estudo coiiciencioso da nossa histo-
ria fiiianceira e econoniiea, n;io pode prescindir de compulsar e
meditar os discursos proriuiirindos lielo Conselheiro Paulino nas
sessues de 5 e 23 de .Julho de 1867 sobre a proyosta do Go-
verno para as upe~a5óesde crerlito e emissrio do 11nf1el-~norc7a.
Kessas orações, o estudioso deputado faz lima anallyse ret,rospe-
etiva da gerencia fiiinnceirs dos ininisterios anteriores, desde a
independeiicia; e; perante os mais i.iparosos piincipios d a scien-
cia economica, traça a linlin quo, si tivesse sido obsemada, teria
evitado grandes embaraços ao pniz.
E tão funda foi a critica; que o Ministro da Fazenda, o
desdenhoso Zaeharias, perdeu a calma e n a resposta mostrou-se
acrimoniiiso e fraco.
a 0 discurso com que o consellieiro Paulino abriu, em l S í 3 ,
a discussão do roto de gi.n$rfs, Iin dv ficnr nos nossos annaes como
uma das peças mais notaviiis cle argiin~rnta<;âoe de eloquencia.
<Combateu sobretudo a politica do governo n a qurstiio re-
ligiosa, e r a d a pela prisâo dos bispos, o que fez com v i r o calor,
já pelos seiis'l~rincipios politicos de maderação e de respeito á
egrega, j k sobretudo pelos seiitirnrntos d s fi catholica, qur: c o ~ i -
ser\-ou até o ultimo moinniiro C2jo.
Este juizo de niictorizndo jornalirta 6 a c~~iifirinnc;io clo su:-
ccsio qxio obtcx-o o orador n:L iiieinoi.nve1 ~PSS:IO [!o 2 i de llxio,
onde se ni:intr:ve sernlire corrccto, elt:v;i<io P cohereiite com or
l~rincipiiis de sua eschola.
rSou coiiservador, dizin o Caiisi.!lieiro I':~ulino, tao franca
e Ijrofiiii<la~iiciitr* rons<irrador, que atiiigoq~ai.ticiil:ircs, que me
prezo do contar nu l>artirlo liboral, nie coiisidt,:.am ern yoiitira
c.ntre os seus iiiais decididos oliliositor<~s.
«Os meus atlversarios l><iliticossnbeiii hein cliie a 1urt:i de
hontriii, lioje iiiterroiripida, Lia de entre iiói re:.i\-t:r iirnanhan.
~ N i i i c a rriiryiipi, ant<.s suardo fielmente as irndi(.í>es do
iiieu l'artido, ciija divisa foi iiiuito tçiiilio-liic7riii e Ar~cto~idn<le.
..i o r d e i i ~iii~o6; l>ori.in, ~iii$,r>n liberdarie collecti~r. c res~~eitci c
a re;iliinile de todos os dirt,itos; a auctor;dadc iilio sigiiifica para
nii~risi1120 : I lei em exeeii<So. 'Tirar ;i aiictoi.id:i:!i: R inaçestade
d;i Ici, qiie elin sr auiesqiiiiilin e j;i i120 iiiil,Üe res]:rito.
alIiiia das iiiais elevadas iritclligcineias dr, siltiguidade culta
r:xi~~iiiiiii:~cnies t e r ~ n ~ ineilior
s, do rlua possa tiizel-o: o ineii lien-
a :1 i P o iii<~gi.sti.niii,~i,i,,lu, /i i i ~ i i ! i i ~ . i d i i d e4 o. Iri
fcdaii,7o. í1ont::iii tinha por niiiii a lei ; eoiitrn ~ i ~ i r iei contra
'a lei. n xuctoridacle~.
3I;$i; nd,>:iiitr, iierniitr :I aiiieaqa de d i s i o l n ~ S o dn Camarn,
l~!íanto-s<: e protesta nos s e ~ ~ i i r i termost~s :
«O pbiiir?te :tetua1 j$. iirnn vez aclioii-se riii iiciite d e uma
cairiare rii~ai~inie de coilservndore~~ eonrli~ilina<lnjleln innioria ~1%-
<luclles que « partirlo eleqrxa n;i 1:or.z do triiiinplo, e que oraiii
os fui~d:idiirei desta sitii:iq:~u politica. Uissn!vi~iirio-a: forinou csrn
rarirarr. sob seus nus1,icios e drlln ezcliiiii grande iiiiinrro d e
seus o l ~ p o s i t o r ~ s .Si aiiida roin <.sta c:iiliar;i o gabinete rCro
viver, que iiiotix-o rieiit~o da ordc,iii coiistitiicioiial po-
d e r i justiiiç:ir nova cui~sultn;is urnas a i:ein r',~. artiines minis-
tros don. vewç reiiellidos por liornc,ni dirrrios de =eii l?artido'!
- . heiii a qme quero mn l>oliiii:l, c: ii%o vou iii?ùo par:i.
onde ~ I I P ~rO de\-o ir. For rriinlin parte, drniite de tini fiicto
&ao
2 7 . . . . <ixtraordiiiario, coiiio seria :i dissoliiq:io i!u\-amt.nte ron-
cedida nr> gnbirirte 'i de Xnrqo, <TI t ~ r i de ; ~ ir; iiian zl-ado nrr:u,
para ciide me levassem os ::eoiiteciineiitos, oii teria de abdicar
a i direitos ~iolitico;, r do ~i1.i.r n;r pltri:i sem Ip:tti.i:: 2 .
Segue depois criticaiido os :ict«s da iiolitica ~niriisterial,de-
marando-se sobretiido nos f n i ~ o sda qiicst%o rc!igiiiía q a e :igitou
o paiz ~ : I O prufiindnrni.nt<..
Al:i se ~ ~ r o n u n c icoin
n torla n isci~q;io e ii;<lep<.~~deiicin, siin-
tentando os bons princiliios da liferdnde de co~i.cieucia, eonio
e n t i o os defendiam iniiitos republicanos, contra os actos do go-
verno perseyoiiido os bislios eatholicos.
u O Estado, dizia o Consellieiro Paulino, tem por si n força,
os ineios de conc(.%omaterial, c qunnto póde tentnr n cobiça hu-
m a n a ; s i i n n d i r os dominios da consciencia religiosa, si sobre
rlla tiver qualquer acçCio, o lioinem d e ~ n ~ > ~ > n r absorvido
~rerá no
Estado. Ceznr (6 a rxpreusxo classicn para designar o poder civil
e111rrlaq,íio no d a Igreja, e nesse sentido della me servireij d ~ -
m i n a r i sem contraste, 9% escapaiido a seu poder imnienso si-
quer o intimo de iiossa alma.
e 4 politicn do Soverno n a questão religioçn le\~ar-iitis-A a
u m dos extremos que combato, e t r a r i , si nella persistirein, an
a sepzraçbo dn E g r r j n e do Estado, coni grave prejuizo dos in-
teresses da ordeni civil e dii ordeni religiosa, que tantas vezes
s e alliam, ou a nbsorpçuo do l>oder espiritual pelo iiiiperante,
pretençõo esta da mais ouaadn tyrannin, que entrega aos pia-
nos da l>olitien o que hn de mais elevado n a natiireialiumniin-
a conscieneia . . .. 8 .
Depois mostra. a contradicqão do governo que dizia ter lia
lei OS ree~il.~os pnra resol\-er o roníiicto, mas'que ia a Koina so-
licitar da anctoridadc do Palia os nieios de chamar os bispos :i
submias;Lo.
O recinto da Canram era pDqllel1í para contei. os Pspeeta-
dores q u e retliiinm das g a l t ~ i a scomp1et;imente cheias. Xnis d e
uma vez teve o orador que interromlter o discurso, pnra que s
mesa ~novidei~ciasse. em favor do piibliro que desejava o u i i r o
resIsitnvel politico.
K%o foi inferior o triumpho que alcançou ira discuss%o das
emendas do Senado ao >roiocto da lei do orçamento, nas scssües
do 4 e i de Agosto de $ s ~ se:m que defendeu a p r e r o g a t i r a d a
Camnra dns Del>iitados em materin de iniciativa de iinposti~se
~ o t a ç ã od e despesas.
Sentimos nBo trangcrerer a q u i a bellas licçües qiio nessa
materia esliibiu, e que, de n a d o proficierite e cloqueiite, gr:ivoii
nas paginas dos iliinnes do osso parlame~ito. "L natiireza doste
eçcripta inhibo-nos desaa cita@o, por extensa, por isso nos limi-
tamos apenas a assigrialar o facto.
Kr~iinos furtamos, porerir, a tentnqno de transcrever u m to-
pico do discurso do d i : ~7 de ilgosto, que rcsIionde i s iiisinuaçües
que l h e faziam de aspirar ao poder. Citmiol-o por ser urii traço
de independeiicia e inteireza de sou caracter ~iolitico.
a O ~lobl-epresidente do conselho faz com razao avantajada
idbia d a propria sagacidade ; irras n i o deve siipporlme t i o falto
d e critcrio e eq,erieiicin politicn, que acredite ser n posiçio em
que me culloquei desde 1871 a de quem quer nrniar ao iriinis-
Crio.
« S'kn é al>rrgoando a necessidade de rertnbclecer o elemento
rely:j<.nt:~tivnda Constituiqâo, de reçtitiiil-a i suaverdade pela
eleiçno directa cenbitariri, pelo adeaiitaineiito da intelligeiiria pu-
blien, pela e d u c s ~ â opolitica da iiaçio, pelas frnnqiiozas miiniei-
paes ; iiho 6 eoiiiproiriettendo-me nssiin, que cliegari:~mais promp-
ta e farilmcnte aos fins que o nobre iiiinistro nie emlirestoii. O
nobre ministro conhece bein o itinprnrio que leva ao ministerio
e o rei, lionto de I,nrtida. O nspirnntc no jiax.erno deve, antes
de tni'o, yerder a ciir o conseieiicia polit,iea. ir adelgza~arido-se,
mrefazeiido se, \.olatiliznndo-sei, ntc' que, toi-nado mais leve e iiisis
diali1i:ino do quo o ar atinospl~erico.ache-se assim em coridicijes
d e alar .i ele\-& regi80 diis iiuveii ; nu eslisqa ir ceiieL+,gnn-
do-se, r<diizi~ido-seate tocnr, si pii<ler, 6 siii,plicidnde do ponto
mathrnintico. E' entno uiii elemento do ministerio: pode tomar
nelle a ecr, a fórm;~e o logar que o bem do serviço ~ ~ u b l i c o
exigir>>.
Muito mais tcriamos qiie traiiscrever, iião s6 deste discurso,
como de outros com que illustrou os debates par1:iinentares; mas
passnriios n estudal-o eni unia das suas faces nrais earacteristicas,
n a de ad\.errnrio intrausigeiite do morim<!iito nbolieionista.

Filindo Á mais intransigente eschola coiiservadora do im-


perio, coriaer~xdor lior natureza e por tradiçGes de familia-
que era iillio do l>reelaro viseonde d s Çrug~iay-a sua orienta-
ção politien, inabalavel n a eusti.ntnvão de velhos p~incipios,nno
recuou n a dedieaçho e~trtirnada corii que os defendia, ante a
odiosida<le <Irir perante os coriteinporniieos t? perarito a Listoria
de sua iiatria l h e acearretavaa opposição teiiaz á libertaçiio iin-
mediata dos escravos.
« Coi1ocoi~-se ria i>rimeira linlia dos oue anti~iathicainent~?
~II e
i onda revolucionoria
~ O ~ I I I U I ~ bi~rrei2.a~ rresreiAe dos liber-
tadores da rnqa negra. S ã o rsireiiieeeu deante dmsn onda, antes
a enfi<:iitoii coiii r e s o l u ~ i oe corageiii, com a convic(.no de quem
curi~liriai i r i i de\-er, por 11!ais llesi do que fosse.
r< Era convrnrido. A aboliqão irão se Iheafigurava niu mo,-i-
meiito re1i;ir;idor nacioiial: app~rrcia-llie eoiiio uni ataque á lei,
corriu unia denioliç80, como uiiia tentativa inilietuosa contra a s
inçtitiii<;Ges. como uma ruiria iiiianceira e eeonomien, coino u m a
amcnqa aterrorisadora ao eqiiilibrio geral da sociedade.
B Não era u m m i u , a qiierer n todo transe perpetiiar a ini-

quidade da escravidão, uin perx-erso a exigir o mtirtyrio de mi-


Iliões de homens. A siia indole coiiservadora dnmin;iva-llie os
impulsos de venerosidade; arhava. qiie a escruvid8o era uin mal,
? devia ser suhstituido por outro mal, como ara a
p o r h que n;io
sCrie de consequencins que previr roni a sua suppressâo de cho-
fre. Entendia que devia ser extr.riiiiriada aos poucos, Icntaniente,
por meio de leis s u c ~ e s ~ i v aamparadas
s~ lior outrai que fossem
mantei~dosem p e r t u h ~ õ e so traballio agricola». [*j
As linhas acima diao rln synthttse verdadeira a orientaqão x
que obcdccia o Conselheiro Paulino nessa sua camlianha politi-
c a e social; os seiit,impntos individnaos, a impiess;ia do pensador,
eram muito diserentr:~; e elie o afEl.mou por diversas vezes com
toda n franqueza. Ainda no disciirso de 21: de Agosto de 1871
combatendo a proposta do Gi,rrrrio dizia:
« O nobre deputado prrgou a convertidos. Kinguem sus-
tenta aqui a perpetuidade da escrnvid2n.
-n Já disse em outra occasiao e repito: Keste seculo das
luzes para homens qiie professam a lei do Evangelho, a causa da
escravidão esta julgada para sempreu.
Mas os p e r i g o q u e amearavam a srgi11~anpa dos proprieta-
rios do interior, x t u a v a i n frirtrmcn:e sobre seu aninio, e inspi-
rado por esse receio exclaniava: « ?elo que me respeita, si me
consewo senipre calmo, é, ir. presidente, fazendo ás vezes gran-
d e esforço sobre mim mesmo, porque nieu espirito esta debaixo
d a mais dolorosa pressão, vrndo maus parrntes, meus amigos, meus
comprovincianos e t m t o s Brasilei~osn a mriii. triste espectatira,
dominados por fundadas inqiiietacnrs e t.:mores, aniraçados n a
vida, n a pi.oyriedndr, em inreressrs dignos da maior conside-
r a @ ~ .(Al>omdos, muito hem.) Ignura o govrrno os attentadas de
que triii dado noticia ;LS folhas p h l i c a s e os que a i n ~ ~ i r e n s a
prudentemente teu, caladoni,
Conhecedor profundo da Iiistoria parlamentar ingleza, soc-
corria-se dos factos da admiiiistraçio da I n g l a t e i ~ a ,que iiicitava
o moviineiito emancipador, ?ara comhatel-o. E piitenteava mais
uma vez como é contradietoria a moral 1ngieza.conforinr tr:~tados
seus interesses ou das d e outra iiaqno. Prodiiaiu grande impressão
o seguinte topico de seu discurso:
Sexundo o testemunlio insuslicito do Duque de Rroolie, O
governo inglez nesta parte riem antecipou os tempos nein diri-
giu os acontecinientos; limitou-se a ninnter o rtntzb qilo, emquan-
to lhe não forçaram a mão: r<!sistiii 25 annas i aboliq8o : defen-
deti yalrno a palmo as poçi?kes intermedias, e não cedeu em cada
occasiRo sin%o á necessidade».
O Coniellieiio Pniilino, er:eai.nra o prob!< iiia ~~riiicil~alniriire
sob o !>oiito d<: vista eeonoriiieo, firiniiceiro, o rercinvn quí-, teit:i
a ;~bolic.iiode eliofre, se d<:sst! ;L d<!sorganiznq%odo tr:ibnlbo, r* forea
confeitar qiie, nesse lioiit,o tinha r;teXo, e os fartos nlii rst%o
$,ara justificnl-o. Sem dnr n a iritreja o seu irn$>ortanted i ~ r u r s o :
niide disciitiii d e modo elevado e yatriotico, nseiimlito, trnriscr<!ve-
mos al..iiris topicos liara que se forme hoje uma idr:iitdcsss inter-
i-esssiitr liliase d r riossa vida :iolitica.
1 eseravidâo, dizia ;i ~ r i i n e i r aauctoridndc iirssa n i a t e ~ i a ,
f<>rn,a coiiio iii;tituiç%o uma peqa inteira lia sociedade eiii que
esta ndinittidn: é uiii estado de iouias que tem suas roncliqiics
essseiicines: si as destruis, o edificio lia de iiecessariniiieiitr dvs-
moroiinr: si as doixiiis subsistir, nada tereis feito.
c Dnhi se deve concluir que dons uiiicos l~lnnosrc ~iodern
s e g u i r : o di. destruir essas coiiiiiçúes e, coni e l l : ~ ~a, insti:ui@o,
mediziiite certas eautellns e !>iir&p.rnqio. ou tratar de iiifliiir
modo ri<, ser da sociedz~de,de sortt: quo ;L trn:isformaç2o =e v i
operaiido jior si ~iiesma.
« O s iioin:.s mais eminentes q"e, n a Iiiglaterra e na Frnnea,
proeururiiiii n solu<%o de t%o di6eil problenia, nunca se eoi~formn-
ram eniii planos como esse que rios 1iropUe o governo, de desrno-
ralirhr uiii;~i n s t i t u i q o qiio so qner coriservnr : os estndistn* iii-
:rlezrs adoyitar;irn a erii;incipa<ho em t p q a deleririiriada iiirdi:iiitr,,
o ap;~reiidizndo : o Duqutt do Broglie, Tocqueville, o illustrc: Rossi
e ou iii:iis distiiictos Iinrlnmriitiires da monnrcliin d e Jii!lio, opina-
ram jiiila <,n~aiicipaqRosirnultariea, mas diffaridn, l.>nrn rio interval-
Io se levnrerii n efieito ns medidas lireparatorias qiie aconsiilhnrnm.
= S i por ~ o t i v o sos mais p,oriderosoç. qiin t eicus:~do nssi-
gnalar lanpn~rbnte, yois que estho n;i ~ o n s e i e n r i ad r todos, a
emnnripaçào siniultnnen, quer iinmedi:ita, quer differi~la~ (. nctu-
aliueritr i~incceitnvellia B r ~ z i l qiial
, o inellior plano que liodereliios
adoptar '?
< < Oque eoiri ns precisas condiqfies de t.ffirncia ncnutelsria os
.zraiidi.s iiiteresses que, ii:~solu<ão d s qiiestfio, se ~ i o d r i neoniprc-
mrxttor.
cEiii ineii entender, Sr. :i 1irimcir.z forqn r'nlnii-
cipador:il :r qiiç exercerá riiaior o innis hpiiefico iiril>uiso, i: o pru-
swsso do aia considerado este snh os diversos açpcctos de seli
maior drst,nvolviinento e eivilirnçiio.
e-icrrditei a principio qiir esta idiia que nriiiava eiii meu
espirito era u i ~ i asuggcstào do : qu<: o desejo d e vrr
trdeaiitar-se este paiz inornl, ecunarnica P ~ioliticaineiitemc inspi-
rava a crença de qiic por esta iórma tamheiii se resolvia n ynes-
tão da eiiiai>eipsç3o.
u Quando vi, pori.m, ess:is mesmas id8as siistentadns tambem
l~txlomeu illustre amigo: deputado yclo 4." districto de minha pro-
ririein, espirito tRo lucido n liositix.o: firmei-ii~i: ainda mais n;c
i e om que senipre <~stive? de que s di:.íiidiide do cida-
d&o, erguendo-se pelo l i r r e exerricii) dos direit..)~politicos, o res-
peito aos direitos iiidividiiaes e civis, ~irotesidos~ i o iiiirm legis-
l n ~ " garantidora; o alar~niiitiiito da intelligeiicia publica pela
instrucçâo l ~ o p u l s r :a diflusuo das luzes do ehristianis~~io embe-
bendo os cora<;i,es nos sentiiiieiitos religiosos que ern toda a parte
tnm sido o grande motor da eniaiiciliaçiio, o supl~riineiit,~ do mer-
r:~do do trabalho livre For nicio de iimn corrente de iinmigraçao
eoiirenieritorneiito dirigiila ; o desenvolrimento da navegação e do
iiosso systrma de riaçSi>, que auginent.zrti n riqueza, deixando n a
algibeira do produitor os a \ iiltn<losgastos de transportes que hoje
p a g a ; a boa npplicaçZo dos dinlieir<is do Estado a fins de utili-
dode publica, ~ i i e d i m t ea ecorioinin da ndministraqõo e a boa ge-
ri:ncia de financas, firmei-in<- ainda mais nn eoiivieçno, dizia, d e
que todas esses fartos, si sc reiilirnsseiii n o Braail, elevando este
Imperio r i a ordem moral: int,elle:tunl, economica e politica, haviam
df! ohrar eoiu inuito mnis rigor no sentido de e ~ t i n ~ u i r - sae tis-
craridão do que essa medida ante-jiiridica, injiista, pertiirbadora,
imprevidente, deshumana e iipl.>r<,ssora,For riieio da qiial se qi1c:r
obter a emancipacno da ger:içio futiira com mcnospreço do di-
r;?ito e sacrificio de grniidcs interesses:>.
A acqâo do Conselheiro lJaulirio nZo esmoreceu, n&o fr'+
riu,;ou at6 o ultimo ii~oiiit.iito. segiiindo impasiivi,l a linha que
lho trncsra n eonscirnein. S n s e s ã o iriiinortnl de 13 de ,\lnio d e
1888, no Senado, l i estava c111 s c ~ iliosto, e., an.ostarido a iinpo-
pularidade, c:~hiu, coirin quciii cumpre um dercr de patriota, que
u era. Dizia :
'<Eis-nau, sr. qiiasi c h e g ~ d o sao rrianicnto filial
em que çt? vai dar o liasso dr~eisivo iia. queftâo mnis grave e
iniportante ngitadzz no Brazil.
<cAioluqiLo e s t i dada, e o transito preisuruso, qne vai tendo
ceste recinto a proposta do so17ri.iio, n%o i sina0 iirrr tramite
mais com que se quer dar nppar~nci:ts da legalidade a lima ine-
didn, n a coiicepçâo e no alcance, fraiicaminte reroliieionaria.
aPÍesta eonjunetura, que n muitos se figura a ponto de par-
tida em uma senda glo~iosn,mas q u e e m re1iiit:ir arris-
cndissimn para a ordeni social e ecunorniea da na?Ho: parece que
aquelles sobre quem pcsa a r e ~ ~ o n s a h i l i d a d desta
e rnedida allu-
ciiiiirn-se n a prccipitnç%o: com receio d e ver sobrevir alguma
hora de reflexno e de prndeiicia».
Curitiniiori deliois critienrido a axitaq?io aholicionista, mos-
trando O l ~ o r c j ~ 1120 ~ ( ! consegiliu, e nào taiitou riii:siiio reliriir iiiais
os antigo; eleiiieiitos de resistcncis, ri vista da corrente yue tudo
do~~iina~x.
historia e n exlierirnria ~mlitiea,disse elle, attestain qiia
todas as vezes qiie a realeza, por amor da popularidade, por
iiioti\los da seiitinietitaliimo, ou por calcrilo liolitico, accórda-se,
aitidn q ~ i e em peiisaiiiento, cor" qualquer proIiaganda liopular
energicn e actira, L: institiii@~ocontra a qual se dirigem os es-
forços cornhinados. pode-se contar qiir est6 fata1nit:nte drrrocnd;i,
e com ella sacrificada a classe ou classes interr%s~ados n a sua
inanutrn<;1o. E si i fi.tmte dessa yroiiagnrida se achitm homrns
resolutos, entliiisi;istas e ousados, o nrrastamento i. iriveiicivel e
nsio Iin mais lioder que consiga encadear ou encamiiihar a cor-
rrrite, uiii:i yez solta da reI>rea. Sirva a que neste momento
oceorre de ext,rnl>lo c lic@o no futuro. Chegou-se ogo no fim,
h o i i ~ e s s eo11 i i i n iiiteiiqno do ir tão Iongen.
E tio rccinto do Senado, cheio de poro, de rcpresentarites
dei todas ns classes sociaes, de diplnniatns eutrangeiros; rio nieio
da iiii~iacieticia ?era1 e do rnthnsiasnio mal contido, só, ereeto e
grava, leraiitava-se conio iiin ~ ~ r o p h e ton Conselheiro Paulino, e
aprzar de iitiiiosl>hern ardeiite que o ~nvoliio-era ouvido com o
maior real>eito e coiisidrtraqâo.
ilssiiii tcniiiiiou seu me~noravel discurso que ciiusou profuii-
da iinpreçs30 ;
alias.. iiBo qiirro deter por mais teinlio o 1,)re~titotrium-
plial, que já se eiifileira na sua niarclia festival ! Quando elle-
passar pur niirii, :~cliar-me-R iiestr lagar, representando a minha
proriirciii. os ilieus ~otu~inrilteiros rio trabalho agricolal cnherente
com os deverri: j6 preenchidos, da niisç20 que me incumbi d e
deseriiperiliai. eiii nome e em defesa de grandrs interesses naeio-
nat!s. Seja111 qiines forem os setitimf:lrtos que 110 eora(.ão se me
possam <,up:~ndiriia liora ein que todos forem limes nesta terra
do Brazill xuardal-oi-ei coniiirijio, silencioso, vencido, inas sem
q i e se iiie iiossa coiitrstnr urn titulo :io respeito ~>ublico,o de
ter preferido ati: Iioje, corno hci de lireferir sempre, a lealdade,
a inteireza e a honra p l i t i c a n todas as glorias e a todas a s
yraride;rxs>>.
Poiicos liorneiis puliticn., ern qiinlqiier p i z poderinni manter
essa poiiçio eiri iiiu ~iioineiitot i o critico. O Conselheiro Puuli-
no susteiitava que. a ter-se d e .dar o golpe liberal, a 13 de Mxio,
devia sei. deeterl;ndo pelo partido l i a 1 d o resttrva<la a o
eoiiaer~-a<l<ir o I,nl,el de mais tarde salvagiiardar a rnonarchia.
O determinismo da Iiistnria, a iiifexibilidade dos factos
derrotou-o n a sua logica e na sua coiierencia. politica : -caliirarii a s
institiiiçfirs ;-eile permaneceu de I)&
*Estava errado. Erroii levado [irlo seti culto faliatico i lei.
«Nas não houve jim;iiç um politico que pelo seu valor se
conseguisse elevar tAo alto sobre 0 3 seus proprios erros.
alevantando cont,ra si, aliás justitnieiite, a opiiiiio do Bra-
zil, encarnando em sua pvsioa em dado momento tudo quanto
de impopular, d e condemnado, de inzis irritante, póde um hoiiiem
offere~er.i massa geral de seus cnncidadSos, e o n a e ~ u i usempre,
adnliravelmente, mimter-se ria mesma linlia ii~quebraiitavelde
resistencia e de fnrqa, sereiia e frio: parecendo um venct!dor
quarido mais vencido os a.oiitncimintos o f x ~ i a m . E nessa Si--
rneza, nessa imperturbabilidnde, nessa attitude teiiaiinente siipe-
rior, toda a NaçAo viu at,rsz de si, sem desfallecimentos e sem
deserçõe~,o p r t i d o unido e poditroso que obedecia á s u ~direc-
ç2o atravéz de todos os ohstnc~ilos,e que o seguia como u m exer-
cito segue um general em chefe.
<Dada a derrota estroiidosu de 13 de Maio, aqiielle enorme
corno "artidario não soffr-u a menor alterac20, não se. disnersou.
L .

iiAo se indisciplinou. A rijeza da. tempera' d; liictador ixrecia


ter-se communicado a cada um dos seus chefes eleitoraes, a cada
u m d e seus mais hrimildes correligionarios.
o E foi com esse valoroso partido, ligado e forte, yue entrou
para a Republica o possante combatente da monarchia. Accei-
a n d o lealmente o regimeii, cançtsdo de trabalhos e de ednde,
achou que era tempo de se recolher á lias coneoladora do lar
sbenqondo, e de occupar o seu ~ s p i r i t napenas com a direiçao do
grande estabelecimento de caridade, a Santa Caaa de Misericor-
dia, que em tão boa hora foi confiada a sua competeucia e a o
seu zelou (*).
***
No antigo regimen, a pasta do iinperio era considerada, em
geral, como a mais importarite, já porque dirigia todo o movi-
mento politico da alta administração das provineiaj, já porque
regulava o movimento eleitoral, ~ u ~ e r e n t e n d iaa inatrucçao e
a hygiene publica e influia sobre t,odo ri pniz pelo clero que lhe
era subordinado; além disro dispunha do cofre das graças para
galardoar os serviços partidnrios e aquinhoar os amlgo-os e par-
ciae. com t i t u l a e condecoraç6es ou lançar o in~poslo da vai-
dade, unico tributo contra o qual não se insurse o çontrib~únte,
que é o primeiro a solicitar siia ereençáo.

(7 o &i.-*& c i t . 4 Eorembm 1901


O ministro do imperio, rios nabinetes, s r a quasi seinpre oii
presiderite do coiiselbo ou uni dos iiinis niitigos politicos. F u i
portanto coni corta siiryreza que os proprios correligionarios viraiii
elevado n esse cargo o então depiirado moqo, embora j H consi-
dorado provecto parlamentar.
O Coiiselbeiro Paulino justificou logo a escolha, e mostrou
por actos e pro,jeetos de reformas os iiiais iniportantes, que não
era por nepotisrno que chegam :L s m i i i e ~ ~ posil;Uo
te que occupara
coiii brilbantisino.
Essa face da sua d a piibliea vai agora ser estudada.

Oro,aniaado o iiiiiiisterio de Ifi de J i ~ l l ~doe 1868, e disol-


vida a Esirinra dos Deputados orn liaio d e 1869, o Coiisellieiro
Pi~uliiio,npeznr do enorme trabalho que o assoberbava n u m pe-
riodo que iiiaiigurava u m a nova sit,uação politice, estudou r for-
iiiulou importnntcs projectos de refornia sobre os tres rn:ais irripor-
tiintes ranios de sua liasta: -reforma riiunicipril, eleitoral e da
i?zsirucgCo piibliea.
N a sesszo d e 19 dc Jiilho d e 186:) offerecin :L Caiil~.rados
Deputados u m projecto original e irovo, sobra a A<liiziaiutrap8o
loc:al.
«Dnas idrias rapitaes, dizia elle da tribuna, domiria~iitodo
o projccto, pel:is r i ~ ~ a ndnveni
s ser affrridns su;~s disposiçi>rs : a
1." 6 estimular a vitalidade local, dar liberdade e acr;j.n a i i i ~ i -
iiieiI~alidadrrio que interessa s6 ao inunicipio: a i?.*, cranr, liela
intervençno do cidadüo nos iiegocios da localidade, elementos de
educaçno politicn que nno temos, e scni n qiial n i o consegiiira-
inos habilitar n n:qâo para a verdadr c plenitiide do systeiiin
constitucional,>.
E realmente o projecto do Consr:lheiro Paulino, ao erirea
das idiias geralmente seguidas, deslocava a unidade de orijalii-
aar;ão palitiea-de rnunieipio para a parochia i mostrara-se elle
muito niais deinoerata e co~ibc~cedar mais perfeito da nossa vida
social do interior, que certos npregaados lc~islndoreslibrraes.
Reflectindo ainda hoje sobre as idéias alii corisi-nadas, adiiiira-
mo-nos d e que at6 hoje muitas dellas nâo tenhnrri aido aproitii-
tadas para as or:.anizaçCes municipaes dos diversos Ejtados, e
~xincipalmeiitepara o Nunicipio Keutro. Ein relnq%ri a. este,
aiuda hoje tioderia o seu projecto si'r adolitado em suas linhas
geraes, modificado de acc6rbo com o actual regiinen, como por
exemplo-o dn iiomeaçüo do prefeito; pois bein G que se saiba
que l i estava crendo esse cargo e bem defiriidnç siias funeqbes.
No art. 1." O prqjecto estabelecia: -u A y a r o c l i i ~r: a base
d a organiaaçio administrativa do Iinperio», e no art. 2." que -
a 0 n~iiiiicipioconstitue-se pela reunião de purochias formando
ouira eircumscripção adniiriistri~tivii com direitos, interesses e
obrigações distinctasr.
Depois, sujeitando as yarochias á administração municipal
em certos assumptos, dava-llies a endependencia para sua o r p -
niznçâo e para a administraçüo do serviço de nalureza parochial,
-estabelecendo receita e despesa para enda uma dessas congre-
zaçí'es politicas que, com patririionios proprios, náo podiam ser
confundidas.
~~

A commiss%o composta de homens do valor dos Drs. J o â o


Ifeiides de lilmeida, >fel10 hlattos, Silva Xunes e Conselheiro
3Iaiioel F. Correin e outros, opinou que fosse o projecto eoiiver-
tido ern lei, e iiüo encontránios a t t hoje a rnaào ~ > l ~ u s i vpor
el
que não se chegou a realizar esse voto.

***
A 22 de Jullio do 1870, otfer<:cia o projeeto da refirma
eleitoral em desempenho de siia pnli~vra.
aKL) foi, dizia elle, sein n devida reflexão e sein pesar o
alcance da medida, que me iinimt!i a inicial-a, vendo bem qiio
ella importa a condemnação do modo por que se fazern hoje, no
Brazil, as eleições.
- 0 3 nossos homens politicos tem rnuitzas vezos a fraqueza de
encobrir, quando no governo, as chagas que denuiiciaram e ex-
p u ~ e r z ~;in attençzo de todos, quando fiira do poder, dominados
talvez pelo receio de faltar L: conreriieiicias. Esta tibieza faz-
Ihes necessariamente damno, abalando a eorifiança que a popu-
IaqXo deve ter naquolles a quem v6 entregues os legoc cios puhlicos,
e póda, coin a descrença dos homens, abalar tambem n f6 n a s
instituições. Não liesito, portanto, tratando de matnrin tão pon-
derosa, em dizer inteiro, e corii toda i1 franqueza, meu pcnuamentoa.
Attendendo á eschola pnlitica a qun pertencia o Conselheiro
Paulino, e i epocha em que eliiboron o seu pojecto, contém
este ide'iaa asseeuratorias d? liberdzzde do voto, e basiante orien-
tação dt?rnocratica.
O Coriselheiro Paulino cre:irra o voto directo censitario, e
fazia concorrer nos collegios elt:itoraes, pura a eleiq8o dos mem-
hros do parlarnezito e das as3embl6aç l>rovinciaes, as cidadüos, in-
scriptos por processo nspeeinl, que tivessem p g o certo imposto,
ou fossem diplomndos por qualqiier estabelecimento superior d e
ensino, os professores e officiaes de patente no exercito ou na
aririada.
Bttondia-se, liara a forriiaçxo das classes destcs novos elei-
tores, á propriedade, á illustra<;%oe ao elemento l>opular
Procurarido antes a realidade eiteetiva dos fact,os do que s
sediicyno tlirorica de illuiorias gnraiitias delihard;iit!, nUo aceei-
tnva a gtineraliz8çào do roto.
a O suffiagio universal, dizia cille coin razgo, presk-sei em
geral a qu:~ntodelle se exize, otfrreco vasta silperfieie á corriipçao
e i intirnid;ty;Lo: E iiistrurriento doiil doa governos nienou sinirros
que apl~arentamrespeito X opinião. sein qiierrr dar-llie a irifiuen-
cia que llie cabe ern todo a socierlade livrelnent,e orcanizadau.
Esta aclrliiravel pr<irisâo iiolitica do Corisrllieiro P*~uliiiotem
sido de unix criiel e triste realidade ciitr<? iiús, e bem iiierece
ser lelnbrad;~em honra á ~ n e ~ n o r i ado illustre estadista e com
proveito 1ia1.a o ensinamerito a todo o pais.
Ao mosaio ternpo que o eiliinrntc liornem I>olitico acatava o
~>riucil>io da. niirtoiidade e desejava rel-o prt,stigiado. queria q u e
o povo iufluiss<i directaoiente sobre i i s negoci<isda paiz e tivesse a s
mais arnplus ;;irsntiils de liberdade e exereicio de seus direit,os.
E m um diseiirso no Senado a ?li Agosto de 18i0, orando rorno
ministro do imperio, pronunciou bem claramente como entendia o
funceionamento do regiineii.
Sraiiscrevemos u m trecho, que. merece ficar nil memoria d e
todos pela boa doutrina que consigiia, e que uno podia ser me-
lhor detiriida :
n O vordadrim sentido da pnlnvrx asoboraninn, estahelecidas
as inst,ituiçòes, E que nenhuma auctori<lade é constitniJa sinho
n o interesse social, para p r a n t i a dos direitos d e todos e de cada
u m ; que nenhum, poder tem outra força sinão a que l h e vem
do apoio nacional, e outros titulas de legitimidade sirino os de-
veres de que <: investido para a consecu<;ãodo fim a que se des-
tina a sociedade politica.
* V o u mesmo mais longe do que o nobre senador, pois q u e
não reconlieyo a soberania absolut:~independente de certos prin-
c i p i o ~que decorrem da natureza e fins da nfisaciaç%o polit,ica: é
assim qur n%o admitto, em principio, qiie possa existir xiiitori-
dade absoluta, delegada a urn iiidividuo, a u m governo, ou a
u m a osseniblt!a.
x A liberdade, a garantia dos direitos, furidam-se na sapara-
ç%o dos diversos poderes delegados, independentes Ur16 dos outros,
marchando em harniania n a niissão de proteger os direitos dos
cidadãos, de dar-lhes realidade e de encai~iiriharo progre3so da
sociedade; cada u m desses poderes rnuv<:iido-so dciitro d e sua
esphera de açyáo, conforme certas regras, firmadas n a constitui-
ção politiea da sociedade.
a Organizada a sociedade politica, finados os principias re-
,uladores
a
de sua vida ordinaria, continúa a residir nella a sobe-
rania, inherente á sua natureza, porêm de certo modo, latente e
inactiva. A nação não é quem eiurce por si os poderes ; dele-
ga-os permnnente, vitalicia ou temporariamente. O Imperador é
delegado permmente para o exercicio das altas attribuições que
lhe sno conferidns. Constitiiido primeiro representante da nação
por um rnzndato iiermmente, que transmitte sem nova delegação
expressa n seu5 snccesso1.es, I I ~ O se póde isolar da nação, etn cujo
nensarnento se deve semnre insi~irar. K' uma entidade essencial,

a aaquellei, c i j o mandato -.e ienova vitalicia ou timporaria-


mente 2.
Continuando nesta ordem de considerações, elle mostra como
a acção do imperador deve ser limitada pela influencia do povo;
manifestada na opinião publica, que fortalece ou desainpi~ra os
homens d e governo
O poder execiitivo é presidido pelo I~nperador, diz elle, e
exercitado pelos ministros, depositarios de sua confiança e da
nação, que os acceitn e mantem pelo voto de seus representantes.
O governo do paiz, poder por siia natureza activo, incumbido
da direcqUo dos grandes inti?resses publicoa, firinn-se nessa dupla
eontian<a; e, quanto mais cornpletn é ella, mais efficaa se torna
a sua ucqno, maiores e mais proficiios os resultados que del!a
s e podem alcançar.
O Imperador não deve confiar siiião nos homens que t6m a
contiaça dn ~ ~ a ç à oe,, portanto, precisn coiihecer o pensamento
desta, e quanto mais vivaz fôr elle, maior a f o r ç a do governo,
mais ssgiiro e fundado o procedimento da eoròaa.
Passemos agora a estudar siias id6ia3 e seu projecto relativos
á instrucçno publica.
***
Dr todos os assumptos que mereceram estndo e attenção do
Consellieiro Paulino, o da instrucçjio publica era o predilecto, e
aquelle a que com mais amor e zelo tenlin tiilvez dedicado as
eneruias de sua esclarecida intelligencia. S i não conseguiu le-
vantar o nivel da ensino entre nós, si o rigor e o escrupuloque
exigiu para as provas d e liabilitaqfies dos candidatos aos cursos
superiores, produziram effeito contrario ao de sua reforma, iiüo
lhe cabe por isso a responçnbilidade; devem ser analysadas as
causas dissolr,entes q u e viciaram, na execuçso, o plano bem de-
lineado.
Si, se lhe póde irrogar a censura de ter ordenado a execução
d o programma u m tanto precipitadamente, sem o tempo neees3e-
rio e o preciso preparo para ser :~3simil:tdo pelos estudantes R
profi;mras iia parte relativa aos cxiimes prep:~ratoriii~. Foi re-
i t i l e t a i e pelos e s t u ~ l ~ n t ees pelos
1wofrssores, por ter sido puhlicnda quasi n a vespi+rn dos exanies,
r ainda peln noinea@o do \'iaconde d e Jequitinhonlia para pre-
sidir as baiictxs doi exames.
O Visconde de Jeqiiitiiilionha era o terror dos estuditlites do
pre~~xratoiios, naquelle triiipo, n%o só pelo excessivo rigor que
oxercia nos ,jiilgamentoc, mas tazribem pela rispidez as&ressiva
coni que os tratava, não ainlitti~ldojultificaçóes i 3 faltas do uma
1 p r a outra ch;rniada, prejudicando ás vazes interesses respeitaveis.
Isto q a e aciina ficou dito refere-se ao regulamento da 1868
para exames gemes, a n t a j do seu projrcta du iefurina da. iiiatruc-
çào ; e foi isso que Iiredis;ioz a ser acolhido c<iiiicerta ltrevenç8o
o pl;i~io da seu projecto do 1870. qiie coiitinlia as mrlliorrs e
mais feciiri<liis id4i:is. tarq como -oliri~atorieda<le do ensiiin, liber-
dade do e ~ i i i n osuperior, creacii, d e uma uriiversidade ria capital
e 1gi.í.u~superiores naa li~.ovincias.
Co:ii L: iiiaiur lucidez. e iiiostratido-se senhor iierfeito da
materia, discutiu com brilbaiitisino e proficiencin a s diversas tlie-
se3 quc erirolvia o seu -iiroiecto . e ., "i;i na Carnara, i& no Seiiado,
r e 3 y o ~ ~ d ec0111
u vaiitapein a icus eontradictores.
Citaremos alguns topicos que ainda Iioje offzraceiu iiitaresse :
« O que disse qunndo fundamentei o projecto de reforma da
instrueçio publica, foi que nlgue:ii ainda se O I I ~ U T I I L Rem iioinz da
liberdade ao ensino ohrig>tnrio. Cioso de todas a s liberdndrs, não
possa convir ria liberdade de ser igiiorante, d r iiâo saber lêr. oscre-
ver e contar. S i ina çc:isn:areni por isso, resignar-me-ei da boa-
mente.
n Kão quero impor o dever de frequentar a eschola piiblicn.
Bpprcnda o rrietiirio coiii seu pae, com professor ou na esehola
particular; mas quando n%o apl>render por algum desses modos,
seja obrigado u frequentar a esciiola publica n.
E coiitinu:ciido a sustentar a necessidade d e ser obrigatorio
O ensino primario, mostrava como não havia contrndieçâo R como
se 11odia estabelwer ao mesmo terripo a. liberdade de ensino su-
perior ; e dizia :
= Cri eserilitor eminente, Troliloug, escrevendo acerca do
direita do 13stado sobre o eissino, sustentou ser o eiiaino uni di-
reito dos poderes publicos ou da Coroa, como diziarn as leis an-
tigas. Penso com .Jules Siman que, nesta p i ~ r t ~o , Estado deve
fazer o que não pode fazer a lihsrdade : nUo quero que si? ençi-
ne o que o governo inaiidn, e inenas que o governo mande como
se ensine. &,prenda cada u m -onde, eoino, e com quem qiii-
ner: a questAo para inim 6 que se apprendn e saiba.
aferguntou o nobre senador como queria e u estnhrlecer d e
chofre a liberdade do ensino superior ; si não tiiih:~ receio das
tendencias da nossa mocidnde para a pouca applicação. Acredi-
t o que S . exc. não é justo.
Si entre os alumnos de nossas faculdades alguns h a q u e
não cuidam serinrnsnte de seus estudos, a verdade é que, n a
maior pnrte, applicam-se com h3a vontade e verdadeiro interesse
pela scirncia. Não receio, como o nobre seiindor, que 03 alu-
mnos, gozando de mais a l z i ~ n i sliberd:rde, limirern-se i frequen-
cia n a faculdiide do Aleazar, e. iião npreseiite:n outros titulos no
exame sinAo a s cartas de emp!:iiho. As ~ o u s - svão incoritesta-
velrnente melhorando, e h&o de melliorar ainda mais çoin a li-
berdade do ensino.
Alas náo é exncto que o projetto queira que de chofre se
passe a liberdade do enjino superior: limita-se ao primeiro passo
para isso, que e a creação dos cursos complementares, aos qnaes
teriam de seguir-se os cursos particulares. Sein ellrs não se póde
chegar á liberdade do ensino. Cstnhelecu, t: verdade, que póde-
s e requere]. exame v a g o ; mas n i o só este exnma é mais aperta-
do e difficil do que o exigido dos alurnrios qxe frequentam as an-
las, como constitue a exepezo; nZo é a rezra ».
E fazendo depois justiça no esliirito eordihto, e aos hnhitos
estudiosos da mocidade brazileira, tornava sua defesa n o discurso
proferido rio Senado n a sessko de 51 de Agosto de 1870, com ao
seguintes palavras :
O abaixamento do nivel da instrue@,o superior niio 6 de-
vido tanto aos alumnos como i deficiente o r g a n i r q j o do ensino
e á falt,a de severidade de algmis lentes, dos q.iaes é sabido q u e
approvam a todos os examinandos, quer deem bnna, quer más
contas nos aetos a c a d e m i c o ~ Falta aos aluuinos, portanto, o
estimiilo estrnnho, e aos manos applicados o ternos s:ilntar d e
provas mais rigorosas: neste sentido ainda ultimamente se ma-
nifestaram lentes do Eeeift, em urna representwçho dirigida a o
aoverno.
n0bservo com a maior satisfacção que d a mocidade acade-
miea uma parte nRo só revela muita appliçaqzo, mas interesse
pela seieiicia, e o que 4 mais, pelo ensino.
«E' assim que os estudantes de medicina nesta Curte, com o
auxilia de urn digno oppositor, fuiidaram a sua custa u m gabi-
n e t e de zoologia e hotanica, que existe n a respectiva faculdadejl).

(i] Eeieria-r. ao gsbiaste ruodano pela sntRo oppositor dr. Camin?o& mair UIPs
,tente o8thrdrsiioa.
Tenho lido iiltiinamedte revistas em que se discutem assumptos.
juriiiicos, ri?di;idits pelos estridaiiti:s de S . l'aislo. Provam estes
dou3 factos qrie as cousas vko ineltiorando. Frlas cartas d e
empenho ii;i,o siio respoiisaveis os que as procuram, inas os q u e
a s acoliiairi ».
>lo?tiav;i-se o ConsOlheiro Paulino perfcitaniente orientado.
sobre a tircrsiidadr e iiitlueiicia de uma boa oranriiaação do en-
sino superior; e m o digno e aproveitado alurnrio do Barâo de.
Tautl>hieus e do rn;inirii do C u l l q i i ~Pzdro 11.
Inipressionava beiii i, auditorio qtia~,iido afiriiiava com E..
Reni~ri:
e O ensino siilwrior 6 a fonte do ensiiio primario. Sacrificar
o l".imriri> ao scgliiido i:. coiiiettPr uni erro, 6 ircontra o fim q u e
se tem eii, vista. Ciii milli&o [de fraiicos) econoinisado ria alta
cultura I>brln fazer liariti. o inoviinrnto iritrllectual do paiz ; dado.
á iristriiyio prirnuria paiiço etltito yrodiiziria.
e Sàu precisos para inriov;tr, em inateria de instrucç80 popu-
lar, muitos outros sncritieios. A itistrucçào priinaria nâo é solidn-
eu, uin ljnia, aiu;tu qiin~idoa pnrtr ~sclitrecidada naçxo o q u e r
vêr, e coiiiprehende-llie a utilidade ta. justisa. Trabalhne 1mra pro-
d w i r classes superiores, aniniiid:~~d e espirito liberal ; sem isto.
edilicais 17n a r e i a . . . A furí;a da instrueç30 ~iopularria Bllenia-~
n h a roin d;t iiirçu. do eiiiiiio sulmrior neste pai% E' a uniiwrsi-
dnde rliin Em n eschcla ... iiistriicção do p o ~ o4 iim efleito da
alva eiilturn de certas elassasn.
Com egunl segurail$a e exito discutira em outro discurso:
« Tt,m-se susteritado, e em mriii entender coin alguriia pro-
cedeiiria, q i i e nu rstudos secundarios rifio t&ln por fim tanto en-
riquzeer a iiitelligeiicia dos que a ellrs se a ~ ~ p l i c a ncomi avulta-
do cnhedal de canlieeiiiiziitnx, como desenrolver-lhes e fortifi-
car-l1ii.s o rritendirneiita, Iiabitiiarido a rr,ocidad~ ao rnetltodo, a
pensar eoin logica, a julxnr com exactidão, a precisar as idkins, ,a
compri,hender bem as relações das cousas.
u Dou milita iinportancia aos estudos classicos e penso que o.
d a lirigua lntinn, ereinpio, feito como deve spr, hahilita muito.
o aluriiiio liam a inml,rchensão de outras mntorias que ali& nada
trin cuin n lin-ua latiria: n i o desI,rwar> as sciencias, sobretudo-
as mnthemntieas elementares, que liabituam o espirito á precisso;
a philosopliin, que ensina a natiireza r as operaçUes do espirito.
humano: as scienciaa natiiraes, que dão noçôes sobre os ohjectos
q u e nos cercam e coin que o homem e s t i em contacto todos 03 dias*..
P a r a não alongarmos este esboço, deixamos de citar outros-
conceitos de egual valor, e paasamos a dar as idéias fundameri-.
taes do seu projecto que tinha o niiniero 183 e obteve o mais.
lisongeiro parecer da Conimissi?~<7e Ijcstraefli, Publica coinlrosta
d o s drs. l f a n o r l Antonio n u a r t e de Azevedo, Jiirericio Ferreira
d e Bguiar e Francisco Banifacio de B b r e u ( 1 )
O projecto, q u e e r a compieto, e que attendia aos diversos
graus de ensino e a fuudação de iiistitutos de educação, estabe-
lecia em seus arti,gos a ei.e;iqiio, n a capital do Imprrio, de u m a
universidade composta de qunrro faculdades: de direito, de medi-
cina, de seieneias naturaes e matlienintieas, e de tlieoloyin. E pro-
videnciava do modo mais liberal e seguro sobre a ory;iniznçRo
do seu pessoal docente, e sobre o regiiiieu de estudos coni a mais
ainyla liberdade. O proviinriito das cadeira3 vagas se iaria por
-concurso (salvo os direitos ;triquiridoi dos substitutos) eritrit todos
-0s oppositores, e e m falta drqtes, rntre os graduados p d a s res-
pectivas faculdades. S6:ria pt.rn~ittido o exame r a g o das inate-
iias ensinadas em qualquer faculdade, e a c o i l a ç ~ o dos graus
academicaç, pagas as contribiiiçi,ra tiicaes, a quem o requeresse.
Vamos nos aproveitar de S L I ~ L Spalarras ]>ara bem explicar o
espirito que o animava nrssa reforma qiie parecia exceçsivamen-
t e liberal para alguns atrasados.
aEis porque, propoiido n creaqRo de uma universidade, dei-
xo á congregaçuo dos leiites de rnda faculdade estabelecer o
respectivo reginicn seientifieo no ensirio das materias (~xigidas
para o exercicio da profissâo a que. dB direito o ,graii neadeinieo.
= O ciue se deve exicir de uut:in ouer exercer n a socit3dade
qualquer profissão liberar com LI& diijl&na, no qual os Te1,resen-
tantes do Estado nttrstam as hithilitt<pões d ~ q u e l l eque o obteve,
i que de facto as possua e t m h n provado que as possue. Que
importa que as terilia coiise,c:ii<io deste oii dnquellr iiiodol me-
diante as licç6es de tal professar, nos livros e pios rsforçoi da
propria observaçSo e reflesno, si o indiriduo que $~retendeo
aitulo de capacidade legal it-rn afrriv suas hnbilitaçõcs ria forma
da lei e perante os eniarre-asas ~ i u l opoder publico de ensinar
as matrrias da profissão e de julsar do aproveitamento dos que
as estudaiii?
«UC o E s k ~ d aos meios dc aypreiid~>t.r, deixe a cadii. iuu nypren-
der corno quiser n com quein iiieliior ensinar, e depois exija as
provas de que sabe dc quriii se npres<!iita dizendo que sabe.
Eis o ponto a q u e me dirijo».
Kos a:tigos 2." e 3." trntava da creação do Conselho iSu-
peiioi. de Inrtruectio Publica, da estineçâo dos cursos aniiexos
de preparatorios nas fnçiiid:ides de direito de S. Paulo c Re-
eife, que eram substituidoí por erteniatoa de ensino securidnrio,

(i) xaia tarde B& da yilla da Usrra


sei.undo o plano do C L I I q i i , D. P e d ~ o11,qriiic arriam fuiidados
t a . i ~irorincitx eonfornie ns eontliqhrs estalinl~eidasno
artigo 4.' qi;e estaheit,ein a «crt.a?2u dc c~stabelreiirirnioscgiiaes,
a que 1jodrr2o 6cr.r ; i ~ n < ~ x ointeirintns,
a em tridas as prnvinciaa
que iiiiirit,i\.ereni ~ i r l on x n n i urna rselicila dt! insti.ueq;'o lirimaria
para c111 (3 o1:ti~ sexo em cada p r o c l i i a , r nellas tivt.rein tornado
effeeíiro o i.iisino olirigatorio pni-o n ~>01iiiln~.lo d8 7 a 15 nn-
nos ,!e eil:tde, residt.ntc rrn urn rirculo tr:~~ildoprlo raio de u m
kiloiiietro da sede da yirochian.
I< trdo este t.eiii ai.ehiti.eiadi> ?rojrcto que, se tivtier r r v -
bir'ii ii ri$:! e re.ilidadel ri:i~iro teria eoriti.ihnir!o riaia difundir
a i~lst:.:tçqZ<>por iodo o iiniz. elevniido o iiii.el iiire!leetuall vol-
tou ao iiii:bo do ; ~ i c h i r odos p!ojirtoi: doiicl~s nno mais sabiu,
talvez 1x40 pecendo de ber iiiici;itir:~ do Cnnerllieiro I'auiino.
Xystcrios coiiio esse alurd;iiii n a liirtoria da a!ta zidniinis-
.' br:izi!ciin.
ti..a$,io
***
(Jiieiii rstudcr en!iiie~rirnte a nossa historia. politica á l u 5
dos 1~ourndoei1n~er:!caexi>trntes. e da tiadirão ~iiiej$. se vai
a p y a n í l o e e:queceiido, reeoiilircerá E C dificiildadr
~ (lite «drn-
t r e tr~dn?os cliefri iioiiticoi yue iiit-ivirri-.in TI:& ridn ?o
pniz
nos iiltiinos trinta aniios, 1 r mais h n d a ii:fiueii-
cia, ~itiiLniii goiou do t;io largo auctoridade, nenhum teve o
prcstigio r? o Eloder que teve esse que Iioiiteni ton>boii vencido
pela morte (I'!*.
A ,,o
T: serimos t.~nggcrndos,~ i r o l o i i p n d o ,atrnvez do ~inrsado,
eis:, coiiiparaçao: pois talvez iieli!iuin ,!os proemiiieiites estadistas
do 1." inilierio, dn i.e;.ei:ciii 07.i da primeira nirtnde do e r ~ u n d o
reinnso, foi eonsidpredo e ouvido com s nuctoridzide de cliefe
que, por todo o ~ i a i z ,~ P T PO C~~?sellil'iro Paii!ino.
\:i.iii o lxolnio Pai-aiii t,ere rssr prestigio ; ~ i o i se h ~ f e ç ali6ç
,
de iirflu<~ricin.só a yoiiiram circumscriptn :I certas eonns do in;-
perio, roirio Camnrn~ibc~. o chamado rt.i do S o r i r : ou cnire seus
coi.reli~io~ini.loz,eoino S. I.oui.enço nn Ualiia, Vasconcrllos e
Ottoni r,iii >limasl Eudrigiies C l i a ~ e sno Rio Grande d<i Sul, o
outras estiiii;idos ii<.los s c i i ~pnreircs e conil,rovincianas. A his-
toria aili <,ir5 I p r a xt,trstnr esta vei-dnde.
Pciiiia ii;ais a a e t o r i ~ a d a quc a nosea, r que iriiciou a r i d a
puhlirn sob 5 . 2 ; ~ dir<cqão, triiça eorn r r r d a d r e hiilliai~tisnio o
seglii:?:? rju;idro:
<. ;:iccndrncin,
i no Eeii snnhou-n elle l o p ; mas o
que Eac e sua superioridade ineoiiteetavel é que, rireirdo iium

(1) i T?iliiir<i de 24 de Koremt,ro 6e 1501-O Conselhriro lor<lina ds 8o?<au.


meio em que ahiiridavam os talentos, agindo sobre unia yrorin-
cia que souirire so destaeau pelo \-;dor i~itellrctualde seus li-
lhos, essa asiendeiicia foi absoluta, sem jamais haver origiii;do
uriia revolta, nem siquer um;l caiitestayho.
-Dizia-se eru tempo das u i a i o r < ~luetas ~ que a direcejo po-
litica do corrselheiro Paiilino cariicterieare-se por ser a verga
ferria que snbre todos pesava. Varis 1inltirras, que estayam bem
loiigo de traduzir a verdade! Esse chefe, que era apreseiitado
coiiio uma sorte de desjiotn. que liho t01e1.8~8 contraste Ii sua
vontade. t,inhii: ao contrario, as qiinliclndes rtiiiiientes dos dire-
ctores d e homrirs livres: - o resptiito á iiidividualidade alheia,
a defc<.raneia pela opinião de cada urii, ti briievoleiicia pelos er-
ros de boa fé, a a t t e n ç h e n solicitiide continua aos direitos
a todos. A siia ol~iliiiio,;t siia roiitzde, as suas
i i n p r e s ~ r i ~ t i v e ide
deliberaçües rrarn de certo acaradas coino orderis yuo se iiâo
disciitrin; mas, o que Ihrs dava esse caracter era n fiirto d e
que essas deliberações elle as toriiavn depois de. m:tdura rtiflexâo,
depois de ouvir os membros mais influentes d e seu liiirtido, e
co:n a mais absnluta isoiiçiic, a rn:iin cnrrip:eta elf.ra,:ãv niural,
o rnais assigrialado desinteresse.
<<Erau m conselheiro qiie se ncoriselhava com o i ~ ~ t e i r s s e
~iuhlieo: o mais obscuro siildado dr seu partido n o E ~ t n i odo
Rio tinha a absoluta certeza de qiic a p;ilavra de seu c h ~ f eii5o
obedecia a outra influencia sinâo à da siia coni-ciencia, illumi-
nada licla sua f6 politica, isro I : qiie a siia acçno não se orien-
h v a si~iáopara o bem da patri:r, como o e i t e n d i a , como o am-
bicionavii, como o queria.
«Apiiido dest'arte sobre toda n provineia do Hio, qiir sob
a sua direrç6o sempre se rriiiritcve i firnte dos destiiios politi-
coa do pniz, o conselheiro Faiilino apoiava-se nessa for?& er-
t r a o r d i r i i ~ i apara resgir rins coiisi~llioi do pnrtidci ~oiisrrvador,
encarniiihando a nação com passo le~ito,irias seguro, para o pro-
gresso e a prosperidade. Kenliiiiu cliefe politieo jhmais oosou
de tnm;inbn auctoridade. Tiido ii:.lle concorria ]>ara que essa
nuetoridndr fosso extrenia: a subi-irrlnde com que a usava, a
austeridade de seu caraeter semyre inttyro, serii qiie o enipa-
nasse n mais leve soinhra do tin~isigrricia, a benevole~ieia. e a
cordialidnd<? corii qiie a todos t r a t a i a , o respeito qiie se o%olnva
de toda a siia pessoal a grziidcza e o culbi7-o de seu taleuto, tudo
nelle roncorria r i r a que a snn palavia fosse a decioâo l i ! iiisrniicin
Yuprerria e liara que a sii:~dccisno h s i e a sentr1lc:a ii.l'<'~li".?.T'el
a que todo o seri partido se hiibiiiertia seiii miiriiiiira<;Ger» (1).

(I) ?:,ii.nli, art. eit


11) I c t i an Amrmrçxe ao Pa:riau Madeiaao em 21 do Agosto t e lt'or,, cooteoaa o
dircorro proferido pelo C<nselheiro Pnalino J. Soares de Sauua.-Rio de Jsn iro 1860.
PF. i<'.
o reconhecimento da distincção recebida no boru acolhimento d e
u m homeni eririnente S .
***
Eis-nos chegados á ultima phase da vidz publica do Conse-
lheiro Paulino, a attitude ~jut: teve a 15 de Ka~.e~iibrode 1689,
e a s u a consequeiite condiirta posterior á Revoliiqão.
Seguindo com o maior esci-uliiilo a iinrrativn bistorica, pro-

-
curareiiio~descrever os factos, tanto quanto possivel, com as pro-
prias palavrar do biograpliado.
B revolução de 15 de Kovembro foi sem duvida uni facto,
n o momento, inesperado; iiias offerpceii a giandr ainpulnridade
d e não eausar ertranliavel siirpres:l. E' que ainda aquelles que
mais as prezavam jB não aereditnuxni lia estabilidade das iiisti-
tuiqões existrntea n (1).
D e lia miiito e f t i v a o seu csliii.;to preparado para a traim-
formaçáo ~ioliticaqiie se opeioii. X2,o ~>odiaescapnra iini i.sta-
dista de siia experiencia e criterio a corrente vencrdorii, de idbas
cujo voluine crescia, grnq:is 5s vinlri,cl~se deancertns qiie cara-
ctcriaaram a direrção do iiltimo yabinete iriiperial; e <.I!* o diz
d e irrodo catliegorico.
Iiiipresaionndo p<ilo mo6o por qui. se fez a ein;incil?;i<ho n 13
d e Xnio de 1889, r estudando as eocseqiiencias n a r i d ; ~nariona!,
e postwiormente as nirdidna e ~ n l i r c ~ a d apelo s ministrrio liberal,
e a ngitaçhn do paiz, disse:
« S ã o foi, jiorêin, por esse lado c u e o assaltaram iiiniores
apprchensúrs. Frnncari>enti: diisc loyo deliois qiie dar-:~~iam,
como s e devam, grandes clifficv.ld;idi~~. liara os I > r o d ~ ~ ~mas to~~~,
nem uin lion:ein sensato lhe attrihiiiria o r<,eeio de. r.rr então
l > e ~ d i d ode vez o Brazil com a cessncâo do trabalho servil.
« O que i i i a i ~o preocciiyara <'Ta a r e v e l a ~ a o ,logo feira ao
esclirito agiridor, de que n c ~ t e 1,aiz tudo se liadia, spm griin2es
resisteneias, transfmmar de um 1iai.a outro nminpnto; o que o
sobresnltava era o sf:istami.nt,o definitivo das classes coiisei.\~xdo-
ras, coii.;ideraiido-se. dcaprntegidas dos poderes publico. no goveriio
monarchico, dispostas, rin r<sl>resalia que reliutirvam justa, a co-
operar para a destruiqno de unia ordem de cousas qiie se Ihes
tornara odiosa » (2).
X o periodo de deseani;~parlriinentar estudava r ohiervara
todos esses symptomas, e vinha toinar o ieii lonnr n a prt:sidrn-
c i a do Seliado, sob essa obeesr%o, como descreve corn palax-ras siias:

(11 Acta la Amrmagiio cit. Pg.. 7 .


(21 opnecolo cir. Pg. 7 .
« E < f l ~ e t i solirt.
a o riimn qiie poíleriani tornar os aroritrci-
meritos durarite n st!>sno lrgisiatir:~, dt.scjniidn jiil~at.-se visioria-
rio ira ~i~ci!!nq:w e111 que tudo llie l,:ii.<iria estar, nppzar do des-
assoiiiliro r srginidad<> do gorci.iiol ~:uiindo, chcgado n est;~ cida-
de a 1 4 de Soverribro iiltinio, dirigili-se iin rria~>h:i~i do dia it.guin-
te i r:i&ii du Seiiado 1inr;t n st:is;io prt~pai.ntoria, I<rii cariiinlio
cncoiitroii os h;ttalh6es, que para o arsenal de rnariti1i:i desfi1;iriini
da quartel-general oiide sc acah:ivn de proc:ar:iar a Rul,ilbliea !
e Ist:lrz~ 1ir.rrorrido o mtadio iio piirnriro 1p:isso.
T-ic t r n i i ~ ~ u i l lea soccxnda n ;)arte da cidade por ondc niidou
e, recoilii~!o :i ra?n, entre 2 e i liorns da tarde ido <li:( 13 d e
Kor<~ilil,rdfoi ~>i.«eurndolbor d i i e ~ a o s nniigi~s dn rr,preseiit:iqZo
politica, ;il;iiiis dijs qiiaea !iresi:ntes alli X cor;feri.iieia, que \-inL-:iiii
consultal-<i sobre :i jiossiliilidaile de resistenria e, eniiridaiido-o a
dar qualq-Liei. dii.ec(.Ao. aeeordnr no que c u m p i n fazer.
a I<esl>oi~deu que iiadn Iinri;~ que fazrr, pois que julgava
tiido feito, e acrrciceiitou qne se illudiain si &leiiaarnrii tratar-se
de a l ~ u n i : aventiirn
~ inilitar; o que rinin ora uma revoliisiio
dentro c111 1;nnio eoni~iiiidapor toda n ira,;:io » jlj.
Arceitar o iroio regilireni, ris como peiisa que de1.e 1,i.o-
ceder r eijiiio acoiist.Ilia ;i03 coi.reii;ion:i~ios que o fa<:arn.
O qiie s i , o que apl>reiidi,o qur. li nos escripios dos poli-
ticus ritcris <~x;>riiiiiciifados, o qiie r:ie eiisiriar;ini os illustrca va-
r6r.s desta R<~i,iihlira e das demais cidades, foi-qiie a kiome~iiliu-
hlico não iirlcr,iita 1i:ir.a o hi,m coiiiiiiuiii prrsistiiido nn d e f e ~ do ;~
causii~.que jn passarnrii, devendo reinprr iri-rirar-se para o seu
lrocrdir?ierito no estado nctii:il das coiisni e ~ r n i i l a r - i r pelos bons
priiieipios, s c g i t ~ ~ dno sua rorlsci(>~~cia; confornie as disl>osiçÔe~
dos trililios e O S illtel.tsseç dit PBZ publiea.
a I'c~trsarido ~ssinl,I I ~ O recubou o ensejo, ue logo se l h e
.-
d e l ' a r o ~ ~ " l a I>rovoenq%ada iriaiiifeestar a. sua opliiino, Ixra dacla-
rar I ~ t , i i ~illlpren8a:
-<.que coiisidcrnrn a f6rma de ,qovcriio rnudnda sem reFresso ;
-«qiie a sua innior asl?irne3o ni> riiomento era ver a n a q á o
eritrnr riu i.r:iwnn dii I*,gnlid:idr :
-«que ionsidcrnva i!iti~ietosos aiitiyos ~i;irtido-.,euja inisszo
l>oliticii dc;;ipi>arecera eoiii :i ordrlii coiistitucioiir.1 qu<i Ilies dera
origein i
-=que estari;, com aquelles que siiicerarnente se f,sforqas-
sem l ~ e l nfii~id;iç%ode lili? governo ~ s a a v e liio scio d e uma soci-
edade rri.dn,di!irniiiet,tr lirrt: :

--
(I) OP. çit. Pga. 9 e 40.
C%, era o elemento coiiservador da nova fórina de goyerno e a
garantia fitirra de uiiiRo das aiitigas l~roviiicias, eiii qrie se di-
vidia o Brixail ( 1 ) ~ .
Depois desta aíiiriiiaq;io, coherente com seus precedentes, e
com sua lealdada, para que ii&o o suppuzessein um adlieaista
da prinieira ordem, a pretender qualquer vantagem no novo regi-
men, exclama com toda a altivez e franqueza:
a O qiie qiier eonfesa;rr publiramente é que n%o dcsqion a
Republica. Conservador, como se definiu, era assim monarcliistn e
manteria as instituiçòes qrie encoiitrou: susceptiveis de progresso,
como 6 tamhem possivel que, si nascesse sob a fórrna de g o r r r -
no republicana, n i o qniaessr: outra, mas trabaihasae pela estnbi-
lidade e melhoramento da <,sistentia. Tendo, porem, de viver n a
Republiea, e adaptando-n eoin franqiieza e lealdade. pede que,
desde logo, pelo menos coiicedam aos cidsdjios as garantias dos
direitos individuaes e politicos, que tinham n a monarcbia ('212.
Falando e m vesperas do eleiqno da Constituinte, certo de
que o proprio Gocerno Piorisorio faria tudo para tel-o como re-
presentante neasa AsseinblCia ou pelo menos obter seu apoio e
respoiisabilidade, por meio de amigos seus, alli significando sua
adlieaxo, não hesita e m manifestar-se corri franqiieza aos arnigos
reunidos para esse fim, e dia que « n a presença dos meios já usa-
dos como amostra do que iia ur~.ericiase fiirá, nn imniinelieia do
emprego annunciado da forya puhliea, sente humilhada :I s LI di-
p i r l n d e politica e , por sua !,arte, iião i i ~ t e r v i r áno proximo pleito
eleitoral. Assim tambem aconselha aos seus amigosiSj ».
E t%a grande era a forqa moral do Consellieiro Paulino: que,
unanimemente. os mais erninrntes noliticos fliiminenses alli reu-
nidos, sob siia presidencia. -«dceln;nm extinctos no Eatadn do Rio
d e Janeiro os antigos .. part,idoe
. poiiticos e affirmain a eristencin do
partido moderado, que tem lioi-intnitor, resistindo a todos on es-
cessos, frindar um governo estavel no seio de uinii sociedade
verdadeiramente livre, sobre as bases seguras da ~iiriàorepiibli-
c a n a federativa do Brazil :
-a eompromettem-se n roiicuri.er, dentro dos limites da le-
galidade, at4 onde chegar os eeiis esforcei, p r a que
sc realize, i vorrtade do! tiu~iiineiises,a constituição poiitica e a
orgnniznqão administrativa do rinvo Estado do Rio de Jaiiriro;
-a sentein-se com pezar o'crigndos a deixar de eoliaborar
n:i con.tituiçao federal pcla abstenqao do exercicio do direito do
voto nas eleições de 15 de iioveiubro proximo \rindoum, evitando

111 Op. cit. "Bes. 12-15


121 Op. o i t . n a s . 18.
F l Op. C i t . yag. 23.
esforço a collocou no ponto invejavel em que hoje esti. E s t a sua
collaboraçAo 6 bem apreciada pelo mesmo jornalista que nos
teni guindo nestas apreciaçRes e que escreveu este topico:
nFóra da vida publica continuou a se interessar pelos ne-
goeios de orderii geral. L i ~ o ua cabo a tarefa iiigentissima de
reorganizar a Companhia Leopoldina e, mais do que tudo, to-
mou a si a direcçcto da Santa Casa de Xisericordia, com a qual
póde dizer q u e s e identificou. Dirigiu a Sociedade Propagado~.a
d e Bellas Artes, coiisegiiindo ver realizada a reedificação do
Lyceu de Artes e Officios, destruido pelo incendio, quando lhe
foi comrnettido esse serviço. A sua administrnção iia Santa Casa
só tem egusl n a de Zixcaiins d e Giies e Vasconcellos, pelo zelo
com que a eila se dedicou, e na de J o s i Clemente Pereira, pelas
grandes obras que realizou e pelas dificuldades de moniento que
teve de vencer,,.

THo util e gloriosa esisteucia cessou a 3 d e Novembro de


1901, enchendo o paiz de justa consternaqâo.
Tivesse o lugubre paosamento se realizado em um decennio
anterior, e o clioque teria reperintido de modo estrondoso por
todo o pnin; mas não seriam mais sinceras nem mais leaes as
hoinenagens que, perante o turiiiiio entreaberto e os carinhos d a
familia, vieram tambem prestar-lhe todas a s classes nacionaes.
E' que o Conselheiro Paulino, grande do imperio, descen-
dente d e illustre linhagem, coberto de honrarias, recuzaudo ti-
tulos nobiliarchieos, era, nntes do tudo, um purissimo corapão,
carncter siiigello de um verdadeiro cidaidso, e caracter integro
de um genuino democrata.
T â o 6 facil descrever toda a l o n g ~ biographia do illustre
politico, nem aiialysar o valor de seus serviços e da influencia
que exe1,eeu na, evolução nacional. Nso é parêm difficil, em syn-
these, fixar a sua grande figura. P a r a isso hastam tres palavras:
M a t h i a s J o s é dos Santos Carvalho

Emcima este perfil iim nome bilrgiie~rneiite eo:nl>rsto, que


nada sigiiiiica na Iiernldiea, que não obcdrce inzama á celebre
predeetinaçâo dos nomes illustres, coiiforine a exdruxula tliroria
d e out.ro grande talento que depois se perdeu nas trevas da
degetiereseencia,-Teixrira da Freitas.
Tambem quasi qiie passnu des~iercebida a sua morte. Nem
a imprensa, de que ibi um dos ornamentos, nem os velhos com-
panheiros, muitos dos qiiaes reeeherarn delle soeiorro e alento,
nem os collegas da profissko que Iiotiroii, nsni as hostes politi-
cas de que foi uin dos niais denodados e intrepidos soldados, lhe
prestaram a linineungem a que ti~iiindirrito, llie coiiiineiiioraram
os altos t,itulos que tinha á estima dn {iatria e da Republiea.
Triste eontingrncia huinann, que trio pouco se lembra do
merito quando este foi tocaào liela ndrersidnie !
Surprehendidos aqui pelo Iaro~iisiiro telegrnphico, que an-
niinciava o f;lllecimento de IIatliias d e Çarvallio, procuráiilos na
leitura dos jarnsrs a noticia do facto e o que Iiavia apressado
esse desfecho. E com o eornçio opprimido ante o qiiasi silen-
cio de todos, nos revoltámos e deliberAmos reliarar um yoiico
essa culpa!
A folha que dava mpllior nota era o Jornal do C;%in~mercw.
Leiam-no desprevenidarrienie, e vejnm si por ella s e ~ o d e
formar idéia do valor do illustrp. poeta e patriota.
eFalleceii liontem e sel>iiltou-se hoje a sr. Matbiai de Cm-
valho, que, durante a propaganda republiciinn, relevantes serviços
a ella prestára eollabornrido em diversos jornnea desta idáia de-
mocrata.
.Puhlicon em 1881 uni livro de 7.ersos intitulado Linha
reetn, que mereceu honnlsas refererreias das criticas daquella
époeba.
aDe110is ?a Republica exerceu o carro de contador da ma-
rinha, saiido iriais ti~rdedelle disl,ensado.
Ferido pela deigraya, entregou-se conipletamente ao aban-
dou0 de U proprio, ató que a morte o vaiu colher, depois d e
uma lanea enfermidade» (1).
***
E quasi que nesse pni.ce sepultis ficou satisfeita a conscien-
cia naciciii;il da divida que tinha para com um dos operarios
mais activos e illustres do movimento politico que agitou o paiz
e especialinente a sociedade fluniinense de 1870 atC 1889. E
dizer yua oceupuu loear salientr. entre os iritellectuaes do Rio
d e Jal~lliro I L ~ ~ S ~I :e r i o d o ,é, ipso fczctr,, confirm:rr que exerceu
iiiflueneii~sobre todo o paia, e que. klathias de Carvallro não
era um obscuro, um illzrstre de.sconheeidol como os membros da-
quella camaru monarchica, assim appeilidada pela ironia pun-
gente do grande trihuno rio-grandense.
Poiicas apontamentos piidenios colligir ácerca da vida d e
hlathias de Çn~valho; mas nos hahianos cumpre obviar essa la-
cuiia, r. fa~riiiosvoaos para que em breve vejainos o seu nome
e a sua biograpliia n a galeria brilliante dos poetas hahianos.
Eiri falta d e outros, que se encarregue dessa patriotica missão
o Instituto Ifistorieo Jjahi<~,w, par iiiterniedio de um de seus
illust,rçs inembro~como está fazendo o distineto dr. Jfaiioel de
Brito pzra os poetas dos seculos passados. (2)
A Rahia, essa gloriosa e fecunda mater de talentos, foi o
berço tariibem deste perezrino talento. Lá nasceu Mathias d e
Carvalho a 24 de Fevereiro d e 1851.
Trouxe no eerebro, iiutrido pela riqueza do sangue d e duas
raças opi>ostaa, a i n s p i r a p ? poetica vehernente, e, desenvolvido,
o institicto da combatividade dos phrrnólogos.
Dn origem obscura e modesta, apprendeu por esforço prc-
prio as primeiras lettras; e depois, roubando ao repouso do corpo
e as diversGes naturnes da edade o tenipo que não empregava
no 1abut;rr diario da vida comrnercial, conseguiu ornar a intelli-
gencia com boa ediicação litteraria, nrtistica e ~,hilosophica.
Poeta, deixou-se arrastar pela yaixao democratica; extrema-
do cultor da liberdade, produziu estrophes enthusinsticaa, verda-
deiras joias litterarias, que podem sem eclipse figurar nas po-
lyanthúas dos iiossos melhores poetas.
Escrc\~eu:-No dia fatal; em 1872,eombatendo a escravidão
em bellos e riiergicos veisos.
Em 1880 publicoti as Irmans da caridade, atacaiido com
vigor essa instituição, em veisos que não são inferiores ao do
grande poeta portuguez João de Deus, sobre o assuinpto, posto
que de iiatiireza diversa.
Mais tarde publicou a çolleeç%o de poesias a que se referiu
a noticia do Jornal, intitulada- Linha Te&, mas em 1883 e nHo
em 1881 conforme disse aquella folha, que bem podia consultar
sua collecç%o e lembrar-se que a respeito della dissera então
uque esses versos são como a trombeta do juizo final, chamando
á canta Deus, a Xonarchia, as i m a n s de caridade, e a mesma
Xorte :
aConden~narnos-te, ó ave de rapina»

Não sBo essas as unicas pnblicações de Jfuthius de Garralho,


pois ainda deu aos prelos os R!,lhinos em 1875 a 1880, as f i o -
aas Jlnderi~asem 1 8 U , - e Iliel, yo<'ma americano.
*Este poema, diz o dr. Blalie no seu interessante livro (31,
é o primeiro de uma serin que o auetor diz ter para publicaru.
Coiista-nos que, na realidade, eritrr os seus papeis deixou a
continuaçào desses poemas. O que, porêin, Mathias d e c a r v d h o
escreveu e publicou em numerosas re\~istaslitterarias, em folhas
da imprensa do Rio de Janeiro e das provineins, I um cabedal
opulento e grande, que, reunido, daria um bom volume de valor
iutrinseeo para a nossa litteratura
Ahi est& uma iddin para que um amigo da firindo, e de
competencia intellectual como Lopes Trovão, realize salvando do
olvido a rnemoria do iiiditoso poeta.

***
Jornalista ardente, o estylo de Mathiss de Carvalho era vi-
goroso e vibrante; argumentava com logica e era habil na pole.
mica: mas l u s i sempre recorria á. forma poetica paia a defesa
e propagan a de suas idkins philorophieas e politicas.
Collaborou assiduamente no Eyknditrte, no Combate, do Rio
de Janeiro, e no Atirador f i a n c o , de que foi um dasredactores
em 1881.
Na segunda phase do jornal Republiea, em 1878, onde ti-
nhamos levantado a nossa tenda de combate com José Haria do
Ariinrn!, Ariitidc-s Lol~o,Ubxldiiio c Lirnpo cle I h r e i i , foi hía-
riiins di: Cirvallio iiun 11osso c c ~ i ~ p s ~ i lcoils;ailti,
~ e i l ~ ~ xnn : ~ ~ l x i l i a i
lxocin.;o.
E, raro era o dia erii que n%o<,neoiitravn unia Irora a tirar do
seu arduo iiiorejnr de livros, liaia lios titwer siia 1i:~lnvra
a i ~ i i g noii siins i:strol>lirs iiispirndns e bt.llissiiiins para u nosso
joriinl, qui! ~ c g i s t r n nestas 7.>?llez8s: - A1fo~t~~s est, A JosB de
Alei~cni. e t,:iiitns e tantas oiitrn:1. E Jos6 Jlaria do Ainaral, o
cluerirlo e ~;clierniidorilestre - ~ u j aeoiiilieteiieia eritic;~o siiice-
ri<l:iric i:rn Iior todos eoriliecida - coin o direito de li,>etiis por
pmti~ss c j n i i ~ liil:,s-tinha e:n grande conta o nierito de 11.1-
tlrias d<: o , qiie se vivesse ern outro pniz a1i:nnçnria
nxiim fi1111x.
?.lntliini rlc Carv:i:lio n;io rceussra scii? serviqos n que>>,
lh'os so1icit:issi..
A I : h e t ~ o dz ATt,ticiaa c o Dicsiii d<i E l o d e Jaizei~o,tive-
rnin segiiidn~nenie n sua collnboraq~~o, e nhi lia bellas l~ogiiins
q ~ deinoristra-.n
e n puj:inc:i c iiialleabilidnde da i~rtrlligencia de
IIathias de Csrvnllio, que d~r<!:ivolsengrande e activo trnhi-
l h o nt,tl 1888.
O fiithusiasrnn que srrrtiii o poeta pelo ar:to da aboiiqXo a
13 de >[aio. 3 5 i: coiiip;irnv~Ino sciiliiiieiito qne do:iiinon Jozt: ~ l o
I'atroeiuio, csso oritro xr;~ode .. j~octa c lnetedor terrivel da racn
oPprimida.
NRo eiirioreceii o ardor do deiiodado rejiublicnno,-1>~is con-
tinuou pnrtilliniido todos os trahnlhos d o i eoni~>niilicirospnra a
rariil~nnlinde 13 dr: Xoveinhvo d<i 1 q veiu renliziir no
rnotnenta o s r w mais ardente sonho de toda n. vida. -de iiitelli-

P&n?%I\latLiin; de Carvalho eoiiin p a u outros propagandistas,


i;&ofoi o ;dverito da Ri:pnb!icn ii:iia : m u r a de felicidi~de. N n 1ioi.3
da iiçtorin, o i dettxitorei do poder, assediados pela turbn ini~ltn
dos alij-ssiiiios s:lh<:sistns, esqiieceiniii-;e do esforqarlu coiii1,:i-
iib<.iro.
I-lle, qiii,. iio meio ~iiaisiiiferiso 61 siina idéias politica; e re-
lizinsas, sempre li:~vi;x eiieoiitr~dotrnbnlkio re:niiiiorndorl e ora
com <rin:ir:iho I,ro:iir.ido, p : ~ r r l ~ r e i t sa-viyos
:~~ d:! SLL:I profissão;
em qiit: 0-3 colnp~~t:~ltissimo,C O I I I ~ O U d e p ~ i s :I. sentir snl.da
hostilidndc.
-4qudile.s mesmos qii3., no ternpo da nion~rcliin, o ncoiiiirrin
e a:iii;;i~relrniiite ehnrq:~rnvam de suas crenças, transformnraiii-
se <i111 intrt~nsigentes ad\-erinrios, isolnraiii-no e privarain-no de
meios de suhstaricia. O qiie parece uiii facto extraordiriario e
iioneo verosiiiiil G perfeitaiiieute compreliendido por qiiem co-
iili<!ce o cspirito de solidariednde que ~ e i i i a no cominercio por-
tiigiiez do Rio d e Jaiiciro, liieio om qiie exercia BIathias d e
C ~ i r r n l h oa a sii;ts rsras aliiiili:cs de ~ii;~rda-iirrct.
Tentou todo; nt meius i r coi;tii,i;nr a i.i\scr de sua p e n n a ;
atirou-si? r;irnbem ao vrrtico dn; <,speculnc;i,es quc dominaram o
l ~ a i zinteiro de 1X!lO n 15!11; c fui iiizis uma das numerosas vi-
&mas aiuiiginns dos grandes artistas da fraude.
Deaai>iriiado, euil>i>breci<lo,~ ~ c o r r eiiiialinentc
ii no h1arechal
Floriaiio I'eisoto, solicitaiirlo i i i ~ i eml>reso onde pudesse s e r
aproveitada a sua capzeidadc, e qiie lho dkssc: os meios d e ali-
~iiciit;ir a ft~milia,a qiie era dedic:idisiiiuo.
A (hrrfadriiin da JIizrixhn precisav:; de iim fiinccioiiario
liabil e leal ao novo repimeii.
P a r a l i foi Jlatliias d e Cnrrr.lho, e rt~.levniitesserviqos pres-
tou iirssn. coniiiiissão.
Xais tarde iiicompntihiliaou-se n a reyartiçiao, e t<!rTe q u e
deixar o lagar jb sob a pr.csid<!ncia do illiistre Br. Pnideiite de
3loraos. Desde eiitko a fat:ilidacle o lii,rr<iguiu sem tresuas, fe-
rindo-o comi> pao, e como cidaclfio.
I.: aqiiella alma, tiio eiiergica t: <;i0 altiva iio periodo mais
pericoso d a liicta, f r a p e o i i e rrcollieii-se ao dosalerito, e come-
çou u i a h i r , a caliir.. . ntii l>rociiiar, As Vexes, 110 toxico q u e
eiivcnenn a iirteiligeiieia e todo o org~nisnio,o rsqueeimento de
mia situn@o 1,reeuria.
l > u r monicntos liiiin-lha no cerelxo o lainpejo antigo, e
tentava reagir. Qiiando eiicontrav;~ iim vilho amigo R compa-
iilieiro, ra;ri~iinava-se, i l ~ ose q u e i s i ~ v i e~ ,promettia volta.1. á vida
do trabalho.
hlas esse trabalho iiiio al>pnrecia, porque sobre elle conti-
iiuav:L a pPsnr n siispeita de qiie nilo e r a o mesilro dos ttimpos
?assados: e oa nniigos o evitnriiiri, Iiorpiir ciie estava mal ara-
~ a d o . Os aii~igos niao tiiiliarii coragem do lcrantur-lhe o moral
e salienr-lhe o pliysico.
E como J1ntbi;ts de Cnrralho se mostrava rcconheeido e
".
seiisirel á moiior i>ravn d e svinijatliin e de attencio da ilartc d e
qualquer antijio co~iilianheiro!
Eni toda iiosia vida, que .~
ja é longa, iião tivemos talvez
cilio@o egual ás que as Ingriinas c? o ibi-aço frenetico de N a -
thias de Carvalho nos causaram qiiaiido o detivemos e m plena
riia do Ouvidor, h a dois aiinos, depois de longa separaçAo aber-
to entre iids pelo destino r pelns nossas differentes carroiras!
Habitualmente nos eneontravamos depois, e com prazer no-
t a v a eu que rlle aiiida n i a c r a Imn intelligencia inhibida pelo
soffriiiieiito, riem uma individualidade inutilizada para sempre.
Ainda. eiu Outubro coiiveneioriára eneontrar-llie aqui uiu
emprego, modesto embora, para que viesse com sua esposa ten-
tar e recomeçar a vida.
- Com pouco me contento, dizia-nie elle. E u e minha
mullier, já velboi ambos e sem nsl>iraçües, só alriiejan~os nàa
morrer de fome !
E nriies qiie piidesçe callocal-o, antes que o cliainasse d e
noi70 a vida e ao inorimento, colheu-o a ~nurte,essa cruel aue
de rap&<z, eni sua phrase sempre o ~ i g i n a l .
A poucos talvez se possa com iiiais propriedade applicar os
bellos versos do grande poeta hespaiiliol:

.Que ps e1 poeta e n su mission


Sobre Ia tiprra que liahita?
E s una lilanta mnldita,
Con frutos de bendicionu.

E assim terminou a existeiieia u m grande coraçao e um


grande talento, tendo bem avaliado a ingratidâo e a injustiça
dos 1ioinrii.i.
Dn. 11. AZEVEDO.
Dr. Antonio, Achilles de M i r a n d a
Varejão

E m breve e seceo necrologia iiotieial~a o Jornal do Com-


mercio de 19 d e Púovenibru de 1900 o se-pinte:
n Depois de proIongado soffrimento falleceu antehontem,
nesta cidade, n a edade de 66 annos, o Dr. Antonio Achilles d e
Miranda Varejno, nascido no Rio de Janeiro.
Bacharel em direito pela Faru1d;rde de S. Paulo eni 1866,
foi no anuo seguinte nomeado chefe de seeção da Estatistica d a
Secretaria de Policia desta Capital, passa~idodahi como primeiro
offieial para a Secretaria de Justiça, logar ein que se aposentou
em 1872.
a Exerceu a advocacia e Ieciionoil varias linguns e scieneias.
Foi redactor principal do Dinrio Qfiicial, oollaborou na
Semai~aIllustracla, n a Rei:istn do Ensino Philosophieti Paidista-
?to '3 no Diario do nio de Jã7~eii.0,e foi por alguns nnnos urn

.
dos redactores desta folha.
O Dr. Varejão começou a ser conhecido cedo no mundo
das lettras por trabdlicis litternrios Iiublicados em revistas, nas
quaes callaborava com outros apreciados oscriptores.
e Para o theatro escreveu a Epoeha, comedia em 5 netos,
representada em 1861; a Xesi,qil,znçiio, drama em 3 actos, repre-
sentado em 1862; o Captiueiio ,Iloi.al, drama representado em
1861; Trevas e LUZ,drama em 4~actos, representado em 1867;
os E,zce>ztricou,comedia eni 4 actos tambem representada.
C Esta comedia, bern como os dramas a Vida Intinzn a
An'Ath, em 3 actos, são ineditai.
B A Loi~en,libretto em 4 actos, em verso portuguez, posto

em musica pelo com~~ositor paulista Elias Lobo.


Y a Reiisln Littei.ni.in de S. Paulo foi l,i,blicad:i :i Gtrcrra
r70 Oiiente, tr;~l-:,lho ern resposta :L poesia do seu arr.i:.fii ,Jo~i
Diogn de i\Leiicii~sFsóei, sobre n E~~iijçiu.
n 111telli;eiite e trabaIliaíIor, i:<irno provniii os !rnlinlhos que
publicoti, o 1)r. :lciiilles T'arrjko oceiilia loçnr Lr>iii.oso iia n a s r
litterntiiru.
De xeiiio alegre e ~ir;izt.iiteiro, era o Dr. Xárej2.o estiiire<lo
e al,reciado lior qii;mtos o eoiiiicerriim.
u Arhiivn-se cloeiite lia iiiuito tempo, e recoliieu-se ao I l o ~ c l
da Pista B l e ~ r e ,e111 ciijo l?rn~".intnrioeiicoi~ti.<iuiiin verdndriro
amigo, eujos eiiidados e e n ~ i n h oiiiaviearnili-llie os si.iis iiitiiiios
dias.
s O i<,u eiiterro realizoti-se honlein D.
E nada mais ndenntoii esta irotieia no que sc liorlin lci. iio
Diccio~~ri,.io Biiili.iIlrnp71ico do Dr. I3laeli (1) o u no I%iithe,,ii I%:!-
nrineiisc (2), de 1,. LI-r- dou Santos.
O rednetor rln iiotieia foi att: oinisso TIO irciue dos p c s d o
seu an!iço coi:ipanlieiro.
Eni rjunlqii~r clns obras rit:idas veria c p e o Dr. TnrqiAo
nasceu :i 30 de Jniiriro de 1831 iio Rio ri<? J;iirriro, filho do
comriicndndor iintoiiio Aivares dc lliraiida Vxrvjòo e d c D . .lon-
quina Crsiila de Nirandi. T-;irr:,jRo.
1s' dos riinis sirniilru estyloi, seriipre que ;e rciuci!ioia n ~ i < l x
d e U I ~ I liomeiri illtistrel 1150 csqu<,ct,r os feitos 0x1 yc!o iriciios u i
rionies de seus ariteli;tssndo~.
*C
P a r a heni .e eoiiilirt~heiideia. íigrira symyntliicn do Dr. \-a-
rqjio, r avnlinr o lial~elqne ri,prrseiiton nn iioscn socird:i<'<,, seri:,
conieiiiiiiite veliiontnr i eliorhn ein qii<i iloresceii. t? dcicrex-cr o
mrio social d e eiitfio, as correntes drl idias pr<:doiiii:!iiiites ciii
littarntura, que :iiiaixoii:~vani os eseriptoues e lrilnres, i:i~;>i?nrni?i
os drniriaturgos, e entliusiniiiiavam n ? pl:%ii:as.
P a r a cahnl descmlieiiiic dess;i miisgio seri:% preeiio disjiCi do
talento e da iii:~estria eoiii que 3Iariiailo d e Assis, o reimiado
~?ontificrd : ~litteramra nncionai, tiayoii o qnadro do L3llrii i;e,zn-
do (3). E poderia fnzzl-o coirin i i r i i das netorcs qiic eiit%o j#
tinha. seu papel no linlco iiuii,iiien~e,roiiio beni o ?screveiil 6% Tie
era da niesina roda ern que s:! eiicoiitinvn eain o r)r. Tiii,cjào.
« Nesse iliesmo aiiiio (ZXiiO,) eiitravn eu liar:, n irn;>ri,iisii.

(11 31.A. S. El-i - Dicrio>a. Biilin?. - To:>,.I. Pg. 100.


(21 I*~:! nos soatas-pan:keon P I ~ :pF:, ~ bis.
~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ .
l u por .Wnc!,odo a? .larir -- h
(3) O irlho S ~ ? > n <- ,
!
. li- i ? e ~ i s l a B i n r i l e i r l !S"E.
« E m a noite como saisseinos do thentro Gyiiz>~nsio, Quintino
Bocayura e e u fo~iiostomar c h á B o c a j i i r ~ ,era então unia gentil
figura de rapaz, delgado, tez niacia, firio bigode e olh(is srrcnos.
J á entào tinha os gcstos Iriitos de hoje, c u m poiico daqiielle a r
r1U.t-~rt oiie Taiiie achou eni llerimhe. Disseram coisa nnnlorra
d e ~ b a l ~ e i n c l - ~ a i o uque
r , alguein iiltimamento definia corno tr.ès
réwtiblicuila de eosciction ei très aiistocrate de tnmpei.ai~~e?lf.O
nisso B o c a j u r a era s6 n segunde parte, irias jii ;iitio liberal
bastante para dar urn rrpublieano convicto. Ao ehC. eoiiiersaiiios
primeirairiente de lettras e ~ioiieodi;liois de ~iolitica,m;:tri.in in-
trodurida por rlle, o que mc espantou h n s t a ~ i t e ;n%o r r a usiial
nas nossas llraticas. N r m exacto dizer que corirersbinoç de
politica ; ou antes respoiidi:~ as Iicrguntas que Xoeayuva me i a
fazerido, como si quizesse conhecer nc ~ n i n l i ~ iopiiiiiies.
s Prova-
velmcnte 1150 as teria Gxns nrni detrririinadas; mas qureiqucr
que fosaem, creio que ns eslp'iini iin prol>or?iio c com n 1irocis.iio
iipcrias adequadas ao que e!ie ini. ia offirceer. D e fzicto a e p r i -
riio-iioi roin pr;izo dado p r a o riia srgiiiiite, n a loja da 1'nul.z
Britn. qiie era iin antiga Pia$& da Consritiiiq%o,lado do i7ienti.o
rle 2. Pe~Ero:a meio enniinl!~das iiias do Cano e dos Cixanos.
Itelcrni estci. nomenclatura iiiiirtn; ó vicio de ineinoria velha.
n K a mnrilian segointe, aebei a h i Bocajiira escreiendo u m
Iiilhete. Tratava-se do Diu,.iii do U i u de Jõizeiro, que i a reappa-
rccer sob a direeçso po1itir:i d e Saldanha Xnrinho. Vinha dar-
rnc um lagar n a redaiçâo cuni elle e Heiirique Cezar M;~uazio.
e Estns miniidencias, agrndaveis d e escrever, se!-o-Zo inenos
d e ler. E' difficil fugir :L ell:~u, quando se recordam coisas idas.
Assim, dizendo que no inesino aiino, a l ~ c r t i ias ~ eamnras, fiii para
o Senado eumo rednctor dn Diario rlii IZii,, nâo passo esqu?cer
q u e nmse ou n a mcutro alli estiuesseiii eomniigo, Bernardo Gi~iiiia-
rxrs, representante do Jorilal (10 Ciis~riii.i.cio:e Pedro L u i z por
parte do C1~i.i.eiri~IZercr~niil, iiem as bons horas que sivt:inos os
tres. Posto que Bernnrdo Guimafirs fosse mais velho que nós,
partiainos irmanineute o p%o dn intimidade. Ilescin~iios juntos
aqiirlla prnqa da Acclamaq%o, cjue i130 era entzo o parque d e
hoje, ,nas iiin vasto espaço iiirulto o vazio como o caiiilm de S.
Cbristovam. Algumas v m e s in~iios;i u m restnniunt da i v n dos
Latoeiros! hoje Gonçalrcs Dias, nome ente que se l h e deu por
iridiea<ão justamente do Iii,zi.io rio Riti; o poctn moral-a nlii
outróra, e foi IIiiazin, seu amigo: que pela sua fo!h:~ ~ ~ d i ai i
Carnmzx lIiinicilinl. Pedro Liiiz iijo tinha só :I paisfio cjiir liox
nos bellos versos á Polonia e n o discurso com que lioiico d?pois
estreaii ria Camara dos I)el,iitados, inns ainda a grnqa, o saiensmoi
a obserray%o fina e aquelle lni-go riso cm que 05 sciis grnndcs
olhos se fsaiam maiores. Bernasdo G u i n ~ a r i e s iiâo fallava nem
ria tanto, incurnhia-se de pontuar o dialogo coni um bom dito,
u m reparo, urna anedocta. O Senado nAo se prestava menos que
o resto do mundo á conversação dos trra amigos 8 . (1)
Si o iiiestre não qiiizer levar a cabo ~ B S I L empresa, a h i
estio outros que t8in egual talento e eompetencin, tendo tambem
brni conliecido as figuras intrllectunes, os artistas do theatro
daquella epocha, nos seus triuniplios e lias intrigas dos l-iast,ido-
res, Iembrnmo-nos de Mello Noraes Filho ou Pires d'Alineida.
Oua renove aquelle o trabalho que fez em favor de Mar-
tins Peiina i2), e este lance sua actividade de chronista e de
l ~ o l y g i a p h ocorreeto para este lado: e. as nossas lettins e a nossa
historia muito boas paginas ri.giatra;~i.âo;é seguir o aremli10 que
em outros l i o ~ o s e outras terras nos f c ~ ~ n e c e mrscriptores d e
merito, e que fez com suecesso: aqui: pai.a os Artistas dio?~i,ro
tempo, Escragnolle Doria n a RETIHTA BKAZII~EIU.
X
**
A sociedade flumineiisr desse periodo tinha caracter iiiais
typico 6 iiidi,<eiia que a aetual feiçâo cosrno~iolit;~que ostciita ;
swia menos eivilizads, no sentido moderno do vncabiilo ; mas
era com certeza mais syml>atiiica e altruistica. Qiirria os seus
lionieiis 1>oliti<:o3,prezava os seus licteracos, fcswjnvn <>i srus
artistas ~ U R Fcolno
~ Iiessoar da faiiliiia: podia censurxl-os, irra-
çnl-os. i n a ~não l e v a r a a beni que o-urros o fiznssriii.
Iritercssava-se mais por um bain discurso politiçol entliusias-
mal.ase por uma pcça thratral, ou por iiiri vuliini<: dc ~iot:sinç ou
u m ruiiiaiict?, pur iim sinililes f«ihetiin de Octavinno ou Aleiicar,
com niais a!rrin c persistrrieia do qut, hoje.
.S niocidade iiiveja\vi e siialiirava pela rloria de iiin bom
nome nas sciiiicias, tias lettrns nu n a politiea, coin iiini; ardor
do que adiirira hoje as façanlias e os successos bolsistas dos mil-
lionxrios qu<i onchein as I.URS.
O proprio conirnercio era iniiiirnçiado por essa ntiliosi>Lera.
Discuti;-se corii mais amor a bwx niareiia e o brilliantisr,io d e
associtiqies litterarins como o Gilhii~rte P O I . ~ I L ~deI LLC
e iZt ~ t i n ,O
Retiro Litte:ririo e a Sociadndr E,?~.siziorLitteiari«.s, a dos Dn-
charris e m I,et!ras e outras do que durante o periodo das p!ian-
tasins balsi;tas a iiiyriadr! de nggrt!minqòas y n siirgiaiii r des-
appiirrcir.i~i çorn o fito de explorar a. credulidade dos acriouistas.
--
(li O Vollii Senado. - Reíialo Brorilrirn- Pg. 2M-259.
I The,ziro n?d5,:eiro, JiarL,n$ i'snna, com nm ertodo critioo por Ilello Iloraes Rilha
e 6 . Romcro-RO de Jancim-~imier, ~ d i t
vivo do quanto o merito 6 qiiabi seiiilire alvo <Ia iiirrja e da
ingratidno.
O Dr. Varejio p:~rn,a,iieeeu Se1 (L a~.te, c. i % n l . i q u ~ ' ~oe ntlren-
tro com oiitros trabalhos eoino (1s e.r.ce?rfi.icos c,. ~1 i i r / < t ii~tiina,
om qiie re~.el:t solidas e verdadeiras qualidades do d r n i ~ i a t u r ~ o .
Si mais propicin fosse a iinçín eiviliznc:%o, 6 crrtu qu<i -.i!
ionccntr;iria eu1 sua voiaqùo e terin conquistado logar eiiiiiieiito
entre os innis festQnàos xlictorei d:i sceiiir n~odcrcii.
.iin<l:~C S C T C V ~ I I . . l i ~ ~ < ~et i ~deixou
, iriuitus oiituos trnbnllios
ineditos.
Tar<:jiio iiiaii.ja~~a bcin o estylo d~anintico: os seus diiilogos
sáo bpin sustelii;idos e drsiit.i.tain interi,sso.
0 s carnctéres do seus ljc.r~olin:eus, im geral beiii deliiit,:i-
dos. S % o s5o forç:iclas as situoçfirs. Erii ?'ria tlirnti.:rl iiode-~e
dizer que n i o ri:cori.e a ,firell<,s liara o dosriilace dc sii;ia oliiaí.
Excrrui;~coi:i filcilidnde eiii lirosa e verso.
Qu;indo o iiiaestro pniiliita 1:lias L O ~ U quiz oi~tl.o liljr<,tto>
depois do triiiiiiylio olitido pela sua estreiz com n S o i t c de L<20
Jr~iio,foi ao talrtnto c. :i an~ixadede VniqjXo qnc, rerorrcu: d a h i
a SU:L I I U V ~ oj>el.n- A IIIIICCI.
$obre o iiierito da opera dircmoi deimis o qiic rscrercraci
conterriliorniicos: liras iirercti do lihreito 8sse;iir:inios qiie 6 , :~csti:
poiieio, iiin dos mais c n i d a ~ d ~ s lxíitnorosos, a digno de BCT im-
lnes.o no Indo do3 rscrilitos do <Ir. 3. Vnrejao.

hcliillos Vnrqião oçciil~onlagar distineto ira iiriprense 2aiiii-


iieiise, fjzeiido linrtc effectirr. da redacqjo de \-.?rios poriodiccs,
eiitre o i q u i ~ to ~&~I ~ - I L do
~ C%IIL?IIF~.~~O.
d jlolitirn tainh<!m o tentou. F e z p;ii.te rla antiga Al.~::i.i:~-
ú l i n Pi.r,ciiicinl do Itio de Jniieiro. coma riq>icsciitnritc do 1 , : ~ -
tido liliernl nas legislatiirns de IMii-L a. 1868.
E~iivarias coiiiniisçiies ~lessneorl,oração politica dcisou pror;i
d e seu cultivado espiri!", da siin cornpctenein nas varias ilurs-
t6e.s d1i que se encarregou.
S a tribuna dispiiiihn de lialavra fncil e cori.<ie:a e, ar?:-
iiicntndiir logico e e l e ~ n i i t e ,1:rendin o ni~ditorio. S o s i l n > ~ n c . sda
Asieri,i,lCa figirraiii os disc~~rsoaqilr I~rni~uiiciousiistrntnndo n
liberdade d r e~isiiio:( 5 a ol>rig:itoriedndc: da iiiçriucçno prin~arin.
11s varias faces do l>rohli~iiiafOraiii perfcitaiiirr!te nnil1ysadr.s
i d o dr. A. PítrcjXo, que tambe~ir era profinsiorinl e lcccior!nvo
coin graiidu liahilidadc riirias discipliiias.
Affavel e syiiipatliico iio ieii eonvivio, raro era nso obter
iin~ixosria roda em qiic exerciria a sua profissno.
Ko ditiicil desi:mpeiilio de. examinador dc lirep~sntorios, o
seu riorrie era rjurrido e respeitado como o de uiii julgador iiii-
parc.in1: inns b~iie7-olo. Essa nota dil bein a id4n da aEabili<lade
qiie foi u m dos seus t r n ~ o çenraeteristicos em toda a sua loirga
esistinci:~.
:+
* :3
I I x ~ i ainiiitos m n o s que iiUo riamos o dr. Achilles Varrjão,
qi~a~iclo, eiii Oiitubro de 1900, ao passarmos ljeln rua Gonyal~-rs
Ui;ir, o ciieontr6mos em iim c:ltt.
Li estava. sij e pensativo quando elle nos cliamou.
- J;i n%o conlieee os velhos aiiiizos? Interpellou-me <:iitre
triste e affertuoso.
13 drlmis alli ficámos por qoasi uma hora, abstractos do mo-
riict:iitu q u e nos cercam,, isolados da tiirùn que nos eiiuolri:~, a
e o i i ~ - c r ~ nsobre
r eousas c: hoirieiis de outros tenipnz.
Ccni einoq8o e s:tudnries rcriveiilos muitos ainigoe j i estin-
ctos e nos leiiibrhmos epualint,iitr dc tantas e tantas nffeiqíies
aiiriiclui!ndtis pela morte.
F o i iii:i grande ~ i c r ç n l h ono p:issado, como disse Varejão, no
scy:ii.n: 1310-nos.
Sii:rír e i?iclancliolir,z foi n rlesl>edidii r: nindn mnis me im-
pressioiiou o I Z O ~ te L scoidnr <li ii:e qiie elle proferiii, ao deisal-o
eii deíínitivarneiite.
Oiiçn ;L posteridade essi. voto dirigido no amigo, porque
incoiit+starci r o direito que teiii o dr. Achilles Viirejão de ver
seu nomc registrado n:is l~agiiias da liistoria, por mais de u m
titula : - talento e piitriotisnio.
Dr. Carlos Arthur Moncorvo de
Figueiredo

O dr. Moncorvo de Figiieiredo, foi u m dos p o u ~ o sbrazilei-


ros que conseguiram atravessar s miirnlhx cbineza da iiidiffe-
rença com que o mundo scierititico europeii se isolou de nós.
Sú o esforço empregado Iior sua intelligeneia e laborioda
pertinaeia em trabalhos r yuhlicações successivas durante mais
de vinte aniios, bastavam para recommendar seu noiiie á conside-
raçào nacioriai e revelain as qualidades de,que era dotado
Nasceu a 31 d e Agosto de 1846 na cidade do Rio de Ja-
neiro; era filho do dr. Carlos Ilonorio d e Figueiredo e de d.
Emilia Dulce 3foncorvo de Fiyueiredo.
Estudou no antigo Collqio Pedro II, onde recebeu o g r a u
d e bacliarel em lettras em 1855, e , tendo pertencido a iiriia turma
de distinctos collegae, coma .Joaquim Nahueo, Vieira Fazenda,
José hmerico dos Santos, Noreirn Pinto, R o d r i g u ~ s,llves r tan:
tos outros, conseguia obter boa reputaçao de estudioso e iiitelli-
gente entre aiumnos e professores. Sustentou o mesmo conteito
n o curso medico d a Faculdade do Kio de Janeiro, onde ae dou-
torou em 1871, apresentando para these de doutornmento nina
voliimosa e interessante monograpbia sobre x D:~.sspep,vue asclh
trat«rne>~to,que foi approvada com distincqão. Seguiu logo de-
pois para a Europa, onde se demorou cerea de tres annus, fre-
quentando com a maior assiduidade e proveito as clinicss e os
cursos de notaveis professores, especializando-se em riiolestias do
estomago e das creanças.
Dedicou-se ao mesmo tempo a estudos mais acuradns de hi3-
tologia, e com -1 afinco ]>assava a f a ~ e riuvestigaqões inicroseo-
picas, que prejudicou a vista, conforme o testemunho de c o l l e ~ ? s
e eontempoimeos d e estudos em Pariz. O ar. 3fifoncoil.o assim
p ~ o c e d i a113.0 só pe!o desejo do niigmentar o rnl-iedal seiciitifi<:o,
coiilo ]>arque asl~irava, de volta i patrin, dedicns-se ;to i~iagia-
terio, entendendo muito eorrectamente que para isso dcvia beni
eonitec~!r o uso e niane,jo do iiiicrosropico.
C h e p n d o ao Rio de Janeiro, iinliressionado pelo ar1ri:liita-
nieiito do pnsino medico naa \rellias capitacs europ<:na: eiii roiii-
pleto colit,rnste eorn o que se ministra^.:^ nas Faciildades brazi-
leiras, 1,iililicou uma boa aiialysn critica, -Do exei,cicir~e ei~sino
rla ~izedieiirrr no n r a z i l , onde fazin apre.cia<;Ces severas e pixtii-
otieas, e onde apresentara idéas de reformas neeessarins jrara
elevar a in3trucçAo seientifica. J.evaiitnii esse livio grandc ;ixi-
tação no profcassoi~ado offieial e eiiire o i eollogas da elasue i ~ u ~
tii~liainrepreseiitaç& j~>iiblica, como aconteern niilios antes comi
pblicn(.5es ideiitiens de oiitro illustrc iiiedieo fluiniiieiiso, o dr.
Alfredo <;iiiinar%e~.
A iiiocidade academiea, a iiiiprensa e a classe niedica, nn sua
maioria, al,plaudirain o neto de iildependencia do dr. lIoiico~.vo,
e Iiao fornin ponws os elosios que. recebeu, inclusive do cliefi:
da nario. Blas esse rnovimeiito 12lo eonsegiiiu vtmcer a iiiJ voii-
tade do fu~iccioiialisino, que l h e fez abortar a aspiraçáo que tinha
ao 1nagistf:rio snpcrior.
Vi~~ido dist,t~iit<.a enthedra de professor, d i r i ~ i i ipara n ior-
l?'ensn a siia netividede, e sec.iiidnriiente cserereu e piiblicoii r n -
rinda stwie de estudos clinicos sobre varios pontos da a e t u : ~ l i d a d ~
scieiitilicn, como da ncciio abortirtz <!os:<lphritr, de qztii~ii~a, ~io~as
doutriiias sohre a Pi~yciologind a digesi<io, ri diagizostico ,I<'fe-
r o z c i ~ lentre a dys~~cp.sia essenciul c n liyp~ieii~ia iiliertri,pien7, e
inuitns outros.
Xossa epoclia dirixiamos a publicn~lio do uiiico .jornal iiir-
dico esistt.iite no Ilio d e Janeiro, a Ilccistn allllE&er~, c., quereiido
rcorgnnizal-o em bases mais vastas o I I I R ~ S ap~opiiadas ?i r e j ~ r e -
seirtaq6o da classe, coiividiinns o dr. M«ncorvo conjiinctninrnte
com OS drs. Jln-rriato Horta e Manocll A. da Cunha hlvareriga,
1>ara wdactores otieetivos daquellr periodieo.
Coiljuiictaineute trahalliámos desde l á d e JiilLo de 1Xi5 (1)
itt6 Abril do 18i6, quando eoriseguimos coiistituir urna aisocin-
ção medica, qiie forriiaii 3 1iriuii:ira i-ociednde cle Afediciiia e
Cil.ui.gin dessa. rpoeha, ti c11ilri;tl pmsnrnos a propriedade e dirceçâo
d a I:ecista, que entrou ein norza phase, iiifeliarneiite de Iioiiea
duun~.íLo,pois, no fim d e dois a tres annas, a despeito d3; rrielho-
res e iuaia distinetos elcmoiitos da elssae, dcsapparceeu.

111 Rrrlalu 3ieicdtea- aono 2.0-5, I r -Redaotor prinoipr.1 ar. xirnndn leerrda-
Xedactores effrctiuos, Jorcoata Hons Moneorro e Msnoel ii;i C. ~ l r n r e n g i .
I
ctaricirae: drnornnr4e par ces nuteirm a papaize » parait réelleme?it
être rqx,,,tée d ~ ~ O A C O ~ O 0O .s auctores citados por Fonssagrives
coiiseguirarn, é certo, impor a deriomiiiaç&o piipainc ao principio
activo, que egualinente isolaram do succo leitoso do mamoeiro,
serido eli.: ata adoptads por iii~dicos brazileiros: contra a deno-
minnçio caricina, mais nproprindir do que nqiielln, e justamente
preferida pelo dr. Moncorvo, seu primeiro descobridor.
*\'aiias foram as niedicaq6es aconselhadas pelo dr. hloii-
corvo contra as niolestias infantis, como consta dos seus nuine-
rosos trab;dhos : a que, porgin, parece haver-lho nirrecido parti-
cular attenção e cuidado, foi a da resorcina contra n coqueluche.
«Acceita por uns, e contestada a principio por outros, o
tratamento brazileiro cnnsegiiiu afinal pleno triuriililio: é com
effeito a rrsorcina o agente therapeutico preferido actualmente
por distinctos especialistas contra uma das molestias mais fre-
quentes e afflietivas da infanciar.
No seu empenho de ampliar estudos da pntliologia infantil,
dirigi~rsua attenqão para o rheumatismo cliroiiico lia infaiicia e
o rheiimatismo nodoso, tendo escripto sobre esta materia inte-
ressante menioria para obter o titulo de socio correepo~identeda
Sociedade Med co Cirurgica de Bordenua eni 1880. O dr. Mau-
riae, que fora designado para dar parecer sobre esse traballio,
publicou o seu pnreeer em opiiíçulo, do qual extrnfiiruos o se-
guinte ireclio: =Esta monographin 6 a primeira que me consta
haver sido escripta sobre o rheumatism<i chroniço nodoso das
creariças. Esta circumstancia sliiiiente, quando o livro iiao se
recomm<:ndasse por outros titulos, tornal-o-ia recommendavel aos
medicos franceaesa (1).
Falta-nos o tempo, e nRo é o logar yroprio para, embora
em rapida revista, citar outros importantes estudos do dr. Jlon-
corvo.
**X
N3o abandonou o illustre facultativo o seu desejo de com-
muuic:ir pelo ensino o resultado de sua esclarecida observação e
copiosa rrudiGo medica á mocidade estudiosa.
Com a maior dedicação, com esforço adrniravel e com fadi-
gas d e toda a sorte, ennsegui~i fundar, dirigir e manter a Po-
lyclinica do Rio de Janeiro. E o que é essa nobre e philan-
troyica instituiçáo, p u e tâo assignalados serviços tein prestado á
huinauidade e i seieneia, sabem todos, por que os raios intensos

11) nr. Black-Dic. Biblg. Bi--'i.- Pg. 51 V. 2.0


c hrillinntes, que project,n irliielle ,?rnl:de f6io de luz e cnrida-
de. se ext~iiiiein~ o todas
r ns ç ; ~ ~ r i a d is~osc i n e ~e se o b s e r ~ ~ 11or
m
toda a parte.
Deixou e foimoti o Dr. \[oiieorio muitos discilu1lo3 que,
eoin o riiesmo ei,thusiaaiuo r íIr:dic;iq&o, se etitregaiii ao estudo,
para desenuolvor e eoiitiririnr as dourriiins t. as dcscohertns do
mestre, tendo alguns já. conquistado nomeada digna do lirecel,tor.

O Dr. IIoncoruo ultirnniiit!iito qiiirsi que só escrevia rin fran-


eea, imitando assim a Dr. Costa Alvnreiiga. cor" quem tinha
niuitos pontos de simillian<;a intc-lleitunl e de feição medica e
jornalistica.
Qiier iirssn liiigua, quer em portuguez, o eatulo dos se113
ti-abnllios 6 siinples, lncanieo, :nas claro. hliiiucioso rins ohsar-
vitcúej, i120 omitte os rrieriorrs def;iilies, de modo que iis suas
descripçi>es cliriicss offerecerii baec nos l~roprios ~ d v a r s a r i o sque
quizerenr cornbater-lhe militas de suas eaiicliùúes -com os pro-
prios facto3 por elle archivarlos.
Pouco expansivo eni 311:~s ~ i ~ l a q ò c pea30aes,
:~ era cointudo
dotado de qualidades sociaes que o tornaraili rxcellente eompn-
iiheiro e perfeito geii.tlernnn iios circulos fluminenses.
Dispunha de e variada educnçRo littrrarin, conhe-
cendo perfeitamente varios idiornns, o que IIii, fi~cilitixvaa xcqiii-
sic%o qiie diarialuente f a ~ i nde conlieeiinairtos de 3 r d especinli-
dnde. -
No começo de siin carreira oceupoii-se t,nmbem com catudos
e inrestigaç6es de liistoria patri;~, tendo liublieado urn eiirioso
opusculo Sobre os seis pritiiejrus Joctirirentos c l i ~ E s t o r i r ~ (10
Binzil, memoria que Ilie abriu as portas do Ii~stiti,to Nistoi.ico
do Braail.
Consta que deixou corieluido ou por concluir interessante
resumo historieo de Jfntto (;rossa.
O nome do Dr. hIoncarro ii%o dess~iynreeeráda meinoria
dos homens de iirtelligelicia e coraqóo, Irorqiie o deixou heiii
fundamente gravado nas p a ~ i n a sda hiatoria, por meio de algu-
mas descobertas d e alto valor liumnriitario e scientifieo.

Dn. M. BZEÍEDO.
Dr. João Diogo E s t e v e s da Silva

S. Paulo tern uma qualidade que devia recommenda1.o si


sympatliia d e outros Estado;, ao envez do que l h e merece-de
despertar mal contidas prereiições o geral espirito do emulação
hostil. Consiste ella na adopçUo conil~letae sem reservas que
faz dos brazileiros procedentes de outras zonas, que se fixam
aqui ou que trazem a col1:~horação iitil d e qualquer especie que
seja, para n&o importa que ordem de actividade d a sua vida
social, politica oii economicn ; e o mesmo se dB com cidadãos d e
outros paizes.
Desde que por seus serviços, talento ou illustração, se dis-
tinguem, recebem sem hesitações o logzar que desejam e o car-
go que procuram. Essa linha vem d e longe, e n3.o terri sido
interrompida, constituindo talvez um dos seus melhores elvinen-
tos de progresso, quer n a espliera intellcctiial, quer no d a pros-
peridade material.
Os cargos d e representaciio politica nas assembl&ss, n a ina-
gisbratura, os ernpregos nos divt!rsos ramos da admiiiist~ração,até
o elevado posto de presidente, sáo conferidos não só no paulista
d e nnscimento, mas ao paulista d e factc.
N j o 6 preciso citar ereinplos e nomes; pois s6 haveria diffi-
ciildade em eseollier e limitar, para iião ser enorme a lista.
O Dr. João Diogo E s t e v ~ so um bom e feliz escmplo que
comprova o allegado.
N%o fasst: a necessidade de procurar em clima mais propi-
cio que o do Rio de Janeiro, o vigor e as condiçúcs necessn~.ias
á saudo-de pessoa que lhe era cara, e depois para s i proyrio,
e núo coiitnris S. Paulo o nome do Dr. Diogo Esteves, entre os
de seus mais uteis e dedicados obreiros do progresso intellectual.
Foi, obedecendo aos conselhos e á indicaqlio do snbio mestre
Torres IIomem, que procurou Cbatuhn c o n ~ o estaqão sanitaria ;
I ; ~ iiioiii
~ i; ~ I I Ese saiba qiii o illiistir ~~rofessoi. reiiiit8i.a aqiii!lla
eidada coiiio uiim dns iiirlliiiri,? loc:ilid:~d<is pare i-iveiei~ioi to-
eadua ~ii,lotr.rrirel bacillo d ; ~tiib<~i.r.ulosr.
A $1 de Frrorairo de I d l ò , iio Rio de Janeiro, rinsiitw o Dr.
Jofio D i o p Etiteres: onde ;il>i.eiideii as pri~nriri>a lettr;rs, soh a
eoliiprteiit* direcç%o ~,ntcrri,z,iitt eiitrnr para o exti.riiatu do Gol-
legio U . Pedi., 11.
Fez a curso deste institiito eoin proveito e diiii~iepZo: teri-
do euiiiloa do valor d e Carlou de Latit c Lima Barros ; e eoiise-
giiiii vei. seu nome 1,reiniado inaia de uina vez, tendo se hnciia-
reltido rrn 1Xii8.
Antes i!<,. comerar o curso iieàdrmico uiu-se orphain ir chefe
di. Samilia-niilire :. iierdera
, o 11i~e.
, . e delle 86 Lierdira o nciriie
estiinzdo e k;oiii.alo 1: os p t i c a r ~ o ssaciar*, pois proei:i.ava coin sua
ncriridade e aeu trahallio nii~lmrnrs entes que llii, r,raiii roros.
Procuroii no iiinqistrrio,'pai.il que tirilia decididsi. rocaqào,
os in:?ios ireeess:~rius para eduiar a irliliari: que esrreiirecin, e para
I>roseziiir iios escudos acadrmicos ; trnballiou coin snirificio da
I,roiwia xiiide, mas deseinpr?iili<iu corii hoiira o coiiiyroiniaso cori-
tn~liido.
Por mi)tiro d e rnolejtia interrompeu a carreira e só se dou:
torou ein 1l;iio de 1Pi9, muito depois dos eollcgni coiii que iiii-
eiou O curio.
A theae in;rugrirnl qiie alireseritou, Do cnsa,r~ento s b o pnn-
to de cistci h!,,qirnicu, 6 urna roiisiiericiosa e bein easriptx iiioiio-
çrapliia sohrn o açsumpto, trntnndo com eritprio dos iiorito* in-
teressantes ila. Iiereditariedacle e da it,fliieiieia da eniisan~uitiida-
de nn lirole.
Dei'oii de forrnado tmtou o Dr. Diogo Estrvas de fixar-se
erri Ulintuha, onde constitoiu faiiiilia e abriu consultorio inedieo,
exercendo sua prniissãn do rnodo o innis elevado e nlti.kiistico.-
de sorte que foi eoiisiderndo coiii justiça u m verdadeiro apostolo
da caridade.
Estudioso, ohreívador, era uni elinieo escla~ecidoe sabedor
da actualidsde scientifiça, pois iiuiica deixou rle aeoinpanhar o
progresso que tinha a niedicina nos grandes eeritros intellectuaes.

O nr. D i q o Gsteves era, porêin, antes de medico u m edu-


cador distincto e preclaro, e o e r a por indole, por gosto.
Dispunlia de varias aptidões para esse mistpr : erisiiisva com
methado propzio, e extraordinnria elarwaa, ndalitando-se ás diffe-
rentes edades e aos diversos graus de comprehensio variavel d e
seus di?cipiilos. E r a tão boni mestre de ereanqas qiiaiito pro-
fessnr eompeterite de iiirelligeiicias innis desenvolvidas.
Idrri!,ifieado com a soeirdode dtl Ubatuha, nlli promoveu a
creaqno de institutos de ensino, e de cursos rioctiirnos para adul-
tos; foi a alina que. animou e d e s e i i ~ o l v r utodas r:ssas obras.
Não se limitava 6 palnvra e a nc@o para elevar a nivel do
ensino : <,serevia e discutia iiela iiiilirenta eiilii rara comyeteneia
nesse assiimpto.
Publicou um precioso livro, coinp~ndio de rducxçâo civica
da mocidade, modelado pelas obras congeneies da Suissa e dos
Estados tliridos, que deveria ser adnlitado nas nossas escholaí.
Tiirha o Dr. Diogo E s t e w s orientacão segura e haa, e , si
nxo exerceu niaior influencia, foi por sua excessiva modestia e
pelo isolamento eni que se. tiialiteve: até lia poucal do ,grande pu-
blico, que nho sabia do v;t!<ir dn 11:itriotico ediieadar de Uhat,uha.
Só nestes uitiinos aiiiios cotnr(:ou eiir a ser mais apreciado
e 'conlircido frira do cireulu do norte do Estado.
AlAm de varias opusculos quo iniprimiu, Pscrevpii um tra-
hallio que revela muito estudo: resiiltadn de interessantrs iiives-
tigaqoer historicaç, e que tteiii iiiereeia .er mellior alireiiado, do
a u e foi no miindo litteraiio.
'BATUBA MEDICA,apo?~tanzentus<!r. groginpliia climafologicz~
historin mzft<i.al,histuria e patholo.qin rio nzuniçipio de Cbrbntuhn,
tal 6 o titulo dessa preciosa managruphia.
O dr. Iliogo Erteres resiirriiu nesse livro o resultado de suit
observaqRo pessoal de cerca de vinte annos, sohre os variados
problenias çoin q u e se ozeiipou, e de suas investigaçürs histori-
eas nos nrehivos publicas e das tradiqíies 1oc:ies.
O trabalho, dividido eni 15 capitiilos, A eseripto com eloqaen-
cia, clareza e methodo, offeree~ndoarmpre muita licção proveitosa.
No caliitulo I.", estuda com miiito eriterio e erudição o pori-
to de 1iistori.t: desde a etyiiiulogia do voeab~ilo übutuha, ati; ás
diversas pbases por quo pissoii aqiiellii localidade, desde IIans
Stnden a t i hoje, relatada n ii>vaz%odns franeezes, o ataque dos
tamoyos e oiitroi epiaodios, algii~cspouco conhecidos.
Si em cada localidade do Esi;i<l.i lioii~rrssr iniitadar ou u m
emulo coma esse outro in<istimax~elinvestigador J . J o u n g em
Iguape e soria mais clara n iioy?io da 11it;toria paulista a de çiias
tradiqiics e a das riquezas notaveis do seu só10 e dos ineoguitos
recursos d e zua fauns e flo1.i~.
ii *
ii

SRO era uma organizaq50 politica de e o m b a t ~ ,ou de ac!i-


vidadc bartidariao Dr. Dioyo I.:sterei, que nesse terreno niili-
tava mais coiiio im liennador, obedecendo ao ideal republicano,
que seinpre ndoljtirn.
Foi, a p e i a r de retraliido, com verdadeiro entliiiniasiiio, q u r
viu n Xevolriçno victoriosa de 15 de Soveiiiliro, o ainda agora
releio com prazer R curta p r i ~ ~ i o i o (~uI!s t ~ me dirigiu LIOT essa oe-
casiio, rr:meiiior;indo as nossns asl>iraçiics c projectos de Academia.
lcstiriiado e considrrndo eni todo o districto do Korte do Xs-
tado, seria faeil a sua liosiç.íio politica n a reyrcseiiiqao do Con-
gresso Faulistn. 'rT.30 n Itrocuruu, 11x0 disiiiitoii, -c continuou
n a orbita modrsta de sua influeiicia local.
S6 n a legislatura de 18?18 a. 1!)01 r e i u oceiipar nin loger
antre os del~utadoa estnduaea, e r i u renovado o seu inaiidato
para a n o r a Coristituinte.
O Dr. Diogo Esteves frequeiitou pouco e tribuna, mas, seiri-
pre que iisou 3 li:~lavi.a, liiostroi~-scdibclitidor logieu e feliz iio
eiiuneiiido de seu liroposito.
As qiiestiics de interesse material, oii dr: nir~lhorameiito do
todo a cspeeie da aonn que representa\-a, fnrm;r\.aiii objecto dos
seus discursos c: lirojectos, que a l e a n ç a ~ ~ a nn~l ,g u ~ ~ so, roto d a
riiaioriíl de Cainar;~.
.i iiistriieqXo pihliea iiiercceu attento exniiie do Dr. Diogo
Estevcs, que iiessa irinteria discorreu coiii sueccsso, ic:ida app>lnii-
dido erir iiiiiitnç medidas q u r prupoe.
Foi de todosl liarCm, iiiaiu iiotnvel o disciirso que liroferiu
iiidicnndo a ~ i e c e s i d n d rd ~ ::iiisiliar a iiiicintivn particular qu<!
queria tiindar uilia Acaderiiia de JIcdicino nesta C q i t a l .
KZo fui por falta de esforcoç do Dr. Diogo Estrres e d e
argurrieiitos junto dos collrgas, qlie o Coiigrrsso deixoti do nrteii-
der :L essa antiga c! justa aspiraçzo dos ~~aiilistns.E' Iiro\~nrr!l
que em epoelin n5o remota se rc.alize :L id4n. e , n a r r c < , i ~ i ~ ~ e ~ ~ s n
nos seus propugnadores, riho devr sor esquecido o nome do illus-
tre mortn.
O Ilr. Uiogo Esteves da Silva, lia sua eonducta politiea,
obedtvia ;i5 linlias gcraes de sna conscioiicia, e i 6 ciii materia
purnniente disciplinar do p a ~ t i d oabdicava o seu modo de pensar.
Era, l~orfim,o typo de eo~iipniitieiroleal, abiir;~do r rnodcr-
to ; rstaya soriipre pronipto n ceder o seu posto e n i o dis1)utnva
recompensas neni honras.
Bein se pode resiirnir toda a. sua r i d a iio pert~atisii beaefu-
ciendu. . .
Assiiii, n 2 1 de Noreinbro de 1!l01, fiilleceii cercado de ea-
rinho da faiiiilia e da eonsideraçiio dos amigos e correligionarios
- talis c.ifn:fifi'llis iia.
D s . \I. AZETEDO.
Nno teriios tenlpo iirni islrrneiitos para iirirn hiogral111iiL coiu-
pleta do dr. Josi1 llygiiiii ; jiui. ibio nos liinitnmos n fixar riii rii-
piil<is tr:iços O S factrs ] I I . ~ ~ C I , RdC: "~.q u i ~hr!l:a cxist<:ncia cansa,-
gr:ida nu ei.tii<lo e ;i pntriii.
O dr. Jcisé Tlygiiio l!unrte Pereira eia 51110 do dr. Liiiz
Diinrt<. Pcrciin c de D. Cni.l<ita Ilyoii,a Ilunríe l'ereirii ; iinserii
:I 2 2 de .Jaiii.ir<i de lP.47 iin Cidade do Rrrifc (li; a h i fez os
s i ~ seetii<los preliarntoiios i! ar:i<lrriiicos, <Iefeiideiirlo rhesea liara
do~itoriiinc:iito na Faculdade de Dii.<,ito dessa eidnde. Nais tarde
occuliuii o Iogi~rde lento e a t , l ~ e d ~ ~ ndc, t i ~ odir<!ito ;~dniiiiistmtiro,
trnclo 1eerion;ido taiiibriii oiitrns in:irci.ias: st,riilirit coiii gr:iiidr
aiii:toridndo, ali. qiie se jiibilou, l:riv:iriilo o iiia~isterio si~lirrior
de uni dus si,iii 11i:iis bi.il!iai~tes ciriianieiitos : ultiii,aiiieiite a iiiis-
talgin d e catliedni fel-o ncceii;ir o I o n r de Iciite eiii iinia das
fnciildadrí iii-rei d r direitci do Rio de J:ineii.o.
Ri,f~rr>incoll(,,q~se <liscil,uios do falleeido dr. José Hygiiio:
qiie disliunhn allr di, esliosiqão clara e ~iietliodics,discutirido coin
adiiiira~ellucidez a? dirc~rsnstliries qiie riisinnra. Ern o modelo
do i11r:sti.e coiiseic~iiriu~o: lioir eutara seililire ao eorrriite das pii-
h1ir:ici.i.s iii;iis i.t,ceiites que se faxiaai riii diversos ~iaizese difie-
rentcs idiiiiii:is qur? conlircia perfeiraint,nte.
Uiiralite o cnrso iic:idr,niico ji. o dr. Jori. Hygiiio rsvr1:ira
sii;rs aptidies de rserilitor, di. ~ioleiiiista,e ~iriiicili;diiiente de in-
vrieti,rador didirado de cuusns da. liistorin p t r i ; ~
?'criiiii>ndo o y e ~ i o d o acnd<~iilien,r:ntroii ]>;ira n carreira da
mngistratiira. senda nomeado juiz niiiiiieilinl do Deqterro. ein Smitn
Catbariii~~.
E11,ito dejiiitado prol-ineial, deixou esse logar e foi nomeado
juiz aubstit,uto do Keeif<~em 1872, onde fixou reiidrncia, tendo
exercido csie cargo ntb 1878.
A rioliticn o cbnnioti de iiouo. Seus patricios elegerarri-no para
membro da Asseniblén F>ravineial ~><:rlianihiieaiia,onde represen-
tou riri rioriie do partido liberal, coin o eostiiinndo hrillio, o seu
ninridato. occiipnndoa tribuna serrilire de i i r i i iriodo digi>o para as
qiiestiii~sque deseiitin. Veremos mais t,ardr qiir: n a Constituinte
Kol~uhlieniia, as qii;ilid:rdes do orador e dieciit,idor yarlairientar
pernniribucono se 1iatr.nteamm coiri iiinis r i g o r e lirol-eit,o.
***
A feiyno i n t e l l c c t u ~ lmais symliathicn do dr. J o s 6 IIygino é
a de liistoriadur nacional. I-, srin l>r<qudicarOS outros tituloa, que
conqiiistou corno juriacoiistilto ou como palitico, pariice-iios que n
posterid:ide o ei.tiin:irA mais pelos ,crimd<*se iinportaiitrs traballios
eoni que rontribiiiu para cselarrcer a verdade sobre o dominio
dos HolI:indezea entre i i í i ~ , e que n a saleria dos escril>tores lia-
cionnes o eolloear2i ao lado de Lisboa, Var~ihngeii. J. Cartano da
Silva, de seu patricio Abreu Liiiia de Ccir>istraiio de Ab:-eu e do
Barao do Rio Branco.
Tirilia elle a nielbor oi.ientaqâo ~>ossivrl:seguia os methodos
mais rigorosas reeommeiidados ~irlticritica inoderrin: - a i r i ~ e s -
tigação direeta das foiites i! oripims, exaininando os docu~iieiitas
contenilioranoos, e o fazia niul-ido I~rineipa!iiiente relo zanior ao
~>asadu, zelo pelas nossas tiiidiçi~es, que I tambeni uma
das fórrnas do 1>atriotismo>, (1;).
O Iiistituto Arclreologico e Ceogi.al>hieo de Pernambiiro, eru
1874, co=itava dos meios de mandar l~roccderninvestign<:iirs lios
mchivos da Hoiiarida, pava bein ~loçiiiiientarn historia do domi-
nio hollnndez, muito incorii11lr:ta.
« Recurihecendo essa falta, diriziu-so em l â i 5 o iiosso con-
soeio dr. Jose: Ilygino ao i~iiiiistro tio Irnlierio, que ern rnt2o o
eoiisellieiro JosB Bciito da Cunlia E'igueiredo, solicitando o altoio
do governo imperial para ir i Hollanda eraniinar os seus archi-
vos, extraliir dellej as co ~i.isneeessarias á r l l u c i d a ç ~ od r certos
l~ontos,no que foi seeiiriclado pe10 Instituto ~ ~ i s t o r i eeo +g.ra-
pbico Hraziieiro, que encareceu lierante o governo o ser171ço que
prestaria o nosso eonsocio ;i historin patiin. Xlai; o riiinistro per-
iiamhiirnno, deixando de toii~nrcin consideração a sua proposta, não
atteiidaii n t8o justo pedido; sob o pretexto de que esses doeu-
mentos interessavain unirairieirtr d provineia de Pernawbueo, eo-
mo si l'eriiarnbneo não fizrote parte rla corn~riuuhàu brnaileira,
cori~osi hollwndeaes nRo tireiseiri tombem exteridido as su:i+ eori-
quistas pura Bliigoas, Sergilie, I'nralyba, ltio Grande do Norte,
Ç e a r i F Ilai.anhão, que sâo liojr ~iroriiieiasdo Irnperio ( 2 , ».
A' vista do mallogro de 18i5, a Iristituto Ai.clieol<igico, por
interniedio do seu pri.çidente, dirigiu-se R A3seinhl4a Piovincial
de Pernarnbuco, e obt,rre desta cnriiornçào ain 1884 os recursos
neeessarios para eomniissioriar o dr. Jou6 Hygino Dunrte riessa
alta peiegriiiaqio srientifirn ao \-rlho ~iiiiiido.
Brm que não pudesse demorar o tempo neressario liara uma
completa r?xploi;iç&o, e isso ainda pela estreiteza de vistrs coni que
se houve outro niiriistro do iniporio, riatiirrilmente porque era de
politica opyostn, como adearite direinos, niiida assim foi eiiorme e

il j niscorso de 7 a i aio de liPi'. do Di. ~ a r CH. nuarte Prreila, dando conta de


sna miss80 hirtorira na Bo1lauda.-IlrrrilB do lnsilirrio .irr>ei>iog,co e G<r#rnph~coda h-
nowiai<ca-pg. :o, vai. 6,
(i) "iscr. Dif.
admiravel a colht.ita que fpz o dr. J o s i Hygiiio,,patentr.ando u m
nlurldo quaii deseonliecido nos estudiosos, desse iiitert:ssante pc-
riodo da vida eolo~iial.
Sem f d a r 110s escriptos antigos, aiglins dos quaes coeoos
dos succesços, s6 <:ristiniu os trabalhos de S e t s c h e r e d e P:,rto
Se,~iiro. Esses escriptos, IlorGm, iio dizer competentt: do dr. Josb
Hy,-ino m encerram a historia n~ilit<ar e politiem da oeriiiiaçsn
hollairdeaa: - todos os deinsis ;issurnptos, todos o3 deinais eleirieii-
tos, que a histuria desse pcriodo abrange, nlii ficaram no se-
guiido l,lniiol quaiido uno foram de todo olvidados :lj ».
E30 satisftieiarii iiiais essas obras ás erigencias da erit,ica
moderna, qiiaiido se: sabia, de modo positivo, que era enormt? o
a r c h i r o de dneunientos deseonlii!eidos dos proprios invcstinado-
r e s eonscienrioeos como Joaqliiiii Caetano r Netsclier. e que só rni
1874 forsin denunciados ao ptiblico p d o iiiustrado dr. Bei~,jamirn
Frankliiii Rnrniz Galvzo, e n t i o director da Bibliotlieen Nncioniil,
d o Rio de Janeiro.
Ilealiiie~itr: os papeis dos antigos urchiuos dc Bmsterdaiii,
q u e totlos repntavam perdidos e ertrnviados, foraiii desroliertos
iiaquelis cidade e arn Tiliddelburgo: roi~tendod e z i w e s iiiaia doezi-
nientos c70 q l l e os q i ~ ce : z i , s t i ~ n e~ m I I a p e t i i ~ h n l nsidli estudados
por Netschcr Jaayuiri~Caetano.
Sai n lojtur;~ do iniiiiicioso c iiiteressnritc discurso do dr.
Jos(i Ilygiiio, que d i coiita de sua eoiniilissã,~,poderi Iinbilitnr a
forniar uina iriéa clara da iml~ortancia de sua descobcrti~e do
mcrito e da ahnegaqão com que se liouve em sua tarefa.
Sentimos não poder, pela esiguidade do e.spaco e brevidade
d o tempo da que disponios, t r a n s c r e ~ e ressa exposiçzlo. Aissigiinl~-
renion, porern, alguns dos resiiltadus obtidos.
Umn .zci(uisi~ãofeita pelo d r . J o s & Hygino a que tem diiplo
.alcance - liistorico n linguistieo, 6 s collee<;%odas cartas redigi-
d a s eern t,upy 1 ~ 0 rD. Antonio Phelippe Cninarxo, Diogo Cnrnnrso
e Diogo d;i Coata, a Fedro Poty, a .Antonio Faray>nba e a outros
indios rla PnraLyha e Ria Grniide d<i ni'urte, que eram sl1i;rdos
dos Lollnndears, solicitando-lhes que os abandonassein e riesscm
-erit aiixilio dos p o r t u p e e e s (2).
N o s nrchiros de Niddelburgo foi tambem de priiiieira ordem a
descoberta dos n,Votulos, qii<: são uma çhronica. dinria e miniiciosa
d e todas as deliberações e actos do governo, de 16% a l65L :>.
c Não sei, diz o dr. Jose IIygiiio, que Acerca d e algum
o u t r o ~>i:riododa historia colonial deste paiz exista uina collec$ío

I Discxrso cil. da <E?. Josi Hwho Xn Revista do In~lit-!o Ar&. G. de Prrnambu


e. Y01. 5. Pap. I f .
(2) Disolrm cit. png. I7 a Li,
E' de laiiirritnr que rirto obtivesse o dr. Jos<: Iíigiiio iiinio-
res intbri!inçGes sobre a ii~rli~id~ialidaile do P: l\ianoiil de \loraes,
que 6 u ~ r t edas inair iiiteressiiiitt~s<: curiosas da o s historia.
O in<,sino p e : ~ atrinos
~ t ~ i ir<.I;qio ,i duciiniriitaçiri tiur 130-
derin tr.r incoiitrado no.< arcbirni da H<illaud;i, áeerca da 1urtc
que os r>:iiilistns toinaroni n;i giierra contra o scu doriiiriio rio
13rnzil. :I:@lioje, que o saibniiios: al6oi do que rcirre Prd1.o
T;iquesl iiada se tem eecripto, iiem ii!e$nio nlliidirlo ;L i,ssa coiii-
p a ~ t i c i l m ~ h oe, no emtalito d r r c m rxiutir, n L o s(i iis Hnll:ind,z,
eonio ria H?al>snha r P o r a u ~ a l ; mrsriio eiirre r,&, doi-iiiiieiitos
n rrslicit<i. Hn pouco ebaniuii e rioiraetteniho parti. isso o rselit-
recido e Inhorioso investipitdc.1. linulista Assis liloufii, - hime-
innrito orgi;;r!ii~ndord o dreliivo da C;imai.a ?iluiiicil~alde S.Paul«.
Iti~v:.lnu-nos esse illiistri~doc estiidiiisu c o n i ~ a i r i u t sn cristriicia
de 7-arios otiicios c requiri~üesd<is goireriiris da iialrie e do í!io
de Jnrieirol >olicitnndo dt! S. Pniilo aiixiiios dc gente. rle manti-
mentos t! dt! r>iitros soecorros.
Fique desde j& corieigiiado o ponto. agiiardarido tcidna o tra-
ball:o dnqiii.lle ~ s c r i p t o rou de outro que tomrr n si e1iicid;ir e
aniilysar iiiaii esse. iinliortante ser\-iço dos nntipos liai~listi~s eni
1x01 da iudeltenderieia e integridade da patiin, iixo se preoccii-
parido neiii do logar, neiii do? 1it:rigos: qii:iiido ri!ciniiinvniii o
esforcn de rei, hrnyo r de sua Ie;r!dade.
Polteiriu' ao nossa nssumiico: ilesciillinda :idigi.ei;sâo a que foiiios
levados por nntiiral e justiiicnvel im~iiilsode iiriior d i>oss:t t r r r a .
L n i i ~ ae curiosa seria a simlile~ rele~.?o dos mais ci~ririsos
l~apeisde que tirou c6pi:i e qiie tr<,ilrr,ii%o54 dos hrcbivos P~iblieos
holliindrzi:s, como do proprio =;~liiiiere ~iartieular i o roi dn Hol-
laiidn. E' tnriibern extensa a lista dos q u ~t,rnduziii e ~iiiblieou.
O Diariu 07' nnirarlir) historiin d e .lfi.lliitheics u o i ~,te,& Broeek,
o rclithrio e cai.tas d e Ge<leiin Jf~,ri.is rie Junge, e sobretudo 4
bolsa do Ui.nzil, onde elarameiite at. mostra a nppliceçko que
levo o d i r i h ~ ~ i rdoso acei<inistas da Coni~>aiiliiadas Iridias Occi-
deiitni~s,e 4 fiatolha Ar<~cirld e 1640, são lielos esclurezirneiitos
que forrieiriii á historin e I 11r01xi:1 importiincia, as tradu-
cyúes qu<>nùo diivenios deixar de cit,sr.
Eiiornii. ainda t o cnhedol que o d r . José Hygino deixonem
inariasci.ipto.
E para qoe çc resiitre, rolno procedeu o governo do rira-
zil em reiaq:io no dr. José Ifyg-irin, quando prestar,a eom sncri-
ficia de 111.011rin saude esses servi<;iis, cunipre declarar qiie ape-
nna foi coiri os venciin<,iitas rlc liii~teçatliedraiieo da ~lcndsinia
de Ilit.eito, e sem a gretilicaqho : isso no niinistcrio do dr. Fraii-
eo de Si, tamheiii iiluit,re Lionieiii d r Icttras. Qiianto isuhuen-
ç i « rwtnda pc,.la Asseiiihléa Feriiniiiùurnnn, ouçamos a propriodr.
Jos& H r ~ i n oque; soffrendo as maiores priraçiie-. no extran-,,ira,
se sentiu offendido pelo modo brusco e groe~rii.opor rlur o g:ihi-
iiete conarrirador, t a l r w ~por iiirr<i espirito de mestjuii~huparti-
darismo, deu por finda a s i i ; ~comniissko.
~ R r l e v n declarar qup, nceptiiadn a importancia das iiiirihas
passagens, não distralii iim ceitil do dinheiro que me foi c o n t i d o
pnrn despesas com a minha pessoa.
xAs minhas despesas 1ic3ssoaes foram feitas A custados meus
oencimrntos e dos ineiis ~~rolwios recursos.
rXâo tive nenliumn ~i;ititic:icão da provincia e i ~ e n h u m a
qiiia receber do Instituto, por coiisiderar q u r , sciido ~iiiiito ino-
dica a somriia posta á miiiliii di.ipoiiçho, ficaria e l l a e o n ~ i d e r n ~ ~ a l -
mente redueida, e n;io daria para n rx<.cuç%o do servieu de que
e u estava encarregado, g i i, :~l)ljlicasse tanibem :L despesas
pessoaesz (1).
Paesaiido a analysar o neto do govrrno, eis como exprime :
«E' verdade que, eonlii.ceiido a. I>rovei.bial indiiiereiiçn do
governo iinperisl por tudo qu:anto rino 6 pulitica, nunca delle
esperei que recompensiissr de. qualquer modo, o nieu saeiificio
de eaiar l o n p s rnezes eni uln paiz pnludoso e insalubre, como a
Hollanda, a decifrar papeis de h a dois seeiilos.
<Esperava, porem, que iião firltasse a consideração devidaao
meu esforço lralme!*te tentado erii pró1 de lima eauen, que niio
m e era pessoal sin%o de tod<;s. E~igniiri-mee fiii dpsenganado
por u m acto que nie disIieriso de qualificar. - A 3 de Jant,iro
deste arino recebi tima eartz do exmo. sr. Congelheiro Dt~li~:ado
do T h ~ s o u r oem Londres, aricu~ido-rne que, s e ~ u n d olhe constava
por iiin offieio do Inrpertor da Tbesouraria de Pernumbuco, o
eamo. sr. Barào de bíamor6, aetiial ministro do Imperio, siiiipen-
dera os meus ue,aeimei~tosdesde Ilezernhro ultimo !a.
P a r a completar a inforiiiaq%o, 6. bem que se consigne o pret,exto
para que alipellou o ministro : - q u e a ewrtn~issrioei.ap7.liailleinl !
***
Para terminar este perfill nroinpniiliemol-o do de
estudos d e historiador einerito á arena ardente das luetas ~ ~ o l i t i c a s .
Pião fallaremos do seu I,nl)r.l como dnliutado provincial do
antigo partido liberal, pois s i i ; ~ areito foi limitada; irias diremos
alguma coiisa da sua attitudt? iiil Coiistituinte republieaita, onde
veiu representar seu estado natnl.
Os dificursos que proferiu e as emeiidas que apresento.i ver-
saram principalmente sobre iquestües juridicas, de organiaaç?!~d e
(1, aio. cit. 0%. 'M.
(2) Diac. c i t . psg. 105.
magistratura e discrimiiia~%ode rendas. Conhecedor perfeito
do systeinn americano que serviti de rriodelo B nossa ConstituicLo,
o dr. José Hygino era seniltri ouvido com acatarneiito por seus
c o l l e ~ a s ,<! deixoir paginas inolvid~xveisnos A,~nues~do C?ongi.essri.
K a sessão de 18 de Dezeiiihro de 1890 discutiu com <?xtr;i<ir.
diiiari;~largueza de vistas e admiravel prerisio n parto do pro-
jecto da CoiistituiC%o que tratava de discriminar a renda dir
Cnião e dos Estados, cerisiiraiido-a priiicipalmente por iião d a i
a base do susteina t,ribiitario estadual. Hoje, que na pratirn
s e tem reconhecido essa grave laciina da ConstituiqXo, bem iiie-
rece ser relcmbrado esse riotavel discurso em qiie tninbem riios-
trou por que ndoptava o typo federativo para o Rrazil i pois fel-o
nao ró iuriro politico, ni;is como liistori;idor e l>hilosoplio. Eis
csse final :
ad forma federativa, sr. presidente? um invento do geiiio
norte-anit~i.ica~io,Os membros do celebre Coi~gresso de Pliiladrl-
pltia descobriram cisa fórm:~ de governo, asçiiri conlo Franckliii
descobriu o ritira-raios, Firlton o vapor, Horse. o telegralilio,
. . Edison
o phonographo.
<Jlentre numerosos typos de confedera~znque &antiguidade
classica <i os trmiios iiioderiios 110s offereceni, nttiibtim liouve, atC:
os fins do se~ulo'~nsçado,qiie reuriisse os caract6re~ essenciaes
da frderaçgo.
<;A idCn frderativ;~ surgiu pela Irrinieira vez B 111% da h k -
toria - coiicretizada n a ConstituiqZo norte-americana de 1767.
aCollorados entre a coiifederac~oque se iriostrai-a cnmple-
tamrnto niills durante seis nnnos de iim xoverno iinpoteiit,~e o
Estado sorio ainipleç a que se opliunham as tradiqGes dos
povos mrtc-americanos, os iiiembraç daquelle Congresso cogitaram
e ncliararn uma fbriiia interiiiediarin que Ilies proporcioiiava :I
vantagein d:is outras duas, sem os seus inconvenientes,- e es?n
fhrina snliiii tiio qjiistada ;i8 circumstaiieias peculiarias do pniz,
que se llie (leve ern graiide ltartr a prodigiciça fortuna politica
e coriiriiercial a que a na$%" se elevo11 em t&o curto esp:iço cie
tempo.
n.4 rlnsticidade da fbrma federativa tem permittido applical-n
vantajosairieiite a outros povos ein situações aiialogas, como :L
Suissa, e iiotavelmente a illlcmanha -- que a affeiçoou ao regi-
m r n monarchico.
«'Ya America, sua patria nativa, ella se tem propagado e
parece destinada a vir a ser a fórrna predorninarite.
-Deita tribuna j;i se observou, e corn ~ e r f e i t ar a ~ ã o , que a
nowa sitiiaçLo E muito diversa da dos povos da America do
Korte, quando se coristitiiiram em republica federativa. Kiis vi-
mos do impeiio uno e centralizsdo ; elles liartiarli da soberania
dos Estados.
=Ka America do Xorte, o ditfiail problçina a reiolver can-
sistia em limitar o poder l>uhlico dos Estados para crear-se a
soht?rauia nacional; entre nus a ditliciildade esta em limitar u
poder central, para abrir-se espaqo á aeçao autonomica dos go-
vernos loeaes.
.Eilcs foram da dispersa0 para a concentração das forças;
nós obsdecemos a um movimerito centrifugo. A influencia dessa
diversidade iro nosso ponto de não póde deisar de fazer-
se sentir em cadn pagina dn Constituiçio que orgnniei' mos.
«Os norte-americanos, educados durante seciilos na e s c h o h
do sey-gouei.nernent, descendentes e continuadores das geraçóes
varonis que, para seguireni n sua fk religiosa, vieram fundar
nas florestas da America uma p ~ t r i a livre, formam um perfeito
contraste com os povos do Brazil, habituados desde os tempos
coloni:res a ver no governo unia providezicia sublur~ariiicum-
bida de peiiaar por elles e de fitzel-os felizes. A esera\-idio e u
omnipotencia do governo impediram que entre nós se operasse
a educacão politiea e moral da nação. E' uma obra inteira de
recoiistrucç20 que vamos encetar!
<<Entretanto,sr. presidente, por muito artificial que seja o
I>rocesso pelo qual, entre nós, se forma a federação, sob um poii-
to de vista as nossas circumstancias são analogaa ás dos Estados
Cnidos dit Ameriea do Yorte. E m nina vastissima regino, como
o Brasil, nico pode liaver urna iiiiiáo permanente; prospera e
l~ncifica,que não se baseie sobre a uniiicetção dos interesses na-
eioriaes e n. descentralisação dos interesses lacnes.
aViticulados pela raça, pela lingua, pelo direito ... tendo a
niesrnu histeria, as mesmas tradiqóes, o mesmo grau dç evolu-
ção, mas eoirstituidos em eondiqUes economieas e locaes diver-
sas, nós, os brazileiros, somos aptes para adoptar uma f ó m a
yolitica, -e G ao mesmo teinpo uma união de Estados e lima
união nncionnl. Votando pelo urt. 1." do projeeto q u e proclama
n forma federativa, eu o faeo n a iopvicqão de que coi~espondo
as asliirações da Nação e concorro para a sua prouperidadeu (1).
Com egnal ou maior eoniiieteiicia e brilho tratou de combii-
ter a doiitrilia da dualidade do direito, sustentada principalmente
pelo então ministro da justiça dr. Campos Salles, e por niiiitos
que ho,je bem reconhecem as verdades proferidas pelo dr. Jose
Hyg-iuo e que lamentam ter concorrido com seu voto para esse
grande mal da Repiiblica.

(I) Annrer d o Coyrearo Nsciolrl. Vol. 1. - 1800.


Deyois de ~ s t i i d a rd r niodo eninlil-to as diversas doutrinas,
1 x com luridez todas : ~ s i.aziir!s p ó o eoii2i.i~. da valita-
goni dr ndoptar-se a unificaqio do direito, dizia o dr. J o s t ILy-
gino :
aConcluo, pois, qii- nad:i. liri. nos domiriios da tlieoria, que
t,scIiin de n n l : ~constltu11;io federal, por incoinpativrl com u fe-
d<:i.nqio, o principio d a uriidade do direito e da j n s t i ~ : ~ Ilesca-
.
iiros, porerii, das regihes ;ibstinctas da tlieoria para o t e ~ r e i i odas
cor>ueriiencins politicns, e proeureiii<>srr:solrer a. qiiestko cni fac..~
dos fa<.toi ç o i i ç r e t o ~ ,dos ariteeeiieiites historicoi e dos interesses
dos ~ O T - O S , para o s q u a e s le~islaiuos. E iiesta parte tomo eiii
eoiisideraq%o a segulidit r u à o alleg;i!la pelo nobre I\liiiist,ro da
Jiisti,:a, a d a converiirnein da duslidade da .Jiistiqnl da qiial
divirjo tanto rciianto dn priinrir:~.
« Lm r i m p e s e iio j o r m orador qiic me preerdeu nesta tri-
huna. n;io racillo erri afiirriiiir qiie somos um p o r o eom~ilrtaineii-
t e iiiiifirarlo: a mesina raqn, a mesma histeria, os uiesirios cos-
tuiiiei, o iiiesiiio direito. a iii<>i.malingua. Tcinos iini só direito
pela iiit:sni:i r;ia%o por qiie fiilaiiios a inesina linyua ; aqiielle e
esta s:Lo OS dons syrnbolos V ~ V O S da nossa riacionalidade. O nosso
direito i. t%o aiitiyo quanto este corpo social i cresceu e deseii-
vulreii-se coiri elle ; <i a nossa Coiiirnon I.nu ; é urri patriiiionio
ii.ieiona1.
~3Inlbaratal-o,fragniental-o, rntrc;aiido i ç nssenibléns Iegis-
lativns dos Estados a faculdade de legislar sobre as materins
juridicns, neria não sbmente uni crirne de leso-patriotismo, siiião
t,nnibem iini gr;~rrissimo erro palitico; pais no moiiiento em q u e
se affroiisnm os laços rnateriaes d r dopendencia, curnpre que se
al~crtsmos \-iiieiilos inoraes da. União, e a communhAo do direi-
to é um vinculo tão forte quanto n comiritiriidade da linyiia. O
Cro~~eriio Provisorio lino commetteii este attentado nem este erro
poliaico, pois sabiamente inantcve no lirojecto a unidadn do di-
mito. Tinlia todas as razires para proceder assini; nenliuma o
indiizi:i. ti ndmittir o principio contrario. Kão se coiihndnm, sr.
l w s i d r n t e , as relaçoes d e ordem :idministrativa com as relacíies
de ordem juridica. =\qiiellas suo essencialitieiite riiudaveis, 7,aria-
veis, conforme os logares, 0 3 tempos, as eircumstancias» (1).
E, depois, conclue do at:guint,e modo, que daaejainos seja bem
conhecido :
*O principio da unidade da justiça pede que os tribunaes
superiores dos Estados se subordinem a urn tribunal central que,
em grau de recurso e nos casos previstos par lei, jiilgiie ns
questíies resolvidas definitiviirnerite i~elos Tribuiiaes Siiyeriores
dos Esti~dose assim uiiii'oriuize ;L jurisiirrideiiein cassniido t i s sen-
te~iqas ofiriisiuas do dirriti, el,i vigor. O q u ~se ci>iitray>Gea
esse ljriiicipio iião 6 a de~ce!itri~liz:içâu, iria-: a iiidriieiideiicin, doi
tribuunes locnes superiores. X o t e ~ s e que o pro,jeçt,o, apesar de
c r e x duns niagistrntiiras; aiiiliialece r n ~parte es3a subordinação ;
pois confvre ao Sulirema Triliri~inl f e d e r a l :i attrihuiqXo de jul-
gar as drcibões dos trihurinri dos Estados sohrr hnl>e:is-çurlius,
berii como a de rever os feitos erir,ies. A justiça s e r i uina s0,
desde ,que se der a mesma i~ibordiirnc;io em materia civil e curn-
mercisil. O recurso d r revista M o initiruto necessnrio p;Lra uni-
fiear n jiisi.icn e inauter a i~iiid;idedo direito.
.Xao i: possi\~çl nrrm di.sejavel; Sr. ~>r<,sidente,que se iihra
u m raliol q n r se oliore unia c o i n ~..~ l e t asoluqão de coiitiniiidade
entre o I>nssado e o presente, Iiriii<:ij~almente no q u r rcslbeita a
unia iristitiiicão que 4 a Irni.;~iiriziriiprrriia da ilivinii~l>ilid~idr do
direito. E' á sombra tuti.lai do I~uder judici;~ria que se acolhe-
rão os vencidos do todas as raiisss r de tudus os lxirtidos. E'
pela proti~cqio desse poder, institiiidii piira ser a r i m co.r l q i . 9 ,
que enniertemos as liberdsdcs outovgadas nn eanutit:ii~Ao r m ou-
trns taiitas liberdndes prntic::~. Si qilori.rnos imitar a sahi:i consti-
tui<;%~iiorte-ami:ricana, não hnsta r p i e rryrodiizamos u texto dos
seus i ~ r t i ~ a 4l ; necessario qiie saiLialiios taiiihorn, coirio ns nieiri-
bros do coiigresso de Pliiladt~li~!iin,alliar o ospirito d r iiinovação
ao espirito de ~ o ~ ~ s e r r a n t i s madaptando
o, 7-ellias ilistituiç6es s
uinn iiovii ordem de corisa3.
-H;, na<liirlla eoiistitiiiq;io, dia J. n r j c ~ muito
,~ poncn coitsa
nova e outrnu tâo antigas ço~ricia Alla!giii~ (7h<irta.As rolhas in-
stituiqíies, nccrescenta ellr, aquellas qiir: mais fundas raizes lnn-
çar;iin no passado, siio just;iiiieiitr ns que provaram inelhor. XÚs
teriios a boa fortuna de eiicontrar uin direito iincional e iiin po-
der judiciniio unificado no iiiiimriiio em que nos constituinios sni
Xepuhlica Federativa. Loiige de destruir esse legado do pasiado,
demos uma prova tanto do iiosso boi" seriso pratico, quanto do
iiorso patriotismo, conservarido R uiiidade jiiridiea e adaptando á
unidade judiciaria a nova fbrina poliiica que adoptánio<;. E' este
O meli ~ O t o n .
Do parlamento passeinos a vel-o niemhro do executivo e do
judiciario, tal como o estudimos n a sua qiralidc.de do liistoriador.

\- *
Durante RS sesshes da Constiiiiinte foi a procedirneiito do dr.
JosC Hygino o mais correcto p x s i r e l e de cliiein bem eampreliendia
a siia missdo de professor d<l direito em auseinbléa Iegislativa.
i\larit,eve aititude riir.rgicn e i ~ i d e p ~ n d e ~ai nt et e o Govcrno
Provisorlo e nWo occultnva ;iin jiosiçRo hostil ao llare1.1i;il Ileo-
dar": do qu:d se seliarou coiiii,lctnmi.nte por oçc:asiRa do pnllie
de Esindo; e foi queiii mais tarde redigiu o protesto cios eon-
grrssist:is eor2ti.a esse neto.
Suliiiidn ao podtw <i3Iareclial Floriano i'çixotn, foi o dr.
Josó flygino noiiiendo I\iiiiiitrn do Iiiterior: da Jiistiqe r In-
strnrqao i'uhlira a 23 de 'Jovrinbra de 1891, eoiiservando-se iies-
se c a n a n t r 10 de F e v ~ r e i r i ide 18!i?, yuaiido pedi11 n emliera-
c i o , retiraiitlo-se do miiiisterio coiii iru n m i p o .\I;~reeh:~lJosé
Siiiieâo. Foi aiii solidario coiri a. nefasta yolitic;~de deposie6ea
rlijs gov<,riindorrs, I I I H ~ S irifliienrinda pelo tiieio qiie. o r.rre;LTn e
arrastado l ~ e amizade l~ qiii, o l i ~ a r aao nlaieclinl JoiP SiirieRo,
do qii,: 1wr impnlio p:.oh,rin, coriii, riiais tarde n o s di-se. X7"o
exerce!i P ~ T % O ,como poderia !aze!-o, :L sii:~ ii>fli~rnci;> Ri: liomrin
da diii:i;ol çalirio e i ~ e n t odai jiaisfie~ de ~nniiiriiin,e iogo rem-
nheciaii iliie POV indoie e educncnu iiio era. :~<{iirlla. a sna pspliera
de RCCRO. dc sorti! qne puueii se driiioro~ina Ipnatii :iil,iiit<,rial.
D<,i~'ii,driloii n iinlitien n c t i ~ ne, eí<:oliiido para iriiiiistro
d u Sul>rriiio Tribunal di, Tiiiticn, nlii revelou ns suas eiiiiiirnt<%s
nl>xidürs de magistrado <i jiiri:eoiisulto.
O D i r e i t o e outriis r i i i s t a s jiiridiens t;!ceiii os m;iicri?s eri-
coiiiios ii crn<liç;in r n i r r t o de iiiuitai. rlociròos do dr. J o s t Hy-
girio, qne # caiisi?eradii eritre os iriais illiistrei dessa ~ririiein,
digno de íiziii.;ir aa ]:ido i10 Tr.ix;.irn. de F r ~ i t a s ,Xnhuco, Itibas,
Jiiitii~o <!e .Aiidrnrle e o ~ i t r o sprnveiilos rnestres do dil-eitn.
Jliitre r;sas d e r i ~ ü e s ;ie1ei.a notar a que proferiii iin clur~t2o
da a ~ i i n i s t i :<~.in 184i. sendo o srii pnrccei rt-cel>idu coiii iiiiiito
elogio 1"". ,juriwonsui~<>i ,:, vnlor, - i,mbor;i enntestndij por oiitroa,
-o que o levi~u;i inirrriisii. teiidn eilt%o esrripto o s e ~ i i i i i t eo
JO,.~L~T <!i>Ciotiii,ierriii de 27 d<: Jaiiriro de 1897 :
« Qi,esi<io de iiii?~~i.stia. JiistiGenc%o do voto do niiiiistro re-
Intou do feito julgado em ses,ho do Slipiemo Tiihii~inlFederal d e
17 de Jzinriva d r 1 P 9 i .
iE' urn iuiniiioio pnrccrar sobre a aiiiriistia cniici~rlidanas
ii~ilitnreseoiiiI>i.rlierididose i i i mo\~iiririitosrernliicioiinrioi tio trr-
i.it,oi.io da Rr>~iiliIican t t 23 de h ~ o s t od<: liiif6, aiii~iistiit coiire-
dida eoin esraa iieiins : priv:~~;Lo do esel.eieio: ]lerda rir 7-r:rcimen-
tos e !,irda do teii~popara r?foi.ni;t ! ( 1 ) ~ .
Perninnrceii ai~irlaalpuiii triiiyo rerestido da toga magis-
trado, até q ~ i ooeçorrancias pcliricrrs e soci;ari « coiiveiirerain d e
que n2a &\ia mais oxerccr esse alto cargo que ti~tito iinnrira.

(I)Yieciunorin Bitiiingroplico Bro;zlairo. pelo Dr, A. Blake, í o l . I.". Pg. 4.55.


Daiwou o Tiibiinal e ahriu cseril~toriode advocacia, que foi
uma grande tenda de trabalho. pois era nniversalriiente sabida a
sua \-asta illustraç8o juridiea e cornpeLeiicia forense.
Entre as qiiestões de importancia e de que foi pntrono, figura
a de lintitrs e7rtr.e os Estados de ilIi?~nse a i o de Janeiro, onde,
a par do advogado se inanifestrm o historiador, e o estudioso,
habituada a manusear maniisii.iptos e chronicas.
Na ~>olernicajomalistica o d r . José Hygino revelava a s
mesmas qualidades solidas que o r~:alqaraincomo orador e mestre,
- e não desmentiu o antigo redactor do Ir~dustiial,do Recife, em
que teve por companheiros Tobias Barreto, Graeiliano Baptista
e Barros Guimarães.
*t*
580 era justo que os talentos e aptidiies de brazileiro tão
illust,re fossem d e todo perdidos ou inittilizados para o serviço
da piitria. Por isso o actunl Governo foi bem inspirado coiividan-
do-o e ilomeando-o para reljreseritante do Rraeil no Congreaço
Pau-americano do Vexico. Kaqiiella reuni80 de homens eminen-
tes de todos 09 paizes americanos brilhou elle cora fulgor intenso
no curto tempo que Ia esteve.
Foi o encarregado de responder ao brinde do sr. Chavero,
menibro da Delegação Mexicana. no banqiiete offerecido por esta
aos out1.0~congressistas americanos, na noite de 14 de Novembro
d e 1901, ern Chapulteprc.
E' uni bem eondensado astudo da origein e desenuolvimento
Iiistorieo do prneamento da uiiiao jcridica entre as n q i ' e s ame-
ricanas. aEsse pensamento, pode dizer-se, E eontemporaneo d a
s u ; ~rinaneipiição politica, como hern o demonstrou a teiitativa do
Congresso Arnrricnno de Panamá, que, por si só, seria uni titulo
de gloria para Simiio Bolivar, que o pronioveu.
Eaie pensamento iaetifiiou-se no Congresso de Ilontevidéo,
para a estabelecimento de uin Direito Internacional Privado.
Desenrwlveii-se na ~rirneirn Conferencia Pail-Ame~icana de
Wasliington, que dez annos antes da Canferrncia de Haya, pro-
clanioii o nrE>itra»ceutocomo meic obrigatoria para a solucç80
pacifica dos conflictos iiiternacianaes. Continún firirie e sereno
sua obra civilisadora 1x1 actiial conferencia Pan-Americana, que
se propíie erear um Tribunal perriianennte, destiirado a tornar
pratica :L a r b i t r n g e n ~ n(1).

1 com-3omoi.açio fooebre, em honrs d e Doo José H. Dusrte. - Homennie de ia


Delegaciori >iixieaoa-Xeaioo19,19-yag. 9.

d
Quem r com at,t,en@o os jorriaes m~aicaiios,v e i i que os
elogiar e apusciações feitos aos traballios e Jiizes do falli.<:ido snhio
i~arnarnbriraiioiiRo rrarn cnnverieio~iaes artigos de uma berievo-
lencra de boa cainara4agr:m.
Soube o distiricto bi.>~zileirneonqiiistar syinptliias e ronsidc-
raçóo lielo seu saher e peloniodo por que discutia as rnnis diffi-
cris r c~riibreiihadiis q i l e s t õ ~ s que alli se agitava111 : ~ I U ~ bem X
con~~eiietrado.; estavam os «dvlegados das riacoes am<,ricniine, que
investidos de uinn missâo de paz. eram os fseaores dessa tmns-
foriiin<Xo, nas relnções internari<ii~ai.s,que mais que: qiia!i{uer ou-
tra i a r i i.l>oclin iia historia da liuinauidnde» (1).
O peznr com que foi acolliidn n noticia de sua eiifei.iriid.zde
e, dppoi" a ddii sua morte, hi ~irufuiiiidoe siiici.ro.
O ~xesideiit,rdo llexico, lias deirioiiitrn~;~rs ],iihli<~nsde Lo-
iueiiagcm ao illiistre rnort,", ,130 ohedec<!u 36 i s Irnxiis de corte-
aia irit<,rnaciniinl ; foi t,nnihem iiispiradi, peln symp:itiiin iqiie l h e
dc;p<-rtoii o dr. Josi. Hygirio no brei.e t<>,iiipoque alli ~ q t i > v r .
]>e :ispecto t:ilvea pouco co~iiiiiiiriiiativi>: era coiniiiiio o dr.
José I<ygiiro rlot;ido de p a n d e fqirqn nttrslieiite, qiir ausiii<.iira-
v a A I X U ~ > O ~ "que O 111elhor ia ~ 1 1 ~seudo
: co~lhr~idu.
T r a ~ W i i ~ o relaqno
s por iritcwiii<.dio de iiin nniigo comiiiiim e
semnre liwihrado. Aristiries I.obo. isso iiumn rircmiiio do sirden-
ci;i hi. paixiias, e i n que eíti.vnliioe riti ciii:rpo; poiiticoo ditirrriites;
mas n ideiitidndi de gosto ,,rio estitdo da nossa Iiistnria i t x - , i n b leso
c:iinarndai. Sriiilirt. que no* viaiiios e t,iiihnnios slluiiia p;ilest,ra,
irinis se firmniiiiii i.-sei sriitiiilentoi, eiiegai~douliiinarneiiie n iima
qunsi inririin amizade, a ponto d e ~ O ~ T ~ I ~ ~ R P I Icom I O S fl.r>nq~i<*za
siihre acioi e lioriieris politicoi. sobre os rjtmrs prilsnvnmor iriuito
dircrsa:nt-iite.
F o i ern u n a dessas eoiiverzils que diiciitimos o niorimento
d r 23 de Kovc:mi>ro: seus hoiiieiis e S U ~ Sc ~ n s e q i ~ t ~na n ~iiiorcha
i:~~
da I t ~ ~ ~ u b l i c a .
Siii~ e s t hie loeirs, por isso iiiil t,raaemos i1 piihlico o yiir
giit~rdniiioseoirin uma diis provas mais evideiitrs de alto smso,
d e jiisti,:n piireza da car:icter do illustre fiiindo.
E n t r e ns d;it,as irii~is tristes da Iiistorin nacir~iiald r r e fifurar
a de 10 d r Dazr~iibrode 1!)01, que marca o falleeimento dii dr.
Josb Hygino Diiartn Pereira.
Q.~aiidohrrri coiiliecrrem todo o mrrito intriiiseco do seu trs-
balho, avaliario a enorme falta qiie ellr faz eoin s sua ci>llaboi.a-
ção para o progresso iiitellectual e rnoral da Republica Rrazileira.
DE. 31. AZEVEDO.
1) Brinda cit., peg. 8.
Elias Alvares Lobo

A mrsnlogin, scirncin ainda em vis de forrna~ão,deve collee-


cioiiar com cuidado plit:nami:nos que, aliliareriteni<:iitr: sem liga-
$%o. apeii:is espera111 iiilla i n t e l l i ~ r i l r i a sill>erior, ,>ara tratar a
lei que os i.egii!a. E pnra coiit,rihuir para essa emprpsa, é r p e
assigiinlamos a facto da ini;líi1,!icidnr!e de talentos musicnrsl -
.al;.iiiis niaestrus, j R consagrados 1,eIn critica;-qiie S. Pniilo tem
produoido.
X:io snnios suslieitos ii<\iii o1,tiiriirta. no c<xlr:brar essa feeiin-
didadr, q u s i i i o sempre Iniiii,iitHiiiiw o ii%n ~iodcr concorrer com
vnritauem cain outros 13statloi nn eitntisricn grral dos iioinens
notavais, eerebralmeiitr r s t i ~ d n d i ~ icomo
, a I3aliia e o Rio de
Janeiro
Na lista das sabios, dos littrratos e dos artistas riacionaes,
não tam S. Paulo a prirriaaia, salvo qiiunto a arte music;tl.
Aqui mrsmo Tia capital, \-erido o dr:s;~ùrocliarde urna rerda-
deira vocayho d s primeira ordem como Cnrlos de Cam;>os, vivem
tnlextos cori~oGomes de Arailjn, o s~ri~iintliico nuct,or de (hri>io~i7za,
ao lado de Antonio Carlos, que ahstiriadai>it!iite oceulta iielicadas
e preciosas composições qiie poder20 ser acsisnsdas pelos mais
festejados compositores europeus ; e essas receberam aqui o mesmo
influxo qua inspira o correcto H. Osis~"ld,a colher louros ria I&
lia: ao joven campineiro Frniicisco Sciiiafitelli ~ e r em
nxellas, e aiiiinoii, nutriu e glorificou Carlos Gomes, Alexandre
Lévy e Eliní T,obo, todos astros de ~ r i m p i r a fiilgiiido
cada um com luz propria e diversa no colorido, qiin 0 3 distinguia
e n t r c tiintos outros colnpositores.
Quacs os faetores que influem mais directamente nesta ma-
n i f e s t a $ % ~de maior desenvolvimento musical?
A situa@o çeogralihica, que nos proporcionou u m sólo que
pode ser considerado o tgpo do bem calculado sgstema de ele-
vaçiies, de rira distribuiqâo fluvial e de I,lannltos centraes equi-
librniido esses relevos do i<ilo?
--i esivuctiira e cornposiq8o geologicti, qiir riieerra o ferro e
a piata iirn SPII seio, f a ~brilhar a niica e o eiystnl iia in-
perfiçie e s<:meia o ouro em varios pontos?
Ou, mellror que essas causas, ser& o clima que, iio dianr dos
e s , tenz ab ~ U ~ B Z < ; Ydo iirtierno eiri.iilleii,
priinriroe e ~ ~ ~ l o r a d o r7180
nrix os ri!yoi.es do z:ei.óo nfiicanu, mas que direetamentct coiitri-
bue par^ essa disliosiçáo ?'
Talvcz a eth7ioyraphia, investigando a fusho de prodiictos de
raç;hu diversas ou o cruzamento da rnrsiiin raqn, riias de piovenien-
cia di, latitudes e variedades differrrites, - dB n clinre do enigma.
O u srrb n rducaqao e o gosto natural que prepara essa ger-
minacâo ;irristics ?
O ohsertmdor conseieilcioso, e o amigo de especulaçGes seien-
tificas, bem materia iiitcressante e Inargem vasta para silas
1ucubrnçGes.
Deixemos o mundo das hypotheses e cinjaiuo-nos ao assuui-
pto, iiiaii terra a terra.

***
e STn cidade de i t ú e da legitiriio niatrimonio de JosB M a -
nael Lobo t! D . Thrrean Corr<.ia Lobo, nasceu o maestro Elias
AITaros Imbo n 9 de Agosto de 1834.
Orpham de pae, seni meios peiuiiiarios e unieameiite dcrido
i ~w,~tecc%o do Padre Uiogo A~itonioFeij6, estudou latiiri, fraii-
csa, nritliinetica, geometria r ~nusica, dedicando-se com ardor
a esta, para n qual tinlia proiiunciada voeaçrio.
Morto seu amigo e proteetor, consagrou-se h musica3 escre-
verido Iiecns Imru salfio e bandas mareiaes e; i n n i ~ tarde, operas
sacras e profi~nas,que Ihc eonquistarain o titiilo de notavel eorn-
positor.
Elins Lobo, em 1875: convorou em S. Pai110 u m Conyiesso
de Profesíore~de inusien, afim de tratar-se de e l r i a r a classe o
auxiliar as vocaqGes esparsns para » estudo dos bons rricthoios,
pedindo :&o governo urna suhveiiçFto para unia *lula superior. de
rnusica e isrnç%o do sorteio militar para a classe.
Escolliido em 1863 prli> 1)irectorio da 0pri.x Nacional pnrs
i r h E u ~ o p nastudar, não açeeitou a honrosa. iiicuinbencia, por-
que, infeliznrente pobre, tinha nccesridade de procurar meios de
subsiatencia para sua fnrnilin.
nliisico distinetissirno, E l i a s Lobo escreveu varias obras mil-
sicaes que l h e d%ologar condigno entre os comp,ositores brazileiros.
Viciimado por rima periostite no rnaxilar inferior, apesar
dos rsforqos empregados pela. scirncia r da dr,dicac%o dt! su;i fa-
niilia, que o vrrieriii.a, fallf:ct!u no dia 1 5 de Dezenibro de 1901 u.
E o destino, que, pelas afinidades artisticas e por muitas
outras, o fizera fraternalinente a~iiigode -4nierico de Ciimiios, rsse
mesmo destino os supprimiu d a r i d a a pequeno espaqo da tempo
u m do outro !
P a r a melhor dar u m a idCn da T ~ Rsacra intelleetunl do com-
msitor ytunno, traiiscre~-eniastreeltos do artigo que, iim Dezerii-
Lro d ç 1875, Ilie consagrou o operoso e illustre pensador paulista
dr. Paulo Egydio de Çarualiro.
.t:lias Aivares Lobo é iiriiu. das rnnis hellas glorias da pro-
vineia de S. I'auli,.
rApc:iias n a edade de 1 5 nnnos, e rliiando j i iomi.carnlu a
assomar os priiiiciror: priiiidos do seii honito talento, Eliiis riu-se
só e desampnr:ido rio theatro do iiiiuido, sem uma iri%o niiiiga
q u e Ilrc dirixisse os 11assos iiierpericiitcs, que lhe franqrienssr os
meios de sexuir a carreira litteraria, qiie reclitriiavaiu m a s opu-
lentas ftieuldades artisticas.
~ X n s c e r a ,porem, artista: riiida pode suffocar-lhe a bonita
vocação qiir já se expandia e m fulgidos claroes.
.De facto, ein 1850 conitarou a plianta?inr n a rnbeea iilgu-
mas coritradnnças hem ai,r<,ciadas. r Ir,go em seguida rirreveu
miiit~tsqiindrilhas, rnls:is, s < ~ l i o t i ~ enirias
h ~ , riiuaicna l>;rra hnnda,
marchas e dobrado*, e nlguiiiiis Fiara egrrja, ladainhas, l'aniiim-
ergo r inuitns oiitras.
:<A 1 . " de Seteciihro dri 1,556 desposou a D. Elisa Eufro-
zina da. Costa, filha do eir~irgino Frariciseo llariano da Costa ;
e nesse mesnio aririo c o m p b a siia primeira niissa.
c 0 apreço que nierecriii i!st:i sua p'iinrira coiiiposiqão sacra
inritoil-o a novos commettii,ientos neste genero: rsereveii rnnis
quat,ro, sendo n ultima a ;rande inissn de *C. Prdro de Alcan-
taral dedicada sa sr. U . Pedi.<>11, e geraim<inte estiiriada corno
o seu mais bello primor no grnero.
*Data ella de 1858.
nEm Dezembro deste aiiiio proliorcionou o arnio uin
novo genero para Elias, o Xrrirro lyrico.
«F,ncoirtrnndo~se nesta capital eoin o nosso estimarei ~ i a t r i -
cio o y r . dr. Clemente Fnlc8.o de S o i i ~ sFilho, deu-lhe e j t e
noticia do librêto do nosso i n s i , ~ n e eicriptor o s r . i~orisrllieiro
.Toir de Alrncar, denomin;rdo A\'oite de S. JriCu, publicado rio
Diaiio de R i o d e Janeiro.
<tAlwna. o leu, no iiitcrrnllii Ao oiiitr e oito dias c,scrr\-<:ii
Elias a sua. ~ i o t a r e ioliera do i ~ i t i i i i a i i i i ~ r i r ,Imra ~>iii:oe canto,
eoiii o iii<d<:stnfim de 3 r i . cn,,tndn am f:unilia.
«_iiiir:n:içias de :iiiiigos si,iis que o aeou5elhnr;riii o, orcli~s-
tra!-:i, 121inl deiiherou ; ~ ~ , r t ~ n < ~ iri ihai i . iinbnllio a .!o& de dl<,ri-
car e oiirir a siin aliiriifio :L resli~ito. Eiiiliirh:~nileii nesiin, mui-
to i,iii ar-rrilo, iiiria ~i:i;erri ii c;,L.L<,; n n i , ~>:~ss:lri<lo Iior <,'.iii ca-
@t,a!, foi deiroberto o ieli segr<,do pilo fa1lr:cido Jo:iqiiirii Ooii-
çal\-rs íhiiiidr r piir alguiis miii;os disti~ictos c eiitiio ciiren-
yaiii a Fnciildndi~de Direito, t'iiito Jli>rcirn, l!;~cc.<líi Sonri,i. Bit-
taiicuurt Sainp:iio, Aznrias e oiirrijs, i,lr:ia<le hri1Ii;iiite iqiie dirigia
iiesie fniiilio o ~l~ovii:l<:ntol i t t r r n ~ i oda Acndrrnin dc S l'nulo.
eCnilieq;iiniii r:nt:iu seiis iriiiinliiios artistirns: os i;orii;irs dest,n
capi::il o siiudninili iras i fi~rrorosns ~ r p r e s ~ i i < vfestr,j.~ndo
,
em F:!ini iiln distilieto mai3çtro paulista.
xEr~i .Jiilho de 1863 voitoii IClias ;l corte com Riia opera
or<.liesti.a'lii e tratou de reipeneiit::!-a, aeiido recebido d e D.
Prdru Ii o ninis henrxwlo acolliimeiito.
..A ci>ini>anhiada Opcrn S;iciaiii~l. eiitao eriinet:~, reorprii-
zon-ai. ao niipnreciniciito d:i A7,iitc <1e S. .Jaüo.
<<Foi;ii1<!n a ir;ericia dnqiirlla opera ao seu illiistre i r n i h
dc arte. .Aiitoiiio Carlos Goincs, e a 14 do Dezi:ml>i.o foi )>ela
pririiiirn ver ;i \c<2ria. Sei; r e a m szguidas rrl>resentada, ;L I;r,/Le
de S. Jtoloiio i~ttraliiilein todas ellns a iii:iis liizida concorreneia
e arrancoti pnf:i sei1 aiictor ns III:L~F al-dent<,a o ~ a y ó e i » .
Coin)~lptnnda n rioticia sol>r<,a Arvite Ja .S. Joiiol escreveu o
distineto poeta e ehronista iirthitr d e Aaere<lo, na 1-c~iicia, d o
Rio rle JanrAiro, de 19 de Drz<~iiihro,as sezriiiitci linhas :
«Si>s bniis tern1)os da Opern lincional, Elini I.obo; qiie es-
tnvn rni;io ria forqa da n~ocil;idee do t:ilento. fez representar
liriia opc~riicornica de sua l a v a , intitulada -4 frite de S. JóBo,
cujo libratio foi eaciipto por Jose d r S l r n e a r , qiin D ~ L O era ain-
da o drnrriaturgo das AWLSde u n > axjo: iieiri o roinziricista do
GULIP<L>L!J.
~ d h ocoiilieco u m s nora da partitura de Elins 1,oha ; ma3 li
coxn ~riuitn ciiriosidada o libreito de Slcncar, e com franqueza. o
dizu: 6 uin trahalho que a cada passo revrlti n inexperieiieia do
comediogrnplio, e >tão offerece ahsoliitainerite campo ao t,alento
do compositor.
«Dizem que a representaqRo foi iim triuriipho para o times-
tro pnuliit;i, nl;~s,para repetil-o, riâo tonho outra. fonte sina0 a
tradiqno oral, porque a imprensa fliiininense nnqiielle teliipo cra
de uiri laconismo i i n ~ ~ l a c a v eem
l se tratando de t l i c a t ~ o ,princi-
palmente do riacioiial, porque o extrangeiro merecia em todo o
caso um pouco mais de attriição. Essa prefereiicia ainda hoje
s e inanifesta e 6 , dig~mol-ode Iiassageiii, u:na clamorosa iujus-
tica.
aSi a h70',ite de S. Jocio triuriiphou (e eu ncredito que triiim-
phnsse), Elias Lobo nua deveu nada ao librettista iinrnortal;
portanto, era um talento que deveria seir aproveitado. Kão o foi.
*E' para lastimar qiie a tentativa. da Opera Nacional não
fosse por deante, deixantlo-se aiiiquillar pelo desanimo. Que bel-
10s fruetos teria dado aquella instituição, que principiou tão bem,
e parecia tão alentada e com os inelliores elementos de viahili-
dade !
aXâo nos esqueçamos que 6 á Opera Nacional que devemos
Carlos Gomas. Este conseguiu o qiie faltou aos outros : a pro-
+ccçiio official, e tima bo;, esbrrlla que liie illuiiiinou o caminho.
.Perderam-se muitos taleritos coiiio o de Elias Lobo e o d e
Heiiriqiie de Nesquita, qiie iia iiit.srii:: epochu fazia eseciitar o seu
Vagabundo, e ainda ahi esta forte e bem disposto, muito capaz
d e desengavetirr, ao aceno d e uiii empresario, a sua penna esque-
cida.
< E m todas as proviricias brazi1eir;u liavia verdadeiros ta-
lentos miisicaes, que não deram, não puderarn dar toda a medi-
da da sua força. Faltoii-lhei o tlieatro; tiveram, quaiido muito,
a egreja; mas a composi?io saem 6 um privilegio de poucos.. .
K6s só tivemos urn José I l l a ~ ~ r i c i o ~ .
Kiio descansou Elias Lobo sohre 0 3 louros, e logo obteve do
Dr. BcliiUes Varejão o l i b d t o da I,uz<cc, feito com esmero e
inspirada correeção, qualidades que nem sempre têni os trabalhos
deste genero.
Dizem contemporaneos e pessoas que conheciam a opera no
seu todo ou em parte. que era superior á primeira quanto a
elegancia e precisao do estglo; essa era a propria opinião do
maestro, a qiieni ouvimos mais d e uma vez, indagando nós, com
interesse, do seu modo do pensar.
Ensaiada e annnncinda a oliera, nâo logron a ventura de
subir i scena, devido a tristes rivalidades dos artistas da Opera
Nacional, disputando o papel do protagonista.
Graças i actividade e itifur+ncia d e amigos, principalmente
do Dr. A4cliillea Vareiao e do C o r ~ ~ e l l ~Francisco
~iio Octaviano, foi
e l l a representada no CluL Flirnii?~ense,perante um luzido e enor-
me concurso de socios, de convidadas e representantes da impren-
sa. Os applausos que obteve forani delirantes, e a critica não
l h e poupou elogios e anima~ôeu.
O C'i~eio ~%fe,.eantil consagrou-lhe um longo e minucioso
Testudo critico, salientando o seu iiierito e a sua inspiraçZo artistiea.
Influenciado por esse successo, o iiovo directorio da Opera
Kaeiorial rscollieii-o para ir á Europa aperfeiçoar-se nos seus
estudos. E r a esse o sou110 dourado de Elias Lobo, como o é d e
todo o intellrctual brazilriro, e com r a i i o .
S i o dispondo de meios, leinbrou-se d e pedir á Assembléa
Provincial Paulista uma subvenção para essc fim; e com Iieaai.
registrarnos a rcicuja que soirreu o mnllogrado maestro. Não coin-
preliindiam os grandes legisladores e politieos d a q u ~ l l aAss<:m-
blili~eiii que poderia interessar á provineia que um paidieta fosse
estiidar musica na Europa! Elle iião desanimou ; procurou le-
vantar recursos por olitro meio.
Reiorraixios ao mesmo artigo de Paulo Egydio, para narrar
essa noira decepçio :
Ti:ntou elle jniio obstnnte a recusa da Assembléa) um
novo meio: foi .i cortu para o fim de exhibir em scena a suu
o p t m R Lo%,~u, e deixar o producto á sua fainilis.
a >Ias, cousa singular, uin novo e insuperavel embaraço, com
que 11io contava, lhe sohreveiu: desappzreceu-lhe o quarto acto
da opera !
Estas amargas contrarit.dades o determinaram a abandonar
tudo e n buscar a paz da familiii, para junto da qual retirou-se.
<c Entretarito, não o deixou jimais a musa da harmonia.

Junco ao doce socego do lar, entre os euidndos da vida


domestica) iniiit,a ~ e oa surpreliendeu a pitaiitasia.
o Dri>ois de siia ultima oiiera, tem se dedicado quasi exclu-
sivarneiite As coml>oçiçi>rsreligiosas: tem escripto quatro missas,
algii~nasa grande cxeciição e effeito: dois Credos, dois Orato-
rios, uma Serriana Santa e muitas outras.
o E' que para Elias a arte é como o pão; como o alento
da alma.
4 Xinguem l h e póde levar n palma iia pureza de seu cara-

cter artistico: pGde-se dizer delle o que disse o poeta:


Est Deus in nobis, agitnnte cnlescimus i110 S.

***
O sgmynthiro poeta e litterato Carlos Ferreira, q F e nhi
vive iuergulhado numa penumbra, mais creada pela inyratidao d e
seiis amigos politicoa do que pelo esquecimento d e seus eompa-
triota?, escreveu uni curioso e interessante necroiogio do maestro
Elias Lobo, onde traçou com muita verdade e finura o bom e
affavel çaracter do finado. Entre as reminiscencias que referiu
do ternpo em que, em Campinas, conviveu com Elias Lobo, re-
gistra a do projecto de uma outra opera, O Sacrificio, Fira a
qual foi incumbido de escrever o librêto.
E com que palpitante emoção descreve toda essa historia !
Mais uma obra prima de que ficamos privados pela estreiteza
do meio em que vivemos.
H a muito conheciaiiios de nome Elias Lobo, cuja reputação
gloriosa transpusera os limites da provincia de S. Faiilo; e logo
depois d e fixarmos a residtincia aqui, tivemos a felicidade de tra-
V ~ Pcom elle relações pessoaes, qar se transformaram logo em
sympathica e boa amizade.
Elias Lobo vivia então, cremos que em Campinas. U m dia
procurou-nos no consultorio, para agradecer os serviços medicos
que prestáramos a uma pessoa da familia. =Vim quasi qiie ex-
pressamente para esse fim, disse-nos elle. Sei como tratou do
meu doente, e não quero qiie penso que SOU um ingrato s.
Depois, sempre que nos encontravamos, havia infallivelmente
uma boa palestra, alegre, eliistosa e animada.
Elias Lobo reclamava sempre o cumprimento de uma pro-
messa que lhe fizeramos, - a de pr!pôr, como nas antigas repu-
blicas, u m premio ao chefe d e fnmilia de numorosa prole ...e boa.
E o pobre amigo partiu sem ver cumprida essa justa re-
compensa. Não nos falleceu a vontade nem o animo, mas não
dispuzemos de poder para isso.
Que os poderes publicos de S. Paulo attendam á aspiraç80
do illustre paulista e promovam uma homenagem condipna do
merito de Elias Lobo e da civiliza~ãodo Estado, e será isso ]e,-
vado em conta do muito que deixou de fazer em favor de sua
gloria, quando vivo, que seria agora a gloria de todos nós, depois
drlle morto.
~~~ ~

Dentro do periodo limitado desappareceram tres notaveis


talentos que brilhavam no mundo intellectual brezileiro, o que
durante a-vida, tiveram intimas ligações e collabora~amjunios
para a gloria u pirn o triuinpho do iiiaestro Elias Lobo,-Ame-
rico de Campos, Acliilles Varejão e Elias Lobo -tres accentua-
das individualidades da feiçio litterarin e artistica nacional, eram
ainda mais especialmente herdeiros e depositz~riosdaquelle senti-
m e n h l e fino espirito que tanto eelebrisou o enthusiasmo e a
gloria da mocidade acadeiniea de S. Paulo, que foi por muitos
annos o regulador critico da formação das coirentes intelligen-
tes que animaram e dirigiram o paia.
Que a o menos, nestas d e ~ ~ r e t e n e i o s apaginas,
s se approai-
mem esses nomes illustres, outr'ora victoriados pelas pennas mais
queridas da i m ~ i e n s a- a homenagem d e hoje, sera mais mo-
desta mas tão sincera como a daquella iipocha.
DE. H.AZEVEDO.
Relaqão geral dos membros do Instituto
em 31 de Dezembro de 1901
-
SOCIOS FCXDADORES

1 Dr. Orrille h. Derby


2 Dr. Prudente José di> Moraes Barros
Alberto Ltifgieri
4 D r . Alexandre Florindo Coelho
5 Alegandre Riedel
6 D r . Alfredo Ellis
7 D r . Antonio Carlos R. de Andrada 11. e Silra
8 Dr. Antonio Dino da Costa Bneno
! D r . Antonio Francisco de Braujo Cintra
1 0 Dr. Antonio Francisco de Panla Soiizn
11 Antonio Moreira da Silva
1 2 D r . Antonio da Silva Prado
13 Dr. Antonio de Toleda Pizn
1 4 Professor Art,liiir Goulart
1 5 Augnsto Cesar Barjona
16 D r . Biigiisto Cesar de Barros Ciuz
li Dr. Augusto Cesar de kSiranda Aaeredo
18 Dr. Srigi:sto de Siqiirirn Cardozo
19 Dr. Benedicto Estellita Alrares
'20 Dr. Bento Aueno
21 Dr. Bernardiiio de Canqios
22 Dr. Brnulio Gon~es
2.5 Dr. Candido Nasianseno Nogiieira da JSottn
24 Dr. Carlos de Campos
25 D r . Çarlos Eeis
26 Dr. Cincinato Braga
27 Dr. Clementino de Souaa r. Castro
28 Dr. Constante Affniriso Coellio
23 Dr. Domingos José Koç.iieira Jaguaribe
30 Ediiarrlo Carlas Pereira
Einmannel Vmorden
Dr. Eurrenio Alberto Franco
Eugeni; Holleiider
D r . Fergo O'Connor de Caniargo Dauntre
D r . Fortunato Martins de Camarco L.
Dr. Francisco Ferreira Ramos
Francisco Ignacio S a v i c r de Assis de %Ioura
Dr. Francisco Martiiiiauo da Costa Carvalho
D r . Francisco de Paula Roinos de Azevedo
Dr. Francisco de Paula Xodrigues Alves
D r . Gabriel Osorio de hlnieida
Tenente Coronel Gahrinl Prestes
Dr. Gabriel de Toledo P i z a e Almeida
Dr . G I I S ~ ~ LKoenigswald.
I~O
Tenente Coronel iIeiirique Affonso d e Araujn Macedo
Henrv TVbite
Dr. f~ermiiaiinvoii Ihcring
D r . Horacio h[. T.ane
Horac o de Corvalho
D r . IIyypolito de Camargo
D r . Iziiacio Wallace da Gama Cochrane
D r . Jiiymt! Serva
Dr. João hlvares RubiiLo Junior
Dr. J o i o Sepomueeno S o p e i r a da Hotta
Dr. Jano Nogueira Jaguaribe
Dr. J o j o Pedro da Veiga Filho
D r . JoBn Pereira Xonteiro
Dr. João ltibriro de Iloura Escobar
D r . Joaqiiirn de To!i,do Piza e Almeida
Coronel Joaquim de Toledo Piza e Almeida
Dr. Jorge Tibiriçá
Dr. Joai Alvcr de Cerqueira Cesar
D r . José Alves GuimarBes Junior
Dr . Jose Bxpt,ista Pereira
Dr. José Cardoso de Almeida
Dr. José Eduardo de Macedo Soares
José Francisco Soares Rorneo
J o s i Jlaria Lisboa
D r . José de S i Ilocha
D r . Jose Vnlois de Cnstro
D r . Jos4 Vicente de Azevedo
D r . Julio Cesar Ferreira de Mesquita
Dr. Lniz de Anhaia Mello
D r . Luiz de Taledo Pisa e Almeida
Dr. Manoel Slvaro de Rouas SR Vianna
D r . Nanoel Antonio Duarte de Azevedo
Dr. h.Ianocl F e r r n ~de Campos Salles
Dr. iVIarioe1 Ferreira Gxreia Redondo
bfanoel hIarcellino de Souza Franco
Dr. IIanoel de Moraes Barros
Dr. Manoel Pereira Guirriar%rs
D r . Manoel Pessõa de Siqueira Campos
D r . llartim Francisco Ribeiro de Andrada Sobrinho
Dr. lfartinho Prado .Iiinior
Dr. Oscar Schwenk d'Horta
Dr. Pedro A u p s . 0 Gomes Cardim
Dr. Pedro Vicente de ilzevedo
Dr. Raymundu Furtado Fillio
Tancredo Leite do Auiaral Coutinbo
D r . Theodoro Dias de C;evallio Junior
Dr. Theodoro Sampaio
Theophilo Barbom
Tiburtino Kondim Pestana
Dr. Vieente Liberalino de Albuquerque
Dr. Virgilio de Rezende
-
SOCIOS HONOKARIOS

Barão Homein de 31eIlo


Rellnrrnino Carneiro
Barão de Paranapiaeaba
Barão de Rio Branco
Dr. Georges Ritt
Dr. Alexandre J. de ~ I e l l okloraes Filho
Dr. Sylvio Eomero
Dr. Tristao de Alencar Araripe
Dr. Tristâo de Alencar Arnripr. Junior
Dr. Joaquim Francisco de Assis B I . R E ~ ~
Dr. Frederico Angusto da Silva Lisboa
Dr. Augusto Freire da Silva
Dr. Olegario Herculano de Aquino e Castro
Dr. Affonso Celso Junior
Jules Martin
Padre Raphael M. Galanti
Dr. JIanoel Duarte Noreira de Azevedo
Conselheiro Augusto'Carlos Teiseira de AragBo
Julius 3teili
20 D. nlartin Garcia JIérou
21 Dr. Joaquim Auurelio Kahueo de zli.aujo
22 Dr. JrCio Capistrano de Abreii
25 Dr. João Barbosa Rodrigues
24 Dr. John C. Braiiner
25 Geiicral Francisco Xoriii da Cunha
26 Rern:~rdo de Azevedo da Silva Rainos
27 IIenrique Raffard
28 Dr. Tlioinae Garcez P;~rnnliosMontencxro
?!I Anatole L o u k Garrmx
:i0 Joio Vieira da Silva
31 Dr. Jose C,nlinon ?r'. Vnlle dn. Ctnnin
2 Dr. &Tnthias Alonso Çroado
33 Dr. João Ribeiro
:14 Dr. Folisbello F r e i i e
:I,? Dr. Beniamim F. Ramiz Ctnlrfm
:i6 U:ibriel do Blonte Pereira
37 Dr. Clovis Hevilnqiin
:i8 Dr. Vietor Schiffner
$ 1 Dr. Rirliard Wrttsteiii
40 Dr. Frédt!rie Iceiner da llnrileuni
41 ditgiist He.iririeh Tliemauri
42 1 1 ~ Dlarie
~. Robiiisoii TVriglit
43 Ur. Ernesto Giiillierino Yoiiiig
4.1 Barfio dr: Studart

Dr. Jorge >Iaia


Dr. Luiz Pereira Barreto
Dr. AIfredo de Toledo
Dr. Rag.miindo P. 4. do Sacramerito Elake
Dr. Alfredo Pujol
Dr. Alvnro Aiigiisto da Costa Can-alho
Dr. Francisco Eugenio de Tolrdo
Dr. Antonio Aiigusto Moreira de Toledo
Dr. Francisco Franco da Rocha
Benedieta Geliao de Xoura Laeerdn
Dr. Josb de Campos Sovaes
I l r . Joúo nalitista de Oliveira Penteado
Dr. Luiz Frederieo Range1 de Freitns
Josb Hippolyto da Silva Diitrn.
Joilo Vieira da Aliiieida
Arcediago D r . Frnnci~eodc Paula Rodrigues
Conego Manoel Vicentc da Silva
Ilr. Antonio (2omcs Carino
Honsnnhor Carnillo Passalacqiia
])r. José Getulio Jioriteiro
Professor Christiano Volkart
Dr. Affonso Arinos de JIello Fraiieo
Dr. Jost' Vicente de Azevedo Sobrinho
Dr. Tullio de Campos
Dr. B r g ~ i l i oA o p a t o Macliado Olireira
Dr. Pedro Augusto C;irneiro Lrssa
Dr. Francisco de P:iula Santos Iloclrignes
Dr. Jono Antonto de Oliveira 'esar
Dr. João Diogo Esteves da Silva
Coronel Antonio Borg*,t.s Sampaio
Dr. Augusto Carlas da Silra Telles
IIorace E . >Villianis
Jogo Vnmprb
Dr. Augusto Alvaro de Carvnllio Aranlia
Antonio Alexandre B u r ~ e sdos Reis
Dr. Joâo Baptista de >ioraes
% I N Paulo
~ o ~ Pinto Alito Kangel
José Jacintlio Ribeiro
D r . Carlos de Arruda Sainpaio
Dr. Luiz Porto %Ioretasolin de Castro
Dr. Carlos A. Pereira Guimaries
Barão do Rezende
Dr. Euelydes da Cuiihn
Dr. Francisco de Toledo X a l t s
Dr. João Baptista de \Inllo Peixoto
D r . José Pereira d r Queiroa
Dr. Lniz F. Gonzapa de Csnipos
D r . Maiioel P. RI. Tapajós
Dr. Xario BulcBo
Coronel Paulo Orosiinho de ~ l z e v e d o
Dr. Alfreda Guedns
Dr. Antonio J. Pinto Ferrna
JosB Couto de 3IagalhBcs
Alvaro Guerra
Dr. Carlos E. de Vaseoiieellos
Fcrnando M. Bonilha Junior
Dra. Maris Kennotte
Dr. Ignacio de Kesende
Dr. Jogo lfendes de Blmeida Junior
60 Dr. Silr~iode Almeida
61 Ilr. Aninneio Ramos Freire
62 Conrgo José P. de A. Jlrircondes.
63 llr. Ilanoel Pedro Villaboiin
6.1 Dr. 4ntonio Candido Rodrigues
65 Jo3o Laureiiqo Rodriguci
66 Dr. Francisco de A. Feixoto Gomide
67 Conezo Ezecliias G. da Fontouva
68 Dr. Eduardo Losclii

SOCIOS COKKXBFOKDFNTES

1 D r . IGrnesto Goulart Penteado


2 Dr. 1Ii:ririqve Coelho
3 blberto Vriga
.i Fraiicisro Corrêa de Almeida lloraes
5 1)r. I>uia Goneaga da Silva Leme
6 Dioiiy~ioCaio da k'onseca
'i Coronel Ajiostinho Tosi: X o r ~ i r aRollo
8 D r . J o s e Estanislau de Arrudri Botelho
9 Dr. Jaao Alves Corria do Amaral
10 Caiidido de Carvallio
11 Dr. Bernardo AIorelli
1% Ur. Alrw,ro . l ~ i p j t o de Toledo
13 Dr. .Joitquirn blunteiro de Mel10
14 Dr. IIanael Dias dt? Aquirio e Castro
15 Dr. Josi! Roberto Leite Penteado
16 Ur. Fmriciseo hiarcaiides de Gouvâa liatividade
17 Dr. Bernarda de Cnnipos
18 J o s t Gomes dos Sxiitos Guimardes
19 Dr. Aiitoiiio .Sii,gusto Go~neíNogueira
20 U r . EudoIi,lro Miranda
21 Dr. .lristiclcs Salles
22 Dr. Viçtor da Silva Frrirc Jiinior
23 Dr. Aritoiiio hlanoel Bueno de Andrada
2 1 Dr. Antanio Alrres de Carvalho
25 D?.Artliiir M . Cortines Laxe
26 Fraiiciseo Nicolau Bnruel
27 Ur. Carlos Aurusto de Freitas Villalva
28 Dr. Jos6 Ilari; I3ourroul
29 Jrsuino da Si1r.a klello
30 Dr. Eugeriio de Andrada E g a ~
31 Dr. José Maria Lisboa Junior
32 Dr. Carlos Ekinan
33 Dr. Cantidio T . de Firmeiredo
~~~~--..- Rrntns
'34 Dr. Jorge Krichbaum
35 Dr. Delfim Carlos Bernardino e Silva
36 Dr. hlberto Ca;los do Assumpção
.37 Dr. José Custodio Alres I.ima
38 Conselheiro Bernardo Avellino Gavião Peixoto
D r . Fernando de Alhupuerque
Professor João von Ataingen
D r . Samuol das Neves
Dr. Joaquim Cainpos Porto
Dr, Manoel Coyrêa Dias
. '

D r . Pedro Arbues da Silva


D r . Uladislau Herculano de Freitas
Dr. Affonuo Regulo de Oliveira Faiisto
Dt. Antoiiio de Faria Tarares
Dr. Antonio Mmtins Fontes Junior
Dr. Firmiano de Moraes Pinto
Dr. Isnacio Pereira dn Rocha
51 Dr. J O ~ ? A11res de Lima
5.2 Dr. JnBo Cesar Bueno Bierreiibach
53 Dr. J o i o Eboli
João Florindo
Dr. José IIanoel de Azevedo Irarques
Dr. José Pinto do Carmo Ciritra
Dr. José Narcondes dc Anduade Figueira
P r u t r s s o r Alfredo Rrerser dn Silveira
Dr. José Vieira Couto &e IIagalhRes Sobrinho
Dr. Antonio de Padua Sallea
Dr. Cleofano P i t a p u r y de Araujo
Dr. Eduardo da Cunlia Caiito
Dr. Joaquim Alvaro de Soiisa Camargo
Dr. José Asistides hloiitriro
Dr. José Leite de Soma
Dr. José Radrigaes Prixoto
Dr. Oscar de Almrida
Teneiite-coronel Felicio de Campos Cintra
IIajor Luiz de Vasconcellas
Aritonio Ferreira Neves Junior
i1 Dr. José de Xrsquita Barros
(2
-C Dr. Diiinmerico Augueta do Rego Range1
i3 Dr. Arthur T'autier
74 Dr. Galeiio Nertins de Alnieida
---.
8.3 Dr. Sergio '[eira
( 0 Dr. hlai~~ocl
de Freitns Paranhos
77 Dr. Aiigusto de IIoirelles Reis
i4 Dr. .João h1. Sampaio Visnna
'i!) Dr. %\:asliington L. Pereira de Soiiza
80 Brnedieto Octavio de,, Oliveira
81 Luciano Estiwes doi Saiitos
82 Dr. 31xnoel de Oliveirx Lima
43 Cairdido Costa.
8 1 Dr. Joaquim de .ilincida XIoraes
8.5 Dr. Antonio da Cunlia Barbosa
X i i Dr. 1I<?iiriqiiçCoellio Pu'etto
87 Dr. Antonio Olyi~tliodo8 Snritos Pires
88 Dr. Xaiioel Enrata
4!) Coroncl Fernnndo Frentes de ~ i l b u q i i c r q ~ ~ e
90 ])i. Ilerenlnno C. de Carvalho
!11 B<,lisario P<:rnmliueo
!I(> Olympio l'itrnnhos
!I; D . Abelarrio Camla
4 D . Julio Vicuiia Cifueiites
9.5 Felix Pncheco
!li; Dr. Carlos Porto Carreira
97 Dr. Alfredo Vnrellu

~ I E L A ~ . X O DOS JOC108 FALLECIDOS

1 Dr. Severino de Freitns Prestes


2 Dr. Aiireliano do S. Oliveira Coiitinho
,'i llr. Vsrtiiil~odo Freitas Viaira de Alello
4 Dr. Crinrio 3lottn Jlinior
5. Dr. Juniliiiiii JoiG de Meiieaes Vieir:~
6 Ilr. Carloi Uaniel Katli
'i Jost! Ferrnz de Alineida Junior
8 Antonio A u ~ u s t oda Fonseca
9 Dr. Johu Diogo Csteves da Silva
10 Dr. Eduardo da Silva Prado
1 1 Jos4 Bndré do Paeiarnento 3lacuco
1 2 Dr. Jo5o Fraucisca Ilnlta Junior

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