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GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA

Disciplina: Teologia do “Novo Testamento” à Luz da Trilogia Analítica

UA 18: A ressurreição de Jesus I - A liberdade é só para o bem - O significado de


carregar a cruz - A genialidade ligada ao mundo espiritual.

Professora: Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco

Sumário
18.1 Carga-Horária da UA ..............................................................................1

18.2 Objetivos .................................................................................................1

18.3 Introdução ..............................................................................................2

18.4 Desafio ....................................................................................................2

18.5 Material de Estudo ..................................................................................2

18.6 Material Complementar...........................................................................8

18.7 Bibliografia...............................................................................................9

18.1 Carga-Horária da UA

5 horas.

18.2 Objetivos

 Conhecer o papel da liberdade e da psicogenética na vida eterna.


 Saber o significado de “carregar a própria cruz”.
 Esclarecer a dialética certa entre corpo e alma.

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18.3 Introdução

À semelhança de Cristo também a humanidade terá a sua ressurreição.


Trataremos nesta unidade fatores relacionados à vida eterna, como a vontade e a
liberdade, elementos da responsabilidade de cada um que serão determinantes para
o corpo que será refeito pelo espírito na ressurreição. Compreenderemos melhor
esse fenômeno esclarecendo a dialética errada e a dialética certa entre o corpo e
espírito.

18.4 Desafio
Leia este aforismo de Norberto da Rocha Keppe:
A Existência Pode Modificar Inteiramente a Essência do Ser Humano
(KEPPE, 2009, p. 79).
O que você entendeu sobre este aforismo?
a) A Essência do Ser Humano é imutável.
b) A Essência pode sofrer grandes modificações conforme a Existência.
c) Nenhuma das duas alternativas acima.

18.5 Material de Estudo


A Vontade
Ao falar sobre a vida eterna, é determinante a questão da vontade, como
Norberto da Rocha Keppe escreve no seu livro “A Libertação da Vontade”,
mostrando como o ser humano quis se retirar da vida eterna, aceitando e até criando
a morte para a sua vida.
Dr. Giraldo tem uma orientação médica bastante próxima ao Dr. Norberto da
Rocha Keppe, ele trata o paciente, mas não dá ênfase à doença, orientando-o a
trabalhar os problemas na análise psicoterapêutica, que logo iria resolvê-los - se
quiser vai sarar. O fato de a pessoa ficar a pensar na doença ela cria a doença,
afetando a sua energia.

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Quando se diz que existem certas deficiências familiares, e tendências
hereditárias, parte vem da psicogenética, porém parte é algo programado, ensinado
à pessoa.
Por exemplo, aquela mentalidade de uma mãe trágica, contra o marido,
contra a vida, contra os filhos, desanimada, acaba, por exemplo, formando um
câncer de mama, ou de útero. Podemos falar de uma mentalidade cancerígena, que
é ensinada para os filhos por até ressonância, não precisando nem de falar. Por
energética passa o espírito, então a filha também vai ter câncer, a neta vai ter
câncer, afetando sempre os mesmos órgãos.
Por exemplo, meu avô paterno morreu de câncer de estômago, e meu pai
morreu de câncer no estômago. Assim vai, provavelmente o meu bisavô, também
morreu de câncer no estômago. Já no lado da minha mãe, por exemplo, os parentes
dela todos têm problemas cardíacos. A questão da vontade invertida é uma questão
muito importante, dizem que filhos de alcoólatras têm a tendência genética de terem
mais chance de serem alcoólatras.
Portanto é uma mentalidade que leva muitas vezes aquele tipo de doença.
Assim funciona a psicogenética, é mais por mentalidade, por um tipo de valores,
filosofia de vida, de crenças e sentimentos, que a pessoa tem.
A genética é uma energética da mentalidade que leva a pessoa a gostar de
viver de uma determinada maneira. De vez em quando a pessoa tem um pretexto
para ter um câncer, esse pretexto já é fruto de uma filosofia invertida, de que a vida
não vale a pena, uma conduta baseada na paranóia.
Pergunta para reflexão: De que forma a vida eterna pode ser
determinada pela vontade do ser humano?

O Livre Arbítrio
Então a vontade está diretamente relacionada com a escolha do ser humano,
com o que chamamos de liberdade, porém é a liberdade de dar o contra. Como Kant
disse o conceito de livre arbítrio é a possibilidade de o ser humano dizer não. Ele
tem razão, pois a liberdade que o ser humano quis foi a de querer dar o contra, de

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dizer “não, não quero”, o mesmo que aconteceu com o lúcifer e com os seres
humanos.
Não quero a vida, não quero fazer o bem, eu não quero ter uma boa
conduta, eu não quero dar afeto, eu não quero ter tolerância, eu não
quero perdoar, quero ser negativo, não quero beneficiar ninguém,
porque eu vou beneficiar os outros, eu quero só me beneficiar
é o que se ouve falar como se fosse possível ser assim, mas não é.
O livre arbítrio do ser humano existe para isso, porque não havia necessidade
de dizer não para nada, uma vez que o paraíso é todo o bem-dizer, não para quê?
No entanto o ser humano fala: não quero. Então entra na doença, na morte, na
destruição e na infelicidade.
De outro lado existem os que renunciam a possibilidade de dar o contra, de
dizer não ao bem e se empenham em viver de acordo com a realidade.
Muitas vezes as pessoas falam que não gostam da realidade, pois não
querem ter que trabalhar tantas horas, se sacrificar com isto ou aquilo. Isso não é a
realidade, mas no momento que vivemos a nossa situação de ter dado o contra no
bem que temos que fazer, tornamos a situação pior. Então a realidade não é a ideal,
nem como deveria ser. Quando alguém dá o contra, causa problema no trabalho,
mesmo que seja um trabalho não muito agradável até difícil, ela é mais doente do
que o outro que não dê o contra.
Vamos supor, uma mulher fica viúva, então ela tem que trabalhar 13, 14, 15,
17 horas para poder sustentar os filhos, ou então o pai trabalhar que tenha de
trabalhar muito para sustentar os filhos. O que é uma pessoa mais saudável? A que
procura fazer isso, ou aquele que diz “não, não quero, eu vou cuidar da minha vida e
eles que se virem”?
Enquanto outros renunciam o contra, empenhados em viver de acordo com a
realidade, se há problemas, paciência, é necessário lidar com eles. Isso também é
amor, em parte foi o que Cristo quis dizer “cada um pegue a sua cruz” - cada um tem
os seus problemas para carregar.
Geralmente as pessoas doentes são colocadas em instituições, em cadeias,
hospitais psiquiátricos, ou até deixadas na rua. Isso, por exemplo, não é uma

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conduta de acordo com a realidade, pois a sociedade é obrigada a tratar das
doenças que tem, e os poderosos não querem fazer isso - os impostos são pagos
para eles fazerem isso, mas eles pegam para benefício próprio. Nem todo mundo
tem a mesma capacidade e habilidade que um indivíduo tem, seja lá por qual for o
motivo do problema, mesmo que seja por inveja, é preciso tratar disso de uma forma
diferente, não ignorar.
De maneira que ser livre passou a ser sinônimo de corromper, estragar e
destruir, e por isso as civilizações anglo-saxônicas são tão loucas, tão corruptas,
porque eles colocaram a filosofia da liberdade com a bandeira de “freedom”, não a
verdadeira liberdade - liberdade para fazer o bem é a essência do ser humano, mas
eles querem a liberdade para fazer o mal.
Vejam que como essa filosofia de liberdade entrou no poder dos Estados
Unidos, o americano ele não é livre para poder fazer o que ele quer, ele só é livre
para consumir, fazendo o que o poder quer. Se experimentar fazer o que o poder
não quer nos Estados Unidos, verá o que acontece, num país supercontrolado,
censurado e depressor.
Pergunta para reflexão: Como amor e liberdade estão presentes na
mensagem “cada um pegue sua cruz”?

A dialética certa – Corpo e Espírito


Norberto da Rocha Keppe fala no livro “A Libertação” que se nós verificarmos
bem veremos que a religião valida o dialetismo certo, ao afirmar sua doutrina sobre
a ressurreição dos mortos.
Assim, como a ciência, aplicando-se a maior descoberta de Albert Einstein
sobre a relação entre matéria e energia, podemos colher uma idéia mais exata a
respeito da necessidade da existência do psíquico e do físico, para o homem ser o
que é. Norberto da Rocha Keppe já sabia da equivalência da matéria e corpo com o
espírito, ele já sabia que era uma coisa só, mas não tinha como explicar ainda na
teoria de Tesla, então citou Einstein dizendo que uma coisa interferia na outra.
Embora na verdade, hoje ele diz que o Albert Einstein está errado nisso, pois vai de
um outro sentido com origem no psíquico e não na matéria.
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Portanto é uma energética só, em sua própria estrutura existe um processo
dialético quando o ser humano considera o espiritual e o material, o pensamento e a
revolução, a meditação e a realização. Isto é, toda a realidade se duplica, e toda a
duplicidade se unifica, pois, uma é à base da outra.
No entanto a dor e o ódio não se contrapõem à polaridade do amor, a
polaridade do amor é a razão, por exemplo, um complementando o outro. Desde a
época do início da civilização o dialetismo platônico ou dialetismo errado dos
contrários é que vigora na humanidade, assim, a chance dos contrários é de um se
opor ao outro, e não de serem complementares.
Haverá uma ressurreição dos mortos quando reassumirmos nosso corpo
físico e certamente voltaremos a viver o material. Esta ideia trazida por Norberto da
Rocha Keppe é baseada em revelações e agora podem ser conformadas pela física.
Se um dia o ser humano voltar a ter um corpo, mesmo que seja mais
luminoso, mais sutil, energético e não tão denso, voltaremos a ter um corpo,de
acordo com a nossa vibração psíquica. Então se a pessoa for muito virtuosa aqui,
mesmo que seja feia, vai ressuscitar bonita, porque é a mesma impressão, ou seja é
a vibração interna que vai determinar a beleza física da pessoa, tendo um lucro
material, porque Deus vai refazer todas as coisas.
Pergunta para reflexão: Qual a relação da dialética espírito e corpo com
a ressurreição?

A dialética errada - Platônica


É incrível, pensar que o ser humano nasce com o corpo e vai ter eternamente
um corpo, que não estará restrito a tempo e espaço. Às vezes a pessoa se pergunta:
“mas como que vai ser minha alma? nas nuvens? no espaço? vai haver super
paraíso?”
Allan Kardec, o francês criador do espiritismo, mais conhecido no Brasil do
que no resto do mundo, disse que a ciência sobre os espíritos contém grande
beleza, motivo pelo qual inúmeros pensadores e pesquisadores dedicaram enorme
atenção a ela. Sócrates, Aristóteles, Jung, Freud, Wagner, Mozart, Lincoln, etc.,

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entre a maioria dos grandes talentos e gênios, percebeu que o seu trabalho era
estreitamente ligado ao mundo espiritual.
Jung, de acordo com Kardec, via o mundo corporal secundário, poderia ter
deixado de existir pois tem a essência do mundo espírita. Os espíritos imperecíveis
revestem temporariamente o material e sua destruição pela morte lhes devolve a
liberdade.
A idéia do Kardec é muito platônica, é a da reencarnação, onde a pessoa se
desfaz da máscara, ela arranja outra, se desfaz de um corpo, arranja outro corpo, e
não que a vibração da energia daquele ser é uma só, é como a sua impressão
digital, vai ser sempre a mesma, pode melhorar, pode piorar, mas é um indivíduo
original, onde o corpo também é a mesma energética da alma - uma vibração só.
A ideia de reencarnação de uma filosofia platônica, diz Keppe, de rejeição ao
campo material, do qual tomamos parte essencial .Nós não podemos sobreviver
sem o corpo, a não ser até à ressurreição miraculosamente pela força divina que
conserva a alma sem o corpo.
Essa noção errônea é explicável porque os médiuns transmitiram idéias
diretamente tomadas dos espíritos, dentre os quais existem os mais incapazes e até
mesmo os malignos que sempre interferem numa comunicação espiritual.
Então Kardec, escreveu e revelou o que os espíritos falaram para ele. Ele não
tinha distinção do que era um espírito benigno e do que era um maligno, e escreveu
diversas coisas erradas tomando como certas, como, por exemplo a reencarnação.
Pergunta para reflexão: A compreensão do que é uma dialética falsa e
uma dialética correta ajuda a entender melhor a realidade é o que é possível
existir?

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18.6 Material Complementar

Assista ao vídeo do programa “O Homem Universal 178”, bloco 4.


Disponível em: <https://vimeo.com/314066133>. Acesso em: 31 ago.2021.

Início do trecho: 11min38seg.


Fim do trecho: 44min40seg.

Transcrição do vídeo:

Dra.Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco:_É claro que quando


nós vamos considerar os motivos que podem levar uma pessoa a
cometer o suicídio nós temos que colocar muitas variáveis na
balança, por exemplo, os fatores econômico-sociais, a estrutura
social patológica, problemas de ambiente, de família, de
circunstância adversa à pessoa.

O mesmo indivíduo ele pode reagir de formas diferentes, ou,


indivíduos diferentes numa mesma situação reagem de formas
diferentes. Por exemplo, numa situação de depressão econômica,
uma pessoa mais construtiva, com menos inveja, com menos
depressividade, vai ter a tendência de reagir, de ir à luta, de realizar
mais, de trabalhar mais, de buscar novas saídas. Já uma pessoa que
tem uma predisposição maior à autodestruição, vai utilizar esse fator
social como até um pretexto para tentar o suicídio ou até mesmo se
suicidar. Então nós verificamos que como o Dr. Norberto da Rocha
Keppe mencionou, a rejeição ao ser, a rejeição à vida, à realidade,
muito ligada à questão da inveja. Inveja inconsciente, é um fator
preponderante nessa conduta.

Quando nós fizemos alguns anos atrás uma pesquisa de campo com
muitas pessoas que tentaram o suicídio e não chegaram a realizá-lo,
elas diziam que elas pensavam que acabando com a vida, elas iriam
acabar com toda a vida ou com a consciência e que no momento que
elas encerrassem a vida biológica a consciência delas estaria
acabada. Esse também é um engano do ser humano achando que

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ele se matando está acabando com a consciência que é o que ele
tem como finalidade principal.

Dr. Norberto da Rocha Keppe: _É isso que o Dr. Picchioni falou,


que não é o indivíduo depressivo aquele que se suicida, mas é talvez
o indivíduo mais esquizoparanóide, quer dizer, o indivíduo agressivo
que inclusive ataca a vida, porque o indivíduo depressivo já está se
suicidando a vida toda, então não precisa se matar mais do que ele
se mata, enquanto que o agressivo, o paranóide está sempre
atacando os outros, depois tem uma atitude repentina de
autodestruição, e tenta o suicídio.

Dra.Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco: _Inclusive Dr. Norberto


da Rocha Keppe, é muito mencionado nos estudos psiquiátricos que
uma pessoa para chegar ao suicídio ela precisa ter uma intensidade
muito grande de violência dentro dela, ela precisa estar numa
conduta violenta, embora não seja dirigida a outra pessoa
diretamente, ela dirige ao ser dela, a toda vida e não raro ela deixa
mensagens de acusação quando faz isso, ela faz isso com a
intenção de atacar a família, atacar a sociedade, agredir a outras
pessoas.

Pergunta para reflexão: Se a pessoa tenta atacar a consciência e a vida


como ficará o espírito dela sem o corpo?

18.7 Bibliografia
BÍBLIA ONLINE. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br>. Acesso em: 31
ago.2021.
FEINER, Johannes – LOEHRER, Magnus, Compêndio de Dogmática Histórico-
Salvífica: a Criação (MysteriumSalutis II/2). Petrópolis: Editora Vozes, 1972.
KEPPE, Norberto da Rocha. A nova física da Metafísica Desinvertida. (Segunda
Parte) 2.ed. São Paulo: Editora Proton, 2009.
KEPPE, Norberto da Rocha. A Glorificação (Parte B – Ascenção, capítulos 1 a 10).
São Paulo: Editora Proton, 1987.

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PROJETO STOP. O Homem Universal 178 - Suicídio. Disponível em:
<https://vimeo.com/314066133>. Acesso em: 31 ago.2021.

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