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Declaração

Declaro por minha honra que esta Monografia Científica é resultado do trabalho de investigação
pessoal e sob orientação do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes
consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia.

Declaro ainda que esta Monografia nunca foi apresentada em nenhuma outra instituição superior
para obtenção de qualquer grau académico.

Nampula, 23 de Janeiro de 2019


________________________________________
(Sanjo José Lopes)
ii

Agradecimento

Um especial obrigado a toda minha família, tios, primos, sobrinhos e amigos por todo apoio e
encorajamento que a mim sempre disponibilizaram, quando mais precisei para o alcance desta
etapa.
iii

Dedicatória

À minha esposa, Guida Monteiro e filhos, em especial, dedico.


iv

Resumo
Constitui objecto de estudo deste trabalho, a demonstração das etapas para a extracção da raiz
quadrada, sobre o qual se sublinha o objectivo do conhecimento das causas da fraca compreensão
na demonstração das etapas para a extracção da raiz quadrada.
O estudo decorreu de Março à Agosto de 2015, no posto administrativo de Nametil. Os resultados
da pesquisa mostraram que a maioria dos alunos da 8ª classe, não possuíam competências básicas
(adição, subtracção, multiplicação, divisão e potenciação), contudo, a maioria dos alunos não
gostavam das aulas de matemática e dos cálculos, mas sabiam que os conhecimentos
matemáticos são utilizáveis no dia-a-dia. A participação dos alunos na aula era fraca, colocavam-
se no papel de passivos no processo.

Palavras-chaves: Aluno, extracção e raiz quadrada.


v

Índice
Declaração....................................................................................................................................................ii
Agradecimento............................................................................................................................................iii
Dedicatória..................................................................................................................................................iv
Resumo.........................................................................................................................................................v
Índice de tabelas e figuras..........................................................................................................................viii
Índice de gráfico..........................................................................................................................................ix
CAPITULO I: INTRODUÇÃO..................................................................................................................10
1.1 Tema....................................................................................................................................................11
1.2 Delimitação do Tema...........................................................................................................................11
1.3 Justificativa..........................................................................................................................................11
1.4 Objectivos............................................................................................................................................11
1.5 Problema..............................................................................................................................................12
1.6 Hipóteses..............................................................................................................................................12
1.7 Relevância do estudo............................................................................................................................13
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEORICA....................................................................................14
2.1 Descrição do local de recolha de dados: escola secundária de Nametil................................................14
2.2 Conceitos gerais...................................................................................................................................14
2.3 Raiz quadrada de um número racional..................................................................................................18
Definição de raiz quadrada.........................................................................................................................20
Propriedades da raiz quadrada....................................................................................................................20
Competências básicas para a aprendizagem e domínio da extracção da raiz quadrada...............................21
2.4 Descrição dos métodos para a extracção da raiz quadrada de um número............................................22
Descrição do primeiro método: Extracção da raiz quadrada através do método do algoritmo tradicional. .23
Descrição do segundo método: Método de extracção da raiz quadrada através da equação de Pell...........27
CAPÍTULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA..................................................................................28
1.7.1 Tipo de Pesquisa................................................................................................................................28
1.7.2 População ou universo do estudo.......................................................................................................29
1.7.3 Amostra.............................................................................................................................................29
1.7.4 Métodos e Instrumentos de recolha de dados....................................................................................29
1.7.5 Descrição dos procedimentos de recolha de dados............................................................................29
vi

1.7.5.1 I categoria: Procedimentos para identificar os recursos de pesquisa para ajudarem os alunos na
compreensão das etapas da raiz quadrada...................................................................................................30
1.7.5.2 II Categoria: Procedimentos para determinar o conhecimento das competências básicas dos alunos
da 8ª classe, para a aprendizagem das etapas para a extracção da raiz quadrada........................................30
1.7.5.3 III Categoria: Procedimento para indicar a frequência de participação dos alunos, nas aulas das
etapas para a extracção da raiz quadrada....................................................................................................31
1.7.6 Objecto de pesquisa...........................................................................................................................31
CAPÍTULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS............................................................32
4.1 Organização dos dados.........................................................................................................................32
a) Selecção dos dados.................................................................................................................................32
b) Categorização dos dados........................................................................................................................32
4.2 Apresentação de dados.........................................................................................................................33
4.2.1 Apresentação dos dados referentes a identificação dos recursos de pesquisa para ajudarem os alunos
na compreensão das etapas da raiz quadrada..............................................................................................33
4.2.2 Apresentação de dados referentes a avaliação das competências básicas dos alunos da 8ª classe para
a aprendizagem das etapas para a extracção da raiz quadrada....................................................................34
4.2.3 Apresentação de dados referentes a indicação do nível de participação dos alunos nas aulas das
etapas para a extracção da raiz quadrada....................................................................................................34
4.3 Discussão, análise e interpretação dos dados apresentados...................................................................35
4.3.1 Resultados da identificação dos recursos de pesquisa para ajudarem os alunos na compreensão das
etapas da raiz quadrada...............................................................................................................................35
4.3.2 Resultados da avaliação das competências básicas dos alunos da 8ª classe, para a aprendizagem das
etapas para a extracção da raiz quadrada....................................................................................................36
4.3.3 Resultado da indicação da frequência de participação dos alunos nas aulas das etapas para a
extracção da raiz quadrada;........................................................................................................................37
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.........................................................................40
5.1 Conclusões...........................................................................................................................................40
5.2 Recomendações....................................................................................................................................41
Referências Bibliográficas............................................................................................................................x
Apêndices...................................................................................................................................................42
Anexos.......................................................................................................................................................43
vii

Índice de tabelas e figuras

Tabela nº 1: Alunos que compreenderam a matéria face ao recurso de pesquisa..........................33


Tabela nº 2: Resultado da avaliação das competências básicas para o domínio de radiciação......34
Tabela nº 3: Participação e contribuição dos alunos na sala de aula..............................................35
Tabela nº 4: Presenças dos alunos na aula: Quadrados (raiz quadrada) por turma........................35
viii

Índice de gráfico
Gráfico nº 1: Uso de recurso de pesquisa e sua influencia na percepção da matéria...................................36
Gráfico nº 2 : Resultados da avaliação das competências básicas dos alunos da 8ª classe..........................37
Gráfico nº 3: Participação e contribuiçãodos alunos na aula de matemática...............................................38
Gráfico nº 4: Percentagem de alunos que participaram as aulas de matemática por turma.........................39
10

CAPITULO I: INTRODUÇÃO
Na perspectiva do avanço da ciência, é sempre imperioso investigar determinada áreacientífica,
no sentido de exposição de novas descobertas ou aprimoramento das já existentes. É nesta
vertente que o trabalho versousobre as causas da fraca compreensão na demonstração das etapas
para a extracção da raiz quadrada, caso da escola secundária de Nametil, 2015. A importância da
realização da pesquisa espelhou-seno verificado baixo aproveitamento pedagógico dos alunos da
8ª classe no ano de 2015, da escola secundária de Nametil, sobretudo na disciplina de matemática
aquando da aprendizagem e compreensão das etapas para a extracção da raiz quadrada,
apresentado na universidade pedagógica de Moçambique, delegação de Nampula na monografia
científica para obtenção do grau académico de licenciatura em ensino de matemática,de Valentim
(2014), que afirmava serem poucos alunos (abaixo de 20% dos alunos presentes nas aulas) que
assimilavam o conteúdo de radiciação em plena aula.
A materialização desta pesquisa procurou conhecer as causas que influenciam para a fraca
assimilação das etapas para a extracção da raiz quadrada de um número, por partedos alunos da 8ª
classe, nesta instituição de ensino.
Os conhecimentos matemáticos ajudam em muito no desenvolvimento do raciocínio e na
preparação do homem que a sociedade espera, aquele intervêm com ideias sócio científicas na
resolução de situações problemáticas no dia-a-dia.
Nesta vertente, a pesquisa proporciona o conhecimento das causas que tornam tal compreensão
baixa, permitindo que os professores abstenham-se de alguns comportamentos durante a
leccionação deste conteúdo temático e apliquem na vertente positiva o contrário das causas que
foram apuradas neste trabalho, elevando a percentagem de alunos a compreender os passos para a
demonstração da extracção da raiz quadrada, na escola secundária de Nametil.
O trabalho esta estruturado em quatro capítulos,nomeadamente,capitulo I: introdução, na qual se
descrevem a justificativa, problematização, objectivos, metodologia,capitulo II: revisão da
literatura, capitulo III: metodologia de pesquisa, capitulo IV: análise e interpretação dos dados e
capítulo V: conclusões e recomendações.
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1.1 Tema
O trabalho tem como tema: "Fraca compreensão na demonstração das etapas para a extracção
da raiz quadrada, caso da escola secundária de Nametil, 2015”.

1.2 Delimitação do Tema


O estudo foi realizado na escola secundária de Nametil, situada no distrito de Mogovolas,
província de Nampula onde os sujeitos pesquisados foram alunos e professores de matemática da
8ª classe,entre Março à Agosto de 2015.

1.3 Justificativa
O domínio do cálculo tradicional da raiz quadrada é de extrema importância cognitiva uma vez
que ajuda no desenvolvimento da capacidade de raciocínio lógico e atempado no praticante,
incutindo nele a compreensão do cálculo da raiz quadrada de um número com a compreensão
desta ser a determinação da medida de um lado de um quadrado, o que é aplicável no quotidiano.
Como é o caso do dia-a-dia dos agrimensores, tanto tradicionais assim como modernizados, nem
sempre têm disponibilidade de uma calculadora científica para seus trabalhos. Por outro lado, os
alunos podem utilizar essas habilidades ajudando a nível familiar nos campos, por exemplo, a
determinar os lados das parcelas de acordo com o desejado pelos pais ou encarregados de terras.
Pode-se dizer ainda que o domínio do cálculo tradicional da raiz quadrada é uma óptima
preparação do aluno de matemática da 8ª classe à compreensão dos conteúdos subsequentes.
Tendo ainda em conta a condição financeira, nem todos alunos podem comprar uma calculadora
para efectuar a extracção da raiz quadrada de um número.
A realização da pesquisa justifica-se necessária ainda, pois é a base para melhor compreensão de
conteúdos das classes subsequentes.

1.4 Objectivos
1.4.1 Geral
 Conhecer as causas da fraca compreensão na demonstração das etapas para a extracção da
raiz quadrada.
12

1.4.2 Específicos
 Identificar os recursos de pesquisa para ajudar o aluno na compreensão das etapas para
extracção da raiz quadrada;
 Determinar o conhecimento das competências básicasdos alunos da 8ª classe para a
aprendizagem das etapas para a extracção da raiz quadrada;
 Identificar a frequência de participação dos alunos nas aulas das etapas para a extracção
da raiz quadrada;

1.5 Problema
O pesquisador, tendo sido aluno e pai de alunos da 8ª classe, membro da comunidade escolar da
Escola secundaria de Nametil e professor de profissão verificou que o aluno desta classe tem
seria dificuldade na percepção e aprendizagem do cálculo de raiz quadrada sem recorrer a
máquina calculadora. O algoritmo da raiz quadrada, como qualquer outro conteúdo programado
para ser aprendido numa determina classe ou nível, é de extrema importância para o
desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras e afectivo-sócio-científicas para o aluno e
condição para a aprendizagem que se segue ao longo das classes ou níveis. Por outro lado, a
forma de abordagem deste conteúdo, por parte dos professores nem sempre “se vê” sendo via
fácil para a assimilação, deste conteúdo matemático naquela Escola.
Desta feita, o problema de pesquisa que se coloca é:“Quais são as causas da fraca compreensão
na demonstração das etapas para a extracçãoda raiz quadrada?”

1.6 Hipóteses
Tem-se como hipóteses:

 A falta de recursos de pesquisada compressao na demonstracao da raiz quadrada.


 A fraca preparação dos alunos vindos da 7ª classe em adição, subtracção, multiplicação,
divisão e potenciação tem influência directa na baixa compreensão das etapas para a
extracção da raiz quadrada;
 Há uma fraca participação dos alunos as aulas da demonstração das etapas para a
extracção da raiz quadrada
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1.7 Relevância do estudo


1.7.1 Relevância social
O desenvolvimento desta pesquisa poderá contribuir para a consciencialização dos alunos, como
pessoas residentes na sociedade em que se encontram, da necessidade da compreensão de
cálculosmatemáticos de forma "tradicional" ou seja, sem recorrência ao uso de maquinas
calculadoras como é o que se vive hoje em dia, uma vez que a disponibilidade dessas maquinas
não é possível para todos, mas os cálculos sim fazem parte da nossa vida diária.

1.7.2 Relevânciaacadémica
O estudo poderá despertar nos professores e alunos a necessidade de percepção dos
cálculosbásicosmatemáticos de adição, subtracção, multiplicação, divisão, potenciação e raiz
quadrada, como forma de preparação do aluno, como competênciasbásicas para compreensão dos
conteúdos de ensino de matemática da 9ª, 10ª, 11ª, e 12ª classes.
É relevante ainda porque pode despertar nos alunos o gosto pelas ciências, que estão a perder
aderência devido ao “medo” pelos cálculos.
14

CAPÍTULO II:FUNDAMENTAÇÃO TEORICA


2.1 Descrição do local de recolha de dados: escola secundária de Nametil
A escola secundária de Nametil, é uma escola convencional, com 1º e 2ºciclos do ESG em
funcionamento, isto é, de 8ª a 12ª classes, com menos de 21 salas de aula, uma biblioteca, casas
de banho para professores e alunos, fonte de águapotável, cerca de 70 professores distribuídos
nos dois ciclos, um director, 4 directores adjuntos pedagógicos para o turno diurno e nocturno.
A escola secundária de Nametil localiza-se na província de Nampula, distrito de Mogovolas, na
vila sede do distrito - posto administrativo de Nametil, no entroncamento entre as estradas que
dão acesso ao distrito de Angoche e Moma.

2.2 Conceitos gerais


a) Compreensão
A compreensão da linguagem é um factor de comunicação complexo que envolve recursos
linguísticos e cognitivos. Sua especificidade depende de aspectos neurobiológicos reconhecidos.
A região cerebral activadadurante a compreensão situa-se na parte posterior do hemisfério
esquerdo, na área de Wernickee sua funcionalidade normal depende de factores inatos (genéticos)
conjugados com respectivo aperfeiçoamento (meio ambiente).
MATLIN (2001) sustenta que compreender implica operações de descodificação de um sinal
verbal auditivo ou visual através da actuação de sistemas de percepção neurofisiologicamente
distintos. O desafio colocado ao sistema de processamento na compreensão começa na própria
natureza acústica do sinal de fala ou visual, no sistema de escrita. Na audição ou na leitura, nunca
há toda informação necessária para um reconhecimento imediato das unidades básicas de
processamento. Por exemplo, só há boa compreensão se for possível um reconhecimento da
palavra em tempo muito curto para que não haja sobrecarga da memória de trabalho com custos
cognitivos que vão prejudicar a compreensão.
Na actividade cognitiva de compreensão distinguem-se aspectos associados ao conhecimento
não-linguístico, nesta, o sujeito tem de descodificar a linguagem e criar um modelo mental de tal
modo que a informação processada faça sentido.

Classificação da compreensão
De acordo com MATLIN (2001:12) a “compreensão pode ser fraca, razoável e boa”.
15

Por definição, entende-se por fraca compreensão, ademorada capacidade de um individuo na


descodificação e percepção de sinais orais ou gráficos, o que passa primeiro por conhecer
(memorizar) até a compreensão do assunto. MATLIN (2001:13)

b) Demonstração
A demonstração pode referir-se a três aspectos:
 Prova matemática - na terminologia da matemática, uma demonstração é uma sucessão
finita de argumentos (passos) restritos às regras da lógica mostrando que determinada
afirmação é necessariamente verdadeira quando se assumem certos axiomas.
 Versão de demonstração - na informática, uma demonstração ou simplesmente demo, é
um aplicativo ou serviço que tem funções limitadas, pois foi construído para o usuário
conhecer o software antes de comprá-lo.
 Na filosofia, demonstração é um argumento dedutivo válido cujas premissas são verdades
estabelecidas e indisputáveis.
Matematicamente falando, demonstrar é mostrar ou exibir a veracidade de certo argumento. A
demonstração de teoremas pode ser exaustiva, indirecta, contraposição ou por absurdo.

c) Etapas
Segundo o dicionário de sinónimos online, demonstrar as etapas é o mesmo que demonstrar os
passos ou fases de certo procedimento.

Extrair a raiz quadrada de um número é achar o factor que, multiplicado por si, produz esse
mesmo número.Rampazzo (1985:19).
O autor descreve ainda que se dividirmos um número em classes de dois algarismos, começando
pela direita, conheceremos logo quantos algarismos tem a sua raiz quadrada; assim o numero
55696 dividido em classes de dois algarismos, que são 5.56.95 mostra logo que a sua raiz
quadrada tem três algarismos, porque este número consta de três classes; o número 8649, como
consta de duas classes, que são 86.49, a sua raiz tem dois algarismos, etc. A ultima classe, que é a
da esquerda, pode ter um ou dois algarismos; as outras classes devem ser sempre dois. Daqui
podemos deduzir o seguinte princípio: Quantas classes tiver um número, tantos algarismos terá a
sua raiz quadrada.
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d) Influência das competências básicas


Competências básicas são capacidades/habilidades mínimas necessárias para que o aluno possa
aprender um determinado conteúdo temático de ensino. Aprender passa necessariamente por
conhecer e compreender. É de realçar que o aluno deve ter domínio de leitura e escrita, como
condições primordiais para o resto da aprendizagem. Sem este domínio, o aluno não poderá fazer
a extracção da raiz quadrada de um número.

e)Potenciação
Para Guelli (1997:81) “Potência é a representação de uma multiplicação de um mesmo número
em "n" vezes”.
As principais partes de uma potência são:
3
5 =125 ,Onde o 5 é a base; o 3 é o expoente; o 125 é a potência

 Chamamos de base o termo que se repete na multiplicação, é o factor da multiplicação. 


 Chamamos de expoente ao número que fica elevado, ele indica o número de factores da
multiplicação. Nesse caso o número de factores é "3" ou seja, "5 ∙ 5 ∙ 5" indica que são 3
factores 5, que possui como resultado 125. 
 A esse resultado damos o nome de potência, ou seja, é o valor final da multiplicação.

Propriedades da potenciação
1. Base elevado a expoente par:
( 2 )2=2 x 2=4
(−7 )2 =(−7 ) × (−7 )=49

2. Base elevado a expoente ímpar:


3
2 =2 x 2 x 2=8

(−7 )3 =(−7 ) x (−7 ) x (−7 )=−343

3. Base elevado a expoente negativo:


17

Quando temos uma base (um número real qualquer) elevado a um expoente negativo devemos
seguir um pequeno procedimento, mas não se preocupe, pois é algo bem simples. Devemos
inverter a base da nossa potência e depois devemos mudar o sinal do expoente para positivo e
então resolvemos normalmente aplicando as propriedades 1 ou 2 vistas anteriormente.

Inverter uma fracção, nada mais é do que colocar o numerador no lugar do denominador e o
denominador no lugar do numerador, ou em outras palavras, virar a fracção de cabeça para baixo.
Lembrando que:
a
, o aé o numerador e o b é o denominador.
b

4. Multiplicando potências de mesma base:


Quando temos potências de mesma base sendo multiplicadas entre si devemos repetir a base
dessas potências e somar todos os expoentes de cada potência, chegando a uma nova potência
que poderá ser resolvida por alguma das propriedades citadas anteriormente.

5. Dividindo potências de mesma base:


27 (7−3 ) 4
=2 =2 =2 x 2 x 2 x 2=16
23

6. Potência de base 1:
Toda potência de base "1" elevada a qualquer expoente possui como resultado o próprio valor 1,
veja alguns exemplos abaixo:
1² = 1 ∙ 1 = 1
7. Potência com base elevado a zero:
Todo número elevado a zero é igual a 1 com excepção do zero.

8. Potência de uma potência:


Pode haver de em alguma questão existir uma potência elevada a um expoente. A esse caso
chamamos de potência de uma potência e para resolver basta mantermos a base e depois
multiplicarmos os expoentes para acharmos a nova potência equivalente.
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9. Multiplicando potências de mesmo expoente


Quando ocorre de existir uma multiplicação entre potências que não possuem a mesma base mas
possuem o mesmo expoente podemos fazer a seguinte acção para resolver de forma mais rápida e
as vezes até mais fácil esse tipo de questões, devemos repetir o expoente e multiplicar as bases
para encontrar a nova potência equivalente.

10. Dividindo potências de mesmo expoente


Nesse caso, quando estamos dividindo potências do mesmo expoente, devemos dividir as bases (a
de cima pela de baixo) e depois manter o expoente. Lembre-se que só podemos dividir as bases
se o número de cima for divisível pelo número de baixo caso não as bases não sejam divisíveis
você deve manter a fracção e então resolver as potências normalmente, ou seja, resolva a potência
de cima e depois resolva a potência de baixo

11. Expoente de base zero:


Quando a base de nosso expoente é zero o resultado será sempre zero quando o expoente for
maior que zero, indeterminado quando o expoente for igual a zero e indefinido quando o
expoente for negativo.

12. Potência de um produto


Quando temos uma multiplicação elevada a um expoente podemos dizer que cada membro dessa
multiplicação está elevado a esse mesmo expoente.

2.3Raiz quadrada de um número racional


A raiz quadrada aparece em vários problemas estudados na educação básica, tais como: resolução
das equações quadráticas; cálculo da distância entre dois pontos; determinação do lado de um
quadrado conhecendo-se sua área, dentre outros (De Sousa, 2013:1).
Para Silva et. all (2012:121) Matematicamente falando, a raiz quadrada de um número real não
nulo n, é um número real não negativo x, tal que quando multiplicado por si próprio (ou elevado
ao quadrado) é igual a n. Simbolicamente:
19

√ n= x, x> 0 ⇒ x · x = x 2 =n.
Nesse caso, dizemos simplesmente que n é o radicando e x é a raiz quadrada de n.
Apesar da definição simples, o cálculo da raiz quadrada de n pode causar um desconforto quando
x não for um número racional. Ainda mais quando se trata de dar uma solução a um problema
prático da vida real do qual se espera como resposta um número natural (ou uma fracção dele).
De Sousa (2013).
E é o que se verifica na escola secundária de Nametil, para a maioria de alunos.
Rampazzo (1985:31) afirma que "O algoritmo [etapas para extracção] da raiz quadrada,há muito
deixou de ser ensinado [com a importância que ele tem] na educação do ensino básico.
Foi abolido dos livros didácticos, por ser considerado por muitos educadores:Um processo
puramente mecânico no qual a maioria das pessoas (mesmo matemáticosprofissionais), tendo
aprendido tal algoritmo na escola, esquece-o pouco tempo depois;
De difícil assimilação por parte dos alunos, principalmente no nívelbásico;
De demonstração muito trabalhosa para que o professor pudesse desenvolve-lo em sala de aula
argumentando cada uma de suas passagens.
E é para desencorajar essas ideias nos professores e alunos, que o pesquisador
procuroudemonstrar processos de extracção da raiz quadrada que devem ser demonstrados junto
a eles, além delhes dar outras alternativas na hora da extracção da raiz.
Mais adiante mostraremos, através de alguns métodos e exemplos, como são desenvolvidos os
processos em alguns passos assim como mencionaremos também outros métodos alternativos.

De acordo com Rampazzo (1985:28)"muitos alunos têm dificuldade em encontrar uma boa
aproximação de raiz quadrada de um número racional sem o uso de uma calculadora".
Para sustentar a pesquisa citada, o pesquisador fez um estudo piloto na escola secundária de
Nametil, onde terá observado que a maioria dos alunos da 8a classe (classe inicial do estudo da
raiz quadrada de um numero) não sabiam extrair a raiz quadrada de um número sem auxílio de
calculadora. Nesta ordem de ideia, torna-se bastante pertinenteque demonstremos com clareza
aos alunos métodos práticos, simples e convincentes de extrair a raiz quadrada de forma, sem que
seja necessário uma calculadora ao lado. Para tal, o aluno deve ter noções básicas de adição,
subtracção, multiplicação, divisão e potenciação.
20

Definição de raiz quadrada


De acordo com Rampazzo (1985:45) “Raiz quadrada de um número a não negativo é um número
x, tambémnão negativo, tal que x aoquadrado seja igual àa”.
√ a=x a, x∈IR, sendo:
√ ❑é o radical ou símbolo da raiz
a é o radicando
x é a raiz

Em raiz quadrada de um número, percebe-se ainda como realmente sendo a medida de um dos
lados de um quadrado.
Todo número real não negativo possui uma única raiz quadrada não negativa, chamada de raiz
quadrada principal, a qual é denotada pelo símbolo Por exemplo, 3 é a raiz quadrada

principal de 9, ou seja, , Porque e 3 é não negativo


As raízes quadradas são importantes para a resolução de equações quadráticas (equações do 2º
grau). A extensão da função raiz quadrada a números negativos leva à criação dos números
imaginários e ao corpo dos números complexos.

Às vezes é mais confortável trabalhar as raízes como potências. Por isso, seria interessante
conhecer como se faz essa transformação.

Para transformar uma raiz em uma potência:


1. Escrevemos o radicando
2. Elevamos o radicando a unidade dividida pelo índice da raiz.
1 1 1
Exemplo: √ 12=12 2 , √ 3=3 2 , √3 8=8 3

Propriedades da raiz quadrada


As seguintes propriedades da função raiz quadrada são válidas para todos os números reais
positivos x e y:
21

Sempre que x ≥ y

Para todo o número real X

A aplicação da função raiz quadrada a um número racional dá em geral origem a um número


algébrico; é racional se e somente sex puder ser representado por uma razão entre dois
quadrados perfeitos. Por exemplo, é irracional.
Geometricamente, a função raiz quadrada transforma a área de um quadrado no comprimento do
seu lado.
Admita-se que x e a são reais, e que x² = a, e que se quer determinar x. Um erro frequente é
aplicar a função raiz quadrada e concluir que x = Tal não é verdade uma vez que a raiz
quadrada de x² não é x, mas sim o seu valor absoluto |x|. Portanto, apenas se pode concluir que |x|
= ou, de outra forma, que
Quando se pretende provar que a função raiz quadrada é contínua ou diferençável, ou no cálculo
de certos limites, a seguinte propriedade é de grande utilidade:

Tal é válido para quaisquer x e y não negativos, sendo pelo menos um deles, diferente de zero.

A função, cujo domínio é o conjunto dos números reais não negativos é contínua, monótona e
diferençável para todo o x positivo. (não é diferençável para x = 0 uma vez que o declive da
tangente à curva nesse ponto é +∞. A sua derivada é dada por

As séries de Taylor para x = 1 podem ser encontradas usando o teorema binomial:

Para |x| < 1.

Competências básicas para a aprendizagem e domínio da extracção da raiz quadrada


" [...] toda a aritmética se compõe somente de quatro ou cinco operações, que são: a adição,
asubtracção, a multiplicação, a divisão, a potenciação que podemos considerar bases de
cálculos simples e complexos [...]." Descartes (1637:1)
22

De acordo com o autor, o domínio da adição, subtracção, multiplicação e divisão são


imprescindíveis para a percepção da demonstração das etapas para a extracção da raiz quadrada
de um número racional.

2.4 Descrição dos métodos para a extracção da raiz quadrada de um número


As primeiras civilizações interpretavam o problema de extrair raízes quadradas geometricamente
e os algoritmos1que desenvolveram para resolver este problema se baseavam
emraciocíniosgeométricos. Mais recentemente, oproblema foi atacado do ponto de vista
algébrico-analítico, de achar as raízes de uma equação ou, equivalentemente,os zeros de uma
função. Isso permitiu o desenvolvimento de algoritmos poderosos, que permitem o cálculo de
raízesquadradas rapidamente, com grande precisão.
Actualmente, a maior parte das calculadoras permite achar facilmente raízes quadradas, com uma
precisão quedepende do número de dígitos exibidos. Programas de computador mais sofisticados
tornam possível fazer o mesmocom um número muito grande de dígitoscorrectos, ou seja, com
uma grande aproximação.
Ao longo dos séculos, foram desenvolvidos vários algoritmos que tornam possível calcular,
aproximadamente,raízes quadradas. Algumas delas serão apresentadas neste trabalho.
Neste trabalho, serão mostrados alguns métodosfáceis para extrair a raiz quadrada de um número.
Neste trabalho mostraremos dois métodos simples de se perceber e fáceis de compreender:
 O algoritmo tradicional para o cálculo de raízes quadradas, pelos chineses
 Extracção da raiz quadrada através do método da equação de Pell.

Para além destes métodos que serão descritos no trabalho, existem outros métodos como:
ométodo de aproximação de Hierão, queadvém da Grécia; método de extracção de raízes
quadradas na Mesopotâmia; o algoritmo indiano que pode ser justificado geometricamente e o
método de Newton, de natureza diferente dos anteriores, que estando interessado em conhecer
mais, o professor ou aluno pode procurar literaturas que os desenvolvam com objectivo de
aperfeiçoar tal extracção.
Note que:
 No cálculo da raiz quadrada de um número, o resto é menor ou igual ao dobro da raiz;
1
Algoritmo significa um processo que, em um número finito de passos, permite chegar ao resultado desejado
(Descartes, 1954).
23

 A raiz quadrada diz-se exacta, se o resto for zero;


 Um número que tem raiz quadrada exacta, diz-se um quadrado perfeito (Nhêze et.
al.,2008:64).
 As raízes simples e perfeitas, como raiz de 1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81, são vulgarmente
conhecidas pela sua exactidão, dispensando sua demonstração em cálculo.
Para a extracção duma raiz quadrada, o estudante pode se apoiar de uma ferramenta denominada
tabela de quadrados perfeitos, que apresenta as raízes quadradas por números inteiros.

Descrição do primeiro método: Extracção da raiz quadrada através do método do


algoritmo tradicional
A raiz quadrada (aritmética) de um número positivo admite um algoritmo relativamente directo
que pode ser usado para aproximação de quantas casas decimais se desejar (Guelli, 1998).

a) Passos para a extracção da raiz quadrada

Antes de mais, deve desenhar o símbolo do radical aritmético com mais duas linhas separadoras
(veja na ilustração a seguir). Nos espaços teremos lugares para exibir o radicando, o seu resultado
e locais para rascunhos essenciais.

Radicando Resultado

Área de rascunho 1 Área de rascunho 2

Demonstraçãodos passos a extracção através de exemplos

Exemplo 1: extracção da raiz quadrada de 4


4

4 2
-4 4
24

0
Exemplo 2: extracção da raiz quadrada de 25
25

25 5
-25 25
0

Exemplo 3: extracção da raiz quadrada de 25


89

89 9
-8989
0

Exemplo 4: extracçãoda raiz quadrada de 100


1º Passo: Dispor o numero na área do radicando e separa-lo aos pares, através de pontos ou
traços, da direita para a esquerda. Para o número 100, como é só um par, mantem-se.
1’00

2º passo: Determine qual é o maior número natural cujo quadrado é menor ou igual ao número
representado pela primeira dupla (da esquerda para direita), [que neste caso é o número 1] e
disponha-o no resultado na parte da direita.
Como 12=1. Então raiz quadrada de 1 é igual a 1
1’00 1
25

3º passo: Por baixo do resultado, escrever o seu dobro, que devera subtrair com o 1º par, no
rascunho 1. Depois baixe o par seguinte.
1’00 1
-1 1
000
4º passo: Por tentativas, ao lado do 1no rascunho 2, vamos colocar um número em que o seu
produto seja o maior possível e menor que os algarismos no rascunho 1
1’00 10 Como o número no rascunho 1 é 000=0, ao aldo de 1 vamos
-1 10 colocar o número 0, para ao multiplicar 10×0, o resultado ser 0
(000)
000 ×0
−00 00
0
Concluímos que, como o resto é Zero, então a raiz exacta de 100 é 10.

Exemplo 5: extracçãoda raiz quadrada de 794


1º passo:
Separamos o número, dois a dois (aos pares) da direita para a
7’94 esquerda

2º passo:
7’942 Como √ 7=2, então colocamos 2 no resultado, a
direita

3º passo: 2
2 =4 (é a raiz perfeita mais aproximada a 7),
7’94 2 que se subtrai ao par do rascunho 1 à esquerda.
−4 4 Depois baixamos o par seguinte

394

4º passo:
7’94 28 Por baixo de 2, colocamos o seu dobro.

Ao lado de 4, vamos colocar um algarismo (por tentativa) de tal modo que


o produto seja maior mas não exceda 394.

Neste caso o 8 serve perfeitamente, porque 48×8=384


26

−4 48
394 ×8
384
5º passo:
O resultado da multiplicação de 48 por 8 (384) ira
7’94 28
subtrair o resultado do rascunho 1 (394) para
−4 48 achar o resto.
394 ×8
A raiz quadrada inteira de 794 é 28. O resto é 10
−384 384
010

Exemplo 6: extracção da raiz quadrada de 961


961 3
1º passo

961 3
9 2º passo

961 3
-9 6 3º passo
061

961 31
-9 61 4º passo
061 ×1
-6161
00
27

Descrição do segundo método: Método de extracção da raiz quadrada através da equação


de Pell
Ométodo da equação de Pell permite encontrar a parte inteira de uma raiz quadrada de uma forma
simples e rápida, apenas recorrendo à subtracção de números inteiros ímpares e contando o
número de operações efetuadas.
Exemplo 1
Qual é a parte inteira da raiz quadrada de 32.
1º. 32 – 1 = 31
2º. 31 – 3 = 28
3º. 28 – 5 = 23
4º. 23 – 7 = 16
5º. 16 – 9 = 7
Não se dá continuidade ao processo, uma vez que na próxima subtracção o valor que se irá obter
é negativo. Como foram feitas 5 subtracções, a parte inteira da raiz de 32 é 5.

Exemplo nº 2
Qual é a parte inteira da raiz quadrada de 36?
1º. 36 – 1 = 35
2º. 35 – 3 = 32
3º. 32 – 5 = 27
4º. 27 – 7 = 20
5º. 20 – 9 = 11
6º. 11 – 11 = 0
O número de subtracções feitas foi 6, assim a parte inteira de raiz quadrada é 6 e como na última
subtracção o resultado foi zero, significa que 36 é um quadrado perfeito e a sua raiz é o valor 6.
Este método acaba por nos dar o valor da raiz quadrada quando se trata de quadrados perfeitos,
caso contrário apenas ficamos a saber o valor da parte inteira da raiz quadrada de um número.
28

CAPÍTULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA


A investigação científica depende de um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos”
(Gil, 1999:27) para que seus objectivos sejam atingidos - os métodos científicos.
O autor vai mais longe afirmando que “metodologia de pesquisa é parte de princípios
reconhecidos como verdadeiros e indissociáveis e possibilita chegar a conclusões de maneira
puramente formal, isto e, em virtude unicamente de sua lógica”.
Segundo Barreto e Honrado (1988) apud Ivala (2007:26):
"A metodologia de pesquisa é o conjunto detalhado e sequenciado de método e
técnicas científicas a serem executados ao longo da pesquisa de tal modo que se
consiga atingir os objectivo inicialmente propostos e ao mesmo tempo atender
critérios de menos custo, maior rapidez, maior eficácia e maior confiabilidade de
informações."
Em concordância com o autor acima, os procedimentos metodológicos aqui apresentados
descrevem qual é o tipo de pesquisa em que o trabalho se enquadra, o universo e amostra da
pesquisa, os instrumentos utilizados na recolha de dados, a descrição dos procedimentos de
recolha de dados e o objecto da pesquisa, os quais se encontram desenvolvidos a seguir.

1.7.1 Tipo de Pesquisa


Quanto a natureza: a pesquisa é resumo de um assunto, uma vez que o tema já foi, de outras
formas abordado por outros autores e em outras circunstâncias. Trata-se da particularizaçãodo
estudo para o conhecimento das causas da fraca compreensão da demonstração das etapas na
extracção da raiz quadrada de um número à escola secundária de Nametil.
Quanto aos objectivos a pesquisa é descritiva, pois, poisalém de registar, analisar e interpretar a
compreensão na demonstração das etapas para a extracção da raiz quadrada, procura identificar
os factores determinantes desta, na escola secundária de Nametil, em particular.
Quanto aos procedimentos de recolha de dados, esta é uma pesquisa qualitativa. De acordo com
os ideais de Cervo e Bervian (1996:46), tanto os alunos assim como professores que participaram
na pesquisa, foram reconhecidos como sujeitos que elaboram conhecimentos e produziram
práticas adequadas para intervir no problema anteriormente exposto. Foram determinadas
variáveis em que manipuladas, levaram a conclusão apresentada no final do trabalho.
29

Quanto ao objecto esta é uma pesquisa de campo. A recolha de dados foi efetuada na escola
supracitada, onde a fraca compreensão na demonstração das etapas para a extracção da raiz
quadrada se manifesta espontaneamente sem interferência do pesquisador.

1.7.2 População ou universo do estudo


A população do estudo compreende todos professores e alunos da 8ª classe, disciplina de
matemática,na escola secundária de Nametil no anolectivode 2015. Detalhadamente três
professores e 543 alunos.

1.7.3 Amostra
Foram três (3) professores dos quais uma (1) do sexo feminino e dois (2) do sexo masculino, com
idades compreendidas entre 27 à 31 anos de idade, todos com formação académica de 12ª classe
do sistema nacional de educação e formação profissional de 12ª+1 ano pela universidade
pedagógica, estando eles ainda a frequentar o ensino superior de licenciatura em ensino de
matemática em regime de ensino a distancia, vivendo todos na vila sede de Nametil.
O total de alunos que participou na pesquisa é 120, o que corresponde a 12 alunos por turma
(num total de 10 turmas, 9 do curso diurno e 1 do curso nocturno). Entre eles homens e mulheres,
com idade média de 15 anos de idade e todos residentes na vila sede de Nametil, alguns em
residências de seus encarregados de educação e outros no lar dos estudantes de Mecutamala.

1.7.4 Métodos e Instrumentos de recolha de dados


As técnicas utilizadas na recolha de dados são: testes, observação e questionário.

1.7.5 Descrição dos procedimentos de recolha de dados


A descrição dos procedimentos de recolha de dados foi feita observando três categorias em
consonância com os três objectivos específicos e, estesencontram-se detalhadamente descritos a
seguir, na mesma sequência de ordem dos respectivosobjectivos.
30

1.7.5.1 I categoria: Procedimentos para identificar os recursos de pesquisa para ajudarem


os alunos na compreensão das etapas da raiz quadrada
Para identificar os recursos de pesquisa para facilitar o aluno a compreender eficazmente o modo
de extrair a raiz quadrada de um número real via algoritmo tradicional, o pesquisador propôs aos
professores de matemática, a aplicação de uma série de recursos e técnicas de pesquisa e
consolidação da matéria de extracção da raiz quadrada, nomeadamente: tarefas dirigidas a alunos
específicos, filmes didácticos, uso de Web, eensino dirigido entre dois alunos.

a) Tarefas dirigidas a alunos específicos


A sugestão foi que o professor dirigisse tarefas de resolução de exercícios a alunos que
previamente,os identificaria como fracos na percepção da matéria.

b) Filmes didácticos
Foi proposto aos professores para apresentarem vídeo-aulas de origem independente, para
mostrar aos alunos na sala de aula com o objectivo de motiva-los a perceber a matéria.

c) Uso de Web
Recomendou-se aos professores a disponibilizar e criar condições no sentido de os alunos, na sala
e/ou em casa, ter internet para consultar mais e esclarecer suas dúvidas.

d) Ensino dirigido entre dois alunos


O professor orienta os alunos, logo a prior, para sentarem dois a dois, de modos a que possam
trocar ideias e explicar um ao outro sobre a explanação do docente.

1.7.5.2 II Categoria: Procedimentos para determinar o conhecimento das competências


básicas dos alunos da 8ª classe, para a aprendizagem das etapas para a extracção da raiz
quadrada
Para determinar se os alunos possuemas competências básicas para aprender a demonstrar as
etapas para a extracção da raiz quadrada, foi utilizada a técnicade teste.
31

Teste dirigido aos alunos


O teste dirigido aos alunos, exigiu deles, conhecimentos mínimos de adição, multiplicação,
divisão, subtracção, sem uso de calculadora científica, isto é, uso de raciocínio, como
competências básicas adquiridas nas classes anteriorespara a compreensão da extracção a raiz
quadrada de um número. Constituído por 5 questões com respectivas alternativas para escolha
correta.
O teste foi realizado na escola secundária de Nametil, comduração de 15 minutos, nas respectivas
salas de aula dos alunos. Vide em apêndices, o teste.

1.7.5.3III Categoria: Procedimento para indicar a frequência de participação dos alunos,


nas aulas das etapas para a extracção da raiz quadrada
Paraindicar a frequência de participação dos alunos nas aulas das etapas para a extracção da raiz
quadrada, foram utilizadas duas técnicas de recolha de dados, nomeadamente o questionário e a
observação.

a) Questionário
Constituído por três questões com três alternativas cada, foi dirigido aos professores de
matemática da 8ª classe, na escola secundária de Nametil. Seu preenchimento teve duração de 5
minutos. Vide em apêndices.

b) Observação
Comobjectivo de controlar o nível de participação dos alunos nas aulas de demonstração das
etapas da extracção da raiz quadrada, consistiu na extracção de faltas dos alunos em todas turmas
da 8ª classe na escola secundária de Nametil (8ª 1 – 8ª 9 para curso diurno e 8ª “A” para curso
nocturno), apenas nas duas (2) aulas do sumário: Quadrados (onde se falou de raiz quadrada). A
observação teve duração de dois dias, realizada pelo pesquisador orientado pelo chefe de
secretaria da escola.
A indicação do nível de participação por turma fez-se mediante o uso da fórmula seguinte:
N ú merototaldealunospresentesnaaula
N í v eldeparticipacao= ×100 %
N ú merototaldealunosdaturma

1.7.6 Objecto de pesquisa


O objecto de estudo da pesquisa é a demonstração das etapas para a extracção da raiz quadrada.
32

CAPÍTULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS


O processo de análise e interpretação dos dados colectados no trabalho de campo constituiu o
momento de testagem da validade dos instrumentos de recolha de dados utilizados.
A elaboração dos dados compreendeu: a selecção, a categorização e a tabulação.

4.1 Organização dos dados


a) Selecção dos dados
A selecção dos dados visou à exactidão das informações obtidas. Caso tivesse sido verificada
alguma falha ou discrepância, tornar-se-ia indispensável averiguar se houve lapso ou inabilidade
do pesquisador ao colectar os dados. Neste caso, devia retornar-se ao campo e reaplicar os
instrumentos de pesquisa, para corrigir alguma distorção ocorrida na colecta, procurando-se,
dessa maneira, evitar informações confusas ou incompletas.

b) Categorização dos dados


A categorização dos dados realizou-se mediante um sistema de codificação. A codificação ou
transformação dos dados em símbolos, facilitou a contagem e tabulação dos resultados.
Este procedimento, além de facilitar a contagem e a tabulação, tornou leve a tarefa de
transformação de dados qualitativos em quantitativos, tornando mais clara sua representação em
tabelas e gráficos.

i) Quanto ao questionário dirigido ao aluno


A codificação foi: AQ1, AQ2, AQ3, AQ4, AQ5, AQ6, AQ7, AQ8, AQ9, AQ10, AQ11, AQ12,
AQ13, AQ14, AQ15, AQ16, …[AQn] e AQ120
Onde AQ significa aluno questionado e n representa o número de ordem do aluno questionado,
que é aluno número 1, 2, 3 até aluno número 120.

ii) Quanto ao teste dirigido aos alunos da 8ª classe


A codificação obedeceu o seguinte:
AT n – AT significa aluno testado e n é a ordem de observação do aluno.
AT1, AT2, AT3, AT4, AT5, AT6, AT7, AT8, AT9, AT10, AT11, AT12, AT13, AT14,…AT120
33

iii) Quanto ao questionário dirigido ao professor


A codificação foi: PQ1, PQ2 e PQ3 o que representa professor questionado 1, 2 e 3.

iv) Quando a observação ao livro das turmas.


Não houve necessidade de codificação dos dados (faltas) extraídos, tendo os dados sido
apresentados de acordo com a turma extraída (8ª1, 8ª 2 … 8ª A) conforme o descrito na
apresentação dos resultados da pesquisa, que se seguem.

v) Quanto a observação de aulas dos professores


A codificação obedeceu o seguinte:
PO1 – professor observado 1
PO2 – professor observado 2
PO3 – professor observado 3
Onde 1, 2 e 3 é a ordem de observação ao professor.

4.2 Apresentação de dados


Os dados recolhidos no campo, foram primeiroapresentados e depois analisados e interpretados
em três categorias organizacionais em satisfação da disposição dos objectivos específicos.

4.2.1Apresentação dos dados referentes a identificaçãodos recursos de pesquisa para


ajudarem os alunos na compreensão das etapas da raiz quadrada
A apresentação de dados foi sintetizada na tabela a seguir, tendo em conta a relação entre o
recurso de pesquisa adoptado e o número de alunos, de entre os 120, que compreenderam como
extrair a raiz quadrada de um número, no respectivo molde de ensino e aprendizagem.
Tabela nº 1: Alunos que compreenderam a matéria face ao recurso de pesquisa
Recursos de pesquisa Alunos que compreenderam face ao recurso

Tarefas dirigidas a alunos específicos 101


Filmes didácticos 6
Uso de Web 86
Ensino dirigido entre dois alunos 92
Fonte: Autor
34

4.2.2 Apresentação de dados referentes a avaliação das competências básicas dos alunos da
8ª classe para a aprendizagem das etapas para a extracção da raiz quadrada
Os dados para esta categoria, são apresentados de acordo com o método científico usado para sua
recolha na escola, concretamente o teste.

a) Apresentação de dadosdo teste dirigido aos alunos


Dos 120 alunos submetidos ao teste para a verificar se possuíamtais competênciasbásicas, apenas
quarenta e três (43) aluno tiveram classificação maior ou igual a dez (10) valores. Os restantes
alunos obtiveram classificação menor que dez (10) valores, conforme mostra a tabela de
frequênciasnº 1, abaixo.
Tabela nº 2: Resultado da avaliação das competências básicas para o domínio de radiciação.
Classificação
Total de
Cotação total Observação
alunos
obtida pelo (competência) Alunos testados
AT (em
Negativa Positiva Parc Tot
valores)

AT2, AT7, AT8, AT9, AT19, AT21, AT22,


AT23, AT24, AT25, AT32, AT34, AT45, AT46, AT47,
AT48, AT49, AT50, AT51, AT64, AT65, AT66, AT67,
0 à 4,4
AT68, AT69, AT70, AT71, AT72, AT73, AT74, AT75,
AT76, AT77, AT78, 85AT, AT86, AT87, AT88, AT89, 48
AT90, AT91, AT92, AT93, AT94, AT114, AT115, AT120 77

A1T, AT10, AT11, AT12, AT18, AT26, AT27, AT28,


AT33, AT37, AT38, AT39, AT40, AT41, AT42, AT43,
4,5 à 9,4 29
AT44, AT52, AT53, AT59, AT60, AT61, AT62, AT63,
AT,80 AT95, AT109, AT113, AT116
AT4, AT5, AT13, AT15, AT20, AT29, AT30, AT,31
AT35, AT54, AT55, AT81, AT84, AT96, AT97, AT98,
9,5 à 14,4 27
AT99, AT100, AT101, AT103, AT104, AT105, AT107,
AT108, AT111, AT112, AT117 43
AT3, AT6, AT14, AT16, AT17, AT36, AT56, AT57,
14,5 à 20 AT58, AT82, AT83, AT102, AT106, AT110, AT118, 16
AT120
Fonte: Adaptada pelo autor

4.2.3Apresentação de dados referentes a indicação do nível de participação dos alunos nas


aulas das etapas para a extracção da raiz quadrada
a) Apresentação de dados do questionário
Os dados recolhidos através do questionário, estão representados na tabela nº 3, que se segue.
35

Tabela nº 3: Participação e contribuição dos alunos na sala de aula


Questão Alternativas Respondentes
1. Os alunos existentes na turma, ( ) Sim, todos participam.
participam regularmente as aulas de ( )Não, mas a maioria participa PQ1, PQ2, PQ3
matemática? ( ) Não, poucos participam
2. Quando o professor orienta a ( ) Sim, todos participam.
resolução de um exercício de ( ) Não, mas a maioria participa PQ1
consolidação na sala de aula, os
alunos participam voluntariamente ( ) Não, poucos participam PQ2. PQ3
na correção?
( ) Sim, todos resolvem.
3. Os alunos resolvem trabalho de
( ) Não, mas a maioria resolve
casa?
( ) Não, poucos resolve PQ1, PQ2, PQ3
Fonte: Adaptada pelo autor

b) Apresentação de dados da observação


Os dados recolhidos através da observação dos livros de turma, a apresentação encontra-se
ilustrada na tabela a seguir.
Tabela nº 4: Presenças dos alunos na aula: Quadrados (raiz quadrada) por turma
Turmas
8ª 1 8ª 2 8ª 3 8ª 4 8ª 5 8ª 6 8ª 7 8ª 8 8ª 9 8ª A
Perc.
0%-
50%
50%-
90%
90%-
100%
Fonte: Adaptada pelo autor.

4.3 Discussão, análise e interpretação dos dados apresentados


A discussão foi feita obedecendo a sequência das três categorias na ordem dos objectivos
específicos.

4.3.1 Resultados da identificação dos recursos de pesquisa para ajudarem os alunos na


compreensão das etapas da raiz quadrada
Depois de experimentados os recursos de pesquisa pelo professor na aula de demonstração das
etapas para extracção da raiz quadrada, os resultados foram sintetizados no gráfico a seguir.
36

Gráfico nº 1: Uso de recurso de pesquisa e sua influencia na percepção da matéria

Recurso de pesquisa e sua per-


ceptividade
120
80
40
Alunos que com-
0 preenderam face ao
recurso

Fonte: Autor

Do gráfico, percebe-se que 91.7% dos alunos submetidos a tarefas dirigidas especificamente a
eles, tiveram boa compreensão na demostração das etapas para extracção da raiz quadrada;
Quanto ao recurso de apresentação de filmes didácticos na sala de aula, apenas 0.1% dos alunos
ao recurso submetidos, obtiveram boa percepção; A utilização da Web pelos alunos na sala de
aulas e fora dela, proporcionou melhor compreensão da matéria para maioria dos alunos em
83.3%; O ensino orientado em pares também mostrou ser positivo na compreensão da matéria
leccionada em75%.
FERREIRA (2002:56) explica que “… o uso de recursos de pesquisa adequados, fornece
subsídios ao aluno face a tentativa de consolidação de conteúdos didácticos leccionados ou
identificação de dúvidas por parte de pesquisa relacionada a conteúdo não leccionado…”
Como tal, pode-se concluir que os recursos de pesquisa que mais abrangente compreensão
produzem, são: as tarefas dirigidas a alunos específicos, a Web e o ensino dirigido aos pares.
37

4.3.2 Resultados da avaliação das competências básicas dos alunos da 8ª classe, para a
aprendizagem das etapas para a extracção da raiz quadrada
Quanto ao teste, foram considerados alunos que dispunham de competências básicas para
compreender como demonstrar as etapas para extrair a raiz quadrada de um número real, aqueles
que conseguiram uma cotação mínima de dez (10) valores. Vide o gráfico nº 2, a seguir.
Gráfico nº 2: Resultados da avaliação das competências básicas dos alunos da 8ª classe

Avaliacao das competencias basicas dos alunos da 8a


classe

Alunos com classificacao


36% inferior a 10 valores
Alunos com classificacao
superior a 10 valores

64%

Fonte: Adaptada pelo autor

Dos 120 alunos submetidos ao teste, 64% mostraram não possuir competências básicas para a
aprendizagem e compreensão das etapas para a demonstração da extracção do algoritmo da raiz
quadrada, sendo que, apenas 36% mostraram ter as competências mínimas necessárias.

Ribeiro (2001:68) defende que "… tais competências básicas, constituem requisitos mínimos
necessários que habilitam ao aluno a capacidade de assimilar uma certa aprendizagem."
De acordo com este autor, a aprendizagem obedece o princípio de espiral em que a ela obedece
uma sequênciacontínua ou crescente de disposições ao aluno ao longo do ano e dos anos de
escolaridade e os conteúdostemáticosestão relacionados e o aluno desprovido de competências
básicas terá mais dificuldade para assimilar a matéria ou conteúdo que requer tal competência.
Por sinopse, pode-se afirmar que a maioria dos alunos de matemática da 8ª classe na escola
secundária de Nametil, não apresenta competências básicas para o sucesso da compreensão na
demonstração das etapas para a extracção tradicional da raiz quadrada de um número real, sem
uso de máquinas calculadoras.
38

4.3.3Resultado daindicação da frequência de participação dos alunos nas aulas das etapas
para a extracção da raiz quadrada;
Os professores questionados a respeito da presença e da contribuição activa dos alunos na sala de
aula, três professores afirmaram embora não sejam todos alunos, mas a maioria participa
regularmente as aulas de matemática. Quanto a contribuição voluntária dos alunos nas aulas,
2professores afirmaram que são poucos os alunos voluntários em plena aula e 1 professor
respondeu que a maioria dos alunos é voluntários. Questionados sobre a resolução de TPC, os
professores são unânimes em afirmar que poucos alunos resolvem o trabalho de casa. Vide o
gráfico a seguir.
Gráfico nº 3: Participação e contribuiçãodos alunos na aula de matemática

Participacao e contribuicao dos alunos na aula de matemat -


Nr de pofessores

ica
3.5
3
2.5
2
1.5
1
0.5
0
( ) Não, mas a maioria participa

( ) Não, mas a maioria participa

( ) Não, mas a maioria resolve


) Sim, todos participam.

( ) Sim, todos participam.

( ) Sim, todos resolvem.


( ) Não, poucos participam

( ) Não, poucos participam

( ) Não, poucos resolve


(

1. Os alunos existentes na 2. Quando o professor orienta a 3. Os alunos resolvem trabalho


turma, participam regularmente resolução de um exercício de de casa?
as aulas de matemática? consolidação na sala de aula, os
alunos participam voluntaria-
mente na correção?
Fonte: Autor

Ribeiro (2001:21) afirma que“é importante que o aluno esteja motivado o suficiente para
despertar sua curiosidade, isto o faz querer saber mais…”
Se o aluno não corrige o trabalho de casa, não questiona ao professor a respeito do porque dos
factos, evidentemente não poderá desenvolver nem solidificar sua aprendizagem. O aluno que
participa algumas aulas e não participa outras, geralmente caiba tendo dificuldades de
39

interrelacionar conteúdos seguidos, não percebendo deste modo o conteúdo de ensino da aula não
participada. A superação deste défice, pode ser possível com ajuda de colegas ou do próprio
professor.

Quanto a observação, na 8ª 1 e 8ª 4 todos alunos existentes participaram as aulas. Nas oitavas


2,3,5,6,7,8,9 aproximadamente 90% dos alunos existentes participaram as aulas. No curso
nocturno apenas metade da turma participou as aulas.

Gráfico nº 4: Percentagem de alunos que participaram as aulas de matemática por turma

Percentagem de alunos que participaram as aulas do


sumario: Quadrados (raiz quadrada)
120%

100%

80%

60%

40%

20%

0%
8ª 1 8ª 2 8ª 3 8ª 4 8ª 5 8ª 6 8ª 7 8ª 8 8ª 9 8ª A
Fonte: Autor

“Os conteúdos de ensino [na escola] são transmitidos obedecendo um nível crescente de
complexidade…” Fontaine (1998:51).
Estes resultados sustentam que nem todos alunos existentes participam as aulas e esta pode ser
uma das causas para a não compreensão do conteúdo não assistido, uma vez que a interacção do
professor com seus alunos, favorece e estimula uma aprendizagem mais coerente pois este, aplica
estratégias e métodos didácticos para tal.
Em suma, o nível de participação dos alunos nas aulas das etapas para a extracção da raiz
quadrada não foi a 100%, ora devido as ausências de alguns alunos na sala de aula, ora pela falta
de contribuição dos alunos na aula.
40

Neste sentido, pode-se afirmar que a maioria dos alunos da 8ª classe não participam todas aulas
planificadas pelos professores de matemática, não se comportam como voluntários nas aulas de
matemática e não corrige regularmente os trabalhos de casa orientados pelo professor de
matemática.
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 Conclusões
As causas na origem da fraca compreensão na demonstração das etapas para a extracção da raiz
quadrada, estão apresentados a seguir.
Os recursos de pesquisa que mais abrangente compreensão produzem nos alunos, são: as tarefas
dirigidas a alunos específicos, a Web e o ensino dirigido aos pares.
A maioria dos alunos da 8ª classe, na escola secundáriade Nametil, não possui competências
básicas para o sucesso da compreensão na demonstração das etapas para a extracção tradicional
da raiz quadrada de um número real, sem uso de máquinas calculadoras.
Alguns alunos não participam regularmente as aulas de matemática o que os faz não compreender
os conteúdos na sua essência e outros, enquanto na sala, não presentam a resolução do trabalho
de casa (sendo por alguns professores punidos em não assistir a aula) e outros fazem um papel
passivo, simplesmente assistindo a aula e não participando da interacção.
41

5.2 Recomendações
Aos professores de Matemática, 8ª classe, recomenda-se que apresentem objectos
demonstrativos, como no caso de figuras geométricas quadradas, para exemplificar a aplicação da
raiz quadrada na vida real.
Aos professores em exercício na 7ª classe, que trabalhem com rigor na transmissão para a
compreensão dos conteúdos temáticos, por parte do aluno, visto que estes conhecimentos são a
base para a compreensão dos conteúdos temáticos leccionados nas classes subsequentes.
A eles recomenda-se ainda que se empenhem na identificação de alunos desprovidas de
competências básicas para a aprendizagem e desenvolvimento de capacidades e habilidades que
advém do ensino na escola no sentido de ajuda-los a equiparar no mesmo nível cognitivo que o
restante dos alunos.
x

Referências Bibliográficas
 BALANCHO, M. J. S. & COELHO, F. M. Motivar os alunos, criatividade na relação
pedagógica: conceitos e práticas. 2. Edição. Porto – Portugal. 1996
 BOYER, C. B. História da matemática. Traduzido por Elza F. Gomide. São Paulo. 1974
 CHIZZOTTI, António; Pesquisa científica. 3 Edição. Atlas, São Paulo, 1999
 D’AMBROSIO, U. Educação matemática: da teoria à prática. São Paulo.1996.
 DE SOUZA, Rubens Oliveira. PROFMAT: Alguns métodos interessantes de extracção e
aproximação da raiz quadrada. São Paulo. 2013
 FERREIRA, D. S. A motivação e o processo ensino-aprendizagem na educação infantil.
Monografia (Especialização em Educação e Arte) – Curso Pós Graduação em Educação e
Arte, Universidade Estadual do Paraná. Paraná. 2002.
 FONTAINE, Costa. Motivação e realização escolar. In B. Campos, Psicologia do
desenvolvimento e educação de jovens. Lisboa. 1990
 GUELLI, O. História de potências e raízes: contando a história da matemática. 7 Edição.
São Paulo. Editora Ática. 1997.
 IVALA, Avelino Zacarias et all. Orientação para a elaboração de Projectos e
monografias Científicas. Nampula, 2007.
 MEDEIROS, M. Competências: diferentes lógicas para diferentes espectativas. Recife.
Edupe. 2006.
 MIALARET, G. Reflexõesdidácticas sobre personalidades: EmRevista Portuguesade
Educação. Universidade do Minho. Braga. 1988
 MORAES, Carolina Roberta; VARELA, Simone. Motivação do Aluno Durante o
Processo de Ensino-Aprendizagem. Revista Electrónica de Educação. Ano I, Nº. 01,
Ago. / Dez. 2007.
 RAMPAZZO, Luciano. A raiz quadrada sem tabus. Revista de Ensino de Ciência nº 14 -
Setembro de 1985.
 Ribeiro, M. F. O ensino das ciências e o desenvolvimento de competências de
pensamento. Um estudo de orientação metacognitiva com alunos do 7º ano de
escolaridade. Tese de Mestrado. Universidade de Évora. Brasil. 2001
SILVA, Jaime Carvalho E. PINTO, Joaquim. MACHADO, Vladimiro. NiuAleph12 - Manual
de Matemática para o 12º ano de MatemáticaA. Volume 1. 1ª Edição. 2012
42

Apêndices
I

Universidade pedagogica
Delegacao de Nampula
Departamento de ensino de matemática
Pesquisa sobre a demonstração das etapas para a extracção da raiz quadrada
Código do observado
Sexo: Masculino: Feminino:
Repetente: Sim: Não:
O teste esta em duas colunas e é constituido por 5 categorias de perguntas abertas. Escreva o resultado em frente de
cada questao das categorias. Preencha a parte de cima do teste, nos quadradinhos, excepto no quadradinho tracejado.
O objectivo do teste é avaliar o estado de preparação dos alunos (competências básicas) vindos da 7ª classe, para a
aprendizagem da demonstração das etapas para a extração da raiz quadrada de um numero. Obrigado pela
colaboração.

I. Usando as propriedades de potenciação, escolha a alternativa certa para cada questão.


1
3
1.9 2 =? 3) 2 2 =?
a) √ 92 a) √ 23
b) √ 29 b) √3 22
c)√9 2 c) √2 23
d) √ 9 d) √3 22

2.33=?
4) 12=?
a) 33
a) 2
b) √ 3
b) √1 1
c) √ 27
c) √ 12
d) 27
d) 1
II

II. Escolha a alternativa que melhor mostra as etapas para a extracção da respectiva raiz
quadrada.

5. √ 4 =? 6. √ 16=? 7. √ 100=? 8. √ 725=?


a) a) 16 4 a) 100 10 a) 725 26
4 2
- 42 2 -4 4 -1 10 -446
0
12 000 0 325

b) b) 16 4 b) 100 10 -276
4 2
-2 2 -16 16 49
2
0
c) 4 2
-4 2+2 c) 16 4 c) 100 1 b) 725 25
0
22 -10 10 -125 45
d) 00 600
4 2
2 d) 16 4 d) 100 10 c) 725 27

-84 -100 10 -625 47

8 0 100

d) 725 26

-6 46

125

Fim
Universidade pedagogica
Delegacao de Nampula
Departamento de ensino de matemática
Pesquisa sobre a demonstração das etapas para a extracção da raiz quadrada
Código do observado
Sexo: Masculino: Feminino:

Questionário
Estimado professor, o questionário que lhe é apresentado é parte de uma pesquisa meramente
científica. Para confiabilidade dos seus resultados, pede-se sua contribuição, na exactidão das
respostas. O objectivo é indicar o nível de participação dos alunos nas aulas das etapas para a
extracção da raiz quadrada. A forma de preenchimento é marcar um “X” entre os parênteses da
opção que achar certa

1. Os alunos existentes na turma, participam regularmente as aulas de matemática?


( ) Sim, todos participam.
( ) Não, mas a maioria participa
( ) Não, poucos participam

2. Quando o professor orienta a resolução de um exercício de consolidação na sala de aula, os


alunos participam voluntariamente na correcção?
( ) Sim, todos participam.
( ) Não, mas a maioria participa
( ) Não, poucos participam

3. Os alunos resolvem trabalho de casa?


( ) Sim, todos resolvem
( ) Não, mas a maioria resolve
( ) Não, poucos resolve

Fim, obrigado
Universidade Católica de Moçambique
Centro de ensino a distância
Departamento de ensino de matemática
Pesquisa sobre a demonstração das etapas para a extracção da raiz quadrada

Grelha de observação

Objectivo: Controlar o nível de participação dos alunos nas aulas de demonstração das etapas da extracção da raiz quadrada

Notas de preenchimento: Extracção de faltas no livro de turma, nas aulas de matemática, com o respectivo tema/sumário e conseguinte cálculo
percentual do nível de alunos presentes.

Número total de alunos presentesna aula


Fórmula de cálculo percentual: × 100 %
Número total de alunos da turma

Turmas
8ª 1 8ª 2 8ª 3 8ª 4 8ª 5 8ª 6 8ª 7 8ª 8 8ª 9 8ª A
Matemática(radiciação)
participantes das aulas

0%-50%
Participação (% de

50%-
90%
de

90%-
100%

Legenda: A % é calculada em relação ao número total de alunos da turma.


43

Anexos

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