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CapítUlo

Povos da Mesopotâmia
3 e do Egito antigo

A água é uma substância essencial para a vida na Terra. Nos se-


res humanos, 71% da massa do corpo é formada por água. Em
alguns vegetais, essa porcentagem é ainda maior: 90% da couve e
DIALOGANDO
COM...
BIOLOGIA

95% do tomate, por exemplo, são constituídos por água. A falta de


água no organismo acarreta adoecimento e até morte.
Por causa da importância da água, nada mais natural que as pri-
meiras civilizações tenham surgido e se desenvolvido em torno de
grandes rios. A civilização chinesa, por exemplo, floresceu em torno
do rio Amarelo. Já os sumérios surgiram em torno dos rios Tigre e Eu-
frates, e os egípcios construíram um império às margens do rio Nilo.
Vista de Bagdá, capital
Neste capítulo, vamos entender alguns processos históricos do Iraque, banhada pelo
rio Tigre, em foto de
envolvendo povos que viveram na região da Mesopotâmia. Os su- 2015. Na Antiguidade,
mérios, por exemplo, criaram um sistema de escrita próprio. Vere- o rio contribuiu
fortemente para o
mos também alguns aspectos da história dos egípcios, povo que florescimento da
realizou obras surpreendentes, como as pirâmides. civilização suméria.

rasoulali/Shutterstock

OBJETIVOS DO CAPÍTULO
• Explicitar o conceito de cidade-Estado nas
sociedades mesopotâmicas.
• Explicar o surgimento da escrita em diferentes
lugares, com destaque para a escrita cuneiforme.
• Apresentar alguns aspectos que caracterizaram os
povos mesopotâmicos e os egípcios e conhecer
algumas técnicas e invenções desenvolvidas por eles.

56 Unidade 2 • Urbanização
NÃO
ESCREVA
NO ATIVIDADE
INTERPRETANDO DOCUMENTOS: TEXTO LIVRO

O Código de Hamurábi registrou, pela pri- governador escolhido por Bel, sou eu, eu o que trouxe a
meira vez, as práticas sociais de um povo em abundância à terra; o que fez obra completa para Nippur
um regulamento que poderia ser aplicado e Durilu; o que deu vida à cidade de Uruk; o que supriu
a todo tipo de disputa legal. Foi assim cha- água com abundância aos seus habitantes; ... o que tornou
mado por ter sido criado por Hamurábi, rei bela a cidade de Borsippa; ... o que enceleirou grãos para
amorita, que governava a cidade de Babilô- a poderosa Urash; ... o que ajudou o povo em tempo de
nia. O documento a seguir é o prólogo desse necessidade; o que estabeleceu a segurança na Babilônia;
código. Nele, o governante faz menção aos o governador do povo [...]
deuses Anu, Bel e Marduk, bem como às ci- CÓDIGO de Hamurábi.
dades de Nippur, Durilu e Uruk, Borsippa e Disponível em: <www.dhnet.org.br/direitos/
Urash. Leia atentamente o documento e, em anthist/hamurabi.htm>. Acesso em: 16 out. 2015.
seguida, responda ao que se pede. a) De que maneira o documento justifica
a criação do Código de Hamurábi? Esse
Quando o alto Anu, Rei de Anunaki e Bel, Senhor da
conjunto de leis é uma decisão puramente
Terra e dos Céus, determinador dos destinos do mundo,
humana ou teve influência dos deuses em
entregou o governo de toda a humanidade a Marduk...
sua criação?
quando foi pronunciado o alto nome da Babilônia; quando
ele a fez famosa no mundo e nela estabeleceu um dura- b) O prólogo do código apresenta uma defi-
douro reino cujos alicerces tinham a firmeza do céu e da nição de justiça. Leia atentamente e ex-
terra — por esse tempo de Anu e Bel me chamaram, a mim, plique essa definição.
Hamurábi, o excelso príncipe, o adorador dos deuses, para c) Hamurábi apresenta uma lista de suas
implantar a justiça na terra, para destruir os maus e o mal, realizações como governante dos amori-
para prevenir a opressão do fraco pelo forte... para ilumi- tas. Quais são as realizações apresentadas
nar o mundo e propiciar o bem-estar do povo. Hamurábi, no documento?

2 Os egípcios na Antiguidade
O Egito atual é um país cujo território é quase todo ocupado pelo deserto
do Saara. Por isso, a maior parte de sua população encontra-se nas margens
e no delta do rio Nilo, que atravessa o país do sul (onde nasce) ao norte. Essa
ocupação é basicamente a mesma há quase 8 mil anos.
Por causa das chuvas tropicais na nascente do
he
d /A
FP rio, todos os anos as águas do Nilo – ricas em hú-
ha
-S
ed
El mus – transbordam de seu leito e tornam o solo
am
oh
M inundado excelente para a agricultura. Du-
rante milhares de anos, a população apren-
deu a utilizar esses terrenos, drenando as
áreas alagadas ou construindo diques e
canais. Com o tempo, essa organização
propiciou excedentes agrícolas que eram
comercializados com outros núcleos hu-
manos mais distantes. Assim, os núcleos
humanos próximos do rio tornaram-se
povoados com maior estrutura, conhecidos
como nomos, cujo chefe era o nomarca.
Trabalhadores rurais egípcios colhem algodão
nos arredores da capital, Cairo. Foto de 2015.

60 Unidade 2 • Urbanização
Grande parte da população dos nomos era formada por agricultores – os
felás. O rio era o principal sistema de comunicação e de transporte. Para essa
população, somente a ação dos deuses explicava o privilégio de morar em uma
terra de abundância rodeada por áreas de seca e fome.
Os nomarcas mais eficientes na tarefa de garantir a alimentação de suas
comunidades passaram a personificar os deuses protetores dos nomos. As-
sim, gradativamente, o poder político e administrativo dos nomos se fundiu
ao poder religioso.
Por volta de 3500 a.C., os no-
VOCÊ SABIA?
mos foram unificados em dois
reinos: o do delta e o do vale do DIALOGANDO
COM...
Nilo – chamados de Baixo Egito e Norte e Sul GEOGRAfIA

Alto Egito, respectivamente, cada Ao observar um mapa político, temos a tendência de re-
lacionar “baixo” com o Sul e “alto” com o Norte. No entanto,
um com sua própria capital, Sais
a indicação de alto e baixo nos mapas físicos refere-se à al-
e Tebas (veja o mapa abaixo). Cer- titude. O rio Nilo nasce ao sul do Egito, numa área de maior
ca de trezentos anos depois, o rei altitude (o Alto Nilo), e corre para o norte, para uma área de
Menés (também conhecido como menor altitude (o Baixo Nilo), que é onde deságua, no delta,
Narmer, Men ou Meni), do vale no mar Mediterrâneo.
do Nilo, conquistou a região do
delta. Pela primeira vez, houve a
coroação de um faraó do Egito, ou O Egito antigo
seja, um misto de rei e chefe reli- R
M

io
gioso. O símbolo de seu poder era FENÍCIA Rio Eu E S

Tig
fr

re
uma coroa dupla nas cores bran- Chipre

PO
at
es


ca e vermelha, que representava Biblos

M
ão

IA
rd
a união das duas regiões em um Sídon
Jo

Mar Mediterrâneo Tiro


Rio

único e centralizado império. A PALESTINA INA O EGITO HOJE


(CANAÃ)AÃ)
capital era Mênfis. Jerusalém
lém
EUROPA
ÁSIA
DESERTO Saís
Gaza
Mar
Me
diter
DA LÍBIA Tânis râneo
Mar Cairo

O poder do faraó Heliópolis Morto Trópico de Câncer

Ma
EGITO

rV
Mênfis

erm
elh
Gizé

o
Para os egípcios da Anti- Á F R I C A
Heracleópolis DESERTO
guidade, o faraó era um deus e DA ARÁBIA Equador

Akhetaton OCEANO
OCEANO
personificava a sabedoria. Ele (El Amarna) ÍNDICO
Rio

ATLÂNTICO
Mar

determinava o que era bom e


Nil

Tínis
o

Trópico de Capricórnio
justo, condenava o que era mal,
Ver

Vale dos Reis


Tebas
mel

fazia a ligação entre as pessoas Vale das 35º L


Rainhas
ho

0 170 340
e os deuses. Existiam sacerdo-
1ª- catarata km
tes e sacerdotisas, mas era o Trópico de Câncer
Baixo Egito
faraó quem deveria conduzir os
Alto Egito
Banco de imagens/Arquivo da editora

rituais nos templos. Para gover- 2ª- catarata Terras férteis


Kumma
nar, recebia a ajuda dos nomar- Região conquistada no Novo
Império
cas e dos escribas (funcionários) NÚBIA Extensão máxima do Novo
3ª- catarata Império (1580 a.C. a 525 a.C.)
e também liderava a defesa do
Pirâmides
território com a ajuda de chefes 4ª- catarata Cidade
militares. Capital
35º L
Os faraós governaram o Egi-
to por mais de 3 mil anos, em Adaptado de: WORLD History Atlas: Mapping the Human Journey. London:
Dorling Kindersley, 2005; ATLANTE Storico 2010 – Zanichelli 150 (1859-2009). Bologna:
uma sucessão de dinastias. Zanichelli Editore S.p.A., 2009.

Povos da Mesopotâmia e do Egito antigo • CapítUlo 3 61


As três escritas egípcias
A escrita egípcia teria surgido, segundo os estudio- palavra de origem grega que significa “entalhe sagrado”.
sos, na época da unificação do território. Consistia no Com o tempo, os hieróglifos passaram a designar tam-
uso de símbolos para representar palavras: os hieróglifos, bém os sons das palavras, os fonogramas. Por exemplo,
para escrever o nome do deus Osíris – Wosiri, em egípcio
antigo –, eles desenhavam um trono, Wos em egípcio, e
The ArtArchive/Alamy/Other Images

um olho, que era iri. E, em geral, desenhavam também


uma pequena bandeira, que designava um deus. Quase
simultaneamente ao desenvolvimento dos hieróglifos,
foi criada também uma escrita cursiva, mais simples,
chamada hierática. Por meio dela, grande parte dos tex-
tos literários, jurídicos e administrativos do Egito che-
gou até nós. Posteriormente, a escrita foi simplificada
ainda mais, surgindo assim a escrita demótica.
Texto elaborado com base em: GOMBRICH, Ernst. Breve história do
Exemplo de escrita hieroglífica, encontrada na tumba do general mundo. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 31; VERCOUTTER, Jean.
Horemheb, que se tornou faraó egípcio no século XIV a.C. O Egito antigo. São Paulo: Difel, 1974. p. 27-29.

A organização social e o modo de vida egípcio


A sociedade egípcia era rigidamente estratificada, ou seja, estava dividi-
da em grupos sociais fortemente separados entre si. No topo da pirâmide so-
cial estavam o faraó e seus familiares. A seguir, vinham sucessivamente os
sacerdotes, a nobreza, os escribas e os soldados. Na base estavam os campo-
neses e os artesãos e, abaixo deles, só os escravos (veja ilustração a seguir).

Pirâmide social do Egito antigo

Se fossem organizados em camadas


1 Faraó
relativamente proporcionais ao número
de elementos, os grupos sociais do
Egito antigo formariam uma figura na
ra

Sacerdotes/nobreza; forma de pirâmide. No topo, os


ito

2
ed

Burocratas; Militares elementos em menor número e com


da
vo

mais prestígio e autoridade; na base, os


ui
rq
s /A

elementos mais numerosos e com


en

Camponeses/artesãos;
3
ag

menor importância social. Essa


im

Escravos
representação da organização da
de
o
nc

sociedade não foi uma exclusividade da


Ba

sociedade egípcia; pelo contrário, foi


muito frequente em várias sociedades,
ao longo da história da humanidade.

Poucas cidades do antigo Egito sobreviveram ao tempo e às cheias do


Nilo. Mas sabe-se que as moradias mais modestas eram de junco ou madeira
e geralmente contavam com pouco mobiliário. Um pequeno recinto funcio-
nava como sala e dava diretamente para a rua. Havia também banheiro com
lavatório separado, uma sala principal com um pequeno altar, onde eram
recebidas as visitas, quarto, cozinha e uma escada que levava ao telhado,
sempre plano, onde à noite os moradores se refugiavam do calor. Algumas
pessoas com melhor situação social viviam em casas de tijolos de adobe,
uma mistura de barro, areia e palha.

62 Unidade 2 • Urbanização
BibleLandPictures/Alamy/Other Images
Embora os pequenos artesãos
estivessem na base da
pirâmide social do antigo
Egito, junto com camponeses e
escravos, aqueles que se
sobressaíam por suas
qualidades artísticas
assumiam um status superior.
Representação de mulher
egípcia sendo vestida por suas
criadas em mural de Tebas
(1420 a.C.).

As crenças e os deuses egípcios


A religiosidade foi um dos aspectos mais marcantes da sociedade egíp-
cia. Havia muitas divindades e a mais importante era Amon (ou Amon-Rá),
rei dos deuses e criador de todas as coisas, identificado com o Sol, fonte de
energia e de vida.
Os egípcios acreditavam que, após a morte, a vida poderia continuar eter-
namente se a pessoa fosse considerada digna pelos deuses. Tal crença fez
com que os egípcios encarassem a morte como um grande acontecimento.
As tumbas dos faraós continham pinturas que retratavam passagens de sua
vida e de seu governo, com a intenção de mostrar aos deuses suas boas ações.
Era comum um faraó ser enterrado com familiares e funcionários, que iriam
acompanhá-lo e servi-lo na vida eterna. No túmulo do faraó Uadji, por exem-
plo, que viveu há cerca de 5 mil anos, foram encontrados outros 335 corpos. Professor(a), no Procedimento
Para os egípcios, o conceito de “viver após a morte” implicava a perma- Pedagógico deste capítulo há uma
reflexão sobre o trabalho com o
nência física do corpo. Por essa razão, eles desenvolveram e aperfeiçoaram a conceito de temporalidade, a
prática da mumificação (sobre a organização política e as crenças dos egíp- partir das relações entre passado e
presente na história do Egito.
cios atuais, veja o boxe Passado presente, a seguir).
S t r in g
e r/A
nad
olu
Ag
en
cy
/G
et
ty

PASSADO PRESENTE
Im
ag
es

Durante quase 3 mil anos, o Egito foi governado por


sucessivas dinastias de faraós. Ao longo desse perío-
do, a sociedade egípcia passou por muitas mudanças
(as “rupturas históricas”). As pirâmides, por exemplo,
foram construídas principalmente entre 3200 a.C. e
2300 a.C., ou seja, em um período de cerca de 900 anos
apenas, e não ao longo de toda a história do Egito anti-
go. No entanto, nessa sociedade milenar também hou-
ve muitas permanências. Uma das mais significativas
foi o poder inquestionável do faraó.
Atualmente, porém, o Egito é muito diferente daquele
da época dos faraós. A população egípcia é majoritariamente
muçulmana e a língua oficial é o árabe. Em 2011, uma revolta
popular derrubou o presidente que estava no poder há 30 anos.
Desde então, o país vem passando por uma convulsão social com
Manifestantes no Egito, que se autodenominam
manifestações populares, prisões dos participantes, assassinatos “antigolpe”, reúnem-se durante comício contra
de opositores e muita instabilidade política. o governo em março de 2015, no Cairo.

Povos da Mesopotâmia e do Egito antigo • CapítUlo 3 63


A serviço dos deuses e do faraó: a arte e a ciência
Museu do Louvre, Paris. França/Arquivo da editora

Impregnada de religiosidade e de sentimento hierárquico, a arte servia


aos deuses e aos faraós. Assim, as obras mais importantes da arquitetura
egípcia foram os templos e as pirâmides que eram, de fato, os túmulos dos
faraós. No que se refere à pintura e à escultura, havia normas rígidas para
representar os deuses e os faraós, os sacerdotes e a nobreza: as cenas eram
retratadas sem perspectiva; as figuras apareciam com a cabeça, as pernas e
os pés de perfil, enquanto os olhos e o tronco eram mostrados de frente (veja
a imagem ao lado). Na representação de funcionários (os escribas) e de pes-
soas dos grupos sociais mais baixos, essa rigidez estética era menor e essas
Pessoa da nobreza egípcia trajando
pessoas eram retratadas de modo mais realista (veja a imagem da página 63).
um vestido de pele de leopardo
que deixa um ombro e um braço Assim como a questão religiosa levou a um conhecimento bastante amplo
descobertos. Na imagem, o tronco sobre métodos de mumificação, a prática na construção de diques e represas le-
é mostrado de frente, enquanto a
cabeça e as pernas são vou os egípcios a alcançarem grande desenvolvimento em engenharia hidráu-
representadas de perfil. lica. Também na área de transporte, devido à proximidade do rio, construíram
embarcações de variados tipos e tamanhos, tanto fluviais como marítimas.
Conhecedores da anatomia humana, os egípcios obtiveram grandes
avanços na Medicina, usando até mesmo anestesia em operações cirúrgi-
cas. Seus astrônomos criaram diferentes calendários, como o que conferiu
ao ano a duração de 365 dias e seis horas.

ENQUANTO ISSO...

Centros urbanos da América


Na época em que os sumérios erguiam Nos arredores de quatro rios existentes na
cidades como Ur e Uruk na Mesopotâmia, co- região surgiram pelo menos 25 cidades, algu-
meçava a se desenvolver no continente hoje mas situadas no interior do continente, outras,
conhecido como América uma sociedade igual- nas proximidades do oceano Pacífico. A mais
mente complexa. Ela se estabeleceu nos vales antiga delas é Huaricanga, fundada por volta de
do Norte Chico, região do Peru atual, a cerca 3500 a.C. e considerada o primeiro centro urba-
de 200 quilômetros de Lima, cidade construída no da América. Outras cidades de Norte Chico
5500 anos mais tarde e hoje capital peruana. estão também entre as mais antigas do mundo:
Caballete (fundada por volta de 3100 a.C.), Por-
venir e Upaca (2700 a.C.) e Caral (2600 a.C.).
Mark Green/Alamy/Latinstock

A população de Norte Chico contava com


um sistema de irrigação usado para o cultivo
de frutas e legumes. Entre outros produtos
cultivados estava o algodão, usado na fabri-
cação de tecidos e de redes empregadas nas
atividades pesqueiras. Os moradores de Norte
Chico também fizeram grandes construções,
como prédios de até 26 metros de altura, pra-
Caral (Peru), com cerca de 4,5 mil anos de idade, é uma das mais
antigas cidades da América e recebeu da Unesco o título de ças circulares e pirâmides. A partir de 1800 a.C.
Patrimônio Mundial da Humanidade. Foto de 2013. essa civilização entrou em decadência.

Professor(a), no Procedimento Pedagógico deste capítulo há uma proposta de atividade alternativa que, dentro do eixo
SUA OPINIÃO
conceitual da Urbanização, propõe uma reflexão relacionando ambientes urbanos com ambientes rurais nos dias de hoje.

Algumas sociedades organizaram-se em torno da vida urbana e outras, não. Em sua opinião, quais as
principais vantagens e desvantagens das sociedades urbanizadas?

64 Unidade 2 • Urbanização
ESQUEMA-RESUMO

Povos da Mesopotâmia e do Egito antigo

Civilizações que se desenvolveram às margens de grandes rios

Mesopotâmia (Tigre e Eufrates) Egito (Nilo)

Região ocupada por Invenção de


diversos povos importantes
• sumérios tecnologias
• acadianos • arado de cobre
• hititas • uso da força animal Crescimento
• babilônios na agricultura populacional:
• assírios • construção de formação dos
• caldeus diques nomos e surgimento
• sistema numérico, dos nomarcas
etc.

Criação da Organização Unificação


escrita política do império sob
cuneiforme a liderança de
um faraó (por volta
de 3200 a.C.)
Cidades-
-Estado
sumérias
autônomas
(até por volta
de 2350 a.C.)

Crenças Sociedade
religiosas em rigidamente
vários deuses estratificada
formação
Museu do Louvre, Paris. França/Arquivo da editora

de impérios
centralizados
(após a chegada
dos acadianos)
Desenvolvimento
científico e invenções
• engenharia hidráulica
• embarcações
• conhecimento da
anatomia humana, etc.

O desenvolvimento das civilizações na Mesopotâmia e no Egito, durante a Antiguidade, foi


acompanhado pelo processo de centralização política e formação de impérios unificados
que, nessas regiões, teve características próprias. Analise o esquema-resumo e, consideran-
do também seus conhecimentos, explique como ocorreu esse processo.

Povos da Mesopotâmia e do Egito antigo • CapítUlo 3 65

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