História

REVOLUÇÃO AGRÍCOLA E SEDENTARISMO Um grupo de pessoas, como

O processo de desenvolvimento do cultivo funcionários públicos, militares de alta
de alimentos, bem como de domesticação patente, fiscais e escribas, auxiliava o
de espécies animais e vegetais, é chamado faraó no controle da produção
de Revolução Agrícola. agrícola, nas questões militares e na
organização da construção das
A Revolução Agrícola possibilitou que os grandes obras públicas.
grupos humanos adotassem um modo de
vida sedentário. Com os seres humanos em Escriba: funcionário do Estado
moradia fixa, ocorreu o aumento da oferta responsável pela escrita, pelo
de alimentos e um grande crescimento registro de documentos etc.
populacional. Todos esses avanços foram
por conta do desenvolvimento da Na Mesopotâmia, o principal
agricultura e da criação de animais. governante era o rei, considerado um
mediador entre as divindades e os
AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS E O seres humanos. Suas funções eram
SURGIMENTO DO ESTADO controlar as atividades econômicas,
guiar a vida religiosa da população e
Com várias mudanças acontecendo, o comandar o exército. Por muito
Estado surgiu da necessidade de tempo, a mesopotâmia era
organização e centralização na independente entre si e cada cidade
distribuição de tarefas. O Estado tinha seu rei. Com a formação de
fiscalizava a ação de todos, inclusive dos vários impérios na região, o poder do
próprios governante. Além disso, o Estado ficou mais centralizado.
trabalho e as funções das pessoas
passaram a ser determinados pelo Estado. CÓDIGO DE HAMURABI
Os governantes acumulavam obrigações
religiosas e políticas e controlavam a O rei Hamurabi do império Babilônico,
produção. conquistou os territórios da
Mesopotâmia. Para unificar os
A produção agrícola deixou de ser costumes desses diferentes povos, ele
somente para consumo próprio e os organizou o código de Hamurabi, um
produtores passaram a produzir mais do conjunto de leis que determinavam
que precisavam. Esse “resto” era padrões e regras de convívio familiar,
destinado ao comércio e ao sustento das relações de trabalho, punições para
pessoas que exerciam atividades crimes e etc.
religiosas e militares. As 282 leis do Codigo
de Hamurabi foram
No Egito, o governante, chamado de faraó, gravadas em uma
estela de rocha.
era considerado o representante dos com 2,25 metros de
altura. No alto da
deuses na Terra. estela, há uma
representação do rei
Hamurabi recebendo
as leis de Shamash, 0
deus do Sol e da
justiga.
 CIVILIZAÇÕES FLUVIAIS
As civilizações fluviais desenvolveram
conhecimentos para as práticas agrícolas
em razão da necessidade de ocupar e
transformar espaços para o cultivo e o
estoque de alimentos. As pessoas que
trabalhavam na agricultura perceberam,
por exemplo, que, na época das vazantes
dos rios, suas margens poderiam ser
utilizadas para o plantio, pois o baixar das
águas tornava
Civilização fluvial: toda civilização que se
organiza e se estabelece as margens de
grandes rios.
de rios ou mares.
Vazante: período de baixa no nível das
águas de rios e mares.
• Mesopotâmia
A Mesopotâmia ficava entre o Rio Tigre e o
Rio Eufrates, o que favorecia o acesso à
água.
Em algumas épocas do ano, ocorria a cheia
desses rios. Os povos da mesopotâmia
desenvolveram tecnologias para melhorar a
agricultura e o uso dos rios. As principais
obras hidráulicas construídas sob a
responsabilidade do Estado foram:
Sistemas de irrigação (para tornar a
agricultura mais eficiente):
Aquedutos (para controlar o fluxo dos
rios);
Diques (para reter as águas em
períodos de cheia).
Na região da Mesopotâmia, o trabalho e as
funções passaram a ser distribuídos às
pessoas pelo Estado. Desse modo, algumas
pessoas deveriam se dedicar, por exemplo,
à agricultura. Outras se dedicavam à
criação de gado ou ao artesanato.
Havia também uma grande variedade
de profissionais, como ferreiros,
constru-tores, sapateiros e joalheiros,
bem como funcionários que trabalhavam
diretamente para o rei e para o
governo da cidade, como escribas e
soldados.
• Egito
As cidades egípcias antigas começaram
a se desenvolver as margens do que
conta cerca de 5 mil anos. Como na
Mesopotâmia, As águas do Nilo também
subiam e inundavam as terras.
Além de contar com as inundações
naturais para melhorar a prática
agrícola, os egípcios construíram obras
como diques, reservatórios de água e
canais de irrigação.
A construção dessas grandes obras
públicas era comandada pelo Estado,
na figura do governante, o faraó.
MESOPOTÂMIA: RELIGIÃO E
CULTURA
Os povos da Mesopotâmia eram
politeístas, ou seja, cultuavam vários
deuses. Um dos deuses eram Enki,
considerado Deus da água doce e
fresca.
Para os povos da Mesopotâmia, os
deuses tinham sentimentos parecidos
com os nossos mas eram poderosos e
imortais. Os templos costumavam ser
construídos sobre uma pirâmide de
escadas chamada de Zigurate (“prédio
alto” e eram onde moravam os deuses.
 EGITO: RELIGIÃO E CULTURA

Os povos egípcios também eram politeístas

e seus deuses tinham formas humanas e de
animais. Eles acreditavam em vida após a
morte e por isso, o ritual de mumificação
era muito importante. Acreditava-se que a
morte era uma passagem e que, depois
dela, as almas iriam para um tribunal
comandado por Osíris, deus do mundo dos
mortos, no qual enfrentariam um
julgamento.
• A construção das pirâmides
No Egito Antigo, as piramides eram
construl. das para abrigar que detinham
aós e sacordotes, ou seja, aqueles que
detinham o poder político e religioso. Elas
são formadas de imensos blocos de pedra
que pesavam toneladas. Sua construção
demorava décadas e envolvia milhares de
trabalhadores. A maior pirâmide, de
piramidede Quéops
Quéops, por exemplo, tem 147 metros de
altura e foi construída há 5 mil anos.

É interessante notar que, no Egito Antigo,

não existia a maioria das ferramentas que
utilizamos hoje nas construções. Também
não havia materiais como concreto ou
guindastes e caminhões que levassem o
material pesado. Por isso, há historiadores
atuais que ainda pesquisam como as
pirâmides foram erguidas. Algumas teorias
afirmam que os blocos eram levados por
meio de rampas de madeira e alavancados
por cordas.