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OS POVOS MESOPOTÂMICOS: ASSÍRIOS,

ACÁDIOS, BABILÔNIOS E SUMÉRIOS

COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA


PROFESSOR EXTENSIONISTA: LUAN ROGÉRIO
A Mesopotâmia • Mesopotâmia é uma palavra de origem grega
mesos: meio/entre; potamos: rios. Literalmente
significa “ terra entre rios”. Trata-se de uma região
desértica localizada entre os rios Tigre e Eufrates.
Nos dias atuais, é território pertencente ao Iraque.
Por ter sido uma região de passagem, a
Mesopotâmia foi ocupada por vários povos de
diferentes origens, como os sumérios, acádios,
assírios e babilônios. Podemos chamar os povos
que habitaram nessa região de sociedades
hidráulicas por causa da relação do seu
desenvolvimento com as águas dos rios

• O Crescente Fértil, onde se localizava a


Mesopotâmia, é uma região que foi habitada por
vários povos da Antiguidade oriental.
Geograficamente, o Crescente Fértil está localizado
entre o Egito e a Mesopotâmia e é caracterizado
Imagem 01: Localização da Mesopotâmia como uma região desértica (quente e seca), mas
com rios volumosos.
Economia
• Os povos mesopotâmicos se desenvolveram às
margens dos rios. Além de usarem suas águas para
beber, também o faziam para irrigar as plantações. O
desenvolvimento de técnicas de irrigação possibilitou a
construção de canais que levavam as águas do Tigre e
Eufrates para regiões mais distantes das margens
deles.
• A atividade econômica de maior destaque na
Mesopotâmia durante a Antiguidade Oriental foi
a agricultura e o comércio. O produto excedente, ou
seja, aquilo que sobrava, que não havia sido
consumido, não era descartado, mas negociado com
Imagem 02: A agricultura foi uma das
outros povos. Com base na produção agrícola, outras
principais atividades desenvolvidas na atividades econômicas, como o pastoreio, fizeram a
Mesopotâmia. economia mesopotâmica prosperar.
Sociedade
• Sociedade Estamental (não havia possibilidade de R
ascensão de um estamento para o outro); ei
• Rei (considerado deus vivo na terra);
Militares,
• Elite agrária (nobres), militares e sacerdotes. Sacerdotes
• Artesãos, comerciantes e agricultores livres; e Nobreza
• Escravos (Base da sociedade), geralmente eram Artesãos,
prisioneiros de guerra. Comerciante e
Camponeses

Escravos
Cultura e Religiosidade
• A arquitetura mesopotâmica construía belos
templos e palácios, destacando-se zigurates
(construções de vários andares, cada um
menor que o outro). Como a Mesopotâmia
não tinha pedras duras as edificações eram
feitas de tijolos e grande parte não resistiu à
erosão.
• Eles eram politeístas (acreditavam em vários
deuses), entre principais deuses estavam:
Anu, deus do céu; Ishtar, deusa do amor;
Shamash, deus do sol e justiça. Cada cidade-
estado tinha seu deus protetor e quando uma
dominava outra, impunha seu deus.
• Os mesopotâmicos também acreditavam em
muitos demônios e, para evitá-los, praticavam
Imagem 03: O Zigurate de Ur, no Iraque. Detêm 21 vários rituais mágicos, onde animais eram
metros de altura por 62,5 x 43 metros em suas bases
sacrificados.
Os Sumérios • Os sumérios foram os primeiros povos a habitaram a região
da Mesopotâmia. Eles se instalaram próximo aos rios,
utilizando suas águas para bebida e também técnicas de
irrigação que as levava para regiões mais distantes das
margens. Sua permanência na Mesopotâmia foi de 3200 a.C. a
2800 a.C.
• Como era comum nos povos da Antiguidade Oriental, os
sumérios aproximaram a religiosidade da arquitetura. Por
isso, construíram templos religiosos onde eram realizados ritos
feitos pelos sacerdotes. A escrita cuneiforme, ou seja, aquela
feita em forma de cunha e em tabletes de barro, registrava os
feitos dos soberanos sumérios, os ritos religiosos, para manter
um registro sobre a contabilidade do comércio, do palácio real e
da produção agrícola. A produção agrícola excedente era
comercializada com os povos egípcios e indianos.

Imagem 04: Escrita Cuneiforme Suméria


Os Acádios
• Os acadianos eram povos de origem semita que
derrotaram os sumérios e adquiriram o controle da região
em 2334 a.C. Culturalmente, herdaram muito do que fora
desenvolvido pelos sumérios e formaram um império, sob
a liderança de Sargão I.
• Cidades sumerianas ocupavam melhores terras, por isso
chamava a atenção dos acádios, povo da cidade de Acad.
Em aproximadamente 2500 a.C., acádios dominaram
cidades da Suméria. Os Acádios utilizavam arco e flechas,
mostrando-se mais rápidos que a infantaria (tropas a pé)
sumeriana, com seus escudos e lanças pesadas.
Comandados por Sargão I, acádios fundaram o primeiro
Império Mesopotâmico, que se expandiu do golfo Pérsico
até as regiões de Amorru e Assíria. Com a morte de
Sargão I, crescia luta de sumérios por sua liberdade.
• Os amoritas eram um povo semita originário do deserto
Primeiro Império da Arábia que haviam se estabelecido na cidade da
Babilônia. Por volta de 1900 a.C., esse povo constituiu
Babilônico um império na região, conhecido como Primeiro Império
Babilônico. A cidade da Babilônia foi transformada em
um importante centro urbano e comercial de toda a
Mesopotâmia.
• O principal rei dos amoritas foi Hamurábi, responsável
por expandir as fronteiras do Primeiro Império
Babilônico. Atribui-se a Hamurábi o feito de ter
promovido um grande desenvolvimento no plantio
agrícola com a construção de inúmeros canais de
irrigação. Ele também ficou conhecido por organizar um
conjunto de leis mesopotâmicas em um mesmo código,
conhecido como Código de Hamurábi.
• O Código de Hamurábi agrupava uma série de leis
tradicionais da Mesopotâmia sobre o lema da Lei de
Talião: “olho por olho, dente por dente”. Assim, de
Imagem 06: Representação do Rei Hamurábi acordo com esse código, todo aquele que cometesse
algum delito teria uma punição proporcional e
equivalente ao dano que tivesse causado.
• Derivado de Assur, que significa lugar de passagem,
era uma região do norte da Mesopotâmia, utilizada
Os Assírios como passagem natural entre a Ásia e o Mediterrâneo.
Por ser de fácil acesso e ter muitos atrativos sofreu
muitos ataques. Esse perigo constante provavelmente
desenvolveu espírito guerreiro nos assírios. Eles
organizaram um dos primeiros exércitos permanentes
do mundo. Comandos por reis como Sargão II,
Senequerib e Assurnipal, os assírios fizeram grandes
conquistas e construíram um dos maiores Impérios da
antiguidade. Do século VIII ao VI a.C., dominaram
região que incluía Mesopotâmia, Egito e Síria.
• Exercito assírio foi dos mais poderosos de seu tempo:
infantaria era equipada de lanças, espadas e escudos
de ferro; cavalaria de carroças de combate com rodas
reforçadas.
• Os Assírios eram um dos povos mais cruéis, não se
contentavam com a simples vitória, mas massacravam
os vencidos, torturando-os, queimando e destruindo as
Imagem 07: A máquina de guerra assíria foi uma
cidades conquistadas. Os povos submetidos
das mais eficientes da Antiguidade
procuravam libertar-se desse terror, promovendo várias
revoltas e enfraquecendo paulatinamente os assírios.
• O Segundo Império Babilônico foi formado pelos caldeus
Segundo Império e teve como principal reinado o de Nabucodonosor. Suas
características primordiais foram: desenvolvimento da
Babilônico arquitetura e expansionismo. A primeira foi responsável
por construções marcantes, como a Torre de Babel e os
Jardins Suspensos; o segundo, pela conquista de
Jerusalém.
• Na bíblia, os caldeus são descritos como o povo que
destruiu Jerusalém e são também chamados de novos
babilônios. Apesar de serem citados no livro sagrado do
cristianismo, os caldeus, assim como todos os povos
mesopotâmicos eram politeístas e cultuavam vários
deuses e divindades ligados à natureza e fenômenos
naturais.
• Em 539 a.C., os persas, liderados por Ciro, o Grande,
invadiram o território mesopotâmico e dominaram
completamente a Babilônia, pondo fim à hegemonia dos
caldeus.

Imagem 08: Representação de Nabucodonosor


O EGITO ANTIGO
COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA
PROFESSOR EXTENSIONISTA: LUAN ROGÉRIO
Introdução
• Situado no nordeste da África, o Egito Antigo
limitava-se ao norte com o mar Mediterrâneo, ao sul
com a Núbia (atual Sudão), a leste com o mar
vermelho e a oeste com o deserto da Líbia.
• O seu território estreito e comprido dividia-se em
duas grandes regiões: o Alto Egito (região do vale) e
o Baixo Egito (região do delta do rio Nilo).
• O vale compõe-se de uma faixa que se estende
pelas margens do Nilo, com cerca de mil quilômetros
de comprimento por dez de largura.
• Por ser uma região de clima seco e área desértica,
os egípcios da região do vale souberam aproveitar as
enchentes periódicas do rio Nilo para obter água e
tornar a terra propícia à prática da agricultura.
Economia
• A organização econômica dos egípcios estava
pautada no rio Nilo. O historiador grego
Heródoto afirmou que “o Egito é a dádiva do
Nilo”, o que mostra a importância do corpo
hídrico para a estruturação dessa sociedade. 
• A agricultura era a principal atividade
realizada: os indivíduos compreendiam os
regimes de cheia e de vazão do rio. Assim,
realizam seu plantio e colheita conforme a
máxima fertilidade do solo e a estiagem do
clima.
• Os produtos agrícolas como o linho, a cevada
e o trigo eram comercializados. Além disso,
desenvolveram-se atividades pecuárias nas
Imagem 02: Rio Nilo proximidades do Nilo, que também eram
importantes para o sustento da população.
Economia
• A administração real e os templos detinham
grande parte das terras, usando os excedentes
e os tributos para sustentar funcionários e
artesãos. Existia, no entanto, propriedade
privada de altos funcionários, dispersos
territorialmente.
• Os impostos arrecadados no Egito
concentravam-se nas mãos do faraó, sendo
que era ele quem decidia a forma que os
tributos seriam utilizados. Grande parte deste
valor arrecadado ficava com a própria família
do faraó, sendo usado para a construção de
palácios, monumentos, compra de joias, etc.
Outra parte era utilizada para pagar
funcionários (escribas, militares, sacerdotes,
administradores, etc.) e fazer a manutenção do
reino.
• A organização social do Egito Antigo não apresentava

Sociedade
mobilidade entre as camadas — o nascimento
determinava o seu lugar frente ao mundo egípcio. 
• Nos melhores estratos estavam o faraó e sua família,
os sacerdotes, os escribas e os estadistas. A
aristocracia também obtinha grande prestígio social.
Logo depois vinham os camponeses e, por último, as
pessoas escravizadas pela guerra.
• A escravidão era importante nas minas e pedreiras.
Foi utilizada também em âmbito doméstico e no
exército, mas nunca constituiu um sistema escravista.
• Rei: vértice da hierarquia social e considerado deus,
intermediário entre a população e os demais deuses.
• Família real: sacerdotes e funcionários formavam uma
alta hierarquia.
• Hierarquia média formada por funcionários inferiores,
Fonte: https://bit.ly/43xolkr escribas, artistas e artesãos da corte.
O pensamento Egípcio Antigo

• O pensamento egípcio é considerado pré-filosófico e


mítico. Tenta estabelecer um princípio em que as
coisas foram feitas pela primeira vez, justificando um
repetição cíclica estabilizadora da sociedade. De
maneira geral, escribas e sacerdotes existiam em
conformidade com o Estado faraônico. Este era
legitimado pela reprodução de uma ordem sagrada
primitiva em que o próprio deus vivia e governava,
sendo o faraó o herdeiro desse reino.
• Acreditavam no poder criador da palavra, de tal
modo que muitos objetos do mundo teriam sido
criados originalmente por deuses que pronunciaram
os nomes das coisas. Nesse sentido, os egípcios
usavam a magia com ritos, símbolos e imagens para
coagir os deuses e o cosmos.
A Religião • Os egípcios eram politeístas. Os deuses possuíam
poderes específicos e atuavam na vida das pessoas.
Haviam também deuses que possuíam o corpo formado
por parte humana e parte de animal sagrado
(antropozoomorfismo).
• O culto a animais, como o touro e o hipopótamo eram
também importantes. A religião oficial explicava que
esses animais encarnavam parte da força dos deuses.
• Prevalecia ainda uma crença em vida após a morte, com
dois destinos possíveis para o morto, que variaram de
acordo com o momento histórico e a região:
1) ressuscitação dentro do templo, de onde o morto saia
em forma de pássaro.
2) A submissão ao tribunal de Osíris, que permitia a vida
em uma outra terra, em muito semelhante ao próprio
Egito.
Rá (principal deus da religião egípcia)
Língua, Escrita e Literatura e Artes
• A língua egípcia comporta aspectos de dialetos africanos e semitas, tendo sofrido alterações diversas durante
a antiguidade.
• Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do
cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos).
• No princípio, a escrita era mais utilizada para fins rituais, estando presente em túmulos, templos e no Livro dos
Mortos. A partir do Reino Antigo, aparece também uma “literatura profana”, com romances, sátiras e tratados
técnicos.
• A ciência egípcia parece ter se vinculado principalmente à matemática, com o desenvolvimento de técnicas de
agrimensura, sistema decimal (sem o zero), geometria e trigonometria. As técnicas de mumificação ofereceram
aprofundado conhecimento sobre anatomia humana.
• De maneira geral, a cultura desenvolvida ficava bastante restrita aos sacerdotes e escritores da corte.
• A arte no Egito Antigo estava bastante vinculada à religião, atendendo principalmente às demandas dos
templos e do faraó. A pintura não desenvolveu a perspectiva. Na arquitetura, desenvolveu-se a construção de
salas sustentadas por pilares. À frente dos templos, mantinham-se grandes esculturas de faraós e
representações de deuses. Durante o reinado de Amenhotep IV, houve um breve período de vigência de
tendências naturalistas.
Escrita Hieroglífica e Demótica
Escrita Hieroglífica (mais complexa e Escrita Demótica (mais simplificada
formada por desenhos e símbolos). e usada para assuntos do cotidiano)

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