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Prof.

José Maria
Língua Portuguesa para Polícia Federal Aula 12

Aula 12 – Redação Oficial


Língua Portuguesa p/ Polícia Federal
Prof. José Maria C. Torres

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Sumário
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................2

REDAÇÃO OFICIAL ................................................................................................................................... 4

CAPÍTULO I – ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL .............................................................................................. 5


CLAREZA E PRECISÃO .................................................................................................................................... 7
OBJETIVIDADE................................................................................................................................................ 8
CONCISÃO ...................................................................................................................................................... 9
COESÃO E COERÊNCIA ................................................................................................................................. 10
IMPESSOALIDADE ........................................................................................................................................ 11
FORMALIDADE ............................................................................................................................................. 14
CAPÍTULO II – AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS ............................................................................................................ 20
Introdução ..................................................................................................................................................... 20
O padrão ofício .............................................................................................................................................. 25
Tipos de Documento ...................................................................................................................................... 33
O DECRETO 9.758, DE 11 DE ABRIL DE 2019 .......................................................................................................... 36

QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR......................................................................................... 41

LISTA DE QUESTÕES...............................................................................................................................48

GABARITO .............................................................................................................................................. 52

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Olá, meus amigos!


Vamos falar nesta aula sobre Redação Oficial, assunto bastante modificado por atualizações recentes no
famoso Manual de Redação da Presidência da República (MRPR). Procurei filtrar da melhor forma as
informações, de modo que o entendimento ficasse bem facilitado.
É basicamente nosso último item do edital, galera!

Desde já, agradeço imensamente a vocês pela confiança em mim depositada! Tenho a exata noção de
que chegar até aqui não foi fácil, mas espero ter facilitado ou tornado menos difícil sua caminhada.
Saibam, desde já, que sempre poderão contar comigo!

Vamos em frente, pois ainda há jogo a ser disputado!

Uma excelente aula a todos! Bom proveito!

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Redação Oficial
Moçada, é chegada a hora de falarmos sobre
Redação Oficial, a chamada Redação de
Correspondências Oficiais.

Tomaremos como base o Manual de Redação


da Presidência da República (MRPR), que, ao
apagar das luzes de 2018, passou por uma
considerável atualização. Esse documento está hoje
na sua 3ª edição e pode ser obtido facilmente na
internet por meio do link: https://bit.ly/1noxZwD.
Não bastasse essa mudança, houve a
publicação ainda mais recente do DECRETO Nº
9.758, DE 11 DE ABRIL DE 2019, que impactou
diretamente as formas de tratamento empregadas
nas correspondências oficiais. Ocorre que, até a
presente data, não houve atualização do MRPR
com essas novas exigências trazidas pelo Decreto
9.758/2019. Dessa forma, enquanto assim
permanecer, levaremos ao pé da letra o que
consta no MRPR, na sua mais recente edição, a 3a.
Ao final da aula, falarei brevemente sobre o Decreto 9.758 e como ele pode ser cobrado em prova, ok?
Galera, esse assunto é muito novo. É interessante que comecemos o estudo dessa teoria do zero absoluto.
Mesmo aqueles que já estudaram o tópico para provas passadas, devem “zerar” o HD e novamente passar o
pente fino pelo Manual, pois, como afirmei, houve mudanças consideráveis. No meu entendimento, as
possibilidades de questões referentes à Redação Oficial foram bem desidratadas. Acredito que grande parte
dos questionamentos nas próximas provas girem em torno dos aspectos relativos a linguagem empregada e
finalidade dos documentos. Grande parte das tradicionais questões referentes a aspectos estruturais e formas
de tratamento perderam completamente o sentido. No entanto, isso é um “chute” meu. Precisamos analisar
por completo todos os detalhes.

Outro ponto relevantíssimo antes de iniciarmos para valer: nossa referência é o Manual de Redação da
Presidência da República. Por que digo isso? Há vários manuais de redação por aí, moçada. No caso de
correspondências oficiais, alguns órgãos possuem manuais próprios. Obviamente, muitos desses documentos
adotam grande parte dos mandamentos constantes no Manual da Presidência, mas há sempre particularidades
que precisam ser frisadas. Nesta aula, todas as orientações e regramentos vão ao encontro do MRPR, ok?

Pois bem! Uma introdução mais longa do que a habitual, não é mesmo? Esses esclarecimentos são
necessários, moçada, para que vocês tenham um norte bem claro! Vamos começar? Detalhemos a seguir passo
a passo as instruções constantes na 3ª edição do Manual de Redação da Presidência da República.

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Capítulo I – Aspectos Gerais da Redação Oficial

O Capítulo I apresenta a divisão em 3 itens, como se vê acima.


Trata-se de um capítulo introdutório, em que se define redação oficial e se elencam seus atributos.
Destaque deve ser dado ao seguinte trecho, presente no item 1 – Panorama da redação oficial –, na
página 16 (os grifos são meus):

No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o serviço público (este/esta ou aquele/aquela
Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum
assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; e o destinatário dessa comunicação é o
PÚBLICO, uma instituição privada ou outro órgão ou entidade pública, do Poder Executivo ou dos
outros Poderes. Além disso, deve-se considerar a intenção do emissor e a finalidade do documento, para
que o texto esteja adequado à situação comunicativa.

COMENTÁRIOS:
Como se lê, o REMETENTE É SEMPRE O SERVIÇO PÚBLICO; o assunto tratado no documento diz
respeito UNICAMENTE ao órgão público; e o DESTINATÁRIO pode ser outro órgão público, MAS TAMBÉM
PODE SER UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA OU O PÚBLICO EM GERAL, OU SEJA, PARTICULARES.

As bancas tentarão enganar vocês dizendo que a correspondência pode ser remetida tanto pelo
serviço público como pelo próprio público, o que é ERRADO, pois o REMETENTE É SEMPRE O
SERVIÇO PÚBLICO. Também vão tentar enganar vocês afirmando que a correspondência oficial deve
ser dirigida de órgão público NECESSARIAMENTE para outro órgão público, o que é ERRADO, pois o
destinatário, como vimos, pode ser uma instituição privada ou o público em geral - particulares.

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CESPE - Auditor do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte/2015

Com referência a aspectos gerais da redação oficial e à adequação da linguagem ao tipo de documento, julgue
o item seguinte de acordo com as disposições do Manual de Redação da Presidência da República.
As comunicações oficiais são remetidas em nome do serviço público ou do próprio público, representado pelo
conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

As comunicações oficiais são remetidas SEMPRE em nome do serviço público. Isso significa que o remetente é
sempre um órgão do serviço público, nunca um particular ou uma instituição privada.

Resposta: ERRADO

CESPE - Especialista em Gestão de Telecomunicações (TELEBRAS)/Advogado/2015 (e mais 11 concursos)

Com relação a aspectos gerais de forma e de linguagem das comunicações oficiais, julgue o item que se segue,
conforme o Manual de Redação da Presidência da República.

Nas comunicações oficiais, há sempre um único comunicador, o serviço público, sendo os receptores dessas
comunicações o próprio serviço público ou o conjunto de cidadãos ou instituições, estes tratados de forma
homogênea.
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Conforme explicitado no Manual de Redação da Presidência da República. O remetente é unicamente um


órgão público. Já o destinatário pode ser tanto um órgão público, como uma instituição privada ou o público
em geral.
Resposta: CERTO

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Destaque deve ser dado ao item 3 – Atributos da redação oficial –, detalhado nas páginas 17 a 20.

Nele estão elencados os atributos da


redação oficial, a saber: clareza e precisão,
objetividade, concisão, coesão e coerência,
IMPESSOALIDADE, formalidade e
padronização, uso da norma padrão.

Vejam que destaquei o critério da


IMPESSOALIDADE, pois este está explicitado
na CF, no famoso art. 37:

art. 37: “A administração pública direta, indireta, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade, a impessoalidade e a eficiência princípios
fundamentais de toda a administração pública, devem igualmente nortear a elaboração dos atos e
das comunicações oficiais.

Precisamos detalhar cada um desses atributos. É o que faremos agora. Acompanham:

CLAREZA E PRECISÃO
Diz o Manual (os grifos são meus):

Para a obtenção de clareza, sugere-se:


a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o texto versar sobre
assunto técnico, hipótese em que se utilizará nomenclatura própria da área;
b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta e evitar intercalações
excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da ordem inversa da
oração;
c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto;
d) não utilizar regionalismos e neologismos;
e) pontuar adequadamente o texto;
f) explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e
g) utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indispensáveis, em razão de
serem designações ou expressões de uso já consagrado ou de não terem exata tradução. Nesse caso,
grafe-as em itálico, conforme orientações do subitem 10.2 deste Manual.

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COMENTÁRIOS:

Destaquemos o fato de a recomendação ser pelo emprego de uma linguagem simples, o que não implica,
como veremos mais adiante, dispensar o emprego da norma culta. É imprescindível o emprego da norma culta,
porém deve-se privilegiar o emprego de uma linguagem simples, de conhecimento comum, permitindo-se o
emprego da linguagem técnica quando realmente se fizer necessário.

O Manual sugere o não emprego de neologismos (palavras novas, inventadas, não dicionarizadas) e
regionalismos. Além disso, recomenda que o significado das siglas seja explicitado na 1ª aparição e sugere que
estrangeirismos sejam empregados apenas quando indispensáveis e que estes sejam grafados em itálico.

OBJETIVIDADE
Diz o Manual (os grifos são meus):

Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem redundâncias.
Para conseguir isso, é fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia principal e quais são
as secundárias.

É errado supor que a objetividade suprime a delicadeza de expressão ou torna o texto rude e
grosseiro.

COMENTÁRIOS:

Nada de novo aqui! Deve-se tomar ao pé da letra o alerta de que ser objetivo não significa se rude ou
grosseiro.

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CONCISÃO
Diz o Manual (os grifos são meus):

A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que
consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras.

Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar
passagens substanciais do texto com o único objetivo de reduzi-lo em tamanho.

Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentem
ao que já foi dito.

Detalhes irrelevantes são dispensáveis: o texto deve evitar caracterizações e comentários supérfluos,
adjetivos e advérbios inúteis, subordinação excessiva.

COMENTÁRIOS
A concisão está intimamente ligada ao critério da objetividade. As bancas vão tentar empurrar para vocês
que a concisão é meramente escrever pouco, o que é ERRADO. A concisão consiste em expressar o que se tem
para dizer com o mínimo de palavras POSSÍVEL.

Como dito, não se admite eliminar partes substanciais (importantes) do texto, para atender a esse
critério.

CESPE - Agente de Polícia Federal/2018

Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou
impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua
inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido
pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
Brasil. Presidência da República. Manual de Redação da Presidência da República. 2.ª ed. Brasília, 2002.

Considerando o fragmento de texto apresentado, julgue o seguinte item, de acordo com o disposto no
Manual de Redação da Presidência da República (MRPR).

A concisão é uma qualidade da redação oficial que atende ao princípio da economia linguística, segundo o
qual se deve reduzir ao mínimo de palavras possível o conteúdo a ser comunicado, evitando-se
redundâncias ou trechos inúteis.
( ) CERTO ( ) ERRADO

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RESOLUÇÃO:
Embora esse trecho tenha sido retirado da 2ª edição do Manual de Redação da Presidência da República, está
em perfeita consonância com a versão atual.

Resposta: CERTO

CESPE - Técnico Judiciário (TRE PE)/Apoio Especializado/Operação de Computadores/2016 (e mais 1


concurso)

Assinale a opção correta acerca de aspectos gerais da redação oficial.


e) A concisão é uma característica dos textos oficiais que se concretiza por meio da economia de
pensamento.

RESOLUÇÃO:

Como explicitado no MRPR, a economia é de palavras, não de pensamentos.


A letra E está errada, portanto!

CESPE - Analista Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 (e mais 3 concursos)

e) A concisão de um texto oficial relaciona-se à sua capacidade de transmitir o máximo de informações


empregando o mínimo de palavras.

RESOLUÇÃO:

Praticamente uma cópia literal do que está posto no MRPR.


A letra E está CERTA, portanto!

COESÃO E COERÊNCIA
Diz o Manual:

Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um texto são: referência, substituição,
elipse e uso de conjunção.

COMENTÁRIOS:

Nada novo aqui. Trata-se da recomendação dada a qualquer texto escrito.

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IMPESSOALIDADE
Sem sombra de dúvidas, trata-se do mais importante atributo e alvo das mais numerosas “pegadinhas”.

Diz o Manual (os grifos são meus):

Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das
comunicações oficiais decorre:

a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um


expediente assinado por Chefe de determinada Seção, a comunicação é sempre feita em nome do
serviço público.

b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre
concebido como público, ou a uma instituição privada, a outro órgão ou a outra entidade pública.

c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais
se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural não caber qualquer tom
particular ou pessoal.

COMENTÁRIOS

Galera, tomem cuidado com uma pegadinha clássica presente nas questões de Redação Oficial. A banca
tentará empurrar goela abaixo que o emprego da 1ª PESSOA DO SINGULAR fere o atributo da
IMPESSOALIDADE. Galera, essa afirmação está ERRADA! Vou repetir! Está ERRADA! Está ERRADA! Está
ERRADA!

O emprego do EU é mais do que natural nesse tipo de texto, haja vista que temos nele um remetente.
Entendam uma coisa: A IMPESSOALIDADE NÃO ESTÁ LIGADA AO EMPREGO DA PESSOA
GRAMATICAL. Ela está sim ligada À AUSÊNCIA DE IMPRESSÕES INDIVIDUAIS POR QUEM ENVIA; O
TRATAMENTO IMPESSOAL A QUEM RECEBE A COMUNICAÇÃO; O TEOR IMPESSOAL DO ASSUNTO
TRATADO.

O que isso quer dizer?


Quer dizer que, na correspondência oficial, não há marcas nem impressões individuais. Quem fala fala em
nome do órgão que representa. Todo o conteúdo do texto é de interesse da Administração Pública, e não dos
indivíduos presentes na comunicação.

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CESPE - Analista Judiciário (STJ)/Administrativa/2018 (e mais 7 concursos)

Considerando que o texto apresentado constitua um expediente hipotético, julgue o item seguir,
acerca de aspectos da redação oficial.
O uso da primeira pessoa (...) não viola a recomendação de impessoalidade da linguagem em
comunicações oficiais.
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Exato! A impessoalidade não está associada ao emprego da pessoa gramatical, mas sim à ausência de
impressões individuais.
Resposta: CERTO

CESPE - Técnico de Gestão Educacional (SEDF)/Apoio Administrativo/2017 (e mais 1 concurso)

A respeito de correspondência oficial, julgue o item seguinte, à luz do Manual de Redação da Presidência da
República.

Decorre do princípio da moralidade a prescrição de que não deve haver impressões pessoais em textos
oficiais.
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Cuidado! Decorre do princípio da IMPESSOALIDADE, e não da moralidade.


Resposta: ERRADO

CESPE - Analista de Gestão Educacional (SEDF)/Administração/2017 (e mais 8 concursos)

...

Senhor Ministro,

1. Com o objetivo de estimular a produção de pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento, a
Universidade das Garças criou, no ano de 2014, o Prêmio Professor Pesquisador.

2. A Cerimônia de Entrega das premiações da primeira edição do prêmio será às 19 h de 1.º de novembro de
2014 e terá lugar nesta Universidade.

3. Assim, gostaríamos de convidar Sua Excelência para participar da referida cerimônia entregando as
premiações aos escolhidos e também proferindo breve discurso de encerramento.
Respeitosamente,

...

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Considerando as características e padronização das correspondências oficiais constantes no Manual de


Redação da Presidência da República (MRPR), julgue o item a seguir, pertinentes ao documento oficial
hipotético anteriormente apresentado.

O uso da primeira pessoa do plural no último parágrafo do documento em questão fere o princípio da
impessoalidade, necessário nas comunicações oficiais.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

A impessoalidade não está associada ao emprego da pessoa gramatical, mas sim à ausência de
impressões individuais.
Resposta: ERRADO

CESPE - Analista Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 (e mais 3 concursos)

Assinale a opção correta acerca de aspectos gerais da redação oficial.

d) A impessoalidade da redação oficial se manifesta na impossibilidade de emprego da primeira


pessoa gramatical e pressupõe total ausência de tratamento personalista aos assuntos do texto.
RESOLUÇÃO
Acerta o item quando afirma que a impessoalidade pressupõe total ausência de tratamento
personalista, mas erra quando afirma ser impossível o emprego da 1ª pessoa do singular.
A letra D está, portanto, ERRADA.

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FORMALIDADE
Importantíssimo atributo! Trata-se da linguagem empregada nos comunicados oficiais.

Destacamos algumas passagens do Manual (os grifos são meus):

(...) a língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade;

(...) o uso do padrão culto não significa empregar a língua de modo rebuscado ou utilizar figuras
de linguagem próprias do estilo literário;

Pode-se concluir que NÃO EXISTE PROPRIAMENTE UM PADRÃO OFICIAL DE LINGUAGEM, o que
há é o uso da norma padrão nos atos e nas comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo
uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas,
mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem
burocrática. O JARGÃO BUROCRÁTICO, COMO TODO JARGÃO, DEVE SER EVITADO, POIS TERÁ
SEMPRE SUA COMPREENSÃO LIMITADA.

COMENTÁRIOS:

A banca vai tentar opor simplicidade à norma culta, criando uma falsa dicotomia. Tentarão empurrar
goela abaixo que um texto simples necessariamente faz uso de coloquialismos que contrariam a norma culta,
O QUE NÃO É VERDADE!

É PLENAMENTE POSSÍVEL O EMPREGO DE UMA LINGUAGEM SIMPLES E CORRETA AO MESMO


TEMPO.
Outro ponto, deve-se evitar a linguagem técnica, burocrática, que faz uso de jargões típicos de
determinados falantes ou meio profissionais. A linguagem técnica, como vimos, não é proibitiva, mas deve ser
empregada quando realmente for necessária.
OUTRO DETALHE IMPORTANTÍSSIMO: NÃO EXISTE UM PADRÃO OFICIAL DE LINGUAGEM, como
se determinado padrão fosse empregado somente nos comunicados oficiais. Não! Não existe essa
particularização, pois a linguagem empregada na redação oficial nada mais é do que a linguagem culta, prevista
pela gramática normativa.

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CESPE - Agente de Polícia Federal/2018

Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou
impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua
inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido
pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.

Brasil. Presidência da República. Manual de Redação da Presidência da República. 2.ª ed. Brasília, 2002.

Considerando o fragmento de texto apresentado, julgue o seguinte item, de acordo com o disposto no Manual
de Redação da Presidência da República (MRPR).

Embora estabeleça parâmetros para o uso da língua em redações oficiais, o MRPR rejeita a adoção de um
padrão de escrita baseado em uma linguagem administrativa específica, alheia à evolução natural da
língua.
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Exatamente!

Não há um padrão de linguagem técnica. A linguagem empregada nas comunicações oficiais simplesmente é
a culta.

Resposta: CERTO

CESPE - Técnico Judiciário (TJ SE)/Administrativa/Judiciária/2014 (e mais 1 concurso)

Com relação às características gerais da redação oficial, julgue o item que se segue.
O uso de uma forma específica de linguagem administrativa contraria as normas de redação das
correspondências oficiais.
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:
Exatamente!

O Manual rejeita a adoção de uma linguagem técnica específica.

Resposta: CERTO

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CESPE - Analista Judiciário (TJ CE)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2014 (e mais 8 concursos)

A respeito dos aspectos gerais da redação oficial, assinale a opção correta de acordo com o Manual de Redação
da Presidência da República (MRPR).
a) A impessoalidade evita a interpretação ambígua que poderia resultar de um tratamento personalista dado
ao texto e é alcançada com a contribuição de atributos como concisão, clareza, objetividade e formalidade.

b) A fim de conferir clareza ao texto redigido, prescinde-se de sua releitura, que requer tempo e atenção para
corrigir erros.

c) Tendo em vista que as comunicações oficiais têm caráter público e finalidade de informar com o máximo de
clareza e concisão e que a impessoalidade contribui para o alcance dessa finalidade, o MRPR recomenda o uso
de padrão oficial de linguagem na redação de expedientes oficiais.

d) Para atender ao princípio de economia linguística, relacionado à qualidade de concisão, é recomendado o


uso de abreviações e siglas no texto oficial, dispensando-se a explicação de seu significado, uma vez que este é
facilmente apreensível pelo leitor.

e) A redação oficial deve nortear-se pelos atributos de formalidade, uniformidade, verbosidade e uso do padrão
culto da língua.
RESOLUÇÃO

Letra A – CERTA – Uma possível ambiguidade criada por um tratamento personalista seria a de associar o
conteúdo do documento ao órgão ou a pessoa que o envia.

Letra B – ERRADA – A releitura é sugerida pelo MRPR como forma de evitar erros gramaticais e inadequações
de linguagem.
Letra C – ERRADA – Não existe um padrão específico para a linguagem empregada na redação oficial. A
linguagem é simplesmente a culta, preconizada pela gramática normativa.
Letra D – ERRADA – De forma alguma! Sugere-se a explicação do significado da sigla em sua primeira aparição
no texto.
Letra E – ERRADA – Não há previsão para o assim chamado princípio da verbosidade.

Resposta: A

IDECAN - Administrador (AGU)/2019 (e mais 3 concursos)

No que tange à linguagem dos atos normativos, com base no que orienta o Manual de redação da Presidência
da República, é correto afirmar que

a) as comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer
cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados
grupos. Não há dúvida de que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os
regionalismos vocabulares, tem sua compreensão dificultada. Entretanto, abre-se exceção para os jargões
técnicos, inerentes ao assunto abordado.

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b) o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza
de expressão. Caso se considere um caminho para a pobreza de linguagem, o uso do padrão culto possibilita,
com reservas, o emprego de linguagem rebuscada, mas não de contorcionismos sintáticos e figuras de
linguagem próprios da língua literária.

c) se deve buscar, em nome da uniformidade, um “padrão oficial de linguagem”, com uso do padrão culto nos
atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será
obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, e isso implica, necessariamente, que se consagre
a utilização de uma forma de linguagem burocrática.
d) a linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso
indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de
difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-
los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos
cidadãos.

e) a necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre do
próprio caráter público desses atos e comunicações. Em relação à sua finalidade, os atos oficiais estabelecem
regras para a conduta dos cidadãos e regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se
for empregada a linguagem técnica adequada própria do órgão regulador.

RESOLUÇÃO:

Identifiquemos com um realce o trecho errado em cada uma das letras:


A) as comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer
cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados
grupos. Não há dúvida de que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os
regionalismos vocabulares, tem sua compreensão dificultada. Entretanto, abre-se exceção para os jargões
técnicos, inerentes ao assunto abordado.

Comentários: Não há exceção quanto ao jargão técnico. Ele, assim como todo jargão, deve ser evitado.

B) o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza
de expressão. Caso se considere um caminho para a pobreza de linguagem, o uso do padrão culto possibilita,
com reservas, o emprego de linguagem rebuscada, mas não de contorcionismos sintáticos e figuras de
linguagem próprios da língua literária.

Comentários: Não se admitem rebuscamentos.

C) se deve buscar, em nome da uniformidade, um “padrão oficial de linguagem”, com uso do padrão culto nos
atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será
obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, e isso implica, necessariamente, que se consagre
a utilização de uma forma de linguagem burocrática.

Comentários: De forma alguma! Não existe um padrão oficial de linguagem nem se admite o emprego de
uma linguagem burocrática, restrita a alguns falantes.

E) a necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre do
próprio caráter público desses atos e comunicações. Em relação à sua finalidade, os atos oficiais estabelecem

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regras para a conduta dos cidadãos e regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se
for empregada a linguagem técnica adequada própria do órgão regulador.

Comentários: A linguagem técnica deve ser empregada somente quando estritamente necessária para o
entendimento do conteúdo do texto.

A letra D, portanto, traz a redação correta.

Resposta: D

FUNDEP - Assistente de Administração (INB)/2018

Considere as seguintes afirmativas sobre a redação de documentos e as normatizações do Manual de Redação


da Presidência da República.

I. Em uma frase, pode-se dizer que a redação oficial é o modo em que o Poder Público elabora e compõe atos
normativos e comunicações.

II. A redação oficial deve se caracterizar pela pessoalidade e responsabilidade, uso do padrão da norma culta e
linguagem, podendo valer-se da informalidade desde que com clareza, concisão e uniformidade.

III. As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer
cidadão brasileiro, e os regionalismos vocabulares ou jargões técnicos dificultam sua compreensão.

Segundo a normatização do Manual de Redação da Presidência da República, está(ão) correta(s) a(s)


afirmativa(s) do(s) item(ns):

a) I, apenas.
b) II e III, apenas.

c) I e III, apenas

d) I, II e III.
RESPOSTA:
A afirmativa II está falsa, haja vista que a redação oficial é caracterizada pela impessoalidade.

As afirmações I e III estão em consonância com as orientações constantes no MRPR.

Resposta: C

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IBFC - Redator (CM Feira de Santana)/Debates/2018

A respeito da linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais, assinale a alternativa correta:

a) Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter informativo, ou estabelecem regras para a conduta
dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos
b) As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer
cidadão brasileiro, evitando-se uma linguagem restrita a determinados grupos

c) Ressalte-se que não há distância entre a língua falada e a escrita uma vez que ambas compreendem
diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça

d) A linguagem técnica deve ser empregada em todas as situações de comunicação oficial, devendo ser
adotada no desenvolvimento das mensagens por sua clareza

RESOLUÇÃO
Letra A – ERRADA – Os atos oficiais são de caráter normativo, e não informativo.

Letra B – CERTA – Em perfeita consonância com o MRPR.

Letra C – ERRADA – O padrão falado segue uma codificação bem distinta do padrão escrito.

Letra D – ERRADA – A linguagem técnica deve ser empregada quando estritamente necessária para o
entendimento do documento oficial.

Resposta: B

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Capítulo II – As Comunicações Oficiais


O capítulo II é composto pelos itens 4, 5 e 6.

O item 5 (O padrão ofício) sofreu consideráveis alterações decorrentes da atualização no MRPR feita no
final de 2018. Por fim, o item 6 (Tipos de documento) se assemelha bastante em conteúdo à edição anterior.

Cabe a nós mapear detalhadamente essas inovações. É o que faremos a seguir.

Introdução

Pronomes de Tratamento

Galera, na seção relativa a pronomes de tratamento, há uma detalhada previsão dos tipos de pronome
que devem ser empregados nos campos ENDEREÇAMENTO, VOCATIVO e no CORPO DO TEXTO. Vejamos a
seguir essa listagem. Trata-se da reprodução fiel do conteúdo do MRPR, constante nas páginas 23 e 24 do
documento:

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Signatário

Voltando às mudanças trazidas pela 3a edição, o MRPR estabeleceu algumas normas específicas para o
SIGNATÁRIO e para a GRAFIA DE CARGOS COMPOSTOS. Vejamos:
Lê-se no Manual:

Na identificação do signatário, depois do nome do cargo, é possível utilizar os termos interino e


substituto, conforme situações a seguir: interino é aquele nomeado para ocupar transitoriamente
cargo público durante a vacância; substituto é aquele designado para exercer as atribuições de
cargo público vago ou no caso de afastamento e impedimentos legais ou regulamentares do
titular.

Esses termos devem ser utilizados depois do nome do cargo, sem hífen, sem vírgula e em minúsculo.

Como exemplos, podemos citar:

Diretor-Geral interino
Secretário-Executivo substituto

SEM HÍFEN, SEM VÍRGULA E EM MINÚSCULO

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Além disso, faz-se menção ao signatário do sexo feminino:

Na identificação do signatário, o cargo ocupado por pessoa do sexo feminino deve ser flexionado no
gênero feminino.

Como exemplos, podemos citar:

Ministra de Estado
Secretária-Executiva interina
Técnica Administrativa
Coordenadora Administrativa

Grafia de Cargos Compostos

Escrevem-se com hífen:

a) cargos formados pelo adjetivo “geral”: diretor-geral, relator-geral, ouvidor-geral; ...

b) postos e gradações da diplomacia: primeiro-secretário, segundo-secretário;

c) postos da hierarquia militar: tenente-coronel, capitão-tenente;

Atenção: nomes compostos com elemento de ligação preposicionado ficam sem hífen: general de
exército, general de brigada, tenente-brigadeiro do ar, capitão de mar e guerra;

d) cargos que denotam hierarquia dentro de uma empresa: diretor-presidente, diretor-adjunto,


editor-chefe, editor-assistente, sócio-gerente, diretor-executivo;

e) cargos formados por numerais: primeiro-ministro, primeira-dama;

f) cargos formados com os prefixos “ex” ou “vice”: ex-diretor, vice-coordenador.

COMENTÁRIOS
Nada de muito novo aqui! Essas alterações são justificadas pelas regras de emprego do hífen consolidadas
com o Acordo Ortográfico de 2008.

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Um item, mesmo previsto no Acordo Ortográfico, é merecedor de uma maior atenção (preste atenção no
grifo):

O novo Acordo Ortográfico tornou opcional o uso de iniciais maiúsculas em palavras usadas
reverencialmente, por exemplo para cargos e títulos (exemplo: o Presidente francês ou o presidente
francês).
Porém, em palavras com hífen, após se optar pelo uso da maiúscula ou da minúscula, deve-se manter
a escolha para a grafia de todos os elementos hifenizados: pode-se escrever “Vice-Presidente” ou
“vice-presidente”, mas não “Vice-presidente”.

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Vocativo

Veja o que está dito na página 26, do MRPR:

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O padrão ofício

Já no início desse item, vem a novidade:

Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de expedientes que se diferenciavam antes pela
finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o objetivo de uniformizá-los,
deve-se adotar nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o que chamamos de padrão ofício.

A distinção básica anterior entre os três era:

a) aviso: era expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia;
b) ofício: era expedido para e pelas demais autoridades; e
c) memorando: era expedido entre unidades administrativas de um mesmo órgão.

Atenção: Nesta nova edição ficou abolida aquela distinção e passou-se a utilizar o termo ofício
nas três hipóteses.

COMENTÁRIOS:

Senhores, perdeu o sentido um amplo rol de questões que tratavam das peculiaridades do ofício, do
memorando e do aviso. Simplesmente esses documentos passam a ser um só, denominados de ... OFÍCIO.

A nova edição do MRPR traz as partes componentes do PADRÃO OFÍCIO. Vamos detalhá-las a
seguir:
Cabeçalho
Partes do documento no padrão ofício.

Identificação do expediente

Local e data do documento

Endereçamento

Assunto

Texto do Documento

Fecho para a comunicação

Identificação do signatário

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Cabeçalho

Os dados do órgão, tais como endereço, telefone, endereço de correspondência eletrônica, sítio
eletrônico oficial da instituição, podem ser informados no rodapé do documento, centralizados.

COMENTÁRIO:

O cabeçalho é centralizado, devendo-se observar abaixo do brasão da República o nome do órgão


principal e dos órgãos secundários, da maior para a menor hierarquia.

Identificação do expediente

OFÍCIO No 652/2018/SAA/SE/MT

Os documentos oficiais devem ser identificados da seguinte maneira:

a) nome do documento: tipo de expediente por extenso, com todas as letras maiúsculas;
b) indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”, padronizada como No;
c) informações do documento: número, ano (com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que expede
o documento, da menor para a maior hierarquia, separados por barra (/); e
d) alinhamento: à margem esquerda da página.

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Local de data do documento

Brasília, 2 de fevereiro de 2018.

b) informação de local: nome da cidade onde foi expedido o documento, seguido de vírgula. Não se
deve utilizar a sigla da unidade da federação depois do nome da cidade;
c) dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês e em numeração cardinal para os
demais dias do mês. Não se deve utilizar zero à esquerda do número que indica o dia do mês;
d) nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula;
e) pontuação: coloca-se ponto-final depois da data; e
f) alinhamento: o texto da data deve ser alinhado à margem direita da página.

COMENTÁRIOS:

A máxima atenção para o alinhamento à direita.

Endereçamento

a) vocativo: na forma de tratamento adequada para quem receberá o expediente (ver subitem “4.1
Pronomes de tratamento”);
b) nome: nome do destinatário do expediente;
c) cargo: cargo do destinatário do expediente;
d) endereço: endereço postal de quem receberá o expediente, dividido em duas linhas: primeira
linha: informação de localidade/logradouro do destinatário ou, no caso de ofício ao mesmo
órgão, informação do setor; segunda linha: CEP e cidade/unidade da federação, separados
por espaço simples. Na separação entre cidade e unidade da federação pode ser substituída a barra
pelo ponto ou pelo travessão. No caso de ofício ao mesmo órgão, não é obrigatória a informação do
CEP, podendo ficar apenas a informação da cidade/unidade da federação; e
e) alinhamento: à margem esquerda da página

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Vocativo
Ao Senhor
Endereçamento

Nome do Destinatário
José Maria

Cargo
Ministro dos Concursos

Endereço
1a linha: Esplanada dos Ministérios
2a linha: CEP: 12.225-222 Brasília/DF

Assunto

Assunto: Encaminhamento do Relatório de Gestão julho/2018.

Assunto: Aquisição de computadores.

O assunto deve dar uma ideia geral do que trata o documento, de forma sucinta.
Ele deve ser grafado da seguinte maneira:

a) título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o conteúdo do documento, seguida de
dois-pontos;
b) descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do documento deve ser escrita com inicial
maiúscula, não se deve utilizar verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras;
c) destaque: todo o texto referente ao assunto, inclusive o título, deve ser destacado em negrito;
d) pontuação: coloca-se ponto-final depois do assunto; e
e) alinhamento: à margem esquerda da página.

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Texto do Documento

O texto do documento oficial deve seguir a seguinte padronização de estrutura:

I – nos casos em que não seja usado para encaminhamento de documentos, o expediente deve
conter a seguinte estrutura:

a) introdução: em que é apresentado o objetivo da comunicação. Evite o uso das formas: Tenho a
honra de, Tenho o prazer de, Cumpre-me informar que. Prefira empregar a forma direta: Informo,
Solicito, Comunico;

b) desenvolvimento: em que o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o
assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição; e

c) conclusão: em que é afirmada a posição sobre o assunto.

II – quando forem usados para encaminhamento de documentos, a estrutura é modificada:

a) introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa
do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que
é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem
ou signatário e assunto de que se trata) e a razão pela qual está sendo encaminhado; e

b) desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do


documento que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento. Caso contrário, não
há parágrafos de desenvolvimento em expediente usado para encaminhamento de documentos.

COMENTÁRIOS

Resumindo:

Se o documento NÃO for de mero encaminhamento, deve possuir INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e


CONCLUSÃO.
Se o documento for de mero encaminhamento, deve possuir INTRODUÇÃO e o DESENVOLVIMENTO é
opcional.

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III – tanto na estrutura I quanto na estrutura II, o texto do documento deve ser formatado da seguinte
maneira:
...
c) parágrafos:
...
iii) numeração dos parágrafos: apenas quando o documento tiver três ou mais parágrafos, desde
o primeiro parágrafo. Não se numeram o vocativo e o fecho;

COMENTÁRIOS:

Muita atenção à numeração dos parágrafos (apenas quando houver três ou mais parágrafos). E fiquem
atentos ao detalhe de não numerar vocativo e fecho!

Fecho

Respeitosamente,
Respeitosamente,
Atenciosamente,
Atenciosamente

Com o objetivo de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois
fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:

a) Para autoridades de hierarquia superior à do remetente, inclusive o Presidente da República:


Respeitosamente,

b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou demais casos:


Atenciosamente,

COMENTÁRIOS:

DEVEMOS RESPEITAR QUEM ESTÁ ACIMA DE NÓS, usando o fecho “Respeitosamente”.


DEVEMOS TER ATENÇÃO COM NOSSOS PARES E COM QUEM ESTÁ ABAIXO DE NÓS, usando o
fecho “Atenciosamente”.

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Identificação do Signatário

(espaço para assinatura)


NOME
Coordenador-Geral de Gestão de Pessoas

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações


oficiais devem informar o signatário segundo o padrão:

a) nome: nome da autoridade que as expede, GRAFADO EM LETRAS MAIÚSCULAS, SEM NEGRITO. Não
se usa linha acima do nome do signatário;

b) cargo: cargo da autoridade que expede o documento, redigido apenas com as iniciais maiúsculas.
As preposições que liguem as palavras do cargo devem ser grafadas em minúsculas; e

c) alinhamento: a identificação do signatário deve ser centralizada na página.

COMENTÁRIOS:
Aqui é muito importante se dizer que todos assinam, mas nem todos se identificam.

O Presidente da República é o único que não precisa de IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO.


Cuidado!!! A banca vai dizer que o Presidente não assina. Isso está ERRADO! O Presidente assina sim.
O que não haverá para o Presidente é a IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO.

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Tipos de Documento

Exposição de Motivos

Exposição de motivos (EM) é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente


para:

a) propor alguma medida;


b) submeter projeto de ato normativo à sua consideração; ou
c) informá-lo de determinado assunto.

A exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado.

Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um ministério, a exposição de motivos será
assinada por todos os ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial.
Independentemente de ser uma EM com apenas um autor ou uma EM interministerial, a sequência
numérica das exposições de motivos é única. A numeração começa e termina dentro de um mesmo ano
civil.

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Mensagem

A Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos,


notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para
informar sobre fato da administração pública; para expor o plano de governo por ocasião da abertura
de sessão legislativa; para submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de
suas Casas; para apresentar veto; enfim, fazer comunicações do que seja de interesse dos Poderes
Públicos e da Nação.

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Correio Eletrônico

Como gênero textual, o e-mail pode ser considerado um documento oficial, assim como o ofício.
Portanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir
padronização da mensagem comunicada. No entanto, devem-se observar algumas orientações quanto
à sua estrutura.

O assunto deve ser o mais claro e específico possível, relacionado ao conteúdo global da mensagem.
Assim, quem irá receber a mensagem identificará rapidamente do que se trata; quem a envia poderá,
posteriormente, localizar a mensagem na caixa do correio eletrônico.
Deve-se assegurar que o assunto reflita claramente o conteúdo completo da mensagem para que não
pareça, ao receptor, que se trata de mensagem não solicitada/lixo eletrônico. Em vez de “Reunião”,
um assunto mais preciso seria “Agendamento de reunião sobre a Reforma da Previdência”.

A possibilidade de anexar documentos, planilhas e imagens de diversos formatos é uma das vantagens
do e-mail. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre o
conteúdo do anexo.
Antes de enviar um anexo, é preciso avaliar se ele é realmente indispensável e se seria possível colocá-
lo no corpo do correio eletrônico.
Deve-se evitar o tamanho excessivo e o reencaminhamento de anexos nas mensagens de resposta.

Sugere-se que todas as instituições da administração pública adotem um padrão de texto de


assinatura. A assinatura do e-mail deve conter o nome completo, o cargo, a unidade, o órgão e o
telefone do remetente.

Maria da Silva
Assessora
Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil
(61)XXXX-XXXX

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O Decreto 9.758, de 11 de abril de 2019


Professor, afinal de contas, eu preciso estudar ou não esse Decreto? Galera, eu acredito que a banca não o
cobre, mas, por precaução, vamos simular algumas possibilidades, para que fique bem claro que
posicionamento você deve adotar em prova:

SITUAÇÃO 1)
Saiu meu edital! Nele consta "Correspondência Oficial (tomando como referência o Manual de Redação da
Presidência)".
Além disso, o edital traz explícita a cobrança do Decreto 9.758/2019.

Como fazer?

RESPOSTA:

Nessa situação, não tem muito o que pensar! Você deve se prender ao disposto no MRPR, atualizando-o com
as mudanças trazidas pelo Decreto 9.758/2019. Não se preocupe, pois falarei nesta aula sobre todas essas
atualizações!

SITUAÇÃO 2)
Saiu meu edital! Nele consta "Correspondência Oficial (tomando como referência o Manual de Redação da
Presidência)".

Nada fala no edital acerca do Decreto 9.758/2019.

Como fazer?
RESPOSTA:
Se o comando da questão trouxer algo do tipo "Julgue o item de acordo com o Manual de Redação da
Presidência da República...", não havendo qualquer menção direta ou indireta ao Decreto 9.758/2019, você
deve levar em consideração a literalidade do texto constante no MRPR, fingindo não existir o tal do Decreto
9.758/2019. Ficou claro?

SITUAÇÃO 3)

Saiu meu edital! Nele consta genericamente "Correspondência Oficial" ou "Redação Oficial".
Nada fala sobre a referência ao MRPR ou ao Decreto 9.758/2019.

Como fazer?

RESPOSTA:
Nesse caso, você deve se prender às noções gerais de Redação Oficial, presentes nos diversos Manuais,
incluindo o MRPR. Não se preocupe, pois elucidarei nesta aula todos esses pontos. Nada impede a banca,
porém, de fazer menções diretas ou indiretas, ao disposto no MRPR ou no Decreto 9.758/2019. Por isso, é
importante estar a par dessas duas referências.

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Certo, professor! Agora me diga: o que diabos que esse Decreto 9.758 fez?

Vamos explicar tintim por tintim.


Já no seu art. 1º, o Decreto 9.758 já deixa claro seu objetivo:

Art. 1º Este Decreto dispõe sobre a forma de tratamento empregada na comunicação, oral ou escrita,
com agentes públicos da administração pública federal direta e indireta, e sobre a forma de
endereçamento de comunicações escritas a eles dirigidas.

No art. 2º, vem a novidade:

Art. 2º O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com agentes públicos federais
é “senhor”, independentemente do nível hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da ocasião.

Parágrafo único. O pronome de tratamento é flexionado para o feminino e para o plural.

Como assim, professor? Todos os agentes públicos federais passam a ser tratados por SENHOR? E o
tratamento VOSSA EXCELÊNCIA para o Presidente, para os Ministros, ...?
Sim, quando li pela primeira vez esse texto, também fiquei em dúvida. Mas não durou muito tempo! Logo
na sequência, no art. 3º, tudo ficou claro:

Art. 3º É vedado na comunicação com agentes públicos federais o uso das formas de tratamento,
ainda que abreviadas:

I - Vossa Excelência ou Excelentíssimo;


II - Vossa Senhoria;
III - Vossa Magnificência;
IV - doutor;
V - ilustre ou ilustríssimo;
VI - digno ou digníssimo; e
VII - respeitável.

§ 1º O agente público federal que exigir o uso dos pronomes de tratamento de que trata o caput ,
mediante invocação de normas especiais referentes ao cargo ou carreira, deverá tratar o interlocutor do
mesmo modo.

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§ 2º É vedado negar a realização de ato administrativo ou admoestar o interlocutor nos autos do


expediente caso haja erro na forma de tratamento empregada.

É isso mesmo, senhores! Nada mais de “Excelência”, “Excelentíssimo”, “Senhoria”, “Magnificência”,


etc. Vale ressaltar que já era proibido o emprego dos tratamentos doutor, ilustríssimo, digníssimo, etc.
No entanto, é muito importante ressaltar quais as categorias que não são afetadas por essa mudança.
Já é sabido que as regras do MRPR se aplicam ao Poder Executivo, não abrangendo o Legislativo e o Judiciário.
Peço muita atenção sua na leitura do §3º do Artigo 1º, reproduzido logo a seguir:

Art. 1º Este Decreto dispõe sobre a forma de tratamento empregada na comunicação, oral ou escrita,
com agentes públicos da administração pública federal direta e indireta, e sobre a forma de
endereçamento de comunicações escritas a eles dirigidas.
...
§ 3º Este Decreto não se aplica:

I - às comunicações entre agentes públicos federais e autoridades estrangeiras ou de organismos


internacionais; e

II - às comunicações entre agentes públicos da administração pública federal e agentes públicos do


Poder Judiciário, do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas, da Defensoria Pública, do
Ministério Público ou de outros entes federativos, na hipótese de exigência de tratamento especial
pela outra parte, com base em norma aplicável ao órgão, à entidade ou aos ocupantes dos cargos.

Dessa forma, quando tratamos de membro do Poder Legislativo – um deputado, um senador, por exemplo
– ou do Poder Judiciário – juiz, desembargador, por exemplo -, segundo o disposto no inciso II do § 3º, se estes
exigirem para si tratamento conforme normas aplicáveis ao cargo ou ao órgão ou entidade de que fazem
parte, valem as formas de tratamento tradicionalmente previstas para ocupantes desses cargos. Dessa forma,
você ainda verá nas sessões do Congresso e do STF o tratamento Excelência, por exemplo.

Exemplifiquemos para que não restem dúvidas:

Situação 1: No caso de uma correspondência oficial dirigida de um ministro para o Presidente da República,
qual vocativo será empregado? Qual pronome de tratamento será empregado?

Resposta: O vocativo será "Senhor Presidente" e o pronome de tratamento a ser empregado será
"Senhor". Nada de "Excelentíssimo Senhor" ou "Vossa Excelência"!!! Estamos tratando de dois membros
do Poder Executivo, aplicando-se o disposto no Decreto 9.758/2019.

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Situação 2: No caso de uma correspondência oficial dirigida de um ministro para o Presidente do Congresso
Nacional, qual vocativo será empregado? Qual pronome de tratamento será empregado?

Resposta: Aqui temos duas possibilidades. Se o Presidente do Congresso Nacional EXIGIR o tratamento
que lhe cabe, o vocativo será "Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional" e o pronome de
tratamento a ser empregado será "Vossa Excelência". Trata-se de agente público do Poder Legislativo.
Dessa forma, ele pode se valer do disposto no inciso II do § 3º do Decreto 9.758/2019. No entanto, não
havendo essa exigência por parte do Presidente do Congresso, torna-se viável o emprego do vocativo
"Senhor Presidente do Congresso Nacional" e do tratamento "Senhor".
Resumindo: O ministro se refere ao Presidente do Congresso por "Senhor". Se este "chiar", pode exigir o
vocativo "Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional" e o tratamento "Vossa Excelência".

Professor, ficou confuso! No Manual diz que o vocativo do Presidente é "Excelentíssimo Senhor
Presidente da República". Já o Decreto 9.758/2019 nos diz que o vocativo é "Senhor Presidente da República".
E agora, como fica? O que devo seguir na hora da prova?

Meu caro, voltemos às situações descritas na Introdução.


Se o comando da questão trouxer algo do tipo "Julgue o item de acordo com o Manual de Redação da
Presidência da República...", não havendo qualquer menção direta ou indireta ao Decreto 9.758/2019, você,
caro aluno, deve levar em consideração a literalidade do texto constante no MRPR, fingindo não existir o tal do
Decreto 9.758/2019. Ficou claro? O vocativo será, portanto, "Excelentíssimo Senhor Presidente da República"
e o pronome de tratamento será "Vossa Excelência". É o que consta no texto do MRPR.
Você apenas levará em consideração o disposto no Decreto 9.758/2019 se a banca mencioná-lo ou fizer
referências indiretas ao seu conteúdo. Como assim? Vamos exemplificar!

Imaginemos a seguinte questão de prova: De acordo com o Manual de Redação da Presidência da


República, o vocativo a ser empregado para o Presidente da República é "Excelentíssimo Senhor Presidente
da República". CERTO ou ERRADO? Marque CERTO, pois não há qualquer menção direta ou indireta ao
disposto no Decreto 9.758/2019. Nesse caso, é a literalidade do MRPR que devemos levar em conta.

Imaginemos a seguinte questão de prova: Tomando por base as mais recentes alterações nas formas de
tratamento de agentes públicos federais, o vocativo a ser empregado para o Presidente da República é
"Excelentíssimo Senhor Presidente da República". CERTO ou ERRADO? Marque ERRADO, pois o item faz
alusão indireta ao Decreto 9.758/2019, ao mencionar recentes alterações nas formas de tratamento para
agentes públicos federais.

Acredito que as bancas evitarão esse tipo de questionamento, pois os documentos-referência


apresentam orientações distintas, o que pode gerar uma enxurrada de recursos. Mas precisamos estar
preparados para as diversas situações, ok? Por isso, simulei acima essas possibilidades.

Ok, professor! E o que mais de novidade esse Decreto nos trouxe?

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Vamos lá! O Decreto 9.758 ainda levantou a hipótese de o endereçamento da correspondência oficial não
trazer pronome de tratamento nem nome do destinatário, e tão somente a identificação do cargo e do setor
em que o servidor está lotado. Observe:

Art. 4º O endereçamento das comunicações dirigidas a agentes públicos federais não conterá pronome
de tratamento ou o nome do agente público.

Parágrafo único. Poderão constar o pronome de tratamento, na forma deste Decreto, e o nome do
destinatário nas hipóteses de:

I - a mera indicação do cargo ou da função e do setor da administração ser insuficiente para a


identificação do destinatário; ou

II - a correspondência ser dirigida à pessoa de agente público específico.

Acredito que o Art. 4o seja cobrado de forma literal, isso se for cobrado.

Repito: não creio que o Decreto seja cobrado em sua prova, mas, precaução e canja de galinha não fazem
mal a ninguém. Esteja atento às minhas simulações aqui apresentadas que você fatalmente saberá lidar com o
problema.

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Questões comentadas pelo professor


1. CESPE - Técnico Judiciário (STM)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2018 (e mais 1 concurso)

Brasília, X de novembro de 20XX.

Assunto: Convite para cerimônia de posse do presidente do Superior Tribunal Militar

Senhor Juiz-Auditor titular da 12.ª Circunscrição Judiciária Militar,

Convido-o para a cerimônia de posse do presidente do Superior Tribunal Militar, a realizar-se na sede do órgão, em
Brasília, no dia 1.º de março de 20XX.

Por favor, confirme sua presença até o dia 1.º de fevereiro de 20XX.

Considerando o trecho de documento hipotético apresentado anteriormente, julgue o item a seguir.

A linguagem empregada no texto é inadequada à correspondência oficial, por sua informalidade e


simplicidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:

O fato de a linguagem ser simples não se contrapõe aos ditames do MRPR. A propósito, busca-se correção
gramatical e simplicidade ao mesmo tempo.
Resposta: ERRADO

2. CESPE - Assistente (FUB)/Administração/2018


Com base no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR), julgue o item que se segue.

Emprega-se o fecho Atenciosamente em comunicações oficiais dirigidas a autoridades de mesma hierarquia


do remetente ou de hierarquia inferior à deste.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:
Exato! Como dito em nossa explicação, deve-se respeitar quem está cima de você, empregando-se o
fecho “Respeitosamente”. Por outro lado, deve-se ter atenção com os pares e com aqueles que estão abaixo
de você, empregando-se o fecho “Atenciosamente”.

Resposta: CERTO

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3. CESPE - Assistente (FUB)/Administração/2018

Com base no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR), julgue o item que se segue.
O MRPR estabelece o padrão oficial de linguagem, segundo o qual textos oficiais devem ser redigidos de
maneira formal e impessoal.

( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:

Não há um padrão oficial de linguagem definido no MRPR. O que nele se afirma é que a linguagem
empregada nas correspondências oficiais deve ser simples e culta.
Resposta: ERRADO

4. CESPE - Assistente (FUB)/Administração/2018

Com base no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR), julgue o item que se segue.
A redação oficial constitui atos normativos e comunicações do poder público necessariamente uniformes e
destinados exclusivamente para órgão do serviço público.

( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:
O destinatário da comunicação oficial pode ser um órgão público, uma instituição privada e o público
em geral – particulares.

Resposta: ERRADO

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5. CESPE - Analista Judiciário (STM)/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018

2 Informo, ainda, que a pauta e os documentos da reunião serão enviados oportunamente.

3 Por fim, solicito, encarecidamente, que seja feito contato com a equipe de apoio deste Ministério para confirmação
de sua presença na reunião, por meio do endereço eletrônico ministerio@mp.gov.br.
Atenciosamente,

Considerando que o fragmento de texto apresentado integra parte de uma correspondência oficial, julgue
o item a seguir.

O emprego do advérbio “encarecidamente” é inadequado, visto que prejudica o caráter impessoal que
deve ser adotado em textos oficiais.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:
De fato! O emprego desnecessário de adjetivos e advérbios pode deixar transparecer uma marca de
individualidade, o que pode comprometer a impessoalidade buscada para esse tipo de texto.

Resposta: CERTO

6. CESPE - Analista Judiciário (STM)/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018

2 Informo, ainda, que a pauta e os documentos da reunião serão enviados oportunamente.


3 Por fim, solicito, encarecidamente, que seja feito contato com a equipe de apoio deste Ministério para confirmação
de sua presença na reunião, por meio do endereço eletrônico ministerio@mp.gov.br.

Atenciosamente,

Considerando que o fragmento de texto apresentado integra parte de uma correspondência oficial, julgue
o item a seguir.

Os aspectos estruturais e o tema do texto indicam tratar-se de expediente que segue o padrão ofício, ao passo
que o seu fechamento sugere tratar-se de documento destinado a autoridade de mesma hierarquia ou de
hierarquia inferior à do remetente.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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RESOLUÇÃO:

De fato! O fecho “Atenciosamente” deixa claro que o destinatário é de mesma hierarquia ou de hierarquia
inferior à de quem envia a correspondência.

Resposta: CERTO

7. CESPE - Papiloscopista Policial Federal/2018

Com relação a comunicações oficiais, julgue o item a seguir, com base nos preceitos do Manual de Redação da
Presidência da República.

Entre outros objetivos, os atos oficiais visam regular o funcionamento dos órgãos públicos, o que só será
alcançado se, em sua elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes
oficiais, cuja principal finalidade é a de informar com clareza e objetividade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:
De fato! Um dos objetivos das correspondências oficiais é expressar com clareza os atos da Administração
Pública. Para tal, segundo o Manual de Redação da Presidência da República, a linguagem deve ser direta,
acessível e correta.
Resposta: CERTO

8. CESPE – PF - 2018
Considerando o fragmento de texto apresentado, julgue os seguintes itens, de acordo com o disposto no
Manual de Redação da Presidência da República (MRPR).
A redação dos atos normativos deve permitir que cada cidadão, a partir de suas condições próprias de
leitura, atribua ao texto legal sua própria interpretação.
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

A clareza, requisito num texto de correspondência oficial, não deve permitir que haja multiplicidade de
interpretações, sob pena de prejudicar o correto entendimento da mensagem.

Sendo assim, não é possível que cada um interprete à sua maneira.


Resposta: ERRADO

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9. CESPE - Monitor de Gestão Educacional (SEDF)/2017

FULANA DE TAL
Coordenadora-Geral de Desenvolvimento
de Pessoas da Rede Federal

Internet: <http://sei.mec.gov.br> (com adaptações).


Com referência ao documento anteriormente apresentado — XXXXX n.º 3/2016/MEC —, julgue o item
subsequente com base no disposto no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR).

O documento em apreço não atenderia às normas constantes no MRPR para as comunicações do padrão
ofício se a identificação do cargo da remetente — Coordenadora-Geral de Desenvolvimento de Pessoas da
Rede Federal — fosse suprimida do texto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

De fato! Faz-se necessário no campo IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO seu nome e cargo.


Resposta: CERTO

10. CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Procuradoria/2016 (e mais 13 concursos)

Em relação às finalidades dos textos oficiais, julgue o item seguinte.


A mensagem é um expediente de natureza informativa usado por todas as repartições públicas para comunicar-
se com os cidadãos.
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:
A mensagem é um expediente utilizado para a comunicação entre Chefes de Poder, em especial as
mensagens dirigidas do Presidente da República para o Presidente do Congresso Nacional.
Resposta: ERRADO

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11.CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Procuradoria/2016 (e mais 1 concurso)


Em relação às finalidades dos textos oficiais, julgue o item seguinte.
A exposição de motivos é o expediente dirigido ao presidente ou ao vice-presidente da República,
geralmente emitido por um ministro de Estado.

( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:

Exato. A descrição se dá conforme constante no MRPR.

Resposta: CERTO

12. CESPE - Especialista em Assistência Penitenciária/Enfermagem/2015 (e mais 5 concursos)

Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais, julgue o item que se segue
de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República.

A exposição de motivos e a mensagem diferem no que se refere à indicação do local e da data. Enquanto a
exposição de motivos segue o padrão ofício em relação a esse aspecto, a mensagem não o segue, ao trazer a
indicação do local e da data a 2 cm do final do seu texto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:
De fato! Conforme modelos apresentados, na EM, o local e a data vêm logo após a identificação do
expediente, com alinhamento à direita. Já na mensagem, local e data vem ao final do texto, também com
alinhamento à direita.
Resposta: CERTO

13.CESPE - Analista Judiciário (STJ)/Apoio Especializado/Comunicação Social/2015


Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais previstos no Manual de
Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.

A mensagem é considerada um dos principais instrumentos de comunicação oficial devido a sua


celeridade, ao seu baixo custo e à flexibilidade da sua estrutura de formatação.
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:
Essa descrição apresentada é referente ao correio eletrônico, e não à mensagem.
Resposta: ERRADO

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14. CESPE - Analista Judiciário (STJ)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2015 (e mais 13 concursos)

Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais previstos no Manual de


Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.

A exposição de motivos é uma comunicação oficial dirigida ao presidente da República ou ao vice-presidente


por um ministro de Estado e pode ser interministerial, ou seja, assinada por mais de um ministro.
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Conforme consta no MRPR.


Resposta: CERTO

15.CESPE - Analista Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 (e mais 3 concursos) - ADAPTADA


No que se refere aos aspectos formais e linguísticos das correspondências oficiais definidos no Manual de
Redação da Presidência da República, assinale a opção correta.
a) Nos textos de redação oficial, é proibido o emprego de linguagem técnica, de neologismos e de
estrangeirismos.
b) Expedientes que tenham o presidente da República como emissor, embora não apresentem a identificação
do signatário, trazem a sua assinatura.
c) A palavra Respeitosamente é adequada para figurar como fecho de uma comunicação oficial se o emissor e
o receptor dessa comunicação forem autoridades de mesmo nível hierárquico.
d) No ofício, informações do remetente, tais como nome do órgão ou setor a que ele pertence, endereço postal,
além de telefone e endereço de correio eletrônico, são facultativas, devendo, se presentes, constar do
cabeçalho do documento.
RESOLUÇÃO:

Letra A – ERRADA – No caso da linguagem técnica, o MRPR não a proíbe, mas recomenda seu emprego
quando estritamente necessário.

Letra B – CERTA – Exato. Como explicado, todos assinam, mas nem todos se identificam. É o caso do
Presidente da República: ele assina o documento, mas não apresenta a identificação do signatário.

Letra C – ERRADA – Para o mesmo nível hierárquico, deve-se empregar Atenciosamente.

Letra D – ERRADA – O nome do órgão é um item obrigatório do campo Identificação do Signatário.


Resposta: B

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Lista de Questões
1. CESPE - Técnico Judiciário (STM)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2018 (e mais 1 concurso)

Brasília, X de novembro de 20XX.

Assunto: Convite para cerimônia de posse do presidente do Superior Tribunal Militar

Senhor Juiz-Auditor titular da 12.ª Circunscrição Judiciária Militar,

Convido-o para a cerimônia de posse do presidente do Superior Tribunal Militar, a realizar-se na sede do órgão, em
Brasília, no dia 1.º de março de 20XX.

Por favor, confirme sua presença até o dia 1.º de fevereiro de 20XX.

Considerando o trecho de documento hipotético apresentado anteriormente, julgue o item a seguir.

A linguagem empregada no texto é inadequada à correspondência oficial, por sua informalidade e


simplicidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2. CESPE - Assistente (FUB)/Administração/2018


Com base no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR), julgue o item que se segue.

Emprega-se o fecho Atenciosamente em comunicações oficiais dirigidas a autoridades de mesma hierarquia


do remetente ou de hierarquia inferior à deste.
( ) CERTO ( ) ERRADO

3. CESPE - Assistente (FUB)/Administração/2018

Com base no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR), julgue o item que se segue.

O MRPR estabelece o padrão oficial de linguagem, segundo o qual textos oficiais devem ser redigidos de
maneira formal e impessoal.
( ) CERTO ( ) ERRADO

4. CESPE - Assistente (FUB)/Administração/2018


Com base no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR), julgue o item que se segue.

A redação oficial constitui atos normativos e comunicações do poder público necessariamente uniformes e
destinados exclusivamente para órgão do serviço público.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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Língua Portuguesa para Polícia Federal Aula 12

5. CESPE - Analista Judiciário (STM)/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018

2 Informo, ainda, que a pauta e os documentos da reunião serão enviados oportunamente.

3 Por fim, solicito, encarecidamente, que seja feito contato com a equipe de apoio deste Ministério para confirmação
de sua presença na reunião, por meio do endereço eletrônico ministerio@mp.gov.br.
Atenciosamente,

Considerando que o fragmento de texto apresentado integra parte de uma correspondência oficial, julgue
o item a seguir.

O emprego do advérbio “encarecidamente” é inadequado, visto que prejudica o caráter impessoal que
deve ser adotado em textos oficiais.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6. CESPE - Analista Judiciário (STM)/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018

2 Informo, ainda, que a pauta e os documentos da reunião serão enviados oportunamente.

3 Por fim, solicito, encarecidamente, que seja feito contato com a equipe de apoio deste Ministério para confirmação
de sua presença na reunião, por meio do endereço eletrônico ministerio@mp.gov.br.
Atenciosamente,

Considerando que o fragmento de texto apresentado integra parte de uma correspondência oficial, julgue
o item a seguir.

Os aspectos estruturais e o tema do texto indicam tratar-se de expediente que segue o padrão ofício, ao passo
que o seu fechamento sugere tratar-se de documento destinado a autoridade de mesma hierarquia ou de
hierarquia inferior à do remetente.

( ) CERTO ( ) ERRADO

7. CESPE - Papiloscopista Policial Federal/2018


Com relação a comunicações oficiais, julgue o item a seguir, com base nos preceitos do Manual de Redação da
Presidência da República.
Entre outros objetivos, os atos oficiais visam regular o funcionamento dos órgãos públicos, o que só será
alcançado se, em sua elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes
oficiais, cuja principal finalidade é a de informar com clareza e objetividade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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8. CESPE – PF - 2018

Considerando o fragmento de texto apresentado, julgue os seguintes itens, de acordo com o disposto no
Manual de Redação da Presidência da República (MRPR).

A redação dos atos normativos deve permitir que cada cidadão, a partir de suas condições próprias de
leitura, atribua ao texto legal sua própria interpretação.
( ) CERTO ( ) ERRADO

9. CESPE - Monitor de Gestão Educacional (SEDF)/2017

FULANA DE TAL
Coordenadora-Geral de Desenvolvimento
de Pessoas da Rede Federal

Internet: <http://sei.mec.gov.br> (com adaptações).

Com referência ao documento anteriormente apresentado — XXXXX n.º 3/2016/MEC —, julgue o item
subsequente com base no disposto no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR).

O documento em apreço não atenderia às normas constantes no MRPR para as comunicações do padrão
ofício se a identificação do cargo da remetente — Coordenadora-Geral de Desenvolvimento de Pessoas da
Rede Federal — fosse suprimida do texto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

10. CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Procuradoria/2016 (e mais 13 concursos)


Em relação às finalidades dos textos oficiais, julgue o item seguinte.

A mensagem é um expediente de natureza informativa usado por todas as repartições públicas para comunicar-
se com os cidadãos.
( ) CERTO ( ) ERRADO

11.CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Procuradoria/2016 (e mais 1 concurso)


Em relação às finalidades dos textos oficiais, julgue o item seguinte.

A exposição de motivos é o expediente dirigido ao presidente ou ao vice-presidente da República,


geralmente emitido por um ministro de Estado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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Língua Portuguesa para Polícia Federal Aula 12

12. CESPE - Especialista em Assistência Penitenciária/Enfermagem/2015 (e mais 5 concursos)

Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais, julgue o item que se segue
de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República.

A exposição de motivos e a mensagem diferem no que se refere à indicação do local e da data. Enquanto a
exposição de motivos segue o padrão ofício em relação a esse aspecto, a mensagem não o segue, ao trazer a
indicação do local e da data a 2 cm do final do seu texto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

13.CESPE - Analista Judiciário (STJ)/Apoio Especializado/Comunicação Social/2015


Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais previstos no Manual de
Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.

A mensagem é considerada um dos principais instrumentos de comunicação oficial devido a sua


celeridade, ao seu baixo custo e à flexibilidade da sua estrutura de formatação.

( ) CERTO ( ) ERRADO

14. CESPE - Analista Judiciário (STJ)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2015 (e mais 13 concursos)


Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais previstos no Manual de
Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.

A exposição de motivos é uma comunicação oficial dirigida ao presidente da República ou ao vice-presidente


por um ministro de Estado e pode ser interministerial, ou seja, assinada por mais de um ministro.
( ) CERTO ( ) ERRADO

15.CESPE - Analista Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 (e mais 3 concursos) - ADAPTADA


No que se refere aos aspectos formais e linguísticos das correspondências oficiais definidos no Manual de
Redação da Presidência da República, assinale a opção correta.

a) Nos textos de redação oficial, é proibido o emprego de linguagem técnica, de neologismos e de


estrangeirismos.

b) Expedientes que tenham o presidente da República como emissor, embora não apresentem a identificação
do signatário, trazem a sua assinatura.

c) A palavra Respeitosamente é adequada para figurar como fecho de uma comunicação oficial se o emissor e
o receptor dessa comunicação forem autoridades de mesmo nível hierárquico.

d) No ofício, informações do remetente, tais como nome do órgão ou setor a que ele pertence, endereço postal,
além de telefone e endereço de correio eletrônico, são facultativas, devendo, se presentes, constar do
cabeçalho do documento.

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Gabarito
01 E 02 C 03 E 04 E 05 C

06 C 07 C 08 E 09 C 10 E

11 C 12 C 13 E 14 C 15 B

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FIM
NÃO DESISTIMOS!
SEGUIMOS A DIREÇÃO CERTA!
MUITO OBRIGADO!!!
SUCESSO!!!

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