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Aula 08

Matemática p/ TJ-PR (Técnico Judiciário) - Com videoaulas


Professor: Marcos Piñon
Matemática p/ TJ-PR
Teoria e exercícios comentados
Prof Marcos Piñon – Aula 08
AULA 08: Equações de 1° e 2° graus. Sistemas de
equações. Funções

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SUMÁRIO PÁGINA
1. Equações de 1º grau. 1
2. Equações de 2º grau 4
3. Sistemas Lineares 11
4. Funções 45
5. Exercícios comentados nesta aula 81
6. Gabarito 92

1 – Equações de 1º Grau

Podemos definir uma equação do primeiro grau como toda equação na forma

a.x + b = 0, (com a  0)

Exemplo 1:

2.x + 4 = 0 (a = 2 e b = 4)

Exemplo 2:

8.x = 24

Organizando: 04810337340

8.x – 24 = 0 (a = 8 e b = –24)

Exemplo 3:

x + 6 = 3.x

Organizando:

3.x – x – 6 = 0

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2.x – 6 = 0 (a = 2 e b = –6)

Exemplo 4:

5.x = 0

Organizando:

5.x + 0 = 0 (a = 5 e b = 0)

Chamamos de raiz da equação a qualquer valor de x que satisfaça a equação.


Assim, podemos definir que resolver uma equação é o mesmo que encontrar suas
raízes.

As equações de 1º grau só possuem uma raiz real (por isso mesmo são ditas de
1º grau), e a melhor forma de encontrar essa raiz é isolando a variável.

Vamos encontrar as raízes das equações dos exemplos anteriores:

Exemplo 1:

2.x + 4 = 0

2.x = –4

4
x=
2

x = –2

logo, a raiz é igual a –2

Exemplo 2:

8.x = 24

24
x= 04810337340

x=3

logo, a raiz é igual a 3

Exemplo 3:

x + 6 = 3.x

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3.x – x = 6

2.x = 6

6
x=
2

x=3

logo, a raiz é igual a 3

Exemplo 4:

5.x = 0

0
x=
5

x=0

logo, a raiz é igual a 0

Vamos ver umas questões desse assunto:

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

01 - (SEBRAE – 2007 / CESPE) A solução da equação 5x – 1 = x + 2 é um


número inteiro.

Solução

Nessa questão, vamos resolver a equação:

5x – 1 = x + 2

5x – x = 2 + 1
04810337340

4x = 3

3
x=
4

3
Como não é um número inteiro, concluímos que o item está errado.
4

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02 - (Prefeitura de Limeira - 2007 / CESPE) Se a soma de três números
naturais consecutivos é igual a 72, então a soma de seus quadrados é
inferior a 1.700.

Solução:

Sabendo que os três números são naturais e consecutivos, temos:

1º número: x
2º número: x + 1
3º número: x + 2

a soma de três números naturais consecutivos é igual a 72

x + x + 1 + x + 2 = 72

3.x + 3 = 72

3.x = 72 – 3

3.x = 69

69
x=
3

x = 23

Agora, podemos encontrar os três números

1º número: x = 23
2º número: x + 1 = 23 + 1 = 24
3º número: x + 2 = 23 + 2 = 25

Por fim, resta verificar se a soma dos quadrados desses três números é inferior a
1700:

Soma = 232 + 242 + 252


04810337340

Soma = 529 + 576 + 625

Soma = 1730

Item errado.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

2 – Equações de 2º Grau

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Podemos definir uma equação do segundo grau como toda equação na forma

a.x 2 + b.x + c = 0, (com a  0)

Lembram-se como resolver esta equação? Vou relembrar para vocês a famosa
fórmula de Bhaskara:

Uma equação do segundo grau escrita dessa forma possui sempre duas raízes:

b 
Raízes = , onde  = b2 – 4.a.c
2.a

O sinal de  determina quantas raízes reais a equação possui:

Para  > 0, a equação possui duas raízes reais


Para  = 0, a equação possui uma única raiz real (são duas raízes iguais)
Para  < 0, a equação não possui raiz real

Vamos ver um exemplo

Exemplo:

x2 – 6.x + 5 = 0

a = 1, b = –6 e c = 5

Portanto:

 = b2 – 4.a.c

 = (–6)2 – 4.(1).(5)

 = 36 – 20

 = 16 04810337340

Com isso, já podemos concluir que a equação possui duas raízes reais:

b 
Raízes =
2.a

 ( 6)  16
Raízes =
2.1

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64
Raízes =
2

6  4 10
1ª Raiz = = =5
2 2

64 2
2ª Raiz = = =1
2 2

Portanto, as raízes dessa equação do segundo grau são 1 e 5.

Existem regras práticas para o cálculo das raízes quando o b ou o c são iguais a
zero. Vejamos:

Para o b = 0

a.x 2 + 0.x + c = 0

a.x 2 + c = 0

Nessas situações nós fazemos o seguinte:

a.x 2 = –c

c
x2 = –
a

c
x= 
a

Para o c = 0

a.x 2 + b.x + 0 = 0

a.x 2 + b.x = 0
04810337340

Colocamos o x em evidência:

x. (x + b) = 0

Como temos uma multiplicação igualada a zero, basta que qualquer um dos
fatores seja zero, para que o produto seja igual a zero. Assim, podemos concluir
que:

x=0

ou

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x+b=0

x = –b

Vamos ver umas questões.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

03 - (SEAD/SE - 2008 / CESPE) As raízes da equação x2 − 4x + 1 = 0 são


números racionais.

Solução:

Essa questão é direta. Vamos lá!

x2 − 4x + 1 = 0

a = 1, b = –4 e c = 1

 = b2 – 4.a.c

 = (–4)2 – 4.1.1

 = 16 – 4

 = 12

b 
Raízes =
2.a

 ( 4)  12
Raízes =
2.1

4  12
Raízes =
2
04810337340

4  12 4  12
x= ou x =
2 2

Bom, como 12 não é um número racional, podemos concluir que as raízes desta
equação não são números racionais. Item errado.

04 - (SEBRAE – 2007 / CESPE) As raízes da equação x² – 4x + 2 = 0 são


números racionais.

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Solução

Resolvendo a equação, temos:

x2 – 4x + 2 = 0 (a = 1, b = –4 e c = 2)

 = b2 – 4.a.c

 = (–4)2 – 4.1.2

 = 16 – 8

=8

b 
Raízes =
2.a

 ( 4 )  8
Raízes =
2.1

4 8
Raízes =
2

4 8 4 8
x= ou x =
2 2

Como 8 não é um número racional, concluímos que as raízes da equação não


são números racionais. Item errado.

05 - (ANAC – 2009 / CESPE) Caso se multiplique um número real x por ele


mesmo e, do resultado, ao se subtrair 14, obtenha-se o quíntuplo do número
x, então –2 poderá ser um dos possíveis valores de x.

Solução
04810337340

Nessa questão, temos:

Caso se multiplique um número real x por ele mesmo (x2)

do resultado, ao se subtrair 14 (x2 – 14)

obtenha-se o quíntuplo do número x (x 2 – 14 = 5.x)

Portanto, devemos verificar se –2 é uma possível raiz de x2 – 14 = 5.x.


Poderíamos encontrar as raízes desta equação e verificar se –2 é uma delas.

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Porém, a melhor forma de resolver esta questão é simplesmente substituir o x por
–2 e verificar o resultado:

x2 – 14 = 5.x

(–2)2 – 14 = 5.(–2)

4 – 14 = –10

–10 = –10

Portanto, como temos uma identidade, podemos concluir que –2 poderá ser um
dos possíveis valores de x. Item correto.

06 - (Câmara de Piraquara – 2013 / UFPR) Uma equação do segundo grau em


x tem como raízes os números (-2) e (3). Essa equação é:

(A) (x + 2).(x + 3) = 0.
(B) (x – 2).(x + 3) = 0.
(C) (x + 2).(x – 3) = 0.
(D) (x – 2).(x – 3) = 0.
(E) x2 – 6x + 1 = 0.

Solução

Essa questão é extremamente simples, mas exigia nossa atenção. Veja que já
temos as raízes da equação e queremos saber a que equação essas raízes
pertenciam. Ora, basta substituirmos o x nas equações pelos valores das raízes
que descobriremos a qual equação as raízes pertenciam. Vamos lá!

(A) (x + 2).(x + 3) = 0.

Substituindo x = –2

(x + 2).(x + 3) = 0

(–2 + 2).(–2 + 3) = 0
04810337340

(0).(1) = 0

0 = 0 (identidade, que prova que –2 é raíz dessa equação).

Substituindo x = 3

(x + 2).(x + 3) = 0

(3 + 2).(3 + 3) = 0

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(5).(6) = 0

30 = 0 (como não encontramos a identidade, concluímos que 3 não é raíz dessa


equação).

Poderíamos fazer o mesmo para todas as outras alternativas que encontraríamos


a resposta da questão. Porém, para ganharmos mais tempo, podemos perceber
que para os itens de A a D, temos um produto igualado a zero. Para que o
resultado de um produto qualquer seja zero, um dos seus fatores deverá ser igual
a zero. Assim, as raízes dessas equações são os números que tornam os fatores
desses produtos iguais a zero.

(A) (x + 2).(x + 3) = 0.

Raízes –2 (que torna o primeiro fator igual a zero) e –3 (que torna o segundo fator
igual a zero). Item errado.

(B) (x – 2).(x + 3) = 0.

Raízes 2 (que torna o primeiro fator igual a zero) e –3 (que torna o segundo fator
igual a zero). Item errado.

(C) (x + 2).(x – 3) = 0.

Raízes –2 (que torna o primeiro fator igual a zero) e 3 (que torna o segundo fator
igual a zero). Item correto.

(D) (x – 2).(x – 3) = 0.

Raízes 2 (que torna o primeiro fator igual a zero) e 3 (que torna o segundo fator
igual a zero). Item errado.

Para a letra E, podemos substituir os valores indicados na questão, ou resolver a


equação do 2º grau e encontrar suas raízes. Vou resolver a equação para
04810337340

treinarmos:

x2 – 6x + 1 = 0

 = (–6)2  4.(1).(1)

 = 36 + 4

 = 32

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 ( 6)  32
x=
2 1

6  32
x=
2

Podemos perceber que os valores de x serão número irracionais, pois temos um


elemento 32 que é irracional. Assim, concluímos que (-2) e (3) não são raízes
dessa equação. Item errado.

Resposta letra C.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

3 - Sistemas Lineares

Os sistemas lineares são formados por um conjunto de equações lineares.


Podemos definir equações lineares da seguinte forma:

a11 x 1 + a12 x2 + a13 x 3 + ... + a1n xn = b1

onde;

x1, x2, ..., xn são as incógnitas;


a11, a12, ...,a1n são os coeficientes;
b1 é o termo independente.

Exemplos de equações lineares:

3x + 2y – z = 0
7x 1 – 3x2 – 4x3 = 1
2x – 7y + 12z – w = –3

Exemplos de equações não-lineares:

x2 + y2 + z = 0 04810337340

x.y + x + y =3
3x y + 12w = 2

Um sistema de equações lineares é, portanto, formado por um conjunto de


equações lineares da seguinte forma:

a11 x 1 + a12 x2 + ... + a1n xn = b1


a21 x 1 + a22 x 2 + ... + a2n xn = b2
... ... ... ...
am1 x1 + am2 x 2 + … + amn xn = bn

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Consistência de Sistemas Lineares

Os sistemas lineares podem ser classificados de acordo com o número de


soluções que apresentam.

 Sistema Possível, Compatível ou Consistente

Quando o sistema apresenta pelo menos uma solução ele é dito consistente,
compatível ou possível. Este tipo divide-se em:

o Sistema Determinado – Quando apresenta apenas uma solução


o Sistema Indeterminado – Quando apresenta mais de uma solução

 Sistema Impossível, Incompatível ou Inconsistente

Quando o sistema não apresenta qualquer solução ele é dito inconsistente,


incompatível ou impossível.

Exemplos:

- Sistema Consistente e Determinado

3x + 2y = –15
2x – y = 4

Solução: x = –1 e y = –6 (este sistema representa duas retas que se encontram no


ponto (–1 , –6).

- Sistema Consistente e Indeterminado

x + 2y = 6
2x + 4y = 12

Solução: Infinitas soluções (este sistema representa duas retas sobrepostas)


04810337340

- Sistema Inconsistente

x + 2y = 6
x + 2y = 8

Solução: Não apresenta solução (este sistema representa duas retas paralelas)

Operações com sistemas lineares

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Podemos fazer três espécies de operações com um sistema de equações lineares


de forma que possamos transformá-lo em um outro sistema equivalente mais
simples.

 Troca de posição de duas (ou mais) equações do sistema

Podemos simplesmente trocar a posição das equações do sistema que sua


solução não será modificada.

Exemplo:

3x + 2y – z = 0
7x – 3y – 4z = 1
2x – 7y + 12z = –3

Trocando a 1ª pela 2ª equação, temos:

7x – 3y – 4z = 1
3x + 2y – z = 0
2x – 7y + 12z = –3

 Multiplicação (ou divisão) de uma das equações por um número não nulo

Podemos multiplicar (ou dividir) todos os termos de uma equação por um número
não nulo que a solução do sistema não se modificará.

Exemplo:

3x + 2y – z = 0
7x – 3y – 4z = 1
2x – 7y + 12z = –3

Multiplicando os elementos da 3ª equação por 2, temos:

3x + 2y - z = 0 04810337340

7x – 3y – 4z = 1
4x – 14y + 24z = –6

 Adição (ou subtração) de duas equações do sistema

Podemos substituir uma das equações do sistema pela soma desta equação a ser
substituída com qualquer outra equação do sistema.

Exemplo:

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3x + 2y – z = 0
7x – 3y – 4z = 1
2x – 7y + 12z = –3

Substituindo os elementos da 3ª equação pela soma dos elementos desta 3ª


equação com os elementos da 2ª equação, temos:

3x + 2y – z = 0
7x – 3y – 4z = 1
9x – 10y + 8z = –2

Solução de Sistemas Lineares com 2 variáveis

Um sistema de equações lineares com duas variáveis x e y, é um conjunto de


equações do tipo:

a.x + b.y = c (com a, b e c sendo números reais)

Para que possamos chamar de sistema, é necessário que existam pelo menos
duas equações.

Exemplo:

x – y = –1
2.x + 3.y = 8

Resolver esse sistema significa encontrar todos os pares (x, y) que satisfazem as
equações simultaneamente. Vamos resolver o sistema do nosso exemplo:

x – y = –1
2.x + 3.y = 8

Nesse sistema, o único par (x, y) que satisfaz às duas equações ao mesmo tempo
é o par (1, 2), ou seja, x = 1 e y = 2. Mas como fazemos para encontrar a solução?
Existem alguns métodos para isso. Vejamos:
04810337340

Método da substituição

1º Passo – Isolar uma das variáveis em uma das equações.

2º Passo – A variável isolada é substituída na outra equação, que resolvemos,


pois só fica uma variável.

3º Passo – Após encontrar o valor de uma das variáveis, substituímos esse valor
em qualquer uma das equações do sistema e a resolvemos.

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4º passo – Encontramos a solução

Vamos testar esse método com o nosso exemplo:

x – y = –1
2.x + 3.y = 8

Começamos isolando o x na primeira equação (poderia ser o y, tanto faz):

x=y–1
2.x + 3.y = 8

Agora, substituímos o valor do x na segunda equação:

2.x + 3.y = 8

2.(y – 1) + 3.y = 8

2.y – 2 + 3.y = 8

5.y = 8 + 2

5.y = 10

10
y=
5

y=2

Agora, substituímos o valor de y que acabamos de encontrar na primeira equação:

x=y–1

x=2–1

x=1

Pronto, chegamos à solução do sistema (1, 2), ou seja, x = 1 e y = 2.


04810337340

Método da adição

1º Passo – multiplicamos todos os valores de uma das equações por um número


escolhido de forma que os coeficientes de uma das variáveis fiquem opostos nas
duas equações.

2º Passo – Somamos os membros das duas equações e resolvemos a equação


restante, que terá apenas uma variável.

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3º Passo – Após encontrar o valor de uma das variáveis, substituímos esse valor
em qualquer uma das equações do sistema e a resolvemos.

4º passo – Encontramos a solução

Vamos testar esse método no nosso exemplo:

x – y = –1
2.x + 3.y = 8

Começamos multiplicando uma das equações por um número escolhido de forma


que os coeficientes de uma das variáveis fiquem opostos nas duas equações.
Para o nosso exemplo, vamos multiplicar a primeira equação por 3, pois assim o y
ficará com coeficiente –3, que é oposto ao seu coeficiente na segunda equação:

x – y = –1 (multiplica tudo por 3)


2.x + 3.y = 8

3.x – 3.y = –3
2.x + 3.y = 8

Agora, somamos os membros das duas equações, e resolvemos a equação


resultante:

3.x – 3.y = –3

2.x + 3.y = 8

3.x + 2.x – 3.y + 3.y = – 3 + 8

5.x = 5

5
x=
5

x=1

Agora, substituímos o valor de x que acabamos de encontrar na primeira equação:


04810337340

x – y = –1

1 – y = –1

y=1+1

y=2

Pronto, chegamos à solução do sistema (1, 2), ou seja, x = 1 e y = 2.

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Sistema Indeterminado

Se ao tentarmos resolver o sistema chegarmos a resultados do tipo:

0=0
1=1
–15 = –15

ou qualquer outro semelhante em que a sentença é sempre verdadeira, dizemos


que o sistema é indeterminado e possui infinitas soluções.

Exemplo:

x – y = –1
2.x – 2.y = –2

Multiplicando a primeira equação por –2, temos:

–2.x + 2.y = 2
2.x – 2.y = –2

Somando as duas equações:

–2.x + 2.y = 2
2.x – 2.y = –2

–2.x + 2.x + 2.y – 2.y = 2 – 2

0=0

Sistema Impossível

Se ao tentarmos resolver o sistema chegarmos a resultados do tipo:

2=0
3=1
–4 = 5
04810337340

ou qualquer outro semelhante em que a sentença é sempre falsa, dizemos que o


sistema é impossível e não possui solução real.

Exemplo:

x – y = –1
2.x – 2.y = –5

Multiplicando a primeira equação por –2, temos

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–2.x + 2.y = 2
2.x – 2.y = –5

Somando as duas equações:

–2.x + 2.y = 2
2.x – 2.y = –5

–2.x + 2.x + 2.y – 2.y = 2 – 5

0 = –3

Vamos ver como isso já foi cobrado.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

07 - (MPS - 2010 / CESPE) Considere que x = x0 e y = y0 seja a solução do


sistema de equações lineares.

x + 2y = 10

3x – y = 2

Nesse caso, podemos concluir que x0 + y0 = 5.

Solução:

Bom, nessa questão, devemos resolver o sistema para sabermos quem é x0 e y0:

x + 2y = 10

3x – y = 2

Vou utilizar o método da adição. Multiplicando a segunda equação por 2, temos:

x + 2y = 10
04810337340

6x – 2y = 4

Somando as equações, temos:

x + 2y = 10

6x – 2y = 4

x + 6x + 2y – 2y = 10 + 4

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7x = 14

x=2

Substituindo o valor de x na primeira equação, temos:

x + 2y = 10

2 + 2y = 10

2y = 10 – 2

2y = 8

y=4

Assim,

x0 + y0 = 2 + 4 = 6

Portanto, o item está errado.

08 - (FUB - 2009 / CESPE) Se apenas cédulas de R$ 10,00 e de R$ 20,00


estavam disponíveis para saque em um caixa eletrônico e se um cliente
recebeu 40 notas ao fazer um saque de R$ 600,00, então ele recebeu
quantidades diferentes de cédulas de cada um dos valores disponíveis.

Solução:

Nessa questão, vamos chamar de “d” a quantidade de cédulas de R$ 10,00 e de


“v” a quantidade de cédulas de R$ 20,00. Com isso, podemos montar as seguintes
equações:

“um cliente recebeu 40 notas”

d + v = 40
04810337340

“um saque de R$ 600,00”

10.d + 20.v = 600

Temos, então, o seguinte sistema:

d + v = 40

10d + 20v = 600

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Vou utilizar o método da substituição.

d + v = 40

d = 40 – v

Substituindo o valor de d da primeira equação na segunda equação, temos:

10d + 20v = 600

10.(40 – v) + 20v = 600

400 – 10v + 20v = 600

10v = 600 – 400

10v = 200

v = 20

Substituindo o valor de v na primeira equação, temos:

d + v = 40

d + 20 = 40

d = 40 – 20

d = 20

Portanto, o cliente recebeu quantidades idênticas de cédulas de 10 e 20. Item


errado.

09 - (TJ/PR – 2014 / UFPR) Um grupo de alunos deseja comprar um livro


como presente para sua professora. Se cada aluno contribuir com R$ 9,00
para a compra do livro, haverá R$ 11,00 de troco ao final. Por outro lado, se
cada aluno contribuir com R$ 6,00, faltarão R$ 16,00 para completar o valor
do livro. Qual é o preço do livro?
04810337340

(A) R$ 56,00.
(B) R$ 64,00.
(C) R$ 70,00.
(D) R$ 85,00.

Solução

Nessa questão, vamos chamar de A a quantidade de alunos e de L o preço do


livro. Assim, temos:

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Se cada aluno contribuir com R$ 9,00 para a compra do livro, haverá


R$ 11,00 de troco ao final

9.A  11 = L (equação 1)

Se cada aluno contribuir com R$ 6,00, faltarão R$ 16,00 para completar o


valor do livro

6.A + 16 = L (equação 2)

Substituindo o valor de L da equação 2 na equação 1, temos:

9.A  11 = L

9.A  11 = 6.A + 16

9.A  6.A = 16 + 11

3.A = 27

27
A= = 9 alunos
3

Substituindo o valor de A na equação 1, temos:

L = 9.A  11

L = 9  9  11

L = 81  11

L = R$ 70,00

Resposta letra C.

10 - (Pref. de Curitiba – 2012 / UFPR) Um problema clássico sobre equações


04810337340

do segundo grau é o da soma e do produto. Considere este exemplo: sabe-


se que dois números somados resulta em 28, ao passo que multiplicados
resulta em 187. Nesse caso, o menor desses números é:

(A) 7.
(B) 11.
(C) 14.
(D) 17.
(E) 18.

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Solução

Nessa questão, vamos chamar de x e de y esses dois números. Assim, temos:

sabe-se que dois números somados resulta em 28

x + y = 28

x = 28 – y (equação 1)

ao passo que multiplicados resulta em 187

x.y = 187 (equação 2)

Substituindo o valor de x da equação 1 na equação 2, temos:

(28 – y).y = 187

28.y – y2 = 187

y2 – 28.y + 187 = 0

Resolvendo essa equação do 2º grau, temos:

 = (–28)2  4.(1).(187)

 = 784 + 748

 = 36

 ( 28)  36
y=
21

28  6
y=
2
04810337340

y = 14  3

y = 17 ou y = 11

Substituindo esses valores de y na equação 1, encontraremos x = 11, para y = 17,


e x = 17 para y = 11, ou seja, os dois números são 11 e 17. Como queremos o
menor dos números, este número é 11.

Resposta letra B.

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11 - (TJ/PR – 2014 / UFPR) Após viajar 300 km e chegar ao seu destino, um


motorista percebeu que, se sua velocidade média na viagem tivesse sido 10
km/h superior, ele teria diminuído o tempo da viagem em 1 hora. Quanto
tempo o motorista gastou na viagem?

(A) 6 horas.
(B) 5,5 horas.
(C) 5 horas.
(D) 4,5 horas.

Solução

Nessa questão, vamos chamar de v a velocidade média e de t o tempo gasto no


percurso de 300 km. Podemos perceber que a velocidade e o tempo são
grandezas inversamente proporcionais. Com isso, podemos montar a seguinte
proporção:

v.t = 300 (equação 1)

Sabendo que se sua velocidade média na viagem tivesse sido 10 km/h superior,
ele teria diminuído o tempo da viagem em 1 hora, podemos montar a seguinte
proporção:

(v + 10).(t  1) = 300

v.t  v + 10.t  10 = 300 (equação 2)

Igualando as equações 1 e 2, temos:

v.t = v.t  v + 10.t  10

v = 10.t  10

Substituindo o valor de v na equação 1, temos:

v.t = 300 04810337340

(10.t  10).t = 300

10.t2  10.t  300 = 0

Dividindo tudo por 10, temos:

t2  t  30 = 0

Resolvendo a equação do 2º grau, temos:

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 = (-1)2  4.(1).(-30)

 = 1 + 120

 = 121

 ( 1)  121
t=
2 1

1 11
t=
2

Como não podemos ter tempo negativo, só teremos uma opção para t:

1 11
t=
2

12
t= = 6 horas
2

Resposta letra A.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Resolução de sistemas lineares por escalonamento

Com a utilização das três operações vistas anteriormente, resolveremos qualquer


sistema de equações lineares. Vamos ver um exemplo:

3x + 2y + 6z = 25
–2x + 3y – z = 1
3x – 4y + z = –2

Substituindo a 1ª equação pela soma da 1ª equação com a 2ª equação:

x + 5y + 5z = 26 04810337340

–2x + 3y – z = 1
3x – 4y + z = –2

Subtraindo, agora, a 3ª equação menos 3 vezes a 1ª equação:

x + 5y + 5z = 26
–2x + 3y – z = 1
0x – 19y – 14z = –80

Substituindo a 2ª equação pela soma da 2ª equação com 2 vezes a 1ª equação:

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x + 5y + 5z = 26
0x + 13y + 9z = 53
0x – 19y – 14z = –80

Substituindo a 3ª equação pela soma da 3ª equação com 19/13 vezes a 2ª


equação:

x + 5y + 5z = 26
0x + 13y + 9z = 53
0x + 0y – (11/13)z = –(33/13)

Multiplicando os elementos da 3ª equação por –13/11:

x + 5y + 5z = 26
0x + 13y + 9z = 53
0x + 0y + z = 3

Aqui nós já podemos parar, pois já temos o sistema de uma forma que nos permite
encontrar a solução sem maiores cálculos. Vejamos:

Pela 3ª equação, concluímos que z = 3. Em seguida substituímos o valor de z na


equação 2:

13y + 9z = 53

13y + 9.3 = 53

13y + 27 = 53

13y = 53 – 27

13y = 26

y=2

Por fim, substituímos os valores de y e z na equação 1:

x + 5y + 5z = 26
04810337340

x + 5.2 + 5.3 = 26

x + 10 + 15 = 26

x + 25 = 26

x = 26 – 25

x=1

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Resultando, então, na solução do sistema (x = 1; y = 2; z = 3).

Poderíamos também continuar com escalonamento até que cada equação


apresentasse apenas uma incógnita. Assim, a solução do sistema sairia de forma
direta.

Sistemas Homogêneos

Um sistema linear é dito homogêneo quando os termos independentes de todas


as equações são nulos. Com isso, todo sistema linear homogêneo admite, pelo
menos, a solução com todos os elementos nulos (solução trivial). Isso significa que
todo sistema linear homogêneo é possível, podendo ser determinado (se só tiver
essa solução) ou indeterminado (se apresentar, além dessa, pelo menos mais
uma solução).

Exemplo:

3x + 2y + 6z = 0
–2x + 3y – z = 0
6x – 4y + z = 0

Solução (0; 0; 0)  Sistema possível e determinado.

Vamos ver como isso já foi cobrado.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

(Texto para as questões 12 e 13) As quantidades de agências, postos de


atendimento e caixas eletrônicos de um banco satisfazem às seguintes
condições:

– a soma do número de agências com o de postos de atendimento e o de


caixas eletrônicos é igual a 346;

– a diferença entre a quantidade de caixas eletrônicos e a de agências é igual


a 10 vezes o número de postos de atendimento; 04810337340

– o número de caixas eletrônicos menos 50 é igual a três vezes a soma entre


o número de agências e o número de postos de atendimento.

Com base nessas informações, julgue os itens subsequentes.

12 - (Banese – 2004 / CESPE) O número de agências é maior que o dobro do


número de postos de atendimento.

Solução:

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Nessa questão, vamos chamar de A o número de agências, de P o número de
postos e de C o número de caixas eletrônicos. Assim, temos:

– a soma do número de agências com o de postos de atendimento e o de


caixas eletrônicos é igual a 346;

A + P + C = 346 (equação 1)

– a diferença entre a quantidade de caixas eletrônicos e a de agências é igual


a 10 vezes o número de postos de atendimento;

C – A = 10.P

A + 10.P – C = 0 (equação 2)

– o número de caixas eletrônicos menos 50 é igual a três vezes a soma entre


o número de agências e o número de postos de atendimento.

C – 50 = 3.(A + P)

C – 50 = 3.A + 3.P

3.A + 3.P – C = –50 (equação 3)

Assim, temos o seguinte sistema:

A + P + C = 346 (equação 1)
A + 10.P – C = 0 (equação 2)
3.A + 3.P – C = –50 (equação 3)

Vamos resolver este sistema por escalonamento (aqui irei até o fim, com a solução
saindo diretamente do sistema):

Substituindo a equação 2 pela soma da equação 2 com a equação 1, temos:

A + P + C = 346 (equação 1)
04810337340

2.A + 11.P + 0.C = 346 (equação 2)


3.A + 3.P – C = –50 (equação 3)

Substituindo a equação 3 pela soma da equação 3 com a equação 1, temos:

A + P + C = 346 (equação 1)
2.A + 11.P + 0.C = 346 (equação 2)
4.A + 4.P + 0.C = 296 (equação 3)

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Dividindo a equação 3 por –2, temos:

A + P + C = 346 (equação 1)
2.A + 11.P + 0.C = 346 (equação 2)
–2.A – 2.P + 0.C = –148 (equação 3)

Substituindo a equação 3 pela soma da equação 3 com a equação 2, temos:

A + P + C = 346 (equação 1)
2.A + 11.P + 0.C = 346 (equação 2)
0.A + 9.P + 0.C = 198 (equação 3)

Dividindo a equação 3 por 9, temos:

A + P + C = 346 (equação 1)
2.A + 11.P + 0.C = 346 (equação 2)
0.A + P + 0.C = 22 (equação 3)

Substituindo a equação 2 pela diferença da equação 2 menos 11 vezes a equação


3, temos:

A + P + C = 346 (equação 1)
2.A + 0.P + 0.C = 104 (equação 2)
0.A + P + 0.C = 22 (equação 3)

Dividindo a equação 2 por 2, temos:

A + P + C = 346 (equação 1)
04810337340

A + 0.P + 0.C = 52 (equação 2)


0.A + P + 0.C = 22 (equação 3)

Substituindo a equação 1 pela diferença da equação 1 menos a equação 2, temos:

0.A + P + C = 294 (equação 1)


A + 0.P + 0.C = 52 (equação 2)
0.A + P + 0.C = 22 (equação 3)

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Por fim, substituindo a equação 1 pela diferença da equação 1 menos a equação


3, temos:

0.A + 0.P + C = 272 (equação 1)


A + 0.P + 0.C = 52 (equação 2)
0.A + P + 0.C = 22 (equação 3)

Portanto, A = 52, P = 22 e C = 272

Agora, vamos checar o que a questão pediu:

A > 2.P

52 > 2  22

52 > 44

Portanto, o item está correto.

13 - (Banese – 2004 / CESPE) O número de caixas eletrônicos é superior a


280.

Solução:

Conforme vimos na questão anterior, o número de caixas eletrônicos é igual a 272.


Portanto, o item está errado.

14 - (Petrobrás – 2008 / CESPE) Com relação ao sistema de equações


lineares

x  2y  z  4

 x  2y  z  2 04810337340

podemos concluir que o sistema não possui solução.

Solução:

Nessa questão, temos três variáveis e apenas duas equações, o que já nos indica
que o sistema não possui solução única. De qualquer forma, vamos tentar resolvê-
lo:

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x  2 y  z  4

 x  2y  z  2

Somando as duas equações, temos:

x + 2y + z –x + 2y – z = 4 + 2

4y = 6

6
y=
4

Agora, substituindo o valor de Y nas duas equações, temos:

 6
x  2. 4  z  4

 x  2. 6  z  2
 4

x  3  z  4

 x  3  z  2

x  z  4  3

 x  z  2  3

x  z  1

  x  z  1

Multiplicando a equação 2 por –1 , temos:

x  z  1

x  z  1

Assim, temos duas equações iguais, o que não nos permite encontrar valores
únicos para x e z. Portanto, o sistema possui infinitas soluções, ou seja, temos um
04810337340

sistema indeterminado. Item errado.

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(Texto para a questão 15) O gráfico acima mostra o valor, em bilhões de


dólares, da exportação de soja do Brasil em 2000, 2001, 2002 e 2003, e o
valor estimado para 2004. É possível modelar os dados desse gráfico por
uma função do tipo g(t) = at + b, resolvendo-se o sistema

14.a + 6.b = 42
6.a + 4.b = 24

Nesse modelo, g(t) é uma aproximação do valor total das exportações de


soja, em US$ bilhões, e t é o número de anos transcorridos a partir de 2000.

A partir dessas informações e considerando que o ano 2000 corresponde ao


tempo inicial t = 0, o ano 2001 corresponde a t = 1, e assim sucessivamente,
julgue o item subsequente.

15 - (Prefeitura de Boa Vista – 2004 / CESPE) As soluções do sistema acima


são a = 1,2 e b = 4,2.

Solução:

Nessa questão, vamos diretamente resolver o sistema. Utilizando o método da


adição, temos:

14a + 6b = 42 04810337340

6a + 4b = 24

3
Multiplicando a equação 2 por – , temos:
2

14a + 6b = 42
3 3 3
– .6a – .4b = – .24
2 2 2

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14a + 6b = 42
–9a – 6b = –36

Somando as duas equações, temos:

14a + 6b – 9a – 6b = 42 – 36

5a = 6

6
a=
5

a = 1,2

Voltando para a equação 1, temos:

14a + 6b = 42

14  1,2 + 6b = 42

16,8 + 6b = 42

6b = 42 – 16,8

6b = 25,2

25,2
b=
6

b = 4,2

Item correto.

(Texto para a questão 16) São Paulo começou neste ano a fazer a inspeção
ambiental dos veículos registrados na cidade. Os movidos a diesel são os
primeiros. Veja os números dos veículos na capital paulista:
04810337340

 veículos registrados: 6,1 milhões;


 está fora de circulação ou trafega irregularmente: 1,5 milhão;
 movidos a diesel: 800.000;
 cumprem os limites de emissão de poluentes: 20% dos veículos
inspecionados.
Idem, p. 63 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência, julgue o item seguinte.

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16 - (PM/AC - 2008 / CESPE) Considere que os veículos movidos a diesel na
capital paulista se dividem em dois grupos: os que são destinados ao
transporte de cargas e os outros. Considere também que, tomando-se m
como sendo 0,01% da quantidade dos veículos movidos a diesel destinados
ao transporte de cargas, obtém-se que esse número m é tal que a equação
do segundo grau x2 + (m – 24)x + 144 = 0, na variável x, tem as duas raízes
iguais. Nesse caso, na capital paulista, os veículos movidos a diesel estão
divididos nesses dois grupos em quantidades que são números diretamente
proporcionais a 3 e 2.

Solução:

Bom, essa questão assusta um pouco na primeira leitura, pois mistura equação de
2º grau com porcentagens e proporções. A primeira informação importante é que o
“m” é tal que a equação x2 + (m – 24)x + 144 = 0 possui duas raízes iguais.
Sabemos que uma equação de 2º grau possui duas raízes iguais quando o  é
igual a zero. Assim:

 = b2 – 4.a.c

 = (m – 24)2 – 4.1.144

 = m2 – 2.m.24 + 242 – 576

 = m2 – 48.m + 576 – 576

 = m2 – 48.m

Bom, podemos agora encontrar os valores de m que tornam o  igual a zero.

m2 – 48.m = 0

m.(m – 48) = 0

m = 0 ou m = 48

Assim, como foi dito na questão que o m representa 0,01% da quantidade dos
veículos movidos a diesel destinados ao transporte de cargas, podemos excluir a
04810337340

opção m = 0 e ficar apenas com m = 48, pois o zero nunca será 0,01% de um
valor diferente de zero.

Com isso, podemos calcular a quantidade de veículos movidos a diesel destinados


ao transporte de cargas, que vamos chamar de VC:

m = 0,01% de VC

0,01
48 =  VC
100

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48  100
VC =
0,01

VC = 480.000

Agora, podemos calcular o total de veículos movidos a diesel que não são
destinados ao transporte de cargas, que vamos chamar de VN, pois sabemos que
o total de veículos movidos a diesel é igual a 800.00:

VN + VC = 800.000

VN + 480.000 = 800.000

VN = 800.000 – 480.000

VN = 320.000

Por fim, resta verificar se os veículos movidos a diesel estão divididos nesses dois
grupos em quantidades que são números diretamente proporcionais a 3 e 2:

VC = 3p e VN = 2p

VN + VC = 800.000

3p + 2p = 800.000

5p = 800.000

p = 160.000

Calculando VC e VN:

VC = 3  160.000 = 480.000

VN = 2  160.000 = 320.000

Portanto, podemos concluir que a questão está correta!


04810337340

(Texto para as questões 17 a 20) Considere as equações que representam


cada uma das sentenças a seguir.

I A soma de 64,24 com o quadrado de um número é igual a 70.

II A multiplicação de um número subtraído de 7 pelo mesmo número


adicionado a 7 é igual a 576.

1 2
III O triplo de um número somado a é igual a .
3 3

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Acerca dessas equações, julgue os próximos itens.

17 - (MMA – 2009 / CESPE) As equações que representam as sentenças I, II e


III são equações do segundo grau.

Solução

Vamos representar as equações:

I A soma de 64,24 com o quadrado de um número é igual a 70.

64,24 + x2 = 70

x2 + 64,24 – 70 = 0

x2 – 5,76 = 0 (equação do 2º grau)

II A multiplicação de um número subtraído de 7 pelo mesmo número


adicionado a 7 é igual a 576.

(x – 7).(x + 7) = 576

x2 + 7.x – 7.x – 49 = 576

x2 – 49 – 576 = 0

x2 – 625 = 0

1 2
III O triplo de um número somado a é igual a .
3 3
1 2
3.x + =
3 3

1 2
3.x + – =0
3 3
1
3.x – =0
3
04810337340

Portanto, apenas as equações que representam as sentenças I e II são equações


do 2º grau. A equação que representa a sentença III é do 1º grau. Item errado.

18 - (MMA – 2009 / CESPE) Todas as soluções das equações que


representam as sentenças II e III são números racionais.

Solução

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Vamos resolver as equações:

x2 – 625 = 0

x2 = 625

x =  625

x = 25 ou x = –25

1
3.x – =0
3

1
3.x =
3

1
x=
9

1
Portanto, o item está correto, já que 25, –25 e são números racionais.
9

19 - (MMA – 2009 / CESPE) Todas as soluções das equações que


representam as sentenças I, II e III são números positivos.

Solução

Vimos na questão anterior que uma das soluções para a equação que representa
a sentença II é um número negativo (–25). Portanto, o item está errado.

20 - (MMA – 2009 / CESPE) As equações que representam as sentenças I e II


têm pelo menos uma solução comum.

Solução
04810337340

Resolvendo a equação da sentença I, temos:

x2 – 5,76 = 0

x2 = 5,76

x =  5,76

x = 2,4 ou x = –2,4

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Portanto, item errado, pois as duas soluções da equação I são diferentes das
duas soluções da equação II.

(Texto para as questões 21 e 22) Pelo aluguel de um veículo 1.0, a locadora


Alfa cobra R$ 63,00 de diária e mais R$ 0,20 por quilômetro rodado. Na
locadora Beta, a diária é de R$ 41,00 e R$ 0,25 é o valor cobrado por
quilômetro rodado.

Com base nessas informações, julgue os seguintes itens.

21 - (SEPLAG/DF – 2009 / CESPE) Existe uma quantidade x de quilômetros,


420 < x < 450, de forma que, se um cliente alugar um veículo 1.0 por apenas
um dia e rodar x quilômetros, a quantia a ser paga é a mesma,
independentemente da locadora onde foi alugado o veículo.

Solução

Nessa questão, nós temos:

Valor cobrado na Locadora Alfa = 63 + 0,2.x

Valor cobrado na Locadora Beta = 41 + 0,25.x

Queremos encontrar qual a quilometragem em que a quantia a ser paga é a


mesma, independentemente da locadora onde for alugado o veículo.

Valor cobrado na Locadora Alfa = Valor cobrado na Locadora Beta

63 + 0,2.x = 41 + 0,25.x

63 – 41 = 0,25.x – 0,2.x

22 = 0,05.x

22
x=
0,05
04810337340

x = 440 quilômetros

Como o valor de x é maior que 420 e menor que 450, concluímos que o item está
correto.

22 - (SEPLAG/DF – 2009 / CESPE) Para rodar 80 km em um mesmo dia com


um carro 1.0, é mais vantajoso para o cliente alugar o veículo na locadora
Beta.

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Solução

Nessa questão, vamos calcular o valor cobrado em cada locadora:

Valor cobrado na Locadora Alfa = 63 + 0,2.x

Valor cobrado na Locadora Alfa = 63 + 0,2.80

Valor cobrado na Locadora Alfa = 63 + 16

Valor cobrado na Locadora Alfa = R$ 79,00

Valor cobrado na Locadora Beta = 41 + 0,25.x

Valor cobrado na Locadora Beta = 41 + 0,25.80

Valor cobrado na Locadora Beta = 41 + 20

Valor cobrado na Locadora Beta = R$ 61,00

Portanto, o valor cobrado em Alfa é maior que o valor cobrado em Beta. Item
correto.

23 - (Prefeitura de Vila Velha – 2008 / CESPE) Considere-se que Pedro tenha


abastecido seu veículo em um posto de combustível e tenha pago R$ 117,00.
Considere-se, ainda, que, na semana seguinte, passando pelo mesmo posto,
tenha verificado que o preço do combustível estava 10% mais barato e
novamente abasteceu seu veículo, sendo que, dessa vez, ele colocou 5 L a
mais do que havia abastecido anteriormente e pagou os mesmos R$ 117,00.
Nessa situação, é correto afirmar que, no primeiro abastecimento, Pedro
colocou mais de 40 L de combustível e pagou menos de R$ 2,65 por um litro
desse combustível.

Solução

Nessa questão, vamos começar chamando de C a primeira quantidade de


combustível que Pedro colocou em seu carro e de P o preço pago pelo litro desse
04810337340

combustível. Assim:

No primeiro abastecimento:

P  C = 117 (equação 1)

No segundo abastecimento:

(P – 10% de P)  (C + 5) = 117

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(P – 0,1.P)  (C + 5) = 117

(0,9.P)  (C + 5) = 117

0,9  P  C + 5  0,9  P = 117

Vimos na equação 1 que P  C = 117. Assim:

0,9  117 + 4,5.P = 117

4,5.P = 117 – 0,9  117

4,5.P = 117.(1 – 0,9)

4,5.P = 117.(0,1)

4,5.P = 11,7

11,7
P=
4,5

P = R$ 2,60

Voltando à equação 1:

P  C = 117

2,6  C = 117

117
C=
2,6

C = 45 litros

Item correto.

04810337340

24 - (Prefeitura de Vila Velha – 2008 / CESPE) Considere-se que a soma dos


preços de uma geladeira e de um fogão, em uma loja de departamentos, seja
igual a R$ 3.200,00, para pagamento à vista. Considere-se, ainda, que o
gerente dessa loja aceite que o pagamento seja feito daqui a 6 meses, mas o
preço da geladeira será acrescido de 20% e o do fogão, de 12%, em relação
aos preços à vista, o que acarretará um acréscimo de 16,75% no preço total
dos dois produtos. Nessa situação, é correto afirmar que o preço à vista da
geladeira é inferior a R$ 1.800,00, e o do fogão, superior a R$ 1.500,00.

Solução

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Vamos chamar de G o preço inicial da geladeira e de F o preço inicial do fogão.
Assim:

G + F = 3200

G = 3200 – F (equação 1)

Para o pagamento a prazo, temos:

G + 0,2.G + F + 0,12.F = 3200 + 0,1675  3200

1,2.G + 1,12.F = 3200 + 536

1,2.G + 1,12.F = 3736

Substituindo G pelo valor da equação 1, temos:

1,2.(3200 – F) + 1,12.F = 3736

3840 – 1,2.F + 1,12.F = 3736

–0,08.F = 3736 – 3840

–0,08.F = –104

0,08.F = 104

104
F=
0,08

F = R$ 1.300,00

Assim, voltando para a equação 1, podemos encontrar G:

G = 3200 – F 04810337340

G = 3200 – 1300

G = R$ 1.900,00

Item errado.

25 - (Prefeitura de Vila Velha – 2008 / CESPE) Considere-se que, para fazer a


contabilidade das empresas de seus clientes, o faturamento mensal de um
contador era igual a R$ 16.000,00. Considere-se, ainda, que o valor cobrado

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pelo contador seja o mesmo para cada cliente; que esse contador tenha
adquirido, após campanha de divulgação de seus serviços, 10 novos clientes
e, dessa forma, mesmo dando um desconto de R$ 50,00 para cada cliente
antigo e novo, o faturamento mensal tenha subido para R$ 18.900,00. Nessa
situação, sabendo-se que 6602 = 435.600, é correto afirmar que, antes da
referida campanha, o valor cobrado de cada cliente antigo era inferior a
R$ 600,00 e o contador tinha mais de 30 clientes antigos.

Solução

Nessa questão, vamos chamar de N o número de clientes antigos e de P o preço


inicial cobrado de cada um deles. Assim:

N  P = 16000

16000
N= (equação 1)
P

Com isso, após a conquista dos 10 novos clientes e do desconto de R$ 50,00


dado a cada um dos clientes (novos e antigos), temos:

(N + 10)  (P – 50) = 18900

N.P – 50.N + 10.P – 500 = 18900

N.P – 50.N + 10.P = 18900 + 500

N.P – 50.N + 10.P = 19400

Substituindo o valor de N da equação 1, temos:

16000 16000
.P – 50. + 10.P = 19400
P P

800000
16000 – + 10.P = 19400
P 04810337340

800000
10.P – = 19400 – 16000
P

800000
10.P – = 3400
P

Multiplicando tudo por P, temos:

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10.P2 – 800000 = 3400.P

10.P2 – 3400.P – 800000 = 0

Dividindo tudo por 10:

P2 – 340.P – 80000 = 0

Agora, resolvemos a equação do segundo grau:

 ( 340 )  (340 )2  4.1.( 80000 )


P=
2.1

340  115600  320000


P=
2

340  435600
P=
2

340  660
P=
2

340  660 1000


P= = = 500
2 2
ou
340  660  320
P= = = –160
2 2

Como não podemos ter preço negativo, concluímos que o preço cobrado de cada
cliente inicialmente era R$ 500,00.

Voltando para a equação 1, temos:


04810337340

16000
N=
P

16000
N=
500

N = 32 clientes

Item correto.

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(Texto para as questões 26 a 28) Acerca de sistemas de equações lineares
com 3 equações e duas incógnitas, julgue os itens seguintes.

26 - (Petrobrás – 2008 / CESPE) Sistemas lineares desse tipo não possuem


solução.

Solução:

Isso nós não podemos afirmar, pois temos mais equações do que incógnitas, o
que torna possível que o sistema tenha solução. Se fosse o contrário, mais
incógnitas do que equações, aí não poderíamos afirmar que o sistema possui uma
única solução. Item errado.

27 - (Petrobrás – 2008 / CESPE) Sistemas desse tipo possuem infinitas


soluções.

Solução:

Conforme dito na questão anterior, só poderíamos garantir que este sistema


possui infinitas soluções se o número de incógnitas fosse maior que o número de
equações. Item errado.

28 - (Petrobrás – 2008 / CESPE) Algum sistema desse tipo, homogêneo, pode


não ter solução.

Solução:

Essa questão também está errada, pois se o sistema é homogêneo nós temos a
garantia de que ele possui pelo menos uma solução, que é a solução trivial (todas
as incógnitas iguais a zero). Item errado.

(Texto para as questões 29 e 30) Dois software, S1 e S2, são utilizados


diariamente por participantes de diferentes grupos de trabalho em certa
empresa. Um desses grupos de trabalho está interessado na fabricação de
dois produtos, P1 e P2; a fabricação de cada unidade de P1 requer 2 horas
de utilização de S1 e 3 horas de utilização de S2, enquanto a fabricação de
04810337340

cada unidade de P2 requer 3 horas de utilização de S1 e 4 horas de utilização


de S2. Foi decidido que, por motivos estratégicos, o software S1 estará
disponível a esse grupo de trabalho por 12 horas por dia, enquanto o
software S2 estará disponível por 9 horas diárias a esse grupo de trabalho.
Os pesquisadores desse grupo desejam saber quantas unidades de P1 e
quantas unidades de P2 conseguem produzir nessas condições diariamente
e observaram que uma maneira de saber isso seria resolver o sistema de
equações lineares

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2x + 3y = 12
3x + 4y = 9

Com base nas informações acima, julgue os itens a seguir.

29 - (SERPRO – 2008 / CESPE) A solução do sistema de equações lineares

2x + 3y = 12
3x + 4y = 9

fornece, de fato, uma possível quantidade a ser produzida de P1 e P2.

Solução:

Vamos resolver o sistema? Aqui utilizarei o método da substituição:

2x + 3y = 12

2x = 12 – 3y

12  3 y
x=
2

Substituindo o valor de x na equação 2, temos:

3x + 4y = 9

12  3 y
3. + 4y = 9
2

Multiplicando tudo por 2, temos:

36 – 9y + 8y = 18

–y = 18 – 36
04810337340

–y = –18

y = 18

Voltando para o valor de x, temos:

12  3 y
x=
2

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12  3  18
x=
2

12  54
x=
2

 42
x=
2

x = –21

Portanto, como não podemos produzir –21 unidades de nada, concluímos que o
sistema não serve para calcular a quantidade a ser produzida de P1 e P2. Item
errado.

30 - (SERPRO – 2008 / CESPE) Nas condições apresentadas, não é possível


produzir mais que três unidades diárias do produto P1.

Solução:

Nessa questão, devemos perceber que P1 gasta 3 horas do sistema S2 para


produzir cada peça e que o sistema S2 só estará disponível 9 horas por dia.
Portanto, podemos concluir que não será possível produzir mais do que três peças
de P1 por dia, devido a esta limitação de horário de S2.

9 horas de S2 = 3 peças  3 horas por peça de P1

Portanto, o item está correto.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

4 – Funções

Podemos definir funções da seguinte maneira:

Dados 2 conjuntos A e B, chama-se função de A em B toda relação tal que


04810337340

sempre haja a correspondência de um elemento do conjunto A a apenas um


elemento no conjunto B

A B

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Assim, pela definição acima, não são funções as seguintes situações:

A B

Aqui, o elemento azul do conjunto A não possui correspondência no conjunto B

A B

Agora, um elemento do conjunto A possui mais de uma correspondência no


conjunto B

Percebam que as situações abaixo são possíveis, pois não contrariam a definição:

A B

Podemos ter um elemento em B que não tenha correspondência em A

04810337340

A B

Podemos ter mais de um elemento de A com o mesmo elemento correspondente


em B.

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Bom, dados os conceitos de função, indicamos por f: A  B a toda função f de A
em B, onde A é o domínio e B é o contradomínio da função. Além disso,
chamamos de conjunto Imagem da função ao conjunto de todos os elementos de
B que tiveram correspondência em A.

Exemplo1:

A função f: N  R é definida por f(x) = 2.x + 3.

Essa função f possui como domínio o conjunto N e como contradomínio o conjunto


R. Além disso, definimos que cada elemento x pertencente a N possui um
elemento 2.x + 3 pertencente a R.

Assim, nesse exemplo a imagem do elemento x = 1 será 5, pois 2.(1) + 3 = 5, e


escrevemos f(1) = 5.

Exemplo2:

A função f: R+  R é definida por f(x) = x2 + 3.x + 3.

Essa função f possui como domínio o conjunto R+ e como contradomínio o


conjunto R. Além disso, definimos que cada elemento x pertencente a R+ possui
um elemento x2 + 3.x + 3 pertencente a R.

Assim, nesse exemplo a imagem do elemento x = 2 será 13, pois


(2)2 + 3.(2) + 3 = 13, e escrevemos f(2) = 13.

Gráfico de uma função

Considerando todos os pares (x, y), em que x representa um elemento do domínio


da função e y representa a sua imagem nesta função, podemos marcar num plano
cartesiano de coordenadas x e y os pontos correspondentes de todos os pares
(x, y) da função. O eixo x é chamado de eixo das abscissas e o eixo y é chamado
de eixo das ordenadas.

Exemplo:

f: R  R, tal que f(x) = x + 1


04810337340

Vamos listar alguns pontos de f:

f(1) = 1 + 1 = 2, par ordenado (1, 2)

f(2) = 2 + 1 = 3, par ordenado (2, 3)

f(3) = 3 + 1 = 4, par ordenado (3, 4)

Já temos três pontos, vamos marcá-los no plano ordenado xOy:

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4
3
2
1

1 2 3 4 5 6 7 8 x

Para construir o gráfico desta função, deveríamos marcar todos os pontos no


plano. Podemos ver que isso é impossível de se fazer ponto a ponto, pois como o
domínio de f é o conjunto dos números reais, existem infinitos pontos a serem
calculados e marcados no plano. Assim, foram desenvolvidos estudos de modo a
classificar as funções e facilitar suas representações gráficas. Na aula de hoje,
vamos estudar apenas as funções de 1º e 2º graus. Veremos noções de função
exponencial na próxima aula.

Função polinomial do 1º grau (ou função Afim)

Denominamos função de 1º grau a toda função f: R  R, tal que:

f(x) = a.x + b, com a  0.

O gráfico de uma função do 1º grau é sempre uma reta inclinada que encontra o
eixo y no ponto y = b, que é o valor encontrado ao se calcular f(0). Este “b” é
denominado de coeficiente linear. Já o “a” é denominado de coeficiente
angular, pois ele indica o grau de inclinação da reta (este “a” indica na verdade a
tangente do ângulo que a reta forma com o eixo x).

Sabemos que o “a” tem que ser diferente de zero, para que tenhamos uma função
do 1º grau. Assim, podemos ter duas situações: ou o “a” é maior que zero, ou o “a”
é menor que zero:

Para a > 0, a reta possui inclinação crescente:


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Assim, quanto maior for o valor de x, maior será o valor de y.

Para a < 0, a reta possui inclinação decrescente:

Assim, quanto maior for o valor de x, menor será o valor de y.

Com isso, para se desenhar o gráfico de qualquer função do 1º grau, basta


encontrar dois pontos distintos desta função e traçar uma reta interceptando-os.

Função polinomial do 2º grau (ou função quadrática)

Denominamos função de 2º grau a toda função f: R  R, tal que:

f(x) = a.x2 + b.x + c, com a  0.

Os gráficos das funções de 2º grau são sempre parábolas. As parábolas são


curvas planas cujos pontos possuem a mesma distância de um ponto (chamado
de foco) e de uma reta que não contém o ponto (chamada de diretriz).

y
Foco da Parábola
parábola

d 04810337340

Reta
diretriz

Pessoal, perdoem a baixa qualidade dos desenhos, é o melhor que consegui fazer
com os recursos que possuo.

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Na função f(x) = a.x2 + b.x + c, a depender do sinal do “a”, a concavidade da


parábola será voltada para cima ou para baixo:

Para a > 0, a parábola possui a concavidade voltada para cima:

Para a < 0, a parábola possui a concavidade voltada para baixo:

Além disso, na função f(x) = a.x 2 + b.x + c, o sinal do  = b2 – 4.a.c indica se a


parábola corta o eixo x, e se corta apenas uma vez ou duas vezes.

Para  > 0 (a equação do segundo grau possui 2 raízes reais), a parábola corta o
eixo x duas vezes:

y y
04810337340

x x

Para a > 0 Para a < 0

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Para  = 0 (a equação do segundo grau possui apenas uma raiz real), a parábola
corta o eixo x apenas uma vez:

y y

Para a > 0 x Para a < 0

Para  < 0 (a equação do segundo grau não possui raiz real), a parábola não corta
o eixo x:

y y

Para a > 0 x Para a < 0

Chamamos de vértice da parábola o ponto mínimo (quando a > 0) ou o ponto


máximo (quando a < 0) da parábola. Além disso, o vértice divide a parábola em
duas partes simétricas, sendo uma delas crescente e a outra decrescente.

y y

Vértices
04810337340

x x

Para a > 0 Para a < 0

Um item importantíssimo para o desenho do gráfico de uma parábola é saber as


coordenadas do vértice, que são dadas por:

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b
x=
2.a


y=
4.a

Assim, para se desenhar o gráfico (na verdade é um esboço) de uma parábola,


basta sabermos as coordenadas vértice e de dois de seus pontos (normalmente
escolhemos os pontos que cruzam o eixo x, quando o  > 0, ou o ponto que cruza
o eixo y e mais algum outro qualquer).

Bom, chega de teoria por hoje, vamos ver algumas questões de prova.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

31 - (UFPR - 2011 / UFPR) Uma loja estabelece o preço de uma peça de roupa
em função do número de peças adquiridas pelo comprador. Para a
100
determinação do preço unitário, utiliza-se a equação: P = 30 + , em que P
x
é o preço em reais e x é o número de peças compradas. Sabendo que um
comprador pagou R$ 42,50 por peça de roupa, assinale a alternativa que
corresponde ao número de peças compradas.

(A) 12 peças.
(B) 10 peças.
(C) 8 peças.
(D) 6 peças.
(E) 4 peças.

Solução:

Nessa questão temos a seguinte função para representar a relação entre a


quantidade de roupas compradas e o preço unitário de cada peça:

100
P = 30 +
x
04810337340

Assim, sabendo que o preço unitário foi de R$ 42,50, podemos encontrar quantas
peças foram compradas:

100
P = 30 +
x

100
42,5 = 30 +
x

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100
42,5 – 30 =
x

100
12,5 =
x

12,5.x = 100

100
x=
12,5

x=8

Resposta letra C.

32 - (UFPR - 2011 / UFPR) O gráfico abaixo representa a relação entre as


medidas de temperatura na escala Celsius (ºC) e na escala Fahrenheit (ºF).

Determine a medida da temperatura em graus Celsius que corresponde a


-22º F.

(A) -40 ºC. 04810337340

(B) -32 ºC.


(C) -30 ºC.
(D) -22 ºC.
(E) -12 ºC.

Solução:

Agora, temos apenas o gráfico que representa a relação entre as temperaturas em


Celsius e em Fahrenheit. Vamos primeiramente encontrar qual a função que está
representada nesse gráfico. Podemos perceber que o gráfico é uma reta, e como
temos a informação de dois pontos desse gráfico (x = 0, y = 32) e (x = 100,

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y = 212), essa tarefa é tranquila. Sabendo que a equação que representa uma
função do primeiro grau é y = a.x + b, iremos substituir os dois pontos nessa
equação e encontraremos a e b:

Substituindo o ponto (0, 32):

y = a.x + b

32 = a.0 + b

b = 32

Agora, podemos substituir o ponto (100, 212) e encontrar o valor de a:

y = a.x + 32

212 = 100.a + 32

100.a = 212 – 32

100.a = 180

180
a=
100

a = 1,8

Com isso, já temos a equação que representa esta função:

y = 1,8.x + 32

Por fim, resta encontrarmos o valor de x quando y for igual a –22:

y = 1,8.x + 32

–22 = 1,8.x + 32 04810337340

–22 – 32 = 1,8.x

1,8.x = –54

 54
x=
1,8

x = –30

Resposta letra C.

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33 - (Câmara de Piraquara – 2013 / UFPR) Dados: (1) 4x + ay – 3 = 0 e (2) – 4x


+ 3y + 6 = 0. Para que as duas equações tenham uma única solução comum:

(A) 'a' deve ser maior que 3.


(B) 'a' não pode ser zero.
(C) 'a' deve ser menor que -1.
(D) 'a' pode assumir qualquer valor real.
(E) 'a' deve ser diferente de -3.

Solução

Bom, temos duas funções do 1º grau, e para que as elas tenham apenas uma
solução comum, é necessário que as duas retas que representam essas duas
funções se cruzem em apenas um ponto, ou seja, elas não podem ser paralelas
(pois não teriam nenhum ponto em comum) nem coincidentes (pois teriam todos
os pontos em comum). Assim, vamos igualar as duas funções:

(1) 4x + ay – 3 = 0

ay = –4x + 3

 4x  3
y=
a

(2) – 4x + 3y + 6 = 0

3y = 4x – 6

4x  6
y=
3

Igualando as duas equações, temos:

 4x  3 4x  6
=
04810337340

a 3

a.(4x – 6) = 3.(–4x + 3)

4ax – 6a = –12x + 9

4ax + 12x = 9 + 6a

x.(4a + 12) = 9 + 6a

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9  6a
x=
4a  12

Bom para que exista um número real x que satisfaça essa equação, não podemos
ter o zero no denominador desta fração. Assim, concluímos que 4a + 12 deve ser
diferente de zero.

4a + 12  0

4a  –12

 12
a
4

a  –3

Nesse caso, para a = –3 as duas retas serão paralelas, pois elas terão o mesmo
coeficiente angular e coeficientes lineares diferentes.

Resposta letra E.

34 - (SEE/PR – 2007 / UFPR) - Adaptada Dada uma função do segundo grau


na forma f(x) = ax2 + bx + c, com a, b, c reais e sabendo-se que f(0) = 5,
f(1) = 3 e f(-1) = 1, quais os valores, respectivamente, de a, b, c?

(A) 5, 3 e 1.
(B) 0, 1 e -1.
(C) -3, 1 e 5
(D) 3, -5 e 5.
(E) 1, -1 e 0.

Solução:

Nessa questão, basta substituirmos os valores de x e de f(x) para encontrarmos a,


b e c. Vamos lá:

f(x) = ax2 + bx + c 04810337340

Começando com f(0) = 5:

f(x) = ax 2 + bx + c

5 = a(0)2 + b(0) + c

5=0+0+c

c=5

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Agora, substituímos f(1) = 3:

f(x) = ax 2 + bx + 5

3 = a(1)2 + b(1) + 5

3=a+b+5

a+b=3–5

a + b = –2 (equação 1)

Substituindo f(-1) = 1, temos:

f(x) = ax 2 + bx + 5

1 = a(-1)2 + b(-1) + 5

1=a–b+5

a–b=1–5

a – b = –4

a = b – 4 (equação 2)

Substituindo o valor de “a” encontrado na equação 2, na equação 1, temos:

a + b = –2

b – 4 + b = –2

2.b = 4 – 2

2.b = 2

b=1
04810337340

Por fim, podemos voltar para a equação 2:

a=b–4

a=1–4

a = –3

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Resposta letra C.

35 - (PM/ES - 2007 / CESPE) A respeito da equação x2 + mx + m = 0, em que m


é um número real, todas as seguintes afirmações são verdadeiras.

I se m = 0, então a equação tem uma única solução;


II se m = 4, então a equação tem uma única solução;
III se 0 < m < 4, então a equação não tem nenhuma solução real;
IV para cada valor de m tal que m < 0 ou m > 4, a equação tem duas soluções
reais.

Solução:

Nessa questão, nós temos:

x2 + mx + m = 0, onde a = 1, b = m e c = m

Assim, podemos analisar o :

 = b2 – 4.a.c

 = m2 – 4.1.m

 = m2 – 4m

Essa função possui o seguinte gráfico (esboço):

0 4 m

04810337340

Assim, podemos concluir que para m = 0 ou m = 4, o  é igual a 0, ou seja, a


equação tem apenas uma solução real, o que torna as afirmativas I e II
verdadeiras. Além disso, para m > 0 e m < 4, o valor de  é negativo, ou seja, a
equação não possui solução real, o que torna a afirmativa III verdadeira. Por fim,
para m < 0 ou m > 4, o  é maior do que 0, ou seja, a equação possui duas
soluções reais, o que torna a afirmativa IV verdadeira.

Assim, concluímos que as quatro afirmativas são verdadeiras e a questão está


correta.

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36 - (PM/ES - 2010 / CESPE) Se as funções polinomiais f(x) = ax – 2 e


g(x) = x2 – x + 2 forem iguais em um único valor de x, então a > 6.

Solução:

Nessa questão nós queremos que as duas funções só se cruzem em apenas um


ponto. Para descobrirmos o ponto (ou pontos) em que duas funções se cruzam,
nós igualamos as duas. Assim:

f(x) = ax – 2
g(x) = x2 – x + 2

f(x) = g(x)

ax – 2 = x 2 – x + 2

x2 – x + 2 – ax + 2 = 0

x2 – x – ax + 4 = 0

x2 + (–1 – a).x + 4 = 0

Queremos que ocorra apenas um ponto em comum, o que nos leva concluir que o
 desta equação de 2º grau deve ser igual a zero. Assim:

 = b2 – 4.a.c

0 = (–1 – a)2 – 4.1.4

0 = (–1)2 + 2.(–1).(–a) + (–a)2 – 16

0 = 1 + 2.a + a2 – 16

a2 + 2.a – 15 = 0

Por fim, devemos encontrar o valor de a que satisfaz essa equação:


04810337340

 2  2 2  4.1.( 15)
a=
2.1

 2  4  60
a=
2

 2  64
a=
2

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28
a=
2

Com isso, temos dois possíveis valores para o “a”:

28 6
a= = =3
2 2

ou,

28  10
a= = = –5
2 2

Por fim, concluímos que a questão está errada, pois para que as funções f(x) e
g(x) possuam apenas um ponto em comum é necessário que o a seja igual a 3 ou
a –5, que são números menores que 6. Item errado.

37 - (PM/ES - 2010 / CESPE) Se a < 0, então as funções polinomiais


f(x) = x + a e g(x) = x2 + 3x + 1 não assumem o mesmo valor para nenhum
valor de x.

Solução:

Essa questão é semelhante à anterior, mas agora as duas funções não devem se
cruzar:

f(x) = x + a
g(x) = x2 + 3x + 1

f(x) = g(x)

x + a = x2 + 3x + 1

x2 + 3x – x + 1 – a = 0

x2 + 2x + 1 – a = 0
04810337340

Agora, como não queremos nenhum ponto em comum entre f(x) e g(x), devemos
calcular os valores de “a” que tornem o  negativo.

 = b2 – 4.a.c

 = (2)2 – 4.1.(1 – a)

 = 4 – 4.(1 – a)

 = 4 – 4 + 4.a

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 = 4.a

Portanto, o  será negativo quando o “a” for negativo, o que torna a questão
correta, pois para a < 0 as funções f(x) e g(x) não possuem nenhum ponto em
comum. Item correto.

38 - (PM/ES - 2010 / CESPE) As funções polinomiais f(x) = 3x + 3 e


g(x) = x2 + 2x + 1 assumem o mesmo valor em um único valor de x.

Solução:

Para saber quando as funções f(x) e g(x) assumem o mesmo valor, basta igualá-
las:

f(x) = g(x)

3x + 3 = x2 + 2x + 1

x2 + 2x – 3x + 1 – 3 = 0

x2 – x – 2 = 0

Calculando o , temos:

 = b2 – 4.a.c

 = (–1)2 – 4.1.(–2)

=1+8=9

Assim, como o  é maior do que zero, concluímos que a equação possui duas
raízes reais, o que torna a questão errada.

(Texto para as questões 39 e 40) Julgue os itens seguintes, relativos às


funções polinomiais f(x) = x + 1 e g(x) = x2 + x + 2, em que x é um número
04810337340

decimal.

39 - (CBM/ES - 2011 / CESPE) A equação 4g(f(x)) = 7 é satisfeita para um


único valor de x.

Solução:

Não se assustem com o g(f(x)). Veremos como isso é simples.

Dada uma função qualquer f(x) = 2.x + 3, por exemplo, quando queremos
encontrar f(1) nós substituímos o valor 1 no lugar do x e encontramos 2.(1) + 3 = 5.

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Assim, g(f(x)) é a mesma coisa. Nós iremos substituir f(x) no lugar do x da função
g(x):

g(x) = x2 + x + 2
f(x) = x + 1

g(f(x)) = (x + 1)2 + (x + 1) + 2

Assim, podemos calcular as raízes de 4g(f(x)) = 7:

4g(f(x)) = 7

4.[(x + 1)2 + (x + 1) + 2] = 7

4.[x2 + 2.x + 1 + x + 1 + 2] = 7

4.[x2 + 3.x + 4] = 7

4.x 2 + 12.x + 16 – 7 = 0

4.x 2 + 12.x + 9 = 0

Podemos agora calcular o :

 = b2 – 4.a.c

 = (12)2 – 4.4.9

 = 144 – 144 = 0

Assim, como o  é igual a zero, concluímos que a equação possui apenas uma
raiz real, o que torna a questão correta.

40 - (CBM/ES - 2011 / CESPE) Existem 2 valores distintos de x nos quais


g(x) = f(x).

Solução: 04810337340

Bom, agora devemos igualar g(x) e f(x) e verificar quantas raízes possui a
equação:

g(x) = f(x)

x2 + x + 2 = x + 1

x2 + x – x + 2 – 1 = 0

x2 + 0.x + 1 = 0

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Calculando o , temos:

 = b2 – 4.a.c

 = (0)2 – 4.1.1

 = –4

Assim, como o  é menor do que zero, concluímos que a equação não possui raiz
real, o que torna a questão errada.

(Texto para as questões 41 e 42) Considerando as funções polinomiais


f(x) = 1 – x e g(x) = x2 + 2x – 1, em que x pertence ao conjunto dos números
reais, julgue os itens a seguir.

41 - (CBM/ES - 2011 / CESPE) A equação g(f(x)) = f(g(x)) tem 2 soluções


distintas.

Solução:

Bom, temos uma questão que pede g(f(x)) e também pede f(g(x)). Vimos que não
devemos nos assustar!

f(x) = 1 – x
g(x) = x2 + 2x – 1

Calculando g(f(x)):

g(f(x)) = (1 – x)2 + 2.(1 – x) – 1

g(f(x)) = 1 – 2.x + x 2 + 2 – 2.x – 1

g(f(x)) = x2 – 4.x + 2

04810337340

Agora, f(g(x)):

f(g(x)) = 1 – (x2 + 2x – 1)

f(g(x)) = 1 – x 2 – 2x + 1

f(g(x)) = – x2 – 2x + 2

Por fim, igualamos g(f(x)) e f(g(x)):

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g(f(x)) = f(g(x))

x2 – 4.x + 2 = – x2 – 2x + 2

x2 + x2 – 4.x + 2.x + 2 – 2 = 0

2.x 2 – 2.x + 0 = 0

Calculando o , temos:

 = b2 – 4.a.c

 = (–2)2 – 4.2.0

=4

Assim, como o  é maior do que zero, concluímos que a equação possui duas
raízes reais distintas, o que torna a questão correta.

42 - (CBM/ES - 2011 / CESPE) Existe um único número x tal que f(f(x)) = x.

Solução:

Agora devemos igualar f(f(x)) a x. É o mesmo que já fizemos:

f(x) = 1 – x

f(f(x)) = x

1 – (1 – x) = x

1–1+x=x

1–1=x–x

0=0 04810337340

Com isso, chegamos numa identidade, o que faz com que existam infinitas
possibilidades para satisfazerem esta equação. Item errado.

(Texto para as questões 43 e 44) A partir das funções f(x) = x2 – 2x – 3 e


g(x) = m(x – 1), em que a variável x e a constante m são reais, julgue os itens
subsequentes, a respeito de seus gráficos em um sistema de coordenadas
cartesianas ortogonais xOy.

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43 - (MPS - 2010 / CESPE) Independentemente do valor de m, os gráficos
dessas funções se interceptam em 2 pontos distintos.

Solução:

Nessa questão, para sabermos quando os gráficos das duas funções se


interceptam, devemos igualá-las:

f(x) = x2 – 2x – 3
g(x) = m(x – 1)

f(x) = g(x)

x2 – 2.x – 3 = m(x – 1)

x2 – 2.x – 3 = m.x – m

x2 – 2.x – 3 – m.x + m = 0

x2 – 2.x – m.x + m – 3 = 0

x2 + x.(–2 – m) + m – 3 = 0

Temos aqui a = 1, b = (–2 – m) e c = (m – 3). Assim, podemos calcular o :

 = b2 – 4.a.c

 = (–2 – m)2 – 4.1.(m – 3)

 = (–2)2 + 2.(–2).(–m) + (–m)2 – 4.m + 12

 = 4 + 4.m + m2 – 4.m + 12

 = m2 + 16

Assim, como qualquer número elevado ao quadrado nunca é negativo, não há a


possibilidade de o  ser nem igual nem menor do que zero, o que nos leva a
04810337340

concluir que independentemente do valor de m as duas funções irão se cruzar em


dois pontos distintos. Item correto.

44 - (MPS - 2010 / CESPE) Se m = 3, então os gráficos dessas funções se


interceptam em pontos cujas abscissas são números racionais não inteiros.

Solução:

Nessa questão é dado o valor de m e pede que encontremos os pontos em que as


funções se interceptam:

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f(x) = x2 – 2x – 3
g(x) = 3.(x – 1)

f(x) = g(x)

x2 – 2.x – 3 = 3.(x – 1)

x2 – 2.x – 3 = 3.x – 3

x2 – 2.x – 3 – 3.x + 3 = 0

x2 – 5.x = 0

x.(x – 5) = 0

x=0

ou,

x–5=0

x=5

Assim, concluímos que a questão está errada, pois os gráficos se encontram em


pontos onde as abscissas são números inteiros. Item errado.

(Texto para a questão 45) Considere que parte do gráfico de valores da taxa
SELIC possa ser aproximado pelo gráfico abaixo, que corresponde à
parábola y = ax2 + bx + c, em que a variável x representa os meses, y é a taxa
SELIC no mês x, e a, b e c são constantes reais.

04810337340

Com base nessas considerações, julgue o próximo item.

45 - (BB - 2009 / CESPE) 18a = –b.

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Solução:

Essa questão tenta complicar um pouco a nossa vida, pois não conseguimos
identificar nenhum ponto do gráfico em que é dada a sua coordenada (x, y)
completa. Porém, olhando atentamente, podemos perceber que o vértice da
parábola corresponde ao ponto de coordenada x = 9. Assim, sabemos que a
b
coordenada do vértice de qualquer parábola é dado por x = . Com isso, temos:
2.a

b
x=
2.a

b
9=
2.a

9.2.a = –b

18.a = –b

Portanto, o item está correto.

46 - (FUB - 2009 / CESPE) Considerando os retângulos de perímetros iguais a


20 cm, suas áreas são expressas por A = x(10 – x) cm2, em que x (em cm) é o
comprimento de um dos lados do retângulo. Nessas condições, é correto
afirmar que, entre todos esses retângulos de perímetros iguais a 20 cm,
aquele que possui a maior área é o que tem a forma de um quadrado.

Solução:

Nessa questão, temos o valor da área de um retângulo de perímetro igual a 20 em


função da medida de um de seus lados. O assunto geometria plana será visto na
aula 09, mas isso não impede que nós resolvamos esta questão agora, pois o
ponto principal dela reside no assunto função. Só para relembrar, um retângulo é
uma figura geométrica de quatro lados com todos os ângulos iguais a 90º e o
perímetro é a soma das medidas de todos os lados da figura.

Bom, feitas essas considerações, o importante aqui é perceber que a questão


04810337340

quer saber o ponto máximo da função A = x(10 – x), ou seja, o valor de x que torne
o valor de A o maior possível. Assim, temos:

A = x(10 – x)

A = 10.x – x 2

A = –x2 +10.x

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Estamos diante de uma função do 2º grau com a concavidade voltada para baixo,
o que nos fornece um ponto máximo localizado no vértice da parábola. Sabemos
que a coordenada x do vértice da parábola é dado por:

b
x=
2.a

Assim, temos:

 10
x=
2.( 1)

 10
x= =5
2

Assim, como um dos lados do retângulo mede 5 e o perímetro mede 20, podemos
concluir que esse retângulo possui os 4 lados iguais a 5 e é um quadrado. Item
correto.

47 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) Considerando, em um sistema de


coordenadas cartesianas ortogonais xOy, as funções y = f(x) = –2x2 + 8x + 10
e y = g(x) = 2x + 2, em que x é um número real, os gráficos dessas funções
se interceptam em 2 pontos, e, para esses pontos, a soma das abscissas é
igual a 10.

Solução:

Mais uma questão que pede os pontos de interseção entre os gráficos das duas
funções. Para encontrar esses pontos, basta igualá-las:

f(x) = –2x2 + 8x + 10
g(x) = 2x + 2

f(x) = g(x)

–2x2 + 8x + 10 = 2x + 2
04810337340

2
–2x + 8x + 10 – 2x – 2 = 0

–2x2 + 6x + 8 = 0

Temos aqui a = –2, b = 6 e c = 8. Assim, podemos calcular o :

 = b2 – 4.a.c

 = (6)2 – 4.(–2).8

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 = 36 + 64

 = 100

Com isso, podemos encontrar as raízes:

b 
Raízes =
2.a

 6  100
Raízes =
2.(2)

 6  10
Raízes =
4

 6  10 4
1ª raiz = = = –1
4 4

 6  10  16
2ª raiz = = =4
4 4

Portanto, os gráficos das duas funções se encontram nos pontos de abscissas –1


e 4. Assim, a soma das abscissas dos dois pontos é igual a –1 + 4 = 3. Portanto,
concluímos que a questão está errada.

(Texto para as questões 48 e 49) Em um programa de televisão, um jogador,


para ganhar um prêmio em dinheiro, deve chutar uma bola que está
localizada no ponto A = (4, 0) do plano cartesiano xOy e acertar o gol
localizado no ponto G = (–2, 3), conforme ilustrado na figura seguinte.

04810337340

Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

48 - (ME - 2008 / CESPE) Se a trajetória da bola for uma reta, e o jogador


acertar o gol, então a bola passará pelo ponto de coordenadas (0, 2).

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Solução:

Sabemos que a equação de uma reta possui a forma de y = a.x + b, e que esta
reta passa pelos pontos (4, 0) e (–2, 3). Assim, podemos substituir os valores de x
e y desses pontos na equação da reta e encontrar os valores de a e b:

Para o ponto (4, 0), temos:

y = a.x + b

0 = a.4 + b

4.a + b = 0

Para o ponto (–2, 3), temos:

y = a.x + b

3 = a.(–2) + b

–2.a + b = 3

Agora, devemos resolver o seguinte sistema:

4.a + b = 0

–2.a + b = 3

Vou utilizar aqui o método da adição. Multiplicando a primeira equação por (–1),
temos:

–4.a – b = 0

–2.a + b = 3

–4.a – b – 2.a + b = 0 + 3

–6.a = 3
04810337340

3 1
a=– =–
6 2

Substituindo o valor de “a” na segunda equação, temos:

–2.a + b = 3

1
–2.(– ) + b = 3
2

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1+b=3

b=3–1

b= 2

Assim, a equação da reta que passa pelos pontos (4, 0) e (–2, 3) é:

1
y= – .x + 2
2

Por fim, resta verificar se esta reta passa pelo ponto (0, 2). Para isso, basta
substituir o valor de x e de y na equação acima:

1
y= – .x + 2
2

1
2 = – .0 + 2
2

2=2

Portanto, a reta passa pelo ponto (0, 2). Item correto.

49 - (ME - 2008 / CESPE) Se a trajetória da bola for uma parábola cujo ponto
de máximo esteja localizado no eixo y, e o jogador acertar o gol, então a bola
passará pelo ponto de coordenadas (2, 4).

Solução:

Nessa questão, é informado que a trajetória da bola é uma parábola e tem seu
ponto de máximo localizado no eixo y, que nos faz concluir que a coordenada x do
seu vértice é igual a zero. Assim:

b
=0
2.a
04810337340

b=0

Assim, a equação da parábola fica:

y = a.x2 + b.x + c

y = a.x2 + 0.x + c

y = a.x2 + c

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Sabemos também que a bola passa pelos pontos (4, 0) e (–2, 3):

Para o ponto (4, 0), temos:

y = a.x2 + c

0 = a.(4)2 + c

0 = a.16 + c

c = –16.a (equação 1)

Para o ponto (–2, 3), temos:

y = a.x2 + c

3 = a.(–2)2 + c

3 = a.4 + c

Substituindo o valor de “c” que encontramos acima, temos:

3 = a.4 + (–16.a)

3 = 4.a –16.a

3 = –12.a

3
a=–
12

Voltando com o valor de “a” na equação 1, temos:

c = –16.a 04810337340

3
c = –16.( – )
12

c=4

Assim, a equação da parábola fica:

3 2
y=– .x + 4
12

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Resta verificar se esta parábola passa no ponto (2, 4):

3 2
y=– .x + 4
12

3
4=– .(2)2 + 4
12

3
4=– .4 + 4
12

4 = –1 + 4

4=3

Portanto, a bola não passará no ponto (2, 4). Item errado.

50 - (Petrobrás - 2008 / CESPE) Em um sistema de coordenadas cartesianas


ortogonais xOy, considere a função de 2º grau da forma
P(x) = ax2 + bx + c, em que a, b e c são constantes reais e cujo gráfico
contenha os pontos de coordenadas A = (0, 12), B = (3, 30) e C = (6, 18).
Nesse caso, P(–3) é igual a –36.

Solução:

Vamos começar calculando a, b e c, para descobrirmos a equação da função P(x):

Para o ponto (0, 12), temos:

P(x) = a.x2 + b.x + c

12 = a.(0)2 + b.(0) + c

12 = 0 + 0 + c

c = 12 04810337340

Bom, já descobrimos uma das constantes. Vamos às outras:

Para o ponto (3, 30), temos:

P(x) = a.x2 + b.x + 12

30 = a.(3)2 + b.(3) + 12

30 – 12 = 9.a + 3.b

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9.a + 3.b = 18 (equação 1)

Para o ponto (6, 18), temos:

P(x) = a.x2 + b.x + 12

18 = a.(6)2 + b.(6) + 12

18 – 12 = 36.a + 6.b

36.a + 6.b = 6 (equação 2)

Temos, então, o seguinte sistema:

9.a + 3.b = 18 (equação 1)

36.a + 6.b = 6 (equação 2)

Multiplicando os elementos da equação 1 por (–2), temos:

–18.a – 6.b = –36

36.a + 6.b = 6

–18.a + 36.a – 6.b + 6.b = –36 + 6

18.a = –30

30 5
a=– =–
18 3

Substituindo o valor de “a” na equação 1, temos:

9.a + 3.b = 18
04810337340

5
9.( – ) + 3.b = 18
3

–15 + 3.b = 18

3.b = 18 + 15

3.b = 33

b = 11

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Assim, a equação de P(x) fica:

5
P(x) = – .x2 + 11.x + 12
3

Resta verificar se P(–3) = –36:

5
P(x) = – .x2 + 11.x + 12
3

5
P(–3) = – .(–3)2 + 11.(–3) + 12
3

5
P(–3) = – .9 – 33 + 12
3

P(–3) = –15 – 33 + 12

P(–3) = –36

Portanto, o item está correto.

(Texto para a questão 51) Considerando as funções polinomiais f(x) = x2 +


2mx + m e g(x) = –3x – 2m, em que a variável x e a constante m são reais,
julgue o item que se segue.

51 - (PM/DF - 2009 / CESPE) Para que a equação f(x) = 0 tenha duas raízes
reais, iguais e não nulas, é necessário que m seja um número negativo.

Solução:

Bom, já sabemos que para uma equação do segundo grau possuir 2 raízes reais
iguais, é necessário que o  seja igual a zero. Assim:

 = b2 – 4.a.c 04810337340

0 = (2.m)2 – 4.1.m

0 = 4.m2 – 4.m

4.m.(m – 1) = 0

4.m = 0

m=0

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ou

m–1=0

m=1

Vamos agora testar os valores de m em f(x) = 0, para descobrir suas raízes:

Começamos com m = 0:

f(x) = x 2 + 2mx + m

0 = x2 + 2.0.x + 0

0 = x2

x = 0 (duas raízes reais iguais e nulas)

Com isso, concluímos que m = 0 não atende a nossa necessidade.

Testando agora m = 1:

f(x) = x 2 + 2mx + m

0 = x2 + 2.1.x + 1

x2 + 2.x + 1 = 0

Com isso, podemos encontrar as raízes:

b 
Raízes =
2.a

 2  2 2  4.1.1
Raízes =
2.(1)
04810337340

20
Raízes = = –1
2

Portanto, para m = 1 a equação f(x) = 0 possui duas raízes reais e iguais não
nulas. Item errado.

(Texto para as questões 52 a 54) O processo de abandono de áreas


anteriormente destinadas a pastagens faz que novas porções da região
amazônica sejam desmatadas. Considere que a função f(t) = –0,1t2 + 12t + 75

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constitua um modelo para a estimativa, em milhões de hectares, da área da
região amazônica desmatada a cada ano, em que t = 0 corresponde ao ano
de 2007, t = 1 ao ano de 2008, e assim sucessivamente. A variação nos
valores de f(t) sugere que, em algum momento, iniciou-se um processo de
reflorestamento.

A partir dessas informações, julgue os itens que se seguem.

52 - (BB - 2008 / CESPE) Estima-se que a área desmatada, em 2019, será


superior a 200 milhões de hectares.

Solução:

Nessa questão, para sabermos qual a área desmatada em 2019, devemos


substituir o t correspondente a este ano na função f(t). Assim, temos:

2007  t = 0
2008  t = 2008 – 2007 = 1
...
2019  t = 2019 – 2007 = 12

Com isso, basta substituirmos t = 12 na função f(t):

f(12) = –0,1(12)2 + 12.(12) + 75

f(12) = –0,1.(144) + 144 + 75

f(12) = –14,4 + 219

f(12) = 204,6

Portanto, o item está correto.

53 - (BB - 2008 / CESPE) De acordo com o modelo, o maior desmatamento


ocorrerá após o ano de 2082.

Solução:
04810337340

Podemos ver que a função possui a < 0, ou seja, é uma parábola com a
concavidade voltada para baixo. Assim, para saber o ano em que o desmatamento
é máximo, devemos encontrar o valor de t no vértice da parábola:

b
t=
2.a

 12
t=
2.(0,1)

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 12
t=
 0,2

t = 60

Bom, resta agora encontrar que ano corresponde a t = 60:

Ano – 2007 = 60

Ano = 2007 + 60

Ano = 2067

Portanto, o item está errado!

54 - (BB - 2008 / CESPE) De acordo com essa estimativa, em nenhum


momento a área desmatada será inferior a 60 milhões de hectares.

Solução:

Nessa questão nós não precisamos fazer conta alguma. Como o gráfico desta
função é uma parábola com a concavidade voltada para baixo, o valor do
desmatamento terá um máximo (que calculamos na questão anterior que ocorrerá
em 2067) e em seguida começará a diminuir, tendendo a -. Portanto, o item está
errado.

f(t)

75

2067 t

04810337340

(Texto para as questões 55 a 57) O custo para a produção mensal de x


milhares de unidades de certo produto é de x2 + 2x reais. O preço de venda
de x milhares desse produto é de 4x + 24 reais. Nessas condições, julgue os
itens a seguir.

55 - (Hemobrás - 2008 / CESPE) A empresa terá prejuízo se produzir mais que


6.000 unidades do produto por mês.

Solução:

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Podemos definir que o resultado da empresa é dado pela diferença entre o preço
de venda e o custo. Assim, temos:

Resultado = 4x + 24 – (x2 + 2x)

Resultado = –x 2 + 2.x + 24

Temos, então, para o resultado uma parábola com concavidade voltada para
baixo. Assim, podemos construir o gráfico desta função:
Resultado

Vamos, agora, encontrar o valor de x que resulta em resultado = 0:

0 = –x 2 + 2.x + 24

x2 – 2x – 24 = 0

 ( 2)  ( 2) 2  4.(1).( 24 )


raízes =
2.(1)

2  4  96
raízes =
2

2  100
raízes =
2
04810337340

2  10
raízes =
2

2  10 12
1ª raiz = = =6
2 2

2  10 8
2ª raiz = = = –4 (eliminada, pois não podemos produzir quantidade
2 2
negativa)

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Portanto, para x = 6, o lucro é zero.

Resultado

6 x

Portanto, para valores de x maiores que 6, o resultado da empresa é negativo, ou


seja, a empresa apresenta prejuízo. Item correto.

56 - (Hemobrás - 2008 / CESPE) O lucro máximo da empresa será obtido com


a produção e venda de 1.000 unidades do produto.

Solução:

O lucro máximo da empresa ocorre no vértice da parábola:

b
x=
2.a

2
x=
2.( 1)

2
x=
2

x=1

Portanto, o item está correto.


04810337340

57 - (Hemobrás - 2008 / CESPE) O gráfico da função lucro é uma parábola


com a concavidade voltada para cima.

Solução:

Já vimos na outra questão que o gráfico do resultado (lucro ou prejuízo) é uma


parábola com concavidade voltada para baixo. Item errado.

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5 - Exercícios comentados nesta aula

01 - (SEBRAE – 2007 / CESPE) A solução da equação 5x – 1 = x + 2 é um


número inteiro.

02 - (Prefeitura de Limeira - 2007 / CESPE) Se a soma de três números naturais


consecutivos é igual a 72, então a soma de seus quadrados é inferior a 1.700.

03 - (SEAD/SE - 2008 / CESPE) As raízes da equação x2 − 4x + 1 = 0 são


números racionais.

04 - (SEBRAE – 2007 / CESPE) As raízes da equação x² – 4x + 2 = 0 são


números racionais.

05 - (ANAC – 2009 / CESPE) Caso se multiplique um número real x por ele


mesmo e, do resultado, ao se subtrair 14, obtenha-se o quíntuplo do número x,
então –2 poderá ser um dos possíveis valores de x.

06 - (Câmara de Piraquara – 2013 / UFPR) Uma equação do segundo grau em x


tem como raízes os números (-2) e (3). Essa equação é:

(A) (x + 2).(x + 3) = 0.
(B) (x – 2).(x + 3) = 0.
(C) (x + 2).(x – 3) = 0.
(D) (x – 2).(x – 3) = 0.
(E) x2 – 6x + 1 = 0.

07 - (MPS - 2010 / CESPE) Considere que x = x 0 e y = y0 seja a solução do


sistema de equações lineares.

x + 2y = 10
04810337340

3x – y = 2

Nesse caso, podemos concluir que x 0 + y0 = 5.

08 - (FUB - 2009 / CESPE) Se apenas cédulas de R$ 10,00 e de R$ 20,00


estavam disponíveis para saque em um caixa eletrônico e se um cliente recebeu
40 notas ao fazer um saque de R$ 600,00, então ele recebeu quantidades
diferentes de cédulas de cada um dos valores disponíveis.

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09 - (TJ/PR – 2014 / UFPR) Um grupo de alunos deseja comprar um livro como
presente para sua professora. Se cada aluno contribuir com R$ 9,00 para a
compra do livro, haverá R$ 11,00 de troco ao final. Por outro lado, se cada aluno
contribuir com R$ 6,00, faltarão R$ 16,00 para completar o valor do livro. Qual é o
preço do livro?

(A) R$ 56,00.
(B) R$ 64,00.
(C) R$ 70,00.
(D) R$ 85,00.

10 - (Pref. de Curitiba – 2012 / UFPR) Um problema clássico sobre equações do


segundo grau é o da soma e do produto. Considere este exemplo: sabe-se que
dois números somados resulta em 28, ao passo que multiplicados resulta em 187.
Nesse caso, o menor desses números é:

(A) 7.
(B) 11.
(C) 14.
(D) 17.
(E) 18.

11 - (TJ/PR – 2014 / UFPR) Após viajar 300 km e chegar ao seu destino, um


motorista percebeu que, se sua velocidade média na viagem tivesse sido 10 km/h
superior, ele teria diminuído o tempo da viagem em 1 hora. Quanto tempo o
motorista gastou na viagem?

(A) 6 horas.
(B) 5,5 horas.
(C) 5 horas.
(D) 4,5 horas.

(Texto para as questões 12 e 13) As quantidades de agências, postos de


atendimento e caixas eletrônicos de um banco satisfazem às seguintes condições:

– a soma do número de agências com o de postos de atendimento e o de caixas


04810337340

eletrônicos é igual a 346;

– a diferença entre a quantidade de caixas eletrônicos e a de agências é igual a 10


vezes o número de postos de atendimento;

– o número de caixas eletrônicos menos 50 é igual a três vezes a soma entre o


número de agências e o número de postos de atendimento.

Com base nessas informações, julgue os itens subsequentes.

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12 - (Banese – 2004 / CESPE) O número de agências é maior que o dobro do
número de postos de atendimento.

13 - (Banese – 2004 / CESPE) O número de caixas eletrônicos é superior a 280.

14 - (Petrobrás – 2008 / CESPE) Com relação ao sistema de equações lineares

x  2 y  z  4

 x  2y  z  2

podemos concluir que o sistema não possui solução.

(Texto para a questão 15) O gráfico acima mostra o valor, em bilhões de dólares,
da exportação de soja do Brasil em 2000, 2001, 2002 e 2003, e o valor estimado
para 2004. É possível modelar os dados desse gráfico por uma função do tipo g(t)
= at + b, resolvendo-se o sistema

14.a + 6.b = 42
6.a + 4.b = 24

Nesse modelo, g(t) é uma aproximação do valor total das exportações de soja, em
US$ bilhões, e t é o número de anos transcorridos a partir de 2000.
04810337340

A partir dessas informações e considerando que o ano 2000 corresponde ao


tempo inicial t = 0, o ano 2001 corresponde a t = 1, e assim sucessivamente,
julgue o item subsequente.

15 - (Prefeitura de Boa Vista – 2004 / CESPE) As soluções do sistema acima são


a = 1,2 e b = 4,2.

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(Texto para a questão 16) São Paulo começou neste ano a fazer a inspeção
ambiental dos veículos registrados na cidade. Os movidos a dísel são os
primeiros. Veja os números dos veículos na capital paulista:

 veículos registrados: 6,1 milhões;


 está fora de circulação ou trafega irregularmente: 1,5 milhão;
 movidos a dísel: 800.000;
 cumprem os limites de emissão de poluentes: 20% dos veículos
inspecionados.
Idem, p. 63 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência, julgue o item seguinte.

16 - (PM/AC - 2008 / CESPE) Considere que os veículos movidos a dísel na


capital paulista se dividem em dois grupos: os que são destinados ao transporte
de cargas e os outros. Considere também que, tomando-se m como sendo 0,01%
da quantidade dos veículos movidos a dísel destinados ao transporte de cargas,
obtém-se que esse número m é tal que a equação do segundo grau x2 + (m – 24)x
+ 144 = 0, na variável x, tem as duas raízes iguais. Nesse caso, na capital
paulista, os veículos movidos a dísel estão divididos nesses dois grupos em
quantidades que são números diretamente proporcionais a 3 e 2.

(Texto para as questões 17 a 20) Considere as equações que representam cada


uma das sentenças a seguir.

I A soma de 64,24 com o quadrado de um número é igual a 70.

II A multiplicação de um número subtraído de 7 pelo mesmo número adicionado a


7 é igual a 576.

1 2
III O triplo de um número somado a é igual a .
3 3

Acerca dessas equações, julgue os próximos itens.

17 - (MMA – 2009 / CESPE) As equações que representam as sentenças I, II e III


são equações do segundo grau. 04810337340

18 - (MMA – 2009 / CESPE) Todas as soluções das equações que representam as


sentenças II e III são números racionais.

19 - (MMA – 2009 / CESPE) Todas as soluções das equações que representam as


sentenças I, II e III são números positivos.

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20 - (MMA – 2009 / CESPE) As equações que representam as sentenças I e II têm
pelo menos uma solução comum.

(Texto para as questões 21 e 22) Pelo aluguel de um veículo 1.0, a locadora Alfa
cobra R$ 63,00 de diária e mais R$ 0,20 por quilômetro rodado. Na locadora Beta,
a diária é de R$ 41,00 e R$ 0,25 é o valor cobrado por quilômetro rodado.

Com base nessas informações, julgue os seguintes itens.

21 - (SEPLAG/DF – 2009 / CESPE) Existe uma quantidade x de quilômetros,


420 < x < 450, de forma que, se um cliente alugar um veículo 1.0 por apenas um
dia e rodar x quilômetros, a quantia a ser paga é a mesma, independentemente da
locadora onde foi alugado o veículo.

22 - (SEPLAG/DF – 2009 / CESPE) Para rodar 80 km em um mesmo dia com um


carro 1.0, é mais vantajoso para o cliente alugar o veículo na locadora Beta.

23 - (Prefeitura de Vila Velha – 2008 / CESPE) Considere-se que Pedro tenha


abastecido seu veículo em um posto de combustível e tenha pago R$ 117,00.
Considere-se, ainda, que, na semana seguinte, passando pelo mesmo posto,
tenha verificado que o preço do combustível estava 10% mais barato e novamente
abasteceu seu veículo, sendo que, dessa vez, ele colocou 5 L a mais do que havia
abastecido anteriormente e pagou os mesmos R$ 117,00. Nessa situação, é
correto afirmar que, no primeiro abastecimento, Pedro colocou mais de 40 L de
combustível e pagou menos de R$ 2,65 por um litro desse combustível.

24 - (Prefeitura de Vila Velha – 2008 / CESPE) Considere-se que a soma dos


preços de uma geladeira e de um fogão, em uma loja de departamentos, seja igual
a R$ 3.200,00, para pagamento à vista. Considere-se, ainda, que o gerente dessa
loja aceite que o pagamento seja feito daqui a 6 meses, mas o preço da geladeira
será acrescido de 20% e o do fogão, de 12%, em relação aos preços à vista, o
que acarretará um acréscimo de 16,75% no preço total dos dois produtos. Nessa
situação, é correto afirmar que o preço à vista da geladeira é inferior a R$
1.800,00, e o do fogão, superior a R$ 1.500,00.
04810337340

25 - (Prefeitura de Vila Velha – 2008 / CESPE) Considere-se que, para fazer a


contabilidade das empresas de seus clientes, o faturamento mensal de um
contador era igual a R$ 16.000,00. Considere-se, ainda, que o valor cobrado pelo
contador seja o mesmo para cada cliente; que esse contador tenha adquirido,
após campanha de divulgação de seus serviços, 10 novos clientes e, dessa forma,
mesmo dando um desconto de R$ 50,00 para cada cliente antigo e novo, o
faturamento mensal tenha subido para R$ 18.900,00. Nessa situação, sabendo-se
que 6602 = 435.600, é correto afirmar que, antes da referida campanha, o valor

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cobrado de cada cliente antigo era inferior a R$ 600,00 e o contador tinha mais de
30 clientes antigos.

(Texto para as questões 26 a 28) Acerca de sistemas de equações lineares com 3


equações e duas incógnitas, julgue os itens seguintes.

26 - (Petrobrás – 2008 / CESPE) Sistemas lineares desse tipo não possuem


solução.

27 - (Petrobrás – 2008 / CESPE) Sistemas desse tipo possuem infinitas soluções.

28 - (Petrobrás – 2008 / CESPE) Algum sistema desse tipo, homogêneo, pode não
ter solução.

(Texto para as questões 29 e 30) Dois software, S1 e S2, são utilizados


diariamente por participantes de diferentes grupos de trabalho em certa empresa.
Um desses grupos de trabalho está interessado na fabricação de dois produtos,
P1 e P2; a fabricação de cada unidade de P1 requer 2 horas de utilização de S1 e
3 horas de utilização de S2, enquanto a fabricação de cada unidade de P2 requer
3 horas de utilização de S1 e 4 horas de utilização de S2. Foi decidido que, por
motivos estratégicos, o software S1 estará disponível a esse grupo de trabalho por
12 horas por dia, enquanto o software S2 estará disponível por 9 horas diárias a
esse grupo de trabalho. Os pesquisadores desse grupo desejam saber quantas
unidades de P1 e quantas unidades de P2 conseguem produzir nessas condições
diariamente e observaram que uma maneira de saber isso seria resolver o sistema
de equações lineares

2x + 3y = 12
3x + 4y = 9

Com base nas informações acima, julgue os itens a seguir.

29 - (SERPRO – 2008 / CESPE) A solução do sistema de equações lineares

2x + 3y = 12
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3x + 4y = 9

fornece, de fato, uma possível quantidade a ser produzida de P1 e P2.

30 - (SERPRO – 2008 / CESPE) Nas condições apresentadas, não é possível


produzir mais que três unidades diárias do produto P1.

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31 - (UFPR - 2011 / UFPR) Uma loja estabelece o preço de uma peça de roupa
em função do número de peças adquiridas pelo comprador. Para a determinação
100
do preço unitário, utiliza-se a equação: P = 30 + , em que P é o preço em
x
reais e x é o número de peças compradas. Sabendo que um comprador pagou R$
42,50 por peça de roupa, assinale a alternativa que corresponde ao número de
peças compradas.

(A) 12 peças.
(B) 10 peças.
(C) 8 peças.
(D) 6 peças.
(E) 4 peças.

32 - (UFPR - 2011 / UFPR) O gráfico abaixo representa a relação entre as


medidas de temperatura na escala Celsius (ºC) e na escala Fahrenheit (ºF).

Determine a medida da temperatura em graus Celsius que corresponde a


-22º F.

(A) -40 ºC.


(B) -32 ºC. 04810337340

(C) -30 ºC.


(D) -22 ºC.
(E) -12 ºC.

33 - (Câmara de Piraquara – 2013 / UFPR) Dados: (1) 4x + ay – 3 = 0 e (2) – 4x +


3y + 6 = 0. Para que as duas equações tenham uma única solução comum:

(A) 'a' deve ser maior que 3.


(B) 'a' não pode ser zero.
(C) 'a' deve ser menor que -1.

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(D) 'a' pode assumir qualquer valor real.
(E) 'a' deve ser diferente de -3.

34 - (SEE/PR – 2007 / UFPR) - Adaptada Dada uma função do segundo grau na


forma f(x) = ax2 + bx + c, com a, b, c reais e sabendo-se que f(0) = 5,
f(1) = 3 e f(-1) = 1, quais os valores, respectivamente, de a, b, c?

(A) 5, 3 e 1.
(B) 0, 1 e -1.
(C) -3, 1 e 5
(D) 3, -5 e 5.
(E) 1, -1 e 0.

35 - (PM/ES - 2007 / CESPE) A respeito da equação x 2 + mx + m = 0, em que m é


um número real, todas as seguintes afirmações são verdadeiras.

I se m = 0, então a equação tem uma única solução;


II se m = 4, então a equação tem uma única solução;
III se 0 < m < 4, então a equação não tem nenhuma solução real;
IV para cada valor de m tal que m < 0 ou m > 4, a equação tem duas soluções
reais.

36 - (PM/ES - 2010 / CESPE) Se as funções polinomiais f(x) = ax – 2 e


g(x) = x 2 – x + 2 forem iguais em um único valor de x, então a > 6.

37 - (PM/ES - 2010 / CESPE) Se a < 0, então as funções polinomiais


f(x) = x + a e g(x) = x2 + 3x + 1 não assumem o mesmo valor para nenhum valor
de x.

38 - (PM/ES - 2010 / CESPE) As funções polinomiais f(x) = 3x + 3 e


g(x) = x 2 + 2x + 1 assumem o mesmo valor em um único valor de x.

(Texto para as questões 40 e 41) Julgue os itens seguintes, relativos às funções


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polinomiais f(x) = x + 1 e g(x) = x2 + x + 2, em que x é um número decimal.

39 - (CBM/ES - 2011 / CESPE) A equação 4g(f(x)) = 7 é satisfeita para um único


valor de x.

40 - (CBM/ES - 2011 / CESPE) Existem 2 valores distintos de x nos quais


g(x) = f(x).

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(Texto para as questões 41 e 42) Considerando as funções polinomiais
f(x) = 1 – x e g(x) = x 2 + 2x – 1, em que x pertence ao conjunto dos números reais,
julgue os itens a seguir.

41 - (CBM/ES - 2011 / CESPE) A equação g(f(x)) = f(g(x)) tem 2 soluções


distintas.

42 - (CBM/ES - 2011 / CESPE) Existe um único número x tal que f(f(x)) = x.

(Texto para as questões 43 e 44) A partir das funções f(x) = x2 – 2x – 3 e


g(x) = m(x – 1), em que a variável x e a constante m são reais, julgue os itens
subsequentes, a respeito de seus gráficos em um sistema de coordenadas
cartesianas ortogonais xOy.

43 - (MPS - 2010 / CESPE) Independentemente do valor de m, os gráficos dessas


funções se interceptam em 2 pontos distintos.

44 - (MPS - 2010 / CESPE) Se m = 3, então os gráficos dessas funções se


interceptam em pontos cujas abscissas são números racionais não inteiros.

(Texto para a questão 45) Considere que parte do gráfico de valores da taxa
SELIC possa ser aproximado pelo gráfico abaixo, que corresponde à parábola y =
ax 2 + bx + c, em que a variável x representa os meses, y é a taxa SELIC no mês x,
e a, b e c são constantes reais.

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Com base nessas considerações, julgue o próximo item.

45 - (BB - 2009 / CESPE) 18a = –b.

46 - (FUB - 2009 / CESPE) Considerando os retângulos de perímetros iguais a 20


cm, suas áreas são expressas por A = x(10 – x) cm2, em que x (em cm) é o
comprimento de um dos lados do retângulo. Nessas condições, é correto afirmar

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que, entre todos esses retângulos de perímetros iguais a 20 cm, aquele que
possui a maior área é o que tem a forma de um quadrado.

47 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) Considerando, em um sistema de coordenadas


cartesianas ortogonais xOy, as funções y = f (x) = –2x2 + 8x + 10 e y = g(x) = 2x +
2, em que x é um número real, os gráficos dessas funções se interceptam em 2
pontos, e, para esses pontos, a soma das abscissas é igual a 10.

(Texto para as questões 48 e 49) Em um programa de televisão, um jogador, para


ganhar um prêmio em dinheiro, deve chutar uma bola que está localizada no ponto
A = (4, 0) do plano cartesiano xOy e acertar o gol localizado no ponto G = (–2, 3),
conforme ilustrado na figura seguinte.

Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

48 - (ME - 2008 / CESPE) Se a trajetória da bola for uma reta, e o jogador acertar
o gol, então a bola passará pelo ponto de coordenadas (0, 2).

49 - (ME - 2008 / CESPE) Se a trajetória da bola for uma parábola cujo ponto de
máximo esteja localizado no eixo y, e o jogador acertar o gol, então a bola passará
pelo ponto de coordenadas (2, 4).
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50 - (Petrobrás - 2008 / CESPE) Em um sistema de coordenadas cartesianas


ortogonais xOy, considere a função de 2º grau da forma
P(x) = ax2 + bx + c, em que a, b e c são constantes reais e cujo gráfico contenha
os pontos de coordenadas A = (0, 12), B = (3, 30) e C = (6, 18). Nesse caso, P(–3)
é igual a –36.

(Texto para a questão 51) Considerando as funções polinomiais f(x) = x 2 + 2mx +


m e g(x) = –3x – 2m, em que a variável x e a constante m são reais, julgue o item
que se segue.

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51 - (PM/DF - 2009 / CESPE) Para que a equação f(x) = 0 tenha duas raízes reais,
iguais e não nulas, é necessário que m seja um número negativo.

(Texto para as questões 52 a 54) O processo de abandono de áreas


anteriormente destinadas a pastagens faz que novas porções da região
amazônica sejam desmatadas. Considere que a função f(t) = –0,1t2 + 12t + 75
constitua um modelo para a estimativa, em milhões de hectares, da área da região
amazônica desmatada a cada ano, em que t = 0 corresponde ao ano de 2007, t =
1 ao ano de 2008, e assim sucessivamente. A variação nos valores de f(t) sugere
que, em algum momento, iniciou-se um processo de reflorestamento.

A partir dessas informações, julgue os itens que se seguem.

52 - (BB - 2008 / CESPE) Estima-se que a área desmatada, em 2019, será


superior a 200 milhões de hectares.

53 - (BB - 2008 / CESPE) De acordo com o modelo, o maior desmatamento


ocorrerá após o ano de 2082.

54 - (BB - 2008 / CESPE) De acordo com essa estimativa, em nenhum momento a


área desmatada será inferior a 60 milhões de hectares.

(Texto para as questões 55 a 57) O custo para a produção mensal de x milhares


de unidades de certo produto é de x2 + 2x reais. O preço de venda de x milhares
desse produto é de 4x + 24 reais. Nessas condições, julgue os itens a seguir.

55 - (Hemobrás - 2008 / CESPE) A empresa terá prejuízo se produzir mais que


6.000 unidades do produto por mês.

56 - (Hemobrás - 2008 / CESPE) O lucro máximo da empresa será obtido com a


produção e venda de 1.000 unidades do produto.

57 - (Hemobrás - 2008 / CESPE) O gráfico da função lucro é uma parábola com a


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concavidade voltada para cima.

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6 - Gabaritos

01 - E 30 - C
02 - E 31 - C
03 - E 32 - C
04 - E 33 - E
05 - C 34 - C
06 - C 35 - C
07 - E 36 - E
08 - E 37 - C
09 - C 38 - E
10 - B 39 - C
11 - A 40 - E
12 - C 41 - C
13 - E 42 - E
14 - E 43 - C
15 - C 44 - E
16 - C 45 - C
17 - E 46 - C
18 - C 47 - E
19 - E 48 - C
20 - E 49 - E
21 - C 50 - C
22 - C 51 - E
23 - C 52 - C
24 - E 53 - E
25 - C 54 - E
26 - E 55 - C
27 - E 56 - C
28 - E 57 - E
29 - E

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